Download PDF
ads:
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Faculdade de Medicina de Botucatu – FMB
Departamento de Saúde Pública
Pós Graduação em Saúde Coletiva
Descrição da população idosa segundo sua qualidade de vida e capacidade
funcional em uma cidade de médio porte no interior paulista
Célia Regina Covolan
Orientadora: Prof
a
Livre-Docente Tania Ruiz
Dissertação apresentada como trabalho
de conclusão do Curso de Pós-graduação
em Saúde Coletiva, área de concentração
em Saúde Pública, visando à obtenção do
título de mestre em Saúde Pública.
Botucatu – 2009
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Célia Regina Covolan
Descrição da população idosa segundo sua qualidade de vida e
capacidade funcional em uma cidade de médio porte no interior paulista
Dissertação apresentada à Faculdade
de Medicina, Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,
Campus de Botucatu, para obtenção
do título de Mestre em Saúde Pública.
Orientadora:
Prof
a
Livre-Docente Tania Ruiz
Botucatu
2009
ads:
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉC. AQUIS. E TRAT. DA INFORMAÇÃO
DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU - UNESP
BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: ROSEMEIRE APARECIDA VICENTE
Covolan, Célia Regina.
Descrição da população idosa segundo sua capacidade funcional
de uma cidade de meio porte do interior paulista / Célia Regina
Covolan. – Botucatu : [s.n.], 2009.
Dissertação (mestrado) – Faculdade de Medicina de Botucatu,
Universidade Estadual Paulista, 2009.
Orientador: Profª. Drª. Tânia Ruiz
Assunto CAPES: 40602001
1. Saúde pública. 2. Idosos. 3. Botucatu (SP).
CDD 614
Palavras chave: Autonomia; Capacidade funcional; Idoso;
Qualidade de vida.
DEDICATÓRIA
DEDICATÓRIADEDICATÓRIA
DEDICATÓRIA
A meus pais, Frederico e Célia, pela vida, pelo
carinho e amor constantes.
Ao meu irmão Carlos e minha cunhada
Cristiane, sendo incansáveis motivadores e por
terem sido meu principal estímulo para estudar,
trabalhar e viver mais feliz.
A minha família, devo tudo
o que faço e sou. Minha
profunda gratidão a todos.
AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS
A minha orientadora Professora Tania Ruiz pela
acolhida, paciência, confiança depositada e imensa
contribuição durante a elaboração deste estudo.
Ao professor Alberto De Vitta pela amizade e
contribuição no meu primeiro trabalho científico,
com participação valiosa na minha formação
profissional.
Ao professor Jorge Antonio de Almeida pela amizade
e contribuição fundamental na minha formação
profissional.
Aos funcionários da secretaria de pós-graduação
pela paciência infinita.
A todos os professores do departamento de Saúde
Coletiva e funcionários.
Aos colegas de mestrado, pelos momentos agradáveis
que compartilhamos juntos.
Aos idosos envolvidos na pesquisa. Sem eles não
seria possível
a realização deste trabalho.
EPÍGRAFE
EPÍGRAFEEPÍGRAFE
EPÍGRAFE
Não confunda jamais
Não confunda jamais Não confunda jamais
Não confunda jamais
conhecimento com sabedoria. Um o
conhecimento com sabedoria. Um o conhecimento com sabedoria. Um o
conhecimento com sabedoria. Um o
ajuda a ganhar a vida; o outro a
ajuda a ganhar a vida; o outro a ajuda a ganhar a vida; o outro a
ajuda a ganhar a vida; o outro a
construir uma vida
construir uma vidaconstruir uma vida
construir uma vida
”.
. .
.
(Sandra Carey)
(Sandra Carey)(Sandra Carey)
(Sandra Carey)
RESUMO
RESUMORESUMO
RESUMO
Há algumas décadas, os padrões de crescimento populacional têm se modificado
provocando desafios às demandas de atenção à saúde. O aumento da sobrevivência
da população idosa tem como conseqüência o aumento da prevalência de doenças
crônicas e a perda da capacidade funcional nesta faixa etária sendo que esta está
intimamente ligada à qualidade de vida. Sendo assim, esta pesquisa visou descrever
uma amostra da população de idosos do município de Botucatu-SP, segundo a
capacidade funcional. Tratou-se de um estudo epidemiológico transversal, populacional,
com indivíduos de sessenta anos e mais, do município de Botucatu-SP. Foi realizado
um inquérito domiciliar com instrumentos validados e foram entrevistados 364 idosos de
ambos os sexos, com idade média de 71,0+7,7 anos e baixo nível de escolaridade,
onde quarenta e cinco vírgula seis por cento possuíam o “primário”, cinqüenta e dois
vírgula dois por cento viviam com companheiro e oitenta vírgula cinco por cento não
trabalhavam. Quarenta e nove vírgula dois por cento relataram apresentar boa saúde,
dezenove vírgula dois relataram alguma atividade de lazer e sessenta e nove por cento
se auto-avaliaram como tendo uma boa qualidade de vida. Noventa e quatro vírgula
dois por cento apresentaram independência em suas atividades de vida diária (índice
de Katz). Em relação às atividades instrumentais de vida diária (índice de Lawton),
observou-se que oitenta e seis por cento apresentaram independência em suas
atividades. O presente estudo mostrou que a população estudada é na sua maioria
mulheres, de baixa escolaridade, vivendo com companheiro, na maioria aposentada,
com pouca atividade de lazer. Os idosos estudados apresentam independência
funcional nas atividades de vida diária e nas atividades instrumentais de vida diária.
Tendo em vista o envelhecimento saudável, sugere-se que ações preventivas devam
ser feitas, uma vez que prevenir é atuar antes mesmo que qualquer problema venha a
ocorrer mesmo que em níveis mínimos. Desta forma, sugerem-se ações que visem
manter ou mesmo melhorar as condições de saúde destes idosos, considerando seus
aspectos físico-funcionais, proporcionando assim uma melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: Idoso, Capacidade Funcional, Autonomia, Qualidade de vida.
ABSTRACT
ABSTRACTABSTRACT
ABSTRACT
COVOLAN, C.R.; RUIZ, T. Description of the elderly population of a middle-sized
city in the countryside of São Paulo according to its functional capacity.
Dissertação de mestrado. UNESP. Faculdade de Medicina de Botucatu, 2008.
In a couple of decades, the patterns of population growth have been modified, posing
challenges to the demands of public health. The increase in the life expectancy of the
elderly has its consequence in the increase of the prevalence of chronic illnesses and
the loss of functional capacity in this age group, considering that the latter is intimately
related to the quality of life. Thus, this study aimed to drawn a sample of the elderly in
the city of Botucatu-SP, according to their functional capacity. The research presented a
populational transverse epidemiologic study involving individuals 60 years old and over,
in the city of Botucatu-SP. A home questionnaire with validated instruments was applied
to 364 male and female elderly, with ages ranging from 71 to 77 and low educational
background. The outcome showed that 45.6 % had just attended elementary school,
52.2% lived with spouse, and 80.5% didn’t work. Of all individuals interviewed, 49.2%
declared to be in good health, 19.2% declared to stick to some leisure activity, 69%
evaluated themselves as having a good quality of life, and 94.2% declared to be
independent in their daily living activities (Katz Index). In relation to the instrumental
activities of daily living (Lawton Index), it was shown that 86% were independent in their
activities. The present study showed that the population studied was, in its majority,
composed of women of low educational background, living with spouse, retired, and with
low leisure activity time. The elderly studied presented functional independence in their
daily living activities and in their instrumental activities of daily living. In order to
approach a healthy aging, it is suggested that preventive actions must be taken; once
preventing is acting strongly even before any minimum problems may occur. This way, it
is suggested that actions must be taken in order to keep, or even improve, the health
conditions of these elderly, considering their physical functioning aspects, to provide
them with a better quality of life.
Key Words: Elderly, Functional Capacity, Autonomy, Quality of Life.
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE GRÁFICOSLISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Escolaridade da população de idosos do município de Botucatu-SP,
segundo gênero....................................................................... 36
Gráfico 2. Situação de trabalho referida pela população de idosos do
município de Botucatu-SP, segundo gênero............................... 37
Gráfico 3. Distribuição da população de idosos do município de Botucatu-SP
quanto a possuir ou não atividades de lazer, segundo
gênero......................................................................................... 38
Gráfico 4. Distribuição da população de idosos do município de Botucatu-SP
segundo o índice de Katz e gênero........................................... 40
Gráfico 5. Distribuição da população de idosos do município de Botucatu-SP,
segundo o índice de Lawton e gênero...................................... 40
LISTA DE TABELAS E QUADROS
LISTA DE TABELAS E QUADROSLISTA DE TABELAS E QUADROS
LISTA DE TABELAS E QUADROS
Tabela 1. Distribuição da população residente na cidade de Botucatu-SP de
sessenta anos ou mais de idade, por sexo (Botucatu,
2000)........................................................................................... 27
Quadro 1. Índice de Independência nas Atividades de Vida Diária de
Katz............................................................................................. 31
Quadro 2. Índice de Katz de Atividades Básicas de Vida Diária
ABVD........................................................................................... 31
Quadro 3. Índice de Independência de Atividades de Vida Diária, modificado por
Rubenstein................................................................................ 32
Tabela 2. Distribuição da população de idosos do município de Botucatu-SP,
segundo faixa etária e gênero,
2006............................................................................................ 35
Tabela 3. Distribuição da situação conjugal da população de idosos do
município de Botucatu-SP, segundo
gênero......................................................................................... 36
Tabela 4. Distribuição da auto-avaliação da saúde referida pela população de
idosos do município de Botucatu-SP, segundo
gênero......................................................................................... 38
Tabela 5. Distribuição da população de idosos do município de Botucatu-SP,
segundo a medida de qualidade de vida, escala de
Flanagan..................................................................................... 39
LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE ABREVIATURASLISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE ABREVIATURAS
ABVD Atividade Básica de Vida Diária
AVD Atividade de Vida Diária
AIVD Atividade Instrumental de Vida Diária
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
OMS Organização Mundial de Saúde
OPAS Organização Pan-Americana da Saúde
QV Qualidade de Vida
WHOQOL
World Health Organization Quality Of Life
SUMÁRIO
SUMÁRIOSUMÁRIO
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS E QUADROS
LISTA DE ABREVIATURAS
1. Introdução................................................................................................................... 12
2. Objetivo...................................................................................................................... 24
3. Metodologia............................................................................................................... 26
4. Resultados................................................................................................................. 34
5. Discussão................................................................................................................... 41
6. Conclusão .................................................................................................................. 50
7. Referências bibliográficas.......................................................................................... 52
Anexos........................................................................................................................... 62
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
algumas décadas, os padrões de crescimento populacional têm-se
mostrado elevados no que se referem à população idosa, com significativas
mudanças em alguns indicadores de envelhecimento, tais como o aumento da
idade média da população e da velocidade de envelhecimento (KALACHE,
VERAS e RAMOS, 1987). Segundo Lebrão & Duarte (2003) este perfil é atribuído
ao declínio da mortalidade experimentado após a década de 40.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1952, reformulou o
conceito de saúde, como não somente a ausência de uma doença, mas também
a presença de um bem-estar físico, mental e social. Estes fatos contribuíram para
que um dos paradigmas da medicina fosse o de minimizar os danos causados
pelas doenças e promover uma melhor condição de saúde (CICONELLI, 2003).
De acordo com Sanchez (2000), o aumento acentuado do número de
idosos, particularmente nos países em desenvolvimento, trouxe conseqüências
para a sociedade, necessitando, para o enfrentamento desse desafio, da
identificação das causas determinantes das atuais condições de saúde e de vida
dos idosos, e do conhecimento das múltiplas facetas que envolvem o processo do
envelhecimento.
Segundo Assis (2002), para se alcançar um melhor nível de saúde não
basta apenas estimular e/ou induzir os indivíduos a adotarem condutas
saudáveis, sem considerar o contexto social, político, econômico e cultural no
qual estão inseridos. O meio gera ou favorece o adoecimento, assim como facilita
ou dificulta a prevenção, o controle e/ou cura das doenças.
Um dos grandes desafios às demandas de atenção à saúde é o
envelhecimento populacional, com suas repercussões sociais. O atendimento ao
idoso se apresenta entre os principais problemas de Saúde Pública, não
apenas nos países desenvolvidos, mas também naqueles em desenvolvimento,
como o Brasil (VERAS, 1994; JACOB FILHO, 2000; BARRETO et al., 2003).
O último recenseamento brasileiro revelou que cerca de 14,5 milhões
de pessoas têm idade acima de 60 anos, o que colocou o Brasil entre os países
com maior contingente de idosos do mundo (INSTITUTO BRASILEIRO DE
GEOGRAFIA E ESTATISTICA - IBGE, 2000).
O sistema de saúde blica brasileiro vem sofrendo conseqüências
diretas com o envelhecimento populacional (BRASIL, 1996; SILVESTRE e
COSTA NETO, 2003; ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE - OPAS,
1998; LIMA-COSTA e VERAS, 2003). É sabido que, com o envelhecimento
populacional, advêm mudanças significativas no quadro de morbimortalidade da
população, ou seja, uma redução da incidência e mortes por doenças infecto-
contagiosas e um aumento da incidência e morte por doenças crônico-
degenerativas típicas de idades mais avançadas (CARMO et al., 2003;
PASCHOAL, SALLES e FRANCO, 2006; BRASIL, 2006).
Alguns autores (VERAS e COUTINHO, 1991; SILVA et al., 2005;
PAPALÉO NETTO e PONTE, 1996) referem que o envelhecimento traz uma
diminuição progressiva da capacidade de manutenção do equilíbrio homeostático
e conseqüentemente uma diminuição da reserva funcional, o que favorece a
manifestação de inúmeros sintomas. Esse desequilíbrio leva a redução das
funções de diversos órgãos, predispondo a pessoa idosa aos riscos de morbidade
se, paralelamente, ocorrerem modificações patológicas nesses órgãos.
O crescimento da população idosa leva inevitavelmente a um aumento
dos recursos despendidos na área de saúde. Os gastos com cuidados na
comunidade são igualmente muito superiores: ainda que a grande maioria dos
idosos viva na comunidade, sua manutenção é onerosa. Torna-se, portanto
necessária uma política de saúde cuidadosamente planejada de modo que os
recursos disponíveis sejam usados com máxima eficiência (GRIMLEY-EVANS,
1986; VALLE, MARTINEZ e FILHO, 1996).
As modificações fisiológicas, inerentes ao envelhecimento, bem como
as decorrentes de processos patológicos são responsáveis por inúmeras doenças
apresentadas pela população idosa. Assim, alguns estudos mostram que uma das
conseqüências das sociedades envelhecidas é a prevalência aumentada de
doenças crônicas (RAMOS, 2003; CALDAS, 2003; PARAHYBA, VERAS e
MELZER, 2005; MACIEL e GUERRA, 2005)
A sobrevida é o desejo de muitos, porém, sabe-se que é marcada por
incapacidades e dependência, sendo um desafio consegui-la com qualidade de
vida (PASCHOAL, 2001). Algumas pessoas mostram declínio no estado de saúde
e nas competências cognitivas precoces, enquanto outras vivem saudáveis até os
80 anos ou mais. Começa a ser aceito que qualquer declínio precoce
provavelmente reflete uma patologia e não os efeitos da idade. Ou seja, a
dependência não é um elemento que caracteriza apenas esta fase da vida
(SOUSA, GALANTE e FIGUEIREDO, 2003).
Embora a grande maioria dos idosos seja portadora de, pelo menos,
uma doença crônica (RAMOS et al., 1993), nem todos ficam limitados por essas
doenças, e muitos levam vida perfeitamente normal, com as suas enfermidades
controladas e expressa satisfação na vida. Um idoso com uma ou mais doenças
crônicas pode ser considerado um idoso saudável, se comparado com um idoso
com as mesmas doenças, porém sem controle destas, com seqüelas decorrentes
e incapacidades associadas. Assim, o conceito clássico de saúde da Organização
Mundial da Saúde (OMS) mostra-se inadequado para descrever o universo de
saúde dos idosos, que a ausência de doenças é privilégio de poucos, e o
completo bem-estar pode ser atingido por muitos, independentemente da
presença ou não de doenças (RAMOS, 2003).
Com o avanço da idade e as doenças crônico-degenerativas, faz-se
necessário investigar a capacidade funcional dos idosos. O estudo da
incapacidade funcional em idosos é fundamental para o entendimento de como as
pessoas vivem sua vida com os ganhos do aumento da longevidade. Esse
fenômeno tem ocorrido em muitas partes do mundo, mas naqueles países onde o
processo de envelhecimento não é recente mais conhecimento sobre os
padrões de incapacidade funcional na população idosa (PARAHYBA; VERAS e
MELZER, 2005; SANCHEZ 2000).
O principal problema que pode afetar o idoso, como conseqüência da
evolução de suas enfermidades e de seu estilo de vida, é a perda de sua
capacidade funcional, isto é, a perda das habilidades físicas e mentais
necessárias para a realização de suas atividades sicas e instrumentais da vida
diária (CARVALHO; PEIXOTO e CAPELLA, 2007).
A capacidade funcional é a capacidade de manter as habilidades físicas
e mentais necessárias para uma vida independente e autônoma. Na saúde
pública, a capacidade funcional surge como um novo conceito de saúde, mais
adequado para instrumentalizar e operacionalizar a atenção à saúde do idoso.
Ações preventivas, assistenciais e de reabilitação devem objetivar a melhoria da
capacidade funcional ou, no mínimo, a sua manutenção e, sempre que possível, a
recuperação desta capacidade que é, por vezes, perdida com o envelhecimento
(COSTA et al., 2006). A manutenção da capacidade funcional pode ter
implicações importantes para a qualidade de vida dos idosos, por estar
relacionada com a capacidade de ocupar-se com o trabalho e/ou com atividades
agradáveis até idades mais avançadas.
Com o processo de envelhecimento advêm mudanças estruturais, que
também ocorrem em outras faixas etárias em menor ou maior grau de
acometimento, como as alterações físicas, psicológicas e sociais no indivíduo.
Certo que, estas alterações dependem das características genéticas dos
indivíduos e de seu estilo de vida (PEREIRA, 2006).
Na prática trabalha-se com o conceito de capacidade/incapacidade. A
incapacidade funcional define-se pela presença de dificuldade no desempenho
das atividades instrumentais de vida diária (AIVD) e das atividades básicas de
vida diária ou de auto cuidado (ABVD) ou mesmo pela impossibilidade de
desempenhá-las (GRIMLEY-EVANS, 1984).
De acordo com Pavarini e Neri (2000), o agravamento das
incapacidades ocasiona aumento da dependência física do indivíduo e esta, é
definida como a incapacidade para funcionar satisfatoriamente sem a ajuda de
terceiros ou sem o apoio de equipamentos necessários para sua adaptação.
Estudos epidemiológicos mundiais contradizem o senso comum sobre
a existência de uma relação necessária entre velhice e incapacidade, ao revelar
que apenas 5,6% dos idosos com mais de 60 anos apresentam dificuldades em
três ou mais ABVD. Essas mesmas pesquisas mostram que 13,6% apresentam
moderado grau de incapacidade e que 80,7% apresentam leve ou nenhuma
incapacidade (LEBRÃO e LAURENTI, 2005).
Resultados de pesquisa realizada no município de São Paulo por
RAMOS et al. (1993), entre idosos com 60 anos ou mais, mostraram que 53% dos
idosos referia necessidade de ajuda parcial ou total para realizar pelo menos uma
das atividades de vida diária. Foi detectado também que 29% dos idosos
necessitavam de ajuda parcial ou total para realizar até três atividades da vida
diária, e 17% necessitavam de ajuda para realizar quatro ou mais atividades da
vida diária.
O conceito de envelhecimento funcional é muito mais relevante do que
o conceito de envelhecimento cronológico. Existem muitas dificuldades em
operacionalizar tal conceito. Do ponto de vista de planejamento, a abordagem
funcional é a mais importante e, conseqüentemente, uma área de crescente
interesse para pesquisa (RAMOS, 2003). Em decorrência das precárias
condições de vida nos países subdesenvolvidos, o envelhecimento funcional
precede o cronológico.
Por si só, a idade avançada não é razão suficiente para o
comprometimento da capacidade funcional, porém, o que ocorre é o aumento da
incidência de doenças crônico-degenerativas com o passar da idade e, associada
a estas doenças, aparecem as incapacidades físicas no idoso, resultando então
no desenvolvimento da dependência e na perda da autonomia (DIOGO, 1997).
Idosos funcionalmente incapacitados preservam a capacidade de ativar
mecanismos de compensação para enfrentar as perdas em funcionalidade,
lançando mão de recursos tecnológicos, de apoios sociais e psicológicos. A perda
de independência pelos idosos aciona mecanismos psicossociais que envolvem
relações de apego e de solidariedade que se traduzem em cuidados
instrumentais, emocionais e sociais. Tais mecanismos podem contribuir em maior
ou menor grau para a manutenção da independência dos idosos (FLORIANO,
2005).
Para os idosos a presença de uma limitação física, seja ela causada por
uma doença ou como resultado de uma cirurgia reparadora representa um risco
para a sua autonomia, principalmente quando esta limitação gera a dependência
na realização das atividades da vida diária. Entretanto algumas pessoas são
capazes de se auto-governarem apenas em algumas áreas da sua vida,
necessitando da ajuda de outros para as demais áreas (DIOGO, 1997).
Sabe-se que a dependência funcional é aquela associada a déficits em
capacidades funcionais, podendo ser avaliada por meio de vários instrumentos de
medida (KATZ et al., 1963; FILLENBAUM e SMYER, 1981; LAWTON et al.,
1982). Limitações na capacidade funcional e dificuldades para o desempenho de
atividades instrumentais da vida diária (AIVDs) não implicam impedimento para o
funcionamento psicossocial. A diminuição da capacidade funcional decorrente do
agravamento de doenças crônicas não impede o idoso de funcionar intelectual e
socialmente, de solicitar e de oferecer ajuda a outros idosos e aos mais novos
(JETTE e BRANCH, 1985).
Uma vez que a capacidade funcional é uma forma de independência e
autonomia, entende-se como autonomia uma forma de liberdade pessoal baseada
no respeito pelas pessoas, na qual os indivíduos têm o direito de determinar seu
curso de vida enquanto este direito não infringir a autonomia dos outros
(HOGSTEL e GAUL, 1991). Ainda neste estudo, salienta-se que, para ser
autônomo, o indivíduo deve ser capaz de pensar racionalmente e se auto-
gerenciar; caso contrário, sua capacidade para a tomada de decisões estará
comprometida e, portanto, deverá ser realizada por outra pessoa. Contudo, não
um ponto claro tanto eticamente como legalmente sobre em que momento ou
quais situações levam a perda da autonomia e, portanto, a tomada de decisão
poderia ser assumida por outra pessoa.
A autonomia inclui ainda liberdade de escolha, de ação e autocontrole
sobre a vida. Portanto podemos considerar que a autonomia está diretamente
relacionada à capacidade do indivíduo em ser dependente ou independente na
realização das atividades da vida diária.
A noção de autonomia, no que tange a interdependência desta com
uma memória íntegra, reside na capacidade individual de cuidar de si mesmo,
executar tarefas que lhe permitam a adaptação psicossocial, e ser responsável
pelos próprios atos (GUIMARÃES et al., 2004).
Nestes termos podemos sustentar que a autonomia pode ser incluída
no eixo dependência-independência. Quanto maior for o grau de independência
maior a probabilidade de autonomia, mas, em condições de dependência parcial,
o sujeito ainda assim pode ter sua autonomia preservada dependendo dos
arranjos sociais que ele for capaz de fazer. O paradoxo dependência-autonomia
não deve ser considerado, a princípio, como contradição; e sim, como oposição
não excludente. Arranjos sociais no contexto dos contratos sociais podem
viabilizar aumento da qualidade de vida e conseqüente aumento da autonomia
(DIOGO, 1997).
A manutenção da autonomia na velhice está intimamente ligada à
qualidade de vida (LEIBING,1997). Assim, uma forma de se verificar a qualidade
de vida de um indivíduo é por meio do grau de autonomia com que ele
desempenha as funções do dia-a-dia, tornando-o independente dentro de seu
contexto socioeconômico-cultural (GRIMLEY-EVANS, 1984). Existem várias
maneiras de se medir tais funções, dentre elas por meio do desempenho de
atividades diárias (FILLENBAUM e SMYER, 1981), ou seja, a capacidade do
indivíduo de cuidar de si próprio (higiene pessoal, preparo de refeições,
capacidade de fazer suas próprias compras, manutenção sica da casa, e
outras). Para tanto, as escalas funcionais e cognitivas nos fornecem tais dados
(ABREU, FORLENZA e BARROS, 2005).
várias fontes de informação para a avaliação do desempenho dos
idosos na realização das AVD, como a observação indireta (relato de cuidadores/
familiares), a observação direta (feita por profissionais da área da saúde) e o
auto-relato do idoso. A não-uniformidade na aplicação de um mesmo instrumento
pode revelar diferentes concepções quanto à dependência e a competência
desses idosos, promovendo relações de cuidado e tratamento inadequados. Nem
sempre é possível aplicar um instrumento baseado no auto-relato do paciente, em
virtude de déficits cognitivos que podem interferir nos resultados.
Conseqüentemente, muitas vezes o profissional conduz as perguntas ao cuidador
e essas respostas podem, supostamente, serem influenciadas por aspectos
subjetivos e, eventualmente, pelos padrões de dependência ao cuidado (RICCI,
KUBOTA e CORDEIRO, 2005).
Na verdade, o que está em jogo na velhice é a autonomia, ou seja, a
capacidade de determinar e executar seus próprios desígnios. Qualquer pessoa
que chegue aos oitenta anos capaz de gerir sua própria vida e determinar
quando, onde e como se darão suas as atividades de lazer, convívio social e
trabalho (produção em algum nível), certamente será considerada uma pessoa
saudável. Pouco importa saber que essa mesma pessoa é hipertensa, diabética,
cardíaca e que toma remédio para depressão, o que infelizmente é uma
combinação bastante freqüente nessa idade. O importante é que, como resultante
de um tratamento bem-sucedido, ela mantém sua autonomia, é feliz, integrada
socialmente e, para todos os efeitos, uma pessoa idosa saudável (RAMOS,
2003).
Parece, portanto, bastante relevante planejar programas específicos de
intervenção para a eliminação de certos fatores de risco relacionados à
incapacidade funcional. Fatores socioeconômicos e demográficos são pouco
sujeito às intervenções de prevenção que incluam a ação direta dos profissionais
em saúde. Entretanto os programas e serviços podem incluir alguns fatores
relacionados à saúde, dando ênfase aos problemas de visão, controle da
hipertensão e saúde mental, passíveis de intervenção preventiva. Igualmente, o
estabelecimento de ações de ordem preventiva é possibilitado pelo manejo dos
fatores relativos a atividades sociais, em programas sociais, que podem facilitar e
promover a formação de grupos de idosos, estimulando uma vida associativa e
saudável com a realização de atividades recreativas, físicas e culturais (ROSA et
al., 2003).
Desta forma, avaliar a capacidade funcional e a autonomia dos idosos
é essencial para se verificar a sua qualidade de vida (ROSA et al., 2003;
GUIMARÃES et al., 2004; LIMA-COSTA et al., 2003). Sabe-se que a avaliação da
qualidade de vida é baseada na percepção do indivíduo sobre o seu estado de
saúde, a qual também é influenciada pelo contexto cultural no qual este indivíduo
está inserido. A avaliação da saúde engloba aspectos gerais da vida e do bem-
estar do indivíduo, portanto, as experiências subjetivas contribuem de forma
importante como um parâmetro de avaliação e julgamento dos próprios indivíduos
(BOWLING 1995; NAHAS, BARROS e FRANCALACCI, 2000).
Para Sousa, Galante e Figueiredo (2003), os modelos de qualidade de
vida vão desde a satisfação com a vida ou bem-estar social, a modelos baseados
em conceitos de independência, controle, competências sociais e cognitivas. A
noção de qualidade de vida também passa pela mesma alteração, engloba os
recursos e o direito de gozar a vida.
Neste mesmo conceito global de qualidade de vida, alguns autores
(MINAYO; HARTZ e BUSS, 2000), referem que qualidade de vida é uma noção
eminentemente humana e abrange muitos significados que refletem
conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e coletividades. Tais
significados refletem o momento histórico, a classe social e a cultura a que
pertencem os indivíduos. No campo da saúde, o discurso da relação entre saúde
e qualidade de vida existe desde o nascimento da medicina social, sendo o termo
empregado nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial e,
posteriormente trabalhou-se o conceito no decorrer dos anos, atribuindo-se vários
significados (MEEBERG, 1993).
As definições de Qualidade de Vida (QV) mais amplamente divulgadas
são aquelas apresentadas pelo grupo de estudos sobre QV da Organização
Mundial da Saúde (OMS) que define qualidade de vida como "a percepção do
indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos
quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e
preocupações" (THE WHOQOL GROUP, 1994), variando de acordo com a visão
de cada indivíduo (SANTOS et al., 2002; PASCHOAL, 2005). Ainda segundo os
autores, a QV pode se basear em três princípios fundamentais: capacidade
funcional, nível socioeconômico e satisfação; podendo estar relacionada com os
seguintes componentes: capacidade física, estado emocional, interação social,
atividade intelectual, situação econômica e auto-proteção de saúde.
Também tem-se utilizado a expressão QV na linguagem popular, nos
meios de comunicação, nas campanhas publicitárias e políticas e com grande
freqüência somente os aspectos objetivos são considerados, isto é, são descritos
os fatores ambientais e sociais, tais como a qualidade do ar, nível
socioeconômico e educacional ligados as condições de vida externa (FLANAGAN,
1982).
Para Minayo, Hartz e Buss (2000) quando se emprega somente
indicadores econômicos ou sociodemográficos, a apreensão da realidade, do
bem-estar ou da qualidade de vida de um grupo estudado pode estar limitada.
Portanto, além de conhecer os indicadores sociodemográficos é necessário
conhecer a percepção, o pensamento e as avaliações subjetivas que os
indivíduos têm de si mesmo e de vários componentes materiais reconhecidos
como base social da qualidade de vida.
Desta forma, em um estudo realizado com idosos na cidade de
Botucatu, avaliou-se a opinião dos idosos em relação à qualidade de vida e
constatou-se que, segundo as respostas dadas a esta pergunta, havia três grupos
de idosos no município. Para um grupo, a qualidade de vida era determinada,
principalmente, por questões relacionadas com o afetivo e a família; para um
segundo grupo, o prazer e o conforto eram determinantes, e, para o último,
conseguir colocar em prática seu ideário de viver era fundamental (DALLA
VECCHIA et al., 2005). Interessante ressaltar que comunicação posterior do
mesmo grupo ressalta que agrupando novamente as respostas dos idosos
provenientes da parte objetiva do instrumento e que estudava estilo de vida,
observou-se que os idosos viviam a vida com coerência e segundo o que haviam
definido como “o que é ter qualidade de vida”.
Atualmente, existem duas formas de mensurar QV, por meio de
instrumentos genéricos ou específicos (MINAYO, HARTZ e BUSS, 2000;
DANTAS, SAWADA e MALERBO, 2003).
Os genéricos abordam o perfil de saúde ou não, procuram englobar
todos os aspectos importantes relacionados à saúde e refletem o impacto de uma
doença sobre o indivíduo, tanto podem ser utilizados para estudar indivíduos da
população geral ou grupos específicos. São geralmente questionários de base
populacional que normalmente não especificam patologias específicas, sendo
mais apropriados a estudos epidemiológicos, planejamento e avaliação do
sistema de saúde (DANTAS, SAWADA e MALERBO, 2003).
A Escala de Qualidade de Vida de Flanagan tem sido utilizada em
estudos sobre qualidade de vida de adultos sadios e com doenças crônicas
(BURCKHARDT e ANDERSON, 2003).
A qualidade de vida esta associada à forma pela qual conduzimos o
nosso envelhecimento e, um envelhecimento saudável é uma questão de
constante preocupação na sociedade atual, pois, ainda não se sabe como dar
suporte a esta crescente população. Para o ano de 2050, a expectativa no Brasil,
bem como em todo o mundo, é de que existirão mais idosos do que crianças
abaixo de 15 anos, fenômeno esse nunca antes observado (SILVESTRE et al.,
1996; RAMOS, 2003).
Assim, a Promoção à Saúde é considerada um instrumento para a
autonomia e para o desenvolvimento contínuo do nível de saúde e das condições
de vida identificando e atuando sobre os determinantes que influenciam os
processos de saúde/doença. Essa compreensão implica na transformação dos
processos individuais e coletivos de tomada de decisão e desenvolvimento da
autonomia. Desta forma, tem-se que as ações de promoção são resultantes de
um complexo processo que envolve o fortalecimento das capacidades individuais
e coletivas atuando sobre múltiplas dimensões: por um lado, intervenções de
âmbito global do Estado e, por outro, a singularidade e autonomia dos sujeitos
(SANTOS et al., 2006).
Desta forma, o envelhecimento saudável é tarefa complexa, que inclui a
conquista de uma boa qualidade de vida e o amplo acesso a serviços que
favoreçam lidar com as questões do envelhecimento da melhor maneira possível.
Daí a importância de se ampliar a consciência sobre o envelhecimento e os
recursos para manutenção da saúde neste processo, fortalecendo a população
em suas lutas por cidadania e justiça social.
OBJETIVO
OBJETIVOOBJETIVO
OBJETIVO
2. OBJETIVO
Descrever uma amostra da população de idosos do município de
Botucatu-SP, segundo a qualidade de vida e a capacidade funcional.
METODOLOGIA
METODOLOGIAMETODOLOGIA
METODOLOGIA
3. METODOLOGIA
Trata-se de um estudo do tipo epidemiológico transversal,
populacional, realizado com idosos de sessenta anos ou mais no município de
Botucatu, Estado de São Paulo.
3.1. Campo de pesquisa
Botucatu, localizada no interior do Estado de São Paulo é considerado
um município de médio porte. Possui população de 120.800 habitantes (IBGE,
2000), sendo a parcela de sessenta anos ou mais de 10,1%, ou seja, 12.141
indivíduos, conforme tabela abaixo (Tabela 1).
Tabela 1. Distribuição da população residente de 60 anos ou mais de idade, por
sexo Botucatu, 2000.
Grupos de Idade
População Estimada
Masculino Feminino
60 a 64 3.425 1.532 1.893
65 a 69 3.017 1.367 1.650
70 a 74 2.421 1.044 1.377
75 a 79 3.278 1.264 2.014
Total Absoluto 12.141 5.207 6.934
População Total
108.306
Fonte: IBGE, 2000.
3.2. Sujeitos da pesquisa
Esta pesquisa faz parte de um estudo epidemiológico de coorte onde
se tem como proposta o seguimento da população idosa do município de
Botucatu-SP. Desta forma, entre os anos de 2002-2003, realizou-se no município
um inquérito com idosos, cuja seleção foi feita por amostragem proporcional e
aleatória. A amostra de 9.000 famílias (correspondentes a 26% das residências
do Município, considerando-se 1% de ajuste) foi selecionada do cadastro
atualizado do Censo 2000 dos domicílios do município. Por meio da tabela de
números aleatórios alocaram-se os primeiros domicílios de amostra e os
seguintes foram identificados tomando-se 1 a cada 4, contemplando-se o mapa
da cidade. Destas famílias da amostra foram sorteados moradores com idade
igual ou superior a 60 anos. O tamanho da população-alvo considerada para
cálculo baseou-se em um erro amostral de 5%, relativo a um intervalo de
confiança de 95% (α bilateral de 0,025), com uma prevalência da característica de
interesse de 0,5%. Registrou-se, na ocasião, perda de 5% da amostra, pois cinco
casas encontravam- se fechadas em mais de três visitas, 11 idosos haviam
morrido no ano de estudo e três não residiam no domicílio. Obteve-se, finalmente,
uma amostra de 364 entrevistados. Utilizou-se um instrumento de coleta de dados
questionário semi-estruturado e pré-testado, para obtenção das informações
referentes ao grau de satisfação com a saúde entre os idosos. As questões
contemplaram dados sociodemográficos, qualidade e estilo de vida, atividade
física, estado emocional e morbidade referida.
A metodologia e o procedimento para este estudo foram avaliados pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP e
aprovado dia 11/11/2002, sob o título “Qualidade de Vida em Idosos” (Anexo 1).
Na seqüência foram apresentados aos idosos selecionados e, para aqueles que
concordaram em participar do estudo, os objetivos da pesquisa, sendo feita a
leitura e entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 2),
redigido conforme a Resolução n
o
196/96 do Conselho Nacional de Saúde
(BRASIL, 1996), para os idosos.
Assim, o estudo foi composto por 364 idosos, de ambos os sexos, da
cidade de Botucatu, interior de São Paulo, que atenderam aos seguintes critérios
de inclusão:
Idade mínima de 60 anos, atendendo aos critérios da Política Nacional do
Idoso, que considera idoso indivíduos de 60 anos e mais (FERNANDES, 2002)
Que concordaram em participar da pesquisa, assinando o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 2), segundo a Resolução n
o
196/96
do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 1996)
3.3. Instrumento Aplicado no Inquérito de 2006
Durante os anos 2006/2007 foi realizada uma avaliação multifuncional
(Anexo 3) destes idosos, dando seguimento à coleta de dados na mesma amostra
anteriormente avaliada em 2002, com reposição das perdas (mortes e recusas)
através de sorteio dos idosos do mesmo cadastro. Ao lado dos novos
instrumentos, para avaliação multifuncional, aplicaram-se novamente o Flanagan
e outras questões de morbidade referida.
O questionário de retorno ao campo foi denominado: “Instrumento de
Avaliação de Incapacidade Funcional, das Morbidades mais Prevalentes e da
Mortalidade decorrente em Idosos do Município de Botucatu”. Neste instrumento
estavam presentes, entre outros, a avaliação funcional pela escala de Katz
(KATZ, DOWNS et al., 1970) e a avaliação da atividade instrumental de vida
diária pela escala de Lawton (LAWTON e BRODY, 1969).
Os instrumentos foram aplicados diretamente com os idosos e, se
alguma pergunta não fosse entendida, ela era repetida mais lentamente, porém
sem demais explicações. Caso o indivíduo não entendesse ou não soubesse
responder, tentava-se novamente, por até três vezes.
Foram utilizadas questões referentes a dados sociodemográficos com
a finalidade de caracterizar os idosos quanto à idade, sexo, estado civil, arranjo
familiar, escolaridade, ocupação e renda familiar.
Flanagan propôs uma escala para avaliar tal conceito, sendo esta
escala amplamente utilizada nos Estados Unidos pela validade e confiabilidade de
seus achados, que contemplam o grau de satisfação individual ou percebido com
relação a cinco dimensões da vida (GONÇALVES, DIAS e LIZ, 1999).
As cinco dimensões avaliadas pela escala de Flanagan são: bem-estar
físico e material, relações com outras pessoas, atividades sociais, comunitárias e
cívicas, desenvolvimento pessoal e realização, e recreação. Essas dimensões
são mensuradas através de quinze itens onde o respondente tem sete opções de
resposta, que vai de “muito insatisfeito” (escore 1) até “muito satisfeito” (escore 7).
A pontuação máxima alcançada na avaliação da qualidade de vida proposta por
Flanagan (FLANAGAN, 1982) é de 105 pontos e a mínima de 15 pontos, que
reflete baixa qualidade de vida.
As atividades cotidianas são conhecidas como Atividades de Vida
Diária (AVD) e são divididas em Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD) e
Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD).
A escala de Atividades sicas de Vida Diária ABVD (KATZ et al.,
1970) avalia funções básicas da vida diária, a qual inclui atividades de auto-
cuidado, como por exemplo, alimentar-se, banhar-se, vestir-se, arrumar-se,
mobilizar-se, manter controle sobre suas eliminações.
É formada por seis domínios, nos quais as respostas são “sim” ou
“não”, e recebem, respectivamente, pontuação um ou zero. O escore final será
decorrente da soma de respostas “sim”, atribuindo-se um ponto por questão. A
pontuação pode variar de zero a seis e assim, avalia e estratifica o desempenho
nas funções básicas no avaliado (DUARTE, ANDRADE e LEBRÃO, 2007).
Esta escala pode ser utilizada no acompanhamento para documentar a
melhora, ou a piora, funcional ao longo de um determinado período de tempo.
O total de seis pontos é considerado indicativo de independência e dois
pontos ou menos é indicativo de dependência para as funções que são avaliadas.
São muitos os instrumentos utilizados para avaliação funcional em
gerontologia. O Index de Independência nas Atividades de Vida Diária
desenvolvido por Sidney Katz (Escala da Katz) é, ainda hoje, um dos
instrumentos mais utilizados nos estudos gerontológicos nacionais e
internacionais, embora tenha sido publicado pela primeira vez em 1963 (KATZ et
al. 1963). Segundo Duarte, Andrade e Lebrão (2007), a escala é utilizada de
diferentes formas, em especial no que se refere à classificação da
dependência/independência e das atividades envolvidas, o que dificulta a
uniformização de conceitos e a comparabilidade dos estudos (Quadro 1; Quadro
2).
Quadro 1. Índice de Independência nas Atividades de Vida Diária de Katz.
Index de AVDs
(Katz)
Tipo de classificação
A Independente para todas as atividades
B Independente para todas as atividades menos uma
C
Independente para todas as atividades menos banho e mais
uma adicional
D
Independente para todas as atividades menos banho, vestir-
se e mais uma adicional
E
Independente para todas as atividades menos banho, vestir-
se, ir ao banheiro e mais uma adicional
F
Independente para todas as atividades menos banho, vestir-
se, ir ao banheiro, transferência e mais uma adicional
G Dependente para todas as atividades
Outro
Dependente em pelo menos duas funções, mas que não se
classificasse em C, D, E e F
Fonte: Katz, 1963.
Quadro 2. Índice de Katz de Atividades Básicas de Vida Diária – ABVD.
ATIVIDADES
Pontos
(1 ou 0)
INDEPENDÊNCIA
(1 Ponto)
SEM supervisão, orientação ou
assistência pessoal
DEPENDÊNCIA
(0 Ponto)
COM supervisão, orientação
ou assistência pessoal ou
cuidado integral
Banhar-se
Pontos: ___
(1 ponto) Banha-se
completamente ou necessita de
auxílio somente para lavar uma
parte do corpo como as costas,
genitais ou uma extremidade
incapacitada.
(0 pontos) Necessita de
ajuda para banhar-se em
mais de uma parte do
corpo, entrar e sair do
chuveiro ou banheira ou
requer assistência total no
banho.
Vestir-se
Pontos: ___
(1 ponto) Pega as roupas do
armário e veste as roupas
íntimas, externas e cintos. Pode
receber ajuda para arrumar os
sapatos.
(0 pontos) Necessita de
ajuda para vestir-se ou
necessita ser
completamente vestido.
Ir ao banheiro
Pontos: ___
(1 ponto) Dirige-se ao banheiro,
entra e sai do mesmo, arruma
suas próprias roupas, limpa a
área genital sem ajuda.
(0 pontos) Necessita de
ajuda para ir ao banheiro,
limpar-se ou usa urinol ou
comadre.
Quadro 2. Índice de Katz de Atividades Básicas de Vida Diária – ABVD.
(continua)
Transferência
Pontos: ___
(1 ponto) Senta-se/deita-se e
levanta-se da cama ou cadeira
sem ajuda. Equipamentos
mecânicos de ajuda são
aceitáveis.
(0 pontos) Necessita de
ajuda para sentar-se/deitar-
se e levantar-se da cama ou
da cadeira.
Continência
Pontos: ___
(1 ponto) Tem completo controle
sobre as eliminações (urinar e
evacuar).
(0 pontos) É parcial ou
totalmente incotinente do
intestino ou bexiga.
Alimentação
Pontos: ___
(1 ponto) Leva a comida do prato
à boca sem ajuda. Preparação da
comida pode ser feita por outra
pessoa.
(0 pontos) Necessita de
ajuda parcial ou total com a
alimentação ou requer
alimentação parenteral.
6 = Independente
4 = Dependência
Moderada
2 ou menos =
Muito Dependente
PONTUAÇÃO
TOTAL: _______
Fonte: The Hartford Institute for Geriatric Nursing, 1998.
A independência significa que a função é realizada sem supervisão,
direção ou ajuda, sendo essa avaliação baseada na situação real e não na
capacidade do sujeito. Quando um indivíduo se nega a cumprir uma função,
considera-se que não a realiza, embora possa ter capacidade para fazê-la. Os
graus considerados para a independência ou dependência funcional são
progressivos, desde a independência total para todas as funções - grau 6 - até a
dependência total para realizar as seis funções avaliadas - grau 1 (ARAÚJO e
CEOLIM, 2007). Desta forma, a classificação de 0 a 6 reflete o número de áreas
de dependência funcional do indivíduo.
Rubenstein et al. (1984), re-classificou o Index em três categorias, mais
independente (Katz A e B), intermediário (Katz C, D e E) e mais dependente (Katz
F e G). A categoria “outros” também foi excluída.
Quadro 3. Índice de Independência de Atividades de Vida Diária, modificado por
Rubenstein
Classificação Funcional Index de AVDs (Katz)
Mais Funcional Katz A, B
Funcionalidade Intermediária Katz C, D, E
Menos Funcional Katz F, G
Fonte: Rubenstein et al. (1984)
A escala de Atividades Instrumentais de Vida Diária (ILB Índice de
Lawton-Brody) relaciona-se com a participação efetiva do idoso na comunidade,
onde a presença de dificuldades implica mais em uma redistribuição de tarefas
entre os membros familiares (como alguém para ir fazer compras ou auxiliar nas
tarefas domésticas) e menos em cuidado direto. Inclui oito categorias: preparar
refeições, realizar compras, utilizar meio de transporte, fazer limpeza da casa,
lavar roupas, utilizar telefone, administrar as próprias finanças, tomar medicações
(LAWTON e BRODY, 1969).
Para a avaliação das Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD)
utilizamos escala de Lawton, onde a pontuação de máxima independência é 24
pontos e a de máxima dependência 8 pontos. Vale ressaltar que, muitas vezes, o
paciente é capaz de executar as atividades, mas não as executa por opção,
fatores ambientais ou até por questões relacionadas aos papéis assumidos
durante a vida, como é o caso de indivíduos do sexo masculino com as tarefas
domésticas. Alguns autores sugeriram que a escala fosse reduzida a cinco
itens, eliminando-se "lavar a roupa", "tarefas domésticas" e "preparar comida",
quando aplicada para o sexo masculino (LAWTON et al., 1982; COSTA e
MONEGO, 2003).
Análises de dados
Os dados foram analisados no software Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS®) for Windows, versão 12.0 (MATHER e AUSTIN, 1983),
que permite manusear vários tipos de análise de dados de maneira simples e
conveniente, oferecendo grande número de rotinas estatísticas, das quais
utilizamos a estatística descritiva. Foram realizadas análises estatísticas
descritivas das variáveis estudadas.
RESULTADOS
RESULTADOSRESULTADOS
RESULTADOS
4. RESULTADOS
Observaram-se nos dados coletados que, segundo a distribuição dos
idosos por gênero, dos 364 idosos analisados, 215 (59,1%) eram do sexo
feminino.
Em relação à idade dos idosos estudados, a idade média deles foi de
71,0+7,7 anos, sendo 71,6+8,1 anos para o sexo feminino e 70,2+7,1 anos para o
sexo masculino. Nota-se que a faixa etária com maior número de idosos (24,7%)
é a de 60-64 anos. A tabela 2 mostra uma melhor visualização da distribuição dos
idosos por gênero e faixa etária.
Tabela 2. Distribuição da população de idosos do município de Botucatu-SP,
segundo faixa etária e gênero, 2006.
Feminino Masculino Total
n % n % n %
60-64 anos 50 55,6 40 44,4 90 24,7
65-69 anos 55 62,5 33 37,5 88 24,2
70-74 anos
44 53,7 38 46,3 82 22,5
75-79 anos 23 50,0 23 50,0 46 12,6
80 anos e mais 43 74,1 15 25,9 58 15,9
Total 215 59,1 149 40,9 364 100
A escolaridade dos idosos (Gráfico 1) foi distribuída da seguinte forma:
analfabetos representando 25,8% dos idosos (16,2% feminino e 9,6% masculino);
45,6% possuindo “primário” (26,6% mulheres e 19,0% homens); “ginásio” com
percentual de 11% (5,8% mulheres e 5,2% homens); “colegial” com 17,3% (10,2%
mulheres e 7,1% homens) e, “superior” representado por 3% (100% mulher), ou
seja, a população estudada, para os padrões de hoje, é de baixa escolaridade
(71,4%).
Gráfico 1. Escolaridade da população de idosos
segundo gênero.
Em relação à situação conjugal (Tabela 3) observou
idosos, relataram ter um companheiro. Destes, 74,5% eram homens e 36,7%
mulheres; entre as mulheres, um percentual relativamente maior (41,9%) na
situação “estar sem companheiro” se com
seja, observa-se que
os homens têm
que as mulheres.
Tabela 3. Distribuição da situação conjugal da população de idosos do município
de Botucatu-
SP, segundo gênero.
Com companheiro
Feminino
36,7%
Masculino
74,5%
TOTAL
52,2%
Analfabeto
Primário
25,8%
45,6%
Gráfico 1. Escolaridade da população de idosos
do município de Botucatu
Em relação à situação conjugal (Tabela 3) observou
-
se que 52,2% dos
idosos, relataram ter um companheiro. Destes, 74,5% eram homens e 36,7%
mulheres; entre as mulheres, um percentual relativamente maior (41,9%) na
situação “estar sem companheiro” se com
parada com a dos homens (22,8%), ou
os homens têm
um companheiro com mais
Tabela 3. Distribuição da situação conjugal da população de idosos do município
SP, segundo gênero.
Com companheiro
Sem companheiro
Não Respondeu
36,7%
41,9%
74,5%
22,8%
52,2%
34,1%
Primário
Ginásio Colegial Superior
45,6%
11,0%
17,3%
0,3%
do município de Botucatu
-SP,
se que 52,2% dos
idosos, relataram ter um companheiro. Destes, 74,5% eram homens e 36,7%
mulheres; entre as mulheres, um percentual relativamente maior (41,9%) na
parada com a dos homens (22,8%), ou
um companheiro com mais
freqüência do
Tabela 3. Distribuição da situação conjugal da população de idosos do município
Não Respondeu
21,4%
2,7%
13,7%
Feminino
Masculino
Total
A situação trabalhista
maneira: se o idoso ainda possuía atividade de trabalho remunerado ou se era
aposentado. Desta forma, ao observarmos o gráfico 2 notamos que, independente
do gênero, 80,5% dos idosos estão aposentados, não exercendo atividade
remunerada. Nota-
se também que 19,5% dos idosos possuíam atividade
remunerada, sendo que 69% destes eram do
homens, mesmo depois de estar em condições de se aposentar, permanecem
trabalhando.
Gráfico 2. Situação de trabalho referida pela população de idosos do município de
Botucatu-
SP, segundo gênero.
Quando questionados sobre
referiram apresentar boa saúde, sendo 28,3% mulheres e 20,9% homens; 31,3%
(sendo 19,2% mulheres e 12,1% homens) referiram não apresentar boa saúde e,
19,5% não responderam a esta questão. Assim, nota
e
studada, na maioria, referiu possuir “boa” saúde (Tabela 4).
Feminino
31,0%
65,9%
A situação trabalhista
dos idosos no estudo
deu
maneira: se o idoso ainda possuía atividade de trabalho remunerado ou se era
aposentado. Desta forma, ao observarmos o gráfico 2 notamos que, independente
do gênero, 80,5% dos idosos estão aposentados, não exercendo atividade
se também que 19,5% dos idosos possuíam atividade
remunerada, sendo que 69% destes eram do
sexo masculino. Ou seja, os
homens, mesmo depois de estar em condições de se aposentar, permanecem
Gráfico 2. Situação de trabalho referida pela população de idosos do município de
SP, segundo gênero.
Quando questionados sobre
apresentar boa saúde ou não, 49,2%
referiram apresentar boa saúde, sendo 28,3% mulheres e 20,9% homens; 31,3%
(sendo 19,2% mulheres e 12,1% homens) referiram não apresentar boa saúde e,
19,5% não responderam a esta questão. Assim, nota
-
se que a população
studada, na maioria, referiu possuir “boa” saúde (Tabela 4).
Masculino Total
69,0%
19,5%
34,1%
80,5%
deu
-se da seguinte
maneira: se o idoso ainda possuía atividade de trabalho remunerado ou se era
aposentado. Desta forma, ao observarmos o gráfico 2 notamos que, independente
do gênero, 80,5% dos idosos estão aposentados, não exercendo atividade
se também que 19,5% dos idosos possuíam atividade
sexo masculino. Ou seja, os
homens, mesmo depois de estar em condições de se aposentar, permanecem
Gráfico 2. Situação de trabalho referida pela população de idosos do município de
apresentar boa saúde ou não, 49,2%
referiram apresentar boa saúde, sendo 28,3% mulheres e 20,9% homens; 31,3%
(sendo 19,2% mulheres e 12,1% homens) referiram não apresentar boa saúde e,
se que a população
Trabalha
Não Trabalha
Tabela 4. Distribuição da auto
idosos do município de Botucatu
Sim
n
Feminino
103 28,3%
Masculino
76 20,9%
Total
179 49,2%
Quando perguntados sobre a atividade de lazer (Gráfico 3), ou seja, se
possuíam alguma forma de lazer, obteve
e 6,4% homens) referiram possuir alguma atividade de lazer.
Gráfico 3. Distribuição da
quanto a possuir ou não atividades de lazer, segundo gênero.
0,00% 2,00%
Feminino
Masculino
Tabela 4. Distribuição da auto
-avaliação da saúde
referida pela população de
idosos do município de Botucatu
-SP, segundo gênero.
Refere possuir boa saúde
Sim
Não
Não respondeu
% n %
n %
103 28,3%
70 19,2% 42
11,5%
76 20,9%
44 12,1% 29
8%
179 49,2%
114 31,3% 71
19,5%
Quando perguntados sobre a atividade de lazer (Gráfico 3), ou seja, se
possuíam alguma forma de lazer, obteve
-
se que apenas 19,2% (12,9% mulheres
e 6,4% homens) referiram possuir alguma atividade de lazer.
Gráfico 3. Distribuição da
população de idosos do município de Botucatu
quanto a possuir ou não atividades de lazer, segundo gênero.
4,00% 6,00% 8,00% 10,00% 12,00% 14,00%
12,90%
6,40%
referida pela população de
Total
Não respondeu
n %
n %
11,5%
215 59,1%
8%
149 40,9%
19,5%
364 100%
Quando perguntados sobre a atividade de lazer (Gráfico 3), ou seja, se
se que apenas 19,2% (12,9% mulheres
população de idosos do município de Botucatu
-SP
12,90%
Feminino
Masculino
Para a avaliação da qualidade de vida (Tabela 5) utilizou-se a escala
de Flanagan, descrita anteriormente. Quando analisada a qualidade de vida
dos idosos, obteve-se que 37,7% das mulheres consideram-se “satisfeitas” e
35,6% dos homens consideraram-se “bastante satisfeitos”. Os valores expressos
são as médias dos escores de cada domínio, segundo gênero.
Tabela 5. Distribuição da população de idosos do município de Botucatu-SP,
segundo a medida de qualidade de vida, escala de Flanagan.
Feminino Masculino
Extremamente Insatisfeito 0,0% 0,7%
Bastante Insatisfeito 0,9% 1,3%
Insatisfeito 1,4% 1,3%
Nem insatisfeito, Nem satisfeito 14,9% 16,1%
Satisfeito 37,7% 30,9%
Bastante Satisfeito 33,0% 35,6%
Extremamente satisfeito 12,1% 14,1%
100% 100%
O Gráfico 4 mostra a distribuição dos idosos segundo o índice de Katz
(ABVD) e gênero e, nota-se que 94,2% dos idosos apresentam independência em
suas atividades de vida diária, sendo que 55,5% são do sexo feminino.
Gráfico 4. Distribuição da população de idosos d
segundo o índice de Katz e gênero.
Em relação às atividades instrumentais de vida diária (AIVD), podemos
observar que 86,0% apresentam independência em suas AIVD, sendo 51,4%
mulheres.
Gráfico 5. Distribuição da população de
segundo o índice de Lawton e gênero.
feminino
55,5%
3,6%
59,1%
feminino
51,4%
7,7%
59,1%
Gráfico 4. Distribuição da população de idosos d
o município de Botucatu
segundo o índice de Katz e gênero.
Em relação às atividades instrumentais de vida diária (AIVD), podemos
observar que 86,0% apresentam independência em suas AIVD, sendo 51,4%
Gráfico 5. Distribuição da população de
idosos do município de Botucatu
segundo o índice de Lawton e gênero.
masculino total
38,7%
94,2%
2,2%
5,8%
40,9%
100,0%
masculino total
34,6%
86,0%
6,3%
14,0%
40,9%
100,0%
o município de Botucatu
-SP
Em relação às atividades instrumentais de vida diária (AIVD), podemos
observar que 86,0% apresentam independência em suas AIVD, sendo 51,4%
idosos do município de Botucatu
-SP,
independente
dependente
total
independente
dependente
total
DISCUSSÃO
DISCUSSÃODISCUSSÃO
DISCUSSÃO
5. DISCUSSÃO
Somente na cada de 90 o envelhecimento associado a patologias
deixou de ser visto como um todo, tanto por parte da ciência como da cultura.
Fatos epidemiológicos recentes, como o crescimento do número de idosos
saudáveis, estão forçando uma mudança de pressupostos teóricos da velhice
como sinônimo de doença (NERI, 1993).
Assim, de acordo com os resultados obtidos com os idosos de
Botucatu (SP), houve um predomínio do sexo feminino (59,1%). A predominância
de mulheres na amostra corrobora com dados nacionais do IBGE (2000) e de
outros pesquisadores (CAMARANO, 2003; RUIZ et al., 2003; MASTROENI et al.,
2007; JÓIA et al., 2007) acerca de idosos, bem como trabalhos que descrevem
maior taxa de mortalidade dos homens e expectativa de vida das mulheres
(LEBRÃO, 2003).
Em 1991, as mulheres correspondiam a 54% da população de idosos,
passando para 55,1% em 2000 (IBGE, 2000). Esta diferença é explicada pelos
diferenciais de expectativa de vida entre os sexos, fenômeno mundial, mas que é
bastante intenso no Brasil, haja vista que, em média, as mulheres vivem oito anos
mais que os homens. Desta forma, observa-se que a razão de sexo da população
idosa é bastante diferenciada, sendo bem maior o número de mulheres (DOIMO;
DERNTL e LAGO, 2008; BARBOT-COLDEVIN, 2000).
Segundo VERAS (1994), a feminização da população idosa se explica
pelos fatos das causas violentas de óbito atingirem com maior freqüência o
homem, pelo aumento da tecnologia que permitiu a redução das complicações da
gravidez, do parto e do puerpério, contribuindo assim para a diminuição das
mortes entre as mulheres.
Em relação à idade dos idosos estudados, obtivemos idade média de
71,0 anos de idade e ainda, a faixa etária com maior número de idosos foi a de
60-64 anos (24,7%), estando de acordo com outros estudos efetuados em nosso
país (ROSA et al., 2003; LEBRÃO e DUARTE, 2003; MACIEL e GUERRA, 2005;
ARAÚJO e CEOLIM, 2007).
Floriano (2005) em seu trabalho com idosos assistidos por uma equipe
de saúde da família observou que a população estudada por ele era composta por
57,3% de mulheres e que 90,2% dos indivíduos estavam na faixa etária de 60 a
79 anos. Também Paskulin e Vianna (2007), que estudaram o perfil
sociodemográfico e condições de saúde auto-referidas de idosos de Porto Alegre,
obtiveram que entre os idosos, 67,8% eram do sexo feminino, 84% encontravam-
se na faixa de 60 a 79 anos, indo de encontro com o nosso estudo.
Alguns estudos, porém, observam que em um intervalo de 25 anos
1980 a 2005, o crescimento total da população foi de 55,3%; o referente a idosos
superou 126,3%. Destaca-se, nesses números, a faixa de idade com mais de 80
anos, que apresentou um crescimento de 246,0%, refletindo a ocorrência do que
se denomina transição demográfica acelerada (INOUYE et al., 2008; IBGE, 2000).
Fato este, não observado em nosso estudo onde a maioria estava na faixa etária
mais baixa.
No que se refere à escolaridade, vale observar que, em nosso estudo,
71,4% possuíam baixa escolaridade, ou seja, com até quatro anos de estudo.
Alguns estudos (FELICIANO et al., 2004; INOUYE et al., 2008) referem que os
homens tinham maior nível de instrução quando comparados com as mulheres,
ou seja, 30,1% possuíam de cinco a onze anos de estudos. Isto reflete a
organização social do começo do século que não facilitava o acesso à escola aos
mais pobres e às mulheres. Os valores da época o valorizavam a educação
escolar para as mulheres, que muitas vezes eram criadas para serem boas
esposas, mães e donas-de-casa.
Paskulin e Vianna (2007) em seus estudos observaram que 72,4%
possuíam apenas o primário completo. Os homens possuíam maior escolaridade
em relação às mulheres. Houve maior proporção de homens que mulheres,
principalmente na categoria ensino médio e superior. Em nosso estudo, o nível
superior foi reservado às mulheres.
Desta forma, compreende-se melhor as muitas iniciativas blicas e
ações não-governamentais se voltarem à alfabetização e educação continuada de
adultos e idosos, experiências que ilustram este tipo de iniciativa são os
programas denominados Universidade Aberta a Terceira Idade, Movimento de
Alfabetização de Adultos e Educação de Jovens e Adultos, dentre outros
(DEBERT, 1997).
Outro dado observado em nosso estudo é relacionado à situação
conjugal, onde, 52,2% dos idosos relataram ter um companheiro. Indo de
encontro com os estudos de Coelho Filho e Ramos (1999) que relatam que mais
da metade dos idosos (51,9%) estudados por eles viviam com cônjuge.
Diferentemente dos estudos de Paskulin e Vianna (2007), onde se
observou que a proporção de idosas sem companheiro foi elevada. Referem que,
além de elas viverem mais, também as questões culturais, em que um novo
casamento é mais comum entre os homens. Entretanto, esses padrões parecem
estar se modificando, pois, em comparação com os censos anteriores, a
proporção de idosos casados cresceu, principalmente entre as mulheres
(CAMARANO, KANSO e MELO, 2004).
Também Queroz e Neri (2005), em seu trabalho com 120 idosos,
obtiveram que dentre a amostra estudada, 68% dos casados eram homens e
41,5% eram mulheres; dentre os solteiros, viúvos, separados e divorciados, 88%
dos homens e 53% das mulheres viviam com um companheiro.
As pessoas solteiras ou viúvas apresentam uma atitude mais negativa
frente à velhice do que as casadas e descasadas. Além disso, sabe-se que o
contingente de viúvas, no Brasil e no mundo, é muito elevado, em contraste com
o elevado percentual de homens casados. Enquanto os viúvos casam-se
novamente, mais da metade das mulheres permanecem viúvas (DOIMO;
DERNTL, LAGO, 2008).
Assim, possivelmente reflita-se a evidência empírica de que os idosos
casados têm melhor qualidade de vida do que os que vivem sozinhos,
principalmente se são homens. Dados de pesquisas confirmam que ser mulher,
sozinha e idosa aumenta as chances de incapacidade e doenças, ao passo que
ser casado é preditivo de melhor velhice (RESENDE e NERI, 2005). Ou seja, as
pessoas casadas proporcionam mais cuidado do que as viúvas e solteiras, o que
não necessariamente significa que recebam mais suporte social ou afetivo que os
não casados. Nota-se, porém, que talvez pessoas casadas, tenham mais
competência para dar apoio e cuidar outro que os não casados.
Paskulin e Vianna (2007), em seus estudos referem que a maioria das
idosas brasileiras não teve trabalho remunerado em sua vida adulta, o que vem
ao encontro dos achados da presente investigação onde se observou maior
proporção de idosas sem atividade remunerada (80,5%), o que colabora para a
maior dependência econômica das idosas (CALDAS, 2003). Dados também de
acordo com o referido por DOIMO; DERNTL e LAGO (2008) onde descreve que
atualmente um empobrecimento de domicílios de chefia feminina, decorrente
de viuvez, separações, maternidade sem casamento, não participação dos pais
no sustento da casa. O Brasil passa por rápidas mudanças conjunturais que se
fazem notar em situações novas de apoio mútuo entre gerações: enquanto filhos
desempregados cuidam de suas mães e avós, estas os sustentam com uma
precária, mas infalível pensão ou aposentadoria mensal.
Na descrição do perfil de uma amostra de octagenários, Inouye et al.
(2008), descrevem que 48% dos idosos octagenários estudados, trabalhou,
mas no momento da entrevista, não trabalhava mais, 12% nunca trabalhou fora e
40% continuavam a ajudar em alguma tarefa doméstica. Dados estes que vão ao
encontro de nosso estudo, mesmo nossa população apresentando-se na faixa
etária mais jovem.
É importante destacar que idosos que permanecem desenvolvendo
alguma atividade, mesmo após a aposentadoria, como forma de complementar o
orçamento doméstico, sendo o baixo poder aquisitivo da população idosa no
Brasil um fato marcante. Desta forma, as aposentadorias e pensões constituem a
principal fonte de rendimentos dos idosos, e, como conseqüência do baixo valor
dos benefícios, um terço dos brasileiros com 60 anos ou mais se mantinha em
atividades produtivas em 1995. O retorno dos idosos ao mercado de trabalho ou a
sua permanência se , sobretudo no mercado informal, em atividades mal
remuneradas e jornadas de trabalho extensas (SANTOS et al., 2002).
Quando perguntado ao idoso se apresentava boa saúde ou não, notou-
se que a maioria (49,2%) referiu possuir “boa” saúde. As investigações realizadas
por Paskulin e Vianna (2007) confirmaram os achados do presente estudo, uma
vez que descrevem que a maioria dos idosos referiu boa saúde, 81%
consideravam-se saudável. Uma grande proporção relatou ser portador de
doenças crônicas ou fazer uso de medicação sistemática, o que reforça a idéia de
que a percepção de ser doente está mais relacionada às incapacidades do que a
ser portador de danos crônicos. Vale ressaltar que a manutenção da capacidade
funcional do idoso é fundamental para a preservação de sua saúde.
A percepção da saúde esta relacionada ao estilo de vida de cada
indivíduo e as suas condições de saúde. Rocha e Freire (2007) em seu estudo
com idosas que participam de um centro de convivência para a Terceira Idade no
município de Jequié-BA tinham como propósito verificar a relação entre o nível de
atividade física e a autopercepção da saúde. Estas idosas apresentavam um nível
de atividade física recomendável, de acordo com os critérios da OMS. Porém, de
acordo com os dados obtidos, referem que não diferença entre as idosas e
seus níveis de atividade física quanto à percepção da saúde. Ressalta-se ainda
que a percepção negativa da saúde apresentou-se associada às doenças
crônicas.
Virtuoso Junior e Guerra (2008) descrevem que 34,6% dos idosos
pesquisados por eles possuíam uma percepção otimista da condição de saúde,
ressaltando que a saúde percebida tem merecido considerável atenção como um
indicador do declínio da condição funcional. É uma variável simples de ser obtida,
com o potencial de sintetizar uma completa interação de fatores envolvidos na
saúde do idoso. Considerando que a saúde percebida reflete com relativa
precisão o estado geral de saúde, Collins et al. (2004) em seus estudos indicam
uma relação positiva entre a saúde percebida e as limitações funcionais dos
idosos por eles estudados.
Nos estudos de Lebrão e Laurenti (2005) quando foi perguntado ao
idoso sobre como considerava sua saúde, 53,8% consideraram a sua saúde
regular ou má, variando de acordo com a idade do entrevistado, sendo
considerada pior quanto maior a idade apresentada pelo idoso.
Para a variável atividade de lazer, obteve-se que 19,2% referiram
possuir alguma atividade de lazer, dados de encontro com os apresentados por
Paskulin e Vianna (2007) onde referem em seu estudo que 18,5% dos idosos
analisados, informaram realizar atividades em espaços coletivos. Observa-se, no
entanto que, os idosos apresentam como atividade de lazer, aquelas realizadas
no próprio domicílio como, assistir televisão, ouvir rádio, ler jornal e livros e fazer
trabalhos manuais.
Outro dado analisado em nosso estudo foi a qualidade de vida do
idoso. Obtivemos que os idosos apresentaram-se satisfeitos, concordando com
outros estudos onde também a maioria dos idosos considerou sua qualidade de
vida bastante positiva (SOUSA, GALANTE e FIGUEIREDO, 2003; IA et al.,
2007). Além disso, Fleck et al. (1999) observaram em seus estudos uma
tendência de associação entre qualidade de vida e bem-estar ou sentir-se bem.
Néri (1993) destaca que, quanto mais ativo o idoso, maior sua satisfação com a
vida e, conseqüentemente, melhor sua qualidade de vida.
Nos estudos de Santos et al. (2002), eles observaram em sua amostra
que a qualidade de vida dos idosos vai de pouca a moderada. Segundo os
autores, este fato reflete as condições biopsicossociais experimentadas por esses
indivíduos no contexto brasileiro, onde há constantes agressões econômicas,
sociais e ambientais além de aceleradas transformações que acabam por exclui
os idosos de seu meio. Nesse contexto, “estar bem com a vida” não passa de
uma idealidade imaginária.
Outro estudo realizado por Carneiro et al. (2007), teve como objetivo
investigar as habilidades sociais, o apoio social, a qualidade de vida e a
depressão de idosos em contextos familiares e de asilos; assim, obteve como
resultado que os idosos do asilo apresentaram um menor repertório de
habilidades sociais, uma menor rede de apoio social e uma pior qualidade de
vida, sendo o convívio social um fator importante para a qualidade de vida.
Importante ressaltar que ao se analisar a contribuição dos diferentes
domínios na qualidade de vida global, observa-se que os domínios (físico,
ambiental, psicológico e social) explicam limitadamente a qualidade de vida
global; mas alterações em um ou mais domínios podem implicar em alterações na
qualidade de vida global do indivíduo (Pereira et al., 2006).
O domínio funcional assume grande relevância no conceito
multidimensional de qualidade de vida, devendo ser medido juntamente com o
estado de saúde quando se deseja avaliar a qualidade de vida em idosos
(Covinsky et al., 1999; Fassino et al., 2002).
Dessa forma, segundo Xavier et al. (2003), o bem-estar do idoso seria
resultado do equilíbrio entre as diversas dimensões da capacidade funcional, sem
significar ausência de problemas em todas as dimensões, tendo em vista que o
bem-estar pode ser atingido por muitos, independentemente da presença ou não
de enfermidades.
Como destaca Rogerson (1995), a interpretação da avaliação global da
qualidade de vida é um tanto difícil, uma vez que resultados semelhantes podem
ser explicados por diferentes fatores. Para cada indivíduo, há uma forma de
operacionalizar sua avaliação, e a avaliação de um mesmo indivíduo pode variar
com o tempo, com a mudança de prioridades ao longo da vida e com as
circunstâncias pelas quais a vida pode se modificar.
A avaliação da capacidade funcional na gerontologia é importante
indicativo da qualidade de vida do idoso, sendo o desempenho nas atividades da
vida diária o parâmetro amplamente aceito e reconhecido, permitindo aos
profissionais uma visão mais precisa quanto à severidade da doença e das suas
seqüelas (DIOGO, 2003; ALVARENGA et al., 2005). Em nosso estudo, às ABVD,
ou seja, a capacidade funcional dos idosos mostra que a população estudada se
apresenta independente, tanto para o índice de Katz (AVD`s) como para o índice
de Lawton (AIVD`s); observando-se ainda, uma satisfação com sua qualidade de
vida.
Ricci, Kubota e Cordeiro (2006) em seus estudos verificaram que
59,0% dos idosos necessitam de assistência de a 50% nas tarefas. Dados
também confirmado por Landi et al. (2000)
Alguns estudos, Landi et al. (2000), Alvarenga et al. (2005), Costa et al.
(2006), Duarte, Andrade e Lebrão (2007), referem que o índice de Katz e a escala
de Lawton estão dentre os instrumentos mais utilizados para avaliar a capacidade
funcional entre idosos, uma vez que a avaliação funcional do idoso envolve
aspectos complexos variados na busca de estimar a realização de suas
atividades rotineiras; além disso, é de fácil aplicação e mundialmente utilizado.
Segundo Pereira et al. (2006), a maior influência do domínio físico na
qualidade de vida global desses idosos ressalta a importância de se considerar a
capacidade funcional como importante fator de impacto na qualidade de vida em
idosos. Ramos (2003) destaca que a capacidade funcional, atualmente, surge
como um novo paradigma de saúde para os indivíduos idosos, e o
envelhecimento saudável passa a ser visto como uma interação multidimensional
entre saúde física e mental, independência na vida diária, integração social,
suporte familiar e independência econômica.
Além disso, a qualidade de vida na velhice tem sido associada a
questões de independência e autonomia, e a dependência do idoso resulta das
alterações biológicas, suas incapacidades, e de mudanças nas exigências sociais
(SOUSA, GALANTE e FIGUEIREDO, 2003).
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOCONCLUSÃO
CONCLUSÃO
6. Conclusão
No presente estudo observou-se que a população estudada é na sua
maioria, de baixa escolaridade, vivendo com companheiro, na maioria
aposentada, com pouca atividade de lazer. Além disso, referem satisfação com
sua qualidade de vida.
Os resultados do estudo mostram que os idosos estudados
apresentam independência funcional nas atividades de vida diária e nas
atividades instrumentais de vida diária, como descrito e em consenso com a
literatura pertinente. Tendo em vista o envelhecimento saudável, sugere-se que
ações preventivas devam ser feitas, uma vez que prevenir é atuar antes mesmo
que qualquer problema venha a ocorrer mesmo que em níveis mínimos
(REBELATTO e BOTOMÉ, 1987). Sugerem-se ações de políticas públicas que
vise manter ou mesmo melhorar as condições de saúde destes idosos,
considerando seus aspectos físico-funcionais.
Ressalta-se a importância dos programas de saúde do governo pois,
possibilita intervir na promoção de saúde com ações que retardam o
aparecimento das incapacidades, viabilizando a reabilitação quando estas forem
detectadas, podendo reduzir o número de idosos dependentes, melhorando a
qualidade de vida dos brasileiros. Adicionalmente, atividades recreativas, sociais
e culturais que fortaleçam grupos de idosos poderiam ser desenvolvidas nos
espaços coletivos existentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, I.D.; FORLENZA, O.V.; BARROS, H.L. Demência de Alzheimer:
correlação entre memória e autonomia. Rev. Psiquiatr. Clín., v. 32, n. 3, 2005.
ALVARENGA, M.R.M. et al. Avaliação de perdas funcionais e dependência em
idosos: uma pesquisa bibliográfica. Saúde e sociedade. v. 14, supl 1, 2005.
ARAÚJO, M.O.P.H.; CEOLIM, M.F. Avaliação do grau de independência de
idosos residentes em instituições de longa permanência. Rev Esc Enferm USP.;
v. 41, n. 3, p. 378-85, 2007.
ASSIS, M. [org.] Promoção da saúde e envelhecimento. [Apostila] Rio de
Janeiro: Unati-UERJ, 2002.
BARBOT-COLDEVIN, J. Desigualdades baseadas en el género: la adulta
mayor y su mayor vulnerabildad. In: Encuentro latinoamericano y caribeño
sobre las personas de edad, 1999, Santiago. Anais... Santiago: CELADE -
Seminarios y Conferencias, p. 257-270, 2000.
BARRETO, K.M.L. et al. Perfil sócio-epidemiológico demográfico das mulheres
idosas da Universidade Aberta à Terceira Idade no estado de Pernambuco. Rev.
Bras. Saude Mater. Infant., v. 3, n. 3, p. 339-354, 2003.
BOWLING, A. What things are important in people´s lives? A survey of the public’s
judgments to inform scales of health related quality of life. Soc Sci Med. v. 41: p.
1447-1462, 1995.
BRASIL. Ministério da Previdência e Assistência Social. Secretaria de Ação Social
(BR). Plano de ação governamental integrado para o desenvolvimento da
Política Nacional do Idoso. Brasília (DF): Ministério da Previdência e Assistência
Social, Secretaria de Ação Social, 1996.
BRASIL. Ministério da Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa.
Cadernos de atenção básica, n. 19, Distrito Federal, 2006.
BURCKHARDT, C. S.; ANDERSON, K. L. The Quality Of Life Scale (QOLS):
Reliability, Validity and Utilization. Health qual life Outcomes. v. 1, n. 1, p. 60,
2003.
CALDAS, C.P. Envelhecimento com dependência: responsabilidades e demandas
da família. Cad saúde publica. v. 19, n. 3, p. 773-781, mai/jun, 2003.
CAMARANO A.A.; KANSO, S.; MELO, J.L. Como vive o idoso brasileiro? In:
Camarano A.A. [organizador]. Os novos idosos brasileiros: muito além dos
60? Rio de Janeiro: IPEA, p. 25-73. 2004.
CAMARANO, A.A. Mulher idosa: suporte familiar ou agente de mudança? Estud.
av. vol.17, n. 49, p.35-63. 2003.
CARMO et al. Mudanças nos padrões de morbimortalidade da população
brasileira: os desafios para um novo século. Epidemiol. Serv. Saúde, v. 12, n.2,
p.63-75, 2003.
CARNEIRO, R.S. et al. Qualidade de Vida, Apoio Social e Depressão em Idosos:
Relação com Habilidades Sociais. Psicologia: Reflexão e Crítica. v. 20, n. 2, p.
229-237, 2007.
CARVALHO, G.A.; PEIXOTO, N.M.; CAPELLA, P.D. Análise comparativa da
avaliação funcional do paciente geriátrico institucionalizado por meio dos
protocolos de Katz e Tinetti. Revista Digital ED-Esportes, ano 12, n 114, nov,
2007.
CICONELLI, R.M. Medidas de avaliação de qualidade de vida. Revista Brasileira
de Reumatologia, v. 43, n. 2, p. IX-XIII, mar/abr, 2003.
COELHO FILHO, J.M.; RAMOS, L.R. Epidemiologia do envelhecimento no
Nordeste do Brasil: resultados de inquérito domiciliar. Rev. Saúde Pública. v. 33,
n. 5, p. 445-53, 1999.
COLLINS, K. et al. Functional fitness, disease and independence in community-
Dwelling older adults in Western Wisconsin. Wisconsin Med J. v. 103, p. 42-3,
2004.
COSTA, E.C. et al. Capacidade de idosos da comunidade para desenvolver
atividades de vida diária e instrumentais de vida diária. Acta Paulista de
enfermagem. v. 19, n. 1, supl. 1, jan/mar, 2006.
COSTA, E.F.A.; MONEGO, E. T. Avaliação Geriátrica Ampla (AGA). Revista da
UFG, v. 5, n. 2, dez, 2003.
COVINSKY, K.E. et al. Health status versus quality of life in older patients: does
the distinction matter? Am J Med. v. 106, n. 4, p. 435-40, 1999.
DANTAS, R.A.S.; SAWADA, N.O.; MALERBO, M.B. Pesquisas sobre qualidade
de vida: Revisão da produção científica das universidades públicas do estado de
São Paulo. Rev. Latinoam. Enfermagem. v. 11, n.4, p. 532-538, 2003.
DEBERT, G.G. A invenção da terceira idade e a rearticulação de formas de
consumo e demandas políticas. Rev Bra Cienc Soc. v. 12, n. 34, p. 39-56, 1997.
DELLA VECCHIA, R. et al. Qualidade de vida na terceira idade: um conceito
subjetivo. Rev. bras. Epidemiol. v.8, n.3, p.246-252, 2005.
DIOGO, M.J.D. A dinâmica dependência-autonomia em idosos submetidos à
amputação de membros inferiores. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v. 5, n. 1,
1997.
DIOGO, M.J.D. Avaliação funcional de idosos com amputação de membros
inferiores atendidos em um hospital universitário. Rev. Latino-Am. Enfermagem.
v. 11, n. 1, 2003.
DOIMO, L.A.; DERNTL, A.M.; LAGO, O.C. O uso do tempo no cotidiano de
mulheres idosas: um método indicador do estilo de vida de grupos populacionais.
Ciênc. saúde coletiva. v. 13, n. 4, 2008.
DUARTE, Y.A.O.; ANDRADE, C.L.; LEBRÃO, M.L. O índice de Katz na Avaliação
da funcionalidade de idosos. Revista Esc Enf da USP. v. 41, n. 2, p. 317-325,
2007.
FASSINO, S. et al. Quality of life in dependent older adults living at home. Arch
Gerontol Geriatr. v. 35, n. 1, p. 9-20, 2002.
Feliciano, A.B. et al. O perfil do idoso de baixa renda no município de São Carlos,
São Paulo, Brasil: um estudo epidemiológico. Cad. Saúde Pública. v. 20, n. 6, p.
1575-85, 2004.
FERNANDES, F. S. A velhice e a Justiça. In: FREITAS, E. V.; PY, L.; NERI, A. L.;
CANÇADO, F. A. X.; GORZONI, M. L.; ROCHA, S. M. Tratado de geriatria e
gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 1069-76, 2002.
FILLENBAUM, G.G.; SMYER, M.A. The development, validity and reliability of the
OARS multidimensional functional assessment questionnaire. J. Gerontol. v. 36,
n. 4, p. 428-34, 1981.
FLANAGAN, J.C. Measurement of Quality of Life: Current State of the Art. Arch
Phys Med Rehabil. v. 63, p. 56-59, 1982.
FLECK, M.P.A. et al. Aplicação da versão em português do instrumento de
avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-
100). Rev Saúde Pública. v. 33, p. 198-205, 1999.
FLORIANO, P.J. O perfil de idosos assistidos por uma equipe de saúde da família
do centro de saúde de sousas, no município de campinas-sp. Tese mestrado.
Unicamp. Faculdade de educação, 2005.
GONÇALVES, L.H.T.; DIAS, M.M.; LIZ, T.G. Qualidade de vida de idosos
independentes segundo proposta de avaliação de Flanagan. O mundo da Saúde.
v. 23, n. 4, p. 214-20, 1999.
GRIMLEY-EVANS, J. Prevention of age-associated loss of autonomy:
epidemiological approaches. Journal of chronic diseases. v. 37, p. 353-63,
1984.
GRIMLEY-EVANS, J. The health of an ageing population. In: BITLES, A.H. e
COLLINS, K.Y., The biology of human ageing. Cambridge, University Press, p.
201-14, 1986.
GUIMARÃES, L.H.C.T. et al. Avaliação da capacidade funcional de idosos em
tratamento fisioterapêutico. Revista de Neurociência. v 12, n 3, jul/set, 2004.
HOGSTEL, M.O.; GAUL, A.L. Safety or autonomy - and ethical issue for clinical
gerontological nurses. J. Gerontol. Nurs. v. 17, n. 3, p. 6-11, 1991.
Homens e Mulheres na Meia-idade e na Velhice. Psicologia: Reflexão e Crítica.
v. 18, n. 2, p. 292-299, 2005.
Inouye, K. et al. Octogenários e cuidadores: perfil sócio-demográfico e correlação
da variável qualidade de vida. Texto Contexto Enfermagem. v. 17, n. 2, p. 350-7,
abr-jun, 2008.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE. Censo
Demográfico e Estimativas 2000. Brasília. Disponível em:
<www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/populacao/pop_Censo2
000.pdf> Acesso em 20 jun. 2008.
JACOB FILHO, W. Envelhecimento e Atendimento Domiciliário. In: DUARTE,
Y,A.; DIOGO, M.J.D. Atendimento Domiciliar: Um Enfoque Gerontológico.
São Paulo: Atheneu, p.19-26, 2000.
JETTE, A.M.; BRANCH, L. Impairment and disability in the aged. J Chronic Dis.
v. 38, p. 59-65, 1985.
JÓIA, et al. Condições associadas ao grau de satisfação com a vida entre a
população de idosos. Rev Saúde Pública. v. 41, n. 1, p. 131-8, 2007.
KALACHE, A.; VERAS, R.P.; RAMOS, L.R. O envelhecimento da população
mundial: um desafio novo. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 21, n. 3, 1987.
KATZ, S. et al. Progress in development of the index of ADL. Gerontologist, v.10,
n.1, p.20-30. 1970.
KATZ, S.; FORD, A.B.; MOSKOWITZ, R.W.; JACKSON, P.; JAFFE, M.W. The
index of ADL: a standardized measure of histological and psychosocial function.
JAMA, v. 185, p. 914-9, 1963.
LANDI, F. Minimum data set for home care: a valid instrument to assess frail older
people living in the community. Med Care. v. 38, n. 12, p. 1184-90, 2000.
LAWTON, M.P. et al. research and 122 service oriented multilevel assessment
instrument, J. Gerontol., v. 37, n.1, p. 91-9, 1982.
LAWTON, M.P.; BRODY, E.M. Assessment of older people: self-maintaining and
instrumental activities of daily living. Gerontologist, v.9, n.3, p.179-86. 1969.
LEBRAO, M.L.; DUARTE, Y.A.O. O projeto SABE no município de São Paulo:
uma abordagem inicial. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2003.
LEBRÃO, M.L.; LAURENTI, R. Saúde, bem-estar e envelhecimento: o estudo
SABE no Município de o Paulo. Revista Brasileira de Epidemiologia. v. 8, n.
2, p. 127-141, 2005.
LEIBING, A. - Antropologia de uma doença orgânica: doença de Alzheimer e
fatores culturais. In: Cadernos IPUB, Instituto de Psiquiatria da UFRJ (Ed.):
Envelhecimento e Saúde Mental - Uma Aproximação Multidisciplinar. v. 10,
p. 157-74, 1997.
LIMA-COSTA, M.F. et al. Condições de saúde, capacidade funcional, uso de
serviços de saúde e gastos com medicamentos da população idosa brasileira: um
estudo descritivo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
Caderno Saúde Pública. v. 19, n. 3, p. 735-43, mai/jun, 2003.
LIMA-COSTA, M.F.; VERAS, R. Saúde Pública e envelhecimento. Caderno
Saúde Pública. v. 19, n. 3, jan/jun, 2003.
MACIEL, A.C.C.; GUERRA, R.O. Fatores associados à alteração de mobilidade
em idosos residentes na comunidade. Rev Brasileira de Fisioterapia. v. 9, n 1,
17-23, 2005.
MASTROENI, M.F. et al . Perfil demográfico de idosos da cidade de Joinville,
Santa Catarina: estudo de base domiciliar. Rev. bras. epidemiol. v. 10, n. 2, jun,
2007.
MATHER, L.E.; AUSTIN, K.L. The Statistical Package for the Social Sciences
(SPSS) as an adjunct to pharmacokinetic analysis. Biopharm Drug Dispos, v.4,
n.2, Apr-Jun, p.157-72. 1983.
MEERBERG, G. Quality of life: a conceptual analysis. J. Adv. Nursing. v. 18, p.
32-38, 1993.
MINAYO, M.C.S.; HARTZ, Z.M.A.; BUSS, P.M. Qualidade de vida e saúde: um
debate necessário. Ciência e Saúde Coletiva. v. 5, n. 1, p. 17-18, 2000.
NAHAS, M.V; BARROS, M.V.G; FRANCALACCI, V. O pentáculo do bem estar-
base conceitual para avaliação do estilo de vida de indivíduos ou grupo. Rev Bras
Ativ Fis Saúde. v. 5, p. 48-59, 2000.
NERI, A.L. Qualidade de vida e idade madura. Campinas: Papirus: 1993.
OPAS / OMS - Organização Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da
Saúde A SAÚDE NO BRASIL. Representação da OPS/OMS no Brasil, 48 p.,
1998.
PAPALÉO NETTO, M.; PONTE, J.R. Envelhecimento: Desafio na Transição do
Século. In: Papaléo Netto, M. Gerontologia. São Paulo: Atheneu, p.3-12, 1996.
PARAHYBA, M.I., VERAS, R.; MELZER, D. Incapacidade Funcional entre as
mulheres idosas no Brasil. Revista Saúde Pública. v. 39, n. 3, p. 383-91, 2005.
PASCHOAL, S.M.P. Qualidade de vida do idoso: construção de um
instrumento de avaliação através do método do impacto clínico. Tese de
Doutorado defendida em 2005 pela USP.
PASCHOAL, S.M.P. Qualidade de vida do idoso: elaboração de um
instrumento que privilegia sua opinião. Dissertação de Mestrado defendida em
2001 pela USP
PASCHOAL, S.M.P.; SALLES, R.F.N.; FRANCO, R.P. Epidemiologia do
envelhecimento. In: Filho, E.T.C.; Papaléo Netto, M. Geriatria: Fundamentos,
clínica e terapêutica. 2ª edição. São Paulo: Editora Atheneu, 2006.
PASKULIN, L.M.G.; VIANNA, L.A.C. Perfi l sociodemográfico e condições de
saúde autoreferidas de idosos de Porto Alegre. Rev Saúde Pública. v. 41, n. 5, p.
757-68, 2007.
PAVARINI, S.C.I.; NERI, A. L.. Compreendendo dependência, independência e
autonomia no contexto domiciliar conceitos, atitudes e comportamentos. In:
Duarte, Y.A.O.; Diogo,M.J.D. Atendimento domiciliar um enfoque
gerontológico. São Paulo Editora Atheneu, 2000.
PEREIRA, H.N. A atividade física na promoção da qualidade de vida em
indivíduos da terceira idade. 2006. Disponível em:
<http://www.cb.ce.gov.br/aplicativos/gercont/arquivos/downloads/Artigo%20_Cap
%20Holdayne_.pdf>. Acesso em: 01 jun. 2008.
QUEROZ, N.C.; NERI, A.L. Bem-estar Psicológico e Inteligência Emocional entre
RAMOS, L. R. et al. Perfil do Idoso em área metropolitana na Região Sudeste do
Brasil: Resultados de Inquérito Domiciliar. Revista de Saúde Pública. v. 27, n. 2,
p. 87-94, 1993.
RAMOS, L.R. Fatores determinantes do envelhecimento saudável em idosos
residentes em centro urbano: Projeto Epidoso, São Paulo. Cad. Saúde Pública.
v.19, n.3, p.793-797. 2003.
REBELATTO, J.R.; BOTOMÉ, S.P. Fisioterapia no Brasil: perspectivas de
evolução como campo profissional e como área de conhecimento. São
Paulo: Ed. Manole, 1987.
RESENDE, M.C.; NERI, A.L. Atitudes de adultos com deficiência física frente ao
idoso, à velhice pessoal e a pessoas com deficiência física. Estudos de
Psicologia. v. 22, n. 2, p. 123-131, abril -.junho, 2005.
RICCI, N.A.; KUBOTA, M.T.; CORDEIRO, R.C. Concordância de observações
sobre a capacidade funcional de idosos em assistência domiciliar. Rev. Saúde
Pública. v. 39, n. 4, 2005.
ROCHA, S.V.; FREIRE, M.O. Nível de atividade física habitual e autopercepção
do estado de saúde em idosas no município de Jequié-Bahia. Rev. Bras. em
Promoção da Saúde. v. 20, n. 3, p. 161-167, 2007.
ROGERSON, R.J. Environmental and health-related quality of life: conceptual and
methodological similarities. Soc. Sci. Med. v. 41, p. 1373-82, 1995.
ROSA, T.E.C. et al. Fatores determinantes da capacidade funcional entre idosos.
Rev. Saúde Pública. v. 37, n. 1, 2003.
RUBENSTEIN, L.Z. et al. The Sepulveda VA Geriatric Evaluation Unit: data on
four-year outcomes and predictors of improved patient outcomes. J Am Geriatr
Soc. v. 32, n. 7, p. 503-12, 1984.
RUIZ, T. et al. Estudo de sobrevivência de uma coorte de pessoas de 60 anos e
mais no município de Botucatu (SP) - Brasil. Rev. bras. epidemiol. v. 6, n. 3,
2003.
SANCHEZ, M.A.S. A dependência e suas implicações para a perda de autonomia:
estudo das representações para idosos de uma unidade ambulatorial geriátrica
Textos sobre Envelhecimento. v.3, n. 3, 2000. Disponível em:
<http://www.unati.uerj.br/tse/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
59282000000100004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 02 jul. 2008.
SANTOS, L.M. et al. Grupos de promoção à saúde no desenvolvimento da
autonomia, condições de vida e saúde. Rev. Saúde Pública. v.40, n.2, p.346-352.
2006.
SANTOS, S.R. et al. Qualidade de vida do idoso na comunidade: aplicação da
escala de Flanagan. Revista Latino-americana Enfermagem. v. 10, n. 6, p. 757-
64, 2002.
SILVA, F.P. et al. Perfil dos pacientes geriátricos do hospital Paulo de Tarso.
Arquivos em odontologia. v. 41, n. 1, jan/mar, 2005.
SILVESTRE, J.A. et al. O envelhecimento populacional brasileiro e o setor saúde.
Arq. Geriatria e Gerontologia. v. 1, p. 81-9, 1996.
SILVESTRE, J.A.; COSTA NETO, M.M. Abordagem do idoso em programa de
saúde da família. Caderno Saúde Pública. v. 19, n. 3, p. 839-847, mai/jun, 2003.
SOUSA, L.; GALANTE, H.; FIGUEIREDO, D. Qualidade de vida e bem-estar dos
idosos: um estudo exploratório na população portuguesa Revista Saúde Pública.
v. 37, n. 3, p. 364-71, 2003.
THE WHOQOL GROUP. The development of the World Health Organization
quality of life assessment instrument (the WHOQOL). In: Orley J, Kuyken W,
editors. Quality of life assessment: international perspectives. Heidelberg:
Springer Verlag, p 41-60., 1994.
VALLE, A.A.L.; MARTINEZ, T.L.R.; FILHO, E.E.M. Desafio econômico da doença
cardiovascular: relação custo benefício das prevenções primárias e secundárias.
Rev. Soc Cardiol Est São Paulo. v. 6, n. 5, p. 661-6, 1996.
VERAS, R. País jovem com cabelos brancos: a saúde do idoso no Brasil. Rio
de Janeiro: Relume Dumará, p. 224, 1994.
VERAS, R.P.; COUTINHO, E.S.F. Estudo de prevalência de depressão e
síndrome cerebral orgânica na população de idosos no Brasil. Revista Saúde
Pública. v. 25, p. 209-17, 1991.
VIRTUOSO JUNIOR, J.S.; GUERRA, R.O. Fatores associados às limitações
funcionais em idosas de baixa renda. Rev. Assoc. Med. Bras. v. 54, n. 5, out,
2008.
XAVIER, F.M. et al. Elderly people’s definition of quality of life. Rev Bras
Psiquiatr. v. 25, n. 1, p. 31-9, 2003.
ANEXOS
ANEXOSANEXOS
ANEXOS
8. ANEXOS
ANEXO 1
Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de
Botucatu – UNESP
ANEXO 2
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
(TERMINOLOGIA OBRIGATÓRIA EM ATENDIMENTO A RESOLUÇÃO 196/96
CNS-MS)
SEGUIMENTO DA POPULAÇÃO IDOSA DO MUNICÍPIO DE BOTUCATU (SP)
A intenção desta pesquisa é de realizar um estudo sobre a capacidade de
realizar atividades da vida diária, dificuldades pessoais, hábitos, memória, uso de
medicamentos e vacinas, e relacionamento com familiares e comunidade. Esse é
um primeiro seguimento da pesquisa anterior e o senhor(a) será convidado(a)
para uma consulta médica e oftalmológica e a realizar exames laboratoriais.
Sua participação nesta pesquisa é voluntária, a recusa não implicará
nenhum prejuízo ao senhor(a), como também poderá se recusar a responder a
qualquer questão ou desistir de participar a qualquer momento.
A pesquisa não apresenta risco, desconforto e inconveniências para
ninguém. Os dados coletados são confidenciais, o benefício desta pesquisa para
os participantes será o de contribuir para o conhecimento do risco de mortalidade
e doença em botucatuenses na terceira idade.
Você poderá entrar em contato com a pesquisadora por meio do telefone
(14) 9795-2402, lia Regina Covolan, ou a Comissão de Ética da Unesp se tiver
qualquer pergunta, pelo telefone 3802-0000.
Você receberá uma cópia deste termo de consentimento para sua
informação e arquivos.
Data: _____/ ______/ _______
_________________________ ______________________________
Entrevistado Pesquisador
Li a informação acima e foi dada oportunidade para perguntas e minhas
perguntas foram respondidas satisfatoriamente. Recebi uma cópia deste termo de
consentimento e concordo em participar nesta pesquisa.
_________________________________________
Nome completo, RG
ANEXO 3
Avaliação Multifuncional dos Idosos
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU
DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA
QUESTIONÁRIO DO ENTREVISTADOR
PROJETO “SEGUIMENTO DOS IDOSOS DO MUNICÍPIO DE BOTUCATU”
2006
UNESP • FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU
– DEPARTAMENTO DE SDE PÚBLICA
“SER IDOSO EM BOTUCATU-SP”
Número do questionário:____________ Data da Entrevista: ____/____/____
Identificação do entrevistador:_________________________________________
Resultado da pesquisa:
( ) Realizada: obteve-se todas as informações
( ) Não pertence mais á população em estudo: caso no domicílio não haja
mais o morador sorteado, por morte ou mudança de endereço;
( ) Domicilio fechado: residência habitada, porém os moradores não puderam
ser encontrados;
( ) Domicílio de uso ocasional: residência usada para lazer
( ) Recusa
( ) Domicilio vago
( ) Óbito Data:__________________________
Local:______________________________
IDENTIFICAÇÃO:
Nome: ____________________________________________________________
Sexo: ____________ Data Nascimento: ___/___/_____
Estado Conjugal:____________________________
Endereço: _________________________________ Fone:
____________________
Quanto tempo mora em Botucatu: ________________________
Ainda trabalha? Sim ( ) Ocupação atual:________ Ramo de trabalho:________
Local: _________________
Não ( )
É aposentado? Sim ( ) Não( )
Qual o trabalho que realizava
(ocupação)?______________________
Ramo de atividade (local)_____________________________
Escolaridade:
Analfabeto ( ) Sabe escrever o nome ( ) Aprendeu por outro meio ( )
Primário incompleto ( ) Primário completo ( ) Ginásio incompleto ( )
Ginásio Completo ( ) Colegial incompleto( ) Colegial Completo ( )
Superior Completo( ) Superior Incompleto ( )
Número total de cômodos da casa, incluindo banheiro:
_______________________
Número total das pessoas que residem no domicílio:
_________________________
Relação das pessoas do domicílio:
Nome Idade
Grau
parentesco
com o idoso
Vacinados
contra
gripe
Menor de 7
anos em
escola ou
creche
Renda
Sim
Não Sim Não
Sim
Não Sim Não
Sim
Não Sim Não
Outras rendas do idoso
(especificar):_____________________________________
DADOS SÓCIO-ECONÔMICOS
QUAL É A RENDA TOTAL POR MÊS DAS PESSOAS QUE MORAM NO SEU
DOMICÍLIO, SOMANDO A SUA E A DE TODOS OS OUTROS,
CONSIDERANDO TODAS AS FONTES, COMO SALÁRIOS, HORAS EXTRAS,
ALUGUÉIS, BICOS, PENSÕES, APOSENTADORIAS, ETC?
1- Até R$ 300,00 (até 1 SM).
2- De R$ 301,00 a R$ 1.500,00 (de 1 a 5 SM).
3- De R$ 1.501,00 a R$ 3.000,00 (de 5 a 10 SM)
4- De R$ 3.001,00 a R$ 6.000,00 (de 10 a 20 SM)
5- Mais de R$ 6.000,00 (mais de 20 SM)
6- Não Sabe
7- Não Respondeu
QUAL A SUA RAÇA OU COR?
1- Branca
2- Preta
3- Parda/ mulato (a)
4-Amarela
5- Indígena
6- Outros
ESTADO CIVIL
1- Casado ou em união consensual
2- Solteiro
3- Separado (desquitado/ divorciado/ separado judicialmente)
4- Viúvo (a)
5- Não Respondeu
EM QUAL CIDADE VOCÊ NASCEU? __________________________________
EM QUE ESTADO EM VOCÊ NASCEU? ________________________________
QUAL A SUA PRINCIPAL OCUPAÇÃO ATUALMENTE?
01- Funcionário público
02-Empregado de empresa privada
03- Empresário/ empregador
04- Profissional liberal
05- Pequeno comerciante
06- Autônomo
ESCALA DE ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA – AVD
O (a) senhor (a) não recebe ajuda ou somente recebe ajuda para lavar uma parte
do corpo?
1- sim 2-não
O (a) senhor (a) pega as roupas e se veste sem qualquer ajuda, exceto para
amarrar os sapatos?
1- sim 2-não
O (a) senhor (a) vai ao banheiro, usa o banheiro, se veste e retorna sem qualquer
ajuda (andador ou bengala)?
1- sim 2-não
O (a) senhor (a) consegue deitar na cama, sentar-se na cadeira e levantar sem
ajuda (andador ou bengala)?
1- sim 2-não
O (a) senhor (a) controla completamente urina e fezes?
1- sim 2-não
O (a) senhor (a) come sem ajuda (exeto para cortar carne e passar manteiga no
pão)?
1- sim 2-não
ESCALA DE ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA
O (a) senhor (a) consegue usar o telefone?
1- não consegue
2- consegue com ajuda
3- consegue sem ajuda
O (a) senhor (a) consegue ir a lugares distantes, usando algum transporte, sem
necessidade de planejamento especial?
1- não consegue
2- consegue com ajuda
3- consegue sem ajuda
O (a) senhor (a) consegue fazer compras?
1- não consegue
2- consegue com ajuda
3- consegue sem ajuda
O (a) senhor (a) consegue preparar suas próprias refeições?
1- não consegue
2- consegue com ajuda
3- consegue sem ajuda
O (a) senhor (a) consegue arrumar a casa?
1- não consegue
2- consegue com ajuda
3- consegue sem ajuda
O (a) senhor (a) consegue fazer trabalhos domésticos como pequenos reparos?
1- não consegue
2- consegue com ajuda
3- consegue sem ajuda
O (a) senhor (a) consegue lavar e passar a própria roupa?
1- não consegue
2- consegue com ajuda
3- consegue sem ajuda
O senhor (a) consegue tomar seus remédios na dose e no horário corretos?
1- não consegue
2- consegue com ajuda
3- consegue sem ajuda
O (a) senhor (a) consegue cuidar de suas finanças?
1- não consegue
2- consegue com ajuda
3- consegue sem ajuda
ESTILO E QUALIDADE DE VIDA
DOMINIO BEM ESTAR
29- O quanto o (a) o senhor (a) está contente com sua saúde? (fisicamente
bem e vigoroso (a))
Usar tabela 1 ( ) 2 ( ) 3( ) 4 ( ) 5 ( ) 6( ) 7 ( )
2- Qual a satisfação do (a) senhor (a) em relação a sua capacidade de
desempenho nas atividades do dia-dia? (reconhecer seus potencias e limitações)
Usar tabela 1 ( ) 2 ( ) 3( ) 4 ( ) 5 ( ) 6( ) 7 ( )
3- Qual a satisfação do (a) senhor (a) com relação a sua capacidade para o
trabalho? (emprego ou em casa)
Usar tabela 1 ( ) 2 ( ) 3( ) 4 ( ) 5 ( ) 6( ) 7 ( )
DOMÍNIO PREVENÇÃO
4- Sua alimentação diária inclui frutas e verduras?
( ) SIM ( ) QUASE SEMPRE ( ) ÁS VEZES ( ) NÃO
5- O (a) Sr (a) evita alimentos gordurosos (carnes, frituras)?
( ) SIM ( ) QUASE SEMPRE ( ) ÁS VEZES ( ) NÃO
6- O (a) Sr (a) evita doces?
( ) SIM ( ) QUASE SEMPRE ( ) ÁS VEZES ( ) NÃO
7- Quantas refeições o (a) Sr (a) faz por dia?
8- Tem costume de comer entre as refeições?
( ) SIM ( ) NÃO
9- O (a) Sr (a) conhece sua PRESSÂO ARTERIAL, seus níveis de COLESTEROL
e procura controla-los?
( ) SIM ( ) NÃO
10- O (a) Sr (a) ingere alguma bebida ALCÓLICA?
( ) SIM ( ) ÁS VEZES ( ) NÃO
Quanto e qual ?_________________________________________________
11- O ( a) Sr (a) FUMA?
( ) SIM ( ) NÃO
Quantos cigarros por dia?
_________________________________________
12- O (a) Sr (a) respeita as normas de transito? (usa o cinto de segurança)
( ) SIM ( ) QUASE SEMPRE ( ) ÁS VEZES ( ) NÃO
DOMÍNIO CONFORTO MATERIAL
13-Qual a satisfação do (a) senhor (a) em relação ao conforto de sua casa?
Usar tabela 1 ( ) 2 ( ) 3( ) 4 ( ) 5 ( ) 6( ) 7 ( )
14-Qual a satisfação do (a) senhor (a) em relação ao lugar onde mora?
Usar tabela 1 ( ) 2 ( ) 3( ) 4 ( ) 5 ( ) 6( ) 7 ( )
15- Qual a satisfação do senhor (a) em relação a sua situação financeira?
Usar tabela 1 ( ) 2 ( ) 3( ) 4 ( ) 5 ( ) 6( ) 7 ( )
DOMÍNIO- RELACIONAMENTO INTIMO E FAMILIAR
16- Qual a satisfação do senhor (a) em relação ao seu relacionamento com filhos,
irmãos ou parentes? (visita e ajuda)
Usar tabela 1 ( ) 2 ( ) 3( ) 4 ( ) 5 ( ) 6( ) 7 ( )
17- Qual a satisfação do senhor (a) em relação a sua constituição familiar? (teve
ou se criou seus filhos)
Usar tabela 1 ( ) 2 ( ) 3( ) 4 ( ) 5 ( ) 6( ) 7 ( )
18- Qual a satisfação do (a) senhor (a) em relação ao seu relacionamento intimo
com esposa/o, namorado ou companheiro (a)?
Usar tabela 1 ( ) 2 ( ) 3( ) 4 ( ) 5 ( ) 6( ) 7 ( )
DOMINIO RELAÇÕES SOCIAIS
29- O (a) Sr (a) é ativo na sua comunidade, sente-se útil no seu ambiente
social?
( ) SIM ( ) QUASE SEMPRE ( ) ÁS VEZES ( ) NÃO
20-O (a) Sr (a) faz algum trabalho voluntário fora de casa?
( ) SIM ( ) ÁS VEZES ( ) NÃO
21—O (a) Sr (a) procura cultivar amigos ?
( ) SIM ( ) NÃO
22—Seu lazer inclui reuniões com amigos, atividades esportivas em grupo,
participação em associações? (Qualquer uma serve)
( ) SIM ( ) QUASE SEMPRE ( ) ÁS VEZES ( ) NÃO
23- Qual a satisfação do (a) senhor (a) em relação a sua participação em
atividades de lazer?
Usar tabela 1 ( ) 2 ( ) 3( ) 4 ( ) 5 ( ) 6( )
7 ( )
24- O (a) senhor (a) costuma de ouvir musica, assistir TV ou cinema, leitura e
outros entretenimentos?
( ) SIM ( ) QUASE SEMPRE ( ) ÁS VEZES ( ) NÃO
DOMÍNIO INTELECTUAL E HABILIDAES
25- Qual a satisfação do (a) senhor (a) em relação a sua capacidade de aprender
em cursos, palestras, escolas?
Usar tabela 1 ( ) 2 ( ) 3( ) 4 ( ) 5 ( ) 6( ) 7 ( )
26- Qual a satisfação do (a) senhor (a) em relação a sua capacidade de adquirir
novas habilidades manuais? (através de pintura, tricô, musica, poemas,
artesanato)
Usar tabela 1 ( ) 2 ( ) 3( ) 4 ( ) 5 ( ) 6( ) 7 ( )
DOMINIO CONTROLE DO ESTRESSE
27- O (a) Sr (a) reserva tempo (ao menos 5 minutos) todos os dias para relaxar?
( ) SIM ( ) QUASE SEMPRE ( ) ÁS VEZES ( ) NÃO
28- O (a) Sr (a) mantém uma discussão sem alterar-se, mesmo quando
contrariado?
( ) SIM ( ) QUASE SEMPRE ( ) ÁS VEZES ( ) NÃO
29- O (a) Sr (a) equilibra o tempo dedicado ao trabalho com o tempo dedicado ao
lazer?
( ) SIM ( ) QUASE SEMPRE ( ) ÁS VEZES ( ) NÃO
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo