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anteriormente, e entre elas destacam-se a proposta do esquema HLPA (“Hybrid-Linear Parabo-
lic Approximation”) de Zhu [166], do SMART (“Sharp and Monotonic Algorithm for Realistic
Transport”) por Gaskell e Lau [53], do WACEB (“Weighted Average Coefficient Ensuring Boun-
dedness”) por Song et al. [133], do VONOS (“Variable-Order Non-Oscillatory Scheme”) de Varo-
nos e Bergeles [152] e, mais recentemente, a proposta do CUBISTA (“Convergent and Universally
Bounded Interpolation Scheme for the Treatment of Advection”) de Alves et al. [3]. Por satis-
fazerem o critério de estabilidade CBC, tais esquemas vêm sendo utilizados com sucesso numa
variedade de aplicações (veja os trabalhos [2, 18, 57, 78, 94, 96, 98, 120, 127, 149, 163], entre
muitos outros). Entretanto, a ausência do número de Courant (veja [83]) em suas formulações,
além da falta de robustez em resolver problemas de evolução, e o desejo de simular problemas
de escoamento de fluidos em condições adversas motivaram o desenvolvimento de uma versão
limitada do esquema QUICKEST (“QUICK with Estimated Streaming Terms”) de Leonard [81],
chamada QUICKEST adaptativo nas referências [43, 46, 47, 49] ou ADBQUICKEST (“ADapta-
tive Bounded QUICKEST”) na referência [48].
Vale salientar que há também outra classe de esquemas de alta resolução sofisticados chama-
dos ENO (“Essentially Non-Oscillatory”) e seus relacionados WENO (“Weighted ENO”), que são
apropriados para capturar descontinuidades e pontos extremos com alta ordem de precisão (ver
[63]). Nesses esquemas, alta ordem é alcançada usando polinômios interpoladores de graus ele-
vados que não garantem resultados não oscilatórios. Seus compromissos são relaxar as condições
CBC/TVD e, ao invés de considerar moléculas computacionais fixas, escolher moléculas compu-
tacionais variáveis. O preço a ser pago por esse procedimento é, além da dificuldade de imple-
mentação, o número muito elevado de operações aritméticas requeridas a cada passo no tempo. A
diferença entre ENO/WENO e esquemas CBC/TVD é que os esquemas ENO/WENO têm a propri-
edade de reter a mesma ordem de precisão espacial em todo o domínio, inclusive nas vizinhanças
de descontinuidades e pontos extremos, enquanto que os esquemas CBC/TVD oferecem primeira
ordem de precisão nessas regiões críticas. Em outras palavras, a dissipação numérica contida nos
esquemas ENO/WENO é intrinsecamente menor que aquela nos esquemas CBC/TVD. Por outro
lado, em muitas aplicações - como os escoamentos incompressíveis - segunda ordem de precisão
é suficiente (ver [72]). Também, esquemas ENO/WENO são usados na simulação da turbulência
com LES (“Large Eddy Simulation”) [121], em que se conclui freqüentemente que eles são muitos
dissipativos [43].
No que tange à modelagem de turbulência [32, 159], existem poucas maneiras de se simular
numericamente escoamentos incompressíveis nesse regime e, dentre elas, destacam-se três me-
todologias principais, a saber: a) a DNS (“Direct Numerical Simulation”) [121, 134]; b) a LES
[121]; e c) a RANS (“Reynolds-Averaged Navier-Stokes”) [135]. Na DNS, todas as escalas da
turbulência são computadas numericamente, a partir das equações instantâneas de Navier-Stokes
e continuidade, sem levar em consideração o fato de que as pequenas e as grandes escalas da tur-
bulência possuem características físicas diferentes. A necessidade de uma malha computacional
excessivamentefina e de um tamanho de passo no tempo bastante reduzido exige demanda elevada
de recursos computacionais, sendo a DNS limitada para problemas a baixos valores do número
de Reynolds. Na LES, formulada com base num processo de filtragem das equações instantâ-
neas de conservação, permite-se, da mesma maneira como na DNS, computar as escalas maiores
(“grid-scale”) da turbulência, e os efeitos das estruturas de pequenas escalas (“subgrid-scale”) são
modelados. Os praticantes dessa metodologia argumentam que as escalas pequenas da turbulência
são mais homogêneas e isotrópicas e, portanto, fáceis de modelar. Entretanto, quando a malha