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LIDIANE ANDRÉA OLIVEIRA LIMA
DESEMPENHO MUSCULAR DE INDIVÍDUOS NA FASE INICIAL DA
DOENÇA DE PARKINSON
Belo Horizonte
2008
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2
Lidiane Andréa Oliveira Lima
DESEMPENHO MUSCULAR DE INDIVÍDUOS NA FASE INICIAL DA
DOENÇA DE PARKINSON
Dissertação a ser apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Ciências da
Reabilitação, da Escola de Educação Física,
Fisioterapia e Terapia Ocupacional da
Universidade Federal de Minas Gerais, como
requisito parcial à obtenção do título de
Mestre em Ciências da Reabilitação.
Área de Concentração: Desempenho Motor e
Funcional Humano
Orientadora: Profª. Drª. tima Rodrigues de
Paula.
Belo Horizonte
2008
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3
RESUMO
A doença de parkinson (DP) é uma doença crônica neurodegenerativa com impacto importante na
vida do paciente e na sociedade. Os sintomas motores característicos são: tremor de repouso,
bradicinesia, rigidez e instabilidade postural que ocorre em fases mais tardias da doença. A
progressão dos sintomas determina o nível de incapacidade motora no indivíduo com DP e é,
também, associada à déficits periféricos como perda progressiva de massa muscular, diminuição
da força muscular e da resisncia e deterioração da aptidão física. Alterações da força muscular
em fase avançada da DP é um achado comum e incapacitante para o indivíduo. Porém, mesmo na
fase inicial, indivíduos com DP poderiam apresentar perda de força muscular. A literatura tem
apontado ficits de torque e força muscular em diferentes estágios da DP com diferenças entre
os membros mais e menos comprometidos pela sintomatologia parkinsoniana. Entretanto, os
resultados são controversos em relação à presença dessa assimetria na fase inicial da doença. Tem
sido sugerido que indivíduos com DP apresentam um déficit na ativação dos músculos extensores
o que contribuíria para a postura clinicamente observada na fase avançada da DP.
Alguns estudos
sugeriram que tal ficit poderia estar presente desde a fase inicial da doença. O objetivo do
presente estudo foi comparar as medidas de desempenho muscular de flexores e extensores do
tronco, quadril, joelho e tornozelo entre indivíduos na fase inicial da DP e indivíduos sem a
doença, comparar as medidas de desempenho muscular de flexores e extensores do quadril,
joelho e tornozelo entre os membros inferiores mais e menos comprometidos dos indivíduos na
fase inicial da DP e comparar as medidas de desempenho muscular entre flexores e extensores do
tronco, quadril, joelho e tornozelo dos indivíduos na fase inicial da DP. Participaram do presente
estudo 20 indivíduos acima de 50 anos divididos em 2 grupos: um experimental composto por 10
indiduos com DP na fase inicial e o outro controle, com 10 indivíduos sem DP, emparelhados
4
por idade, nível de atividade física, sexo, altura e peso. O dinamômetro isocinético Biodex
System 3 Pro® (Biodex Medical Systems Inc., Shirley, NY, USA) foi utilizado para a avaliação do
desempenho muscular dos flexores e extensores de quadris, joelhos, tornozelos e tronco dos
indiduos com e sem DP. As variáveis avaliadas neste estudo foram trabalho e potência média
normalizados pelo peso corporal e a relação agonista/antagonista nas velocidades angulares de
30º/s (lenta) e 90º/s (rápida), no modo concêntrico-concêntrico, para os membros inferiores e de
120º/s para o tronco. A análise dos dados foi feita através do programa SPSS (versão 15.0 para
Windows) e alises de variância (ANOVA) mista para medidas repetidas com dois níveis
fatoriais. Os indivíduos na fase inicial da DP do presente estudo apresentaram um desempenho
muscular significativamente inferior nos membros inferiores e tronco quando comparados a
indiduos sem a doença. O grupo com DP mostrou pior performance muscular, principalmente
da musculatura axial e proximal do corpo, em relação aos músculos distais. Observou-se,
também, um pior desempenho do membro inferior não dominante no grupo controle e do
membro mais afetado no grupo com DP, principalmente na velocidade mais alta. A variável
razão agonista/antagonista não demonstrou diferença significativa entre os grupos e membros
inferiores em nenhum dos grupos musculares testados. Os indivíduos na fase inicial do presente
estudo apresentaram pior desempenho muscular nos membros inferiores e tronco quando
comparados a indivíduos sem doença. Os resultados indicaram ainda que os músculos flexores e
extensores das regiões axial e proximal do corpo, podem ser afetadas mais precocemente pela DP
em relação à musculatura distal. Além disso, os grupos apresentaram um desempenho muscular
assimétrico entre os membros inferiores.
Palavras-chave: Doença de Parkinson, força muscular, torque, dinamômetro isocinético
5
ABSTRACT
Parkinsons Disease (PD) is a chronic neurodegenerative disease with an important impact in the
life of the patient and society. Its common motor symptoms are: resting tremor, bradykinesia,
rigidity and postural instability which occur in later stages of the disease. The progression of the
symptoms determines the motor incapacity of the individual with PD and it’s also associated with
peripheral deficits such as progressive loss of muscular mass, weakening of the muscular strength
and resistance, the diminishment of the physical abilities. Changes in the muscle strength in
advanced phase of PD are a common find and the disability for the individual. However, even in
the early phase, individuals with PD can present a loss of muscular strength. The literature has
shown deficits in the torque and muscular strength in different stages of PD with differences
between members more and less affected by Parkinson’s syntomatology. However, the results
are controversial in relation to the asymmetry in the early phase of the disease. It has been
suggested that individuals with PD presents a deficit in the activation of the extensor muscles
what would contribute to the posture clinically observed in the advanced stages of PD. Some
studies have suggested that this deficit could be present since the early phase of the disease. The
objective of this present study was to compare the measurement of muscular performance of
flexor and extensors in the trunk, hips, knee and ankle between individuals in the early phase of
PD and individuals without the disease; to compare measurement of muscular performance of
flexors and extensors of the hips, knee and ankle and in the inferior members more and less
affected in individuals in the early phase of PD; and to compare the measurement of muscular
performance between flexors and extensor of the trunk, hips, knee and ankle of the individual in
the early phase of PD. Twenty individuals above 50 years old participated in this study; they
were divided in two groups: one experimental group made up of 10 individuals with PD in the in
6
early phase and the control one made up of 10 individuals without PD, age, level of physical
activity, sex, height and weight matched. The isokinetic dynamometer Biodex System 3 Pros®
(Biodex Medical Systems Inc., Shirley, NY, USA) was used for the evaluation of the muscular
performance of the flexors and extensors of the hips, knees, ankles and trunk of the individuals
with or without PD. The variables evaluated in this study were total work and medium power
normalized by the body weight in agonist/antagonist relation in the angular speed of 30 º/s (slow)
and 90º/s (fast), in a concentric-concentric for the inferior members and 120º/s for the trunk. The
data analysis was made with a program SPSS (version 15.0 for Windows) and the analysis of
variance (ANOVA) mixed for the repetitive measurements for two factorials levels. The
individuals in the early stage of PD the present study exhibited a muscular performance notably
inferior in the legs and trunk when compared with the individuals without the disease. The group
with PD presented worse muscular performance especially in the axial and proximal muscles of
the body in relation to the distal muscles. It was also observed a worse performance in the non-
dominant inferior member in the control group and the member more affected in the group with
PD, especially in the higher speed. The variable reason agonist/antagonist didn’t exhibit a
meaningful difference in the groups and inferior members and neither one of the muscle groups
tested. The individuals in the early phase of the present study displayed worse muscular
performance in the inferior members and the trunk, when compared with the individuals without
the disease. The results also indicated that the flexor muscles and extensors of the axial and
proximal areas of the body can be affected earlier by PD in relation to the distal muscles. In
addition, the groups presented an asymmetrical muscular performance between the inferior
members.
Key words: Parkinson’s Disease, muscle strength, torque, isokinetic dynamometry.
7
SUMÁRIO
Capítulo1- INTRODUÇÃO................................................................................................9
1.1 Doença de Parkinson............................................................................................9
1.2 Neurofisiologia da Doença de Parkinson ............................................................13
1.3 Força muscular e Doença de Parkinson...............................................................15
1.4 Objetivos do estudo.............................................................................................18
Capítulo 2 – MATERIAL E MÉTODOS...........................................................................19
2.1 Delineamento do estudo........................................................................................19
2.2 Local de realização................................................................................................19
2.3 Amostra.................................................................................................................19
2.4 Critérios de Inclusão..............................................................................................20
2.4.1 Grupo experimental...............................................................................20
2.4.2 Grupo controle.......................................................................................21
2.5 Instrumentos de medida.........................................................................................21
2.5.1 Ficha de identificação.............................................................................21
2.5.2 Dinamômetro isocinético........................................................................23
2.5.3 Kit Multisprint para velocidade de marcha.............................................24
2.6 Procedimentos........................................................................................................25
2.7 Redução e análise dos dados..................................................................................30
2.8 Análise Estatística..................................................................................................30
Capítulo 3 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................31
Capítulo 4 – Artigo “Desempenho muscular de indivíduos na fase inicial
da Doença de Parkinson”.........................................................................................39
8
Introdução........................................................................................................42
Materiais e Métodos........................................................................................43
Resultados........................................................................................................46
Discuso.........................................................................................................48
Conclusão.........................................................................................................53
Referências Bibliográficas...............................................................................53
Tabelas ............................................................................................................57
Capítulo 5 – Considerações Finais.......................................................................................61
ANEXO 1: Carta de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa
da UFMG........................................................................................................62
ANEXO 2: Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yahr............................63
ANEXO 3: Instrumento Mini-exame do estado mental............................64
ANEXO 4 Normas de publicação – Revista Brasileira de Fisioterapia...66
APÊNDICE 1: Termo de consentimento Livre e Esclarecido..................72
APÊNDICE 2: Ficha de Identificação e Avaliação do grupo com DP.....78
APÊNDICE 3: Ficha de Identificação e Avaliação do grupo controle....86
9
Capítulo 1 - INTRODUÇÃO
1.1 DOENÇA DE PARKINSON
A doença de parkinson (DP) é uma doença crônica neurodegenerativa com impacto
importante na vida do paciente e na sociedade.
1,2
Estima-se que os custos diretos e indiretos
relacionados a DP, excedam 20 bilhões de dólares anualmente, com projeções para o dobro desse
valor devido ao envelhecimento populacional.
1
É caracterizada como sendo uma doença
idiotica progressiva e é considerada como a segunda doença neurológica mais comum do
mundo,
3,4,5
perdendo apenas para a doença de Alzheimer.
1,6
A DP afeta entre 1 e 2% de
indiduos acima de 65 anos de idade,
7
alguns dados indicam uma prevalência de 4 a 5% em
indiduos acima de 85 anos.
8,9
No Brasil, a prevalência da DP é de aproximadamente 3%.
10
A apresentação clínica da DP pode variar entre os indivíduos. Os sintomas motores
característicos o: tremor de repouso, bradicinesia, rigidez e instabilidade postural que ocorre
em fases mais tardias da doença.
11-14
Am disso, os indivíduos podem apresentar distúrbios da
marcha,
15,16
alterações posturais
17,18
e sinais não motores como tendência ao isolamento social,
ansiedade, distúrbios do sono, fadiga e depressão.
19,20
Os sintomas motores usualmente
comam assimetricamente e gradualmente progridem para o lado contralateral.
21
Embora esses
sintomas possam estar presentes em outras formas de parkinsonismos, o ínicio assimétrico,
progressão gradual e resposta a levodopa sugere o diagnóstico de DP idiopática.
1
A rigidez é medida pela quantidade de resistência imposta a um membro quando
passivamente mobilizado. O membro de um indivíduo com DP apresenta maior resistência ao
movimento passivo do que o membro de um indivíduo sem a doença.
22
Considera-se que a
10
alteração das propriedades mecânicas dos músculos e articulações, produzidas pela DP, possa
contribuir com a presença da rigidez.
22
O sintoma inicial mais comumente encontrado na DP é o tremor de repouso assimétrico
que atinge 70 a 90% dos indivíduos e, freqüentemente, envolve o polegar e o punho.
21
Tremor
pode ser o sintoma mais visível na DP, mas raramente é o mais incapacitante.
21
A instabilidade postural refere-se à perda gradual do equilíbrio, levando a um aumento da
probabilidade de quedas com impacto devastador sobre a mobilidade.
23,24
Inicialmente, pode
manifestar-se como incapacidade de recuperar o equilíbrio quando empurrado
25
e,
progressivamente, modificar-se para a incapacidade de ficar de pé sem suporte ou mesmo sentar.
A bradicinesia ou lentidão do movimento é o sintoma mais incapacitante da doença
26,27,28
,
e contribui para queixas comuns como dificuldade em levantar-se da cadeira e entrar e sair do
carro.
21
A acinesia e a hipocinesia estão diretamente relacionadas à bradicinesia e também
limitam a mobilidade.
27,28
A acinesia é a lentidão em iniciar o movimento, enquanto a hipocinesia
refere-se a diminuição da amplitude e tamanho do movimento.
2,27,28
Além das mudanças no
funcionamento do circuito dos núcleos da base, outros fatores contribuem para a bradicinesia.
Tais fatores incluem fraqueza muscular, tremor e padrões de ativação muscular alterados.
27,28
Estudos m demonstrado uma redução da força muscular em indivíduos com DP quando
comparados a indivíduos sem a doença.
29,30,31
Segundo Berardelli et al
27
, indivíduos com DP
podem ter alguns grupos musculares fracos e isso, inevitavelmente, pode favorecer a lentidão do
movimento em tais indivíduos. Ainda que os fatores secundários contribuam para a bradicinesia,
o principal déficit parece ser o recrutamento insuficiente da força muscular durante a iniciação do
movimento.
27
11
Tradicionalmente, o estudo da força muscular na DP tem investigado medidas
relacionadas a tempo, em função da influência da bradicinesia na execução do movimento.
31,32
O
declínio da produção da foa num determinado período de tempo em indivíduos com DP levou
alguns autores a investigar a relação entre a produção de força máxima e tempo, no controle do
movimento.
32
Alguns estudos sugeriram que tal relação nos membros inferiores é ctica durante
o equilíbrio, onde força é necessária para orientar o centro de gravidade sobre a base de suporte
em um curto período de tempo.
33,34
Pessoas com DP tornam-se mais incapacitadas com o tempo, embora exista uma grande
variação individual na evolução da doença.
28
A progressão dos sintomas determina o nível de
incapacidade motora no indiduo com DP. De acordo com o Estágio de Incapacidade de Hoehn
e Yahr (HY),
35
na fase inicial da doença um comprometimento leve com níveis mínimos de
incapacidade, sendo os sintomas de predonio unilateral (HY=1) ou bilateral (HY=2). Nas fases
mais avançadas da doença, ou seja, nos estágios HY igual ou maior que 3, observa-se piora dos
sintomas e, ficits de equilíbrio e de marcha.
35
Obeso et al.
36
apresentaram uma nova
classificação quanto a gravidade da DP, levando em consideração não a progressão dos
sintomas como também o efeito farmacológico do tratamento medicamentoso. Nessa
classificação, a fase inicial é caracterizada com um comprometimento leve comumente
assimétrico, com respostas satisfatórias ao tratamento medicamentoso e tempo de evolução da DP
de no máximo 5 anos. Nas fases intermediária e avançada, os indivíduos com DP apresentam um
comprometimento motor maior e presença de complicações motoras típicas do tratamento
medicamentoso, com tempo de evolução maior do que 5 anos.
36
A progressão dos sintomas é também associada à déficits periféricos como perda
progressiva de massa muscular, diminuição da força muscular e da resistência e deterioração da
12
aptidão física.
6,11,37
Quando indivíduos com DP tornam-se menos confiantes em sua coordenação,
passam a restringir suas atividades, resultando em uma hipotrofia muscular, similar à condição de
indiduos idosos sedentários.
37
Pacientes com DP, freqüentemente, queixam de fraqueza muscular nos membros, em suas
atividades diárias.
23,38-42
Alguns estudos documentaram déficit de força muscular e reduzida
produção de pico de torque em diferentes grupos musculares de indivíduos com DP leve e
moderadamente comprometidos.
39-44
Schenkman et al.(2002)
45
sugeriram que indivíduos com DP
levemente comprometidos apresentam maior decnio na força muscular e coordenação dos
membros inferiores, do que nos membros superiores, além de ficits de flexibilidade e
resistência. Para os autores, tais déficits musculares estariam presentes na fase inicial da DP,
no entanto, não seriam capazes de provocar perdas na performance funcional nessa fase.
45
Entretanto, alguns estudos recentes demonstraram que mesmo na fase inicial da DP, os
indiduos apresentam perdas funcionais, como déficits na velocidade da marcha.
46,47
.
A diminuição da força muscular nos membros inferiores pode afetar negativamente a
performance dos pacientes na realização de atividades de vida diária, como o movimento de
passar de sentado para de .
26,43,44
Recentemente, um estudo demonstrou que reduzida força
muscular, principalmente no quadril, pode ser um fator que contribui para a dificuldade de
indiduos com DP em elevar-se da cadeira.
43
Além disso, a fraqueza muscular é um fator que
contribui para quedas em idosos
48
e em indivíduos com DP.
49,50
Alterações neuromusculares têm sido associadas à DP e podem contribuir para a fraqueza
funcional. Alguns estudos sugeriram que o comportamento das unidades motoras está alterado na
DP.
51,52
Freqüência incoordenada de disparo das unidades motoras, atraso inicial no recrutamento
das unidades motoras
40,51,52
e assincronização contribuem para a dificuldade em manter e
13
sustentar a contração muscular na DP.
24,52
Scandalis et al.
6
sugeriram que a fraqueza muscular é
resultante da associação da inatividade ou desuso com alterações no padrão de disparo de
unidades motoras durante a ativação e coativação de grupos musculares, constatadas
eletrofisiologicamente. Acredita-se que fraqueza, co-contração e dimininuição do sinal
eletromiográfico contribuam para perda funcional em indivíduos com DP.
50
1.2 NEUROFISIOLOGIA DA DOENÇA DE PARKINSON
Neuroquimicamente, a DP é caracterizada por um desequilíbrio da via dopaminérgica que
conecta a substância negra e o estriado
53
. O ficit da dopamina na via estriatal se deve a perda
neuronal progressiva no grupo de células ventrolaterais, da parte compacta da substância negra
do mesencéfalo resultando em mudanças na condução neural na via negroestriatal.
3
Am da
perda dos neurônios dopamirgicos, a DP é caracterizada pela presença de inclusões
intracitoplasmáticas denominadas Corpúsculos de Lewy.
14,54,55
Recentemente, estudos têm demonstrado que os sintomas da DP podem não ser
explicados, apenas, pela deficiência da dopamina no estriado. O comprometimento de diferentes
células nervosas, múltiplos neurotransmissores e vários componentes ao longo do sistema
nervoso podem estar relacionados aos vários sinais da DP.
52-58
A DP apresenta disfunção
monamirgica mútlipla, nos sistemas colinérgicos, serotonérgicos e noradrenérgicos.
3,53
ficits
nesses sistemas e presença de corpúsculos de inclusão de Lewy podem contribuir para alguns
ficits cognitivos, principalmente em fases tardias da doença.
59,60
Além dos ficits cognitivos,
os distúrbios da marcha e alterações posturais m sido relacionados a ficits de outros
neurotransmissores em indivíduos com DP. As baixas respostas à levodopa com a progressão da
14
doença, principalmente na função da marcha e postura, refletem o envolvimento de sistemas não
dopamirgicos, principalmente o colinérgico.
61
Atualmente, o mecanismo pelo qual a via negroestriatal participa do controle dos
movimentos incorporou conexões não-dopaminérgicas para explicar o fenômeno da hipocinesia
na DP.
62
No modelo tradicional, a depleção da dopamina no estriado induz mudanças pós
sinápticas nos neurônios de projeções estriatais e produz desequilíbrio nas vias diretas (ativação
insuficiente) e na via indireta (inibição insuficiente). A resultante do desequibrio é a
hiperatividade ou desinibição do núcleo subtalâmico bem como uma ação hiperexcitatória do
núcleo subtalâmico sobre o segmento medial do globo pálido, com conseqüente aumento do
controle inibitório sobre o tálamo motor por parte do globo pálido,
57,63
determinando assim a
síndrome rígido-acinética.
3
Segundo Blandini et al.,
63
a desinibição do núcleo subtalâmico não resulta exclusivamente
da influência do lido externo como sugerido pelo modelo sico do circuito. A hiperatividade
pode resultar da influência excitatória das conexões rtico-subtalámicas que originam-se
principalmente da área motora primária.
64
Além das duas vias que compõem o circuito, é
proposta a existência de uma outra via “superdireta” conectando o rtex cerebral ao núcleo
subtalâmico, sem conexões com os núcleos da base.
65
Acredita-se que o rtex motor não seja completamente ativado devido a ação anormal
dos núcleos da base sobre o tálamo, restringindo assim a facilitação do movimento desejado.
66
O
ficit na ativação cortical pode resultar numa incapacidade em ativar adequadamente os
motoneurônios, afetando o recrutamento e a taxa de disparo das unidades motoras, com
consequente diminuição da amplitude observada nos registros eletromiográficos e fraqueza
muscular generalizada.
20,67
15
1.3 FORÇA MUSCULAR E DOENÇA DE PARKINSON
Pesquisas sobre força muscular na DP têm sido realizadas com diferentes metodologias e
instrumentações. Alguns estudos, utilizando medidas de contração isométrica, indicaram uma
fraqueza muscular em indivíduos com DP
31, 40
enquanto que em outros não foram encontradas
diferenças significativas no que diz respeito à força de tais indivíduos.
29,30
Alguns autores avaliaram a foa muscular em indivíduos com DP através do
dinamômetro isocinético.
42,43,68-71
Alterações da força muscular em fase avançada da DP é um
achado comum e incapacitante para o indivíduo.
2,11
Porém, mesmo nas fases iniciais, indivíduos
com DP poderiam apresentar perda de força muscular.
41,42,72
O estudo de Bridgewater e Sharpe
mostrou uma menor capacidade de produzir torque extensor no tronco, na fase inicial da doença
quando comparados a indivíduos sem a doença.
41
Para os autores, a musculatura axial seria
afetada pela fraqueza muscular no início da doença, enquanto os músculos dos membros
apresentariam tal ficit com a progressão da mesma.
41
Entretanto, estudos que utilizaram
medidas de pico de torque, potência e torque extensor de músculos do tornozelo, joelho e quadril,
em indivíduos com DP na fase inicial
38,42
ou levemente comprometidos
39,43
observaram redução
dos valores encontrados sugerindo fraqueza muscular.
Por outro lado, o recente estudo de
Oliveira et al.
73
sugeriu que a força muscular não estaria alterada na fase inicial da DP, e tal
alteração somente ocorreria com a progressão da doença. Portanto, ainda não está claro a
existência ou não de fraqueza muscular em indivíduos na fase inicial da DP em relação a
indiduos sem a doença.
A literatura tem apontado ficits força muscular em diferentes estágios da DP com
diferenças entre os membros mais e menos comprometidos pela sintomatologia
parkinsoniana.
38,,68,69,71
Entretanto, os resultados o controversos em relação a presença dessa
16
assimetria na fase inicial da doença. Um grupo de pesquisadores
42,68
observou que o pico de
torque de extensão e flexão do joelho no lado mais afetado de indivíduos na fase inicial da DP foi
significativamente menor que o outro lado, principalmente em velocidade alta (90º/s).
Distintamente, em outro estudo onde a mesma articulação foi avaliada em velocidade baixa,
média e alta (30º/s, 90º/s e 180º/s), não foi encontrada diferença significativa do pico de torque de
extensão e flexão entre os membros dos pacientes na mesma fase da doença. Tal assimetria entre
os dimídios foi observada nos indivíduos numa fase avançada da DP, principalmente em
velocidades mais altas.
69
Pessoas com DP tornam-se progressivamente incapacitadas e tendem a adquirir, ao longo
do tempo, uma postura fletida de tronco e membros quando em ortostatismo.
31,74
Tem sido
sugerido que indiduos com DP apresentam um ficit na ativação dos músculos extensores o
que contribuíria para a postura clinicamente observada na fase avançada da DP.
31,41,74
Alguns
estudos sugeriram que tal déficit poderia estar presente desde a fase inicial da doença.
41,43
Medidas de amplitude e de torque do tronco de indivíduos com DP na fase inicial mostraram uma
perda significativa da amplitude de extensão e do torque extensor em relação à amplitude e o
torque de flexão do tronco.
41
Inkster et al.
43
reportaram redução do torque médio extensor do
joelho e quadril em indivíduos com DP levemente comprometidos. Segundos os autores,
43
tais
achados possivelmente contribuiríam para a postura fletida observada nos pacientes. Entretanto,
no estudo de Inkster não foram realizadas medidas dos sculos flexores para comparão e
alguns indivíduos da amostra estavam em fase intermediária da DP com HY=3. Já Nallegowda et
al.
39
não encontraram diferença significativa entre os picos de torque máximo de flexores e
extensores do tronco de indivíduos com DP leve a moderadamente comprometidos avaliados pelo
dinamômetro isocinético.
17
Segundo Corcos et al.,
31
estudos sobre força muscular em indivíduos com DP são
importantes porque a ativação muscular e a velocidade com que os movimentos são realizados
está relacionado a capacidade de produzir força. Para tanto, a dinamometria isocinética possibilita
a quantificação rápida e confiável de variáveis relacionadas ao desempenho muscular em várias
velocidades.
75
Permite ainda a identificação dos déficits na força muscular tanto entre membros
contralaterais quanto entre grupos musculares agonistas/ antagonistas da articulação avaliada.
76
Alguns estudos que utilizaram o dinamômetro isocinético em indiduos com DP estão
disponíveis na literatura.
68-71
Entretanto, existe pouca informação disponível a respeito das
medidas de desempenho muscular na fase inicial da DP. Portanto, o objetivo deste estudo foi
caracterizar o desempenho muscular das articulações dos membros inferiores e tronco de
indiduos na fase inicial da DP, utilizando a dinamometria isocinética.
18
1.4. OBJETIVOS DO ESTUDO
1.4.1. Objetivo geral:
Avaliar o desempenho muscular (trabalho proporiconal ao peso corporal, potência média e
relação agonista/antagonista) de flexores e extensores do tronco, quadril, joelho e tornozelo em
indiduos com e sem DP utilizando o dinamômetro isocinético.
1.4.2. Objetivos específicos:
Comparar as medidas de desempenho muscular de flexores e extensores do tronco,
quadril, joelho e tornozelo entre indivíduos na fase inicial da DP e indivíduos sem a
doença.
Comparar as medidas de desempenho muscular de flexores e extensores do quadril, joelho
e tornozelo entre os membros inferiores mais e menos afetados dos indivíduos na fase
inicial da DP.
Comparar as medidas de desempenho muscular entre flexores e extensores do tronco,
quadril, joelho e tornozelo dos indivíduos na fase inicial da DP.
19
Capítulo 2 - MATERIAL E MÉTODOS
2.1 Delineamento do estudo
Foi realizado um estudo transversal do tipo observacional com um grupo de indivíduos
com DP na fase inicial e um grupo controle de ambos os sexos. Esse estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais COEP conforme
parecer nº ETIC 603/07. (ANEXO 1).
2.2. Local de realização
Os dados foram coletados no Laboratório de Desempenho Motor e Funcional da Escola de
Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG) em Belo Horizonte, no período de março a julho de 2008.
2.3. Amostra
Participaram do presente estudo 20 indivíduos acima de 50 anos divididos em 2 grupos: um
experimental composto por 10 indivíduos com DP e o outro controle, com 10 indivíduos sem DP,
pareados por idade, nível de atividade física, sexo, altura e peso.
O cálculo da amostra foi realizado utilizando-se a seguinte fórmula: n= t x s
2
20
onde “n” é o número de indivíduos, t” é o valor-t, “s” é o desvio padrão da variável e é a
oscilação aceita para definir o intervalo de confiança da variável.
77,78
Para o cálculo, foi utilizada a variável torque médio da extensão do joelho de indivíduos
com DP obtida do estudo de Inkster et al.
43
e foi considerado o valor-t de 1,96 (intervalo de
confiança de 95%) e o de 10% da média da variável. Esses autores
43
obtiveram uma média de
torque de extensão do joelho de 0,76 Nm/kg e um desvio-padrão (s) de 0,30 Nm/kg. Baseado
nesses valores foi encontrado um n amostral de 9 indivíduos em cada grupo.
O grupo experimental foi recrutado no Ambulatório de Distúrbios do Movimento da
Universidade Federal de Minas Gerais e o grupo controle foi recrutado na comunidade em geral.
2.4. Critérios de incluo/exclusão
2.4.1 Grupo Experimental
Foram incluídos nesse grupo indivíduos com DP idiopática, diagnosticada por
neurologista e que fossem classificados nos estágios 1 a 2 da Escala Hoehn e Yahr Modificada
79
(ANEXO 2); que não estivessem fazendo uso de medicação anti-parkinsoniana à base de
levodopa; que estivessem sem alterações do tratamento medicamentoso pelo menos um mês;
que não apresentassem história clínica de doenças cardiorrespiratórias e vasculares ou outra
doença neurológica e que assinassem o termo de consentimento livre e esclarecido (ANDICE
1).
Foram excluídos do estudo indivíduos com outros tipos de parkinsonismo ou outros
distúrbios neurológicos que estivessem em uso de medicamentos que pudessem interferir na
realização e compreensão dos testes; que tivessem história de cirurgia de artroplastia e osteotomia
21
de quadril, joelho ou tornozelo e que tivessem doença sistêmica que impossibilitasse a realização
de esforço físico como, hipertensão arterial ou diabetes mellitus descompensadas e, que
apresentassem distúrbio cognitivo detectável através do Mini-Exame do Estado Mental, versão
brasileira
80
(ANEXO 3).
2.4.2 Grupo controle
Foram incluídos nesse grupo indivíduos sem DP; assintomáticos; capazes de caminhar e
ficar de independentemente; sem relato de queda nos últimos 6 meses; com sexo, idade ,
Índice de massa corporal (IMC) e nível de atividade sica semelhantes aos do grupo
experimental. Altura e peso foram equiparados por meio do IMC, definido como o peso em
kilogramas dividido pelo quadrado da altura e que assinassem o termo de consentimento livre e
esclarecido.
81
Foram excluídos os indivíduos com doenças neurogicas ou reumatológicas de qualquer
natureza, história de quedas e problemas ortopédicos que interferissem na execução dos testes.
Também foram excluídos os indivíduos com dor aguda ou crônica de qualquer natureza à época
dos testes, com problemas visuais, auditivos ou que apresentassem dificuldade de compreensão
que prejudicasse a realização dos testes.
Em ambos os grupos, o nível de atividade física foi obtido por meio de auto-relato, sendo
que cada indivíduo do grupo controle foi pareado com o nível de atividade física semelhante ao
indiduo do grupo experimental.
2.5 Instrumentos de medidas
2.5.1.Ficha de identificação e avaliação:
22
Os indivíduos com DP foram submetidos a uma avaliação inicial com dados de
identificação e caracterização da amostra, contendo informações como idade, sexo, peso, altura,
vel de atividade sica, Mini-mental e Estágios de Incapacidade de Hoenh e Yahr modificada,
alguns itens da Unified Parkinson´s Disease Rate Scale (UPDRS) e velocidade da marcha
(APÊNDICE 2). O grupo controle foi submetido à mesma avaliação para caracterização da
amostra, sem os estágios de Hoenh e Yahr e a escala UPDRS (ANDICE 3). O teste de
velocidade da marcha foi obtido apenas para caracterização da amostra.
Os estágios de incapacidade de Hoenh e Yahr modificada permitem graduar a gravidade
da doença e acompanhar sua progressão. São cinco estágios, sendo o último classificado como o
de maior incapacidade
35
. A UPDRS é uma escala clínica de avaliação dos pacientes com DP em
todos os estágios da doença e em peodos ON (sob efeito da medicação) e OFF (sem efeito da
medicação), com confiabilidade e validade das medidas bem estabelecidas.
82
Essa escala possui 4
donios (atividade mental, comportamento e humor; atividades de vida diária; exploração
motora e complicões do tratamento medicamentoso) nos quais são avaliadas de modo semi-
quantitativo o total de 42 questões, sendo que cada item varia de zero a quatro, onde zero é
normal e quatro representa déficit mais grave. Todos os itens são somados para se obter o escore
por donio ou total. Quanto maior o escore, pior é o grau de incapacidade do indivíduo
83
.
O Mini-Exame do Estado Mental é um teste simples, de rápida aplicação e ampla
utilização, tendo sido adotados os valores de corte sugeridos por Bertolucci et al.
80
, de acordo
com a escolaridade: 13 pontos para analfabetos (sensibilidade 82,4 % e especificidade 97,5%), 18
pontos para pessoas com 1 a 8 anos de escolaridade (sensibilidade 75,6% e especificidade 96,6%)
23
e, 24 pontos para aqueles com mais de 8 anos de escolaridade (sensibilidade 80,0% e
especificidade 95,6%).
80
2.5.2. Dinamômetro isocinético
O dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro® (Biodex Medical Systems Inc., Shirley,
NY, USA) foi utilizado para a avaliação do desempenho muscular dos flexores e extensores de
quadris, joelhos, tornozelos e tronco dos indivíduos com e sem DP. Na dinamometria isocinética,
o registro básico de medida consiste em uma seqüência de meros que representam o tamanho
da força exercida pelo segmento distal do corpo se movendo contra o sensor de força.
76
O
dinamômetro isocinético permite avaliar diferentes parâmetros físicos da função muscular, como
força, potência e resistência.
76,84
Os sistemas isocinéticos são baseados no princípio de que o
braço de alavanca se move a uma velocidade angular predeterminada por maior que seja a força
no giro, ou momento, aplicada pelo usuário.
76
Assim, um aumento da força muscular pelo
indiduo avaliado produz aumento da resistência, e não aumento da velocidade, como acontece
nos exercícios isotônicos, caracterizado como resistência de acomodação.
76
Dessa forma, não
uma resistência fixa imposta pelo dinamômetro isocinético. O aparelho permite que o usuário
produza um torque ximo através de todo o arco de movimento.
76,84
O trabalho também pode
ser entendido como uma medida da energia despendida pelos músculos sob teste em uma
determinada distância, cuja unidade de medida é “joule (J). Graficamente, o trabalho é
representado pela área abaixo da curva gerada pelo gráfico ângulo versus torque.
76,84
Trabalho
tem sido considerado o indicador mais apropriado da performance muscular porque mede a
produção de torque ao longo de todo arco de movimento e pode refletir o nível de força durante
atividades funcionais como a marcha.
76,85
A potência, que é medida em “watts”, é um parâmetro
de performance, que se relaciona com a média de tempo da taxa de trabalho realizada. Ou seja, é
24
o trabalho realizado dividido pelo tempo necessário para executar aquele trabalho.
76,84
Recentemente, a literatura tem demonstrado a importância da potência na população idosa porque
baixos níveis de força e, mais amplamente, a potência estão associados a limitações funcionais
em tarefas diárias.
86,87
Trabalho e potência geram informações mais detalhadas sobre força
muscular do que o pico de torque.
88
Enquanto trabalho mede a capacidade que um sculo
tem de manter a contração sob um determinado nível de força, a potência leva em consideração a
velocidade da contração muscular.
88
Outra variável importante é a relação agonista/antagonista.
Esta variável é a razão entre o pico de torque da musculatura agonista e o da musculatura
antagonista e serve como parâmetro para avaliar o equibrio muscular de uma articulação.
76
As velocidades angulares selecionadas para o presente estudo foram de 30º/s (lenta) e
90º/s (rápida), no modo concêntrico-concêntrico, porque são velocidades consideradas adequadas
para a maioria das articulações dos membros inferiores, principalmente quadril e tornozelo.
76
,84
Para a articulação do tronco foi utilizado a velocidade de 120º/s por ser considerada mais segura
para testes de flexão e extensão da coluna.
89
2.5.3 Kit Multisprint para avaliação da velocidade da marcha
O teste de velocidade da marcha foi realizado em um corredor plano e sem obstáculos,
com distância percorrida de 10 m. Os dois primeiros e os dois últimos metros foram desprezados
como aceleração e desaceleração. Para medir a velocidade de marcha foram utilizadas células
fotoelétricas (Kit Multisprint®, Inserra Indústria Mecânica LTDA, Belo Horizonte, Minas
Gerais). Para familiarização, os voluntários percorreram o corredor uma vez. Para o teste de
marcha usual, eram orientados a caminhar em um ritmo normal” e para a marcha rápida, a
“caminhar o mais rápido possível, com o estímulo verbal “rápido, rápido”.
90
25
2.6 Procedimentos
Preparação para a coleta de dados:
O Dinamômetro isocinético foi calibrado antes da realização dos testes, de acordo com as
instruções do fabricante. Todos os testes foram realizados pelo mesmo examinador a fim de
garantir a confiabilidade dos dados. As medições foram realizadas em ambos os membros
inferiores no grupo experimental e no grupo controle, iniciando com o membro mais afetado no
grupo de DP definido através da avaliação dos domínios Atividades de vida diária e Exploração
motora da UPDRS. No grupo controle, a avaliação do desempenho foi realizada primeiro com o
membro dominante, sendo este definido como aquele que o participante apoiou primeiro para
subir um degrau após o comando do examinador.
91
O posicionamento do indivíduo, o alinhamento e a estabilização das articulações para a
flexão/exteno dos joelhos, tornozelos, quadris e tronco foram efetuados de acordo com as
instruções definidas para o equipamento Biodex Medical System.
92
A velocidade do teste e a
seqüência das articulações avaliadas foram determinadas de maneira aleatória através de sorteio.
Todas as medidas foram iniciadas após o teste de velocidade da marcha para permitir um
aquecimento dos membros inferiores. Os participantes foram familiarizados com o equipamento
e os procedimentos ao realizarem 3 repetições máximas do movimento antes da execução do
teste.
75,76
O protocolo utilizado para a avaliação de cada articulação consistiu de cinco repetições
na velocidade baixa e 10 repetições para a velocidade alta, conforme as orientações do fabricante
do dinamômetro.
92
Os indivíduos tiveram um período de repouso de 90 segundos entre as
avaliações realizadas em cada velocidade testada.
26
Para testar a articulação do tornozelo, os participantes foram colocados na posição sentada
com a articulação do joelho do membro a ser testado posicionado a 40 º de flexão e o eixo
rotacional do dinamômetro alinhado com o maléolo lateral desse membro. (Figura 1).
Figura 1- Volunrio realizando o movimento de flexão plantar e dorsiflexão do tornozelo, no dinamômetro
isocinético.
27
O joelho foi avaliado com o indiduo sentado e cintos bem ajustados ao nível do tronco,
pelve e coxa de modo a estabilizar estes segmentos corporais. O eixo de rotação do dinamômetro
foi alinhado com o epicôndilo femoral e a carga de resistência foi colocada cerca de 2 cm acima
do maléolo interno. A referência anatômica angular da articulação do joelho introduzida no
dinamômetro foi obtida mediante a utilização de um goniômetro. (Figura.2).
Figura 2- Volunrio realizando movimento de flexão e extensão do joelho no dinamômetro isocinético.
28
No quadril, o indivíduo foi avaliado em supino com o eixo rotacional do dinamômetro
alinhado ao eixo da articulação, ou seja, anterior e superior ao trocânter maior do membro a ser
testado. O membro contralateral permaneceu fletido durante o teste. (Figura 3).
Finalmente, para a avaliação do tronco, o indivíduo permaneceu sentado tendo o eixo do
movimento fixado na altura da articulação lombosacral L5-S1 identificada previamente. Para o
teste, um acessório especial foi acoplado ao eixo rotacional do dinamômetro e, consiste de um
assento no qual o indiduo permanece sentado.
Figura 3-Voluntário realizando movimento de flexão e extensão do quadril no dinamômetro isocinético.
29
Esse assento permite livre movimentação anterior e posterior durante a realização do teste. O
indiduo foi bem ajustado com os cintos na pelve e coxas, permanecendo o tronco livre com os
membros superiores juntos ao mesmo. (Figura 4).
Figura 4-Voluntária realizando movimentos de flexão e exteno do tronco no dinamômetro isocinético.
30
No tronco, os indiduos realizaram o mesmo procedimento de familiarização com o
equipamento, porém as medidas foram feitas somente na velocidade de 120º e com cinco
repetições. Foi dado um intervalo de no mínimo 5 minutos entre cada articulação testada. Durante
toda a avaliação, os voluntários receberam esmulos verbais do examinador para realizarem o
maior esforço possível. Todo o procedimento foi feito com correção da gravidade, a fim de que
os movimentos não fossem influenciados pelo efeito da mesma. Ao final de cada teste, os valores
obtidos foram armazenados no computador do equipamento para posterior análise.
2.8. Redução e análise dos dados:
As variáveis de desempenho muscular analisados neste estudo foram trabalho e potência
média normalizados pelo peso corporal e a relação agonista/antagonista. Este procedimento de
normalização foi realizado pelo software do dinamômetro utilizando os valores de peso de cada
indiduo. As variáveis foram avaliadas nas 2 velocidades de teste em todas as articulações, com
exceção do tronco que foi avaliado em uma única velocidade.
2.9. Análise Estatística:
A análise dos dados foi feita através do programa SPSS (versão 15.0 para Windows). Estatística
descritiva e teste de normalidade Shapiro-Wilk foram realizados para todas as variáveis. O teste-t
de Student para amostras independentes foi utilizado para comparar os grupos em relação às
variáveis antropométricas. Análises de variância (ANOVA) mista para medidas repetidas com
dois níveis fatoriais, sendo um entre sujeitos (grupo experimental e grupo controle) e outro intra-
sujeitos (lados mais e menos afetado) foram utilizadas para avaliar as variáveis dependentes:
trabalho total proporcional ao peso corporal, poncia dia dos músculos flexores e extensores
das articulações e razão agonista/antagonista nas velocidades de teste. Análises de contrastes
31
foram utilizadas para localizar os pares específicos entre os quais a diferença foi significativa. A
comparação dos dois grupos em relação ao desempenho muscular do tronco foi realizada
utilizando o teste Mann - Withney de acordo com a distribuição dos dados. O nível de
significância foi estabelecido em α 0,05.
Capítulo 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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39
CAPÍTULO 4 - DESEMPENHO MUSCULAR DE INDIDUOS NA FASE INICIAL DA
DOENÇA DE PARKINSON
LIDIANE ANDRÉA OLIVEIRA LIMA
1
, FÁTIMA RODRIGUES DE PAULA
2
.
1
Mestranda em Ciências da Reabilitação, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil
2
Professora, Ph.D., Departamento de Fisioterapia, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil
Endereço para correspondência
Profª. Fátima Rodrigues de Paula, Ph. D.
Departamento de Fisioterapia – Universidade Federal de Minas Gerais
Avenida Antônio Carlos, 6627 Campus Pampulha
31270-010 Belo Horizonte – Minas Gerais
Fone/Fax: (31) 3409-4783
E-mail: fgoulart@ufmg.br
Título para as páginas do artigo:
Desempenho muscular e doença de Parkinson
Title: Muscle performance in People with Early Parkinson´s disease.
Palavras-chave: Doença de Parkinson, força muscular, torque, dinamômetro isocinético.
Key words: Parkinson’s disease, muscle strength, isokinetic dynamometry, torque.
40
RESUMO
OBJETIVOS: Avaliar a fuão muscular das articulações dos membros inferiores e tronco de
indiduos na fase inicial da DP, através da dinamometria isocitica e compará-la com
indiduos sem a doença. MATERIAIS E TODOS: Foram avaliados 10 indiduos na fase
inicial da DP no grupo experimental e 10 indivíduos assintomáticos no grupo controle, ambos os
sexos. Para análise estatística, utilizou-se ANOVA e considerou-se p0,05. RESULTADOS: O
desempenho muscular do tornozelo, joelho, quadril e tronco foi inferior no grupo com DP
comparado ao controle (p<0,05). No tornozelo, o trabalho foi maior nos flexores plantares e
dorsiflexores do lado dominante do grupo controle (p0,04) e do lado menos afetado do grupo
com DP (p0,04). A potência dia dos dorsiflexores e flexores plantares foi maior do lado
dominante do grupo controle (p0,01) e do lado menos afetado do grupo com DP (p0,01). No
joelho, o trabalho foi maior na musculatura flexora e extensora do lado dominante do grupo
controle (p0,04) e do lado menos afetado no grupo com DP (p0,04). A poncia média dos
flexores foi maior do lado dominante do grupo controle (p=0,02) e do lado menos afetado do
grupo com DP (p=0,02). No quadril, a potência média foi maior na musculatura extensora do
lado dominante do grupo controle (p=0,02) e do lado menos afetado do grupo com DP (p=0,02).
A relação agonista/antagonista não mostrou diferença significativa entre os membros inferiores e
grupos. CONCLUSÃO: Indivíduos com DP na fase inicial apresentam pior desempenho
muscular em comparação a indivíduos sem doença.
41
ABSTRACT
OBJECTIVES: To evaluate the muscular function in the joints of the inferior members and
trunk of individuals in the initial phase of PD through the isokinetic dynamometer; and to
compare it with individuals without the disease. MATERIAL AND METHODS: There were
10 individuals evaluated in the initial phase of the PD in the experimental group and 10
assintomatic individuals in the control group, both genders. For the statistical analysis, ANOVA
was used and considered (p 0,05). RESULTS: The muscular performance of the ankle, knee,
hips and trunk was inferior in the group with PD compared with the control group (p < 0,05). On
the ankle, the work was greater in the plantar flexors and dorsiflexors in the dominant control
group (p 0,04) and in the less affected side of the group with PD (p 0,04). The medium
potency of the plantar dorsiflexors and flexors was greater in the dominant side of the control
group (p 0,01) and less affected in the side of the group with PD (p 0,01). On the knee, work
was the greatest in the flexor and extensor muscles in the dominant control group (p 0,04) and
in the less affected group with PD (p 0,04). The medium power of the dominant flexors in the
control group (p= 0,02) and in the less affected group with PD (p= 0,02). In the hips, the medium
power was greater in the extensor muscles in the dominant side of the control group (p=0,02) and
in the less affected group with PD (p=0,02). In the agonist/antagonist relation there was no
noticeable difference between the inferior members and groups. CONCLUSION: Individuals
with PD in the initial phase presents worse muscular performance in comparison with individuals
without the disease.
42
INTRODUÇÃO
A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa progressiva
de causa
desconhecida e está principalmente relacionada à perda de neurônios dopaminérgicos da parte
compacta da substância negra.
1,2
No Brasil, a prevalência da DP é de aproximadamente 3% da
populão.
3
Os indivíduos com DP apresentam tremor, rigidez, progressiva bradicinesia e
instabilidade postural.
1,2
Fatores secundários como fraqueza, tremor e alteração do padrão de
ativação muscular podem contribuir para a bradicinesia, considerada o sintoma mais
incapacitante da doença.
4
A progressão desses sintomas determina o nível de incapacidade
motora no indivíduo com DP. De acordo com os Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yahr,
5
na
fase inicial da doença há um comprometimento leve com níveis mínimos de incapacidade,
podendo ser uni ou bilateral. Nas fases mais avançadas da doença, observa-se piora dos sintomas
eficits do equilíbrio e da marcha.
5
Além disso, a progressão dos sintomas é também associada
a déficits periféricos como perda progressiva de massa muscular, diminuição da força muscular,
resistência e deterioração da aptidão física.
6-8
A maioria dos achados sobre força muscular na DP deriva de estudos realizados com
indiduos nas fases mais avançadas da doença.
9,10
Nesse caso, alteração da força muscular é um
achado comum e incapacitante para o indivíduo.
11
Porém, é possível que mesmo na fase inicial,
indiduos com DP tenham perda de força muscular.
12,13
De acordo com Bridgewater e Sharpe,
14
a musculatura axial seria afetada pela fraqueza muscular no início da doença, enquanto que os
músculos dos membros apresentariam esta característica com a progressão da mesma. Am
disso, a literatura tem apontado ficits de torque e força muscular em diferentes estágios da DP
com diferenças entre os membros mais e menos afetados pela sintomatologia parkinsoniana.
9 ,10,15
Entretanto, os resultados são controversos em relação à presença dessa assimetria na fase inicial
43
da doença.
10,13
Alguns estudos sugeriram que indivíduos com DP apresentam ficit na ativação
dos músculos extensores o que contribuíria para a postura em flexão observada na fase avançada
da doença.
16,17
Por outro lado, tal ficit poderia estar presente desde a fase inicial da DP.
14
Recentemente, alguns autores demonstraram que mesmo na fase inicial da DP, os indivíduos
apresentam perdas funcionais, como déficits na velocidade da marcha.
18,19
Estudos sobre força muscular em indivíduos com DP são importantes porque força es
relacionada à maneira como os músculos são ativados e a velocidade com que os movimentos são
realizados.
16
Entretanto, existe pouca informação disponível a respeito das medidas de
desempenho muscular na fase inicial da doença. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o
desempenho muscular (trabalho proporcional ao peso corporal, potência média e relação
agonista/antagonista) dos membros inferiores e tronco de indivíduos na fase inicial da DP,
através da dinamometria isocitica e, compará-la com indivíduos sem a doença.
MATERIAIS E MÉTODOS
Participaram do presente estudo 20 indivíduos acima de 50 anos divididos em dois
grupos. No grupo experimental foram incluídos 10 indivíduos com DP idiopática, diagnosticada
por neurologista e que fossem classificados nos estágios 1 a 2 da Escala de Incapacidade de
Hoehn e Yahr modificada; que não estivessem em uso de medicação anti-parkinsoniana à base de
Levodopa e sem alterações do tratamento medicamentoso há pelo menos um s. Foram
excluídos do estudo indiduos com outros distúrbios neurológicos ou sistêmicos; que tivessem
história de cirurgia no tronco, joelhos, quadris e tornozelos e, que apresentassem distúrbio
cognitivo detectável através do Mini-Exame do Estado Mental.
O grupo controle foi composto por 10 indiduos sem DP ou outra doença neurológica,
assintomáticos e pareados com o grupo experimental quanto à idade, sexo, peso, altura, nível de
44
atividade física e índice de massa corporal (IMC). Foram excluídos os indiduos com doenças
neurológicas ou reumatológicas de qualquer natureza, hisria de quedas e problemas ortopédicos
que interferissem na execução dos testes. O nível de atividade física foi obtido por auto-relato nos
grupos.
Instrumento de medidas
Os indivíduos com DP foram submetidos a uma avaliação inicial composta por dados de
identificação e caracterização da amostra, contendo informações como idade, sexo, peso, altura,
velocidade da marcha, Estágios de Incapacidade de Hoenh e Yahr modificada e os donios
exploração motora e atividade de vida diária da Unified Parkinson´s Disease Rate Scale
(UPDRS). O grupo controle foi submetido à mesma avaliação para caracterização da amostra,
sem a escala de incapacidade de Hoenh e Yahr e a UPDRS.
Para avaliar o desempenho muscular dos indivíduos do grupo experimental e controle foi
utilizado o dinamômetro isocinético (Biodex System 3Pro).
20
Para medir a velocidade de marcha
foram utilizadas lulas fotoelétricas (Kit Multisprint®, Inserra Indústria Mecânica LTDA, Belo
Horizonte, Minas Gerais).
21
Procedimentos
O dinamômetro isocinético foi calibrado antes da realização dos testes, de acordo com as
instruções do fabricante. Todos os testes foram realizados pelo mesmo examinador a fim de
garantir a confiabilidade dos dados. As medidas foram realizadas em ambos os membros
inferiores, em ambos os grupos e foram iniciadas pelo membro mais afetado no grupo
experimental, definido através da avaliação dos domínios Atividades de vida diária e Exploração
motora da UPDRS. Dessa forma, possíveis diferenças entre os membros inferiores quanto à
amplitude de movimento foi padronizada e fixada anteriormente pelo membro mais afetado. No
45
grupo controle, a avaliação do desempenho foi realizada primeiro com o membro dominante
sendo este definido como aquele que o participante apoiou primeiro para subir um degrau após o
comando do examinador.
22
O posicionamento do indivíduo, o alinhamento e a estabilização das articulações para a
flexão/exteno do joelho, tornozelo, quadril e tronco foram efetuados de acordo com as
instruções definidas para o equipamento Biodex Medical System.
20
As velocidades angulares
selecionadas para o estudo foram de 30º/s (baixa) e 90º/s (alta), no modo concêntrico-
concêntrico, que são velocidades consideradas adequadas para a maioria das articulações dos
membros inferiores, principalmente quadril e tornozelo.
23,24
Para a articulação do tronco foi
utilizado à velocidade de 120º/s por ser considerada mais segura para testes de flexão e extensão
da coluna.
25
A velocidade do teste e a seqüência das articulações avaliadas foram determinadas
de maneira aleatória através de sorteio. As amplitudes de movimento foram fixadas para cada
articulação. Os participantes foram familiarizados com o equipamento e procedimentos ao
realizarem 3 repetições ximas do movimento antes da execução do teste.
23,24
Em seguida, o
teste consistiu de 5 repetições máximas para a velocidade baixa e 10 repetições para a velocidade
alta, com um período de repouso de um minuto e meio entre cada velocidade testada.
20
No tronco,
os indivíduos realizaram o mesmo procedimento de familiarização com o equipamento e cinco
repetições foram usadas para o teste na velocidade determinada. Foi dado um intervalo de no
mínimo 5 minutos entre cada articulação testada. Durante toda a avaliação, os voluntários
receberam estímulos verbais do examinador para realizarem o maior esforço possível. Todo o
procedimento foi feito com correção da gravidade, conforme instruções do fabricante.
Redução e análise dos dados
46
As variáveis de desempenho muscular descritos neste estudo foram trabalho e potência
média, normalizados pelo peso corporal e a relação agonista/antagonista. O procedimento de
normalização foi realizado pelo software do dinamômetro utilizando os valores de peso de cada
indiduo. Todos os parâmetros foram avaliados nas duas velocidades de teste em todas as
articulações, com exceção do tronco que foi avaliado apenas na velocidade de 120º/s.
Análise estatística
A análise dos dados foi feita através do programa SPSS® (versão 15.0 para Windows).
Estatística descritiva e teste de normalidade Shapiro-Wilk foram realizados para todas as
variáveis. O teste-t de Student para amostras independentes foi utilizado para comparar os grupos
nas variáveis antropométricas. ANOVA para medidas repetidas com dois níveis fatoriais, sendo
um entre sujeitos (grupo experimental e grupo controle) e outro intra-sujeitos (membros
inferiores) foram utilizadas para avaliar as variáveis dependentes: trabalho máximo, poncia
média, razão agonista/antagonista nas velocidades de teste. Análises de contrastes foram
utilizadas para localizar os pares específicos entre os quais a diferença foi significativa. A
comparação dos dois grupos em relação à fuão muscular do tronco foi realizada utilizando o
teste Mann - Whitney de acordo com a distribuição dos dados. O nível de significância foi
estabelecido em α 0,05.
RESULTADOS
Caracterização da amostra
Participaram desse estudo 20 indivíduos, 10 indivíduos com DP e 10 indivíduos no grupo
controle, sendo 2 mulheres e 8 homens em cada grupo. O grupo de indivíduos com DP
apresentou idade entre 51 e 75 anos (59,4 ± 6,7); tempo médio de evolução da doença de 2,2 ±
47
1,4 anos. Nesse grupo, a média do peso foi 69,7 ± 16,0 kg, da altura foi 1,67 ± 0,08m e do IMC
foi de 25,30 ± 4,01. Cinco indivíduos com DP foram classificados no estágio 2 da escala de
Hoehn & Yahr, dois no estágio 1 e três no estágio 1,5.
No grupo controle, a idade variou entre 51 e 75 anos (59,4 ± 6,9), enquanto a média do
peso foi 76,3 ± 10,5 Kg, da altura foi 1,67 ± 0,07 m e do IMC foi 27,1 ± 2,5. Não houve
diferença significativa em tais varveis, entre os dois grupos. A marcha foi significativamente
mais lenta (p=0,002) no grupo experimental (1,09 ± 0,25 m/s) do que no grupo controle (1,44
±0,12 m/s).
Articulação do Tornozelo
Os resultados obtidos na avaliação dos músculos flexores plantares e dorsiflexores do
tornozelo nas velocidades de 30º/s e 90º/s encontram-se na tabela 1. A comparação entre grupos
mostrou redução significativa do trabalho e potência média no grupo com DP em relação ao
grupo controle. O trabalho foi maior nos flexores plantares a 30º/s (p=0,04) e a 90º/s (p=0,01) e
nos dorsiflexores a 90º/s (p=0,01) do lado dominante do grupo controle. O trabalho também foi
maior nos flexores plantares a 30º/s (p=0,04) e a 90º/s (p=0,01) e nos dorsiflexores a 90º/s
(p=0,01) do lado menos afetado do grupo com DP. A potência média de dorsiflexores a 90º/s foi
maior do lado dominante do grupo controle (p=0,00) e do lado menos afetado do grupo com DP
(p=0,00). A poncia média dos flexores plantares também foi maior do lado dominante (p=0,01)
e do lado menos afetado (p=0,01) dos mesmos grupos na mesma velocidade. A relação entre
agonista e antagonista não mostrou diferença significativa nas velocidades de teste.
Articulação do joelho
A Tabela 2 mostra os resultados relacionados ao desempenho da musculatura flexora e
extensora do joelho nas velocidades de 30º/s e 90º/s. Na comparação entre os grupos observou-se
48
redução significativa do trabalho e da potência média em todas as variáveis testadas, exceto uma.
O trabalho foi maior na musculatura flexora a 90º/s (p=0,02) do lado dominante do grupo
controle e do lado menos afetado (p=0,02) do grupo com DP na mesma velocidade. O trabalho
também foi maior na musculatura extensora (p=0,04) do lado dominante do grupo controle e do
lado menos afetado (p=0,04) do grupo com DP, ambos na velocidade de 90º/s. A potência média
dos flexores foi maior do lado dominante do grupo controle (p=0,02) e do lado menos afetado do
grupo com DP (p=0,02) a 90º/s. A relação entre agonista e antagonista não mostrou diferença
significativa nas velocidades de teste.
Articulação do quadril
A tabela 3 contém os valores obtidos das variáveis de performance muscular do quadril
nas velocidades de 30º/s e 90º/s. Na comparação entre os grupos observou-se redução
significativa do trabalho e potência média em todas as variáveis testadas. Somente a variável
potência média foi diferente entre os membros inferiores. A potência média foi maior na
musculatura extensora a 90º/s (p=0,02) do lado dominante do grupo controle e do lado menos
afetado (p=0,02) do grupo com DP na mesma velocidade. A relação entre agonista e antagonista
não mostrou diferença significativa nas velocidades de teste.
Tronco
Na tabela 4 estão às variáveis relacionadas ao desempenho dos músculos flexores e
extensores do tronco na velocidade de 120º/s. O grupo com DP desenvolveu menor trabalho e
potência média do que o grupo controle nos movimentos de flexão e extensão do tronco. Não foi
observada diferença significativa na relação agonista/antagonista de tronco.
49
DISCUSSÃO
No presente estudo, os indivíduos na fase inicial da DP apresentaram pior desempenho
muscular nos membros inferiores e tronco quando comparados a indiduos sem a doença. Tal
achado é importante pois a maioria dos estudos reportam déficits musculares em indiduos com
DP, nas fases intermediária e avançada da doença. Poucos estudos investigaram o desempenho
muscular na fase inicial da doença. Bridgewater e Sharpe
14
mostraram uma menor capacidade de
produzir torque extensor no tronco, na fase inicial da doença quando comparados a indivíduos
sem a doença. Estudos que utilizaram medidas de pico de torque, potência e torque extensor de
músculos do tornozelo, joelho e quadril, em indivíduos com DP na fase inicial
12,26
ou levemente
comprometidos
8,27
observaram redução dos valores encontrados sugerindo fraqueza muscular.
Entretanto, tais estudos apresentaram diferenças metodológicas como: inclusão de indivíduos em
distintas fases da doença, variabilidade no tratamento medicamentoso e pouco controle com
relação ao vel de atividade física das amostras. Os indiduos com DP incluídos no presente
estudo estavam na fase tipicamente inicial da doença (Hoehn & Yahr = I-II), o utilizaram a
medicação a base de levodopa e apresentaram atividade física similar ao grupo controle. A
literatura tem relatado o efeito da tal medicação na melhora da produção de força muscular.
8,16
Diante disso, todos os indiduos com DP desse estudo não faziam uso de Levodopa, pois isso
poderia mascarar a presença da fraqueza muscular no momento da avaliação. A utilização de
critérios de inclusão bem estabelecidos e o processo de pareamento entre os indivíduos dos
grupos possibilitaram a constatação de um pior desempenho muscular na fase inicial da DP o
que sugere a necessidade de se implementar uma intervenção fisioterápica precoce com
exercícios de fortalecimento que possam minimizar os déficits musculares observados nas fases
posteriores.
50
O grupo com DP mostrou pior desempenho muscular, principalmente na musculatura
axial e proximal do corpo, em relação aos músculos distais. Isso pode ser observado através dos
valores significativamente mais baixos encontrados em todos os grupos musculares do tronco e
quadril nas velocidades testadas, enquanto que, no tornozelo, apenas a flexão plantar foi pior. Um
estudo
14
encontrou uma diminuição significativa do desempenho muscular do tronco em relação
ao grupo controle e sugeriu haver um maior declínio axial em indivíduos com DP, na fase inicial
da doença. Outros estudos que analisaram isocineticamente o desempenho muscular dos
membros inferiores e tronco, também mostraram pior desempenho da musculatura proximal em
relação à distal nos indivíduos com DP.
8,27
Uma possível justificativa para tal distribuição seria
uma maior representação somatotópica das porções proximais dos membros nos cleos da
base.
28
Alguns estudos suportam que a musculatura proximal é amplamente controlada pelas
estruturas afetadas na DP
29,30
e pode ser comprometida em maior proporção que a musculatura
das extremidades.
14,31
A musculatura do joelho apresentou um desempenho intermediário entre a do quadril e a
do tornozelo quanto à diferença entre os grupos. Enquanto no quadril houve piora em todas as
medidas realizadas e o tornozelo apresentou piora somente na fleo plantar, no joelho houve
piora em todos os movimentos e velocidades testadas, exceto na poncia média de extensão do
joelho a 30º/s. Na literatura, há escassez de estudos que tenham investigado a função da
musculatura do joelho considerando indivíduos na fase inicial da DP. O estudo de Koller e Kase
12
demonstrou que o grupo com DP na fase inicial foi significativamente mais fraco do que o grupo
controle na flexão e extensão do joelho. No entanto, esses autoreso especificaram a velocidade
utilizada nos testes e nem as medidas avaliadas. Como a potência é o produto do trabalho e
velocidade, qualquer fator que interfira na produção do trabalho e/ou velocidade afetará a
51
potência.
32
Mesmo que o grupo com DP tenha apresentado trabalho total inferior ao grupo
controle, é possível que eles tenham sido capazes de manter a velocidade de contração durante o
teste e apresentar potência média similar ao grupo controle na velocidade de 30º/s.
O presente estudo encontrou uma diminuição significativa da velocidade da marcha em
indiduos com DP na fase inicial, sendo esse resultado corroborado por outros trabalhos que
demonstraram achados semelhantes.
18, 19
De acordo com a literatura, déficits na capacidade de
gerar energia dos flexores plantares favorece uma impulsão inadequada, podendo contribuir para
uma lentidão da marcha.
33
É possível que o déficit observado nos flexores plantares do grupo
com DP possa ter contribuído para a pior performance na marcha desses indiduos. Estudos que
utilizaram medidas de pico de torque e poncia de músculos do tornozelo, em indivíduos com
DP encontraram uma diminuição dos valores quando comparados ao grupo controle,
8,26
apesar
das diferenças metodológicas existentes e já citadas anteriormente.
A comparação realizada entre os membros inferiores demonstrou uma assimetria no
desempenho muscular em ambos os grupos. O pior desempenho do membro inferior não
dominante do grupo controle e do membro mais afetado do grupo com DP sugerem possível
influência da dominância e da DP na performance muscular de cada grupo. Siqueira et al.
34
sugeriram que a dominância é um fator relevante principalmente em indivíduos considerados não
atletas. Para os autores, atletas tendem a ter membros inferiores mais simétricos devido à melhor
performance do lado não-dominante do que indivíduos o atletas.
34
No presente estudo foram
incluídos apenas indivíduos que relataram prática física eventual, o que poderia explicar o
desempenho inferior do lado não-dominante em relação ao dominante.
Na DP, foram encontrados estudos referentes apenas a musculatura do joelho no que diz
respeito à assimetria entre os membros, com metodologia similar a do presente trabalho. Nogaki
52
et al.
13
demonstraram que o pico de torque de extensão e flexão do joelho no lado mais
comprometido de indivíduos na fase inicial da DP foi significativamente menor que o outro lado,
principalmente em velocidade alta (90º/s). Distintamente, em outro estudo onde a mesma
articulação foi avaliada nas velocidades de 30º/s, 90º/s e 180º/s, não foram encontradas diferenças
do pico de torque de extensão e fleo entre os membros dos pacientes na mesma fase da
doença.
10
Tal assimetria entre os membros foi observada em velocidades mais altas e somente
nos indivíduos numa fase avançada da DP.
10
Indivíduos na fase inicial da DP relatam assimetria
entre os membros e queixam de insegurança.
35
Um aspecto a ser ressaltado é que as assimetrias
observadas entre os membros, principalmente no grupo com DP, foram superiores a 10%
indicando que tais indivíduos na fase inicial devam ser avaliados quanto ao desempenho
muscular para detecção precoce das assimetrias e possível treinamento adequado.
No presente estudo, não foi possível observar desequibrios musculares entre os membros
inferiores e entre os grupos, através da variável relação agonista/antagonista. Ainda que o grupo
com DP tenha apresentado valores inferiores aos do grupo controle, de potência média e trabalho
parece ser que a diminuição do desempenho muscular ocorreu proporcionalmente entre agonistas
e antagonistas, mantendo assim, o equilíbrio muscular nesses indiduos. È possível que tais
diferenças não tenham sido encontradas em função do comprometimento leve que caracteriza a
fase inicial da DP. A literatura
14,16,17
reporta um déficit de ativação de sculos extensores, que
poderia estar presente desde a fase inicial da doença em diferentes partes do corpo. Porém, esse
achado foi obtido através de registros eletromiográficos ou de valores de torque dio avaliados
separadamente para cada grupo muscular. Um aspecto importante é que não foram encontrados
estudos que avaliaram a razão entre o desempenho dos músculos antagonistas na DP pela
variável em questão, embora ela seja capaz de prover informações sobre as relações das forças
53
em torno da articulação.
24
Sendo assim, são necessários novos estudos que avaliem a relação
agonista/antagonista em indivíduos em distintas fases da DP.
CONCLUSÃO
Os indivíduos na fase inicial da DP do presente estudo apresentaram pior desempenho
muscular nos membros inferiores e tronco quando comparados a indivíduos sem a doença. Os
resultados indicaram ainda que os músculos flexores e extensores do tronco e quadril parecem ser
mais comprometidos sugerindo que as regiões axial e proximal do corpo podem ser afetadas mais
precocemente pela DP em relação a musculatura distal. Além disso, os grupos apresentaram um
desempenho muscular assimétrico entre os membros inferiores, sendo pior desempenho no
membro inferior não dominante do grupo controle e do membro mais afetado no grupo com DP.
REFERÊNCIAS BIBLIOGFICAS
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57
TABELA 1
Médias e desvios padrão das variáveis Trabalho, Potência média e Relação de torque entre
dorsiflexores e flexores plantares na articulação do tornozelo, expressas em %.
Variáveis Grupo Controle Grupo com DP p
ND D MA A
W DF 30 21,71 ± 8,30 21,65 ± 4,85 18,44 ± 6,72 17,83 ± 5,73 0, 070
W DF 90 11,89 ± 1,81 13,50 ± 4,69* 10,17 ± 4,13 11,84 ± 3,47* 0,123
W FP 30 66,36 ± 17,81 68,34 ± 16,64* 37,63 ± 17,73 47,07 ± 21,81* 0,000
W FP 90 36,90 ± 13,70 41,52 ± 16,35* 19,80 ± 9,13 27,61 ± 16,34* 0,002
Pot DF 30 8,67 ± 3,15 9,43 ± 2,98 7,1 ± 2,7 8,00 ± 3,62 0,281
Pot DF 90 10,32 ± 3,80 12,60 ± 5,18* 8,77 ± 4,05 10,37 ± 3,77* 0,298
Pot FP 30 29,00 ± 11,11 30,49 ± 9,55 11,57 ± 4,67 14,81 ± 5,16 0,000
Pot FP 90 33,24 ± 15,75 37,84 ± 19,71* 11,44 ± 8,68 18,58 ± 11,07* 0,003
DF/FP 30 38,27 ± 21,32 29,98 ± 5,77 53,28 ± 38,87 54,05 ± 23,92 0,068
DF/FP 90 33,06 ± 13,18 34,60 ± 9,41 71,69 ± 88,03 65,20 ± 47,15 0,122
*=diferença significativa entre os membros inferiores; p = valor p para diferença entre os grupos
D = Lado dominante MA = Lado mais afetado
ND= Lado não dominante A = Lado menos afetado
W DF 30 = Trabalho de dorsiflexores a 30º/s.
W DF 90 = Trabalho de dorsiflexores a 90º/s.
W FP 30 = Trabalho de flexores plantares a 30º/s.
W FP 90 = Trabalho de flexores plantares a 90º/s.
Pot DF 30 = Potência média dos dorsoflexores a 30º/s.
Pot DF 90 = Potência média dos dorsoflexores a 90º/s.
Pot FP 30 = Potência media dos flexores plantares a 30º/s.
Pot FP 90 = Potência media dos flexores plantares a 90º/s.
DF/FP 30 = Relação de torque entre dorsiflexores/flexores plantares a 30º/s.
DF/FP 90 = Relação de torque entre dorsiflexores/flexores plantares a 90º/s.
58
TABELA 2
Médias e desvios padrão das variáveis Trabalho, Potência média e Relação de torque entre
flexores e extensores na articulação do joelho, expressas em %
Variáveis Grupo Controle Grupo com DP p
ND D MA A
W FJ 30 106,63 ± 18,95 107,70 ± 21,89 76,69 ± 25,50 83,9 ± 25,90 0,001
W FJ 90 85,26 ± 21,55 92,57 ± 19,69* 45,94 ± 19,24 50,34 ± 20,21* 0,000
W EJ 30 192,79 ± 38,26 196,27 ± 36,01 155,72 ± 48,68 167,90 ± 29,88 0,034
W EJ 90 164,46 ± 37,52 169,20 ± 38,82* 114,15 ± 37,46 129,07 ± 28,59* 0,014
Pot FJ 30 24,31 ± 6,35 24,48 ± 6,21 14,98 ± 3647 15,48 ± 4,33 0,001
Pot FJ 90 50,34 ± 16,59 54,13 ± 16,53* 21,64 ± 8,33 24,79 ± 8,02* 0,000
Pot EJ 30 47,26 ± 12,10 48,10 ± 12,64 36,64 ± 11,55 39,72 ± 7,07 0,061
Pot EJ 90 102,46 ± 30,24 104,82 ± 33,88 64,82 ± 27,45 76,17 ± 18,40 0,013
FL/EXT30 49,5 ± 10,1 49,7 ± 8,3 41,9 ± 7,4 42,2 ± 14,7 0,059
FL/EXT90 50,1 ± 7,8 48,5 ± 7,6 40,6 ± 11,0 41,0 ± 20,69 0,070
*=diferença significativa entre os membros inferiores; p = valor p para diferenças entre os grupos
D = Lado dominante MA = Lado mais afetado
ND= Lado não dominante A = Lado menos afetado
WM FJ 30 = Trabalho dos flexores do joelho a 30º/s.
WM FJ 90 = Trabalho dos flexores do joelho a 90º/s.
WM EJ 30 = Trabalho dos extensores do joelho a 30º/s.
WM EJ 90 = Trabalho dos extensores do joelho a 90º/s.
Pot FJ 30 = Poncia media dos flexores do joelho a 30º/s.
Pot FJ 90 = Poncia media dos flexores do joelho a 90º/s.
Pot EJ 30 = Potência media dos extensores do joelho a 30º/s.
Pot EJ 90 = Potência media dos extensores do joelho a 90º/s.
FL/EXT 30 = Relação de torque entre os flexores e extensores do joelho a 30º/s.
FL/EXT 90 = Relação de torque entre os flexores e extensores do joelho a 90º/s.
59
TABELA 3
Médias e desvios padrão das varveis Trabalho, Potência média e relação de torque entre
flexores e extensores na articulação do quadril, expressas em %
Variáveis Grupo Controle Grupo com DP p
ND D MA A
WFQ30 133,12 ± 31,49 145,38 ± 39,84 100,14 ± 26,20 102,55 ±26,01 0,020
WFQ90 111,92 ± 34,21 118,79 ± 37,70 57,22 ± 19,62 64,67 ± 23,73 0,001
WEQ30 152,77 ± 40,37 156,14 ± 30,48 115,78 ± 43,44 100,23 ± 33,05 0,002
WEQ90 125,96 ± 56,39 133,88 ± 55,99 64,99 ± 38,25 69,00 ± 40,19 0,004
PFQ30 31,97 ± 8,41 31,92 ± 9,52 20,28 ± 7,84 20,99 ± 8,06 0,006
PFQ90 66,40 ± 25,18 70,23 ± 29,55 27,51 ± 14,13 31,91 ± 17,83 0,001
PEQ30 42,01 ± 13,54 41,45 ± 10,28 24,09 ± 8,95 22,44 ± 5,70 0,000
PEQ90 73,72 ± 37,39 79,49 ± 31,31* 31,92 ± 17,71 35,45 ± 18,85 * 0,002
R.FL/EXT30 80,52 ± 18,2 73,7 ± 15,1 87,2 ± 33,9 90,5 ± 37,4 0,328
R.FL/EXT90 86,4 ± 21,6 85,3 ± 17,7 89,6 ± 53,5 88,6 ± 46,7 0,848
*=diferença significativa entre os membros inferiores; p = para diferença significativa entre os
grupos.
D = Lado dominante MA=Lado mais afetado
ND = Lado não dominante A=Lado menos afetado
W FQ 30 = Trabalho dos flexores do quadril a 30º/s.
W FQ 90 = Trabalho dos flexores do quadril a 90º/s.
W EQ 30 = Trabalho dos extensores do quadril a 30º/s.
W EQ 90 = Trabalho dos extensores do quadril a 90º/s.
Pot FQ 30 = Potência media dos flexores do quadril a 30º/s.
Pot FQ 90 = Potência media dos flexores do quadril a 90º/s.
Pot EQ 30 = Potência media dos extensores do quadril a 30º/s.
Pot EQ 90 = Potência media dos extensores do quadril a 90º/s.
FL/EXT 30 = Relação de torque entre os flexores e extensores do quadril a 30º/s.
FL/EXT 90 = Relação de torque entre os flexores e extensores do quadril a 90º/s.
60
TABELA 4
Médias e desvios padrão das variáveis Trabalho, Potência média e relação de torque entre
flexores e extensores de tronco, expressas em %.
______________________________________________________________________________
Variáveis Grupo Controle Grupo com DP p
WFT 74, 69 ± 25,45 20,58 ± 15,88 0,000
WET 111,95 ± 72,20 27,71 ± 26,88 0,002
PFT 88,36 ± 39,64 18,76 ± 18,02 0,000
PET 141,02 ± 105,87 27,44 ± 29,80 0,002
R.FL/EXT 79,66 ± 33,84 107,76 ± 51,96 0,174
______________________________________________________________________________
WFT= Trabalho de flexão do tronco a 120º/s.
WET= Trabalho de extensão do tronco a 120º/s.
PFT= Poncia media de flexão do tronco a 120º/s.
PET= Potência media de extensão do tronco a 120º/s.
R.FL/EXT= Relação de torque entre os flexores e extensores do tronco a 120º/s.
61
CAPÍTULO 5-CONSIDERAÇÕES FINAIS
Indiduos com DP tornam-se progressivamente incapacitados e apresentam alterações no
desempenho muscular de articulações e regiões importantes para a postura e independência
funcional. Tais alterações são comumente observadas nas fases intermediárias e avançadas da DP
e contribuem para uma pior performance nesses indivíduos.
Uma vez que o desempenho muscular poderia estar comprometido nas fases iniciais da DP, o
presente estudo investigou a função muscular dos membros inferiores e tronco de indivíduos
nessa fase, através da dinamometria isocinética, e comparou com indivíduos sem a doença. As
diferenças observadas nas variáveis trabalho e poncia média indicaram um desempenho
muscular inferior dos indiduos na fase inicial da doença quando comparados aos indivíduos
sem a doença. O pior desempenho foi observado principalmente na musculatura axial e proximal
comparada aos músculos distais, assim como, uma assimetria entre os membros inferiores, sendo
pior desempenho no membro inferior não dominante do grupo controle e do membro mais
afetado no grupo com DP.
Diante dos achados do presente estudo, é importante ressaltar as implicações diretas para a
reabilitação ou fisioterapia em indivíduos que se encontram na fase inicial da doença com relação
aos déficits musculares observados. Uma intervenção precoce baseada em exercícios de
fortalecimento muscular para todo o membro inferior e tronco, que priorize não a capacidade
de produzir trabalho do músculo como também à potência, poderia ser útil para minimizar as
perdas musculares e manter, enquanto possível, o desempenho muscular nas fases posteriores da
DP.
62
ANEXO 1
63
ANEXO 2
Escala de estágios de incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada):
0: Ausência de sinais da doença
1,0: Alteração unilateral
1,5: Alteração unilateral com comprometimento axial
2,0: Alteração bilateral, sem déficit de equilíbrio
2,5: Alteração bilateral leve com recuperação na prova do empurrão
3,0: Alteração bilateral leve a moderada, certa instabilidade postural, fisicamente independente.
4,0: Incapacidade grave, ainda capaz de caminhar ou permanecer de pé sem ajuda.
5,0: Confinado à cama ou cadeira de rodas a não ser que receba ajuda.
Fonte: SCHENKMAN et al., 2001.
37
64
ANEXO 3
MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL
Instruções: Agora vou lhe fazer algumas perguntas que exigem atenção e um pouco de sua
memória. Por favor, tente se concentrar para respondê-las.
ORIENTAÇÃO NO TEMPO Certo Errad
o
1. Que dia do mês é hoje?
2. Em que s estamos?
3. Em que ano estamos?
4. Em que dia da semana estamos?
5. Que horas são agora aproximadamente? (correto=variação de + ou - uma hora)
ORIENTAÇÃO NO ESPAÇO
6. Em que local nós estamos? (dormitório, sala, apontando para o chão, andar)
7. Que local é este aqui? (num sentido mais amplo para a casa, prédio)
8. Em que bairro s estamos? (parte da cidade ou rua próxima)
9. Em que cidade nós estamos?
10. Em que estado nós estamos?
REGISTRO: Agora, preste atenção. Eu vou dizer três palavras e o (a) Sr(a) vai repetí-las quando eu
terminar. Memorize-as, pois eu vou perguntar por elas, novamente, dentro de alguns minutos. Certo?
As palavras são: CARRO [pausa], VASO [pausa], TIJOLO [pausa]. Agora repita as palavras pra mim
[permita 5 tentativas, mas pontue apenas a primeira]
11. CARRO
12. VASO
13. TIJOLO
ATENÇÃO E CÁLCULO: Agora eu gostaria que o(a) Sr(a) me dissesse quanto é:
14. 100 - 7 {93]
15. 93 - 7 {86}
16. 86 – 7 {79}
17. 79 - 7 {72}
18. 72 - 7 {65}
MEMÓRIA DE EVOCAÇÃO: O (a) senhora (a) consegue se lembrar das 3 palavras que lhe pedi
que repetisse agora pouco? (Correto = única tentativa sem dicas; repetição das 3 palavras em
qualquer ordem).
19. CARRO
20. VASO
21. TIJOLO
LINGUAGEM: [Aponte o caneta e o relógio e pergunte: o que é isto?]
22. CANETA
23. RELÓGIO
24. Preste atenção: vou lhe dizer uma frase e quero que repita depois de mim: NEM
AQUI, NEM ALI, NEM. (Correto = repetição perfeita, sem dicas.)
N°
°°
°:
65
Agora pegue este papel com a mão direita. Dobre-o ao meio e coloque-o no chão.
25. PEGAR COM A MÃO DIREITA
26. DOBRAR AO MEIO
27. JOGAR NO CHÃO
28. Vou lhe mostrar uma folha onde está escrita uma frase. Gostaria que fizesse o
que está escrito. (FECHE OS OLHOS).
29. Gostaria que o (a) senhor (a) escrevesse uma frase de sua escolha, qualquer uma,
não precisa ser grande. (Se o idoso não compreender, ajude-o dizendo alguma frase
que tenha começo, meio e fim, alguma coisa que aconteceu hoje ou alguma coisa
que queira dizer). o são considerados para pontuação, erros gramaticais ou
ortográficos.
30. Vou lhe mostrar um desenho e gostaria que o senhor (a) copiasse, da melhor
forma posvel. (Considere como acerto apenas se houver 2 pentágonos
interseccionados com 10 ângulos formando uma figura de 4 lados ou com 4
ângulos)
TOTAL
Pontos de corte: analfabetos: 18/19; anos de estudo 1: 23/24
FRASE:
DESENHO:
66
ANEXO 4
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
INFORMAÇÕES GERAIS
A submissão dos manuscritos deverá ser efetuada pelo site http://www.ufscar.br/rbfisio/ e
implica que o trabalho não tenha sido publicado e não esteja sob consideração para publicação
em outro periódico. Quando parte do material já tiver sido apresentada em uma comunicação
preliminar, em Simpósio, Congresso, etc., deve ser citada como nota de rodapé na gina de
título e uma cópia deve acompanhar a submissão do manuscrito.
A partir de janeiro de 2008, todos os artigos publicados na RBF/BJPT terão também a sua
versão em inglês, disponibilizados na base de dados Scientific Electronic Library Online -
SciELO. Os artigos submetidos e aceitos em portugs deverão ser traduzidos para o inglês por
tradutores indicados pela RBF/BJPT. Os artigos submetidos em inglês e aceitos também deverão
ser encaminhados aos revisores de inglês indicados pela RBF/BJPT para revisão final.
De acordo com a reunião do Conselho de Editores, realizada em 11 de outubro de 2007, é de
responsabilidade dos autores o pagamento dos custos de tradução e revisão do inglês dos
manuscritos aceitos, sendo que a RBF/BJPT poderá subsidiar, de acordo com sua disponibilidade
orçamentária, até 50% dos custos desse processo.
Contato:
Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy
Secretaria Geral
Departamento de Fisioterapia
Universidade Federal de São Carlos
Rodovia Washington Luís, km 235, Caixa Postal 676
CEP 13565-905, São Carlos, SP, Brasil
Email: rbfisio-se@power.ufscar.br.
Tel.: +55(16) 3351-8755
FORMA E PREPARAÇÃO DOS MANUSCRITOS
Os manuscritos devem ser submetidos por via eletrônica pelo site
http://www.ufscar.br/rbfisio/,preferencialmente em inglês, e devem ser digitados em espaço
duplo, tamanho 12, fonte Times New Roman com amplas margens (superior e inferior = 3 cm,
laterais = 2,5 cm), não ultrapassando 21 (vinte e uma) páginas (incluindo referências, figuras,
tabelas e anexos). Estudos de Caso não devem ultrapassar 10 (dez) páginas digitadas em sua
extensão total, incluindo referências, figuras, tabelas e anexos. (Adicionar números de linha no
arquivo).
Ao submeter um manuscrito para publicação, os autores devem enviar:
1) Carta de encaminhamento do material, contendo as seguintes informações: a) Nomes
completos dos autores e titulação de cada um; b) Tipo e área principal do artigo; c) mero e
nome da Instituição que emitiu o parecer do Comitê de Ética para pesquisas em seres humanos e
para os experimentos em animais. Para as pesquisas em seres humanos, incluir também uma
declaração de que foi obtido o Termo de Consentimento dos pacientes participantes do estudo;
d) Número de identificação em um dos Registros de Ensaios Cnicos validados pelos critérios
estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE:
67
http://www.icmje.org/faq.pdf. O mero de identificação deverá ser registrado no final do
resumo;
2) Declaração de responsabilidade de conflitos de interesse. Os autores devem declarar a
existência ou não de eventuais conflitos de interesse (profissionais, financeiros e benefícios
diretos e indiretos) que possam influenciar os resultados da pesquisa;
3) Declaração assinada por todos os autores com o número de CPF indicando a
responsabilidade do(s) autor(es) pelo conteúdo do manuscrito e transfencia de direitos autorais
(copyright) para a Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy, caso
o artigo venha a ser aceito pelos Editores.
Os modelos da carta de encaminhamento e das declarações encontram-se disponíveis no site
da Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy
http://www.ufscar.br/rbfisio/.
Os manuscritos publicados são de propriedade da Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian
Journal of Physical Therapy, e é vedada tanto a reprodução, mesmo que parcial em outros
periódicos, como a tradução para outro idioma sem a autorização dos Editores.
As datas de recebimento e aceite dos artigos serão publicadas. Se o artigo for encaminhado aos
autores para revisão eo retornar à RBF/BJPT dentro de 6 (seis) semanas, o processo de
revisão será considerado encerrado. Caso o mesmo artigo seja reencaminhado, um novo
processo será iniciado, com data atualizada. A data do aceite se registrada quando os autores
retornarem o manuscrito, após a correção final aceita pelos Editores.
As provas finais serão enviadas por e-mail aos autores somente para correção de possíveis
erros de impressão, não sendo permitidas quaisquer outras alterações. Manuscritos em prova final
não devolvidos em dois dias terão sua publicação postergada para um próximo número.
A versão corrigida, após o aceite dos editores, deve ser enviada usando o programa Word em
qualquer versão, pado PC. As figuras, tabelas e anexos devem ser colocadas em folhas
separadas no final do texto.
Após publicação do artigo ou processo de revisão encerrado, toda documentação referente ao
processo de revisão será incinerada.
Formato do manuscrito
O manuscrito deve ser elaborado na seqüência abaixo, com todas as páginas numeradas
consecutivamente na margem superior direita, com início na página de título.
Página de título e Identificação (. página)
A página de identificação deve conter os seguintes dados:
a) Título do manuscrito em letras maiúsculas;
b) Autor: nome e sobrenome de cada autor, em letras maiúsculas, sem titulação, seguido por
mero sobrescrito (expoente), identificando a afiliação institucional/vínculo
(Unidade/Instituição/Cidade/Estado); Para mais que um autor, separar por vírgula;
c) Nome e endereço completo (incluindo número de telefone e e-mail do autor para envio de
correspondência). É de responsabilidade do autor correspondente manter atualizado o endero e
e-mail para contatos.
ATENÇÃO: A RBF/BJPT aceita somente a inclusão de, no máximo, 6 (seis) autores em um
artigo. Outras pessoas que contribuíram para o trabalho podem ser incluídas no item
“Agradecimentos”;
68
d) Título para as páginas do artigo: indicar um título curto para ser usado no cabeçalho das
ginas do artigo (língua portuguesa e inglesa), não excedendo 60 caracteres;
e) Palavras-chave: uma lista de termos de indexação ou palavras-chave (máximo seis) deve
ser incluída (versões em português e inglês). A RBF/BJPT recomenda o uso do DeCS
Descritores em Cncias da Saúde para consulta aos termos de indexação (palavras-chave) a
serem utilizados no artigo (http://decs.bvs.br/).
Resumo (2ª. página)
Para autores brasileiros, o resumo deve ser escrito em língua portuguesa e língua inglesa.
Para os demais países, apenas em língua inglesa. Uma exposição concisa, que não exceda 250
palavras em um único parágrafo digitado em espaço duplo, deve ser escrita em folha separada e
colocada logo após a página de título. O resumo deve ser apresentado em formato estruturado,
incluindo os seguintes itens separadamente: Contextualização (opcional), Objetivos, Método,
Resultados e Conclusões.
Notas de rodapé e abreviações não definidas não devem ser usadas. Se for preciso citar uma
referência, a citação completa deve ser feita dentro do resumo, uma vez que os resumos são
publicados separadamente pelos Serviços de Informação, Catalogação e Indexação Bibliográficas
e eles devem conter dados suficientemente sólidos para serem apreciados por um leitor que não
teve acesso ao artigo como um todo.
Abstract (3ª. página)
Em caso de submissão em língua portuguesa, o título, o título curto, o resumo estruturado e
as palavras-chave do artigo devem ser traduzidos para o inglês sem alteração do conteúdo.
Após o Resumo e o Abstract, incluir, em itens destacados, a Introdução, Materiais e
Métodos, Resultados e a Discussão:
Introdução - deve informar sobre o objeto investigado e conter os objetivos da investigação,
suas relações com outros trabalhos da área e os motivos que levaram o(s) autor(es) a empreender
a pesquisa;
Materiais e Métodos - descrever de modo a permitir que o trabalho possa ser inteiramente
repetido por outros pesquisadores. Incluir todas as informações necessárias – ou fazer referências
a artigos publicados em outras revistas científicas para permitir a replicabilidade dos dados
coletados. Recomenda-se fortemente que estudos de intervenção apresentem grupo controle e,
quando possível, aleatorização da amostra.
Resultados - devem ser apresentados de forma breve e concisa. Tabelas, Figuras e Anexos
podem ser incluídos quando necessários (indicar onde devem ser incluídos e anexar no final) para
garantir melhor e mais efetiva compreensão dos dados, desde que o ultrapassem o número de
ginas permitido.
Discussão - o objetivo da discussão é interpretar os resultados e relacioná-los aos
conhecimentos existentes e disponíveis, principalmente àqueles que foram indicados na
Introdução do trabalho. As informações dadas anteriormente no texto (na Introdução, Materiais e
todos e Resultados) podem ser citadas, mas não devem ser repetidas em detalhes na discussão.
Após a Introdução, Materiais e Métodos, Resultados e Discussão, incluir:
a) Agradecimentos
69
Quando apropriados, os agradecimentos poderão ser incluídos, de forma concisa, no final
do texto, antes das Referências Bibliográficas, especificando: assistências técnicas, subvenções
para a pesquisa e bolsa de estudo e colaboração de pessoas que merecem reconhecimento
(aconselhamento e assistência). Os autores são responsáveis pela obtenção da permissão, por
escrito, das pessoas cujos nomes constam dos Agradecimentos.
b) Referências Bibliográficas
O número recomendado é de no mínimo: 50 (cinqüenta) referências bibliográficas para
Artigos de Revisão, Metanálise e Revisão Sistemática; 30 (trinta) referências bibliográficas para
Artigos Científicos e Metodológicos e 10 (dez) referências bibliográficas para Estudos de Caso.
As referências bibliográficas devem ser organizadas em seqüência numérica, de acordo com a
ordem em que forem mencionadas pela primeira vez no texto, seguindo os Requisitos
Uniformizados para Manuscritos Submetidos a Jornais Biomédicos, elaborado pelo Comitê
Internacional de Editores de Revistas Médicas (International Committee of Medical Journal
Editors ICMJE http://www.icmje.org/index.html). Ver exemplos no endereço
http://www.ufscar.br/rbfisio/.
Os títulos de periódicos devem ser referidos de forma abreviada, de acordo com a List of
Journals do Index Medicus (http://www.index-medicus.com). As revistas não indexadas não
deverão ter seus nomes abreviados.
As citações devem ser mencionadas no texto em números sobrescritos (expoente), sem datas.
A exatidão das referências bibliográficas constantes no manuscrito e a correta citação no texto
são de responsabilidade do(s) autor(es) do manuscrito.
c) Notas de Rodapé
As notas de roda do texto, se imprescindíveis, devem ser numeradas consecutivamente
em sobrescrito no manuscrito e escritas em uma folha separada, colocada no final do material
após as referências.
d) Tabelas e Figuras
Tabelas. Todas as tabelas devem ser citadas no texto em ordem numérica. Cada tabela
deve ser digitada em espaço duplo, em página separada. As tabelas devem ser numeradas,
consecutivamente, com algarismos arábicos e inseridas no final. Um título descritivo e legendas
devem tornar as tabelas compreensíveis, sem necessidade de consulta ao texto do artigo.
As tabelas não devem ser formatadas com marcadores horizontais nem verticais, apenas
necessitam de linhas horizontais para a separação de suas sessões principais. Usar parágrafos ou
recuos e espaços verticais e horizontais para agrupar os dados.
Figuras. Digitar todas as legendas em espo duplo. Explicar todos os símbolos e
abreviações. As legendas devem tornar as figuras compreensíveis, sem necessidade de consulta
ao texto. Todas as figuras devem ser citadas no texto, em ordem numérica e identificadas.
Figuras - Arte Final. Todas as figuras devem ter aparência profissional. Figuras de baixa
qualidade podem resultar em atrasos na aceitação e publicação do artigo.
Usar letras em caixa-alta (A, B, C, etc.) para identificar as partes individuais de figuras
múltiplas. Se possível, todos os símbolos devem aparecer nas legendas. Entretanto, símbolos para
identificação de curvas em um gráfico podem ser incluídos no corpo de uma figura, desde que
isso não dificulte a análise dos dados.
Cada figura deve estar claramente identificada. As figuras devem ser numeradas,
consecutivamente, em arábico, na ordem em que aparecem no texto. o agrupar diferentes
figuras em uma única página.
70
e) Tabelas, Figuras e Anexos - inglês
Um conjunto adicional com legendas em inglês deve ser anexado para artigos submetidos
em língua portuguesa.
OUTRAS CONSIDERAÇÕES
Unidades. Usar o Sistema Internacional (SI) de unidades métricas para as medidas e
abreviações das unidades.
Artigos de Revisão Sistemática e Metanálises. Devem incluir uma seção que descreva os
todos empregados para localizar, selecionar, obter, classificar e sintetizar as informações.
Estudos de Caso. Devem ser restritos a condições de saúde outodos/procedimentos
incomuns, sobre os quais o desenvolvimento de artigo científico seja impraticável. Dessa forma,
os relatos de casos clínicos não precisam necessariamente seguir a estrutura canônica dos artigos
científicos, mas devem apresentar um delineamento metodológico que permita a
reprodutibilidade das intervenções ou procedimentos relatados. Recomenda-se muito cuidado ao
propor generalizações de resultados a partir desses estudos. É recomendado que não ultrapassem
10 (dez) referências bibliográficas. Desenhos experimentais de caso único serão tratados como
artigos científicos e devem seguir as normas estabelecidas pela Revista Brasileira de
Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy.
Cartas ao Editor. Críticas a matérias publicadas, de maneira construtiva, objetiva e
educativa, consultas às situações cnicas e discussões de assuntos específicos à Fisioterapia serão
publicados a critério dos editores. Quando a carta se referir a comentários técnicos (réplicas) aos
artigos publicados na RBF/BJPT, esta será publicada junto com a tréplica dos autores do artigo
objeto de análise e/ou crítica.
Conflitos de Interesse. Não é recomendável a utilizão de nomes comerciais de
equipamentos e drogas (marcas registradas). Quando sua utilização for imperativa, os nomes dos
produtos e de seus fabricantes deverão vir entre parênteses, após o nome genérico do tipo de
equipamento ou da droga utilizada.
Considerações Éticas e Legais. Evitar o uso de iniciais, nomes ou números de registros
hospitalares dos pacientes. Um paciente não poderá ser identificado em fotografias, exceto com
consentimento expresso, por escrito, acompanhando o trabalho original. As tabelas e/ou figuras
publicadas em outras revistas ou livros devem conter as respectivas referências e o
consentimento, por escrito, do autor ou editores.
Estudos realizados em humanos devem estar de acordo com os padrões éticos e com o
devido consentimento livre e esclarecido dos participantes (reporte-se à Resolução 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde, que trata do Código de Ética para Pesquisa em Seres Humanos).
Para as pesquisas em humanos, deve-se incluir o mero do Parecer da aprovação das mesmas
pela Comissão de Ética em Pesquisa, que deve ser devidamente registrada no Conselho Nacional
de Saúde do Hospital ou Universidade ou o mais próximo da localização de sua região.
71
Para os experimentos em animais, considerar as diretrizes internacionais (por exemplo, a do
Committee for Research and Ethical Issues of the International Association for the Study of Pain,
publicada em PAIN, 16: 109-110, 1983).
A Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy reserva-se o
direito de não publicar trabalhos que não obedeçam às normas legais e éticas para pesquisas em
seres humanos e para os experimentos em animais.
É recomendável que estudos relatando resultados eletromiográficos sigam os “Standards for
Reporting EMG Data” recomendados pela ISEK.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É de responsabilidade dos autores a eliminação de todas as informações (exceto na página do
título e identificação) que possam identificar a origem ou autoria do artigo. Como exemplo, deve-
se mencionar o mero do parecer, mas o nome do Comitê de Ética deve ser mencionado de
forma genérica, sem incluir a Instituição ou Laboratório, bem como outros dados. Esse cuidado é
necessário para que os assessores que avaliarão o manuscrito não tenham acesso à identificação
do(s) autor(es). Os dados completos sobre o Parecer do Comitê de Ética devem ser incluídos na
versão final em caso de aceite do manuscrito.
72
APÊNDICE 1
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
CARACTERIZAÇÃO DO DESEMPENHO MUSCULAR EM INDIVÍDUOS
COM DOENÇA DE PARKINSON
Participante n
o
: _______________________________________
RESPONSÁVEIS
Investigador: Lidiane Andréa Oliveira Lima (31) 3344-4460; (31) 9143-5050
Orientadora: Prof.Dra.Fátima Valéria Rodrigues de Paula.(31) 3409- 7409
INSTITUIÇÃO:
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Escola de Educação
Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional Departamento de Fisioterapia
Laboratório de Desempenho Motor e Funcional Humano
Endereço: Avenida Antônio Carlos, 6627, 3
o
andar Campus Pampulha -
Belo Horizonte – Minas Gerais - CEP: 31270-901 - Telefone: (31) 3499-4781
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA UFMG (COEP)
Endereço: Avenida Antônio Carlos, 6627 - Unidade Administrativa II
andar - Campus Pampulha - Belo Horizonte MG - Telefone: 3499-4592
73
Informações
Você está sendo convidado a participar de um projeto de pesquisa a ser
desenvolvido pelo Departamento de Fisioterapia (Escola de Educação Física,
Fisioterapia e Terapia Ocupacional) da Universidade Federal de Minas Gerais para
investigar a força dos músculos dos tornozelos, joelhos, quadris e tronco de
indivíduos com e sem a doença de Parkinson.
Detalhes do estudo
O objetivo deste estudo é comparar a força muscular dos tornozelos, joelhos,
quadris e tronco de indivíduos com e sem a doença de parkinson.
Você será considerado para o estudo se:
- não apresentar Doença de Parkinson ou outros problemas neurológicos e
alterações musculares que dificultem a realização dos testes de força muscular;
tiver 50 anos ou mais e não ter caído nos últimos 6 meses.
- for portador de Doença de Parkinson; ter acima de 50 anos; estar em uso de
medicação anti-parkinsoniana; ser classificados nos estágios 1 e 2 da Escala de
estágios de incapacidade de Hoehn e Yahr modificada; estar sem alterações do
tratamento medicamentoso pelo menos um mês; não apresentar história clínica
de doenças cardiorrespiratórias e vasculares ou outra doença neurológica.
74
Descrição dos testes a serem realizados:
Todos os testes serão realizados no Laboratório de Desempenho Motor da Escola
de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de
Minas Gerais, que fica localizado no Campus da Pampulha. O estudo constará de
uma única etapa e que deverá durar aproximadamente duas horas.
Inicialmente será realizada uma avalião clínica e uma breve entrevista para o
preenchimento de uma ficha. Esta ficha te que ser preenchida com dados a seu
respeito, como, por exemplo, nome completo, sexo, altura, peso, idade, data de
nascimento, etc. Será, também, avaliada a sua velocidade de caminhada utilizando
um ritmo habitual que será escolhido por você.
Em seguida você realizará uma familiarização com os instrumentos de medida para
sua participação no estudo. Antes do teste no qual você deverá fazer o máximo de
força serão realizados 3 repetições de alguns movimentos leves no aparelho para
que você possa se acostumar com o movimento e com a velocidade do teste, que
será lenta e rápida. Cada teste será realizado 5 vezes em cada articulação na
velocidade baixa e 10 vezes em cada articulação na velocidade alta.
Possíveis Riscos e desconfortos:
Os riscos de sua participação nesta pesquisa o muitos baixos. Pode ser que
vo sinta algum tipo de cansaço durante o teste, o mesmo tipo de cansaço que
75
vo sente quando realiza alguma atividade sica, mas este cansaço tende a
desaparecer com o tempo.
Benefícios:
Você não obterá benefícios imediatos por participar desta pesquisa. Na
realidade, você estará contribuindo para a nossa melhor compreensão de como a
força muscular se apresenta em pacientes com doença de Parkinson. Com isso,
poderemos planejar o tratamento fisioterápico mais adequado para as pessoas que
têm esta doença.
Confiabilidade:
Você receberá um código que será utilizado em todos os seus testes e sua
identidade não será revelada. Seus dados serão apresentados em relatórios
estatísticos agrupados sem nenhuma identificação.
Utilização dos dados:
Os dados coletados serão utilizados em publicações relacionadas a esta
pesquisa e poderão ser guardados para futuras pesquisas.
Garantia de Esclarecimento
Você tem o direito de receber informações acerca da pesquisa e dos
procedimentos que serão realizados em qualquer momento da pesquisa.
76
Natureza voluntária do estudo/ liberdade para se retirar:
A sua participação é voluntária e você tem o direito de se retirar por qualquer
razão a qualquer momento, sem prejzo para sua pessoa.
Ressarcimento e Indenização
Informamos que vo não te qualquer tipo de despesa para participar da
pesquisa, que a participação neste estudo é voluntária e que você não receberá
qualquer tipo de compensação financeira em função da sua participação.
Entretanto, os custos com o seu deslocamento a o local da pesquisa e quaisquer
outros gastos adicionais serão de responsabilidade dos pesquisadores.
Depois de ter lido as informações acima, se for de sua vontade participar, por
favor, preencha o consentimento abaixo
77
DECLARAÇÃO E ASSINATURA
Eu li e entendi toda a informação passada sobre o estudo, sendo os objetivos,
procedimentos e linguagem técnica satisfatoriamente explicados. Eu tive tempo
suficiente para considerar a informação acima e tive oportunidade de esclarecer
todas as minhas vidas. Estou assinando este termo voluntariamente e tenho
direito de agora ou mais tarde discutir qualquer dúvida que eu venha a ter com a
pesquisa:
Assim,eu_________________________________________________, abaixo
assinado, concordo em participar, de livre e espontânea vontade, deste estudo.
Belo Horizonte,_____de_______________________de ___________.
_________________________ __________________________
Assinatura do participante Testemunha
Responsáveis:
__________________________ __________________________
Lidiane Andréa O Lima Prof. Dr. Fátima de Paula
Pesquisadora Orientador
78
APÊNDICE 2
EEFFTO/Laboratório de Análise do Movimento
Projeto de Pesquisa: Efeito dos marcadores externos na marcha de indivíduos com doença de
Parkinson.
Pesquisadora: Lidiane Andréa Oliveira Lima
Orientadora: Fátima Valéria Rodrigues de Paula, Ph D.
Avaliação do indivíduo com doença de Parkinson
Data: _________________
1.Dados de identificação:
Nome: ____________________________________________
Prontuário: _____________________ Sexo:_________________ Código: ____________
Idade: _________________ Data de nascimento: ________________
Estado civil: ____________________
Escolaridade:_________________________________
Endereço: ___________________________________________________________________
Cidade:___________________________________ CEP: ___________________
Tel: ______________________________________
Altura: _________________ Peso:______________________ IMC:_____________________
2.Vive com: ( ) Cônjuge ( ) Filhos ( ) Sozinho(a) ( ) Outros _________________
3.Ocupação: _____________________________________
4.Intervenções cirúrgicas: ______________________________________________________
5.Patologias associadas:
( ) diabetes mellitus ( ) hipertensão arterial ( ) incontinência urinária ( ) osteoartrite
( ) alterações auditivas ( ) alterações visuais ( ) doenças cardíacas ( ) osteoporose
( ) artrite reumatóide ( ) vestibulopatias ( ) distúrbios neurológicos ( ) outras:
_____________________________________________________________________________
79
6.PA: ________________________ FC: _________________
7.Medicações em uso (nome, dosagem, horário e durão): ___________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
8.Tempo de evolução da doença (anos) ____________________
9.Estágio na Escala de incapacidade de Hoehn e Yahr modificada: ________
10. Pratica atividade física regularmente? ( )não ( )sim
Se sim, que tipo e qual a freqüência? _______________________________________________
11. Membro mais comprometido ( ) D ( ) E
12.Velocidade de marcha:
___________
_________
_________
UPDRS - “Unified Parkinson’s Disease Rate Scale”
Donios: Atividade de vida diária e Exploração Motora
Atividades de vida diária
Linguagem falada
0-Normal
1-Levemente afetada. Sem dificuldades para ser compreendido.
2-Alteração moderada. Em algumas ocasiões é necessário pedir para repetir o que disse.
3-Alteração grave. Frequentemente é necessário pedir para repetir o que está falando.
4-Ininteligível na maioria das vezes.
Sialorréia
0-Normal
1-Aumento leve da saliva, mas evidente na boca; pode ocorrer baba noturna.
2-Aumento moderado de saliva; pode ter uma baba mínima.
3-Aumento marcante de saliva com alguma baba.
80
4-Baba marcante que requer uso constante de lenços.
Deglutição
0-Normal.
1-Engasga raramente.
2-Engasga de forma esporádica.
3-Requer alimentos macios.
4-Requer alimentação por sonda nasogástrica ou gastrotomia.
Escrita
0-Normal.
1-Ligeiramente lenta ou pequena.
2-Moderadamente lenta ou pequena. Todas as palavras são legíveis.
3-Alteração grave, nem todas as palavras são legíveis.
4-A maioria das palavras são ilegíveis.
Corte de alimentos e manejo dos talheres
0-Normal.
1-Um pouco lento e torpe, mas não necessita de ajuda.
2-Pode cortar a maioria dos alimentos, ainda que de um modo torpe e lento; precisa de certa
ajuda.
3-Os alimentos devem ser cortados por outra pessoa, porém, pode alimentar-se lentamente.
4-Necessita-se que o alimentem.
Vestir-se
0-Normal.
1-Um pouco lento, apesar de não necessitar de ajuda.
2-Em algumas ocasiões necessita ajuda para abotoar e colocar os braços na mangas.
3-Requer uma ajuda considerável, porém pode fazer algumas coisas sozinho.
4-Precisa de ajuda completa.
Higiene
0-Normal.
1-Um pouco lento, mas não precisa de ajuda.
2-Precisa de ajuda para se barbear ou tomar banho, ou é muito lento nos cuidados de higiene.
81
3-Requer ajuda para lavar-se, escovar os dentes, pentear-se e ir ao banheiro.
4-Precisa de cateter de Foley e outras medidas mecânicas.
Dar a volta na cama ou arrumar os lençóis
0-Normal.
1-Um pouco lento e torpe, mas não precisa de ajuda.
2-Pode dar a volta sozinho ou arrumar os lençóis, ainda que com grande dificuldade.
3-Pode tentar, mas não dá a volta nem arruma os lençóis sozinho.
4-Ajuda total.
Quedas (sem relação com bloqueio/congelamento ou “freezing
0-Nenhuma
1-Quedas infrequentes.
2-Quedas ocasionais, menos de uma vez por dia.
3-Quedas uma vez por dia em média.
4-Quedas mais de uma vez por dia.
Bloqueio/congelamento durante a marcha
0- Nenhum.
1-Bloqueio/congelamento pouco freqüente durante a marcha; pode experimentar uma
vacilão ao começar a andar (“start-hesitation).
2-Bloqueio/congelamento esporádico durante a marcha.
3-Bloqueio/congelamento freqüente, que ocasionalmente leva a quedas.
4-Quedas freqüentes causadas por bloqueio/congelamento.
Marcha
0-Normal.
1-Dificuldade leve. Pode não ocorrer balanceio dos braços ou tender a arrastar uma perna.
2-Dificuldade moderada, porém necessita de pouca ou nenhuma ajuda.
3-Alterações graves da marcha, com necessidade de ajuda.
4-A marcha é impossível, ainda que com ajuda.
Tremor
0-Ausente.
1-Leve e pouco freqüente.
82
2-Moderado, incomodo para o paciente.
3-Grave, dificulta muitas atividades.
4-Marcante, dificulta a maioria das atividades.
Moléstias sensitivas relacionadas com o parkinsonismo.
0-Nenhuma.
1-Em algumas ocasiões, tem edema, formigamento ou dor leve.
2-Frequentemente tem edema, formigamento ou dor, não preocupantes.
3-Frequentes sensações dolorosas.
4-Dor muito intensa.
Exploração Motora
Linguagem falada
0-Normal.
1-Leve perda de expressão, dicção e/ou volume de voz.
2-Monótona, arrastada, mas compreensível; alteração moderada.
3-Alteração marcada, difícil de entender.
4-Inintelígivel.
Expressão facial
0-Normal.
1-Hipomimia mínima; poderia ser normal (cara de jogador de poker”).
2-Diminuição leve mas claramente anormal da expressão facial.
3-Hipomimia moderada; lábios separados em algumas ocasiões.
4-Face fixa ou em máscara com perda grave ou total da expressão facial; lábios separados 0,6
cm ou mais.
Tremor em repouso
0-Ausente.
1-Leve e pouco freqüente.
2-De pequena amplitude e contínuo ou de amplitude moderada e aparição intermitente.
3-De amplitude moderada e presente quase continuamente.
4-De amplitude marcada e presente quase continuamente.
83
Tremor de ação ou postural das mãos
0-Ausente.
1-Leve; presente durante a atividade.
2-De amplitude moderada, presente durante a atividade.
3-De amplitude moderada, presente ao manter uma postura assim como durante a atividade.
4-De amplitude marcada, dificulta a alimentação.
Rigidez (Avaliada através da mobilizão passiva das articulações maiores, com o
paciente sentado e relaxado. Não avaliar o fenômeno da roda denteada).
0-Ausente.
1-Leve ou só percebida quando ativada por movimentos contralaterais ou outros movimentos.
2-Leve a moderada.
3-Marcada, mas permite alcançar facilmente a xima amplitude de movimento.
4-Grave, a xima amplitude do movimento é alcançada com dificuldade.
Destreza digital (O paciente bate o polegar contra o indicador rápida e sucessivamente
com a maior amplitude possível; cada mão separademente).
0-Normal.
1-Ligeiramente lento e/ou redução da amplitude.
2-Alteração moderada. Fadiga clara e precoce. O movimento pode se deter ocasionalmente.
3-Alteração grave. Freqüente indecisão ao iniciar o movimento ou paradas enquanto realiza o
movimento.
4-Apenas pode realizar o exercício.
Movimento das mãos (O paciente abre e fecha as mãos rápida e sucessivamente com a
maior amplitude possível. Cada mão separadamente)
0-Normal.
1-Lentidão leve e/ou redução da amplitude.
2-Alteração moderada. Fadiga clara e precoce. O movimento pode se deter ocasionalmente.
3-Alteração grave. Frequentemente indecisão em iniciar o movimento ou paradas enquanto
realiza o movimento.
4-Apenas pode realizar o exercício.
84
Movimento das mãos rápidos e alternantes: (Movimentos de pronação-supinação das
mãos, vertical ou horizontalmente com a maior amplitude possível e ambas as os
simultaneamente).
0-Normal.
1-Lentidão grave e/ou redução da amplitude.
2-Alteração moderada. Fadiga clara e precoce. O movimento pode se deter ocasionalmente.
3-Alteração grave. Freqüente indecisão em iniciar o movimento ou paradas enquanto realiza o
movimento.
4-Apenas pode realizar o exercício.
Agilidade das pernas (O paciente bate o calcanhar contra o solo em sucessão rápida,
levantando a perna por completo. A amplitude deveria situar-se em 7 a 8 cm.).
0-Normal.
1-Lentidão leve e/ou redução da amplitude.
2-Alteração moderada. Fadiga clara e precoce. O movimento pode se deter ocasionalmente.
3-Alteração grave. Freqüente indecisão em iniciar o movimento ou paradas enquanto realiza o
movimento.
4-Apenas pode realizar o movimento.
Levantar da cadeira (O paciente tenta levantar-se de uma cadeira de madeira ou metal
com encosto vertical mantendo os braços cruzados sobre o tórax).
0-Normal.
1-Lento ou necessita de mais de uma tentativa.
2-Levanta-se com apoio nos braços da cadeira.
3-Tende a cair para trás e pode tentarrias vezes ainda que se levante sem ajuda.
4-Não pode se levantar sem ajuda.
Postura.
0-Erguido normalmente.
1-Não totalmente erguido, levemente encurvado, pode ser normal em pessoas idosas.
2-Postura moderadamente encurvada, claramente anormal; pode estar inclinado ligeiramente
para um lado.
85
3-Postura intensamente encurvada, com cifose, pode estar inclinado moderadamente para um
lado.
4-Flexão marcada com extrema alteração postural
Marcha.
0-Normal.
1-A marcha é lenta, pode arrastar os pés e os passos podem ser curtos, mas não existe
propulsão nem festinação.
2-Caminha com dificuldade, mas necessita pouca ou nenhuma ajuda; pode existir certa
festinação, passos curtos ou propulsão.
3-Grave transtorno da marcha que exige ajuda.
4-A marcha é impossível, ainda que com ajuda.
Estabilidade postural (Observa-se a resposta a um deslocamento súbito para trás,
provocado por um empurrão nos ombros, estando o paciente decom os olhos abertos e os
s ligeiramente separados. Avisar o paciente previamente.).
0-Normal.
1-Retropulsão, ainda se recupera sem ajuda.
2-Ausência de reflexo postural; poderia ter caído se o avaliador não impedisse.
3-Muito instável; tendência a perder o equilíbrio espontaneamente.
4-Incapaz de manter-se de pé sem ajuda.
Bradicinesia e hipocinesia (Combinação de lentidão, indecisão, diminuição da oscilação
dos braços, redução da amplitude dos movimentos e escassez de movimentos em geral)
0-Ausente.
1-Lentidão nima, dando ao movimento um caráter decidido; poderia ser normal em
algumas pessoas. Amplitude possivelmente reduzida.
2-Grau leve de lentidão e escassez de movimentos; evidentemente anormal. Pode haver
diminuição da amplitude.
3-Lentidão moderada, pobreza de movimentos ou amplitude reduzida dos mesmos.
4-Lentidão marcada e pobreza de movimentos com amplitude reduzida dos mesmos.
86
APÊNDICE 3
EEFFTO/Laboratório de Análise do Movimento
Projeto de Pesquisa: Caracterizão do desempenho muscular em pacientes com doença de
parkinson.
Pesquisadora: Lidiane Andréa O. Lima
Orientadora:tima Valéria Rodrigues de Paula, Ph D.
Avaliação do Participante
Data: _________________
1.Dados de identificação:
Nome: ________________________________________________
Sexo:_________Idade:_____Data de nascimento: ______________
Estado civil: _____________Escolaridade: ___________________
Endereço: _____________________________________________
Cidade: _________________________ CEP: _________________
Tel: ________________Referência: ________________________
Altura:________________Peso:________ IMC:_______________
Em caso de emergência avisar:____________________________
2. Dados de saúde atuais:
Cirurgias passadas S( ) N( ) ___________________
AVC, Desmaios, Convulsões S( ) N( ) ___________________
Alterações neurológicas S( ) N( ) ___________________
Alterações cardíacas S( ) N( ) ___________________
Alterações circulatórias S( ) N( ) ___________________
Alterações ortopédicas S( ) N( ) ___________________
Artrite reumatóide, Fraturas S( ) N( ) ___________________
Lombalgia ou cervicalgia S( ) N( ) ___________________
Dor: quadril, joelho ou tornozelo S( ) N( ) ___________________
Alterações musculares S( ) N( ) ___________________
Diabetes S( ) N( ) ___________________
87
Alterações visuais S( ) N( ) ___________________
Alterações pulmonares S( ) N( ) ___________________
Alterações auditivas S( ) N( ) ___________________
Alterações de equilíbrio S( ) N( ) ___________________
Quedas S( ) N( ) ___________________
3. Membro dominante ( )D ( ) E
4. Classificação IPAQ:_______________________________________
5. Velocidade de marcha:
1__________
2__________
3__________
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