Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE MEDICINA
CAMPUS DE BOTUCATU
ALTERAÇÕES EPIGENÉTICAS EM ADENOCARCINOMAS DE
PRÓSTATA
FLÁVIA CILENE MACIEL DA CRUZ ALVES
BOTUCATU-SP
2009
Tese apresentada ao Programa de
Pós – Graduação em Patologia da
Faculdade de Medicina de
Botucatu, Universidade Estadual
Paulista UNESP, para a obtenção
do título de Doutor em Patologia.
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE MEDICINA
CAMPUS DE BOTUCATU
ALTERAÇÕES EPIGENÉTICAS EM ADENOCARCINOMAS DE
PRÓSTATA
Doutoranda: Flávia Cilene Maciel da Cruz Alves
Orientadora: Profa. Dra. Sílvia Regina Rogatto
BOTUCATU-SP
2009
Tese apresentada ao Programa de
Pós – Graduação em Patologia da
Faculdade de Medicina de
Botucatu, Universidade Estadual
Paulista UNESP, para a obtenção
do título de Doutor em Patologia.
ads:
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉCNICA DE AQUISIÇÃO E TRATAMENTO
DA INFORMAÇÃO
DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU – UNESP
Bibliotecária responsável: Selma Maria de Jesus
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz.
Alterações epigenéticas em adenocarcinomas de próstata / Flávia Cilene
Maciel da Cruz Alves. – Botucatu : [s.n.], 2009.
Tese (doutorado) – Faculdade de Medicina de Botucatu,
Universidade Estadual Paulista, 2009.
Orientadora: Sílvia Regina Rogatto
Assunto CAPES: 40105008
1. Próstata - Câncer - Aspectos genéticos
CDD 616.99263
Palavras chave: Câncer de Próstata Gene CDH1; Gene RARB; Gene RASSF1A;
IHC; Metilação; MSP-PCR; RT-PCR
.... o meu caminho está encoberto ao Senhor.... Não sabes, não ouviste que o eterno
Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga?.... Faz forte
ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.... mas os que esperam
no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se
cansam, caminham e não se fatigam....
Isaías cap.40 vers.27 a 31
DEDICATÓRIA
DEDICATÓRIADEDICATÓRIA
DEDICATÓRIA
Às minhas filhas Ana Carolina e Mariana,
minha eterna gratidão pelo carinho e paciência e
ao meu marido Jaime pelo amor, incentivo,
respeito, carinho e apoio nas dificuldades e por
fazer parte da minha vida.
Obrigado por tudo que vocês fizeram por
mim!!!!
Aos meus pais, Osvaldo e Neide agradeço
pela confiança em mim depositada, ajudando a
buscar forças para concluir esta etapa da minha
formação profissional, propiciando a mim
atenção nos momentos difíceis.
Obrigado por tudo e eu amo muito
vocês!!!!
AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Deus, pois sem Ele nada do que foi feito se
faria.
Aos meus irmãos Fábio e Fernando, cunhadas Margareth e Regina, sobrinhos
Ricardo, Beatriz e Luccas, minha sogra Dalila e meu sogro Waldomiro (in memorian),
cunhada Suely, cunhado Santana, que, com os seus auxílios, orações e contribuições,
permitiram a realização deste curso.
À minha orientadora Prof. Dra. Sílvia Regina Rogatto, pelo incentivo e apoio
durante todo este processo de crescimento profissional, intelectual e pessoal. E
também pela integridade de caráter científico e pela amizade.
À Dra. Sandra Drigo, por sua participação essencial em todas as etapas deste
trabalho, pelo carinho, orientação segura e disponibilidade. Muito Obrigado!
À Dra. Maria Aparecida Custódio Domingues, um especial agradecimento ao
incentivo constante e pela atenção, presteza e disposição a mim sempre dispensadas.
Obrigado de coração minha amiga...
Ao Dr. José Carlos de Souza Trindade, Dr. José Carlos de Souza Trindade
Filho e Dr. Márcio Nobrega de Jesus, pela participação essencial na análise das
informações clínicas, cujos ensinamentos nortearam minha vida profissional.
Ao Prof. Dr. João Lauro Viana de Camargo, agradeço a oportunidade de
cursar este doutorado e pela acolhida em Botucatu!!!
À Dra. Daisy Maria Favero Salvadori, pelo apoio, incentivo e pela amizade
cultivada.
À Dra. Cláudia Aparecida Rainho, pelas importantes sugestões que
enriqueceram este trabalho.
À todos os amigos do laboratório NeoGene, Fabíola, Renata Canevari, Renata
Bueno, Rodrigo, Fábio, Lívia, Luciana, Eliana, Míriam, André, Cássia, Fernanda,
Sara, Priscila, Nádia, Leda, Érica, Michele (USP/Bauru) e Greicy que participaram
efetivamente deste trabalho científico e também participaram emocionalmente desta
minha jornada.
A todos os amigos do Departamento de Patologia, Professora Maria Luíza,
Lúcia, Denise, Cícera, Luciano, Cristina, José Carlos, Priscila Negraes e Shadia, e
também do Departamento de Urologia, Andréa e Glaucia, pela convivência
harmoniosa dos últimos anos.
À Tânia, secretária do programa de pós-graduação em Patologia, por sua
sempre gentil presteza em informações.
Aos técnicos do laboratório de Imunohistoquímica, Marquinhos e Celene, pela
importante participação na realização da imunohistoquímica e pela boa vontade em
sempre ajudar.
Ao Dr. Francisco Fonseca, Dr. Fernando Soares, Ivan (laboratório de
imunohistoquímica) e a Cláudia, do Hospital A.C. Camargo, pela contribuição na
disponibilização dos dados clínicos dos pacientes e pelas valiosas orientações.
À Janete Aparecida Silva, Nathanael Pinheiro Salles e Regina Célia Spadin,
membros da seção de Pós-Graduação da Faculdade de Medicina, pela prontidão com
que sempre me atenderam.
À todos os membros da Igreja Presbiteriana Maranata que de alguma forma
contribuíram para a execução deste trabalho, pois fazemos parte de uma grande
família abençoada por Cristo Jesus.
RESUMO
RESUMORESUMO
RESUMO
RESUMO
Introdução: As alterações epigenéticas desempenham funções críticas na regulação de
vários genes, funções celulares e conseqüentes mudanças no controle do ciclo celular. Estas
modificações têm sido associadas ao desenvolvimento tumoral. Em câncer de próstata, muitos
genes hipermetilados foram descritos e indicados como potenciais marcadores diagnósticos,
incluindo RARB, RASSF1A, SFN e CDH1. O presente estudo tem como objetivo avaliar a
freqüência da hipermetilação dos genes SFN, RARB, RASSF1A e CDH1 nos adenocarcinomas
de próstata (CaP) e correlacionar essas alterações com a expressão gênica e proteica e com
parâmetros clínicos e histopatológicos.
Métodos: O padrão de metilação dos genes SFN, RARB, RASSF1A e CDH1 foi
determinado por PCR-metilação específica em 68 amostras de CaP e em 27 amostras de
próstata não neoplásicas (PNN). Expressão dos transcritos RARB e RASSF1A foram avaliados
por RT-PCR quantitativo em 73 amostras de CaP, 15 amostras de tecidos prostáticos
adjacentes o neoplásicos (PAdj) e dois tecidos prostáticos normais (N). A expressão das
proteínas foi avaliada por imunohistoquímica em 141 amostras de CaP, 40 PAdj e dois N. Os
resultados foram correlacionados com parâmetros clinico-histopatológicos. A expressão
proteica de E-caderina também foi investigada em uma série de 39 CaP e 27 PNN.
Resultados: Os genes RARB e RASSF1A apresentaram-se hipermetilados em CaP
(P<0,0001 e P = 0,0017, respectivamente), mas nenhuma diferença foi detectada para SFN.
Os níveis dos transcritos e proteínas RASSF1A foram semelhantes entre amostras de CaP e
PAdj. Entre os tumores foi detectada a diminuição dos níveis de transcritos de RARβ
(P=0,001) e da proteína (P=0,0007). Níveis diminídos do mRNA foram associados com a
hipermetilação de RARB. A expressão proteica de RARβ era nuclear e citoplasmática nos
tecidos tumorais. A análise multivariada demonstrou que a presença de RARβ citoplasmático
estava independentemente associada com a diminuição da sobrevida livre de recorrência
bioquímica (P=0,019, HR = 1,891). Não houve nenhuma diferença significativa entre a
hipermetilação do promotor de CDH1 em CaP (56 %) e nas amostras PNN (56 %) pareados
pela idade. Além disso, nenhuma associação foi encontrada entre a hipermetilação e a
expressão de E-caderina nas amostras CaP e PNN. A ausência de associação entre o padrão de
metilação de CDH1 e a expressão proteica foi confirmada em análise posterior utilizando
células tumorais isoladas por microdissecção por captura a laser (LMC). Em um subconjunto
de amostras tumorais, os padrões de expressão da E-caderina apresentaram-se heterogêneos e
foram associados com escore de Gleason alto e pior prognóstico (recidiva bioquímica em três
casos). A análise da proteína E-caderina em um número maior de pacientes (TMA) não
mostrou nenhuma associação na comparação com os parâmetros clínico-histopatológicos.
Conclusões: Foram observadas diferenças estatisticamente significativas nos padrões de
metilação entre CaP e tecidos PNN pareados quanto a idade apenas para os genes RARB e
RASSF1A. A hipermetilação de RARB parece ser um dos mecanismos envolvidos na
diminuição de expressão de RARβ em CaP. Sugerimos que a presença de marcação
citoplasmática da proteína RARβ é um marcador de pior prognóstico independente e que pode
ser considerado um novo biomarcador em câncer de próstata. A hipermetilação do promotor
de CDH1 não foi associada à expressão protéica. Em um subconjunto de amostras, o padrão
de expressão heterogênea da proteína foi significativamente associado a um alto escore de
Gleason, corroborando sua associação com tumores mais agressivos.
ABSTRACT
ABSTRACTABSTRACT
ABSTRACT
ABSTRACT
Introduction: Epigenetic alterations play critical roles in regulation of several genes and cellular
functions and their deregulation may disrupt the cellular control leading to tumor development. In
prostate cancer (PCa), many hypermethylated genes have been described and indicated as potential
prostate cancer diagnostic markers, including RARB, RASSF1A, SFN and CDH1. The current study
aimed to evaluate SFN, RARB, RASSF1A, and CDH1hypermethylation frequencies in prostate
carcinoma (PCa) and to correlate these alterations with down-regulations at transcriptional and
protein levels and with clinical outcome.
Methods: Methylation pattern of SFN, RARB, RASSF1A and CDH1 were determined by methylation-
specific PCR (MSP) in 68 PCa samples and 27 non-neoplastic prostate tissues (NNP). RARB and
RASSF1A transcripts expression were evaluated by quantitative RT-PCR in 73 PCa, 15 adjacent non-
neoplastic prostate tissues (AdjP) and two normal prostate (N). Methylation and mRNA analysis for
RARB and RASSF1A were done in matched samples from 30 PCa and 10 AdjP. Protein expression
assessed by immunohistochemistry was evaluated in an independent cohort of 141 PCa, 40 AdjP and
two normal prostate tissues. Paired E-cadherin protein and methylation analysis was also investigated
in 33 PCa and 20 NNP. The findings were correlated with clinicopathological parameters.
Results: RARB and RASSF1A genes were hypermethylated in PCa (P <0.0001 and P = 0.0017,
respectively), but no difference was detected for SFN. RASSF1A mRNA and protein levels were
similar in PCa and AdjP samples. Down-expression of RARβ in transcript (P=0.001) and protein
(P=0.0007) levels were detected in tumors. Lower mRNA levels were associated with RARB
hypermethylation. Nuclear and cytoplasmic RARβ protein expression was detected in tumor tissues.
Multivariate analysis demonstrated that cytoplasmic RARβ immunostaining was independently
associated with decreased biochemical recurrence-free survival (P=0.019, HR=1.891). There were no
differences between the CDH1 promoter hypermethylation in PCa (56%) and age-matched NNP
(56%) samples. None association was also found between CDH1 hypermethylation and protein
expression in prostate tissues. Absence of association between CDH1 methylation status and protein
expression was confirmed in further MSP analysis in distinct tumor cells isolated by laser
microdissection capture (LMC) according to protein expression patterns. Heterogeneous E-cadherin
protein expression patterns were detected in a subset of tumor samples and was associated with high
Gleason score and worse outcome. E-cadherin protein analysis in a large number of patients (TMA)
showed no association with clinicopathological parameters.
Conclusions: Statistically significant differences in methylation patterns between PCa and age-
matched NNP tissues were observed only for the RARB and RASSF1A genes. RARB
hypermethylation seems to be one of the mechanisms involved in RARβ down-expression in PCa.
Cytoplasmic RARβ protein was an independent predictor of poor prognosis that may be considered
as a new biomarker in prostate cancer. CDH1 promoter hypermethylation was not associated with
protein expression level. In a subset of samples was detected a heterogeneous protein expression
pattern significantly associated with higher Gleason score, giving an additional evidence of its
association with more aggressive tumors.
LISTA DE
LISTA DE LISTA DE
LISTA DE
ABREVIATURAS
ABREVIATURASABREVIATURAS
ABREVIATURAS
Lista de Siglas e Abreviaturas
Genes
APC
AR Receptor de Andrógeno
ARF ou CDKN2A cyclin-dependent kinase inhibitor 2A
ASC ou PYCARD
PYD and CARD domain containing
BRCA2 breast cancer 2
Catenina
α
catenin (cadherin-associated protein), alpha
Catenina
β
ou CTNNB1
catenin (cadherin-associated protein), beta 1
CAV1 caveolin 1
CCND2 cyclin D2
CD44 CD44 molecule (Indian blood group)
CDC20 cell division cycle 20 homolog (S. cerevisiae)
CDH1 ou E-caderina cadherin 1, type 1, E-cadherin (epithelial)
CDH13 cadherin 13, H-cadherin (heart)
CDKN1A
cyclin
-
dependent kinase inhibitor 1A
CDKN2A ou p16 cyclin-dependent kinase inhibitor 2A (melanoma, p16)
CLSTN1 calsyntenin 1
DAB2IP
DAB2 interacting protein
DAPK1 death-associated protein kinase 1
DNMT DNA-methyltransferase
DPYS
dihydropyrimidinase
EDNRB endothelin receptor type B
EFP ou TRIM25 estrogen -responsive finger protein
ESR1 estrogen receptor 1
ESR2 estrogen receptor 2
GPX6 glutathione peroxidase 6
GSTP1
glutathione S
-
transferase pi 1
GSTT1 glutathione S-transferase theta 1
HIC1 hypermethylated in cancer 1
HIN
-
1 ou SCGB3A1
secretoglobin, family 3A, member 1
LAMA3 laminin, alpha 3
MCAM melanoma cell adhesion molecule
MDR1 ou ABCB1
ATP
-
binding cassette, sub
-
family B (MDR/TAP), member 1
MGMT O-6-methylguanine-DNA methyltransferase
MMP9 matrix metallopeptidase 9
MSMB microseminoprotein, beta
NKX2
-
5
NK2 transcription factor related, locus 5
NSE1 ou FAM84A family with sequence similarity 84, member A
PTGS2 prostaglandin-endoperoxide synthase 2
RARB
retinoic acid receptor, beta
RARB2 retinoic acid receptor, beta 2
RARRES1 retinoic acid receptor responder
RAS
Rat Sarcoma Virus
RASSF1A Ras association (RalGDS/AF-6) domain family member 1
RUNX3 runt-related transcription factor 3
SFN (14-3-3σ) Stratifin
SLC16A12 solute carrier family 16, member 12 (monocarboxylic acid
transporter 12)
SMAD4 SMAD family member 4
SPOCK2 sparc/osteonectin, cwcv and kazal-like domains
proteoglycan (testican) 2
SSBP2
single
-
stranded DNA binding protein 2
TIG1
mediator complex subunit 15
TGF-
β
transforming growth factor, beta 1
TP16
cyclin-dependent kinase inhibitor 2A
TP53 tumor protein p53
XPA xeroderma pigmentosum complementation group A
Metodologias
CGH-array Comparative Genomic Hybridization-arrays
IHQ Imunohistoquímica
MS
-
PCR
Methylation
-
Specific Polymerase Chain Reaction
PCR Polymerase Chain Reaction
RT-PCR Reverse Transcriptase-Polymerase Chain Reaction
qMSP
Quantitative
MSP
qRT-PCR Quantitative RT-PCR
TMA Tissue microarray
Geral
ADT Terapia Privativa de Androgênio
AIP
Progressão Independente de Andrógeno
AJCC American Joint Committee on Cancer
Ca Câncer
CaP
Câncer de Próstata
CPRH Câncer de Próstata Refratário a Hormônios
DNA Ácido desoxirribonucleico
ECM Matriz extracelular
H3-H9 Histona H3-Lysine 9
HDAC Histona Desacetilase
HNP Hiperplasia Nodular da Próstata
HPB Hiperplasia Prostática Benigna
INCA Instituto Nacional de Câncer
LNCaP
células cancerígenas de próstata
M Metástases à Distância
mRNA RNA mensageiro
miRNA
Micro RNA
MVI Invasão Microvascular
N Linfonodos Regionais
NCCN
National Comprehensive Cancer Network
PIN Neoplasia Intraepitelial Prostática
PSA Antígeno Prostático Específico
PSADT PSA doubling-time
RDA Análise Representativa Diferencial
RISC Complexo de silenciamento RNA induzido
RNA Ácido ribonucleico
RNAi RNA de interferência
SNPs single nucleotide polymorphisms
T
Tumor Primário
EMT Transição Epitélio-Mesênquima
ÍNDICE
ÍNDICEÍNDICE
ÍNDICE
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
Índice
I. Revisão de Literatura
15
1. Câncer de Próstata: incidência e fatores de risco 15
2. Aspectos anatômicos e histopatológicos do Câncer de Próstata 18
3.
Aspectos clínicos do Câncer de Próstata
21
4. Alterações Genéticas e Epigenéticas 24
5. Metilação do DNA e silenciamento gênico 28
6. Alterações Genéticas e Epigenéticas no C
âncer de Próstata
29
7. Gene CDH1 33
8. Gene
SFN
37
9. Gene RARB 39
10. Gene RASSF1 43
11. Justificativa
46
II. Objetivos
48
III. Referências
49
IV. Artigos
67
1.
RARB
is a biomarke
r of poor prognosis in prostate c
arcinomas
67
Referências 80
Tabela 1 83
Tabela 2
85
Tabela 3 86
Tabela 4
87
Tabela 5
88
Figura 1 90
Figura 2
91
2. CDH1 methylation pattern and heterogeneous E-cadherin expression in prostate cancer 92
Referências 106
Tabela 1
110
Tabela 2 112
T
abela 3
113
Tabela 4
114
Tabela 5 115
Figura
1
118
Figura 2 119
Figura 3 120
V. Conclusão
121
VI. Anexos
Termo de Consentimento
Parecer Comitê de Ética
Parece
r Consubstânciado
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
REVISÃO DA
REVISÃO DA REVISÃO DA
REVISÃO DA
LITERATURA
LITERATURALITERATURA
LITERATURA
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
15
1. Câncer de Próstata: incidência e fatores de risco
O câncer de próstata (CaP) representa um sério problema de saúde pública, em função
de suas altas taxas de incidência e mortalidade. No Brasil, esta neoplasia é a segunda causa de
óbitos por ncer em homens, sendo superada apenas pelo ncer do pulmão. Dados de
Incidência e Morte por Câncer estimaram a ocorrência de 49.530 novos casos para o ano de
2008, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2008). Estes valores correspondem a
um risco estimado de 52 novos casos a cada 100 mil homens. O aumento observado nas taxas
de incidência, comparado aos últimos anos, pode ser parcialmente justificado pela evolução
dos métodos diagnósticos, pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e
pelo aumento na expectativa de vida do brasileiro.
Os fatores de risco associados ao risco de desenvolvimento do câncer de próstata são
idade avançada, etnia e predisposição familial. O CaP é a doença com a mais alta incidência
em homens idosos no mundo ocidental (Linton e Hamdy, 2003; Chan et al., 2004). As taxas
elevadas de lesões encontradas post mortem em homens assintomáticos apontam a estreita
correlação entre CaP e a idade. Estima-se que aos 80 anos, aproximadamente 70% dos
homens devam possuir células cancerosas na próstata (Carter et al., 1990; Sakr et al., 1994;
Soos et al., 2005) e que mais de 80% possuem lesões atípicas à autopsia (Billis, 1986). Este
tumor raramente é observado em homens com menos de 40 anos de idade e o risco para seu
desenvolvimento aumenta a cada década subseqüente. Jemal et al. (2003) relataram que a
probabilidade de um homem com menos de 40 anos ser diagnosticado com CaP é de 1:19.299
homens; na faixa etária de 40 a 59 anos o risco aumenta para 1:45 e entre 60 e 79 anos é ainda
maior chegando a acometer 1:7 homens. Ao longo da vida, o risco total foi estimado em
aproximadamente 1 a cada 6 homens.
As taxas de incidência do câncer de próstata são variáveis entre as populações do
mundo (Stanford et al., 1999). As menores incidências foram relatadas entre os asiáticos e as
maiores entre os europeus (Parkin et al., 1997; Hsing et al., 2000). Os afro-americanos, no
entanto, apresentam a maior incidência de CaP do mundo, na América do Norte, a incidência
é 60% maior do que em indivíduos caucasianos (Miller et al., 1996). Tais diferenças podem
ocorrer devido a fatores genéticos, ambientais e sociais (Haas e Sakr, 1997).
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
16
Além da etnia e idade, a historia familial é o terceiro fator de risco atribuído ao CaP
(Bracarda et al., 2005). Estudos em várias populações sugerem que a história familial é um
dos mais importantes fatores de risco para o câncer de próstata (Cannon et al., 1982; Carter et
al., 1992; Grönberg et al., 1996). A presença do câncer de próstata em um pai ou irmão
aumenta o risco para a doença, sendo inversamente relacionado à idade do parente afetado
(Cannon et al., 1982; Grönberg et al., 1996; Ghadirian et al., 1997; Matikaine et al., 2001;
Stanford e Ostrander, 2001). Uma meta-análise de 33 estudos epidemiológicos demonstrou
que o risco parece ser maior para homens com irmãos afetados do que para homens com pais
afetados (Zeegers et al., 2003). Uma hipótese para explicar este fato inclui herança ligada ao
X ou herança recessiva. Em adição, o risco para o desenvolvimento da doença aumenta com o
número de parentes de primeiro grau afetados.
Até o presente, não são conhecidos genes de alta penetrância que confiram
predisposição ao carcinoma de próstata. O candidato mais próximo é o BRCA2, que confere
um risco para o desenvolvimento do câncer de próstata 20 vezes maior em pacientes
portadores de mutações do que na população geral. Os cânceres de próstata associados ao
BRCA2 são agressivos, sugerindo a necessidade testes de triagem nos membros das famílias
de pacientes afetados pela mutação. Entretanto as mutações em BRCA2 são raras em homens
com câncer de próstata. Estudos em larga escala tem identificado vários novos genes loci
candidatos. O gene MSMB foi considerado como promissor, porque ele codifica um fator de
ligação de imunoglobulina que está presente no fluido seminal (revisado em Foulkes, 2008).
Vários SNPs (single nucleotide polymorphisms) localizados em genes candidatos
relacionados ao desenvolvimento de câncer de próstata, incluindo os componentes de resposta
ao antígeno prostático, enzimas, hormônios e seus receptores, proteínas de regulação do ciclo
celular, citocinas, moléculas de adesão entre outros tem sido o foco de centenas de estudos
epidemiológicos. Deleções nos genes das glutationa S-transferases (GSTs), especialmente
GSTT1, são as alterações mais amplamente estudadas na suscetibilidade ao CaP. Em um
contexto de análise de todo o genoma, Amundadottir et al. (2006) relataram que múltiplos
SNPs localizados em 8q24 apresentavam uma significativa associação com a suscetibilidade a
esse carcinoma. Subseqüentemente, estudos de múltiplas populações e do tipo caso-controle
confirmaram esta região como um lócus de suscetibilidade ao CaP. Em 2007, Gudmundsson
et al. (2007) relataram dois locos de suscetibilidade ao CaP localizados em 17q12 e 17q24.3.
Zheng et al. (2008) relataram um efeito cumulativo de cinco SNPs mapeados em 8q24 e 17q
associados a risco no CaP em um grande estudo caso-controle. Eles relataram uma associação
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
17
entre estes SNPs com CaP avançado. Contudo, não é bem estabelecida em literatura a relação
entre esses locos de suscetibilidade e a agressividade tumoral (Xu et al., 2008).
Além dos fatores de risco mencionados, para o desenvolvimento do câncer de próstata,
alterações nos níveis de hormônios masculinos (Epstein et al., 2004) e fatores ambientais tais
como a dieta, tem sido relatados. A vitamina E, o licopeno e o selênio podem exercer um
efeito protetor à carcinogênese, enquanto os alimentos ricos em gordura podem exercer efeito
contrário (Hsing, 2001; Platz e Helzlsover, 2001; Kolonel, 2001; Chan e Giovannucci, 2001).
Como cada um dos fatores dietéticos que parecem proteger contra o CaP são antioxidantes
potentes, está amplamente difundido que o stress oxidativo pode contribuir para
carcinogênese da próstata.
Recentemente, Gurel et al. (2008) descreveram um modelo pelo qual lesões atróficas
locais, que são extremamente comuns na próstata, resultam de lesões celulares iniciadas por
dietas e lesões inflamatórias. Estas lesões atróficas mostram transições morfológicas de uma
neoplasia intra-epitelial de alto grau e por vezes diretamente para um “microcarcinoma”.
Assim, certas lesões atróficas freqüentemente encontradas em associação com a inflamação
crônica podem ser “fatores de risco” para o desenvolvimento de neoplasia intraepitelial
prostática (PIN) e adenocarcinoma da próstata. Um dos aspectos importantes desta
investigação é que, como a inflamação e a dieta são conhecidas por desempenharem um papel
importante no desenvolvimento de câncer, eles podem tornar-se alvos para a implantação de
novas estratégias de prevenção do câncer de próstata.
Diferenças nas práticas de detecção também influenciam substancialmente a
incidência do câncer de próstata permitindo o diagnóstico precoce, ou seja, antes do
surgimento dos sintomas ou da detecção de anormalidades ao exame físico. Nesse sentido, o
uso de marcadores moleculares como o antígeno prostático específico (PSA) tem um papel
importante no diagnóstico de CaP em estágios iniciais (Nelson et al., 2003). Desde a sua
descoberta em 1970 (Ablin et al., 1970 a;b), o teste de rotina de PSA se tornou a principal
ferramenta na detecção do câncer de próstata. Concomitantemente ao uso da dosagem do PSA
sérico como ferramenta diagnóstica, a incidência da doença aumentou consideravelmente ao
passo que as taxas de mortalidade decresceram (McDavid et al., 2004). Estima-se que
aproximadamente 86% dos homens diagnosticados não morram devido à doença (Klotz,
2006). A difusão do uso do exame do PSA resultou na detecção dos casos da doença em
estadios mais precoces. Entretanto, há controvérsias quanto à definição de níveis considerados
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
18
"normais" do PSA sérico. Os valores normais foram questionados pelos dados de Prostate
Cancer Prevention Trial (Thompson et al., 2004), pois em uma grande proporção de homens
com nível de PSA <2,5ng/ml foi detectado câncer de próstata. Atualmente, vários
investigadores tem sugerido que há uma proporção significativa de CaP que ocorrem abaixo
deste nível, embora hajam controvérsias sobre o seu significado clínico (Gosselaar et al.,
2005; Chun et al., 2007; Roddam et al., 2007). Além disso, quando o vel de PSA está entre
4 10 ng/mL a especificidade do teste é baixa, sendo necessária a exclusão diagnostica de
câncer por meio de biopsias em um número relativamente elevado de pacientes. A redução do
valor de normalidade do PSA de 4 para 2 ng/mL poderia aumentar a taxa total de detecção do
câncer e conseqüentemente os casos a serem tratados, incluindo aqueles com doença clínica
insignificante. Além disso, aumentariam as indicações de biópsia, muitas das quais
desnecessárias (Roddam et al., 2007).
As opções de tratamento para os CaP primários detectados precocemente incluem
prostatectomia radical, terapia radioativa e sobrevivência ativa (Nelson et al., 2003). Ao
diagnóstico, aproximadamente 30% dos homens apresentam a doença se estendendo através
da glândula prostática, e alguns apresentam a doença metastática. Outros pacientes
apresentam recorrência clínica após prostatectomia radical curativa e terapia radioativa. Os
carcinomas de próstata avançados são geralmente tratados com terapia deprivativa de
androgênio (ADT) utilizando castração cirúrgica ou médica (Nelson et al., 2003). Entretanto,
para a maioria dos homens, o CaP irá recorrer neste ambiente debilitado de andrógeno, como
uma doença comumente chamada de progressão independente de andrógeno (AIP) (Labrie et
al., 1993). o atualmente biomarcadores que determinem com precisão quais cânceres
serão mais agressivos e eventualmente irão se desenvolver em doença metastática e/ou AIP
(Camoriano et al., 2008).
2. Aspectos anatômicos e histopatológicos do Câncer de Próstata
A próstata é um órgão glandular e fibromuscular, localizado no interior da cavidade
pélvica, abaixo da bexiga, à frente do reto, circundando a uretra (Figura 1a). A uretra
atravessa-a longitudinalmente e, por esta razão, qualquer aumento desse órgão se traduz
freqüentemente em obstrução urinária originando a síndrome do prostatismo.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
19
Sob o ponto de vista anatômico, a próstata é formada por três zonas glandulares e pelo
estroma fibromuscular (McNeal et al., 1988; Sampson, 2007). A Zona de Transição envolve a
uretra prostática proximal e compreende 5% do tecido glandular. A maioria das Hiperplasias
Prostáticas Benignas (HPB), também denominadas hiperplasias nodulares da próstata (HNP),
e cerca de 20% dos cânceres de próstata ocorrem nessa área. A Zona Central representa
aproximadamente 20-25% da massa glandular total da próstata e se encontra envolvendo os
ductos ejaculatórios. Aproximadamente 5 a 10% dos CaP estão localizados nessa região
prostática. A Zona Periférica é a de maior tamanho situada posterior e lateralmente.
Corresponde à região apical da próstata, envolvendo a zona central e compreendendo 70-75%
do tecido glandular. A maioria (70%) dos CaP e PIN ocorrem nesta área (McNeal, 1986; Che
e Grignon, 2002). O estroma fibromuscular ocupa a superfície anterior da próstata e é
constituído principalmente de músculo liso.
Histologicamente, a próstata é composta por glândulas túbulo-alveolares arranjada em
lóbulos envolvidos por um estroma, ambos contidos dentro da cápsula prostática (Brandes et
al., 1964). As glândulas são constituídas por ácinos e ductos prostáticos, formados por um
epitélio glandular composto por duas camadas celulares: basal e secretora. Os ácinos e os
ductos estão imersos em uma matriz estromal, tecido fibromuscular, vascular e conjuntivo. No
estroma é possível distinguir dois tipos celulares distintos: os miofibroblastos e as células
musculares lisas. A camada basal do epitélio glandular é formada por uma ou duas camadas
de células basais localizadas entre a membrana basal e a camada de células secretoras. Esta,
por sua vez, é formada por uma camada de células colunares que se projetam para o lúmen
glandular. Uma diferença entre estas duas camadas celulares é a expressão do PSA e da
fosfatase ácida que ocorre apenas nas células secretoras (Grignon et al., 1988). Em ambas as
camadas se verifica a expressão do receptor de andrógeno (AR), a qual está
significativamente aumentada nas células secretoras. Outra diferença entre estas duas camadas
de células refere-se à expressão de determinadas citoqueratinas que pode ser indicativa do
grau de diferenciação das células epiteliais (Alberti et al., 2000).
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
20
Figura 1. A) Localização anatômica da próstata. B) Subdivisão anatômica da próstata em três
regiões glandulares: zona de transição, zona central e zona periférica.
Os cânceres de próstata são comumente subdivididos por sítios de origem: acinar e
de ducto proximal (adenocarcinoma, carcinoma mucinoso, carcinoma cístico adenóide, tumor
carcinóide, carcinoma indiferenciado) ou de ducto distal (carcinoma de célula transicional,
carcinoma de célula escamosa, carcinoma papilífero, carcinoma ductal com características
endometrióides). A grande maioria dos CaP é representada pelo adenocarcinoma acinar.
As lesões prostáticas são heterogêneas e de natureza multifocal. Essa heterogeneidade
encontrada à análise histológica é representada por uma justaposição de glândulas benignas,
focos pré-neoplásicos e neoplásicos que variam em severidade. As lesões neoplásicas
individuais em uma determinada seção de tecido de câncer de próstata são descritas como
geneticamente distintas (não clonais), mesmo aquelas em íntima proximidade. Sugere-se que
essas lesões podem emergir de múltiplos focos neoplásicos e evoluir independentemente,
apresentando implicações significantes nos mecanismos moleculares da doença (Bostwick et
al., 1998; Macintosh et al., 1998).
A heterogeneidade e a multifocalidade das lesões de próstata combinadas ao tamanho
pequeno da glândula torna difícil a obtenção de material homogêneo e em quantidade
suficiente para análise molecular. Estes fatores representam uma limitação significativa na
identificação de genes associados à carcinogênese prostática, assim como os mecanismos
moleculares envolvidos na iniciação e progressão deste carcinoma (Epstein e Potter, 2001).
Próstata
A
Zona de
transição
Zona
central
Zona
periférica
B
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
21
3. Aspectos clínicos do Câncer de Próstata
Em geral, o desenvolvimento do CaP é lento e sem manifestações clínicas, sendo que
aproximadamente 75% dos pacientes já apresentam doença local extensa ou metástase quando
diagnosticadas (Foster e Ke, 1997). Em vista disso, os estudos se voltaram para o diagnóstico
precoce da doença, sendo que os níveis séricos do PSA são os mais amplamente utilizados na
rotina clínica.
Os fatores primários utilizados como indicadores prognósticos do CaP são
estadiamento, grau histológico e PSA (Koff et al., 2005). O estadiamento se refere à
extensão/tamanho do tumor primário (T) e, portanto, a capacidade de invasão e de
disseminação da neoplasia. Os adenocarcinomas de próstata são classificados por um dos
sistemas de estadiamento disponíveis (TNM proposto pela AJCC) (Billis, 2003). É
considerada também a ausência ou presença da extensão de metástase em linfonodos
regionais (N) e a ausência ou presença de metástase à distância (M) (Epstein et al., 2004).
Segundo o sistema TNM, os tumores pT1 são do tipo incidental, ou seja, encontrados
acidentalmente em ressecções por hiperplasia nodular de próstata ou em necropsias.
Dependendo do tamanho no órgão primário, podem-se considerar os tumores pT2 (confinados
na próstata), sendo subdivididos em pT2a (apresentam 50% ou menos de envolvimento de um
lobo), pT2b (envolvem mais de 50% de um lobo) e pT2c (envolvem ambos os lobos). Os
tumores pT3 são subdivididos em pT3a (apresentam extensão extra-prostática) e pT3b
(apresentam invasão das vesículas seminais). Os tumores pT4 são aqueles fixados ou
invadindo as estruturas adjacentes, além das vesículas seminais, colo da bexiga, esfíncter
externo, reto, músculos elevadores do ânus e/ou parede pélvica.
Quando diagnosticados, os adenocarcinomas de próstata são graduados pelo sistema
de Gleason (Gleason, 1992). Esse sistema inclui cinco padrões histológicos do tumor,
indicados por escores de 1 a 5, dependendo do grau de indiferenciação crescente da neoplasia.
O escore da graduação histológica de Gleason resulta da soma dos dois padrões histológicos
neoplásicos mais prevalentes em determinado tumor, de modo que varia de 2 (quando existe
o padrão 1 - bem diferenciado - escore 1+1) a 10 (ou 5+5) quando todo o tumor é
praticamente indiferenciado. Tumores com baixos escores de Gleason geralmente são
menores em volume e tem baixo potencial metastático, enquanto tumores com altos escores
tendem a ser maiores e apresentarem potencial metastático aumentado. O escore de Gleason
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
22
pré-operatório está correlacionado com indicadores importantes de extensão da doença, tais
como envolvimento de linfonodos e metástase à distância (Gleason, 1977). Em termos de
prognóstico, os escores 2 a 4 são classificados como bem diferenciados; 5, 6 e 7 (ou 3+4)
como moderadamente diferenciados, e 7 (ou 4+3), 8 a 10 como pouco diferenciados. Um
escore 7 de Gleason pode, além disso, ser subclassificado com [3+4] ou [4+3] como
exemplificado acima e o pior prognóstico associado com [4+3] pode afetar a decisão ao
tratamento (DeMarzo et al., 2003).
Tem sido proposto que pacientes com escore de Gleason 7 poderiam estar associados à
falha no tratamento da braquiterapia. Neste sentido, Merrick et al. (2007) avaliaram o impacto
do escore de Gleason 7 na sobrevida de pacientes tratados por radioterapia. Os autores
demonstraram que o escore de Gleason não influencia a sobrevida global nestes dois grupos
de pacientes.
O valor de PSA considerado normal (até 4,0 ng/mL) até o momento tem se mostrado
eficiente na detecção da doença em estágios em que a terapia tem alto potencial de cura
(prostatectomia radical). Entretanto, como mencionado anteriormente, críticas quanto à
eficácia desse exame, as quais se referem à sua inespecificidade em diferenciar o câncer de
doenças benignas, como a hiperplasia nodular de próstata e prostatites, e à existência de casos
de CaP com valores baixos de PSA, como por exemplo no caso de pacientes com história
familial para esta neoplasia e tumores hormônio-independentes (DeMarzo et al., 2007).
Pacientes com CaP após prostatectomia radical normalmente apresentam níveis de
PSA próximos a zero. Valores acima de 0,4ng/mL indicam pior prognóstico e estão
associados a progressão da doença metastática. Valores de PSA 0,2 ng/mL estão
relacionados com recorrência bioquímica indicando recorrência local da doença e predição de
metástases a distância (Stephenson et al., 2006).
O PSADT (PSA doubling-time) tem se mostrado um método eficiente para melhorar a
sensibilidade do PSA em predizer o risco de recorrência da doença após a cirurgia. Este se
trata de um cálculo usando regressão linear logarítmica que estima o tempo de duplicação do
PSA em meses após a cirurgia, quanto menor o PSADT maior é a chance de recorrência
tumoral (Roberts et al., 2006).
Segundo Partin et al. (1997), a combinação dessas três variáveis, estadiamento, escore
de Gleason e PSA, contribui significativamente para a predição do estágio patológico,
podendo se estimar o risco de recorrência da doença em baixo, moderado e alto risco, de
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
23
acordo com as diretrizes estabelecidas pela National Comprehensive Cancer Network. A
tabela 1 mostra os critérios utilizados para categorização do risco de recorrência.
Tabela 1. Critérios considerados na análise de risco segundo características clínicas e
morfológicas.
RISCO DE
RECORRÊNCIA
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E
MORFOLÓGICAS
Baixo
pT1-pT2a e escore de Gleason 2-6 e PSA < 10 ng/mL
Moderado
pT2b-pT2c ou escore de Gleason 7 ou PSA = 10 – 20 ng/mL
Alto
pT3a ou pTxN1 ou pTx Nx M1 ou escore de Gleason 8-10
ou PSA > 20 ng/mL
Adaptado de NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology
TM:
Prostate Cancer, V2, 2007.
Outra característica com importância prognóstica é a capacidade de o tumor invadir as
estruturas angiolinfáticas, a qual não é abordada pelo sistema TNM. Antunes et al. (2006)
avaliaram a relação da invasão microvascular (MVI) com outras características patológicas e
sugeriram seu uso como um fator prognóstico independente em pacientes com CaP. Segundo
os autores 11% de 428 pacientes com CaP submetidos a prostatectomia radical apresentaram
MVI. Desses, 44,6% apresentaram recorrência da doença comparados aos 20,2% dos
pacientes sem MVI (P<0,001). Além disso, a MVI se mostrou uma característica prognóstica
independente da recorrência bioquímica.
Os conhecimentos desses fatores, que tem papel prognóstico e preditivo, repercutem
sobre os cuidados ministrados ao paciente e sobre as pesquisas na área. No entanto, os
adenocarcinomas de próstata são heterogêneos em seus aspectos clínicos, morfológicos e
biomoleculares. Em geral, os marcadores utilizados para prever a progressão da doença não
correspondem de forma satisfatória à evolução dos pacientes e, portanto, necessidade de
identificação de marcadores novos e mais efetivos.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
24
4. Alterações Genéticas e Epigenéticas
Alterações genéticas e epigenéticas fundamentam o rompimento das vias de
sinalização celular no câncer. Os oncogenes podem se apresentar com expressão aumentada
por ganho no número de cópias de DNA, amplificação gênica, translocações e mutações em
ponto, e os genes supressores de tumor podem ser inativados pela perda de cromossomos,
grandes deleções, deleções intragênicas e mutações em ponto. Estas constituem as principais
alterações genéticas observadas no câncer.
Entretanto, está claro como o silenciamento epigenético de genes supressores de
tumor, os quais podem ser considerados funcionalmente equivalentes a mutações e deleções,
atua no desenvolvimento do câncer (Jones et al., 2002; Herman et al., 2003). Acredita-se que
eventos genéticos e epigenéticos nos dois alelos de genes supressores tumorais poderiam ser
responsáveis pela inativação destes genes na carcinogênese (Figura 2).
Figura 2. Esquema representativo dos mecanismos de inativação bialélica em genes
supressores de tumor. Se o primeiro alelo está metilado, o segundo alelo pode ser inativado
por metilação, deleção ou mutação em ponto. A sequência de eventos inativadores pode
ocorrer em qualquer ordem, por exemplo, a inativação por mutação em ponto pode ser o
primeiro evento seguido por metilação (Modificado de Gronbaek et al., 2007).
A epigenética está relacionada a alterações na expressão dos genes que o
constitutivamente herdadas e que o envolvem uma mudança na seqüência do DNA (Wu e
Morris, 2001). Refere-se ainda a um conjunto de alterações que atua em associação com a
seqüência do DNA na determinação da expressão gênica (Dobosy et al., 2007). Assim, os
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
25
mecanismos epigenéticos podem ser classificados em metilação do DNA, acetilação e outras
modificações covalentes das histonas que empacotam o DNA formando a cromatina
(modificações nucleares herdadas), além dos RNA de interferência (RNAi) (Figura 3).
Figura 3. Esquema representativo dos diferentes tipos de alterações epigenéticas. A metilação
do DNA é uma modificação covalente da citosina (C) que está localizada na posição 5’ a uma
guanina em um dinucleotídeo CpG. Modificações nas histonas (cromatina) incluem as
modificações covalentes posteriores à tradução e das caudas N-terminais dos quatro cores de
histonas (H3, H4, H2A e H2B). O mais recente mecanismo epigenético de herança envolve
RNAs, o qual pode alterar a expressão nica de maneira hereditária. (Modificado de Sawan
et al., 2008)
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
26
O termo “metilação do DNA” é usado para descrever a modificação pós-duplicação do
DNA, no qual um nucleotídeo adquire um grupamento metil covalentemente ligado (Bird,
1986). A 5-metilcitosina é o único nucleotídeo metilado no DNA humano e, como isto produz
uma modificação na informação genômica e não uma variação na seqüência do DNA, este
processo é chamado epigenético (Wang e Leung, 2004). A metilação dos genes ocorre
primariamente na região promotora que freqüentemente contem ilhas de CpG. Ilhas de CpG
são definidas como regiões de DNA maiores que 200 pb com conteúdo de [C+G] maior do
que 50% e onde a freqüência de sítios CpG é igual ou superior à esperada (Gardiner-Garden e
Frommer, 1987). Entretanto, mais recentemente, Takai e Jones (2002) propuseram critérios
mais estringentes para caracterizar uma ilha de CpG. Os autores sugeriram que as seqüências
de DNA devem ser maiores que 500pb e apresentar um conteúdo de [C+G] igual ou superior
a 55%, sendo este critério amplamente aplicado na literatura.
O processo de metilação, ainda parcialmente entendido, é caracterizado pelo excesso
de metilação de seqüências ricas em CpG, presentes nas regiões promotoras de 50-60% dos
genes humanos (Ushijima, 2005; Dobosy et al., 2007). A metilação é catalisada por DNA-
metiltransferases (DNMTs) e pode ser revertida por desmetilases ou tratamento com drogas
desmetilantes como a 5-aza-C (Goffin e Eisenhauer, 2002; Nelson et al., 2007).
As principais enzimas envolvidas no estabelecimento e na manutenção do padrão de
metilação são a DNMT3A e a DNMT3B, chamadas metiltransferases de novo, ou seja,
aquelas que efetuam novas metilações em locais do DNA não metiladas, ou mesmo na hélice
oposta de DNA, para iniciar a metilação. As DNMT1 são metiltransferases de manutenção,
que asseguram que o padrão de metilação seja fielmente copiado em cada divisão celular
(Klose et al., 2006).
Em adição aos mecanismos gênicos clássicos envolvendo alterações cromossômicas e
mutações em ponto, os genes podem ser funcionalmente ativados ou inativados por metilação
do DNA (Perry et al., 2006). As ilhas de CpG, são conservadas durante a evolução, portanto
não metiladas, conduzindo a expressão gênica. A metilação destas ilhas pode resultar no
silenciamento transcricional de genes por vários mecanismos: 1) inibição da ligação de fatores
de transcrição sensíveis à metilação (Hark et al., 2000); 2) as metil-citosinas interagem com
as histonas desacetilases (HDACs), que por sua vez promovem o remodelamento da
cromatina e condensação da mesma, impedindo o acesso de fatores de transcrição; e 3) a
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
27
inacessibilidade de fatores promotores de transcrição (Burgers et al., 2002; Wiencke et al.,
2008).
As relações entre a metilação do DNA e as modificações das histonas tem sido alvo de
muitos estudos. Os nucleossomas, unidade fundamental da cromatina consistindo de 146 pb
de DNA genômico envolvido ao redor de um octâmero de quatro cores de histonas, estão
sujeitos a diferentes modificações incluindo a acetilação, metilação, fosforilação e
ubiquitinação. A modificação das histonas pode ser mantida pela divisão celular, sendo então
consideradas como verdadeiro mecanismo epigenético herdado (Strahl et al., 2000; Jenuwein
et al., 2001). Tem-se mostrado que diferentes modificações das histonas são essenciais para o
processo normal da lula. Por exemplo, a acetilação das histonas e a metilação estão
intimamente ligadas à transcrição do gene, reparo e duplicação do DNA. Inúmeros relatos
indicam que estas modificações, com conseqüente perda da regulação dos produtos gênicos,
estão implicadas nas neoplasias humanas. Desta forma, as modificações das histonas no
câncer e em outras doenças estão se tornando amplamente reconhecidas (Jones et al., 2002;
Feinberg et al., 2004; Hake et al., 2004).
RNAs não codificantes representam a mais recente classe de mecanismos
epigenéticos, onde pequenos RNAs (microRNAs) podem manter a transcrição do gene de
maneira hereditária (Bartel, 2004; Ambros, 2004). Os microRNAs regulam a expressão
gênica em nível pós transcricional por meio do complexo (RISC) (complexo de silenciamento
RNA induzido). Vários estudos recentes envolvem alterações dos microRNAs em diferentes
estágios do desenvolvimento tumoral e progressão metastática (Calin et al., 2006). Ma et al.
(2007) sugerem que o funcionamento de uma via regulatória inclui um fator de transcrição
pleiotropico que induz a expressão de um microRNA específico, o qual suprime o alvo
diretamente e, por sua vez ativa outro gene pró-metastático, podendo levar a invasão de
células tumorais e metástase.
Hammond (2006) demonstrou que alguns miRNAs se ligam especificamente e
bloqueiam a tradução de mRNAs de supressores de tumor e proto-oncogenes, e assim eles
mesmos passam a atuar como oncogenes e supressores de tumor, respectivamente. Lu et al.
(2005) realizaram a comparação entre os perfis de expressão dos tecidos normais e tumorais e
demonstraram que uma maioria dos miRNAs não são expressos no ncer, e um mecanismo
pelo qual isso ocorre é o silenciamento epigenético.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
28
Em resumo, as associações dos eventos epigenéticos são essenciais para a regulação
dos diversos processos celulares e, a interrupção do estado epigenético “normal” pode
despertar eventos iniciadores de fenótipos anormais e doenças. Assim, considerando-se que o
câncer pode evoluir da expressão anormal de genes e a perda da metilação do DNA está
associada com a expressão gênica, Holliday (1979) sugeriu que uma falha na metilação do
DNA poderia perturbar a regulação gênica, e seria um dos mecanismos envolvidos no
desenvolvimento do câncer.
5. Metilação do DNA e silenciamento gênico
Em células tumorais foram identificados dois padrões distintos de alterações no perfil
de metilação do DNA: o primeiro refere-se à hipometilação generalizada do genoma e o
segundo, a hipermetilação que se apresenta restrita às ilhas de CpG (Laird, 2003). Baseados
nestes dois padrões, algumas hipóteses foram propostas para relacionar esta alteração
epigenética com o processo da carcinogênese: a perda da metilação poderia ativar a expressão
de proto-oncogenes quiescentes, ativando uma cascata de eventos que culminaria com a
transformação maligna; ou, alternativamente, a metilação aumentada em sítios previamente
não metilados, como a região promotora de um gene supressor de tumor, que poderia resultar
na sua inativação pela inibição da transcrição e conseqüente incapacidade de suprimir a
proliferação celular (Gonzalgo e Jones, 2002; Perry et al., 2006; Dobosy et al., 2007). Além
disso, níveis alterados de metilação, especialmente hipometilação, podem causar instabilidade
genômica e, conseqüentemente levar à formação de tumores (Fazzari e Greally, 2004;
Ushijima, 2005).
Para a identificação de genes que são inativados pela metilação é preciso investigar
uma região genômica sabidamente responsável pelo seu silenciamento. Como a condição
metilada é variável dentro de uma mesma ilha, apenas uma porção relativamente pequena
(core) abrangendo o sítio de início da transcrição está consistentemente associada ao
silenciamento gênico. Porém, quando se pretende isolar um marcador para a doença, o efeito
sobre a transcrição gênica o é importante, mas sim o estabelecimento de uma estreita
associação entre as modificações no padrão de metilação de ilhas de CpG específicas e o
fenótipo. Desta forma, a associação entre a presença de metilação tumor específica numa dada
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
29
ilha de CpG pode ser um achado prognóstico relevante, mesmo o promovendo o
silenciamento gênico (Ushijima, 2005).
6. Alterações Genéticas e Epigenéticas no Câncer de Próstata
Na maioria das vezes, a metilação do DNA tem o mesmo papel crítico dos fatores
genéticos relacionados à iniciação do câncer de próstata. Essa hipótese é apoiada pela
observação de que a metilação medeia a inativação de vários genes, especialmente aqueles
envolvidos na carcinogênese e nos mecanismos de reparo a danos do DNA que ocorrem em
lesões pré-malignas da próstata. Todos estes eventos são seletivos para o aumento da taxa de
crescimento e levam as alterações fenotípicas irreversíveis do carcinoma pela expansão
clonal. Subseqüentemente, a inativação epigenética de genes envolvidos no controle do ciclo
celular, transdução de sinal e resposta hormonal está relacionado com o câncer de próstata
avançado (Perry et al., 2006; Reynolds, 2008). Aitchison et al. (2008) compararam os
resultados das análises de MS-PCR (Methylation Specific-Polymerase Chain Reaction), RT-
PCR (Reverse Transcriptase-Polymerase Chain Reaction) e CGH-arrays (Comparative
Genomic Hybridization-arrays) quanto ao padrão de metilação, expressão e o número de
cópias, respectivamente, do gene SMAD4, um supressor tumoral conhecido como transdutor
da via de sinalização do TGF-β, em amostras de cânceres de próstata avançados. O grupo
encontrou correlação entre a metilação do promotor de SMAD4 e a perda de expressão deste
gene nas mesmas amostras, reforçando a importância das mudanças epigenéticas na expressão
de genes importantes para o desenvolvimento e progressão do CaP.
Vários genes com alterações no padrão de metilação foram correlacionados com as
diferentes etapas de progressão do câncer de próstata (Li LC et al., 2004; Li e Dahija, 2007).
A hipermetilação na região promotora do gene GSTP1 foi relatada em mais de 70% dos CaP
primários, porém raramente detectada em tecidos prostáticos normais ou em tecidos
prostáticos hiperplásicos benignos (Harden et al., 2003; Nakayama et al., 2003;
Yegnasubramanian et al., 2004; Lodygin et al.., 2005a; Meiers et al., 2007). Entretanto, a
metilação neste gene foi também encontrada em atrofias proliferativas inflamatórias da
próstata, uma entidade limitada que tem sido associada ao desenvolvimento de CaP
(Nakayama et al., 2003). A hipermetilação do gene RARB também tem sido associada ao
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
30
processo tumorigênico prostático. relato de acúmulo progressivo de células neoplásicas
com alelos metilados no gene RARB avaliadas em neoplasias prostáticas intra-epiteliais de
alto grau para CaP (Jeronimo et al., 2004a).
Outros genes que tem sido relacionados como envolvidos no CaP são o APC (Kang et
al., 2004), MDR1 (Yegnasubramanian et al., 2004), entre outros como HIC1 (Yamanaka et
al., 2003) e GPX6 (Lodygin et al., 2005a). A Figura 4 apresenta alguns genes em que foram
identificados padrões de metilação anormal como GSTP1 (Singal et al., 2001), MGMT (Fu et
al., 2004), RASSF1A (Liu et al., 2002), RARB (Nakayama et al., 2001), CDH1 ou E-caderina
(Graff et al., 1995).
Vários estudos tem demonstrado que o índice de metilação, definido como a
proporção de genes metilados em relação ao número total de genes analisados, tem correlação
com os indicadores clinicopatológicos de pior prognóstico (Maruyama et al., 2002; Kang et
al., 2004; Bastian et al., 2005; Costa et al., 2007). Entre os genes associados com parâmetros
prognósticos no câncer de próstata estão incluídos o LAMA3 (Sathyanarayana et al., 2003),
HIN-1 (Shigematsu et al., 2005), CDH13 (Maruyama et al., 2002), Cyclin D2 (Padar et al.,
2003), TIG1 (Zhang et al., 2004) e ASC (Collard et al., 2006). Para alguns genes, como APC,
CD44, CDH1, MDR1, RARB e RASSF1A, as correlações observadas precisam ser confirmadas
em estudos mais robustos, pois os resultados são inconsistentes (Maruyama et al., 2002;
Yamanaka et al., 2003; Enokida et al., 2004; Jeronimo et al., 2004a, 2004b; Kang et al.,
2004).
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
31
Figura 4. Alterações epigenéticas para os estágios iniciais do câncer de próstata, progressão e
metástase. Uma série de fatores tais como alterações genéticas, idade, dietéticos e ambientais
contribuem para a carcinogênese da próstata. É provável que a metilação do DNA
desempenhe a mesma função crítica como os fatores genéticos no início do câncer de próstata,
o que é suportado pela observação que a inativação mediada por metilação de vários genes,
especialmente de genes envolvidos no metabolismo da carcinogênese e dano de reparo ao
DNA como GSTP1 e MGMT, ocorrem com freqüência em lesões pré-malignas da próstata,
que, por sua vez, provocam alterações genéticas em células afetadas. Todos estes
acontecimentos são seletivos para aumentar a taxa de crescimento e conduzir a irreversíveis
alterações de fenótipo do carcinoma através da expansão clonal. Posteriormente, a inativação
epigenética simultânea de genes envolvidos no controle do ciclo celular, transdução de sinal e
resposta a efeitos hormonais fornece uma vantagem no crescimento, conduzindo ao câncer de
próstata avançado. Porém, a perda de função de genes de vias de invasão tumoral/metástase
como APC, CDH1 e CD44 faz com que células tumorais se abalem e formem sub-clones em
sítios distantes (Modificado de Li LC et al., 2004).
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
32
Alguns estudos mostraram que as freqüências de metilação para o gene CDH1, como
também para os genes PTGS2 e RUNX3, tem apresentado correlação com alto risco de
recorrência bioquímica independentemente do escore de Gleason ou do estadio patológico
(Maruyama et al., 2002; Kang et al., 2004; Yegnasubramanian et al., 2004). Em adição,
estudos quantitativos tem demonstrado uma relação entre níveis crescentes de metilação para
certos genes (GSTP1, APC, RARB e EDNRB) em tumores com estadios patológicos
avançados e/ou escore de Gleason (Jeronimo et al., 2004b; Yegnasubramanian et al., 2004).
Liu et al. (2008) relataram uma correlação positiva entre a metilação do promotor de MCAM,
uma molécula de adesão celular, e o estadio do tumor ou escore de Gleason em carcinomas
prostáticos primários, sugerindo que a hipermetilação do promotor de MCAM pode ser
marcador diagnóstico no câncer de próstata humano.
Patra e Bettuzzi (2007) relataram que muitas moléculas de adesão de superfície
celular, de matriz extracelular (ECM, extracellular matrix) e proteínas sinalizadoras (como E-
caderina, catenina, CD44, MMP-9 e caveolina-1) estão ausentes ou diminuídas como
resultado da hipermetilação das ilhas de CpG no promotor destes genes em tumores menos
agressivos. Porém, estas proteínas voltam a se expressar em carcinomas mais agressivos
devido a perda da metilação das ilhas de CpG. Este fenômeno tem sido relatado em
carcinomas de pulmão metastático, prostático e sarcomas.
Liu et al. (2008), por meio da análise quantitativa MSP (qMSP) e RT-PCR, relataram
pela primeira vez que o gene SSBP2 é hipermetilado em ncer de próstata e levando a
alteração na expressão da proteína SSBP2. A expressão induzida de SSBP2 é capaz de inibir o
crescimento celular levando à parada do ciclo celular em células tumorais prostáticas,
revelando seu papel na tumorigênese do CaP.
Na busca de melhorar a sensibilidade e especificidade de marcadores moleculares
alterados por metilação e com potencial de serem utilizados no diagnóstico de câncer, Hoque
et al. (2005) examinaram a hipermetilação do promotor de nove genes distintos na urina de 52
pacientes com e sem CaP. A combinação de quatro genes (TP16, ARF, MGMT e GSTP1) foi
capaz de detectar 87% dos pacientes com CaP com 100% de especificidade. Rouprêt et al.
(2007) analisaram a hipermetilação do promotor de 10 genes distintos na urina de 95
pacientes com e sem CaP e verificaram que a combinação de quatro deles (GSTP1, RASSF1A,
RARB e APC), contribui para uma melhor discriminação dos pacientes com CaP malignos dos
não malignos.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
33
Técnicas de triagem em larga escala do genoma na avaliação de metilação aberrante
das ilhas de CpG tem sido usadas para identificar marcadores epigenéticos prostáta-
específicos. Chung et al. (2008) realizaram amplificação das ilhas de CpG metiladas (MCA)
acoplado com análise representativa diferencial (RDA) (Toyota et al., 1999) em linhagens
celulares de CaP. O grupo isolou 34 clones correspondentes às ilhas de CpG em regiões
promotoras, incluindo cinco alvos repórteres de hipermetilação em câncer. Em seguida, os
autores confirmaram 17 das ilhas de CpG por outras técnicas incluindo o pirosequenciamento.
Assim, após a comparação entre tumores primários e tecidos normais adjacentes foram
identificados como marcadores candidatos em CaP os genes NKX2-5, CLSTN1, SPOCK2,
SLC16A12, DPYS e NSE1. Estes genes apresentavam um padrão de metilação variando de
50% a 85%. Foi observada uma sensibilidade de 80% e especificidade de 95% na
diferenciação entre o câncer e o tecido normal quando foram incluídos os dois genes
hipermetilados NSE1 e SPOCK2.
Os genes CDH1, SFN (14-3-3σ), RARB, e RASSF1 avaliados neste estudo estão
alterados por hipermetilação. A Tabela 2 apresenta os processos celulares que estes genes
participam.
Tabela 2. Genes hipermetilados envolvidos em processos celulares no câncer de próstata
(modificado de Li e Dahija, 2007).
PROCESSOS CELULARES GENES HIPERMETILADOS
Invasão de célula tumoral/arquitetura tumoral
APC, CAV1, CD44, CDH1, CDH13
Resposta hormonal
AR, ESR1, ERS2, RARB, RARRES1
Controle do ciclo celular
CCND2, CDKN2A, CDKN1A, SFN
Transdução de sinal
DAB2IP, DAPK1, EDNRB, RASSF1
7. Gene CDH1 [cadherin 1, type 1, E-cadherin (epithelial)]
O gene CDH1, mapeado em 16q22.1, codifica a proteína E-caderina, envolvida no
sistema de adesão celular caderina-catenina, responsável pela preservação da arquitetura
normal dos tecidos (Kemler, 1993). As caderinas pertencem a uma família de proteínas
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
34
transmembranas com a função primária de mediar a adesão intercelular essencial para a
manutenção da arquitetura tecidual normal (Gumbiner, 1996). É uma glicoproteína de 120kDa
e possui três domínios, o extracelular, o transmembrânico e o domínio intracelular (Overduin
et al., 1995). O domínio citoplasmático das caderinas interage com proteínas como as
cateninas e ancoram o citoesqueleto. Além disso, suas funções são dependentes da presença
de cálcio extracelular (Takeichi, 1991).
Em carcinomas humanos, a perda da expressão da E-caderina foi correlacionada a
vários fatores associados com pior prognóstico, incluindo grau do tumor, estadio e ploidia em
tumores de esôfago, cólon, mama, nasofaringe, ducto biliar, estômago e próstata (Frixen et
al., 1991; Kallakury et al., 2001; Caldeira et al., 2006; Mol et al., 2007; Masterson e O’Dea,
2007). Os principais mecanismos que levam à diminuição da expressão gênica de CDH1 são
as deleções envolvendo 16q22 (Cher et al., 1996; Gibbs et al., 2000; Suarez et al., 2000;
Saramaki e Visakorpi, 2007) ou a metilação anormal da sua região promotora (Graff et al.,
1995; Kallakury et al., 2001; Li et al., 2005).
Ikonen et al. (2001) e Jonsson et al. (2002) analisaram mutações do gene CDH1 em
linhagens germinativas de CaP e a associação destas mutações com síndromes familiais de
cânceres de mama, gástrico e prostático; entretanto as mutações identificadas não se
mostraram significativamente associadas com estes tipos tumorais, sugerindo que outros
genes desconhecidos possam estar envolvidos. Mais recentemente, foi verificado que
mutações raras individuais e polimorfismos do gene CDH1 (-160C/A; rs16260) podem
explicar uma pequena proporção dos CaP hereditários e/ou familiais (Jonsson et al., 2004;
Lindström et al., 2005).
