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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
Instituto de Geociências e Ciências Exatas
Campus de Rio Claro
A IMPLICAÇÃO ANTRÓPICA NA QUALIDADE DOS
RECURSOS HIDRICOS SUBTERRÂNEOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO
URUSSANGA - SC
Heinz Alfredo Trein
Orientador: Prof.Dr.João Carlos Dourado
Tese de Doutorado elaborada junto ao Curso
de Pós-Graduação em Geociências e Meio
Ambiente para obtenção de TÍtulo de Doutor
em Geociências e Meio Ambiente
Rio Claro (SP)
2008
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2
AGRADECIMENTOS
À CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL, empresa na qual trabalho há mais de seis
anos e onde venho exercendo minha atividade profissional, pela experiência proporcionada ao
longo do tempo e pela bagagem técnica adquirida não apenas no desenvolvimento de projetos
a campo, mas também através de cursos de especialização e da participação em eventos
técnicos.
À minha família, Nazir, Rafael e Alexandre, pelo incentivo e pela compreensão nas longas
horas subtraídas de seu convívio durante todo o tempo da elaboração desta tese.
Ao Sindicato das Indústrias de Extração de Carvão de Santa Catarina – SIECESC, em
especial ao eng. Fernando Luiz Zancan pelo apoio prestado através de sua infra-estrutura,
material e contribuição técnica, decisivos para a realização desta tese.
Ao meu orientador, Prof. Dr. João Carlos Dourado (UNESP-RC), a quem devo, antes de tudo,
a oportunidade deste Curso de Doutoramento, por seu empenho na sua realização e por sua
coordenação neste trabalho.
Ao Prof. Dr. Antonio Celso de Oliveira Braga pelo apoio recebido durante todas as fases de
elaboração desta tese.
Ao Prof. Dr. Antonio Carlos Artur, pelas orientações e ajudas nos diversos períodos em que
estive nesta universidade para a elaboração desta tese.
Aos meus amigos e colegas da CPRM na Sureg de Porto Alegre, Msc. Marcos Alexandre
Freitas, Geólogo Marcelo Goffermann e Msc. Andréa Germano, que demonstraram um
elevado espírito de coleguismo ao prestarem seu apoio e incentivo à realização desta tese.
Aos amigos e colegas da CPRM do núcleo Criciúma, Dr. Antonio Silvio Jornada Krebs, José
Eduardo do Amaral, Lindomar Santos e José Arcinei Bardini, pela preciosa colaboração e
apoio prestados e, principalmente, pela participação direta em várias etapas da compilação de
dados e execução dos mapas na caracterização hidrogeológica da Bacia do Rio Urussanga,
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com o objetivo de montar uma base de informações que possibilitam ajudar num
gerenciamento da bacia para minimizar a degradação ambiental existente nesta região.
4
RESUMO
Esta tese apresenta os resultados dos estudos geológicos, hidrogeológicos, hidroquímicos, das
fontes de poluição e do cadastramento de fontes de água subterrânea da área correspondente à
bacia hidrográfica do rio Urussanga, SC que pertence a 10ª Região Hidrográfica do Estado de
Santa Catarina. A Bacia do rio Urussanga apresenta uma rede de drenagem de 1064 km de
extensão, abrangendo uma área de 580 km² com densidade média de drenagem de 1,83
(km/km
2
), e é formada pela junção dos rios Carvão e Maior. e outros tributários, destacando-
se os seguintes rios: América, Caeté, Vermelho, Cocal, Ronco D´Água, Três Ribeirões,
Cocalzinho, Ribeirão da Areia, entre outros.
Em toda a bacia, foram cadastrados 240 pontos de água, sendo 64 referentes aos poços
tubulares profundos, 98 aos poços escavados, 33 aos poços-ponteiras, e 45 às fontes, tendo
também sido classificados seus usos. Paralelamente, também foram cadastradas 103 fontes de
poluição, distribuídos em 11 chiqueiros; 26 aviários, 27 indústrias, 21 postos de
combustíveis;17 cemitérios; e 01 aterro sanitário. São apresentados, em escala 1:100.000, os
seguintes mapas: Fontes de Poluição, Hidroquímico, Geológico; Fontes de Água, Contorno
de pH de Poços Tubulares (aqüíferos confinados), Contorno de pH de Aqüíferos
Livres,Contorno Piezométrico,Contorno Potenciométrico, Contorno do Mn de Poços
Tubulares (aqüíferos confinados), Contorno de Ferro Total de Poços Tubulares (aqüíferos
confinados), Contorno da Condutividade Elétrica de Aqüíferos Livres, Contorno da
Condutividade Elétrica de Poços Tubulares (aqüíferos confinados) e Contorno Topográfico
das Fontes de Água. A interpretação geológica e estrutural da área permitiu a identificação de
diversos locais com maior favorabilidade à captação de água através de poços tubulares
profundos. No mapeamento hidrogeológico foram identificados 11 sistemas aqüíferos, sendo
4 relacionados às rochas sedimentares gonduânicas, 1 aos sedimentos quaternários
pleistocênicos, 1 relacionado às rochas basálticas cretáceas, 4 relacionados as formações
sedimentares paleozóicas e um relacionado aos granitos neoproterozóicos. Os resultados de
análises físico-químicas de águas subterrâneas realizadas durante este estudo e de análises
realizadas em trabalhos anteriores permitiram a classificação hidroquímica das águas dos
diferentes sistemas aqüíferos presentes nesta bacia.. As atividades de mineração e de
beneficiamento do carvão, as atividades industriais, a falta de rede de canalização e de
tratamento de esgoto em todos os municípios e a utilização de adubos e defensivos agrícolas
nas áreas cultivadas estão entre os principais fatores responsáveis pela contaminação dos
recursos hídricos, degradação do solo e, conseqüentemente, pelo comprometimento ambiental
de grande parte da área desta bacia hidrográfica.
Palavras-chaves: água subterrânea – aqüíferos – hidrogeologia - Urussanga
5
ABSTRACT
This work presents the results regarding the geological, hydrogeological and hydrochemical
surveys carried out in the area of Urussanga Hydrographic Basin. It also shows the data
related to the pollution sources and the number of groundwater explotation spots in the
referred basin. The Urussanga Hydrographic Basin has a drainage extension of 1064 km ,
covering 580 km² in área with a average drainage density of 1,83 (km/km
2
).It is formed by the
junction of the rivers Carvão and Maior. Other trybutaries are also important: América, Caeté,
Vermelho, Cocal, Ronco D´Água, Três Ribeirões, Cocalzinho, Ribeirão da Areia, between
others little more. Regarding the structural aspects, we have concluded that the most
important elements are the faults. There are also, in a subordinated way, fractures and sills.
We have made a cadastre of 240 water spots from which 64 refer to deep tubular wells, 98 to
hand digged wells, 33 to shallow wells and 45 to surface sources. All the 240 water spots
have been classed by type of use.We have made also a cadastre of 103 pollution sources. The
following maps are presented (scale 1:100.000): Geologic Map, Water productivity Map,
Pollution Sources Map, Hydrochemical Map, electric condutivity contour maps, pH contour
maps, Mn contour map, Fe contour maps, potenciometric and piezometric contour maps. The
hydrologic mapping has also permitted us to classify 11 aquifer systems, being 4 of them
related to gondwanic sedimentary rocks, 4 to quaternary sediments, 1 to granitic rocks, 01 to
alluvial sediments and 1 to basaltic rocks. The results off physic-chemical analysis of
groundwater carried out along this study and in previous works have given us the
hydrochemical classification of the different aquifer systems present in this basin.. Coal
mining and treatment activities as well as industrial activities, the lack of drainage, the use of
fertilizers and pesticides in the crops are the main responsible factors for water ressources
contamination and soil degradation in this area. As a consequence, a large portion of the
Urussanga Hydrographic Basin is in a bad environmental situation.
Key-words: groundwater - aquifer –hydrogeologie, Urussanga
6
LISTA DE SIGLAS
ABAS - Associação Brasileira de Águas Subterrâneas
ABGE - Associação Brasileira de Geologia de Engenharia
CECO - Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica
CENPES - Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo M. de Mello (PETROBRÁS)
CEPIS - Centro Panamericano de Ingenieria Sanitaria y Ciencias del Ambiente
CETEM - Centro de Tecnologia Mineral
CIDASC - Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina
CPRM - Serviço Geológico do Brasil
CR- Município de Criciúma
CS – Município de Cocal do Sul
DAM- Drenagem Ácida de Mina
DNPM - Departamento Nacional da Produção Mineral
EDUNISC - Editora da Universidade de Santa Cruz do Sul
EPAGRI - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
GRUPERHS - Grupo de Pesquisas de Recursos Hídricos
IAH - Internacional Association of Hidrogeologists
IAHS - International Association of Hydrological Sciences
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia
IPAT – Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas
IPH - Instituto de Pesquisas Hidráulicas
IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas
IÇ- Município de Içara
JICA - Japan International Cooperation Agency
JG- Município de Jaguaruna
LABHID - Laboratório de Hidrologia
MEC - Ministério de Educação e Cultura
MF- Município de Morro da Fumaça
OMS - Organização Mundial da Saúde
OPS - Org anización Panamericana de la Salud
OSNLR - The Ocean Science in Relation to Non-Living Resources
PETROBRÁS - Petróleo Brasileiro S.A.
PROGESC - Programa de Informações Básicas para Gestão Territorial de Santa Catarina
7
PG- Município de Pedras Grandes
PT –Poço Tubular Profundo
S. F. P. M. - Seção de Fomento da Produção Mineral
SG- Município de Sangão
SBG - Sociedade Brasileira de Geologia
SIECESC - Sindicato da Indústria de Extração do Carvão do Estado de Santa Catarina
SUDENE - Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste
SUDESUL - Superintendência de Desenvolvimento do Sul
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense
UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization
UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina
UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí
UR- Município de Urussanga
USAID - US Agency for International Development
USITESC - Usina Termelétrica Sul-catarinense
USP - Universidade Federal São Paulo
8
LISTA DE FIGURAS
Figura nº 01 - Mapa com localização da área trabalhada ................................................... 17
Figura nº 02 - Balanço hídrico mensal de Urussanga ........................................................ 29
Figura n° 03 - Veios de fluorita no granito ................................................................ 44
Figura n° 04 - Galeria de exploração de fluorita, abandonada ..................................... 45
Figura n° 05 - Poço de ventilaçao de mina de flurita abandonado ............................... 45
Figura n° 06 - Seixos pingados e lentes de arenito duro .............................................. 48
Figura n° 07 - Detalhe da foto acima - seixo pingado ................................................. 48
Figura n° 08 - Varvitos da Formação Rio do Sul, Coordenada .................................... 49
Figura n° 09 - Detalhe da foto ..................................................................................... 49
Figura n° 10 - Contato da rocha granítica com areitos da Formação Rio Bonito ...............51
Figura n° 11 e 12 - Formação Rio Bonito .................................................................... 54
Figura n° 13 - Argilito da Formação Palermo .............................................................. 56
Figura n° 14 - Folhelho Irati ......................................................................................... 57
Figura n° 15 - Vista geral de “cuestas basalticas” ....................................................... 59
Figura n° 16 - Extração de Basalto ............................................................................... 59
Figura nº 17 - Sedimentos do Grupo Itararé ................................................................. 63
Figura nº 18 e 19 - Arenito da Formação Rio Bonito ................................................. 64
Figura nº 20 e 21 – Arenito da Formação Rio Bonito intensamente fraturado .......... 65
Figura nº 22 - Formação Rio Bonito ............................................................................ 66
Figura n° 23 - Veio de calcedônia ................................................................................ 66
Figura n° 24 - Veio de Fluorita principal .................................................................... 67
Figura nº 25 - Mapa de localização dos sistemas aquíferos .............................................. 70
Figura n° 26 - Percolação de água em fratura .............................................................. 71
Figura n° 27 - Extração mineral no manto de intemperismo ...................................... 72
Figura nº 28 - Formação Rio Bonito com camada de carvão ....................................... 79
Figura nº 29 - Formação Rio Bonito com camada de carvão ....................................... 79
Figura nº 30 - Formação Rio Bonito com camada de carvão ....................................... 80
Figura n° 31 - Estrada Rio Carvão de Baixo, em área minerada ................................. 80
Figura nº 32 - Rejeito carbonoso depositado em divisor de água ................................ 81
Figura nº 33 - Rejeito de carvão utilizado no leito da estrada ...................................... 81
Figura n° 34 - Inicio de drenagem com água ácida. Afluente do Rio Carvão ............. 82
9
Figura n° 35 - Mineração a céu aberto abandonada com disposição de rejeito carbonoso
............................................................................................................................................. 82
Figura n° 36 - Mineração a céu aberto abandonada ..................................................... 83
Figura n° 37 - Cabeceiras do rio Carvão ...................................................................... 83
Figura n° 38 - Extração de argila, ativa, município de Morro da Fumaça .................. 85
Figura n° 39 - Extração de argila, município de Morro da Fumaça ............................. 85
Figura n° 40 - Extração de argila na localidade de Rio Acima, município de Içara .... 86
Figura n° 41 - Extração de argila, município de Içara ................................................. 86
Figura n° 42 - Extração de argila em Morro Grande, município de Sangão ................ 87
Figura n° 43 - Extração de argila em Morro Grande, município de Sangão ................ 87
Figura n° 44 - Extração de argila ao lado da rodovia Morro da Fumaça.- Cocal ........ 88
Figura n° 45 - Extração de areia no Bairro Ibiripoera .................................................. 88
Figura n° 46 - Extração de areia no município de Morro da Fumaça .......................... 89
Figura n° 47 - Disposição de palha de arroz, na beira do Rio Urussanga .................... 89
Figura n° 48 - Poço não instalado no município de Içara ............................................ 100
Figura n° 49 - Poço instalado no município de Içara ................................................... 100
Figura n° 50 - Município de Içara, poço técnicamente bem construído ...................... 101
Figura n° 51 - Município de Içara, poço não utilizado ................................................. 101
Figura n° 52 - Município de Cocal do Sul, poço ponteira sem proteção sanitária ....... 102
Figura n° 53 - Município de Cocal do Sul, poço ponteira sem proteção sanitária ....... 102
Figura n° 54 - Município de Urussanga, poço escavado .............................................. 103
Figura n° 55 - Município de Urussanga, poço escavado .............................................. 103
Figura n° 56 - Municipio de Cocal do Sul, poço escavado .......................................... 104
Figura n° 57 - Fonte cadastrada no município de Pedras Grandes .................................... 104
Figura n° 58 - Fonte natural cadastrada no município de Treze de Maio ..................... 105
Figura n° 59 - Fonte natural cadastrada no município de Treze de Maio ..................... 105
Figura nº 60- Mapa topográfico dos pontos d’água .......................................................... 118
Figura nº 61- Mapa de contormo potenciométrico ........................................................... 119
Figura nº 62- Mapa de contorno piezométrico .............................................................. 120
Figura nº 63 - Mapa de contorno de condutividade elétrica de aquiferos livres .............. 121
Figura nº 64 - Mapa de contorno de condutividade elétrica de poços tubulares ................ 122
Figura nº 65- Mapa de contorno de pH de aquiferos livres .............................................. 123
Figura nº 66- Mapa de contorno de pH de poços tubulares ............................................... 124
Figura nº 67- Mapa de contorno de ferro total de aquiferos confinados .......................... 125
10
Figura nº 68 - Mapa de contorno de manganês de aquiferos confinados ........................... 126
Figura nº 69 - Diagrama de Piper para aqüíferos fraturados ............................................. 127
Figura nº 70 - Diagrama de Piper para aqüíferos porosos .................................................. 128
Figura nº 71 - Diagrama de Piper das fontes naturais ........................................................ 128
Figura nº 72 - Diagrama de risco de salinidade para fontes ............................................... 129
Figura nº 73 - Diagrama de piper p/ 30 pontos d’água ....................................................... 132
Figura n° 74 - Diagrama de piper de poços escavados ....................................................... 133
Figura n° 75- Diagrama de piper de poços ponteiras ........................................................ 133
Figura nº 76 - Diagrama de piper de poços tubulares ......................................................... 134
Figura nº 77 - Gráfico de salinidade ................................................................................... 134
Figura nº 78 - Diagrama geral de risco de salinidade ......................................................... 135
Figura nº 79 - Diagrama de risco de salinidade poços tubulares ........................................ 135
Figura nº 80 - Diagrama de risco de salinidade poços escavados ...................................... 136
Figura nº 81 - Diagrama de risco de salinidade poços ponteiras ....................................... 136
11
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Coluna estratigráfica da área da bacia hidrográfica do rio Urussanga .............. 18
Tabela 2 - Localização da estação pluviométrica de Urussanga ........................................ 26
Tabela 3 - Valores médios mensais das variáveis meteorológicas ..................................... 26
Tabela 4 - Totais médios mensais e anuais de precipitações pluviométricas .................... 26
Tabela 5 - Número de dias de chuva observados................................................................ 27
Tabela 6 - Intensidade média da precipitação (mm/dia) .................................................... 27
Tabela 7 - Classificação de mapas de vulnerabilidade da água subterrânea ...................... 34
Tabela 8 - Parâmetros analisados durante este trabalho de tese ......................................... 41
Tabela 9 - Pontos de extração mineral ............................................................................... 91
Tabela 10- Fontes de poluição .......................................................................................... 94
Tabela 11- Relação dos poços tubulares cadastrados ...................................................... 106
Tabela 12- Relação dos poços escavados cadastrados ..................................................... 108
Tabela 13- Relação dos poços ponteiras cadastrados ...................................................... 112
Tabela 14- Relação das fontes naturais cadastradas ......................................................... 114
Tabela 15- Análises químicas dos pontos de água ........................................................... 130
12
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 15
2 - OBJETIVO.............................................................................................................16
3 - CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA ....................................................................... 16
3.1 - Localização da Área .................................................................................. 16
3.2 - Geologia ...................................................................................................... 17
3.3 - Geomorfologia ........................................................................................... 19
3.4 - Solos ............................................................................................................ 20
3.5 - Cobertura vegetal ...................................................................................... 23
3.6 - Clima ..................... .................................................................................... 24
3.6.1 - Classificação climática .................................................................. 24
3.6.2 - Temperatura .................................................................................. 25
3.6.3 - Precipitação pluviométrica ........................................................... 25
3.6.4 - Evapotranspiração ........................................................................ 28
3.6.5 - Balanço Hídrico ............................................................................. 28
4 - PRINCIPAIS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS PELA CONTAMINAÇÃO
DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ................................................................................ 29
4.1 - Vulnerabilidade Natural e Riscos de Contaminação dos Aqüíferos ...... 33
5 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA O ESTUDO
HIDROGEOLÓGICO .................................................................................................. 35
5.1 - Obtenção de Dados Existentes ................................................................... 35
5.2 - Elaboração do Mapa Geológico.................................................................. 36
5.2.1 - Reinterpretação das fotografias aéreas e imagens de satélite .. 36
5.2.2 - Trabalhos de campo ...................................................................... 37
5.2.3 - Confecção do mapa geológico ....................................................... 37
5.3 - Elaboração do Estudo Hidroquimico ...................................................... 37
5.3.1 - Interpretação dos dados geológicos ............................................. 38
5.3.2 - Etapa de campo .............................................................................. 38
13
5.3.3 - Estudo hidroquímico ..................................................................... 39
5.3.4 - Métodos de amostragem ............................................................... 41
5.3.5 - Técnicas analíticas utilizadas......................................................... 41
5.3.6 - Elaboração do mapa de fontes de poluição ................................. 43
6 - GEOLOGIA DA BACIA DO RIO URUSSANGA ............................................... 43
6.1 – Cristalino ...................................................................................................... 43
6.1.1 - Granitóides tardi a pós-tectônicos ............................................... 43
6.2 - A Seqüência Gonduânica ............................................................................. 46
6.2.1 - Grupo Itararé -Formação Rio do Sul .......................................... 46
6.2.2 - Formação Rio Bonito .....................................................................50
5.2.2.1- Descrição Litológica ........................................................ 50
6.2.3 - Formação Palermo ........................................................................ 55
6.2.4 - Formação Irati ............................................................................... 56
6.2.5 - Formação Serra Geral .................................................................. 58
6.3 - Os Depósitos Cenozóicos ............................................................................. 60
6.3.1 - Sistema de leques aluviais ............................................................. 60
6.3.2 - Sistema Laguna-Barreira III ........................................................ 61
6.3.3 - Sistema Laguna-Barreira IV ....................................................... 62
6.3.4 - Depósitos aluviais atuais ............................................................... 62
6.4 - Aspectos Estrururais ................................................................................... 62
7 -CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS AQÜÍFEROS ....................................... 67
8 -CARACTERIZAÇÃO DAS FONTES DE POLUIÇÃO ....................................... 78
9- CARACTERIZAÇÃO DAS FONTES DE ÁGUA ................................................ 99
10 - CARACTERIZAÇÃO HIDROQUIMICA DAS FONTES DE ÁGUA ............ 127
11 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 137
12 – CONCLUSÂO........................................................................................................138
14
ANEXOS ........................................................................................................................ 139
Apêndice A - Mapa Hidroquimico
Apêndice B – Mapa de Fontes de Água
Apêndice C - Mapa de Fontes de Poluição
Apêndice D - Mapa Geológico
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 140
15
1 - INTRODUÇÃO
No século XIX, os primeiros colonizadores europeus chegados na região da bacia
hidrográfica do rio Urussanga, iniciaram a derrubada da floresta para implantarem suas casas,
benfeitorias e para estabelecerem áreas de cultivo para subsistência e criação de gado
O advento da lavra e beneficiamento de carvão mineral ocorreu em meados do ano de
1916, tendo aumentado significativamente nas décadas subseqüentes, principalmente na época
das guerrras mundiais, em razão da necessidade de energia e do potencial energético do
carvão. Medidas de prevenção para evitar a poluição ambiental eram ignoradas e, assim, os
rejeitos piritosos eram dispostos aleatòriamente em áreas próximas as usinas de
beneficiamento causando, ao longo dos anos, um índice alarmante de degradação.
A baixa qualidade do carvão catarinense devolve ao solo 75% do volume processado
nas usinas. Considerando as bacias dos Rios Araranguá e Tubarão juntamente com a Bacia do
Rio Urussanga, dados da FATMA, 1991, revelam que cerca de dois terços dessas bacias já se
encontram comprometidas, recebendo 300 mil metros cúbicos diários de despejos ácidos das
mineradoras, sendo equivalentes ao lançamento do esgoto de uma população de nove milhões
de habitantes, ou seja, o dobro da população de todo o estado de Santa Catarina. São lançadas,
diariamente, 3.370 toneladas de sólidos totais, 127 toneladas de acidez, 320 toneladas de
sulfatos e 35,5 toneladas de ferro total. Como conseqüência, os níveis de qualidade da água
são críticos, onde as concentrações de poluentes ultrapassam assustadoramente os níveis
mínimos de segurança previstos na legislação ambiental.
Neste contexto, o rio Urussanga é o que apresenta a pior situação qualitativa na sub-
bacia, revelando inclusive a presença em alguns pontos, de metais pesados (manganês e
alumínio).
Devido à solubilização de metais pesados, não há condições do sistema público tratar
as águas poluídas, sendo grandes às dificuldades de abastecimento nos 34 municípios da
região Sul Catarinense.
16
Assim, a Bacia do Rio Urussanga está inserida em uma das 14 regiões ambientalmente
mais críticas do Brasil. Informações da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) apontam para o
fato de que este setor hídrico encontra-se praticamente comprometido pela extração do
carvão. As águas são consideradas impróprias para consumo humano e apresentam restrições
para outros usos.
2 – OBJETIVOS
A proposição desta tese em avaliar os impactos da ação antrópica na Bacia
Hidrográfica do Rio Urussanga resultou da urgência em fornecer subsídios para tentar
reverter os elevados níveis de comprometimento ambiental dos aqüíferos, decorrentes da
contaminação por agrotóxicos, esgotos domésticos, efluentes industriais e, principalmente,
por resíduos decorrentes das atividades extrativas de carvão mineral. Ressalta-se, também, a
contaminação proveniente dos engenhos de farinha e fécula, concentrada nos meses de abril a
junho.
Objetivou-se, simultaneamente, munir os comitês gestores da Bacia Hidrográfica do
Rio Urussanga com um banco de dados que auxiliem na tomada de decisões visando à
recuperação dos recursos hídricos.
3 - CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
3.1 Localização da Área
A Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga localiza-se no sudeste do Estado de Santa
Catarina entre as bacias dos rios Araranguá e Tubarão. Ao todo, nove municípios são
integrados pela bacia: Criciúma, Cocal do Sul, Içara, Jaguaruna, Morro da Fumaça, Pedras
Grandes, Sangão, Treze de Maio e Urussanga.
Abaixo, segue o mapa com a localização da área:
17
Figura nº 01 - Mapa com localização da área trabalhada.
3.2 Geologia
O Mapa Geológico (Apêndice D) ilustra a distribuição em área das diferentes unidades
geológicas presentes nesta bacia.
Na área estudada afloram rochas sedimentares e ígneas que fazem parte da seqüência
gonduânica da borda leste da Bacia do Paraná e extensos depósitos de leques aluviais
(DUARTE, 1995; KREBS, 2004). Sedimentos quaternários são abundantes junto aos cursos
18
de água. Na porção costeira, ocorrem depósitos arenosos de origem transicional (praial) e
retrabalhamento eólico.
Devido à importância para este estudo, uma descrição detalhada de todas as unidades
geológicas identificadas na área da bacia do rio Urussanga é apresentada no capítulo 6.
A tabela 1 sintetiza a coluna estratigráfica da área.
Tabela 1. Coluna estratigráfica da área da bacia hidrográfica do rio Urussanga. Seqüência
Gonduânica adaptada de MÜHLMANN et al. (1974), Coberturas Cenozóicas adaptadas de
CARUSO JR., 1997. Embasamento cristalino e Grupo Itararé (não aflorantes) foram
estabelecidos por KREBS (2004).
IDADE
TERMI
NOLO-
GIA
AMBIENTE/FORMAÇÃO DESCRIÇÃO LITOLÓGICA
Depósitos
Aluvionares
Atuais
Sedimentos argilosos, argilo-arenosos, arenosos e conglomeráticos depositados
junto às
calhas ou planícies dos rios.
Depósitos Praiais
Marinhos e
Eólicos
Areias quartzosas, esbranquiçadas, com granulometria fina à média, com
estratificação
plano paralela(fácies praial) e cruzada, de pequeno a grande porte (fácies eólica).
Holoceno
Sistema Laguna-Barreira
IV
Depósitos
Lagunares
Areias quartzosas junto às margens e lamas no fundo dos corpos de água.
Depósitos Flúvio-
Lagunares
Areias síltico-argilosas, com restos de vegetais, cascalhos depósitos biodetríticos
Depósitos
Paludiais
Turfas ou depósitos de lama, ricos em matéria orgânica.
CENOZÓICO
QUATERNÁRIO
Pleistoceno
Sistema Laguna-Barreira III
Depósitos Praiais
Marinho
s e Eólicos e
Retrabalhamento
Eólico
Areais quartzosas médias, finas a muito finas, cinza-amarelado até avermelhado.
Nas fácies praiais são comuns estruturas tipo estratificação plano-paralela, cruzada
acanalada. Nas fácies eólicas é freqüente a presença de matriz rica em óxido de
ferro, que confere ao sedimento tons avermelhados.
19
3.3 Geomorfologia
A bacia do rio Urussanga, situada no extremo sul de Santa Catarina, caracteriza-se por
ser umas das mais importantes bacias fluviais do litoral sul-catarinense e abrange,
parcialmente, a bacia carbonífera catarinense. Suas cabeceiras drenam um amplo anfiteatro da
escarpa da Serra Geral e trechos do Planalto Meridional atravessando uma extensa baixada
litorânea até desaguar no Oceano Atlântico.
A evolução geomorfológica desta bacia remete-nos à origem da fachada atlântica do
litoral catarinense a partir da fragmentação do supercontinente Gondwana e abertura do
Atlântico Sul durante o Cretáceo (PAUWELLS, 1941; MAACK, 1947; JUSTUS et al., 1986).
Portanto, todo o cenário morfológico da costa catarinense apresenta uma história pós-
cretácica. Assim sendo, o fato mais relevante é o soerguimento da margem atlântica com
Terciário/
Quaternário
Plioceno/
Holoceno
Sistema de Leques
Aluviais
Depósitos de
Encostas,
Fluviais e
Retrabalhamento
Fluvial
Cascalhos areias e lamas resultantes de processos de fluxos gravitacionais e
aluviais.
Nas porções mais distais, depósitos resultantes do retrabalhamento por ação fluvial
dos sedimentos colúvio-aluvionares.
Cretáceo
Inferior
Grupo São
Bento
Serra Geral
Derrames basálticos, soleiras e diques de diabásio de cor escura, com fraturas
conchoidais. O litotipo preferencial é equigranular fino a afanítico, eventualmente
porfirítico.
Notáveis feições de disjunção colunar estão presentes.
MESOZÓICO
Triássico
Inferior
Rio do Rasto
Arenitos finos bem selecionados, geometria lenticular, cor bordô, com
estratificação
cruzada acanalada. Siltitos e argilitos cor bordô, com laminação plano-paralela.
Estrada Nova
Argilitos folhelhos e siltitos intercalados com arenitos finos, cor violácea.
Nos folhelhos, argilitos e siltitos cinza-escuro a violáceos, ocorrem concreções
de marga.
Superior
Grupo Passa Dois
Irati Folhelhos e siltitos pretos, folhelhos pirobetuminosos e margas calcáreas.
Palermo
Siltitos cinza-escuros, siltitos arenosos cinza-claro, interlaminados, bioturbados,
com lentes de arenito fino na base.
Membro
Siderópolis
Arenitos cinza-claro, finos a médios, quartzosos, com intercalações de siltitos
carbonosos e camadas de carvão
Membro
Paraguaçu
Siltitos cinza-escuro, com laminação ondulada, intercalado com arenitos finos.
Inferior/Superior
Grupo Gua
Rio Bonito
Membro
Triunfo
Arenitos cinza-claro, quartzosos ou feldspáticos, sigmoidais. Intercala siltitos.
PALEOZÓICO
Permiano
Inferior
Grupo Itararé
Rio do Sul
Folhelhos e siltitos várvicos com seixos pingados, arenitos quartzosos e arenitos
arcoseanos, diamictitos e conglomerados. A nível de afloramento, constitui
espessa seqüência rítmica.
PRÉ-CAMBRIANO
Superior
Granitóides tardi a pós tectônicos
Granitos e granitóides de cor cinza-avermelhado, granulação média à grossa,
textura
porfirítica ou porfiróide, constituídos principalmente por quartzo, plagioclásio,
feldspato potássico e biotita. Como acessório, ocorre titanita, apatita, zircão e
opacos.
São aparentemente isótropos e recortados por veios aplíticos ou pegmatíticos.
20
formação das serras do Mar, do Tabuleiro/Itajaí e Geral, constituídas por granitos e gnaisses
diversos, de idade Pré-Cambriana a Eo-Paleozóica, e por rochas sedimentares e vulcânicas de
idade Paleozóica a Mesozóica, respectivamente. A Formação Serra Geral representa, na
realidade, uma escarpa de borda de planalto (DUARTE, 1995) e este levantamento processou-
se, provavelmente, a partir de fins do Cretáceo e ao longo de todo o Terciário, produzindo os
atuais desnivelamentos superiores a 1.000m. Concomitantemente ao soerguimento, ocorreu
um progressivo recuo da escarpa de borda de planalto, o que propiciou o estabelecimento de
uma extensa baixada litorânea e o afloramento de rochas sedimentares de idade Permiana no
litoral sul catarinense, atual sítio da Bacia Carbonífera de Santa Catarina.
Depósitos correlacionados a esta grande fase de erosão regressiva da escarpa do
Montanhão (Formação Serra Geral), encontram-se tanto na plataforma continental, neste caso
de idade mais antiga, remontando ao Cretáceo, quanto na planície emersa, caracterizada por
sedimentos Pliocênicos a Quaternários, de natureza continental, transicional ou marinha.
3.4 Solos
A bacia do rio Urussanga apresenta uma grande variação litológica, cujo intemperismo
físico e químico gerou diversos tipos de solos.
