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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS, APOPTOSE E
EXPRESSÃO DE METALOPROTEINASES NO TECIDO
LAMINAR DE EQUINOS SUBMETIDOS À OBSTRUÇÃO
INTESTINAL EXPERIMENTAL. EFEITOS DA
HIDROCORTISONA
Luciane Maria Laskoski
Médica Veterinária
JABOTICABAL- SP
2009
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS, APOPTOSE E
EXPRESSÃO DE METALOPROTEINASES NO TECIDO
LAMINAR DE EQUINOS SUBMETIDOS À OBSTRUÇÃO
INTESTINAL EXPERIMENTAL. EFEITOS DA
HIDROCORTISONA
Luciane Maria Laskoski
Orientador: Prof. Dr. Carlos Augusto Araújo Valadão
Co-orientadora: Profa. Dra. Rosemeri de Oliveira Vasconcelos
JABOTICABAL- SP
2009
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias Unesp, Campus de
Jaboticabal, como parte das exigências para a
obtenção do título de Mestre em Cirurgia Veterinária
junto ao programa de Pós-graduação em Cirurgia
Veterinária.
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i
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
LUCIANE MARIA LASKOSKI nasceu na cidade de Curitiba, PR, no dia
18 de abril de 1981, filha de João Laskoski e Leonor Madalena Laskoski. Em
janeiro de 2005, graduou-se em Medicina Veterinária pela Universidade Federal
do Paraná, Campus de Curitiba. Participou como aprimoranda do Programa de
Aprimoramento (Residência) em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica
de Grandes Animais, nos anos de 2005 e 2006, na Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias (FCAV) da Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho, Unesp, câmpus de Jaboticabal, e, em março de 2007, ingressou
no Programa de Pós-graduação em Cirurgia Veterinária, no curso de Mestrado.
ii
"Existem apenas duas maneiras de ver a vida. Uma é pensar que não
existem milagres e a outra é pensar que tudo é um milagre."
Albert Einstein
iii
A todos os eqüinos que passaram pela minha vida, sobretudo os animais
utilizados neste estudo.
Ao meu irmãozinho Tiago (in memorian), que sempre cultivou o verdadeiro
amor aos cavalos. Agradeço a Deus, por todos os anos, meses e horas que viveu
conosco. Todas as minhas conquistas são também suas conquistas.
Dedico
iv
Aos meus tesouros
Meu pai, João Laskoski, exemplo extraordinário de ser humano, dotado de
imensa capacidade de amar ao próximo, em quem procuro me espelhar todos os
dias. Agradeço a Deus por todos os momentos que me permite desfrutar de sua
presença!
À minha mãe, Leonor Madalena Laskoski, que sempre se dedicou a todos
com muito amor e carinho. E mesmo em meio a obstáculos, por vezes tão
dolorosos, não se deixou abater, sendo a rocha sólida que une a nossa família.
Às minhas queridas irmãzinhas, Renata e Lorena, que muito mais que
irmãs, são minhas melhores amigas, a quem tudo confio. Não são apenas os
laços de sangue que nos unem...somos irmãs de alma!
Ofereço
v
AGRADECIMENTOS
À Deus, que sempre esteve ao meu lado, não permitindo que eu duvidasse
um segundo sequer sobre sua existência, mesmo nos momentos mais difíceis e
dolorosos dessa caminhada, chamada vida.
Ao prof. Dr. Carlos Augusto Araújo Valadão, profissional a quem
admirava antes de conhecer, por ter me aceitado como sua orientada, propiciando
conhecimento ímpar durante o mestrado. Com o senhor aprendi que os sonhos
são importantes para guiar nossos passos em direção ao futuro, mas que não se
deve desprezar as várias etapas, e concluí-las da melhor forma possível. E agora,
como não haveria de ser, pelo senhor sinto um profundo respeito e carinho, por
tudo o que tem feito em relação a mim.
À prof
a
Dr
a
Rosemeri de Oliveira Vasconcelos, pela co-orientação de grande
importância durante a realização deste trabalho, me inserindo no mundo
“tenebroso” da imunohistoquimica. Co-orientação esta que me possibilitou
conviver com a pessoa querida Rosemeri, sempre disposta a ajudar a todos que
lhe procuram com extrema amabilidade.
Ao pessoal do Laboratório de Imunologia Aplicada da Prof
a
. Dagmar
Machado, da UNICAMP, especialmente à Juliete e Danilo, pela pronta solicitação
que foi fundamental para os resultados finais deste estudo.
Aos funcionários do Departamento de Patologia Veterinária, Téo, Edgar,
Lia, Francisca e Ronaldo, que foram de extrema importância para a execução
experimental, auxiliando nas coletas do material, preparação das lâminas e
vi
armazenagem das amostras A dedicação, boa vontade e amizade de todos vocês
foi muito importante para o desenrolar deste estudo.
À Adriana Helena de Souza, que me orientou, com muita propriedade, a dar
os passos iniciais na pesquisa com laminite.
À Nathalia dos Santos Costa, e também a seu orientador Prof. José
Jurandir Fagliari, pelo trabalho em parceria que possibilitou a execão deste
trabalho.
Ao prof. Dr. Antônio Carlos Alessi, pela utilização de seu laboratório e
contribuições inteligentes e construtivas sobre este trabalho. Saiba que lhe admiro
e estimo pela pessoa diferenciada que é, como profissional ético e dotado de
conhecimento, e pessoa querida e agradável. Poder trabalhar junto ao senhor foi
uma oportunidade única que este trabalho me proporcionou.
Ao prof. Dr. José Corrêa de Lacerda Neto, pelas valorosas contribuições a
esse trabalho. Aproveito para destacar, que agradeço não apenas pelo momento
atual, mas principalmente por todo o aprendizado que tive graças aos seus
ensinamentos durante a residência, e mesmo durante o mestrado. Pelo senhor
tenho, além de admiração, um carinho sincero.
Ao colega Alexandre Pinto Ribeiro, pela boa vontade em cooperar, sendo
de fundamental importância para que as análises zimográficas pudessem ser
realizadas
À funcionária da reprodução, Roberta, pela boa vontade em me ajudar com
o congelamento das amostras.
vii
À Ana Carolina Trompieri, pela pronta colaboração com a técnica de
imunohistoquímica e amizade durante todo o tempo de realização da IHQ.
À Geórgia Mode, por toda a doçura e boa vontade em me ajudar com a
leitura das lâminas.
Ao prof. Dr. Rafael Resende Faleiros, pelas valiosas trocas de informações
que resultaram neste trabalho. Profissional a quem admiro, pelo imenso
conhecimento e simplicidade.
À prof
a
Dr
a
Renee Laufer Amorim, da Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia, Unesp Botucatu, por toda a ajuda durante a padronização da
imunohistoquímica para caspase 3.
Ao amigo Marsel de Carvalho, pela fundamental ajuda na colheita de
material no abatedouro de eqüinos, e por todo o companheirismo durante o tempo
de mestrado.
À querida amiga Andréa Uribe, grande companheira nestes dois anos de
mestrado. Pude contar com sua ajuda durante a coleta de casco dos animais
controle e inúmeras outras atividades, de boa vontade e entusiasmo. Obrigada por
todo o carinho e palavras sempre ditas no momento exato. Você é muito especial
para mim.
Ao Dr. Philip Johnson, contribuindo com conhecimento ímpar a respeito de
diversos aspectos nesse trabalho, sempre com extrema amabilidade e atenção.
viii
À Rodrigo Norberto Pereira, pelo companheirismo durante o período
experimental, muito importante para superar todas as dificuldades que se
apresentaram
Ao funcionário Cláudio, responsável pelo transporte da Unesp, pela boa
vontade em ajudar com todas as atividades que dependiam de sua colaboração.
À Fapesp, pelo apoio financeiro com a bolsa de mestrado e auxílio
pesquisa, sem os quais seria impossível desenvolver este estudo.
Aos professores José Jurandir Fagliari, Mario Roberto Hatayde, Luis Carlos
Marques e Luis Fernando O. S. Carvalho pelo período de grandes ensinamentos
durante a residência. Agradeço também aos professores José Wanderley
Cattelan, Delphim da Graça Macoris, José Antônio Marques e Júlio Carlos Canola
pelas contribuições importantes no mesmo período.
Às funcionárias da Pós-graduação, em especial a Karina, Márcia e Bel por
toda a ajuda e boa vontade em colaborar com os trâmites burocráticos.
Aos funcionários do HV, Edson, Buzoli, Carlão, José, Bertanha, Carlos,
Arildo, Arnildo e Laerte por toda a ajuda e amizade durante a residência e em
vários momentos durante o mestrado. Agradeço muito também as queridas
funcionárias da diretoria, Sirlene e Dalva, pela boa vontade em me ajudar em tudo
o que pudessem. À Shizuko e Aléscio, por todos os auxílios burocráticos
prestados. Agradeço aos demais, Ana, Izilda, Márcia, Luiza, Flávia, Lígia, Miguel,
Lidiane, pelo convívio tranqüilo e prazeroso durante todo esse tempo. E, de modo
especial, ao Eugênio, pela paciência e disposição para fotografar os cortes
histológicos.
ix
Às queridas amigas que fiz em Jaboticabal: Fernanda Perez Medeiros,
Thaís Gomes Rocha e Larissa Gabriela Ávila, que durante um ano de intensa
convivência tornaram minha vida em Jaboticabal muito mais leve e feliz. À Dunia
Trujillo, minha amiga colombiana, companheira dos meses finais do mestrado. À
Julia Eumira, que mesmo encontrando poucas vezes, compartilhamos uma
amizade rara. À Sabrina Santos Costa, amiga desde os tempos de estágio, de
coragem e determinação contagiantes. Todas mulheres guerreiras, honestas e
verdadeiras, vocês são os meus presentes de Deus em Jaboticabal.
À amiga Marina Mendes, pela amizade espontânea. O seu jeito de ser,
determinado, e seu amor aos animais, me servem de exemplo.
Às minhas amigas, Camila Gomes, Márcia Albuquerque e Anabella Mira,
amizades que o tempo não apaga e a distância não diminui. Sempre presentes em
todos os grandes momentos da minha vida, sejam eles alegres ou tristes.
Deixo aqui também registradas, algumas palavras que a emoção não
permitiu dizer pessoalmente...o agradecimento especial à meus pais e minhas
irmãs. À vocês, que foram a rocha forte que sustentou toda a minha caminhada
em busca de meus sonhos, com a certeza, como vocês mesmos falaram, que se
algo desse errado estariam sempre esperando por mim. Por vocês levanto a cada
tropeço da vida, e é para vocês que ofereço todas as conquistas de meu esforço.
Tenho muito orgulho de nossa origem e nossa história. Nesta família aprendi o
sentido da palavra amor.
E a todas as pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para a
realização deste trabalho.
x
SUMÁRIO
Página
LISTA DE ABREVIATURAS.................................................................. xii
LISTA DE TABELAS.............................................................................. xiii
LISTA DE FIGURAS.............................................................................. xiv
RESUMO................................................................................................
xvi
ABSTRACT............................................................................................ xvii
1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 1
2. REVISÃO DE LITERATURA.............................................................. 2
3. OBJETIVOS....................................................................................... 11
4. MATERIAL E MÉTODOS...................................................................
11
4.1 Animais......................................................................................... 11
4.1.1 Animais Controle Normais (Gc)............................................ 11
4.1.2 Animais Submetidos a Procedimento Cirúrgico (Gi, Gt e
Gnt).........................................................................................
12
4.2 Delineamento Experimental.......................................................... 12
4.2.1 Distribuição dos grupos........................................................ 13
4.2.2 Extração do tecido laminar................................................. 14
4.3 Análise em Microscopia de Luz.................................................... 14
4.4 Análise Imunohistoquímica (IHQ) para Detecção de Caspase 3
e 4 e Metaloproteinases (MMPs) 2 e 9................................................
15
4.5 Análise Zimográfica das MMPs 2 e 9............................................
17
5. ANÁLISE ESTATÍSTICA.................................................................... 18
6. RESULTADOS................................................................................... 18
6.1 Presença de Lesões Histológicas no Córium laminar...................
19
6.2 Imunomarcação para Caspase 3 e 14.......................................... 23
xi
6.3 Intensidade de Imunomarcação para MMP-2............................... 26
6.4 Intensidade de Imunomarcação para MMP-9............................... 28
6.5 Relação de Dependência entre os Escores de Alteração
Morfológica e Intensidade de Imunomarcação para MMP-2 e MMP-
9....................................................................................................
30
6.6 Expressão de MMPs 2 e 9 por Meio da Técnica de Zimografia... 31
7. DISCUSSÃO...................................................................................... 34
8. CONCLUSÕES.................................................................................. 43
9. REFERÊNCIAS..................................................................................
44
xii
LISTA DE ABREVIATURAS
BSA: soro albumina bovino
CaCl:cloreto de cálcio
CB: célula basal
DAB: diaminobenzidina
DNA: ácido desoxirribonucléico
Gc: grupo controle
Gi: grupo instrumentado
Gnt: grupo não tratado
Gt: grupo tratado
HE: hematoxilina e eosina
HCl: ácido clorídrico
IHQ: imunohistoquímica
kDa: kilodaltons
LDP: lâmina dérmica primária
LDS:lâmina dérmica secundária
LEP: lâmina epidérmica primária
LES: lâmina epidérmica secundária
Log: logarítmo
MB: membrana basal
mmHg: milímetros de mercúrio
mM: milimols
MMPs: metaloproteinases
MMP-2: metaloproteinase 2
MMP-2 L+I: metaloproteinase 2 latente mais intermediária
MMP-9: metaloproteinase 9
NaCl: cloreto de sódio
NGAL: lipocalina associada a gelatinase de neutrófilos
PAS: ácido periódico de Schiff
PBS: solução tampão de fosfato
ROS: espécies reativas de oxigênio
SOD: superóxido dismutase
TIMP: inibidor tecidual de metaloproteinase
TNF-α: fator de necrose tumoral α
xiii
LISTA DE TABELAS
Tabela
1
-
Distribuição dos grupos de acordo com o procedimento
realizado.....................................................................................
13
2
-
Escores de alterações morfológicas do córium laminar dos
eqüinos dos grupos experimentais (baseado em POLLITT,
1996)..........................................................................................
15
3
-
Anticorpos utilizados para imunomarcação no tecido
laminar........................................................................................
17
4
-
Medianas dos escores de alterações do tecido laminar
observados nos grupos controle e experimentais (Gi, Gt e
Gnt), com intervalos interquartis entre parêntesis. Colunas
marcadas pela mesma letra não diferem entre si......................
23
5
-
Médias e desvios padrão do número de células apoptóticas
entre os grupos controle e experimentais (Gi, Gt e Gnt).
Colunas marcadas pela mesma letra não diferem entre
si.................................................................................................
26
6
-
Medianas da intensidade de imunomarcação para MMP- 2
entre os grupos controle e experimentais (Gi, Gt e Gnt), com
intervalos interquartis entre parêntesis. Colunas marcadas
pela mesma letra não diferem entre si.......................................
28
7
-
Medianas da intensidade de imunomarcação para MMP- 9
entre os grupos controle e experimentais (Gi, Gt e Gnt), com
intervalos interquartis entre parêntesis. Colunas marcadas
pela mesma letra não diferem entre si.......................................
29
8
-
Valor de significância estatística entre os escores de alteração
morfológica, MMP-2 e MMP-9, por meio do teste de Fisher......
31
9
-
Médias e coeficiente de variabilidade das enzimas MMP-2 e
MMP-9 entre os grupos experimentais (p<0,05), em 10
3
pixels..........................................................................................
32
xiv
LISTA DE FIGURAS
Figura
1
-
Fotomicrografias do tecido laminar eqüino. Características
morfológicas dos escores zero e 1...............................................
20
2
-
Fotomicrografias de tecido laminar eqüino. Características
morfológicas dos escores 1 e 1,5.................................................
21
3
-
Fotomicrografias do tecido laminar eqüino. Características
morfológicas da MB nos escores zero e 1,5.................................
22
4
-
Medianas e intervalos interquartis dos escores das alterações
morfológicas do tecido laminar observadas nos grupos controle
e experimentais (Gi, Gt e Gnt).Colunas marcadas pela mesma
letra não diferem entre si...............................................................
23
5
-
Imunohistoquímica para caspase 3 e 14. Fotomicrografias do
tecido laminar equino (A, C, D, F); fotomicrografia de linfonodo
equino (B) e fotomicrografia de pele eqüina
(E)..................................................................................................
25
6
-
Médias e desvios padrão do número de células apoptóticas dos
grupos controle e experimentais (Gi, Gt e Gnt). Colunas
marcadas pela mesma letra não diferem entre si.........................
26
7
-
Imunohistoquímica para MMP-2. Fotomicrografia do tecido
laminar equino (A, B, C, D e F). Fotomicrografia de tecido
mamário de cadela
(E)..................................................................................................
27
8
-
Medianas e intervalos interquartis dos escores para a
Intensidade de imunomarcação para MMP-2 dos grupos
controle e experimentais (Gi, Gt e Gnt). Colunas marcadas pela
mesma letra não diferem entre
si....................................................................................................
28
9
-
Imunohistoquímica para MMP-9. Fotomicrografia do tecido
laminar equino (A, B, C) e fotomicrografia de tecido mamário de
cadela (E)......................................................................................
29
xv
10
-
Medianas e intervalos interquartis das Intensidade de
imunomarcação para MMP-9 dos grupos controle e
experimentais (Gi, Gt e Gnt). Colunas marcadas pela mesma
letra não diferem entre si...............................................................
30
11
-
Ilustração fotográfica da atividade enzimática das MMPs,
registrada em gel de poliacrilamida. Nota-se que a apenas os
grupos Gi, Gnt e Gt possuem a banda formada pela substância
MMP-9 conjugada ao NGAL (C_MM)-9/NAGL)...........................
32
12
-
Densitometria de bandas para a enzima MMP-2,nas formas
ativa (MMP-2A) e latente +intermediária (MMP-2L+I), entre os
grupos controle e experimentais, e respectivo desvio padrão.
Colunas marcadas pela mesma letra não diferem entre si...........
33
13
-
Densitometria de bandas para a enzima MMP-9, nas formas
ativa (MMP-9A) e latente (MMP-9L), entre os grupos controle e
experimentais, e respectivo desvio padrão. Colunas marcadas
pela mesma letra não diferem entre si..........................................
33
1
4
-
Densitometria de bandas para o complexo MMP-9/NGAL
(C_MMP-9/NGAL) entre os grupos controle e experimentais, e
respectivo desvio padrão. Colunas marcadas pela mesma letra
não diferem entre si.......................................................................
34
xvi
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS, APOPTOSE E EXPRESSÃO DE
METALOPROTEINASES NO TECIDO LAMINAR DE EQÜINOS SUBMETIDOS A
OBSTRUÇÃO INTESTINAL EXPERIMENTAL. EFEITOS DA HIDROCORTISONA
RESUMO: A laminite está associada a ativação inflamatória sistêmica, a qual
ocorre em diversas afecções, principalmente as gastrointestinais. Sua patogenia
está relacionada a ativação de metaloproteinases e degradação do colágeno e/ou
hemidesmossomos. O objetivo deste estudo foi analisar alterações morfológicas,
apoptose, metaloproteinases (MMP) 2 e 9 e infiltração leucocitária, pela pesquisa
da lipocalina liberada por neutrófilos (NGAL), no tecido laminar de eqüinos
submetidos a obstrução intestinal experimental. Os animais foram distribuídos nos
grupos: controle (Gc); instrumentado (Gi), com procedimento de enterotomia sem
obstrução; obstruído tratado com hidrocortisona (Gt) e obstruído não tratado (Gnt).
O tecido laminar foi analisado pelas técnicas de microscopia em luz,
imunohistoquímica e zimografia. Os animais dos grupos experimentais (Gi, Gt e
Gnt) demonstraram alterações morfológicas, MMPs e substância formada pela
MMP-9 e NGAL superiores aos resultados do Gc. A presença de apoptose não foi
evidenciada pelo procedimento cirúrgico. O Gc não foi diferente quanto às
alterações morfológicas quando comparado ao Gi, e também não diferiu do Gt em
relação à MMP-9, principalmente associada a neutrófilos. Com estes resultados,
conclui-se que: o modelo experimental pode causar alterações morfológicas
associadas a laminite; a apoptose não participa da fase inicial de alterações
laminares no córium laminar; a hidrocortisona pode ser utilizada para coibir os
efeitos deletérios da ativação inflamatória associada a diversas doenças, sem
comprometer o córium laminar.
xvii
Palavras-chave: eqüino, laminite, metaloproteinases, apoptose, obstrução
intestinal, infiltração leucocitária
MORPHOLOGIC ALTERATION, APOPTOSIS AND EXPRESSION MATRIX
METALLOPROTEINASES IN LAMINAR TISSUE OF HORSES SUBJECTED TO
INTESTINAL OBSTRUCCION EXPERIMENTAL. EFFECTS OF
HYDROCORTISONE
SUMMARY: The laminitis is associated to systemic inflammatory activation that
occur in several diseases, mainly gastrointestinal. The pathogeny of the laminitis is
related to matrix metalloproteinases (MMPs) activation with collagen or
hemidesmossomos degradation. The aim of this study is evaluated of the
morphologic alterations, apoptosis, MMPs 2 and 9 and leukocyte infiltration, for
research of MMP-9 related to neutrophil gelatinase associated to lipocalin (NGAL)
in laminar corium of horses subjected to intestinal obstruction experimental. The
animals were divided in groups: control (Gc); instrumented (Gi), with enterotomy
without obstruction; obstruction treated by hydrocortisone (Gt) and without
treatment (Gnt). The laminar tissue was analyzed by optical microscopy,
immunohistochemistry and zymography. The animals showed morphologic
alterations, MMPs expression and MMP-9 associated to NGAL greater the Gc. The
presence of apoptosis was not evidend by cirurgical procedure. However, the Gc
was not different to Gi about morphologic alterations, and too Gt, about MMP-9,
mainly the form conjugated to NGAL. The results indicate that the experimental
model can cause morphologic alterations associated with laminitis. The apoptosis
is not prerequisite for laminar lesion. The hydrocortisone can be administrated to
reduce the deleterious effects of inflammatory activation in several diseases,
without to affect the laminar corium.
Key words: horse, laminitis, matrix metalloproteinases, apoptosis, intestinal
obstruction, leukocyte infiltration
xviii
1
1. INTRODUÇÃO
A laminite é uma das mais devastadoras condições mórbidas que afeta os
equídeos. Ela está associada às doenças que desencadeam comprometimento
inflamatório sistêmico podendo, também, estar associada às alterações
metabólicas como a obesidade.
A definição de laminite, segundo o termo, é inflamação das lâminas do
casco. No entanto, essa denominação caiu em desuso pelos estudiosos da área,
pela ausência de processo inflamatório típico. Muitos pesquisadores preferem
utilizar a definição “degeneração laminar”, em virtude dos achados de
desestruturação morfológica observados no tecido laminar de animais acometidos
pela doença podal. No entanto, achados de pesquisas recentes possam remeter a
adoção do antigo termo, pelas evidências de envolvimento de diversos
mediadores inflamatórios descritos na fase prodrômica da laminite, inclusive
infiltrado leucocitário.
Como a patogênese da doença permanece desconhecida, raras medidas
terapêuticas apresentam resultados práticos, sendo mais efetivas na fase de
desenvolvimento da laminite, quando os sinais clínicos ainda são incipientes.
Pouco se pode fazer para efetivamente melhorar a condição precária a que os
animais são submetidos quando a doença se manifestou, principalmente se
houver ocorrido a rotação da falange distal, prenúncio da fase crônica.
Desta forma, a busca pelos fatores envolvidos na patogêne da laminite se
faz necessária principalmente para guiar o tratamento preventivo e terapêutico.
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
A laminite é uma doença podal grave que acomete os equídeos, sendo
responsável por sofrimento intenso. Ela é observada comumente como sequela de
distúrbios gastrintestinais, respiratórios e reprodutivos que deflagram quadro
inflamatório sistêmico (EADES et al., 2002; PARSONS et al., 2007), afetando
também animais com alterações endócrinas (EADES et al., 2002; JOHNSON et
al., 2002).
Esta enfermidade é base de muitos estudos no mundo todo, realizados com
a intenção de conhecer o mecanismo de desenvolvimento da doença. O quadro
de laminite é, em geral, induzido experimentalmente em equinos, por meio de
administração de carboidratos, extrato de nogueira preta ou oligofrutose
(GARNER et al., 1975; POLLITT & VAN EPS, 2002). No entanto, pouco se tem
avançado no que diz respeito às alterações do tecido laminar em equinos com
enfermidades gastrintestinais (RIO TINTO et al., 2004).
A fisiopatogenia da laminite está relacionada à degradação da membrana
basal (MB) e/ou perda dos hemidesmossomos, os quais fazem a união entre a
lâmina densa da membrana basal e as células epidérmicas (POLLITT &
DARADKA, 1998; FRENCH & POLLITT, 2004). A membrana basal se localiza
entre as lâminas dérmicas e epidérmicas, sendo que estas estruturas formam
interdigitações que são responsáveis pela fixação da falange distal à parede do
casco. A falência desta estrutura pode resultar em rotação e/ou afundamento da
falange distal (POLLITT, 1996). A MB é composta por laminina (glicoproteína) e
colágeno tipos IV e VII (POLLITT, 1994). Existem inibidores teciduais e
sanguíneos para prevenir a degradação laminar excessiva, como exemplo, o
inibidor tecidual de metaloproteinases (TIMP) nos tecidos, e a α
2
-macroglobulina
no sangue (POLLITT, 1996; POLLITT, 2003).
3
A patogenia da laminite pode estar associada à degradação do colágeno
devido a superativação das metaloproteinases presentes no tecido laminar
(POLLITT, 1994), produzidas pelas células basais para o controle do crescimento
normal do casco, constituindo a base da teoria enzimática. A concentração de
metaloproteinases aumenta de maneira considerável 48 horas após a indução de
laminite por administração de carboidratos (KYAW-TANNER & POLLITT, 2004). A
ativação destas enzimas ainda é pouco conhecida, sugerindo-se o envolvimento
de toxinas bacterianas, absorvidas do trato gastrintestinal, e de citocinas
inflamatórias deflagradas nos quadros de ativação inflamatória sistêmica, como o
fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) (POLLITT, 1999, HAN et al., 2000; HAN et
al., 2001). Dentre as toxinas bacterianas que ativam as MMPs, as exotoxinas de
espécies de Streptococos, especialmente Streptococcus bovis assumem grande
importância (POLLITT, 1999; MUNGALL et al., 2001; MILINOVICH et al., 2007).
As MMPs podem, ainda, ser liberadas por leucócitos que migraram para os
tecidos laminares (BELKNAP & BLACK, 2005).
Acredita-se que exista envolvimento direto de fatores presentes no lúmen
intestinal que, direta ou indiretamente, possam ativar as MMPs e iniciar a
degradação descontrolada do colágeno. Estes fatores estão presentes no tecido
laminar em menos de 24 horas após o início do processo primário (LOFTUS et al.,
2007; NOURIAN et al., 2007). A acidose cecal parece estar estritamente
relacionada ao aumento destas substâncias desencadeadoras da laminite, pois a
administração de solução tamponante mostrou-se efetiva na redução da
quantidade de MMPs no tecido laminar (SOUZA et al., 2006).
Existem duas gelatinases distintas da família das MMPs, encontradas
também como pró-enzimas. O aumento de ambas nem sempre ocorre (JOHNSON
et al.,1998). A MMP-9 tem sido associada a processos inflamatórios por ser
ativada por citocinas pró-inflamatórias e liberada por leucócitos, possuindo
distribuição limitada entre os tecidos quando comparada à MMP-2, a qual é
4
observada de maneira constitutiva no tecido laminar (KYAW-TANNER & POLLITT,
2004).
A anatomopatologia do casco afetado pela laminite é analisada com base
nas alterações características da laminite; sendo macroscopicamente visualizadas
pela deformação do casco e rotação da falange distal na fase crônica, e
microscopicamente, pelas mudanças morfológicas do tecido laminar. A
classificação utilizada atualmente (POLLITT, 1996) considera, principalmente, as
alterações presentes nas células basais (CB), o formato da lâmina epidérmica
secundária (LES) e o contorno da membrana basal (MB) (POLLITT, 1996).
CROSER & POLLITT (2006) demonstraram, através de biópsia seriada do tecido
laminar em equinos com indução da doença, que os eventos morfológicos iniciais
como arredondamento do núcleo das células basais, que se tornam
progressivamente mais próximos da membrana basal e afilamento da extremidade
das LES, com redução do espaço ocupado pelas lâminas dérmicas secundárias
(LDS). A degradação da membrana basal ocorre entre 36 e 48 horas.
Como a etiopatogenia da laminite permanece desconhecida, existem
teorias, além da enzimática, para tentar explica-la. Dentre elas se destacam a
vascular, trombogênica, metabólica (HOOD, 1999; JOHNSON, 2002) e, a que foi
recentemente levantada, a teoria inflamatória, de envolvimento sistêmico (MOORE
& BELKNAP, 2008). As teorias muitas vezes se relacionam, o que classifica a
enfermidade como multifatorial.
A teoria vascular postula que as lesões do tecido laminar são causadas por
vasoconstrição digital e/ou abertura de anastomoses arteriovenosas no tecido
laminar, levando a estase sanguínea e, consequentemente, edema tecidual e
necrose (HOOD et al., 1978; ALLEN et al., 1990; KEEN et al., 2008; NOSCHKA et
al., 2008). Exames de cintilografia, demonstraram redução da perfusão sanguínea
no período prodrômico da laminite (GALEY et al., 1990). Atualmente, evidências
do envolvimento inflamatório sistêmico demonstram que os mediadores
inflamatórios, principalmente citocinas, podem agir causando vasoconstrição
5
digital, que está associada à fase prodrômica da laminite (NOSCHKA et al., 2008).
Estudos demonstraram que ocorre maior contratilidade nas veias laminares do
que nas artérias laminares, quando estas são sensibilizadas com vasoconstritores
agonistas, sendo essa resposta o oposto da encontrada nos vasos digitais, em
que as artérias sofrem maior contratilidade que as veias (PERONI et al., 2005;
PERONI et al., 2006). A endotelina-1 (ET-1), secretada pelo endotélio, causa
vasoconstrição três vezes maior em veias do que em artérias. Sua secreção é
regulada pelo óxido nítrico, vasodilatador também produzido pelo endotélio, e
existindo evidências de desequilíbrio dessas duas substâncias na laminite aguda
(VENUGOPAL et al., 2001). No entanto, achados experimentais contestam a
vasoconstrição como evento primordial para o aparecimento da laminite, como a
ausência da xantina oxidase, enzima liberada durante a isquemia tecidual
(LOFTUS et al., 2007). Existem evidências da vasodilatação, presente no início de
desenvolvimento da doença, a qual está associada ao aumento da temperatura e
fluxo sanguíneo no tecido laminar (POLLITT & DAVIES, 1998; POLLITT, 1999,
POLLITT, 2003). POLLITT & DAVIES (1998) sugerem que, após a sobrecarga de
carboidratos, ocorra um período de 12 a 40 horas de vasodilatação sublaminar,
precedendo os sinais clínicos da laminite
A teoria trombogênica afirma que a patogenia da laminite está relacionada a
agregação e adesão plaquetária sobre o endotélio integro, evento frequentemente
associado a animais com abdômen agudo (REININGER et al., 1998; DIVERS,
2003). WEISS et al. (1995) observaram a formação de microtrombos na parede de
vasos localizados na lâmina dérmica e, por meio de arteriografia, redução do fluxo
sanguíneo para o membro. Semelhantemente ao que ocorre na síndrome
metabólica no homem, que é caracterizada por eventos inflamatórios e pró-
trombóticos (ODROWAZ-SYPNIEWSKA, 2007), é possível que o mesmo
mecanismo possa acontecer nos equinos, predispondo à doença por afluxo
sanguíneo insuficiente (ROBERTSON et al. 2008). No entanto, a administração de
heparina, após 24 horas da indução de laminite, não apresenta efeito benéfico no
6
desenvolvimento das lesões características de laminite (MARTINS FILHO et al.,
2008), talvez pela administração em período posterior à formação dos trombos no
tecido laminar.
A teoria metabólica espautada na observação de laminite em animais
com síndrome de Cushing, administração prolongada e em altas doses de
glicocorticóides e a intolerância à insulina, observada em animais obesos
(JOHNSON et al., 2002). A relação da laminite com estas alterações endócrinas
foi mais bem observada por meio da indução da doença com infusão contínua de
insulina em pôneis normais (ASPLIN et al., 2007). Da mesma forma, existe relação
da laminite com resposta inflamatória sistêmica, que neste particular, parece ser
despertada pelas próprias alterações metabólicas. Sabe-se que a obesidade
causa aumento de citocinas inflamatórias, provavelmente pela produção destas
por adipócitos (HUTLEY & PRINS, 2005; VICK et al., 2007). A hiperglicemia e
resistência à insulina parecem estar implicadas no desenvolvimento de um “estado
inflamatório”, com inflamação sistêmica subaguda crônica (SHOELSON et al.,
2006; GEOR & FRANK, 2008), o que tornaria os animais com estas alterações
menos tolerantes aos efeitos deletérios da resposta inflamatória que ocorre na
sepse (VAN EPS & POLLITT, 2006; EADES et al., 2007), semelhante ao que
ocorre no homem (SINGER & GRANGER, 2007).
Os achados de vários estudos realizados no período de desenvolvimento
da laminite induzida experimentalmente fornecem fundamentos sobre o
envolvimento da ativação inflamatória sistêmica na patogenia da laminite, como a
presença de citocinas inflamatórias circulantes (LOFTUS et al., 2007; NOSCHKA
et al., 2009), espécies reativas de oxigênio (HURLEY et al., 2006) e infiltração
leucocitária tecidual, a qual pôde ser observada graças a implementação de
técnicas laboratoriais específicas (BLACK et al., 2006; HURLEY et al., 2006;
LOFTUS et al., 2006; FALEIROS et al., 2009). A explicação para a ativação
inflamatória sistêmica pode ser de origem infecciosa, como por endotoxinas, que
foram detectadas no início da doença (BAILEY et al., 2008), ou injúria tecidual,
7
observada no quadro de abdômen agudo (EADES et al., 2002; RIO TINTO et al.,
2004).
A administração de endotoxina, segundo HUNT et al. (1990), não promove
sinais clínicos de laminite em cavalos, mas não foi encontrado nenhum relato de
alterações morfológicas após esta prática nesta espécie, apenas em bovinos, nos
quais houve alterações do tecido laminar (BOOSMAN et al., 1991) sem a
presença de sinais clínicos da afecção podal. Deve-se considerar que este modelo
experimental, por gerar ativação inflamatória maciça, porém transitória
(BENJAMIN, 2001), pode não desencadear alterações morfológicas laminares
consistentes com o aparecimento de sinais clínicos de laminite. Portanto, modelos
que provavelmente levam a liberação contínua de endotoxinas, como a injúria
intestinal, promovem a ativação inflamatória sustentada (BENJAMIN, 2001) para
que seja possível associar as alterações morfológicas no tecido laminar com os
sinais clínicos da doença (POLLITT, 2007). Embasando ainda mais essa hipótese,
Duncan et al. (1985) demonstraram que a infusão contínua de endotoxina causou
redução da temperatura do casco e que os equinos apresentaram visível
desconforto podal.
A ativação inflamatória sistêmica pode ser deflagrada pela injúria de
isquemia-reperfusão observada em afecções gastrintestinais (BONE et al., 1996;
EADES et al., 2002; RIO TINTO et al., 2004; BIANCO-BLATLLES et al., 2008),
promovendo a liberação de diversos mediadores inflamatórios e, principalmente,
espécies reativas de oxigênio as quais podem modificar a estrutura de proteínas e
carboidratos, representando o quadro de estresse oxidativo (HALLIWELL, 1989;
CAMPOS & YOSHIDA, 2004).
Estas evidências de envolvimento inflamatório na fase de desenvolvimento
da laminite permitem associar a doença com a falência orgânica no homem, onde
a resposta inflamatória sistêmica leva à injúria de locais distantes ao sítio da
afecção (BELKNAP et al.; 2009). Neste contexto, a infiltração leucocitária,
observada nos períodos iniciais de desenvolvimento da laminite (BLACK et al.,
8
2006; HURLEY et al., 2006) tem papel fundamental na patogenia da laminite pela
liberação de substâncias lesivas aos tecidos, como as MMPs (STETLER-
STEVENSON, 1990), mieloperoxidase, espécies reativas de oxigênio (BELKNAP
& BLACK, 2005; HURLEY et al., 2006; RIGGS et al., 2007).
A lipocalina associada a gelatinase de neutrófilos NGAL, é uma proteína
liberada pelos neutrófilos (BORREGAARD & COWLAND, 1997), produzida nos
precursores de polimorfonucleares na medula óssea e estocada até que a célula
seja ativada (FLOWER, 1996). Esta proteína tem sido encontrada em tecidos
sobre estresse em associação com à MMP-9 (GUPTA et al., 2007; LORENCINI et
al., 2009) provavelmente com a função de proteger a MMP-9 contra sua
autodegradação, contribuindo para um período enzimático proteolítico ativo mais
longo desta protease (GUPTA et al., 2007). Muitos estudos sugerem que o NGAL
possa ser marcador de lesões e da infiltração neutrofílica em diversos órgãos, (BU
et al., 2006; HEMDAHL et al., 2006; GUPTA et al., 2007; SMITH et al., 2008),
predizendo, inclusive, o agravamento do quadro clínico (BOLIGNANO et al.,
2009). SHAPIRO et al. (2009) observaram que sua apresentação como
biomarcador mostrou-se confiável para sepse, choque septico e morte nos
pacientes com comprometimento sistêmico.
A possível explicação para a injúria à distância, que é provocada pela
resposta inflamatória sistêmica, comprometendo o tecido laminar nos equinos e
não outros órgãos, pode ser a insuficiente quantidade da enzima superóxido
dismutase (SOD) no tecido laminar quando comparada à outros órgãos (LOFTUS
et al., 2007). A SOD possui importante atividade antioxidante, reduzindo os efeitos
teciduais deletérios das espécies reativas de oxigênio pela dismutação destas
substâncias (ANDRADE JÚNIOR et al., 2005, MADESH et al., 2005). Esta
particularidade do tecido laminar deve ser considerada face aos achados de
aumento de espécies reativas de oxigênio em equinos com laminite induzida, tanto
em concentrações séricas (HURLEY et al., 2006), como locais, no tecido laminar
(YIN et al., 2008). Adicional a isso, alterações do tecido laminar puderam ser
9
observadas no estudo de STEWART et al. (2008), os quais demonstraram
concentrações de mediadores inflamatórios neste tecido superiores aos de outros
órgãos, como fígado e pulmão, durante a indução da laminite.
Evidências experimentais apontam a ocorrência de apoptose, em condições
normais nas lâminas dérmicas e epidérmicas, e estando aumentada após o
aparecimento dos sinais clínicos da laminite (FALEIROS et al., 2004, SOUZA,
2007). A apoptose é uma forma fisiológica de morte celular oposta à mitose, de
ocorrência normal para regulação da homeostase e crescimento tecidual
(TARNAWSKI & SZABO, 2001; DENMEADE & ISAACS, 2005). Difere da
necrose em virtude das células apoptóticas serem reconhecidas por macrófagos e
ingeridas antes que se desintegrem, evitando o derrame do conteúdo celular e,
assim, não deflagrando inflamação e lesão tecidual (MEAGHER et al., 1992;
COHEN, 1993). Sua ativação pode ocorrer por processos mórbidos, como na
síndrome da imunodeficiência adquirida, desordens degenerativas e sepse
(HASLETT & SAVILL, 2001).
A morte celular não seguida de autólise ou apoptose acontece pela ativação
de proteases, chamadas caspases, que são encontradas sob a forma de pró-
enzimas no citosol celular. Existem diversas caspases, que são ativadas em
cascata, por duas vias principais. A via extrínseca, à qual pertence a caspase 8, é
ativada por ligantes, como o TNF-α, que se acoplam a receptores (HERMAN et al.,
2005; HOTCHKISS & NICHOLSON, 2006). A via intrínseca ou mitocondrial, que
abrange a caspase 9, é ativada por diversos estímulos, como espécies reativas de
oxigênio, radiação e agentes quimioterápicos. As duas vias ativam caspases
efetoras, normalmente a caspase 3, que é crucial ao final da cadeia da morte
celular programada (HOTCHKISS & NICHOLSON, 2006), causando destruição do
DNA, por ativação de DNAase no núcleo celular, e desorganização da estrutura
normal do citoesqueleto da célula (NICHOLSON, 1999; CREAGH et al., 2003;
BOCCELLINO et al., 2004). Existem também caspases relacionadas à
diferenciação celular normal como a caspase 14, que é expressa principalmente
10
no epitélio e mucosa oral, clivando proteínas estruturais ou ativando enzimas
encontradas na camada granular que participam da formação do extrato córneo
(ECKHART et al., 2000; KUECHLE et al., 2001; HATHAWAY & KUECHLE, 2002).
Existem inúmeras medidas indicadas para a prevenção e tratamento da
laminite, sendo muitos empíricos e controversos pelo conhecimento incompleto da
patogenia da doença (EADES et al., 2002). A crioterapia aplicada aos cascos é
uma medida de boa eficácia preventiva (VAN EPS & POLLITT, 2004), por causar
redução da atividade metabólica e enzimática de leucócitos, diminuindo a
liberação de mediadores inflamatórios (SWENSON et al., 1996; WORSTER et al.,
2001).
Pelo mesmo raciocínio, a administração de anti-inflamatórios poderia
impedir o desenvolvimento da laminite, face a presença significativa de
mediadores inflamatórios na fase prodrômica da doença atenuando, assim, seus
efeitos adversos (CAMPEBELL et al., 2007). A utilização de corticóides tem sido
inicialmente desestimulada, pois muitas vezes o desenvolvimento de laminite é
observado em animais que necessitam de doses altas e/ou repetidas desses
medicamentos (POLLITT, 1999; JOHNSON et al., 2003, RYU et al., 2004). A
administração diária de corticóides causa resistência à insulina, a qual também
apresenta ligação com o desenvolvimento de laminite (BAILEY et al., 2007; TILEY
et al., 2007). Todavia, achados de BRASIL et al. (1999) e ANNANE & CAVAILLO
(2003) demonstraram que a utilização de corticosteróides inibe a liberação de
citocinas inflamatórias como o TNF-α, reduzindo a proliferação e infiltração
leucocitária, o que torna seu uso em modelos de sepse benéfico.
Por todo o exposto, entender os mecanismos que levam ao
desenvolvimento das lesões no tecido laminar de animais com abdômen agudo é
essencial para a compreensão da patogenia da laminite, facilitando a adoção de
medidas preventivas que possam reduzir a gravidade do quadro, uma vez
instalado.
11
3. OBJETIVOS
Avaliar o modelo de injúria intestinal como indutor de alterações laminares
Determinar o efeito da administração de hidrocortisona sobre as alterações
do tecido laminar
Contribuir, de modo geral, para o entendimento da fisiopatogenia da
laminite
Estes objetivos foram pautados no estudo das alterações morfológicas,
apoptose, expressão de MMPs 2 e 9 e atividade da MMP-9 conjugada a NGAL, no
tecido laminar de animais com obstrução intestinal.
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Animais
Foram utilizadas amostras do tecido laminar provenientes de vinte
equinos adultos, sendo sete animais isentos de quaisquer procedimentos
experimentais, representando o grupo controle e de outros treze após a obstrução
intestinal experimental, distribuídos em três grupos: instrumentado, obstruído não
tratado e obstruído tratado.
4.1.1 Animais controle (Gc)
Foram utilizadas amostras de tecido laminar de sete equinos, de sexo e
idade desconhecida, peso médio de 300±50, os quais foram considerados hígidos
após inspeção sanitária. O material foi colhido de animais abatidos em
12
estabelecimento
1
comercial de abate de equinos. O fragmento laminar foi colhido
da mesma forma em todos os animais, segundo a descrição contida no item 4.2.2.
4.1.2 Animais submetidos a procedimentos cirúrgicos
(Gi, Gt e Gnt)
Foram utilizados treze equinos
2
, sendo sete machos e seis fêmeas, sem
raça definida e com idade variando de dois a quinze anos, com peso de 300±63kg,
considerados hígidos e sem alterações de deambulação. Os animais
permaneceram em piquete coletivo, recebendo feno de Coast-cross (Cynodon
dactylon) e água à vontade, recebendo vermífugo quinze dias antes do início do
experimento. Os equinos foram distribuídos aleatoriamente em três grupos
experimentais. O grupo instrumentado (Gi) constituído de cinco animais, enquanto
os grupos obstruídos não tratado (Gnt) e tratado (Gt) de quatro cavalos cada.
4.2 Delineamento Experimental
Os animais dos grupos Gi, Gt e Gnt foram submetidos a jejum alimentar de
dezoito horas e restrição hídrica de quatro horas. Posteriormente foram sedados
com cloridrato de xilazina 10%
3
(0,5 mg/kg, via intravenosa) e butorfanol
4
(0,1mg/kg, via intramuscular). A anestesia local foi realizada com cloridrato de
lidocaína 2%
5
sem vasoconstritor, por meio da técnica de “L” invertido, como
utilizado por FALEIROS (2003).
1
Abatedouro e frigorífico Pomar SA, Araguari – MG , Brasil
2
Material obtido do estudo “Obstrução experimental de jejuno de equinos tratados ou não com
hidrocortisona: aspectos clínicos, hematológicos, bioquímicos e anatomopatológicos”, aprovado pela
Comissão de Ética e Bem Estar Animal, protocolo número 013598-06
3
Sedazine – Fort Dodge, Overland Park – KS, Estados Unidos da América
4
Torbugesic – Fort Dodge, Overland Park – KS , Estados Unidos da América
5
Xilestesin 2% sem vasoconstritor – Cristália Hospitalar, Butantã – SP, Brasil
13
O terço médio do jejuno foi exposto pela realização de laparotomia pela
fossa paracostal esquerda e submetido à compressão intramural da parede
intestinal, mediante a implantação de um balão de látex vazio no lúmen,
subseqüentemente ao procedimento de enterotomia, conforme protocolo utilizado
por FALEIROS et al. (2002). O balão foi inflado até obter a pressão de 12 mmHg,
sendo esta registrada e monitorada por meio de manômetro durante todo o
período da obstrução, para que a pressão permanecesse a mesma mesma. Ao
término de quatro horas, o balão foi retirado e decorrido o intervalo de dezoito
horas os animais foram submetidos à eutanásia.
4.2.1 Distribuição dos grupos
Os animais, com exceção do grupo controle, foram distribuídos
casualmente nos grupos experimentais que constam na Tabela 1.
Tabela 1 – Distribuição dos grupos de acordo com o procedimento realizado
GRUPO PROCEDIMENTO
C
ontrole
(Gc)
Os equinos não foram submetidos a procedimentos cirúrgicos
I
nstrumentado
(Gi)
Os equinos foram submetidos a todas as manobras e métodos aplicados
aos demais grupos, exceto a distensão do balão para provocar a
obstrução intestinal.
Tratado
(Gt)
Os animais foram submetidos à isquemia do jejuno por meio da obstrução
pelo balão inflado durante quatro horas, e receberam tratamento com
hidrocortisona
6
, na dose de 4mg/kg, uma hora antes da desobstrução.
Não tratado
(Gnt)
Os animais foram submetidos à isquemia de jejuno durante quatro horas,
sem receber tratamento.
4.2.2 Extração do tecido laminar
6
Solu-Cortef, Rhodia Farma Ltda, São Paulo – SP, Brasil
14
Os animais dos grupos Gi, Gnt e Gt foram submetidos à eutanásia por meio
de superdosagem de anestésico (tiopental sódico IV e administração intra-tecal de
lidocaína a 2%) e os animais do grupo controle por concussão cerebral por meio
de pistola pneumática (dessensibilização central) e sangria da veia jugular e
artéria carótida, segundo o protocolo adotado pelo frigorífico. As extremidades dos
membros dos animais foram retiradas por meio de desarticulação metacarpo-
falangeana. Os cascos foram seccionados com a utilização de serra, de acordo
com protocolo descrito previamente por POLLITT (1996). Os fragmentos obtidos
pela retirada do tecido laminar, com auxílio de lâmina de bisturi 21, contendo a
interface entre as lâminas dérmicas e epidérmicas. As amostras foram
armazenadas de duas formas: fixadas em solução de formol a 10%, por período
de 24 horas, desidratadas em álcool e incluídas em parafina; e pelo
congelamento, imediatamente imersas em nitrogênio líquido e posterior
acondicionamento em freezer a menos 70˚C.
4.3 Análise em Microscopia de Luz
Os fragmentos de tecido laminar foram cortados a m de espessura e
corados com os métodos histoquímicos hematoxilina e eosina (HE) e ácido
periódico de Schiff (PAS), e, posteriormente, submetidos à microscopia de luz. O
corante PAS foi utilizado para a análise das alterações na membrana basal do
tecido laminar.
A avaliação das lesões do tecido laminar baseou-se nos graus descritos
por POLLITT (1996), estabelecendo-se escores intermediários para melhor
classificar as lesões (Tabela 2). A classificação das alterações foi feita por análise
cega, pelo mesmo observador.
Tabela 2 Escores de alterações morfológicas do tecido laminar, presentes na maior parte do
15
corte histológico, dos equinos dos grupos experimentais (adaptado de POLLITT, 1996)
ESCORE MORFOLOGIA OBSERVADA
0 LES com extremidade arredondada, LEP retilínia e com extremidade
arredondada, núcleos das CB ovalados e apicais, MB com contorno bem definido.
0,5* Presença de núcleos de CB arredondados, mas com localização ainda apical em
alguns segmentos, e de algumas LES com extremidade levemente afilada.
1,0 LES afiladas com redução do espaço pertencente a LDS, núcleos de CB
arredondados e próximos à MB, LEP com extremidade levemente ondulada.
1,5* LES marcadamente afiladas e alongadas, com redução da LDS entre as LES,
núcleos de CB arredondados e próximos à MB, LEP com extremidade afilada e
ondulada, entretanto, a MB se encontra com distância normal da LEP (espaço
compreendido por 2 CB). MB contorno irregular e borrado.
2,0 Todas as alterações anteriores, com aumento significativo da distância entre o
eixo queratinizado das LEP e MB, e esta se encontra serrilhada e ausente em
vários segmentos na coloração de PAS.
3,0 Intensa destruição da arquitetura laminar, ausência marcante de MB, extremidade
das LES sensivelmente afiladas e alongadas, formando uma massa amorfa de
tecido entre LEP e LDP, causado também pelo descolamento das LES do eixo da
LEP.
LES lâmina epidérmica secundária; LEP lâmina epidérmica primária; CB lula basal; LDP
lâmina dérmica primária; MB – membrana basal. PAS – coloração de ácido periódico de Schiff.
*valores intermediários utilizados neste estudo para classificação das lesões.
4.4 Análise Imunohistoquímica (IHQ) para Detecção de Caspase 3 e 14
e Metaloproteinases (MMPs) 2 e 9
Este procedimento foi realizado no Laboratório de Neuropatologia, sob
responsabilidade do Prof. Dr. Antônio Carlos Alessi e co-orientação da Prof
a
Rosemeri de Oliveira Vasconcelos, do Departamento de Patologia Veterinária, da
FCAV-UNESP, Jaboticabal, SP, com o intuito de identificar células em apoptose,
por meio da imunomarcação da caspase 3, células em diferenciação celular, pela
imunomarcação de caspase 14 e a presença de MMPs 2 e 9 no tecido laminar. O
protocolo básico foi o mesmo para todos os anticorpos, variando o tipo de
anticorpo, diluição e tempo de incubação, sendo estes apresentados na tabela 3.
Os cortes do tecido laminar para a análise imunohistoquímica foram processados
16
em tecido incluído em parafina, cortados a 3µm de espessura e fixados em
lâminas previamente preparadas com Poly-L-Lisina
7
. A desparafinização dos
cortes foi feita em estufa à 60ºC, durante 30 minutos. Posteriormente os cortes
foram hidratados em soluções de xilol I e II por 20 minutos cada, e após passagem
rápida em álcool absoluto (duas vezes), álcool 95%, álcool 80% e álcool 50%. A
seguir foram lavadas em água destilada por dez vezes. A recuperação antigênica
foi feita com solução tampão de citrato de sódio a 10mM, com pH 6,0, pelo vapor
8
,
por vinte minutos. O bloqueio de proteínas inespecíficas foi realizado com leite em
a 5% diluído em solução tampão de fosfato pH 6,0 (PBS), por vinte minutos.
Para o bloqueio da peroxidase endógena utilizou-se um bloqueador comercial
9
,
por dez minutos. Foi realizada a incubação com o anticorpo (Tabela 3). Os
controles negativos foram incubados apenas com a solução diluidora
10
de
anticorpos. Logo após incubou-se com o complexo estreptavidina-biotina
11
, com
anticorpo secundário biotinilado universal por 30 minutos, seguido pela
streptavidina também por 30 minutos. A revelação da reação foi feita com o
cromógeno diaminobenzidina
12
(DAB), por três minutos, seguido de lavagem em
água destilada. A contra-coloração dos cortes foi feita com hematoxilina de Harris
e a montagem das lâminas com bálsamo do Canadá
13
, para posterior observação
em microscópio óptico. Como controle positivo, utilizou-se linfonodo de equino
para a caspase 3, para a caspase 14 um corte de pele de equino, e para as
ambas as MMPs 2 e 9, tecido mamário de cadela. Para o controle negativo, como
descrito acima, omitiu-se o anticorpo primário nos cortes de tecido laminar,
incubando-se apenas o diluente
do anticorpo.
7
P-7886 Sigma Chemical Corporation, Saint Louis – MO, Estados Unidos da América
8
Steam Cuisine, T-Fall, New Jersey , Estados Unidos da América
9
TA-060-HP. Hydrogen Peroxidase Block, Lab Vision, Fremont – CA, Estados Unidos da América
10
S3022, Dako Corporation, Carpinteria – CA, Estados Unidos da América
11
LSAB, K0690, Dako Corporation, Carpinteria – CA, Estados Unidos da América
12
K3468, Dako Corporation, Carpinteria – CA, Estados Unidos da América
13
Labsynth, Diadema – SP, Brasil
17
Tabela 3 – Anticorpos utilizados para imunomarcação no tecido laminar
ANTICORPOS PRIMÁRIOS ORIGEM DILUIÇÃO INCUBAÇÃO
Anti--caspase 3
14
coelho 1:700 15 horas (overnight)
Anti- caspase 14
15
coelho 1:3000 30 minutos
Anti-MMP-2
16
camundongo 1:100 1 hora
Anti-MMP-9
17
cabra 1:200 1 hora
4.5 Análise zimográfica das MMPs 2 e 9
A técnica de zimografia foi realizada no Laboratório de Imunologia
Aplicada, do Departamento de Imunologia, sob responsabilidade da Prof
a
. Dr
a
.
Dagmar Machado, na Unicamp, Campinas, SP.
Para o processamento desta técnica, foram coletados fragmentos de
tecido laminar e imediatamente congelados em nitrogênio líquido, armazenados
posteriormente em freezer a menos 70º C até a realização da técnica.
Os fragmentos do tecido laminar foram triturados e a extração das
proteínas realizada em tampão contendo 50 mM Tris-HCl pH 7,4; 0,2M NaCl; 0,1%
Triton; 10mM CaCl
2
e 1% protease inhibitor cocktail
18
, com o auxílio de um
triturador. A quantificação protéica foi realizada de acordo com BRADFORD
(1976), utilizando uma curva padrão de soro albumina bovino (BSA). A zimografia
para análise da atividade das MMPs-2 e 9 foi realizada em gel de poliacrilamida
10% contendo gelatina 0,1%. Aproximadamente 20µg de proteína por amostra
foram aplicadas no gel. Após eletroforese, o gel foi lavado à temperatura ambiente
com 2,5% Triton X-100, incubado overnight (15 horas aproximadamente) em
tampão 50 mM Tris-HCl, pH 7,4 contendo 0,1 M NaCl e 0,03% azida sódica, a
14
ASP 175, Cell Signaling, Trask Lane – Danvers, Estados Unidos da América
15
ab1653, Abcam, Cambridge – UK, Estados Unidos da América
16
Ab-19 (clone CA-4001), Lab Vision, Fremont – CA, Estados Unidos da América
17
sc-6840, Santa Cruz Biotechnology, Santa Cruz – CA, Estados Unidos da América
18
Sigma Chemical Company, Sant Louis – MO, Estados Unidos da América
18
37°C. O gel foi corado com Coomassie brilliant blue. As bandas correspondentes à
atividade gelatinolítica puderam ser observadas após lavagem com solução
contendo metanol (30%) e ácido acético (10%). Os géis foram avaliados pela
densitometria das bandas por meio do programa Scion Image.
5. ANÁLISE ESTATÍSTICA
O método estatístico empregado para avaliar a existência de alterações
morfológicas, células apoptóticas e imunomarcação para MMP-2 e MMP-9 foi o
teste de Kruskal Wallis (não paramétrico, amostras independentes, comparações
múltiplas) e para determinar a diferença, o teste de comparação múltipla de Dunn.
Adotou-se o nível de significância de 5% (p<0,05). A relação entre o grau de lesão
histológica e intensidade de imunomarcação para MMP-2 e MMP-9 foi analisada
por meio de tabela de contingência 4x3, considerando frequência de escores nos
grupos experimentais, avaliada pelo teste exato de Fisher. As enzimas obtidas
pelo método de zimografia, MMP-2 e MMP-9 foram avaliadas pela análise de
variância de delineamento inteiramente casualizado, sendo a diferença detectada
pelo teste de Tukey (p<0,05). A comparação dos dados entre os grupos foi feita
pela média dos resultados obtidos nos membros torácicos direito e esquerdo.
6. RESULTADOS
Os animais submetidos ao procedimento cirúrgicos dos grupos
instrumentado, tratado e não tratado permaneceram em posição quadrupedal
após o procedimento cirúrgico, sem a presença de claudicação evidente durante a
19
deambulação.
6.1 Presença de Lesões Histológicas no Tecido Laminar
A classificação das alterações morfológicas foi realizada por meio de
escores pelo predomínio das mesmas no corte histológico.
As alterações observadas foram: células basais (CB) com núcleos
arredondados, afilamento da extremidade da lâmina epidérmica secundária (LES),
separação entre LES pouco distinta, com redução da lâmina dérmica secundária
(LDS) entre elas, lâmina epidérmica primária (LEP) com extremidade afilada, e
apresentando ondulações no seu eixo queratinizado, contorno da membrana basal
(MB) indefinido, apresentando aspecto serrilhado e borrado em alguns segmentos
(Figuras 1 a 3).
O grupo Gc não apresentou alterações histológicas marcantes do tecido
laminar. Alguns animais apresentaram afilamento da extremidade das LES em
pequena proporção e presença de células basais com núcleos arredondados, o
que permitiu classifica-los como escore 0,5 (Figura 1).
Não foram observadas alterações na derme laminar dos equinos dos
grupos controle e submetidos à cirurgia, exceto pela presença de poucas células
inflamatórias demonstrando inflamação localizada em determinado ponto no tecido
laminar de um animal (animal 6, Gi)
20
Figura 1 Fotomicrografias do tecido laminar equino.Características morfológicas dos escores 0
e 1. (A) Presença de núcleos de células basais (CB) ovalados e apicais (setas),
lâminas epidérmicas secundárias (LES) de extremidade arredondada (Gc, escore
zero HE, obj. 40x). (B) Afilamento de algumas LES (setas pretas pontilhadas) LES com
extremidade arredondada (setas brancas pontilhadas),. presença de núcleo de CB
esféricos (setas pretas contínuas) e núcleos ovalados (setas brancas contínuas) (Gi,
escore 0,5 HE, obj. 20x)
21
Figura 2 Fotomicrografias de tecido laminar equino. Características morfológicas dos escores 1 e
1,5. (A) Núcleos esféricos de CB próximos a MB (setas pretas), afilamento das
extremidades das LES e redução do espaço entre elas (seta branca) (Gt, escore 1 HE,
obj. 40x). (B) Núcleos esféricos das CB (setas) e afilamento pronunciado da extremidade
das LES (Gnt, escore 1,5 HE obj. 40x).
22
Figura 3 Fotomicrografias do tecido laminar equino. Características morfológicas da MB nos
escores zero e 1,5. (A) Membrana basal (MB) íntegra (setas) (Gc, escore zer PAS,
aproximado de obj 40x). (B) MB de contorno irregular e borrado (setas) em alguns
segmentos da LES (Gt, escore 1 PAS, obj. 40x).
23
A gravidade das lesões histológicas foi maior nos animais dos grupos
obstruídos (Gt e Gnt) quando comparados ao Gc. As lesões observadas no Gi não
diferiram dos outros grupos, Gc, Gt e Gnt (Tabela 4 e Figura 4).
Tabela 4 Medianas dos escores de alterações do tecido laminar observados nos grupos controle
e experimentais (Gi, Gnt e Gt), com intervalos interquartis entre parêntesis. Colunas
marcadas pela mesma letra não diferem entre si.
GRUPOS Gc Gi Gnt Gt
MEDIANA
DOS ESCORES
zero (0 – 0,25)
a
0,5 (0,25 – 1,25)
ab
1,25 (1,12 – 1,5)
b
1,25 (1,12 – 1,25)
b
Gc Gi Gnt Gt
0
1
2
a
ab
b
b
Grupos
Alterações morfológicas (escore)
Figura 4 Medianas e intervalos interquartis dos escores das alterações morfológicas do
tecido laminar observadas nos grupos controle e experimentais (Gi, Gnt e
Gt).Colunas marcadas pela mesma letra não diferem entre si.
6.2 Imunomarcação para Caspase 3 e 14
A imunomarcação para detecção de apoptose foi positiva para o anticorpo
anti-caspase 3, com marcação nuclear nas células basais, presentes na lâmina
epidérmica secundária. O anticorpo anti-caspase 14 não apresentou
24
imunomarcação no tecido laminar (Figura 5). Foi feita contagem das células
imunomarcadas pela caspase 3 por área de corte histológico (células/mm
2
).
Não foram observadas diferenças entre os grupos experimentais com
respeito a contagem de células imunomarcadas para caspase 3, o que demonstra
a presença de apoptose (Tabela 5 e Figura 6).
25
Figura 5 Imunohistoquímica para caspase 3 e 14. Fotomicrografias do tecido laminar equino (A,
C, D, F); fotomicrografia de linfonodo equino (B) e fotomicrografia de pele equina (E). (A)
Imunomarcação para Caspase 3 nos núcleos das células basais (CB) (setas, Gnt). (B)
Controle positivo para caspase 3 (setas). (C) Controle negativo da reação
imunohistoquímica para caspase 3 (Gt). (D) Imunomarcação negativa para caspase 14
(Gt). (E) Controle positivo para caspase 14 (seta). (F) Controle negativo da reação de
imunohistoquímica para caspase 14 (Gt). Método Imunohistoquímico Estreptavidina-
Biotina (LSAB Kit, cromógeno DAB, obj. 40x).
26
Tabela 5 Médias e desvios padrão do mero de células apoptóticas entre os grupos controle e
experimentais (Gi, Gnt e Gt). Colunas marcadas pela mesma letra não diferem entre si.
GRUPOS Gc Gi Gnt Gt
MEDIA ± DESVIO PADRÃO
(mm
2
)
1,8 ± 2
a
0,4 ± 0,6
a
1,9 ± 1,6
A
0,7 ± 1
a
Gc Gi Gnt Gt
0
1
2
3
a
a
a
a
Grupos
Celulas
apoptóticas (n
o
)
Figura 6 Médias e desvios padrão do número de células apoptóticas dos grupos controle e
experimentais (Gi, Gnt e Gt). Colunas marcadas pela mesma letra não diferem entre si.
6.3 Intensidade de Imunomarcação para MMP-2
Todos os cortes de tecido laminar dos animais dos grupos experimentais
apresentaram imunomarcação citoplasmática nas CB, abrangendo toda a LES,
demonstrando como variação apenas a intensidade de marcação (Figura 7). A
marcação foi classificada com escores de intensidade, variando de 0 (atenuada), 1
(leve), 2 (moderada) e 3 (intensa).
Houve aumento na intensidade de expressão de MMP-2 nos animais dos
grupos obstruídos (Gt e Gnt) em relação ao Gc, e o Gi apresentou não diferiu dos
demais (Tabela 6 e Figura 8).
27
Figura 7 Imunohistoquímica para MMP-2. Fotomicrografia do tecido laminar equino (A, B, C,
D e F). Fotomicrografia de tecido mamário de cadela (E.) (A) Escore 0 (Gc, obj 40x).
(B) Escore 1 (Gi, obj 40x). (C) Escore 2 (Gt, obj. 40x). (D) Escore 3 (Gt, obj. 40x). (E)
Controle positivo (obj 40x). (F) Controle negativo (Gnt, obj. 20X). Método
Estreptavidina-Biotina (LSAB Kit, cromógeno DAB).
28
Tabela 6 Medianas da intensidade de imunomarcação para MMP-2 entre os grupos controle e
experimentais (Gi, Gnt e Gt), com intervalos interquartis entre parêntesis. Colunas
marcadas pela mesma letra não diferem entre si.
GRUPOS Gc Gi Gnt Gt
MEDIANA DOS
ESCORES
zero (0
0)
a
1,0 (0,75 – 1,5
)
ab
2,0 (2,0 – 2,0)
b
2,0 (1,75 – 2,25)
b
Gc Gi Gnt Gt
0.5
1.5
2.5
a
ab
b
b
Grupos
Intensidade de imunomarcação
para MMP-2 (mediana)
Figura 8 Medianas e intervalos interquartis dos escores para a intensidade de imunomarcação
para MMP-2 dos grupos controle e experimentais (Gi, Gnt e Gt). Colunas marcadas
pela mesma letra não diferem entre si.
6.4 Intensidade de Imumomarcação para MMP-9
Todos os cortes de tecido laminar dos animais dos grupos submetidos a
procedimento cirúrgico (Gi, Gt e Gnt) apresentaram imunomarcação
citoplasmática nas células basais da LES (Figura 9). A classificação também foi
realizada pela intensidade de marcação observada, variando de escore 0
(atenuada), 1 (discreta), 2 (moderada) e 3 (intensa).
29
Os grupos Gi e Gnt apresentaram aumento da expressão da MMP-9
quando comparado ao Gc. A intensidade de imunomarcação para MMP-9 no
grupo tratado pela hidrocortisona (Gt) não diferiu dos demais (Tabela 7 e Figura
10).
Tabela 7 Medianas da intensidade de imunomarcação para MMP- 9 entre os grupos controle e
experimentais (Gi, Gnt e Gt), com intervalos interquartis entre parêntesis. Colunas
marcadas pela mesma letra não diferem entre si.
GRUPOS Gc Gi Gnt Gt
MEDIANA DOS
ESCORES
1,0 (1,0 – 1
,0)
a
2,0 (1,75 – 2,75
)
b
2,25 (1,75 – 2,5
)
b
1,75 (1,5 – 2,25)
ab
Figura 9 Imunohistoquímica para MMP-9. Fotomicrogr
afia do tecido laminar equino (A, B, C) e
fotomicrografia de tecido mamário de cadela (E). (A) Escore 1 (Gc, obj. 40x). (B) Escor
e
2 (Gt, obj. 40x). (C) Escore 3 (Gnt, obj. 40x) (D) Controle positivo (obj. 40x). Método
Estreptavidina-Biotina (LSAB Kit, cromógeno DAB).
30
Gc Gi Gnt Gt
0.5
1.5
2.5
a
ab
b
b
Grupos
Intensidade de imunomarcação
para MMP-9 (mediana)
Figura 10 Medianas e intervalos interquartis da intensidade de imunomarcação para MMP-9 dos
grupos controle e experimentais (Gi, Gnt e Gt). Colunas marcadas pela mesma letra
não diferem entre si.
6.5 Relação de Dependência entre os Escores de Alteração
Morfológica e a Intensidade de Imunomarcação para MMP-2 e MMP-9
Foi pesquisada a possível relação entre as alterações morfológicas,
intensidade de imunomarcação para MMP-2 e intensidade de imunomarcação
para MMP-9, considerando o papel destas enzimas na patogenia da laminite.
Houve relação entre os escores de lesão histológica e a imunomarcação
para MMP-2 (Tabela 8).
Não existiu relação entre os escores de lesão tecidual e imunomarcação
para MMP-9 (Tabela 8)
As expressões de MMP-2 e MMP-9 apresentaram interdependência (Tabela
8).
31
Tabela 8 Valor de significância estatística entre os escores de alteração morfológica, MMP-2 e
MMP-9, por meio do teste de Fisher
Variáveis
MMP
-
2
MMP
-
9
Alter
ação morfológica
p = 5,89x10
-
5
* p = 0,0738
MMP
-
2
- p = 0,0014*
*significativo a 5% (p0,05), p<0,01 significativo a 1%, p>0,05 não significativo
6.6 Expressão de MMPs 2 e 9 por Meio da Técnica de zimografia
A densitometria da atividade da MMP-2 apresentou três isoformas, latente
(pró-enzima), intermediária e ativa, sendo que o foi possível separar as bandas
latente e intermediária (MMP-2L+I) para quantificação como amostras
diferenciadas, e a MMP-2 ativa (densitometria de 62 kDa). A atividade da MMP-9
foi observada com as formas latente (92 kDa) e ativa (82 kDa). Foi possível
observar, nos animais submetidos ao procedimento cirúrgico dos grupos
instrumentado, tratado e não tratado, a substância formada pela conjugação da
MMP-9 e lipocalina associada a gelatinase de neutrófilos (NGAL), representada
aqui como C_MMP-9/NGAL, com densitometria de 135 kDa (Figura 11).
Os valores da média e desvio de cada grupo experimental em razão da
variável analisada estão apresentados na Tabela 9, em 10
3
pixels.
Houve aumento significativo da atividade enzimática nos grupos com
procedimento experimental (Gi, Gt e Gnt) para as variáveis MMP-2A, MMP-2L+I e
MMP-9A (Figuras 12 e 13).
A enzima MMP-9L não apresentou diferença entre os grupos experimentais
(Figura 13).
O C_MMP-9/NGAL não apresentou diferenças entre os grupos Gc e Gt. Na
comparação com os demais grupos, não houve diferença entre os grupos com
procedimento cirúrgico (Gi, Gt e Gnt). Os grupos Gi e Gnt diferiram do Gc (Figura
14).
32
Figura 11 – Ilustração fotográfica da atividade enzimática das MMPs, registrada em gel de
poliacrilamida. Nota-se que a apenas os grupos Gi, Gnt e Gt possuem a banda
formada pela substância MMP-9 conjugada ao NGAL (C_MM)-9?NAGL)
Tabela 9 Médias e coeficiente de variabilidade das enzimas MMP-2 e MMP-9 entre os grupos
experimentais (p<0,05), em 10
3
pixels.
VARIAÇÃO Gc
1
Gi
1
Gt
1
Gnt
1
C. V.
MMP-2ª* 13 ± 3
a
141 ± 85
b
89 ± 45
b
98 ± 34
b
61
MMP-2L+I* 77 ± 9
a
635 ± 164
b
515 ± 147
b
601 ± 99
b
27
MMP-9A* 10 ± 3
a
67 ± 41
b
62 ± 20
b
61 ± 17
b
50
MMP-9L* 13 ± 7
a
71 ± 62
a
63 ± 51
a
80 ± 55
a
92
C_MMP-9/NGAL* zero
a
30 ± 24
b
16 ± 19
a
b
31 ± 16
b
93
* Valores transformados em log(observação+1);
1
Valores não transformados. Médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem entre
si pelo teste de Tukey (p<0,05)
Padrão Gc Gi Gnt Gt
33
0
150
300
450
600
750
900
Gc Gi Gnt Gt
Densitometria de Banda (x10
3
pixels)
MMP2 Latente + Intermediária MMP2 Ativa
Figura 12 – Médias e desvio padrão da densitometria de bandas para a enzima MMP-2 nas formas
ativa (MMP-2A) e latente + intermediária (MMP-2L+I), entre os grupos controle e
experimentais, e respectivo desvio padrão. Colunas marcadas pela mesma letra não
diferem entre si.
0
50
100
150
200
Gc Gi Gnt Gt
Densitometria de Banda (x10
3
pixels)
MMP9 Latente MMP9 Ativa
Figura 13 – Médias e desvio padrão da densitometria de bandas para a enzima MMP-9, nas formas
ativa (MMP-9A) e latente (MMP-9L), entre os grupos controle e experimentais, e
respectivo desvio padrão. Colunas marcadas pela mesma letra não diferem entre si.
a
a
a
a
b
b
b
a
a
a
b
b
b
b
b
b
34
0
15
30
45
60
Gc Gi Gnt Gt
Densitometria de Banda (x103 pixels)
C_MMP9/NGAL
Figura 14 Médias e desvio padrão da densitometria de bandas para o complexo MMP-9/NGAL
(C_MMP-9/NGAL) entre os grupos controle e experimentais, e respectivo desvio padrão.
Colunas marcadas pela mesma letra não diferem entre si.
7. DISCUSSÃO
As principais alterações morfológicas observadas no tecido laminar foram,
principalmente, a presença de núcleos esféricos, afilamentos das LES e redução
do espaço entre as LES, alterações estas que caracterizam os eventos iniciais da
laminite, segundo CROSER & POLLITT (2006). Estas alterões foram mais
acentuadas nos animais dos grupos submetidos aos procedimentos cirúrgicos (Gi,
Gt e Gnt), os quais apresentaram escore variando de 0 a 1,5. Os animais com
escore 1,5 apresentaram as características próximas às descritas por POLLITT
(1996) para o escore 2, no entanto não foi notado aumento significativo da
distância entre a MB e o eixo queratinizado da LEP. Face ao exposto, foram
classificadas seguindo uma nova proposta, como escore 1,5 (Figura 3). Alguns
cortes histológicos demonstraram membrana basal com aspecto irregular e
borrado, de contorno indefinido em alguns segmentos. Esta característica pode
a
ab
b
b
35
estar relaciona à degradação da MB, na fase inicial, provavelmente por MMPs, e
que leva à falência da união entre as lâminas dérmicas e epidérmicas (POLLITT,
1996; POLLITT & DARADKA, 1998; CROSER & POLLITT, 2006).
Todos os animais dos grupos submetidos aos procedimentos cirúrgicos (Gi,
Gt e Gnt) apresentaram alterações morfológicas, sendo que a diferença de
intensidade observada entre as alterações dos grupos obstruídos (Gt e Gnt) e do
Gc indicam que o dano provocado pela isquemia intestinal pode lesar o tecido
laminar, predispondo à laminite.
Os dados obtidos por meio da obstrução luminal dos equinos trazem
evidências passíveis de serem associadas com a fase de desenvolvimento da
laminite. Existem diversos achados experimentais demonstrando a participação da
resposta inflamatória sistêmica na fase inicial da laminite, como aumento de
citocinas inflamatórias (LOFTUS et al., 2007; NOSCHKA et al., 2009), infiltração
leucocitária (BLACK et al., 2006; HURLEY et al., 2006; LOFTUS et al., 2006) e
espécies reativas de oxigênio (HURLEY et al., 2006), e o desenvolvimento desta
afecção podal pode ser visto como consequência deste processo inflamatório
afetando locais distantes, semelhante a falência orgânica no homem (BELKNAP et
al., 2009). O modelo de injuria intestinal vem sendo utilizado, em outras espécies,
como indutor de sepse, a qual está intrinsecamente relacionada à inflamação
sistêmica (BENJAMIN, 2001), e pode, ainda, ocorrer pelas lesões de isquemia-
reperfusão intestinal (BIANCO-BLATLLES et al., 2008), que provavelmente
ocorreram durante a obstrução luminal dos animais deste experimento. FALEIROS
et al., (2006) relataram, em quadro semelhante, que a distensão do cólon menor
induz acúmulo pulmonar de neutrófilos.
As espécies reativas de oxigênio, liberadas por meio da injúria de isquemia-
reperfusão o moléculas instáveis, desestruturando proteínas e carboidratos
(HALLIWELL, 1989; CAMPOS & YOSHIDA, 2004), além de ativar as
metaloproteinases (JOHNSON, 2004). Além disso, o estresse oxidativo gerado
pode causar injúria à membrana mitocondrial, causando alteração da respiração
36
celular e, também, a ativação da apoptose (NATHAN & SINGER, 1999). Como
existe um aumento desta substância em animais no período de desenvolvimento
da laminite tanto em concentrações sistêmicas (HURLEY et al., 2006) como local,
no tecido laminar (YIN et al., 2008), provavelmente exista relação da mesma com
a laminite.
As lesões teciduais encontradas nos tecidos laminares destes equinos
foram mais intensas do que as relatadas por RIO TINTO et al. (2004),
possivelmente em função do período de 12 horas de reperfusão intestinal
utilizadas por estes autores, o qual foi inferior às 18 horas aqui empregadas.
Esses dados indicam que a gravidade das lesões laminares estão relacionadas ao
tempo de ocorrência de injúria intestinal.
A ausência de diferea entre as lesões encontradas nos cavalos
submetidos ao procedimento cirúrgico, porém sem obstrução (Gi), com aquelas
dos grupos obstruídos (Gt e Gnt) demonstra que a realização da enterotomia pode
deflagrar alterações do tecido laminar, ainda que menos intensas que as anotadas
nos grupos obstruídos, uma vez que não houve diferenças entre as lesões do Gi
com o grupo controle (Gc). Sabe-se que a laparotomia leva a redução da
motilidade intestinal, provavelmente pela manipulação das alças durante a
manobra cirúrgica, associada à liberação de prostaciclinas (GOTTLIEB et al.,
1989; FUKUDA et al., 2005), e predisposição à translocação bacteriana intestinal
(REDDY et al., 2006), os quais estariam relacionados ao desenvolvimento da
resposta inflamatória sistêmica, fato que justificaria as alterações laminares
encontradas nos animais submetidos a enterotomia. HIKI et al. (2006)
demonstraram que ocorre aumento significativo de citocinas inflamatórias e
concentrações sistêmicas de endotoxinas em suínos submetidos à gastrectomia
com o método tradicional, com manipulação intestinal quando comparado à
animais submetidos à gastrectomia por laparoscopia e animais com laparotomia
sem manipulação de alças. Diferente do que ocorre na medicina humana, foi
constatado que na extremidade dos membros de equinos ocorre vasoconstrição
37
digital, mediada pela prostaciclina, descrito por MENZIES-GOW et al. (2008),
sendo, talvez, uma também explicação plausível para as alterações morfológicas
observadas.
Segundo POLLITT (1996), as alterações do tecido laminar classificadas
com escore superior a 1 induzem sinais clínicos de laminite, e alterações como
esta foram observadas em vinte e sete por cento dos equinos dos grupos
experimentais, Gi, Gt e Gnt (escore 1,5). Considerando que a evolução da laminite
secundária ao quadro de abdômen agudo transcorre entre 24 a 48 horas (WHITE,
1990), caso estes animais não fossem sacrificados no período de tempo de 18
horas de reperfusão intestinal, poderiam desenvolver alterações posturais e
locomotoras características da enfermidade. No entanto é impossível afirmar que
o quadro seria de laminite com sintomatologia clínica, e talvez estas alterações
seriam sub-clínicas, pois apenas 25% dos animais com afecções gastrintestinais
desenvolvem sinais clínicos de laminite (COHEN et al., 1994).
As alterações sutis (escore 0,5) observadas em alguns animais do grupo
controle (15%) podem ser consideradas passíveis de ocorrer em animais normais,
induzidas por processo inflamatório sistêmico de pequena gravidade.
A caspase 14 é uma enzima não apoptótica que participa da diferenciação
celular dos queratinócitos, formando o extrato córneo da pele (HATHAWAY &
KUECHLE, 2002). O tecido laminar tem origem epidérmica, e possivelmente
poderia expressar esta caspase. Todavia, não houve imunomarcação para a
caspase 14 nos cortes histológicos, corroborando com os achados de FALEIROS
et al. (2004) e SOUZA (2007), o que confirma sua inexistência no tecido laminar.
A fragmentação do núcleo formando os corpos apoptóticos caracteriza a
apoptose, e ocorre pela ativação da DNAase nuclear por meio da caspase 3
(McILROY et al., 1999). A imunomarcação para a caspase 3, denotando a
presença de apoptose, foi observada nos cortes histológicos dos animais deste
estudo, no entanto, o número de células imunomarcadas apresentou grande
variabilidade até dentro do mesmo grupo. Este fato demonstra que durante a fase
38
inicial da lesão laminar não ocorre ativação excessiva das caspases, uma vez que
os dados dos grupos submetidos aos procedimentos cirúrgicos (Gi, Gt e Gnt) não
diferiram do grupo controle. A apoptose está presente nos tecidos normais de
maneira fisiológica, como observado neste estudo e também nos achados de
FALEIROS et al., (2004) e SOUZA (2007), provavelmente promovendo a
renovação celular. FALEIROS et al. (2004) relataram aumento da taxa de
apoptose em cavalos com laminite naturalmente adquirida, com até uma semana
de evolução, quando comparados a animais no período prodrômico ou com
laminite crônica. SOUZA (2007) observou aumento de células apoptóticas em
equinos após 48 horas de indução da laminite. Desta forma, a ocorrência da
apoptose deve estar associada à gravidade das lesões encontradas na laminite,
evidentes no período mais tardio ao início do desenvolvimento da doença, quando
já houve manifestação da sintomatologia clínica.
Em humanos, a apoptose apresenta ligação com lesões de isquemia, sendo
detectada mais frequentemente durante o período de reperfusão (OLIVETTI et al.,
1997). Acredita-se que as espécies reativas de oxigênio e as MMPs, estimuladas
pela injúria de isquemia e reperfusão, possam ativar a cascata de apoptose
(CHEUNG et al., 2000).
O tecido laminar não exibe a presença de edema e necrose, segundo
POLLITT (2004), e como a apoptose é uma forma de morte celular que não
desencadeia reação inflamatória local (MEAGHER et al., 1992; COHEN, 1993),
seu aumento no tecido laminar de animais com sinais clínicos da doença, como
observado por FALEIROS et al. (2004), explicaria a falência das CB que ocorre na
fase prodrômica da laminite. Porém, tal fato não ocorreu neste trabalho.
Embora não se tenha elementos que suportem esta hipótese, poder-se-ia
pensar que a ativação da cascata apoptótica possa estar relacionada a
regeneração e renovação tecidual na laminite, como tentativa de se restabelecer a
integridade estrutural do tecido laminar, considerando que as lesões teciduais
39
foram deflagradas sem sua participação e que esse evento ocorre no tecido
normal, provavelmente com esta mesma função.
A maioria dos estudos tanto da medicina humana como veterinária utiliza
técnicas de imunohistoquímica e zimografia para detecção de MMP-2 e 9 nos
tecidos. O estudo imunohistoquímico apresenta a localização tecidual de cada
MMP. Entretanto pode, às vezes, resultar em falso positivo baseado em reações
cruzadas não específicas. a zimografia demonstra a ação proteolítica mais do
que a antigenicidade e assim fornece medidas semi-quantitativas, além de
distinguir as formas ativa e latente (pró-enzima) das MMPs (PEREIRA et al.,
2006).
A imunomarcação foi específica para as MMPs. A marcação foi difusa na
LES, corando o citoplasma das CB. Desta forma, a classificação foi baseada em
MORALES et al (2007), estabelecendo escores para a intensidade de
imunomarcação.
A expressão local das MMPs por meio da classificação empregada
mostrou-se satisfatória para este fim, uma vez que houve aumento da intensidade
de imunomarcação nos animais dos grupos com procedimento cirúrgico (Gi, Gt e
Gnt) que era esperado devido às alterações morfológicas encontradas nestes
animais. E estes achados foram respaldados pela resposta semelhante
encontrada para a atividade enzimática destas proteases obtida pela técnica de
zimografia.
Houve aumento da imunomarcação e atividade das formas latente e ativa
da MMP-2 nos animais dos grupos Gt e Gnt, os quais apresentaram lesões
laminares superiores aos animais normais do grupo controle. O grupo
instrumentado apresentou valores intermediários de MMP-2 imumarcada,
relacionada, desta forma, às alterações morfológicas observada nestes animais,
com intensidade igualmente intermediária comparada aos demais grupos. Esse
resultado foi semelhante aos resultados de KYAW-TANNER & POLLITT (2004) no
tecido lesado pela indução experimental de laminite. Em estudo utilizando gelo
40
para prevenir a laminite, observou-se também relação da MMP-2 com as
alterações, sendo que o casco que o desenvolveu a enfermidade não
apresentou aumento da protease (VAN EPS & POLLITT, 2004). As MMPs estão
associadas ao desenvolvimento da laminite pela degradação excessiva do
colágeno na MB (POLLITT, 1994; MUNGALL et al., 2001). Os resultados da MMP-
2 aqui vistos indicam que existe relação de dependência entre a intensidade das
lesões laminares e o aumento da protease. Todavia, nem sempre se observa o
aumento na fase prodrômica da laminite induzida (MUNGALL & POLLITT, 1999;
LOFTUS et al., 2006; LOFTUS et al., 2007) ou na laminite naturalmente adquirida
(LOFTUS et al., 2008), o que questiona sua real participação na patogenia da
doença. Lesões musculares demonstram durante a fase inicial de inflamação
aumento de ambas as MMPs, enquanto na fase de regeneração redução da
MMP-9 e concentrações permanentemente elevadas de MMP-2 (ZIMOWSKA, et
al., 2008). Portanto, o aumento da MMP-2 em lesões teciduais pode estar
relacionado, devido a sua expressão constitutiva, com a regeneração e renovação
tecidual (COCHRANE et al., 1995; SEIFERT et al., 1996).
Equinos na fase prodrômica da laminite, induzida ou de ocorrência natural,
possuem aumento de MMP-9 (MUNGALL & POLLITT, 1999; LOFTUS et al., 2006;
LOFTUS et al., 2007). Os animais deste estudo também exibiram essa resposta,
com elevação da MMP-9 nos grupos com injúria intestinal, tanto por meio da IHQ
como da zimografia. Certos estudos encontraram aumento da forma latente, ou
pró-enzima, da MMP-9 durante a fase de desenvolvimento da laminite (MUNGALL
& POLLITT, 1999; LOFTUS et al., 2006; LOFTUS et al., 2008), no entanto, não foi
observada diferença em relação à MMP-9 latente neste modelo, provavelmente
pelo grande desvio padrão entre as amostras.
A MMP-9 tem sido associada ao desenvolvimento da injúria tecidual em
vários órgãos, principalmente pela sua forte associação com a infiltração
neutrofílica (LOFTUS et al., 2006; CHAKRABARTI et al., 2006; MIKAMI et al.,
2009). Houve aumento significativo da forma de MMP-9 conjugada ao NGAL
41
(C_MMP-9/NGAL), um composto associado a neutrófilos, o que suporta a
participação da MMP-9 na resposta inflamatória. Todavia não foi observada
relação de dependência entre esta protease e a intensidade das lesões teciduais,
o que indica que a MMP-9 contribui para a patogênese da laminite, mas de forma
secundária, uma vez que a enfermidade possui caráter multifatorial.
Não foi possível verificar a presença de leucócitos nos cortes do tecido
laminar, pois para isso deveriam ser empregados outros métodos laboratoriais
(BLACK et al., 2006; FALEIROS et al., 2008). Contudo, a presença da MMP-9
conjugada ao NGAL sugere que houve infiltração leucocitária nos animais dos
grupos Gi, Gt e Gnt, pois esta substância tem sido relacionada à infiltração
leucocitária tecidual sendo, inclusive, empregada como biomarcador de lesão
tecidual e de neutrófilos (NIELSEN et al., 1996; HEMDAHL et al., 2006, GUPTA et
al., 2007; BU et al., 2008; SMITH et al., 2008). Do mesmo modo, não houve
expressão da mesma no grupo controle, os quais supostamente não possuem
leucócitos ativados no tecido laminar (LOFTUS et al., 2006).
BLACK et al. (2006) analisando a microvasculatura dérmica do tecido
laminar do casco de animais com laminite induzida por extrato de nogueira preta,
observaram aumento no número de leucócitos, indicando similaridade com a
falência orgânica que ocorre na sepse humana, onde a migração leucocitária
desempenha papel lesivo significativo. Porém existem evidências de que o
processo inflamatório que precede a doença é sistêmico, e não apenas local, com
ativação de leucócitos sanguíneos (HURLEY et al., 2006).
A administração de glicocorticóides, em altas doses e por períodos
prolongados leva ao desenvolvimento da laminite (JOHNSON et al., 2002)
provavelmente devido à indução de resistência à insulina (TYLEI et al., 2007), ou
redução da perfusão sanguínea do casco (CORNELISSE et al., 2006), como
relatado por RYU et al (2004), em que um equino desenvolveu laminite aguda e
hepatopatia pela administração de triamcilonona durante dez dias consecutivos.
Considerando os achados deste estudo, não se pode concluir que a hidrocortisona
42
agravou as alterações morfológicas nos animais submetidos ao procedimento
cirúrgico (Gt), pois não houve diferença com aquelas do grupo que não recebeu
tratamento, corroborando com RIO TINTO et al. (2004).
ALJADA et al. (2001) observaram que a administração de hidrocortisona
inibe a atividade das MMPs 2 e 9. Todavia, esse efeito foi observado em
relação a MMP-9 imunomarcada e a forma conjugada ao NGAL, os quais não
foram diferentes do grupo controle, apresentando valores intermediários entre os
grupos. Não foi possível observar efeito da hidrocortisona sobre a atividade da
MMP-2, a qual foi semelhante entre todos os animais submetidos ao procedimento
cirúrgico (Gi, Gt e Gnt).
A evolução da laminite, até o aparecimento dos sinais clínicos,
normalmente varia de 24 a 48 horas em animais com síndrome cólica (WHITE,
1990), sem que necessariamente ocorra estabilização da lesão laminar. Desta
forma, talvez o efeito da hidrocortisona, reduzindo as concentrações de MMP-9 e
da possível infiltração leucocitária, pudesse ser visualizado numa fase mais tardia,
considerando que as lesões pudessem ainda evoluir. Há, ainda, que se ponderar
que talvez houvesse a necessidade de outra administração de hidrocortisona, pois
sua meia-vida é menor que 12 horas, com duração de efeito de apenas 8 horas
(BEHREND & KEMPPAINEN, 1997), para controlar efetivamente a ativação
inflamatória desencadeada pela obstrução intestinal.
Estes resultados fornecem apenas indícios de que a hidrocortisona possa
trazer benefício para a prevenção da laminite. Deve-se destacar que a
administração deste costicosteróide não agravou as lesões teciduais, o que indica
que ele possa ser administrado em equinos com afecções agravadas pela
ativação sistêmica, com o intuito de coibir seus efeitos deletérios, como redução
de mediadores inflamatórios e do estresse oxidativo (KAUFMANN et al., 2008).
43
8. CONCLUSÕES
O modelo de injúria intestinal por obstrução jejunal foi eficiente em
reproduzir o quadro sistêmico presente nas afecções gastrintestinais necessário
para a observação de alterações laminares, com consequente aumento das
concentrações de metaloproteinases e provável infiltração leucocitária no tecido
laminar.
A apoptose não apresenta envolvimento com as lesões laminares durante
a fase inicial de desenvolvimento da doença.
A expressão de MMP-2 está relacionada à gravidade das alterações
morfológicas do tecido laminar. Mas não é possível afirmar que tenha relação
direta com a patogênese da laminite
A hidrocortisona reduz a expressão da MMP-9 no tecido laminar,
principalmente relacionada a leucócitos. Sua administração não agravou as lesões
do tecido laminar, tampouco a apoptose e a expressão de MMP-2, denotando
segurança para utilizá-la na terapia de equinos acometidos por afecções
gastrintestinais.
44
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