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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
MESTRADO EM ODONTOLOGIA – PERIODONTIA
Leandro Stecca
INFLUÊNCIA DA SELEÇÃO DE SÍTIOS PERIODONTAIS
ESPECÍFICOS E DA UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES NÍVEIS
DE PERDA DE INSERÇÃO CLÍNICA NA DETERMINAÇÃO
DA PREVALÊNCIA E SEVERIDADE DA PERIODONTITE
Rio de Janeiro
2008
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1
Leandro Stecca
INFLUÊNCIA DA SELEÇÃO DE SÍTIOS PERIODONTAIS
ESPECÍFICOS E DA UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES NÍVEIS
DE PERDA DE INSERÇÃO CLÍNICA NA DETERMINAÇÃO
DA PREVALÊNCIA E SEVERIDADE DA PERIODONTITE
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação Stricto Sensu da Faculdade de
Odontologia da Universidade Veiga de
Almeida, como requisito parcial para obtenção
do grau de Mestre. Área de concentração:
Periodontia.
Orientadora: Profª. Drª. Alessandra Areas e Souza
Co-orientador: Prof. Dr. Sérgio Kahn
Rio de Janeiro
2008
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2
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
SISTEMA DE BIBLIOTECAS
Rua Ibituruna, 108 – Maracanã
20271-020 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 2574-8845 Fax.: (21) 2574-8891
FICHA CATALOGRÁFICA
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Setorial Tijucal/UVA
S811i Stecca, Leandro
Influência da seleção de sítios periodontais específicos
e da utilização de diferentes níveis de perda de inserção
clínica na determinação da prevalência e severidade da
periodontite/ Leandro Stecca, 2008.
89p. ; 30 cm.
Digitado (original).
Dissertação (Mestrado) – Universidade Veiga de
Almeida, Mestrado em Odontologia, Periodontia, Rio de
Janeiro, 2008.
Orientação: Alessandra Areas e Souza
Co-Orientação: Sérgio Kahn
1. Periodontia. 2. Periodontite. I. Souza, Alessandra
Áreas e (orientadora). II. Kahn, Sérgio (Co-Orientação). III.
Universidade Veiga de Almeida, Mestrado em Periodontia.
IV. Título.
CDD - 617.632
3
LEANDRO STECCA
INFLUÊNCIA DA SELEÇÃO DE SÍTIOS PERIODONTAIS
ESPECÍFICOS E DA UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES NÍVEIS
DE PERDA DE INSERÇÃO CLÍNICA NA DETERMINAÇÃO
DA PREVALÊNCIA E SEVERIDADE DA PERIODONTITE
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação Stricto Sensu da Faculdade de
Odontologia da Universidade Veiga de
Almeida, como requisito parcial para obtenção
do grau de Mestre. Área de concentração:
Periodontia.
Aprovada em ____ de ____________ de 2008
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________________
Profª. Drª. Evandro de Toledo Lourenço Júnior
Universidade Federal de Juiz de Fora
Juiz de Fora – MG
_____________________________________________________________
Prof. Dr. Carlos Marcelo da Silva Figueiredo
Universidade Veiga de Almeida
Rio de Janeiro – RJ
_____________________________________________________________
Prof. Dr. Antônio Carlos Canabarro Andrade Júnior
Universidade Veiga de Almeida
Rio de Janeiro – RJ
4
Dedico este trabalho à minha mãe Eliene
Pinheiro, que sempre vibrou ao meu lado
por cada conquista na minha vida e ao
meu pai Edson Stecca, por ter me
incentivado a fazer o curso de Mestrado.
5
AGRADECIMENTOS
Ao Coordenador Professor Dr. Galan.
À Profª. Drª. Fátima Namen, por acreditar no meu potencial.
À minha orientadora Profª. Drª. Alessandra Areas e Souza, pelo apoio científico,
atenção e carinho.
Ao meu co-Orientador Professor Dr. Sérgio Kahn, pela confiança em mim
depositada.
Aos meus professores de periodontia, Prof. Dr. Evandro de Toledo Lourenço Júnior
e Profª. Ms. Aneliese Holetz de Toledo Lourenço pelos ensinamentos científicos tão
sabiamente repassados.
Agradeço a todos os professores do curso, que me apoiaram durante estes anos de
estudo e trabalho.
Ao meu irmão Guilherme, pelo incentivo.
Ao meu irmão Marcelo, por todo apoio que me deu, desde o primeiro dia da minha
carreira profissional.
Ao Danilo, pela paciência, companheirismo e grande apoio.
Aos meus amigos Helder, Marlos e Carlos, pela compreensão quando diversas
vezes tive de me ausentar de suas companhias para poder estudar.
À Fernanda pelo auxílio diário em minha profissão.
6
“A Odontologia é uma profissão que exige
o senso estético de um artista, o
conhecimento de um médico, a destreza
manual de um cirurgião e a paciência de
um monge”.
Pio XII
7
RESUMO
Vários estudos epidemiológicos utilizando diferentes sistemas de classificação têm
sido realizados para verificar a prevalência e severidade da periodontite em diversas
populações. O objetivo deste estudo foi verificar se a seleção de sítios periodontais
específicos e a utilização de diferentes níveis de perda de inserção clínica
influenciam na prevalência e na severidade da periodontite. Esta pesquisa foi
realizada na Clínica da Pós-Graduação em Odontologia da Faculdade de Ciências
Médicas e da Saúde de Juiz de Fora, em Juiz de Fora, MG. Foi realizado exame de
boca total e sondagem de seis sítios por dente em 105 indivíduos. Com relação à
prevalência foram avaliados os sítios com NIC 4 mm, que foram divididos em seis
grupos de acordo com a localização do sítio, sendo o mésio-vestibular (Grupo 1),
médio-vestibular (Grupo 2), disto-vestibular (Grupo 3), mésio-lingual (Grupo 4),
médio-lingual (Grupo 5) e disto-lingual (Grupo 6). Quanto a severidade, os indivíduos
foram divididos em três grupos de acordo com a presença de pelo menos um sítio
com NIC = 4 mm (Grupo A), NIC = 5 mm (Grupo B) e NIC 6 mm (Grupo C). Do
total de sítios examinados (n = 14.682), apenas 6% apresentou NIC 4 mm. A
prevalência de bolsas com NIC 4 mm foi maior nos sítios vestibulares (77%). De
todos os sítios afetados, o médio-vestibular (Grupo 2) foi o que apresentou maior
prevalência (29%), enquanto o de menor prevalência (5%) foi o médio-lingual (Grupo
5). Dentre os sítios vestibulares, o mais prevalente foi o Grupo 2 (38%) e, dentre os
linguais, o Grupo 6 foi o que apresentou maior prevalência, com 46%. Quanto à
severidade, o percentual de indivíduos pertencentes exclusivamente ao Grupo A foi
de 27%, ao Grupo B, 13% e, ao Grupo C, 2%. Onze indivíduos apresentaram
simultaneamente sítios de 4 mm, 5 mm e 6 mm, pertencendo assim, aos três
grupos que caracterizaram a severidade da periodontite. Com base nos resultados
obtidos e de acordo com as hipóteses levantadas, este estudo concluiu que a
seleção de sítios específicos para avaliar a periodontite influenciou no resultado da
sua prevalência; a utilização de diferentes níveis de inserção clínica influenciou no
resultado quanto à severidade da periodontite. Esta pesquisa mostrou que, em
função dos diferentes critérios de classificação escolhidos, a prevalência da
periodontite pode ter uma variação expressiva dentre uma mesma população.
Palavras-chave: Epidemiologia, Periodontite, Prevalência, Severidade.
8
ABSTRACT
Several epidemiological studies using different classification systems have been
conducted to check the prevalence and severity of periodontitis in various
populations. The aim of this study was to determine whether the selection of specific
periodontal sites and the use of different levels of clinical insertion loss can influence
the prevalence and severity of periodontitis. This research was performed in the
Post-Graduate Clinical Dentistry at School of Medical Sciences and Health of Juiz de
Fora, in Juiz de Fora, MG. An examination of full mouth and probing of six sites per
tooth on 105 subjects was performed. Regarding the prevalence, were evaluated
sites with CAL 4 mm, which were divided into six groups according to the location
of the site, such as mesio-buccal (Group 1), mid-buccal (Group 2), disto-buccal
(Group 3), mesio-lingual (Group 4), mid-lingual (Group 5) and disto-lingual (Group 6).
For the severity, subjects were divided into three groups according to the presence of
at least one site with CAL = 4 mm (Group A), CAL = 5 mm (Group B) and CAL 6
mm (Group C). From the total sites examined (n = 14,682), only 6% had CAL 4
mm. The prevalence of pockets with CAL 4 mm was higher at buccal sites (77%).
Of all affected sites, the mid-buccal (Group 2) had the highest prevalence (29%),
while the lowest (5%) was mid-lingual one (Group 5). Among buccal sites, the most
prevalent one was Group 2 (38%) and, among lingual sites, Group 6 was that had
higher prevalence, with 46%. As the severity, the percentage of subjects belonging
exclusively to Group A was 27%, to Group B was 13% and to Group C, 2%. Eleven
subjects had simultaneously sites of 4 mm, 5 mm and 6 mm, thus belonging to the
three groups which characterized the severity of periodontitis. Based on the results
achieved and in accordance with the hypothesis, this study concluded that the
selection of specific sites to assess periodontitis influenced the outcome of its
prevalence; the use of different levels of clinical attachment influenced the outcome
of the periodontitis’ severity. This research showed that, depending on different
criteria of classification chosen, the prevalence of periodontitis can have a significant
variation into the same population.
Keywords: Epidemiology, Periodontitis, Prevalence, Severity.
9
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Diagrama mostrando as unidades de medidas de perda de inserção
acompanhada por recessão gengival (A) e com formação de bolsa
(B).......................................................................................................... 20
Figura 2 Diagrama do número de pacientes quanto à severidade de acordo
com o NIC.............................................................................................. 56
10
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Médias de sítios e de dentes afetados pela periodontite...................... 52
11
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Percentual de indivíduos com periodontite......................................... 51
Gráfico 2 Percentual de sítios sondados............................................................ 52
Gráfico 3 Percentual de sítios afetados de acordo com a face do dente.......... 53
Gráfico 4 Prevalência da periodontite de acordo com a localização dos sítios. 54
Gráfico 5 Percentual dos sítios vestibulares afetados........................................ 54
Gráfico 6 Percentual dos sítios linguais afetados............................................... 55
Gráfico 7 Percentual de indivíduos que pertencem exclusivamente a um dos
grupos que classificam a severidade.................................................. 56
12
LISTA DE ABREVIATURAS
DL
DV
DP
EJ
INTPC
IES
IDP
IP
JCE
L
V
ML
MV
MS
NIDR
NT
NIC
OMS
PMA
PBS
PRP
PSR
SNTP
- Disto-lingual
- Disto-vestibular
- Doença periodontal
- Epitélio juncional
- Índice das Necessidades de Tratamento Periodontal Comunitário
- Índice de Extensão e Severidade
- Índice Doença Periodontal
- Índice Periodontal
- Junção cemento-esmalte
- Médio-lingual
- Médio-vestibular
- Mésio-lingual
- Mésio-vestibular
- Ministério da Saúde
- National Institute of Dental Research
- Necessidade de tratamento
- Nível de inserção clínica
- Organização Mundial de Saúde
- Papilar, Marginal, Inserida
- Profundidade da bolsa à sondagem
- Protocolos de registros parciais
- Periodontal Screening and Recording
- Sistema de Necessidade de Tratamento Periodontal
13
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE ABREVIATURAS
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 14
2 REVISÃO DE LITERATURA..............................................................................
16
3 OBJETIVOS........................................................................................................
2.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.........................................................................
43
43
43
4 HIPÓTESES........................................................................................................ 44
5 METODOLOGIA.................................................................................................
5.1 LOCAL DA PESQUISA.................................................................................
5.2 RELATO DE PESQUISA...............................................................................
5.2.1 Materiais Utilizados............................................................................
5.2.2 Amostragem........................................................................................
5.2.3 Critérios Clínicos................................................................................
5.2.4 Teste Preliminar (Piloto)....................................................................
5.2.5 Análise Estatística..............................................................................
45
45
45
46
46
48
49
50
6 RESULTADOS.................................................................................................... 51
7 DISCUSSÃO....................................................................................................... 58
8 CONCLUSÃO..................................................................................................... 66
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 67
ANEXOS................................................................................................................
ANEXO A – APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA.................
ANEXO B – CARTA DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO............
ANEXO C – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO...........
75
76
77
79
14
1 INTRODUÇÃO
A periodontite está entre as doenças crônicas mais comuns que acometem os
seres humanos (GENCO, 2002), e é descrita por Gustafsson, Åsman e Bergström
(1997) como uma inflamação crônica que pode levar à destruição do ligamento
periodontal e do tecido ósseo através de uma resposta imune-inflamatória à
presença de bactérias, em especial Gram-negativas. Esta destruição é,
provavelmente, mediada por uma resposta alterada do hospedeiro, tornando-o
suscetível ao desafio bacteriano. Em indivíduos que não apresentam esta resposta
diferenciada, a inflamação periodontal pode permanecer como uma gengivite, ou
seja, ocorre inflamação na gengiva marginal sem que haja destruição tecidual. A
resposta do hospedeiro ao agente infeccioso é importante, pois determina a
extensão e severidade da periodontite.
Em termos globais, acredita-se que a periodontite seja responsável por 30-
35% de todas as extrações dentárias (PAPAPANOU e LINDHE, 2005), e a detecção
e diagnósticos precoces da doença são elementos fundamentais para a prevenção
desta patologia oral (COVINGTON, BREAULT e HOKETT 2003).
A pesquisa epidemiológica em Periodontia fornece informações sobre a
prevalência das doenças periodontais (DP) em diferentes populações, verificando a
freqüência com que ocorrem, bem como a severidade de tais condições
(PAPAPANOU e LINDHE, 2005).
15
Contudo, ao longo do tempo, epidemiologistas têm desenvolvido e utilizado
uma enorme variedade de índices para estimar a prevalência da DP, resultando em
um quadro confuso de distribuição da doença (HUNT, 1988).
Estudos epidemiológicos realizados em diversos países resultaram em dados
bastante divergentes com relação à prevalência da doença periodontal. Isto se deve
a diferentes métodos de diagnóstico e metodologias, diferenças nas populações
estudadas, assim como à ausência de um índice satisfatório para a detecção da
prevalência e da severidade da doença periodontal (KAHN, MACHADO e
MACHADO, 2003).
O fato de existir uma confusão epidemiológica com relação à prevalência e à
severidade da DP, por si só, torna-se um problema de saúde pública, onde
epidemiologistas e profissionais de saúde devem trabalhar para esclarecimentos
(CAPILOUTO e DOUGLASS, 1988), uma vez que a seleção de grupos com
prioridade para educação e tratamento é guiada por dados epidemiológicos (BURT,
1988).
Por isso, para a realização de estratégias mais apropriadas visando o
planejamento de políticas preventivas e assistenciais de saúde bucal, e finalmente, o
tratamento da doença periodontal, é fundamental que haja um melhor entendimento
da distribuição desta doença e uma uniformidade nos critérios clínicos utilizados
para classificar sua prevalência e severidade na população (GESSER, PERES e
MARCENES, 2001).
Desta forma, este estudo objetivou verificar se a seleção de sítios
periodontais específicos e a utilização de diferentes níveis de perda de inserção
clínica influenciam na prevalência e na severidade da periodontite.
16
2 REVISÃO DA LITERATURA
De acordo com Socransky e Haffajee (1992), a doença periodontal (DP)
abrange um grupo de condições inflamatórias de origem infecciosa, incluindo
gengivite e periodontite, que afetam os tecidos de sustentação do dente.
Segundo Page e Schroeder (1990), a doença periodontal pode afetar o
periodonto de forma irreversível, levando até mesmo à perda do elemento dentário.
Além da presença de um complexo biofilme bacteriano no ambiente
subgengival, fatores comportamentais, sistêmicos e genéticos concorrem para uma
resposta imune-inflamatória de natureza protetora ou destrutiva ao hospedeiro
(PAGE e KORNMAN, 1997).
No entendimento de Kingman e Albandar (2002), o estudo da distribuição da
doença periodontal e seus fatores de risco na população oferecem uma chance de
se conhecer muitas de suas características, como confirmar a relação entre
possíveis fatores de risco e a doença periodontal, descobrir novos fatores de risco,
identificar diferenças de aparecimento e progressão da doença em diferentes
populações e fornecer informações para implementação de estratégias de
prevenção e tratamento da doença periodontal.
Para Araújo e Sukekava (2007), o dano aos tecidos bucais causa evidente
repercussão negativa na qualidade de vida do indivíduo, e os aspectos funcionais do
sistema estomatognático, como mastigação, deglutição e fala podem ficar
comprometidos, assim como a estética do sorriso e, freqüentemente, a auto-estima
pessoal. Estudos sobre prevalência da doença periodontal são de grande
17
importância para que profissionais, leigos e governantes possam identificar a
prevalência e severidade da doença e ainda, traçar estratégias de saúde individuais
e comunitárias de prevenção, tratamento e controle da doença periodontal.
As revisões bibliográficas sobre epidemiologia e etiopatogenia das doenças
periodontais são fontes ricas em informações que têm sustentado a ciência
periodontal na sua evolução, e para fornecer tais contribuições, a epidemiologia se
baseia em índices que expressam a situação periodontal em valores numéricos
(SOUZA, SILVEIRA e SOUZA e TABA JÚNIOR, 2003), e de acordo com Machtei et
al. (2000), as características da doença periodontal, com seu caráter multifatorial,
local e etiologia relacionada aos sítios periodontais, suportam o uso de médias.
Embora a etiologia e a patogênese das infecções periodontais já tenham sido
largamente estudadas, o diagnóstico da doença periodontal ainda está
fundamentado em exames clínicos tradicionais que levam em consideração a
presença ou ausência da inflamação detectável clinicamente, a velocidade de
progressão e a presença de alguns sinais, como presença de biofilme dental e
cálculo (SOUZA, SILVEIRA e SOUZA e TABA JÚNIOR, 2003), os registros da
profundidade de sondagem e dos níveis de inserção clínicos (BRAGA et al., 2007), e
a avaliação radiográfica da perda óssea (MARTELLI JÚNIOR, 2004).
Conforme descrito por Oppermann et al. (2005), a epidemiologia é uma
ciência indutiva que estuda a prevalência e distribuição de uma doença ou condição
fisiológica na população e também os fatores que influenciam essa distribuição.
Dentre as medidas epidemiológicas da doença periodontal, a prevalência é a
proporção de pessoas em uma população que tem a doença em um dado período
de tempo. Esta medida pode ser útil para estimar a necessidade de recursos para os
cuidados de saúde.
18
Carranza e Takei (2007) descreveram que o “padrão-ouro” (Gold Standard)
para o registro de alterações no estado periodontal é uma medição longitudinal,
avaliada por meio da utilização de uma sonda graduada, dos níveis clínicos de
inserção a partir da junção cemento-esmalte (JCE) ou de um nível de inserção
relativo a partir de um ponto de referência fixo. Porém a maior dificuldade na
localização da JCE na prática corrente está nas situações em que a margem
gengival encontra-se coronariamente a esta junção (MONNET-CORTI e
BORGHETTI, 2002).
O sulco gengival é o espaço entre a gengiva e o dente que se estende da
margem gengival até o fundo do sulco sondável. Em condições normais, o sulco
apresenta uma profundidade à sondagem inferior ou igual a 3 mm. Quando ocorre o
aprofundamento do sulco gengival, isto é, quando a distância entre a margem
gengival e o fundo do sulco ultrapassa 3 mm, diz-se que houve formação da bolsa
periodontal. A bolsa periodontal verdadeira acompanha-se da perda dos tecidos de
inserção periodontal (BRAGA et al., 2007). Quando o aprofundamento do sulco
gengival ocorre pelo movimento coronal da gengiva marginal, há a formação de
pseudobolsas, formadas pelo aumento gengival sem destruição dos tecidos
periodontais subjacentes (CARRANZA e CAMARGO, 2007).
A exposição da raiz do dente por migração apical da gengiva é denominada
recessão gengival (FIORELLINI, KIM e ISHIKAWA, 2007).
Conforme relatado por Zachrisson (2005), a recessão gengival é mais comum
nas superfícies vestibulares dos dentes, podendo ocorrer em dentes isolados ou em
vários deles.
Segundo Carranza e Takei (2007), a medida da recessão gengival é obtida
pela distância da JCE à margem gengival.
19
No entendimento de Papapanou e Lindhe (2005), a profundidade da bolsa à
sondagem (PBS) é definida como a distância da margem gengival livre até ao ponto
em que a extremidade de uma sonda periodontal inserida na bolsa com força
moderada encontra resistência, e deve ser avaliada em cada superfície de todos os
dentes. Da mesma forma, os níveis de inserção clínica (NIC) podem ser definidos
como a distância da JCE ao fundo da bolsa periodontal.
Existem duas profundidades diferentes de bolsa. A primeira é a profundidade
biológica ou histológica, que é a distância entre a margem gengival e a base da
bolsa (extremidade coronal do epitélio juncional). Esta só pode ser medida nas
secções histológicas. A segunda é a profundidade clínica ou de sondagem, medida
pela distância que a sonda periodontal penetra na bolsa (CARRANZA e TAKEI,
2007).
Quando a JCE está localizada apicalmente à margem gengival (Figura 1B) o
NIC é calculado como a diferença entre a profundidade da bolsa (b) e a distância da
gengiva marginal para a JCE (a): b-a = NIC. Nos casos em que a gengiva marginal
sofreu uma recessão (Figura 1A) e a JCE está exposta, a perda de inserção é
calculada pela soma da profundidade de bolsa (b) com a distância da margem
gengival a JCE (a): a+b = NIC. Restaurações com extensão para dentro do sulco
gengival, bem como lesões de cárie e alterações anatômicas na região da JCE
podem atrapalhar esta medição (LÖE et al., 1978). Nos casos em que ocorre a
medição com aproximadamente 0,5 milímetro (mm), o valor anotado é o do milímetro
mais alto (LÖE, ANERUDA e BOYSEN, 1992).
20
Figura 1 – Diagrama mostrando as unidades de
medidas de perda de inserção
acompanhada por recessão gengival (A)
e com formação de bolsa (B).
FONTE: Löe et al., 1978.
Inúmeras fontes de erro inerentes ao método de sondagem periodontal
contribuem para a alta variedade nas mensurações. O grau de inflamação do tecido
também determina o quanto o topo da sonda pode penetrar ou ultrapassar o epitélio
juncional (EJ). Em sítios saudáveis, o topo da sonda usualmente pára no nível da
extensão coronal do EJ, porém em tecidos altamente inflamados há variação de
quanto pode atingir o tecido conjuntivo de inserção. Erros também ocorrem devido à
presença de depósitos calcificados e margens de restaurações com excesso. Há
também problemas com relação à angulação e à padronização dos locais
específicos do sítio a ser sondado, pela dificuldade de se obter um marco fixo como
ponto de referência (LISTGARTEN, 1980).
Sendo assim, Van Der Zee, Davies e Newman (1991), sugeriram a utilização
de alguns recursos que evitassem erros durante a sondagem. Com a finalidade de
evitar a diferença de pressão, que pode variar de 3 a 130 gramas e até dobrar de
B
A
b
21
valor para um mesmo examinador de um exame para outro, foram desenvolvidas as
sondas de pressão constante. Estas sondas permitem que os examinadores sondem
sempre com a mesma pressão em diferentes sítios e em vários exames,
independente da força exercida pelo examinador (VAN DER VELDEN e JANSEN,
1981), porém o processo de sondagem torna-se mais demorado (SANZ, NEWMAN e
QUIRYNEN, 2007). Entretanto, mensurações obtidas durante sondagem periodontal
estão sujeitas a erros, devido a uma série de fatores que influenciam a penetração
tecidual, tais como: espessura da sonda, pressão aplicada, contorno da superfície
do dente, grau de infiltração de células inflamatórias e de perda de fibras colágenas
(TABA JÚNIOR, 1999).
Além disso, surgiram sondas que também incorporaram recursos
informatizados, como por exemplo, a “Florida Probe”, que apresenta uma escala de
0,1 mm, aliada à reprodutibilidade das condições de sondagem, proporcionada pelo
uso de placas oclusais e da força constante de penetração da sonda, tornando-se o
“padrão-ouro” dos experimentos que visam avaliar alterações da inserção do dente
em diferentes momentos (SOUZA, SILVEIRA e SOUZA e TABA JÚNIOR, 2003).
De acordo com Souza, Silveira e Souza e Taba Júnior (2003), a sonda
periodontal é o instrumento de diagnóstico mais largamente utilizado para determinar
a presença e severidade de doença periodontal. Durante a destruição do periodonto
ocorre a perda de inserção conjuntiva, com proliferação e migração do EJ, além da
redução da altura óssea. Uma das características deste processo patológico é a
transformação do sulco gengival em bolsa periodontal por aumento da profundidade
do mesmo, portanto, esta bolsa pode ser aceita como um conceito quantitativo da
doença, e a sua avaliação rápida por meio de medidas de sondagem é necessária
para um correto diagnóstico.
