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Patrícia Azevedo Garcia
SARCOPENIA, MOBILIDADE FUNCIONAL E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM
IDOSOS ATIVOS DA COMUNIDADE
Belo Horizonte
Mestrado em Ciências da Reabilitação - UFMG
2008
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Patrícia Azevedo Garcia
SARCOPENIA, MOBILIDADE FUNCIONAL E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM
IDOSOS ATIVOS DA COMUNIDADE
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
graduação em Ciências da Reabilitação da
Escola de Educação Física, Fisioterapia e
Terapia Ocupacional da Universidade Federal
de Minas Gerais, como requisito parcial para
obtenção do Título de Mestre em Ciências da
Reabilitação.
Área de Concentração: Desempenho Motor e
Funcional Humano.
Orientador: Prof. Dr. João Marcos Domingues
Dias
Co-orientadora: Profa. Dra. Rosângela Corrêa
Dias
Belo Horizonte
Mestrado em Ciências da Reabilitação - UFMG
2008
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G215s
2008
Garcia, Patrícia Azevedo
Sarcopenia, mobilidade funcional e nível de atividade física em idosos ativos da
comunidade. [manuscrito] / Patrícia Azevedo Garcia 2008.
92 f., enc.
Orientador: Prof. Dr. João Marcos Domingues Dias
Co-orientadora: Profa. Dra. Rosângela Corrêa Dias
Dissertação (Mestrado) Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de
Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
Bibliografia: f. 37-42, 56-58
1. Idosos. 2. Força muscular. 3. Limitação da mobilidade. 4. Marcha. 5. Força
da mão. I. Dias, João Marcos Domingues. II. Dias, Rosângela Corrêa. III.
Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Educação Física,
Fisioterapia e Terapia Ocupacional. IV. Título.
CDU: 159.943
Ficha catalográfica elaborada pela equipe de bibliotecários da Biblioteca da Escola de Educação Física, Fisioterapia e
Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais.
Aos meus pais, Getulino e Ilza, por serem
exemplo de vida, amor, respeito e dedicação, e
por terem me ensinado a enfrentar desafios e
buscar meus sonhos tornando-os realidade.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me dar força e guiar meus passos em todos os momentos
importantes e difíceis em minha vida, me trazendo discernimento necessário em
minhas escolhas.
Aos meus pais, Getulino e Ilza, por me oferecerem amor e apoio
incondicionais, pela minha formação, pelo carinho dedicado, e por terem me
ensinado a lutar pelos meus ideais. Vocês são meus melhores professores!
Ao meu querido orientador, Prof. Dr. João Marcos Domingues Dias, pela
oportunidade, pelos ensinamentos durante esses anos de convivência, pela
paciência, amizade e dedicação na elaboração e condução deste estudo e,
principalmente, pela confiança. Meu eterno respeito e admiração.
À minha co-orientadora, Profa. Dra. Rosângela Correa Dias, pelo exemplo de
competência e pelos muitos ensinamentos. Obrigada!
À minha companheira de coleta e grande amiga Camila Zampa, pela ajuda na
busca de voluntários, pela presença constante, conselhos valiosos, pelos momentos
de descontração e pela amizade, enfim, por TUDO. Sem você teria sido muito mais
difícil.
À bolsista de iniciação científica, Priscilla Santos, pela dedicação,
disponibilidade, boa vontade e amizade em todas as horas. Você foi essencial neste
estudo! Nossa sincronia é inesquecível! Obrigada!
Às minhas amigas e companheiras de apartamento, Paula Chagas e Dayane
Montemezzo, pela companhia, incentivo, risadas, choros e pelo aprendizado. Nunca
me esquecerei de vocês!
Aos meus amigos mineiros do mestrado, que vivenciaram e muito me
auxiliaram neste processo, compartilhando angústias e vitórias, em especial a
Pollyanna Figueiredo, Maria Teresa Freire, Breno Nascimento e Lidiane Lima.
À minha querida amiga e professora Cibelle Kayenne Martins Roberto
Formiga, por ter me iniciado na pesquisa científica, pelos ensinamentos e
simplicidade. Você é fantástica!
Ao Pedro, pelo carinho, paciência e companheirismo e por sempre me
incentivar na busca dos meus objetivos.
À minha amiga Maria Laura Froede pelas hospedagens durante os processos
seletivos, pelo apoio e pela amizade verdadeira que cativamos.
À minha amiga Mariella Abrahão, pela compreensão, pelas horas de conversa
e amizade sincera acima de tudo, mesmo na distância e nos momentos de ausência.
Ao Dr. Cláudio Henrique Teixeira, pelo exemplo de médico geriatra e pelo
incentivo à dedicação a essa área tão gratificante de assistência à saúde do idoso.
Aos voluntários desta pesquisa, cuja paciência, confiança e disponibilidade
possibilitaram a concretização deste estudo.
A toda minha família, em especial ao meu irmão Fábio, minha madrinha
Regina e minha avó Beraldina, que vivenciou as muitas viagens Goiânia-Belo
Horizonte, o meu muito obrigada por tudo.
Ao estatístico Plínio Rafael Reis Monteiro, pelo seu trabalho e paciência nas
análises deste estudo e pela disponibilidade para as reuniões via skype.
Às funcionárias do Departamento de Fisioterapia e do Programa de Pós-
graduação em Ciências da Reabilitação, em especial a Marilane, pela prontidão e
eficientes ajudas durante todo esse período.
A todos os meus amigos goianienses que compreenderam minha ausência
em alguns momentos, que acompanharam minhas buscas e que torcem pela minha
realização.
“Viva como se fosse morrer amanhã. Aprenda
como se fosse viver para sempre” (Mahatma
Gandhi)
RESUMO
Introdução: a sarcopenia é uma das mais significantes mudanças fisiológicas
associadas ao envelhecimento e parece ser a principal responsável pela perda de
mobilidade funcional em idosos. Os objetivos deste estudo foram explorar força e
potência muscular de membros inferiores e as medidas de circunferência de
panturrilha (CP), força de preensão palmar (FPP), mobilidade funcional e nível de
atividade física em idosos ativos e comunitários, de ambos os gêneros, com idades
entre 65-69, 70-79 e 80 e mais anos e identificar o melhor parâmetro clínico para
rastreamento de redução de função muscular de membros inferiores em idosos.
Materiais e Métodos: 81 idosos comunitários (42 mulheres e 39 homens)
participaram do estudo. Foram avaliadas a velocidade de marcha (Kit Multisprint),
FPP (dinamômetro Jamar), função muscular de quadril, joelho e tornozelo
(dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro), nível de atividade física (Perfil de
Atividade Humana) e CP (fita métrica). Procedeu-se a análise estatística com os
testes de Análise de Variância, correlação de Pearson e curva ROC. O nível de
significância de 0,05 foi considerado. Resultados: os idosos de 80 e mais anos
apresentaram valores significativamente menores que os de 65-69 para CPD
(34,93 vs 37,73,6), velocidade de marcha habitual (VMH) (1,10,2 vs 1,20,2) e
máxima (VMM) (1,40,3 vs 1,70,3), FPP (23,87,5 vs 31,810,3), média de pico de
torque e potência média de quadril, joelho e tornozelo (p<0,05). O nível de atividade
física não apresentou diferença significativa entre os grupos etários. A maioria das
diferenças de médias do grupo de 70-79 anos não foi significativa. Os parâmetros de
função muscular apresentaram correlações moderadas com a VMH, VMM e FPP
(p<0,05) e correlações baixas com a CP e nível de atividade física (p<0,05). A
análise da curva ROC sugeriu o ponto de corte de FPP de 14,51 Kgf para
rastreamento de redução de função muscular nas mulheres idosas. Conclusão: este
estudo encontrou associação entre função muscular de membros inferiores, FPP e
VMM; demonstrou haver diminuição desses parâmetros com o avançar da idade e
sugeriu a possibilidade de rastreamento da função muscular de membros inferiores
por meio da FPP. Isto indica a importância de otimização da força e potência
muscular nos programas de prevenção e reabilitação para manter a mobilidade
funcional de idosos comunitários e a necessidade de mais investigações para
introduzir a ferramenta de FPP nas avaliações de rotina.
Palavras-chave: idoso, força muscular, limitação da mobilidade, marcha, força da
mão
ABSTRACT
Introduction: sarcopenia is one of the most significant physiological changes related
to aging and seems to be the main cause of functional mobility loss in the elderly.
The objectives of this research were to explore lower extremity muscle strength and
power, calf circumference (CC), handgrip strength (HG), functional mobility and level
of physical activity among age groups of active older people (men and women) and
to identify the best parameter for screening the muscle function loss in elderly.
Materials and Methods: 81 community-dwelling elderly (42 women and 39 men)
participated. Walking speed (Multisprint Kit), HG (dynamometer Jamar), muscle
function of hip, knee and ankle (isokinetic dynamometer Biodex System 3 Pro), level
of physical activity (Human Activity Profile) and CC (tape measure) were evaluated.
Variance analysis, Pearsons’s correlation and ROC curves were used for statistical
analysis. Statistical significance was accepted if the two-tailed P value was < 0.05.
Results: elderly over the age of 80 showed lower values than the 65-69 age group
for right CC (34.93 vs 37.73.6), habitual (1.10.2 vs 1.20.2) and fast (1.40.3 vs
1.70.3) walking speed, HG (23.87.5 vs 31.810.3), average peak torque and
average power of hip, knee and ankle (p<0.05). The level of physical activity did not
show differences among age groups. The majority of the differences of averages of
the 70-79 age group was not significant. In analysis of correlations, muscle function
parameters showed moderate significant correlations with walking speed and HG,
and fair degree of relationship with CC and level of physical activity (p<0.05). The
ROC curve analysis suggested a cutpoint of 14.51 Kgf for screening muscle function
loss in elderly women. Conclusion: This study showed an association between
muscle function, HG and fast walking speed as well as the decreasing of these
parameters with aging and suggested a possible screening of reduction of muscle
function of lower extremities through HG. These results indicated that muscle
strength and power optimization are needed on prevention and rehabilitation
programs to maintain functional mobility in community-dwelling elderly. In addition,
more research is necessary to introduce hand grip performance on routine
assessment.
Key words: aged, muscle strength, mobility limitation, gait, hand strength.
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ............................................................................... 14
1.1. Objetivos do Estudo ....................................................................................... 22
1.2. Hipóteses ....................................................................................................... 23
CAPÍTULO 2 - MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................. 24
2.1. Desenho do Estudo ........................................................................................ 24
2.2. Amostra .......................................................................................................... 24
2.2.1. Critérios de Inclusão .......................................................................... 24
2.2.2. Critérios de Exclusão ......................................................................... 24
2.3. Instrumentação ............................................................................................... 25
2.3.1. Dinamômetro Isocinético ................................................................... 25
2.3.2. Dinamômetro de Preensão Palmar (Jamar
) ..................................... 25
2.3.3. Kit para Avaliação de Rendimento Físico Multisprint
®
........................ 26
2.3.4. Questionário Perfil de Atividade Humana ........................................... 27
2.3.5. Fita Métrica e Balança ........................................................................ 27
2.4. Variáveis do Estudo ....................................................................................... 28
2.4.1. Variável Independente ....................................................................... 28
2.4.2. Variáveis Dependentes ..................................................................... 28
2.4.3. Variáveis Descritivas ......................................................................... 29
2.5. Procedimentos ............................................................................................... 29
2.6. Análise Estatística .......................................................................................... 35
CAPÍTULO 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................ 37
CAPÍTULO 4 - ARTIGO ......................................................................................... 43
CAPÍTULO 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................... 69
APÊNDICES ......................................................................................................... 71
APÊNDICE A Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ..................... 71
APÊNDICE B Ficha de Avaliação Inicial .................................................... 78
ANEXOS ............................................................................................................... 79
ANEXO A Aprovação do Comitê de Ética ................................................. 79
ANEXO B Mini-Exame do Estado Mental .................................................. 80
ANEXO C Questionário Perfil de Atividade Humana ................................. 82
ANEXO D Normas de Publicação ............................................................ 85
14
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
O envelhecimento da população mundial é um dos grandes desafios a serem
enfrentados no século XXI
1
. No Brasil, de acordo com o Censo Populacional de
2000, os brasileiros com 60 anos ou mais somam cerca de 14,5 milhões de
indivíduos, representando 8,6% da população total
1-5
. Esse processo de aumento da
expectativa de vida (transição demográfica) vem acompanhado, no Brasil, por
modificações no perfil de saúde de sua população e predomínio de doenças
crônicas (transição epidemiológica), com limitações funcionais, incapacidades e
maiores gastos e desafios para o sistema de saúde
5-8
. Esta realidade aponta para a
complexidade crescente das alternativas de atenção às necessidades desta
estrutura etária emergente e reforça a noção de que o envelhecimento populacional
pode passar a representar mais um problema do que uma conquista da sociedade,
na medida em que os anos de vida ganhos não sejam vividos com autonomia,
independência e qualidade de vida e saúde
2,3,9
.
O processo de envelhecimento está associado com mudanças fisiológicas e
alterações da composição corporal que causam declínios progressivos da função
dos sistemas biológicos
10-13
. Uma das principais mudanças que ocorre com o
avançar da idade é a sarcopenia, definida como um processo lento, progressivo e
aparentemente inevitável de perda involuntária de massa, força e qualidade
muscular, que ocorre com o avançar da idade. A sarcopenia apresenta uma
prevalência entre 6 e 12% em indivíduos acima de 60 anos, e atinge 50% nos idosos
acima de 85 anos, contribuindo para um importante problema de saúde pública
14,15
.
Apesar das relevantes implicações da sarcopenia, nenhum critério clínico
padronizado para seu diagnóstico foi estabelecido e, na prática, o termo sarcopenia
15
ainda é freqüentemente utilizado para identificar pacientes que parecem, numa
inspeção qualitativa, ter diminuição da massa muscular, dificultando a detecção
precoce de casos em idosos
16
. Vale ressaltar também a proposta de utilização do
termo dinapenia para definir a perda específica de força muscular relacionada ao
envelhecimento, reflexo de alterações no nível de atividade física, fatores
neurológicos e musculares, tendo em vista a dissociação entre a perda de massa e
força muscular indicada por estudos longitudinais recentes
17-19
.
A redução de massa muscular associada ao envelhecimento é causada
principalmente pela perda e atrofia de fibras musculares (perda preferencial das
fibras tipo II contração rápida, glicolíticas), é mais expressiva nas extremidades
inferiores e parece ser a principal responsável pela alteração dos padrões de
atividade dos músculos, pela redução da função muscular (força, potência e
resistência) e pelo conseqüente aumento no número de quedas, perda de
mobilidade funcional, aumento da dependência e da fragilidade nos idosos
20-23
.
Estima-se que o envelhecimento está associado com 20% a 40% da
diminuição na força (concêntrica, excêntrica e isométrica), potência e resistência
muscular aos 70-80 anos e com reduções maiores (50%) aos 90 anos, em ambos os
gêneros, nos músculos proximais e distais das extremidades superiores e
inferiores
16,20,22,24
. Segundo Frontera et al (2000)
23
a redução da força dos músculos
das extremidades inferiores tem sido relatada como preditora de aumento da
dependência e diminuição da sobrevida em idosos, sugerindo que a compreensão
da base da disfunção deste grupo muscular nos idosos tem importantes implicações
clínicas e sociais. Entretanto, alguns autores consideram que a potência, um índice
integrado da força e da velocidade, apresenta uma diminuição mais expressiva com
o envelhecimento e caracteriza o fator mais problemático para os idosos, pois está
16
diretamente relacionada com o aumento do número de quedas e com dificuldades
no desempenho normal das atividades diárias, tais como subir degraus, levantar de
uma cadeira sem auxílio e atravessar uma rua com rapidez
25-28
. Em contraste, as
alterações induzidas pela senescência na resistência muscular, ou capacidade de
resistência à fadiga muscular, permanecem inconclusivas
21
.
Em geral, outros fatores também favorecem o desenvolvimento de sarcopenia
e têm sido indicados convincentemente por diversas evidências
10,22,29
. Os idosos
apresentam declínio progressivo da disponibilidade de testosterona e hormônio do
crescimento, que associado com a redução das taxas de síntese de proteínas
musculares após os 50 anos, contribui para a sarcopenia
21,24,30
. Adicionalmente, os
níveis cronicamente elevados de citocinas circulantes pró-inflamatórias,
especialmente de interleucina-6 (IL-6) e do fator de necrose tumoral alfa (TNF-),
causam aceleração do catabolismo e impacto deletério no sculo
esquelético
31,32,33
. Finalmente, um declínio na ingestão alimentar (anorexia do
envelhecimento), diminuição da estatura e da massa corporal, a inatividade física
têm sido bem estabelecidos como outros importantes fatores no desenvolvimento e
progressão da sarcopenia
24,30
.
Alguns autores sugerem que a força muscular corporal global pode ser
representada pela força de preensão palmar, demonstrando correlações
significativas entre esta e outras medidas de força de extremidades e de capacidade
funcional e com a ocorrência de quedas
34-36
. Neste sentido, a força de preensão
palmar, que também apresenta diminuição gradual com o envelhecimento
34-37
, deixa
de ser apenas uma simples medida da força da mão, limitada à avaliação do
membro superior em tarefas como usar ferramentas, abrir recipientes, levantar
pesos e segurar em corrimãos, passando a apresentar outras implicações clínicas
38
.
17
Apesar da força de preensão palmar não ser mecanicamente relacionada à
mobilidade, ela tem sido associada de forma indireta
16,39
a diversos componentes de
avaliação do desempenho físico de idosos, tais como velocidade de marcha,
habilidade para levantar e sentar, subir e descer degraus, manutenção do equilíbrio
e dificuldades auto-relatadas na mobilidade
36,40
.
As reduções de força e potência muscular podem contribuir para mudanças
na marcha relacionadas ao processo de envelhecimento
41
. Evidências apóiam o
importante papel da perda de quantidade e qualidade muscular no declínio do
desempenho de tarefas diárias, demonstrando redução da velocidade de
marcha
34,42,43
e da capacidade adaptativa aos riscos dos diferentes ambientes físicos
com o avançar da idade, significativas associações entre baixa força e potência
muscular de membros inferiores com mobilidade deficitária e limitações funcionais,
e, conseqüentemente, importante impacto na vida dos idosos
16,41,44-46
. A habilidade
do idoso em aumentar ou diminuir a velocidade de marcha acima ou abaixo do ritmo
“confortável” caracteriza um potencial para adaptar-se a demandas e ambientes
diversos (atravessar ruas, evitar obstáculos)
47
e, desta forma, tem sido sugerida
como eficiente ferramenta para detecção de risco de quedas, incapacidade,
dependência funcional, desfechos adversos de saúde, admissão em instituições de
cuidados prolongados e mortalidade
40,48-51
.
O avançar da idade é acompanhado também por uma redução da taxa de
metabolismo de repouso, do nível de atividade física e, conseqüentemente, do gasto
total de energia. Esses declínios não se apresentam de forma semelhante nos
idosos, com os mais velhos (nonagenários) apresentando nível de atividade física e
gasto total de energia menor que os mais jovens (sexagenários)
52-54
. Estudos
anteriores têm demonstrado associações significativas entre nível de atividade física,
18
força muscular de membros inferiores e desempenho funcional em idosos da
comunidade
52,55
, com os indivíduos inativos apresentando maiores limitações
funcionais que os ativos
54-56
. Estas associações demonstram a importância da
manutenção de um estilo de vida ativo no retardo do declínio funcional decorrente da
senescência
53-55
e caracterizam o nível de atividade física como um importante
determinante de saúde nos idosos
54
.
O processo de envelhecimento envolve mudanças fisiológicas, metabólicas e
nutricionais que são manifestadas pelo declínio na quantidade total de água,
diminuição óssea, redução de massa e estatura corporais, diminuição da massa
muscular (massa livre de gordura), aumento de massa gorda, redistribuição do
tecido adiposo, com acúmulo de gordura no tronco e nos tecidos viscerais,
associados à diminuição da ingestão calórica e ao baixo gasto energético
57-62
. Essas
alterações associam-se a diminuição do nível de atividade física, que predispõe o
idoso a um balanço positivo de energia e de ganho de peso, principalmente de
ganho de massa gorda, possibilitando o desenvolvimento da obesidade sarcopênica,
caracterizada pela associação da perda de massa magra e pelo aumento de gordura
subcutânea. Neste sentido, o aumento da massa gorda promove uma produção de
fator de necrose tumoral alfa (TNF-) e interleucina-6 (IL-6) que contribui para o
desenvolvimento da resistência da insulina e também causa efeitos catabólicos no
músculo
63
.
Assim, a avaliação antropométrica tem sido discutida como uma ferramenta
essencial na avaliação geriátrica para gerar informações dos diferentes
componentes da estrutura corporal (componente muscular e de gordura) e, desta
forma, avaliar condições de desnutrição, sobrepeso, obesidade, risco de perda de
massa muscular, ganho de massa gorda e redistribuição de gordura tecidual, que
19
são importantes fatores de risco para doenças graves, alterações funcionais e
incapacidades nos idosos
57,59,60
. Na determinação do estado nutricional do idoso a
partir da antropometria, medidas simples como massa e estatura corporal, cálculo do
índice de massa corporal (IMC), circunferências (do braço, da panturrilha, do quadril
e da cintura) e pregas cutâneas triciptal e subescapular são muito utilizadas devido
às suas vantagens de simplicidade, baixo custo e fácil aplicação
62
.
Dentre as medidas antropométricas referidas, o IMC e a circunferência de
panturrilha são componentes essenciais de vários instrumentos de rastreamento
atuais, desenvolvidos e amplamente usados para idosos
60
. O IMC é o indicador de
status nutricional mais freqüentemente aplicado. Embora o IMC não possibilite
determinar a composição corporal e não expresse a distribuição de gordura, é
importante na determinação de risco de muitas doenças e correlaciona-se
positivamente com certos indicadores de saúde e longevidade
57,59,62
.
Adicionalmente, alguns pesquisadores têm sugerido que a determinação da
circunferência da panturrilha, além de ser considerada um indicador de desnutrição,
pode estimar a reserva muscular e, deste modo, tem sido recomendada como uma
medida confiável da massa muscular em idosos, refletindo uma medida mais
sensível que a circunferência de braço
60,64
. A implementação destes métodos pelas
instituições envolvidas no cuidado dos pacientes geriátricos pode contribuir para
melhorar o suporte dado aos idosos, estabelecer práticas de monitoramento e
direcionar intervenções mais adequadas
61,64
.
Diversos autores
16,18,44,49,65
têm estabelecido associações entre medidas de
massa e força muscular, nível de atividade física, mobilidade e capacidade funcional
de idosos e têm demonstrado que a lentidão na velocidade de marcha e a reduzida
força de preensão palmar podem identificar idosos com alto risco para limitações de
20
membros inferiores, declínio funcional, hospitalizações e morte. Além disso, um
estilo de vida sedentário tem sido identificado como importante fator contribuinte
para perda de massa e força muscular esquelética em idosos e para aumentada
prevalência de incapacidades funcionais
24,30
. Adicionalmente, têm sido
demonstradas associações significativas entre circunferência de panturrilha e
incapacidade para realização de atividades de vida diária e dificuldades na função
física em idosos
18
.
No intuito de mensurar a perda de massa e força muscular e diagnosticar a
sarcopenia em idosos, várias técnicas vêm sendo utilizadas. Para avaliação
quantitativa da massa muscular esquelética in vivo, o método DEXA (Dual Energy X-
ray, Absorptiometry) tem sido utilizado para fornecer as porcentagens dos diferentes
compartimentos do corpo, entretanto, devido às dificuldades práticas do seu uso em
estudos, o cálculo do IMC e a medida da circunferência de panturrilha têm sido
sugeridos, de forma alternativa, como bons indicadores da massa muscular,
composição corporal e função física
18,57
. A medida da circunferência da panturrilha
parece prover uma melhor estimativa da massa muscular em idosos quando
comparada às demais circunferências corporais e tem sido descrita como uma
medida sensível da função física de idosos, demonstrando que mensurações
menores que 31 centímetros estão associadas com dificuldades nas atividades da
vida diária e com fraqueza de membros inferiores
18,57,64
. Adicionalmente, a avaliação
da função muscular de membros e tronco com o dinamômetro isocinético
(contrações dinâmicas ou estáticas em diferentes velocidades) tem sido relacionada
à massa e à área de secção transversa muscular, e, desta forma, também tem
configurado como um potencial recurso no estudo da sarcopenia
14,21
.
Assim sendo, essas informações sugerem a existência de relação entre
21
sarcopenia (massa muscular e força muscular), força de preensão palmar,
mobilidade funcional e nível de atividade física em idosos
24
. Skelton et al (1994)
27
certificam que a capacidade de mensurar os fatores que limitam a habilidade
funcional em idosos é de extrema importância a fim de identificar pessoas com maior
risco de perder essas habilidades. Greenlund e Nair (2003)
30
afirmam que apenas
depois de se avaliar a função muscular em idosos e associar com a mobilidade
funcional, é que poderão ser desenvolvidas intervenções efetivas para prevenir
incapacidades e otimizar a independência nesses indivíduos. Neste contexto, grupos
musculares das extremidades inferiores devem ser priorizados, pois são críticos para
atividades funcionais, mobilidade, equilíbrio e prevenção de quedas
14
.
Desta forma, embora existam evidências da ocorrência de um declínio
funcional e muscular com o avançar da idade, a escassez de estudos que
investigam as possíveis associações entre as medidas clínicas de circunferência de
panturrilha, força de preensão palmar, nível de atividade física e velocidade de
marcha e as medidas de força e potência muscular das três articulações de
membros inferiores, especialmente na população brasileira, justificam mais estudos
nessa área. Além de essas evidências acrescentarem informações relevantes ao
corpo de conhecimento existente, ainda poderão auxiliar na determinação de quais
medidas clínicas são capazes de prever a diminuição de força e potência de
membros inferiores com o avançar da idade. Logo, a compreensão das relações
dessas variáveis e de suas capacidades preditoras poderá contribuir para o
diagnóstico precoce de diminuição de função muscular de membros inferiores,
reduzindo o atraso do encaminhamento para os serviços de fisioterapia e
possibilitando a implementação de programas de reabilitação e prevenção
específicos para os idosos
18,44
.
22
1.1. Objetivos do Estudo
Objetivo Geral
Explorar força e potência muscular de membros inferiores, circunferência de
panturrilha, força muscular de preensão palmar, mobilidade funcional e nível de
atividade física entre grupos de idosos de 65 a 69, 70 a 79 e 80 e mais anos.
Objetivos Específicos
1. Avaliar os parâmetros físicos da função muscular (força e potência) de membros
inferiores, a força de preensão palmar, a mobilidade funcional, o nível de atividade
física e a circunferência da panturrilha em grupos de idosos de 65 a 69, 70 a 79 e
80 e mais anos.
2. Verificar associações entre os valores de função muscular de membros inferiores,
circunferência de panturrilha, força de preensão palmar, mobilidade funcional e nível
de atividade física nos idosos do estudo.
3. Investigar se diferenças entre os valores de função muscular, circunferência
de panturrilha, força de preensão palmar, mobilidade funcional e nível de atividade
física entre os grupos de idosos.
4. Determinar a capacidade das medidas clínicas de força de preensão palmar,
mobilidade funcional, nível de atividade física e circunferência de panturrilha para
prever diminuição da força e potência muscular de membros inferiores por meio da
análise da curva Receiver Operator Characteristic (Curva ROC).
23
1.2. Hipóteses
H
01
: Não existem diferenças entre as medidas de função muscular de membros
inferiores, circunferência de panturrilha, força muscular de preensão palmar,
mobilidade funcional e nível de atividade física entre grupos de idosos de 65 a 69, 70
a 79 e 80 e mais anos.
H
02
: Não existe associação entre as medidas de função muscular de membros
inferiores, circunferência de panturrilha, força de preensão palmar, mobilidade
funcional e nível de atividade física nos idosos do estudo.
H
03
: As medidas de circunferência de panturrilha, força de preensão palmar,
mobilidade funcional e nível de atividade física não são capazes de prever
diminuição de função muscular nos idosos do estudo.
24
CAPÍTULO 2 - MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Desenho do Estudo
Esta pesquisa foi delineada como um estudo observacional transversal.
2.2. Amostra
A amostra deste estudo foi constituída por 81 idosos da comunidade, com 65
anos ou mais (anos completos), de ambos os gêneros (42 mulheres e 39 homens),
selecionados por conveniência na região metropolitana de Belo Horizonte. Os idosos
foram recrutados de grupos de convivência da cidade de Belo Horizonte e por
demanda voluntária indicada pelos próprios participantes.
O cálculo amostral foi baseado em estudo piloto realizado com 15
participantes, considerando um nível de significância de 0,05 ( = 0,05) e um poder
de 80% ( = 0,20)
66
, indicando a necessidade de incluir no mínimo 27 idosos em
cada grupo etário (65-69, 70-79 e 80 e mais anos).
2.2.1. Critérios de Inclusão
Para serem incluídos no estudo os participantes deveriam satisfazer os
seguintes critérios:
- Ter idade igual ou superior a 65 anos
- Residir na comunidade e na região metropolitana de Belo Horizonte
- Ser capaz de deambular sem auxílio.
2.2.2. Critérios de Exclusão
Foram excluídos do estudo os participantes que:
25
- Apresentaram alterações cognitivas detectáveis pelo Mini-exame do Estado
Mental, versão brasileira (escore < 18 para analfabetos; escore < 24 para um
ano ou mais de estudo)
67
, doenças neurológicas diagnosticadas, história de
fraturas recentes (nos últimos três meses), presença de sintomas dolorosos
ou edema nos membros inferiores, doenças ortopédicas e/ou reumatológicas
nas mãos, doenças cardiorrespiratórias graves, uso de medicações tais
como, corticóides sistêmicos ou inalatórios, relaxantes musculares e
antiinflamatórios não esteróides.
2.3. Instrumentação
2.3.1. Dinamômetro Isocinético
Para avaliação do desempenho muscular das articulações dos membros
inferiores foi utilizado o dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro
®
(Biodex
Medical Systems Inc., Shirley, NY, USA). O dinamômetro isocinético é um
instrumento eletromecânico controlado por microcomputador, que permite a
obtenção de medidas objetivas, confiáveis e válidas dos parâmetros físicos da
função muscular humana (torque, potência e resistência), caracterizando o método
mais acurado disponível de avaliação da função muscular
68
. Este instrumento provê
resistência acomodativa e velocidade angular pré-determinada e constante durante
toda a amplitude de movimento de diferentes articulações, garantindo, desta forma,
mínimo risco de lesão durante as avaliações
68,69
.
2.3.2. Dinamômetro de Preensão Palmar
Para avaliação da força de preensão palmar foi utilizado o dinamômetro
Jamar
(Sammons Preston, Illinois), que consiste em um sistema hidráulico de
26
aferição. O dinamômetro Jamar
é considerado um instrumento válido e
confiável
33,70,71
, permite uma avaliação eficaz para mensurar a força de preensão
palmar na prática clínica e em pesquisas e caracteriza um procedimento
relativamente simples, objetivo, seguro, prático e de fácil utilização. A força de
preensão palmar registrada no aparelho pode ser estabelecida em quilogramas/força
(Kgf) ou em libras/polegadas
38,35
.
2.3.3. Kit para Avaliação Computadorizada de Rendimento Físico Multisprint
®
Para avaliação das velocidades de marcha habitual e máxima foi utilizada a
relação distância/tempo (m/s), medida em um espaço de 10 metros, utilizando o kit
para Avaliação computadorizada de rendimento físico Multisprint
®
(Inserra Indústria
Mecânica LTDA, Belo Horizonte, Minas Gerais). Este kit consiste em refletores e
células fotoelétricas ligadas a um microcomputador com software Multisprint
®
, que
fornecem uma medida rápida e de baixo custo da velocidade de marcha, e sua
utilização é considerada válida e confiável
47,49,72,73
.
Figura 1. Kit para Avaliação Computadorizada de Rendimento Físico Multisprint
27
2.3.4. Questionário Perfil de Atividade Humana
As variáveis nível funcional e de atividade física foram obtidas pelo
questionário Perfil de Atividade Humana (PAH) (ANEXO C), um instrumento
baseado em desempenho auto-relatado, válido e confiável, traduzido e adaptado
culturalmente para a população brasileira
52,74
. Os 94 itens deste instrumento contêm
atividades rotineiras com diferentes níveis funcionais e de atividade física (levantar e
sentar em cadeira ou cama sem ajuda, correr 4,8 quilômetros em 30 minutos ou
menos), abordam domínios de atividade e participação segundo a Classificação
Internacional de Funcionalidade (CIF), e permitem a avaliação de indivíduos
saudáveis ou com algum grau de disfunção, em qualquer faixa etária. A disposição
dos itens é baseada em ordem crescente de custo energético e para cada item
existem três respostas possíveis: “ainda faço” (se o indivíduo completou a atividade
sem assistência na última vez que precisou ou teve oportunidade de realizar), “parei
de fazer” (se o indivíduo realizava a atividade, mas provavelmente não conseguiria
realizar a atividade hoje se tivesse oportunidade) ou “nunca fiz” (se o indivíduo
nunca realizou a atividade). Os escores primários são calculados com base nas
respostas e geram o escore máximo de atividade (EMA), o escore ajustado de
atividade (EAA) e a idade de atividade, possibilitando a classificação dos indivíduos,
de acordo com a pontuação, em inativos (EAA menores que 53), moderadamente
ativos (EAA entre 53 e 74) e ativos (EAA maiores que 74)
52,74
.
2.3.5. Fita métrica e Balança
A circunferência da panturrilha foi mensurada usando uma fita métrica. Esta
medida antropométrica é particularmente útil em pesquisas e na prática clínica por
ser não-invasiva, de baixo custo, rápida e por garantir uma medida que pode ser
28
prontamente obtida
57,60,64
.
A massa corporal e a estatura, para o cálculo do IMC dos participantes, foram
verificadas utilizando uma balança antropométrica calibrada (Asimed®; Barcelona,
Espanha).
2.4. Variáveis do Estudo
2.4.1. Variável Independente
VARIÁVEL
OPERACIONALIZAÇÃO
Idade
(1) Grupo 1: idosos entre 65 e 69 anos;
(2) Grupo 2: idosos entre 70 e 79 anos;
(3) Grupo 3: idosos com 80 ou mais anos
2.4.2. Variáveis Dependentes
VARIÁVEL
OPERACIONALIZAÇÃO
Função Muscular de
Membros Inferiores
Medidas da média do pico de torque (MPT) em Newton.metro
(Nm) e da potência média (PM) em Watts (W) de membros
inferiores, disponibilizadas pelo dinamômetro isocinético.
Força de Preensão
Palmar (FPP)
Medida do pico de torque em quilogramas/força (Kgf),
disponibilizada pelo dinamômetro de preensão palmar
Jamar
.
Circunferência de
Panturrilha (CP)
Medida da circunferência máxima de panturrilha em
centímetros (cm), utilizando fita métrica.
Mobilidade
Funcional
Medida da velocidade de marcha habitual (VMH) e máxima
(VMM) em metros/segundos (m/s), em um espaço de 10
metros, utilizando o kit para Avaliação computadorizada de
rendimento físico Multisprint
®
.
Nível de Atividade
Física
Medida do Escore Ajustado de Atividade (EAA) fornecido pelo
Questionário Perfil de Atividade Humana (PAH)
29
2.4.3. Variáveis Descritivas
VARIÁVEL
OPERACIONALIZAÇÃO
Gênero
Feminino ou Masculino
Idade
Anos
Massa corporal
Medida em quilogramas (kg)
Estatura corporal
Medida em metros (m)
Índice de Massa Corporal
Calculado por meio da fórmula: IMC=massa/(estatura)
2
Suplementação Nutricional
Sim ou Não
Reposição Hormonal
Sim ou Não (nos últimos três meses)
Lado dominante
Membro preferencial para chutar uma bola
69
Prática de exercício regular
Prática regular de exercício nas últimas quatro
semanas
2.5. Procedimentos
O estudo foi realizado no Laboratório de Desempenho Motor e Funcional
Humano do Departamento de Fisioterapia da Escola de Educação Física,
Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais. O
protocolo do estudo se iniciou após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal de Minas Gerais (COEP/UFMG parecer ETIC 492/07)
(ANEXO A).
Os participantes foram contatados, via telefone, para certificação de sua
inclusão na pesquisa e as datas das avaliações dos voluntários selecionados foram
agendadas. Eles foram orientados a comparecer com vestimenta e calçado
apropriados (calça ou short de malha e calçado habitual para caminhada) no local da
pesquisa, onde receberam explicações mais detalhadas sobre os objetivos e
procedimentos do estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (APÊNDICE A).
30
Os idosos que concordaram em participar foram submetidos à avaliação e
entrevista (APÊNDICE B) para registro das variáveis clínicas e demográficas
descritas anteriormente. O Mini-Exame do Estado mental
67
(ANEXO B) foi aplicado
para determinar se os idosos tinham cognição suficiente para compreender os
comandos dos testes de função muscular e de velocidade de marcha. Foi
considerado como indicativo de presença de déficit cognitivo um escore menor que
18 para analfabetos e 24 para participantes com um ou mais anos de estudo. Em
seguida, os participantes responderam ao questionário do Perfil de Atividade
Humana (ANEXO C) para classificação dos mesmos em ativos, moderadamente
ativos ou inativos. Posteriormente, foram mensuradas massa corporal, estatura,
circunferência da panturrilha e força de preensão palmar antes do teste de
velocidade de marcha e da avaliação da função muscular de membros inferiores.
As medidas de massa corporal e estatura foram realizadas em uma balança
antropométrica, com precisão de 100 gramas e 0,5 centímetro, respectivamente.
Durante as medidas, o idoso permaneceu sobre a balança, imóvel, olhando para
frente, com o mínimo de roupa e descalço. O Índice de Massa Corporal foi calculado
dividindo-se a massa corporal em quilogramas (Kg) pela estatura em metros ao
quadrado (m
2
). Os idosos foram classificados de acordo com as categorias
propostas pela Organização Mundial de Saúde: valores menores que 18,5 para
magreza, entre 18,5 e 24,99 para eutrofia, entre 25 e 29,99 para pré-obesidade e
acima de 30 para obesidade
57,61
.
O procedimento para a medida da circunferência de panturrilha foi realizado
bilateralmente, com o participante sentado, joelho em flexão e com os pés apoiados,
formando um ângulo reto na articulação do joelho e do tornozelo. A fita métrica foi
posicionada envolvendo a panturrilha, sem comprimir os tecidos subcutâneos, e
31
movida no sentido distal-proximal para obtenção da circunferência máxima da
panturrilha (ponto de referência)
18
.
Figura 2. Posicionamento para medida da circunferência da panturrilha
A força de preensão palmar foi medida de forma isométrica (esforço máximo
mantido durante 6 segundos), no membro superior dominante, com o idoso
posicionado de acordo com as recomendações da American Society of Hand
Therapy
75,76
. Cada idoso foi posicionado sentado em uma cadeira com encosto, sem
apoio para os braços, ombro aduzido e neutramente rodado, cotovelo flexionado a
90
o
, antebraço em posição neutra, e punho entre 0
o
e 30
o
de extensão e 0
o
a 15
o
de
desvio ulnar. A medida da força de preensão foi realizada utilizando a segunda
posição da alça de preensão do dinamômetro Jamar
e os escores foram calculados
pela média de três tentativas, com intervalo de repouso de 60 segundos entre as
32
mesmas. Para assegurar consistência durante o teste, os idosos foram encorajados
verbalmente com direcionamentos padronizados para fazerem esforço ximo ao
apertar a alavanca
35,38,39,70,71
.
Figura 3. Posicionamento para medida da força de preensão palmar
Essa etapa foi seguida pela avaliação da velocidade de marcha. Para o teste
de velocidade habitual os participantes foram instruídos a andar em velocidades
auto-selecionadas, e para a velocidade máxima foi solicitado que eles andassem o
mais rápido que pudessem de forma segura, sem correr. O teste foi realizado numa
pista de 10 metros utilizando células fotoelétricas, e a velocidade da marcha foi
registrada apenas nos seis metros centrais da pista para evitar viés de aceleração e
desaceleração. Os participantes foram instruídos a permanecer em com os dois
pés atrás da linha de início e iniciar a marcha após um comando verbal específico.
Estes testes foram desempenhados duas vezes cada, e a média dos dois ensaios foi
usada para as análises
47,49,72,73,77
.
Após a coleta da marcha, os participantes foram conduzidos para o
33
dinamômetro isocinético para realização do teste de função muscular do quadril
(músculos flexores e extensores), joelho (músculos flexores e extensores) e
tornozelo (músculos flexores plantares e dorsiflexores). Foram observados os
seguintes princípios do teste isocinético: educação do paciente, familiarização com
exercício de três repetições submáximas, aquecimento prévio por meio de
caminhada, posicionamento, estabilização e alinhamento articular, correção da
gravidade antes de cada coleta, intervalo de repouso de 90 segundos entre as várias
repetições do teste e entre as velocidades de teste para minimizar possíveis efeitos
de fadiga e encorajamento verbal padronizado para obtenção de força máxima
68
. A
ordem de avaliação das articulações foi aleatorizada por meio de sorteio de três
envelopes opacos contendo cada um o nome de uma articulação (tornozelo, joelho
ou quadril). A calibração do equipamento isocinético foi realizada antes da avaliação,
conforme instrução do fabricante. As medidas foram coletadas bilateralmente,
sempre iniciando pelo membro dominante, utilizando contrações concêntricas,
velocidades angulares constantes e predeterminadas de 60°/s (cinco repetições)
para dorsiflexão e flexão plantar de tornozelo, de 60°/s (cinco repetições) e 180
o
/s
(15 repetições) para flexão e extensão de joelho e de 60°/s (cinco repetições) e
120°/s (15 repetições) para flexão e extensão de quadril
69,78,79
.
Os testes da articulação do tornozelo e do joelho foram realizados com o
encosto da cadeira inclinado a 85
o
e com os segmentos coxa, pelve e tronco
estabilizados por faixas próprias do aparelho. Para avaliação do tornozelo, o joelho
foi posicionado a 30
o
de flexão e o eixo do tornozelo alinhado com o eixo de rotação
do dinamômetro. O pé e o tornozelo foram presos por faixas ao acessório próprio do
aparelho para testar esta articulação. A amplitude de movimento testada foi de 10
o
de dorsiflexão a 30
o
de flexão plantar. Para avaliação do joelho, o eixo rotacional do
34
aparelho foi alinhado com o epicôndilo lateral do fêmur, a almofada da alavanca
posicionada três centímetros acima do maléolo lateral e a amplitude de movimento
(ADM) testada foi limitada a 85
o
a partir do ângulo de 90
o
de flexão do joelho.
Figura 4. Posicionamento para
realização do teste isocinético de
flexão e extensão do joelho
Figura 5. Posicionamento para realização
do teste isocinético de flexão plantar e
dorsiflexão do tornozelo
O teste da articulação do quadril foi realizado na posição de pé, com os
voluntários sendo estabilizados pelo apoio dos membros superiores em um
dispositivo estabilizador especialmente construído para este fim
80
. O eixo rotacional
do aparelho foi posicionado superior e anterior ao trocânter maior do fêmur do idoso
quando o membro inferior estava na posição neutra, e a fixação da coxa foi feita logo
acima da fossa poplítea, com a almofada da alavanca de teste posicionada no terço
distal da coxa, imediatamente acima do pólo superior da patela. A amplitude de
movimento testada na flexão-extensão do quadril foi de 0
o
a 60
o
de flexão, a partir da
posição neutra, com o participante em ortostatismo. Foi permitido ao idoso fletir
35
passivamente o joelho durante o movimento de flexão do quadril.
Cada uma dessas etapas foi realizada sempre pelo mesmo examinador.
Figura 6. Posicionamento para realização do teste
isocinético de flexão e extensão do quadril
2.6. Análise Estatística
As análises estatísticas foram processadas utilizando-se o programa
Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 15.0. O teste Kolmogorov-
Smirnov foi utilizado para verificar a aderência dos dados à distribuição normal. Os
dados foram apresentados como média desvio-padrão, amplitude (mínimo-
máximo) e proporção. Uma vez que os dados apresentaram distribuição normal e
homocedasticidade, as diferenças de médias das variáveis principais foram
36
analisadas utilizando a Análise de Variância (ANOVA), com aplicação de teste t com
correção de Bonferroni como post hoc. O procedimento de linearidade em Análise de
Variância foi utilizado para verificar evidências de tendências lineares entre os
grupos de acordo com a faixa etária. A Análise Fatorial Exploratória (AFE) (extração
por componentes principais), conjugada a critérios clínicos e conceituais, foi usada
para a criação de um conjunto menor de variáveis que representa grupos de função
muscular de membros inferiores obtidas a partir das variáveis originais. O intuito
dessa análise foi permitir uma visão objetiva de quais grupos musculares de
membros inferiores estão associados às medidas clínicas, especialmente por meio
da correlação de Pearson. A análise de sensibilidade e especificidade por meio da
curva ROC foi usada para verificar quais medidas de diagnóstico disponíveis na
clínica são melhores para prever diminuição da função muscular de membros
inferiores e qual ponto de corte melhor classifica essa disfunção. O nível de
significância () de 0,05 foi considerado.
37
CAPÍTULO 3 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação) - Escola de Educação
Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Universidade Federal de Minas
Gerais, Belo Horizonte.
43
CAPÍTULO 4 ARTIGO
SARCOPENIA, MOBILIDADE FUNCIONAL E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM
IDOSOS ATIVOS DA COMUNIDADE
PATRÍCIA AZEVEDO GARCIA
1
, JOÃO MARCOS DOMINGUES DIAS
2
, ROSÂNGELA
CORREA DIAS
2
, PRISCILLA SANTOS
3
1
Fisioterapeuta, Mestre em Ciências da Reabilitação, Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.
2
Fisioterapeuta, Professor(a) Doutor(a) Associado(a), Departamento de Fisioterapia,
Universidade Federal de Minas Gerais UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.
3
Acadêmica de Fisioterapia, bolsista de iniciação científica CNPq, Universidade Federal de
Minas Gerais UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.
Correspondência para:
João Marcos Domingues Dias
Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Fisioterapia
Avenida Antônio Carlos, 6627, 3
o
andar Campus Pampulha - Belo Horizonte MG - CEP:
31.270-901, Telefone: (31) 3409-4783, e-mail: [email protected]
Título curto: Sarcopenia e mobilidade funcional em idosos comunitários.
44
Resumo
Objetivos: explorar as medidas de função muscular de membros inferiores (MMII),
circunferência de panturrilha (CP), força de preensão palmar (FPP), mobilidade funcional e
nível de atividade física (NAF) em idosos comunitários ativos com idades entre 65-69, 70-79
e 80 e mais anos e identificar a melhor medida clínica para rastreamento de redução de função
muscular de MMII em idosos. Métodos: 81 idosos (42 mulheres e 39 homens) submeteram-
se a avaliação da velocidade de marcha (Kit Multisprint), FPP (dinamômetro Jamar), força e
potência muscular de MMII (dinamômetro isocinético Biodex), NAF (Perfil de Atividade
Humana) e CP (fita métrica). Procedeu-se a análise estatística com ANOVA, correlação de
Pearson e curva ROC. Resultados: os idosos de 80 e mais anos apresentaram valores
menores que os de 65-69 para CPD (34,93,0 vs 37,33,6), velocidade de marcha habitual
(VMH) (1,10,2 vs 1,20,2) e máxima (VMM) (1,40,3 vs 1,70,3), FPP (23,87,5 vs
31,810,3), média de pico de torque e potência média de quadril, joelho e tornozelo (p<0,05).
O NAF não apresentou diferença significativa entre os grupos. A força e potência muscular
apresentaram correlações moderadas com VMH, VMM e FPP e correlações baixas com a CP
e com o NAF (p<0,05). A curva ROC sugeriu o ponto de corte de FPP de 14,51 Kgf para
rastreamento de redução de função muscular nas mulheres idosas (p=0,03). Conclusões:
existe associação entre a função muscular de MMII, FPP e VMM, esses parâmetros diminuem
com o envelhecimento e a FPP pode prever redução de função muscular de MMII em idosas.
Palavras-chave: idoso, força muscular, limitação da mobilidade, marcha, força da mão
45
Abstract
Objectives: to explore lower extremity muscle function, calf circumference (CC), handgrip
strength (HG), functional mobility and level of physical activity among age groups (65-69,
70-79, 80 and more) of older people (men and women) and to identify the best parameter for
screening the muscle function loss in elderly. Methods: 81 community-dwelling elderly (42
women and 39 men) participated. Walking speed (Multisprint Kit), HG (dynamometer
Jamar), muscle function of hip, knee and ankle (isokinetic dynamometer Biodex), level of
physical activity (Human Activity Profile) and CC (tape measure) were evaluated. Variance
analysis, Pearsons’s correlation and ROC curves were used for statistical analysis. Results:
elderly over the age of 80 showed lower values than the 65-69 age group for right CC (34.93
vs 37.73.6), habitual (1.10.2 vs 1.20.2) and fast (1.40.3 vs 1.70.3) walking speed, HG
(23.87.5 vs 31.810.3), average peak torque and average power of hip, knee and ankle
(p<0.05). The level of physical activity did not show diferences among age groups. In
analysis of correlations, muscle function parameters showed moderate significant correlations
with walking speed and HG, and fair degree of relationship with CC and level of physical
activity (p<0.05). The ROC curve analysis suggested a cutpoint of 14.51 Kgf for screening
muscle function loss in elderly women (p=0.03). Conclusion: This study showed an
association between muscle function, HG and fast walking speed as well as the decreasing of
these parameters with aging and suggested a possible screening of muscle function of lower
extremities through HG.
Title: SARCOPENIA, FUNCTIONAL MOBILITY AND LEVEL OF PHYSICAL
ACTIVITY IN ACTIVE COMMUNITY-DWELLING ELDERLY
Brief title: Sarcopenia and physical activity in community-dwelling elderly.
Key words: aged, muscle strength, mobility limitation, gait, hand strength
46
INTRODUÇÃO
A sarcopenia, definida como um processo lento, progressivo e aparentemente
inevitável de perda de massa e força muscular, é uma das mudanças fisiológicas mais
importantes que ocorre com o avançar da idade
1
. A redução de massa muscular associada ao
envelhecimento parece ser a principal responsável pela redução da força e potência muscular
e pela conseqüente perda de mobilidade funcional em idosos
2-4
. Estima-se que o
envelhecimento está associado com 20% a 40% da diminuição na força e potência muscular
aos 70-80 anos e com reduções maiores (50%) aos 90 anos, em ambos os gêneros
2-4
.
Têm sido estabelecidas associações entre medidas de massa e função muscular, nível
de atividade física e mobilidade funcional de idosos, demonstrando que a lentidão na
velocidade de marcha e a reduzida FPP podem identificar idosos com diminuição de força e
potência muscular de membros inferiores, com declínio funcional e risco para limitações de
membros inferiores
5-13
. Neste contexto, os objetivos deste estudo foram explorar a força e
potência muscular das três articulações de membros inferiores e as medidas clínicas de
circunferência de panturrilha, FPP, mobilidade funcional e nível de atividade física entre
grupos etários de idosos ativos e identificar o melhor parâmetro clínico para rastreamento de
redução da força e da potência muscular de membros inferiores em idosos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Tipo de Estudo e Aspectos Éticos
A pesquisa, delineada como um estudo observacional transversal, foi aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa e foi realizada no Laboratório de Desempenho Motor e
Funcional Humano da Instituição. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido.
47
Amostra
Considerando o cálculo amostral baseado em um estudo piloto, a amostra deste estudo
foi constituída por 81 idosos comunitários (42 mulheres e 39 homens), selecionados por
conveniência na região metropolitana de uma grande cidade. Para serem incluídos, os
participantes deveriam ter idade igual ou superior a 65 anos e ser capazes de deambular sem
auxílio. Foram excluídos os idosos que apresentaram alterações cognitivas detectáveis pelo
Mini-exame do Estado Mental (MEEM)
14
, doenças neurológicas, história de fraturas recentes
nos membros inferiores, presença de sintomas dolorosos ou edema nos membros inferiores,
doenças ortopédicas e/ou reumatológicas nas mãos, doenças cardiorrespiratórias graves e uso
de medicações, tais como corticóides sistêmicos ou inalatórios, relaxantes musculares e
antiinflamatórios não-esteróides
Instrumentação
Para avaliação do desempenho muscular dos membros inferiores foi utilizado o
dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro
, um instrumento eletromecânico que fornece
medidas objetivas, confiáveis e válidas
15
, e para FPP foi utilizado o dinamômetro hidráulico
Jamar
(Sammons Preston, Illinois), que permite avaliação objetiva, confiável, segura e eficaz
em pesquisas e na prática clínica
16
. As velocidades de marcha habitual (VMH) e máxima
(VMM) foram obtidas utilizando o Kit para Avaliação computadorizada de rendimento físico
Multisprint
, que consiste em refletores e células fotoelétricas ligadas a um microcomputador
com software Multisprint
, e fornece medidas válidas, confiáveis e rápidas
8;17
. O nível de
atividade física dos idosos foi obtido pelo questionário de desempenho auto-relatado Perfil de
Atividade Humana (PAH), um instrumento válido e confiável, traduzido e adaptado
culturalmente para população brasileira
18
, que permite a classificação de indivíduos, de
acordo com a pontuação, em ativos, moderadamente ativos e inativos. As medidas da massa e
48
da estatura corporal para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) foram verificadas
utilizando uma balança antropométrica calibrada. A circunferência da panturrilha (CP) foi
mensurada usando uma fita métrica
19;20
.
Procedimentos
Os participantes, avaliados sempre pelo mesmo examinador, foram entrevistados para
registro das variáveis clínico-demográficas e determinação do nível de atividade física (PAH)
e do nível cognitivo (MEEM)
14
e foram avaliadas a massa e a estatura corporal. A medida da
CP foi realizada bilateralmente, com idoso sentado e com os pés apoiados, formando um
ângulo reto no joelho e no tornozelo. A fita métrica foi posicionada envolvendo a panturrilha,
sem comprimir os tecidos subcutâneos, e movida no sentido distal-proximal para obtenção da
circunferência máxima
5
.
A FPP foi medida de forma isométrica durante seis segundos, no membro dominante
de acordo com as recomendações da American Society of Hand Therapy
21
: idoso sentado em
uma cadeira com encosto, sem apoio para os braços, ombro aduzido e neutramente rodado,
cotovelo flexionado a 90
o
, antebraço em posição neutra, e punho entre 0
o
e 30
o
de extensão e
0
o
a 15
o
de desvio ulnar. Foi utilizada a segunda posição da alça de preensão do dinamômetro,
os escores foram calculados pela média de três tentativas, com intervalo de repouso de 60
segundos e os idosos foram encorajados verbalmente
16
.
Para o teste de VMH os participantes, utilizando calçados habituais, foram instruídos a
andar em velocidades auto-selecionadas, e para a VMM foi solicitado que eles andassem o
mais rápido que pudessem de forma segura, sem correr. O teste foi realizado numa pista de 10
metros, e a velocidade foi registrada apenas nos seis metros centrais para evitar viés de
aceleração e desaceleração. A média de duas tentativas foi utilizada para as análises
8;17
.
49
Para realização do teste de força e potência muscular de flexores e extensores do
quadril e do joelho e de flexores plantares e dorsiflexores do tornozelo, foram observados os
princípios do teste isocinético e foi realizada calibração do equipamento conforme instruções
do fabricante
22
. A ordem de avaliação foi aleatorizada por sorteio de três envelopes opacos
contendo o nome das articulações. As medidas foram coletadas bilateralmente, sempre
iniciando pelo membro dominante, utilizando contrações concêntricas, velocidades angulares
constantes e predeterminadas de 60°/s (cinco repetições) para tornozelo, de 60°/s (cinco
repetições) e 180
o
/s (15 repetições) para joelho e de 60°/s (cinco repetições) e 120°/s (15
repetições) para quadril
23
. Os testes da articulação do tornozelo e do joelho foram realizados
com o encosto da cadeira inclinado a 85
o
. Para avaliação do tornozelo, o joelho foi
posicionado a 30
o
de flexão e o eixo do tornozelo alinhado com o eixo de rotação do
dinamômetro. A amplitude de movimento (ADM) testada foi de 10
o
de dorsiflexão a 30
o
de
flexão plantar. Para avaliação do joelho, o eixo rotacional do aparelho foi alinhado com o
epicôndilo lateral do fêmur, a almofada da alavanca posicionada três centímetros acima do
maléolo lateral e a ADM testada foi de 85
o
a partir do ângulo de 90
o
de flexão do joelho. O
quadril foi testado em ortostatismo, com apoio dos membros superiores em um dispositivo
estabilizador
(24)
. O eixo rotacional foi posicionado superior e anterior ao trocânter maior do
fêmur quando o membro inferior estava na posição neutra, e a fixação da coxa foi feita logo
acima da fossa poplítea. A ADM de flexão-extensão do quadril foi de 0
o
a 60
o
.
Análise Estatística
As análises estatísticas foram processadas no programa SPSS, versão 15.0. O teste
Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para verificar a distribuição dos dados. Os dados foram
apresentados como média desvio-padrão, amplitude e proporção. Foram utilizados os testes
de Análise de Variância (ANOVA), com aplicação de teste t com correção de Bonferroni
50
como post hoc, teste de linearidade, correlação de Pearson e de análise de sensibilidade e
especificidade (curva ROC). A análise fatorial exploratória permitiu, de acordo com critérios
clínicos e conceituais, a criação de um conjunto menor de variáveis de função muscular de
membros inferiores obtidas a partir das variáveis originais, possibilitando a utilização dos
conjuntos de variáveis no teste de correlação. O nível de significância de 0,05 foi considerado.
RESULTADOS
Características dos Participantes
As características clínico-demográficas dos idosos estão descritas na Tabela 1. Quando
analisadas em relação aos grupos etários, a única variável que mostrou diferença significativa
foi a massa corporal, tendo os idosos do grupo de 65-69 anos apresentado média maior
(7513,3) que os de 80 e mais anos (64,49,4) (p=0,01). As demais variáveis clínico-
demográficas apresentaram-se muito similares, confirmando a homogeneidade e garantindo
que os grupos são comparáveis.
Função Muscular de Membros Inferiores e Variáveis Clínicas de Circunferência de
Panturrilha, Velocidade de Marcha, Força de Preensão Palmar e Nível de Atividade Física
Os idosos de 80 e mais anos apresentaram valores significativamente menores que os
de 65-69 anos para CPD (p=0,02), CPE (p=0,01), VMH (p=0,02), VMM (p<0,001), FPP
(p=0,01) (Tabela 2) e para a maioria das mensurações bilaterais de média de pico de torque
(MPT) e potência média (PM) de quadril, joelho e tornozelo (Tabela 3 - plotadas apenas
mensurações do membro inferior direito). A maioria das diferenças de médias do grupo de 70-
79 anos não foi significativa. Entretanto, em geral, as análises de comparação de médias das
medidas clínicas e da função muscular mostraram uma tendência linear de diminuição com o
avançar da idade.
51
Na maioria das análises de associação dos parâmetros de função muscular com VMH,
VMM e FPP obtiveram-se correlações moderadas significativas (p<0,05). A CP
correlacionou-se significativamente com o conjunto de PM de extensores de quadril e de
joelho (p<0,05); e os escores do PAH correlacionaram-se com o agrupamento de torque de
flexores (60
o
/s) e extensores (120
o
/s) de quadril, de flexores e extensores de joelho (60
o
/s e
180
o
/s), de flexores plantares de tornozelo (60
o
/s) e de potência de flexores de joelho (Tabela
4). Nas análises de correlação descritas o poder de teste foi elevado, ficando entre 78% e 99%.
Valor de Força de Preensão Palmar Discriminatório para determinar Idosos com ou sem
Redução da Função Muscular de Membros Inferiores
Considerando os achados deste estudo, hipotetizou-se que as medidas clínicas
avaliadas poderiam ser usadas para identificar precocemente diminuição da função muscular
de membros inferiores de idosos. Por analogia com o critério usado para o diagnóstico de
osteoporose, utilizou-se, para classificação clínica de sarcopenia, o critério de classificação de
dois desvios-padrão abaixo da média, mantendo coerência com a proposta de Lauretani et al
(2003)
(6)
. Os idosos que apresentaram valor de função muscular abaixo de dois limites do
desvio-padrão foram classificados como positivos para sarcopenia. Usando este procedimento
de acordo com a divisão por nero, foram classificados como tendo sarcopenia duas
mulheres (4,8%) e cinco homens (12,8%), representando 9% da amostra total. A partir da
curva ROC (Figura 1), investigou-se os possíveis valores discriminatórios para prever
sarcopenia considerando VMM, CPD, FPP e escores do PAH. Os resultados mostraram
valores significativos apenas para a variável FPP para mulheres (p=0,03), quando se
segmentou a amostra por gênero, sugerindo o ponto de corte de 14,51 Kgf para idosas, com
sensibilidade de 100% e especificidade de 92,5%, valor preditivo positivo de 96% e valor
preditivo negativo de 33%.
52
DISCUSSÃO
Neste estudo, foram investigados os parâmetros de força e potência muscular de
membros inferiores com o avançar da idade, e as possíveis medidas clínicas que podem estar
correlacionadas com os mesmos em idosos comunitários. Apesar de existirem estudos
anteriores que pesquisaram essas relações
6,12,13,25
, não foram encontradas, até o presente,
publicações envolvendo a avaliação das três articulações de membros inferiores,
especialmente com a população brasileira.
Os grupos etários do estudo foram constituídos por quantidades equivalentes de idosos
de ambos os gêneros, em geral ativos, com poucas co-morbidades e com perfis clínico-
demográficos similares, tendo em vista que a literatura mostra que o gênero, o nível de
atividade física, a dominância, a utilização de suplementação nutricional e reposição
hormonal podem influenciar o desempenho muscular
5,13,25-28
.
Com relação às variáveis obtidas por meio do dinamômetro isocinético, observou-se
uma redução significativa da MPT e da PM dos músculos flexores e extensores de quadril,
joelho e tornozelo com o aumento da idade, corroborando com os resultados de estudos
prévios
6,25
. A perda percentual de PM (40%) dos 65-69 para os 80 e mais anos foi maior que a
de MPT (35%), corroborando com achados de Lauretani et al (2003)
6
e indicando a
importância de se avaliar a potência na rotina clínica geriátrica, considerando seu relevante
impacto na realização das atividades de vida diária e atividades instrumentais de vida
diária
11,12,29
.
As medidas de CP mostraram uma tendência de redução com o avançar da idade
especialmente significativa nos grupos etários mais velhos (80 e mais anos), corroborando
com achados anteriores
6,19,20
, entretanto não foram encontradas associações significativas
entre os valores de MPT e PM de membros inferiores e as medidas de CP nos idosos
53
avaliados. A ausência de associações significativas da função muscular com a medida de CP
pode indicar uma dissociação entre massa e força muscular documentada previamente em
estudos que demonstraram que a redução da força em idosos é muito maior que a
concomitante diminuição da massa muscular
26,27
, ou que a medida da CP foi influenciada pela
presença de gordura subcutânea (fator de confusão) dos participantes com sobrepeso e
possivelmente com obesidade sarcopênica
30,31
, enviesando a medida que possibilitaria inferir
a massa muscular nos idosos. Assim, a avaliação clínica da CP pode ser de difícil
interpretação e deve ser realizada com atenção, tendo em vista que a fraqueza muscular parece
ocorrer inicialmente com manutenção aparente da massa muscular, e que as medidas também
podem refletir diferenças na compressibilidade da pele e do tecido subcutâneo nos indivíduos
com sobrepeso ou obesos.
Quanto à mobilidade funcional, os idosos demonstraram VMH e VMM de acordo com
a média de velocidade para indivíduos acima de 60 anos reportados na literatura, que varia de
0,60 a 1,45 m/s para VMH e de 0,84 a 2,1 m/s para VMM
32
, porém os resultados deste estudo
se aproximaram dos valores mais altos, o que pode ser devido a diferenças metodológicas,
como técnicas utilizadas, comprimento da pista ou nível de atividade física dos participantes.
Com relação às modificações observadas na velocidade de marcha nos grupos etários,
confirmando resultados de estudos prévios
6,28
, os idosos de 80 e mais anos apresentaram
VMH e VMM significativamente menores que os de 65-69 anos. Adicionalmente, encontrou-
se associação significativa entre VMM e VMH e os parâmetros de função muscular avaliados,
contudo, as correlações de potência e força muscular com VMM foram mais fortes,
certificando estudos anteriores
10,11,33,34
. Estes resultados demonstram a importância de se
mensurar VMM na rotina clínica de avaliação de idosos ativos e comunitários, uma medida
objetiva que requer de 2 a 5 minutos e tem sido bem aceita por profissionais e pacientes,
54
tendo em vista que, nos idosos, a mobilidade prejudicada associa-se a um cenário de redução
de força e potência muscular, incapacidade e dependência na realização de atividades de vida
diária
8,10,32,35
.
Neste estudo, o nível de atividade física dos idosos, variável que influencia a função
muscular
25
, mostrou uma tendência linear de redução com o avançar da idade, entretanto não
foram detectadas diferenças significativas entre os grupos etários. Além disso, o nível de
atividade física apresentou apenas baixas correlações com as variáveis de função muscular,
contrariando outros estudos
13,36
. Esse fato dos dados indicarem que os idosos das diferentes
faixas etárias apresentaram níveis de atividade física similares pode ter sido resultado do
perfil dos participantes, comunitários, independentes, ativos e auto-selecionados
25
, ou pelo
fato de que o tamanho amostral não foi suficiente para detectar diferenças existentes entre os
grupos para esta variável, considerando que o poder de estudo para esta análise foi baixo
(28,3%).
A amostra deste estudo, confirmando resultados publicados
6,7,37
, apresentou
diminuição de FPP com o envelhecimento e correlações moderadas entre FPP e a maioria dos
parâmetros de função muscular das três articulações de membros inferiores. Com base nas
correlações obtidas, buscou-se estabelecer um ponto de corte para rastrear idosos em risco
para redução da força e potência muscular de membros inferiores, sugerindo 14,51 Kgf como
um bom ponto de corte a ser usado na prática clínica em idosas. Esse valor é um ponto baixo,
quando comparado ao proposto por Lauretani et al (2003)
6
, de 20 Kgf, para diagnóstico de
mobilidade deficitária e sarcopenia, e possivelmente indica diferenças amostrais e
metodológicas. Todavia, esses resultados mostraram que a variável de FPP é uma das que
melhor prevê redução de função muscular global, demonstrando que esta deva ser alvo de
investigação em estudos posteriores. No entanto, os resultados dos testes de FPP devem ser
55
interpretados com atenção e cautela nos idosos, tendo em vista que muitos apresentam
doenças que afetam as mãos, como artrite reumatóide e osteoartrite, reduzindo a associação da
FPP com função muscular de membros inferiores, e sugerindo a necessidade de mensurações
da mobilidade funcional e das musculaturas globais desses idosos
6
.
Neste contexto, tem sido considerado que as perdas musculares e funcionais aceleram
depois dos 70 anos, quando a atrofia e fraqueza muscular parecem ser de evolução mais
rápida
27,29
. Neste estudo, as reduções da massa corporal, velocidade de marcha, FPP, CP,
MPT e PM foram significativamente maiores depois dos 80 anos. Assim como em outras
pesquisas
29,27
, esses achados sugerem que em idosos comunitários, saudáveis, independentes e
ativos, a aceleração das perdas pode ser adiada para idade mais avançada.
Uma limitação deste estudo foi sua natureza transversal que restringe as inferências
em relação às mudanças nos parâmetros de função muscular, de mobilidade funcional e nível
de atividade física com o avançar da idade, entretanto este desenho de estudo e a análise de
correlação provêem uma explicação do desempenho dos idosos e possibilitam a indicação de
objetivos para potencializar as avaliações e intervenções na prática clínica.
As implicações clínicas deste estudo relacionam-se à importância da prevenção do
declínio funcional e muscular e da diminuição do nível de atividade física que ocorre com o
envelhecimento e à possibilidade de otimização dos programas de treinamento de força e
potência de membros inferiores para idosos. Além disso, em idosos comunitários com alto
nível de atividade, o rastreamento e a identificação de pequenas alterações funcionais por
meio de medidas clínicas simples, tal como a FPP, podem favorecer a intervenção precoce e
prevenir incapacidades, porém mais investigações são necessárias para introduzir esta
ferramenta na rotina clínica de avaliação de pacientes geriátricos.
56
Agradecimentos: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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59
Tabela 1. Características Clínicas e Demográficas da Amostra
Variáveis
65-69 anos
(a)
70-79 anos
(b)
80 e mais anos
(c)
p-valor
Mulheres (n)
Homens (n)
14
13
14
13
14
13
-
-
Idade (anos)
*
67,4 (1,4)
bc
(65-69)
73,9 (2,9)
(70-79)
83,6 (3,2)
(80-93)
<0,001
Dominância - Destro
100% (27)
100% (27)
96,3% (26)
0,363
Uso de Suplementação Nutricional
7,4% (2)
18,5% (5)
18,5% (5)
0,415
Uso de Reposição Hormonal
7,4% (2)
11,1% (3)
3,7% (1)
0,583
Prática de Exercício Regular
63% (17)
40,7% (11)
55,6% (15)
0,250
Massa Corporal (Kg)
*
75 (13,3)
c
(56,8-119,6)
68,8 (14,1)
(43,5-93,0)
64,4 (9,4)
(46,7-86,3)
0,09
Estatura (m)
1,63 (0,09)
(1,44-1,80)
1,59 (0,08)
(1,46-1,73)
1,58 (0,09)
(1,42-1,77)
0,118
Índice de Massa Corporal (Kg/m
2
)
28,3 (4,8)
(21,3-43,7)
27 (4,3)
(19,8-38,4)
25,7 (2,8)
(19,7-30,3)
0,068
Perfil de Atividade Humana
Inativo
Moderadamente ativo
Ativo
0% (0)
32,0%(8)
68,0%(17)
3,7%(1)
40,7%(11)
55,6%(15)
3,7%(1)
48,1%(13)
48,1%(13)
0,315
média (DP) e amplitude (mínimo-máximo);
proporção; *p<0,05; Para cada variável com
médias significativamente diferentes a letra do grupo com menor média aparece ao lado da
média do grupo com maior média.
60
Tabela 2. Comparação das medidas clínicas de circunferência de panturrilha, velocidade de
marcha habitual, velocidade de marcha máxima, força de preensão palmar e nível de atividade
física dos participantes
Variáveis
Grupos Etários
ANOVA
Poder
do
Teste
65-69 (a)
n=27
70-79 (b)
n=27
80 e mais (c)
n=27
Tamanho
do efeito
p-valor
CPD(cm)
*
37,7(3,6)
c
(32,4-48,5)
36,1(3,6)
(31,5-46,5)
34,9(3)
(29,8-41,2)
0,09
0,02
69,5%
CPE (cm)
*
37,4(3,9)
c
(32,3-50,0)
36,2(3,5)
(30,5-46,0)
34,6(2,9)
(30,0-39,9)
0,10
0,01
71,2%
VMH(m/s)
*
1,2(0,2)
c
(0,8-1,6)
1,1(0,2)
(0,8-1,5)
1,1(0,2)
(0,7-1,7)
0,09
0,02
68,6%
VMM(m/s)
*
1,7(0,3)
c
(1,2-2,4)
1,5(0,2)
(1,0-1,9)
1,4(0,3)
(0,8-2,1)
0,16
<0,001
91,9%
FPP (Kgf)
*
31,8(10,3)
c
(13,3-50,7)
28,3(8,3)
(6,8-41,7)
23,8(7,5)
(12,7-37,0)
0,12
0,01
80,1%
PAH
81,3(13,2)
(54-94)
77,5(11,4)
(48-94)
74,6(15,2)
(42-94)
0,03
0,18
28,3%
Eta Square.
média (DP) e amplitude (mínimo-máximo). *p<0,05. Para cada variável com
médias significativamente diferentes a letra do grupo com menor media aparece ao lado da
média do grupo com maior média. CPD=Circunferência Panturrilha Direita;
CPE=Circunferência Panturrilha Esquerda; VMH=Velocidade de Marcha Habitual;
VMM=Velocidade de Marcha Máxima; FPP=Força de Preensão Palmar; PAH=Perfil de
Atividade Humana.
61
Tabela 3. Comparação dos parâmetros de força e potência muscular de membros inferiores
por grupo
Variáveis
Grupos Etários
ANOVA
Poder
do
Teste
65-69 (a)
n=27
70-79 (b)
n=27
80 e + (c)
n=27
Tamanho
de efeito
p-valor
Média de pico de torque (Nm) 60
o
/s
Flx quadril D*
83,6(29,2)
c
67,6(23,8)
60,8(23,4)
0,12
0,01
79,7%
Ext quadril D*
62,3(25)
c
49,7(21)
39,8(21,7)
0,14
<0,001
87,6%
Flx joelho D*
51,4(21,1)
bc
36,5(13,7)
30,1(12,6)
0,23
<0,001
99,1%
Ext joelho D*
114,3(36,8)
bc
92,4(27,4)
74,3(27,9)
0,22
<0,001
98,6%
Dflx tornozelo D*
16,8(5,7)
c
14,7(5,4)
12,1(5,8)
0,10
0,01
73,3%
Pflx tornozelo D*
47,2(21,9)
bc
33,6(14,8)
24,9(11,6)
0,23
<0,001
99,1%
Média de pico de torque 120
o
/s
Flx quadril D*
74,7(24,2)
c
63,1(24)
52,7(23,6)
0,12
<0,001
80,3%
Ext quadril D*
54,5(26)
c
44,4(23,2)
30,9(19,8)
0,15
<0,001
89,9%
Média de pico de torque 180
o
/s
Flx joelho D*
31,1(13,9)
bc
23,4(9,8)
18,8(8,8)
0,17
<0,001
94,8%
Ext joelho D*
67,7(22,4)
bc
53,2(19,2)
44,6(16,4)
0,19
<0,001
96,9%
Potência média (W)
Flx quadril D*
83,6(30,9)
c
67,4(27,2)
55,4(25,4)
0,14
<0,001
88,2%
Ext quadril D*
47,6(27,2)
c
39,5(24)
24,3(17,4)
0,15
<0,001
90,0%
Flx joelho D*
43,2(23,3)
bc
30,7(16,5)
23,6(14)
0,16
<0,001
93,1%
Ext joelho D*
109,9(41,2)
bc
82,7(33,6)
67,9(28,8)
0,20
<0,001
97,5%
Média(DP). *p<0,05. Para cada variável com médias significativamente diferentes a letra do
grupo com menor média aparece ao lado da média do grupo com maior média.
Eta Square.
Flx = flexores; Ext = extensores; Dflx = Dorsiflexores; Pflx = flexores plantares; D = direito.
62
Tabela 4. Correlação entre os grupos de variáveis de força e potência muscular de membros
inferiores e as medidas clínicas de circunferência de panturrilha, velocidade de marcha, força
de preensão palmar e nível de atividade física
Grupos de Variáveis
CPD
CPE
VH
VM
FPP
PAH
Torque de flx quadril (60
o
/s)
0,19
0,15
0,48
*
0,62
***
0,63
***
0,45
***
Torque de ext quadril (60
o
/s)
0,14
0,12
0,43
*
0,61
***
0,61
***
0,34
Torque de flx quadril (120
o
/s)
0,06
0,04
0,24
0,35
0,41
*
-0,09
Torque de ext quadril (120
o
/s)
0,2
0,16
0,52
**
0,64
***
0,62
***
0,45
*
Potência de flx quadril
0,13
0,11
0,39
*
0,61
***
0,52
**
0,34
Potência de ext quadril
0,49
*
0,44
*
0,46
*
0,62
***
0,68
***
0,36
Torque de flx joelho (60
o
/s)
0,18
0,14
0,57
**
0,68
***
0,67
***
0,52
**
Torque de ext joelho (60
o
/s)
0,15
0,12
0,56
**
0,73
***
0,72
***
0,51
**
Torque de flx joelho (180
o
/s)
0,16
0,12
0,53
**
0,65
***
0,59
**
0,51
**
Torque de ext joelho (180
o
/s)
0,21
0,16
0,57
**
0,70
***
0,69
***
0,46
*
Potência de flx joelho
0,37
0,32
0,47
*
0,62
***
0,62
***
0,44
*
Potência de ext joelho
0,48
*
0,42
*
0,48
*
0,63
***
0,70
***
0,36
Torque de Pflx tornozelo (60
o
/s)
0,10
0,10
0,52
*
0,65
***
0,54
**
0,39
*
Torque de Dflx tornozelo D (60
o
/s)
0,09
0,08
0,32
0,47
*
0,48
*
0,28
Torque de Dflx tornozelo E (60
o
/s)
0,21
0,21
0,41
*
0,55
**
0,59
**
0,29
Os dados representam o coeficiente de correlação de Pearson (r). *p<0,05; **p<0,01;
***p<0,001. Flx = flexores; Ext = extensores; Dflx = Dorsiflexores; Pflx = flexores plantares
63
Figura 1. Curva ROC mostrando a capacidade da força de preensão palmar para prever a
diminuição da função muscular de membros inferiores em mulheres idosas.
VPP: 96%
VPN: 33%
Área abaixo da curva: 0,96
64
Table 1. Subject Characteristics
Variables
65-69 (a)
70-79 (b)
80 + (c)
p-value
Women (n)
Men (n)
14
13
14
13
14
13
-
-
Age (years)
*
67,4 (1,4)
bc
(65-69)
73,9 (2,9)
(70-79)
83,6 (3,2)
(80-93)
<0,001
Right Dominant
100% (27)
100% (27)
96,3% (26)
0,363
Nutritional Supplement
7,4% (2)
18,5% (5)
18,5% (5)
0,415
Hormone Replacement
Therapy
7,4% (2)
11,1% (3)
3,7% (1)
0,583
Regular Exercise Practice
63% (17)
40,7% (11)
55,6% (15)
0,250
Mass (Kg)
*
75 (13,3)
c
(56,8-119,6)
68,8 (14,1)
(43,5-93,0)
64,4 (9,4)
(46,7-86,3)
0,09
Length (m)
1,63 (0,09)
(1,44-1,80)
1,59 (0,08)
(1,46-1,73)
1,58 (0,09)
(1,42-1,77)
0,118
BMI (Kg/m
2
)
28,3 (4,8)
(21,3-43,7)
27 (4,3)
(19,8-38,4)
25,7 (2,8)
(19,7-30,3)
0,068
Level of Physical Activity
Inactive
Moderately Active
Active
0% (0)
32,0%(8)
68,0%(17)
3,7%(1)
40,7%(11)
55,6%(15)
3,7%(1)
48,1%(13)
48,1%(13)
0,315
mean (standard deviation) e range (minimum-maximum);
percentage; *p<0,05; For each
variable with averages significantly different, the letter of the group with lower average is
shown next to the average of the group with the higher average.
65
Table 2. Comparison of clinical measurements of calf cirumference, habitual and fast walking
speed, hand grip and level of physical activity of subjects
Variables
Age Groups
ANOVA
Power
65-69 (a)
n=27
70-79 (b)
n=27
80 e mais (c)
n=27
Effect
Size
p-value
CCR(cm)
*
37,7(3,6)
c
(32,4-48,5)
36,1(3,6)
(31,5-46,5)
34,9(3)
(29,8-41,2)
0,09
0,02
69,5%
CPE (cm)
*
37,4(3,9)
c
(32,3-50,0)
36,2(3,5)
(30,5-46,0)
34,6(2,9)
(30,0-39,9)
0,10
0,01
71,2%
HWS(m/s)
*
1,2(0,2)
c
(0,8-1,6)
1,1(0,2)
(0,8-1,5)
1,1(0,2)
(0,7-1,7)
0,09
0,02
68,6%
FWS(m/s)
*
1,7(0,3)
c
(1,2-2,4)
1,5(0,2)
(1,0-1,9)
1,4(0,3)
(0,8-2,1)
0,16
0,00
91,9%
HG (Kgf)
*
31,8(10,3)
c
(13,3-50,7)
28,3(8,3)
(6,8-41,7)
23,8(7,5)
(12,7-37,0)
0,12
0,01
80,1%
HAP
81,3(13,2)
(54-94)
77,5(11,4)
(48-94)
74,6(15,2)
(42-94)
0,03
0,18
28,3%
Eta Square.
mean (standard deviation) e range (minimum-maximum). *p<0,05 For each
variable with averages significantly different, the letter of the group with lower average is
shown next to the average of the group with the higher average. RCC=Right Calf
Circumference; LCC=Left Calf Circumference; HWS=Habitual Walking Speed; FWS=Fast
Walking Speed; HG=Handgrip; HAP=Human Activity Profile.
66
Table 3. Comparison of lower extremity muscle function parameters across age groups
Variables
Age Groups
ANOVA
Power
65-69 (a)
n=27
70-79 (b)
n=27
80 e + (c)
n=27
Effect
Size
p-value
Average Peak Torque (Nm) 60
o
/s
Flx hip R*
83,6(29,2)
c
67,6(23,8)
60,8(23,4)
0,12
0,01
79,7%
Ext hip R*
62,3(25)
c
49,7(21)
39,8(21,7)
0,14
0,00
87,6%
Flx knee R*
51,4(21,1)
bc
36,5(13,7)
30,1(12,6)
0,23
0,00
99,1%
Ext knee R*
114,3(36,8)
bc
92,4(27,4)
74,3(27,9)
0,22
0,00
98,6%
Dflx ankle R*
16,8(5,7)
c
14,7(5,4)
12,1(5,8)
0,10
0,01
73,3%
Pflx ankle R*
47,2(21,9)
bc
33,6(14,8)
24,9(11,6)
0,23
0,00
99,1%
Average Peak Torque (Nm) 120
o
/s
Flx hip R*
74,7(24,2)
c
63,1(24)
52,7(23,6)
0,12
0,00
80,3%
Ext hip R*
54,5(26)
c
44,4(23,2)
30,9(19,8)
0,15
0,00
89,9%
Average Peak Torque (Nm) 180
o
/s
Flx knee R*
31,1(13,9)
bc
23,4(9,8)
18,8(8,8)
0,17
0,00
94,8%
Ext knee R*
67,7(22,4)
bc
53,2(19,2)
44,6(16,4)
0,19
0,00
96,9%
Average Power (W)
Flx hip R*
83,6(30,9)
c
67,4(27,2)
55,4(25,4)
0,14
0,00
88,2%
Ext hip R*
47,6(27,2)
c
39,5(24)
24,3(17,4)
0,15
0,00
90,0%
Flx knee R*
43,2(23,3)
bc
30,7(16,5)
23,6(14)
0,16
0,00
93,1%
Ext knee R*
109,9(41,2)
bc
82,7(33,6)
67,9(28,8)
0,20
0,00
97,5%
Mean (SD). *p<0,05. For each variable with averages significantly different, the letter of the
group with lower average is shown next to the average of the group with the higher average.
Eta Square. Flx=flexors; Ext=extensors; Dflx=Dorsiflexors; Pflx=plantar flexors; R=right.
67
Table 4. Lower extremity muscle function and clinical measuraments of calf circumference,
walking speed, hand grip and level of physical activity correlations
Variables Groups
CPD
CPE
VH
VM
FPP
PAH
Hip flx torque (60
o
/s)
0,19
0,15
0,48
*
0,62
***
0,63
***
0,45
***
Hip ext torque (60
o
/s)
0,14
0,12
0,43
*
0,61
***
0,61
***
0,34
Hip flex torque (120
o
/s)
0,06
0,04
0,24
0,35
0,41
*
-0,09
Hip ext torque (120
o
/s)
0,2
0,16
0,52
**
0,64
***
0,62
***
0,45
*
Hip flex power
0,13
0,11
0,39
*
0,61
***
0,52
**
0,34
Hip ext power
0,49
*
0,44
*
0,46
*
0,62
***
0,68
***
0,36
Knee flex torque (60
o
/s)
0,18
0,14
0,57
**
0,68
***
0,67
***
0,52
**
Knee ext torque (60
o
/s)
0,15
0,12
0,56
**
0,73
***
0,72
***
0,51
**
Knee flx torque (180
o
/s)
0,16
0,12
0,53
**
0,65
***
0,59
**
0,51
**
Knee ext torque (180
o
/s)
0,21
0,16
0,57
**
0,70
***
0,69
***
0,46
*
Knee flx power
0,37
0,32
0,47
*
0,62
***
0,62
***
0,44
*
Knee ext power
0,48
*
0,42
*
0,48
*
0,63
***
0,70
***
0,36
Ankle pflx torque (60
o
/s)
0,10
0,10
0,52
*
0,65
***
0,54
**
0,39
*
Ankle Dflx torque R (60
o
/s)
0,09
0,08
0,32
0,47
*
0,48
*
0,28
Ankle Dflx torque L (60
o
/s)
0,21
0,21
0,41
*
0,55
**
0,59
**
0,29
Data represent Pearsons’s correlation coefficient (r). *p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001. Flx =
flexors; Ext = extensors; Dflx = Dorsiflexors; Pflx = plantar flexors. R = Right; L = Left.
68
Figure 1. ROC Curve plots showing how measures of hand grip alow the identification of
participants with reduction of muscle function.
VPP: 96%
VPN: 33%
Área abaixo da curva: 0,96
69
CAPÍTULO 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo objetivou explorar a força e potência muscular das três
articulações de membros inferiores e as medidas de circunferência de panturrilha,
força de preensão palmar, mobilidade funcional e nível de atividade física entre
grupos etários de idosos e identificar o melhor parâmetro clínico para o rastreamento
de redução de força e potência muscular de membros inferiores em idosos.
Com relação aos parâmetros avaliados, observou-se um declínio da força e
da potência muscular de membros inferiores, da medida da circunferência da
panturrilha, da força de preensão palmar, da velocidade de marcha habitual e
máxima e do nível de atividade fisica com o avançar da idade. As correlações
obtidas demonstraram uma associação das mensurações de força e potência de
membros inferiores principalmente com as medidas de velocidade de marcha e força
de preensão palmar. As fracas correlações dos parâmetros de função muscular de
membros inferiores com as medidas de circunferência de panturrilha e nível de
atividade física, devem-se possivelmente à presença de gordura subcutânea nos
idosos com sobrepeso e obesos e às dificuldades da avaliação do nível de atividade
física de idosos por meio de auto-relato, respectivamente. Adicionalmente,
considerando as correlações observadas no presente estudo, a medida da força de
preensão palmar demonstrou capacidade de prever a diminuição da função
muscular de membros inferiores.
Concluindo, os resultados deste estudo apontam para o declínio funcional,
muscular e do nível de atividade física com o avançar da idade e para a
possibilidade de discriminação de valores de força de preensão palmar capazes de
prever diminuição da força e da potência muscular de membros inferiores em idosos.
Estas observações sugerem a possibilidade de rastreamento e identificação de
70
alterações funcionais por meio da força de preensão palmar e favorecem a
intervenção precoce e a prevenção de incapacidades. Além disso, indicam a
necessidade de implementação de campanhas que incentivem a manutenção do
nível de atividade física nos idosos e a importância de otimização do treinamento de
força e potência muscular nos programas de prevenção e reabilitação, objetivando a
diminuição das perdas musculares acentuadas e manutenção da mobilidade
funcional global em idosos comunitários.
Estes achados se aplicam à amostra avaliada de idosos comunitários ativos,
entretanto, recomenda-se que estudos futuros continuem investigando o
comportamento dos parâmetros funcionais e musculares de idosos com o avançar
da idade. Adicionalmente, sugere-se a realização de acompanhamento longitudinal
para diminuir possíveis limitações observadas neste estudo e para introduzir a
ferramenta de medida de força de preensão palmar na rotina clínica de avaliação de
pacientes geriátricos.
71
APÊNDICE A: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Sarcopenia, Mobilidade Funcional e Nível de Atividade Física em Idosos da
Comunidade
RESPONSÁVEIS:
Pesquisadora: Patrícia Azevedo Garcia (31) 3245-3717; (31) 9229-9550
Orientador: Prof. Dr. João Marcos Domingues Dias (31) 3409-4783
Co-orientadora: Profa. Dra. Rosângela Corrêa Dias (31) 3409-4783
INSTITUIÇÃO:
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Escola de Educação Física,
Fisioterapia e Terapia Ocupacional Departamento de Fisioterapia Laboratório de
Desempenho Motor e Funcional Humano
Endereço: Avenida Antônio Carlos, 6627, 3
o
andar Campus Pampulha -
Belo Horizonte Minas Gerais - CEP: 31270-901 - Telefone: (31) 3409-4781
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA UFMG (COEP)
Endereço: Avenida Antônio Carlos, 6627 - Unidade Administrativa II
andar - Campus Pampulha - Belo Horizonte MG - Telefone: 3409-4592
Prezado(a) participante,
Obrigada pelo seu interesse em participar do estudo. O objetivo
desta pesquisa é investigar a força dos músculos do quadril, joelho e
tornozelo, a velocidade da caminhada e a quantidade de atividades
físicas que são desenvolvidas no dia-a-dia em pessoas acima de 65
72
anos. Esta pesquisa auxiliará na caracterização do estado de saúde e
na identificação dos problemas de saúde comuns em idosos. Além
disso, este estudo contribuirá para a melhor utilização dos métodos de
avaliação, para implementação de programas de orientação e
intervenção que evitem, de forma precoce, o aparecimento desses
problemas.
Procedimento do estudo:
O estudo constará de três etapas a serem realizadas no mesmo
local e em dois encontros que deverão durar aproximadamente duas
horas cada. Estas etapas encontram-se descritas a seguir na seqüência
em que serão executadas.
1
a
Etapa (primeiro dia):
Será composta de uma avaliação clínica que identificará sua
idade, seu peso, altura, sintoma de dor, seu lado dominante, utilização
de suplemento nutricional, reposição hormonal, ocorrência de quedas,
doenças existentes, movimentação do seu quadril, joelho e tornozelo, e
será medida a circunferência da sua perna (batata da perna).
Também será aplicado um questionário que pergunta sobre as
atividades diárias que você ainda faz, que deixou de fazer ou que nunca
fez.
2
a
Etapa (primeiro dia):
73
Será avaliada a sua velocidade de caminhada utilizando um ritmo
rápido e outro habitual que será escolhido por você.
3
a
Etapa (primeiro e segundo dias):
Será avaliada a força dos músculos do quadril, joelho e tornozelo
num aparelho apropriado. Para tal, você será solicitado a realizar força
para esticar e dobrar o quadril (coxa), o joelho e o tornozelo contra a
alavanca de um equipamento que fornecerá resistência a esses
movimentos (dinamômetro).
Possíveis Riscos e Desconfortos:
Esclarecemos que os riscos de sua participação são mínimos.
Você poderá sentir algum cansaço nas pernas na avaliação da força da
musculatura, mas que deverá desaparecer com o tempo. Os testes
serão imediatamente interrompidos a seu pedido ou diante de qualquer
sinal ou sintoma diferente do normal, sendo tomadas as providências
necessárias. Se houver prejuízo à sua saúde comprovadamente
causada pelos procedimentos a que será submetido(a) neste estudo,
você será encaminhado(a) a tratamento médico adequado, que será de
responsabilidade dos pesquisadores, sem nenhum custo para você.
Para evitarmos o cansaço durante as etapas de teste, serão fornecidos
intervalos de descanso durante e entre os testes. Para a avaliação da
velocidade de caminhada, a pista de 10 metros será plana e sem
74
obstáculos, e um examinador andará ao lado e atrás de você para
garantir segurança.
Benefícios:
Os benefícios que você terá com tais procedimentos incluem uma
avaliação detalhada da força da sua musculatura do quadril, joelho e
tornozelo, da quantidade de atividades que são desenvolvidas no seu
dia-a-dia e da sua velocidade de caminhada. Este estudo também
ajudará os profissionais da área de geriatria, gerontologia e reabilitação
a compreender melhor as mudanças que ocorrem com o
envelhecimento e a estruturar futuramente programas de orientação e
intervenções precoces mais eficientes.
Forma de Acompanhamento e Assistência:
Os testes serão realizados pela equipe do Laboratório de
Desempenho Motor e Funcional Humano e coordenados pela mestranda
e fisioterapeuta Patrícia Azevedo Garcia, que se responsabiliza pelas
despesas, transporte e acompanhamento até atendimento de urgência
em caso de qualquer intercorrência.
Garantia de Esclarecimento
Você tem o direito de receber informações acerca da pesquisa e
75
dos procedimentos que serão realizados em qualquer momento da
pesquisa.
Direito de Recusa ou abandono:
Sua participação é inteiramente voluntária e, caso você não deseje
mais participar do estudo, terá a liberdade de se retirar, sem que recaia
sobre você nenhuma penalização ou prejuízo.
Garantia de sigilo
Seu nome será mantido em anonimato. Sua identidade não será
revelada em nenhum momento. Os dados obtidos serão confidenciais e
serão utilizados apenas para fins científicos.
Ressarcimento e Indenização
Informamos que você não terá qualquer tipo de despesa para
participar da pesquisa, que a participação neste estudo é voluntária e
que você não receberá qualquer tipo de compensação financeira em
função da sua participação. Entretanto, os custos com o seu
deslocamento até o local da pesquisa e quaisquer outros gastos
adicionais serão de responsabilidade dos pesquisadores.
Depois de ter lido as informações acima, se for de sua vontade
76
participar, por favor, preencha o consentimento abaixo.
CONSENTIMENTO
Declaro que li e entendi as informações contidas acima. Todas as
minhas dúvidas foram esclarecidas e recebi uma cópia deste formulário
de consentimento.
Assim, eu ___________________________________________,
abaixo assinado, concordo em participar, de livre e espontânea
vontade, deste estudo.
Belo Horizonte, _____ de ____________________ de ____________.
__________________________ __________________________
Assinatura do participante Testemunha
Responsáveis:
__________________________ __________________________
Patrícia Azevedo Garcia Prof. Dr. João Marcos Domingues Dias
Pesquisadora Orientador
77
TERMO DE UTILIZAÇÃO DE IMAGEM
Eu, ______________________________________________________,
autorizo a utilização de minha imagem, em filmes ou fotografias, em
eventos tais como: congressos, simpósios, jornadas, salas de aula e em
revistas científicas, com o estrito propósito de cunho científico.
Belo Horizonte, _____ de __________________________ de _______.
____________________________________________
Assinatura do Voluntário
____________________________________________
Testemunha
__________________________ __________________________
Patrícia Azevedo Garcia Prof. Dr. João Marcos Domingues Dias
Pesquisadora Orientador
78
APÊNDICE B: Ficha de Avaliação Inicial
FICHA DE AVALIAÇÃO INICIAL
Data da Avaliação: ________/________/________
Nome: ____________________________________________________________________
Endereço: _________________________________________________________________
Telefone: ________________________
Celular: ___________________________
Gênero:
( ) Feminino
( ) Masculino
Raça:
( ) Branca
( ) Pardo
( ) Negro
( ) Amarelo
Data de Nascimento: ________/_______/_______
Idade: _________ anos
Profissão (atual/anterior): ______________________________________________
Estado Civil:
( )
Viúvo
( )
Divorciado
( )
Casado
( )
União Estável
( )
Solteiro
( )
Outro
Escolaridade:
( ) Freqüentou a escola anos de estudo: ________________
( ) Sabe ler, mas não freqüentou a escola
( ) Assina o próprio nome
( ) Não assina o próprio nome
Membro inferior dominante:
( ) Direito
( ) Esquerdo
Suplementação Nutricional:
( ) Não
( ) Sim Qual: ______________
Reposição Hormonal:
( ) Não
( ) Sim Qual: ______________
Co-morbidades:
Cardíacas
( ) Hipertensão
( ) Infarto
( ) Sopro
( ) Insuficiência Cardíaca
( ) Outras _____________
Respiratórias
( ) Pneumonia
( ) Bronquite
( ) Asma
( ) Enfisema
( ) TBC
( ) Outras _____________
Neurológicas
( ) AVC
( ) Parkinson
( ) Doenças Neuromusculares
( ) Outras _____________
Ortopédicas
( ) Artrite
( )Osteoartrose
( ) fraturas
( ) Outras _____________
Outras
( ) Diabetes Mellitus
( ) Dislipidemia
( ) Depressão
( ) Osteoporose
( ) Déficit Visual
( ) Déficit Auditivo
Tabagismo:
( ) Não-tabagista
( ) Tabagista
( ) Ex-tabagista
Anos ______
Maço ______
Etilismo:
( )Não-etilista
( ) Etilista social
( ) Etilista
( ) Ex-etilista
Vezes/sem_____
Copos_________
Medicamentos em uso: _______________________________________________________
__________________________________________________________________________
Prática de Exercício Regular
(4 últimas semanas)
( ) Não
( ) Sim
Tipo: ____________________
Duração: __________ min.
Freqüência: _____ x/semana
Dor (nas últimas 4 semanas)
( ) Não
( ) Sim
( )
Quadril
( )
Joelho
( )
Tornozelo
Dados Vitais:
PA: ______ x ______ mmHg
FC: ____________ bpm
Massa Corporal: _______ Kg
Estatura: __________ m
IMC: ____________
79
ANEXO A: Aprovação do Comitê de Ética
80
ANEXO B: Mini-Exame do Estado Mental
MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL
Instruções: Agora vou lhe fazer algumas perguntas que exigem atenção e um pouco de
sua memória. Por favor, tente se concentrar para respondê-las.
ORIENTAÇÃO NO TEMPO
Certo
Errado
1. Que dia do mês é hoje?
2. Em que mês estamos?
3. Em que ano estamos?
4. Em que dia da semana estamos?
5. Que horas são agora aproximadamente? (certo=variação de uma
hora)
ORIENTAÇÃO NO ESPAÇO
6. Em que local nós estamos? (dormitório, sala, apontando para o
chão, andar)
7. Que local é este aqui? (num sentido mais amplo para a casa,
prédio)
8. Em que bairro nós estamos? (parte da cidade ou rua próxima)
9. Em que cidade nós estamos?
10. Em que estado nós estamos?
REGISTRO: Agora, preste atenção. Eu vou dizer três palavras e o (a) Sr(a) vai repetí-las
quando eu terminar. Memorize-as, pois eu vou perguntar por elas, novamente, dentro de
alguns minutos. Certo? As palavras são: CARRO [pausa], VASO [pausa], TIJOLO
[pausa]. Agora repita as palavras pra mim [permita 5 tentativas, mas pontue a primeira]
11. CARRO
12. VASO
13. TIJOLO
ATENÇÃO E CÁLCULO: Agora eu gostaria que o(a) Sr(a) me dissesse quanto é:
14. 100 - 7
(93)
15. 93 - 7
(86)
16. 86 7
(79)
17. 79 - 7
(72)
18. 72 - 7
(65)
MEMÓRIA DE EVOCAÇÃO: O (a) senhora (a) consegue se lembrar das 3 palavras que
lhe pedi que repetisse agora pouco? (Correto = única tentativa sem dicas; repetição
das 3 palavras em qualquer ordem).
19. CARRO
20. VASO
21. TIJOLO
LINGUAGEM: [Aponte o caneta e o relógio e pergunte: o que é isto?]
22. CANETA
23. RELÓGIO
24. Preste atenção: vou lhe dizer uma frase e quero que repita depois
de mim: NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ. (Correto = repetição perfeita,
sem dicas.)
Agora pegue este papel com a mão direita. Dobre-o ao meio e coloque-o no chão.
25. PEGAR COM A MÃO DIREITA
26. DOBRAR AO MEIO
27. JOGAR NO CHÃO
28. Vou lhe mostrar uma folha onde está escrita uma frase. Gostaria
que fizesse o que está escrito. (FECHE OS OLHOS).
81
29. Gostaria que o (a) senhor (a) escrevesse uma frase de sua
escolha, qualquer uma, não precisa ser grande. (Se o idoso não
compreender, ajude-o dizendo alguma frase que tenha começo, meio
e fim, alguma coisa que aconteceu hoje ou alguma coisa que queira
dizer). Não são considerados para pontuação, erros gramaticais ou
ortográficos.
30. Vou lhe mostrar um desenho e gostaria que o senhor (a) copiasse,
da melhor forma possível. (Considere como acerto apenas se houver 2
pentágonos interseccionados com 10 ângulos formando uma figura de
4 lados ou com 4 ângulos)
TOTAL
Pontos de corte: analfabetos: 18/19; anos de estudo ≥ 1: 23/24
FRASE:
DESENHO:
82
ANEXO C: Questionário Perfil de Atividade Humana (PAH)
PERFIL DE ATIVIDADE HUMANA
Este folheto contém itens que descrevem atividades comuns que as pessoas
realizam em suas vidas diárias. Para cada questão, responda “ainda faço a
atividade” se você consegue realizar tal atividade sozinho quando precisa ou
quando tem oportunidade. Indique “parei de fazer” a atividade se você conseguia
realizá-la no passado, mas, provavelmente, não consegue realizá-la hoje, mesmo se
tivesse oportunidade. Finalmente, responda “nunca fiz” se você, por qualquer
motivo, nunca realizou tal atividade.
Instruções PAH
1) Principal dúvida: Decidir se ainda fazem ou se deixaram de fazer uma dada
atividade. Instrução: A melhor forma de decidir é perguntar a você mesmo se
poderia fazer essa atividade hoje, caso houvesse oportunidade.
2) O indivíduo deve responder se é capaz de cumprir o item, se for necessário, e não
simplesmente se costuma realizar ou não tal atividade no seu dia-a-dia. Não
confundir ter capacidade com ter oportunidade, costume ou prazer em realizá-las.
ATIVIDADES
Ainda
faço
Parei de
fazer
Nunca
fiz
1. Levantar e sentar em cadeiras ou cama (sem ajuda)
2. Ouvir rádio
3. Ler livros, revistas ou jornais
4. Escrever cartas ou bilhetes
5. Trabalhar numa mesa ou escrivaninha
6. Ficar de pé por mais que um minuto
7. Ficar de pé por mais que cinco minutos
8. Vestir e tirar roupa sem ajuda
9. Tirar roupas de gavetas ou armários
10. Entrar e sair do carro sem ajuda
11. Jantar num restaurante
12. Jogar baralho ou qualquer jogo de mesa
13. Tomar banho de banheira sem ajuda
14. Calçar sapatos e meias sem parar para descansar
15. Ir ao cinema, teatro ou a eventos religiosos ou esportivos
16. Caminhar 27 metros (um minuto)
17. Caminhar 27 metros sem parar (um minuto)
18. Vestir e tirar a roupa sem parar para descansar
19. Utilizar transporte público ou dirigir por 1 hora e meia (158
quilômetros ou menos)
20. Utilizar transporte público ou dirigir por ± 2 horas (160
quilômetros ou mais)
21. Cozinhar suas próprias refeições
22. Lavar ou secar vasilhas
23. Guardar mantimentos em armários
83
24. Passar ou dobrar roupas
25. Tirar poeira, lustrar movéis ou polir o carro
26. Tomar banho de chuveiro
27. Subir seis degraus
28. Subir seis degraus sem parar
29. Subir nove degraus
30. Subir 12 degraus
31. Caminhar metade de um quarteirão no plano
32. Caminhar metade de um quarteirão no plano sem parar
33. Arrumar a cama (sem trocar os lençóis)
34. Limpar janelas
35 Ajoelhar ou agachar para fazer trabalhos leves
36. Carregar uma sacola leve de mantimentos
37. Subir nove degraus sem parar
38. Subir 12 degraus sem parar
39. Caminhar metade de um quarteirão numa ladeira
40. Caminhar metade de um quarteirão numa ladeira, sem
parar
41. Fazer compras sozinho
42. Lavar roupas sem ajuda (pode ser com máquina)
43. Caminhar um quarteirão no plano
44. Caminhar 2 quarteirões no plano
45. Caminhar um quarteirão no plano, sem parar
46. Caminhar dois quarteirões no plano, sem parar
47. Esfregar o chão, paredes ou lavar carros
48. Arrumar a cama trocando lençóis
49. Varrer o chão
50. Varrer o chão por cinco minutos, sem parar
51. Carregar uma mala pesada ou jogar uma partida de boliche
52. Aspirar o pó de carpetes
53. Aspirar o pó de carpetes por cinco minutos, sem parar
54. Pintar o interior ou o exterior da casa
55. Caminhar seis quarteirões no plano
56. Caminhar seis quarteirões no plano, sem parar
57. Colocar o lixo para fora
58. Carregar uma sacola pesada de mantimentos
59. Subir 24 degraus
60. Subir 36 degraus
61. Subir 24 degraus, sem parar
62. Subir 36 degraus, sem parar
63. Caminhar 1,6 quilômetro (±20 minutos)
64. Caminhar 1,6 quilômetro (±20 minutos), sem parar
65. Correr 100 metros ou jogar peteca, “voley”, “baseball
66. Dançar socialmente
67. Fazer exercícios calistênicos ou dança aeróbia por cinco
minutos, sem parar
68. Cortar grama com cortadeira elétrica
69. Caminhar 3,2 quilômetros (±40 minutos)
70. Caminhar 3,2 quilômetros sem parar (±40 minutos)
71. Subir 50 degraus (2 andares e meio)
72. Usar ou cavar com a pá
73. Usar ou cavar com a pá por 5 minutos, sem parar
84
74. Subir 50 degraus (2 andares e meio), sem parar
75. Caminhar 4,8 quilômetros (±1 hora) ou jogar 18 buracos de
golfe
76. Caminhar 4,8 quilômetros (± 1 hora), sem parar
77. Nadar 25 metros
78. Nadar 25 metros, sem parar
79. Pedalar 1,6 quilômetro de bicicleta (2 quarteirões)
80. Pedalar 3,2 quilômetros de bicicleta (4 quarteirões)
81. Pedalar 1,6 quilômetro, sem parar
82. Pedalar 3,2 quilômetros, sem parar
83. Correr 400 metros (meio quarteirão)
84. Correr 800 metros (um quarteirão)
85. Jogar tênis/frescobol ou peteca
86. Jogar uma partida de basquete ou de futebol
87. Correr 400 metros, sem parar
88. Correr 800 metros, sem parar
89. Correr 1,6 quilômetro (2 quarteirões)
90. Correr 3,2 quilômetros (4 quarteirões)
91. Correr 4,8 quilômetros (6 quarteirões)
92. Correr 1,6 quilômetro em 12 minutos ou menos
93. Correr 3,2 quilômetros em 20 minutos ou menos
94. Correr 4,8 quilômetros em 30 minutos ou menos
- EMA (Escore Máximo de Atividade): Numeração da atividade com a mais alta
demanda de O
2
que o indivíduo ainda faz, não sendo necessário cálculo
matemático.
- EEA (Escore Ajustado de Atividade): EMA nº de itens que o indivíduo parou
de fazer anteriores ao último que ele ainda faz.
Classificação
EAA
Debilitado (inativo)
< 53
Moderadamente ativo
53 74
Ativo
> 74
85
ANEXO D: Normas para Publicação da Revista Brasileira de Fisioterapia
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DA REVISTA BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA
ISSN 1413-3555 versão impressa
ISSN 1809-9246 versão online
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
Objetivos, escopo e política
A Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy (RBF/BJPT)
publica relatos originais de pesquisa concernentes ao objeto principal de estudo da
Fisioterapia e ao seu campo de atuação profissional, veiculando estudos básicos sobre a
motricidade humana e investigações clínicas sobre a prevenção, o tratamento e a reabilitação
das disfunções do movimento. Será dada preferência de publicação àqueles manuscritos
originais que contribuam significativamente para o desenvolvimento conceitual dos objetos de
estudo da Fisioterapia ou que desenvolvam procedimentos experimentais novos.
Os artigos submetidos à Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical
Therapy devem preferencialmente enquadrar-se na categoria de Artigos Originais (novas
informações com materiais e métodos e resultados sistematicamente relatados).
Artigos de Revisão (síntese atualizada de assuntos bem estabelecidos, com análise crítica da
literatura consultada e conclusões) são publicados apenas a convite dos editores e devem
conter, no mínimo, 50 (cinqüenta) referências bibliográficas; Artigos de Revisão Passiva
submetidos espontaneamente não serão aceitos;
Artigos de Revisão Sistemática e Metanálises, Artigos Metodológicos apresentando aspectos
metodológicos de pesquisa ou de ensino e Estudos de Caso (apresentando condições
patológicas ou métodos/procedimentos incomuns que dificultem a execução de um estudo
científico) são publicados num percentual de até 20% do total de manuscritos.
Os artigos submetidos são analisados pelos editores e pelos revisores das áreas de
conhecimento, que estão assim divididas: Fundamentos e História da Fisioterapia;
Anatomia, Fisiologia, Cinesiologia e Biomecânica; Controle Motor, Comportamento e
Motricidade; Recursos Terapêuticos Físicos e Naturais; Recursos Terapêuticos Manuais;
Cinesioterapia; Prevenção em Fisioterapia/Ergonomia; Fisioterapia nas Condições
Musculoesqueléticas; Fisioterapia nas Condições Neurológicas; Fisioterapia nas Condições
Cardiovasculares e Respiratórias; Fisioterapia nas Condições Uroginecológicas e
Obstétricas; Ensino em Fisioterapia; Administração, Ética e Deontologia; Registro/Análise
do Movimento; Fisioterapia nas Condições Geriátricas e Medidas em Fisioterapia.
Cada artigo é analisado por, pelo menos, três revisores, os quais trabalham de maneira
independente e fazem parte da comunidade acadêmico-científica, sendo especialistas em suas
respectivas áreas de conhecimento. Os revisores permanecerão anônimos aos autores, assim
como os autores não serão identificados pelos revisores por recomendação expressa dos
editores.
Os editores coordenam as informações entre os autores e os revisores, cabendo-lhes a decisão
final sobre quais artigos serão publicados com base nas recomendações feitas pelos revisores.
Quando aceitos para publicação, os artigos estarão sujeitos a pequenas correções ou
modificações que não alterem o estilo do autor. Quando recusados, os artigos são
acompanhados por justificativa do editor.
A RBF/BJPT publica ainda: Seção Editorial; Cartas ao Editor; Resenhas de Livros (por
solicitação dos editores); Resumos de eventos como Suplemento após submissão e aprovação
de proposta ao Conselho Editorial. (A submissão de proposta será anual e realizada por edital,
86
atendendo às "Normas para publicação de suplementos" que podem ser obtidas no site
http://www.rbf.ufscar.br) e eventualmente, Agenda de Eventos Científicos próximos.
A Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy apóia as
políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde (OMS)
(http://www.who.int/ictrp/en/) e do International Committee of Medical Journal Editors
(ICMJE) (http://www.wame.org/resources/policies#trialreg e
http://www.icmje.org/clin_trialup.htm), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o
registro e a divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto.
Sendo assim, somente serão aceitos para publicação, a partir de 2007, os artigos de ensaios
clínicos que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios
Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão
disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje.org/faq.pdf.
Informações Gerais
A submissão dos manuscritos deverá ser efetuada pelo site http://www.rbf.ufscar.br e implica
que o trabalho não tenha sido publicado e não esteja sob consideração para publicação em
outro periódico. Quando parte do material tiver sido apresentada em uma comunicação
preliminar, em Simpósio, Congresso, etc., deve ser citada como nota de rodapé na página de
título e uma cópia deve acompanhar a submissão do manuscrito.
Os manuscritos publicados são de propriedade da Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian
Journal of Physical Therapy, e é vedada tanto a reprodução, mesmo que parcial em outros
periódicos, como a tradução para outro idioma sem a autorização dos Editores.
A partir de janeiro de 2008, todos os artigos publicados na RBF/BJPT terão também a sua
versão em inglês, disponibilizados na base de dados Scientific Electronic Library Online-
SciELO. Os artigos submetidos e aceitos em português deverão ser traduzidos para o inglês
por tradutores indicados pela RBF/BJPT. Os artigos submetidos em inglês e aceitos também
deverão ser encaminhados aos revisores de inglês indicados pela RBF/BJPT para revisão
final.
De acordo com a reunião do Conselho de Editores, realizada em 11 de outubro de 2007, é de
responsabilidade dos autores os pagamentos dos custos de tradução e revisão do inglês dos
manuscritos aceitos, sendo que a RBF/BJPT poderá subsidiar, de acordo com sua
disponibilidade orçamentária, até 50% dos custos desse processo.
Forma e Apresentação dos Manuscritos
É de responsabilidade dos autores a eliminação de todas as informações (exceto na página do
título e identificação) que possam identificar a origem ou autoria do artigo. Como exemplo,
na versão inicial deve-se mencionar o número do parecer, mas o nome do Comitê de Ética
deve ser mencionado de forma genérica, sem incluir a Instituição ou Laboratório, bem como
outros dados no texto e no título. Esse cuidado é necessário para que os assessores que
avaliarão o manuscrito não tenham acesso à identificação do(s) autor(es). Os dados completos
sobre o Parecer do Comitê de Ética devem ser incluídos na versão final em caso de aceite do
manuscrito.
Os manuscritos devem ser submetidos por via eletrônica pelo site http://www.rbf.ufscar.br,
preferencialmente em inglês, e devem ser digitados em espaço duplo, tamanho 12, fonte
Times New Roman com amplas margens (superior e inferior = 3 cm, laterais = 2,5 cm), não
ultrapassando 21 (vinte e uma) ginas (incluindo referências, figuras, tabelas e anexos).
Estudos de Caso não devem ultrapassar 10 (dez) páginas digitadas em sua extensão total,
incluindo referências, figuras, tabelas e anexos. (Adicionar números de linha no arquivo).
Ao submeter um manuscrito para publicação, os autores devem enviar por correio ou por via
eletrônica como documento(s) suplementar(es):
1) Carta de encaminhamento do material, contendo as seguintes informações:
87
a) Nomes completos dos autores e titulação de cada um;
b) Tipo e área principal do artigo (ver OBJETIVOS, ESCOPO E POLÍTICA);
c) Número e nome da Instituição que emitiu o parecer do Comitê de Ética para
pesquisas em seres humanos e para os experimentos em animais. Para as
pesquisas em seres humanos, incluir também uma declaração de que foi obtido
o Termo de Consentimento dos participantes do estudo;
d) Conforme descrito em OBJETIVOS, ESCOPO E POLÍTICA os
manuscritos com resultados relativos aos ensaios clínicos deverão apresentar
número de identificação que deverá ser registrado no final do Resumo/Abstract
(Sugestão de site para registro: www.actr.org.au);
2) Declaração de responsabilidade de conflitos de interesse. Os autores devem declarar a
existência ou não de eventuais conflitos de interesse (profissionais, financeiros e benefícios
diretos e indiretos) que possam influenciar os resultados da pesquisa;
3) Declaração assinada por todos os autores com o número de CPF indicando a
responsabilidade do(s) autor(es) pelo conteúdo do manuscrito e transferência de direitos
autorais (copyright) para a Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical
Therapy, caso o artigo venha a ser aceito pelos Editores.
Os modelos da carta de encaminhamento e das declarações encontram-se disponíveis no site
da Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy
http://www.ufscar.br/rbfisio/.
Formato do Manuscrito
O manuscrito deve ser elaborado com todas as páginas numeradas consecutivamente na
margem superior direita, com início na página de título, na seqüência abaixo:
1 Página de título e Identificação (1ª. página)
A página de identificação deve conter os seguintes dados:
a) Título do manuscrito em letras maiúsculas;
b) Autor: nome e sobrenome de cada autor, em letras maiúsculas, sem titulação, seguido por
número sobrescrito(expoente), identificando a afiliação institucional/vínculo
(Unidade/Instituição/ Cidade/Estado/País); Para mais que um autor, separar por vírgula;
ATENÇÃO: A RBF/BJPT aceita no máximo, 6 (seis) autores em um artigo. Outras pessoas
que contribuíram para o trabalho podem ser incluídas no final do texto.
c) Nome e endereço completo (incluindo número de telefone e e-mail do autor para envio de
correspondência). É de responsabilidade do autor correspondente manter atualizado o
endereço e e-mail para contatos;
d) Título para as páginas do artigo: indicar um título curto para ser usado no cabeçalho das
páginas do artigo (língua portuguesa), não excedendo 60 caracteres;
e) Palavras-chave: uma lista de termos de indexação ou palavras-chave (máximo seis) deve
ser incluída. A RBF/BJPT recomenda o uso do DeCS Descritores em Ciências da Saúde
para consulta aos termos de indexação (palavras-chave) a serem utilizados no artigo
(http://decs.bvs.br/).
1 Resumo (2ª. página)
Para autores brasileiros, o resumo deve ser escrito em língua portuguesa e língua inglesa. Para
88
os demais países, apenas em língua inglesa. Uma exposição concisa, que não exceda 250
palavras em um único parágrafo digitado em espaço duplo, deve ser escrita em folha separada
e colocada logo após a página de título. O resumo deve ser apresentado em formato
estruturado, incluindo os seguintes itens separadamente: Contextualização (opcional),
Objetivos, Métodos, Resultados e Conclusões.
Notas de rodapé e abreviações não definidas não devem ser usadas. Se for preciso citar uma
referência, a citação completa deve ser feita dentro do resumo, uma vez que os resumos são
publicados separadamente pelos Serviços de Informação, Catalogação e Indexação
Bibliográficas e eles devem conter dados suficientemente sólidos para serem apreciados por
um leitor que não teve acesso ao artigo como um todo.
1 Abstract (3ª. página)
Em caso de submissão em língua portuguesa, o título, o título curto, o resumo estruturado e as
palavras-chave do artigo devem ser traduzidos para o inglês sem alteração do conteúdo.
Após o Abstract, incluir, em itens destacados, a Introdução, Materiais e todos, Resultados
e a Discussão:
Introdução - deve informar sobre o objeto investigado e conter os objetivos da investigação,
suas relações com outros trabalhos da área e os motivos que levaram o(s) autor(es) a
empreender a pesquisa.
Materiais e Métodos - descrever de modo a permitir que o trabalho possa ser inteiramente
repetido por outros pesquisadores. Incluir todas as informações necessárias ou fazer
referências a artigos publicados em outras revistas científicas para permitir a replicabilidade
dos dados coletados. Recomenda-se fortemente que estudos de intervenção apresentem grupo
controle e, quando possível, aleatorização da amostra.
Resultados - devem ser apresentados de forma breve e concisa. Tabelas, Figuras e Anexos
podem ser incluídos quando necessários (indicar, no texto, onde devem ser incluídos) para
garantir melhor e mais efetiva compreensão dos dados, desde que não ultrapassem o número
de páginas permitido.
Discussão - o objetivo da discussão é interpretar os resultados e relacioná-los aos
conhecimentos existentes e disponíveis, principalmente àqueles que foram indicados na
Introdução do trabalho. As informações dadas anteriormente no texto (na Introdução,
Materiais e Métodos e Resultados) podem ser citadas, mas não devem ser repetidas em
detalhes na discussão.
Após a Introdução, Materiais e Métodos, Resultados e Discussão, incluir:
a) Agradecimentos
Quando apropriados, os agradecimentos poderão ser incluídos, de forma concisa, no final do
texto, antes das Referências Bibliográficas, especificando: assistências técnicas, subvenções
para a pesquisa e bolsa de estudo e colaboração de pessoas que merecem reconhecimento
(aconselhamento e assistência). Os autores são responsáveis pela obtenção da permissão
documentada, das pessoas cujos nomes constam dos Agradecimentos;
b) Referências Bibliográficas
O número recomendado é de no mínimo: 50 (cinqüenta) referências bibliográficas para Artigo
de Revisão; 30 (trinta) referências bibliográficas para Artigo Original, Meta-análise, Revisão
89
Sistemática e Metodológico e 10 (dez) referências bibliográficas para Estudos de Caso. As
referências bibliográficas devem ser organizadas em seqüência numérica, de acordo com a
ordem em que forem mencionadas pela primeira vez no texto, seguindo os Requisitos
Uniformizados para Manuscritos Submetidos a Jornais Biomédicos, elaborado pelo Comitê
Internacional de Editores de Revistas Médicas (International Committee of Medical Journal
Editors ICMJE http://www.icmje.org/index.html).;
Os títulos de periódicos devem ser referidos de forma abreviada, de acordo com a List of
Journals do Index Medicus (http://www.index-medicus.com). As revistas não indexadas não
deverão ter seus nomes abreviados.
As citações das referências bibliográficas devem ser mencionadas no texto em números
sobrescritos (expoente), sem datas. A exatidão das referências bibliográficas constantes no
manuscrito e a correta citação no texto são de responsabilidade do(s) autor(es) do manuscrito;
Ver exemplos no endereço http://www.rbf.ufscar.br/.
c) Notas de Rodapé
As notas de rodapé do texto, se imprescindíveis, devem ser numeradas consecutivamente em
sobrescrito no manuscrito e escrita em folha separada, colocada no final do material após as
Referências;
d) Tabelas e Figuras
Tabelas. Todas as tabelas devem ser citadas no texto em ordem numérica. Cada tabela deve
ser digitada em espaço duplo, em página separada. As tabelas devem ser numeradas,
consecutivamente, com algarismos arábicos e inseridas no final do texto. Um tulo descritivo
e legendas devem tornar as tabelas compreensíveis, sem necessidade de consulta ao texto do
artigo.
As tabelas não devem ser formatadas com marcadores horizontais nem verticais, apenas
necessitam de linhas horizontais para a separação de suas sessões principais. Usar parágrafos
ou recuos e espaços verticais e horizontais para agrupar os dados.
Figuras. Digitar todas as legendas em espaço duplo. Explicar todos os símbolos e
abreviações. As legendas devem tornar as figuras compreensíveis, sem necessidade de
consulta ao texto. Todas as figuras devem ser citadas no texto, em ordem numérica e
identificadas.
Figuras - Arte Final. Todas as figuras devem estar no formato .tiff. Não é recomendado o uso
de cores. Figuras de baixa qualidade podem resultar em atrasos na aceitação e publicação do
artigo.
Usar letras em caixa-alta (A, B, C, etc.) para identificar as partes individuais de figuras
múltiplas. Se possível, todos os símbolos devem aparecer nas legendas. Entretanto, símbolos
para identificação de curvas em um gráfico podem ser incluídos no corpo de uma figura,
desde que isso não dificulte a análise dos dados.
Cada figura deve estar claramente identificada. As figuras devem ser numeradas,
consecutivamente, em arábico, na ordem em que aparecem no texto. Não agrupar diferentes
figuras em uma única página;
e) Tabelas, Figuras e Anexos - inglês
Um conjunto adicional em inglês das tabelas, figuras, anexos e suas respectivas legendas deve
ser anexado como documento suplementar, para artigos submetidos em ngua portuguesa.
Este conjunto adicional não será contabilizado no total de páginas do manuscrito.
Outras Considerações
Unidades. Usar o Sistema Internacional (SI) de unidades métricas para as medidas e
90
abreviações das unidades.
Artigos de Revisão Sistemática e Meta-análises. Devem incluir uma seção que descreva os
métodos empregados para localizar, selecionar, obter, classificar e sintetizar as informações.
Estudos de Caso. Devem ser restritos às condições de saúde ou métodos/procedimentos
incomuns, sobre os quais o desenvolvimento de artigo original seja impraticável. Dessa
forma, os relatos de casos clínicos não precisam necessariamente seguir a estrutura canônica
dos artigos originais, mas devem apresentar um delineamento metodológico que permita a
reprodutibilidade das intervenções ou procedimentos relatados. Recomenda-se muito cuidado
ao propor generalizações de resultados a partir desses estudos. Desenhos experimentais de
caso único serão tratados como artigos científicos e devem seguir as normas estabelecidas
pela Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy.
Cartas ao Editor. Críticas às matérias publicadas, de maneiras construtivas, objetivas e
educativas, consultas às situações clínicas e discussões de assuntos específicos à Fisioterapia
serão publicados a critério dos editores. Quando a carta se referir a comentários técnicos
(réplicas) aos artigos publicados na RBF/BJPT, esta será publicada junto com a tréplica dos
autores do artigo objeto de análise e/ou crítica.
Conflitos de Interesse: Os autores são responsáveis pela declaração de qualquer tipo de
conflitos de interesse na realização da pesquisa, tanto de ordem financeira como de qualquer
outra natureza.
O relator deve comunicar aos editores quaisquer conflitos de interesse que possam influenciar
na emissão de parecer sobre o manuscrito e, quando couber, deve declarar-se não qualificado
para revisá-lo.
Considerações Éticas e Legais. Evitar o uso de iniciais, nomes ou números de registros
hospitalares dos pacientes. Um paciente não poderá ser identificado em fotografias, exceto
com consentimento expresso, por escrito, acompanhando o trabalho original. As tabelas e/ou
figuras publicadas em outras revistas ou livros devem conter as respectivas referências e o
consentimento, por escrito, do autor ou editores.
Estudos realizados em humanos devem estar de acordo com os padrões éticos e com o devido
consentimento livre e esclarecido dos participantes (reporte-se à Resolução 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde que trata do Código de Ética para Pesquisa em Seres Humanos).
Para as pesquisas em humanos, deve-se incluir o número do Parecer da aprovação das
mesmas pela Comissão de Ética em Pesquisa, que deve ser devidamente registrada no
Conselho Nacional de Saúde do Hospital ou Universidade ou o mais próximo da localização
de sua região.
Para os experimentos em animais, considerar as diretrizes internacionais (por exemplo, a do
Committee for Research and Ethical Issues of the International Association for the Study of
Pain, publicada em PAIN, 16: 109-110, 1983).
A Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy reserva-se o
direito de não publicar trabalhos que não obedeçam às normas legais e éticas para pesquisas
em seres humanos e para os experimentos em animais.
É recomendável que estudos relatando resultados eletromiográficos sigam os "Standards for
Reporting EMG Data" recomendados pela ISEK.
91
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se o artigo for encaminhado aos autores para revisão e não retornar à RBF/BJPT dentro de 6
(seis) semanas, o processo de revisão será considerado encerrado. Caso o mesmo artigo seja
reencaminhado, um novo processo será iniciado, com data atualizada. A data do aceite será
registrada quando os autores retornarem o manuscrito, após a correção final aceita pelos
Editores.
As provas finais serão enviadas por e-mail aos autores, no endereço indicado na
submissão, para revisão final (dúvidas e/ou discordâncias de revisão), não sendo permitidas
quaisquer outras alterações. Manuscrito em prova final não devolvido em 48 horas, poderá a
critério dos editores, ser publicado na forma em que se apresenta ou ter sua publicação
postergada para um próximo número.
Após publicação do artigo ou processo de revisão encerrado, toda documentação referente ao
processo de revisão será incinerada.
Contato:
Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy
Secretaria Geral - Universidade Federal de São Carlos
Rodovia Washington Luís, km 235, Caixa Postal 676
CEP 13565-905, São Carlos, SP, Brasil
Tel.: +55(16) 3351-8755
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