A porção mais a norte-noroeste da bacia caracteriza-se por superfícies planas,
levemente sulcadas pela instalação da atual rede de drenagem. Este planalto compõe-se de
intrusivas básicas à intermediárias de idade juro-cretácica ( Montanhão (Formação Serra
Geral)), constituindo rochas de composição básica, tais como basaltos e fenobasaltos, com
desenvolvimento de geodos e rochas de composição intermediária, tais como andesitos e
dacitos (HORBACH et al., 1986). A partir desse substrato rochoso desenvolveram-se, na área
da bacia, Cambissolos Brunos Húmicos e, subordinadamente, Terra Roxa Estruturada Húmica
e Solos Litólicos, todos de composição álica (KER et al., 1986). A pequena espessura destes
solos, a despeito do relevo, em geral pouco acidentado, pode estar relacionada às baixas
temperaturas encontradas neste alto planalto, pois baixas temperaturas retardam a velocidade
de imtemperismo químico das rochas e da matéria orgânica.
Geralmente estes solos apresentam uma fertilidade natural (principalmente em
decorrência da decomposição química dos basaltos), mas sua baixa profundidade e alta
saturação em alumínio (solos predominantemente rasos e álicos) são fatores limitantes para as
práticas agrícolas.
21
Esta escarpa caracteriza-se por um relevo de transição de morfologia muito
acidentada. Este escarpamento, com aproximadamente 700m de desnível, apresenta direções
aproximadas NE-SW e N-S e localiza-se nas cabeceiras da região noroeste desta bacia.
Esses terrenos de alta declividade desenvolvem, predominantemente, solos Litólicos
eutróficos ou distróficos, pedregosos e com horizonte A bem desenvolvido (KER et al.,
1986). Nas altas vertentes, os solos Litólicos podem estar associados a afloramentos de rochas
básicas ao passo que nas baixas encostas se associam a Cambissolos, resultantes do processo
de pedogênese de depósitos de tálus.
As cristas endentadas com os sedimentos da escarpa do Montanhão caracterizam-se
como interflúvios serranos entre as principais sub-bacias da bacia de drenagem do rio
Urussanga, apresentando expressivos desnivelamentos. O desmantelamento erosivo dos
espigões pode originar morros que se destacam na paisagem plana dos leques aluviais
coalescentes. Esses terrenos com alta declividade desenvolvem solos Podzólicos Vermelho-
Amarelos álicos, de textura média, argilosa. Subordinadamente ocorrem Solos Litólicos
eutróficos, pedregosos, nas porções mais elevadas e íngremes dos patamares (KER et al.,
1986). Apesar de apresentarem um relevo menos enérgico e solos mais desenvolvidos e
profundos em relação aos da escarpa principal da Serra Geral, estes terrenos apresentam
também uma alta vulnerabilidade frente aos processos erosivos e movimentos de massa.
A Depressão da Zona Carbonífera Catarinense abrange o norte e a área central/oeste
da bacia do rio Urussanga e caracteriza-se por um relevo de colinas e morros, com média a
alta densidade de drenagem, situados no sopé da escarpa da Serra Geral. A geração desta
depressão está diretamente relacionada à erosão regressiva da escarpa da Serra Geral e à
exumação de rochas Permianas da Bacia do Paraná, das quais algumas contêm jazidas de
carvão mineral.
Este conjunto diversificado de rochas sedimentares, esculpido em um terreno
movimentado de colinas e morros de baixa amplitude de relevo, desenvolve,
predominantemente, solos profundos, de baixa fertilidade natural e horizonte B textural, onde
se destacam os Podzólicos Vermelho-Amarelos álicos e os Podzólicos Latossólicos
Vermelho-Amarelos álicos, de textura média a argilosa. Subordinadamente também ocorrem
solos Podzólicos Bruno - Acinzentados álicos e Latossolos Vermelho-Amarelos álicos. Os
terrenos embasados pelas básicas desenvolvem solos de textura argilosa a muito argilosa,
destacando-se a Terra Roxa Estruturada distrófica e os Cambissolos Húmicos álicos,
(JUNGBLUT,1995).
22
Na porção correspondente aos Leques Aluviais, os solos tendem a ser jovens com
predomínio de Cambissolos eutróficos e distróficos. Em situações de pedogênese mais
avançada, foram desenvolvidos solos Podzólicos Vermelho-Amarelos álicos. Possivelmente a
boa aptidão agrícola destes solos, em relevos mais suavizados e de boa fertilidade natural,
contribuíram para uma ocupação antrópica mais efetiva desta porção da bacia.
As planícies aluviais nas proximidades dos contrafortes da Serra Geral, tendem a ser
conglomeráticas devido à maior competência de transporte, apresentando, progressivamente,
uma granulometria mais fina em direção à foz do rio Urussanga. Desta forma, desenvolvem-
se a montante Solos Aluviais, gradativamente substituídos por Solos Gley Pouco Húmicos e
por Gley Húmicos, à medida que a várzea se apresenta mais extensa e alagável, em direção à
jusante. Os solos Gley, que predominam nos baixos cursos flúvio-lagunares, são em geral
solos de textura argilosa, podendo apresentar horizonte A chernozêmico. Em terraços fluviais
mais antigos, podem desenvolver-se Cambissolos eutróficos e distróficos de textura argilosa.
No caso dos terraços marinhos, GIANINI; SUGUIO (1994), estudando essas
formações arenosas na região, verificaram que existe um processo de pedogênese mais
avançado nas formações pleistocênicas que consistem de terraços marinhos e dunas fixas de
areias cimentadas e escurecidas, com presença de limonita. Já os terraços marinhos
holocênicos e, as dunas ativas ou semi-estabilizadas, apresentam areias claras e
inconsolidadas, pouco pedogeneizadas.
As formações arenosas pleistocênicas apresentam, predominantemente, areias
quartzosas distróficas e álicas, podendo também ocorrer solos Podzólicos Vermelho-
Amarelos álicos, de textura arenosa quando submetidos a um grau de pedogênese mais
avançado, (JUNGBLUT,1995)..
As formações arenosas holocênicas, por sua vez, também apresentam um predomínio
de areias quartzosas distróficas e álicas, com ocorrência de dunas. São também encontrados
Podzóis Hidromórficos, ocupando depressões embrejadas (baixios de lama) entre os cordões
litorâneos.
Inserida na baixada litorânea, entre as gerações de terraços marinhos, ocorre a Planície
Lagunar. Estes terrenos consistem de sedimentos argilo-arenosos a argilosos, ricos em matéria
orgânica, de idade holocênica, resultantes de processos de progressiva colmatagem de
extensas paleo-lagunas.
Essas planícies alagadas tendem a desenvolver solos orgânicos distróficos em
ambiente palustre, em condições de lenta decomposição de matéria orgânica.
23
Subordinadamente ocorrem também Gley Pouco Húmicos, distróficos, de textura argilosa, e
algumas turfeiras.
3.5 Cobertura vegetal
A região sul de Santa Catarina foi, originalmente, coberta pela Floresta Ombrófila
Densa (Mata Atlântica de Encosta). O termo Ombrófila deve-se à excelente distribuição de
chuvas (em grego = ombros). O termo “densa” revela que a floresta se desenvolvia de forma
exuberante, constituída de árvores vigorosas, com largas copas perenifoliadas, resultando uma
cobertura fechada, de aspecto denso.
Os primeiros colonizadores europeus aqui chegados, durante o século XIX, iniciaram
a derrubada desta floresta para implantarem suas casas e benfeitorias e para estabelecerem
áreas de cultivo para subsistência e para a criação de gado. Em conseqüência disso, o
desmatamento foi-se acelerando. Abriram-se estradas, novas áreas agropecuárias, e passou-se
a utilizar progressivamente maiores quantidades de lenha com fins energéticos nas estufas de
fumo, olarias, cerâmicas e outras indústrias. As espécies de valor comercial tais como canela,
louro, cedro, ipê e itaúba passaram a ser exploradas intensamente, de forma seletiva, para
atender às demandas dos setores da construção civil, mobiliário, entre outros. Nas áreas mais
planas, onde as árvores mais freqüentes consistiam na espeécie baguaçu, peroba, ipê-amarelo,
figueira, sobragi, palmiteiro, bacopari, entre outras, ocorreu o desmatamento para a
implantação de áreas de cultivo de arroz em rotação com a pecuária.
Com isso, na bacia do rio, os remanescentes da floresta nativa estão localizados quase
exclusivamente nas escarpas do Montanhão (Serra Gera)l, onde a vegetação florestal
encontra-se quase inteiramente preservada devido a condições de pouca acessibilidade,
aliadas a sua inaptidão agrícola. Apenas esparsos segmentos das baixas vertentes apresentam
alguma ocupação, ainda que de forma rarefeita. Ocorrem ainda em pequenos nichos ao longo
da bacia, distribuídos nas propriedades rurais.
A despeito da pouca espessura dos solos existentes ao longo do escarpamento, este é
recoberto por floresta tropical (“Mata Atlântica”) montana e sub-montana, estando próximo
aos limites meridionais de sua ocorrência fitogeográfica (TEIXEIRA et al., 1986). Tal fato
deve-se ao clima extremamente chuvoso neste trecho de borda de planalto, condicionado por
chuvas orográficas, onde a muralha montanhosa retém boa parte da umidade trazida pelos
sistemas frontais e propicia um aumento da pluviosidade na serra em detrimento do planalto,
situado a sotavento.
24
As áreas florestadas existentes ao longo de cursos de água são denominadas matas
ciliares ou ripárias e de galeria (HUECK; AB’SABER apud CITADINI-ZANETTE, 1995).
As matas ciliares são definidas como “matas ecológicas”, pois, de acordo com as condições
locais de topografia, clima e solos, apresentam tipos fisionômicos bem definidos. Porém, em
Santa Catarina, a maior parte da vegetação marginal aos cursos de água foi substituída por
culturas cíclicas e pastagens, devido à proximidade da água e à fertilidade do solo. De
acordo com KLEIN et al. apud CITADINI-ZANETTE (1995, p. 3), “a ocorrência dessa
formação ficou restrita aos trechos de difícil acesso, como depressões e encostas íngremes.”
Ao longo do litoral encontram-se formações vegetais de origem primária,
denominadas restinga (SANTA CATARINA, 1997a). Por sua localização junto ao litoral, as
restingas têm sido, desde a colonização européia, submetidas a um intenso processo de
degradação ambiental.
3.6 Clima
A caracterização do clima de uma determinada região deve tomar em consideração
vários fatores, tais como: radiação solar, latitude, continentalidade, massas de ar, correntes
oceânicas. Estes fatores condicionam os elementos climáticos como temperatura,
precipitação, umidade do ar, pressão atmosférica, entre outros (BACK, 1999). Segundo
estudos realizados por PANDOLFO; BRAGA (2002), “existe alta correlação entre as
temperaturas do Estado de Santa Catarina em relação à longitude, latitude e a altitude”.
A bacia do rio Urussanga caracteriza-se por apresentar uma expressiva variação na
altitude. Na faixa costeira a altitude é pequena, inferior a 100 metros; nas proximidades do
sopé da escarpa até o seu topo, varia de 200 a mais de 1400 metros. Este relevo, por sua vez,
proporciona o aparecimento de chuvas orográficas e convectivas regionais, afetando a
espacialidade das precipitações.
3.6.1 - Classificação climática
De acordo com o Atlas Climatológico do Estado de Santa Catarina (2002), a bacia do
rio Urussanga insere-se em uma região que, segundo o sistema de classificação climático de
Köeppen, se enquadra no clima do grupo C - mesotérmico, uma vez que as temperaturas
médias do mês mais frio estão abaixo dos 18°C e acima de 3°C, e neste grupo, ao tipo (f) sem
estação seca distinta (Cf), pois não há índices pluviométricos mensais inferiores a 60 mm.
Quanto à altitude da região, o clima se distingue por subtipo de verão (a), com temperaturas
médias nos meses mais quentes de 28°C (Cfa).
25
O clima da região sul é caracterizado pela ação de massas de ar intertropicais quentes e
massas polares frias, sendo as últimas responsáveis pelo caráter mesotérmico do clima, de
efeito acentuado, atuando, porém, em ondas esparsas, dominadas parcialmente pelas massas
intertropicais - “Tropical Atlântica” de ação complementar. As oscilações da frente polar que
atingem o território catarinense durante todo o ano imprimem sobre o seu clima dois aspectos
característicos: a instabilidade do tempo e a elevada pluviosidade no decorrer do ano. O
predomínio das chuvas de verão se faz por interferência de expansão da massa equatorial
continental para o sul, estendendo-se até o litoral sul do Estado.
Para a descrição climática da área em estudo utilizaram-se os dados da estação
meteorológica da Epagri, de Urussanga, por ser representativa da região, e os dados de
precipitação de algumas estações pluviométricas da Agencia Nacional de Águas (ANA). A
tabela 1 apresenta valores médios mensais das variáveis meteorológicas registradas em
Urussanga (BACK, 1997). Os dados de precipitação pluviométrica referem-se ao período de
1949 a 1996. Nas demais variáveis meteorológicas foram utilizadas as séries de dados
registradas no período de outubro de 1980 a dezembro de 1996. A evapotranspiração
potencial de Urussanga foi calculada de pelo método Penman-Moteith.
3.6.2 - Temperatura
No território catarinense evidenciam-se as características subtropicais, sendo que os
valores de temperatura sofrem forte influência da altitude, com os menores valores registrados
nos pontos de cota mais elevada. Segundo EPAGRI (1999), na sub-região sul do estado a
temperatura média anual varia de 17,0 a 19,3
o
C. A temperatura média das máximas varia de
23,4 a 25,9
o
C, e das mínimas, de 12,0 a 15,1
o
C. Podem ocorrer, em termos normais, de 0,3 a
11,0 geadas por ano. Os valores de horas de frio abaixo ou iguais a 7,2
o
C são relativamente
baixos (de 164 a 437 horas acumuladas por ano). A insolação total normal anual varia de
1.855 a 2.182 horas nesta sub-região (THOMÉ et al., 1999).
3.6.3 - Precipitação Pluviométrica
O litoral sul do estado é caracterizado pelos menores valores de precipitação total
anual, variando de 1.220 a 1.660 mm, com um total anual de dias de chuva entre 98 e 150 dias
(EPAGRI, 1999). Em geral, a precipitação está bem distribuída durante o ano devido às
características do relevo e à atuação da Massa Polar Atlântica e da Massa Tropical Atlântica
que, por sua constância, fazem com que não ocorra uma estação seca (SANTA CATARINA,
1986). A tabela 2 localiza a estação pluviométrica de Urussanga:
26
Tabela 2: Localização da estação pluviométrica de Urussanga:
Municipio
Urussanga
Estação nº
02849011
Coordenado pela
:EPAGRI
Localização:
28
º
31’00”
Localização:
49
º
19’ 19”
Cota:
48 m
Período:
1949-1998
Tabela 3: Valores médios mensais das variáveis meteorológicas registradas na estação
meteorológica de Urussanga, SC. (Adaptado de BACK, 1997).
Mês do ano total anual
Variável Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago Set. Out. Nov. Dez.
Temp. média
(
o
C)
24,0 24,0 22,7 20,4 17,0 14,5 14,1 14,4 16,5 18,3 20,9 19,1
Temp. máxima
(
o
C)
29,9 30,0 28,9 26,8 24,0 22,0 21,6 22,0 23,6 24,4 27,1 25,8
Temp. mínima
(
o
C)
19,1 19,2 18,0 15,6 12,0 9,2 8,9 9,0 10,9 13,2 15,4 14,0
Precipitação
(mm)
200,1 201,8 174,8 99,1 94,2 81,8 95,5 112,8 129,5 130,4 119,2 132,
8
1593,5
Umid. Rel. (%) 83,2 84,1 85,4 86,1 87,1 87,5 86,8 85,2 82,2 82,5 80,5 84,1
vento(m.s-1) 2,1 2,3 2,5 2,4 2,3 2,3 2,4 2,5 2,7 2,8 3,0 2,5
insolação
(h/dia)
5,4 5,6 5,6 5,2 5,0 4,8 4,6 4,9 4,6 4,6 5,7 5,1
Insolação
(h/mês)
167,4 158,2 173,6 156,0 155,0 144,0 142,6 151,9 138,0 142,6 171,0 156,
2
1873,9
Evapotranspira
ção (mm)
131,9 116 108,9 82,0 62,9 51,0 57,1 70,8 84,6 112,2 126,1 126,
2
1138,9
Para a comparação dos regimes pluviométricos consideraram-se as séries de dados de
1977 a 1998. Na tabela 4 constam os totais mensais e anuais, e na tabela 5 estão os valores de
número de dias de chuva igual ou maior que os limites de 0,1; 1,0; 5,0; 10,0; e 50,0 mm. Na
tabela 6 está indicada a intensidade média diária das chuvas, calculada pela divisão da
precipitação média mensal pelo número de dias de chuva maior ou igual a 0,1 mm.
Tabela 4: Totais médios mensais e anuais de precipitação pluviométrica observada no
período de 1977 a 1998
Mês Urussanga
Janeiro 210,4
27
Fevereiro 222,3
Março 154,0
Abril 106,0
Maio 111,1
Junho 86,3
Julho 122,6
Agosto 106,7
Setembro 123,0
Outubro 149,4
Novembro 137,2
Dezembro 195,5
Anual 1724,5
Tabela 5: Número de dias de chuva observada na estação pluviométricas no período
de 1977-1998
Urussanga
Limite Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez Ano
>0,1 mm 16,1 15,0 14,0 10,7 9,3 9,0 10,5 10,0 12,0 14,0 13,0 14,1 147,6
>1,0 mm 14,5 13,4 12,1 8,5 7,9 7,0 8,8 8,4 9,8 11,2 11,1 12,5 125,0
>5,0 mm 9,8 9,3 7,6 4,8 4,8 4,1 5,8 5,5 6,0 7,1 7,0 8,1 79,9
>10 mm 6,7 6,6 4,7 3,2 3,5 2,3 4,0 3,8 3,9 4,7 4,4 5,6 53,4
>50 mm 0,64 0,55 0,23 0,23 0,36 0,18 0,32 0,27 0,32 0,32 0,36 0,64 4,41
Tabela 6: Intensidade média da precipitação (mm/dia)
Mês Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov Dez Ano
Urussanga 13,1 14,9 11,0 9,9 11,9 9,6 11,7 10,6 10,2 10,7 10,5 13,8 11,7
Quanto às características das precipitações, observam-se algumas diferenças sazonais.
Os meses de dezembro a março são caracterizados por chuvas mais freqüentes e de maior
intensidade. Por outro lado, os meses de maio a setembro são caracterizados pela menor
intensidade e menor freqüência das chuvas.
Ainda segundo Santa Catarina (2000), o número de dias de chuva por ano é de 148
para a estação pluviométrica de Urussanga.
28
3.6.4 Evapotranspiração
A evapotranspiração potencial refere-se à quantidade de água necessária para cobrir as
perdas por evaporação e transpiração de uma área coberta por vegetação verde, de porte
baixo, sem restrições de umidade. Os valores de evapotranspiração estão diretamente
relacionados aos dados da temperatura, umidade do ar, insolação e velocidade do vento.
Na Tabela 3 são apresentados os valores médios mensais de evapotranspiração
potencial, estimados pelo método de Penman-Monteith para Urussanga (BACK, 1997).
Observa-se que os valores são máximos no verão e mínimos no inverno. Somente no mês de
novembro os valores de evapotranspiração superam os valores de precipitação,
caracterizando-se assim como o mês com maior risco de déficit hídrico.
3.6.5 Balanço Hídrico
O balanço hídrico climatológico, desenvolvido por THORNTHWAITE; MATHER
(1955) é uma das várias maneiras de se monitorar a variação do armazenamento de água no
solo. Através da contabilização do suprimento natural de água ao solo pela chuva (P) e da
demanda atmosférica pela evapotranspiração potencial (ETP), e com um nível máximo de
armazenamento ou capacidade de água disponível (CAD) apropriada ao estudo em questão, o
balanço hídrico fornece estimativas da evapotranspiração real (ETR), da deficiência hídrica
(DEF), do excedente hídrico (EXC) e do armazenamento de água no solo (ARM), podendo
ser elaborado desde a escala diária até a mensal.
Na figura 2 está representado o balanço hídrico médio mensal, segundo a metodologia
de Thornthwaite e Mather (1955), considerando-se a capacidade de armazenamento de 100
mm. Nestes balanços hídricos consideraram-se os dados de Evapotranspiração calculados pelo
método de Thornthwaite com os dados da estação meteorológica de Urussanga, e os dados de
precipitação constantes na Tabela 4.
Observa-se que em termos médios a precipitação supera a evapotranspiração em todos
os meses.
29
0
50
100
150
200
250
Jan Fev Mar Abr Mai Jun jul Ago Set Out Nov Dez
(mm)
Precipitão Evapotranspiração
Figura nº 2: Balanço hídrico mensal de Urussanga.
4 - PRINCIPAIS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS PELA CONTAMINAÇÃO DAS
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
De acordo com FOSTER et al. (1987), os maiores e mais sérios riscos de
contaminação das águas subterrâneas estão relacionados aos sistemas de saneamento sem
coleta e tratamento, às atividades agrícolas, à infiltração de águas contaminadas provenientes
de rios e a várias atividades industriais, especialmente aquelas com disposição de efluentes
líquidos.
A qualidade dessas águas vem sofrendo degradação à medida que o homem ocupa o
solo, gerando efluentes e/ou resíduos domésticos e industriais, dispostos no meio ambiente
sem tratamento ou de forma inadequada. Outro fator agravante é a impossibilidade de
recuperação de aqüíferos muito contaminados, principalmente quando os contaminantes são
extremamente tóxicos, como os compostos organo-sintéticos. Em vários países as tentativas
de limpeza têm demonstrado que os resultados obtidos são muito limitados. O problema, além
de econômico, é principalmente de ordem técnica, pois até então não existem métodos que
permitem a remoção completa de produtos contaminantes dos aqüíferos. Diante deste
panorama, chega-se à conclusão que o melhor caminho é a prevenção para diminuir a
contaminação. A preservação consiste em estabelecer-se um programa claro e eficiente de
proteção de aqüíferos e de controle das atividades humanas, planejando-se e ordenando-se a
ocupação e o uso do solo.
A identificação das áreas com maior risco de degradação dos aqüíferos é condição
essencial para o desenvolvimento de estratégias que visem à preservação dos recursos
30
hídricos, priorizando a aplicação de recursos técnicos e financeiros nos locais de maior
interesse socioeconômico e ambiental.
É conveniente lembrar que em grande parte da bacia do rio Urussanga o maior
comprometimento das águas subterrâneas está relacionado às diversas atividades de lavra e
beneficiamento de carvão.
A poluição hídrica causada pela drenagem ácida é provavelmente o impacto mais
significativo das operações de mineração e beneficiamento do carvão mineral. Essa poluição
decorre da infiltração da água de chuva sobre os rejeitos gerados nas atividades de lavra e
beneficiamento, que alcança os corpos hídricos superficiais e/ou subterrâneos. Essa água
adquire baixos valores de pH (<3), altos valores de ferro total, sulfato total alem de vários
outros elementos tóxicos que impedem a sua utilização para qualquer uso e destroem a flora e
a fauna aquáticas (ALEXANDRE; KREBS, 1995). Também há potencial de contaminação do
solo e subsolo em áreas não recobertas por material oriundo da mineração. Isso ocorre através
da inundação de regiões não contaminadas com águas de drenagens ácidas e pelo avanço da
pluma de poluição, a partir das áreas já poluídas. Nas proximidades de centros urbanos, onde
ocorre uma grande concentração de indústrias com alto potencial poluidor e uma alta
concentração urbana, o comprometimento das águas superficiais e de parte das águas
subterrâneas é ainda maior devido à interferência destas outras fontes de poluição.
FOSTER et al. (1987) ressaltam ainda que as ameaças mais sérias no tocante à
orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), no que se refere à qualidade da água
potável, relacionam-se às concentrações de nitratos que se incrementam em grandes
proporções e, mais ainda, a episódios cada vez mais freqüentes de contaminação causada por
hidrocarbonetos halogenados voláteis.
Sob certas condições hidrogeológicas, algumas unidades de tratamento de esgoto
apresentam riscos de uma migração de bactérias e vírus patogênicos para o interior dos
aqüíferos e fontes de água subterrânea, sendo responsáveis pela transmissão de agentes
patogênicos em surtos de epidemia. Os compostos de nitrogênio nos excrementos não
representam um perigo imediato para as águas subterrâneas, porém podem causar problemas
mais amplos e persistentes. Ainda de acordo com FOSTER et al. (1987), uma população de
20 pessoas/ha representa uma descarga de cerca de 100 kg/ha/a ao solo que, oxidada e
lixiviada, com 100 mm/a de infiltração, poderão resultar numa recarga local de água
subterrânea com uma concentração de 100 mg de NO
3
-N/l. É provável que provoque maiores
problemas em zonas áridas onde não têm um significativo fluxo regional no aqüífero.
31
O uso de fertilizantes, herbicidas e pesticidas nas atividades agrícolas também é outro
importante fator de contaminação dos recursos hídricos. Nos países industrializados é mais
freqüente o uso de fertilizantes inorgânicos, produzidos industrialmente, enquanto que nos
países em desenvolvimento empregam-se geralmente dejetos humanos ou de animais como
fertilizantes orgânicos.
Dentre os fertilizantes, o principal contaminante é o nitrogênio na forma de nitrato. O
nitrato move-se com a água subterrânea e pode atingir extensas áreas. Concentrações
superiores aos limites permissíveis para a água potável são encontradas em muitas regiões
agrícolas do mundo como, por exemplo, na Inglaterra (FOSTER; CREASE, 1972), Alemanha
(GROBA; HAHN, 1972) e Estados Unidos (SPALDING et al., 1978).
GAUJOUS (1993), estudando a vulnerabilidade de sistemas aqüíferos na França,
ressalta, em particular, a forte vulnerabilidade daqueles aqüíferos relacionados aos leques
aluviais. Alguns são de um cuidado específico (planície do Reno, Mosele, leste de Lyon)
devido a problemas de poluição por fontes difusas, relacionadas a atividades agrícolas
(nitratos, pesticidas).
O referido autor conclui que é conveniente realizar-se uma vigilância muito grande
sobre a evolução da qualidade das águas subterrâneas, garantir dispositivos da preservação da
qualidade (perímetros de proteção) e lembrar-se do caráter pernicioso (fenômenos
hidrogeológicos longos, micro poluentes) de certas fontes de poluição.
Sempre de acordo com GAUJOUS (1993), as principais fontes de poluição dos lençóis
subterrâneos na França são nitratos, pesticidas e tóxicos. No caso da poluição por nitratos, as
principais causas são: poluição doméstica e industrial; agricultura e criação (chiqueiros de
porco na Bretanha) e poluição atmosférica. O aumento do teor em nitratos é constatado em
toda a França. Os problemas são freqüentemente difusos.
Os problemas para a saúde humana é a transformação dos nitratos em nitritos no
estômago dos lactentes, o que causa um problema de oxigenação do sangue e um risco
cancerígeno (por transformação em nitrosamina).
Sob certas condições, os nitratos desaparecem naturalmente nas águas subterrâneas. É
o caso da seqüência de calcário ao sul de Lille, onde se observa uma brusca redução dos
nitratos quando o aqüífero passa sob cobertura argilo-arenosa. Esta redução se deve a
fenômenos bacterianos.
No caso da poluição por pesticidas, alguns são encontrados em doses críticas nas
águas subterrâneas. É o caso da atrazina. É uma poluição difusa, com doses muito fracas.
Este problema é muito preocupante para o abastecimento da água potável, mesmo se
32
pensando que certos limites legais são atualmente muito rígidos em relação ao risco sanitário
efetivo e que estudos toxicológicos e epidemiológicos mais avançados poderão, no futuro,
modular-se à norma atual (1 µg/l), segundo as substâncias identificadas.
No caso dos tóxicos, trata-se geralmente de poluição pontual, de caráter “acidental”,
de natureza e de origem diversas. Uma causa freqüente é a infiltração de resíduos estocados
(em descargas, em áreas industriais). O problema surge por ocasião da localização e
identificação das substâncias, com vistas à busca das origens e da responsabilidade. Por
exemplo, uma poluição em Ilzach (planície da Alsácia) conduziu a litígios com os industriais
durante vários anos (GAUJOUS, 1993).
Por sua vez, o impacto da agricultura irrigada sobre as águas subterrâneas pode ser
muito grande. Em algumas zonas áridas com solos permeáveis, o cultivo das terras com
sistemas ineficientes de irrigação tem gerado como efeito um novo recurso de água
subterrânea. A sobre-irrigação, contudo, pode causar grandes incrementos no nível freático e
resultar na salinização do solo e da água subterrânea devido à evaporação freática direta
(FOSTER et al., 1987).
Na bacia do rio Urussanga ocorrem extensas áreas de cultivo de arroz irrigado e, de
maneira subordinada, fumo e maracujá, que utilizam grandes quantidades de fertilizante e de
pesticida. Os trabalhos de campo desenvolvidos neste estudo, mais uma vez evidenciaram que
grande parte das áreas de rizicultura é irrigada com águas ácidas aduzidas do rio Urussanga.
Esta prática continua causando uma recarga artificial do aqüífero relacionado aos Depósitos
de Leques Aluviais e, conseqüentemente, contribuindo para a degradação do referido
aqüífero.
Na área costeira, onde ocorrem excelentes sistemas aqüíferos relacionados aos
depósitos arenosos de origem praial e retrabalhamento eólico, existe um sério risco de
contaminação das águas subterrâneas devido à possibilidade de avanço da cunha salina,
possivelmente retratado nos mapas de contorno potenciométrico e de condutividade elétrica,
que poderá ser ocasionado pela sobre-explotação do referido aqüífero.
Durante a fase de cadastramento de pontos de água, constatou-se que nas
proximidades da maioria das indústrias, capta-se água destes aqüíferos para suprir suas
demandas, utilizando sistemas integrados de ponteiras (corresponde a várias ponteiras
interligadas, explotadas por uma única bomba). Na região balneária, praticamente todo o
abastecimento doméstico é realizado utilizando-se poços tipo ponteiras.
4.1 Vulnerabilidade Natural e Riscos de Contaminação dos Aqüíferos
33
Em se tratando de uma área onde os recursos hídricos superficiais estão seriamente
comprometidos pelas diferentes fontes de poluição e os recursos hídricos subterrâneos são
abundantes e ainda pouco explorados, a determinação da vulnerabilidade natural às cargas
contaminantes e, a definição do risco de contaminação dos diferentes sistemas aqüíferos, é
ferramenta necessária ao planejamento das ações governamentais de controle e proteção
desses mananciais subterrâneos, bem como à futura implantação de um sistema de gestão de
recursos hídricos nesta bacia.
Segundo FOSTER et al. (1987), a definição de risco de poluição das águas
subterrâneas é conceituada como a interação entre dois fatores semi-independentes:
a) a carga poluente que é, será ou poderá ser aplicada no solo como resultado da
atividade humana;
b) a vulnerabilidade natural à poluição do aqüífero.
O termo “vulnerabilidade de aqüíferos” surgiu pela primeira vez no início da década
de 1960, introduzido pelo hidrogeólogo francês J. Margat (VRBA; ZOPOROZEC, 1994).
Entretanto, foi a partir da década de 1970, com a criação da legislação americana para
proteção de recursos hídricos subterrâneos, que começaram a ser difundidos vários métodos
de classificação, objetivando a criação de classes comparativas de vulnerabilidade de
aqüíferos.
O crescente uso da água subterrânea e a necessidade de preservação deste recurso
dentro de uma estratégia adequada de planejamento forçaram a criação de normas e
regulamentações que visassem à proteção das águas subterrâneas. Segundo ALLER et al.
(1987), muitos métodos foram desenvolvidos com o objetivo de definirem-se locais para a
disposição de rejeitos variados, seja em aterros sanitários ou resíduos líquidos. Porém, os
autores destacam o sistema desenvolvido por LeGRAND (1964) e uma versão modificada
utilizada pela U. S. EPA (Environmental Protection Agency).
O conceito de vulnerabilidade natural dos aqüíferos é baseado no fato de que o meio
físico possui características capazes de atenuar e proteger a água disposta no subsolo de
cargas contaminantes específicas, seja esta natural ou de contribuição humana.
É importante o entendimento claro das diferenças entre risco e vulnerabilidade à
contaminação. O conceito de risco é muito comumente confundido com o de vulnerabilidade
natural do sistema aqüífero. Porém, cabe chamar a atenção de que o primeiro envolve a
existência de uma fonte potencial contaminante, enquanto o segundo, como dito, depende
apenas das características do meio físico.
34
Vários métodos, dentro das mais variadas concepções, foram desenvolvidos para a
avaliação da vulnerabilidade natural dos sistemas aqüíferos. Entretanto, todos se equivalem no
conceito de que o resultado é sempre comparativo, sem apresentar valores absolutos que
reflitam um padrão universal de vulnerabilidade. O objetivo final é sempre o de classificarem-
se áreas com graus homogêneos de vulnerabilidade, que podem ser maiores ou menores que
os das áreas vizinhas. A aplicabilidade destes métodos, além da limitação óbvia de necessitar
de informações sobre o meio físico, tem uma outra grande restrição que é o fator de escala,
não sendo indicados em estudos de detalhe de casos específicos, pois, para este objetivo
deveriam ser agregadas técnicas mais apropriadas.
A principal utilidade dos mapas de vulnerabilidade está no suporte à decisão de
planejadores, principalmente ligados a órgãos governamentais municipais, estaduais ou
federais, no gerenciamento do uso e ocupação de seus territórios, auxiliando-os na escolha de
áreas mais favoráveis à implantação de empreendimentos potencialmente poluidores. VRBA;
ZOPOROZEC (1994) apresentam interessante tabela (Tabela 7) sobre os principais tipos de
mapa de vulnerabilidade:
Tabela 7: Classificação de mapas de vulnerabilidade da água subterrânea (adaptado de
VRBA; ZAPOROZEC, 1994).
Tipo de Mapa Escala
Propósito e Conteúdo
Representação Gráfica
Regionais,
sinópticos
1:500.000 ou
menor
Planejamento geral, tomada de decisão e
cenário político em proteção de água
subterrânea nacional ou internacional;
propósito educacional. Mapas sintéticos
mostrando a vulnerabilidade intrínseca
da água subterrânea, sem detalhes locais.
Mapas compilados
manualmente ou atlas
com notas
explanatórias; mapas
utilizando processos
computacionais
não são freqüentes.
Esquemáticos
1:500.000 a
1:100.000
Planejamento regional, regulamentação e
gerenciamento da proteção da água
subterrânea, determinação de problemas
de contaminação difusa. Alguns detalhes
locais não aparecem, devem ser seguidos
de mapeamentos específicos.
Mapas compilados
manualmente ou
mapas e atlas bi- e/ou
tri- dimensionais
feitos com auxílio
computacional
35
5 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA O ESTUDO
HIDROGEOLÓGICO
Para realizar-se a caracterização hidrogeológica da área da bacia do rio Urussanga,
adotaram-se os procedimentos a seguir descritos:
5.1 Obtenção de Dados Existentes
Inicialmente consideraram-se as informações obtidas através do inventário de todos
os pontos de água, constituídos por poços tubulares profundos, ponteiras, poços escavados e
nascentes, disponíveis em trabalhos já realizados. A partir de setembro de 2004, com o
objetivo de buscarem-se mais informações a respeito dos pontos de água, foram feitas várias
visitas a campo para complementar o cadastro destes pontos.
À partir destas informações, montou-se um banco de dados em Access o qual contém
todas as informações do ponto de água cadastrado tais como identificação do poço,
proprietário, local, laudos de análises (se existentes), dados construtivos (no caso de poços
tubulares profundos), perfis litológicos, nível estático e nível dinâmico, entre outras.
Com relação aos aspectos geológicos e estruturais, consideraram-se as informações
disponíveis nos diversos relatórios de mapeamento geológico realizado na região pela CPRM
para o DNPM, tais como: SCHULZ; ALBUQUERQUE e RODRIGUEZ (1970) pela CPRM,
Opera-
cionais
1:100.000 a
1:25.000
Desenvolvimento de programas de
proteção de água subterrânea e
planejamento de uso do solo local.
Mapas analíticos descrevendo a
vulnerabilidade da água subterrânea em
uma extensão de área em relação ao tempo
de trânsito de um contaminante específico.
Mapas digitais bi- ou
tri-dimensionais ou
mapas compilados
manualmente; perfis e
diagramas crementam
sua utilidade.
Específicos ou
com propósito
especial
1:25.000 ou
maior
Mapas com propósitos e locais específicos,
para planejamento de cidades e proteção de
poços.
Expressa problemas locais de
vulnerabilidade da água subterrânea.
Requer dados representativos;
investigações específicas do local são
normalmente necessárias.
Mapas digitais bi ou
tri-dimensionais ou
diagramas e mapas de
grids.
36
através do Programa de Levantamento Geológico Básico – PLGB; SILVA e LEITES (2001),
PETROBRÁS (1970) e, com relação à geologia da planície costeira, foram consideradas as
informações disponibilizadas por CARUSO (1995), CARUSO (1997), KREBS (2004) e
DUARTE (1995).
Examinaram-se também vários documentos relacionados à pesquisa de carvão, os
quais contêm informações a respeito da geologia da região e do contorno estrutural da lapa da
camada de carvão (Camada Barro Branco e Camada Bonito). Dentre estes documentos,
podem-se destacar os seguintes: ABORRAGE; LOPES (1986), FABRÍCIO et al. (1973),
CAYE et al. (1975), KREBS et al. (1982 e 1983),. Também foram analisados mapas de
controle de lavra de carvão em superfície e subsuperfície, obtidos junto ao DNPM e a
empresas que desenvolvem ou já desenvolveram atividades na região carbonífera do sul de
Santa Catarina.
A leitura e a análise dos referidos relatórios e mapas geológicos deixaram evidente a
necessidade de elaborar-se um novo mapa geológico para demonstrar principalmente o
comportamento estrutural dos blocos falhados bem como detalhar melhor a geometria dos
principais lineamentos estruturais presentes nesta bacia, visto que os mapas existentes não
correspondem às informações constantes nos perfis litológicos e mapas de controle de lavra
em subsolo.
Por este motivo, antes de realizar-se o estudo hidrogeológico, procedeu-se à execução
de um novo mapeamento geológico, dando-se atenção especial aos aspectos estruturais e
litofaciológicos.
5.2 Elaboração do Mapa Geológico
Para a elaboração do referido mapa, adotou-se a seguinte série de procedimentos:
Reinterpretação das fotografias aéreas e imagens de satélite;
Trabalhos de campo;
Confecção do Mapa Geológico.
5.2.1 Reinterpretação das fotografias aéreas e imagens de satélite
Foram reinterpretadas fotografias aéreas convencionais, escala 1:25.000, datadas de
1976/78, obtidas pelos Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul S.A, fotografias aéreas escala
1:40.000, datadas de 2002, obtidas pela Aeroimagem S.A, e fotografias em branco e preto,
escala 1:60.000, datadas de 1965, obtidas pelo Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul S.A,
disponíveis na CPRM/PA e no DNPM. Também foram interpretadas imagens do satélite
37
LANDSAT – TM, escala 1:100.000, nos diversos canais obtidos em diferentes datas
disponíveis na CPRM/PA. Através da análise das referidas fotos e imagens, foi possível
delimitarem-se os principais sistemas de falha que secionam toda a área correspondente à
bacia do rio Urussanga. Os trabalhos de fotointerpretação serviram também para definirem-se
com maior precisão os contatos geológicos entre as diferentes unidades geológicas presentes.
Constatou-se que a maioria dos os mapas geológicos consultados apresentavam muitas
inconsistências no que se refere aos contatos geológicos e ao basculamento de blocos
falhados.
Todos os elementos fotointerpretados foram lançados em uma base cartográfica,
escala 1:50.000, do IBGE, para posterior cheque de campo.
5.2.2 Trabalhos de campo
Para a realização deste mapeamento, contou-se com o apoio da CPRM e com a
infraestrutura disponibilizada pelo Sindicato da Indústria de Extração de Carvão de Santa
Catarina – SIECESC, em Criciúma, através de seu Núcleo de Meio Ambiente. Contou-se
também com o apoio da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, através do seu
Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas – IPAT.
5.2.3 Confecção do mapa geológico
Após terem sido estabelecidos os contatos geológicos e as relações de
fácies bem como definido o comportamento estrutural do maciço rochoso e dos depósitos de
cobertura, procedeu-se à elaboração do Mapa Geológico em escala 1:100.000.
A representação em mapa das diferentes unidades geológicas foi realizada utilizando-
se letras e cores. Para a representação dos elementos estruturais, falhas diques e fraturas, entre
outros, consideraram-se os mesmos traços e legendas utilizados nos Mapas Geológicos do
Programa de Levantamentos Geológicos Básicos – PLGB, desenvolvido pela CPRM em todo
o território nacional. Com relação aos recursos minerais, empregaram-se diferentes símbolos
para a indicação de ocorrência mineral, jazida, mina em atividade e mina desativada. Ao lado
do símbolo colocou-se a sigla do mineral.
5.3 Elaboração do Estudo Hidroquimico
Para a elaboração do referido estudo, realizou-se uma série de procedimentos:
Interpretação dos dados geológicos;
Etapa de campo;
38
Estudo hidroquímico;
Métodos de amostragem
Técnicas analíticas utilizadas
Elaboração do Mapa de Fontes de Poluição;
5.3.1 Interpretação dos dados geológicos
As unidades geológicas cartografadas foram analisadas e hierarquizadas levando-se
em consideração sua maior ou menor capacidade de armazenamento de água. No domínio
das rochas sedimentares (Formações Rio do Sul, Rio Bonito, Palermo, Irati, Estrada Nova,
Rio do Rasto e Botucatu) bem como sedimentos terciários e ou quaternários, o
armazenamento é controlado pelo maior ou menor grau de permeabilidade das rochas ou
sedimentos. Neste sentido, quanto mais arenosa for a litologia, maior quantidade de espaços
intergranulares ela terá e, conseqüentemente, poderá apresentar maior permeabilidade. Sabe-
se que tanto as rochas sedimentares quanto os sedimentos inconsolidados presentes nesta
bacia hidrográfica apresentam freqüentes variações laterais e verticais de litofácies.
No caso das rochas cristalinas, o armazenamento é controlado pelas fraturas. Desta
forma, quanto mais fraturada a área maior possibilidade de ocorrência de água subterrânea ela
terá.
A presença de fraturas pode ampliar a vazão de poços construídos em aqüíferos com
porosidade intergranular. Sabe-se também que a presença de falhas com diques de diabásio
encaixados geralmente ampliam a vazão de poços construídos em aqüíferos com porosidade
intergranular devido às fraturas de resfriamento existentes nestes corpos intrusivos (SILVA,
1984; MACHADO, 1997).
5.3.2 Etapa de campo:
Procedeu-se primeiramente à complementação do cadastro de pontos de água.
Procurou-se cadastrar todos os poços tubulares profundos construídos até então. No caso do
Sistema Aqüífero relacionado aos Depósitos de Leques Aluviais, verificou-se que grande
parte da população rural que habita esta bacia utiliza este sistema aqüífero para fins de
complementação do abastecimento doméstico, através da construção de poços escavados ou
sistema de poços-ponteiras. Desta forma, para efeito de cadastramento de pontos de água
neste sistema, optou-se por realizar uma malha de amostragem com eqüidistância média de 2
km. Procurou-se obter o maior número possível de pontos, tendo sido cadastrados 240
pontos de água, sendo 64 referentes aos poços tubulares profundos, 98 aos poços escavados,
39
33 aos poços-ponteiras, e 45 às fontes, tendo também sido classificados seus usos. Estes
pontos distribuem-se ao longo de toda a área da bacia, como se vê no Mapa de Fontes de
Água,(Apêndice B).
Cada ponto cadastrado foi identificado no campo através de coordenadas UTM,
tomadas no local com o emprego de um GPS. Estes pontos foram imediatamente plotados em
uma base cartográfica escala 1:50.000, devidamente georreferenciada. Para a confirmação do
local eram observadas as fotos aéreas escala 1:20.000 e 1:40.000, datadas de 2000. Ao final
da campanha de cadastramento de pontos de água, com o objetivo de definir-se perfeitamente
o local do ponto, utilizaram-se também as ortofotocartas escala 1:5.000. Para cada ponto
preencheu-se uma ficha com todas as informações referentes à localização, ao proprietário,
aos tipos de uso da água, às características geológicas e hidrogeológicas do local, à existência
ou não-existência de laudos técnicos ou resultados de análises físico-químicas e
bacteriológicas, aos aspectos construtivos, entre outros. Estas fichas, ao final de cada dia,
eram lançadas em uma tabela Excel que alimenta o banco de dados referentes aos pontos de
água desta bacia, permitindo a plotagem de todos estes pontos em uma base cartográfica
escala 1:100.000, georreferenciada. Foram tomadas medidas de pH, de condutividade e de
temperatura em todos os pontos cadastrados, inclusive naqueles que já haviam sido
cadastrados em trabalhos anteriores, ou nos poços construídos pela CIDASC, CASAN e
SAMAE que possuem laudos de análises. Utilizou-se também uma máquina fotográfica
digital para registrar o estado de cada ponto.
Para tomarem-se as medidas de condutividade e pH, utilizou-se um equipamento tipo
ORION, modelo 1230, portátil. Utilizaram-se também condutivímetros portáteis e
pHgâmetros. A temperatura foi medida usando-se o ORION. Para a medida do nível estático
e do nível dinâmico, quando possível, empregaram-se trenas elétricas de 25m e de 50m. A
profundidade dos poços escavados foi medida com uma trena metálica acoplada a uma
roldana.
Os valores pH, condutividade, temperatura, níveis estáticos e dinâmicos, profundidade
do poço, além das coordenadas UTM e cota da boca, foram lançados em tabelas do Excel para
posterior tratamento hidroquímico através do software AquaChem da Waterloo. A cota da
boca de cada ponto de água foi definida através do modelo digital do terreno, obtido a partir
das ortofotocartas escala 1:5.000, com curvas de nível intervaladas de 1m.
5.3.3 Estudo hidroquímico
40
Após a conclusão do cadastramento, realizou-se uma criteriosa seleção de pontos,
tomando-se em consideração aspectos geológicos, estruturais, resultados de medidas de pH,
condutividade e posicionamento com relação a alguma fonte de poluição. Estes pontos
selecionados foram amostrados para a realização de um estudo hidroquímico. A
caracterização hidroquímica das águas dos diferentes sistemas aqüíferos individualizados no
Mapa dos Sistemas Aquiferos, foi baseada na elaboração de gráficos semi-logarítmicos de
Schöeller e de diagramas de Stiff e de Piper. Objetivando avaliar-se a utilização das águas
subterrâneas para fins de irrigação, determinou-se a razão de adsorção de sódio (SAR). Tendo
em vista a construção da termelétrica USITESC no município de Treviso, calculou-se também
o índice de estabilidade do carbonato de cálcio (RYZNAR, 1944) e o índice de saturação
definido por LANGELIER (CUSTÓDIO; LLAMAS, 1983).
Desta forma, os parâmetros analisados foram aqueles necessários ao tratamento
hidroquímico através do software AquaChem o qual permite a elaboração de diferentes
gráficos e diagramas. Para este tratamento hidroquímico utilizou-se também o software
Qualigraf.
Optou-se por utilizar o Diagrama de Piper para a caracterização hidroquímica das
águas de cada sistema aqüífero pelo fato de este permitir que se obtenha uma série de outras
informações além da referida classificação hidroquímica. Nesse diagrama, os cátions (Na
+
,
Ca
2+
, K
+
e Mg
2+
) e os ânions (Cl
-
, SO4
2
e HCO3
-
) são plotados em porcentagem de
miliequivalentes, em duas bases triangulares. Os dados contidos nesses triângulos são
projetados em um losango, possibilitando a classificação das águas em função da
concentração de íons.
Com base no diagrama de Stiff, elaborou-se um mapa hidroquímico. Neste mesmo
mapa construiu-se um diagrama de Piper, com representação de todos os pontos de água
relacionados ao aqüífero do tipo poroso e outro com todos os pontos de água relacionados ao
aqüífero do tipo fraturado.
Através do gráfico semi-logarítmico de Schöeller correlacionaram-se várias análises
de água de diferentes pontos bem como foram comparadas amostras de águas superficiais e
subterrâneas de uma mesma porção desta bacia hidrográfica. Este gráfico ressalta as relações
entre íons de uma mesma amostra e variações temporais e espaciais existentes. O número de
elementos representados variou de acordo com os objetivos da interpretação. Por exemplo, na
área carbonífera procurou-se realizar comparações entre amostras de água de diferentes
pontos, objetivando verificar-se a influência das atividades relacionadas à lavra e ao
beneficiamento de carvão. Na porção correspondente à planície costeira, procurou-se
41
correlacionar amostras de água, visando definir-se a interferência de elementos químicos
relacionados às práticas agrícolas realizadas nesta porção da bacia do rio Urussanga.
5.3.4 Métodos de amostragem
Amostrou-se cada ponto selecionado, tendo sido as amostras encaminhadas para
análise no laboratório do Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas - IPAT, no
municipio de Criciúma. O laboratório cedeu todos os frascos necessários e um técnico para
auxiliar as amostragens.
No caso dos poços tubulares profundos, a água foi coletada na boca do poço ou em
uma saída mais próxima antes de passar por reservatórios. Antes da amostragem procurou-se
deixar a bomba ligada por pelo menos 30 minutos para que a água captada apresentasse suas
características físico-químicas originais. Durante as coletas procurou-se representar as
condições climáticas do momento, o fato de o poço estar ou não em bombeamento, bem como
verificar-se a existência ou ausência de alguma fonte de poluição nas proximidades.
5.3.5 Técnicas analíticas utilizadas
As análises físico-químicas, químicas e bacteriológicas das amostras de água foram
realizadas no laboratório do IPAT, da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC,
em Criciúma.
O laboratório do IPAT segue os procedimentos analíticos apresentados no “Standard
Methods for the Examination of Water and Waste-water (1998)”. A Tabela 8 mostra os
parâmetros analisados durante este trabalho de tese.
Tabela 8: Parâmetros analisados durante este trabalho de tese no laboratório do
IPAT/UNESC
Parâmetros Mínimo Detectável Método de Análise
pH (22,1 °C) 0,1 Potenciométrico
Alcalinidade Total (mg.L
-
1
CaCO
3
)
1 Titulométrico à pH 4,3
Alcalinidade Fenolftaleína
(mg.L
-1
CaCO
3
)
1 Volumétrico à pH 8,3
Alcalinidade Bicarbonatos
(HCO
3
) (mg.L
-1
CaCO
3
)
1
Relação entre alcalinidade total e
fenolftaleína
42
Cloretos (mg.L
-1
) 1 Argentométrico
Condutividade (mS.cm
-1
22,1°C)
0,001 Condutométrico
Fósforo Total (mg.L
-1
) 0,01 Colorimétrico
Nitrogênio Nitrato (mg.L
-1
) 0,1 Colorimétrico
Sulfatos (mg.L
-1
) 1 Colorimétrico
Alumínio (mg.L
-1
)
0,1 Espectrofotometria de Absorção
Atômica
Cálcio (mg.L
-1
)
0,01 Espectrofotometria de Absorção
Atômica
Ferro total (mg.L
-1
)
0,02 Espectrofotometria de Absorção
Atômica
Magnésio (mg.L
-1
)
0,01 Espectrofotometria de Absorção
Atômica
Manganês (mg.L
-1
)
0,01 Espectrofotometria de Absorção
Atômica
Potássio (mg.L
-1
)
0,01 Espectrofotometria de Absorção
Atômica
Sódio (mg.L
-1
)
0,01 Espectrofotometria de Absorção
Atômica
Coliformes Totais
(NMP.100 mL
-1
)
Ausentes em
100mL
Tubos Múltiplos
Coliformes Fecais
(NMP.100 mL
-1
)
Ausentes em
100mL
Tubos Múltiplos
Alcalinidade Total (mg.L
-
1
CaCO
3
)
1 Titulométrico à pH 4,3
Alcalinidade Fenolftaleína
(mg.L
-1
CaCO
3
)
1 Titulométrico à pH 8,3
Alcalinidade Bicarbonatos
(HCO
3
) (mg.L
-1
CaCO
3
)
1
Relação entre alcalinidade total e
fenolftaleína
43
5.3.6 Elaboração do mapa de fontes de poluição
Durante a elaboração desta tese, realizaram-se várias campanhas de campo com o
objetivo de coletar as informações necessárias à elaboração deste mapa. Nesta fase, e
cadastrou-se o maior número possível de postos de combustíveis, de cemitérios, de pocilgas,
de aviários, hospitais, aterros sanitários, áreas de extração mineral, lixões e de indústrias.
A delimitação dos terrenos degradados pelas atividades de lavra e de beneficiamento
de carvão, além da geometria da área minerada para carvão em subsolo, foram obtidas a partir
dos mapas mineiros do DNPM, atualizados pelo núcleo de Meio Ambiente do SIECESC.
Através de símbolos, letras, elementos e cores e, utilizando-se uma base cartográfica
1:100.000, foi então elaborado o Mapa de Fontes de Poluição da Bacia Hidrográfica do Rio
Urussanga .
6- GEOLOGIA DA BACIA DO RIO URUSSANGA
Na área correspondente à bacia hidrográfica do Rio Urussanga, afloram rochas
sedimentares e vulcânicas que constituem a seqüência da borda leste da Bacia do Paraná e
sedimentos inconsolidados que constituem a Planície Costeira ou formam depósitos aluviais
atuais. O embasamento cristalino regional é composto de rochas granitóides tardi a pós-
tectônicas.
Na faixa costeira também ocorre uma diversidade enorme de depósitos de areia, silte e
argila, relacionados a processos marinhos e continentais. Com relação às rochas sedimentares
que constituem a seqüência gonduânica da borda leste da Bacia do Paraná, foi dada atenção
especial para as formações Rio Bonito e Rio do Sul, por serem estas as que apresentam
freqüentes camadas de arenito com boas perspectivas de contenção de água subterrânea.
6.1 Cristalino
6.1.1 Granitóides tardi a pós-tectônicos
TEIXEIRA et al. (1969), estudando as rochas graníticas do sul de Santa Catarina, onde
se encontram as principais ocorrências de fluorita, individualizou vários tipos de granitóides,
os quais receberam denominações regionais que se distinguiam pela granulometria,
composição, cor e modo de ocorrência. Os principais termos individualizados por aquele
autor foram: Granodiorito Tubarão, Granito Pedras Grandes, Granito Pindotiba, Granito
Morro da Fumaça e Granito Jaguaruna.
44
(CASTRO; CASTRO, 1969), mapeando a quadrícula de Laguna, escala 1:250.000,
agruparam vários termos graníticos e definiram o Complexo Pedras Grandes. Posteriormente,
SCHULZ JR. et al. (1970) subdividiram o Complexo Pedras Grandes em quatro fácies
graníticas: Imaruí, Rio Chicão, Jaguaruna e Palmeira do Meio.
MORGENTAL; KIRCHNER (1983), estudando a área de ocorrência de fluorita do sul
do estado, denominaram Granitóide Pedras Grandes as rochas graníticas de quimismo
calcioalcalina que ocorrem naquela área.
Na porção compreendida entre as cidades de Pedras Grandes e Morro da Fumaça (em
locais próximos ao limite da bacia), ocorre o denominado Granitóide Pedras Grandes,
bastante conhecido por conter filões de fluorita e ocorrências de água mineral. Trata-se de
uma rocha granítica de cor rósea, granulação média à grossa, textura porfirítica ou porfiróide,
constituída principalmente de quartzo, plagioclásio, feldspato potássico e biotita. Como
mineral acessório ocorre titanita, apatita, zircão e opacos. É aparentemente isótropa e
freqüentemente recortada por veios aplíticos ou pegmatíticos.
Figura nº 03- Veios de Fluorita no granito, galeria nível 250metros..Mina da Companhia
Nitroquimica. Municipio Morro a Fumaça.
45
Figura nº 04 -Galeria de exploração de fluorita, abandonada, em rocha granítica.
Figura nº 05 -.Poço de ventilaçao de mina de flurita abandonado, com água termal. Município
de Pedras Grandes.
46
6.2 A Seqüência Gonduânica
6.2.1 Grupo Itararé , Formação Rio do Sul
Esta formação aflora na bacia do rio Urussanga preenchendo paleovales e constituem
uma excelente unidade aqüífera.
OLIVEIRA (1916) introduz pela primeira vez esta denominação, referindo-se aos
sedimentos com influência glacial que ocorrem no vale do Rio Itararé, na divisa dos Estados
de São Paulo e Paraná. Este autor amplia os conceitos de WHITE (1908) e destaca os dois
membros basais da “Série Tubarão” em uma seqüência distinta, para a qual propôs o nome
“Série Itararé”.
OLIVEIRA (1918 e 1927), MORAES REGO (1930), CARVALHO (1932) e LEINZ
(1937) conservam a proposição de OLIVEIRA (1916) e reconhecem a existência da “Série
Itararé”.
ROCHA; SCORZA (1940) revisam a coluna clássica de WHITE (1908), visando a
comparar e generalizar os conhecimentos adquiridos na seção catarinense com outros Estados,
e admitem a “Série Itararé” como base do “Sistema de Santa Catarina”, atribuindo-lhe uma
idade permocarbonífera.
GORDON JR. (1947) e MAACK (1947) elevam a “Série Itararé” para a categoria de
Grupo, subdividindo-o em duas formações: Palmira-basal (fácies continental-glacial) e Taió-
superior (fácies glacial-marinho).
LANGE (1954) divide o Grupo Itararé em duas formações: Palmeira (inferior) e
Teixeira Soares (superior), denominações bastante empregadas em Santa Catarina e no
Paraná.
Trabalhos posteriores realizados por GUAZELLI; FEIJÓ (1970) MEDEIROS (1971),
de caráter mais abrangente e regional, definiram a Formação Rio do Sul como sendo
constituída de um espesso pacote de rochas sedimentares com litologias bem características,
contendo referências à seção tipo e provável ambiente deposicional.
MÜHLMANN et al. (1974) e SCHNEIDER et al. (1974), adotando critérios
desenvolvidos pela PETROBRÁS, através dos trabalhos de TOMMASI; RONCARATI
(1970), TOMMASI (1973) e GONÇALVES; TOMMASI (1974), apresentaram uma revisão
estratigráfica da Bacia Sedimentar do Paraná e propuseram formalmente a subdivisão do
Grupo em quatro formações: Campo do Tenente, Aquidauana, Mafra e Rio do Sul,
47
respectivamente, da base para o topo. A Formação Aquidauana seria restrita aos Estados de
Mato Grosso, Goiás e nordeste de São Paulo enquanto as outras três foram mapeadas somente
em Santa Catarina e sul do Paraná.
SCHNEIDER; CASTRO (1975) e CASTRO (1980) apresentam um quadro
sedimentológico-estratigráfico com detalhe para Formação Rio do Sul no leste de Santa
Catarina. SILVA; BORTOLUZZI (1987) Apresentam o Mapa Geológico de Santa Catarina,
acompanhado de um texto explicativo.
KREBS; MENEZES FILHO (1986) realizaram o mapeamento faciológico da porção
compreendida entre Taió e Rio do Sul, individualizaram em mapa escala 1:50.000 várias
seqüências litológicas relacionadas geneticamente a diferentes ambientes deposicionais que
fazem parte da Formação Rio do Sul. Poços executados no centro da cidade de Içara, na rua
Duque de Caxias (P 1 e P 2), mostraram que a espessura média desta formação é da ordem de
55 metros.
Do ponto de vista litológico, a Formação Rio do Sul, na porção sudeste do Estado, é
caracterizada por um conjunto de folhelhos e siltitos cinza-escuro a preto, conglomerados,
diamictitos, ritmitos, varvitos e depósitos de arenito com estratificações plano-paralela,
cruzada de baixo ângulo e cruzada hummocky. Todas estas litologias podem ser verificadas
em bons afloramentos, existentes ao longo da SC 466, no trecho compreendido entre
Urussanga e Orleans, e através da SC-438, a partir de Orleans até Lauro Muller.
A Formação Rio do Sul contém restos de flora e uma grande quantidade de
palinomorfos, referenciados na Carta Estratigráfica da Bacia do Paraná, executada pela
PETROBRÁS (1970). Através da análise destes dados palinológicos, os sedimentos desta
unidade foram situados no Permiano Inferior, mais especificamente entre o topo do
Sakmariano e a base do Artinskiano. DEMON; QUADROS (1970) realizaram estudos
palinológicos e posicionaram a Formação Rio do Sul no andar Kunguriano do Permiano
Médio.
48
Figura nº 06- Seixos pingados e lentes de arenito duro em varvitos e folhelhos da
Formação Rio do Sul.Coordenada 662544E/684220N cota 125 m.
Figura nº 07- Detalhe da foto acima- seixo pingado.
49
Figura nº 08- Varvitos da Formação Rio do Sul, Coordenada 665064E/6846791N, cota
121m
Figura nº 09–Detalhe da foto acima.
50
5.2.2 Formação Rio Bonito
O mapa geológico da região carbonífera, elaborado por KREBS (1997) durante o
desenvolvimento do PROGESC - Programa de Informações Básicas para Gestão Territorial,
mostra que esta formação na área desta bacia hidrográfica é aflorante na sua porção mais a
oeste, estendendo-se de norte a sul, ao longo de uma extensa faixa descontínua, orientada
segundo norte-sul.
WHITE (1908) propõe a denominação “Camada Rio Bonito” para caracterizar o
conjunto de rochas areníticas associadas a pelitos e camadas de carvão descritas na seção-tipo,
entre as cidades de Lauro Müller-Guatá-São Joaquim, em Santa Catarina.
MEDEIROS; THOMAZ (1973) estabeleceram a primeira tentativa de divisão da
Formação Rio Bonito em três intervalos: inferior, médio e superior, dando-lhes conotação de
empilhamento estratigráfico, porém sem denominações formais.
MÜHLMANN et al. (1974), no trabalho “Revisão Estratigráfica da Bacia do Paraná”,
propõem a formalização das denominações Triunfo, Paraguaçu e Siderópolis na categoria de
membros, tendo ampla aceitação e uso em toda a Bacia do Paraná.
Com relação ao Membro Siderópolis, no município de Criciúma, através dos trabalhos
desenvolvidos pelo PROGESC, DIAS (1995) individualizou três subintervalos com base nos
ciclos de carvão, reconhecidos como de expressão regional pelos trabalhos de pesquisa e
exploração desenvolvidos na região (camadas de carvão Barro Branco e Bonito).
5.2.2.1 Descrição Litológica
Membro Triunfo
O Membro Triunfo, caracteriza a porção basal da Formação Rio Bonito, sendo
constituído essencialmente de arenitos e conglomerados cinza-claros a esbranquiçados, com
intercalações de folhelhos e siltitos maciços ou laminados de coloração cinza ou preta.
Do ponto de vista litológico, os arenitos variam de finos a grossos, são argilosos,
micáceos, feldspáticos, com grau de selecionamento regular e grãos, geralmente,
subarredondados. Apresentam estratificações paralelas, cruzadas tabulares e acanaladas de
pequeno a grande porte, e ciclos onde predominam lobos sigmoidais.
51
Figura nº 10- Contato da rocha granítica com areitos da Formação Rio Bonito.
Coordenada 666201E/6842415N, cota 53 m.
Membro Paraguaçu
O Membro Paraguaçu constitui a parte média da Formação Rio Bonito, sendo
caracterizado por uma sedimentação predominantemente pelítica. É formado principalmente
por siltitos e folhelhos cinza-médios a esverdeados e subordinadamente apresenta
intercalações de camadas de arenitos muito finos, quartzosos, micáceos, com laminação
plano-paralela e ondulada, e bioturbação. Mais raramente, podem ocorrer camadas e leitos de
margas. As A sedimentação do Membro Paraguaçu deu-se em um ambiente marinho de
plataforma rasa, de caráter transgressivo sobre os sedimentos flúviodeltaicos do Membro
Triunfo, que lhe é subjacente. Caracteriza o afogamento do delta do Membro Triunfo (Krebs,
2004).
