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RESISTÊNCIA A ARTRÓPODOS-PRAGA EM
GENÓTIPOS DE TOMATEIRO RICOS EM
ZINGIBERENO E/OU ACILAÇÚCARES
VANISSE DE FÁTIMA SILVA
2009
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VANISSE DE FÁTIMA SILVA
RESISTÊNCIA A ARTRÓPODOS-PRAGA EM GENÓTIPOS DE
TOMATEIRO RICOS EM ZINGIBERENO E/OU ACILAÇÚCARES
Tese apresentada à Universidade Federal de
Lavras, como parte das exigências do Programa
de Pós-graduação em Agronomia, área de
concentração em Fitotecnia, para a obtenção do
título de "Doutor".
Orientador
Prof. Wilson Roberto Maluf, PhD
LAVRAS
MINAS GERAIS-BRASIL
2009
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Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
Silva, Vanisse de Fátima.
Resistência a artrópodos-praga em genótipos de tomateiro ricos em
zingibereno e/ou acilaçúcares / Vanisse de Fátima Silva. – Lavras :
UFLA, 2009.
63 p.: il.
Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Lavras, 2009.
Orientador: Wilson Roberto Maluf.
Bibliografia.
1. Aleloquímicos. 2. Resistência varietal. 3. Inseto. I. Universidade
Federal de Lavras. II. Título.
CDD – 635.64297
VANISSE DE FÁTIMA SILVA
RESISTÊNCIA A ARTRÓPODOS-PRAGA EM GENÓTIPOS DE
TOMATEIRO RICOS EM ZINGIBERENO E/OU ACILAÇÚCARES
Tese apresentada à Universidade Federal de
Lavras, como parte das exigências do Programa
de Pós-graduação em Agronomia, área de
concentração em Fitotecnia, para a obtenção do
título de "Doutor".
APROVADA em 16 de fevereiro de 2009
Prof. Dra. Maria das Graças Cardoso UFLA
Prof. Dr. Luiz Antônio Augusto Gomes UFLA
Prof. Dr. Luciano Donizete Gonçalves IFMG
Prof. Dr. Juliano T. Vilela de Resende UNICENTRO
Prof: Wilson Roberto Maluf
UFLA
(Orientador)
LAVRAS
MINAS GERAIS – BRASIL
A Deus por tantas bênçãos concedidas.
OFEREÇO.
Aos meus pais, Waldeci Nivaldo e Nazaré Tavares, que sempre foram
exemplo, incentivando e apoiando nos obstáculos deste grande percurso que é
viver.
As minhas irmãs, Vânia, Vanessa e Valéria, pela amizade, força e incentivo.
Aos meus sobrinho,s Rafael e Mateus, por terem trazido para a nossa família
mais serenidade e paz.
Ao meu noivo, Lucas, pelo amor e pela certeza de que duas almas não se
encontram por acaso.
DEDICO.
AGRADECIMENTOS
A Deus, que conduz minha vida com infinita bondade e amor.
Aos meus pais, irmãs e sobrinhos, por todo apoio, força e incentivo.
Amo vocês!
Ao Lucas e familiares, pelo apoio e alegrias compartilhadas.
À Universidade Federal de Lavras, pela formação profissional, em
especial aos Departamentos de Agricultura e de Química.
Ao Prof. Wilson Roberto Maluf, pela oportunidade oferecida, pela
confiança, amizade, orientação e convívio durante estes três anos.
À profa. Maria das Graças Cardoso, pela inestimável contribuição à
minha formação acadêmica, pelo incentivo e amizade em todos os momentos.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), pela concessão da bolsa de estudos e à Fundação de Amparo à Pesquisa
de Minas Gerais (Fapemig), pelo suporte financeiro à pesquisa.
Aos professores Luciano, Luiz e Juliano, pela participação na banca e
contribuição na correção da tese.
À HortAgro Sementes, especialmente Vicente Licursi, Paulo Moretto,
Sebastião (Ná) e demais funcionários, pela amizade, atenção e ajuda na
condução dos experimentos.
Aos amigos de orientação, Álvaro, Daniela, Gabriel, Douglas, Aline,
Rafael, Ronaldo Libânio, David, Marcela e André, pela amizade,
companheirismo e valiosos momentos compartilhados.
Aos alunos de iniciação científica, David, Marcela e Lílian, pela
amizade.
Ao amigo Luciano (Borinho), pela amizade, conhecimento transmitido,
profissionalismo e ajuda em todos os momentos.
Aos funcionários do Setor de Olericultura da UFLA.
Ao programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, em especial Marli e
Nelzy, pela atenção, dedicação e amizade.
Aos amigos Renata, Lucrécio e Zezinho, pela amizade.
As “mocras” Virgínia, Camila e Renata que, mesmo longe, sempre
estiveram do meu lado.
À turma do Laboratório de Química (Ana Paula, Luiz Gustavo, Lidiane,
Jean, Cleuza, entre tantos outros), pela amizade.
A Miriam, pela amizade e carinho durante todo o tempo.
Aos muitos amigos que não foram citados aqui, mas que fazem parte da
minha vida e me ajudaram a vencer mais uma etapa. Obrigada!
SUMÁRIO
Página
RESUMO GERAL ................................................................................................i
GENERAL ABSTRACT.....................................................................................iii
ARTIGO 1: Resistência À Traça-do-Tomateiro (Tuta Absoluta) Mediada Por
Zingibereno E/Ou Acilaçúcares Em Genótipos De Tomateiro.............................1
Resistance to the South American tomato pinworm (Tuta absoluta) mediated by
zingiberene and/or acylsugars in tomato genotypes……………………………..4
1 Introdução..........................................................................................................5
2 Material e Métodos............................................................................................8
3 Resultados e Discussões ..................................................................................12
4 Conclusões.......................................................................................................17
5 Agradecimentos...............................................................................................18
6 Referências Bibliográficas...............................................................................19
ANEXOS............................................................................................................23
ARTIGO 2: Resistência de genótipos de tomateiro à mosca-branca e ácaro-
rajado, mediada por zingibereno e/ou acilaçúcares ............................................34
Resistance of tomato genotypes to the silverleaf whitefly Bemisia argentifolii
(Meyrick 1917) and to two-spotted spider mites (Tetranychus urticae) mediated
by zingiberene and/or acylsugars........................................................................35
1 Introdução........................................................................................................36
2 Material e Métodos..........................................................................................39
3 Resultados e Discussões ..................................................................................44
4 Conclusões.......................................................................................................51
5 Agradecimentos...............................................................................................52
6 Referências Bibliográficas...............................................................................53
ANEXOS............................................................................................................57
i
RESUMO GERAL
SILVA, Vanisse de Fátima. Resistência a artrópodos-praga em genótipos de
tomateiro ricos em zingibereno e/ou acilaçúcares. 2009. 63 p. Tese
(Doutorado em Fitotecnia)-Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.
Os acessos de tomateiro ‘PI-127826’ de Lycopersicon hirsutum var. hirsutum e
‘LA-716’ de Lycopersicon pennellii apresentam, nos folíolos, zingibereno
(ZGB) e acilaçúcares (AA), respectivamente, ambos responsáveis pela
resistência a artrópodos-praga encontradas nessas espécies. Este trabalho foi
realizado com o objetivo de de avaliar os níveis de resistência à traça-do-
tomateiro (Tuta absoluta), à mosca-branca (Bemisia argentifolii) e a ácaros
(Tetranychus urticae) de híbridos de tomateiro resultantes do cruzamento de
linhagens ricas em ZGB x linhagens ricas em AA, bem como de linhagens
parentais e de testemunhas comerciais selecionadas. Para a realização das
análises químicas de ZGB e AA, foram utilizadas as metodologias propostas por
Freitas et al. (2002) e Resende et al. (2002), respectivamente. Os genótipos
avaliados foram duplos heterozigotos para ZGB e AA [F
1
(ZGB-704 x TOM-
688), F
1
(ZGB-704 x TOM-689), F
1
(ZGB-703 x TOM-688) e F
1
(ZGB-703 x
TOM-689)], heterozigotos para ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-684) e F
1
(ZGB-704
x TOM-684)], heterozigotos para AA [F
1
(TOM-688 x TOM-684) e F
1
(TOM-
689 x TOM-684)], linhagens homozigotas com alto teor de ZGB (ZGB-703 e
ZGB-704, ambas originadas de gerações avançadas a partir do cruzamento
interespecífico entre L. esculentum x L. hirsutum var. hirsutum 'PI 127826') e
linhagens homozigotas com alto teor de AA (TOM-688 e TOM-689, ambas
originadas de gerações avançadas a partir do cruzamento interespecífico entre L.
esculentum x pennelli 'LA-716'). As testemunhas utilizadas com baixos teores de
ZGB e AA foram Débora Max e TOM-684 e as testemunhas utilizadas com
altos teores foram ‘PI-127826’ (alto ZGB) e ‘LA-716’(alto AA). Os genótipos
heterozigotos para ZGB e AA apresentaram teores destes aleloquímicos em
geral intermediários entre os dos genótipos parentais de altos e baixos teores. No
teste de resistência à traça-do-tomateiro verificou-se que todos os genótipos
duplos heterozigotos para ZGB e AA apresentaram maiores níveis de
resistência, principalmente no que diz respeito às notas para danos nas plantas,
quando comparados com os genótipos heterozigotos para AA e com os
heterozigotos para ZGB. Ambos os aleloquímicos foram eficientes em conferir
aos genótipos de tomateiro resistência à mosca-branca e ao ácaro, tanto em
homozigose quanto em heterozigose. De maneira geral, os genótipos duplos
heterozigotos apresentaram níveis de resistência à mosca-branca e ao ácaro
Comitê de Orientação: Wilson Roberto Maluf – UFLA (Orientador) e Maria das Graças
Cardoso – (Co-orientadora)
ii
iguais ou superiores aos dos genótipos heterozigotos para ZGB ou heterozigotos
para AA somente. Os resultados obtidos comprovaram que as linhagens ricas
nos aleloquímicos zingibereno e acilaçúcares podem ser usadas isoladamente ou
em combinação para obter híbridos resistentes a pragas e há evidência de que
efeitos sinérgicos entre eles podem ocorrer para promover maiores níveis de
resistência a Tuta absoluta. Diante disso, linhagens homozigotas,
simultaneamente com altos teores de zingibereno e acilaçúcares, serão
ferramentas valiosas no desenvolvimento de híbridos resistentes aos artrópodos-
praga.
iii
GENERAL ABSTRACT
SILVA, Vanisse de Fátima. Resistance to arthropod pests in zingiberene
and/or acylsugars rich tomato genotypes. 2009. 63 p. Tese (Doutorado em
Fitotecnia)- University of Lavras, Lavras, Minas Gerais, Brazil.
The tomato accessions Lycopersicon hirsutum var. hirsutum ‘PI-127826’ and
Lycopersicon pennelli ‘LA-716’ are rich in allelochemicals __ zingiberene
(ZGB) and acylsugars (AS) respectively __ that are responsible for high levels
of arthropod pest resistance. The objectives of the present work were to assess
the levels of resistance to the South American (S.A) tomato pinworm (Tuta
absoluta), to the silverleaf whitefly (Bemisia argentifolli) and to spider mites
(Tetranychus urticae) in tomato hybrids between high ZGB x high AS lines, as
compared with their parental lines and in commercial checks. ZGB and AS
contents were assessed according to the methodologies by Freitas et al (2002)
and Resende et al (2002), respectively. The genotypes assessed were double
heterozygotes for ZGB and AS [F
1
(ZGB-704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x
TOM-689), F
1
(ZGB-703 x TOM-688) and F
1
(ZGB-703 x TOM-689)], single
heterozygotes for ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-684) and F
1
(ZGB-704 x TOM-
684)], single heterozygotes for AS [F
1
(TOM-688 x TOM-684) e F
1
(TOM-689 x
TOM-684)], high ZGB homozygous lines (ZGB-703 and ZGB-704, both
derived from the interespecific cross Lycopersicon esculentum x L. hirsutum var
hirsutum 'PI 127826'), and high AS homozygous lines (TOM-688 and TOM-
689, both originated from the interespecific cross L. esculentum x L. pennelli
'LA-716'). Low ZGB and low AS check treatments Débora Max and TOM-684
were also assessed, as well as the wild accessions ‘PI-127826’ (high ZGB) and
LA-716’ (high AA). Genotypes heterozygous for ZGB or AS showed
alelochemical contents intermediate between those of their high and low content
parental lines. Genotypes double heterozygotes for ZGB and AS had higher
levels of resistance to the S.A. pinworm (as measured by overall plant damage)
than AS-single heterozygotes or ZGB-single heterozygotes. Both ZGB and AS
were efficient in conferring resistance to the silverleaf whitefly and to spider
mites, whether in homozygous or in heterozygous genotypes. Double
heterozygotes for both ZGB and AS showed levels of resistance to both pests
equal to or higher than ZGB-only or AS-only single heterozygotes. The results
indicate that high ZGB and high AS lines can be used singly or in combination
to obtain pest resistant hybrids, and there is evidence that they may have
Guidance Committee: Wilson Roberto Maluf – UFLA (Adviser) e Maria das Graças
Cardoso – (Co-adviser)
iv
synergic effects in promoting resistance to Tuta absoluta. Double homozygote
lines for both ZGB and AS may in the future be a useful tool to obtain
commercial pest resistant tomato hybrids.
