familiares fortalece tal paciente, sendo esse um fator que diminui a sensação de
fragilidade provocada pela doença (GUTIÉRREZ et al., 2007).
Há, porém, situações em que o idoso não recebe o apoio da família.
Experiências têm demonstrado que idosos com doenças crônicas, que se tornam
dependentes, podem ser um fardo para a família. Há, também, situações em que o
idoso sofre agressões de seus familiares, sendo recebido, muitas vezes, em casas
de apoio precisando de atenção e cuidados de saúde.
Outra vivência comum, presente, principalmente, no envelhecimento e
observada na fala de Sérgio, é o fato de um idoso cuidar do outro. Nessa
experiência, a esposa é, com freqüência, a cuidadora primária de idosos, seguida da
filha.
Dessa forma, pessoas que vivenciam o envelhecimento ou que já se
encontram na velhice, assumem a tarefa de cuidar, embora possam elas mesmas
apresentar alterações em sua saúde (DIOGO; CEOLIM; CINTRA, 2005).
Outro tipo de apoio, encontrado pelos idosos após o diagnóstico de sua
doença, tem sido o apoio profissional.
Dario, Regina e Carlos, no tema Apoio Profissional, comentaram, em
especial, o apoio da enfermeira. Gostaram de receber seus cuidados e orientações,
além de serem ouvidos pela profissional em determinados momentos.
O saber da escuta deve ser estimulado entre os profissionais que cuidam de
idosos, pois estes levam mais tempo e apresentam maior dificuldade para relatar
suas queixas ou necessidades.
Em um estudo de Cesar e Santos (2005) sobre a percepção de cuidadores
familiares em um programa de alta hospitalar, foi destacado, pelos idosos, que eram
cuidados, que o contato direto com a enfermeira estimula o desenvolvimento de
estratégias para a sua recuperação.
Vale lembrar que, no processo de aprendizado, “ensinar exige respeito aos
saberes dos educandos” (FREIRE, 1996, p. 30). E, diante dessas assertivas, os
estudos sobre educação em saúde têm, como um de seus objetivos, “fornecer
subsídios para que as pessoas adquiram uma consciência crítica, que sejam
capazes de encontrar formas e alternativas para resolver os seus problemas de
saúde e/ou doença” (SOUZA et al., 2006, p. 61).