Tabela 2 – Características físico-químicas e composição de ácidos graxos do óleo de
andiroba.
Características Pinto (1963) Amorin (1939)
Loureiro et al.
(1979)
Densidade a 15
o
C 0,923-0,934 - 0,923
Densidade a 25
o
C 0,930-0,941 - -
Ponto de fusão inicial 22 30 22
Ponto de fusão completo 43 - 28
Ponto de solidificação inicial 19 - 19
Ponto de solidificação completo 5 - 5
Índice de saponificação 195-205 197 205
Índice de iodo 58-76 66 33
Índice Reichert-Meissl 0,2-3,5 2,6 2,5
Indice de Polenske 0,3-3,0 0,4 0,30
Índice de acidez 10-20 18 81,9
Refração a 40
o
C 1,452-1,459 1,461 1,464
Insaponificáveis % 0,6-2,6 1,0 1,0
Ácidos voláteis (%) 0,8 0,7 -
Acido mirístico (%) 17,9-18,1 17,9 -
Acido palmítico (%) 9,3-12,4 12,4 -
Acido oléico (%) 56,4-59 58,4 -
Acido linoléico (%) 4,9-9,2 4,9
Fonte: Sampaio (2000)
A semente de andiroba produz um óleo com propriedades medicinais muito
comercializado na Amazônia. Sua industrialização teve origem na cidade de
Cametá-PA, sendo que na década de 70 teve demanda de até 350 toneladas/ano
para exportação entre a Europa e Estados Unidos (Shanley et al., 1998).
O óleo é usado pelos extrativistas, índios e ribeirinhos em picadas de
serpentes, escorpiões e abelhas, para combater vermes e protozoários, artrite,
tétano, reumatismo, infecção renal, hepatite, icterícia e outras infecções do fígado,
dispepsias, fadiga muscular, dores nos pés, resfriados, gripes, tosse, psoríase,
sarna, micose, lepra, malária, tétano, herpes e úlceras graves, e para curar
papeira. O óleo misturado com o corante de urucum (Bixa orellana L.) é usado
pelos indígenas por apresentar ação repelente contra insetos. Os índios
Mundurucus usavam o óleo para mumificar a cabeça dos inimigos. Os Wayãpi e
Palikur usam o óleo para remover carrapatos e piolhos. O chá da casca e das
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