ARTIGO 1
RESISTÊNCIA À TRAÇA-DO-TOMATEIRO (Tuta absoluta) MEDIADA
POR ZINGIBERENO E/OU ACILAÇÚCARES EM GENÓTIPOS DE
TOMATEIRO
(Preparado de acordo com as normas da Revista “Pesquisa Agropecuária
Brasileira”)
Vanisse de Fátima Silva
1
, Wilson Roberto Maluf
1
e Maria das Graças
Cardoso
2
2
Resistência à traça-do-tomateiro (Tuta absoluta) mediada por zingibereno
e/ou acilaçúcares em genótipos de tomateiro
(Preparado de acordo com as normas da revista Pesquisa Agropecuária
Brasileira-PAB)
Vanisse de Fátima Silva
1
, Wilson Roberto Maluf
1
e Maria das Graças Cardoso
2
(1)
Departamento de Agricultura,
(2)
Departamento de Química, Universidade
Federal de Lavras. Caixa Postal 3037, CEP 37.200-000. Lavras, MG. E-mail:
Resumo - Zingibereno (ZGB) e acilaçúcares (AA) são aleloquímicos
responsáveis, respectivamente, pela resistência de Lycopersicon hirsutum var
hirsutum ‘PI-127826’ e Lycopersicon pennellii ‘LA-716’ a artrópodos-praga e
sua utilização em programas de melhoramento genético pode permitir a
obtenção de cultivares comerciais com bons níveis de resistência. O objetivo
deste trabalho foi avaliar os níveis de resistência a Tuta absoluta de híbridos
resultantes do cruzamento de linhagens ricas em ZGB x linhagens ricas em AA,
relativamente às suas linhagens parentais e testemunhas comerciais
selecionadas. Para a quantificação dos teores de ZGB e AA e teste de resistência
à traça-do-tomateiro, foram avaliadas linhagens pré-comerciais com altos teores
de AA (TOM-688 e TOM-689), linhagens com altos teores de ZGB (ZGB-703 e
ZGB-704), híbridos heterozigotos para ZGB+AA [F
1
(ZGB-704 x TOM-688),
F
1
(ZGB-704 x TOM-689), F
1
(ZGB-703 x TOM-688) e F
1
(ZGB-703 x TOM-
689)], híbridos heterozigotos para ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-684) e F
1
(ZGB-
704 x TOM-684)] e híbridos heterozigotos para AA [F
1
(TOM-688 x TOM-684)
e F
1
(TOM-689 x TOM-684)]. As testemunhas utilizadas com baixos teores de
ZGB e AA foram Débora Max e TOM-684. Os acessos selvagens L. hirstutum
var hirsutum ‘PI-127826’ e L.pennellii ‘LA-716 foram utilizados como
testemunhas com altos teores de ZGB e AA, respectivamente. Todos os
genótipos foram submetidos à infestação com a traça-do-tomateiro em casa de
vegetação e avaliados quanto à ovoposição da traça, 10 dias após a infestação.
Foram avaliados também danos na planta e porcentagem de folíolos atacados,
até os 38 dias após a infestação. Para a realização das análises químicas de ZGB
e AA, foram utilizadas as metodologias propostas por Freitas et al. (2002) e
Resende et al. (2002), respectivamente. Os genótipos heterozigotos para ZGB e
AA apresentaram teores desses aleloquímicos em geral intermediários entre os
teores dos genótipos parentais de altos e baixos teores. Não houve diferenças
significativas quanto à ovoposição da traça-do-tomateiro entre os genótipos
homozigotos com alto teor de AA, homozigotos com alto teor de ZGB,
3
heterozigotos para AA, heterozigoto para ZGB e duplos heterozigotos para ZGB
e AA, mas todos estes genótipos apresentaram níveis de ovoposição
significativamente menores do que os das testemunhas com baixos teores de
ZGB e AA. Quando comparados com os genótipos heterozigotos para AA ou
heterozigoto para ZGB, os genótipos duplos heterozigotos apresentaram maiores
níveis de resistência à traça-do-tomateiro, principalmente no que diz respeito às
notas para danos nas plantas, indicando, assim, um efeito sinérgico entre os
aleloquímicos, no sentido de aumentar a resistência ao artrópodo-praga.
Palavras chave: aleloquímicos, efeito sinérgico, quebra de resistência.
4
Resistance to the South American tomato pinworm (Tuta absoluta)
mediated by zingiberene and/or acylsugars in tomato genotypes
Abstract - Zingiberene (ZGB) and acylsugars (AS) are allelochemicals
responsible for high levels of arthropod resistance found in L. hirsutum
var.hirsutum ‘PI-127826’ and L. pennelli ‘LA-716’, respectively. These
accessions can be used to develop commercial lines with good levels of pest
resistance. The objective of the present work were to assess the levels of
resistance to Tuta absoluta in tomato hybrids between high ZGB x high AS
lines, as compared with their parental lines and in commercial checks. High AS
homozygous lines (TOM-688 and TOM-689, both originated from the
interespecific cross Lycopersicon esculentum x L. pennelli), high ZGB
homozygous lines (ZGB-703 and ZGB-704, both derived from the interespecific
cross Lycopersicon esculentum x L. hirsutum var hirsutum), double
heterozygotes for ZGB and AS [F
1
(ZGB-704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x
TOM-689), F
1
(ZGB-703 x TOM-688) and F
1
(ZGB-703 x TOM-689)], single
heterozygotes for ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-684) and F
1
(ZGB-704 x TOM-
684)], single heterozygotes for AS [F
1
(TOM-688 x TOM-684) e F
1
(TOM-689 x
TOM-684)] were assessed for AS and ZGB contents. Low-ZGB low-AS checks
Débora Max and TOM-684 were used, as well as checks with high ZGB (PI
127826) and high AS (LA-716. The genotypes were submitted to infestation
with the South American (S.A) tomato pinworm adults in a greenhouse, and
oviposition counts were taken ten days after the infestation. Plants were scored
for overall plant damage and percent leaflets attacked until the 38th day after
infestation. Genotypes heterozygous for ZGB or AA showed alelochemical
contents intermediate between those of their high and low content parents.
There were no significant differences in S.A. tomato pinworm oviposition
between high-AS homozygous genotypes, high-ZGB homozygotes, single
heterozygotes for AA, single heterozygotes for ZGB and double heterozygotes
for ZGB and AA, but all these genotypes showed egg counts significant lower
than the low-ZGB low-AS checks. Relatively to ZGB or AS single
heterozygotes, the double heterozygotes for both ZGB and AS showed higher
levels of resistance to the insect, as measured by overall plant damage,
indicating a synergic effect between the alellochemicals towards increased levels
of resistance.
Key words: alellochemical, synergic effect, varietal resistance, pest, insect,
sesquiterpene
5
1 INTRODUÇÃO
O tomateiro (Lycopersicon esculentum, também designado Solanum
lycopersicum) é cultivado em regiões tropicais e subtropicais durante todo o ano.
Cultivam-se cerca de 55 mil hectares de tomateiro dentro do território brasileiro,
com produção de 3,1 milhões de toneladas e rendimento médio de 57,3 mil
kg.ha
-1
(Anuário..., 2007).
Apesar de o tomateiro ser uma das mais importantes plantas cultivadas,
ele possui vários problemas fitossanitários (Suinaga et al., 2003). No contexto
das pragas, uma das principais relacionados a esta cultura é a traça-do-tomateiro,
Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera: Gelechiidae) (Picanço et al., 1995). Este
artrópodo-praga representa um sério problema à tomaticultura, não somente pela
intensidade de ataque, mas também por sua ocorrência durante todo o ciclo da
cultura. O controle é feito quase que exclusivamente por meio do uso de
inseticidas e, como resultado desta prática, foram observados problemas no
controle deste inseto, tais como resistência da Tuta absoluta a inseticidas
(Siqueira et al., 2001), contaminação de aplicadores (Moreira & Oliveira, 1997)
e redução da população de inimigos naturais de Tuta absoluta (Melo & Campos,
2000).
Alguns acessos selvagens de tomateiro têm apresentado bons níveis de
resistência a artrópodos-praga. Entre esses acessos, destacam-se ‘PI-127826’ de
Lycopersicon hirsutum var hirsutum e ‘LA-716’ de Lycopersicon pennellii. A
resistência destes acessos é conferida pela presença do sesquiterpeno
(zingibereno) e acilaçúcares (acilglicose e acilsacarose), respectivamente. O
zingibereno (ZGB) é um sesquiterpeno pertencente a um grupo de compostos
orgânicos (terpenos) (Carter et al., 1988; Freitas, 1999). Sua presença foi
detectada nos acessos de L. hirsutum var. hirsutum PI-126445 (Carter & Snyder,
6
1985) e PI-127826 (Weston et al., 1989; Freitas et al., 2000; Maluf et al., 2001).
Os maiores teores de ZGB nos folíolos foram associados aos maiores níveis de
repelência a ácaros (Maluf et al., 2001, Gonçalves et al., 2006), mosca-branca
(Freitas et al., 2002) e traça-do-tomateiro (Azevedo et al., 2003).
Os acilaçúcares (AA) acilglicose e acilsacarose são aleloquímicos
presentes na espécie selvagem de tomateiro, L. pennellii. Este grupo de
fitoquímicos pode atuar impedindo a ovoposição, a alimentação ou, ainda,
exercendo efeito deletério no desenvolvimento de determinadas fases de um
artrópodo-praga (Goffreda et al., 1989; Resende et al., 2002; Resende et al.,
2006; Maciel, 2008; Resende et al., 2008).
O teor de zingibereno apresenta herança monogênica, com dominância
incompleta no sentido de menor teor, porém, não se exclui a possibilidade de
ocorrerem genes modificadores (Freitas et al., 2002). Em relação aos
acilaçúcares, resultados obtidos por Resende et al. (2002) sugerem que o alelo
incompletamente recessivo presente em L. pennellii ‘LA-716’ seja responsável
pelo alto teor de AA nele encontrado e o valor de 1,36 para o número de genes
estimados sugere tratar-se também de herança monogênica. A hipótese de
herança monogênica do teor de AA foi confirmada por Gonçalves et al. (2007),
em população segregante (F
2
) do terceiro retrocruzamento para L. esculentum
‘TOM-584’, a partir da espécie selvagem L. .pennellii ‘LA-716’.
Embora a resistência a pragas em genótipos de tomateiro ricos em ZGB
(derivados de L. hirsutum var hirsutum) ou em AA (derivados de L. pennellii)
tenha sido documentada (Goffreda et al., 1989; Juvik et al., 1994; Liedl et al.,
1995; Freitas et al., 2000; Maluf et al., 2001; Freitas et al., 2002; Resende et al.,
2002; Azevedo et al., 2003; Resende et al., 2006; Gonçalves et al., 2006; Saeidi
et al., 2007; Resende et al., 2008; Pereira et al., 2008; Maciel, 2008, Gonçalves
Neto, 2008), ainda não há relatos com híbridos resultantes do cruzamento de
linhagens altas em ZGB x linhagens altas em AA. Diante do exposto, o presente
7
trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar os níveis de resistência a Tuta
absoluta desses híbridos resultantes do cruzamento de linhagens ricas em ZGB x
linhagens ricas em AA, relativamente às suas linhagens parentais e testemunhas
comerciais selecionadas.
8
2 MATERIAL E MÉTODOS
Caracterização dos genótipos de tomateiro utilizados
9 Linhagens de tomateiro com alto teor de acilaçúcar (AA): ‘TOM-688’
e ‘TOM-689’são linhagens pré-comerciais com altos teores de AA, resultantes
do cruzamento interespecífico L.esculentum x L. pennellii ‘LA-716’, seguido por
três retrocruzamentos com L. esculentum. Plantas foram selecionadas para altos
teores de AA na geração segregante F
2
de cada retrocruzamento, segundo a
metodologia proposta por Resende et al. (2002) e testadas para resistência a
ácaro, traça e ou mosca-branca (Resende et al., 2006; Resende et al., 2008;
Pereira et al., 2008; Maciel, 2008). A resistência de TOM-688 e TOM-689 aos
ácaros Tetranychus sp., à mosca-branca Bemisia argentifolii e à traça Tuta
absoluta foi previamente confirmada por Maciel (2008). As linhagens ‘TOM-
688’ e ‘TOM-689’, presumidamente, possuem baixos teores de zingibereno, mas
o teor deste aleloquímico não foi previamente determinado.
9 Linhagens de tomateiro com alto teor de zingibereno (ZGB): ‘ZGB-
703’ e ‘ZGB-704’ são linhagens com altos teores de ZGB, resultantes do
cruzamento interespecífico L. esculentum x L. hirsutum var. hirsutum ‘PI-
127826’, seguido por dois retrocruzamentos para L. esculentum. Também nas
gerações F
2
de cada retrocruzamento, plantas foram selecionadas para alto teor
de ZGB (Freitas et al., 2002) e testadas para resistência a ácaro, traça eou
mosca-branca (Maluf et al., 2001; Freitas et al., 2002; Azevedo et al., 2003;
Gonçalves et al., 2006). As linhagens ‘ZGB-703’ e ‘ZGB-704’,
presumidamente, possuem baixos teores de acilaçúcares, mas o teor deste
aleloquímico não foi previamente determinado.
9 Linhagens e híbridos testados: genótipos contrastantes com referência
aos teores de ZGB e AA foram utilizados (Tabela 1). Os acessos selvagens
9
L.hirsutum var hirsutum ‘PI-127826’ e L. pennellii ‘LA-716’ possuem,
respectivamente, altos teores de ZGB e AA. A linhagem ‘TOM-684’ e a
testemunha comercial Débora Max, ambos genótipos com baixos teores tanto de
ZGB como de AA, foram utilizadas como testemunhas. As linhagens ‘ZGB-
703’, ‘ZGB-704’, ‘TOM-688’ e ‘TOM-689’ foram combinadas em híbridos, de
modo a obter quatro genótipos duplos heterozigotos para teores de AA e ZGB
(Tabela 1). As linhagens ‘TOM-684’, ‘TOM-688’, ‘TOM-689’, ‘ZGB-703’ e
‘ZGB-704’ também foram combinadas para a obtenção de dois híbridos
heterozigotos para teores de ZGB e dois híbridos heterozigotos para teores de
AA (Tabela 1).
Avaliação dos teores de zingibereno e acilaçúcares nos genótipos de tomateiro
Plantas dos 16 genótipos (Tabela 1) foram conduzidas em vasos (uma
planta por vaso) e avaliadas, 70 dias após o semeio, para teores de ZGB e AA,
de acordo com as metodologias propostas por Freitas et al. (2002) e Resende et
al. (2002), respectivamente. O delineamento utilizado foi em blocos
casualizados (DBC), com sete plantas de cada um dos 16 tratamentos (Tabela 1)
por bloco, distribuídos em três blocos com 112 plantas cada um. Para o
aleloquímico AA, uma curva padrão foi determinada utilizando-se uma solução
padrão de glicose e as leituras de absorbâncias foram convertidas e expressas em
nmol.cm
-2
de área foliar (Resende et al., 2002). Para o aleloquímico ZGB, as
leituras foram expressas diretamente em unidades de absorbância (Freitas et al.,
2002).
10
Teste de resistência à traça-do-tomateiro Tuta absoluta
Os genótipos (Tabela 1) foram semeados em caixas de germinação e,
posteriormente, repicados para bandejas de poliestireno com substrato Plantimax
e casca de arroz carbonizada na proporção de 1:1, que foram mantidas em casa
de vegetação até o transplantio para vasos de poliestireno com capacidade de
500mL. Para a infestação das plantas, foi previamente estabelecida uma criação
de traça-do-tomateiro em estufa telada, constituída por uma estrutura de
proteção de 12 m
2
(4,00 m x 3,00 m), modelo capela, com cobertura de plástico
transparente de 100 micras de espessura e laterais de telas antiafídicas.
Lagartas do inseto foram coletadas em cultura de tomate na Estação
Experimental de Hortaliças da HortiAgro Sementes Ltda., Ijaci, MG, e
transferidas para estufa telada. Plantas da cultivar Santa Clara,
reconhecidamente suscetível à traça-do-tomateiro e com baixos teores de ZGB e
AA, foram acondicionadas em estufa telada, com o propósito de serem utilizadas
como fonte de alimento para as lagartas e ovoposição para os adultos.
Decorridos 24 dias após o transplantio, os diferentes genótipos a serem
testados foram colocados na estufa telada previamente infestada com uma
população de Tuta absoluta. O experimento foi instalado, em delineamento
inteiramente casualizado, com uma planta por parcela e seis repetições para cada
um dos 16 tratamentos, totalizando 96 plantas. Decorridos 10 dias após a
infestação, realizou-se a primeira avaliação para ovoposição, mediante a
contagem do número de ovos, com o auxílio de um microscópico estereoscópico
binocular com aumento de 20 a 80 vezes. As plantas foram avaliadas a cada dois
dias, por sete vezes. Foram utilizados para as contagens apenas folíolos do terço
superior da planta, previamente marcados com uma fita adesiva branca para
posteriores avaliações, tendo sido avaliado o número de ovos em 2 cm
2
de área
foliar.
11
Após 20 dias de infestação, foram avaliadas as seguintes características:
danos na planta, lesões nos folíolos e porcentagem de folíolos atacados,
conforme escalas de notas propostas por Maluf et al. (1997) e Labory et al.
(1999). Nestas escalas, que variam de 0 a 5, notas baixas indicam menores danos
(maiores níveis de resistência) (Tabela 2). Foram realizadas nove avaliações, a
cada dois dias. Em seguida, as notas foram utilizadas para o cálculo da área sob
a curva ao longo do tempo. Menores áreas são indicativas de maiores níveis de
resistência à traça. A temperatura média e a umidade relativa do ar entre o
período de infestação das plantas até o último dia de avaliação dos danos
variaram de 17º a 26º, 5ºC e 80% a 100% respectivamente.
Análises estatísticas
As análises de variâncias foram realizadas e as médias dos genótipos
foram comparadas, pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade, por meio
do aplicativo estatístico Sisvar (Ferreira, 2000). Contrastes selecionados entre
grupos de genótipos com teores diferentes de ZGB e AA foram calculados
(Tabela 3), a fim de caracterizar diferenças possíveis nos níveis de resistência à
praga como uma função dos teores dos aleloquímicos. O grau de dominância
referente aos teores de ZGB e AA nos híbridos obtidos a partir do cruzamento
entre as linhagens também foi estimado por meio de comparações entre os
genótipos heterozigotos, com os respectivos genótipos homozigotos.
12
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Avaliação dos teores de zingibereno e acilaçúcares nos genótipos de tomateiro
Não houve diferença detectável pelo teste de Scott-Knott nas
concentrações de ZGB entre os genótipos homozigotos com altos teores em
ZGB (ZGB-703 e ZGB-704), genótipos heterozigotos para teores de ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-684) e F
1
(ZGB-704 x TOM-684)] e os genótipos duplos
heterozigotos para ZGB e AA [F
1
(ZGB-703 x TOM-688), F
1
(ZGB-703 x
TOM-689)], [F
1
(ZGB-704 x TOM-688) e F
1
(ZGB-704 x TOM-689)] (Tabela
4). Estes genótipos apresentaram níveis de ZGB significativamente inferiores
apenas aos do acesso selvagem L. hirsutum ‘PI-127826’ e superiores aos das
testemunhas com baixo teor (Débora Max e TOM-684), ao acesso selvagem L.
pennellii ‘LA-716’e aos genótipos heterozigotos para AA F
1
(TOM-688 x TOM-
684) e F
1
(TOM-689 x TOM-684) (Tabela 4). O grau médio de dominância
estimado para o caráter teor de ZGB apresentou, no entanto, valor médio de
0,1491 (Tabela 4), valor próximo de zero, indicativo de tipo de ação gênica
predominantemente aditiva com dominância parcial (em baixo grau) do alelo
que condiciona alto teor de ZGB.
Isso explica os valores de ZGB ligeiramente inferiores encontrados nos
genótipos heterozigotos relativamente aos encontrados nas linhagens parentais
ZGB-703 e ZGB-704. Resultados similares de dominância parcial para o teor de
ZGB foram encontrados por Freitas et al. (2002), em híbridos resultantes do
cruzamento L. esculentum x L.hirsutum var. hirsutum ‘PI-127826’.
Para o aleloquímico AA não houve diferenças significativas entre os
genótipos duplos heterozigotos, [F
1
(ZGB-704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x
TOM-689), F
1
(ZGB-703 x TOM-688) e F
1
(ZGB-703 x TOM-689)], os
13
genótipos homozigotos com alto teor de AA (TOM-688 e TOM-689) e os
genótipos heterozigotos para AA, [F
1
(TOM-688 x TOM-684)] e [F
1
(TOM-689 x
TOM-684)]. Estes genótipos ricos em AA apresentaram níveis de AA superiores
aos genótipos homozigotos com altos teores em ZGB (ZGB-703 e ZGB-704),
genótipos heterozigotos para ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-684) e F
1
(ZGB-704 x
TOM-684)] e ao acesso selvagem PI-127826 (Tabela 4).
O grau de dominância estimado para o caráter produção de AA
apresentou valor médio de 0,8136 (Tabela 4), o que indica também uma ação de
dominância parcial do alelo que controla maiores teores. Maciel (2008), testando
diferentes combinações híbridas entre linhagens com altos teores e linhagens
com baixos teores de AA, encontrou estimativas de grau médio de dominância
próximas de zero (inferiores à encontrada no presente trabalho), indicando ação
gênica predominantemente aditiva. Gonçalves et al. (2007) e Resende et al.
(2002) verificaram que o caráter produção de AA em genótipos de tomateiro
possui herança monogênica, também com ação gênica de dominância parcial.
Teste de resistência à traça-do-tomateiro Tuta absoluta
Não houve diferenças significativas, pelo teste de Scott-Knott, a 5% de
probabilidade, entre os genótipos que continham um ou ambos os aleloquímicos.
Estes genótipos apresentaram número de ovos significativamente inferiores aos
das testemunhas Débora Max e TOM-684 e superiores aos dos acessos
selvagens ‘PI-127826’ e ‘LA-716’ (Tabela 5).
Por meio dos contrates calculados, verificou-se que não houve
diferenças significativas quanto à ovoposição da traça-do-tomateiro entre os
genótipos homozigotos com alto teor de AA (TOM-688 e TOM-689),
homozigotos com alto teor de ZGB (ZGB-703 e ZGB-704), heterozigotos para
AA [F
1
(TOM-688 x TOM-684), F
1
(TOM-689 x TOM-684)], heterozigotos para
14
ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-684), F
1
(ZGB-704 x TOM-684)] e duplos
heterozigotos para AA e ZGB, simultaneamente [F
1
(ZGB-703x TOM-688),
F
1
(ZGB-703 x TOM-689), F
1
(ZGB-704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x TOM-
689)] (Contrastes C6, C7, C8, C9, C10, C11, C12, C14, C15, Tabela 5). Estes
tratamentos apresentaram números de ovos significativamente menores do que
as testemunhas comerciais com baixos teores dos aleloquímicos citados, Débora
Max e TOM-684 (Contrastes C1, C2, C3, C4, C5, Tabela 5). Entretanto, nenhum
dos genótipos analisados apresentou oviposições tão baixas quanto às
encontradas nos acessos selvagens PI-127826 e LA-716 (Contrastes C16, C17,
Tabela 5). Provavelmente, além dos aleloquímicos ZGB e AA presentes nestes
acessos, respectivamente, outros fatores que não foram recuperados durante o
processo de seleção podem explicar o maior nível de resistência destes genótipos
selvagens em relação aos demais.
Genótipos homozigotos com alto teor de ZGB (ZGB-703 e ZGB-704)
apresentaram oviposições ligeiramente inferiores às dos heterozigotos para este
aleloquímico [F
1
(ZGB-703 x TOM-684) e F
1
(ZGB-704 x TOM-684)],
diferenças detectadas como significativas por meio do contraste C13, mas não
pelo teste de médias de Scott-Knott (Tabela 5).
Com relação aos danos médios causados pela traça-do-tomateiro, foram
verificadas diferenças significativas, a 5% de probabilidade, pelo teste de Scott-
Knott, entre as testemunhas comerciais Débora Max e TOM-684 e todos os
demais tratamentos para lesões nos folíolos (LF) e danos nas plantas (DP). Para
porcentagem de folíolos atacados (PFA), os genótipos ZGB-703, F
1
(ZGB-704 x
TOM-684) e F
1
(TOM-689 x TOM-684) apresentaram nível de resistência
semelhante ao das testemunhas utilizadas para baixos teores de ZGB e AA
(Tabela 6). Para estas três características que refletem o dano às plantas causado
pelo inseto, os genótipos homozigotos com alto teor de AA (TOM-688 e TOM-
689), homozigotos com alto teor de ZGB (ZGB-703 e ZGB-704), heterozigotos
15
para AA [F
1
(TOM-688 x TOM-684), F
1
(TOM-689 x TOM-684)], heterozigotos
para ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-684), F
1
(ZGB-704 x TOM-684)] e duplos
heterozigotos para ZGB e AA [F
1
(ZGB-703 x TOM-688), F
1
(ZGB-703 x TOM-
689), F
1
(ZGB-704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x TOM-689)] mostraram níveis
de resistência à traça-do-tomateiro superiores aos das testemunhas comerciais
Débora Max e TOM-684 (Contrates C1, C2, C3, C4, C5, Tabela 6).
Maciel (2008) verificou que híbridos heterozigotos oriundos do
cruzamento entre linhagens com altos teores de AA e linhagens com baixo teor
de AA apresentaram níveis satisfatórios de resistência à traça-do-tomateiro. No
presente trabalho, resultados semelhantes foram obtidos testando híbridos
heterozigotos para ZGB. O aleloquímico ZGB foi tão efetivo quanto o AA na
promoção da resistência à traça-do-tomateiro, pois os genótipos homozigotos
ricos em AA (TOM-688 e TOM-689) apresentaram similaridade de resultados
para notas de lesão nos folíolos (LF) e danos nas plantas (DP) com os genótipos
homozigotos altos em ZGB (ZGB-703 e ZGB-704) (Contraste C8, Tabela 6).
A efetividade do ZGB no controle da traça-do-tomateiro foi
comprovada, inicialmente, por Azevedo et al. (2003): genótipos selecionados em
F
2
do cruzamento interespecífico entre L. esculentum ‘TOM-556’ x L. hirsutum
var. hirsutum ‘PI-127826’ e selecionados para alto teor de ZGB mostraram
menores lesões nos folíolos (LF), menor porcentagem de folíolos atacados
(%FA) e menores danos nas plantas (DP), quando comparados com os genótipos
com baixo teor de ZGB. As observações de Azevedo et al. (2003), agora, são
confirmadas em linhagens avançadas de tomateiro (ZGB-703 e ZGB-704) já
com boas características comerciais.
