Download PDF
ads:
PEDRO DE ALBUQUERQUE FERRAZ
ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA (ETo)
PARA REGIÃO DE RIO BRANCO - ACRE
RIO BRANCO
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
PEDRO DE ALBUQUERQUE FERRAZ
ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA (ETo)
PARA REGIÃO DE RIO BRANCO - ACRE
RIO BRANCO
2008
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
graduação em Agronomia, Área de Concentração
em Produção Vegetal, do Centro de Ciências
Biológicas e da Natureza da Universidade Federal
do Acre, como parte das exigências para obtenção
do título de Mestre em Agronomia.
Orientador: Prof. Dr. Jorge Washington de Sousa.
ads:
© FERRAZ, P. A. 2008.
Ficha Catalográfica preparada pela Biblioteca Central da Universidade Federal do Acre
F331e
FERRAZ, Pedro de Albuquerque. Estimativa da
evapotranspiração de referência (ETo) para Região de Rio
Branco - Acre. 2008. 85f. Dissertação (Mestrado em Agronomia –
Produção Vegetal) – Centro de Ciências Biológicas e da Natureza,
Universidade Federal do Acre, Rio Branco-Acre, 2008.
Orientador: Prof. Dr. Jorge Washington de Sousa.
1. Evapotranspiração de referência, 2. Penman-Monteith, 3.
Métodos, 4. Rio Branco-Acre,
I Título
CDU 536.423.1:504.03 (811.2)
PEDRO DE ALBUQUERQUE FERRAZ
ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA (ETo)
PARA REGIÃO DE RIO BRANCO - ACRE
Aprovada em 26 de agosto de 2008.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
Prof. Dr. Jorge Washington de Sousa
Universidade Federal do Acre - UFAC
Orientador
_________________________________________________________
Prof. Ph.D. Irving Foster Brown
Universidade Federal do Acre - UFAC
Membro
_________________________________________________________
Prof. Dr. Antônio Gilson Gomes Mesquita
Universidade Federal do Acre - UFAC
Membro
RIO BRANCO
2008
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
graduação em Agronomia, Área de Concentração
em Produção Vegetal, do Centro de Ciências
Biológicas e da Natureza da Universidade Federal
do Acre, como parte das exigências para obtenção
do título de Mestre em Agronomia.
A Deus pela saúde e sabedoria.
A minha família pelo apoio para vencer mais este desafio.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para o alcance desta vitória.
Dedico
AGRADECIMENTOS
À Deus, Fonte inesgotável de inspiração e sabedoria.
Aos meus pais, José Nazareth Ferraz e Edna Conceição de Albuquerque
Ferraz (in memória), responsáveis por minha existência e educação.
Ao professor Dr.Jorge Washington de Sousa que, como orientador, contribuiu
definitivamente com precisão sempre que necessário no sentido de melhoria da
qualidade final deste trabalho.
A Universidade Federal do Acre - UFAC, especialmente ao Curso de Pós-
graduação em Agronomia, pela oportunidade de dar continuidade a minha formação
acadêmica.
Aos observadores meteorológicos Teodoro Solon Quitela (Aposentado -
Minisrio da Agricultura (MA), Antônio Carlos Chaim (MA), José Carlos Abmorad (MA)
e Gesio Faustino de Souza (UFAC), pela dedicação na ceso dos elementos
meteorológicos utilizados nesse trabalho, os quais foram obtidos na Estação
Meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia, localizada na área experimental
do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza – CCBN - UFAC.
Aos Professores do curso de s-Graduação em Agronomia em especial ao
Prof. Dr. Sebastião Elviro de Araújo Neto, Coordenador do Mestrado (2006-2007) e
com muita gratidão ao Prof. Dr. Jorge Ferreira Kusdra, e a todos pelas informações
recebidas e conhecimentos adquiridos em suas respectivas disciplinas.
Aos funcionários da UFAC em geral, especialmente aos companheiros do
Parque Zoobotânico - PZ em todos os setores, principalmente ao Plínio Carlos
Mitoso, Francisco Felix do Amaral (Geraldinho), Irio Rivero, Edílson Sá, Francisco
Lima da Silva (Chiquinho), Nilson Alves Brilhante, João Soares, José de Souza
Bandeira, Raimundo Nonato Pereira (porco), Jose Cláudio A. Braga (Bé), Manoel de
Jesus Cardoso (Timbal), e com muita gratidão a Dra. Marilene de Campos Almeida
(Diretora do PZ e ao MSc. João Lopes Firmino (Coordenador do LSF-PZ) pela
paciência e compreensão na minha ausência durante o período desta jornada.
Aos Companheiros de turma Roberval Mendes, Francisco Chagas (Charles),
Felicia Leite, Ana Suzete, Luana Almeida, Lya Beiruth, Wally Oliveira, Robson
Galvão, Rodrigo Guedes e Marcos Aurélio, meus agradecimentos pelo
companheirismo e convivência, durante todo o curso, valeu.
Aos componentes da banca examinadora presidente Dr. Jorge Washington de
Sousa e aos membros Dr. Irving Foster Brown, Dr. Antonio Gilson Gomes Mesquita,
Dr. Sebastião Elviro de Araújo Neto e Dra. Regina Lúcia lix Ferreira, pela
responsabilidade na avaliação e aprovação do trabalho final.
Enfim, a todos que não foram citados, mas que de alguma maneira direta ou
indiretamente, contribuíram para que fosse possíveis a realização do trabalho de
pesquisa, a elaboração dessa dissertação e a conclusão de mais uma etapa de
minha formação acadêmica.
“Deus nos guia sempre, dando-nos a orientação correta de nossa vida”
(Carlos Torres Pastorino,1995).
“Toda a nossa ciência, comparada com a realidade, é primitiva e infantil – e, no
entanto, é a coisa mais preciosa que temos.
(Albert Einstein, 1879 – 1955)
RESUMO
O presente trabalho objetivou comparar valores de evapotranspiracão de referência
(ETo) para a região de Rio Branco-Acre, obtidos por nove métodos de estimativa,
tendo o modelo Penman-Monteith-FAO como padrão, baseando-se em dados
climatológicos obtidos em estação meteorológica convencional, referentes ao
período de 1981 a 2006. A comparação entre os valores estimados da ETo, se
baseou no erro padrão da estimativa (SEE) e no coeficiente de determinação (r
2
) das
equações de regressão ajustadas, utilizando-se o erro padrão de estimativa ajustado
(ASEE), conforme descrito por Jensen et al. (1990), citados por Oliveira et al. (2005).
Posteriormente foi realizada a calibração dos modelos em relação ao padrão
(EToPM), para a melhoria do desempenho dos mesmos. A classificação foi realizada
por ordem crescente dos valores do erro padrão da estimativa ponderado (SEE
Pond
)
referentes aos modelos calibrados. Foi ainda utilizado um coeficiente de confiança
ou desempenho “c” proposto por Camargo e Sentelhas (1997), que corresponde à
multiplicação do coeficiente de correlação “r” pelo coeficiente de exatidão “d”
proposto por Willmont et al. (1985) e descrito por Camargo e Sentelhas (1997). Os
resultados indicaram que os modelos de Penman e Makkink, atendem
satisfatoriamente à estimativa da ETo na região de Rio Branco, AC, em comparação
ao modelo padrão Penman-Monteith. Os métodos Penman-EToP, Jensen-Haise-
EToJH, Priestley e Taylor modificado-EToPTm, Hargreaves-EToHG e Tanner e
Pelton-EToTP superestimaram a ETo, enquanto os modelos Makkink-EToMAKK,
Penman Simplificado-EToPs e Radiação-EToRA, subestimaram a ETo em relação
ao modelo de Penman-Monteith para a localidade em estudo. A calibração regional
mostrou-se relevante para o desempenho das equações empíricas.
PALAVRAS CHAVE: Evapotranspiração de referência; Penman-Monteith; todos;
Rio Branco, Acre.
ABSTRACT
This study aimed to compare the reference values of evapotranspiracão (ETo) for the
region of Rio Branco-Acre, obtained by nine methods to estimate, since the model
Penman-Monteith-FAO as standard, based on climatic data obtained by
meteorological station conventional, for the period from 1981 to 2006. The
comparison between the estimated values of ETo, was based on the standard error
of estimate (ESS) and the coefficient of determination (r2) of the regression
equations adjusted, using the standard error of estimate adjusted (ASEE), as
described by Jensen et al. (1990), cited by Oliveira et al. (2005). It was subsequently
held the calibration of models in relation to the default (EToPM), to improve the
performance of them. The classification was done in ascending order of the values of
the standard error of the estimated weighted (SEEPond) for the model calibrated. It
was also used a coefficient of confidence or performance "c" proposed by Camargo
and Sentelhas (1997), which is multiplication of the correlation coefficient "r" by the
coefficient of accuracy "d" proposed by Willmont et al. (1985) and described by
Camargo and Sentelhas (1997). The results indicated that the models of Penman
and Makkink, satisfactorily meet the estimate of ETo in the region of Rio Branco, AC,
compared to the standard Penman-Monteith. The models Penman-EToP, Jensen-
Haise-EToJH, Priestley and Taylor modified-EToPTm, Hargreaves-EToHG and
Tanner and Pelton-EToTP overestimated the ETo, while the models Makkink-
EToMAKK, Penman Simplified-EToPs and radiation-EToRA, underestimated the ETo
in relation to Penman-Monteith model for the town under study. The calibration
regional proved to be relevant to the performance of empirical equations.
KEY WORDS: Evapotranspiration of reference; Penman-Monteith; Methods; Rio
Branco, Acre.
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 -
Critérios de interpretação do coeficiente “c” proposto por
Camargo e Sentelhas. .................................................................
50
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1–
Balanço hídrico de Thornthwaite e Mather (1955) para a região
de Rio Branco-Acre, com a variação da precipitação
pluviométrica (P), evapotranspiração potencial (ETP) e real
(ETR), UFAC 2008.......................................................................
52
GRÁFICO 2 -
Balao drico de Thornthwaite e Mather (1955) para a região de
Rio Branco-Acre, com o excedente e a deficiência hídrica mensal,
UFAC, 2008.............................................................................................
52
GRÁFICO 3 -
Evapotranspiração de referência-ETo mensal (mm dia
-
1
)
estimada a partir de dados climatológicos diários, para região
de Rio Branco – Acre, UFAC 2008..............................................
55
GRÁFICO 4 -
Evapotranspiração de referência (ETo) mensal (mm dia
-
1
)
estimada a partir de dados climatológicos médios quiqüidiais,
para região de Rio Branco – Acre, UFAC 2008...........................
64
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 -
Correlações entre os valores da ETo estimados com dados
climatológicos diários pelos modelos Makkink-EToMAKK (a),
Jensen-Haise-EToJH (b), Penman-EToP (c), Priestley e Taylor
modificado-EToPTm (d) e o modelo de Penman-Monteith-
EToPM, em mm dia
-1
, para a região de Rio Branco AC, UFAC
2008.................................................................................................
59
FIGURA 2 -
Correlações entre os valores da ETo estimados com dados
climatológicos diários pelos modelos Hargreaves-EToHG (a),
Penman Simplificado-EToPs (b), Tanner e Pelton-EToTP (c),
Radiação-EToRA (d) e o modelo de Penman-Monteith-EToPM,
em mm dia
-1
, para a região de Rio Branco AC, UFAC
2008.................................................................................................
60
FIGURA 3 -
Correlações entre os valores quinqüidias da ETo estimados pelos
modelos Makkink-EToMAKK (a), Penman-EToP (b), Jensen-
Haise-EToJH (c), Priestley e Taylor modificado-EToPTm (d) e o
modelo de Penman-Monteith-EToPM, em mm dia
-1
, para a região
de Rio Branco – AC, UFAC 2008....................................................
68
FIGURA 4 -
Correlações entre os valores quinqüidias da ETo estimados pelos
modelos Hargreaves-EToHG (a), Penman Simplificado-EToPs
(b), Tanner e Pelton-EToTP (c), Radiação-EToRA (d) e o modelo
de Penman-Monteith-EToPM, em mm dia
-1
, para a região de Rio
Branco, AC......................................................................................
69
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 -
Evapotranspiração de referência mensal (mm dia
-
1
), estimada com
dados climatológicos diários, pelos métodos de EToPM, EToMAKK,
EToP, EToJH, EToPT
m
, EToHG, EToTP, EToPS
e EToRA, para a
região de Rio Branco – AC, UFAC 2008.............................................
53
TABELA 2 -
Evapotranspiração de referência estimada com dados
climatológicos diários, percentagem relativa em relação ao modelo
padrão (EToPM), coeficientes das equações de regressão
ajustadas (a e b), coeficiente de determinação (r²), erro-padrão de
estimativa (SEE), erro-padrão de estimativa ajustado (ASEE) e
erro-padrão de estimativa ponderado (SEEp), para a região de Rio
Branco – AC, UFAC 2008..................................................................
57
TABELA 3 -
Coeficiente de calibração local (b
c
), erro-padrão de estimativa
ajustado (ASEE) e erro-padrão de estimativa ponderado (SEEp),
referentes aos modelos de estimativa da ETo para a região de Rio
Branco - AC, a partir de dados climatológicos diários, UFAC
2008..................................................................................................
61
TABELA 4 -
Coeficientes de correlação (r), exatidão (d), desempenho (c),
variação (cv) e classificação dos métodos de estimativa da ETo
com dados climatológicos diários, segundo os critérios de Camargo
& Sentelhas (1997), para a região de Rio Branco – AC, UFAC
2008.....................................................................................................
62
TABELA 5 -
Evapotranspiração de referência mensal (mm dia
-
1
), estimada com
dados climatológicos médios quinqüidiais, pelos métodos de
EToPM, EToMAKK, EToP, EToJH, EToPT
m
, EToHG, EToTP,
EToPS
e EToRA, para a região de Rio Branco AC, UFAC
2008.....................................................................................................
63
TABELA 6 -
Evapotranspiração de referência estimada com dados
climatológicos quinqüidiais, percentagem relativa em relação ao
modelo padrão (EToPM), coeficientes das equações de regressão
ajustadas (a e b), coeficiente de determinação (R²), erro-padrão de
estimativa (SEE), erro-padrão de estimativa ajustado (ASEE) e
erro-padrão de estimativa ponderado (SEEp), para a região de Rio
Branco – AC, UFAC 2008...................................................................
66
TABELA 7 -
Coeficiente de calibração local (b
c
), erro-padrão de estimativa
ajustado (ASEE) e erro-padrão de estimativa ponderado (SEEp),
referentes aos modelos de estimativa da ETo para a região de Rio
Branco-AC, a partir de dados climatológicos médios quinqüidiais,
UFAC 2008..........................................................................................
70
TABELA 8 -
Coeficientes de correlação (r), exatidão (d), desempenho (c),
variação (cv) e classificação dos métodos de estimativa da ETo
com dados climatológicos médios quinqüidiais, segundo os critérios
de Camargo & Sentelhas (1997), para a região de Rio Branco – AC,
UFAC..................................................................................................
71
LISTA DE ABREVIATURAS
ET -
Evapotranspiração
SEE -
Erro Padrão da estimativa
r
2
-
Coeficiente de determinação das equações de regressão ajustada
ASEE -
Erro padrão da estimativa ajustado
SEE
pond
-
Erro Padrão da estimativa ponderado
ETo -
Evapotranspiração de referência
EToPM -
Evapotranspiração de referência modelo Penman-Monteith-FAO
EToP -
Evapotranspiração de referência método PENMAN
EToMAKK -
Evapotranspiração de referência método MAKKINK
EToJH -
Evapotranspiração de referência método JENSEN-HAISE
EToPTm -
Evapotranspiração de referência método PRIESTLEY & TAYLOR
modificado
EToHG -
Evapotranspiração de referência método HARGREAVES
EToTP -
Evapotranspiração de referência método TANNER & PELTON
EToPs -
Evapotranspiração de referência método PENMAN simplificado
EToRA -
Evapotranspiração de referência método RADIAÇÃO
ETR -
Evapotranspiração de real
ETP -
Evapotranspiração potencial
ETC
Evapotranspiração da cultura
ETm -
Evapotranspiração média
IAF -
Índice de área foliar
Kc -
Coeficiente de cultura
OMM -
Organização Meteorológica Mundial
Tmax -
Temperatura Máxima
Tmin -
Temperatura Mínima
Tmed -
Temperatura Média
ICID -
Comissão Internacional de Irrigação e Drenagem
TCA -
Tanque Classe A
EMC -
Estação Meteorológica Convencional
EMA -
Estação Meteorológica Automática
CAD -
Capacidade de armazenamento disponível
Y
pi
-
Estimativa da ETo pelo modelo padrão
Y
mi
-
Estimativa da ETo obtida para cada um dos métodos avaliados
Y
reg i
Estimativa da ETo obtida pela regressão ajustada ente os métodos e
o modelo padrão EToPM
n -
Número de observações
Oi -
Valores de ETo Obtidos pelo modelo EToPM
Pi -
Valores de ETo estimados pelos demais métodos em estudo
O -
Média dos valores estimados de ETo pelo modelo EToPM
Ea -
Evaporação do ar
LISTA DE SIGLAS
Embrapa -
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
AC -
Estado do Acre
UFAC -
Universidade Federal do Acre
PZ -
Parque Zoobotânico
LSF -
Laboratório de Sementes Florestais
CCBN -
Centro de Ciências Biológica e da Natureza
INMET -
Instituto Nacional de Meteorologia
FAO -
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação
USA -
Estados Unidos da América (United States of America)
LISTA DE SÍMBOLOS
cv -
Coeficiente de variação
α -
Albedo da cultura, considerado como 0,23
α -
Constante da equação de Priestley-Taylor (1972)
ג -
Calor latente requerido para evaporar uma unidade de água
H -
Calor sensível da camada limite
G -
Fluxo de calor sensível do solo
Rn -
Densidade de fluxo de radiação líquida
°C -
Grau Celsius
% -
Percentagem
-
Somatória
λ -
Calor latente de evaporação
ץ
Constante psicrométrica
λ
evap
-
Calor latente de vaporização
ץ*
Constante psicrométrica modificada (kPa °C
-
1
)
-
Inclinação da curva de pressão de saturação de vapor
a
-
Pressão parcial de vapor (kPa)
s
-
Tensão de saturação de vapor de água (kPa)
Q
s
-
Balanço de radiação de ondas curtas
Q
L
-
Balanço de radiação de ondas longas
Q
o
-
Radiação extraterrestre (MJ m
-
2
d
-
1
)
R
g
-
Radiação solar global (MJ m
-
2
d
-
1
)
Ф -
Latitude do local em graus
n -
Brilho solar medido em horas
N -
Duração astronômica do dia em horas
V
2
-
Velocidade do vento a 2 m de altura
PA -
Pressão atmosférica
UR -
Umidade relativa do ar (%)
MJ -
Mega jaully
σ -
Constante de Stefan-Boltzmann
W -
Fator de ponderação dependente da temperatura do bulbo úmido
C
p
-
Calor específico do ar
ρ -
Massa específica do ar
e
-
Déficit de pressão de vapor
r
a
-
Resistência aerodinâmica (s. m
-
1
)
Pi -
Evaporação de Piche (mm dia
-
1
)
b
c
-
Coeficiente de calibração local
t
ar
-
Temperatura do ar
V
n
-
Velocidade do vento ao nível de 2 m
Z
n
-
Altura para qual deseja-se converter a velocidade do vento
m -
Metro
mm -
Milímetros
Km -
Quilômetro
h -
Horas
גET -
Densidade de fluxo de calor latente
kPa -
Quilo Pascal
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................
20
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................. 23
2.1 EVAPOTRANSPIRAÇÃO ............................................................................... 23
2.2 FATORES QUE AFETAM A EVAPOTRANSPIRAÇÃO.................................. 25
2.2.1 Radiação Solar .............................................................................................
26
2.2.2 Velocidade do vento .....................................................................................
28
2.2.3 Temperatura do ar ....................................................................................... 29
2.2.4 Umidade do ar ..............................................................................................
31
2.3 Métodos para a estimativa da evapotranspiração de referência .................... 32
2.3 MÉTODOS DE ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE
REFERÊNCIA (ETo) .............................................................................................
35
2.3.1 Penman-Monteith-EToPM (ALLEN et al., 1998) …………………………….. 35
2.3.2 Jensen-Haise-EToJH (JENSEN e HAISE 1963, citado por SEDYAMA, 1996).... 37
2.3.3 Hargreaves-EToHG (HARGREAVES 1974, citado por CAMARGO e
SENTELHAS, 1997) ...........................................................................................
37
2.3.4 Makkink-EToMAKK (MAKKINK 1957, citado por PEREIRA et al.,
1997)......................................................................................................................
37
2.3.5 Penman-EToP (PENMAN 1948, citado por OMETTO, 1981) ...…………….
38
2.3.6 Penman Simplificado-EToP
S
(PENMAN 1948, citado por OMETTO, 1981).
39
2.3.7 Priestley e Taylor modificado-EToPT
m
(PRIESTLEY E TAYLOR, 1972
citado por MEDEIROS, 1998)................................................................................
39
2.3.8 Tanner e Pelton-EToTP (TANNER e PELTON, 1960, citado por
CAMARGO e SENTELHAS, 1997) ......................................................................
40
2.3.9 Radiação-EToRA (DOORENBOS e PRUITT, 1972) ................................... 40
2.4 COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE ETo ....................
40
2.5 EVAPOTRANSPIRAÇÃO DA CULTURA ....................................................... 43
2.6 CLIMATOLOGIA DA LOCALIDADE DE RIO BRANCO, AC............................
45
3 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................. 47
3.1 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS......................................................
48
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .........................................................................
51
4.1 CLIMATOLOGIA E BALANÇO HÍDRICO DA REGIÃO DE RIO BRANCO,
ACRE ....................................................................................................................
51
4.1.1 Caracterização climática da região do estudo ............................................. 51
4.1.2 Balanço hídrico do solo na região em estudo............................................... 51
4.2 AVALIAÇÃO DAS EQUAÇÕES DE ESTIMATIVA DA ETo COM DADOS
CLIMATOLÓGICOS DIÁRIOS .............................................................................
53
4.3 AVALIAÇÃO DAS EQUAÇÕES DE ESTIMATIVA DA ETo COM DADOS
CLIMATOLÓGICOS QUINQÜIDIAIS.....................................................................
62
5 CONCLUSÃO .................................................................................................... 72
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................
73
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 74
1 INTRODUÇÃO
A evapotranspiração constitui um dos componentes do ciclo hidrológico, o
qual, juntamente com os demais controles climáticos: circulação geral da atmosfera,
natureza da cobertura da superfície e condições topográficas predominantes, são os
fatores determinantes do clima da Amazônia.
Segundo Ometto (1981), evapotranspiração consiste na perda conjunta de
água do solo pela evaporação e da planta por transpiração.
A evapotranspiração depende de vários fatores relacionados ao solo, à planta
e ao clima e constitui parâmetro agrometeorológico imprescindível na quantificação
das necessidades hídricas das culturas e nos estudos sobre o aproveitamento dos
recursos hídricos, tornando-se necessária a análise de métodos e modelos que
melhor estimem essa variável. O conhecimento da demanda hídrica das culturas é
essencial para a compreensão das relações no sistema solo-água-planta-atmosfera,
para o dimensionamento e manejo dos sistemas de irrigação e o aperfeiçoamento de
zoneamentos agroclimáticos (SEDYAMA, 1996).
A obtenção da evapotranspiração da cultura (ETc) torna-se importante, na
medida em que este parâmetro possibilita a determinação da lâmina de água a ser
resposta ao solo, de forma a manter a produtividade da cultura emveis que
apresentem viabilidade econômica. Sendo a ETc função da evapotranspiração de
referência (ETo), a determinação desta passa a ser fundamental no planejamento,
nos projetos e no manejo de irrigação.
Dentre os diversos métodos de determinação da evapotranspiração, o método
direto do lisímetro de pesagem é aquele que apresenta a maior precisão. No
entanto, devido aos seus elevados custos de aquisição e manutenção, esse
equipamento tem o seu uso restrito às instituições de ensino e pesquisa,
aumentando o interesse para a obtenção de estimativas da evapotranspiração por
meio de modelos matemáticos, devido à praticidade e à facilidade oferecida por
alguns desses modelos.
Resultados de pesquisas em várias localidades, indicaram modelos indiretos
para a estimativa da evapotranspiração de referência (ETo), com diferentes
concepções e variáveis envolvidas. Todavia, de acordo com Berlato e Molion (1981),
deve-se levar em consideração dois aspectos para a escolha de um determinado
método de estimativa da evapotranspiração: praticidade e acurácia. Esses mesmos
autores relataram que os métodos teóricos e/ou métodos micrometeorológicos,
apesar de serem baseados em princípios físicos e de possuírem alta precisão,
apresentam limitações, principalmente quanto à instrumentação, o que impede em
grande parte a sua utilização. Nesse sentido, as estimativas da evapotranspiração
por meio de modelos, constituíram importante linha de pesquisa, pois possibilita a
indicação da suplementação hídrica com maior precisão, visando minimizar os
efeitos adversos da aplicação inadequada da água.
As características edafoclimáticas da região de Rio Branco, AC possibilitam o
desenvolvimento satisfatório das culturas agrícolas durante a estação chuvosa que
se estende de outubro a abril. No entanto, são observadas deficiências hídricas no
período de junho a setembro, o que sugere a necessidade de implementação das
técnicas da irrigação na região de Rio Branco.
Tendo em vista à inexistência de resultados locais sobre pesquisas nessa
área do conhecimento, certamente o presente trabalho poderá contribuir para
incrementar a agricultura irrigada na região, uma vez que o mesmo indicou métodos
adequados para estimar a evapotranspiração de referência local.
Para a estimativa da evapotranspiração de referência, utilizam-se várias
equações e várias medidas, com vistas à obtenção dos parâmetros necessários para
o uso das metodologias disponíveis. O método de Penman-Monteith é considerado
como o que possui melhor desempenho quando aplicado em diversos tipos de clima,
sendo por isso recomendado pela FAO como padrão para a estimativa da
evapotranspiração de referência e calibração de modelos empíricos (ALLEN et al.,
1998).
Considerando-se a indisponibilidade de dados meteorológicos na Amazônia
Sul-Ocidental para a utilização do método de Penman-Monteith, foram testadas
outras equações mais simples, algumas das quais, apresentaram elevadas
correlações com o método padrão. Essas equações foram recomendadas para a
região de Rio Branco principalmente para o período seco, ou seja, nos meses em
que observa-se deficiência hídrica no solo.
Esta pesquisa objetivou comparar valores diários e quinqüidiais de
evapotranspiracão de referência para a região de Rio Branca, obtida pelos métodos
de estimativa: Makkink-EToMAKK (MAKKINK (1957) citado por PEREIRA et al.,
1997), Penman-EToP (PENMAN (1948) citado por OMETTO, 1981), Penman
simplificado-EToPs (PENMAN (1948) citado por OMETTO, 1981), Jensen-Haise-
EToJH (JENSEN e HAISE (1963) citado por SEDYAMA, 1996), Priestley e Taylor
modificado-EToPTm (PRIESTLEY e TAYLOR (1972) citado por MEDEIROS, 1998),
Hargreaves-EToHG (HARGREAVES, 1974, citado por CAMARGO e SENTELHAS,
1997), Tanner e Pelton-EToTP (TANNER e PELTON (1960) citado por CAMARGO e
SENTELHAS, 1997), e Radiação-EToRA (DOORENBOS e PRUITT, 1972), com os
valores da ETo obtidos pelo modelo padrão de Penman-Monteith-FAO (ALLEN et
al., 1998).
Baseando-se em dados climatológicos da região em estudo, obtidos em
estação meteorológica convencional, referente ao período de 26anos, conforme a
calibrados com base nas escalas diárias e quinqüidial, tendo como referência o
modelo padrão de Penman-Monteith, foi possível melhorar o desempenho dos
mesmos para a região em estudo.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Na agricultura, informações quantitativas da evapotranspiração são de grande
importância na avaliação da severidade, distribuição e freqüência dos déficits
hídricos, elaboração de projetos e manejo de sistemas de irrigação e drenagem
(HENRIQUE e DANTAS, 2006).
O conceito de evapotranspiração (ET) foi introduzido inicialmente por
Thornthwaite
1
et al. (1944), citado por Camargo, (1962), nos Estados Unidos, para
expressar a ocorrência simultânea dos processos de evaporação e de transpiração,
numa superfície vegetada. Alguns anos mais tarde, Thornthwaite (1948) citado por
(SEDYAMA, 1996), definiu como evapotranspiração potencial (ETp) a
evapotranspiração que ocorre nas seguintes condições de contorno: extensa
superfície vegetada cobrindo totalmente o solo, em crescimento ativo e sem
restrição hídrica, de modo que somente o balanço vertical de energia interfira no
processo.
Quase que simultaneamente, Penman
2
(1948) citado por (SEDYAMA, 1996),
na Inglaterra, também definiu a ETp, ressaltando que a vegetação deveria ser baixa
e com altura uniforme. Posteriormente, Penman (1956) citado por Medeiros, (1996)
conceituou a evapotranspiração potencial como a quantidade de água utilizada na
unidade de tempo por uma cultura de porte baixo e verde, cobrindo totalmente a
superfície, com altura uniforme e sem deficiência hídrica.
A definição de evapotranspiração de referência (ETo) surgiu apenas na
década de 70, visto que as definições originais, não especificavam o tipo de
vegetação, o grau e a altura da cobertura vegetal em relação ao solo, as dimensões
da superfície e as condições de bordadura. Nesse sentido, Jensen (1973) citado por
1
THORNTHWAITE, C.W.; WILM, H.G. Report of the Com-mite on evapotranspiration and
transpiration, 1943-1944. Washington, D.C.: Transactions of the American Geo-physical Union,
1944. p.686-693.
2
PENMAN, H. L. Natural evaporation from open water, bare soil and grass. Proceedings Royal
Society of London. Série A, v. 193, p.120-145, 1948.
(SEDYAMA, 1996), propôs a cultura da alfafa como referência e definiu a ETo, como
aquela que se verifica em uma área sem deficiência hídrica, com bordadura mínima
de 100 m, cultivada com a referida cultura, e apresentando um porte de 0,30 a 0,50
m de altura.
Doorenbos e Pruitt
3
, (1977) citados por (SILVA, 2003), definiram a
evapotranspiração de referência como sendo a taxa de evapotranspiração para uma
extensa superfície gramada com altura uniforme entre 0,08 e 0,15 m, em
crescimento ativo, com o solo completamente sombreado e sem déficit de água. No
entanto, para (SMITH, 1991), a evapotranspiração de referência é aquela que ocorre
em uma cultura hipotética, com altura fixa de 0,12 m, albedo (Relação entre a
radiação solar refletida ou dispersada pela superfície da Terra e o total que nela
incide) igual a 0,23 e resistência ao transporte de vapor d’água igual a 69 s m
-1
.
Estas características, segundo Pereira et al. (1997a), seriam encontradas em um
gramado verde, de altura uniforme, em crescimento ativo, cobrindo totalmente a
superfície do solo e sem deficiência hídrica.
Neste sentido a Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação-FAO recomendou a adoção do todo de Penman-Monteith como
padrão para a estimativa da evapotranspiração de referência (ALLEN et al.,1998) até
mesmo para locais com deficiência de dados meteorológicos necessários ao seu
uso, fornecendo procedimentos e parametrizações adequadas em diversas escalas
de tempo (diária, decendial, e mensal).
Allen et al. (1998) redefiniram no Boletim FAO 56, a evapotranspiração de
referência como sendo aquela de um gramado hipotético, com altura de 0,12 m,
albedo igual a 0,23 e resistência da superfície ao transporte de vapor d’água de 70 s
m
-1
. De acordo com Pereira et al. (1997a), um gramado nessas condições possui
índice de área foliar (IAF) ao redor de 3 e assemelha-se a uma superfície verde
sombreando totalmente o solo, bem suprido de umidade, e em crescimento ativo.
No que se refere à cultura de referência, predomina no Brasil o uso da grama
batatais (Paspalum notatum Flügge), originária das Américas do Sul e Central. Essa
gramínea apresenta boa adaptação a quase todo tipo de solo, crescendo
vigorosamente naqueles com boa fertilidade e umidade, mas com aspectos
xeromórficos, nos solos pobres e sob condições de seca (SANTIAGO, 2001).
3
DOORENBOS, J.; PRUITT, J. O. Guidelines for predicting crop water requirements. Rome:
FAO, 1977. 179 p. (FAO Irrigation and Drainage Paper, 24).
De acordo com Alcântara e Bufarah (1982), citado por (MEDEIROS, 2002), a
grama batatais é considerada planta colonizadora, pois vegeta desde o nível do mar
até altitudes em torno de 2.500 m, apresentando razoável resistência ao pisoteio, ao
fogo e a geada, o que viabiliza seu uso em posto meteorológico, sob diversos tipos
de clima. Pereira et al. (1997a) relatam que a grama batatais foi tomada como
padrão, em razão da sua utilização nos postos meteorológicos.
Havendo necessidade de comparação das estimativas de ETo obtidas com
grama e com alfafa utiliza-se uma relação entre elas. Allen et al. (1989) citado por
(MEDEIROS, 2002) apresentam uma tabela, relacionando a ETo da alfafa e da
grama para várias condições de latitude e altitude, que variam de 0
o
em Yangambi,
Zaire, a 38
o
S em Aspendale, Austrália e de -30 m de altitude em Brawley, Califórnia
a 2774 m em South Park, Colorado, compreendendo locais áridos e úmidos. Os
autores obtiveram, em média, ET alfafa/ET grama= 1,32 (mm dia
-1
). Essa relação foi
mais baixa para climas úmidos.
Por outro lado Medeiros e Folegatti (2000) numa análise de dados de
Pentecoste, Ceará, encontraram uma relação entre evapotranspiração calculada a
partir do modelo de Penman-Monteith, entre grama e alfafa de 0,9395 (mm dia
-1
) e
alfafa e grama de 1,064 (mm dia
-1
). Esses resultados estão próximos dos encontrados
por Allen et al. (1989) citados por Medeiros (2002), cujos valores variam de 1,15 a
1,25 (mm dia
-1
).
2.2 FATORES QUE AFETAM A EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Para Allen et al. (1998) os principais fatores que afetam a evapotranspiração
estão relacionados com as condições atmosféricas, a cultura, o manejo e as
condições de campo. Dentre os parâmetros meteorológicos que afetam diretamente
a evapotranspiração, podem-se destacar: a radiação solar, a temperatura, a
umidade do ar e a velocidade do vento. O tipo de cultura, sua variedade e seu
estádio de desenvolvimento, bem como as condições nas quais estão dispostas na
superfície (rastejante, ereta, espaldeira) são fatores que influenciam na quantidade
de água evapotranspirada por uma superfície vegetada. Alem de outros como a área
e a arquitetura foliar, estádio de desenvolvimento, resistência do dossel e aqueles
que geralmente estão associados ao valor do coeficiente de cultura (Kc).
Do mesmo modo, Medeiros (2002), relata que a evapotranspiração depende
de fatores climáticos como: radiação solar, temperatura do ar, velocidade do vento,
umidade relativa do ar, chuva e pressão de vapor, são as principais variáveis.
2.2.1 Radiação Solar
Denomina-se fluxo de radiação a quantidade de energia radiantes recebida,
transmitidas ou emitidas por unidade de tempo. Quando este fluxo de radiação é
expresso por unidade de área costuma-se chamar de densidade de fluxo radiante. A
Organização Meteorológica Mundial-OMM recomenda o uso dos termos emitância,
para designar o fluxo de radiação emitido e irradiância, para representar o fluxo de
radiação incidente Varejão-Silva (2000). A irradiância em um determinado ponto da
superfície é determinada pelo ângulo formado entre os raios solares e a normal da
superfície em questão, que varia em função da hora do dia, das diferentes latitudes
e estações do ano (ALLEN et al., 1998).
Segundo Tubelis e Nascimento (1992), ao atravessar a atmosfera terrestre, a
radiação solar é afetada por processos seletivos de reflexão, difusão e absorção. A
radiação solar direta, não interage com a atmosfera e incide diretamente na
superfície, enquanto a radiação difusa atinge a mesma superfície após sofrer
espalhamento na atmosfera. Estes dois fluxos de energia, que chegam
simultaneamente, representam o total de radiação solar que atinge a superfície
terrestre, denominada radiação solar global. No entanto, Borges (2004) ressalta que
parte da radiação global é refletida pela superfície da terra, o que depende das
características da cobertura dessa superfície, sendo 5% para o caso da água e em
torno de 25% para maioria dos cultivos.
A radiação solar que incide sobre a superfície terrestre é absorvida e
armazenada pela mesma, posteriormente devolvida para a atmosfera, aquecendo-a.
Essa transferência de energia é uma das mais importantes interações entre a
biosfera e a atmosfera. A quantidade de energia disponível na superfície da Terra,
resultado da diferença entre os ganhos (fluxos descendentes) e as perdas (fluxos
ascendentes) radiativas, denomina-se saldo de radiação Ometto (2001). Ao longo do
dia, nas horas de brilho solar, o saldo de radiação em uma superfície qualquer tende
a ser positivo, pois os fluxos incidentes (global e atmosférico) são superiores às
frações refletidas e emitidas, por outro lado, durante a noite os valores do saldo de
radiação tendem a serem negativos, pois o fluxo incidente passa a ser somente
atmosférico e, a energia emitida pela superfície tende a ser superior a este,
resultando em um saldo de radiação negativo (PEZZOPANE et al., 1995).
A quantificação da radiação solar que incide em um ponto da superfície
terrestre é de grande importância para as diversas atividades humanas,
principalmente aquelas que tratam do aproveitamento dos recursos naturais, uma
vez que a radiação solar é a principal fonte de energia disponível para os processos
físicos, químicos e biológicos que ocorrem no sistema terra-atmosfera, além de
interferir em outros elementos meteorológicos como a evaporação,
evapotranspiração, temperatura e umidade relativa, dentre outros (TEIXEIRA et al.,
2004).
Segundo Blad e Baker (1972) citado por Sousa (2002), sobre a magnitude do
saldo de radiação, interferem diversos fatores relacionados com os componentes de
ondas curtas e ondas longas, destacando-se a latitude, altitude, época do ano,
cobertura de nuvens, composição espectral da radiação incidente, propriedades
espectrais da cultura, grau de cobertura do solo pela cultura, disponibilidade hídrica
no solo e temperatura da superfície e da atmosfera.
Para Villa Nova et al. (1976), o saldo de radiação é o principal elemento
meteorológico que influencia a evapotranspiração. De acordo com Allen et al. (1994),
a evapotranspiração é um processo governado por trocas de energia de uma
superfície vegetada e é limitado pela quantidade de energia disponível. Assim, é
possível prever a taxa de evapotranspiração através do balanço de fluxos de
energia, conforme a equação: λET = Rn H G, em que: λET é a densidade de
fluxo de calor latente; H é o calor sensível da camada limite; G é o fluxo calor
sensível do solo; Rn é a densidade de fluxo de radiação líquida e λ é o calor latente
requerido para evaporar uma unidade de água, expresso como umidade de energia
por unidade de massa.
Em estudo realizado por Mukammal e Bruce (1968) citado por Silva (2003),
concluíram que a importância relativa do saldo de radiação solar, da umidade
relativa do ar e da velocidade do vento na ETo é da ordem de 80:6:14,
respectivamente, dependendo da localização geográfica e das condições
meteorológicas observadas. No entanto, Villa Nova (1987) ressalta que é difícil
separar a ação de cada um desses fatores, pois os mesmos agem simultaneamente
e se interrelacionam.
Embora a irradiação solar global possa ser medida por piranômetros, existem
diversos métodos para sua estimativa, sendo o modelo empírico proposto por
Angstron em 1924, o mais utilizado. (HENRIQUE, 2006),
Tubelis e Nascimento (1992) recomendam para quando não se dispuserem
das constantes da equação de Angströn, que se possam utilizar os valores
propostos por Glover e Mcculloch (1958): a sendo igual ao produto de 0,29 pelo
cosseno da latitude da localidade em estudo, e b igual a 0,52. Para Allen et al.
(1998) os coeficientes a e b da equação de Angströn podem variar com as
condições atmosféricas e a declinação solar. Todavia, quando não dispusermos de
dados confiáveis para aplicação na equação de Angströn, recomenda-se utilizar os
valores de a= 0,25 e b= 0,50.
Dantas et al. (2000) determinaram os coeficientes a e b da equação de
Angströn em Cabaceiras, PB e Belém do Brejo do Cruz-PB, obtendo valores da
ordem de (0,28 e 0,38) e (0,22 e 0,46), respectivamente.
De acordo com Allen et al. (1998), a estimativa do saldo de radiação em
superfícies planas pode ser realizada a partir da associação das equações de
Angströn-Prescott, para o balanço de ondas curtas (BOC), e de Brunt, para o
balanço de ondas longas (BOL), sendo esse procedimento recomendado pela FAO,
quando o objetivo é estimar a ETo pela metodologia descrita por Penman-Monteith a
partir de dados de estações meteorológicas convencionais.
2.2.2 Velocidade do vento
Segundo Pereira et al. (1997a), a evapotranspiração é controlada pela
disponibilidade de energia do meio, pela demanda atmosférica e pelo suprimento de
água para as plantas no solo. A demanda atmosférica é controlada pelo poder
evaporante do ar relacionado à velocidade do vento e ao déficit de pressão de
vapor.
De acordo com Sentelhas (1998), para uma dada região, quanto maior for a
disponibilidade de energia solar, temperatura do ar e velocidade do vento, e quanto
menor for a umidade relativa, maior deverá ser a taxa de evapotranspiração de
referência.
Segundo Medeiros (2002), o processo de transferência de vapor depende da
velocidade do vento e da turbulência do ar, a qual transfere grandes quantidades de
ar sobre a superfície evaporante. O vento remove a camada logo acima da
superfície evaporante, criando uma condição favorável ao aparecimento de um
gradiente de pressão de vapor, aumentando dessa forma o poder evaporante no
local.
De acordo com Pereira et al. (1997a) diferença entre a pressão de vapor
saturado e a atual, define a deficiência de pressão de vapor, ou quanto de vapor é
necessário para saturar determinado volume de ar, tornando-se assim, um indicador
da capacidade evaporativa do ar, sendo que a demanda atmosférica é controlada
pelo poder evaporante do ar (Ea) relacionado à velocidade do vento e ao déficit de
pressão de vapor, e quanto maior o valor de Ea, maior será a evaporação.
Em áreas que apresentam advecção, (Movimento horizontal de uma massa
de ar, que causa alterações em temperatura ou em outras propriedades físicas do
ar), a importância relativa da radiação líquida decresce, e em adição a ela, a
advecção ou transferência de calor sensível das áreas secas circunvizinhas,
contribuirá no processo evapotranspirativo, aumentando desta forma, a importância
relativa da velocidade do vento e da umidade relativa do ar na evapotranspiração.
Nesse sentido, Pereira et al. (1997a) relatam que a evapotranspiração, em
áreas vegetadas circundadas por áreas secas, é maior na interface dessas áreas e
decresce com a distância, à medida que o vento avança na área úmida. Na área
úmida, a evapotranspiração diminui na direção dos ventos predominantes até um
valor limite inferior, que é resultante somente do balanço vertical de energia.
2.2.3 Temperatura do ar
Para Tubelis e Nascimento (1992), o curso anual da radiação solar é o
principal fator que determina a variação da temperatura do ar, portanto, à medida
que aumentamos a latitude, a temperatura média do ar diminui, em decorrência da
menor incidência de radiação solar global. Outro fator que altera inversamente o
valor da temperatura do ar é a altitude, em média, à medida que se eleva para
100m, ocorre um resfriamento na ordem de 0,65 ºC.
Segundo Medeiros (2002), a temperatura do ar tem sua importância na
determinação da evapotranspiração de referência, pelo fato de ser um dos
elementos climáticos mais disponíveis em estações meteorológicas. Na ausência de
dados de radiação, esse elemento meteorológico pode ser usado como indicativo de
energia no sistema estudado. A radiação absorvida pela atmosfera aumenta a
temperatura do ar, contribuindo para a intensificação do processo de
evapotranspiração. Dessa forma a temperatura do ar interfere nas condições
ambientais, interagindo com outras variáveis relevantes para o processo de
evapotranspiração.
De acordo com Silva (2003), as principais variáveis climáticas a qual
proporcionam energia para vaporização e remoção de vapor de água, a partir de
superfícies evaporantes são: a radiação solar, a temperatura do ar, umidade relativa,
velocidade do vento, o déficit de pressão de vapor e a nebulosidade.
Allen et al. (1998) relatam que na ausência de dados de radiação solar, esse
elemento pode ser obtido a partir da diferença de temperaturas. A diferença entre
temperatura máxima do ar (Tmáx) e mínima do ar (Tmín), está relacionada ao grau
de cobertura de nuvens no local. Condições de céu claro proporcionam uma Tmáx
elevada e baixa Tmín, pois um maior percentual de radiação de ondas curtas
penetra e um menor percentual radiação de ondas longas, é absorvido pela
atmosfera.
Caso contrário, sob condições de nebulosidade, Tmáx é relativamente menor,
porque parte da radiação não alcança a superfície da terra, sendo absorvida e
refletida pelas nuvens. Portanto, a diferença entre temperatura máxima e mínima é
um bom indicador da fração de radiação no topo da atmosfera, que alcança a
superfície da terra. Esse princípio tem sido usado por Hargreaves e Samani para
desenvolver estimativas de ETo usando somente dados de temperatura do ar.
A temperatura do ar à superfície da terra apresenta comportamentos cíclico,
passando por uma temperatura máxima e uma mínima durante o dia. Pela própria
definição, a temperatura média diária do ar deveria ser considerada como a média
aritmética de todas as temperaturas observadas a intervalos regulares e curtos. No
entanto, no Brasil, assim como em quase todos os países, esta “média” é estimada
através de um parâmetro denominado “temperatura compensada” cujo valor é
calculado através de fórmula específica (VAREJÃO SILVA, 2000).
Segundo Allen e Pruitt (1986) citados por Medeiros (2002), a irrigação
interfere na evapotranspiração, devido às modificações causadas nas condições
microclimáticas locais, resfriando o ar, tornando mais úmido, além de reduzir a
turbulência nas massas de ar que avançam de áreas não irrigadas para as áreas
irrigadas, provocando a redução do potencial evaporativo das massas de ar e
conseqüentemente, a evapotranspiração. Esses autores relatam que estudos
anteriores têm demonstrado uma redução na temperatura média do ar de 2 °C a 5
°C em áreas irrigadas, quando comparadas com áreas sem irrigação, com aumento
correspondente de umidade relativa e decréscimo no déficit de pressão de vapor.
Silveira (2000) analisou a importância relativa de diferentes variáveis
envolvidas no cálculo de evapotranspiração, com base em ries mensais de dados.
Os dados foram coletados nas bacias de Fortaleza (bacia metropolitana), Sobral
(bacia do Acaraú), Pentecoste (bacia do Curu), Iguatú e Tauá (bacia do Alto
Jaguaribe) e Quixeramobim (bacia do Banabuiú). As variáveis testadas foram:
precipitação, temperatura máxima e mínima do ar, velocidade do vento, umidade
relativa e razão de insolação. A componente de maior influência para todas as
bacias estudadas, foi o gradiente de pressão de vapor do ar.
2.2.4 Umidade do ar
Na floresta Amazônica, cerca de 50% do vapor de água que se transforma em
chuvas é proveniente da evapotranspiração real observada na floresta, exercendo,
dessa maneira, papel importante no transporte vertical do vapor de água para a
atmosfera e para a precipitação média anual (SALATI, 1985). Essa contribuição local
é considerada elevada se comparada com latitudes temperadas, onde a
evapotranspiração real estimada, gira em torno de 10% da precipitação local
(MOLION E DALLAROSA, 1990)
A disponibilidade de energia oriunda da radiação solar aliada ao fluxo de calor
sensível são as principais fontes de energia para evaporar a água, sendo a diferença
entre pressão de vapor na superfície e no ar ao redor, fator determinante na
transferência de vapor para atmosfera (MEDEIROS, 2002).
A quantidade de vapor de água na atmosfera é proporcional ao aumento do
saldo positivo no balanço de radiação. A partir de uma determinada pressão e
temperatura, observa-se uma retenção de vapor d’água na atmosfera, a qual poderá
aumentar e atingir a condição de saturação. Quando a pressão está estabilizada e a
temperatura aumenta, maior será a capacidade do ar em reter vapor d’água. A
diferença entre a pressão de vapor saturado, e a atual, define o déficit de pressão de
vapor, isto é, o quanto de vapor é necessário para saturar determinado volume de
ar, tornando-se assim um indicador da capacidade evaporativa do ar (TUBELIS e
NASCIMENTO, 1992).
Oliveira et al. (2001), compararam doze equações de estimativa de
evapotranspiração, sendo dez variações da equação de Penman-Monteith, usando
diferentes métodos de cálculo do déficit de pressão de vapor e as equações de
Hargreaves, no período de janeiro a setembro de 1997, divididos em período seco e
chuvoso. Os autores observaram melhores estimativas de evapotranspiração,
durante o período chuvoso do que o período seco, sendo que o todo de cálculo
de déficit de pressão de vapor, com melhores resultados combinados aos modelos
de Penman-Monteith, para as condições de estudo, foi calculado com base na média
de pressão de vapor. No entanto, Allen et al. (1998) relatam que a pressão de vapor
saturado para determinados períodos, deve ser calculada como a dia entre a
pressão de vapor à temperatura máxima (Tmáx) e a temperatura mínima (Tmín)
diária, no referido período.
2.2.5 Métodos para a estimativa da evapotranspiração de referência (ETo)
Na ausência de medidas diretas, como as obtidas por meio dos lisímetros, a
evapotranspiração pode ser estimada por diversos métodos, os quais, segundo
Pereira et al. (1997b) pode-se dividi-los de acordo com os princípios envolvidos em
cinco categorias: empíricos, aerodinâmico, balanço de energia, combinados e
correlações dos turbilhões. Os métodos empíricos
, tais como: tanque Classe A,
Thornthwaite, Camargo, Makkink, Radiação Solar, Hargreaves-Samani, Blaney-
Criddle, Jensen-Haise e Linacre são, normalmente, resultantes de correlações entre
a evapotranspiração medida em condições padronizadas e os elementos
meteorológicos medidos em postos meteorológicos.
Segundo Fernandes (2006), observa-se em âmbito nacional o uso
inadequado de equações empíricas, motivado muitas vezes, pela falta de dados
para avaliação e calibração local dessas equações, antes de sua utilização.
O método aerodinâmico é um todo micrometeorológico o ramo da
meteorologia que se dedica ao estudo dos escoamentos atmosféricos de escala
temporal inferior a uma hora e espacial inferior a um quilometro) com embasamento
fisico-teórico da dinâmica dos fluídos e transporte turbulento. O método do balanço
de energia representa a contabilidade das interações dos diversos tipos de energia
com a superfície, a citar: Razão de Bowen e Priestley-Taylor. Os todos
combinados retratam os efeitos do balanço de energia com aqueles do poder
evaporante: Penman, Slatyer e McIlroy; Penman simplificado e Penman Monteith. O
método dos turbilhões baseia-se nos deslocamentos verticais da atmosfera e
conseqüente transporte das suas propriedades (PEREIRA et al., 1997a).
Vários autores (AL-GHOBARI, 2000; MARIN, 2000; OLIVEIRA et al., 2001;
MEDEIROS, 2002) ressaltam, que apesar da existência de diversos modelos para a
estimativa da evapotranspiração de referência, os mesmos são utilizados em
condições climáticas e agronômicas muito diferentes daquelas em que inicialmente
foram concebidos. Razão pela qual, ser de extrema importância, avaliar o grau de
exatidão desses modelos, antes de utilizá-los para nova condição, sendo a equação
Penman-Monteith, a referência padrão para esses ajustes.
Nesse sentido, Allen et al. (1998) relatam que desde a década de 30 do
século XX, várias formulações empíricas foram criadas para se tentar estimar a
evapotranspiração. Porém, por mais rigoroso que seja o procedimento que envolve a
determinação da evapotranspiração por um método empírico, este é limitado,
necessitando de novas calibrações, quando a fórmula é aplicada em outro local
distinta dos utilizados para definição da sua expressão original.
A Comissão Internacional de Irrigação e Drenagem (ICID) e a FAO,
recomendam o método de Penman-Monteith como padrão de estimativas da
evapotranspiração de referência, a partir de dados meteorológicos, sendo também
indicado para avaliar outros métodos (SMITH, 1991; ALLEN et al., 1998). Diversos
trabalhos confirmam que o desempenho desse método é satisfatório, quando
comparado com medidas em lisímetros: Jensen et al. (1990), Allen et al. (1994) em
outros países, e Alves Sobrinho et al. (1996), Camargo e Sentelhas (1997), Pereira
(1998), Santiago (2001) e Medeiros (2002) no Brasil. Todavia, em algumas
situações, o emprego do método de Penman-Monteith é restringido pela
indisponibilidade de dados meteorológicos, o que acaba exigindo o uso de todos
mais simples.
As pesquisas sobre o modelo de Penman-Monteith podem ser divididas em
três frentes principais. A primeira e mais difundida é o uso da equação Penman-
Monteith-FAO 56, para avaliação e calibração de equações empíricas; a segunda
forma de uso da equação padrão é a avaliação e melhoria do seu desempenho em
diversas condições climáticas; a terceira vertente de estudos sobre essa equação
padrão revela o seu crescente uso em modelos matemáticos hidrológicos e
hidráulicos, bem como aliada ao sensoriamento remoto (FERNANDES, 2006).
Um estudo da American Society of Civil Engineers, relatado por Jensen et al.
(1990) analisou o desempenho de 20 métodos para estimar a evapotranspiração de
referência em condições padronizadas, que comparados com dados de 11 lisímetros
instalados em locais com condições climáticas diversas, mostrou a superioridade do
modelo de Penman-Monteith tanto para regiões áridas como úmidas. Allen et al.
(1998) relatam que estudos realizados nos Estados Unidos e na Europa, confirmam
a precisão e consistência do método de Penman-Monteith, para climas úmidos e
áridos.
Vários métodos de estimativa da evapotranspiração têm sido desenvolvidos e
testados, variando desde métodos simples, que requerem apenas dados de
temperatura mensal até métodos mais complexos baseados em modelos físicos, tais
como os modelos de Penman e suas modificações Oliveira et al., (2005). Resultados
obtidos em várias partes do mundo, têm apresentado com elevada freqüência,
superestimativa da ETo pelo modelo de Penman Smith (1991). Essa tendência
também foi constatada no Brasil, nas condições de São Paulo, com superestimativa
na ETo da ordem de 20% em escala mensal (CAMARGO e SENTELHAS, 1997).
2.3 TODOS UTILIZADOS NA ESTIMATIVA DA (ETo) PARA REGO DE ESTUDO.
2.3.1 Penman-Monteith-EToPM (ALLEN et al., 1998)
EToPM=(/+γ
*
)
(Rn-G)1/λ
evap
+ (γ/+ γ
*
)
900/(T
med
+275) v
2
(e
s
– e
a
) . (1)
Em que:
EToPM- evapotranspirão de referência pelo todo de Penman-Monteith (mm dia
-1
);
∆− inclinação da curva de pressão de saturação de vapor versus temperatura do ar
(kPa °C
-1
), determinado conforme a equação a seguir:
=4098 e
s
/(T
med
+273,3)
2 ...............
(2)
Em que:
T
med
- temperatura média do ar (°C) obtida pela equação :
T
med
=2 t
ar
24TMG+ t
ar
12TMG+t
max+
t
min
/5 . (3)
e
s
- pressão de saturação de vapor (kPa) dada por:
e
s
= 0,6108 exp [(17,27 T
med
/(T
med
+273,3)] (4)
γ
*
- constante psicrométrica modificada (kPa °C
-1
), obtida pela seguinte equação:
γ
*
= γ (1+0,33 v
2
) (5)
Em que:
v
2
- velocidade do vento a altura de 2 m. Considerando que a velocidade do vento foi
medida a 10 m de altura, e tendo em vista a necessidade de obtenção da velocidade
do vento na altura requerida por esta equação (2 m), foi utilizada a seguinte
expressão:
V
n
/V10=(Z
n
/Z10)
1/7
(6)
Onde Vn é a velocidade do vento ao nível de 2 m, Zn é altura para qual
deseja-se converter a velocidade do vento.
γ- constante psicrométrica (kPa °C
-1
), conforme a equação:
γ=0,0016286 P/λ
evap
(7)
Onde, P é a pressão atmosférica (kPa) e λ
evap
é o calor latente de vaporização (MJ
kg
-1
), obtido pela seguinte equação:
λ
evap
=2,501- (2,36 10
-3
) T
med
(8)
Em que:
T
med
- temperatura média do ar (°C).
G- fluxo de calor no solo (MJ m
-2
d
-1
),
tendo sido considerado igual a zero.
Rn- representa o saldo de radiação da cultura (MJ m
-2
d
-1
), obtido segundo a
equação:
Rn=Q
s
+Q
L
(9)
Em que:
Q
s
- balanço de radiação de ondas curtas (MJ m
-2
d
-1
), dado pela equação:
Q
s
=Rg (1-α) (10)
Em que:
Rg- radiação solar global (MJ m
-2
d
-1
), estimada pela relação proposta por Glover &
Mc Culloch (1958) citada por Pereira et al. (1997a):
Rg=Q
0
(0,29 cos Φ+0,52 n/N) (11)
Em que:
Q
0
- radiação extraterrestre
(MJ m
-2
d
-1
);
Φ- latitude do local em graus;
n- brilho solar medido (h);
N- duração astronômica do dia (h);
α- albedo da cultura, considerado como 0,23;
Q
L
-
representa o balanço de radiação de ondas longas (MJ m
-2
d
-1
), dado pela
equação a seguir:
Q
L
=(0,9 n/N+0,1) (0,34 – 0,14 e
a
) σ (T
max
4
+T
min
4
) 0,5 (12)
Em que:
σ- constante de Stefan-Boltzmann (4,9 10
-9
MJ m
-2
k
-4
d
-1
);
T
max
- temperatura máxima do ar diária (k);
T
min
- temperatura mínima do ar diária (k);
e
a
- representa a pressão parcial de vapor (kPa), determinada pela equação a seguir:
e
a
=e
s
UR/100 (13)
Em que:
UR- umidade relativa do ar (%);
e
s
- tensão de saturação de vapor de água (kPa) de acordo com a equação 4.
2.3.2. Jensen-Haise-EToJH (JENSEN e HAISE, 1963, citado por SEDYAMA, 1996)
ETJH=Rg(0,078+0,0252T
med
) (14)
Em que:
EtoJH- evapotranspiração de referência pelo método de Jensen-Haise (mm dia
-1
);
Rg- radiação global (mm dia
-1
);
T
med
- temperatura média do ar (°C).
2.3.3 Hargreaves-EToHG (HARGREAVES, 1974, citado por CAMARGO e
SENTELHAS, 1997)
EToHG=0,0135 Rg (T
med
+17,8) (15)
Em que:
EToHG- evapotranspiração de referência pelo método de Hargreaves (mm dia
-1
);
Rg- radiação solar global (cal cm
-2
dia
-1
);
T
med
é a temperatura média do ar (°C).
2.3.4 Makkink-EToMAKK (MAKKINK, 1957, citado por PEREIRA et al., 1997a)
EToM=0,61WRs–0,12 (16)
Em que:
EToM- evapotranspiração de referência pelo método de Makkink (mm dia
-1
)
;
Rs- radiação solar global disponível ao nível da superfície (mm dia
-1
);
W- fator de ponderação dependente da temperatura do bulbo úmido (Tu) e do
coeficiente psicrométrico (γ), calculado a partir da seguinte equação:
W=/(+γ) (17)
Onde:
∆− inclinação da curva de pressão de saturação de vapor versus temperatura do ar
(kPa °C
-1
), calculado analiticamente pela equação 2.
γ− constante psicrométrica (kPa °C
-1
) obtida pela equação 7.
2.3.5 Penman-EToP (PENMAN, 1948, citado por OMETTO, 1981)
EToP = W (Rn – G)/λ
evap
+ (1-W) 86400 ρ Cp (
e
/γλ
evap
r
a
) . (18)
Em que:
EToP- evapotranspiração de referência pelo método de Penman (mm d
-1
);
W- fator de ponderação entre temperatura e o coeficiente psicrométrico segundo
VISWANADHAM et al. (1991):
W = 0,407 + 0,0145T para 0 ºC < T
med
16 °C (19)
W = 0,483 + 0,01T para 16,1 ºC < T
med
32 °C (20)
Em que:
T
med
- temperatura média do obtida pela equação 3;
Rn- representa o saldo de radiação à superfície (MJ m
-2
d
-1
), obtido segundo a
equação 9;
G- fluxo de calor no solo (MJ m
-2
d
-1
) que foi considerado igual a zero,
λ
evap
o calor
latente de evaporação obtido pela equação 8;
ρ- massa específica do ar (1,26 kg m
-3
);
C
p
- o calor específico do ar (0,001013 MJ kg
–1
ºC
-1
);
γ− coeficiente psicrométrico (kPa ºC
-1
).
e
= (e
s
– e
a
) (21)
Onde:
e
- déficit de pressão de vapor (kPa);
e
s
- pressão de saturação de vapor obtida pela equação 4;
e
a
- pressão parcial de vapor calculada de acordo com a equação 13;
γ- constante psicrométrica (kPa °C
-1
) obtida conforme a equação 7;
r
a
- resistência aerodinâmica (s m
-1
), obtida pela equação a seguir:
r
a
= 250/(1+0,526 v
2
) (22)
Em que:
v
2
- velocidade do vento a altura de 2 m, obtida mediante a equação 6.
2.3.6 Penman Simplificado-EToP
S
(PENMAN, 1948, citado por OMETTO, 1981)
EToPS
oi
=Qo (0,17+0,11n/N)+0,28 pi (23)
Onde:
EToPS
oi
- evapotranspiração de referência pelo todo de Penman Simplificado nas
estações outono-inverno (mm d
-1
), ou seja, no período de abril a setembro;
Q
0
- radiação extraterrestre
(mm
dia
-1
);
n- brilho solar (h);
N- duração astronômica do dia (h);
Pi- evaporação de Piche (mm dia
-1
). Para o período de outubro a março, ou estações
primavera-verão, estimou-se a evapotranspiração de referência pelo método de
Penman Simplificado, mediante a equação:
EToPS
pv
=Qo (0,19+0,23n/N)+0,28 pi (24)
Onde:
EToPS
pv
- evapotranspiração de referência pelo método de Penman Simplificado nas
estações primavera-verão (mm d
-1
).
2.3.7 Priestley e Taylor modificado-EToPT
m
(PRIESTLEY e TAYLOR, 1972, citado
por MEDEIROS, 1998).
EToPTM=1,26 W Rn (25)
Em que:
EToPTM- evapotranspiração de refencia pelo todo de Priestley & Taylor modificado
(mm d
-1
);
Rn- saldo de radião à superfície (mm dia
-1
);
W- fator de ponderão modificado entre temperatura e coeficiente psicrométrico obtido
pelas equações 19 e 20. Na equação de Priestley & Taylor, a variável t representa a
temperatura média do termômetro de bulbo úmido
,
utilizada no método original de
Linacre. Entretanto, este elemento meteorológico é menos disponível que a temperatura
média do termômetro de bulbo seco. Nesse sentido, Medeiros (1998), modificou esse
método, substituindo a temperatura do termômetro bulbo úmido, pela temperatura do
termômetro seco, conforme as equações 19 e 20.
2.3.8 Tanner e Pelton-EToTP (TANNER e PELTON, 1960 citado por CAMARGO e
SENTELHAS, 1997)
ETTP=1,12 (Rn/59) – 0,11 (26)
Em que:
EToRA - evapotranspiração de referência pelo método da Radiação;
Rn - saldo de radiação solar (cal cm
-2
dia
-1
).
2.3.9 Radiação-EToRA (DOORENBOS e PRUITT, 1972)
EToRA= W.Rs (27)
Em que:
EToRA - evapotranspiração de referência pelo método da Radiação;
W – obtido pela equação (17) descrita anteriormente no item 3.1.4 desta.
Rs - radiação solar global disponível ao nível da superfície (mm dia
-1
).
2.4 COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE ETO
Doorenbos e Pruittt (1977) citados por (SILVA, 2003), comparando a ETo
estimadas por equações, em Davis, no Estado da Califórnia, com dados medidos em
lisímetro de 30m
2
de área, encontraram boas estimativas com os todos de
Penman, Makkink e Jensen e Haise. Allen et al. (1989) citados por (MEDEIROS,
2002), compararam estimativas de evapotranspiração de referência obtidas pelos
métodos de Penman, Penman corrigido, Kimberly-Penman e Penman-Monteith com
medições lisimétricas e observaram que o modelo de Penman-Monteith, foi o que
mais se ajustou aos dados obtidos através de medições diárias e mensais. Al-
Ghobari (2000) observou bons ajustes entre dados medidos em lisímetros em
Riyadh e as equações baseadas em Penman, Blaney-Criddle e Tanque de
Evaporação.
Na escala diária, ELTINK et al. (1997) verificaram que a ETo estimada pelos
métodos de Penman-Monteith e Priestley-Taylor, foram os que apresentaram a
melhor correlação com dados de lisímetros, em comparação aos métodos de
Camargo e Tanque Classe A. Em Piracicaba, SP, Sentelhas (1998), também
verificou que o método de Penman-Monteith apresentou estimativas mais
consistentes da ETo, quando comparado com o método de Penman e Priestley e
Taylor, utilizando o lisímetro de pesagem como referência.
O desempenho de três métodos de estimativa da evapotranspiração de
referência (ETo) foi avaliado em São Paulo, SP, por Machado e Mattos (2000)
utilizando dados decendiais obtidos em lisímetro de lençol freático, comparados
com os modelos de Penman, Tanque Classe A e Tanque de 20 m
2
, a partir do
coeficiente de correlação “r” e do índice de concordância de Willmott “d”. Os
resultados mostraram que a melhor estimativa foi obtida com o método de Penman,
devido ao seu melhor ajuste aos dados lisimétricos, apresentando uma concordância
muito boa, com o índice “d” igual a 0,91.
Com o objetivo gerar informações consistentes para a correção dos valores
estimados de evapotranspiração de referência (ETo) para 16 municípios do Estado
do Ceará, Cabral (2000), constatou que o todo de Hargreaves subestimou a
evapotranspiração de referência, em relação a Penman-Monteith, em todos os
municípios estudados. Silva et al. (2001), realizaram a estimativa da
evapotranspiração de referência pelos métodos de Penman-Monteith, Hargreaves e
Tanque "Classe A" e concluíram que a evapotranspiração obtida pelo método de
Penman-Monteith superestima os valores obtidos pelo método de Hargreaves em
períodos mensais e semanais, e que na ausência de variáveis climatológicas
necessárias para a aplicação do modelo recomendado atualmente pela FAO, a
equação de Hargreaves pode ser utilizada com precisão na estimativa da
evapotranspiração de referência. Do mesmo modo Mendonça (2001), comparou o
desempenho de métodos de estimativa da evapotranspiração de referência na
região Norte Fluminense-RJ, avaliou cinco métodos indiretos (Radiação Solar FAO,
Makkink, Linacre, Jensen-Haise e Hargreaves-Samani) e dois evaporímetros
(Atmômetro SEEI Modificado e Tanque Classe A) em relação ao modelo de
Penman-Monteith, e concluiu que com exceção ao método do Atmômetro SEEI
Modificado, todos os demais métodos avaliados, podem ser utilizados
satisfatoriamente na estimativa da ETo, com o melhor desempenho e ajustamento
regional em períodos de 5 e 10 dias.
Em estudos destinados à comparação de três métodos de estimativa da
evapotranspiração de referência utilizando dados de estações meteorológicas
convencional (EMC) e automática (EMA), Oliveira e Volpe (2003) constataram que
os valores da ETo obtidos pelos métodos de Penman e Penman-Monteith, foram
semelhantes quando comparados aos obtidos com o tanque Classe A, e que as
estimativas da ETo com dados da EMC excederam em média 7% e 10%, para os
períodos seco e úmido, respectivamente, os valores estimados pela EMA.
Para Vescove (2004) em Jaboticabal, SP, avaliou cinco métodos de
estimativa da evapotranspiração de referência (ETo): Makkink, Radiação Solar ,
Hargreaves e Samani, Thorntwaite modificado por Camargo e Tanque Classe A, em
relação ao método de Penman-Monteith, em dois períodos distintos das fases de
desenvolvimento da cultura de citrus, com dados médios quinzenais para os
períodos inverno-primavera e verão-outono, e concluiu que o método do Tanque
Classe A superestimou a ETo em 26% no período verão-outono e em 24% no
período inverno-primavera, enquanto o método de Makkink, subestimou a ETo nos
dois períodos analisados.
Conceição e Mandelli (2005) compararam estimativas de ETo para Bento
Gonçalves, RS, obtidas pelos modelos de Samani, Camargo, Thornthwaite,
Thornthwaite modificado, Hargreaves-Makkink com aquelas obtidas pela equação de
Penman-Monteith-FAO, e observaram que os métodos de Makkink e da Radiação,
que empregam a radiação global incidente como variável, foram os que
apresentaram os melhores resultados, com desempenhos classificados como
ótimos.
Na região de Dourados, MS Fietz et al. (2005) avaliaram seis métodos de
estimativa da evapotranspiração de referência, na escala diária, a partir de dados
obtidos em um lisímetro de pesagem, e concluíram que o modelo Penman-Monteith
FAO foi o que estimou mais satisfatoriamente a ETo. Os métodos de Priestley-Taylor
e do tanque classe A também apresentaram um desempenho muito bom, enquanto
os métodos de Hargreaves-Samani e Makkink superestimaram a ETo. O método de
Camargo teve o desempenho mais insatisfatório, tendendo a subestimar a ETo.
Carvalho et al. (2006), avaliaram a estimativa da ETo para a região de
Seropédica, RJ, correlacionando medidas obtidas em lisímetro de pesagem com os
métodos de Penman-Monteith (P-M), Hargreaves-Samani (H-S) e tanque Classe A
(TCA) considerando dados diários de evapotranspiração de referência, e concluíram
que as equações de regressão linear entre as medidas lisimétricas e os métodos P-
M, H-S e TCA, apresentaram coeficientes de determinação de 0,59, 0,46 e 0,81,
respectivamente.
Com o objetivo de estudar métodos de controle de irrigação numa cultura de
Crisântemo em ambiente protegido, Fernandes et al. (2006) estimaram a
evapotranspiração de referência em Botucatu, SP, pelos métodos Tanque
evaporimétrico, Camargo, Makkink, Radiação Solar, Jensen-Haise, Linacre,
Hargreaves-Samani, Penman, Penman-piche e Penman-Monteith. Os resultados
foram comparados com dados obtidos em lisímetro. Os todos que apresentaram
melhores estimativas da ETo foram: Jensen-Haise, Penman, Radiação Solar,
Makkink e Penman-Monteith.
Henrique e Dantas (2006), propuseram em Campina Grande, PB uma fórmula
empírica para a estimativa diária da evapotranspiração de referência, baseada na
amplitude térmica (EToT), a qual, foi comparada com os métodos de Penman-
Monteith-FAO (EToPM), Hargreaves (EToH) e Linacre (EToL), e concluiram que as
correlações entre o modelo proposto (EToT) e Hargreaves obtiveram o melhor
ajuste, cujos coeficientes de determinação foram: 0,9796 (verão), 0,8253 (outono),
0,878 (inverno), 0,914 (primavera) e 0,7882 (ano). Os todos de EToPM e EToL
não apresentaram um bom ajuste, o que indica a viabilidade da utilização do
modelo proposto.
2.5 EVAPOTRANSPIRAÇÃO DA CULTURA
Reichardt (1985), define a evapotranspiração máxima da cultura (ETc) como a
máxima perda de água que certa cultura sofre em dado estádio de desenvolvimento,
quando não existe restrição de água no solo. Ele afirma também, que a
evapotranspiração real (ETr), é a que de fato ocorre.
Segundo Villa Nova e Reichardt (1989), a evapotranspiração real ou atual
(ETr) é aquela que ocorre em uma superfície vegetada, independente de sua área e
das condições de umidade do solo. Doorenbos e Kassam (1994) citados por
(FREITAS et al., 1999) relatam que a evapotranspiração máxima da cultura (ETc)
refere-se às condições em que a água é suficiente para o crescimento e
desenvolvimento de uma cultura sadia, sem restrição, cultivada em grandes áreas
sob condições ótimas de manejo agronômico e de irrigação.
De acordo com Reichardt (1985), caso haja água disponível no solo e o fluxo
de água na planta atender à demanda atmosférica, a ETr será igual a ETc, se
houver restrição de água no solo e a demanda atmosférica não for atendida, a ETr
será menor que a ETc. A disponibilidade de água afeta a produtividade, e a situação
ideal para a cultura seria a ETr igual a ETc. Ocorrendo ETr < ETc, existe restrição de
água e a produtividade pode ser afetada, razão pela qual a ETm é utilizada para se
calcular a demanda climática máxima de uma cultura, em projetos de irrigação.
Na elaboração e no manejo geral de um projeto de irrigação, um dos fatores
de maior importância é a quantificação precisa do volume de água necessário para o
desenvolvimento normal das culturas desejadas, durante o ciclo das mesmas. Isto
pode ser feito através do conhecimento da evapotranspiração máxima da cultura
(ETc ) referente a cada espécie vegetal (MAIA et al., 1999).
A FAO, através do Boletim 24 Dorenbos e Pruitt (1977) citados por (SILVA,
2003), sugeriu a estimativa da evapotranspiração da cultura (ETc) a partir da
evapotranspiração de referência e do coeficiente de cultura (Kc), em três estádios: 1)
determinação do efeito do clima no requerimento de água pelas culturas, dados pela
evapotranspiração de referência (ETo), 2) o efeito das características da cultura no
requerimento de água, dado pelo coeficiente da cultura (Kc) e 3) o efeito das
condições locais e práticas agrícolas no requerimento de água pelas culturas,
advecção, dimensão do campo, disponibilidade de água, salinidade e métodos de
cultivo e irrigação.
Nesse sentido, a evapotranspiração da cultura é obtida através do valor da
evapotranspiração potencial de uma cultura de referência (ETo) corrigida pelo
coeficiente da cultura (Kc), sendo este, dependente do tipo de cultura e seu estágio
de desenvolvimento. O coeficiente de cultura utilizado nessa metodologia é
adimensional, tendo sido proposto inicialmente por Van Wilk e De Vries (1954),
citados por (MELO, 2001) e calculado pela razão entre a evapotranspiração máxima
de uma cultura e a evapotranspiração de referência.
A evapotranspiração da cultura (ETc) é determinada a partir de medidas
diretas, baseadas no balanço hídrico em volume de solo conhecido. A ETc pode ser
obtida a partir do lisímetro, também conhecido como evapotranspirômetro, que é um
equipamento constituído de uma caixa impermeável, contendo um volume de solo,
que permite conhecer detalhadamente alguns dos termos do balanço de água no
volume amostrado (PEREIRA et al., 1997a).
Segundo Faria et al. (2000) avaliando a evapotranspiração de referência na
demanda de irrigação suplementar para a cultura do milho na bacia do Rio Verde
Grande, MG, não observaram diferenças expressivas na demanda suplementar de
irrigação no ciclo da cultura do milho quando se utilizou a evapotranspiração de
referência estimada por meio de equações ajustadas entre Penman-Monteith e
Hargreaves.
Pacheco (2000) estudando a necessidade de água para o cultivo da
Crotalária (Crotalária juncea L.) em Santo Antônio do Leverger-MT, observou que
não houve diferença significativa entre as estimativas da evapotranspiração de
referência pelos métodos de Penman, Penman-Monteith e Tanque Classe A.
Resultados semelhantes foram obtidos por Curi (2000), avaliando o consumo de
água na cultura de feijão (Phaseolus vulgaris L.) nessa mesma localidade.
2.6 CLIMATOLOGIA E REGIME HIDRICO DA REGIÃO DE RIO BRANCO – ACRE
O clima da região de Rio Branco, Acre, segundo os critérios adotados por W.
Köppen, foi classificado como Am, clima quente, megatérmico e úmido (SOUSA et
al., 2008).
O método de Thornthwaite e Mather (1955), foi utilizado para realizar o
monitoramento da variação do armazenamento de água no solo na escala diária ou
mensal, utilizando-se valores dios da normal climatológica da localidade. Os dados
utilizados para o cálculo do balanço drico foram a precipitação, a evapotranspiração
potencial e a capacidade de armazenamento disponível (CAD), que corresponde ao
ximo de água que o solo pode reter com o teor de umidade na capacidade de
campo. Esse modelo considera que, sendo a precipitação superior à evapotranspiração
potencial, a evapotranspiração real se igual à evapotranspiração potencial e o
restante de água será utilizado para recarregar o armazenamento do solo ou convertido
em excedente hídrico.
Caso a precipitação não seja suficiente para se manter a evapotranspiração real,
o modelo retira água armazenada no solo. Porém, esta retirada apresenta resistência,
fazendo com que a evapotranspiração real seja inferior a potencial, gerando déficit
drico. A resisncia à retirada de água do solo aumenta, à medida que se diminui a
quantidade de água armazenada neste, devido principalmente ao acscimo do
potencial matricial no solo. Já a entrada de água no solo não recebe nenhuma
resistência.
3 MATERIAL E MÉTODOS
Os dados utilizados na presente pesquisa foram oriundos do acervo da
Estação Climatológica Principal do Instituto Nacional de Meteorologia-INMET,
localizada na área experimental do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza
CCBN, na Universidade Federal do Acre, em Rio Branco, Acre, que apresenta as
seguintes coordenadas geográficas: latitude 09° 57’ 32” S, longitude 67° 52' 06” W e
altitude de 159 m.
Essa estação de meteorologia executa as observações e registros
meteorológicos, conforme as normas estabelecidas pela Organização Meteorológica
Mundial (OMM). Os dados climatológicos diários utilizados na estimativa da
evapotranspiração de referência foram a insolação, a temperaturas do ar (máxima,
mínima e média), a temperatura do bulbo úmido, a pressão atmosférica, a
evaporação de Piche e a velocidade do vento medida a 10 m de altura, referentes ao
período de 1981 a 2006.
Visando o acompanhamento da variação do armazenamento de água no solo,
foi calculado o balanço hídrico para a região de Rio Branco, Acre, com base de
dados diários referentes ao período 1981 a 2006. Os lculos foram realizados,
adotando-se o método de Thornthwaite e Mather (1955) citado por (SOUSA, 2002),
para uma capacidade de água disponível no solo de 100 mm. A estimativa da
evapotranspiração potencial baseou-se no método de Thornthwaite
4
(1948), citado
(SOUSA, 2002).
A evapotranspiração de referência diária e a relativa ao período de cinco dias
(qüinqüídios), foi estimada pelos modelos de Penman-Monteith-EToPM (ALLEN et
al., 1998), Makkink-EToMAKK (MAKKINK (1957) citado por PEREIRA et al.,
1997a), Penman-EToP e Penman simplificado-EToPs (PENMAN (1948) ambos
citado por OMETTO (1981), Jensen-Haise-EToJH (JENSEN e HAISE (1963) citado
por SEDYAMA, 1996), Priestley e Taylor modificado-EToPTm (PRIESTLEY e
TAYLOR (1972) citado por MEDEIROS, 1998), Hargreaves-EToHG (HARGREAVES,
1974, citado por CAMARGO e SENTELHAS, 1997), Tanner e Pelton-EToTP
(TANNER e PELTON (1960) citado por CAMARGO e SENTELHAS, 1997), e
Radiação-EToRA (DOORENBOS e PRUITT, 1972), empregando-se o software
Origin 6.0.
4
THORTWAITE, G. W. Na approach toward a rational classification of climate. Geographycal
Review, v. 38, n.1, p. 55-94, 1948
3.1 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS
Antes de submeter os dados experimentais a uma análise estatística e
comparativa, eles foram tratados objetivando-se detectar e filtrar possíveis medidas
discrepantes, visando obter um conjunto de dados representativo da ETo para a
região de Rio Branco - Acre. Essa filtragem foi possível em função de ETo ter limites
de variação bem definidos e impostos pela disponibilidade regional de energia, e
sempre que um dia apresentava valores discrepantes sua causa foi investigada, e
em alguns casos, excluídos da base de dados.
A seleção dos todos de estimativa da ETo que melhor se ajustaram às
condições da região de Rio Branco-AC, foi realizada comparado-se os resultados
obtidos pelos métodos de EToMAKK, EToP, EToPs, EToJH, EToPTm, EToHG,
EToTP e EToRA com o método EToPM, considerado como padrão recomendado
pela FAO. A partir dos valores diários e quinqüidiais de evapotranspiração de
referência estimados pelos diferentes métodos, foram ajustadas às equações de
regressão, para fins de análise das relações da evapotranspiração de referência
entre o método de Penman-Monteith e os demais métodos inseridos nesta pesquisa.
A análise dos resultados foi realizada empregando-se o software estatístico
Origin 6.0 desenvolvido pela Microcal Inc. (USA), utilizando-se análise de regressão,
em que a variável dependente foi o método de Penman-Monteith, e os demais
métodos avaliados nesse trabalho, foram considerados as variáveis independentes.
A comparação entre os valores estimados da ETo pelo método padrão
(EToPM) e os demais métodos, se baseou no erro padrão da estimativa (SEE) e no
coeficiente de determinação (R
2
) das equações de regressão ajustadas, utilizando-
se o erro padrão de estimativa ajustado (ASEE), conforme descrito por Jensen et al.
(1990), citados por (OLIVEIRA et al. 2005). Na determinação do SEE, foi utilizada a
equação:
SEE=[((y
pi
-y
mi
)
2
/(n -1)]
1/2
(28)
Em que:
y
pi
- estimativa da ETo pelo modelo padrão de Penman-Monteith;
y
mi
- estimativa da ETo obtida por cada um dos modelos avaliados;
n- número de observações. Para a determinação do ASEE foi empregada a seguinte
equação:
ASEE=[((y
pi
-y
regr i
)
2
/(n -1)]
1/2
(29)
Em que:
yp
i
- estimativa da ETo pelo modelo padrão de Penman-Monteith;
y
regr i
- estimativa da ETo obtida pelo emprego da equação de regressão ajustada
entre o métodos de Penman-Monteith e os demais métodos;
n- número de observações.
Na classificação dos modelos de estimativa da ETo, empregou-se o SEE
Pond
,
obtido pela ponderação dos valores de SEE e ASEE, conforme descrito por Jensen
et al. (1990), citados por (OLIVEIRA et al. 2005):
SEE
Pond
=0,67 SEE+0,33 ASEE (30)
Conforme recomendação de alguns autores (GAVILÁN ZAFRA, 2005;
OLIVEIRA et al., 2005; FERNANDES, 2006), foi realizada a calibração local dos
métodos em relação ao padrão (EToPM), para a melhoria do desempenho dos
mesmos, o que foi implementado, forçando-se a passagem da reta de regressão
pela origem, onde a declividade da mesma (b
c
), representa o coeficiente de
calibração local. A classificação foi realizada por ordem crescente dos valores de
SEE
Pond
referentes aos métodos calibrados.
A calibração dos métodos é recomendada por diversos autores no Brasil e no
exterior, e visa, sobretudo, aumentar a eficiência dos métodos para a localidade em
estudo, a qual, é obtida forçando-se a passagem da reta de regressão pela origem,
onde a declinação da reta de regressão constitui o coeficiente de calibração.
A precisão é dada pelo coeficiente de correlação (r) que indica o grau de
dispersão dos dados obtidos em relação à média, ou seja, o erro aleatório. A
exatidão está relacionada ao afastamento dos valores estimados da ETo em relação
aos valores obtidos pelo método de Penman-Monteith. Matematicamente essa
aproximação é dada pelo índice de concordância “d” proposto por Willmont et al.,
(1985), cujos valores, variam desde zero, para nenhuma concordância, a 1, para a
concordância perfeita, conforme a equação a seguir:
d = 1- (Pi – Oi)
2
/[(I Pi – OI)+ (Oi – O)]
2
(31)
Em que:
Pi- valores de ETo estimados pelos demais métodos;
Oi- valores de ETo obtidos pelo modelo de Penman-Monteith;
O- a média dos valores estimados de ETo pelo modelo de Penman-Monteith.
Ao correlacionar os valores estimados de evapotranspiração de referência
pelos métodos testados em relação ao modelo de Penman-Monteith, foi utilizado um
coeficiente de confiança ou desempenho “c” proposto por Camargo e Sentelhas
(1997), que corresponde à multiplicação do coeficiente de correlação “r” pelo
coeficiente de exatidão “d”, conforme mostra o Quadro 1,
QUADRO 1. Critérios de interpretação do coeficiente “c” proposto por Camargo &
Sentelhas.
Valor de “c” Desempenho
> 0,85 Ótimo
0,76 a 0,85 Muito bom
0,66 a 0,75 Bom
0,61 a 0,65 Mediano
0,51 a 0,60 Sofrível
0,41 a 0,50 Mau
0,40 Péssimo
Fonte: Camargo e Sentelhas (1997)
A ordem crescente de prioridade dos métodos de estimativa da ETo para a
região de Rio Branco, segundo os critérios propostos por Camargo e Sentelhas
(1997), foi estabelecida pelos métodos que apresentaram coeficiente de confiança
ou desempenho “c” superior a 0,65.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 CLIMATOLOGIA E BALANÇO HÍDRICO DA REGIÃO DE RIO BRANCO, AC.
4.1.1 Caracterização climática da região de estudo
A série de dados utilizada compreende um período de 26 anos (1981 a 2006)
disponibilizando dados de temperaturas máxima, mínima e média do ar, pressão
atmosférica, evaporação de Piche, insolação, umidade relativa e velocidade do
vento medida a 10m de altura.
A climatologia local indica para o citado período de estudo, temperaturas
médias mensais variando de 23,6 ºC em julho a 26,3 ºC (outubro), com média anual
de 25,3ºC. A precipitação média mensal oscila de 30,6 mm (junho) a 292 mm
(janeiro), apresentando média anual de 1987 mm. A umidade relativa média mensal
varia de 79% (agosto) a 88% nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril, com
média anual de 85%. A velocidade média mensal do vento oscila de 5,2 km h
-1
em
junho a 6,4 km h
-1
(outubro), apresentando média anual de 5,8 km h
-1
.
Segundo os critérios adotados por Thornthwaite, o clima da região de Rio
Branco, classifica-se como Clima Úmido, com pequena deficncia de água,
megatérmico e com vegetão durante todo o ano, representado pela seguinte fórmula
climática: B
1
rA’a’.
4.1.2 Balanço hídrico do solo na região de estudo
No Gráfico 1 observa-se o balanço drico climatológico segundo Thornthwaite e
Mather (1955) para a rego de Rio Branco, indicando a variação da precipitação
pluviométrica-P (mm mês
-1
), evapotranspiração potencial-ETP (mm s
-1
) e real-ETR
(mm mês
-1
), onde podemos constatar que as maiores precipitões concentraram-se no
peodo de janeiro a abril e nos meses de novembro e dezembro, com valores
superiores a 200mm mês
-1
. No período de janeiro a maio e outubro a novembro, a ETP
e a ETR apresentam valores iguais. Todavia, nos demais meses do ano, a ETR e
inferior a ETP, gerando assim deficiênciadrica na região em estudo.
Extrato do Balanço Hídrico
1981 a 2006
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
250
275
300
325
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Mês
mm
ETP
P
ETR
Gráfico 1 - Balaodrico de Thornthwaite e Mather (1955) para a região de Rio Branco-
Acre, com a varião mensal da precipitação pluviométrica (P), evapotranspirão potencial
(ETP) e real (ETR), UFAC, 2008.
O Gráfico 2 retrata os resultados dos períodos com excedente drico
(mm s
-1
) e deficiência drica (mm mês
-1
) baseados em dados climatológico diários,
calculados pela metodologia de Thornthwaite e Mather (1955) para a região de Rio
Branco, Acre. Constata-se no período de dezembro a abril, valores de excendentes
drico superiores a 75mm mês
-1
. No entanto, no período de junho a setembro, ocorre
deficiência drica regional.
Extrato do Balanço Hídrico
1981 a 2006
-100
-75
-50
-25
0
25
50
75
100
125
150
175
200
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Mês
mm
Deficiência
Excedente
Gráfico 2: Balao hídrico de Thornthwaite e Mather (1955) para a região de Rio Branco-
Acre, com o excedente e a deficiência drica mensal, UFAC, 2008.
4.2 AVALIAÇÃO DAS EQUAÇÕES DE ESTIMATIVA DA ETo COM DADOS
CLIMATOLÓGICOS DIÁRIOS
Os valores mínimos, máximos e médios mensais da evapotranspiração de
referência (ETo) estimados para o município de Rio Branco (mm dia
-1
), pelos
métodos Penman-Monteith (EToPM), Makkink (EToMAKK), Penman (EToP),
Jensen-Haise (EToJH), Priestley e Taylor modificado (EToPT
m
), Hargreaves
(EToHG), Tanner e Pelton (EToTP), Penman simplificado (EToP
s
) e Radiação
(EToRA), a partir de dados diários. (Tabela 1). Observa-se no método Padrão
(EToPM), que os valores mínimos variaram desde 0,89 mm dia
-1
no s de junho a
4,97 mm dia
-1
em abril, enquanto os máximos mensais das ETo estimadas,
oscilaram desde 4,29 mm dia
-1
no s de junho a 7,35
mm dia
-1
no s de agosto,
com médias mensais variando de 2,79 mm dia
-1
em junho a 3,95 mm dia
-1
em
outubro, apresentando média anual de 3,39 mm dia
-1
(Tabela 1).
TABELA 1 - Evapotranspiração de referência mensal (mm dia
-1
), estimada com
dados climatológicos diários, pelos métodos de EToPM, EToMAKK, EToP, EToJH,
EToPT
m
, EToHG, EToTP, EToPS
e EToRA, para o município de Rio Branco.
Modelos
Valor
jan fev mar
abr
maio
jun Jul ago
set out
nov
dez
anual
Mín 2,09
2,09
1,94
1,67
1,43
0,89
1,20
1,59
1,60
1,85
1,69
1,96
0,89
EToPM
Máx 5,78
5,88
5,59
4,97
4,30
4,29
4,81
7,35
6,00
6,42
6,22
6,15
7,35
Méd 3,49
3,36
3,38
3,20
2,95
2,79
3,12
3,37
3,70
3,95
3,77
3,61
3,39
Mín 1,87
1,77
1,75
1,49
1,30
1,11
1,12
1,34
1,51
1,71
1,62
1,85
1,11
EToMAKK
Máx 5,52
5,55
5,14
4,71
4,26
4,04
5,55
4,89
4,99
5,36
5,74
5,39
5,74
Méd 3,03
2,91
2,94
2,87
2,75
2,73
3,14
3,08
3,21
3,46
3,32
3,15
3,05
Mín 2,43
2,36
2,21
2,06
1,78
1,25
1,64
1,97
2,04
2,29
2,06
2,38
1,25
EToP
Máx 6,80
6,72
6,58
6,16
5,01
4,99
5,65
8,03
7,03
7,42
7,02
7,69
8,03
Méd 3,94
3,78
3,82
3,59
3,35
3,19
3,59
3,86
4,22
4,49
4,26
4,08
3,85
Mín 2,97
2,76
2,56
2,00
1,78
1,10
1,34
1,77
2,05
2,46
2,10
2,87
1,10
EToJH
Máx 9,50
9,33
8,85
7,90
7,15
6,72
8,72
9,98
8,99
9,40
9,60
9,13
9,98
Méd 5,04
4,84
4,90
4,76
4,52
4,38
4,98
5,01
5,32
5,80
5,53
5,26
5,03
Mín 2,93
2,74
2,69
2,26
1,99
1,26
1,01
2,11
2,29
2,55
2,54
2,88
1,01
EToPTm
Máx 7,12
7,09
6,59
5,94
5,17
4,55
5,19
7,96
6,39
7,36
7,35
6,80
7,96
Méd 4,21
4,10
4,07
3,84
3,49
3,24
3,50
3,74
4,14
4,61
4,54
4,38
3,98
Mín 2,50
2,35
2,28
1,89
1,67
1,40
1,41
1,70
1,92
2,20
2,03
2,44
1,40
EToHG
Máx 7,47
7,39
6,96
6,29
5,71
5,37
7,20
7,30
6,92
7,30
7,52
7,21
7,52
Méd 4,07
3,91
3,96
3,85
3,68
3,62
4,13
4,10
4,30
4,65
4,45
4,23
4,08
Mín 3,53
3,34
3,32
2,96
2,58
2,07
1,20
2,73
2,75
2,96
3,40
3,52
1,20
EToTP
Máx 8,14
8,17
7,64
6,93
5,95
5,26
6,26
8,14
7,32
8,21
8,42
7,93
8,42
Méd 4,97
4,79
4,75
4,49
4,10
3,85
4,19
4,41
4,84
5,36
5,29
5,11
4,68
Mín 2,25
2,27
2,18
1,60
1,52
1,37
1,29
1,67
1,82
2,20
2,24
2,27
1,29
EToPs
Máx 5,63
5,82
5,46
3,77
3,59
3,42
4,17
4,03
4,22
5,69
6,16
5,65
6,16
Méd 3,47
3,37
3,38
2,59
2,50
2,45
2,70
2,74
2,89
3,87
3,77
3,59
3,11
Mín 1,74
1,64
1,63
1,40
1,23
1,07
1,08
1,27
1,42
1,59
1,52
1,72
1,07
EToRA
Máx 4,92
4,94
4,58
4,21
3,82
3,62
4,94
4,37
4,45
4,78
5,11
4,60
5,11
Méd 2,75
2,64
2,67
2,60
2,50
2,48
2,84
2,79
2,90
3,12
3,00
2,85
2,76
Observa-se no Gráfico 3 que o modelo EToPs estimou satisfatoriamente a
ETo nos meses de janeiro, fevereiro, março, outubro, novembro e dezembro em
relação ao padrão (EToPM), enquanto nos demais meses do ano, apresentou
tendência de subestimativa da ETo em relação ao modelo padrão. Os valores
mínimos da ETo variaram de 1,29 mm dia
-1
no mês de junho a 2,27 mm dia
-1
nos
meses de fevereiro e dezembro, com máximos mensais oscilando desde 3,42 mm
dia
-1
no mês de junho a 6,16
mm dia
-1
em novembro, enquanto as médias mensais
da ETo variaram de 2,45 mm dia
-1
em junho a 3,87 mm dia
-1
no mês de outubro,
apresentando média anual de 3,11 mm dia
-1
, conforme a Tabela 1.
Observou-se que o método de EToMAKK subestimou em todos os meses do
ano os valores da ETo em relação ao modelo EToPM (Gráfico 3). Os valores
mínimos variaram de 1,11 mm dia
-1
em junho a 1,87 mm dia
-1
em janeiro, com
máximos mensais variando desde 4,04 mm dia
-1
no mês de junho a 5,74
mm dia
-1
no mês de novembro, enquanto as médias mensais variaram de 2,73 mm dia
-1
em
junho a 3,46 mm dia
-1
em outubro, apresentando média anual de 3,05 mm dia
-
1
(Tabela 1), confirmando os resultados obtidos por Araújo et al., (2007) em Boa
Vista, Roraima, onde o modelo de Makkink, subestimou o método padrão em todos
os meses do ano. Do mesmo modo, Vescove (2004) também observou que o
modelo de Makinkk, apresenta tendência de subestimativa da ETo em relação ao
método EToPM.
O método EToP apresentou tendência de superestimar a ETo em relação ao
modelo EToPM durante todos os meses do ano (Gráfico 3), com mínimos variando
desde 1,25 mm dia
-1
em junho a 2,43 mm dia
-1
em janeiro, enquanto os máximos
mensais variaram de 4,99 mm dia
-1
no mês de junho a 8,03
mm dia
-1
no mês de
agosto, apresentando médias mensais oscilando de 3,19 mm dia
-1
em junho a 4,49
mm dia
-1
em outubro, com média anual de 3,85 mm dia
-1
(Tabela 1), concordando
com os resultados obtidos por Jensen et al. (1990), que constataram uma
superestimativa da ETo pelo método de Penman, em relação ao padrão (EToPM),
na faixa de 15 a 20%, para regiões consideradas úmidas. Resultados semelhantes
foram obtidos por outros autores, que observaram uma tendência do método de
Penman em superestimar a ETo, em relação ao método atualmente recomendado
pela FAO (EToPM) (OLIVEIRA e CARVALHO, 1998, OLIVEIRA e VOLPE, 2003,
OLIVEIRA et al., 2005)..
Observou-se que o método EToJH superestimou a ETo em relação ao
modelo padrão EToPM ao longo do ano. Os valores mínimos variaram desde 1,10
mm dia
-1
no s de junho a 2,97 mm dia
-1
em janeiro, com máximos mensais das
ETo oscilando desde 6,72 mm dia
-1
no mês de junho a 9,98
mm dia
-1
em agosto,
enquanto as médias mensais variaram de 4,38 mm dia
-1
em junho a 5,80 mm dia
-1
no mês de outubro, exibindo média anual de 5,03 mm dia
-1
, conforme a Tabela 1.
Base de dados diários média mensal de ETo
0
1
2
3
4
5
6
7
jan fev mar abr maio jun jul ago set out nov dez
s
mm dia-1
EToPM
EToMAKK
EToP
EToJH
EToPTm
EToHG
EToTP
EToPs
EToRA
Gráfico 3. Evapotranspiração de referência - ETo mensal (mm dia
-1
) estimada a
partir de dados climatológicos diários, para a região de Rio Branco Acre,
UFAC,2008.
O método EToPT
m
apresentou tendência de superestimativa dos valores da ETo
em relão ao modelo padrão (EToPM) ao longo do ano (Gfico 3), cujos nimos
variaram de 1,01 mm dia
-1
em julho a 2,93 mm dia
-1
em janeiro, com valores máximos
mensais variando desde 4,55 mm dia
-1
no s de junho a 7,96
mm dia
-1
no s de
agosto, apresentando variação das médias mensais de 3,24 mm dia
-1
em junho a 4,61
mm dia
-1
em outubro e dia anual de 3,98 mm dia
-1
(Tabela 1).
Constata-se no Gráfico 3, que o modelo EToHG superestimou a ETo ao longo
do ano em relação ao modelo EToPM. Os valores mínimos da ETo variaram desde
1,40 mm dia
-1
em junho e julho a 2,50 mm dia
-1
em janeiro, enquanto os máximos
mensais da ETo oscilaram de 5,37 mm dia
-1
em junho a 7,52
mm dia
-1
no mês de
novembro, com dias mensais variando desde 3,62 mm dia
-1
em junho a 4,65 mm
dia
-1
em outubro, exibindo média anual de 4,08 mm dia
-1
(Tabela 1).
O todo EToTP apresentou tendência de superestimativa da ETo em
relação ao modelo EToPM durante todos os meses do ano (Gráfico 3), com variação
dos valores mínimos de 1,20 mm dia
-1
em julho a 3,53 mm dia
-1
em janeiro,
enquanto os máximos mensais variaram de 5,26 mm dia
-1
em junho a 8,41
mm dia
-1
no mês de novembro, apresentando médias mensais oscilando de 3,85 mm dia
-1
em junho a 5,36 mm dia
-1
em outubro, com média anual de 4,68 mm dia
-1
(Tabela 1).
Observa-se no Gráfico 3, que o modelo EToRA subestimou a ETo em
relação ao modelo padrão (EToPM) nos 12 meses do ano. Os valores mínimos
variaram desde 1,07 mm dia
-1
no mês de junho a 1,74 mm dia
-1
em janeiro, com
máximos mensais das ETo oscilando desde 3,62 mm dia
-1
no mês de junho a 5,11
mm dia
-1
em novembro, enquanto as médias mensais variaram de 2,48 mm dia
-1
em
junho a 3,12 mm dia
-1
no mês de outubro, exibindo média anual de 2,76 mm dia
-1
,
conforme a Tabela 1.
As médias mensais das ETo (mm dia
-1
) ao longo do ano estimadas para a
região de Rio Branco, Acre, pelos modelos EToPM, EToMAKK, EToP, EToJH,
EToPT
m
, EToHG, EToTP, EToPs e EToRA, a partir de dados diários, onde
observa-se que as metodologias avaliadas apresentaram comportamento sazonal
semelhante, o que evidencia uma possível correlação entre os métodos avaliados
(Gráfico 3). Segundo Oliveira et al. (2005), a verificação da correlação entre os
modelos, possibilita um ajuste local entre os demais modelos e o padrão (EToPM).
Observa-se ainda que os valores estimados da ETo apresentam-se decrescentes de
janeiro a junho e crescentes de julho a outubro, decrescendo em seguida nos meses
de novembro e dezembro, com valores mínimos da ETo no mês de junho.
Constatou-se ainda, uma tendência de superestimativa da ETo ao longo do
ano em relação ao modelo padrão (EToPM), em cerca de 63% dos modelos
avaliados (EToP, EToJH, EToPT
m
, EToHG, EToTP), (Gráfico 3). Enquanto a
tendência de subestimativa da ETo em relação ao modelo EToPM, foi constatada
em apenas 37% das metodologias avaliadas nesta pesquisa (EToMAKK, EToRA,
EToPs).
Os resultados das análises estatísticas, referentes aos modelos utilizados nas
estimativas da ETo, a partir de dados diários, onde constata-se que de acordo com a
percentagem relativa das estimativas da ETo em relação ao modelo padrão
(EToPM), os modelos EToP, EToJH, EToPT
m
, EToHG e EToTP superestimaram a
ETo, em 14% (0,46 mm dia
-1
) , 48% (1,64 mm dia
-1
), 17% (0,59 mm dia
-1
), 20% (0,69
mm dia
-1
) e 38% (1,29 mm dia
-1
), respectivamente, enquanto os modelos EToMAKK,
EToPs e EToRA, subestimaram a ETo, respectivamente em 10% (0,34 mm dia
-1
),
8% (0,63 mm dia
-1
) e 19% (0,69 mm dia
-1
), (Tabela 2). Esses resultados,
corroboram com os obtidos por Fernandes (2006), no Rio de Janeiro, onde foi
observado que os modelos de Jensen-Haise e Priestley e Taylor modificado
superestimaram a ETo em relação ao método de Penman-Monteith, enquanto o
método Makkink, subestimou os valores da ETo em relação ao método padrão.
Do mesmo modo Jensen et al. (1990) citados por (Machado e Mattos, 2000)
comparando os dados da ETo medidos em lisímetros de precisão, instalados em
onze diferentes locais (oito nos Estados Unidos, um na Austrália, um no Zaire e um
na Dinamarca) com os dados determinados utilizando vinte métodos de estimativa,
constataram uma superestimativa para o método de Penman na faixa de 15 a 20%,
para as regiões consideradas úmidas.
TABELA 2 - Evapotranspiração de referência estimada com dados climatológicos
diários, percentagem relativa em relação ao modelo padrão (EToPM), coeficientes
das equações de regressão ajustadas (a e b), coeficiente de determinação (), erro-
padrão de estimativa (SEE), erro-padrão de estimativa ajustado (ASEE) e erro-
padrão de estimativa ponderado (SEEp), para o município de Rio Branco-AC.
Métodos
ETo
mm dia
-1
% a b
SEE
mm dia
-1
ASEE
mm dia
-1
SEEp
mm dia
-1
EToMAKK 3,05 90 0,7327*
0,8714*
0,8488*
0,4867 0,3282 0,4344
EToP 3,85 114 0,0358*
0,8719*
0,9769*
0,4899 0,1279 0,3704
EToJH 5,03 148 0,7412*
0,5269*
0,8942*
1,8073 0,2744 1,3014
EToPT
m
3,98 117 0,1888*
0,8033*
0,8827*
0,6889 0,2889 0,5569
EToHG 4,08 120 0,7511*
0,7926*
0,9012*
0,8485 0,8435 0,8468
EToTP 4,68 138 0,0860*
0,7061*
0,8701*
1,3636 0,3039 1,0139
EToPs 3,11 92 0,6295*
0,8885*
0,6453*
0,5829 0,5023 0,5563
EToRA 2,76 81 0,6281*
1,0001*
0,8486*
0,7089 0,0328 0,5833
*Significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste t
Observou-se ainda na Tabela 2, que os modelos avaliados exibiram
coeficientes de determinação superiores a 0,80 (R²), com exceção do método EToPs
(R²=0,6453), evidenciando que os ajustes das equações à partir do método padrão
(EToPM) foram satisfatórios, destacando-se o ajuste observado pelo modelo de
Penman, com de 0,9769, o que justifica-se, pelo fato desse modelo apresentar
quase as mesmas exigências do modelo padrão (EToPM). Segundo SAMPAIO
(1998), a ocorrência de um coeficiente de determinação (R²) reduzido faz com que
as estimativas propostas não sejam confiáveis, seja pela instabilidade da variável
estudada ou simplesmente pelo fato do modelo testado não está adequado à
dispersão dos resultados observados.
Baseando-se nos valores de SEE (Tabela 2), pode-se realizar uma
classificação prévia dos modelos de estimativa da ETo, tendo o modelo EToPM
como padrão, em ordem decrescente de prioridade: EToMAKK (0,4867 mm dia
-1
),
EToP (0,4899 mm dia
-1
), EToPs (0,5829mm dia
-1
), EToPT
m
(0,6889mm dia
-1
),
EToRA (0,7089 mm dia
-1
), EToHG (0,8485 mm dia
-1
), EToTP (1,3636 mm dia
-1
) e
EToJH (1,8073 mm dia
-1
).
Os métodos apresentaram decréscimo nos valores dos erros padrões de
estimativa (SEE) em relação ao erro-padrão de estimativa ajustado pela regressão
(ASEE), ou seja, ocorre decréscimo nos desvios, com o ajuste feito pela regressão,
(Tabela 2). O que segundo Oliveira et al. (2005), indica a possibilidade de melhorar a
estimativa da ETo pelos modelos avaliados, mediante calibração na região de Rio
Branco, Acre.
Com o dados da Tabela 2, observou-se uma variação nas estimativas da ETo
pelos modelos avaliados, indicando a necessidade de adoção na localidade, de
métodos que apresentem estimativas com elevados níveis de correlação com a
metodologia recomendada pela FAO.
As Figuras 1 (a) a 1 (d) mostram as relações de dispersão a partir de dados
diários entre as modelos avaliados , ou seja, a variável independente (eixo vertical) e
o modelo padrão de EToPM, a variável dependente (eixo horizontal), onde observa-
se que o modelo EToP (Figura 1 c) obteve a maior exatidão e o melhor coeficiente
de ajuste em relação ao modelo EToPM com valor de 0,9769, em seguida, tem-se o
modelo EToJH, R
2
de 0,8941 (Figura 1b), EToPT
m
com coeficiente igual a 0,8827
(Figura 1d), e EToMAKK que apresentou a maior dispersão dos pontos e o pior
ajuste, com R
2
= 0,8486, apesar da boa exatidão exibida por esta metodologia
(b=0,8714), conforme a Figura 1a.
Figura 1 - Correlações entre os valores da ETo estimados com dados climatológicos
diários pelos modelos Makkink-EToMAKK (a), Jensen-Haise-EToJH (b), Penman-
EToP (c), Priestley & Taylor modificado-EToPTm (d) e o modelo de Penman-
Monteith-EToPM, em mm dia
-1
, para a região de Rio Branco, AC – UFAC, 2008.
As relações de dispersão a partir de dados diários entre os modelos
avaliados, situados no eixo horizontal e o modelo padrão (EToPM) localizado no eixo
vertical, estão apresentadas nas Figuras 2 (a) a 2 (d), destacando-se o modelo
EToHG, Figura (2a) que apresentou a maior precisão com R
2
= 0,9011, seguindo-se
o modelo EToTP, com um valor de R
2
= 0,8701 (Figura 2c), e o modelo EToRA
(Figura 2d), que obteve um coeficiente de determinação igual a 0,8486. O modelo
EToPs evidenciou elevada dispersão dos pontos, com R
2
de 0,6453, apesar da boa
1c - EToPM x EToJH
0 1 2 3 4 5 6 7 8
0
1
2
3
4
5
6
7
8
y=0,7412+0,5269x
R
2
=0,8941
EToPM (mm dia
-1
)
ETJH (mm dia
-1
)
1b - EToPM x EToP
0 1 2 3 4 5 6 7 8
0
1
2
3
4
5
6
7
8
y=0,0358+0,8719x
R
2
=0.9769
EToPM (mm dia
-1
)
EToP (mm dia
-1
)
1d - EToPM x EToPTm
0 1 2 3 4 5 6 7 8
0
1
2
3
4
5
6
7
8
y=0,1888+0,8033x
R
2
=0,8827
EToPM (mm dia
-1
)
EToPT
Modif
(mm dia
-1
)
1a - EToPM x EToMAKK
0 1 2 3 4 5 6 7 8
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Y=0,7327+0,8714X
R
2
=0,8486
EToPM (mm dia
-1
)
EToMAKK (mm dia
-1
)
exatidão alcançada, b=0,8885 (Figura 2b).
Baseando-se nos resultados da análise de variância obtidos nesse trabalho,
observa-se que todos os modelos avaliados apresentaram entre si, diferenças
significativas ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste t, evidenciando de acordo
com alguns autores (ALLEN et al., 1998; GAVILÁN ZAFRA, 2005; OLIVEIRA et al.,
2005; FERNANDES, 2006), a viabilidade de calibração local.
Figura 2 - Correlações entre os valores da ETo estimados com dados climatológicos
diários pelos métodos de Hargreaves-EToHG (a), Penman Simplificado-EToPs (b),
Tanner e Pelton-EToTP (c), Radiação-EToRA (d) e o modelo de Penman-Monteith-
EToPM, em mm dia
-1
, para a região de Rio Branco – AC, UFAC, 2008.
2c - EToPM x EToTP
0 1 2 3 4 5 6 7 8
0
1
2
3
4
5
6
7
8
y=0,0860+0,7061x
R
2
=0,8701
EToPM (mm dia
-1
)
EToTP (mm dia
-1
)
2b - EToPM x EToPs
0 1 2 3 4 5 6 7 8
0
1
2
3
4
5
6
7
8
y=0,6295+0,8885x
R
2
=0,6453
EToPM (mm dia
-1
)
EToP
Simplif
(mm dia
-1
)
2d - EToPM x EToRA
0 1 2 3 4 5 6 7 8
0
1
2
3
4
5
6
7
8
y=0,6281+1,0001x
R
2
=0,8486
EToPM (mm dia
-1
)
EToRA (mm dia
-1
)
2a - EToPM x EToHG
0 1 2 3 4 5 6 7
0
1
2
3
4
5
6
7
Y=0,7511+0,7926X
R
2
=0,9011
EToPM (mm dia
-1
)
EToHG (mm dia
-1
)
Os resultados das análises estatísticas, referentes aos modelos utilizados nas
estimativas da ETo, a partir de dados diários, após a calibração dos mesmos em
relação ao padrão (EToPM). Partindo-se dos valores de SEEp (Tabela 3), pode-se
classificar as metodologias de estimativa da ETo, tendo o modelo EToPM como
padrão, em ordem decrescente de prioridade para a localidade de Rio Branco, AC:
EToP (0,3714 mm dia
-1
), EToMAKK (0,4539 mm dia
-1
), EToPT
m
(0,5581 mm dia
-1
),
EToPs (0,5636 mm dia
-1
), EToRA (0,5970 mm dia
-1
), EToHG (0,6850 mm dia
-1
),
EToTP (1,0142 mm dia
-1
) e EToJH (1,3257 mm dia
-1
).
TABELA 3 - Coeficiente de calibração local (b
c
), erro-padrão de estimativa ajustado
(ASEE) e erro-padrão de estimativa ponderado (SEEp), referentes aos modelos de
estimativa da ETo para a região de Rio Branco-AC, a partir de dados
climatológicos diários. UFAC, 2008.
Métodos b
c
ASEE (mm dia
-1
) SEEp (mm dia
-1
)
EToMAKK 1,0928 0,3874 0,4539
EToP 0,8807 0,1282 0,3714
EToJH 0,6621 0,3479 1,3257
EToPT
m
0,8480 0,2924 0,5581
EToHG 0,8183 0,3532 0,6850
EToTP 0,7236 0,3046 1,0142
EToPs 1,0797 0,5243 0,5636
EToRA 1,2109 0,3697 0,5970
Os respectivos valores dos coeficientes de correlação “r”, exatidão “d”,
desempenho “c”, variação “cv” dos modelos avaliados em relação ao padrão
(EToPM) e a classificação dos métodos para a estimativa da ETo (mm dia
-1
)
segundo os critérios de Camargo e Sentelhas (1997), para a região de Rio Branco-
AC, (Tabela 4). Os métodos que apresentaram os melhores desempenhos foram
EToP (c=0,83 e cv=3,32%), EToMAKK (c=0,77 e cv=10,76), ambos classificados
como muito bom, concordando com os resultados obtidos por Vieira et al. (2007),
onde os métodos de Penman e Makkink apresentaram as melhores estimativas da
ETo em relação ao método EToPM. Resultados semelhantes foram alcançados por
(CAMARGO e SENTELHAS, 1997) e Conceição e Mandeli (2005), onde o modelo
de Makkink obteve desempenho classificado como bom, na estimativa da ETo em
relação ao modelo Padrão (EToPM). O desempenho do modelo EToPT
m
também foi
satisfatório, com classificação bom (c=0,66 e cv=7,26%).
Os maiores valores de SEE entre os modelos avaliados foram 0,7089 mm dia
-
1
, 0,8485 mm dia
-1
, 1,3636 mm dia
-1
e 1,8073mm dia
-1
, obtidos pelas correlações dos
modelos EToRA (c=0,52), EToHG (c=0,57), EToTP (c=0,09) e EToJH (c=0,29) em
relação ao padrão (EToPM) (Tabela 2), respectivamente, os quais, apresentaram
desempenho péssimo (EToJH; EToTP) ou sofrível (EToHG; EToRA) (Tabela 4), com
restrições de uso para as condições climáticas da região de Rio Branco.
TABELA 4 - Coeficientes de correlação (r), exatidão (d), desempenho (c), variação
(cv) e classificação dos métodos de estimativa da ETo com dados climatológicos
diários, segundo os critérios de Camargo & Sentelhas (1997), para a região de Rio
Branco-AC, UFAC – 2008.
Métodos
Índices
Classificação
“r”
“d”
“c”
“cv” (%)
EToMAKK
0,92
0,84
0,77
10,76
Muito bom
EToP
0,99
0,84
0,83
3,32
Muito bom
EToJH
0,94
0,31
0,29
5,46
Péssimo
EToPT
m
0,94
0,70
0,66
7,26
Bom
EToHG
0,95
0,60
0,57
7,60
Sofrível
EToTP
0,93
0,10
0,09
6,49
Péssimo
EToPs
0,80
0,75
0,60
16,15
Sofrível
EToRA
0,92
0,58
0,53
11,89
Sofrível
Observou-se ainda que os métodos EToHG, EToJH, EToTP e EToRA (Tabela
4), apesar de classificados com desempenho Péssimo ou Sofrível, os mesmos
apresentaram coeficientes de correlação “r”, superiores a 0,92, o que sugere, que
este índice isolado, o é suficiente para a seleção ou indicação de modelos
regionais.
4.3 AVALIAÇÃO DAS EQUAÇÕES DE ESTIMATIVA DA ETo COM DADOS
CLIMATOLÓGICOS MÉDIAS QUINQÜIDIAIS.
Os valores mínimos, máximos e médios mensais da evapotranspiração de
referência (ETo) para o município de Rio Branco (mm dia
-1
), estimados pelos
métodos Penman-Monteith (EToPM), Makkink (EToMAKK), Penman (EToP),
Jensen-Haise (EToJH), Priestley e Taylor modificado (EToPT
m
), Hargreaves
(EToHG), Tanner e Pelton (EToTP), Penman simplificado (EToPs) e Radiação
(EToRA), a partir de dados médios quinqüidiais, disposto na Tabela 5. Observa-se
no modelo padrão (EToPM), que os valores mínimos variaram desde 1,43 mm dia
-1
no s de junho a 2,85 mm dia
-1
em outubro, enquanto os máximos mensais das
ETo estimadas, oscilaram de 4,01 mm dia
-1
no mês de junho a 5,73
mm dia
-1
no
mês de março, com médias mensais variando de 2,69 mm dia
-1
em junho a 3,92 mm
dia
-1
em outubro, apresentando média anual de 3,35 mm dia
-1
.
TABELA 5- Evapotranspiração de referência mensal (mm dia
-1
), estimada com dados
climatológicos médios qinqüidiais, pelos métodos de EToPM, EToMAKK, EToP,
EToJH, EToPT
m
, EToHG, EToTP, EToPS
e EToRA, para a região de Rio Branco.-
Acre, UFAC, 2008.
Metodo Valor
jan fev mar
abr maio
Jun
jul ago
set out nov
dez anual
Min 2,69
2,54
2,47
2,13
2,03
1,44
1,71
2,12
2,05
2,85
2,68
2,69
1,44
EToPM
Max 4,55
4,53
5,73
4,45
4,17
4,02
4,89
4,65
5,61
5,05
4,94
4,80
5,73
Méd 3,46
3,35
3,39
3,18
2,97
2,69
3,10
3,27
3,62
3,92
3,73
3,58
3,36
Min 2,17
2,16
2,08
2,07
1,74
1,19
1,55
1,66
1,81
2,16
2,19
2,12
1,19
EToMAKK
Max 4,25
4,05
5,53
3,93
4,25
3,85
4,13
4,24
4,31
4,55
4,77
4,29
5,53
Méd 3,02
2,91
2,95
2,86
2,76
2,69
3,13
3,04
3,14
3,46
3,30
3,14
3,03
Min 3,02
2,71
2,75
2,61
2,36
1,89
2,17
2,61
2,69
3,22
3,05
2,87
1,89
EoTP
Max 5,32
5,43
6,72
5,13
4,72
4,80
5,84
5,31
6,38
5,83
5,68
5,66
6,72
Méd 3,92
3,80
3,84
3,59
3,36
3,10
3,58
3,78
4,17
4,48
4,24
4,07
3,83
Min 3,47
3,34
3,47
3,28
2,53
1,96
2,09
2,68
3,02
3,19
3,59
3,37
1,96
EToJH
Max 7,35
7,26
8,91
6,84
7,21
6,17
6,53
7,11
7,26
8,09
8,18
7,30
8,91
Méd 5,01
4,84
4,89
4,74
4,50
4,36
4,96
5,01
5,26
5,82
5,50
5,25
5,01
Min 3,24
3,19
3,08
2,95
2,45
1,92
2,10
2,43
2,74
3,08
3,28
3,17
1,92
EToPTm
Max 5,58
5,54
6,89
4,99
4,99
3,99
4,15
4,86
5,35
5,86
6,15
5,73
6,89
Méd 4,21
4,09
4,07
3,81
3,46
3,12
3,43
3,64
4,05
4,58
4,49
4,36
3,94
Min 2,86
2,78
2,83
2,70
2,16
1,73
1,85
2,25
2,47
2,67
2,93
2,76
1,73
EToHG
Max 5,86
5,77
7,22
5,47
5,77
5,00
5,26
5,53
5,71
6,44
6,57
5,84
7,22
Méd 4,05
3,92
3,96
3,84
3,68
3,60
4,12
4,10
4,25
4,68
4,44
4,23
4,07
Min 3,85
3,81
3,61
3,49
2,96
2,39
2,63
2,91
3,17
3,71
3,85
3,74
2,39
EToTP
Max 6,44
6,41
8,17
5,79
5,80
5,01
5,46
5,83
6,28
6,93
7,20
6,67
8,17
Méd 4,93
4,79
4,76
4,46
4,08
3,72
4,12
4,31
4,75
5,34
5,25
5,09
4,63
Min 2,69
2,70
2,65
2,16
1,87
1,54
1,95
2,15
2,20
2,95
2,66
2,72
1,54
EToPs
Max 4,61
4,52
5,22
3,25
3,37
3,36
4,00
4,38
4,82
6,79
5,11
4,93
6,79
Méd 3,47
3,38
3,39
2,60
2,52
2,47
2,88
3,15
3,28
4,10
3,77
3,60
3,22
Min 2,00
1,98
1,92
1,91
1,62
1,14
1,46
1,55
1,68
1,98
2,02
1,95
1,14
EToRA
Max 3,80
3,63
4,93
3,53
3,81
3,46
3,70
3,80
3,86
4,07
4,26
3,84
4,93
Méd 2,73
2,64
2,68
2,60
2,51
2,45
2,83
2,76
2,84
3,12
2,98
2,84
2,75
Verificou-se que o método EToPs estimou satisfatoriamente a ETo nos
meses de janeiro, fevereiro, março, novembro e dezembro em relação ao padrão
(EToPM), enquanto nos meses de abril, maio, junho, julho, agosto e setembro,
apresentou tendência de subestimativa da ETo em relação ao modelo EToPM,
(Gráfico 4). Os valores mínimos da ETo variaram de 1,54 mm dia
-1
no mês de junho
a 2,95 mm dia
-1
em outubro, com máximos mensais oscilando desde 3,25 mm dia
-1
no mês de abril a 6,79
mm dia
-1
em outubro, enquanto as médias mensais da ETo
variaram de 2,47 mm dia
-1
em junho a 4,10 mm dia
-1
no mês de outubro,
apresentando média anual de 3,22 mm dia
-1
, conforme a Tabela 5.
Base de dados quinquidiais mensal de ETo
0
1
2
3
4
5
6
7
jan fev mar abr maio jun jul ago set out nov dez
s
mm dia-1
EToPM
EToMAKK
EToP
EToJH
EToPTm
EToHG
EToTP
EToPs
EToRA
Gráfico 4 - Evapotranspiração de referência - ETo mensal (mm dia
-1
) estimada a
partir de dados climatológicos médios quinqüidiais, para a região de Rio Branco
Acre, UFAC, 2008.
Observou-se que o método EToMAKK subestimou em dez meses do ano os
valores da ETo em relação ao modelo EToPM, (Gráfico 4). Com exceção dos
meses de junho e julho, onde essa metodologia estimou satisfatoriamente a ETo em
relação ao modelo padrão. Os mínimos variaram de 1,19 mm dia
-1
em junho a 2,19
mm dia
-1
em novembro, com máximos mensais variando desde 3,85 mm dia
-1
no
mês de junho a 5,53 mm dia
-1
no mês de março, enquanto as médias mensais
variaram de 2,68 mm dia
-1
em junho a 3,46 mm dia
-1
em outubro, apresentando
média anual de 3,03 mm dia
-1
(Tabela 5).
O método EToP apresentou tendência de superestimar a ETo em relação ao
modelo EToPM durante todos os meses do ano (Gráfico 4), com mínimos variando
desde 1,89 mm dia
-1
em junho a 3,22 mm dia
-1
em outubro, enquanto os máximos
mensais variaram de 4,72 mm dia
-1
no mês de junho a 6,72
mm dia
-1
no mês de
março, apresentando médias mensais oscilando de 3,10 mm dia
-1
em junho a 4,48
mm dia
-1
em outubro, com média anual de 3,83 mm dia
-1
(Tabela 5).
O todo EToJH superestimou a ETo em relação ao modelo padrão
(EToPM) nos 12 meses do ano, (Gráfico 4). Os valores mínimos variaram desde
1,96 mm dia
-1
no mês de junho a 3,59 mm dia
-1
em novembro, com máximos
mensais das ETo oscilando desde 6,17 mm dia
-1
no mês de junho a 8,91
mm dia
-1
em março, enquanto as médias mensais variaram de 4,36 mm dia
-1
em junho a 5,01
mm dia
-1
no s de janeiro, exibindo média anual de 5,01 mm dia
-1
, conforme a
Tabela 5.
O método EToPT
m
apresentou tendência de superestimativa dos valores da
ETo em relação ao modelo padrão (EToPM) ao longo do ano (Gráfico 4), cujos
mínimos variaram de 1,92 mm dia
-1
em junho a 3,27 mm dia
-1
em novembro, com
valores máximos mensais variando desde 3,99 mm dia
-1
no mês de junho a 6,89
mm dia
-1
no mês de março, apresentando variação das médias mensais de 3,12
mm dia
-1
em junho a 4,58 mm dia
-1
em outubro e média anual de 3,94mm dia
-1
(Tabela 5).
Constatou-se que o modelo EToHG superestimou a ETo ao longo do ano em
relação ao modelo EToPM, (Gráfico 4). Os valores mínimos da ETo variaram desde
1,72 mm dia
-1
em junho a 2,93 mm dia
-1
em novembro, enquanto os máximos
mensais da ETo oscilaram de 5,00 mm dia
-1
em junho a 7,22
mm dia
-1
no mês de
março, com médias mensais variando desde 3,60 mm dia
-1
em junho a 4,68 mm dia
-
1
em outubro, exibindo média anual de 4,07 mm dia
-1
(Tabela 5).
O todo EToTP apresentou tendência de superestimativa da ETo em
relação ao modelo EToPM durante todos os meses do ano (Gráfico 4), com variação
dos valores mínimos de 2,38 mm dia
-1
em julho a 3,85 mm dia
-1
nos meses de
janeiro e novembro, enquanto os máximos mensais variaram de 5,01 mm dia
-1
em
junho a 8,17
mm dia
-1
no mês de março, apresentando médias mensais oscilando
de 3,72 mm dia
-1
em junho a 5,34 mm dia
-1
em outubro, com média anual de 4,63
mm dia
-1
(Tabela 5).
Observou-se que o modelo EToRA subestimou a ETo em relação ao modelo
padrão (EToPM) nos 12 meses do ano, (Gráfico 4).. Os valores mínimos variaram
desde 1,14 mm dia
-1
no s de junho a 2,02 mm dia
-1
em novembro, com máximos
mensais das ETo oscilando desde 3,46 mm dia
-1
no mês de junho a 4,93
mm dia
-1
em março, enquanto as médias mensais variaram de 2,45 mm dia
-1
em junho a 3,12
mm dia
-1
no mês de outubro, exibindo média anual de 2,74 mm dia
-1
, conforme a
(Tabela 5).
Observa-se no Gráfico 4, que os valores da ETo estimados pelos modelos
avaliados, apresentam tendência de decréscimo no período de janeiro a junho e
tendência de acréscimo de julho a outubro, decrescendo em seguida nos meses de
novembro e dezembro, com valores mínimos da ETo no mês de junho.
Os resultados das análises estatísticas referentes aos modelos avaliados nas
estimativas da ETo a partir de dados médias quiqüidiais, (médias de 5 dias) estão
apresentados na Tabela 6, onde observa-se que métodos EToP, EToPT
m
, EToHG,
EToTP e EToJH, superestimaram a ETo em relação ao padrão (EToPM), em 0,48
mm dia
-1
(14%), 0,59 mm dia
-1
(18%), 0,72 mm dia
-1
(21%), 1,28 mm dia
-1
(38%) e
1,66 mm dia
-1
(49%), respectivamente, enquanto os modelos EToMAKK, EToPs e
EToRA, subestimaram a ETo em relação ao modelo EToPM, em 0,32 mm dia
-1
(10%), 0,13 mm dia
-1
(4%), 0,55 mm dia
-1
(15%).
Constatou-se que os modelos avaliados apresentaram coeficientes de
determinação superiores a 0,60 (R²), com destaque para o modelo Penman, com
= 0,9692, (Tabela 6) provavelmente devido ao fato desse modelo apresentar
exigências de elementos climáticos semelhantes ao modelo EToPM, adotado como
padrão.
TABELA 6 - Evapotranspiração de referência estimada com dados climatológicos
quinqüidiais, percentagem relativa em relação ao modelo padrão (EToPM),
coeficientes das equações de regressão ajustadas (a e b), coeficiente de
determinação (r²), erro-padrão de estimativa (SEE), erro-padrão de estimativa
ajustado (ASEE) e erro-padrão de estimativa ponderado (SEEp), para a região do
município de Rio Branco-AC, UFAC, 2008.
Métodos
ETo
mm dia
-1
% a b
SEE
mm dia
-1
ASEE
mm dia
-1
SEEp
mm dia
-1
EToMAKK
3,03 90 0,6164*
0,9025*
0,7065*
0,4486 0,3093 0,4026
EToP
3,83 114 0,0866*
0,8541*
0,9692*
0,4920 0,1002 0,3627
EToJH
5,01 149 0,9939*
0,4711*
0,6066*
1,7677 0,3582 1,3026
EToPT
m
3,94 118 0,3040*
0,7737*
0,8109*
0,6565 0,2483 0,5218
EToHG
4,07 121 0,8738*
0,6093*
0,6080*
0,8513 0,5710 0,7588
EToTP
4,63 138 0,1698*
0,6874*
0,8260*
1,3220 0,2382 0,9643
EToPs
3,22 96 1,0794*
0,7074*
0,6423*
0,4142 0,3415 0,3902
EToRA
2,75 85 0,5080*
1,0358*
0,7065*
0,6812 0,3093 0,5585
*Significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste t
Uma classificação prévia dos modelos de estimativa da ETo, tendo o modelo
EToPM como padrão, a partir dos valores de SEE disponíveis na (Tabela 6), deverá
obedecer a seguinte ordem decrescente de prioridade: EToP (0,3627 mm dia
-1
) ,
EToPs (0,3902 mm dia
-1
), EToMAKK (0,4026 mm dia
-1
), EToPT
m
(0,5218 mm dia
-1
),
EToRA (0,5585 mm dia
-1
), EToHG (0,7588 mm dia
-1
), EToTP (0,9643 mm dia
-1
) e
EToJH (1,3026 mm dia
-1
). Observa-se ainda decréscimo nos valores dos erros
padrões de estimativa (SEE) em relação ao erro-padrão de estimativa ajustado pela
regressão (ASEE) nos modelos avaliados, ou seja, ocorre redução nos desvios após
o ajuste proporcionado pela regressão, o que de acordo com Oliveira et al. (2005),
indica a possibilidade de melhoraria nas estimativas da ETo pelas metodologias
avaliadas, mediante calibração regional.
As Figuras 3(a) a 3(d) revelam as relações de dispersão a partir de dados
quinqüidiais (médias de 5 dias) os modelos avaliados, situados no eixo horizontal e o
modelo EToPM, situado no eixo vertical, constatando-se que o modelo EToP (Figura
3c) obteve o mais elevado coeficiente de ajuste em relação ao modelo padrão
(EToPM), com R
2
= 0,9692, seguindo-se do modelo EToPTm, que apresentou um
valor de R
2
= 0,8109 (Figura 3d) e EToMAKK com R
2
= 0,7065 (Figura 3a). O
modelo EToJH apresentou elevada dispersão dos pontos e R
2
= 0,6066 (Figura 3b).
Figura 3 - Correlações entre os valores quinqüidias da ETo estimados pelos modelos
Makkink-EToMAKK (a), Penman-EToP (b), Jensen-Haise-EToJH (c),), Priestley &
Taylor modificado-EToPTm (d) e o modelo de Penman-Monteith-EToPM, em mm
dia
-1
, no município de Rio Branco, AC.
As correlações entre os modelos avaliados, ou seja, as variáveis
independentes e o modelo padrão (EToPM), situado no eixo vertical, estão
apresentadas nas Figuras 4(a) a 4(d), onde observa-se que o modelo EToTP
(Figura 4c) evidenciou o melhor ajuste com valor de R
2
= 0,8260, seguido-se pelo
modelo EToRA (Figura 4d), que apresentou a maior exatidão e coeficiente de
determinação de 0,7066 e do modelo EToPs (Figura 4b) com R
2
= 0,6423. O modelo
3c - EToPM x EToJH
1 2 3 4 5 6 7 8
1
2
3
4
5
6
7
8
EToPM (mm dia
-1
)
EToJH (mm dia
-1
)
Y=0,9939+0,4711x
R
2
=0,6066
3b - EToPM x EToP
1 2 3 4 5 6 7 8
1
2
3
4
5
6
7
8
EToPM (mm dia
-1
)
EToP (mm dia
-1
)
Y=0,0866+0,8541x
R
2
=0,9692
3d - EToPM x EToPTm
1 2 3 4 5 6 7 8
1
2
3
4
5
6
7
8
EToPM (mm dia
-1
)
EToPTm (mm dia
-1
)
Y=0,3040+0,7737x
R
2
=0,8109
3a - EToPM x EToMAKK
1 2 3 4 5 6 7 8
1
2
3
4
5
6
7
8
EToPM (mm dia
-1
)
EToMAKK (mm dia
-1
)
Y=0,6164+0,9025x
R
2
=0,7065
EToHG apresentou o pior ajuste, com R
2
= 0,6079. O modelo EToTP apresentou a
menor exatidão (d = 0,7231), conforme apresenta a Figura 4a.
Figura 4 - Correlações entre os valores quiqüidias da ETo estimados pelos modelos
Hargreaves-EToHG (a), Penman Simplificado-EToPs (b), Tanner e Pelton-EToTP
(c), Radiação-EToRA (d) e o modelo de Penman-Monteith-EToPM, em mm dia
-1
,
para a região de Rio Branco-AC, UFAC, 2008.
Os resultados da análise de variância obtidos nessa pesquisa, indicam
diferenças significativas ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste t entre todos os
modelos avaliados, denotando de acordo Gavilán Zafra (2005) e Fernandes(2006), a
possibilidade de calibração regional desses modelos antes da sua utilização,
4c - EToPM x EToTP
1 2 3 4 5 6 7 8
1
2
3
4
5
6
7
8
EToPM (mm dia
-1
)
EToTP (mm dia
-1
)
Y=0,1698+0,6874x
R
2
=0,8260
4b - EToPM x EToPs
1 2 3 4 5 6 7 8
1
2
3
4
5
6
7
8
EToPM (mm dia
-1
)
EToPs (mm dia
-1
)
Y=1,0794+0,7074x
R
2
=0,6423
4d - EToPM x EToRA
1 2 3 4 5 6 7 8
1
2
3
4
5
6
7
8
EToPM (mm dia
-1
)
EToRA (mm dia
-1
)
Y=0,5080+1,0358x
R
2
=0,7066
4a - EToPM x EToHG
1 2 3 4 5 6 7 8
1
2
3
4
5
6
7
8
EToPM (mm dia
-1
)
EToHG (mm dia
-1
)
Y=0,8738+0,6093x
R
2
=0,6080
possibilitando assim, a melhoria do desempenho dos mesmos.
Os resultados das análises estatísticas, referentes aos modelos utilizados nas
estimativas da ETo, a partir de dados quinqüidiais, (Tabela 7) após a calibração em
relação ao modelo padrão (EToPM). Baseando-se nos valores de SEEp (Tabela 7),
pode-se classificar os modelos de estimativa da ETo, tendo como padrão o modelo
de EToPM, em ordem decrescente de prioridade para a localidade de Rio Branco,
AC: EToP (0,3600 mm dia
-1
), EToMAKK (0,4085 mm dia
-1
), EToPs (0,4103 mm dia
-
1
), EToRA (0,4913, mm dia
-1
), EToPT
m
(0,5235 mm dia
-1
), EToHG (0,6988 mm dia
-1
),
EToTP (0,9649 mm dia
-1
) e EToJH (1,3172 mm dia
-1
).
TABELA 7 - Coeficiente de calibração local (b
c
), erro-padrão de estimativa ajustado
(ASEE) e erro-padrão de estimativa ponderado (SEEp), referentes aos modelos de
estimativa da ETo para a região de Rio Branco-AC, UFAC, 2008. a partir de dados
climatológicos médios quinqüidiais.
Métodos b
c
ASEE (mm dia
-1
) SEEp (mm dia
-1
)
EToMAKK 1,0996 0,3271 0,4085
EToP 0,8760 0,1012 0,3600
EToJH 0,6626 0,4026 1,3172
EToPT
m
0,8486 0,2534 0,5235
EToHG 0,8171 0,3894 0,6988
EToTP 0,7231 0,2397 0,9649
EToPs 1,0300 0,4024 0,4103
EToRA 1,2156 0,3206 0,4913
Os coeficientes de correlação “r”, exatidão “d”, desempenho “c”, variação “cv”,
dos métodos avaliados em relação ao padrão (EToPM), a classificação dos
métodos conforme os critérios de Camargo e Sentelhas (1997), para a região de Rio
Branco-AC, estão apresentados na Tabela 8. O método EToP apresentou o melhor
desempenho entre os modelos testados (muito bom, c=0,76) e o menor coeficiente
de variação de 3,32%. Do mesmo modo, Machado e Mattos (2000) concluíram que o
método de Penman, apresentou o melhor desempenho na estimativa da ETo, em
relação ao método padrão (EToPM), a partir de médias quinqüidiais da ETo.
Os modelos EToMAKK (c=0,66) e EToPs (c=0,66) também apresentaram
desempenhos satisfatórios (Tabela 8), ou seja, bom. Resultados semelhantes aos
obtidos por Reis et al. (2007), a partir de dados médias quinqüidiais, em que os modelos
de Penman e Makkink, apresentaram desempenhos muito bom e bom,
respectivamente.
TABELA 8. Coeficientes de correlação (r), exatidão (d), desempenho (c), variação
(cv) e classificação dos métodos de estimativa da ETo com dados climatológicos
médios quinqüidiais, segundo os critérios de Camargo e Sentelhas (1997), para o
município de Rio Branco-AC.
Métodos Índices Classificação
“r” “d” “c” “cv” (%)
EToMAKK 0,84 0.79
0,66
10,76
Bom
EToP 0,98 0,78
0,76
3,32
Muito bom
EToJH 0,78 0,47
0,37
5,46
Péssimo
EToPT
m
0,90 0,63
0,57
7,26
Sofrível
EToHG 0,78 0,43
0,34
7,60
Péssimo
EToTP 0,91 0,01
0,09
6,49
Péssimo
EToPs 0,80 0,82
0,66
16,15
Bom
EToRA 0,84 0,57
0,48
11,89
Mau
Os maiores valores de SEE entre os modelos avaliados foram de 0,6565 mm
dia
-1
, 0,6812 mm dia
-1
, 0,8513 mm dia
-1
, 1,3220 mm dia
-1
e 1,7677 mm dia
-1
, obtidos
pelo métodos EToPT
m
(c=0,57), EToRA (c=0,48), EToHG (c=0,34), EToTP (c=0,09)
e EToJH (c=0,37) (Tabela 7), respectivamente, os quais, apresentaram
desempenho péssimo (EToHG, EToTP; EToJH), sofrível (EToPT
m
) ou mau (EToRA)
(Tabela 8), com restrições de uso para as condições climáticas na localidade em
estudo.
5 CONCLUSÃO
Baseando-se nos resultados obtidos a partir de dados climatológicos base de
dados diários e dados médios quinqüidiais, conclui-se que os todos EToP,
EToJH, EToPT
m
, EToHG e EToTP superestimaram a ETo, enquanto os modelos
EToMAKK, EToPs e EToRA, subestimaram a ETo em relação ao modelo EToPM
para a localidade em estudo;
De acordo com a análise comparativa entre os métodos de estimativa da ETo
calibrados a partir de dados climatológicos diários, classifica-se os métodos para a
região de Rio Branco, AC, em ordem decrescente de prioridade: EToP, EToMAKK,
EToPT
m
, EToPs, EToRA, EToHG, EToTP e EToJH
Mediante análise comparativa entre os métodos de estimativa da ETo
calibrados a partir de dados climatológicos médias quinqüidiais, foram classificados
em ordem decrescente de prioridade para a localidade de Rio Branco, AC: EToP,
EToMAKK, EToPs, EToRA, EToPT
m
, EToHG, EToTP e EToJH;
Para a região de Rio Branco, AC, os métodos de EToP, EToMAKK e EToPT
m
apresentaram os melhores desempenhos na estimativa da ETo em relação ao
modelo padrão-EToPM, com base nos critérios de Camargo e Sentelhas, a partir de
dados climatológicos diários;
Os modelos EToP, EToMAKK e EToPs, atendem satisfatoriamente à
estimativa da ETo na região de Rio Branco, AC, em comparação ao modelo padrão
EToPM, segundo os critérios de Camargo e Sentelhas, a partir de dados
climatológicos quinqüidiais;
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os métodos EToHG, EToJH, EToTP e EToRA, apesar de terem sido
classificados com desempenho péssimo ou sofrível, segundo os critérios de
Camargo e Sentelhas (1997), a partir de dados climatológicos diários, os mesmos
apresentaram elevados coeficientes de correlação, o que sugere, que este índice
isolado, não é suficiente para a seleção ou indicação de modelos regionais ;
Os modelos EToTP e EToPT
m
, embora tenham apresentado elevados valores
para o coeficiente de correlação, a partir de dados climatológicos quinqüidiais,
evidenciaram desempenhos insatisfatórios péssimo e sofrível para a estimativa da
ETo de acordo com os critérios de Camargo e Sentelhas (1997)..
REFERÊNCIAS
AL-GHOBARI, H. M. Estimation of reference evapotranspiration for southern region
of Saudi Arabia. Irrigation Science, v. 19, n. 2, p. 81-86, 2000.
ALLEN, R. G.; PRUITT, W. O. Rational use of the FAO Blaney-Criddle formula.
Journal of Irrigation and Drainage Engineering, v, 112, n. 2, p. 139-155, May,
1986.
ALLEN, R. G.; JENSEN, M. E.; WRIGHT, J. L. Operational estimates of reference
evapotranspiration. Agronomy Journal, Madison, v. 81, n. 4, p. 650-662, 1989.
ALLEN, R. G.; SMITH, M.; PERRIER, A. An update for the definition of reference
evapotranspiration. ICID BULLETIN, v. 43, n. 2, p.1-34, 1994.
ALLEN, R. G.; PEREIRA, L. S.; RAES, D.; SMITH, M. Crop evapotranspiration:
guidelines for computing crop water requirements. Rome: FAO Irrigation and
Dranaige Paper, 5), 1998. 300 p.
ALVES SOBRINHO, T.; BONOMO, R; MANTOVANI, E. C.; SEDIYAMA, G. C.
Estimativa da evapotranspiração de referência (ETo) para Dourados e Ponta Porã,
Mato Grosso do Sul. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA
AGRÍCOLA, 25, 1996, Bauru. Resumos... Bauru: Sociedade Brasileira de
Engenharia Agrícola, 1996. CD Rom.
ALVES SOBRINHO, T.; BONOMO, R.; MANTOVANI, E. C.; SEDIYAMA, G. C.
Estimativa da evapotranspiração de referência (ETo) para Dourados e Ponta Porã,
Mato Grosso do Sul. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA
AGRÍCOLA, 26, 1997, Campina Grande. Anais... Campina Grande: SBEA, 1997.
CD-Rom.
ARAÚJO, W.F.; COSTA, S.A.A.; SANTOS, A.E. Comparação entre métodos de
estimativa da evapotranspiração de referência (ETo) para Boa Vista, Roraima.
Caatinga, Mossoró, RN, v.20, n. 4, p. 84-88, 2007.
BERLATO, M. A.; MOLION, L. C. B. Evaporação e evapotranspiração. Porto
Alegre, Instituto de Pesquisas Agronômicas, 1981, 95 p. (IPAGRO Boletim
Técnico, n. 7).
BORGES, R. L. M. Evapotranspiração de referência utilizando diferentes
metodologias para o cálculo da radiação solar global, da temperatura e da
umidade relativa do ar. 2004. 60 f. Dissertação (Mestrado em Irrigação e
Drenagem) – Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, CE, 2004.
BORGES, A. C., MEDIONDO, E. M. Comparação entre equações empíricas para
estimativa da evapotranspiração de referência na bacia do rio Jacupiranga, SP.
Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. Campina Grande, PB, v.
11, n. 3, p. 293–300, 2007. Disponível em: <http://www.agriambi.com.br>. Acesso
em: 02 out. 2007.
BURMAN, R. D. ; NIXON, P. R. ; WRIGTH, J. L. ; PRUIT, W. O. Water requirements.
In: JENSEN, M. E., (Ed.). Design and operation of farm irrigation system. St.
Joseph: ASAE, 1983. cap. 6, p. 189-232.
CABRAL, R. C. Evapotranspiração de referência de Hargreaves (1974) corrigida
pelo método de Penman Monteith/FAO (1991) para o Estado do Ceará. 2000. 81
f. Dissertação (Mestrado em Irrigação e Drenagem) – Universidade Federal do
Ceará. Fortaleza, CE, 2000.
CAMARGO, A. P. Contribuição para a determinação da evapotranspiração potencial
no Estado de São Paulo. Bragantia, Campinas, SP, v. 21, n. 12, p. 163-213, 1962.
CAMARGO, A. P.; SENTELHAS, P. C. Avaliação do desempenho de diferentes
métodos de estimativa da evapotranspiração potencial no Estado de São Paulo,
Brasil. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, RS, v. 5, n. 1, p.89-
97, 1997.
CARVALHO, D. F.; SILVA, L. D. B.; FOLEGATTI, M. V.; COSTA, J. R.; CRUZ, F. A.
Avaliação da evapotranspiração de referência na região de Seropédica-RJ,
utilizando lisímetro de pesagem. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa
Maria, RS, v.14, n. 2, p. 187-195, 2006.
CONCEIÇÃO, A. F. C.; MANDELLI. F. Comparação entre métodos de estimativa da
evapotranspiração de referência em Bento Gonçalves, RS. Revista Brasileira de
Agrometeorologia, Santa Maria, RS, v.13, n. 2, p. 303-307, 2005.
CURI, S. Evapotranspiração e coeficientes de cultura do feijoeiro (Phaseolus
vulgaris L.), em Santo Antônio do Leverger-MT. 2000. 87 f. Dissertação
(Mestrado em Agricultura Tropical) Faculdade de Agronomia e Medicina
Veterinária-Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá, MT, 2000.
DANTAS, R. T.; SOUZA, W. M.; ARAÚJO, J. A. P. Transmitância Atmosférica em
três municípios do estado da Paraíba. In: XI Congresso Brasileiro de Meteorologia,
Rio de Janeiro-RJ. Anais: Rio de Janeiro-RJ: SBMET, 2000, p. 39-54.
DOORENBOS, J.; PRUITT, J. O. Guidelines for predicting crop water
requirements. Rome: FAO, 1977. 179 p. (FAO Irrigation and Drainage Paper, 24).
DOORENBOS, J.; KASSAN, A. H. Efeito da água no rendimento das culturas.
Campina Grande, p. 306-310, 1994.
ELTINK, M. G.; PEREIRA, F. A. C.; FOLEGATTI, M. V. Comparação entre todos
de estimativa da evapotranspiração de referência. In: SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 5. 1977. Piracicaba, Resumos...
São Paulo: Universidade de São Paulo, 1997, p. 517.
FERNANDES, L. C. Avaliação de diversas equações empíricas de,
evapotranspiração. Estudo de caso: Campos dos Goytacazes e Ilha do
Fundão-RJ. 2006. 142 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) COPPE,
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, 2006.
FIETZ, C. R.; SILVA, F. C.; URCHEI, M. A. Estimativa da evapotranspiração de
referência diária para a região de Dourados, MS. Revista Brasileira de
Agrometeorologia, Santa Maria, RS, v. 13, n. 2, p. 250-255, 2005.
GAVILÁN ZAFRA, P. Calibración Regional de la ecuación de Hargreaves en un
ambiente Semiárido. IFAPA. Área de Producción Ecológica y Recursos Naturales.
Córdoba Espanã, 2005: Disponivel em www.cotr.pt/informacao/web2
/Papers/25.pdf : acesso em 12-11-2007.
GALVANI, E. Avaliação agrometeorológico do cultivo de pepino (Cucumis
sativas L.) em ambientes protegido e a campo, em ciclos de outono-inverno e
primavera-verão. 2001. 124 f. Tese (Doutorado em Agronomia) - Faculdade de
Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2001.
GLOVER, J., MCCULLOCH, J.S.G., 1958a. The empirical relation between solar
radiation and hours of sunshine in high-altitude tropics. Q.J.R. Meteorol. Soc.,
84 : p.56-60.
GLOVER, J., MCCULLOCH, J.S.F., 1958b. The empirical relation between solar
radiation and hours of sunshine. Q.J.R. Meteorol. Sco., 84: 172-175.
HENRIQUE, F. A. N. Evapotranspiração de referência em Campina Grande, PB.
2006. 102 f. Dissertação (Mestrado em Irrigação e Drenagem) Universidade
Federal de Campina Grande. Campina Grande, PB, 2006.
HENRIQUE, F. A. N.; DANTAS, R. T. Estimativa da evapotranspiração de referência
em Campina Grande, Paraíba. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e
Ambiental, Santa Maria, RS, v. 11, n. 6, p. 594-599, 2006: Disponível em:
<http://www.agriambi.com.br>. Acesso em: 22 out. 2007.
FARIA, R. A.; CARVALHO, D. F.; RIBEIRO, A.; OLIVEIRA, M. A. A. Influência do
método de estimativa da evapotranspiração de referência na demanda de irrigação
suplementar para o milho (Zea mays l.), na bacia do Rio Verde Grande (MG).
Ciência Agrotécnica, Lavras, MG, v. 24 (Edição Especial), p. 187-196, dez., 2000.
FERANDES, L. C., F. Avaliação de diversas equações empíricas de
Evapotranspiração. Estudo de Caso: Campos dos Goytacazes e Ilha do
Fundão, RJ. 2006. 142 f. Dissertação (Mestrado em Ciências em Engenharia Civil) –
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, 2006.
FERNANDES, A. L. T.; FOLEGATTI, M. V.; PEREIRA, A. R. Avaliação de diferentes
métodos de estimativa da evapotranspiração da cultura do crisântemo
(Chrisantemum spp.) cultivado em estufa plástica. Irriga, Botucatu, SP, v. 11, n. 2, p.
139-149, 2006.
FREITAS, A. F.; BEZERRA, F. M. L.; FONTENELE, F. C. B. Determinação da
evapotranspiração máxima e real e do fator de sensibilidade ao déficit hídrico da
melancia em Canindé, CE. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e
Ambiental. Campina Grande, PB, v. 3, n. 3, p. 298-303, 1999. Disponível em:
www.scielo.br/pdf/eagri/v24n2/v24n2a11.pdf
; Acesso em 21-10-2007.
JENSEN, M. E.; HAISE, H. R. Estimating evapotranspiration from solar radiation.
Journal of Irrigation an Irrigation Engineering, v. 89, p. 15-41, 1963.
JENSEN, M. E.; BURMAN, R. D.; ALLEN, R. G. Evapotranspiration and irrigation
water requeriments. New York: ASCE, 1990. 332 p: Disponível em:
www.scielo.br/pdf/eagri/v24n2/v24n2a11.pdf
; Acesso em 21-10-2007.
MACHADO, R. E.; MATTOS, A. Avaliação do desempenho de três métodos de
estimativa da evapotranspiração de referência. Revista Brasileira de
Agrometeorologia, Santa Maria, RS, v. 8, n. 2, p. 193-197, 2000.
MAIA, A. J.; ESPÍNOLA SOBRINHO, J.; OLIVEIRA FILHO, F. X. Comparação de
diferentes todos de estimativa da ETo com o todo de Penman-Monteith-
FAO,em Mossoró-RN. In: IX Congresso Brasileiro de Agrometeorologia. Santa
Maria, RS, Relações Solo-Planta-Atm, 1999, CD Rom.
MARIN, F. R. Evapotranspiração, transpiração e balanço de energia em pomar
de lima ácida Tahiti’. 2000. 74 f. Dissertação (Mestrado) Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Piracicaba, SP, 2000.
MAKKINK, G, F. Ekzamento de la formulo de Penman. Netherlands Journal of
Agricultural Science. Wageningen, v. 5, p. 290-305, 1957: Disponível em:
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid
; Acesso em 12-08-2008.
MEDEIROS, A. T. Estimativa da evapotranspiração de referência através do
programa REF-ET, para duas localidades do Nordeste. 1996. 95 f. Dissertação
(Mestrado) - Departamento de Engenharia Agrícola, Universidade Federal do Ceará.
Fortaleza, CE, 1996.
MEDEIROS, A. T. Avaliação de métodos de estimativa da evapotranspiração de
referência para a região mesoclimática de Santa maria-RS. Revista Brasileira de
Agrometeorologia, Santa Maria, RS, v. 6, n. 1, p. 105-109, 1998.
MEDEIROS, A. T.; FOLEGATTI, M. V. Relação entre evapotranspiração de
referência para grama e alfafa. (compact disc) In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
ENGENHARIA AGRÍCOLA, 29, Fortaleza, 2000.Fortaleza: SBEA, 2000.
MEDEIROS, A. T. Estimativa da evapotranspiração de referência a partir da
equação de Penman-Monteith, de medidas lisimétricas e de equações
empíricas, em Paraipaba, CE. 2002. 103 f. Tese (Doutorado em Agronomia) -
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo.
Piracicaba, SP, 2002.
MENDONÇA, J. C. Comparação entre métodos de estimativa da
evapotranspiração potencial de referência (ETo) para a Região Norte
Fluminense, RJ. 2001. 70 f. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal)
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Campos dos
Goytacazes, RJ, 2001.
MELO, M. A. N. Determinação da necessidade térmica, adequação de
coeficiente da cultura e efeito da irrigação e da adubação nitrogenada na
produção do maracujazeiro amarelo. 2001. 138 f. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Agrícola), Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, MG, 2001.
MUKAMMAL, E. I.; BRUCE, J. P. Evaporation measurements by pan atmometer:
International Union of Geodesy an Geophysics. Association of Scientific Hydrology,
53: 408-20 apud CHANG, JEN-HU. 1968. Climate and Agriculture: an ecology
survey. Chicago, Aldine.
OLIVEIRA, L. F. C.; CARVALHO, D. F.; ROMÃO, P. A. CORTÊS, F. C. Estudo
comparativo de modelos de estimativa da evapotranspiração de referência para
algumas localidades no Estado de Goiás e Distrito Federal. Pesquisa Agropecuária
Tropical. Goiânia, GO, v. 31, n. 2, p. 121-126, 2001. Disponível em:
www.biosciencejournal.ufu.br/include/getdoc.php?id=916&article=268&mod
e=pdf
OLIVEIRA, A. D.; VOLPE, C. A. Comparação de métodos de estimativa da
evapotranspiração de referência, utilizando dados de estações meteorológicas
convencional e automática. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria,
RS, v. 11, n. 2, p. 253-260, 2003.
OLIVEIRA, R. Z.; OLIVEIRA, L. F. C.; WEHR, T. R.; BORGES, L. B.; BONOMO, R.
Comparação de metodologias de estimativa da evapotranspiração de referência
para a região de Goiânia,GO. Biosci. J. Uberlândia, MG, v. 21, n. 3, p. 19-27, 2005.
OMETTO, J. C. Bioclimatologia vegetal. São Paulo, Ed. Agronômica Ceres
Ltda.1981. 425 p.
MOLION, L.C.B.; DALLAROSA, R.L.G. Pluviometria da Amazônia: são os dados
confiáveis? Climanálise - Boletim de Monitoramento e Análise Climática, 5(3): p.40 -
42, 1990;
PACHECO, J. M. Evaporatranspiração máxima e coeficientes de cultura de
crotalária (Crotalaria juncea L.). 2000. 94 f. Dissertação (Mestrado em Agricultura
Tropical) Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária-Universidade Federal de
Mato Grosso. Cuiabá, MT, 2000.
PENMAN, H. L. Natural evaporation from open water, bare soil and grass.
Proceedings Royal Society of London. Série A, v. 193, p.120-145, 1948.
PENMAN, H. L. Evaporation: Introduction survey. Netherlands Journal of
Agricultural Science, v.4, n. 1, p. 9-29, 1956.
PEREIRA, A. R.; VILLA NOVA, N. A.; SEDIYAMA, G. C. Evapo(transpi)ração.
Piracicaba, SP: Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz, 1997a. 183 p.
PEREIRA, A. R.; VILLA NOVA, N. A.; SENTELHAS, P. C. O parâmetro de Priestley-
Taylor para a estimativa da evapotranspiração de referência na escala mensal.
Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, RS, v. 5, n. 1, p. 83-87,
1997b.
PEREIRA, A. R. Introdução à micrometeorologia. Piracicaba, SP: ESALQ.
Departamento de Física e Meteorologia, 1998. 70 p.
PEZZOPANE, J. E. M., PEDRO JÚNIOR, M. J., ORTOLANI, A. A., MEYER, N.
Radiação líquida e temperatura de folha no interior de estufa com cobertura plástica,
durante o período noturno. Revista Brasileira de Agrometereologia, Santa Maria,
RS, v. 3, p. 1-4, 1995.
PRÈSCOTT, J. A. Evaporation from a water surface in relation to solar
radiation. Transactions of the Royal Society of South Autralia. v. 64, p. 114-118,
1940.
PRIESTLEY, C. H. B.; TAYLOR, R. J. On the assessment of surface heat flux and
evaporation using large-scale parameters. Monthly Weather Review, v. 100, p. 81-
82, 1972. Disponível em:
library.wur.nl/wda/dissertations/dis3768.pdf/ Acesso
em 21-12-2007.
REICHARDT, K. Processos de transferência no sistema solo-planta-atmosfera.
4. ed. Campinas: Fundação Cargill, 1985. 466 p.
REIS, E. F.; BRAGANÇA, R.; GARCIA, G. O.; PEZZOPANE, J. E. M.;
TAGLIAFERRA. Estudo comparativo da estimativa da evapotranspiração de
referência para três localidades do Estado do Espírito Santo no período seco.
Idésia, v. 25, n. 3, 2007. p. 75-84.
SALATI, Eneas. The Climatology and Hydrology of Amazon. In: Amazonia. Key
Environments. New York: Pergamon Press, 1985, p. 18-48; Disponivel em:
www.amazonia.bo/bibli/mitos.pdf
.; Acesso em 14-06-2008.
SAMPAIO, I. B. M. Estatística aplicada à experimentação animal. Belo Horizonte:
Fundação de Ensino e Pesquisa em Medicina Veterinária e Zootecnia, 1998. 221 p.
SANTIAGO, A. V. Evapotranspiração de referência medida por lisímetro de
pesagem e estimada por Penman-Monteith (FAO-56), nas escalas mensal e
decendial. 2001. 37 f Dissertação ( Mestrado em Agronomia) - Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Piracicaba, SP, 2001.
SEDIYAMA, G. C. Estimativa da evapotranspiração: histórico, evolução e análise
crítica. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, RS, v. 4, n. 1, p. 1-
12, 1996.
SENTELHAS, P. C. Estimativa diária da evapotranspiração de referência com
dados de estação meteorológica convencional e automática. 1998. 97 f. Tese
(Doutorado em Agronomia) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
Universidade de São Paulo. Piracicaba, SP, 1998.
SENTELHAS, P. C.; PEREIRA, A. R.; FOLEGATTI, M. V.; PEREIRA, F. A. C.; VILLA
NOVA, N. A.; MAGGIOTTO, S. R. Variação sazonal do parâmetro de Priestley-
Taylor para estimativa diária da evapotranspiração de referência. Revista Brasileira
de Agrometeorologia, Santa Maria, RS, v. 8, n. 1, p. 49-53, 2000.
SILVA, V. P. R; DANTAS, R. T.; CAMPOS, J. H. B. C.; GUEDES, M. J. F.
Estimativa da evapotranspiração de referência pelos todos de Penman-
Monteith FAO/56, Hargreaves e Tanque Classe A em períodos diários
mensais. In: XII Congresso Brasileiro de Agrometeorologia e III Reunião Latino-
Americana de Agrometeorologia, v. 2, n. 2, 2001, p.467-468.
SILVA, L. D. B. Evapotranspiração do capim tanzânia (Panicum maximum jacq.)
e grama batatais (Paspalum notatum Flugge) utilizando o método do balanço
de energia e lisímetro de pesagem. 2003. 93 f. Tese (Doutorado em Irrigação e
Drenagem) Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São
Paulo. Piracicaba, SP, 2003.
SILVEIRA, S. S. Análise da componente principal como ferramenta para estimar os
parâmetros meteorológicos de mais influência para o processo da
evapotranspirão no Estado do Ceará. 2000. 60 f. Dissertação (Mestrado)
Departamento de Engenharia Agrícola, Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, CE,
2000.
SMITH, M., (Ed.). Report on the expert consultation on procedures for revision of
FAO guidelines for predictions of crop water requirements . Rome: FAO, 1991.
45p. Disponível em:
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S1415
SOUSA, J. W. Efeito do polietileno difusor de luz em ambiente protegido
cultivado com pimentão (Capsicum annuum L.). 2002. 113 f. Tese (Doutorado em
Energia na Agricultura) Faculdade de Ciências Agronômicas. Universidade
Estadual Paulista, Botucatu, SP, 2002.
SOUSA, J. W.; FERRAZ, P. A.; SOUZA, M. L. A. Métodos de estimativa da
evapotranspiração de referência (ETo) para Rio Branco, Acre. In: Congresso
Brasileiro de Irrigação e Drenagem, 18, 2008, São Mateus. Anais... São Mateus:
ABID, 2008. CD-Rom.
TEIXEIRA, P. R.; CERQUEIRA, R. C. C. M.; SOUSA, W. J. de.; BORBA, J. C. C.;
SÁ, M. O.; QUERINO, C. A. S.; MEIXNER, F. X.; MOURA, M. A. L. Estudo
comparativo dos componentes do balanço de radiação para um dia de céu
claro e outro de céu parcialmente nublado na Amazônia. In: XIII Congresso
Brasileiro de Meteorologia, Fortaleza-CE, 2004, pp. 698-707.
THORTWAITE, G. W. Na approach toward a rational classification of climate.
Geographycal Review, v. 38, n.1, p. 55-94, 1948.
TUBELIS, A.; NASCIMENTO, F. J. L. do. Meteorologia Descritiva: fundamentos e
aplicações brasileiras. 1. ed., 7.r. São Paulo: Nobel, 1992. 374 p.
VAREO-SILVA, M. A. Meteorologia e climatologia. Brasília: INMET, 2000. 532 p.
VESCOVE. H. V. Comparação de diferentes métodos de estimativa da
evapotranspiração de referência para a região de Araraquara-SP. 2004. 61 f.
Dissertação (Mestrado em Ciências do Solo) Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias - Universidade Estadual Paulista. Jaboticabal, SP, 2004.
VIEIRA, J. P. G.; SOUZA, M. J. H.; SOUSA, F. A.; TEIXEIRA, J. M. Avaliação de
métodos de estimativa da evapotranspiração de referência para Diamantina, MG. In:
Congresso Brasileiro de Agrometeorologia, 15, 2007, Aracaju. Anais... Aracaju:
SBAGRO, 2007. CD-Rom.
VILLA NOVA, N. A. Principais métodos de estimativa de aplicação de água de
irrigação. Piracicaba: ESALQ, Departamento de Física e Meteorologia, 1987. 22 p.
VILLA NOVA, N. A.; REICHARDT, K. Evaporação e evapotranspiração. In: RAMOS,
F.; OCCHIPINTI, A. G.; VILLA NOVA, N. A.; REICHARDT, K.; MAGALHÃES, P. C.;
CLEARY, R. W. Engenharia Hidrológica, Rio de Janeiro: ABRH, 1989. cap. 3, p.
145-197. (Coleção ABRH de Recursos Hídricos, 2).
VILLA NOVA, N. A.; SALATI, E.; MATSUI, E. Estimativa da evapotranspiração na
Bacia Amazônica. Acta Amazônica, Manaus, AM, v. 6, n. 2, p. 215-258, 1976.
WILLMONT, C. J.; DAVIS, R. E.; FEDDEMA, J. J.; KLINK, K. M.; LEGATES, D. R.;
ROWE, E. M.; ACKLESON, S. G.; O’DONNEELL, J. Statistics for the evaluation and
comparison of models. Journal of Geophysical Research, Ottawa, v. 90, n. C5,
p.8995-9005, 1985.
WILLMONT, C. J. On the validation of models. Physical Geography. v. 2, p. 184-
197, 1981. Disponivel em: www.diva-portal.org/diva/getDocument?urn_nbn_no
_ntnu_diva-391-2_fulltext.pdf
.: Acesso em 19-11-2007
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo