Download PDF
ads:
Universidade Federal da Paraíba
Centro de Tecnolo
g
ia
curso de pós-
g
raduação em en
g
enharia urbana
- mestrado -
DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE APOIO À
DECISÃO PARA GESTÃO URBANA BASEADO
EM INDICADORES AMBIENTAIS
Marie Eugénie Malzac Batista
Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Federal da Paraíba
para obtenção do grau de Mestre
João Pessoa - Paraíba Julho - 2005
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Universidade Federal da Paraíba
Centro de Tecnolo
g
ia
curso de pós-
g
raduação em en
g
enharia urbana
- mestrado -
DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE APOIO À
DECISÃO PARA GESTÃO URBANA BASEADO
EM INDICADORES AMBIENTAIS
Dissertação submetida ao Curso de Pós-
Graduação em Engenharia Urbana da
Universidade Federal da Paraíba como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do
título de Mestre.
Marie Eugénie Malzac Batista
Orientadores:
Prof. Dr. Tarciso Cabral da Silva
Prof. Dr. Eduardo Rodrigues Viana de Lima
João Pessoa - Paraíba julho – 2005
ads:
B333d Batista, Marie Eugénie Malzac
-Desenvolvimento de um Sistema de Apoio à Decisão para a
Gestão Urbana Baseado em Indicadores Ambientais/ Marie Eugénie
Malzac Batista. – João Pessoa, 2005.
- 87p.:il.
- Orientadores: Tarciso Cabral da Silva e Eduardo Rodrigues
Viana de Lima
- Dissertação(Mestrado em Engenharia Urbana) – UFPB/CT
1. Planejamento Urbano 2. Salubridade Ambiental 3. Drenagem
urbana 4. SADE
UFPB/BC CDU:711(043)
In Memoriam,
Ao meu pai, Henri Geraldo Malzac,
i
AGRADECIMENTOS
Ao meu esposo, pelo incentivo, apoio, compreensão e paciência em todas as horas.
Aos orientadores. Prof. Dr. Tarciso Cabral da Silva e Prof. Dr. Eduardo Viana de Lima, pela
competência, pela confiança e pela oportunidade de realizar esse trabalho.
À CODATA – Companhia de Processamento de Dados do Estado da Paraíba, pelo apoio e
suporte durante a realização do trabalho.
Ao Laboratório de Recursos Hídricos LARHENA/PB, pela infra-estrutura disponível durante
a fase de elaboração da pesquisa.
Aos amigos que fiz no LARHENA/PB e agora mestrandos Valéria Diniz dos Santos e
Wamberto Raimundo da Silva Junior, Laise Kelley Lemos Barbosa.
Universidade Federal da Paraíba - UFPB, através da Coordenação de Pós-Graduação em
Engenharia Urbana – PPGEU.
Aos professores do Curso de Mestrado em Engenharia Urbana, pelos conhecimentos técnicos
e científicos transmitidos.
A todos os colegas de mestrado pelo proveitoso convívio.
Agradecimento especial à bolsista PIBIC Laudicéia Ramalho Dionísio, pela sua preciosa
ajuda nos trabalhos de campo e apoio durante o desenvolvimento do trabalho.
A todos os demais órgãos e instituições (CAGEPA, Secretaria de Saúde do Município de João
Pessoa, EMLUR, Secretaria de Planejamento do Município de João Pessoa)
A todos os outros que direta ou indiretamente colaboraram para a execução desse trabalho e
por algum motivo não foram lembrados (a quem antecipadamente me desculpo).
E, acima de tudo, a Deus, por ter colocado o Prof. Tarciso Cabral em meu caminho, pela vida
que me foi confiada e por mais essa etapa vencida na minha vida.
ii
DEDICO
A minha mãe, Maria Nilza Malzac
Ao meu sogro Geraldo Batista Júnior e sogra Laura Maria Campos Batista
Ao meu esposo, Vamberto Campos Batista
As minhas filhas
Desirée Malzac Batista, Michelle Malzac Batista, Stéphanie Malzac Batista.
iii
RESUMO
O conceito de salubridade ambiental, abrangendo o saneamento ambiental em seus diversos
componentes, busca a integração sob uma visão holística, participativa e de racionalização de
uso dos recursos públicos. A avaliação da salubridade ambiental não é tarefa fácil, devido às
diversas variáveis envolvidas. No entanto, com o uso de indicadores, tem-se conseguido
resultados satisfatórios. Objetiva-se neste trabalho apresentar o ISA/JP - Indicador de
Salubridade Ambiental, para análise intra-urbana por setor censitário e bairro como uma
contribuição para a gestão urbana relativa a esta temática. Trata-se de uma adaptação do ISA
desenvolvido pelo Conselho Estadual de Saneamento do Estado de São Paulo em 1999. Ao
ISA/JP foi incorporado mais um sub-indicador, o de drenagem urbana - Idu. Para o seu
cálculo considera-se o estado das ruas de um setor censitário de um bairro, relativo à
possibilidade de ocorrências de inundação, defeitos e pavimentação. Utiliza-se um SIG -
Sistema de Informações Geográficas para os cálculos e espacialização das informações e
como um SADE - Sistema de Apoio à Decisão Espacial que constitui um instrumento valioso
ao planejamento urbano, auxiliando na tomada de decisão para a elaboração de políticas
públicas mais eficazes, tanto no aspecto do sistema de saneamento ambiental, como também
para o processo de gestão da saúde e na melhoria das condições de vida e do meio ambiente.
Foi feito um estudo de caso nos bairros costeiros urbanizados da cidade de João Pessoa. Os
resultados do ISA/JP para os bairros analisados indicaram que dos 9 existentes na área
estudada, 2 foram considerados como de média salubridade e 7 salubres.
PALAVRAS-CHAVES: salubridade ambiental, planejamento urbano, SADE, drenagem
urbana.
iv
ABSTRACT
The concept of environmental healthy, enclosing the ambient sanitation in its diverse
components, searches the integration under a holistic and community vision seeking the
rationalization of the public resources use. The evaluation of the environmental healthy is not
an easy task, due the diverse involved variables. However, with the use of indicators, it has
been obtained satisfactory results. The objective of this work is presents the ISA/JP -
Indicator of Environmental Healthy, for intra-urban analysis for sector and quarter as a
contribution for the urban management. The method was developed initially by technical team
of the State Council of Sanitation of the State of São Paulo, Brazil in 1999 - for analyses of
the healthy conditions of different municipal districts in the State. The ISA/JP it was
incorporated plus a sub-index, of urban drainage Idu. For the calculation of Idu, it is
considered the state of a street of an urban sector of a neighborhood, related to the possibility
of flood occurrences, defects and pavements that may exist. A SIG is used - System of
Geographic Information for the calculations and and spatialization of the information and as a
SSSD - System of Support to the Space Decision that constitutes a valuable instrument of
urban planning, assisting in the taking of decision for the elaboration of more efficient public
politics, as much in the aspect of the system of ambient sanitation, as also for the process of
management of the health and in the improvement of the conditions of life and the
environment. A study of case was made in the coastal quarters of the city of João Pessoa -Pb,
Brazil. The results of the ISA/JP for the 9 analyzed quarters had indicated that, 2 was
classified as average salubrity and 7 as salubrios.
KEYWORDS: environmental healthy, urban planning, SSSD, urban drainage.
v
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1 – Estrutura de suporte à decisão. 21
Figura 3.2 – Estrutura de um SIG. 23
Figura 3.3 – Componentes do SADE. 29
Figura 5.1 – Localização da área estudada - Brasil, Estado da Paraíba,
Cidade de João Pessoa, Bairros com setores censitários.
47
Figura 5.2 – Simbologia do fluxograma 50
Figura 5.3 – Fluxograma para o cálculo do Indicador de Salubridade Ambiental –
ISA/JP por setor censitário
51
Figura 5.4 – Fluxograma para o cálculo do Indicador de Salubridade Ambiental –
ISA/JP por bairro
52
Figura 5.5 – Fluxograma para o cálculo do Indicador de Drenagem Urbana por vias
53
Figura 5.6 – Fluxograma para o cálculo do Indicador Drenagem Urbana por setor 54
Figura 5.7– Fluxograma para o cálculo do Indicador Drenagem Urbana por bairro 55
Figura 5.8 – Tela da função calcule values. 56
Figura 5.9 – Tela da função summazire. 57
Figura 5.10 – Tela de exportação de tabela 57
Figura 5.11 – Tela da função join. 58
Figura 6.1 – Indicador de Abastecimento de Água por Setor Censitário. 65
Figura 6.2 – Indicador de Esgotamento Sanitário por Setor Censitário. 66
Figura 6.3 – Indicador de Resíduos Sólidos por Setor Censitário. 67
Figura 6.5 – Indicador de Controle de Vetores por Setor Censitário. 68
Figura – Indicador de Recursos Hídricos por Setor Censitário. 68
Figura 6.6 – Indicador de Drenagem Urbana por Setor Censitário. 70
Figura 6.7 – Indicador Sócio Econômico por Setor Censitário. 71
vi
Figura 6.8 – Indicador de Salubridade Ambiental – ISA/JP por Setor Censitário. 72
Figura 6.9 – Indicador de Abastecimento por Bairro. 73
Figura 6.10 – Indicador de Esgotamento Sanitário por Bairro. 74
Figura 6.11 – Indicador de Resíduos Sólidos por Bairro. 75
Figura 6.13 – Indicador de Controle de Vetores por Bairro. 76
Figura 6.12 – Indicador de Recursos Hídricos por Bairros. 77
Figura 6.14 – Indicador de Drenagem Urbana por Bairro. 78
Figura 6.15 – Indicador Sócio Econômico por Bairro. 79
Figura 6.16 – Indicador de Salubridade Ambiental – ISA/JP por Bairro . 80
Figura 6.17 – Indicador de Performance das Vias. 81
vii
LISTA DE QUADROS
Quadro 2.2.1.1 – Descrição dos sub-indicadores de 2ª de ordem.
7
Quadro 2.2.1.2 – Critérios e pontuações adotadas.
14
Quadro 2.2.2.1 – Condições, componentes, variáveis e indicadores de composição do
ISA/OE.
18
Quadro 3.1 – Funções agrupadas e as principais categorias de análises espaciais.
26
Quadro 4.1 – Descrição dos sub-indicadores de 1ª e 2ª ordem da drenagem
urbana para o ISA/JP.
32
Quadro 4.2 – Fenômenos intervenientes no diagnóstico da drenagem urbana.
34
Quadro 4.3 – Componentes i
IA
, i
D
, i
RP
com seus valores conforme critérios.
34
Quadro 4.4 – Relação de possibilidades, critérios, valores, pesos relativos
e o Idu resultante.
35
Quadro 4.5 – Classificação de performance adotada para a drenagem urbana.
35
Quadro 4.6 – Indicadores secundários, componentes, formulação, objetivos e
fontes de dados primários.
39
Quadro 4.7 – Indicadores terciários, formulação, composição e pontuação.
41
Quadro 4.8 – Situação de salubridade por faixa de situação (%).
44
Quadro 5.1 – Algumas características básicas dos bairros da área de estudo.
48
Quadro 6.1 – Indicador de Salubridade Ambiental ISA/JP por setor censitário.
59
Quadro 6.2 - Indicador de Salubridade Ambiental ISA/JP por bairro.
61
Quadro 6.3 – Situação de salubridade por faixa de situação do ISA/JP.
62
viii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
CA – Capacidade restante do aterro;
CAGEPA – Companhia de Água e Esgoto da Paraíba;
Conesan – Conselho Estadual de Saneamento;
CP – Capacidade de produção;
CT – Capacidade de tratamento;
Dem – Demanda (considera-se demanda futura de 10 anos).
Disp – Disponibilidade de água em condições de tratabilidade para abastecimento;
Dua – Domicílios Urbanos Atendidos (públicos e particulares);
Duc – Domicílios urbanos atendidos por coleta de lixo;
Due – Domicílios urbanos atendidos por coleta mais tanques sépticos;
Dut – Domicílios Urbanos Totais;
EMLUR – Empresa Municipal de Limpeza Urbana;
I2s – Indicador de distribuição de renda menor que 3 salários mínimos;
IAA – Indicador de Abastecimento de Água, referente ao ISA/OE;
Iab – Indicador de Abastecimento de Água;
Iai – Indicador de Alagamento ou Inundação;
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;
Ica – Indicador de Cobertura de Abastecimento de Água;
ica – Índice de Cobertura de Água;
Ice – Indicador de Cobertura em Coleta de Esgoto e Tanques Sépticos;
ice – Índice de cobertura de esgotos;
ICM – Indicador de Condição de Moradia, referente ao ISA/OE;
Icr – Indicador de Coleta de Lixo;
icr – Índice de coleta de lixo;
Icv – Indicador de Controle de Vetores;
Id – Indicador de Defeitos;
Idm – Indicador da Disponibilidade dos Mananciais;
idm – Índice de disponibilidade dos mananciais;
IDU – Indicador de Drenagem urbana, referente ao ISA/OE;
Idu – Indicador de Drenagem Urbana;
Ie1 – Indicador de escolaridade de 1º grau.
ix
Ied – Indicador de Educação;
IES – Indicador de Esgotamento Sanitário, referente ao ISA/OE;
Ies – Indicador de Esgotos Sanitários;
Ifi – Indicador de Fontes Isoladas;
Imh – Indicador relativo à mortalidade infantil (0 a 4 anos) ligada à doença de veiculação
hídrica;
Imr – Indicador relativo à mortalidade infantil (0 a 4 anos) ligadas à doenças e de idosos
(acima de 65 anos) ligado a doenças respiratórias.
Ine – Indicador de nenhuma escolaridade;
Iqa – Indicador da Qualidade da Água Distribuída;
Iqb – Indicador da Qualidade da Água Bruta;
Iqr – Indicador de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos;
Irf – Indicador de Renda;
Irh – Indicador de Recursos Hídricos;
Irm – Indicador de renda média.
Irp – Indicador de Rua Pavimentada;
IRS – Indicador de Resíduos Sólidos, referente ao ISA/OE;
Irs – Indicador de Resíduos Sólidos;
ISA – Indicador de Salubridade Ambiental;
Isa – Indicador de Saturação do Sistema Produtor;
ISA – Indicador de Saúde Ambiental, referente ao ISA/OE;
ISA/JP – Indicador de Salubridade Ambiental/João Pessoa;
ISA/OE – Índice de Salubridade Ambiental em Áreas de Ocupação Espontâneas
Ise – Indicador de Saturação do Tratamento de Esgotos;
ISE – Indicador de Socioeconômico-cultural, referente ao ISA/OE;
Ise – Indicador Sócio-econômico;
Isp – Indicador de Saúde Pública;
Isr – Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final dos Resíduos Sólidos;
Ite – Indicador de Esgotos Tratados e Tanque Sépticos;
ite – Índice de esgotos tratados;
Ivd – Indicador de Dengue;
Ive – Indicador de Esquistossomose;
Ivl – Indicador de Leptospirose;
x
NAA – Quantidade de amostras consideradas como sendo de água potável relativa à
colimetria, cloro e turbidez numa primeira etapa e, no futuro, o total da Portaria n° 36 do
Ministério da Saúde.
NAR – Quantidade de Amostras Realizadas.
n – número de anos em que o sistema ficará saturado;
SAA – Serviço de Abastecimento de Água;
SAD – Sistema de Apoio à Decisão;
SADE – Sistema de Apoio à Decisão Espacial;
SEMARH – Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos;
SEPLAN – Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de João Pessoa
SIG – Sistema de Informações Geográficas;
VC – Volume coletado de esgotos;
VL – Volume coletado de lixo;
VP – Volume de produção necessário para atender 100% da população atual;
VT – Volume tratado de esgotos medido ou estimado nas estações em áreas servidas por rede
de esgotos;
xi
LISTA DE SÍMBOLOS
K – relação entre as amostras realizadas e as amostras efetuadas pelo SAA;
K1 – perda atual;
K2 – perda prevista para os 5 anos subseqüentes.
Km – quilometro;
Km² – quilometro quadrado;
Idu (b) – indicador de drenagem urbana do bairro b;
Idu (s) – indicador de drenagem urbana do setor s;
Idu (j) – indicador de drenagem urbana da rua j;
L ( j ) – comprimento da rua j;
L (s) – comprimento total das ruas do setor censitário s;
n – número de ruas do setor s
m – número de setores do bairro b.
p1; p2; p3 – parâmetros de importância relativa entre os fenômenos considerados segundo os
critérios do Indicador de Drenagem Urbana.
t – taxa de crescimento anual médio da população urbana para os 5 anos subseqüentes ao ano
da elaboração do ISA;
xii
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
LISTA DE SÍMBOLOS
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 1
1.1 Apresentação 1
1.2 Objetivo Geral 2
1.3 Objetivos Específicos 2
1.4 Estrutura Geral da Dissertação 3
CAPÍTULO 2 – SALUBRIDADE AMBIENTAL URBANA E INDICADORES 5
2.1 Salubridade Ambiental Urbana 5
2.2 Indicadores 6
2.2.1 Indicador de Salubridade Ambiental – ISA 6
2.2.2 Índice de Salubridade Ambiental em Áreas de Ocupação Espontâneas –
ISA/OE 17
CAPÍTULO 3 – SISTEMA DE APOIO A DECISÃO - SAD, SISTEMA DE
INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS - SIG E SISTEMA DE APOIO A DECISÃO
ESPACIAL – SADE 20
3.1 Sistema de Apoio à Decisão - SAD 20
3.2 Sistema de Informações Geográficas – SIG 22
3.3 Sistema de Apoio à Decisão Espacial – SADE 27
CAPÍTULO 4 – INDICADOR DE SALUBRIDADE AMBIENTAL ISA/JP 31
4.1 O Sub-Indicador de Drenagem Urbana – IDU 31
4.2 Indicador de Salubridade Ambiental –ISA/JP 37
CAPÍTULO 5 – ESTUDO DE CASO 46
5.1 Caracterização da Área de Estudo 46
5.2 Desenvolvimento e Aplicação do ISA/JP 48
CAP 6 – RESULTADOS 59
6.1 Análises e Discussão 59
xiii
CAP 7 – CONCLUSÕES 82
REFERÊNCIAS 84
ANEXOS
Critérios de Oda
Fotografias
xiv
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO
A busca pela melhoria qualitativa nas condições de vida e de bem estar sempre fez parte
da história da humanidade. O processo de aumento das concentrações urbanas ao longo da
história já reflete, por si só, o anseio de aumentar as possibilidades para uma melhoria
qualitativa de vida. No entanto, devido às próprias ações humanas individuais e sociais, as
cidades muitas vezes aparentam criar mais condições de afastamento do ideal de bem estar e
da qualidade de vida do que as condições para se conseguir os seus objetivos.
Dentre todos os aspectos relativos à qualidade de vida, incluindo o estado do meio
ambiente, um dos mais importantes é o da qualidade da saúde humana. Em um contexto
maior, o tema da salubridade ambiental urbana aparece como um conceito integrado que vem
reunir diversos fatores intervenientes na qualidade de vida e do meio ambiente em uma visão
generalizada.
A construção de instrumentos para a mensuração de temas como o da salubridade
ambiental não constitui uma tarefa fácil. No entanto, sistemas de indicadores têm sido cada
vez mais utilizados com relativo sucesso para descrever temas sociais, econômicos,
ambientais, de saúde pública, entre outros.
Os sistemas de indicadores que hoje estão sendo construídos têm a finalidade de
prover informações, permitindo assim novos conhecimentos, visando o melhoramento da
qualidade de vida em dimensão social e ambiental. Constituem uma forma ampla de descrição
do problema multifuncional, que vem sendo bastante difundidos. Contribuem assim para a
realização de previsões, visando orientar a elaboração de políticas específicas concatenadas e
temporais das ações públicas.
Neste sentido, as informações relevantes, no formato de indicadores, tratadas com
técnicas de geoprocessamento, onde são integrados dados espaciais e não espaciais em um
único ambiente, possibilitam a representação e modelagem do conhecimento, constituindo um
poderoso SADE - Sistema de Apoio à Decisão Espacial.
Assim, o uso de Sistemas de Informações Geográficas - SIG com seus recursos de
gerenciamento, visualização de informações e análises permite ao gestor agregar um grande
volume de informações, tornando clara a necessidade de se dispor de ferramentas de caráter
1
integrador que facilite a tomada de decisão, possibilitando um melhor planejamento nas ações
e articulando diversos componentes da infra-estrutura, tornando-se um SADE.
Neste trabalho apresenta-se o ISA/JP - Indicador de Salubridade Ambiental, para
análise intra-urbana por setor censitário e bairro como uma contribuição para a gestão urbana
relativa a esta temática. Trata-se de uma adaptação do ISA desenvolvido pelo Conselho
Estadual de Saneamento do Estado de São Paulo em 1999. Para o ISA/JP foi incorporado
mais um sub-indicador, o de avaliação de performance da drenagem urbana.
O sub-indicador de drenagem urbana – Idu tem a finalidade de diagnosticar o estado
das vias urbanas, onde será avaliada a ocorrência ou não de inundação, defeitos e
pavimentação na área em estudo, em formato de índice integrável ao ISA/JP.
Utilizou-se um Sistema de Informações Geográficas - SIG como SADE – Sistema de
Apoio a Decisão Espacial que será um instrumento para integrar as informações dos diversos
temas envolvidos, possibilitando também a visão da área de estudo como um todo e não
fragmentada, onde os principais temas se interagem e se complementam, facilitando ao
analista determinar a evolução espacial de um fenômeno geográfico e as inter-relações entre
eles.
1.2 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral do trabalho é utilizar uma ferramenta computacional com base em um
indicador de salubridade ambiental, ou seja, um Sistema de Informações Geográficas - SIG
como Sistema de Apoio a Decisão Espacial - SADE, que agregará informações de vários
temas pertinentes onde poderão ser visualizados espacialmente os atributos e as variáveis de
saída do modelo descritor da salubridade ambiental urbana, com inserção da temática
drenagem urbana, realizando estudo de caso dos bairros litorâneos do município de João
Pessoa.
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Desenvolver um indicador de performance da drenagem urbana - Idu, a ser
incorporado ao modelo ISA, aplicável aos setores urbanos e bairros;
Estabelecer uma metodologia de combinação de informações espaciais como
instrumento de integração de políticas públicas de forma a obter suporte para decisão
na gestão urbana, considerando as estimativas dos indicadores dos serviços de
2
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública, controle de vetores,
situação dos mananciais, indicadores sócio-econômicos e drenagem urbana;
Possibilitar o planejamento de medidas preventivas e corretivas, estruturais ou não
estruturais, e as peculiaridades destes critérios com tipologias diferenciadas: dados
qualitativos e quantitativos associadas a serem atendidos pela análise a partir dos
indicadores de salubridade ambiental urbana, obtidos do SIG;
Descrever espacialmente, a salubridade ambiental urbana do litoral da cidade de João
Pessoa, disponibilizando-a no SIG gerado, no qual se permitirá a integração de dados
espaciais e não espaciais, em que as questões inerentes à modelagem do processo
decisório na gestão urbana possam ser abordadas de forma a promover uma tomada de
decisão de ações mais eficientes, abrangentes e econômicas, relativas aos setores
urbanos censitários envolvidos;
Possibilitar a produção de mapas diversificados quanto aos temas onde será possível a
sobreposição de camadas de informações que permitirão a identificação de grupos
sócio-espaciais sujeitos a risco de saúde associados aos indicadores definidos no
trabalho, entre outras facilidades, como a ocorrência espacial de infra-estruturas.
1.3 ESTRUTURA GERAL DA DISSERTAÇÃO
O trabalho foi dividido em 7 capítulos. O Capítulo 1 trata sobre o tema a ser trabalhado,
contextualizando-o no cenário atual, abordando sua importância, o objetivo geral e os
objetivos específicos a serem alcançados.
O Capítulo 2 apresenta o conceito de salubridade ambiental e trata da metodologia do ISA
- Indicador de Salubridade Ambiental e o ISA/OE - Índice de Salubridade Ambiental em
Áreas de Ocupações Espontâneas.
O Capítulo 3 apresenta a evolução do Sistema de Apoio a Decisão, definições relevantes e
fundamentação teórica sobre o Sistema de Informações Geográficas e Sistema de Apoio a
Decisão Espacial.
O Capítulo 4 apresenta a estrutura do ISA/JP e o sub-indicador de drenagem urbana – Idu.
O Capítulo 5 apresenta a caracterização da área de estudo e a aplicação do ISA/JP.
O Capítulo 6 mostra os resultados com análises e discussões.
O Capítulo 7 apresenta as conclusões do trabalho.
3
CAPÍTULO 2
SALUBRIDADE AMBIENTAL URBANA E INDICADORES
2.1 SALUBRIDADE AMBIENTAL URBANA
O conceito de salubridade ambiental, abrangendo o saneamento ambiental em seus
diversos componentes, busca a integração sob uma visão holística, participativa e de
racionalização de uso dos recursos públicos. Se coaduna perfeitamente com as diretrizes
definidas na 1ª Conferência das Cidades (Ministério das Cidades, 2005a), em matéria de meio
ambiente e qualidade de vida, visando alcançar o desenvolvimento ecologicamente
sustentável, socialmente justo e economicamente viável.
A Conferência das Cidades promovida pela Secretaria Nacional de Saneamento
Ambiental, (Ministério das Cidades, 2005b), tem como missão assegurar os direitos humanos
fundamentais de acesso à água potável e à vida em ambiente salubre nas cidades e no campo,
mediante a universalização do abastecimento de água e dos serviços de esgotamento sanitário,
coleta e tratamento dos resíduos sólidos, drenagem urbana, controle de vetores e reservatórios
de doenças transmissíveis.
São Paulo (1999), define salubridade ambiental como a qualidade ambiental capaz de
prevenir a ocorrência de doenças veiculadas pelo meio ambiente e de promover o
aperfeiçoamento das condições mesológicas favoráveis à saúde da população urbana e rural.
A construção de sistemas de indicadores, segundo Will e Briggs (1995), é um meio
eficaz de prover as políticas com informações capazes de demonstrar seu desempenho ao
longo do tempo e de realizar previsões, podendo ser utilizados para a promoção de políticas
específicas e monitoramento de variáveis espaciais e temporais das ações públicas.
Segundo Jannuzzi (2001), indicador social é “uma medida em geral quantitativa, dotada
de significado social substantivo, usada para substituir, quantificar ou operacionalizar um
conceito social abstrato, de interesse teórico ou pragmático”. E completa comentando que os
indicadores sociais se prestam a subsidiar as atividades de planejamento público e formulação
de políticas sociais, nas diferentes esferas de governo. No entanto, o autor alerta que um
indicador bom apenas indica, mas não substitui o conceito que lhe originou.
Atualmente, os sistemas de indicadores que estão sendo construídos relativos à
salubridade ambiental têm a finalidade de prover informações, permitindo assim novos
conhecimentos, visando o melhoramento da qualidade de vida urbana em dimensão social e
4
ambiental. Contribuem assim para a realização de previsões, visando a orientação para a
definição e aplicação de políticas específicas e temporais das ações públicas.
Portanto, os indicadores consistem em informações que comunicam a partir da
mensuração dos elementos pertinentes aos fenômenos da realidade. Vale ainda registrar que
os indicadores não são informações explicativas ou descritivas, mas pontuais no tempo e no
espaço, cuja integração e evolução permitem o acompanhamento dinâmico da realidade. Na
forma de índice, o indicador pode reproduzir uma grande quantidade de dados de uma forma
mais simples, retendo ou ressaltando o seu significado essencial (Magalhães et al., 2003 ).
2.2 INDICADORES
A revisão da literatura feita neste trabalho apresentou apenas dois indicadores de
salubridade ambiental, o ISA – Indicador de Salubridade Ambiental e o ISA/OE – Índice de
Salubridade Ambiental para Áreas de Ocupações Espontâneas, que este foi modificado do
ISA e é aplicável às áreas de ocupações espontâneas.
2.2.1 INDICADOR DE SALUBRIDADE AMBIENTAL – ISA
O ISA foi criado como instrumento de integração de políticas públicas para as
crescentes melhorias da qualidade de vida no Estado de São Paulo, fruto da ação pioneira de
um grupo de voluntários que compõem a Câmara de Planejamento do Conesan (Conselho
Estadual de Saneamento). Objetiva medir de maneira uniforme as condições de saneamento
de cada município e identificar suas causas.
O ISA foi desenvolvido de forma que seu desenvolvimento permitirá a incorporação de
novos indicadores, variáveis e formas de pontuação, à medida que se tenham novas
informações ou que se obtenham novos patamares nos serviços.
Estrutura e composição do ISA
O valor do ISA é obtido pela média ponderada dos Indicadores específicos,
denominados subindicadores de 1° ordem, através da seguinte expressão (1):
ISA = 0,25 Iab + 0,25 Ies + 0,25 Irs + 0,10 Icv + 0,10 Irh + 0,05 Ise (1)
5
onde:
Iab = Indicador de Abastecimento de Água;
Ies = Indicador de Esgotos Sanitários;
Irs = Indicador de Resíduos Sólidos;
Icv = Indicador de Controle de Vetores;
Irh = Indicador de Recursos Hídricos;
Ise = Indicador Sócio-econômico.
Cada sub-indicador de 1ª ordem é calculado através da média ponderada de outros
sub-indicadores, denominados de 2ª ordem. Tais indicadores abordam questões específicas
acerca do tópico que está sendo analisado e posteriormente são inseridos na expressão (1) a
qual determina o valor do ISA. No Quadro 2.2.1.1 estão dispostos os Subindicadores de 2ª
ordem e suas finalidades dentro do cálculo do ISA.
Quadro 2.2.1.1 – Descrição dos Sub-indicadores de 2ª ordem.
Sub-indicadores
de 1ª ordem
Sub-indicadores
de 2 ª ordem
Observações
ICA-Indicador de Cobertura
de Abastecimento
Visa quantificar os domicílios atendidos
por sistemas de abastecimento de água
com controle sanitário
IQA-Indicador de Qualidade
da água Distribuída
Visa monitorar a qualidade da água
fornecida
I
IAB-Indicador de
Abastecimen-
to de Água
ISA-Indicador de Saturação do
Sistema produtor
Compara oferta e demanda para
programar novos sistemas e/ou ações
que reduzam as perdas
6
Quadro 2.2.1.1 – Descrição dos Sub-indicadores de 2ª ordem - Continuação
Sub-indicadores
de 1ª ordem
Sub-indicadores
de 2 ª ordem
Observações
ICE-Indicador de cobertura em
coleta de esgoto
Visa quantificar os domicílios atendidos
por redes de esgotos e/ou tanques
sépticos
ITE-Indicador de esgotos
tratados e tanque Sépticos
Quantificar e qualificar os domicílios
atendidos por redes de esgotos e/ou
tanques sépticos
II
IES-Indicador de
Esgotos
Sanitários
ISE-Indicador de Saturação do
tratamento de esgotos
Compara oferta e demanda das
instalações existentes e programar novas
instalações ou ampliações
ICR-Indicador de coleta de
lixo
Quantificar os domicílios atendidos por
coleta de lixo
IQR-Indicador de tratamento e
disposição final de resíduos
Qualificar a situação da disposição final
dos resíduos
III
IRS-Indicador de
Resíduos Sólidos
ISR-Indindicador de saturação
do tratamento e disposição
final dos resíduos sólidos
Indicar a necessidade de novas
instalações
IVD-Indicador de dengue Identificar a necessidade de programas
preventivos
IVE-Indicador de
esquistossomose
Identificar a necessidade de programas
preventivos
IV
ICV-Indicador de
Controle de
Vetores
IVL-Indicador de leptospirose Identificar a necessidade de programas
preventivos de redução e eliminação de
resíduos
7
Quadro 2.2.1.1 – Descrição dos Sub-indicadores de 2ª ordem - Continuação
Sub-indicadores
de 1° ordem
Sub-indicadores
de 2° ordem
Observações
IQB-Indicador da qualidade da
água bruta
Monitoramento da qualidade da água
IDM-Disponibilidade dos
Mananciais
Mensurar a disponibilidade dos manaciais
para abastecimento em relação à demanda
V
IRH-Indicador de
Riscos de
Recursos Hídricos
IFI-Indicador de fontes isoladas Analisar o abastecimento de água por fontes
alternativas como bicas, fontes, poços...
ISP-Indicador de saúde pública Avaliar os serviços de saneamento
IED-Indicador de educação Indicar a linguagem de comunicação das
campanhas de educação sanitária e
ambiental
VI
ISE-Indicador
Sócio Econômico
IRF-Indicador de renda Indicar a capacidade de pagamento da
população pelos serviços e a capacidade de
investimento dos municípios
O Subindicador de 1ª ordem Iab, Indicador de Abastecimento de Água, é calculado a partir
da média aritmética dos seguintes sub-indicadores de 2ª ordem: Ica (Cobertura de
Abastecimento de água, Atendimento), Iqa (Qualidade da água distribuída) e Isa (Saturação
do Sistema Produtor, Quantidade), ou seja:
3
IsaIqaIca
Iab
++
= (2)
O Subindicador de 2ª ordem Ica, é calculado a partir da seguinte expressão:
Du
t
100Dua
Ica
×
= (3)
onde:
Ica = índice de cobertura de água;
Dua = domicílios urbanos atendidos (públicos e particulares);
Dut = domicílios urbanos totais.
Período de atualização: a cada 6 meses (junho/dezembro).
8
O Subindicador de 2ª ordem Iqa, Indicador da Qualidade da Água Distribuída, referente às
análises bacteriológicas da água do sistema de abastecimento público. Calcula-se o Iqa a
partir da seguinte expressão:
100
NA
NAA
KIqa ××= (4)
onde:
Iqa = índice da qualidade da água distribuída: porcentagem do volume considerado adequado
no mês crítico do período da atualização;
SAApeloefetuadasseremaamostrasdemínimoºn
realizadasamostrasºn
K
= (5)
K <=1;
NAA = quantidade de amostras consideradas como sendo de água potável relativa à
colimetria, cloro e turbidez numa primeira etapa e, no futuro, o total da Portaria n° 36 do
Ministério da Saúde
NAR = quantidade de amostras realizadas.
Período de atualização: a cada 6 meses (junho/dezembro).
O Subindicador de 2ª ordem Isa, Indicador de Saturação do Sistema Produtor é obtido através
do cálculo e da análise do valor de n, dado pela seguinte expressão:
()
()
t1log
1K/2KVP
CP
log
n
+
= (6)
onde:
n = número de anos em que o sistema ficará saturado;
VP = volume de produção necessário para atender 100% da população atual;
CP = capacidade de produção;
t = taxa de crescimento anual médio da população urbana para os 5 anos subseqüentes ao ano
da elaboração do ISA (projeção Seade);
K
1
= perda atual;
K
2
= perda prevista para os 5 anos.
9
Período de atualização: anualmente (dezembro) ou quando houver expansão, ampliação ou
construção de novos sistemas de tratamento e/ou eventuais correções ou atualização de
cadastros.
O Subindicador de 1ª ordem Ies, Indicador de Esgotos Sanitários, é calculado a partir da
média aritmética dos seguintes sub-indicadores de 2ª ordem: Ice (Indicador de Cobertura em
Coleta de Esgotos e Tanques Sépticos), Ite (Indicador do Tratamento de Esgotos e Tanque
sépticos) e Ise (Indicador da Saturação do Tratamento), ou seja:
3
IseIteIce
Ies
+
+
= (7)
O Subindicador de 2ª ordem Ice, Indicador de Cobertura em Coleta de Esgotos e Tanques
Sépticos, tem seu resultado obtido da seguinte expressão:
100
Du
t
Due
Ice ×= (8)
onde:
Ice = índice de cobertura de esgotos;
Due = domicílios urbanos atendidos por coleta mais tanques sépticos;
Dut = domicílios urbanos totais.
Período de atualização: a cada 6 meses (junho/dezembro).
O Subindicador de 2ª ordem Ite, Indicador de Tratamento de Esgotos e Tanques sépticos é
calculado pela expressão:
100
VC
VT
iceIte ××= (9)
onde:
ite = índice de esgotos tratados;
ice = índice de cobertura de esgotos;
VT = volume tratado de esgotos medido ou estimado nas estações em áreas servidas por rede
de esgotos;
VC = volume coletado de esgotos
VC = 0,80 * volume consumido de água.
10
Período de atualização: a cada 6 meses (junho/dezembro).
O Subindicador de 2ª ordem Ise, Indicador de Saturação do Tratamento de Esgotos é obtido
através do cálculo e da análise do valor de n, dado pela seguinte expressão:
()
t1log
VC
CT
log
n
+
= (10)
onde:
n = número de anos em que o sistema ficará saturado;
VC = volume coletado de esgotos;
CT = capacidade de tratamento;
t = taxa de crescimento anual ou médio da população urbana para os 5 anos subseqüentes ao
ano da elaboração do ISA.
Período de atualização: anualmente (dezembro) ou quando houver expansão, ampliação ou
construção de novos sistemas de tratamento e/ou eventuais correções ou atualização de
cadastros.
O Subindicador de 1ª ordem Irs, Indicador de Resíduos Sólidos, é calculado a partir da média
aritmética entre os seguintes sub-indicadores de 2ª ordem: Icr (Indicador de Coleta de Lixo),
Iqr (Indicador de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos) e Isr (Indicador de
Saturação do Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos), ou seja:
3
IsrIqrIcr
Irs
+
+
= (11)
O Subindicador de 2ª ordem Icr, Indicador de Coleta de Lixo, é o resultado da seguinte
expressão:
100×=
Dut
Duc
Icr
(12)
onde:
Icr = índice de coleta de lixo;
Due = domicílios urbanos atendidos por coleta de lixo;
Dut = domicílios urbanos totais.
11
Período de atualização: anualmente (dezembro).
O Subindicador de 2ª ordem Iqr, Indicador de Tratamento e Disposição Final de Resíduos
Sólidos, tem sua pontuação dada pelas condições do aterro de resíduos sólidos domiciliares.
Período de atualização: anualmente (dezembro).