Na avaliação de notas para lesão nos folíolos (LF) e notas para danos
nas plantas (DP), os genótipos heterozigotos para AA [F
1
(TOM-688 x TOM-
684), F
1
(TOM-689 x TOM-684)], heterozigotos para ZGB [F
1
(ZGB-703 x
TOM-684), F
1
(ZGB-704 x TOM-684)] e duplos heterozigotos para ZGB e AA,
16
simultaneamente [F
1
(ZGB-703 x TOM-688), F
1
(ZGB-703 x TOM-689),
F
1
(ZGB-704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x TOM-689)], mostraram danos
semelhantes àqueles apresentados pelos genótipos homozigotos ricos em AA
(TOM-688 e TOM-689) ou homozigotos ricos em ZGB (ZGB-703 e ZGB-704)
(Contrastes C9, C10, C11, C12,C13, C14, Tabela 6). Contudo, comparados com
os genótipos heterozigotos, apenas para AA [F
1
(TOM-688 x TOM-684), F
1
(TOM-689 x TOM-684)] ou heterozigotos apenas para ZGB [F
1
(ZGB-703 x
TOM-684), F
1
(ZGB-704 x TOM-684)], os quatro genótipos duplos
heterozigotos [F
1
(ZGB-703 x TOM-688), F
1
(ZGB-703 x TOM-689), F
1
(ZGB-
704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x TOM-689)] apresentaram maiores níveis de
resistência à traça-do-tomateiro (Contrastes C6, C7, Tabela 6), principalmente
no que diz respeito às notas para danos nas plantas. Isso indica um efeito
sinérgico entre os aleloquímicos ZGB e AA, no sentido de aumentar a
resistência ao inseto praga.
Além de potencializar a resistência à traça-do-tomateiro, os híbridos
heterozigotos para AA e ZGB, simultaneamente, [F
1
(ZGB-703 x TOM-688),
F
1
(ZGB-703 x TOM-689), F
1
(ZGB-704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x TOM-
689)], poderiam atuar como uma barreira mais efetiva contra biótipos de
artrópodos-praga que viessem a quebrar a resistência mediada por apenas um
dos aleloquímicos isoladamente. Espera-se também que esses genótipos duplos
heterozigotos possam apresentar resistência a outros insetos-pragas do
tomateiro, além dos já comprovados por outros autores estudando
separadamente cada aleloquímico (Freitas et al., 2002; Azevedo et al., 2003;
Gonçalves et al., 2006; Resende et al., 2006; Pereira et al., 2008; Resende et al.,
2008; Gonçalves Neto, 2008), dessa forma, aumentando o espectro de pragas
controladas relativas àquelas controladas por cada um deles isoladamente.
17
4 CONCLUSÕES
1- Linhagens de tomateiro ricas em ZGB e AA podem ser combinadas de
modo a obter híbridos heterozigotos, cujo nível de resistência à traça foi
semelhante ou superior ao de genótipos homozigotos e heterozigotos, ricos
em ZGB ou AA, isoladamente.
2- O zingibereno (ZGB) foi tão efetivo na promoção de resistência à traça-do-
tomateiro quanto os acilaçúcares (AA).
3- Os dois aleloquímicos ZGB e AA, quando combinados em híbridos
heterozigotos, mostraram um efeito sinérgico no sentido de aumentar a
resistência à traça-do-tomateiro relativamente à obtida com o uso de ZGB ou
AA, isoladamente.
18
5 AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), à Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes), à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de Minas Gerais (Fapemig), Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), à
Universidade Federal de Lavras (UFLA), à HortiAgro Sementes Ltda., à
Fundação para o Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc) e à
Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe).
19
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SAEIDI, Z.; MALLIK, B.; KULKARNI, R. S. Inheritance of glandular
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esculentum ‘Nandi’ and L. pennellii ‘LA2963’. Euphytica, Wageningen, v.154,
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SIQUEIRA, H. A. A.; GUEDES, R. N. C.; FRAGOSO, D. B. Abamectin
resistance and synergism in Brazilian populations of Tuta absoluta (Meyrick)
(Lepidoptera: Gelechiidae). International Journal of Pest Management, v. 47,
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SUINAGA, F. A.; CASALI, V. W. D.; SILVA, D. J. H.; PICANÇO, M. C.
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absoluta1(Meyrick, 1917) (Lepidoptera: Gelechidae). Revista Brasileira de
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WESTON, P. A.; JOHNSON, D. A.; BURTON, H. T.; SNYDER, J. C.
Trichome secretion composition, trichome densities and spider mite resistence of
ten accessions of Lycopersicon hirsutum. Journal of American Society for
Horticultural Science, Alexandria, v. 114, n. 3, p. 492-498, Apr.1989.
23
ANEXOS
ANEXO Página
TABELA 1A Tratamentos utilizados nas análises químicas de zingibereno
(ZGB), acilaçúcar (AA), no teste de resistência à traça-do-
tomateiro, e suas descrições quanto aos teores dos
aleloquímicos. UFLA, Lavras, MG, 2008……………………
24
TABELA 2A
Escalas de notas utilizadas para a avaliação das lesões nos
folíolos (LF), danos nas plantas (DP) e porcentagem de
folíolos atacados (PFA) em plantas de tomateiro infestadas
por Tuta absoluta. UFLA, Lavras, MG, 2008........................
25
TABELA 3A Contrastes de interesse usados para comparações entre
genótipos e/ou grupos de genótipos com diferentes teores de
zingibereno (ZGB) e acilaçúcares (AA). UFLA, Lavras,
MG, 2008……………………………………………………
27
TABELA 4A
Teores médios de zingibereno (ZGB) e acilaçúcares (AA)
nos folíolos de linhagens e híbridos de tomate, e estimativas
do grau médio de dominância. UFLA, Lavras, MG,
2008……………………………………………....................
28
TABELA 5A
Número médio de ovos de Tuta absoluta medidos no terço
superior das plantas de tomate 10 dias após a infestação e
estimativas de contrastes de interesse. UFLA, Lavras, MG,
2007
………………………………………………………………..
29
TABELA 6A
Danos médios nas plantas de tomate em resposta à
infestação de traça-do-tomateiro Tuta absoluta: área média
calculada sobre a curva dano x tempo até os 38 dias após a
infestação, para nota lesão folíolos (LF), porcentagem de
folíolos atacados (%FA) e nota de danos nas plantas (DP).
UFLA, Lavras, MG, 2008…………………………………...
31
24
TABELA 1A. Tratamentos utilizados nas análises químicas de zingibereno
(ZGB), acilaçúcar (AA), no teste de resistência à traça-do-
tomateiro, e suas descrições quanto aos teores dos
aleloquímicos. UFLA, Lavras, MG, 2008.
Tratamentos
Genótipos Descrição
T1 DÉBORA MAX Testemunha comercial = baixo ZGB e AA
T2 TOM-684 Linhagem com baixos teores de ZGB e AA
T3 TOM-688 Linhagem com alto teor de AA (homozigota)
T4 TOM-689 Linhagem com alto teor de AA (homozigota)
T5 ZGB-703 Linhagem com alto teor de ZGB (homozigota)
T6 ZGB-704 Linhagem com alto teor de ZGB (homozigota)
T7 F
1
(ZGB-703 x TOM-688) F
1
(alto ZGB x alto AA) = heterozigoto para
ZGB e AA
T8 F
1
(ZGB-703 x TOM-689) F
1
(alto ZGB x alto AA) = heterozigoto para
ZGB e AA
T9 F
1
(ZGB-704 x TOM-688) F
1
(alto ZGB x alto AA) = heterozigoto para
ZGB e AA
T10 F
1
(ZGB-704 x TOM-689) F
1
(alto ZGB x alto AA) = heterozigoto para
ZGB e AA
T11 F
1
(ZGB-703 x TOM-684) F
1
(alto ZGB x baixo AA) = heterozigoto para
ZGB, mas com baixo teor de AA
T12 F
1
(ZGB-704 x TOM-684) F
1
(alto ZGB x baixo AA) = heterozigoto para
ZGB, mas com baixo teor de AA
T13 F
1
(TOM-688 x TOM-684) F
1
(alto AA x baixo AA) = heterozigoto para
AA, mas com baixo teor de ZGB
T14 F
1
(TOM-689 x TOM-684) F
1
(alto AA x baixo AA) = heterozigoto para
AA, mas com baixo teor de ZGB
T15 PI-127826 Acesso de Lycopersicon hirsutum var hirsutum
com alto teor de ZGB
T16 LA-716 Acesso de Lycopersicon pennellii com alto
teor de AA
25
TABELA 2A. Escalas de notas utilizadas para avaliação das lesões nos folíolos (LF), danos nas plantas (DP) e
porcentagem de folíolos atacados (PFA) em plantas de tomateiro infestadas por Tuta absoluta. UFLA,
Lavras, MG, 2008.
LF (= Notas de lesão nos folíolos):
0 = sem lesão.
1 = lesões pequenas e pouco numerosas.
2 = lesões pequenas e médias, pouco numerosas, localizadas frequentemente nos bordos dos folíolos.
3 = lesões médias e grandes, numerosas e coalescentes, bordos dos folíolos deformados.
4 = lesões grandes coalescentes, folíolos completamente deformados.
5 = lesões tomando todo o folíolo.
DP (= Notas de danos na planta):
0 = 0% de dano nas plantas.
1 = lesões pequenas e não coalescentes: 0,1% a 5% de dano.
2 = lesões pequenas e não coalescentes: 5,1% a 20% de dano.
3 = lesões médias e grandes: 20,1% a 50% de dano.
4 = lesões numerosas, grandes e coalescentes: 50,1% a 80% de dano.
5 = plantas totalmente deformadas: >80,1% de dano nas plantas.
“...continua...”
26
“TABELA 2A Cont.”
%FA ( = Porcentagem de folíolos atacados):
0 = 0% de folíolos atacados.
1 = 0,1% a 5% de folíolos atacados.
2 = 5,1% a 20% de folíolos atacados.
3 = 20,1% a 50% de folíolos atacados.
4 = 50,1% a 80% de folíolos atacados.
5 = >80,1% a 100% de folíolos atacados.
27
TABELA 3A. Contrastes de interesse usados para comparações entre genótipos e/ou grupos de genótipos com diferentes
teores de zingibereno (ZGB) e acilaçúcares (AA). UFLA, Lavras, MG, 2008.
Contras
tes
Contrastes Estimados Descrição
C1 [(T1+T2)/2 - (T3+T4)/2] Testemunhas comerciais (baixo AA e baixo ZGB) vs Linhagens homozigotas com alto AA
C2 [(T1+T2)/2 - (T5+T6)/2] Testemunhas comerciais (baixo AA e baixo ZGB) vs Linhagens homozigotas com alto ZGB
C3 [(T1+T2)/2 - (T13+T14)/2] Testemunhas comerciais (baixo AA e baixo ZGB) vs Híbridos heterozigotos para AA
C4 [(T1+T2)/2 - (T11+T12)/2] Testemunhas comerciais (baixo AA e baixo ZGB) vs Híbridos heterozigotos para ZGB
C5 [(T1+T2)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] Testemunhas comerciais (baixo AA e baixo ZGB) vs Híbridos heterozigotos para AA e ZGB
C6 [(T13+T14)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] Híbridos heterozigotos para AA vs Híbridos heterozigotos para AA e ZGB
C7 [(T11+T12)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] Híbridos heterozigotos para ZGB vs Híbridos heterozigotos para AA e ZGB
C8 [(T3+T4)/2 - (T5+T6)/2] Linhagens com alto AA (baixo ZGB) vs Linhagens com alto ZGB (baixo AA)
C9
[(T3+T4)/2 - (T13+T14)/2] Linhagens com alto AA (baixo ZGB) vs Híbridos heterozigotos para AA
C10 [(T3+T4)/2 - (T11+T12)/2] Linhagens com alto AA (baixo ZGB) vs Híbridos heterozigotos para ZGB
C11 [(T3+T4)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] Linhagens com alto AA (baixo ZGB) vs Híbridos heterozigotos para ZGB + AA
C12 [(T5+T6)/2 - (T13+T14)/2] Linhagens com alto ZGB (baixo AA) vs Híbridos heterozigotos para AA
C13 [(T5+T6)/2 - (T11+T12)/2] Linhagens com alto ZGB (baixo AA) vs Híbridos heterozigotos para ZGB
C14 [(T5+T6)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] Linhagens com alto ZGB (baixo AA) vs Híbridos heterozigotos para ZGB + AA
C15 [(T3+T4+T5+T6)/4 - (T7+T8+T9+T10+T11+T12+T13+T14)/8]
Linhagens com alto AA (baixo ZGB) e com alto ZGB (baixo AA) vs Híbridos heterozigotos
para AA, para ZGB, e para ZGB + AA
C16 [(T3+T4+T5+T6)/4 - (T15+T16)/2]
Linhagens com alto AA (baixo ZGB) e com alto ZGB (baixo AA) vs Acessos selvagens PI
127826 e LA-716
C17 [(T7+T8+T9+T10+T11+T12+T13+T14)/8 - (T15+T16)/2]
Híbridos heterozigotos para AA, para ZGB, e para ZGB + AA vs Acessos selvagens PI
127826 e LA-716
28
TABELA 4A. Teores médios de zingibereno (ZGB), expressos em absorbância e de acilacúcares (AA) expressos em
nmol.cm
-2
de área foliar, nos folíolos de linhagens e híbridos de tomate e estimativas do grau de
dominância. UFLA, Lavras-MG, 2008.
Número do
tratamento
Genótipos Zingibereno
(ZGB)
(absorbância)
Acilaçúcares
(AA)
(nmol.cm
-2
)
Grau de
dominância
estimado (ZGB)
Grau de
dominância
estimado (AA)
T1 DÉBORA MAX 0,0846ª 7,200A - -
T2 TOM-684 0,0787ª 6,862A - -
T3 TOM-688 0,1097ª 17,24C - -
T4 TOM-689 0,1097ª 17,24C - -
T5 ZGB-703 0,1872B 12,47B - -
T6 ZGB-704 0,1892B 13,21B - -
T7 F
1
(ZGB-703 x TOM-688) 0,1484B 16,51C -0,0013 0,6940
T8 F
1
(ZGB-703 x TOM-689) 0,1559B 16,37C 0,1923 0,6370
T9 F
1
(ZGB-704 x TOM-688) 0,1406B 16,53C -0,2302 0,6494
T10 F
1
(ZGB-704 x TOM-689) 0,1609B 16,42C 0,2654 0,5961
T11 F
1
(ZGB-703 x TOM-684) 0,1462B 13,21B 0,2442 -
T12 F
1
(ZGB-704 x TOM-684) 0,1574B 12,58B 0,4244 -
T13 F
1
(TOM-688 x TOM-684) 0,1130ª 18,36C - 1,2230
T14 F
1
(TOM-689 x TOM-684) 0,1092ª 17,65C - 1,0822
T15 PI-127826 0,5883C 12,13B - -
T16 LA-716 0,1198ª 28,58D - -
Grau médio de dominância: 0,1491 (±0,2310) 0,8136 ( ±0,2682)
Médias seguidas da mesma letra, nas colunas, não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade
29
TABELA 5A. Número médio de ovos de Tuta absoluta medidos no terço superior das plantas de tomate, 10 dias após a
infestação e estimativas de contrastes de interesse. UFLA, Lavras, MG, 2008
.
Genótipos
Numero ovos por 2 cm
2
de
área foliar
T1 DÉBORA MAX 21,66C
T2 TOM-684 24,33C
T3 TOM-688 10,66B
T4 TOM-689 8,00B
T5 ZGB-703 9,33B
T6 ZGB-704 8,33B
T7 F
1
(ZGB-703 x TOM-688) 10,00B
T8 F
1
(ZGB-703 x TOM-689) 8,33B
T9 F
1
(ZGB-704 x TOM-688) 9,33B
T10 F
1
(ZGB-704 x TOM-689) 10,33B
T11 F
1
(ZGB-703 x TOM-684) 10,66B
T12 F
1
(ZGB-704 x TOM-684) 13,33B
T13 F
1
(TOM-688 x TOM-684) 11,66B
T14 F
1
(TOM-689 x TOM-684) 9,66B
T15 PI-127826= L.hirsutum var hirsutum 1,33A
T16 LA-716= L. Pennellii 1,33A
(...continua...)
30
“TABELA 5A, Cont.”
Contrastes de interesse
Estimativas
(Numero ovos por 2 cm
2
de
area foliar)
C1 [(T1+T2)/2 - (T3+T4)/2] 13,66 **
C2 [(T1+T2)/2 - (T5+T6)/2] 14,16 **
C3 [(T1+T2)/2 - (T13+T14)/2] 12,33 **
C4 [(T1+T2)/2 - (T11+T12)/2] 11,00 **
C5 [(T1+T2)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] 13,50 **
C6 [(T13+T14)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] 1,16 ns
C7 [(T11+T12)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] 2,50 ns
C8 [(T3+T4)/2 - (T5+T6)/2] 0,50 ns
C9 [(T3+T4)/2 - (T13+T14)/2] -1,33 ns
C10 [(T3+T4)/2 - (T11+T12)/2] -2,66 ns
C11 [(T3+T4)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] -0,16 ns
C12 [(T5+T6)/2 - (T13+T14)/2] -1,83 ns
C13 [(T5+T6)/2 - (T11+T12)/2] -3,16 *
C14 [(T5+T6)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] -0,66ns
C15 [(T3+T4+T5+T6)/4 - (T7+T8+T9+T10+T11+T12+T13+T14)/8] -1,33 ns
C16 [(T3+T4+T5+T6)/4 - (T15+T16)/2] 7,75 **
C17 [(T7+T8+T9+T10+T11+T12+T13+T14)/8 - (T15+T16)/2] 9,08 **
Médias seguidas da mesma letra, nas colunas, não diferem entre si, pelo teste de Scott Knott
**, * e ns Significativo a 1%, 5% e não significativo, respectivamente, pelo teste F.
Id.- Identificação dos contrastes
31
TABELA 6A. Danos médios nas plantas de tomate em resposta à infestação de traça-do-tomateiro Tuta absoluta: área
média calculada sobre a curva dano x tempo até os 38 dias após a infestação, para nota lesão folíolos (LF),
porcentagem de folíolos atacados (%FA) e nota danos nas plantas (DP). UFLA, Lavras, MG, 2008.
Area média calculada
Genótipos Nota lesão folíolos
(LF)
% folíolos
atacados (%FA)
Nota dano plantas
(DP)
T1 DÉBORA MAX 64,83C 69,16C 60,50C
T2 TOM-684 62,00C 71,16C 60,83C
T3 TOM-688 38,50B 44,50B 40,33B
T4 TOM-689 38,50B 48,66B 35,50B
T5 ZGB-703 36,83B 59,33C 41,00B
T6 ZGB-704 40,83B 52,83B 37,66B
T7 F
1
(ZGB-703 x TOM-688) 40,83B 54,33B 32,16B
T8 F
1
(ZGB-703 x TOM-689) 39,16B 54,16B 34,50B
T9 F
1
(ZGB-704 x TOM-688) 33,83B 42,00B 34,16B
T10 F
1
(ZGB-704 x TOM-689) 35,16B 48,00B 36,16B
T11 F
1
(ZGB-703 x TOM-684) 41,33B 56,66B 40,16B
T12 F
1
(ZGB-704 x TOM-684) 44,50B 62,16C 44,50B
T13 F
1
(TOM-688 x TOM-684) 36,33B 53,66B 37,16B
T14 F
1
(TOM-689 x TOM-684) 41,50B 58,00C 44,66B
T15 PI-127826= L.hirsutum var hirsutum 14,16A 15,66A 15,33A
T16 LA-716= L. pennellii 10,8,3A 10,33A 9,50A
(...continua...)
32
“TABELA 6A, Cont.”
Estimativa
Contrastes de interesse Nota lesão
folíolos
(LF)
% folíolos
atacados
(%FA)
Nota dano
plantas
(DP)
C1 [(T1+T2)/2 - (T3+T4)/2] 24,91 ** 23,58 ** 22,75 **
C2 [(T1+T2)/2 - (T5+T6)/2] 24,58 ** 14,08 ** 21,33 **
C3 [(T1+T2)/2 - (T13+T14)/2] 24,50 ** 14,33 ** 19,75 **
C4 [(T1+T2)/2 - (T11+T12)/2] 20,50 ** 10,75 * 18,33 **
C5 [(T1+T2)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] 26,16 ** 20,54 ** 26,41 **
C6 [(T13+T14)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] 1,66 ns 6,20 ns 6,66 *
C7 [(T11+T12)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] 5,66 * 9,79 ** 8,08 **
C8 [(T3+T4)/2 - (T5+T6)/2] -0,33 ns -9,50 * -1,41 ns
C9 [(T3+T4)/2 - (T13+T14)/2] -0,41 ns -9,25 * -3,00 ns
C10 [(T3+T4)/2 - (T11+T12)/2] -4,41 ns -12,83 ** -4,41 ns
C11 [(T3+T4)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] 1,25 ns -3,04 ns 3,66 ns
C12 [(T5+T6)/2 - (T13+T14)/2] -0,08 ns 0,25 ns -1,58 ns
C13 [(T5+T6)/2 - (T11+T12)/2] -4,08 ns -3,33 ns -3,00 ns
C14 [(T5+T6)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] 1,58 ns 6,45 ns 5,08 ns
C15 [(T3+T4+T5+T6)/4 - (T7+T8+T9+T10+T11+T12+T13+T14)/8] -0,41 ns -2,29 ns 0,68 ns
C16 [(T3+T4+T5+T6)/4 - (T15+T16)/2] 26,16 ** 38,33 ** 26,20 **
C17 [(T7+T8+T9+T10+T11+T12+T13+T14)/8 - (T15+T16)/2] 26,58 ** 40,62 ** 25,52 **
Médias seguidas da mesma letra, nas colunas, não diferem entre si, pelo teste de Scott Knott
**, * e ns Significativo a 1%, 5% e não significativo, respectivamente, pelo teste F.
Id.- Identificação dos contrastes
ARTIGO 2
RESISTÊNCIA DE GENÓTIPOS DE TOMATEIROS À MOSCA-
BRANCA (Bemisia argentifolii) (MEYRICK 1917) E AO ÁCARO-
RAJADO (Tetranychus urticae), MEDIADA POR ZINGIBERENO E/OU
ACILAÇÚCARES
(Preparado de acordo com as normas da Revista “Revista Agropecuária
Brasileira”)
Vanisse de Fátima Silva
1
, Wilson Roberto Maluf
1
, Maria das Graças
Cardoso
2
34
Resistência de genótipos de tomateiro à mosca-branca e ácaro-rajado,
mediada por zingibereno e/ou acilaçúcares
(Preparado de acordo com as normas da revista Pesquisa Agropecuária
Brasileira-PAB)
Vanisse de Fátima Silva
1
, Wilson Roberto Maluf
1
e Maria das Graças Cardoso
2
(1)
Departamento de Agricultura,
(2)
Departamento de Química, Universidade
Federal de Lavras. Caixa Postal 3037, CEP 37.200-000. Lavras, MG. E-mail:
Resumo- Este trabalho foi realizado com o objetivo de comparar o nível de
resistência à mosca-branca e ao ácaro-rajado, de híbridos de tomateiro
resultantes do cruzamento de linhagens com alto teor de zingibereno (ZGB) x
linhagens com alto teor de acilaçúcares (AA), com o de suas linhagens parentais
e testemunhas comerciais selecionadas. Os materiais avaliados foram linhagens
pré-comerciais com altos teores de AA (TOM-688 e TOM-689), linhagens com
altos teores de ZGB (ZGB-703 e ZGB-704), híbridos heterozigotos para
ZGB+AA [F
1
(ZGB-704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x TOM-689), F
1
(ZGB-703 x
TOM-688) e F
1
(ZGB-703 x TOM-689)], híbridos heterozigotos para ZGB
[F
1
(ZGB-703 x TOM-684) e F
1
(ZGB-704 x TOM-684)] e híbridos heterozigotos
para AA [F
1
(TOM-688 x TOM-684) e F
1
(TOM-689 x TOM-684)]. Como
testemunhas para baixos teores de ZGB e AA, foram utilizadas Débora Max e
TOM-684. As espécies selvagens Lycopersicon hirstutum var hirsutum ‘PI-
127826’ e Lycopersicon pennellii ‘LA-716, respectivamente com altos teores de
ZGB e AA, foram utilizadas como testemunhas para altos teores. Os genótipos
foram submetidos ao teste de resistência à mosca-branca, nas quais foram
avaliados a ovoposição e o desenvolvimento das ninfas. Também foi realizado
um teste de repelência ao ácaro-rajado, com base na distância percorrida nos
folíolos, segundo o teste proposto por Weston & Snyder (1990). Ambos os
aleloquímicos foram eficientes em conferir aos genótipos de tomateiro
resistência à mosca-branca e ao ácaro, tanto em homozigose quanto em
heterozigose. De maneira geral, os genótipos duplos heterozigotos apresentaram
níveis de resistência à mosca-branca e ao ácaro iguais ou superiores aos dos
genótipos heterozigotos, para ZGB ou heterozigotos, para AA somente.
Palavras chave: aleloquímicos, resistência varietal, inseto, ácaro, sesquiterpeno
35
Resistance of tomato genotypes to the silverleaf whitefly Bemisia argentifolii
(Meyrick 1917) and to two-spotted spider mites (Tetranychus urticae)
mediated by zingiberene and/or acylsugars
Abstract-The objectives of this work were to assess the levels of resistance to the
silverleaf whitefly and to spider mites, in tomato hybrids obtained from crosses
between high zingiberene (ZGB) x high acylsugar (AS) lines, as well as in their
parental lines and in commercial checks. The trataments assessed were pre-
commercial high-AS lines (TOM-688 and TOM-689), high-ZGB lines (ZGB-
703 and ZGB-704), double heterozygous hybrids for ZGB and AS [F
1
(ZGB-704
x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x TOM-689), F
1
(ZGB-703 x TOM-688) and
F
1
(ZGB-703 x TOM-689)], single heterozygotes for ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-
684) and F
1
(ZGB-704 x TOM-684)], single heterozygotes for AS [F
1
(TOM-688
x TOM-684) e F
1
(TOM-689 x TOM-684)]. Low-ZGB low-AS checks Débora
Max and TOM-684 were used, as well as checks with high ZGB (L. hirsutum
var hirsutum 'PI 127826') and high AS (L. pennelli 'LA-716'). The genotypes
were submitted to tests of resistance to the silverleaf whitefly, in which were
assessed oviposition counts and nymph survival. Repellence to spider mites was
assessed based on the distance walked onto the tomato leaf surface, as indicated
in the biossay by Weston & Snyder (1990). Both ZGB and AS were efficient in
conferring resistance to the silverleaf whitefly and to spider mites, whether in
homozygous or in heterozygous genotypes. Double heterozygotes for both ZGB
and AS showed levels of resistance to both pests equal to or higher than ZGB-
only or AS-only single heterozygotes.
Key words: alellochemical, varietal resistance, insect, mite, sesquiterpene
36
1 INTRODUÇÃO
O tomateiro é cultivado em praticamente todas as regiões do Brasil,
ocupando o segundo lugar em importância econômica entre as hortaliças
cultivadas. O Brasil é o nono produtor mundial de tomate e, em 2005, a região
Sudeste atingiu a maior produção, com destaque para os estados de São Paulo
(690 mil toneladas) e Minas Gerais (642 mil toneladas). Contudo, o estado de
Goiás apresentou a maior produção individual dentre os estados brasileiros (772
mil t), elevando assim a média de produção da região Centro-Oeste, com a
segunda maior produção do país, seguida das regiões Nordeste, Sul e Norte,
nessa ordem (Anuário..., 2006).
Segundo Sinigaglia et al. (2000), as pragas do tomateiro podem ser
divididas em dois grupos. O primeiro é constituído pelos vetores de viroses e o
segundo, pelos lepidópteros (brocas, traças e lagartas desfolhadoras) e dípteros
(minadores). Entre os vetores de viroses, encontram-se os tripes (Frankliniella
schultzei e F. occidentalis), o pulgão (Myzus persicae e Aphis gossypii) e a
mosca-branca (Bemisia spp), os quais são considerados pragas-chave da cultura,
juntamente com a broca-pequena (Neoleucinodes elegantalis) e a traça-do-
tomateiro (Tuta absoluta). Outras pragas, como broca-grande (Heliothis zea) e
mosca-minadora (Liriomysa sp.) e os ácaros do gênero Tetranychus são
consideradas de importância secundária (Gonçalves et al., 1997).
Alguns trabalhos têm sido desenvolvidos, buscando obter resistência a
algumas dessas pragas, dentre elas, a mosca-branca (Freitas et al., 2002,
Resende, 2003; Maciel, 2008) e os ácaros Tetranychus spp (Carter & Snyder,
1985; Maluf et al., 2001; Pamplona et al., 2001; Gonçalves et al., 2006; Resende
et al., 2008; Pereira et al., 2008, Maciel, 2008). Na cultura do tomateiro, a
presença de mosca-branca tem sido bastante frequente, provocando, além de
37
danos diretos, prejuízos causados pelo vírus do grupo geminivírus por ela
transmitido. Os ácaros do gênero Tetranychus, apesar de serem pragas de
importância secundária, em condições de altas infestações, podem provocar
danos diretos, ocasionando seca das folhas seguida de desfolha, diminuição no
tamanho e números de frutos, além da indução à maturação precoce (Flechtmann
& Backer, 1970). Este gênero abrange um grande número de espécies e três
delas são de importância para a cultura do tomateiro: o ácaro-rajado Tetranychus
urticae e os ácaros-vermelhos Tetranychus ludeni e Tetranychus evansi. O
ácaro-rajado é o principal, no Brasil e é considerado praga importante para a
cultura (Flechtmann, 1989). A espécie Tetranychus evansi, atualmente, é
encontrada nas Américas, na África, na Europa e, mais recentemente, na Ásia
(Flechtmann, 1989; Kreiter et al., 2002; Migeon, 2005). No sul do continente
africano, esta espécie é a principal praga do tomateiro, ocasionando perdas de
até 90% na produção (Sarr et al., 2002).
O controle químico é o principal método de manejo empregado para
estas pragas. A utilização de defensivos como única ou principal forma de
manejo pode acarretar danos ao ambiente e à saúde do trabalhador rural e do
consumidor. Uma das alternativas para a obtenção de uma melhor relação
custo/benefício é o desenvolvimento de cultivares resistentes.
Os programas de melhoramento do tomateiro conduzidos no Brasil,
visando à obtenção de cultivares resistentes a pragas, têm adotado a estratégia de
integração em cultivares comerciais de alelos de resistência presentes em
materiais selvagens que contêm aleloquímicos associados à resistência. A
espécie L.hirsutum var. hirsutum tem sido estudada quanto à presença de
sesquiterpenos, especialmente o zingibereno, que confere resistência ao ácaros
(Carter & Snyder, 1985; Gonçalves et al., 2006; Maluf et al., 2001), à traça-do-
tomateiro (Ecole et al., 2000; Azevedo et al., 2003) e à mosca-branca (Freitas et
al., 2002).
38
A espécie L. pennellii tem também sido utilizada em trabalhos de
resistência, devido à presença de acilaçúcares, fitoquímicos que podem atuar
impedindo a ovoposição, a alimentação ou, ainda, exercendo efeito deletério no
desenvolvimento de determinadas fases de artrópodos-praga (Goffreda et al.,
1989; Hawthorne et al., 1992; Rodrigues et al., 1993; Juvik et al., 1994; Liedl et
al., 1995; Resende et al. 2002; Gonçalves et al., 2006; Resende et al., 2006;
Resende et al., 2008; Pereira et al., 2008, Maciel, 2008).
Em geral, a seleção de genótipos de tomateiro com altos teores desses
aleloquímicos tem levado a respostas correlacionadas no sentido de aumentar a
resistência a pragas. Diante disso, este trabalho foi realizado com o objetivo de
avaliar os níveis de resistência à mosca-branca e ao ácaro Tetranychus urticae de
híbridos de tomateiro resultantes do cruzamento de linhagens com alto teor de
zingibereno x linhagens com alto teor de acilaçúcar, bem como de linhagens
parentais e de testemunhas comerciais selecionadas.
39
2 MATERIAL E MÉTODOS
Linhagens e Híbridos testados
Genótipos contrastantes, com referência aos teores de zingibereno
(ZGB) e de acilaçúcares (AA), foram utilizados (Quadro 1).
Os acessos selvagens L.hirsutum var hirsutum ‘PI-127826’ e L. pennellii
‘LA-716’ (que possuem, respectivamente, altos teores de ZGB e AA), bem
como a linhagem TOM-684 e o híbrido comercial Débora Max (ambos
genótipos com baixos teores de ZGB e AA), foram utilizados como
testemunhas.
TOM-688 e TOM-689 são linhagens pré-comerciais com altos teores de
AA, utilizadas em programas de melhoramento da HortiAgro Sementes Ltda.
(Ijaci, MG). Estas linhagens são resultantes do cruzamento interespecífico
L.esculentum x L. pennellii ‘LA-716’, seguido por três retrocruzamentos com L.
esculentum. Para a obtenção de TOM-688 e TOM-689, plantas foram
selecionadas para alto teor de AA na geração segregante F
2
de cada
retrocruzamento, segundo a metodologia proposta por Resende et al. (2002) e
testadas para resistência a ácaro, traça e mosca-branca (Resende et al., 2006;
Resende et al., 2008; Pereira et al., 2008; Maciel, 2008).
As linhagens ZGB-703 e ZGB-704 têm altos teores de ZGB, resultantes
do cruzamento interespecífico L. esculentum x L. hirsutum var. hirsutum,’PI-
127826’ seguido por dois retrocruzamentos para L. esculentum. Também na
geração F
2
de cada retrocruzamento, plantas foram selecionadas para alto teor de
ZGB, de acordo com Freitas et al. (2002) e testadas para resistência a ácaro,
traça-do-tomateiro e mosca-branca (Freitas et al., 2002; Azevedo et al., 2003;
Gonçalves et al., 2006).
40
As linhagens ‘ZGB-703’, ‘ZGB-704’, ‘TOM-688’ e ‘TOM-689’ foram
combinadas, no presente trabalho, de modo a obter quatro genótipos duplos
heterozigotos para AA e ZGB, [F
1
(ZGB-703 x TOM-688), F
1
(ZGB-703 x TOM-
689), F
1
(ZGB-704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x TOM-689)].
As linhagens ‘ZGB-703’, ‘ZGB-704’, ‘TOM-688’, ‘TOM-689’ também
foram combinadas com ‘TOM-684’ para a obtenção de dois híbridos
heterozigotos para teores de ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-684), F
1
(ZGB-704 x
TOM-684)] e dois híbridos heterozigotos para teores de AA [F
1
(TOM-688 x
TOM-684), F
1
(TOM-689 x TOM-684)].
Quadro 1: Teores médios de zingibereno (ZGB) e acilaçúcares (AA) em
genótipos de tomateiro, expressos, respectivamente, em absorbância
e nmol.cm
-2
de área foliar (níveis relativos de ZGB e AA nas
testemunhas de baixo teor = 100). UFLA, Lavras, MG, 2008.
Genótipos Zingibereno
Acilaçúcar
Absorbância Nível
relativo
(nmol.cm
-2
) Nível
relativo
Débora-Max, TOM-684
TOM-688 e TOM-689 (homozigotos AA)
ZGB-703 e ZGB-704 (homozigotos ZGB)
Híbridos heterozigotos ZGB+AA
Híbridos heterozigotos ZGB
Híbridos heterozigotos AA
L. pennelli ‘LA-716’
L.hirsutum var hirsutum ‘PI-127826’
0,0816
0,1097
0,1882
0,1514
0,1518
0,1111
0,1198
0,5883
100,0
134,4
230,6
185,5
186,0
136,1
146,8
720,9
7,030
17,24
12,84
16,46
12,89
18,00
28,58
12,13
100,0
245,2
182,6
234,1
183,3
256,0
406,5
172,5
Fonte: Capítulo 1.
41
Teste de resistência à mosca-branca Bemisia argentifolii
O experimento foi realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA),
nos Departamentos de Agricultura e Entomologia. Uma população de Bemisia.
argentifolii foi mantida em plantas de tomate cv. Santa Clara, em telados, no
setor de estufas do Departamento de Entomologia da UFLA.
Sementes de todos os genótipos (Tabela 1) foram semeadas, em
bandejas de poliestireno expandido, com substrato comercial Plantmax e casca
de arroz carbonizada, na proporção 1:1, sendo transplantados, posteriormente,
para vasos de 500 mL, contendo o mesmo substrato. O delineamento utilizado
foi inteiramente casualizado, com 16 tratamentos e 6 repetições, totalizando 96
plantas (1 planta por parcela).
Sessenta dias após a semeadura, as plantas foram submetidas, por 48
horas, em estufa telada à infestação de uma população de mosca-branca
(Bemisia argentifolii). Depois, as plantas foram retiradas das estufas e avaliadas
quanto à ovoposição. Foram avaliados quatro folíolos do terço superior da 4
a
folha em cada planta. A contagem do número de ovos foi realizada por 2 cm
2
de
área foliar, com auxílio de um microscópico estereoscópico binocular com
aumento de 20 a 80 vezes. Vinte dias após a data da infestação, os mesmos
folíolos amostrados foram avaliados quanto ao desenvolvimento de ninfas
(número de ninfas no último instar), também com o auxílio de um microscópico
estereoscópico binocular. A temperatura média e a umidade relativa do ar entre
o período de infestação das plantas até a contagem de ninfas variaram de 17º a
26,5ºC e 80% a 100%, respectivamente.
42
Teste de repelência ao ácaro Tetranychus urticae
O experimento foi conduzido na Estação Experimental de Hortaliças da
HortiAgro Sementes Ltda., no município de Ijaci, MG, Brasil.
A repelência ao ácaro Tetranychus urticae foi quantificada por meio do
bioensaio proposto por Weston & Snyder (1990). Os 16 genótipos foram
semeados e, aproximadamente, trinta dias após o semeio, as mudas foram
transplantadas para vasos de 500 mL. O delineamento utilizado foi em blocos
casualizados com 3 repetições, totalizando 48 plantas. Foram retirados folíolos
expandidos de tamanhos semelhantes no terço superior das plantas em estádio
fenológico de florescimento.
Os ácaros foram coletados em plantas de tomate e de feijão-vagem, no
município de Ijaci. O bioensaio foi realizado sessenta dias após o semeio, no
interior de uma câmara fria, à temperatura de 16ºC±1 e umidade relativa de
64%±4%. Um folíolo de cada um dos 16 genótipos foi fixado com uma tachinha
metálica (9 mm de diâmetro) na região central da superfície adaxial foliar, em
uma folha de papel offset, sobre uma placa de isopor. Os 16 folíolos foram
distribuídos aleatoriamente sobre a placa de isopor, constituindo uma repetição.
Foram coletados 10 ácaros fêmeas, retirados da criação e transferidos para o
centro de cada tachinha, com auxílio de um pincel fino. As distâncias médias
percorridas pelos ácaros (em mm) sobre a superfície de cada folíolo foram
medidas a partir do centro de tachinha, após 20, 40 e 60 minutos. Menores
distâncias percorridas pelos ácaros foram consideradas indicativas de maiores
níveis de repelência. Foi considerada zero a distância percorrida pelos ácaros
que permaneceram sobre a tachinha.
43
Análises estatíticas
As análises de variâncias foram realizadas para os dados dos testes de
resistência à mosca-branca e repelência ao ácaro e as médias dos genótipos
foram comparadas pelo teste de Scott-Knott,
a 5% de probabilidade, por meio do
aplicativo estatístico Sisvar (Ferreira, 2000). Para estes ensaios, contrastes
selecionados entre grupos de genótipos com teores diferentes de zingibereno e
acilaçúcares foram estimados (Tabela 1), a fim de caracterizar diferenças nos
níveis de repelência à praga como uma função dos teores dos aleloquímicos.
44
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Teste de resistência a Bemisia argentifolii
As linhagens ricas em ZGB (ZGB-703 e ZGB-704) apresentaram maior
resistência à mosca-branca, mediante o teste de Scott-Knott, a 5% de
probabilidade, quando comparadas com os demais tratamentos, com exceção dos
acessos selvagens mediante (Tabela 2).
Por meio dos contrastes, verificou-se que tanto a ovoposição quanto a
sobrevivência das ninfas de Bemisia argentifolii foram afetadas pela presença
dos aleloquímicos ZGB e AA, nos genótipos de tomateiro avaliados (Tabela 2).
A eficiência dos aleloquímicos ZGB e AA em conferir resistência à mosca-
branca foi comprovada devido ao fato de ter sido suficiente que um ou ambos os
aleloquímicos estivessem presentes nos genótipos, seja em homozigose ou em
heterozigose, para que houvesse redução da ovoposição e da sobrevivência de
ninfas relativamente às testemunhas Débora Max e TOM-684 (Contrastes C1,
C2, C3, C4 e C5, Tabela 2).
Os genótipos duplos heterozigotos para ZGB e AA, simultaneamente,
[F
1
(ZGB-703 x TOM-688), F
1
(ZGB-703 x TOM-689), F
1
(ZGB-704 x TOM-
688), F
1
(ZGB-704 x TOM-689)], não apresentaram diferença significativa,
quando comparados com os híbridos heterozigotos para ZGB somente [F
1
(ZGB-
703 x TOM-684), F
1
(ZGB-704 x TOM-684)] e heterozigotos para AA somente
[F
1
(TOM-688 x TOM-684), F
1
(TOM-689 x TOM-684)], seja quanto ao número
médio de ovos, seja quanto à sobrevivência das ninfas (Contrastes C6 e C7,
Tabela 2). O fato de os genótipos duplos heterozigotos apresentarem o mesmo
comportamento do que os heterozigotos para ZGB ou para AA indica que estes
aleloquímicos atuam de forma semelhante, no que diz respeito à resistência dos
45
genótipos à mosca-branca e não apresentam efeito sinérgico. Os dados obtidos
neste trabalho contrastam com os encontrados por Silva (2009), para traça-do-
tomateiro Tuta absoluta, em que houve um efeito sinérgico, no qual a presença
simultânea de ZGB e AA promoveu aumento no nível de resistência à traça,
relativamente à presença apenas de ZGB ou de AA.
Ambos os aleloquímicos mostraram semelhança entre si quanto ao
mecanismo de resistência do tipo não preferência por ovoposição quando em
homozigose, pois não houve diferenças significativas para o número de ovos nos
folíolos entre as linhagens ricas em AA (TOM-688 e TOM-689) e as ricas em
ZGB (ZGB-703 e ZGB-704). Contudo, o ZGB foi ligeiramente, porém
significativamente, mais eficiente do que o AA, no sentido de reduzir a
sobrevivência das ninfas (Contraste C8, Tabela 2), o que indica que o ZGB pode
conferir um grau maior de antibiose do que o AA.
No geral, as linhagens com alto teor de ZGB (ZGB-703 e ZGB-704) e as
linhagens com alto teor de AA (TOM-688 e TOM-689), respectivamente,
apresentaram maior resistência à mosca-branca do que os genótipos
heterozigotos para AA [F
1
(TOM-688 x TOM-684), F
1
(TOM-689 x TOM-684)],
heterozigoto para ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-684), F
1
(ZGB-704 x TOM-684)] e
duplos heterozigotos para ZGB e AA simultaneamente, [F
1
(ZGB-703 x TOM-
688), F
1
(ZGB-703 x TOM-689), F
1
(ZGB-704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x
TOM-689)] (Contrastes C12, C13 e C14, Tabela 2). Particularmente para o
aleloquímico AA, essa superioridade dos homozigotos foi mais aparente na
característica de sobrevivência das ninfas (Contrastes C9, C10 e C11, Tabela 2),
enquanto para o ZGB, a maior resistência dos genótipos homozigotos ficou
evidente tanto no número médio de ovos quanto na sobrevivência das ninfas,
indicando que a presença de ZGB em homozigose nos genótipos de tomateiro
pode ser mais eficiente do que o AA em homozigose em conferir resistência a
mosca-branca
46
Nenhum dos genótipos analisados foi tão resistente à mosca-branca
quanto aos acessos selvagens PI-127826 e LA-716 (Contrastes C16, C17, Tabela
2), indicando que, nestes genótipos, os teores de ZGB e AA, respectivamente,
não são os únicos fatores que contribuem para a resistência ao inseto.
A efetividade do ZGB na resistência a Bemisia argentifolli foi
comprovada, inicialmente, por Freitas et al. (2002), que testaram genótipos
selecionados em F
2
do cruzamento interespecífico entre L. esculentum ‘TOM-
556’ x L.hirsutum var. hirsutum ‘PI-127826’ e verificaram que os genótipos
selecionados para alto teor de ZGB apresentaram maiores níveis de resistência à
mosca-branca do que o tomateiro comercial (com baixo teor de ZGB) L.
esculentum TOM-556. No presente trabalho, estes resultados se confirmam em
linhagens avançadas de boas características agronômicas (ZGB-703 e ZGB-704)
e seus híbridos.
Resultados análogos com o aleloquímico AA foram encontrados por
Resende et al. (2002) e Pamplona (2001): genótipos com altos teores de AA
manifestaram altos níveis de resistência, menor índice de ovoposição e maior
mortalidade dos adultos de mosca-branca, quando comparados com os genótipos
de baixos teores. Maciel (2008) verificou que híbridos resultantes do cruzamento
de linhagem com baixo teor de AA x linhagem com alto teor de AA
apresentaram menor número de ovos e menor sobrevivência das ninfas de
mosca-branca do que os genótipos com baixo teor de AA. Estes híbridos não se
diferenciaram dos genótipos homozigotos ricos em AA.
Embora os genótipos duplos heterozigotos não tenham se mostrado mais
resistentes à mosca-branca do que os genótipos heterozigotos para ZGB ou
heterozigotos para AA somente, a obtenção destes genótipos duplos
heterozigotos poderia acarretar uma maior resistência a outros artrópodos-praga
do tomateiro, além dos já comprovados por outros autores, estudando
separadamente cada aleloquímico (Freitas et al., 2002; Azevedo et al., 2003;
47
Gonçalves et al., 2006; Resende et al., 2006; Pereira et al., 2008; Resende et al.,
2008; Gonçalves Neto, 2008), dessa forma, aumentando o espectro de ação do
efeito isolado destes aleloquímicos. Estes genótipos ricos simultaneamente em
ZGB e AA também poderiam atuar como uma barreira mais efetiva contra
biótipos de artrópodos-praga que venham quebrar a resistência mediada por
apenas um dos aleloquímicos isoladamente.
Teste de repelência ao ácaro rajado Tetranychus urticae
Os genótipos testados apresentaram diferenças significativas (Tabela 3)
quanto à repelência do ácaro nos tempos avaliados (20, 40 e 60 minutos). Os
genótipos homozigotos com alto teor de AA (TOM-688 e TOM-689),
homozigotos com alto teor de ZGB (ZGB-703 e ZGB-704), heterozigotos para
AA [F
1
(TOM-688 x TOM-684), F
1
(TOM-689 x TOM-684)], heterozigotos para
ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-684), F
1
(ZGB-704 x TOM-684)] e duplos
heterozigotos para ZGB e AA simultaneamente [F
1
(ZGB-703 x TOM-688),
F
1
(ZGB-703 x TOM-689), F
1
(ZGB-704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x TOM-
689)], apresentaram distâncias de caminhamento dos ácaros sobre os folíolos
significativamente menores em todos os tempos de avaliação, quando
comparados com as testemunhas comerciais com baixos teores de ZGB e AA,
(Débora Max e TOM-684) (Contrastes C1, C2, C3, C4, C5, Tabela 3),
mostrando assim a eficiência de ambos os aleloquímicos na repelência ao ácaro.
Mesmo com os bons níveis de repelência encontrados, nenhum dos
genótipos avaliados foi tão repelente aos ácaros quanto os acessos selvagens ‘PI-
127826’ e ‘LA-716’, conforme se infere em relação às estimativas dos contrastes
que comparam esses tratamentos (Contrastes C16, C17, Tabela 3).
Provavelmente, além dos aleloquímicos ZGB e AA presentes nestes acessos,
outros fatores, que não foram totalmente recuperados durante o processo de
48
seleção, podem explicar o maior nível de repelência destes genótipos selvagens
em relação aos demais.
No tempo mínimo de avaliação (20 minutos), os genótipos duplos
heterozigotos para ZGB e AA simultaneamente [F
1
(ZGB-703 x TOM-688),
F
1
(ZGB-703 x TOM-689), F
1
(ZGB-704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x TOM-
689)], mostraram-se semelhantes aos genótipos heterozigotos para AA
[F
1
(TOM-688 x TOM-684), F
1
(TOM-689 x TOM-684)], às linhagens com alto
teor de AA (TOM-688 e TOM-689) e às linhagens com alto teor de ZGB (ZGB-
703 e ZGB-704). Porém, nos tempos de avaliações seguintes (40 e 60 minutos),
os genótipos duplos heterozigotos apresentaram menor distância de
caminhamento dos ácaros (Contrastes C6, C11 e C14, Tabela 3). Já os genótipos
heterozigotos para ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-684), F
1
(ZGB-704 x TOM-684)]
foram ligeiramente mais repelentes aos ácaros quando comparados com
genótipos duplos heterozigotos para ZGB e AA [F
1
(ZGB-703 x TOM-688),
F
1
(ZGB-703 x TOM-689), F
1
(ZGB-704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x TOM-
689)] (Contraste C7, Tabela 3).
No geral, na comparação entre linhagens com alto teor de AA (TOM-
688 e TOM-689) com os híbridos heterozigotos para AA [F
1
(TOM-688 x TOM-
684), F
1
(TOM-689 x TOM-684)] ou com as linhagens com alto teor de ZGB
(ZGB-703 e ZGB-704), não houve diferenças significativas quanto à repelência
ao ácaro (Contrastes C8 e C9, Tabela 3). Estes resultados indicam que a ligeira
superioridade quanto à repelência aos ácaros mostrada pelos genótipos duplos
heterozigotos não pode ser atribuída a uma sinergia entre o ZGB e AA, ao
contrário do que foi demonstrado nos testes de resistência à traça-do-tomateiro
Tuta absoluta realizada com os mesmos genótipos (Silva, 2009). Tais diferenças
talvez reflitam apenas diferenças no background genotípico das linhagens
empregadas na obtenção destes híbridos duplamente heterozigotos.
49
Principalmente a partir do segundo tempo de avaliação (40 minutos), os
híbridos heterozigotos para ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-684), F
1
(ZGB-704 x
TOM-684)] apresentaram menor distância de caminhamento dos ácaros nos
folíolos quando comparados com as linhagens com alto teor de ZGB (ZGB-703
e ZGB-704) ou com linhagens com alto teor de AA (TOM-688 e TOM-689)
(Contrastes C10 e C13, Tabela 3). O fato de os híbridos heterozigotos
apresentarem maior repelência ao ácaro do que as linhagens homozigotas para
altos teores se deve, provavelmente, ao seu background genotípico e favorece a
possível exploração de híbridos comerciais com resistência.
Os híbridos heterozigotos para AA [F
1
(TOM-688 x TOM-684), F
1
(TOM-689 x TOM-684)] não apresentaram diferenças significativas quanto à
repelência ao ácaro nos três tempos avaliados, quando comparados com as
linhagens homozigotas com alto teor de ZGB (ZGB-703 e ZGB-704) (Contraste
C12, Tabela 3).
Com o aumento do tempo de exposição, o grupo formado por todos os
híbridos foram mais repelentes aos ácaros do que o grupo formado pelas
linhagens altas em ZGB e altas em AA (Contraste C15, Tabela 3), uma diferença
que pode ser atribuída aos backgrounds genotípicos favoráveis decorrentes das
combinações híbridas.
Estes resultados reafirmam que os aleloquímicos AA e ZGB são
importantes componentes da resistência de genótipos de tomateiro aos ácaros. A
relação entre os maiores teores de zingibereno e maior resistência a ácaros vem
sendo confirmada desde as gerações segregantes iniciais, a partir do cruzamento
interespecífico original L. esculentum x L. hirsutum var hirsutum ‘PI-127826’
(Maluf et al., 2001; Gonçalves et al., 2006). Para acilaçúcares, esta relação
também vem sendo confirmada desde as gerações segregantes iniciais a partir do
cruzamento original L. esculentum x L. pennelli ‘LA-716’ até a obtenção de
híbridos resistentes a pragas e com características agronômicas comerciais
50
(Pereira et al., 2008; Resende et al., 2008, Maciel, 2008).
Silva (2009) verificou
que os dois aleloquímicos ZGB e AA, quando combinados em híbridos
heterozigotos, mostraram um efeito sinérgico no sentido de aumentar a
resistência à traça-do-tomateiro relativamente à obtida com o uso de ZGB ou
AA isoladamente. Este efeito sinérgico de AA e ZGB não foi observado no
presente ensaio, relativamente à repelência ao ácaro Tetranychus urticae.
Analisando a resistência dos genótipos a ambas as pragas (mosca-branca
e ácaros), a utilização tanto de híbridos heterozigotos para ZGB ou AA somente
[F
1
(TOM-688 x TOM-684), F
1
(TOM-689 x TOM-684)], [F
1
(ZGB-703 x TOM-
684), F
1
(ZGB-704 x TOM-684)], quanto dos híbridos heterozigotos tanto para
AA como ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-688), F
1
(ZGB-703 x TOM-689), F
1
(ZGB-
704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x TOM-689)], mostrou-se viável. Os híbridos
heterozigotos para AA [F
1
(TOM-688 x TOM-684), F
1
(TOM-689 x TOM-684)],
heterozigotos para ZGB [F
1
(ZGB-703 x TOM-684), F
1
(ZGB-704 x TOM-684)]
e duplos heterozigotos para ZGB e AA [F
1
(ZGB-703 x TOM-688), F
1
(ZGB-703
x TOM-689), F
1
(ZGB-704 x TOM-688), F
1
(ZGB-704 x TOM-689)] foram
iguais ou superiores na repelência aos ácaros, quando comparados com as
linhagens homozigotas com alto teor de AA (TOM-688, TOM-689) e com as
linhagens homozigotas com alto teor de ZGB (ZGB-703 e ZGB-704). Isto não
ocorreu a resistência à mosca-branca, tendo estas linhagens homozigotas sido
ligeiramente melhores do que os todos os híbridos testados.
De qualquer modo, o emprego de híbridos heterozigotos para ZGB, AA
ou ZGB+AA mostra-se efetivo no controle de mosca-branca e de ácaros-rajados
via resistência genética. Este fato é particularmente importante, dada a escassez
de linhagens ricas em ZGB ou AA com características comerciais satisfatórias.
O emprego de linhagens com baixos teores de ZGB/AA em combinações
híbridas com linhagens ricas em ZGB e/ou AA poderá acelerar a obtenção de
híbridos comerciais resistentes a pragas.
51
4 CONCLUSÕES
1- Ambos os aleloquímicos, ZGB e AA, foram eficientes em conferir
resistência à mosca-branca e ao ácaro, tanto em homozigose quanto em
heterozigose, nos genótipos de tomateiro.
2- O aleloquímico ZGB foi ligeiramente mais efetivo na resistência à mosca-
branca, quando comparado ao AA.
3- De maneira geral, os genótipos duplos heterozigotos apresentaram níveis de
resistência à mosca-branca e ao ácaro semelhantes aos dos genótipos
heterozigotos para ZGB e heterozigotos para AA.
52
5 AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), à Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes), à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de Minas Gerais (Fapemig), ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), à
Universidade Federal de Lavras (UFLA), à HortiAgro Sementes Ltda., à
Fundação para o Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc) e à
Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe).
53
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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57
ANEXOS
ANEXO Página
TABELA 1A Contrastes de interesse usados para comparações entre
genótipos e/ou grupos de genótipos com diferentes teores de
zingibereno (ZGB) e acilaçúcares (AA)…………………….
58
TABELA 2A
Número médio de ovo e ninfas, por 2 cm
2
de área foliar,
medidos 2 e 20 dias, respectivamente, após a infestação de
Bemisia argentifolii no terço superior da planta de tomate e
estimativas de contrastes de interesse. UFLA, Lavras, MG,
2008……………………………………………....................
60
TABELA 3A
Distâncias médias percorridas pelos ácaros na superfície dos
folíolos e estimativas de contrastes de interesse. UFLA,
Lavras, MG, 2008…………………………………………...
62
TABELA 1A. Contrastes de interesse usados para comparações entre genótipos e/ou grupos de genótipos com diferentes
teores de zingibereno (ZGB) e acilaçúcares (AA). UFLA, Lavras, MG, 2008.
Contrastes Contrastes Estimados Descrição
C1
[(T1+T2)/2 - (T3+T4)/2]
Testemunhas comerciais (baixo AA e baixo ZGB) vs Linhagens
homozigotas com alto AA
C2
[(T1+T2)/2 - (T5+T6)/2]
Testemunhas comerciais (baixo AA e baixo ZGB) vs Linhagens
homozigotas com alto ZGB
C3
[(T1+T2)/2 - (T13+T14)/2]
Testemunhas comerciais (baixo AA e baixo ZGB) vs Híbridos
heterozigotos para AA
C4
[(T1+T2)/2 - (T11+T12)/2]
Testemunhas comerciais (baixo AA e baixo ZGB) vs Híbridos
heterozigotos para ZGB
C5
[(T1+T2)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4]
Testemunhas comerciais (baixo AA e baixo ZGB) vs Híbridos
heterozigotos para AA e ZGB
C6
[(T13+T14)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4]
Híbridos heterozigotos para AA vs Híbridos heterozigotos para AA e ZGB
C7
[(T11+T12)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4]
Híbridos heterozigotos para ZGB vs Híbridos heterozigotos para AA e ZGB
C8
[(T3+T4)/2 - (T5+T6)/2]
Linhagens com alto AA (baixo ZGB) vs Linhagens com alto ZGB (baixo
AA)
C9
[(T3+T4)/2 - (T13+T14)/2]
Linhagens com alto AA (baixo ZGB) vs Híbridos heterozigotos para AA
C10
[(T3+T4)/2 - (T11+T12)/2]
Linhagens com alto AA (baixo ZGB) vs Híbridos heterozigotos para ZGB
C11
[(T3+T4)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4]
Linhagens com alto AA (baixo ZGB) vs Híbridos heterozigotos para ZGB +
AA
C12
[(T5+T6)/2 - (T13+T14)/2]
Linhagens com alto ZGB (baixo AA) vs Híbridos heterozigotos para AA
C13
[(T5+T6)/2 - (T11+T12)/2]
Linhagens com alto ZGB (baixo AA) vs Híbridos heterozigotos para ZGB
(...continua...)
58
C14
[(T5+T6)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4]
Linhagens com alto ZGB (baixo AA) vs Híbridos heterozigotos para ZGB +
AA
C15
[(T3+T4+T5+T6)/4 - (T7+T8+T9+T10+T11+T12+T13+T14)/8]
Linhagens com alto AA (baixo ZGB) e com alto ZGB (baixo AA) vs
Híbridos heterozigotos para AA, para ZGB, e para ZGB + AA
C16
[(T3+T4+T5+T6)/4 - (T15+T16)/2]
Linhagens com alto AA (baixo ZGB) e com alto ZGB (baixo AA) vs
Acessos selvagens PI 127826 e LA-716
C17
[(T7+T8+T9+T10+T11+T12+T13+T14)/8 - (T15+T16)/2]
Híbridos heterozigotos para AA, para ZGB, e para ZGB + AA vs Acessos
selvagens PI 127826 e LA-716
TABELA 1A
,
Cont.
59
60
TABELA 2A. Número médio de ovos e ninfas, por 2 cm
2
de área foliar, medidos 2 e 20 dias, respectivamente, após a
infestação de Bemisia argentifolli no terço superior da planta de tomate e estimativas de contrastes de
interesse, UFLA, Lavras, MG, 2008
Genótipos Nº médio de
ovos.2 cm
2
de
folíolo
-1
Nº médio de
ninfas.foliolo
-1
T1 DÉBORA MAX 104,83 D 85,00 D
T2 TOM-684 96,16 D 70,66 D
T3 TOM-688 51,33 C 46,33 C
T4 TOM-689 41,66 C 33,50 B
T5 ZGB-703 41,83 C 33,16 B
T6 ZGB-704 31,33 B 25,33 B
T7 F
1
(ZGB-703 x TOM-688) 56,83 C 51,50 C
T8 F
1
(ZGB-703 x TOM-689) 56,00 C 53,83 C
T9 F
1
(ZGB-704 x TOM-688) 53,33 C 49,16 C
T10 F
1
(ZGB-704 x TOM-689) 49,83 C 46,33 C
T11 F
1
(ZGB-703 x TOM-684) 52,33 C 47,33 C
T12 F
1
(ZGB-704 x TOM-684) 61,50 C 57,16 C
T13 F
1
(TOM-688 x TOM-684) 62,16 C 54,66 C
T14 F
1
(TOM-689 x TOM-684) 57,83 C 53,83 C
T15 PI-127826= L.hirsutum var hirsutum 0,16 A 0,00 A
T16 LA-716= L. pennellii 0,33 A 0,33 A
Estimativas
Id.
Contrastes de interesse
Nº médio de
ovos. 2 cm
2
de
folíolo
-1
Nº médio de
ninfas. foliolo
-1
C1 [(T1+T2)/2 - (T3+T4)/2] 54,00 ** 37,91 **
C2 [(T1+T2)/2 - (T5+T6)/2] 63,91 ** 48,58 **
C3 [(T1+T2)/2 - (T13+T14)/2] 40,50 ** 23,58 **
C4 [(T1+T2)/2 - (T11+T12)/2] 43,58 ** 25,58 **
C5
[(T1+T2)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4]
46,50 ** 27,62 **
(
...con
t
inua..
)
61
TABELA 2A, Cont.
C6 [(T13+T14)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] 6,00 ns 4,04 ns
C7 [(T11+T12)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] 2,91 ns 2,04 ns
C8 [(T3+T4)/2 - (T5+T6)/2] 9,91 ns 10,66 *
C9 [(T3+T4)/2 - (T13+T14)/2] -13,50 * -14,33 **
C10 [(T3+T4)/2 - (T11+T12)/2] -10,41 ns -12,33 *
C11 [(T3+T4)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] -7,50 ns -10,29 *
C12 [(T5+T6)/2 - (T13+T14)/2] -23,41 ** -25,00 **
C13 [(T5+T6)/2 - (T11+T12)/2] -20,33 ** -23,00 **
C14 [(T5+T6)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] -17,41 ** -20,95 **
C15 [(T3+T4+T5+T6)/4 - (T7+T8+T9+T10+T11+T12+T13+T14)/8] -14,68 ** -17,14 **
C16 [(T3+T4+T5+T6)/4 - (T15+T16)/2] 41,29 ** 34,41 **
C17 [(T7+T8+T9+T10+T11+T12+T13+T14)/8-(T15+T1)6)/2] 55,97 ** 51,56 **
Médias seguidas da mesma letra, nas colunas, não diferem entre si, pelo teste de Scott Knott
**, * e ns Significativo, a 1%, 5% e não significativo, respectivamente, pelo teste F.
Id.- Identificação dos contrastes
62
TABELA 3A. Distâncias médias percorridas pelos ácaros na superfície dos folíolos e estimativas de contrastes de
interesse, UFLA, Lavras, MG, 2008.
Id. Tratamentos Distância percorrida pelo ácaro na superfície do
folíolo (mm)
20 min 40 min 60 min
T1 DÉBORA MAX 19,28 D 18,88 E 22,60 F
T2 TOM-684 21,85 E 21,44 F 18,66 E
T3 TOM-688 9,03 B 8,94 B 11,43 C
T4 TOM-689 11,33 C 13,06 D 13,94 D
T5 ZGB-703 12,26 C 12,09 D 13,18 D
T6 ZGB-704 11,46 C 9,51 B 11,17 C
T7 F
1
(ZGB-703 x TOM-688) 10,55 C 10,85 C 11,70 C
T8 F
1
(ZGB-703 x TOM-689) 11,76 C 8,03 B 9,34 B
T9 F
1
(ZGB-704 x TOM-688) 9,56 B 9,21 B 9,340 B
T10 F
1
(ZGB-704 x TOM-689) 11,04 C 10,42 C 9,60 B
T11 F
1
(ZGB-703 x TOM-684) 9,14 B 9,13 B 9,13 B
T12 F
1
(ZGB-704 x TOM-684) 9,28 B 8,85 B 8,75 B
T13 F
1
(TOM-688 x TOM-684) 10,69 C 10,73 C 12,05 C
T14 F
1
(TOM-689 x TOM-684) 11,79 C 11,90 D 11,37 C
T15 PI-127826= L.hirsutum var hirsutum 2,22 A 2,21 A 2,24A
T16 LA-716= L. pennellii 1,05 A 1,17 A 1,46 A
Id. Contrastes de interesse Estimativas
20 min 40 min 60 min
C1 [(T1+T2)/2 - (T3+T4)/2] 10,38 ** 9,16 ** 7,94 **
C2 [(T1+T2)/2 - (T5+T6)/2] 8,70 ** 9,36 ** 8,45 **
C3 [(T1+T2)/2 - (T13+T14)/2] 9,32 ** 8,84 ** 8,92 **
C4 [(T1+T2)/2 - (T11+T12)/2] 11,35 ** 11,17 ** 11,69 **
C5 [(T1+T2)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] 9,83 ** 10,55 ** 10,63 **
C6 [(T13+T14)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] 0,51 ns 1,71 ** 1,71 **
(...continua..)
63
“TABELA 3A, Cont.”
C7 [(T11+T12)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] -1,51 * -0,61 ns -1,05 *
C8 [(T3+T4)/2 - (T5+T6)/2] -1,68 * 0,20 ns 0,51 ns
C9 [(T3+T4)/2 - (T13+T14)/2] -1,06 ns -0,31 ns 0,97 ns
C10 [(T3+T4)/2 - (T11+T12)/2] 0,97 ns 2,01 ** 3,74 **
C11 [(T3+T4)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] -0,54 ns 1,39** 2,69 **
C12 [(T5+T6)/2 - (T13+T14)/2] 0,62 ns -0,51 ns 0,46 ns
C13 [(T5+T6)/2 - (T11+T12)/2] 2,65 ** 1,81 ** 3,23 **
C14 [(T5+T6)/2 - (T7+T8+T9+T10)/4] 1,13 ns 1,19** 2,18 **
C15 [(T3+T4+T5+T6)/4 - (T7+T8+T9+T10+T11+T12+T13+T14)/8] 0,54 ns 1,02** 2,27 **
C16 [(T3+T4+T5+T6)/4 - (T15+T16)/2] 9,38 ** 9,21** 10,58 **
C17 [(T7+T8+T9+T10+T11+T12+T13+T14)/8 -(T15+T16)/2] 8,84 ** 8,18** 8,31 **
Médias seguidas da mesma letra, nas colunas, não diferem entre si, pelo teste de Scott Knott
**, * e ns Significativo, a 1%, 5% e não significativo, respectivamente, pelo teste F.
Id.- Identificação dos contrastes e tratamentos
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