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Tabela 1. Argumentos para uso da história da ciência com exemplos extraídos do módulo de ensino.
Argumentos para o uso da História da
Ciência segundo Matthews (1995)
Fragmentos do módulo de ensino
A História promove uma melhor
compreensão dos conceitos científicos
O escritor e pintor Ghoethe (1749-1832), já
havia observado este efeito de interação entre
as cores no século inicio do século XIX. Ao
apreciar uma paisagem ele percebera que:
“durante o dia, devido aos tons amarelados, as
sombras tendem a ser tornar violetas... ao pôr-
do-sol, quando seus raios difusos são do mais
bonito vermelho, a cor das sombras torna-se
verde”.
A abordagem histórica conecta o
desenvolvimento do pensamento
individual com o desenvolvimento das
idéias científicas
Uma teoria existente na antiguidade defendia a
idéia dos raios da visão. O olho emanaria
determinados raios que em contato com os
objetos trariam sua forma. Esta teoria era
defendida ardorosamente por Pitágoras de
Samos. Embora apresentasse algumas
dificuldades, como, por exemplo, não explicar
por que não enxergamos no escuro, ela trouxe
certo avanço para compreensão da visão.
A História da Ciência é intrinsecamente
motivadora. Importantes episódios da
história da ciência e da cultura são
conhecidos dos estudantes
Com a descoberta da América os europeus
passaram a ter uma nova fonte de matéria
prima. Das terras brasileiras foram levadas
toneladas de madeira de pau-brasil para serem
processadas pelas tinturarias européias
A História é necessária para entender a
natureza da ciência
Esta contenda sobre a natureza da luz, se ela
seria uma onda ou formada por partículas,
perdurou ainda por todo o século XIX e início
do século XX. E, embora pareça estranho a
primeira vista, hoje as duas concepções são
aceitas como corretas. Com os trabalhos de
Thomas Young, Fresnell e de Maxwell a visão
de que a luz é um fenômeno ondulatório
ganhou consistência. Com os trabalhos de
Einstein e Marx Planck a concepção de que a
luz seria formada por pequeníssimos
corpúsculos deixou de ser refutada.
A História, pelo exame da vida de cada
cientista, em seu período, humaniza os
objetos de estudos da ciência, tornando-os
menos abstratos e mais envolventes.
Chevreul foi convidado a resolver um problema
na tradicional Manufatura de Gobelins, onde
os artesãos haviam percebido que a cor dos
corantes após estampagem nos tecidos não era
a esperada.