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Rosana Maria Tamelini
O CÂNCER NO ESTADO DE SÃO PAULO: UMA ANÁLISE DA MORBI-
MORTALIDADE E DO GASTO PÚBLICO
Dissertação apresentada ao Curso de
Pós-Graduação da Faculdade de Ciências
Médicas da Santa Casa de São Paulo,
para obtenção do título de Mestre em
Saúde Coletiva.
São Paulo
2008
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Rosana Maria Tamelini
O CÂNCER NO ESTADO DE SÃO PAULO: UMA ANÁLISE DA MORBI-
MORTALIDADE E DO GASTO PÚBLICO
Dissertação apresentada ao Curso de
Pós-Graduação da Faculdade de Ciências
Médicas da Santa Casa de São Paulo,
para obtenção do título de Mestre em
Saúde Coletiva.
Área de Concentração: Saúde Coletiva
Orientador: Profª. Dra Karina de Cássia Braga Ribeiro
Co-orientador: Profª. Dra Rita de Cássia Barradas Barata
São Paulo
2008
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FICHA CATALOGRÁFICA
Preparada pela Biblioteca Central da
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Tamelini, Rosana Maria
O câncer no estado de São Paulo: uma análise da morbi-
mortalidade e do gasto público./ Rosana Maria Tamelini. São Paulo,
2008.
Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Médicas da
Santa Casa de São Paulo – Curso de Pós-Graduação em Saúde
Coletiva.
Área de Concentração: Saúde Coletiva
Orientador: Karina de Cássia Braga Ribeiro
Co-Orientador: Rita de Cássia Barradas Barata
1. Neoplasias 2. Morbidade 3. Mortalidade/tendências 4.
Gastos em saúde 5. Acesso aos serviços de saúde
BC-FCMSCSP/86-08
AGRADECIMENTOS
Desde o primeiro momento que me interessei pelo mestrado, na fase de
elaboração do projeto até sua fase final, pude contar com o apoio e o incentivo de muitos
amigos e colegas, que acreditaram no meu trabalho e me estimularam a ir adiante.
Agradeço ao Dr. Luiz Roberto Barradas Barata - Secretário de Estado da Saúde,
pela oportunidade, incentivo e financiamento dos meus estudos.
Aos meus Coordenadores, Dra Maria Iracema G. Leonardi e Dr. Luiz Maria
Ramos Filho por permitir a minha ausência em momentos importantes do trabalho e pela
compreensão da importância do mestrado.
À minha orientadora Prof.ª Dra Karina de Cássia Braga Ribeiro, pela paciência,
compreensão e incentivo, mesmo quando eu achava que deveria ir muito além.
À minha co-orientadora Prof.ª Dra Rita de Cássia Barradas Barata pela seus
preciosos ensinamentos.
Aos queridos mestres: Regina Marsíglia, Cássio Silveira, Manoel C.S.A.
Ribeiro, Nelson Ibañez, Maria Amélia S.M. Veras, Expedito Luna, José Cássio de Moraes,
Nivaldo Carneiro Junior, Pedro Paulo Chieffi e ainda, Karina e Rita pelas aulas e
inestimada contribuição para meus conhecimentos sobre saúde e vida.
Aos meus colegas de mestrado Ana Luiza Chieff, Elaine F. Tambellini, Eliana
Ribeiro, Fátima Palmeira Bombarda, Helena Caruso Torres, Irma Ferreira, Maria Isabel
Aguilar, Jairo Georgetti, Júlia Rodrigues, Louise T. Montesanti, Marcelo Araújo, Neide T.
Kertzman, Sandra Monetti e Tereza Mitiko Omoto, pela amizade, cumplicidade,
companheirismo e pela riqueza das discussões em salas de aula e fora delas.
Ao Sílvio Augusto Margarido pelas inúmeras leituras e por todos os seus
preciosos conselhos no processo de construção dessa dissertação.
Aos meus amigos e colegas do Departamento de Compras de Serviços de
Saúde: Dulce Lupinacci; Marisa Curi; Elisabete Carbone; Rosa Palmieri; Marlene A.
Sousa; Alice Matsuoka e Rosângela Souza, pela compreensão e pela contribuição
imprescindível de cada um para permitir as minhas ausências durante o curso e em especial
as dicas que me deram sobre formatação de texto e de tabelas.
Ao Luiz Marcelo F. Lopes, Norma S. Américo e equipe, pela disponibilização
do banco de dados do Sistema de Informação Ambulatorial e Hospitalar.
À FOSP, nas pessoas do Dr Edmur Pastorelo e da Valéria Lombardo por me
permitir usar e me fornecer o banco de dados do Registro Hospitalar de Câncer do estado
de São Paulo, imprescindível para o desenvolvimento deste trabalho.
Ao Daniel Gomes, da Pós Graduação da FCMSCSP, que sempre esteve presente
nos apoiando e buscando soluções aos problemas do dia a dia.
À Thing Hui Ching, pelas dicas importantes sobre o uso do SPSS, sem o qual
teria gasto mais tempo do que o necessário na elaboração das estatísticas desse trabalho.
À Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo por viabilizar
este curso.
À minha família pelo apoio, em especial ao Fausto, meu marido, pela paciência
e pela força nos momentos mais difíceis e aos meus lindos e queridos sobrinhos (Bruno,
Paula, Isabella e Rafaella) por compreender minha pouca dedicação neste período de
mestrado.
Título: “O câncer no Estado de São Paulo: uma análise da morbi-mortalidade e do
gasto público”
Resumo
Introdução – O aumento da expectativa de vida e o envelhecimento populacional levam ao
aumento da ocorrência de doenças crônicas, incluindo as enfermidades cardiovasculares e o
câncer. Este último é atualmente reconhecido como uma das mais importantes causas de
mortalidade no mundo. O padrão de ocorrência do câncer no Brasil e no estado de São
Paulo inclui tanto os tipos predominantes em países desenvolvidos, tais como o câncer de
mama, próstata, cólon-reto, como também aqueles tumores associados tradicionalmente
associados à pobreza, tais como o câncer de boca, colo do útero e estômago.
Objetivos – Caracterizar o problema do câncer no estado de São Paulo, em relação à
mortalidade, morbidade e aos gastos federais com a assistência oncológica.
Metodologia – Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo. Para a análise da
mortalidade foram utilizados os dados do Sistema de Informação de Mortalidade - (SIM).
Foram analisadas as tendências da mortalidade por câncer em geral e para as topografias
mais freqüentes no período de 1980 a 2004; foram calculados os coeficientes brutos e
ajustados, utilizando a população padrão mundial de Segi; as tendências foram analisadas
utilizando o método de regressão linear e foi calculada a variação percentual anual de
crescimento ou decréscimo e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Os casos de
câncer incluídos no Registro Hospitalar de Câncer da Fundação Oncocentro de São Paulo,
para o período de 2000 a 2005, foram descritos em relação às características de tempo,
lugar e pessoa, com especial ênfase nos intervalos entre a consulta, diagnóstico e
tratamento. Para a análise dos gastos federais foram identificados os repasses de recursos da
União, para o gestor estadual e gestores municipais, no período de 2000 a 2005, registrados
no Fundo Nacional de Saúde.
Resultados – Observou-se que no período de 1980 a 2004, o câncer foi a causa básica de
13,2% de todos os óbitos registrados no estado de São Paulo. Notou-se uma tendência de
aumento da mortalidade por câncer no período, estatisticamente significativa, para ambos
os sexos. As tendências foram crescentes para os cânceres de pulmão, cólon/reto,
boca/orofaringe (sexo masculino), mama (sexo feminino) e próstata, mas decrescentes para
o câncer do colo uterino e estômago (sexo masculino e sexo feminino). Não foi observada
tendência estatisticamente significativa para a mortalidade por câncer de boca/orofaringe no
sexo feminino. Em relação aos casos registrados no RHC-SP, o câncer de mama foi o mais
freqüente no período do estudo, seguido pelo câncer de próstata, pele e colo uterino. As
medianas dos intervalos de tempos entre a 1ª consulta e o diagnóstico, diagnóstico e início
do tratamento e 1ª consulta e início do tratamento, apresentaram valores de 0 a 12 dias, 0 a
63 dias e 9 a 70 dias, respectivamente, dependendo do tipo de câncer analisado. Houve
incremento nos gastos federais no período de 2000-2005, sendo que 32,9% dos recursos
foram gastos com internações e 67,1% com quimioterapia e radioterapia.
Unitermos: câncer, tendência de mortalidade, registro de câncer, acesso a serviços de
saúde, gasto público.
Title: “Cancer in the state of São Paulo: an analysis of mortality, morbidity and
public expenditures”
Abstract
Introduction – The increase of the life expectancy and the population aging lead to the
increase of the occurrence of chronic illnesses, including cardiovascular diseases and
cancer. Cancer is currently recognized as one of the most important causes of mortality
worldwide. The pattern of cancer occurrence in Brazil and also in the state of São Paulo
includes not only the predominant types in developed countries, such as breast cancer,
prostate cancer, and colorectal cancer, but also those tumors traditionally associated to the
poverty, such as oral cancer, cervical cancer and stomach cancer.
Objectives – To characterize the burden of cancer in the state of São Paulo, regarding
mortality, morbidity and federal expenses with the oncologic assistance.
Methodology – This is an epidemiologic descriptive study. For the analysis of mortality
the data from the Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) had been used. Cancer
mortality trends for the period 1980-2004, for all sites and for the most frequent
topographies, were analyzed. Crude and adjusted coefficients had been calculated, using the
Segi´s world standard population; trends had been analyzed using linear regression and
through estimation of annual percent changes (APC) with their respective 95% confidence
intervals. The cancer cases registered on the Hospital Cancer Registry of the Fundação
Oncocentro de São Paulo, for the period of 2000-2005, had been described in relation to the
characteristics of time, place and person, with special emphasis in the intervals between the
first consultation, diagnosis and treatment. The analysis of the federal expenses was based
on the identification of federal funds transfer to both state and municipal managers, in the
period of 2000-2005, registered by the Fundo Nacional de Saúde.
Results – It was observed that in the period of 1980 the 2004, the cancer was the basic
cause of 13.2% of all deaths registered in the state of São Paulo. Statistically significant
increasing mortality trends were observed for lung cancer (males and females), colorectal
cancer (males and females), oral cavity/oropharynx (males), breast cancer (females), and
prostate cancer, while decreasing trends were noted for cervical cancer and stomach cancer
(males and females). No statistically significant trend in mortality was observed for
oropharyngeal/oral cancer among females. Regarding the cases registered in the RHC-SP,
breast cancer was the most frequent in the period of the study, followed by prostate, skin
and cervical cancers. The median values for the intervals between first consultation and
diagnosis, diagnosis and treatment and first consultation and treatment ranged from 0 to 12
days, 0-63 days and 9-70 days, respectively, depending on the cancer site. There was an
increment in the federal expenses in the period of 2000-2005, being that 32.9% of the funds
had been used to pay hospitalizations and 67.1% with chemotherapy and radiotherapy.
Keywords: cancer, mortality trends, cancer registries, health services accessibility, health
expenditures.
ÍNDICE
1- INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA................................................................23
1.1 O Câncer como problema de saúde pública..........................................................24
1.2 Os tipos mais freqüentes.......................................................................................26
1.3 A qualidade da assistência oncológica e os Registros Hospitalares de Câncer....30
1.4 A política de atenção oncológica no Brasil e em São Paulo
e alguns aspectos de sua organização...................................................................32
2- OBJETIVOS.........................................................................................................41
2.1 Objetivo Geral........................................................................................................42
2.2 Objetivos Específicos.............................................................................................42
2.2.1 - Quanto a mortalidade..................................................................................42
2.2.2 - Quanto a morbidade....................................................................................42
2.2.3 - Quanto ao gasto federal com a assistência no SUS....................................43
3- MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................44
3.1 – Tipo de estudo.....................................................................................................45
3.2- Mortalidade...........................................................................................................45
3.3 – Morbidade...........................................................................................................47
3.4 – Gasto público federal..........................................................................................48
3.5 – Aspectos Éticos...................................................................................................49
4- RESULTADOS......................................................................................................50
4.1 – Mortalidade por câncer.......................................................................................51
4.2 – Morbidade do câncer...........................................................................................72
4.3 – Gasto público federal........................................................................................151
5- DISCUSSÃO........................................................................................................163
5.1 – Morbi-mortalidade por câncer..........................................................................164
5.2 – Algumas características do RHC-SP................................................................174
5.3 – Gastos públicos federais...................................................................................176
6- CONCLUSÕES....................................................................................................182
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................186
8- ANEXOS..............................................................................................................194
LISTA DE ABREVIATURAS
AIH – Autorização de Internação Ambulatorial
APAC – Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/Custo
APC – Annual Percent Change
CACON – Centro de Alta Complexidade em Oncologia
CBC – Carcinoma basocelular
CEC – Carcinoma espinocelular
CECAN – Centro de Câncer
CICI – Classificação Internacional para Câncer Infantil
CID – Classificação Internacional de Doenças
CID-O – Classificação Internacional de Doenças para Oncologia
CoC – Comission on Cancer
CRACON – Centro de Referência de Alta Complexidade em Oncologia
DATASUS – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
DO – Declaração de Óbito
DRS – Departamento Regional de Saúde
FAEC – Fundo de Ações estratégicas e Complementares
FCA – Ficha de Cadastro Ambulatorial
FOSP – Fundação Oncocentro de São Paulo
HNPCC – Câncer Colorretal Hereditário não-Polipose
IARC – International Agency for Research on Cancer
INAMPS – Instituto Nacional de Previdência Social
INCA – Instituto Nacional de Câncer
MAC – Teto financeiro de média e de alta complexidade
NCDB – National Cancer Data Base
ONCOREDE – Rede Estadual de Assistência Oncológica
OPAS – Organização Pan-americana de Saúde
PSA – Antígeno Prostático Específico
RCBP – Registro de Câncer de Base Populacional
RHC-SP – Registro Hospitalar de Câncer do Estado de São Paulo
SIA-SUS – Sistema de Informação Ambulatorial do SUS
SIH-SUS – Sistema de Informação Hospitalar do SUS
SIM – Sistema de Informação de Mortalidade
SIPAC – Sistema Integrado de Procedimentos de Alta Complexidade
SIQT – Serviço Isolado de Quimioterapia
SIQTRT – Serviço Isolado de Quimioterapia e Radioterapia
SIRT - Serviço Isolado de Radioterapia
SNC – Sistema Nervoso Central
SOE – Sem outra especificidade
SUS – Sistema Único de Saúde
TNM – Classificação dos Tumores Malignos
UICC – União Internacional Contra o Câncer
UNACON – Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia
WHO – World Health Organization
WHOSIS – World Health Organization Statistical Information System
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Número de óbitos por câncer, taxas de mortalidade bruta e
ajustada por idade, segundo sexo e ano de ocorrência, estado de São
Paulo, 1980-2004.
Tabela 2 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade
por câncer (ajustadas por idade), segundo sexo, estado de São Paulo,
1980-2004.
Tabela 3 – Número de óbitos por câncer de pulmão, taxas de
mortalidade bruta e ajustada por idade, segundo sexo e ano de
ocorrência, estado de São Paulo, 1980-2004.
Tabela 4 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade
por câncer de pulmão (ajustadas por idade), segundo sexo, estado de
São Paulo, 1980-2004.
Tabela 5 – Número de óbitos por câncer de estômago, taxas de
mortalidade bruta e ajustada por idade, segundo sexo e ano de
ocorrência, estado de São Paulo, 1980-2004.
Tabela 6 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade
por câncer de estômago (ajustadas por idade), segundo sexo, estado de
São Paulo, 1980-2004.
Tabela 7 – Número de óbitos por câncer de cólon e reto, taxas de
mortalidade bruta e ajustada por idade, segundo sexo e ano de
ocorrência, estado de São Paulo, 1980-2004.
Tabela 8 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade
por câncer de cólon e reto (ajustadas por idade), segundo sexo, estado
de São Paulo, 1980-2004.
Tabela 9 – Número de óbitos por câncer de boca e orofaringe, taxas
de mortalidade bruta e ajustada por idade, segundo sexo e ano de
ocorrência, estado de São Paulo, 1980-2004.
51
52
54
55
57
58
60
61
63
Tabela 10 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade
por câncer de boca e orofaringe (ajustadas por idade), segundo sexo,
estado de São Paulo, 1980-2004.
Tabela 11 – Número de óbitos por câncer de mama, taxas de
mortalidade bruta e ajustada por idade, entre as mulheres segundo o
ano de ocorrência, estado de São Paulo, 1980-2004.
Tabela 12 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade
por câncer de mama em mulheres (ajustadas por idade), estado de São
Paulo, 1980-2004.
Tabela 13 – Número de óbitos por câncer de colo uterino, taxas de
mortalidade bruta e ajustada por idade, entre as mulheres segundo o
ano de ocorrência, estado de São Paulo, 1980-2004.
Tabela 14 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade
por câncer do colo uterino (ajustadas por idade), estado de São Paulo,
1980-2004.
Tabela 15 – Número de óbitos por câncer de próstata, taxas de
mortalidade bruta e ajustada por idade, segundo o ano de ocorrência,
estado de São Paulo, 1980-2004.
Tabela 16 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade
por câncer de próstata (ajustadas por idade), estado de São Paulo,
1980-2004.
Tabela 17 – Número e porcentagem de casos registrados no RHC-SP,
segundo escolaridade, 2000-2005.
Tabela 18 – Número e porcentagem de casos de câncer registrados no
RHC-SP, segundo topografia e sexo, 2000-2005.
Tabela 19 – Número e porcentagem dos casos registrados segundo
estadiamento clínico, RHC-SP, 2000-2005.
Tabela 20 – Número e porcentagem de casos de câncer de boca e
orofaringe, registrados no RHC-SP, segundo escolaridade, 2000-2005.
64
66
67
68
69
70
71
73
74
80
83
Tabela 21 – Número e porcentagem de casos de câncer de boca e
orofaringe, registrados no RHC-SP, segundo estádio clínico ao
diagnóstico, 2000-2005.
Tabela 22 – Número e porcentagem de tumores de boca e orofaringe
registrados no RHC-SP, segundo estadiamento clínico e escolaridade,
2000-2005.
Tabela 23 – Número e porcentagem de casos de câncer de boca e
orofaringe, registrados no RHC-SP, segundo tratamento proposto,
2000-2005.
Tabela 24 – Número e porcentagem de caso de câncer de estômago,
registrados no RHC-SP, segundo escolaridade, 2000-2005.
Tabela 25 Número e porcentagem de casos de câncer de estômago,
registrados no RHC-SP, segundo estádio clínico ao diagnóstico, 2000-
2005.
Tabela 26 – Número e porcentagem de casos de câncer de estômago
registrados no RHC-SP, segundo estadiamento clínico e escolaridade,
2000-2005.
Tabela 27 Número e porcentagem de casos de câncer de estômago,
registrados no RHC-SP, segundo tratamento proposto, 2000-2005.
Tabela 28 – Número e porcentagem de casos de câncer de pulmão
registrados no RHC-SP, segundo escolaridade, 2000-2005.
Tabela 29Número e porcentagem de casos de câncer de pulmão
registrados no RHC-SP, segundo estádio clínico ao diagnóstico, 2000-
2005.
Tabela 30 – Número e porcentagem de casos de câncer de pulmão,
registrados no RHC-SP, segundo estadiamento clínico e escolaridade,
2000-2005.
Tabela 31 – Número e porcentagem de casos de câncer de pulmão,
registrados no RHC-SP, segundo tratamento proposto, 2000-2005.
Tabela 32 – Número e porcentagem de casos de câncer de cólon e
reto, registrados no RHC-SP, segundo escolaridade, 2000-2005.
86
87
88
90
93
94
95
97
100
101
102
104
Tabela 33 – Número e porcentagem de casos de câncer de cólon e
reto, registrados no RHC-SP, segundo estádio clínico ao diagnóstico,
2000-2005.
Tabela 34 Número e porcentagem de casos de câncer de cólon/reto,
registrados no RHC-SP, segundo estadiamento clínico e escolaridade,
2000-2005.
Tabela 35 – Número e porcentagem de casos de câncer de cólon e
reto, registrados no RHC-SP, segundo tratamento proposto, 2000-
2005.
Tabela 36 – Número e porcentagem de casos de câncer de próstata
registrados no RHC-SP, segundo escolaridade, 2000-2005.
Tabela 37 – Número e porcentagem de casos de câncer de próstata
registrados no RHC-SP, segundo estádio clínico ao diagnóstico, 2000-
2005.
Tabela 38 – Número e porcentagem de casos de câncer de próstata,
registrados no RHC-SP, segundo estadiamento clínico e escolaridade,
2000-2005.
Tabela 39 – Número e porcentagem de casos de câncer de próstata
registrados no RHC-SP, segundo o tipo de tratamento proposto, 2000-
2005.
Tabela 40 – Número e porcentagem de casos de câncer do colo
uterino, registrados no RHC-SP, segundo escolaridade, 2000-2005.
Tabela 41 – Número e porcentagem de casos de câncer do colo
uterino, registrados no RHC-SP, segundo estadiamento clínico e
escolaridade, 2000-2005.
Tabela 42 – Número e porcentagem de casos de câncer do colo
uterino, registrados no RHC-SP, segundo o tipo de tratamento
proposto, 2000-2005.
Tabela 43 – Número e porcentagem de casos de câncer de mama
registrados no RHC-SP, sexo feminino, segundo escolaridade, 2000-
2005.
107
108
109
111
114
115
116
118
121
122
125
Tabela 44 – Número e porcentagem de casos de câncer de mama em
mulheres registrados no RHC-SP, 2000-2005.
Tabela 45 – Número e porcentagem de casos de câncer de mama
registrados no RHC-SP para o sexo feminino, segundo estadiamento
clínico e escolaridade, 2000- 2005.
Tabela 46 – Número e porcentagem de casos de câncer de mama em
mulheres registrados no RHC-SP, segundo o tipo de tratamento
proposto, 2000-2005.
Tabela 47 Número e porcentagem de casos de câncer de pele
registrados no RHC, segundo escolaridade, estado de São Paulo,
2000-2005.
Tabela 48 Número e porcentagem de casos de câncer de pele
registrados no RHC, segundo estádio clínico ao diagnóstico e tipo
histológico (melanomas e não melanomas), 2000-2005.
Tabela 49 – Número e porcentagem de casos de câncer de pele tipo
melanoma, segundo estadiamento clínico e escolaridade, registrados
no RHC, 2000-2005.
Tabela 50 Número e porcentagem de casos de câncer de pele
registrados no RHC-SP, segundo o tipo de tratamento proposto, 2000-
2005.
Tabela 51 – Número e porcentagem de caso de câncer do sistema
hematopoiético registrados no RHC, segundo escolaridade, estado de
São Paulo, 2000-2005.
Tabela 52 – Número e porcentagem de caso de câncer do sistema
hematopoiético registrados no RHC-SP, segundo tipo histológico,
2000-2005.
Tabela 53 Distribuição dos casos de neoplasias do sistema
hematopoiético registradas no RHC-SP, segundo tratamento realizado,
2000-2005.
128
129
130
132
136
137
138
140
143
144
Tabela 54 – Número e porcentagem de caso de câncer na infância e
adolescência, registrados no RHC-SP, segundo tipo de neoplasia e
faixa etária, 2000-2005.
Tabela 55 Distribuição dos casos de neoplasias pediátricas
registradas no RHC-SP e classificáveis segundo a CICI, segundo
tratamento proposto, 2000-2005.
Tabela 56 – Distribuição do número e da porcentagem de internações
e de procedimentos ambulatoriais, pelo total geral da assistência e da
oncologia, no país e em São Paulo, de 2000-2005.
Tabela 57 - Número de internações, por neoplasia, aprovadas pelo
SUS, por Regional de Saúde do estado de São Paulo, no período de
2000 a 2005.
Tabela 58 - Valor médio das internações pagas pelo SUS, segundo
Regional de Saúde do estado de São Paulo e ano de internação, 2000-
2005.
Tabela 59 - Quantidade e valor gasto com internações oncológicas,
aprovadas pelo SUS, por tipo de gestão e valor médio das internações,
no estado de São Paulo, 2000-2005.
Tabela 60 - Número de procedimentos ambulatoriais aprovados pelo
SUS (quimioterapia e radioterapia) aprovados pelo SUS, segundo
Regional de Saúde do estado de São Paulo, 2000-2005.
Tabela 61 – Distribuição dos recursos gastos com assistência
ambulatorial, em quimioterapia e radioterapia, no estado de São Paulo,
no período de 2000 a 2005.
Tabela 62 Quantidade e valor gasto dos atendimentos de
quimioterapia e de radioterapia aprovados pelo SUS, por tipo de
gestão e valor médio do procedimento, no período de 2000 a 2005.
148
149
151
154
155
156
158
159
160
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer e variação
percentual anual (APC), sexo masculino, estado de São Paulo, 1980-
2004.
Gráfico 2 - Tendência das taxas de mortalidade por câncer e variação
percentual anual (APC), sexo feminino, estado de São Paulo, 1980-
2004.
Gráfico 3 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de pulmão
e variação percentual anual (APC), sexo masculino, estado de São
Paulo, 1980-2004.
Gráfico 4 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de pulmão
e variação percentual anual (APC), sexo feminino, estado de São
Paulo, 1980-2004.
Gráfico 5 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de
estômago e variação percentual anual (APC), sexo masculino, estado
de São Paulo, 1980-2004.
Gráfico 6 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de
estômago e variação percentual anual (APC), sexo feminino, estado de
São Paulo, 1980-2004.
Gráfico 7 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de cólon e
de reto e variação percentual anual (APC), sexo masculino, estado de
São Paulo, 1980-2004.
Gráfico 8 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de cólon e
reto e variação percentual anual (APC), sexo feminino, estado de São
Paulo, 1980-2004.
Gráfico 9 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de boca e
orofaringe e variação percentual anual (APC), sexo masculino, estado
de São Paulo, 1980-2004.
52
53
55
56
58
59
61
62
64
Gráfico 10 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de boca e
orofaringe e variação percentual anual (APC), sexo feminino, estado
de São Paulo, 1980-2004.
Gráfico 11 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de mama
e variação percentual anual (APC), sexo feminino, estado de São
Paulo, 1980-2004.
Gráfico 12 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer do colo
uterino e variação percentual anual (APC), estado de São Paulo, 1980-
2004.
Gráfico 13 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de
próstata e variação percentual anual (APC), estado de São Paulo,
1980-2004.
Gráfico 14 – Número de casos registrados no RHC-SP, segundo ano
de diagnóstico e sexo, 2000-2005.
Gráfico 15 – Distribuição dos casos registrados no RHC-SP, segundo
sexo e faixa etária, 2000-2005.
Gráfico 16 – Porcentagem dos casos registrados segundo
estadiamento clínico e ano de diagnóstico, do Registro Hospitalar de
Câncer do Estado de São Paulo, de 2000 a 2005.
Gráfico 17 - Distribuição dos casos de câncer de boca e orofaringe,
registrados no RHC-SP, segundo sexo e faixa etária, 2000-2005.
Gráfico 18 - Distribuição dos casos de câncer de estômago, total e
segundo sexo e faixa etária, registrados no RHC-SP, 2000-2005.
Gráfico 19 - Distribuição dos casos de câncer de pulmão, registrados
no RHC-SP, segundo sexo e faixa etária, 2000-2005.
Gráfico 20 - Distribuição dos tumores de cólon e reto, segundo sexo e
faixa etária, registrados no RHC, no estado de São Paulo, de 2000 a
2005.
Gráfico 21 - Distribuição dos casos de câncer da próstata registrados
no RHC-SP, segundo faixa etária, 2000-2005.
65
67
69
71
72
77
81
82
89
96
103
110
Gráfico 22 - Distribuição dos casos de câncer do colo do útero
registrados no RHC-SP, segundo faixa etária, 2000-2005.
Gráfico 23 - Distribuição dos casos de câncer de mama em mulheres,
registrados no RHC-SP, segundo faixa etária, 2000-2005.
Gráfico 24 - Distribuição dos casos de câncer de pele, segundo sexo e
faixa etária, registrados no RHC-SP, de 2000 a 2005.
Gráfico 25 - Distribuição dos casos de câncer do sistema
hematopoiético, segundo sexo e faixa etária, registrados no RHC,
estado de São Paulo, 2000-2005.
Gráfico 26 - Distribuição dos casos de câncer na infância e
adolescência, segundo sexo e faixa etária, registrados no RHC-SP,
2000-2005.
Gráfico 27 - Gastos com assistência oncológica, ambulatorial e
hospitalar pelo SUS, no estado de São Paulo, no período de 2000 a
2005.
Gráfico 28 – Valor per capita gasto pelo SUS, em oncologia, por DRS
de residência, do estado de São Paulo, de 2000 a 2005.
Gráfico 29 – Distribuição da freqüência dos procedimentos de
quimioterapia e de radioterapia realizados no estado de São Paulo,
pelo SUS, de 2000 a 2003.
Gráfico 30 – Distribuição dos recursos federais com quimioterapia e
radioterapia no estado de São Paulo, de 2000 a 2005.
117
124
131
139
145
152
153
161
162
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Número de casos registrados no RHC-SP, segundo estado
de residência, 2000-2005.
Figura 2 – Número de casos de câncer registrados no RHC-SP entre
os residentes do estado de São Paulo, segundo município de
residência, 2000-2005.
Figura 3 – Distribuição dos casos de câncer de boca e orofaringe,
registrados no RHC-SP, por estado de residência do paciente, 2000-
2005.
Figura 4 - Distribuição dos casos de câncer de boca e orofaringe,
registrados no RHC-SP, dos residentes do estado de São Paulo, por
município de residência, 2000-2005.
Figura 5 – Número de casos de câncer de estômago registrados no
RHC-SP, segundo estado de residência, 2000-2005.
Figura 6 – Distribuição dos casos de câncer de estômago, registrados
no RHC-SP, dos residentes do estado de São Paulo, segundo
município de residência, 2000-2005.
Figura 7 – Número de casos de câncer de pulmão, registrados no
RHC-SP, segundo estado de residência, 2000-2005.
Figura 8 - Distribuição dos casos de câncer de pulmão, registrados no
RHC-SP, dos residentes do estado de São Paulo, segundo município
de residência, 2000-2005.
Figura 9 - Número de casos de câncer de cólon e reto, registrados no
RHC-SP, segundo estado de residência, 2000-2005.
Figura 10 - Distribuição dos casos de câncer de cólon e reto,
registrados no RHC-SP, dos residentes do estado de São Paulo,
segundo município de residência, 2000-2005.
78
79
84
85
91
92
98
99
105
106
Figura 11 - Número de casos de câncer de próstata, registrados no
RHC-SP, segundo estado de residência, 2000-2005.
Figura 12 - Número de casos de câncer da próstata, registrados no
RHC-SP, entre os residentes do estado de São Paulo, segundo
município de residência, 2000-2005.
Figura 13 - Número de casos de câncer do colo uterino, registrados
no RHC-SP, segundo estado de residência, 2000-2005.
Figura 14 - Número de casos de câncer de colo uterino, registrados no
RHC-SP, entre os residentes do estado de São Paulo, segundo
município de residência, 2000-2005.
Figura 15 - Número de casos de câncer de mama, em mulheres,
registrados no RHC-SP, segundo estado de residência, 2000-2005.
Figura 16 -mero de casos de câncer de mama em mulheres,
registrados no RHC-SP, entre as residentes no estado de São Paulo,
segundo município de residência, 2000-2005.
Figura 17 - Número de casos de câncer de pele registrados no RHC-
SP, segundo estado de residência, 2000-2005.
Figura 18 - Número de casos de câncer de pele registrados no RHC-
SP entre os residentes do estado de São Paulo, segundo município de
residência, 2000-2005.
Figura 19 Porcentagem de casos de câncer de pele registrados no
RHC-SP, segundo sub-localização anatômica, 2000-2005.
Figura 20 - Número de casos de câncer do sistema hematopoiético
registrados no RHC-SP, segundo estado de residência, 2000-2005.
Figura 21 - Número de casos de câncer do sistema hematopoiético
registrados no RHC-SP entre os residentes do estado de São Paulo,
segundo município de residência, 2000-2005.
Figura 22 - Número de casos de câncer pediátrico, registrados no
RHC-SP, segundo estado de residência, 2000-2005.
112
113
119
120
126
127
133
134
135
141
142
146
Figura 23 – Número de casos de câncer pediátrico, registrados no 147
RHC-SP entre os residentes do estado de São Paulo, segundo o
município de residência, 2000-2005.
1- INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
1.1 – O câncer como problema de saúde pública
O termo câncer é atribuído a um conjunto de doenças que tem em comum a
característica de crescimento desordenado das células, invasão e disseminação das células
neoplásicas para outros órgãos, fenômeno este denominado metástase
1,2
. Os cânceres
humanos, em sua grande maioria, são decorrentes da exposição a agentes ou fatores
ambientais. Os agentes ou fatores carcinogênicos mais comuns são: dieta (35%), tabaco
(30%), infecção (10%), comportamento reprodutivo e sexual (7%), ocupação (4%),
fatores geofísicos (3%), álcool (3%), poluição (2%), aditivos de alimentos (1%),
medicamentos (1%) e produtos industriais (1%)
3
.
O aparecimento do câncer, na maioria dos casos, está associado a causas
múltiplas, que vão desde a susceptibilidade genética até as condições determinadas pelo
modo de viver e pelo ambiente
4
. A vida sedentária, a alimentação inadequada, a
exposição solar, a prática sexual sem proteção, o fumo, o álcool e a ausência de
vacinação contra os agentes infecciosos são fatores que contribuem para o surgimento de
doenças crônicas na vida adulta
5
.
Segundo a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), o câncer é um
problema de saúde pública para os países desenvolvidos e também para aqueles em
processo de desenvolvimento, nos quais a soma de casos novos diagnosticados a cada ano
atinge 50% do total observado nos cinco continentes
6
. Essa dupla carga de doença foi
descrita por CONILL (2006), que refere que “além de produzir desigualdades, o processo
de modernização acelerada da América Latina nos últimos decênios levou a um padrão
de transição demográfica e epidemiológica caracterizado por uma situação que FRENK
et al (1998) denominou de “la doble carga”, ou seja, a necessidade do enfrentamento de
desafios característicos de sociedades mais desenvolvidas sem a resolução dos problemas
típicos do atraso social e econômico. Assim, existem problemas acumulados e
emergentes a serem superados tanto no que se refere à saúde da população como à gestão
das instituições”
7
.
Em relação à incidência, se excluirmos os cânceres de pele não-melanoma, os
cânceres mais comuns, mundialmente, são: o câncer de pulmão (1.352.132 casos
novos/ano), o câncer de mama (1.151.298 casos novos/ano) e o câncer de cólon e reto
(1.023.152 casos novos/ano)
8
. Existem importantes diferenças nas taxas de incidência
segundo sexo. Para o sexo masculino, os cânceres mais incidentes são os de pulmão
(35,5/100.000; 16,6% de todos os casos de câncer entre os homens), estômago
(22,0/100.000; 10,4% de todos os casos de câncer entre os homens) e próstata
(25,3/100.000; 11,7% de todos os casos de câncer entre os homens) enquanto que, para o
sexo feminino, os cânceres de mama (37,4 casos novos/100.000 mulheres; 22.7% de
todos os casos de câncer entre as mulheres), colo uterino (16,2/100.000; 9,7% de todos os
casos de câncer entre as mulheres) e colorretal (14,6/100.000; 9,3% de todos os casos de
câncer entre as mulheres) são os de maior magnitude
8
.
No Brasil, para 2008, foram estimados aproximadamente 467.000 casos novos
de câncer, sendo cerca de 235.000 e 232.000, para mulheres e homens, respectivamente
9
.
Excluindo-se os cânceres de pele não-melanoma, observamos que, no país, os cânceres
mais incidentes são os de próstata, pulmão, estômago, cólon/reto e boca para os homens
e, para as mulheres, mama, colo uterino, cólon/reto, pulmão e estômago
9
. Para o estado
de São Paulo, foi estimada para 2008, a ocorrência de aproximadamente 134.000 casos
novos de câncer, correspondendo a 29% dos casos observados em todo o país
9
.
O câncer é atualmente conhecido como uma das mais importantes causas de
mortalidade do mundo. No Brasil, foi responsável, em 2004, por 140.801 óbitos,
configurando-se como a segunda causa de morte no país (13,7%), superado apenas por
doenças cardiovasculares (27,9%) e seguido pelas causas externas e as mal definidas
(12,4%)
10
. Na análise por sexo, ficam evidentes as variações entre homens e mulheres na
mortalidade proporcional. Para os homens as mortes por causas externas estão em 2º
lugar com 18,0% e as neoplasias em 3º lugar com 12,8% das causas, enquanto que as
neoplasias foram responsáveis por 15,1% dos óbitos femininos, seguidos por 13,0%
relacionados a causas mal definidas
10
.
Este cenário se mostra cada vez mais preocupante. Numa análise retrospectiva
observamos que as neoplasias eram a quarta causa de óbitos no Brasil de 1997-1999,
passando para a terceira causa no triênio 2000-2002 e como a segunda causa em 2003-
2004. Para o estado de São Paulo a neoplasia foi a terceira causa de óbito de 1996-1997
e, a partir de 1998, passaram a ser a segunda causa. As neoplasias foram responsáveis por
16,1% de todos os óbitos registrados no estado em 2004
10
.
1.2 – Os tipos de câncer mais freqüentes
O câncer de pulmão é a neoplasia maligna mais freqüente em todo o mundo e
é a maior causa de óbito por câncer, principalmente no sexo masculino
11
. Era uma
doença rara até o início do século XX, quando sua ocorrência teve um crescimento
rápido, devido ao aumento do tabagismo
11
. As maiores taxas de incidência ajustadas por
idade são observadas na população negra de Detroit, nos Estados Unidos (85,0/100.000
habitantes) e em Kentucky, Estados Unidos (50,3/100.000 habitantes), para homens e
mulheres, respectivamente
12
. No Brasil, segundo dados dos registros de câncer de base
populacional, as maiores taxas de incidência são observadas em Porto Alegre, tanto para
homens (72,6/100.000) como para mulheres (23,3/100.000)
13
. O Instituto Nacional do
Câncer (INCA) estimou, para 2008, a ocorrência de 27.270 casos novos de câncer de
pulmão em todo o país e 7.570, no estado de São Paulo
9
. Em 2005, foram registrados em
todo o Brasil, 18.078 óbitos por câncer de pulmão, sendo este a principal causa de óbito
por neoplasias malignas
10
. Destes, 4.777 (26,4%) ocorreram entre residentes do estado
de São Paulo, onde também é a principal causa de óbito por neoplasias malignas entre os
homens e a terceira entre as mulheres
10
. O tabagismo é o principal fator de risco para o
câncer de pulmão, sendo que, no sexo masculino, mais de 80% dos casos de câncer de
pulmão são atribuídos ao hábito de fumar
11
.
O câncer de mama é o mais freqüente entre as mulheres em todo mundo, não
só nos países desenvolvidos, mas também nos países em desenvolvimento
8, 11
.
Mundialmente, estima-se que mais de um milhão de casos novos ocorra a cada ano
8, 11
.
As maiores taxas de incidência para o câncer de mama, no sexo feminino, são observadas
nos Estados Unidos (Hawaii – 118,9/100.000 e District of Columbia (população branca):
115,2/100.000)
12
. No Brasil, para as mulheres, as maiores taxas de incidência são
observadas em São Paulo (93,8/100.000) e Porto Alegre (93,2/100.000)
13
. O Instituto
Nacional do Câncer estimou, para este ano, a ocorrência de aproximadamente 50 mil
casos novos de câncer de mama entre as mulheres brasileiras e destes, 15.640 entre as
mulheres residentes no estado de São Paulo
9
. Em todo o país, o câncer de mama é a
principal causa de óbito por neoplasias malignas entre as mulheres
10
. Em 2005, foram
registrados no Brasil, 10.270 óbitos por câncer de mama, 3.163 (30,8%) ocorreram entre
residentes do estado de São Paulo
10
. Do total de óbitos por câncer de mama, apenas 0,6%
no Brasil e 0,6% no estado de São Paulo ocorreram em indivíduos do sexo masculino
10
.
O câncer de mama em homens é bastante raro, com uma incidência 100 vezes menor do
que a observada em mulheres
11
. Os fatores de risco para o câncer de mama em mulheres
são principalmente aqueles relacionados à vida reprodutiva tais como menarca precoce,
menopausa tardia, nuliparidade, ou idade avançada à época do primeiro parto. Incluem
também diversos outros fatores genéticos e ambientais, tais como história familiar de
câncer de mama, doença mamária benigna, obesidade, pouca atividade física, uso de
anticoncepcionais orais e ingestão de álcool
11, 14
. O diagnóstico precoce do câncer de
mama é fundamental para o prognóstico da doença: quanto mais inicial for o
estadiamento da doença, melhores são as possibilidades de cura.
O câncer de estômago é o quarto tipo de câncer mais freqüente em todo o
mundo, correspondendo a cerca de 8,6% de todos os cânceres. O impacto deste tipo de
câncer é mais comum nos países em desenvolvimento, onde corresponde a 10,6% da
incidência, comparado a 1,5% observado nos países desenvolvidos
8
. A incidência do
câncer de estômago vem diminuindo e essa queda na freqüência está associada à redução
do consumo de alimentos salgados, graças à melhora no processo de conservação dos
alimentos e sua refrigeração
11
. Atualmente, as maiores taxas de incidência são
registradas no Japão, para ambos os sexos (80,5/100,000 - Homens em Hiroshima e
31,3/100.000 - Mulheres em Yamagata)
12
. No Brasil, as taxas de incidência são maiores
no sexo masculino, sendo encontrada em São Paulo a taxa de 31,6/100.000 para homens
e de 13,7/100.000 para mulheres
13
, mas ainda ocupam um padrão intermediário no
cenário mundial. São estimados para 2008, cerca de 50 mil casos novos de câncer de
estômago (14.180 no sexo masculino e 7.720 no sexo feminino)
9
. Aproximadamente
6.500 casos novos de câncer gástrico foram estimados para o estado de São Paulo
9
. No
Brasil, globalmente, o câncer de estômago é a 2ª causa de óbito por neoplasias malignas
e, em São Paulo, a terceira, superado pelos cânceres de pulmão e de cólon/reto
10
. Em
2005, foram registrados 12.435 e 3.514 óbitos por câncer de estômago no Brasil e no
estado de São Paulo respectivamente
10
. A infecção pelo Helicobacter pylori é
considerada o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer gástrico
11
, ainda
que outros fatores de risco também sejam considerados (idade, etnia, história familiar de
câncer gástrico, dieta, tabagismo, anemia perniciosa, grupo sangüíneo A, vírus Epstein
Baar e certas atividades ocupacionais com exposição a carvão, metais e borracha)
11,14,15
.
O diagnóstico do câncer gástrico geralmente é tardio e as taxas de sobrevida global em 5
anos estão ao redor de 30%
11
.
Nos países desenvolvidos, o câncer de cólon e reto é o segundo mais
importante, tanto em termos de incidência como mortalidade
11
. Existe uma importante
variação geográfica nas taxas de incidência, indicando o papel dos fatores ambientais e
do estilo de vida na etiologia desta neoplasia
11
. No Brasil, vem sendo observado um
aumento da mortalidade por essa neoplasia, que, atualmente é a terceira principal causa
de morte por câncer
10
. Em 2005, foram registrados 10.321 óbitos no Brasil e 3.673 no
estado de São Paulo, sendo a maioria deles registrados entre mulheres
10
. No mundo, as
maiores taxas são observadas na República Tcheca (58,7/100.000 homens) e na Nova
Zelândia (38,6/100.000 mulheres)
12
e, no Brasil, na cidade de São Paulo (36,3/100.000
homens e 30,2/100.000 mulheres)
9
. Os fatores de risco conhecidos para este tipo de
câncer são a idade, alto consumo de gorduras e carnes vermelhas, doenças intestinais
prévias como colite ulcerativa e doença de Crohn, história familiar de câncer colorretal,
sedentarismo, sobrepeso, tabagismo, alcoolismo, diabetes tipo II e certas síndromes
genéticas como a Polipose Adenomatosa Familial e HNPCC (Câncer Colorretal
Hereditário não-Polipose)
11,15
. O alto consumo de frutas, verduras, legumes e fibras é
considerado como um fator de proteção, reduzindo o risco de câncer colorretal
6
. A
colonoscopia é o método mais confiável para a detecção precoce e a melhora nas
modalidades terapêuticas tem resultado em aumento nas taxas de sobrevida, que,
atualmente, encontram-se ao redor de 50%
11
.
O câncer de próstata é o terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens
no mundo, superado apenas pelo câncer de pulmão e pelo câncer colorretal
11
. Estima-se
a ocorrência de 543.000 casos novos por ano em todo mundo e de 200 mil mortes por
câncer de próstata, que ocorrem principalmente na população mais idosa e dos países em
desenvolvimento
11
. Entre os fatores de risco, estão as dietas calóricas e ricas em
gorduras, e a baixa atividade física. Nos países onde foi introduzido o rastreamento para
este tipo de câncer (PSA) a doença tem sido diagnosticada em estádios precoces, porém
nem sempre resultando em redução nas taxas de mortalidade
11
. As maiores taxas de
incidência são observadas na população negra da cidade de Michigan, nos Estados
Unidos da América (216,0/100 mil homens) e a menor em Jiashan na China (1,4/100 mil
homens)
12
. No Brasil, as maiores taxas de incidência foram observadas em Belo
Horizonte (133,7/100 mil homens) e Palmas (107,1/100.000 homens) e as menores, em
Belém (16,7/100.000 homens) e Vitória (13,5/100.000 homens)
13,5
. Em 2005, foram
registrados no país 10.214 óbitos e 24,7% deles ocorreram em indivíduos residentes no
estado de São Paulo
10
.
Para as mulheres o câncer de colo de útero é o segundo tipo de câncer mais
freqüente no país, e apresenta altas taxas de sobrevida se diagnosticado precocemente. É
o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo, sendo que quase 80%
dos casos ocorrem em países em desenvolvimento
3
. Estima-se a ocorrência de 470.000
casos novos de câncer de colo uterino anualmente e 230.000 mortes em todo mundo
11
.
As maiores taxas de incidência são observadas no Zimbabue (47,3/100.000 mulheres),
Uganda (45,8/100.000 mulheres) e em Trujillo-Peru (43,9/100.000 mulheres)
12
. Entre as
capitais brasileiras, Palmas apresentou a maior taxa de incidência (66,9/100.000
mulheres) e Salvador, a menor (12,1/100.000 mulheres)
13,5
. No Brasil, em 2005, foram
registrados 4.506 óbitos
10
. A mortalidade por câncer de colo do útero tem diminuído no
Brasil e no mundo devido ao rastreamento. O exame de Papanicolaou está cada vez mais
acessível à população brasileira e vem se mostrando uma importante estratégia para a
prevenção
16
. Contudo, esta neoplasia ainda aparece entre as cinco principais causas de
óbitos por câncer no país
10
.
O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum e, quando detectado
precocemente, apresenta as maiores taxas de cura
17
. Os tipos mais freqüentes são o
carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma epidermóide ou espinocelular (CEC)
9
. O
estado de Santa Catarina é o que apresenta a maior taxa de incidência bruta estimada
(131,27/100.000 homens e 86,98/100.000 mulheres) e Roraima, o estado com a menor
estimativa de incidência para 2008 (7,77/100.000 homens e 13,88/100.000 mulheres)
13
.
Para o estado de São Paulo, foram estimadas taxas de incidência de 82,89 e 69,48 por
100.000 homens e mulheres, respectivamente
13
. O melanoma é o tipo de câncer de pele
mais grave, com incidência baixa e letalidade elevada
9
. Estima-se para o ano de 2008 a
ocorrência de 2.950 casos novos em homens e 2.970 em mulheres, em todo o país; Santa
Catarina e o Rio Grande do Sul são os estados que apresentam as maiores estimativas de
incidência com taxas brutas de 8,6 e 8,2/100.000 homens e 8,1 e 7,3/100.000 mulheres,
respectivamente. No estado de São Paulo foram estimadas taxas de 4,8/100.000 homens e
de 5,3/100.000 mulheres
13
. As áreas do corpo mais expostas como cabeça, pescoço e
membros, são as localizações de mais de 90% dos casos de câncer de pele
13
. Em 2005,
foram registrados 1.171 óbitos por câncer de pele no Brasil e 401 óbitos no estado de São
Paulo
10
.
O câncer de boca e de orofaringe é fortemente relacionado ao consumo do
tabaco, que eleva o risco de ocorrência do câncer de duas a três vezes e quando associado
ao álcool este risco se eleva de 10 a 15 vezes
18
. Existem diferenças regionais na
epidemiologia do câncer de boca, com destaque para a elevada ocorrência em países do
sudeste asiático
18
. O Brasil e Porto Rico registram as maiores taxas de incidência (acima
de 15/100.000) dentre os países da América Latina e Caribe, o que constitui um
importante problema de saúde pública
19
. Há variações importantes na taxa de incidência
entre os países da América Latina e do Caribe de até sete vezes entre os homens e de até
dez vezes entre as mulheres
19
. No Brasil, têm sido registrados dois padrões de incidência
e de mortalidade, sendo um nas regiões Sul e Sudeste onde registram-se as maiores taxas
de incidência e o segundo, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste, com as menores
19
. Em decorrência do diagnóstico tardio, a sobrevida do paciente com câncer de
boca/orofaringe é baixa no país e alguns dados apontam que o problema pode crescer no
Brasil nas próximas décadas
19
. O Instituto Nacional do Câncer estimou que em 2008
ocorrerão 14.160 casos novos de câncer da cavidade oral, sendo 10.380 em indivíduos do
sexo masculino e 3.780 do sexo feminino no Brasil. Para o estado de São Paulo foram
estimados 4.510 casos novos sendo 3.490 no sexo masculino e 1.020 no sexo feminino
9
.
O câncer infantil compreende de 0,5% a 3% de todas as neoplasias na maioria
das populações
20
, com estimativa de incidência anual de 200 mil casos no mundo. No
Brasil o percentual mediano dos tumores pediátricos observados no Registro de Câncer
de Base Populacional (RCBP) encontra-se próximo de 3%
9
. Os tipos de tumores
pediátricos mais comuns são as leucemias, os linfomas e os tumores do sistema nervoso
central
5,20
. Os dados do RCBP apontam variação de 1,0% a 4,6%, respectivamente em
Palmas (2000-2001) e Campo Grande (2000), na incidência de tumores pediátricos dentre
todos os tumores ocorridos no país. O município de São Paulo registrou a ocorrência de
1.675 casos de tumores pediátricos (RCBP, 1997-1998), sendo que 26,7% eram
leucemias, 14,9% linfomas e 16,4%, tumores do sistema nervoso central
21
. A etiologia do
câncer pediátrico ainda é pouco conhecida, sendo provável a existência de menor relação
com a exposição a agentes carcinogênicos exógenos, ao contrário do que ocorre em
indivíduos adultos, sendo a predisposição genética um importante fator etiológico
20
. No
Brasil estima-se a ocorrência em 2008 de 9.890 casos novos de câncer em crianças e
adolescentes até dezoito anos de idade
9
.
1.3 - A qualidade da assistência oncológica e os Registros Hospitalares de
Câncer
Os registros de câncer são uma parte essencial de qualquer programa de
controle do câncer. Os dados produzidos pelos registros podem ser usados na pesquisa
etiológica, no planejamento de medidas de prevenção primária e secundária e na
avaliação da qualidade da assistência prestada
22
. Para esta última finalidade, os dados
dos registros hospitalares de câncer (RHC) são mais adequados, uma vez que têm
informações mais detalhadas sobre o estadiamento, tratamento e seguimento,
informações estas que, na sua maioria, não são rotineiramente coletadas pelos registros de
câncer de base populacional (RCBP)
22
. Desta forma, uma base de dados oriunda dos
RHC (que coletam um conjunto padronizado de variáveis) pode servir para a realização
de uma avaliação da assistência oncológica, de uma forma mais sistemática
23
. Como
melhor exemplo de tal utilização, podemos citar a National Cancer Data Base (NCDB),
um programa conjuntamente administrado pela Comission on Cancer (CoC) e pelo
American College of Surgeons. Esta base de dados inclui informações de mais de 1.400
RHC nos Estados Unidos e em Porto Rico, contendo atualmente cerca de 20 milhões de
casos registrados. Seus dados são utilizados para explorar tendências nos tratamentos
empregados, criar padrões a serem seguidos pelos hospitais participantes, além de
servirem como base para a melhora da qualidade (http://www.facs.org/cancer/ncdb/
).
Até o presente momento, a maioria das pesquisas sobre a qualidade da
assistência oncológica e também as diretrizes para tratamento de pacientes com câncer
tem sido baseadas em ensaios clínicos randomizados. Contudo, os resultados desses
estudos nem sempre podem ser generalizados, tendo em vista os inúmeros critérios de
seleção dos pacientes e, por conseqüência, pouco se sabe sobre a qualidade da assistência
oncológica e seus resultados a nível populacional
23
.
Vários indicadores podem ser utilizados para avaliar a qualidade do processo
do cuidado oncológico. A verificação dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos que
foram efetivamente realizados é um indicador direto da qualidade da assistência prestada.
Para determinados tipos de câncer, o tratamento realizado pode variar em função dos
tipos de serviços disponíveis na região onde mora o paciente (hospital geral, hospital
especializado, hospital universitário) e do vel de “expertise” dos profissionais de saúde
envolvidos
23
. Para enfocar a efetividade da assistência, os indicadores escolhidos devem,
nitidamente, ter um impacto nos resultados do tratamento. Um indicador simples, como o
intervalo de tempo entre o diagnóstico e o tratamento, é fácil de ser medido e fornece
informações sobre a eqüidade do acesso, além de potencialmente influenciar alguns
desfechos como a sobrevida
23
. O monitoramento dos tempos de espera na assistência
oncológica (entre diagnóstico, encaminhamento e tratamento) pode ser um método
efetivo para detectar os atrasos e dificuldades no acesso aos serviços, priorizar
intervenções e avaliações
24
.
1.4 - A política da atenção oncológica no Brasil e no estado de São Paulo -
alguns aspectos de sua organização.
1.4.1 – No Brasil
O controle do câncer envolve um conjunto de ações nas mais diversas áreas,
sendo uma dessas áreas a assistência oncológica, que, devido ao uso de tecnologias de
alta complexidade e custo, demanda um considerável aporte de recursos do Sistema
Único de Saúde (SUS)
25
.
O repasse federal de recursos para o desenvolvimento das ações de oncologia
se dá pela remuneração dos procedimentos realizados e aprovados pelo gestor. As
internações têm como base para pagamento a Tabela de Procedimentos Hospitalares do
Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), que determina a codificação e
o valor para cada ato clínico ou cirúrgico e os atendimentos ambulatoriais têm seus
códigos e valores definidos pela Tabela de Procedimentos Ambulatoriais do Sistema de
Informação Ambulatorial (SIA/SUS).
O Ministério da Saúde em 1991 incluiu pela primeira vez na tabela de
procedimentos do SIH/SUS esquemas de quimioterapia para alguns tipos de câncer.
Determinou que esses procedimentos seriam pagos quando realizados em hospitais
previamente autorizados pelo INAMPS
26
.
A política de atenção ao paciente oncológico vem passando por
reestruturações nos últimos anos. Até 1998, o Ministério da Saúde propunha para a área
do câncer o Sistema Integrado de Procedimentos de Alta Complexidade em Câncer
(SIPAC – Câncer) e denominava as unidades de saúde que prestavam atendimento nessa
área de Centros de Referência I e II
27
. As regras de credenciamento propostas na Portaria
MS/SAS nº 170/1993 estabeleciam exigências quanto à área física, equipamentos e
recursos humanos para cada etapa da assistência, desde o diagnóstico até o tratamento e
propunha o RHC como obrigatório para qualquer hospital que diagnosticasse e/ou
tratasse pacientes com câncer
27
. Em 1993 o Ministério da Saúde incluiu os
procedimentos de cirurgias oncológicas, subdivididos em quinze grupos, dependendo da
localização e da complexidade, incluiu procedimento de radioterapia cirúrgica e alterou a
composição dos procedimentos de quimioterapia, criados anteriormente
28
.
Por se tratar de assistência especializada o Ministério da Saúde, em 1998, por
meio da Portaria MS/GM nº 3.535, estabeleceu novas regras para a seleção de unidades
que realizariam atendimento aos pacientes com neoplasias malignas, no SUS em
substituição as do antigo Sistema Integrado de Procedimentos de Alta Complexidade em
Câncer (SIPAC – Câncer)
29
. Propôs que deveria ser constituída uma rede hierarquizada
de serviços, determinou exigências técnicas para que as unidades de saúde pudessem ser
credenciadas para prestar serviços especializados aos pacientes com câncer e aprovou
alguns parâmetros de casos novos de câncer, que deveriam subsidiar o planejamento das
ações de saúde nesta área
29
. Foram propostas importantes modificações na forma de
credenciamento com regras mais rígidas e ênfase no tratamento integral do paciente com
câncer. Para que uma unidade permanecesse credenciada junto ao SUS ou pudesse ser
integrada a essa rede de assistência seria necessário comprovar a capacidade de prestar
atendimento integral aos cânceres mais prevalentes.
Denominou de Centros de Alta Complexidade em Oncologia – CACON as
unidades que ofereciam assistência especializada e integral aos pacientes com câncer,
atuando nas áreas de prevenção, detecção precoce, diagnóstico e tratamento. Os Centros
de Alta Complexidade em Oncologia foram classificados em três tipos: CACON I, II ou
III, dependendo da capacidade de oferta de serviços e da vocação da instituição para o
atendimento oncológico. O CACON I era a unidade de saúde hospitalar caracterizada
como hospital geral que, entre outras atividades, realizava o diagnóstico e tratamento das
neoplasias malignas mais freqüentes no país (pele, mama, colo uterino, pulmão,
estômago, intestino e próstata, além dos cânceres do sistema linfohematopoiético e da
infância e adolescência). Essa unidade tinha que dispor de serviços de diagnóstico,
cirurgia oncológica, oncologia clínica, suporte, reabilitação e cuidados paliativos. O
atendimento dos pacientes que necessitassem de radioterapia poderia ser feito por outro
centro que mantivesse contrato formal com o serviço classificado no tipo I. O CACON II
era a instituição dedicada prioritariamente ao controle do câncer, que atendia a todas as
exigências do CACON I e dispunha ainda em sua estrutura física do serviço de
radioterapia, além da possibilidade de realizar cirurgias mais complexas, colocar órteses e
próteses, entre outras especificidades
29
. O CACON III era a instituição dedicada
exclusivamente ao controle do câncer, que atendia às exigências do CACON I e II e
prestava atendimento em neurocirurgia, realizava transplantes de medula óssea e, ainda,
procedimentos mais complexos ou raros.
Num primeiro momento, os serviços isolados, que realizavam apenas
quimioterapia e/ou radioterapia, não teriam seus cadastros renovados. No entanto, o
Ministério da Saúde acabou recuando e permitiu o credenciamento de serviços isolados
de quimioterapia e radioterapia, frente à inexistência ou à insuficiência de unidades
hospitalares que fossem suficientes para o atendimento oncológico em todo território
nacional. Para serem credenciados, os serviços isolados tiveram que se vincular
tecnicamente a um CACON
30
. Buscando ainda qualificar a assistência prestada aos
usuários do SUS, houve alteração das regras propostas para determinar exigências de
habilitação profissional para os médicos que atuavam nos serviços de atenção oncológica
31
.
Os procedimentos de quimioterapia e radioterapia pagos pelo SUS foram
reestruturados pela Portaria MS/GM nº 3535/1998. Os valores dos procedimentos de
quimioterapia foram agrupados por tipo de tumor e finalidade do tratamento, enquanto
que os procedimentos de radioterapia foram especificados segundo o tipo de equipamento
e a finalidade.
O valor dos procedimentos de quimioterapia representa o custo mensal,
incluindo os custos com as aplicações, fases e ciclos que se repitam dentro de um mesmo
mês, para os respectivos tumores. Além dos custos com a consulta médica, são incluídos
os medicamentos que porventura sejam utilizados concomitantemente à quimioterapia,
tais como os anti-eméticos; antiinflamatórios; analgésicos; diuréticos e outros e ainda os
custos com os soros, material de aplicação da medicação e outros materiais de apoio ao
procedimento, inclusive os administrativos.
O valor dos procedimentos de radioterapia é variável e está especificado em
cada um dos procedimentos e estes podem ser cobrados por número de campos, blocos,
inserções, tratamento, procedimentos ou por mês como é o caso do check filme. Foram
definidos limites de uso para cada um desses procedimentos
29.
O instrumento utilizado para o registro das informações dos atendimentos
hospitalares realizados é padronizado pelo Ministério da Saúde. A Autorização de
Internação Hospitalar (AIH) é o documento de autorização do gestor para a realização do
ato e é também o que permite ao prestador da ação registrar e receber pelos serviços
prestados por meio de sistemas específicos. Para cumprir as novas regras de pagamento
dos tratamentos oncológicos, as tabelas de procedimentos do SIA e do SIH tiveram que
ser readequadas
32
, considerando que a anterior preconizava que os pacientes teriam o
pagamento ambulatorial mantido durante o período em que houvesse necessidade de
internação do paciente
29
. Foram criados códigos de procedimentos para esquemas de
quimioterapia que requerem ambiente hospitalar, para a administração de drogas por via
intra-arterial, intra-cavitária, intrapleural, intrapericárdica e intraperitoneal; para
quimioterapia de administração contínua; para o tratamento de leucemias crônicas em
agudização, leucemias agudas e código de internação para radioterapia. Enfim, buscou-se
conciliar os procedimentos de internação com os procedimentos ambulatoriais, evitando
pagamento em duplicidade. Essa tabela foi novamente substituída, excluindo-se os
códigos de internação para radioterapia, determinando que essa assistência fosse
realizada, exclusivamente, em regime ambulatorial
33
.
A tabela de procedimentos ambulatoriais foi redefinida por meio da Portaria
MS/SAS nº. 145/1998, que excluiu os procedimentos vigentes até então e incluiu novos
procedimentos com novos valores pagos pelo SUS, alterou as descrições de
procedimentos e agrupou-os por finalidade de tratamento
34
. Os valores da quimioterapia
foram revistos tendo como premissa o pagamento por “pacote mensal” que englobava
todos os custos do tratamento. A tabela de radioterapia também foi refeita para permitir o
pagamento de ações de planejamento e simulação e os valores foram determinados pelo
custo segundo o equipamento utilizado.
A autorização da assistência oncológica ambulatorial passou a ser feita por
meio de um instrumento denominado APAC (Autorização de Procedimentos de Alta
Complexidade) que é, ao mesmo tempo, o documento de autorização do gestor para que o
prestador realize o ato, como também, o que permite ao prestador apresentar a sua
produção de serviços e receber por ela. Foram implantados ainda alguns
formulários/instrumentos que possibilitaram ações de controle mais eficazes na
assistência oncológica no SUS
35
. Alguns medicamentos especiais, utilizados no
tratamento oncológico que eram dispensados pelo SUS, tiveram seus códigos excluídos
da tabela SIA/SUS em novembro de 1998, quando passaram a compor os esquemas de
quimioterapia cobrados por APAC
36
.
Em 1999, incluiu-se na tabela de procedimentos do SIH/SUS a internação
para iodoterapia para pacientes com câncer de tireóide e concedeu-se recursos adicionais
aos estados para financiar essa ação
37
. A braquiterapia foi incluída na tabela de
procedimentos ambulatoriais somente em 2000, apenas para tratamento do câncer de colo
do útero
38
.
Outras alterações foram implementadas nas tabelas de procedimentos, ora
para possibilitar a inclusão de procedimentos ora para excluir outros considerados
desnecessários e até mesmo para permitir internações de pacientes fora da faixa etária
preconizada e do tempo médio de permanência no hospital
39,40
. Todas essas alterações
são consideradas necessárias para corrigir e ajustar o processo de implantação e
qualificação da atenção oncológica.
Foi estabelecido pelo Ministério da Saúde o teto da assistência, de média e
alta complexidade, ambulatorial e hospitalar, por estado, e entre os itens de programação
definidos, constou a assistência oncológica ambulatorial. Definiram-se recursos para o
atendimento ambulatorial de quimioterapia e radioterapia, enquanto que as demais ações
permaneceram como parte do teto global de média e alta complexidade
41,42
.
Para a maioria dos estados, o INCA considerou insuficiente o número de
CACON credenciados para a cobertura integral da população. Para Gadelha
43
seria
necessário que em São Paulo existissem 97 unidades realizando quimioterapia e, naquele
momento, o estado contava com 63 serviços.
Em dezembro de 2005, o Ministério da Saúde estabeleceu uma nova
classificação e criou exigências para os hospitais que atendem pacientes com câncer,
além de definir parâmetros para apoiar os estados no planejamento e organização da rede
de atenção oncológica. Determinou ainda o recadastramento das unidades que prestavam
assistência oncológica
44,45
. As unidades de saúde que realizavam atendimento passaram a
ser classificadas como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia
(UNACON) ou Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON). Foi proposta a
criação de Centros de Referência de Alta Complexidade em Oncologia (CRACON). As
UNACON são hospitais que prestam assistência especializada para diagnosticar e tratar
os casos de câncer mais incidentes no país. Para isto, devem possuir serviços de
diagnóstico, oncologia cirúrgica e oncologia clínica. Os CACON são hospitais
especializados na prestação de serviços oncológicos que devem atender a todos os tipos
de câncer e contar com serviço de diagnóstico, oncologia clínica, oncologia cirúrgica e
ainda com serviço próprio de radioterapia
45
.
Os CRACON são os CACON designados para auxiliar os gestores do SUS
nas políticas de atenção oncológica. Para tal finalidade, os CRACON devem ser hospitais
certificados como hospital de ensino, ter estrutura de pesquisa e ensino organizada; ter
estrutura gerencial adequada capaz de zelar pela eficiência, eficácia e efetividade das
ações prestadas; subsidiar as ações dos gestores na regulação, fiscalização, controle e
avaliação, incluindo estudos de qualidade e estudos de custo-efetividade; e participar
como pólo de desenvolvimento profissional em parceria com o gestor, tendo como base a
Política de Educação Permanente para o SUS.
A atenção ao paciente com câncer deveria se dar exclusivamente nos
CACON, já que esses serviços deveriam prestar atendimento integral ao paciente.
Contudo, não é isto que se observa desde sua implantação. Desde o primeiro
credenciamento de serviços em 1999, foi necessária a permanência de serviços isolados
de quimioterapia e/ou radioterapia, na área ambulatorial, para complementar o
tratamento, quer seja por insuficiência de hospitais na região ou por ausência de
capacidade nas instituições existentes. O mesmo acabou acontecendo na área hospitalar,
onde é significativo o número de cirurgias realizadas em portadores de câncer em
hospitais não designados como CACON.
Mais recentemente, em fevereiro de 2008, foi acordado entre os gestores do
SUS o Pacto pela Vida, que tem entre as metas estabelecidas o controle do câncer do colo
do útero e de mama. O pacto conta ainda com outras metas que, se atingidas, terão
impacto na incidência de câncer nos estados. Tais metas incluem as ações de promoção
da saúde, que visam a promoção de atividades físicas e a redução da prevalência do
tabagismo
46
. O Presidente da República sancionou em abril de 2008 a Lei nº 11.664, que
dispõe sobre a efetivação de ações de saúde que asseguram a prevenção, a detecção, o
tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do SUS,
sendo esta mais uma iniciativa para cumprir uma das metas do pacto
47
.
O financiamento do SUS é de responsabilidade das três esferas de governo e
cada uma deve assegurar o aporte regular de recursos aos seus respectivos fundos de
saúde. O recurso de custeio da esfera federal, destinado às ações de saúde, ambulatorial e
hospitalar, é definido para cada estado e município, cujo valor é chamado de “teto de
média e alta complexidades” ou “teto MAC”. Algumas ações são consideradas
estratégicas e são remuneradas por produção aprovada, sem limite de teto, sendo
financiadas com recursos do Fundo de Ações Estratégicas e Complementares (FAEC) do
Ministério da Saúde. No conjunto de procedimentos que compõem as ações de oncologia,
apenas algumas drogas para tratamento de leucemias e de tumores do estroma
gastrointestinal (GIST) e ainda, os transplantes de medula óssea são remuneradas pelo
FAEC.
1.4.2 – No estado de São Paulo
O governo do estado de São Paulo, como consta no Decreto 32848/1991,
demonstrando sua preocupação com a assistência oncológica, criou a Rede Estadual de
Assistência Oncológica (ONCOREDE) que seria composta pelos Centros de Câncer
(CECAN), que eram os hospitais públicos ou privados integrantes do SUS, que
desenvolviam atividades assistenciais, educativas e científicas em Oncologia, pela
Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP) e pelas entidades públicas ou privadas de
apoio ao portador de câncer. Este decreto determinou a criação da Comissão Estadual de
Oncologia e as Comissões Técnicas Regionais, vinculadas à Secretaria Estadual da Saúde
que tinham a incumbência de acompanhar e colaborar na avaliação e controle dos
serviços executados pelas unidades que compuseram a ONCOREDE
48
.
Os CECAN foram organizados com base nos critérios propostos pela
Resolução SS nº 672/1994, após ampla discussão e aprovação na Comissão de Normas
Técnicas em 9/11/1994 e na Comissão Intergestores Bipartite de 19/12/1994. Esses
mesmos fóruns de discussão e pactuação aprovaram as Normas Técnicas sobre a
organização dos CECAN que integrariam a ONCOREDE do Estado de São Paulo,
publicada pela Resolução SS nº 675/1994. Esses serviços foram credenciados pelo
Ministério da Saúde que os considerou Centros de Referência em Oncologia
49,50
.
Em 1998, os serviços que prestavam atendimento oncológico foram
reavaliados, com base nos critérios estabelecidos pela Portaria MS/GM nº 3535
29
. A rede
SUS de assistência oncológica no estado de São Paulo foi constituída por 51 Centros de
Alta Complexidade em Oncologia, sendo 47 classificados como CACON I, 3
classificados como CACON II e 1 como CACON III. Contou ainda com 17 serviços
isolados, sendo 7 credenciados para realizar exclusivamente quimioterapia, 9 para
radioterapia e 1 serviço isolado para prestar atendimento em quimioterapia e radioterapia
(Anexo 1). As Portarias que autorizaram os cadastramentos dos serviços para o estado de
São Paulo são: Portarias SAS nº. 410/1999; nº. 618/1999; nº. 620/1999; nº. 724/1999; nº.
5/2000; nº. 12/2000; nº. 154/2000; nº. 28/2002; nº. 198/2002; nº. 203/2002 e as Portaria
SAS nº. 682/2002 e nº. 280/2004
(51-62)
que alteraram os credenciamentos de serviços
cadastrados anteriormente. Ao longo desse período, alguns serviços deixaram de prestar
atendimento ao SUS, por não terem sido renovados os seus contratos, por agregação a
entidades mantenedoras ou por outros impedimentos como é o caso do Hospital do
Servidor Público Estadual, que embora tenha sido credenciado não presta atendimento
aos usuários do SUS, mas exclusivamente a servidores do estado.
No estado de São Paulo, como em todo o Brasil, no momento desse estudo,
estava em fase final de planejamento a elaboração da nova Rede de Atenção Oncológica,
com o estabelecimento de fluxo de referência e contra referência, da identificação da
capacidade operacional de cada serviço que pretende prestar serviços ao SUS.
2 – OBJETIVOS
2. OBJETIVOS
2.1 - Objetivo Geral
Este estudo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico da morbi-
mortalidade por câncer, no estado de São Paulo, e os gastos federais com o tratamento
oncológico.
2.2 - Objetivos Específicos
2.2.1 - Mortalidade:
Avaliar as tendências temporais dos coeficientes de mortalidade geral
por câncer, segundo sexo, no estado de São Paulo, no período de 1980
a 2004.
Avaliar as tendências temporais dos coeficientes de mortalidade por
câncer, para as principais topografias: mama e colo de útero, para as
mulheres, próstata, para os homens, brônquios e pulmão, estômago,
boca-orofaringe e colorretal, para ambos os sexos, no estado de São
Paulo, no período de 1980 a 2004.
2.2.2 –Morbidade:
Descrever a freqüência das diferentes neoplasias no estado de São
Paulo, registradas no Registro Hospitalar de Câncer do estado de São
Paulo (RHC-SP), de 2000 a 2004.
Caracterizar as neoplasias malignas de pulmão, próstata, mama, colo
do útero, estômago, cólon-retal, boca/orofaringe, pele, sistema
hematopoiético e o câncer pediátrico, considerando: faixa etária; local
de residência; local de atendimento; estádio da doença; tratamento
realizado; escolaridade e, sexo.
Estimar o intervalo de tempo entre: primeira consulta e diagnóstico;
diagnóstico e início do tratamento e primeira consulta e início do
tratamento, para os cânceres mais freqüentes, entre os pacientes
registrados no RHC-SP.
2.2.3 –Gasto público federal da assistência no SUS
Avaliar a evolução dos gastos do governo federal nas ações de
oncologia.
Avaliar a evolução do faturamento dos serviços sob gestão estadual e
municipal.
Avaliar o impacto dos gastos com oncologia no teto financeiro da
assistência à saúde, no estado de São Paulo e do conjunto dos
municípios.
Avaliar os valores médios pagos pelo SUS para os tipos de gestão.
3. MATERIAL E MÉTODOS
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 - Tipo de estudo
Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo.
3.2 - Mortalidade
Para a análise da série temporal sobre mortalidade por câncer, foram
utilizados os dados de óbitos para o estado de São Paulo, obtidos no Sistema de
Informações sobre Mortalidade (SIM), gerido pelo Departamento de Análise de Situação
de Saúde, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, em conjunto
com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, disponibilizado na página da
Internet do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS, no
endereço eletrônico: http://tabnet.datasus.gov.br
.
O período escolhido para o estudo compreende a série temporal de 25 anos
consecutivos, de 1980 até 2004, que era o último ano disponível no sistema, no momento
em que o estudo foi proposto.
Foram considerados os óbitos que tiveram como causa básica a neoplasia
maligna, sendo que para o período de 1980 a 1995 os óbitos foram codificados usando os
códigos da Classificação Internacional de Doenças - 9ª. Revisão (CID-9)
67
, que
compreendem os códigos 140-208, e para o período de 1996 até 2004, os códigos
utilizados foram os da Classificação Internacional de Doenças - 10ª. Revisão (CID-10)
68
,
correspondendo aos códigos C00-C97.
Para o estudo algumas topografias foram agrupadas, para cada um dos tipos
de câncer, de acordo com a CID vigente em cada período, ou seja:
Mama: de 1980-1995 o código 174 (mama feminina) da CID-9, e
de 1996-2004, o código C50 da CID-10, desagregado por sexo, para
permitir o estudo apenas para o sexo feminino.
Próstata: de 1980-1995 o código 185 da CID-9, e de 1996-2004 o
código C61 da CID-10.
Pulmão e brônquios: de 1980-1995 os códigos 162.2 (pulmão) e
162.9 (brônquios) e de 1996-2004 o código C34 da CID-10.
Estômago: de 1980-1995 o código 151 da CID-9 e de 1996-2004 o
código C16 da CID-10.
Boca e orofaringe: de 1980-1995 os códigos 141, 143-146 da CID-
9 e de 1996-2004 os códigos C01-C06 e C09-C10 da CID-10.
Cólon, reto e junção reto-sigmóide: de 1980-1995 o código 153
(cólon) e 154.0 (junção reto-sigmóide) e 154.1 (reto) da CID-9 e de 1996-
2004 os códigos C18 (cólon), C19 (junção reto-sigmóide) e C20 (reto) da
CID- 10.
As taxas de mortalidade ajustadas por idade foram obtidas pelo método direto,
usando a população de Segi como população padrão. As tendências foram modeladas
usando a regressão linear simples, sendo a variável dependente (Y) a taxa de mortalidade
ajustada por idade (média móvel centralizada – 3 anos) e o ano-calendário, a variável
independente (X). Para evitar a colinearidade entre os termos da equação, a variável ano
foi centralizada, isto é, foi utilizada a variável X – 1992 (1992 é o ponto médio da série).
Para esta análise, foi utilizado o software SPSS versão 13.0.
Foi também estimada a variação percentual anual (APC = annual percent
change), ajustando-se uma regressão linear ao logaritmo natural das taxas de mortalidade,
com o ano calendário como variável independente, utilizando a regressão “joinpoint”
69
,
utilizando o software Joinpoint Regression Programme versão 3.3.1. Foram calculados os
intervalos de confiança de 95% para cada APC calculado.
3.3 - Morbidade
Para o estudo da morbidade por câncer, no estado de São Paulo, foram
utilizados os casos registrados no RHC-SP, gerido pela FOSP, a partir da coleta de dados
de 63 instituições hospitalares que atendem pacientes com câncer no estado (Anexo 2).
O RHC-SP registra os casos novos de câncer que chegaram aos serviços
hospitalares sem tratamento diagnosticados ou não. Dos 63 hospitais que integram o
RHC-SP, 51 deles são cadastrados como Centro de Alta Complexidade em Oncologia –
CACON, pelo SUS, e são obrigados a prestar estas informações para se manterem
credenciados. Os demais apresentaram os dados voluntariamente ou por outros interesses.
Esses registros são atualizados trimestralmente para a inclusão de novos casos e
informações complementares do seguimento dos casos já cadastrados. Contém
informações de casos novos diagnosticados a partir de 01/01/2000. A unidade de registro
é o tumor e não o paciente, ainda que a maioria dos pacientes tenha apenas um tumor
primário.
Embora haja dados mais recentes optou-se por avaliar o período de 2000-
2005, uma vez que dados mais recentes estão sujeitos a alterações por complementação
de informações. Os dados utilizados neste estudo tiveram sua última atualização em
dezembro de 2007 e foram cedidos pela FOSP em fevereiro de 2008.
Os casos de câncer foram classificados segundo: topografia, sexo, faixa etária,
escolaridade, estádio clínico, tipo histológico, local de residência e tratamento realizado.
Os casos de câncer registrados no RHC-SP foram estadiados segundo a
classificação TNM
66
:
X – tumores para os quais não foi possível estabelecer estadiamento clínico
pela Classificação TNM;
Y – tumores para os quais não se aplica a Classificação TNM;
Z – tumores para os quais o estadiamento não foi informado.
A Classificação Internacional de Doenças para Oncologia
67
(CID-O) foi
utilizada para a codificação da morfologia (tipo histológico) e para os tumores da infância
e da adolescência foi utilizada a Classificação Internacional de Câncer na Infância
68
(CICI), do IARC,
que categoriza o câncer em 12 grupos de diagnóstico, segundo a
topografia e morfologia.
Para os tipos de câncer estudados foram estimados os intervalos de tempo
entre a primeira consulta e o diagnóstico, entre o diagnóstico e o início do tratamento e
entre a primeira consulta e o tratamento, com cálculo de medidas de tendência central e
dispersão.
As variáveis categóricas foram descritas por meio de porcentagens e a
associação entre variáveis categóricas foi avaliada pelo teste do qui-quadrado, com um
nível de significância estatística igual a 5%. Todas essas análises foram realizadas com o
software SPSS versão 13.0.
3.4 - Gasto público federal
Para o estudo do perfil de gastos federais, em oncologia, foi realizado estudo
por meio de análise de dados secundários da produção dos serviços ambulatoriais e
hospitalares registrada, aprovada e paga pelo SUS, desde a implantação dos CACON, no
estado, agrupando os gastos por regional de saúde e por tipo de gestão. Nesta etapa foram
analisados os gastos globais e com a assistência oncológica e a produção segundo o tipo
de gestor a que o serviço está submetido.
Neste estudo foram utilizados os dados de produção, das unidades de saúde
vinculadas ao SUS, credenciadas como CACON ou como Serviço Isolado de
Quimioterapia e/ou Radioterapia, apresentados e pagos pelo SUS, no estado de São
Paulo, no período de 2000 a 2005, relativos às internações ocorridas nesse período que
tiveram alguma das CID de neoplasias registradas como motivo do ato cirúrgico ou
clínico (CID principal ou secundário) e dos tratamentos ambulatoriais de quimioterapia e
radioterapia pagos por meio de APAC.
Os dados foram obtidos junto aos bancos de dados do SIA e do SIH,
disponibilizados pelo DATASUS, no endereço eletrônico: http://tabnet.datasus.gov.br
e
pelo Fundo Nacional de Saúde, cujas informações constam no endereço eletrônico:
http://fns.saude.gov.br
e bases de dados da própria Secretaria de Estado da Saúde de São
Paulo.
Foram observados os gastos com assistência oncológica por local da
ocorrência do atendimento e por local de residência do paciente, informada no
documento de registro do atendimento (AIH ou APAC). Os municípios de residência
foram agrupados por Regional de Saúde da residência do usuário (Anexo 3), permitindo
identificar o valor per capita gasto em cada uma delas no período do estudo.
A população do estudo foi constituída pelo conjunto das internações
hospitalares e das APAC de quimioterapia e radioterapia processadas e pagas pelo SUS,
por meio do SIH e da APAC-SIA, dos serviços de saúde do estado de São Paulo, por tipo
de gestão do serviço.
Foram avaliados os seguintes indicadores:
Percentual dos gastos em saúde oncológica em relação aos gastos em
geral (ambulatorial e hospitalar).
Evolução dos valores gastos com atendimentos ambulatoriais, geral e
por habitante/ano.
Evolução do gasto com internação hospitalar, geral e por
habitante/ano.
Evolução dos gastos com atenção oncológica segundo tipo de gestão.
3.5. Aspectos éticos
Foram utilizados neste trabalho bancos de dados secundários, sendo que a
maioria deles é de domínio público, com dados disponíveis na Internet e sem
identificação dos pacientes. Os serviços que prestaram atendimentos ao SUS também não
foram identificados.
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de
Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (Projeto nº 450/07), em 07 de novembro de
2007 (Anexo 4).
4 – RESULTADOS
4.1 – Mortalidade
Foram registrados no período 696.518 óbitos por câncer entre residentes do
estado de São Paulo de 1980 a 2004. As taxas de mortalidade brutas por câncer variaram
de 83,6 a 111,6/100.000 habitantes para o sexo masculino e de 64,4 a 88,8/100.000
habitantes para o sexo feminino (Tabela 1). As taxas de mortalidade ajustadas por idade
variaram de 129,5 a 145,6 óbitos/100.000 habitantes para o sexo masculino e de 84,2 a
95,4 óbitos/100.000 habitantes para o sexo feminino (Tabela 1).
Tabela 1 – Número de óbitos por câncer, taxas de mortalidade bruta e ajustada por idade,
segundo sexo e ano de ocorrência, estado de São Paulo, 1980-2004.
Número de óbitos Taxa de mortalidade
bruta
Taxa de mortalidade
ajustada por idade
Ano
Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino
1980 10.471 8.098 83,6 64,7 134,7 90,5
1981 10.742 8.239 84,2 64,4 133,9 88,5
1982 10.978 8.530 84,1 65,0 131,4 88,1
1983 11.612 8.926 87,0 66,4 134,5 88,4
1984 11.911 9.144 87,4 66,4 133,4 86,9
1985 12.019 9.188 86,3 65,2 130,4 84,2
1986 12.580 9.842 88,5 68,3 131,8 86,9
1987 12.760 10.178 88,0 69,1 129,6 86,9
1988 13.344 10.592 90,3 70,4 132,1 87,4
1989 13.505 10.752 89,8 70,1 129,8 86,2
1990 13.999 11.467 91,4 73,3 131,1 89,1
1991 14.183 11.497 90,8 71,9 129,5 86,7
1992 14.937 12.187 94,4 75,1 131,5 88,2
1993 15.644 12.378 96,8 74,9 138,3 90,4
1994 15.938 13.025 97,1 77,6 138,8 93,5
1995 16.351 13.421 98,1 78,8 140,6 95,1
1996 17.554 13.953 104,5 80,6 139,5 90,0
1997 18.219 14.483 106,4 82,1 142,6 92,0
1998 18.443 14.678 106,1 82,0 142,5 91,8
1999 19.030 15.494 107,8 85,3 145,6 95,4
2000 19.592 15.919 108,0 84,3 133,1 85,7
2001 19.800 16.361 107,4 85,2 132,4 86,8
2002 20.579 16.633 110,0 85,4 135,8 86,9
2003 20.841 17.268 109,9 87,5 136,0 88,9
2004 21.469 17.764 111,6 88,8 138,4 90,3
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Para o sexo masculino, observou-se uma tendência estatisticamente
significativa de aumento na mortalidade por câncer no período estudado (APC = 0,23, IC
95% 0,06-0,40) (Tabela 2; Gráfico 1). Para o sexo feminino, também foi observada uma
tendência de aumento nas taxas de mortalidade por câncer, porém sem significância
estatística (APC = 0,13, IC 95% -0,05-0,31) (Tabela 2; Gráfico 2).
Tabela 2 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade por câncer (ajustadas
por idade), segundo sexo, estado de São Paulo, 1980-2004.
Sexo
Coeficiente Médio no
Período (β
0
)
Incremento Médio
Anual
(β
1
)
r
2
ajustado
p
Masculino 135,02 0,37 0,343 0,002
Feminino 88,93 0,15 0,143 0,042
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Gráfico 1 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer e variação percentual anual
(APC), sexo masculino, estado de São Paulo, 1980-2004.
Gráfico 2 - Tendência das taxas de mortalidade por câncer e variação percentual anual
(APC), sexo feminino, estado de São Paulo, 1980-2004.
Pulmão
Foram registrados no período 80.761 óbitos por câncer de pulmão entre
residentes do estado de São Paulo no período estudado, sendo que 58.774 (72,8%)
ocorreram em indivíduos do sexo masculino e 21.987 (27,2%) no sexo feminino. As
taxas de mortalidade brutas por câncer de pulmão variaram de 12,1 a 16,9/100.000
habitantes para o sexo masculino e de 3,6 a 7,7/100.000 habitantes para o sexo feminino
(Tabela 3). As taxas de mortalidade ajustadas por idade variaram de 19,8 a 23,1
óbitos/100.000 habitantes para o sexo masculino e de 5,0 a 7,9 óbitos/100.000 habitantes
para o sexo feminino (Tabela 3).
Tabela 3 – Número de óbitos por câncer de pulmão, taxas de mortalidade bruta e
ajustada por idade, segundo sexo e ano de ocorrência, estado de São Paulo, 1980-2004.
Número de óbitos Taxa de mortalidade
bruta
Taxa de mortalidade
ajustada por idade
Ano
Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino
1980 1.512 477 12,1 3,8 19,9 5,5
1981 1.544 456 12,1 3,6 19,8 5,0
1982 1.631 510 12,5 3,9 20,1 5,4
1983 1.724 513 12,9 3,8 20,6 5,3
1984 1.796 532 13,2 3,9 20,8 5,2
1985 1.805 555 12,9 3,9 20,2 5,3
1986 2.009 578 14,1 4,0 21,9 5,3
1987 1.935 645 13,3 4,4 20,3 5,6
1988 2.055 721 13,9 4,8 20,9 6,1
1989 2.063 705 13,7 4,6 20,4 5,9
1990 2.183 733 14,3 4,7 21,1 5,8
1991 2.297 775 14,7 4,8 21,6 6,0
1992 2.228 815 14,1 5,0 20,3 6,1
1993 2.461 844 15,2 5,1 22,5 6,4
1994 2.515 916 15,3 5,5 22,6 6,7
1995 2.569 970 15,4 5,7 22,8 7,1
1996 2.653 978 15,8 5,6 21,7 6,4
1997 2.718 1.064 15,9 6,0 21,9 6,9
1998 2.761 1.112 15,9 6,2 22,0 7,2
1999 2.937 1.179 16,6 6,5 23,1 7,5
2000 2.926 1.278 16,1 6,8 20,4 7,0
2001 2.994 1.309 16,2 6,8 20,7 7,1
2002 3.081 1.319 16,5 6,8 20,9 7,1
2003 3.198 1.465 16,9 7,4 21,5 7,7
2004 3.179 1.538 16,5 7,7 21,1 7,9
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Para o sexo masculino, observou-se uma tendência estatisticamente
significativa de aumento na mortalidade por câncer de pulmão no período estudado (APC
= 0,29, IC 95% 0,06-0,52) (Tabela 4; Gráfico 3).Para o sexo feminino, também foi
observada uma tendência de aumento nas taxas de mortalidade por câncer de pulmão,
estatisticamente significativa e de maior magnitude (APC = 1,80, IC 95% 1,55-2,04)
(Tabela 4; Gráfico 4).
Tabela 4 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade por câncer de
pulmão (ajustadas por idade), segundo sexo, estado de São Paulo, 1980-2004.
Incremento Médio
Anual
Sexo Coeficiente Médio no
Período (β
0
)
(β
1
)
r
2
ajustado
p
Masculino 21,22 0,062 0,311 0,003
Feminino 6,27 0,113 0,959 <0,001
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Gráfico 3 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de pulmão e variação
percentual anual (APC), sexo masculino, estado de São Paulo, 1980-2004.
Gráfico 4 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de pulmão e variação
percentual anual (APC), sexo feminino, estado de São Paulo, 1980-2004.
Estômago
Foram registrados no período 80.905 óbitos por câncer de estômago entre
residentes do estado de São Paulo no período estudado, sendo que 54.428 (67,3%)
ocorreram em indivíduos do sexo masculino e 26.477 (32,7%) no sexo feminino. As
taxas de mortalidade brutas por câncer de estômago variaram de 12,3 a 16,1/100.000
habitantes para o sexo masculino e de 5,8 a 7,7/100.000 habitantes para o sexo feminino
(Tabela 5). As taxas de mortalidade ajustadas por idade variaram de 15,5 a 27,0
óbitos/100.000 habitantes para o sexo masculino e de 5,9 a 11,3 óbitos/100.000
habitantes para o sexo feminino (Tabela 5).
Tabela 5 – Número de óbitos por câncer de estômago, taxas de mortalidade bruta e
ajustada por idade, segundo sexo e ano de ocorrência, estado de São Paulo, 1980-2004.
Número de óbitos Taxa de mortalidade
bruta
Taxa de mortalidade
ajustada por idade
Ano
Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino
1980 2.022 963 16,1 7,7 27,0 11,3
1981 2.059 941 16,1 7,4 26,5 10,6
1982 2.002 990 15,3 7,5 24,8 10,7
1983 2.087 985 15,6 7,3 25,0 10,1
1984 2.050 992 15,0 7,2 23,6 9,7
1985 2.023 908 14,5 6,4 22,7 8,5
1986 2.024 942 14,2 6,5 21,9 8,6
1987 2.086 1.015 14,4 6,9 22,0 8,9
1988 2.040 1.006 13,8 6,7 20,9 8,4
1989 2.159 1.015 14,3 6,6 21,4 8,2
1990 2.134 987 13,9 6,3 20,6 7,8
1991 2.051 1.068 13,1 6,7 19,2 8,1
1992 2.189 1.089 13,8 6,7 19,8 7,9
1993 2.200 1.114 13,6 6,7 19,9 8,2
1994 2.086 1.123 12,7 6,7 18,6 8,1
1995 2.246 1.108 13,5 6,5 19,7 7,9
1996 2.344 1.139 13,9 6,6 18,9 7,3
1997 2.285 1.127 13,3 6,4 18,2 7,1
1998 2.320 1.058 13,3 5,9 18,4 6,6
1999 2.269 1.057 12,9 5,8 17,6 6,4
2000 2.296 1.134 12,7 6,0 15,7 5,9
2001 2.358 1.171 12,8 6,1 16,0 6,1
2002 2.372 1.144 12,7 5,9 15,9 5,9
2003 2.352 1.198 12,4 6,1 15,6 6,0
2004 2.374 1.203 12,3 6,0 15,5 6,0
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Para o sexo masculino, observou-se uma tendência estatisticamente
significativa de declínio na mortalidade por câncer de estômago no período estudado
(APC = -2,19, IC 95% -2,38; -2,01) (Tabela 6; Gráfico 5). Para o sexo feminino, também
foi observada uma tendência de declínio nas taxas de mortalidade por câncer de
estômago, estatisticamente significativa e de maior magnitude (APC = -2,56, IC 95% -
2,84; -2,29), (Tabela 6; Gráfico 6).
Tabela 6 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade por câncer de
estômago (ajustadas por idade), segundo sexo, estado de São Paulo, 1980-2004.
Incremento Médio
Anual
Sexo Coeficiente Médio
no Período (β
0
)
(β
1
)
r
2
ajustado
p
Masculino 20,15 -0,439 0,966 <0,001
Feminino 7,97 -0,205 0,938 <0,001
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Gráfico 5 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de estômago e variação
percentual anual (APC), sexo masculino, estado de São Paulo, 1980-2004.
Gráfico 6 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de estômago e variação
percentual anual (APC), sexo feminino, estado de São Paulo, 1980-2004.
Cólon e reto
Foram registrados no período 48.877 óbitos por câncer de cólon e reto entre
residentes do estado de São Paulo no período estudado, sendo que 23.382 (47,8%)
ocorreram em indivíduos do sexo masculino e 25.495 (52,2%) no sexo feminino. As
taxas de mortalidade brutas por câncer de cólon e reto variaram de 3,9 a 8,3/100.000
habitantes para o sexo masculino e de 4,3 a 8,9/100.000 habitantes para o sexo feminino
(Tabela 7). As taxas de mortalidade ajustadas por idade variaram de 6,2 a 10,4
óbitos/100.000 habitantes para o sexo masculino e de 5,6 a 8,9 óbitos/100.000 habitantes
para o sexo feminino (Tabela 7).
Tabela 7 – Número de óbitos por câncer de cólon e reto, taxas de mortalidade bruta e
ajustada por idade, segundo sexo e ano de ocorrência, estado de São Paulo, 1980-2004.
Número de óbitos Taxa de mortalidade
bruta
Taxa de mortalidade
ajustada por idade
Ano
Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino
1980 543 550 4,3 4,4 7,2 6,4
1981 532 601 4,2 4,7 6,8 6,7
1982 538 629 4,1 4,8 6,6 6,7
1983 568 601 4,3 4,5 6,8 6,1
1984 538 634 3,9 4,6 6,2 6,2
1985 600 600 4,3 4,3 6,7 5,6
1986 628 671 4,4 4,7 6,7 6,0
1987 615 697 4,2 4,7 6,4 6,0
1988 699 757 4,7 5,0 7,1 6,3
1989 678 816 4,5 5,3 6,7 6,6
1990 733 883 4,8 5,6 6,9 7,0
1991 857 835 5,5 5,2 7,9 6,4
1992 856 941 5,4 5,8 7,6 6,9
1993 901 936 5,6 5,7 8,2 6,9
1994 990 1.052 6,0 6,3 8,8 7,6
1995 974 1.074 5,8 6,3 8,5 7,7
1996 1.060 1.171 6,3 6,8 8,4 7,5
1997 1.170 1.284 6,8 7,3 9,3 8,2
1998 1.171 1.305 6,7 7,3 9,1 8,1
1999 1.272 1.429 7,2 7,9 9,9 8,8
2000 1.417 1.408 7,8 7,4 9,7 7,5
2001 1.377 1.466 7,5 7,6 9,2 7,7
2002 1.523 1.678 8,1 8,6 10,1 8,6
2003 1.582 1.766 8,3 8,9 10,4 8,9
2004 1.560 1.711 8,1 8,5 10,0 8,5
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Para o sexo masculino, observou-se uma tendência estatisticamente
significativa de aumento na mortalidade por câncer de cólon e reto no período estudado
(APC = 2,14, IC 95% 1,76; 2,52) (Tabela 8; Gráfico 7). Para o sexo feminino, também
foi observada uma tendência de aumento nas taxas de mortalidade por câncer de cólon e
reto, estatisticamente significativa, porém de menor magnitude (APC = 1,57, IC 95%
1,18; 1,97) (Tabela 8; Gráfico 8).
Tabela 8 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade por câncer de cólon e
reto (ajustadas por idade), segundo sexo, estado de São Paulo, 1980-2004.
Incremento Médio
Anual
Sexo Coeficiente Médio no
Período (β
0
)
(β
1
)
r
2
ajustado
p
Masculino 8,01 0,184 0,925 <0,001
Feminino 7,13 0,120 0,840 <0,001
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Gráfico 7 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de cólon e de reto e variação
percentual anual (APC), sexo masculino, estado de São Paulo, 1980-2004.
Gráfico 8 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de cólon e reto e variação
percentual anual (APC), sexo feminino, estado de São Paulo, 1980-2004.
Boca e orofaringe
Foram registrados no período 19.621 óbitos por câncer de boca e orofaringe
entre residentes do estado de São Paulo no período estudado, sendo que 16.697 (85,1%)
ocorreram em indivíduos do sexo masculino e 2.924 (14,9%) no sexo feminino. As taxas
de mortalidade brutas por câncer de boca e orofaringe variaram de 3,1 a 5,0/100.000
habitantes para o sexo masculino e de 0,4 a 0,9/100.000 habitantes para o sexo feminino
(Tabela 9). As taxas de mortalidade ajustadas por idade variaram de 4,6 a 6,4
óbitos/100.000 habitantes para o sexo masculino e de 0,7 a 1,1 óbitos/100.000 habitantes
para o sexo feminino (Tabela 9).
Tabela 9 – Número de óbitos por câncer de boca e orofaringe, taxas de mortalidade bruta
e ajustada por idade, segundo sexo e ano de ocorrência, estado de São Paulo, 1980-2004.
Número de óbitos Taxa de mortalidade
bruta
Taxa de mortalidade
ajustada por idade
Ano
Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino
1980 401 55 3,2 0,4 4,9 0,7
1981 391 76 3,1 0,6 4,6 0,8
1982 471 78 3,6 0,6 5,3 0,8
1983 488 65 3,7 0,5 5,4 0,7
1984 487 85 3,6 0,6 5,2 0,8
1985 509 83 3,7 0,6 5,3 0,8
1986 502 94 3,5 0,6 5,0 0,8
1987 534 92 3,7 0,6 5,2 0,8
1988 608 100 4,1 0,7 5,8 0,8
1989 559 101 3,7 0,7 5,1 0,8
1990 568 129 3,7 0,8 5,1 1,0
1991 638 105 4,1 0,7 5,6 0,8
1992 682 120 4,3 0,7 5,8 0,9
1993 697 118 4,3 0,7 5,9 0,9
1994 698 155 4,2 0,9 5,8 1,1
1995 699 138 4,2 0,8 5,8 0,9
1996 746 120 4,4 0,7 5,7 0,8
1997 797 148 4,7 0,8 6,0 0,9
1998 770 129 4,4 0,7 5,7 0,8
1999 863 164 4,9 0,9 6,4 1,0
2000 894 150 4,9 0,8 5,9 0,8
2001 879 132 4,8 0,7 5,7 0,7
2002 937 164 5,0 0,8 6,0 0,8
2003 931 160 4,9 0,8 5,8 0,8
2004 948 163 4,9 0,8 6,0 0,8
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Para o sexo masculino, observou-se uma tendência estatisticamente
significativa de aumento na mortalidade por câncer de boca e orofaringe no período
estudado (APC = 0,86, IC 95% 0,60; 1,13) (Tabela 10; Gráfico 9). Para o sexo feminino,
também foi observada uma tendência de aumento nas taxas de mortalidade por câncer de
boca e orofaringe, porém sem significância estatística (APC = 0,39, IC 95% -0,30; 1,08)
(Tabela 10; Gráfico 10).
Tabela 10 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade por câncer de boca
e orofaringe (ajustadas por idade), segundo sexo, estado de São Paulo, 1980-2004.
Incremento Médio
Anual
Sexo Coeficiente Médio no
Período (β
0
)
(β
1
)
r
2
ajustado
p
Masculino 5,58 0,046 0,857 <0,001
Feminino 0,85 0,003 0,042 0,175
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Gráfico 9 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de boca e orofaringe e
variação percentual anual (APC), sexo masculino, estado de São Paulo, 1980-2004.
Gráfico 10 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de boca e orofaringe e
variação percentual anual (APC), sexo feminino, estado de São Paulo, 1980-2004.
Mama
Foram registrados no período 51.137 óbitos por câncer de mama entre as
mulheres residentes do estado de São Paulo no período estudado. As taxas de mortalidade
brutas por câncer de mama feminina variaram de 9,1 a 14,9/100.000 habitantes (Tabela
11). As taxas de mortalidade ajustadas por idade variaram de 12,5 a 16,7 óbitos/100.000
habitantes (Tabela 11).
Tabela 11 – Número de óbitos por câncer de mama, taxas de mortalidade bruta e ajustada
por idade, entre as mulheres segundo o ano de ocorrência, estado de São Paulo, 1980-
2004.
Ano Número de óbitos Taxa de mortalidade
bruta
Taxa de mortalidade
ajustada por idade
1980
1.143 9,1 12,5
1981
1.257 9,8 13,3
1982
1.330 10,1 13,6
1983
1.395 10,4 13,6
1984
1.382 10,0 13,0
1985
1.450 10,3 13,2
1986
1.548 10,7 13,6
1987
1.644 11,2 14,0
1988
1.654 11,0 13,6
1989
1.733 11,3 13,7
1990
1.911 12,2 14,7
1991
1.818 11,4 13,7
1992
1.989 12,3 14,3
1993
2.051 12,4 15,0
1994
2.221 13,2 15,8
1995
2.245 13,2 15,8
1996
2.389 13,8 15,4
1997
2.460 13,9 15,6
1998
2.572 14,4 16,1
1999
2.713 14,9 16,7
2000
2.691 14,2 14,5
2001
2.811 14,6 15,0
2002
2.876 14,8 15,2
2003
2.874 14,6 14,8
2004
2.980 14,9 15,3
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Foi observada uma tendência estatisticamente significativa de aumento nas
taxas de mortalidade por câncer de mama, entre as mulheres (APC = 0,84, IC 95% 0,58;
1,10) (Tabela 12; Gráfico 11).
Tabela 12 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade por câncer de mama
em mulheres (ajustadas por idade), estado de São Paulo, 1980-2004.
Incremento Médio
Anual
Sexo Coeficiente Médio no
Período (β
0
)
(β
1
)
r
2
ajustado
p
Feminino 14,53 0,124 0,738 <0,001
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Gráfico 11 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de mama e variação
percentual anual (APC), sexo feminino, estado de São Paulo, 1980-2004.
Colo do útero
Foram registrados no período 17.223 óbitos por câncer do colo do útero entre
as mulheres residentes do estado de São Paulo no período estudado. As taxas de
mortalidade brutas por câncer do colo uterino variaram de 3,9 a 4,8/100.000 habitantes
(Tabela 13). As taxas de mortalidade ajustadas por idade variaram de 4,2 a 5,7
óbitos/100.000 habitantes (Tabela 13).
Tabela 13 – Número de óbitos por câncer do colo uterino, taxas de mortalidade bruta e
ajustada por idade, entre as mulheres segundo o ano de ocorrência, estado de São Paulo,
1980-2004.
Ano Número de
óbitos
Taxa de mortalidade
bruta
Taxa de mortalidade
ajustada por idade
1980 531 4,2 5,7
1981 518 4,0 5,4
1982 509 3,9 5,1
1983 582 4,3 5,6
1984 543 3,9 5,0
1985 570 4,0 5,1
1986 601 4,2 5,1
1987 609 4,1 5,1
1988 646 4,3 5,1
1989 652 4,2 5,1
1990 688 4,4 5,2
1991 647 4,0 4,7
1992 702 4,3 5,0
1993 705 4,3 5,1
1994 703 4,2 5,0
1995 758 4,4 5,3
1996 724 4,2 4,6
1997 729 4,1 4,5
1998 759 4,2 4,7
1999 817 4,5 4,9
2000 913 4,8 4,9
2001 882 4,6 4,7
2002 795 4,1 4,2
2003 816 4,1 4,2
2004
824 4,1 4,2
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Foi observada uma tendência estatisticamente significativa de declínio nas
taxas de mortalidade por câncer do colo uterino (APC = -0,89, IC 95% -1,18; -0,61)
(Tabela 14; Gráfico 12).
Tabela 14 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade por câncer do colo
uterino (ajustadas por idade), estado de São Paulo, 1980-2004.
Incremento Médio
Anual
Sexo Coeficiente Médio no
Período (β
0
)
(β
1
)
r
2
ajustado
p
Feminino 4,95 -0,039 0,771 <0,001
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Gráfico 12 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer do colo uterino e variação
percentual anual (APC), estado de São Paulo, 1980-2004.
Próstata
Foram registrados no período 17.223 óbitos por câncer de próstata entre os
residentes do estado de São Paulo no período estudado. As taxas de mortalidade brutas
por câncer de próstata variaram de 5,2 a 12,6/100.000 habitantes (Tabela 15). As taxas de
mortalidade ajustadas por idade variaram de 9,8 a 16,8 óbitos/100.000 habitantes, entre
os homens (Tabela 15).
Tabela 15 – Número de óbitos por câncer de próstata, taxas de mortalidade bruta e
ajustada por idade, segundo o ano de ocorrência, estado de São Paulo, 1980-2004.
Ano Número de óbitos Taxa de mortalidade
bruta
Taxa de mortalidade
ajustada por idade
1980 655 5,2 10,1
1981 694 5,4 10,3
1982 702 5,4 9,8
1983 754 5,6 10,1
1984 886 6,5 11,4
1985 858 6,2 10,7
1986 928 6,5 11,1
1987 905 6,2 10,4
1988 978 6,6 10,8
1989 1.049 6,9 11,3
1990 1.158 7,6 12,1
1991 1.186 7,6 11,9
1992 1.315 8,3 12,7
1993 1.331 8,2 12,9
1994 1.537 9,4 14,8
1995 1.556 9,3 14,8
1996 1.807 10,7 15,5
1997 1.946 11,4 16,4
1998 2.021 11,6 16,8
1999 2.015 11,4 16,5
2000 2.059 11,3 14,6
2001 2.214 12,0 15,4
2002 2.258 12,1 15,5
2003 2.293 12,1 15,6
2004 2.430 12,6 16,3
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Foi observada uma tendência estatisticamente significativa de aumento nas
taxas de mortalidade por câncer de próstata (APC = 2,42, IC 95% 2,02; 2,82) (Tabela 16;
Gráfico 13).
Tabela 16 – Modelo de regressão linear para as taxas de mortalidade por câncer de
próstata (ajustadas por idade), estado de São Paulo, 1980-2004.
Incremento Médio
Anual
Sexo Coeficiente Médio no
Período (β
0
)
(β
1
)
r
2
ajustado
p
Masculino 13,13 0,326 0,881 <0,001
Fonte: Ministério da Saúde/SIM, 1980-2004.
Gráfico 13 – Tendência das taxas de mortalidade por câncer de próstata e variação
percentual anual (APC), estado de São Paulo, 1980-2004.
4.2 - Morbidade do Câncer no estado de São Paulo
Foram registrados no RHC-SP, 178.570 casos de neoplasias reportáveis no
período de janeiro de 2000 a dezembro de 2005. A maioria dos tumores teve como base
do diagnóstico a confirmação por exames microscópicos (97,9%), mas alguns casos
foram confirmados por exames clínicos (0,5%), recursos auxiliares não microscópicos
(1,4%) e em 358 registros não havia informação sobre a base do diagnóstico (0,2%). Do
total de casos registrados 70,6% chegaram aos serviços sem diagnóstico e sem tratamento
e 29,4% chegaram com diagnóstico, porém sem tratamento.
Sexo
Observa-se uma discreta predominância de casos em pessoas do sexo
feminino com 90.983 casos (50,9%) em relação ao sexo masculino, no qual foram
observados 87.587 casos (49,1%).
Gráfico 14 – Número de casos registrados no RHC-SP, segundo ano de diagnóstico e
sexo, 2000-2005.
24896
26722
29543
30687
32832
33890
12095
12934
13963
14975
16555
17065
12801
13788
15580
15712
16277
16825
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
2
0
0
0
2
0
0
1
2
0
0
2
2
0
0
3
2
0
0
4
2
0
0
5
Total Masculino Feminino
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
No entanto, em 2004 e 2005, houve um predomínio de casos no sexo
masculino, com 50,4% e 50,3%, respectivamente (Gráfico 14).
Ano de diagnóstico
Pode-se observar um aumento gradual dos casos registrados no período,
passando de 24.896 no ano de 2000 a 33.890, em 2005, (Gráfico 14). Nota-se ainda que
tal aumento ocorreu para ambos os sexos e que, a partir de 2004, o número de casos
passou a ser maior no sexo masculino.
Escolaridade
Nos casos analisados foi mais freqüente a escolaridade equivalente ao ensino
fundamental incompleto (31,5%). Não havia informação sobre escolaridade para 30,8%
dos casos registrados (Tabela 17).
Tabela 17 – Número e porcentagem de casos registrados no RHC-SP, segundo
escolaridade, 2000-2005.
Escolaridade N %
Analfabetos 18.218 10,2
Ensino fundamental incompleto 56.291 31,5
Ensino fundamental completo 24.216 13,6
Ensino médio completo 15.708 8,8
Ensino superior completo 9.183 5,1
Ignorado 54.954 30,8
Total 178.570 100,0
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Topografias mais freqüentes
As localizações anatômicas mais freqüentes foram: o câncer de mama (15,8%
dos casos registrados), seguido pelos cânceres de próstata (10,2%), pele (8,7%), colo
uterino (7,5%), cólon/reto (6,9%), pulmão (6,2%), estômago (2,5%), boca/orofaringe
(4,8%), sistema hematopoiético (4,7%) e esôfago (2,5%) (Tabela 18).
Para o sexo feminino, as topografias mais freqüentes foram: mama (30,8%),
colo de útero (14,7%), pele (8,2%), cólon/reto (6,7%), sistema hematopoiético (4,2%),
pulmão (3,8%), estômago (3,2%), ovário (3,1%), corpo uterino (3,0%) e glândula tireóide
(2,5%). Entre os homens, as topografias mais freqüentes foram: próstata (20,9%), pele
(9,3%), pulmão (8,8%), boca/orofaringe (8,1%), cólon/reto (7,1%), estômago (6,6%),
sistema hematopoiético (5,1%), esôfago (4,2%), laringe (4,2%) e bexiga (3,1%) (Tabela
18).
Tabela 18 – Número e porcentagem de casos de câncer registrados no RHC-SP, segundo
topografia e sexo, 2000-2005.
Sexo Topografia
Masculino
nº (%)
Feminino
nº (%)
Total
nº (%)
Lábio 748 (0,9) 264 (0,3) 1.012 (0,6)
Boca e orofaringe 7.175 (8,2) 1.429(1,6) 8.604 (4,8)
Glândula parótida 233 (0,3) 161 (0,2) 394 (0,2)
Outras glândulas salivares maiores 68 (0,1) 74 (0,1) 142 (0,1)
Nasofaringe 409 (0,5) 174 (0,2) 583 (0,3)
Seio piriforme 655 (0,8) 50 (0,1) 705 (0,4)
Hipofaringe 817 (0,9) 87 (0,1) 904 (0,5)
Outras localizações 212 (0,2) 54 (0,1) 266 (0,2)
Esôfago 3.725 (4,3) 769 (0,9) 4.494 (2,5)
Estômago 5.808 (6,6) 2.919(3,2) 8.727 (4,9)
Intestino delgado 243 (0,3) 225 (0,3) 468 (0,3)
Cólon e Reto 6.240 (7,1) 6.113(6,7) 12.353 (6,9)
Tabela 18 (continuação) – Número e porcentagem de casos de câncer registrados no
RHC-SP, segundo topografia e sexo, 2000-2005.
Sexo Topografia
Masculino
nº (%)
Feminino
nº (%)
Total
nº (%)
Ânus e canal anal 205 (0,2) 471 (0,5) 676 (0,4)
Fígado e vias biliares intra-hepáticas 639 (0,7) 312 (0,3) 951 (0,5)
Vesícula biliar 158 (0,2) 359 (0,4) 517 (0,3)
Outras partes do trato biliar e as não-especificadas 240 (0,3) 275 (0,3) 515 (0,3)
Pâncreas 979 (1,1) 835 (0,9) 1.814 (1,0)
Outros órgãos digestivos e localizações mal definidas 29 (0,0) 9 (0,0) 48 (0,0)
Cavidade nasal e ouvido médio 124 (0,1) 81 (0,1) 205 (0,1)
Seios acessórios 218 (0,3) 134 (0,2) 352 (0,2)
Laringe 3.672 (4,2) 523 (0,6) 4.195 (2,4)
Traquéia 22 (0,0) 12 (0,0) 34 (0,0)
Brônquios e pulmão 7.698 (8,8) 3.463 (3,8) 11.161 (6,2)
Timo 13 (0,0) 23 (0,0) 36 (0,0)
Coração, mediastino e pleura 420 (0,5) 292 (0,3) 712 (0,4)
Outros e as localizações mal definidas do sistema
respiratório e órgãos intratorácicos
6 (0,0) 2 (0,0) 8 (0,0)
Ossos, articulações e cartilagens articulares 927 (1,1) 724 (0,8) 1.651 (0,9)
Sistemas hematopoiético e retículoendotelial 4.508 (5,2) 3.846 (4,2) 8.354 (4,7)
Pele 8.138 (9,3) 7.477 (8,2) 15.615 (8,7)
Nervos periféricos e sistema nervoso autônomo 51 (0,1) 32 (0,0) 83 (0,1)
Retroperitôneo e peritôneo 295 (0,3) 308 (0,3) 603 (0,3)
Tecido conjuntivo, subcutâneo e outras partes moles 682 (0,8) 658 (0,7) 1.340 (0,8)
Mama 272 (0,3)
27998 (30,8) 28.270 (15,8)
Vulva - 806 (0,9) 806 (0,5)
Vagina - 216 (0,2) 216 (0,1)
Colo uterino - 13372(14,7) 13.372 (7,5)
Corpo uterino - 2.775 (3,1) 2.775 (1,6)
Útero, SOE - 392 (0,4) 392 (0,2)
Ovário - 2.851 (3,1) 2.851 (1,6)
Outros e órgãos genitais femininos não-especificados - 38 (0,0) 38 (0,0)
Placenta - 94 (0,1) 94 (0,1)
Pênis 482 (0,6) - 482 (0,3)
Tabela 18 (continuação) – Número e porcentagem de casos de câncer registrados no
RHC-SP, segundo topografia e sexo, 2000-2005.
Sexo Topografia
Masculino
nº (%)
Feminino
nº (%)
Total
nº (%)
Próstata 18291(20,9) - 18291 (10,2)
Testículo 869 (1,0) - 869 (0,5)
Outros órgãos genitais masculinos e os não-especificados 24 (0,0) - 24 (0,0)
Rim e pelve renal 1.321 (1,5) 901 (1,0) 2.222 (1,2)
Ureter 30 (0,0) 15 (0,0) 45 (0,0)
Bexiga 2.682 (3,1) 867 (1,0) 3.549 (2,0)
Outros órgãos urinários e os não-especificados 14 (0,0) 16 (0,0) 30 (0,0)
Olho e anexos 626 (0,7) 566 (0,6) 1.192 (0,7)
Cérebro e meninges 1.531 (1,8) 1.230(1,4) 2.761 (1,6)
Medula espinhal, nervos cranianos e outras partes do
SNC
210 (0,2) 190 (0,2) 400 (0,2)
Tireóide 574 (0,7) 2.320(2,6) 2.894 (1,6)
Adrenal 108 (0,1) 130 (0,1) 238 (0,1)
Outras glândulas endócrinas e estruturas relacionadas 115 (0,1) 125 (0,1) 240 (0,1)
Outras localizações e as mal-definidas 590 (0,7) 472 (0,5) 1.062 (0,6)
Linfonodos 2.280 (2,6) 1.807(2,0) 4.087 (2,3)
Localização primária desconhecida 2.211 (2,5) 1.637(1,8) 3.848 (2,2)
Total 87.587
(100,0)
90.983
(100,0)
178.570
(100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
Analisando os casos registrados para ambos os sexos, o câncer de mama foi o
tipo mais freqüente em todos os anos do estudo. O câncer de próstata permaneceu como o
segundo tipo mais freqüente em todos os períodos. Vale ressaltar a diminuição na
freqüência do câncer do colo uterino, que era o terceiro tipo mais freqüente no ano 2000 e
passou a ocupar a sexta posição em 2005. O fenômeno inverso pode ser observado para o
câncer colorretal, cuja freqüência foi aumentando com o passar dos anos, não
significando aumento de risco já que estamos analisando porcentagens, ou seja, quando
uma categoria aumenta as outras diminuem. Entre as mulheres, o câncer de mama
permaneceu como o mais freqüente em todos os períodos, sendo a maior porcentagem
observada em 2003 (32,8%) e a menor, em 2005 (28,9%). Destaca-se também uma
importante redução no percentual de casos de câncer de colo uterino: 16,5% dos casos
registrados em 2000 e 11,9% em 2005. No sexo masculino, notou-se o predomínio do
câncer de próstata em todos os anos do estudo, com um aumento na proporção, que
passou de 18,5% no ano 2000 para 23,8% em 2005.
Idade
A idade dos indivíduos variou de 0 a 105 anos (mediana = 60 anos). A
porcentagem de casos registrados em indivíduos com menos de 20 anos de idade é baixa
(somente 4,0% do total de casos) e o pico de maior freqüência foi observado na faixa
etária de 60 a 69 anos para os homens (27,3%) e entre 50 e 59 anos (21,0%), entre as
mulheres.
Gráfico 15 – Distribuição dos casos registrados no RHC-SP, segundo sexo e faixa etária,
2000-2005.
0
5
10
15
20
25
30
0
-
4
a
n
o
s
5
-
9
a
n
o
s
1
0
-
1
4
a
n
o
s
1
5
-
1
9
a
n
o
s
2
0
-
2
9
a
n
o
s
3
0
-
3
9
a
n
o
s
4
0
-
4
9
a
n
o
s
5
0
-
5
9
a
n
o
s
6
0
-
6
9
a
n
o
s
7
0
-
7
9
a
n
o
s
8
0
a
n
o
s
e
m
a
i
s
Masculino Feminino Total
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Local de residência
Nota-se que a maioria dos casos refere-se a indivíduos residentes no estado de
São Paulo (93,4%). No entanto, observamos registros de pacientes residentes em todos os
estados e no Distrito Federal e ainda a ocorrência de 12 registros de pacientes residentes
em outros países. As topografias mais freqüentes relativas aos indivíduos que não
residem no estado de São Paulo foram: próstata (11,9%), mama (11,0%), pele (10,1%),
colo uterino (7,8%) e pulmão (6,0%).
Figura 1 – Número de casos registrados no RHC-SP, segundo estado de residência,
2000- 2005.
531
38
113
20
130
13
44
123
37
83
106
259
73
105
26
445
5,774
70
262 166,995
277
128
33
1,937
390
366
180
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Observou-se uma maior freqüência de indivíduos residentes no município de
São Paulo (29,2%). Porém, foi também registrado um grande número de casos relativos a
residentes nos municípios de Ribeirão Preto (1,2%), São José do Rio Preto (2,0%),
Campinas (2,4%), Piracicaba (1,5%) e Bauru (1,2%) (Figura 2).
Figura 2 Número de casos de câncer registrados no RHC-SP entre os residentes do
estado de São Paulo, segundo município de residência, 2000-2005.
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Estadiamento
Entre os casos registrados no RHC-SP no período de 2000 a 2005, 12.886
(7,2%) não continham informações sobre estadiamento. Em aproximadamente 16,4% dos
casos, a classificação TNM não era aplicável para o estadiamento. Considerando apenas
os tumores efetivamente estadiados segundo a classificação TNM, observamos que
52,2% deles foram diagnosticados em fases iniciais da doença (estádios 0, I e II) e 47,8%,
em fases mais avançadas (estádios III ou IV) (Tabela 19).
Tabela 19 – Número e porcentagem dos casos registrados segundo estadiamento clínico,
RHC-SP, 2000-2005.
Estádio clínico N (%)
0 8.200 (4,6)
I 27.605 (15,5)
II 35.429 (19,8)
III 31.206 (17,5)
IV 33.900 (19,0)
X 6.152 (3,4)
Y 29.344 (16,4)
Z 6.734 (3,8)
Total 178.570 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Pode-se também observar que, no decorrer do período, houve um aumento
significativo da porcentagem de casos diagnosticados no estádio I e uma redução na
porcentagem de casos diagnosticados no estádio IV (χ
2
20 gl
=268,29; p<0,001) (Gráfico
16).
Gráfico 16 – Porcentagem dos casos registrados no RHC-SP, segundo estadiamento
clínico e ano de diagnóstico, 2000-2005.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2000 2001 2002 2003 2004 2005
IV
III
II
I
0
Fonte: RHC-SP, 2000-2005 - FOSP
χ
2
20 gl
=268,29; p<0,001
Boca e Orofaringe:
Foram registrados no período 8.604 casos de câncer de boca e orofaringe. A
maioria dos casos (83,4%) foi diagnosticada em indivíduos do sexo masculino A idade
dos indivíduos variou de 0 a 103 anos (mediana = 56 anos). Os cânceres de boca e
orofaringe apareceram com maior freqüência nos indivíduos com idade entre 50 e 59
anos A partir dos 70 anos observou-se uma discreta redução na proporção de casos
registrados (Gráfico 17).
Gráfico 17 - Distribuição dos casos de câncer de boca e orofaringe, registrados no RHC-
SP, segundo sexo e faixa etária, 2000-2005.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0
-
4
a
n
o
s
5
-
9
a
n
o
s
1
0
-
1
4
a
n
o
s
1
5
-
1
9
a
n
o
s
2
0
-
2
9
a
n
o
s
3
0
-
3
9
a
n
o
s
4
0
-
4
9
a
n
o
s
5
0
-
5
9
a
n
o
s
6
0
-
6
9
a
n
o
s
7
0
-
7
9
a
n
o
s
8
0
a
n
o
s
e
m
a
i
s
%
Masculino Feminino Total
Fonte: RHC-SP, 2000-2005 – FOSP
Entre as mulheres a faixa etária que apresentou a maior freqüência foi a de 75
anos e mais (284 casos), enquanto que nos homens a faixa etária de maior freqüência foi
a de 50 a 54 anos de idade (1.296 casos).
Houve predomínio de indivíduos com escolaridade equivalente ao ensino
fundamental incompleto (37,7%) e em 25,8% dos registros não constava informação
sobre escolaridade (Tabela 20). O tipo histológico predominante foi o carcinoma de
células escamosas (M 8070/3) (7.143 casos, 83,0%).
Tabela 20 – Número e porcentagem de casos de câncer de boca e orofaringe, registrados
no RHC-SP, segundo escolaridade, 2000-2005.
Escolaridade N (%)
Analfabetos 766 (8,9)
Ensino fundamental incompleto 3.244 (37,7)
Ensino fundamental completo 1.454 (16,9)
Ensino médio completo 662 (7,7)
Ensino superior completo 254 (2,9)
Ignorado 2.224 (25,8)
Total 8.604 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
Entre os tumores registrados 94,7% ocorreram em indivíduos residentes no
estado de São Paulo, e 5,3% deles em moradores de outros estados, sendo que a maior
freqüência corresponde a residentes do estado de Minas Gerais (2,5%) e do Mato Grosso
do Sul (1,3%) (Figura 3).
Figura 3 – Distribuição dos casos de câncer de boca e orofaringe, registrados no RHC-
SP, segundo estado de residência do paciente, 2000-2005.
13
2
6
0
2
0
0
4
0
1
9
12
4
6
0
13
218
2
6 8,148
12
1
1
111
17
11
5
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
Entre os residentes no estado de São Paulo, a maior freqüência de casos de
câncer de boca e orofaringe referia-se a indivíduos residentes no município de São Paulo
(29,4%). Foi registrado um grande número de casos relativos a residentes nos municípios
de Guarulhos (2,3%), Ribeirão Preto (1,9%), São José do Rio Preto (1,8%), Campinas
(1,8%), Araraquara (1,4%), Piracicaba (1,4%), Osasco (1,2%), Bauru (1,2%) e Taubaté
(1,0%) (Figura 4).
Figura 4 - Distribuição dos casos de câncer de boca e orofaringe, registrados no RHC-
SP, dos residentes do estado de São Paulo, segundo município de residência, 2000-2005.
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Foi obtida uma informação válida sobre o estadiamento, segundo a
classificação TNM, para 7.138 casos (83%). Destaca-se a ainda acentuada proporção de
casos diagnosticados no estádio IV da classificação TNM (55,3% dos casos estadiados)
(Tabela 21).
Tabela 21 – Número e porcentagem de casos de câncer de boca e orofaringe, registrados
no RHC-SP, segundo estádio clínico ao diagnóstico, 2000-2005.
Estádio clínico N (%)
0 76 (1,1)
I 605 (8,5)
II 962 (13,5)
III 1545 (21,6)
IV 3.950 (55,3)
Total* 7.138 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
* excluídos 1.466 casos, cuja informação sobre estadiamento foi classificada como X
(não foi possível classificar) para 94 casos, Y (não aplicável) para 1.106 casos ou Z
(ignorado) (266 casos).
Observou-se uma associação estatisticamente significativa entre estadiamento
e escolaridade (p<0,001, Tabela 22). A porcentagem de casos com estádio inicial (EC 0-
II) entre os indivíduos analfabetos (22,7%) ou com ensino fundamental incompleto
(22,2%) é significativamente menor do que aquela encontrada entre os indivíduos com
ensino superior completo (37,6%).
Tabela 22 – Número e porcentagem de tumores de boca e orofaringe registrados no
RHC-SP, segundo estadiamento clínico e escolaridade, 2000-2005.
Estádio clínico (%)
Escolaridade 0 I II III IV Total
Analfabetos 8 (1,2) 47 (7,2) 94 (14,3) 151 (23,1) 355 (54,2) 655(11,9)
Ensino fundamental incompleto 29 (1,0) 223 (8,0) 370 (13,2) 606 (21,6) 1.578 (56,2) 2.806 (51,2)
Ensino fundamental completo 8 (0,6) 78 (6,3) 143 (11,6) 256 (20,8) 749 (60,7) 1.234 (22,5)
Ensino médio completo 12 (2,1) 82 (14,2) 83 (14,4) 121 (21,0) 278 (48,3) 576 (10,5)
Ensino superior completo 5 (2,3) 36 (16,5) 41 (18,8) 47 (21,6) 89 (40,8) 218 (4,0)
χ
2
(16 g.l.)=88,41 – p<0,001
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
A cirurgia isolada e a associação entre radioterapia e quimioterapia foram as
modalidades terapêuticas mais empregadas (20% cada um), seguidas pela radioterapia
isolada (15,6%) e cirurgia associada à radioterapia (12,6%). Nota-se ainda que em 11,8%
dos tumores registrados (1.018 casos) não foi realizado nenhum tratamento e em 22
registros não constava informação sobre o tratamento realizado (Tabela 23).
Para os casos que chegaram às instituições sem diagnóstico prévio, o intervalo
entre a primeira consulta e o diagnóstico variou de 0 a 5.300 dias (mediana = 1 dia).
Setenta e cinco porcento dos casos tiveram o diagnóstico realizado em até 12 dias após a
primeira consulta na instituição e 90% dos casos tiveram o diagnóstico estabelecido em
até 36 dias após a admissão na instituição.
O intervalo de tempo entre o diagnóstico e início do tratamento variou de 0 a
1.131 dias (mediana = 37 dias). Nota-se que para 75% dos casos o início do tratamento
ocorreu até 69 dias após o diagnóstico.
O intervalo de tempo entre a 1ª consulta e o início do tratamento variou de 0 a
5.487 dias (mediana = 40 dias).
Tabela 23 – Número e porcentagem de casos de câncer de boca e orofaringe, registrados
no RHC-SP, segundo tratamento realizado, 2000-2005.
Tratamento realizado N (%)
Nenhum 1.018 (11,8)
Cirurgia 1.723 (20,0)
Radioterapia 1.346 (15,6)
Quimioterapia 817 (9,5)
Cirurgia + Radioterapia 1.086 (12,6)
Cirurgia + Quimioterapia 126 (1,5)
Radioterapia + Quimioterapia 1.719 (20,0)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia 384 (4,5)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia + Hormonioterapia 0 (0,0)
Outros 363 (4,2)
Ignorado 22 (0,3)
Total 8.604 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Estômago:
Foram registrados no período 8.727 casos de câncer de estômago. A maioria
dos casos (66,5%) foi diagnosticada em indivíduos do sexo masculino A idade dos
indivíduos variou de 0 a 103 anos (mediana = 63 anos). Os cânceres de estômago
apareceram com maior freqüência nos indivíduos com idade entre 60 e 69 anos (27,7%
dos casos registrados) (Gráfico 18). Não se observou diferença na distribuição por faixa
etária, segundo sexo.
Gráfico 18 - Distribuição dos casos de câncer de estômago, total e segundo sexo e faixa
etária, registrados no RHC-SP, 2000-2005.
0
5
10
15
20
25
30
35
0
-
4
a
n
o
s
5
-
9
a
n
o
s
1
0
-
1
4
a
n
o
s
1
5
-
1
9
a
n
o
s
2
0
-
2
9
a
n
o
s
3
0
-
3
9
a
n
o
s
4
0
-
4
9
a
n
o
s
5
0
-
5
9
a
n
o
s
6
0
-
6
9
a
n
o
s
7
0
-
7
9
a
n
o
s
8
0
a
n
o
s
e
m
a
i
s
%
Masculino Feminino Total
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Houve maior freqüência de casos com escolaridade equivalente ao ensino
fundamental incompleto (34,3%), e em 31,4% dos registros não foi informada a
escolaridade do indivíduo (Tabela 24).
Tabela 24 – Número e porcentagem de caso de câncer de estômago, registrados no RHC-
SP, segundo escolaridade, 2000-2005.
Escolaridade N (%)
Analfabetos 1.022 (11,7)
Ensino fundamental incompleto 2.992 (34,3)
Ensino fundamental completo 1.191 (13,6)
Ensino médio completo 536 (6,1)
Ensino superior completo 244 (2,8)
Ignorado 2.742 (31,4)
Total 8.727 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
Do total de tumores registrados a maioria era de indivíduos residentes no
estado de São Paulo (8.195 casos, 93,9%). Quinhentos e trinta e um casos (6,1%)
informaram residir em outros estados. Com exceção dos estados do Acre e do Amapá,
que não tiveram nenhum de seus residentes registrados no RHC-SP, os demais estados
tiveram pelo menos um caso de câncer de estômago registrado no RHC-SP. Os estados
que apresentaram o maior número de registros foram Minas Gerais (239 casos, 2,7%),
Mato Grosso do Sul (125 casos, 1,4%), Bahia (31 casos, 0,4%) e Rondônia (23 casos,
0,3%) (Figura 5). Houve ainda um registro de paciente morador de outro país.
Figura 5 – Número de casos de câncer de estômago registrados no RHC-SP, segundo
estado de residência, 2000-2005.
23
0
5
2
5
0
1
7
2
1
6
11
4
4
1
31
239
0
13 8,195
14
2
1
125
16
14
4
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
Entre os residentes no estado de São Paulo, a maior freqüência de casos de
câncer de estômago referia-se a indivíduos residentes no município de São Paulo
(31,2%). Foi registrado um grande número de casos relativos a residentes nos municípios
de Ribeirão Preto (1,9%), São José do Rio Preto (2,0%), Campinas (2,5%), Guarulhos
(1,5%) e Bauru (1,1%) (Figura 6).
Figura 6 – Distribuição dos casos de câncer de estômago, registrados no RHC-SP, dos
residentes do estado de São Paulo, segundo município de residência, 2000-2005.
Selecionada
até 11
11 --| 50
50 --| 100
100 --| 500
500 --| 2,554
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
O tipo histológico predominante foi o adenocarcinoma SOE (M 8140/3) com
4.745 casos (54,4%), seguido pelo adenocarcinoma tubular com 1.694 casos (19,1%).
Foi obtida uma informação válida sobre o estadiamento segundo a
classificação TNM para 7.199 casos (82,5%). Destaca-se a ainda acentuada proporção de
casos diagnosticados nos estádios III e IV (73,6%) (Tabela 25).
Tabela 25 – Número e porcentagem de casos de câncer de estômago, registrados no
RHC-SP, segundo estádio clínico ao diagnóstico, 2000-2005.
Estádio clínico N (%)
0 40 (0.6)
I 950 (13,2)
II 908 (12,6)
III 1.942 (26,9)
IV 3.359 (46,7)
Total* 7.199 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
* excluídos 1.528 casos, cuja informação sobre estadiamento foi classificada como X
(não foi possível classificar) (564 casos), Y (não aplicável) (526 casos) ou Z (ignorado)
(438 casos).
Observou-se uma associação estatisticamente significativa entre estadiamento
e escolaridade (p=0,003, Tabela 26). A porcentagem de casos com estádio inicial (EC 0-
II) entre os indivíduos analfabetos (24,1%) ou com ensino fundamental incompleto
(24,0%) é significativamente menor do que aquela encontrada entre os indivíduos com
ensino médio (29,6%) ou superior completo (31,1%).
Tabela 26 – Número e porcentagem de casos de câncer de estômago registrados no
RHC-SP, segundo estadiamento clínico e escolaridade, 2000-2005.
Estádio clínico (%)
Escolaridade 0 I II III IV Total
Analfabetos 2 (0,2) 98 (11,9) 99 (12,0) 237 (28,7) 389 (47,1) 825 (16,5)
Ensino fundamental incompleto 20 (0,8) 296 (11,7) 293 (11,5) 650 (25,6) 1.279 (50,4) 2.538 (50,6)
Ensino fundamental completo 2 (0,2) 117 (11,5) 138 (13,6) 285 (28,0) 475 (46,7) 1.017 (20,3)
Ensino médio completo 5 (1,1) 62 (14,2) 62 (14,2) 102 (23,4) 204 (46,9) 435 (8,7)
Ensino superior completo 1 (0,5) 41 (20,6) 20 (10,0) 50 (25,1) 87 (43,7) 199 (3,9)
χ
2
(16 g.l.)=35,91 – p=0,003
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
A cirurgia isolada foi a modalidade de tratamento mais utilizada (38,2%),
seguida pela quimioterapia (13,6%) e cirurgia associada à quimioterapia (11,4%). Mil
setecentos e setenta e dois indivíduos (20,3%) não receberam nenhum tratamento (Tabela
27) e, entre estes, a maioria (53,8%) apresentava estádios avançados (EC III e IV).
Para os casos de câncer de estômago que chegaram às instituições sem
diagnóstico prévio, o intervalo entre a primeira consulta e o diagnóstico variou de 0 a
1.659 dias (mediana = 1 dia). Setenta e cinco porcento dos casos tiveram o diagnóstico
realizado em até 12 dias após a primeira consulta na instituição.
O intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento variou de 0
a 2.133 dias (mediana = 27 dias). Nota-se que 75% dos casos o tratamento foi iniciado
em até 59 dias após o diagnóstico.
O intervalo de tempo entre a 1ª consulta e o início do tratamento variou de 0 a
1.784 dias (mediana = 27 dias).
Tabela 27 – Número e porcentagem de casos de câncer de estômago, registrados no
RHC-SP, segundo tratamento realizado, 2000-2005.
Tratamento realizado N (%)
Nenhum 1.772 (20,3)
Cirurgia 3.335 (38,2)
Radioterapia 224 (2,6)
Quimioterapia 1.184 (13,6)
Cirurgia + Radioterapia 143 (1,6)
Cirurgia + Quimioterapia 991 (11,4)
Radioterapia + Quimioterapia 187 (2,1)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia 499 (5,7)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia + Hormonioterapia 0 (0,0)
Outros 382 (4,4)
Ignorado 10 (0,1)
Total 8.727 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Pulmão
Foram registrados no período 11.161 casos de câncer de pulmão. A maioria
dos casos (68,9%) foi diagnosticada em indivíduos do sexo masculino A idade dos
indivíduos variou de 0 a 95 anos (mediana = 64 anos). Os cânceres de pulmão
apareceram com maior freqüência nos indivíduos com idade entre 60 e 69 anos (33,1%) e
entre 70 e 79 anos (24,9%). Apenas 2,7% dos casos foram diagnosticados em indivíduos
com menos de 40 anos de idade (Gráfico 19).
Gráfico 19 - Distribuição dos casos de câncer de pulmão, registrados no RHC-SP,
segundo sexo e faixa etária, 2000-2005.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0
-
4
a
n
o
s
5
-
9
a
n
o
s
1
0
-
1
4
a
n
o
s
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5
-
1
9
a
n
o
s
2
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2
9
a
n
o
s
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0
-
3
9
a
n
o
s
4
0
-
4
9
a
n
o
s
5
0
-
5
9
a
n
o
s
6
0
-
6
9
a
n
o
s
7
0
-
7
9
a
n
o
s
8
0
a
n
o
s
e
m
a
i
s
%
Masculino Feminino Total
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Nos casos analisados foi mais freqüente a escolaridade equivalente ao ensino
fundamental incompleto (31,6%) e em 2.924 registros não constava informação sobre a
escolaridade do indivíduo (Tabela 28).
Tabela 28 – Número e porcentagem de casos de câncer de pulmão registrados no RHC-
SP, segundo escolaridade, 2000-2005.
Escolaridade N (%)
Analfabetos 1.012 (9,1)
Ensino fundamental incompleto 3.523 (31,6)
Ensino fundamental completo 2.186 (19,6)
Ensino médio completo 941 (8,4)
Ensino superior completo 575 (5,1)
Ignorado 2.924 (26,2)
Total 11.161 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Entre os 11.161 casos de câncer de pulmão registrados, 10.462 ocorreram em
indivíduos residentes no estado de São Paulo (93,7%). Foram identificados casos
oriundos dos demais estados (exceto Sergipe e Amapá), sendo que os que apresentaram
maior freqüência foram: Minas Gerais (3,5% de todos os casos de câncer de pulmão) e
Mato Grosso do Sul (1,1%) (Figura 7).
Figura 7 – Número de casos de câncer de pulmão, registrados no RHC-SP, segundo
estado de residência, 2000-2005.
31
1
11
1
9
0
3
4
1
5
5
15
2
8
0
14
387
3
15 10,462
17
4
3
121
12
15
12
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Entre os residentes no estado de São Paulo, a maior freqüência de casos de
câncer de pulmão referia-se a indivíduos residentes no município de São Paulo (32,2%).
Foi também registrado um grande número de casos relativos a residentes nos municípios
de Ribeirão Preto (2,0%), São José do Rio Preto (1,6%), Campinas (2,3%), Guarulhos
(1,9%), Piracicaba (1,9%), Bauru (1,6%), São Bernardo do Campo (1,1%), Barretos
(1,1%), Araraquara (1,1%) e Taubaté (1,0%) (Figura 8).
Figura 8 - Distribuição dos casos de câncer de pulmão, registrados no RHC-SP, dos
residentes do estado de São Paulo, segundo município de residência, 2000-2005.
Selecionada
até 5
5 --| 10
10 --| 50
50 --| 100
100 --| 3,367
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
O tipo histológico predominante foi o adenocarcinoma (M 8140/3) com 4.745
casos (28,7%), seguido pelo carcinoma de células escamosas com 2.985 casos (26,7%).
Obteve-se uma informação válida sobre o estadiamento para 9.904 casos
(88,7%). Destaca-se a ainda acentuada propoão de casos diagnosticados no estádio IV
(47,2%) (Tabela 29).
Tabela 29 – Número e porcentagem de casos de câncer de pulmão registrados no RHC-
SP, segundo estádio clínico ao diagnóstico, 2000-2005.
Estádio clínico N (%)
0 5 (0.1)
I 805 (8,1)
II 657 (6,6)
III 3.763 (38,0)
IV 4.674 (47,2)
Total* 9.904 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
* excluídos 1.257 casos, cuja informação sobre estadiamento foi classificada como X
(não foi possível classificar) (299 casos), Y (não aplicável) (529 casos) ou Z (ignorado)
(429 casos).
Observou-se uma associação estatisticamente significativa entre estadiamento
e escolaridade (p<0,001, Tabela 30). A porcentagem de casos com estádio inicial (EC 0-
II) aumenta à medida que aumenta também o nível de escolaridade, sendo menor para os
analfabetos (4,8%) comparados aos casos em indivíduos com nível superior completo
(12,5%).
Tabela 30 Número e porcentagem de casos de câncer de pulmão, registrados no RHC-
SP, segundo estadiamento clínico e escolaridade, 2000-2005.
Estádio clínico (%)
Escolaridade 0-I II III IV Total
Analfabetos 43 (4,8) 39 (4,4) 419 (47,0) 390 (43,8) 891 (12,0)
Ensino fundamental incompleto 194 (6,2) 189 (6,0) 1290 (41,1) 1.466 (46,7) 3.139 (42,3)
Ensino fundamental completo 147 (7,3) 119 (5,9) 774 (38,3) 979 (48,5) 2.019 (27,2)
Ensino médio completo 87 (10,1) 57 (6,6) 265 (30,8) 452 (52,5) 861 (11,6)
Ensino superior completo 65 (12,5) 30 (5,8) 145 (28,0) 278 (53,7) 518 (6,9)
χ
2
(12 g.l.)=107,62 – p<0,001
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
A quimioterapia isolada foi a modalidade de tratamento mais utilizada
(30,7%), seguida pela associação de radio e quimioterapia (19,3%). Dezenove porcento
dos casos não receberam nenhum tratamento (Tabela 31) e, entre estes, a maioria (67,8%)
apresentava doença avançada (estádios III e IV).
Do total de casos de câncer de pulmão 68,1% deles chegaram aos hospitais
sem diagnóstico e sem tratamento prévios, enquanto que 31,9% chegaram com
diagnóstico, porém sem tratamento.
Para os casos que chegaram às instituições sem diagnóstico prévio, o intervalo
entre a primeira consulta e o diagnóstico variou de 0 a 2.976 dias (mediana = 6 dias).
Setenta e cinco porcento dos casos tiveram o diagnóstico realizado em até 20 dias após a
primeira consulta na instituição.
O intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento variou de 0
a 1.481 dias (mediana = 20 dias). Nota-se que 75% dos casos iniciaram o tratamento em
até 42 dias após o diagnóstico.
O intervalo de tempo entre a primeira consulta e o início do tratamento
realizado variou de 0 a 3.011 dias (mediana = 29 dias).
Tabela 31 Número e porcentagem de casos de câncer de pulmão, registrados no RHC-
SP, segundo tratamento realizado, 2000-2005.
Tratamento realizado N (%)
Nenhum 2.155 (19,3)
Cirurgia 1.018 (9,1)
Radioterapia 1.016 (9,1)
Quimioterapia 3.426 (30,7)
Cirurgia + Radioterapia 173 (1,5)
Cirurgia + Quimioterapia 413 (3,7)
Radioterapia + Quimioterapia 2.156 (19,3)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia 229 (2,0)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia + Hormonioterapia 0 (0,0)
Outros 536 (0,8)
Ignorado 39 (0,3)
Total 11.161 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Cólon e reto
Foram registrados no período 12.353 casos de câncer de cólon/reto. Houve uma
distribuição praticamente igual entre os sexos (masculino = 50,5% e feminino = 49,5%).
A idade dos indivíduos variou de 0 a 102 anos (mediana = 63 anos). Os cânceres de cólon
e reto apareceram com maior freqüência nos indivíduos com idade entre 60 e 69 anos
(25,6%) e entre 70 e 79 anos (23,4%). (Gráfico 20).
Gráfico 20 - Distribuição dos tumores de cólon e reto, segundo sexo e faixa etária,
registrados no RHC, no estado de São Paulo, de 2000 a 2005.
0
5
10
15
20
25
30
0
-
4
a
n
o
s
5
-
9
a
n
o
s
1
0
-
1
4
a
n
o
s
1
5
-
1
9
a
n
o
s
2
0
-
2
9
a
n
o
s
3
0
-
3
9
a
n
o
s
4
0
-
4
9
a
n
o
s
5
0
-
5
9
a
n
o
s
6
0
-
6
9
a
n
o
s
7
0
-
7
9
a
n
o
s
8
0
a
n
o
s
e
m
a
i
s
%
Masculino Feminino Total
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Nos casos analisados foi mais freqüente a escolaridade equivalente ao ensino
fundamental incompleto (28,5%) e em 33,4% dos registros não constava a informação
sobre a escolaridade do indivíduo (Tabela 32).
Tabela 32 – Número e porcentagem de casos de câncer de cólon e reto, registrados no
RHC-SP, segundo escolaridade, 2000-2005.
Escolaridade N (%)
Analfabetos 889 (7,2)
Ensino fundamental incompleto 3.523 (28,5)
Ensino fundamental completo 1.944 (15,8)
Ensino médio completo 1.165 (9,4)
Ensino superior completo 707 (5,7)
Ignorado 4.125 (33,4)
Total 12.353 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
Dos 12.353 tumores registrados no RHC-SP, de 2000-2005, 11.695 referiam-
se a residentes do próprio estado de São Paulo (94,7%). Os estados de Minas Gerais e
Mato Grosso do Sul foram os que tiveram os maiores números de casos registrados, com
284 (2,3%) e 108 (0,9%) respectivamente. Não foram registrados casos de câncer de
cólon e reto, cujos pacientes eram procedentes dos estados do Amapá ou Sergipe (Figura
9).
Figura 9 - Número de casos de câncer de cólon e reto, registrados no RHC-SP, segundo
estado de residência, 2000-2005.
42
3
5
0
7
1
1
11
1
4
16
25
3
8
0
28
284
1
10 11,695
8
10
2
108
35
34
10
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Entre os residentes no estado de São Paulo, o maior número de casos de
câncer colorretal referia-se a indivíduos residentes no município de São Paulo (31,6%).
Foi ainda registrado um grande número de casos relativos a residentes dos municípios de
Ribeirão Preto (2,3%), São José do Rio Preto (2,1%), Campinas (2,2%), Guarulhos
(1,1%), Piracicaba (2,1%), Bauru (1,5%), São Bernardo do Campo (1,3%), Araraquara
(1,6%), Marília (1,2%), São Carlos (1,1%) e Taubaté (1,2%) (Figura 10).
Figura 10 - Distribuição dos casos de câncer de cólon e reto, registrados no RHC-SP, dos
residentes do estado de São Paulo, segundo município de residência, 2000-2005.
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Selecionada
até 5
5 --| 10
10 --| 50
50 --| 100
100 --| 3,701
O tipo histológico predominante foi o adenocarcinoma (M 8140/3) com 7.729
casos (62,6%), seguido pelo adenocarcinoma tubular (M 8211/3) com 3.370 casos
(27,3%).
Foi obtida uma informação válida sobre o estadiamento para 11.045 casos
(89,4%). A maior freqüência de casos foi diagnosticada no estádio II (31,1%). (Tabela
33).
Tabela 33 – Número e porcentagem de casos de câncer de cólon e reto, registrados no
RHC-SP, segundo estádio clínico ao diagnóstico, 2000-2005.
Estádio clínico N (%)
0 68 (0,6)
I 1.399 (12,7)
II 3.441 (31,1)
III 3.378 (30,6)
IV 2.759 (25,0)
Total* 11.045 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
* excluídos 1.308 casos, cuja informação sobre estadiamento foi classificada como X
(não foi possível classificar) (495 casos), Y (não aplicável) (224 casos) ou Z (ignorado)
(589 casos).
Observou-se uma associação estatisticamente significativa entre estadiamento
e escolaridade (p=0,041, Tabela 34). A porcentagem de casos com estádio inicial (EC 0-
II) entre os indivíduos com ensino fundamental completo (43,1%) é significativamente
menor do que aquela encontrada entre os indivíduos com ensino superior completo
(46,2%).
Tabela 34 – Número e porcentagem de casos de câncer de cólon/reto, registrados no
RHC-SP, segundo estadiamento clínico e escolaridade, 2000-2005.
Estádio clínico (%)
Escolaridade 0
I II
III IV Total
Analfabetos 5 (0,7) 95(12,4) 248 (32,5) 226 (29,6) 189 (24,8) 763 (10,3)
Ensino fundamental incompleto 24 (0,8) 400 (12,6) 1.027 (32,5) 911 (28,8) 802 (25,3) 3.164 (42,5)
Ensino fundamental completo 5 (0,3) 220 (12,3) 546 (30,6) 574 (32,1) 442 (24,7) 1.787 (24,0)
Ensino médio completo 4 (0,4) 161 (15,1) 307 (28,8) 347 (32,5) 248 (23,2) 1.067 (14,3)
Ensino superior completo 5 (0,8) 102 (15,4) 199 (30,1) 184 (27,8) 172 (25,9) 662 (8,9)
χ
2
(16 g.l.)=27,04 – p=0,041
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
A cirurgia isolada foi a modalidade de tratamento mais utilizada (31,4%),
seguida pela associação de cirurgia e quimioterapia (23,3%). Oito porcento dos casos não
receberam nenhum tratamento (Tabela 35).
Do total de casos registrados de tumores de cólon e reto 61,3% deles
chegaram aos hospitais sem diagnóstico e sem tratamento enquanto que 38,7% chegaram
com diagnóstico, porém sem tratamento.
Para os casos que chegaram às instituições sem diagnóstico prévio, o intervalo
entre a primeira consulta e o diagnóstico variou de 0 a 2.094 dias (mediana = 3 dias).
Setenta e cinco porcento dos casos tiveram o diagnóstico realizado em até 15 dias após a
primeira consulta na instituição.
O intervalo de tempo entre a o diagnóstico e o início do tratamento variou de
0 a 2.118 dias (mediana = 18 dias). Nota-se que para 75% dos casos, este intervalo foi
menor do que 50 dias.
O intervalo entre a admissão na instituição (1
a
consulta) e o início do
tratamento variou de 0 a 2.094 dias (mediana = 22 dias). Apenas 21% dos casos tiveram o
tratamento iniciado 60 dias após a admissão na instituição.
Tabela 35 – Número e porcentagem de casos de câncer de cólon e reto, registrados no
RHC-SP, segundo tratamento realizado, 2000-2005.
Tratamento realizado N (%)
Nenhum 1.004 (8,1)
Cirurgia 3.883 (31,4)
Radioterapia 453 (3,7)
Quimioterapia 1.229 (9,9)
Cirurgia + Radioterapia 253 (2,0)
Cirurgia + Quimioterapia 2.882 (23,3)
Radioterapia + Quimioterapia 927 (7,5)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia 1.227 (9,9)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia + Hormonioterapia 0 (0,0)
Outros 480 (3,9)
Ignorado 15 (0,1)
Total 12.353 (100,0)
Fonte: RHC-SP, de 2000-2005 - FOSP
Próstata
Foram registrados no período 18.291 casos de câncer da próstata. A idade dos
indivíduos variou de 8 a 102 anos (mediana = 69 anos). Os casos apareceram com maior
freqüência nos homens com idade entre 70 e 79 anos (38,9%) e entre 60 e 69 anos
(35,8%). (Gráfico 21).
Gráfico 21 - Distribuição dos casos de câncer da próstata registrados no RHC-SP,
segundo faixa etária, 2000-2005.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0
-
4
a
n
o
s
5
-
9
a
n
o
s
1
0
-
1
4
a
n
o
s
1
5
-
1
9
a
n
o
s
2
0
-
2
9
a
n
o
s
3
0
-
3
9
a
n
o
s
4
0
-
4
9
a
n
o
s
5
0
-
5
9
a
n
o
s
6
0
-
6
9
a
n
o
s
7
0
-
7
9
a
n
o
s
8
0
a
n
o
s
e
m
a
i
s
%
Masculino
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
A maior freqüência dos casos era de indivíduos que tinham escolaridade
equivalente ao ensino fundamental incompleto (34,3%) e em 5.591 casos não foi
informada a escolaridade do indivíduo (30,6%) (Tabela 36).
Tabela 36 – Número e porcentagem de casos de câncer de próstata registrados no RHC-
SP, segundo escolaridade, 2000-2005.
Escolaridade N (%)
Analfabetos 1.706 (9,3)
Ensino fundamental incompleto 6.280 (34,3)
Ensino fundamental completo 2.365 (13,0)
Ensino médio completo 1.301 (7,1)
Ensino superior completo 1.048 (5,7)
Ignorado 5.591 (30,6)
Total 18.291 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
A maioria dos casos se referia a indivíduos domiciliados no estado de São
Paulo (92,5%) (Figura 11). Foram também observados casos em indivíduos oriundos de
outros 24 estados, sendo que 3,9% dos casos eram provenientes de Minas Gerais e 1,5%,
do Mato Grosso do Sul Rondônia (0,3%) e Goiás (0,3%) foram os outros estados com os
maiores números de registros (Figura 11).
Figura 11 - Número de casos de câncer de próstata, registrados no RHC-SP, segundo
estado de residência, 2000-2005.
59
0
7
1
7
0
8
7
4
6
6
13
9
6
6
35
715
6
37 16,912
33
7
3
280
46
58
20
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
A análise dos dados referentes aos residentes no estado de São Paulo
demonstra um predomínio de indivíduos residentes no município de São Paulo (24,7%).
Todavia, observa-se também um grande número de casos de câncer da próstata relativos a
residentes nos municípios de Ribeirão Preto (2,4%), São José do Rio Preto (2,8%),
Franca (1,9%), Campinas (1,8%), Guarulhos (1,1%), Rio Claro (1,2%), Bauru (1,4%),
Araraquara (1,3%), Marília (1,6%), São Carlos (1,1%) e Taubaté (1,5%) (Figura 12).
Figura 12 - Número de casos de câncer da próstata, registrados no RHC-SP, entre os
residentes do estado de São Paulo, segundo município de residência, 2000-2005.
Selecionada
até 5
5 --| 10
10 --| 50
50 --| 100
100 --| 4,170
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
O tipo histológico predominante foi o adenocarcinoma SOE (M 8140/3) com
10.618 casos (58%), seguido pelo carcinoma de células acinares (M 8550/3) com 7.134
casos (39%).
Foi obtida uma informação válida sobre o estadiamento 16.335 casos (89,3%).
A maioria dos casos estadiados foi diagnosticada no estádio II (53,3%). Nota-se uma
grande porcentagem de casos já apresentando metástases ao diagnóstico (EC IV) (22,4%)
(Tabela 37).
Tabela 37 – Número e porcentagem de casos de câncer de próstata registrados no RHC-
SP, segundo estádio clínico ao diagnóstico, 2000-2005.
Estádio clínico N (%)
I 976 (6,0)
II 8.712 (53,3)
III 2.991 (18,3)
IV 3.656 (22,4)
Total* 16.335 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
* excluídos 1.956 casos, cuja informação sobre estadiamento foi classificada como X
(não foi possível classificar) (699 casos), Y (não aplicável) (149 casos) ou Z (ignorado)
(1.108 casos).
Observou-se uma associação estatisticamente significativa entre estadiamento
e escolaridade (p<0,001, Tabela 38). A porcentagem de casos com estádio inicial (EC I-
II) entre os indivíduos analfabetos (46,2%) é significativamente menor do que aquela
encontrada entre os homens com ensino superior completo (71,0%). A porcentagem de
casos que apresentam metástase no momento do diagnóstico é significativamente menor
entre os homens com ensino superior completo (13,9%), comparados aos homens
analfabetos (29,1%).
Tabela 38 – Número e porcentagem de casos de câncer de próstata, registrados no RHC-
SP, segundo estadiamento clínico e escolaridade, 2000-2005.
Estádio clínico (%)
Escolaridade I II III IV Total
Analfabetos 50 (3,2) 675 (43,0) 386 (24,6) 457 (29,2)
1568(13,4)
Ensino fundamental incompleto 269 (4,6) 2.970 (51,5) 1.279 (22,2) 1.250 (21,7)
5768(49,5)
Ensino fundamental completo 130 (6,2) 1.078 (51,1) 389 (18,4) 513 (24,3)
2110(18,1)
Ensino médio completo 92 (7,5) 729 (59,5) 211 (17,2) 193 (15,8)
1225(10,5)
Ensino superior completo 94 (9,5) 607 (61,3) 151 (15,3) 138 (13,9)
990(8,5)
χ
2
(12 g.l.)=254,55 – p<0,001
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
A cirurgia isolada foi a modalidade de tratamento mais utilizada (34,2% dos
casos tratados), seguida pela cirurgia associada à quimioterapia (25,4%).
Aproximadamente 12% dos casos (2.142) não receberam nenhum tratamento (Tabela 39).
A hormonioterapia foi empregada isoladamente ou em associação com outra modalidade
terapêutica em 6.467 casos (35,4%).
Do total de casos registrados de cânceres de próstata, 52,4% chegaram aos
hospitais sem diagnóstico ou tratamento prévios, enquanto que 47,6% chegaram com
diagnóstico, porém sem tratamento.
Tabela 39 – Número e porcentagem de casos de câncer de próstata registrados no RHC-
SP, segundo o tipo de tratamento realizado, 2000-2005.
Tratamento realizado N (%)
Nenhum 2.142 (11,7)
Cirurgia 5.766 (31,5)
Radioterapia 2.730 (14,9)
Quimioterapia 244 (1,3)
Cirurgia + Radioterapia 261 (1,4)
Cirurgia + Quimioterapia 79 (0,4)
Radioterapia + Quimioterapia 123 (0,7)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia 29 (0,2)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia + Hormonioterapia 18 (0,1)
Outros 6.841 (37,4)
Ignorado 58 (0,3)
Total 18.291 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Para os casos que chegaram às instituições sem diagnóstico prévio, o intervalo
entre a primeira consulta e o diagnóstico variou de 0 a 2.694 dias (mediana = 6 dias).
Setenta e cinco porcento dos casos tiveram o diagnóstico realizado em até 40 dias após a
primeira consulta na instituição.
O intervalo de tempo entre a o diagnóstico e o início do tratamento variou de
0 a 2.337 dias (mediana = 60 dias). Nota-se que para 25% dos casos, este intervalo foi
maior do que 112 dias.
O intervalo entre a admissão na instituição (1
a
consulta) e o início do
tratamento variou de 0 a 2.561 dias (mediana = 57 dias). Apenas 32% dos casos tiveram o
tratamento iniciado em até 30 dias após a admissão na instituição.
Colo Uterino
Foram registrados no período 13.372 casos de câncer do colo uterino. A idade
das mulheres variou de 14 a 105 anos (mediana = 46 anos). Os cânceres do colo uterino
apareceram com maior freqüência nas mulheres com idade entre 40 e 49 anos (25%) e
entre 30 e 39 anos (21,3%). (Gráfico 22).
Gráfico 22 - Distribuição dos casos de câncer do colo do útero registrados no RHC-SP,
segundo faixa etária, 2000-2005.
0
5
10
15
20
25
30
0
-
4
a
n
o
s
5
-
9
a
n
o
s
1
0
-
1
4
a
n
o
s
1
5
-
1
9
a
n
o
s
2
0
-
2
9
a
n
o
s
3
0
-
3
9
a
n
o
s
4
0
-
4
9
a
n
o
s
5
0
-
5
9
a
n
o
s
6
0
-
6
9
a
n
o
s
7
0
-
7
9
a
n
o
s
8
0
a
n
o
s
e
m
a
i
s
%
Feminino
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Nos casos analisados foi mais freqüente a escolaridade equivalente ao ensino
fundamental incompleto (33,6% do total e 53,5% dos casos com informações válidas)
(Tabela 40). Destaca-se o grande número de casos cuja escolaridade era ignorada (4.961
casos; 37,1%).
Tabela 40 – Número e porcentagem de casos de câncer do colo uterino, registrados no
RHC-SP, segundo escolaridade, 2000-2005.
Escolaridade N (%)
Analfabetos 1.350 (10,1)
Ensino fundamental incompleto 4.498 (33,6)
Ensino fundamental completo 1.360 (10,2)
Ensino médio completo 980 (7,3)
Ensino superior completo 223 (1,7)
Ignorado 4.961 (37,1)
Total 13.372 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
A maioria dos casos registrados era relativa a mulheres residentes no estado
de São Paulo (93,2%) enquanto que o restante correspondia a mulheres residentes de
outros 23 estados (3,8% dos casos eram provenientes de Minas Gerais e 1,7% do Mato
Grosso do Sul). (Figura 13).
Figura 13 - Número de casos de câncer do colo uterino, registrados no RHC-SP, segundo
estado de residência, 2000-2005.
32
2
3
1
3
0
7
4
2
5
6
19
2
3
0
22
503
42
10 12,464
6
2
1
222
9
4
2
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
A análise dos dados referentes às residentes no estado de São Paulo demonstra
um predomínio de mulheres domiciliadas no município de São Paulo (31%), seguido por
Campinas (3,4%), Guarulhos (2,4%), Osasco (1,35%), Ribeirão Preto (1,2%) e por
Marília, Sumaré e São José do Rio Preto (todos com 0,9% dos casos) (Figura 14).
Figura 14 - Número de casos de câncer de colo uterino, registrados no RHC-SP, entre os
residentes do estado de São Paulo, segundo município de residência, 2000-2005.
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Observou-se uma associação estatisticamente significativa entre estadiamento
e escolaridade (p<0,001, Tabela 41). A porcentagem de casos com estádio avançado (EC
III e IV) entre as mulheres analfabetas (39,8%) é mais do que o dobro daquela encontrada
entre as mulheres com ensino superior completo (15,7%). Além disso, entre os casos
diagnosticados em mulheres com ensino superior completo, 51,2% eram carcinomas in
situ, enquanto para as mulheres analfabetas estes corresponderam a somente 24,2% dos
casos de câncer do colo uterino.
Tabela 41 – Número e porcentagem de casos de câncer do colo uterino, registrados no
RHC-SP, segundo estadiamento clínico e escolaridade, 2000-2005.
Estádio clínico (%)
Escolaridade 0 I II III IV Total
Analfabetos 299 (24,2) 202 (16,3) 244 (19,7) 374 (30,2) 118 (9,5) 1.237 (16,4)
Ensino fundamental incompleto 1.659 (40,4) 760 (18,5) 603 (14,7) 867 (21,1) 221 (5,4) 4.110 (54,5)
Ensino fundamental completo 436 (36,2) 240 (19,9) 215 (17,9) 256 (21,3) 56 (4,7) 1.203 (15,9)
Ensino médio completo 424 (51,2) 134 (16,2) 117 (14,1) 120 (14,5) 33 (4,0) 828 (11,0)
Ensino superior completo 85 (51,2) 33 (19,9) 22 (13,2) 19 (11,4) 7 (4,2) 166 (2,2)
χ2=249,94; p<0.001.
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
A cirurgia isolada foi a modalidade de tratamento mais utilizada (48,4% dos
casos tratados), seguida pela radioterapia isolada (20,4%). Em 6,4% dos casos (853)
nenhum tratamento foi realizado (Tabela 42).
Tabela 42 – Número e porcentagem de casos de câncer do colo uterino, registrados no
RHC-SP, segundo o tipo de tratamento realizado, 2000-2005.
Tratamento realizado N (%)
Nenhum 853 (6,4)
Cirurgia 6.474 (48,4)
Radioterapia 2.727 (20,4)
Quimioterapia 234 (1,7)
Cirurgia + Radioterapia 975 (7,3)
Cirurgia + Quimioterapia 137 (1,0)
Radioterapia + Quimioterapia 1.185 (8,9)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia 257 (1,9)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia + Hormonioterapia 0 (0,0)
Outros 511 (3,8)
Ignorado 19 (0,1)
Total 13.372 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
A maioria dos casos registrados de câncer de colo de útero (57,3%) chegou
aos hospitais sem diagnóstico e sem tratamento prévios.
Para os casos que chegaram às instituições sem diagnóstico prévio, o intervalo
entre a primeira consulta e o diagnóstico variou de 0 a 3.147 dias (mediana = 0 dias).
Setenta e cinco porcento dos casos tiveram o diagnóstico realizado em até 14 dias após a
primeira consulta na instituição.
O intervalo de tempo entre a o diagnóstico e o início do tratamento variou de
0 a 1.629 dias (mediana = 63 dias). Nota-se que para 25% dos casos, este intervalo foi
maior do que 120 dias.
O intervalo entre a admissão na instituição (1
a
consulta) e o início do
tratamento variou de 0 a 3.147 dias (mediana = 70 dias). Apenas 23% dos casos tiveram o
tratamento iniciado em até 30 dias após a admissão na instituição.
Mama
Entre os 28.270 casos de câncer de mama registrados no período, 27.998
(99,0%) referiam-se a pacientes do sexo feminino, já que o câncer da mama masculina é
bastante raro. A idade das mulheres (27.998) variou de 12 a 101 anos (mediana = 55
anos). Os cânceres de mama apareceram com maior freqüência nas mulheres entre 40 e
59 anos de idade. A partir dos 70 anos observou-se uma discreta queda na proporção de
casos registrados (Gráfico 23).
Gráfico 23 - Distribuição dos casos de câncer de mama em mulheres, registrados no
RHC-SP, segundo faixa etária, 2000-2005.
0
5
10
15
20
25
30
0
-
4
a
n
o
s
5
-
9
a
n
o
s
1
0
-
1
4
a
n
o
s
1
5
-
1
9
a
n
o
s
2
0
-
2
9
a
n
o
s
3
0
-
3
9
a
n
o
s
4
0
-
4
9
a
n
o
s
5
0
-
5
9
a
n
o
s
6
0
-
6
9
a
n
o
s
7
0
-
7
9
a
n
o
s
8
0
a
n
o
s
e
m
a
i
s
%
Feminino
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Foi mais freqüente a escolaridade equivalente ao ensino fundamental
incompleto (26,9%) nos casos analisados (Tabela 43), e em 34,6% dos registros a
informação sobre a escolaridade das mulheres era ignorada.
Tabela 43 – Número e porcentagem de casos de câncer de mama registrados no RHC-
SP, sexo feminino, segundo escolaridade, 2000-2005.
Escolaridade N (%)
Analfabetas 1.782 (6,4)
Ensino fundamental incompleto 7.522 (26,9)
Ensino fundamental completo 3.579 (12,8)
Ensino médio completo 3.128 (11,2)
Ensino superior completo 2.296 (8,2)
Ignorada 9.691 (34,6)
Total 27.998 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
O tipo histológico predominante foi o carcinoma ductal infiltrante (M 8500/3)
com 21.097 casos (75,3%), seguido por carcinoma lobular SOE com 1.811 registros
(6,5%).
A maioria das mulheres com câncer de mama era domiciliada no estado de
São Paulo (95,5%) e 2.258 eram procedentes de outros 25 estados e ainda do Distrito
Federal. Os estados que tiveram os maiores números de registros foram Minas Gerais
(2,4%), Mato Grosso do Sul (0,7%), Bahia (0,2%) e Rondônia (0,1%) (Figura 15).
Figura 15 - Número de casos de câncer de mama em mulheres registrados no RHC-SP,
segundo estado de residência, 2000-2005.
40
5
11
39
18
2
6
10
2
3
15
39
8
5
1
42
669
6
39 26,740
31
20
2
194
31
33
24
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
A análise dos dados referentes aos residentes no estado de São Paulo
demonstra um predomínio de mulheres residentes no município de São Paulo (33,4%).
Todavia, observa-se também um grande número de casos de câncer de mama em
mulheres residentes nos municípios de Campinas (2,9%), Guarulhos (2,1%), Piracicaba
(1,9%), Ribeirão Preto (1,8%), Santos (1,5%), Taubaté (1,4%), Osasco (1,4%), São José
do Rio Preto (1,4%), Bauru (1,3%), Araraquara (1,2%), São Carlos (1,1%), Marília
(0,9%) e Jundiaí (0,9%) (Figura 16).
Figura 16 - Número de casos de câncer de mama em mulheres, registrados no RHC-SP,
entre as residentes no estado de São Paulo, segundo município de residência, 2000-2005.
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Noventa e seis porcento dos registros de casos de câncer de mama continham
uma informação válida sobre o estadiamento (26.994 casos). Destaca-se a ainda
acentuada proporção de casos diagnosticados em estádios avançados (EC III e IV)
(35,4%) (Tabela 44).
Tabela 44 – Número e porcentagem de casos de câncer de mama em mulheres,
registrados no RHC-SP, segundo estádio clínico, 2000-2005.
Estádio clínico N (%)
0 1.643 (6,1)
I 6.437 (23,7)
II 11.015 (40,8)
III 7.232 (26,8)
IV 2.310 (8,6)
Total* 26.994 (100,0)
Fonte: RHC-SP, de 2000-2005 – FOSP
* excluídos 1.004 casos, cuja informação sobre estadiamento foi classificada como X
(não foi possível classificar) (286 casos), Y (não aplicável) (254 casos) ou Z (ignorado)
(464 casos).
Observou-se uma associação estatisticamente significativa entre estadiamento
e escolaridade (p<0,001, Tabela 45). A porcentagem de casos com estádio avançado (EC
III e IV) entre as mulheres analfabetas (46,3%) é o dobro daquela encontrada entre as
mulheres com ensino superior completo (21,6%).
Tabela 45 –mero e porcentagem de casos de câncer de mama registrados no RHC-SP
para o sexo feminino, segundo estadiamento clínico e escolaridade, 2000- 2005.
Estádio clínico (%)
Escolaridade
0 I II III IV Total
Analfabetas 74 (4,3) 201 (11,7) 646 (37,7) 586 (34,2) 207 (12,1) 1714(9,7)
Ensino fundamental
incompleto
401 (5,5) 1.163 (16,0) 2.943 (40,4) 2070 (28,4) 709 (9,7) 7286(41,1)
Ensino fundamental completo 186 (5,4) 672 (19,3) 1.407 (40,4) 903 (26,0) 311 (8,9) 3479(19,6)
Ensino médio completo 237 (7,8) 613 (20,2) 1.267 (41,9) 722 (23,8) 192 (6,3) 3031(17,1)
Ensino superior completo 261(11,7) 590 (26,5) 893 (40,1) 346 (15,6) 136 (6,1) 2226(12,6)
χ
2
(16 g.l.)=515,52 – p<0,001
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
A maioria das mulheres (70,6%) chegou aos hospitais sem diagnóstico e sem
tratamento enquanto que 29,4% chegaram com diagnóstico prévio, porém sem
tratamento.
As modalidades mais freqüentemente empregadas no tratamento do câncer de
mama feminina foram a combinação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia (17,4% dos
casos), seguida pela cirurgia isolada (17,3%). A associação de quimioterapia e
radioterapia foi utilizada em 15,2% dos casos tratados (Tabela 46).
Para os casos de câncer de mama que chegaram às instituições sem
diagnóstico prévio, o intervalo entre a primeira consulta e o diagnóstico variou de 0 a
4.156 dias (mediana = 7 dias). Setenta e cinco porcento dos casos tiveram o diagnóstico
realizado em até 38 dias após a primeira consulta na instituição.
Tabela 46 – Número e porcentagem de casos de câncer de mama em mulheres,
registrados no RHC-SP, segundo o tipo de tratamento realizado, 2000-2005.
Tratamento realizado N (%)
Nenhum 874 (3,1)
Cirurgia 4.859 (17,3)
Radioterapia 929 (3,3)
Quimioterapia 2.526 (9,0)
Cirurgia + Radioterapia 1.695 (6,0)
Cirurgia + Quimioterapia 4.251 (15,2)
Radioterapia + Quimioterapia 915 (3,3)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia 4.885 (17,4)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia + Hormonioterapia 2.324 (8,3)
Outros 4.707 (16,8)
Ignorado 33 (0,1)
Total 27.998 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
O intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento variou de 0
a 2.335 dias (mediana = 33 dias). Nota-se que 75% dos casos iniciaram o tratamento em
até 64 dias após o diagnóstico.
O intervalo entre a admissão na instituição (1
a
consulta) e o início do
tratamento variou de 0 a 4.156 dias (mediana = 49 dias). Um terço dos casos tiveram o
tratamento iniciado em até 30 dias após a admissão na instituição.
Pele
Foram registrados no período 15.615 casos de câncer de pele (excluídos os
carcinomas basocelulares). A maioria dos casos (52,1%) foi diagnosticada em indivíduos
do sexo masculino A idade dos indivíduos variou de 0 a 105 anos (mediana = 69 anos).
Os cânceres de pele apareceram com maior freqüência nos indivíduos com idade entre 70
e 79 anos (Gráfico 24).
Gráfico 24 - Distribuição dos casos de câncer de pele, segundo sexo e faixa etária,
registrados no RHC-SP, de 2000 a 2005.
0
5
10
15
20
25
30
35
0
-
4
a
n
o
s
5
-
9
a
n
o
s
1
0
-
1
4
a
n
o
s
1
5
-
1
9
a
n
o
s
2
0
-
2
9
a
n
o
s
3
0
-
3
9
a
n
o
s
4
0
-
4
9
a
n
o
s
5
0
-
5
9
a
n
o
s
6
0
-
6
9
a
n
o
s
7
0
-
7
9
a
n
o
s
8
0
a
n
o
s
e
m
a
i
s
%
Masculino Feminino Total
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Nos casos analisados foi mais freqüente a escolaridade equivalente ao ensino
fundamental incompleto (36,3%), e em 27,3% dos registros não constava informação
sobre a escolaridade dos indivíduos (Tabela 47).
Tabela 47 – Número e porcentagem de casos de câncer de pele, registrados no RHC,
segundo escolaridade, estado de São Paulo, 2000-2005.
Escolaridade N (%)
Analfabetos 2.529 (16,2)
Ensino fundamental incompleto 5.668 (36,3)
Ensino fundamental completo 1.554 (9,9)
Ensino médio completo 948 (6.1)
Ensino superior completo 655 (4.2)
Ignorado 4.261 (27,3)
Total 15.615 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
A maioria dos casos era de indivíduos procedentes do estado de São Paulo
(92,5%), e 7,5% provenientes de outros 21 estados brasileiros, sendo que a maior parte
residia em Minas Gerais (660 casos; 4,2%), Mato Grosso do Sul (214 casos; 1,37%),
Rondônia (69 casos; 0,5%) e Mato Grosso (52 casos; 0,4%) (Figura 17).
Figura 17 - Número de casos de câncer de pele registrados no RHC-SP, segundo estado
de residência, 2000-2005.
69
0
1
0
4
0
2
2
0
5
7
28
1
11
1
26
660
1
21 14,440
15
9
0
214
52
38
8
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
A análise dos dados referentes aos residentes no estado de São Paulo
demonstra um predomínio de indivíduos residentes no município de São Paulo (23,5%).
Todavia, observa-se também um grande número de casos de câncer de pele relativos a
residentes nos municípios de São José do Rio Preto (3,5%), Barretos (2,4%), Campinas
(2,0%), Botucatu (1,9%), Jaú (1,7%), Ribeirão Preto (1,6%), Araras (1,0%), Taubaté
(1,0%) e Avaré (0,9%) (Figura 18).
Figura 18 -mero de casos de câncer de pele registrados no RHC-SP entre os
residentes do estado de São Paulo, segundo município de residência, 2000-2005.
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
O tipo histológico predominante foi o carcinoma de células escamosas (M
8070/3) com 10.253 casos (65,7%). Os melanomas corresponderam a 16,9% dos casos de
câncer de pele. A maioria dos tumores estava localizada na pele da face, couro cabeludo,
orelha, pescoço ou lábio (51,4%) (Figura 19).
Figura 19 – Porcentagem de casos de câncer de pele, registrados no RHC-SP, segundo
sub-localização anatômica, 2000-2005.
Pele do lábio, pálpebra,
orelha, face, couro
cabeludo (C44.0-C44.4)
= 51,4%
Ombro e MMSS
= 18.9%
Tronco = 11%
Quadril e MMII
= 11,9%
Lesão
sobreposta da
pele = 0,6%
Pele, SOE =
6,2%
Foi obtida uma informação válida sobre o estadiamento segundo a
classificação TNM para 13.107 casos (83,9%). Destaca-se a ainda acentuada proporção
de casos de melanoma cutâneo, diagnosticados em estádios avançados (EC III e IV)
(38,6% dos casos estadiados) (Tabela 48).
Tabela 48 – Número e porcentagem de casos de câncer de pele registrados no RHC,
segundo estádio clínico ao diagnóstico e tipo histológico (melanomas e não melanomas),
2000-2005.
Tipo histológico (%)
Estádio clínico
Melanoma Não melanoma
0 283 (12,4) 920 (8,5)
I 706 (30,9) 7.589 (70,1)
II 413 (18,1) 1.747 (16,1)
III 564 (24,7) 485 (4,5)
IV 319 (13,9) 81 (0,8)
Total* 2.285 (100,0) 10.822 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
* excluídos para os melanomas 349 casos, cuja informação sobre estadiamento foi
classificada como X (não foi possível classificar) (86 casos), Y (não aplicável) (53 casos)
ou Z (ignorado) (210 casos); para os não-melanomas foram excluídos 2.159 casos, sendo
296 classificados como X, 1.067 classificados como Y e 796 casos classificados como Z.
Para os melanomas, observou-se uma associação estatisticamente significativa
entre estadiamento e escolaridade (p<0,001, Tabela 49). A porcentagem de casos com
estádio avançado (EC III-IV) entre os indivíduos analfabetos (45,8%) ou com ensino
fundamental incompleto (41,8%) é significativamente menor do que aquela encontrada
entre os indivíduos com ensino superior completo (21,1%).
Tabela 49 Número e porcentagem de casos de câncer de pele tipo melanoma, segundo
estadiamento clínico e escolaridade, registrados no RHC, 2000-2005.
Estádio clínico (%)
Escolaridade
0 I II III IV Total
Analfabetos 20 (11,2) 39 (21,8) 38 (21,2) 53 (29,6) 29 (16,2) 179(10,1)
Ensino fundamental incompleto 96 (13,0) 189 (25,7) 143 (19,4) 206(28,0) 102 (13,9) 736(41,4)
Ensino fundamental completo 38 (12,0) 79 (24,9) 55 (17,4) 87 (27,4) 58 (18,3) 317(17,8)
Ensino médio completo 39 (13,1) 113 (38,1) 50 (16,8) 64 (21,6) 31 (10,4) 297(16,7)
Ensino superior completo 44 (17,8) 113 (45,7) 38 (15,4) 34 (13,8) 18 (7,3) 247(13,9)
χ
2
(16 g.l.)=80,45 – p<0,001
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
A modalidade de tratamento mais freqüentemente utilizada para os cânceres
de pele registrados no RHC-SP foi a cirurgia isolada (12.126 casos; 77,7%), seguida pela
radioterapia isolada (5,9%). Nota-se ainda que em 6,4% dos casos registrados (997 casos)
não foi realizado nenhum tratamento (Tabela 50).
Para os casos de câncer de pele que chegaram às instituições sem diagnóstico
prévio, o intervalo entre a primeira consulta e o diagnóstico variou de 0 a 3.807 dias
(mediana = 12 dias). Setenta e cinco porcento dos casos tiveram o diagnóstico realizado
em até 33 dias após a primeira consulta na instituição. Noventa porcento dos casos
tiveram o diagnóstico estabelecido em até 72 dias após a admissão na instituição.
O intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento variou de 0
a 1.826 dias (mediana = 0 dias). Nota-se que 75% dos casos iniciaram o tratamento em
até 30 dias após o diagnóstico.
O intervalo entre a admissão na instituição (1
a
consulta) e o início do
tratamento variou de 0 a 3.856 dias (mediana = 27 dias).
Tabela 50 –mero e porcentagem de casos de câncer de pele, registrados no RHC-SP,
segundo o tipo de tratamento realizado, 2000-2005.
Tratamento realizado N (%)
Nenhum 997 (6,4)
Cirurgia 12.126 (77,7)
Radioterapia 926(5,9)
Quimioterapia 263 (1,7)
Cirurgia + Radioterapia 310(2,0)
Cirurgia + Quimioterapia 203 (1,3)
Radioterapia + Quimioterapia 74 (0,5)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia 82 (0,5)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia + Hormonioterapia 2 (0,0)
Outros 597 (3,8)
Ignorado 35 (0,2)
Total 15.615 (100,0)
Fonte: RHC-SP, de 2000-2005 – FOSP
Sistema Hematopoiético
Foram registrados no período 8.354 casos de câncer dos sistemas reticulo-
endotelial e hematopoiético. A maioria dos casos (54%) foi diagnosticada em indivíduos
do sexo masculino A idade dos indivíduos variou de 0 a 101 anos (mediana = 48 anos).
Os cânceres do sistema hematopoiético apareceram com maior freqüência nos indivíduos
com idade entre 60 e 69 anos (Gráfico 25), mas pode-se observar que 25% dos casos
foram registrados em indivíduos com até 19 anos de idade.
Gráfico 25 - Distribuição dos casos de câncer do sistema hematopoiético, segundo sexo e
faixa etária, registrados no RHC, estado de São Paulo, 2000-2005.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
0
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4
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o
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0
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-
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o
s
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0
a
n
o
s
e
m
a
i
s
%
Masculino Feminino Total
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Notou-se maior freqüência de casos em indivíduos com escolaridade
equivalente ao ensino fundamental incompleto (27,8%) (Tabela 51) e em 29,2% dos
registros não havia a informação sobre a escolaridade do indivíduo.
Tabela 51 – Número e porcentagem de caso de câncer do sistema hematopoiético
registrados no RHC, segundo escolaridade, estado de São Paulo, 2000-2005.
Escolaridade N (%)
Analfabetos 1.279 (15,3)
Ensino fundamental incompleto 2.322 (27,8)
Ensino fundamental completo 1.116 (13,4)
Ensino médio completo 872 (10,4)
Ensino superior completo 322 (3,8)
Ignorado 2.443 (29,2)
Total 8.354 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
A maioria dos casos registrados (92,9%) correspondia a indivíduos residentes
no próprio estado de São Paulo. Os outros estados que tiveram um representativo número
de casos registrados foram: Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Bahia (Figura
20).
Figura 20 - Número de casos de câncer do sistema hematopoiético registrados no RHC-
SP, segundo estado de residência, 2000-2005.
35
7
13
3
15
2
1
17
3
12
5
20
4
4
4
32
274
7
12 7,765
19
6
2
50
18
14
10
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Entre os residentes no estado de São Paulo, a maior freqüência de casos
registrados referia-se a indivíduos domiciliados no município de São Paulo (27,6%). Foi
também registrado um grande número de casos relativos a residentes nos municípios de
Ribeirão Preto (4,0%), Campinas (3,6%), Guarulhos (2,2%), São José do Rio Preto
(2,0%), Piracicaba (1,9%), São José dos Campos (1,8%), Bauru (1,3%), Marília (1,0%) e
Jaú (0,9%) (Figura 21).
Figura 21 - Número de casos de câncer do sistema hematopoiético registrados no RHC-
SP entre os residentes do estado de São Paulo, segundo município de residência, 2000-
2005.
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Os tipos histológicos predominantes foram a leucemia mielóide aguda (M
9861/3) com 1.606 casos (19,2%) e a leucemia linfóide aguda (M 9821/3) com 1.405
casos (16,8% e mieloma múltiplo com 1.269 casos (15,2%), (Tabela 52).
Tabela 52 – Número e porcentagem de caso de câncer do sistema hematopoiético
registrados no RHC-SP, segundo tipo histológico, 2000-2005.
Tipo histológico N (%)
Leucemia mielóide aguda 1.606 (19,2)
Leucemia linfóide aguda 1.405 (16,8)
Mieloma múltiplo 1.269 (15,2)
Leucemia mielóide crônica 884 (10,6)
Linfoma maligno não-Hodgkin, SOE 458 (5,5)
Leucemia linfocítica crônica de células B 444 (5,3)
Síndrome mielodisplásica, SOE 236 (2,8)
Leucemia linfóide, SOE 211 (2,5)
Linfoma de Hodgkin, SOE 141 (1,7)
Outros tipos histológicos 1.700 (20,3)
Total 8.354 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
O tratamento mais freqüentemente utilizado para as neoplasias do sistema
hematopoiético foi a quimioterapia isolada (68,8%). Trezentos e vinte e três casos (3,9%)
receberam um transplante de medula óssea como parte do tratamento. Nota-se ainda que
em 9,8% dos casos registrados (823) não foi realizado nenhum tratamento (Tabela 53).
Tabela 53 Distribuição dos casos de neoplasias do sistema hematopoiético registradas
no RHC-SP, segundo tratamento realizado, 2000-2005.
Tratamento realizado N (%)
Nenhum 823 (9,8)
Cirurgia 63 (0,7)
Radioterapia 104 (1,2)
Quimioterapia 5.751 (68,8)
Cirurgia + Radioterapia 10 (0,1)
Cirurgia + Quimioterapia 65 (0,8)
Radioterapia + Quimioterapia 389 (4,7)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia 17 (0,1)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia + Hormonioterapia 0 (0,0)
Outros 1.117 (13,4)
Ignorado 15 (0,2)
Total 8.354 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
Para os casos que chegaram às instituições sem diagnóstico prévio, o intervalo
entre a primeira consulta e o diagnóstico variou de 0 a 1.183 dias (mediana = 1 dia).
Setenta e cinco porcento dos casos tiveram o diagnóstico realizado em até 8 dias após a
primeira consulta na instituição. Noventa porcento dos casos tiveram o diagnóstico
estabelecido em até 33 dias após a admissão na instituição.
O intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento variou de 0
a 2.001 dias (mediana = 6 dias). Nota-se que 75% dos casos iniciaram o tratamento em
até 25 dias após o diagnóstico.
O intervalo entre a admissão na instituição (1
a
consulta) e o início do
tratamento variou de 0 a 1.494 dias (mediana = 9 dias).
Câncer pediátrico
Foram registrados no período 6.792 casos de câncer em crianças e
adolescentes. A maioria dos casos (54,3%) foi diagnosticada em indivíduos do sexo
masculino A idade dos indivíduos variou de 0 a 18 anos (mediana = 8 anos). Os cânceres
apareceram com maior freqüência nos indivíduos com idade entre 0 e 4 anos (40,2%)
(Gráfico 26).
Gráfico 26 - Distribuição dos casos de câncer na infância e adolescência, segundo sexo e
faixa etária, registrados no RHC-SP, 2000-2005.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0
-
4
a
n
o
s
5
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9
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n
o
s
1
0
-
1
4
a
n
o
s
1
5
-
1
8
a
n
o
s
%
Masculino Feminino Total
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
A maioria dos indivíduos era domiciliada no estado de São Paulo (85,7%)
(Figura 22). Novecentos e setenta casos referiam-se a crianças e adolescentes residentes
em outros estados brasileiros e, entre estes, os cânceres mais freqüentes foram: leucemias
(21,1%), tumores do Sistema nervoso central (SNC) (14,1%) e retinoblastomas (13,3%).
Figura 22 - Número de casos de câncer pediátrico, registrados no RHC-SP, segundo
estado de residência, 2000-2005.
67
17
23
5
25
5
3
28
13
9
5
18
8
8
9
61
399
22
32 6,011
29
18
4
63
57
18
25
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Figura 23 – Número de casos de câncer pediátrico, registrados no RHC-SP entre os
residentes do estado de São Paulo, segundo município de residência, 2000-2005.
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
Entre os residentes no estado de São Paulo, observa-se predomínio de
indivíduos domiciliados no município de São Paulo (28,6%). Foi também registrado um
grande número de casos relativos a residentes nos municípios de Campinas (3,4%),
Guarulhos (2,7%), Ribeirão Preto (2,1%), Piracicaba (1,3%), São José do Rio Preto
(1,3%), Osasco (1,1%), Sorocaba (1,1%), São Bernardo do Campo (1,0%), Sumaré (1,0)
e Bauru (0,9%) (Figura 23).
Segundo a Classificação Internacional de Câncer na Infância (ICCC – 2ª
edição), os tipos de câncer predominantes foram as leucemias (27,8%), seguidas pelos
linfomas (16,8%) e tumores do SNC (13,4%) (Tabela 54).
Tabela 54 – Número e porcentagem de caso de câncer na infância e adolescência,
registrados no RHC-SP, segundo tipo de neoplasia e faixa etária, 2000-2005.
Faixa etária (anos) (%)
CICI 0-4 5-9 10-14 15-18 Total
I - Leucemias 800 (30,0) 436 (30,9) 395 (27,3) 203 (18,9) 1.834 (27,8)
II – Linfomas 276 (10,3) 271 (19,2) 279 (19,3) 283 (26,3) 1.109 (16,8)
III – Tumores do SNC 303 (11,4) 262 (18,6) 213 (14,7) 106 (9,8) 884 (13,4)
IV – Tumores do Sistema Nervoso Simpático 255 (9,7) 37 (2,6) 8 (0,5) 2 (0,2) 302 (4,6)
V - Retinoblastomas 293 (11,0) 22 (1,6) 0 (0,0) 0 (0,0) 315 (4,8)
VI – Tumores Renais 211 (7,9) 78 (5,5) 17 (1,2) 8 (0,7) 314 (4,8)
VII – Tumores Hepáticos 45 (1,7) 13 (0,9) 11 (0,8) 7 (0,6) 76 (1,1)
VIII – Tumores Ósseos 89 (3,3) 106 (7,5) 223 (15,4) 137 (12,7) 555 (8,4)
IX – Sarcomas de Partes Moles 159 (5,9) 96 (6,8) 98 (6,8) 80 (7,4) 433 (6,6)
X – Tumores de Células Germinativas 78 (2,9) 26 (1,8) 63 (4,4) 92 (8,5) 259 (3,9)
XI - Carcinomas 135 (5,1) 55 (3,9) 126 (8,7) 148 (13,7) 464 (7,0)
XII - Outros 22 (0,8) 9 (0,6) 11 (0,8) 10 (0,9) 52 (0,8)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005
* Excluídos 195 casos, para os quais a Classificação Internacional de Câncer na Infância
-CICI não era aplicável.
O tratamento mais freqüentemente utilizado para as neoplasias pediátricas
registradas no RHC-SP foi a quimioterapia isolada (45,5%). Cinqüenta e seis crianças e
adolescentes (0,8% dos casos) foram submetidos a transplantes de medula óssea. Nota-se
ainda que em somente 3,5% dos casos registrados (n = 243) não foi realizado nenhum
tratamento (Tabela 55).
Tabela 55 – Distribuição dos casos de neoplasias pediátricas registradas no RHC-SP e
classificáveis segundo a CICI, segundo tratamento realizado, 2000-2005.
Tratamento realizado N (%)
Nenhum 243 (3,5)
Cirurgia 1.028 (14,7)
Radioterapia 108 (1,5)
Quimioterapia 3.176 (45,5)
Cirurgia + Radioterapia 109 (1,6)
Cirurgia + Quimioterapia 1.089 (15,6)
Radioterapia + Quimioterapia 518 (7,4)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia 342 (4,9)
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia + Hormonioterapia 1 (0,0)
Outros 364 (5,2)
Ignorado 7 (0,1)
Total 6.985 (100,0)
Fonte: RHC-SP, 2000-2005.
Para os casos classificáveis pela CICI que chegaram às instituições sem
diagnóstico prévio, o intervalo entre a primeira consulta e o diagnóstico variou de 0 a
1.461 dias (mediana = 2 dias). Setenta e cinco porcento dos casos tiveram o diagnóstico
realizado em até 9 dias após a primeira consulta na instituição. Noventa porcento dos
casos tiveram o diagnóstico estabelecido em até 27 dias após a admissão na instituição.
O intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento variou de 0
a 1.425 dias (mediana = 4 dias). Nota-se que 75% dos casos iniciaram o tratamento em
até 18 dias após o diagnóstico.
O intervalo entre a admissão na instituição (1
a
consulta) e o início do
tratamento variou de 0 a 1.472 dias (mediana = 10 dias).
4.3 – Gasto público federal
No período abrangido neste estudo, o SUS registrou a ocorrência de
69.967.636 internações por todas as causas, sendo que 3.064.838 (4,4%) delas tiveram
como motivo de internação as neoplasias malignas.
O estado de São Paulo registrou a ocorrência de 13.305.581 internações por
todas as causas e destas, 675.944 internações (5,1%) foram por câncer. No estado de São
Paulo ocorreram 19,0% do total de internações pelo SUS de todo território nacional e
22,0% de todas as internações oncológicas aprovadas pelo SUS no país. Foram
consumidos quase R$ 34,8 bilhões para pagamento de internações no SUS, sendo que
para São Paulo o valor despendido foi mais de R$ 8,5 bilhões. No montante destes
recursos foram gastos especificamente com internações em oncologia R$ 2,3 bilhões para
todo país e R$ 604 milhões para o estado de São Paulo, conforme dados apresentados na
Tabela 56.
Tabela 56 Distribuição do número e da porcentagem de internações e de
procedimentos ambulatoriais, pelo total geral da assistência e da oncologia, no país e em
São Paulo, de 2000-2005.
Brasil São Paulo
Área
Número Valor gasto Número Valor gasto
Internações
Total geral 69.967.636 34.789.085.987,48 13.305.581 8.520.256.719,52
Oncologia 3.064.838 2.300.243.414,65 675.944 604.512.179,15
Oncologia % 4,4 6,6 5,1 7,1
Ambulatório
Total geral 11.380.336.192 38.535.302.555,55 2.807.042.027 11.991.118.206,01
Quimioterapia 6.937.757 3.661.284.656,25 1.894.426 1.073.670.872,42
Radioterapia 35.392.358 639.632.009,02 10.357.560 187.788.250,60
Oncologia 42.330.115 4.300.916.665,27 12.251.986 1.261.459.123,02
Oncologia % 0,4 11,2 0,4 10,5
Total
Total geral 11.450.303.828 73.324.388.543,03 2.820.347.608 20.511.374.925,53
Oncologia 45.394.953 6.601.160.079,92 12.927.930 1.865.971.302,17
Oncologia % 0,4 9,0 0,5 9,1
Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS/FNS.
Na análise do atendimento ambulatorial, nota-se que foram gastos pelo
governo federal mais de R$ 38,5 bilhões para o conjunto dos procedimentos e destes, R$
4,3 bilhões (11,16%) foram utilizados para pagamento da assistência oncológica
ambulatorial, aqui compreendida como os procedimentos de quimioterapia e radioterapia.
Do total de recursos gastos pelo governo federal, R$ 11,9 bilhões foram destinados ao
estado de São Paulo, que gastou com a assistência ambulatorial oncológica R$ 1,2
bilhões (10,5%).
Podemos ainda observar na Tabela 56, que na somatória dos gastos com
internações e com atendimentos ambulatoriais foram utilizados em oncologia
respectivamente, 9% no país todo e 9,1% em São Paulo.
O Gráfico 27 mostra a evolução do total de gastos na assistência oncológica
ambulatorial e hospitalar, no estado de São Paulo. Pode ser observado um aumento dos
valores gastos em todos os anos do estudo.
Gráfico 27 - Gastos com assistência oncológica, ambulatorial e hospitalar pelo SUS, no
estado de São Paulo, no período de 2000 a 2005.
202.481.596,31
290.748.789,55
334.738.582,02
381.033.664,12
427.714.461,33
229.254.208,84
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Fonte: Ministério da Saúde/Fundo Nacional de Saúde
Foram gastos pouco mais de R$ 202 milhões em 2000 e, no ano de 2005 os
valores gastos totalizavam quase R$ 428 milhões. Portanto o aumento nos recursos gastos
com oncologia no período foi de 111,2%. O maior crescimento foi observado foi entre
2001 e 2002 (26,8%) e o menor, ocorreu entre 2004 e 2005 (12,2%) (Gráfico 27).
Os dados apresentados no Gráfico 28 referem-se somente aos pacientes
atendidos no estado de São Paulo, registrados como sendo moradores do estado, que
foram internados e tiveram AIH aprovadas com algum tipo de tratamento oncológico ou
intercorrência oncológica e ainda os pacientes que tiveram APAC de quimioterapia e/ou
radioterapia aprovadas durante o período do estudo. Observa-se que é bastante desigual o
gasto per capita entre as dezessete Regionais de Saúde, variando de R$ 14,28 a R$ 80,27.
Gráfico 28 – Valor per capita gasto pelo SUS, em oncologia, por DRS de residência, do
estado de São Paulo, de 2000 a 2005.
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
G
r
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P
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rocaba
Ta
u
b
a
DRS
Valor per capita
Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS/SIA/SIH/FNS.
O valor médio gasto per capita foi de R$ 45,19 no período entre 2000 e 2005.
Os DRS de Barretos (R$ 80,27), São José do Rio Preto (R$ 77,85), Ribeirão Preto (R$
66,59) e Bauru (R$ 66,30) apresentaram os maiores valores per capita, enquanto que a
Baixada Santista (R$ 34,92), Sorocaba (R$ 33,79) e Registro (14,28) foram os DRS com
os menores valores.
4.3.1 – Internações oncológicas no estado de São Paulo
Pode-se observar que o número de internações oncológicas cresceu em todos
os anos do estudo. No período estudado observamos um aumento de 55,2% no número de
internações (Tabela 57).
Tabela 57 - Número de internações por neoplasia, aprovadas pelo SUS, por Regional de
Saúde do estado de São Paulo, no período de 2000 a 2005.
Regional de Saúde 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total %
I - Grande São Paulo 38.991 38.604 46.515 49.026 48.324 54.701 276.161 40,9
II - Araçatuba 1.864 1.866 2.758 2.268 1.981 2.153 12.890 1,9
III - Araraquara 1.587 1.760 2.084 2.028 2.313 2.236 12.008 1,8
IV - Baixada Santista 2.881 3.019 3.787 4.804 4.121 3.919 22.531 3,3
V - Barretos 3.777 4.072 4.954 6.013 8.382 10.608 37.806 5,6
VI - Bauru 8.545 9.382 11.171 10.585 12.661 13.753 66.097 9,8
VII - Campinas 9.981 10.290 12.979 13.625 14.221 14.551 75.647 11,2
VIII - Franca 562 674 742 858 967 1.040 4.843 0,7
IX - Marília 2.457 2.749 3.133 3.216 3.171 3.418 18.144 2,7
X - Piracicaba 1.580 1.679 3.925 4.531 4.727 4.533 20.975 3,1
XI – Pres. Prudente 1.520 1.303 1.890 1.997 2.450 2.226 11.386 1,7
XII - Registro 163 228 261 246 277 316 1.491 0,2
XIII - Ribeirão Preto 3.238 3.080 4.358 5.017 5.302 5.560 26.555 3,9
XIV - S.J Boa Vista 1.343 1.117 1.530 1.369 1.595 1.873 8.827 1,3
XV - S.J. do Rio Preto 3.497 3.702 5.340 4.966 5.204 5.809 28.518 4,2
XVI - Sorocaba 3.437 3.593 4.527 4.254 4.091 4.792 24.694 3,6
XVII - Taubaté 2.979 3.450 4.733 5.160 5.311 5.738 27.371 4,0
Total 88.402 90.568 114.687 119.963 125.098 137.226 675.944 100,0
Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS/SIH-SUS.
O DRS I, que compreende os municípios da Grande São Paulo foi responsável
pelo maior número de internações (276.161; 40,9%), seguido pelo DRS de Campinas
(75.647 internações; 11,2%) e pelo DRS de Bauru (66.097 internações; 9,8%). Os DRS
que registraram os menores volumes de internações foram São João da Boa Vista (8.827
internações; 1,3%), Franca (4.843 internações; 0,7%) e Registro (1.491 internações;
0,2%).
Os maiores valores médios por internação foram encontrados nos DRS de
Bauru (R$ 1.152,78) e Ribeirão Preto (R$ 1.131,36), contrastando com os valores
observados nos DRS de São João da Boa Vista (R$ 448,45) e Sorocaba (R$ 520,13),
sendo estes os menores valores médios entre as 17 Regionais de Saúde do estado (Tabela
58).
Tabela 58 - Valor médio das internações pagas pelo SUS, segundo Regional de Saúde do
estado de São Paulo e ano de internação, 2000-2005.
Regional de Saúde 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total
I - Grande São Paulo
755,71 832,68 945,54 974,68 1.133,95 1.106,72 973,14
II - Araçatuba
420,67 448,44 439,95 586,76 669,48 712,57 545,03
III - Araraquara
422,46 487,92 482,68 560,91 619,83 596,99 536,40
IV - Baixada Santista
486,66 509,02 513,56 526,04 614,52 691,20 561,54
V - Barretos
650,64 728,94 777,57 974,48 1.053,04 1.090,49 940,33
VI - Bauru
747,49 1.060,61 1.113,16 1.217,19 1.289,79 1.324,52 1.152,78
VII - Campinas
811,31 833,71 839,65 953,39 935,38 948,88 894,60
VIII - Franca
493,32 450,32 588,47 615,31 720,51 727,45 619,17
IX - Marília
462,84 470,42 513,33 574,13 748,30 751,80 596,72
X - Piracicaba
613,67 628,15 597,84 756,90 885,84 897,30 765,44
XI – Pres. Prudente
467,36 520,91 550,39 691,69 713,01 670,77 619,24
XII - Registro
471,57 382,10 501,36 512,41 609,41 594,06 521,41
XIII - Ribeirão Preto
994,78 1.055,63 1.122,95 1.164,12 1.178,89 1.184,67 1.131,36
XIV - S.J. Boa Vista
293,61 366,88 362,45 538,71 522,43 549,50 448,45
XV - S.J. Rio Preto
667,17 672,16 806,91 996,30 1.231,24 1.127,50 947,99
XVI - Sorocaba
470,23 457,15 480,45 506,29 549,54 627,82 520,13
XVII - Taubaté
506,82 529,40 545,47 588,87 696,16 855,55 641,63
Total
695,86 771,95 832,00 904,90 1.016,69 1.026,66 892,84
Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS/SIH
Entretanto, pode-se observar que apesar de todas as Regionais de Saúde
apresentar aumento nos valores médios entre 2000 e 2005, esse crescimento foi desigual
(Tabela 58). No período do estudo, o crescimento médio no estado de São Paulo foi de
47,5%, mas crescimentos menores foram observados nos DRS de Campinas (16,9%),
Ribeirão Preto (19,1%) e Registro (25,9%), enquanto que os maiores percentuais de
crescimento foram observados nos DRS de São João da Boa Vista (87,1%), Bauru
(77,2%), São José do Rio Preto (69,0%), Araçatuba (69,4%), Taubaté (68,8%), Barretos
(67,6%) e Marília (62,4%). Os demais DRS tiveram percentuais de crescimento próximos
da média do estado.
Tabela 59 - Quantidade e valor gasto com internações oncológicas, aprovadas pelo SUS,
por tipo de gestão e valor médio das internações, no estado de São Paulo, 2000-2005.
Gestão
2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total
R$
50.664.948,35 57.840.224,68 76.690.563,60 78.348.043,06 83.004.799,92 94.836.144,23 441.384.723,84
N
66.358 67.408 79.698 78.297 72.594 83.271 447.626
Estadual
VM
763,51 858,06 962,26 1.000,65 1.143,41 1.138,89 986,06
R$
10.927.816,43 12.158.566,71 18.814.673,16 30.417.621,86 44.504.944,94 46.303.832,21 163.127.455,31
N
22.156 23.270 33.965 41.900 52.823 54.204 228.318
Municipal
VM
493,22 522,50 553,94 725,96 842,53 854,25 714,47
R$
61.592.764,78 69.998.791,39 95.505.236,76 108.765.664,92 127.509.744,86 141.139.976,44 604.512.179,15
N
88.514 90.678 113.663 120.197 125.417 137.475 675.944
Total
VM
695,85 771,95 840,25 904,90 1.016,69 1.026,66 894,32
Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS/SIH e Base de Dados do SIH da SES-SP
Nota: R$ - valores gastos em reais
N – quantidade de internações aprovadas pelo SUS
VM – valor médio de cada internação
Em todo o período avaliado, observou-se que o valor médio das internações
oncológicas foi sempre maior do que o do ano anterior, exceto para o valor médio da
internação para a gestão estadual, para o qual que se registrou discreta redução em 2005
(Tabela 59). Em todos os anos do estudo, o valor médio praticado pelo conjunto das
instituições sob gestão estadual foi maior do que os valores médios praticados pelas
instituições sob gestão municipal.
Pode-se notar ainda que nos três primeiros anos do estudo houve aumento da
freqüência de internações oncológicas para ambos os gestores, porém em 2003 e 2004
ocorreu uma redução no número de internações realizadas em serviços sob gestão
estadual. Por outro lado, para os serviços sob gestão municipal, foi observado um
aumento do número de internações no decorrer de todo o período do estudo (Tabela 59).
Todavia, registrou-se um aumento do valor gasto com as internações
oncológicas, ano a ano, tanto para os serviços sob gestão estadual quanto municipal
(Tabela 59).
4.3.2 – Atendimento ambulatorial em oncologia no estado de São Paulo
No período do estudo foram registrados no estado de São Paulo 12.251.986
procedimentos ambulatoriais, o que representa 28,9% de todo o atendimento no país e
55,3% dos registros da região Sudeste. Entre 2000 e 2005, observou-se no estado de São
Paulo um incremento de 72,2% no número de atendimentos oncológicos ambulatoriais.
Não foi registrada a ocorrência de atendimentos oncológicos ambulatoriais na
Regional de Saúde de Registro. O DRS da Grande São Paulo foi responsável pela
realização de 40,2% dos procedimentos, seguido pelo DRS de Barretos com 12% e
Campinas com 8,1% dos procedimentos realizados. Observou-se ainda que a única
Regional de Saúde que apresentou redução no número de procedimentos ambulatoriais,
quando comparamos o primeiro ano do estudo com o último ano, foi o DRS II –
Araçatuba (Tabela 60).
Tabela 60 - Número de procedimentos ambulatoriais aprovados pelo SUS (quimioterapia
e radioterapia), segundo Regional de Saúde do estado de São Paulo, 2000-2005.
Regional de
Saúde - DRS
2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total %
I - Grande São
Paulo 709.342 788.269 790.744 845.615 868.865 917.257 4.920.092 40,2
II - Araçatuba 25.037 31.606 27.646 12.391 19.376 14.838 130.894 1,1
III - Araraquara 23.487 30.816 28.334 27.006 30.667 36.651 176.961 1,4
IV – B. Santista 81.609 88.635 102.397 106.817 110.458 101.129 591.045 4,8
V - Barretos 172.248 199.151 221.961 268.264 303.206 305.250 1.470.080 12,0
VI - Bauru 118.873 123.792 135.816 145.496 145.681 157.549 827.207 6,7
VII - Campinas 141.036 141.511 163.518 159.584 183.920 207.396 996.965 8,1
VIII - Franca 2.276 3.146 7.305 15.985 20.557 32.611 81.880 0,7
IX - Marília 51.996 50.783 49.352 57.477 58.405 61.187 329.200 2,7
X - Piracicaba 59.175 77.441 79.022 82.499 74.912 75.874 448.923 3,7
XI - P. Prudente 29.901 42.146 47.642 51.365 50.487 49.780 271.321 2,2
XII - Registro 0 0 0 0 0 0 0 0,0
XIII - Ribeirão Preto 65.591 71.710 77.126 68.421 77.688 88.357 448.893 3,7
XIV - S.J. Boa Vista 1.440 1.399 1.782 1.978 2.022 2.642 11.263 0,1
XV - S.J. Rio Preto 74.434 78.721 87.137 89.986 91.736 90.167 512.181 4,2
XVI - Sorocaba 56.504 59.226 56.851 59.852 69.193 74.778 376.404 3,1
XVII - Taubaté 83.477 89.101 110.502 124.720 116.026 134.851 658.677 5,4
Total 1.696.426 1.877.453 1.987.135 2.117.456 2.223.199 2.350.317 12.251.986 100,0
Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS/SIA.
No estado de São Paulo o aumento observado nos gastos com toda assistência
ambulatorial foi de 106,9% no período: passou de R$ 1,3 bilhões em 2000 para R$ 2,7
bilhões em 2005. A quimioterapia e a radioterapia apresentaram aumento nos gastos em
São Paulo em 103,4%. No entanto, o percentual de aumento dos procedimentos de
quimioterapia e radioterapia não teve o mesmo comportamento no período do estudo.
Para a quimioterapia houve 118,1% de aumento nos gastos ambulatoriais e para a
radioterapia esse incremento foi de apenas 39,2%, isto é, aproximadamente três vezes
menor.
Tabela 61 - Distribuição dos recursos gastos com assistência ambulatorial, em
quimioterapia e radioterapia, no estado de São Paulo, no período de 2000 a 2005.
São Paulo
Ano
Quimioterapia Radioterapia
Total
2000 114.578.199,25 26.310.632,28 140.888.831,53
2001 130.594.596,87 28.660.820,58 159.255.417,45
2002 164.881.063,45 30.362.489,34 195.243.552,79
2003 193.482.819,18 32.490.097,92 225.972.917,10
2004 220.196.760,90 33.327.158,36 253.523.919,26
2005 249.937.432,77 36.637.052,12 286.574.484,89
Crescimento
% 118,1 39,2 103,4
Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS/SIA/FNS
Pode-se observar ainda que o valor médio dos procedimentos oncológicos
realizados pelo gestor estadual foi maior do que os valores praticados pelos gestores
municipais em todos os anos do estudo (Tabela 62). Os procedimentos ambulatoriais
realizados em instituições sob gestão estadual apresentaram um valor médio de
R$ 124,00, enquanto que para os realizados em instituições sob gestão municipal
observou-se um valor médio de R$ 73,54, ou seja, quase 40% menor.
No período constatou-se que os valores médios sempre foram crescentes para
os dois tipos de gestores, embora tenha sido observada uma redução no número de
procedimentos realizados nas instituições sob gestão estadual (-8,7%) e um crescimento
importante no montante dos procedimentos realizados nas instituições sob gestão
municipal (147,8%).
Tabela 62 – Número, valor total e valor médio dos procedimentos ambulatoriais de
quimioterapia e radioterapia aprovados pelo SUS, segundo tipo de gestão, estado de São
Paulo, 2000-2005.
Gestão
2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total
R$ 107.856.364,13 122.942.846,91 152.114.390,16 160.931.087,46 157.528.852,89 184.403.660,48 885.777.202,03
N 1.184.263 1.305.921 1.370.733 1.228.517 972.362 1.081.362 7.143.158
Estadual
VM 91,07 94,14 110,97 131,00 162,01 170,53 124,00
R$ 33.032.467,40 36.312.570,54 43.129.162,63 65.041.829,64 95.995.066,37 102.170.824,41 375.681.920,99
N 512.163 571.532 616.402 888.939 1.250.837 1.268.955 5.108.828
Municipal
VM 64,50 63,54 69,97 73,17 76,74 80,52 73,54
R$ 140.888.831,53 159.255.417,45 195.243.552,79 225.972.917,10 253.523.919,26 286.574.484,89 1.261.459.123,02
N 1.696.426 1.877.453 1.987.135 2.117.456 2.223.199 2.350.317 12.251.986
Total
VM 83,05 84,83 98,25 106,72 114,04 121,93 102,96
Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS/SIA/FNS
Nota: R$ - valores gastos em reais
N – quantidade de procedimentos ambulatoriais aprovados pelo SUS
VM – valor médio do procedimento
No entanto, notamos que o crescimento no número de atendimentos em
radioterapia não foi proporcional ao aumento na quimioterapia (Gráfico 29). O volume de
procedimentos de quimioterapia dobrou (102,9%), mas a radioterapia apresentou
crescimento de apenas 26,7% no período.
Gráfico 29 – Número de procedimentos de quimioterapia e de radioterapia realizados no
estado de São Paulo, pagos pelo SUS, 2000-2005.
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
1.800.000
2.000.000
Radioterapia Quimioterapia
Radioterapia
1.490.606 1.625.499 1.687.034 1.775.934 1.845.690 1.932.797
Quimioterapia
205.820 251.954 300.101 341.522 377.509 417.520
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS/SIA/FNS
No estado se São Paulo, foram gastos com assistência oncológica
aproximadamente R$ 1,865 bilhões no período do estudo, correspondendo a 28,3% de
todo o recurso federal dispensado para o atendimento oncológico no país.
Nota-se que também os gastos com quimioterapia apresentaram crescimento
mais expressivo do que a radioterapia. A quimioterapia apresentou crescimento nos
gastos em 118,1% e a radioterapia cresceu apenas 39,2% no período (Gráfico 30).
Gráfico 30 - Distribuição dos recursos federais com quimioterapia e radioterapia, no
estado de São Paulo, de 2000 a 2005.
0,00
50.000.000,00
100.000.000,00
150.000.000,00
200.000.000,00
250.000.000,00
Quimioterapia
114.578.199,25 130.594.596,87 164.881.063,45 193.482.819,18 220.196.760,90 249.937.432,77
Radioterapia
26.310.632,28 28.660.820,58 30.362.489,34 32.490.097,92 33.327.158,36 36.637.052,12
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS/SIA/FNS
5 – DISCUSSÃO
5- Discussão
Neste trabalho foi analisada a situação do câncer no estado de São Paulo, sob
três aspectos: a tendência da mortalidade por câncer ao longo de 25 anos, a morbidade
segundo algumas variáveis (sexo, escolaridade, faixa etária, estadiamento, tipo de
tratamento realizado e intervalos de tempo entre consulta e diagnóstico, diagnóstico e
tratamento e entre consulta e início do tratamento) e os gastos federais para garantir o
acesso dos usuários do SUS à assistência oncológica.
5.1 – Morbi-Mortalidade por câncer
O câncer é um importante problema de saúde pública. Anualmente o câncer é
a causa básica de mais de 6 milhões de mortes em todo mundo
11
. Os tipos de câncer são
distribuídos de forma desigual entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento. No
entanto, alguns tipos de câncer ocorrem em todas as regiões, como é o caso cânceres de
pulmão, mama, cólon e reto, e próstata. O melanoma, por exemplo, é mais comum na
Austrália e Nova Zelândia, enquanto que o câncer de estômago é mais incidente na
Europa (Centro e Sul) e na Ásia
11
.
A distribuição epidemiológica do câncer no Brasil sugere uma transição em
andamento, envolvendo um aumento dos tipos de câncer normalmente associados a alto
status sócio-econômico, como o câncer de mama, próstata e cólon e reto, ao mesmo
tempo em que se verifica a presença de taxas de incidência persistentemente altas de
tumores geralmente associados com a pobreza, como os cânceres do colo de útero, pênis,
estômago e boca
69
.
Mama
É o câncer mais comum entre as mulheres, com a ocorrência de mais de um
milhão de casos novos por ano no mundo. Nos países mais desenvolvidos, a taxa de
incidência do câncer de mama é 67,8/100.000 mulheres, enquanto que nos países menos
desenvolvidos é somente de 23,8/100.000 mulheres
8
.
Estima-se anualmente mais de 400 mil óbitos de mulheres por câncer de
mama no mundo
8
. Nos países desenvolvidos, as taxas de mortalidade por câncer de
mama são altas. Na América do Sul, as taxas de mortalidade por câncer de mama entre
mulheres variam de 9,7/100.000 habitantes (Equador) a 24,1/100.000 (Uruguai)
8
.
No Brasil, em 2005, registrou-se uma taxa ajustada de mortalidade por câncer
de mama igual a 11,1/100.000 mulheres, variando de 3,1/100.000 mulheres (Tocantins) a
15,6/100.000 (Rio de Janeiro) nos diferentes estados brasileiros
10,70
.
Em São Paulo, o câncer de mama, foi a principal causa de óbitos por câncer
em mulheres no período de 1980-2004. As taxas de mortalidade por câncer de mama nas
regiões Sul e Sudeste brasileiras são as mais altas do país, embora estejam em ascensão
em todas as regiões
71
. A tendência de aumento da mortalidade por câncer de mama em
mulheres observada no estado de São Paulo segue o padrão descrito para o país, onde
desde o início dos anos 80 observa-se aumento nas taxas de mortalidade por câncer de
mama, com expressivo crescimento das taxas no período de 1993 a 1999 (APC=24,12)
72
.
No estado de Minas Gerais, para o período de 1987-1994, as taxas de mortalidade por
câncer de mama apresentaram uma tendência de crescimento, estatisticamente
significativo (APC=2,92), porém, no período de 1995 a 2003, as taxas mantiveram-se
estáveis
73
.
A partir de 1985, ocorreram mudanças importantes nos métodos de detecção e
tratamento do câncer de mama
74
e, entre o fim dos anos 80 e o início da década de 90,
decréscimos nas taxas de mortalidade por câncer de mama puderam ser observados na
Europa, América do Norte e Austrália
75
. Na cidade de São Paulo, a incidência de câncer
de mama foi considerada estável no período de 1969-1998
76
, ainda que um pequeno
incremento anual, não significativo, tenha sido observado. Por outro lado, vale a pena
destacar que as taxas de sobrevida no Brasil ainda são inferiores às observadas nos países
desenvolvidos. A redução da mortalidade por câncer de mama, observada em países
desenvolvidos, tem sido associada à detecção precoce por meio da prática do exame de
mamografia e acesso ao tratamento adequado
77
. As estratégias preconizadas para a
detecção do câncer de mama consistem na realização do exame clínico das mamas,
anualmente, em mulheres acima dos 40 anos e, além deste exame clínico uma
mamografia a cada dois anos em mulheres entre 50 e 69 anos. Mulheres acima dos 35
anos com risco elevado para câncer de mama devem realizar exame clínico e mamografia
anualmente
5
.
O Inquérito Domiciliar sobre Comportamento de Risco e Morbidade Referida
de Doença e Agravos Não-Transmissíveis
78
, realizado pelo Ministério da Saúde em 15
capitais e no Distrito Federal, em 2002-2003, mostrou coberturas de exame clínico de
mama que variaram de 39,8% (Manaus) a 81,2% (Vitória) e para mamografia variando
de 36,8% (Belém) a 76,5% (Vitória), nos dois últimos anos anteriores ao estudo. Na
capital paulista observou-se cobertura de 61,4% para exame clínico das mamas e de
59,1% para a mamografia, no mesmo período. As mulheres paulistanas com ensino
fundamental completo ou mais apresentaram melhores taxas de cobertura (exame clínico
= 76,1%; mamografia = 80,4%) do que as mulheres com ensino fundamental incompleto
(exame clínico = 52,6%; mamografia = 46,1%). A rede SUS foi responsável pela
realização de 46,7% desses exames.
O governo do estado de São Paulo vem promovendo nos últimos quatro anos
duas campanhas anuais de exames de mamografia, buscando ampliar a cobertura da
população feminina para este exame, tendo sido realizado a cada campanha um número
maior de exames do que na anterior. Espera-se que esta iniciativa possibilite um aumento
de casos diagnosticados em estádios iniciais e uma conseqüente redução da mortalidade
por câncer de mama
79
.
Colo de Útero
É o câncer mais comum na população feminina nos países menos
desenvolvidos e o segundo tipo mais incidente nos países mais desenvolvidos. Estima-se
que anualmente ocorram 470 mil casos novos de câncer de colo de útero, sendo que nos
países menos desenvolvidos a estimativa é de 379 mil e no grupo de países mais
desenvolvidos é de 91 mil casos
11
. O câncer do colo do útero é o mais freqüente na
população feminina da região Norte do Brasil, com taxa bruta de incidência estimada em
22,2 casos para cada 100.000 mulheres, mas ocupa apenas o terceiro lugar entre os
cânceres mais incidentes entre mulheres residentes no Sudeste (17,8 casos
novos/100.000), superado pelos cânceres de mama e colorretal. Para as mulheres
paulistas, a taxa bruta estimada para 2008 foi de 16,2/100.000
9
.
Estima-se 233 mil mortes por ano por câncer de colo de útero no mundo,
embora seja bastante desigual a sua distribuição nas diversas regiões geográficas
11
. No
estado de São Paulo, o câncer de colo de útero esteve entre as quatro principais causas de
óbito nas mulheres durante muitos anos. Porém nos últimos cinco anos deixou de figurar
entre as quatro principais causas de óbito por câncer entre as mulheres.
A redução da mortalidade por câncer do colo uterino observada em nosso
estado confirma a mesma tendência dos países mais desenvolvidos
4
.Contudo, o padrão é
distinto do descrito para o país como um todo onde, mesmo em anos mais recentes (1993-
1999), tem sido registrado aumento nas taxas de mortalidade por câncer no colo uterino
(APC=2,64)
72
.
Desde o início dos anos 60, vem ocorrendo um declínio contínuo na
mortalidade por câncer de colo de útero na maioria dos países desenvolvidos, o que pode
ser atribuído à introdução do exame Papanicolaou e aos programas de rastreamento. No
entanto, o câncer do colo do útero continua sendo um importante problema de saúde
pública, principalmente nos países menos desenvolvidos
80
. São poucos os estudos sobre
cobertura do exame Papanicolaou disponíveis no Brasil e os poucos existentes se
concentram nas regiões Sul e Sudeste, com abrangência municipal ou mesmo de uma
parte do município. No entanto, os estudos publicados sugerem tendência de aumento do
percentual de mulheres que se submetem a esse teste
81, 82
. O Inquérito Domiciliar sobre
Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Doenças e Agravos Não-
Transmissíveis
78
, realizado em 15 capitais e no Distrito Federal em 2002-2003, mostra
coberturas que variam de 73,4% (João Pessoa) a 92,9% (Vitória). Também tem sido
apontada tendência de aumento no percentual de mulheres, residentes no município de
São Paulo, que se submetem ao exame de Papanicolaou. Em 1997 a cobertura era de
60,8%
81
e em 2000 observou-se cobertura de 77,3% entre as mulheres de 15 a 49 anos
82
e de 81,4% em 2002-2003
78
para as mulheres de 25 a 59 anos. A rede SUS foi
responsável pela realização de 43,4% dos exames e a rede não SUS por 56,6% na capital
paulista. No município de Campinas foi observada cobertura de 83,3%, de mulheres com
mais de 40 anos de idade, com pelo menos um exame realizado nos três últimos anos do
estudo e, em 8,5% das mulheres de 40 a 59 anos e 11,2% das de 60 anos ou mais, nunca
tinham feito esse exame
83
. Estima-se que por intermédio do rastreamento de mulheres na
faixa etária de 25 a 65 anos, haveria queda de cerca de 80% da mortalidade por câncer de
colo uterino e se tratado inicialmente ou em fases precursoras poderia chegar a 100% de
cura
84, 85
.
A queda da mortalidade por câncer colo uterino, no estado de São Paulo,
sugere uma melhora na precisão do diagnóstico clínico e na qualidade do preenchimento
dos atestados de óbitos, além de indicar aumento de cobertura de exame de
Papanicolaou
86
.
Próstata
O câncer de próstata é o tipo mais comum na população masculina,
acometendo principalmente homens de idade mais avançada, com pico de incidência e de
mortalidade na faixa etária acima dos 70 anos. O câncer de próstata é mais comum nos
países mais desenvolvidos onde se estima a ocorrência de quase 416 mil casos novos por
ano, contra 127 mil, que ocorrerão nos países menos desenvolvidos
11
. As maiores taxas
de incidência de câncer de próstata são encontradas na Europa e na América do Norte e
as mais baixas na Ásia, enquanto taxas intermediárias são encontradas na América Latina
e no Sul da Europa
11
.
É o tipo de câncer mais incidente entre os homens em todas as regiões do
Brasil, (excluindo-se o câncer de pele não melanoma). Para 2008, espera-se a ocorrência
de aproximadamente 50.000 casos novos de câncer de próstata em todo o país (taxa bruta
de incidência = 52,4/100.000 habitantes). Para os homens paulistas a estimativa foi de
64,3/100.000 homens
9
.
O câncer de próstata é responsável por 204 mil óbitos por ano em todo
mundo
11
. No estado de São Paulo, é a segunda causa de óbitos por câncer. A tendência de
aumento das taxas de mortalidade por câncer de próstata (APC=2,42) observada neste
estudo é compatível com a tendência observada para o país como um todo, onde no
período de 1979-1999, foi registrada uma tendência de aumento das taxas de mortalidade
(1979-1985 – APC=3,38; 1986-1992 – APC=4,23; 1993-1999 – APC =6,37)
72
. No
estado de Minas Gerais, desde 1979 vem sendo registrado também um aumento nas taxas
de mortalidade por câncer de próstata, mas com significância estatística somente para o
período de 1987-1994 (APC=5,21)
73
. A tendência de aumento da mortalidade por câncer
de próstata observada em todo o país apresenta uma evolução mais intensa do que a
observada para o câncer de pulmão
71
. Portanto, se permanecer a tendência observada, as
taxas de mortalidade por câncer de próstata superarão, num futuro próximo, as taxas de
mortalidade por câncer de pulmão e de estômago em homens, como já vem sendo
observado nos Estados Unidos
71
.
Uma situação inversa tem sido observada nos Estados Unidos, Canadá,
França, Alemanha, Espanha, Itália e Suíça, onde as taxas de mortalidade por câncer de
próstata vem diminuindo desde a metade dos anos 90. Na Austrália, Nova Zelândia,
Áustria, Finlândia, Holanda, Reino Unido, Hungria, Eslováquia, Israel, Singapura, Suécia
e Portugal, também há uma tendência de decréscimo, porém de início mais tardio, ou
seja, as taxas começaram a diminuir no final dos anos 90. No entanto, em vários outros
países, incluindo a Bélgica, Dinamarca, Grécia, Bulgária, República Checa, Ucrânia,
Rússia, Romênia, Polônia, Argentina, Chile, Cuba, México, Japão, Hong Kong e Coréia,
as taxas de mortalidade estão aumentando, embora alguns tenham apresentado menor
grau de inclinação da curva nos últimos anos
87
.
O aumento da mortalidade poderia ser justificado pelo aumento das taxas de
incidência. Os dados do Registro de Câncer de São Paulo apontaram que na capital houve
uma tendência estatisticamente significativa de aumento da incidência de câncer de
próstata entre os anos de 1969 e 1998
76
. Alguns estudos apontam que o aumento da
incidência por câncer de próstata pode ser parcialmente justificado pela maior
identificação de casos subclínicos, facilitada pela expansão do teste de PSA (antígeno
prostático específico) a partir da década de 90
5, 88, 89, 90
. Outros autores atribuem o
aumento da incidência ao envelhecimento populacional ou ainda a maior exposição aos
fatores de risco, como dietas ricas em gorduras saturadas e baixo consumo de frutas e
vegetais
5, 88, 91
. Contudo, a tendência de aumento na mortalidade não pode ser explicada
apenas pelo aumento na proporção de casos novos diagnosticados em fases mais precoces
88
, necessitando de mais investigações
92
.
Estômago
Nos países ocidentais tem sido observada redução na incidência do câncer de
estômago, mas ainda é o tipo mais incidente principalmente em países orientais como
Japão e China. O câncer de estômago responde por 405 mil óbitos masculinos e por 241
mil femininos, anualmente, em todo o mundo
11
.
No estado de São Paulo foi observada tendência de declínio das taxas de
mortalidade por câncer de estômago, em ambos os sexos, ainda que um pouco mais
expressiva para o sexo feminino. Os resultados encontrados em São Paulo são melhores
do que os observados para o país, onde somente foi registrada uma tendência de redução
na mortalidade por câncer gástrico entre mulheres no período de 1979 a 1985
72
. Em
Minas Gerais
73
, observou-se uma redução estatisticamente significativa nas taxas de
mortalidade por câncer de estômago apenas para o sexo masculino (APC=-2,9 para o
período 1987-1994 e APC=-2,8 para o período 1998-2002). Tais discrepâncias são
compatíveis com os resultados anteriormente descritos por LATORRE
93
que, em uma
análise da mortalidade por câncer de estômago no Brasil e suas capitais, no período de
1977-1989, verificou que havia uma tendência geral de declínio das taxas, mas com uma
importante disparidade entre as capitais brasileiras.
Tem sido observada tendência de declínio dos coeficientes de mortalidade por
câncer de estômago em diversos países, especialmente entre os mais desenvolvidos
94
. A
diminuição observada nos coeficientes tem sido atribuída à redução na incidência da
doença, considerando que pouco se evoluiu nos tratamentos específicos deste tipo de
tumor nos últimos anos
92
. Esse decréscimo tem sido explicado, principalmente, pela
diminuição na exposição a fatores de risco, como alimentos conservados
inadequadamente ou baixa qualidade dos hábitos alimentares
95
e do consumo abusivo de
sal
92
.
Pulmão
O câncer de pulmão é a neoplasia maligna mais comum em todo o mundo.
Anualmente, são registrados mais de 1.300.000 casos novos, sendo a maioria no sexo
masculino
8
. No sexo masculino, a maiores taxas de incidência são registradas na Polônia
(76,9/100.000), Estados Unidos (população negra – 75/100.000) e Turquia
(74,5/100.000), enquanto para as mulheres as taxas de incidência são bem menores,
sendo as taxas mais altas registradas nos Estados Unidos (36,4/100.000), Escócia
(34,9/100.000) e Canadá (31,6/100.000)
13
.
No Brasil, a taxa bruta de incidência estimada em 2008, para todo o país, foi
de 18,9/100.000 habitantes para o sexo masculino e de 9,7/100.000 para o sexo feminino
9
. Para o estado de São Paulo, as taxas brutas de incidência foram estimadas em 24,3 e
11,8/100.000 habitantes para homens e mulheres, respectivamente
9
.
Mais de um milhão de óbitos por câncer de pulmão ocorrem anualmente em
todo o mundo. Tanto no Brasil como no estado de São Paulo, o câncer de pulmão é a
principal causa de óbitos por câncer. Pudemos observar em nosso estudo uma tendência
de aumento nas taxas de mortalidade por câncer de pulmão para ambos os sexos, embora
a variação percentual anual tenha sido mais expressiva no sexo feminino (APC = 1,80), o
que também foi observado para o país nos períodos de 1986-1992 (sexo masculino:
APC=1,7% e sexo feminino: APC=3,9%) e 1993-1999 (sexo masculino: APC=1,6% e
sexo feminino: APC=4,4%)
72
. No estado de Minas Gerais, o mesmo padrão tem sido
observado: enquanto as taxas de mortalidade no sexo masculino permanecem estáveis
desde 1987, observa-se crescimento contínuo das mesmas na população feminina (1979-
1986: APC=4,3%, 1987-1994: APC=5,2%; 1995-2002: APC=2,5%)
73
. No estudo
realizado por MALTA et al.
96
, também se observou que houve um aumento na
mortalidade por câncer de pulmão para as mulheres, em todas as faixas etárias.
Tem sido observado aumento na taxa de mortalidade por câncer de pulmão em
quase todas as regiões brasileiras em homens e mulheres. A única exceção foi observada
para a população masculina da região Sudeste, onde houve declínio das taxas no período
de 1980-1995
71
. Em alguns países desenvolvidos tem sido observado declínio nas taxas
de mortalidade por câncer de pulmão há mais de duas décadas, como é o caso dos
Estados Unidos da América, Inglaterra, Escócia e Finlândia
97
. No entanto, nos Estados
Unidos, Canadá e Escócia, tem sido observado que o número de mortes por câncer de
pulmão entre mulheres tem sido maior do que o número de óbitos por câncer de mama
98
.
O resultado encontrado no estado de São Paulo pode ser parcialmente
explicado pelo consumo de tabaco, que inicialmente atingia mais indivíduos do sexo
masculino e com o impacto da globalização e do desenvolvimento, foi provocando, aos
poucos, mudanças no comportamento feminino. No entanto, esta hipótese ainda requer
investigações
99
. O Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos de Risco e Morbidade
Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, realizado em 2002-2003, aponta
estimativa de 20% de fumantes na capital paulista, sendo maior o percentual de homens.
Por outro lado, aponta que maiores percentuais de cessação do tabagismo foram
observados entre os homens, o que certamente tem impacto nas taxas de mortalidade
78
.
Segundo dados do mesmo inquérito, nas cidades da região Sul e Sudeste do país, a
prevalência do tabagismo entre as mulheres é quase a mesma observada para os homens,
provavelmente como resultado das campanhas publicitárias direcionadas a este grupo.
Cólon e reto
O câncer colorretal é raro em países em desenvolvimento, mas tem ocupado a
segunda posição entre os mais incidentes nas populações mais abastadas. Anualmente
estima-se a ocorrência de mais de 943 mil casos novos em todo o mundo, sendo as
maiores taxas de incidência observadas na República Tcheca (58,7/100.000 habitantes) e
na Nova Zelândia (38,6/100.000 habitantes) para homens e mulheres, respectivamente
12
.
O estilo de vida, incluindo dietas ricas em gorduras, carboidratos refinados e proteína
animal combinado a pouca atividade física são os maiores fatores de risco para o câncer
colorretal
11
.
No Brasil, este tipo de tumor tem sido mais freqüente com o passar dos anos.
As taxas brutas de incidência estimadas para o país para este ano foram de 13,2 casos
novos/100.000 habitantes e 14,9/100.000 para os sexos masculino e feminino,
respectivamente. Para o estado de São Paulo, foram estimadas taxas de incidência de
22,7/100.000 homens e de 24,0/100.000 mulheres
9
, o que configura a terceira maior taxa
de incidência entre todos os estados brasileiros, para ambos os sexos.
O câncer de cólon e reto é responsável por 254 mil óbitos em homens e 237
mil em mulheres, anualmente, em todo o mundo e vem apresentando padrão de
crescimento
11
. Este padrão de aumento, embora apresente diferenças nos gradientes, vem
sendo observado em muitos países tais como Austrália, Japão e Estados Unidos
100, 101, 102
.
No estado de São Paulo houve alterações significativas nas taxas ajustadas de
mortalidade para ambos os sexos, no período de 1980 a 2004, com tendência de aumento
para ambos os sexos, sendo esta tendência mais expressiva no sexo masculino. O mesmo
padrão tem sido observado no país, onde se observou para os períodos de 1986-1992 e
1993-1999, tendência estatisticamente significativa de aumento das taxas de mortalidade
por câncer colorretal, também com maior magnitude no sexo masculino (Sexo
Masculino: 1986-1992 – APC=2,53; 1993-1999 – APC=3,75; Sexo Feminino: 1986-1992
– APC=2,20; 1993-1999 – APC=3,45)
72
. O risco de morte por câncer de cólon/reto é
cerca de duas vezes mais alto nas regiões Sul e Sudeste do Brasil do que nas demais
regiões
71
. Diversos autores têm evidenciado diferenças regionais e raciais nos
coeficientes de mortalidade por câncer de cólon/reto
103, 104, 105
. Esta heterogeneidade
pode ser explicada por diferenças nos hábitos culturais, alimentares, diferenças sócio-
econômicas e de estilo de vida dessas regiões. Ainda devem ser considerados outros
aspectos como acesso aos serviços de saúde, a qualidade do atendimento hospitalar e dos
serviços de prevenção disponíveis
104
.
Boca e orofaringe
Este tipo de tumor está associado a baixas condições sócio-econômicas,
portanto é mais incidente em países menos desenvolvidos, onde se estima a ocorrência de
109 mil casos em homens e 72 mil casos em mulheres, enquanto que nos países mais
desenvolvidos quase 60 mil ocorrerão em pessoas do sexo masculino e 24 mil no sexo
feminino
11
.
Os maiores fatores de risco para o câncer de boca e de orofaringe são o tabaco
e álcool. Além disso, este tipo de tumor está associado ao baixo nível socioeconômico,
sendo, portanto mais incidente em países menos desenvolvidos, onde se estima a
ocorrência de 109 mil casos em homens e 72 mil casos em mulheres, enquanto que nos
países mais desenvolvidos quase 60 mil ocorrerão em indivíduos do sexo masculino e 24
mil no sexo feminino
11
.
No Brasil as taxas brutas de incidência de câncer da cavidade oral têm
diferenças significativas entre sexo e regiões brasileiras, sendo a taxa de 11/100 mil no
sexo masculino e de 4/100 mil no sexo feminino. As taxas brutas de incidência estimadas
para o estado de São Paulo foram de 17/100 mil homens e de 4/100 mil mulheres.
O câncer da cavidade bucal responde por 80 mil óbitos em homens e por 47
mil em mulheres, por ano, em todo o mundo
11
. No estado de São Paulo foi observada
tendência de aumento nos coeficientes para ambos os sexos no período de 1980 a 2004.
Esta tendência de aumento nas taxas de mortalidade também foi observada para o país,
para o sexo masculino, nos períodos de 1986-1992 (APC=2,28) e 1993-1999 (APC=2,28)
72
. No município de São Paulo, no período de 1980-2002, observou-se a mesma tendência
de crescimento das taxas de mortalidade por câncer de boca e orofaringe, para ambos os
sexos. No entanto na América Latina, não foram observadas tendências semelhantes à
encontrada em São Paulo. A Argentina apresentou tendência estável no período de 1980 a
1996. O Chile registrou tendência em declínio no período de 1980 a 1994 e o mesmo foi
observado em Cuba no período de 1980 a 1996, para ambos os sexos
11
.
5.2 – Algumas características do RHC-SP
A maioria dos tumores registrados era de residentes no próprio estado de São
Paulo (93,4%), mas houve registros de indivíduos procedentes de todos os estados
brasileiros e ainda do Distrito Federal, além de 12 registros de estrangeiros. Os estados
com as maiores freqüências de tumores registrados foram: Minas Gerais (5.774); Mato
Grosso do Sul (1937); Rondônia (531) e Bahia (445). Parte dessa busca por atendimentos
no estado de São Paulo pode ser explicada pela proximidade de alguns destes estados
com São Paulo, como é o caso de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul que fazem
fronteiras com São Paulo, como também pela facilidade de acesso aos serviços
localizados neste estado quando comparados ao estado de origem. Outra possível
explicação seria a concentração de serviços com renome no cenário nacional, como por
exemplo: hospitais especializados em pediatria (fato raro no país), de diversos hospitais
de ensino e ainda, hospitais especializados em oncologia, que por si só constituem-se
como um atrativo aos indivíduos com câncer.
Entre os casos efetivamente estadiados, 52,2% deles encontravam-se em fases
iniciais da doença (EC 0-II) e, durante todos os anos do estudo, pode ser observado um
crescimento do número de registros nestas fases. No entanto, foi bastante desigual a
porcentagem quando se analisa o registro de câncer, por topografias, sendo encontrado
para: pulmão (14,8%); boca e orofaringe (23,1%); estômago (26,4%); colorretal (44,4%);
próstata (61,3%); pele-melanoma (61,4%); mama (66,0%); colo uterino (72,5%) e pele-
não melanoma (94,7%). Estes percentuais sugerem que as freqüentes campanhas de
detecção precoce do câncer de mama, próstata e de colo de útero vem apresentando
resultados importantes, enquanto que doenças de manifestação silenciosa como é o
câncer de pulmão, estômago, cólon e reto precisam de outras estratégias para melhorar o
diagnóstico precoce. O Governo do Estado de São Paulo, em anos recentes tem
introduzido junto às campanhas de vacinação do idoso, exames para a detecção do câncer
de boca e de orofaringe, porém ainda não foi possível detectar seu impacto.
Os dados encontrados sugerem acesso bastante desigual aos serviços de
atenção oncológica, ou seja, indivíduos com melhor escolaridade acessam mais
precocemente os serviços tendo seus diagnósticos em fases iniciais mais expressivos do
que os encontrados em indivíduos analfabetos ou com baixa escolaridade. O percentual
de casos estadiados em fases iniciais da doença (EC 0-II), em indivíduos com nível
superior, foi mais do que o dobro daquele encontrado entre os analfabetos, para os
cânceres do colo do útero, mama, pele, pulmão. Um estudo dinamarquês, de base
populacional, mostrou que as mulheres com pouca escolaridade, baixa renda, sem acesso
a programas de rastreamento e residentes em áreas rurais tem maior risco de serem
diagnosticadas com câncer de mama em estádios avançados
107
.
O intervalo mediano de tempo entre a primeira consulta no hospital e o
diagnóstico, variou de 0 (colo uterino) a 12 dias (pele). O acesso ao tratamento
oncológico foi medido pelo intervalo entre o diagnóstico e o início do tratamento, com
intervalos medianos variando de 0 (pele) a 63 dias (colo de útero). Outra análise
compreendeu o intervalo de tempo decorrido entre a primeira consulta e o início do
tratamento. As medianas variaram de 9 (sistema hematopoiético) a 70 dias (colo do
útero). Sabe-se que, para diversos tipos de câncer, o atraso no diagnóstico e tratamento
pode ser um importante fator prognóstico
108,109,110,111,112
. Estudos recentes têm se
dedicado a investigar quais são os fatores que podem influenciar o atraso no diagnóstico,
uma vez que reduzindo-se este atraso pode-se aumentar a proporção de casos com estádio
inicial, resultando em melhores taxas de sobrevida.
Tomando como exemplo o câncer de pulmão, verificamos que o intervalo
mediano entre o diagnóstico e o tratamento observado em nosso estudo é discretamente
maior do que o intervalo observado em um estudo realizado na Finlândia (15 dias)
113
. Por
outro lado, o intervalo entre o a primeira consulta e o diagnóstico (mediana= 6 dias)
observado em nosso estudo é bastante inferior ao descrito no referido estudo
(mediana=15 dias)
113
, o que demonstra um bom fluxo de atendimento nas instituições
que realizam atendimento oncológico no estado de São Paulo. Sabe-se que o diagnóstico
e a terapêutica precoces interferem diretamente na evolução e no prognóstico e o atraso
no tratamento explica o aumento do sofrimento do indivíduo com perda de funções ou
incapacidades, contribuindo ainda para a elevação dos custos e piora da qualidade de vida
114
. A redução destes atrasos é possível sem muitos gastos, através da abordagem por
equipes multidisciplinares
113
.
5.3 – Gastos públicos federais
A intenção ao se avaliar os gastos federais com os atendimentos oncológicos
no Sistema Único de Saúde foi de verificar se os gastos no período acompanharam as
mesmas tendências encontradas na avaliação da mortalidade e da morbidade, ou seja, se o
acesso dos usuários do SUS aos serviços de saúde, na área oncológica vem se dando na
mesma intensidade.
No estado de São Paulo estão concentradas 19% de todas as internações
hospitalares do país e 50% das ocorrências de todo o Sudeste brasileiro. Tal padrão é
muito semelhante ao observado para o atendimento em Oncologia, caracterizando o
estado como um pólo de atendimento nas diversas áreas da assistência.
Os gastos do governo federal, no período de 2000-2005 para os estados e o
Distrito Federal acumularam mais de R$ 34,7 bilhões para apoiar o financiamento das
ações de saúde e destes, R$ 2,3 bilhões foram utilizados em pagamento pelos gestores do
SUS, exclusivamente em assistência hospitalar oncológica (6,6%). Foram repassados
para o estado de São Paulo mais de R$ 8,5 bilhões (24,5% do valor do país) e foi
utilizado em contas hospitalares por motivos oncológicos R$ 604 milhões (26,3% do
valor do país). A região Sudeste utilizou 44,7% do total dos recursos do governo federal e
46,6% dos recursos da oncologia hospitalar.
O maior valor médio por internação encontrado no estado de São Paulo pode
ser explicado parcialmente pela realização de um número importante de transplantes de
medula óssea, que é um dos procedimentos de maior remuneração na tabela de
procedimentos hospitalares do SUS na área oncológica. O estado do Paraná, que também
realiza uma quantidade importante de transplantes de medula óssea foi o segundo maior
valor médio de internação encontrado. Explica ainda o valor médio encontrado o fato do
estado realizar procedimentos mais complexos e, portanto, mais caros quando
comparados aos demais estados da federação.
Os DRS que apresentaram os maiores valores médios, além do DRS de Bauru,
foram Ribeirão Preto, Grande São Paulo, São José do Rio Preto, Barretos e Campinas,
que são os DRS que realizaram mais de 99% dos transplantes de medula óssea do estado,
que são os procedimentos de maior valor na tabela do SIH/SUS como já dito
anteriormente, dentre aqueles utilizados para a assistência oncológica. Dos sete DRS que
apresentam serviços habilitados para a realização de transplante de medula óssea,
Taubaté foi a única exceção no ranking de valor médio, tendo sido superado pelo DRS de
Piracicaba, devido ao baixo número de transplantes de medula óssea realizados no
período (28; 0,9%).
O número de internações no estado cresceu 55,2%, passou de 88.402 AIH
aprovadas em 2000 para 137.226 em 2005, enquanto que os valores gastos aumentaram
129,1% no mesmo período, passando de mais de R$ 61,5 milhões em 2000 para R$ 141,1
milhões em 2005, o que corrobora com as explicações de que houve ampliação do acesso
do usuário do SUS aos serviços de atenção oncológica no estado. Considerando que os
valores dos procedimentos pagos pelo SUS, não sofreram alterações neste período, o
aumento dos gastos se deve à ampliação dos transplantes de medula óssea que em 2000
aprovou 289 procedimentos no valor de R$ 10,27 milhões e em 2005 aprovou 717
procedimentos no valor anual de R$ 23,97 milhões (133,5% a mais de recursos gastos).
Contribuíram ainda a ampliação do acesso aos demais procedimentos oncológicos,
inclusive aos mais complexos tais como a ressecção de tumores intracardíacos,
embolização de tumores intracranianos ou da cabeça e pescoço, iodoterapia do câncer
diferenciado da tireóide, microcirurgias de tumores medulares, radiocirurgias
estereotáxicas.
Os atendimentos hospitalares realizados em instituições sob gestão estadual
apresentaram valor médio por internação de R$ 986,06, enquanto que as instituições sob
gestão municipal apresentaram valor médio de R$ 714,47, ou seja, 38,01% menor. As
instituições sob gestão estadual realizaram 66,2% dos atendimentos hospitalares e as
unidades sob gestão municipal 33,8%. No período nota-se que os valores médios sempre
foram crescentes para os dois tipos de gestores, embora se observasse redução no número
de internações realizadas pelas instituições sob gestão estadual entre 2003/2004,
retomando a tendência de crescimento no ano seguinte. As internações, realizadas pelas
instituições sob gestão municipal, embora em menor gradiente, apresentaram crescimento
em todos os anos do estudo, principalmente em 2003, devido a assunção pelo município
de São Paulo da gestão de vários hospitais nesse ano.
Cabe destacar que os procedimentos oncológicos registrados no Sistema de
Informação Ambulatorial – SIA/SUS não refletem o número de pacientes atendidos. A
quimioterapia tem como base de registros o atendimento mensal ao paciente. Desta
forma, ele será registrado por quantos meses o paciente estiver sob tratamento e envolve
o conjunto de atividades realizadas, enquanto que a radioterapia ora especifica o tipo de
equipamento usado (acelerador linear, cobaltoterapia) ora a finalidade do tratamento e é
registrada por campos irradiados.
Entre 2000 e 2005 o Brasil registrou um aumento de 68,3% no número de
atendimentos, enquanto que no estado de São Paulo foi observado incremento de 72,2%.
Quando comparamos os valores repassados pelo governo federal para apoio ao
financiamento da assistência ambulatorial, encontramos o valor acumulado de mais de
R$ 38,5 bilhões para todo o país, e destes quase R$ 12 bilhões foram destinados ao estado
de São Paulo, gastos exclusivamente com os procedimentos aprovados de quimioterapia e
de radioterapia. Encontramos para o conjunto dos estados o gasto federal, com assistência
oncológica ambulatorial, de R$ 4,3 bilhões (11,16% do gasto total no país) e para o
estado de São Paulo R$ 1,26 bilhões (10,52% do valor total gasto com o estado).
O estado de São Paulo realizou 1.894.426 procedimentos de quimioterapia o
que significa dizer que atendeu 27,3% de toda quimioterapia realizada no país de 2000 a
2005 e 10.357.560 procedimentos de radioterapia que correspondem a 29,3% de todo
atendimento ocorrido no Brasil. Dos recursos gastos no país com assistência oncológica
ambulatorial, o estado de São Paulo recebeu 29,3% dos gastos com quimioterapia e
29,4% com radioterapia.
Quando comparamos a evolução dos gastos federais ao longo do período do
estudo, encontramos um aumento na quimioterapia de 2000 para 2005 em 118,1%,
enquanto que no país todo foi observado aumento de 115,1%. Nos procedimentos de
radioterapia aprovados e pagos pelo SUS encontramos aumento de 39,2% no estado de
São Paulo, enquanto que no Brasil foi observado aumento mais significativo (52,5%).
O Ministério da Saúde adota como parâmetro para planejamento da
assistência que dos casos novos de câncer, 60% necessitarão de cirurgias oncológicas,
70% necessitarão de quimioterapia e 60% de radioterapia. Aceitando esses parâmetros
como realidade espera-se que haja crescimento proporcional para as ações de oncologia,
o que não foi observado no estudo, ou seja, o crescimento do número de atendimentos de
radioterapia não acompanhou a evolução da quimioterapia.
O único DRS que apresentou redução no volume total de atendimentos
ambulatoriais em oncologia foi o DRS II - Araçatuba que, no decorrer desse período,
desativou o único serviço de radioterapia existente na região, redirecionando os
atendimentos radioterápicos para outros DRS.
No período nota-se que os valores médios sempre foram crescentes para os
dois tipos de gestores, embora se observasse redução no número de procedimentos
realizados pelas instituições sob gestão estadual (-8,7%) e crescimento importante no
montante dos procedimentos realizados pelas instituições sob gestão municipal. Isto é
explicado principalmente pela assunção da gestão de alguns serviços oncológicos pelo
município de São Paulo, que se habilitou como Gestor Pleno do Sistema Municipal de
Saúde em agosto de 2003, e passou a responder pela gestão da Fundação Antônio
Prudente, Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho, Instituto Brasileiro de Combate ao
Câncer, instituições essas, especializadas no tratamento do câncer, além de outros
serviços que também realizam procedimentos oncológicos como o Hospital Beneficência
Portuguesa de São Paulo e a Casa de Saúde Santa Marcelina, até então sob gestão
estadual.
Observou-se registro de atendimento a pacientes residentes em todos os
estados e no Distrito Federal, tanto para as internações pelas diversas causas quanto para
aquelas que registraram qualquer uma das causas de neoplasias da CID 10ª revisão. O
mesmo pode ser visto nos atendimentos ambulatoriais, exceto para o estado do Amapá
que não constou nenhum atendimento em radioterapia. Não foi possível avaliar a
procedência dos atendimentos ambulatoriais para o conjunto da assistência, pela
inexistência desta informação para os procedimentos que não são registrados por meio de
APAC.
Foi encontrado um valor per capita muito desigual na análise do somatório
dos gastos com a população paulista, quando desagregado por DRS de residência do
paciente (independente do local onde o paciente tenha recebido qualquer tipo de
atendimento), aqui compreendido o conjunto dos procedimentos ambulatoriais e
hospitalares na área de atenção oncológica, de 2000 a 2005. Não dispomos de fonte de
dados confiável que nos permita afirmar que o acesso aos serviços de oncologia para a
população paulista é desigual, embora os dados apontem para isto. Seria necessário
aprofundar a análise dos dados, antes de procedermos a qualquer julgamento sobre o
acesso, principalmente por tratar-se de informações oriundas de dados secundários que
podem conter viés de informação, uma vez que os pacientes freqüentemente usam o
endereço das Casas de Apoio onde permanecem durante o tratamento. Além disso, é
preciso ainda considerar o quanto da população paulista, também desagregada por local
de residência, dispõe de outros meios de assistência oncológica, que não o SUS. A
Agência Nacional de Saúde Suplementar, que é o órgão responsável por regular as
empresas prestadoras de serviços de saúde, refere que a cobertura de planos de assistência
médica não é equânime, sendo que 95% dos beneficiários estão concentrados em 12%
dos municípios brasileiros e estes concentram 65% de toda população. As maiores taxas
de cobertura encontram-se nos municípios com maior atividade econômica, localizados
em sua maioria na região Sudeste. No estado de São Paulo, em dezembro de 2005,
existiam quase 15 milhões de beneficiários de convênios ou seguros médicos, que
equivale à cobertura de 57,1% da população da Capital, 46,6% da região metropolitana e
28,2% no interior
115
. No entanto, cabe destacar que nem todos os contratos vigentes
oferecem cobertura integral em oncologia. Após a Lei nº 9656, de 05 de julho de 1998,
dependendo do modelo de contrato, a assistência oncológica passou a fazer parte do rol
de procedimentos obrigatórios, mas ainda existem planos de atendimentos exclusivos
para a assistência hospitalar (que no caso só se obrigaria a dar atendimentos de internação
e de alguns atendimentos ambulatoriais, desde que sejam decorrentes da internação) ou
ambulatorial (não se responsabilizando por atendimentos cirúrgicos ou outros decorrentes
do tratamento) ou ainda planos exclusivamente para atendimentos odontológicos
116, 117,
118
.
Considerações Finais
O aumento do número de casos novos registrados no RHC associado ao
aumento dos gastos federais com a assistência oncológica sugere que o estado de São
Paulo tem assegurado o acesso do indivíduo com câncer ao tratamento, embora a
radioterapia não tenha tido o mesmo desempenho que as demais modalidades de
assistência, necessitando de investimento nesta área.
Enfim, a elevação das taxas de mortalidade para alguns tipos de câncer reforça
a necessidade de programas de atenção básica, com o propósito de diagnóstico precoce e
atenção de média e alta complexidade, disponíveis a toda população de forma equânime e
universal, além de manter e estimular o desenvolvimento de mecanismos de rastreamento
mais eficazes.
6 – CONCLUSÕES
6 - Conclusões
- Registrou-se uma tendência de aumento nas taxas de mortalidade por câncer, no estado
de São Paulo para as seguintes topografias: pulmão, boca e orofaringe e cólon e reto
(ambos os sexos), mama (sexo feminino) e próstata.
- Registrou-se uma tendência de declínio das taxas de mortalidade por câncer de
estômago (ambos os sexos) e colo uterino.
- Os cânceres de mama e próstata foram os mais freqüentes nos registros do RHC-SP, em
todos os anos analisados.
- O câncer de colo uterino saiu da terceira posição entre as topografias mais freqüentes
em 2000 e assumiu a sexta posição em 2005. Por outro lado, o câncer colorretal
apresentou aumento na freqüência de registros durante todos os anos analisados.
- A mediana da idade dos indivíduos com tumores registrados no RHC-SP foi de 60 anos
e 93,4% deles eram de indivíduos domiciliados no estado de São Paulo e 6,6%
originários de outros estados e países. Minas Gerais e Mato Grosso do Sul foram os
estados que registraram as maiores freqüências de casos atendidos no estado de São
Paulo.
- Entre os tumores efetivamente estadiados, a maioria (52,2%) apresentava estádios
iniciais (EC 0, I e II).
- Houve associação estatisticamente significativa entre escolaridade e estadiamento do
tumor, nos casos registrados no RHC-SP. A porcentagem de casos com estadiamento em
fases iniciais da doença entre indivíduos com ensino superior completo foi maior do que
aquela encontrada entre indivíduos analfabetos ou com ensino fundamental incompleto,
sugerindo acesso desigual aos serviços de atendimento oncológico.
- O intervalo de tempo entre a primeira consulta no hospital e o diagnóstico variou de 0 a
5.300 dias (boca e orofaringe), com grande variação segundo topografia: 0 dias para colo
de útero; 1 dia (boca/orofaringe, estômago e sistema hematopoiético); 2 dias (câncer
pediátrico); 3 dias (cólon e reto); 6 dias (pulmão e próstata) e 12 dias (pele).
- O intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento variou de 0 a 2.337
dias, e as medianas de tempo encontradas, por topografia, foram: 0 dias (pele); 4 dias
(câncer pediátrico); 6 dias (sistema hematopoiético); 18 dias (cólon e reto); 20 dias
(pulmão); 27 dias (estômago); 33 dias (mama); 37 dias (boca e orofaringe); 60 dias
(próstata) e 63 dias (colo uterino).
- O intervalo de tempo entre a data da admissão (1ª consulta) no hospital e o início do
tratamento variou de 0 a 5.487 dias (boca e orofaringe). No entanto, as medianas de
tempo encontradas foram de: 9 dias (sistema hematopoiético); 10 dias (câncer
pediátrico); 22 dias (cólon e reto); 27 dias (pele e estômago); 40 dias (boca e orofaringe);
49 dias (mama); 57 dias (próstata) e 70 dias (colo uterino).
- Houve crescimento dos gastos federais com a assistência oncológica no estado de São
Paulo durante todo o período do estudo.
- No período do estudo, registrou-se um aumento de 55,2% no número de internações
oncológicas, e um aumento de 129,1% nos gastos federais no mesmo período.
- O custo médio das internações realizadas em instituições sob gestão estadual foi maior
do que o registrado naquela sob gestão municipal, sugerindo que os atendimentos mais
complexos e caros estão sob a gestão do estado.
- Registrou-se um aumento de 72,2% no número de atendimentos ambulatoriais, sendo
que a quimioterapia teve aumento de 118,1% enquanto que os procedimentos de
radioterapia tiveram aumento de 39,2%. Este crescimento desigual sugere baixa oferta de
radioterapia, necessitando investimento na área.
- O valor per capita encontrado, segundo a região de saúde do paciente, informada nos
registros de AIH e de APAC, apresentou-se muito desigual, variando de R$ 14,28 no
DRS de Registro até R$ 80,27 no DRS de Barretos, o que sugere viés de informação do
local de residência informado na AIH e na APAC, necessitando qualificação da
informação junto aos prestadores de serviços.
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CONSU nº 10, de 04 de novembro de 1998, publicada no DOU nº 211.
8 – ANEXOS
ANEXO 1
Estabelecimentos de Saúde credenciados para prestar atendimentos oncológicos,
pelo SUS, por DRS, no estado de São Paulo.
DRS Portarias Classificação Nome da Instituição MUNICIPIO
I 410 e 618 SIQTRT CLÍNICA RADIOTERAPICA MC S/C LTDA MOGI DAS CRUZES
I 154 repub. CACON I FUNDACAO DO ABC HOSPITAL UNIVERSITARIO S.B.DO CAMPO
I 12 SIRT INSTITUTO DE RADIOTERAPIA DO ABC LTDA SANTO ANDRÉ
I 410 e 618 CACON I CASA DE SAUDE SANTA MARCELINA SAO PAULO
I 410 CACON I CENTRO REF. SAUDE DA MULHER SAO PAULO
I 410 e 618 CACON I ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA – HOSP. SÃO PAULO SAO PAULO
I 410 e 618 CACON III FUND. ANTONIO PRUDENTE HOSPITAL A C CAMARGO SAO PAULO
I 410 e 618 CACON I FUNDACAO FACULDADE DE MEDICINA SAO PAULO
I 410 SIQT FUND.PRÓ-SANGUE HEMOCENTRO DE SÃO PAULO* SAO PAULO
I 410 e 618 CACON I INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTROLE DO CANCER SAO PAULO
I 410 e 618 CACON II INST. DO CANCER ARNALDO VIEIRA DE CARVALHO SAO PAULO
I 410 CACON I IRM STA CASA MIS SAO PAULO SAO PAULO
I 410 e 618 CACON I REAL BEM. SOC PORTUGUESA DE BENEFICENCIA SAO PAULO
I 410 CACON I SES HOSP INFANTIL DARCY VARGAS SAO PAULO
I 410 CACON I SES HOSPITAL BRIGADEIRO SAO PAULO
I 410 CACON I SES HOSPITAL HELIOPOLIS SAO PAULO
I 410 CACON I SES HOSPITAL IPIRANGA SAO PAULO
I 618 SIRT CLÍNICA RADIOTERÁPICA OSWALDO PERES* SÃO PAULO
I 618 SIRT CLINRAD - CLÍNICA DE RADIOTERAPIA S/C LTDA* SÃO PAULO
I 618 SIRT HOSPITAL E MATERNIDADE SANTANA LTDA* SÃO PAULO
II 410 e 618 CACON I SANTA CASA DE MIS DE ARACATUBA ARACATUBA
III 410 e 618 CACON I IRM. SANTA CASA DE MISERICORDIA DE ARARAQUARA ARARAQUARA
III 620 CACON I IRM.SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SAO CARLOS SAO CARLOS
IV 410 e 618 CACON I SOCIEDADE PORTUGUESA DE BENEFICENCIA SANTOS
IV 410 e 618 CACON I IRM.SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SANTOS SANTOS
V 410 e 618 CACON II FUNDACAO PIO XII BARRETOS
VI 724 CACON I SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE AVARÉ AVARÉ
VI 5 CACON I ASSOCIACAO HOSPITALAR DE BAURU BAURU
VI 410 e 618 CACON I HOSPITAL DAS CLINICAS UNESP BOTUCATU BOTUCATU
VI 410 e 618 CACON II HOSPITAL AMARAL CARVALHO JAU
VII 410 CACON I CASA N S PAZ ACAO S FRANCISCANA - HOSP UNIVER. BRAGANCA PAULISTA
VII 410 e 618 CACON I SOC CAMPINEIRA EDUC INSTRUCAO HOSP UNIVER. CAMPINAS
VII 410 e 618 CACON I UNIVER EST CAMPINAS UNICAMP HOSPITAL UNIVER. CAMPINAS
VII 5 SIQT REAL SOCIEDADE PORTUGUESA DE BENEFICENCIA CAMPINAS
VII 618 SIRT INSTITUTO DE RADIUM DR MANOEL DIAS CAMPINAS
VII 410 CACON I CENTRO INF DE INV. HEMAT DR DOMINGOS A BOLDRINI CAMPINAS
VII 410 e 618 CACON I HOSPITAL DE CARIDADE SAO VICENTE DE PAULO JUNDIAI
VIII 410 e 682 CACON I FUNDACAO CIVIL CASA DE MISERICORDIA DE FRANCA FRANCA
IX 410 CACON I IRM. SANTA CASA DE MISERICORDIA DE MARILIA MARILIA
IX 410 e 618 CACON I FUND MUNICIPAL ENSINO MARILIA – H. UNIVERS. MARILIA
IX 28 CACON I SOC.BENEF.SÃO FCO DE ASSIS DE TUPÃ TUPÃ
X 724 CACON I IRMANDADE STA CASA MIS. DE ARARAS ARARAS
X 620 e 280 CACON I IRM. SANTA CASA DE MISERICORDIA DE LIMEIRA LIMEIRA
X 410 e 618 CACON I IRM. SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PIRACICABA PIRACICABA
X 410 e 618 CACON I ASSOC FORN CANA PIRACICABA SECCAO HOSPITAL PIRACICABA
XI 410 CACON I SANTA CASA DE MIS. DE PRESIDENTE PRUDENTE PRESID.PRUDENTE
XI 618 SIRT INSTITUTO DE RADIOTERAPIA P. PRUDENTE S/C LTDA PRESID.PRUDENTE
XI 198/02 SIQT INST.RH DE HEMATO E HEMOTERAPIA DE PRES.PRUD.* PRESID.PRUDENTE
XIII 410 CACON I SOC. BENEF HOSP STA CASA MIS. RIBEIRAO PRETO RIBEIRAO PRETO
XIII 410 e 618 CACON I HOSP. IMACULADA CONCEICAO SOC PORTUGUESA
BENEFICENCIA
RIBEIRAO PRETO
XIII 410 CACON I INSTITUTO SANTA LYDIA* RIBEIRAO PRETO
XIII 410 e 618 CACON I FUND. DE APOIO AO ENSINO/PESQUISA E ASSIST. DO
HCFMRPUSP
RIBEIRAO PRETO
XIV 724 SIQT HOSPITAL MUN DE MOGI GUACU HOSPITAL DR
TABAJARA RAMOS
MOJI-GUACU
XVII 620 CACON I ASSOCIACAO CASA FONTE DA VIDA JACAREI
XVII 410 CACON I OBRA DE ACAO SOCIAL PIO XII S.J.DOS CAMPOS
XVII 620 CACON I IRM. SANTA CASA DE MIS. DE SAO JOSE CAMPOS* S. J. DOS CAMPOS
XV 410 CACON I FUNDACAO PADRE ALBINO HOSPITAL UNIVER CATANDUVA
XV 410 CACON I FUND FAC REG MEDICINA DE SJRP HOSP UNIV. S. JOSE RIO PRETO
XV 410 CACON I IRM. SANTA CASA DE MIS. SAO JOSE DO R PRETO S. JOSE RIO PRETO
XV 618 SIRT UM.REG.DE RADIOTERAPIA E MEGAVOLTAGEM S/C S. JOSE RIO PRETO
XVI 410 SIQT HOSPITAL SARINA ROLIM CARACANTE-GPACI SOROCABA
XVI 618 SIRT NUCLEON RAD.FÍSICA MÉDICA LTDA SOROCABA
XVI 410 CACON I CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA SOROCABA
XVII 203 CACON I HOSPITAL E MATERNIDADE FREI GALVÃO GUARATINGUETÁ
XVII 410 SIQT IPMMI-HOSP.INFANT.ANTONINHO DA ROCHA MARMO S.J.DOS CAMPOS
XVII 410 SIQT SERVIÇO DE ONCOLOGIA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS S.J.DOS CAMPOS.
XVII 618 SIRT INSTITUTO DE RADIOTERAPIA VALE DO PARAIBA S.J.DOS CAMPOS
XVII 410 e 618 CACON I HOSP REG DO VALE DO PARAIBA TAUBATE
* unidades que foram descredenciadas ao longo do período de 2000-2005.
Nota: CACON – Centro de Alta Complexidade em Oncologia
SIRT – Serviço isolado de quimioterapia
SIRT – Serviço isolado de radioterapia
SIRTQT - Serviço isolado de quimioterapia e radioterapia.
Anexo 2
Relação de instituições hospitalares que informaram o Registro Hospitalar de
Câncer, entre 2000 e 2005, no estado de São Paulo.
Associação dos Fornecedores de Cana – Piracicaba
Associação Fonte de Vida – Hospital S. Francisco – Jacareí
Associação Hospitalar de Bauru – Bauru
CAISM – Campinas
Casa de Saúde Santa Marcelina – São Paulo
Centro de Referência de Saúde da Mulher – São Paulo
Centro Infantil Invest. Hemat. Dr Domingos Boldrini – Campinas
Conjunto Hospitalar do Mandaqui – São Paulo
Escola Paulista de Medicina – Hosp. São Paulo – São Paulo
Fundação ABC – Hosp. De Ensino – São Bernardo do Campo
Fundação Faculdade de Medicina HC – São Paulo
Fundação Padre Albino – Catanduva
Fundação Pio XII – Barretos
Fundação Sobeccan – Ribeirão Preto
GRAAC – Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer – São Paulo
Fundação Antônio Prudente – Hosp. AC Camargo – São Paulo
Hospital Amaral de Carvalho – Jaú
Hospital Brigadeiro – São Paulo
Hospital de Caridade São Vicente de Paula – Jundiaí
Hospital de Clínicas de Marília – Marília
Hospital de Clínicas da USP Ribeirão Preto – Ribeirão Preto
Hospital de Clínicas da UNESP – Botucatu
Hospital de Clínicas da UNICAMP – Campinas
Hospital Dr. Mário Gatti – Campinas
Hospital Estadual de Bauru - Bauru
Hospital Estadual Mário Covas – Santo André
Hospital Frei Galvão – Guaratinguetá
Hospital Heliópolis – São Paulo
Hospital Infantil Darcy Vargas – São Paulo
Hospital Ipiranga – São Paulo
Hospital Israelita Albert Einstein – São Paulo
Hospital e Maternidade Celso Pierro – PUCC – Campinas
Hospital regional Vale do Paraíba – Taubaté
Hospital Estadual de Carapicuíba – Carapicuíba
Hospital Sarina Rolin Caracante – Sorocaba
Hospital Universitário Fac. Medicina – FUNFARME – São José do Rio Preto
Hospital Universitário São Francisco de Bragança Paulista
Hospital do Servidor Público Estadual – São Paulo
Instituto Brasileiro de Controle do Câncer – São Paulo
Instituto Santa Lydia – Ribeirão Preto
Obra de Ação Social Pio XII – São José dos Campos
Oncovida Oncohematologia – Taubaté
Real Benemérita Soc. Portuguesa de Beneficência – São Paulo
Santa Casa de Misericórdia de S. Paulo – São Paulo
Santa casa de Araçatuba – Araçatuba
Santa Casa de Misericórdia de Araraquara - Araraquara
Santa Casa de Araras – Araras
Santa Casa de Avaré – Avaré
Santa Casa de Franca - Franca
Santa Casa de Limeira – Limeira
Santa Casa de Marília – Marília
Santa Casa de Piracicaba – Piracicaba
Santa Casa de Presidente Prudente – Presidente Prudente
Santa Casa de Ribeirão Preto – Ribeirão Preto
Santa Casa de São José do Rio Preto – São José do Rio Preto
Santa Casa de São José dos Campos – São José dos Campos
Santa Casa de Santo Amaro – São Paulo
Santa Casa de Santos – Santos
Santa Casa de São Carlos – São Carlos
Sociedade Beneficente São Francisco – Tupã
Sociedade Portuguesa de Beneficência - Santos
Sociedade Portuguesa de Beneficência – Ribeirão Preto
UOPECCAN – União Paranaense de Estudo e Controle ao Câncer – Para
Fonte: FOSP, disponível no site http://www.fosp.saude.sp.gov.br
Anexo 3
Relação de municípios por Departamento Regional de Saúde
DRS I – GRANDE SÃO PAULO
ARUJÁ
BARUERI
BIRITIBA-MIRIM
CAIEIRAS
CAJAMAR
CARAPICUIBA
COTIA
DIADEMA
EMBU
EMBU-GUAÇU
FERRAZ DE VASCONCELOS
FRANCISCO MORATO
FRANCO DA ROCHA
GUARAREMA
GUARULHOS
ITAPECERICA DA SERRA
ITAPEVI
ITAQUAQUECETUBA
JANDIRA
JUQUITIBA
MAIRIPORÃ
MAUÁ
MOJI DAS CRUZES
OSASCO
PIRAPORA DO BOM JESUS
POÁ
RIBEIRÃO PIRES
RIO GRANDE DA SERRA
SALESÓPOLIS
SANTA ISABEL
SANTANA DE PARNAÍBA
SANTO ANDRÉ
SÃO BERNARDO DO CAMPO
SÃO CAETANO DO SUL
SÃO LOURENÇO DA SERRA
SÃO PAULO
SUZANO
TABOÃO DA SERRA
VARGEM GRANDE PAULISTA
DRS II - ARAÇATUBA
ALTO ALEGRE
ANDRADINA
ARAÇATUBA
AURIFLAMA
AVANHANDAVA
BARBOSA
BENTO DE ABREU
BILAC
BIRIGUI
BRAÚNA
BREJO ALEGRE
BURITAMA
CASTILHO
CLEMENTINA
COROADOS
GABRIEL MONTEIRO
GLICÉRIO
GUARACAÍ
GUARARAPES
GUZOLÂNDIA
ILHA SOLTEIRA
ITAPURA
LAVÍNIA
LOURDES
LUIZIÂNIA
MIRANDÓPOLIS
MURUTINGA DO SUL
NOVA CASTILHO
NOVA INDEPENDÊNCIA
NOVA LUZITÂNIA
PENAPÓLIS
PEREIRA BARRETO
PIACATU
RUBIÁCEA
SANTO ANTÔNIO DO ARACANGUÁ
SANTÓPOLIS DO AGUAPEÍ
SUD MENNUCCI
SUZANÁPOLIS
TURIÚBA
VALPARAÍSO
DRS III – ARARAQUARA
AMÉRICO BRASILIENSE
ARARAQUARA
BOA ESPERANÇA DO SUL
BORBOREMA
CÂNDIDO RODRIGUES
DESCALVADO
DOBRADA
DOURADO
GAVIÃO PEIXOTO
IBATÉ
IBITINGA
ITÁPOLIS
MATÃO
MOTUCA
NOVA EUROPA
PORTO FERREIRA
RIBEIRÃO BONITO
RINCÃO
SANTA ERNESTINA
SANTA LÚCIA
SÃO CARLOS
TABATINGA
TAQUARITINGA
TRABIJÚ
DRS IV - BAIXADA SANTISTA
BERTIOGA
CUBATÃO
GUARUJÁ
ITANHAÉM
MONGAGUÁ
PERUÍBE
PRAIA GRANDE
SANTOS
SÃO VICENTE
DRS V – BARRETOS
ALTAIR
BARRETOS
BEBEDOURO
CAJOBI
COLINA
COLOMBIA
EMBAÚBA
GUAÍRA
GUARACI
JABORANDI
MONTE AZUL PAULISTA
OLÍMPIA
SEVERÍNIA
TAIAÇU
TAIÚVA
TAQUARAL
TERRA ROXA
VIRADOURO
VISTA ALEGRE DO ALTO
DRS VI – BAURU
ÁGUAS DE SANTA BÁRBARA
AGUDOS
ANHEMBI
ARANDU
AREALVA
AREIÓPOLIS
AVAÍ
AVARÉ
BALBINOS
BARÃO DE ANTONINA
BARIRI
BARRA BONITA
BAURU
BOCAINA
BOFETE
BORACÉIA
BOREBI
BOTUCATU
BROTAS
CABRÁLIA PAULISTA
CAFELÂNDIA
CERQUEIRA CÉSAR
CONCHAS
CORONEL MACEDO
DOIS CÓRREGOS
DUARTINA
FARTURA
GETULINA
GUAIÇARA
IACANGA
IARAS
IGARAÇU DO TIETÊ
ITAÍ
ITAJU
ITAPORANGA
ITAPUÍ
ITATINGA
JAÚ
LARANJAL PAULISTA
LENÇÓIS PAULISTA
LINS
LUCIANÓPOLIS
MACATUBA
MANDURI
MINEIROS DO TIETÊ
PARANAPANEMA
PARDINHO
PAULISTÂNIA
PEDERNEIRAS
PEREIRAS
PIRAJU
PIRAJUÍ
PIRATININGA
PONGAÍ
PORONGABA
PRATÂNIA
PRESIDENTE ALVES
PROMISSÃO
REGINÓPOLIS
SABINO
SÃO MANUEL
SARUTAIÁ
TAGUAÍ
TAQUARITUBA
TEJUBÁ
TORRE DE PEDRA
TORRINHA
URU
DRS VII – CAMPINAS
ÁGUAS DE LINDÓIA
AMERICANA
AMPARO
ARTHUR NOGUEIRA
ATIBAIA
BOM JESUS DOS PERDÕES
BRAGANÇA PAULISTA
CABREÚVA
CAMPINAS
CAMPO LIMPO PAULISTA
COSMÓPOLIS
HOLAMBRA
HORTOLÂNDIA
INDAIATUBA
ITATIBA
ITUPEVA
JAGUARIÚNA
JARINU
JOANÓPOLIS
JUNDIAÍ
LINDÓIA
LOUVEIRA
MONTE ALEGRE DO SUL
MONTE MOR
MORUNGABA
NAZARÉ PAULISTA
NOVA ODESSA
PAULÍNIA
PEDRA BELA
PEDREIRA
PINHALZINHO
PIRACAIA
SANTA BÁRBARA D'OESTE
SANTO ANTÔNIO DE POSSE
SERRA NEGRA
SOCORRO
SUMA
TUÍUTI
VALINHOS
VARGEM
VÁRZEA PAULISTA
VINHEDO
DRS VIII – FRANCA
ARAMINA
BURITIZAL
CRISTAIS PAULISTA
FRANCA
GUARÁ
IGARAPAVA
IPUÃ
ITIRAPUÃ
ITUVERAVA
JERIQUARA
MIGUELÓPOLIS
MORRO AGUDO
NUPORANGA
ORLÂNDIA
PATROCÍNIO PAULISTA
PEDREGULHO
RESTINGA
RIBEIRÃO CORRENTE
RIFAINA
SALES OLIVEIRA
SÃO JOAQUIM DA BARRA
SÃO JOSÉ DA BELA VISTA
DRS IX – MARÍLIA
ADAMANTINA
ÁLVARO DE CARVALHO
ALVINLÂNDIA
ARCO ÍRIS
ASSIS
BASTOS
BERNARDINO DE CAMPOS
BORÁ
CAMPOS NOVOS PAULISTA
CÂNDIDO MOTA
CANITAR
CHAVANTES
CRUZÁLIA
ECHAPORÃ
ESPÍRITO SANTO DO TURVO
FERNÃO
FLÓRIDA PAULISTA
FLORÍNIA
GÁLIA
GARÇA
UAIMBÊ
GUARANTÃ
HERCULÂNDIA
IACRI
IBIRAREMA
INÚBIA PAULISTA
IPAUÇU
JÚLIO MESQUITA
LUCÉLIA
LUPÉRCIO
LUTÉCIA
MARACAÍ
MARIÁPOLIS
MARÍLIA
OCAUÇU
ÓLEO
ORIENTE
OSCAR BRESSANE
OSVALDO CRUZ
OURINHOS
PACAEMBU
PALMITAL
PARAGUAÇU PAULISTA
PARAP
PEDRINHAS PAULISTA
LATINA
POMPÉIA
PRACINHA
QUEIROZ
QUINTANA
RIBEIRÃO DO SUL
RINÓPOLIS
SAGRES
SALMOURÃO
SALTO GRANDE
SANTA CRUZ DO RIO PARDO
SÃO PEDRO DO TURVO
TARUMÃ
TIMBURI
TUPÃ
UBIRAJARA
VERA CRUZ
DRS X – PIRACICABA
ÁGUAS DE SÃO PEDRO
ANALÂNDIA
ARARAS
CAPIVARI
CHARQUEADA
CONCHAL
CORDEIRÓPOLIS
CORUMBATAÍ
ELIAS FAUSTO
ENGENHEIRO COELHO
IPEÚNA
IRACEMÁPOLIS
ITIRAPINA
LEME
LIMEIRA
MOMBUCA
PIRACICABA
PIRASSUNUNGA
RAFARD
RIO CLARO
RIO DAS PEDRAS
SALTINHO
SANTA CRUZ DA CONCEIÇÃO
SANTA GERTRUDES
SANTA MARIA DA SERRA
SÃO PEDRO
DRS XI - PRESIDENTE PRUDENTE
ALFREDO MARCONDES
ÁLVARES MACHADO
ANHUMAS
CAIABU
CAIUÁ
DRACENA
EMILIANÓPOLIS
ESTRELA DO NORTE
EUCLIDES DA CUNHA PAULISTA
FLORA RICA
IEPÊ
INDIANA
IRAPURU
JOÃO RAMALHO
JUNQUEIRÓPOLIS
MARABÁ PAULISTA
MARTINÓPOLIS
MIRANTE DO PARANAPANEMA
MONTE CASTELO
NANTES
NARANDIBA
NOVA GUATAPORANGA
OURO VERDE
PANORAMA
PAULICÉIA
PIQUEROBI
PIRAPOZINHO
PRESIDENTE BERNARDES
PRESIDENTE EPITÁCIO
PRESIDENTE PRUDENTE
PRESIDENTE VENCESLAU
QUATÁ
RANCHARIA
REGENTE FEIJÓ
RIBEIRÃO DOS ÍNDIOS
ROSANA
SANDOVALINA
SANTA MERCEDES
SANTO ANASTÁCIO
SANTO EXPEDITO
SÃO JOÃO DO PAU D'ALHO
TACIBA
TARABAI
TEODORO SAMPAIO
TUPI PAULISTA
DRS XII – REGISTRO
BARRA DO TURVO
CAJATI
CANANÉIA
ELDORADO
IGUAPE
ILHA COMPRIDA
IPORANGA
ITARIRI
JACUPIRANGA
JUQUIÁ
MIRACATU
PARIQUERA-AÇÚ
PEDRO DE TOLEDO
REGISTRO
SETE BARRAS
DRS XIII - RIBEIRÃO PRETO
ALTINÓPOLIS
BARRINHA
BATATAIS
BRODÓSQUI
CAJURU
CÁSSIA DOS COQUEIROS
CRAVINHOS
DUMONT
GUARIBA
GUATAPARÁ
JABOTICABAL
JARDINÓPOLIS
LUÍS ANTÔNIO
MONTE ALTO
PITANGUEIRAS
PONTAL
PRADÓPOLIS
RIBEIRÃO PRETO
SANTA CRUZ DA ESPERANÇA
SANTA RITA DO PASSA QUATRO
SANTA ROSA DE VITERBO
SANTO ANTÔNIO DA ALEGRIA
SÃO SIMÃO
SERRA AZUL
SERRANA
SERTÃOZINHO
DRS XIV - SÃO JOÃO DA BOA
VISTA
AGUAÍ
ÁGUAS DA PRATA
CACONDE
CASA BRANCA
DIVINOLÂNDIA
ESPÍRITO SANTO DO PINHAL
ESTIVA GERBI
ITAPIRA
ITOBI
MOCOCA
MOJI-GUAÇU
MOJI-MIRIM
SANTA CRUZ DAS PALMEIRAS
SANTO ANTÔNIO DO JARDIM
SÃO JOÃO DA BOA VISTA
SÃO JOSÉ DO RIO PARDO
SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA
TAMBAÚ
TAPIRATIBA
VARGEM GRANDE DO SUL
DRS XV - SÃO JOSÉ DO RIO
PRETO
ADOLFO
ÁLVARES FLORENCE
AMÉRICO DE CAMPOS
APARECIDA D'OESTE
ARIRANHA
ASPÁSIA
BADY BASSIT
BÁLSAMO
CARDOSO
CATANDUVA
CATIGUÁ
CEDRAL
COSMORAMA
DIRCE REIS
DOLCINÓPOLIS
ELISIÁRIO
ESTRELA D'OESTE
FERNANDÓPOLIS
FERNANDO PRESTES
FLOREAL
GASTÃO VIDIGAL
GENERAL SALGADO
GUAPIAÇU
GUARANI D'OESTE
IBIRÁ
ICÉM
INDIAPORÃ
IPIGUÁ
IRAPUÃ
ITAJOBI
JACI
JALES
JOSÉ BONIFÁCIO
MACAUBAL
MACEDÔNIA
MAGDA
MARAPOAMA
MARINÓPOLIS
MENDONÇA
MERIDIANO
MESÓPOLIS
MIRA ESTRELA
MIRASSOL
MIRASSOLÂNDIA
MONÇÕES
MONTE APRAZÍVEL
NEVES PAULISTA
NHANDEARA
NIPOÃ
NOVA ALIANÇA
NOVA CANAÃ PAULISTA
NOVA GRANADA
NOVAIS
NOVO HORIZONTE
ONDA VERDE
ORINDIÚVA
OUROESTE
PALESTINA
PALMARES PAULISTA
PALMEIRA D'OESTE
PARAÍSO
PARANAPUÃ
PARISI
PAULO DE FARIA
PEDRANÓPOLIS
PINDORAMA
PIRANGI
PLANALTO
POLONI
PONTALINDA
PONTES GESTAL
POPULINA
POTIRENDABA
RIOLÂNDIA
RUBINÉIA
SALES
SANTA ADÉLIA
SANTA ALBERTINA
SANTA CLARA D'OESTE
SANTA FÉ DO SUL
SANTA RITA D'OESTE
SANTA SALETE
SANTANA DA PONTE PENSA
SÃO FRANCISCO
SÃO JOÃO DAS DUAS PONTES
SÃO JOÃO DE IRACEMA
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
SEBASTIANÓPOLIS DO SUL
TABAPUÃ
TANABI
TRÊS FRONTEIRAS
TURMALINA
UBARANA
UCHOA
UNIÃO PAULISTA
URÂNIA
URUPÊS
VALENTIM GENTIL
VITÓRIA BRASIL
VOTUPORANGA
ZACARIAS
DRS XVI – SOROCABA
ALAMBARI
ALUMÍNIO
ANGATUBA
APIAÍ
ARAÇARIGUAMA
ARAÇOIABA DA SERRA
BARRA DO CHAPÉU
BOITUVA
BOM SUCESSO DE ITARARÉ
BURI
CAMPINA DO MONTE ALEGRE
CAPÃO BONITO
CAPELA DO ALTO
CERQUILHO
CESÁRIO LANGE
GUAPIARA
GUAREÍ
IBIÚNA
IPERÓ
ITABERÁ
ITAÓCA
ITAPETININGA
ITAPEVA
ITAPIRAPUÃ PAULISTA
ITARARÉ
ITU
JUMIRIM
MAIRINQUE
NOVA CAMPINA
PIEDADE
PILAR DO SUL
PORTO FELIZ
QUADRA
RIBEIRA
RIBEIRÃO BRANCO
RIBEIRÃO GRANDE
RIVERSUL
SALTO
SALTO DE PIRAPORA
SÃO MIGUEL ARCANJO
SÃO ROQUE
SARAPUÍ
SOROCABA
TAPIRAÍ
TAQUARIVAÍ
TATUÍ
TIETÊ
VOTORANTIM
DRS XVII – TAUBATÉ
APARECIDA
ARAPEÍ
AREIAS
BANANAL
CAÇAPAVA
CACHOEIRA PAULISTA
CAMPOS DO JORDÃO
CANAS
CARAGUATATUBA
CRUZEIRO
CUNHA
GUARATINGUETÁ
IGARATÁ
ILHA BELA
JACAREÍ
JAMBEIRO
LAGOINHA
LAVRINHAS
LORENA
MONTEIRO LOBATO
NATIVIDADE DA SERRA
PINDAMONHANGABA
PARAIBUNA
PINDAMONHANGABA
PIQUETE
POTIM
QUELUZ
REDENÇÃO DA SERRA
ROSEIRA
SANTA BRANCA
SANTO ANTÔNIO DO PINHAL
SÃO BENTO DO SAPUCAÍ
SÃO JOSÉ DO BARREIRO
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
SÃO LUÍS DO PARAITINGA
SÃO SEBASTIÃO
SILVEIRAS
TAUBA
TREMEMBÉ
UBATUBA
ANEXO 5
Número de beneficiários de planos de saúde, por município e região de saúde e
percentual de cobertura, no estado de São Paulo, em dezembro de 2005.
Reg.Saúde/Município Antes da Lei
9656
Lei 9656 total população %
cobertura
DRS Grande São Paulo
.... Arujá 7.916 16.962 24.878 72.694 34,22
.... Barueri 33.892 127.468 161.360 256.824 62,83
.... Biritiba-Mirim 710 1.817 2.527 28.926 8,74
.... Caieiras 3.734 21.247 24.981 91.365 27,34
.... Cajamar 3.553 18.237 21.790 61.427 35,47
.... Carapicuíba 19.170 58.227 77.397 382.772 20,22
.... Cotia 13.048 44.360 57.408 175.008 32,80
.... Diadema 27.772 123.989 151.761 389.503 38,96
.... Embu 10.258 41.179 51.437 240.037 21,43
.... Embu-Guaçu 1.831 8.434 10.265 69.847 14,70
.... Ferraz de Vasconcelos 6.486 12.961 19.447 171.329 11,35
.... Francisco Morato 1.880 11.037 12.917 164.971 7,83
.... Franco da Rocha 3.112 12.379 15.491 122.273 12,67
.... Guararema 767 2.565 3.332 24.374 13,67
.... Guarulhos 58.455 338.425 396.880 1.251.179 31,72
.... Itapecerica da Serra 4.854 19.639 24.493 157.280 15,57
.... Itapevi 5.946 20.074 26.020 196.551 13,24
.... Itaquaquecetuba 11.592 33.138 44.730 340.596 13,13
.... Jandira 4.186 20.745 24.931 110.045 22,66
.... Juquitiba 301 1.316 1.617 30.525 5,30
.... Mairiporã 3.858 10.028 13.886 72.750 19,09
.... Mauá 24.132 91.167 115.299 406.242 28,38
.... Mogi das Cruzes 32.972 74.842 107.814 365.993 29,46
.... Osasco 97.662 169.743 267.405 705.450 37,91
.... Pirapora do Bom Jesus 244 1.665 1.909 15.176 12,58
.... Poá 5.465 14.645 20.110 108.017 18,62
.... Ribeirão Pires 8.449 30.195 38.644 116.677 33,12
.... Rio Grande da Serra 2.891 7.015 9.906 41.596 23,81
.... Salesópolis 475 1.108 1.583 16.235 9,75
.... Santa Isabel 4.388 2.828 7.216 47.352 15,24
.... Santana de Parnaíba 7.022 26.621 33.643 98.050 34,31
.... Santo André 102.984 206.991 309.975 669.592 46,29
.... São Bernardo do Campo 89.817 315.256 405.073 788.560 51,37
.... São Caetano do Sul 79.137 102.406 181.543 134.295 135,18
.... São Lourenço da Serra 370 1.606 1.976 15.139 13,05
.... São Paulo 1.666.030 4.579.545 6.245.575 10.927.985 57,15
.... Suzano 17.264 42.573 59.837 272.452 21,96
.... Taboão da Serra 10.929 51.118 62.047 221.176 28,05
.... Vargem Grande Paulista 1.182 5.021 6.203 43.217 14,35
sub total 2.374.734 6.668.572 9.043.306 19.403.480 46,61
DRS Araçatuba
.... Alto Alegre 92 103 195 3.931 4,96
.... Andradina 1.780 6.492 8.272 56.885 14,54
.... Araçatuba 11.951 24.541 36.492 179.717 20,31
.... Auriflama 567 1.387 1.954 13.982 13,98
.... Avanhandava 182 284 466 9.365 4,98
.... Barbosa 90 136 226 6.124 3,69
.... Bento de Abreu 32 52 84 2.392 3,51
.... Bilac 169 379 548 6.481 8,46
.... Birigui 7.878 7.117 14.995 106.313 14,10
.... Braúna 88 145 233 4.458 5,23
.... Brejo Alegre 4 7 11 2.515 0,44
.... Buritama 496 1.097 1.593 14.536 10,96
.... Castilho 128 713 841 15.161 5,55
.... Clementina 66 186 252 5.730 4,40
.... Coroados 54 126 180 4.659 3,86
.... Gabriel Monteiro 29 89 118 2.885 4,09
.... Glicério 50 79 129 4.550 2,84
.... Guaraçaí 88 444 532 9.270 5,74
.... Guararapes 784 1.720 2.504 30.193 8,29
.... Guzolândia 53 83 136 3.821 3,56
.... Ilha Solteira 643 4.498 5.141 25.427 20,22
.... Itapura 23 129 152 3.891 3,91
.... Lavínia 37 191 228 4.939 4,62
.... Lourdes 46 73 119 2.221 5,36
.... Luiziânia 52 67 119 4.347 2,74
.... Mirandópolis 474 1.416 1.890 26.878 7,03
.... Murutinga do Sul 128 145 273 4.089 6,68
.... Nova Castilho 7 34 41 1.026 4,00
.... Nova Independência 2 95 97 2.106 4,61
.... Nova Luzitânia 40 89 129 2.814 4,58
.... Penápolis 4.366 4.081 8.447 58.613 14,41
.... Pereira Barreto 557 1.253 1.810 24.680 7,33
.... Piacatu 46 162 208 4.679 4,45
.... Rubiácea 94 47 141 2.852 4,94
.... Santo Antônio do
Aracanguá
14 39 53 6.882 0,77
.... Santópolis do Aguapeí 27 67 94 3.798 2,47
.... Sud Mennucci 49 164 213 7.465 2,85
.... Suzanápolis 10 33 43 2.886 1,49
.... Turiúba 74 236 310 1.775 17,46
.... Valparaíso 340 1.033 1.373 19.842 6,92
sub total 31.610 59.032 90.642 694.178 13,06
DRS Araraquara
.... Américo Brasiliense 1.994 10.214 12.208 33.437 36,51
.... Araraquara 23.737 54.313 78.050 197.039 39,61
.... Boa Esperança do Sul 466 1.105 1.571 13.800 11,38
.... Borborema 421 870 1.291 13.872 9,31
.... Cândido Rodrigues 92 353 445 2.792 15,94
.... Descalvado 8.074 1.940 10.014 30.908 32,40
.... Dobrada 1.253 525 1.778 7.062 25,18
.... Dourado 207 422 629 9.147 6,88
.... Gavião Peixoto 134 644 778 4.071 19,11
.... Ibaté 1.550 1.484 3.034 31.245 9,71
.... Ibitinga 6.587 3.826 10.413 51.869 20,08
.... Itápolis 1.621 690 2.311 40.693 5,68
.... Matão 10.979 14.192 25.171 76.853 32,75
.... Motuca 140 3.392 3.532 4.229 83,52
.... Nova Europa 518 4.028 4.546 8.514 53,39
.... Porto Ferreira 16.633 2.100 18.733 53.041 35,32
.... Ribeirão Bonito 407 770 1.177 11.821 9,96
.... Rincão 923 1.382 2.305 10.314 22,35
.... Santa Ernestina 1.196 325 1.521 5.821 26,13
.... Santa Lúcia 349 1.561 1.910 8.836 21,62
.... São Carlos 35.384 33.096 68.480 214.786 31,88
.... Tabatinga 683 1.574 2.257 14.366 15,71
.... Taquaritinga 4.116 7.167 11.283 55.287 20,41
.... Trabiju 142 59 201 1.460 13,77
sub total 117.606 146.032 263.638 901.263 29,25
DRS Baixada Santista
.... Bertioga 1.213 3.136 4.349 41.672 10,44
.... Cubatão 8.924 49.171 58.095 119.068 48,79
.... Guaru 16.863 54.557 71.420 299.023 23,88
.... Itanhaém 2.810 6.936 9.746 88.235 11,05
.... Mongaguá 1.253 2.645 3.898 45.167 8,63
.... Peruíbe 2.144 5.513 7.657 63.153 12,12
.... Praia Grande 11.394 37.002 48.396 237.494 20,38
.... Santos 92.485 175.447 267.932 418.316 64,05
.... São Vicente 23.223 62.328 85.551 325.437 26,29
sub total 160.309 396.735 557.044 1.637.565 34,02
DRS Barretos
.... Altair 39 187 226 3.712 6,09
.... Barretos 12.429 16.046 28.475 109.238 26,07
.... Bebedouro 9.380 15.921 25.301 79.233 31,93
.... Cajobi 149 321 470 9.436 4,98
.... Colina 1.138 1.761 2.899 17.137 16,92
.... Colômbia 171 137 308 6.375 4,83
.... Embaúba 47 69 116 2.528 4,59
.... Guaíra 807 5.049 5.856 36.827 15,90
.... Guaraci 142 739 881 9.493 9,28
.... Jaborandi 131 288 419 6.479 6,47
.... Monte Azul Paulista 1.522 595 2.117 20.715 10,22
.... Olímpia 2.307 11.699 14.006 47.959 29,20
.... Severínia 143 825 968 15.688 6,17
.... Taiaçu 665 348 1.013 5.997 16,89
.... Taiúva 713 294 1.007 5.686 17,71
.... Taquaral 93 65 158 2.899 5,45
.... Terra Roxa 664 115 779 8.452 9,22
.... Viradouro 1.597 421 2.018 17.761 11,36
.... Vista Alegre do Alto 566 227 793 5.468 14,50
sub total 32.703 55.107 87.810 411.083 21,36
DRS Bauru
.... Águas de Santa Bárbara 95 201 296 6.058 4,89
.... Agudos 1.487 2.857 4.344 33.926 12,80
.... Anhembi 19 116 135 5.160 2,62
.... Arandu 9 52 61 6.344 0,96
.... Arealva 61 298 359 7.465 4,81
.... Areiópolis 320 124 444 10.487 4,23
.... Avaí 38 215 253 4.566 5,54
.... Avaré 2.622 6.731 9.353 86.102 10,86
.... Balbinos 51 70 121 1.371 8,83
.... Barão de Antonina 21 23 44 2.647 1,66
.... Bariri 739 3.367 4.106 30.531 13,45
.... Barra Bonita 781 3.286 4.067 38.398 10,59
.... Bauru 17.199 72.949 90.148 350.492 25,72
.... Bocaina 168 509 677 10.813 6,26
.... Bofete 48 369 417 8.415 4,96
.... Boracéia 15 195 210 3.914 5,37
.... Borebi 178 25 203 2.265 8,96
.... Botucatu 3.312 18.690 22.002 119.298 18,44
.... Brotas 639 1.963 2.602 21.695 11,99
.... Cabrália Paulista 45 127 172 5.153 3,34
.... Cafelândia 964 1.779 2.743 16.129 17,01
.... Cerqueira César 212 338 550 16.580 3,32
.... Conchas 199 567 766 16.792 4,56
.... Coronel Macedo 8 59 67 5.488 1,22
.... Dois Córregos 534 1.986 2.520 24.830 10,15
.... Duartina 277 1.133 1.410 12.837 10,98
.... Fartura 186 377 563 15.434 3,65
.... Getulina 974 716 1.690 10.526 16,06
.... Guaiçara 1.683 845 2.528 10.993 23,00
.... Iacanga 59 547 606 8.730 6,94
.... Iaras 90 74 164 3.617 4,53
.... Igaraçu do Tietê 156 539 695 23.707 2,93
.... Itaí 680 626 1.306 23.054 5,66
.... Itaju 20 109 129 2.813 4,59
.... Itaporanga 115 270 385 14.318 2,69
.... Itapuí 159 565 724 11.198 6,47
.... Itatinga 92 1.699 1.791 16.497 10,86
.... Jaú 3.759 14.098 17.857 123.374 14,47
.... Laranjal Paulista 305 4.509 4.814 24.025 20,04
.... Lençóis Paulista 12.174 14.370 26.544 61.432 43,21
.... Lins 18.553 14.179 32.732 70.554 46,39
.... Lucianópolis 10 72 82 2.029 4,04
.... Macatuba 816 559 1.375 17.183 8,00
.... Manduri 104 195 299 8.894 3,36
.... Mineiros do Tietê 198 399 597 12.627 4,73
.... Paranapanema 184 448 632 17.210 3,67
.... Pardinho 36 167 203 5.539 3,66
.... Paulistânia 0 22 22 1.939 1,13
.... Pederneiras 1.956 3.646 5.602 39.492 14,19
.... Pereiras 56 231 287 7.341 3,91
.... Piraju 660 1.288 1.948 29.038 6,71
.... Pirajuí 1.266 1.550 2.816 20.888 13,48
.... Piratininga 238 1.195 1.433 11.165 12,83
.... Pongaí 134 332 466 3.763 12,38
.... Porangaba 125 239 364 7.308 4,98
.... Pratânia 14 101 115 4.346 2,65
.... Presidente Alves 77 100 177 4.200 4,21
.... Promissão 1.616 3.933 5.549 33.062 16,78
.... Reginópolis 109 303 412 4.722 8,73
.... Sabino 610 772 1.382 5.189 26,63
.... São Manuel 2.847 2.447 5.294 39.317 13,46
.... Saruta 12 45 57 4.188 1,36
.... Taguaí 28 72 100 8.120 1,23
.... Taquarituba 158 408 566 24.140 2,34
.... Tejupá 7 12 19 5.714 0,33
.... Torre de Pedra 7 45 52 2.713 1,92
.... Torrinha 112 261 373 9.673 3,86
.... Uru 38 59 97 1.438 6,75
sub total 80.464 190.453 270.917 1.599.266 16,94
DRS Campinas
.... Águas de Lindóia 689 1.023 1.712 18.766 9,12
.... Americana 37.315 61.344 98.659 200.607 49,18
.... Amparo 6.707 15.926 22.633 66.423 34,07
.... Artur Nogueira 4.313 4.107 8.420 41.787 20,15
.... Atibaia 7.558 41.798 49.356 126.940 38,88
.... Bom Jesus dos Perdões 373 2.330 2.703 15.480 17,46
.... Bragança Paulista 8.558 30.386 38.944 140.789 27,66
.... Cabreúva 1.419 8.283 9.702 42.050 23,07
.... Campinas 140.016 354.174 494.190 1.045.706 47,26
.... Campo Limpo Paulista 11.981 14.868 26.849 75.212 35,70
.... Cosmópolis 4.926 10.650 15.576 49.585 31,41
.... Holambra 1.433 1.409 2.842 8.331 34,11
.... Hortolândia 8.879 28.695 37.574 194.289 19,34
.... Indaiatuba 13.898 41.601 55.499 175.933 31,55
.... Itatiba 8.606 24.715 33.321 93.447 35,66
.... Itupeva 2.396 10.221 12.617 31.193 40,45
.... Jaguariúna 4.198 11.130 15.328 33.989 45,10
.... Jarinu 583 2.302 2.885 20.902 13,80
.... Joanópolis 211 1.057 1.268 11.802 10,74
.... Jundiaí 48.349 163.944 212.293 344.779 61,57
.... Lindóia 113 238 351 6.161 5,70
.... Louveira 3.900 7.892 11.792 28.692 41,10
.... Monte Alegre do Sul 214 631 845 6.874 12,29
.... Monte Mor 1.173 9.420 10.593 44.721 23,69
.... Morungaba 1.313 1.727 3.040 10.977 27,69
.... Nazaré Paulista 212 1.838 2.050 16.126 12,71
.... Nova Odessa 5.896 13.751 19.647 47.088 41,72
.... Paulínia 5.586 26.760 32.346 60.486 53,48
.... Pedra Bela 40 164 204 5.902 3,46
.... Pedreira 2.433 7.386 9.819 39.759 24,70
.... Pinhalzinho 190 958 1.148 12.585 9,12
.... Piracaia 752 3.132 3.884 26.071 14,90
.... Santa Bárbara d'Oeste 17.424 33.184 50.608 185.623 27,26
.... Santo Antônio de Posse 509 904 1.413 20.552 6,88
.... Serra Negra 1.419 2.669 4.088 25.196 16,22
.... Socorro 700 2.903 3.603 33.920 10,62
.... Sumaré 9.855 45.610 55.465 231.627 23,95
.... Tuiuti 136 190 326 5.496 5,93
.... Valinhos 9.974 36.224 46.198 92.425 49,98
.... Vargem 112 540 652 8.208 7,94
.... Várzea Paulista 4.038 24.895 28.933 107.760 26,85
.... Vinhedo 9.365 20.281 29.646 55.737 53,19
sub total 387.762 1.071.260 1.459.022 3.809.996 38,29
DRS Franca
.... Aramina 200 203 403 5.201 7,75
.... Buritizal 292 812 1.104 3.597 30,69
.... Cristais Paulista 992 194 1.186 7.162 16,56
.... Franca 82.670 23.508 106.178 321.969 32,98
.... Guará 2.715 1.302 4.017 20.516 19,58
.... Igarapava 3.082 1.644 4.726 28.181 16,77
.... Ipuã 2.783 740 3.523 12.819 27,48
.... Itirapuã 738 73 811 5.643 14,37
.... Ituverava 4.574 6.357 10.931 38.314 28,53
.... Jeriquara 147 164 311 3.299 9,43
.... Miguelópolis 1.062 1.332 2.394 20.029 11,95
.... Morro Agudo 1.537 2.309 3.846 28.044 13,71
.... Nuporanga 627 353 980 6.635 14,77
.... Orlândia 12.397 5.566 17.963 38.939 46,13
.... Patrocínio Paulista 1.652 550 2.202 12.482 17,64
.... Pedregulho 2.107 1.149 3.256 15.787 20,62
.... Restinga 807 138 945 6.321 14,95
.... Ribeirão Corrente 318 58 376 4.289 8,77
.... Rifaina 203 202 405 3.593 11,27
.... Sales Oliveira 2.239 625 2.864 10.386 27,58
.... São Joaquim da Barra 15.172 2.508 17.680 45.110 39,19
.... São José da Bela Vista 620 138 758 8.674 8,74
sub total 136.934 49.925 186.859 646.990 28,88
DRS Marília
.... Adamantina 938 3.426 4.364 34.378 12,69
.... Álvaro de Carvalho 27 28 55 4.720 1,17
.... Alvinlândia 28 41 69 3.022 2,28
.... Arco-Íris 4 13 17 2.281 0,75
.... Assis 4.383 11.192 15.575 94.415 16,50
.... Bastos 206 1.429 1.635 21.510 7,60
.... Bernardino de Campos 178 451 629 11.140 5,65
.... Borá 4 24 28 823 3,40
.... Campos Novos Paulista 16 32 48 4.285 1,12
.... Cândido Mota 331 942 1.273 31.680 4,02
.... Canitar 88 137 225 4.134 5,44
.... Chavantes 340 795 1.135 12.490 9,09
.... Cruzália 28 36 64 2.573 2,49
.... Echaporã 51 190 241 7.146 3,37
.... Espírito Santo do Turvo 2 14 16 4.116 0,39
.... Fernão 0 5 5 1.270 0,39
.... Flórida Paulista 59 273 332 10.226 3,25
.... Florínia 3 30 33 3.199 1,03
.... Gália 253 117 370 7.256 5,10
.... Garça 868 1.676 2.544 44.208 5,75
.... Guaimbê 442 154 596 5.250 11,35
.... Guarantã 77 333 410 6.815 6,02
.... Herculândia 29 132 161 8.591 1,87
.... Iacri 82 181 263 6.623 3,97
.... Ibirarema 41 153 194 5.813 3,34
.... Inúbia Paulista 56 78 134 3.295 4,07
.... Ipaussu 222 517 739 13.272 5,57
.... Júlio Mesquita 39 89 128 4.368 2,93
.... Lucélia 525 700 1.225 18.625 6,58
.... Lupércio 9 53 62 4.323 1,43
.... Lutécia 26 35 61 3.058 1,99
.... Maracaí 76 321 397 13.340 2,98
.... Mariápolis 13 63 76 3.542 2,15
.... Marília 5.845 16.712 22.557 220.017 10,25
.... Ocauçu 29 88 117 4.072 2,87
.... Óleo 21 51 72 3.115 2,31
.... Oriente 91 241 332 5.308 6,25
.... Oscar Bressane 30 60 90 2.565 3,51
.... Osvaldo Cruz 4.138 1.820 5.958 30.105 19,79
.... Ourinhos 3.966 13.977 17.943 104.448 17,18
.... Pacaembu 200 417 617 12.614 4,89
.... Palmital 381 973 1.354 21.965 6,16
.... Paraguaçu Paulista 878 1.437 2.315 43.238 5,35
.... Parapuã 176 417 593 10.907 5,44
.... Pedrinhas Paulista 35 223 258 3.036 8,50
.... Platina 13 17 30 2.891 1,04
.... Pompéia 296 413 709 18.757 3,78
.... Pracinha 3 2 5 1.410 0,35
.... Queiroz 17 19 36 2.318 1,55
.... Quintana 34 90 124 5.603 2,21
.... Ribeirão do Sul 34 96 130 4.703 2,76
.... Rinópolis 137 305 442 9.682 4,57
.... Sagres 30 29 59 2.305 2,56
.... Salmourão 34 35 69 4.363 1,58
.... Salto Grande 66 347 413 9.108 4,53
.... Santa Cruz do Rio Pardo 1.493 4.622 6.115 43.645 14,01
.... São Pedro do Turvo 80 310 390 6.998 5,57
.... Tarumã 64 148 212 11.475 1,85
.... Timburi 17 47 64 2.656 2,41
.... Tupã 2.368 5.425 7.793 65.842 11,84
.... Ubirajara 9 82 91 4.134 2,20
.... Vera Cruz 159 371 530 11.112 4,77
sub total 30.088 72.434 102.522 1.070.179 9,58
DRS Piracicaba
.... Águas de São Pedro 259 740 999 2.000 49,95
.... Analândia 203 149 352 3.934 8,95
.... Araras 26.065 14.787 40.852 114.682 35,62
.... Capivari 6.393 7.854 14.247 46.009 30,97
.... Charqueada 694 2.788 3.482 14.479 24,05
.... Conchal 1.989 1.419 3.408 24.809 13,74
.... Cordeirópolis 1.416 3.022 4.438 20.256 21,91
.... Corumbat 249 191 440 4.194 10,49
.... Elias Fausto 1.744 857 2.601 15.301 17,00
.... Engenheiro Coelho 915 728 1.643 12.246 13,42
.... Ipeúna 169 495 664 5.369 12,37
.... Iracemápolis 4.647 4.727 9.374 17.938 52,26
.... Itirapina 428 716 1.144 14.642 7,81
.... Leme 9.438 9.796 19.234 88.615 21,71
.... Limeira 26.842 77.035 103.877 274.906 37,79
.... Mombuca 50 134 184 3.427 5,37
.... Piracicaba 54.993 96.851 151.844 360.762 42,09
.... Pirassununga 5.491 13.799 19.290 69.950 27,58
.... Rafard 484 1.608 2.092 8.217 25,46
.... Rio Claro 29.720 27.057 56.777 186.998 30,36
.... Rio das Pedras 3.788 3.997 7.785 26.244 29,66
.... Saltinho 503 1.229 1.732 6.252 27,70
.... Santa Cruz da
Conceição
174 177 351 3.903 8,99
.... Santa Gertrudes 2.827 1.314 4.141 19.302 21,45
.... Santa Maria da Serra 69 52 121 4.905 2,47
.... São Pedro 1.282 4.160 5.442 32.734 16,62
sub total 180.832 275.682 456.514 1.382.074 33,03
DRS Presidente Prudente
.... Alfredo Marcondes 430 287 717 3.825 18,75
.... Álvares Machado 2.365 1.521 3.886 25.039 15,52
.... Anhumas 289 198 487 3.517 13,85
.... Caiabu 34 77 111 4.217 2,63
.... Caiuá 64 107 171 4.725 3,62
.... Dracena 1.689 3.505 5.194 41.006 12,67
.... Emilianópolis 97 152 249 2.887 8,62
.... Estrela do Norte 177 69 246 2.530 9,72
.... Euclides da Cunha
Paulista
126 51 177 10.621 1,67
.... Flora Rica 7 35 42 2.050 2,05
.... Iepê 450 310 760 7.020 10,83
.... Indiana 315 221 536 5.126 10,46
.... Irapuru 95 220 315 6.956 4,53
.... João Ramalho 225 94 319 4.334 7,36
.... Junqueirópolis 247 734 981 16.565 5,92
.... Marabá Paulista 47 67 114 3.827 2,98
.... Martinópolis 1.236 1.201 2.437 24.021 10,15
.... Mirante do
Paranapanema
612 476 1.088 16.861 6,45
.... Monte Castelo 28 107 135 3.695 3,65
.... Nantes 28 62 90 2.201 4,09
.... Narandiba 57 126 183 4.122 4,44
.... Nova Guataporanga 19 46 65 2.058 3,16
.... Ouro Verde 227 186 413 3.779 10,93
.... Panorama 138 418 556 14.467 3,84
.... Paulicéia 35 63 98 6.019 1,63
.... Piquerobi 125 130 255 3.610 7,06
.... Pirapozinho 2.545 1.698 4.243 22.801 18,61
.... Presidente Bernardes 1.782 587 2.369 15.448 15,34
.... Presidente Epitácio 2.293 3.497 5.790 42.084 13,76
.... Presidente Prudente 35.439 28.148 63.587 204.036 31,16
.... Presidente Venceslau 3.743 2.969 6.712 38.116 17,61
.... Quatá 409 490 899 11.841 7,59
.... Rancharia 2.625 2.970 5.595 29.937 18,69
.... Regente Feijó 1.800 1.238 3.038 18.273 16,63
.... Ribeirão dos Índios 95 39 134 2.314 5,79
.... Rosana 46 752 798 26.420 3,02
.... Sandovalina 354 88 442 3.519 12,56
.... Santa Mercedes 22 48 70 2.691 2,60
.... Santo Anastácio 2.079 1.389 3.468 21.216 16,35
.... Santo Expedito 170 187 357 2.716 13,14
.... São João do Pau d'Alho 6 11 17 1.783 0,95
.... Taciba 459 128 587 5.516 10,64
.... Tarabai 182 218 400 6.458 6,19
.... Teodoro Sampaio 732 823 1.555 20.670 7,52
.... Tupi Paulista 386 1.011 1.397 12.810 10,91
sub total 64.329 56.754 121.083 713.727 16,96
DRS Registro
.... Barra do Turvo 21 30 51 8.724 0,58
.... Cajati 2.133 1.930 4.063 32.724 12,42
.... Cananéia 133 330 463 13.906 3,33
.... Eldorado 263 461 724 14.769 4,90
.... Iguape 461 1.699 2.160 28.575 7,56
.... Ilha Comprida 63 226 289 9.177 3,15
.... Iporanga 24 106 130 4.529 2,87
.... Itariri 207 631 838 14.869 5,64
.... Jacupiranga 502 799 1.301 18.676 6,97
.... Juquiá 265 954 1.219 22.748 5,36
.... Miracatu 339 495 834 24.521 3,40
.... Pariquera-Açu 245 725 970 20.459 4,74
.... Pedro de Toledo 183 444 627 10.033 6,25
.... Registro 3.982 5.236 9.218 56.759 16,24
.... Sete Barras 241 370 611 14.458 4,23
sub total 9.062 14.436 23.498 294.927 7,97
DRS Ribeirão Preto
.... Altinópolis 471 906 1.377 16.633 8,28
.... Barrinha 7.116 1.729 8.845 27.561 32,09
.... Batatais 4.491 4.129 8.620 55.501 15,53
.... Brodowski 2.707 1.438 4.145 19.238 21,55
.... Cajuru 1.720 2.260 3.980 22.168 17,95
.... Cássia dos Coqueiros 49 92 141 2.966 4,75
.... Cravinhos 5.598 5.197 10.795 32.076 33,65
.... Dumont 1.401 788 2.189 7.138 30,67
.... Guariba 12.441 4.144 16.585 32.447 51,11
.... Guatapará 561 647 1.208 6.727 17,96
.... Jaboticabal 17.958 14.388 32.346 72.592 44,56
.... Jardinópolis 4.359 3.324 7.683 34.868 22,03
.... Luís Antônio 1.303 855 2.158 7.987 27,02
.... Monte Alto 6.970 7.575 14.545 46.038 31,59
.... Pitangueiras 4.706 5.694 10.400 33.728 30,83
.... Pontal 7.222 2.897 10.119 33.989 29,77
.... Pradópolis 8.317 2.590 10.907 14.818 73,61
.... Ribeirão Preto 92.946 116.072 209.018 551.312 37,91
.... Santa Cruz da
Esperança
37 153 190 1.862 10,20
.... Santa Rita do Passa
Quatro
1.503 2.742 4.245 27.400 15,49
.... Santa Rosa de Viterbo 4.559 3.037 7.596 22.838 33,26
.... Santo Antônio da Alegria 144 82 226 6.146 3,68
.... São Simão 1.690 1.199 2.889 14.733 19,61
.... Serra Azul 342 915 1.257 8.244 15,25
.... Serrana 3.166 6.647 9.813 38.482 25,50
.... Sertãozinho 34.687 10.322 45.009 104.618 43,02
sub total 226.464 199.822 426.286 1.242.110 34,32
DRS S.João da Boa Vista
.... Aguaí 2.761 2.560 5.321 31.222 17,04
.... Águas da Prata 448 731 1.179 7.406 15,92
.... Caconde 1.554 842 2.396 19.064 12,57
.... Casa Branca 2.439 2.544 4.983 27.735 17,97
.... Divinolândia 412 331 743 12.144 6,12
.... Espírito Santo do Pinhal 3.144 10.900 14.044 42.549 33,01
.... Estiva Gerbi 2.567 435 3.002 10.223 29,37
.... Itapira 9.075 5.466 14.541 67.632 21,50
.... Itobi 837 226 1.063 7.894 13,47
.... Mococa 25.264 6.071 31.335 70.085 44,71
.... Mogi Guaçu 43.110 7.186 50.296 138.918 36,21
.... Moji Mirim 20.791 7.102 27.893 91.938 30,34
.... Santa Cruz das
Palmeiras
3.088 1.768 4.856 27.897 17,41
.... Santo Antônio do Jardim 200 682 882 6.447 13,68
.... São João da Boa Vista 9.532 16.347 25.879 82.549 31,35
.... São José do Rio Pardo 11.318 3.842 15.160 53.522 28,32
.... São Sebastião da Grama 430 702 1.132 12.857 8,80
.... Tambaú 1.766 2.574 4.340 23.762 18,26
.... Tapiratiba 1.291 617 1.908 13.658 13,97
.... Vargem Grande do Sul 2.027 3.168 5.195 39.654 13,10
sub total 142.054 74.094 216.148 787.156 27,46
DRS S.José do Rio Preto
.... Adolfo 53 177 230 3.942 5,83
.... Álvares Florence 43 92 135 3.856 3,50
.... Américo de Campos 169 176 345 5.597 6,16
.... Aparecida d'Oeste 55 88 143 4.832 2,96
.... Ariranha 228 1.367 1.595 8.499 18,77
.... Aspásia 26 9 35 1.800 1,94
.... Bady Bassitt 566 2.554 3.120 15.204 20,52
.... Bálsamo 1.474 1.099 2.573 7.696 33,43
.... Cardoso 263 401 664 11.181 5,94
.... Catanduva 12.353 20.687 33.040 115.287 28,66
.... Catiguá 891 210 1.101 6.739 16,34
.... Cedral 639 910 1.549 7.324 21,15
.... Cosmorama 191 353 544 7.085 7,68
.... Dirce Reis 12 21 33 1.448 2,28
.... Dolcinópolis 34 18 52 2.188 2,38
.... Elisiário 113 119 232 2.601 8,92
.... Estrela d'Oeste 199 204 403 8.108 4,97
.... Fernando Prestes 836 356 1.192 5.596 21,30
.... Fernandópolis 6.931 6.157 13.088 65.095 20,11
.... Floreal 171 309 480 3.020 15,89
.... Gastão Vidigal 117 211 328 3.431 9,56
.... General Salgado 365 1.167 1.532 11.103 13,80
.... Guapiaçu 765 2.995 3.760 16.232 23,16
.... Guarani d'Oeste 6 11 17 2.113 0,80
.... Ibirá 411 875 1.286 9.907 12,98
.... Icém 408 1.065 1.473 7.193 20,48
.... Indiaporã 131 150 281 3.614 7,78
.... Ipiguá 130 228 358 4.190 8,54
.... Irapuã 54 259 313 7.013 4,46
.... Itajobi 804 790 1.594 14.888 10,71
.... Jaci 298 1.189 1.487 4.668 31,86
.... Jales 2.164 3.609 5.773 49.206 11,73
.... José Bonifácio 1.648 3.010 4.658 31.889 14,61
.... Macaubal 360 552 912 7.388 12,34
.... Macedônia 117 40 157 3.639 4,31
.... Magda 98 218 316 3.259 9,70
.... Marapoama 53 46 99 2.490 3,98
.... Marinópolis 12 18 30 2.262 1,33
.... Mendonça 98 401 499 3.921 12,73
.... Meridiano 250 85 335 4.176 8,02
.... Mesópolis 39 10 49 1.880 2,61
.... Mira Estrela 66 63 129 2.552 5,05
.... Mirassol 8.944 12.025 20.969 53.991 38,84
.... Mirassolândia 140 247 387 4.193 9,23
.... Monções 138 77 215 2.022 10,63
.... Monte Aprazível 1.706 3.709 5.415 18.982 28,53
.... Neves Paulista 725 1.505 2.230 9.279 24,03
.... Nhandeara 576 1.243 1.819 10.101 18,01
.... Nipoã 114 256 370 3.562 10,39
.... Nova Aliança 204 514 718 5.128 14,00
.... Nova Canaã Paulista 11 18 29 2.321 1,25
.... Nova Granada 900 1.889 2.789 18.351 15,20
.... Novais 103 74 177 3.310 5,35
.... Novo Horizonte 1.438 2.094 3.532 33.676 10,49
.... Onda Verde 120 1.680 1.800 4.860 37,04
.... Orindiúva 32 156 188 7.182 2,62
.... Ouroeste 91 240 331 7.134 4,64
.... Palestina 379 963 1.342 9.156 14,66
.... Palmares Paulista 286 2.005 2.291 9.136 25,08
.... Palmeira d'Oeste 123 171 294 9.929 2,96
.... Paraíso 437 756 1.193 5.865 20,34
.... Paranapuã 56 41 97 3.547 2,73
.... Parisi 64 29 93 2.219 4,19
.... Paulo de Faria 343 985 1.328 8.568 15,50
.... Pedranópolis 243 60 303 2.502 12,11
.... Pindorama 479 1.983 2.462 13.569 18,14
.... Pirangi 931 406 1.337 10.145 13,18
.... Planalto 73 160 233 3.778 6,17
.... Poloni 418 528 946 4.929 19,19
.... Pontalinda 5 33 38 3.786 1,00
.... Pontes Gestal 45 56 101 2.272 4,45
.... Populina 51 62 113 4.310 2,62
.... Potirendaba 757 2.975 3.732 15.194 24,56
.... Riolândia 169 227 396 9.061 4,37
.... Rubinéia 15 30 45 2.148 2,09
.... Sales 49 246 295 5.067 5,82
.... Santa Adélia 712 2.709 3.421 13.972 24,48
.... Santa Albertina 100 117 217 5.408 4,01
.... Santa Clara d'Oeste 1 9 10 1.889 0,53
.... Santa Fé do Sul 1.207 1.953 3.160 28.643 11,03
.... Santa Rita d'Oeste 5 4 9 2.199 0,41
.... Santa Salete 16 98 114 1.376 8,28
.... Santana da Ponte Pensa 24 9 33 1.599 2,06
.... São Francisco 98 365 463 3.064 15,11
.... São J. das Duas Pontes 46 42 88 2.578 3,41
.... São João de Iracema 59 18 77 1.717 4,48
.... São José do Rio Preto 46.179 96.689 142.868 406.826 35,12
.... Sebastianópolis do Sul 52 292 344 2.565 13,41
.... Tabapuã 970 698 1.668 10.826 15,41
.... Tanabi 1.423 2.682 4.105 23.260 17,65
.... Três Fronteiras 117 144 261 5.185 5,03
.... Turmalina 39 28 67 2.125 3,15
.... Ubarana 58 154 212 5.083 4,17
.... Uchoa 889 1.063 1.952 9.474 20,60
.... União Paulista 69 78 147 1.375 10,69
.... Urânia 183 192 375 8.874 4,23
.... Urupês 418 1.281 1.699 12.348 13,76
.... Valentim Gentil 386 361 747 10.297 7,25
.... Vitória Brasil 5 23 28 1.819 1,54
.... Votuporanga 6.497 11.712 18.209 82.526 22,06
.... Zacarias 28 77 105 1.938 5,42
sub total 113.387 210.540 323.927 1.440.351 22,49
DRS Sorocaba
.... Alambari 46 158 204 3.869 5,27
.... Alumínio 2.646 11.853 14.499 16.189 89,56
.... Angatuba 259 1.576 1.835 20.599 8,91
.... Apiaí 231 600 831 27.551 3,02
.... Araçariguama 609 1.771 2.380 13.804 17,24
.... Araçoiaba da Serra 661 2.654 3.315 23.119 14,34
.... Barra do Chapéu 8 8 16 4.802 0,33
.... Boituva 2.176 10.521 12.697 41.402 30,67
.... Bom Sucesso de Itararé 7 9 16 3.797 0,42
.... Buri 74 284 358 19.699 1,82
.... Campina do Monte
Alegre
17 48 65 6.024 1,08
.... Capão Bonito 1.140 852 1.992 46.914 4,25
.... Capela do Alto 215 877 1.092 16.425 6,65
.... Cerquilho 1.356 7.231 8.587 35.435 24,23
.... Cesário Lange 362 965 1.327 13.967 9,50
.... Guapiara 73 100 173 20.631 0,84
.... Guareí 74 211 285 11.279 2,53
.... Ibiúna 1.288 4.385 5.673 73.905 7,68
.... Iperó 661 3.567 4.228 23.276 18,16
.... Itaberá 91 178 269 19.545 1,38
.... Itaóca 10 41 51 2.912 1,75
.... Itapetininga 5.766 16.685 22.451 140.425 15,99
.... Itapeva 2.061 7.397 9.458 88.695 10,66
.... Itapirapuã Paulista 7 22 29 3.775 0,77
.... Itararé 582 1.057 1.639 49.507 3,31
.... Itu 10.863 43.144 54.007 152.941 35,31
.... Jumirim 35 246 281 2.564 10,96
.... Mairinque 2.369 9.121 11.490 46.570 24,67
.... Nova Campina 13 431 444 8.596 5,17
.... Piedade 1.509 1.940 3.449 54.235 6,36
.... Pilar do Sul 974 1.582 2.556 26.742 9,56
.... Porto Feliz 1.653 6.762 8.415 50.888 16,54
.... Quadra 16 58 74 3.120 2,37
.... Ribeira 30 55 85 3.151 2,70
.... Ribeirão Branco 52 386 438 22.455 1,95
.... Ribeirão Grande 8 1.048 1.056 8.154 12,95
.... Riversul 36 55 91 5.809 1,57
.... Salto 4.875 23.777 28.652 106.207 26,98
.... Salto de Pirapora 629 6.119 6.748 41.167 16,39
.... São Miguel Arcanjo 274 878 1.152 34.191 3,37
.... São Roque 5.849 13.761 19.610 72.690 26,98
.... Sarapuí 105 196 301 8.637 3,49
.... Sorocaba 40.440 156.772 197.212 565.180 34,89
.... Tapiraí 49 112 161 10.347 1,56
.... Taquarivaí 2 16 18 5.347 0,34
.... Tatuí 11.951 22.166 34.117 105.030 32,48
.... Tietê 2.762 7.523 10.285 35.989 28,58
.... Votorantim 4.504 26.382 30.886 105.446 29,29
sub total 109.418 395.580 504.998 2.203.002 22,92
DRS Taubaté
.... Aparecida 1.278 2.340 3.618 35.942 10,07
.... Arapeí 21 35 56 2.821 1,99
.... Areias 102 157 259 3.798 6,82
.... Bananal 334 656 990 10.113 9,79
.... Caçapava 6.486 20.504 26.990 82.440 32,74
.... Cachoeira Paulista 2.564 3.856 6.420 29.707 21,61
.... Campos do Jordão 1.162 6.084 7.246 48.711 14,88
.... Canas 104 172 276 4.049 6,82
.... Caraguatatuba 3.789 9.213 13.002 95.237 13,65
.... Cruzeiro 18.350 21.863 40.213 76.530 52,55
.... Cunha 264 366 630 22.857 2,76
.... Guaratinguetá 7.852 14.898 22.750 111.673 20,37
.... Igaratá 130 379 509 9.545 5,33
.... Ilhabela 537 852 1.389 25.408 5,47
.... Jacareí 16.591 52.402 68.993 208.471 33,09
.... Jambeiro 194 316 510 4.435 11,50
.... Lagoinha 62 139 201 5.159 3,90
.... Lavrinhas 181 181 362 6.844 5,29
.... Lorena 9.657 9.342 18.999 82.854 22,93
.... Monteiro Lobato 88 324 412 3.762 10,95
.... Natividade da Serra 151 97 248 7.261 3,42
.... Paraibuna 478 1.628 2.106 18.336 11,49
.... Pindamonhangaba 8.335 26.267 34.602 141.039 24,53
.... Piquete 979 1.245 2.224 15.483 14,36
.... Potim 163 375 538 16.020 3,36
.... Queluz 285 535 820 9.990 8,21
.... Redenção da Serra 89 80 169 4.071 4,15
.... Roseira 335 613 948 10.056 9,43
.... Santa Branca 453 1.975 2.428 14.704 16,51
.... Santo Antônio do Pinhal 75 289 364 6.938 5,25
.... São Bento do Sapucaí 209 314 523 11.395 4,59
.... São José do Barreiro 86 139 225 4.275 5,26
.... São José dos Campos 100.159 151.513 251.672 600.049 41,94
.... São Luís do Paraitinga 40 91 131 10.747 1,22
.... São Sebastião 3.167 4.648 7.815 73.167 10,68
.... Silveiras 111 126 237 5.669 4,18
.... Taubaté 20.358 56.836 77.194 267.471 28,86
.... Tremembé 2.373 4.507 6.880 39.366 17,48
.... Ubatuba 2.443 7.624 10.067 79.055 12,73
sub total 210.035 402.981 613.016 2.205.448 27,80
.....Município ignorado - SP 60.908 165.932 226.840 -
Total 4.468.699 10.505.371 14.974.070 40.442.795 37,03
Fonte: Sistema de Informação de Beneficiários da Agência Nacional de Saúde
Suplementar.
População IBGE, estimada para 2005.
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo - composição dos DRS
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