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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
AGRÍCOLA
DISSERTAÇÃO
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM PROCESSAMENTO
E ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS
SECAGEM E ARMAZENAMENTO DO TOMATE EM
IVONETE EVANGELISTA PEREIRA
Campina Grande – Paraíba
AGOSTO, 2005
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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL DA UFCG
P436s Pereira, Ivonete Evangelista
2005 Secagem e armazenamento do tomate em pó / Ivonete Evangelista Pereira.
Campina Grande, 2005.
107 f. il.
Inclui bibliografia.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) Universidade Federal de
Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia.
Orientadores: Alexandre José de Melo Queiroz, Rossana Maria F. de
Figueirêdo
1 Tomate 2 Secagem I Título
CDU 635.64:66.047.65
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SECAGEM E ARMAZENAMENTO DO TOMATE EM
IVONETE EVANGELISTA PEREIRA
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Armazenamento e Processamento
de Produtos Agrícolas
ORIENTADORES:
Prof. Dr. Alexandre José de Melo Queiroz
Profª. Dra. Rossana Maria Feitosa de Figueirêdo
Campina Grande – Paraíba
AGOSTO, 2005
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação em Engenharia Agrícola da
Universidade Federal de Campina Grande,
como parte dos requisitos necessários para
obtenção do título de Mestre em Engenharia
Agrícola
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelas graças recebidas.
A meus pais, João Evangelista Filho e Ana Pereira da Silva (in memorian) exemplo
de dignidade, pelo amor, confiança e incentivo aos estudos.
A meus irmãos pelo apoio e amizade.
A meus sobrinhos, Danilo, Tássia, Victor, Sávio, Pedro, Vitória, João Victor e João
Neto pela alegria e amor.
As cunhadas Eugenia, Marilene e Adélia pela amizade e confiança.
Aos meus orientadores, Dr.Alexandre José de Melo Queiroz e Dra. Rossana Maria
Feitosa de Figueiredo, pela orientação, atenção, paciência e apoio durante a realização
deste trabalho.
À Universidade Federal de Campina Grande, pela oportunidade de realização
deste trabalho.
À coordenação e aos professores do Curso de Pós-Graduação em Engenharia
Agrícola da Universidade Federal de Campina Grande.
À Capes, pela ajuda financeira durante a realização do trabalho.
Às senhoras Rivanilda e Aparecida, pela atenção e ajuda dada, durante o curso.
A Márcia e família pela amizade e dedicação.
A todos meus colegas do curso de pós-graduação.
As amigas Daniely, Rosângela, Kelly, Ticiane, e Fatinha pela companhia e
amizade.
A Sckaymenn, Cessa e Luciana Marques pela valiosa ajuda na realização deste
trabalho.
Enfim, aos que, de alguma forma, influenciaram nesta conquista.
i
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
iii
LISTA DE TABELAS
iv
RESUMO
vi
ABSTRACT
vii
1. INTRODUÇÃO
1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3
2.1. O tomate 3
2.2. Secagem 5
2.2.1. Período inicial 7
2.2.2. Período de secagem a taxa constante 7
2.2.2. Período de secagem a taxa decrescente 8
2.2.4. Cinética de secagem 9
2.2..5. Secagem de tomate 10
2.3. Atividade de água 12
2.3.1. Isotermas de adsorção de umidade 13
2.4. Aditivos 16
2.5. Embalagem 18
2.6. Cor 19
3. MATERIAL E MÉTODOS
21
3.1. Matéria-prima 21
3.2. Caracterização físico-química da matéria-prima 21
3.2.1. Sólidos solúveis totais (ºBrix) 21
3.2.2. pH 21
3.2.3. Umidade/Sólidos Totais 21
3.2.4. Ácido ascórbico 22
3.2.5. Acidez total titulável 22
3.2.6. Cinzas 22
3.2.7. Cinzas insolúveis em ácido clorídrico 22
3.2.8. Açúcares redutores 22
3.2.9. Extrato alcoólico 22
3.2.10. Cor 23
3.3. Processamento da matéria-prima 23
ii
3.4. Secagem 24
3.4.1. Curvas de secagem 24
3.5. Armazenamento do tomate em pó 25
3.6. Isotermas de adsorção 26
3.6.1. Umidade de equilíbrio 27
3.6.2. Modelos matemáticos 27
3.7. Análise estatística 29
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
30
4.1. Caracterização da polpa de tomate 30
4.2. Armazenamento do tomate em pó 31
4.2.1. Sólidos solúveis totais (ºBrix) 31
4.2.2. pH 33
4.2.3. Umidade 34
4.2.5. Ácido ascórbico 35
4.2.6. Ácidez total titulável 36
4.2.7. Cinzas 37
4.2.8. Cinzas insolúveis em ácido clorídrico 39
4.2.10. Açúcares redutores
40
4.2.11. Extrato alcoólico 42
4.2.11. Cor 43
4.2.11.1. Luminosidade (L*) 43
4.2.11.2. Intensidade de vermelho (+a*) 45
4.2.11.3. Intensidade de amarelo (+b*) 47
4.3. Curvas de secagem de tomate 49
4.4. Isotermas de adsorção de umidade 53
5. CONCLUSÕES
63
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
64
APÊNDICE
83
iii
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 -
Curvas típicas de secagem 7
Figura 3.1 -
Fluxograma do processamento dos tomates 23
Figura 3.2 -
Esquema do secador 24
Figura 4.1 -
Valores da luminosidade (L*) do tomate em pó, durante o
armazenamento, ajustados pela equação linear e quadrática
45
Figura 4.2 -
Valores de intensidade de vermelho (+a*) do tomate em pó, durante o
armazenamento, ajustados pela equação linear e quadrática
47
Figura 4.3 –
Valores de intensidade de amarelo (+b*) do tomate em pó, durante o
armazenamento, ajustados pela equação linear e quadrática
49
Figura 4.4 –
Curvas de Curvas de secagem de tomate para temperaturas de 50, 60 e
70ºC
50
Figura 4.5 –
Curvas de secagem de tomate a 50ºC, ajustadas pelo modelo de
Henderson, Page e Wang & Singh
52
Figura 4.6 –
Curvas de secagem de tomate a 60ºC, ajustadas pelo modelo de
Henderson, Page e Wang & Singh
52
Figura 4.7 –
Curvas de secagem de tomate a 70ºC, ajustadas pelo modelo de
Henderson, Page e Wang & Singh
53
Figura 4.8 -
Isotermas de adsorção do tomate em pó, ajuste pelo modelo de Halsey 59
Figura 4.9 –
Isotermas de aIsotermas de adsorção do tomate em pó, ajuste pelo
modelo de GAB
60
Figura 4.10 –
Isotermas de adsorção do tomate em pó, ajustadas pelo modelo de BET
modificado
61
Figura 4.11 –
Isotermas de aIsotermas de adsorção do tomate em pó, ajuste pelo
modelo de Oswin
62
Figura 4.12 –
Isotermas de aIsotermas de adsorção do tomate em pó, ajuste pelo
modelo de Smith .
62
iv
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 -
Composição química do tomate 4
Tabela 3.2 -
Atividade de água das soluções saturadas de sais 26
Tabela 4.1 -
Caracterização físico-química do tomate in natura 30
Tabela 4.2 -
Valores médios dos sólidos solúveis totais (ºBrix) do tomate em pó,
durante o armazenamento
32
Tabela 4.3 -
Valores médios do pH do tomate em pó, durante o armazenamento 33
Tabela 4.4 -
Valores médios de umidade (%) do tomate em pó, durante o
armazenamento
35
Tabela 4.5 -
Valores médios do ácido ascórbico (mg/100g) do tomate em pó,
durante o armazenamento
36
Tabela 4.6 -
Valores médios da acidez total titulável (% ácido cítrico) do tomate em
pó, durante o armazenamento
37
Tabela 4.7 -
Valores médios de cinzas (%) do tomate em pó, durante o
armazenamento.
38
Tabela 4.8 -
Valores médios de cinzas insolúveis em ácido clorídrico (%) do tomate
em pó, durante o armazenamento
40
Tabela 4.9 -
Valores médios dos açúcares redutores (% glicose) do tomate em pó,
durante o armazenamento
41
Tabela 4.10 -
Valores médios de extrato alcoólico (%) do tomate em pó, durante o
armazenamento
42
Tabela 4.11 -
Valores médios da luminosidade (L*) do tomate em pó, durante o
armazenamento
44
Tabela 4.12 -
Valores médios da intensidade de vermelho (+a*) do tomate em pó,
durante o armazenamento
46
Tabela 4.13 -
Valores médios da intensidade de amarelo (+b*) do tomate em pó,
durante o armazenamento
Tabela 4.14 -
Parâmetros dos modelos de Page, Wang & Singh e Henderson, e seus
coeficientes de determinação (R
2
), da cinética de secagem do tomate
48
v
Tabela 4.15 -
Valores experimentais da umidade de equilíbrio (U
eq
) do tomate em pó
para as diferentes atividades de água (a
w
), nas temperaturas de 10, 20,
30 e 40ºC
54
Tabela 4.16 -
Parâmetros de ajuste dos modelos das isotermas de adsorção do tomate
em pó, coeficientes de determinação (R
2
) e desvios percentuais médios
(P), nas temperaturas de 10, 20, 30 e 40ºC
58
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
Pós-Graduação em Engenharia Agrícola
Área de Armazenamento e Processamento de Produtos Agrícolas
1
Dissertação de mestrado: Secagem e armazenamento do tomate em
Autora: Ivonete Evangelista Pereira
Orientadores: Prof. Dr. Alexandre José de Melo Queiroz
Profª. Dra. Rossana Maria Feitosa de Figueirêdo
RESUMO
Estudou-se a desidratação de tomates nas temperaturas de 50, 60 e 70ºC e a
conservação do material seco sob condições de armazenamento. Para o armazenamento
foram utilizadas as amostras secas à temperatura de 70ºC, as quais foram trituradas para a
transformação do material em pó. O tomate em pó foi dividido em dois lotes, sendo um
constituído por amostras sem aditivo (controle) e o outro adicionado com o antiumectante
fosfato tricálcico. Cada lote foi embalado em sacos de polietileno de baixa densidade,
contendo 20g da amostra em cada embalagem, e armazenado por 60 dias, acompanhando-
se, a cada dez dias, as características físico-químicas sólidos solúveis totais (ºBrix), pH,
umidade, ácido ascórbico, acidez total titulável, cinzas, cinzas insolúveis em ácido
clorídrico, açúcares redutores, extrato alcoólico e os parâmetros de cor luminosidade (L
*
),
intensidade de vermelho (+a
*
) e intensidade de amarelo (+b*). Do tomate em pó também
foram determinadas as isotermas de adsorção de umidade nas temperaturas de 10, 20, 30 e
40ºC. Os resultados obtidos entre as determinações físico-químicas do tomate in natura e
do tomate em pó demonstraram redução de umidade de 94,89 para 13,85%, com
concentração dos sólidos solúveis totais, do ácido ascórbico, da acidez total titulável, das
cinzas, dos açúcares redutores e do extrato alcoólico. Durante o armazenamento do tomate
em pó não houve, para nenhum dos dois tratamentos, alteração no ácido ascórbico, acidez
total titulável, cinzas, sólidos solúveis totais, pH e extrato alcoólico, mas ocorreu redução
nos açúcares redutores em ambos os tratamentos. A umidade do tomate em pó aumentou
com o tempo de armazenamento para o tratamento controle. A luminosidade diminuiu com
o tempo de armazenamento em ambos os tratamentos; a intensidade de vermelho e a
intensidade de amarelo diminuíram com o tempo para o tratamento controle, enquanto que
para o tratamento com fosfato não houve alteração. O menor tempo de secagem dos
tomates foi atingido na temperatura de 70ºC. Os modelos de Page, Wang & Singh e
Henderson se ajustaram bem as curvas experimentais de secagem, com coeficientes de
determinação (R
2
) superiores a 0,94. Os modelos de Halsey, GAB e BET modificado se
ajustaram bem às isotermas de adsorção de umidade do tomate em pó, apresentando R
2
acima de 0,97% e desvio percentual médios (P) máximo de 5,19%.
Palavras-chave: Lycopersicon esculentum, secador de bandejas, isotermas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
Pós-Graduação em Engenharia Agrícola
Área de Armazenamento e Processamento de Produtos Agrícolas
2
M. Sc. Thesis: Drying and storage of the tomato powder
Author: Ivonete Evangelista Pereira
Supervisors: Alexandre José de Melo Queiroz
Rossana Maria Feitosa de Figueirêdo
ABSTRACT
The drying of tomatoes in the temperatures of 50, 60 and 70ºC and conservation
of the dry material under storage conditions was studied. For storage, the samples dried at
70ºC were triturated for transformation in tomato powder. The tomato powder was divided
in two lots: without addictive (control), and added with the tricalcium phosphate anti-
humectant. Each lot was packaged in low density polyethylene bags with 20 g each and
stored during 60 days. The physical-chemical characteristics soluble solids (ºBrix), pH,
moisture, ascorbic acid, titratable acidity, ash, insoluble ash in chloride acid, reducing
sugars, alcoholic extract and the parameters of color brightness (L *), redness (+a *) and
yellowness (+b*) were determined each ten days. The moisture adsorption isotherms of
tomato powder at 10, 20, 30 and 40ºC were also determined. The results obtained of the
physical-chemical determinations of tomato in natura and of the tomato powder
demonstrated reduction of moisture of 94.89 to 13.85%, with increase of soluble solid,
ascorbic acid, titratable acidity, ash, reducing sugars and alcoholic extract. During the
storage of the tomato powder there was not, for none of the two treatments, alteration in
the ascorbic acid, titratable acidity, ash, soluble solids, pH and alcoholic extract, but it
occurred reduction in the reducing sugars in both treatments. The moisture of the tomato
powder increased with the time of storage for the control. The brightness decreased with
the time of storage in both treatments; the redness and the yellowness decreased with the
time to the control, while for the treatment with tricalcium phosphate there was not
alteration. The smallest time of drying of the tomatoes was reached at 70ºC. Page models,
Wang & Singh and Henderson were fitted the experimental curves of drying well, with
determination coefficients (R
2
) above 0.94. The Halsey, GAB and modified BET models
fitted well the moisture adsorption isotherms of the tomato powder, presenting R
2
above
0.97% and mean relative deviation modulus (P) below 5.19%.
Key words: Lycopersicon esculentum, tray drier, isotherms, drying kinetic
Capítulo1 Introdução
1
1 - INTRODUÇÃO
A desidratação ou secagem, constitui um dos processos mais importantes de
conservação de alimentos, por redução de sua atividade de água (a
w
). As vantagens de se
utilizar o processo de secagem são várias, dentre as quais se destacam: facilidade na
conservação do produto; estabilidade dos componentes aromáticos a temperatura ambiente
por longos períodos de tempo; proteção contra degradação enzimática e oxidativa; redução
de peso; economia de energia em virtude de não necessitar de refrigeração e a
disponibilidade do produto durante qualquer época do ano (PARK et al., 2001b).
A secagem é a eliminação da água do material por meio da evaporação. Existem
dois métodos de secagem: a natural, feita ao sol ou vento (método mais antigo), e a
artificial, a qual necessita de fornecimento de energia, diferente da solar. De acordo com
MURR (1992) a utilização de secagem artificial para produtos alimentícios e agrícolas,
tem sido empregada somente nos dois últimos séculos.
O tomate (Lycopersicon esculentum Mill) é uma planta nativa da região Andina,
parte ocidental da América do Sul, e da América Central (FILGUEIRA, 1982); trata-se de
um produto de grande relevância nutricional e econômica.
No Brasil, a área cultivada com esta hortaliça foi de aproximadamente 65.589 ha,
com produção em torno de 3.142.855 toneladas, sendo o Estado de São Paulo o maior
produtor seguido de Goiás e Minas Gerais (IBGE, 1999). Segundo VIEITES (1998) é um
dos produtos hortícolas mais cultivados no País.
Como a maioria das hortaliças, o tomate é um produto altamente perecível, com
perdas pós-colheita que variam entre 25 e 50% (BARRET, 1990); as perdas variam muito,
conforme a região. A qualidade do fruto é muito importante, principalmente do ponto de
vista comercial. A existência de normas de qualidade para os tomates, estabelecidas pelo
Ministério da Agricultura permite aos produtores contar com um parâmetro para a seleção
e classificação de seus produtos, possibilitando melhor comercialização.
A comercialização do tomate seco é feita sobretudo na forma de fatias imersas em
óleos vegetais diversos; desta forma, o tomate é apropriado para o consumo direto,
constituindo-se em um alimento pronto que, embora detenha um bom valor agregado, não
se beneficia de algumas das maiores vantagens advindas do processo de secagem que
consistem nas reduções de peso e volume das amostras úmidas, com seus conseqüentes
reflexos sobre os custos de produção. A transformação do tomate em um pó seco resgata
essas vantagens, possibilitando a oferta de um produto concentrado, adequado para a
Capítulo1 Introdução
2
utilização como elemento colorizante e flavorizante, inclusive utilizado em alimentos
prontos pela indústria.
1.1 - Objetivo geral
Secagem e armazenamento de tomate da cultivar SM 16.
1.1.1 - Objetivos específicos
Avaliar as características químicas dos tomates frescos.
Desidratar os tomates em fatias, em secador de bandejas.
Estudar a cinética de secagem das fatias de tomate, nas três temperaturas
(50, 60 e 70ºC).
Produzir tomate em pó a partir das fatias secas, armazená-lo com e sem a
adição de antiumectante (fosfato tricálcico), e acompanhar eventuais alterações ocorridas
nas amostras, ao longo do armazenamento.
Determinar as isotermas de adsorção do tomate em pó, nas temperaturas de
10, 20, 30 e 40
o
C.
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
3
2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 - O tomate
O tomateiro é uma dicotiledônea, da família Solanáceae, espécie Lycopersicon
esculentum Mill. O fruto é do tipo baga carnosa e suculenta, com aspecto variável,
conforme a cultivar. Em sua maioria, são vermelhos quando maduros, fazendo exceção as
cultivares japonesas do tipo salada, com frutos rosados. O peso unitário médio do fruto
varia de menos de 25g (tipo cereja) até mais de 300g, em cultivares de frutos grandes, tipo
salada (FILGUEIRA, 2000).