A metilação em graus variáveis do promotor do gene CDH1 e a expressão reduzida da
proteína foram detectadas nos tumores de próstata (Kang et al., 2004; Musial et al., 2007). Li
et al. (2001) verificaram que as amostras tumorais de próstata que mostravam metilação no
promotor do gene CDH1 ocorrem em uma freqüência de 30% nas amostras de baixo grau e
70% nas amostras tumorais de alto grau. Em adição, o processo de metilação foi associado
com ausência ou redução da expressão protéica da E-caderina detectado por análise de
imunohistoquimica (IHQ). Estes dados são consistentes com os resultados obtidos por
Kallakury et al. (2001), que detectaram uma prevalência de 80% de metilação de CDH1 em
amostras com CaP. Estes autores observaram também uma associação positiva entre aumento
da metilação do promotor do gene CDH1 e progressão do tumor, sugerindo que este poderia
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
35
ser um biomarcador de progressão nos cânceres de próstata. Além disso, outros autores
detectaram a redução da expressão de E-caderina em subgrupos de CaP agressivos (Richmond
et al., 1997; Umbas et al., 1994).
Resultados discordantes tem sido publicados quanto aos níveis de metilação e da
expressão da proteína no CaP, bem como sua associação com pior prognóstico (Rubin et al.,
2001). Em carcinomas mamários, Caldeira et al. (2006) relataram que a hipermetilação do
gene CDH1 foi observado em 72% dos casos enquanto que os níveis reduzidos da proteína E-
caderina foram observados em 85% das amostras. Embora não significativos, os níveis de
expressão da proteína tendiam a diminuir com a metilação da região promotora do gene
CDH1. Segundo os autores, a natureza dinâmica da regulação epigenética incluindo alterações
no padrão de metilação do DNA, na expressão e/ou função dos fatores trans-ativadores e
efeitos mediados na cromatina, podem explicar a falta de uniformidade da hipermetilação de
CDH1 e a perda da expressão da proteína E-caderina observada pela análise
imunohistoquímica.
Acredita-se que a progressão metastática dos tumores epiteliais mais comuns envolve
a perda transitória e heterogênea da expressão da E-caderina. Graff et al. (2000) utilizando um
modelo in vitro de tumor epitelial (células de carcinoma de mama) e propuseram um modelo
de hipermetilação dinâmico e heterogêneo associado ao processo tumoral e metastático. Os
autores sugerem que no início do processo tumoral são geradas células com diferentes graus
de metilação no gene CDH1. As células com maiores níveis de metilação e níveis reduzidos
da expressão da proteína teriam mais chance de se dissociar do tumor primário e se alojar
num órgão distal secundário. Neste órgão, a sobrevivência da célula dependeria da redução
dos níveis de metilação e conseqüente restauração parcial da expressão da E-caderina, que
pode ser em parte modulada e/ou selecionada pelo microambiente do tumor.
Rubin et al. (2001) analisaram a expressão da E-caderina em tumores benignos de
próstata clinicamente localizados e CaP metastáticos em uma plataforma de tissue microarray
(TMA) por imunohistoquímica. O estudo demonstrou um largo espectro da expressão de E-
caderina no carcinoma prostático. Os CaP clinicamente localizados, tratados somente com
cirurgia, apresentaram um elevado nível de expressão da E-caderina. Foi observada uma
associação significativa entre a expressão diminuída da E-caderina e tumores maiores, como
também, para veis maiores de escore de Gleason, margens cirúrgicas positivas e alto nível
de PSA. Nos CaP metastáticos refratários a hormônios foi encontrada expressão aumentada da
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
36
E-caderina e somente alguns casos apresentaram expressão diminuída. Estes achados o
consistentes com o modelo de hipermetilação transitória do gene CDH1, levando a baixa
regulação da E-caderina em CaP localizados e sua expressão normal ou aumentada em CaP
metastáticos.
Resumidamente, estes estudos indicam que a perda da E-caderina pode promover a
invasão e agressividade tumoral enquanto a re-ativação da expressão poderia facilitar a
sobrevivência das células metastáticas. Embora os mecanismos envolvidos neste processo não
são ainda bem conhecidos, sugere-se que a perda da E-caderina seja um dos eventos
associados ao processo de transição epitélio-mesênquima (EMT), que tem sido considerado
como um pré-requisito para a infiltração tumoral e metástase (Kang e Massague, 2004;
Christiansen e Rajasekaran, 2006). Neste sentido, Gravdal et al. (2007) avaliaram a expressão
de algumas moléculas de adesão celular em 104 CaP e sugeriram a importância do
mecanismo de transição epitélio-mesênquima na progressão e prognóstico do ncer de
próstata. Os autores relataram um aumento na expressão da N-caderina e a diminuição de E-
caderina. Previamente, demonstrou-se que níveis aumentados da N-caderina solúvel estava
presente no soro de pacientes com CaP (Kuefer et al., 2005; Derycke et al., 2006). Estes
resultados sugerem que este gene pode ser um marcador de evolução da EMT e progressão
dos carcinomas de próstata.
Van Oort et al. (2007) analisaram por IHQ o padrão de expressão da E-caderina,
cateninas-alpha, -beta, -gama e -delta 1, em 65 amostras de CaP. Os autores detectaram
correlação entre a expressão de E-caderina e as outras moléculas. Uma correlação inversa
significativa foi encontrada entre os membros imunorreativos do complexo da E-caderina e o
escore de Gleason. Segundo os autores, a catenina-alfa foi um bom marcador prognóstico em
pacientes com CaP.
Recentemente, Saha et al. (2008) analisaram por imunohistoquímica a expressão de E-
caderina e catenina-beta em hiperplasias prostáticas benignas, CaP primários e CaP
metastáticos. O estudo demonstrou que a expressão elevada de E-caderina e catenina-beta
estão significantemente associados ao CaP metastático e que a alta freqüência de expressão
sugere seu envolvimento na adesão celular das células metastáticas.
Em resumo, são conflitantes os dados da literatura referentes aos níveis de metilação
do gene CDH1 bem como da proteína E-caderina e sua relação com a evolução clínica dos
carcinomas de próstata.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
37
8. Gene SFN (stratifin)
Dentre os vários genes envolvidos na regulação das vias de transdução de sinais
empregados no controle da proliferação celular, diferenciação e sobrevivência encontra-se a
família gênica 14-3-3, com alta homologia e conservação entre as espécies, codificante das
isoformas alfa, beta, delta, sigma, tau e zeta, que são expressas em todas as células
eucarióticas (Fu et al., 2000). As proteínas 14-3-3 participam da sinalização da adesão
integrina-dependente, organização do citoesqueleto, controle do ciclo celular em resposta ao
estresse genotóxico e transformação tumoral (Fu et al., 2000).
Das isoformas da família 14-3-3, a sigma (σ) ou estratifina (14-3-3σ) é a única
diretamente ligada ao câncer. O gene SFN está localizado em 1p36.11 e codifica uma proteína
dimérica de aproximadamente 30 kDa responsável pelo controle do checkpoint da fase G
2
/M
do ciclo celular em resposta a danos no DNA (Hermeking et al., 1997; 2003; revisado em
Lodygin e Hermeking, 2006). Defeitos nos checkpoints do ciclo celular podem resultar em
mutações gênicas, alterações cromossômicas e aneuploidias, levando a modificações
permanentes no genoma (Paulovich et al., 1997; Chan et al., 1999; Lodygin et al., 2004).
Estudos funcionais confirmaram o envolvimento da proteína SFN no controle do ciclo celular.
A proteína SFN, regulada pelo gene TP53, é ativadora de tirosina quinase-dependente e
inibidora endógena da proteína quinase C (Chan et al., 2000; Pellegrini et al., 2001). A perda
da expressão de SFN está envolvida com a formação do tumor in vivo, sugerindo seu papel
como supressora tumoral (Hermeking, 2005; revisado em Lodyngin e Hermeking, 2006).
No mínimo três mecanismos são conhecidos como sendo reguladores do gene SFN.
O primeiro é a via TP53: após o dano no DNA, a expressão da proteína TP53 leva a ativação
de SFN, resultando no seqüestro da ciclina-B1 no citoplasma, impedindo-a de entrar no
núcleo e assim, evitando a iniciação da mitose (Taylor e Stark, 2001; revisado em Lodygin e
Hermeking, 2006). A segunda via envolve a proteína EFP (estrogen finger protein) em órgãos
influenciados pelo estrógeno, tais como a mama e a próstata. EFP se liga a SFN levando a sua
degradação, o que permite a proliferação ilimitada das células tumorais (Ikeda et al., 2000;
Nalepa e Harper, 2002; revisado em Lodygin e Hermeking, 2006). Em terceiro, a diminuição
da expressão da proteína SFN devido a hipermetilação de ilhas de CpG tem sido observada
em vários cânceres humanos tais como de pulmão, vulva, cólon, fígado, mama, próstata e pele
(Ferguson et al., 2000; Herman e Baylin, 2003; Lodygin et al., 2003; Mhawech et al., 2005;
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
38
Oshiro et al., 2005; revisado em Lodygin e Hermeking, 2006). Estes dados sugerem que a
perda da expressão da SFN pode estar envolvida na progressão tumoral (Lodygin et al.,
2005b; Horie-Inoue e Inoue, 2006).
Inicialmente, achava-se que a alta freqüência de metilação na ilha de CpG do locus
SFN, detectada em linhagens de células de CaP, era resultado de prolongadas passagens
dessas células in vitro. Entretanto, foi observado que tumores primários de próstata
apresentavam a metilação anormal, caracterizando um evento carcinoma específico (Lodygin
et al., 2004). A perda da expressão da isoforma SFN é causada mais freqüentemente pela
hipermetilação do que por deleção ou mutação (Iwata et al., 2000; Osada et al., 2002; Oshiro
et al., 2005). Em concordância, Suzuki et al. (2000) relataram o restabelecimento da
expressão de SFN por agentes desmetilantes do DNA (como por exemplo, 5-aza-2’-
deoxicitidina) que normaliza o controle do ciclo celular. Um grande número de carcinomas
invasivos, incluindo carcinomas de células basais (Lodygin et al., 2003), cânceres de próstata
(Lodygin et al., 2004; Mhawech et al., 2005), ovário (Mhawech et al., 2005), câncer de mama
(Ferguson et al., 2000) e de endométrio (Mhawech et al., 2005), mostraram uma alta
freqüência de silenciamento epigenético do gene SFN por metilação das ilhas de CpG
(revisado em Hermeking, 2003). A perda de expressão da SFN parece ocorrer em estágios
iniciais do desenvolvimento do câncer (Hermeking, 2003; Lodygin et al., 2004).
Sugere-se que a diminuição de expressão da proteína SFN está envolvida na
tumorigênese prostática, o que foi confirmado pela diminuição de sua expressão nas linhagens
prostáticas tumorais LNCaP, DU145 e PC3. No entanto, os mecanismos de regulação deste
gene nestas linhagens parecem ser diferentes. Enquanto a diminuição de expressão é mediada
por metilação do gene SFN na linhagem LNCaP, nas linhagens DU145 e PC3 o controle da
expressão da proteína parece ser mediado por degradação proteossômica (Urano et al., 2004).
Como as linhagens LNCaP são receptor de andrógeno-positivas (AR), enquanto que as
linhagens PC3 e DU145 são AR-negativas, estes dados sugerem que os mecanismos que
medeiam a diminuição de expressão são diferentes de acordo com a resposta ao andrógeno
(revisado em Horie-Inoue e Inoue, 2006).
Análises de MS-PCR mostraram hipermetilação do gene SFN em 41 amostras de CaP
primários (Lodygin et al., 2004). Em concordância com estes achados, foi também
demonstrada alta expressão da proteína 14-3-3σ detectada por IHQ em células do epitélio de
próstata normal e de hiperplasias benignas prostáticas, enquanto células de nceres de
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
39
próstata demonstraram baixa ou ausência de expressão (Lodygin et al., 2004; Urano et al.,
2004). Mais recentemente, Reinbenwein et al. (2007), por meio de MS-PCR, encontraram
hipermetilação do gene SFN no soro de pacientes com cânceres de próstata refratário a
hormônios (CPRH) e esta diferença foi significativa quando comparada aos controles
negativos.
Uma localização nuclear da proteína SFN foi encontrada numa proporção elevada de
CaP (escore Gleason > 8), entretanto o significado deste achado ainda não foi estabelecido
(Huang et al., 2004).
Em resumo, o gene SFN tem possível papel de supressor tumoral e sua expressão é
freqüentemente reduzida ou diminuída em cânceres de mama e próstata. O silenciamento
epigenético por metilação de ilhas de CpG, inativação do TP53, e proteólise dependente de
proteossomas são responsáveis pela perda da expressão de SFN. O padrão de metilação do
gene SFN e os níveis de expressão da proteína podem ser marcadores prognósticos do câncer,
e reagentes que induzem a desmetilação do gene SFN ou que inibem a proteólise
proteossoma-dependente da proteína podem levar ao aumento dos níveis proteicos e, portanto,
serem opções terapêuticas potenciais para os cânceres (para revisão, Horie-Inoue e Inoue
(2006).
9. Gene RARB (retinoic acid receptor, beta)
O gene RARB, localizado em 3p24, codifica o receptor de ácido retinóico-beta
(RARβ), um membro da superfamília de receptores hormonais tiróide-esteróide que atua
como regulador transcricional. Esse receptor, encontrado no citoplasma e em compartimentos
subnucleares, liga-se ao ácido retinóico (forma biológica ativa da vitamina A), que participa
da sinalização celular durante a morfogênese embrionária, crescimento e diferenciação celular
(Campbell et al., 1998; Dragnev et al., 2000). Acredita-se que esta proteína limita o
crescimento de muitos tipos celulares por meio da regulação da expressão gênica (Richter et
al., 2002; revisado em Soprano et al., 2004 e em Xu, 2007).
Diferenças entre as ações de P1 e P2, os dois conhecidos promotores do gene RARB
(P1 inicia a transcrição das isoformas 1 e 3 e P2 inicia a transcrição das isoformas, 2 e 4), e
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
40
splicing alternativos (Zelent et al., 1991; Nagpal et al., 1992; Mangelsdorf et al., 1995;
Chambon, 1996; revisado em Xu, 2007) dão origem a quatro grandes isoformas de RARB em
ratos (B1, B2, B3 e B4) e três nos seres humanos (B1, B2 e B4). Isoformas adicionais (por
exemplo, RARB5 e RARB1') foram também identificadas em células tumorais humanas (Peng
et al., 2004; Petty et al., 2005).
A isoforma RARβ2 é a mais abundante e a principal indutora do ácido retinóico e, por
conseguinte, o termo RARβ em literatura normalmente refere-se a isoforma RARβ2. A
RARβ4 é gerada por splicing alternativo das mesmas transcrições primárias que geraram a
RARβ2 e é iniciada pelo códon CUG (Nagpal et al., 1992). Por isso, a isoforma RARβ4 pode
atuar estruturalmente como uma forma dominante-negativa de RARβ2 (Chen et al., 2002).
A isoforma RARβ1 é fetal e parece ser crucial para desenvolvimento em seres
humanos, sendo expressa em câncer de pulmão de pequenas células (Houle et al., 1994).
Berard et al. (2003), utilizando ratos transgênicos, relataram que RARβ1 apresentava
atividade supressora de tumor que não poderia ser inteiramente compensada pela expressão
aumentada de RARβ2 e pela supressão da RARβ4 .
Pouco se sabe ainda sobre as isoformas mais recentemente descobertas, RARβ5 e
RARβ1'. A isoforma RARβ5 é expressa em células tumorais de mama e esta relacionada a
resistência ao acido retinóico nas lulas tumorais de mama estrogênio-negativas (Peng et al.,
2004). Demonstrou-se que a isoforma RARβ1' tem atividade antitumoral no câncer de pulmão
(Petty et al., 2005) .
Assim, as várias isoformas RARβ tem afinidades diferentes ao ácido retinóico (pelo
menos a RARβ2 e RARβ4) e diferentes funções biológicas (por exemplo, RARβ2 tem
funções supressoras de tumor enquanto RARβ4 tem propriedades oncogênicas).
relatos de expressão de RARβ em vários tecidos. Entre estes receptores, vários
estudos tem mostrado que o nível de expressão da isoforma β2 (RARβ2) está diminuído em
tumores de pulmão, mama, esôfago e de cabeça e pescoço (Lotan et al., 1995; Xu et al., 1997;
Picard et al., 1999; Qiu et al., 1999; revisado em Alvarez et al., 2007). Há evidências que este
gene tem papel de supressor tumoral (Sirchia et al., 2002; revisado em Alvarez et al., 2007 e
em Xu, 2007). Além disso, foi demonstrado que o promotor do gene RARB2 contém uma
ilha de CpG que está intensamente metilada em diferentes tumores, como mama (Yang et al.,
2001), cervicais (Ivanova et al., 2002), bexiga (Maruyama et al., 2001) e próstata (Nakayama
et al., 2001).
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
41
Usando MS-PCR, Nakayama et al. (2001) detectaram hipermetilação do gene RARB2
em 80% de CaP primários (11/14 amostras) e em 90% dos carcinomas refratários a tratamento
(metástases em órgão secundários, 9/10); 10 amostras de próstata normal (oriunda de
necrópsia) estavam hipermetilada. Estes resultados levaram os autores a sugerir que o RARB2
é um bom marcador molecular para detecção de tumores primários. Em concordância com
estes achados, Maruyama et al. (2002) observaram que a freqüência de metilação do gene
RARB2 era de 53% (54/101) nos CaP e 3% (1/30) nas amostras de tecido adjacente prostático
não neoplásico. Yamanaka et al. (2003) encontraram alta freqüência de metilação do gene
RARB2 nos CaP (78%, 85/109), baixa freqüência em tecidos não neoplásicos e em PIN (17%,
5/30 e 20%, 4/20, respectivamente) e ausência de metilação em amostras de HPB (0/36).
Utilizando PCR quantitativa para avaliar os níveis de metilação, Jeronimo et al. (2004a)
relataram que, embora os CaP e os PIN de alto grau apresentassem freqüências semelhantes
de metilação do gene RARB2 (97,5% e 94,7%, respectivamente), os CaP eram mais
freqüentemente hipermetilados. Os autores sugeriram que eventos progressivos de metilação
estariam envolvidos na carcinogênese prostática, além do acúmulo de outras alterações
genéticas mais comuns. Além disso, o mesmo estudo mostrou correlação entre os níveis de
metilação e estadios patológicos, mas não com o escore de Gleason. De acordo com os
autores este evento ocorre no início da carcinogênese e, portanto, a utilização de agentes
desmetilantes associados ao uso de retinóides poderiam trazer benefícios para o tratamento
e/ou quimioprevenção do CaP (Jeronimo et al., 2004a).
Woodson et al. (2004b) avaliaram a metilação do gene RARB2 por PCR quantitativa e
detectaram maior freqüência de metilação nos CaP (73%, 18/24) em comparação às amostras
de PIN de alto grau (30%, 3/10). Hoque et al. (2005) detectaram na urina de pacientes com
CaP primários uma baixa freqüência de hipermetilação do gene RARB2 (35%, 18/52).
Kwabi-Addo et al. (2007) avaliaram o padrão de metilação pelo método de piro-
sequenciamento de diversos genes implicados no câncer de próstata, entre eles o gene RARB2,
em 90 próstatas normais e em 12 amostras pareadas de tecido o neoplásico de pacientes
com CaP. Os autores detectaram correlação positiva entre a hipermetilação e a idade no grupo
de próstatas normais. Além disso, os tumores mostraram que a hipermetilação era 2,7 vezes
maior quando comparada com tecidos normais de indivíduos com mais de 50 anos e 2 vezes
maior na comparação com as amostras normais pareadas. Estes resultados indicaram que a
hipermetilação deste gene na próstata normal aumenta com a idade e que pode preceder e
predispor ao CaP.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
42
A associação entre a metilação e fatores prognósticos no CaP foi relatada por Bastian
et al. (2007), que avaliaram o padrão de metilação de treze genes, incluindo RARB, em 78
amostras de CaP e 32 de HPB. Os autores encontraram uma correlação inversa entre a
hipermetilação do gene RARB e a probabilidade de sobrevida livre de recorrência bioquímica.
Além disso, Singal et al. (2004), avaliando 81 pacientes com CaP, encontraram a
hipermetilação deste gene mais freqüentemente em pacientes mais jovens (idade<55anos) ao
diagnóstico, quando comparado com os pacientes em idade mais avançada (idade>70 anos).
Além da idade, foi observada maior freqüência de hipermetilação nos tumores com estádio III
(62,5%) comparado ao estádio II (33,3%). Recentemente, Bastian et al. (2008) estudaram o
padrão de metilação do gene RARB2 no soro de 192 pacientes com CaP. A hipermetilação foi
detectada apenas no soro dos pacientes com CaP metastático numa freqüência de 38,9%
(n=18). Adicionalmente, Rouprêt et al. (2008) avaliaram a hipermetilação do RARB2 por
qMSP nas células circulantes do sangue de pacientes com CaP obtidas de duas coletas
seqüenciais, ou seja, ao diagnóstico e durante a progressão da doença. Os autores observaram
que pacientes com alto risco de progressão do CaP apresentaram maiores níveis de metilação
do que aqueles sem a progressão e/ou sem informação biológica (incluindo nível de PSA).
Vener et al. (2008), utilizando a metodologia qMSP, analisaram o padrão de metilação dos
genes GSTP1, RARB e APC na urina de 234 pacientes com CaP que apresentavam PSA que
2,5 µg/mL. As amostras que exibiam metilação para GSTP1 ou RARB eram provenientes de
pacientes com tumores de maiores volume à prostatectomia.
Recentemente, Mehrotra et al. (2008), combinaram dados histológicos de carcinomas
de próstata e resultados de qMSP de 4 genes, incluindo RARB2, na avaliação do efeito de
cancerização de campo. Para o experimento, os autores realizarem biopsias espaçadas a cada
1mm provenientes de 37 amostras de prostatectomias. A primeira biópsia foi confirmada
como histologicamente positiva para o câncer e as subseqüentes como negativas. Os autores
relataram um efeito de campo, definido pela presença de células epigeneticamente
transformadas na avaliação dos genes RARB2 e RASSF1A, sendo mais pronunciado no
primeiro. Os achados foram confirmados por seqüenciamento do RARB2 sugerindo o
potencial deste gene na avaliação de margens cirúrgicas e predição de recorrência tumoral.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
43
10. Gene RASSF1 [Ras association (RalGDS/AF-6) domain family member 1]
O gene RASSF1, localizado na região 3p21.3, codifica uma proteína similar às
proteínas efetoras RAS e a perda ou alteração da sua expressão tem sido associada com a
patogênese de uma variedade de tumores, o que sugere uma função supressora tumoral
(Dammann et al., 2000; revisado em van der Weyden e Admans, 2007). Foi observado que a
proteína codificada RASSF1 é capaz de interagir com a proteína XPA (de reparo do DNA),
além de inibir o acúmulo de ciclina D1 e, assim, induzir a interrupção do ciclo celular
(Dammann et al., 2003a; Song et al., 2004; Hesson et al., 2007). Sete transcritos alternativos
deste gene codificando isoformas distintas já foram descritos
(http://www.ncbi.nlm.nih.gov/LocusLink), sendo que as três isoformas principais são
RASSF1A, RASSF1C e RASSF1F. A inativação transcricional deste gene foi relacionada a
hipermetilação da ilha de CpG em sua região promotora, sendo que duas ilhas de CpG
separadas por aproximadamente 3,5Kb foram descritas. As isoformas RASSF1A e RASSF1C
apresentam quatro éxons em comum, a porção N-terminal de RASSF1A tem alta homologia
com a região 1 conservada da proteína quinase C, que contém um domínio zinc finger
(Newton, 1995; Donninger et al., 2007; revisado em van der Weyden e Admans, 2007).
A expressão aumentada de RASSF1A, relatada numa variedade de linhagens de
células tumorais (próstata, rim, carcinomas nasofaríngeos e gliomas), parece resultar em
células menos viáveis, com crescimento diminuído e que mostraram uma diminuição da
independência de ancoragem ao substrato, sendo portanto, menos invasivas. A expressão
aumentada ou ectópica de RASSF1A nestes tipos tumorais causaram redução drástica da
tumorigênese tanto in vitro como in vivo, enquanto a expressão de isoformas mutantes deste
gene mostrou redução da atividade supressora do crescimento tumoral (Li J et al., 2004; van
der Weyden e Adams, 2007).
Se a inativação do RASSF1A contribui para o desenvolvimento de um fenótipo
transformado, então uma possível re-introdução de RASSF1A em células RASSF1A-negativas
poderia prevenir ou diminuir a capacidade tumorigênica destas células transformadas. Alguns
estudos demonstraram que a re-expressão deste gene em linhagens celulares tumorais
RASSF1A-negativas resultaram na redução de formação de colônias em meio ágar e na
supressão da formação de colônia independente de ancoragem (Dammann et al., 2000;
Burbee et al., 2001; Dreijerink et al., 2001; Kuzmin et al., 2002). Dois grupos independentes
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
44
desenvolveram camundongos knockout para o gene RASSF1A (Tommasi et al., 2005; van der
Weyden et al., 2005). Nos dois casos os animais exibiram maior tendência a desenvolver
tumores espontâneos. Estes achados confirmam a função supressora tumoral do gene
RASSF1A (Donninger et al., 2007).
A análise funcional da isoforma RASSF1A mostrou que a proteína codificada pode
estar envolvida na sinalização apoptótica, estabilização de microtúbulos e na progressão do
ciclo celular (Pfeifer e Dammann, 2005; Donninger et al., 2007). Song et al. (2004) relataram
que o gene RASSF1A controla o progresso mitótico por se ligar e inibir o CDC20, entretanto,
um estudo mais recente (Liu et al., 2007) não encontrou nenhuma interação entre RASSF1A e
CDC20.
Alterações no padrão de metilação da região promotora do gene RASSF1A tem sido
freqüentemente detectadas em muitos tipos tumorais (Dammann et al., 2003b; Pfeifer e
Dammann, 2005; revisado em van der Weyden e Admans, 2007). Lee et al. (2001) e Dulaimi
et al. (2004) relataram uma alta freqüência de metilação do RASSF1A em tumores de bexiga e
correlacionaram este achado com a progressão tumoral e pior prognóstico. Outros autores
observaram o mesmo achado em tumores cerebrais (Astuti et al., 2001; Ramirez et al. 2003);
em tumores de mama e pulmão (Burbee et al., 2001; Dammann et al., 2001; Koul et al., 2002,
2004; Krassenstein et al., 2004); em carcinomas pancreáticos (Dammann et al., 2003a).
Nos tumores de próstata, a metilação da região promotora do gene RASSF1A é um
evento comum. Florl et al. (2004) avaliaram o padrão de metilação por MS-PCR de quatro
genes, entre eles RASSF1A e RARB2, e mostraram que as frequências de hipermetilação de
RASSF1A eram de 78% nos CaP e 53% nos tecidos prostáticos não neoplásicos, sendo que os
tumores mostraram mais frequentemente mais de um gene hipermetilado, enquanto que estes
eventos eram mais raros nos tecidos não neoplásicos.
A associação entre a metilação e escores de Gleason foi demonstrada por Liu et al.
(2002). Os autores detectaram maior frequência de hipermetilação nos tumores com Gleason
7-10 (25/30, 83%) comparado com os tumores com Gleason 4-6 (11/20, 55%, P=0,032).
Maruyama et al. (2002), mencionado anteriormente, relataram que o RASSF1A apresentou
as maiores frequências de metilação associadas aos escores de Gleason alto (>7) e altos níveis
de PSA pré-cirúrgico (PSA>8ng/mL). Estes dados indicaram que a inativação epigenética do
RASSF1A se correlaciona com características clinico-patológicas de pior prognóstico.
Woodson et al. (2004a) relataram que a metilação de RASSF1A está associada com o grau do
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
45
tumor, entretanto, a metilação do gene não diferiu de acordo com o estadio da doença. Além
disso, não foi observada metilação nas sete amostras de HPB avaliadas.
Bastian et al. (2005) identificaram hipermetilação no gene RASSF1A por qMSP em
28,5% (4/14) das amostras de HPB e em 67,9% (36/53) dos CaP, porém não foi observada
nenhuma correlação significativa deste gene com as variáveis clínico-patológicas.
Adicionalmente, Woodson et al. (2004b) também identificaram metilação de RASSF1A em 3
de 10 amostras PIN de alto grau, sugerindo que o silenciamento deste gene pode ocorrer no
início da progressão dos cânceres de próstata.
Em outro estudo, foram avaliados por qMSP 16 ilhas de CpG em 16 genes, entre eles
RASSF1A, em 13 próstata normais provenientes de necrópsias, 12 tecidos não neoplásicos
adjacentes ao tumor e em 73 amotras de CaP (Yegnasubramanian et al., 2004). Os autores
detectaram por meio do índice normalizado de metilação das 16 ilhas avaliadas, que 96% dos
tumores apresentavam hipermetilação de RASSF1A e ausência de metilação nas amostras de
tecido normal adjancente e de próstata normal. Estes autores avaliaram também as metástases
microdissecadas de órgãos secundários (n=87) e verificaram que embora as frequências de
metilação entre tumores primários e metástases eram semelhantes, a mediana do índice de
metilação era maior nas metástases que nos tumores primários. O conjunto destes resultados
indicaram que as alterações epigenéticas, em especial relacionadas ao gene RASSF1A,
ocorrem inicialmente, inclusive em lesões pré-malignas, e que tendem a se acumular à medida
que o tumor progride.
Henrique et al. (2007), usando qMSP, avaliaram 83 CaP e identificaram que maiores
níveis de metilação do gene RASSF1A estavam associados a escores de Gleason mais altos.
Além disso, a análise univariada indicou que hipermetilação deste gene estava associada com
menor tempo de sobrevida livre da doença. No entanto, após análise multivariada, o RASSF1A
não se mostrou um marcador prognóstico independente. Kawamoto et al. (2007) sugeriram
que a redução da acetilação de histonas ou a metilação de H3K4me2 e o aumento da metilação
de dimetil-H3-K9 tem um papel crítico na manutenção da metilação do promotor do gene
RASSF1A silenciado em cânceres de próstata.
Recentemente, Bastian et al. (2008) não detectaram a hipermetilação do gene
RASSF1A no soro dos 192 pacientes com CaP, mas encontraram aproximadamente 16,7% de
hipermetilação em pacientes com CaP metastático. Em adição, Rouprêt et al. (2008)
analisaram as células circulantes do sangue de pacientes com alto risco de progressão do CaP
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
46
e verificaram que quanto maior o nível de hipermetilação do gene RASSF1A, maior era o risco
de progressão da doença.
11. Justificativa
A lista de genes mostrando padrões anormais de metilação no câncer está se
expandindo; porém, provavelmente somente alguns destes serão promissores como
marcadores de risco de desenvolvimento tumoral, podendo ser utilizados no diagnóstico
precoce ou como indicativos de agressividade tumoral. Os estudos de metilação nos quatro
genes apresentados neste estudo (CDH1, RASSF1, RARB e SFN) em tumores de próstata são
discrepantes tanto no que se refere às freqüências observadas em diferentes populações
quanto à associação descrita com características clínicas e patológicas de pior prognóstico.
Assim, é justificado um maior número de estudos e em diferentes populações para identificar
os genes relevantes na carcinogênese prostática. Para o nosso conhecimento, o relatos
destes genes em tumores de próstata de pacientes brasileiros. Adicionalmente aos fatores de
risco associados ao desenvolvimento dos carcinomas de próstata, tem sido demonstrado que o
background genético das diferentes populações influencia na incidência e gravidade dos
tumores humanos. Assim, é fundamental a identificação dos fatores comuns ou biomarcadores
nas diferentes populações relacionados à carcinogênese prostática. Este conhecimento poderá
ser aplicado no diagnóstico e prognóstico dos pacientes com CaP e indicar alvos interessantes
para novas modalidades ou abordagens terapêuticas.
Este estudo propôs a avaliação do padrão de metilação dos genes CDH1, SFN, RARB e
RASSF1A por MSP em amostras de adenocarcinoma de próstata, amostras o-neoplásicas e
em tecidos de próstata normais e correlacionar os achados com os parâmetros clínicos-
histopatológicos. Para consubstanciar os dados preliminares do envolvimento destes genes no
CaP, foi também investigada a expressão da proteína E-caderina por IHQ em cortes
histológicos das mesmas amostras avaliadas quanto ao padrão de metilação do gene CDH1; A
expressão dos transcritos RARB e RASSF1A foi avaliada por RT-PCR quantitativa em tempo
real (qRT-PCR) e comparada com os parâmetros clínico-histopatológicos. Finalmente, foi
investigada, em um grupo independente de amostras, a expressão das proteínas RARβ2 e
RASSF1A por IHQ em uma plataforma de tissue microarray (TMA). O impacto prognóstico
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
47
da expressão destes genes foi analisado por regressão logística em relação à ocorrência de
recorrência local ou metástases à distância, assim como em relação à sobrevida livre de
recorrência.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
OBJETIVOS
OBJETIVOSOBJETIVOS
OBJETIVOS
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
48
12. Objetivos
Avaliar o padrão de metilação dos genes CDH1, SFN, RARB e RASSF1A (por MSP)
em amostras de adenocarcinomas de próstata comparadas com amostras mostrando ausência
de neoplasia;
Avaliar a expressão dos transcritos RARB2 e RASSF1A (por qRT-PCR) e das
respectivas proteínas (por imunohistoquímica) em amostras de adenocarcinoma de próstata;
• Comparar os resultados de metilação do gene CDH1 com a expressão da proteína E-
caderina (por imunohistoquímica) em amostras de adenocarcinoma de próstata;
Correlacionar os resultados da análise de metilação com os níveis de expressão
protéica e/ou transcricional e compará-los com os parâmetros clínicos e histopatológicos.
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BIBLIOGRÁFICASBIBLIOGRÁFICAS
BIBLIOGRÁFICAS
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
49
13. Referências
ABLIN RJ, BRONSON P, SOANES WA, WITEBSKY E. Tissue- and species-specific antigens of
normal human prostatic tissue. J Immunol. 1970a Jun;104(6):1329-39.
ABLIN RJ, SOANES WA, BRONSON P, WITEBSKY E. Precipitating antigens of the normal human
prostate. J Reprod Fertil. 1970b Aug;22(3):573-4.
AITCHISON AA, VEERAKUMARASIVAM A, VIAS M, KUMAR R, HAMDY FC, NEAL DE, et al.
Promoter methylation correlates with reduced Smad4 expression in advanced prostate
cancer. Prostate. 2008 May 1;68(6):661-74.
ALBERTI I, BARBORO P, BARBESINO M, SANNA P, PISCIOTTA L, PARODI S, et al. Changes in the
expression of cytokeratins and nuclear matrix proteins are correlated with the level of
differentiation in human prostate cancer. J Cell Biochem. 2000 Sep 7;79(3):471-85.
ALVAREZ S, GERMAIN P, ALVAREZ R, RODRIGUEZ-BARRIOS F, GRONEMEYER H, DE LERA AR.
Structure, function and modulation of retinoic acid receptor beta, a tumor suppressor.
Int J Biochem Cell Biol. 2007;39(7-8):1406-15.
AMBROS V. The functions of animal microRNAs. Nature. 2004 Sep 16;431(7006):350-5.
AMUNDADOTTIR LT, SULEM P, GUDMUNDSSON J, HELGASON A, BAKER A, AGNARSSON BA, et
al. A common variant associated with prostate cancer in European and African
populations. Nat Genet. 2006;38(6):652-8.
ANTUNES AA, SROUGI M, DALL'OGLIO MF, CRIPPA A, PARANHOS M, CURY J, et al.
Microvascular invasion is an independent prognostic factor in patients with prostate
cancer treated with radical prostatectomy. Int Braz J Urol. 2006 Nov-Dec;32(6):668-
75; discussion 75-7.
ASTUTI D, AGATHANGGELOU A, HONORIO S, DALLOL A, MARTINSSON T, KOGNER P, et al.
RASSF1A promoter region CpG island hypermethylation in phaeochromocytomas and
neuroblastoma tumours. Oncogene. 2001 Nov 8;20(51):7573-7.
BARTEL DP. MicroRNAs: genomics, biogenesis, mechanism, and function. Cell. 2004 Jan
23;116(2):281-97.
BASTIAN PJ, ELLINGER J, WELLMANN A, WERNERT N, HEUKAMP LC, MULLER SC, et al.
Diagnostic and prognostic information in prostate cancer with the help of a small set
of hypermethylated gene loci. Clin Cancer Res. 2005 Jun 1;11(11):4097-106.
BASTIAN PJ, ELLINGER J, HEUKAMP LC, KAHL P, MULLER SC, VON RUCKER A. Prognostic
value of CpG Island hypermethylation at PTGS2, RAR-beta, EDNRB, and other gene
loci in patients undergoing radical prostatectomy. European Urology, 2007 Mar:
51(3):665-674.
BASTIAN PJ, PALAPATTU GS, YEGNASUBRAMANIAN S, ROGERS CG, LIN X, MANGOLD LA, et
al. CpG island hypermethylation profile in the serum of men with clinically localized
and hormone refractory metastatic prostate cancer. J Urol. 2008 Feb;179(2):529-34;
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
50
discussion 34-5.
BERARD J, DELABRE JF, GARNEAU H, BELLEHUMEUR C, CARRIER ME. Lung tumorigenesis in
transgenic mice expressing RAR-beta 1 and RAR-beta 3 antisense mRNA. Lung
Cancer 2003; 41(S2):S122.
BILLIS A. Latent carcinoma and atypical lesions of prostate. An autopsy study. Urology. 1986
Oct;28(4):324-9.
BILLIS A. Carcinoma: graduação histológica e estadiamento. In: Billis. A., editor. Patologia
Cirúrgica da Próstata. São Paulo, Campinas; 2003. p. 123-40.
BIRD AP. CpG-rich islands and the function of DNA methylation. Nature. 1986 May 15-
21;321(6067):209-13.
BOSTWICK DG, SHAN A, QIAN J, DARSON M, MAIHLE NJ, JENKINS RB, et al. Independent
origin of multiple foci of prostatic intraepithelial neoplasia: comparison with matched
foci of prostate carcinoma. Cancer. 1998 Nov 1;83(9):1995-2002.
BRACARDA S, DE COBELLI O, GRECO C, PRAYER-GALETTI T, VALDAGNI R, GATTA G, et al.
Cancer of the prostate. Crit Rev Oncol Hematol. 2005 Dec;56(3):379-96.
BRANDES D, KIRCHHEIM D, SCOTT WW. Ultrastructure of the Human Prostate: Normal and
Neoplastic. Lab Invest. 1964 Dec;13:1541-60.
BURBEE DG, FORGACS E, ZOCHBAUER-MULLER S, SHIVAKUMAR L, FONG K, GAO B, et al.
Epigenetic inactivation of RASSF1A in lung and breast cancers and malignant
phenotype suppression. J Natl Cancer Inst. 2001 May 2;93(9):691-9.
BURGERS WA, FUKS F, KOUZARIDES T. DNA methyltransferases get connected to chromatin.
Trends Genet. 2002 Jun;18(6):275-7.
CALDEIRA JR, PRANDO EC, QUEVEDO FC, NETO FA, RAINHO CA, ROGATTO SR. CDH1
promoter hypermethylation and E-cadherin protein expression in infiltrating breast
cancer. BMC Cancer. 2006;6:48.
CALIN GA, CROCE CM. MicroRNA signatures in human cancers. Nat Rev Cancer. 2006
Nov;6(11):857-66.
CAMORIANO M, KINNEY SR, MOSER MT, FOSTER BA, MOHLER JL, TRUMP DL, et al.
Phenotype-specific CpG island methylation events in a murine model of prostate
cancer. Cancer Res. 2008 Jun 1;68(11):4173-82.
CAMPBELL MJ, PARK S, USKOKOVIC MR, DAWSON MI, KOEFFLER HP. Expression of retinoic
acid receptor-beta sensitizes prostate cancer cells to growth inhibition mediated by
combinations of retinoids and a 19-nor hexafluoride vitamin D3 analog.
Endocrinology. 1998 Apr;139(4):1972-80.
CANNON L, BISHOP DT, SKOLNICK M. Genetic epidemiology of prostate cancer in the Utah
Mormon genealogy. Cancer Surv. 1982: 1: 47-69.
CARTER BS, BEATY TH, STEINBERG GD, CHILDS B, WALSH PC. Mendelian inheritance of
familial prostate cancer. Proc Natl Acad Sci U S A. 1992 Apr 15;89(8):3367-71.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
51
CHAMBON P. A decade of molecular biology of retinoic acid receptors. FASEB J. 1996
Jul;10(9):940-54.
CHAN TA, HERMEKING H, LENGAUER C, KINZLER KW, VOGELSTEIN B. 14-3-3Sigma is
required to prevent mitotic catastrophe after DNA damage. Nature. 1999 Oct
7;401(6753):616-20.
CHAN TA, HWANG PM, HERMEKING H, KINZLER KW, VOGELSTEIN B. Cooperative effects of
genes controlling the G(2)/M checkpoint. Genes Dev. 2000 Jul 1;14(13):1584-8.
CHAN JM, GIOVANNUCCI EL. Vegetables, fruits, associated micronutrients, and risk of
prostate cancer. Epidemiol Rev. 2001;23(1):82-6.
CHAN JM, JOU RM, CARROLL PR. The relative impact and future burden of prostate cancer in
the United States. J Urol. 2004 Nov;172(5 Pt 2):S13-6; discussion S7.
CHE M, GRIGNON D. Pathology of prostate cancer. Cancer Metastasis Rev. 2002;21(3-4):381-
95.
CHEN LI, SOMMER KM, SWISSHELM K. Downstream codons in the retinoic acid receptor beta -
2 and beta -4 mRNAs initiate translation of a protein isoform that disrupts retinoid-
activated transcription. J Biol Chem. 2002 Sep 20;277(38):35411-21.
CHER ML, BOVA GS, MOORE DH, SMALL EJ, CARROLL PR, PIN SS, et al. Genetic alterations
in untreated metastases and androgen-independent prostate cancer detected by
comparative genomic hybridization and allelotyping. Cancer Res. 1996 Jul
1;56(13):3091-102.
CHRISTIANSEN JJ, RAJASEKARAN AK. Reassessing epithelial to mesenchymal transition as a
prerequisite for carcinoma invasion and metastasis. Cancer Res. 2006 Sep
1;66(17):8319-26.
CHUN FK, HUTTERER GC, PERROTTE P, GALLINA A, VALIQUETTE L, BENARD F, et al.
Distribution of prostate specific antigen (PSA) and percentage free PSA in a
contemporary screening cohort with no evidence of prostate cancer. BJU Int. 2007
Jul;100(1):37-41.
CHUNG W, KWABI-ADDO B, ITTMANN M, JELINEK J, SHEN L, YU Y, et al. Identification of
novel tumor markers in prostate, colon and breast cancer by unbiased methylation
profiling. PLoS ONE. 2008;3(4):e2079.
COLLARD RL, HARYA NS, MONZON FA, MAIER CE, O'KEEFE DS. Methylation of the ASC
gene promoter is associated with aggressive prostate cancer. Prostate. 2006 May
15;66(7):687-95.
COSTA VL, HENRIQUE R, JERONIMO C. Epigenetic markers for molecular detection of prostate
cancer. Dis Markers. 2007;23(1-2):31-41.
DAMMANN R, LI C, YOON JH, CHIN PL, BATES S, PFEIFER GP. Epigenetic inactivation of a
RAS association domain family protein from the lung tumour suppressor locus 3p21.3.
Nat Genet. 2000 Jul;25(3):315-9.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
52
DAMMANN R, YANG G, PFEIFER GP. Hypermethylation of the cpG island of Ras association
domain family 1A (RASSF1A), a putative tumor suppressor gene from the 3p21.3
locus, occurs in a large percentage of human breast cancers. Cancer Res. 2001 Apr
1;61(7):3105-9.
DAMMANN R, SCHAGDARSURENGIN U, LIU L, OTTO N, GIMM O, DRALLE H, et al. Frequent
RASSF1A promoter hypermethylation and K-ras mutations in pancreatic carcinoma.
Oncogene. 2003a Jun 12;22(24):3806-12.
DAMMANN R, SCHAGDARSURENGIN U, STRUNNIKOVA M, RASTETTER M, SEIDEL C, LIU L, et
al. Epigenetic inactivation of the Ras-association domain family 1 (RASSF1A) gene
and its function in human carcinogenesis. Histol Histopathol. 2003b Apr;18(2):665-77.
DE MARZO AM, PLATZ EA, SUTCLIFFE S, XU J, GRONBERG H, DRAKE CG, et al. Inflammation
in prostate carcinogenesis. Nat Rev Cancer. 2007 Apr;7(4):256-69.
DEMARZO AM, NELSON WG, ISAACS WB, EPSTEIN JI. Pathological and molecular aspects of
prostate cancer. Lancet. 2003 Mar 15;361(9361):955-64.
DERYCKE L, DE WEVER O, STOVE V, VANHOECKE B, DELANGHE J, DEPYPERE H, et al. Soluble
N-cadherin in human biological fluids. Int J Cancer. 2006 Dec 15;119(12):2895-900.
DOBOSY JR, ROBERTS JL, FU VX, JARRARD DF. The expanding role of epigenetics in the
development, diagnosis and treatment of prostate cancer and benign prostatic
hyperplasia. J Urol. 2007 Mar;177(3):822-31.
DONNINGER H, VOS MD, CLARK GJ. The RASSF1A tumor suppressor. J Cell Sci. 2007 Sep
15;120(Pt 18):3163-72.
DRAGNEV KH, RIGAS JR, DMITROVSKY E. The retinoids and cancer prevention mechanisms.
Oncologist. 2000;5(5):361-8.
DREIJERINK K, BRAGA E, KUZMIN I, GEIL L, DUH FM, ANGELONI D, et al. The candidate tumor
suppressor gene, RASSF1A, from human chromosome 3p21.3 is involved in kidney
tumorigenesis. Proc Natl Acad Sci U S A. 2001 Jun 19;98(13):7504-9.
DULAIMI E, UZZO RG, GREENBERG RE, AL-SALEEM T, CAIRNS P. Detection of bladder cancer
in urine by a tumor suppressor gene hypermethylation panel. Clin Cancer Res. 2004
Mar 15;10(6):1887-93.
ENOKIDA H, SHIINA H, IGAWA M, OGISHIMA T, KAWAKAMI T, BASSETT WW, et al. CpG
hypermethylation of MDR1 gene contributes to the pathogenesis and progression of
human prostate cancer. Cancer Res. 2004 Sep 1;64(17):5956-62.
EPSTEIN JI, POTTER SR. The pathological interpretation and significance of prostate needle
biopsy findings: implications and current controversies. J Urol. 2001 Aug;166(2):402-
10.
EPSTEIN JI, ALGABA F, ALLSBROOK JR WC, BASTACKY S, BOCCON-GIBOD L, DE MARZO AM,
et al. Tumours of the prostate: Acinar adenocarcinoma. In: Eble JN, Sauter G, Epstein
JI, Sesterhenn IA, editors. World health organization classification of tumours
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
53
Pathology and genetics of tumours of the urinary system and male genital organs.
Lyon: IARC; 2004. p. 159-92.
FAZZARI MJ, GREALLY JM. Epigenomics: beyond CpG islands. Nat Rev Genet. 2004
Jun;5(6):446-55.
FEINBERG AP, TYCKO B. The history of cancer epigenetics. Nat Rev Cancer. 2004
Feb;4(2):143-53.
FERGUSON AT, EVRON E, UMBRICHT CB, PANDITA TK, CHAN TA, HERMEKING H, et al. High
frequency of hypermethylation at the 14-3-3 sigma locus leads to gene silencing in
breast cancer. Proc Natl Acad Sci U S A. 2000 May 23;97(11):6049-54.
FLORL AR, STEINHOFF C, MULLER M, SEIFERT HH, HADER C, ENGERS R, et al. Coordinate
hypermethylation at specific genes in prostate carcinoma precedes LINE-1
hypomethylation. Br J Cancer. 2004 Aug 31;91(5):985-94.
FOSTER CS, KE Y. Stem cells in prostatic epithelia. Int J Exp Pathol. 1997 Oct;78(5):311-29.
FOULKES WD. Inherited susceptibility to common cancers. N Engl J Med. 2008 Nov
13;359(20):2143-53.
FRIXEN UH, BEHRENS J, SACHS M, EBERLE G, VOSS B, WARDA A, et al. E-cadherin-mediated
cell-cell adhesion prevents invasiveness of human carcinoma cells. J Cell Biol. 1991
Apr;113(1):173-85.
FU H, SUBRAMANIAN RR, MASTERS SC. 14-3-3 proteins: structure, function, and regulation.
Annu Rev Pharmacol Toxicol. 2000;40:617-47.
FU VX, SCHWARZE SR, KENOWSKI ML, LEBLANC S, SVAREN J, JARRARD DF. A loss of
insulin-like growth factor-2 imprinting is modulated by CCCTC-binding factor down-
regulation at senescence in human epithelial cells. J Biol Chem. 2004 Dec
10;279(50):52218-26.
GARDINER-GARDEN M, FROMMER M. CpG islands in vertebrate genomes. J Mol Biol. 1987
Jul 20;196(2):261-82.
GHADIRIAN P, HOWE GR, HISLOP TG, MAISONNEUVE P. Family history of prostate cancer: a
multi-center case-control study in Canada. Int J Cancer. 1997 Mar 17;70(6):679-81.
GIBBS M, STANFORD JL, JARVIK GP, JANER M, BADZIOCH M, PETERS MA, et al. A genomic
scan of families with prostate cancer identifies multiple regions of interest. Am J Hum
Genet. 2000 Jul;67(1):100-9.
GLEASON DF. Histologic grading and clinical staging of prostatic carcinoma. In: Tannenbaum
M, editor. Urologic Pathology: The prostate. Philadelfia: Lea & Febiger; 1977.
GLEASON DF. Histologic grading of prostate cancer: a perspective. Hum Pathol. 1992
Mar;23(3):273-9.
GOFFIN J, EISENHAUER E. DNA methyltransferase inhibitors-state of the art. Ann Oncol. 2002
Nov;13(11):1699-716.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
54
GONZALGO ML, JONES PA. Quantitative methylation analysis using methylation-sensitive
single-nucleotide primer extension (Ms-SNuPE). Methods. 2002 Jun;27(2):128-33.
GOSSELAAR C, ROOBOL MJ, SCHRODER FH. Prevalence and characteristics of screen-detected
prostate carcinomas at low prostate-specific antigen levels: aggressive or
insignificant? BJU Int. 2005 Feb;95(2):231-7.
GRAFF JR, HERMAN JG, LAPIDUS RG, CHOPRA H, XU R, JARRARD DF, et al. E-cadherin
expression is silenced by DNA hypermethylation in human breast and prostate
carcinomas. Cancer Res. 1995 Nov 15;55(22):5195-9.
GRAFF JR, GABRIELSON E, FUJII H, BAYLIN SB, HERMAN JG. Methylation patterns of the E-
cadherin 5' CpG island are unstable and reflect the dynamic, heterogeneous loss of E-
cadherin expression during metastatic progression. J Biol Chem. 2000 Jan
28;275(4):2727-32.
GRAVDAL K, HALVORSEN OJ, HAUKAAS SA, AKSLEN LA. A switch from E-cadherin to N-
cadherin expression indicates epithelial to mesenchymal transition and is of strong and
independent importance for the progress of prostate cancer. Clin Cancer Res. 2007
Dec 1;13(23):7003-11.
GRIGNON DJ, RO JY, ORDONEZ NG, AYALA AG, CLEARY KR. Basal cell hyperplasia, adenoid
basal cell tumor, and adenoid cystic carcinoma of the prostate gland: an
immunohistochemical study. Hum Pathol. 1988 Dec;19(12):1425-33.
GRONBAEK K, HOTHER C, JONES PA. Epigenetic changes in cancer. APMIS. 2007
Oct;115(10):1039-59.
GRONBERG H, DAMBER L, DAMBER JE. Familial prostate cancer in Sweden. A nationwide
register cohort study. Cancer. 1996 Jan 1;77(1):138-43.
GUDMUNDSSON J, SULEM P, MANOLESCU A, AMUNDADOTTIR LT, GUDBJARTSSON D,
HELGASON A, et al. Genome-wide association study identifies a second prostate cancer
susceptibility variant at 8q24. Nat Genet. 2007; 39(5):631-7.
GUMBINER BM. Cell adhesion: the molecular basis of tissue architecture and morphogenesis.
Cell. 1996 Feb 9;84(3):345-57.
GUREL B, IWATA T, KOH CM, YEGNASUBRAMANIAN S, NELSON WG E DE MARZO AM.
Molecular alterations in Prostate cancer as diagnostic, prognostic, and therapeutic
targets. Adv Anat Pathol 2008;(15):319–331.
HAAS GP, SAKR WA. Epidemiology of prostate cancer. CA Cancer J Clin. 1997 Sep-
Oct;47(5):273-87.
HAKE SB, XIAO A, ALLIS CD. Linking the epigenetic 'language' of covalent histone
modifications to cancer. Br J Cancer. 2004 Feb 23;90(4):761-9.
HAMMOND SM. MicroRNAs as oncogenes. Curr Opin Genet Dev 2006;16:4–9.
HANAHAN D, WEINBERG RA. The hallmarks of cancer. Cell. 2000 Jan 7;100(1):57-70.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
55
HARDEN SV, GUO Z, EPSTEIN JI, SIDRANSKY D. Quantitative GSTP1 methylation clearly
distinguishes benign prostatic tissue and limited prostate adenocarcinoma. J Urol.
2003 Mar;169(3):1138-42.
HARK AT, SCHOENHERR CJ, KATZ DJ, INGRAM RS, LEVORSE JM, TILGHMAN SM. CTCF
mediates methylation-sensitive enhancer-blocking activity at the H19/Igf2 locus.
Nature. 2000 May 25;405(6785):486-9.
HENRIQUE R, RIBEIRO FR, FONSECA D, HOQUE MO, CARVALHO AL, COSTA VL, et al. High
promoter methylation levels of APC predict poor prognosis in sextant biopsies from
prostate cancer patients. Clin Cancer Res. 2007 Oct 15;13(20):6122-9.
HERMAN JG, BAYLIN SB. Gene silencing in cancer in association with promoter
hypermethylation. N Engl J Med. 2003 Nov 20;349(21):2042-54.
HERMEKING H, LENGAUER C, POLYAK K, HE TC, ZHANG L, THIAGALINGAM S, et al. 14-3-3
sigma is a p53-regulated inhibitor of G2/M progression. Mol Cell. 1997 Dec;1(1):3-
11.
HERMEKING H. The 14-3-3 cancer connection. Nat Rev Cancer. 2003 Dec;3(12):931-43.
HERMEKING H. Extracellular 14-3-3sigma protein: a potential mediator of epithelial-
mesenchymal interactions. J Invest Dermatol. 2005 Jan;124(1):ix-x.
HESSON LB, COOPER WN, LATIF F. The role of RASSF1A methylation in cancer. Dis
Markers. 2007;23(1-2):73-87.
HOLLIDAY R. A new theory of carcinogenesis. Br J Cancer. 1979 Oct;40(4):513-22.
HOQUE MO, TOPALOGLU O, BEGUM S, HENRIQUE R, ROSENBAUM E, VAN CRIEKINGE W, et al.
Quantitative methylation-specific polymerase chain reaction gene patterns in urine
sediment distinguish prostate cancer patients from control subjects. J Clin Oncol. 2005
Sep 20;23(27):6569-75.
HORIE-INOUE K, INOUE S. Epigenetic and proteolytic inactivation of 14-3-3sigma in breast
and prostate cancers. Semin Cancer Biol. 2006 Jun;16(3):235-9.
HOULE B, PELLETIER M, WU J, GOODYER C, BRADLEY WE. Fetal isoform of human retinoic
acid receptor beta expressed in small cell lung cancer lines. Cancer Res. 1994 Jan
15;54(2):365-9.
HSING AW, TSAO L, DEVESA SS. International trends and patterns of prostate cancer incidence
and mortality. Int J Cancer. 2000 Jan 1;85(1):60-7.
HSING AW. Hormones and prostate cancer: what’s next? Epidemiol Rev. 2001;(23):42–58.
HUANG D, LIU X, PLYMATE SR, IDOWU M, GRIMES M, BEST AM, et al. Proteomic
identification of 14-3-3 sigma as a common component of the androgen receptor and
the epidermal growth factor receptor signaling pathways of the human prostate
epithelial cell line M12. Oncogene. 2004 Sep 9;23(41):6881-9.
IKEDA K, ORIMO A, HIGASHI Y, MURAMATSU M, INOUE S. Efp as a primary estrogen-
responsive gene in human breast cancer. FEBS Lett. 2000 Apr 21;472(1):9-13.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
56
IKONEN T, MATIKAINEN M, MONONEN N, HYYTINEN ER, HELIN HJ, TOMMOLA S, et al.
Association of E-cadherin germ-line alterations with prostate cancer. Clin Cancer Res.
2001 Nov;7(11):3465-71.
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Tipos de câncer. Próstata. Rio de Janeiro: Ministério da
Saúde; 2007. Acesso em: 15 de novembro de 2007. Disponível em:
http://www.inca.gov.br .
IVANOVA T, PETRENKO A, GRITSKO T, VINOKOUROVA S, ESHILEV E, KOBZEVA V, et al.
Methylation and silencing of the retinoic acid receptor-beta 2 gene in cervical cancer.
BMC Cancer. 2002 Mar 21;2:4.
IWATA N, YAMAMOTO H, SASAKI S, ITOH F, SUZUKI H, KIKUCHI T, et al. Frequent
hypermethylation of CpG islands and loss of expression of the 14-3-3 sigma gene in
human hepatocellular carcinoma. Oncogene. 2000 Nov 2;19(46):5298-302.
JEMAL A, MURRAY T, SAMUELS A, GHAFOOR A, WARD E, THUN MJ. Cancer statistics, 2003.
CA Cancer J Clin. 2003 Jan-Feb;53(1):5-26.
JENUWEIN T, ALLIS CD. Translating the histone code. Science. 2001 Aug 10;293(5532):1074-
80.
JERONIMO C, HENRIQUE R, HOQUE MO, RIBEIRO FR, OLIVEIRA J, FONSECA D, et al.
Quantitative RARbeta2 hypermethylation: a promising prostate cancer marker. Clin
Cancer Res. 2004a Jun 15;10(12 Pt 1):4010-4.
JERONIMO C, HENRIQUE R, HOQUE MO, MAMBO E, RIBEIRO FR, VARZIM G, et al. A
quantitative promoter methylation profile of prostate cancer. Clin Cancer Res. 2004b
Dec 15;10(24):8472-8.
JONES PA, BAYLIN SB. The fundamental role of epigenetic events in cancer. Nat Rev Genet.
2002 Jun;3(6):415-28.
JONSSON BA, BERGH A, STATTIN P, EMMANUELSSON M, GRONBERG H. Germline mutations in
E-cadherin do not explain association of hereditary prostate cancer, gastric cancer and
breast cancer. Int J Cancer. 2002 Apr 20;98(6):838-43.
JONSSON BA, ADAMI HO, HAGGLUND M, BERGH A, GORANSSON I, STATTIN P, et al. -160C/A
polymorphism in the E-cadherin gene promoter and risk of hereditary, familial and
sporadic prostate cancer. Int J Cancer. 2004 Apr 10;109(3):348-52.
KALLAKURY BV, SHEEHAN CE, WINN-DEEN E, OLIVER J, FISHER HA, KAUFMAN RP, JR., et al.
Decreased expression of catenins (alpha and beta), p120 CTN, and E-cadherin cell
adhesion proteins and E-cadherin gene promoter methylation in prostatic
adenocarcinomas. Cancer. 2001 Dec 1;92(11):2786-95.
KANG GH, LEE S, LEE HJ, HWANG KS. Aberrant CpG island hypermethylation of multiple
genes in prostate cancer and prostatic intraepithelial neoplasia. J Pathol. 2004
Feb;202(2):233-40.
KANG Y, MASSAGUE J. Epithelial-mesenchymal transitions: twist in development and
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
57
metastasis. Cell. 2004 Aug 6;118(3):277-9.
KAWAMOTO K, OKINO ST, PLACE RF, URAKAMI S, HIRATA H, KIKUNO N, et al. Epigenetic
modifications of RASSF1A gene through chromatin remodeling in prostate cancer.
Clin Cancer Res. 2007 May 1;13(9):2541-8.
KEMLER R. From cadherins to catenins: cytoplasmic protein interactions and regulation of cell
adhesion. Trends Genet. 1993 Sep;9(9):317-21.
KLOSE RJ, BIRD AP. Genomic DNA methylation: the mark and its mediators. Trends Biochem
Sci. 2006 Feb;31(2):89-97.
KLOTZ L. Active surveillance with selective delayed intervention for favorable risk prostate
cancer. Urol Oncol. 2006 Jan-Feb;24(1):46-50.
KOFF WJ, POMPEO ACL, DAMIÃO R, CARRERETTE FB, editors. Diretrizes em urooncologia.
Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Urologia; 2005. 261p.
KOLONEL LN. Fat, meat, and prostate cancer. Epidemiol Rev.2001;23:72–81.
KOUL S, HOULDSWORTH J, MANSUKHANI MM, DONADIO A, MCKIERNAN JM, REUTER VE, et
al. Characteristic promoter hypermethylation signatures in male germ cell tumors. Mol
Cancer. 2002 Nov 28;1:8.
KOUL S, MCKIERNAN JM, NARAYAN G, HOULDSWORTH J, BACIK J, DOBRZYNSKI DL, et al.
Role of promoter hypermethylation in Cisplatin treatment response of male germ cell
tumors. Mol Cancer. 2004 May 18;3:16.
KRASSENSTEIN R, SAUTER E, DULAIMI E, BATTAGLI C, EHYA H, KLEIN-SZANTO A, et al.
Detection of breast cancer in nipple aspirate fluid by CpG island hypermethylation.
Clin Cancer Res. 2004 Jan 1;10(1 Pt 1):28-32.
KUEFER R, HOFER MD, ZORN CS, ENGEL O, VOLKMER BG, JUAREZ-BRITO MA, et al.
Assessment of a fragment of e-cadherin as a serum biomarker with predictive value
for prostate cancer. Br J Cancer. 2005 Jun 6;92(11):2018-23.
KUZMIN I, GILLESPIE JW, PROTOPOPOV A, GEIL L, DREIJERINK K, YANG Y, et al. The
RASSF1A tumor suppressor gene is inactivated in prostate tumors and suppresses
growth of prostate carcinoma cells. Cancer Res. 2002 Jun 15;62(12):3498-502.
KWABI-ADDO B, CHUNG W, SHEN L, ITTMANN M, WHEELER T, JELINEK J, et al. Age-related
DNA methylation changes in normal human prostate tissues. Clin Cancer Res. 2007
Jul 1;13(13):3796-802.
LABRIE F, BELANGER A, DUPONT A, LUU-THE V, SIMARD J, LABRIE C. Science behind total
androgen blockade: from gene to combination therapy. Clin Invest Med. 1993
Dec;16(6):475-92.
LAIRD PW. The power and the promise of DNA methylation markers. Nat Rev Cancer. 2003
Apr;3(4):253-66.
LEE MG, KIM HY, BYUN DS, LEE SJ, LEE CH, KIM JI, et al. Frequent epigenetic inactivation
of RASSF1A in human bladder carcinoma. Cancer Res. 2001 Sep 15;61(18):6688-92.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
58
LI J, WANG F, PROTOPOPOV A, MALYUKOVA A, KASHUBA V, MINNA JD, et al. Inactivation of
RASSF1C during in vivo tumor growth identifies it as a tumor suppressor gene.
Oncogene. 2004 Aug 5;23(35):5941-9.
LI LC, ZHAO H, NAKAJIMA K, OH BR, RIBEIRO FILHO LA, CARROLL P, et al. Methylation of
the E-cadherin gene promoter correlates with progression of prostate cancer. J Urol.
2001 Aug;166(2):705-9.
Li LC, Okino ST, Dahiya R. DNA methylation in prostate cancer. Biochim Biophys Acta.
2004 Sep 20;1704(2):87-102.
LI LC, CARROLL PR, DAHIYA R. Epigenetic changes in prostate cancer: implication for
diagnosis and treatment. J Natl Cancer Inst. 2005 Jan 19;97(2):103-15.
LI LC, DAHIJA R. Epigenetics of prostate cancer. Front Biosci. 2007;12:3377-97.
LINDSTROM S, WIKLUND F, JONSSON BA, ADAMI HO, BALTER K, BROOKES AJ, et al.
Comprehensive genetic evaluation of common E-cadherin sequence variants and
prostate cancer risk: strong confirmation of functional promoter SNP. Hum Genet.
2005 Dec;118(3-4):339-47.
LINTON KD, HAMDY FC. Early diagnosis and surgical management of prostate cancer. Cancer
Treat Rev. 2003 Jun;29(3):151-60.
LIU JW, NAGPAL JK, JERONIMO C, LEE JE, HENRIQUE R, KIM MS, et al. Hypermethylation of
MCAM gene is associated with advanced tumor stage in prostate cancer. Prostate.
2008 Mar 1;68(4):418-26.
LIU L, YOON JH, DAMMANN R, PFEIFER GP. Frequent hypermethylation of the RASSF1A
gene in prostate cancer. Oncogene. 2002 Oct 3;21(44):6835-40.
LIU L, BAIER K, DAMMANN R, PFEIFER GP. The tumor suppressor RASSF1A does not interact
with Cdc20, an activator of the anaphase-promoting complex. Cell Cycle. 2007 Jul
1;6(13):1663-5.
LODYGIN D, YAZDI AS, SANDER CA, HERZINGER T, HERMEKING H. Analysis of 14-3-3sigma
expression in hyperproliferative skin diseases reveals selective loss associated with
CpG-methylation in basal cell carcinoma. Oncogene. 2003 Aug 21;22(35):5519-24.
LODYGIN D, DIEBOLD J, HERMEKING H. Prostate cancer is characterized by epigenetic
silencing of 14-3-3sigma expression. Oncogene. 2004 Dec 2;23(56):9034-41.
LODYGIN D, EPANCHINTSEV A, MENSSEN A, DIEBOLD J, HERMEKING H. Functional
epigenomics identifies genes frequently silenced in prostate cancer. Cancer Res. 2005a
May 15;65(10):4218-27.
LODYGIN D, HERMEKING H. The role of epigenetic inactivation of 14-3-3sigma in human
cancer. Cell Res. 2005b Apr;15(4):237-46.
LODYGIN D, HERMEKING H. Epigenetic silencing of 14-3-3sigma in cancer. Semin Cancer
Biol. 2006 Jun;16(3):214-24.
LOTAN R, XU XC, LIPPMAN SM, RO JY, LEE JS, LEE JJ, et al. Suppression of retinoic acid
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
59
receptor-beta in premalignant oral lesions and its up-regulation by isotretinoin. N Engl
J Med. 1995 May 25;332(21):1405-10.
LU J, GETZ G, MISKA EA, ALVAREZ-SAAVEDRA E, LAMB J, PECK D, et al. MicroRNA
expression profiles classify human cancers. Nature 2005;435: 834–8.
MA L, TERUYA-FELDSTEIN J, WEINBERG RA. Tumour invasion and metastasis initiated by
microRNA-10b in breast cancer. Nature. 2007 Oct 11;449(7163):682-8.
MACINTOSH CA, STOWER M, REID N, MAITLAND NJ. Precise microdissection of human
prostate cancers reveals genotypic heterogeneity. Cancer Res. 1998 Jan 1;58(1):23-8.
MANGELSDORF DJ, THUMMEL C, BEATO M, HERRLICH P, SCHUTZ G, UMESONO K, et al. The
nuclear receptor superfamily: the second decade. Cell. 1995 Dec 15;83(6):835-9.
MARUYAMA R, TOYOOKA S, TOYOOKA KO, HARADA K, VIRMANI AK, ZOCHBAUER-MULLER
S, et al. Aberrant promoter methylation profile of bladder cancer and its relationship to
clinicopathological features. Cancer Res. 2001 Dec 15;61(24):8659-63.
MARUYAMA R, TOYOOKA S, TOYOOKA KO, VIRMANI AK, ZOCHBAUER-MULLER S, FARINAS
AJ, et al. Aberrant promoter methylation profile of prostate cancers and its relationship
to clinicopathological features. Clin Cancer Res. 2002 Feb;8(2):514-9.
MASTERSON J, O'DEA S. Posttranslational truncation of E-cadherin and significance for
tumour progression. Cells Tissues Organs. 2007;185(1-3):175-9.
MATIKAINE MP, PUKKALA E, SCHLEUTKER J, TAMMELA TL, KOIVISTO P, SANKILA R, et al.
Relatives of prostate cancer patients have an increased risk of prostate and stomach
cancers: a population-based, cancer registry study in Finland. Cancer Causes Control.
2001 Apr;12(3):223-30.
MCDAVID K, LEE J, FULTON JP, TONITA J, THOMPSON TD. Prostate cancer incidence and
mortality rates and trends in the United States and Canada. Public Health Rep. 2004
Mar-Apr;119(2):174-86.
MCNEAL JE, BOSTWICK DG, KINDRACHUK RA, REDWINE EA, FREIHA FS, STAMEY TA.
Patterns of progression in prostate cancer. Lancet. 1986 Jan 11;1(8472):60-3.
MCNEAL JE, REDWINE EA, FREIHA FS, STAMEY TA. Zonal distribution of prostatic
adenocarcinoma. Correlation with histologic pattern and direction of spread. Am J
Surg Pathol. 1988 Dec;12(12):897-906.
MEHROTRA J, VARDE S, WANG H, CHIU H, VARGO J, GRAY K, et al. Quantitative, spatial
resolution of the epigenetic field effect in prostate cancer. Prostate. 2008 Feb
1;68(2):152-60.
MEIERS I, SHANKS JH, BOSTWICK DG. Glutathione S-transferase pi (GSTP1)
hypermethylation in prostate cancer: review 2007. Pathology. 2007 Jun;39(3):299-
304.
MERRICK GS, GALBREATH RW, BUTLER WM, WALLER KE, ALLEN ZA, LIEF J, et al. Primary
Gleason pattern does not impact survival after permanent interstitial brachytherapy for
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
60
Gleason score 7 prostate cancer. Cancer. 2007 Jul 15;110(2):289-96.
MHAWECH P, BENZ A, CERATO C, GRELOZ V, ASSALY M, DESMOND JC, et al. Downregulation
of 14-3-3sigma in ovary, prostate and endometrial carcinomas is associated with CpG
island methylation. Mod Pathol. 2005 Mar;18(3):340-8.
MILLER BA, KOLONEL LN, BERNSTEIN L, YOUNG, JR. JL, SWANSON GM, WEST D, KEY CR,
LIFF JM, GLOVER CS, ALEXANDER GA, et al. (eds). Racial/Ethnic Patterns of Cancer in
the United States 1988-1992, National Cancer Institute. NIH Pub. No. 96-4104.
Bethesda, MD, 1996.
MOL AJ, GELDOF AA, MEIJER GA, VAN DER POEL HG, VAN MOORSELAAR RJ. New
experimental markers for early detection of high-risk prostate cancer: role of cell-cell
adhesion and cell migration. J Cancer Res Clin Oncol. 2007 Oct;133(10):687-95.
MUSIAL J, SPORNY S, NOWICKI A. Prognostic significance of E-cadherin and ezrin
immunohistochemical expression in prostate cancer. Pol J Pathol. 2007;58(4):235-43.
NAGPAL S, ZELENT A, CHAMBON P. RAR-beta 4, a retinoic acid receptor isoform is generated
from RAR-beta 2 by alternative splicing and usage of a CUG initiator codon. Proc
Natl Acad Sci U S A. 1992 Apr 1;89(7):2718-22.
NAKAYAMA M, BENNETT CJ, HICKS JL, EPSTEIN JI, PLATZ EA, NELSON WG, et al.
Hypermethylation of the human glutathione S-transferase-pi gene (GSTP1) CpG
island is present in a subset of proliferative inflammatory atrophy lesions but not in
normal or hyperplastic epithelium of the prostate: a detailed study using laser-capture
microdissection. Am J Pathol. 2003 Sep;163(3):923-33.
NAKAYAMA T, WATANABE M, YAMANAKA M, HIROKAWA Y, SUZUKI H, ITO H, et al. The role
of epigenetic modifications in retinoic acid receptor beta2 gene expression in human
prostate cancers. Lab Invest. 2001 Jul;81(7):1049-57.
NALEPA G, HARPER JW. Efp: a ring of independence? Nat Med. 2002 Jul;8(7):661-2.
NELSON WG, DE MARZO AM, ISAACS WB. Prostate cancer. N Engl J Med. 2003 Jul
24;349(4):366-81.
NELSON WG, YEGNASUBRAMANIAN S, AGOSTON AT, BASTIAN PJ, LEE BH, NAKAYAMA M, et
al. Abnormal DNA methylation, epigenetics, and prostate cancer. Front Biosci.
2007;12:4254-66.
NEWTON AC. Protein kinase C. Seeing two domains. Curr Biol. 1995 Sep 1;5(9):973-6.
OSADA H, TATEMATSU Y, YATABE Y, NAKAGAWA T, KONISHI H, HARANO T, et al. Frequent
and histological type-specific inactivation of 14-3-3sigma in human lung cancers.
Oncogene. 2002 Apr 4;21(15):2418-24.
OSHIRO MM, FUTSCHER BW, LISBERG A, WOZNIAK RJ, KLIMECKI WT, DOMANN FE, et al.
Epigenetic regulation of the cell type-specific gene 14-3-3sigma. Neoplasia. 2005
Sep;7(9):799-808.
OVERDUIN M, HARVEY TS, BAGBY S, TONG KI, YAU P, TAKEICHI M, et al. Solution structure
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
61
of the epithelial cadherin domain responsible for selective cell adhesion. Science. 1995
Jan 20;267(5196):386-9.
PADAR A, SATHYANARAYANA UG, SUZUKI M, MARUYAMA R, HSIEH JT, FRENKEL EP, et al.
Inactivation of cyclin D2 gene in prostate cancers by aberrant promoter methylation.
Clin Cancer Res. 2003 Oct 15;9(13):4730-4.
PARKIN DM, WHELAN SL, FERLAY J, RAYMOND L and YOUNG J, editors. Cancer Incidence in
Five Continents. IARC Scientific Publications Vol VII. International Agency for
Research Cancer: Lyon, France, 1997.
PARTIN AW, KATTAN MW, SUBONG EN, WALSH PC, WOJNO KJ, OESTERLING JE, et al.
Combination of prostate-specific antigen, clinical stage, and Gleason score to predict
pathological stage of localized prostate cancer. A multi-institutional update. JAMA.
1997 May 14;277(18):1445-51.
PATRA SK, BETTUZZI S. Epigenetic DNA-methylation regulation of genes coding for lipid
raft-associated components: a role for raft proteins in cell transformation and cancer
progression (review). Oncol Rep. 2007 Jun;17(6):1279-90.
PAULOVICH AG, TOCZYSKI DP, HARTWELL LH. When checkpoints fail. Cell. 1997 Feb
7;88(3):315-21.
PELLEGRINI G, DELLAMBRA E, GOLISANO O, MARTINELLI E, FANTOZZI I, BONDANZA S, et al.
p63 identifies keratinocyte stem cells. Proc Natl Acad Sci U S A. 2001 Mar
13;98(6):3156-61.
PENG X, MARUO T, CAO Y, PUNJ V, MEHTA R, DAS GUPTA TK, et al. A novel RARbeta
isoform directed by a distinct promoter P3 and mediated by retinoic acid in breast
cancer cells. Cancer Res. 2004 Dec 15;64(24):8911-8.
PERRY AS, FOLEY R, WOODSON K, LAWLER M. The emerging roles of DNA methylation in
the clinical management of prostate cancer. Endocr Relat Cancer. 2006 Jun;13(2):357-
77.
PETTY WJ, LI N, BIDDLE A, BOUNDS R, NITKIN C, MA Y, et al. A novel retinoic acid receptor
beta isoform and retinoid resistance in lung carcinogenesis. J Natl Cancer Inst. 2005
Nov 16;97(22):1645-51.
PFEIFER GP, DAMMANN R. Methylation of the tumor suppressor gene RASSF1A in human
tumors. Biochemistry (Mosc). 2005 May;70(5):576-83.
PICARD E, SEGUIN C, MONHOVEN N, ROCHETTE-EGLY C, SIAT J, BORRELLY J, et al.
Expression of retinoid receptor genes and proteins in non-small-cell lung cancer. J
Natl Cancer Inst. 1999 Jun 16;91(12):1059-66.
PLATZ EA, HELZLSOUER KJ. Selenium, zinc, and prostate cancer. Epidemiol Rev.
2001;(23):93–101.
QIU H, ZHANG W, EL-NAGGAR AK, LIPPMAN SM, LIN P, LOTAN R, et al. Loss of retinoic acid
receptor-beta expression is an early event during esophageal carcinogenesis. Am J
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
62
Pathol. 1999 Nov;155(5):1519-23.
RAMIREZ JL, TARON M, BALANA C, SARRIES C, MENDEZ P, DE AGUIRRE I, et al. Serum DNA
as a tool for cancer patient management. Rocz Akad Med Bialymst. 2003;48:34-41.
REIBENWEIN J, PILS D, HORAK P, TOMICEK B, GOLDNER G, WOREL N, et al. Promoter
hypermethylation of GSTP1, AR, and 14-3-3sigma in serum of prostate cancer
patients and its clinical relevance. Prostate. 2007 Mar 1;67(4):427-32.
REYNOLDS MA. Molecular alterations in prostate cancer. Cancer Lett. 2008 Nov
18;271(1):13-24.
RICHMOND PJ, KARAYIANNAKIS AJ, NAGAFUCHI A, KAISARY AV, PIGNATELLI M. Aberrant E-
cadherin and alpha-catenin expression in prostate cancer: correlation with patient
survival. Cancer Res. 1997 Aug 1;57(15):3189-93.
RICHTER F, JOYCE A, FROMOWITZ F, WANG S, WATSON J, WATSON R, et al.
Immunohistochemical localization of the retinoic Acid receptors in human prostate. J
Androl. 2002 Nov-Dec;23(6):830-8.
ROBERTS RO, BERGSTRALH EJ, FARMER SA, JACOBSON DJ, HEBBRING SJ, CUNNINGHAM JM,
et al. Polymorphisms in genes involved in sex hormone metabolism may increase risk
of benign prostatic hyperplasia. Prostate. 2006 Mar 1;66(4):392-404.
RODDAM AW, HAMDY FC, ALLEN NE, PRICE CP. The impact of reducing the prostate-specific
antigen threshold and including isoform reflex tests on the performance characteristics
of a prostate-cancer detection programme. BJU Int. 2007 Sep;100(3):514-7.
ROUPRET M, HUPERTAN V, YATES DR, CATTO JW, REHMAN I, MEUTH M, et al. Molecular
detection of localized prostate cancer using quantitative methylation-specific PCR on
urinary cells obtained following prostate massage. Clin Cancer Res. 2007 Mar
15;13(6):1720-5.
ROUPRET M, HUPERTAN V, CATTO JW, YATES DR, REHMAN I, PROCTOR LM, et al. Promoter
hypermethylation in circulating blood cells identifies prostate cancer progression. Int J
Cancer. 2008 Feb 15;122(4):952-6.
RUBIN MA, MUCCI NR, FIGURSKI J, FECKO A, PIENTA KJ, DAY ML. E-cadherin expression in
prostate cancer: a broad survey using high-density tissue microarray technology. Hum
Pathol. 2001 Jul;32(7):690-7.
SAHA B, ARASE A, IMAM SS, TSAO-WEI D, NARITOKU WY, GROSHEN S, et al. Overexpression
of E-cadherin and beta-catenin proteins in metastatic prostate cancer cells in bone.
Prostate. 2008 Jan 1;68(1):78-84.
SAKR WA, GRIGNON DJ, CRISSMAN JD, HEILBRUN LK, CASSIN BJ, PONTES JJ, et al. High
grade prostatic intraepithelial neoplasia (HGPIN) and prostatic adenocarcinoma
between the ages of 20-69: an autopsy study of 249 cases. In Vivo. 1994 May-
Jun;8(3):439-43.
SAMPSON N, UNTERGASSER G, PLAS E, BERGER P. The ageing male reproductive tract. J
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
63
Pathol. 2007 Jan;211(2):206-18.
SARAMAKI O, VISAKORPI T. Chromosomal aberrations in prostate cancer. Front Biosci.
2007;12:3287-301.
SATHYANARAYANA UG, PADAR A, SUZUKI M, MARUYAMA R, SHIGEMATSU H, HSIEH JT, et al.
Aberrant promoter methylation of laminin-5-encoding genes in prostate cancers and its
relationship to clinicopathological features. Clin Cancer Res. 2003 Dec 15;9(17):6395-
400.
SAWAN C, VAISSIERE T, MURR R, HERCEG Z. Epigenetic drivers and genetic passengers on the
road to cancer. Mutat Res. 2008 Jul 3;642(1-2):1-13.
SHIGEMATSU H, SUZUKI M, TAKAHASHI T, MIYAJIMA K, TOYOOKA S, SHIVAPURKAR N, et al.
Aberrant methylation of HIN-1 (high in normal-1) is a frequent event in many human
malignancies. Int J Cancer. 2005 Feb 10;113(4):600-4.
SINGAL R, VAN WERT J, BASHAMBU M. Cytosine methylation represses glutathione S-
transferase P1 (GSTP1) gene expression in human prostate cancer cells. Cancer Res.
2001 Jun 15;61(12):4820-6.
SINGAL R, FERDINAND L, REIS IM, SCHLESSELMAN JJ. Methylation of multiple genes in
prostate cancer and the relationship with clinicopathological features of disease. Oncol
Rep. 2004 Sep;12(3):631-7.
SIRCHIA SM, REN M, PILI R, SIRONI E, SOMENZI G, GHIDONI R, et al. Endogenous reactivation
of the RARbeta2 tumor suppressor gene epigenetically silenced in breast cancer.
Cancer Res. 2002 May 1;62(9):2455-61.
SONG MS, SONG SJ, AYAD NG, CHANG JS, LEE JH, HONG HK, et al. The tumour suppressor
RASSF1A regulates mitosis by inhibiting the APC-Cdc20 complex. Nat Cell Biol.
2004 Feb;6(2):129-37.
SOOS G, TSAKIRIS I, SZANTO J, TURZO C, HAAS PG, DEZSO B. The prevalence of prostate
carcinoma and its precursor in Hungary: an autopsy study. Eur Urol. 2005
Nov;48(5):739-44.
SOPRANO DR, QIN P, SOPRANO KJ. Retinoic acid receptors and cancers. Annu Rev Nutr.
2004;24:201-21.
STANFORD JL, STEPHENSON RA, COYLE LM, CERHAN J, CORREA R, ELEY JW, et al. Prostate
Cancer Trends 1973-1995, SEER Program, National Cancer Institute. Bethesda, MD,
1999.
STANFORD JL, OSTRANDER EA. Familial prostate cancer. Epidemiol Rev. 2001;23(1):19-23.
STEPHENSON AJ, KATTAN MW, EASTHAM JA, DOTAN ZA, BIANCO FJ, JR., LILJA H, et al.
Defining biochemical recurrence of prostate cancer after radical prostatectomy: a
proposal for a standardized definition. J Clin Oncol. 2006 Aug 20;24(24):3973-8.
STRAHL BD, ALLIS CD. The language of covalent histone modifications. Nature. 2000 Jan
6;403(6765):41-5.
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
64
SUAREZ BK, LIN J, BURMESTER JK, BROMAN KW, WEBER JL, BANERJEE TK, et al. A genome
screen of multiplex sibships with prostate cancer. Am J Hum Genet. 2000
Mar;66(3):933-44.
SUZUKI H, ITOH F, TOYOTA M, KIKUCHI T, KAKIUCHI H, IMAI K. Inactivation of the 14-3-3
sigma gene is associated with 5' CpG island hypermethylation in human cancers.
Cancer Res. 2000 Aug 15;60(16):4353-7.
TAKAI D, JONES PA. Comprehensive analysis of CpG islands in human chromosomes 21 and
22. Proc Natl Acad Sci U S A. 2002 Mar 19;99(6):3740-5.
TAKEICHI M. Cadherin cell adhesion receptors as a morphogenetic regulator. Science. 1991
Mar 22;251(5000):1451-5.
TAYLOR WR, STARK GR. Regulation of the G2/M transition by p53. Oncogene. 2001 Apr
5;20(15):1803-15.
THOMPSON IM, PAULER DK, GOODMAN PJ, TANGEN CM, LUCIA MS, PARNES HL, et al.
Prevalence of prostate cancer among men with a prostate-specific antigen level < or
=4.0 ng per milliliter. N Engl J Med. 2004 May 27;350(22):2239-46.
TOMMASI S, DAMMANN R, ZHANG Z, WANG Y, LIU L, TSARK WM, et al. Tumor susceptibility
of Rassf1a knockout mice. Cancer Res. 2005 Jan 1;65(1):92-8.
TOYOTA M, HO C, AHUJA N, JAIR KW, LI Q, OHE-TOYOTA M, et al. Identification of
differentially methylated sequences in colorectal cancer by methylated CpG island
amplification. Cancer Res. 1999 May 15;59(10):2307-12.
UMBAS R, ISAACS WB, BRINGUIER PP, SCHAAFSMA HE, KARTHAUS HF, OOSTERHOF GO, et
al. Decreased E-cadherin expression is associated with poor prognosis in patients with
prostate cancer. Cancer Res. 1994 Jul 15;54(14):3929-33.
URANO T, TAKAHASHI S, SUZUKI T, FUJIMURA T, FUJITA M, KUMAGAI J, et al. 14-3-3sigma is
down-regulated in human prostate cancer. Biochem Biophys Res Commun. 2004 Jul
2;319(3):795-800.
USHIJIMA T. Detection and interpretation of altered methylation patterns in cancer cells. Nat
Rev Cancer. 2005 Mar;5(3):223-31.
VAN DER WEYDEN L, TACHIBANA KK, GONZALEZ MA, ADAMS DJ, NG BL, PETTY R, et al. The
RASSF1A isoform of RASSF1 promotes microtubule stability and suppresses
tumorigenesis. Mol Cell Biol. 2005 Sep;25(18):8356-67.
VAN DER WEYDEN L, ADAMS DJ. The Ras-association domain family (RASSF) members and
their role in human tumourigenesis. Biochim Biophys Acta. 2007 Sep;1776(1):58-85.
VAN OORT IM, TOMITA K, VAN BOKHOVEN A, BUSSEMAKERS MJ, KIEMENEY LA, KARTHAUS
HF, et al. The prognostic value of E-cadherin and the cadherin-associated molecules
alpha-, beta-, gamma-catenin and p120ctn in prostate cancer specific survival: a long-
term follow-up study. Prostate. 2007 Sep 15;67(13):1432-8.
VENER T, DERECHO C, BADEN J, WANG H, RAJPUROHIT Y, SKELTON J, et al. Development of a
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
65
multiplexed urine assay for prostate cancer diagnosis. Clin Chem. 2008
May;54(5):874-82.
WANG X, TRYNDYAK V, APOSTOLOV EO, YIN X, SHAH SV, POGRIBNY IP, et al. Sensitivity of
human prostate cancer cells to chemotherapeutic drugs depends on EndoG expression
regulated by promoter methylation. Cancer Lett. 2008 Oct 18;270(1):132-43.
WIENCKE JK, ZHENG S, MORRISON Z, YEH RF. Differentially expressed genes are marked by
histone 3 lysine 9 trimethylation in human cancer cells. Oncogene. 2008 Apr
10;27(17):2412-21.
WOODSON K, HANSON J, TANGREA J. A survey of gene-specific methylation in human
prostate cancer among black and white men. Cancer Lett. 2004a Mar 18;205(2):181-8.
WOODSON K, GILLESPIE J, HANSON J, EMMERT-BUCK M, PHILLIPS JM, LINEHAN WM, et al.
Heterogeneous gene methylation patterns among pre-invasive and cancerous lesions of
the prostate: a histopathologic study of whole mount prostate specimens. Prostate.
2004b Jun 15;60(1):25-31.
WU C, MORRIS JR. Genes, genetics, and epigenetics: a correspondence. Science. 2001 Aug
10;293(5532):1103-5.
XU J, ISAACS SD, SUN J, LI G, WILEY KE, ZHU Y, ET AL. Association of prostate cancer risk
variants with clinicopathologic characteristics of the disease. Clin Cancer Res.
2008;14(18):5819-24.
XU XC, SNEIGE N, LIU X, NANDAGIRI R, LEE JJ, LUKMANJI F, et al. Progressive decrease in
nuclear retinoic acid receptor beta messenger RNA level during breast carcinogenesis.
Cancer Res. 1997 Nov 15;57(22):4992-6.
XU XC. Tumor-suppressive activity of retinoic acid receptor-beta in cancer. Cancer Lett. 2007
Aug 8;253(1):14-24.
YAMANAKA M, WATANABE M, YAMADA Y, TAKAGI A, MURATA T, TAKAHASHI H, et al.
Altered methylation of multiple genes in carcinogenesis of the prostate. Int J Cancer.
2003 Sep 1;106(3):382-7.
YANG Q, MORI I, SHAN L, NAKAMURA M, NAKAMURA Y, UTSUNOMIYA H, et al. Biallelic
inactivation of retinoic acid receptor beta2 gene by epigenetic change in breast cancer.
Am J Pathol. 2001 Jan;158(1):299-303.
YEGNASUBRAMANIAN S, KOWALSKI J, GONZALGO ML, ZAHURAK M, PIANTADOSI S, WALSH
PC, et al. Hypermethylation of CpG islands in primary and metastatic human prostate
cancer. Cancer Res. 2004 Mar 15;64(6):1975-86.
ZEEGERS MP, JELLEMA A, OSTRER H. Empiric risk of prostate carcinoma for relatives of
patients with prostate carcinoma: a meta-analysis. Cancer. 2003 Apr 15;97(8):1894-
903.
ZELENT A, MENDELSOHN C, KASTNER P, KRUST A, GARNIER JM, RUFFENACH F, et al.
Differentially expressed isoforms of the mouse retinoic acid receptor beta generated
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
66
by usage of two promoters and alternative splicing. EMBO J. 1991 Jan;10(1):71-81.
ZHANG J, LIU L, PFEIFER GP. Methylation of the retinoid response gene TIG1 in prostate
cancer correlates with methylation of the retinoic acid receptor beta gene. Oncogene.
2004 Mar 18;23(12):2241-9.
ZHENG SL, SUN J, WIKLUND F, SMITH S, STATTIN P, LI G, et al. Cumulative association of five
genetic variants with prostate cancer. N Engl J Med. 2008;358(9):910-9.
MANUSCRITO
MANUSCRITOMANUSCRITO
MANUSCRITOS
SS
S
ARTIGO 1
ARTIGO 1ARTIGO 1
ARTIGO 1
RARB IS A BIOMARKER OF POOR PROGNOSIS IN PROSTATE
CARCINOMAS
Flávia Cilene Maciel da Cruz Alves
a,b*
, Sandra Aparecida Drigo
b*
, Cláudia Aparecida Rainho
c
,
João Lauro Viana de Camargo
a
, Francisco Paulo da Fonseca
d
, Fernando Augusto Soares
e
, José
Carlos Souza Trindade Filho
f
, Maria Aparecida Custódio Domingues
a
, Silvia Regina Rogatto
b**
a
Department of Pathology, Sao Paulo State University, Botucatu, Sao Paulo, Brazil
b
NeoGene Laboratory, Department of Urology, Sao Paulo State University, Botucatu, Sao
Paulo, and AC Camargo Cancer Treatment and Research Center, Sao Paulo, Brazil
c
Department of Genetics, Biosciences Institute, Sao Paulo State University, Botucatu, Sao
Paulo, Brazil
d
Department of Pelvic Surgery, AC Camargo Cancer Treatment and Research Center, Sao
Paulo, Brazil,
e
Department of Pathology, AC Camargo Cancer Treatment and Research Center, Sao Paulo,
Brazil
f
Department of Urology, Sao Paulo State University, Botucatu, Sao Paulo, Brazil
*Both authors contributed equally to this work.
**Corresponding author:
Silvia Regina Rogatto, PhD
NeoGene Laboratory, Fundação Antonio Prudente, Hospital AC Camargo
Rua Professor Antonio Prudente, 211, Liberdade, São Paulo, Brazil
CEP: 01509-010
Phone: 55 11 21895163 Fax: 55 11 21895163
e-mail: [email protected]p.br and silvia.rogatto@hcancer.org.br
Supported by Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) and Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Brazil.
Runnning title: RARB and prognosis in prostate carcinomas
Keywords (1 to 5): prostate cancer, SFN, RARB, RASSF1A, biochemical recurrence.
Journal of Urology (IF: 4.053)
ABSTRACT
Purpose: Epigenetic alterations play critical roles in regulation of several genes and cellular
functions and their deregulation may disrupt the cellular control leading to tumor
development. The current study aimed to evaluate SFN, RARB, and RASSF1A
hypermethylation frequencies in prostate carcinoma (PCa) and to correlate these alterations
with down-regulations at transcriptional and protein levels.
Methods: Methylation pattern of SFN, RARB, and RASSF1A were determined by
methylation-specific PCR in 68 PCa samples and 27 non-neoplastic prostate tissues. Gene
expression was evaluated by quantitative RT-PCR in 73 PCa, 15 adjacent non-neoplastic
prostate tissues (AdjP) and two normal prostate (N). Protein expression was evaluated by
immunohistochemistry in 141 PCa, 40 AdjP and two N tissues. The findings were correlated
with clinicopathological parameters and biochemical recurrence-free survival (BRFS).
Results: RARB and RASSF1A genes were hypermethylated in PCa (P <0.0001 and P =
0.0017, respectively), but no difference was detected for SFN. RASSF1A mRNA and protein
levels were similar in PCa and AdjP samples. Down-expression of RARβ in transcript
(P=0.001) and protein (P=0.0007) levels were detected in tumors. Lower mRNA levels were
correlated with RARB hypermethylation. Nuclear and cytoplasmic RARβ protein expression
was detected in tumor tissues. Multivariate analysis demonstrated that cytoplasmic RARβ
immunostaining was independently associated with decreased BRFS (P=0.019, HR=1.891).
Conclusions: RARB hypermethylation seems to be one of the mechanisms involved in RARβ
down-expression in PCa. Cytoplasmic RARβ protein is an independent predictor of poor
prognosis that may be considered a new biomarker in prostate cancer providing, therefore,
relevant information for patient management.
69
INTRODUCTION
Epigenetic alterations are modifications that influence phenotype without altering the
genotype and have been described as important mechanisms involved in carcinogenesis. The
most studied epigenetic modification is the cytosine methylation of DNA within the CpG
island (CGi). CGi is preferentially found in the gene promoter region and displays tissue
restricted profile.
1
Cancer development is accompanied by methylation changes, with global
hypomethylation and also hypermethylation at specific promoters. Hypermethylation of tumor
suppressor genes has been described as one of the mechanisms involved in gene silencing,
1, 2
and has already been detected in pre-malignant lesions, suggesting that epigenetic alterations
may occur in early stages of neoplasia development.
3
Besides the tumor suppressor genes,
hypermethylation of genes involved in the cell cycle, DNA repair, apoptosis, cell adhesion
and angiogenesis have been detected in tumors.
3
It has been proposed that gene methylation
profile can be used as biomarkers in oncology, since hypermethylation of specific genes is
rarely found in healthy individuals compared with cancer patients, although it has been
demonstrated that methylation increases with aging and environmental exposition.
3, 4
Molecular studies in specific genes (oncogenes and tumor suppressor genes) have
revealed potential markers in prostate carcinomas; nevertheless, these changes were not
sufficient to explain the development and progression of the disease.
5
In prostate cancer,
many hypermethylated genes have been described and indicated as potential prostate cancer
diagnosis markers, including RARB, RASSF1A and SFN.
2, 5, 6
The RARB (retinoic acid
receptor beta) gene encodes a member of nuclear hormone receptor that binds retinoic acid.
Retinoic acid regulates several essential biological processes that include cell growth,
differentiation and apoptosis, and also can suppress carcinogenesis in different tissues.
7
RASSF1A (Ras-association domain family 1A) gene is a tumor suppressor associated with
regulation of the cell cycle, apoptosis and genetic instability.
8
SFN (stratifin) is a putative
tumor suppressor gene involved in cell cycle regulation and apoptosis following DNA
damage.
9
High frequencies of promoter methylation of RARB,
10
RASSF1A,
11, 12
and SFN
13
were detected in prostate tumors. Furthermore, hypermethylation of RARB
10, 14
and RASSF1A
11, 12, 14
were associated with poor prognosis in PCa patients.
To our knowledge, there is a paucity of studies addressing the association between
hypermethylation of RARB,
15
RASSF1A and SFN genes
9
and transcript or protein expression
levels in prostate carcinomas and their association with clinical outcome. In this context, the
current study aimed to determine if the presence of promoter DNA hypermethylation could
70
alter mRNA and protein expression levels in prostate cancer. For this proposal, we firstly
detected the prevalence of hypermethylation of RARB, RASSF1A and SFN genes in prostate
carcinomas and then selected the informative candidate genes to evaluate the correlation of
methylation patterns with transcript levels. To validate these data, protein analysis was
conducted in prostate samples from an independent cohort of PCa patients and the findings
were associated with clinicopathological parameters and with disease recurrence.
MATERIAL AND METHODS
Patients
The study included 250 prostate cancer patients followed prospectively at the Clinical
Hospital, Medical School, São Paulo State University (2001 to 2007) and at the AC Camargo
Cancer Hospital (1993 to 2002). All the patients were advised of the procedures and provided
written informed consent. The Human Research Ethics Committee approved this study
(CONEP # 304/2000).
Methylation analysis was evaluated in 68 PCa samples and 27 histopathologically
confirmed non-neoplastic prostate (NNP) tissues. The NNP samples were obtained from
patients that undergoing ultrasound-guided needle biopsies due to abnormal PSA levels and/or
suspected PCa after digital rectal exams. These individuals not show any evidence of prostate
lesions during the follow-up period (median=63 months, Table 1).
Fresh PCa samples (n=73) and adjacent non-neoplastic prostate (AdjP) tissues (n=15)
from PCa patients were evaluated for transcript expression analysis. Two normal prostate
tissues (with histopathologically confirmed absence of PCa, intra-epithelial neoplasia, benign
prostate hyperplasia-BPH, or prostatitis) from necropsies were considered as controls. These
individuals were 40 and 49 years of age, respectively. A subset of these samples was
evaluated by methylation pattern and transcript expression (30 PCa, 10 AdjN, and two normal
prostate tissues). One hundred forty one PCa and 40 AdjP formalin-fixed paraffin embedded
(FFPE) tissue specimens were evaluated by immunohistochemistry assays.
All samples evaluated were from untreated patients. Radical retropubic prostatectomy
(RRP) was the primary treatment in 215 patients. Twenty-nine PCa patients received hormone
therapy before RRP. In these cases, biopsy samples were taken before neoadjuvant treatment.
Six cases did not undergoing PPR due to advanced age or metastasis at diagnosis; the biopsy
samples collected from these patients were evaluated in methylation analysis. Table 1
summarizes the clinicopathological features of patients and controls.
71
Methylation Analysis
Genomic DNA was obtained by sodium dodecyl sulfate/proteinase K digestion,
followed by phenol/chloroform extraction and ethanol precipitation. The Methylation
Specific- Polymerase Chain Reaction (MSP) was performed using genomic DNA (2 µg)
treated with sodium bisulfite as previously described.
16
For each gene, specific primers for
methylated and unmethylated sequences, CpGs island locations and PCR conditions were
described elsewhere.
17
Gene Expression analysis by Real-Time RT-PCR
Hematoxylin-eosin (HE) stained slides were used as a guide to histological evaluation
and to select the representative tumor areas for microdissection. Total RNA was extracted
from pulverized fresh frozen tissue using an RNeasy mini Kit (Qiagen GmbH, Hilden,
Germany) according to the manufacturer's instructions. The RNA extraction and cDNA
synthesis were performed as previously described (Rosa et al, 2008). Primers for RARB and
RASSF1A and HPRT (reference gene) were designed using Primer Expression software
(Applied Biosystems, Foster City, CA) and sequences were: for RARB (F)5-
TCTGTGGAGACCGCCAGG-3 and (R)5-GGGTCGTCTTTTTCTGATATAAATTTTT-3; for
RASSF1A (F)5-TGGATGATGAGCAGCCCC-3 and (R)5-TCCCAGTTCACCTCCCCAG-3; and for
HPRT (F)5-TCATTATGCTGAGGATTTGGAAAG-3 and (R)5-GGCCTCCCATCTCCTTCATC-3.
Assays were run in duplicate on an ABI Prism® 7000 in a total volume of 10µl containing
l Power SYBR® Green PCR Master Mix (Applied Biosystems, Foster City, CA), 1 µl
cDNA (1:5) and 200nM of each primer set. The reactions were incubated in a 96-well optical
plate at 95°C for 10 min, followed by 40 cycles of 95°C for 15 s, and 60°C for 60 s. Gene
relative quantification (RQ) was calculated by ∆∆Ct method.
18
The transcript levels were
considered up-regulated (RQ2.0) or down-regulated (RQ0.5).
Protein Analysis
For immunohistochemistry analysis, FFPE samples were displayed into a tissue
microarray (TMA). The TMA construction was described in details in Yoshimoto et al
(2008).
19
Anti-RAR-β MS-1342-P1 monoclonal antibody diluted 1:400 (Lab Vision,
Fremont, CA, USA) and anti-RASSF1A monoclonal antibody diluted 1:20 (ab23950; Abcam,
Cambridge, UK) were used to IHC reactions. The sections were washed in PBS, incubated for
30 min with secondary biotinylated antibody, followed by 30 min incubation with streptavidin
72
peroxidase complex (LSAB, DAKO, Carpinteria, CA, USA). The immunostaining was
performed by incubating slides with 3,3'-diaminobenzidine (DAB) and counterstained with
hematoxylin. Normal colon was used as positive control in each assay. Two normal prostate
specimens were also included as controls. For RARβ protein analysis, the final scores were
negative and positive according to the absence or presence of nuclear or cytoplasmic
immunostaining. The final scores for RASSF1A were weak and moderate expression
according to cytoplasmic immunostaining intensity. The IHC scoring was blinded to the
outcome and clinical aspects of each tumor specimen.
Data Analysis
Chi-square or Fisher exact test were applied to determine the strength of association
between the categorical variables. Comparisons of transcript levels in different groups were
done by Mann-Whitney test. Biochemical recurrence-free survival (BRFS) probabilities
according to proteins expression were calculated based on the Kaplan-Meier method. The
end-point was calculated by the time from RRP until the biochemical recurrence (defined as
the data of the first PSA>0.2 ng/mL confirmed in two consecutive tests). Clinical stage IV
patients were excluded from the analyses. Multivariate analysis was performed using Cox
proportional hazards in a model that included all variables presenting P-value<0.20 on the
univariate analysis. The statistical analyses were performed using GraphPad Prism3 (San
Diego, CA, USA) and SPSS version 15.0 (SPSS, Chicago, IL, USA) for Windows.
RESULTS
Hypermethylation of RARB and RASSF1A genes were significantly associated with
PCa compared with age-matched NNP tissues (P<0.0001 and P=0.0017, respectively), but no
difference was found for SFN gene (Table 2). SFN, RARB and RASSF1A hypermethylation in
PCa was age-independent and no association with family history of cancer and other
clinicopathological parameters were observed (data not shown). Nonetheless, it was detected
that 79% of PCa cases showed hypermethylation for both genes, RARB and RASSF1A. The
three genes evaluated presented concurrent hypermethylation in 53% of the cases (21 out of
39 samples). The significant association found in DNA methylation involving RARB and
RASSF1 genes was the criteria to select these genes for further analysis (qRT-PCR and IHC).
73
The transcript expression analysis revealed RARB down-expression in PCa samples
(P=0.001, Fig 1A). In 30 PCa and 10 AdjP cases, paired methylation and mRNA analysis was
evaluated. RARB gene hypermethylation was detected in 30 out of 30 PCa and in 5 out of 10
AdjP samples. Seventy percent (21/30) of PCa samples showed concurrent hypermethylation
and mRNA down-expression. In 7 out of 9 PCa that presented RARB hypermethylation, it was
observed lower mRNA levels. In AdjP samples, 40% (2/5) showed hypermethylation and
transcript down-expression, and in one case with RARB gene hypermethylation it was
detected lower expression level (RQ=0.65).
The RARβ protein analysis showed predominantly nuclear immunostaining in prostate
tissues; however, in a subset of AdjP and tumor samples was observed cytoplasmic
immunostaining (Fig 1 B-F). In agreement with mRNA results, down-regulation of nuclear
RARβ immunostaining was observed in tumor samples (P=0.0007, Table 3). Cytoplasmic
RARβ immunostaining was more frequently detected in PCa (21%) compared with AdjP
(9%), although with no statistical significance (Table 3). Among the PCa cases with
cytoplasmic RARβ (n=28), only six samples (21%) showed concomitant nuclear RARβ
immunostaining (Fig 1E). Interestingly, cytoplasmic RARβ protein expression was found in
one case showing vascular invasion by tumor cells (Fig 1F).
RASSF1A gene expression analysis revealed no significant differences in the
comparison between PCa and AdjP tissues (Fig 1G). Paired methylation and gene expression
analyses in 30 PCa and 10 AdjP revealed no correlation between RASSF1A hypermethylation
and mRNA down-expression. Among the 28 hypermethylated PCa, only one sample (4%)
showed lower transcript levels. In addition, 9 out of 10 AdjP samples were hypermethylated
and none of them showed mRNA down-expression. The RASSF1A protein analysis exhibited
cytoplasmic immunostaining (Fig H-J). Heterogeneous protein expression pattern was
observed in normal prostate samples. Weak immunostaining was predominantly detected in
normal prostate tissues (60% of the tissue), with moderate expression in some areas (Fig 1H).
Similarly to mRNA results, no difference in RASSF1A protein levels was detected between
PCa and AdjP samples (Table 3). Prostate tumors showed predominantly weak protein
expression levels (Fig 1 I-J).
The RARβ and RASSF1A mRNA and protein levels were evaluated according to the
clinicopathological features in PCa cases. Lower transcript levels of RARB were marginally
associated with higher preoperative PSA values (PSA>4.0 ng/mL versus PSA4.0ng/ml; n =
69, P =0.043, data not shown), but it was not confirmed by protein analysis. Positive tumors
74
for cytoplasmic RARβ was statistically associated with biochemical recurrence in PCa cases
(P=0.037). In this study, 75 patients presented biochemical recurrence, 27% of them showed
positive cytoplasmic RARβ tumors compared with 73% with negative cytoplasmic
immunostaining. In PCa patients without biochemical recurrence during the follow-up period
(n=58), 12% and 88% were positive and negative for cytoplasmic RARβ, respectively. None
association was detected for RARβ and RASSF1A expression levels and any other
clinicopathological variables evaluated.
Survival analysis was conducted to determine the prognostic value of tumor
cytoplasmic RARβ expression in a cohort of 128 patients (Table 4). In agreement with our
previous results, the biochemical recurrence was not influenced by nuclear RARβ expression
(Fig 2A and Table 4). However, patients with positive cytoplasmic RARβ tumors exhibited a
statistically higher probability of biochemical-recurrence (P=0.002, Fig 2B and Table 4). The
5-year biochemical-recurrence probabilities were 29% and 58% for positive and negative
cytoplasmic tumors, respectively. Five-year BRFS was also influenced by the following
parameters: preoperative PSA level, pathological staging, Gleason score, surgical margins,
seminal vesicle invasion and neoadjuvant treatment (Table 4).
Multivariate analysis was performed to determine whether the presence of cytoplasmic
RARβ was an independent factor in predicting biochemical-recurrence. The positive
cytoplasmic RARβ, preoperative PSA level and seminal vesicule invasion were found as
independent prognostic factors for BRFS (Table 5). Patients with positive cytoplasmic RARβ
tumors showed higher risk for biochemical-recurrence than patients with negative tumors
(HR=1.891; CI
95%
=1.112- 3.216; P=0.019). Interestingly, five patients died due to prostate
cancer and only one case was negative for cytoplasmic RARβ.
DISCUSSION
Hypermethylation of SFN, RARB, and RASSF1A genes have been proposed as
potential biomarkers in prostate carcinomas.
2, 5, 6
However, there is paucity of studies
addressing if these epigenetic alterations are correlated with transcriptional and protein
expression levels and with clinicopathological parameters in prostate tumors.
In this study, in agreement with previous reports, high frequencies of RARB, RASSF1A
and SFN genes hypermethylation were detected in prostate tumors.
12, 13
DNA
hypermethylation in PCa cases was an age-independent event. This finding in association with
high frequency of cases showing at least two genes hypermethylated suggests the occurrence
75
of the deregulation of the methyltransferase activity during tumor progression.
20
Disruption
of the maintenance mechanism of methylation could lead to a genomic wide effect with
several CGis showing abnormal methylation patterns; however, this event is considered
nonrandom in tumor cells, as suggested by abnormal tumor specific methylation profiles.
16
Statistically significant differences in methylation patterns between PCa and age-
matched NNP tissues obtained from men who experienced prostate biopsies for PCa
screening were observed only for the RARB and RASSF1A genes. High hypermethylation
frequencies of both genes (52 and 57%, respectively) were detected in NNP samples. Kwabi-
Addo et al (2007)
21
also detected hypermethylation of these genes in pathologically normal
human prostate as a function of age, but higher frequencies in PCa samples were observed in
comparison with matched benign prostate tissues. The authors found that the average of
RARB gene methylation seen in cancer samples was at least 2.7-fold higher when compared
with the normal prostate tissues. Similarly, for the RASSF1A gene, the average methylation
level in prostate cancer tissues was at least 2-fold higher compared with that in normal
prostate tissues. In the present study, it was detected 1.7 and 1.5-fold higher PCa
hypermethylation in RARB and RASSF1, respectively, in comparison with NPP cases.
RASSF1A hypermethylation has already been detected in adjacent non-neoplastic prostatic
tissues from PCa
22
and in prostatic intraepithelial neoplasia (PIN) patients,
23
whereas the
methylation levels detected were dependent on the CpG site interrogated and the methodology
employed to assess DNA methylation. Although it has been evaluated a small number of
adjacent non-neoplastic prostate tissues, these results suggest that RASSF1A methylation is
also altered in histopathologically normal prostate tissues from PCa patients.
In the subgroup of 30 PCa samples simultaneously evaluated by MSP and qRT-PCR,
RASSF1A hypermethylation was not associated with mRNA expression. In matched cases (30
PCa and 10AdjP) evaluated by methylation pattern and transcript expression, only one PCa
sample showed concordant RASSF1A hypermethylation and lower level of mRNA; 28 PCa
cases hypermethylated presented normal transcript expression. Moreover, although the
hypermethylation has been detected in 88% of the tumors, only 5 out of 73 (7%) PCa samples
showed transcripts down-expression (RQ0.5) compared with the controls (two normal
prostates tissues).These discrepant data may be explained by the fact that tiny amounts of
cells showing DNA hypermethylation are promptly detected in a background of
heterogeneous cancer cells. Alternatively, there are evidences that methylation of a relative
small ‘core’ region covering the transcription start site is associated with gene silencing, while
76
methylation outside of the core region, but still within a promoter CGi, does not necessarily
lead to transcriptional inactivation.
4
However, in the present study, the primers sequences
selected for MSP approach was specifically designed to interrogate the CpG dinucleotides
into the core region and thus should correlate with the gene expression status. This hypothesis
is supported by the RASSF1A protein expression pattern predominantly classified as week or
moderate in PCa samples (n=141) as well as in AdjP tissues (n=40). In summary, these data
suggest that aberrant methylation patterns might reflect a pre-malignant characteristic,
supporting the hypothesis that epigenetic alterations in cancer may preexist in
morphologically normal cells.
In contrast, RARB hypermethylation was associated with transcription repression in
prostate samples as demonstrated by lower levels of mRNA detected in matched-
hypermethylated samples. In addition, significant mRNA down-expression was detected in
PCa compared with AdjP samples. Lower RARB mRNA levels were detected in 58% (41 out
of 71) PCa samples compared with normal controls. The protein analysis confirmed the
significant down-regulation of nuclear RARβ in tumor samples. In agreement with our
findings, down-regulation of RARβ in transcript
24
and protein levels
25
were previously
described in prostate tumors, but in these studies the RARB methylation profiles were not
simultaneously investigated. To our knowledge, only one study evaluated the RARB
methylation and mRNA expression by qualitative RT-PCR in PCa tissues.
15
Besides the
small number of patients evaluated and low sensitivity of the RT-PCR method used to detect
the transcript, the authors found an association between hypermethylation and mRNA down-
expression in five out of eight PCa samples analyzed. Taken all together, our data highly
indicate that the CpG island examined here (positions 111; 113; 117; 122; 231; 236; 249 of
interrogated CpGs in relation to transcription start site) is located in the CGi ‘core’ region and
is essential to the gene transcription regulation in prostate tissues. Nevertheless, our data do
not exclude other mechanisms involved in RARB gene silencing, such as decreased levels of
co-activators, the presence of co-repressors or histone deacetylation.
7
In conclusion, we
demonstrated that the RARB hypermethylation is a biomarker in prostate cancer directly
related with gene silencing and this information can contribute to the prostate cancer biology
knowledge.
Surprisingly, cytoplasmic RARβ staining was observed in a subset of tumor samples
(21%) and AdjP (9%) tissues, but not in normal prostate tissues. Cytoplasmic RARβ
immunostaining was previously described in epithelial cells from BPH samples but not in
77
normal glands.
25
Different RARβ protein isoforms have been described in different tumor
cell types. In special, high levels of RARβ4 isoform was previously detected in human breast
tumor cells with nuclear and cytoplasmic localization.
26
RARβ2 is the most abundant and the
major RAR (retinoic acid receptor) inducible isoform.
7
There are some evidences that
RARβ4 is the product of alternative splicing from the RARB2 transcripts and is initiated by
the CUG codon.
27
Retinoic acid receptors (RARs) present six distinct domains (A–F) that
contain functional units of the transcription factor.
26, 27
The RARβ2 and RARβ4 isoforms
differ only in the N-terminal A region of the protein. The RARB4 mRNA lacks 357
nucleosides that are present in the RARB2 mRNA.
27
It has been suggested that, in contrast of
tumor suppression activity of RARβ2, RARβ4 may be an oncogene by acting as dominant-
negative form of RARβ2.
28
Xu et al (2005)
29
showed that RARB2 mRNA was reduced in
esophageal cancer cases compared with normal samples. The RARB4 mRNA levels were
detected in normal samples, but were marginally increased in tumors. Moreover, the negative
correlation of RARB2 and RARB4 transcript levels were observed in tumor samples. Khuri et
al, (2000)
30
showed an unexpected worse outcome in a subset of non–small-cell lung cancer
patients presenting high levels of RARB assessed by in situ mRNA hybridization. The authors
suggested that one possible explanation for their findings was the detection of RARB4 mRNA
isoform in a subset of tumor samples.
In the present study, cytoplasmic RARβ, but not nuclear staining, was statistically
associated with disease recurrence in prostate cancer patients. In addition, patients with
positive tumors for cytoplasmic RARβ showed statistically higher probability of biochemical-
recurrence as demonstrated in survival analysis. Further multivariate analysis pointed out
cytoplasmic RARβ, besides the high levels of PSA and seminal vesicle invasion (two well
established markers for worse prognosis), as an independent prognostic marker associated
with disease recurrence. As the RARβ2 and RARβ4 isoforms differ only in the N-terminal
portion, it is reasonable to suggest that the monoclonal antibody used in IHC reactions
recognizes a common epitope from the two proteins. Therefore, it suggests that cytoplasmic
RARβ protein detected in prostate tumors may actually refer to RARβ4 isoform.
Another isoform named RARβ5 that lacks the A, B and part of C- domains of RARβ2
was also described.
31
The mRNA of RARB5 isoform was detected in normal, pre-malign and
malign breast cancer cell lines, but the protein assessed by Western blot was mostly expressed
in ER-negative breast cell lines.
31
In addition, there is a report of RARB5 mRNA expression
in prostate cell lines (PC-3 and LNCaP).
32
It has been suggested that RARβ5 isoform can
78
compete with other retinoic acid receptors, such as RARβ2, and then modulate the gene
transcription and signaling mediated by RARs. In addition, up-regulation of RARβ5
expression may occur in the early stages of carcinogenesis, as demonstrated in mammary
carcinogenesis, and may correlate with suppression of RARβ2 expression.
32
Cumulative evidences have suggested that the RARβ4 isoform, located in cytoplasmic
and nuclear compartments, either may be an oncogene or may have oncogenic effects.
7
The
current knowledge about the RARβ isoforms indicates that the present results are better
explained by the presence of RARβ4 isoform.
CONCLUSIONS
This study demonstrated the RARB promoter hypermethylation was associated with
gene silencing in prostate carcinomas. Unexpectedly, it was detected cytoplasmic RARβ
protein expression in tumor samples associated with worse outcome, which in light of the
current knowledge can be the RARβ4 isoform. Further studies might to contribute to better
understand the complex role of retinoic acid pathway in prostate carcinogenesis and
ultimately may have clinical relevance in selecting patients that may benefit from treatment
with retinoids in clinical trials.
79
ABBREVIATIONS AND ACRONYMS
PCa – Prostate Carcinoma
NNP - Non-neoplastic prostate tissue
AdjP - Adjacent non-neoplastic prostate tissue
RRP - Radical retropubic prostatectomy
PSA – prostate specific antigen
MSP - Methylation Specific- Polymerase Chain Reaction
qRT-PCR – quantitative Real-Time reverse transcription- polymerase chain reaction
mRNA – RNA messenger
TMA - Tissue microarray
IHC – immunohistochemistry
BRFS - Biochemical recurrence-free survival
RAR - Retinoic acid receptor
HPRT - Hypoxanthine guanine phosphoribosyltransferase
PC-3 – prostate cancer cell line
LNCaP - Human prostate adenocarcinoma cell line
ACKNOWLEDGEMENTS
This work was supported by grants from the Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) and Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP), Brazil. The authors would like to thank Greicy Helen Ribeiro Gambarani
and Shadia Muhammad Ihlaseh, for their expert technical assistance.
80
REFERENCES
1. Illingworth, R. S., Bird, A. P.: CpG islands - 'A rough guide'. FEBS Lett, 2009
2. Cooper, C. S., Foster, C. S.: Concepts of epigenetics in prostate cancer development. Br
J Cancer, 100: 240, 2009
3. Lopez, J., Percharde, M., Coley, H. M., Webb, A., Crook, T.: The context and potential
of epigenetics in oncology. Br J Cancer, 100: 571, 2009
4. Ushijima, T.: Detection and interpretation of altered methylation patterns in cancer
cells. Nat Rev Cancer, 5: 223, 2005
5. Dobosy, J. R., Roberts, J. L., Fu, V. X., Jarrard, D. F.: The expanding role of
epigenetics in the development, diagnosis and treatment of prostate cancer and benign
prostatic hyperplasia. J Urol, 177: 822, 2007
6. Perry, A. S., Foley, R., Woodson, K., Lawler, M.: The emerging roles of DNA
methylation in the clinical management of prostate cancer. Endocr Relat Cancer, 13:
357, 2006
7. Xu, X. C.: Tumor-suppressive activity of retinoic acid receptor-beta in cancer. Cancer
Lett, 253: 14, 2007
8. Donninger, H., Vos, M. D., Clark, G. J.: The RASSF1A tumor suppressor. J Cell Sci,
120: 3163, 2007
9. Horie-Inoue, K., Inoue, S.: Epigenetic and proteolytic inactivation of 14-3-3sigma in
breast and prostate cancers. Semin Cancer Biol, 16: 235, 2006
10. Jeronimo, C., Henrique, R., Hoque, M. O., Ribeiro, F. R., Oliveira, J., Fonseca, D. et
al.: Quantitative RARbeta2 hypermethylation: a promising prostate cancer marker. Clin
Cancer Res, 10: 4010, 2004
11. Jeronimo, C., Henrique, R., Hoque, M. O., Mambo, E., Ribeiro, F. R., Varzim, G. et al.:
A quantitative promoter methylation profile of prostate cancer. Clin Cancer Res, 10:
8472, 2004
12. Cho, N. Y., Kim, B. H., Choi, M., Yoo, E. J., Moon, K. C., Cho, Y. M. et al.:
Hypermethylation of CpG island loci and hypomethylation of LINE-1 and Alu repeats
in prostate adenocarcinoma and their relationship to clinicopathological features. J
Pathol, 211: 269, 2007
13. Lodygin, D., Diebold, J., Hermeking, H.: Prostate cancer is characterized by epigenetic
silencing of 14-3-3sigma expression. Oncogene, 23: 9034, 2004
81
14. Maruyama, R., Toyooka, S., Toyooka, K. O., Virmani, A. K., Zochbauer-Muller, S.,
Farinas, A. J. et al.: Aberrant promoter methylation profile of prostate cancers and its
relationship to clinicopathological features. Clin Cancer Res, 8: 514, 2002
15. Nakayama, T., Watanabe, M., Yamanaka, M., Hirokawa, Y., Suzuki, H., Ito, H. et al.:
The role of epigenetic modifications in retinoic acid receptor beta2 gene expression in
human prostate cancers. Lab Invest, 81: 1049, 2001
16. Caldeira, J. R., Prando, E. C., Quevedo, F. C., Neto, F. A., Rainho, C. A., Rogatto, S.
R.: CDH1 promoter hypermethylation and E-cadherin protein expression in infiltrating
breast cancer. BMC Cancer, 6: 48, 2006
17. Negraes, P. D., Favaro, F. P., Camargo, J. L., Oliveira, M. L., Goldberg, J., Rainho, C.
A. et al.: DNA methylation patterns in bladder cancer and washing cell sediments: a
perspective for tumor recurrence detection. BMC Cancer, 8: 238, 2008
18. Livak, K. J., Schmittgen, T. D.: Analysis of relative gene expression data using real-
time quantitative PCR and the 2(-Delta Delta C(T)) Method. Methods, 25: 402, 2001
19. Yoshimoto, M., Joshua, A. M., Cunha, I. W., Coudry, R. A., Fonseca, F. P., Ludkovski,
O. et al.: Absence of TMPRSS2:ERG fusions and PTEN losses in prostate cancer is
associated with a favorable outcome. Mod Pathol, 21: 1451, 2008
20. De Marzo, A. M., Marchi, V. L., Yang, E. S., Veeraswamy, R., Lin, X., Nelson, W. G.:
Abnormal regulation of DNA methyltransferase expression during colorectal
carcinogenesis. Cancer Res, 59: 3855, 1999
21. Kwabi-Addo, B., Chung, W., Shen, L., Ittmann, M., Wheeler, T., Jelinek, J. et al.: Age-
related DNA methylation changes in normal human prostate tissues. Clin Cancer Res,
13: 3796, 2007
22. Mehrotra, J., Varde, S., Wang, H., Chiu, H., Vargo, J., Gray, K. et al.: Quantitative,
spatial resolution of the epigenetic field effect in prostate cancer. Prostate, 68: 152,
2008
23. Aitchison, A., Warren, A., Neal, D., Rabbitts, P.: RASSF1A promoter methylation is
frequently detected in both pre-malignant and non-malignant microdissected prostatic
epithelial tissues. Prostate, 67: 638, 2007
24. Lotan, Y., Xu, X. C., Shalev, M., Lotan, R., Williams, R., Wheeler, T. M. et al.:
Differential expression of nuclear retinoid receptors in normal and malignant prostates.
J Clin Oncol, 18: 116, 2000
25. Richter, F., Joyce, A., Fromowitz, F., Wang, S., Watson, J., Watson, R. et al.:
Immunohistochemical localization of the retinoic Acid receptors in human prostate. J
Androl, 23: 830, 2002
26. Sommer, K. M., Chen, L. I., Treuting, P. M., Smith, L. T., Swisshelm, K.: Elevated
retinoic acid receptor beta(4) protein in human breast tumor cells with nuclear and
cytoplasmic localization. Proc Natl Acad Sci U S A, 96: 8651, 1999
82
27. Nagpal, S., Zelent, A., Chambon, P.: RAR-beta 4, a retinoic acid receptor isoform is
generated from RAR-beta 2 by alternative splicing and usage of a CUG initiator codon.
Proc Natl Acad Sci U S A, 89: 2718, 1992
28. Chen, L. I., Sommer, K. M., Swisshelm, K.: Downstream codons in the retinoic acid
receptor beta -2 and beta -4 mRNAs initiate translation of a protein isoform that
disrupts retinoid-activated transcription. J Biol Chem, 277: 35411, 2002
29. Xu, X. C., Lee, J. J., Wu, T. T., Hoque, A., Ajani, J. A., Lippman, S. M.: Increased
retinoic acid receptor-beta4 correlates in vivo with reduced retinoic acid receptor-beta2
in esophageal squamous cell carcinoma. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev, 14: 826,
2005
30. Khuri, F. R., Lotan, R., Kemp, B. L., Lippman, S. M., Wu, H., Feng, L. et al.: Retinoic
acid receptor-beta as a prognostic indicator in stage I non-small-cell lung cancer. J Clin
Oncol, 18: 2798, 2000
31. Peng, X., Maruo, T., Cao, Y., Punj, V., Mehta, R., Das Gupta, T. K. et al.: A novel
RARbeta isoform directed by a distinct promoter P3 and mediated by retinoic acid in
breast cancer cells. Cancer Res, 64: 8911, 2004
32. Christov, K.: The novel RARbeta isoform (beta5) is a potential target of retinoids in
breast cancer. Curr Cancer Drug Targets, 9: 142, 2009
Table 1. Clinicopathological features of the prostate carcinoma (PCa) patients, non-neoplastic prostate tissue (NNP) and adjacent non-neoplastic
prostate tissue (AdjP) groups evaluated by MSP approach, quantitative real time RT-PCR (qRT-PCR) and immunohistochemistry (IHC)
analyses.
Variable
DNA Methylation Analysis - MSP
Gene Expression - qRT-PCR
Protein Expression - IHC
PCa NNP
PCa AdjP
PCa AdjP
(n=68)
1
(n=27) (n=73)
1
(n=15)
2
(n=141) (n=40)
Age (years)
Median (range) 65 (50 - 84) 66 (47-85)
62 (43 - 79) 65 (52 - 75)
63 (41 -75) 63 (44 - 75)
Follow-up (months)
Median (range) 41 (4 - 81) 63 (11 – 81)
31 (1 - 93) 13 (1- 46)
87 (27- 161) 118 (21 - 162)
PSA (ng/mL)
3
Median (range)
8.1 (0.2
-
987)
5.30 (0.58
-
18.59)
7.5 (1.8
37.95)
8.1 (3.97
-
28.64)
9.2 (1.20
310)
9.8 (2.1
36.4)
Gleason score
2 - 4 3 -
- -
5 -
5 -7 55 -
66 -
129 -
8 - 10 10 -
7 -
7 -
Pathological staging
I - -
- -
- -
II 32 -
34 -
67 -
III 25 -
34 -
66 -
IV 4 -
5 -
8 -
ND (biopsies)
7
-
-
-
-
-
Lymph node metastasis
Absent 58 -
72 -
136 -
Present 2 -
1 -
5 -
ND (biopsies)
8
-
-
-
-
-
Recurrence risk
4
Low 5 -
5 -
8 -
Moderate 23 -
26 -
58 -
High 32 -
42 -
75 -
ND (biopsies)
7
-
-
-
-
-
Metastasis at diagnosis
Absent 67 - 73 - 141 -
Present
1
-
0
-
0
-
1
In 30 PCa cases, methylation and q-RTPCR analysis were done in matched samples.
2.
In 10 cases of Adj group, methylation and q-RTPCR analysis were done in matched samples.
3
The PSA values in PCa and AdjP groups refer to the last preoperative and last results, respectively.
4
According to NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology TM: Prostate Cancer, Version 2. 2007
ND - not determined.
Table 2. SFN, RARB and RASSF1A methylation patterns in prostate carcinoma (PCa) and
non-neoplastic prostate (NNP) tissues.
Genes
Methylation
P value* OR (CI
95%
)
Positive (%) Negative (%)
SFN
0.75 0.67 (0.18 - 2.51)
PCa (n=39) 31 (79) 8 (21)
NNP (n=27) 23 (85) 4 (15)
RARB
< 0.0001
8.09 ( 2.72 – 24.00)
PCa (n=68) 61 (90) 7 (10)
NNP (n=27) 14 (52) 13 (48)
RASSF1A
0.0017
5.53 (1.77 - 17.24)
PCa (n=67) 59 (88) 8 (12)
NNP (n=21) 12 (57) 9 (43)
* Fisher exact test; OR – odds ratio; CI
95%
- confidence interval of 95%.
Table 3. RARβ (nuclear and cytoplasmic) and RASSF1A protein expression detected by immunohistochemistry (IHC) in prostate carcinoma
(PCa) and adjacent non-neoplastic prostate (AdjP) tissues.
Samples
RARβ (nuclear)
P value
1
RARβ (cytoplasmic)
P value
2
RASSF1A
P value
2
n (%) n (%)
n (%)
Positive Negative Positive Negative Moderate
Weak
PCa 46 (34) 88 (66)
0.0007
28 (21) 106 (79) 0.118 4 (3) 137 (97)
0.577
AdjP 22 (67) 11(33) 3 (9) 30 (91) 0 40 (100)
1
Chi-square test;
2
Fisher exact test
Table 4. Univariate analysis of biochemical recurrence-free survival (BRFS) in prostate
cancer patients.
Variable N 5 years BRFS (%) P value
1
RARβ (cytoplasmic)
0.002
Negative
100 58
Positive 28 29
RARβ (nuclear) 0.363
Negative 84 43
Positive 44 59
Age (years)
0.757
<55
101
50
55 27 56
Preoperative PSA (ng/mL)
<0.001
<20.0 108 59
20.0 17 6
Pathological staging
0.059
II 67 62
III 61 39
Gleason score
0.006
<7(3+4) 113 55
7(4+3) 15 27
Recurrence risk
2
0.059
Low/moderate
67 62
High 61 39
Angiolymphatic invasion
0.224
Negative 104 52
Positive 24 46
Capsular invasion
0.075
Negative 60 61
Positive 68 42
Margins
0.007
Negative 91 60
Positive 37 29
Seminal vesicle invasion
<0.001
Negative 118 55
Positive 10 10
Neoadjuvant treatment
<0.001
Negative 107 57
Positive 21 24
1
Log-rank test.
2
According to NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology TM: Prostate
Cancer, Version 2. 2007
Table 5. Multivariate analysis for biochemical recurrence-free survival in prostate cancer
patients (n=128)
Variable P value
1
HR (CI
95%
)
Cytoplasmic RARβ (positive versus negative)
0.019
1.891 (1.112- 3.216)
Preoperative PSA (20ng/ml versus <20ng/ml)
<0.001
3.877 (2.077- 7.236)
Seminal vesicle invasion (positive versus negative)
0.005
3.126 (1.398- 6.988)
1
Cox regression model adjusted for neoadjuvant treatment; HR – hazard ratio; CI
95%
confidence interval of 95%.
LEGENDS
Figure 1. RARβ (A-F) and RASSF1A (G-J) transcript and protein expression in prostate
carcinomas (PCa) and in adjacent non-neoplastic prostate (AdjP) tissues. The mRNA relative
quantification values for RARB (A) and RASSF1A (G) genes are shown in log scale. RARβ
IHC results: nuclear immunostaining in normal prostate tissue (B); negative PCa sample (C);
positive cytoplasmic PCa sample (D); concurrent cytoplasmic and nuclear positive staining in
PCa tissue (E); vascular invasion by tumor cells showing cytoplasmic RARβ protein
expression (F). RASSF1A IHC results: heterogeneous protein expression in normal prostate
tissue showing areas with weak and moderate cytoplasmic immunostaining (H); weak (I) and
moderate (J) protein expression in PCa tissues.
Figure 2. Biochemical recurrence-free survival (BRFS) curves according to (A) nuclear
(P=0.363) and (B) cytoplasmic (P=0.002) RARβ immunostaining in prostate cancer samples.
P values were determined by Log-rank test.
ARTIGO 2
ARTIGO 2ARTIGO 2
ARTIGO 2
CDH1 METHYLATION PATTERN AND HETEROGENEOUS E-CADHERIN
EXPRESSION IN PROSTATE CANCER
Flávia Cilene Maciel da Cruz Alves
a,b
, Sandra Aparecida Drigo
b
, Cláudia Aparecida Rainho
c
,
Fabíola Encinas Rosa
b
, João Lauro Viana de Camargo
a
, Francisco Paulo de Fonseca
d
, Fernando
Augusto Soares
e
, José Carlos Souza Trindade Filho
f
, Maria Aparecida Custódio Domingues
a
,
Silvia Regina Rogatto
b*
a
Department of Pathology, Sao Paulo State University, Botucatu, Sao Paulo, Brazil
b
NeoGene Laboratory, Department of Urology, Sao Paulo State University, Botucatu, Sao
Paulo, and AC Camargo Cancer Treatment and Research Center, Sao Paulo, Brazil
c
Department of Genetics, Biosciences Institute, Sao Paulo State University, Botucatu, Sao
Paulo, Brazil
d
Department of Pelvic Surgery, AC Camargo Cancer Treatment and Research Center, Sao
Paulo, Brazil,
e
Department of Pathology, AC Camargo Cancer Treatment and Research Center, Sao Paulo,
Brazil
f
Department of Urology, Sao Paulo State University, Botucatu, Sao Paulo, Brazil
*Corresponding author:
Silvia Regina Rogatto, PhD
NeoGene Laboratory, Fundação Antonio Prudente, Hospital AC Camargo
Rua Professor Antonio Prudente, 211, Liberdade, São Paulo, Brazil
CEP: 01509-010
Phone: 55 11 21895163 Fax: 55 11 21895163
e-mail: [email protected]p.br and silvia.rogatto@hcancer.org.br
Supported by Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) and Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Brazil.
Running title: CDH1 methylation and E-cadherin expression in prostate cancer.
Keywords: CDH1, methylation, prostate cancer, E-cadherin expression.
BMC Cancer (IF: 2.71)
ABSTRACT
Background: DNA methylation is one of the epigenetic mechanisms that can underlie the
disruption of cellular signaling pathways in prostate cancer (PCa). The CDH1 gene, encodes
the protein E-cadherin, involved in the cell adhesion and responsible for the preservation of
normal tissue architecture. In human carcinomas, including prostate cancer, the
hypermethylation and loss of expression of E-cadherin has been correlated with worse
prognosis parameters. The aim of this study was to investigate if the CDH1 methylation status
could predict the presence of cancer in prostate biopsies by comparing PCa and non-
neoplastic prostate (NNP) tissues from cancer-free patients. In addition, the associations of
methylation pattern and protein expression and comparison with clinicopathological features
were also evaluated.
Methods: DNA methylation pattern was assessed by Methylation-Specific Polymerase Chain
Reaction (MSP), and protein expression by immunohistochemistry (IHC) in a series of 39
PCa and 27 non-neoplastic prostate tissues (NNP) and in 147 samples (121 PCa and 26
adjacent non-neoplastic prostate tissues -AdjP) in a tissue microarray platform. The data were
correlated with clinicopathological features.
Results: There was no significant differences between the CDH1 promoter hypermethylation
in PCa (56%) and age-matched NNP (56%) samples. Furthermore, none association was
found between hypermethylation and protein expression in matched PCa and NNP samples.
Absence of association between methylation status of the CpG dinucleotides interrogated by
the MSP approach and protein expression was confirmed in further MSP analysis in distinct
tumor cells isolated by laser microdissection capture (LMC) according to protein expression
patterns. Heterogeneous protein expression patterns were detected in a subset of tumor
samples (7 out of 33), in which weak and moderate expression was concomitantly detected in
different tumoral areas. In six out of these seven cases it was detected high Gleason score and
three of them presented worse outcome (biochemical recurrence). Protein analysis in a large
number of patients (TMA) showed no association with any prognostic clinicopathological
parameter.
Conclusion: The absence of association between the methylation and protein expression
detected in this study suggests that the CDH1 promoter hypermethylation is not an exclusive
mechanism for E-cadherin silencing. Heterogeneous protein expression patterns were detected
in a subset of samples probably due the epigenetic plasticity that occurs during the
carcinogenesis process.
94
BACKGROUND
Prostate cancer (PCa) is one of the leading causes of morbidity and mortalilty from cancer
among men in Western countries [1, 2]. The molecular mechanisms underlying its
development and progression remain poorly understood. It has become evident that both
genetic and epigenetic changes play a role in the development and progression of human
prostate cancer [3, 4].
Epigenetic modifications, defined as heritable changes in gene expression that are not
attributable to changes in the primary DNA sequence, conventionally includes DNA
methylation, post-translational histone modifications (as acetylation, methylation,
phosphorilation) as well post-transcriptional control by small RNAs [4]. The most studied
epigenetic modification is the cytosine methylation of DNA within the CpG island. DNA
hypermethylation has been consistently associated with many tumor types since dense
methylation in CpG dinucleotídes located at promoter regions can lead to the silencing of
critical genes involved in several cellular pathways, such as hormonal responses, tumor-cell
invasion, cell cycle control and DNA damage repair [4].
In prostate cancer, inappropriate epigenetic silencing of specific genes can contribute to tumor
initiation, progression, invasion, and metastasis [3, 4, 5, 6]. It has been shown that
hypermethylated genes can be associated with higher pathological grade and clinical stage
and androgen independence [4, 7].
E-cadherin, one of the major intercellular epithelial cell adhesion protein, mediates the
epithelial cell-cell interactions through calcium-dependent hemophilic interaction of its
extracellular domain [8]. Moreover, E-cadherin maintains the epithelial cellular adhesion and
integrity [9]. There is cumulative evidence that E-cadherin down-regulation correlates with a
strong invasive potential, resulting in poor prognosis in human carcinomas [10, 11, 12]. In
addition, it has been suggested that CDH1 (cadherin 1, type 1, E-cadherin, epithelial) is a
tumor suppressor gene showing negative regulation during the course of cellular invasion
[13].
Several mechanisms have been suggested for the repression of E-cadherin function during
carcinogenesis that include promoter methylation, mutations, transcriptional repression by
snail and slug, ubiquitination, and protein degradation [14, 15, 16, 17, 18]. Allelic loss has
also been reported as a mechanism contributing to reduction or loss of E-cadherin expression
in prostate carcinomas [19, 20]. However, the epigenetic silencing of CHD1 gene has been
95
found to be the most common event related to E-cadherin down-regulation in epithelial
carcinomas, including prostate cancer [21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28].
In prostate carcinomas, the hypermethylation frequencies of the CDH1 gene have been
reported as elevated [24, 25] as well as in low frequencies [26, 27]. DNA hypermethylation
and E-cadherin protein down-expression has been associated with adverse clinicopathological
features, such as tumor size, pathological stage, and PSA levels [25, 26, 27, 29, 30, 31].
Taken into account that hypermethylation is an important mechanism involved in gene
silencing and the dynamic nature of these epigenetic alterations which promote tumoral
heterogeneity, we first evaluated the methylation status and protein expression level of CDH1
gene in prostate carcinomas and non-neoplastic prostate tissues. Further, protein analysis was
conducted in prostate samples from a large and independent cohort of PCa patients and the
findings were associated with clinicopathological parameters and with disease recurrence.
METHODS
Patients
The study included 160 prostate carcinomas and 53 non-neoplastic prostate samples obtained
from patients followed prospectively at the Clinical Hospital, Medical School, Sao Paulo
State University (2001 to 2007), Botucatu, Sao Paulo, and at the AC Camargo Cancer
Hospital (1993 to 2002), Sao Paulo, Brazil. All patients were advised of the procedures and
provided written informed consent. The Human Research Ethics Committee approved this
study (CONEP # 304/2000).
Sixty-six men (Group I) were assembled consecutively because of abnormal PSA values
and/or suspected PCa after digital rectal exams. Systematic ultrasound-guided needle biopsies
obtaining 3-10 cores (median of 6 cores) were done by using an 18-gauge, spring-loaded
biopsy device. After histopathological evaluation, the subjects were divided into two groups
according to the presence of PCa (n=39) or absence of neoplasia (Non-Neoplastic Prostate,
NNP, n=27) (Table 1). There were no evidences of prostate malignancies in NNP patients
during the follow-up period (median=63 months, Table 1). Methylation analysis was
conducted in all PCa and NNP samples. Matched formalin-fixed, paraffin-embedded (FFPE)
prostate tissues blocks from 28 PCa and 20 NNP cases were obtained for protein analysis.
An independent cohort of PCa patients was evaluated for protein expression (Group II). FFPE
tissue blocks retrieved from the archives of the Department of Pathology of AC Camargo
96
Hospital (Sao Paulo, Brazil) from 121 PCa patients and 26 adjacent non-neoplastic tissues
(AdjP) from PCa patients were arranged in a tissue microarray (TMA). Two normal (N)
prostate tissues (histopathologically confirmed with absence of PCa, intra-epithelial neoplasia,
benign prostate hyperplasia, or prostatitis) from necropsies were also obtained. The ages were
40 and 49 years old for N1 and N2 patients, respectively (Table 1).
All samples evaluated were from untreated patients. Radical retropubic prostatectomy (RRP)
was the primary treatment in 154 patients. Six cases did not undergoing RRP due to advanced
age or metastasis at diagnosis; the biopsy samples collected from these patients were
evaluated by MSP (Methylation-Specific Polymerase Chain Reaction). Four out of six
patients were treated with radiotherapy and/or hormone blocked. Twenty-one PCa patients
received radiotherapy and/or hormone therapy before RRP. In these cases, biopsies samples
evaluated were taken before neoadjuvant treatment. Tumor histological grading was
performed according to Gleason scores [32] and stage according to TNM [33, 34]. Recurrence
risk (low, moderate and high) was estimated for PCa patients according to NCCN Clinical
Practice Guidelines in Oncology TM: Prostate Cancer.
DNA extraction
The genomic DNA from prostate tissues was obtained by standard sodium dodecyl
sulfate/proteinase K digestion, followed by phenol/chloroform extraction and ethanol
precipitation. DNA samples were quantified using the NanoDrop® ND-1000
Spectrophotometer v.3.0.1 (Labtrade, Wilmington, USA).
Methylation-Specific Polymerase Chain Reaction (MSP) Analysis
Genomic DNA (2 µg) were treated with sodium bisulfite using an established protocol. The
methylation pattern within the CpG island of the CDH1 gene (sequence -126 bp to +144 bp
relative to transcription start, GenBank accession number D49685) was determined using a
nested-PCR approach. Specific primers for methylated and unmethylated sequences of CDH1
gene and PCR conditions were previously described [35].
To determine the specificity of the MSP primers for methylated and unmethylated amplicons,
DNA from lymphocytes of healthy volunteers treated with SssI methyltransferase (New
England Biolabs, Beverly, MA, USA) was used as positive controls for methylated alleles.
The reaction was performed in a total volume of 50µl containing 10µg of genomic DNA, 10U
97
of SssI methylase, 160mM of S-adenosyl-metionina, 50mM of NaCl, 10mM of Tris-HCl,
10mM of MgCl
2,
1mM of DTT pH 7.9, during 18 hours at 37ºC. Whole genome amplification
of the same DNA samples obtained from lymphocytes was used as unmethylated allele
control, as described by Umetani et al. (2005) [36]. Methylated and unmethylated controls
were then subjected to bisulfite modification and MSP analysis.
Immunohistochemistry (IHC) analysis
Archival FFPE prostate tissues obtained from RRP (PCa and adjacent non-neoplastic
samples) were retrieved from the AC Camargo Cancer Hospital. The PCa cohort and AdjP
specimens were sampled using a 0.6-mm diameter tissue core distributed on tissue microarray
slide. Adjacent hematoxylin and eosin (H&E) stained section was reviewed by two
pathologists to determine the presence and extent of morphologically representative areas of
the original tumors in each tissue core. Reassessment of Gleason grading in a contiguous
H&E stained tissue microarray section assured the presence of prostate adenocarcinoma and
the fidelity of the intended tissue microarray core. Core biopsies were extracted from the
defined areas using a Tissue Microarrayer (Beecher Instruments®, Silver Springs, USA).
Tissue cores from each specimen were punched and arrayed on a recipient paraffin block.
Each core was spaced 0.2mm apart. After cutting sections from the recipient block and
transferring these with adhesive tape to coated slides for subsequent UV crosslinkage
(Instrumedics Inc®, Hackensack, NJ), the slides were dipped in a layer of paraffin to prevent
oxidation and stored in a freezer at -20
o
C. For conventional slides, FFPE tissue blocks from
33 PCa, 20 NNP and two normal prostate samples were freshly cut (3µm) and the sections
were mounted on slides with organosilane (3-aminopropyl triethoxy-silane) (Sigma-Aldrich
Co. St. Louis, MO, USA).
Conventional and TMA sections were deparaffinized in xylene, rehydrated in graded ethanol
solutions. Briefly, the sections were deparaffinized, rehydrated in graded ethanol solutions.
Thereafter, sections were treated with endogenous peroxidase quenching (0.3% H2O2 for
15min) and blocked for avidin/biotin (DAKO Biotin Blocking System® Dako Corporation,
Carpinteria, CA) and protein (DAKO Protein Block Serum-Free® Dako Corporation), 20min
each prior to primary antibody incubation. Incubation with the primary antibody diluted in
PBS (phosphate-buffered saline) was conducted overnight at 4oC for anti E-cadherin (Dako,
Carpinteria, CA; dilution 1:400). The sections were washed and incubated with secondary
antibody (Post Primary Block-Novocastra), for 30min followed by the polymer detection
98
system (NovoLink Polymer- Novocastra) for 30min at room temperature. Reactions were
developed with a solution containing 0.6mg/ml of 3,3’-diaminobenzidine tetrahydrochloride
(DAB, Sigma, St Louis, MO) and 0.01% H
2
O
2
and then counter-stained with Mayer’s
hematoxylin, dehydrated and mounted with a glass coverslip. Positive (breast tissue) and
negative controls were included in all reactions. Two normal prostate specimens were also
included as controls. Tumors were classified in four-step scale (scores 0 to 3) based on
intensity of staining and the membrane pattern, as follows: score 3: high intensity (4+) and
continuous staining of membrane; score 2: high to moderate intensity (3+) and focal or
discontinuous membrane staining; score 1: moderate intensity (2+) and focal or
discontinuous membrane staining; score 0: low intensity (1+) and focal or discontinuous
membrane staining. The analysis was done by one observer (MACD) and the samples were
blindly scored with respect to outcome and clinical patient data.
MSP analysis on Laser Capture Microdissected (LCM) cells
Seven cases that presented heterogeneous E-cadherin staining patterns were chosen to LCM
procedure according to the E-cadherin scores and further MSP analysis. In one case, the
tissue block was exhausted. Two cases with different E-cadherin protein expression scores in
tumor cells and adjacent non-neoplastic tissue was also included.
Specific tumor areas and adjacent non-tumoral tissue according to E-cadherin
immunostaining were laser capture microdissected using the PixCell® II Laser Capture
Microdissection (LCM) System (Arcturus Engineering, Mountain View, CA). In order to
obtain a pure and homogeneous sample preparation of each area, serial sections with 5-10
µm were performed from archival paraffin embedded tissue and were mounted on
microscope slides. According to E-cadherin status, regions were identified and marked under
light microscopy. Using this section as a template, the remaining slides were laser-capture
microdissected (LCM), as described above. Approximately 9,000 cells for each marked area
were captured and further processed to DNA extraction and MSP analysis as described
previously.
Data Analysis
Chi-square or Fisher exact test were applied to determine the strength of association between
the categorical variables with 5% of significance. Clinical stage IV patients or patients with
99
distant metastasis at diagnosis were excluded from the analyses related with recurrence risk or
biochemical-recurrence. For E-cadherin IHC analysis, the dichotomous variables were
defined prior to any analysis based on the weak (scores 0 and 1) or moderate/high (scores 2-3)
expression levels. The statistical analyses were performed using GraphPad Prism3 (San
Diego, CA, USA) and SPSS version 15.0 (SPSS, Chicago, IL, USA) for Windows.
RESULTS
This study was conducted in two parts. Firstly, to determine if the methylation of the promoter
region of the CDH1 gene could predict the presence of cancer at prostate biopsies. The
presence of methylated alleles was compared between PCa and non-neoplastic prostate (NNP)
tissues obtained from men paired by age (group I). The median age of the PCa and NNP
patients was 67 and 66 years old, respectively (Table 1). No significant differences were
observed for CDH1 promoter methylation status in PCa and NNP samples. The CDH1
promoter hypermethylation were detected in 22 out of 39 (56%) PCa samples and in 15 out of
27 (56%) NNP tissues (P=0.95). The normal prostate samples showed unmethylated CDH1
status for N1 and methylated for N2 sample (data not shown).
The E-cadherin protein expression was assessed in 35 PCa and 20 NNP samples (Group I).
Twenty eight out of 35 PCa cases showed homogeneous immunostaining patterns. The
comparison between these tumor (n=28) and NNP samples (n=20) showed statistically higher
levels of E-cadherin expression in PCa samples (P<0.001, Table 2, Group I). Exclusively in
PCa samples was observed markedly increased E-cadherin immunostaing (score 3) and in
high frequency (93%). Reduced (score 0-1) protein expression was detected in all NNP
tissues and in 7% of PCa samples evaluated. The two normal prostate samples (N1 and N2)
showed reduced E-cadherin expression (score 1, Figure 1). Adjacent non-neoplastic prostate
tissues were also evaluated for protein expression in three cases (cases 1, 2 and 7), and in all
of them it was observed score 0 for E-cadherin expression. No significant association was
observed between protein expression and methylation status in PCa and NNP tissue samples
(Figure 2).
Distinct protein expression scores were detected in two tumor areas in seven out of 35 tumor
samples (Table 3, Figure 1E). These cells from different areas showing distinct
immunostaining patterns were microdissected and evaluated by DNA methylation status. In
two cases (cases 2 and 4), it was observed immunostaining scores 3 and 1 and methylation
status was negative and positive, respectively. Case 5 showed score 3 and score 0 in different
100
areas, and negative CDH1 methylation status. Table 3 shows the details of comparison
between IHC and DNA methylation status.
Due to this intra-tumoral heterogeneity of E-cadherin staining and the discrepancies between
protein expression and DNA methylation, a subgroup of tumors and adjacent non-neoplastic
prostate tissues were laser-capture microdissected according to the E-cadherin expression
scores. These cells were then analyzed for MSP in order to investigate if the absence of
correlation was due to contamination of DNA sampled with stromal cells or due to
hypermethylation mosaicism. The Figure 3 shows an illustrative case with tumoral areas
presenting distinct protein expression levels and adjacent non-neoplastic tissue before and
after the microdissection.
CDH1 gene methylation status evaluated in LCM samples was not associated with E-cadherin
protein expression (Table 4). All cases microdissected that presented score 3 immunostaining
areas showed methylated CDH1 gene. However, two microdissected adjacent non-neoplastic
tissues showed concordant results with protein expression score 0 and CDH1 gene
methylation. In addition, cases 2, 5 and 6 showed different methylation status in the prostate
specimens sampled before and after the microdissection. In these cases, absence of
methylation was primarily observed in the prostate tissue samples (before LCM); but, CDH1
gene methylation was observed in all of LCM tissues from these cases (all of them presenting
protein expression score 3). Interestingly, case 5 showed methylated alleles in two different
tumor areas with different IHC scores (area 1: score 3 and area 2: score 0).
Among the PCa group, clinical and pathological characteristics, such as age, family history of
cancer, PSA levels, Gleason score, pathological stage, lymph nodes metastasis, risk of
recurrence, surgical margins, extra-prostatic extension, vesicular invasion, lymphovascular
invasion, seminal vesicle invasion, and biochemical recurrence were compared with CDH1
methylation status and E-cadherin protein expression (Group I). No statistically significant
association was observed between CDH1 hypermethylation and protein expression and all
these parameters in Group I cases (data not shown). It was also observed that nine out of 39
PCa patients showed biochemical recurrence (BC) after radical prostatectomy, and in three of
them (cases 1, 2 and 7), the tumors presented heterogeneous E-cadherin protein expression
(Table 3). In addition, six out of seven cases (86%) with heterogeneous pattern showed high
Gleason scores [7 (4+3)] compared with nine out of 28 (32%) tumors with homogeneous
pattern samples (P= 0.0274, Fisher exact test, data not shown). Possibly due to small number
of cases, it was not possible to detect significant association between protein expression
101
patterns and other clinical and pathological parameters (data not shown). With the aim to test
this hypothesis, E-cadherin protein expression was evaluated in an independent group of
patients (Group II) in TMA slide composed by 121 PCa and 26 adjacent non-neoplastic
prostate tissues. None significant difference in protein expression was observed between PCa
and AdjP tissues (Table 2, Group II). However, it was detected differences in protein
expression patterns in Group II and Group I cases. First, PCa samples with lower E-cadherin
expression (score 0-1) were more frequently detected in Group II than in PCa samples from
Group I (31% and 7%, respectively). Also, the E-cadherin protein expression in AdjP tissues
was similar to PCa samples (group II), but was different from the NNP tissues evaluated in
Group I. In 54% of AdjP tissues were observed high protein levels (score 2-3), but none NNP
sample showed this protein expression pattern. Importantly, normal prostate tissue samples
were included as controls in both group of samples (I and II), and it was observed similar
protein expression patterns. The normal prostate tissues showed weak expression of E-
cadherin (score 1, Figure 1A). The E-cadherin protein expression patterns in PCa samples
from group II showed no association with clinical and histopathological parameters evaluated
(Table 5).
DISCUSSION
E-cadherin, the protein codified by CDH1 gene, is involved in cadherin-catenin cell adhesion
system, responsible for maintaining the normal architecture of tissues [37]. Some mechanisms
have been implicated in E-cadherin inactivation in cancer cells, including the transcriptional
silencing by CpG-island-promoter hypermethylation. Decreased E-cadherin expression is
involved in loss of cellular adhesion leading to tumor invasion and mestastasis [38].
In the present study, based on a nested MSP approach, equal frequencies of CDH1 gene
hypermethylation were detected in PCa and NNP samples (56%). Normal prostate samples
obtained from 40- and 49-year-old men after necropsy, presented an unmethylated and
methylated CDH1 pattern, respectively. Varying frequencies of CDH1 gene promoter
methylation have been detected in prostate tumors [reviewed in 39]. In agreement with the
findings described in this study, lack of association of CDH1 hypermethylation between
prostate cancer and non-neoplastic tissues have been published [30, 40, 41, 42, 43]. These
findings indicate that CDH1methylation is not a specific event in prostate tumor phenotype
[43]. Hypermethylation in normal tissue as detected in the present study are in agreement with
results previously reported by Bornman et al. (2001) [44]. The authors detected a similar
102
pattern for CDH1 hypermethylation in normal bladder tissue from patients older than 70
years.
Conversely, other studies showed that CDH1 hypermethylation was correlated with prostate
carcinomas compared with non-malignant prostate samples [24, 26, 45]. Conflicting data
regarding the CDH1 methylation patterns in prostate tumors can be explained in part by the
different CpG sequences evaluated, with preferential methylation at some CpG sites and not
at others, and also due to different methodologies applied, considering the choice of primers
and PCR conditions [45, reviewed in 46]. The nested MSP used in the present study is a high-
sensitivity method that is able to detect methylated DNA molecules in less than 5% of total
DNA [47] or one methylated allele in the presence of 1000-2000 unmethylated alleles [48].
Theoretically, tiny amounts of DNA from epigenetically altered cells can be detected in a
background of hundreds of normal cells. The fact that epigenetic changes are found so early
in tumorigenesis, and even in normal tissues before tumors arise, indicates that these changes
could be used to monitoring the risk to cancer development. It has been proposed an
epigenetic progenitor model for cancer origin, in part based on the fact that global epigenetic
changes precede the initial mutations in cancer [49]. Epigenetic changes must precede the
earliest genetic alterations since they are always found, even in benign neoplasm.
Some groups have reported the association of higher CDH1 methylation frequencies in
prostate tumors with more aggressive characteristics, such as tumor grade [25, 27], and high
levels of PSA [26, 30]. In the present study, no association was found between CDH1
methylation status and clinicopathological parameters. Accordingly, other studies found
absence of correlation between CDH1 hypermethylation and age, tumor grade, stage or
Gleason score [24, 43, 45].
Interestingly, when E-cadherin protein expression was assessed, a significant difference was
detected between tumor and non-neoplastic tissues from cancer-free patients; with higher
expression detected in PCa (P<0.0001). However, in TMA analysis none difference was
detected between tumor tissues and adjacent non-neoplastic prostate tissues from PCa
patients. Moreover, E-cadherin protein expression patterns were different between AdjP and
NNP tissues. These data suggest that E-cadherin protein expression can be altered in pre-
malignant tissues, supporting the hypothesis that morphologically normal cells in the context
of tumoral tissue may present altered gene regulation. Heterogeneous E-cadherin expression
pattern have been previously reported [24, 29, 50]. In agreement with our data, Rubin et al.