O Sub-indicador de 2ª ordem Isr, Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição
Final de Resíduos Sólidos tem sua pontuação de acordo com o valor de n dado pela
expressão:
()()
()
t1log
1VL/tCAlog
n
+
+
×
= (13)
onde:
n = número de anos em que o sistema ficará saturado;
VL = volume coletado de lixo;
CA = capacidade restante do aterro;
t = taxa de crescimento anual ou médio da população urbana para os 5 anos subseqüentes ao
ano da elaboração do ISA.
Período de atualização: anualmente (dezembro).
O Sub-indicador de 1ª ordem Icv, Indicador de Controle de Vetores, é calculado a partir da
média aritmética dos seguintes subindicadores de 2ª ordem: Ivd (Indicador de Dengue), Ive
(Indicador de Esquistossomose) e Ivl (Indicador de Leptospirose), onde os Indicadores de
Dengue e Esquistossomose compõem o GRUPO I e o Indicador de Leptospirose constitui o
GRUPO II (Zoonoses). Calcula-se o Icv a partir da seguinte expressão:
1
2
Iv
IveIvd
Icr ×
+
= (14)
Obtém-se a pontuação para o Ivd, Ive e Ivl a partir das informações sobre ocorrência ou não
destas doenças nos últimos 5 anos no Município.
12
Período de atualização: anualmente (dezembro).
O Sub-indicador de 1ª ordem Irh, Indicador de Riscos de Recursos Hídricos, é calculado a
partir da média aritmética entre os seguintes sub-indicadores de 2ª ordem: Iqb (Indicador de
qualidade da Água Bruta), Idm (Indicador de Disponibilidade dos mananciais) e Ifi (Indicador
de Fontes Isoladas). Seu cálculo será o resultado da média aritmética dos três sub-indicadores
de 2ª ordem.
3
IfiIdmIqb
Irh
++
= (15)
Para o Subindicador de 2ª ordem Iqb, Indicador de Qualidade da Água Bruta, o Manual
Básico do ISA não estabelece um critério de cálculo específico. Apenas sugere uma
pontuação baseada na utilização de poços para o abastecimento de água, segundo sua
necessidade de tratamento.
Portanto, para este indicador adotou-se para os mananciais de superfície o critério do
CONAMA Nº 357/2005 em seu artigo 2. No quadro 2.2.1.2 constam os critérios e pontuações
adotados.
Quadro 2.2.1.2 Critérios e pontuações adotados
Critérios Pontuação
Água de mananciais classificada como classe especial 100
Água de mananciais classificada como classe 1 90
Água de mananciais classificada como classe 2 80
Água de mananciais classificada como classe 3 50
Água de mananciais classificada como classe <= 4 0
Período de atualização: anualmente (dezembro).
O Subindicador de 2ª ordem Idm, Indicador de Disponibilidade dos Mananciais, é o resultado
da seguinte expressão:
De
m
Disp
Idm = (16)
onde:
Idm = índice de disponibilidade dos mananciais;
Disp = disponibilidade; água em condições de tratabilidade para abastecimento;
Dem = demanda (considera-se demanda futura de 10 anos).
13
Período de atualização: anualmente (dezembro)
O Subindicador de 2ª ordem Ifi, Indicador de Fontes Isoladas, é o resultado da seguinte
expressão:
1
100×=
NAR
NAA
Ifi
(17)
onde:
NAA = Quantidade de amostras consideradas potáveis relativamente à colimetria e turbidez.
NAR = Quantidade de amostras realizadas.
Período de atualização: anualmente (dezembro)
O Subindicador de 1ª ordem Ise, Indicador Sócio-econômico, é calculado a partir da média
aritmética entre os sub-indicadores de 2º ordem: Isp (Indicador de Saúde Pública vinculado ao
Saneamento), Irf ( Indicador de Renda) e Ied ( Indicador de Educação), ou seja:
3
IedIrfIsp
Ise
+
+
=
(18)
Calcula-se o Isp Indicador de Saúde Pública, pela seguinte expressão:
Irf3,0hIm7,0Isp
+
= (19)
onde:
Isp = indicador de Saúde Pública;
Imh = indicador relativo à mortalidade infantil (0 a 4 anos) ligada à doenças de veiculação
hídrica;
Imr = indicador relativo à mortalidade infantil (0 a 4 anos) ligada à doenças e à mortalidade
de idosos (acima de 65 anos) ligada a doenças respiratórias.
Período de atualização: anualmente (dezembro).
14
Para os sub-indicadores de Renda e Educação os dados do censo do IBGE por setor censitário
referem-se a pessoas responsáveis.
O Subindicador de 2º ordem Irf, Indicador de Renda, é calculado da seguinte forma:
Irf = 0,7 I2s
+ 0,3 Irm (20)
onde:
Irf = Indicador de Renda;
I2s = Indicador de distribuição de renda menor que 3 salários mínimos;
Irm = Indicador de renda média.
Período de atualização: anualmente (dezembro)
O Subindicador de 2ª ordem Ied, Indicador de Educação, visa conhecer que
linguagem deve
ser usada nas campanhas de educação sanitária e ambiental através do conhecimento do
Índice de nenhuma escolaridade e do Índice de escolaridade até 1º grau, ou seja:
Ied = 0,6 ne
+ 0,4 Ie
1
(21)
onde:
Ied = indicador de Educação;
Ine = indicador de nenhuma escolaridade;
Ie1 = indicador de escolaridade de 1º grau.
Periodicidade de atualização: de acordo com as publicações oficiais da Secretaria de
Educação do Estado e/ou dos Órgãos estatísticos oficiais (Seade/IBGE): é desejável que se
atualiza e/ou projete-se tendências anualmente.
15
2.2.2 ÍNDICE DE SALUBRIDADE AMBIENTAL EM ÁREAS DE OCUPAÇÃO
ESPONTÂNEAS – ISA/OE
O ISA/OE teve como objetivo contribuir no esforço de construção de um sistema de
indicadores voltados para a salubridade ambiental de áreas de ocupação espontânea do
Município de Salvador, capital da Bahia, estudando as condições materiais por meio dos
componentes: abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos, drenagem
urbana e moradia; e as condições sociais com os componentes: socioeconômico-cultural e
saúde ambiental em assentamentos humanos, com características de infra-estrutura sanitária
diferentes.
O ISA/OE é obtido da equação (22) e descrito no Quadro 2.2.2.1 a seguir.
ISA/OE=(I
AA
pl) + (I
ES
p2) + (I
RS
p3) + (I
DU
p4) + (I
CM
p5) + (I
SE
p6) + (I
SA
p7) (22)
onde:
p1, ..... p7 são ponderações e os demais símbolos, sub-indicadores de 1ª ordem I
AA,
I
ES,
I
RS,
I
DU,
I
CM,
I
SE,
I
SA
; sub-indicadores de 2ª ordem i
OA,
i
FA,
i
QA,
i
CF,
i
DS,
i
AS,
i
RC,
i
DE,
i
IA,
i
RP,
i
MP,
i
PA,
i
CA,
i
SC,
i
AC,
i
GA,
i
CT,
i
PD,
i
RF,
i
AG,
i
AL,
i
OC,
i
AD,
i
LV,
i
EC,
i
TR,
i
CT,
i
RP,
i
AV.;
descritos no quadro 2.2.2.1.
16
Quadro 2.2..2.1 – Condições, componentes, variáveis e indicadores de composição do
ISA/OE
Condição Componente Variável Indicador
Material Abastecimento da
água - (I
AA
)
Origem da água no
domicílio
Domicílios atendidos com
rede pública. (%)
i
OA
Freqüência do
abastecimento no
domicílio
Domicílios onde nunca ou
raramente falta água (%)
i
FA
Quantidade de água
utilizada no domicílio
Consumo médio per capita
de água (l/hab.dia)
i
QA
Qualidade da água da
rede
Amostras de água sem
coliformes termotolerantes
(fecais) da rede de
distribuição (%)
i
CF
Esgotamento
Sanitário (I
ES
)
Destino dos dejetos
sanitários do domicílio
Domicílios com destinação
adequada dos dejetos
sanitários (%)
i
DS
Destino das águas
servidas do domicílio
Domicílios com destinação
adequada das águas servidas
(%)
i
AS
Resíduos Sólidos
(I
RS
)
Regularidade da coleta
de resíduos sólidos
domiciliares
Domicílios com coleta
regular de resíduos sólidos
(%)
i
RC
Existência da coleta
de resíduos
Domicílios com resíduos
sólidos coletados sob
responsabilidade da
LIMPURB (%)
i
DE
Drenagem urbana
(I
DU
)
Ocorrência de
inundação ou
alagamento no
domicílio
Domicílios sem ocorrência
de inundação ou alagamento
(%)
i
IA
Pavimentação da rua
onde se situa o
domicílio
Domicílios cujas ruas
possuem pavimentação (%)
i
RP
Condição de
Moradia (I
CM
)
Material usado nas
paredes do domicílio
Domicílio com parede com
reboco (%)
i
MP
Material usado no piso Domicílio com piso
adequado (%)
i
PA
Material usado na
cobertura do domicílio
Domicílio com cobertura
adequada (%)
i
CA
Existência de sanitário
no domicílio
Domicílio que possui
sanitário (%)
i
SC
Como a água chega ao
domicílio
Domicílio com canalização
interna completa (%)
i
AC
Acondicionamento da
água no domicílio
Domicílio que guarda água
em reservatório com tapa
(%)
i
GA
Qualidade da água no
domicílio
Amostras sem coliformes
termotolerantes (fecais) na
água de beber (%)
i
CT
17
Quadro 2.2.2.1 – Condições, componentes, variáveis e indicadores de composição do ISA/OE
(Continuação)
Condição Componente Variável Indicador
Social Socioeconômico-
cultural (I
SE
)
Situação da
propriedade do
domicílio
Domicílios próprios pagos
ou financiados (%)
i
PD
Renda mensal
familiar
Renda média mensal
(salário mínimo)
i
RF
Aglomeração
(número de
pessoas por
cômodo)
Número médio de
habitantes por cômodo
i
AG
Acondicionamento
de resíduos sólidos
no domicílio
Domicílio com
acondicionamento
adequado de resíduos
sólidos nos domicílios (%)
i
AL
Uso da cozinha no
domicílio
Domicílio cuja cozinha é
utilizada apenas para
preparar alimentos (%)
i
OC
Animais no
domicílio
Domicílios que não
possuem animais (%)
i
AD
Existência de
lavatório no
domicílio
Domicílio que possuem
lavatório (%)
i
LV
Escolaridade da
cabeça da família
no domicílio
Domicílio cujo cabeça da
família possui pelo menos
10 graus completo (%)
i
EC
Tempo de
residência no
domicílio
Domicílio cujo moradores
residam a 5 ou mais anos -
medido pelo cabeça da
família (%)
i
TR
Tratamento de
água domicílio
Domicílio que dão
tratamento domestico a
água (%)
i
CT
Saúde Ambiental
(I
SA
)
Resíduos
próximos ao
domicílio
Domicílio sem resíduos nas
proximidades distância =
100m (%)
i
RP
Presença de
vetores no
domicílio
Domicílio que não
apresentaram aumento de
vetores (%)
i
AV
Escolaridade da
cabeça da família
no domicílio
Domicílio cujo cabeça da
família possui pelo menos
10 graus completo (%)
i
EC
Tempo de
residência no
domicílio
Domicílio cujo moradores
residam a 5 ou mais anos -
medido pelo cabeça da
família (%)
i
TR
Tratamento de
água no domicílio
Domicílio que dão
tratamento domestico a
água (%)
i
CT
Saúde Ambiental
(I
SA
)
Resíduos
próximos ao
domicílio
Domicílio sem resíduos nas
proximidades distância =
100m (%)
i
RP
Presença de
vetores no
domicílio
Domicílio que não
apresentaram aumento de
vetores (%)
i
AV
18
CAPÍTULO 3
SISTEMA DE APOIO À DECISÃO - SAD, SISTEMA DE
INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS - SIG E SISTEMA DE APOIO À
DECISÃO ESPACIAL - SADE
3.1 SISTEMA DE APOIO À DECISÃO - SAD
As raízes dos Sistemas de Apoio a Decisão estão na década de 60 do século XX,
resultado da evolução de duas grandes áreas de pesquisa: a dos estudos de teóricos sobre o
processo de tomada de decisão organizacional no Carnegie of Technology, durante as décadas
de 50 e 60, e os trabalhos realizados com sistemas computacionais interativos no
Massachusetts Institute of Technology (MIT) nos anos sessenta. Diversos fatores
contribuíram para essa evolução, um dos quais, na década de 60, os sistemas computacionais
que eram dedicados exclusivamente aos problemas com dados eletrônicos, a automatização de
procedimentos manuais e a digitalização de grande quantidade de dados que estavam
armazenados em papel. Na década de 70 houve mudança de dados para informação, e o seu
principal objetivo era melhorar a eficiência dos chamados Sistemas de Gerência de
Informações (SGI), baseado nas experiências de gerentes (Morton 1971
apud Shim, 2002).
Na década de 80 o enfoque muda de informação para conhecimento. Neste sentido
surgem sistemas completamente novos, que se diferenciam pela interação dos decisores com
as ferramentas analíticas de modelação e uma maior integração com o processo, em um único
ambiente, de sistemas gerenciadores de banco de dados, modelos analíticos e visualização
gráfica (Sprague & Watson, 1986).
Outros fatores que também contribuíram para evolução desses sistemas foram o
desenvolvimento emergente dos sistemas de computação com a revolucionária redução em
termos de custo e tamanho dos computadores, e conseqüentemente o desenvolvimento de
sistemas computacionais gráficos, o crescimento da economia, o aumento na competitividade
e a busca pela melhoria de qualidade nos diversos setores da economia, entre outros.
No futuro, os responsáveis pelas decisões terão, através de serviços eletrônicos,
telefone móvel ou outros dispositivos
wireless, tanto quanto através de computadores e
ferramentas móveis, e-serviços, protocolos
wireless e linguagem wireless do markup (wml),
tecnologias que serão importantes para o desenvolvimento dos sistemas de apoio a decisão
desktop, (Shim
et al. 2002).
Adaptado de Porto & Azevedo (1997), a figura 3.1 mostra uma estrutura típica de
suporte à decisão.
19
.
BASE DE
CONHECIMENTO
BASE DE DADOS
BASE DE MODELO
MÓDULO DE DIÁLOGO
TOMADA DE DECISÃO
Figura 3.1 Estrutura de suporte a decisão
Os módulos esquematizados na figura 3.1, têm as seguintes finalidades:
1 - Base de Dados: deve ser capaz de reunir todas as informações importantes sobre o
problema e gerenciá-las de forma apropriada;
2 - Base de Modelos: contém os modelos utilizados no sistema para atendimento à solução do
problema;
3 - Base de Conhecimentos: o conhecimento através da experiência de especialistas,
permitindo a incorporação de informações que não são passíveis de tratamento pelos módulos
anteriores;
4 - Módulo de Diálogo: Comunicação entre usuário e computador.
Os Sistemas de Suporte a Decisão são sistemas constituídos por bases de dados e
modelos matemáticos que interagindo entre si, propiciam, através de uma interface gráfica, o
diálogo entre o tomador de decisões e o computador.
Portanto, Sprague e Carlson (1982) fazem considerações que um Sistema de Suporte à
Decisão não deve ser construído para tomar decisões, mas para auxiliar o homem em sua
missão de decidir.
20
3.2 SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS - SIG
Um SIG geralmente é composto de diversos subsistemas ou módulos para
armazenamento e recuperação de dados espaciais e atributos relacionados (banco de dados);
análise de dados, normalmente incluindo diversos métodos estatísticos; visualização de dados;
e obtenção de resultados de análises estatísticas, na forma de tabelas, gráficos e geração de
relatórios, mapas e modelos digitais (Burrough, 1986).
Os SIGs mostram-se instrumentos de trabalho extremamente eficientes,
principalmente pelas diversas possibilidades de análises suportadas (Almeida, 1999).
3.2.1 Estrutura Geral de um SIG
Os componentes de um SIG são:
1. Interface com usuário;
2. Entrada e integração de dados;
3. Funções de processamento gráfico e de imagens;
4. Visualização e plotagem;
5. Armazenamento e recuperação de dados (organizados sob a forma de um banco de
dados geográficos).
Os componentes se relacionam de forma hierárquica. No nível mais próximo ao
usuário, a interface homem-máquina define como o sistema é operado e controlado. No nível
intermediário, um SIG deve ter mecanismos de processamento de dados espaciais (entrada,
edição, análise, visualização e saída). No nível mais interno, um sistema de gerência de
bancos de dados geográficos oferece armazenamento e recuperação dos dados espaciais e seus
atributos.
A figura 3.2 a seguir indica o relacionamento dos principais componentes. Cada
sistema, em função de seus objetivos e necessidades, implementa estes componentes de forma
distinta, mas todos os subsistemas citados estão presentes num SIG (Câmara, 1998).
21
Figura 3.2 Estrutura de um SIG
3.2.2 Entrada e Saída de dados
As fontes de dados variam de acordo com o tipo de aplicação, e sua obtenção é um
processo bem complexo quando comparada com a maioria das aplicações convencionais
(Aronoff, 1989). Isto devido ao fato da entrada de dados não se limitar a simples operações de
inserção. Os processos de coleta de dados são baseados em tecnologias tipo fotogrametria,
sensoriamento remoto, digitalização e levantamento de campo. Os SIG possuem dispositivos
de interface que permitem que esses resultados sejam transferidos para um meio de
armazenamento digital e tratados, facilitando assim as análises e processos, como também a
saída de dados que pode ser na forma de mapas, gráficos, tabelas, impressos ou arquivos
digitais.
3.2.3 Banco de Dados Geográficos
Os SIG´s precisam armazenar grande quantidade de dados e torná-los disponíveis para
as operações de consulta e análises. Segundo Câmara (1994), um sistema de gerência de
banco de dados geográficos (SGBDG) é um componente fundamental de um SIG, responsável
por armazenar, manipular e recuperar os dados geográficos.
O SGBDG deve garantir que as propriedades fundamentais de SGBD convencionais
sejam aplicáveis a dados geográficos.
Estas propriedades incluem três requisitos importantes:
Eficiência (acesso e modificações de grandes volumes de dados);
Integridade (controle de acesso por múltiplos usuários);
22
Persistência (manutenção de dados por longo tempo, independentemente dos
aplicativos que acessam o dado).
O banco de dados tem um papel muito importante na elaboração do sistema de suporte
a decisão, visto que representa uma ferramenta indispensável para sua construção.
Muitas pesquisas têm sido feitas por parte da comunidade de banco de dados, sob o
tema banco de dados espaciais, com o objetivo de buscar soluções adequadas para o problema
de gerenciamento de dados geográficos.
Segundo Câmara
et al. (1996) a arquitetura mais empregada na construção dos SIG´s é
a que utiliza um sistema dual, onde o SIG é composto de um SGBD relacional, responsável
pela gerência dos atributos não-gráficos, acoplado a um componente de
sotfware, responsável
pelo gerenciamento dos atributos espaciais.
