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C.-)c. O papel do grupo (trabalho coletivo e o olhar do “outro”) na
construção do conhecimento de cada um, e do grupo como um todo, como
fruto de uma relação interativa:
“... não há espaço mais rico para aprender do que a sala de aula... há uma
transformação conjunta, uma criação de grupo, um crescimento coletivo,
mas só se dá pela aceitação desse espaço de convivência por todos os
envolvidos... o interessante é que o trabalho com projetos proporciona o
trabalho coletivo e o fortalecimento do grupo” (DA)
“... ao ler o texto entregue, me dei conta da transformação da idéia inicial
de que professora de maternal era “babá de luxo”, deveria apenas cuidar
das crianças ... o caminho não foi curto, foi bastante tortuoso e, mais do
que isso, exigiu muita paciência... hoje, como parte integrante do grupo, é
extremamente gratificante o reconhecimento de muitos ao perceberem a
importância da nossa contribuição no desenvolvimento desses “pequenos
seres”... é assim, portanto, que entendo uma participação ativa: uma forma
de realizar, de transformar, de mobilizar, de criar, abraçar causas, atuar
com responsabilidade, recorrer com humildade, “socorrer” com o coração,
decidir com razão, viver em comunhão, existir nessa imensidão” –
e
ilustrou o texto com um imagem de roda: uma grande ciranda
formada por crianças de alguma escola do Brasil
(CHS)
“...ao mencionar sobre o “viver” cotidiano, só quem é professor sabe o que
significa esse cotidiano: quantos acontecimentos inusitados, alegrias,
tristezas, agitações, tranqüilidades, conquistas e derrotas... mas, tudo
fazendo parte de um processo vivido e construído junto...no grupo... e o
nosso papel é criar esse espaço de convivência e de inter-relações pois, é
nele que se dá o aprendizado e a construção do conhecimento do grupo
como um todo... é “uma grande unidade”, como diz Paulo Freire, “ensinamo-
nos mutuamente” (CLG)
“...no dicionário Aurélio, há o seguinte significado à palavra educação:
“conduzir”, no sentido de fazer-se acompanhar de, ou ir na companhia de,
guiando, orientando... ou seja, implica em uma ação conjunta; o professor,
como diz Maturama, é alguém que se aceita como guia na criação deste
espaço de convivência...a criança, assim como todos os envolvidos nessa
rede de relações, se desenvolve e se modifica numa ação partilhada, nesse
espaço de convivência é impregnado de significados simbólicos, que o adulto
atribui, implicitamente, na relação que constrói com o seu grupo...o
desenvolvimento humano segue permeado, e permeando, essa rede de
relações... o sujeito exerce vários papéis, de acordo com as relações
estabelecidos com os outros, assim como os outros para com ele, pautados
em valores e ideais do grupo” (AA)