(2001) [29] analyzed benign prostate tumors and clinically localized metastatic hormone
103
refractory PCa by immunohistochemistry in a TMA platform. The authors found a high (82%)
frequency of E-cadherin intensity staining, (defined as 70% or greater membranous staining)
in prostate carcinoma. However, several studies have associated negative E-cadherin
immunostaining with prostate tumors, and have reported reduced E-cadherin expression in
high grade, Gleason score, pathological stage, and overall survival [24, 25, 50, 51, 52, 53]. In
the current study, no statistically significant correlation was observed between protein
expression and clinicopathological data. According to Rubin et al (2001) [29], heterogeneous
staining probably represents a common artifact seen in immunostaining of standard slides.
The authors observed aberrant E-cadherin protein expression in the range of 10% to 20% for
both clinically localized and advanced prostate cancer, and concluded that differences in E-
cadherin protein expression in prostate cancer may be attributable to tissues used for
evaluation (frozen versus formalin fixed), types of cases used, and patient treatment.
In this study, heterogeneous staining patterns of E-cadherin were observed in 20% of the PCa
samples from Group I. Umbas et al. (1992) [54] evaluated prostate tumors by IHC and
detected three staining patterns: uniformly positive; uniformly negative; and heterogeneous
staining composed by a mixed population of E-cadherin positive and negative cells. The
authors noted that for the most differentiated cancers (Gleason scores 4-5), E-cadherin was
strongly and uniformly positive. However, in less well differentiated to poorly differentiated
tumors (Gleason scores 6-10), they observed a trend of increasing percentage of tumors with
heterogeneous or absent staining for E-cadherin. The authors concluded that these data
indicate that a mixed or heterogeneously composed tumor may have increased invasive
potential. Similar results were found in the current study. Heterogeneous pattern was
associated with poorly differentiated tumors (Gleason scores 8 and 9) in comparison with
homogeneous pattern samples found in poorly differentiated tumors (P=0.0041, Chi Square
test, data not shown). Nevertheless, in TMA analysis, none association was detected between
Gleason score and E-cadherin protein expression. A plausible explanation for these data is
that the heterogeneity of E-cadherin expression cannot be assessed in small cores of tumor
tissues. Although the valuable contribution of TMA in large-scale protein expression analysis,
for certain proteins that exhibit heterogeneous expression patterns different approaches should
be employed.
CDH1 gene hypermethylation and protein expression were not correlated in tumor samples
and in NNP tissues. Hypotheses to explain discordant results between both methodologies
include the effect of normal cells that may have influenced the amplification and the
104
intratumoral heterogeneity or variation in tumor content when it was fixed and processed for
histological examination. In addition, the sensitivity of MSP technique to detect gene
silencing is higher when compared to the ability of immunohistochemistry to show significant
loss of protein expression. This could explain the presence of CDH1 hypermethylation in
tumor with strongly positive expression of E-cadherin. Even in the subgroup of carcinomas
and adjacent non-neoplastic prostate tissues that were laser microdissected and analyzed once
more by MSP, the results were still discrepant. Conflicting results regarding correlation of
CDH1 hypermethylation and decreased E-cadherin protein expression have been published.
Li et al. (2001) [25] showed higher frequency of CDH1 methylation associated with absence
or reduced E-cadherin immunostaining. Kallakury et al. (2001) [24] showed loss of E-
cadherin immunostaining in five out eight cases (68%) with CDH1 methylation; however it
was not statistically significant. Graziano et al. (2004) [55] compared methylation and protein
expression of CDH1 gene and observed genotype–phenotype discordance in 8.5% of cases.
They explained their results based on the fact that hypermethylation can occur in a CDH1
allele carrying an inactivating somatic mutation, while the function of the remaining CDH1
allele is preserved; in this case, E-cadherin protein expression is maintained despite a positive
methylation analysis. On the other hand, if somatic mutations inactivate both CDH1 alleles,
and/or alternative molecular mechanisms knock out CDH1, loss of E-cadherin expression can
be found even in unmethylated tumors. Several studies have shown that the expression of E-
cadherin can be controlled by mechanisms other than methylation, such as loss of alleles,
gene mutation, and changes in the structure of chromatin and alterations of specific
transcription pathways regulating the expression of this gene [56, 57].
Aberrant DNA methylation has been considered a frequent and early event in prostate
carcinogenesis. The dynamic nature of epigenetic regulation, leading to intra-tumoral
heterogeneity of gene-specific DNA methylation patterns, varying from allele to allele and
shifting in relation to the tumoral microenvironment, could explain the lack of concordance
between CDH1 methylation status and immunohistochemical scores of E-cadherin
expression. Furthermore, a subset of samples with a heterogeneous protein expression pattern
also demonstrated higher Gleason scores, giving an additional evidence of a more aggressive
behavior. In summary, the DNA methylation analysis of different tumoral areas coupled with
protein expression suggests that methylation associated with loss of E-cadherin expression in
human prostate cancer is heterogeneous, and probably unstable, but reflects the dynamic
phenotypic changes that drives the carcinogenesis process.
105
AUTHORS' CONTRIBUTIONS
SRR, SAD, and CAR conceived of the study, participated in its design, performed the
statistical analysis, and helped to draft the manuscript. FCMCA carried out the molecular
genetic studies, and drafted the manuscript.FPF and JCSTF participated in defining the
casuistic used and helped to draft the manuscript. JLVC, FAS, and MACD carried out the
immunohistochemistry analysis. All authors read and approved the final manuscript.
ACKNOWLEDGEMENTS
This work was supported by grants from the Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) and Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP), Brazil. The authors would like to thank Greicy Helen Ribeiro Gambarani
and Shadia Muhammad Ihlaseh for their expert technical assistance.
106
REFERENCES
1. Jemal A, Siegel R, Ward E, Murray T, Xu J, Thun MJ: Cancer statistics, 2007. CA
Cancer J Clin 2007, 57(1):43-66.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional do
Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Incidência de Câncer no Brasil
2007 [http://www.inca.gov.br]. Rio de Janeiro: INCA.
3. Dobosy JR, Roberts JL, Fu VX, Jarrard DF: The expanding role of epigenetics in the
development, diagnosis and treatment of prostate cancer and benign prostatic
hyperplasia. J Urol 2007, 177(3):822-831.
4. Cooper CS, Foster CS: Concepts of epigenetics in prostate cancer development. Br J
Cancer 2009, 100(2):240-245.
5. Manoharan M, Ramachandran K, Soloway MS, Singal R: Epigenetic targets in the
diagnosis and treatment of prostate cancer. Int Braz J Urol 2007, 33(1):11-18.
6. Reynolds MA: Molecular alterations in prostate cancer. Cancer Lett 2008, 271(1):13-
24.
7. Perry AS, Foley R, Woodson K, Lawler M: The emerging roles of DNA methylation in
the clinical management of prostate cancer. Endocr Relat Cancer 2006, 13(2):357-
377.
8. Takeichi M: Cadherin cell adhesion receptors as a morphogenetic regulator. Science
1991, 251(5000):1451-1455.
9. Damsky CH, Richa J, Solter D, Knudsen K, Buck CA: Identification and purification of
a cell surface glycoprotein mediating intercellular adhesion in embryonic and adult
tissue. Cell 1983, 34(2):455-466.
10. Frixen UH, Nagamine Y: Stimulation of urokinase-type plasminogen activator
expression by blockage of E-cadherin-dependent cell-cell adhesion. Cancer Res
1993, 53(15):3618-3623.
11. Pierceall WE, Woodard AS, Morrow JS, Rimm D, Fearon ER: Frequent alterations in
E-cadherin and alpha- and beta-catenin expression in human breast cancer cell
lines. Oncogene 1995, 11(7):1319-1326.
12. Day ML, Zhao X, Vallorosi CJ, Putzi M, Powell CT, Lin C, Day KC: E-cadherin
mediates aggregation-dependent survival of prostate and mammary epithelial cells
through the retinoblastoma cell cycle control pathway. J Biol Chem 1999,
274(14):9656-9664.
13. Hirohashi S, Kanai Y: Cell adhesion system and human cancer morphogenesis.
Cancer Sci 2003, 94(7):575-581.
14. Batlle E, Sancho E, Franci C, Dominguez D, Monfar M, Baulida J, Garcia De Herreros A:
The transcription factor snail is a repressor of E-cadherin gene expression in
epithelial tumour cells. Nat Cell Biol 2000, 2(2):84-89.
15. Fujita Y, Krause G, Scheffner M, Zechner D, Leddy HE, Behrens J, Sommer T,
Birchmeier W: Hakai, a c-Cbl-like protein, ubiquitinates and induces endocytosis of
the E-cadherin complex. Nat Cell Biol 2002, 4(3):222-231.
16. Hajra KM, Chen DY, Fearon ER: The SLUG zinc-finger protein represses E-cadherin
in breast cancer. Cancer Res 2002, 62(6):1613-1618.
17. Saito T, Oda Y, Kawaguchi K, Sugimachi K, Yamamoto H, Tateishi N, Tanaka K,
Matsuda S, Iwamoto Y, Ladanyi M et al: E-cadherin mutation and Snail
overexpression as alternative mechanisms of E-cadherin inactivation in synovial
sarcoma. Oncogene 2004, 23(53):8629-8638.
107
18. Takeno S, Noguchi T, Fumoto S, Kimura Y, Shibata T, Kawahara K: E-cadherin
expression in patients with esophageal squamous cell carcinoma: promoter
hypermethylation, Snail overexpression, and clinicopathologic implications. Am J
Clin Pathol 2004, 122(1):78-84.
19. Carter BS, Ewing CM, Ward WS, Treiger BF, Aalders TW, Schalken JA, Epstein JI,
Isaacs WB: Allelic loss of chromosomes 16q and 10q in human prostate cancer.
Proc Natl Acad Sci U S A 1990, 87(22):8751-8755.
20. Bussemakers MJ, Giroldi LA, van Bokhoven A, Schalken JA: Transcriptional
regulation of the human E-cadherin gene in human prostate cancer cell lines:
characterization of the human E-cadherin gene promoter. Biochem Biophys Res
Commun 1994, 203(2):1284-1290.
21. Graff JR, Herman JG, Lapidus RG, Chopra H, Xu R, Jarrard DF, Isaacs WB, Pitha PM,
Davidson NE, Baylin SB: E-cadherin expression is silenced by DNA
hypermethylation in human breast and prostate carcinomas. Cancer Res 1995,
55(22):5195-5199.
22. Graff JR, Gabrielson E, Fujii H, Baylin SB, Herman JG: Methylation patterns of the E-
cadherin 5' CpG island are unstable and reflect the dynamic, heterogeneous loss of
E-cadherin expression during metastatic progression. J Biol Chem 2000,
275(4):2727-2732.
23. Yoshiura K, Kanai Y, Ochiai A, Shimoyama Y, Sugimura T, Hirohashi S: Silencing of
the E-cadherin invasion-suppressor gene by CpG methylation in human
carcinomas. Proc Natl Acad Sci U S A 1995, 92(16):7416-7419.
24. Kallakury BV, Sheehan CE, Winn-Deen E, Oliver J, Fisher HA, Kaufman RP, Jr., Ross
JS: Decreased expression of catenins (alpha and beta), p120 CTN, and E-cadherin
cell adhesion proteins and E-cadherin gene promoter methylation in prostatic
adenocarcinomas. Cancer 2001, 92(11):2786-2795.
25. Li LC, Zhao H, Nakajima K, Oh BR, Ribeiro Filho LA, Carroll P, Dahiya R: Methylation
of the E-cadherin gene promoter correlates with progression of prostate cancer. J
Urol 2001, 166(2):705-709.
26. Kang GH, Lee S, Lee HJ, Hwang KS: Aberrant CpG island hypermethylation of
multiple genes in prostate cancer and prostatic intraepithelial neoplasia. J Pathol
2004, 202(2):233-240.
27. Woodson K, Gillespie J, Hanson J, Emmert-Buck M, Phillips JM, Linehan WM, Tangrea
JA: Heterogeneous gene methylation patterns among pre-invasive and cancerous
lesions of the prostate: a histopathologic study of whole mount prostate specimens.
Prostate 2004, 60(1):25-31.
28. Saha B, Arase A, Imam SS, Tsao-Wei D, Naritoku WY, Groshen S, Jones LW, Imam SA:
Overexpression of E-cadherin and beta-catenin proteins in metastatic prostate
cancer cells in bone. Prostate 2008, 68(1):78-84.
29. Rubin MA, Mucci NR, Figurski J, Fecko A, Pienta KJ, Day ML: E-cadherin expression
in prostate cancer: a broad survey using high-density tissue microarray
technology. Hum Pathol 2001, 32(7):690-697.
30. Maruyama R, Toyooka S, Toyooka KO, Virmani AK, Zochbauer-Muller S, Farinas AJ,
Minna JD, McConnell J, Frenkel EP, Gazdar AF: Aberrant promoter methylation
profile of prostate cancers and its relationship to clinicopathological features. Clin
Cancer Res 2002, 8(2):514-519.
31. Musial J, Sporny S, Nowicki A: Prognostic significance of E-cadherin and ezrin
immunohistochemical expression in prostate cancer. Pol J Pathol 2007, 58(4):235-
243.
108
32. Gleason DF: Histologic grading of prostate cancer: a perspective. Hum Pathol 1992,
23(3):273-279.
33. Billis A. Carcinoma: graduação histológica e estadiamento. In: Billis. A., editor.
Patologia Cirúrgica da Próstata. São Paulo, Campinas; 2003:123-40.
34. Epstein JI, Algaba F, Allsbrook Jr WC, Bastacky S, Boccon-Gibod L, De Marzo AM,
Egevad, L., Furusto, M., Hamper, U.M., Helpap, B., Humphrey, P.A., Iczkowski, K.A.,
Lopez-Beltran, A., Montironi, R., Rubin, M.A., Sakr, W.A., Samaratunga, H. & Parkin,
D.M. Tumours of the prostate: Acinar adenocarcinoma. In: Eble JN, Sauter G,
Epstein JI, Sesterhenn IA, editors. World health organization classification of tumours
Pathology and genetics of tumours of the urinary system and male genital organs. Lyon:
IARC; 2004:159-92.
35. Caldeira JR, Prando EC, Quevedo FC, Neto FA, Rainho CA, Rogatto SR: CDH1
promoter hypermethylation and E-cadherin protein expression in infiltrating
breast cancer. BMC Cancer 2006, 6:48.
36. Umetani N, de Maat MF, Mori T, Takeuchi H, Hoon DS: Synthesis of universal
unmethylated control DNA by nested whole genome amplification with phi29 DNA
polymerase. Biochem Biophys Res Commun 2005, 329(1):219-223.
37. Kemler R: From cadherins to catenins: cytoplasmic protein interactions and
regulation of cell adhesion. Trends Genet 1993, 9(9):317-321.
38. Li LC, Okino ST, Dahiya R: DNA methylation in prostate cancer. Biochim Biophys
Acta 2004, 1704(2):87-102.
39. Schulz WA, Hatina J: Epigenetics of prostate cancer: beyond DNA methylation. J Cell
Mol Med 2006, 10(1):100-125.
40. Florl AR, Steinhoff C, Muller M, Seifert HH, Hader C, Engers R, Ackermann R, Schulz
WA: Coordinate hypermethylation at specific genes in prostate carcinoma precedes
LINE-1 hypomethylation. Br J Cancer 2004, 91(5):985-994.
41. Yegnasubramanian S, Kowalski J, Gonzalgo ML, Zahurak M, Piantadosi S, Walsh PC,
Bova GS, De Marzo AM, Isaacs WB, Nelson WG: Hypermethylation of CpG islands
in primary and metastatic human prostate cancer. Cancer Res 2004, 64(6):1975-
1986.
42. Bastian PJ, Ellinger J, Heukamp LC, Kahl P, Muller SC, von Rucker A: Prognostic value
of CpG island hypermethylation at PTGS2, RAR-beta, EDNRB, and other gene
loci in patients undergoing radical prostatectomy. Eur Urol 2007, 51(3):665-674;
discussion 674.
43. Cho NY, Kim BH, Choi M, Yoo EJ, Moon KC, Cho YM, Kim D, Kang GH:
Hypermethylation of CpG island loci and hypomethylation of LINE-1 and Alu
repeats in prostate adenocarcinoma and their relationship to clinicopathological
features. J Pathol 2007, 211(3):269-277.
44. Bornman DM, Mathew S, Alsruhe J, Herman JG, Gabrielson E: Methylation of the E-
cadherin gene in bladder neoplasia and in normal urothelial epithelium from
elderly individuals. Am J Pathol 2001, 159(3):831-835.
45. Singal R, Ferdinand L, Reis IM, Schlesselman JJ: Methylation of multiple genes in
prostate cancer and the relationship with clinicopathological features of disease.
Oncol Rep 2004, 12(3):631-637.
46. Li LC, Carroll PR, Dahiya R: Epigenetic changes in prostate cancer: implication for
diagnosis and treatment. J Natl Cancer Inst 2005, 97(2):103-115.
47. Corn PG, Smith BD, Ruckdeschel ES, Douglas D, Baylin SB, Herman JG: E-cadherin
expression is silenced by 5' CpG island methylation in acute leukemia. Clin Cancer
Res 2000, 6(11):4243-4248.
109
48. Toyooka KO, Toyooka S, Maitra A, Feng Q, Kiviat NC, Smith A, Minna JD, Ashfaq R,
Gazdar AF: Establishment and validation of real-time polymerase chain reaction
method for CDH1 promoter methylation. Am J Pathol 2002, 161(2):629-634.
49. Feinberg AP, Ohlsson R, Henikoff S: The epigenetic progenitor origin of human
cancer. Nat Rev Genet 2006, 7(1):21-33.
50. Jaggi M, Johansson SL, Baker JJ, Smith LM, Galich A, Balaji KC: Aberrant expression
of E-cadherin and beta-catenin in human prostate cancer. Urol Oncol 2005,
23(6):402-406.
51. Umbas R, Isaacs WB, Bringuier PP, Schaafsma HE, Karthaus HF, Oosterhof GO,
Debruyne FM, Schalken JA: Decreased E-cadherin expression is associated with
poor prognosis in patients with prostate cancer. Cancer Res 1994, 54(14):3929-3933.
52. Pan Y, Matsuyama H, Wang N, Yoshihiro S, Haggarth L, Li C, Tribukait B, Ekman P,
Bergerheim US: Chromosome 16q24 deletion and decreased E-cadherin expression:
possible association with metastatic potential in prostate cancer. Prostate 1998,
36(1):31-38.
53. De Marzo AM, Knudsen B, Chan-Tack K, Epstein JI: E-cadherin expression as a
marker of tumor aggressiveness in routinely processed radical prostatectomy
specimens. Urology 1999, 53(4):707-713.
54. Umbas R, Schalken JA, Aalders TW, Carter BS, Karthaus HF, Schaafsma HE, Debruyne
FM, Isaacs WB: Expression of the cellular adhesion molecule E-cadherin is reduced
or absent in high-grade prostate cancer. Cancer Res 1992, 52(18):5104-5109.
55. Graziano F, Arduini F, Ruzzo A, Mandolesi A, Bearzi I, Silva R, Muretto P, Testa E, Mari
D, Magnani M et al: Combined analysis of E-cadherin gene (CDH1) promoter
hypermethylation and E-cadherin protein expression in patients with gastric
cancer: implications for treatment with demethylating drugs. Ann Oncol 2004,
15(3):489-492.
56. Batlle E, Sancho E, Franci C, Dominguez D, Monfar M, Baulida J, Garcia De Herreros A:
The transcription factor snail is a repressor of E-cadherin gene expression in
epithelial tumour cells. Nat Cell Biol 2000, 2(2):84-89.
57. Herman JG, Graff JR, Myohanen S, Nelkin BD, Baylin SB: Methylation-specific PCR: a
novel PCR assay for methylation status of CpG islands. Proc Natl Acad Sci U S A
1996, 93(18):9821-9826.
Table 1. Clinicopathological features of the prostate carcinoma (PCa) and non-neoplastic
prostate (NNP) patients from Group I evaluated by DNA methylation and protein expression
(IHC) analyses; and PCa and adjacent non-neoplastic prostate tissues (AdjP) from Group II
evaluated by protein expression.
Clinical variable
Group I
DNA methylation and IHC
analysis*
Group II
IHC analysis
PCa NNP
PCa AdjP
n=39 n=27
n=121 n =26
Age (years)
Median (range) 67 (52 - 84) 66 (47-85)
63 (41 -75) 63 (50 - 72)
Follow-up (months)
Median (range) 57 (4 - 81) 63 (11 – 95)
87 (21- 159.5) 121 (13.8 – 161.7)
PSA (ng/mL)**
Median (range)
7.29 (0.2 –
987.2)
5.30 (0.58-
18.59)
9.2 (1.20 – 310.0)
10.6 (4.4 – 36.4)
Gleason score
2 - 4 3 -
7 -
5 -7 26 -
106 -
8 - 10 10 -
8 -
Pathological staging
I - -
- -
II 20 -
55 -
III 10 -
60 -
IV 2 -
6 -
Unknown 7 -
- -
Lymph node
metastasis
Present 2 -
3 -
Absent 30 -
118 -
Unknown 7 -
- -
Metastasis in
diagnosis
Present 1 -
0 -
Absent
38
-
121
-
* DNA methylation and protein expression analysis in matched samples were done in 33
PCa and 20 NNP patients. ** The PSA values refer to the last preoperative test from PCa
patients and the last PSA test for NNP group.
Table 2. E-cadherin protein expression detected by immunohistochemistry (IHC) in patients
and controls from Group I and Group II.
Group Analysis N
E-cadherin
P*
IHC scores (%)
0 - 1 2-3
Group I
PCa 28 2 (7) 26 (93)
<0.0001
NNP 20 20 (100) 0
Group II
PCa 121 37 (31) 84 (69) 0.168
AdjP 26 12 (46) 14 (54)
Group I - prostate carcinoma (PCa) and non-neoplastic prostate (NNP) samples.
Group II – Pca and adjacent non-neoplastic prostate (AdjP) samples in TMA
* Fisher exact test
Table 3. Prostate carcinomas (Group I) with heterogeneous E-cadherin protein expression detected by immunohistochemistry (IHC): CDH1
gene methylation status; IHC scores in distinct tumor areas and adjacent non-neoplastic tissues (AdjP); and comparison with clinicopathological
parameters.
Cases
CDH1
methylation
status
E-Cadherin IHC score
Clinicopathological Data
Tumor tissue
AdjP tissue
PSA
(ng/mL)
Gleason
score
Stage BCR
BCR
free-survival
(months)
area 1 area 2
1 + 3 2 0 10.5 7 (3+4) II Yes 13
2
-
3
1
0
12.1
8 (4+4)
III
Yes
27
3
-
2
1
NA
39.3
9 (4+5)
IV
-
-
4 + 3 1 NA 12.5 8 (4+4) II No 58
5 - 3 0 NA 7.3 7 (4+3) III No 70
6 - 3 2 NA 6.8 8 (4+4) II No 52
7 + 3 2 0 15.0 9 (4+5) II Yes 19
(+): methylated; (-): unmethylated; NA: not available in the tumor tissue block; BCR: biochemical recurrence.
Table 4. CDH1 methylation status in evaluated in cells obtained by laser-capture microdissection (LCM) according to their respective E-
cadherin expression in prostate carcinomas (PCa) and adjacent non-neoplastic tissues (Group I).
Cases
CDH1 methylation
status in tumor tissues
before LCM
Tumor area 1
Tumor area 2
Adjacent non-neoplastic
tissue
IHC score
CDH1 status in
LCM tissue
IHC score
CDH1 status in
LCM tissue
IHC score
CDH1 status in
LCM tissue
2 - 3 + 1
ND
0 +
4 + 3 + 1
ND
NA NA
5 - 3 + 0 +
NA NA
6 - 3 + 2
ND
NA NA
7 + 3 + 2
ND
0 +
(+): methylated; (-): unmethylated; ND: not determined due to MS reaction failure or exhausted tissue block; NA not available in the
tumor tissue block.
CDH1 methylation results obtained from tumor tissues before and after laser-capture microdissection (LCM) in distinct tumor areas (1 and
2) according to their IHC scores. CDH1 methylation results from microdissected adjacent non-neoplastic tissues and the respective IHC
score are also showed.
Discordant methylation results between tumor samples before and after laser microdissection (LCM) are highlighted in grey.
Table 5. E-cadherin protein expression pattern and the clinicopathological characteristics in
prostate carcinoma (PCa) patients (n=121) from Group II.
Variables
E-cadherin
P IHC scores (%)
0-1 2-3
PSA (ng/mL)*
0.45
4.0 4 (3) 5 (4)
> 4.0 33 (27) 77 (64)
ND - 2 (2)
Gleason score
0.63
< 7 (3+4) 23 (19) 56 (46)
7 (4+3) 14 (12) 28 (23)
Pathological staging
0.18
II 15 (12) 40 (33)
III 21 (17) 39 (33)
IV 1 (1) 5 (4)
Lymph node metastasis
1.00
Negative 36 (29) 80 (66)
Positive 1 (1) 2 (2)
ND - 2 (2)
Recurrence risk
0.47
High 22 (18) 44 (36)
Low/moderate 15 (13) 40 (33)
ND
Margins
0.83
Negative
25 (20) 59 (49)
Positive
12 (10) 25 (21)
ND
Capsular invasion
0.16
Negative
20 (17) 33 (27)
Positive
17 (14) 51 (42)
Angiolymphatic invasion
0.86
Negative
30 (25) 67 (55)
Positive
7 (6) 17 (14)
Seminal Vesicle invasion
0.17
Negative
32 (27) 79 (65)
Positive
5 (4) 5 (4)
Biochemical recurrence
0.67
Negative 17 (15) 34 (29)
Positive 19 (17) 45 (39)
* The PSA values refer to the last preoperative results.
Legends
Figure 1. E-cadherin immunostaining detected in prostate tissues. (A) Normal prostate
sample with score 1 detected in epithelial cells; (B) adjacent non-neoplastic prostate (Adj)
tissue with score 1; (C) prostate carcinoma (PCa) presenting score 2; (D) PCa sample with
score 3; and (E) tumor tissue with heterogeneous protein expression pattern. Detailed distinct
tumor areas, with score 3 (up picture) and score 2 (box followed by bigger arrow).
Figure 2. Distribution of CDH1 gene methylation according to E-cadherin protein expression
in (A) prostate carcinoma and (B) non-neoplasic prostate tissues (Group I).
Figure 3. Laser-capture microdissection (LCM) was performed in prostate samples according
to the E-cadherin protein expression detected by immunohistochemistry (IHC). Illustrative
case (case 2) presenting adjacent non-neoplastic tissue with IHC score 0 (A) and tumor areas
with (B) weak reactivity (score 1) and (C) strong staining (score 3). A1 - B1 - C1:
photomicrography of histological sections before microdissection; A2 - B2 - C2: after
microdissection; A3 - B3 - C3: microdissected cells in the CaPSure that were further
analyzed for CDH1 methylation by MS- PCR
A B
0
20
40
60
80
100
0 1 2 3
Frequency (%)
IHC score
CDH1 Methylated
CDH1 Unmethylated
0
20
40
60
80
100
0 1 2 3
Frequency (%)
IHC score
CDH1 Methylated
CDH1 Unmethylated
CONCLUSÕES
CONCLUSÕES CONCLUSÕES
CONCLUSÕES
FINAIS
FINAISFINAIS
FINAIS
Alves, Flávia Cilene Maciel da Cruz
Conclusões
• A hipermetilação dos genes RARB e RASSF1A, mas não de SFN e CDH1, se mostrou
significativamente associada aos carcinomas de próstata (CaP) comparados aos tecidos
prostáticos não neoplásicos (PNN), sugerindo que estes genes podem ser considerados como
potenciais marcadores no câncer de próstata.
Os resultados de amostras pareadas para análise de metilação dos genes RARB e
RASSF1A e de seus transcritos demonstrou que a hipermetilação de RARB, mas não de
RASSF1A, está associada ao silenciamento gênico, com conseqüente diminuição de expressão
dos seus transcritos. Estes resultados foram validados pela análise protéica num grupo
independente de amostras que confirmou a diminuição de RARβ nuclear nos tumores em
relação aos controles. A marcação citplasmática num subgrupo de pacientes, considerada
como um marcador prognóstico nos tumores prostáticos, foi associada com maior risco de
recorrência da doença. É possível que esta marcação citoplasmática se refira a isoforma
RARβ4, que ao contrário de RARβ2 (um supressor tumoral), parece agir como um oncogene.
A análise pareada entre casos avaliados por metilação do gene CDH1 e expressão
protéica nas amostras de CAP e PNN não mostrou qualquer associação, mesmo após análise
de alelos metilados em células isoladas por microdissecção a laser. Estes dados sugerem que a
metilação do gene CDH1 não é o único ou mais importante mecanismo de silenciamento do
gene.
ANEXOS
ANEXOSANEXOS
ANEXOS
Pesquisador responsável: Silvia Regina RogattoPós graduanda: Flávia Cilene Alves
Fone: (14) 38116436 Fone: (14) 38116436
(14) 38157854 (14) 38145030
unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
Artigo I. Campus- Botucatu/ Faculdade de Medicina
Departamento de Urologia
Rubião Júnior, s/n - CEP 18618-000 - FONE (014) 3811-6436
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
O NeoGene Laboratório - Departamento de Urologia/UNESP- Botucatu-SP e o Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu-SP (pesquisadores e médicos) desenvolvem pesquisas para
obter um maior conhecimento dos tumores de próstata. Pedimos autorização do paciente na participação do
projeto “Alterações Epigenéticas em Adenocarcinomas de Próstata”. Por meio desta pesquisa é possível
conhecer melhor a doença e, desta forma, oferecer novas possibilidades de diagnóstico e tratamento.
Estas pesquisas exigem materiais a fresco, proveniente das lesões estudadas obtidas no momento da cirurgia,
para que seja possível a análise destas células em laboratório, assim como uma amostra de 5mL de sangue.
Após a obtenção do material, por meio de cirurgia, o material será processado, sendo que um dos fragmentos
será utilizado para diagnóstico histopatológico e outro para a pesquisa, que poderá ser armazenado em freezer
–70
o
C para continuidade de projeto proposto.
A obtenção deste fragmento não implicará em riscos adicionais à sua saúde ou na extensão do procedimento
cirúrgico. O fragmento de tecido será utilizado no laboratório por códigos de números, preservando assim a
identidade dos pacientes. A inclusão dos resultados em publicação científica será feita de forma a preservar o
anonimato do paciente.
O projeto de pesquisa proposto será previamente apresentado para avaliação pelo Comitê de Ética em
Pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu-SP.
Concordando com o uso deste fragmento do modo descrito acima, é necessário esclarecer que o paciente o
terá quaisquer benefícios ou direitos financeiros, entretanto, você terá sigilo, garantia e direito de acesso
sobre os eventuais resultados desta pesquisa. Esclarecemos que não havendo concordância para a coleta, esta
decisão não influenciará, de modo algum, no tratamento. Caso seja necessária a utilização do material do
paciente em pesquisas futuras, pediremos novamente o termo de consentimento.
No caso de autorização, o documento será feito em duas vias, uma para o paciente e outra para o pesquisador.
________________________________________ _____________________
Nome do paciente ou representante legal Assinatura
Número de Registro (RG) no Hospital:______________________________
Médico responsável:____________________________________________
Botucatu, ________ de ____________________ de 200__.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo