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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO TECNOLÓGICO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Simara Callegari
ANÁLISE DA COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS
EM TRÊS EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS
MULTIFAMILIARES
Florianópolis
2007
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Simara Callegari
ANÁLISE DA COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS
EM TRÊS EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS
MULTIFAMILIARES
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
graduação em Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Federal de Santa Catarina para a
obtenção do título de Mestre em Arquitetura e
Urbanismo.
Área de concentração:
Sistemas e Processos Construtivos
Orientador:
Prof. Dr. Fernando Barth
Florianópolis
2007
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ANÁLISE DA COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS EM TRÊS
EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS MULTIFAMILIARES
SIMARA CALLEGARI
Esta dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de:
MESTRE EM ARQUITETURA E URBANISMO
Especialidade PROCESSOS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS e aprovada em sua
forma final pelo Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo
_______________________________________
Prof. Fernando Barth, Dr. Eng.
(orientador)
_______________________________________
Prof. Carolina Palermo, Drª. Arqª
(coordenadora do curso)
COMISSÃO EXAMINADORA
_______________________________________
Prof. Wilson Jezus da Cunha Silveira, Dr. Arq. (UFSC)
_______________________________________
Profª. Marta Dischinger, Drª Arqª. (UFSC)
_______________________________________
Prof. Marco Antônio Arancibia Rodríguez, Dr. Eng. (UNERJ)
_______________________________________
Prof. Silvio Burrattino Melhado, Dr. Eng. (USP)
A minha mãe Professora Maria Salete de
Matos e ao meu esposo Hamilton Lyra
Adriano pelo suporte, atenção e carinho
durante os anos de estudo.
AGRADECIMENTOS
Ao Professor Dr. Fernando Barth pela dedicação, que não exitou em
transpassar seus conhecimentos e experiências, como também pela confiança
em mim depositada.
Ao grande amigo do Laboratório de Sistemas Construtivos, Luiz
Henrique Vefago.
Aos colegas de trabalho e arquitetos do Desenho Alternativo.
E a todos aqueles que de maneira direta ou indireta contribuíram para a
materialização desta pesquisa.
i
RESUMO
Esta pesquisa propõe estabelecer uma análise para a compatibilização de
projetos em empreendimentos residenciais multifamiliares. Os três estudos
estão localizados na cidade de Florianópolis no estado de Santa Catarina, são
construções de pado classe média alta e serão chamados de “A”, “B” e “C”.
Neste trabalho é analisado um bloco de cada empreendimento, onde a
verificação da compatibilização é focada nos pavimentos tipo.
Estas análises dos estudos de caso são realizadas através dos projetos
arquitetônicos, estruturais e complementares, visando a conformidade,
padronização e compatibilidade dos elementos construtivos nas unidades de
habitação.
Propõe-se demonstrar a necessidade da compatibilização dos projetos através
da aplicação de tabelas de verificação (check list) nas plantas baixas
sobrepostas e cortes dos diversos projetos envolvidos, buscando o aumento do
desempenho da produção, da gestão de projetos e da melhoria da qualidade
da construção.
Desta forma, busca-se proporcionar subsídios aos profissionais da área para a
racionalização dos processos projetuais, e a conseqüente redução de
improvisações na obra, retrabalhos e desperdícios de insumos na construção.
A análise propõe demonstrar uma otimização dos recursos que deverão ser
aplicados na construção na fase inicial deste processo, onde as soluções
podem ser mais eficazes e definidoras das etapas subseqüentes.
Palavras-chave: Compatibilização, projeto, qualidade da construção.
ii
ABSTRACT
This research proposes to establish an analysis for compatibilization of projects
in multifamiliar housing enterprises. The three case studies, which are located
in Florianópolis, State of Santa Catarina, are upper-middle-class buildings and
will be called “A”, “B” and “C”. In this work, I will analyze one apartment block of
each one of the enterprises and the compatibility verification is focused on the
type floors.
These case studies analysis are done through the architectural, the structural
and the complementary projects, aiming at the conformity, the standardization
and the compatibility of the constructive elements in the housing unities.
The proposal is to demonstrate the necessity of the projects compatibilization
through the application of check lists in the superposed floor plans and with
section cuts of the several projects involved, aiming at the increase of the
production development, the projects management and the improvement of the
building quality.
In this sense, this work intends to provide subsidies to the professionals in this
area to the rationalization of project processes, and the consequent reduction of
improvisation in the construction, reworks and waste of input in the construction.
Therefore, the analysis proposes to demonstrate an optimization of the
resources that must be used in the initial phase of the building process, where
the solutions might be more efficient as they might also define the subsequent
stages.
Keywords: Compatibility, project, building quality.
iii
SUMÁRIO
RESUMO .........................................................................................................................i
ABSTRACT ....................................................................................................................ii
SUMÁRIO ......................................................................................................................iii
LISTA DE FIGURAS .....................................................................................................vi
LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS ...........................................................................viii
1. INTRODUÇÃO .........................................................................................................01
1.1 OBJETIVOS ...........................................................................................................06
1.1.1 Objetivo Geral ..........................................................................................06
1.1.2 Objetivos Específicos ...............................................................................06
1.2 HIPÓTESE .............................................................................................................06
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO ...............................................................................07
1.4 MÉTODO ................................................................................................................08
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...............................................................................11
2.1 PROCESSO PROJETUAL .....................................................................................11
2.2 ENGENHARIA SIMULTÂNEA ................................................................................15
2.3 SISTEMAS CONSTRUTIVOS ................................................................................17
2.3.1 Racionalização .........................................................................................17
2.3.2 Qualidade na obra ...................................................................................19
2.3.3 Lean construction .....................................................................................21
2.4 EDIFICAÇÃO COMO PRODUTO FINAL ...............................................................24
2.4.1 Diferenciação do produto .........................................................................24
2.4.2 Qualidade de vida no imóvel período pós-ocupação ............................26
2.5 GESTÃO E COORDENAÇÃO DE PROJETOS .....................................................28
2.5.1 Verificação da conformidade de projetos .................................................31
2.6 COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS ..................................................................33
2.6.1 Verificação de incompatibilidades ............................................................36
2.7 AÇÃO MULTIDISCIPLINAR DOS AGENTES ENVOLVIDOS ................................38
2.8 QUALIDADE NO PROJETO ..................................................................................40
3. ANÁLISE DOS ESTUDOS DE CASO .....................................................................42
iv
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO PROJETUAL ............................................42
3.2 RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR “A” .....................................................................48
3.2.1 Descrição do projeto arquitetônico ..........................................................48
3.2.2 Caracterização do pavimento tipo ...........................................................49
3.2.3 Caracterização do projeto estrutural ........................................................50
3.2.4 Caracterização do projeto elétrico ...........................................................51
3.2.5 Caracterização do projeto hidro-sanitário ................................................51
3.2.6 Caracterização do projeto de ar-condicionado ........................................52
3.2.7 Verificação da conformidade ...................................................................52
3.2.8 Compatibilização entre os projetos arquitetônico e estrutural .................58
3.2.9 Compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e elétrico ....63
3.2.10 Compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e hidro-
sanitário ........................................................................................................................66
3.2.11 Compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e
condicionamento de ar .................................................................................................70
3.3 RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR “B” .....................................................................74
3.3.1 Descrição do projeto arquitetônico ..........................................................74
3.3.2 Caracterização do pavimento tipo ...........................................................75
3.3.3 Caracterização do projeto estrutural ........................................................76
3.3.4 Caracterização do projeto elétrico ...........................................................77
3.3.5 Caracterização do projeto hidro-sanitário ................................................78
3.3.6 Caracterização do projeto de ar-condicionado ........................................79
3.3.7 Verificação da conformidade ...................................................................80
3.3.8 Compatibilização entre os projetos arquitetônico e estrutural .................85
3.3.9 Compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e elétrico ....90
3.3.10 Compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e hidro-
sanitário ........................................................................................................................94
3.3.11 Compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e
condicionamento de ar .................................................................................................98
3.4 RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR “C” ...................................................................103
3.4.1 Descrição do projeto arquitetônico ........................................................103
3.4.2 Caracterização do pavimento tipo .........................................................104
3.4.3 Caracterização do projeto estrutural ......................................................105
3.4.4 Caracterização do projeto elétrico .........................................................106
3.4.5 Caracterização do projeto hidro-sanitário ..............................................107
v
3.4.6 Caracterização do projeto de ar-condicionado ......................................107
3.4.7 Verificação da conformidade .................................................................108
3.4.8 Compatibilização entre os projetos arquitetônico e estrutural ...............113
3.4.9 Compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e elétrico ..118
3.4.10 Compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e hidro-
sanitário ......................................................................................................................121
3.4.11 Compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e
condicionamento de ar ...............................................................................................126
3.5 ANÁLISE COMPARATIVA DAS INCOMPATIBILIDADES ENTRE OS PROJETOS
DOS ESTUDOS DE CASO ........................................................................................130
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................133
4.1 CONSIDERAÇÕES QUANTO AO PROCESSO PROJETUAL E A
PADRONIZAÇÃO GRÁFICA ......................................................................................133
4.2 CONSIDERAÇÕES QUANTO A ANÁLISE DAS INCOMPATIBILIDADES .........134
4.3 RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS TRABALHOS ........................................135
ANEXOS ....................................................................................................................136
REFERÊNCIAS ..........................................................................................................139
vi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 Organograma das etapas. .....................................................................................07
Figura 2.1 Esquema do processo projetual. ...........................................................................11
Figura 2.2 Fluxograma da estrutura do processo de produção. .............................................30
Figura 3.1 Perspectiva do residencial composto por três blocos. ...........................................48
Figura 3.2 Implantação do residencial composto por três blocos. ..........................................49
Figura 3.3 Planta baixa do pavimento tipo do bloco 02. .........................................................49
Figura 3.4 Corte longitudinal do bloco 02. ...............................................................................50
Figura 3.5 Planta de forma do projeto estrutural do pavimento tipo do bloco 02. ...................50
Figura 3.6 Planta baixa do projeto elétrico do pavimento tipo do bloco 02. ............................51
Figura 3.7 Planta baixa do projeto hidro-sanitário do pavimento tipo do bloco 02. .................52
Figura 3.8 Planta baixa do projeto de ar condicionado do pavimento tipo do bloco 02. .........52
Figura 3.9 Planta baixa dos projetos arquitetônico e estrutural. .............................................59
Figura 3.10 Planta baixa desalinhamento de pilar e parede. ..................................................61
Figura 3.11 Planta baixa desalinhamento de pilar e parede. ..................................................61
Figura 3.12 Planta baixa intersecção de pilar e esquadria. ....................................................61
Figura 3.13 Corte intersecção de viga e esquadria. ...............................................................61
Figura 3.14 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e elétrico. ..............................64
Figura 3.15 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e hidro-sanitário. ..................67
Figura 3.16 Planta baixa intersecção de tubulações de água fria e água quente com
esquadria. ...................................................................................................................................69
Figura 3.17 Planta baixa detalhe desalinhamento dos aparelhos. ..........................................69
Figura 3.18 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e ar condicionado. ................71
Figura 3.19 Planta baixa detalhe dutos horizontais. ...............................................................73
Figura 3.20 Planta baixa intersecção de dutos com paredes. ................................................73
Figura 3.21 Perspectiva do residencial composto por dois blocos. ........................................74
Figura 3.22 Implantação do residencial composto por dois blocos. .......................................75
Figura 3.23 Planta baixa do pavimento tipo do bloco 02. .......................................................75
Figura 3.24 Corte longitudinal do bloco 02. .............................................................................76
Figura 3.25 Planta de forma do projeto estrutural do pavimento tipo do bloco 02. .................77
Figura 3.26 Planta baixa do projeto elétrico do pavimento tipo do bloco 02. ..........................78
Figura 3.27 Planta baixa do projeto hidro-sanitário do pavimento tipo do bloco 02. ..............79
Figura 3.28 Planta baixa do projeto de ar condicionado do pavimento tipo do bloco 02. .......80
Figura 3.29 Planta baixa dos projetos arquitetônico e estrutural. ...........................................86
Figura 3.30 Planta baixa desalinhamento de pilar e parede. ..................................................88
Figura 3.31 Planta baixa desalinhamento de pilar e parede. ..................................................88
Figura 3.32 Planta baixa intersecção pilar com esquadria. .....................................................88
vii
Figura 3.33 Planta baixa desalinhamento de viga com parede. .............................................88
Figura 3.34 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e elétrico. ..............................91
Figura 3.35 Planta baixa intersecção de quadro de distribuição com pilar. ............................93
Figura 3.36 Planta baixa afastamento de interruptor com porta. ............................................93
Figura 3.37 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e hidro-sanitário. ..................95
Figura 3.38 Planta baixa desalinhamento prumadas de esgoto e pluvial com parede. ..........97
Figura 3.39 Planta baixa desalinhamento dos aparelhos e intersecção com esquadria. .......97
Figura 3.40 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e ar condicionado. ...............99
Figura 3.41 Planta baixa intersecção dutos com vigas. ........................................................101
Figura 3.42 Planta baixa posicionamento condicionamento de ar em parede baixa. ...........101
Figura 3.43 Planta baixa intersecção da saída dos dutos com esquadria. ...........................101
Figura 3.44 Perspectiva do residencial composto por seis blocos. .......................................103
Figura 3.45 Implantação do residencial composto por seis blocos. ......................................104
Figura 3.46 Planta baixa do pavimento tipo do bloco 03. .....................................................104
Figura 3.47 Corte longitudinal do bloco 03. ...........................................................................105
Figura 3.48 Planta de forma do projeto estrutural do pavimento tipo do bloco 03. ...............106
Figura 3.49 Planta baixa do projeto elétrico do pavimento tipo do bloco 03. ........................106
Figura 3.50 Planta baixa do projeto hidro-sanitário do pavimento tipo do bloco 03. .............107
Figura 3.51 Planta baixa do projeto de ar condicionado do pavimento tipo do bloco 03. .....108
Figura 3.52 Planta baixa dos projetos arquitetônico e estrutural. .........................................114
Figura 3.53 Planta baixa desalinhamento de pilar com parede. ...........................................116
Figura 3.54 Planta baixa desalinhamento de pilar com parede. ...........................................116
Figura 3.55 Planta baixa intersecção pilar com esquadria. ..................................................116
Figura 3.56 Planta baixa desalinhamento de viga com parede. ...........................................116
Figura 3.57 Planta baixa intersecção viga com duto. ...........................................................117
Figura 3.58 Planta baixa intersecção viga com duto. ...........................................................117
Figura 3.59 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e elétrico. ...........................119
Figura 3.60 Planta baixa com desalinhamento do ponto de iluminação. ..............................120
Figura 3.61 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e hidro-sanitário. ................122
Figura 3.62 Planta baixa intersecção prumada de água fria com esquadria. .......................124
Figura 3.63 Planta baixa desalinhamento da prumada de esgoto com parede. ...................124
Figura 3.64 Planta baixa desalinhamento da prumada de pluvial com parede. ....................125
Figura 3.65 Planta baixa detalhe desalinhamento dos aparelhos. ........................................125
Figura 3.66 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e ar condicionado. ..............127
Figura 3.67 Planta baixa intersecção dutos com pilar. ..........................................................129
Figura 3.68 Planta baixa intersecção dutos com parede. .....................................................129
Figura 3.69 Planta baixa intersecção dutos com vigas. ........................................................129
viii
LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS
Tabela 3.1 Verificação da conformidade dos projetos arquitetônico e estrutural no estudo de
caso A. ........................................................................................................................................54
Tabela 3.2 Verificação da conformidade dos projetos arquitetônico, estrutural e elétrico no
estudo de caso A. .......................................................................................................................55
Tabela 3.3 Verificação da conformidade dos projetos arquitetônico, estrutural e hidro-sanitário
no estudo de caso A. ..................................................................................................................56
Tabela 3.4 Verificação da conformidade dos projetos arquitetônico, estrutural e de ar
condicionado no estudo de caso A. ............................................................................................57
Tabela 3.5 Verificação de incompatibilidades dos projetos arquitetônico e estrutural no estudo
de caso A. ...................................................................................................................................60
Tabela 3.6 Verificação de incompatibilidades dos projetos arquitetônico, estrutural e elétrico
no estudo de caso A. ..................................................................................................................65
Tabela 3.7 Verificação de incompatibilidades dos projetos arquitetônico, estrutural e hidro-
sanitário no estudo de caso A. ...................................................................................................68
Tabela 3.8 Verificação de incompatibilidades dos projetos arquitetônico, estrutural e de ar
condicionado no estudo de caso A. ............................................................................................72
Tabela 3.9 Verificação da conformidade dos projetos arquitetônico e estrutural no estudo de
caso B. ........................................................................................................................................81
Tabela 3.10 Verificação da conformidade dos projetos arquitetônico, estrutural e elétrico no
estudo de caso B. .......................................................................................................................82
Tabela 3.11 Verificação da conformidade dos projetos arquitetônico, estrutural e hidro-
sanitário no estudo de caso B. ...................................................................................................83
Tabela 3.12 Verificação da conformidade dos projetos arquitetônico, estrutural e de ar
condicionado no estudo de caso B. ............................................................................................84
Tabela 3.13 Verificação de incompatibilidades dos projetos arquitetônico e estrutural no
estudo de caso B. .......................................................................................................................87
Tabela 3.14 Verificação de incompatibilidades dos projetos arquitetônico, estrutural e elétrico
no estudo de caso B. ..................................................................................................................92
Tabela 3.15 Verificação de incompatibilidades dos projetos arquitetônico, estrutural e hidro-
sanitário no estudo de caso B. ...................................................................................................96
Tabela 3.16 Verificação de incompatibilidades dos projetos arquitetônico, estrutural e de ar
condicionado no estudo de caso B. ..........................................................................................100
Tabela 3.17 Verificação da conformidade dos projetos arquitetônico e estrutural no estudo de
caso C. .....................................................................................................................................109
Tabela 3.18 Verificação da conformidade dos projetos arquitetônico, estrutural e elétrico no
estudo de caso C. .....................................................................................................................110
ix
Tabela 3.19 Verificação da conformidade dos projetos arquitetônico, estrutural e hidro-
sanitário no estudo de caso C. .................................................................................................111
Tabela 3.20 Verificação da conformidade dos projetos arquitetônico, estrutural e de ar
condicionado no estudo de caso C. .........................................................................................112
Tabela 3.21 Verificação de incompatibilidades dos projetos arquitetônico e estrutural no
estudo de caso C. .....................................................................................................................115
Tabela 3.22 Verificação de incompatibilidades dos projetos arquitetônico, estrutural e elétrico
no estudo de caso C. ................................................................................................................120
Tabela 3.23 Verificação de incompatibilidades dos projetos arquitetônico, estrutural e hidro-
sanitário no estudo de caso C. .................................................................................................123
Tabela 3.24 Verificação de incompatibilidades dos projetos arquitetônico, estrutural e de ar
condicionado no estudo de caso C. .........................................................................................128
Tabela 3.25 Quadro dos elementos conflitantes nos projetos arquitetônico e estrutural. .....130
Tabela 3.26 Quadro dos elementos conflitantes nos projetos arquitetônico, estrutural e hidro-
sanitário. ...................................................................................................................................131
Tabela 3.27 Quadro dos elementos conflitantes nos projetos arquitetônico, estrutural e ar
condicionado. ...........................................................................................................................131
Gráfico 3.1 Percentual de pessoas envolvidas no processo projetual CAD. ..........................44
Gráfico 3.2 Percentual de empresas certificadas. ...................................................................44
Gráfico 3.3 Empresas que consultam as normas. ...................................................................44
Gráfico 3.4 Empresas que subsidiam treinamento CAD. ........................................................44
Gráfico 3.5 Programas de representação gráfica. ...................................................................45
Gráfico 3.6 Tipos de arquivos utilizados. .................................................................................45
Gráfico 3.7 Percentual de utilização das bibliotecas de blocos de desenho nas empresas. ..46
Gráfico 3.8 Verificação das incompatibilidades entre os projetos arquitetônico e estrutural. .62
Gráfico 3.9 Verificação das incompatibilidades entre os projetos arquitetônico, estrutural e
hidro-sanitário. ............................................................................................................................70
Gráfico 3.10 Verificação das incompatibilidades entre os projetos arquitetônico, estrutural e
de ar condicionado. ....................................................................................................................73
Gráfico 3.11 Verificação das incompatibilidades entre os projetos arquitetônico e
estrutural......................................................................................................................................89
Gráfico 3.12 Verificação das incompatibilidades entre os projetos arquitetônico, estrutural e
elétrico. .......................................................................................................................................93
Gráfico 3.13 Verificação das incompatibilidades entre os projetos arquitetônico, estrutural e
hidro-sanitário. ...........................................................................................................................98
Gráfico 3.14 Verificação das incompatibilidades entre os projetos arquitetônico, estrutural e
de ar condicionado. ..................................................................................................................101
x
Gráfico 3.15 Verificação das incompatibilidades entre os projetos arquitetônico e estrutural.
...................................................................................................................................................117
Gráfico 3.16 Verificação das incompatibilidades entre os projetos arquitetônico, estrutural e
hidro-sanitário. ..........................................................................................................................125
Gráfico 3.17 Verificação das incompatibilidades entre os projetos arquitetônico, estrutural e
de ar condicionado. ..................................................................................................................129
Gráfico 3.18 Percentual de elementos conflitantes nos estudos de caso. ............................132
1

INTRODUÇÃO
A indústria, de maneira geral, passa por um momento de intensa mudança,
dinamismo e competição.
O setor da construção civil tem participação fundamental na economia,
sendo este um momento propício para transformações de postura deste setor,
em particular na fase de transição entre projetos e execução.
Para gerar respostas e acompanhar o desenvolvimento competitivo, a
indústria do setor se depara com necessidades de ampliar a produtividade,
reduzir custos, melhorar a qualidade dos produtos, atender a demanda e a
onda mercadológica, estar inserida e atender aos programas de qualidade.
Segundo Fabrício (2002) uma das principais dificuldades de interface é
identificar os mercados e compreender as demandas dos clientes, ou seja, não
basta perguntar o que os clientes desejam, pois, muitas vezes, suas respostas
são inconclusivas, conflitantes e mutuamente excludentes, onde é necessário
compreender suas necessidades e desejos e “negociar” as várias demandas
de forma a obter combinações factíveis e, ao mesmo tempo, satisfatórias aos
clientes e competitivas no mercado.
Os residenciais multifamiliares, como estudos de caso, refletem nesta
temática características tanto quanto complexas e de imprescindível análise,
tais como: modulação; prumadas; dutos; shafts e circulações.
Estes fatores podem gerar uma diversidade nas soluções a serem
alcançadas e dificultar a qualidade, o tempo e custos da execução.
Com a privatização de empresas estatais, a lei de licitações e contratos,
as exigências de qualidade pelos clientes privados e com o código de defesa
do consumidor, os empresários e profissionais do setor têm voltado seus
esforços para repensar e agir sobre as antigas formas de produção, pois esta
atitude está inserida num mercado altamente competitivo, estimulado pelo
2
desafio de oferecer um produto diferenciado e economicamente acessível
satisfazendo às exigências dos clientes.
Geralmente o cliente precede o produto, se desconsidera cuidados
técnicos e operacionais que transformam a construção de uma residência
unifamiliar em um tipo de construção empírica. Muitas vezes o proprietário tem
mais poder que os profissionais envolvidos. Perdendo-se, assim, o controle da
obra.
Wood (1993) ao discutir a implementação de sistemas de qualidade em
empresas, afirma que apenas mudanças profundas possibilitam um avanço
verdadeiro, e tais mudanças somente ocorrem quando rompem-se paradigmas,
barreiras, limites estruturais e consegue-se ir além, unindo a teoria e a prática,
mudando a cognição, a atitude e o comportamento.
Segundo Motteu e Cnudde (1989) a qualidade não é apenas resultado
de cuidados relativos aos insumos utilizados no processo de redução,
envolvendo materiais, mão-de-obra e controle dos serviços contratados.
Quando a atividade de projeto é pouco valorizada, os projetos são entregues à
obra repletos de erros e de lacunas, levando a grandes perdas de eficiência
nas atividades de execução, bem como ao prejuízo de determinadas
características do produto que foram idealizadas antes de sua execução. Isso é
comprovado pelo grande número de problemas patológicos dos edifícios
atribuídos às falhas de projeto.
Os autores Melhado e Violani (1992) afirmam que na implementação de
sistemas de gestão da qualidade na construção de edifícios, é de importância
fundamental o fluxo de informações entre projeto e execução, onde é
necessário alcançar uma integração organizacional e tecnológica entre as duas
atividades, entre o que se concebeu e o que virá a se tornar realidade no
canteiro de obras.
Deve-se conscientizar de que o projeto tem auto - suficiência e
informação de alto-nível para permitir eficientes planejamentos e
programações, controle de materiais, execução, tempo, mão-de-obra, bem
como a qualidade destas, para subsidiar as atividades de produção em
canteiro.
Notam-se as dificuldades de implementação de ações voltadas à
evolução tecnológica do processo de produção da edificação. Por isso, as
3
empresas do setor em relação a esta melhoria devem focar e introduzir
mudanças nos processos construtivos, tendo organização e gestão da ordem
dos serviços, possibilitando uma evolução contínua.
Barros (1997) comenta que os aspectos organizacionais e de gestão do
processo de produção, por sua vez, são essenciais para sedimentar e fazer
evoluir os resultados inicialmente obtidos.
Segundo Albuquerque e Melhado (1998a) as realidades econômicas
mundiais e no país, quais sejam, globalização, maior exigência de qualidade
por parte dos clientes (junto com o código do consumidor), redução dos preços
das obras públicas e privadas, entre outras, tem levado o setor da construção
civil a buscar formas de melhorar sua eficiência no processo de produção quer
seja com o desenvolvimento de novas tecnologias, quer seja racionalizando o
processo tradicional e desenvolvendo novas formas de gestão, ou ainda,
desenvolvendo novas formas de relacionamento entre os seus diversos
agentes, com o objetivo de competir neste mercado.
Este relacionamento entre os profissionais envolvidos na área possibilita
um maior entrosamento entre as diferentes modalidades de projetos e etapas
deste processo, onde não existe um início definido em termos de “plantas ou
territórios”. Esta ação global onde as forças e capacitações intelectuais se
unem em prol de uma nova criação, possui um grande acerto e um fluxo de
trabalho ininterrupto. Assim, os erros se anulam, as dificuldades se tornam
satisfações e o esforço premeditado se realiza na materialização e no prazer
da satisfação de todos os profissionais intelectos e braçais bem como dos
usuários.
Para De Vries e Bruijn (1989) a compatibilização de projetos é
inicialmente determinada pela competência das pessoas envolvidas. Estes
autores acrescentam que um bom projeto somente é obtido com uma gestão
adequada do seu processo de desenvolvimento multidisciplinar, ou seja, com
uma correta coordenação das diferentes especialidades atuantes.
Com o aumento da atividade de projetar, cresce também o trabalho em
equipe, produzindo interações entre os profissionais, proporcionando um
aprendizado coletivo. Simultaneamente uma evolução contínua do sistema
interno para cada um destes profissionais, sendo que cada novo
empreendimento é único com características construtivas próprias, tanto pelo
4
seu tipo, modelo, época, recursos, local, entorno e inserção na sociedade,
exigindo organização, cooperação e esforços particulares de todos os
envolvidos.
O grande questionamento é o papel da certificação da empresa do ramo
e o entendimento de que é um processo de gestão da qualidade por
certificação, seja ela qual for, e como este interfere na qualidade dos diferentes
serviços no setor da construção.
De maneira sistêmica a visão dos clientes em busca da melhoria
contínua, proporciona tanto aos clientes como aos fornecedores ganhos de
eficiência no processo de produção. A certificação por si não proporciona
esta melhoria para a empresa, porém é um instrumento importante que permite
a empresa conhecer o seu sistema da qualidade e através do controle deste,
manter os ganhos obtidos por outras iniciativas. É necessário um sistema de
qualidade, ou seja, a definição de uma estrutura organizacional e dos recursos
necessários para implementar a gestão da qualidade, qualquer que seja a
metodologia a ser utilizada.
Pode-se dizer, então, que é inegável a possibilidade de melhorias
provocadas pelas normas de certificação, na busca pela racionalização dos
processos de elaboração de cada serviço afim, porém, a qualidade do mesmo
não é afetada substancialmente pelas normas, pois isto garante a qualidade e
padronização do sistema e não do produto.
A certificação identifica melhorias significativas nos processos técnicos,
comerciais e administrativos das empresas. Por outro lado, resultados mais
expressivos dependem, em curto prazo, da implementação dos programas de
qualidade e compatibilização por parte dos demais agentes da cadeia
produtiva, devido à considerável capacidade de influência no processo de
desenvolvimento dos serviços.
Mesmo mantendo a identificação arquitetônica que personaliza cada
profissional e suas obras, deve-se considerar a construção como um produto
final de altíssima competitividade em um mercado técnico e comercial
disputado e exigente, tanto pela oferta quanto pela diversidade dos produtos
nele aplicados. Desta maneira vamos entender melhor a necessidade de
esgotar recursos como a compatibilização para qualificar a construção, visando
reduzir custos e tempo de execução.
5
Neste trabalho se quer introduzir na temática da construção civil, conceitos
inovadores de mercado, visando maior profissionalismo e qualidade, reduzindo
o custo final da obra através de projetos que possam unir a função e a forma
com a racionalização e a técnica para atingir sua construtibilidade.
6
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
Analisar a compatibilização entre o projeto arquitetônico e os projetos
complementares em três edifícios residenciais multifamiliares.
1.1.2 Objetivos Específicos:
Selecionar três estudos de caso de edifícios residenciais multifamiliares
em Florianópolis;
Levantar documentação gráfica e escrita relativas aos estudos;
Verificar a conformidade da representação gráfica dos projetos;
Analisar a compatibilização entre os projetos arquitetônicos e
complementares nos estudos de caso;
Estabelecer quadros comparativos entre os resultados da
compatibilização dos projetos dos estudos de caso.
1.2 HIPÓTESE
É possível identificar falhas de projeto e prever dificuldades de execução
da obra através das análises de compatibilização entre os projetos
arquitetônicos e complementares.
7
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO
Esta dissertação é uma pesquisa investigativa, qualitativa, analítica e
realiza-se na cidade de Florianópolis no estado de Santa Catarina. O
organograma da figura 1.1 mostra a idéia geral da pesquisa, onde as propostas
se dividem nas melhorias do método aplicado e na gestão dos processos
projetual e produtivo.
Figura 1.1 Organograma das etapas.
Esta dissertação está estruturada em quatro capítulos conforme
descrição a seguir:
O primeiro capítulo apresenta a estruturação de todo o trabalho, introduz
e demonstra a justificativa e relevância do tema. Assim como o método
8
utilizado para coleta de dados, diretrizes aplicadas e análise comparativa dos
estudos de caso.
No segundo capítulo, a partir da revisão bibliográfica são relacionados
aspectos como histórico do processo projetual, engenharia simultânea,
sistemas construtivos e edificação como produto final. Se feita uma
caracterização da gestão, coordenação e compatibilização de projetos, bem
como, das ações multidisciplinares dos agentes envolvidos e da qualidade do
projeto, buscando assim facilitar o entendimento do contexto.
No terceiro capítulo primeiramente serão apresentados três estudos de
caso com suas características de projetos, análise individual e comparativa da
sobreposição dos dados.
O quarto capítulo apresenta as conclusões como os principais resultados
da pesquisa.
1.4 MÉTODO
Esta pesquisa está fundamentada nas análises de projetos em três
edificações residenciais multifamiliares na cidade de Florianópolis no estado de
Santa Catarina. Os estudos serão chamados de “A”, “B” e “C”, preservando a
identidade do empreendimento, sendo construções de padrão classe média
alta. Neste trabalho o analisados um bloco de cada empreendimento, onde a
compatibilização é focada nos pavimentos tipo. O universo temporal se em
construções recentes desde 2003 a 2007, sendo que encontram-se em fase de
execução de obra.
Os estudos de caso possuem projetos arquitetônicos feitos pelo mesmo
escritório, porém os projetos complementares e a obra foram executados por
diferentes empresas.
Para alcançar os objetivos desta pesquisa foram estabelecidos os
seguintes procedimentos metodológicos:
Levantamento dos estudos teóricos que compreende a pesquisa
bibliográfica de artigos, publicações, revistas especializadas e
congressos científicos.
9
Seleção dos estudos de caso a partir de um universo de projetos
com os seguintes critérios: projetos residenciais multifamiliares,
obras em fase de execução, projetos de quatro pavimentos com
pilotis, dois tipos e ático.
Levantamento de documentações gráficas e descritivas sobre os
estudos de caso.
Questionários aplicados à profissionais de projeto de arquitetura,
estrutural, elétrico, hidro-sanitário e condicionamento de ar. Análise
destes questionários.
Análise da compatibilização. Para esta verificação se faz necessário
a superposição das plantas baixas do pavimento tipo. Nesta
superposição utilizou-se o projeto arquitetônico com os seguintes
layers ativados: paredes, esquadrias, equipamentos e projeções no
formato dwg. Para cada projeto complementar utilizou-se sua planta
específica, também no formato dwg.
A análise da compatibilização constitui-se de duas vertentes a serem
preenchidas através das tabelas de conformidade e
incompatibilidade.
Verificação da conformidade dos projetos arquitetônicos e projetos
complementares por meio da padronização da identificação e da
representação gráfica dos elementos constituintes.
Verificação das incompatibilidades que se manifestaram através de
conflitos geométricos e funcionais, com falhas de posicionamento de
elementos construtivos tais como: paredes desalinhadas, pilares
deslocados e vigas interseccionando esquadrias.
10
Elaboração de tabelas de verificação check list para facilitar a
identificação da não conformidade da padronização gráfica e as
incompatibilidades funcionais e físicas dos elementos construtivos,
detectando pontos de conflito, seguindo, o quantitativo de incidências
de conflitos comparados ao número total de elementos, explicitados
na penúltima coluna. Uma vez detectado o conflito pode-se propor
soluções, na última coluna, para alcançar a conformidade ou tornar
compatíveis os elementos construtivos nos projetos analisados.
As tabelas, além, de roteiro de averiguação, possibilitam uma visão
integrada dos conflitos detectados para a programação das soluções
reparadoras. Análise das tabelas.
Desenvolvimento da análise gráfica comparativa entre os estudos de
caso. Quadro comparativo.
Reflexão sobre os resultados finais da compatibilização de projetos
dos três estudos de caso desta pesquisa.
11
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 PROCESSO PROJETUAL
Segundo Rego (2000) nas fases de desenvolvimento da projetação
arquitetônica são utilizados suportes para o pensamento e a criatividade do
projetista, afim de que possa registrar a evolução do desenvolvimento de sua
idéia/proposta, comunicar-se com a mesma e interagir com os demais indivíduos
envolvidos no processo. O suporte historicamente usado neste contexto tem sido
a representação gráfica que, como um instrumento mediador, alia-se aos
processos cognitivos e criativos do arquiteto possibilitando ao mesmo a
comunicação com sua imaginação e, também, com a equipe projetual. A figura 2.1
mostra um esquema do processo projetual dividido nas principais etapas.
Figura 2.1 Esquema do processo projetual.
12
Em escritórios de arquitetura as etapas 03, 04 e 05 muitas vezes são
negligenciadas ou não documentadas.
A competitividade e a agilidade no mercado forçam empresas a
acompanhar este ritmo. Mas não necessariamente elas estão preparadas.
Pular etapas ou reduzir tempo e retrabalhos? A resposta é reduzir tempo e
retrabalhos. Mas não é isso que se quando um projeto mal concebido vai
diretamente ao cadista / desenhista para que este resolva o que o arquiteto não
resolveu. Os problemas aumentam e se acumulam. Fazendo a ida e vinda das
etapas 06 e 07 se multiplicarem num desgaste mental, físico e financeiro.
Diversas empresas seguiram este caminho errôneo de pular o que não se
deve e gastar mais tempo e recursos no ponto que deve ser a chave do sucesso
do processo de projeto.
Parte-se do pressuposto de que a atividade projetual em arquitetura tem como
uma das características principais, o fato de evidenciar a convergência dos
processos cognitivos e criativos presentes no indivíduo, visto ser o fazer
arquitetônico um processo que envolve uma ampla gama de variáveis, das mais
técnicas àquelas especialmente artísticas.
Considera-se, também, que a projetação arquitetônica como um processo de
criação e apropriação de conhecimento se realiza a partir da interação entre
sujeito (projetista) e objeto (idéia/proposta projetual), mediado por algum
instrumental técnico.
Neste sentido, Rego (2000) acredita que dependendo das características do
instrumental técnico, a que se denominam instrumentos mediadores diferentes
e variadas formas de interação entre o projetista e a idéia/proposta projetual
podem ser estabelecidas. Estas formas de interação tendem a influenciar os
processos cognitivos e criativos, e expressar-se em desdobramentos no processo
projetual em si. Estes reflexos abrangem a relação direta do arquiteto com o
problema projetual, como também a organização e gerenciamento da projetação,
o que afeta toda a equipe de projetação e a estrutura da empresa.
A ferramenta mediadora usada durante o processo projetual mental é o
desenho em suas diferentes formas. Variam as características e nível de detalhes,
13
dependendo da fase de desenvolvimento da atividade arquitetônica, onde a
representação gráfica é usada tanto para registro do pensamento quanto como
forma de comunicação da proposta projetual.
Segundo Rego (2001) as tecnologias computacionais relacionadas à
computação gráfica deram aos projetistas a possibilidade do uso de um
instrumental de representação que se baseia nos conceitos e fundamentos das
técnicas tradicionais, mas que apresentam sofisticados recursos de visualização,
manipulação (processamento e cruzamento), armazenamento e intercâmbio de
informações. A mais importante destas tecnologias para a projetação arquitetônica
tem sido os programas de auxílio ao processo projetual (programas CAD), que
mesmo incorporando conceituações das sistematizações anteriores (método
mongeano e perspectiva exata) apresentam conceitos próprios e caracterizam-se
por uma maneira completamente diferente de interação entre o indivíduo e o
instrumento.
A crescente industrialização na construção civil tem gerado a demanda de
uma maior integração e compatibilização entre os diversos projetos. O desenho de
componentes industrializados destinados a encaixar-se num sistema de
montagem, pressupõe uma integração geométrica precisa entre estes diversos
elementos incluindo todos os subsistemas que os compõem como instalações,
esquadrias, acabamentos e enchimentos. As convenções de projeto e desenho, e
o tradicional sistema de projeções em 2d, sem a compatibilização, não são
suficientes. Mesmo os recursos de CAD em 2d com a possibilidade de
sobreposição de camadas com os diversos subsistemas, não são eficazes e
visualizáveis para a complexidade de um projeto. Entretanto, a compatibilização
do 2D é de suma importância por estar diretamente vinculado a pontos chave de
verificação em um projeto, tais como, modulações, paredes, pilares, vigas,
prumadas, dutos horizontais e verticais, shafts e circulações (verticais e
horizontais).
Ferramentas de CAD em 3d e 4d apresentam-se como uma ferramenta
auxiliar a esta nova realidade na produção e gerência de projetos, a partir desta
nova ferramenta construtiva que se inicia no Brasil.
14
Permite-se afirmar que a tecnologia da informação beneficia a indústria da
construção civil. Nota-se uma crescente utilização de sistemas extranets para o
desenvolvimento de projetos, introduzindo um avanço na troca de informações e
melhorias entre os vários envolvidos na elaboração de projetos.
A introdução deste novo sistema coloca os envolvidos no processo
projetual a uma mudança de postura e nova gestão de trabalho.
É evidente que o sistema extranet permite inúmeras vantagens, mas seu
uso e sucesso estão diretamente relacionados com o contínuo monitoramento e
análise dos projetos colaborativos. Existe a necessidade de sistematizar a troca
de informações. Por esta razão, garantindo resultados de relevância onde estará
disponível para cada profissional ativo na produção do processo.
Segundo Kamei e Ferreira (2002) que afirmam: os sites colaborativos foram
introduzidos recentemente no cotidiano dos projetistas. E cada vez mais é
freqüente a utilização desta tecnologia para a tentativa de controlar o
desenvolvimento coordenado dos projetos. Como toda novidade tecnológica com
apelo de utilização real a disseminação de uso tende a ser rápida e progressiva.
Conforme Moreira (2003) diversas opções tecnológicas tem surgido e
desenvolvido sob o estímulo da rede mundial de computadores, como por
exemplo sites da web, correio eletrônico, servidores de documentos (FTP),
aplicação dos chats e mensagens instantâneas, e aplicações business-to-business
(B2B) e peer-to-peer (P2P). Dentre estas, portais da internet especialmente
concebidos para auxiliar o desenvolvimento do empreendimento de forma
colaborativa denominados “extranets de projetos” tem ocupado lugar de
crescente destaque, especialmente na construção civil.
Enfatiza Fabrício (2002) nas extranets são centralizados, em uma base de
dados compartilhada, todos os projetos que podem ser acessados e manipulados
com um sistema de download, upload que permite aos membros autorizados da
equipe de projetos obter, via internet, as versões atualizadas dos projetos. As
extranets possibilitam, assim, a automação do controle de versões e de inserções
de novas informações de projetos. Em geral, também constam das extranets
mecanismos de documentação de alterações e de trocas de informações entre os
15
envolvidos no processo de projeto que buscam otimizar a comunicação entre os
membros da equipe de projeto e fomentar a colaboração entre os projetistas.
Segundo Pakstas (1999) as extranets podem ser consideradas como uma
“terceira onda”, integrando as redes públicas (internet, “primeira onda”) e as redes
privadas coorporativas, (intranets, a “segunda onda”), de forma a se beneficiar das
vantagens inerentes a cada uma destas.
Deve-se ressaltar que o site colaborativo terá êxito quando previamente ao
uso desta ferramenta existir um master plancom panorama gerencial de todo o
conjunto de operações que envolvem o projeto, dando ênfase no envolvimento e
eficiência de cada profissional.
2.2 ENGENHARIA SIMULTÂNEA
Com a crescente industrialização do terceiro mundo e com a globalização,
cresce também, o acirramento da competição e de valorização da estratégia de
diferenciação pela melhoria da qualidade, do desenvolvimento tecnológico e da
inovação. A engenharia simultânea surge nas empresas líderes para o emprego
do desenvolvimento de produtos. O valor na capacidade e agilidade em projetar e
saciar novas necessidades no mercado passa por este novo paradigma.
O destaque da engenharia simultânea é a valorização do projeto e das
primeiras fases de concepção do produto com foco na eficiência do processo
produtivo e na qualidade do produto.
Outro aspecto que caracteriza as definições de engenharia simultânea é a
integração no projeto com as visões de diferentes agentes do processo de
produção. Formando equipes de projetos multidisciplinares e multiempresariais
capazes de conciliar as demandas dos stafs internos e o desempenho do produto
perante sua trajetória no mercado.
Para Fabrício (2002) a abundância de definições e de enfoques para a
engenharia simultânea pode ser explicada pelos diferentes interesses e práticas
de cada estudioso do assunto de cada organização que a implanta. Conforme os
16
objetivos de quem as estuda e as emprega e conforme o ambiente produtivo em
questão, as práticas da engenharia simultânea devem sofrer alterações de forma a
se adaptar ás necessidades e condições setoriais.
As vantagens oferecidas na engenharia simultânea requerem uma contínua
análise e ampla interação entre escritórios e entre profissionais, integrando
pessoas em diversos grupos. Para que seja adequadamente incorporada a
formação de grupos de desenvolvimento, intermedia até aos projetos, a
experiência de vários profissionais e diferentes funções, objetivando a relação de
processo de comunicação formais interativos, onde a coordenação garanta a
distribuição das informações entre os envolvidos na equipe de projetos.
A seleção dos grupos se dispõe, segundo Cristóvão (1993), com um
pequeno número de pessoas de várias e de diferentes formações, capaz de
representar, significativamente, as principais etapas do processo de produção. Por
outro lado, devem ser procuradas pessoas com capacidades de resolver
problemas e tomar decisões, além de terem personalidade adequada para
realização de trabalhos coletivos.
Nestas idéias simultâneas formaram-se conceitos e teorias. Houve
aplicações averiguando os resultados positivos na implantação desta filosofia.
Está provada a quebra do paradigma. O método tradicional, seqüencial e a
resistência ao uso de tecnologias e ferramentas colaborativas estão diretamente
relacionados com o capital intelectual da empresa resultando em pontos
negativos.
Em uma empresa, se o topo da pirâmide não segue o ritmo mercadológico
e não implementa as tendências setoriais, resta à base produzir e reproduzir o
retrabalho em um ambiente sucateado.
Ainda estão intrínsecos nas empresas de projeto os pensamentos tais
como, hierarquia, unidisciplinariedade e ausência de espírito de equipe. O lema é:
não investir reduz custos.
Se a empresa pensa em reduzir custos é porque não lucrou. Se não lucrou
consequentemente não investiu, caindo a produção e não lucrando novamente.
17
O custo está na produção e no seu retrabalho, na falta de equipamentos,
ferramentas e liderança intelectual norteadora.
Assim, para Fabrício e Melhado, (1998) a saída para aprimorar o intercâmbio
técnico entre os agentes do projeto deve, necessariamente, passar por novas
condutas de relacionamento, com a aproximação entre os interesses e as formas
de atuação de cada agente envolvido. Para tanto é necessário substituir a
integração contratual vigente por relações de parceria que sejam pautadas pela
confiança recíproca entre os agentes do processo de projeto.
2.3 SISTEMAS CONSTRUTIVOS
2.3.1 Racionalização
O mercado construtor percebeu que a busca de qualidade, a
racionalização e a conversão do processo de construir em uma linha de
montagem passam pela etapa de desenvolvimento de projetos. No setor ainda
não uma visão global do processo e é necessário lidar, também, com a
dificuldade tecnológica dos fornecedores em atender estas novas demandas do
mercado.
Para Barros (1997) a estratégia de implementação na qual se insere a
ação, está fundamentada no princípio de possibilitar a aplicação da tecnologia
construtiva racionalizada como uma forma de impulsionar a melhoria contínua dos
recursos tecnológicos organizacionais empregados no processo construtivo
tradicional de produção de edifícios com vistas à sua máxima racionalização e
conseqüente evolução tecnológica e organizacional. Ao se aplicar uma estratégia
para a implementação de tecnologias construtivas racionalizadas no processo
construtivo de uma empresa construtora, espera-se obter uma melhoria
tecnológica nesse processo, suficiente para que o retorno obtido sirva de
motivação para que novas melhorias sejam implantadas. Este processo é
continuo, procurando-se atingir sempre um patamar mais elevado de
racionalização no processo de produção.
18
A tecnologia construtiva racionalizada enfoca a importância significativa do
desenvolvimento de um trabalho sistemático para a construção, através da
aplicação de técnicas de engenharia para elaboração de metodologias,
procedimentos, manuais, desenhos, treinamento e, ainda, o desenvolvimento de
um programa de racionalização e padronização. Este modelo de gerenciamento
tem atividades respectivas que as compõem, como também as sistemáticas
adotadas para desenvolvimento das mesmas e, ainda, os benefícios e resultados
obtidos com a implementação e materialização desta metodologia. São, ainda,
destacados os reflexos da disponibilidade, qualidade e adequabilidade dos
equipamentos e serviços de manutenção, de forma a se obter um estoque
adequado e econômico, que, além de garantir a continuidade operacional, será um
agente otimizador da relação Qualidade X Produtividade X Redução de custos
nas áreas envolvidas.
Duarte e Salgado (2002) afirmam que o projeto executivo pode ser um
eficaz instrumento, capaz de otimizar o uso dos materiais, levando em conta suas
dimensões, diminuindo desperdícios na hora de sua colocação e de orientar/
estudar as melhores soluções de integração dos sistemas construtivos utilizados
evitando, assim, incompatibilidades entre os mesmos.
Através do condicionamento dos processos de produção, para encontrar a
qualidade na construção, técnicas são levadas em conta, tais como, as que
resultam numa melhoria no nível de perdas, através da racionalização no padrão
da manutenção de produção bem como na sistemática desses processos. Tanto
no campo de sua ação como na interação com outras áreas que lhe são comuns.
Para Oliveira (2000) a empresa deve estabelecer mecanismos de análise e
monitoramento do mercado, buscando identificar oportunidades e tendências,
antecipando as expectativas de seus potenciais clientes. O estudo de viabilidade
de um empreendimento deve envolver diversos setores da empresa, avaliando-se
a decorrência das decisões na empresa como um todo.
Este contexto incorpora a racionalização construtiva possibilitando reduzir
os desperdícios, tais como: tempo; recursos humanos assim como sua
rotatividade; materiais como também os altos índices de retrabalhos.
19
Neste contexto de transformações que m ocorrendo na construção civil,
aliada às consequências da globalização, a abertura da economia ao mercado
internacional, aos novos sistemas construtivos baseados na racionalização dos
processos, que interagem com outros sistemas, vêm sendo introduzidos com
vistas à otimização da qualidade e produtividade.
A racionalização possibilita também, um melhor aproveitamento dos
recursos disponíveis como a qualidade na estrutura organizacional envolvida,
inovações tecnológicas e produtivas, e diversidade dos conceitos relativos aos
produtos e ao seu processo de finalização.
2.3.2 Qualidade na obra
Qualidade deve ser associada a uma nova cultura a ser implementada, pois
compreende o entendimento, a aceitação e a prática de novas atitudes e valores
que devem ser incorporadas definitivamente no dia-a-dia da construção.
A qualidade deixou de ser um ponto abstrato nas discussões e decisões.
Atualmente é um indicador para formar custos cada vez menores e para abreviar
prazos de entrega de insumos e serviços. Isto é que faz o diferencial entre as
empresas competitivas das restantes.
Oliveira (2000) aborda os Sistemas da qualidade como um conjunto de
técnicas e procedimentos gerenciais inter-relacionadas entre si que procuram
orientar uma organização no sentido de satisfazer e superar as expectativas de
seus clientes e aumentar sua competitividade com atuação sobre todas as áreas
da empresa: produção, recursos humanos, finanças e marketing, embasadas nos
preceitos da gestão da qualidade.
Os pesquisadores Mutti e Araújo (2003) citam que “o QUALIHAB, Programa
de Qualidade da Construção Habitacional do Estado de São Paulo, cuja palavra-
chave é articulação, incide em toda a cadeia produtiva a necessidade de
envolvimento, estimulando o entrosamento entre os vários segmentos, para que
busquem a auto-regulação, face às normas técnicas da ABNT, num plano mais
raso, e a certificação de níveis de qualidade das empresas, na seqüência do
20
processo”. Quanto ao Programa Setorial de Qualidade (PSQ), define a forma e
evolução dos ajustes a serem efetuados, pontuando e qualificando as empresas
que estejam dentro da conformidade técnica, desclassificando as demais e
estimulando o desenvolvimento tecnológico do setor”. Mutti e Araújo (2003)
afirmaram também que, ... a prática do Controle da Qualidade Total (Total Quality
Control - TQC) é, em suma, um sistema gerencial que parte do reconhecimento
das necessidades das pessoas, estabelece, mantém e propícia uma melhoria
contínua de padrões para o atendimento destas necessidades (abordagem
centrada no cliente).
O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H)
foi criado em 1991 e formalmente em 1998, com a finalidade de difundir os novos
conceitos de qualidade, gestão e organização da produção que estão
revolucionando a economia mundial, indispensável à modernização e
competitividade das empresas brasileiras. No atual governo, o apoio se traduz
cada vez mais em ações efetivas. Durante o ano de 2003 o número de empresas
qualificadas cresceu em torno de 15%, e estima-se que, com a finalização dos
trabalhos de harmonização dos programas estaduais, cinco mil empresas tenham
aderido ao PBQP-H. (Site: www.cidades.gov.br/pbqp-h).
O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H),
Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras Construtoras (SIQ -
Construtoras) “possui caráter evolutivo, estabelecendo níveis de qualificação
progressivos, segundo os quais os sistemas da gestão da qualidade das
empresas construtoras são avaliados e classificados. Cabe aos contratantes,
públicos e privados, individualmente, ou preferencialmente através de Acordos
Setoriais firmados entre contratantes e entidades representativas de contratados,
estabelecerem prazos para começar a vigorar as exigências de cada nível. Assim
o SIQ Construtoras tem como objetivo estabelecer o referencial técnico básico
no sistema de qualificação evolutiva adequando as características específicas das
empresas construtoras atuantes no setor de edifícios,...”.
Estas estratégias de produção sobre os Sistemas de Gestão da Qualidade
estão sendo adotadas pelas empresas construtoras e vem provocando alterações
21
benéficas ao longo de todo o processo de produção ativando toda a cadeia dos
setores das áreas afins.
2.3.3 Lean construction
As inovações gerenciais, especificamente da aplicação dos conceitos
e princípios da Produção Enxuta no contexto da Construção, são vistos sob a
perspectiva cognitiva como imprescindíveis. Por isso identificam-se barreiras e
buscam-se alternativas para facilitar a aplicação desses conceitos e princípios
através da capacitação de gerentes da construção.
Tommelein (1998) acresce que muitos dos incentivos contratuais estão
errados empurrando cada subcontratante para a otimização da sua tarefa em
isolado, sem uma coordenação em conjunto. Os resultados de tudo isso são, em
geral, a total inoperância do planejamento inicial, o acúmulo de tarefas
incompletas, os atrasos em cadeia e a baixa produtividade global.
Tommelein (1998) ainda afirma que uma das metodologias que tem de ser
radicalmente alterada é a de “empurrar” em cadeia as tarefas. O que pressupõe
que, o planejado no gabinete, o fornecedor ou a equipe deverá enviar o que lhe
está atribuído, restando à obra ou à equipe esperar que cheguem os materiais. Se
algo falha, a equipe deixa incompleta a sua tarefa ou coloca-a em fila de espera e
vai “desenrascar” outra coisa, o que ainda desorganiza mais o planejado. É
preferível adaptar a técnica de “puxar” os recursos necessários no momento certo,
uma espécie de just in time, o que pressupõe duas coisas fundamentais: um
permanente mecanismo de feedback em tempo real entre várias equipes no
terreno na obra e entre estas e os fornecedores, e uma total transparência de
todos os processos, com o envolvimento dos subcontratados especializados
desde a fase inicial.
Segundo Praça e Barros (2002) as questões referentes à política da
qualidade têm ocupado espaço significativo nos debates do meio profissional da
construção de edifícios. Verifica-se freqüentemente nas discussões ocorridas a
constante preocupação da comunidade técnica com a ocorrência de perdas em
22
todo o processo de produção da edificação, sejam elas de materiais, mão-de-obra
ou equipamentos. Tal fato decorre da impossibilidade de se conviver atualmente
em um ambiente extremamente competitivo, com índices de perdas tão elevados.
Desta forma, a construção de edifícios vem sofrendo mudanças, procurando se
adaptar ao novo contexto comercial em vigor. Cada vez mais a redução de
despesas e a racionalização dos processos produtivos estão provocando a busca
crescente da eliminação de gastos desnecessários. É neste panorama de avanços
tecnológicos que as empresas construtoras acostumadas com a morosidade e
ineficiência passaram a conviver. Inseridas neste ambiente, as empreiteiras se
viram forçadas a reduzir os custos de seus produtos, partindo para alternativas
que demandam criatividade, empenho e busca do conhecimento. Assim, faz-se
necessária a adoção de políticas que possibilitem a implantação de ferramentas
para o controle de perdas no processo de produção de edificações.
Outro aspecto que caracteriza este tema é expresso pela opinião dos
autores Heineck e Machado (2001) na obra intitulada Construção Enxuta uma
adaptação da produção enxuta ao contexto específico do setor da construção civil.
Neste, esta nova filosofia de produção, embora ainda pouco utilizada pela
indústria da construção, apresenta-se como uma solução mais adequada para os
problemas do setor. Isso se deve à sua característica de baixa utilização de
tecnologias de hardware e software em termos de máquinas, robôs, sistemas
computacionais de gestão ou de automação, que são substituídas por soluções
tecnológicas mais simples baseadas no envolvimento da mão-de-obra. Verifica-se
que tais características da construção enxuta apresentam bastante coerência com
as peculiaridades do setor da construção visto que levam em consideração a
dificuldade de implementação e rigidez gerada por uma nova tecnologia de
processamento.”
Dentre o pensamento “lean construction” a racionalização é uma das
diretrizes mais recomendadas para a melhoria e garantia da qualidade na
construção de edifícios. Esta racionalização é um processo que engloba todas as
atividades que otimizam o uso dos recursos humanos, materiais, tecnológicos,
energéticos, organizacionais, temporais, bem como, orçamentos previstos na
23
construção. Está diretamente relacionado com redução dos recursos, implantação
de padronização de componentes, simplificação de operações e aumento de
produtividade. Entretanto, salienta-se que maior parte destas medidas deve ser
incorporada ainda na etapa de projeto, devido às suas diretrizes e partidos de
onde é gerada toda dimensão da cadeia produtiva.
Dos Reis e Picchi (2003) comentam que A Construção tem despendido
grande esforço em melhoria da qualidade e produtividade, como a adoção de
sistemas de qualidade, principalmente nas atividades do canteiro de obra.
Entretanto, pouca atenção tem sido dada ao "Fluxo de Negócios", no qual, em
muitos casos, é consumida grande parte do tempo de realização de um
empreendimento. Este fluxo abrange atividades, tais como a identificação da
oportunidade, aprovações, obtenção de financiamento, e outras, as quais
envolvem muitos agentes e apresentam diversos desperdícios, em inúmeras idas,
vindas e esperas. O objetivo desse estudo é aplicar ao Fluxo de Negócios, de
forma exploratória, a “Mentalidade Enxuta” (Lean Thinking), visando propor formas
de gerar lançamentos mais rápidos e tempo de resposta mais sintonizado ao
mercado, além de reduzir desperdícios existentes.”
Picchi (2000) comenta que pouca atenção tem sido dedicada às atividades
de um empreendimento que ocorrem antes e após a obra, apesar das mesmas
terem grande impacto na qualidade final, custo e prazo total do empreendimento.
Estas atividades fazem parte do “Fluxo de Negócios” do empreendimento,
entendendo-se o mesmo como uma combinação de diversos fluxos.
Complementando, Picchi (2000) ainda diz que o fluxo de Negócios é o de
maior duração dentro da cadeia produtiva de um empreendimento, englobando
todo o seu desenvolvimento. Esse fluxo é liderado pelo empreendedor ou
contratante, e compreende desde a identificação de necessidades, planejamento
geral do empreendimento, aprovações em prefeitura e concessionárias, obtenção
de financiamento, contratações, monitoramento do projeto e construção,
recebimento da construção e entrega da mesma ao usuário final. Além disso, ele
ainda sofre interferência dos fluxos de projeto, de obra e de suprimentos. Este
24
fluxo abrange basicamente atividades administrativas, nas quais praticamente
somente informação é transferida.
Para que seja adequadamente incorporado o sistema de administração da
produção às características do setor da construção civil, a construção enxuta
parece ser a melhor opção em solução de problemas dos processos produtivos.
Ao sugerir soluções alternativas para a melhoria dos processos construtivos, não
se baseia exclusivamente na implementação de novas tecnologias, mas também
direciona os esforços para a racionalização dos processos. A otimização dos
fluxos existentes entre as diversas atividades necessárias para execução de um
projeto, a construção enxuta consegue abranger e moldar-se às peculiaridades da
construção.
A variabilidade dos processos produtivos da construção, e seus elevados
índices de desperdícios, indicam que para melhorar e qualificar o processo cada
qual deve passar pela racionalização, otimizando os fluxos existentes entre as
diversas atividades. Anteriormente à implementação de novas tecnologias, é
preciso fazer uma mudança do paradigma quando comparado às novas filosofias
de produção emergentes, como a construção enxuta, apresentando-se com
eficiência superior.
2.4 EDIFICAÇÃO COMO PRODUTO FINAL
2.4.1 Diferenciação do produto
Atualmente a sobrevivência das empresas são constantemente ameaçadas
pela rápida evolução social, tecnológica e mental. O lançamento das concorrentes
de produtos melhores e mais baratos, por utilizar equipamentos com maior
eficiência, qualidade e tecnologia exigidas pelo mercado. A alta administração da
empresa tem que transformar estas constantes ameaças em oportunidades para o
crescimento da qualidade e diferenciação de seus produtos.
25
Segundo Souza (1997) as soluções adotadas na etapa de projeto têm
amplas repercussões em todo o processo de construção e na qualidade do
produto final a ser entregue ao cliente. É na etapa de projeto que acontecem a
concepção e o desenvolvimento do produto, que devem ser baseados na
identificação das necessidades dos clientes em termos de desempenho, custos e
das condições de exposição a que será submetido. A qualidade da solução de
projeto determinará a qualidade do produto e conseqüentemente, condicionará o
nível de satisfação dos usuários finais.
Assim sendo, o cliente deixa de ser sujeito limitado à condição de receptor
passivo dos produtos da empresa, para ser um alvo importante como meta para a
organização em termos de sua satisfação. Esta satisfação é a peça chave para a
gestão da qualidade.
Para Ichihara, (1998) a aspiração dos clientes por moradias, escritórios e
outras construções diferenciadas o conseqüência dos novos padrões de vida
resultante da crescente eficiência dos processos produtivos, bem como dos
fatores conjunturais em geral. Imóveis competitivos podem diferir em qualidade,
mas também podem ser completamente iguais. Neste último caso, as técnicas de
marketing é que são decisivas para a venda. Com base nesse raciocínio, pode-se
utilizar a seguinte classificação das diferenças frente ao consumidor:
Diferenças demonstráveis - são diferenças óbvias que exigem
pouco esforço do pessoal de marketing, ou diferenças que não
são entendidas ou conhecidas pelos clientes, mas que podem ser
demonstradas num esforço conjugado do pessoal de marketing
com o de tecnologia. Como exemplo, pode-se citar o conforto
térmico e acústico, a qualidade do acabamento, a divisão interna
dos ambientes ou as presenças de algumas utilidades tais como
garagem, piscina, quadra de esportes e jardins, entre outros.
Diferenças não demonstráveis, mas aceitas através da confiança
embora os clientes não tenham como verificar a validade dos
dados fornecidos pela propaganda podem aceitá-los na confiança
depositada na empresa. No caso dos imóveis estas diferenças
26
costumam ser aquelas que são percebidas (muitas vezes ao longo
do prazo) com o uso: desempenho das instalações prediais e
qualidade da assistência técnica após a venda.
É importante observar que a diferenciação do produto é uma diferenciação
da qualidade, somente quando reflete a adequação ao cliente.
A qualidade do produto final além de uma estratégia de competição é um
sinal de fortalecimento e credibilidade da empresa é, também, um indicador dos
movimentos competitivos dos concorrentes e sinalizador do mercado em relação à
diferenciação do produto. Essa diferenciação é a capacidade de proporcionar ao
comprador um valor extremamente acessível, e superior em termos de qualidade
do produto assim como a oferta de tipos e modelos, particularidades especiais ou
prestação de assistência.
2.4.2 Qualidade de vida no imóvel - período pós-ocupação
A realização do cliente é o sentimento do indivíduo que resulta em
comparações sobre o desempenho de um produto em relação às suas
expectativas almejadas. Assim sendo, a partir do momento que estas expectativas
são reveladas e agregadas ao produto, a satisfação aumenta consideravelmente.
Na concepção de um novo empreendimento a maior dificuldade encontrada pelas
empresas do ramo da construção de edifícios, é identificar as necessidades, os
anseios e as particularidades individuais dos clientes finais.
Segundo Souza (1997) para um planejamento racionalizado, a identificação
das necessidades do usuário, que permite uma caracterização mais detalhada do
cliente em termos do desempenho do produto final por ele almejado, do prazo
para entrega e do preço que tal cliente pode pagar pelo produto, auxiliando as
atividades de marketing da empresa e retroalimentação do ciclo da qualidade da
empresa por meio da avaliação pós-ocupação da obra, visando verificar se o
empreendimento e as edificações atendem às exigências do cliente em termos de
qualidade do produto, preço e condições contratuais. Tal prática pode permitir a
adoção de novas posturas em futuros empreendimentos e o aperfeiçoamento dos
produtos a serem entregues.
27
A satisfação do cliente e a adoção de políticas sistêmicas de qualidade da
cadeia produtiva protegem os direitos do consumidor de materiais de construção e
de unidades habitacionais, garantindo um maior grau de confiabilidade destes
produtos, podendo-se, assim, implementar políticas de satisfação dos clientes
atendendo, de forma mais eficaz, as expectativas e delineando o programa de
necessidades prioritário da população.
Segundo Conceição (1998) hoje um produto de qualidade é aquele que,
além de atender a todas as necessidades de utilização, apresenta instruções
detalhadas de funcionamento, tem garantia de manutenção por algum período de
tempo e facilidade na assistência técnica em caso de reparos. Mais do que a
qualidade do produto, os clientes esperam a qualidade na prestação de serviço
por parte das empresas.
Os resultados da avaliação pós - ocupação são fundamentais e devem ser
utilizadas juntamente com a análise crítica do projeto do empreendimento em
questão, antes da liberação para a seqüência de produção. Esta análise crítica
enfoca e verifica a compatibilização entre os diversos projetos envolvidos.
Auxiliando no lançamento do produto futuro, acompanhando as expectativas dos
consumidores, as ondas mercadológicas e as tendências de uso para então
arrecadar informações que auxiliam nas diretrizes de um projeto e uma obra
eficaz.
28
2.5 GESTÃO E COORDENAÇÃO DE PROJETOS
O planejamento gerencial tem sido apontado como uma das principais
maneiras organizacionais na indústria dos escritórios de projeto. Também tem
sido reconhecido como uma das alternativas possíveis para a melhoria dos
produtos e serviços no setor de projetos.
Baia (1998) diz que com a ausência do gerenciamento constatam-se
várias dificuldades para a obtenção de melhorias na qualidade dos projetos de
arquitetura, tais como: ausência de mecanismos para levantamento das
necessidades dos clientes; excesso de retrabalho resultante de alterações no
projeto por parte do contratante; ausência de coordenação entre os projetistas;
postergação da construção de produção de projeto de estruturas e sistemas
prediais; falta de procedimentos de controle da qualidade e ausência de
representante da produção durante o desenvolvimento dos projetos.
Conforme Adesse e Melhado (2003) a presença do Coordenador de
Projetos se faz absolutamente necessária atuando não como um agente
centralizador e distribuidor da informação, mas também como um elo entre o
empreendedor, os projetistas, a obra, os fornecedores e os clientes.
Para Amorim (1997) a implementação de gestão da qualidade nas
empresas de projeto apresenta-se como uma alternativa concreta para atender
a essa demanda por maior eficiência, satisfazendo as necessidades de
projetos mais precisos e obras mais adequadas às condições dos clientes, com
custo e prazos projetuais menores.
Na visão de Cornick (1991) a gestão de qualidade em empresas de
projetos pode proporcionar uma série de benefícios, tais como: reduzir os
riscos, à medida que o sistema define de forma clara as responsabilidades
entre arquitetos, engenheiros e demais participantes do processo de produção;
aumentar a participação das empresas no mercado; reduzir custos e aumentar
os lucros.
No Brasil, NGI (1998), existem algumas iniciativas visando à
implementação de sistemas de gestão da qualidade em empresas de projeto,
tal como o desenvolvimento pelo Núcleo de Gestão e Inovação. Fundamentado
nos conceitos da série de normas ISO 9000, particularizados para o processo
29
de desenvolvimento dos projetos, o programa incorpora, ainda, conceitos
discutidos por Picchi (1993), Melhado (1994) e Souza (1997). O modelo de
sistema de gestão da qualidade proposto pelos autores se compõe de
parâmetros, requisitos, métodos e procedimentos a ser desenvolvidos sobre os
seguintes aspectos:
concepção de projeto a partir da identificação dos
intervenientes no processo e suas necessidades;
solução de projeto: decorre da qualidade da solução espacial,
funcional, estética e simbólica, das especificações cnicas do
projeto e das relações com a etapa de produção;
processo de desenvolvimento do projeto: relaciona-se com o
cumprimento do planejamento, o fluxo de informações, a
rastreabilidade das informações e o controle da qualidade
(coordenação, análise crítica e validação);
apresentação do projeto: adequação dos documentos às
características dos processos nos quais serão utilizados.
A implementação dos princípios de gestão da qualidade para Grilo et al.
(2000) pode ser atribuído, em parte, ao porte reduzido das empresas
consultadas, de modo que o titular ocupa uma função de articulador entre todos
os processos técnicos, administrativos, financeiros, comerciais e de gestão.
Desta forma, o envolvimento do titular na implementação torna-se um fator
fundamental para o comprometimento das equipes da qualidade ou, quando da
sua extinção, dos profissionais envolvidos, na elaboração dos procedimentos.
Na maior parte das empresas, a implementação dos princípios de gestão da
qualidade ocorreu de cima para baixo, ou seja, da obra para o projeto.
Nota-se que, a evolução ocorreu, a partir da necessidade.
Sobre as prioridades na implantação, segundo os autores anteriormente
citados, a maior parte das empresas priorizou a padronização dos processos
técnicos administrativos, de gestão e planejamento, nessa ordem, o que pode
ser justificado pela importância dos processos cnicos na consolidação do
produto da empresa. Desta forma, a maior parte das empresas dirigiu esforços
para a elaboração de procedimentos de controle e análise crítica dos projetos,
envolvendo aspectos relativos à concepção, desenvolvimento, apresentação e
gestão das interfaces, principalmente em empresas de arquitetura.
30
Figura 2.2 Fluxograma da estrutura do processo de produção.
Como mostra a figura 2.2 e segundo Adesse e Melhado (2003) a
coordenação de projetos compreende um vasto conjunto de ações envolvidas
no planejamento, organização, direção e controle do processo de projeto. Na
realidade, essa coordenação deveria ser executada por um profissional
específico, um Coordenador de Projetos, responsável por realizar e fomentar
ações de coordenação, controle e troca de informações entre projetistas, para
que os projetos sejam elaborados de forma organizada, nos prazos
especificados e com cumprimento dos objetivos definidos.
Os autores acima ainda afirmam que de acordo com a AsBEA
(Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) são 32 os possíveis
projetos, além da arquitetura, que fazem parte hoje de um projeto de edifício;
ainda que não obrigatoriamente façam parte de todos. São tantos projetos com
diversas interfaces, e atribuir a responsabilidade de uni-los e harmoniza-los a
um profissional externo ao processo é uma solução com potencial de assegurar
a maximização dos resultados econômicos (lucros) e institucionais (qualidade
associada à marca, somada à preservação e ao aprimoramento dos talentos
humanos da empresa) de uma empresa de construção de edifícios, seja ela de
pequeno, médio ou grande porte.
Segundo Rodríguez e Heineck (2001) o desenvolvimento e
implementação da coordenação de projetos junto a medidas conjuntas de
melhoria da etapa de execução leva a projetos cada vez mais racionais e com
melhor desempenho. Estimativas de custo realizadas para obras coordenadas
31
apontaram uma redução de aproximadamente 6% do mesmo em relação a
obras similares em que os projetos não foram coordenados.
2.5.1 Verificação da conformidade de projetos
A rápida evolução da informática não permitiu, segundo Cambiaghi et al.
(2002) que tornasse o uso adequado de suas potencialidades na área de
projetos. Muitos ainda usam o computador e os programas CAD apenas como
instrumento de desenho, e não como uma ferramenta potente para integração
e compatibilização das diversas especialidades de projeto. Não obstante, cada
escritório ou empresa, tem desenvolvido critérios próprios de apresentação dos
projetos. Falta, porém, uma real integração entre os diversos projetos, que
permite agilizar o processo de troca de informação e aumentar a confiabilidade
destes procedimentos.
O autor afirma ainda que, para que esse intercâmbio seja possível, alguns
parâmetros devem ser comuns a todos os arquivos de base de todos os
agentes. Os desenhos deverão ter uma origem única no sistema de
coordenadas adotados nos projetos. O ponto de inserção relativo pode ser o
ponto (0,0,0) ou outro predeterminado pelo coordenador do projeto.
Todos os elementos deverão ser representados em escala definida pelo
coordenador do projeto. Deve-se ressaltar que todos os elementos devem ser
desenhados proporcionais às suas dimensões e não a seus símbolos. Um
exemplo é a representação do quadro de distribuição elétrica, cujos símbolos
podem estar fora da escala de projeto.
Conforme Giacaglia (2001), a organização da informação em camadas
(layers) é um dos métodos mais utilizados no sistema CAD para abordar a
complexidade dos projetos. A padronização da estrutura das camadas é
essencial para uma correta comunicação entre os partícipes de um grande
escritório ou projeto. O mesmo autor comenta que, o uso de camadas permite
aos projetistas organizar os dados além de controlar o que é apresentado na
tela do computador, ou mesmo impresso em papel. A necessidade de tal
recurso decorre da complexidade inerente dos próprios projetos. Por um lado a
visualização simultânea de elementos de um projeto permite a análise das
relações espaciais existentes, e por outro, a exibição da totalidade desses
32
elementos pode ser bastante confusa. Deste modo diversos escritórios
desenvolveram sistemas próprios de representação e organização do projeto.
Diversas associações profissionais também propuseram sistemas de
organização da armazenagem de informações digitais utilizadas em sistema
CAD, entre elas a AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura)
e a AIA (American Institute of Architects).
A análise de conformidade consiste na verificação dos padrões gráficos
e na padronização da nomenclatura dos elementos que constituem os projetos.
Projetos padronizados também devem ser constituídos por elementos gráficos
e descritivos, ordenados e elaborados com padrões de linguagem, destinado a
atender as necessidades da etapa de produção.
Tavares (2003) destaca que a busca da melhoria contínua na empresa
requer ir além da garantia da conformidade. Requer também que seja atingida
a denominada garantia da qualidade, que em sentido amplo é entendida como
um conjunto de ações planejadas e sistemáticas, que visa gerar no cliente a
confiança de que um determinado produto ou serviço possa satisfazer suas
exigências de qualidade. A busca da melhoria contínua também é destacada
pela Norma NBR ISO 9001: 2000 (ABNT 2000) que especifica requisitos de
sistema da qualidade para uso, e exige capacidade de organização para
projetar e fornecer produtos conformes. Os requisitos especificados destinam-
se primordialmente á obtenção da satisfação do cliente, através de prevenção
de não conformidades em todos os estágios, desde o projeto até os serviços
associados.
Segundo Fabrício (2002), cada novo empreendimento de construção
exige uma formulação e projeto próprio, por não existirem duas construções
idênticas. Com isso, afirma que a concepção e projeto devem a cada novo
empreendimento mobilizar múltiplas técnicas e agentes para concepção e
desenvolvimento do empreendimento. O processo de projeto é a etapa mais
estratégica do empreendimento com relação aos gastos de produção e a
agregação de qualidade do produto. Este autor afirma que o desenvolvimento e
projeto da dimensão arquitetônica consiste em dar forma às necessidades, os
requisitos e as restrições identificadas no programa, por meio da definição dos
volumes, dos espaços, das distribuições, e inscrever o edifício no seu sítio
urbano. A dimensão técnica consiste em especificar todas as características
33
funcionais e construtivas do produto. A conformidade do processo de projeto
contemporâneo é fruto de um desenvolvimento histórico e tecnológico que
aponta para ampliação da complexidade dos conhecimentos e métodos
empregados, ao mesmo tempo em que se intensificam a divisão social do
trabalho e a especialização dos projetistas. Essa especialização é
acompanhada pelo surgimento do ensino formal de engenheiros e arquitetos e
de especialistas, e pela formação e fortalecimento das ordens profissionais,
levando a uma progressiva introdução de métodos de projeto e exigências
normativas para o exercício da atividade de projetista.
2.6 COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS
Para construir melhor com menos custos surge um processo de
conscientização de técnicos e empresários do setor da construção, conduzindo
a investir em padronização dos processos. Dentre as metodologias de
aplicação a mais imediata é a concentração dos vários projetos integrados.
Na opinião de Faria (1993) a compatibilização favorece o projeto,
maximizando os resultados desejados e minimizando o tempo gasto com sua
elaboração.
A compatibilização, para o SEBRAE/ SINDUSCON PR (1995), é a
atividade de gerenciar e integrar projetos correlatos, visando ao perfeito ajuste
entre os mesmos e conduzindo para a obtenção dos padrões de controle de
qualidade total de determinada obra.
Segundo Gus (1996) a finalidade da compatibilização é subordinar os
interesses individuais dos projetistas às demandas do processo como um todo
e salienta a necessidade que se trabalhe dentro de uma visão sistêmica, onde
todos os intervenientes passam a ter um papel fundamental no processo tanto
na participação cooperativa no desenvolvimento dos projetos quanto no próprio
aprimoramento contínuo deste processo.
A compatibilização para Santos, Powell e Formoso (1998) se através
da ação projetual, através da verificação da sobreposição e da identificação de
interferências entre as mesmas.
34
Segundo Novaes (1998) a compatibilização é uma ação empreendida no
âmbito da coordenação das soluções adotadas nos projetos do produto e nos
projetos para produção, assim como, nas especificações técnicas para a
execução de cada subsitema.
Melhado (2005) ressalta que na compatibilização os projetos de
diferentes especialidades são superpostos para verificar as interferências entre
eles, e os problemas são evidenciados para que a coordenação possa agir
sobre eles e soluciona-los. Afirma, ainda, que a compatibilização deve
acontecer quando os projetos estão concebidos, funcionando como uma
“malha fina”, na qual possíveis erros possam ser detectados.
Neste âmbito Rodríguez (2005) define a compatibilização de projetos
como a análise, verificação e correção das interferências físicas entre as
diferentes soluções de projeto de uma edificação.
O autor Melhado (2005) ressalta que “a integração entre os diversos
agentes do processo de projeto recebeu um maior impulso na década de 90,
principalmente com a introdução de sistemas de gestão da qualidade em
empresas incorporadoras e construtoras que permitiram maiores discussões
sobre a importância do projeto e as mudanças necessárias para melhorar o seu
desenvolvimento. O trabalho conjunto dos diversos especialistas de projeto
tornou-se fundamental para a compatibilização e coordenação de projetos.”
O mesmo autor, Melhado (2005) comenta que o processo começou de
forma tímida, com a compatibilização dos projetos pelas empresas construtoras
após eles estarem prontos, sem que houvesse grandes contribuições para
melhoria de soluções. Os projetos eram sobrepostos e eventuais distorções
eram corrigidas. Apesar do avanço obtido, comparativamente ao processo de
projeto tradicional, era necessário integrar os agentes desde a concepção do
projeto e não após o seu término, para propor melhorias que resultassem em
um processo melhor e projetos mais compatíveis com a realidade da obra.
A compatibilização compõe-se em uma atividade de gerenciar e integrar
projetos afins, visando o perfeito ajuste entre os mesmos, conduzindo para a
obtenção dos padrões de controle de qualidade de determinada obra. Tem
como objetivo minimizar os conflitos entre os projetos inerentes a determinada
obra, simplificando a execução, otimização e utilização de materiais, tempo e
mão de obra, bem como as posteriores manutenções.
35
Compreende, também, a ação de detectar falhas relacionadas às
interferências e inconsistências geométricas entre os subsistemas projetuais. A
compatibilização é imprescindível para uma produção controlada, é uma
atividade viva e constante durante a concepção dos projetos complementares e
mutante para o projeto arquitetônico.
A compatibilização nasce a partir do projeto arquitetônico, não
impedindo sua flexibilidade no desenvolvimento compatível com os demais
projetos e serviços.
A ação gravitacional dos projetos superpostos e sua visualização
espacial são ferramentas, por sua natureza, sistemática e detectora de
possíveis futuros conflitos.
No sub-setor de construção de edifícios, Cardoso (1998) afirma que a
maioria dos projetos e serviços de engenharia são desenvolvidos por
profissionais e empresas contratadas, cujas relações com as empresas tem,
sobretudo caráter comercial. A descontinuidade do ciclo de produção e o
reduzido porte da maioria das empresas inviabiliza a manutenção de equipes
de projetos. Assim, embora possa existir uma relativa fidelidade na construção,
esta é pautada, via de regra, no preço de mercado do serviço, de forma que a
qualidade e construtibilidade das soluções nem sempre são monitoradas e
consideradas. O relacionamento das empresas construtoras - incorporadoras
com os prestadores de serviço limitam-se à duração do empreendimento, não
compreendendo relações de troca mais duradouras.
Segundo Grilo et al. (2000) uma característica marcante do
desenvolvimento do projeto no sub-setor de construção de edifícios é a
incipiência da coordenação dos agentes envolvidos em sua elaboração e a
baixa integração destes com os sistemas de produção das construtoras,
potencializando o surgimento de problemas na execução das edificações, tais
como a falta de construtibilidade dos projetos, elevando o índice de patologias
e desempenho insatisfatório das edificações na etapa de utilização.
No entanto, em pesquisa com empresas certificadas, Reis (1998)
identifica uma maior preocupação com a etapa de projeto e a contratação dos
projetistas durante a fase de concepção do empreendimento com a finalidade
de evitar problemas futuros, tais como incompatibilidade dos projetos, a falta de
detalhamento e as deficiências na coordenação.
36
Esta falta de compatibilização de projetos pode induzir a erros e a custos
adicionais, podendo-se levar a decisões que sejam tomadas indevidamente
durante a obra, em detrimento da qualidade do produto e da eficácia do
processo.
O processo de conscientização e a implementação da compatibilização
na execução de projetos também se justificam entre outros aspectos, pela
necessidade da efetivação de ações que possam contribuir para a solução do
problema de eficiência do setor da construção.
2.6.1 Verificação de incompatibilidades
O desenvolvimento de projetos sem a utilização da compatibilização
entre eles gera conseqüências negativas como um maior índice de retrabalho,
um prolongamento do prazo, quebra do cronograma de execução e falhas na
qualidade da edificação, repercutindo na elevação do custo da obra.
A compatibilização de projetos visa a redução das possíveis falhas que
ocorrem na fase de concepção até a fase de execução da obra arquitetônica.
Na fase do processo projetual propõe-se como melhoria a conscientização da
participação dos projetistas envolvidos, bem como a existência do coordenador
que integra os processos e verifica possíveis incompatibilidades físicas e
funcionais dos projetos desenvolvidos. Atua como mediador e transmissor das
informações, é gerente das propostas e soluções a serem aplicadas.
A atividade de compatibilizar os diversos projetos visa detectar falhas e
interferências físicas e geométricas. As ferramentas de análise como
sobreposição no CAD 2d (plantas, cortes, elevações) propiciam maior eficácia
para a visualização das incompatibilidades.
Os diversos projetos e sua compatibilização resultam da conjugação dos
profissionais ou dos agentes envolvidos com formações técnicas e
experiências variadas e com visões paralelas de seu próprio papel neste
processo.
O projeto quando acontece em fase de compatibilização, mostra-se
dinâmico, conferindo ao mesmo um sentido de processo contínuo, onde as
incompatibilidades são identificadas, analisadas e solucionadas. A falta da
compatibilização na fase de elaboração dos projetos faz com que as falhas na
37
execução da edificação sejam responsabilizadas indevidamente ao pessoal do
canteiro de obra.
Durante a elaboração dos projetos, a compatibilização permite a
retroalimentação das etapas, corrigindo e propondo novas soluções com o
aumento da eficiência. Desta maneira, a elaboração de futuros projetos terá
uma redução de incertezas construtivas. A análise das incompatibilidades entre
os projetos possibilita a melhoria da qualidade do processo de projetos, através
da sua adequação e eficácia, onde importantes ações corretivas são tomadas
para o aperfeiçoamento e a melhoria contínua dos sistemas projetual e
construtiva.
Durante a análise de incompatibilidades entre os projetos, cresce o
comprometimento dos profissionais envolvidos no processo, incrementando a
troca de informações tecnológicas e experiências compartilhadas.
Segundo Melhado (2005), a falta ou adiamento de decisões,
especialmente nas etapas iniciais da fase de projeto potencializa uma grande
quantidade de erros e retrabalho para todos os agentes envolvidos, e constitui
uma fonte significativa de desperdício, com reflexos negativos sobre a
qualidade do produto final entregue. Ainda, afirma que existe uma preocupação
em contratar todos os projetistas, ou ao menos consultá-los, na etapa de
concepção inicial do empreendimento, a fim de evitar problemas futuros de
incompatibilidade entre projetos.
Para Novaes (2001) a elaboração dos projetos deve ser
permanentemente acompanhada pelo coordenador seguida de reuniões
periódicas entre os integrantes da equipe, com vista à compatibilização de
soluções afins, presentes nos diferentes projetos.
38
2.7 AÇÕES MULTIDISCIPLINARES DOS AGENTES ENVOLVIDOS
Atualmente o mercado tende a fazer uma análise ampla dos diversos
agentes envolvidos na cadeia da produção (planejamento, projeto e
construção) e do uso (ocupação, manutenção e gerenciamento) dos edifícios.
Os diversos profissionais também visam a qualidade quanto aos aspectos da
satisfação dos usuários e a avaliação técnica no decorrer do uso, sobretudo no
que respeita aos aspectos de conforto ambiental e funcionalidade. Por outro
lado, a intensa terceirização de prestação de serviços, bem como as
crescentes exigências tecnológicas, tem demandado estudos interdisciplinares
que busquem a compreensão dos outros agentes envolvidos no processo,
além dos usuários.
No desenvolvimento de novas formas de gestão, ou ainda de novas
formas de relacionamento entre os seus diversos agentes, o objetivo principal
entre outros é de competir neste “novo” mercado.
Entendendo que esta realidade econômica começa a tornar-se
irreversível, a cadeia produtiva do setor, segundo Albuquerque Neto e Melhado
(1998b) engloba o planejamento, passando pelo projeto e pela produção, com
todas as suas ligações (fornecedores, clientes, projetistas, vendas, etc.), que
participam da execução do produto edifício, o que determina as suas
características e qualidade, também fazem parte desta nova realidade e como
tal precisam evoluir para se adaptar. Os projetos integrantes fundamentais da
cadeia produtiva no setor da construção civil participam diretamente dos
resultados finais dos empreendimentos em dois aspectos: primeiro como
instrumento de decisão sobre as características geométricas, funcionais,
econômicas, ambientais, mercadológicas, etc., do produto edifício; segundo
como ferramenta de auxílio à produção, fornecendo subsídios ao seu
desenvolvimento. Devido à importância que o projeto representa na produção
de edifícios, o estudo do comportamento dos escritórios de projeto, bem como
a identificação das iniciativas que estão sendo implementadas para melhorar a
qualidade dos projetos em benefício da qualidade final dos escritórios que
estão desenvolvendo certificações e suas relações com a melhoria do processo
de elaboração de projeto.
39
Segundo Duarte e Salgado (2002) “Desde que teve início a corrida pela
certificação da qualidade pelas construtoras brasileiras, muito se discutiu
acerca dos procedimentos de recebimentos de material, execução e controle
dos serviços nas obras. Entretanto, sabe-se que um dos principais culpados
pelas patologias nas construções é o projeto. Muitos são os fatores que
contribuem para essa distorção, o principal deles é o fato do projeto ser
desenvolvido sem levar em conta o processo construtivo. Como resultado
deste desencontro, verificam-se projetos que, não raro, omitem informações,
obrigando que alguns detalhes sejam resolvidos no canteiro. Diante disto, é
fundamental a discussão sobre o processo de projeto, suas etapas e
desenvolvimentos”.
Para Grilo et al. (2000) as equipes da qualidade são composto por
profissionais ligados a um determinado processo da empresa. O principal
objetivo das equipes se refere à análise crítica de um determinado processo,
elaboração, documentação e difusão de procedimentos. Preferencialmente, os
procedimentos devem refletir a cultura organizacional, a fim de possibilitar sua
incorporação natural às atividades da empresa. Por outro lado, o processo de
elaboração deve facultar a participação de todos os profissionais interessados,
visto que a imposição pode comprometer seu cumprimento em médio prazo.
Deve-se permitir, ainda, a atualização dos procedimentos sempre que
necessário, possibilitando um processo dinâmico e contínuo de melhoria.
Segundo Melhado (1994) no desempenho das atividades de projeto,
pode-se afirmar que surgem freqüentemente “zonas de incerteza” cnicas,
comerciais, humanas e financeiras - solicitando o exercício da autonomia e
estimulando a construção de métodos e posturas para enfrentá-las, fazendo
uso principalmente do julgamento individual, com maior ou menor eficácia
segundo o contexto. Tais relações, longe de atingir naturalmente o equilíbrio de
conjunto, tendem a disputar entre si o maior engajamento dentro da inserção
do indivíduo (projetista) neste ou naquele sistema, face aos demais. Assim,
muitos profissionais se encontrarão, ao mesmo tempo, mas com diferentes
pesos ou níveis de empenho, pressionados a se dedicarem às ações sindicais
e de defesa das atribuições profissionais, à evolução das condições de
produção e de integração entre indivíduos no escritório e ao trabalho conjunto
com empreendedores, engenheiros, fornecedores e empreiteiros, ligados a
40
uma determinada obra. Essa leitura do problema procura explicar a notória
dispersão de objetivos que se encontra no exercício da profissão pelos
indivíduos ou grupos. Não é, portanto, de se estranhar que uma parte dos
projetistas, assim, se mantenham alheios a várias dessas pressões,
acreditando serem elas passageiras ou de menor relevância face ao seu
“verdadeiro” papel como profissionais.
Assim sendo, perante este novo paradigma, o arquiteto surge como um
gestor que privilegia a cooperação multidisciplinar e a integração entre os
agentes. Esta coordenação de função gerencial é desempenhada no processo
de elaboração e compatibilização dos diversos projetos, com finalidade de
assegurar a qualidade durante o processo como um todo. Garante-se que as
soluções adotadas sejam suficientemente abrangentes, integradas e
detalhadas e que, após passada a fase projetual, a execução aconteça de
forma contínua, sem improvisações e interrupções.
2.8 QUALIDADE NO PROJETO
A elaboração dos diferentes projetos de forma totalmente separada pode
gerar situações nas quais a solução final dada a uma unidade funcional ou
elemento construtivo não seja a mais adequada para evitar complexidades,
descontinuidades ou perdas no desempenho. Os diferentes projetos devem
formar uma cadeia que favoreça a mútua alimentação entre eles.
Os autores Cazet, Lovatto e Jobim (2002) definem que, é crescente o
número de empresas de construção civil e escritórios de projeto brasileiras
envolvidas no processo de certificação pela ISO 9001 e qualificação pelo
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat PBQP H. Um
dos requisitos exigidos para o efetivo controle do processo de projeto é a
validação de projetos. De acordo com a ISO 9001:2000, validação é a
(comprovação, através do fornecimento de evidência objetiva, de que os
requisitos para uma aplicação ou uso específicos pretendidos foram atendidos).
Os autores comentam, ainda, que, a validação é, portanto, o processo de
verificar se o produto final será capaz de atender, ou atende em uso intencional
41
e/ou pretendido às necessidades dos clientes, sendo esta a principal diferença
em validação e verificação de projetos, a qual consiste na comprovação de que
os requisitos de entrada estabelecidos para os diversos estágios do projeto são
atendidos.
Para Albuquerque e Melhado (1998) a certificação de sistemas da
qualidade pelas normas ISO 9000 em escritórios de projetos na construção civil
começa a ser uma realidade. A busca de diversas empresas do setor em
relação à maioria dos seus processos de produção pode ser explicada pelo
aumento da competitividade no setor.
Segundo Duarte e Salgado (2002) dois aspectos diferentes devem ser
analisados em relação à comunicação das equipes. Uma é quanto ao conteúdo
do produto de cada um e outra é referente à troca de informações e
documentos. Sendo produtos de linguagem diferentes, deve, no mínimo,
manter iguais (e atualizados) os elementos e características comuns a todas as
especialidades como, por exemplo, a orientação em relação à prancha, a
nomenclatura dos compartimentos, entre outros. Idealmente, padronizar as
simbologias utilizadas pelas várias equipes, seria de grande valor para
minimizar a quantidade de informações diferenciadas.
É no estágio de projeto que o empreendimento da indústria da
construção de edificações é definido, exercendo papel importante na obtenção
da qualidade e rentabilidade, uma vez que da sua concepção dependem dos
aspectos da habitabilidade de segurança e economias, determinando o
desempenho do edifício. O principal objetivo da construção de edificações é
abordar os aspectos de qualidade do projeto, e validar a necessidade do
entrosamento dos profissionais de projeto e produção; a fim de obter melhorias
contínuas no produto. Implementando nas organizações os conceitos
organizacionais da engenharia simultânea, eliminando as improvisações,
melhorando os níveis de eficiência e produtividade na moderna engenharia civil
e engenharia de arquitetura.
42

ANÁLISE DOS ESTUDOS DE
CASO
Neste capítulo são realizadas as análises dos estudos de caso de obras
residenciais multifamiliares localizadas em Florianópolis e que se encontram
em fase de execução. Estes projetos foram escolhidos por apresentarem
mesma característica funcional, formada de quatro pavimentos sobre pilotis,
plantas tipo e ático.
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO PROJETUAL DOS ESTUDOS DE
CASO
A caracterização dos processos foi efetivada através de questionários.
Os questionários estabelecidos são padronizados com questões objetivas,
buscando proporcionar dinamismo e confiabilidade na entrevista. Nesta etapa
são aplicados questionários aos projetistas responsáveis, cujo objetivo é a
caracterização do perfil da empresa, o tipo de padronização gráfica e os
procedimentos de gestão de projetos.
Como critério para a seleção dos entrevistados foram escolhidos alguns
dos projetistas que participaram do processo de desenvolvimento dos projetos
das obras selecionadas. Após definidos os projetistas entre os nove escritórios
de projeto, realizou-se o contato telefônico para verificar a disponibilidade dos
mesmos, justificando a sua escolha, e caracterizando a relevância de sua
participação na análise dos projetos. Posteriormente foi encaminhado um
questionário padronizado com perguntas fechadas de múltipla escolha, de
modo a facilitar sua aplicação e possibilitar a análise e a codificação das
respostas. Como o questionário foi enviado pelo correio eletrônico e respondido
na ausência do investigador, o mesmo foi acompanhado de instruções para
seu preenchimento, conforme mostra tabela no anexo 01. Os questionários
são compostos por quinze questões que buscam um retorno rápido e objetivo
43
com duração média prevista para as respostas de aproximadamente cinco e
dez minutos.
Este questionário configura-se como uma técnica de observação
controlada, elaborado a partir de um conjunto de questões logicamente
relacionadas com o tema central, e que neste caso, trata dos processos
necessários para o desenvolvimento de projetos integrados de um edifício
residencial. O modelo deste questionário foi baseado no modelo proposto por
Frosch (2004), recebendo modificações para o tema específico desta pesquisa.
O universo da pesquisa aborda um grupo heterogêneo de profissionais
formado por arquitetos e engenheiros que desenvolveram os projetos
arquitetônico, estrutural, elétrico, hidro-sanitário e de condicionamento de ar. A
partir das respostas dos entrevistados buscou-se a sistematização dos dados
referentes a algumas características das empresas, suas ferramentas e os
processos projetuais adotados.
Uma vez retornados os questionários, passou-se a codificação e a
tabulação das respostas, de modo a facilitar a sua análise e interpretação,
apontando as possíveis correlações entre as mesmas. Deste modo, buscou-se
caracterizar os procedimentos adotados pelos projetistas quanto à
representação gráfica dos projetos, assim como relativos a gestão dos
processos projetuais utilizados nestes estudos de caso.
Alguns resultados das entrevistas puderam ser representados na forma
de gráficos, o que facilita a análise e interpretação dos resultados. Estes
resultados mostram que o número de profissionais das empresas contactadas,
que trabalham diretamente com programas de computadores para
representação gráfica dos projetos, resulta em torno de quatro a dez pessoas,
conforme mostra o gráfico 3.1. Isto deve-se ao fato dos escritórios de projetos
abordados serem de pequeno e médio porte.
44
Gráfico 3.1 Percentual de pessoas envolvidas Gráfico 3.2 Percentual de empresas
no processo projetual CAD. certificadas.
Nas respostas dos entrevistados percebe-se ainda um número elevado
de empresas não certificadas, conforme mostra o gráfico 3.2. As empresas de
escritórios de projeto necessitam percorrer um longo caminho até satisfazer os
requisitos exigidos para o controle dos processos projetuais. Todas as
empresas contatadas costumam consultar as normas técnicas para a
elaboração de seus projetos, o que demonstra a intenção dos entrevistados em
satisfazer os requisitos e critérios normativos. Observa-se, no entanto que os
entrevistados sinalizam que as utilizam apenas em situações de conflitos ou
dúvidas, conforme mostra o gráfico 3.3.
A maior parte das empresas contactadas subsidia treinamentos para
desenhistas e projetistas em CAD (computer aided design), como mostrado no
gráfico 3.4. O restante não qualifica seus profissionais dentro da empresa,
contratando-os já treinados para função.
Gráfico 3.3 Empresas que consultam as normas. Gráfico 3.4 empresas que subsidiam treinamento.
0
20
40
60
80
100
01 a 03
04 a 10
Mais de 10
(%)
0
20
40
60
80
100
Sim
Não
(%)
0
20
40
60
80
100
Apenas quando
necessário
Frequentemente
(%)
0
20
40
60
80
100
Sim
Não
(%)
45
O programa de projeto de representação gráfica utilizado por todas as
empresas contatadas é o AutoCad da Autodesk, mostrado no gráfico 3.5. Isto
é devido à grande difusão do programa de computador e a facilidade de troca
de arquivo que este representa. Algumas das empresas utilizam aplicativos
para desenvolvimento dos projetos complementares, e ainda, outros programas
utilizados como recursos para melhoria da apresentação dos projetos, como o
exemplo do programa CorelDRAW, da empresa canadense Corel, citado por
um dos entrevistados.
Gráfico 3.5 Programas de representação gráfica. Gráfico 3.6 Tipos de arquivos utilizados.
Constatou-se que nenhuma das empresas entrevistadas utiliza portal
colaborativo, o que dificulta em alguns aspectos a troca de informações dos
projetos entre as empresas. Pode-se observar também, que as empresas
realizam troca de arquivos de igual modo, tanto no formato impresso, como no
formato eletrônico, conforme mostrado no gráfico 3.6. Apenas 40% das
empresas contatadas têm conhecimento sobre os manuais e normas de
padronização de dados para a realização de desenhos em CAD. Observou-se
também que apenas 20% das empresas possuem um modelo implantado para
a padronização de dados.
A maior parte dos blocos de desenho em CAD utilizados pelos
projetistas entrevistados são desenvolvidos na própria empresa, o que dificulta
a padronização da representação gráfica. Grande parte dos projetistas adota
blocos fornecidos por fabricantes e em menor escala utilizam blocos de
desenhos disponíveis na internet e blocos compartilhados com empresas
0
20
40
60
80
100
AUTO CAD
Aplicativos
para
Instalações
Outros
(%)
0
20
40
60
80
100
Desenhos
Impressos
Desenhos
Eletrônicos c/
nomenclatura
de arquivos
Desenhos
Eletrônicos s/
nomenclatura
de arquivos
(%)
46
parceiras no desenvolvimento do projeto. Apenas 20% das empresas utilizam
os blocos originais do programa AutoCad, provavelmente em função da
pequena variedade ofertada. Observa-se no gráfico 3.7 que a soma destes
percentuais ultrapassa os 100%, pois muitos projetistas utilizam duas ou mais
fontes de blocos de desenhos eletrônicos.
Gráfico 3.7 Percentual de utilização das bibliotecas de blocos de desenho nas empresas.
Todas as empresas abordadas possuem uma padronização interna em
relação às linhas, camadas, cores, espessuras, cotas, hachuras e textos,
porém apenas 20% destas empresas utilizam as normas técnicas da ABNT
para a formatação de folhas e escalas. Observa-se uma divergência quanto a
necessidade da padronização gráfica por parte dos entrevistados, 40% destes
não acham necessária a padronização da representação gráfica para que
sejam alcançados a integração entre os projetos arquitetônico e
complementares. Observa-se também, no entanto que a padronização da
linguagem gráfica facilita a verificação das conformidades, para poder realizar a
superposição dos projetos e a verificação das incompatibilidades. Mesmo
assim, todos os projetistas entrevistados afirmam realizar uma avaliação prévia
dos projetos recebidos, bem como, uma verificação de incompatibilidades
durante a elaboração do projeto.
Constatou-se, também, certa inconsistência nos resultados da entrevista
com relação a compatibilização dos projetos, pois alguns entrevistados
afirmaram efetuar a verificação de incompatibilidades, sem no entanto, realizar
a padronização prévia dos desenhos para efetuar a superposição dos projetos.
Estas divergências sinalizam a dificuldade de estabelecer um método
0
20
40
60
80
100
Criada pela própria
empresa
Blocos fornecidos
por fabricantes
Compartilhados na
internet
Criada c/ blocos de
outras empresas
de projetos
Do próprio
sofware
(%)
47
sistematizado para a verificação das incompatibilidades entre os projetos.
Assim, a falta de uma padronização pode mascarar alguns conflitos de
funcionalidade e incompatibilidades físicas dos elementos construtivos ali
representados.
Os resultados apresentados neste trabalho são referentes às entrevistas
de dez projetistas que participaram no desenvolvimento dos projetos
arquitetônico e complementares nos estudos de caso propostos. No entanto,
estas respostas possibilitaram, em caráter ilustrativo, mostrar os procedimentos
utilizados no desenvolvimento dos projetos abordados. Apesar do universo da
pesquisa ser restrito, pode-se constatar que não existe, ainda, a aceitação da
necessidade de padronização da representação gráfica dos projetos para que
possa ocorrer efetivamente esta integração.
A maior parte dos projetistas entrevistados acha necessária a integração
e a compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural, elétrico, hidro-
sanitário e de condicionamento de ar, porém, não sinalizam que a
padronização da representação gráfica possa ser um elemento que viabiliza e
facilita a verificação das incompatibilidades físicas e funcionais dos elementos
construtivos destes projetos. Isto faz com que muitas vezes a verificação
destas incompatibilidades não seja realizada de modo efetivo, fazendo com
que sejam detectadas apenas aquelas que resultam ser mais evidentes. Faz-se
mister, então, a padronização gráfica dos diferentes projetos para que a análise
da compatibilização seja efetuada de modo integral.
48
3.2 RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR “A”
Esta obra, mostrada na figura 3.1 está localizada no bairro Cacupé a 13
km do centro de Florianópolis, e está composta por três blocos com onze
unidades habitacionais cada.
Figura 3.1 Perspectiva do residencial composto por três blocos.
A execução da obra iniciou pelo bloco mais próximo ao mar, seguido
pelo bloco 02 que está locado na cota 15. Atualmente o empreendimento está
em fase de conclusão do bloco 03, localizado próximo ao acesso principal. A
análise da compatibilização nos projetos é realizada no pavimento tipo do bloco
intermediário, por ser a planta com maior número de repetições no
empreendimento.
3.2.1 Descrição do projeto arquitetônico
O conjunto residencial multifamiliar possui 12.458,39m² de área
construída, composto por três blocos, mostrados na figura 3.2. Neste conjunto
trinta e três unidades habitacionais com cento e duas garagens cobertas. O
terreno é rochoso com área de 9.678,31m² e relevo em delive. Os blocos
apresentam quatro pavimentos com subsolo, pilotis, dois pavimentos tipo e
ático.
49
A estrutura do edifício é de concreto armado, cuja modulação em planta
baixa varia entre 3,20m, 3,30m, 3,35m e 3,40m. As lajes são maciças, também
de concreto armado, possuindo 15cm de espessura.
No revestimento das fachadas foram utilizados reboco rústico, placas
cerâmicas e panos de vidro, com esquadrias externas de PVC.
Figura 3.2 Implantação do conjunto residencial composto por três blocos.
3.2.2 Caracterização do pavimento tipo
O pavimento tipo possui 816,53m² de área total, sendo constituído por
quatro apartamentos e dois núcleos de escada com elevador, onde cada um
atende dois apartamentos, mostrados nas figuras 3.3 e 3.4.
Figura 3.3 Planta baixa do pavimento tipo do bloco 02.
50
Figura 3.4 Corte longitudinal do bloco 02.
As unidades habitacionais possuem diferenças nas áreas construídas,
porém os programas de necessidades são semelhantes, contendo sala de
estar/ jantar, sacada com churrasqueira, cozinha, lavanderia, banho de serviço,
dormitório de serviço, lavabo, estar íntimo e três suítes, sendo uma com closet
e sacada.
As áreas privativas dos apartamentos das prumadas (01), (02 e 03) e (04) são
respectivamente 202,82m², 182,70m² e 198,86m².
3.2.3 Caracterização do projeto estrutural
A estrutura do edifício está formada por pilares e vigas de concreto
armado. A maioria dos pilares possui dimensões de 15x30 e 15x50cm, as vigas
são de dimensões variadas, mostrados na figura 3.5. As lajes são maciças de
concreto armado com espessura de 15 cm. Observa-se o uso de transição para
otimizar os espaços de manobra e estacionamento no subsolo.
Figura 3.5 Planta de forma do projeto estrutural do pavimento tipo do bloco 02.
51
3.2.4 Caracterização do projeto elétrico
A alimentação dos blocos exigiu o uso de cabeamento subterrâneo, de
modo evitar postes e fiação rea que causariam grande impacto visual no
conjunto. Nos apartamentos foram utilizados eletrodutos flexíveis, de acordo
com o projeto luminotécnico, mostrado na figura 3.6.
Figura 3.6 Planta baixa do projeto elétrico do pavimento tipo do bloco 02.
3.2.5 Caracterização do projeto hidro-sanitário
O empreendimento possui uma torre de água de 36.000l e uma cisterna
enterrada na parte superior do terreno com capacidade de 100.000l para
abastecimento de água. Possui, também, uma estação de tratamento de
esgoto com capacidade para 162m³/dia. Após este tratamento a água é
lançada na rede pluvial. No pavimento tipo, como mostra a figura 3.7, existem
duas prumadas de abastecimento de água, com hidrômetros individuais para
cada apartamento. Parte da tubulação horizontal está localizada no piso e nas
áreas com forro de gesso, localizadas no entre-forro. O material usado para o
abastecimento de água fria e quente foi o tubo flexível de polietileno reticulado.
52
Figura 3.7 Planta baixa do projeto hidro-sanitário do pavimento tipo do bloco 02.
3.2.6 Caracterização do projeto de ar-condicionado
A distribuição dos dutos de condicionamento de ar nos apartamentos é
feita pelo piso. A tubulação é de cobre com isolamento rmico para evitar
condensações. Dois dutos interligam as condensadoras, localizadas
externamente com as evaporadoras que estão na parte superior interna das
paredes, conforme pode ser visto na figura 3.8. A água condensada é
canalizada no ralo mais próximo por um duto de 20mm de diâmetro.
Figura 3.8 Planta baixa do projeto de ar-condicionado do pavimento tipo do bloco 02.
3.2.7 Verificação da Conformidade
A padronização da representação gráfica dos projetos é necessária para
facilitar a análise e a verificação de incompatibilidades entre os projetos. Na
53
análise da conformidade do projeto arquitetônico e dos projetos
complementares são verificadas as padronizações da identificação e da
representação gráfica dos elementos constituintes. Esta análise é feita através
de tabelas de verificação do tipo check list”. Para cada grupo de projetos a
compatibilizar, existe uma tabela espefica para verificação de conformidade,
cujos tópicos sugeridos como exemplos de verificação são apresentados nas
tabelas 3.1, 3.2, 3.3 e 3.4.
Os resultados das análises da conformidade entre o projeto arquitetônico
e estrutural o apresentados na tabela 3.1, onde se podem observar escalas,
layers, nomenclaturas e numerações, utilizados nos referidos projetos.
Todos os projetos analisados neste estudo de caso apresentaram
diferentes escalas, com duplicidade de cores e nomes nos layers. Nos pilares e
nas vigas foram encontradas numerações e nomenclaturas duplicadas, sendo
que nos dutos e shafts observou-se a ausência de identificação e numeração.
A falta de identificação nos módulos dos projetos arquitetônico e estrutural
difcultou a leitura dos projetos.
54
Tabela 3.1 Verificação da conformidade do Projeto Arquitetônico e Projeto
Estrutural no estudo de caso A.
ÍTENS
STATUS
SUB -
ÍTENS
CONFORME
ELEMENTOS
CONFLITANTES
SOLUÇOES
PROPOSTAS
ESCALA
Projetos
Diferentes escalas
Uniformizar
escalas
LAYERS
Cores
Duplicidade de
cores
Alterar cores
Nomenclatura
Duplicidade de
nomes
Renomear
NOMENCLA
TURA
Pilares
Dois tipos de
nomenclatura
P e PT
Unificar
Vigas
Dois tipos de
nomenclatura
V e VS
Unificar
Dutos
Sem identificação
Identificar
Shafts
Sem identificação
Identificar
NUMERA
ÇÃO
Pilares
Dupla numeração
Renumerar
sequencialmente
da esquerda para
direita e de cima
para baixo
Vigas
Dupla numeração
Renumerar
sequencialmente
Dutos
Sem numeração
Renumerar
sequencialmente
Shafts
Sem numeração
Renumerar
sequencialmente
Na tabela 3.2, são apresentados os itens adotados na verificação da
conformidade entre os projetos arquitetônico, estrutural e elétrico, tais como:
escalas, layers, nomenclaturas e numerações. Os projetos são apresentados
em diferentes escalas de representações gráficas, com duplicidade de cores e
55
nomes nos layers entre eles. A dupla numeração de elementos e dos quadros
de distribuição dificulta a verificação dos elementos que constituem o projeto.
Tabela 3.2 - Verificação da conformidade do Projeto Arquitetônico, Projeto
Estrutural e Projeto Elétrico no estudo de caso A.
ITENS
STATUS
SUB -
ÍTENS
CONFORME
ELEMENTOS
CONFLITANTES
SOLUÇOES
PROPOSTAS
ESCALA
Projetos
Diferentes escalas
Uniformizar
escalas
LAYERS
Cores
Duplicidade de
cores
Alterar cores
Nomenclatura
Duplicidade de
nomes
Renomear
QUADRO DE
DISTRIBUI
ÇÃO
nomenclatura
X
numeração
Numeração
repetida
Numerar
seqüencial
mente
PTs
CONFORME
LAYOUT
Iluminação
X
Interruptores
X
Tomadas
X
Na tabela 3.3 o apresentados os itens adotados na verificação da
conformidade dos projetos arquitetônico, estrutural e hidro-sanitário, tais como:
escala, layers, nomenclaturas, numerações de prumadas, tubulações
horizontais e registros. Os projetos analisados apresentam diferentes escalas,
com duplicidade de cores e nomes nos layers adotados.
As tubulações horizontais de água fria, água quente, esgoto e pluvial
não apresentavam nomenclatura e numeração nas plantas baixas. As soluções
propostas como ações corretivas dos elementos conflitantes estão explicitadas
na última coluna desta tabela.
56
Tabela 3.3 - Verificação da conformidade do Projeto Arquitetônico, Projeto
Estrutural e Projeto Hidro-sanitário no estudo de caso A.
ÍTENS
STATUS
SUB - ÍTENS
CONFORME
ELEMENTOS
CONFLITANTES
SOLUÇOES
PROPOSTAS
ESCALA
Projetos
Diferentes
escalas
Uniformizar
escalas
LAYERS
Cores
Duplicidade de
cores
Alterar cores
Nomenclatura
Duplicidade de
nomes
Renomear
PRUMA
DA
nomenclatura
Água fria
X
Esgoto
X
Tubo de
Ventilação
X
Pluvial
X
Numera
ção
Água fria
X
Esgoto
X
Tubo de
Ventilação
X
Pluvial
X
TUBULA
ÇÃO
HORIZON
TAL
nomenclatura
Água fria
Não possui
identificação
Identificar
Água quente
Não possui
numeração
Identificar
Esgoto
Não possui
identificação
Identificar
Cx. de
Gordura
Não possui
numeração
Identificar
Pluvial
Não possui
identificação
Identificar
Numera
ção
Água fria
Não possui
numeração
Identificar
Água quente
Não possui
identificação
Identificar
Esgoto
Não possui
numeração
Identificar
Cx. de
Gordura
Não possui
identificação
Identificar
Pluvial
Não possui
numeração
Identificar
REGIS
TRO
GERAL
Água fria
nomenclatura
Não possui
identificação
Identificar
numeração
Não possui
numeração
Identificar
Na tabela 3.4 de verificação da conformidade serão apresentados os
resultados dos seguintes itens analisados: escalas, layers, nomenclaturas e
57
numerações. Novamente, os projetos foram apresentados com diferentes
escalas, com duplicidade de cores nos diferentes layers utilizados. Também foi
constatada a ausência de identificação e numeração nos dutos horizontais e
nos condensadores externos. Observou-se duplicidade numérica e de
nomenclatura nos evaporadores.
As tabelas de verificação da conformidade possuem colunas na qual
possibilitam a descrição das análises, a visualização dos elementos
conflitantes, bem como, as propostas para possíveis soluções.
Tabela 3.4 - Verificação da conformidade do Projeto Arquitetônico, Projeto
Estrutural e Projeto de Ar condicionado no estudo de caso A.
TÓPICOS
STATUS
ÍTENS
CONFORME
ELEMENTOS
CONFLITANTES
SOLUÇOES
PROPOSTAS
ESCALA
Projetos
Diferentes escalas
Uniformizar
escalas
LAYERS
Cores
Duplicidade de
cores
Alterar cores
Nomenclatura
X
NOMENCLA
TURA
Dutos Horizontais
Não possui
identificação
Identificar
Evaporadores
Duplicidade de
letras
Renomear
Condensadores
Externos
Duplicidade de
letras
Renomear
NUMERA
ÇÃO
Dutos Horizontais
Não possui
numeração
Identificar
Evaporadores
Duplicidade
numérica
Numerar
sequencialmente
Condensadores
Externos
Duplicidade
numérica
Numerar
sequencialmente
58
3.2.8 Compatibilização entre o projeto arquitetônico e o projeto
estrutural do estudo de caso A
Este método busca analisar as incompatibilidades físicas e funcionais
entre os projetos, de modo a verificar os elementos conflitantes entre o projeto
arquitetônico e os projetos complementares. A verificação de
incompatibilidades no estudo de caso foi realizada a partir da superposição das
plantas baixas do pavimento tipo, do bloco 02, como mostra a figura 3.9.
No caso da verificação de incompatibilidades entre os projetos faz-se
necessário a superposição digital dos arquivos utilizando os seguintes layers
ativados do projeto arquitetônico: paredes, esquadrias, equipamentos e
projeções. No arquivo eletrônico do projeto estrutural, pode-se manter ativados
os layers das plantas de forma da locação dos pilares.
Figura 3.9 Planta baixa dos projetos arquitetônico e estrutural. 59
60
A tabela 3.5 possibilita detectar conflitos e compatibilizar a incidência
dos mesmos com relação ao número total dos elementos construtivos.
Apresentam-se ainda, na última coluna desta tabela, propostas para solucionar
ou tornar compatíveis os respectivos itens de projeto analisados.
Tabela 3.5 Verificação de incompatibilidades do Projeto Arquitetônico e
Projeto Estrutural do estudo de caso A.
TÓPICOS
STATUS
ÍTENS
COMPATÍVEL
ELEMENTOS
CONFLITANTES
CONFLITOS/
TOTAL DE
ELEMENTOS
SOLUÇOES
PROPOSTAS
MÓDULO
S
(20)
Arquitetônico/
Estrutural
Não coincidem
os módulos/
sem
identificação
04/20
Reposicionar
módulos
estrutural
conforme
arquitetônico/
Numerar
módulos
PILARES
(62)
Alinhamento
Paredes
P: 8,11,51
PT: 11,12,3,4,7,
8, 13
10/62
Redimensionar
pilares
Alinhamento
Junta de
Dilatação
P 9, P 10
02/06
Redimensionar
pilares
Intersecção c/
Esquadrias
P49
01/62
Deslocamento
da esquadria
VIGAS
(65)
Alinhamento
Paredes
X
Alinhamento
Junta de
Dilatação
X
Intersecção c/
Esquadrias
VS3 e VS4
02/65
Redimensionar
altura da viga
DUTO DE
VENTILA
ÇÃO
(MECÂNI
CA)
(14)
Vertical
Localizar dutos
14/14
Numerar
seqüencial
mente
Horizontal
X
CIRCULA
ÇÕES
VERTI
CAIS
Elevador
X
Escada
X
Nesta tabela 3.5 busca-se analisar interferências geométricas e
funcionais através dos elementos conflitantes. Nota-se, também, as
incompatibilidades físicas entre os diversos itens constituintes de um projeto,
61
tais como: módulos compositivos, pilares, vigas, dutos de ventilação e
circulações verticais.
Os projetos arquitetônico e estrutural apresentam vinte módulos
compositivos na planta baixa do pavimento tipo sendo que quatro destes estão
desalinhados entre si. Constatou-se alguns elementos conflitantes com relação
ao posicionamento de pilares, tais como o desalinhamento mostrado nas
figuras 3.10 e 3.11, e na intersecção com esquadrias, mostrado na figura 3.12.
Nas vigas também foi verificado algumas intersecções com
esquadrias, mostrada na figura 3.13.
Figura 3.10 Planta baixa desalinhamento de Figura 3.11 - Planta baixa desalinhamento de
pilar e parede. pilar e parede.
Figura 3.12 Planta baixa intersecção de pilar e esquadria. Figura 3.13 - Corte intersecção de viga e
esquadria.
62
A partir dos conflitos detectados realizou-se o gráfico 3.8, onde o
apresentadas as incidências dos elementos conflitantes com relação à
totalidade dos respectivos elementos construtivos nos projetos.
Gráfico 3.8 - Verificação da compatibilização entre os projetos arquitetônico e estrutural.
Neste gráfico pode-se observar quatro tipos de conflitos detectados na
análise de verificação de incompatibilidades dos projetos arquitetônico e
estrutural. No pavimento tipo, 16,12% dos pilares encontram-se desalinhados
com as paredes, e 1,61% interseccionam com esquadrias. Destes 62 pilares,
pode-se observar que seis deles se encontram na junta de dilatação, onde
33,33% também estão desalinhados com as paredes. Com relação ao
posicionamento das vigas, 3,07% apresentam conflitos com esquadrias sobre
um total de 65 elementos construtivos quantificados.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
PILARES
DESALINHADOS C/
PAREDES
PILARES
DESALINHADOS C/
JUNTA DE
DILATAÇÃO
PILARES
INTERSECCIONADOS
C/ ESQUADRIAS
VIGAS
INTERSECCIONADAS
C/ ESQUADRIAS
CONFLITOS/ TOTAL DE
ELEMENTOS (%)
63
3.2.9 Compatibilização entre o projeto arquitetônico, projeto
estrutural e projeto elétrico do estudo de caso A
A verificação das incompatibilidades neste estudo de caso é realizadas
a partir da superposição das plantas baixa do pavimento tipo no bloco 02, como
mostrado a figura 3.14. Para a compatibilização entre o projeto arquitetônico,
projeto estrutural e projeto elétrico faz-se necessária a superposição dos
arquivos digitais. A superposição dos projetos arquitetônico e estrutural é
apresentada no item 3.2.8, onde pode-se ainda superpor também o arquivo
digital do projeto elétrico.
Figura 3.14 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e elétrico. . 64
65
Na tabela 3.6 são apresentadas as incompatibilidades observadas,
onde são apresentados os conflitos e suas incidências com relação ao número
total dos elementos construtivos existentes no projeto. Apresenta ainda, na
última coluna, propostas para solucionar ou tornar compatíveis os respectivos
itens analisados.
Tabela 3.6 - Verificação de incompatibilidades do Arquitetônico, Projeto
Estrutural e Projeto Elétrico do estudo de caso A.
ÍTENS
STATUS
SUB -
ÍTENS
COMPATÍVEL
ELEMENTOS
CONFLITANTES
CONFLITOS/
TOTAL DE
ELEMENTOS
SOLUÇOES
PROPOSTAS
QUADRO
DE
DISTRIBU
I
ÇÃO
posição
X
PTs
CONFOR
ME
LAYOUT
Iluminação
X
Interruptores
X
Tomadas
X
SHAFTS
Posição
Ausência de
shafts
Locar shafts
Na tabela 3.6 busca-se analisar interferências geométricas e
funcionais através dos elementos conflitantes. Pode-se observar também, as
inconsistências físicas entre os diversos itens constituintes dos projetos
analisados: pontos de iluminação, interruptores e tomadas; quadro de
distribuição e shafts. Nesta análise constatou-se apenas a ausência de shafts,
pois estes poderiam auxiliar na manutenção das prumadas.
66
3.2.10 Compatibilização entre o projeto arquitetônico, projeto
estrutural e projeto hidro-sanitário do estudo de caso A
A verificação das incompatibilidades no estudo de caso é realizada a
partir da superposição das plantas do pavimento tipo, do bloco 02, como
mostra a figura 3.15.
A superposição dos projetos arquitetônico e estrutural, apresentada no
item 3.2.8, pode-se receber, ainda, a superposição do arquivo digital do projeto
hidro-saitário.
Figura 3.15 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e hidro-sanitário. . 67
68
Tabela 3.7 - Verificação de incompatibilidades do Projeto Arquitetônico, Projeto
Estrutural e Projeto Hidro-sanitário do estudo de caso A.
ÍTENS
STATUS
SUB - ÍTENS
COMPATÍVEL
ELEMENTOS
CONFLITANT
ES
CONFLITOS/
TOTAL DE
ELEMENTOS
SOLUÇOES
PROPOSTAS
PRUMA
DA
Água fria
Posi
ção
Intersecção
com
esquadrias
AF:
02,13,27,31
04/40
Reposicion
ar prumada
Água
quente
Posi
ção
Intersecção
com
esquadrias
AQ: 02,05
02/24
Reposicion
ar prumada
Esgoto
Posi
ção
Fora do
alinhamento
das
paredes
TQS 18 e
20
02/24
Reposicion
ar prumada
Tubo de
Ventilação
Posi
ção
X
Pluvial
Posi
ção
Fora do
alinhamento
das
paredes
TPL: 01,14,
06,12
04/14
Reposicion
ar
prumada
TUBULA
ÇÃO
HORIZO
N
TAL
Água fria
Posi
ção
X
Água
quente
Posi
ção
X
Esgoto
Posi
ção
X
Cx. de
Gordura
Posi
ção
X
Pluvial
Posi
ção
X
REGIS
TRO
GE
RAL
Água fria
Posi
ção
X
APARELHOS E
EQUIPAMENTOS
(82)
Falha no
alinhamento
da posição
15/82
Reposicionar
aparelhos
conforme
projeto
arquitetônico
69
A tabela 3.7, onde, são apresentadas as incompatibilidades, ode pode-
se observar os conflitos e a incidência dos mesmos com relação ao número
total dos elementos construtivos do projeto. Apresenta ainda na última coluna,
propostas para solucionar ou tornar compatíveis os respectivos itens
analisados.
Na tabela 3,7 busca-se analisar interferências geométricas e
funcionais, através da identificação dos elementos conflitantes. Pode-se
também, as inconsistências físicas entre os diversos itens constituintes de um
projeto tais como: prumadas, tubulações horizontais, registros gerais e
aparelhos/ equipamentos nos projetos analisados. Constataram-se
intersecções das prumadas de água fria e água quente com as esquadrias,
mostradas na figura 3.16. Foi verificado também, em algumas das prumadas
de esgoto e prumadas de pluvial, um desalinhamento com as paredes.
Como pode-se observar na figura 3.17, ocorreram diferenças de
posicionamento dos aparelhos e equipamentos nos projetos arquitetônico e
hidro-sanitário.
Figura 3.16 Planta baixa intersecção de tubulações Figura 3.17 Planta baixa detalhe
de água fria e água quente com esquadria. desalinhamento dos aparelhos.
A partir dos conflitos detectados elaborou-se um gráfico onde são
apresentados a incidência de elementos conflitantes com relação a totalidade
dos respectivos elementos construtivos.
70
Gráfico 3.9 - Verificação da compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e hidro-sanitário.
No gráfico 3.9 pode-se observar os conflitos detectados na análise de
verificação de incompatibilidades. Pode-se observar também, que entre 40
prumadas de água fria, 10% interceptaram com as esquadrias. Na prumada de
água quente 8,33 % destes apresentam o mesmo conflito.
Com relação ao posicionamento de paredes 8,33% de 24 prumadas de
esgoto e 28,57% de 14 prumadas de pluvial apresentam incompatibilidades.
O último item do gráfico mostra que 18,29% do total de 82 aparelhos e
equipamentos apresentam diferentes posicionamentos no projeto arquitetônico
e no projeto hidro-sanitáro.
3.2.11 Compatibilização entre o projeto arquitetônico, projeto
estrutural e projeto de ar condicionado do estudo de caso A.
As análises de compatibilização no estudo de caso são realizadas a
partir da superposição das plantas baixa do pavimento tipo, do bloco 02, como
mostra a figura 3.18.
Para esta análise se faz necessária a superposição digital dos
arquivos. Na superposição dos projetos arquitetônico e estrutural, apresentada
no item 3.2.8 realiza-se, também, a superposição do arquivo digital do projeto
de ar condicionado.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
INTERSECÇÃO Á.F.
VERTICAL C/
ESQUADRIAS
INTERSECÇÃO Á.Q.
VERTICAL C/
ESQUADRIAS
DESALINHAMENTO
ESGOTO VERTICAL
C/ PAREDES
DESALINHAMENTO
PLUVIAL VERTICAL
C/ PAREDES
APARELHOS E
EQUIPAMENTOS
DESALINHADOS
ENTRE SI
CONFLITOS/ TOTAL DE ELEMENTOS (%)
Figura 3.18 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e ar condicionado. . 71
72
Na tabela 3.8, são apresentadas as incompatibilidades, onde pode-se
detectar conflitos e a incidência dos mesmos com relação ao número total dos
elementos construtivos. Esta tabela apresenta, ainda, na última coluna,
propostas para solucionar ou tornar compatíveis os itens analisados.
Tabela 3.8 - Verificação de incompatibilidades do Projeto Arquitetônico, Projeto
Estrutural e Projeto de Ar-condicionado do estudo de caso A.
ÍTENS
STATUS
SUB - ÍTENS
COMPATÍVEL
ELEMENTOS
CONFLITANTES
CONFLITOS/
TOTAL DE
ELEMENTOS
SOLUÇOES
PROPOSTAS
DUTOS
HORIZON
TAIS
Piso
Aumento do
contra piso em
aproximadame
nte 4cm
Melhorar os
caminhos dos
dutos e passar
dutos pelo teto
Teto
-
-
-
-
Pilares
X
Paredes
Dutos
interceptaram
paredes
20/20
Desviar
caminho dos
dutos
Vigas
X
Esquadrias
X
Evaporadores
(20)
X
Condensadore
s Externos
(16)
X
Escape de
Água
(04)
X
Nesta tabela, foram analisados os seguinte itens: dutos horizontais de
condicionamento de ar, pilares, paredes, vigas, esquadrias, evaporadores,
condensadores externos e escape de água.
Conforme mostrado na figura 3.19, os dutos horizontais passam sob o
contra piso acarretando alguns problemas como o aumento da altura do
mesmo em aproximadamente 4cm, o que conduz a redução da altura do pé-
73
direito dos apartamentos. Durante a análise verificou-se intersecções entre os
trajetos dos dutos com várias paredes, como mostrada a figura 3.20.
Figura 3.19 Planta baixa detalhe dutos horizontais. Figura 3.20 Planta baixa intersecção
de dutos com paredes.
O gráfico 3.10 apresenta a incidência da intersecção entre dutos e
paredes com relação à totalidade dos respectivos elementos construtivos.
Gráfico 3.10 - Verificação da compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e ar
condicionado.
Observou-se que, de 20 dutos analisados no pavimento tipo, todos
interceptam com paredes.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
INTERSECÇÃO
ENTRE DUTOS E
PAREDES
CONFLITOS/ TOTAL DE ELEMENTOS (%)
74
3.3 RESIDENCIAL MULTIFAMILIARB
Esta obra, mostrada na figura 3.21 está localizada no bairro João Paulo
a 8km do centro de Florianópolis, e está composta por dois blocos com nove
unidades habitacionais cada.
Figura 3.21 Perspectiva do residencial composto por dois blocos.
A execução da obra iniciou pela unidade mais próxima ao mar, seguido
pela outra que está localizada junto ao acesso principal. O empreendimento
está em fase de concretagem das estruturas das unidades. A análise da
compatibilização nos projetos é realizada no pavimento tipo da segunda
unidade, por ser a planta com maior número de repetições no empreendimento.
3.3.1 Descrição do projeto arquitetônico
O conjunto residencial multifamiliar possui 5.881,79m² de área
construída, composta por dois blocos, mostrados na figura 3.22. Neste conjunto
dezoito unidades habitacionais com cinqüenta garagens cobertas e onze
descobertas. O terreno possui área de 3.515,00m² e relevo inclinado. Os
blocos apresentam quatro pavimentos com subsolo, pilotis, dois pavimentos
tipo e ático. A estrutura do edifício é de concreto armado, cuja modulação varia
entre 3,675m, 4,00m e 7,875m. As lajes são nervuradas com cerâmica de vinte
e oito furos 20x25x25cm e também de concreto armado, possuindo 25cm de
espessura. No revestimento das fachadas será utilizado reboco rústico e placas
cerâmicas, com esquadrias externas de alumínio.
75
Figura 3.22 Implantação do conjunto residencial composto por dois blocos.
3.3.2 Caracterização do pavimento tipo
O pavimento tipo possui 621,92m² de área total, sendo constituído por
quatro apartamentos e um núcleo de escada com elevador, mostrados nas
figuras 3.23 e 3.24. Dois destes apartamentos estão distribuídos em dois
pavimentos (duplex), no pavimento tipo 01 se encontra a área social com sala
estar, jantar, sacada com churrasqueira, lavabo, cozinha, serviço, despensa e
banho de serviço. No pavimento pilotis estão os dormitórios.
Figura 3.23 Planta baixa do pavimento tipo do bloco 02.
76
Figura 3.24 Corte longitudinal do bloco 02.
As unidades habitacionais possuem diferenças nas áreas construídas,
porém o programa de necessidades é semelhante, contendo sala de estar/
jantar, sacada com churrasqueira, cozinha, área de serviço, banho de serviço,
dormitório de serviço (reversível), lavabo, estar íntimo, dormitório, banho e
duas suítes sendo uma com closet e sacada.
As áreas dos apartamentos 101 e 104; 102 e 103 (duplex) são respectivamente
216,06m² e 146,84m².
3.3.3 Caracterização do projeto estrutural
A estrutura do edifício está formada por pilares e vigas de concreto
armado. Os pilares possuem dimensões que variam de 20x50 a 20x100cm, as
vigas também são de dimensões variadas entre 50 a 80 cm de altura,
mostrados na figura 3.25. As vigas estão presentes apenas no perímetro do
edifício e nas caixas da escada e elevador. As lajes são nervuradas com uso
de blocos cerâmicos 20x25x25cm de 28 furos e concreto armado com
espessura total de 25cm. Vigas de transição no pilotis e no subsolo foram
utilizadas para otimizar os espaços de estacionamento e manobra.
77
Figura 3.25 Planta de forma do projeto estrutural do pavimento tipo do bloco 02.
3.3.4 Caracterização do projeto elétrico
A alimentação dos blocos exigiu o uso de cabeamento subterrâneo, de
modo evitar postes e fiação aérea que poderiam causar grande impacto visual
no conjunto. Nos apartamentos foram utilizados eletrodutos flexíveis
corrugados, seguindo projeto luminotécnico para distribuição dos pontos,
conforme mostra a figura 3.26. O projeto contempla, ainda, aspiração central,
com pontos de sucção estrategicamente localizados em alguns ambientes.
78
Figura 3.26 Planta baixa do projeto elétrico do pavimento tipo do bloco 02.
3.3.5 Caracterização do projeto hidro-sanitário
O empreendimento possui um reservatório de água de 17.740 l na
unidade próxima ao acesso do condomínio que abastecerá os dois blocos de
apartamentos. Terá, também, duas cisternas com capacidade de 20.000 l
cada, localizadas nos subsolos de cada bloco para abastecimento de água.
Uma das cisternas será para água de reutilização. Possui, também, uma
estação de tratamento de esgoto com capacidade para 1,49/hora. Após este
tratamento a água é lançada na rede pluvial.
No pavimento tipo, como mostra a figura 3.27, existem duas prumadas
de abastecimento de água, com hidrômetros individuais para cada
apartamento. Parte da tubulação horizontal está localizada no piso e nas áreas
com forro de gesso, localizadas no entre-forro. As tubulações de água fria e
quente são de polietileno reticulado.
79
Figura 3.27 Planta baixa do projeto hidro-sanitário do pavimento tipo do bloco 02.
3.3.6 Caracterização do projeto de ar-condicionado
A distribuição dos dutos de condicionadores de ar nos apartamentos é
feita pelo teto com tubulação de cobre e isolamento térmico para evitar
condensações. Dois dutos interligam as condensadoras, localizadas
externamente com as evaporadoras que estão na parte superior interna das
paredes, conforme pode ser visto na figura 3.28. A água condensada de cada
evaporador é canalizada para o ralo mais próximo por um duto de 20mm de
diâmetro.
80
Figura 3.28 Planta baixa do projeto de ar-condicionado do pavimento tipo do bloco 02.
3.3.7 Verificação da Conformidade
A padronização da representação gráfica dos projetos é necessária para
facilitar a análise e a verificação de incompatibilidades entre os projetos. Na
análise da conformidade do projeto arquitetônico e dos projetos
complementares são verificadas as padronizações da identificação e da
representação gráfica dos elementos constituintes. Esta análise é feita através
de tabelas de verificação do tipo check list”. Para cada grupo de projetos a ser
compatibilizados, existe uma tabela específica para verificação de
conformidade, cujos tópicos sugeridos como exemplos de verificação são
apresentados nas tabelas 3.9, 3.10, 3.11 e 3.12.
Os resultados das análises da conformidade entre o projeto arquitetônico
e estrutural o apresentados na tabela 3.9, onde se podem observar escalas,
layers, nomenclaturas e numerações, utilizados nos referidos projetos.
Todos os projetos analisados neste estudo de caso apresentaram
diferentes escalas, com duplicidade de cores e nomes nos layers. Nos pilares e
nas vigas foram encontradas falhas nas numerações, e nos dutos shafts
observou-se a ausência de numeração.
81
Tabela 3.9 Verificação da conformidade do Projeto Arquitetônico e Projeto
Estrutural no estudo de caso B.
ÍTENS
STATUS
SUB -
ÍTENS
CONFORME
ELEMENTOS
CONFLITANTES
SOLUÇOES
PROPOSTAS
ESCALA
Projetos
Diferentes escalas
Uniformizar
escalas
LAYERS
Cores
Duplicidade de
cores
Alterar cores
Nomenclatura
Duplicidade de
nomes
Renomear
NOMEN
CLATURA
Pilares
X
Vigas
X
Dutos
X
Shafts
Sem identificação
Identificar
NUMERA
ÇÃO
Pilares
Falha na
numeração
8,9,15,16,20 e 24
Renumerar
sequencialmente
da esquerda para
direita e de cima
para baixo
Vigas
Falha na
numeração
12,13,27,29,34,36,
64 e 66
Renumerar
sequencialmente
Dutos
Sem numeração
Renumerar
sequencialmente
Shafts
Sem numeração
Renumerar
sequencialmente
Na tabela 3.10, são apresentados os itens adotados na verificação da
conformidade entre os projetos arquitetônico, estrutural e elétrico, tais como:
escalas, layers, nomenclaturas e numerações. Os projetos são apresentados
em diferentes escalas de representações gráficas, com duplicidade de cores e
nomes nos layers entre eles. A ausência de numeração de elementos e dos
quadros de distribuição dificulta a verificação dos elementos que constituem o
projeto.
82
Tabela 3.10 - Verificação da conformidade do Projeto Arquitetônico, Projeto
Estrutural e Projeto Elétrico no estudo de caso B.
ITENS
STATUS
SUB -
ÍTENS
CONFORME
ELEMENTOS
CONFLITANTES
SOLUÇOES
PROPOSTAS
ESCALA
Projetos
Diferentes escalas
Uniformizar
escalas
LAYERS
Cores
Duplicidade de
cores
Alterar cores
Nomenclatura
Duplicidade de
nomes
Renomear
QUADRO DE
DISTRIBUI
ÇÃO
nomenclatura
X
numeração
Sem identificação
Numerar
seqüencial
mente
PTs
CONFORME
LAYOUT
Iluminação
X
Interruptores
X
Tomadas
X
Na tabela 3.11 são apresentados os itens adotados na verificação da
conformidade tais como: escala, layers; nomenclaturas e numerações de
prumadas, tubulações horizontais e registros. Os projetos analisados
apresentam diferentes escalas, com duplicidade de cores e nomes nos layers
adotados.
As tubulações horizontais de água fria, água quente, esgoto e pluvial
não apresentavam nomenclatura e numeração nas plantas baixas. As soluções
propostas como ações corretivas dos elementos conflitantes estão explicitadas
na última coluna desta tabela.
83
Tabela 3.11 - Verificação da conformidade do Projeto Arquitetônico, Projeto
Estrutural e Projeto Hidro-sanitário no estudo de caso B.
ÍTENS
STATUS
SUB - ÍTENS
CONFORME
ELEMENTOS
CONFLITAN
TES
SOLUÇOES
PROPOSTAS
ESCALA
Projetos
Diferentes
escalas
Uniformizar
escalas
LAYERS
Cores
Duplicidade de
cores
Alterar cores
Nomenclatura
Duplicidade de
nomes
Renomear
PRUMAD
A
nomenclatura
Água fria
X
Esgoto
X
Tubo de
Ventilação
X
Pluvial
X
Numera
ção
Água fria
X
Esgoto
X
Tubo de
Ventilação
X
Pluvial
X
TUBULAÇ
ÃO HORI
ZONTAL
nomenclatura
Água fria
Não possui
identificação
Identificar
Água quente
Não possui
numeração
Identificar
Esgoto
Não possui
identificação
Identificar
Cx. de
Gordura
Não possui
numeração
Identificar
Pluvial
Não possui
identificação
Identificar
Numera
ção
Água fria
Não possui
numeração
Identificar
Água quente
Não possui
identificação
Identificar
Esgoto
Não possui
numeração
Identificar
Cx. de
Gordura
Não possui
identificação
Identificar
Pluvial
Não possui
numeração
Identificar
REGIS
TRO
GERAL
Água fria
nomenclatura
Não possui
identificação
Identificar
numeração
Não possui
numeração
Identificar
Na tabela 3.12 de verificação da conformidade serão apresentados os
resultados dos seguintes itens analisados: escalas, layers, nomenclaturas e
84
numerações. Novamente, os projetos foram apresentados com diferentes
escalas, com duplicidade de cores nos diferentes layers utilizados. Também foi
constatada a ausência de identificação e numeração nos dutos horizontais e
nos condensadores externos. Observou-se duplicidade numérica e de
nomenclatura nos evaporadores.
As tabelas de verificação da conformidade possuem colunas nas quais
possibilitam a descrição das análises, a visualização dos elementos
conflitantes, bem como, as propostas para possíveis soluções.
Tabela 3.12 - Verificação da conformidade do Projeto Arquitetônico, Projeto
Estrutural e Projeto de Ar condicionado no estudo de caso B.
TÓPICOS
STATUS
ÍTENS
CONFORME
ELEMENTOS
CONFLITANTES
SOLUÇOES
PROPOSTAS
ESCALA
Projetos
Diferentes escalas
Uniformizar
escalas
LAYERS
Cores
Duplicidade de
cores
Alterar cores
Nomenclatura
X
NOMEN
CLATURA
Dutos Horizontais
Não possui
identificação
Nomear
Evaporadores
Duplicidade de
letras
Renomear
Condensadores
Externos
Não possui
identificação
Identificar
NUMERA
ÇÃO
Dutos Horizontais
Não possui
numeração
Numerar
Evaporadores
Duplicidade
numérica
Numerar
sequencialmente
Condensadores
Externos
Não possui
numeração
Numerar
sequencialmente
85
3.3.8 Compatibilização entre o projeto arquitetônico e o projeto
estrutural do estudo de caso B
Este método busca analisar as incompatibilidades físicas e funcionais
entre os projetos, de modo a verificar os elementos conflitantes entre o projeto
arquitetônico e os projetos complementares. A verificação e incompatibilidades
no estudo de caso foi realizada a partir da superposição das plantas baixa do
pavimento tipo, do bloco 02, como mostra a figura 3.29.
No caso da verificação de incompatibilidades entre os projetos se faz
necessária a superposição digital dos arquivos utilizando os seguintes layers
do projeto arquitetônico ativados: paredes, esquadrias, equipamentos e
projeções. No arquivo eletrônico do projeto estrutural, pode-se manter ativados
os layers das plantas de forma e da locação dos pilares.
Figura 3.29 Planta baixa dos projetos arquitetônico e estrutural. . 86
87
A tabela 3.13 possibilita detectar conflitos e compatibilizar a incidência
dos mesmos com relação ao número total dos elementos construtivos.
Apresenta-se, ainda, na última coluna desta tabela, propostas para solucionar
ou tornar compatíveis os respectivos itens de projeto analisados.
Tabela 3.13 Verificação de incompatibilidades do Projeto Arquitetônico e
Projeto Estrutural do estudo de caso B.
TÓPI
COS
STATUS
ÍTENS
COMPATÍVEL
ELEMENTOS
CONFLITAN
TES
CONFLITOS/
TOTAL DE
ELEMENTOS
SOLUÇOES
PROPOSTAS
MÓDU
LOS
(07)
Arquitetônico/
Estrutural
X
PILA
RES
(40)
Alinhamento
Paredes
P: 1, 30, 7, 10,
11, 12, 17, 23,
38, 74, 73
12/40
Redimensionar
pilares
Alinhamento
Junta de
Dilatação
Intersecção c/
Esquadrias
P: 39,33,40,35
04/40
Reposicionar
pilar ou deslocar
esquadria
VIGAS
(55)
Alinhamento
Paredes
V: 1, 3, 21, 22,
26, 49, 63, 67
08/55
Redimensionar
vigas
Alinhamento
Junta de
Dilatação
Intersecção c/
Esquadrias
X
DUTO DE
VENTI
LA
ÇÃO
(MECÂNI
CA)
(05)
Vertical
X
Horizontal
X
CIRCU
LA
ÇÕES
VERTI
CAIS
Elevador
X
Escada
X
Nesta tabela 3.13 busca-se analisar interferências geométricas e
funcionais através dos elementos conflitantes. Nota-se, também, as
incompatibilidades físicas entre os diversos itens constituintes de um projeto
88
tais como: módulos compositivos, pilares, vigas, dutos de ventilação e
circulações verticais.
Constatou-se alguns elementos conflitantes como: o desalinhamento
de pilares com paredes, mostrados nas figuras 3.30 e 3.31; a intersecção de
pilares com esquadrias e interferência de pilar com o mobiliário proposto no
layout arquitetônico, conforme mostra figura 3.32. Observa-se também o
desalinhamento de vigas com paredes, conforme mostrada na figura 3.33.
Figura 3.30 - Planta baixa desalinhamento Figura 3.31 - Planta baixa desalinhamento de
de pilar e parede. pilar e parede.
Figura 3.32 Planta baixa intersecção pilar Figura 3.33 Planta baixa desalinhamento de
com esquadria. viga com parede.
89
A partir dos conflitos detectados realizou-se o gráfico 3.11, onde são
apresentadas as incidências dos elementos conflitantes com relação à
totalidade dos respectivos elementos construtivos nos projetos.
Gráfico 3.11 - Verificação da compatibilização entre os projetos arquitetônico e estrutural.
Neste gráfico pode-se observar três tipos de conflito no pavimento tipo.
30% dos pilares encontram-se desalinhados com as paredes e 10% do total de
pilares interseccionam as esquadrias. 14,54% do total de 55 vigas encontram-
se desalinhadas com as paredes.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
PILARES
DESALINHADOS C/
PAREDES
PILARES
INTERSECCIONADOS
C/ ESQUADRIAS
VIGAS
DESALINHADOS C/
PAREDES
CONFLITOS/ TOTAL DE
ELEMENTOS (%)
90
3.3.9 Compatibilização entre o projeto arquitetônico, projeto
estrutural e projeto elétrico do estudo de caso B
A verificação das incompatibilidades neste estudo de caso é realizadas
a partir da superposição das plantas baixa do pavimento tipo no bloco 02, como
mostrado a figura 3.34. Para a compatibilização entre o projeto arquitetônico,
projeto estrutural e projeto elétrico faz-se necessária a superposição dos
arquivos digitais. A superposição dos projetos arquitetônico e estrutural é
apresentada no item 3.3.8, onde pode-se, ainda, superpor o arquivo digital do
projeto elétrico.
Figura 3.34 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e elétrico. . 91
92
Na tabela 3.14 são apresentadas as incompatibilidades observadas,
onde são apresentados os conflitos e suas incidências com relação ao número
total dos elementos construtivos existentes no projeto. Apresenta, ainda, na
última coluna, propostas para solucionar ou tornar compatíveis os respectivos
itens analisados.
Tabela 3.14 - Verificação de incompatibilidades do Arquitetônico, Projeto
Estrutural e Projeto Elétrico do estudo de caso B.
ÍTENS
STATUS
SUB -
ÍTENS
COMPATÍVEL
ELEMENTOS
CONFLITAN
TES
CONFLITOS/
TOTAL DE
ELEMENTOS
SOLUÇOES
PROPOSTAS
QUA
DRO DE
DISTRI
BUI
ÇÃO
posição
Intersecção
com pilar
02/04
Reposicionar
quadro de
distribuição
PTs COM
FORME
LAYOUT
Iluminação
X
Interruptores
Posicionament
o A4, A4-5,
A10, E6
10/64
Reposicionar
perto da
abertura da
porta
Tomadas
X
SHAFTS
Posição
X
Na tabela 3.14 busca-se analisar interferências geométricas e
funcionais através dos elementos conflitantes. Pode-se observar, também, as
inconsistências físicas entre os diversos itens constituintes dos projetos
analisados: pontos de iluminação, interruptores e tomadas; quadro de
distribuição e shafts. Nesta análise constatou-se intersecções nos quadros de
distribuição com pilares conforme mostra a figura 3.35, além de falhas no
posicionamento de interruptores, posicionados atrás da folha de abertura ou
distantes da porta , conforme mostra figura 3.36.
93
Figura 3.35 - Planta baixa com intersecção do quadro Figura 3.36 - Planta baixa com afastamento do
de distribuição com pilar. interruptor com a abertura da porta.
A partir dos conflitos detectados realizou-se o gráfico 3.12, onde são
apresentados a incidência de elementos conflitantes com relação à totalidade
dos respectivos elementos.
Gráfico 3.12 - Verificação da compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e elétrico.
Neste gráfico pode-se observar dois tipos de conflitos detectados no
pavimento tipo: 50% das caixas de distribuição encontram-se interseccionadas
com pilares. 15,62% do total de 64 interruptores encontram-se, em posição
inadequada com relação às portas.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
INTERSECÇÃO
QUADRO DE
DISTRIBUIÇÃO C/
PILAR
FALHA NO
POSICIONAMENTO
DE INTERRUPTORES
CONFLITOS/ TOTAL DE
ELEMENTOS (%)
94
3.3.10 Compatibilização entre o projeto arquitetônico, projeto
estrutural e projeto hidro-sanitário do estudo de caso B
A verificação das incompatibilidades no estudo de caso é realizada a
partir da superposição das plantas baixa do pavimento tipo, do bloco 02, como
mostra a figura 3.37. A superposição dos projetos arquitetônico e estrutural,
apresentada no item 3.3.8, pode receber ainda a superposição do arquivo
digital do projeto hidro-saitário.
Figura 3.37 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e hidro-sanitário. . 95
96
Tabela 3.15 - Verificação de incompatibilidades do Projeto Arquitetônico,
Projeto Estrutural e Projeto Hidro-sanitário do estudo de caso B.
ÍTENS
STATUS
SUB - ÍTENS
COMPATÍ
VEL
ELEMEN
TOS CONFLI
TANTES
CONFLITOS/
TOTAL DE
ELEMENTOS
SOLUÇOES
PROPOSTAS
PRU
MADA
Água fria
Posi
ção
X
Água
quente
Posi
ção
X
Esgoto
Posi
ção
Fora do
alinhamento
das
paredes
02/12
Reposicio
nar
prumada
Tubo de
Ventilação
Posi
ção
X
Pluvial
Posi
ção
Fora do
alinhamento
das
paredes
08/16
Reposicio
nar
prumada
TUBULA
ÇÃO
HORI
ZON
TAL
Água fria
Posi
ção
X
Água
quente
Posi
ção
X
Esgoto
Posi
ção
X
Cx. de
Gordura
Posi
ção
X
Pluvial
Posi
ção
X
REGIS
TRO
GE
RAL
Água fria
Posi
ção
X
APARELHOS E
EQUIPAMENTOS
(50)
Falha no
alinhamento
da posição
04/50
Reposicionar
aparelhos
conforme
projeto
arquitetônico
Na tabela 3.15, são apresentados cinco conflitos e a incidência dos
mesmos com relação ao número total dos elementos construtivos. Apresenta,
ainda, na última coluna, propostas para solucionar ou tornar compatíveis os
itens dos projetos analisados.
97
Nesta tabela busca-se analisar as interferências geométricas e
funcionais entre os elementos construtivos, tais como: prumadas, tubulações
horizontais, registros gerais, aparelhos e equipamentos foram os itens
analisados.
Foi verificado também que algumas das prumadas do esgoto e do
pluvial encontram-se desalinhados com a parede, conforme mostra a figura
3.38. Ocorreram também falhas de posicionamento dos aparelhos e
equipamentos entre os projetos arquitetônico e hidro-sanitário, além da
intersecção do chuveiro a esquadria, mostrada na figura 3.39.
Figura 3.38 Planta baixa do desalinhamento Figura 3.39 - Planta baixa do desalinhamento
prumadas de esgoto e pluvial com parede. dos aparelhos e intersecção com esquadria.
A partir dos conflitos detectados realiza-se o gráfico 3.13, onde são
apresentados a incidência de elementos conflitantes com relação à totalidade
dos respectivos elementos.
98
Gráfico 3.13 - Verificação da compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e hidro-
sanitário.
Neste gráfico observa-se três conflitos detectados. O desalinhamento de
paredes, com as prumadas de esgoto apresentam 16,66% e o desalinhamento
de paredes com pluvial apresentam 50% destes conflitos.
O último item do gráfico mostra que 8%, do total de 50 aparelhos e
equipamentos apresentam diferentes posicionamentos no projeto arquitetônico
e no projeto hidro-sanitário.
3.3.11 Compatibilização entre o projeto arquitetônico, projeto
estrutural e projeto de ar condicionado do estudo de caso B.
A verificação das incompatibilidades no estudo de caso é realizada a
partir da superposição das plantas baixa do pavimento tipo, do bloco 02, como
mostra a figura 3.40. A superposição dos projetos arquitetônico e estrutural,
apresentada no item 3.3.8 pode, ainda, receber a superposição do arquivo
digital do projeto de ar condicionado.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
DESALINHAMENTO
ESGOTO VERTICAL
C/ PAREDES
DESALINHAMENTO
PLUVIAL VERTICAL
C/ PAREDES
APARELHOS E
EQUIPAMENTOS
DESALINHADOS
ENTRE SI
CONFLITOS/ TOTAL DE ELEMENTOS (%)
Figura 3.40 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e ar condicionado. . 99
100
Na tabela 3.16, o apresentadas incompatibilidades, onde se pode
detectar conflitos e a incidência dos mesmos com relação ao número total dos
elementos construtivos. Esta tabela apresenta, ainda, na última coluna,
propostas para solucionar ou tornar compatíveis os itens analisados.
Tabela 3.16 - Verificação de incompatibilidades do Projeto Arquitetônico,
Projeto Estrutural e Projeto de Ar-condicionado do estudo de caso B.
ÍTENS
STATUS
SUB - ÍTENS
COMPATÍVEL
ELEMENTOS
CONFLITAN
TES
CONFLITOS/
TOTAL DE
ELEMENTOS
SOLUÇOES
PROPOSTAS
DUTOS
HORI
ZON
TAIS
Piso
-
-
-
-
Teto
-
-
-
-
Pilares
X
Paredes
X
Vigas
Dutos
interceptam
vigas
03/18
Passar dutos
pelo entre-
forro (forro
técnico)
Esquadrias
X
Evaporadores
(18)
Posição split
em parede
baixa de
1,10m
(E4 e E6)
02/18
Locar split em
parede alta
adjacente a
mureta
Condensado
res Externos
(08)
Intersecção
com abertura
(porta)
06/08
Relocar ponto
de saída
Escape de
Água
X
Nesta tabela 3.16 busca-se analisar interferências geométricas e
funcionais nos elementos construtivos, tais como: dutos horizontais, pilares,
paredes, vigas, esquadrias, evaporadores, condensadores externos e escape
de água.
Conforme mostra a figura 3.41, os dutos horizontais passam por
alguns elementos estruturais, provocando perfurações nas vigas. A figura 3.42
mostra a locação incorreta do aparelho evaporador em uma parede de baixa
101
altura, posicionado atrás de um mobiliário, interferindo na eficiência do
aparelho de condicionamento do ar. Durante a análise foram verificadas as
intersecçãoes entre as saídas dos dutos com a esquadria, como mostra a
figura 3.43.
Figura 3.41 Planta baixa intersecção de dutos Figura 3.42 Planta baixa com localização do
com vigas. aparelho em parede de baixa altura.
Figura 3.43 Planta baixa intersecção dos dutos
de condicionamento de ar com esquadria.
A partir dos conflitos detectados realizou-se o gráfico 3.14, onde são
apresentados a incidência de elementos conflitantes com relação à totalidade
dos respectivos elementos.
Gráfico 3.14 - Verificação da compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e ar
condicionado.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
INTERSECÇÃO
ENTRE DUTOS E
VIGAS
FALHA NA
POSICÃO DOS
EVAPORADORES
INTERSECÇÃO
ENTRE DUTOS E
ESQUADRIAS
CONFLITOS/ TOTAL DE ELEMENTOS (%)
102
Neste gráfico observaram-se três tipos de conflitos no pavimento tipo.
16,66% dos dutos de condicionamento de ar apresentam intersecção com as
vigas.
Dois aparelhos evaporadores estão posicionados em paredes com altura
de 110cm correspondendo a 11,11% de um total de 18 aparelhos.
O último item do gráfico mostra que seis do total de oito dutos de
condicionamento de ar interseccionam com a porta de acesso á manutenção
dos condensadores.
103
3.4 RESIDENCIAL MULTIFAMILIARC
Este conjunto residencial, mostrado na figura 3.44 está localizada no
bairro Santinho a 35 km do centro de Florianópolis, e está composto por seis
blocos com três tipologias arquitetônicas diferentes, totalizando 150 unidades
habitacionais.
Figura 3.44 Perspectiva do residencial composto por seis blocos.
A execução da obra foi iniciada pelo bloco mais próximo ao mar, seguido
pelos blocos 02, 03, 04, 05 e pelo bloco 06, que está localizado junto ao acesso
principal. Atualmente o empreendimento está em fase de terraplanagem do
bloco 01. A análise da compatibilização nos projetos é realizada no pavimento
tipo do bloco 03.
3.4.1 Descrição do projeto arquitetônico
O conjunto residencial multifamiliar possui 32.392,84m² de área
construída, cuja implantação dos blocos é mostrada na figura 3.45. O terreno
possui área de 26.881m² com forma irregular e relevo inclinado. Os blocos
apresentam dois pavimentos tipo, ático e pilotis com subsolo.
A estrutura do edifício é de concreto armado, cuja modulação em planta
baixa do bloco 03 varia entre 3,45m, 4,50m e 6,50m. As lajes o nervuradas
104
com painéis treliçadas e blocos de poliestireno expandido, apresentando 25 a
30cm de espessura.
No revestimento das fachadas será utilizado reboco rústico, pele de
vidro e placas cerâmicas com esquadrias externas de alumínio.
Figura 3.45 Implantação do conjunto residencial composto por seis blocos.
3.4.2 Caracterização do pavimento tipo
O pavimento tipo possui 830,31m² de área total, sendo constituído por
sete apartamentos e dois núcleos de escada com elevador. O pavimento
possui 05 apartamentos de 02 dormitórios, 01 de 03 dormitórios e 01 de 01
dormitório, conforme mostram as figuras 3.46 e 3.47.
Figura 3.46 Planta baixa do pavimento tipo do bloco 03.
105
Figura 3.47 Corte longitudinal do bloco 03.
As unidades habitacionais possuem diferenças nas áreas construídas,
porém seu programa de necessidades é semelhante, contendo sala de estar/
jantar, sacada com churrasqueira, cozinha, área de serviço, lavabo, dormitório,
banho e suíte.
3.4.3 Caracterização do projeto estrutural
A estrutura do edifício está formada por pilares e vigas de concreto
armado. Os pilares possuem dimensões que variam de 15x45 a 15x87cm, as
vigas também são de dimensões variadas de 15x30 a 15x90; 12x30; 30x30 a
30x50 e 30x25 a 50x25cm, mostradas na figura 3.48. As lajes são de entre-piso
com vigotas treliçadas com blocos de poliestireno, totalizando 25 a 30cm de
espessura.
106
Figura 3.48 Planta de forma do projeto estrutural do pavimento tipo do bloco 03.
3.4.4 Caracterização do projeto elétrico
A alimentação de energia elétrica dos blocos exigiu o uso de
cabeamento subterrâneo, de modo evitar postes e fiação rea que causariam
grande impacto visual no conjunto. Nos apartamentos foram utilizados
eletrodutos flexíveis corrugados, de acordo com o projeto luminotécnico,
mostrado a figura 3.49. O projeto elétrico contempla ainda aparelhos de
aspiração central, com pontos de sucção estrategicamente localizados em
alguns ambientes.
Figura 3.49 Planta baixa do projeto elétrico do pavimento tipo do bloco 03.
107
3.4.5 Caracterização do projeto hidro-sanitário
O empreendimento possui uma torre com reservatório de água com
93.000 l que abastecerá os seis blocos. Terá, também, duas cisternas com
capacidade de 30.000 l cada para abastecimento de água. No bloco 01 a água
da cisterna será para reuso. O projeto prevê também, uma estação de
tratamento de esgoto com capacidade para 3,87/hora. Após este tratamento
a água é lançada na rede pluvial.
No pavimento tipo, como mostra a figura 3.50, existem duas prumadas
de abastecimento de água. Estas prumadas apresentam sete hidrômetros
individuais, um para cada apartamento. Parte da tubulação horizontal está
localizada no piso, e no entre forro, nas áreas que apresentam forro de
gesso. O material usado para o abastecimento de água fria e quente foi o tubo
flexível de polietileno reticulado.
Figura 3.50 Planta baixa do projeto hidro-sanitário do pavimento tipo do bloco 03.
3.4.6 Caracterização do projeto de ar-condicionado
A distribuição dos dutos de condicionamento de ar nos apartamentos é
feita pelo teto. A tubulação é de cobre com isolamento térmico para evitar
condensações. Dois dutos interligam as condensadoras, localizadas
externamente, com as evaporadoras que estão na parte superior interna das
paredes, conforme pode ser visto na figura 3.51. A água condensada de cada
108
evaporador será canalizada no ralo mais próximo por um duto de 20mm de
diâmetro.
Figura 3.51 Planta baixa do projeto de ar-condicionado do pavimento tipo do bloco 03.
3.4.7 Verificação da Conformidade
A padronização da representação gráfica dos projetos é necessária para
facilitar a análise e a verificação de incompatibilidades entre os projetos. Na
análise da conformidade do projeto arquitetônico e dos projetos
complementares são verificadas as padronizações da identificação e da
representação gráfica dos elementos constituintes. Esta análise é feita através
de tabelas de verificação do tipo check list”. Para cada grupo de projetos a
serem compatibilizados, existe uma tabela específica para verificação de
conformidade, cujos tópicos sugeridos como exemplos de verificação são
apresentados nas tabelas 3.17, 3.18, 3.19 e 3.20.
Os resultados das análises da conformidade são apresentados na tabela
3.17, onde se podem observar escalas, layers, nomenclaturas e numerações,
utilizados nos referidos projetos.
Os projetos analisados neste estudo de caso apresentaram diferentes
escalas, com duplicidade de cores e nomes nos layers. Nos pilares foram
encontradas falhas de numeração. Nos dutos e shafts observou-se a ausência
de numeração.
109
Tabela 3.17 Verificação da conformidade do Projeto Arquitetônico e Projeto
Estrutural no estudo de caso C.
ÍTENS
STATUS
SUB -
ÍTENS
CONFORME
ELEMENTOS
CONFLITANTES
SOLUÇOES
PROPOSTAS
ESCALA
Projetos
Diferentes escalas
Uniformizar
escalas
LAYERS
Cores
Duplicidade de
cores
Alterar cores
Nomenclatura
Duplicidade de
nomes
Renomear
NOMENCLA
TURA
Pilares
Dois tipos de
nomenclatura
(números e letras)
Unificar
nomenclatura
Vigas
X
Dutos
Sem identificação
Identificar
Shafts
Sem identificação
Identificar
NUMERA
ÇÃO
Pilares
Falha na
numeração 31, 34,
38, 39, 42, 43, 51,
52, 67 e 125
Renumerar
sequencialmente
da esquerda para
direita e de cima
para baixo
Vigas
X
Dutos
Sem numeração
Renumerar
sequencialmente
Shafts
Sem numeração
Renumerar
sequencialmente
Na tabela 3.18, são apresentados os itens adotados na verificação da
conformidade entre os projetos arquitetônico, estrutural e elétrico, tais como:
escalas, layers, nomenclaturas e numerações. Os projetos são apresentados
em diferentes escalas de representações gráficas, com duplicidade de cores e
nomes nos layers entre eles. A ausência de numeração e identificação nos
quadros de distribuição dificulta a verificação dos elementos que constituem o
projeto.
110
Tabela 3.18 - Verificação da conformidade do Projeto Arquitetônico, Projeto
Estrutural e Projeto Elétrico no estudo de caso C.
ITENS
STATUS
SUB -
ÍTENS
CONFORME
ELEMENTOS
CONFLITANTES
SOLUÇOES
PROPOSTAS
ESCALA
Projetos
Diferentes
escalas
Uniformizar
escalas
LAYERS
Cores
Duplicidade de
cores
Alterar cores
Nomenclatura
Duplicidade de
nomes
Renomear
QUADRO
DE
DISTRIBUI
ÇÃO
nomenclatura
Sem identificação
Identificar
numeração
Sem identificação
Numerar
seqüencial
mente
PTs
CONFORME
LAYOUT
Iluminação
X
Interruptores
X
Tomadas
X
Na tabela 3.19 são apresentados os itens adotados na verificação da
conformidade tais como: escala, layers; nomenclaturas e numerações de
prumadas, tubulações horizontais e registros. Os projetos analisados
apresentam diferentes escalas, com duplicidade de cores e nomes nos layers
adotados.
As tubulações horizontais de água fria, água quente, esgoto e pluvial
não apresentavam nomenclatura e numeração nas plantas baixas. As soluções
propostas como ações corretivas dos elementos conflitantes estão explicitadas
na última coluna desta tabela.
111
Tabela 3.19 - Verificação da conformidade do Projeto Arquitetônico, Projeto
Estrutural e Projeto Hidro-sanitário no estudo de caso C.
ÍTENS
STATUS
SUB - ÍTENS
CONFORME
ELEMENTOS
CONFLITANTES
SOLUÇOES
PROPOSTAS
ESCALA
Projetos
Diferentes
escalas
Uniformizar
escalas
LAYERS
Cores
Duplicidade de
cores
Alterar cores
Nomenclatura
Duplicidade de
nomes
Renomear
PRUMA
DA
nomenclatura
Água fria
X
Esgoto
X
Tubo de
Ventilação
X
Pluvial
X
Numera
ção
Água fria
X
Esgoto
X
Tubo de
Ventilação
X
Pluvial
X
TUBULA
ÇÃO
HORIZON
TAL
nomenclatura
Água fria
Não possui
identificação
Identificar
Água quente
Não possui
numeração
Identificar
Esgoto
Não possui
identificação
Identificar
Cx. de
Gordura
Não possui
numeração
Identificar
Pluvial
Não possui
identificação
Identificar
Numera
ção
Água fria
Não possui
numeração
Identificar
Água quente
Não possui
identificação
Identificar
Esgoto
Não possui
numeração
Identificar
Cx. de
Gordura
Não possui
identificação
Identificar
Pluvial
Não possui
numeração
Identificar
REGIS
TRO
GERAL
Água fria
nomenclatura
Não possui
identificação
Identificar
numeração
Não possui
numeração
Identificar
Na tabela 3.20 serão apresentados os resultados dos seguintes itens
analisados: escalas, layers, nomenclaturas e numerações. Os projetos foram
apresentados com diferentes escalas, com duplicidade de cores nos layers
112
utilizados. Também foi constatada a ausência de identificação e numeração
nos dutos horizontais, nos evaporadores e nos condensadores externos.
As tabelas de verificação da conformidade possuem colunas onde são
realizadas a descrição dos itens analisados, a apresentação dos elementos
conflitantes, bem como, as propostas para possíveis soluções.
Tabela 3.20 - Verificação da conformidade do Projeto Arquitetônico, Projeto
Estrutural e Projeto de Ar condicionado no estudo de caso C.
TÓPICOS
STATUS
ÍTENS
CONFORME
ELEMENTOS
CONFLITANTES
SOLUÇOES
PROPOSTAS
ESCALA
Projetos
Diferentes escalas
Uniformizar
escalas
LAYERS
Cores
Duplicidade de
cores
Alterar cores
Nomenclatura
X
NOMENCLA
TURA
Dutos Horizontais
Não possui
identificação
Nomear
Evaporadores
X
Condensadores
Externos
X
NUMERA
ÇÃO
Dutos Horizontais
Não possui
numeração
Numerar
Evaporadores
Não possui
numeração
Numerar
sequencialmente
Condensadores
Externos
Não possui
numeração
Numerar
sequencialmente
113
3.4.8 Compatibilização entre o projeto arquitetônico e o projeto
estrutural do estudo de caso C
Este método busca analisar as incompatibilidades físicas e funcionais
entre os projetos, de modo a verificar os elementos conflitantes entre o projeto
arquitetônico e os projetos complementares. A verificação de
incompatibilidades no estudo de caso foi realizada a partir da superposição das
plantas baixa do pavimento tipo do bloco 03 dos projetos arquitetônico e
estrutural, como mostra a figura 3.52.
Na superposição digital dos arquivos destes projetos utiliza-se os
seguintes layers do projeto arquitetônico ativados: paredes, esquadrias,
equipamentos e projeções. No arquivo eletrônico do projeto estrutural, foram
mantidos ativados os layers das plantas de forma e dos pilares de locação.
Figura 3.52 Planta baixa dos projetos arquitetônico e estrutural. . 114
115
A tabela 3.21 possibilita detectar conflitos e compatibilizar a incidência
dos mesmos com relação ao número total dos elementos construtivos.
Apresenta-se, ainda, na última coluna desta tabela, propostas para solucionar
ou tornar compatíveis os respectivos itens de projeto analisados.
Tabela 3.21 Verificação de incompatibilidades do Projeto Arquitetônico e
Projeto Estrutural do estudo de caso C.
TÓPICOS
STATUS
ÍTENS
COMPATÍVEL
ELEMENTOS
CONFLITANTES
CONFLITOS/
TOTAL DE
ELEMENTOS
SOLUÇOES
PROPOSTAS
MÓDULO
S
(15)
Arquitetônico/
Estrutural
X
PILARES
(65)
Alinhamento
Paredes
P: A, B, C, D,
50, 63, 26, 24,
13
09/65
Redimensionar
pilares
Alinhamento
Junta de
Dilatação
Intersecção c/
Esquadrias
P: 24, 26, 13
03/65
Reposicionar
pilar ou deslocar
esquadria
VIGAS
(94)
Alinhamento
Paredes
V: 74, 94, 81,
36, 63
05/94
Redimensionar
vigas
Alinhamento
Junta de
Dilatação
Intersecção c/
Esquadrias
X
DUTO DE
VENTILA
ÇÃO
(MECÂNI
CA)
Vertical
(04)
X
Horizontal
(08)
Intersecção com
vigas
06/08
Reposicionar
duto
CIRCULA
ÇÕES
VERTICAI
S
Elevador
Viga intercepta
no duto
V36
Reposicionar
viga
Escada
Viga intercepta
no vazio interno
V84
Reposicionar
viga
Na tabela de verificação de incompatibilidades busca-se analisar
interferências geométricas e funcionais através dos elementos conflitantes.
Na tabela 3.21, os itens analisados são: módulos, pilares, vigas, dutos
de ventilação e circulações verticais. Os elementos conflitantes observados no
116
projeto estrutural foram os desalinhamentos de paredes com pilares, que
interferem no mobiliário proposto no layout arquitetônico conforme mostram as
figuras 3.53 e 3.54. A intersecção de vigas com esquadrias pode ser observada
no detalhe da figura 3.55.
Nas vigas também foram verificados alguns desalinhamentos com
paredes, mostrada na figura 3.56.
Figura 3.53 - Planta baixa desalinhamento de pilar Figura 3.54 - Planta baixa desalinhamento de pilar
com parede. com parede.
Figura 3.55 Planta baixa intersecção pilar com Figura 3.56 Planta baixa desalinhamento de viga
esquadria. com parede.
Observou-se, também, a interferência das vigas no duto do elevador e
no vazio interno da escada, respectivamente, mostrada nas figuras 3.57 e 3.58.
117
Figura 3.57 Planta baixa intersecção da viga Figura 3.58 Planta baixa intersecção da viga
com duto. com duto.
A partir dos conflitos detectados realizou-se o gráfico 3.15, onde são
apresentadas as incidências de elementos conflitantes com relação à totalidade
dos respectivos elementos.
Gráfico 3.15 - Verificação da compatibilização entre os projetos arquitetônico e estrutural.
Neste gráfico pode-se observar quatro tipos de conflito detectados no
pavimento tipo: 13,84% dos pilares encontram-se desalinhados com as
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
PILARES
DESALINHADOS C/
PAREDES
PILARES
INTERSECCIONADOS
C/ ESQUADRIAS
VIGAS
DESALINHADOS C/
PAREDES
DUTOS DE
VENTILAÇÃO
INTERSECCIONADOS
C/ VIGAS
CONFLITOS/ TOTAL DE
ELEMENTOS (%)
118
paredes, e 4,61% dos pilares do pavimento tipo interseccionam com
esquadrias. 5,32% do total de 94 vigas encontram-se desalinhadas com as
paredes. Seis dos oito dutos horizontais de ventilação mecânica
interseccionam com as vigas de altura superior a 70cm.
3.4.9 Compatibilização entre o projeto arquitetônico, projeto
estrutural e projeto elétrico do estudo de caso C
A superposição das plantas baixas dos projetos arquitetônico e
estrutural do pavimento tipo, apresentada no item 3.4.8, pode receber ainda a
superposição do arquivo digital do respectivo projeto elétrico, como mostra a
figura 3.59.
Figura 3.59 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e elétrico. . 119
120
Na tabela 3.22 são apresentadas as incompatibilidades observadas.
Nela são apresentados, também, os conflitos e suas incidências com relação
ao número total dos elementos construtivos existentes no projeto. Apresenta,
ainda, na última coluna, propostas para solucionar ou tornar compatíveis os
respectivos itens analisados.
Tabela 3.22 - Verificação de incompatibilidades do Arquitetônico, Projeto
Estrutural e Projeto Elétrico do estudo de caso C.
ÍTENS
STATUS
SUB -
ÍTENS
COMPATÍVEL
ELEMENTOS
CONFLITANTE
S
CONFLITOS/
TOTAL DE
ELEMENTOS
SOLUÇOES
PROPOSTAS
QUADRO DE
DISTRIBUI
ÇÃO
posição
X
PTs CONFORME
LAYOUT
Iluminação
Fora de
alinhamento
07/119
Reposicionar
ponto conf.
layout
Interruptores
X
Tomadas
X
SHAFTS
Posição
X
Nesta tabela 3.22 pode-se observar, também, as inconsistências
físicas entre os diversos itens constituintes dos projetos analisados, tais como:
pontos de iluminação, interruptores e tomadas; quadro de distribuição e shafts.
Nesta análise constatou-se o desalinhamento dos pontos de iluminação com o
layout arquitetônico proposto, conforme mostra a figura 3.60.
Figura 3.60 - Planta baixa com desalinhamento do ponto de iluminação.
121
Todos os pontos de iluminação nas salas de estar estão fora do
posicionamento do layout arquitetônico proposto na planta baixa do pavimento
tipo. Representando 5,88% sobre um total de 119 pontos de iluminação.
3.4.10 Compatibilização entre o projeto arquitetônico, projeto
estrutural e projeto hidro-sanitário do estudo de caso C
A superposição dos projetos arquitetônico e estrutural, apresentada no
item 3.4.8, pode receber ainda a superposição do arquivo digital do projeto
hidro-saitário, como mostra a figura 3.61.
Figura 3.61 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e hidro-sanitário. . 122
123
Tabela 3.23 - Verificação de incompatibilidades do Projeto Arquitetônico,
Projeto Estrutural e Projeto Hidro-sanitário do estudo de caso C.
ÍTENS
STATUS
SUB - ÍTENS
COMPATÍ
VEL
ELEMEN
TOS CONFLI
TANTES
CONFLITOS/
TOTAL DE
ELEMEN
TOS
SOLU
ÇOES
PROPOS
TAS
PRUMA
DA
Água fria
Posi
ção
Intersecção
c/
esquadrias
01/26
Reposicio
nar
prumada
Água
quente
Posi
ção
Fora do
alinhamento
das paredes
01/19
Reposicio
nar
prumada
Esgoto
Posi
ção
Fora do
alinhamento
das paredes
07/14
Reposicio
nar
prumada
Tubo de
Ventilação
Posi
ção
X
Tubo de
espuma
Posi
ção
Fora do
alinhamento
das paredes
04/16
Reposicio
nar
prumada
Pluvial
Posi
ção
Fora do
alinhamento
das paredes
11/11
Reposicio
nar
prumada
TUBU
LA
ÇÃO
HORI
ZON
TAL
Água fria
Posi
ção
X
Água
quente
Posi
ção
X
Esgoto
Posi
ção
X
Cx. de
Gordura
Posi
ção
X
Pluvial
Posi
ção
X
REGIS
TRO
GE
RAL
Água fria
Posi
ção
X
APARELHOS E
EQUIPAMENTOS
(66)
Falha no
alinhamento
da posição
09/66
Reposicionar
aparelhos
conforme
projeto
arquitetônico
A tabela 3.23, são apresentados seis tipos de elementos conflitantes e
as suas incidências com relação ao número total dos elementos construtivos.
124
Apresenta, ainda, na última coluna, propostas para solucionar ou tornar
compatíveis os itens dos projetos analisados.
Nesta tabela busca-se analisar as interferências geométricas e
funcionais entre os elementos construtivos tais como: prumadas, tubulações
horizontais, registros gerais e aparelhos / equipamentos foram os itens
analisados.
Foi verificado, também, que uma das prumadas de água fria encontra-
se interseccionada com esquadria, conforme mostra a figura 6.62. Também foi
verificada em algumas das prumadas de esgoto, água quente e pluvial um
desalinhamento com as paredes, conforme mostram as figuras 3.63 e 3.64.
Como mostra a figura 3.65, ocorreram falhas de posicionamento dos
aparelhos e equipamentos entre os projetos arquitetônico e hidro-sanitário.
Figura 3.62 Planta baixa intersecção da prumada Figura 3.63 - Planta baixa desalinhamento da
de água fria com esquadria. prumada de esgoto com parede.
125
3.64 Planta baixa desalinhamento da Figura 3.65 - Planta baixa detalhe desalinhamento
prumada de pluvial com parede. dos aparelhos.
A partir dos conflitos detectados realiza-se o gráfico, onde são
apresentadas as incidências de elementos conflitantes com relação à totalidade
dos respectivos elementos.
Gráfico 3.16 - Verificação da compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e hidro-
sanitário.
Neste gráfico observam-se cinco tipos de elementos conflitantes. Os
desalinhamentos de paredes, as prumadas de água quente, esgoto, pluvial e
tubo de espuma representam respectivamente 5,26%, 50%, 100% e 25%
destes conflitos. O último item do gráfico mostra que 13,63% do total de 66
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
DESALINHAMENTO
ÁG QUENTE
VERTICAL C/
PAREDES
DESALINHAMENTO
ESGOTO VERTICAL
C/ PAREDES
DESALINHAMENTO
PLUVIAL VERTICAL
C/ PAREDES
DESALINHAMENTO
TUBO DE ESPUMA
VERTICAL C/
PAREDES
APARELHOS E
EQUIPAMENTOS
DESALINHADOS
ENTRE SI
CONFLITOS/ TOTAL DE ELEMENTOS (%)
126
aparelhos e equipamentos hidro-sanitários apresentam falhas de
posicionamentos na planta do pavimento tipo.
3.4.11 Compatibilização entre o projeto arquitetônico, projeto
estrutural e projeto de ar condicionado do estudo de caso C.
A superposição dos projetos arquitetônico e estrutural, apresentada no
item 3.4.8, pode, ainda, receber a superposição do arquivo digital do projeto de
ar condicionado, como mostra a figura 3.66.
Figura 3.66 Planta baixa dos projetos arquitetônico, estrutural e ar condicionado. . 127
128
Nesta tabela 3.24 são apresentadas as incompatibilidades onde se
pode detectar os elementos conflitantes e as incidências dos mesmos com
relação ao número total dos elementos construtivos. Apresenta, ainda, na
última coluna, propostas para solucionar ou tornar compatíveis os itens
analisados.
Tabela 3.24 - Verificação de incompatibilidades do Projeto Arquitetônico,
Projeto Estrutural e Projeto de Ar-condicionado do estudo de caso C.
ÍTENS
STATUS
SUB - ÍTENS
COMPATÍVEL
ELEMENTOS
CONFLITAN
TES
CONFLITOS/
TOTAL DE
ELEMENTOS
SOLUÇOES
PROPOSTAS
DUTOS
HORI
ZON
TAIS
Piso
-
-
-
-
Teto
-
-
-
-
Pilares
Dutos
interceptam
pilar
05/20
Reposicionar
caminho dos
dutos
Paredes
Dutos
interceptam e
percorrem
pelas paredes
07/20
Passar dutos
pelo entre-
forro (forro
técnico)
Vigas
Dutos
interceptam
vigas
04/20
Passar dutos
pelo entre-
forro (forro
técnico)
Esquadrias
X
Evaporadores
(20)
X
Condensadore
s Externos
(13)
X
Escape de
Água
X
Nesta tabela buscam-se analisar interferências geométricas e
funcionais nos elementos construtivos, tais como: dutos horizontais, pilares,
paredes, vigas, esquadrias, evaporadores, condensadores externos e escape
de água. Os dutos horizontais interceptam elementos tais como: pilares,
paredes e vigas, conforme mostram as figuras 3.67, 3.68 e 3.69.
129
Figura 3.67 Planta baixa intersecção dutos Figura 3.68 Planta baixa intersecção dutos
com pilar. com parede.
Figura 3.69 Planta baixa intersecção dutos com vigas.
A partir dos conflitos detectados realizou-se o gráfico, onde são
apresentados a incidência dos elementos conflitantes com relação à totalidade
dos respectivos elementos.
Gráfico 3.17 - Verificação da compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e ar
condicionado.
Neste gráfico observam-se três tipos de conflitos no pavimento tipo. 25%
das saídas dos dutos das condensadoras interseccionam com os pilares do
pavimento tipo. Dos 20 dutos analisados 35% apresentam intersecções com
dutos e paredes e 20% apresentam intersecções com dutos e vigas.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
INTERSECÇÃO
DE DUTOS C/
PILAR
INTERSECÇÃO
DE DUTOS C/
PAREDES
INTERSECÇÃO
DE DUTOS C/
VIGAS
CONFLITOS/ TOTAL DE ELEMENTOS (%)
130
3.5 ANÁLISE COMPARATIVA DAS INCOMPATIBILIDADES ENTRE
OS PROJETOS DOS ESTUDOS DE CASO
Neste item é apresentada a análise comparativa dos elementos
conflitantes observados nos projetos dos três estudos de caso, cujas
características gerais dos projetos encontran-se no anexo 02.
Os elementos conflitantes observados na superposição dos diferentes
projetos são apresentados na forma de quadros comparativos, de acordo com
a incidência das falhas com relação ao total dos respectivos elementos
construtivos existentes nos projetos.
Conforme mostra a tabela 3.25, os elementos conflitantes no projeto
arquitetônico e estrutural comuns entre os três estudos de caso foram: pilar
desalinhado com parede, pilar interseccionado com esquadria e viga
desalinhada com parede. A incompatibilidade de pilar desalinhado com parede
foi o item com maior índice de falhas, com 18,56%, no somatório dos três
estudos de caso.
Na análise da compatibilização nos projetos arquitetônico, estrutural e
elétrico, não se observaram falhas de incompatibilidades repetitivas nos
estudos de caso A, B e C. Por esta razão, não é apresentado aqui um quadro
comparativo destes elementos conflitantes.
Tabela 3.25 Quadro dos elementos conflitantes nos projetos arquitetônico e estrutural
Na verificação de incompatibilidades entre os projetos arquitetônico,
estrutural e hidro-sanitário observou-se um número maior de itens conflitantes
nos três estudos de caso. Conforme mostra a tabela 3.26, os elementos
conflitantes similares entre os três estudos de caso foram: prumada
interseccionada com esquadria, prumada desalinhada com parede e falha no
posicionamento de aparelhos e equipamentos. A incompatibilidade de
prumadas de pluvial desalinhada com paredes foi o item com maior índice de
falhas, com 56,09%, no somatório dos tês estudos de caso.
ELEMENTOS
CONFLITANTES
A
B
C
TOTAL
%
Pilar desalinhado c/
parede
10/62
12/40
09/65
31/167
18,56
Pilar interseccionado
c/ esquadria
01/62
04/40
03/65
08/167
4,79
Viga desalinhada c/
parede
00/65
08/55
05/94
13/214
6,07
TOTAL
11/189
24/135
17/224
52/548
%
5,82
17,77
7,58
131
Tabela 3.26 Quadro dos elementos conflitantes nos projetos arquitetônico, estrutural e
hidro-sanitário
Conforme mostra a tabela 3.27, os elementos conflitantes similares entre
os três estudos de caso foram: duto interseccionado com parede e duto
interseccionado com viga. A incompatibilidade de dutos que interseccionam as
paredes foi o item com maior incidência de falhas, com 46,55%, na totalidade
dos tês estudos de caso.
Tabela 3.27 Quadro dos elementos conflitantes nos projetos arquitetônico, estrutural e
ar condicionado
ELEMENTOS
CONFLITANTES
A
B
C
TOTAL
%
Prumada água fria
interseccionada c/
esquadria
04/40
00/32
01/26
05/98
5,10
Prumada esgoto
desalinhado c/ parede
02/24
02/12
07/14
11/50
22,00
Prumada pluvial
desalinhado c/ parede
04/14
08/16
11/11
23/41
56,09
Falha no
posicionamento
aparelhos/
equipamentos
15/82
04/50
09/66
28/198
14,14
TOTAL
25/160
14/110
28/117
67/387
%
15,62
12,72
23,93
ELEMENTOS
CONFLITANTES
A
B
C
TOTAL
%
Duto intersecciona
parede
20/20
00/18
07/20
27/58
46,55
Duto intersecciona
viga
00/20
03/18
04/20
07/58
12,07
TOTAL
20/40
03/36
11/40
34/116
%
50
8,33
27,5
132
Conforme mostra o gráfico 3.18, 14,39% dos itens conflitantes entre os
cinco projetos, arquitetônico, estrutural, elétrico, hidro-sanitário e ar
condicionado, compatibilizados no estudo de caso A. Para o estudo de caso B
e C, o somatório dos itens conflitantes são respectivamente 14,59% e 14,70%.
Gráfico 3.18 Percentual de elementos conflitantes nos estudos de caso.
De um total de elementos analisados entre as incompatibilidades comuns dos
três estudos de caso, a média dos ítens conflitantes deste trabalho obteve
14,56%.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Estudo de Caso A
Estudo de Caso B
Estudo de Caso C
CONFLITOS/ TOTAL DE ELEMENTOS (%)
133
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No presente trabalho foi realizada a análise dos projetos de três estudos
de caso com projetos de edifícios residenciais multifamiliares em Florianópolis.
Nele foi aplicado um método para a compatibilização de projetos que consiste
primeiramente na verificação da padronização gráfica e na verificação de
possíveis incompatibilidades entre os projetos arquitetônicos, estruturais,
instalações elétricas e hidro-sanitárias, e de condicionamento de ar.
4.1 CONSIDERAÇÕES QUANTO AO PROCESSO PROJETUAL E A
PADRONIZAÇÃO GRÁFICA
A padronização gráfica de grande parte dos projetos analisados não se
encontrava em conformidade com o padrão adotado neste trabalho. Os
projetos ditos em conformidade são aqueles que atendem aos padrões
estabelecidos, tais como: a identificação e a representação dos elementos
construtivos em um projeto. Parte dos projetistas entrevistados acha
necessária a integração e a compatibilização entre os projetos arquitetônico,
estrutural, elétrico, hidro-sanitário e de condicionamento de ar, porém, não
sinalizam que a padronização da representação gráfica possa ser um elemento
que viabiliza e facilita a verificação das incompatibilidades físicas e funcionais
dos elementos construtivos destes projetos. Isto faz com que muitas vezes a
verificação destas incompatibilidades não seja realizada de modo efetivo,
fazendo com que sejam detectadas apenas aquelas que resultam ser mais
evidentes. Faz-se fundamental, então, a padronização gráfica dos diferentes
projetos para que a análise da compatibilização seja efetuada de modo integral.
Nas entrevistas realizadas com as empresas de projetos de arquitetura e
complementares pode-se observar que as mesmas apresentam dificuldades
em avaliar seus processos de projeto. Além disso, a interrupção do fluxo e de
informações dificulta a retroalimentação das informações.
134
O cronograma de projetos efetivos com espaço de tempo suficiente para
as adequações pertinentes exige dos profissionais envolvidos uma consciência
de adaptação às normas estabelecidas. Mesmo que, gerando um custo inicial
superior, este investimento é primordial e facilmente retornável na sistemática
da obra.
4.2 CONSIDERAÇÕES QUANTO À ANÁLISE DAS
INCOMPATIBILIDADES
Na análise de compatibilização realizada foi possível a aplicação de um
método que consiste na verificação de alguns itens de projeto onde incidem
mais freqüentemente os conflitos projetuais. A incompatibilidade entre projetos
se manifesta na forma de conflitos de funções e de posicionamento dos
elementos construtivos nas diversas etapas projetuais da edificação. As
incompatibilidades observadas manifestaram-se nos projetos através da
apresentação de conflitos geométricos e funcionais, com falhas de
posicionamento de paredes, pilares e vigas, entre outros elementos. A
verificação de incompatibilidade além de servir como roteiro de averiguação,
possibilita uma visão integrada dos conflitos podendo servir para o
planejamento das soluções reparadoras.
O método para análise da compatibilização nestes projetos mostrou-se
satisfatório na identificação dos elementos construtivos conflitantes. Além
disso, o método possibilita também a identificação e a quantificação das
incompatibilidades entre estes projetos, podendo auxiliar no processo de
coordenação e contribuir para soluções prévias destas incompatibilidades.
Espera-se que este método possa ser aplicado em um número maior de
estudos de caso, obtendo resultados estatísticos que possam ampliar as
conclusões deste trabalho com outros tipos de construção.
Os projetistas que desenvolvem os projetos arquitetônicos, os
detalhamentos e os projetos complementares, justificam que nem sempre a
função do coordenador é exercida de modo pleno. Por fim, pode-se dizer que o
uso de ferramentas computacionais nos projetos e na comunicação eletrônica
entre os projetistas não garante a integração dos mesmos. A integração destes
135
projetos não é automática e não supre a necessidade de um agente
coordenador. Como desafio fica a busca por soluções que tentem consolidar,
de maneira mais integrada, a gestão das comunicações entre os escritórios de
arquitetura e de engenharia, onde as falhas ocorrem devido a dificuldades na
integração dos projetos.
4.3 RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS TRABALHOS
A partir dos resultados deste trabalho, é possível propor outras
pesquisas que possam ampliar e aprofundar o tema:
- O método proposto deve ser aplicado em todos os pavimentos de uma
edificação.
- O método proposto deve ser aplicado em diferentes tipos funcionais de
obras arquitetônicas.
- Os elementos conflitantes encontrados devem ser analisados através
dos custos das possíveis intervenções, comparando-os com o custo total da
obra.
136
ANEXOS
137
ANEXO 01 - QUESTIONÁRIO ENVIADO AOS PROJETISTAS
INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO
A identificação deste questionário será mantida em sigilo. Os dados referentes às empresas e aos projetistas não serão
apresentados no relatório final da pesquisa. Solicita-se que sejam assinaladas com “X” as questões de múltipla escolha, e nas
demais questões, que sejam respondidas nos respectivos espaços em branco.Caso queira realizar algum comentário adicional a
estas questões, favor utilizar o espaço reservado no final deste questionário.
Nome do projetista:
Nome da empresa:
Contato:
Número de Pessoas envolvidas diretamente com a linguagem gráfica produzida para o projeto:
01 a 03
04 a 10
Mais que 10
A empresa é certificada (ISO, PBPQ-H, ETC.)?
Sim. Qual Programa?
Não
A empresa consulta normas técnicas relativas à elaboração de projetos?
Não consulta
Apenas quando necessário
Consulta frequentemente
A empresa qualifica desenhistas e projetistas em treinamentos CAD?
Sim
Não
Quais o(s) Software(s) de desenho utilizado(s) pela empresa?
ArchiCad
MicroStation
AutoCad
VectorWorks
Corel Draw
Outros aplicativos para
instalações?
Como Funciona a troca de informações com projetistas de outras empresas?
Com desenhos Impressos
Com desenhos eletrônicos
Outros. Quais?
A empresa trabalha com portal colaborativo?
Sim
Não
Caso positivo, qual?
Você tem conhecimento dos manuais e normas para padronização de dados em CAD?
Sim. Quais?
Não
Caso você tenha respondido SIM na questão anterior, o modelo encontra-se implantado e
adequado a realidade do setor?
Sim
Parcialmente
Não
A empresa possui biblioteca de blocos?
Não
Sim, do próprio Software
Sim, criada pela própria empresa
Sim, criada com blocos de outras empresas
de projetos
Sim, criada com blocos
fornecidos por fabricantes
Sim, compartilhados pela internet
Qual a padronização gráfica adotada pela empresa?
Elementos
ABNT
ASBEA
Outra Norma
Padrão do
software
Padrão próprio
Linha/ layer
Cor/ espessura
Cota/ textos
Escala/ hachura
Você acha importante a padronização de dados para os desenhos CAD a fim de buscar uma linguagem padronizada
entre os projetistas?
Não tenho opinião formada
Não acho importante
Sim. Acho importante.
Quais os formatos dos arquivos recebidos?
DWG
DXF
PDF
Outros
Existe uma apreciação prévia do projeto recebido?
Sim
Não
Há verificação de compatibilidade durante a execução do seu projeto?
Sim
Não
Comentários adicionais
138
ANEXO 02 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS PROJETOS
ARQUITETÔNICOS
PROJETO
ÍTENS
A
B
C
Arquitetônico
Área do Terreno
(m²)
9.678,31
3.515,00
2.5881,00
Área total
Construída (m²)
12.458,39
5.881,79
32.392,84
Número total de
UHs
33
18
150
Área do pav. Tipo
(m²)
816,53
621,92
830,31
Número de UHs do
pav. tipo
04
04
02 duplex
07
Área menor e maior
de apartamentos
(m²)
182,70
e
202,82
146,84
e
216,06
63,73
e
145,98
Núcleos de escada/
elevador
02
01
02
Módulos
20
07
15
139
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
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140
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CAMBIAGHI, Henrique; AMÁ, Roberto; CASTANHO, Míriam; WESTERMANN,
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