22
Para Nyman e Lindhe (2005), os erros decorrentes de variações na força
aplicada durante a sondagem, e aqueles que se originam de alterações na extensão
do processo inflamatório nos tecidos periodontais são mais difíceis de identificar.
No entendimento de Van Der Velden e Jansen (2005), a classificação da DP é
baseada em quatro dimensões: extensão, severidade, idade e características
clínicas, e a presença de periodontite pode ser definida quando houver presença de
bolsas com perda de inserção de 4 mm.
Segundo Papapanou e Lindhe (2005), uma variedade de índices para a
quantificação dos parâmetros periodontais vem sendo desenvolvida através dos
anos. Muitos desses índices foram planejados exclusivamente para o exame de
pacientes dentro de uma estrutura prática odontológica, enquanto outros o foram
para a pesquisa epidemiológica. O desenho dos sistemas de índices e a definição
de suas várias marcações refletiram inevitavelmente o conhecimento sobre a
etiologia e a patogenia da doença periodontal na época em que eles foram
introduzidos, assim como os conceitos relacionados às abordagens e estratégias
terapêuticas correntes. Neste contexto, deve-se esclarecer que os termos
“profundidade da bolsa” e “ganho ou perda de inserção” na literatura moderna têm
sido freqüentemente alterados para expressões mais precisas, como “ganho ou
perda de inserção clínica”, “profundidade da bolsa à sondagem” e “nível de inserção
clínica à sondagem”.
Shour e Massler (1947) desenvolveram o primeiro sistema bem definido de
classificação de gengivite, denominado PMA (papilar, marginal, inserida), que tinha
como objetivo examinar as condições gengivais de crianças italianas no período pós-
guerra. A essência do índice PMA era determinar nas superfícies vestibulares dos
dentes anteriores o número de papilas (P), margens gengivais (M) e áreas de
23
gengiva inserida (A) inflamadas. O índice apresentava diversas limitações, como, por
exemplo, só descrever as condições gengivais ao redor dos dentes anteriores e é
raramente utilizado hoje em dia. No entanto, este índice tem uma importância
histórica por possibilitar pela primeira vez, a avaliação da saúde gengival e da
doença, isto é, permitir a comparação da prevalência e da severidade entre
diferentes populações.
Os primeiros índices desenvolvidos avaliavam os níveis de gengivite, sem se
preocupar com a periodontite. Então Russell (1956) desenvolveu o Índice
Periodontal (IP), que tinha como objetivo avaliar a DP, baseando-se na presença ou
ausência de inflamação gengival, sua gravidade, formação de bolsa e perda de
função mastigatória. Seus critérios são aplicados a cada dente, e a contagem é feita
da seguinte maneira: (0) dente sadio; (1) gengivite ao redor de parte do dente; (2)
gengivite ao redor de todo o dente; (6) formação de bolsa e; (8) perda de função
devido à mobilidade exagerada.
Ramfjord (1959) criou o Índice de Doença Periodontal (IDP) que mede a
perda de inserção do dente, a partir da JCE, em lugar da profundidade de bolsa,
sendo então o primeiro índice a utilizar um marco fixo para medir a perda de
inserção. É utilizado para avaliar a presença e a severidade da doença periodontal
numa população. Por meio de uma abordagem mais prática, as faces mesiais e
vestibulares de seis dentes representam toda dentição (1º molar superior direito;
incisivo central superior esquerdo; 1º pré-molar superior esquerdo; 1º molar inferior
esquerdo; incisivo central inferior direito e 1º pré-molar inferior direito. Os escores
seguem os seguintes critérios: (0) ausência de sinais de inflamação; (1) inflamação
leve a moderada estendendo-se ao redor de todo o dente; (2) gengivite leve ou
moderadamente severa, estendendo-se ao redor de todo o dente; (3) gengivite
24
severa, com tendência a sangramento; (4) perda de inserção 3 mm; (5) perda de
inserção > 3 mm e 6 mm; (6) perda de inserção > 6 mm. Esta seleção de dentes
tornou-se conhecida como os “dentes de Ramfjord” (BECK e ARBES JR, 2007).
Apesar de o IDP raramente ser usado, Beck e Arbes Jr. (2007) atentaram
para o fato de que a seleção dos seis dentes de Ramfjord e o método para medir a
PBS e NIC deste índice são usualmente praticados.
Landry e Jean (2002) afirmaram que apesar do IDP ser um método valioso
devido à sua reprodutibilidade, confiança e rapidez, este índice pode sub ou
superestimar as condições periodontais existentes.
O Sistema de Necessidade de Tratamento Periodontal (SNTP), introduzido
por Johansen, Gjermo e Bellini (1973), representou uma nova abordagem sobre a
avaliação das necessidades de tratamento. Este sistema tem o objetivo de
determinar o tipo de tratamento periodontal exigido para o paciente, além do tempo
necessário para sua realização. Segundo o SNTP, a dentição é dividida em quatro
quadrantes e cada quadrante é avaliado no sentido de se determinar se o dente em
piores condições necessita de cirurgia periodontal, raspagem ou instrução de
higiene oral. Todas as faces dos dentes presentes são avaliadas, porém, somente a
pior condição é observada, e deste modo, se um quadrante necessita de terapia
cirúrgica, também há a necessidade de raspagem e instrução de higiene oral. Por
este sistema, a presença de pelo menos um sítio com NIC > 5 mm é indicativo de
cirurgia periodontal.
Com o objetivo de avaliar a eficácia de diferentes parâmetros de medida na
mensuração da doença periodontal, que pudessem substituir o exame de boca total,
Oliver (1977) examinou cento e vinte pacientes (cada um com no mínimo 20 dentes)
da Clínica Odontológica da Universidade de Loma Linda. Os pacientes foram
25
divididos em quatro categorias de acordo com a idade (15-30, 30-45, 45-60 e acima
de 60 anos) e avaliados quanto ao sangramento gengival, PBS e NIC em seis sítios
por dente, em um exame de boca total. O autor considerou como periodontite
moderada a presença de pelo menos um sítio com profundidade de 3 a 5 mm, e
como periodontite avançada, pelo menos um sítio acima de 5 mm. As informações
coletadas foram avaliadas por um programa de computador que gerou 21 análises
diferentes, que se diferiam pelo número de dentes e sítios avaliados. Por meio dos
resultados obtidos, o autor concluiu que o sistema de avaliação mais efetivo foi o
que utilizou a sondagem de seis sítios por dente de todos os dentes posteriores.
Com o incentivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Ainamo et al.
(1982) desenvolveram o Índice das Necessidades de Tratamento Periodontal
Comunitário (INTPC). Este índice avalia desde a necessidade de higiene oral até a
combinação de higiene oral, raspagem e tratamento mais complexo. Por meio de
uma sonda periodontal padronizada, escores são mensurados da seguinte forma: (0)
sadio; (1) sangramento, sem cálculo; (2) sangramento, com a presença de cálculo;
(3) presença de bolsa > 4 mm e < 6 mm; e (4) presença de bolsa de 6 mm ou mais.
Para cada sextante, utilizando-se de dentes índices, é anotado o pior escore, o que
indica também a necessidade de tratamento que envolve escores inferiores.
Segundo Papapanou e Lindhe (2005), os princípios do INTPC podem
ser resumidos da seguinte forma: A dentição é dividida em seis sextantes (uma
região anterior – do canino direito ao canino esquerdo, e duas posteriores (do
primeiro pré-molar direito ao segundo molar direito, e do primeiro pré-molar
esquerdo ao segundo molar esquerdo, em cada arcada dentária). O terceiro molar
não é avaliado, a menos que ele esteja ocupando o lugar do segundo molar. A
necessidade de tratamento em um sextante é registrada quando dois ou mais
26
dentes – não indicados à extração – estão presentes. Se apenas um dente
permanecer no sextante, ele será incluído no sextante contíguo; A sondagem
periodontal é realizada ao redor de todos os dentes do sextante (sendo que apenas
a medição mais severa do sextante é escolhida para representá-lo) ou de certos
dentes selecionados (dentes índices) que seriam, na maxila, o primeiro e segundo
molar superior direito, o incisivo central superior direito, e o primeiro e segundo molar
superior esquerdo, e na mandíbula, primeiro e segundo molar inferior direito, o
incisivo central inferior esquerdo, e o primeiro e segundo molar inferior esquerdo. As
necessidades de tratamento (NT) são baseadas no código mais severo da dentição,
com NT 0, em caso de gengiva sadia, NT 1 indicando necessidade de melhora na
higiene oral caso o Código 1 tenha sido registrado, NT 2 indicando necessidade de
raspagem, remoção dos excessos das restaurações e melhoria na higiene oral
(Códigos 2 + 3) e NT 3 indicando tratamento complexo (Código 4). A abordagem
com dentes índices é recomendada para levantamentos epidemiológicos.
Gettinger et al. (1983) realizaram um estudo para correlacionar o índice de
placa, índice gengival, índice de cálculo e NIC com o índice descrito por Ramfjord
(1959). Foram usados os valores obtidos nos estudos da História Natural da Doença
Periodontal, na Noruega e Sri Lanka. Os indivíduos avaliados de cada população
tinham, respectivamente, idades entre 17 e 37 anos, e 15 e 37 anos, e foram
incluídos no estudo comparativo apenas aqueles que possuíam todos os elementos
dentários, até os segundos molares. Os resultados demonstraram que a utilização
dos dentes índices superestimou a perda de inserção em aproximadamente 0,5 mm
para as bolsas de 2 mm, 1 mm para as bolsas de 4 mm, e 1,6 mm para as de 6 mm.
Os autores observaram uma forte relação entre o índice que utiliza os seis dentes e
o que avalia todos os dentes.
27
Carlos, Wolfe e Kingman (1986) desenvolveram o Índice de Extensão e
Severidade (IES), que tenta preservar o máximo de informações junto a um razoável
grau de redução de dados. É baseado na contagem de sangramento gengival, PBS
e NIC nas superfícies vestibulares e mésio-vestibulares dos dentes da hemiarcada
direita (14 sítios) ou esquerda da maxila, e na hemiarcada contralateral da
mandíbula (14 sítios), de um mesmo indivíduo. O IES expressa o valor da extensão
pela porcentagem de locais examinados com perda de inserção, enquanto o valor da
severidade é a média da perda de inserção por local, entre os locais doentes. É um
método simples e reprodutível que pode fornecer uma descrição do nível de doença
periodontal de uma população. O índice tem a intenção de permitir comparações
diretas entre estudos epidemiológicos de diferentes populações e diferentes
investigadores.
Com o intuito de medir a prevalência da doença periodontal, utilizando a PBS,
comparada ao NIC, Carlos, Brunelle e Wolfe (1987) realizaram um estudo
comparativo em uma população de 15.132 indivíduos (Levantamento de Saúde Oral
dos Estados Unidos), com idade entre 18 e 60 anos. Foram avaliados 14 sítios por
indivíduo, sendo que as faces vestibulares foram excluídas, pois poderiam
apresentar recessões gengivais causadas por trauma da escovação, sem
necessariamente apresentarem bolsa. Os resultados mostraram que as bolsas mais
profundas (> 6 mm), estavam presentes em apenas 0,53% da população, quando a
avaliação foi feita apenas pela PBS, enquanto este valor subiu para 3,05%, quando
a medida utilizada foi o NIC. Isto levou os autores a concluir que os levantamentos
epidemiológicos da doença periodontal que utilizam a PBS como indicador podem
falhar, uma vez que subestimam a importância do papel da recessão gengival na
perda de inserção.
28
Hunt (1987) realizou um estudo com o propósito de investigar a eficácia do
exame de boca dividida (quadrantes do mesmo lado e contralaterais) para estimar a
prevalência da doença periodontal e comparar com exame de boca total. A amostra
foi composta por 477 pacientes com idade acima de 65 anos de uma população rural
dos EUA. Para o exame de boca dividida foram selecionados dois quadrantes
aleatoriamente. A profundidade das bolsas foi determinada em dois grupos: 3 a 6
mm e acima de 6 mm. As diferenças de resultados foram insignificantes quando
comparadas ao tipo de exame. Os autores concluíram que na população estudada,
esses tipos de exames parciais podem ser úteis para pesquisa de prevalência da
doença periodontal.
Pilot et al. (1992) analisaram os resultados de mais de 80 levantamentos
epidemiológicos de quase 30 países utilizando o INTPC em indivíduos acima de 45
anos de idade. Os dados foram obtidos por meio do banco de dados da OMS. Os
resultados demonstraram que o aumento da destruição periodontal com a idade não
estava refletido nos valores de PBS nos sucessivos grupos etários. Na média, aos
50 anos, quase um sextante estava excluído, aumentando para 1,5 aos 60 anos e
para quase 2,5 aos 70 anos. Desta forma, os autores sugeriram que a progressão
da doença periodontal com a idade não é demonstrada pelo aumento dos escores
do INTPC, mas pelo aumento do número de sextantes excluídos. No grupo etário de
65-74 anos, quase a metade dos sextantes esteve excluída. Dos sextantes
remanescentes, aproximadamente a metade tiveram bolsas rasas e/ou profundas.
No estudo realizado em uma população de 1131 quenianos, com idade entre
15 e 65 anos, Baelum e al. (1993) compararam os resultados de um exame feito em
toda a dentição com os obtidos pelo uso dos 10 índices recomendados pela OMS
para a análise de adultos. A proporção de pessoas que possuíam bolsas 6 mm, e
29
que poderiam ter sido ignoradas se apenas os dentes índices fossem examinados,
seria 55% no grupo com idade entre 25 e 29 anos, 39% (40-44 anos) e 23% (50-54
anos). Concluíram então, que a metodologia parcial utilizado pelo INTPC pode
subestimar as condições periodontais mais severas em termos de prevalência e
severidade, visto que este índice falha em detectar uma proporção substancial de
indivíduos com bolsas periodontais.
Assim como em todos os índices que se baseiam em escalas numéricas para
representar um processo biológico, o INTPC, segundo Holmgren (1994) apresenta
limitações que devem ser identificadas, como o uso deste para propósitos para os
quais ele não foi originalmente desenhado. Enquanto surgem os questionamentos
se suas limitações são suficientes para que se adote um novo índice, sugestões têm
sido feitas na intenção de apenas modificar o atual sistema, como por exemplo, a
inclusão das medidas de perda de inserção clínica.
Gjermo (1994) afirmou que, apesar dos argumentos contra a validade do
INTPC, este ainda é um índice simples e rápido para a prática odontológica. Mesmo
sofrendo algumas modificações em diversos países, o INTPC é aceito pelos
cirurgiões-dentistas, uma vez que pode determinar princípios de tratamento, estimar
tempo e valores requeridos e é útil na comunicação entre profissionais.
Baelum et al. (1995) avaliaram 1131 indivíduos rurais do Quênia, com idade
entre 15 e 65 anos, para investigar a relação entre os dados obtidos por meio do
INTPC e o exame de boca total na prevalência e severidade da doença periodontal.
No exame foi avaliada a presença de cálculo, sangramento gengival, PBS e NIC em
quatro sítios de todos os elementos dentários. Os dados foram obtidos com base
nos escores do INTPC de acordo com a faixa etária e comparados com o exame de
boca total. A maioria dos casos, indivíduos com escore 0 e 1 do INTPC não
30
apresentaram perda de inserção 4 mm, porém, entre os indivíduos em torno de 40
anos, com escore 2 do INTPC, 90% apresentaram perda de inserção 4mm, e 50%
dos indivíduos acima de 50 anos com escore 2 apresentaram perda de inserção 6
mm. Menos de 20% dos indivíduos de 15 a 29 anos com escore 3, tinha perda de
inserção 6 mm e em torno de 35 anos, 10% dos sextantes com escore 0
apresentaram perda de inserção 4 mm. Abaixo desta faixa etária, um terço de
todos os sextantes com escore 3, apresentam perda de inserção 3 mm. Os autores
concluíram que o INTPC superestimou a prevalência e a severidade da doença
periodontal na população jovem e subestimou os mesmos parâmetros na população
mais idosa.
Verificar as condições gengivais e periodontais associadas a fatores
socioeconômicos foi objetivado por Gesser, Peres e Marcenes (2001), quando em
uma amostra de 300 jovens de 18 anos, alistados no Exército Brasileiro em
Florianópolis/SC, aplicaram entrevistas e realizaram exame odontológico para a
detecção de sangramento gengival, presença de cálculo dentário, bolsas
periodontais rasas (entre 3,5 e 5,5 mm) e profundas ( 5,5 mm). As prevalências de
sangramento gengival, cálculo dentário, bolsas rasas e profundas foram de 86%,
50,7%, 7,7% e 0,3% respectivamente. Com base nos resultados obtidos, os autores
concluíram que as bolsas periodontais foram raramente observadas na amostra
estudada, enquanto a presença de sangramento e cálculo dentário apresentou alta
prevalência, sendo esta maior nos indivíduos com piores condições
socioeconômicas.
Em um levantamento epidemiológico realizado com 125 pacientes (53
homens e 72 mulheres), com idade entre 15 e 65 anos, em Campo Grande/MS,
selecionados em clínicas odontológicas, Menezes, Duarte e Todescan (2001)
31
avaliaram a utilização do INTPC. A amostra foi dividida em cinco grupos de acordo
com a faixa etária (15-19, 20-29, 30-39, 40-49 e 50-65 anos), obedecendo aos
critérios de inclusão do estudo: 1) os pacientes poderiam ou não ser fumantes; 2)
possuir dentição permanente com pelo menos 15 elementos dentários que se
distribuíssem em pelo menos três sextantes. Nos resultados, os autores obtiveram
bolsas de 4 a 5 mm em 3 sextantes (2%) na faixa etária de 20-29 anos; 15 sextantes
(10%) na faixa etária de 30-39 anos; 18 sextantes (12%) na faixa etária de 40-49
anos; 14 sextantes (9,3%) na faixa etária de 50-65 anos. As bolsas de 6 mm
apareceram apenas em dois sextantes (1,3%) na faixa etária de 40-49 anos.
Concluíram que a análise do estudo demonstrou que 100% dos indivíduos
necessitam de algum tratamento, independentemente da faixa etária. Não houve
diferença estatisticamente significante entre os sexos e os arcos inferiores se
mostraram com maior necessidade de tratamento que os superiores.
Em 2004, o Ministério da Saúde (MS) realizou um levantamento
epidemiológico em todo o país, utilizando o INTPC em uma amostra de mais de 35
mil indivíduos. Este estudo revelou que a prevalência da doença periodontal severa,
no grupo de pessoas com bolsas periodontais 6 mm foi de 0,15%, 2,12% e 1,85%
nas faixas etárias de 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos de idade, respectivamente.
Quando o índice utilizou bolsas 4 mm a prevalência aumentou para 1,3%, 9,9% e
6,3% para os mesmos grupos etários, respectivamente (BRASIL, 2004).
Por iniciativa da Academia Dentária Americana e da Academia Americana de
Periodontologia, surgiu em 1992, o Registro Periodontal Simplificado (Periodontal
Screening and Recording – PSR), que visa determinar se um exame periodontal
detalhado, com avaliação NIC e PBS, será necessário, não tendo a intenção de
substituir o exame periodontal completo (CHARLES e CHARLES, 1994).
32
Segundo Conde et al. (1996), o PSR é uma modificação do INTPC e registra
o estado periodontal atual. A avaliação consiste em um exame com uma sonda
periodontal especial, a WHO-621, a qual possui em sua extremidade uma esfera de
0,5 mm de diâmetro, que possibilita ao examinador maior sensibilidade tátil na
detecção de cálculos subgengivais, união esmalte/cemento e irregularidades nas
margens de restaurações. Ela é inserida no sulco gengival de cada dente, até que
encontre resistência, e então é deslizada ao redor do dente e os maiores índices de
profundidade de bolsa de cada sextante são anotados. Este exame é rápido,
simples de ser executado, de baixo custo podendo equacionar questões jurídicas
quanto à responsabilidade do tratamento periodontal de acordo com o código de
necessidade de tratamento. Os autores descreveram a classificação do PSR da
seguinte forma: 0) saúde periodontal; 1) gengivite; 2) gengivite ou periodontite leve;
3) periodontite moderada; 4) periodontite severa.
Com a intenção de avaliar como os valores do PSR refletem o estado
periodontal dos pacientes, quando comparado a um exame clínico periodontal com
sondagem de seis sítios por dente (excluindo as faces que apresentavam
restaurações com extensão para dentro do sulco gengival), Khocht et al. (1995),
examinaram 24 indivíduos selecionados da Clínica de Periodontia da New Jersey
Dental School, que deveriam possuir pelo menos 18 dentes permanentes e com bom
estado geral de saúde. Para obtenção da PBS, os resultados foram divididos em três
grupos, sendo o primeiro composto por sítios de até 3 mm, o segundo por sítios de 4
a 6mm, e o terceiro por sítios acima de 7mm. Os autores encontraram 3.333 sítios
com até 3 mm; 1.129 sítios de 4 a 6 mm e apenas 43 sítios acima de 7 mm,
concluindo que o PSR, quando comparado ao outro exame, pode subestimar os
valores de prevalência da doença periodontal.
33
Com o objetivo de verificar a confiabilidade de exames parciais em avaliar a
média de prevalência e severidade de doença periodontal, quando comparados ao
exame de boca total, Ainamo e Ainamo (1985) examinaram 126 indivíduos entre 15-
30 anos e 160 indivíduos entre 31-68 anos com relação à presença de sangramento
gengival, cálculo supra e subgengival, profundidade de bolsa entre 4-5 mm, e 6
mm, em seis sítios de cada dente. Três exames foram realizados: boca total, INTPC
e IDP. Os achados demonstraram que médias de escores de severidade foram
semelhantes quando comparados os dentes de Ramfjord com exames de boca total
para todos os indicadores de doença, exceto para bolsas periodontais 6 mm. A
proporção de indivíduos afetados pela doença foi subestimada em 16% para bolsas
de 4-5 mm a 21% para bolsas 6 mm, quando os dentes do INTPC foram avaliados.
Os autores concluíram que, quando comparados o INTPC e exame de boca total, a
média de escores de severidade superestimou a do exame de boca total. Já os
dados sobre prevalência foram mais altos nos dentes do INTPC do que nos dentes
de Ramfjord.
Utilizando a PBS, Horning, Hatch e Lutskus (1990) objetivou determinar a
prevalência da periodontite em 1984 pacientes militares selecionados na Clínica do
Centro de Treinamento Naval de San Diego (EUA). Foram feitos exames de boca
total com sondagem circunferencial, onde foi considerada: periodontite leve (3 a 5
mm); periodontite moderada (5 a 7 mm) e periodontite severa ( 7 mm). Nos
resultados encontraram 33% dos indivíduos com periodontite leve, 14% com
periodontite moderada e 15% com periodontite severa. Concluíram que o impacto da
metodologia a ser utilizada pode aumentar a proporção dos indivíduos afetados pela
doença periodontal.
34
Miyazaki et al. (1991) realizaram um estudo que fornece um resumo de quase
100 levantamentos feitos com o INTPC em mais de 50 países, realizados entre 1981
e 1989, com grupos de idade entre 35 e 44 anos. Estes estudos indicaram uma forte
variação no percentual de indivíduos com uma ou mais bolsas profundas ( 6 mm)
entre as diferentes áreas geográficas e também dentro delas. O percentual de
indivíduos com tais bolsas variou de 1 a 74% na África (dados obtidos de 17
levantamentos), de 8 a 22% nas Américas do Norte e do Sul (quatro levantamentos),
de 2 a 36% no Mediterrâneo Oriental (seis levantamentos), de 2 a 40% na Europa
(38 levantamentos), de 2 a 64% no Sudeste da Ásia e de 1
a 22% na área do
Pacifico Ocidental (17 levantamentos). Os autores concluíram que, em termos
globais, o estudo mostrou que na faixa etária de 40 anos, 5 a 20% de toda a
população apresentaram periodontite avançada.
Stoltenberg et al. (1993) realizaram um estudo com o objetivo de caracterizar
a saúde oral e as condições periodontais de uma população saudável, investigar a
relação de bolsas distais 4 mm com a prevalência da periodontite, e comparar a
prevalência de indivíduos com bolsas 4mm do estudo, com os resultados do
levantamento de saúde oral do National Institute of Dental Research (NIDR) –
Survey of Oral Health, realizado em 1985. Para isto, os autores utilizaram uma
amostra composta por 1.090 adultos, com idade entre 28 e 78 anos, selecionados
em uma clínica médica no estado Minessota/EUA. Os indivíduos foram submetidos a
um exame de sondagem de quatro sítios por dente, (mésio-vestibular, disto-
vestibular, mésio-lingual e disto-lingual) de um sextante posterior, escolhido
aleatoriamente. Os resultados mostraram que 10,1% dos sítios avaliados possuíam
bolsas 4 mm, e estes foram encontrados, em sua maioria, nos sítios disto-lingual
(pacientes entre 50 e 69 anos) e mésio-lingual (pacientes entre 35 e 49 anos).
35
Comparando os resultados do estudo com o NIDR (o qual avaliou apenas os sítios
mésio-vestibular e médio-vestibular), observaram que o NIDR subestimou a
prevalência de indivíduos com sítios 4 mm em, no mínimo, 20%. Os autores
concluíram que a prevalência da doença periodontal é dependente da localização
das medições.
Com o objetivo de comparar dados epidemiológicos da doença periodontal, a
partir dos índices mais comumente usados, incluindo exame da boca total e exames
parciais, Diamanti-Kipioti et al. (1993) examinaram 169 trabalhadores rurais da
Grécia, com idade entre 25 e 64 anos. Avaliaram o NIC nas quatro faces de todos os
elementos dentários, e apenas os sítios com NIC 6 mm foram utilizados para o
estudo. Após isso, foram comparados os índices: 1) boca total; 2) NIDR; 3) índice
parcial de Ramfjord e; 4) INTPC. Os resultados obtidos mostraram que no exame de
boca total, 47% dos indivíduos tinham pelo menos um sítio 6 mm, enquanto no
exame de NIDR, 24% tinham pelo menos um sítio com esta profundidade. Já no
exame que utilizou o índice parcial de Ramfjord, este número foi de 26%, enquanto o
INTPC apresentou um grupo com 44% dos indivíduos. Com base nos resultados
obtidos, os autores puderam concluir que os exames parciais podem exibir uma
estimativa válida da média de sítios afetados por indivíduo, porém, estes exames
subestimaram a prevalência da doença periodontal com bolsas profundas.
Com a intenção de verificar a concordância relatada na literatura, de estudos
sobre a prevalência e severidade da doença periodontal, Locker, Slade e Murray
(1998) realizaram um trabalho comparando os resultados de 16 estudos, realizados
em cinco países, que tinham em comum a utilização do NIC para avaliação da
periodontite, em populações de adultos acima de 45 anos. Os autores concluíram
que existe uma grande dificuldade de se realizar uma comparação de resultados,
36
visto que, além da diferença de faixa etária da amostra de cada estudo, ainda havia
diferenças de metodologia de avaliação periodontal (exames parciais e de boca
total), número de dentes avaliados e também sítios sondados (que variaram de dois
a seis sítios, naqueles estudos). Também não houve uniformidade quanto à
profundidade de perda de inserção que representasse a periodontite.
Benigeri et al. (2000) compararam diferentes métodos de avaliação da doença
periodontal com o INTPC. A amostra foi composta de 2110 indivíduos, entre 35 e 44
anos, na qual foi avaliada a presença de sangramento e cálculo dentário, o NIC e a
PBS. A bolsa periodontal foi medida a partir da margem gengival livre, em dois sítios
(mésio-vestibular e médio-vestibular) e também ao redor de todo o dente.
Observaram que apenas 8,5% dos adultos tiveram pelo menos um dente com bolsa
periodontal apresentando 6 mm, quando avaliados apenas dois sítios, enquanto
nas avaliações feitas ao redor de todo o dente, este percentual subiu para 21,4%
(2,5 vezes maior). A avaliação parcial de PBS (10 dentes, recomendado pela OMS,
ou dois quadrantes escolhidos aleatoriamente) resultou em uma subestimação da
prevalência entre os indivíduos com no mínimo um dente com bolsa periodontal
(escore 3 e 4 do INTPC). Dentre os indivíduos com no mínimo um dente com bolsa
periodontal medindo 6 mm, 12% não foram detectados com o índice utilizando 10
dentes, e 25% não foram vistos quando a avaliação foi feita em dois quadrantes. Os
autores concluíram que na utilização INTPC, o uso de porcentagem de indivíduos
com bolsas periodontais subestima a prevalência de bolsas profundas.
Com a intenção de comparar a doença periodontal em exames de boca total e
exames parciais, Eaton et al. (2001) analisaram 100 indivíduos com idade entre 16 e
20 anos (média de 17 anos). Os recrutas militares foram examinados na primeira
consulta, e 12 e 30 meses após esta. Para o exame de boca total, a perda de
37
inserção foi medida em quatro sítios por dente (mésio-vestibular, disto-vestibular,
mésio-lingual e disto-lingual) em todos os elementos dentários, com exceção dos
terceiros molares. Os índices utilizados para expressar a perda de inserção clínica
durante o período do estudo foram: 1 mm, 2 mm ou 3 mm (para prevalência da
doença periodontal por indivíduo). A prevalência para a perda de inserção clínica em
sítios de 1 mm foi similar tanto para os exames de boca total como de parciais. Nos
sítios de 2 mm houve uma subestimação de 22% e nos de 3 mm, 36%. Os autores
concluíram que os índices parciais subestimaram a prevalência da doença
periodontal em pacientes jovens.
Ao comparar os resultados de estudos realizados nos EUA, América do Sul e
Central, Europa, África e Ásia/Oceania, sobre a prevalência da periodontite severa,
Albandar e Rams (2002) constataram que a baixa ocorrência desta doença em
vários estudos populacionais pode ser atribuída aos diferentes critérios de medidas
utilizados para quantificá-la.
Em um trabalho sobre os aspectos metodológicos dos estudos
epidemiológicos das doenças periodontais, Kingman e Albandar (2002) afirmaram
que em exames parciais, a escolha de sítios específicos para estimar a severidade
pode ser mais importante do que o número de sítios avaliados.
Em um estudo com 169 jovens entre 25 e 26 anos, Thomson e Williams
(2002) objetivaram examinar a utilidade dos exames de boca dividida e boca total
visando à prevalência da recessão gengival e periodontite. Para o exame de boca
total foram examinados três sítios por dente (mésio-vestibular, médio-vestibular e
disto-lingual). A prevalência da recessão gengival foi estimada em dois grupos (1
mm e 2 mm) e a prevalência da PBS, estimada também em dois grupos ( 4 mm e
6 mm), sendo o mesmo critério adotado para o exame de boca dividida. Para
38
determinar o NIC, este foi obtido por meio das medidas de recessão e PBS, onde
foram considerados os sítios 4 e 6 mm. No exame de boca total, 75,1% dos
jovens tinha um ou mais dentes com recessão de 1 mm e 44,4% com recessão de 2
mm ou mais. Com relação à PBS ,13% dos jovens tinham bolsas 4 mm, em um ou
mais dentes e, 1,2% com bolsas 6 mm. Jovens apresentando o NIC 4 mm em
pelo menos um dente correspondeu a 16% da amostra, enquanto o grupo com NIC
6 mm correspondeu a 1,2% dos jovens estudados. Os autores concluíram que para
pesquisas epidemiológicas da doença periodontal, o exame de boca total deve ser
utilizado, porém, quando o custo e o tempo forem relevantes, o exame de boca
dividida pode ser utilizado. Os autores atentaram para o fato de que economia com
gastos deveria ser feita em outras etapas do processo de pesquisa.
Muitos estudos têm utilizado diferentes métodos clínicos e radiográficos para
avaliar a perda de inserção periodontal. Segundo Albandar e Tinoco (2002), a
medida padrão de perda de inserção clínica 3 mm tem sido normalmente usada,
mas a literatura também relata o uso de medidas maiores e menores que esta. Este
é um dos motivos para os diferentes resultados entre os estudos que avaliam a
ocorrência da periodontite. Além disso, a literatura relata que estudos têm utilizado
diferentes desenhos para a seleção de indivíduos para a amostra, não tornando esta
representativa para a população a qual pertence.
Segundo Dowsett, Eckert e Kowolik (2002), as informações coletadas em um
exame de boca total são “padrão-ouro” para a avaliação das doenças periodontais.
Contudo, uma vez que a destruição periodontal pode apresentar uma simetria entre
o hemiarco direito e esquerdo, supõem-se que um exame de boca parcial seria uma
alternativa para o exame de boca total.
39
Owens et al. (2003) compararam o uso de exames parciais (boca dividida –
seis sítios por dente, e dentes de Ramfjord) com o de boca total, em 92 pacientes
adultos, onde foram medidos os NIC. Os resultados mostraram que o exame de
boca dividida foi consistente, enquanto o exame utilizando os dentes de Ramfjord
subestimou a prevalência e severidade da doença periodontal quando comparado
ao exame de boca dividida. Com base nos resultados obtidos, os autores concluíram
que o exame de boca dividida (seis sítios por dente) é aplicável em exames
epidemiológicos uma vez que a destruição periodontal apresenta uma simetria entre
os hemiarcos direito e esquerdo e, em nível de saúde pública possuem um custo
menor, são mais rápidos e reduzem a fadiga do paciente e do profissional.
Para Vettore et al. (2007), devido à demanda de tempo, o exame de boca
total, em nível de saúde pública, tem um custo elevado tornando, muitas vezes, sua
aplicação inviável.
Com o objetivo de obter informações sobre a prevalência da periodontite
severa associada a variáveis demográficas, o fumo, e outros fatores, Susin e
Albandar (2005) avaliaram a freqüência da doença em indivíduos jovens utilizando o
exame de boca total. Uma amostra de 612 jovens brasileiros, com idade entre 14 e
29 anos foi selecionada, e para este estudo, os autores definiram periodontite severa
quando quatro ou mais dentes apresentavam perda de inserção 4 mm em
indivíduos com idade entre 14 e 19 anos, e 5 mm em indivíduos entre 20 e 29
anos. Todos os indivíduos da amostra foram avaliados com sondagem de seis sitos
por dente. Os resultados demonstraram que 5,5% da amostra apresentaram a
doença, sendo que deste grupo, 47,6% dos dentes avaliados tinham bolsas 4 mm
de perda de inserção, 28,5% com bolsas 5 mm e 13,6% com bolsas 6 mm. Os
autores concluíram que não houve diferença estatística entre homens e mulheres,
40
porém a periodontite foi mais prevalente em indivíduos de classe econômica baixa e
também entre os fumantes.
Susin, Kingman e Albandar (2005) propuseram avaliar o grau de perda de
informação nas estimativas de prevalência de perda de inserção periodontal, devido
à aplicação de diferentes protocolos de registros parciais (PRP) em estudos
epidemiológicos. Para isto, avaliaram 1460 pacientes, com idade entre 14 e 103
anos, que foram submetidos a um exame de boca total, com sondagem de seis
sítios por dente, e que tiveram os resultados comparados a sete PRP diferentes. O
PRP que utilizou três sítios por dente (mésio-vestibular, médio-vestibular e disto-
lingual) nos quatro quadrantes foi o que apresentou menor perda de informação e
maior sensibilidade dentre as PRP avaliadas, e que houve um aumento de 3% para
12% na sensibilidade do estudo, quando foram avaliados três sítios por dente, em
um exame de boca dividida, ao invés de dois sítios por dente. Porém, todos os PRP
de pesquisa subestimaram a prevalência de perda de inserção. Os autores
concluíram que os exames de boca dividida, bem como o número de sítios avaliados
têm grande influência sobre os valores de prevalência de perda de inserção clínica.
Hugoson et al. (2005) realizaram um estudo retrospectivo entre 1973 e 2003,
em uma população sueca, com idade entre 3 e 80 anos, para avaliar o efeito de
programas de controle de placa, nos parâmetros clínicos periodontais, utilizando
medidas educacionais e preventivas. Os resultados demonstraram que foi possível
diminuir profundamente a prevalência de doença periodontal com as medidas
educacionais de higiene e prevenção, adotadas durante o período de 30 anos.
Avaliar a associação entre doença periodontal e o risco de infarto do
miocárdio foi o objetivo do estudo de Andriankaja et al. (2006). A amostra
selecionada para o exame foi composta por 537 pacientes, com idade entre 35 e 69
41
anos, hospitalizados por incidentes não-fatais, que tivessem no mínimo seis dentes
permanentes presentes. Os pacientes foram examinados e a sondagem foi feita em
seis sítios por dente, em exames de boca total, excluindo os terceiros molares,
levando-se em conta os valores de perda de inserção clínica 3 mm para
caracterizar a periodontite. Os resultados foram comparados a diferentes
metodologias de exames parciais, criadas pelos autores, e pelos resultados obtidos
foi possível verificar a consistência da associação entre a DP e o risco do infarto do
miocárdio, independentemente do critério utilizado para definir a DP, porém esta
consistência pode variar de acordo com o índice utilizado.
Segundo Gomes Filho et al. (2006), estudos epidemiológicos que têm por
objetivo medidas de morbidade, prevalência e incidência, normalmente apresentam
grandes tamanhos de amostra. Esta característica exige sistemas de diagnóstico
mais simplificados, como exames clínicos parciais. Por outro lado, os estudos
clínicos requerem maior precisão, e por isso, o número de indivíduos da amostra é
significativamente menor que nos epidemiológicos. Sendo assim, os autores atentam
para o fato de que o princípio de critério de diagnóstico escolhido para determinado
estudo, fundamenta-se na necessidade metodológica de cada investigação.
Sabendo-se que a DP tem maior prevalência e gravidade em indivíduos
diabéticos quando comparados aos indivíduos não diabéticos, Drumond-Santana et
al. (2007) realizaram um estudo com o objetivo de avaliar o impacto dessa doença
na qualidade de vida de portadores de Diabetes Mellitus. Participaram do estudo 322
indivíduos, de ambos os gêneros, na faixa etária de 14 a 85 anos, selecionados no
Hospital Dr. Ovídio Nogueira Machado, em Itaúna/MG. No estudo, a periodontite foi
classificada como a presença de pelo menos quatro sítios com NIC 4 mm, e a
determinação do critério para gravidade ocorreu pela presença de pelo menos um
42
sítio com esta medida. Nos indivíduos participantes da pesquisa foi realizada
sondagem periodontal de quatro sítios por dente, e aplicado um questionário, cujo
objetivo foi avaliar se as alterações da condição bucal, incluindo a doença
periodontal, interferiram na qualidade e vida nos últimos doze anos. Os autores
concluíram que as alterações da condição bucal interferem negativamente na
qualidade e vida das pessoas afetadas, mas que os resultados da pesquisa podem
diferir de outros estudos, uma vez que critérios com baixo ponto de corte nos
parâmetros clínicos de PBS e NIC para definição de periodontite podem
superestimar os resultados.
43
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Verificar se, em função da seleção de sítios periodontais específicos e da
utilização de diferentes níveis de perda de inserção clínica, há influência nos
resultados da prevalência e da severidade da periodontite.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3.2.1 Avaliar a prevalência da periodontite, de acordo com a localização dos sítios
com nível de inserção clínica 4 mm, em pacientes que procuram por
tratamento odontológico;
3.2.2 Avaliar a severidade da periodontite por paciente, utilizando-se diferentes
níveis de perda de inserção clínica sendo eles: 4 mm, 5 mm e 6 mm.
44
4 HIPÓTESES
H1) A seleção de sítios periodontais específicos não influencia no resultado
da prevalência da periodontite;
H2) A seleção de sítios periodontais específicos influencia no resultado da
prevalência da periodontite;
H3) A utilização de diferentes níveis de perda de inserção clínica não
influencia no resultado da severidade da periodontite;
H4) A utilização de diferentes níveis de perda de inserção clínica influencia no
resultado da severidade da periodontite.
45
5 METODOLOGIA
5.1 LOCAL DA PESQUISA
O presente estudo foi realizado na Clínica da Pós-Graduação em Odontologia
da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora, em Juiz de Fora,
MG.
O projeto foi submetido à apreciação do comitê de ética da Universidade
Veiga de Almeida tendo sido aprovado sob o n° 111/08 (Anexo A, página 76),
conforme determina a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
5.2 RELATO DA PESQUISA
Todos os indivíduos foram informados dos objetivos da pesquisa e
conscientes, participaram livremente da pesquisa, leram a carta para obtenção do
Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo B, página 77) e assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo C, página 79), permitindo assim, a
realização do exame periodontal e posterior divulgação dos resultados.
46
Os exames, em conformidade com a biossegurança, foram executados à luz
do dia, em cadeira odontológica, com iluminação apropriada, por um único
examinador devidamente calibrado, de forma a reduzir o erro intra-examinador.
5.2.1 Materiais Utilizados
Espelhos bucais planos (Minitech
®
, USA);
Sondas periodontais manuais (PCPUNC156, Hu-Friedy ®, USA) com 1 mm
de graduação e diâmetro de 0,5 mm;
Fichas específicas para anotações dos valores de nível de recessão e PBS
(Apêndice B, página 82) e anamnese (Apêndice A, página 81).
5.2.2 Amostragem
A coleta dos dados foi feita por um único examinador, com o auxílio de um
assistente para anotação dos dados. Este estudo utilizou uma amostra de 114
indivíduos que procuravam por tratamento odontológico, de ambos os sexos, com
idade entre 19 e 78 anos (média de 43 anos), tendo como critério de inclusão,
indivíduos em bom estado geral de saúde, que possuíam no mínimo seis dentes
(sendo no mínimo um por sextante) sem indicação de exodontia e que não
estivessem usando medicamentos antiinflamatórios e antibióticos nos últimos seis
47
meses. Não houve discriminação de raça, padrão sócio-econômico e escolaridade.
Não foram excluídos os fumantes. Do total de indivíduos avaliados nove foram
excluídos por não se enquadrarem nos critérios de inclusão deste trabalho.
Os 105 indivíduos selecionados foram examinados com relação à
profundidade de bolsa à sondagem (PBS) e quanto ao nível de recessão gengival,
para que fosse calculado o nível de inserção clínica (NIC) por sítio. Todos os dentes,
com exceção dos terceiros molares, foram sondados (exame de boca total), seis
sítios por dente: mésio-vestibular (MV), médio-vestibular (V), disto-vestibular (DV),
mésio-lingual (ML), médio-lingual (L) e disto-lingual (DL).
Foram excluídas as faces que apresentavam restaurações com extensão para
dentro do sulco gengival, bem como cálculo dental, lesões de cárie e alterações
anatômicas na região da junção cemento-esmalte (JCE) que pudessem atrapalhar a
medição.
Os indivíduos com necessidade de tratamento periodontal foram
encaminhados para tratamento periodontal, cujo acompanhamento não constitui
objeto de análise para o presente trabalho.
48
5.2.3 Critérios Clínicos
1. Profundidade de bolsa à sondagem (PBS): calculado pela distância da
margem gengival ao fundo da bolsa;
2. Recessão gengival: representado pela distância entre a JCE e a margem
gengival;
3. Nível de inserção clínica (NIC): calculado pela distância da JCE ao fundo da
bolsa periodontal;
4. Durante a medição de PBS, quando a margem gengival encontrava-se mais
coronal em relação à JCE, foi descontada a distância entre as duas para o
cálculo do NIC;
5. As medidas foram aproximadas para o milímetro mais próximo. Nos casos em
que ocorreu a medição com aproximadamente 0,5 mm, o valor anotado foi o
do milímetro mais alto.
6. Foram criadas duas formas de classificar a periodontite, sendo uma para
avaliar a sua prevalência, e outra para avaliar a severidade.
Com relação à prevalência, foram obtidos seis grupos, nos quais a
periodontite foi caracterizada por perda de inserção periodontal 4 mm:
1. GRUPO 1: nos sítios MV de pelo menos um dente;
2. GRUPO 2: nos sítios V de pelo menos um dente;
3. GRUPO 3: nos sítios DV de pelo menos um dente;
4. GRUPO 4: nos sítios ML de pelo menos um dente;
5. GRUPO 5: nos sítios L de pelo menos um dente;
49
6. GRUPO 6: nos sítios DL de pelo menos um dente.
Com relação à severidade, os indivíduos foram divididos em três grupos, nos
quais se classificou a periodontite pela presença de um ou mais sítios com perda de
inserção periodontal:
1. GRUPO A: = 4 mm;
2. GRUPO B: = 5 mm;
3. GRUPO C: 6 mm.
5.2.4 Teste Preliminar (Piloto)
Foi realizado um estudo piloto previamente à execução da parte experimental
para calibração do examinador, de acordo com o Manual de Calibração de
Examinadores do SB2000 (BRASIL, 2001) visando estabelecer padrões uniformes
para o exame epidemiológico e verificação de toda a metodologia empregada.
Da amostra total, 10% foram examinados duas vezes (com intervalo de 1 hora
entre os exames de um mesmo paciente), tanto para a PBS, quanto para a recessão
gengival, a fim de se obter a confiabilidade diagnóstica intra-examinador que foi
aferida pela estatística de Kappa (ESTRELA, 2005).
A consistência diagnóstica intra-examinador aferida foi alta, sendo o menor
valor obtido para o teste Kappa = 0,967 para as medidas de PBS, e 0,933 para as
medidas de recessão gengival. O grau de concordância intra-examinador foi
50
considerado excelente e apresentou significância estatística (P > 0,001) para todos
os sítios avaliados.
5.2.5 Análise Estatística
A prova exata de Fisher foi utilizada para fazer o cruzamento de variáveis
categóricas e dicotômicas apresentando significância de 0,05.
O teste Qui-Quadrado foi utilizado para testar a hipótese de que todos os
sítios teriam a mesma prevalência.
Para melhor entendimento dos resultados, foram criados gráficos originados
de uma planilha do programa Excel.
51
6 RESULTADOS
Dos 105 indivíduos examinados 64% (n = 67) eram mulheres e, 36% (n = 38)
eram homens. Do total examinado, 80% (n = 84) apresentou-se com perda de
inserção clínica 4 mm em pelo menos um sítio, enquanto 20% (n = 21) apresentou-
se com nível de inserção clínica 3 mm (Gráfico 1). A média de dentes por indivíduo
foi de 23 dentes.
Gráfico 1 – Percentual de indivíduos com periodontite.
A Tabela 1 mostra a média, em valores numéricos, de sítios por dente com
perda de inserção clínica 4 mm, e de dentes por indivíduo, com a presença de pelo
um sítio com esta medida.
52
Tabela 1 – Médias de sítios e de dentes afetados pela periodontite
Médias em valores numéricos
Dentes com sítios com NIC 4 mm p/indivíduo
5,77
Sítios com NIC 4 mm p/dente
1,8
Do total de sítios examinados (n = 14.682), 94% não apresentaram perda de
inserção clínica significante, e apenas 6% apresentaram sítios com NIC 4 mm,
conforme mostra o Gráfico 2.
Gráfico 2 – Percentual de sítios sondados.
A maior parte dos sítios afetados estava na face vestibular dos dentes, mas
isso não justifica a não medição dos sítios linguais, que representaram 23% do total
de sítios afetados.
O Gráfico 3 mostra a prevalência de bolsas com NIC 4 mm nas faces
vestibular e lingual dos dentes afetados pela periodontite.
53
Gráfico 3 – Percentual de sítios afetados de acordo com a face do dente.
A prevalência de bolsas com NIC 4 mm foi maior nos sítios vestibulares
(MV, V e DV) ,totalizando 678 sítios (77%), enquanto o número de sítios linguais
com NIC 4 mm foi de 197 (23%).
Conforme demonstra o Gráfico 4, o Grupo 2 (V) quando comparado aos
demais sítios do dente, apresentou maior prevalência (29%) e o Grupo 5 (L) o que
apresentou a menor prevalência (5%).
54
Gráfico 4 – Prevalência da periodontite de acordo com a localização dos sítios.
Dentre os sítios vestibulares afetados, o V (Grupo 2) foi o que apresentou a
maior prevalência de bolsas com NIC 4 mm, correspondendo a 38% (Gráfico 5).
Gráfico 5 – Percentual dos sítios vestibulares afetados.
55
De todos os sítios linguais afetados, o Grupo 5 (L) foi o que apresentou a
menor prevalência na amostra (25%) (Gráfico 6).
Gráfico 6 – Percentual dos sítios linguais afetados.
Dentre os sítios linguais sondados, o DL (Grupo 6) foi o que apresentou a
maior prevalência de bolsas com NIC 4 mm, com 46% de todos os sítios linguais
afetados. Este sítio quando comparado aos demais sítios do dente, apresentou uma
baixa prevalência (9%).
Quanto à severidade, somente 2% dos indivíduos (n = 2) apresentaram um ou
mais sítios com perda de inserção clínica 6 m (Grupo C), e não apresentaram
sítios com NIC igual a 4 ou 5 mm; 13% (n = 11), apresentaram apenas sítios com
perda de inserção clínica = 5 mm (Grupo B), e 27% (n = 23), apenas sítios com
perda de inserção clínica = 4 mm (Grupo A), conforme demonstrado no gráfico 7.
56
Gráfico 7 – Percentual de indivíduos que pertencem exclusivamente a um dos grupos que
classificam a severidade.
Pode-se observar que 11 indivíduos apresentaram simultaneamente sítios de
4 mm (Grupo A), 5 mm (Grupo B) e 6 mm (Grupo C), pertencendo assim, aos três
grupos que caracterizaram a severidade da periodontite (Figura 2).
Figura 2 – Número de indivíduos quanto à severidade de acordo com NIC.
Número de indivíduos quanto à severidade de acordo com o NIC
57
A Figura 2 demonstra que 37 indivíduos pertencem a dois grupos
simultaneamente, sendo que a interseção que apresentou o maior número de
indivíduos foi entre os grupos A e B (n = 23), enquanto o menor número de
indivíduos ocorreu na interseção entre os grupos C e A (n = 5). Dos indivíduos
avaliados, 21 apresentaram sítios com NIC 3 mm.
Passou-se então para análise dos resultados estatísticos (Apêndices D, E e F,
páginas 85-89). O teste Qui-Quadrado não confirmou a hipótese de que todos os
sítios poderiam ter a mesma prevalência. Quando analisados separadamente, os
sítios vestibulares não apresentaram igual chance de prevalência entre si, no nível
de 0,05. Os sítios médio-vestibulares mostram-se mais prevalentes, enquanto os
sítios disto-vestibulares mostraram-se menos prevalentes. Os sítios linguais também
não apresentaram igual chance de prevalência entre si, no nível de 0,05. Os sítios
disto-linguais foram os que apresentaram maior prevalência.
As três variáveis da severidade são dicotômicas, que assumem dois valores:
estar ou não presente no critério, quando feito um cruzamento pela prova exata de
Fisher as variáveis duas a duas 4 com 5, 4 com 6 e 5 com 6, fechando todas as
possibilidades. Todos os cruzamentos apresentaram-se significantes ao nível de
0,05. As associações se apresentaram positivas demonstrando que, quem já estava
em um critério, tem maior possibilidade de pertencer ao outro. No Grupo C, 25
indivíduos pertencem ao mesmo tempo aos Grupos A e/ou B.
58
7 DISCUSSÃO
Dados epidemiológicos tornam-se a base para muitas das diretrizes de saúde
pública (ARAÚJO e SUKEKAVA, 2007; GESSER, PERES e MARCENES, 2001;
KINGMAN e ALBANDAR, 2002), e por isso, tem-se procurado desenvolver uma
metodologia de avaliação simples, válida e reprodutiva da doença periodontal, em
especial a periodontite, mas a falta de uniformidade metodológica para a avaliação
da prevalência (pela variação da localização e número de sítios sondados) (HUNT,
1998; KAHN, MACHADO e MACHADO, 2003; STOLTENBERG et al., 1993), e da
severidade (pela adoção de diferentes padrões de NIC que caracterizem a doença)
(PAPAPANOU e LINDHE, 2005), gera valores díspares que atrapalham o
desenvolvimento de políticas públicas baseadas em resultados.
Benigeri et al. (2000), Horning, Hatch e Lutskus (1990), Khocht et al. (1995) e
Pilot et al. (1992) utilizaram a margem gengival para medir a severidade, levando em
consideração apenas a profundidade de bolsa à sondagem (PBS). Mas por existir
uma tendência da literatura (CARLOS, WOLFE e KINGMAN, 1986; DIAMANTI-
KIPIOTI et al.,1993; DRUMOND-SANTANA et al., 2007; GETTINGER et al., 1983;
LOCKER, SLADE e MURRAY, 1998; OLIVER, 1977; OWENS et al., 2003;
RAMFJORD, 1959; THOMSON e WILLIAMS, 2002), em utilizar o nível de inserção
clínica (NIC) para o diagnóstico da periodontite como o mais preciso dentre os
descritores clínicos existentes, este trabalho foi realizado com base na medição da
perda de inserção clínica à partir da junção cemento-esmalte.
59
Apesar de Carranza e Takei (2007) descreverem que o “padrão-ouro” para o
registro de alterações no estado periodontal é uma medição longitudinal, avaliada
por meio da utilização de uma sonda graduada, dos níveis clínicos de inserção a
partir da JCE, a sondagem periodontal pode não oferecer um resultado correto para
o NIC nos casos em que a margem gengival estiver acima da JCE, pois isto gera
uma dificuldade em se medir a distância da JCE ao fundo da bolsa (MONNET-
CORTI e BORGHETTI, 2002), proporcionando uma possibilidade de erro de ±1 mm
na medição do NIC, para este trabalho.
Por sua vez, os levantamentos epidemiológicos da doença periodontal que
utilizam a PBS como indicador, podem falhar, já que subestimam a importância do
papel da recessão gengival na perda de inserção (BRUNELLE e WOLFE, 1987).
Não há uma uniformidade entre os autores consultados quanto aos valores de
perda de inserção clínica que caracterizem a periodontite em estudos
epidemiológicos. Para Ramfjord (1959), as medidas de perda de inserção clínica
dividem os sítios em três grupos: NIC 3 mm; NIC > 3 mm e 6 mm; e NIC > 6 mm;
Oliver (1977) dividiu os pacientes em dois grupos, sendo eles incluídos em grupos
com perda de inserção clínica entre 3 e 5 mm, e acima de 5 mm. Carlos, Brunelle e
Wolfe (1987), utilizaram o parâmetro de bolsas > 6 mm em seus estudos; Baelum et
al. (1993), Benigeri et al. (2000) e Diamanti-Kipioti et al. (1993) utilizaram 6 mm;
Para Hunt (1987), a profundidade das bolsas foi determinada em dois grupos: 3 a 6
mm e acima de 6 mm. Gesser, Peres e Marcenes (2001) avaliaram bolsas
periodontais rasas (entre 3,5 e 5,5 mm) e profundas ( 5,5 mm); Drumond-Santana
et al. (2007) classificaram a periodontite como a presença de pelo menos quatro
sítios com NIC 4 mm; Menezes, Duarte e Todescan (2001) avaliaram grupos com
bolsas de 4 a 5 mm e de 6 mm; Khocht et al. (1995), sítios de 4 a 6 mm e acima de 7
60
mm. Ainamo e Ainamo (1985), bolsas entre 4-5 mm, e 6 mm; Horning, Hatch e
Lutskus (1990) determinaram que periodontite leve seria caracterizada por bolsas de
3 a 5 mm; periodontite moderada, bolsas de 5 a 7 mm; e periodontite severa, 7
mm. Stoltenberg et al. (1993) investigou bolsas 4 mm. Thomson e Williams (2002)
consideraram os sítios 4 e 6 mm; Susin e Albandar (2005) definiram periodontite
severa quando quatro ou mais dentes apresentavam perda de inserção 4 mm em
indivíduos com idade entre 14 e 19 anos, e 5 mm em indivíduos entre 20 e 29
anos. As medidas utilizadas neste estudo para caracterizar a severidade da
periodontite foram bolsas com perda de inserção de 4 mm, 5 mm e 6 mm;
enquanto para a prevalência da doença foram consideradas as bolsas 4 mm.
Pode-se observar que a escolha de um determinado valor de perda de
inserção clínica que caracterize a severidade da periodontite pode influenciar nos
valores de prevalência desta doença dentro da população estudada, uma vez que,
quanto maior o nível de inserção clínica adotado, maior será a chance de exclusão
de indivíduos da amostra.
Kingman e Albandar (2002) afirmaram que em exames parciais, a escolha de
sítios específicos para estimar a severidade pode ser mais importante do que o
número de sítios avaliados. Enquanto alguns autores (BAELUM et al., 1995;
CARLOS, BRUNELLE e WOLFE,1987; CARLOS, WOLFE e KINGMAN,1986;
DRUMOND-SANTANA et al., 2007; EATON et al., 2001; STOLTENBERG et al.,
1993; THOMSON e WILLIAMS, 2002;) utilizaram a sondagem de sítios específicos
em seus estudos, outros pesquisadores (ANDRIANKAJA et al., 2006; JOHANSEN,
GJERMO e BELLINI, 1973; OLIVER, 1977; SUSIN e ALBANDAR, 2005) utilizaram a
sondagem de seis sítios por dente. Neste estudo foi utilizada a sondagem de seis
sítios por dente.
61
Enquanto Ainamo et al. (1982) e Ramfjord (1959) utilizaram a sondagem em
dentes específicos, Carlos, Wolfe e Kingman (1986) e Johansen, Gjermo e Bellini,
(1973) realizaram seus estudos epidemiológicos em quadrantes; Menezes, Duarte e
Todescan (2001), Pilot et al. (1992) e Stoltenberg et al. (1993) em sextantes; e
Andriankaja et al. (2006), Eaton et al. (2001), Oliver (1977), Susin e Albandar (2005)
fizeram suas avaliações em exames de boca total.
Para Oliver (1977), o exame de boca total é mais trabalhoso, porém revela
com mais precisão o quadro epidemiológico da doença periodontal, mas devido ao
tempo e custos, se torna inviável para a pesquisa em nível de saúde pública
(VETTORE et al., 2007). Thomson e Williams (2002) concluíram que nas pesquisas
epidemiológicas da doença periodontal, o exame de boca total deve ser utilizado,
porém, quando o custo e o tempo forem relevantes, o exame de boca dividida é uma
alternativa. O exame de boca total foi feito neste estudo por ser considerado
“padrão-ouro” em estudos epidemiológicos periodontais (DOWSETT, ECKERT e
KOWOLIK, 2002), fornecendo assim, mais informações para o presente trabalho.
Entretanto, Gettinger et al. (1983), em seu estudo observaram uma forte
relação entre o índice que utiliza os seis dentes e o que avalia todos os dentes. Para
Hunt (1987), em determinadas faixa etárias, os exames parciais podem ser úteis
para pesquisa de prevalência da doença periodontal.
Mesmo considerando os exames parciais viáveis para estudos populacionais
da doença periodontal, Landry e Jean (2002) acreditaram que, em estudos
epidemiológicos, a utilização de métodos parciais de avaliação da doença
periodontal pode resultar em subestimação da prevalência de uma doença,
desfavorecendo desta forma, o investimento em programas de atenção básica de
62
prevenção. Eaton et al. (2001) afirmaram que os índices parciais subestimam a
prevalência da doença periodontal em pacientes jovens.
Esta pesquisa demonstrou que os exames de boca parcial ou dentes índices
podem excluir dentes com presença de periodontite, já que a média de dentes
afetados por indivíduo foi de 5,77. Sendo a média de sítios afetados por dente de
1,8, a sondagem parcial de sítios por elemento dentário pode sub ou superestimar a
prevalência da periodontite.
Quanto ao INTPC, Benigeri et al. (2000) concluíram que este índice
subestima a prevalência da doença periodontal com bolsas profundas ( 6 mm).
Além disso, a utilização do Índice das Necessidades de Tratamento Periodontal
Comunitário (INTPC) de Ainamo et al. (1982), na intenção quantificar a prevalência e
severidade da periodontite (MENEZES, DUARTE e TODESCAN, 2001), pode gerar
uma confusão metodológica, uma vez que este método não foi criado com este
objetivo (HOLMGREN, 1994).
Porém, uma vez que a destruição periodontal pode apresentar uma simetria
entre o hemiarco direito e esquerdo, supõem-se que um exame de boca parcial seria
uma alternativa para o exame de boca total (DOWSETT, ECKERT e KOWOLIK,
2002). Owens et al. (2003) concluíram que o exame de boca dividida (seis sítios por
dente) é aplicável em exames epidemiológicos uma vez que a destruição periodontal
apresenta uma simetria entre os hemiarcos direito e esquerdo e, em nível de saúde
pública possuem um custo menor, são mais rápidos e reduzem a fadiga do paciente
e do profissional.
Locker, Slade e Murray (1998) concluíram que existe uma grande dificuldade
de se realizar uma comparação de resultados das pesquisas epidemiológicas
periodontais, visto que, além da diferença de faixa etária da amostra de cada estudo,
63
ainda havia diferenças de metodologia de avaliação periodontal (exames parciais e
de boca total), número de dentes avaliados e também sítios sondados (que variaram
de dois a seis sítios, naqueles estudos), não havendo também uniformidade quanto
à profundidade de perda de inserção que representasse a periodontite.
Ao comparar os resultados de estudos realizados nos EUA, América do Sul e
Central, Europa, África e Ásia/Oceania, sobre a prevalência da periodontite severa,
Albandar e Rams (2002) constataram que a baixa ocorrência desta doença em
vários estudos populacionais pode ser atribuída aos diferentes critérios de medidas
utilizados para quantificá-la.
A revisão da literatura mostrou que os estudos têm utilizado diferentes
desenhos para a seleção de indivíduos para a amostra. Enquanto Ainamo e Ainamo
(1985); Andriankaja et al. (2006); Baelum e al. (1993); Baelum et al. (1995); Carlos,
Brunelle e Wolfe (1987); Diamanti-Kipioti et al. (1993); Eaton et al. (2001); Gettinger
et al. (1983); Hunt (1987); Susin e Albandar (2005); Susin, Kingman e Albandar
(2005) e Thomson e Williams (2002) selecionaram os indivíduos aleatoriamente
dentre as populações estudadas, Menezes, Duarte e Todescan (2001); Horning,
Hatch e Lutskus (1990); Khocht et al. (1995) e Oliver (1977) selecionaram suas
amostras de pacientes provenientes de clínicas odontológicas.
Neste trabalho, a amostra foi composta de 105 indivíduos que procuravam por
atendimento odontológico na Clínica de Pós-graduação da Faculdade de Ciências
Médicas e da Saúde de Juiz de Fora, sendo que destes 36,2% eram homens, e
83,8% eram mulheres. Do total, 13 relataram ser fumantes.
Uma vez que este estudo utilizou uma metodologia de sondagem de boca
total, seis sítios por dente, não é de se surpreender o fato destes resultados serem
mais altos quando comparados a diversos outros estudos que utilizaram exames
64
parciais. É importante enfatizar que a prevalência e severidade da periodontite
encontradas no grupo de indivíduos avaliados não refletem necessariamente os
índices desta doença na população de Juiz de Fora/MG. Porém estes resultados
podem evidenciar que a periodontite é um problema de saúde pública de
considerável magnitude, mesmo em uma população saudável.
Uma variedade de índices para a quantificação dos parâmetros periodontais
vem sendo desenvolvida através dos anos, porém, muitos desses índices foram
planejados exclusivamente para o exame de pacientes dentro de uma estrutura
prática odontológica, enquanto outros o foram para a pesquisa epidemiológica
(PAPAPANOU e LINDHE, 2005).
Mediante a diversidade de aspectos que caracterizam a periodontite, faz-se
necessária a flexibilização na escolha do critério de diagnóstico de acordo com o
delineamento da investigação, dado que, de um lado, encontram-se os estudos
epidemiológicos que visam diagnósticos para grandes coletivos, e de outro, os
ensaios clínicos que primam por precisão em suas medidas (GOMES FILHO et al.,
2006).
Este trabalho mostra que, em função dos diferentes critérios de classificação
escolhidos, a prevalência da periodontite pode ter uma variação expressiva dentre
uma mesma população. Sendo assim, os achados deste estudo mostram-se
relevantes para motivar o debate em torno do critério de escolha de diagnóstico da
referida doença.
Esta pesquisa pode gerar resultados importantes para o incremento das
ações de planejamento e avaliação na área de saúde bucal coletiva, e seguindo o
exemplo de experiências como a realizada por Hugoson et al. (2003), deve-se
65
buscar a melhora da saúde periodontal da população por meio do investimento
prioritário em políticas públicas de saúde que visem a prevenção.
66
8 CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos e de acordo com as hipóteses levantadas,
pode-se concluir que:
1. A seleção de sítios específicos para avaliar a periodontite influenciou no
resultado da sua prevalência;
2. A utilização de diferentes níveis de inserção clínica influenciou no resultado
quanto à severidade da periodontite.
67
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75
ANEXOS
76
ANEXO A – APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
77
ANEXO B – CARTA DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro(a) Senhor(a)
Eu, Leandro Stecca, Cirurgião-dentista portador do CPF 028.516.236-56, RG
M-8.844.791, CRO-MG 22.346, estabelecido na Av. Rio Branco, 2985/1402, CEP
36.010-012, na cidade do Juiz de Fora, MG, cujo telefone de contato é 32-3214-
5546, vou desenvolver uma pesquisa cujo título é “Influência da seleção de sítios
periodontais específicos e da utilização de diferentes níveis de perda de inserção
clínica na determinação da prevalência e severidade da periodontite”.
Este estudo tem como objetivo verificar se em função de modificações da
classificação da doença periodontal, particularmente a periodontite, ocorre também
alteração na prevalência e severidade da doença periodontal.
Necessito que o Sr(a) autorize a avaliação que consta de: sondagem
periodontal de todos os dentes presentes, através de instrumento apropriado. A sua
participação nesta pesquisa é voluntária e a avaliação clínica não determinará
qualquer risco nem trará desconfortos. Além disso, sua participação é importante
para o aumento do conhecimento a respeito dos índices periodontais, o que pode
colaborar nos tratamentos odontológicos, podendo beneficiar outras pessoas. Com
relação ao procedimento em questão, não existe melhor forma de obtenção.
Informo que o Sr(a) tem a garantia de acesso, em qualquer etapa do estudo,
sobre qualquer esclarecimento de eventuais dúvidas. Se tiver alguma consideração
ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) da Universidade Veiga de Almeida, situado na Rua Ibituruna 108 –
Tijuca, telefone (21) 3234-3024 e comunique-se com a Profª. Drª. Mônica Medeiros
de Britto Pereira.
Também é garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer
momento e deixar de participar do estudo.
Garanto que as informações obtidas serão analisadas em conjunto com
outras pessoas, não sendo divulgada a identificação de nenhum dos participantes.
O Sr(a) tem o direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais
das pesquisas e, caso seja solicitado, darei todas as informações que solicitar.
78
Não existirão despesas ou compensações pessoais para o participante em
qualquer fase do estudo, incluindo exames e consultas. Também não há
compensação financeira relacionada à sua participação. Se existir qualquer despesa
adicional, ela será absorvida pelo orçamento da pesquisa.
Eu me comprometo a utilizar os dados coletados somente para pesquisa, e os
resultados serão veiculados através de artigos científicos, em revistas
especializadas e/ou em encontros científicos e congressos, sem nunca tornar
possível a sua identificação.
79
ANEXO C – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Acredito ter sido suficientemente informado a respeito do estudo “Influência
da seleção de sítios periodontais específicos e da utilização de diferentes níveis de
perda de inserção clínica na determinação da prevalência e severidade da
periodontite”.
Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os
procedimentos a serem realizados, as garantias de confidencialidade e de
esclarecimentos permanentes.
Ficou claro, também, que a minha participação é isenta de despesas e que
tenho garantia do acesso aos resultados e de esclarecer minhas dúvidas a qualquer
tempo. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu
consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou
prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido.
Data: _______/______/______
Assinatura do informante: _________________________________
Nome: ________________________________________________
Endereço: _____________________________________________
RG: __________________________________________________
Fone: ( ) _________________
Data: _______/______/______
Assinatura do pesquisador: ________________________________
80
APÊNDICES
81
APÊNDICE A
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE JUIZ DE FORA
PÓS – ODONTO SUPREMA
FICHA CLÍNICA DE TRIAGEM DE PACIENTE
FICHA nº: ______
Nome:______________________________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________
Data do nascimento:__________ Estado Civil:_____________ Tel:______________
Data do Exame:__/__/___
1 – Anamnese
01- Está ou esteve sob tratamento médico? Por quê? S N N/S
02- Sofre de problemas cardiovasculares? S N N/S
03- Sofre de problema de pressão arterial? S N N/S
04- Sofre de algum distúrbio respiratório? S N N/S
05- Você é diabético? S N N/S
06- Teve ou tem alguma doença infecto-contagiosa? S N N/S
07- Está fazendo uso de algum medicamento? Qual? S N N/S
08- É alérgico a algum medicamento ou substância? S N N/S
Qual?________________________
09- É fumante? S N N/S
10- Está grávida? S N N/S
S = Sim N = Não N/S = Não sei
Observações: _____________________________________________________
Juiz de Fora ____de ________________de 2007
____________________________
Assinatura do Paciente
82
APÊNDICE B
FICHA PARA ANOTAÇÃO PARA PBS E RECESSÃO GENGIVAL
Profundidade de Bolsa Recessão Gengival
MV MDV DV ML MDL DL
17
16
15
14
13
12
11
21
22
23
24
25
26
27
37
36
35
34
33
32
31
41
42
43
44
45
46
47
MV MDV DV ML MDL DL
17
16
15
14
13
12
11
21
22
23
24
25
26
27
37
36
35
34
33
32
31
41
42
43
44
45
46
47
83
APÊNDICE C
TESTE KAPPA – Intracalibração para PBS
dif2
Frequency Percent Valid Percent Cumulative Percent
Valid erro 25 2,083333 2,083333 2,083333
acerto 1175 97,91667 97,91667 100
Total 1200 100 100
medida1 * medida2 Crosstabulation
Count
medida2 Total
12345678 1
medida1 1 454 10 0 0 0 0 0 0 464
2 2 538 4 0 0 0 0 0 544
3 0 2 104 2 0 0 0 0 108
4 0 0 2 35 0 0 0 0 37
5 0 0 0 232 100 35
6 0 0 0 0 0 9 0 0 9
7 0 0 0 0 0 0 2 0 2
8 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Total 456 550 110 39 32 10 2 1 1200
Symmetric Measures
Value Asymp.Std. Error(a) Aprox.T(b) Aprox.Sig.
Measure of
Agreement Kappa 0,967202 0,006466 48,29208 0
N of Valid Cases 1200
a Not assuming the null hypothesis.
b Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesis.
84
TESTE KAPPA – Intracalibração para Recessão Gengival
dif2
Frequency Percent Valid Percent Cumulative Percent
Valid erro 8 5,555556 5,555556 5,555556
acerto 136 94,44444 94,44444 100
Total 144 100 100
medida1 * medida2 Crosstabulation
Count
medida2 Total
12345678910 1
medida1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
2 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 6
3 00300000000 30
4 0 0 1 27 2 0 0 0 0 0 30
5 0 0 0 1 29 0 0 0 0 0 30
6 0 0 0 0 1 20 0 0 0 0 21
7 00000012000 12
8 0 0 0 0 0 0 1 4 0 0 5
9 0 0 0 0 0 0 0 1 6 1 8
10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Total 16312832201356 2 144
85
APÊNDICE D
TESTE QUI-QUADRADO
Chi-Square Test
Frequencies
Sítios Sondados
Observado Esperado Resíduo
MV
218 145,8 72,2
V
255 145,8 109,2
DV
205 145,8 59,2
ML
70 145,8 -75,8
L
44 145,8 -101,8
DL
83 145,8 -62,8
Total
875
Teste Estatístico
Sítios
Sondados
Qui-Quadrado
279,050
Gl
5
p-valor
,000
A 0 cells (,0%) have expected frequencies less than 5.
The minimum expected cell frequency is 145,8.
86
APÊNDICE E
PREVALÊNCIA
NPar Tests
Chi-Square Test
Frequencies
Sítios Linguais
Observado Esperado Resíduo
ml
70 65,7 4,3
l
44 65,7 -21,7
dl
83 65,7 17,3
Total
197
Teste Estatístico
cat
Chi-Square(a)
12,010
df
2
Asymp. Sig.
,002
A 0 cells (,0%) have expected frequencies less than 5.
The minimum expected cell frequency is 65,7.
Sítios Vestibulares
Observado Esperado Resíduo
mv
218 226,0 -8,0
v
255 226,0 29,0
dv
205 226,0 -21,0
Total
678
Teste Estatístico
cat
Chi-Square(a)
5,956
df
2
Asymp. Sig.
,051
A 0 cells (,0%) have expected frequencies less than 5.
The minimum expected cell frequency is 226,0.
87
APÊNDICE F
SEVERIDADE
Crosstabs
Case Processing Summary
Cases
Valid Missing Total
N Percent N Percent N Percent
NIC = 4mm * NIC = 5mm
105 100,0% 0 ,0% 105 100,0%
NIC = 4mm * NIC = 5mm Crosstabulation
NIC = 5mm Total
não possui 5mm possui 5mm não possui 5mm
NIC = 4mm não possui 4mm
9 4 13
possui 4mm
12 80 92
Total
21 84 105
Chi-Square Tests
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Pearson Chi-Square
22,475(b) 1 ,000
Continuity Correction
19,100(a) 1 ,000
Likelihood Ratio
17,789 1 ,000
Fisher's Exact Test
,000 ,000
Linear-by-Linear
Association
22,261 1 ,000
N of Valid Cases
105
a Computed only for a 2x2 table
b 1 cells (25,0%) have expected count less than 5.
The minimum expected count is 2,60.
88
Crosstabs
Case Processing Summary
Cases
Valid Missing Total
N Percent N Percent N Percent
NIC = 4mm * NIC 6mm
105 100,0% 0 ,0% 105 100,0%
NIC = 4mm * NIC 6mm Crosstabulation
NIC 6mm Total
não possui 6mm possui 6mm não possui 6mm
NIC = 4mm não possui 4 mm
9 4 13
possui 4mm
31 61 92
Total
40 65 105
Chi-Square Tests
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Pearson Chi-Square
6,099(b) 1 ,014
Continuity Correction
4,685(a) 1 ,030
Likelihood Ratio
5,927 1 ,015
Fisher's Exact Test
,029 ,016
Linear-by-Linear
Association
6,041 1 ,014
N of Valid Cases
105
a Computed only for a 2x2 table
b 1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 4,95.
89
Crosstabs
Case Processing Summary
Cases
Valid Missing Total
N Percent N Percent N Percent
NIC = 5mm * NIC 6mm
105 100,0% 0 ,0% 105 100,0%
NIC = 5mm * NIC 6mm Crosstabulation
NIC 6mm Total
não possui 6mm possui 6mm não possui 6mm
NIC = 5mm não possui 5mm
18 3 21
possui 5mm
22 62 84
Total
40 65 105
Chi-Square Tests
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Pearson Chi-Square
25,240(b) 1 ,000
Continuity Correction
22,779(a) 1 ,000
Likelihood Ratio
25,719 1 ,000
Fisher's Exact Test
,000 ,000
Linear-by-Linear
Association
25,000 1 ,000
N of Valid Cases
105
a Computed only for a 2x2 table
b 0 cells (,0%) have expected count less than 5.
The minimum expected count is 8,00.
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