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SÍLVIA BEZERRA DE GÓES
DESEMPENHO AGROECONÔMICO DE ALFACE LISA EM
FUNÇÃO DE QUANTIDADES DE JITIRANA INCORPORADAS
AO SOLO E DE SEUS TEMPOS DE DECOMPOSIÇÃO
Mossoró-RN
2007
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SÍLVIA BEZERRA DE GÓES
DESEMPENHO AGROECONÔMICO DE ALFACE LISA EM FUNÇÃO DE
QUANTIDADES DE JITIRANA INCORPORADAS AO SOLO E DE SEUS
TEMPOS DE DECOMPOSIÇÃO
Dissertação apresentada à Universidade Federal
Rural do Semi-Árido, como parte das exigências
para obtenção do título de Mestre em Ciências, em
Fitotecnia.
ORIENTADOR: Prof. PhD Francisco Bezerra Neto
CO-ORIENTADOR: Prof. D.Sc.Gustavo Pereira Duda
Mossoró-RN
2007
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SÍLVIA BEZERRA DE GÓES
DESEMPENHO AGROECONÔMICO DE ALFACE LISA EM FUNÇÃO DE
QUANTIDADES DE JITIRANA INCORPORADAS AO SOLO E DE SEUS
TEMPOS DE DECOMPOSIÇÃO
Dissertação apresentada à Universidade Federal
Rural do Semi-Árido, como parte das exigências
para obtenção do título de Mestre Ciências, em
Fitotecnia.
APROVADA EM:____/____/_____.
_____________________________ ______________________________
Prof. D.Sc. Gustavo Pereira Duda D.Sc. José Roberto de Sá
UFERSA Bolsista DCR/FAPERN/CNPq
Co-orientador Conselheiro
_______________________________
Prof. PhD Francisco Bezerra Neto
UFERSA
Orientador
“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos.
Se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou
como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom
de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a
ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de
transportar montes, se não tiver amor, nada serei...”
(1 Coríntios 13:1-2)
A meu irmão Glêidson Góes pela
preciosa contribuição na condução
desse trabalho.
OFEREÇO
À meus pais José Basílio (in memoriam) e Maria
Salete, por todo amor e carinho que me dedicaram no
decorrer da minha vida, por estarem sempre dispostos a
me oferecer o que têm de melhor, pelo grande
incentivo e ajuda em tudo que fiz, sem vocês nada seria
possível.
DEDICO
AGRADECIMENTOS
À Deus, que nos permitiu a vida, por guardar meus passos, perdoar meus erros e me amparar
nos momentos de fraqueza, dando-me forças para retomar a caminhada.
Aos meus irmãos Glêidson Góes e Gilton Góes e a minha irmã Antônia Cilene, por todo o
carinho, preocupação e apoio que tem me dedicado.
À minha sobrinha Marina Helen, por trazer mais alegria a nossa casa com sua vida que
começa.
Aos amigos, de longe e de perto, pelo ombro amigo, apoio, companheirismo e incentivo em
todos os momentos, em especial à Vânia Porto, Renato Alencar, Jucirema Ferreira,
Alessandro Antônio, Hilma Maria e Cleudia Henrique.
À Francisco Bezerra Neto, pela orientação, preocupação e tempo desprendido na elaboração
deste trabalho.
Ao professor Gustavo Pereira Duda, co-orientador deste trabalho, pelas sugestões e atenção
dispensada durante a execução do mesmo.
À José Roberto de Sá, pela participação na banca examinadora deste trabalho e pelas valiosas
considerações e sugestões.
À Django Jesus e a Jailma Suerda, pelo auxílio na realização do experimento e coleta de
dados e por estarem sempre disposto/a em ajudar.
As companheiras de trabalho Edna Rocha, Francineide Pereira, Midiam Araújo e Divaneide
Basilio, pelo apoio e atenção.
Aos companheiros (as) do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da UFERSA, Romeu
Carvalho, Norma Daniele, Roberta Kélia, Jane Kelly e Paulo Linhares pelas conversas e
momentos de descontração.
Enfim, agradeço a todos que estiveram ao meu lado me incentivando e me dando força,
porque quem chega onde estou chegando, nunca chega sozinho.
RESUMO
GÓES, Silvia Bezerra de Góes. Desempenho agroeconômico de alface lisa em função de
quantidades de jitirana incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição. 2007.
84f. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido
(UFERSA), Mossoró, 2007.
É necessário desenvolver novos conceitos de sistemas de produção agrícola, baseados na
conservação do solo, diversificação de culturas, aporte de nutrientes de fontes renováveis, que
busquem equilibrar a produtividade com a conservação ambiental. Seguindo esta linha, o
objetivo do presente trabalho foi avaliar o desempenho agroeconômico de alface lisa em
função de quantidades de jitirana incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição.
Dois experimentos foram conduzidos na Horta Didática do Departamento de Ciências
Vegetais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN. O primeiro
experimento (com jitirana verde) foi realizado no período de abril a junho de 2006 e o
segundo (com jitirana seca) no período de outubro a dezembro de 2006. Nos dois
experimentos, o delineamento experimental foi em blocos completos casualizados com os
tratamentos arranjados em esquema fatorial 4 x 4 + 4, com 3 repetições. No primeiro
experimento, os tratamentos consistiram da combinação de quatro quantidades de jitirana
verde incorporadas ao solo (2,2; 4,4; 6,6 e 8,8 t ha
-1
de matéria seca) com quatro tempos de
decomposição (0; 10; 20 e 30 dias após o transplantio da alface - DAT) mais quatro
tratamentos adicionais (ausência de adubação, 80 t ha
-1
de esterco bovino, 80 t ha
-1
de esterco
bovino + adubação mineral, com 160 kg ha
-1
de N, 60 kg ha
-1
de P
2
O
5
e 30 kg ha
-1
de KCl e
apenas adubação mineral, nestas mesmas quantidades. No segundo experimento, os
tratamentos consistiram da combinação de quatro quantidades de jitirana seca incorporadas ao
solo (2,6; 5,2; 7,8 e 10,4 t ha
-1
) com quatro tempos de decomposição (0; 10; 20 e 30 dias após
o transplantio da alface) mais os mesmos tratamentos adicionais do primeiro experimento. A
cultivar de alface utilizada foi a Babá de Verão. As características avaliadas foram: altura e
diâmetro de plantas, número de folhas por planta, matéria seca da parte aérea e produtividade
da alface, macronutrientes do solo e indicadores econômicos. Interação significativa entre as
quantidades de jitirana incorporadas ao solo e seus tempos de decomposição foi observada
apenas na produtividade da alface no primeiro experimento e no número de folhas por planta
no segundo experimento, com melhor desempenho produtivo obtido na quantidade de jitirana
verde incorporada ao solo de 7,21 t ha
-1
no tempo de decomposição de 20 DAT e maior
número de folhas por planta obtido na quantidade de jitirana seca incorporada de 4,49 t ha
-1
no tempo de decomposição também de 20 DAT. Por outro lado, a maior produtividade da
alface lisa com a incorporação de jitirana seca foi obtida com a quantidade de 7,01 t ha
-1
no
tempo de decomposição de 30 DAT. Para a altura e diâmetro de plantas de alface em ambos
os experimentos, foi observado aumentos nos valores médios em função das quantidades de
jitirana incorporadas ao solo até os valores máximos de 14,03 cm e 24,68 cm, correspondendo
às quantidades de jitirana verde de 7,23 t ha
-1
e 7,22 t ha
-1
e até os valores máximos de 22,76
cm e 23,14 cm, correspondendo às quantidades de jitirana seca de 8,96 t ha
-1
e 9,22 t ha
-1
,
respectivamente, decrescendo em seguida até a quantidade mais alta de jitirana incorporada.
A altura e o diâmetro de plantas da alface decresceram com o tempo de decomposição da
jitirana verde e aumentaram com o tempo de decomposição da jitirana seca. A incorporação
da jitirana verde ou seca ao solo influenciou de forma positiva no desempenho agronômico da
alface lisa e na química do solo, mostrando-se promissora para ser utilizada como adubo
verde. Pelos indicadores econômicos, independentemente das quantidades de jitirana verde ou
seca incorporadas ao solo e dos tempos de decomposição testados, o produtor dispõe de um
leque de possibilidades de obter eficiência econômica no cultivo da alface.
Palavras-chaves: Lactuca sativa. Merremia aegyptia. Nutrientes. Produtividade.
ABSTRACT
GÓES, Silvia Bezerra de Góes. Looseleaf lettuce agrieconomic performance in function of
scarlet starglory amounts incorporated into the soil in different decomposition times.
2007. 84f. Thesis (MS in Plant Science) Universidade Federal Rural do Semi-Árido
(UFERSA), Mossoró, 2007.
At the present period of time is necessary to develop news concepts of agricultural production
systems based on the soil conservation, crop diversity, nutrients input from renewable
sources, which seek to balance the crop productivity with environmental conservation. In this
way, the objective of this present work was to evaluate the looseleaf lettuce agrieconomic
performance in function of scarlet starglory amounts incorporated into the soil in different
decomposition times. Two experiments were carried out at the vegetable garden of
Departamento de Ciências Vegetais of the Universidade Federal Rural do Semi-Árido
(UFERSA), Mossoró-RN. The first experiment (with fresh scarlet starglory) was carried out
in the period of April to June 2006 and the second one (with dry scarlet starglory) was carried
out in the period of October to December 2006. Both experiments were conducted in a
randomized complete block design with the treatments arranged in a 4 x 4 + 4 factorial
scheme, with three replications. The treatments of the first experiment consisted of the
combination of four fresh scarlet starglory amounts incorporated into the soil (2.2; 4.4; 6.6
and 8.8 t ha
-1
of dry matter) with four different decomposition times (0; 10; 20 and 30 days
after lettuce transplanting DAT) plus four additional treatments (control, 80 t ha
-1
of cattle
manure, 80 t ha
-1
of cattle manure plus mineral fertilizing with 160 kg ha
-1
of N, 60 kg ha
-1
of
P
2
O
5
and 30 kg ha
-1
of KCl and only mineral fertilizing with 160 kg ha
-1
of N, 60 kg ha
-1
of
P
2
O
5
and 30 kg ha
-1
of KCl). The treatments of the second experiment consisted of the
combination of four dry scarlet starglory amounts incorporated into the soil (2.6; 5.2; 7.8 and
10.4 t.ha
-1
of dry matter) with four different decomposition times into the soil (0; 10; 20 and
30 DAT) plus the same four additional treatments of the first experiment. The lettuce cultivar
sown was ‘Babá de Verão’. The evaluated traits in lettuce crop were: plant height, plant
diameter, number of leaves per plant, shoot dry mass, lettuce leaf yield, soil macronutrients
and economic indices such as gross and net incomes, rate of return and profit margin.
Significant interaction between the scarlet starglory amounts incorporated into the soil and
their decomposition times was only observed on lettuce leaf yield in the first experiment and
on the number of leaves per plant in the second experiment, with the best productive
performance obtained in the amount of fresh scarlet starglory incorporated of 7.21 t ha
-1
in the
decomposition time of 20 DAT, and higher number of leaves per plant registered in the
amount of dry scarlet starglory incorporated of 4.49
t ha
-1
in the decomposition time of 20
DAT. On the other hand, the highest leaf yield of lettuce was obtained with the incorporated
amount of 7.01 t ha
-1
of dry scarlet starglory in the decomposition time of 30 DAT. For the
height and diameter of lettuce plants in both experiments, it was observed increases in the
mean values in function of the scarlet starglory amounts incorporated into the soil up to the
maxima values of 14.03 cm and 24.68 cm corresponding the fresh scarlet starglory amounts
of 7.23 t ha
-1
and 7.22 t ha
-1
and up to the maxima values of 22.76 cm and 23.14 cm
corresponding the dry scarlet starglory amounts of 8.96 t ha
-1
and 9.22 t ha
-1
, respectively,
decreasing until the highest amount of scarlet starglory incorporated. Both height and
diameter of lettuce plants decreased with the decomposition times of fresh scarlet starglory
and increased with the decomposition times of dry scarlet starglory. The incorporation of
fresh or dry scarlet starglory into the soil influenced of positive form on the agronomic
performance of looseleaf lettuce as well as in the soil chemistry, showing promise to be used
as green manure. Based on the economic indicators and regardless of fresh and dry scarlet
starglory amounts incorporated into the soil and their decomposition times, the farmer has
several possibilities of obtaining economic efficiency in the looseleaf lettuce cropping.
Keywords: Lactuca sativa. Merremia aegyptia. Nutrients. Yield.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracterização química do solo da área experimental para fins de
fertilidade, na profundidade de 0-
20 cm, antes da incorporação da jitirana.
Mossoró-RN, UFERSA, 2006.......................................................................... 27
Tabela 2 Teores de carbono e relação carbono/nitrogênio da jitirana em diferentes
estágios fenológicos. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.......................................
28
Tabela 3 Valores médios das testemunhas e dos tratamentos provenientes do fatorial
na altura e diâmetro de plantas, número de folhas por planta, massa seca da
parte aérea e produtividade de alface. Experimento I – Jitirana verde.
Mossoró-RN, UFERSA, 2006.......................................................................... 34
Tabela 4 Valores médios das testemunhas e dos tratamentos provenientes do fatorial
no pH e nos teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, sódio,
carbono e na relação C:N do solo. Experimento I
Jitirana verde.
Mossoró-RN, UFERSA, 2006.......................................................................... 41
Tabela 5 Valores médios das testemunhas e dos tratamentos provenientes do fatorial
na altura e diâmetro de plantas, número de folhas por planta, massa seca da
parte aérea e na produtividade de alface. Experimento I Jitirana seca.
Mossoró-RN, UFERSA, 2006.......................................................................... 57
Tabela 6 Indicadores econômicos de rendas bruta e líquida, taxa de retorno e índice
de lucratividade para a cultura da alface utilizando jitirana verde e seca.
Mossoró-RN, UFERSA, 2006.......................................................................... 62
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Altura e diâmetro de plantas de alface em função de quantidades de jitirana
verde incorporadas ao solo (A e B) e de seus tempos de decomposição (C e
D). Mossoró-RN, UFERSA, 2006..................................................................... 32
Figura 2 Número de folhas por planta em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo (A) e de seus tempos de decomposição (B).
Mossoró-RN, UFERSA, 2006...................................................................... 35
Figura 3 Produtividade da alface em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição. Mossoró-RN,
UFERSA, 2006...................................................................................................
37
Figura 4 Massa seca da parte aérea da alface em função de quantidades de jitirana
verde incorporadas ao solo (A) e dos tempos de decomposição (B). Mossoró-
RN, UFERSA, 2006. ......................................................................................... 38
Figura 5 pH do solo em função de quantidades de jitirana verde incorporadas ao
solo (A) e de seus tempos de decomposição (B). Mossoró-RN, UFERSA,
2006................................................................................................................ 40
Figura 6 Teor de nitrogênio no solo em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição. Mossoró-RN,
UFERSA, 2006...................................................................................................
43
Figura 7 Teor de fósforo no solo em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo (A) e de seus tempos de decomposição (B). Mossoró-
RN, UFERSA, 2006........................................................................................... 44
Figura 8 Teor de potássio no solo em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo (A) e de seus tempos de decomposição (B). Mossoró-
RN, UFERSA, 2006........................................................................................... 46
Figura 9 Teor de sódio no solo em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo (A) e de seus tempos de decomposição (B). Mossoró-
RN, UFERSA, 2006........................................................................................... 48
Figura 10 Teor de cálcio no solo em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo (A) e de seus tempos de decomposição (B). Mossoró-
RN, UFERSA, 2006........................................................................................... 50
Figura 11
Teor de magnésio no solo em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo (A) e de seus tempos de decomposição (B). Mossoró-
RN, UFERSA, 2006........................................................................................... 51
Figura 12 Teor de carbono no solo em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição. Mossoró-RN,
UFERSA, 2006...................................................................................................
53
Figura 13 Relação C:N no solo em função de quantidades jitirana verde incorporadas
ao solo e de seus tempos de decomposição. Mossoró-RN, UFERSA,
2006.................................................................................................................... 53
Figura 14 Altura e diâmetro de plantas de alface em função de quantidades de jitirana
seca incorporadas ao solo (A e B) e de seus tempos de decomposição (C e
D). Mossoró-RN, UFERSA, 2006..................................................................... 55
Figura 15 Número de folhas por planta em função de quantidades de jitirana seca
incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição. Mossoró-RN,
UFERSA, 2006...................................................................................................
58
Figura 16 Massa seca da parte aérea e produtividade de plantas de alface em função de
quantidades de jitirana seca incorporadas ao solo (A e B) e de seus tempos de
decomposição (C e D). Mossoró-RN, UFERSA, 2006...................................... 59
LISTA DE TABELAS DO APÊNDICE
Tabela 1A Valores de “F” de altura e diâmetro de plantas, número de folhas por planta,
matéria seca da parte aérea e de produtividade de alface em função de
quantidades de jitirana verde incorporadas ao solo e de seus tempos de
decomposição e testemunhas. Mossoró-RN, UFERSA, 2006......................... 73
Tabela 2A Valores médios de altura e diâmetro de plantas, número de folhas por planta
e da matéria seca da parte aérea de alface em função de quantidades de
jitirana verde incorporadas ao solo. Mossoró-RN, UFERSA, 2006................ 73
Tabela 3A Valores médios de altura e diâmetro de plantas, número de folhas por planta
e da matéria seca da parte aérea de alface em função dos tempos de
decomposição da jitirana verde. Mossoró-RN, UFERSA, 2006....................
74
Tabela 4A Valores médios da produtividade (t ha
1
) de alface em função de
quantidades de jitirana verde incorporadas ao solo e de seus tempos de
decomposição. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.................................................
74
Tabela 5A Valores de “F” de pH e de teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio,
magnésio, sódio, carbono e relação C:N no solo em função de quantidades
de jitirana verde incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição e
de testemunhas. Mossoró-RN, UFERSA, 2006..............................................
75
Tabela 6A Valor médio de pH e de teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio,
magnésio, sódio, carbono e relação C:N no solo em função de quantidades
jitirana verde incorporadas ao solo. Mossoró-RN, UFERSA, 2006................ 76
Tabela 7A Valor médio de pH e de teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio,
magnésio, sódio, carbono e relação C:N no solo em função dos tempos de
decomposição da jitirana verde. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.................... 76
Tabela 8A Teores médios de carbono, nitrogênio e relação C:N provenientes da
interação quantidades de jitirana verde incorporadas ao solo e seus tempos
de decomposição. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.......................................... 77
Tabela 9A Valores de “F” de altura e diâmetro de plantas, número de folhas por planta,
matéria seca da parte aérea e de produtividade de alface em função de
quantidades de jitirana seca incorporadas ao solo e de seus tempos de
decomposição e de testemunhas. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.................... 78
Tabela 10A Valores médios de altura e diâmetro de plantas, matéria seca da parte aérea
e de produtividade da alface em função de quantidades de jitirana seca
incorporadas ao solo. Mossoró-RN, UFERSA, 2006..................................... 78
Tabela 11A Valores médios de altura e diâmetro de plantas, massa seca da parte aérea e
de produtividade de alface em função dos tempos de decomposição da
jitirana seca. Mossoró-RN, UFERSA, 2006...................................................
79
Tabela 12A Valores médios do número de folhas por planta de alface provenientes da
interação entre quantidades de jitirana seca incorporadas ao solo e seus
tempos de decomposição. Mossoró-RN, UFERSA, 2006...............................
79
Tabela 13A Coeficientes de custos de produção de 1 ha de alface utilizando jitirana
como adubo verde. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.........................................
80
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 18
2 REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................... 20
2.1 A cultura da alface....................................................................................... 20
2.2 A adubação verde.........................................................................................
21
2.3 Escolha das espécies de adubos verdes........................................................
23
2.4 A jitirana...................................................................................................... 24
2.5 Adubação verde em hortaliças..................................................................... 25
3 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................
27
3.1 Caracterização da área experimental...........................................................
27
3.2 Delineamento experimental e tratamentos...................................................
27
3.3 Instalação e condução dos experimentos.....................................................
29
3.4 Características avaliadas..............................................................................
29
3.4.1 Altura de plantas.................................................................................
29
3.4.2 Diâmetro de plantas............................................................................
29
3.4.3 Número de folhas por planta...............................................................
29
3.4.4 Massa seca da parte aérea...................................................................
30
3.4.5 Produtividade......................................................................................
30
3.4.6 Análise química do solo......................................................................
30
3.5 Indicadores econômicos...............................................................................
30
3.5.1 Renda bruta (RB) ...............................................................................
30
3.5.2 Renda líquida (RL) ............................................................................
30
3.5.3 Taxa de retorno (TR) .........................................................................
30
3.5.4 Índice de lucratividade (IL) ...............................................................
30
3.6 Análise Estatística........................................................................................
30
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................ 31
4.1 Experimento com jitirana verde...................................................................
31
4.1.1 Altura e diâmetro de plantas...............................................................
31
4.1.2 Número de folhas por planta...............................................................
33
4.1.3 Produtividade e massa seca da parte aérea da alface..........................
36
4.2 Efeitos sobre a química do solo...................................................................
39
4.2.1 pH.......................................................................................................
39
4.2.2 Nitrogênio...........................................................................................
42
4.2.3 Fósforo................................................................................................
43
4.2.4 Potássio...............................................................................................
45
4.2.5 Sódio...................................................................................................
47
4.2.6 Cálcio..................................................................................................
47
4.2.7 Magnésio.............................................................................................
49
4.2.8 Carbono...............................................................................................
52
4.2.9 Relação C:N........................................................................................
52
4.3 Experimento com jitirana seca.....................................................................
54
4.3.1 Altura e diâmetro de plantas...............................................................
54
4.3.2 Número de folhas por planta...............................................................
56
4.3.3 Massa seca da parte aérea e produtividade da alface..........................
58
4.4 Indicadores econômicos...............................................................................
60
5 CONCLUSÕES................................................................................................... 64
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................. 65
7. APÊNDICE......................................................................................................... 73
18
1 INTRODUÇÃO
A crescente preocupação com o ambiente e a qualidade de vida da população mundial
tem aumentado a demanda por produtos saudáveis e a necessidade de se desenvolver novos
conceitos de sistemas de produção agrícola, baseados na conservação do solo, diversificação
de culturas, aporte de nutrientes de fontes renováveis, com base em resíduos orgânicos
localmente disponíveis, entre outras práticas, que busquem equilibrar a produtividade com a
conservação ambiental.
A busca por sistemas agrícolas auto-suficientes e diversificados, de baixa utilização de
insumos e com utilização eficiente de energia tem sido motivo de preocupação de
pesquisadores(as), agricultores(as) e políticos em todo mundo (ALTIERI, 2002). Segundo
Pereira (2001), a carência de informações, com bases científicas, tem sido um dos maiores
entraves, que impossibilita o aumento da experiência, da visão e da compreensão do
funcionamento dos sistemas orgânicos.
A alface (Lactuca sativa L.) é a hortaliça folhosa mais consumida na alimentação do
brasileiro. É tradicionalmente cultivada por agricultores(as) familiares, o que lhe confere
grande importância econômica e social, sendo significativo fator de agregação do homem do
campo (VILLAS BÔAS et al., 2004).
No Rio Grande do Norte, o consumo de alface é baixo quando comparado com outras
regiões do país, embora a produção atenda parte da demanda interna. O seu plantio se
restringe a pequenas áreas, onde o seu cultivo intensivo, freqüentemente, propicia
desequilíbrios na fertilidade do solo, causando deficiências minerais e, consequentemente,
baixas produtividades (PORTO, 1999). Como várias outras plantas olerícolas, a alface exige
um fornecimento considerável de nutrientes prontamente solúveis, dentro de um curto período
de intenso crescimento vegetativo.
19
A incorporação de esterco ao solo é uma alternativa amplamente adotada para
suprimento de nutrientes nos solos da região semi-árida. No entanto, a sua reduzida
disponibilidade nos locais de cultivo leva grande parte dos agricultores a importá-lo de
regiões circunvizinhas, o que eleva os custos de produção (MENEZES et al., 2002). Além
disso, a utilização desse insumo pode vir a ser limitada futuramente pela exigência da
produção deste sob manejo orgânico. Dessa forma, a utilização da adubação verde, pode
permitir uma diminuição das doses de esterco atualmente aplicadas e contribuir para repor as
reservas de N do solo, retirado do sistema com a colheita.
A adubação verde, que tem um caráter multifuncional que além da adição de N ao
sistema promove efeitos benéficos sobre as características químicas, físicas e biológicas dos
solos, assim como, contribui para o aumento da diversidade biológica da unidade de produção
(ESPINDOLA et al., 2004). No entanto, os efeitos da adubação verde são bastante variáveis,
dependendo da espécie utilizada, do manejo dado à biomassa, da época de plantio e corte do
adubo verde, do tempo de permanência dos resíduos no solo, das condições e da interação
entre esses fatores (ALCÂNTARA et. al, 2000).
As leguminosas são as espécies mais utilizadas como adubo verde. Mas, outras
espécies têm sido estudadas para o uso como adubo verde, entre elas as gramíneas. Porém,
quase inexistem trabalhos utilizando as espécies vegetais espontâneas para tal fim. No
entanto, as espécies espontâneas podem promover os mesmos efeitos de cobertura do solo,
produção de biomassa e ciclagem de nutrientes que as espécies introduzidas ou cultivadas
para adubação verde (FAVERO et al., 2000). Para Klein & Amaral (1988), a alternativa do
aproveitamento econômico das espécies espontâneas está assentada principalmente na
facilidade de sua reprodução e também nas suas mínimas exigências para um cultivo racional.
Nas condições edafoclimáticas do nordeste brasileiro, ainda são poucos os estudos
com adubação verde, mas os principais problemas estão na adequação desse tipo de adubação
ao cultivo das hortaliças, especialmente na busca de espécies de plantas adaptadas à região,
resistentes a seca e com potencial para contribuírem na proteção e regeneração da fertilidade
do solo.
Com isso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o desempenho agroeconômico da
alface lisa em função de quantidades de jitirana incorporadas ao solo e de seus tempos de
decomposição.
20
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A cultura da alface
É originária da Ásia e por volta do ano 4.500 a.C. era conhecida no antigo Egito.
Da região originária passou para a Grécia e para diversos territórios que constituíam o
Império Romano. Atualmente, esta planta hortícola é cultivada em todos os continentes, tendo
chegado ao Brasil através dos portugueses no século XVI (RIPADO, 1983; TRANI et al.,
2005). Pertence à família Asteraceae, e é considerada a hortaliça folhosa mais importante na
alimentação do brasileiro (YURI et al., 2002) e muita atrativa aos horticultores, porque possui
ciclo curto e alta produtividade, o que assegura a essa hortaliça, expressiva importância
econômica. Rica em vitaminas e sais minerais, é uma das melhores fontes de vitamina A,
possuindo ainda as vitaminas B1, B2 e C e sais minerais como cálcio e ferro (OLIVEIRA,
1999).
É uma planta anual, herbácea, de folhas largas, lisas ou crespas e dispostas em forma
de rosetas em torno de um caule curto, podendo ou não formar cabeças (SONNENBERG,
1985). A fase vegetativa de seu ciclo se encerra quando a planta atinge o maior
desenvolvimento em suas folhas. Neste momento, a planta emite uma haste floral, que alcança
até 1 m de altura, terminando por uma inflorescência ramificada, com numerosas flores
hermafroditas. As sementes são frutos secos (aquênios), com dormência de aproximadamente
2 meses. É uma espécie autógama, sendo a taxa de fecundação cruzada pouco freqüente (1-
3%). A fase reprodutiva apenas interessa aos produtores de sementes e aos melhoristas. O
caule é ereto, cilíndrico e glabro. Em geral é ramificado até um terço da altura e emerge do
meio de folhas basilares. As raízes são do tipo pivotante, podendo atingir até 60 cm de
profundidade, porém apresentam ramificações delicadas, finas e curtas, explorando apenas os
primeiros 25 cm de solo (RIPADO, 1983; FILGUEIRA, 2000; CAETANO et al., 2001).
21
A alface se propaga por semente. O método de plantio mais usado para essa cultura é o
transplante de mudas de sementeira. As mudas podem ser transplantadas 3 a 4 semanas após a
semeadura, quando tiverem com 4 a 6 folhas, que corresponde a altura de 10 a 12 cm
(RIPADO, 1983; SONNENBERG, 1985). O ciclo de crescimento da alface depende,
principalmente, da temperatura ambiente, da variedade cultivada e do sistema de produção. O
período de tempo desde a semeadura até a colheita varia de 40 a 70 dias. Goto (1998) divide o
hábito de crescimento da alface em três fases: a juvenil, desde o início até 30 dias; a de
desenvolvimento máximo, entre 30 e 50 dias; e a de maturação da planta, entre 50 e 70 dias.
Por ser uma olerícola de ciclo curto e sistema radicular superficial, é importante que o
solo tenha capacidade de fornecer água e nutrientes adequadamente para o desenvolvimento
das plantas. O solo mais apropriado para o cultivo da alface é aquele com pH em torno de 6,0,
boa fertilidade, rico em matéria orgânica e com textura areno-argilosa (CAETANO et al.,
2001). Como rias outras plantas olerícolas, a alface exige um fornecimento considerável de
nutrientes prontamente solúveis, dentro de um curto período de intenso crescimento
vegetativo. O crescimento da alface e consequentemente o acúmulo de nutrientes, é lento até
cerca de 30 dias após a emergência, aumentando rapidamente após este período (CAETANO
et al., 2001). Portanto, a maior exigência por nutrientes ocorre nas últimas semanas do ciclo
da planta (KATAYAMA, 1993).
2.2 A adubação verde
Adubação verde é a prática de cultivo e incorporação de plantas, produzidas no local
ou adicionadas, com a finalidade de preservar e/ou restaurar os teores de matéria orgânica e
nutrientes dos solos (SILVA et al., 1999).
É conhecida já há muitos anos, contudo ainda é uma prática pouco disseminada,
principalmente entre olericultores, devido a fatores como escassez e alto custo de semente,
falta de equipamentos para o manejo e pouca compreensão dos benefícios da prática
(SANTOS, 2000).
Por suas características, os adubos verdes proporcionam efeitos bastante significativos
à agricultura que as práticas convencionais químicas e mecânicas não conseguem
desempenhar. Essa prática se baseia na cobertura e proteção do solo, manutenção e/ou
melhoria das condições químicas, físicas e biológicas no solo, aração biológica e introdução
22
de microvida em profundidades maiores do que as da camada arável, utilização eventual da
biomassa produzida na alimentação animal, entre outros (NEGRINI, 2007).
Com relação às características químicas do solo, ocorre principalmente a incorporação
de nitrogênio pela fixação biológica pelas leguminosas (RIBAS et al., 2003). ainda o
aporte de quantidades expressivas de fitomassa, possibilitando uma elevação no teor de
matéria orgânica do solo ao longo dos anos. Como conseqüência, obtém-se um aumento da
capacidade de troca catiônica (CTC) do solo, o que traz maior retenção de nutrientes junto às
partículas do solo, reduzindo as perdas por lixiviação (KIEHL, 1985).
Segundo Perin et al. (2004), a presença de crotalária elevou o teor e acúmulo de
nitrogênio nas folhas e inflorescência do brócolo. Castro et al. (2004), também observou que,
o uso de leguminosas na adubação verde em pré-cultivo e consórcio contribuiu
significativamente para o fornecimento de N para a cultura da berinjela.
Os efeitos dos adubos verdes nas características físicas do solo o consideráveis, pois
ao atuarem como coberturas naturais diminuem a intensidade da radiação solar, os impactos
diretos das gotas de chuvas e aumentam a infiltração da água no solo (DERPSCH &
CALEGARI, 1985). Por elevar os teores de matéria orgânica do solo, proporciona a formação
e estabilização de agregados, melhorando as condições de aeração, infiltração e retenção de
umidade (DE-POLLI et al., 1996; IGUE, 1984).
Derpesch et al. (1991) apresentam resultados de um estudo no qual um solo submetido
à intensidade de precipitação de 60 mm/h ainda sofria infiltração de água quando a taxa de
cobertura era de 100 %, enquanto nesse mesmo solo descoberto houve infiltração de apenas
20 a 25 % da água da chuva. Wutke et al. (2000) relatam que a velocidade de infiltração
básica de água foi incrementada em solo submetido à rotação de feijoeiro com milho e
leguminosas como Crotalaria juncea e mucuna preta (Mucuna aterrima).
Quanto às melhorias nas condições biológicas dos solos, a adubação verde traz
impactos positivos sobre os componentes da fauna do solo, alterando a densidade das
populações e a diversidade de espécies (FRASER, 1994). Além disso, o fato dos resíduos
vegetais servirem como fonte de energia e nutrientes, a manutenção da cobertura vegetal cria
microhabitats favoráveis para os organismos do solo (GUPTA, 1994). Dentre os organismos
do solo favorecidos pela adubação verde, merecem destaque as bactérias dos gêneros
Rhizobium e Bradyrhizobium. Tais microrganismos são capazes de promover a fixação
23
biológica do N
2
atmosférico, associando-se a diversas leguminosas num processo simbiótico
(FREIRE, 1992).
Os adubos verdes, além de melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do
solo, reduzem o uso de fertilizantes nitrogenados e o impacto ambiental da agricultura, além
de conferir certa autonomia em relação à disponibilidade de matéria orgânica, reduzindo a
dependência de insumos externos e os custos de produção (GUERRA et al., 2002). Apesar
dos diversos benefícios da adubação verde, os efeitos o bastante variáveis, dependendo da
espécie utilizada, do manejo dado à biomassa, da época de plantio e corte do adubo verde, do
tempo de permanência dos resíduos no solo, das condições e da interação entre esses fatores
(ALCÂNTARA et. al, 2000).
2.3 Escolha das espécies de adubos verdes
Na adubação verde, não existe uma planta ideal. Com isso, dependendo da espécie
utilizada e das condições, existem vantagens e desvantagens inerentes a cada uma, sendo
então necessário se levantar informações sobre as plantas envolvidas antes da escolha. Uma
maior eficiência dos adubos verdes é potencializada através da escolha de espécies vegetais
adequadas para as condições edafoclimáticas da região, associada ao planejamento de seu uso
(ESPINDOLA et al., 2004).
As principais recomendações para a escolha da espécie de adubo verde a ser utilizada
são: plantas que produzam o maior volume de massa seca e que sejam menos sujeitas à
problemas fitossanitários; apresentem sementes uniformes e que germinem com facilidade,
sem necessidade de escarificação e que exijam um mínimo de preparo do solo. Deve-se
escolher plantas de crescimento rápido, precoces, de fácil incorporação ao solo, tolerante à
acidez e menos exigente a tratos culturais (KIEHL, 1985).
Outro aspecto importante é que a decomposição e a liberação de nutrientes ocorram de
forma sincronizada com a demanda das plantas que receberam a adubação (CALEGARI,
2002). Neste contexto, o conhecimento sobre a decomposição da massa de adubos verdes e a
dinâmica de liberação de nutrientes, reveste-se da maior importância, especialmente quando
utilizados em pré-cultivos ou consorciados com culturas de interesse alimentício e ou
comercial (NEGRINI, 2007).
As plantas mais utilizadas na adubação verde, geralmente são as leguminosas, porque
contêm altas porcentagens de fósforo, potássio, cálcio e, principalmente de nitrogênio, devido
24
ao processo de fixação simbiótica do N da atmosfera, através da simbiose das bactérias do
gênero Rhizobium, que se desenvolvem em suas raízes. Por ser plantas muito ricas em
nitrogênio, possuem uma relação C:N estreita, em torno de 12:1, semelhante a dos
microrganismos do solo, responsáveis pela decomposição da matéria orgânica
(ALCÂNTARA et al., 2000).
A adubação verde com leguminosas é um efetivo recurso de suprimento de N para o
cultivo de hortaliças, notadamente quando a taxa de liberação do N dos resíduos esteja
sincronizada com a demanda pelas culturas (THÖNNISSEN et al., 2000). Portanto, uma
importante estratégia de manejo é conseguir sincronizar a taxa de liberação do N pelo adubo
verde com a absorção da cultura que o utilizará (WIVSTAD, 1999). Além das leguminosas
outras espécies têm sido estudadas para o uso como adubo verde, entre elas as gramíneas.
Porém, quase inexistem trabalhos utilizando as espécies vegetais espontâneas para tal fim.
As espécies vegetais espontâneas, nas áreas de cultivo agrícola, têm sido tratadas
como “plantas daninhas”, “ervas invasoras”, “inços” e outras denominações, do ponto de vista
dos prejuízos que podem acarretar às espécies cultivadas, por competir com estas em
nutrientes, água e luz. No entanto, as espécies espontâneas podem promover os mesmos
efeitos de cobertura do solo, produção de biomassa e ciclagem de nutrientes que as espécies
introduzidas ou cultivadas para adubação verde (FAVERO et al., 2000). Para KLEIN (1988),
a alternativa do aproveitamento econômico dessas espécies está assentada principalmente na
facilidade de sua reprodução e também nas suas mínimas exigências para um cultivo racional
Fávero & Jucksch (2000), verificaram que, de uma forma geral, as plantas espontâneas
apresentam teores de P, K e Mg similares ou maiores que as leguminosas de adubação verde,
evidenciando o potencial para ciclagem desses nutrientes. Baggio & Soares (2002)
observaram que, a adubação do morangueiro com biomassa verde de timbó, triturada “in
natura”, resultou em maior produção de frutos, quando comparada com a adubação orgânica
convencional, sem causar quaisquer problemas de fitoxicidade ou fitossanitário.
2.4 A jitirana
A jitirana (Merremia aegyptia) é uma planta forrageira nativa do nordeste brasileiro,
suculenta e com odor agradável, que confere uma ótima aceitação pelos animais. Encontra-se
em matas, cercas, clareiras, roçados, se adaptando aos solos de diferentes frações
granulométricas (BRAGA, 1976; CORREIA, 1984).
25
É uma trepadeira anual, herbácea. Caule cilíndrico, sulcado, glabro, ou mais
comumente com pubescência hirsuta, amarelada. Folhas alternas membranáceas, com cinco
segmentos, palmadas; faces ventral e dorsal esparsamente pilosas. Inflorescência com 6 a 9
flores, raramente solitárias; flores alvas; cálice densamente piloso e corola campanulada,
externamente glabra. Fruto cápsula subglobosa (FALCÃO, 1954).
É uma planta que se desenvolve bem nas condições climáticas do nordeste, atingindo
uma produtividade de fitomassa verde em torno de 36.000 kg ha
-1
, com teores de
macronutrientes da ordem de 2,62% nitrogênio; 0,17% de fósforo; 0,04% de potássio; e
1,95% de magnésio e apresenta-se como importante alternativa para o uso como adubo verde
(LINHARES et al., 2007).
2.5 Adubação verde em hortaliças
O uso de adubos verdes vem crescendo, devido principalmente à sua adoção pelos
sistemas agrícolas agroecológicos, como fonte de nutrientes, em especial ao aporte de
nitrogênio. Apesar da prática da adubação verde ser bastante antiga, a sua utilização na
olericultura ainda é pouco difundida. Na horticultura de base ecológica, a adubação verde é
especialmente importante, uma vez que a disponibilidade de fontes de N é limitada
(THORUP-KRISTENSEN, 2006) e a utilização de composto orgânico pode encarecer
demasiadamente os custos de produção.
Alguns trabalhos relativos à adubação verde em hortaliças têm sido publicados por
diversos autores. No entanto, as informações ainda são muito escassas, observa-se ainda, que
as respostas são variáveis e dependem das condições edafoclimáticas, do manejo adotado e da
espécie utilizada como adubo verde.
O uso de leguminosas na adubação verde em pré-cultivo e consórcio contribuiu
significativamente para o fornecimento de N para a cultura da berinjela (CASTRO et al.,
2004). Resultado semelhante ao encontrado por Ribas et al. (2003), ao usar crotalária como
adubo verde, em consórcio com o quiabeiro, verificou contribuição dessa leguminosa no
fornecimento de N e ciclagem de nutrientes no sistema, proporcionando aumento de
produtividade. De acordo com Fontanétti (2003), a utilização de adubo verde mais composto
orgânico permite a obtenção de cabeças comerciais de alface americana e repolho com peso
satisfatório para o mercado.
Oliveira (2004), estudando o plantio direto de alface e feijão vagem sobre coberturas
vivas de amendoim forrageiro e grama batatais (Paspalum notatum), constatou que tal prática
26
pode substituir o cultivo dessas hortaliças em canteiros, favorecendo maior proteção do solo
sem causar prejuízos em termos de produtividade. Já Perin (2004), não constatou efeito
residual dos adubos verdes crotalária e milheto sobre o diâmetro das inflorescências e
produção de brócolo, tanto na ausência quanto na presença de 150 kg ha
–1
de N, quando
cultivado após a cultura do milho. A presença da crotalária elevou o teor e acúmulo de N nas
folhas e inflorescências do brócolo, tanto na ausência quanto na presença de 150 kg ha
–1
de N,
mesmo após o cultivo intermediário do milho. No esquema de sucessão crotalária/milho/
brócolo, o aproveitamento pelo brócolo do N fixado biologicamente pela crotalária é baixo.
27
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Caracterização da área experimental
Dois experimentos foram conduzidos na Horta Didática do Departamento de Ciências
Vegetais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN, em um
Argissolo Vermelho-Amarelo Eutrófico. O primeiro foi realizado no período de abril a junho
de 2006 e o segundo no período de outubro a dezembro de 2006. Antes da instalação dos
experimentos, amostras de solo das áreas experimentais foram retiradas e enviadas para
análise química no Laboratório de Análise de Água, Solos e Plantas do Departamento de
Ciências Ambientais UFERSA, cujos resultados estão apresentados na Tabela 1. Foi
determinada a relação carbono nitrogênio da jitirana em diferentes estágios fenológicos
(Tabela 2).
Tabela 1 Caracterização química do solo da área experimental para fins de fertilidade, na
profundidade de 0-20 cm, antes da incorporação da jitirana. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
Experimentos
pH
N P K Ca Mg Na C
C:N
g kg
-1
mg dm
-3
cmol
c
dm
-3
g kg
-1
1 7,48 0,87 0,50 0,42
5,60 0,63 0,44 7,45 8,56
2 7,40 0,65 2,12 0,42
5,43 1,83 0,88 5,62 8,65
3.2 Delineamento experimental e tratamentos
O delineamento experimental nos dois experimentos foi o de blocos completos
casualizados com os tratamentos arranjados em esquema fatorial 4 x 4 + 4, com 3 repetições.
28
No primeiro experimento, os tratamentos consistiram da combinação de quatro quantidades
de jitirana verde incorporadas ao solo (2,2; 4,4; 6,6 e 8,8 t ha
-1
de matéria seca) com quatro
tempos de decomposição (0; 10; 20 e 30 dias após o transplantio da alface - DAT) mais quatro
testemunhas (ausência de adubação, 80 t ha
-1
de esterco bovino, 80 t ha
-1
de esterco bovino +
adubação mineral de 160 kg ha
-1
de N, 60 kg ha
-1
de P
2
0
5
e 30 kg ha
-1
de KCl) e a mesma
adubação mineral. No segundo experimento, os tratamentos consistiram da combinação de
quatro quantidades de jitirana seca incorporadas ao solo (2,6; 5,2; 7,8 e 10,4 t ha
-1
) com
quatro tempos de decomposição (0; 10; 20 e 30 dias após o transplantio da alface) mais as
mesmas testemunhas do primeiro experimento. Os níveis da quantidade de jitirana
incorporada ao solo e os seus tempos de decomposição foram determinados de acordo com
resultados de pesquisas realizadas por outros autores na região. Cada parcela tinha uma área
total de 1,44 m
2
(1,20 m x 1,20 m) contendo 36 plantas de alface espaçadas de 0,20 m x 0,20
m. A área útil de cada parcela foi de 0,80 m
2
(1,00 m x 0,80 m) contendo 16 plantas de alface.
Tabela 2. Teores de carbono e relação carbono/nitrogênio da jitirana em diferentes estágios
fenológicos. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
Estágios
Fenológicos
%C C/N
15 dias 46,1 10/1
30 dias 46,1 11/1
45 dias 46,2 12/1
60 dias 46,2 15/1
75 dias 46,4 18/1
90 dias 46,5 18/1
105 dias 46,6 18/1
120 dias 46,7 18/1
C = Carbono C/N = Relação carbono nitrogênio
A cultivar de alface plantada nos experimentos foi a Babá de Verão, que pertence ao
grupo lisa repolhuda e apresenta folhas grandes e pouco enrugadas, de coloração verde-clara,
e tolerância ao pendoamento precoce (SAKAMA, 2002). Sua fase vegetativa varia de 45 a 90
dias, dependendo da época ou região de plantio (SILVA, 1997).
29
3.3 Instalação e condução dos experimentos
Em ambos os experimentos, a preparação dos canteiros foi feita manualmente com
enxada. Após a incorporação da jitirana e antes do plantio da alface, foram retiradas amostras
de solos na profundidade de 0-20 cm em cada parcela do primeiro experimento. A coleta da
jitirana verde foi realizada na própria área experimental onde foram conduzidos os
experimentos. Para a condução do segundo experimento, a jitirana foi deixada para secar,
guardada e usada na instalação.
A incorporação da jitirana nas diferentes quantidades foi feita manualmente a cada dez
dias, inicialmente foi incorporada a jitirana referente ao tempo de decomposição de 30 dias,
após 10 dias a incorporação da jitirana referente ao tempo de 20 dias, posteriormente
incorporou-se a jitirana correspondente ao tempo 10 dias e por último fez-se a incorporação
da jitirana referente ao tempo 0 dias. A adubação química foi utilizada apenas nas
testemunhas, como descrito no item anterior. Neste momento, as mudas de alface foram
transplantadas para cada parcela experimental, encontrando-se com 21 dias de semeadas. Os
tratos culturais constaram de duas irrigações diárias por microaspersão e de capinas manuais
sempre que necessário. Não foi feito nenhum tipo de adubação complementar.
A colheita da alface foi realizada aos 48 dias após a semeadura, em ambos os
experimentos, quando as plantas atingiram o máximo desenvolvimento vegetativo. Na ocasião
da colheita os caules das plantas foram cortados rente ao solo.
3.4 Características avaliadas
3.4.1 Altura de plantas a altura de plantas foi avaliada através da média de cinco
plantas escolhidas da parcela útil, medida através de régua, do nível do solo até a extremidade
das folhas mais altas, expressa em cm.
3.4.2 Diâmetro de plantas foi avaliado das mesmas cinco plantas escolhidas
aleatoriamente dentro da parcela útil, medindo-se à distância entre as margens opostas do
disco foliar, sendo estas medidas feitas por ocasião da colheita.
3.4.3 Número de folhas por planta - O número de folhas foi obtido partindo-se das
folhas basais até a última folha aberta medindo 5 cm de comprimento da amostra de 5 plantas
da área útil da parcela.
30
3.4.4 Massa seca da parte aérea foi obtida das cinco plantas utilizadas para
quantificação da altura, diâmetro e número de folhas por planta, determinando-se o peso seco
em estufa de circulação forçada de ar a 70ºC, até obtenção de peso constante, expressa em
g/planta.
3.4.5 Produtividade - determinada por meio do peso total da parte aérea de todas as
plantas da parcela útil.
3.4.6 Análise química do solo a fertilidade do solo foi avaliada pelas determinações de
rotina do Laboratório de Análise de Água, Solos e Plantas do Departamento de Ciências
Ambiental UFERSA, conforme o Manual de Métodos de Análises de Solos da EMBRAPA
(EMBRAPA, 1999).
3.5 Indicadores econômicos
3.5.1 Renda bruta (RB) obtida do produto da produtividade de cada tratamento e valor
da alface.
3.5.2 Renda líquida (RL) obtida da subtração entre a renda bruta e o custo total de
produção (CT).
3.5.3 Taxa de retorno (TR) obtida da relação entre a renda bruta (RB) e o total dos
custos de produção (CT).
3.5.4 Índice de lucratividade (IL) obtido da relação entre a renda líquida (RL) e a
renda bruta (RB), expresso em percentagem.
3.6 Análise Estatística
Os dados foram submetidos à análise de variância através do SAS. Utilizou-se o
software Table curve para se fazer o ajustamento de curvas de respostas (JANDEL
SCIENTIFIC, 1991) nas características avaliadas em função das variáveis quantitativas.
31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Experimento com jitirana verde
4.1.1 Altura e diâmetro de plantas
Para a altura e diâmetro de plantas, não foi observada interação significativa entre as
quantidades de jitirana incorporadas ao solo e seus tempos de decomposição. Porém,
equações de respostas em função das quantidades de jitirana aplicadas e de seus tempos de
decomposição foram ajustadas a essas características. Aumentos nos valores da altura e
diâmetro de plantas de alface foram registrados em função das quantidades de jitirana
aplicadas até os valores máximos de 14,03 cm e 24,68 cm, correspondendo às quantidades de
7,23 t ha
-1
e 7,22 t ha
-1
, respectivamente, em seguida, decrescendo até a quantidade mais alta
de jitirana incorporada (Figuras 1A e 1B). Esta diminuição após atingir os valores máximos
de altura e diâmetro, pode ter sido ocasionada pela competição dos microrganismos do solo
com as plantas de alface pelo nitrogênio, devido ao fato dos microrganismos, tendo à sua
disposição grande quantidade de materiais produtores de energia, multiplicam-se rapidamente
e eles próprios utilizarem o nitrogênio.
Por outro lado, comportamento inverso foi observado nestas características em função
dos tempos de decomposição, onde a altura e o diâmetro de plantas decresceram com o tempo
de decomposição da jitirana ao solo. Maiores valores (13,56 cm e 24,16 cm) foram
observados no tempo 0 dias e valores mínimos (11,83 cm e 21,45 cm) observado no tempo
30, correspondendo a um decréscimo na altura e diâmetro de plantas de 12,75% e 11,21%,
respectivamente (Figura 1C e 1D).
Esse decréscimo, provavelmente, deve-se a rápida decomposição da jitirana no solo,
favorecida pela relação baixa relação C:N e da baixa quantidade de lignina da mesma. Além
disso, no período de condução do experimento ocorreram algumas chuvas, que
proporcionaram a aceleração da decomposição dos resíduos e lixiviação dos nutrientes. Com
32
Figura 1 - Altura e diâmetro de plantas de alface em função de quantidades de jitirana verde incorporadas ao solo (A e B) e de seus tempos de
decomposição (C e D). Mossoró-RN, UFERSA, 2006
B
A
C
D
33
isso, a jitirana não conseguiu manter o mesmo conteúdo nutricional ao longo do ciclo da
alface, portanto, quando a cultura da alface necessitou dos nutrientes, os mesmos
provavelmente não estavam presentes.
Foi observada diferença significativa entre o valor médio das testemunhas e o valor
médio dos tratamentos provenientes do fatorial apenas no diâmetro da alface, com a média
advinda dos tratamentos do fatorial se destacando da média das testemunhas (Tabela 3). Entre
às testemunhas, observaram-se diferenças significativas entre os valores médios apenas na
altura de plantas da alface, com a média do tratamento adubação com esterco bovino mais
adubação mineral, se destacando da dos demais tratamentos (Tabela 3). Estes resultados
discordam em parte dos encontrados por Fontanétti et al. (2006), estudando a adubação verde
da alface americana com mucuna-preta, feijão-de-porco e crotalária juncea, onde não
encontraram diferença significativa entre os valores médios de altura e diâmetro das plantas
de alface.
4.1.2 Número de folhas por planta
Não houve interação significativa entre as quantidades de jitirana incorporadas ao solo
e os seus tempos de decomposição no número de folhas por planta. Porém, este número
aumentou com as quantidades de jitirana incorporadas até o valor máximo de 21,73 folhas por
planta na quantidade de 5,74 t ha
-1
, decrescendo em seguida até a maior quantidade de jitirana
incorporada, correspondendo ao valor de 18,28 folhas por planta (Figura 2A). Este aumento,
provavelmente, foi devido à disponibilidade de nutrientes as plantas de alface, resultado este,
que concorda em parte com o obtido por Saminez & Resende (2002) estudando a adubação da
alface com capins triturados + cama de aves, onde observaram aumento no número de folhas
por planta de alface. Do mesmo modo, Silva (2006a), também observou aumento no número
de folhas de couve por planta com o uso de leguminosas como adubo verde.
Nenhuma função resposta foi observada para o número de folhas por planta de alface
em função dos tempos de decomposição da jitirana no solo (Figura 2B). No entanto, pela
variação observada no número de folhas nos tempos de decomposição pode-se constatar não
haver influencia dos tempos de decomposição nesta característica avaliada. Por outro lado,
diferenças significativas foram registradas entre os números médios de folhas por planta das
testemunhas testadas, com maiores números médios observados nos tratamentos adubação
com esterco bovino e adubação com esterco bovino mais adubação mineral (Tabela 3).
34
Tabela 3 Valores médios das testemunhas e dos tratamentos provenientes do fatorial na altura e diâmetro de plantas, número de folhas
por planta, massa seca da parte aérea e produtividade de alface. Experimento I – Jitirana verde. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
Testemunhas
Altura de
plantas
(cm)
Diâmetro de
plantas
(cm)
Número de folhas
por planta
Produtividade
(t ha
-1
)
Massa seca da
parte aérea
(t ha
-1
)
Ausência de adubação
10,80 b
*
19,23 a
15,33 b
3,47 c
0,93 b
Adubação com esterco bovino 12,53 ab 23,07 a 23,66 a 8,07 a 1,18 a
Esterco bovino + Adubação mineral 13,80 a 23,27 a 26,33 a 4,47 bc 1,13 ab
Adubação mineral 12,73 ab 21,67 a 18,00 b 5,93 ab 1,12 ab
Média das testemunhas 12,46 21,80 20,83 5,47 1,09
Média do fatorial 12,91 23,13
+
20,58 6,43
+
1,02
* Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
+
Média dos tratamentos provenientes do fatorial significativamente diferente da média das testemunhas pelo teste F, ao nível de 5%
de probabilidade.
35
Figura 2 - Número de folhas por planta em função de quantidades de jitirana
verde incorporadas ao solo (A) e de seus tempos de decomposição (B). Mossoró-
RN, UFERSA, 2006.
A
B
36
4.1.3 Produtividade e massa seca da parte aérea da alface
Interação significativa entre as quantidades de jitirana incorporadas ao solo e os seus
tempos de decomposição foi observada apenas, na produtividade da alface (Figura 3).
Desdobrando esta interação, observou-se que no tempo 0, a produtividade cresceu linearmente
com as quantidades de jitirana aplicadas, de 6,50 t ha
-1
na quantidade de 2,2 t ha
-1
de jitirana a
8,31 t ha
-1
na quantidade de 8,8 t ha
-1
de jitirana. Nos tempos de 10, 20 e 30 dias de
decomposição, as produtividades cresceram com as quantidades de jitirana incorporadas ao
solo, até os valores máximos de 8,82 t ha
-1
; 10,27 t ha
-1
e 6,72 t ha
-1
, nas quantidades de
jitirana incorporadas de 4,4 t ha
-1
, 7,21 t ha
-1
e 7,60 t ha
-1
, respectivamente, decrescendo em
seguida até a máxima quantidade de jitirana incorporada (Figura 3). A melhor combinação
entre a quantidade e o tempo de decomposição da jitirana, que proporcionou mais alta
produtividade de alface foi a quantidade de 7,21 t ha
-1
de jitirana incorporada ao solo no
tempo de 20 dias. Esse resultado pode ser atribuído à adequada disponibilidade de nutrientes
no solo para a cultura da alface no período de maior demanda. Para que a adubação verde seja
eficaz no fornecimento de nutrientes, é necessária que haja sincronia entre os nutrientes
liberados pelos adubos verdes e a demanda da cultura de interesse comercial.
Para Myers et al. (1994), a sincronia entre o fornecimento e a demanda de nutrientes
pelas plantas, particularmente em agroecossistemas de região tropical, é um processo
importante para garantir a eficiência do uso de nutrientes e a minimização de suas perdas,
contribuindo assim para a sustentabilidade dos sistemas de produção com reduzido uso de
insumos externos à propriedade.
Não foi observada interação significativa entre os fatores-tratamentos na quantidade
de massa seca das plantas de alface. Porém, um ligeiro incremento (da ordem de 1,94%) na
quantidade de massa seca foi observado com o aumento das quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo (Figura 4A). Por outro lado, em função dos tempos de decomposição, o
comportamento da massa seca manteve-se praticamente estável durante o período de
decomposição avaliado, com valor médio aproximado de 1,04 t ha
-1
(Figura 4B).
Foi observada diferença significativa entre o valor médio dos tratamentos testemunhas
e o valor médio dos tratamentos provenientes do fatorial apenas na produtividade da alface,
com o maior valor médio registrado nos tratamentos advindos do fatorial (Tabela 3). Com
relação às testemunhas, observaram-se diferenças significativas entre seus valores médios
tanto na produtividade como na massa seca da parte aérea da alface, com o tratamento
37
Figura 3 - Produtividade da alface em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição. Mossoró-RN, UFERSA,
2006.
38
Figura 4 Massa seca da parte aérea da alface em função de quantidades de
jitirana verde incorporadas ao solo (A) e de seus tempos de decomposição (B).
Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
B
A
39
adubação com esterco bovino se destacando dos demais (Tabela 3). Este resultado se deve a
mineralização e liberação dos nutrientes as plantas de alface pelo adubo orgânico.
4.2 Efeitos sobre a química do solo
4.2.1 pH
Não houve interação significativa entre as quantidades de jitirana incorporadas e os
seus tempos de decomposição no pH do solo. No entanto, o pH do solo decresceu com as
quantidades de jitirana incorporadas e com os tempos de decomposição, na ordem de 4,31% e
4,43 %, respectivamente (Figura 5A e 5B). Está redução no pH, provavelmente, seja devido
aos processos de nitrificação do amônio e produção de ácidos orgânicos, resultantes do ataque
a jitirana por organismos decompositores.
Não foi observada diferença significativa entre o valor médio das testemunhas e o
valor médio dos tratamentos provenientes do fatorial, bem como, entre as médias das
testemunhas testadas (Tabela 4).
A adição de resíduos de plantas ao solo, em geral diminui a sua acidez (MATHEIS,
2004). Este efeito, naturalmente depende da quantidade de resíduos adicionados e da sua
concentração em cátions básicos. Durante a decomposição dos resíduos, são produzidos ácidos
orgânicos capazes de complexar íons Al
+++
presentes na solução do solo, reduzindo desta
forma o alumínio tóxico do solo (LIU e HUE, 1996).
O efeito dos resíduos orgânicos sobre o pH é considerado temporário e de menor
duração que a calagem convencional, o que pode explicar a diminuição do pH do solo em
função do tempo, constatado nesse trabalho (CHAVES & CALEGARI, 2001). Nascimento et
al. (2003), relatam à diminuição da acidez do solo, com o uso de leguminosas. Lacerda e Silva
(2006b), também observaram diminuição do pH, com o uso de feijão-de-porco. Enquanto que,
Heinrichs et al. (2005), constataram que o uso de adubo verde não influenciou no pH do solo.
40
40
Figura 5 pH do solo em função de quantidades de jitirana verde incorporadas ao
solo (A) e de seus tempos de decomposição (B). Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
B
A
41
Tabela 4 Valores médios das testemunhas e dos tratamentos provenientes do fatorial no pH e nos teores de nitrogênio, fósforo, potássio,
cálcio, magnésio, sódio, carbono e na relação C:N do solo. Experimento I – Jitirana verde. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
Testemunhas pH
Nitrogênio
(g/kg)
Fósforo
(mg.dm
-3
)
Potássio
(cmol
c
.dm
-3
)
Cálcio
(cmol
c
.dm
-3
)
Magnésio
(cmol
c
.dm
-3
)
Sódio
(cmol
c
.dm
-3
)
Carbono
(g/kg)
Relação
C:N
Ausência de adubação
7,48 a
0,84 b
0,50 c
0,42 b
5,60 a
*
0,63 a
0,44 a
9,53 a
11,39 a
Adubação com esterco bovino
7,29 a
1,09 a 3,28 a 1,00 a 7,16 a 1,00 a 0,59 a 10,90 a 10,04 a
Adubação mineral 7,02 a
0,53 c 0,88 b 0,45 b 6,23 a 0,50 a 0,48 a 6,04 b 11,59 a
Média das testemunhas 7,26 0,82
+
1,55
+
0,62
+
6,33 0,71 0,50 8,82 11,00
Média do fatorial 7,49 0,74 0,83 0,84 5,80 0,59 0,53 12,80
+
17,70
+
* Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
+
Média dos tratamentos provenientes do fatorial significativamente diferente da média das testemunhas pelo teste F, ao nível de 5%
de probabilidade.
42
4.2.2 Nitrogênio
Com relação a essa característica constatou-se interação significativa entre as
quantidades de jitirana verde incorporadas ao solo e os seus tempos de decomposição.
Desdobrando esta interação, observou-se que, nos tempos 0 e 10 dias, ocorreram um ligeiro
incremento do teor de nitrogênio quando da incorporação de 3,12 t ha
-1
e de 2,86 t ha
-1
de
jitirana ao solo, respectivamente, decrescendo em seguida, após estas quantidades (Figura 6).
No tempo 20 dias de decomposição, o nitrogênio cresceu com as quantidades de jitirana
incorporadas, até o valor máximo de 0,86 g kg
-1
, na quantidade de 5,86 t ha
-1
, decrescendo em
seguida até a máxima quantidade de jitirana incorporada. No tempo 30 dias, houve efeito
crescente do teor de nitrogênio com o aumento das quantidades de jitirana incorporadas,
alcançando o valor máximo na quantidade 8,8 t ha
-1
de jitirana aplicada ao solo (Figura 6).
O acúmulo de nitrogênio inorgânico no solo vai ocorrer se a quantidade de
nitrogênio liberada pelos resíduos vegetais exceder o seu requerimento pelos microrganismos,
que está associado ao fornecimento de carbono, que é a fonte de respiração e crescimento
desses seres (SILVA, 2006b). Tendo em vista a cultura da alface ser composta basicamente de
folhas, a mesma responde bem ao fornecimento de nitrogênio. A sua deficiência retarda o
crescimento da planta, induz a formação da cabeça e o amarelecimento das folhas mais
velhas (GOTO et al., 2001).
Em termos médios, foram observadas diferenças significativas entre o valor médio dos
tratamentos provenientes do fatorial e o das testemunhas, com o maior teor médio de
nitrogênio registrado das testemunhas (Tabela 4). Entre testemunhas, também foi observada
diferença significativa entre as médias, com o maior teor médio de nitrogênio registrado no
tratamento adubação com esterco bovino.
Os resultados observados nesse trabalho, corroboram com os de Castro et al. (2004),
que observaram que o uso de leguminosas na adubação verde em pré-cultivo e consórcio
contribuiu significativamente para o fornecimento de N para a cultura da berinjela e também
com os de Silva et al (2002), onde constaram que as espécies leguminosas estudadas por eles,
promoveram reciclagem e incorporação de quantidades significativas de nutrientes ao solo,
destacando-se o N, K, Ca e P.
43
Figura 6 Teor de nitrogênio no solo em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição. Mossoró-RN, UFERSA,
2006.
4.2.3 Fósforo
Para o fósforo, não houve interação significativa entre as quantidades de jitirana
incorporadas ao solo e seus tempos de decomposição. No entanto, observou-se
comportamento crescente do teor de fósforo no solo em função das quantidades de jitirana
verde incorporadas, com o valor máximo obtido na quantidade de 8,8 t ha
-1
, correspondendo
um a acréscimo de 24,46 % (Figura 7A). Para os tempos de decomposição da jitirana,
observou-se um aumento até o tempo 18,55 dias (0,92 mg dm
-3
), decrescendo em seguida.
(Figura 7B).
A rápida liberação de P no período inicial da decomposição dos resíduos culturais está
ligada à perda do P solúvel em água (BUCHANAN & KING, 1993). A maior parte do P do
tecido vegetal encontra-se no vacúolo da célula, na forma mineral, bastante solúvel em água
(MARSCHNER, 1995), sendo liberado dos resíduos culturais quando o vacúolo é rompido
(AITA & GIACOMINI, 2003).
44
Figura 7 Teor de fósforo no solo em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo (A) e de seus tempos de decomposição (B). Mossoró-RN,
UFERSA, 2006.
A
B
45
Lacerda & Silva (2006), detectaram aumentos nos teores de fósforo e potássio,
presentes no solo após o uso de feijão de porco, como adubo verde. Castilhos et al. (2007),
observaram aumentos de fósforo no solo, com o uso de vermicompostos de suíno e eqüino.
Diferença significativa foi observada entre o valor médio dos tratamentos provenientes
do fatorial e o das testemunhas, com o maior teor médio de fósforo registrado das
testemunhas (Tabela 4). Entre testemunhas, também foi observada diferença significativa
entre as médias, com o maior teor médio de fósforo registrado no tratamento adubação com
esterco bovino.
No geral, as quantidades de fósforo exigidas pelas culturas são baixas, principalmente
quando comparadas com o nitrogênio e potássio. Além de afetar o desenvolvimento da planta,
o fósforo pode interferir no equilíbrio nutricional da cultura. A deficiência de fósforo em
alface provoca atraso no crescimento das plantas e formação da cabeça (KATAYAMA,
1993).
4.2.4 Potássio
Não houve interação significativa entre as quantidades de jitirana incorporadas e os
seus tempos de decomposição no teor de potássio no solo. Porém, houve um aumento deste
teor no solo em função das quantidades de jitirana verde incorporadas ao solo, registrando-se
o maior valor na quantidade 8,8 t ha
-1
(Figura 8A). Para os tempos de decomposição da
jitirana, observou-se um acréscimo no teor de potássio até o tempo de 13,88 dias, decrescendo
em seguida até o tempo de decomposição de 30 dias (Figura 8B).
A rápida liberação de K, ocorrida nos primeiros dias, corroboram com os resultados
obtidos por Da Ros (1993), Schomberg & Steiner (1999). Giacomini et al (2000), estudando a
liberação de nutrientes por resíduos vegetais, verificaram que, praticamente todo o K foi
liberado nos primeiros 29 dias. Esse resultado pode ser atribuído ao fato de o K ser um
elemento que não está associado a nenhum componente estrutural do tecido vegetal
(MARSCHNER, 1995).
A decomposição da matéria orgânica pode ter efeito solubilizantes no K nativo do
solo, aumentando sua disponibilidade (TIWARI et al., 1980). Nascimento et al. (2003) e Faria
et al. (2007), constataram aumento de potássio no solo, com o uso de leguminosas como
adubo verde. Lacerda & Silva (2006), observaram aumentos do teor potássio no solo,
utilizando feijão-de-porco, com adubo verde.
46
Figura 8 Teor de potássio no solo em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo (A) e de seus tempos de decomposição (B). Mossoró-RN,
UFERSA, 2006.
A
B
47
Diferença significativa foi observada entre o valor médio dos tratamentos provenientes
do fatorial e o das testemunhas, com o maior teor médio de potássio registrado das
testemunhas (Tabela 4). Entre testemunhas, também foi observada diferença significativa
entre as médias, com o maior teor médio de potássio registrado no tratamento adubação com
esterco bovino.
O potássio desempenha importante função na planta, atuando nas propriedades
osmóticas, abertura e fechamento dos estômatos, fotossíntese, ativação enzimática, síntese de
proteínas e transporte de carboidratos entre outros (MARSCHNER, 1995).
4.2.5 Sódio
Não houve interação significativa entre as quantidades de jitirana incorporadas e seus
tempos de decomposição no teor de sódio no solo. Mas, este teor decresceu em função das
quantidades de jitirana verde incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição (Figura
9A e 9B).
Não foi observada diferença significativa entre as testemunhas testadas e entre o valor
médio delas e o do fatorial proveniente das quantidades de jitirana verde incorporadas ao solo
e seus tempos de decomposição (Tabela 4). Castilhos et al. (2007), observaram aumentos 86%
no teor de sódio no solo, utilizando vermicomposto ovino, quando comparado a adubação
mineral.
O sódio é um metal alcalino, que juntamente com o cálcio, magnésio e o potássio,
constituem os cátions trocáveis do solo. Quanto mais alta a porcentagem de sódio entre os
cátions trocáveis, menor será a saturação dos sítios de troca do solo ocupados pelo cálcio,
magnésio e potássio. O aumento da porcentagem de sódio no solo impede a agregação da
terra, endurece o solo e aumenta a impermeabilidade. O potássio, que é um macronutriente
essencial às plantas, pode ter sua absorção comprometida se a saturação em sódio, no solo,
ultrapassar os níveis de 3% na CTC.
4.2.6 Cálcio
Não houve interação significativa entre as quantidades de jitirana incorporadas e os
seus tempos de decomposição no teor de cálcio no solo. O teor de cálcio aumentou com as
quantidades de jitirana incorporadas, com valor máximo de 6,56 cmol
c
.dm
-3
quando se
48
Figura 9 Teor de sódio no solo em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo (A) e de seus tempos de decomposição (B). Mossoró-RN,
UFERSA, 2006.
B
A
49
incorporou 8,8 t ha
-1
de jitirana ao solo (Figura 10A). Com relação aos tempos de
incorporação, observou-se um aumento do teor de lcio, atingindo o valor máximo de 6,18
cmol
c
.dm
-3
no tempo correspondente a 26,6 dias, decrescendo em seguida (Figura 10B). Isto
se deve ao fato do Ca ser um componente estrutural das células.
Estes resultados concordam em parte com os obtidos por Faria et al. (2007), que
constataram aumentos nos valores de Ca no solo ao avaliarem os atributos químicos de um
Argissolo mediante o uso de adubos verdes em Petrolina-PE. Por outro lado, Centurion et al.
(2005) e Menegucci et al. (1995), também verificaram aumentos do teor de cálcio no solo,
com o uso de kudzu tropical e crotalária, respectivamente, como adubo verde. Os usos de
leguminosas em consórcio e de adubação orgânica em cobertura promovem o aumento no teor
de cálcio do solo (SILVA, 2006b).
Não foram observadas diferenças significativas entre as testemunhas testadas e entre o
valor médio delas e o do fatorial proveniente das quantidades de jitirana e dos tempos de
incorporação da mesma (Tabela 4).
4.2.7 Magnésio
Para o magnésio, não houve interação significativa entre as quantidades de jitirana
incorporadas e os seus tempos de decomposição. Porém, foi observado um leve aumento no
teor de magnésio com as quantidades de jitirana verde incorporadas ao solo e um decréscimo
no seu teor em função dos tempos de decomposição. Os maiores valores (0,65 cmolc.dm
3
e
0,64 cmolc.dm
3
), foram registrados na quantidade de 8,8 t ha
-1
e no tempo 0 dias,
respectivamente (Figura 11A e 11B).
Entre às testemunhas testadas, também não foram observadas diferenças significativas
entre suas médias e entre o valor médio das mesmas e o do fatorial proveniente das
quantidades de jitirana incorporadas ao solo e os seus tempos de decomposição (Tabela 4).
Estes resultados diferem completamente dos obtidos por Moreti et al. (2007), onde
obtiveram efeito significativo no teor de magnésio do solo com a utilização de adubos
orgânico, mineral e plantas de cobertura. Do mesmo modo, Centurion et al. (2005), obtiveram
aumentos significativos na concentração de Mg do solo, com o manejo de kudzu tropical
como adubo verde.
50
Figura 10 Teor de cálcio no solo em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo (A) e de seus tempos de decomposição (B). Mossoró-RN,
UFERSA, 2006
A
B
51
Figura 11 Teor de magnésio no solo em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo (A) e de seus tempos de decomposição (B). Mossoró-RN,
UFERSA, 2006.
A
B
52
4.2.8 Carbono
Interação significativa entre as quantidades de jitirana verde incorporadas ao solo e os
seus tempos de decomposição foi observada no teor de carbono no solo. Desdobrando esta
interação, observou-se que, no tempo 0, houve um aumento do teor de carbono com o
incremento das quantidades de jitirana incorporadas ao solo, alcançando o valor máximo na
quantidade 8,8 t ha
-1
. Nos tempos de 10, 20 e 30 dias da incorporação, o carbono cresceu com
as quantidades, até os valores máximos de 16,36 g kg
-1
; 13,59 g kg
-1
e 14,11 g kg
-1
, nas
quantidades de jitirana incorporadas de 3,89 t ha
-1
, 2,20 t ha
-1
e 2,71 t ha
-1
, respectivamente,
decrescendo em seguida até a máxima quantidade de jitirana incorporada (Figura 12).
A maior liberação do carbono foi observada no tempo 10 dias de decomposição, o que
pode ser atribuído à rápida degradação inicial do carbono orgânico prontamente oxidável.
Corroborando com Giacomini (2005), verificou-se uma rápida mineralização do C nos
primeiros 20 dias, seguida por uma fase mais lenta após este período, ao estudar a
transformação do C e do N, aplicando dejetos líquidos de suínos na presença de palha de
aveia.
Diferença significativa foi observada entre o valor médio dos tratamentos provenientes
do fatorial e o das testemunhas, com o maior teor médio de carbono registrado no valor médio
do fatorial (Tabela 4). Entre as testemunhas, também foram observadas diferenças
significativas entre as médias, com os maiores teores médios de carbono registrados nos
tratamentos sem adubação e no de adubação com esterco bovino.
4.2.9 Relação C:N
Interação significativa entre as quantidades de jitirana verde incorporadas ao solo e
seus tempos de decomposição, foi verificada para a relação C:N do solo. Desdobrando essa
interação, observou-se que, no tempo 0 dias, ocorreu um ligeiro aumento na relação C:N, com
a maior relação C:N média (21,56) observada na quantidade 8,8 t ha
-1
. No tempo 10 dias, foi
observado um aumento da relação C:N até o valor máximo 24,99, correspondendo a
quantidade de jitirana incorporada de 3,86 t ha
-1
, decrescendo em seguida até a máxima
quantidade de jitirana incorporada. Para os tempos 20 e 30 dias de decomposição, observou-se
um decréscimo na relação C:N do solo, com o aumento das quantidades de jitirana
incorporadas ao solo, apresentando valores máximos de 23,90 e 24,9 de C:N,
respectivamente, na quantidade 2,2 t ha
-1
, em ambos os tempos de decomposição (Figura 13).
53
Figura 12 Teor de carbono no solo em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição. Mossoró-RN, UFERSA,
2006.
Figura 13 - Relação C:N no solo em função de quantidades jitirana verde
incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição. Mossoró-RN,
UFERSA, 2006.
54
A relação C:N diminui com o tempo à medida que o material orgânico se decompõe, à
custa da transformação do carbono orgânico em CO
2
(LOPES, 2007).
Diferença significativa entre os valores médios da relação C:N advindo dos
tratamentos do fatorial e os das testemunhas testadas foi observada, sendo registrada a maior
relação C:N média dos tratamentos provenientes do fatorial (Tabela 4). Nenhuma diferença
significativa foi registrada entre as relações C:N médias das testemunhas testadas.
4.3 Experimento com jitirana seca
4.3.1 Altura e diâmetro de plantas
Para a altura e diâmetro de plantas, não foi observada interação significativa entre as
quantidades de jitirana seca incorporadas ao solo e os seus tempos de decomposição. No
entanto, funções respostas em função das quantidades de jitirana seca aplicadas e de seus
tempos de decomposição foram ajustadas a essas características. Aumentos nos valores da
altura e diâmetro de plantas de alface foram registrados em função das quantidades de jitirana
aplicadas até os valores máximos de 22,76 cm e 23,14 cm, correspondendo às quantidades de
8,96 t ha
-1
e 9,22 t ha
-1
, respectivamente, em seguida, decrescendo até a quantidade mais alta
de jitirana incorporada (Figura 14A e B).
Em função dos tempos de incorporação da jitirana foi observado aumentos na altura e
diâmetro de plantas, principalmente a partir do tempo 10 até o tempo 30 dias de incorporação,
registrando-se os valores máximos de 20,83 cm e 20,80 cm, respectivamente.
A jitirana seca apresentou uma tendência de decomposição mais lenta quando
comparada com a jitirana verde, isso pode ser atribuído ao fato da jitirana seca apresentar uma
quantidade maior de caule, resultando numa relação C:N alta. Segundo Calegari et al (1992),
quando ocorre maior percentual de talos em relação às folhas, onde os talos são geralmente
mais fibrosos, apresentam baixos níveis de nutrientes e elevados valores na relação C:N
caracterizando uma decomposição mais lenta do resíduo vegetal e imobilização momentânea
inicial do nitrogênio. Com a redução da relação C:N, surgem condições de mineralização,
com liberação do amônio, que é logo convertido em nitrato.
Linhares et al. (2007), observaram efeito crescente na altura de plantas de rúcula em
função das quantidades de jitirana aplicadas e dos tempos de decomposição da mesma,
registrando-se os maiores valores na quantidade de 13,0 t ha
-1
e no tempo 20 dias de sua
55
Figura 14 Altura e diâmetro de plantas de alface em função de quantidades de jitirana seca incorporadas ao solo (A e B) e de seus
tempos de decomposição (C e D). Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
A
B
C
D
56
incorporação. Castilhos et al. (2007), observaram aumento de 11% no diâmetro de plantas de
alface utilizando adubação com vermicomposto de suíno e eqüino em comparação a adubação
mineral.
Para essas características, não foram observadas diferenças significativas entre os
valores médios do fatorial proveniente dos tratamentos decorrentes das quantidades de jitirana
seca aplicadas ao e de seus tempos de decomposição e das testemunhas testadas (Tabela 5).
Também não foram observadas diferenças entre as médias das testemunhas testadas. Prova-
velmente, nesse experimento essas características foram influenciadas positivamente pelas
condições nutricionais favoráveis no período de maior demanda de nutrientes pela alface.
4.3.2 Número de folhas por planta
Houve interação significativa entre as quantidades de jitirana seca incorporadas ao
solo e os seus tempos de decomposição no número de folhas por planta. Desdobrando essa
interação, observou-se que nos tempos 0, 10 e 20 dias de decomposição, o número de folhas
por planta aumentou com as quantidades, até os valores máximos de 34,73; 35,83 e 40,64,
correspondendo às seguintes quantidades de jitirana seca incorporadas de 5,38 t ha
-1
; 4,31 t
ha
-1
e 4,49 t ha
-1
, decrescendo em seguida até a máxima quantidade de jitirana incorporada.
Para o tempo de 30 dias de decomposição, observou-se um acréscimo no número de folhas
por planta, a partir da quantidade de 7,8 t ha
-1
, até a última quantidade incorporada (Figura
15). O número de folhas por planta de alface é uma característica indiretamente envolvida na
comercialização, pois a aquisição do produto (alface) pelo consumidor é feita por unidade e
não por peso (MOTA et al., 2001).
O processo de decomposição da jitirana seca, ocorreu mais lentamente, quando se
compara com a jitirana verde, devido provavelmente a alta relação C:N da jitirana seca. Tal
fato contribuiu para manutenção da cobertura do solo por um maior período de tempo.
Resíduos com uma relação C:N elevada (>25) formam cobertura morta estável, a qual
contribui para a estruturação do solo e proteção da superfície do impacto da chuva e radiação
solar (HEINZMANN, 1983).
Para essa característica, o foi observado diferença significativa entre as testemunhas
testadas e em termos médios entre elas e o fatorial proveniente das quantidades de jitirana
incorporadas e seus tempos de decomposição (Tabela 5).
Castilhos et al. (2007), obtiveram aumento no número de folhas por planta de alface
utilizando vermicomposto de suíno e eqüino em comparação a adubação mineral. Enquanto
57
Tabela 5 Valores médios das testemunhas e dos tratamentos provenientes do fatorial na altura e diâmetro de plantas, número de folhas por
planta, massa seca da parte aérea e na produtividade de alface. Experimento I – Jitirana seca. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
Testemunhas
Altura de
plantas
(cm)
Diâmetro de
plantas
(cm)
Número de folhas
por planta
Matéria seca da
parte aérea
(t ha
-1
)
Produtividade
(t ha
-1
)
Ausência de adubação 16,13 a 18,06 a 31,00 a 1,39 a 9,90 b
Adubação com esterco bovino 16,26 a 16,86 a 32,33 a 1,23 a 11,66 b
Esterco bovino + Adubação mineral 20,00 a 18,93 a 33,00 a 1,25 a 9,83 b
Adubação mineral 18,63 a 19,96 a 36,33 a 1,51 a 17,70 a
Média das testemunhas 17,75 18,45 33,16 1,34 12,27
Média do fatorial 18,63 19,27 34,40 1,34 14,02
+
* Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
+
Média dos tratamentos provenientes do fatorial significativamente diferente da média das testemunhas pelo teste F, ao nível de 5%
de probabilidade.
58
Figura 15 - Número de folhas por planta em função de quantidades de jitirana seca
incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição. Mossoró-RN, UFERSA,
2006.
que, Silva et al. (2000), avaliando duas fontes de matéria orgânica em doses crescentes não
observaram efeito significativo para o número de folhas.
4.3.3 Massa seca da parte aérea e produtividade da alface
Com a incorporação das quantidades de jitirana seca ao solo, constatou-se um pequeno
incremento na massa seca das plantas da alface, registrando-se o valor máximo de 1,40 t ha
-1
na quantidade de 10,4 t ha
-1
(Figura 16A). Em relação à produtividade da alface, foi
observado aumento no seu valor em função das quantidades de jitirana seca incorporadas ao
solo até o valor máximo de 15,38 t ha
-1
, correspondendo à quantidade de 7,01 t ha
-1
,
decrescendo em seguida, até a quantidade mais alta de jitirana incorporada (Figura 16C).
59
Figura 16 Massa seca da parte aérea e produtividade de plantas de alface em função de quantidades de jitirana seca incorporadas ao solo
(A e B) e de seus tempos de decomposição (C e D). Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
A
B
C
D
60
Em função dos tempos de decomposição da jitirana seca ao solo foi observado
aumento na massa seca, até o valor máximo de 1,41 t ha
-1
, correspondendo ao tempo 21,43
dias de decomposição, decrescendo em seguida, até o tempo de 30 dias da incorporação. Para
a produtividade, observou-se um acréscimo com os tempos de decomposição, com valor
máximo observado de 16,58 t ha
-1
no tempo de 30 dias da incorporação da jitirana.
A decomposição da jitirana seca, ocorreu mais lentamente, devido provavelmente a
alta relação C:N da mesma. Tal fato pode ter ocasionado uma sincronia entre o período de
maior demanda de nutrientes pela alface e a liberação dos mesmos pela jitirana, que de acordo
com Katayama (1993), na cultura da alface, a maior demanda nutricional é nas últimas
semanas do ciclo. Para Silva et al. (2000) a suscetibilidade do material orgânico à
mineralização se mostra essencial para garantir que as fases de maior demanda nutricional da
cultura estejam sincronizadas com a liberação de nutrientes mineralizados pelos adubos
orgânicos.
Oliveira et al. (2006), também obtiveram aumento no peso médio de cabeça de alface
em função de doses crescentes de cama-de-aviário aplicada em cobertura. Zárate et al (1997),
verificaram aumentos na produtividade da alface, com a utilização de 14 t ha
-1
de cama-de-
aviário em cobertura.
Para a massa seca, não foi observada diferença significativa entre o valor médio dos
tratamentos advindos do fatorial e o valor médio das testemunhas testadas e nem entre as
médias das testemunhas (Tabela 5). Por outro lado, para a produtividade, verificou-se
diferença significativa entre o valor médio dos tratamentos provenientes do fatorial e o das
testemunhas, com o maior valor médio de produtividade registrado dos tratamentos do fatorial
(Tabela 5). Entre as testemunhas, também foi observada diferenças significativas entre as
médias, com a maior média de produtividade registrada no tratamento com adubação mineral.
4.4 Indicadores econômicos
O custo total de produção de 1 ha de alface utilizando jitirana como adubo verde foi
estimado em R$ 3.952,00. Não foram considerados os custos com operações de
desmatamento, destoca, enleiramento, entre outras, necessárias a um terreno ainda não
cultivado. No presente custo de produção, levou-se em consideração que a área vem sendo
continuamente cultivada.
A análise dos indicadores econômicos foi feita com base na produtividade da alface
em função das quantidades de jitirana verde e seca incorporadas ao solo e de seus tempos de
61
decomposição. A renda bruta variou de R$ 7.860,00 a R$ 20.140,00, nas quantidades de
jitirana verde de 2,2 t ha
-1
e de 6,6 t ha
-1
incorporadas ao solo, ambas no tempo de
decomposição de 20 dias (Tabela 5). A renda líquida variou de R$ 3.908,00 a R$ 16.188,00
nas mesmas quantidades de jitirana verde incorporadas ao solo e no mesmo tempo de
decomposição da renda bruta.
As maiores taxas de retorno (9,88 e 5,10) foram registradas na quantidade de jitirana
verde incorporada ao solo de 6,6 t ha
-1
nos tempos de decomposição de 0 e 20 dias (Tabela 6).
O maior índice de lucratividade (80,38%) foi observado na quantidade de jitirana verde
incorporada ao solo de 6,6 t ha
-1
no tempo de decomposição de 20 dias.
Para os dados de incorporação da jitirana seca ao solo, a renda bruta variou de R$
18.000,00 a R$ 38.000,00 e a renda liquida de R$ 14.048,00 a R$ 34.048,00, ambas nas
quantidades de 2,6 t ha
-1
e 7,8 t ha
-1
, nos tempos de decomposição de 10 e 30 dias,
respectivamente (Tabela 6). A maior taxa de retorno (9,61) e o maior índice de lucratividade
foram registrados na quantidade de jitirana seca incorporada de 7,8 t ha
-1
no tempo de
decomposição de 30 dias.
Pode-se inferir que, pelos indicadores econômicos obtidos, independentemente dos
tempos de incorporação testados e das quantidades de jitirana verde ou seca incorporadas ao
solo, o produtor dispõe de um leque de possibilidades de obter eficiência econômica no
cultivo da alface.
62
Tabela 6 Indicadores econômicos de rendas bruta e líquida, taxa de retorno e índice de lucratividade para a cultura da alface utilizando jitirana
verde e seca. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
Experimentos
Tratamentos
Produção
(t ha
-1
)
Valor do
Produto
(R$ kg
-1
)
Renda bruta
(R$ ha
-1
)
Custo de
produção
(R$ ha
-1
)
Renda líquida
(R$ ha
-1
)
Taxa de
retorno
Índice de
lucratividade
(%)
Jitirana verde
2,2 – 0 6,53
2,00 13.060,00 3.952,00 9.108,00 3,30 69,74
4,4 – 0 7,07
2,00 14.140,00
3.952,00
10.188,00 3,58 72,05
6,6 – 0 7,87
2,00 15.740,00
3.952,00
11.788,00 9,88 74,89
8,8 – 0 8,27
2,00 16.540,00
3.952,00
12.588,00 4,19 76,11
2,2 – 10 5,40
2,00 10.800,00
3.952,00
6.848,00 2,73 63,41
4,4 – 10 8,93
2,00 17.860,00
3.952,00
13.908,00 4,52 77,87
6,6 – 10 7,50
2,00 15.000,00
3.952,00
11.048,00 3,80 73,65
8,8 – 10 6,67
2,00 13.340,00
3.952,00
9.388,00 3,38 70,37
2,2 – 20 3,93
2,00 7.860,00
3.952,00
3.908,00 2,00 49,72
4,4 – 20 5,50
2,00 11.000,00
3.952,00
7.048,00 2,78 64,07
6,6 – 20 10,07
2,00 20.140,00
3.952,00
16.188,00 5,10 80,38
8,8 – 20 5,50
2,00 11.000,00
3.952,00
7.048,00 2,78 64,07
2,2 – 30 4,40
2,00 8.800,00
3.952,00
4.848,00 2,23 55,09
4,4 – 30 4,33
2,00 8.660,00
3.952,00
4.708,00 2,19 54,36
6,6 – 30 6,17
2,00 12.340,00
3.952,00
8.388,00 3,12 67,97
8,8 – 30 4,90
2,00 9.800,00
3.952,00
5.848,00 2,48 59,67
63
Jitirana seca
2,6 – 0 11,80
2,00 23.600,00 3.952,00 19.648,00 5,97 83,25
5,2 – 0 13,00
2,00 26.000,00
3.952,00
22.048,00 6,58 84,80
7,8 – 0 15,00
2,00 30.000,00
3.952,00
26.048,00 7,59 86,83
10,4 – 0 12,00
2,00 24.000,00
3.952,00
20.048,00 6,07 83,53
2,6 – 10 9,00
2,00 18.000,00
3.952,00
14.048,00 4,55 78,04
5,2 – 10 16,00
2,00 32.000,00
3.952,00
28.048,00 8,10 87,65
7,8 – 10 12,00
2,00 24.000,00
3.952,00
20.048,00 6,07 83,53
10,4 – 10 10,00
2,00 20.000,00
3.952,00
16.048,00 5,06 80,24
2,6 – 20 14,00
2,00 28.000,00
3.952,00
24.048,00 7,08 85,89
5,2 – 20 16,00
2,00 32.000,00
3.952,00
28.048,00 8,10 87,65
7,8 – 20 16,00
2,00 32.000,00
3.952,00
28.048,00 8,10 87,65
10,4 – 20 15,00
2,00 30.000,00
3.952,00
26.048,00 7,59 86,83
2,6 – 30 17,00
2,00 34.000,00
3.952,00
30.048,00 8,60 88,37
5,2 – 30 15,00
2,00 30.000,00
3.952,00
26.048,00 7,59 86,83
7,8 – 30 19,00
2,00 38.000,00
3.952,00
34.048,00 9,61 89,60
10,4 – 30 15,00
2,00 30.000,00
3.952,00
26.048,00 7,59 86,83
64
5 CONCLUSÕES
1) A incorporação da jitirana verde ou seca ao solo influenciou de forma positiva no
desempenho agronômico da alface lisa, mostrando-se promissora para ser utilizada como
adubo verde;
2) A maior produtividade da alface lisa foi obtida com a incorporação de 7,21 t ha
-1
de jitirana
verde ao solo no tempo de 20 dias após o plantio da alface, ou com a incorporação de 7,01
t ha
-1
de jitirana seca no tempo de decomposição de 30 dias após o plantio da alface.
3) Pelos indicadores econômicos, independentemente das quantidades de jitirana verde ou
seca incorporadas ao solo e dos tempos de decomposição testados, o produtor dispõe de um
leque de possibilidades para obter eficiência econômica no cultivo da alface.
65
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73
7. APÊNDICE
TABELA 1A Valores de “F” de altura e diâmetro de plantas, número de folhas por planta,
matéria seca da parte aérea e de produtividade de alface em função de quantidades de jitirana
verde incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição e testemunhas. Mossoró-RN,
UFERSA, 2006.
Fontes de
Variação
GL Altura
de
plantas
Diâmetro
de
plantas
Número de
folhas por
planta
Produti-
vidade
Matéria
seca da
parte aérea
Blocos 2 2,36
*
2,26
ns
0,41
ns
0,78
ns
2,48
ns
Quantidades de jitirana (Q) 3 5,74
**
4,20
*
4,94
**
13,60
**
0,08
ns
Tempos de incorporação (T)
3 5,62
**
4,78
**
0,85
ns
12,53
**
3,29*
Q * T 9 0,94
ns
1,10
ns
0,95
ns
4,37
**
1,00
ns
FAT VS TEST (FT) 1 1,24
ns
4,12
*
0,10
ns
7,41
**
3,73
ns
Testemunhas 2 2,99
*
2,54
ns
12,94
**
10,10
**
2,87
*
Resíduo 38
CV (%) 9,70 8,83 11,79 17,42 10,79
** = P<0,01; * = P<0,05; ns = P>0,05
TABELA 2A Valores médios de altura e diâmetro de plantas, número de folhas por planta e
da matéria seca da parte aérea de alface em função de quantidades de jitirana verde
incorporadas ao solo. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
Quantidades de jitirana
verde incorporadas ao solo
(t ha
-1
)
Altura de
plantas
(cm)
Diâmetro de
plantas
(cm)
Número de
folhas por
planta
Matéria seca da
parte aérea
(t ha
-1
)
2,2 11,85 21,65 18,29 1,01
4,4 13,01 23,32 21,46 1,03
6,6 13,96 24,56 21,67 1,02
8,8 12,83 23,00 20,92 1,05
74
TABELA 3A Valores médios de altura e diâmetro de plantas, número de folhas por planta e
da matéria seca da parte rea de alface em função dos tempos de decomposição da jitirana
verde. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
Tempos de
decomposição
(dias)
Altura de
plantas
(cm)
Diâmetro de
plantas
(cm)
Número de
folhas por
planta
Matéria seca
da parte aérea
(t ha
-1
)
0 13,37 24,25 20,58 0,94
10 13,83 24,15 21,38 1,07
20 12,53 22,45 19,79 1,05
30 11,92 21,68 20,58 1,04
TABELA 4A Valores médios da produtividade (t ha
-1
) de alface em função de quantidades
de jitirana verde incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição. Mossoró-RN,
UFERSA, 2006.
Tempos (dias)
Quantidades (t ha
-1
)
0 10 20 30
2,2 6,53 5,40 3,93 4,40
4,4 7,07 8,93 5,50 4,33
6,6 7,87 7,50 10,07 6,17
8,8 8,27 6,67 5,50 4,90
75
TABELA 5A Valores de “F” de pH e de teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, sódio, carbono e relação C:N no solo em
função de quantidades de jitirana verde incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição e de testemunhas. Mossoró-RN, UFERSA,
2006.
Fontes de variação GL pH
Nitrogênio
Fósforo
Potássio
Cálcio
Magnésio
Sódio
Carbono
C:N
Quantidades de jitirana (Q) 3 1,35
ns
59,43
**
3,18
*
9,07
**
2,96
*
1,72
ns
1,28
ns
2,85
ns
10,67
**
Tempos de incorporação (T) 3 1,44
ns
19,41
**
2,52
ns
8,26
**
0,36
ns
0,07
ns
4,29* 2,24
ns
5,55
**
Q * T 9 1,59
ns
15,21
**
0,91
ns
1,01
ns
0,41
ns
0,81
ns
2,04
ns
2,71
*
4,21
**
FAT VS TEST (FT) 1 2,35
ns
11,62
**
104,97
**
12,89
**
1,48
ns
0,47
ns
0,61
ns
40,81
**
39,21
**
Testemunha 2 0,88
ns
1,39
ns
188,16
**
10,70
**
1,29
ns
0,94
ns
1,85
ns
10,39
**
3,50
*
Blocos 2 4,29
*
0,82
ns
1,16
ns
4,40
*
3,72
*
0,62
ns
2,19* 1,14
ns
0,75
ns
Resíduo 36
CV (%) 5,69 9,77 19,85 21,10 20,42 75,42 19,18 16,57 22,77
** = P<0,01; * = P<0,05; ns = P>0,05
76
TABELA 6A – Valor médio de pH e de teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio,
magnésio, sódio, carbono e relação C:N no solo em função de quantidades jitirana verde
incorporadas ao solo. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
Quantidades de jitirana
verde incorporadas ao
solo (t ha
-1
)
pH
Fósforo
(mg.dm
-3
)
Potássio
(cmol
c
.dm
-3
)
Cálcio
(cmol
c
.dm
-3
)
Magnésio
(cmol
c
.dm
-3
)
Sódio
(cmol
c
.dm
-3
)
2,2 7,63
0,71 0,65 5,43 0,36 0,57
4,4 7,59
0,80 0,83 5,20 0,76 0,54
6,6 7,46
0,86 0,90 6,04 0,55 0,50
8,8 7,31
0,95 1,00 6,52 0,69 0,50
TABELA 7A - Valor médio de pH e de teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio,
magnésio, sódio, carbono e relação C:N no solo em função dos tempos de decomposição da
jitirana verde. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
Tempos de
decomposição
(dias)
pH
Fósforo
(mg.dm
-3
)
Potássio
(cmol
c
.dm
-3
)
Cálcio
(cmol
c
.dm
-3
)
Magnésio
(cmol
c
.dm
-3
)
Sódio
(cmol
c
.dm
-3
)
0 7,65 0,73 0,74 5,67 0,64 0,59
10 7,58 0,87 1,01 5,79 0,59 0,57
20 7,42 0,93 0,92 6,10 0,59 0,47
30 7,33 0,79 0,71 5,64 0,55 0,48
77
TABELA 8A Teores médios de carbono, nitrogênio e relação C:N provenientes da interação quantidades de jitirana verde incorporadas ao solo
e seus tempos de decomposição. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
Tempos
(dias)
Quantidades
(t ha
-1
)
0 10 20 30
Carbo
no
g kg
-1
Nitrogênio
g kg
-1
C:N
Carbono
g kg
-1
Nitrogênio
g kg
-1
C:N
Carbono
g kg
-1
Nitrogênio
g kg
-1
C:N
Carbono
g kg
-1
Nitrogênio
g kg
-1
C:N
2,2 12,69 0,63 19,33 12,69 0,65 14,06 13,09 0,62 13,08 13,50 0,63 11,82
4,4 11,49 0,65 23,55 16,32 0,65 27,33 13,50 0,61 21,41 13,90 0,65 30,81
6,6 14,31 0,60 15,01 14,12 0,80 10,94 12,69 0,85 6,51 10,68 0,67 7,56
8,8 15,18 0,61 19,33 11,49 0,83 23,55 9,71 1,25 23,97 9,47 1,27 15,01
78
TABELA 9A Valores de “F” de altura e diâmetro de plantas, número de folhas por planta,
matéria seca da parte aérea e de produtividade de alface em função de quantidades de jitirana
seca incorporadas ao solo e de seus tempos de decomposição e de testemunhas. Mossoró-RN,
UFERSA, 2006.
Fontes de
Variação
GL Altura
de
plantas
Diâmetro
de
plantas
Número de
folhas por
planta
Massa seca
da parte
aérea
Produti-
vidade
Blocos 2 0,82
ns
1,81
ns
1,86
ns
6,25
**
0,18
ns
Quantidades de jitirana (Q) 3 5,82
**
7,31
**
0,94
ns
0,98
ns
3,68
*
Tempos de incorporação (T) 3 3,57
*
3,86
*
0,84
ns
1,20
ns
10,88
**
Q * T 9 0,86
ns
1,17
ns
2,58
*
0,61
ns
1,99
ns
FAT VS TEST (FT) 1 0,76
ns
0,80
ns
1,46
ns
0,01
ns
5,81
*
Testemunhas 2 1,07
ns
0,65
ns
1,53
ns
0,61
ns
8,19
**
Resíduo 38
CV (%)
17,09 14,79 9,29 21,82 16,44
** = P<0,01; * = P<0,05; ns = P>0,05.
TABELA 10A – Valores médios de altura e diâmetro de plantas, matéria seca da parte aérea e
de produtividade da alface em função de quantidades de jitirana seca incorporadas ao solo.
Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
Quantidades de jitirana
seca incorporadas ao solo
(t ha
-1
)
Altura de
plantas
(cm)
Diâmetro de
plantas
(cm)
Matéria seca da
parte aérea
(t ha
-1
)
Produtividade
(t ha
-1
)
2,6 17,10 17,25 1,34 12,85
5,2 17,66 17,66 1,22 14,72
7,8 21,90 21,90 1,41 15,41
10,4 17,90 20,28 1,39 13,10
79
TABELA 11A Valores médios de altura e diâmetro de plantas, massa seca da parte aérea e
de produtividade de alface em função dos tempos de decomposição da jitirana seca. Mossoró-
RN, UFERSA, 2006.
Tempos de
decomposição
(dias)
Altura de
plantas
(cm)
Diâmetro de
plantas
(cm)
Matéria seca da
parte aérea
(t ha
-1
)
Produtividade
(t ha
-1
)
0 18,07 19,68 1,21 12,89
10 16,60 16,96 1,35 11,64
20 19,22 19,77 1,42 15,23
30 20,66 20,67 1,38 16,33
TABELA 12A Valores médios do número de folhas por planta de alface provenientes da
interação entre quantidades de jitirana seca incorporadas ao solo e seus tempos de
decomposição. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
Tempos (dias)
Quantidades
(t ha
-1
)
0 10 20 30
2,6 34,00 33,33 34,33 33,67
5,2 34,67 35,66 40,50 32,00
7,8 34,00 34,33 35,67 33,00
10,4 31,00 33,67 31,33 39,33
80
TABELA 13A – Coeficientes de custos de produção de 1 ha de alface utilizando jitirana como
adubo verde. Mossoró-RN, UFERSA, 2006.
Discriminação Unidade Quantidade Total
I – Insumos
- Semente: Alface Babá de Verão
- Copos descartáveis (10 ml)
Kg
un
2,5
153846
200,00
1.692,00
Sub-total I
1.892,00
II – Mão-de-obra
- Confecção de canteiros d/h 10 200,00
- Corte da jitirana d/h 3 60,00
- Distribuição e incorporação da jitirana d/h 8 160,00
- Formação das mudas d/h 4 80,00
- Transplantio d/h 10 200,00
- Capina manual d/h 10 200,00
- Irrigação d/h 25 500,00
- Colheita de alface d/h 30 600,00
- Transporte de alface d/h 3 60,00
Sub-total II
2.060,00
Total
3.952,00
d/h = dia/homem
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