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UNESP
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Faculdade de Medicina de Botucatu – Departamento de Saúde Pública
ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS COM DÉFICIT DE
AUTOCUIDADO ATRAVÉS DA CAPACITAÇÃO DE CUIDADORES
INFORMAIS
Paulo Roberto Rocha Júnior
Dissertação apresentada ao curso de Pós-
Graduação em Saúde Coletiva, área de
concentração em Saúde blica, para obtenção
do título de Mestre em Saúde Coletiva.
Orientador: Prof. Dr. José Eduardo Corrente
Botucatu, 2009
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2
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉCNICA DE AQUISIÇÃO E TRATAMENTO
DA INFORMAÇÃO
DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU - UNESP
BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: Selma Maria de Jesus
Rocha Junior, Paulo Roberto.
Análise da qualidade de vida de idosos com déficit de autocuidado através
da capacitação de cuidadores informais / Paulo Roberto Rocha Junior. –
Botucatu : [s.n.], 2009.
Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de
Medicina de Botucatu, 2009.
Orientador: José Eduardo Corrente
Assunto CAPES: 40602001
1. Saúde do idoso 2. Saúde coletiva 3. Idoso - Cuidados domiciliares
CDD 301.018
Palavras-chave: Autocuidado; Capacitação; Cuidadores; Idosos; Qualidade de
vida
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3
DEDICATÓRIA
A Deus, pela graça de ter me permitido concluir este
trabalho;
A minha esposa Aila e a meu filho Thales, pelo amor,
dedicação, compreensão e contribuição nos momentos
mais difíceis;
Aos meus pais, Paulo e Adair, por tudo e sempre.
4
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador José Eduardo Corrente pela
disponibilidade, paciência e confiança;
A professora Tânia Ruiz pela acolhida e pela
contribuição na elaboração do projeto;
Aos idosos e cuidadores envolvidos na pesquisa. Sem
eles não seria possível a realização deste estudo;
A minha esposa Aila, pela paciência, compreensão e
motivação.
5
SUMÁRIO
RESUMO 7
ABSTRACT 8
LISTA DE TABELAS 9
LISTA DE GRÁFICOS 10
LISTA DE BREVIAÇÕES E SIGLAS 11
1 INTRODUÇÃO 12
2 OBJETIVOS 21
2.2 Objetivo geral 21
2.3 Objetivos específicos 21
3 METODOLOGIA 22
3.1 População e local do estudo 22
3.2 Delineamento do estudo 23
3.3 Coleta inicial dos dados 25
3.4 Programa de Capacitação para Cuidadores Informais 28
3.5 Coleta final dos dados 31
3.6 Análise estatística 31
4 RESULTADOS 32
4.1 Características da população 32
4.2 Variáveis de qualidade de vida 33
4.2.1 Capacidade física 35
4.2.2 Limitações por aspectos físicos 36
4.2.3 Dor 37
4.2.4 Estado geral de saúde 38
4.2.5 Vitalidade 39
4.2.6 Aspectos sociais 40
6
4.2.7 Aspectos emocionais 41
4.2.8 Saúde mental 42
5 DISCUSSÃO 43
6 CONCLUSÃO 55
7 REFERÊNCIAS 53
ANEXOS 60
Anexo I 61
Anexo II 62
Anexo III 70
Anexo VI 71
Anexo V 72
7
RESUMO
ALISE DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS COM DÉFICIT DE
AUTOCUIDADO ATRAVÉS DA CAPACITAÇÃO DE CUIDADORES INFORMAIS
Introdução: A população idosa do Brasil vem crescendo consideravelmente,
sendo que essa transição epidemiológica apresenta, cada vez mais, um quadro de
sobrevivência de idosos na dependência de seus familiares. No entanto, acredita-
se que a elaboração de um programa de capacitação poderia contribuir para uma
melhor organização dos serviços prestados por estes indivíduos, promovendo
assim, a qualidade de vida dos idosos. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar
o efeito de um Programa de Capacitação para Cuidadores Informais na qualidade
de vida de idosos comficit de autocuidado, através da aplicação do questionário
de qualidade de vida SF-36. Metodologia: Inicialmente, foram realizadas visitas
domiciliares nas residências de 15 idosos com déficit de autocuidado e aplicado o
questionário SF-36. Posteriormente, realizou-se um programa de capacitação com
características multiprofissionais para os cuidadores destes idosos. Após 02
meses da realização do programa de capacitação, aplicou-se novamente o
questionário SF-36 a fim de verificar a eficácia do programa de capacitação na
qualidade de vida destes idosos. Resultados: Em média nota-se um aumento
significativo dos escores relacionados ao domínio “saúde mental” e uma
diminuição significativa dos escores relacionados ao domínio “limitações por
aspectos físicos”. Observa-se também, que 62% dos idosos referiram um aumento
dos escores relacionado ao domínio “vitalidade” e 69% referiram aumento dos
escores relacionado ao domínio “saúde mental”. Conclusão: Deve ser incentivada
a formação de grupos de cuidadores informais, conduzido por profissionais da
área de saúde, com o objetivo de fomentar o conhecimento, trocar experiências e
discutir melhor as estratégias inerentes ao ato de cuidar.
Palavras-chave: Idosos; Autocuidado; Cuidadores; Capacitação; Qualidade de
vida.
8
ABSTRACT
ANALYSIS OF THE QUALITY OF LIFE IN ELDERLY WITH DEFICIT OF SELF-
CARE BY TRAINING INFORMAL CAREGIVERS
Introduction: The elderly population in Brazil has considerably been growing, and
this epidemiological transition has increasingly presented scenery where these
elderly people are living under the responsibility of their relatives. However, it is
believed that the development of a training program could contribute to a better
organization of the services provided by these caregivers, promoting quality of life
for seniors this way. Objective: The aim of this study is to evaluate the effect of a
Training Program for Informal Caregivers on the quality of life of elderly people
which presented a lack of self-care, by applying a quality of life questionnaire SF-
36. Methodology: Initially, there were home visits in 15 elderly patients with deficit
of self-care and applied the questionnaire SF-36. Later, it was developed a multi-
professional features training program with the caregivers for these elderly. After
02 months of completing the training program the questionnaire SF-36 was applied
again to verify the effectiveness of the program of training on the quality of life of
these elderly. Results: On average it is noticed a significant increase of scores
related to the "mental health" and a significant decrease of scores related to the
field "limitations on physical aspects." It is also noticed that 62% of seniors
reported an increase in scores related to the field "vitality" and 69% reported an
increase of scores related to “mental health” field. Conclusion: The formation of
informal groups of caregivers should be encouraged, led by professionals from
health area, aiming at the promotion of knowledge, exchange experiences and
discuss the best inherent strategies in the act of caring.
Key-words: Elderly; Self-care; Caregivers; Training; Quality of life.
9
TABELAS
Tabela 1. Comparação das médias, desvios padrões e o p-valor
correspondente ao teste t pareado dos domínios de QV
de idosos com déficit de autocuidado através do SF-36,
antes e após a realização do PCCI.
33
Tabela 2. Comparação das médias, desvios padrões e o p-valor
correspondente ao teste t pareado dos escores das
dimensões A e B, e do Escore total da QV de idosos
com déficit de autocuidado através do SF-36, antes e
após a realização do PCCI.
34
Tabela 3. Comparação do aumento, manutenção e diminuição de
cada domínio do SF-36, antes e após a realização do
PCCI.
34
10
FIGURAS
Figura 1. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente à
capacidade física de idosos com déficit de autocuidado,
antes e após o PCCI.
35
Figura 2. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente às
limitações por aspectos físicos de idosos com déficit de
autocuidado, antes e após o PCCI.
36
Figura 3. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente à
dor de idosos com déficit de autocuidado, antes e após
o PCCI.
37
Figura 4. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente ao
estado geral de saúde de idosos com déficit de
autocuidado, antes e após o PCCI.