No Brasil, nota-se que as regiões abastecedoras sofreram mudanças radicais
(CAMARGO FILHO, 2001), uma vez que até há pouco tempo os maiores estados
produtores eram, por ordem decrescente de importância: São Paulo, Minas Gerais,
Pernambuco, Goiás, Bahia e Rio de Janeiro, em que São Paulo, sozinho, contribuía com
mais de 30% da produção brasileira, em 1995 (AGRIANUAL, 2003); no entanto,
atualmente o estado de São Paulo teve sua participação reduzida para 22% do total
nacional, ocupando agora o segundo lugar, seguido de Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e
Rio de Janeiro, dando-se destaque à ascensão do estado de Goiás, hoje o maior produtor,
com 938 mil toneladas, cerca de 27% da produção nacional, em 2002 (AGRIANUAL,
2003).
O tomate é um fruto cuja atividade metabólica é normal após a colheita, com
transformações químicas na sua composição que se processam em função da sua
capacidade de absorção do oxigênio do ambiente promovendo, deste modo, um aumento
na taxa respiratória que, para o caso do tomate, pode ocorrer tanto com o fruto preso à
planta como após a colheita. Ante isto e com base nas características respiratórias antes do
amadurecimento, o tomate é considerado um fruto climatério (GAYET et al., 1995).
A polpa do tomate possui elevado conteúdo de umidade, cerca de 95%; é rico em
vitaminas (A, C, E) e minerais como cálcio, potássio e fósforo (GOULD, 1991).
Na Tabela 2.1 se encontra a composição química dos principais constituintes do
tomate.
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
4
Tabela 2.1 - Composição química do tomate
Constituintes Valor
Sólidos totais (%) 7,0-8,5
Sólidos insolúveis (%) 1,0
Sólidos solúveis (
o
Brix) 4,0-6,0
Açúcares totais (%) 2,0-3,0
Acidez (% ácido cítrico) 0,3-0,5
Proteína solúvel e aminoácidos (%) 0,8-1,2
Constituintes minerais (%) 0,3-0,6
Sal (cloreto de sódio) (%) 0,05-0,1
Fonte: GOULD (1991)
De acordo com FILGUEIRA (1982), o tomateiro apresenta quatro grupos e seus
frutos têm características bem diferenciadas: grupo Santa Cruz, que é utilizado como
tomate de mesa; grupo Roma ou piriforme, considerados tomates industriais, que permitem
colheita mecânica e possuem maior produtividade, razão por que são reconhecidos como
adequados para a fabricação de polpa concentrada ou extrato; grupo quadrado, que
apresenta excelente cor externa e interna, além de ótimas características industriais;
pertencem a este grupo variedades de tomate para indústria e para o consumo in natura;
enfim, o grupo salada caqui ou maçã, em que os frutos considerados especialmente para
consumo in natura.
A qualidade do tomate de mesa é determinada pela sua aparência, firmeza, aroma
e valor nutricional mas o consumidor observa principalmente a aparência e o aroma
(KADER et al., 1978); entretanto, HOBSON & DAVIES (1971), relataram que o aroma
característico deste fruto (que se deve aos aldeídos, cetonas, álcoois, e compostos
insaturados, dentre outros) é quase totalmente perdido antes de chegar ao consumidor. Para
TIJSKENS & EVELO (1993) o consumidor é atraído sobremaneira, pelos atributos cor e
firmeza.
O tomate destinado ao processamento deverá apresentar coloração vermelho-
intenso, uniforme, sem pedúnculo, fisiologicamente desenvolvido, maduro, limpo, com
textura da polpa firme e avermelhada, livre de danos mecânicos e fisiológicos e de doenças
e pragas (SILVA et al., 1994).
A composição do tomate varia conforme a cultivar, as condições de cultivo
ambientais e nutricionais da planta. De acordo com ALVARENGA. (2004), o fruto fresco
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
5
apresenta baixo poder calórico, baixo teor de matéria seca e altos índices de cálcio e
vitamina C. Quanto à quantidade de sólidos solúveis, esses se acumulam no final da fase
de maturação e são constituído de cerca de 65% de açúcares; portanto, uma colheita antes
da maturidade fisiológica, acompanhada de uma baixa luminosidade e eliminação de
folhas, vai ocasionar diminuição do teor de açúcares no fruto.
Os principais componentes carotenóides no tomate, são: o licopeno e o beta
caroteno (GOULD, 1991). O licopeno presente nos tomates varia conforme o seu tipo e
grau de amadurecimento. De acordo com GIOVANNUCCI (1999), o tomate vermelho
maduro apresenta maior quantidade de licopeno que de betacaroteno, sendo responsável,
portanto, pela cor vermelha, predominante. As cores das espécies de tomate diferem do
amarelo para o vermelho alaranjado, dependendo da razão licopeno/betacaroteno da fruta,
que também está associada à presença da enzima beta-ciclase, a qual participa da
transformação do licopeno em beta caroteno.
2.2 - Secagem
De acordo com FIOREZE (2004) secagem é a remoção, voluntária ou não, total
ou parcial, de uma fase líquida ou gasosa de qualquer material, envolvendo exclusivamente
a transferência de calor e massa.
Durante a secagem é necessário um fornecimento de calor para evaporar a
umidade do material e, em seguida, a transferência de massa moverá o vapor formado. De
acordo com LUIZ (1982) a secagem de alimentos é um processo simultâneo de
transferência de calor e massa e é atingida por várias condições do ar. Essa transferência
ocorre em um meio capilar-poroso, sempre que o meio contiver umidade e estiver sujeito a
qualquer um ou a todos os gradientes de concentração: pressão parcial de vapor,
temperatura, pressão total e campos de força externa.
A secagem é importante, pois prepara o produto para a armazenagem, visando
preservar sua qualidade e valor nutricional, mesmo que, se não for bem realizada, poderá
sofrer prejuízo na qualidade comercial do produto até antes da armazenagem ou apressar o
processo de deterioração durante a armazenagem (MARTINS & MATA, 1984).
Os mecanismos de secagem não são independentes, pois influem na taxa e
eficiência de secagem, como um conjunto de fatores e não isoladamente. Os parâmetros
que influenciam a taxa de secagem com utilização de ar forçado são, principalmente a
temperatura e a umidade relativa do ambiente, temperatura e fluxo do ar de secagem,
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
6
umidade inicial, final e de equilíbrio do produto, a temperatura e velocidade do produto no
secador, bem como a variedade e a história do produto do plantio até a colheita
(BAKKER-ARKEMA et al., 1978).
De acordo com PUZZI (1986), a água evaporada da parte exterior do produto cria
um gradiente de concentração nas camadas internas, proporcionando um processo
migratório de umidade do centro para a superfície do produto.
Os produtos variam entre si devido à sua forma, estrutura e dimensões, além das
condições de secagem serem várias (DAUDIN, 1983). Para MELONI (2002), a
desidratação do produto pode ser feita com base na vaporização, sublimação, remoção de
água por solventes ou na adição de agentes osmóticos.
O fenômeno de secagem não pode ser generalizado para materiais biológicos, de
vez que possuem características próprias e propriedades que podem sofrer importantes
alterações durante a secagem (KEEY, 1972).
As características específicas de cada produto, associadas às propriedades do ar
de secagem e ao meio de transferência de calor adotado, determinam diversas condições de
secagem; entretanto, a transferência de calor e de massa entre o ar de secagem e o produto,
é fenômeno comum a qualquer condição de secagem.
As considerações sobre como a água é conduzida do interior do sólido à
superfície, fundamentam as teorias de secagem (BROD et al., 1999). Os mecanismos desse
transporte mais importantes, são: difusão líquida, difusão de vapor e fluxo de líquido e de
vapor (NEVES, 1982).
A evolução dessas transferências simultâneas de calor e de massa no decorrer da
operação, faz com que esta seja dividida em três períodos, representados na Figura 2.1: no
período inicial, período de taxa constante e no período de taxa de secagem decrescente
(PRADO et al., 2000). A curva (a) é a curva obtida pesando-se o produto durante a
secagem em determinada condição de secagem; a curva (b) representa a velocidade (taxa)
de secagem do produto, variação da umidade do produto por tempo, dx/dt em relação à
evolução do tempo e a curva (c) indica a variação da temperatura do produto durante a
secagem (variação da temperatura do produto em relação à evolução do tempo) (PARK et
al., 2001).
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
7
Figura 2.1 - Curvas típicas de secagem (PARK, 1991)
2.2.1 - Período inicial
Geralmente, no período inicial o produto é mais frio que o ar e a pressão parcial
de vapor da água na superfície do produto é baixa e, por conseqüência, a transferência de
massa e a velocidade de secagem também são pequenas. O calor, chegando em excesso,
acarreta elevação da temperatura do produto e se dá aumento de pressão e da velocidade de
secagem. Este fenômeno continua até que a transferência de calor compense exatamente a
transferência de massa. Se a temperatura do ar for inferior à do produto, esta última
diminuirá, até atingir o mesmo estado de equilíbrio. A duração deste período é
insignificante em relação ao período total de secagem (PARK, 1991).
2.2.2 - Período de secagem a taxa constante
A taxa de secagem neste período pode ser determinada através da equação de
transferência de massa ou equação de transferência de calor. Durante este tempo, a
quantidade de água disponível no interior do produto é bastante elevada, caso em que a
água na superfície evapora como água livre, sendo a pressão de vapor de água na superfície
constante e, igual à pressão de vapor da água pura à temperatura do produto. A temperatura
do produto é, neste período, constante e igual à temperatura de bulbo úmido do ar (BROD
et al., 1999).
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
8
Para alimentos, como um todo, o período de taxa de secagem constante pode ser
analisado quando o potencial de secagem do ar é muito baixo ou a umidade do produto é
muito alta (CHIRIFE, 1982).
A velocidade de secagem durante o período de taxa constante está ligada a três
fatores: coeficientes de transferência de energia e massa; área da superfície onde ocorre a
troca de energia e de massa e as diferenças entre as temperaturas (ou as pressões de vapor)
do ar que envolve o produto e a superfície desse produto. O processo de funcionamento
interno de migração de água não influencia a velocidade de secagem durante este período
(FORTES & OKOS, 1981).
2.2.3 - Período de secagem a taxa decrescente
De acordo com CHIRIFE (1983) os mecanismos básicos de transporte no período
de taxa decrescente, são: difusão líquida, escoamento capilar e difusão de vapor, que
podem ocorrer ao mesmo tempo. Na segunda etapa deste período, em que a umidade de
equilíbrio está abaixo da saturação, a difusão da fase vapor é, provavelmente, o mecanismo
dominante.
Segundo FORTES & OKOS (1980), para a maioria dos materiais biológicos este
período pode ser dividido em dois regimes, sendo que, em um, a secagem ocorre em uma
zona de superfície insaturada, isto é, não existe seqüência de água em toda a superfície de
evaporação. A superfície diminui; logo, a taxa total de evaporação da superfície decresce,
sendo denominada superfície insaturada; já no segundo regime a região de vaporização se
encontra no interior do material e a razão de secagem é controlada pelo movimento interno
de água, fase esta pouco influenciada pelas condições ambientais; é conhecida por zona de
controle interno.
Neste período, e a partir do momento em que a água começa a ser deficiente na
superfície, a velocidade de secagem diminui e, como a troca de calor não é mais
compensada, a temperatura do produto aumenta. Durante todo este período o fator
limitante é a migração interna da água, visto que, no final deste período, o produto estará
em equilíbrio com o ar e a velocidade de secagem será nula (BROD et al., 1999).
Conforme RODRIGUES et al. (2002) o período de secagem a taxa decrescente,
quase sempre é o único observado na secagem de produtos agrícolas.
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
9
2.2.3 - Cinética de secagem
A complexidade dos fenômenos envolvida no processo durante a secagem, leva os
pesquisadores a proporem numerosas teorias e múltiplas fórmulas empíricas para predizer
a taxa de secagem (BROD et al., 1999).
Predizer teoricamente a taxa de secagem decrescente, é mais complexo que a taxa
constante, visto que devem ser levados em conta não somente os mecanismos externos de
transferência de calor e massa mas, também, os internos do produto (BROOKER et al.,
1974).
O período de taxa constante é raramente observado na secagem de materiais
biológicos (NOGUEIRA, 1991).
Segundo AZOUBEL & MURR (2000) no caso de produtos com elevado teor de
umidade inicial, como as frutas, os modelos de secagem baseados na equação de difusão
líquida apresentam, em geral, bons resultados.
Na cinética de secagem de frutas a temperatura do ar é o parâmetro de maior
influência na taxa de secagem (ALSINA et al., 1997; PRADO et al., 2000), e a velocidade
do ar de secagem exerce pequeno efeito sobre as curvas de secagem.
Na literatura existem vários modelos matemáticos os quais são utilizados para
estimar as curvas de secagem de produtos agrícolas e/ou alimentícios.
O modelo de Henderson (Equação 2.1) é uma das equações empíricas mais
utilizadas para ajuste de dados experimentais de umidade de equilíbrio, principalmente dos
grãos, em função da temperatura e da umidade relativa, para faixas mais amplas de
temperatura e umidade relativa (PEREIRA & QUEIROZ, 1987; BROOKER et al., 1992).
De acordo com CHRIST (1996) modificações empíricas introduzindo um terceiro
parâmetro, “C”, melhoraram substancialmente esta equação, tornando-a aplicável em
faixas mais amplas de temperaturas e umidade relativa.
Henderson
-Dt-Bt
CeAeRU += (2.1)
em que:
RU - razão de umidade (adimensional)
A, B, C, D - constantes do modelo
t - tempo (min)
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
10
O modelo empírico de Page (Equação 2.2) representa, de forma satisfatória, os
dados de secagem de alimentos e é muito utilizado para descrever o comportamento de
secagem de uma ampla variedade de materiais biológicos (TAN et al., 2001).
Page
n
Kt
eRU
=
(2.2)
em que:
RU - razão de umidade (adimensional)
K, n - constantes do modelo
t - tempo (min)
O modelo de Wang & Singh (Equação 2.3) tem sido utilizado com sucesso no
ajuste de curvas de secagem de camada fina de produtos agrícolas. DOYMAZ (2005)
utilizou este modelo no ajuste de curvas de secagem solar do figo, obtendo coeficiente de
determinação de 0,9512. JAIN & PATHARE (2004) utilizaram no ajuste da curva de
secagem de cebola (R
2
= 0,8936) desidratadas por infravermelho a 40
o
C e MENGES &
ERTEKIN (2005) no ajuste das curvas de secagem de maçã.
Wang & Singh
2
1RU BtAt ++=
(2.3)
em que:
RU - razão de umidade (adimensional)
A, B - constantes do modelo
t - tempo (min)
2.2.3 – Secagem de tomate
O tomate, por ser uma hortaliça altamente perecível e com ótima compatibilidade
ao processo de desidratação, vem sendo apontado como uma das principais alternativas
para reduzir as perdas e agregar valor à matéria-prima (ALMEIDA JÚNIOR et al., 2003).
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
11
O tomate seco apresenta-se como alternativa para o aproveitamento do excedente
da produção e comercialização
in natura, além de estar disponibilizando, ao consumidor,
um produto sensorialmente diferenciado e que, por ser menos perecível, pode ser
comercializado em qualquer período do ano (NACHTIGALL et al., 2000).
Durante a secagem de qualquer alimento, incluindo-se o tomate, deve-se atentar
para a manutenção da qualidade do produto, como o sabor, a textura, o valor nutritivo e,
em especial, para a cor, que é a característica de maior apelo ao consumidor (ROMERO-
PEÑA & KIECKBUSCH, 2003).
Tomates inteiros ou sua polpa, podem ser desidratados pelo processo de secagem
por camada de espuma, liofilização, spray dryer e a vácuo. Geralmente, tomates secos ao
sol apresentam cor escura e baixa taxa de reidratação (GUPTA & NATH, 1984;
TRIPATHI & NATH, 1989).
HAWLADER et al. (1991) estudaram as características de fatias de tomates secos
em secador de bandeja, utilizando recirculação do ar de secagem sob condições
controladas de temperatura e de fluxo de ar. Esses autores constataram que temperaturas
elevadas e velocidade do fluxo de ar alta, aumentam a taxa de secagem.
ROMERO (1999) avaliou a influência da temperatura do ar de secagem nas taxas
de secagem de fatias de tomate e na qualidade do produto final. Verificou-se que, para
temperaturas de 80
o
C, as fatias começavam a apresentar escurecimento após 70 min de
secagem e, ao aumentar a temperatura para 120
o
C, notou-se escurecimento em 20 min. As
amostras que apresentaram melhor qualidade visual (cor), foram as fatias secas usando-se a
temperatura de 60
o
C.
BRASIL et al. (2004) avaliaram a secagem de tomates em uma chaminé solar,
verificando sua viabilidade como secador solar de alimentos e concluíram também que o
tempo de secagem dos tomates com o uso da chaminé solar foi menor quando comparado
com a secagem ao sol, para as mesmas condições.
De acordo com ROMERO et al. (1997) é aconselhável que a secagem do tomate
seja realizada a temperaturas inferiores a 65
o
C para preservar a cor e o sabor, o que torna o
processo demorado, exigindo um tempo superior a 20 horas para atingir 4% de umidade
final.
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
12
2.3 - Atividade de água
A água é o constituinte presente em maior concentração em alimentos frescos; sua
influência na palatabilidade, digestibilidade, estrutura física e manuseio do material
alimentício, é considerável. Praticamente, todos os processos deteriorativos que ocorrem
com os alimentos, são influenciados por sua concentração e mobilidade. A intensidade e a
taxa desta deterioração podem ser caracterizadas pela atividade de água (WOLF et al.,
1985).
Para MOHSENIN (1986) o teor de água livre é expresso pela atividade de água
(a
w
) que é dada pela relação entre a pressão de vapor de água em equilíbrio sobre o
alimento e a pressão de vapor de água pura, a mesma temperatura. A atividade de água
também pode ser entendida como a umidade relativa em equilíbrio com o produto na
temperatura considerada.
As aplicações da atividade de água são muitas e podem ser usadas sempre, para
melhorar a qualidade de um produto alimentício, facilitando e uniformizando sua
fabricação. Ainda existem muitas áreas em que há possibilidades de desenvolvimento de
correlações entre as diversas propriedades dos alimentos e a a
w
(DITCHFIELD, 2000).
A afinidade entre a água e os outros componentes de um produto define sua
higroscopicidade, que é muito marcante nos produtos e se torna uma característica
fundamental a influenciar os processos de manuseio, estocagem e consumo de materiais
biológicos (TEIXEIRA NETO & QUAST, 1993).
A atividade de água dos produtos alimentícios é fator significativo nos estudos
dos processos de secagem, armazenamento e embalagem de alimentos. De acordo com
LABUZA (1977) a atividade de água avalia, com precisão, o grau de ligação da água
presente no alimento e, conseqüentemente, sua disponibilidade para agir como solvente e
participar das transformações químicas, bioquímicas e microbiológicas.
É de suma importância o conhecimento de atividade de água de um alimento
fresco ou processado, visto que permite que se conheçam os seus principais constituintes e
suas proporções relativas com respeito à água contida nesses alimentos (CHIRIFE, 1987).
O estudo da atividade de água pode ser feito através de isotermas, que consistem
em curvas que descrevem a relação entre a umidade dos alimentos e a atividade de água
para temperatura e pressão constantes (IGLESIAS & CHIRIFE, 1982).
As isotermas podem ser de adsorção e dessorção, dependendo se o processo
ocorrido foi ganho ou perda de umidade.
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
13
2.3.1 - Isotermas de adsorção de umidade
As isotermas de adsorção de umidade são representações gráficas da umidade de
equilíbrio, em função da atividade de água a temperatura constante e são chamadas curvas
de umidade de equilíbrio ou isotermas de adsorção de água (CHEN & CLAYTON, 1971).
Para GÓIS (1981), as isotermas de adsorção de umidade descrevem a quantidade de água
adsorvida por um produto, em dada temperatura, em função da atividade de água ou da
umidade relativa.
A obtenção dos dados experimentais com a finalidade de se determinar as curvas
de umidade de equilíbrio, é feita, normalmente, por dois métodos: pelo o estático e o
dinâmico. No estático, a umidade de equilíbrio entre o produto e a atmosfera circundante é
atingida sem movimentação do ar ou do produto; no método dinâmico, o ar ou produto é
movimentado até que o equilíbrio seja atingido (BROOKER et al., 1992).
Na determinação das isotermas utilizando-se o método gravimétrico estático
geralmente se utilizam soluções saturadas de sais ou soluções de ácido sulfúrico para
proporcionar diferentes umidades relativas. KIRANOUDIS et al. (1993) utilizaram o
método gravimétrico para determinação das isotermas de umidade de equilíbrio do tomate,
batata, cenoura, pimentão e cebola; já TEIXEIRA NETO & QUAST (1977) usaram este
mesmo método para determinação das isotermas de adsorção de quarenta tipos de
alimentos, dentre eles: açúcar, castanha de caju, café, mate, guaraná, cacau em pó, coco
ralado, produtos de banana, produtos cárneos salgados e outros.
A importância da construção de isotermas de adsorção de umidade se encontra na
utilização de modelos matemáticos para resolver numerosos problemas de processamento e
estocagem de alimentos e produtos alimentícios, entre os quais: predição do tempo de
secagem, da vida de prateleira em determinada embalagem e dos requisitos básicos
necessários para que se possa embalar um produto e, ainda, a caracterização de um produto
no equilíbrio, quando o mesmo é constituído por componentes de atividade de água
diferentes (ROCKLAND, 1957).
Tem-se realizado várias pesquisas para a obtenção de equações que expressem a
atividade de água do produto, em função da temperatura e da umidade relativa do ar
(FARIAS et al., 2002; LEITE et al., 2002; SILVA et al., 2002).
Determinado modelo de isoterma pode ser considerado mais adequado que outro,
principalmente quando descreve, com maior precisão, o fenômeno de adsorção para uma
ampla faixa de atividade de água (IGLESIAS & CHIRIFE, 1983).
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
14
Um dos modelos mais usados é o de GAB (Guggenheim-Anderson-De Boer)
(Equação 2.4) que, segundo SILVA et al. (2001) este modelo de três parâmetros é uma
extensão do modelo de BET.
LOMAURO et al. (1985) verificaram que o modelo de GAB pode representar,
com grande precisão, mais que 50% das isotermas de frutas, vegetais e carnes, quando
comparado com equações de dois parâmetros.
)Ckaka)(1ka(1
CkaX
U
www
wm
eq
+
=
(2.4)
em que:
U
eq
- umidade de equilíbrio (% base seca)
a
w
- atividade de água
X
m
- umidade na monocamada molecular (% base seca)
C e K - parâmetros que dependem da temperatura e da natureza do produto
O modelo de BET modificado (Equação 2.5) é uma modificação simples do
modelo de BET Esta equação de sorção contém três parâmetros (C, X
m
e n), os quais têm
sentido físico. Esta modificação do modelo de BET propõe que o raio dos capilares define
o limite máximo do número de camadas de água que podem ser construídas dentro do
capilar (CHIRIFE & IGLESIAS, 1978).
()
)
()
()
++
=
+
+
1
1
11
11
1
n
ww
n
w
n
w
w
wm
eq
CaaC
naan
a
CaX
U (2.5)
em que:
U
eq
– umidade de equilíbrio (% base seca)
a
w
- atividade de água
X
m
- umidade na monocamada molecular (% base seca)
C – constante relacionada ao calor de sorção
n – número de camadas
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
15
HALSEY (1985) desenvolveu um modelo matemático (Equação 2.6) que
considera a condensação das multicamadas a uma distância relativamente grande da
superfície, assumindo que a magnitude do parâmetro
b caracteriza o tipo de interação entre
o vapor e o sólido pois, se
b é grande, a atração entre o sólido e o vapor é muito específica
e não se estende para muito longe da superfície; se, porém,
b é pequeno, as forças de
atração predominantes são de Van der Waals e capazes de agir a grandes distâncias da
superfície.
=
b
eq
w
U
a
a
"
exp
(2.6)
em que:
a
w
- atividade de água
U
eq
- umidade de equilíbrio (% base seca)
a e b - constantes que dependem da temperatura e da natureza do produto
O modelo de Oswin é empírico (Equação 2.7); baseia-se na expressão matemática
para curvas de formato sigmoidal, e se ajusta bem entre 0,0 < aw < 1,0. Com apenas duas
constantes é de fácil linearização, apresentando vantagem sobre os modelos cinéticos de
BET e GAB (CHINNAN & BEAUCHAT, 1985). De acordo com LOMAURO (1985) este
modelo ajusta cerca de 57% das isotermas de alimentos. Esta equação foi usada por
BOQUET et al. (1978) para trinta e nove produtos e é adequada para alimentos com alto
conteúdo de amido, além de considerada uma das mais versáteis equações de dois
parâmetros testados.
()
b
w
w
eq
a
a
aU
=
1
(2.7)
em que:
U
eq
- umidade de equilíbrio
a
w
- atividade de água
a e b - parâmetros de ajuste do modelo
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
16
O modelo de Smith (Equação 2.8) é um modelo com dois parâmetros, o qual foi
desenvolvido para ajustar isotermas de sorção de vários biopolímeros (CHIRIFE &
IGLESIAS, 1978).
)a-ln(1M-MU
wbae
=
q
(2.8)
em que:
U
eq
- umidade de equilíbrio
a
w
- atividade de água
M
a
e M
b
- parâmetros de ajuste do modelo
2.4 - Aditivos
EVANGELISTA (1992) relatou que os aditivos são definidos, segundo a FAO,
como “substâncias não nutritivas, com a finalidade de melhorar a aparência, sabor, textura
e tempo de armazenamento”; a FAO esclarece, entretanto, que “em certos casos, as
substâncias químicas incluídas para melhorar esta qualidade do produto poderão elevar a
sua capacidade nutritiva”.
De acordo com BARUFFALDI & OLIVEIRA (1998) o comitê “Food Protection
Comittee” da “National Academy of Sciences” dos Estados Unidos considera aditivos
como sendo substâncias ou misturas de substâncias, que não o produto alimentício em si,
presente nos alimentos, como resultado dos meios de produção, processamento,
acondicionamento e armazenamento.
No Brasil, os aditivos são classificados em 11 categorias: acidulantes,
antiespumíferos, antioxidantes, antiumectantes, aromatizantes, conservadores, corantes,
edulcorantes, espessantes, estabilizantes e umectantes.
Vários aditivos químicos podem ser liberados a partir de uma embalagem, com a
finalidade de aumentar a vida-de-prateleira do produto. A maior parte dos compostos assim
liberados são os conservantes (especialmente ácidos orgânicos ou peróxidos). Tais
compostos, capazes de prevenir o crescimento de microrganismos deterioradores e
patogênicos, podem ser liberados controladamente sobre a superfície de um alimento,
através de difusão e evaporação, a partir do filme ou através de reação química ou
enzimática (LABUZA & BREENE, 1989). A liberação de conservantes químicos pode ser
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
17
de grande utilidade; por exemplo, no caso de frutas, às quais a pasteurização é contra-
indicada, pois pode conferir sabor cozido, indesejável; já os filmes comestíveis
impregnados com conservantes, podem ser utilizados para reduzir o crescimento
microbiano superficial (LABUZA, 1996).
Segundo ARAÚJO (1995), tanto o controle do crescimento quanto o
desenvolvimento de microrganismos em alimentos por meio de uso de conservantes
químicos estão relacionados com o pH do meio. A forma não-dissociada da molécula é que
confere a característica antimicrobiológica aos conservantes químicos. A concentração da
forma não-dissociada, aumenta com o aumento da acidez do alimento, garantindo maior
eficiência no controle de microrganismos.
Além dos conservantes, outros agentes químicos têm sido incorporados às
embalagens para prolongar a vida-de-prateleira dos alimentos; por exemplo os
antioxidantes usados em alguns cereais (LABUZA & BREENE, 1989). Os antioxidantes
previnem a oxidação em óleos e gorduras, quando em contato com o ar. Antes do uso de
antioxidantes, a rancidez era um grande problema para a indústria alimentar. Este aditivo é
normalmente acrescido ao alimento, para aumentar o seu tempo de vida útil como, por
exemplo: em batatas fritas e pastéis (CALIL & AGUIAR, 1999).
Os antiumectantes são substâncias capazes de reduzir as características
higroscópicas dos alimentos. Essas substâncias são mais utilizadas em sal de mesa,
temperos e aromatizantes em pó. Os permitidos dentro desta categoria, são: carbonato de
cálcio, carbonato de magnésio, fosfato tricálcico, citrato de ferro amoniacal, silicato de
sódio, ferrocianeto de sódio, silicato de alumínio e sódio e dióxido de silício.
Conforme BARUFFALDI & OLIVEIRA (1998) os fosfatos são sais que, apesar
de altamente insolúveis, podem ser utilizados como antiumectantes sob a forma de pó. O
sal de cálcio do ácido fosfórico se denomina, quando totalmente neutralizado, fosfato
tricálcico. É altamente insolúvel e de composição variável, além de ser usado como
antiumectante em sal de cozinha e em misturas de flavorizantes dietéticos.
O fosfato tricálcico tem as funções de agente melhorador, agente de firmeza, sal
emulsificante, seqüestrante, fermento em alimentos, e agente de crescimento presente em
fermentos em pó, além de nenhum efeito adverso ser conhecido (CALIL & AGUIAR,
1999).
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
18
2.5 - Embalagem
As embalagens têm a finalidade de conter, proteger e prolongar a vida pós-
colheita dos produtos hortícolas, procurando conservar-lhes as características de qualidade,
até chegar às mãos do consumidor. As operações de embalagem não melhoram a qualidade
do produto; portanto, apenas os melhores devem ser embalados. A qualidade será mantida
quando as boas condições de embalagem forem associadas a boas condições de transporte
e armazenamento (HONÓRIO, 1995). Segundo BANZATO & MOURA (1997), a
embalagem foi criada para facilitar o transporte.
Em produtos alimentícios armazenados, o tipo de embalagem usado influencia as
reações metabólicas, diminuindo o seu ritmo por meio da modificação do microclima
criado em seu interior constituindo-se em uma barreira que impede ou dificulta o contato
entre o ambiente externo e o produto (GARCIA et al., 1989).
EVANGELISTA (1992), relatou que produtos submetidos a secagem, embora se
beneficiem do retardo no crescimento de microrganismos e do aumento no tempo de
conservação necessitam, nas fases de transporte e armazenamento, de embalagem
adequada, que mantenham as características do produto obtidas na secagem.
Dentre os plásticos mais utilizados e de menor preço em todo o mundo, o
polietileno é dos mais versáteis, apresentando resistência e flexibilidade, que o tornam
aplicável a um elevado número de opções de embalagem (CABRAL et al., 1980).
Os polietilenos são inertes, face à maioria dos produtos químicos comuns, devido
à sua natureza parafínica, seu alto peso molecular e sua estrutura parcialmente cristalina.
Em temperaturas abaixo de 60ºC, são parcialmente solúveis em todos os solventes
(NEVES, 1999).
Segundo BILLMEYER (1984), o primeiro polímero comercial do monômetro
etileno foi o polietileno ramificado, comumente designado polietileno de baixa densidade
ou material de alta pressão; sua síntese é feita pela polimerização em massa do etileno, a
altos valores de temperatura e pressão, na presença de traços de oxigênio.
O polietileno de baixa densidade (PEBD) apresenta combinação única de
propriedades: tenacidade, alta resistência ao impacto, alta flexibilidade, boa
processabilidade, estabilidade e propriedades elétricas notáveis. Apesar de altamente
resistente a água e a algumas soluções aquosas, inclusive a altas temperaturas, o PEBD é
atacado lentamente por agentes oxidantes; além disso, solventes alifáticos, aromáticos e
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
19
clorados, causam inchamento, a temperatura ambiente. O PEBD é pouco solúvel em
solventes polares como álcoois, ésteres e cetonas (DOAK, 1986).
A qualidade de produtos desidratados se altera com o tempo de armazenamento,
devido a várias reações. Esses produtos apresentam, quando embalados, maior período de
vida de prateleira se protegidos para evitar o contato com o oxigênio e o ganho de
umidade, de modo a não ocorrer o empedramento ou aglomeração (ALVES, 2001). Para
CABRAL et al. (1983) há casos em que a embalagem deverá impedir a passagem de
oxigênio e luz, evitando a ramificação de produtos com alto teor de gordura.
2.6 - Cor
A cor é um parâmetro importante em alimentos visto que, antes da tomada de
decisão de ingerir-los, o consumidor observa o seu aspecto visual, especialmente a cor
(ARGANDONA, 1999). A cor sugere as mudanças de sabor, textura e aroma, decorrentes
do processo de maturação (ZAMBON, 1984; SILVA & GIORDANO, 2000).
Os produtos com coloração forte são os preferidos, embora na maioria dos casos a
cor não se correlacione com o valor nutritivo e nem com a qualidade comestível do
produto (CHITARRA & ALVES, 2001).
De acordo com KAYS (1991) a coloração é o principal parâmetro de qualidade de
vez que os consumidores já desenvolveram uma relação positiva entra a cor e a qualidade
máxima do produto. Por outro lado, a modificação da coloração do tomate é devida à
clorofila e aos carotenóides. A cor verde dos frutos imaturos é atribuída à clorofila. Ao
máximo tamanho segue imediata mudança de cor, início da maturação, refletindo a
degradação da clorofila que permanece, embora em pequena quantidade, nos tecidos do
fruto (MEDINA & MEDINA, 1981; ZAMBON, 1984; ZAMBRANO et al., 1995).
Os principais componentes carotenóides no tomate são o licopeno e o
betacaroteno (GOULD, 1991). O licopeno é responsável pela cor vermelha do tomate
(WONG, 1995). De acordo com PADULA (1983) os carotenóides perdem cor, passando
do vermelho ao incolor, devido às reações oxidativas dependentes da temperatura de
estocagem, disponibilidade de oxigênio, exposição à luz, atividade de água e acidez do
produto. Em tomates, há intensa degradação de clorofila durante o armazenamento, com
síntese gradual de licopeno (CHITARRA & CHITARRA, 1990). A cor vermelha dos
frutos é considerada o acúmulo de licopeno.
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
20
A mudança de cor do tomate é considerada índice de colheita (ZAMBRANO et
al., 1995). Desde que o fruto tenha completado seu desenvolvimento fisiológico (de vez),
poderá ser colhido, mesmo que se apresente com coloração verde claro; o fruto
fisiologicamente desenvolvido, verde maduro, ideal para a colheita, é identificado pela
estrutura interna.
A cor é um atributo da luz que faz uma sensação corresponde univocamente a
cada distribuição espectral. A sensação está condicionada à intensidade e duração do
estímulo, estado de adaptação do observador, área da retina afetada e contraste luminoso e
cromático com que se percebe (LOZANO, 1977).
A secagem de tomate através de temperaturas altas e de longo tempo, causa danos
à cor, oxidando o fruto. Pesquisas têm sido realizadas utilizando-se, antes da secagem, a
desidratação osmótica, como pré-tratamento na obtenção de produtos desidratados de
melhor qualidade, protegendo e reduzindo a degradação térmica de cor e sabor. BARONI
et al. (2003) relataram que a desidratação osmótica é bastante utilizada, com a finalidade
de diminuir a degradação da cor durante a secagem do tomate.
Com o propósito de melhorar a determinação da cor, começou-se a se utilizar
outros métodos, como o espaço CIE 1964 e, posteriormente, o espaço CIE 1976, que é,
hoje em dia, de grande aceitação. Este sistema se baseia na teoria da percepção de cores
opostas e estabelece que uma cor não pode ser verde e vermelha ou amarela e azul ao
mesmo tempo (VALDÉS, 1997); estabelece-se, desta forma, um sistema tridimensional, o
espaço CIELAB, constituído de três coordenadas L*, a* e b* que indicam,
respectivamente, a luminosidade, os tons de vermelho (+a*) e verde (-a*), e os tons
amarelo (+b*) e azul (-b*). Todas as cores são representadas dentro de um sólido cujo eixo
central, L*, varia entre 0 e 100% (completamente opaco a completamente transparente)
(BAKKER et al., 1986). As coordenadas a* e b* formam um plano horizontal dentro deste
sólido.
Capítulo 3 Material e Métodos
21
3 - MATERIAL E MÉTODOS
A etapa experimental deste trabalho foi conduzida no Laboratório de
Armazenamento e Processamento de Produtos Agrícolas do Departamento de Engenharia
Agrícola, do Centro de Ciências e Tecnologia, da Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG).
3.1 - Matéria-prima
Utilizaram-se frutos de tomate (Lycopersicon esculentum Mill), cultivar SM 16,
adquiridos junto aos pontos de comercialização da CEASA, em Campina Grande, PB.
3.2 - Caracterização físico-química da matéria-prima
3.2.1 - Sólidos solúveis totais (
o
Brix)
O teor de sólidos solúveis totais (°Brix) foi determinado por leitura direta em
refratômetro de bancada, com correção de temperatura realizada através de tabela proposta
pelo INSTITUTO ADOLFO LUTZ (1985).
3.2.2 - pH
A determinação do pH se deu pelo método potenciométrico, calibrando-se o
peagômetro com soluções tampão de pH 4,0 e 7,0.
3.2.3 - Umidade/ Sólidos Totais
Foram determinados de acordo com as normas analíticas do INSTITUTO
ADOLFO LUTZ (1985) e os resultados expressos em percentagem.
Capítulo 3 Material e Métodos
22
3.2.4 - Ácido ascórbico
Para esta determinação utilizou-se a metodologia da AOAC (1997) modificada
por BENASSI & ANTUNES (1998) a qual utiliza, como solução extratora, o ácido
oxálico.
3.2.5 - Acidez total titulável
A acidez total titulável foi determinada pelo método acidimétrico, do
INSTITUTO ADOLFO LUTZ (1985). Os resultados foram expressos em percentagem de
ácido cítrico.
3.2.6 - Cinzas
Determinadas pelo método da AOAC (1997), cujos resultados foram expressos
em percentagem (%).
3.2.7 - Cinzas insolúveis em ácido clorídrico
Foram determinadas de acordo com as normas do INSTITUTO ADOLFO LUTZ
(1985) e seus resultados expressos em percentagem (%).
3.2.8 - Açúcares redutores
Determinados de acordo com o método proposto pela AOAC (1997); seus
resultados foram expressos em percentagem de glicose (p/p).
3.2.9 - Extrato alcoólico
Determinou-se o extrato alcoólico obedecendo a metodologia do INSTITUTO
ADOLFO LUTZ (1985) e os resultados foram expressos em percentagem (%).
Capítulo 3 Material e Métodos
23
3.2.10 - Cor
A cor foi determinada através de um colorímetro Minolta, modelo CR 10,
obtendo-se os valores de L*, a* e b*; L representa a luminosidade, a* define a transição da
cor verde (-a*) para a cor vermelha (+a*) e b* representa a transição da cor azul (-b*) para
a cor amarela (+b*). As medidas foram realizadas com três repetições, obtendo-se os
valores médios de L*, a* e b*.
3.3 - Processamento da matéria-prima
As etapas do processamento dos frutos de tomate estão representados no
fluxograma na Figura 3.1.
Figura 3.1 - Fluxograma do processamento dos tomates
A seleção dos frutos foi feita manualmente, com o objetivo de separar os tomates
maduros dos frutos deteriorados e verdes; em seguida, os frutos foram lavados para se lhes
retirar as impurezas; logo após, foram imersos em solução de hipoclorito de sódio, com
concentração de 50ppm, durante 15 minutos para, em seguida, serem enxaguados com
água potável, postos para escorrer o excesso de água (secar) em temperatura ambiente e
Capítulo 3 Material e Métodos
24
cortados ao meio, no sentido transversal, com faca de aço inoxidável, retirando-se as
sementes e, finalmente, encaminhados para a etapa de secagem.
3.4 - Secagem
Realizou-se a secagem dos tomates partidos ao meio, com secador de bandejas,
construído por FREITAS et al. (2004), com dimensões de 40cm de largura x 40cm de
profundidade x 114cm de altura (Figura 3.1); a estrutura interna era formada de seis
bandejas, sendo três para colocação de sílica gel, com o objetivo de reduzir a umidade da
câmara de secagem, e outras três para colocação das amostras. O secador foi aquecido com
lâmpadas de 100W, instaladas entre as bandejas, em conjunto de quatro lâmpadas por
bandeja, nas quatro faces internas do secador, no qual as luminosidades foram selecionadas
por dimmers, de modo que permitiram controlar o aquecimento das bandejas.
Figura 3.2 - Esquema do secador
3.4.1 - Curvas de secagem
Obtiveram-se as curvas de cinética de secagem em três diferentes temperaturas
(50, 60 e 70
o
C). Durante a secagem 4 fatias do tomate e depois pesadas em intervalos de
10, 15, 20, 30 minutos e 1 hora, durante o processo, até peso constante.
Capítulo 3 Material e Métodos
25
Para o ajuste matemático das curvas de cinética de secagem do tomate, utilizaram-
se as equações de secagem em camada fina, de HENDERSON (1974), PAGE (1949) e
WANG & SINGH (1978), através do programa computacional STATISTICA versão 5.0.
Henderson
-Dt-Bt
CeAeRU += (3.1)
Page
n
Kt
eRU
=
(3.2)
Wang & Singh
2
1RU BtAt ++=
(3.3)
em que:
RU - razão de umidade (adimensional)
A, B, C, D, K, n - constantes dos modelos
t - tempo (min)
3.5 - Armazenamento do tomate em pó
Os tomates secos a 70ºC, foram triturados em multiprocessador e embalados em
sacos de polietileno de baixa densidade, com espessura de 0,7µm; preparados 42 sacos
contendo 20g da amostra em cada embalagem, 21 foram separados para o tratamento
controle (sem aditivo) e ao restante (21 sacos) se acrescentou o antiumectante fosfato
tricálcico, na concentração de 1%, conforme permitido na legislação (BRASIL, 1999).
Essas embalagens foram termosseladas e armazenadas em temperatura ambiente, durante
60 dias. Análises físico-químicas foram realizadas em triplicata a cada dez dias, conforme
as metodologias descritas nos itens 3.2.1 a 3.2.10.
Capítulo 3 Material e Métodos
26
3.6 - Isotermas de adsorção
Determinaram-se as isotermas de adsorção de umidade do tomate seco a 70ºC e
triturado, empregando-se o método gravimétrico estático, no qual foram utilizadas soluções
saturadas de sais, em quatro temperaturas (10, 20, 30 e 40
o
C) proporcionando diferentes
atividades de água (Tabela 3.2).
As amostras, em triplicata, foram postas em cadinhos contendo 1g da amostra
seca triturada, permanecendo em cada pote hermético em que se encontravam contendo as
soluções saturadas de sais, até atingirem peso constante, fato verificado através de
pesagens periódicas em balança analítica.
Tabela 3.2 - Atividade de água das soluções saturadas de sais
Temperatura (ºC)
Sal
10 20 30 40
C
2
H
3
KO
2
0,2338 0,2311 0,2161 0,2040
MgCl
2
6H
2
O 0,3347 0,3307 0,3244 0,3160
K
2
CO
3
0,4314 0,4316 0,4317 0,432
MgNO
3
6H
2
O 0,5736 0,5438 0,5140 0,4842
NaBr 0,6215 0,5914 0,5603 0,5317
NaCl 0,7567 0,7547 0,7509 0,7468
(NH
4
)
2
SO
4
0,8206 0,8134 0,8063 0,7991
KCl 0,8677 0,8511 0,8362 0,8232
Fonte: GREENSPAN (1977)
3.6.1 - Umidade de equilíbrio
3.6.1333
A umidade de equilíbrio (Equação 3.4) em base seca (% B.S.), foi determinada
pela relação entre a massa de água no equilíbrio e a massa seca.
0.10
m
m
U
s
água
eq
= (3.4)
Capítulo 3 Material e Métodos
27
em que:
U
eq
– umidade de equilíbrio (% base seca)
m
água
- massa de água adsorvida pela amostra (g)
m
seca
- massa seca da amostra (g)
3.6.2 - Modelos matemáticos
Os modelos de Halsey (Eq. 3.5), GAB (Eq. 3.6), BET modificado (Eq. 3.7),
Oswin (Eq. 3.8) e Smith (Eq. 3.9) foram ajustados às isotermas de adsorção de umidade do
tomate em pó, utilizando-se o programa computacional STATISTICA versão 5.0.
Halsey
=
b
eq
w
U
a
a
"
exp (3.5)
em que:
a
w
- atividade de água
U
eq
- umidade de equilíbrio (% base seca)
a e b - constantes que dependem da temperatura e da natureza do produto
GAB
)Ckaka)(1ka(1
CkaX
U
www
wm
eq
+
=
(3.6)
em que:
a
w
- atividade de água
U
eq
- umidade de equilíbrio (% base seca)
X
m
- umidade na monocamada molecular (% base seca)
C e K - parâmetros que dependem da temperatura e da natureza do produto
Capítulo 3 Material e Métodos
28
BET modificado
()
)
()
()
++
=
+
+
1
1
11
11
1
n
ww
n
w
n
w
w
wm
eq
CaaC
naan
a
CaX
U (3.7)
em que:
U
eq
– umidade de equilíbrio (% base seca)
a
w
- atividade de água
X
m
- umidade na monocamada molecular (% base seca)
C – constante relacionada ao calor de sorção
n – número de camadas constante
Oswin
()
b
w
w
eq
a
a
aU
=
1
(3.8)
em que:
U
eq
- umidade de equilíbrio
a
w
- atividade de água
a e b - parâmetros de ajuste do modelo
Smith
)
a
-ln(1M-MU
wbae
=
q
(3.9)
em que:
U
eq
- umidade de equilíbrio
a
w
- atividade de água
M
a
e M
b
- parâmetros de ajuste do modelo
Capítulo 3 Material e Métodos
29
3.6.2.1 - Erros experimentais
Os critérios usados para determinação do melhor ajuste dos modelos aos dados
experimentais foram: o erro relativo (ε), calculado pela Equação 3.10, e o desvio
percentual médio (P) estimado pela Equação 3.11.
(exp)
)((exp)
eq
teor
eqeq
U
UU
=
ε
(3.10)
()
=
=
n
i
eq
teor
eqeq
U
UU
n
P
1
(exp)
)((exp)
.
100
(3.11)
em que:
U
eq (exp)
– umidade de equilíbrio obtida experimentalmente
U
eq
(teor)
- umidade de equilíbrio predita pelo método
n - número de dados experimentais
3.7 - Análise estatística
Durante o armazenamento, os dados das análises foram tratados de acordo com
um delineamento inteiramente casualizado, sendo submetidos à análise de variância e as
médias comparadas pelo teste de Tukey, a nível de 5% de probabilidade, utilizando-se o
programa ASSISTAT,
versão 7.2 beta (SILVA & AZEVEDO, 2002).
Capítulo 4 Resultados e Discussão
30
4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 - Caracterização da polpa de tomate
Acham-se expressos, na Tabela 4.1, os resultados médios da caracterização físico–
química do tomate in natura, utilizado nas secagens.
A quantidade de sólidos solúveis totais (
o
Brix) encontrada foi de 6,16ºBrix, dentro
portanto, da faixa determinada por GOULD (1991), que relatou valores entre 4,0 e
6,0ºBrix, e superiores ao de ROMERO-PEÑA & KIECKBUSCH (2003) que encontraram
o valor de 3,91ºBrix.
O pH indicado foi de 4,14, ligeiramente inferior ao avaliado por COELHO (2001)
que se situou em torno de 4,45.
O valor médio da umidade foi de 94,89%, resultado idêntico ao registrado por
STEVENS (1985) e GIORDANO & RIBEIRO (2000) ao afirmarem que o fruto do
tomateiro possui aproximadamente 93 a 95% de água.
Tabela 4.1 - Caracterização físico–química do tomate in natura
Determinação Valor
Sólidos solúveis totais (ºBrix) 6,16 ± 0,00
pH 4,14 ± 0,00
Umidade (%) 94,89 ± 0,02
Ácido ascórbico (mg/100g) 33,72 ± 0,18
Acidez total titulável (% ácido cítrico) 0,38 ± 0,004
Cinzas (%) 0,48 ± 0,01
Cinzas insolúveis em ácido clorídrico (%) 0,0017 ± 0,0001
Açúcares redutores (% glicose) 5,54 ± 0,14
Extrato alcoólico (%) 3,11 ± 0,05
Luminosidade (L*) 28,63 ± 0,40
Intensidade de vermelho (a*) 12,37 ± 0,32
Intensidade de amarelo (b*) 17,93 ± 2,60
O ácido ascórbico determinado neste estudo apresentou-se com valor médio de
33,72 mg/100g, o qual se encontra dentro do intervalo calculado por FILGUEIRA (1982),
que verificou teores de ácido ascórbico entre 20 e 40 mg/100g de polpa.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
31
O resultado médio da acidez total titulável encontrado foi de 0,38% de ácido
cítrico, semelhante aos valores referidos por CAMARGO (2000) para os frutos na
categoria de tomate industrial, variedade Rio Grande, e de mesa variedade Carmem, de
0,35% de ácido cítrico, em ambas as variedades.
O teor de cinzas obtido foi de 0,48%, que se encontra próximo ao determinado por
DAVIES & HOBSON (1981) ou seja, na faixa de 0,5 a 0,6% para tomate maduro.
O teor de cinzas insolúveis em ácido clorídrico do tomate in natura foi de
0,0017%, o qual representa a quantidade de substâncias residuais não voláteis, de sílica e
constituintes silicosos do produto obtidos do processo de incineração (ASCENCIO et al.
(2005). A determinação de cinzas insolúveis em ácido compreende os resíduos obtidos na
fervura das cinzas com ácido clorídrico diluído, após filtragem, lavagem e incineração
(ASCENCIO et al., 2005).
O valor médio encontrado para os açúcares redutores foi de 5,54% de glicose,
superior ao determinado por AZOUBEL & MURR (2000) isto é, 1,03% para tomate
cereja.
Verifica-se, através da medida da cor, representada com base nos parâmetros de
luminosidade, intensidade de vermelho e intensidade de amarelo, que a intensidade da cor
amarela no tomate in natura foi maior que a intensidade da cor vermelha. WILLS et al.
(1982) relataram que os frutos climatérios modificam rapidamente a cor quando
amadurecem, sendo o desverdecimento o resultado da degradação, não completa, da
clorofila, e aparecimento de pigmentos como carotenóides e antocianinas. A cor nos frutos
ou produtos de tomate depende, sobretudo, da quantidade total de pigmentos presentes e da
proporção de licopeno.
4.2 - Armazenamento do tomate em pó
Nas Tabelas A.1 a A.24 (Apêndice A) tem-se as análises de variância dos
parâmetros avaliados do tomate em pó, durante o armazenamento.
4.2.1 - Sólidos solúveis totais (
°
Brix)
Na Tabela 4.2 observam-se os valores médios dos sólidos solúveis totais
(
o
Brix)
do tomate em pó, embalado em sacos de polietileno, para os tratamentos controle e fosfato,
durante o armazenamento. Percebe-se, para o tratamento controle, ausência de alteração no
Capítulo 4 Resultados e Discussão
32
teor dos sólidos solúveis totais durante o armazenamento, apesar de haver,
estatisticamente, diferença significativa entre as amostras nos tempos 10 e 40 dias. GIL et
al. (2002) ao armazenarem tomates minimamente processados, relataram que o teor de
sólidos solúveis variou de 4,7 a 5,4
o
Brix mas não ocorreu efeito significativo das 5
embalagens e/ou das duas temperaturas (0 e 5ºC) em que foram mantidos durante 10 dias.
Nota-se também, de maneira geral, para o tratamento com fosfato, que os valores
dos sólidos solúveis totais (
o
Brix) se mantiveram durante o armazenamento.
Tabela 4.2 - Valores médios dos sólidos solúveis totais (
o
Brix) do tomate em pó, durante o
armazenamento
Tratamento
Tempo de armazenamento
(dia)
Controle Fosfato
0 1,67 ab
1,75 ab
10
1,54 b 1,73 b
20
1,71 ab 1,78 ab
30
1,63 ab 1,81 ab
40 1,80 a
1,84 ab
50
1,73 ab 1,86 a
60
1,66 ab 1,87 a
DMS
0,25 0,12
MG
1,68 1,81
CV%
5,45 2,47
DMS: Desvio mínimo significativo; MG: Média geral; CV: Coeficiente de variação
Obs: As médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente, pelo teste de Tukey, a
nível de 5% de
probabilidade
Capítulo 4 Resultados e Discussão
33
4.2.2 - pH
Apresentam-se, na Tabela 4.3, os valores médios do pH do tomate em pó para o
controle e o fosfato. Os valores iniciais do pH do tomate em pó foram de 3,98 (controle) e
4,01 (fosfato), próximos, portanto, do valor analisado por DE PAULA et al. (2004) nos
seus estudos com tomates secos desidratados a 65ºC, quando encontraram um pH de 4,23.
Observa-se que os valores médios do pH, seja para o tratamento controle ou para
o fosfato, não diferiram estatisticamente durante o armazenamento a nível de 5% de
significância. As médias gerais do pH do tomate em pó dos dois tratamentos estão no
mesmo nível do produto in natura (Tabela 4.1).
O pH influencia o sabor dos produtos e, de acordo com SILVA et al. (1994), é
desejável se ter, em geral, um pH inferior a 4,5 para impedir a proliferação de
microrganismos no produto final.
Tabela 4.3 - Valores médios do pH do tomate em pó, durante o armazenamento
Tratamento Tempo de armazenamento
(dia)
Controle Fosfato
0
3,98 a
4,01 a
10
3,97 a 4,31 a
20
3,96 a 4,16 a
30
3,99 a 4,17 a
40
4,01 a
4,23 a
50
4,02 a 4,08 a
60
3,98 a 4,33 a
DMS
0,22 0,48
MG
3,99 4,18
CV%
2,01 4,11
DMS: Desvio mínimo significativo; MG: Média geral; CV: Coeficiente de variação
Obs: As médias seguidas da mesma letra nas colunas, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, a
nível de 5% de probabilidade
Capítulo 4 Resultados e Discussão
34
4.2.3 – Umidade
A Tabela 4.4 apresenta os resultados da umidade do tomate em pó para os
tratamentos controle e fosfato, durante os diferentes tempos de armazenamento.
Para o tratamento controle observa-se estabilidade da umidade entre o tempo zero
até 40 dias; a partir de 30 dias, porém, é possível observar algum aumento de umidade,
embora ainda não significativo, enquanto aos 50 dias o aumento se torna estatisticamente
significativo em relação aos três tempos iniciais, indicando que a embalagem não
preservou as condições iniciais de umidade. Apesar disso, a diferença de umidade entre os
tempos inicial e final foi inferior a 5%. O pequeno ganho de umidade deve ser atribuído à
pouca higroscopicidade das amostras, uma vez que o polietileno de baixa densidade
utilizado na embalagem permite a troca de umidade com o meio ambiente do
armazenamento. Nas amostras tratadas com fosfato verifica-se que não houve diferença
significativa entre os valores médios de umidade nos diferentes tempos de armazenamento,
comportamento este que deve ser atribuído ao fato do fosfato tricálcico se comportar tal
qual um antiumectante.
Constata-se que as umidades nos dois tratamentos estão de acordo com os valores
de SANGUANSRI et al. (1993) os quais afirmam que, para conseguir uma estocagem de
tomates secos sem alteração de qualidade e sem a aplicação de conservantes, é essencial
reduzir a umidade do produto para a faixa que varia de 11 a 14%, o que evitaria o
desenvolvimento de microrganismos e manteria a estabilidade do produto.
Comparando-se o valor da umidade do tomate (Tabela 4.1) com a umidade do
tomate em pó, nota-se que o processo de secagem reduziu a umidade, em cerca de 85%.
As médias gerais da umidade das amostras submetidas aos dois tratamentos são
superiores às obtidas por GOULA & ADAMOPOULOS (2005) ao secarem polpa de
tomate em secador por aspersão, encontrando valores oscilando entre 3,11 e 9,43%.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
35
Tabela 4.4 - Valores médios de umidade (%) do tomate em pó, durante o armazenamento
Tratamento Tempo de armazenamento
(dia)
Controle Fosfato
0 13,85 b
13,08 a
10
13,84 b 13,74 a
20
13,85 b 13,18 a
30
13,90 ab 13,79 a
40 13,91 ab
13,78 a
50
14,49 a 13,88 a
60
14,50 a 13,55 a
DMS
0,60 1,00
MG
14,05 13,57
CV%
1,53 2,63
DMS: Desvio mínimo significativo; MG: Média geral; CV: Coeficiente de variação
Obs: As médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, a
nível de 5% de probabilidade
4.2.5- Ácido ascórbico
Na Tabela 4.5 são apresentados os valores médios do ácido ascórbico do tomate
em pó, para os tratamentos controle e fosfato.
Observa-se que os valores médios do ácido ascórbico do tomate em pó não
apresentaram diferença significativa, seja para o controle como para fosfato, entre os
diferentes tempos de armazenamento. ROMERO-PEÑA & KIECKBUSCH (2003),
estudando o efeito das condições de secagem de fatias de tomate sobre o teor de ácido
ascórbico, constataram um bom índice de preservação do ácido ascórbico nas amostras
submetidas a esse tipo de processamento.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
36
O teor de ácido ascórbico do tomate em pó foi aumentado cerca de 8,5 vezes em
relação ao do tomate fresco, conseqüência da redução da umidade causada pela
desidratação, sem redução proporcional no teor de ácido ascórbico.
MOREIRA et al. (2004) estudando a qualidade fisiológica de tomate
minimamente processado, observaram diminuição no teor de vitamina C dos frutos, após
10 dias de armazenamento.
Tabela 4.5 - Valores médios do ácido ascórbico (mg/100g) do tomate em pó durante o
armazenamento
Tratamento Tempo de armazenamento
(dia)
Controle Fosfato
0
287,89 a
281,20 a
10
284,25 a 278,31 a
20
277,76 a 275,01 a
30
274,83 a 270,04 a
40
271,51 a
266,70 a
50
262,55 a 262,42 a
60
260,77 a 260,29 a
DMS
45,34 23,93
MG
274,22 270,57
CV%
5,93 3,17
DMS: Desvio mínimo significativo; MG: Média geral; CV: Coeficiente de variação
Obs: As médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente pelo de teste de Tukey, a
nível de 5% de probabilidade
4.2.6 - Acidez total titulável
Estão registrados, na Tabela 4.6, os valores médios da acidez total titulável (%
ácido cítrico) do tomate em pó. Observa-se que entre os diferentes tempos de
Capítulo 4 Resultados e Discussão
37
armazenamento não houve diferença significativa para ambos os tratamentos. Resultados
inferiores de acidez total titulável foram encontrados por DE PAULA et al. (2004) ao
analisarem tomates secos processados, obtendo teor de 2,63%.
A média geral da acidez total titulável do tomate em pó para o tratamento controle
foi de 6,76% de ácido cítrico, ou seja, 17,7 vezes maior que na polpa de tomate.
Tabela 4.6 - Valores médios da acidez total titulável (% ácido cítrico) do tomate em pó,
durante o armazenamento
Tratamento Tempo de armazenamento
(dia)
Controle Fosfato
0 6,81 a
6,16 a
10
6,75 a 6,49 a
20
6,73 a 6,65 a
30
6,71 a 6,27 a
40 6,84 a
6,55 a
50
6,72 a 6,59 a
60
6,74 a 6,15 a
DMS
0,15 0,51
MG
6,76 6,41
CV%
0,81 2,83
DMS: Desvio mínimo significativo; MG: Média geral; CV: Coeficiente de variação
Obs: As médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, a
nível de 5% de probabilidade
4.2.7 – Cinzas
Na Tabela 4.7 tem-se os valores médios das cinzas do tomate em pó, armazenado
durante 60 dias para os tratamentos controle e fosfato.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
38
Para os valores médios das cinzas do tomate em pó sob tratamento controle, não
se detectaram diferenças significativas durante o tempo de armazenamento; para o
tratamento com fosfato, verifica-se diferença significativa apenas entre o tempo zero e o
tempo final; por não configurar tendência que se confirma ao longo do armazenamento,
este valor não indica, isoladamente, variação da quantidade de minerais (cinzas) com o
tempo.
DE PAULA et al. (2004) ao estudarem tomates secos processados, obtiveram teor
de cinzas de 3,19% e SILVA et al. (2004), para o pó do tomate, encontraram valor de
5,86%, resultados inferiores aos do presente estudo.
Tabela 4.7 - Valores médios de cinzas (%) do tomate em pó, durante o armazenamento
Tratamento Tempo de armazenamento
(dia)
Controle Fosfato
0 8,48 a
9,12 a
10
8,45 a 9,09 ab
20
8,36 a 9,11 a
30
8,38 a 9,00 ab
40 8,33 a
9,13 a
50
8,37 a 8,98 ab
60
8,47 a 8,92 b
DMS
0,32 0,17
MG
8,41 9,05
CV%
1,37 0,68
DMS: Desvio mínimo significativo; MG: Média geral; CV: Coeficiente de variação
Obs: As médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey, a nível de 5% de probabilidade
Capítulo 4 Resultados e Discussão
39
4.2.8 - Cinzas insolúveis em ácido clorídrico
A Tabela 4.8 mostra os resultados médios de cinzas insolúveis em ácido clorídrico
do tomate em pó, durante o armazenamento, para os dois tratamentos.
Dos resultados obtidos para o armazenamento do controle observa-se não haver
diferença significativa nas cinzas insolúveis entre os diferentes tempos.
Para o tratamento com fosfato verifica-se diferença significativa entre os valores
médios de cinzas insolúveis em ácido clorídrico para os diferentes tempos de
armazenamento, com exceção entre os tempos 0, 10 e 20 dias, que não diferiram
estatisticamente entre si, e entre os tempos 40 e 50 dias, que também não diferem
estatisticamente; observa-se, então, redução desses valores de cinzas insolúveis em ácido
clorídrico com o aumento do tempo de armazenamento, cuja diminuição pode ser
justificada pelo poder antiumectante (seqüestrante) do fosfato tricálcico, o qual reduz a
umidade, mesmo que ainda não detectada estatisticamente e, conseqüentemente, provoca
redução das cinzas.
Os conteúdos das cinzas insolúveis em ácido clorídrico das amostras dos
tratamentos controle e fosfato foram, em média, 0,46 e 0,48%, respectivamente
considerados, então, pequenos. De acordo com PARK (1996) altos níveis de cinzas
insolúveis em ácido indica presença de areia ou sujeira nas amostras.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
40
Tabela 4.8 - Valores médios de cinzas insolúveis em ácido clorídrico (%) do tomate em
pó, durante o armazenamento
Tratamento Tempo de armazenamento
(dia)
Controle Fosfato
0 0,4809 a
0,5036 a
10
0,4647 a 0,5024 a
20
0,4420 a 0,5015 a
30
0,4598 a
0,4948 b
40 0,4711 a
0,4617 c
50
0,4413 a 0,4613 c
60
0,4689 a 0,4427 d
DMS
0,0453 0,0063
MG
0,4613 0,4812
CV%
3,52 0,47
DMS: Desvio mínimo significativo; MG: Média geral; CV: Coeficiente de variação
Obs: As médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, a
nível de 5% de probabilidade
4.2.10 - Açúcares redutores
A Tabela 4.9 apresenta os valores médios dos açúcares redutores do tomate em
pó, para os tratamentos controle e fosfato, durante os diferentes tempos de armazenamento.
Observa-se, no tratamento controle, que não ocorreu diferença significativa entre
os valores médios de açúcares redutores nos dois primeiros tempos e entre os cincos
últimos tempos de armazenamento. A redução dos açúcares redutores foi observada, neste
tratamento, entre 10 e 20 dias, estabilizando-se a partir de então. A diminuição constatada
pode ter sido causada pelo aumento da umidade no tomate em pó ou pela degradação e/ou
transformação dos açúcares redutores em outros açúcares ou, ainda, por outros
componentes. SOARES et al. (2001) ao estudarem a acerola após a desidratação pelo
Capítulo 4 Resultados e Discussão
41
processo de secagem em camada de espuma, também verificaram redução no teor de
açúcares redutores com o tempo de armazenamento.
Verifica, ainda, para o tratamento com fosfato, diminuição dos açúcares redutores,
com o tempo de armazenamento. Neste tratamento são observadas reduções entre 10 e 20
dias e entre 20 e 40 dias, estabilizando-se a partir de 30 dias, sem diferenças significativas
entre os valores médios até o final do armazenamento.
De acordo com os resultados obtidos, nota-se elevada concentração dos açúcares
redutores no tomate em pó, em relação ao da polpa do tomate, o que também foi verificado
por SELMO et al. (1998) em trabalho com desidratação de maçãs.
Tabela 4.9 - Valores médios dos açúcares redutores (% glicose) do tomate em pó, durante
o armazenamento
Tratamento Tempo de armazenamento
(dia)
Controle Fosfato
0 42,31 a
43,44 a
10
41,77 a 43,37 a
20
39,03 b 40,39 b
30
39,73 b
39,39 bc
40 39,31 b
39,06 c
50
39,87 b 39,08 c
60
39,21 b 39, 05 c
DMS
1,64 1,22
MG
40,18 40,54
CV%
1,46 1,08
DMS: Desvio mínimo significativo; MG: Média geral; CV: Coeficiente de variação
Obs: As médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, a
nível de 5% de probabilidade
Capítulo 4 Resultados e Discussão
42
4.2.11 - Extrato alcoólico
A Tabela 4.10 aponta os valores médios de extrato alcoólico do tomate em pó,
para os tratamentos controle e fosfato, ao longo do armazenamento.
Nota-se ausência de diferença significativa, a nível de 5% de probabilidade, para o
tratamento controle, significando que os componentes voláteis se mantiveram durante o
armazenamento.
Analisando-se os valores médios do extrato alcoólico para o tratamento fosfato,
vê-se que, apesar das oscilações dos valores, não há diferenças significativas ao longo do
armazenamento, que indiquem influência do tempo sobre o extrato alcoólico das amostras.
Tabela 4.10 - Valores médios de extrato alcoólico (%) do tomate em pó, durante o
armazenamento
Tratamento Tempo de armazenamento
(dia)
Controle Fosfato
0
37,17 a
34,93 b
10
39,09 a 35,24 ab
20
36,93 a 36,43 ab
30
37,22 a
36,93 a
40
36,28 a
34,75 b
50
36,41 a 34,90 b
60
36,35 a 36,21 ab
DMS
3,06 1,91
MG
37,06 35,63
CV%
2,96 1,93
DMS: Desvio mínimo significativo; MG: Média geral; CV: Coeficiente de variação
Obs: As médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, a
nível de 5% de probabilidade
Capítulo 4 Resultados e Discussão
43
4.2.11 - Cor
4.2.11.1 - Luminosidade (L
*
)
Apresentam-se, na Tabela 4.11, os valores médios da luminosidade do tomate em
pó, nos diferentes tempos de armazenamento, para os tratamentos controle e fosfato.
Pode-se observar que não houve diferença significativa entre os valores médios da
luminosidade para o controle entre os três primeiros tempos e entre os quatro últimos
tempos de armazenamento. A diferença significativa entre esses dois grupos de valores tem
início entre 20 e 30 dias de armazenamento; apesar disso, entre todos os tempos observam-
se decréscimos na luminosidade, embora de pequena monta, de forma que entre as
amostras no tempo zero e no tempo 60 dias, esta variável sofreu diminuição de 23,3%.
Para os valores médios da luminosidade das amostras sob o tratamento com
fosfato, não se verifica diferença significativa entre o tempo 0 e 10 dias, entre 10 e 20 dias
e entre 30 dias e os tempos seguintes; da mesma forma como ocorreu para o tratamento
controle, a luminosidade também diminuiu com o tempo ficando, ao final do
armazenamento, com 25,57 %, menor que o valor inicial; este percentual, semelhante ao
observado para o controle, indica que não houve influência da adição de fosfato sobre a
luminosidade.
Como a escala da luminosidade varia de 0 (preto) a 100 (branco) e ocorreram, em
ambos os tratamentos, reduções com o tempo, observa-se escurecimento das amostras.
SOUSA (2002) também verificou, em estudos com bananas desidratadas por pré-
tratamento osmótico (a pressão atmosférica e a vácuo), seguido de secagem em estufa,
diminuição no valor de L* com o decorrer do tempo de estocagem dos produtos, a
temperatura ambiente.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
44
Tabela 4.11 - Valores médios da luminosidade (L*) do tomate em pó, durante o
armazenamento
Tratamento Tempo de armazenamento
(dia)
Controle Fosfato
0 35,56 a
37,46 a
10
35,26 a 36,24 ab
20
35,18 a 34,66 b
30
28,60 b
29,04 c
40 27,84 b
28,77 c
50
27,52 b 28,70 c
60
27,27 b 27,88 c
DMS
1,33 2,06
MG
31,03 31,82
CV%
1,54 2,32
DMS: Desvio mínimo significativo; MG: Média geral; CV: Coeficiente de variação
Obs: As médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, a
nível de 5% de probabilidade
Apresentam-se, na Figura 4.1, os valores da luminosidade (L*) para os
tratamentos controle, e o fosfato do tomate em pó, nos diferentes tempos de
armazenamento, ajustados por equação linear e quadrática, observando-se diminuição no
valor de luminosidade para ambos os tratamentos, com o aumento do tempo, podendo ser
representada pela equação quadrática, que apresentou os maiores coeficientes de
determinação.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
45
0 10203040506070
20
30
40
Controle
Y= 36,1403-0,1701x; R
2
= 0,8283
Y=36,7668-0,2453x+0,0013x
2
; R
2
=0,8418
Luminosidade (L*)
Tempo (dia)
0 10203040506070
20
30
40
Fosfato
Y=37,1448-0,1775x;R
2
=0,8680
Y=38,3485-0,3219x+0,0024x2; R
2
=0,9159
Luminosidade (L*)
Tempo (dia)
Figura 4.1 - Valores da luminosidade (L*) do tomate em pó durante o armazenamento,
ajustados pela equação linear e quadrática
4.2.11.2 - Intensidade de vermelho (+a
*
)
Na Tabela 4.12 estão expostos os valores médios da intensidade de vermelho
(+a
*
) do tomate em pó, para os tratamentos controle e fosfato, seguidos do tempo de
armazenamento.
Observando-se os valores médios da intensidade de vermelho (+a*) para o
tratamento controle, percebe-se que não existe diferença significativa entre os três
primeiros tempos e entre os tempos de 20 a 60 dias; apesar disso, do tempo zero até o final
do armazenamento tem-se uma diminuição da intensidade de vermelho, de 12,31%.
A perda da cor vermelha característica é decorrente da oxidação dos pigmentos
carotenóides e da formação de compostos escuros devido, principalmente, à reação de
Maillard (escurecimento não enzimático) (LUH, 1960; LUH & CHICHESTER, 1964;
OLIVEIRA et al., 1991).
Para os valores da intensidade de vermelho (+a*) das amostras tratadas com
fosfato não se detecta diferença significativa nos diferentes tempos de armazenamento,
indicando uma influência benéfica do aditivo sobre a manutenção deste índice de
aparência.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
46
Tabela 4.12 - Valores médios da intensidade de vermelho (+a*) do tomate em pó, durante
o armazenamento
Tratamento Tempo de armazenamento
(dia)
Controle Fosfato
0 15,51 a
13,16 a
10
15,22 ab 14,39 a
20
14,36 abc 13,88 a
30
13,83 bc
13,16 a
40 13,71 c
13,31 a
50
13,66 c 13,81 a
60
13,60 c 13,51 a
DMS
1,48 2,14
MG
14,27 13,60
CV%
3,71 5,63
DMS: Desvio mínimo significativo; MG: Média geral; CV: Coeficiente de variação
Obs: As médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, a
nível de 5% de probabilidade
A Figura 4.2 representa, graficamente, os valores médios da intensidade de
vermelho (+a*) para o tratamento controle do tomate em pó, nos diferentes tempos de
armazenamento, ajustados por equação linear e quadrática. Observa-se que a equação
quadrática foi a que apresentou maior coeficiente de determinação (R
2
), podendo ser
utilizada para estimar os valores da intensidade de vermelho do tomate em pó, durante o
armazenamento.
Para o tratamento com fosfato não ocorreu alteração da intensidade de vermelho
com o tempo de armazenamento e as equações não se ajustaram aos dados experimentais,
não se podendo utilizá-las para representar este comportamento.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
47
0 10203040506070
13
14
15
16
Controle
Y=15,2889-0,0339x; R
2
=0,8538
Y=15,6474-0,0769x+7,1696x2; R
2
=0,9679
Intensidade de vrmelho (+a*)
Tempo (dia)
0 10203040506070
13
14
15
Fosfato
y= 13,6718-0,0023x; R
2
= 0,0125
y= 13,6209+0,0038x-1,0181x
2
; R
2
=0,0195
Intensidade de vermelho (+a*)
Tempo (dia)
Figura 4.2 - Valores de intensidade de vermelho (+a*) do tomate em pó, durante o
armazenamento, ajustados por equação linear e quadrática
4.2.11.3 - Intensidade de amarelo (+b*)
Na Tabela 4.13 tem-se os valores médios da intensidade de amarelo (+b*) do
tomate em pó, para os tratamentos controle e fosfato, ao longo do armazenamento.
Verifica-se, no tratamento controle, que não ocorreu diferença significativa entre
os valores médios da intensidade de amarelo (+b*) entre os três primeiros tempos e entre
os quatro últimos tempos de armazenamento, mas se constata redução de b* de 9,81% no
final (60 dias) do armazenamento com relação ao início (0 dia).
Observa-se que os valores médios da intensidade de amarelo (+b*) para o
tratamento fosfato não apresentaram diferenças significativas durante o armazenamento.
Segundo GIOVANNUCCI (1999), as cores das espécies de tomate diferem do
amarelo para o vermelho alaranjado, dependendo da razão licopeno/beta-caroteno da fruta,
que também está associada à presença da enzima beta-ciclase, a qual participa da
transformação do licopeno em beta-caroteno.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
48
Tabela 4.13 - Valores médios da intensidade de amarelo (+b*) do tomate em pó, durante o
armazenamento
Tratamento Tempo de Armazenamento
(dia)
Controle Fosfato
0 22,93 a
21,66 a
10
22,76 a 22,57 a
20
22,48 a 21,76 a
30
20,88 b
20,63 a
40 20,86 b
21,64 a
50
20,72 b 22,01 a
60
20,68 b 20,68 a
DMS
1,58 2,61
MG
21,61 21,56
CV%
2,61 4,34
DMS: Desvio mínimo significativo; MG: Média geral; CV: Coeficiente de variação
Obs: As médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, a
nível de 5% de probabilidade
Representam-se, na Figura 4.3, graficamente, os valores médios da intensidade de
amarelo (+b*) do tomate em pó para o tratamento controle e fosfato, nos diferentes tempos
de armazenamento, ajustados por equação linear e quadrática. Nota-se, para o tratamento
controle, pequena diferença entre os coeficientes de determinação (R
2
) das equações linear
e quadrática apresentando, a equação quadrática, ligeira superioridade; para o tratamento
com fosfato, tanto a equação linear como a equação quadrática não se ajustaram bem aos
dados experimentais, não sendo recomendado usá-las para estimar a intensidade de
amarelo das amostras de tomate em pó, com adição de fosfato.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
49
0 10203040506070
20
30
Controle
Y= 22,9488-0,0445X; R
2
= 0,8422
Y= 23,2193-0,0769X+5,4098X
2
;R
2
=0,8796
Intensidade de amarelo (+b*)
Tempo (dia)
0 10203040506070
20
30
Fosfato
y= 22,0087-0,01484x; R
2
= 0,2121
y= 21,94525-0,00722x-1,2696; R
2
= 0,2167
Intensidade de amarelo (+b*)
Tempo (dia)
Figura 4.3 - Valores de intensidade de amarelo (+b*) do tomate em pó, durante o
armazenamento, ajustados por equação linear e quadrática
4.3 - Curvas de secagem do tomate
No Apêndice B, Tabelas B.1 a B.3, tem-se os dados experimentais das razões de
umidade, em função do tempo de secagem das fatias de tomate nas temperaturas de 50, 60
e 70ºC, utilizados para a construção das curvas de secagem.
Na Figura 4.4 são apresentados os pontos experimentais de secagem de tomate
nas temperaturas de 50, 60 e 70ºC, pelo adimensional de umidade, em função do tempo.
Nota-se que a curva de pontos referente à temperatura de 70ºC apresenta
tendência de redução na razão de umidade, mais acentuada que a curva, representando
60
o
C que, por sua vez, demonstra redução mais rápida que a curva referente a 50
o
C,
demonstrando a influência da temperatura sobre as velocidades em que transcorreram as
secagens.
Na temperatura de 50ºC a secagem foi realizada durante cerca de 15 horas, a
60ºC, 12 horas e a 70ºC, 11 horas, ou seja, uma diferença na temperatura de secagem de
20
o
C reduziu o tempo de secagem em aproximadamente 27%. Vários pesquisadores
consideram a temperatura o parâmetro que exerce maior influência na cinética de secagem
de alimentos (YOSHIDA, 1997; PRADO, 1998; SILVA, 1999; MOURA, 2001). ZANONI
et al. (1999) ao secarem tomates partidos ao meio, em secador de bandejas a 80ºC com
fluxo de ar de 1,5 m/s, relataram um tempo de aproximadamente 7 horas para que as
amostras atingissem umidade de 10%.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
50
Tempo (min)
(x-x
e
)/(x
o
-x
e
)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
50ºC
60ºC
70ºC
Figura 4.4 - Curvas de secagem de tomate para temperaturas de 50, 60 e 70ºC
Na Tabela 4.14 encontram-se os parâmetros dos modelos de Page, Wang & Singh
e Henderson, ajustados às curvas de secagem do tomate nas diferentes temperaturas, e seus
coeficientes de determinação (R
2
).
Todos os modelos se ajustaram bem aos dados experimentais das secagens, com
os coeficientes de determinação apresentando valores superiores a 0,94, podendo ser
usados na predição da cinética de secagem de tomate; apesar disso, o modelo de Wang &
Singh apresentou os maiores R
2
, seguido do modelo de Page. DOYMAZ (2005) ao ajustar
os modelos de Wang & Singh e de Page as curvas de secagem do figo obteve valores de R
2
de 0,9512 e 0,9912, respectivamente.
Verifica-se que o parâmetro K da equação de Page apresentou aumento com o
aumento da temperatura, o que também foi constatado por SILVA et al. (2004) ao
determinarem a cinética de secagem de fatias de cajá em secador de bandejas nas
temperaturas de 50, 60 e 70
o
C. De acordo com AZZOUZ et al. (1998) o parâmetro n
possui efeito de moderação do tempo e corrige os possíveis erros resultantes da negligência
da resistência interna para a transferência de umidade.
Os parâmetros A, em valores absolutos, e B, da equação de Wang & Singh
aumentaram com o aumento da temperatura. Os valores de A determinados por DOYMAZ
(2005), para figo, e por JAIN & PATHARE (2004), para cebola, também tiveram valores
negativos e bem pequenos.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
51
Os parâmetros A e C da equação de Henderson, aumentaram com o aumento da
temperatura para a faixa de temperatura entre 50 e 60ºC e diminuíram entre 60 e 70ºC.
Com relação aos parâmetros de B e D, foi notório o aumento com o aumento da
temperatura entre 50 e 70
o
C.
Tabela 4.14 - Parâmetros dos modelos de Page, Wang & Singh e Henderson, e seus
respectivos coeficientes de determinação (R
2
), da cinética de secagem do
tomate
Parâmetros
Modelo
Temperatura
(ºC)
K n
R
2
50 0,000052 1,058695 0,9862
60 0,000166 1,507602 0,9940
Page
70 0,001475 1,225495 0,9975
Parâmetros
Modelo
Temperatura
(ºC)
A B
R
2
50 -0,001196 0,000000 0,9942
60 -0,002169 0,000001 0,9944
Wang &
Singh
70 -0,003707 0,00003 0,9988
Parâmetros
Modelo
Temperatura
(ºC)
A B C D
R
2
50 0,539789 0,0021 0,53789 0,002073 0,9466
60 0,549957 0,0035 0,56047 0,003458 0,9644
Henderson
70 0,531088 0,0053 0,53109 0,005251 0,9899
As Figuras 4.5 a 4.7 apresentam os dados experimentais das secagens nas
temperaturas de 50, 60 e 70ºC, ajustadas pelos modelos de Henderson, Page e Wang &
Singh. Nas três figuras é possível identificar a melhor aproximação dos conjuntos de
pontos pela curva gerada a partir do modelo de Wang & Singh, alcançando maior precisão
no ajuste dos pontos correspondentes a 70
o
C.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
52
Tempo (min)
(x-x
e
)/(x
o
-x
e
)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Henderson
Page
Wang & Singh
Figura 4.5 - Curvas de secagem de tomate a 50ºC, ajustadas pelo modelo de Henderson,
Page e Wang & Singh
Tempo (min)
(x-x
e
)/(x
o
-x
e
)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
0 100 200 300 400 500 600 700
Henderson
Page
Wang & Singh
Figura 4.6 - Curvas de secagem de tomate a 60ºC, ajustadas pelo modelo de Henderson,
Page e Wang & Singh
Capítulo 4 Resultados e Discussão
53
Tempo (min)
(X-X
e
)/(X
o
-X
e
)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
0 100 200 300 400 500 600
Henderson
Page
Wang & Singh
Figura 4.7 - Curvas de secagem de tomate a 70ºC, ajustadas pelo modelo de Henderson,
Page e Wang & Singh
4.4 - Isotermas de adsorção de umidade
Apresentam-se, na Tabela 4.15, os valores experimentais da umidade de equilíbrio
do tomate em pó sem aditivo (controle) em função das diferentes atividades de água, nas
temperaturas de 10, 20, 30 e 40ºC. Verifica-se que a umidade de equilíbrio aumenta com o
aumento da atividade de água em todas as temperaturas avaliadas, de acordo, portanto,
com o comportamento avaliado por FIGUEIRÊDO et al. (2005) ao determinarem as
isotermas de adsorção da polpa de umbu-cajá em pó; observa-se, ainda, na maioria dos
casos, diminuição das umidades de equilíbrio com o aumento da temperatura.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
54
Tabela 4.15 - Valores experimentais da umidade de equilíbrio (U
eq
) do tomate em pó para
as diferentes atividades de água (a
w
), nas temperaturas de 10 e 20 30 e 40ºC
Temperatura (°C) a
w
U
eq
(% b.s.)
0,2338 19,9341
0,3347 21,6442
0,4314 24,4903
0,5736 31,1671
0,6215 38,3020
0,7567 56,2787
0,8206 60,2079
10
0,8677 78,6365
0,2311 19,3833
0,3307 24,2405
0,4316 27,4175
0,5438 29,2783
0,5914 33,7080
0,7547 51,6118
0,8134 56,5765
20
0,8511 63,7313
0,2161 18,8179
0,3244 23,2109
0,4317 26,3820
0,5140 29,8233
0,5603 32,7652
0,7509 49,6687
0,8063 55,3008
30
0,8362 69,0320
0,2040 20,0173
0,3160 22,1310
0,4320 23,4917
0,4842 27,1665
0,5317 29,0050
0,7468 46,7993
0,7991 55,6863
40
0,8232 60,5483
Na Tabela 4.17 encontram-se os parâmetros de ajuste das isotermas de adsorção
de umidade, obtidos por regressão não linear para os modelos de Halsey, GAB, BET
Capítulo 4 Resultados e Discussão
55
modificado, Oswin e Smith, assim como os coeficientes de determinação (R
2
) e os desvios
percentuais médios (P).
Encontram-se, no Apêndice C, Tabela C.1 a C.20, os valores experimentais e
teóricos da umidade de equilíbrio da pitanga em pó, os resíduos e os erros relativos dos
modelos testados.
Os modelos de Halsey e GAB e BET modificado, descreveram satisfatoriamente o
comportamento das isotermas de adsorção de umidade do tomate em pó para cada
temperatura estudada, uma vez que os valores dos coeficientes de determinação (R
2
),
foram superiores a 0,97% e os desvios percentuais médios (P) foram de, no máximo,
5,19%. Para AGUERRE et al. (1989) ajustes com desvios percentuais médios inferiores a
10% indicam um razoável ajuste dos modelos aos dados experimentais e ainda, de acordo
com LABUZA (1985), o ajuste é considerado excelente para valores inferiores a 5%.
Para a temperatura de 10
o
C o modelo que melhor pode estimar a isoterma do
tomate em pó é o de BET modificado, em razão de apresentar o menor valor para o desvio
percentual médio (P), apesar do R
2
ser um pouco menor que o do modelo de GAB. Para a
temperatura de 20
o
C o modelo de GAB foi o que melhor se ajustou aos dados
experimentais, apresentando o maior valor para o R
2
e o menor valor de P. Para as
temperaturas de 30 e 40
o
C o modelo de Halsey obteve o melhor ajuste, apresentando os
maiores valores para R
2
e os menores para P.
O modelo de Smith, apesar de não apresentar os melhores ajustes, pode ser
utilizado para predizer as isotermas de adsorção do tomate em pó, nas temperaturas
avaliadas, visto que os valores de R
2
foram acima de 0,97 e de P abaixo de 10%. FARIAS
et al. (2002) utilizaram o modelo de Smith para estimar as isotermas de dessorção do cajá
nas temperaturas de 30, 40 e 50
o
C, obtendo coeficientes de determinação acima de 0,95 e
valores de P abaixo de 6%.
O modelo de Oswin apresentou coeficientes de determinação (R
2
) acima de 0,93,
e desvios percentuais médios superiores a 10%, não sendo indicado para estimar as
isotermas de adsorção do tomate em pó. A menor adequação desse modelo em relação aos
demais, era esperado, uma vez que é um modelo com apenas dois parâmetros.
O parâmetro a da equação de Halsey diminuiu com o aumento da temperatura
para a faixa entre 20 e 40
o
C. PENA et al. (2000) ao utilizarem o modelo de Halsey para
estimar as isotermas de adsorção de umidade do guaraná em pó, também acharam
coeficientes de determinação superiores a 0,98.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
56
A umidade na monocamada do tomate em pó calculado do modelo de GAB,
variou de 15,1645 a 17,3335g/100g ms mantendo-se, porém, na mesma faixa de valores
relatado por AKANBI et al. (2005) para fatias de tomate desidratado. O valor de X
m
diminuiu com o aumento da temperatura para a faixa entre 20 e 40ºC, comportamento
também observado por KAYMAK–ERTEKIN & SULTANOGLU (2001) no ajuste de
isotermas de pimentão entre 30 e 60ºC.
De acordo com SINGH & SINGH (1996) a constante C no modelo de GAB
representa o calor total de sorção da primeira camada e o valor positivo é devido à forte
interação exotérmica do vapor d`água com os sítios primários do alimento. Este modelo é
amplamente utilizado para descrever o comportamento de isotermas de alimentos por
diversos pesquisadores. UNADI et al. (1998), constataram que GAB foi o modelo de
sorção mais satisfatório para estimar isotermas de dessorção de tomate, e GIOVANELLI et
al. (2002) verificaram R
2
=0,999 para o modelo de GAB, ao determinarem as isotermas de
adsorção a 20ºC de tomate liofilizado. Entre as temperaturas de 10 e 30
o
C, vê-se que houve
aumento do parâmetro C do modelo de GAB com o aumento da temperatura.
Os valores da constante K do modelo de GAB foram todos inferiores a um, sendo
considerados uma característica de produtos alimentícios, indicando que a isoterma tende a
uma assíntota em atividades de água igual a 1,0 (FERNANDEZ, 1995). Vários
pesquisadores também acharam o valor de K menor que 1,0 para diversos tipos de
alimentos, dentre eles ALVES & BORDIN (1998) em café solúvel, ARAÚJO et al. (2001)
em goiaba, e COSTA et al. (2003) em pós de beterraba, abóbora e cenoura.
O parâmetro X
m
do modelo de BET modificado, que representa a umidade na
monocamada molecular, ficou próximo a 14% b.s. em toda a faixa de temperatura
avaliada, apresentando uma leve diminuição entre as temperaturas de 20 e 40
o
C.
VENCATO et al. (2005) ao avaliarem o comportamento deste modelo para a proteína de
soja, verificaram valores de X
m
superiores ao do tomate em pó, variando entre 20 e 50%
b.s. para a mesma faixa de temperatura.
O parâmetro n do modelo de BET modificado, que representa o número de
camadas, foi para o tomate em pó de, no máximo, 14 camadas, a 10
o
C, e entre 20 e 40
o
C
entre 10 e 11 camadas. VENCATO et al. (2005) ao ajustarem este modelo aos dados
experimentais da proteína de soja notaram, para a faixa de temperatura variando entre 10 e
50
o
C, o n oscilando entre 20 e 50 camadas. GOUVEIA et al. (2004) acharam valores de n
de 18 camadas para polpa de banana madura e semi-madura.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
57
O parâmetro a do modelo de Oswin para a faixa de temperatura entre 20 e 40
o
C,
diminuiu com o aumento da temperatura. Inversamente a este comportamento, GOMES et
al. (2002) verificaram, para a acerola em pó, aumento do parâmetro a com o aumento da
temperatura para a faixa de temperatura entre 20 e 30
o
C. GOUVEIA et al. (2004)
utilizaram este modelo para estimar as isotermas de dessorção da polpa de banana madura
e semi-verde, na faixa de temperatura entre 20 e 40
o
C, obtendo valores de R
2
acima de
0,98 e P abaixo de 8%. SOGI et al. (2003) obtiveram R
2
de 0,83 e 0,89 ao ajustarem o
modelo de Oswin às isotermas de sementes de tomate para as temperaturas de 30 e 40
o
C,
respectivamente.
Os parâmetros M
a
e M
b
do modelo de Smith, não apresentaram um
comportamento de acréscimo ou decréscimo com o aumento da temperatura. Os valores de
M
a
variaram entre 7,1344 e 11,4425 e de M
b
oscilaram entre 27,1483 e 33,2966.
Contrariamente, VENCATO et al. (2005) ao avaliarem o comportamento da proteína de
soja, notaram aumento do parâmetro M
a
com o aumento da temperatura entre 10 e 40
o
C, e
os valores absolutos do parâmetro M
b
diminuíram com o aumento da temperatura.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
58
Tabela 4.17 - Parâmetros de ajuste dos modelos das isotermas de adsorção do tomate em
pó, coeficientes de determinação (R
2
) e desvios percentuais médios (P), nas
temperaturas de 10, 20, 30 e 40ºC
Parâmetros
Modelo
Temperatura
(°C)
a b
R
2
P (%)
10
164,9968 1,6194 0,9853
5,19
20 392,9034 1,8690 0,9884 3,69
30 208,4725 1,6861 0,9886 2,51
Halsey
40 204,4517 1,6987 0,9927 4,23
Temperatura
(ºC)
X
m
C K R
2
P (%)
10 16,2541 39,8834 0,9127 0,9858 4,90
20 17,3335 45,3549 0,8604 0,9908 3,65
30 15,7165 4874,396 0,9115 0,9879 3,03
GAB
40 15,1645 33716,85 0,9095 0,9971 2,54
Temperatura
(ºC)
X
m
C n R
2
P (%)
10 14,0535 1997100, 14,3205 0,9841 4,66
20 14,5853 2090868, 10,3446 0,9895 4,54
30 14,3832 599083,6 11,8466 0,9772 4,45
BET
modificado
40 13,9242 2144585, 11,3546 0,9904 4,38
Temperatura
(°C)
a b R
2
P (%)
10 48,0553 0,2906 0,9596 10,93
20 55,9322 0,1379 0,9490 10,85
30 53,9923 0,1872 0,9417 11,38
Oswin
40 53,4573 0,1604 0,9327 12,22
Temperatura
(ºC)
M
a
M
b
R
2
P (%)
10 7,1344 33,2966 0,9759 7,86
20 11,4425 27,1483 0,9868 4,73
30 9,8909 29,7813 0,9761 5,56
Smith
40 10,1783 27,8446 0,9808 6,96
As isotermas de adsorção do tomate em pó, para as temperaturas de 10, 20, 30 e
40ºC (Figuras 4.8 a 4.12), evidenciam a influência que os aumentos da atividade de água
exerceram sobre os aumentos da umidade de equilíbrio.
Na Figura 4.8 são apresentadas as isotermas de adsorção de umidade do tomate
em pó, nas temperaturas de 10, 20, 30 e 40ºC, com o modelo de Halsey ajustado às curvas
experimentais. A curva referente à temperatura de 20ºC em atividades de água entre 0,1 e
0,6, encontra-se em posição superior. Em atividades de água acima de 0,6 observa-se que a
curva referente a 10ºC ocupa posição de maiores umidades de equilíbrio. De acordo com
LOMAURO et al. (1985) uma isoterma de umidade pode ser dividida em três regiões,
Capítulo 4 Resultados e Discussão
59
dependendo do estado da água presente no alimento: a primeira região representa a
adsorção de uma película monomolecular de água, e a a
w
está entre 0 e 0,35; a segunda
região, que expressa a adsorção nas camadas adicionais acima da monocamada e se
localiza entre atividades de água de 0,35 e 0,60; a terceira região, localizada acima de
atividade de água de 0,60, representa a água condensada nos poros do material, seguida
pela dissolução de materiais solúveis presentes.
Atividade de água (a
w
)
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
10
20
30
40
50
60
70
80
90
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
10ºC
20ºC
30ºC
40ºC
Figura 4.8 - Isotermas de adsorção do tomate em pó, ajuste pelo modelo de Halsey
As isotermas de adsorção do tomate em pó nas temperaturas de 10, 20, 30 e 40ºC,
com o modelo de GAB ajustado aos pontos experimentais, encontram-se na Figura 4.9.
As curvas apresentam um comportamento sigmóide. Observa-se que, exceto pela
curva referente a 20
o
C, dá-se tendência de aumento da umidade de equilíbrio com a
diminuição da temperatura, para atividades de água mais altas.
O modelo de GAB tem sido muito utilizado por diversos pesquisadores para
descrever o comportamento de isotermas de alimentos: KIRANOUDIS et al. (1993)
utilizaram o modelo de GAB para descrever isotermas de alguns vegetais para
temperaturas de 30, 45 e 60ºC e atividades de águas entre 0,1 e 0,9; KIRANOUDIS et al.
(1997) ajustaram, como modelo de GAB, isotermas de sorção de maçã, pêra, kiwi e
banana; UNADI et al. (1998), observaram que o modelo de GAB foi a equação de sorção
Capítulo 4 Resultados e Discussão
60
mais aceitável para predizer as isotermas de dessorção de tomate. A escolha deste modelo
encontra apoio, ainda, em RAO & RIZVI (1986), para quem a equação de GAB descreve a
sorção de água de quase todos os alimentos com atividade de água variando de 0 a 0,9, por
ter uma base teórica fundamentada e apresentar três parâmetros, relativamente simples, que
têm significado físico do processo e por ser capaz de descrever algum efeito da
temperatura no processo de sorção.
Atividade de água (a
w
)
Umidade de equilíbrio (% b. s.)
10
20
30
40
50
60
70
80
90
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
10ºC
20ºC
30ºC
40ºC
Figura 4.9 - Isotermas de adsorção do tomate em pó, ajuste pelo modelo de GAB
A Figura 4.10 mostra as isotermas de adsorção do tomate em pó nas temperaturas
de 10, 20, 30 e 40ºC, com o modelo de BET modificado, ajustado às curvas experimentais.
Da mesma forma que as curvas obtidas com os modelos de Halsey e GAB,
verifica-se maior proximidade das curvas aos dados experimentais e, nas curvas obtidas
com este modelo, que para atividades de água acima de 0,7 as maiores umidades de
equilíbrio correspondem à temperatura de 10ºC.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
61
Atividade de água (a
w
)
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
10
20
30
40
50
60
70
80
90
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
10ºC
20ºC
30ºC
40ºC
Figura 4.10 - Isotermas de adsorção do tomate em pó, ajustadas pelo modelo de BET
modificado
A Figura 4.11 apresenta, graficamente, as isotermas de adsorção do tomate em pó,
nas temperaturas de 10, 20, 30 e 40ºC, com o modelo de Oswin ajustado às curvas
experimentais. Verifica-se que a curva ajustada para a temperatura de 10ºC em a
w
menores
que 0,6, ocupa posição inferior; com o aumento da atividade de água, esta curva cruza as
demais assumindo, a partir de então, valores superiores de umidade de equilíbrio; referidos
intercruzamentos foram verificados por vários pesquisadores para a
w
acima de 0,6
(FIGUEIREDO, 1998; PENA et al., 1996); outrossim, as curvas para a a
w
menores que 0,4
se distanciam dos dados experimentais.
Capítulo 4 Resultados e Discussão
62
Aividade de água (a
w
)
Umidade de equilíbrio (% b.s)
10
20
30
40
50
60
70
80
90
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
10ºC
20ºC
30ºC
40ºC
Figura 4.11 - Isotermas de adsorção do tomate em pó, ajuste pelo modelo de Oswin
A Figura 4.12 mostra as isotermas de adsorção do tomate em pó, nas temperaturas
de 10, 20, 30 e 40ºC, com o modelo de Smith ajustado às curvas experimentais. Vê-se, nas
curvas obtidas com este modelo, que para atividades de água acima de 0,6 as maiores
umidades de equilíbrio correspondem à temperatura de 10ºC e, em atividades de água
acima de 0,7, a curva referente à temperatura de 40ºC fica sobreposta à curva de 20ºC.
Atividade de água (a
w
)
Umidade de equilíbrio (%b.s.)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
10ºC
20ºC
30ºC
40ºC
Figura 4.12 - Isotermas de adsorção do tomate em pó, ajuste pelo modelo de Smith
Capítulo 5 Conclusões
63 65
5 - CONCLUSÕES
Entre o tomate in natura e o tomate em pó ocorreram aumentos na acidez total
titulável, no teor de cinzas, nas cinzas insolúveis em ácido clorídrico, nos açúcares
redutores e no extrato alcoólico. O teor de ácido ascórbico do tomate em pó aumentou em
cerca de 8,5 vezes em relação ao do tomate fresco, passando de 33,7 mg/100g para 287,9
mg/100g. A umidade no tomate foi reduzida de 94,89% para 13,85%.
Durante o armazenamento do tomate em pó para o tratamento controle e para o
tratamento com antiumectante (fosfato tricálcico) não houve alteração nos parâmetros
ácido ascórbico, acidez total titulável, cinzas, sólidos solúveis totais (
o
Brix), pH e extrato
alcoólico.
A umidade do tomate em pó para o tratamento controle aumentou durante o
armazenamento e para o tratamento com fosfato tricálcico permaneceu estatisticamente
inalterada.
As cinzas insolúveis em ácido clorídrico não se alteraram durante o
armazenamento nas amostras do tomate empara o tratamento controle, diminuindo com
o tempo nas amostras do tratamento com fosfato tricálcico.
Os teores de açúcares redutores no final do armazenamento sofreram reduções
em ambos os tratamentos.
Os parâmetros de cor: luminosidade (L) diminuiu durante o tempo de
armazenamento em ambos os tratamentos; a intensidade de vermelho (+a*) e a intensidade
de amarelo (+b*) diminuíram com o tempo para o tratamento controle, enquanto que para
o tratamento com fosfato tricálcico não se detectou diferença significativa.
A temperatura influenciou a cinética de secagem das fatias de tomate, com o
menor tempo de secagem atingido na temperatura de 70ºC. Verificaram-se que os modelos
testados de Page, Wang & Singh e Henderson se ajustaram bem as curvas experimentais de
secagem, com os coeficientes de determinação (R
2
) apresentando valores superiores a 0,94.
Os modelos de Halsey, GAB e BET modificado se ajustaram bem as isotermas
de adsorção de umidade do tomate em pó, apresentando coeficientes de determinação
superiores a 0,97% e os desvios percentuais médios (P) de no máximo de 5,19%.
Capítulo 6 Referências Bibliográficas
64
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Capítulo 6 Referências Bibliográficas
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Capítulo 6 Referências Bibliográficas
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APÊNDICE A
84
Tabela A.1 - Análise de variância dos valores médios dos sólidos solúveis totais (ºBrix) do
tomate em pó, durante o armazenamento, para o tratamento controle
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tratamentos 6 0,12023 0,02004 2,4046 ns
Resíduo 14 0,11667 0,00833
Total 20 0,23690
ns - não significativo
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.2 - Análise de variância dos valores médios dos sólidos solúveis totais (ºBrix) do
tomate em pó, durante o armazenamento, para o tratamento fosfato
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 0,05399 0,00900 4,5425 **
Resíduo 14 0,02773 0,00198
Total 20 0,08172
** - significativo a nível de 1% de probabilidade
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.3 - Análise de variância dos valores médios do pH do tomate em pó, durante o
armazenamento, para o tratamento controle
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 0,00831 0,00139 0,2160 ns
Resíduo 14 0,08980 0,00641
Total 20 0,09811
ns - não significativo
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
85
Tabela A.4 - Análise de variância dos valores médios do pH do tomate em pó, durante o
armazenamento, para o tratamento fosfato
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 0,23339 0,03890 1,3173 ns
Resíduo 14 0,41341 0,02953
Total 20 0,64679
ns - não significativo
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.5 - Análise de variância dos valores médios da umidade do tomate em pó,
durante o armazenamento, para o tratamento controle
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 1,67873 0,27979 6,0380 **
Resíduo 14 0,64874 0,04634
Total 20 2,32747
** - significativo a nível de 1% de probabilidade
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.6 - Análise de variância dos valores médios da umidade do tomate em pó,
durante o armazenamento, para o tratamento fosfato
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 1,83492 0,30582 2,3951 ns
Resíduo 14 1,78759 0,12769
Total 20 3,62251
ns - não significativo
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
86
Tabela A.7 - Análise de variância dos valores médios do ácido ascórbico do tomate em pó,
durante o armazenamento, para o tratamento controle
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 1874,64933 312,44155 1,1817 ns
Resíduo 14 3701,52211 264,39444
Total 20 5576,17144
ns - não significativo
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.8 - Análise de variância dos valores médios do ácido ascórbico do tomate em pó,
durante o armazenamento, para o tratamento fosfato
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 1139,88261 189,98043 2,5799 ns
Resíduo 14 1030,92472 73,63748
Total 20 2170,80733
ns - não significativo
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.9 - Análise de variância dos valores da acidez total titulável (% ácido cítrico) do
tomate em pó, durante o armazenamento, para o tratamento controle
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 0,04283 0,00714 2,4100 ns
Resíduo 14 0,04147 0,00296
Total 20 0,08430
ns - não significativo
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
87
Tabela A.10 - Análise de variância dos valores da acidez total titulável (% ácido cítrico)
do tomate em pó, durante o armazenamento, para o tratamento fosfato
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 0,80421 0,13403 4,0699 *
Resíduo 14 0,46107 0,03293
Total 20 1,2652
* - significativo ao nível de 5% de probabilidade
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.11 - Análise de variância dos valores médios das cinzas (%) do tomate em pó,
durante o armazenamento, para o tratamento controle
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 0,06304 0,01051 0,7982 ns
Resíduo 14 0,18429 0,01316
Total 20 0,24733
ns - não significativo
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.12 - Análise de variância dos valores médios das cinzas (%) do tomate em pó,
durante o armazenamento, para o tratamento fosfato
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 0,12257 0,02043 5,4050**
Resíduo 14 0,05292 0,00378
Total 20 0,17549
** - significativo a nível de 1% de probabilidade
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
88
Tabela A.13 - Análise de variância dos valores das cinzas insolúveis em ácido clorídrico
(%) do tomate em pó, durante o armazenamento, para o tratamento controle
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 0,00398 0,00066 2,5186 ns
Resíduo 14 0,00369 0,00026
Total 20 0,00766
ns - não significativo
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.14 - Análise de variância dos valores das cinzas insolúveis em ácido clorídrico
(%) do tomate em pó, durante o armazenamento, para o tratamento fosfato
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 0,01143 0,00191 375,7497 **
Resíduo 14 0,00007 0,00001
Total 20 0,01150
** - significativo a nível de 1% de probabilidade
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.15 - Análise de variância dos valores médios dos açúcares redutores (% glicose)
do tomate em pó, durante o armazenamento, para o tratamento controle
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 31,17906 5,19651 15,0112 **
Resíduo 14 4,84646 0,34618
Total 20 36,02552
** - significativo a nível de 1% de probabilidade
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
89
Tabela A.16 - Análise de variância dos valores médios dos açúcares redutores (% glicose)
do tomate em pó, durante o armazenamento, para o tratamento fosfato
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 72,85407 12,14235 63,7295 **
Resíduo 14 12,66741 0,19053
Total 20 75,52148
** - significativo a nível de 1% de probabilidade
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.17 - Análise de variância dos valores médios do extrato alcoólico (%) do tomate
em pó, durante o armazenamento, para o tratamento controle
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 17,07745 2,84624 2,3668 ns
Resíduo 14 16,83607 1,20258
Total 20 33,91351
ns - não significativo
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.18 - Análise de variância dos valores médios do extrato alcoólico (%) do tomate
em pó, durante o armazenamento, para o tratamento fosfato
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 13,81283 2,30214 4,8928 **
Resíduo 14 6,58720 0,47051
Total 20 20,40003
** - significativo a nível de 1% de probabilidade
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
90
Tabela A.19 - Análise de variância dos valores médios da luminosidade do tomate em pó,
durante o armazenamento, para o tratamento controle
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 294,17896 49,02983 214,2480 **
Resíduo 14 3,20385 0,22885
Total 20 297,38280
** - significativo a nível de 1% de probabilidade
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.20 - Análise de variância dos valores médios da luminosidade do tomate em pó,
durante o armazenamento, para o tratamento fosfato
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 304,88571 50,81428 93,2801 **
Resíduo 14 7,62650 0,54475
Total 20 312,51220
** - significativo a nível de 1% de probabilidade
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.21 - Análise de variância dos valores médios da intensidade de vermelho (+a*)
do tomate em pó, durante o armazenamento, para o tratamento controle
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 11,35196 1,89199 6,7585 **
Resíduo 14 3,91918 0,27994
Total 20 15,27114
** - significativo a nível de 1% de probabilidade
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
91
Tabela A.22 - Análise de variância dos valores médios da intensidade de vermelho (+a*)
do tomate em pó, durante o armazenamento, para o tratamento fosfato
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 3,69149 0,61525 1,0483 ns
Resíduo 14 8,21628 0,58688
Total 20 11,90776
ns - não significativo
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.23 - Análise de variância dos valores médios da intensidade de amarelo (+b*) do
tomate em pó, durante o armazenamento, para o tratamento controle
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 19,73660 3,28943 10,3102 **
Resíduo 14 4,46665 0,31905
Total 20 24,20325
** - significativo a nível de 1% de probabilidade
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
Tabela A.24 - Análise de variância dos valores médios da intensidade de amarelo (+b*) do
tomate em pó durante o armazenamento, para o tratamento fosfato
Fonte de variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tempo 6 8,72498 1,45416 1,6598 ns
Resíduo 14 12,26571 0,87612
Total 20 20,99069
ns - não significativo
G.L. - Grau de liberdade; S.Q.. - Soma dos quadrados; Q.M.. - Quadrado médio dos desvios; F – Variável do
teste
92
APÊNDICE B
93
Tabela B.1 - Dados experimentais da cinética de secagem das fatias de tomate a 50ºC
Tempo (min) RU 1 RU 2 RU 3 RU 4 Média
0 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000
15 0,9881 0,9900 0,9878 0,9861 0,9880
30 0,9701 0,9773 0,9732 0,9708 0,9729
45 0,9514 0,9628 0,9579 0,9543 0,9566
60 0,9312 0,9467 0,9420 0,9356 0,9389
90 0,8897 0,9133 0,9062 0,8968 0,9015
120 0,8537 0,8829 0,8743 0,8625 0,8684
150 0,8143 0,8486 0,8403 0,8247 0,8320
180 0,7401 0,7827 0,7723 0,7524 0,7619
210 0,7045 0,7517 0,7407 0,7188 0,7289
240 0,6912 0,7386 0,7282 0,7042 0,7156
270 0,6713 0,7223 0,7112 0,6872 0,6980
300 0,6381 0,6922 0,6788 0,6536 0,6657
330 0,6033 0,6614 0,6469 0,6197 0,6328
390 0,5300 0,5955 0,5782 0,5439 0,5619
450 0,4679 0,5413 0,5215 0,4828 0,5034
510 0,3803 0,4548 0,4350 0,3897 0,4150
570 0,2506 0,3121 0,3252 0,2466 0,2836
630 0,1809 0,2491 0,2641 0,1816 0,2189
690 0,1247 0,1941 0,2071 0,1256 0,1629
750 0,0690 0,1432 0,1518 0,0791 0,1108
810 0,0213 0,0948 0,1012 0,0360 0,0633
870 0,0078 0,0775 0,0810 0,0212 0,0469
94
Tabela B.2 - Dados experimentais da cinética de secagem das fatias de tomate a 60ºC
Tempo (min) RU 1 RU 2 RU 3 RU 4 Média
0 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000
15 0,9884 0,9867 0,9869 0,9847 0,9867
30 0,9645 0,9583 0,9648 0,9575 0,9613
45 0,9345 0,9246 0,9347 0,9233 0,9293
60 0,9042 0,8889 0,9046 0,8862 0,8960
75 0,8751 0,8537 0,8765 0,8494 0,8637
90 0,8460 0,8183 0,8500 0,8137 0,8320
105 0,8241 0,7854 0,8232 0,7745 0,8018
120 0,8092 0,7474 0,7972 0,7454 0,7748
135 0,7482 0,7128 0,7710 0,7224 0,7386
150 0,7185 0,6830 0,7519 0,6966 0,7125
165 0,6818 0,6439 0,7278 0,6679 0,6804
180 0,6497 0,6144 0,7084 0,6445 0,6543
195 0,6276 0,5912 0,6935 0,6281 0,6351
210 0,5912 0,5484 0,6660 0,5993 0,6012
240 0,5406 0,5044 0,6317 0,5595 0,5591
270 0,4876 0,4528 0,5939 0,5131 0,5119
300 0,4349 0,4058 0,5509 0,4657 0,4643
330 0,3732 0,3442 0,4919 0,4026 0,4030
360 0,2762 0,2578 0,4033 0,3082 0,3114
390 0,2177 0,2025 0,3374 0,2489 0,2516
420 0,1827 0,1744 0,3001 0,2145 0,2179
450 0,1446 0,1435 0,2638 0,1806 0,1831
480 0,1088 0,1135 0,2277 0,1495 0,1499
510 0,0814 0,0865 0,1925 0,1210 0,1204
540 0,0532 0,0621 0,1594 0,0941 0,0922
570 0,0322 0,0443 0,1272 0,0710 0,0687
600 0,0197 0,0310 0,1030 0,0501 0,0510
630 0,0092 0,0171 0,0705 0,0261 0,0307
660 0,0037 0,0080 0,0467 0,0144 0,0182
690 0,0005 0,0023 0,0285 0,0045 0,0090
95
Tabela B.3 - Dados experimentais da cinética de secagem das fatias de tomate a 70ºC
Tempo (min) RU 1 RU 2 RU 3 RU 4 Média
0 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000
10 0,9564 0,9770 0,9866 0,9820 0,9755
20 0,9102 0,9329 0,9599 0,9443 0,9368
30 0,8623 0,8891 0,9279 0,9062 0,8964
40 0,8204 0,8471 0,8948 0,8674 0,8574
50 0,7776 0,8097 0,8623 0,8301 0,8199
60 0,7359 0,7727 0,8310 0,7949 0,7836
70 0,6959 0,7377 0,8010 0,7602 0,7487
80 0,6568 0,7043 0,7716 0,7284 0,7153
90 0,6216 0,6706 0,7421 0,6954 0,6824
100 0,5858 0,6403 0,7137 0,6642 0,6510
110 0,5518 0,6078 0,6853 0,6335 0,6196
120 0,5197 0,5769 0,6561 0,5999 0,5882
130 0,4890 0,5502 0,6292 0,5738 0,5606
140 0,4602 0,5239 0,6039 0,5475 0,5339
150 0,4355 0,4984 0,5775 0,5217 0,5083
160 0,4113 0,4758 0,5537 0,4980 0,4847
170 0,3854 0,4534 0,5274 0,4738 0,4600
180 0,3600 0,4313 0,5018 0,4507 0,4360
190 0,3366 0,4093 0,4778 0,4287 0,4131
200 0,3068 0,3915 0,4545 0,4093 0,3905
210 0,2874 0,3691 0,4300 0,3848 0,3678
220 0,2665 0,3514 0,4101 0,3663 0,3486
230 0,2465 0,3342 0,3871 0,3456 0,3284
240 0,2285 0,3143 0,3664 0,3278 0,3093
250 0,2102 0,2987 0,3480 0,3090 0,2915
260 0,1936 0,2806 0,3271 0,2918 0,2733
270 0,1767 0,2643 0,3090 0,2738 0,2560
280 0,1621 0,2490 0,2914 0,2577 0,2401
290 0,1469 0,2343 0,2749 0,2421 0,2246
300 0,1173 0,2199 0,2591 0,2270 0,2058
96
320 0,0908 0,1908 0,2250 0,1942 0,1752
340 0,0692 0,1642 0,1974 0,1673 0,1495
360 0,0497 0,1424 0,1703 0,1431 0,1264
380 0,0261 0,1185 0,1442 0,1203 0,1023
410 0,0117 0,0897 0,1062 0,0880 0,0739
440 0,0052 0,0658 0,0754 0,0616 0,0520
470 0,0047 0,0486 0,0478 0,0369 0,0345
500 0,0024 0,0339 0,0276 0,0224 0,0216
530 0,0002 0,0024 0,0129 0,0114 0,0067
560 -0,0001 0,0137 0,0059 0,0057 0,0063
590 0,0002 0,0061 0,0046 0,0020 0,0032
620 0,0002 0,0015 0,0005 0,0003 0,0006
97
APÊNDICE C
98
Tabela C.1 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó a
10ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de Halsey
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2338 19,9341 18,5804 1,3537 0,0679
0,3347 21,6442 22,1354 -0,4912 -0,0227
0,4314 24,4903 26,0517 -1,5614 -0,0638
0,5736 31,1671 33,6365 -2,4694 -0,0792
0,6215 38,3020 37,0342 1,2679 0,0331
0,7567 56,2787 51,5056 4,7731 0,0848
0,8206 60,2079 63,6799 -3,4720 -0,0577
0,8677 78,6365 78,1533 0,4832 0,0061
Tabela C.2 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó a
20ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de Halsey
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2311 19,3830 19,9211 -0,5381 -0,0278
0,3307 24,2405 23,1474 1,0932 0,0451
0,4316 27,4175 26,8206 0,5969 0,0218
0,5438 29,2783 31,8564 -2,5781 -0,0881
0,5914 33,7080 34,4852 -0,7772 -0,0231
0,7547 51,6118 48,1533 3,4585 0,0670
0,8134 56,5765 56,8237 -0,2471 -0,0044
0,8511 63,7313 64,8745 -1,1432 -0,0179
99
Tabela C.3 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó a
30ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de Halsey
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2161 18,8179 18,4308 0,3871 0,0206
0,3244 23,2109 22,1263 1,0847 0,0467
0,4317 26,3820 26,3225 0,0595 0,0023
0,5140 29,8233 30,2206 -0,3973 -0,0133
0,5603 32,7652 32,8136 -0,0484 -0,0015
0,7509 49,6687 49,8217 -0,1530 -0,0031
0,8063 55,3008 59,0195 -3,7187 -0,0672
0,8362 69,032 65,8746 3,1574 0,0457
Tabela C.4 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó a
40ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de Halsey
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2040 20,0173 17,4466 2,5707 0,1284
0,3160 22,1310 21,0879 1,0431 0,0471
0,4320 23,4917 25,4092 -1,9175 -0,0816
0,4842 27,1665 27,6910 -0,5245 -0,0193
0,5317 29,0050 30,0371 -1,0321 -0,0356
0,7468 46,7993 47,3119 -0,5126 -0,0110
0,7991 55,6863 55,2592 0,4271 0,0077
0,8232 60,5483 60,0815 0,4668 0,0077
100
Tabela C.5 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó a
10ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de GAB
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2338 19,9341 18,9154 1,0187 0,0511
0,3347 21,6442 22,1416 -0,4974 -0,0230
0,4314 24,4903 25,8144 -1,3241 -0,0541
0,5736 31,1671 33,3534 -2,1863 -0,0701
0,6215 38,3020 36,8562 1,4459 0,0377
0,7567 56,2787 51,9616 4,3171 0,0767
0,8206 60,2079 64,2146 -4,0067 -0,0665
0,8677 78,6365 77,6250 1,0116 0,0129
Tabela C.6 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó a
20ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de GAB
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2311 19,3830 19,8703 -0,4873 -0,0251
0,3307 24,2405 22,9543 1,2862 0,0531
0,4316 27,4175 26,5805 0,8370 0,0305
0,5438 29,2783 31,7781 -2,4998 -0,0854
0,5914 33,7080 34,5558 -0,8478 -0,0252
0,7547 51,6118 48,8507 2,7611 0,0535
0,8134 56,5765 57,2094 -0,6329 -0,0112
0,8511 63,7313 64,2301 -0,4988 -0,0078
101
Tabela C.7 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó a
30ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de GAB
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2161 18,8179 19,5549 -0,7370 -0,0392
0,3244 23,2109 22,3033 0,9076 0,0391
0,4317 26,3820 25,904 0,4780 0,0181
0,5140 29,8233 29,5623 0,2610 0,0088
0,5603 32,7652 32,1131 0,6521 0,0199
0,7509 49,6687 49,7953 -0,1266 -0,0025
0,8063 55,3008 59,2813 -3,9805 -0,0720
0,8362 69,032 66,0745 2,9575 0,0428
Tabela C.8 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó a
40ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de GAB
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2040 20,0173 18,6165 1,4008 0,0700
0,3160 22,1310 21,2788 0,8523 0,0385
0,432 23,4917 24,9771 -1,4854 -0,0632
0,4842 27,1665 27,0962 0,0703 0,0026
0,5317 29,0050 29,3630 -0,3580 -0,0123
0,7468 46,7993 47,2697 -0,4704 -0,0101
0,7991 55,6863 55,4986 0,1877 0,0034
0,8232 60,5483 60,3389 0,2094 0,0035
102
Tabela C.9 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó a
10ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de BET modificado
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2338 19,9341 18,3418 1,5923 0,0799
0,3347 21,6442 21,1236 0,5206 0,0241
0,4314 24,4903 24,7148 -0,2245 -0,0092
0,5736 31,1671 32,8883 -1,7212 -0,0552
0,6215 38,3020 36,9076 1,3944 0,0364
0,7567 56,2787 53,9781 2,3006 0,0409
0,8206 60,2079 65,7342 -5,5263 -0,0918
0,8677 78,6365 75,8740 2,7625 0,0351
Tabela C.10 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó
a 20ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de BET
modificado
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2311 19,3830 18,9689 0,4141 0,0214
0,3307 24,2405 21,7902 2,4503 0,1011
0,4316 27,4175 25,6348 1,7827 0,0650
0,5438 29,2783 31,6941 -2,4158 -0,0825
0,5914 33,7080 35,0339 -1,3259 -0,0393
0,7547 51,6118 50,7783 0,8335 0,0161
0,8134 56,5765 57,9644 -1,3879 -0,0245
0,8511 63,7313 62,8699 0,8614 0,0135
103
Tabela C.11 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó
a 30ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de BET
modificado
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2161 18,8179 18,3481 0,4698 0,0250
0,3244 23,2109 21,2891 1,9218 0,0828
0,4317 26,3820 25,3009 1,0811 0,0410
0,5140 29,8233 29,5308 0,2925 0,0098
0,5603 32,7652 32,5328 0,2324 0,0071
0,7509 49,6687 51,8201 -2,1514 -0,0433
0,8063 55,3008 59,8324 -4,5316 -0,0819
0,8362 69,032 64,5462 4,4858 0,0650
Tabela C.12 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó
a 40ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de BET
modificado
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2040 20,0173 17,4927 2,5246 0,1261
0,3160 22,1310 20,3567 1,7743 0,0802
0,432 23,4917 24,5029 -1,0112 -0,0430
0,4842 27,1665 26,9534 0,2131 0,0078
0,5317 29,0050 29,6120 -0,6070 -0,0209
0,7468 46,7993 49,0321 -2,2328 -0,0477
0,7991 55,6863 55,8673 -0,1810 -0,0032
0,8232 60,5483 59,2559 1,2924 0,0213
104
Tabela C.13 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó
a 10ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de Oswin
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2338 19,9341 12,1394 7,7947 0,3910
0,3347 21,6442 18,1064 3,5378 0,1635
0,4314 24,4903 24,4276 0,0627 0,0026
0,5736 31,1671 35,3130 -4,1459 -0,1330
0,6215 38,3020 39,6102 -1,3082 -0,0342
0,7567 56,2787 54,8361 1,4426 0,0256
0,8206 60,2079 64,9726 -4,7647 -0,0791
0,8677 78,6365 75,0597 3,5768 0,0455
Tabela C.14 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó
a 20ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de Oswin
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2311 19,3830 13,4028 5,9802 0,3085
0,3307 24,2405 19,5495 4,6910 0,1935
0,4316 27,4175 26,0955 1,3220 0,0482
0,5438 29,2783 33,8913 -4,6130 -0,1576
0,5914 33,7080 37,4221 -3,7141 -0,1102
0,7547 51,6118 51,2354 0,3765 0,0073
0,8134 56,5765 57,3423 -0,7657 -0,0135
0,8511 63,7313 61,8961 1,8352 0,0288
105
Tabela C.15 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó
a 30ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de Oswin
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2161 18,8179 12,2119 6,6060 0,3510
0,3244 23,2109 18,8495 4,3614 0,1879
0,4317 26,3820 25,9099 0,4722 0,0179
0,5140 29,8233 31,7663 -1,9430 -0,0652
0,5603 32,7652 35,283 -2,5178 -0,0768
0,7509 49,6687 52,5936 -2,9249 -0,0589
0,8063 55,3008 59,1973 -3,8965 -0,0705
0,8362 69,032 63,3503 5,6817 0,0823
Tabela C.16. - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó
a 40ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de Oswin
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2040 20,0173 11,31182 8,7055 0,4349
0,3160 22,1310 17,95369 4,1773 0,1888
0,432 23,4917 25,28698 -1,7953 -0,0764
0,4842 27,1665 28,78419 -1,6177 -0,0595
0,5317 29,0050 32,10158 -3,0966 -0,1068
0,7468 46,7993 49,76273 -2,9634 -0,0633
0,7991 55,6863 55,26117 0,4251 0,0076
0,8232 60,5483 58,10679 2,4415 0,0403
106
Tabela C.17 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó
a 10ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de Smith
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2338 19,9341 16,0017 3,9324 0,1973
0,3347 21,6442 20,7034 0,9408 0,0435
0,4314 24,4903 25,9330 -1,4427 -0,0589
0,5736 31,1671 35,5157 -4,3486 -0,1395
0,6215 38,3020 39,4834 -1,1814 -0,0308
0,7567 56,2787 54,1979 2,0808 0,0370
0,8206 60,2079 64,3426 -4,1347 -0,0687
0,8677 78,6365 74,4830 4,1535 0,0528
Tabela C.18 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó
a 20ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de Smith
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2311 19,3830 18,5769 0,8061 0,0416
0,3307 24,2405 22,3432 1,8973 0,0783
0,4316 27,4175 26,7794 0,6381 0,0233
0,5438 29,2783 32,7491 -3,4708 -0,1185
0,5914 33,7080 35,7407 -2,0327 -0,0603
0,7547 51,6118 49,5933 2,0185 0,0391
0,8134 56,5765 57,0187 -0,4422 -0,0078
0,8511 63,7313 63,1459 0,5854 0,0092
107
Tabela C.19 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó
a 30ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de Smith
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2161 18,8179 17,1419 1,6760 0,0891
0,3244 23,2109 21,5698 1,6411 0,0707
0,4317 26,3820 26,7206 -0,3385 -0,0128
0,5140 29,8233 31,3796 -1,5563 -0,0522
0,5603 32,7652 34,3611 -1,5959 -0,0487
0,7509 49,6687 51,284 -1,6153 -0,0325
0,8063 55,3008 58,7753 -3,4745 -0,0628
0,8362 69,032 63,7685 5,2635 0,0762
Tabela C.20 - Valores experimentais e teóricos da umidade de equilíbrio do tomate em pó
a 40ºC, resíduos e erros relativos, calculados para o modelo de Smith
Umidade de equilíbrio (% b.s.)
a
w
Experimental Teórica
Resíduo Erro relativo
0,2040 20,0173 16,5312 3,4861 0,1742
0,3160 22,1310 20,7536 1,3774 0,0622
0,432 23,4917 25,9281 -2,4364 -0,1037
0,4842 27,1665 28,6124 -1,4459 -0,0532
0,5317 29,0050 31,3024 -2,2974 -0,0792
0,7468 46,7993 48,4249 -1,6256 -0,0347
0,7991 55,6863 54,8673 0,8190 0,0147
0,8232 60,5483 58,4255 2,1228 0,0351
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