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Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
I
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA
COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO
COMPONENTE ARBÓREO-LIANESCENTE DE UM TRECHO
DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL NO
MUNICÍPIO DE JEQUIÉ, BAHIA, BRASIL
GUADALUPE EDILMA LICONA DE MACEDO
RECIFE – PE
FEVEREIRO - 2007
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Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
II
GUADALUPE EDILMA LICONA DE MACEDO
COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO
COMPONENTE ARBÓREO-LIANESCENTE DE UM TRECHO
DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL NO
MUNICÍPIO DE JEQUIÉ, BAHIA, BRASIL
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduão em Botânica da Universidade
Federal Rural de Pernambuco, como parte dos
requisitos para obtenção do título de Doutor
em Botânica
ORIENTADORA:
Profa. Dra. Maria Jesus Nogueira Rodal
CONSELHEIROS:
Dr. André M. A. Amorim
Ph.D Wm. Wayt Thomas
RECIFE – PE
FEVEREIRO - 2007
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III
COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO COMPONENTE
ARBÓREO-LIANESCENTE DE UM TRECHO DE FLORESTA
ESTACIONAL NO MUNICÍPIO DE JEQUIÉ, BAHIA, BRASIL
Tese defendida e aprovada em ___/___/___ pela banca examinadora:
ORIENTADORA:
______________________________________________________________
Profa. Dra. Maria Jesus Nogueira Rodal (UFRPE)
TITULARES:
______________________________________________________________
Prof. Dr. Ary Teixeira de Oliveira Filho (UFLA)
______________________________________________________________
Profa. Dra. Elba Maria Nogueira Ferraz (CEFET-PE)
______________________________________________________________
Profa. Dra. Elcida de Lima Araújo (UFRPE)
______________________________________________________________
Prof. Dr. Everardo Valadares de Sá Barretto Sampaio (UFPE)
______________________________________________________________
Profa. Dra. Maria Regina de Vasconcelos Barbosa (UFPB)
SUPLENTES:
______________________________________________________________
Prof. Dr. Luis Carlos Maragon UFPE
(1° suplente)
________________________________________________________________________
Profa. Dra. Cibele Cardoso de Castro UFPE
(2ª suplente)
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IV
Dedico com carinho especial a:
Meu pai, Moisés Enrique Licona Estrada
(in memoriam)
Meu irmão, Carlos Enrique Licona
(in memoriam)
Ao amigo, André Maurício de Carvalho Filho
(in memoriam)
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V
Não julgues nada pela pequenez dos começos.
Uma vez fizeram-me notar que não se
distinguem pelo tamanho as sementes que
darão ervas anuais das que vão produzir
árvores centenárias.
José Maria Escrivá
... Quantas certezas tivemos na vida que hoje não temos
mais! Quantos mestres fomos aplaudir, que hoje não
aplaudimos mais! Quantos amigos mereceram nossa
confiança plena, que hoje não merecem mais!
Quantas luzes iluminaram nossa consciência e
alimentaram nossas esperanças, que não passavam de
luzes falsas e, aos poucos, se apagaram por completo!
Hoje, assim como Pedro, estamos finalmente percebendo
que só a palavra de Cristo permanece, só ela promete e
cumpre, só ela é palavra de vida eterna, a comunicar-nos
a fé e a orientar-nos para a libertação. Só nela vale a
pena apostar tudo...
Pe. Virgilio
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VI
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, que sempre está comigo, minha fortaleza, cuja mão segurei em
todos os momentos em que fraquejei, os quais não foram poucos. Sem Sua força, dificilmente
teria conseguido enfrentar as inúmeras dificuldades vividas nestes quatro anos.
Ao Departamento de Ciências Biológicas, da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia, que me concedeu a licença para esta qualificação.
À Fundação de Apoio à Pesquisa da Bahia FAPESB, pelo apoio financeiro por meio
da bolsa.
A minha orientadora, Maria Jesus Nogueira Rodal (Mari), a profissional amiga que
soube orientar com capacidade, respeito e profissionalismo esta pesquisa.
Aos meus conselheiros Williams Wayt (o Wayt) e André Amorim, pelas orientações
recebidas.
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Botânica da UFRPE, na pessoa de
seu atual coordenador Prof. Dr.Ulysses Paulino e Alburquerque e às coordenadoras anteriores
professoras: Dra. Carmen Silvia Zickel, Dra. Ariadne Moura do Nascimento e Dra. Sônia
Pereira, que muito têm contribuído com este programa no bom desenvolvimento das
atividades
À D. Margarida e Sr. Mano que com paciência e carinho tornaram amena nossa
passagem pelo Programa atendendo todas nossas solicitações.
Ao pessoal do CEPEC, em especial a José Lima da Paixão, pois sem sua ajuda nas
coletas este trabalho não teria sido o mesmo.
A Pedro Fiaschi, que incondicionalmente colaborou na separação e primeira
identificação do material.
A Jomar Jardim, Alexandre, Serginho e aos estagiários, que me auxiliaram em todas as
visitas ao CEPEC.
À Amélia, Maria da Glória e Elielma, minhas amigas de sempre, que não mediram
esforços para colaborar no que fosse preciso, estando sempre presentes para eventual apoio. A
elas, minha eterna gratidão.
Ao professor Rui Macedo, pela sua colaboração na interpretação análise dos solos.
Aos estagiários do herbário da UESB: Luciana, Geisa, Juliana, Marcela, Nilson,
Jaqueline, Janildes, Mirlene, Sandreane, Rafael, Oziel e Débora, que de alguma forma
auxiliaram-me na execução deste trabalho.
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VII
Ao Sr. Francisco Britto, que gentilmente cedeu sua fazenda para que esta pesquisa
fosse realizada e permitiu que o Sr. Florisvaldo Souza Silva (Seu Flor), sua esposa dona Maria
e seus filhos nos recebessem sempre com carinho e colaboração.
A Gerivaldo Souza Silva (o Neném), meu agradecimento especial por ter se
transformado no agente principal no trabalho de campo. Sem perceber, não foi meu braço
direito, mas também meu braço esquerdo, meus pés e muitas vezes minha cabeça. Foi com
responsabilidade e pelo gosto pelo trabalho o “biólogo botânico” que muitos biólogos
gostariam de ser.
Ao pessoal da Associação da Comunidade do Brejo Novo nas pessoas de Solange,
Waldir, dona Célia e o Sr. Nilton, aos quais devo a descoberta da área estudada.
Ao pessoal do CRA de Jequié, Jorge Duque e Ailton Gomes, pela colaboração nas
viagens de reconhecimento.
Aos meus colegas de turma: Sérgio, Ana Cecília, Gilberto e Isaías, pelos momentos
que passamos em harmoniosa convivência.
Aos colegas, Luciana Maranhão, Airton De Deus, Keila, Alexandre, Ande Cecília,
pela amizade e momentos descontraídos que compartilhamos juntos.
Aos meus amigos: Ana Carolina Oliveira da Silva, José Iranildo Miranda de Melo,
“meu irmão”, e Henrique Costa Hemenegildo da Silva, “meu filho”, que juntos me re-
ensinaram a confiar e ver que amizade não é coisa do passado e ainda existe e que continua
sendo o tesouro maior do mundo. Amo vocês.
À Alba, Pepeu, Eluá, Arnaldinho, Avalty, Antônio, Amanda e a toda a família Vilela,
pelo carinho, amizade e apoio nos dias que passei no Recife.
À Maria Natividade Sánchez de Stapf, minha conterrânea, pela amizade e por toda
ajuda e apoio recebido, mesmo quando muito atarefada, na separação e identificação do
material.
À Ângela, meu anjo guardião, por me receber em sua casa e dar-me não o conforto
desta como sua amizade, carinho e apoio; claro, sem cansar sua beleza, me ensinado a não
cansar a minha. Muito obrigada Ângela, mesmo sendo explorada! Você é especial.
A Margareth Sales e Suzene Izídío da Silva pelo apoio e amizade recebida.
Aos curadores dos diferentes herbários e especialistas do Brasil, que
despretensiosamente contribuíram na confirmação e identificação de todo o material vegetal
coletado. Sem dúvida, a sua contribuição é relevante e importante na validade científica desta
tese.
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
VIII
A todos que de uma ou outra forma contribuíram direta ou indiretamente para o êxito
deste trabalho.
Finalmente, quero agradecer de forma especial à minha pequena e grandiosa família:
Arivaldo meu esposo, Pedro, Diana e Karla, nossos filhos, pelo apoio e incentivo, pela
compreensão e amor que nunca deixaram de dar-me durante estes quatro anos; quanta
paciência! À minha mãe e irmãos, especialmente à Cecília, por seu apoio e carinho nesta
caminhada.
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ix
RESUMO GERAL
Este trabalho tem por objetivos conhecer a flora e a estrutura do componente arbóreo
lianescente de um fragmento de floresta estacional semidecidual montana do sudeste da Bahia
e compará-la a outros tipos vegetacionais do Nordeste brasileiro. O fragmento estudado situa-
se na serra do Brejo Novo (13º56’41”S e 40º06’33.9”W), no município de Jequié, Bahia, na
área de contato caatinga e mata atlântica. Foram coletadas 594 espécies, distribuídas em 89
famílias. O perfil de riqueza das famílias e das espécies é semelhante ao encontrado nas
florestas úmidas nordestinas, sendo bastante distinto do da chamada mata de cipó. Diversas
espécies da área estudo são citadas como endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo
e poucas da caatinga. Os resultados apontam ainda que as florestas estacionais semideciduais
do sul e sudeste da Bahia, como a área de estudo, têm flora mais relacionada com as florestas
úmidas, sendo bastante distinta da que ocorre na chamada mata de cipó. Nas 50 parcelas de
10m X 20m foram amostradas 265 espécies, 2.283 indivíduos vivos ou mortos, incluindo
cipós, com perímetro a altura do peito 15cm, totalizando 27,1m²ha
-1
de área basal total. As
médias e máximas de diâmetro e alturas foram 10,38cm, 80cm, 7,5m e 25m, respectivamente.
O índice de diversidade de Shannon foi de 4,45 nats ind
-1
para espécies. Destacaram-se pelos
seus maiores valores de importância Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P.
Lima, Gymnanthes hypoleuca Benth., Guapira opposita (Vell.) Reitz e Tapirira guianensis
Aubl. A relação entre abundância das espécies e as variáveis do substrato e ambientais
avaliada através de análises de correspondência canônica mostrou ausência de relações fortes
entre variáveis do substrato e a distribuição de espécies. À luz dos resultados obtidos, parece
haver uma preponderância de fatores espaciais sobre os de topografia e solo, que, embora
significativos, têm um papel secundário na distribuição das espécies.
Palavras-chaves: Fitossociologia, florística, Sudeste da Bahia, mata de cipó, floresta
estacional, Jequié
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x
GENERAL ABSTRACT
The main goals of this research is to get acquainted with the flora and the arbóreo-lianescente
component of a southeast Bahia seasonal semidecidual mountain forest fragment, and to
compare it to other vegetation types of Brazil’s Northeast. That fragment is located in Brejo
Novo mountain range (13º56’41”S and 40º06’33.9”W), in Jequié, Bahia, in the area of
contact between caatinga and Atlantic forest. 594 species were collected, distributed in 89
families. The families and species wealth profile is similar to that found in northeastern rain
forests, and is well distinct of that of the so called vine forest. Different species of the survey
area are mentioned as endemic of southern Bahia and northern Espírito Santo; few of them of
caatinga. Results point that south and southeastern Bahia seasonal semidecidual forests, as
those of the survey area, have a flora more related to rain forests, well distinct of that of the so
called vine forest. 265 species were sampled in 50 parcels of 10m X 20m, with 2,283 live or
dead individuals, including vines, with a 15cm chest-high perimeter, totaling a 27.1m²ha
-1
basal area. Mean and maximum diameters and heights were respectively 10.38cm, 80cm,
7.5m e 25m. Shannon diversity index for species was 4,45 nats ind
-1
. Higher values of
importance were of Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P. Lima, Gymnanthes
hypoleuca Benth., Guapira opposita (Vell.) Reitz and Tapirira guianensis Aubl. Evaluated
through canonic correspondence analyses, relationship between species abundance and
subtract and environmental variables showed absence of strong relationship between subtract
variables and species distribution. The results suggest a preponderance of spatial factors over
those of topography and soil, which, although significant, have a secondary role in species
distribution.
Keywords: Phytosociology, floristic, Bahia’s Southeast, vine forest, seasonal forest, Jequié
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xi
LISTA DE FIGURAS
Revisão de Literatura
Figura 1. Vista aérea
da localização geográfica da área de estudo 13º56’41”S e
40º06’33.9”W (A) e região de Jaguaquara e Maracás (Planalto de Maracás),
municípios que fazem fronteira com o de Jequié, onde cresce a mata de cipó (B).
...................................................................................................................................
20
Figura 2. Imagens da área de estudo no ano em que foi observada sua maior
caducifólia - Janeiro de 2003 (A), e como é observada comumente (C). ..............
21
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xii
LISTA DE FIGURAS
Manuscrito 1
Figura 1. Localização geográfica
Bahia, Brasil (13º56’41”S e 40º06’33.9”W) ......................................................
43
Figura 2. Precipitação e temperaturas médias mensais do município de Jequié,
Bahia, Brasil, no período de novembro de 1998 a março de 2006 (13º56’4”S e
40º06’33.9”W) ....................................................................................................
44
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xiii
LISTA DE FIGURAS
Manuscrito 2
Figura 1. Precipitação e temperaturas médias mensais da cidade de Jequié,
Bahia, Brasil, no período de novembro de 1998 a março de 2006. ...................
84
Figura 2. Diagrama de bolhas mostrando a distribuição espacial das parcelas
na área de estudos, baseada nas coordenadas de latitude e longitude, e na
elevação (altitude 600 m), representada pelas dimensões das bolhas e rótulos
com os valores da elevação. ...............................................................................
85
Figura 3. Análise de correspondência canônica (CCA) de 50 amostras do solo
superficial (0 a 30 cm) da Mata do Brejo Novo, município de Jequié, Bahia,
Brasil, baseada em 19 variáveis químicas e granulométricas, inclusive matéria
orgânica, e relacionada a variáveis espaciais (latitude, longitude e elevação).
As sete transeções amostrais onde as amostras foram coletadas são indicadas
por símbolos diferentes. .......................................................................................
86
Figura 4. Distribuição do número de indivíduos em classes de diâmetro,
incluindo cipós e sem cipós (A), e do número de indivíduos por classe de
altura (B) e área basal (C) na amostra total do inventário da Mata do Brejo
Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil. .........................................................
87
Figura. 5. Médias de densidade (A), área basal (B) diâmetro (C), e altura (D)
ao longo das sete transeções amostrais utilizadas para inventariar a Mata do
Brejo Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil. ..............................................
88
Figura 6. Distribuição das alturas individuais das 36 espécies com populações
de mais de 10 indivíduos amostrados na mata Brejo Novo, município de
Jequié, Bahia. A caixa dos Box-plot = 50% dos dados coletados; barra superior
= 75% da variação dos dados; barra inferior = 25% da variação dos dados;
e
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
xiv
= pontos extremos nos dados coletados; linha no interior da caixa = mediana
da distribuição dos dados. ...................................................................................
89
Figura 7. Análises de correspondência canônica (CCA) do número de
indivíduos de 35 espécies nas 50 parcelas utilizadas para inventariar a Mata do
Brejo Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil: proporções da variação total
da matriz de abundância das espécies explicadas por (a) variáveis ambientais
somente, (b) variáveis ambientais e espaciais conjuntamente, (c) variáveis
espaciais somente e (d) indeterminada. ............................................................. 90
Figura 8. Análise de correspondência canônica (CCA): diagramas de
ordenação das parcelas (A) e espécies (B) baseada na distribuição do número
de indivíduos de 35 espécies nas 50 parcelas utilizadas para inventariar a Mata
do Brejo Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil, e sua correlação com as
três variáveis ambientais utilizadas. As sete transeções amostrais onde as
amostras foram coletadas são indicadas por símbolos diferentes. ..................... 91
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
xv
LISTA DE TABELAS
Manuscrito 1
Tabela 1. Lista das plantas vasculares do um fragmento de floresta estacional
(mata de cipó) no município de Jequié, Bahia, Brasil. Material testemunho
está listado usando as iniciais do coletor e número de coleta. O material
botânico está depositado no herbário Professor Vasconcelos-Sobrinho da
Universidade Federal Rural de Pernambuco. A.F.Souza = Amélia Fernandez
de Souza; BL = Jaqueline Baleiro; G.E.L.Macedo = Guadalupe Edilma
Licona de Macedo; Stapf = Maria Natividade Sánchez de Stapf; WT =
William Wayt Thomas; D(H) = determinador e herbário; HAB = hábito; NP
= nome popular; ARV = árvore; ARB = arbusto; ER = erva terrestre; EP =
erva epífita; HE = erva hemiparasita; SUB = subarbusto; LIA = trepadeira
lenhosa; TR = trepadeira herbácea; PA = planta arborescente. ........................
45
Tabela 2. Relação dos trabalhos realizados em florestas ombrófilas e
estacionais do nordeste, utilizados na análise florística da Mata do Brejo Novo.
(NF) = número de famílias; (NE) = número de espécies; (EC) = espécies em
comum com a mata de cipó do Brejo Novo; n/r= não houve registro; ARV =
arbóreas; TRE = trepadeiras; ARB/SUB = arbustos e subarbustos; HER =
ervas terrestres; HER-E = ervas epífitas e hemiparasitas. ................................
58
Tabela 3. Número de espécies no Brejo Novo, Jequié, Bahia, em comum com
outros levantamentos do nordeste nas florestas ombrófilas e estacionais do
nordeste, nas formações não florestais do nordeste e espécies do fragmento
presentes em listas de endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo e de
endêmicas da Caatinga. ....................................................................................... 60
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
xvi
LISTA DE TABELAS
Manuscrito 2
Tabela 1. Propriedades químicas e granulométricas e teor de matéria
orgânica das amostras de solo superficial (0 a 30 cm) das 50 parcelas
utilizadas para inventariar a Mata do Brejo Novo, Jequié, Bahia. SB =
soma de bases trocáveis, t = capacidade de troca catiônica efetiva, T =
capacidade de troca catiônica a pH 7, V = saturação por bases, m =
saturação por alumínio, MO = matéria orgânica, tfsa = terra fina seca ao ar.
Os valores são de dia ± desvio padrão e de amplitude total de
N amostras de solo de cada uma das transeções. ..........................................
92
Tabela 2. Parâmetros fitossociológicos das espécies arbóreo-lianescentes
(incluindo a categoria morta) amostradas na Mata de Cipó no Brejo Novo,
município de Jequié, Bahia, Brasil. N= número de indivíduos, DR=
densidade relativa (%), DoR= dominância relativa (%), FR = freqüência
relativa, VI= valor de importância. ...............................................................
93
Tabela 3. Resumo dos resultados das análises de correspondência canônica
da abundância de 35 espécies nas 50 parcelas utilizadas para inventariar a
Mata do Brejo Novo, Jequié, Bahia, em interação com variáveis ambientais
e espaciais, e dos testes de permutação de Monte Carlo correspondentes.
São fornecidos resultados para os dois primeiros eixos de ordenação e
resultados globais que aparecem centralizados entre os dois eixos. ............
99
Tabela 4. Espécies com resultados significativos na análise de espécie
indicadoras (ISA) realizada com base em cinco habitats de substrato
definidos pela posição na encosta e fertilidade do solo em termos de níveis
de cálcio e teores de argila. Freqüência relativa no grupo = % de indicação
perfeita ou de parcelas no grupo onde a espécie está presente, VIO = valor
indicador observado, VIE = valor indicador esperado (média, desvio
padrão e significância). ................................................................................
100
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
xvii
Tabela 5. Levantamentos do nordeste com critério de inclusão PAP 15
cm ou DAP = 5 cm utilizadas para comparação com a mata do Brejo Novo.
UF -
Unidade federativa; AA = área amostral; N = número de espécies;
DT = densidade total; AB = área basal; Amax = Altura máxima; Amed =
Altura média; Amin = Altura mínima; H' = Indicie de diversidade de
Shannon; n/r = dado não informado pelo autor. ............................................
101
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
xviii
SUMARIO
RESUMO GERAL ix
GENERAL ABSTRACT x
LISTA DE FIGURAS E TABELAS xi
1. INTRODUÇÃO GERAL ............................................................................................
01
2. REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................
04
2.1. Estudos florísticos realizados na Bahia .............................................................
04
2.2. A Bahia e sua vegetação ......................................................................................
07
2.2.1.Caracterização geográfica e vegetacional da Bahia ................................
07
2.3. Caracterização da mata de cipó da Bahia ........................................................
09
2.3.1. Classificação fisionômica da mata de cipó ................................................
09
2.3.2. Ocorrência .................................................................................................
11
2.3.3. Fitofisionomia das matas de cipó ..............................................................
12
2.3.4. Composição florística ................................................................................
13
3.3.5. Estado de conservação da mata de cipó ......................................................
14
3. REFERÊNCIAS .........................................................................................................
15
4. ANEXOS ....................................................................................................................
19
5. MANUSCRITOS .......................................................................................................
22
5.1 Padrões de riqueza florística em um fragmento de floresta estacional
semidecidual montana em Jequié, Bahia .......................................................
23
Resumo ...............................................................................................................
25
Abstract ..............................................................................................................
25
Introdução ...........................................................................................................
26
Material e métodos .............................................................................................
27
Resultados ..........................................................................................................
29
Discussão ............................................................................................................
31
Agradecimentos .................................................................................................
36
Referências bibliográficas.....................................................................................
36
Anexos ................................................................................................................
41
5.2 Estrutura do componente arbóreo-lianescente num fragmetno de floresta
semidecidual montana em Jequié, Bahia, Brasil..............................................
61
Resumo ................................................................................................................
63
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
xix
Abstract ..............................................................................................................
63
Introdução ...........................................................................................................
64
Material e métodos .............................................................................................
65
Resultados ..........................................................................................................
67
Discussão ............................................................................................................
67
Agradecimentos ..................................................................................................
75
Referências bibliográficas ..................................................................................
76
Anexos ................................................................................................................
81
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
1
1. INTRODUÇÃO GERAL
As florestas estacionais do Brasil ocorrem basicamente nos domínios amazônico e
atlântico, atravessando de forma descontínua o bioma cerrado e caatinga (RIZZINI, 1997).
No interior do nordeste brasileiro, essas florestas geralmente ocorrem bordejando a
caatinga, ora limitando com a floresta atlântica a leste, ora com o cerrado a oeste.
A Bahia, pela grande diversidade climática e topográfica, apresenta grande
diversidade de formações vegetais e, sem dúvida, apresenta a maior área contínua das
florestas estacionais. De acordo com Veloso, Rangel & Lima (1991), essas florestas variam
de semideciduais a deciduais. Ainda segundo aqueles autores, as primeiras ocorrem em
ambientes com maior disponibilidade hídrica e apresentam fisionomia estratificada, com
árvores entre 18 e 30 m de altura, enquanto as florestas deciduais, geralmente de menor
porte, têm uma distribuição mais restrita ao sul do estado.
Das florestas estacionais da Bahia, aquelas localizadas mais ao sul encontram-se
muito ameaçadas em função dos desmatamentos (BARBOSA & THOMAS, 2002). Deve
se destacar que dificuldade na caracterização da vegetação devido à presença de poucas
unidades de conservação e pelo fato de que os poucos remanescentes apresentam pequena
dimensão. Além disso, existe uma grande lacuna no conhecimento botânico e
biogeográfico dessas florestas. Mesmo considerando-se que, nos últimos anos, avançou o
conhecimento da variação florística e fisionômica da cobertura vegetal nordestina,
principalmente no bioma caatinga (RODAL & SAMPAIO, 2002) e no bioma mata
atlântica (BARBOSA & THOMAS, 2002), pouco se sabe sobre as florestas estacionais,
principalmente daquelas situadas no contato entre os biomas caatinga e mata atlântica, área
de Tensão Ecológica (BRASIL, 1981) do sul/sudeste baiano, especialmente sobre a mata
de cipó (FOURY, 1972).
A literatura tem referido o termo mata de cipó tanto para a área geográfica, como
para o tipo vegetacional predominante nessa área (Tricart 1959; Foury 1972; Novaes &
São José 1992). A zona da mata de cipó abriga diversas fisionomias. A mais freqüente, a
denominada mata de cipó, parece ser uma vegetação florestal baixa, de árvores finas, sub-
bosque de arbustos delgados e com abundância de lianas formando densos emaranhados com
espécies típicas da caatinga (por exemplo, a braúna), associadas às espécies próprias
(ANDRADE LIMA, 1971). Exclusiva da Bahia (Foury 1972), essa vegetação ocorre com
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
2
maior freqüência nos planaltos do sul baiano e sudeste da Bahia (Brasil, 1976; Brasil
1981), sempre acima de 500 ou 600 m a.n.m. (Brasil 1981; Mori 1988) e apresenta-se
reduzida a pequenos trechos com relação à sua distribuição primitiva (BAHIA, 1998).
Andrade-Lima (1971) observou que, em condições mais favoráveis, as matas de cipó
alcançam uma condição subpernifólia.
A diferença entre a mata de cipó e outras florestas de altitudes mais baixas no estado
o está muito clara. Botanicamente, de toda a vegetação típica do leste do Brasil (rego
oriental), esta é a que menos se conhece. Nessa zona, uma carência de levantamentos,
poucas coleções m sido feitas, e não se conhecem estudos ecológicos (MORI, 1988) quer
florísticos e/ou fitossociológicos, havendo apenas o trabalho de A.O. Soares-Filho (dados
não publicados) realizado no planalto de Vitória da Conquista.
Vale salientar que, como acontece em outros tipos de florestas, a mata de cipó
apresenta diferentes fácies que recebem distintas denominações locais, a “mata fria”, onde
ocorrem árvores de maior diâmetro, e a “mata carrascada”, onde as plantas têm menores
alturas e diâmetros (Brasil 1976).
Contudo, sabe-se que estas florestas, que outrora cobriam toda a extensão do planalto
sul baiano (Vitória da Conquista, Jequié) e Maracás (Fig. 1), estão sendo altamente
modificadas pelo homem. Quase eliminadas, seu futuro foi considerado incerto, ainda que
nenhuma perturbação continuasse (MORI, 1988).
Caracterizar a estrutura das florestas estacionais e interioranas do sudeste da Bahia,
identificar a flora, especialmente a arbórea, e comparar esses dados com os resultados
obtidos para a floresta atlântica nordestina e para a caatinga permitirá responder se, em
termos florísticos e funcionais, aquelas florestas representam um subset das florestas
ombrófilas e qual sua relação com a caatinga.
Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo conhecer a flora e a estrutura do
componente arbóreo-lianescente de um fragmento de floresta estacional semidecidual
montana do sudeste da Bahia (Fig. 2) e compará-lo com outros tipos vegetacionais do
nordeste brasileiro.
Espera-se que os resultados desta pesquisa contribuam com a política de
biodiversidade para o Nordeste brasileiro, em desenvolvimento pelo Ministério do Meio
Ambiente, gerando informações que permitam estabelecer políticas ambientais mais
eficazes para o sudeste da Bahia. As florestas estacionais do sudeste da Bahia, também
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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conhecidas como mata de cipó, apresentam espécies típicas dos biomas caatinga e floresta
atlântica, além de espécies próprias. Tal fato credencia as matas de cipó como corredores
naturais para estabelecer o fluxo gênico entre populações de plantas e animais,
assegurando a conservação in situ de diversas espécies da flora nordestina.
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Estudos florísticos realizados na Bahia
O interesse pela flora baiana remonta aos tempos da colonização portuguesa no Brasil.
O primeiro registro é a carta encaminhada ao Reino de Portugal pelo escriba Pero Vaz de
Caminha, que fez uma descrição da floresta sul baiana avistada na costa da Bahia e registra a
impressão que lhe deixara a exuberante vegetação. Na época, tal vegetação era representada,
principalmente, por árvores de grande porte, como o pau-brasil (BRASIL, 1981).
Ainda no século XVI, descrevem e fazem referência à flora baiana Gabriel Soares de
Souza, em sua obra Tratado descritivo do Brasil em 1587 (BRASIL, 1976) — na qual
compila 17 anos de observações próprias feitas sobre a fauna e a flora durante sua
permanência no Brasil, e dedica vários capítulos à Bahia, dentre os quais destacamos
“Memorial e grandeza da Bahia de Todos os Santos”, “Das árvores e plantas indígenas que
dão frutos que se comem”, “Das árvores medicinais”, “Das ervas medicinais”, “Das árvores
reais e paus de lei” e frei Vicente do Salvador (HOEHNE, 1937), em sua História do
Brasil. No século seguinte, podem ser registrados os estudos botânicos gerais e de plantas
medicinais de Georg Markgraf, realizados durante suas viagens pelo Estado em 1638; e no
século XVIII, os estudos de Alexandre Rodriguez Ferreira, no período de 1756 a 1815
(LUETZELBURG, 1992/3).
No século XIX, com a vinda da família real portuguesa ao Rio de Janeiro, sob
auspícios de Maximiliano José I, da Áustria, chega ao Brasil Carl Friedrich Philipp von
Martius, acompanhado dos naturalistas Spix, Mikan, Schott, Pohl, Raddi (FERRI, 1980) e
Swainson (LUETZELBURG, 1992/3). No final de 1817, Martius e Spix chegaram à Bahia
vindos de Minas Gerais, entrando no estado pelo sul e detendo-se na região litorânea, de onde
adentraram pelos domínios das florestas deciduais, caatingas e cerrados, até quase alcançar a
fronteira goiana. Com material de suas viagens, Martius publicou muitas obras, mas se tornou
famoso por ter conseguido reunir todos os dados obtidos em suas andanças pelo Brasil numa
única publicação, a Flora brasiliensis, cujo primeiro fascículo surgiu em 1840, no formato
hoje conhecido, e que foi terminada em 1906 (FERRI, 1980).
O mesmo percurso realizado por Martius na Bahia (LUETZELBURG, 1992/3) foi
seguido pelo príncipe Alexandre Philip von Neuwied, nos anos de 1816 e 1817. Outras
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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contribuições do mesmo século para o conhecimento da flora da Bahia são os estudos
realizados pelos naturalistas Jacques Samuel Blanchet e Philip Salzmann, que residiram no
estado nos períodos de 1828 a 1856 e 1827 a 1856, respectivamente (LUETZELBURG,
1992/3).
Também visitaram a Bahia para estudar sua flora, ainda no século XIX
(LUETZELBURG, 1992/3), os naturalistas F. Sellow e Freireis (no período 1816-18),
Swainson e A. Gomes (1817), L. Riedel (1821 a 1822), Leschenault (1823-24), G. J. Lhotshy
(1830 a 1831), Gaudichaud (1832 a 1833), B. Luschnat (1835 a 37), George Gardner (em
1837), Giovanni Casaretto (1839 e 1840), Didrichsen (1847), Wawra (1857, 1860 e 1879),
Capanema (1850), J. Barbosa Rodrigues (1869-70), E. H. Ule (1883 e 1889) e C. E. O.
Kuntze (1892).
Na primeira metade do século XX, em 1923, surgiu a obra Estudo botânico do
Nordeste, de Philipp von Luetzelburg. É o resultado de diversas viagens realizadas pelo autor
como botânico da Inspectoria Federal de Obras contra as Secas, fazendo coletas e estudos
vegetacionais, durante os períodos de 1911-12 e 1919. Luetzelburg relaciona as viagens de
outros naturalistas tais como L. Zehtner, J. Massart, Loefgren, G. Bondar, Foster & Racine e
Curran, que também coletaram na Bahia na primeira metade daquele século e descreveram as
vegetações das diversas regiões por eles percorridas. Luetzelburg atravessa a Bahia de sul a
norte e de oeste a leste em 1912 e 1919 (LUETZELBURG, 1992/3; CARVALHO, 1980).
Na segunda metade do século XX, o padre Camille Torrend, profundo conhecedor da
flora da Bahia, o professor Alexandre Leal Costa, médico dedicado ao ensino de Botânica na
Universidade Federal da Bahia (MACEDO, 2001) e muitos de seus alunos, com suas coletas,
contribuíram para a formação do herbário da Universidade Federal da Bahia. Cabe mencionar
ainda o professor Geraldo C. P. Pinto, que fundou o herbário da Escola de Agronomia da
UFBA, em Cruz das Almas, e coletou em diversas regiões da Bahia (GIULIETTI, 2001;
BRASIL, 1981).
Instituições de pesquisa e universidades estaduais também têm contribuído para o
conhecimento da flora baiana, neste século, formando coleções botânicas de referência
(herbários). Em 1965, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC)
criou, no Centro de Pesquisa do Cacau (CEPEC), o Herbário CEPEC. Tomando os estudos
sobre a flora rumos direcionados especialmente ao sul, novas expedições científicas
concorreram para o melhor conhecimento florístico da região cacaueira (sul da Bahia), tais
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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como as de Harley, Calderon, Pennington, Lourteig, Mello & Emmerich, Rizzini e Mattos
Filho (CARVALHO, 1980).
Além do herbário CEPEC que, ao ampliar-se para o conhecimento de toda a flora do
estado, transformou-se no maior herbário do Nordeste e centro de referência mundial para os
estudos da floresta atlântica, especialmente a sul-baiana, contribuem com o conhecimento da
flora baiana neste culo, com suas coleções botânicas, os herbários da Empresa Baiana de
Desenvolvimento Agrícola em Salvador (com grande representatividade de plantas forrageiras
e invasoras de pastagens), o RADAMBRASIL (HRB), da sede regional na Bahia do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o herbário da Universidade Estadual de Feira de
Santana HUEFS (dedicado principalmente ao estudo de plantas do semi-árido baiano) e o
ALCB, da Universidade Federal da Bahia, dentre outros.
O Royal Botanical Gardens, Kew e o New York Botanical Garden, herbários
estrangeiros, em parceria com instituições nacionais, têm cumprido importante papel no
estudo da flora baiana.
Em 1974, o Kew e o CEPEC, em parceria, iniciaram programa de colaboração e
realizaram uma série de expedições (em 1974, 1978 e 1980) para elaboração de uma futura
coletânea da flora da Bahia. No período de 1980 a 1995, novas colaborações foram firmadas
entre o CEPEC e o Kew, desta vez incluindo a Universidade de São Paulo (herbário SPF) e os
herbários da HUEFS, ALCB da UFBA e o HRB do IBGE. Da parceria entre essas instituições
surgiram publicações importantes para o conhecimento da flora da Bahia, entre as quais se
encontram Harley & Mayo (1980), Harley & Simmons (1986), Stannard (1995), Guedes &
Orge (1998), além dos estudos de gramíneas de Renvoize (1984) e leguminosas de Lewis
(1987).
O New York Botanical Garden iniciou sua contribuição para o conhecimento da flora
da Bahia em 1977, quando o pesquisador Scott Alan Mori foi contratado pelo CEPEC, no
período 1977-1979. A relação entre as duas instituições mantém-se até hoje, desenvolvendo
projetos, principalmente associados às plantas das matas sul-baianas (MORI et al., 1981 e
1983; MORI & PRANCE, 1990; THOMAS & CARVALHO, 1998) e a outras áreas de
floresta atlântica do Nordeste (BARBOSA & THOMAS, 2002).
Ainda em 1979, foi publicada a parte do Inventário florestal no Estado da Bahia,
realizado nos municípios de Una, Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Prado, Itamaraju,
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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Belmonte e Ilhéus, realizado por S. Tavares, I. A. F. Paiva, C. H. de Carvalho e E. J. de S.
Tavares (BRASIL, SUDENE, 1979).
Outros estudos têm sido desenvolvidos sobre a flora da Bahia, como os Projetos Flora
da Chapada Diamantina, coordenado pela UFBA e o de Leguminosae da Bahia, espécies com
potenciais forrageiros, coordenados pela UEFS. Mais recentemente, houve o Projeto Flora da
Bahia (1999-2001), do qual participaram pesquisadores de oito instituições (GIULIETTI,
2001).
2.2. A Bahia e sua vegetação
2.2.1. Caracterização geográfica e vegetacional da Bahia
A Bahia limita-se ao norte com Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Piauí; ao sul, com
Minas Gerais e Espírito Santo; a oeste, com Tocantins e Goiás; e a leste com o oceano
Atlântico. É o quinto Estado brasileiro em extensão territorial: ocupa 564.692,6 km², o
equivalente a 6,64% do território nacional e a 36,3% da área total do Nordeste do país. (dados
veiculados pelo site http://www.sei.ba.gov.br/
da Superintendência de Estudos Econômicos e
Sociais da Bahia - SEI, em 29 de julho de 2003).
A geologia é muito diversificada, com predominância de rochas proterozóicas. No
Oeste e no Nordeste do Estado, ocorrem bacias sedimentares do fanerozóico. Na sua porção
mediana e no sudeste, coberturas detríticas tércio-quaternárias (EMPRESA BRASILEIRA
DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, 1979). Essas formações geológicas refletem-se em seu
relevo, que inclui altitudes menores de 400m na parte leste, e que se mantém através dos vales
dos rios até a parte oeste, onde, de forma geral, as altitudes aumentam e aparecem vários
pontos acima de 800m, no extremo Oeste, ao longo da Chapada Diamantina e nas serras
próximas de Vitória da Conquista (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA
AGROPECUÁRIA, 1979).
O clima da Bahia é altamente diversificado nas diferentes regiões, associando-se,
geralmente, às diferentes formas de relevo. Varia de úmido a superúmido (mais de
2.000mm/ano), com elevado excedente hídrico durante a maior parte do ano; ocorrem os
climas úmido (1.750mm/ano a 2.000mm/ano); subúmido (800mm/ano a 1.500mm/ano) e
semi-árido (500mm/ano a 800mm/ano), com elevada deficiência hídrica (BRASIL, 1981).
São registradas temperaturas médias anuais de cerca de 23ºC no litoral, de 20ºC
caracterizando todo o interior com exceção da parte setentrional, e temperaturas anuais
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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superiores a 26ºC no norte do estado e no vale do São Francisco (dados do site
http://www.sei.ba.gov.br
. da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia -
SEI, em 29 de julho de 2003).
A variedade climática e topográfica da Bahia permite grande diversidade vegetacional.
Com base no sistema de “Classificação fisionômico-ecológica das formações neotropicais”
(VELOSO & GÓES, 1982), cinco regiões fito-ecológicas são definidas pelos técnicos do
projeto RADAMBRASIL (BRASIL, 1981): savana (cerrado), estepe (caatinga), floresta
ombrófila densa, floresta estacional semidecidual e floresta estacional decidual, além de áreas
de formações pioneiras com influência marinha e fluviomarinha (vegetação de restinga e
manguezal), áreas de tensão ecológica (contatos entre tipos de vegetação), áreas de refúgio
ecológico e de ação antrópica.
Na Bahia (região compreendida na folha SD24 Salvador Brasil 1981) a savana
(cerrado) ocorre sobre plataformas pré-cambrianas evidenciadas por sedimentos e
metassedimentos do Supergrupo Espinhaço. Geomorfologicamente, compreende os maciços
montanhosos acima de 800m, remanescentes de estruturas dobradas ou tectonizadas,
intercaladas com superfícies de aplanamento e relevos tabuliformes desenvolvidos sobre
depósitos continentais detrítico-sedimentares do Cenozóico e depósitos juracretácicos do
Mesozóico (BRASIL, 1981). A Savana caracteriza-se por ser uma vegetação xeromorfa.
A região da estepe (caatinga) reveste terrenos arqueozóicos, os complexos de Jequié e
Caraiba-Paramirim de fácies granulito e anfibólito, respectivamente. Compreende áreas
deprimidas, cercada por planaltos, abertas por processo de pediplanação, compondo o setor
médio das bacias dos rios Paraguaçu, das Contas e Pardo. A caatinga é caracterizada como
uma vegetação lenhosa, espinhosa e decidual de fanerófitas. Na Bahia (BRASIL, 1981),
distinguem-se quatro subformações: estepe arbórea densa com palmeiras (dominante na
região), estepe arbórea densa sem palmeiras, estepe arbórea aberta com palmeiras e estepe
arbórea aberta sem palmeiras
A floresta ombrófila densa ocupa na Bahia, preferencialmente, terrenos arqueozóicos,
representados pelo Complexo de Jequié, que envolve relevos de planaltos e de piemontes
estruturados por rochas granitizadas do escudo, incluindo cadeias marginais incorporadas ao
setor cratônico e uma faixa remobilizada, comportando intrusões. Caracteriza a formação de
serras estruturais acima de 600m e planaltos rebaixados com menos de 300m, delimitados por
elevações alinhadas na direção noroeste-sudoeste. Constituída por fanerófitas ombrófilas sem
resistência à seca, ocupa áreas mais próximas ao litoral. Esta região, obedecendo a uma
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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hierarquia topográfica, foi dividida em três tipos de formações (BRASIL, 1981): aluvial
(formação arbórea ribeirinha nas planícies recentes do quaternário), terras baixas a
formação florestal das terras baixas situada entre as cotas de 5 a 10 m) e floresta ombrófila
submontana (que ocupa os relevos dissecados montanhosos e os planaltos com solos
profundos em altitudes que vão de 100m a 600m).
A floresta estacional Semidecidual ocupa superfícies pré-cambrianas, abrangendo
relevos planálticos e de piemontes formados por rochas granitizadas e áreas terciário-
quaternárias que formam o pediplano central da Chapada Diamantina. O conceito ecológico
de floresta estacional está ligado ao clima de estações bem definidas, uma chuvosa e outra
seca, com estacionalidade foliar dos indivíduos arbóreos dominantes, os quais têm adaptação
hídrica. Neste caso, a decidualidade das folhas gira em torno de 20% a 50%. São registradas
formações de floresta submontana, que enquadra áreas cuja altitude está compreendida entre
100m e 600m e da floresta montana que reveste as áreas de relevo residual compreendido
entre 600m e 2.000m de altitude (BRASIL, 1981).
A floresta estacional decidual compõe os relevos tabuliformes que correspondem às
superfícies recobertas por depósitos detríticos e aluviais do Terciário-Quaternário, assim
como as áreas deprimidas e planaltos kársticos do Arqueano. Diferencia-se da floresta
estacional semidecidual pela percentagem de decidualidade foliar dos seus indivíduos
dominantes, que passa de 50%, devido ao maior período seco. Considerando as cotas
altimétricas, os técnicos do Projeto RADAMBRASIL (BRASIL, 1981) definiram na Bahia
duas formações: a submontana (compreendida entre 100 e 600m de altitude), com uma
estacionalidade foliar que coincide com a época desfavorável e que ocorre revestindo, ao
norte, os pediplanos karstificados e o patamar do médio Paraguaçu e, ao sul, a depressão de
Itabuna-Itapetinga; e a montana (acima de 600m de altitude), que reveste os planaltos dos
Geraizinhos, composta por uma vegetação de árvores baixas e plantas lenhosas sarmentosas,
deciduais na época seca, conhecida como mata de cipó. Trata-se de uma formação
característica da zona de transição entre os domínios da floresta atlântica e caatinga.
2.3. Caracterização da mata de cipó da Bahia
2.3.1. Classificação fisionômica da mata de cipó
Andrade-Lima (1971), ao estudar a vegetação de Jaguaquara e Maracás, municípios
que fazem fronteira com o de Jequié, não diferencia a mata de cipó (FOURY, 1972) da mata
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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seca (BURTT-DAVY, 1938). Andrade-Lima (1971) observou que a mata de cipó pode ser
correlacionada com a mata de agreste do Nordeste Oriental, cuja fisionomia é um tanto
semelhante, sendo esta última subcaducifólia, aparecendo no topo das serras da caatinga do
Nordeste Oriental (florestas serranas), em altitudes variáveis, conforme a distância das fontes
de umidade. Assim, por serem caducifólias ou subcaducifólias e dada à dificuldade de
distingui-las, por estarem extremamente devastadas pelo homem, Andrade-Lima (1971)
agrupou-as sob o nome de mata seca, empregado na fitogeografia de Pernambuco
(VASCONCELOS SOBRINHO, 1941; ANDRADE-LIMA, 1966).
Na classificação fitoecológica utilizada pelo RADAMBRASIL (BRASIL, 1981), a
mata de cipó (FOURY, 1972) corresponde à região da floresta estacional decidual do tipo
montana.
Para Tricart (1959) e Foury (1972), a mata de cipó é uma zona de transição, “zona da
mata de cipó” que é coberta de uma floresta seca, a “mata de cipó”. Andrade-Lima (1971) e
Foury (1972) igualam esta zona de transição à mata do Agreste de Pernambuco, porém mais
úmida, com pluviometria entre 800mm e 1.000mm anuais, com estações de chuva e seca bem
definidas, composta por árvores baixas, mais delgadas do que as florestas costeiras e mais
esparsas, mostrando-se menos densa. Segundo Andrade-Lima, a “mata de cipó” é uma
floresta instável, com sua existência subordinada à persistência do meio florestal a que esta
biologicamente ligada:
Reciprocamente, quando a floresta desaparece, este meio especial desaparecerá ao mesmo
tempo. Por conseguinte, a floresta não mais pode retomar a possessão do terreno que
perdeu, porque as condições favoráveis a sua recuperação não existem mais (FOURY,
1972, p. 41).
Nesse sentido, a mata de cipó define-se como “área de tensão ecológica”. Segundo
Schimper (apud BRASIL, 1981, p. 414), “área de tensão ecológica” é “a gradação de um tipo
de vegetação que se desenvolve para outro, partindo de seu ótimo ecológico até o extremo
oposto, quando desaparece”, ou ainda, de acordo com a definição de Ecótono de Clements
(apud BRASIL, 1981) “uma faixa ao longo da qual dois tipos de vegetação estão em fase de
competição por um mesmo espaço”.
Segundo Mori (1988), para alguns botânicos, a mata de cipó não representa um tipo
distinto de vegetação, mas o resultado de distúrbios. É possível concluir, com Foury (1972),
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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que a mata de cipó é uma vegetação característica que se desenvolve na zona de transição
entre a zona de caatinga e a zona úmida no estado da Bahia.
2.3.2. Ocorrência
Este tipo de floresta ocorre na zona de transição entre a zona litorânea, com clima
tropical úmido, e a zona semi-árida do interior (FOURY, 1972). Surge entre a floresta
higrófila e a mata xerofítica nos arredores de Feira de Santana, em direção a Ipiaú
(TRICART, 1959).
As matas de cipós ocorrem entre 500m e 700m, segundo Andrade-Lima (1971), ou
entre 600m e 1.000m a.n.m. (MORI, 1988; FOURY, 1972; BRASIL, 1976), em regiões com
pluviosidade em torno de 800mm anuais, com estações de seca e chuva bem definidas. A
mata de cipó está localizada no Planalto Sul baiano, onde a altitude média é de 800m acima
do nível do mar, estendendo-se ao norte até Jequié, numa faixa bem estreita, e ao sul, numa
faixa mais ampla, pelo município de Belo Campo. Pode-se dizer que se estende de forma mais
ou menos triangular, com vértice superior ao sul de Jequié e base na altura dos municípios de
Cândido Sales, Belo Campo e Encruzilhada (BRASIL, 1976).
Andrade-Lima (1971), ao caracterizar a vegetação de Jaguaquara-Maracás, localizou a
mata de cipó a oeste da rodovia BR-116, aproximadamente em torno do planalto de Maracás
entre 650-850m de altitude (Fig. 1), com níveis mais baixos a leste, sob a maior incidência
dos ventos úmidos (barlaventos). A mata de cipó circunda a cidade de Itiruçu, onde se observa
seu maior desenvolvimento e condição de subperenifólia, com maior amplitude na direção
norte-sul, onde é limitada, ao norte, pelas caatingas dos níveis mais baixos na cidade de
Irajuba e, ao sul, também pelas caatingas, nas cotas em torno de 300m do vale do rio das
Contas, onde está Jequié. A leste da BR-116, ocupa as vertentes a sotavento da serra do Rio
Preto (bacia do rio Jiquiriçá), entre as cotas de 600m e 800m, estas últimas no planalto.
Essa formação recobre superfícies pediplanadas conhecidas como planaltos dos Geraizinhos e
de Maracás, onde predominam solos do tipo latossolo vermelho-amarelo álico, originário de
depósitos detríticos de cobertura terciário-quaternária (BRASIL, 1981).
As áreas remanescentes deste tipo de vegetação são de cerca de 965km², apresentando-
se como fragmentos ou manchas cujas dimensões oscilam em torno de 10 a 15km²,
encontradas nas partes mais conservadas do relevo, geralmente em lugares de difícil acesso,
como boqueirões (BRASIL,1976). A topografia é, em geral, plana ou levemente ondulada
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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(topografia de planalto), sem marcos orográficos especiais, e a pluviosidade parece decrescer
no sentido leste-oeste, porquanto em toda a extensão oeste a transição se faz de maneira não
muito nítida, ou seja, gradativamente até a caatinga. São freqüentes “encaixes” de mata de
cipó em áreas de caatinga, como nos municípios de Manoel Vitorino e Poções, em sua parte
Oeste. Como acontece nos demais tipos florestais, apresenta fácies. Recebe denominações
locais, tais como “mata fria”, quando ocorrem árvores de maior diâmetro, e “mata
carrascada”, quando estas aparecem com alturas e diâmetros menores. É provável, no segundo
caso, que sejam matas em solos mais rasos ou anteriormente exploradas, ou matas
secundárias (BRASIL, 1976).
2.3.3. Fitofisionomia das matas de cipó
Andrade-Lima (1971), ao estudar a vegetação de Jaguaquara e Maracás, descreveu a
mata de cipó como uma vegetação arbórea, que cresce onde se encontram espécies da
caatinga associadas às espécies próprias da formação, com abundância de cipós (de onde
provém seu nome) que sobem entrelaçados até o topo das árvores, favorecidos pela presença
de luz.
A mata de cipó (BRASIL, 1981) é a formação que reveste o planalto dos Geraizinhos,
sendo sua estrutura composta por um emaranhado de árvores baixas, em geral de cerne duro
(madeira de alta densidade) e plantas lenhosas sarmentosas deciduais na época seca. É
caracterizada pela dominância da forma biológica fanerófita decidual com as gemas foliares
protegidas, possuindo seus indivíduos copas muito esgalhadas e folhas pequenas. Pela ação
antrópica, essa formação encontra-se completamente alterada, apresentando como fisionomias
dominantes, vegetação secundária e pastagens. Seus remanescentes são encontrados nas
partes mais conservadas do relevo e apresentam vegetações densas, compostas por árvores
altas e finas, com cerca de 18m e de folhagem reduzida (BRASIL, 1981).
Para Foury (1972), nas regiões onde ainda se encontrava, a mata de cipó de há mais de
30 anos adquire a forma de pequenos fragmentos. Segundo Viana (1990), entende-se como
fragmento florestal qualquer área de vegetação natural contínua interrompida por barreiras
antrópicas, como estradas e culturas agrícolas, entre outras, ou naturais, como lagos, outras
formações vegetais capazes de diminuir significativamente o fluxo de animais, pólen, etc.
Para Oliveira (1997), fragmento é um remanescente da vegetação nativa cercada por uma
matriz de terras agrícolas ou outras formas de uso da terra. Tanto por seu aspecto, como por
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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sua composição florística, é uma floresta que se distingue da floresta da qual é vizinha. As
árvores são menores, mais delgadas do que as das florestas costeiras, de maneira que esta
floresta parece menos densa. É pouco rica em matéria lenhosa e este material é de pequenas
dimensões.
Para Tricart (1959) e Mori (1988), a mata de cipó é caracterizada por árvores de baixa
altura (10-15m) e de pequeno diâmetro, muitas das quais perdem suas folhas na estação seca.
A presença em abundância de lianas (cipós), formando usualmente um sistema de redes, e a
formação de um sub-bosque de arbustos delgados, que se alçam em busca de luz, dificultam a
passagem dentro da floresta.
Segundo Tricart (1959), nos solos arenosos mais pobres, a mata de cipó é substituída
por uma formação arbustiva muito fechada, designada, bem como as savanas do interior (no
entanto, bem diferentes), sob o nome popular de “campo cerrado”. É uma massa intrincada de
arbustos, de 4m a 6m de altura, onde aparecem algumas cactáceas, como o facheiro, e plantas
espinhosas. Nos planaltos cretáceos, com solos muito permeáveis, a formação é menos densa
e alta. Composta por árvores retorcidas, que atingem 6m a 7m, arbustos em tufos, pequenos
bosques e clareiras de altas gramíneas e moitas, recebem, devido ao lugar onde crescem, o
nome de “tabuleiro”.
Em resumo, a mata de cipó é uma floresta seca, com árvores relativamente baixas,
raramente ultrapassando 10m a 12m de altura, com manchas de grande densidade de árvores
por unidade de área, com diâmetro que varia de pequeno a médio, onde ocorrem, sempre em
grande quantidade, cipós e lianas que formam um emaranhado e dificultam a penetração e o
caminhar dentro da formação. Surge em área de estações chuvosa e de secas bem definidas,
perdendo as folhas nos meses de inverno, que é seco (julho/setembro).
2.3.4. Composição florística
Segundo BRASIL (1981), A mata de cipó é caracterizada por diversas espécies,
principalmente dos gêneros Aspidosperma, Piptadenia, Caesalpinia, Pithecellobium, Pisonia,
além de epífítas e cipós, assim como muitas espécies que ocorrem em áreas mais secas, como,
por exemplo, a barriguda (Bombacaceae), pavoação (Rutaceae), o pau-ferro (Leguminosae) e
outras (BRASIL, 1976).
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
14
O substrato arbustivo, embora não muito denso, é representado por espécies das
famílias Rubiaceae, Euphorbiaceae, Violaceae e, um tanto raramente, por espécies de
Bromeliaceae e Cactaceae (BRASIL, 1976).
Variações pedológicas naturais ou decorrentes da intervenção humana permitem o
estabelecimento de espécies de caatinga, sem que haja dominância desse tipo vegetacional.
Essa formação (secundária ou não) possui um estrato ralo e baixo, composto por ervas
crestadas, entremeado de arbustos esgalhados e espinhentos pertencentes aos gêneros
Piptadenia, Mimosa e Pterogyne (BRASIL, 1981).
Na região de Jaguaquara-Maracás, a leste da BR-116, Andrade-Lima (1971) verificou
como espécies mais representativas Plathymenia foliolosa (vinhático), Melanoxylum brauna
(pau-preto), Bowdichia virgilioides (sucupira), Buchenavia sp. (pau-fava), Tabebuia sp. (pau-
d’arco), Cariniana sp. (jequitibá), Cedrela sp. (cedro), Ocotea sp. (louro), Dalbergia sp.
(jacarandá), Pterocarpus violaceus (pau-sangue) e Bombax sp. (munguba). Em terras
abandonadas, após utilização na agricultura de curta duração, foram encontradas espécies
herbáceas ou subarbustivas, principalmente Verbesina diversifolia (assa-peixe) e Pteridium
aquilinum (feto).
No Planalto de Vitória da Conquista, a aproximadamente 60 Km de Vitória da
Conquista, Soares-Filho (2000) destaca como espécies mais importantes Metrodorea mollis,
Anadenanthera colubrina, Esenbeckia febrífuga.
2.3.5. Estado de conservação da mata de cipó
A mata de cipó encontra-se altamente alterada e em situação instável (FOURY, 1972).
A maior parte, tanto as áreas florestais remanescentes como a vegetação secundária de porte
arbóreo, foi e continua sendo intensamente explorada. Situada na zona de transição entre a
caatinga e a floresta atlântica, essa região apresenta elevado desmatamento, em função da
retirada de madeira de valor comercial e de lenha para produção de carvão, da atividade
pecuária e da agricultura de curta duração. Se continuar assim, o futuro da mata de cipó é
incerto podendo desaparecer completamente, como previsto mais de 25 anos por Andrade-
Lima (1971); Foury (1972); Brasil (1976 e 1981), pois quando é derrubada, por uma causa ou
por outra, é definitivamente substituída pela vegetação xerófita da zona semi-árida.
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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ANEXOS
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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Figura 1. Vista aérea da localização geográfica da área de estudo 13º56’41”S e 40º06’33.9”W
(A) e região de Jaguaquara e Maracás (Planalto de Maracás), municípios que fazem fronteira
com o de Jequié, onde cresce a mata de cipó (B).
Jag
aracás
Itiruçu
(A)
(B)
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Figura 2. Imagens da área de estudo no ano em que foi observada sua maior caducifólia -
Janeiro de 2003 (A) e como observada comumente (C).
(B)
(A)
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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5. MANUSCRITOS
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
23
5.1 Manuscrito a ser enviado para a Revista Acta Botanica Brasilica:
Padrões de riqueza florística em um fragmento de floresta estacional semidecidual montana
em Jequié, Bahia, Brasil
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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Padrões de riqueza florística em um fragmento de floresta estacional semidecidual montana em
Jequié, Bahia, Brasil
1
Guadalupe Edilma Licona de Macedo
2, 4
e Maria Jesus Nogueira Rodal
3
1
Parte da tese de doutorado da primeira autora apresentada no Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade
Federal Rural de Pernambuco
2
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Departamento de Ciências Biológicas, Avenida José Moreira Sobrinho, s/n.
Jequiezinho, 45200000, Jequié, BA, Brasil.
3
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Biologia, Rua Dom Manoel Medeiros s/n. Dois Irmãos,
CEP 5211900, Recife, PE, Brasil.
4
Autor para correspondência: gmacedo_3@yahoo.com.br
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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RESUMO (Padrões de riqueza florística em um fragmento de floresta estacional semidecidual
montana em Jequié, Bahia, Brasil). A literatura refere o termo mata de cipó tanto para a área
geográfica, como para a vegetação predominante na zona de contato entre a estepe e a floresta
estacional, situada principalmente nos planaltos Sul-bahiano e Maracás. Essa vegetação apresenta flora
particular formada por elementos próprios da caatinga e das florestas úmidas, com fisionomia florestal
baixa, de árvores finas, sub-bosque de arbustos delgados e com abundância de lianas. Considerando
que a área geográfica da mata de cipó pode abrigar vários tipos vegetacionais, fica a seguinte questão:
fisionomias semelhantes à acima citada têm sempre a flora característica da mata de cipó? Para
elucidar parte dessa questão, foi levantada a flora de um fragmento florestal naquela área (13º56’41”S
e 40º06’33.9”W), respondendo-se as seguintes perguntas: qual a flora do fragmento florestal? Qual sua
relação com outras matas de cipó? Qual sua relação com a flora da caatinga e da mata atlântica? Foram
coletadas 594 espécies, distribuídas em 89 famílias. O perfil de riqueza das famílias e das espécies é
semelhante ao encontrado nas florestas úmidas nordestinas, sendo bastante distinto do da chamada
mata de cipó. Os resultados apontam ainda que no sul/sudoeste da Bahia as florestas estacionais
semideciduais, como a da área de estudo, têm flora mais relacionada com as florestas úmidas, sendo
bastante distintas da chamada mata de cipó.
Palavras-chaves: Flora vascular, Floresta Atlântica, Nordeste do Brasil, floresta estacional
semidecidual
ABSTRACT (Floristic wealth patterns in a fragment of seasonal semideciduous mountain forest
Vine Forest —, in Jequié, Bahia.) Literature refers the term “vine forest” both to geographical area and
thepredominant vegetation in the contact zone of steppe and seasonal forest, mainly located in
southern Bahia and Maracás plateaus. That vegetation presents a particular flora composed of elements
peculiar of caatinga and rain forests, with low forest physiognomy, thin trees, lean bushes understory
and abundant vines. Considering that vine forest geographical area can hold various vegetation types,
the question arises: physiognomies similar to the above cited always have the vine forest characteristic
flora? To elucidate part of that question, the flora of a fragment of that area (13º56’41”S and
40º06’33.9”W) was surveyed, answering the following questions: what is the flora of the forest
fragment? What is its relationship with other vine forests? What is its relationship with caatinga and
rain forest flora? 594 species were collected, distributed in 89 families. The families and species
wealth profile is similar to that found in northeastern rain forests, and is well distinct of that of the so
called vine forest. Besides, results show that in south-southwestern Bahia semidecidual seasonal
forests like the one surveyed have a flora more related to rain forests, well distinct of vine forests flora.
Keywords: Vascular flora, Atlantic forest, Northeastern Brazil, semidecidual seasonal forest
Introdução
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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As florestas estacionais tropicais brasileiras ocorrem basicamente nos domínios amazônico e
atlântico, atravessando ainda, de forma descontínua, o cerrado e a caatinga (Rizzini 1997). De acordo
com Veloso et al. (1991), essas florestas variam de semideciduais a deciduais, sendo que as primeiras
ocorrem em ambientes com maior disponibilidade hídrica e apresentam fisionomia estratificada, com
árvores entre 18 e 30 m de altura, enquanto as segundas geralmente têm menor porte. No interior do
nordeste brasileiro, essas florestas geralmente ocorrem bordejando a caatinga, ora limitando com a
mata atlântica a leste, ora com o cerrado a oeste.
Dos estados nordestinos, a Bahia apresenta a maior área contínua de florestas estacionais (sensu
Veloso et al. 1991). De modo geral, as florestas estacionais do nordeste ainda são pouco estudadas,
com exceção das de Pernambuco (Sales et al. 1998). Os principais resultados do projeto Mata
Atlântica do Nordeste (Centro de Pesquisa da Lavoura Cacaueira CEPLAC - New York Botanical
Garden) apontam a necessidade de maior número de coletas nas áreas mais secas e interioranas do
sudeste baiano, principalmente naquelas situadas no contato entre os domínios florístico-vegetacionais
da caatinga e da mata atlântica (Bigarella et al. 1975). Técnicos do projeto RADAMBRASIL tratam a
zona desse contato (estepe/floresta Estacional) como área de tensão ecológica (Brasil 1981), em função
da presença de elementos florísticos daqueles dois domínios.
Áreas de tensão ecológica, mas que os próprios domínios florísticos-vegetacionais, onde
predomina um tipo de vegetação, embora outros também possam ocorrer, apresentam uma grande
variedade de tipos vegetacionais muitas vezes ocorrendo lado a lado em função de variações do
ambiente. Como exemplo, podemos citar o caso da cobertura vegetal do planalto da Borborema, área
de transição entre os domínios da caatinga e da floresta, que varia de caatinga arbustiva até florestas
úmidas (Rodal, 2002).
No caso da zona de contato entre a estepe e a floresta estacional do sul e sudoeste da Bahia, a
literatura tem referido o termo mata de cipó tanto para a área geográfica, como para o tipo
vegetacional predominante nessa área (Tricart 1959; Foury 1972; Novaes & São José 1992). A
vegetação de mata de cipó ocorre, principalmente, recobrindo parte do planalto Sul baiano (Brasil
1981) e de Maracás (Andrade-Lima 1971) e no vale médio rio de Contas, sempre acima de 500 ou 600
m a.n.m. (Brasil 1976; Mori 1988). Andrade-Lima (1971) observou que em condições mais favoráveis
as matas de cipó do planalto de Maracás alcançam uma condição subpernifólia.
Nessa zona há uma carência de levantamentos, quer florísticos e/ou fitossociológicos, havendo
apenas o trabalho de A.O. Soares-Filho, dados não publicados realizado no planalto de Vitória da
Conquista. Esse autor concluiu que a vegetação florestal estacional decidual montana amostrada
poderia ser classificada como mata de cipó. Todavia, vale salientar que a zona da mata de cipó pode
abrigar outros tipos vegetacionais, dependendo das condições de solo e relevo. Técnicos do CEPLAC
(Brasil 1976) ressaltaram que, como acontece em outros tipos de florestas, a mata de cipó apresenta
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
27
diferentes fácies que recebem distintas denominações locais, a “mata fria”, onde ocorrem árvores de
maior diâmetro, e a “mata carrascada”, onde as plantas têm menores alturas e diâmetros.
No contexto das observações acima apresentadas, resta saber se toda vegetação com fisionomia
florestal baixa, de árvores finas, sub-bosque de arbustos delgados e com abundância de lianas formando
densos emaranhados (Mori, 1988) localizada nos planaltos Sulbaiano e de Maracás e o vale do médio
rio de Contas, entre esses dois planaltos, representa floristicamente a mata de cipó (Andrade-Lima
1971; Foury 1972; Mori 1988) ou outros tipos vegetacionais.
Para responder a parte dessa questão foi levantada a flora vascular de um fragmento florestal
numa área de tensão ecológica situada no vale do médio rio de Contas em Jequié, Bahia, respondendo às
seguintes perguntas: Qual a flora desse fragmento florestal em Jequié? Qual sua relação com outros
estudos realizados em fragmentos de mata de cipó? Qual sua relação com a flora da caatinga e da
floresta atlântica?
Espera-se que os resultados desta pesquisa contribuam para a política de conservação de
biodiversidade para o Nordeste brasileiro, uma vez que as florestas estacionais do sudeste da Bahia
credenciam-se como corredores naturais para estabelecer o fluxo gênico entre populações de plantas e
animais, assegurando a conservação in situ da flora nordestina.
Material e métodos
O estudo foi realizado num fragmento florestal situado no domínio de floresta estacional
decidual montana (Brasil, 1981) situado na fazenda Brejo Novo (13º56’41”S e 40º06’33.9”W) entre
617m e 755m de altitude, a 9 km da sede do município de Jequié, Bahia (Fig. 1). Trata-se de uma
propriedade particular, em uma reserva florestal com 74 ha, que se estende as duas outras
propriedades. O conjunto de relevos onde está situada a serra do Brejo Novo pertence ao complexo
migmatítico de Jequié (Brasil, 1981) e faz parte das serras marginais ou de patamares e serras do rio de
Contas, no planalto Sulbaiano (Silva, 1980).Vale salientar que, em apenas um dos três anos de coleta,
o fragmento ficou completamente sem folhas (decídua) apresentando características de floresta
estacional semidecidual montana (sensu Veloso et al. 1991). Trata-se de uma zona de transição entre a
floresta atlântica e a caatinga (Bahia/SEI 2003). Em termos da rede hidrográfica, as águas drenam para
o riacho da Jibóia, tributário do rio de Contas.
O solo predominante é classificado como Latossolo Vermelho Amarelo (Brasil, 1981).
Segundo Macedo & Rodal (dados não publicados), os solos são argilosos, distróficos (V<50%) com
baixos teores de nutrientes e altos teores de hidrogênio e alumínio trocável (H
+
+ Al
3+
), pH ácido,
baixos teores de fósforo, potássio e cálcio e altos de teores de magnésio e matéria orgânica.
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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Infelizmente, não posto meteorológico na área de estudo, sendo o mais próximo localizado
na sede de Jequié, situada a 216 m de altitude, onde a precipitação média anual é de 544,03 mm e a
temperatura média 24,3º C (dados para período de 1998 2006, fornecidos pela Superintendência de
Recursos Hídricos da Bahia). O desnível de mais de 401m certamente tem influência na temperatura
e, conseqüentemente, na disponibilidade hídrica para as plantas, resultando numa vegetação de porte
florestal na área de estudo, enquanto que na sede do município é caatinga.
As coletas de material botânico foram realizadas mediante caminhadas aleatórias de março de
2003 a março de 2006, semanalmente no primeiro ano, quinzenalmente no segundo e mensalmente no
último, seguindo as técnicas usuais de coleta para plantas, sugeridas por Mori et al. (1989). Os
espécimes foram secos em estufa e preparados na forma de exsicatas, com duplicatas. A identificação
das espécies foi realizada por comparação com exsicatas depositadas nos herbários CEPEC, HUEFS,
IPA e PEUFR e por especialistas de diferentes herbários do Brasil, para os quais foram enviadas
duplicatas.
Foi elaborada uma lista das espécies, com informações acerca do hábito, nome e número do
coletor, determinador e nome popular, ordenadas por família. As plantas com sementes e as
pteridófitas (sensu Engler) foram organizadas de acordo com as famílias reconhecidas pelo
Angiosperm Phylogeny Group II (APG II 2003) e Kramer & Green (1990), respectivamente. A grafia
dos autores dos nomes científicos seguiu Brummitt (1992), Brummitt & Powell (1992). O hábito das
plantas seguiu Font Quer (2000).
Os resultados foram comparados com diversos levantamentos florestais e não florestais do
nordeste, geralmente dissertações e teses. Foram considerados apenas levantamentos pontuais em áreas
delimitadas onde houve coleta sistemática de plantas com informações do hábito ou que informaram o
critério de inclusão. Os trabalhos não publicados foram: 1) florestas ombrófilas montanas de
Pernambuco, por E.M.N. Ferraz (São Vicente Férrer), e da Bahia, por M.L.C. Neves (Elísio Medrado);
2) florestas ombrófilas de terras baixas da Bahia, por L.A.A. Paraguassú (Porto Seguro), e da Paraíba,
por M.R.V. Barbosa (João Pessoa); 3) florestas estacionais semideciduais montanas e submontanas, da
Bahia por L.S. Funch (Lençóis), L.A. Passos (Ibicoará) e M.T.S Stradmann (Lençóis), de Pernambuco,
por M.S Correia (Pesqueira), e 4) floresta estacional decidual montana do Ceará, por J.R. Lima
(Crateús) e da Bahia, por A.O.Soares-Filho (Vitória da Conquista). Além disso, os resultados da flora
da área de estudo foram comparados com diversos trabalhos publicados sobre vegetação de caatinga
(Oliveira et al. 1997; Araújo et al. 1998; Rodal et al. 1999; Araújo et al. 2005; Gomes et al. 2006). Na
comparação com os levantamentos, além de se considerar o hábito das espécies, foi utilizado a
verificação do número de famílias, o número de espécies nos levantamentos e as espécies em comum
com a área de estudo.
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
29
Resultados
Na mata do Brejo Novo foram coletadas 594 espécies, distribuídas em 89 famílias, além de três
táxons desconhecidos (Tab. 1). Como espécies novas ou em processo de descrição podem ser citadas:
Anthurium sp. (Araceae – S. Mayo, comunicação pessoal); Dichorisandra sp (Commelinaceae –
Barreto, comunicação pessoal); Erythroxylum sp (Erythroxylaceae Loiola, comunicação pessoal),
Machaerium sp. e Peltogyne sp. (Fabaceae – Lima, comunicação pessoal).
Entre as famílias, merecem destaque Fabaceae (61 espécies), seguida por Myrtaceae (42),
Rubiaceae (37), Orchidaceae (27), Euphorbiaceae (25), Malpighiaceae (23), Bromeliaceae (19),
Asteraceae (18) e Bignoniaceae e Sapindaceae (17 espécies cada), totalizando 47% das espécies
coletadas. Os gêneros de maior riqueza foram: Eugenia (17 espécies), seguido de Erythroxylum (11),
Psychotria (10) e Machaerium (8).
Dos diferentes hábitos de plantas vasculares encontrados, o arbóreo foi o mais rico, com 275
espécies, cerca de 50% das espécies coletadas, distribuídas em 52 famílias. Destaque para Fabaceae,
com 43 espécies, e Myrtaceae, com 40 (Tab. 1). Como emergentes, podem ser citadas
Pseudopiptadenia contorta e Pterocarpus rohrii (Fabaceae), com indivíduos de mais de 20 m de
altura. O dossel é rico em espécies, destacando-se, por sua maior freqüência, Tapirira guianensis e
Thyrsodium spruceanum (Anacardiaceae), Xylopia sericea (Annonaceae), Aspidosperma spruceanum
(Apocynaceae), Schefflera morototoni (Araliaceae), Ocotea brasiliensis (Lauraceae) e Peltogyne sp.
(espécie nova de Fabaceae). Como característicos do subdossel, têm-se os vários representantes de
Myrtaceae, especialmente Eugenia (representado por 15 espécies), juntamente com Capparis
grandipetala (Brassicaceae), Gymnanthes hypoleuca, Senefeldera verticillata, e Pogonophora
schomburgkiana (Euphorbiaceae), Guapira opposita (Nyctaginaceae) e Casearia javitensis
(Salicaceae).
Embora a maioria das espécies tenha sido registrada na mata como um todo, algumas foram
coletadas em habitats específicos. Exemplos de populações mais freqüentes em áreas com menores
altitudes e próximas às bordas da mata foram: Schinopsis brasiliensis (Anacardiaceae), Acacia
polyphylla, Senna spectabilis var. excelsa e S. macranthera (Fabaceae), Allophylus laevigatus
(Sapindaceae), Celtis spinosa (Cannabaceae), Ziziphus cotinifolia (Rhamnaceae) e Cordia blanchetii
(Boraginaceae). Pela freqüência em trilhas ou em clareiras no interior do fragmento, destacaram-se as
populações de Erythroxylum polygonoides e E. vacciniifolium (Erythroxylaceae), Miconia budlejoides
e M. lepidota (Melastomataceae) e Metrodorea maracasana (Rutaceae). A única palmeira de porte
arbóreo registrada foi Syagrus botryophora.
As trepadeiras (lenhosas e herbáceas) representam o segundo hábito em riqueza, com 110
espécies ou cerca de 19% das espécies amostradas, distribuídas em 27 famílias. Essas plantas foram
observadas na borda, ao longo das trilhas e no interior da mata, predominantemente no dossel da
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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floresta. Foram registradas 75 espécies de trepadeiras lenhosas, distribuídas em 24 famílias,
destacando-se Malpighiaceae, com 18 espécies, seguida por Fabaceae e Bignoniaceae, com 9 cada
(Tab.1). Os gêneros, Bauhinia, Dalbergia e Machaerium (Fabaceae) apresentaram maior número de
espécies. As trepadeiras herbáceas reúnem 35 espécies, divididas em 13 famílias, sendo Euphorbiaceae
(6) e Passifloraceae (5) as de maior riqueza. Destaque para os gêneros Dalechampia (Euphorbiaceae) e
Passiflora (Passifloraceae), por seu maior número de espécies (Tab.1). Em geral, as trepadeiras
lenhosas de Malpighiaceae, Bignoniaceae, Polygonaceae, Sapindaceae, Smilacaceae e Passifloraceae
foram encontradas tanto na borda como nas trilhas do interior da mata, juntamente com Ipomoea
subalata (Convolvulaceae). Bauhinia smilacina (Fabaceae) é freqüente no dossel, enquanto que os
muitos representantes de Schrankia leptocarpa sensu Bell, formam emaranhados” com plantas
arbustivas e subarbustivas. Trepadeiras herbáceas são encontradas principalmente no interior da mata,
sendo exemplos Ditassa hispida (Apocynaceae), Dioscorea aff. sincorensis (Dioscoreaceae) e
Operculina macrocarpa (Convolvulaceae).
Ocorreram 104 espécies de arbustos e subarbustos, quase 18% das espécies coletadas,
distribuídas em 30 famílias. Destaque para Rubiaceae com 19 espécies, sendo o gênero Psychotria o
de maior riqueza, seguida de Asteraceae e Euphorbiaceae, com 11 e 8 espécies, respectivamente
(Tab.1). Tilesia baccata e Verbesina macrophylla (Asteraceae), Cordia curassavica e Tournefortia
paniculata (Boraginaceae), Jatropha ribifolia, Manihot sp. e Croton tetradenius (Euphorbiaceae), e
Mimosa tenuiflora (Fabaceae) são freqüentes na borda. Outras como Erythroxylum macrocalyx
(Erythroxylaceae), Rudgea jasminoides e Rudgea cf. sessiliflora (Rubiaceae) são encontradas nas
trilhas e em áreas abertas no interior do fragmento, enquanto Miconia ligustroides e Ossaea consimilis
(Melastomataceae) ocorrem no interior da mata.
Em seguida, as ervas terrestres (60 espécies) e as epífitas (45 espécies, incluindo as epífitas
hemiparasitas) que correspondem a 10% e 8% do total das espécies, respectivamente 28 e 7 famílias,
em sua maioria ervas terrestres são as famílias de maior riqueza nesse hábito. Apenas duas
hemiparasitas foram registradas: Psittacanthus bicalyculatus e Struthanthus sp (Loranthaceae), em
árvores de Pouteria bapeba (Sapotaceae), sempre na borda.
A maioria das ervas terrestres cresce gregariamente na borda, em áreas de clareiras e em trilhas
no interior da mata. Realce para os densos agrupamentos de Pteridium arachnoideum
(Dennstaedtiaceae), em clareiras das áreas de maior altitude.
Orchidaceae e Bromeliaceae, na maioria epífitas, são as famílias de maior riqueza, e respondem
por 43% das espécies daquele hábito (Tab.1). São plantas encontradas em todo o fragmento,
preferindo os ramos mais altos das árvores da borda e daquelas nas áreas mais elevadas do terreno.
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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Discussão
Inventários de diversidade em florestas tropicais são concentrados em espécies arbóreas mais
que em outros hábitos, em razão de serem um componente importante naqueles ecossistemas pelo fato
de proverem recursos e estrutura de habitat para muitas outras espécies (Mani & Parthasarathy 2006).
Realmente, trata-se do hábito com maior riqueza de espécies, cerca de 50% das plantas vasculares, não
na área de estudo, assim como em outras florestas da região nordeste (Lourenço & Barbosa 2003;
Andrade et al. 2004). Todavia, nas duas últimas décadas, tem aumentado o interesse no estudo dos
demais hábitos de plantas das florestas tropicais (Gerwing et al. 2006). Tratam-se basicamente de
trepadeiras, ervas terrestres, epífitas, saprófitas e parasitas, as quais dependem de outras plantas como
mecanismo de suporte, para nutrição ou ainda para estruturar habitats especializados (Richards 1996).
Em geral, esses hábitos representam metade da riqueza das plantas vasculares das florestas tropicais, e
sua riqueza e abundância variam de acordo com as características dessas florestas (Richards 1996).
Árvores - O perfil das famílias arbóreas da mata do Brejo Novo mostra maior afinidade com as
formações florestais mencionadas na Tab. 2 do que com a flora registrada nos diferentes tipos
caducifólios não florestais do semi-árido nordestino (Araújo et al. 1998; Rodal et al. 1999; Araújo et
al. 2005; Gomes et al. 2006). De fato, espécies freqüentes na vegetação de caatinga como Senna
spectabilis var. excelsa e Schinopsis brasiliensis (Lewis 1987; Andrade-Lima 1989) ocorrem nas
bordas da mata. Vale salientar que, na região de Jequié, essas e outras espécies de caatinga são
freqüentes em áreas de menor altitude, geralmente inferiores a 300 m.
Diferentes autores (Gentry 1995; Richards 1996) têm argumentado que as florestas úmidas têm
maior riqueza que as secas. Nas florestas ombrófilas do nordeste, o número de famílias variou de 22 a
62 com média de 38, enquanto nas estacionais (excluindo a área de estudo) oscilou entre 17 e 40, com
média de 26 (Tab. 2). Ao comparar o total das famílias arbóreas da área de estudo (52) com os
levantamentos citados na Tab. 2, nota-se maior semelhança com as florestas ombrófilas. Todavia, as
famílias com maior riqueza de espécies nessas duas fisionomias são as mesmas, embora com
diferentes proporções. Como exemplo, Fabaceae e Myrtaceae apresentarem maior número de espécies
arbóreas em todos os levantamentos citados na Tab. 2 , entretanto, em média, essas famílias têm uma
maior riqueza nas florestas ombrófilas.
Padrão semelhante ao registrado no nível de família ocorre quando a análise se dá no nível
específico. Se considerarmos as 275 espécies arbóreas de Brejo Novo, nota-se que este valor foi mais
próximo do registrado nas ombrófilas, cujo número de espécies variou de 53 a 353, com média de 150
espécies, valor bastante superior ao das estacionais que variou de 38 a 121(Tab. 2), com média de 66
espécies por levantamento.
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A maior semelhança com as ombrófilas (Tab. 3) é reforçada quando se considera que na área
de estudo ocorrem sete espécies endêmicas da região do sul da Bahia e norte do Espírito Santo
(Thomas et al. 2003): Duguetia cf. scottmorii (Annonaceae), Dendropanax brasiliensis (Araliaceae);
Protium bahianum (Burseraceae), Swartzia oblata (Fabaceae), Erythroxylum membranaceum
(Erythroxylaceae), Eugenia cf. itacarensis (Myrtaceae) e Pouteria bapeba (Sapotaceae) não havendo
registro de nenhuma espécie endêmica da caatinga (Giulietti et al. 2002).
Oliveira-Filho et al. (2006) comentaram que o padrão geral revelado na análise da flora arbórea
das formações florestais do leste da América do Sul mostrou a forte influência da distância geográfica
na distribuição das espécies. Argumentaram, ainda, que quando as análises são restritas a setores da
Floresta Atlântica, como as realizadas no nordeste por Ferraz et al. (2004) e no sudeste por Oliveira-
Filho & Fontes (2000) o padrão das espécies parece ser primariamente relacionado com o clima. Este
último trabalho assinala, ainda, que a altitude e suas correspondentes variações de temperatura são
fortemente correlacionadas com a diferenciação interna, tanto das florestas ombrófilas como
semidecíduas e que estas últimas são, em grande parte, um subconjunto da flora das primeiras.
Finalizando, concluíram que a abordagem mais correta para florestas ombrófilas e semidecíduas do
sudeste brasileiro é de um contínuo de distribuição de espécies.
O estudo realizado no Ceará por J.R. Lima, dados não publicados, em uma floresta estacional
decidual montana no planalto da Ibiapaba, mostrou que a flora nada tem a ver com a dos outros tipos
de florestas estacionais da região ao norte do rio São Francisco, tanto em termos de composição como
na riqueza de espécies, que é bem menor. A autora afirmou que a flora é mais relacionada com tipos
vegetacionais caducifólios não espinhosos da Ibiapaba (mata seca e carrasco) do que com a caatinga
propriamente dita e com as demais florestas estacionais daquela região. Tais resultados mostram que
áreas próximas tendem a compartilhar mais espécies, independente do tipo vegetacional, confirmando
as conclusões de Oliveira-Filho et al. (2006) sobre a distância geográfica, ou seja, a influência do
grande tipo vegetacional na composição de espécies de uma determinada área.
Os estudos recentes realizados sobre a flora arbórea das florestas estacionais do sudoeste da
Bahia mostram que a floresta decidual (mata de cipó) analisada por A.O. Soares-Filho, dados não
publicados, no planalto de Vitória da Conquista, é completamente distinta da flora de Brejo Novo, e da
floresta analisada por Amorim et al. (2005), no município de Jussari, sul da Bahia. Enquanto os
resultados de A.O. Soares-Filho, dados não publicados, apontam para uma maior identidade com a
caatinga e com as florestas estacionais do Brasil central, os resultados da área de estudo e de Amorim
et al. (2005) mostram que na verdade a flora é um subset das ombrófilas. Como exemplo dessa
distribuição contínua de espécies nas matas do sul e sudeste da Bahia, nota-se que a área de estudo tem
um maior número de espécies compartilhadas com florestas próximas, tanto ombrófilas como
estacionais (Tab. 2), 40 no caso das ombrófilas (M.L.C. Neves, dados não publicados) e 26 no das
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estacionais (Amorim et al. 2005). Os trabalhos analisados apontam, ainda, que no sul e sudoeste da
Bahia as florestas estacionais semideciduais, como a área de estudo, têm flora mais relacionada com as
florestas úmidas, sendo bastante distintas da que ocorre na chamada mata de cipó.
Trepadeiras - Gentry (1995) observou que as florestas tropicais têm dez vezes mais indivíduos de
trepadeiras lenhosas que as temperadas. Reforçando essa importância, Richards (1996) salientou que
as trepadeiras das florestas tropicais têm um papel importante na estrutura e produtividade do sistema e
que sua abundância varia de acordo com o tipo de floresta e estágio sucessional. A esse respeito,
Gentry (1995) comentou que embora as florestas secas neotropicais sejam consistentemente distintas
das úmidas, pela sua menor riqueza de espécies, não diferem, significativamente, em muitos de seus
atributos estruturais. Como exemplo, citou que trepadeiras lenhosas são importantes em ambos os
tipos. Todavia, Schnitzer (2005) observou que a análise de 69 florestas tropicais indicam que a
abundância das trepadeiras lenhosas esta negativamente correlacionada com a média da precipitação
anual e positivamente correlacionada com a sazonalidade.
Os 15 levantamentos de florestas estacionais e ombrófilas nordestinas relacionados na Tab. 2,
não apresentam grande discrepância na proporção e composição das famílias com maior riqueza. Em
média, aqueles levantamentos apresentam 12,4% de trepadeiras, valor inferior aos 20% encontrados
por Gentry (1991), para florestas tropicais. A riqueza de espécies nas ombrófilas variou entre 11 a 57
espécies, com média de 28 espécies por levantamento, enquanto nas estacionais oscilou entre 4 e 54
com média de 36 espécies (Tab. 2).
Exceto por Cucurbitaceae e Dilleniaceae, que ocorrem preferencialmente nas florestas mais
úmidas, e por Convolvulaceae nas florestas estacionais, não há variação nas famílias de maior riqueza.
A respeito das famílias mais importantes entre as trepadeiras nas florestas secas neotropicais, Gentry
(1995) apontou Bignoniaceae como a mais representativa, não por sua elevada riqueza, e sim devido às
outras famílias apresentarem poucas espécies. Comportamento igual é observado na área de estudo.
A flora das trepadeiras da área de estudo apresentou poucas espécies em comum com a
vegetação caducifólia não florestal do semi-árido (caatinga e carrasco): Pyrostegya venusta (Araújo et
al. 1998; Rodal et al. 1999; Araújo et al. 2005; Gomes et al. 2006), Dioclea violacea (Araújo et al.
2005) Schrankia leptocarpa sensu Bell e Mascagnia sepium (Alcoforado-Filho et al. 2003),
Heteropterys trichanthera (Rodal et al. 1999), Serjania pernambucensis, Passiflora galbana, P.
cincinnata (Gomes et al. 2006) e Serjania lethalis (Araújo et al. 1998, Rodal et al. 1999; Gomes et al.
2006). Logo, fica claro que as trepadeiras têm pouca afinidade com a vegetação caducifólia não
florestal (Tab. 3).
Considerando os levantamentos com maior proporção de trepadeiras nota-se que
Hippocrataceae (sensu Cronquist) está presente apenas na área de estudo e na floresta ombrófila de
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São Vicente Férrer (E.M.N. Ferraz, dados não publicados). A análise da presença de representantes
desta família em levantamentos onde não foi registrado o hábito das espécies indica diversas espécies
nas florestas do sul da Bahia (Mori et al. 1983; Amorim et al. 2005).
De acordo com o checklist das endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo (Thomas et
al. 2003), a área de estudo apresenta as seguintes trepadeiras endêmicas: Bauhinia angulosa Vogel
(Fabaceae), Chondrodendron microphyllum (Menispermaceae), Janusia schwannioides e
Stigmaphyllon blanchetii (Malpighiaceae).
Richards (1996) divide as trepadeiras em dois grupos funcionais: 1) tolerantes à sombra, e 2)
intolerantes à sombra. O autor salientou que nas florestas tropicais o segundo grupo é o mais numeroso
e que engloba principalmente as trepadeiras lenhosas, as quais são tolerantes à sombra quando jovens,
necessitando da luz do sol do dossel para seu pleno desenvolvimento. De fato, nota-se que na área de
estudo trepadeiras lenhosas aparecem com maior freqüência na borda e nas trilhas do interior da mata e
as trepadeiras herbáceas no interior. Richards (1996) observou ainda que o grupo de intolerantes a
sombra é conspícuo em florestas primárias não perturbadas bem como em clareiras e em vegetação
secundária, onde são especialmente abundantes formando densos emaranhados, como registrado para
Schrankia leptocarpa sensu Bell (Fabaceae) na área de estudo.
Arbustos e subarbustos Via de regra, nos levantamentos realizados em florestas ombrófilas e
florestas estacionais nordestinas citados na Tab. 2, Fabaceae, Rubiaceae, Asteraceae e Solanaceae
apresentaram o maior número de espécies, tendo a primeira maior riqueza nas estacionais e a segunda
nas ombrófilas. O número de espécies arbustivas e subarbustivas nas florestas ombrófilas variou entre
25 e 95 com média de 57 espécies por levantamento, enquanto nas estacionais (exceto a área de
estudo) oscilou entre 4 e 100 com média de 36 espécies (Tab. 2). Ao contrário dos demais hábitos,
estes parecem estar mais relacionados com as formações caducifólias não florestais do semi-árido
(Tab. 3).
Dez espécies foram comuns às florestas ombrófilas: Coutarea hexandra, Croton
argyrophylloides, Lantana camara, Psychotria carthagenensis, Tilesia baccata, Verbesina
macrophylla, Vernonia acutangula e V. brasiliana e sete às estacionais: Cordia curassavica, Coutarea
hexandra, Croton argyrophylloides, Helicteres macropetala, Erythroxylum vacciniifolium, Lantana
camara e Verbesina macrophylla. Considerando levantamentos em florestas ombrófilas e estacionais
que não apresentaram os hábitos também realizados no sul/sudeste da Bahia (Thomas et al. 1998;
Amorim et al. 2005), registro de sete espécies em comum com o Brejo Novo: Cordia curassavica,
Erythroxylum nobile, Faramea hyacinthina, Lantana camara, Randia armata, Rudgea jasminoides e
Sorocea hilarii.
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Um total de 17 espécies também está presente nas formações caducifólias não florestais no
semi-árido (Allophylus semidentatus; Baccharis trinervis var. rhexioides; Cordia curassavica; Croton
argyrophylloides; Coutarea hexandra; Guettarda angelica; Helicteres macropetala; Heliotropium
procumbens; Jatropha ribifolia; Lantana camara; Mimosa tenuiflora; Oxalis frutescens; Randia
armata; Tournefortia paniculata; Verbesina macrophylla; Vernonia obscura) como informam os
trabalhos de Oliveira et al. (1997); Araújo et al. (1998); Ferraz et al. (1998); Rodal et al. (1999);
Alcoforado-Filho et al. (2003); Andrade et al. (2004); Gomes et al. 2006; Rodal et al. (2006).
Considerando os dados acima discutidos e o fato de apenas seis espécies serem comuns ao
Brejo Novo, às florestas ombrófilas, às florestas estacionais e às formações não florestais caducifólias
do semi-árido, pode-se supor que o componente arbustivo e subarbustivo tem uma afinidade maior
com a flora das formações não florestais. Esta conclusão é reforçada quando se considera que no
checklist das endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo (Thomas et al. 2003) nenhuma das
espécies arbustivas e subarbustivas foi relacionada. No entanto, no checklist das endêmicas da caatinga
(Giulietti et al. 2002) a área de estudo tem os arbustos e subarbustos endêmicos Croton
argyrophylloides e Guettarda angelica (Rubiaceae), sendo esta última de ampla distribuição na
caatinga. E outras, como Coutarea hexandra, ocorrem no carrasco, cerrado, mata atlântica e caatinga
nordestina.
Ervas terrestres - Nas florestas tropicais esse hábito é basicamente dependente da presença de luz para
seu maior desenvolvimento, embora existam espécies típicas do interior florestal sombreado (Richards
1996). Trata-se de um padrão semelhante ao registrado na área de estudo, onde as ervas terrestres se
apresentam gregariamente na borda e em áreas de clareiras. Reprodução vegetativa, outra característica
de ervas de florestas tropicais (Richards 1996), é comum na área de estudo, a exemplo de Clidemia
hirta (Melastomataceae), Besleria longimucronata (Gesneriaceae), Araeococcus parviflorus e
Bilbergia amoena (Bromeliaceae). Embora não façam parte da flora das herbáceas terrestres, era
marcante a presença de plântulas de arbóreas de Gymnanthes hypoleuca (Euphorbiaceae), Eriotheca
macrophylla (Malvaceae), e Miconia spp (Melastomataceae).
A composição florística das ervas da área de estudo mostra maior similaridade com as
formações florestais (Tab. 2) não havendo nenhuma espécie em comum com as áreas de caatinga e
carrasco (Araújo et al. 1998; Rodal et al. 1999; Alcoforado-Filho et al. 2003; Rodal et al. 2004;
Araújo et al. 2005; Gomes et al. 2006).
Não houve registro de espécies endêmicas nem com a caatinga ou mata Atlântica (Tab. 3).
Outro aspecto relevante é a baixa riqueza de ervas monocotiledôneas terrestres na mata do
Brejo Novo, quando comparada a diversas florestas ombrófilas (Thomas et al. 2004a, 2004b, 2004c;
Rodal et al. 2005a; Rodal & Sales submetido). Todavia, quando se compara a riqueza de ervas
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terrestres nas florestas nordestinas, nota-se que não houve grande variação, uma vez que nas
ombrófilas esteve entre seis e 67 com média 36 enquanto nas estacionais (excluindo a área de estudo)
oscilou de sete a 44 com média 30.
Epífitas e hemiepífitas - consenso que as florestas secas tem menor número de espécies que
as úmidas, sendo inclusive uma característica estrutural distintiva entre os dois tipos de florestais
(Gentry 1995). Nos levantamentos do nordeste apresentados na Tab. 2 o número de espécies
encontrados nas ombrófilas esteve entre nove e 15 com média 10 e nas estacionais (excluindo a área de
estudo) oscilou de um a 46 com média 17. É possível que o maior número médio de epífitas das
estacionais esteja relacionado com o elevado número registrado por Rodal e Nascimento (2002). Neste
caso, deve-se considerar que aquelas autoras realizaram um levantamento detalhado das epífitas, o que
nem sempre ocorre nos levantamentos florísticos.
As hemiepífitas são plantas características de florestas tropicais, sendo ausentes nas
temperadas. Nesse grupo podemos encontrar as plantas estrangulantes, ausentes na área de estudo, e as
hemiepífitas que não causam danos fatais às hospedeiras (Richards 1996) como é o caso das
lorantáceas e as santaláceas presentes na Mata do Brejo Novo.
De acordo com o checklist das endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo (Thomas et
al. 2003) na área de estudo somente Sophronitis grandis (Orchidaceae) é endêmica (Tab. 3).
Apenas Tillandsia recurvata é uma espécie comum à área de estudo e diferentes tipos
caducifólios não florestais do semi-árido nordestino (Araújo et al. 1998; Rodal et al. 1999; Araújo et
al. 2005; Gomes et al. 2006).
Agradecimentos - A Fundação de Apoio à Pesquisa da Bahia pela bolsa concedida à primeira autora e
ao Conselho Nacional Científico e Tecnológico pela bolsa de produtividade da segunda autora. Aos
botânicos William Wayt Thomas e André M. Amorim, às botânicas Maria Regina Vasconcelos
Barbosa, Ângela Maria de Miranda Freitas, Maria Natividade Sanchez de Stapf e ao pessoal do
CEPEC pelo auxílio na identificação. Ao Sr. Francisco Britto proprietário da fazenda Brejo Novo, ao
Sr. Florisvaldo Souza Silva (Seu Flor) e, em especial a Gerivaldo Souza Silva (Neném) e José Lima da
Paixão pela coleta de material botânico.
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Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
41
ANEXOS
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
42
LISTA DE FIGURAS
Manuscrito 1
Figura 1. Localização geográfica da área de estudo, no município de Jequié, Bahia,
Brasil (13º56’41”S e 40º06’33.9”W) ................................................................................
43
Figura 2. Precipitação e temperaturas médias mensais do município de Jequié, Bahia,
Brasil no período de novembro de 1998 a março de 2006 município de Jequié, Bahia.
(13º56’4”S e 40º06’33.9”W) ..............................................................................................
44
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
43
Fig. 1
Jequié
N
Bahia
Área de estudo
Brejo Novo
13º56’41”S 40º06’33,9
Sergipe
Alagoas
Pernambuco
Espírito Santo
Minas Gerais
Piauí
74.0 ha
Fonte: SEI 2003
Escala = 1/100.000
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
44
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
60.0
70.0
80.0
90.0
100.0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
MESES
mm
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
30.0
º C
PRECIPITAÇÃO
TEMPERATURA
Fig. 2.
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
45
Tabela 1
. Lista das plantas vasculares do um fragmento de floresta estacional (mata de cipó) no municipio de Jequié,
Bahia, Brasil. Material testemunho está listado usando as iniciais do coletor e número de coleta. O material botânico está
depositado no herbário Professor Vasconcelos-Sobrinho da Universidade Federal Rural de Pernambuco. A.F.Souza =
Amélia Fernandez de Souza; BL = Jaqueline Baleiro; G.E.L.Macedo = Guadalupe Edilma Licona de Macedo; Stapf =
Maria Natividade Sánchez de de Stapf; WT = William Wayt Thomas; D(H) = determinador e herbário; HAB = hábito;
NP = nome popular; ARB = arbusto; ARV = árvore; ER = erva terrestre; EP = erva epífita; HE = erva hemiparasita;
SUB = subarbusto; LIA = trepadeira lenhosa e TR = trepadeira herbácea; PA = planta arborescente.
FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP
1. ACANTHACEAE / S.R.Profice(RB)
1
Aphelandra nitida Nees & Mart. ARB G.E.L. Macedo 123
2
Herpetacanthus longiflorus Moric. ARB G.E.L. Macedo 135 cipó de São João
3
Justicia cuneiformis Nees & Mart. ARB G.E.L. Macedo 215
4
Justicia genuflexa Nees & Mart. ER A.F.Souza 2 Camarão branco
5
Justicia glaziovii Lindau ARB G.E.L. Macedo 1774
6
Justicia sp. ARB G.E.L. Macedo 785
7
Mendoncia blanchetiana Profice LIA G.E.L. Macedo 1419
8
Acanthaceae Indet.1 ARB G.E.L. Macedo 832A
2. ANACARDIACEAE / C.Coreia (HUEFS); J.R.Pirani (SPF)
9
Astronium concinnum Schott ex Spreng. ARV G.E.L. Macedo 1361 Cedro, Bastião
10
Astronium sp.1 ARV G.E.L. Macedo 1672
11
Astronium sp.2 ARV G.E.L. Macedo 1056
12
Cyrtocarpa caatingae J.D. Mitch. & Daly ARV G.E.L. Macedo 445 Pau pimenta
13
Schinopsis brasiliensis Engl. ARV G.E.L. Macedo 159 Aroeira
14
Tapirira guianensis Aubl. ARV G.E.L. Macedo 305 Pau pombo
15
Thyrsodium spruceanum Benth. ARV G.E.L. Macedo 725 Cambotá
16
Thyrsodium sp. ARV G.E.L. Macedo 1808
3. ANNONACEAE / R. Mello-Silva (SPF)
17
Duguetia cf. scottmorii Maas ARV G.E.L. Macedo 332 Caraiba
18
Rollinia dolabripetala (Raddi) R.E.Fr. ARV G.E.L. Macedo 1600 Pinha brava
19
Rollinia aff. pickelii Diels ARV G.E.L. Macedo 625 Imbirá
20
Xylopia laevigata (Mart.) R.E.Fr. ARV G.E.L. Macedo 852
21
Xylopia sericea A. St. Hil. ARV G.E.L. Macedo 927 Pindaiba
4. APOCYNACEAE / W.M.Fereira (UEC); A.M.Miranda (HST);
A.Rapini (HUEFS)
22
Aspidosperma discolor A.DC. ARV G.E.L. Macedo 1644
23
Aspidosperma pyricollum Müll. Arg. ARV G.E.L. Macedo 1337 Pitiá
24
Aspidosperma spruceanum Benth. ex Müll. Arg. ARB G.E.L. Macedo 201 Camaçari
25
Aspidosperma sp. ARV G.E.L. Macedo 303 Pitiá
26
Ditassa hispida (Vell.) Fontella TR G.E.L. Macedo 916 Pitiá
27
Himatanthus drasticus (Mart.) Plumel ARV G.E.L. Macedo 685 Pau leite
28
Matelea sp. TR G.E.L. Macedo 517
29
Peltastes peltatus (Vell.) Woodson LIA G.E.L. Macedo 1874
30
Peplonia bradeana (Fontella & E. A. Schwarz) Fontella & Rapini LIA G.E.L. Macedo 317
31
Tabernaemontana bracteolaris Mart. ex Mull. Arg. ARV G.E.L. Macedo 344 Pau de colher
32
Apocynaceae Indet 1 ARB G.E.L. Macedo 758
33
Apocynaceae Indet 2 ARV G.E.L. Macedo 1543 Pau de cachimbo
5. ARACEAE/ M.N.Coelho (RB)
34
Anthurium bellum Schott ER G.E.L. Macedo 283
35
Anthurium aff. jilekii Schott ER A.F.Souza 32
36
Anthurium sp. (sp nova.) EP G.E.L. Macedo 1592
37
Anthurium sp. ER G.E.L. Macedo 792
38
Monstera adansonii var. klotzschiana (Schott) Madison ER G.E.L. Macedo 1225
39
Philodendron pedatum (Hook.) Kunth EP G.E.L. Macedo 205 Imbé
40
Taccarum sp. ER G.E.L. Macedo 794
Continua ...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
46
Tabela 1. Continuação ...
FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP
6. ARALIACEAE/ P.Fiaschi (CEPEC)
41
Dendropanax brasiliensis (Seem.) Frodin ARV G.E.L. Macedo 1663
42
Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire, Steyerm. & Frodin
ARV G.E.L. Macedo 1585 Matatauba
7. ARECACEAE/ T. Medeiros Costa (UFP)
43
Bactris glassmanii Med.-Costa & Noblick ex A.J. Hend. PAL G.E.L. Macedo 1240 Mané véi
44
Syagrus botryophora (Mart.) Mart. PAL G.E.L. Macedo 251 Pati(palmeira)
8. ARISTOLOCHIACEAE
45
Aristolochia sp.1 TR G.E.L. Macedo 697
46
Aristolochia sp.2 LIA G.E.L. Macedo 566
9. ASTERACEAE/ R.C. Pereira (IPA); M.F. Cavalcante (IPA)
47
Baccharis trinervis var. rhexioides (Kunth) Baker ARB G.E.L. Macedo 261
48
Bejaronoa semistriata (Baker) R.M. King & H. Rob. SUB G.E.L. Macedo 532
49
Chaptalia integerrima (Vell.) Burkart ER G.E.L. Macedo 648
50
Chromolaena maximilianii (Schard ex DC.) R.M. King & H. Rob. LIA G.E.L. Macedo 1248
51
Chromolaena odorata (L.) R.M. King & H. Rob. ARB G.E.L. Macedo 166
52
Conyza chilensis Spreng. ER G.E.L. Macedo 646
53
Gochnatia lucida (Baker) Cabrera ARV G.E.L. Macedo 614
54
Mikania obovata DC. TR G.E.L. Macedo 764
55
Piptocarpha cf. leprosa (Less.) Baker ARB G.E.L. Macedo 266
56
Tilesia baccata (L.) Pruski ARB G.E.L. Macedo 540
57
Trixis antimenorrhoea (Schrank) Kuntze TR G.E.L. Macedo 915
58
Verbesina macrophylla (Cass.) S.F. Blake ARB G.E.L. Macedo 171 Assa peixe
59
Vernonia acutangula Gardner ARB G.E.L. Macedo 368
60
Vernonia brasiliana (L.) Druce ARB G.E.L. Macedo 1249
61
Vernonia cotoneaster (Willd. ex Spreng.) Less. ARB G.E.L. Macedo 1258
62
Vernonia obscura Less. ARB G.E.L. Macedo 918
63
Wedelia villosa Gardner ER G.E.L. Macedo 230
64
Asteraceae Indet. ARB G.E.L. Macedo 824
10. BIGNONIACEAE/ M. Assis (HRCB)
65
Adenocalymma sp. LIA G.E.L. Macedo 1303
66
Anemopaegma sp. LIA G.E.L. Macedo 491
67
Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verl. TR G.E.L. Macedo 620
68
Arrabidaea rego (Vell.) DC. TR G.E.L. Macedo 914
69
Arrabidaea sp. ARV G.E.L. Macedo 1611
70
Clytostoma sciuripabulum Bureau & K. Schum. LIA G.E.L. Macedo 185
71
Lundia cordata (Vell.) A. DC. LIA G.E.L. Macedo 1199
72
Phryganocydia corymbosa (Vent.) Bureau ex K. Schum. LIA G.E.L. Macedo 753
73
Pyrostegia venusta (Ker-Gawl) Miers LIA A.F.Souza 18 Cipó Catitu
74
Sparattosperma catingae A.H. Gentry TR G.E.L. Macedo 853
75
Stizophyllum perforatum (Cham.) Miers ARV G.E.L. Macedo 563
76
Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith ARV G.E.L. Macedo 1230
77
Tabebuia sp. ARV G.E.L. Macedo 1781 I
78
Xylophragma sp. LIA G.E.L. Macedo 358
79
Zeyheria tuberculosa (Vell.) Bureau ARV G.E.L. Macedo 200
80
Bignoniaceae Indet. 1 LIA G.E.L. Macedo 1752
81
Bignoniaceae Indet. 2 LIA G.E.L. Macedo 1986
11. BORAGINACEAE/J.I.M.Melo (PEUFR); M.N.Stapf (HUEFS);
C.F.Conceição (HUEFS)
82
Cordia corchorifolia A. DC. ER G.E.L. Macedo 522
83
Cordia curassavica (Jacq.) Roem. & Schult. ARB G.E.L. Macedo 108
84
Cordia aff. superba Cham. ARV Stapf 296
85
Cordia sp (sp nova) ARV G.E.L. Macedo 2039 Baba de boi
86
Cordia taguahyensis Vell. ARV G.E.L. Macedo 220 Baba de boi
87
Cordia trachyphylla Mart. ARV A.F.Souza 24 Baba de boi
Continua ...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
47
Tabela 1. Continuação ...
FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP
88
Heliotropium angiospermum Murray ER G.E.L. Macedo 783
89
Heliotropium procumbens Mill. SUB G.E.L. Macedo 784
90
Tournefortia candidula (Miers) I.M. Johnst. ARV WT 13553
91
Tournefortia membranacea A. DC. TR G.E.L. Macedo 593
92
Tournefortia paniculata Cham. ARB G.E.L. Macedo 649
12. BRASSICACEAE/ M.B.Costa e Silva (IPA)
93
Capparis brasiliana DC. ARB G.E.L. Macedo 1207
94
Capparis cf. grandiflora Wall. ex Hook.f. & Thomson. ARV
G.E.L. Macedo 160
95
Capparis grandipetala Maguire & Steyerm ARV G.E.L. Macedo 372 Grão de burro
96
Capparis jacobinae Moric. ex Eichler ARV A.F.Souza 17
97
Capparis nectaria Vell. ARV G.E.L. Macedo 299
13. BROMELIACEAE/ M.G.Wanderley (SP)
98
Aechmea lingulata (L.) Baker EP G.E.L. Macedo 382
99
Ananas sp. EP G.E.L. Macedo 285
100
Araeococcus parviflorus (Mart. ex. Schult. f.) Lindm. ER G.E.L. Macedo 656
101
Billbergia amoena (Lodd.) Lindl. ER G.E.L. Macedo 909
102
Billbergia chloristica Sanders EP G.E.L. Macedo 610
103
Canistrum sp. EP G.E.L. Macedo 1032 Bromélia
104
Hohenbergia cf. pabstii L.B. Sm. EP A.F.Souza 36
105
Hohenbergia sp.1 EP G.E.L. Macedo 513
106
Hohenbergia sp.2 EP G.E.L. Macedo 660
107
Lymania sp. ER G.E.L. Macedo 1990 Bromélia
108
Racinaea spiculosa (Griseb.) M.A. Spencer & L.B. Sm. EP G.E.L. Macedo 178
109
Tillandsia gardneri Lindl. EP G.E.L. Macedo 179 Bromélia
110
Tillandsia recurvata (L.) L. EP G.E.L. Macedo 399
111
Tillandsia stricta Sol. ex Sims EP G.E.L. Macedo 149
112
Tillandsia tenuifolia L. EP G.E.L. Macedo 1559
113
Tillandsia sp. EP G.E.L. Macedo 1984 Bromélia
114
Vriesea ensiformes (Vell.) Beer. EP G.E.L. Macedo 184
115
Vriesea recurvata Gaud. EP G.E.L. Macedo 907
116
Vriesea sp. EP G.E.L. Macedo 1262 Bromélia
14. BURSERACEAE/ J.R.Pirani (SPF)
117
Protium bahianum Daly ARV G.E.L. Macedo 462 Amescla
118
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand ARV G.E.L. Macedo 1171
119
Protium warmingianum March. ARV G.E.L. Macedo2027A
15. CACTACEAE
120
Epiphyllum sp. EP G.E.L. Macedo 833 Flor de maio
121
Rhipsalis sp. EP G.E.L. Macedo 886
122
Cactaceae Indet. ARB G.E.L. Macedo 659
16. CANNABACEAE/ R.B.Torres (IAC)
123
Celtis spinosa Spreng ARV G.E.L. Macedo 1250 Juá mirim
123
Celtis spinosa Spreng ARV G.E.L. Macedo 1250 Juá mirim
17. CELASTRACEAE/ J.A.Lombardi (HRCB); R.M.Okano (VIC)
124
Cheiloclinium cognatum (Miers) A.C. Sm. ARV G.E.L. Macedo 1577
125
Cheiloclinium serratum (Cambess.) A.C. Sm. LIA G.E.L. Macedo 276
126
Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek ARV G.E.L. Macedo 389
127
Maytenus floribunda Reissek ARV G.E.L. Macedo 1205
128
Maytenus sp. ARV G.E.L. Macedo 1359
129
Salacia sp. LIA G.E.L. Macedo 962
130
Tontelea leptophylla A.C. Sm. ARV G.E.L. Macedo 1623
131
Tontelea miersii (Peyr.) A.C. Sm. ARV G.E.L. Macedo 627
18. CHRYSOBALANACEAE
132
Couepia sp. ARV G.E.L. Macedo 991
133
Hirtella sp. ARV G.E.L. Macedo 994
134
Licania sp.1 ARV G.E.L. Macedo 2044
Continua ...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
48
Tabela 1. Continuação ...
FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP
135
Licania sp.2 ARV G.E.L. Macedo 449
19. CLUSIACEAE/ P. Fiaschi (CEPEC)
136
Clusia rosea Jacq. EP G.E.L. Macedo 902
137
Garcinia sp. ARV G.E.L. Macedo 1191
20. COMMELINACEAE/ R. Barretto (UFP)
138
Commelina obliqua Vahl ER G.E.L. Macedo 619
139
Dichorisandra hexandra (Aubl.) Standl. ER G.E.L. Macedo 814
140
Dichorisandra sp. (sp. nova) ER G.E.L. Macedo 359
21. CONNARACEAE
141
Cnestidium sp. LIA G.E.L. Macedo 671
142
Connarus sp. LIA G.E.L. Macedo 1242
22. CONVOLVULACEAE/ R.S.Bianchini (SP)
143
Evolvulus filipes Mart. ER G.E.L. Macedo 844
144
Evolvulus glomeratus Nees & C. Mart. ER G.E.L. Macedo 760
145
Ipomoea tiliacea (Willd.) Choisy TR G.E.L. Macedo 661
146
Ipomoea subulata Hassl. LIA G.E.L. Macedo 1892
147
Jacquemontia bracteosa Meisn. TR A.F.Souza 8
148
Jacquemontia glaucescens Choisy TR G.E.L. Macedo 917
149
Operculina macrocarpa (L.) Urb. TR G.E.L. Macedo 751
23. COSTACEAE/J.M.A.Braga (RB)
150
Costus spiralis (Jacq.) Roscoe var. Spiralis ER G.E.L. Macedo 164
24. CUCURBITACEAE
151
Gurania subumbellata (Miq.) Cogn. TR G.E.L. Macedo 818
25. CYPERACEAE
152
Cyperus sp. ER G.E.L. Macedo 640
26. DENNSTAEDTIACEAE / S.R.S.Xavier (PEUFR)
153
Pteridium arachnoideum (Kaulf.) Maxon ER G.E.L. Macedo 384
27. DILLENIACEAE/C.N.Fraga (RB)
154
Davilla kunthii A. St.-Hil. LIA A.F.Souza 20
155
Dilleniaceae Indet. LIA G.E.L. Macedo 241
28. DIOSCOREACEAE
156
Dioscorea aff. sincorensis R. Knuth TR G.E.L. Macedo 850
157
Dioscorea trilinguis Griseb. TR G.E.L. Macedo 805
29. EBENACEAE/ M.F.Santos (SPF); P.T. Sano (SPF)
158
Diospyros cf. hispida A. DC. ARV G.E.L. Macedo 448
30. ELAEOCARPACEAE/ M.N.Coelho (RB)
159
Sloanea monosperma Vell. ARV G.E.L. Macedo 353
160
Sloanea pubescens Benth. ARV G.E.L. Macedo 1504
161
Sloanea stipitata Spruce ex Benth. ARV G.E.L. Macedo 1139
31. ERYTHROXYLACEAE/ M.I.B. Loiola (UFRN)
162
Erythroxylum affine A. St.-Hil. ARV G.E.L. Macedo 1461 Caboclo roxo
163
Erythroxylum macrocalyx Mart. ARB G.E.L. Macedo 308 Caboquinho
164
Erythroxylum membranaceum Plowman ARV G.E.L. Macedo 1464 Caboquinho
165
Erythroxylum nobile O. E. Schulz ARB G.E.L. Macedo 193
166
Erythroxylum polygonoides Mart. ARV G.E.L. Macedo 623
167
Erythroxylum pulchrum A. St.-Hil. ARV G.E.L. Macedo 502 Caboclo roxo
168
Erythroxylum subrotundum A. St. -Hil. ARV G.E.L. Macedo 169 Caboquinho
169
Erythroxylum vacciniifolium Mart. ARB G.E.L. Macedo 781
170
Erythroxylum sp.2 ARV Bl 2
171
Erythroxylum sp.3 ARV G.E.L. Macedo 292 Caboclo preto
172
Erythroxylum sp. (sp. nova) ARV G.E.L. Macedo 673
32. EUPHORBIACEAE/M.F.A.Lucena (PEUFR); I. Cordeiro (SP)
173
Actinostemon verticillatus (Klotzsch) Baill. ARV G.E.L. Macedo 552
174
Aparisthmium cordatum (Juss.) Baill. ARV G.E.L. Macedo 630
175
Chaetocarpus echinocarpus (Baill.) Ducke ARV G.E.L. Macedo 1418
Continua ...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
49
Tabela 1. Continuação ...
FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP
176
Cnidoscolus pubescens Pohl ARB G.E.L. Macedo 1317
177
Croton argyrophylloides Müll. Arg. ARB G.E.L. Macedo 778
178
Croton cordiifolius Baill. ARB G.E.L. Macedo 272
179
Croton floribundus Spreng. ARV G.E.L. Macedo 560
180
Croton tetradenius Baill. ARB G.E.L. Macedo 267 Velame de vaqueiro
181
Croton triqueter Lam ARB G.E.L. Macedo 148
182
Dalechampia brasiliensis Lam. TR G.E.L. Macedo 504
183
Dalechampia ficifolia Lam. TR G.E.L. Macedo 1292
184
Dalechampia peckoltiana Müll. Arg. TR G.E.L. Macedo 919
185
Dalechampia triphylla Lam. TR G.E.L. Macedo 800
186
Dalechampia sp. TR G.E.L. Macedo 221
187
Euphorbia comosa Vell. ER G.E.L. Macedo 846
188
Euphorbia gardneri (Müell. Arg.) ARV G.E.L. Macedo 367
189
Gymnanthes hypoleuca Benth. ARV G.E.L. Macedo 291
190
Gymnanthes sp. ARV G.E.L. Macedo 265
191
Jatropha ribifolia (Pohl) Baill. ARB G.E.L. Macedo 849
192
Manihot sp. ARB G.E.L. Macedo 913
193
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. ARV A.F.Souza 39
194
Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth. ARV G.E.L. Macedo 440 Cocão
195
Senefeldera verticillata (Vell.) Croizat.. ARV G.E.L. Macedo 333
196
Tragia volubilis L. TR G.E.L. Macedo 762
197
Euphobiaceae Indet. ARB G.E.L. Macedo 301
33. FABACEAE/H.C.Lima (RB); A.M.S. da F. Vaz (RB);
L.P.Queiroz (HUEFS); A.Du Bocage (IPA); J.A.S.Costa
(HUEFS); V.F. Mansano (RB)
198
Acacia martiusiana (Steud.) Burkart LIA G.E.L. Macedo 1880
199
Acacia polyphylla DC. ARV G.E.L. Macedo 252 Brauna conga
200
Albizia polycephala (Benth.) Killip ex Record ARV G.E.L. Macedo 533 Manzê
201
Andira fraxinifolia Benth. ARV A.F.Souza 43
202
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. ARV G.E.L. Macedo 158
203
Bauhinia angulosa Vogel LIA G.E.L. Macedo 1101
204
Bauhinia catingae Harms ARV G.E.L. Macedo 1879
205
Bauhinia smilacina (Schott) Steud. LIA G.E.L. Macedo 298 Escada de macaco
206
Bauhinia sp. ARB G.E.L. Macedo 843
207
Centrosema virginianum (L.) Benth. TR G.E.L. Macedo 1252
208
Copaifera cf. lucens Dwyer ARV G.E.L. Macedo 993 Pau óleo
209
Dalbergia frutescens (Vell.) Britton LIA G.E.L. Macedo 743
210
Dalbergia sp. LIA G.E.L. Macedo 1923 Braúna conga
211
Dimorphandra exaltata Schott Kuhl & Hoehne ARV G.E.L. Macedo 1726 Masé
212
Dioclea violacea Mart. ex Benth. LIA G.E.L. Macedo 1738
213
Diplotropis incexis Rizzini & A. Mattos ARV G.E.L. Macedo 1111
214
Galactia striata (Jacq.) Urb. TR G.E.L. Macedo 360
215
Hymenaea cf. courbaril L. ARV G.E.L. Macedo 1657 Pau roxo
216
Hymenaea sp. ARV G.E.L. Macedo 2041
217
Hymenolobium cf. janeirense var. stipulatum (N.F. Mattos) Lima ARV G.E.L. Macedo 1944
218
Inga cf. capitata Desv. ARV G.E.L. Macedo 684 Ingá de nico
219
Inga striata Benth. ARV G.E.L. Macedo 996
220
Inga subnuda subsp. luschnathiana (Benth.) T.D.Penn. ARV G.E.L. Macedo 1087
221
Inga sp. ARV G.E.L. Macedo 1955
222
Machaerium aculeatum Raddi ARV G.E.L. Macedo 1509
223
Machaerium brasiliense Vogel ARV G.E.L. Macedo 1506
224
Machaerium condensatum Kulhm. & Hoehne LIA G.E.L. Macedo 1387
225
Machaerium cf. salzmannii Benth. ARV G.E.L. Macedo 1080
226
Machaerium triste Vogel LIA G.E.L. Macedo 1348
Continua...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
50
Tabela 1. Continuação ...
FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP
227
Machaerium sp.1 LIA G.E.L. Macedo 1318
228
Machaerium sp.2 LIA G.E.L. Macedo 1402 Calombi
229
Machaerium sp.3 ARV G.E.L. Macedo 1455 Roncador
230
Melanoxylon braunia Schott ARV G.E.L. Macedo 1633 Brauna
231
Mimosa caesalpiniifolia Benth. ARV G.E.L. Macedo 1400
232
Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. ARB G.E.L. Macedo 235 Jurema
233
Mimosa vellosiana Mart. SUB G.E.L. Macedo 615
234
Ormosia arborea (Vell.) Harms ARV G.E.L. Macedo 1241
235
Peltogyne cf. confertiflora (Mart. ex Hayne) Benth. ARV G.E.L. Macedo 310 Jatobá
236
Peltogyne sp. (sp. nova) ARV G.E.L. Macedo 1344
237
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. ARV G.E.L. Macedo 156 Tamboril
238
Piptadenia adiantoide (Spreng.) J.B.Macbr. ARB G.E.L. Macedo 2023
239
Plathymenia reticulata Benth. ARV G.E.L. Macedo 976 Vinhático
240
Platymiscium floribundum Vogel ARV A.F.Souza 37
241
Poecilanthe ulei (Harms) Arroyo & Rudd ARB G.E.L. Macedo 718
242
Pseudopiptadenia bahiana G.P. Lewis & M.P. Lima ARV G.E.L. Macedo 561 Pau fava
243
Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P. Lima ARV G.E.L. Macedo 323 Pau fava
244
Pterocarpus rohrii Vahl ARV G.E.L. Macedo 293 Catuaba
245
Schrankia leptocarpa sensu Bell LIA G.E.L. Macedo 338 Calombi
246
Senna acuruensis var. catingae (Harms) H.S. Irwin & Barneby ARV G.E.L. Macedo 851
247
Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S.Irwin & Barneby ARV G.E.L. Macedo 1893 Canjuão
248
Senna multijuga var. verrucosa (Vogel) H.S.Irwin & Barneby. ARV G.E.L. Macedo 810
249
Senna spectabilis var. excelsa (Schrad.) H.S.Irwin & Barneby ARV G.E.L. Macedo 176 Canjuão
250
Stylosanthes acuminata M.B Ferreira & Souza Costa ER G.E.L. Macedo 642
251
Swartzia acutifolia Vogel ARV G.E.L. Macedo 1375
252
Swartzia apetala Raddi ARV G.E.L. Macedo 1323
253
Swartzia oblata R.S. Cowan ARV G.E.L. Macedo 311 Curindiba
254
Swartzia simplex var. ochnacea (DC.) R.S.Cowan ARV G.E.L. Macedo 313
255
Tachigali densiflora (Benth.) Oliveira-Filho ARV G.E.L. Macedo 1457
256
Tachigali pilgeriana (Harms) Olivrira-Filho ARV G.E.L. Macedo 690 Ingaçu
257
Tachigali rugosa (Mart. ex Benth.) Zarucchi & Pipoly ARV G.E.L. Macedo 467 Ingaçu
258
Zollernia ilicifolia (Brongn.) Vogel ARV G.E.L. Macedo 1565 Casca grossa
34. GESNERIACEAE
259
Besleria longimucronata Hoehne ER G.E.L. Macedo 829
35. LAMIACEAE/ F.França (HUEFS)
260
Aegiphila luschnatii Schauer ARB G.E.L. Macedo 587
261
Vitex capitata Vahl ARB G.E.L. Macedo 891
262
Vitex sp. ARV G.E.L. Macedo 576
36. LAURACEAE
263
Ocotea brasiliensis Coe-Teixeira ARV G.E.L. Macedo 302 Louro sabão
264
Ocotea cernua (Nees) Mez ARV G.E.L. Macedo 677 Louro
265
Ocotea complicata (Meisn.) Mez ARV G.E.L. Macedo 1237 Louro cravo
266
Ocotea nitida (Meisn.) Rohwer ARV G.E.L. Macedo 932
267
Ocotea notata (Nees & Mart. ) Mez ARV G.E.L. Macedo 1648
268
Ocotea sp. ARV G.E.L. Macedo 1875
37. LECYTHIDACEAE
269
Cariniana legalis (Mart.) Kuntze ARV G.E.L. Macedo 544 Jequitibá
38. LOGANIACEAE
270
Spigelia laurina Cham. & Schltdl. SUB G.E.L. Macedo 825
271
Strychnos sp.1 LIA G.E.L. Macedo 562
272
Strychnos sp.2 ARV G.E.L. Macedo 1026
39. LORANTHACEAE/ M.J.G. de Andrade (HUEFS)
273
Psittacanthus bicalyculatus Mart. EP G.E.L. Macedo 369
274
Struthanthus sp. EP G.E.L. Macedo 1255
Continua ...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
51
Tabela 1. Continuação ...
FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP
40. LYTHRACEAE/ T.B. Cavalcante (CEN)
275
Cuphea polymorphoides Koehne ER G.E.L. Macedo 223
41. MALPIGHIACEAE/ A.M.Amorim (UESC)
276
Banisteriopsis sepium (A. Juss.) B. Gates LIA G.E.L. Macedo 331
277
Byrsonima laevigata (Poir.) DC. ARV G.E.L. Macedo 1347
278
Dicella macroptera Mart. ex A. Juss. LIA Bl 11
279
Heteropterys longibracteata A. Juss. LIA G.E.L. Macedo 1385
280
Heteropterys sericea (Cav.) A . Juss. LIA G.E.L. Macedo 1881
281
Heteropterys trichanthera A. Juss. LIA G.E.L. Macedo 840
282
Heteropterys sp. LIA G.E.L. Macedo 1369
283
Hiraea aff. fagifolia (DC.) Juss. LIA G.E.L. Macedo 1398
284
Janusia schwannioides W.R. Anderson LIA G.E.L. Macedo 490
285
Mascagnia sepium (A. Juss.) Griseb. LIA G.E.L. Macedo 558
286
Mascagnia anisopetala (A. Juss.) Griseb. LIA G.E.L. Macedo 1200
287
Stigmaphyllon blanchetii C.E.Anderson LIA G.E.L. Macedo 1276
288
Tetrapterys acutifolia Cav. LIA G.E.L. Macedo 881
289
Tetrapterys phlomoides (Spreng.) Nied. LIA G.E.L. Macedo 1871
290
Tetrapterys longibracteata A.Juss. LIA G.E.L. Macedo 539
291
Thryallis brachystachys Lindl. ARB G.E.L. Macedo 786
292
Heteropterys nordestina Amorim TR G.E.L. Macedo 1985
293
Malpighiaceae Indet 1 LIA G.E.L. Macedo 1299
294
Malpighiaceae Indet 4 LIA G.E.L. Macedo 1671
295
Malpighiaceae Indet 7 LIA G.E.L. Macedo 2022
296
Malpighiaceae Indet 8 ARV G.E.L. Macedo 1564
297
Malpighiaceae Indet 9 LIA G.E.L. Macedo 1417
298
Malpighiaceae Indet 10 ARV G.E.L. Macedo 1669
42. MALVACEAE/ G.L.Estevez (SP); A.G. de C.Sobrinho (HUEFS)
299
Abutilon bedfordianum (Hook.) A. St.-Hil & Naudin ER G.E.L. Macedo 356
300
Ayenia tomentosa L. SUB G.E.L. Macedo 841
301
Corchorus sp. ER G.E.L. Macedo 492
302
Eriotheca cf. globosa (Aubl.) A. Robyns ARV G.E.L. Macedo 1097 Imbiruçu
303
Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns ARV G.E.L. Macedo 1970 Imbiruçu
304
Helicteres macropetala A. St.-Hil. ARB G.E.L. Macedo 1294
305
Helicteres vuarame Mart. emend. Cristóbal ARB G.E.L. Macedo 772
306
Herissantia crispa (L.) Brizicky ER G.E.L. Macedo 357 Vassourinha
307
Luehea aff. paniculata Mart. & Zucc. ARV G.E.L. Macedo 1358 Inhaiba
308
Melochia betonicifolia A. St.-Hil. ARB G.E.L. Macedo 366
309
Quararibea floribunda (A.St.-Hil) K. Schum. ARV G.E.L. Macedo 538
310
Quararibea penduliflora (St.Hil.) K. Schum. ARB G.E.L. Macedo 1201
311
Sida sp. ARB G.E.L. Macedo 263
312
Waltheria indica L. ER G.E.L. Macedo 782
313
Malvaceae Indet. ER G.E.L. Macedo 495
43. MARANTACEAE/ J.M.A.Braga (RB); V.L. C. Rodrigues (ESA)
314
Calathea sp. ER G.E.L. Macedo 1983
315
Stromanthe tonckat (Aubl.) Eichler ER G.E.L. Macedo 2000
44. MARTYNIACEAE
316
Holoregmia viscida Nees ARB G.E.L. Macedo 1305
45. MELASTOMATACEAE/ R.Goldemberg (UPCB)
317
Bertolonia sp. ER G.E.L. Macedo 678 Begônia da mata
318
Clidemia hirta (L.) D. Don ER G.E.L. Macedo 168
319
Miconia buddlejoides Triana ARV G.E.L. Macedo 639 Mundururu preto
320
Miconia lepidota Schrank & Mart. ex DC. ARV G.E.L. Macedo 441 Mundururu
321
Miconia ligustroides (DC.) Naudin ARB G.E.L. Macedo 897 Toupeira
322
Miconia prasina (Sw) DC. ARV G.E.L. Macedo 643 Mundururu branco
Continua ...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
52
Tabela 1. Continuação ...
FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP
323
Ossaea consimilis D'El Rei Souza ARB G.E.L. Macedo 321
46. MEMECYLACEAE
324
Mouriri arborea Gardner ARV G.E.L. Macedo 746 Murta
47. MELIACEAE/ J.R.Pirani (SPF)
325
Trichilia casaretti C.DC. ARV G.E.L. Macedo 1041
326
Trichilia cf. elegans A. Juss ARV G.E.L. Macedo 942
327
Trichilia hirta L. ARB G.E.L. Macedo 769
328
Trichilia pseudostipularis (A.Juss.) C. DC. ARV G.E.L. Macedo 214
329
Trichilia ramalhoi Rizzini ARV G.E.L. Macedo 599
330
Trichilia silvatica C.DC. ARV G.E.L. Macedo 1995
331
Trichilia sp. ARV G.E.L. Macedo 698
48. MENISPERMACEAE/ J.M.A.Braga (RB)
332
Chondrodendron microphyllum (Eichler) Moldenke LIA G.E.L. Macedo 202
333
Curarea sp. LIA A.F.Souza 29
49. MORACEAE/ R.M. de Castro (HUEFS)
334
Brosimum gaudichaudii Trécul ARV G.E.L. Macedo 234 Bastião
335
Ficus cf. obtusifolia Kunth ARV G.E.L. Macedo 605
336
Ficus mariae C.C. Berg, Emygdio & Carauta ARV G.E.L. Macedo 1107
337
Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby ARV G.E.L. Macedo 1148
338
Sorocea hilarii Gaudich. ARB G.E.L. Macedo 500
339
Sorocea racemosa Gaudich. ARB G.E.L. Macedo 802
50. MYRISTICACEAE
340
Virola gardneri (A. DC.) Warb. ARV G.E.L. Macedo 306 Bicuiba branca
341
Virola officinalis Warb. ARV G.E.L. Macedo 1059 Caraiba
342
Virola oleifera (Schott) A.C.Sm. ARV G.E.L. Macedo s/n
51. MYRSINACEAE/ M.F.Freitas (RB)
343
Cybianthus cuneifolius Mart. ARB G.E.L. Macedo s/n
344
Cybianthus sp.1 LIA G.E.L. Macedo 880
345
Cybianthus sp.2 ARB A.F.Souza 51
346
Cybianthus sp.3 ARV G.E.L. Macedo 1222
347
Myrsine venosa A. DC. ARB A.F.Souza 11
52. MYRTACEAE/ M. Sobral (BHCB)
348
Calyptranthes lucida Mart. ex DC. ARV G.E.L. Macedo 887
349
Calyptranthes sp.1 ARV G.E.L. Macedo 1440 Araçá
350
Calyptranthes sp.2 ARV G.E.L. Macedo 691
351
Campomanesia sp. ARV G.E.L. Macedo 290 Quebra facão
352
Eugenia cf. adenantha O. Berg ARB G.E.L. Macedo 481 Araçá
353
Eugenia brasiliensis Lam. ARV G.E.L. Macedo 547
354
Eugenia aff. florida DC. ARB G.E.L. Macedo 1362
355
Eugenia cf. itacarensis Mattos ARV G.E.L. Macedo 1063 Araçá
356
Eugenia itapemirimensis Cambess. ARV G.E.L. Macedo 1505 Araçá
357
Eugenia cf. macrantha O. Berg ARV G.E.L. Macedo 868
358
Eugenia platyphylla O. Berg ARV G.E.L. Macedo 559
359
Eugenia cf. pruinosa D. Legrand ARV G.E.L. Macedo 1685
360
Eugenia sp.1 ARV G.E.L. Macedo 990
361
Eugenia sp.2 ARV G.E.L. Macedo 931 Murta
362
Eugenia sp.3 ARV G.E.L. Macedo 1415
363
Eugenia sp.4 ARV G.E.L. Macedo 1408
364
Eugenia sp.5 ARV G.E.L. Macedo 348
365
Eugenia sp.6 ARV G.E.L. Macedo 296
366
Eugenia sp.7 ARV G.E.L. Macedo 1453
367
Eugenia sp.8 ARV G.E.L. Macedo 1349
368
Eugenia sp.9 ARV G.E.L. Macedo 1108
369
Marlierea cf. excoriata Mart. ARV G.E.L. Macedo 1123 guabiraba
Continua ...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
53
Tabela 1. Continuação ...
FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP
370
Marlierea sp. ARV G.E.L. Macedo 2021 Catuaba
371
Myrcia amazonica DC. ARV G.E.L. Macedo 1937
372
Myrcia eximia DC. ARV Bl 5 Murta
373
Myrcia guianensis (Aubl.) DC. ARV G.E.L. Macedo 741
374
Myrcia racemosa (O. Berg) Kiaersk. ARV G.E.L. Macedo 395
375
Myrcia spectabilis DC. ARV G.E.L. Macedo 442 Murta
376
Myrcia splendens (Sw.) DC. ARV G.E.L. Macedo 206 Murta roxa
377
Myrcia sp. ARV G.E.L. Macedo 1188 Imbaiba
378
Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.) O. Berg ARV G.E.L. Macedo 484 Araçá
379
Myrciaria guaquiea (Kiaersk.) Mattos & D. Legrand ARV G.E.L. Macedo 284
380
Psidium brownianum DC. ARV G.E.L. Macedo 546
381
Psidium cf. brownianum DC. ARV G.E.L. Macedo 275
382
Psidium cf. myrtoides O. Berg ARV G.E.L. Macedo 1391
383
Psidium schenckianum Kiaersk ARV G.E.L. Macedo 259
384
Psidium sp. ARV G.E.L. Macedo 341 Solteiro
385
Myrtaceae Indet. 1 ARV G.E.L. Macedo 968 Murta
386
Myrtaceae Indet. 2 ARV G.E.L. Macedo 1364
387
Myrtaceae Indet. 3 ARV G.E.L. Macedo 1943
388
Myrtaceae Indet. 4 ARV G.E.L. Macedo 939
389
Myrtaceae Indet. 5 ARV G.E.L. Macedo 330 Araçá
53. NYCTAGINACEAE/ C.F.S. de Sá (RB)
390
Andradea floribunda Allemão ARV G.E.L. Macedo 1508
391
Guapira hirsuta (Choisy) Lundell ARV G.E.L. Macedo 550 Farinha seca
392
Guapira aff. nitida ( Schmidt) Lundell ARV G.E.L. Macedo 548 Farinha seca
393
Guapira opposita (Vell.) Reitz ARV G.E.L. Macedo 146 Farinha seca
394
Neea floribunda Poepp. & Endl. ARV G.E.L. Macedo 195
54. OCHNACEAE
395
Ouratea sp. ARV S/N. de coleta
55. OLACACEAE
396
Heisteria blanchetiana (Engler) Sleumer ARV G.E.L. Macedo 525 Murta
397
Schoepfia brasiliensis A.DC. ARV G.E.L. Macedo 286
398
Tetrastylidium grandifolium (Baill.) Sleumer ARV G.E.L. Macedo 950 Pau d'arco
399
Olacaceae Indet.1 ARV G.E.L. Macedo 1469
400
Olacaceae Indet.2 ARV G.E.L. Macedo 1475
56. OLEACEAE
401
Linociera micrantha Mart. ARV G.E.L. Macedo 1742
402
Linociera sp.1 ARV G.E.L. Macedo 288
403
Linociera sp.2 ARV G.E.L. Macedo 1113
57. ORCHIDACEAE/ E.C. Smidt (HUEFS)
404
Aspidogyne bicolor (Barb. Rodr.) Garay ER A.F.Souza 41
405
Campylocentrum micranthum (Lindl.) Rolfe EP G.E.L. Macedo 1432
406
Catasetum sp. EP G.E.L. Macedo 520
407
Cattleya af. amethysglossa Linden & Rchb.f. ex Warner ER G.E.L. Macedo 1290
408
Cyrtopodium gigas (Vell.) Hoehne EP G.E.L. Macedo 376
409
Cyrtopodium virescens Rchb.f. & Warm ER G.E.L. Macedo 1314
410
Dichaea sp. EP G.E.L. Macedo 791
411
Encyclia patens Hook. ER A.F.Souza 5
412
Epidendrum ochlorochlorum Barb. Rodr. EP A.F.Souza 30
413
Galeandra beyrichii Rchb. f. EP G.E.L. Macedo 578
414
Gomesa recurva R. Br. EP G.E.L. Macedo 1596
415
Mesadenella cuspidata (Lindl.) Garay ER G.E.L. Macedo 212
416
Notylia sp. EP G.E.L. Macedo 521
417
Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl. ER G.E.L. Macedo 708
418
Oncidium aff. lietzei Regel EP G.E.L. Macedo 408
Continua ...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
54
Tabela 1. Continuação ...
FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP
419
Oncidium aff. Barbatum Lindl. EP G.E.L. Macedo 2024
420
Oncidium aff. ciliatum Lindl. EP G.E.L. Macedo 912
421
Oncidium hookeri Rolfe EP G.E.L. Macedo 320
422
Oncidium loefgrenii Cogn ER A.F.Souza 42
423
Paradisanthus mosenii Rchb. f. ER G.E.L. Macedo 709
424
Polystachya sp. EP G.E.L. Macedo 966
425
Prescottia stachyodes (Sw.) Lindl. ER G.E.L. Macedo 217
426
Sacoila lanceolata (Aubl.) Garay ER G.E.L. Macedo 1142
427
Sophronitis grandis (Lindl. & Paxton) C. Berg & M.W.Chase EP G.E.L. Macedo 377
428
Specklinia gomes-ferreiraei (Pabst) Luer EP G.E.L. Macedo 1982
430
Specklinia murexoidea (Pabst) Luer EP G.E.L. Macedo 1987
431
Zygostates comuta Lindl. EP A.F.Souza 13
58. OXALIDACEAE/ P. Fiaschi (CEPEC)
431
Oxalis psoraleoides Kunth ER G.E.L. Macedo 780
432
Oxalis frutescens L. SUB G.E.L. Macedo 845
59. PASSIFLORACEAE/ T.S.Nunes (HUEFS)
433
Passiflora cincinnata Mast. TR G.E.L. Macedo 662 Maracujá
434
Passiflora edmundoi Sacco TR G.E.L. Macedo 706
435
Passiflora galbana Mast. LIA G.E.L. Macedo 895
436
Passiflora ovalis Vell. ex M. Roem. TR A.F.Souza 15
437
Passiflora setacea DC. TR G.E.L. Macedo 1277
438
Passiflora suberosa L. TR G.E.L. Macedo 603
60. PHYLLANTACEAE/ M.F.A. Lucena (PEUFR)
439
Margaritaria nobilis L.f ARV G.E.L. Macedo 1678
440
Margaritaria sp. ARV G.E.L. Macedo 1756
61. PHYTOLACCACEAE
441
Microtea aff. glochidiata Moq. ER G.E.L. Macedo 711
62. PICRAMNIACEAE/ J.R.Pirani (SPF)
442
Picramnia glazioviana Engl. ARB A.F.Souza 4
443
Picramnia cf. ramiflora Planch. ARV G.E.L. Macedo 689
63. PIPERACEAE/ E.F.Guimarães (RB)
444
Peperomia rubricaulis (Nees.) A. Dietr. ER G.E.L. Macedo 507
445
Piper corcovadensis (Miq.) C. DC. ARB G.E.L. Macedo 799
446
Piper hoffmannseggianum Schult. ARB G.E.L. Macedo 798
447
Piper sp. SUB G.E.L. Macedo 998
64. POACEAE/ M.B.Costa e Silva; N.A.Alburquerque (IPA);
J.R.Maciel (IPA)
448
Ichnanthus leiocarpus (Spreng.) Kunth ER G.E.L. Macedo 222
449
Ichnanthus nemoralis (Schrad.) Hitchc. & Chase ER G.E.L. Macedo 218
450
Lasiacis divaricata (L.) Hitchc. ER G.E.L. Macedo 180
451
Parodiolyra micrantha (Kunth) Davidse & Zuloaga ER G.E.L. Macedo 383
65. POLYGALACEAE/ E.B. M.Silva (HUEFS)
452
Polygala aff. mollis Kunth ER G.E.L. Macedo 224
453
Securidaca sp. LIA G.E.L. Macedo 2018
66. POLYGONACEAE/ E. Melo (HUEFS)
454
Coccoloba declinata (Vell.) Mart. LIA G.E.L. Macedo 705
455
Coccoloba lucidula Benth LIA G.E.L. Macedo 279
456
Coccoloba cf. moseni Lindau ARV G.E.L. Macedo 324
457
Coccoloba cf. parimensis Benth. LIA A.F.Souza 10
458
Coccoloba oblonga Lindau ARV G.E.L. Macedo 496
67. POLYPODIACEAE/ S.R.S. Xavier (PEUFR)
459
Pecluma ptilodon (Kunze) M.G. Price EP G.E.L. Macedo 1076
460
Phlebodium pseudoaureum (Cav.) Lellinger ER WT 13593
461
Polypodium catharinae Langsd. & Fisch. ER G.E.L. Macedo 244
462
Polypodium hirsutissimum Raddi ER A.F.Souza 50
Continua ...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
55
Tabela 1. Continuação ...
FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP
68. PROTEACEAE
463
Roupala aff. paulensis Sleumer ARV G.E.L. Macedo 413
69. PUTRANJIVACACEAE; M.F.Lucena (PEUFR)
464
Drypetes sp. ARV G.E.L. Macedo 978
70. RHAMNACEAE/ R.B. de Lima (JPB)
465
Colubrina glandulosa Perkins ARV G.E.L. Macedo 1022 Imburaé
466
Crumenaria decumbens Mart. ER G.E.L. Macedo 842
467
Ziziphus cotinifolia Reissek. ARV G.E.L. Macedo 365 Juá
71. RUBIACEAE/ J.Jardim (CEPEC); M.R.V.Barbosa (JPB)
468
Alibertia cf. elliptica (Cham.) K. Schum. ARV G.E.L. Macedo 450
469
Alseis floribunda Schott ARV G.E.L. Macedo 766 Casca fina
470
Amaioua cf. intermedia Mart. ARV A.F.Souza 12
471
Borreria verticillata (L.) G. Mey. ER G.E.L. Macedo 820
472
Chomelia sp.1 ARV G.E.L. Macedo 457 Pereira
473
Chomelia sp.2 ARV G.E.L. Macedo 988
474
Cordiera cf. bahiensis C. Persson & Delprete ARV G.E.L. Macedo 374 Pereira
475
Coussarea capitata (Benth.) Benth. & Hook. f. ARV G.E.L. Macedo 390
476
Coussarea leptopus Müll. Arg. ARV G.E.L. Macedo 676
477
Coussarea sp. ARB G.E.L. Macedo 233 Pau de colher
478
Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum ARB G.E.L. Macedo 796
479
Faramea hyacinthina Mart. ARB G.E.L. Macedo 855
480
Faramea martiana Müll. Arg. ARB A.F.Souza 6
481
Guettarda angelica Mart. ex Müll. Arg. ARB G.E.L. Macedo 839
482
Ixora cf. bracteolaris Müll. Arg. ARV G.E.L. Macedo 1433
483
Mitracarpus cf. villosus (Sw.) Cham. & Schltdl. ARB G.E.L. Macedo 174
484
Psychotria astrellantha Wernham ARB G.E.L. Macedo 162 Pimentinha brava
485
Psychotria bahiensis DC. ARB G.E.L. Macedo 1147
486
Psychotria carrascoana Delprete & E. B. Souza ARB G.E.L. Macedo 856
487
Psychotria carthagenensis Jacq. ARB G.E.L. Macedo 355
488
Psychotria deflexa DC. ARB G.E.L. Macedo 859
489
Psychotria hoffmannseggiana (Willd. ex Roem. & Schult.) Müll.
Arg.
SUB A.F.Souza 22
490
Psychotria stachyoides Benth. ARB A.F.Souza 45
491
Psychotria vellosiana Benth. ARV G.E.L. Macedo 1766
492
Psychotria sp. ARB G.E.L. Macedo 534
493
Randia armata (Sw.) DC. ARB G.E.L. Macedo 1100
494
Rudgea jasminoides (Cham.) Müll. Arg. ARB G.E.L. Macedo 812
495
Rudgea cf. sessiliflora Standl. ARB G.E.L. Macedo 672
496
Rudgea sp ARV G.E.L. Macedo 1365
497
Rubiaceae Indet. 1 LIA A.F.Souza 19
498
Rubiaceae Indet. 2 ARB G.E.L. Macedo 1896
499
Rubiaceae Indet. 3 ARV G.E.L. Macedo 1281
500
Rubiaceae Indet. 4 ARB G.E.L. Macedo 1029
501
Rubiaceae Indet. 5 ARV G.E.L. Macedo 1167
502
Rubiaceae Indet. 6 ARV G.E.L. Macedo 2057
503
Rubiaceae Indet. 7 LIA A.F.Souza 38
72. RUTACEAE/ J.R.Pirani (SPF)
504
Angostura bracteata (Nees & Mart.) Kallunki ARV G.E.L. Macedo 209
505
Conchocarpus macrophyllus J.C. Mikan ARB G.E.L. Macedo 469
506
Esenbeckia grandiflora Mart. ARV G.E.L. Macedo 592
507
Esenbeckia cf. leiocarpa Engl. ARV G.E.L. Macedo 1569
508
Metrodorea maracasana Kaastra ARV G.E.L. Macedo 213 Orelha d'onça,
509
Neoraputia alba (Nees & Mart.) Emmerich ARV G.E.L. Macedo 551
510
Pilocarpus riedelianus Engl. ARB G.E.L. Macedo 707
Continua ...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
56
Tabela 1. Continuação ...
FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP
511
Pilocarpus spicatus A. St.-Hil. SUB G.E.L. Macedo 1226
512
Zanthoxylum fagara (L.) Sarg. ARV G.E.L. Macedo 256 Espinheiro
513
Zanthoxylum monogynum A. St.-Hil. ARV G.E.L. Macedo 243
514
Zanthoxylum petiolare A. St.-Hil. & Tul. ARV G.E.L. Macedo 294
515
Zanthoxylum rhoifolium Lam. ARV G.E.L. Macedo 2001 Laranjeira brava
516
Rutaceae Indet. ARV G.E.L. Macedo 1372
73. SALICACEAE/ R.B.Torres (IAC)
517
Banara cf. kuhlmannii (Sleumer) Sleumer ARV G.E.L. Macedo 381
518
Banara sp. ARV G.E.L. Macedo 1973
519
Casearia arborea (Rich.) Urb. ARV Bl 7 Gonzalo
520
Casearia javitensis Kunth. ARV G.E.L. Macedo 304 Cambotá de rato
521
Casearia melliodora Eichler ARV Bl 12
522
Casearia selloana Eichler ARV G.E.L. Macedo 865
523
Casearia sylvestris Sw. ARV A.F.Souza 21
524
Prockia crucis L. ARV G.E.L. Macedo 633
525
Xylosma sp.1 ARV G.E.L. Macedo 269 Pau de resposta
526
Xylosma sp.2 ARV G.E.L. Macedo 572
74. SANTALACEAE
527
Phoradendron sp.1 EP G.E.L. Macedo 370
528
Phoradendron sp.2 EP G.E.L. Macedo 645
529
Phoradendron sp.3 EP G.E.L. Macedo 1664
530
Phoradendron sp.4 EP G.E.L. Macedo 379 Erva de passarinho
75. SAPINDACEAE/ M.Oliveira (PEUFR); G.V. Somner (RBR)
531
Allophylus dioicus Radlk. ARB G.E.L. Macedo 1206
532
Allophylus edulis (A. St.-Hil., Cambess. & A. Juss.) Radlk. ARV G.E.L. Macedo 452
533
Allophylus laevigatus (Turcz) Radlk. ARV G.E.L. Macedo 297 Bazorê
534
Allophylus semidentatus (Miq.) Radlk. ARB G.E.L. Macedo 187
535
Cardiospermum sp. TR G.E.L. Macedo 776
536
Cupania emarginata Cambess ARV G.E.L. Macedo 249
537
Cupania oblongifolia Mart. ARV G.E.L. Macedo 157 Folha carne
538
Cupania paniculata Cambess. ARV G.E.L. Macedo 1327 Bastiana
539
Paullinia racemosa Wawra LIA G.E.L. Macedo 612
540
Paullinia sp. LIA G.E.L. Macedo 1490
541
Serjania clematidifolia Cambess LIA G.E.L. Macedo 229
542
Serjania ichthyoctona Radlk. TR G.E.L. Macedo 1637
543
Serjania lethalis A. St.-Hil. LIA A.F.Souza 46
544
Serjania pernambucensis Radlk TR G.E.L. Macedo 186
545
Serjania sp. TR G.E.L. Macedo 658
546
Urvillea laevis Radlk TR G.E.L. Macedo 752
547
Urvillea stipitata Radlk LIA G.E.L. Macedo 239
76. SAPOTACEAE
548
Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler ex Miq.) Engl. ARB G.E.L. Macedo 410
549
Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.) Radlk. ARV G.E.L. Macedo 767 Araçá
550
Chrysophyllum rufum Mart. ARV G.E.L. Macedo 287 Carne de anta
551
Manilkara salzmannii (A. DC.) H.J. Lam ARV G.E.L. Macedo 1437 Massaranduba
552
Pouteria bapeba T.D. Penn. ARV G.E.L. Macedo 312
553
Pouteria grandiflora (A. DC.) Baehni ARV G.E.L. Macedo 245
554
Pouteria procera (Mart.) T.D. Penn. ARV G.E.L. Macedo 1717 Pau d'arco roxo
555
Pouteria venosa (Mart.) Baehni ARV G.E.L. Macedo 464 Massaranduba
556
Pouteria sp. ARV G.E.L. Macedo 528
557
Pradosia lactescens (Vell.) Radlk. ARV G.E.L. Macedo 387
77. SCHIZAEACEAE/ S.R.S.Xavier (PEUFR)
558
Anemia tomentosa var. anthriscifolia (Schrad.) Mickel ER G.E.L. Macedo 641
Continua ...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
57
Tabela 1. Continuação ...
FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP
78. SIMAROUBACEAE/ J.R.Pirani (SPF)
559
Simarouba amara Aubl. ARV G.E.L. Macedo 1077 Paparaiba
79. SMILACACEAE/ R.H.P. Andreata (RUSU)
560
Smilax aff. cissoides Mart. ex Griseb LIA G.E.L. Macedo 487
561
Smilax remotinervis Hand.-Mazz. LIA G.E.L. Macedo 163
80. SOLANACEAE
562
Brunfelsia sp. ARB G.E.L. Macedo 199
563
Schwenckia sp. ER G.E.L. Macedo 557
564
Solanum paraibanum Agra LIA G.E.L. Macedo 322
565
Solanum sp.1 ARB G.E.L. Macedo 541
566
Solanum sp.2 ARB G.E.L. Macedo 147
567
Solanum sp.3 ARB G.E.L. Macedo 586
568
Solanum sp4 ARB G.E.L. Macedo 260 Caiçara
569
Solanaceae Indet. 1 LIA G.E.L. Macedo 866
570
Solanaceae Indet. 2 ARB G.E.L. Macedo 636
571
Solanaceae Indet. 3 ARV G.E.L. Macedo 1609
81. STYRACACEAE
572
Styrax camporum Pohl ARV G.E.L. Macedo 397
573
Styracaceae Indet. ARV G.E.L. Macedo 1646
82. SYMPLOCACEAE
574
Symplocos nitens Benth. ARV G.E.L. Macedo 438
575
Symplocos sp. ARV G.E.L. Macedo 1515 Preaca
83. THEOPHRASTACEAE
576
Clavija spinosa (Vell.) Mez ARB G.E.L. Macedo 554
84. THYMELAEACEAE/ L.Rossi (SP)
577
Daphnopsis racemosa Griseb. ARV G.E.L. Macedo 161 Imbirá
85. TRIGONIACEAE/ J.R. Miguel (RB)
578
Trigonia nivea var. pubescens (Cambess.) Lleras LIA G.E.L. Macedo 240
86. VERBENACEAE/ F.França (HUEFS)
579
Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Juss. ARV G.E.L. Macedo 1298
580
Lantana camara L. ARB G.E.L. Macedo 167 Camará
581
Lantana fucata Lindl. ARB G.E.L. Macedo 231 Camará
582
Lantana radula Sw. ARB G.E.L. Macedo 150 Camará
583
Lippia brasiliensis (Link.) T.R.S. Silva ARB G.E.L. Macedo 535
584
Lippia sp. ARB G.E.L. Macedo 1295 Canela de Véi
585
Stachytarpheta sp. ARB G.E.L. Macedo 363
87. VIOLACEAE/ J. de P. Souza (ESA)
586
Hybanthus communis (A. St.-Hil.) Taub. SUB G.E.L. Macedo 836
587
Paypayrola sp. LIA A.F.Souza 40
88. VITACEAE/ J. A. Lombardi (HRCB)
588
Cissus bahiensis Lombardi LIA G.E.L. Macedo 775
589
Cissus sp. LIA G.E.L. Macedo 1755
590
Cissus sp1 LIA G.E.L. Macedo 1641
89. VOCHYSIACEAE/ F.França (HUEFS)
591
Erisma sp. ARV G.E.L. Macedo 435 Preaca
592
Qualea sp.1 ARV G.E.L. Macedo 1119 Preaca
593
Qualea sp.2 ARV G.E.L. Macedo 1784 Preaca
594
Vochysia sp. ARV G.E.L. Macedo 2066 Preaca
Desconhecida1 ARV G.E.L. Macedo s/n
Desconhecida2 ARV G.E.L. Macedo 1691
Desconhecida3 ARV G.E.L. Macedo 1771
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
58
Tabela 2. Relação dos trabalhos realizados em florestas ombrófilas e estacionais do nordeste, utilizados na análise florística da Mata do Brejo Novo. (NF) =
número de famílias, (NE) = número de espécies, (EC) = espécies em comum com a mata de cipó do Brejo Novo; n/r= não houve registro; ARV = arbóreas;
TRE = trepadeiras; ARB/SUB = arbustos e subarbustos; HER = ervas terrestres; HER-E = ervas epífitas e hemiparasitas.
Floresta ombrófila de terras baixas
Levantamentos ARV TRE ARB/SUB HER HER-E
UF Município NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC
Mori et al. (1983) BA Buararema 36 169
14 n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r
L. A.A. Paraguassú, dados não publicados
BA Porto Seguro 45 144
15 n/r n/r n/r 4 4 0 8 11 0 n/r n/r n/r
Guedes (1998) PE Recife/Dois irmãos 34 99 9 9 11 1 17 25 1 4 6 0 n/r n/r n/r
Siqueira et al. (2001) PE Cabo de Sto. Agostinho 33 80 14 n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r
M.R.V. Barbosa, dados não publicados PB João Pessoa 36 100
20 14 34 0 18 38 2 17 64 2 n/r n/r n/r
Floresta ombrófila montana
Levantamentos ARV TER ARB/SUB HE HER-E
UF Município NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC
M.L.C. Neves, dados não publicados BA Elísio Medrado/serra da Jibóia
62 353
40 n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r
Rodal et al. (2005a) PE Bonito/Mata do Brejão 22 53 9 15 23 1 21 83 1 26 48 3 4 7 0
Rodal & Sales (submetido) PE Caruaru/Brejo dos Cavalos 43 117
20 14 37 3 25 95 6 25 67 6 4 15 1
E.M. Ferraz, dados nao publicados PE São Vicente Férrer 53 242
30 24 57 5 19 46 3 14 21 1 6 9 0
Floresta estacional semidecidual de terras baixas
Levantamentos ARV TER ARB/SUB HER HER-E
UF Município NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC
Andrade & Rodal (2004) PE
São Lourenço da
Mata/Tapacurá
38 85 14 n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r
Rodal et al. (2005b)
PE
São Lourenço da Mata/Mata
do Toro
40 121 15 12 17 1 17 41 2 10 19 2 1 4 1
Lourenço & Barbosa (2003) PB Lagoa Seca 23 44 6 10 19 n/r 15 30 1 11 26 1 1 1 0
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
59
Tabela 2. Continuação ...
Floresta estacional semidecidual montana
Levantamentos ARV TER ARB/SUB HER HER-E
UF Município NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC
Área de estudo BA Jequié/Mata do Brejo Novo 52 275
27 110
30 104
28 60 7 45
L.S. Funch, dados nao publicados BA Lençõis 37 99 8 13 33 2 11 16 0 18 25 0 n/r n/r n/r
M.T.S. Stradman, dados nao publicados BA Lençõis 35 94 10 7 9 0 16 35 0 23 44 1 n/r n/r n/r
L.A. Passos Jr., dados nao publicados BA Ibicoará 20 47 8 7 8 2 19 36 1 14 25 1 n/r n/r n/r
Ferraz et al. (1998) PE Triunfo 27 78 10 4 4 0 18 36 5 n/r n/r n/r n/r n/r n/r
Moura & Sampaio (2001) PE Jataúba 17 38 9 5 8 1 3 4 2 n/r n/r n/r n/r n/r n/r
Rodal & Nascimento (2002) PE Florest/Inajá 28 73 14 17 54 5 22 100
5 18 38 3 12 46 2
M.S. Correia, dados nao publicados PE Pesqueira 28 54 10 13 25 2 16 37 3 26 57 2 1 2 1
Floresta estacional decidual montana
Levantamentos ARV TER ARB/SUB HER HER-E
UF Município NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC
A.O. Soares-Filho, dados não publicados BA
Cândido Sales
20 38 3 n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r
J.R. Lima, dados não publicados CE
Crateús/Serra das Almas
20 43 2 10 16 1 17 39 1 5 7 0 n/r n/r n/r
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
60
Tabela 3. Número de espécies no Brejo Novo, Jequié, Bahia, em comum com outros levantamentos
do nordeste nas florestas ombrófilas e estacionais do nordeste, nas formações não florestais do
nordeste e espécies do fragmento presentes em listas de endêmicas do sul da Bahia e norte do
Espírito Santo e endêmicas da Caatinga.
Levantamentos Arbóreas Trepadeiras
Arbustos e
subarbustos
Herbáceas
terrestres
Herbáceas
epífitas e
hemiparasitas
N. de espécies no Brejo Novo 275
110
104
60
45
Florestas ombrófilas Nordeste (9) 73
(5) 08
(6) 10
(6) 7
(3) 1
Florestas estacionais Nordeste (12) 43
(9) 09
(10) 7
(8) 11
(4) 4
Formações não florestais (6) 4
(5) 8
(8) 17
(6) 0
(4) 1
Endêmicas do sul da BA e norte ES 7
4
0
0
1
Endêmicas da Caatinga 0
0
2
0
0
Obs. Números em parentese referem-se ao número de levantamentos (incluindo os da Bahia) usados na comparação com
a flora do Brejo Novo e listas de endêmicas.
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
61
5.2 Manuscrito a ser enviado para a Revista Acta Botanica Brasilica:
Estrutura do componente arbóreo-lianescente em uma floresta estacional semidecidual montana em
Jequié, Bahia, Brasil
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
62
Estrutura do componente arbóreo-lianescente em uma floresta estacional semidecidual montana em
Jequié, Bahia, Brasil
1
Guadalupe Edilma Licona de Macedo
2, 4
e Maria Jesus Nogueira Rodal
3
1
Parte da tese de doutorado da primeira autora,apresetnada no Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade
Federal Rural de Peranmbuco.
2
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Departamento de Ciências Biológicas, Avenida Josê Moreira Sobrinho, s/n.
Jequiezinho, 45200000, Jequié, BA, Brasil.
3
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Biologia, Rua Dom Masnuel Medeiros s/n. Dois Irmãos,
CEP5211900, Recife, PE, Brasil
4
Autor para correspondência: gmacedo_3@yahoo.com.br
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
63
RESUMO (Estrutura do componente arbóreo-lianescente em uma floresta estacional semidecidual
montana em Jequié, Bahia, Brasil.) Foi realizado o levantamento fitossociológico em um fragmento de
floresta e análises de solo, com o objetivo de responder às seguintes perguntas: há variações estruturais da
comunidade vegetal? Essas variações estão correlacionadas com variáveis do substrato? Existem
diferenças estruturais nas florestas estacionais do Nordeste? Foram amostrados 2.283 indivíduos, dos
quais 7% são cipós, totalizando 27,1 m²ha
-1
de área basal. O dossel está entre 8 m e 14 m de altura. As
espécies com maior VI foram Pseudopiptadenia contorta, Gymnanthes hipoleuca e Guapira aff.
opposita. O índice de diversidade de Shannon foi 4,45 nats ind
-1
. Os solos são argilosos, ácidos, com
níveis elevados de acidez total, distróficos, com baixos teores de cálcio, potássio e fósforo. Análises de
correspondência canônica (CCAs) foram utilizadas para avaliar a relação entre a distribuição da
abundância das espécies e a topografia e as propriedades do solo. As CCAs indicaram autovalores muito
baixos, sugerindo a preponderância de fatores espaciais sobre os de topografia e solo, que, embora
significativos, têm um papel secundário na distribuição das espécies.
Palavras-chaves: Fitossociologia, solo, análise de correspondência canônica
ABSTRACT (Tree and liana structure in a montane seasonal semidecidual forest in Jequié, Bahia,
Brazil.) Was carried out a phytosociological survey and soil analyses in a fragment forest in order to
answer the following questions: are there structural variations of the vegetal community? Are those
variations correlated to subtract variables? Are there structural differences in Northeastern seasonal
forests? 2,283 individuals were sampled, 7% of which, totaling a 27.1 m²ha
-1
of basal area. Forest canopy
level lies between 8 m and 14 m. Species with higher VI were Pseudopiptadenia contorta, Gymnanthes
hipoleuca e Guapira aff. opposita. Shannon diversity for species was 4,45 nats ind
-1
. Soils were
argillaceous, acid, with high total acidity levels, dystrophic, with low nutrients calcium, potassium and
phosphor levels. Canonical correspondence analyses (CCAs) had been used to evaluate the relation
between species abundance and topography/ soil properties The CCAs had very indicated low
eigenvalues, suggesting the preponderance of special factors over of topography and soil properties, that,
even so significant, has a secondary paper in the distribution of the species.
Keywords: Phytosociology, soil, canonic correspondence analyses
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
64
Introdução
A literatura tem registrado nomes distintos para as florestas tropicais (Rizzini 1997, Veloso et al.
1991, Richards 1996, Lüttge 1997), ora enfatizando a disponibilidade hídrica (floresta seca ou úmida), a
sazonalidade (floresta estacional ou ombrófila), a sincronia na perda de folhas dos indivíduos (floresta
caducifólia ou perenifólia), ou mesmo combinações daqueles aspectos. Rizzini (1997) observou que a
composição florística das florestas que perdem regularmente as folhas pode representar apenas uma forma
empobrecida da composição das florestas pluviais ou podem ser floras bem distintas. Com relação à
estrutura, salientou ainda que, de acordo com o grau de dissecação ao qual as plantas estão submetidas,
ocorre um gradiente de comunidades cada vez mais simples estruturalmente.
A proposta do sistema de classificação da vegetação brasileira do IBGE (Veloso et al. 1991),
baseada em critérios fisionômico-ecológicos, considerou que as florestas estacionais tropicais
(sazonalmente secas) ocorrem basicamente em dois domínios florístico-vegetacionais: o Amazônico e o
Atlântico. Este último abriga desde florestas estacionais a ombrófilas e vem sendo drasticamente reduzido
ao longo dos últimos cinco séculos, restando hoje menos de 10% da cobertura original (Galindo-Leal &
Câmara 2003).
No nordeste brasileiro, o conhecimento da estrutura do componente arbóreo da Floresta Atlântica
lato sensu ainda é limitado, embora se saiba que esses fragmentos de tamanho reduzido suportam uma
alta diversidade de angiospermas, como observam Siqueira et al. (2001). Há resultados preliminares sobre
as florestas ombrófilas e semideciduais situadas nas serras do maciço da Borborema (Sales et al.1998;
Tavares et al. 2000; Ferraz & Rodal, 2006). No caso das florestas ombrófilas da Bahia, o conhecimento já
está bastante avançado com relação à flora (Thomas et al. 1998; Thomas et al. 2003; Thomas et al.
2004a, 2004b, 2004c; Carvalho-Sobrinho & Queiroz, 2005). No entanto, no que se refere às florestas
estacionais montanas, o conhecimento ainda é incipiente, havendo apenas os trabalhos de Amorim (2005)
no município de Jussari e de Soares-Filho (dados não publicados) no Planalto de Vitória da Conquista, na
Bahia.
Em uma escala regional, Ferraz et al. (2004) comentaram que, na Floresta Atlântica nordestina, os
totais pluviométricos, juntamente com fatores como distância da costa, número de meses secos e altitude,
têm se mostrado como variáveis de interferência significativa na organização das populações. Carvalho et
al. (2005) observaram que, mesmo no interior de pequenos fragmentos, a heterogeneidade ambiental é
apontada como um dos principais fatores que atuam na composição florística e na estrutura das florestas.
Das florestas estacionais da Bahia, aquelas localizadas mais ao sul do estado, em geral,
apresentam pequena dimensão, estando ameaçadas em função dos desmatamentos (Barbosa & Thomas,
2002). Além disso, grande lacuna no conhecimento botânico e biogeográfico dessas florestas,
principalmente naquelas situadas no contato entre os domínios florístico-vegetacionais da caatinga e da
floresta atlântica (Bigarella et al. 1975). Técnicos do projeto RADAMBRASIL referem essa zona como
área de tensão ecológica entre a estepe e floresta estacional (Brasil 1981). No caso da zona de contato
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
65
entre a estepe e a floresta estacional do sul e sudoeste da Bahia, a literatura tem referido o termo mata de
cipó tanto para a área geográfica, como para o tipo vegetacional predominante nessa área (Tricart 1959;
Foury 1972).
Embora diferentes autores tenham ressaltado que a fisionomia florestal baixa, de arvores finas, sub-
bosque de arbustos delgados e com abundância de lianas formando densos emaranhados, localizada entre os
planaltos Sulbaiano e de Maracás, apresente uma flora particular, a chamada vegetação de mata de ci
(Andrade-Lima 1971; Mori 1988), outros autores reconhecem que na mesma região geográfica e com a
mesma fisionomia ocorre um conjunto flostico, mais relacionado com a flora das florestas mais úmidas
costeiras (Macedo & Rodal dados não publicados).
Neste sentido, este trabalho foi conduzido em um fragmento florestal estacional semidecidual
montana situado na área de tensão ecológica entre a estepe e a floresta estacional, em Jequié, Bahia com o
objetivo de responder à seguintes perguntas: Quais são as famílias e espécies estruturalmente mais
importantes? Existem diferenças estruturais nas florestas estacionais do nordeste do Brasil? Há variações
estruturais da comunidade vegetal? Em caso afirmativo, essas variações estão correlacionadas com
variáveis do substrato? Entende-se aqui como estrutura tanto aspectos fisionômicos, como a densidade e
biomassa vegetal, como de composição da flora, no caso, a distribuição de abundâncias das espécies.
Como substrato, entende-se aqui a superfície de fixação da vegetação, ou seja, as características do relevo
e o conjunto de variáveis químicas e físicas dos solos.
Material e Métodos
Localização da área de estudo A área de estudo (13º56’41”S e 40º06’33,9”W) localiza-se na fazenda
Brejo Novo com altitudes entre 617 m e 755 m. Trata-se de uma propriedade particular situada a 9 km da
sede do município de Jequié, estado da Bahia, Brasil, e que possui uma reserva florestal com 74,08 ha,
que se estende às duas outras propriedades.
Aspectos bióticos e abióticos O estudo foi realizado num fragmento florestal situado no domínio de
floresta estacional decidual montana (Brasil, 1981). O conjunto de relevos onde está situada a serra do
Brejo Novo pertence ao complexo migmatítico de Jequié (Brasil, 1981) e faz parte das serras marginais
ou de patamares e serras do rio de Contas, no planalto sul baiano (Silva, 1980).Vale salientar que, em
apenas um dos três anos de coleta, o fragmento ficou completamente sem folhas (decídua) apresentando
características de floresta estacional semidecidual montana (sensu Veloso et al. 1991). Trata-se de uma
zona de transição entre a floresta atlântica e a caatinga (Bahia/SEI 2003). Em termos da rede hidrográfica,
as águas drenam para o riacho da Jibóia, tributário do rio de Contas.
Infelizmente, não posto meteorológico na área de estudo, sendo o mais próximo localizado na
sede de Jequié, situada a 216 m de altitude, onde a precipitação média anual é de 544,03 mm e a
temperatura média 24,3º C (dados para período de 1998 2006, fornecidos pela Superintendência de
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
66
Recursos Hídricos da Bahia) (Fig.1). O desnível de mais de 401m certamente tem influência na
temperatura e, conseqüentemente, na disponibilidade hídrica para as plantas, resultando numa vegetação
de porte florestal na área de estudo, enquanto que na sede do município é caatinga.
Coleta de dados A escolha do fragmento de Brejo Novo ocorreu em função de seu estado de
conservação e acesso. O levantamento quantitativo do componente arbóreo-lianescente foi realizado entre
março de 2003 e março de 2006. Depois de caminhadas no interior do fragmento e delimitação de seu
perímetro com auxílio de sistema de posicionamento global, foi instalada uma transeção principal de
600 m, cortando a área no sentido norte-sul, que coincide, de maneira geral, com o sentido de maior
inclinação da vertente. A partir deste eixo, foram instaladas sete transeções secundárias de 200 m cada,
sempre no sentido leste, perpendiculares à principal e a intervalos de 100 m de distância. Nas transeções
secundárias foram instaladas estacas a cada 10 m,, demarcando 140 pontos. No total, foram instaladas
sete transeções numeradas de um a sete, a partir da parte mais baixa do terreno. Do total de pontos, foram
sorteados aleatoriamente 50, nos quais foram instaladas parcelas de 10 × 20 m, sempre no sentido norte-
-sul perpendicular a cada transeção. As parcelas foram georreferenciadas com auxílio de um GPS marca
Garmin 12XL. Foram instaladas sete parcelas nas transeções 1, 2, 3, 5 e 6; nove no transeção 4 e seis na
transeção 7. A distribuição espacial e a elevação de cada parcela é indicada na Fig. 2.
Na amostragem, foram incluídos todos os indivíduos de hábito tanto arbóreo como trepador,
estivessem eles vivos ou mortos em pé, mas apresentando perímetro de caule à altura do peito
PAP 15 cm. Os indivíduos que se encontravam no limite da parcela foram amostrados sempre que a
metade de seu diâmetro estivesse no interior da parcela. Além do PAP, as alturas também foram
determinadas, com auxílio das varas encaixáveis de 1 m, perfazendo no máximo 9 m. Todos os
indivíduos foram marcados com plaquetas de alumínio e tiveram registrados os seguintes dados:
localização da parcela, data da marcação, número do indivíduo, número de coleta, PAP (cm), altura total
(m), família e espécie, além de observações sobre características florais e vegetativas relevantes. Todos os
indivíduos amostrados tiveram seus ramos férteis ou estéreis coletados e secos em estufa a 50ºC.
Posteriormente, apenas uma exsicata de cada espécie foi depositada no herbário Professor Vasconcelos
Sobrinho (PEUFR) da Universidade Federal Rural de Pernambuco, com duplicatas enviadas no herbário
HUESB, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e do Centro de Pesquisas do Cacau
(CEPEC). A identificação das espécies foi realizada por comparação com exsicatas depositadas nos
herbários citados e confirmada por especialistas dos diferentes herbários do Brasil. As famílias foram
classificadas de acordo com o APG II (2003).
No centro de cada parcela, foi coletada uma amostra simples de solo, por meio de tradagem, na
profundidade de 0 a 30 cm. A profundidade de 0-30 cm foi escolhida tendo em vista que esta é a região
do solo onde ocorrem às reações bioquímicas fundamentais para a manutenção da vegetação (Lopes,
1989). As amostras foram acondicionadas em sacos plásticos e encaminhadas ao Laboratório de Análise
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
67
de Solos da UESB, para análise das propriedades físico-químicas e teores de matéria orgânica. As
análises foram realizadas e interpretadas de acordo com as recomendações e
protocolos do Manual da
EMBRAPA (1997) e Tomé Júnior (1997).
Tratamento dos dados Os valores de altura média (m), diâmetro médio (cm), densidade (número de
indivíduos) e área basal (m2ha-1) por parcela foram calculados utilizando o pacote FITOPAC (Shepherd,
1996). Em seguida, calculou-se a média daqueles parâmetros para as parcelas de uma mesma transeção,
bem como o desvio e erro padrão, por meio do MS Excel. Os valores fornecidos foram utilizados na
elaboração de gráficos que possibilitassem visualizar possíveis tendências, a serem posteriormente
avaliadas por análise estatística.
Antes de se avaliarem as diferenças estatísticas dos parâmetros fisionômicos entre as transeções,
testou-se a normalidade da distribuição dos parâmetros (altura, densidade, diâmetro e área basal)
utilizando o teste de Shapiro-Wilk e quando o resultado obtido foi > 0,05, caracterizando distribuição
normal, aplicou-se a ANOVA. Quando o resultado foi < 0,05 (não normal) aplicou-se o teste não
paramétrico de Kruskal-Wallis, conforme recomendação de Shapiro & Wilk (1965). Para verificar em
quais transeções houve diferença, utilizou-se o teste Tukey para dados paramétricos, ou Mann-Whitney
para dados não paramétricos (Zar 1996). O pacote estatístico utilizado para estas análises foi o Bioestat
2.0 (Ayres et al. 2000).
Foram elaborados histogramas de distribuição de freqüência das classes de altura e diâmetro, e
calculados os seguintes parâmetros fitossociológicos: densidade relativa do táxon (DRt, %); freqüência
absoluta do táxon (FAt, %); freqüência relativa do táxon (FRt, %); dominância relativa do táxon (DoRt,
%); e valor de importância (VIt). Para os cálculos desses parâmetros e do índice de diversidade de
Shannon, foi utilizado o pacote FITOPAC (Shepherd, 1996). As variações de alturas individuais das
espécies com maior densidade (mais de 10 indivíduos) foram comparadas “box plot”, utilizando o
programa STATISTICA 6.0.
Os dados de estrutura foram comparados com diversos levantamentos, dos quais alguns ainda não
foram publicados como as seguintes dissertações e teses: 1) Florestas ombrófilas montanas da Bahia, de
M.L.C. Neves (Elísio Medrado); 2) Florestas ombrófilas de terras baixas de Pernambuco, de A.C.Lins e
Silva & M.J.N. Rodal (Recife); da Paraíba, de M.R.V. Barbosa (João Pessoa) e da Bahia, de L.A.A.
Paraguassú (Porto Seguro) 3) florestas estacionais semideciduais montana de Pernambuco, de
L.Nascimento (Brejo de Madre de Deus), de M.S Correia (Pesqueira); e da Bahia, de L.S. Funch
(Lençóis), de L.A. Passos (Ibicoará) e de M.T.S Stradmann (Lençóis); 4) florestas estacionais deciduais
da Bahia, de A.O.Soares-Filho (Vitória da Conquista).
Para se realizar uma análise espacial da distribuição das propriedades dos solos nas unidades
amostrais (parcelas) foi utilizada uma análise de correspondência canônica (CCA). Segundo Braak
(1987), esta técnica de análise multivariada basicamente ordena em eixos perpendiculares a variação
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
68
multidirecional de um conjunto de variáveis, produzindo diagramas em que são representados,
conjuntamente, os ótimos de distribuição de variáveis e amostras, na forma de coordenadas de ordenação,
e as variáveis ambientais a eles correlacionadas, na forma de vetores que mostram a direção de mudanças
crescentes de cada variável no espaço de ordenação. O método requer, ao menos, duas matrizes de dados
oriundos das mesmas unidades amostrais, uma primária (ou dependente) e outra secundária (ou
independente). No presente caso, a matriz primária foi constituída pelas variáveis de solo nas parcelas e a
matriz secundária pelas variáveis espaciais derivadas das coordenadas geográficas mais a altitude de cada
parcela. As transeções foram incluídas como variável categórica apenas para visualizá-las nos padrões
emergentes da CCA. As variáveis de solo foram previamente padronizadas em uma escala relacional (1 a
100) e algumas delas foram eliminadas devido à forte redundância (Al+H, T e t, correspondentes à acidez
total, capacidade de troca catiônica efetiva e a pH 7, respectivamente) e outras à variância tão reduzida
que criaram uma discrepância dicotômica indesejável (P, terra fina e cascalho). As variáveis de solo
remanescentes foram pH em H2O, veis de K, Ca, Mg, soma de bases (SB), saturação por bases (V),
saturação por alumínio (m), teor de matéria orgânica (MO) e proporções de areia, silte e argila. As
variáveis espaciais foram obtidas da longitude (x), latitude (y) (ambas em decimais) e a elevação (z),
obtida da altitude subtraída de 600 m. Foi primeiramente construída uma matriz polinomial; obtida de x, y
e z; que continha os seguintes termos: x, y, z, x2, y2, z2, xy, xz, yz, x2y, x2z, y2z, xy2, xz2, yz2 e xyz.
Foi utilizada uma CCA com rotina progressiva de seleção das variáveis da matriz secundária, de acordo
com sua significância em relação aos padrões emergentes da matriz primária, fornecida por testes de
permutação de Monte Carlo. O programa utilizado foi o CANOCO 4.5 (ter Braak & Smilauer, 2002). Ao
final do processo, as variáveis selecionadas como significativas foram somente xy e y2 (longitude ×
latitude e elevação2 ).
Para verificar a relação entre a distribuição das abundâncias das espécies lenhosas (árvores e
trepadeiras) e as características do substrato, com controle da autocorrelação espacial, foi também
empregada a CCA, seguindo o algoritmo proposto por Borcard et al. (1992). Este requer a organização de
três matrizes, uma primária, contendo a abundância das espécies nas parcelas, uma secundária, contendo
as variáveis ambientais e uma terciária, contendo as co-variáveis espaciais. A matriz primária, ou de
espécies, consistiu do número de indivíduos por parcela das 36 espécies que apresentaram dez ou mais
indivíduos na amostra total e, ao mesmo tempo, estavam presentes em cinco ou mais parcelas. Este
procedimento é recomendado por Gauch (1982) porque espécies raras aumentam o volume de cálculos
sem produzir padrões relevantes e as e de baixa freqüência podem produzir discrepâncias, principalmente
quando abundantes localmente, como foi o caso de Metrodorea maracasana, no presente estudo. A
matriz secundária, ou ambiental, consistiu da mesma matriz de variáveis do substrato por parcela utilizada
na CCA anterior, acrescida da elevação das parcelas obtida da altitude subtraída de 600 m. A matriz
terciária, ou espacial, consistiu de variáveis espaciais obtidas da longitude (x) e latitude (y) (ambas em
decimais) seguindo um modelo polinomial: x, y, x2, y2, xy, x3, y3, x2y, e xy2.
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
69
Ainda seguindo Borcard et al. (1992), o passo seguinte foi a realização de quatro CCAs
relacionando a matriz de espécies com a ambiental (CCA1), com a espacial (CCA2), com a ambiental
mais a espacial como matriz de co-variáveis (CCA3) e com a espacial mais a ambiental como matriz de
co-variáveis (CCA4). Para tanto, foi utilizado o programa CANOCO 4.5 (ter Braak & Smilauer, 2002).
Nas duas primeiras CCAs, foi utilizada a rotina de seleção progressiva de variáveis ambientais associada
a testes de permutação de Monte Carlo para verificar significância das mesmas. No caso das variáveis do
substrato, apenas três permaneceram elevação, cálcio e argila e, no das variáveis espaciais, duas
foram preservadas elevação2 e ‘longitude × latitude’. As mesmas variáveis foram utilizadas nas duas
outras CCAs. Testes de permutação Monte Carlo foram aplicados as quatro CCAs e seus resultados foram
empregados para estimar a proporção da variação dos dados das espécies que é explicada distintamente
pelas variáveis ambientais e espaciais, bem como a proporção explicada indistintamente pelos dois
conjuntos de variáveis, além da variação remanescente que não é explicável por nenhuma das variáveis
em questão.
Com base nos padrões emergentes da CCA, foram definidos quatro habitats combinando as sete
transeções em três grupos; Baixa Encosta (1, 2 e 3), Meia Encosta (4 e 5) e Alta Encosta (6 e 7). Foi
utilizada a Análise de Espécies Indicadoras (Dufrêne & Legendre, 1997) processada pelo programa PC-
ORD for Windows versão 4.14 (McCune & Mefford,, 1999) como ferramenta na determinação das
preferências das espécies pelos três habitats. Este método combina a informação sobre a concentração da
abundância de uma espécie em certo grupo de unidades amostrais e sobre a fidelidade da ocorrência desta
espécie a este mesmo grupo. Um valor indicador (ValInd) é gerado para cada espécie em cada grupo e a
significância da diferença de um valor gerado pelo acaso é determinada pelo teste de permutação de
Monte Carlo. Com isso, uma espécie só é considerada indicadora de um habitat quando apresenta o maior
ValInd para o mesmo e o resultado do teste de Monte Carlo é significativo. Para a análise foram
consideradas todas as espécies com menos de 10 indivíduos.
Resultados
Análises do substrato As médias, desvios-padrão e amplitudes das variáveis de solo em cada transeção
são encontrados na Tab. 1. A análise granulométrica indica que a maioria das parcelas pode ser
classificada como muito argilosa. Os solos são predominantemente ácidos (pH < 5), com níveis elevados
de acidez total (H+ + Al3+ trocáveis), distróficos (V < 50%) e com baixos teores de nutrientes (soma de
bases trocáveis, SB < 3 cmolc/dm3). Entre as bases, na maioria das parcelas, o cálcio e o potássio
apresentaram níveis baixos (< 1 e < 0,1 cmolc/dm3, respectivamente) e o magnésio níveis altos
(> 0,8 cmolc/dm3). Contudo, houve algumas exceções em todos os casos. O fósforo apresentou veis
baixos em quase todas as parcelas. Os teores de matéria orgânica visíveis no campo através da cor escura
no horizonte superficial foram elevados (> 25 g/dm3) ou médios (14 a 24 g/dm3) em metades quase
iguais das parcelas, mas valores médios e elevados foram encontrados em todas as transeções.
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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A Fig. 3 mostra o diagrama da CCA com ordenação das 50 amostras de solo em função de suas
propriedades químicas e granulométricas mais os teores de matéria orgânica e sua correlação com as
variáveis espaciais selecionadas (elevação2 e ‘latitude × longitude’), a maior parte da qual se concentra ao
longo do Eixo 1. Os autovalores foram muito baixos; Eixo 1 = 0,021 e Eixo 2 = 0,002; o que significa
apenas que todas as propriedades tiveram variâncias pequenas ao longo dos gradientes sumarizados nos
primeiros eixos de ordenação, na verdade, inexpressivas a partir do Eixo 2. A variância proporcional
acumulada pelo Eixo 1 foi de 12,8%. Apesar destes valores tão baixos, a variância proporcional
acumulada para a correlação entre as variáveis de solo e as espaciais foi elevada no Eixo 1: 92,6%. De
fato, o teste de significância de Monte Carlo para o Eixo 1 foi altamente significativo (F = 6,883,
P = 0,002), assim como para todos os eixos em conjunto (F = 3,759, P = 0,002). As correlações internas
entre as variáveis espaciais e o primeiro eixo de ordenação foram RP = 0,501 e RP = 0,489 para elevação2
e ‘latitude × longitude’. As variáveis que mais contribuíram para o gradiente sumarizado no Eixo 1 foram
saturação por alumínio (m) e areia, que aumentaram no mesmo sentido do aumento da elevação e
‘latitude × longitude’, e saturação por bases, cálcio e soma de bases, que aumentaram no sentido
contrário, e potássio embora mais ligado ao segundo eixo.
Estrutura da vegetação Foram amostrados 2.283 indivíduos, sendo 93,7% vivos, 6,3% mortos em pé,
totalizando 27,1 ha-1 de área basal. Dos vivos, 7% eram cipós (Fig. 4A). Os diâmetros e alturas
médias e máximas foram 10,38 cm, 80 cm e das alturas 7,5 m e 25 m, respectivamente. A Fig. 4A mostra
que houve maior concentração de indivíduos na classe de diâmetro de 4,7-10 cm e 10,01-15 cm que
incluíram todos os cipós, quase todos na classe de 4,7 10 cm (Fig. 4A). Cerca de 59% (1263) dos
indivíduos estavam no intervalo de 5,01 a 8 m de altura (Fig. 4B), que correspondem a 9,18 m2 .ha-1 da
área basal, ou seja, 33% da área basal. Portanto, na classe de 5,1 8m o valor da área basal foi mais
influenciado pela quantidade de indivíduos, enquanto que na classe de 8,01- 11 foi mais pelo diâmetro de
cada indivíduo (Fig. 4C).
A distribuição dos indivíduos nas diferentes classes de altura sugere uma estratificação em dois
níveis: um estrato inferior, com indivíduos de 1,3 a 8 m; e um superior que pode ser subdividido em dois,
um com árvores entre 8,01 e 14 m; e outro com árvores acima de 14 m. Esses estratos representam 74%,
24% e 2% dos indivíduos e respondem por 40%, 50% e 10% da ABT, respectivamente.
Após testar a normalidade da distribuição dos dados fisionômicos (densidade, altura, diâmetro e
área basal) entre os transeções, verificou-se que todas as variáveis fisionômicas apresentam distribuição
normal com exceção da área basal (P = 0,003). A transeção 7 teve menor densidade (Fig. 5A), sendo
estatisticamente distinta da transeções 1 (t = 2,617; p = 0,0121), 4 (t = 0,9861; p = 0,0046), e 6 (t =
2,8877; p = 0,006). Embora os valores de área basal (Fig. 5B) tenham variado de 0,44 a 1,54 m2, não
houve diferença estatística significativa entre transeções. Também não houve diferenças significativas
para diâmetros e alturas (Fig. 5C e D), que variaram apenas de 9,78 a 10,6 cm; 7,1 a 8,03 m.
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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Na amostra, foram identificadas 52 famílias e 265 espécies (Tab. 2), duas delas ainda
desconhecidas, duas novas espécies para ciência, na família Fabaceae, gêneros Peltogyne e Machaerium.
As primeiras 63 espécies respondem por cerca de 75% do VI, com destaque para os representantes de
Fabaceae e Euphorbiaceae, em termos de VI e de dominância relativa.
Das famílias amostradas, nove responderam por cerca de 75% do VI total (Fabaceae,
Euphorbiaceae, Anacardiaceae, Myrtaceae, Nyctaginaceae, Salicaceae, Rubiaceae, Apocynaceae e
Lauraceae). Em termos do número de espécies, houve destaque para Fabaceae, com 42 espécies.
Considerando o número de indivíduos e área basal, é marcante a importância de Fabaceae e
Euphorbiaceae nos diferentes estratos da floresta, e de Anacardiaceae nos estratos mais altos. Nos andares
mais baixos, é marcante a presença de Myrtaceae, tanto em termos de indivíduos quanto em número de
espécies, e de Rubiaceae em número de espécies. O índice de diversidade de Shannon para espécies foi
4,45 nats ind
-1
.
Das espécies com maior VI, Pseudopiptadenia contorta (Fabaceae), Gymnanthes hipoleuca
(Euphorbiaceae) e Guapira aff. opposita (Nyctaginaceae) apresentaram mais de 100 indivíduos por
hectare, representando 21% da densidade relativa e 22% da dominância relativa (Tab. 2). As 198 espécies
que obtiveram VI 1 representaram 20% dos indivíduos amostrados e 55,5% da dominância total. O
índice de diversidade de Shannon para espécies foi 4,45 nats ind-1.
A Fig. 6 mostra a distribuição vertical das 36 espécies de maior densidade (mais de 10
indivíduos). Destas espécies, 18 não ultrapassaram 8 metros de altura e 24 ultrapassaram os 10 metros.
Destaque para Cytocarpa catingae, Pseudopiptadenia contorta e Syagrus botryophora, por superarem os
20 metros de altura, estando também bem representadas nos outros estratos. Outras como Metrodorea
maracasana, Scheflera morototoni, Xylopia sericea estavam mais representadas na classe de altura de
8,01–14. Alseis floribunda, Casearia arborea, C. javitensis, C. sylvestris, Erytrhroxylum sp, Eugenia sp5,
Guapira aff. opposita, Myrcia racemosa, M. eximia, M. splendens, Pogonophora schomburgkiana,
Maytenus disticophylla e Senefeldera verticillata foram espécies com maior densidade nos estratos mais
baixos, contribuindo com a elevada concentração de indivíduos na classe de 5,01 a 8 m. Peltogyne sp.,
Tapirira guianensis, Pterocarpus rohrii, Gymnanthes hypoleuca também estão bem representadas na
classe 5,01-8 m, com representantes em estratos superiores, atingindo até 15 m.
Relação solo × vegetação – As quatro CCAs apresentaram autovalores muito baixos para os dois
primeiros eixos, isto é, todos < 0,2 (Tab. 3). Isto significa que os gradientes são curtos em todos os casos,
ou seja, pouca substituição de espécies e a maioria delas se distribui ao longo dos gradientes variando
apenas sua abundância ( Braak,, 1995). A CCA ambiental explicou menos que a metade do que explicou
a CCA espacial, o que salienta que a proximidade espacial tem um peso bem maior que o das variáveis do
substrato quando se procura explicar a distribuição da abundância das árvores no fragmento. Além disso,
conforme indica a Fig.7, (a) apenas 7% da variação total é puramente ambiental e independente do espaço
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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(CCA3); (b) 5% da variação é indistintamente espacial e ambiental (CCA1 3 ou CCA2 4), ou seja,
deve-se à estrutura espacial do próprio ambiente e (c) 21% da variação é puramente espacial e
independente do ambiente (CCA4). Em decorrência disso, pouco mais de um terço da variação total
(33,7%) foi explicada por ambiente e espaço em conjunto (CCA1 + 4 ou CCA2 + 3), restando (d) 66,3%
de variação das espécies que é não explicável pelas variáveis utilizadas ou então é meramente estocástica.
Esta expressiva variância remanescente é comum em dados de vegetação e não prejudica a significância
das relações espécie-ambiente (Braak, 1988). Com efeito, os dois primeiros eixos das quatro CCAs
explicaram proporções elevadas das variações da correlação espécie-ambiente, todas > 70% (Tab. 3). As
correlações de Pearson entre espécies e variáveis ambientais também foram elevadas nos dois primeiros
eixos, mostrando-se superior a 0,75 em pelo menos um dos eixos das CCAs 1 ou 3. Além disso, em todas
as CCAs, os testes de permutação de Monte Carlo indicaram diferenças altamente significativas entre as
correlações encontradas e as geradas pelo acaso, tanto para o primeiro eixo canônico como para o
conjunto de eixos canônicos (Tab. 3).
A Fig. 8 mostra o diagrama de ordenação das parcelas (A) e espécies (B) nos dois primeiros eixos
da CCA1. A indicação das transeções por símbolos diferentes ajuda a interpretação dos padrões (Fig. 8A).
O gradiente expresso pelo primeiro eixo é fortemente associado à elevação do terreno e sua coincidência
com a variação espacial norte-sul (Fig. 3 e 4) certamente tornou difícil isolar os efeitos espaciais da
elevação neste caso. As proporções de cálcio e argila aparecem com maior expressão no segundo eixo e
são estas as variáveis aparentemente mais independentes do efeito espacial, como já sugerido na análise
espacial das variáveis de solo (Fig. 4). São elas, provavelmente, as maiores responsáveis pela correlação
entre a distribuição das abundâncias das espécies e as variáveis do substrato que, por pequena que seja, é
significativamente independente do espaço.
As espécies que mais contribuem com o primeiro eixo (Fig. 8) são positivamente, isto é, locais
menos elevados, Allophylus laevigatus, Ocotea complicata, Erythroxylum sp.1, Myrcia eximia, Tachigali
rugosa, Alseis floribunda, Ocotea velutina, e, negativamente, isto é, locais mais elevados, Inga subnuda,
Xylopia sericea, Syagras botryophora, Inga capitata, Tapirira guianensis, Casearia sylvestris. As
espécies que aparecem relacionadas com os maiores níveis de argila e cálcio são Eugenia sp.5,
Pseudopiptadenia contorta, Amaioua intermedia, Cyrtocarpa caatingae, Gymnanthes hypoleuca,
Pterocarpus rohrii, Maytenus distichophylla e Senefeldera verticillata. Do outro lado, associadas aos
teores mais baixos de argila e cálcio estão Schefflera morototoni, Pogonophora schomburgkiana, Alseis
floribunda, Tachigali rugosa, Thyrsodium spruceanum, Inga subnuda e Casearia arborea.
As análises de espécies indicadoras (Tab. 4) confirmam, em boa medida, os padrões emergentes
da CCA1. As sete espécies significativamente indicadoras de sítios menos ou mais elevados também
foram destacadas da mesma maneira pela CCA1. Contudo, apenas três espécies mostraram-se com
indicadoras significativas quanto aos teores de argila e cálcio, em concordância com a CCA1: Inga
subnuda e Syagrus botryophora, com menos teores, e Ocotea velutina, com teores maiores.
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
73
Discussão
Estrutura da vegetação Segundo Carvalho et al. (2005) o elevado número de levantamentos pontuais
nas matas do sudeste do Brasil permitiu a realização de trabalhos de síntese sobre o componente arbóreo
levando assim a uma análise crítica sobre a influência da altitude e de outros fatores na diferenciação
estrutural dessas matas. Tal cenário é completamente diferente da realidade do nordeste do Brasil, onde, a
exceção de Pernambuco, são escassos os trabalhos quantitativos pontuais.
Rodal (2002) observou que a densidade das florestas de Pernambuco está em torno 1.500 ind ha-1,
e que não diferenças significativas entre florestas situadas em diferentes condições climáticas
(ombrófilas e estacionais) e de altitude (montanas e terras baixas). Andrade & Rodal (2004)
reconheceram que em Pernambuco, florestas mais perturbadas apresentam densidades maiores ou
menores, a depender do estágio sucessional e que a falta de históricos de uso mais detalhados limita
maiores conclusões. Considerando os levantamentos da Bahia listados na Tab. 5, nota-se que grande
variação na densidade total (1.104 ind ha-1 a 2.283 ind ha-1) e que as florestas ombrófilas têm densidades
próximas a da área de estudo (floresta estacional) assim como as estacionais tendem a apresentar menores
densidades. O fato de os poucos levantamentos quantitativos do estado não disponibilizarem informações
sobre ação antrópica também limita conclusões a respeito de um padrão na densidade dessas florestas.
Os dados dos levantamentos de Pernambuco indicam que as florestas montanas (acima de 600 m)
têm maior área basal que as das terras baixas, independente da condição climática, ombrófila ou
estacional (Rodal 2002). Padrão distinto do observado na Bahia, onde aparentemente as florestas
ombrófilas, independente da altitude, têm maior área basal que as estacionais, especialmente a decidual
montana (Tab. 5).
Considerando as florestas da Bahia, a altura do dossel da área de estudo (8 a 14 m) é mais
semelhante às das estacionais. Nestas, o dossel varia de 10 a 16 m (L.S. Funch, dados não publicados;
M.T. Stradmann, dados não publicados) enquanto que nas ombrófilas (Mori et al.1983; L.A.Paraguassú,
dados não publicados), varia de 20 a 32 m. Nas florestas de Pernambuco as estacionais têm menor altura
do dossel que as ombrófilas que esta em torno de 20 m de altura, com emergentes alcançando entre 26 e
36 m. Vale a pena ressaltar que na área de estudo apenas um indivíduo alcançou 25 m.
O menor porte da vegetação da área de estudo é confirmado quando se verifica que apenas 0,4%
dos indivíduos alcançaram mais de 17 metros, enquanto nas ombrófilas de Pernambuco (Tab. 5) as
proporções variaram entre 10% e 21%. Tais resultados sugerem que do ponto de vista fisionômico área de
estudo assemelha-se a chamada mata de cipó (sensu Mori 1988) pelo predomínio de arvores finas e
baixas como atestam os resultados da floresta estacional decidual montana estudada por Soares-Filho
(mata de cipó). Todavia diferencia-se desta pela maior densidade e pela maior área basal (Tab. 5).
A revisão apresentada por Siqueira et al. (2001) mostrou que, nas terras baixas (menos de 100 m
de altitude) de Pernambuco, Paraíba e Alagoas, as famílias mais importantes em termos do número de
indivíduos são Anacardiaceae, Sapotaceae, Burseraceae, Lecythidaceae e Moraceae. Andrade & Rodal
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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(2004) acrescentaram Fabaceae (sensu Judd et al. 1999) à lista e observaram que as três primeiras são
estruturalmente importantes nas florestas ombrófilas da região e que essa importância vai decrescendo à
medida que as florestas tornam-se mais secas, citando como exemplo a floresta estacional semidecidual
do Toró. Ressaltaram, ainda, que essa diferença estrutural não parece ser o resultado de corte seletivo
que o mesmo padrão se repete nas florestas montanas (> 600 m), das ombrófilas para as estacionais.
Nos levantamentos realizados em florestas ombrófilas de terras baixas da Bahia ou em montanas,
quer ombrófilas ou estacionais, as famílias estruturalmente mais importantes são Myrtaceae,
Leguminosae (sensu lato), Euphorbiaceae, Anacardiaceae e Lauraceae, ocupando apenas posições
distintas, parecendo não haver diferenças marcantes entre os diferentes tipos de florestas.
Com relação à importância estrutural de Fabaceae nos levantamentos da Bahia, notam-se dois
padrões distintos: o das florestas estacionais, onde um elevado mero de espécies, em geral de
elevada importância estrutural, e o das florestas ombrófilas/matas ciliares, onde a riqueza é menor,
embora as espécies também sejam estruturalmente importantes. A respeito da distribuição de abundância
dessa família nas florestas andinas e da América Central, Gentry (1995) observou uma diminuição da
importância dessa família a partir dos 1500 m de altitude.
Andrade & Rodal (2004) destacaram que, à medida, que as florestas de Pernambuco ficam mais
secas e ocupam áreas com maior altitude, Myrtaceae vai se tornando estruturalmente mais importante,
embora a riqueza seja similar. No caso das florestas da Bahia, esse padrão não se repete, uma vez que a
família é estruturalmente importante e rica em espécies em todos os tipos de florestas, independente da
condição climática e altitude. A respeito da importância de Myrtaceae, Mori et al. (1983) ressaltaram que,
em florestas neotropicais, Myrtaceae nunca ocupa as 20 primeiras famílias em relação à riqueza, exceto
na floresta atlântica brasileira.
Das espécies estruturalmente mais importantes, vale destacar que Pseudopiptadenia contorta,
secundária inicial segundo Rolim et al. (1999), esteve representada por indivíduos em praticamente todas
as classes de altura, sendo a emergente mais abundante. Silva & Nascimento (2001) observaram que em
locais onde Pseudopiptadenia contorta, típica dos estratos mais baixos das florestas de tabuleiro do norte
do Rio de Janeiro, ocorre como a mais abundante, dominando o dossel, a mata deve ter sido bastante
explorada. De fato, informações dos moradores das vizinhanças do Brejo Novo indicam que houve
exploração de espécies como Plathymenia reticulata (vinhático) e Manilkara salzmannii (massaranduba),
entre outras.
Comparando o índice de diversidade do Brejo Novo (H’= 4,45 nats ind-1) com os de
levantamentos que empregaram o mesmo critério de inclusão e superfície amostral semelhante, nota-se
que o de Brejo Novo foi superior ao de todas as florestas ao norte do Rio São Francisco (Tab. 5),
estacionais do sudeste do Brasil (Carvalho et al., 2000; Van den Berg & Oliveira-Filho, 2000; Souza et
al,. 2003; Gomes et al., 2005) do sul (Soares-Silva & Barroso, 1992) e no centro-oeste (Silva & Scariot,
2003). Foi, no entanto, próximo ao registrado nas florestas ombrófilas da Bahia (Tab. 5).
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Solo × Vegetação - A ausência de relações fortes entre variáveis do substrato e a distribuição de espécies
confirma a impressão superficial a respeito da uniformidade da distribuição das espécies na área de
estudo. À luz dos resultados obtidos, parece haver uma preponderância de fatores espaciais sobre os de
topografia e solo, que, embora significativos, têm um papel secundário na distribuição das espécies.
Considerando que a radiação solar e a disponibilidade de água e de nutrientes minerais são, nesta
ordem, os fatores preponderantes na determinação dos padrões de distribuição de plantas ao redor do
mundo (Hugget, 1995), pode-se supor, como já observado por Oliveira-Filho et al. (1998) para uma
floresta decídua do Brasil Central, que o dossel descontínuo dominado por folíolos de mimosáceas
(Piptadenia contorta, no caso da área de estudo) permite que a luz alcance o sub-bosque, criando
microhabitats, formando clareiras naturais que têm um papel importante na distribuição espacial e
temporal das espécies.
A elevada proporção de variação não explicada e o pequeno número de espécies
significativamente identificadas como indicadoras de habitats reforça a idéia de que padrões estocásticos
podem preponderar sobre os ambientais como um agente causal na distribuição de espécies. Embora uma
razoável parte da variância não possa ser explicada pelas variáveis ambientais utilizadas, não é possível
descartar uma possível existência de variáveis importantes, mas nem sempre facilmente perceptíveis ou
mensuráreis. Assim como observado por outros autores (Carvalho et al. 2005), conclusões sobre os
padrões de distribuição de espécies face às variáveis ambientais devem se aproximar de uma
generalização após muitas repetições do mesmo padrão em diversas áreas.
Finalizando, o fato das florestas tropicais possuírem a maior diversidade de plantas no mundo e
estarem criticamente ameaçadas pela fragmentação (Myers et al. 2000) fez crescer, nos últimos anos, o
interesse pela pesquisa em fragmentos florestais tropicais (Laurance & Bierregaard, 1997). No caso do
nordeste do Brasil, os fragmentos florestais estão sob forte ameaça de destruição, havendo um
conhecimento muito limitado sobre a composição florística e abundância de suas espécies. Considerando
que um pré-requisito para tomar qualquer decisão com respeito à preservação de populações, espécies ou
táxons maiores é o conhecimento da sua existência (Barrowclough, 1992), este trabalho mostra que
pequenos fragmentos florestais dispersos pela paisagem apresentam elevada diversidade e talvez
representem a única forma de conservação disponível no momento atual.
Agradecimentos - À Fundação de Apoio à Pesquisa da Bahia pela bolsa concedida à primeira autora e ao Conselho
Nacional Científico e Tecnológico pela bolsa de produtividade da segunda autora. Aos botânicos William Wayt
Thomas e André M. Amorim, às botânicas Maria Regina Vasconcelos Barbosa, Ângela Maria de Miranda Freitas,
Maria Natividade Sánchez de Stapf e ao pessoal do CEPEC pelo auxílio na identificação. A coordenação e
estagiários do herbário da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia pela colaboração nos trabalhos de campo.
Ao Msc. Henrique Costa Hermenegildo da Silva, ao Biol. Airton de Deus e ao Dr. Michael Schessel pela sua
cooperação na análise estatística. Ao Sr. Francisco Britto proprietário da fazenda Brejo Novo, ao Sr. Florisvaldo
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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Souza Silva (Seu Flor) e, em especial a Gerivaldo Souza Silva (Neném) e a José Lima da Paixão pela coleta de
material botânico.
Referências bibliográficas
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Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
81
ANEXOS
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
82
LISTA DE FIGURAS
Manuscrito 2
Figura 1. Precipitação e temperaturas médias mensais da cidade de Jequié, Bahia, Brasil, no
período de novembro de 1998 a março de 2006. .........................................................................
86
Figura 2. Diagrama de bolhas mostrando a distribuição espacial das parcelas na área de
estudos, baseada nas coordenadas de latitude e longitude, e na elevação (altitude 600 m),
representada pelas dimensões das bolhas e rótulos com os valores da elevação. ..........................
85
Figura 3. Análise de correspondência canônica (CCA) de 50 amostras do solo superficial (0 a
30 cm) da Mata do Brejo Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil, baseada em 19 variáveis
químicas e granulométricas, inclusive matéria orgânica, e relacionada a variáveis espaciais
(latitude, longitude e elevação). As sete transeções amostrais onde as amostras foram coletadas
são indicadas por símbolos diferentes. ...........................................................................................
86
Figura 4. Distribuição do número de indivíduos em classes de diâmetro incluindo cipós e sem
cipós (A) e do número de indivíduos por classe de altura (B) e área basal (C) na amostra total
do inventário da Mata do Brejo Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil. ..................................
87
Figura. 5. Médias de densidade (A), área basal (B) diâmetro (C), e altura (D) ao longo das sete
transeções amostrais utilizadas para inventariar a Mata do Brejo Novo, município de Jequié,
Bahia, Brasil. .................................................................................................................................
88
Figura 6. Distribuição das alturas individuais das 36 espécies com populações de mais de 10
indivíduos amostrados na mata Brejo Novo, município de Jequié, Bahia. A caixa dos Box-plot
= 50% dos dados coletados; barra superior = 75% da variação dos dados; barra inferior = 25%
da variação dos dados;
e
= pontos extremos nos dados coletados; linha no interior da caixa
= mediana da distribuição dos dados. ...........................................................................................
89
Figura 7. Análises de correspondência canônica (CCA) do número de indivíduos de 35
espécies nas 50 parcelas utilizadas para inventariar a Mata do Brejo Novo, município de Jequié,
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
83
Bahia, Brasil: proporções da variação total da matriz de abundância das espécies explicadas por
(a) variáveis ambientais somente, (b) variáveis ambientais e espaciais conjuntamente, (c)
variáveis espaciais somente e (d) indeterminada. .........................................................................
90
Figura 8. Análise de correspondência canônica (CCA): diagramas de ordenação das parcelas
(A) e espécies (B) baseada na distribuição do número de indivíduos de 35 espécies nas 50
parcelas utilizadas para inventariar a Mata do Brejo Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil, e
sua correlação com as três variáveis ambientais utilizadas. As sete transeções amostrais onde as
amostras foram coletadas são indicadas por símbolos diferentes. ................................................
91
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
84
Fig. 1
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
60.0
70.0
80.0
90.0
100.0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
MESES
mm
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
30.0
º C
PRECIPITAÇÃO
TEMPERATURA
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
85
Fig. 2
68
52
49
49
48
48
45
58
83
83
60
67
83
102
84
84
71
73
102
133
124
124
115
110
106
93
100
142
142
135
131
109
121
121
138
134
140
120
122
152
152
150
143
140
139
13.9460
13.9470
13.9480
13.9490
13.9500
13.9510
13.9520
40.1100
40.1110
40.1120
Longitude (W)
Latitude (S)
80
84
86
132
142
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
86
Fig. 3
-
0.3
-
0.2
-
0.1
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
-0.6
-0.5
-0.4
-0.3
-0.2
-0.1
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
CCA: Eixo 1
CCA: Eixo 2
V
SB
Elevação
2
K
Ca
silte
pH
areia
argila
Transeções:
1
2
3
4
5
6
7
Variáveis de solo
Variáveis espaciais
m
Mg
MO
Longitude
×
××
×
Latitude
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
87
1498
426
85
176
43
21
19
8
3
1
1
2
4
150
0 250 500 750 1000 1250 1500 1750
4.77 - 10.00
10.1 - 15.0
15.01 - 20.00
20.01 - 25.00
25.01 - 30.00
30.01 - 35.00
35.01 - 40.00
40.01 - 45.00
45.01 - 50.00
50.01 - 55.00
55.01 - 60.00
Classe de diâmetro (cm)
Número de indivíduos
Árvores
Cipós
(A)
309
1263
393
126
30
7
1
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
Até 5 m
5.01 - 8
8.01 - 11
11.01 - 14.00
14.01 - 17.00
17.01 - 20.00
Acima de 20.01
Classes de altura (m)
Número de indivíduos (excluíndo cipós)
(B)
1.55
9.18
7.56
5.71
1.82
0.67
0.17
- 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00
Até 5 m
5.01-8.0
8.01-11.0
11.01-14.0
14.01-17.0
17.01-20.0
Mais de 20
Classes de altura (m)
Área basal (m². ha-1)
(C)
Fig. 4
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
88
(A)
(B)
(C)
(D)
Fig. 5
0
10
20
30
40
50
60
70
1
2
3
4
5
6
7
Transeções
Densidade (n.º de individuos)
0
0.5
1
1.5
2
2.5
1
2
3
4
5
6
7
Transeções
Área basal m
2
0
2
4
6
8
10
12
14
1
2
3
4
5
6
7
Transeções
Diametro médio (cm)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1
2
3
4
5
6
7
Transeções
Altura media (m)
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
89
Alseis floribunda
sp1
Casearia arborea
Casearia javitensis
Casearia sylvestris
Eriotheca macrophylla
sp1
sp5
Myrcia eximia
Myrcia guianensis
Myrcia racemosa
Myrcia splendens
Ocotea brasiliensis
Ocotea complicata
sp
.
Pterocarpus rohrii
Tachigali rugosa
Tapirira guianensis
Thyrsodium spruceanum
Trichilia silvatica
Xylopia sericea
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
Altura (m)
Linha branca: Mediano
25%-75%
Min-Max
Fig. 6
Allophylus laevigatus
Alseis floribunda
Aspidosperma
spruceanum
Calyptranthes sp1
Casearia arborea
Casearia javitensis
Casearia sylvestris
Cyrtocarpa caatingae
Eriotheca macrophylla
Erythroxylum sp1
Eugenia sp5
Guapira opposita
Gymnanthes hypoleuca
Inga capitata
Inga subnuda ssp.
luschnathiana
Maytenus distichophylla
Metrodorea maracasana
Myrcia eximia
Myrcia guianensis
Myrcia racemosa
Myrcia splendens
Ocotea brasiliensis
Ocotea complicata
Peltogyne sp.
Pogonophora
schomburgkiana
Pseudopiptadenia
contorta
Pterocarpus rohrii
Schefflera morototoni
Tachigali rugosa
Senefeldera verticillata
Syagrus botryophora
Tapirira guianensis
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
90
Fig. 7
(a) 7.0634%
(b) 5.2250%
(c) 21.4320%
(d) 66.2796%
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
91
Fig. 8
-
1,0
-
0,5
0,0
0,5
1,0
-
1,5
-
1,0
-
0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
CCA: Eixo 1
CCA: Eixo 2
Transeções:
1
2
3
4
5
6
7
Variáveis do
substrato:
elevação
Ca
argila
-
2.
0
-
1.0
0.0
1.0
2.0
3.0
-
3.0
-
2.0
-
1.0
0.0
1.0
2.0
3.0
CCA: Eixo 1
CCA: Eixo 2
elevação
Ca
argila
Eugenia sp.5
Pseudopiptadenia contorta
Amaioua intermedia
Pterocarpus rohrii
Maytenus distichophylla
Senefeldera verticillata
Gymnanthes hy
poleuca
Cyrtocarpa caatingae
Myrcia splendens
Ocotea complicata
Casearia sylvestris
Myrcia eximia
Eriotheca macrophylla
Aspidosperma spruceanum
Myrcia acuminatissima
Xylopia sericea
Tapirira guianensis
Syagrus botryophora
Inga capitata
Myrcia guianensi
s
Casearia javitensis
Trichilia silvatica
Allophylus laevigatus
Guapira opposita
Ocotea velutina
Peltogyne sp.
Erythroxylum sp.1
Casearia arborea
Inga subnuda
Thyrsodium spruceanum
Tachigali rugosa
Alseis floribunda
Pogonophora schomburgkiana
Schefflera morototoni
Calyptranthes sp.1
Espécies
Variáveis do
substrato
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
92
Tabela 1. Propriedades químicas e granulométricas e teor de matéria orgânica das amostras de solo superficial (0 a
30 cm) das 50 parcelas utilizadas para inventariar a Mata do Brejo Novo, Jequié, Bahia. SB = soma de bases
trocáveis, t = capacidade de troca catiônica efetiva, T = capacidade de troca catiônica a pH 7, V = saturação por bases,
m = saturação por alumínio, MO = matéria orgânica, tfsa = terra fina seca ao ar. Os valores são de média ± desvio
padrão e de amplitude total de N amostras de solo de cada uma das transeções.
Transeção Transeção 1 Transeção 2 Transeção 3 Transeção 4 Transeção 5 Transeção 6 Transeção 7
N 7 7 7 9 7 7 6
pH 5,73
± 0,14 5,5
±
0,19 5,47
±
0,24 5,39
±
0,37 5,43
±
0,2 5,34
±
0,08 5,52
±
0,15
em H
2
O 5,9
5,5 5,7
5,2 5,9
5,2 6,3
5,1 5,7
5,1 5,4
5,2 5,7
5,3
P 2,3
± 0,5 2,1
±
0,4 2,4
±
0,8 2,2
±
0,4 2,0
±
0 2,0
±
0 2,2
±
0,4
(mg dm
-3
) 3
2 3
2 4
2 3
2 2
2 2
2 3
2
K 1,10
± 0,08 1,05
±
0,03 1,06
±
0,04 1,09
±
0,08 1,03
±
0,02 1,03
±
0,01 1,03
±
0,02
(cmol
c
dm
-3
) 1,26
1,04 1,12
1,03 1,15
1,04 1,20
1,02 1,04
1,01 1,04
1,01 1,05
1,01
Ca 1,87
± 0,68 1,44
±
0,34 1,69
±
0,6 2,06
±
2,27 1,33
±
0,05 1,33
±
0,1 1,45
±
0,52
(cmol
c
dm
-3
) 3,1
1,3 2,2
1,2 3,0
1,2 8,1
1,2 1,4
1,3 1,5
1,2 2,5
1,2
Mg 1,71
± 0,33 1,51
±
0,19 1,57
±
0,21 1,62
±
0,31 1,41
±
0,21 1,47
±
0,35 1,43
±
0,36
(cmol
c
dm
-3
) 2,2
1,3 1,8
1,2 1,8
1,2 2,3
1,2 1,8
1,2 2,1
1,1 2,0
1,1
Al
-3
+H 5,81
± 0,79 7,83
±
1,29 9,24
±
2,05 8,37
±
1,76 9,00
±
1,38 9,49
±
1,4 8,83
±
0,77
(cmol
c
dm
-3
) 7,3
5 10,0
6,5 12,2
6,1 12,4
6,5 11,7
7,5 11,9
7,8 9,7
7,8
SB 2,70
± 0,97 2,00
±
0,44 2,30
±
0,78 2,72
±
2,59 1,74
±
0,24 1,80
±
0,42 1,92
±
0,87
(cmol
c
dm
-3
) 4,2
1,6 2,9
1,6 3,9
1,4 9,6
1,4 2,2
1,5 2,5
1,3 3,6
1,3
t 4,0
± 0,6 4,1
±
0,3 4,7
±
1,0 4,8
±
2,0 4,0
±
0,3 4,4
±
0,5 4,2
±
0,5
(cmol
c
dm
-3
) 5,0
3,4 4,5
3,7 6,7
3,6 9,8
3,4 4,5
3,7 5,1
3,8 5,1
3,8
T 7,5
± 0,9 8,8
±
1,2 10,5
±
2,4 10,1
±
2,9 9,7
±
1,2 10,3
±
1,4 9,7
±
0,6
(cmol
c
dm
-3
) 8,4
6,3 10,6
7,2 15,1
7,6 16
7,5 12,2
8,6 13,1
9,0 10,4
9,0
V 26,1
± 12,3 14,1
±
5,6 14,9
±
6,4 16,9
±
15,7 10,1
±
3,6 9,7
±
4,8 11,0
±
8,8
(%) 44
12 24
7 24
5 58
6 17
6 19
5 28
4
m 47,7
± 21,8 68,6
±
12,6 66,0
±
14,9 56,4
±
30,3 74,9
±
10,1 76,7
±
11,5 74,5
±
19,9
(%) 75
21 84
46 88
43 76
3 86
56 90
58 91
38
MO 28,4
± 10 26,9
±
9,2 31,6
±
13,7 33,7
±
24,2 26,6
±
5,3 27,9
±
5 28,7
±
4,3
(g dm
-3
) 47
20 40
18 61
20 93
15 37
21 35
23 35
23
tfsa 95,1
± 15,5 98,4
±
6,8 82,7
±
24,4 100
±
0 100
±
0 100
±
0 100
±
0
(%) 100
60 100
83 100
46 100
100 100
100 100
100 100
100
Cascalho 6,9
± 15,5 3,6
±
6,8 19,3
±
24,4 1,0
±
0,0 1,0
±
0,0 1,0
±
0,0 1,0
±
0,0
(%) 42
1 19
1 56
1 1
1 1
1 1
1 1
1
Areia 249,3
± 42,5 230,3
±
53,9 282,9
±
74,8 308,8
±
100,2 245,7
±
61,8 239,3
±
26,3 325,8
±
49,5
(%) 311
201 306
181 361
176 521
201 356
171 283
205 387
266
Silte 101,3
± 36,9 76,0
±
48,9 124,9
±
45,3 122,1
±
29,0 84,9
±
21,9 88,6
±
19,6 79,5
±
36,4
(%) 151
51 151
16 186
61 171
84 126
65 117
63 126
39
Argila 651,0
± 40,4 696,7
±
25,7 595,3
±
47,2 572,1
±
95,3 672,4
±
70,6 675,3
±
30,5 597,7
±
18,6
(%) 711
591 731
661 661
521 691
381 761
561 721
631 621
571
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
93
Tabela 2. Parametros fitossociológicos das espécies arboreo-lianescentes (incluindo a categoria morta) amostradas na
Mata de Cipó no Brejo Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil. N= número de indivíduos, DR= densidade relativa
(%), DoR= dominância relativa (%), FR=frequência relativa, VI= valor de importância
Família/Espécie N
DR
DoR
FR
VI
1.
Acanthaceae
1. Mendoncia blanchetiana Profice 1
0.04
0.01
0.08
0.13
2.
Anacardiaceae
2. Astronium concinnum Schott ex Spreng. 4
0.18
0.11
0.24
0.52
3. Astronium sp.1 1
0.04
0.02
0.08
0.14
4. Astronium sp.2 1
0.04
0.01
0.08
0.13
5. Cyrtocarpa caatingae J.D. Mitch. & Daly 31
1.36
2.76
1.41
5.54
6. Tapirira guianensis Aubl. 56
2.45
5.19
2.20
9.84
7. Thyrsodium spruceanum Salzm ex Benth. 55
2.41
1.72
2.04
6.17
8. Thyrsodium sp. 1
0.04
0.05
0.08
0.18
3.
Annonaceae
9.Duguetia cf. scottmorii Maas 3
0.13
0.09
0.16
0.38
10. Rollinia aff. pickelii Diels 4
0.18
0.04
0.24
0.45
11. Rollinia dolabripetala (Raddi) R.E. Fr. 4
0.18
0.42
0.24
0.83
12. Xylopia sericea A. St. Hil. 36
1.58
1.92
1.33
4.83
4.
Apocynaceae
13. Aspidosperma discolor A.DC. 2
0.09
0.13
0.16
0.37
14. Aspidosperma pyricollum Müll. Arg. 6
0.26
0.34
0.39
1.00
15. Aspidosperma spruceanum Benth. ex Müll. Arg. 47
2.06
2.29
1.96
6.31
16. Aspidosperma sp. 1
0.04
0.04
0.08
0.16
17. Himatanthus drasticussp. 2
0.09
0.03
0.16
0.27
18. Tabernaemontana bracteolaris Mart. ex Müll. Arg. 1
0.04
0.04
0.08
0.16
19. Apocynaceae Indet. 2 6
0.26
0.21
0.47
0.94
5.
Araliaceae
20. Dendropanax brasiliensis (Seem.) Frodin 1
0.04
0.06
0.08
0.19
21. Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire, Steyerm. & Frodin 14
0.61
1.44
0.94
2.99
6
Arecaceae
22. Syagrus botryophora (Mart.) Mart. 20
0.88
0.58
1.10
2.55
7.
Bignoniaceae
23. Arrabidaea sp. 2
0.09
0.02
0.16
0.26
24. Clytostoma sciuripabulum Bureau & K. Schum. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
25. Phryganocydia corymbosa (Vent.) Bureau ex K. Schum. 4
0.18
0.05
0.24
0.46
26. Tabebuia sp.1 3
0.13
0.18
0.24
0.55
27. Bignoniaceae Indet.1 2
0.09
0.02
0.16
0.26
8.
Boraginaceae
28. Cordia trachyphylla Mart. 7
0.31
0.25
0.39
0.95
9.
Brassicaceae
29. Capparis cf. grandiflora Wall. ex Hook.f. & Thomson. 4
0.18
0.15
0.24
0.56
30. Capparis nectaria Vell. 2
0.09
0.05
0.16
0.30
10.
Burseraceae
31. Protium bahianum Daly 10
0.44
0.17
0.47
1.08
32. Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 1
0.04
0.02
0.08
0.14
33. Protium warmingianum March. 10
0.44
0.64
0.63
1.70
11.
Celastraceae
34. Cheiloclinium cognatum (Miers) A.C. Sm. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
35. Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek 19
0.83
0.88
0.94
2.65
36. Maytenus sp. 2
0.09
0.03
0.16
0.28
37. Salacia sp. 2
0.09
0.02
0.16
0.27
Continua ...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
94
Família/Espécie N
DR
DoR
FR
VI
38. Tontelea leptophylla A.C. Sm. 1
0.04
0.03
0.08
0.15
12.
Chrysobalanaceae
39. Couepia sp 5
0.22
0.13
0.31
0.66
40. Hirtella sp. 3
0.13
0.05
0.16
0.34
41. Licania sp.1 1
0.04
0.01
0.08
0.14
42. Licania sp.2 4
0.18
0.20
0.24
0.61
13.
Clusiaceae
43. Garcinia brasiliensis Mart. 1
0.04
0.02
0.08
0.14
14.
Ebenaceae
44. Diospyros cf. hispida A. DC. 5
0.22
0.31
0.31
0.84
15.
Elaeocarpaceae
45. Sloanea monosperma Vell. 1
0.04
0.75
0.08
0.87
46. Sloanea pubescens Benth. 3
0.13
0.17
0.16
0.46
47. Sloanea stipitata Spruce ex Benth. 2
0.09
0.03
0.16
0.28
16.
Erythroxylaceae
48. Erythroxylum affine A. St.-Hil. 6
0.26
0.10
0.47
0.84
49. Erythroxylum macrocalyx Mart. 6
0.26
0.17
0.39
0.83
50. Erythroxylum membranaceum A. St.-Hil. 3
0.13
0.08
0.24
0.45
51. Erythroxylum nobile O. E. Schulz 2
0.09
0.03
0.16
0.27
52. Erythroxylum pulchrum A. St.-Hil. 2
0.09
0.03
0.16
0.27
53. Erythroxylum subrotundum A. St. -Hil. 5
0.22
0.06
0.39
0.67
54. Erythroxylum sp.1 26
1.14
0.39
1.02
2.55
17.
Euphorbiaceae
55. Aparisthmium cordatum (Juss.) Baill. 6
0.26
0.21
0.16
0.63
56. Chaetocarpus echinocarpus (Baill.) Ducke 1
0.04
0.02
0.08
0.14
57. Croton floribundus Spreng. 7
0.31
0.12
0.39
0.82
58. Gymnanthes hypoleuca Benth. 216
9.46
4.74
2.90
17.10
59. Gymnanthes sp. 2
0.09
0.16
0.16
0.40
60. Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. 7
0.31
0.07
0.31
0.69
61. Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth. 47
2.06
0.76
1.57
4.39
62. Senefeldera verticillata (Vell Conc.) Croizart. 85
3.72
1.57
2.51
7.81
18.
Fabaceae
63. Acacia polyphylla DC. 2
0,09
0,03
0,16
0,28
64. Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. 1
0,04
0,05
0,08
0,17
65. Bauhinia angulosa Vogel 1
0,04
0,01
0,08
0,13
66. Bauhinia smilacina (Schott) Steudel 11
0,48
0,13
0,78
1,39
67. Copaifera cf. lucens Dwyer 8
0,35
1,07
0,47
1,90
68. Dalbergia frutescens (Vell.) Britton 35
1,53
0,41
1,73
3,67
69. Dalbergia sp. 1
0,04
0,01
0,08
0,13
70. Dimorphandra exaltata Schott Kuhl & Hoehne 1
0,04
0,01
0,08
0,13
71. Dioclea violacea Mart. ex Benth. 3
0,13
0,03
0,24
0,40
72. Diplotropis incexis Rizzini & A. Mattos 4
0,18
0,41
0,31
0,90
73. Hymenaea cf. courbaril L. 2
0,09
0,05
0,16
0,30
74. Hymenaea sp. 2
0,09
0,02
0,16
0,26
75. Hymenolobium cf. janeirense var. stipulatum (N.F. Mattos) Lima
1
0,04
0,01
0,08
0,13
76. Inga cf. capitata Desv. 14
0,61
0,70
0,78
2,09
77. Inga striata Benth. 1
0,04
0,03
0,08
0,15
78. Inga subnuda subsp. luschnathiana (Benth.) T.D.Penn. 14
0,61
0,42
0,71
1,74
79. Inga sp.1 5
0,22
0,15
0,31
0,69
80. Machaerium aculeatum Raddi 6
0,26
0,07
0,31
0,65
81. Machaerium brasiliense Vogel 1
0,04
0,01
0,08
0,13
82. Machaerium cf. salzmannii Benth 3
0,13
0,07
0,24
0,44
83. Machaerium condensatum Kulhm. & Hoehne 3
0,13
0,02
0,24
0,39
84. Machaerium sp. 1
0,04
0,01
0,08
0,13
Continua ...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
95
Família/Espécie N
DR
DoR
FR
VI
85. Machaerium sp.1 4
0,18
0,05
0,31
0,54
86. Machaerium sp.2 3
0,13
2,36
0,24
2,73
87. Machaerium triste Vogel 5
0,22
0,04
0,31
0,57
88. Melanoxylon brauna Schott 9
0,39
0,80
0,63
1,82
89. Mimosa caesalpiniifolia Benth. 1
0,04
0,01
0,08
0,13
90. Peltogyne cf. confertiflora (Mart. ex Hayne) Benth. 4
0,18
0,05
0,24
0,46
91. Peltogyne sp. (sp. nova) 17
0,74
1,07
1,02
2,83
92. Plathymenia reticulata Benth. 8
0,35
1,31
0,55
2,21
93. Platymiscium floribundum Vogel 2
0,09
0,09
0,16
0,33
94. Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P. Lima 109
4,77
11,90
2,83
19,50
95. Pterocarpus rohrii Vahl 17
0,74
0,60
0,86
2,21
96. Schrankia leptocarpa sensu Bell, non DC. 14
0,61
0,16
0,78
1,56
97. Tachigali densiflora (Benth.) Oliveira-Filho 1
0,04
0,16
0,08
0,28
98. Tachigali pilgeriana (Benth.) Oliveira-Filho 2
0,09
0,05
0,16
0,30
99. Tachigali rugosa (Mart. ex Benth.) Zarcchi & Pipoly 20
0,88
0,94
0,86
2,68
100. Swartzia acutifolia Vogel 1
0,04
0,02
0,08
0,14
101. Swartzia apetala Raddi 10
0,44
0,58
0,39
1,41
102. Swartzia oblata R.S Cowan 3
0,13
0,25
0,24
0,61
103. Swartzia simplex var. ochnacea (DC.) R.S.Cowan 4
0,18
0,08
0,31
0,56
104. Zollernia ilicifolia (Brongn.) Vogel 4
0,18
0,37
0,24
0,79
19.
Lamiaceae
105. Vitex capitata Vahl 1
0.04
0.02
0.08
0.14
20.
Lauraceae
106. Ocotea brasiliensis Coe-Teixeira 20
0.88
1.23
1.10
3.21
107. Ocotea cernua (Nees) Mez 9
0.39
0.38
0.47
1.24
108. Ocotea complicata (Meisn.) Mez 14
0.61
0.32
0.55
1.48
109. Ocotea nitida (Meisn.) Rohwer 6
0.26
0.12
0.39
0.77
110. Ocotea notata (Nees & Mart. ) Mez 10
0.44
0.24
0.55
1.22
21.
Malpighiaceae
111. Banisteriopsis sepium (A. Juss.) B. Gates 6
0.26
0.08
0.39
0.73
112. Byrsonima cf. laevigata (Poir) DC. 2
0.09
0.08
0.16
0.32
113. Byrsonima sp. 1
0.04
0.01
0.08
0.14
114. Heteropterys longibracteata A. Juss. 2
0.09
0.03
0.08
0.19
115. Heteropterys sp1 6
0.26
0.08
0.31
0.65
116. Heteropterys trichanthera A. Juss. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
117. Hiraea aff. fagifolia (DC.) Juss. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
118. Janusia schwannioides W.R. Anderson 1
0.04
0.01
0.08
0.13
119. Malpighiaceae Indet. 8 1
0.04
0.01
0.08
0.13
120. Malpighiaceae Indet. 9 1
0.04
0.01
0.08
0.13
121. Malpighiaceae Indet. 10 1
0.04
0.01
0.08
0.14
22.
Malvaceae
122. Eriotheca cf. globosa (Aubl.) A. Robyns 4
0.18
1.04
0.24
1.45
123. Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns 32
1.40
1.38
1.18
3.96
124. Luehea aff. paniculata Mart. 3
0.13
0.05
0.16
0.34
23.
Melastomataceae
125. Miconia ligustroides (DC.) Naudin 1
0.04
0.02
0.08
0.14
126. Miconia budlejoides Triana 9
0.39
0.45
0.47
1.32
127. Miconia lepidota Schrank & Mart. ex DC. 4
0.18
0.15
0.24
0.56
128. Miconia prasina (Sw) DC. 4
0.18
0.05
0.31
0.54
24.
Memecylaceae
129. Mouriri arborea Gardner 2
0.09
0.04
0.16
0.29
25.
Meliaceae
130. Trichilia casaretti C.DC. 3
0.13
0.06
0.16
0.35
131. Trichilia cf. elegans A. Juss 2
0.09
0.02
0.16
0.26
Continua.
..
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
96
Família/Espécie N
DR
DoR
FR
VI
132. Trichilia ramalhoi Rizzini 2
0.09
0.03
0.16
0.28
133. Trichilia silvatica C. DC. 16
0.70
0.27
1.02
1.99
134. Trichilia sp. 4
0.18
0.07
0.31
0.56
26.
Moraceae
135. Ficus mariae C.C. Berg, Emygdio & Carauta 1
0.04
0.01
0.08
0.13
136. Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby 1
0.04
0.02
0.08
0.14
27.
Myristicaceae
137. Virola gardneri (A.DC.) Warb. 9
0.39
0.32
0.71
1.42
138. Virola officinalis Warb. 7
0.31
0.49
0.55
1.35
139. Virola oleifera (Schott) A.C.Sm. 1
0.04
0.04
0.08
0.16
28.
Myrsinaceae
140. Cybianthus cuneifolius Mart. 1
0.04
0.01
0.08
0.14
29.
Myrtaceae
141. Calyptranthes sp.1 18
0.79
0.44
0.63
1.85
142. Campomanesia sp. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
143. Eugenia aff. florida DC. 7
0.31
0.24
0.55
1.10
144. Eugenia brasiliensis Lam. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
145. Eugenia cf. adenantha O. Berg 2
0.09
0.04
0.16
0.28
146. Eugenia cf. itacarensis Mattos 3
0.13
0.10
0.16
0.39
147. Eugenia cf. macrantha O. Berg 2
0.09
0.06
0.16
0.30
148. Eugenia cf. pruinosa D. Legrand 3
0.13
0.04
0.24
0.41
149. Eugenia itapemirimensis Cambess. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
150. Eugenia sp. 7
0.31
0.09
0.55
0.95
151. Eugenia sp.1 6
0.26
0.09
0.47
0.83
152. Eugenia sp.2 4
0.18
0.05
0.31
0.54
153. Eugenia sp.4 3
0.13
0.03
0.24
0.40
154. Eugenia sp.5 17
0.74
0.32
0.71
1.77
155. Eugenia sp.6 3
0.13
0.04
0.16
0.32
156. Eugenia sp.7 2
0.09
0.07
0.16
0.32
157. Eugenia sp.8 1
0.04
0.04
0.08
0.16
158. Eugenia sp.9 1
0.04
0.02
0.08
0.14
159. Marlierea cf. excoriata Mart. 1
0.04
0.02
0.08
0.14
160. Marlierea sp. 1
0.04
0.07
0.08
0.19
161. Myrcia amazonica DC. 1
0.04
0.12
0.08
0.25
162. Myrcia eximia DC. 30
1.31
0.60
1.26
3.17
163. Myrcia guianensis (Aubl.) DC. 17
0.74
0.25
0.71
1.70
164. Myrcia racemosa (O. Berg) Kiaersk. 32
1.40
0.65
1.26
3.31
165. Myrcia sp. 3
0.13
0.17
0.16
0.46
166. Myrcia spectabilis DC. 10
0.44
0.19
0.63
1.25
167. Myrcia splendens (Sw.) DC. 17
0.74
0.47
1.10
2.31
168. Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.) O. Berg 1
0.04
0.01
0.08
0.13
169. Myrciaria guaquiea (Kiaersk.) Mattos & D. Legrand 4
0.18
0.05
0.16
0.38
170. Myrtaceae Indet. 1 7
0.31
0.14
0.47
0.92
171. Myrtaceae Indet. 2 1
0.04
0.04
0.08
0.16
172. Myrtaceae Indet. 3 1
0.04
0.01
0.08
0.14
173. Myrtaceae Indet. 4 1
0.04
0.04
0.08
0.16
174. Myrtaceae Indet. 5 1
0.04
0.01
0.08
0.13
175. Psidium brownianum DC. 2
0.09
0.01
0.16
0.26
176. Psidium cf. myrtoides O. Berg 1
0.04
0.03
0.08
0.15
177. Psidium sp. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
30.
Nyctaginaceae
178. Andradea floribunda Allemão 1
0.04
0.01
0.08
0.13
179. Guapira aff. nitida ( Schmidt) Lundell 8
0.35
0.15
0.55
1.05
180. Guapira aff. opposita (Vell.) Reitz 150
6.57
5.20
3.06
14.83
Continua...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
97
Família/Espécie N
DR
DoR
FR
VI
181. Neea floribunda Poepp. & Endl. 4
0.18
0.07
0.24
0.48
31.
Ochnaceae
182. Ouratea sp. 1
0.04
0.03
0.08
0.15
32.
Olacaceae
183. Heisteria blanchetiana (Engler) Sleumer 2
0.09
0.04
0.16
0.28
184. Olacaceae Indet. 1 4
0.18
0.06
0.24
0.47
185. Olacaceae Indet. 2 2
0.09
0.07
0.16
0.32
186. Schoepfia brasiliensis A.DC. 3
0.13
0.29
0.24
0.66
187. Tetrastylidium grandifolium (Baill.) Sleumer 7
0.31
0.20
0.39
0.90
33.
Oleaceae
188. Linociera micrantha Mart. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
189. Linociera sp.1 1
0.04
0.01
0.08
0.13
190. Linociera sp.2 2
0.09
0.02
0.16
0.26
34.
Passifloraceae
191. Passiflora ovalis Vell. ex M. Roem. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
35.
Phyllantaceae
192. Margaritaria nobilis L.f 2
0.09
0.03
0.16
0.28
193. Margaritaria sp. 1
0.04
0.19
0.08
0.32
36.
Picramniaceae
194. Picramnia cf. ramiflora Planchon 2
0.09
0.02
0.16
0.26
37.
Polygalaceae
195. Securidaca sp. 1
0.04
0.01
0.08
0.14
38.
Polygoniaceae
196. Coccoloba cf. moseni Lindau 6
0.26
0.12
0.39
0.78
197. Coccoloba lucidula Benth. 4
0.18
0.03
0.31
0.52
198. Coccoloba oblonga Lindau 1
0.04
0.13
0.08
0.25
39.
Proteaceae
199. Roupala aff. paulensis Sleumer 2
0.09
0.07
0.16
0.31
40.
Putranjivaceae
200. Drypetes sp. 2
0.09
0.29
0.16
0.53
41.
Rhamnaceae
201. Colubrina glandulosa Perkins 1
0.04
0.07
0.08
0.19
42.
Rubiaceae
202. Alseis cf. floribunda Schott 33
1.45
1.38
1.33
4.16
203. Amaioua cf. intermedia Mart. 12
0.53
0.36
0.63
1.51
204. Chomelia sp.1 2
0.09
0.03
0.16
0.27
205. Chomelia sp.2 1
0.04
0.01
0.08
0.13
206. Coussarea capitata (Benth.) Benth. & Hook. f. 2
0.09
0.02
0.08
0.19
207. Coussarea sp. 1
0.04
0.02
0.08
0.14
208. Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum 7
0.31
0.56
0.47
1.34
209. Faramea hyacinthina Mart. 1
0.04
0.04
0.08
0.16
210. Ixora cf. bracteolaris ll. Arg. 1
0.04
0.25
0.08
0.37
211. Psychotria carthagenensis Jacq. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
212. Psychotria subtriflora Müll. Arg. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
213. Psychotria vellosiana Benth. 5
0.22
0.08
0.39
0.69
214. Rubiaceae Indet. 5 3
0.13
0.05
0.24
0.41
215. Rudgea jasminoides (Cham.) Müll. Arg. 5
0.22
0.06
0.39
0.67
216. Rudgea sp. 2
0.09
0.02
0.08
0.18
43.
Rutaceae
217. Esenbeckia cf. leiocarpa Engl. 1
0.04
0.36
0.08
0.49
218. Esenbeckia grandiflora Mart. 3
0.13
0.03
0.24
0.40
219. Metrodorea maracasana Kaastra 20
0.88
1.58
0.31
2.77
220. Neoraputia alba (Nees & Mart.) Emmerich 1
0.04
0.01
0.08
0.13
221. Pilocarpus riedelianus Engl. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
Continua...
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
98
Família/Espécie N
DR
DoR
FR
VI
222. Rutaceae Indet. 2
0.09
0.07
0.08
0.23
223. Zanthoxylum fagara (L.) Sarg. 1
0.04
0.06
0.08
0.18
224. Zanthoxylum monogynum St.-Hil. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
225. Zanthoxylum petiolare A. St.-Hil. & Tul. 10
0.44
1.37
0.71
2.52
44.
Salicaceae
226. Banara kuhlmannii (Sleumer) Sleumer 1
0.04
0.01
0.08
0.13
227. Banara sp.1 1
0.04
0.07
0.08
0.19
228. Casearia arborea (Rich.) Urb. 29
1.27
1.23
1.73
4.22
229. Casearia javitensis Kunth. 61
2.67
1.48
2.04
6.19
230. Casearia melliodora Eichler 1
0.04
0.01
0.08
0.13
231. Casearia sylvestris Sw. 13
0.57
0.34
0.86
1.78
232. Xylosma prockia (Turcz.)Turcz. 7
0.31
0.71
0.31
1.33
45.
Sapindaceae
233. Allophylus edulis (A.St.-Hil.,Cambess & A. Juss.) Radlk. 1
0.04
0.01
0.08
0.13
234. Allophylus laevigatus (Turcz) Radlk. 14
0.61
0.36
0.63
1.60
235. Cupania emarginata Cambess 9
0.39
0.43
0.63
1.45
236. Cupania paniculata Cambess. 10
0.44
2.30
0.55
3.29
237. Paullinia racemosa Wawra 1
0.04
0.01
0.08
0.13
238. Paullinia sp 1
0.04
0.01
0.08
0.14
239. Serjania clematidifolia Cambess 4
0.18
0.04
0.16
0.37
240. Serjania ichthyoctona Radlk. 5
0.22
0.05
0.24
0.50
46.
Sapotaceae
241. Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.) Radlk. 4
0.18
0.04
0.16
0.37
242. Chrysophyllum rufum Mart. 1
0.04
0.58
0.08
0.70
243. Manilkara salzmannii (A. DC.) H.J. Lam 9
0.39
0.53
0.55
1.47
244. Pouteria bapeba T.D. Penn. 8
0.35
0.36
0.47
1.19
245. Pouteria grandiflora (A. DC.) Baehni 9
0.39
0.31
0.63
1.33
246. Pouteria procera (Mart.) T.D. Penn. 4
0.18
0.31
0.31
0.80
247. Pouteria venosa (Mart.) Baehni 1
0.04
0.02
0.08
0.14
248. Pouteria sp.1 1
0.04
0.02
0.08
0.14
249. Pradosia lactescens (Vell.) Radlk. 6
0.26
0.09
0.39
0.75
47.
Simaroubaceae
250. Simarouba amara Aubl. 8
0.35
1.53
0.55
2.43
48.
Solanaceae
251. Brunfelsia sp.1 2
0.09
0.06
0.16
0.31
252. Solanaceae Indet. 3 1
0.04
0.18
0.08
0.30
49.
Styracaceae
253. Styracaceae Indet. 1 1
0.04
0.06
0.08
0.18
254. Styrax camporum Pohl 2
0.09
0.09
0.16
0.34
50.
Symplocaceae
255. Symplocos nitens Benth. 3
0.13
0.04
0.24
0.41
256. Symplocos sp. 1
0.04
0.09
0.08
0.21
51.
Vitaceae
257. Cissus sp. 2
0.09
0.02
0.08
0.18
258. Cissus sp.1 1
0.04
0.01
0.08
0.13
52
Vochysiaceae
259. Erisma sp. 7
0.31
0.19
0.55
1.04
260. Qualea sp.1 2
0.09
0.06
0.16
0.31
261. Qualea sp.2 4
0.18
0.11
0.31
0.59
262. Vochysia sp. 1
0.04
0.15
0.08
0.27
263. Desconhecida 1
1
0.04
0.13
0.08
0.25
264. Desconhecida 2
1
0.04
0.21
0.08
0.33
265. Mortas
144
6.31
7.69
3.45
17.45
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
99
Tabela 3. Resumo dos resultados das análises de correspondência canônica da abundância de 35 espécies nas 50
parcelas utilizadas para inventariar a Mata do Brejo Novo, Jequié, Bahia, em interação com variáveis ambientais e
espaciais, e dos testes de permutação de Monte Carlo correspondentes. São fornecidos resultados para os dois
primeiros eixos de ordenação e resultados globais que aparecem centralizados entre os dois eixos.
CCAs* 1: Ambiente 2: Espaço 3: Ambiente –
Espaço
4: Espaço –
Ambiente
Eixos: 1 2 1 2 1 2 1 2
Autovalores 0,140 0,078 0,198 0,141 0,086 0,041 0,144 0,126
Correlações espécie × ambiente ou
espaço
0,759 0,736 0,881 0,832 0,834 0,740 0,860 0,872
Variância percentual cumulativa (%):
de dados das espécies 6,8
10,5 9,6
16,4 5,7
8,3
8,0 14,9
de relações espécie × ambiente ou
espaço
55,3 85,9 36,
61,5 58,7 86,4 32,6 61,1
Soma de autovalores canônicos
(traço)
0,254 0,551 0,146 0,443
Variância total explicada (%): 12,29 26,66 7,06 21,43
Testes de permutação de Monte
Carlo:
Primeiro eixo canônico: F 3,332
4,672
2,458
3,547
P 0,002
0,002
0,002
0,002
Todos os eixos canônicos: F 2,146 3,199 1,457 2,654
P 0,002 0,002 0,010 0,002
Correlações internas com os eixos (r):
Cálcio (Ca) 0,23 0,69
–0,34 0,75
Argila 0,22 0,49
–0,82 –0,40
Elevação –0,99 –0,10
0,18 –0,57
Latitude
0,90 –0,15
0,05 0,19
Longitude
0,28 0,20
0,19 0,33
Latitude
2
0,85 0,04
0,38 0,14
Latitude
3
0,80 0,13
0,47 0,16
Latitude
2
×Longitude
0,90 0,38
0,63 0,62
* Inércia total ou soma de todos os autovalores: 2,381
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
100
Tabela 4. Espécies com resultados significativos na análise de espécie indicadoras (ISA) realizada com base em
cinco habitats de substrato definidos pela posição na encosta e fertilidade do solo em termos de níveis de cálcio e
teores de argila. Freqüência relativa no grupo = % de indicação perfeita ou de parcelas no grupo onde a espécie está
presente, VIO = valor indicador observado, VIE = valor indicador esperado (média, desvio padrão e significância).
Habitats de Elevação Freqüência relativa (%) VIO VIE
Espécie BE ME TE Média SD P
Base da Encosta – BE
Allophylus laevigatus (Turcz.) Radlk. 29 13 0 23,4 13,1 5,6
*
Ocotea complicata (Meisn.) Mez 29 6 0 26,0 12,8 5,6
*
Erythroxylum sp.1 43 19 8 28,6 17,4 6,0
*
Myrcia eximia DC. 57 25 0 45,3 20,1 6,3
**
Meia Encosta – ME
Ocotea velutina (Nees) Rohwer 24 56 0 42,4 17,6 5,7
**
Casearia arborea (Rich.) Urb. 43 69 15 43,2 23,4 5,5
**
Myrcia acuminatissma O. Berg 33 50 8 34,6 19,4 5,9
*
Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth. 38 69 8 40,3 22,7 6,5
*
Casearia javitensis Kunth 48 35 71 44,8 26,9 6,6
*
Guapira opposita (Vell.) Reitz 81 94 54 47,2 34,0 5,0
*
Topo da Encosta – TE
Casearia sylvestris Sw. 14 13 46 29,1 15,3 5,3
*
Inga capitata Desv. 14 13 38 27,7 14,7 5,8
*
Xylopia sericea A. St. Hil. 14 31 69 48,6 20,5 6,0
**
Habitats de Fertilidade de Solo (Ca + argila) Freqüência relativa (%) VIO VIE
Espécie FB FM FA Média SD P
Fertilidade Baixa – FB
Inga subnuda (Turcz.) Radlk. 1 2 28 28,5 13,7 5,5
*
Sygarus botryophora (Meisn.) Mez 0 9 29 29,1 17,5 5,7
*
Fertilidade Média – FM [nenhum resultado significativo]
Fertilidade Alta – FA
Ocotea velutina (Nees) Rohwer 33 2 6 32,6 17,9 6,0
*
* p < 0,05; ** p < 0,01; *** p < 0,001.
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
101
Tabela 5. Levantamentos do nordeste com critério de inclusão PAP 15 cm ou DAP = 5 cm utilizadas para comparação com a mata do Brejo Novo. UF -
Unidade federativa; AA = área amostral; N = número de espécies; DT = densidade total; ABT = área basal; Amax = Altura máxima; Amed = Altura média; Amin =
Altura mínima; H' = Indicie de diversidade de Shannon; n/r = dado não informado pelo autor.
FLORESTA OMBRÓFILA DE TERRAS BAIXAS
Levantamentos
UF AA (ha)
N Alt (m) DT
(ind./ha)
ABT
(m²ha-¹)
Amax
(m)
Dmax
(cm)
Dmed
(cm)
H'
Siqueira et al. (2001) PE 1,0 82 10 − 80 1.657 27,5 26 79,6 11,5 3,5
A.C. Lins e Silva, dados não publicados PE 0,4 780 50 780 24,7 28 77,1 14,9 3,4
M.R.V. Barbosa, dados não publicados (Campus) PB 0,5 52 50 3.002 24,4 25 87,5 n/r 2,7
M.R.V. Barbosa, dados não publicados (Buraquinho) PB 0,5 41 50 2.437 30,1 26 66,5 n/r 2,8
Paraguassú, dados não publicados BA 0,3 144 1.490 28,5 35 130,5 12,0 4,5
FLORESTAS OMBRÓFILAS MONTANAS
Levantamentos
UF AA (ha)
N Alt (m) DT
(ind./ha)
ABT
(m²ha-¹)
Amax
(m)
Dmax
(cm)
Dmed
(cm)
H'
Tavares et al. (2000) PE 1,0 91 900 − 1.000 1.562 44,4 35 194,0 13,0 3,7
Rodal & Nascimento (2001) PE 1,0 51 900 − 980 1.527 50,6 35 183,8 14,0 2,7
Ferraz,E.M. & Rodal, M.J.N (2006) PE 1,0 152 600 − 640 1.521 44,2 36 244,8 13,4 n/r
L.M.Nascimento, dados não publicados PE 1,0 62 900 − 1.100 1.657 40,8 30 105,0 14,2 n/r
M.L.C. Neves, dados não publicados BA 1,1 353 300 − 800 1.967 51,4 38 104,9 n/r 5,2
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DE TERRAS BAIXAS
Levantamentos
UF AA (ha)
N Alt (m) DT
(ind./ha)
ABT
(m²ha-¹)
Amax
(m)
Dmax
(cm)
Dmed
(cm)
H'
Andrade & Rodal (2004) PE 1,0 89 100 − 170 1.145 23,9 32 77,3 13,1 3,4
Continua....
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
102
Tabela 5. Continuação...
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA
Levantamentos
UF AA
(ha)
N Alt (m) DT
(ind./ha)
ABT
(m²ha-¹)
Amax
(m)
Dmax
(cm)
Dmed
(cm)
H'
L.S. Funch, dados não publicados (encosta) BA n/r 47 500 − 800 440 n/r 20 55,00 15 n/r
M.T.S. Stradman, dados não publicados (encosta) BA 1,3 105 950 − 1.000 1.184 15,54 20 44.39
12,76
3,6
L.A. Passos, dados não publicados BA 0,2 50 900 1.423 17,22 16 56,25 10,11
3,4
Área de estudo BA 1,0 2.656
617− 755 2.283 27,1 25 80,04 10,20
4,4
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL MONTANA
Levantamentos UF
AA
(ha)
N Alt (m)
DT
(ind./ha)
ABT
(m²ha-¹)
Amax
(m)
Dmax
(cm)
Dmed
(cm)
H'
A.O. Soares-Filho, dados não publicados BA 0,2 42 830 1.104 14,29 18 3,2
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...
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