38
Figura 5. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente à
vitalidade de idosos com déficit de autocuidado, antes e
após o PCCI.
39
Figura 6. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente
aos aspectos socias de idosos com déficit de
autocuidado, antes e após o PCCI.
40
Figura 7. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente
aos aspectos emocionais de idosos com déficit de
autocuidado, antes e após o PCCI.
41
Figura 8. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente à
saúde mental de idosos com déficit de autocuidado,
antes e após o PCCI.
42
11
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS
AVD
Atividades de Vida Diária
OMS
Organização Mundial de Saúde
AIVD
Atividades Instrumentais de Vida Diária
QV
Qualidade de Vida
PCCI
Programa de Capacitação para Cuidadores Informais
SF-36 Medical Outcomes Study Short Form-36
PIB
Produto Interno Bruto
IDH
Índice de Desenvolvimento Humano
FAI
Faculdades Adamantinenses Integradas
CF
Capacidade Física
LAF
Limitações por Aspectos Físicos
EGS
Estado Geral de Saúde
AS
Aspectos sociais
AE
Aspectos Emocionais
SM
Saúde Mental
CEP
Comitê de Ética em Pesquisa
FOA
Faculdade de Odontologia de Araçatuba
DM Diabetes Mellitus
HAS
Hipertensão Arterial Sistêmica
12
1 - INTRODUÇÃO
De acordo com dados epidemiológicos, pode-se constatar que a
população idosa do Brasil, vem crescendo consideravelmente (IBGE, 2000),
sendo que este fato tem exigido respostas, principalmente no que diz respeito às
políticas de saúde e sociais dirigidas a esta população.
Para KASCH (2003) essa transição epidemiológica apresenta,
cada vez mais, um quadro de sobrevivência de indivíduos idosos na dependência
de outras pessoas, para suprir as suas necessidades básicas e auxiliar nas suas
atividades de vida diária (AVD).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, o
número de indivíduos com 65 ou mais anos, em situação de dependência,
equivale a 7,3% da população idosa total (WHO, 1999).
COLOMBINI NETTO (2008) analisou em seu estudo realizado no
município de Botucatu/SP, que 4,5% dos idosos apresentavam dependência em
quatro ou mais funções básicas de AVD e 9,9% apresentavam dependência para
as atividades instrumentais de vida diária (AIVD), sendo que este fato pode
influenciar diretamente qualidade de vida (QV) destes indivíduos.
A QV pode ser definida como a “percepção do indivíduo de sua
posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e
em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações” (WHO,
1995).
13
Na velhice, a QV tem sido associada a questões de dependência-
autonomia (DUARTE & PAVARINI, 1997)
A noção de autonomia está intimamente ligada ao bem-estar e a
capacidade do indivíduo de conduzir sua própria vida (FARINATTI, 1997).
Desta forma, sabendo-se que a manutenção da capacidade
funcional (CF) e autonomia no idoso são fatores fortemente associados a sua QV
e saúde, considera-se que conservar-se autônomo é um objetivo global na saúde
dos idosos (CHAIMOWICZ, 1997).
Segundo o Ministério da Saúde (2008), a carência das
instituições sociais no amparo às pessoas que precisam de cuidados faz com que
a responsabilidade máxima recaia sobre a família, surgindo assim à figura do
cuidador de idosos.
O cuidador de idosos pode ser definido como aquele indivíduo
capaz de desenvolver ações de ajuda, naquilo que o idoso não pode mais fazer
por si só. Essa pessoa assume por sua vez, a responsabilidade de lhe dar apoio e
ajuda nas suas necessidades melhorando a sua condição de vida (Secretaria do
Emprego e Relações do Trabalho, 1999).
SOMMERHALDER (2001) identificou vários aspectos positivos ou
benéficos vivenciados pelos cuidadores como:
crescimento pessoal;
aumento do sentimento de realização, do orgulho e da
habilidade para enfrentar desafios;
14
melhora no relacionamento interpessoal, tanto com o idoso
quanto com as outras pessoas;
aumento do significado da vida;
prazer;
satisfação;
retribuição;
satisfação consigo próprio;
bem-estar com a qualidade do cuidado oferecido.
Para LEWIS (1999) os cuidadores reconhecem haver um
envolvimento emocional com os pacientes, constituindo vínculos afetivos e
percebendo que há a reciprocidade do apego por parte destes.
Por outro lado, SANTOS (2003) concluiu em seu estudo que os
cuidadores “tanto têm percepções de benefício (psicológicos e sociais) quanto de
ônus (físico) acerca dessa experiência".
CATTANI e GIRARDON-PERLINI (2004) observaram
sentimentos de gratidão, resignação, cansaço físico e emocional, perda da
liberdade, solidão e a inexperiência dos cuidadores diante da demanda de idosos
com necessidade no autocuidado. Esta mistura de sentimentos acomete o
indivíduo em diversas ocasiões enquanto cuidador, podendo vivenciar momentos
de resignação e, ao mesmo tempo, cansaço emocional, por exemplo.
15
Diversos são os motivos que obrigam uma pessoa a se tornar
cuidadora principal, dentre os quais WANDERBROOCKE (2002) destaca:
a obrigação moral alicerçada em aspectos culturais e
religiosos, como na condição de conjugalidade, por exemplo;
a ausência de outras pessoas para o exercício do cuidado,
sendo que em muitos casos o cuidador assume essa incumbência sem ter opção;
as dificuldades financeiras, como em caso de filhos
desempregados que cuidam dos pais em troca do sustento.
Para REJANE e CARLETI (1996) existem dois tipos de
cuidadores: o formal e o informal. O cuidador formal pode ser definido como um
profissional preparado em uma instituição de ensino para prestar cuidados no
domicílio, segundo as necessidades específicas do cliente. Já o cuidador informal,
é definido como algum membro da família ou da comunidade que presta qualquer
tipo de cuidados a pessoas dependentes, de acordo com suas necessidades
específicas.
KOSBERG (1992) descreve num estudo comparativo realizado
em diversos países, que a família ainda predomina como alternativa de suporte
informal a idosos com déficit de autocuidado.
CHAIMOWICZ (1998) relaciona algumas das crescentes
dificuldades a serem encontradas pela família, na maioria dos países em
desenvolvimento:
16
não existência de políticas sociais de suporte aos cuidadores
informais;
diminuição do tamanho das famílias devido à queda da
fecundidade;
aumento de separações conjugais, idosos residindo sozinhos,
casais que optam por não ter filhos, e mães que criam sozinhas seus filhos;
idosos residindo com familiares que possuem baixa renda;
o sistema de suporte formal que não tem sido capaz de
substituir o papel da família.
Atualmente, é comum observar situações onde os membros da
família não encontram-se disponíveis, estão despreparados ou sobrecarregados
com esta responsabilidade, sendo que nestes casos, o suporte oferecido a estes
idosos apresenta-se inadequado e ineficaz (CALDAS, 2002).
VILELA (2006) concluiu em seu estudo que grande parte dos
cuidadores de idosos são únicos e além de desempenhar essa função, têm sob
seus cuidados na família, dependentes como: filhos(as), netos(as) e outros
parentes portadores de cuidados especiais.
HOOYMAN e KIYAK (1996) vinculam ônus e estresse ao papel
do cuidador e destaca os seguintes fatores estressantes, relatados por cuidadores
de idosos:
17
cuidados diretos, contínuos, intensos, e a necessidade de
vigilância constante;
desconhecimento ou a falta de informações para o
desempenho do cuidado;
sobrecarga de trabalho para um único cuidador, em especial
os problemas de saúde causados pela idade avançada do cuidador;
exacerbação de conflitos familiares, vinculados ao trabalho
solitário do cuidador e ao não reconhecimento por parte dos demais familiares;
dificuldade para adaptar as demandas da situação de cuidado
aos recursos disponíveis (recursos financeiros, atividades sociais e profissionais).
Num estudo sobre o suporte domiciliar aos idosos dependentes,
KARSCH (1998) aponta que mais de 90% das famílias não recebem ajuda de
serviços, grupos voluntários ou agências particulares, Porém, cerca de 30%
destas famílias afirmam que se pudessem receber alguns desses tipos de auxílio
ficariam satisfeitas.
ZARIT (1994) observou que cuidar de idosos com déficit de
autocuidado, traz uma variedade de efeitos adversos aos seus familiares e
reconhece o impacto emocional vivido por estes indivíduos.
CALDAS (2002) relata que muitos familiares de idosos com déficit
de autocuidado apresentam inúmeras necessidades, que vão desde os aspectos
materiais até os emocionais, onde nota-se principalmente, a necessidade de
18
informações. Afirma ainda, que ao contar com uma estrutura de apoio institucional,
estratégico, material e emocional, o familiar tem a possibilidade de exercer o
cuidado de maneira satisfatória e, ao mesmo tempo, permanecerem inseridos
socialmente sem imobilizar-se pela sobrecarga determinada pela difícil atenção ao
idoso.
Alguns estudos mostram que o nível de instrução interfere de
forma significativa no processo de cuidar de idosos, sendo que além de
treinamento específico para lidarem com a situação de cuidar de outrem, os
cuidadores necessitariam de suporte social para manter a própria saúde e poder
cuidar de si mesmos. o dispondo de tal suporte, os cuidadores ficariam
expostos a riscos de adoecer, não pelo cuidado em si, mas pela sobrecarga a que
são submetidos (NERI et al., 2002; GARRIDO e MENEZES, 2004; KARSCH,
2003) .
KARSCH (2003) acrescenta que o cuidador familiar de idosos,
precisa receber em casa visitas periódicas de profissionais da área da saúde e de
outras modalidades de supervisão e capacitação, a fim de orientar como proceder
nas situações mais difíceis e também promover reuniões com grupos de auto-
ajuda entre os cuidadores.
Com maiores informações sobre o processo do envelhecimento e
a oportunidade de discutir sobre seu papel com outras pessoas que enfrentam
circunstâncias parecidas, os cuidadores podem aumentar os aspectos positivos do
seu relacionamento com o idoso.
19
No entanto, a função de impedir perdas e agravos à saúde,
deverá abranger igualmente a figura do cuidador e do idoso com déficit de
autocuidado, através de programas destinados a prevenir a sobrecarga e o
impacto emocional negativo, que pode propiciar uma melhor QV para ambos.
É importante ressaltar que com o aumento expressivo da
população idosa, cresce também o contingente de pessoas com déficit de
autocuidado, sendo que esta situação vai além de um problema de saúde, pois
envolve os familiares e, particularmente, os cuidadores informais, acarretando
uma situação bastante complexa (NAKATANI et. al., 2003).
A falta de preparo destes cuidadores é uma realidade de difícil
solução em curto prazo, tornando importante conhecer o perfil destes indivíduos,
pois os problemas vivenciados por estes são distintos, dependendo das condições
sócio-econômico-culturais de cada família.
A possibilidade de realizar um serviço de intervenção partindo da
realidade e da dificuldade apresentada pela população a ser atendida, aumenta a
probabilidade de atender às necessidades apresentadas por esta clientela.
O conhecimento técnico-científico e a afetividade do cuidador são
elementos constitutivos do cuidado, os quais influenciarão o desenvolvimento da
assistência prestada à pessoa com déficit de autocuidado.
Assim, acredita-se que o planejamento minucioso de um
programa de capacitação poderia contribuir para a organização dos serviços
prestados pelos cuidadores, desde as informações sobre as necessidades básicas
20
de saúde do idoso até a promoção de programas de educação contínua em
saúde, bem-estar e cuidado de pessoas idosas.
21
2 - OBJETIVOS
2.1 - Objetivo geral
Avaliar o efeito de um Programa de Capacitação para Cuidadores
Informais (PCCI) na QV de idosos com déficit de autocuidado, através do
Questionário Genérico “Medical Outcomes Study Short Form-36” (SF-36).
2.2 - Objetivos específicos
avaliar a QV de idosos com déficit de autocuidado residentes
na comunidade, através do SF-36;
desenvolver e aplicar PCCI, dando ênfase para as habilidades
básicas oferecidas a estes idosos;
verificar uma melhora na QV de idosos com déficit de
autocuidado após o PCCI.
22
3 - METODOLOGIA
3.1 - População e local do estudo
O estudo foi realizado no municipio de Adamantina localizado a
593 km da capital do Estado de São Paulo na mesorregião de Presidente
Prudente com extensão total de 411,78 km
2
e clima tropical de altitude.
De acordo com dados do IBGE (2007) Adamantina tem 33.289
habitantes, sendo que destes 15,58% têm 60 anos ou mais de idade,
com uma
expectativa de vida de 71,71 anos de idade.
Atualmente o município dispõe de 01 centro de saúde, 03
Unidades Básicas de Saúde, 08 estabelecimentos de ensino pré-escolar, 11
estabelecimentos de ensino fundamental, 09 estabelecimentos de ensino médio,
02 hospitais, 01 instituição geriátrica e 09 agências bancárias.
Adamantina possui Produto Interno Bruto (PIB) de R$
250.833.469,00. O município possui PIB anual de R$ 7.364,46 per capita e Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) 0,812.
Em 24 de dezembro de 1948, foram criados o distrito e o
município de Adamantina com território desmembrado do distrito sede de Lucélia e
do distrito de Aguapeí do Alto, atual munic
ípio de Flórida Paulista.
O surto cafeeiro e a chegada da ferrovia com ponto final no
município proporcionaram o rápido crescimento de Adamantina e da área que se
23
estendia até o Rio Paraná, fazendo convergir, para a região, passageiros e a
produção agrícola.
3.2 - Delineamento do estudo
Realizou-se um levantamento de dados no centro de saúde da
cidade de Adamantina/SP, com anuência da Secretária Municipal de Saúde, do
número de idosos hipertensos, diabéticos e hipertensos e diabéticos com déficit de
autocuidado, atendidos no Programa “Hiperdia”.
Este programa teve seu início em 21/10/2001, com o objetivo de
reduzir os índices de morbidade e mortalidade de indivíduos com diagnóstico de
hipertensão arterial e diabetes residentes no município de Adamantina.
O Programa Hiperdia” atualmente é composto por 03 dicos,
sendo 01 especialista em cardiologia e 02 especialistas em clínica geral, 01
nutricionista, 02 enfermeiros, 02 auxiliares de enfermagem e 02 estagiários.
Em suas consultas, estes profissionais realizam aferição e
controle de pressão arterial e glicemia, fornecem os medicamentos e orientam os
pacientes e familiares sobre suas respectivas condições clínicas.
O levantamento de dados desta pesquisa foi realizado a partir da
verificação de prontuários.
24
Inicialmente foram verificados 1056 prontuários de pacientes
hipertensos, diabéticos e hipertensos e diabéticos, sendo que 96 destes indivíduos
atendiam os critérios de inclusão para o estudo.
Porém, muitos dos dados contidos nestes prontuários, estavam
desatualizados ou incompletos, sendo que desta forma apenas 46 prontuários
foram aproveitados.
Foram colhidas informações dos dados pessoais do paciente
como nome, idade, sexo, endereço, telefone e condições para seu autocuidado.
As informações quanto às condições para seu autocuidado foram
obtidas a partir dos aspectos psicossociais da ficha de “Sistematização da
Assistência de Enfermagem” (anexo I) no item “exame físico e informações
relevantes sobre órgãos e sistemas”.
Neste item, os pacientes deveriam assinalar como eles se
referiam para realizar suas condições para seu autocuidado:
independente;
precisa de ajuda para poucas atividades;
precisa de ajuda para muitas atividades;
totalmente dependente.
Desta forma, foram incluídos no estudo, os pacientes com idade
igual ou superior a 60 anos que referiram necessitar de qualquer tipo de ajuda
25
para suas AVD, assinalando na ficha de “Sistematização da Assistência de
Enfermagem” um dos três tópicos: precisa de ajuda para poucas atividades;
precisa de ajuda para muitas atividades; ou totalmente dependente, foram
incluídos no estudo.
Referente aos cuidadores informais, estes deveriam apresentar
idade igual ou superior a 18 anos e serem alfabetizados para um melhor
aproveitamento do PCCI.
Foram excluídos todos aqueles indivíduos impossibilitados de
compreender e/ou responder o questionário SF-36, como idosos com quadro
demencial, presbiacusia, inconscientes, desorientados ou aqueles que não
aceitaram participar da pesquisa.
Assim, realizou-se um estudo clínico epidemiológico prospectivo
de intervenção, analítico composto de duas etapas: antes e após a intervenção.
3.3 - Coleta inicial dos dados
Nesta etapa, realizou-se a coleta de dados do SF-36 (anexo II) na
residência de cada paciente.
Para aplicação dos questionários foram convidadas estagiárias
do Curso de Fisioterapia das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI), sendo
estas submetidas a um minucioso treinamento prévio realizado pelo pesquisador
responsável pelo estudo. Este treinamento teve por finalidade instruir as
26
entrevistadoras sobre as prerrogativas do estudo e esclarecer dúvidas sobre o SF-
36.
Este questionário tem por objetivo, avaliar a QV de indivíduos em
vários aspectos:
CF;
limitação por aspectos físicos (LAF);
dor;
estado geral de saúde (EGS);
vitalidade;
aspectos sociais (AS);
aspectos emocionais (AE);
saúde mental (SM).
Esse questionário foi traduzido e adaptado culturalmente para a
população brasileira, de acordo com metodologia internacionalmente aceita
(BEATON et al., 2000).
As propriedades de medida como reprodutibilidade, validade e
suscetibilidade a alterações, foram demonstradas nos estudos de CICONELLI et.
al. (1999) e WARE (1994), dentre outros. Cada “escore” dos domínios tem valores
de 0 a 100, sendo que os escores próximos a 100 representam uma melhor QV e
os valores próximos a 0 uma pior QV.
27
Antes da aplicação do questionário, as entrevistadoras
procuraram esclarecer aos entrevistados que este questionário tem por principal
finalidade, avaliar a QV de cada indivíduo, sendo que estas informações seriam
fundamentais para coleta de aspectos de caráter emocional, mental e social e
importante na avaliação da qualidade das AVD.
Também foi instruído aos entrevistados que cada questão deveria
ser respondida marcando a resposta como indicado na ficha de avaliação, onde
caso houvesse insegurança ou duvida em como responder o teste, deveria tentar
responder da melhor maneira possível.
Com os idosos entrevistados foram aplicadas maneiras
acessíveis de explicar a natureza e objetivos da pesquisa, sendo que todos os
participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido para
participar do estudo, em concordância e dentro das leis e regulamentos referentes
à condução de pesquisa no Brasil (anexo III).
No caso de idosos analfabetos ou com incapacidades físicas, os
preenchimentos do referido questionário foi realizado pelas próprias
entrevistadoras.
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP) da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA) (anexo IV).
28
3.4 - Programa de Capacitação para Cuidadores Informais
Após a coleta inicial dos dados, foi elaborado e executado o
PCCI, com características multidisciplinares dividido nos seguintes módulos:
Modulo I
Tema: Aspectos Biológicos do Envelhecimento
Profissional: Geriatra
Objetivo: Oferecer noções básicas sobre o envelhecimento como
um processo orgânico, compreendendo o porquê e como o individuo envelhece.
Modulo II
Tema: Aspectos Psicológicos e Sociais do Envelhecimento
Profissional: Psicólogo
Objetivo: Ampliar o conhecimento sobre as reações pessoais do
envelhecimento, assim como as reações às pessoas, à morte, à dependência e à
depressão, incentivando as reações motivacionais e comportamentais de idosos e
cuidadores.
29
Modulo III
Tema: Higiene Pessoal e Cuidados de Enfermagem
Profissional: Enfermeiro
Objetivo: Instruir sobre os cuidados diários com os idosos,
abordando assuntos como higiene pessoal e administração de medicamentos,
sempre incentivando a autonomia, independência e individualidade de cada
indivíduo.
Modulo IV
Tema: Aspectos Nutricionais do Envelhecimento
Profissional: Nutricionista
Objetivo: Relacionar nutrição com as alterações conseqüentes do
envelhecimento, explicando a função dos alimentos nesse processo e discutindo
com os participantes a composição de cardápio para dietas e suplementação
alimentar para os idosos.
Modulo V
Tema: Estratégias de Intervenção para Idosos com Deficiências
Físicas e Incapacidades
Profissional: Fisioterapeuta
30
Objetivo: Oferecer noções sobre os declínios funcionais do idoso
nos aspectos fisiológicos e patológicos do processo de envelhecimento,
orientando quanto à prevenção de quedas e deformidades, a mobilidade e
inabilidade, técnicas de posicionamento no leito e transferências de decúbito,
estratégias para melhorar suas AVD, entre outros aspectos relacionados ao tema.
A elaboração deste programa baseou-se na literatura específica
para estes temas e nos relatos de dificuldades enfrentadas por familiares de
idosos com déficit de autocuidado.
O curso foi realizado num período de cinco dias consecutivos,
com reuniões de aproximadamente 3 horas e um intervalo de 15 minutos, sendo
abordado um tema por reunião, totalizando assim os cinco módulos.
Todos os módulos do PCCI foram apostilados (anexo V) e
disponibilizados aos participantes.
Vários recursos foram selecionados para o desenvolvimento das
atividades oferecidas pelo programa:
apresentação oral;
recursos áudios-visuais;
atividades práticas;
dinâmicas em grupo;
discussões de situações vivenciadas;
31
artigos, jornais, revista e variada tipologia textual.
As reuniões do PCCI foram realizadas na sala 01 do Campus III
das FAI, com anuência da Coordenação Pedagógica e da Direção Geral da
referida instituição.
3.5 - Coleta final dos dados
Após dois meses de aplicação do PCCI, foi realizada uma nova
aplicação do SF-36 pelo pesquisador responsável pelo estudo, de modo a
comparar os resultados a coleta inicial dos dados e verificar a eficácia de tal
programa.
3.6 - Análise estatística
Para uma melhor apreciação dos resultados, foi realizada uma
análise estatística com teste t pareado, considerando uma análise comparativa P
significante a um valor < 0,05 para os domínios e dimensões do SF-36 e teste de
comparação de proporções para as porcentagens de aumento, manutenção e
diminuição dos escores antes e após a aplicação do PCCI.
32
4 - RESULTADOS
4.1 - Caracterização da população
Foram realizadas visitas domicilares na residência de 46 idosos
com déficit de auto-cuidado e seus respectivos cuidadores informais, sendo que
67% (n=31) dos cuidadores principais não aceitaram participar do PCCI.
Dentre os motivos relatados por estes cuidadores para não
participar do estudo destacam-se:
a falta de condução para ir até o local do PCCI;
não ter outra pessoa para assistir o idoso durante o PCCI;
motivo de trabalho no horário do PCCI;
o não interesse em participar do PCCI.
Desta forma constituiu-se uma amostra de 15 idosos com déficit
de auto-cuidado, nos quais 02 desses indivíduos e seus cuidadores informais
foram excluídos do estudo na etapa final de coleta de dados: o primeiro por motivo
de óbito e o segundo por apresentar uma inabilidade para compreender as
perguntas do questionário. Sendo assim, foram estudados 13 indivíduos, dos
quais 61,5% (n=08) eram do sexo masculino e 38,5% (n=05) do sexo feminino,
33
com idades compreendidas entre 60 e 94 anos de idade (média=73,1) e seus
respectivos cuidadores informais (n=13).
4.2 - Variáveis de Qualidade de Vida
A tabela 1 mostra as médias, desvios padrões e o p-valor
correspondente ao teste t pareado dos domínios do SF-36, antes e após a
intervenção. Nota-se um aumento significativo (p<0,05) dos escores relacionados
ao domínio SM e uma diminuição significativa (p<0,05) dos escores relacionados
ao domínio LAF, 02 meses após a aplicação do PCCI.
Tabela 1. Comparação das médias, desvios padrões e o p-valor correspondente ao teste t pareado
dos domínios de QV de idosos com déficit de autocuidado através do SF-36, antes e após a
realização do PCCI.
Média Desvio padrão
Antes Após Antes Após
p-valor
CF
20,8 24,62 35,6 29,96 0,6012
LAF
21,2 5,77 30,4 20,80 0,0136*
Dor
45,4 50,77 8,8 7,60 0,0678
EGS
59,2 62,69 16,8 16,91 0,5038
Vitalidade
50,8 53,08 28,6 26,97 0,7112
AS
50 49,81 12,5 23,51 0,9773
AE
33,3 23,07 43 36,98 0,5487
SM
53,8 71,38 27,1 17,19 0,0183*
Para uma melhor interpretação dos resultados, o SF-36 teve seus
domínios agrupados em dois componentes: sico (que integrou os domínios
capacidade funcional, aspectos físicos, dor e vitalidade) e emocional (que integrou
34
os domínios saúde mental, estado geral de saúde, aspectos emocionais e
aspectos sociais).
Desta forma, a tabela 2 apresenta as médias, desvios padrões e
o p-valor correspondente ao teste t pareado, referentes à dimensão A
(componente físico) e B (componente emocional) e o escore total, antes e as a
realização do PCCI. Observa-se que não houve diferença significativa (p<0,05)
destas dimensões após a realização do PCCI.
Tabela 2. Comparação das médias, desvios padrões e o p-valor correspondente ao teste t pareado
dos escores das dimensões A e B, e do Escore total da QV de idosos com déficit de autocuidado
através do SF-36, antes e após a realização do PCCI.
Média Desvio padrão
Antes Após Antes Após
p-valor
Dimensão A
39,46 39,38 15,94 11,43 0,9771
Dimensão B
45,71 47,80 20,26 14,67 0,697
Escore total
41,78 42,52 15,80 12,01 0,8084
Na tabela 3, pode-se observar que a maioria dos idosos (p<0,05)
relataram uma manutenção dos escores relacionados aos domínios LAF e dor
após a intervenção. Já, a maioria dos idosos (p<0,05) referiram uma melhora do
domínio vitalidade e SM, 02 meses após a realização do PCCI.
Tabela 3. Comparação do aumento, manutenção e diminuição de cada domínio do SF-36, antes e
após a realização do PCCI.
Aumento % Manutenção %
Diminuição %
p-valor
CF 39 46 15 0,2231
LAF
0 54 46 0,007*
Dor
31 69 0 0,0008*
EGS
39 23 39 0,6303
Vitalidade
62 8 31 0,0139*
AS
39 23 39 0,6303
AE
23 46 31 0,4459
SM
69 8 23 0,00247*
35
4.2.1 - Capacidade funcional
De acordo com a tabela 3, pode-se observar que 39% (n=5) dos
idosos entrevistados apresentaram aumento dos escores relacionados à CF, 02
meses após a realização do PCCI, 46% (n=6) dos idosos apresentaram uma
manutenção do quadro e 15% (n=2) apresentaram uma diminuição destes
escores, com grande limitação para atividades vigorosas que exigissem muito
esforço, tais como: correr, levantar objetos pesados e participar de esportes
árduos.
Dentre estes escores o valor mínimo encontrado para CF dentro
da escala de valores normalizados do SF-36 foi de 0 e o maior valor foi de 100.
CAPACIDADE FUNCIONAL
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Figura 1. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente à CF de idosos com déficit de
autocuidado, antes e após o PCCI.
36
4.2.2 - Limitação por aspectos físicos
Como monstrado na tabela 3, 54% (n=7) dos idosos
apresentaram uma manutenção dos escores referente às LAF e 46% (n=6)
apresentaram uma diminuição dos escores referente a este domínio após a
aplicação do PCCI.
Dentre estes escores o valor mínimo encontrado para LAF dentro
da escala de valores normalizados do SF-36 foi de 0 e o maior valor foi de 100.
LIMITAÇÕES POR ASPECTOS FÍSICOS
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Figura 2. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente às LAF de idosos com déficit de
autocuidado, antes e após o PCCI.
37
4.2.3 - Dor
Dentre os escores encontrados, o valor mínimo para dor dentro
da escala de valores normalizados do SF-36 foi de 30 e o maior valor foi de 60
(tabela 3).
Observou-se nesse domínio que 31% (n=4) dos idosos
entrevistados apresentaram um aumento dos escores e 69% (n=9) apresentaram
uma manutenção dos escores referente a este domínio após a aplicação do PCCI.
DOR
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Figura 3. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente à dor de idosos com déficit de
autocuidado, antes e após o PCCI.
38
4.2.4 - Estado Geral de Saúde
De acordo com a tabela 3, pode-se observar que 39% (n=5) dos
idosos entrevistados apresentaram aumento dos escores relacionados ao EGS
dois meses após a realização do PCCI, 22% (n=3) dos idosos apresentaram uma
manutenção do quadro e 39% (n=5) apresentaram uma diminuição destes
escores, onde o valor mínimo dentro da escala de valores normalizados do SF-36
foi de 35 e o maior valor foi de 90.
ESTADO GERAL DE SAÚDE
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Figura 4. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente ao EGS de idosos com déficit de
autocuidado, antes e após o PCCI.
39
4.2.5 - Vitalidade
Observou-se neste domínio, que 61 % (n=8) dos idosos
apresentaram um aumento dos escores dos escores do domínio vitalidade, 8%
(n=1) dos idosos apresentaram uma manutenção do quadro e 31% (n=4)
apresentaram uma diminuição destes escores, dois meses após a realização do
PCCI (tabela 3).
Dentre estes escores o valor mínimo encontrado para vitalidade
dentro da escala de valores normalizados do SF-36 foi de 15 e o maior valor foi de
100.
VITALIDADE
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Figura 5. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente à vitalidade de idosos com déficit de
autocuidado, antes e após o PCCI.
40
4.2.6 - Aspectos sociais
De acordo com a tabela 3, pode-se observar que 39% (n=5) dos
idosos entrevistados apresentaram aumento dos escores relacionados aos AS,
dois meses após a realização do PCCI, 22% (n=3) dos idosos apresentaram uma
manutenção do quadro e 39% (n=5) apresentaram uma diminuição destes
escores, onde o valor mínimo dentro da escala de valores normalizados do SF-36
foi de 0 e o maior valor foi de 87,5.
ASPECTOS SOCIAIS
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Figura 6. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente aos AS de idosos com déficit de
autocuidado, antes e após o PCCI.
41
4.2.7 - Aspectos emocionais
Dentre os escores encontrados, o valor mínimo para dor dentro
da escala de valores normalizados do SF-36 foi de 0 e o maior valor foi de 100.
Observou-se neste domínio, que 23% (n=3) dos idosos
apresentaram um aumento dos escores dos escores do domínio AE, 46% (n=6)
dos idosos apresentaram uma manutenção do quadro e 31% (n=4) apresentaram
uma diminuição destes escores, dois meses após a realização do PCCI (tabela 3).
ASPECTOS EMOCIONAIS
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Figura 7. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente aos AE de idosos com déficit de
autocuidado, antes e após o PCCI.
42
4.2.8 - Saúde mental
Como demonstrado na tabela 3, 69% (n=9) dos idosos
apresentaram uma melhora dos escores referente à SM, 8% (n=1) dos idosos
apresentaram uma manutenção do quadro e 23% (n=3) apresentaram uma
diminuição dos escores referente a este domínio após a aplicação do PCCI.
Dentre estes escores o valor mínimo encontrado para SM dentro
da escala de valores normalizados do SF-36 foi de 0 e o maior valor foi de 100.
SAÚDE MENTAL
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Figura 8. Gráfico comparativo dos escores do SF-36 referente à SM de idosos com déficit de
autocuidado, antes e após o PCCI.
43
5 - DISCUSSÃO
De acordo com o Ministério da Saúde, compete ao cuidador de
idosos, mobilizar e articular conhecimentos, habilidades, atitudes e valores
requeridos pelas situações de trabalho para realizar ações de inserção social,
apoio, acompanhamento e cuidado à pessoa idosa, a partir de suas necessidades
e demandas e da concepção de saúde como promoção da qualidade de vida; e
ainda, valorizar o desenvolvimento da autonomia e da independência da pessoa
idosa diante de suas necessidades e escolhas, articulando-se, para tanto, com os
indivíduos, os grupos sociais e a comunidade (BRASIL, 2007).
Diante disso, acredita-se que uma das alternativas mais
importantes para assegurar a autonomia e independência destes idosos, como
também o envelhecer saudável, é a ão educativa para esta parcela da
sociedade.
No entanto, cuidar e promover a educação em saúde no domicílio
é uma das tarefas mais desafiantes para a equipe multidisciplinar atuante na área
da saúde (MARTINS et. al., 2007).
Para NARDI e OLIVEIRA (2008) a preocupação com a saúde da
família, dos idosos e dos cuidadores, bem como a formação de uma rede de apoio
deve ser focada de modo multidisciplinar, desenvolvendo propostas realmente
efetivas que promovam a saúde de maneira geral.
44
RAMOS et. al. (1993) relata que as atividades preventivas e de
reabilitação no âmbito da fisioterapia, são imprescindíveis para manter ou resgatar
a autonomia de idosos e poderão ter grande impacto na saúde desta população.
Segundo SOUZA et. al. (2007), o enfermeiro, também é um
profissional que pode contribuir para atividades dirigidas aos cuidadores leigos, na
prevenção de complicações, orientando-os para prestarem cuidado ao doente e
fortalecendo, de igual forma, o autocuidado. Ressalta ainda, a relevância dos
programas de apoio dos serviços de saúde, os quais devem oportunizar, aos
cuidadores, mecanismos facilitadores para que ocorra suporte multiprofissional,
com atendimento médico, fisioterápêutico e psicológico, dentre outros.
Deste modo, procurou-se elaborar o PCCI com características
multidisciplinares, a fim de privilegiar ações educativas de promoção à saúde,
prevenção de futuras enfermidades e a manutenção da CF dos idosos com déficit
de autocuidado, através da capacitação de seus cuidadores, dentro de seu
contexto.
Uma informação importante a ser destacada neste estudo foi o
fato de 67% dos cuidadores principais convidados não aceitaram participar do
PCCI, sendo que dentre os motivos relatados por estes cuidadores destacam-se a
falta de condução para comparecer as reuniões, não ter outra pessoa para assistir
o idoso, motivo de trabalho e, simplesmente, o não interesse em participar do
PCCI.
GONÇALVES (2000) cita, dentre outros aspectos, a
indisponibilidade de transporte para os serviços de saúde como uma das
45
principais dificuldades vivenciadas por cuidadores no cuidado ao idoso no
domicílio.
Referente ao motivo “não ter outra pessoa para assistir o idoso
durante o PCCI“, FERREIRA (2007) verificou em seu estudo que em todos os
casos analisados, antes de um cuidador principal, a figura mais freqüente foi a de
um cuidador único.
Segundo SCHOSSLER e CROSSETTI (2008) as privações e a
rotina do cuidador principal, não permitem que as suas necessidades humanas
sejam satisfeitas, fato que acontece devido à falta de outra pessoa para auxiliá-lo
nas ações de cuidado ao idoso
Vários autores, confirmam que o cuidado informal, além de ser
realizado, principalmente, por pessoas com vínculo de parentesco, também é
centrado em um único cuidador familiar, o qual se sobrecarrega, em muitos casos,
com tal responsabilidade (GARCIA et. al., 2005; CERQUEIRA e OLIVEIRA, 2002;
GONÇALVES et. al., 2000).
Foi observado por ZART et. al. (2006) que aproximadamente
25% dos cuidadores estudados trabalham com comércio, são estudantes ou
exercem outras atividades ocupacionais, corroborando as informações deste
estudo referente a não participação do cuidador no PCCI por “motivo de trabalho”.
FERREIRA (2007) constatou ainda, que a inserção no mercado
de trabalho de cuidadores, modifica as relações de gênero, criando um ambiente
46
em que a mulher deixa de ser exclusivamente dona de casa e passa a ter outras
aspirações.
No presente estudo verifica-se que em média, ocorreu um
aumento significativo dos escores relacionados ao domínio SM e uma diminuição
significativa dos escores relacionados ao domínio LAF após a aplicação do PCCI.
Também pode-se observar que 62% dos idosos referiram
melhora do domínio vitalidade e 69% referiram melhora do domínio SM.
RAMOS (2003) destaca que o envelhecimento saudável é visto
como uma interação multidimensional entre saúde física e mental, independência
nas AVD, integração social, suporte familiar e independência econômica.
Sabe-se que diversos transtornos do cotidiano dos idosos como
perdas afetivas, aposentadoria, afastamento de atividades profissionais, sociais e
familiares, e dificuldades econômicas podem levá-los a apresentar problemas de
SM.
Segundo HEITOR DOS SANTOS et al. (2005) o impacto dos
cuidados ao idoso na dinâmica familiar pode assumir repercussões negativas
(sobrecarga, perdas na saúde física e mental, na atividade profissional e tempo de
lazer) ou positivas (satisfação obtida com a prestação dos cuidados). Desta forma,
as intervenções junto aos cuidadores de idosos devem contemplar a resposta a
várias necessidades, de modo a melhorar a QV de idosos e cuidadores. Relata
ainda, que deve-se fornecer, ao público em geral e aos diferentes grupos de
cuidadores, educação e informação regulares sobre os cuidados de SM no idoso,
47
devendo ser elaborados manuais de formação adequados, com conteúdos
culturalmente adaptados.
Para tanto, verificou-se a necessidade de incluir o módulo
“Aspectos Psicológicos e Sociais do Envelhecimento”, ministrado por uma
profissional da área de psicologia, com o objetivo de ampliar o conhecimento
sobre as reações pessoais do envelhecimento, assim como as reações às
pessoas, à morte, à dependência e à depressão, incentivando as reações
motivacionais e comportamentais tanto de idosos e como de seus respectivos
cuidadores.
Referente ao domínio LAF, ao pesquisar a definição de
envelhecimento saudável em uma amostra de idosos, CUPERTINO et. al. (2007)
verificou que o domínio relacionado aos aspectos físicos foi o que mais se
destacou, demonstrando que para os idosos a manutenção da saúde sica é
fundamental para um envelhecimento saudável.
Vale lembrar, que todos os idosos participantes do estudo
apresentavam déficit para seu autocuidado, limitações em sua capacidade física e,
conseqüentemente, eram sedentários.
SPIRDUSO (1995) ilustra que o envelhecimento conduz a uma
perda progressiva das aptidões funcionais do organismo, aumentando o risco do
sedentarismo e coloca em risco a QV do idoso, por limitar a sua capacidade para
realizar, com vigor, as suas atividades do cotidiano e colocar em maior
vulnerabilidade a sua saúde.
48
Do mesmo modo, MATSUDO et. al. (2000) esclarece que, à
medida que a idade cronológica aumenta, as pessoas se tornam menos ativas,
suas capacidades físicas diminuem e, com as alterações psicológicas que
acompanham a idade, ocorre uma diminuição da atividade física que,
conseqüentemente, facilita a aparição de doenças crônicas, que, contribuem para
deteriorar o processo de envelhecimento.
Dentre essas doenças crônicas, pode-se destacar o aumento da
prevalência do Diabetes Mellitus (DM) e da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS),
que vêm se transformando progressivamente num dos mais graves problemas de
saúde pública, atingindo em especial os indivíduos idosos.
NATHAN et al. (1997) citam que as complicações do DM são
graves, destacando-se a doença isquêmica do coração e doenças vasculares
periféricas, que estão entre as maiores causas de morbidade e mortalidade nos
portadores de diabetes em todo o mundo.
Da mesma forma, FUCHS (2004) relata que a multiplicidade de
conseqüências, também coloca a HAS na origem das doenças crônico-
degenerativas e, portanto, a caracteriza como uma das causas de maior redução
da expectativa e da QV dos indivíduos.
Tendo em vista que a organização familiar influencia fortemente o
comportamento de saúde de seus membros e que o estado de saúde de cada
indivíduo também influencia o modo como à unidade familiar funciona, infere-se
que a família é uma instituição central que pode ajudar ou não a pessoa diabética
e hipertensa a manejar estas doenças e alcançar as metas dos seus tratamentos.
49
Algumas limitações metodológicas devem ser consideradas como
a amostra reduzida, o instrumento utilizado e o curto período de tempo para a
realização do PCCI.
Dos 96 prontuários do Programa “Hiperdia” que atendiam os
critérios de inclusão para o estudo, 46 foram aproveitados, sendo que, após visita
domiciliar, apenas 15 idosos e seus respectivos cuidadores aceitaram participar do
estudo.
Observou-se também, que muitos dos idosos com déficit de
autocuidado entrevistados apresentaram alguma dificuldade para compreender
determinadas questões do SF-36. É importante lembrar que trata-se de uma
população distinta, com características próprias e que algumas questões
presentes no referido questionário não se aplica no cotidiano desses indivíduos.
Outra suposta limitação apresentada foi o curto tempo de
aplicação do PCCI, sendo que o curso foi realizado num período de cinco dias
consecutivos, com reuniões de aproximadamente 3 horas e um intervalo de 15
minutos, sendo abordado um tema por reunião, totalizando assim os cinco
módulos. Optou-se por realizar um curso conciso, porém completo, a fim de
garantir a assiduidade e o melhor aproveitamento dos cuidadores participantes.
Entretanto, pode-se afirmar, que independente das limitações
metodológicas e dos resultados apresentados neste estudo, o PCCI obteve ótimos
resultados no que diz respeito à satisfação dos cuidadores. Durante o PCCI, estes
indivíduos tiveram a oportunidade de esclarecer suas dúvidas com profissionais
qualificados, de discutir melhores estratégias de intervenção para os idosos com
50
déficits de autocuidado, de vivenciar outras realidades, de trocar experiências e,
não menos importante, de exteriorizar suas angústias, limitações e temores
vivenciados em seu contidiano.
Deste modo, acredita-se que a implementação de programas
com essas características podem ser uma importante ferramenta de assistência
aos cuidadores informais, uma vez que os prepara para uma vida mais saudável e
para, a partir de então, poderem oferecer cuidados satisfatórios ao seu próximo.
51
6 - CONCLUSÃO
De acordo com os dados obtidos pode-se concluir que:
1. Os idosos participantes do estudo relataram, em média, uma
melhora da SM e um agravamento das LAF, após 02 meses da
aplicação do PCCI.
2. Não houve melhora expressiva dos componentes físico (CF,
LAF, dor e vitalidade) e emocional (SM, EGS, AE e AS)
referentes à QV de idosos com déficit de autocuidado após a
realização PCCI
3. A maioria dos idosos com déficit de autocuidado cujos
cuidadores participaram do PCCI relataram uma manutenção das
LAF e da dor e, melhora da vitalidade e da SM.
4. Deve ser incentivada a formação de grupos de cuidadores
informais, conduzido por profissionais da área de saúde, com o
objetivo de fomentar o conhecimento, trocar experiências e
discutir melhores estratégias inerentes ao ato de cuidar.
5. Na avaliação da QV pelo SF-36 foi observado que este
instrumento não foi eficaz para o objetivo proposto, uma vez que
muitas de suas questões não eram apropriadas para a população
estudada. Desse modo, outros instrumentos para avaliar a QV
52
poderiam ser aplicados levando em conta a realidade da
população estudada.
53
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60
ANEXOS
61
Anexo I
62
Anexo II
Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida -
SF-36
1- Em geral você diria que sua saúde é:
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada um ano atrás, como você se classificaria sua idade em geral,
agora?
Muito Melhor Um Pouco Melhor
Quase a
Mesma
Um Pouco Pior
Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer
atualmente durante um dia comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade
para fazer estas atividades? Neste caso, quando?
Atividades
Sim,
dificulta muito
Sim,
dificulta um
pouco
Não,
não dificulta
de modo
algum
a) At
ividades Rigorosas, que
exigem muito esforço, tais como
correr, levantar objetos pesados,
participar em esportes árduos.
1 2 3
b) Atividades moderadas, tais
como mover uma mesa, passar
aspirador de pó, jogar bola, varrer a
casa.
1 2 3
c) Levantar ou carr
egar
mantimentos
1 2 3
d) Subir vários lances de
escada
1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se, ajoelhar-
se ou
dobrar-se
1 2 3
g) Andar mais de 1
quilômetro
1 2 3
h) Andar vários quarteirões 1 2 3
i) Andar um quarteirão 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes
problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular, como
conseqüência de sua saúde física?
Sim
Não
63
a) Você diminui a quantidade de tempo que se
dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a
outras atividades.
1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras
atividades (p. ex. necessitou de um esforço extra).
1 2
5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes
problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diária, como conseqüência
de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)?
Sim
Não
a) Você
diminui a quantidade de tempo que se
dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com
tanto cuidado como geralmente faz.
1 2
6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou
problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em
relação à família, amigos ou em grupo?
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente
Bastante
Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?
Nenhuma
Muito
leve
Leve
Moderada
Grave
Muito
grave
1 2 3 4 5 6
8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho
normal (incluindo o trabalho dentro de casa)?
De maneira
alguma
Um pouco
Moderadamente
Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem
acontecido com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor
uma resposta que mais se aproxime de maneira como você se sente, em
relação às últimas 4 semanas.
Todo
Tempo
A
maior
parte
do
Uma
boa parte
do tempo
Alguma
parte do
tempo
Uma
pequena
parte do
tempo
Nunca
64
tempo
a)
Quanto
tempo você
tem se
sentindo
cheio de
vigor, de
vontade, de
força?
1 2
3 4 5 6
b)
Quanto
tempo você
tem se
sentido uma
pessoa
muito
nervosa?
1 2
3 4 5 6
c)
Quanto
tempo você
tem se
sentido tão
deprimido
que nada
pode
anima-lo?
1 2
3 4 5 6
d)
Quanto
tempo você
tem se
sentido
calmo ou
tranqüilo?
1 2
3 4 5 6
e)
Quanto
tempo você
tem se
sentido
com
muita
energia?
1 2
3 4 5 6
f)
Quanto
tempo você
tem se
sentido
1 2
3 4 5 6
65
desanimado
ou abatido?
g)
Quanto
tempo você
tem se
sentido
esgotado?
1 2
3 4 5 6
h)
Quanto
tempo você
tem se
sentido uma
pessoa
feliz?
1 2
3 4 5 6
i)
Quanto
tempo você
tem
se
sentido
cansado?
1 2
3 4 5 6
10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física
ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como
visitar amigos, parentes, etc)?
Todo
Tempo
A maior
parte do tempo
Alguma
parte do tempo
Uma
pequena parte
do tempo
Nenhuma
parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
Definitiv
amente
verdadeiro
A
maioria
das vezes
verdadeiro
N
ão sei
A
maioria
das
vezes
falso
Defin
itiva-
ment
e falso
a) Eu costumo
obedecer um pouco
mais facilmente que
as outras pessoas
1 2
3
4 5
b) Eu sou tão
saudável quanto
qualquer pessoa que
eu conheço
1 2
3
4 5
c) Eu acho que
a minha saúde vai
1 2
3
4 5
66
piorar
d) Minha saúde
é excelente
1 2
3
4 5
CÁLCULO DOS ESCORES DO QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE
VIDA
Fase 1: Ponderação dos dados
Questão
Pontuação
01 Se a
resposta for
1
2
3
4
5
Pontuação
5,0
4,4
3,4
2,0
1,0
02 Manter o mesmo valor
03 Soma de todos os valores
04 Soma de todos os valores
05 Soma de todos os valores
06 Se a resposta for
1
2
3
4
5
Pontuação
5
4
3
2
1
07 Se a resposta for
1
2
3
4
5
6
Pontuação
6,0
5,4
4,2
3,1
2,0
1,0
67
08 A resposta da questão 8 depende da nota da questão 7
Se 7 = 1 e se 8 = 1, o valor da questão é (6)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 1, o valor da questão é (5)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 2, o valor da questão é (4)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 3, o valor da questão é (3)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 4, o valor da questão é (2)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 3, o valor da questão é (1)
Se a questão
7 não for respondida, o escorre da questão 8
passa a ser o seguinte:
Se a resposta for (1), a pontuação será (6)
Se a resposta for (2), a pontuação será (4,75)
Se a resposta for (3), a pontuação será (3,5)
Se a resposta for (4), a pontuação será (2,25)
Se a resposta for (5), a pontuação será (1,0)
09 Nesta questão, a pontuação para os itens a, d, e ,h, deverá
seguir a seguinte orientação:
Se a resposta for 1, o valor será (6)
Se a resposta for 2, o valor será (5)
Se a resposta for 3, o valor será (4)
Se a resposta for 4, o valor será (3)
Se a resposta for 5, o valor será (2)
Se a resposta for 6, o valor será (1)
Para os demais itens (b, c,f,g, i), o valor será mantido o mesmo
10 Considerar o mesmo valor.
11 Nesta questão os itens deverão ser somados, porém os itens b
e d deverão seguir a seguinte pontuação:
Se a resposta for 1, o valor será (5)
Se a resposta for 2, o valor será (4)
Se a resposta for 3, o valor será (3)
Se a resposta for 4, o valor será (2)
Se a resposta for 5, o valor será (1)
Fase 2: Cálculo do Raw Scale
Nesta fase você itransformar o valor das questões anteriores em notas
de 8 domínios que variam de 0 (zero) a 100 (cem), onde 0 = pior e 100 = melhor
para cada domínio. É chamado de raw scale porque o valor final não apresenta
nenhuma unidade de medida.
Domínio:
Capacidade funcional
Limitação por aspectos físicos
Dor
Estado geral de saúde
Vitalidade
68
Aspectos sociais
Aspectos emocionais
Saúde mental
Para isso você deverá aplicar a seguinte fórmula para o cálculo de cada
domínio:
Domínio:
Valor obtido nas questões correspondentes – Limite inferior x 100
Variação (Score Range)
Na fórmula, os valores de limite inferior e variação (Score Range) são fixos
e estão estipulados na tabela abaixo.
Domínio Pontuação das
questões correspondidas
Limite
inferior
Variação
Capacidade
funcional
03 10 20
Limitação por
aspectos físicos
04 4 4
Dor 07 + 08 2 10
Estado geral de
saúde
01 + 11 5 20
Vitalidade 09 (somente os
itens a + e + g + i)
4 20
Aspectos
sociais
06 + 10 2 8
Limitação por
aspectos emocionais
05 3 3
Saúde mental 09 (somente os
itens b + c + d + f + h)
5 25
Exemplos de cálculos:
Capacidade funcional: (ver tabela)
Domínio: Valor obtido nas questões correspondentes limite inferior x
100
Variação (Score Range)
Capacidade funcional: 21 – 10 x 100 = 55
20
O valor para o domínio capacidade funcional é 55, em uma escala que varia
de 0 a 100, onde o zero é o pior estado e cem é o melhor.
69
Dor (ver tabela)
- Verificar a pontuação obtida nas questões 07 e 08; por exemplo: 5,4 e
4, portanto somando-se as duas, teremos: 9,4
- Aplicar fórmula:
Domínio: Valor obtido nas questões correspondentes limite inferior x
100
Variação (Score Range)
Dor: 9,4 – 2 x 100 = 74
10
O valor obtido para o domínio dor é 74, numa escala que varia de 0 a
100, onde zero é o pior estado e cem é o melhor.
Assim, você deverá fazer o cálculo para os outros domínios, obtendo
oito notas no final, que serão mantidas separadamente, não se podendo soma-las
e fazer uma média.
Obs.: A questão número 02 não faz parte do cálculo de nenhum domínio,
sendo utilizada somente para se avaliar o quanto o indivíduo está melhor ou pior
comparado a um ano atrás.
Se algum item não for respondido, você poderá considerar a questão se
esta tiver sido respondida em 50% dos seus itens.
70
Anexo III
TERMO DE CONSENTIMENTO
Este estudo tem por objetivo avaliar o efeito do Programa de Capacitação para
Cuidadores Informais, através da aplicação de um instrumento que mensure a qualidade
de vida de idosos hipertensos e diabéticos dependentes, atendidos no Programa Hiperdia
do posto de saúde da cidade de Adamantina. Este será dividido em três etapas:
1. Primeiramente, será avaliada a qualidade de vida destes idosos, através da
aplicação do questionário genérico SF-36, na própria residência do paciente.
Este questionário tem por objetivo, avaliar a qualidade de vida de indivíduos nos
seguintes aspectos: Capacidade funcional, limitação por aspectos físicos, dor, estado
geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental.
2. Em seguida, será elaborado e aplicado o Programa de Capacitação para
Cuidadores Informais, dando ênfase para as habilidades básicas e específicas.
O programa será realizado num período de cinco dias consecutivos, com reuniões
de aproximadamente duas horas e um intervalo de quinze minutos, sendo abordados um
tema por reunião, totalizando assim, cinco módulos.
3. Três meses após a realização do programa, será feita uma nova aplicação do
questionário genérico SF-36, onde comparando esses resultados com os dados iniciais,
será possível analisar a eficácia do programa através da qualidade de vida desses idosos.
Por fim, é importante citar que este estudo não oferece nenhum tipo de desconforto
ou risco aos sujeitos envolvidos, podendo proporcionar apenas benefícios como um
aumento do conhecimento dos cuidadores incluídos no estudo e o bem estar dos idosos
atendidos informalmente por estes cuidadores.
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO
Nome do Paciente: ________________________________ RG: __________________
Data de Nascimento: ______ / ______ / ______ Sexo: M ( ___ ) F ( ___ )
Endereço: _________________________________ n. _____ Bairro: ______________
Cidade: ___________________ CEP: __________ Telefone: ( __ ) _______________
CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO
Estou ciente de que estou participando de uma pesquisa científica e que todos os
dados e informações por mim concedidos serão totalmente sigilosos, não sendo
revelados de forma alguma minha identificação.
Estou ciente também que não sou obrigado a participar deste estudo, podendo
desistir a qualquer momento, não sendo meu atendimento prejudicado no posto de saúde.
Adamantina, _______ de _____________ de ________
____________________
Paciente
_____________________
Pesquisador
Paulo Roberto Rocha Júnior Prof. Dr. José Eduardo Corrente
Al. Jarbas Bento da Silva, 741 – Vila Cicma Distrito de Rubião Jr. s/n – IB
tel: (18) 3522-4182 / e-mail: prochajr@terra.com.br
Adamantina/SP
tel: (14) 3811-6272 / e-mail: jecor[email protected]
Botucatu/SP
71
Anexo IV
72
Anexo V
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
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