3.2.4 Modelo de Dados
Segundo Assad & Sano (1998), os modelos de dados espaciais mais utilizados para
representar os diversos tipos de feições geográficas incluem pontos, linhas, polígonos, redes,
nós e pixels.
Os modelos de dados existentes para o SIG estão relacionados com as diferentes
formas de percepção da realidade que podem ser empregadas. Segundo Goodchild (1990),
estes modelos podem ser divididos segundo duas visões: visão de campo e visão de objetos.
Na visão de campo, a realidade é modelada por variáveis que possuem uma
distribuição contínua no espaço, como por exemplo, temperatura, tipo de solo.
Na visão de objetos, as entidades reais são observadas como estando distribuídas sobre
um grande vazio, onde todas as posições estão preenchidas e, além disso, mais de uma
entidade pode estar situada sobre uma mesma posição geográfica.
Na representação dos dados existem os modos vetorial e matricial. Na representação
vetorial, tem-se: pontos, linhas e polígonos que são delineados por um sistema de
coordenadas, ligados a atributos. Todas as posições no espaço geográfico estão associadas a
algum valor correspondente à variável representada.
Para a representação matricial ou em grade, utilizam-se um conjunto de células
contidas em uma grade, com a sua localização sendo definida pelas coordenadas x e y do
sistema de grade. A célula é independentemente endereçada com o valor de um atributo. Na
maioria dos SIGs, estes dois modos podem ser integrados.
23
3.4.3 Análise Espacial
O processo de análise de dados espaciais inclui métodos de visualização, métodos
exploratórios para algum padrão nos dados e métodos que auxiliem a escolha de um modelo
estatístico e a estimação dos parâmetros desse modelo, (Carvalho et al. 1997).
Os tipos básicos de análise espacial incluídos na maioria dos SIGs incluem medições
(área, perímetro), busca, classificação e modelagem (modelo cartográfico/
overlay, redes,
buffers, corredores), distâncias (custo, difusão, proximidade), MDT/MNT (declividade,
aspecto, visão, drenagem), interpolação/extrapolação, padrão/dispersão, forma, auto-
correlação espacial, etc. (Burrough, 1986).
O Quadro 3.1 a seguir mostra uma abordagem utilizada por Aronoff (1989), com as
funções agrupadas em quatro categorias principais, que são: 1) Manutenção e Análise de
Dados Espaciais; 2) Manutenção e Análise de Atributos Descritivos; 3) Análise Integrada de
Dados Espaciais e Descritivos; e 4) Formatação de Saída. Cada grupo desses é subdividido
em outros grupos.
24
Quadro 3.1 - Funções agrupadas e as principais categorias de análises espaciais
1 .Manutenção e Análise de Dados Espaciais
-Transformações de Formato
-Transformações Geométricas
-Transformações entre Projeções
-Casamento de Bordas
- Edição de Elementos Gráficos
-Redução de Coordenadas
2. Manutenção e Análise de Atributos Descritivos
-Edição de Atributos Descritivos
-Consulta a Atributos Descritivos
3. Análise Integrada de dados Espaciais e Descritivos
-Recuperação, Classificação e Medidas
-Recuperação
-Classificação e Generalização
-Medidas
-Sobreposição (
overlay)
-Vizinhança -Busca
-Linha-em-Polígono
- Ponto-em-Polígono
-Funções Topográficas
-Funções de Interpolação
-Geração de Contornos
-Conectividade
-Medidas de Contiguidade
-Proximidade
-Rede
-Intervisibilidade
4. Formatação de Saída -Anotações em Mapa
-Posicionamento de Rótulos
-Padrões de Texto e Estilos de Linhas
-Símbolos Gráficos
As categorias de análise envolvem diferentes noções de espaço, entre elas tem-se:
espaço-físico, espaço-distância, espaço-social, espaço-valor, espaço-suporte entre outras, onde
as informações podem ser armazenadas como
propriedade (tais como altitude, densidade de
população entre outras) em colunas, para se ter um depósito de todas as características
disponíveis de um determinado local a localização nas linhas (como por exemplo: cidades,
bairros, setores, etc).
25
O espaço sendo uma matriz geográfica de dados permite que as informações sobre a
superfície do terreno possam ser armazenadas nos termos de suas características locacionais
(Berry, 1964).
A componente espacial no gerenciamento de problemas tem conduzido especialistas
de várias áreas como negócios, modelagem sócio-econômica, transporte, meio ambiente entre
outros em direção aos Sistemas de Informações Geográficas – SIG.
Os Sistemas de Informações Geográficas - SIG ou
Geographic Information Systems -
GIS, inicialmente eram aplicativos computacionais de aplicação genérica onde era possível a
superposição de temas para fins de uma representação cartográfica estática. Atualmente
utilizam-se tecnologias que possibilitam o desenvolvimento em ambiente SIG, com objetivos
dinâmicos, em termos da simulação e da validação de relações interdisciplinares ou dos
próprios modelos propostos.
Assim, a utilização dos SIGs vem crescendo rapidamente em todo o mundo, uma vez
que possibilita um melhor gerenciamento de informações e conseqüente melhoria nos
processos de tomada de decisão em áreas de grande complexidade como planejamento
municipal, estadual e federal, proteção ambiental, redes de utilidade pública, etc.
A grande diferença entre alguns sistemas e os sistemas de informações geográficas,
está na sua capacidade em armazenar e gerenciar dados espaciais, enquanto que os bancos de
dados não espaciais armazenam informações que descrevem características ou atributos das
entidades espaciais representadas no banco de dados espaciais.
3.3 SISTEMA DE APOIO À DECISÃO ESPACIAL - SADE
Com base na revisão histórica pode-se concluir que a partir da década de 80 as
aplicações dos computadores no planejamento e suporte à decisão mudaram substancialmente,
abrindo espaço para as tecnologias relacionadas à computação gráfica de forma invisível ao
usuário não especialista.
Particularmente destaca-se o surgimento dos Sistemas de Informações Geográficas
(SIG) ou
Geographic Information Systems (GIS). Esses sistemas adquiriram maior potencial
de apoio à decisão e alguns autores utilizam comumente o termo “
GIS - based SDSS” (do
inglês
SDSS – Spacial Decision Support Systems), para os Sistemas de Suporte à Decisão
Espacial - SADE baseado em SIG ou desenvolvimento em ambiente SIG, (Jankowski
et al.,
1997; Zerger & Smith, 2003).
Segundo Galvão (2000), os SADE representam uma integração de modelos
26
matemáticos aos SIG´s, portanto os SADE devem ser desenvolvidos em estrutura modular,
permitindo a captação de dados espaciais, manuseio de bases de dados geográficos através de
ferramentas apropriadas, operações específicas de um SIG e integração eficiente de dados
com os módulos de otimização do sistema.
Sistemas de apoio à decisão espacial (SADE) são sistemas SAD, de onde deriva a
teoria, com funcionalidades para lidar com a componente espacial (Densham, 1991).
As estratégias mais comuns para construção de um SADE envolvem a utilização de
um SIG, como software principal, com capacidades estendidas derivadas da teoria em SAD.
Basicamente, os SIG´s são aptos para modelar, armazenar, manipular e apresentar dados de
posição, conformação, atributos e relacionamentos espaciais, sobre a parcela física do sistema
geográfico, (Laurini e Thompson, 1992; Rizzoli, Davis e Abel, 1998).
Denshan ( 1990) sugere seis características dos SAD, que também são aplicáveis ao
conceito de SADE, e complementa apontando quatro habilidades e funções que um SADE
deve apresentar.
Características:
Deve ser projetado para tratar problemas semi-estruturados;
Deve apresentar interface fácil de usar e amigável ao usuário, com recursos para
alimentação e edição espacial;
Deve permitir ao usuário combinarem dados e modelos de forma flexível;
Deve auxiliar ao usuário na exploração do espaço das soluções do problema,
permitindo que uma série de alternativas sejam propostas e avaliadas;
Deve permitir a incorporação de estilos de decisões;
Deve possibilitar que o processo de resolução do problema seja feito de forma
interativa e com diversos recursos.
Habilidades e funções:
Deve prover mecanismos que possibilitem a incorporação de dados espaciais;
Deve permitir a representação das estruturas e relações espaciais;
Deve incluir técnicas de análise espacial;
Deve disponibilizar a saída de dados (output) em diversos tipos de mídias, incluindo
27
mapas e outros tipos mais específicos.
Portanto, o SADE é projetado para dar suporte ao usuário melhorando o desempenho
do processo decisório, incorporando as preferências do decisor e ferramentas computacionais.
O sistema deve incorporar uma variedade de “estilos” de tomada de decisão que possam estar
presentes num processo particular.
Conseqüentemente, a idéia chave de um “
SDSS” é de “melhorar” o processo decisório,
incorporando o conhecimento, a intuição, a experiência, a iniciativa, a criatividade e outras
características dos decisores.
Associado a essas características, o sistema possibilita aos usuários explorar o
problema num ambiente interativo e com diversos recursos multimídia (Malczewski, 1999).
A figura 3.3 mostra a estrutura de um SADE contendo três componentes: um sistema
gerenciador de banco de dados (SGBD) e respectivas bases de dados geográficos; um sistema
gerenciador de modelos de avaliação (SGMA) e respectivas bases de modelos e um sistema
gerenciador da interface entre os modelos (SGIM).
Figura 3.3 – Componentes do SADE (MALCZEWSKI, 1999)
Esses subsistemas têm como finalidade:
O sistema gerenciador de banco de dados tem por finalidade realizar todas as
operações relativas aos dados como também prover acesso aos programas de controle
necessários para obter informações necessárias ao decisor.
28
O subsistema dos modelos contém a biblioteca dos modelos e rotinas, armazenando-os
de forma a serem utilizados sempre que forem necessários durante as análises do processo
decisório.
O sistema gerenciador da interface provê a ligação entre os diferentes modelos, de
forma que a saída de um modelo possa ser a entrada de um outro modelo.
O SGIM contém mecanismos através dos quais dados e informações entram (
input) e
saem (
output) do sistema.
Portanto, esses três subsistemas constituem a parte
software de um SADE e estão
inseridos em um ou mais computadores (
hardware). Além disso, o decisor ou usuário é
considerado como uma parte do sistema, o que é natural, já que a principal contribuição dos
SAD deriva da interação entre computador e usuário.
29
CAPÍTULO 4
MODELOS IDU E ISA/JP
4.1 O SUB-INDICADOR DE DRENAGEM URBANA - IDU
O sub-indicador de drenagem urbana - Idu proposto foi concebido a partir das
necessidades de se incorporar a qualidade da drenagem urbana nas avaliações da salubridade
ambiental.
O trabalho de Nóbrega (2002) contribuiu para formulação do Indicador de drenagem
urbana, mais especificamente na ponderação dos seus sub-indicadores. Em seu trabalho,
Nóbrega realizou uma pesquisa direta de opinião de hierarquização de problemas de infra-
estrutura nos bairros costeiros da cidade de João Pessoa. Os resultados apontaram os
problemas de drenagem como os mais graves, para 62,6% do total de entrevistados e ausência
de pavimentação para 37,4%, quando focados apenas estes dois problemas.
Com base nestas conclusões, o indicador de drenagem urbana concebido considera a
importância (p1 , p2 , p3) da ocorrência de enchentes (ou inundação ribeirinha) ou
alagamentos com peso (p1) igual a 0,60, da existência de defeitos com peso (p2) igual a 0,20 e
da existência ou não de pavimentação com peso (p3) igual a 0,20 na área a ser analisada.
A consideração dos defeitos nas ruas e avenidas é feita no modelo do Idu, levando-se em
conta a metodologia específica de avaliação de qualidade de vias públicas. O trabalho de Oda
(1998) é tomado como referência para a incorporação dos defeitos no modelo.
Entende-se por defeito qualquer alteração na superfície da estrada que influencia
negativamente as condições de rolamento, segundo Oda (1995). Dos defeitos apontados por
Oda (1998), quais sejam: seção transversal inadequada, drenagem lateral inadequada, poeira,
corrugação, buracos, afundamentos nas trilhas das rodas e segregação de agregados, com
exceção da poeira, todos os demais implicam em problemas de acumulação de água nas vias,
caracterizados neste trabalho como de drenagem urbana.
A expressão do Idu deve então corresponder a uma formulação simples, do tipo
combinação linear, abrangendo aspectos relativos à ocorrência de enchente ou alagamento na
vias públicas, ocorrência de defeitos e presença de pavimentação, traduzidos em sub-
indicadores.
30
No Quadro 4.1 descrevem-se os sub-indicadores referentes a drenagem urbana, de
acordo com a metodologia proposta para o ISA/JP.
Quadro 4.1 - Descrição dos Sub-indicadores de 1ª e 2ª ordem da drenagem urbana para o
ISA/JP
Subindicador
de 1° ordem
Subindicador de
2° ordem
Observações: Performance ideal Notação
enc
Ocorrência de
hente ou
alagamento na vias
Vias sem ocorrência de inundação
ribeirinha ou alagamento
i
EA
Ocorrência de
Defeitos
Vias sem ocorrência de defeitos:
seção transversal inadequada, drenagem
lateral inadequada, corrugação, buracos,
afundamentos nas trilhas das rodas e
segregação de agregados, erosões
lineares, formação de calhas.
i
D
Idu – Indicador
de Drenagem
Urbana
Pavimentação
das vias
Vias que possuem pavimentação
i
RP
A descrição, segundo Oda (1998), dos defeitos considerados para o Idu são:
Seção transversal inadequada é o resultado de uma superfície sem declividade
transversal para direcionar a água para as valetas. Esta condição é evidenciada pela água
escoando ao longo da superfície de rolamento e conseqüentemente pela erosão causada pela
intensidade da chuva. As condições da seção transversal são avaliadas pela facilidade de
escoamento da água da superfície da estrada para um local que não influencie as condições de
rolamento, isto é, para fora dela.
Drenagem lateral inadequada é verificada pelas valetas cobertas de vegetação ou cheias
de entulhos e que não estão em condições próprias para direcionar e transportar a água,
provocando o seu empoçamento e o desenvolvimento de atoleiros.
A
corrugação consiste de uma série de ondulações perpendiculares à direção do tráfego,
formadas, geralmente, em rampas ou curvas ou em áreas de aceleração ou desaceleração,
causando grande desconforto para os usuários.
Os
buracos surgem pela contínua expulsão de partículas sólidas do leito quando da
passagem de veículos, em locais onde há empoçamento de água. Ocorrem, geralmente, em
trechos planos, sem declividade transversal adequada, nem saídas laterais de drenagem.
A
deformação permanente nas trilhas de rodas resulta da aplicação repetida das cargas
do tráfego, particularmente em épocas de chuva, quando o solo saturado tem sua capacidade
de suporte reduzida. Ocorre principalmente em estradas com solo argiloso, podendo, em razão
31
da falta de manutenção, estar associada ao crescimento de vegetação no centro da pista de
rolamento, que dificulta ainda mais a passagem dos veículos.
A
segregação de agregados ocorre em trechos de solo muito argiloso, com rampas
acentuadas, em que foi acrescentado material granular sem compactação adequada. A ação
abrasiva do tráfego solta as partículas granulares da superfície de rolamento e, com a
passagem dos veículos, os agregados são jogados para fora das trilhas das rodas, formando
bermas nas laterais e no centro, entre as trilhas. Pode ocorrer, também, em terrenos planos de
regiões onde há falta de material fino ligante, formando o facão e os areiões.
Neste rol de defeitos e problemas nas vias não pavimentadas, considerou-se também as
de origem pluvial como as erosões lineares com destaque para as voçorocas ou sulcos e a
formação de calhas que configuram leitos de cursos d´água temporários.
Erosão linear (em sulcos) - voçorocas – Processo erosivo semi-superficial de massa, face
ao fenômeno global da erosão superficial, ao desmonte de maciços de solo dos taludes, ao
longo dos fundos de vale, ou de sulcos realizados no terreno.
Formação de calhas é o processo da configuração de leitos de pequenos cursos d´água
temporários.
Nas vias pavimentadas os defeitos comuns inerentes a vias sem pavimento normalmente
não são encontrados, muito embora tenha-se registrado existência de defeitos por processos
erosivos ou pressão de tráfego de veículos, como sulcos e buracos. Mesmo assim, o modelo
elaborado contempla esta possibilidade de ocorrência.
A avaliação dos defeitos das vias foi feita observando-se o método de Eaton et al.
(1997) apud Oda, (1998). As ocorrências de inundação ou alagamento foram obtidas a partir
de informações de moradores e visitas de observação na ocasião de períodos chuvosos.
A importância relativa de cada um dos fenômenos intervenientes e da pavimentação
porventura existente na área urbana em estudo foi considerada no Idu para a formulação do
ISA/JP. No Quadro 4.2 estão mostrados resumidamente os fenômenos intervenientes no
diagnóstico da drenagem urbana para o ISA/JP.
32
Quadro 4.2 – Fenômenos intervenientes no diagnóstico da drenagem urbana
Fenômeno Definição
Enchentes
Enchentes em áreas ribeirinhas - As enchentes naturais que
atingem a população que ocupa os leitos secundários dos rios por
falta de planejamento do uso do solo;
Alagamento
localizado
Decorrente da modificação da drenagem natural pela ocupação
urbana e devido a ausência de estruturas de drenagem urbana;
Defeitos
Dá-se por defeito qualquer alteração na superfície da via que
influencia negativamente as condições de rolamento e de drenagem.
São eles: seção transversal inadequada, drenagem lateral
inadequada, corrugação, buracos, afundamentos nas trilhas das rodas
e segregação de agregados, erosões lineares, formação de calhas;
Pavimentação
Indutor de conforto pela eliminação quase total dos defeitos e de
alagamentos localizados, presente obviamente sistema de
microdrenagem.
No Quadro 4.3 mostram-se as ponderações atribuídas das componentes com seu devidos
valores, do tipo de ocorrência ou não, com atribuições de valores 0 ou 1. A ocorrência de pelo
menos um evento de inundação ou alagamento anual, indica o valor 0 do componente i
IA.
O
valor a ser atribuído à ocorrência de defeitos na rua (0 ou 1) segue os critérios de qualidade
definidos em Oda (1998), conforme anexo 1.
Quadro 4.3 – Componentes
i
IA
, i
D,
i
RP
com seus valores conforme critérios
Critério para i
EA
Valor
Critério para i
D
Valor
Critério para i
RP
Valor
(Com ocorrência)
Inundação e/ou
alagamento
0 (Com ocorrência)
Defeitos
0 (Com ocorrência)
Pavimentação
1
(Sem ocorrência)
Inundação e/ou
alagamento
1 (Sem ocorrência)
Defeitos
1 (Sem ocorrência)
Pavimentação
0
A equação (23) descreve como o Idu será avaliado mediante os critérios
anteriormente descritos:
(23)
RP3D2EA
ip ip ipIdu ++=
1
)j(
Onde:
Idu (j) o indicador de drenagem urbana da rua j;
i
EA -
sub-indicador de ocorrência de inundação e/ou alagamento da rua j;
i
D -
sub-indicador de ocorrência de defeitos no pavimento da rua j;
i
RP -
sub-indicador referente a presença ou ausência de pavimentação na rua j;
33
p
1 ,
p
2 ,
p
3
-
parâmetros de importância relativa entre os fenômenos considerados.
No Quadro 4.4 constam as diversas alternativas de valores do Idu, segundo as
combinações de situações possíveis. Assim, a ocorrência (valor 0) ou não ocorrência (valor 1)
de alagamento e/ou inundação, defeitos no pavimento, (ocorrência valor 0, não ocorrência
valor 1) e presença de pavimentação (presença valor 1, ausência valor 0) são contempladas no
modelo proposto segundo a equação (23). No anexo 2 pode-se ver através de fotos as
ocorrências encontradas na pesquisa de campo.
Quadro 4.4 – Relação de possibilidades, critérios, valores, pesos relativos e o Idu resultante
Critério i
EA
Critério i
D
Critério i
RP
Idu Situação Alternativas
0 * (0,60) 0 * (0,20) 1 * (0,20) 0,20 CA / CD / CP Alternativa1
0 * (0,60) 1* (0,20) 1 * (0,20) 0,40 CA / SD / CP Alternativa2
1 * (0,60) 1 * (0,20) 1 * (0,20) 1,00 SA / SD / CP Alternativa3
1 * (0,60) 0 * (0,20) 1 * (0,20) 0,80 SA / CD / CP Alternativa4
0 * (0,60) 0 * (0,20) 0* (0,20) 0,00 CA / CD / SP Alternativa5
0 * (0,60) 1* (0,20) 0 * (0,20) 0,20 CA / SD / SP Alternativa6
1 * (0,60) 0 * (0,20) 0* (0,20) 0,60 SA / CD / SP Alternativa7
1 * (0,60) 1 * (0,20) 0 * (0,20) 0,80 SA / SD / SP Alternativa8
CP Com Pavimento
SP Sem Pavimentação
CD Com Defeitos
SD Sem Defeito
CA Com Alagamento ou inundação
AS Sem Alagamento ou inundação
Foi proposta uma classificação do detalhamento dos sub-indicadores de drenagem
urbana por faixa de pontuação ou classificação de performance (ou severidade) exposta
no Quadro 4.5.
Quadro 4.5 – Classificação de performance adotada para a drenagem urbana
Intervalo de valores do Idu Classificação
Idu 0,98
Excelente
0,98 > Idu 0,85
Muito Boa
0,85 > Idu 0,60
Boa
0,60 > Idu 0,40
Regular
0,40 > Idu 0,0
Ruim/Muito Ruim
34
O Indicador de drenagem Idu (s) de um determinado setor urbano censitário
composto por n ruas é obtido usando-se a equação (24), que representa a ponderação do
Idu das vias pelos comprimentos das mesmas:
=
=
=
n
j
n
j
jl
jl )()jIdu
sIdu
1
1
)(
(
)(
(24)
Onde,
l ( j ) é o comprimento da rua j do setor censitário urbano s;
Idu ( j ) e Idu ( s ) são os indicadores de drenagem urbana da rua j e do setor
censitário urbano s respectivamente;
n é o número de ruas do setor s.
O Indicador de drenagem urbana de um determinado bairro composto por m
setores censitários será obtido usando-se a seguinte equação (25), representando a
ponderação do Idu do setor pelo comprimento total das vias do setor :
=
=
=
m
s
m
s
sL
sLsIdu
bIdu
1
1
)(
)()(
)(
(25)
Onde,
Idu ( b ) é o indicador de drenagem urbana do bairro b;
L ( s ) é o comprimento total das ruas do setor censitário s;
m é o número de setores do bairro b.
Periodicidade de atualização: de acordo com a atualização do órgão oficial (Prefeitura): é
desejável que se atualiza anualmente e/ou semestralmente.
Para o processamento do Idu por vias em seguida por setores censitários urbanos e
bairros foi utilizado o
software utilizado foi o ARCMAP- ARCINFO 8.3.
Os indicadores propostos são relativos aos critérios adotados para a classificação de
performance da drenagem urbana tomando-se como base a cidade de João Pessoa. Portanto,
suas características referentes à qualidade da infra-estrura urbana devem ser vistas apenas para
35
fins de comparação nesta malha urbana. Para aplicação em outra cidade, ou seja, em contexto
urbano diferente, deve-se examinar sobre a pertinência com relação aos critérios e valores
adotados neste trabalho. O indicador Idu deverá servir como instrumento para o planejamento
urbano e definição de prioridades de adoção de medidas estruturais ou não estruturais de
drenagem no meio urbano.
Trata-se de um instrumento para o diagnóstico das condições gerais da drenagem no
meio urbano. Como ganhos econômicos diretos decorrentes da maior eficácia nos
investimentos em saneamento e melhoria das condições ambientais, os resultados esperados
deverão permitir uma substancial economia, substanciada por uma escolha mais acertada das
prioridades, promovidos pela maior consciência das carências nos diferentes setores urbanos e
pelo maior ganho em termos de benefícios sociais a serem conseguidos.
4.2 INDICADOR DE SALUBRIDADE AMBIENTAL - ISA/JP
O Indicador de Salubridade Ambiental – ISA/JP é expresso pela média ponderada de
indicadores específicos, com avaliação de atributos não apenas quantitativos, mas também
qualitativos e da qualidade da gestão dos sistemas. Sua composição é dada pela expressão
(26), com os sub-indicadores componentes Iab, Ies, etc, descritos adiante. O seu valor varia de
0 a 1.
ESTRUTURA DO ISA/JP
ISA = 0,25 Iab + 0,25 Ies + 0,25 Irs + 0,10 Icv + 0,10 Irh + 0,05 Ise (26)
Com a introdução do Idu, sub-indicador de drenagem urbana, o ISA/JP compõe-se
segundo a expressão (27).
ISA/JP = 0,25 Iab + 0,20 Ies + 0,20 Irs + 0,10 Icv + 0,10 Irh + 0,10 Idu + 0,05 Ise (27)
Onde os indicadores secundários (ou sub-indicadores) são os seguintes:
Iab = Sub-indicador de Abastecimento de Água;
Ies = Sub-indicador de Esgotos Sanitários;
Irs = Sub-indicador de Resíduos Sólidos;
36
Icv = Sub-indicador de Controle de Vetores;
Irh = Sub-indicador de Recursos Hídricos;
Ise = Sub-indicador Sócio Econômico;
Idu = Sub-indicador de Drenagem Urbana.
Os dados utilizados na pesquisa para o cálculo do ISA/JP vieram de diferentes fontes,
segundo mostrado no Quadro 4.6. No entanto, algumas observações devem ser feitas,
relativamente aos seus anos de obtenção. Com relação aos dados de resíduos sólidos tomou-se
como base o ano de 2003, visto que houve a construção do aterro sanitário da cidade. Já os
dados que se referem ao levantamento de pessoas residentes e domicílios tomou-se como base
o levantamento do IBGE, censo 2000. Os dados de drenagem urbana foram obtidos com
levantamento de campo feito no ano de 2004.
Cada indicador secundário é obtido através de formulação específica, com a utilização
de indicadores terciários ou sub-indicadores de terceira ordem, cujo resultado indica uma
pontuação a ser recebida, com seus objetivos específicos, demonstrados de forma sintética nos
Quadros 4.6 e 4.7, juntamente com as fontes de informação sobre os dados primários, a serem
obtidos para o cálculo dos sub-indicadores. No caso, as fontes citadas nos Quadros 4.6 e 4.7
são referidas à cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba.
Na área do estudo intra-urbano, os sub-indicadores podem ser calculados a partir dos
dados dos setores censitários de cada bairro. Os dados obtidos podem ser espacializados e
gerados mapas temáticos para uma melhor visualização e análise dos mesmos com o uso de
um SIG.
37
Quadro 4.6 - Indicadores secundários, componentes, formulação, objetivos e fontes de dados
primários
Sub-Indicador Objetivos Fontes de dados primários
Iab fórmula: (Ica+Iqa+Isa)/3
Índice de Cobertura de
Atendimento (Ica)
Quantificar os domicílios
atendidos pelo sistema
Companhia de Saneamento
Instituto de Estatística
(IBGE)
Índice de Qualidade da água
distribuida (Iqa)
Monitorar a qualidade da
água oferecida
Companhia de Saneamento
(CAGEPA)
Saturação dos Sistemas
Produtores (Isa)
Monitorar demanda e
programar ampliação do
sistema
Companhia de Saneamento
Secretaria de Recursos
Hídricos
Ies fórmula: Ies = (Ice + Ite + Ise)/3
Índice de Cobertura em
coleta e tanques
sépticos(Ice)
Quantificar os domicilios
atendidos pelo sistema e por
tanques sépticos
Companhia de Saneamento
Instituto de Estatística
(IBGE)
Índice de Esgoto tratado e
tanque séptico (Ite)
Indicar a redução da carga
poluidora
Companhia de Saneamento
(CAGEPA)
Saturação do sistema de
tratamento
(Ise)
Monitorar demanda e
programar ampliação do
sistema
Companhia de Saneamento
(CAGEPA)
Irs fórmula: Irs = (Icr + Iqr + Isr)/3
Índice de coleta de lixo (Icr) Quantificar os domicilios
atendidos por coleta de lixo
EMLUR - PMJP (Empresa
de Limpeza urbana)
Tratamento e disposição
final dos resíduos (Itr)
Qualificar a situação da
disposição final dos
resíduos
EMLUR- PMJP (Empresa
de Limpeza urbana)
Saturação(Isr) Indicar a necessidade de
novas instalações
EMLUR- PMJP (Empresa
de Limpeza urbana)
Icv fórmula: Icv = [ (Ivd + Ive)/2) + Ivl ] /2
Índice de controle de
Dengue (Ivd)
Identificar a necessidade de
controles corretivos e
eliminação de vetores
Secretaria Municipal de
Saúde
Índice de Controle de
Esquistossomose (Ive)
Identificar a necessidade de
controles corretivos e
eliminação de vetores
Secretaria Municipal de
Saúde
Índice de controle de
leptospirose (Ivl)
Identificar a necessidade de
controles corretivos e
eliminação de vetores
Secretaria Municipal de
Saúde
38
Quadro 4.6 - Indicadores secundários, componentes, formulação, objetivos e fontes de dados
primários (continuação)
Sub-Indicador Objetivos Fontes de dados primários
Irh fórmula: Irh = (Iqb + Idm + Ifi)/3
Índice de qualidade da água
bruta (Iqb)
Qualificar a situação da
água bruta ou risco
geográfico
Secretaria do Meio
Ambiente e Recursos
Hídricos (SEMARH)
Índice de disponibilidade
dos mananciais (Idm)
Quantificar a
disponibilidade dos
mananciais em relação à
demanda
Secretaria do Meio
Ambiente e Recursos
Hídricos (SEMARH)
Índice de fontes Isoladas
(Ifi)
Abrange o controle de
águas utilizadas não
atendidas pelos serviços
oficiais de fornecimento
Secretaria do Meio
Ambiente e Recursos
Hídricos (SEMARH)
Ise fórmula: Ise = (Isp + Irf + Ied)/3
Indicador de Saúde Pública
(Isp)
Indica a adequação do
saneamento com
monitoramento de índices
de mortalidade infantil e de
idosos
Secretaria Municipal de
Saúde
Indicador de Renda
familiar (Irf)
Indica a capacidade de
pagamento pelos serviços
de saneamento
Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística
(IBGE)/ Instituto de
Pesquisa Economica/ IPEA
Indicador de Educação (Ied) Indica a capacidade de
aprendizado em eduçação
ambiental
IBGE
Secretaria Municipal de
Educação
Secretaria Estadual de
Educação
Idu fórmula: Idu = p1*Iai + p2*Id + p3*Irp
Indicador de alagamento ou
inundação (Iai)
Vias com ou sem ocorrência
de inundação ou alagamento
Pesquisa de campo
Indicador de defeitos (Id) Vias com ou sem defeitos:
seção transversal
inadequada, drenagem
lateral inadequada,
corrugação, buracos,
afundamentos nas trilhas
das rodas e segregação de
agregados, erosões lineares,
formação de calhas
Pesquisa de campo,
segundo os critérios de
Eaton apud Oda, (1998)
Indicador de rua
pavimentada (Irp)
Vias com ou sem
pavimentação
Pesquisa de campo
Fonte: Adaptado do Manual Técnico do ISA (1999) e Batista et. al. (2005).
39
Quadro 4.7 - Indicadores terciários, formulação, composição e pontuação
Indicador terciário e
fórmula
Composição da fórmula Pontuação
Ica = (Dua/Dut) x 100 Dua = Domicílios atendidos
Dut = Domicílios totais
Pontuação obtida diretamente
pela fórmula
Iqa = k x (NAA/NAR) x
100
K = no. de amostras
realizadas/no. Mínimo de
amostras exigido por lei.
Portaria 36 GM –
Ministério da Saúde
19/01/1990
Iqa = 100% pontuação : 100
95 < Iqa < 99% pontuação: 80
85 < Iqa < 94% pontuação : 60
70 < Iqa < 84% pontuação: 40
50 < Iqa <69% pontuação: 20
Iqa < 49% pontuação: 00
Isa – n= log {CP/[VP. (k2
/ k1)]}
log (1 +
t)
n= no. de anos para
saturação sistema; VP=
Volume para atender 100%
população; CP= Capacidade
de Produção; t= taxa anual
média de crescimento;
k1/k2 = coeficientes de
perdas
Sistema integrado
n >= 5 anos pontuação : 100
0 < n < 5 pontuação: interpolar
n < = 0 pontuação : 0
Ice = (Due/Dut) x 100 Due = Domicílios urbanos
atendidos; Dut = Domicílios
urbanos totais
Ice > 90% pontuação : 100
75 < Ice < 89% Interpolar
Ice < 75% pontuação : 0
Ite = ice x (VT/VC) x 100 Ice = índice de esgotos
coletados;
VC = volume coletado; VT
= volume tratado
Ite > 81% pontuação: 100
45 =< Ite =< 80% Interpolar
Ite < 45% Pontuação: 0
Ise = log (CT/VC) / log (1 +
t)
n= no. de anos de saturação
sistema; VC = Volume
coletado;
CT = Capacidade de
tratamento;
t= taxa de crescimento
médio anual
N > = 5 pontuação: 100
5 > n > 0 interpolar
n <=0 pontuação: 0
Icr = (Duc/Dut) x 100 Duc = domicílios c/ coleta
de lixo
Dut = Domicílios urbanos
totais
Icr >= 99% pontuação : 100
95 < Icr < 99% interpolar
Icr < 95% pontuação : 0
Iqr= Critério
enquadramento segundo
Legislação Específica
Resolução 13/1998 – Sec.
Meio Ambiente São Paulo
Cond. Adequadas pontuação: 100
Cond. Controladas pontuação: 50
Cond. Adequadas pontuação: 0
Fonte: Adaptado do Manual Técnico do ISA - São Paulo, 1999 e Batista et. al. (2005).
40
Quadro 4.7 - Indicadores terciários, formulação, composição e pontuação (continuação)
Indicador terciário e
fórmula
Composição da fórmula Pontuação
Isr n= log {[(CA x t/VL)
+1
log (1+ t)
CA = Capacidade restante
do aterro; VL = Volume
coletado de lixo; t = taxa de
crescimento médio anual
N >=5 Pontuação:100
5 > n > 0 Interpolar
n< : 0 pontuação: 0
Ivd (Indicador de dengue)
Obs: no caso deste trabalho,
a avaliação foi feita por
bairro
Município sem infestação
nos últimos anos;
Município infestado
p/
Aedes aegipty e sem
transmissão últimos 12
meses
Município c/ transmissão
nos últimos doze meses
Municípios c/ocorrência de
dengue hemorrágico
Pontuação: 100
Pontuação: 50
Pontuação: 25
Pontuação: 0
Ive (indicador de
esquistossomose)
Obs: no caso deste trabalho,
a avaliação foi feita por
bairro.
Municípios s/caso nos
últimos 5 anos
Município c/ incidência
anual < 1
Município c/ inc. 5 > inc >
= 1
Município c/ incidência >=5
Pontuaçào: 100
Pontuação: 50
Pontuação: 25
Pontuação: 0
Ivl (Indicador de
leptospirose)
Obs: no caso deste trabalho,
a avaliação foi feita por
bairro
Municípios s/enchentes e
sem casos nos últimos 5
anos
Município c/ enchente e
sem casos nos últimos 5
anos
Município s/ enchente e
com casos nos últimos 5
anos
Município c/ enchente e
com casos nos últimos 5
anos
Pontuação: 100
Pontuação: 50
Pontuação: 25
Pontuação: 0
Iqb (Índice de qualidade da
água bruta)
Mananciais sem
contaminação e sem
necessidade de tratamento
Mananciais sem
contaminação e com
necessidade de tratamento
Mananciais com risco de
contaminação
IQA
80 – 100 Pontuação: 100
52 - 79 Pontuação: 75
37 - 51 Pontuação: 50
20 - 36 Pontuação: 25
0 - 19 Pontuação: 0
Fonte: Adaptado do Manual Técnico do ISA - São Paulo, 1999 e Batista et. al. (2005).
41
Quadro 4.7 - Indicadores terciários, formulação, composição e pontuação (continuação)
Indicador terciário e
fórmula
Composição da fórmula Pontuação
Idm (Índice de
disponibilidade dos
mananciais) Idm =
Disp/Dem
Disp = Disponibilidade de
água tratável para
abastecimento; Dem =
Demanda ( horizonte de 10
anos
Idm > 2,0 Pontuação: 100
1.5 < Idm < 2,0 Pontuação: 50
Idm <= 1,5 Pontuação: 0
Ifi (Índice de fontes
isoladas)
Ifi = (NAA/NAR) x 100
Ifi = 100%
Excelente
Ifi = entre 95 e 99%
Ótima
Ifi = entre 85 e 94% Boa
Ifi = entre 70 e 84%
Aceitável
Ifi = entre 50 e 69%
Insatisfatória
Ifi menor que 49%
Imprópria
Pontuação: 100
Pontuação: 80
Pontuação: 60
Pontuação: 40
Pontuação: 20
Pontuação: 0
Isp = 0,7 x Imh + 0,3 x
Imr
Imh = indicador relativo a
mortalidade infantil ligada a
doenças de veiculação
hídrica.
Imr = Indicador relativo a
mortalidade infantil e de
idosos, ligadas à doenças
respiratórias
Organizar resultados crescente,
divididos em quartís
1º quartil = 100 pontos
2º e 3º quartil = interpolar
4º quartil = 0 pontos
Irf = 0,7 x Izs + 0,3 x Irm I2s = Indicador de renda
menor que 3 salários
mínimos (referência)
Irm = indicador de renda
média
Organizar resultados crescente,
divididos em quartís
1º quartil = 100 pontos
2º e 3º quartil = interpolar
4º quartil = 0 pontos
Ied = 0,6 x Ine + 0,4 Ie1 Ine = Indicador de nenhuma
escolaridade; Ie1 =
Indicador de escolaridade
de primeiro grau
Organizar resultados crescente,
divididos em quartís
1º quartil = 100 pontos
2º e 3º quartil = interpolar
4º quartil = 0 pontos
Fonte: Adaptado do Manual Técnico do ISA - São Paulo, 1999 e Batista et. al. (2005).
42
Quadro 4.7 - Indicadores terciários, formulação, composição e pontuação (continuação)
Indicador terciário e fórmula Composição da fórmula Pontuação
Iai = p1*critério p1 = 0,60
critério:
com alagamento/inundação = 0,0
sem alagamento/inundação = 1,0
Iai = 0,00
Iai = 0,60
Id = p2 *critério p2 = 0,20
critério:
com defeito = 0,0
sem defeito = 1,0
Iai = 0,00
Iai = 0,20
Irp = p3 * critério p3 = 0,20
critério:
com pavimentação = 1,0
sem pavimentação = 0,0
Iai = 0,20
Iai = 0,00
Fonte: Adaptado do Manual Técnico do ISA - São Paulo, 1999 e Batista et. al. (2005).
Para a avaliação da performance da salubridade ambiental, segundo o indicador
ISA/JP, foi utilizada a pontuação do Quadro 4.8, adaptada de Dias et al. (2004), que indica a
classificação variando de insalubre a salubre.
Quadro 4.8 - Situação de salubridade por faixa de situação (%)
Situação da Salubridade Pontuação do ISA
Insalubre 0 – 25,50
Baixa salubridade 25,51 – 50,50
Média salubridade 50,51 – 75,50
Salubre 75,51 – 100,00
É utilizado um SIG - Sistema de Informações Geográficas como ferramenta para
os cálculos dos dados coletados e espacialização das informações. As informações são
agregadas a um banco de dados espacial integrado e georreferenciado, que forma a base
numérica que permite, através do SIG, uma visão da área em estudo como um todo e
segundo os temas a escolher.
O modelo proposto, com o uso do SIG e seus recursos de gerenciamento,
visualização das informações, análises e inferências espaciais, pode ser utilizado como
43
um sistema de apoio à decisão espacial (SADE), constituindo um potente instrumento
de diagnóstico, visando o auxílio no processo decisório relativo às melhorias das
condições da drenagem urbana.
44
CAPÍTULO 5
ESTUDO DE CASO
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A área em estudo compreende parte dos bairros litorâneos da cidade de João Pessoa,
capital do estado da Paraíba, subdivididos em setores censitários definidos pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. O município de João Pessoa tem uma zona
costeira com comprimento de 24,7 km.
Trata-se de uma área predominantemente plana, com diferentes graus de urbanização,
com densidade populacional bastante variada, pluralidade de atividades e de serviços, de
grande interesse turístico para a cidade de João Pessoa. Ademais, é a área prioritária objeto do
Projeto Orla (2003) no município. Os bairros litorâneos totalizam uma área de 43,38 km².
Os bairros contemplados sãoaqueles que apresentm um maior grau de urbanização, são
eles: Bessa, Jardim Oceania, Aeroclube, Manaíra, Tambaú, Cabo Branco, Altiplano Cabo
Branco, Ponta do Seixas e Penha, com 72 setores censitários, com uma área de 15,49 km²
(Figura 5.1).
A figura 5.1 mostra mapas com a localização do estado da Paraíba em relação ao Brasil,
ao Nordeste e o Estado da Paraíba com detalhe no município de João Pessoa , destacando os
bairros litorâneos urbanizados e não urbanizados, com destaque para a área de estudo com os
setores censitários. O Quadro 5.1 resume algumas características básicas dos bairros
litorâneos, quais sejam, número de setores censitários, área e população residente.
45
Figura 5.1 – Localização da área estudada - Brasil, Estado da Paraíba, Cidade de João Pessoa, Bairros com setores censitários.
46
Quadro 5.1 – Algumas características básicas dos bairros da área de estudo
BAIRRO
SETORES
CENSITÁRIOS
POPULAÇÃO
IBGE (2000)
ÁREA
(km²)
BESSA 7 7.111 2.280
AEROCLUBE 7 4 057 2.039
JARDIM OCEANIA 14 10.015 2.501
MANAIRA 22 19.289 2.449
TAMBAÚ 9 6.782 966
CABO BRANCO 7 5.439 1.887
ALTIPLANO CABO
BRANCO
4 4.151 2.207
PENHA 1 773 429
SEIXAS 1 383 733
5.2 DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DO ISA/JP
A metodologia desenvolvida neste trabalho, refere-se à aplicação do ISA/JP, por setores
censitários e bairros.
Foram utilizados os dados cartográficos do IBGE referentes à divisão setorial, no
formato
Shapefile (IBGE, 2000). Esses dados cartográficos também foram editados para
geração da divisão de bairros da cidade. A base cartográfica das vias foi fornecida pelo Setor
de Geoprocessamento da SEPLAN – Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de
João Pessoa. Esta base é uma restituição digital de um levantamento aerofotogramétrico
realizado em 1998.
Os dados anteriormente mencionados foram inseridos no
software ARCMAP ARCINFO
8.3 e armazenados em um banco de dados, utilizando-se como unidades espaciais, as vias, os
setores censitários e os bairros estudados. Em seguida foram criados, no banco de dados,
atributos referentes aos sub-indicadores do Idu para as vias, e atributos do ISA/JP para os
setores e bairros.
Para a aquisição das informações utilizou-se a base de dados contida no CD-ROM do
IBGE do censo demográfico de 2000, referente a domicílios urbanos totais, domicílios
urbanos atendidos, renda nominal mensal e escolaridade das pessoas responsáveis. Outras
informações foram levantadas em campo, como as relativas a controle de vetores, recursos
47
hídricos, e da drenagem urbana. Estas últimas foram obtidas no ano de 2004, portanto
referidas a esse ano.
Os dados de resíduos sólidos foram adquiridos com base em relato da gerência da
EMLUR – Empresa Municipal de Limpeza Urbana do município de João Pessoa, relativos ao
ano de 2003, ano inicial de funcionamento do aterro sanitário da região metropolitana da
Grande João Pessoa. Portanto, já contemplam esta melhoria do sistema de tratamento, com
repercussões positivas no modelo ISA/JP.
Os dados de abastecimento, esgotamento sanitário, sócio-economia foram obtidos de
Ribeiro (2004), que desenvolveu uma aplicação do ISA em João Pessoa.
Após conclusão dos levantamentos, foi feita uma estruturação e modelagem para a
migração dos dados em formato tabular (xls) para o banco de dados Access 2002 nativo do
software ARCMAP ARCINFO 8.3, através da ligação com as tabelas externas, assim foi
criada uma estrutura de dados no formato
geodatabase para consolidação do banco de dados.
No mesmo ambiente foram realizados os cálculos com a finalidade de gerenciamento, análise
e visualização das informações geradas.
Para o cálculo do ISA/JP por setor, os sub-indicadores são adicionados ao modelo
ISA/JP para ser calculado e agregado aos dados vetoriais (
polygono) dos setores, através de
um campo em comum entre as duas tabelas. Em seguida geração de relatórios para a
visualização espacial da informação e impressão de relatórios através de mapas, como pode
ser visto no Cap. 6, nas figuras de 6.1 a 6.8, ou armazenamento para análise e tomada de
decisão quanto a sua atualização.
Para o cálculo do ISA/JP por bairro o ISA/JP por setor é multiplicado pela área do setor
e dividido pela área total do bairro, para poder encontrar uma média ponderada do indicador.
Após este procedimento a informação gerada é agregada aos dados vetoriais (
polygono) dos
bairros, através de um campo em comum entre as duas tabela. Em seguida foram gerados
relatórios para visualização espacial da informação e impressão de relatórios através de mapas
como pode ser visto no Cap. 6, nas figuras de 6.9 a 6.16, ou armazenamento para análise e
tomada de decisão quanto a sua atualização.
Para o cálculo do Idu, os dados levantados em campo por vias foram avaliados com
base na existência ou não de pavimentação, de defeitos, e de alagamento/inundação. Foram
gerados relatórios para visualização espacial da informação e impressão de relatórios através
de mapas, como pode ser visto no Cap. 6, nas figuras 6.6 6.14 e 6.17 relativos aos setores,
bairros e vias respectivamente, ou armazenamento para análise e tomada de decisão quanto a
sua atualização.
48
O modelo ISA/JP e o modelo IDU desenvolvidos são mostrados em um diagrama na
forma de fluxograma básico, buscando sistematizar o entendimento do processo,
representados em um sistema informatizado. Portanto, o fluxograma proposto permite uma
representação gráfica das operações executadas no desenvolvimento das tarefas, pois é um
excelente instrumento para registrar as operações e seus funcionamentos, além de viabilizar
análises. Os símbolos utilizados na elaboração de fluxogramas básicos são apresentados na
figura 5.2. Os fluxogramas dos Modelos ISA/JP e Modelo IDU são mostrados através das
figuras 5.3, 5.4, 5.5, 5.6 e 5.7.
Figura 5.2 – Simbologia do fluxograma
49
Figura 5.3 – Fluxograma para o cálculo do Indicador de Salubridade Ambiental – ISA/JP
por setor censitário
50
Figura 5.4 – Fluxograma para o cálculo do Indicador de Salubridade Ambiental – ISA/JP por
bairro
51
Figura 5.5 - Fluxograma para o cálculo do Indicador de Drenagem Urbana por vias
52
Figura 5.6 – Fluxograma para o cálculo do Indicador Drenagem Urbana por setor
53
Figura 5.7 – Fluxograma para o cálculo do Indicador Drenagem Urbana por bairro
54
Para os cálculos do Idu por vias, setores e bairros foram usados recursos
existentes no SIG, com o uso das funções,
calculate values, summarize e join, que podem
ser visualizados através das figuras 5.8, 5.9, 5.10 e 5.11, onde encontram-se as telas usadas
na aplicação, que ilustram algumas das etapas descritas.
Figura 5.8 – Tela da função
calcule values
55
Figura 5.9 Tela da função
summazire
Figura 5.10 – Tela de exportação de tabela
56
Figura 5.11 – Tela da função
join
57
CAPÍTULO 6
RESULTADOS
6.1 - ANÁLISES E DISCUSSÃO
A aplicação do ISA/JP nos setores dos bairros da área estudada, resultou nos
Quadros 6.1 e 6.2 onde constam todos os resultados dos sub-indicadores e indicador
ISA/JP dos setores censitários e dos bairros, respectivamente.
As figuras 6.1 a 6.8 referem-se aos sub-indicadores e ao ISA/JP por setores
censitários com seus valores espacializados, gerados pelo Sistema de Informações
Geográficas.
Quadro 6.1 Indicador de Salubridade Ambiental ISA/JP por setor censitário
SETOR BAIRRO IAB IES IRS ICV IRH IDU ISE ISA/JP SALUBRIDADE
522 BESSA 0,96 0,54 1,00 1,00 0,75 0,22 0,34
0,76
Salubre
523 BESSA 0,98 0,54 0,98 1,00 0,75 0,06 0,34
0,75
Média
salubridade
524 BESSA 0,97 0,54 0,99 1,00 0,75 0,06 0,62
0,76
Salubre
525 BESSA 0,99 0,54 1,00 1,00 0,75 0,2 0,82
0,79
Salubre
526 BESSA 0,98 0,64 1,00 1,00 0,75 0,00 0,82
0,79
Salubre
527 BESSA 0,99 0,79 1,00 1,00 0,75 0,00 0,71
0,82
Salubre
528 BESSA 0,98 0,87 1,00 1,00 0,75 0,00 0,82
0,84
Salubre
457 AEROCLUBE 0,98 0,20 1,00 1,00 0,75 0,12 0,53
0,70
Média
salubridade
458 AEROCLUBE 0,98 0,20 1,00 1,00 0,75 1,00 0,58
0,79
Salubre
459 AEROCLUBE 0,65 0,20 0,67 1,00 0,75 1,00 0,70
0,65
Média
salubridade
460 AEROCLUBE 0,65 0,20 0,67 1,00 0,75 1,00 0,67
0,65
Média
salubridade
461 AEROCLUBE 0,98 0,20 1,00 0,81 0,75 0,52 0,81
0,73
Média
salubridade
462 AEROCLUBE 0,98 0,20 1,00 1,00 0,75 0,74 0,88
0,78
Salubre
463 AEROCLUBE 0,99 0,20 1,00 1,00 0,75 0,83 0,59
0,78
Salubre
529
JARDIM
OCEANIA
0,99 0,87 0,98 1,00 0,75 0,10 0,57
0,83
Salubre
530
JARDIM
OCEANIA
0,99 0,87 0,99 1,00 0,75 0,09 0,54
0,83
Salubre
531
JARDIM
OCEANIA
0,97 0,87 0,98 1,00 0,75 0,26 0,33
0,83
Salubre
532
JARDIM
OCEANIA
0,99 0,87 1,00 1,00 0,75 0,20 0,60
0,85
Salubre
533
JARDIM
OCEANIA
0,99 0,87 1,00 1,00 0,75 0,71 0,57
0,90
Salubre
534
JARDIM
OCEANIA
0,99 0,87 1,00 1,00 0,75 0,84 1,00
0,93
Salubre
58
Quadro 6.1 Indicador de Salubridade Ambiental ISA/JP por setor censitário (continuação)
SETOR BAIRRO IAB IES IRS ICV IRH IDU ISE ISA/JP SALUBRIDADE
535
JARDIM
OCEANIA
0,99 0,87 0,99 1,00 0,75 0,40 0,87
0,88
Salubre
536
JARDIM
OCEANIA
0,99 0,87 1,00 1,00 0,75 0,30 0,90
0,87
Salubre
537
JARDIM
OCEANIA
0,98 0,87 1,00 1,00 0,75 0,96 0,81
0,93
Salubre
538
JARDIM
OCEANIA
0,98 0,87 0,99 1,00 0,75 1,00 0,79
0,93
Salubre
539
JARDIM
OCEANIA
0,98 0,87 1,00 1,00 0,75 1,00 0,56
0,92
Salubre
540
JARDIM
OCEANIA
0,99 0,87 1,00 1,00 0,75 1,00 0,76
0,93
Salubre
541
JARDIM
OCEANIA
0,99 0,87 1,00 1,00 0,75 0,51 0,88
0,89
Salubre
542
JARDIM
OCEANIA
0,98 0,87 1,00 1,00 0,75 0,09 0,67
0,84
Salubre
464 MANAIRA 0,99 0,20 1,00 1,00 0,75 1,00 0,86
0,81
Salubre
465 MANAIRA 0,98 0,50 1,00 0,81 0,75 1,00 0,94
0,85
Salubre
466 MANAIRA 0,99 0,51 1,00 1,00 0,75 1,00 0,96
0,87
Salubre
467 MANAIRA 0,99 0,53 1,00 1,00 0,75 1,00 0,98
0,88
Salubre
468 MANAIRA 0,99 0,50 1,00 1,00 0,75 1,00 0,95
0,87
Salubre
469 MANAIRA 0,98 0,54 1,00 0,69 0,75 1,00 1,00
0,85
Salubre
470 MANAIRA 0,99 0,54 1,00 0,81 0,75 1,00 0,88
0,86
Salubre
471 MANAIRA 0,99 0,54 1,00 1,00 0,75 1,00 0,62
0,86
Salubre
472 MANAIRA 0,99 0,54 0,99 1,00 0,75 1,00 0,33
0,85
Salubre
473 MANAIRA 0,97 0,54 0,99 1,00 0,75 1,00 0,86
0,87
Salubre
474 MANAIRA 0,99 0,54 1,00 1,00 0,75 1,00 0,95
0,88
Salubre
475 MANAIRA 0,99 0,54 1,00 1,00 0,75 1,00 0,97
0,88
Salubre
476 MANAIRA 0,99 0,54 1,00 0,81 0,75 1,00 0,89
0,86
Salubre
477 MANAIRA 0,99 0,54 1,00 1,00 0,75 1,00 0,88
0,87
Salubre
478 MANAIRA 0,98 0,54 1,00 1,00 0,75 1,00 0,97
0,88
Salubre
479 MANAIRA 0,99 0,54 1,00 1,00 0,75 1,00 0,95
0,88
Salubre
480 MANAIRA 0,96 0,54 1,00 1,00 0,75 1,00 0,33
0,84
Salubre
481 MANAIRA 0,98 0,54 1,00 1,00 0,75 0,99 0,54
0,85
Salubre
482 MANAIRA 0,98 0,54 1,00 1,00 0,75 1,00 0,33
0,84
Salubre
483 MANAIRA 0,9 0,54 1,00 1,00 0,75 1,00 0,97
0,86
Salubre
484 MANAIRA 0,99 0,54 0,97 1,00 0,75 1,00 0,33
0,84
Salubre
594 MANAIRA 0,96 0,54 0,97 1,00 0,75 0,55 0,40
0,79
Salubre
543 TAMBAÚ 0,99 0,87 1,00 1,00 0,75 1,00 0,65
0,93
Salubre
544 TAMBAÚ 0,98 0,87 0,99 1,00 0,75 1,00 0,36
0,91
Salubre
545 TAMBAÚ 0,98 0,87 1,00 1,00 0,75 0,97 0,60
0,92
Salubre
546 TAMBAÚ 0,97 0,87 0,99 1,00 0,75 1,00 0,84
0,93
Salubre
547 TAMBAÚ 0,98 0,87 1,00 1,00 0,75 1,00 0,80
0,93
Salubre
548 TAMBAÚ 0,98 0,87 1,00 1,00 0,75 1,00 0,67
0,93
Salubre
549 TAMBAÚ 0,99 0,87 0,99 1,00 0,75 1,00 0,63
0,93
Salubre
550 TAMBAÚ 0,98 0,87 1,00 1,00 0,75 1,00 0,87
0,94
Salubre
551 TAMBAÚ 0,99 0,87 1,00 1,00 0,75 1,00 0,86
0,94
Salubre
59
Quadro 6.1 Indicador de Salubridade Ambiental ISA/JP por setor censitário (continuação)
SETO
R
BAIRRO IAB IES IRS ICV IRH IDU ISE ISA/JP SALUBRIDADE
552
CABO
BRANCO
0,98 0,87 1,00 1,00 0,75 1,00 0,88
0,94
Salubre
553
CABO
BRANCO
0,99 0,87 1,00 1,00 0,75 1,00 0,94
0,94
Salubre
554
CABO
BRANCO
0,99 0,87 1,00 0,81 0,75 0,98 0,81
0,92
Salubre
555
CABO
BRANCO
0,98 0,87 0,99 1,00 0,75 0,99 0,83
0,93
Salubre
556
CABO
BRANCO
0,98 0,87 1,00 1,00 0,75 0,98 0,95
0,94
Salubre
557
CABO
BRANCO
0,94 0,87 1,00 1,00 0,75 1,00 0,62
0,92
Salubre
558
CABO
BRANCO
0,97 0,87 0,98 1,00 0,75 1,00 0,33
0,90
Salubre
320
ALTIPLANO
CABO
BRANCO
0,94 0,20 0,98 1,00 0,75 0,85 0,90
0,78
Salubre
321
ALTIPLANO
CABO
BRANCO 0,98 0,20 0,99 1,00 0,75 0,16 0,89
0,72
Média
salubridade
322
ALTIPLANO
CABO
BRANCO
0,97 0,20 0,88 1,00 0,75 0,67 0,33
0,72
Média
salubridade
323
ALTIPLANO
CABO
BRANCO 0,99 0,20 1,00 0,81 0,75 0,77 0,85
0,76
Salubre
559
PONTA DOS
SEIXAS 0,66 0,87 0,97 1,00 0,75 0,64 0,23
0,79
Salubre
560 PENHA 0,95 0,87 0,99 1,00 0,75 0,56 0,23
0,85
Salubre
Quadro 6.2 Indicador de salubridade ambiental ISA/JP por bairro
BAIRRO IAB IES IRS IRH ICV IDU ISE ISA/JP SITUAÇÃO
AEROCLUBE 0,97 0,20 0,99 0,75 0,98 0,25 0,57
0,71
MÉDIA
SALUBRIDADE
ALTIPLANO CABO
BRANCO 0,95 0,20 0,97 0,75 0,93 0,62 0,86
0,74
MÉDIA
SALUBRIDADE
BESSA 0,97 0,63 0,99 0,75 0,99 0,08 0,61
0,78 SALUBRE
CABO BRANCO 1,00 0,91 1,00 0,75 1,00 0,99 0,76
0,94 SALUBRE
JARDIM OCEANIA 1,00 0,89 1,00 0,75 1,00 0,44 0,69
0,88 SALUBRE
MANAIRA 0,98 0,52 0,99 0,75 0,95 0,99 0,78
0,86 SALUBRE
PENHA 0,95 0,87 0,99 0,75 1,00 0,56 0,23
0,85 SALUBRE
SEIXAS 0,66 0,87 0,97 0,75 1,00 0,64 0,23
0,78 SALUBRE
TAMBAÚ 0,99 0,87 1,00 0,75 1,00 1,00 0,70
0,93 SALUBRE
Para a avaliação do desempenho do ISA/JP foi destacada a pontuação sugerida por
Dias
et al. (2004) e adaptada nesta aplicação, mostra a classificação da salubridade
variando de insalubre a salubre segundo a pontuação, na forma de percentagem mostrado
no Quadro 6.3.
60
Quadro 6.3 - Situação de salubridade por faixa de situação do ISA/JP
Situação da Salubridade Pontuação do ISA/JP(%)
Insalubre 0 – 25,50
Baixa salubridade 25,51 – 50,50
Média salubridade 50,51 – 75,50
Salubre 75,51 – 100,00
Na análise do conhecimento produzido pode-se observar que alguns destes sub-
indicadores apresentaram resultados semelhantes entre os diferentes setores intra-urbanos,
principalmente o
Irh, sub-indicador de recursos hídricos, que é considerado um valor único
para toda a cidade, uma vez que a mesma possui um sistema unificado de abastecimento.
Apresentaram, por conseguinte, o mesmo resultado para todo o município com valor igual
a 0,75, caracterizando um indicador que apresenta uma “média salubridade” em sua
composição, (figura 6.5).
Com relação ao Iab, sub-indicador de abastecimento de água, as variações são muito
pequenas, devido ao caráter de sistema de rede integrado, salvo no bairro Ponta do Seixas
com valor igual a 0,66, isto devido a ausência da cobertura de atendimento neste bairro
(figura 6.1).
O sub-indicador de resíduos sólidos teve uma boa pontuação nos 72 setores, apenas 2
setores ficaram com valor de 0,67 e os demais valores acima de 0,88, devido a instalação
do aterro sanitário em 2003 (figuras 6.11 e 6.3).
O sub-indicador de controle de vetores apresentou altos valores (0,81 a 1,00), com
pequena variabilidade. No entanto, no setor 469 registrou-se caso de dengue e
esquistossomose, baixando o valor para 0,69 (figura 6.4).
Para o sub-indicador de esgotamento sanitário todos os setores dos bairros do Jardim
Oceania, Cabo Branco, Tambaú, Penha e Ponta do Seixas tiveram uma pontuação com
valor igual a 0,87, demonstrando a existência de uma boa cobertura de rede de esgoto. O
bairro do Bessa apresentou valores variando entre 0,54 a 0,87, apresentando uma situação
inferior aos bairros anteriormente citados. Já os setores do bairro de Manaíra ficaram na
faixa de 0,20 a 0,54 devido à baixa cobertura de rede de coleta de esgoto. O bairro do
61
Altiplano apresentou a pior situação com relação a rede de esgoto, onde todos os setores
ficaram com valor igual a 0,20 (figura 6.2).
Para o sub-indicador sócio econômico (figura 6.7), foi encontrada uma grande
variabilidade entre os setores censitários dos bairros estudados. No bairro do Bessa, dos 7
setores censitários, 2 apresentaram valor igual a 0,34. Os demais apresentaram valores
maiores que 0,62. Para o bairro do Aeroclube, dos 7 setores censitários, 5 setores ficaram
entre 0,53 e 0,70 e 2 entre 0,81 e 0,88. No bairro Jardim Oceania dos14 setores censitários,
1 apresentou valor igual a 0,33, 6 entre 0,54 e 0,67, e os demais valores maiores que 0,76.
O bairro de Manaíra possui 22 setores censitários, dos quais 5 apresentaram valores entre
0,33 e 0,40; 2 valores entre a 0,54 e 0,62 e 15 valores maiores que 0,86. O bairro de
Tambaú possui 9 setores censitários, dos quais 1 com valor igual a 0,36; 4 entre 0,60 e
0,67, e 4 entre 0,80 e 0,87. O bairro do Cabo Branco possui 7 setores censitários, dos quais
1 com valor igual a 0,33; 1 com valor igual 0,62 e 5 entre 0,81 e 0,95. O bairro Altiplano
Cabo Branco possui 4 setores censitários, dos quais, 1 com valor igual a 0,33 e 3 entre 0,85
e 0,90. Os bairros de Ponta do Seixas e Penha, possuem apenas 1 setor censitário, que
apresentaram valor igual a 0,23.
Os valores baixos encontrados para esse sub-indicador estão relacionados com a
existência de aglomerados subnormais e de uma população de baixa renda que habita a
área antes da expansão urbana que ocorreu nas últimas décadas.
Para o sub-indicador de drenagem urbana, mostrado na figura 6.6, os resultados
mostraram que o bairro do Bessa é extremamente precário em termos de infra-estrutura de
drenagem urbana, com Idu variando entre 0,00 e 0,22 nos seus setores. O bairro Jardim
Oceania apresentou valores de Idu entre 0,09 e 1,00. Considerando que o mesmo possui 14
setores censitários, 8 tiveram valores baixos do Idu, abaixo de 0,51. O restante dos setores
apresentam valores maiores que 0,71, com 3 destes setores atingindo valor máximo. No
bairro Aeroclube, apenas 2 setores apresentaram valores baixos. O bairro Altiplano Cabo
Branco apresentou apenas um setor com valor muito baixo, igual a 0,16. No bairro de
Manaíra, dos 22 setores, o menor valor foi de 0,55. Os demais variaram de 0,99 a 1,00.
Nos bairros de Tambaú e Cabo Branco, todos os valores do Idu ficaram na faixa 0,97 a
1,00. O bairro Ponta do Seixas e Penha possuem só 1 setor cada, ficando com valores 0,64
e 0,56, respectivamente. A figura 6.17 mostra a classificação de Performance das Vias.
62
O ISA/JP por setor censitário mostrado na figura 6.8, onde se pode ver espacializadas
às informações, apresentou uma pequena variabilidade, dos quais apenas 7 dos 72
existentes na área de estudo ficaram com “média salubridade”, variando de 0,65 a 0,75.
Nas figuras 6.9 a 6.16 referem-se aos sub-indicadores e ao ISA/JP por bairro com
seus valores espacializados, gerados pelo Sistema de Informações Geográficas.
Com os resultados do Indicador ISA/JP por bairro a avaliação mostra que só o
Aeroclube e o Altiplano Cabo Branco ficaram com “média salubridade”, variando entre
0,71 e 0,74.
Para o bairro Aeroclube dois sub-indicadores refletiram negativamente: o de
esgotamento sanitário, com valor igual a 0,20, e o de drenagem urbana com valor igual a
0,25. Para o bairro do Altiplano os resultados mostraram que também os mesmos sub-
indicadores interferiram negativamente, tendo o indicador de esgotamento sanitário o valor
igual a 0,20, e o de drenagem urbana com valor 0,62.
Os 7 bairros restantes ficaram como “salubres”, com valores que variaram de 0,78 a
0,94. Somente um setor censitário do bairro do Bessa ficou com “média salubridade”. Este
foi o setor 523, onde os sub-indicadores que interferiram foram o de esgotamento sanitário,
drenagem urbana e sócio econômico com valores iguais a 0,54, 0,06 e 0,34
respectivamente.
Os sub-indicadores que apresentaram índices mais baixos e com grande variabilidade
entre os bairros foram os sub-indicadores de esgotamento sanitário, indicador de drenagem
urbana e o sócio econômico, enquanto que os sub-indicadores que apresentaram pouca
variação e boa pontuação, foram os sub-indicadores de abastecimento, de resíduos sólidos,
de controle de vetores e de recursos hídricos.
Um dos aspectos bastante visíveis nos resultados é a falta de investimentos infra-
estruturais em determinados setores da cidade, demonstrados no mapa de distribuição
espacial do ISA/JP por bairro (figura 6.16). Os bairros de melhor performance quanto ao
ISA/JP são Cabo Branco e Tambaú, classificados como “salubres”. Ainda classificados
como “salubres”, porém com valores do ISA/JP menores, ficaram os bairros Bessa, Jardim
Oceania, Manaíra, Penha e Ponta do Seixas. Com “média salubridade” ficaram os bairros
do Aeroclube e Altiplano Cabo Branco.
63
Figura 6.1 – Indicador de Abastecimento de Água por Setor Censitário
64
Figura 6.2 – Indicador de Esgotamento Sanitário por Setor Censitário
65
Figura 6.3 – Indicador de Resíduos Sólidos por Setor Censitário
66
Figura 6.4 – Indicador de Controle de Vetores por Setor Censitário
67
Figura 6.5 – Indicador de Recursos Hídricos por Setor Censitário
68
Figura 6.6 – Indicador de Drenagem Urbana por Setor Censitário
69
Figura 6.7 – Indicador Sócio Econômico por Setor Censitário
70
Figura 6.8 – Indicador de Salubridade Ambiental – ISA/JP por Setor Censitário
71
Figura 6.9 – Indicador de Abastecimento por Bairro
72
Figura 6.10 – Indicador de Esgotamento Sanitário por Bairro
73
Figura 6.11 – Indicador de Resíduos Sólidos por Bairro
74
Figura 6.12 – Indicador de Controle de Vetores por Bairro
75
Figura 6.12 – Indicador de Recursos Hídricos por Bairros
76
Figura 6.14 – Indicador de Drenagem Urbana por Bairro
77
Figura 6.15 – Indicador Sócio Econômico por Bairro
78
Figura 6.16 – Indicador de Salubridade Ambiental – ISA/JP por Bairro
79
Figura 6.17 – Indicador de Performance por Vias - Idu
80
CAPÍTULO 7
7.1 CONCLUSÕES
A aplicação do ISA/JP na área em estudo mostrou ser um método viável para o
planejamento em saneamento ambiental, considerando que incorpora uma grande
quantidade de sub-indicadores, servindo para monitorar, com bastante eficácia, áreas intra-
urbanas. Devido à integração das análises quantitativas e qualitativas de cada aspecto ou
dos sistemas de provimento de saneamento e da qualidade da gestão dos sistemas, é de
fundamental importância para tomada de decisão, referindo-se a sustentabilidade urbana.
Evidencia-se com a aplicação feita, que o modelo ISA/JP integrado a um Sistema de
Apoio à Decisão Espacial constitui-se um instrumento valioso para o planejamento e
gestão das ações estruturais, não estruturais e de saneamento ambiental na malha urbana.
Nesse sentido, o objetivo de demonstrar a possibilidade de aplicação de uma
metodologia de apoio à decisão espacial para o problema estudado foi alcançado.
O uso de algumas funções dos sistemas de informação geográfica, tais como,
gerenciamento do banco de dados e a conseqüente espacialização dos resultados, foram
extremamente importantes para a execução do trabalho.
Além disso, verificou-se a vantagem do uso de modelos matemáticos, do tipo do
ISA/JP, em sistema de informação geográfica, devido à facilidade na aplicação do modelo
e na espacialização dos resultados.
A partir da aplicação dessa metodologia, um investimento em desenvolvimento de
aplicativo computacional pode levar à construção de um Sistema de Apoio à Decisão
Espacial automatizado e aplicável a diferentes malhas urbanas em regiões distintas.
Um aspecto importante verificado no trabalho foi o detalhamento que pode ser feito
na obtenção dos dados primários por setor censitário, que permitiu a visualização da
variabilidade que ocorre nos bairros.
Isto foi verificado, por exemplo, no bairro do Jardim Oceania, que apesar de ser
classificado como de baixa salubridade, possui alguns setores salubres.
Os bairros que apresentaram os melhores resultados, em ordem decrescente de
classificação de salubridade, foram: Cabo Branco, Tambaú, Jardim Oceania, Manaíra,
81
Penha, Ponta do Seixas e Bessa, classificados como salubres. Os bairros que ficaram com
uma situação de média salubridade foram: Altiplano Cabo Branco e Aeroclube.
Embora o ISA/JP tenha como objetivo servir como um instrumento de medida da
salubridade ambiental, devem ser destacados e analisados os sub-indicadores isoladamente,
já que a formulação do ISA/JP consiste em uma combinação linear dos sub-indicadores,
conforme visto. Assim, um valor aceitável para o ISA/JP pode ser gerado mesmo com um
sub-indicador que traduza desconforto e condições insalubres para os moradores do
segmento urbano analisado. Esta preocupação fica evidenciada, por exemplo, no bairro do
Bessa, onde o Idu é apenas 0,08 enquanto que o ISA/JP do bairro é 0,78, classificado com
condição salubre.
82
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, L. M. W. (1999). Desenvolvimento de uma metodologia para análise
locacional de sistemas educacionais usando modelos de interação espacial e
indicadores de acessibilidade. Florionóplis. 168p. Tese (doutorado) – Programa de pós
Graduação em Engenharia de Produção, Universidade de Santa Catarina.
ARONOFF S. (1989).
Geographic Information Systems: A Management Perspective.
Ottawa: WDL Publications.
ASSAD, E.D.; SANO, E.E. (1998)
Sistema de Informações Geográficas - Aplicações na
Agricultura. EMBRAPA-CPAC, 274p, Brasília.
BATISTA, M. E. M.; Silva, T. C. ;DIONÍSIO, Laudicéia Ramalho .
Indicador de
Drenagem Urbana para a Avaliação Ambiental por Vias e Setores Censitários
. In: VII
Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste, 2004, São Luiz. Anais do VII Simpósio de
Recursos Hídricos do Nordeste. Porto Alegre : ABRH. v. unico.
BERRY, B. J. L., (1964)
Approaches to regional analysis: a synthesis. Annals of the
Association of American Geography
, 54:2-11.
BURROUGH, P. A. (1986).
Principles of Geographical Information Systems for Land
Resources Assessment
. Clarendom Press. Oxford.
CÂMARA, G..; ORTIZ, M.J. (1998).
"Sistemas de Informação Geográfica para
Aplicações Ambientais e Cadastrais: Uma Visão Geral" . In: Souza E SILVA,M.,
"Cartografia, Sensoriamento e Geoprocessamento", cap. 2, pp.59-88. Lavras,
UFLA/SBEA.
CÂMARA, G.; CASANOVA, M.A.; HEMERLY, A.; MEDEIROS, C.M.B.M.;
MAGALHÃES, G. C.(1997).
Anatomia de Sistemas de Informação Geográfica .
83
UNICAMP IX Escola de Computação, (1996) (1a. ed.). SAGRES Editora, Curitiba,1997
(2a. ed.).
CÂMARA, GILBERTO. (1994).
Análise de Arquiteturas para Bancos de Dados
Geográficos Orientados-a-Objetos
. São José dos Campos, SP: USP,. Tese de Doutorado.
CARVALHO, M. L. C., LASARTE, A. E., SANTOS, E., DOMIT, V. M. M. E
MANASSÉS, E. J. (1997). Informações Geográficas no Alto Rio Iguaçu na Região
metropolitana de Curitiba, para Gerenciamento de Cheias. In: XIII Simpósio Brasileiro de
Recursos Hídricos, Belo Horizonte, MG.
DENSHAM, P. J.
Spatial Decision Support Systems In:. Maguire, D. J.; GOODCHILD,
M. F.; RHIND D. W.. (1991). ed. Geographical information Systems: Principles and
applications, New York, Longman, v.1, p. 403-412.
DENSHAM, Paul (1990). Unit 59 - Spatial Decision Support Systems In:. GOODCHILD,
M. F., KEMP and K K. (EDS) (1990).
NCGIA Core Curriculum in GIS. National Center
for Geographic Information and Analysis, University of California, Santa Barbara CA.
DIAS, M, C; BORBA, P. C.; MORAES, L. R. S. (2004).
“Índice de Salubridade
Ambiental em Áreas de Ocupação Espontâneas : Um Estudo em Salvador- Bahia”
,
Engenharia Sanitária e Ambiental Vol. 9 – Nº 1, pág. 82-92, jan/mar. Rio de Janeiro – RJ.
GALVÃO, R. D. (2000).
Sistemas de apoio à decisão espacial para problemas de
localização e distribuição.
Projeto integrado de pesquisa, Programa de Engenharia de
Produção, Instituto Alberto Luiz Coinbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em
http://www.po.ufrj.br/projeto/.
Acesso em 08 de dez de 2000.
GOODCHILD, M. F. FRANK, A. v.; GOODCHIL, M. F. (1990). In:
Two Perspectives
on Geographical Data Modelling. Santa Barbara, CA: National Center for Geographic
Information & Analysis/NCGIA, Technical paper 11 – 90.
84
IBGE. (2002).
Base de Informações por Setor Censitário – João Pessoa, Estado da
Paraíba. Censo Demográfico 2000. Rio de Janeiro. Disponível em CDROM.
JANKOWSKI, P., NYERGES, T., SMITH, A., MOORE, T. J., HORVATH, E. (1997).
Spatial group choice: a SDSS tool for collaborative spatial decision-making. In P.
Fisher, K. C. Clark; B. Lees, International Journal of Geographical Information Science,
vol. 11; No. 6, September.
JANUZZI, P.M. (2001).
Indicadores Sociais no Brasil: Conceitos, Fontes de Dados e
Aplicações
. Campinas: Alínea Editora.
LAURINI, ROBERT; THOMPSON, DEREK. (1992).
Fundamentals of Spatial
Information Systems. San Diego: Academic Press.
MAGALHÃES J. A. P; NETTO, O. M. C; NASCIMENTO, N. O. (2003).
Os Indicadores
como Instrumento Potenciais de Gestão das Águas no Atual Contexto Legal-
Institucional do Brasil
– Resultados de um Painel de Especialistas. RBRH - Revista
Brasileira de Recursos Hídricos, Volume 8, nº 4 Out/Dez, 49-67.
MALCZEWSKI, Jacek (1999).
Gis and Multicriteria Decision Analysis. Jonh Wiley &
Sons, Inc. New York, USA.
MINISTÉRIO DAS CIDADE, (2005a).
1ª Conferência das Cidades. 23 a 26 de outubro
de 2003, Brasília – DF. Disponível:
http://www.cidades.gov.br/index.php?option=content&task=section&id=35&menufid=545
&menupid=150&menutp=conferencia. Acesso em maio de 2005
MINISTÉRIO DAS CIDADE, (2005b).
Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental,
Brasília – DF. Disponível:
http://www.cidades.gov.br/index.php?option=content&task=section&id=17&menupid=21
5&menutp=saneamento. Acesso em maio de 2005
85
NÓBREGA, T. M. Q. (2002).
A Problemática da Drenagem em Áreas Urbanas Planas:
O Caso da Planície Costeira da Cidade de João Pessoa. Dissertação de Mestrado –
UFPB – PRODEMA- 129p. Julho.
ODA, S. (1995).
Caracterização de uma Rede Municipal de Estradas Não-
Pavimentadas
. Dissertação de Mestrado, EESC/USP, São Carlos-SP.
ODA, S. JÚNIOR, J. L. F.; SÓRIA, M. H. A. (1998).
Caracterização de Estradas Não-
Pavimentadas Visando a Implementação de um Sistema de Gerência de Vias
, Revista
Engenharia & Arquitetura, v.01, n.02, p.135 – 145, São Carlos-SP.
PORTO, R.L.L.; AZEVEDO, LUIZ G. T. (1997).
Sistema de Suporte à Decisão aplicado
aos Recursos Hídricos. Em: Porto, La Laina et. Al. (1997). Técnicas Quantitativas para o
gerenciamento de recursos hídricos. Ed. Universidade /UFRGS / ABRH, Porto Alegre.
RIBEIRO, M. F. C. (2004).
Avaliação do Índice de Salubridade Ambiental por Setores
Urbanos, dentro do Conceito de Cidades Saudáveis: O Caso de João Pessoa-PB
.
Dissertação de Mestrado, PRODEMA –PRPG – UFPB. João Pessoa-PB. Abril, p. 109.
RIZZOLI, A.; DAVIS, J.; ABEL, D. (1998).
Model and data integration and re-use in
envirommental decision support sys Decision Support Systems
, v. 24, p.127-44.
SÃO PAULO. (1999). In: ISA –
Indicador de Salubridade Ambiental. Secretaria de
Recursos Hídricos, Saneamento e Obras. – Manual Básico. São Paulo, Brasil, p37.
SHIM, J. P. et al. (2002).
Past, present, and future of decision support technolog. In:
Decision Surpport Systems, 33, 111-126. Ed. Elsevier.
SPRAGUE, R. H. & CARLSON, E. D. (1982).
Building Effective Decision Support
Systems
. Englewood Clifts, N.J.: Prentice Hall, Inc.
SPRAGUE, R. H.; WATSON, H. J. (1986).
Decision support systems: putting theory
into practice.
Englewood Cliffs, New Jersey, Prentice-Hall.
86
WILL, J; BRIGGS, D (1995).
Developing Indicators for Environment and Health.
World Health Statistics Quarterty, v.48, n. 2, p. 155-163.
ZERGER, A., SMITH D.I. (2003).
Impediments to using GIS for real-time disaster
decision support.
In: Computer Environment. And Urban Systems 27, 123-141. Ed.
Pergamon.
87
ANEXO
CRITÉRIOS DE ODA
Tipos de Defeitos em Estradas Não pavimentadas
Introdução
Entende-se por defeito qualquer alteração na superfície da estrada que influencie
negativamente as suas condições de rolamento. Os defeitos aparecem devido a uma
confluência de fatores, alguns extrínsecos à via - tráfego, chuva e manutenção - e outros
intrínsecos – perfil longitudinal, perfil transversal, drenagem, tipo de solo e outros. A rigor,
apenas os três agentes externos apontados exercem esforços dinâmicos consideráveis sobre
o leito de uma estrada de terra:
· o tráfego, que através das rodas dos veículos aplica tensões, impõe deformações
(recuperáveis ou não) e exerce ação abrasiva sobre a superfície;
· a água da chuva, que ao umedecer ou encharcar o solo diminui sua capacidade de suporte
e que, ao correr sobre a superfície, arranca partículas, transporta e deposita material;
· a atividade de manutenção, que através do trabalho mecânico, modifica os perfis
longitudinal e transversal.
Frente a esses agentes externos, a resposta da estrada, em termos de resistência para
manutenção de suas condições originais, é dada em função das suas já citadas
características intrínsecas. Quanto ao perfil longitudinal, a boa técnica pouco pode fazer
sem dispender grandes quantias.
De modo geral, as estradas de terra da região em estudo seguem o terreno e
raramente justificam uma terraplenagem no sentido longitudinal. Quanto ao solo, que
constitui o primeiro leito carroçável da via, também não há muito como fugir.
Atitudes drásticas para estabilização do solo com agentes químicos são
dispendiosas. A prática mais comum, adotada geralmente apenas para pontos críticos, é o
empedramento feito com cascalho, piçarra ou pedra britada ou material similar.
Já o perfil transversal (aqui chamado, por brevidade, seção), pode e deve ser
conformado de acordo com os preceitos técnicos. Também a drenagem deve ser estudada e
executada com cuidado. Esses dois fatores determinarão a extensão e intensidade dos
efeitos da água da chuva no trecho da estrada.
No Capítulo 8 são apresentados os defeitos identificados durante o levantamento de
campo. Os desenhos dos níveis de severidade apresentados neste capítulo foram tirados do
trabalho do EATON et al. (1988) utilizado no levantamento de campo.
Tipos de Defeitos
Os tipos de defeitos identificados neste trabalho foram baseados em programas de
avaliação das condições da superfície das estradas não pavimentadas. Os principais
programas que foram utilizados para definir os tipos de defeitos são: o método de avaliação
das estradas não pavimentadas de EATON et al. (1987); o sistema de gerência da
superfície das estradas,
Road Surface Management System - RSMS (1991); a avaliação
subjetiva das superfícies das estradas não-pavimentadas de RIVERSON et al. (1987); o
Manual Técnico para Conservação e Recuperação. Estradas Vicinais de Terra do IPT
(SANTOS et al., 1985) e o 57 trabalho desenvolvido pelo GEIPOT (1981), Pesquisa Sobre
o Interrelacionamento de Custos Rodoviários (PICR).
O sistema de gerência RSMS (1991) envolve formas de identificação de defeitos na
superfície das estradas não-pavimentadas, medida e avaliação da extensão e da severidade
do defeito dentro de uma certo trecho da estrada. Esse programa foi baseado no trabalho
desenvolvido por EATON et al. (1987), que consiste em uma forma de avaliação das
condições das estradas não-pavimentadas e em um manual de campo para auxiliar na
manutenção das estradas. Neste programa, o termo severidade refere-se ao grau de
deterioração associado aos vários tipos de defeitos e o termo extensão refere-se à
frequência de ocorrência ou quantidade de superfície de estrada sujeita a um defeito.
De acordo com o RSMS, os defeitos, seção transversal inadequada e drenagem
lateral inadequada, surgem em função das características das estradas não-pavimentadas,
como o tipo de solo (capacidade de suporte) e o relevo. Esses defeitos, em função do
volume de tráfego, causam a formação de outros tipos de defeitos: corrugações; poeira;
buracos/ panelas; trilhas de rodas e segregação de agregados. O tipo de solo da estrada
pode influenciar na sua qualidade, principalmente quando são analisadas as condições de
conforto e segurança proporcionada aos usuários. Essa qualidade é verificada através das
irregularidades nas superfícies das estradas.
Segundo a PICR (1981), em estradas revestidas com argila não ocorre o aumento
das irregularidades com o tempo e isso se deve à capacidade de aglutinação da argila. Em
rampas, a influência dos caminhões é reduzida, talvez pelo fato de que nesses trechos a
velocidade é mais baixa e ao fato dos caminhões compactarem a superfície, tendendo
mesmo a regularizála.
Nesses trechos, a taxa de desenvolvimento da irregularidade é ainda menor, provavelmente
devido à melhor drenagem.
Seção Transversal Inadequada
A seção transversal inadequada é o resultado de uma superfície sem declividade
transversal para direcionar a água para as valetas. Esta condição é evidenciada pela água
escoando ao longo da superfície de rolamento e conseqüentemente pela erosão causada
pela intensidade da chuva. As condições da seção transversal são avaliadas pela facilidade
de escoamento da água da superfície da estrada para um local que não influencie as
condições de rolamento, isto é, para fora dela.
EATON et al. (1987) e o RSMS (1991) classificam a qualidade da estrada de
acordo com os níveis de severidade e extensão do defeito. Os níveis de severidade da seção
transversal inadequada são:
BAIXA: superfície completamente plana (sem declividade transversal);
MÉDIA: superfície em forma de “bacia”;
ALTA: grandes depressões nas trilhas das rodas na superfície da estrada.
Drenagem Lateral Inadequada
A drenagem lateral inadequada é verificada pelas valetas cobertas de vegetação ou
cheias de entulhos e que não estão em condições próprias para direcionar e transportar a
água, provocando o seu empoçamento.
Em termos de drenagem lateral, EATON et al. (1987) e o RSMS (1991) classificam a
qualidade da estrada de acordo com os seguintes níveis de severidade:
BAIXA: pequena quantidade de água empoçada nas valetas e valetas sem vegetação ou
entulhos;
MÉDIA: quantidade moderada de água empoçada na valeta; valetas com pequena
quantidade de vegetação e entulhos e evidência de erosão das valetas do lado de dentro da
estrada;
ALTA: grande quantidade de água nas valetas; valetas cobertas de vegetação e entulho e
erosão das valetas do lado de dentro da estrada.
Corrugações
As corrugações constituem um tipo particular de irregularidades e são também
conhecidas como ondulações, costeletas, “costelas de vaca" ou catabi (denominação do
Norte do Brasil). AGUIAR (1963) define as corrugações como ondas, no sentido
transversal, distantes entre si de 0,60 a 1,10 m, como resultado de um movimento
vibratório transmitido pelos veículos à estrada. Tal movimento se deve à vibração dos
motores, ao choque do veículo sobre o solo, à ação do molejo dos autos, cuja contribuição
é expressiva na formação das corrugações, além das forças de tração, frenagem etc.
Para PAIGE–GREEN e NETTERBERG (1987), estradas que contêm grande
número de pedras são também propensas à formação de corrugações por causa do
movimento oscilatório dos veículos sobre as pedras.
Segundo RIVERSON et al. (1987), as corrugações ocorrem em intervalos regulares
de 40 cm de distância e profundidades de 1,5 cm, em estradas de material fino, sem
compactação e com falta de material ligante. Em estradas com material da superfície mais
grosso, sem compactação e com falta de material ligante, os intervalos entre as corrugações
é de aproximadamente 120 cm, com profundidades de 3,5 cm. Geralmente, as corrugações
surgem em áreas de aceleração e desaceleração e em interseções dos veículos.
Segundo EATON et al. (1987) e o RSMS (1991), corrugações consistem em uma
série de sulcos regularmente espaçados ou ondulações que ocorrem em intervalos bastante
regulares, perpendiculares à direção do tráfego. Os sulcos geralmente formam-se em
rampas ou curvas, em áreas de aceleração ou desaceleração, ou em áreas em que a estrada
está esburacada, e são usualmente causados pela ação do tráfego e agregados soltos.
Na avaliação das estradas não-pavimentadas, EATON et al. (1987) e o RSMS
(1991) classificam os níveis de severidade das corrugações da seguinte forma:
BAIXA: corrugações com profundidade menor que 2,5 cm ou menos que 10% da área total
da superfície da estrada coberta por corrugações;
MÉDIA: corrugações com profundidade entre 2,5 a 7,5 cm ou entre 10% e 30% da área
total da superfície da estrada coberta por corrugações;
ALTA: corrugações mais profundas que 7,5 cm ou mais que 30% da área total da
superfície da estrada coberta por corrugações.
Buracos
Segundo o Manual Técnico para Conservação e Recuperação do IPT (SANTOS et
al., 1985), os buracos surgem pela contínua expulsão de partículas sólidas do leito quando
da passagem de veículos em locais onde há empoçamento de água, ou seja, o aparecimento
de buracos é uma conseqüência de uma plataforma mal drenada (sem abaulamento
transversal).
EATON et al. (1987) e RSMS (1991) descrevem buracos como pequenas
depressões em forma de bacia na superfície da estrada, normalmente menores que 100 cm
de diâmetro. Os buracos ou panelas são produzidos quando o tráfego desgasta pequena
parte da superfície da estrada. Seu crescimento é acelerado pela umidade dentro do buraco.
Os níveis de severidade de buracos com diâmetro menor que 100 cm são baseados
no diâmetro e na profundidade de acordo com a seguinte tabela:
Para HORTA (1991), os buracos resultam principalmente da remoção de partículas
sólidas, não sendo comuns em estradas com solos finos ou argilas, mas típicos em estradas
com cascalhos e pedras compactadas. As panelas são resultados da ação combinada do
empoçamento d'água e do desgaste pelo tráfego. Esse tipo de defeito é típico de seções em
que a água atravessa a estrada e a estrutura de drenagem é ineficiente.
Na avaliação das estradas não-pavimentadas, o RSMS (1991) classifica a qualidade
da estrada de acordo com os seguintes níveis de severidade e extensão dos buracos:
BAIXA: buracos com profundidade menor que 2,5 cm e/ou diâmetro menor que 30 cm e
menos que 10% da área total da superfície da estrada coberta por buracos e/ou menos que 5
buracos por seção;
MÉDIA: buracos com profundidade entre 2,5 e 5,0 cm e/ou diâmetro entre 30 e 60 cm e
entre 10% e 30% da área total da superfície da estrada coberta por buracos e/ou menos que
5 a 10 buracos por seção;
ALTA: buracos com profundidades maior 7,5 cm e/ou diâmetro maior que 60 cm e mais
que 30% da área total da superfície da estrada coberta por buracos e/ou mais que 10
buracos por seção.
Trilhas de Rodas
Um afundamento de trilhas de rodas é uma depressão na superfície do “caminho”
do pneu (da roda). O afundamento é causado por uma deformação permanente em qualquer
camada da estrada ou do subleito, resultando de cargas repetidas de tráfego, especialmente
quando a capacidade de suporte é baixa e em períodos de chuva.
Para RIVERSON et al. (1987), as trilhas de rodas surgem em estradas com
superfície de material fino. A perda de material do revestimento, como um resultado do
desenvolvimento de uma superfície inadequada, pode também expor um subleito de solos
finos sujeitos aos efeitos da umidade.
A umidade do subleito combinado com a drenagem ineficiente cria condições para a
formação de trilhas de rodas.
Segundo os resultados da PICR (1981), as trilhas mais fundas atuam como poças e
impedem que a água escoe da pista, causando assim problemas de drenagem que podem
levar a uma rápida deterioração da qualidade de rolamento da estrada ou torná-la
intransitável. A profundidade das trilhas variam com o tempo e com o tráfego. No período
de seca, essa profundidade aumenta tanto pela passagem de automóveis quanto por
caminhões. No período de chuvas, a profundidade aumenta ainda mais com os caminhões,
provavelmente por compactar e revolver o material da superfície, e diminui com os
automóveis, que evitam as trilhas existentes. O afundamento das trilhas nas estradas
revestidas com argila ocorre mais lentamente do que nas estradas com revestimentos de
quartzo ou laterita. Tanto no período de seca como no de chuvas, um aumento da rampa
causa a redução na profundidade das trilhas e isso ocorre devido a uma melhor drenagem
superficial dos trechos em rampa, em comparação com os trechos em nível.
Na avaliação das estradas não-pavimentadas, EATON et al. (1987) e o RSMS
(1991) classificam a qualidade da estrada de acordo com os seguintes níveis de severidade
e extensão das trilhas de rodas:
BAIXA: sulcos com profundidade menor que 2,5 cm (severidade baixa) e menos que 10%
da área total da superfície da estrada coberta por afundamentos;
MÉDIA: sulcos com profundidade entre 2,5 e 7,5 cm (severidade média) e entre 10% e
30% da área total da superfície da estrada coberta por afundamentos;
ALTA: sulcos com profundidade maior que 7,5 cm (severidade alta) e mais que 30% da
área total da superfície da estrada coberta por afundamentos.
Segregação de Agregados
Segundo EATON et al. (1987) e WALKER (1991), a ação abrasiva do tráfego em
estradas não-pavimentadas eventualmente faz com que as maiores partículas de solos
granulares se soltem da superfície de rolamento. O tráfego move as partículas de agregados
soltos para fora das trilhas de rodas e forma bermas no centro ou ao longo do acostamento
da estrada ou na área menos trafegável, paralela à linha central da estrada.
A PICR, desenvolvida pelo GEIPOT (1981), define a perda de agregados em
estradas não-pavimentadas como a variação na espessura do cascalho ao longo de um
período de tempo. Nos trechos cujo subleito é bem compactado, a mudança no nível ou na
altura do cascalho representa a sua variação de espessura. Os fatores que mais influenciam
na perda de agregados são: a ação do clima, o tráfego e a manutenção, representada pelo
patrolamento.
Na avaliação das estradas não-pavimentadas, EATON et al. (1987) e o RSMS
(1991) classifica a qualidade da estrada de acordo com os seguintes níveis de severidade e
extensão da perda de agregados:
VOLTA
BAIXA: agregados soltos na superfície da estrada ou uma berma de agregados de menos
de 5 cm de altura no acostamento ou na área menos trafegável e menos que 10% da área
total da superfície da estrada coberta por agregados soltos;
MÉDIA: berma de agregados de 5 a 10 cm de altura no acostamento ou na área menos
trafegável da estrada e entre 10% e 30% da área total da superfície da estrada coberta por
agregados soltos;
ALTA: grande quantidade de agregados soltos ou uma berma com mais de 10 cm de altura
no acostamento ou na área menos trafegável da estrada e mais que 30% da área total da
superfície da estrada coberta por agregados soltos.
FOTOGRAFIAS
Foto 1 - Bairro do Cabo Branco, rua pavimentada com defeito - buraco
Foto 2 - Bairro do Jardim Oceania, rua pavimentada com defeito - alagamento
Foto 3 - Bairro do Bessa, rua não pavimentada com defeito – formação de calha
Foto 4 - Bairro do Bessa, rua não pavimentada com defeito - erosão
Foto 5 – Bairro do Bessa rua não pavimentada com defeito - Erosão
Foto 6 - Bairro Aeroclube, rua não pavimentada com defeito – afundamento na via
devido as rodas
Foto 7 – Bairro do Bessa, rua não pavimentada com defeito – burraco com alagamento
Foto 8 – Bairro do Bessa, rua não pavimentada com defeito – buraco com alagamento
Foto 9 - Bairro do Bessa, rua não pavimentada com defeito – alagamento
Foto 10 – Bairro do Bessa, rua com defeito – buraco
Foto 11 - Bairro do Cabo Branco, rua sem defeito
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo