aumentando a pressão interna, o que resulta na liberação do fármaco dissolvido ou
disperso, através do orifício na membrana (PEZZINI, SILVA, FERRAZ, 2007).
Os sistemas matriciais de liberação modificada podem constituir sistemas
monolíticos ou multiparticuladas. Nos sistemas monolíticos a dose de fármaco esta
dispersa na unidade funcional de liberação, comprimidos ou cápsulas gelatinosas,
enquanto que nos sistemas multiparticuladas o fármaco está dividido em várias
subunidades funcionais de liberação (grânulos, péletes ou minicomprimidos)
veiculadas em comprimidos ou cápsulas gelatinosas duras que sofrerão rápida
desintegração após a administração, liberando as subunidades responsáveis pela
lenta liberação do fármaco (PEZZINI, SILVA, FERRAZ, 2007).
Os sistemas matriciais são dispersões de um fármaco em uma ou mais
substâncias capazes de controlar sua liberação e podem ser subdivididos em:
matrizes hidrofílicas (alguns derivados da celulose, do acido acrílico, gomas
naturais); e matrizes insolúveis, hidrofóbicas ou inertes (ceras, parafina, polietileno,
acetato de celulose, cloreto de polivinila, copolímero de metacrilato de amônio). Nos
sistemas matriciais hidrofílicos, a liberação do fármaco ocorre devido a um complexo
processo que envolve o intumescimento do polímero, a difusão do fármaco e por
ultimo a erosão da matriz. Já para os sistemas hidrofóbicos o processo de liberação
do fármaco é predominantemente por difusão (PEZZINI, SILVA, FERRAZ, 2007).
2.4 SISTEMAS BIOADESIVOS
Formas farmacêuticas bioadesivas são preparações relativamente novas que
podem ser usadas para tratamentos tópicos e sistêmicos. São estruturadas
contendo o fármaco disperso num polímero que tem como característica principal
aderir a camada mucosa liberando o fármaco lentamente no sitio de administração,
sendo classificadas como sistema matricial de liberação prolongada. De acordo com
o local de aplicação (cavidade oral, vagina, reto, cavidade nasal e os olhos) podem
ser preparadas diferentes formas farmacêuticas como: comprimidos, patches, filmes,
discos, pomadas, géis, pós, gotas, microcápsulas, lipossomas e emplastos. Os
comprimidos bioadesivos podem ser monolítico, parcialmente coberto, ou matrizes
com varias camadas (TAMBURIC e CRAIG, 1996; PEPPAS e MIKOS, 1989; PATEL,
V. M.; PRAJAPATI, B. G.; PATEL, M. M., 2007).