Membro Siderópolis
O Membro Siderópolis constitui um espesso pacote de arenitos, com intercalações de
siltitos, folhelhos carbonosos e carvão. O Membro Siderópolis foi dividido em três seqüências
52
litológicas distintas e individualizado em mapa na área correspondente à bacia hidrográfica do
Rio Araranguá por Krebs (2004).
a) Seqüência basal:
Nesta seqüência, geralmente os arenitos possuem cor cinza-amarelado, textura média,
localmente grossa, sendo moderadamente classificados, com grãos arredondados a
subarredondados de quartzo e, raramente, feldspato. Possuem abundante matriz quartzo-
feldspática. As camadas apresentam espessuras variáveis, desde alguns centímetros até mais
de metro, geometria lenticular ou tabular, sendo a estruturação interna constituída de
estratificação acanalada, de médio e pequeno porte. Ocorrem também arenitos com
granulometria fina a muito fina; sua cor é normalmente cinza-claro a cinza-médio, tendo
como principais estruturas a laminação plano-paralela, truncada por ondas e cruzada
cavalgante (climbing), acamadamento flaser e drapes de argilas, bioturbação e fluidização.
No topo da seqüência basal do Membro Siderópolis ocorre uma espessa camada de
carvão, conhecida como “Camada Bonito”. Em alguns locais da bacia, principalmente na
região litorânea, esta seqüência possui espessuras superiores a 60m, (Krebs, 2004).
b) Seqüência média:
A seqüência média é a mais espessa das três. No terço superior desta seqüência, ocorre
a camada de carvão Irapuá.
De maneira subordinada, intercaladas nessa seqüência arenosa, ocorrem camadas de
siltito e folhelho carbonoso.
Na sua porção média predominam arenitos finos quartzosos, cores cinza-claro, com
microestratificação cruzada acanalada ou ondulada, com truncamento por ondas e hummocky.
Intercalados neste pacote arenoso ocorrem siltitos e, subordinadamente, siltitos carbonosos,
folhelhos e delgadas camadas de carvão. Próximo à base desta seqüência ocorre um espesso
pacote de arenitos cinza-claro, textura média, com pouca matriz feldspática. A estruturação
interna das camadas é constituída principalmente por estratificação cruzada acanalada de
pequeno porte, percebendo-se, localmente, gradação normal.
As litologias pelíticas são caracterizadas por siltitos de coloração cinza-média a cinza-
escura, com acamadamento wavy e linsen, associados aos arenitos finos com laminação
truncada por ondas. Aparecem também siltitos cinza-escuro a pretos, carbonosos, geralmente
maciços, com impressões de plantas, que se agregam, em alguns locais, a camadas de carvão.
Neste intervalo médio, as intercalações de camadas de carvão são muito subordinadas (Krebs,
2004).
53
c) Seqüência superior:
Na seqüência superior do Membro Siderópolis, ocorrem arenitos finos a médios, cores
cinza-claro, bem retrabalhados, com grãos bem arredondados, quartzosos, com ou sem matriz
silicosa. Estes arenitos apresentam geometria lenticular e a estruturação interna das camadas
é formada por estratificação ondulada, com freqüentes hummockys, que evidenciam
retrabalhamento por ondas. Neste intervalo ocorre a mais importante camada de carvão
existente na Formação Rio Bonito, denominada camada Barro Branco. Além dessa, em locais
isolados da bacia carbonífera, ocorre outra camada de carvão, denominada Treviso.
A interrelação das diferentes unidades de fácies, identificadas nos Membros
Siderópolis e Triunfo, sugere um ambiente de deposição relacionado a um sistema lagunar e
deltáico, influenciado por rios e ondas. A presença de cordões litorâneos, evidenciada pelo
arenito de cobertura da camada de carvão Barro Branco, que apresenta freqüentes estruturas
tipo microhummocky, indica que este ambiente lagunar/deltáico era periodicamente invadido
pelo mar. Por outro lado, a persistência de fácies predominantemente pelíticas no Membro
Paraguaçu sugerem a atuação de correntes de maré.
O conteúdo fossilífero da Formação Rio Bonito é evidenciado pela abundância de
restos vegetais e palinomorfos encontrados nos carvões e rochas associadas, caracterizados na
Carta Estratigráfica da Bacia do Paraná (PETROBRÁS, 1970), em que, através de sua análise,
permitem situar esta formação no Permiano Inferior, mais especificamente entre o
Artinskiano e a base do Kunguriano.
54
Figura nº 11 e 12- Coordenada 6850344N/0662298E cota 356 – Formação Rio Bonito
com camada de carvão.
55
6.2.3 Formação Palermo
WHITE (1908) emprega pela primeira vez o termo Palermo para descrever uma
seqüência de siltitos arenosos e argilosos, aflorantes na região sudeste de Santa Catarina.
Neste trabalho, o autor define esta unidade litoestratigráfica em duas seções: uma aflorante, ao
longo da antiga estrada do Rio do Rastro, entre as cidades de Lauro Müller e São Joaquim, e a
outra nas proximidades da Vila Palermo, também no município de Lauro Müller.
Devido ao fato desta unidade preservar uma constância de caracteres, tanto litológicos
como estruturais internos, a sua caracterizaçãoo difere da atualmente aceita pela maioria
dos autores.
O Mapa Geológico, Apêndice D, mostra que esta formação aflora de maneira
contínua, desde as proximidades da BR-101, ao sul-sudoeste, até o limite norte desta bacia, A
Formação Palermo, que caracteriza o início do evento transgressivo, é constituída de um
espesso pacote de ritmitos, com interlaminação de areia-silte e argila, com intenso
retrabalhamento por ondas. A alternância de tonalidades claras e escuras evidencia a
intercalação de leitos arenosos e síltico-argilosos, respectivamente.
O conteúdo fossilífero da Formação Palermo é representado pela freqüência de troncos
fósseis silicificados (Dadoxilon) e pela abundância de palinomorfos, representados
principalmente por esporomorfos. GORDON JUNIOR (1947) localizou a presença de
pelecípodes em Santa Catarina e PUTZER (1955) relata a ocorrência do gênero Loxomma na
região de Criciúma.
Na Carta Estratigráfica da Bacia do Paraná (PETROBRÁS, 1970), esta formação é
situada no Permiano Inferior-Superior, entre o Kunguriano e a base do Kazaniano.
A natureza predominantemente argilosa de suas litologias indica que, do ponto de
vista hidrogeológico, esta formação deve atuar principalmente como aquitardo. Localmente,
onde ocorrem intercalações de fáceis arenosas, principalmente no seu terço inferior ou onde
esta formação é secionada por falhamentos, pode atuar como unidade aqüífera de baixa
potencialidade. Fotografia n° 08- Contato da rocha granítica com areitos da Formação Rio
Bonito
56
Figura nº 13- Argilito da Formação Palermo,(popularmente denominado de Taguá),
endurecido, explorado para uso em olarias. Coordenada 655.544E/6.847.376N,
localidade de Belvedere, município de Urussanga.
6.2.4 Formação Irati
A Formação Irati foi definida por White (1908) para designar os folhelhos pretos com
restos do réptil Mesosaurus brasiliensis .
Neste estado, esta formação costuma ser dividida em dois Membros: designados
Taquaral (base) e Assistência (topo), definidos por MÜHLMANN et al. (1974).
Do ponto de vista litológico, esta formação caracteriza-se por ser essencialmente
pelítica, sendo constituída, na sua base, por folhelhos e siltitos cinza-escuro, eventualmente
cinza-claro a azulado. Quando intemperizados, os folhelhos adquirem tons amarelados,
micáceos, mostrando desagregação conchoidal (Membro Taquaral). No seu topo, (Membro
Assistência) é formada por um pacote de folhelhos cinza-escuro a pretos, intercalados com
folhelhos pirobetuminosos e associados a lentes de margas creme a cinza-escuro, dolomíticas.
Localmente, é comum encontrar-se estes folhelhos pirobetuminosos interestratificados com as
camadas de margas, dando ao conjunto um aspecto rítmico, onde se destacam laminação
plano-paralela, convoluta, concreções silicosas, marcas onduladas e estruturas de carga.
57
Cristais euédricos e disseminados de pirita são encontrados nas margas, e nos folhelhos
pirobetuminosos são observadas exsudações de óleo em fraturas e amígdalas.
As características litológicas e sedimentares da Formação Irati indicam um ambiente
marinho de águas rasas e calmas, abaixo do nível de ação das ondas, com os folhelhos
pirobetuminosos tendo sido depositados em ambiente restrito, e as margas, em áreas
plataformais.
A Formação Irati apresenta um conteúdo fossilífero representativo, abrangendo desde
restos de peixes, crustáceos do gênero Clarkecaris, vegetais, palinomorfos e répteis dos tipos
Mesosaurus brasiliensis e Stereosternum tumidum.
Na Carta Estratigráfica da Bacia do Paraná (PETROBRÁS, 1970), esta formação é
situada no Permiano Superior, no andar Kazaniano.
A natureza predominantemente argilosa desta formação indica que ela atua
principalmente como aquitardo. Localmente, onde é intrudida por diabásio, pode apresentar
algum intervalo aqüífero. As sondagens realizadas para prospecção de água para a USITESC
evidenciaram que no seu terço superior, onde ocorre uma marga com aspecto brechóide, esta
formação atua como unidade aqüífera de baixa potencialidade. Do ponto de vista
hidroquímico, a presença de folhelhos pirobetuminosos indica que a água resultante desta
formação é de má qualidade.
Figura nº 14- Folhelho Irati. Coordenada 670.050E/6.839.549 N, localidade de São
Pedro, município de Pedras Grandes.
58
6.2.5 Formação Serra Geral
WHITE (1908) utiliza pela primeira vez a denominação Serra Geral para indicar como
seção-tipo as exposições que ocorrem na Serra Geral, ao longo da estrada que liga as cidades
de Lauro Müller a São Joaquim (SC-438), em Santa Catarina.
LEINZ (1949), também na mesma estrada Lauro Müller – São Joaquim (Serra do Rio
do Rastro), estabelece um perfil clássico e individualiza o caráter interno de um derrame em:
zona vítrea basal, com disjunção horizontal; zona intermediária, com juntas verticais; zona
superior, com disjunção vertical e horizontal; e basalto vesicular no topo.
WILDNER; LIMA (1998 e 1999) apresentaram o mapa geológico do Rio Grande do
Sul e Santa Catarina, separando conjunto de derrames cujas características petrográficas
permitem uma correlação com a divisão litoquímica, na categoria de Fácies. PEATE et al.
(1992) utilizaram esta denominação na divisão litoquímica das rochas extrusivas da Formação
Serra Geral, nos dois estados, a saber: Fácies Gramado; Fácies Caxias; Fácies Paranapanema-
Pitanga; Fácies Esmeralda e Fácies Chapecó.
FREITAS et al (2003), baseados em critérios de campo, tendo por área-tipo a região
da cidade de Campo Erê, no norte do Estado de Santa Catarina, definem a Fácies Campo Erê,
descrevendo-a como “derrames de basaltos altamente vesiculares, contendo cristais aciculares
centimétricos de augita branching e vesículas preenchidas por zeolitas, cobre nativo e cuprita,
contendo intercalações de camadas sedimentares”.
As rochas vulcânicas da Formação Serra Geral constituem a escarpa superior do
planalto gonduânico. KREBS; CARUSO JUNIOR, por ocasião da elaboração do Roteiro
Geológico da COLUNA WHITE (1994), verificaram que estas rochas afloram a partir da cota
760 m. No topo do planalto ocorrem cotas de 1450 m, indicando uma espessura de 690 m
para esta formação neste local. Ocorre também na porção costeira ou central onde capeia
pequenos morros.
É muito freqüente a intrusão de diabásios em rochas sedimentares gonduânicas.
Constatou-se que estas intrusões ocorrem principalmente no intervalo estratigráfico
correspondente às Formações Rio Bonito e Irati e à base da Formação Estrada Nova.
Esta formação é conseqüência de um intenso magmatismo de fissura, correspondendo
este vulcanismo ao encerramento da evolução gonduânica da bacia do Paraná.
MÜHLMANN, et al. (1974) situa a Formação Serra Geral no Cretáceo Inferior (entre
120 e 130 milhões de anos) através de dados radiométricos obtidos por diversos autores. As
características hidrogeológicas, áreas fraturadas podem ser interessantes para obtenção de
água subterrânea.
59
As demais porções desta bacia, por ocorrerem em áreas desfavoráveis, junto às
encostas do planalto gonduânico ou capeando pequenos morros, onde são secionadas pela
superfície do terreno, não constituem unidades aqüíferas. Elas atuam principalmente como
áreas de recarga para os aqüíferos subjacentes.
Figura nº 15- Vista geral de “cuestas basalticas” ao fundo.
Figura nº 16- Coordenada 664.754E/6.851.392 N, Extração de Basalto para brita –
SETEP, localidade de Rio Maior, município de Urussanga.
60
6.3 Os Depósitos Cenozóicos
Os depósitos cenozóicos são resultados de processos pertencentes a dois tipos de
sistemas deposicionais: Sistema de Leques Aluviais, que abrange os depósitos proximais de
encostas e fluviais de canais sinuosos, e Sistema Laguna-Barreira, englobando uma série de
depósitos lagunares, deltaicos, paludiais, praiais marinhos e eólicos, acumulados no
Pleistoceno Superior e/ou Holoceno (CARUSO JUNIOR,1997; SUGUIO et al,1986 e
SUGUIO; MARTIN,1987).
O subsistema barreira possibilitou a acumulação de depósitos praiais marinhos e
eólicos produzidos em ambiente costeiro.
O subsistema laguna instalou-se através das barreiras arenosas, constituídas pelos
sedimentos dos depósitos praiais marinhos e eólicos, que isolaram corpos aquosos entre o mar
e o continente. O subsistema de interligação é caracterizado pelos canais que ligam o oceano e
a laguna.
Adotou-se neste trabalho a mesma terminologia em relação aos sistemas
deposicionais, utilizada por CARUSO JUNIOR (1995 e 1997), SILVA; LEITES (2000), que
se basearam no trabalho de VILLWOCK et al. (1986) no mapeamento da região costeira do
Rio Grande do Sul. Porém, os trabalhos de campo executados durante a elaboração desta tese
demonstraram que na porção correspondente a esta bacia hidrográfica não ocorre nenhum
depósito com fácies e estruturas sedimentares que permitam caracterizá-lo como depósito
lagunar típico.
De acordo com a definição de PRITCHARD (1967), admite-se um ambiente estuarino
para a foz do rio Urussanga (DUARTE, 1995).
Desta forma, para a individualização em mapa dos diferentes ambientes deposicionais
representativos da Planície Costeira presentes na área desta bacia, adotou-se a proposição de
CARUSO JUNIOR (1997), com a diferença de que o Sistema Laguna-Barreira III está
representado por Depósitos Praiais Marinhos e Eólicos e de Retrabalhamento Eólico,
Depósitos Paludiais e Depósitos Flúvio-Lagunares com Retrabalhamento Eólico. O Sistema
Laguna Barreira IV está representado por Depósitos Praiais Marinhos e Eólicos e de
Retrabalhamento Eólico, e Depósitos Flúvio-Lagunares com Retrabalhamento Eólico.
6.3.1 Sistema de leques aluviais
Leques aluviais, de acordo com BULL (1968), é um depósito com forma de um
segmento de cone, distribuído radialmente mergulho abaixo a partir do ponto onde os cursos
de água deixam as montanhas. MEDEIROS (1971) define leques aluviais como sedimentos
61
em forma cônica, depositados onde as correntes aluviais deixam as terras altas, penetrando em
áreas baixas adjacentes. Define como fácies de leques os depósitos compostos por sedimentos
mal classificados, de granulação fina à grossa, depositados no sopé das montanhas ou em
outras áreas de relevo acentuado onde as encostas íngremes se tornam mais suaves.
No caso da bacia do rio Urussanga, os principais processos deposicionais são fluxos
torrenciais não canalizados, fluxos torrenciais canalizados, correntes normais e fluxo de
detritos.
As litologias resultantes são cascalhos, areias e lamas. Na parte superficial e mais
moderna do pacote, predominam depósitos fluviais de canais sinuosos (KREBS,2004).
A implantação deste sistema ocorreu provavelmente no Plioceno, e os processos
responsáveis por sua gênese perduram desde o Plioceno até o Holoceno, podendo ser
constatados até nos dias atuais como, por exemplo, o evento catastrófico ocorrido em
dezembro de 1995 em Timbé do Sul. PELLERIN et al. (1996) e PONTELLI; PELLERIN
(1998) descrevem com detalhe o referido evento.
6.3.2 Sistema Laguna-Barreira III
Este sistema instalou-se sobre os depósitos continentais, retrabalhando-os no decorrer
dos ciclos de transgressão e regressão marinha resultantes das oscilações de nível do mar que
caracterizaram o Quaternário (MARTINS, et al., 1988). Pelo menos em dois momentos,
Pleistoceno Superior (Sistema Laguna-Barreira III) e Holoceno (Sistema Laguna-Barreira
IV), ele esteve constituído de três subsistemas perfeitamente individualizados: o subsistema
barreira, o subsistema laguna e o subsistema canal de interligação.
Procurou-se, nesta tese, manter a designação dos depósitos pertencentes a este sistema
de acordo com a proposição apresentada por CARUSO (1995 e 1997) e mantida no trabalho
de SILVA; LEITES (2002), com algumas modificações. CARUSO (1995) correlaciona estes
depósitos àqueles designados na Província Costeira do Rio Grande do Sul por VILLWOCK,
et al. (1986), ou aos da Transgressão Cananéia, assim denominados por SUGUIO; MARTIN
(1987), na costa paulista, e que também são similares aos da Penúltima Transgressão,
considerados por BITTENCOURT, et al. (1978), na costa nordeste do Brasil. De acordo com
os autores referidos acima estes depósitos estão geneticamente, relacionados ao último evento
transgressivo marinho ocorrido no Pleistoceno, há mais ou menos 120.000 anos.
Os trabalhos de campo realizados para este estudo permitiram verificar-se que nesta
bacia hidrográfica o sistema Laguna Barreira III está representado por Depósitos Marinhos
62
com Retrabalhamento Eólico, Depósitos Flúvio-Lagunares com Retrabalhamento Eólico e
Depósitos Paludiais.
6.3.3 Sistema Laguna-Barreira IV
De acordo com CARUSO (1995), o sistema deposicional Laguna-Barreira IV
desenvolveu-se na região costeira durante o Holoceno, relacionado, em parte, aos depósitos
correspondentes à Barreira III. Assim, os depósitos deste sistema podem ser correlacionados
aos da Transgressão Santos (SUGUIO; MARTIN, 1987), da costa paulista, ou aos da Última
Transgressão (BITTENCOURT, et al., 1978), na região costeira do nordeste. Segundo o
referido autor, são similares aos depósitos do Sistema Laguna-Barreira IV, da costa sul-rio-
grandense, onde assim foram denominados por VILLWOCK, et al. (1986).
Aquele autor admite que este sistema esteja relacionado à última fase transgressiva
pós-glacial, que atingiu seu apogeu há cerca de 5.150 anos. Este evento possibilitou a
formação de uma barreira arenosa próxima à antiga planície costeira e a ingressão marinha
pelos vales anteriormente escavados nesta planície, restabelecendo o sistema lagunar que,
acompanhando a posterior progradação da barreira, evoluiu para um complexo de ambientes
deposicionais.
6.3.4 Depósitos aluviais atuais
Os trabalhos de campo realizados nesta área permitiram verificar-se que ocorrem ali
diferentes tipos de depósitos aluviais, geneticamente relacionados à natureza de sua área
fonte.
Na porção oeste-noroeste, onde se posiciona a encosta do platô gonduânico, os vales
são encaixados e têm gradientes acentuados. Nesta porção, os depósitos aluviais são pouco
expressivos e se constituem, geralmente, de depósitos conglomeráticos ou areno-
conglomeráticos que se concentram nas calhas dos cursos d’água, formando barras
transversais ou longitudinais e barras em pontal.
6.4 Aspectos Estruturais
Na região trabalhada, as falhas juntas/diaclases e fraturas são as feições estruturais que
se salientam, e tem enorme importancia do ponto de vista hidrogeológico . Dois sistemas de
falhas se destacam: o de direção N5°-30°W e o de direção N45°-75°E. Subordinadamente,
falhas com direção próxima de E-W; N-S e N30°-45°E.
63
Por se tratar de uma área em que as reservas de carvão que afloram na porção
nororeste e seguem em profundidade, com declive de NW para SE, , a estruturação tectonica
na região é bem conhecida, em função da implantação das minas subterrâneas.Igualmente, as
minas de fluorita na região do município de Morro da Fumaça, que ocorrem em galerias com
profundidades de até 250 metros requerem um conhecimento detalhado deste aspecto.
Em se tratando de recursos hidricos subterrâneos, os aspectos estruturais tem fundamental
importância na interpretação de suas caracteristicas. Sabe-se que a capacidade de
armazenamento e de transmissão de água subterrânea em rochas cristalinas do embasamento e
vulcânicas da Formação Serra Geral está diretamente relacionada à existência de sistemas de
juntas, fraturas ou falhas na rocha.
Nas rochas sedimentares pelíticas, a presença de estruturas tectônicas como falhas e
fraturas permitem que os mesmos funcionem como aqüíferos fraturados.
As figuras abaixo denotam que a região foi bastante fraturada/falhada.
Figura nº 17 - Sedimentos do Grupo Itararé intensamente falhados
64
Figuras nº 18 e 19 - Arenito da Formação Rio Bonito intensamente fraturado
65
.
Figuras nº 20 e 21- Coordenada 6850887/0662443 cota 349 m- Arenito da Formação
Rio Bonito intensamente fraturado, cataclasado, direção N75W/73SW e fratura
secundária N10E/SE
66
Figura nº 22-Coordenada 6850344/0662298 cota 356 – Formação Rio Bonito muito fraturado
com camada de carvão.
Figura nº 23 - Veio de calcedonia em fratura no granito. Mina da Companhia Nitroquimica
67
Figura n° 24 - Veio de Fluorita principal espessura de 4,6 metros galeria nível 250 metros.
Mina da Companhia Nitroquimica
7 - CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS AQÜÍFEROS
A Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga, em função dos diferentes tipos litológicos,
apresenta aqüíferos do tipo fraturado no tocante às rochas do embasamento cristalino e da
Formação Serra Geral (Montanhão), sendo que este tipo também predomina nas litologias
sedimentares correspondentes às Formações Palermo, Irati e em fácies mais argilosos
(litificados) da Formação Rio do Sul.
Já nas Formações Rio Bonito, Estrada Nova, Rio do Rasto e Botucatu (não aflorante),
as características sedimentares de permeabilidade e porosidade conduzem para aqüíferos do
tipo granular, mas o fraturado continua exercendo importante papel na transmissividade da
água.
O aqüífero do tipo granular propriamente dito é encontrado nos depósitos de leques
aluviais, depósitos arenosos marinhos com retrabalhamento eólico e depósitos flúvio-
lagunares que constituem os sedimentos terciários e quaternários.
Durante as atividades de campo, procurou-se analisar e hierarquizar as unidades
geológicas cartografadas quanto à sua maior ou menor capacidade de armazenamento e
68
transmissividade de água, no entanto, ao longo dos trabalhos de cadastramento dos poços
tubulares ficou constatado que a grande maioria dos poços captam água de formações
geológicas diferentes e, geralmente de mais de uma formação, excetuando-se os poços
existentes nas litologias ígneas, onde verificou-se que uma grande parte destes poços utilizam
água freática do manto de alteração, fato que é comum quando a perfuração não ultrapassou
zona fraturada/diaclasada/falhada com água.
No Mapa dos Sistemas Aqüíferos, os diferentes sistemas presentes nesta bacia são
identificados com cores, letras e números, de acordo com o proposto na legenda internacional
de mapas hidrogeológicos, elaborada pela Associação Internacional de Hidrogeólogos
(IAH/IAHS, 1970; IAH/IAHS, 1983, LEAL, 1974; MENTE et al., 1989).
Os sistemas aqüíferos caracterizam-se por um conjunto de elementos físicos
(transmissibilidade, condutividade hidráulica) e geométricos (forma, limites, espessura)
usualmente sujeitos à determinadas ações externas ao sistema (bombeamento recarga
artificial, drenagem). A definição dos sistemas aqüíferos foi efetuada com base nas
características litológicas, no comportamento estrutural dos conjuntos rochosos ou depósitos
de sedimentos, além do tipo e da ordem de grandeza da permeabilidade.
Krebs (2004), desenvolveu estudos na bacia do rio Araranguá que permitiram a
identificação de 09 sistemas aqüíferos, sendo 4 relacionados às rochas sedimentares
gonduânicas, 4 aos sedimentos quaternários, e um às rochas ígneas. Os sistemas aqüíferos
individualizados na bacia do rio Urussanga incluem mais dois, perfazendo 11 sistemas, abaixo
relacionados:
Sistema aqüífero relacionado com embasamento cristalino (granitos Imaruí-
Capivari)
Sistema aqüífero relacionado à Formação Rio do Sul;
Sistema aqüífero relacionado à Formação Rio Bonito;
Sistema aqüífero relacionado à Formação Palermo,
Sistema aqüífero relacionado à Formação Irati
Sistema aqüífero relacionado às rochas ígneas da Formação Serra Geral;
Sistema aqüífero relacionado aos depósitos de leques aluviais;
Sistema aqüífero relacionado aos depósitos arenosos marinhos com
retrabalhamento eólico do tipo laguna barreira III e laguna barreira IV;
Sistema aqüífero relacionado aos depósitos paleo-lagunares;
Sistema aqüífero relacionado aos depósitos flúvio-lagunares do tipo laguna
69
barreira IV.
Sistema aqüífero relacionado aos depósitos aluviais recentes;
O mapa na página seguinte ilustra a distribuição dos diferentes sistemas aqüíferos na
área estudada.
70
6803
654
658 662 666 670 674 678 682 686
690
49°25' 49°15' 49°05'
6803
49°25' 49°15' 49°05'
654
658 662 666 670 674 678 682 686
690
6803
654
690
6819
6815
6811
6807
6827
6831
6835
6839
6851
6847
6843
28°30'
28°40'
28°50'
28°30'
28°40'
28°50'
6855
6803
6819
6815
6811
6807
6823
6827
6831
6835
6839
6851
6847
6843
690
Figura 25 - Mapa de localização dos sistemas aquiferos
71
O sistema aqüífero relacionado com o embasamento cristalino ocorre em grande parte
da área trabalhada, e caracteriza-se por ser do tipo fraturado. Nas figuras abaixo, podemos
observar que ocorrem fraturas em profundidades acima de 200 metros, com percolação de
água.
Figura n° 26 - Percolação de água em fratura , nível 250 metros da mina de fluorita.
Em alguns locais, as litologias graníticas exibem um espesso manto de alteração, na
ordem de dezenas de metros, como podemos observar na figura abaixo:
72
Figura n° 27 - Extração mineral no manto de imtemperismo de litologias graníticas
recobertas por sedimentos do Grupo Itararé, para usos em estradas e construção civil.
Município Morro da Fumaça. EM-27.
O sistema aqüífero relacionado as rochas graníticas possui um grau baixo de
vulnerabilidade quando está recoberto pelas rochas gondwânicas, mas nas áreas onde está
aflorante e sem manto de intemperismo espesso, o grau aumenta para alto. Contribui para
tanto a intensa atividade mineira de extração de areia para uso na construção civil e como
material de empréstimo para pavimentaçao de estradas, atividade esta que deixa o granito
exposto as águas superficiais poluídas.
O potencial aqüífero desta unidade não é muito elevado, mas nas zonas mais
fraturadas /falhadas pode se obter boas vazões e água de boa qualidade. Observações
efetuadas na Mina de Fluorita da Companhia Nitroquimica dão conta de, em níveis inferiores
de 200 metros de profundidade, zonas fraturadas mostram percolação de água ascendente,
indicando água confinada e também descendente de níveis superiores, provavelmente
sugerindo aqüífero livre sendo que, em aproximadamente 3000 metros de galerias, as bombas
que retiram a água trabalham diuturnamente com uma vazão média ao redor de 100 m³/hora.
O sistema aqüífero Rio do Sul, por suas características litológicas e granulométricas,
posicionamento estratigráfico e distribuição em área possui porosidade intergranular, é
extenso e parcialmente confinado. Localmente, onde ocorre interseção de diferentes sistemas
de falhas, pode se comportar como aqüífero intergranular extenso, fraturado, confinado.
Com relação à recarga deste sistema, as informações consolidadas neste trabalho permitem
verificar-se que ela se processa de duas maneiras distintas: por infiltração direta, a partir das
precipitações pluviométricas, ou por infiltração indireta, a partir de falhas abertas (com ou
sem diques de diabásio encaixados).
A presença dos níveis argilosos característicos desta formação, intervalados com
varvitos, diamictitos e lentes de arenitos permitem concluir que este sistema aqüífero possui
vulnerabilidade natural baixa na porção mais central da bacia pelo fato de estar capeado por
uma espessa seqüência de rochas predominantemente pelíticas, pouco permeáveis . Na borda
da bacia, a vulnerabilidade aumenta.
SILVA (1984), estudando a porção correspondente à área urbana do município de
Içara, tece considerações a respeito de um poço situado nas proximidades do cruzamento das
ruas Duque de Caxias com Donato Valvassore. O referido poço atravessou litologias
73
pertencente à Formação Rio do Sul, sendo concluído com 102,50 m. Apresentou vazão de 30
m³/h, com nível estático a 6,00 m e nível dinâmico a 37,00 m.
Do ponto de vista litológico, observações retiradas da análise de perfis de sondagens
realizadas para carvão permitem concluir que é no terço médio a inferior da referida formação
onde ocorrem as litologias predominantemente arenosas ou areno-conglomeráticas e,
portanto, onde devem se encontrar os intervalos aqüíferos com maior potencialidade.
Sistema aqüífero relacionado à Formação Rio Bonito, O Mapa Geológico
elaborado para esta tese, (Apêndice D), mostra que a Formação Rio Bonito é aflorante em
grande área desta bacia hidrográfica, ocupando uma faixa comprida que se estende de
sudeste a noroeste. Por suas características litológicas e granulométricas, posicionamento
estratigráfico e distribuição em área, podemos concluir que este aqüífero possui porosidade
intergranular e é extenso. Nas suas áreas de afloramento, comporta-se geralmente como
aqüífero livre, extenso, e onde as camadas de arenito são capeadas por camadas de siltitos ou
carvão ou ainda onde é capeado pela Formação Palermo, comporta-se como aqüífero extenso
confinado. Localmente, onde ocorre interseção de diferentes sistemas de falhas, pode se
comportar como aqüífero intergranular extenso fraturado, livre ou confinado.
Tendo em vista que o Sistema Aqüífero Rio Bonito é o mais importante na área
carbonífera, procurou-se, durante a elaboração do Mapa de Fontes de Poluição, identificar
todas aquelas fontes relacionadas às atividades de lavra e ao beneficiamento de carvão. Cabe
ressaltar-se que as informações relacionadas às atividades carboníferas foram obtidas a partir
de mapas que estão sendo elaborados pela equipe de Meio Ambiente do SIECESC, como
parte integrante do Programa de Recuperação Ambiental da Região Carbonífera de Santa
Catarina. Para a elaboração deste mapa foram utilizadas ortofotos escala 1:5.000, datadas de
dezembro de 2002. Também foram identificadas as fontes de poluição relacionadas às
atividades industriais, comerciais, à expansão urbana e, principalmente, às atividades agro-
pastoris, tais como áreas de cultivo irrigado, com uso de fertilizantes e defensivos agrícolas,
fecularias e pocilgas. O Mapa de Fontes de Poluição foi elaborado na escala 1:100.000 e é
apresentado no Apêndice C.
Os aqüíferos do topo da Formação Rio Bonito são aflorantes em parte da área estudada
e constituem-se, predominantemente, de litologias arenosas. Estas características conferem
aos respectivos aqüíferos uma alta vulnerabilidade natural, e o fato de ocorrerem pilhas de
rejeito piritoso sobre estas rochas arenosas confere aos aqüíferos um alto risco de
contaminação.
74
Em todas as áreas onde houve atividades de mineração de carvão a céu aberto e em
subsuperfície, bem como disposição de rejeito piritoso, constata-se que os referidos aqüíferos,
relacionados a esta seqüência, estão em parte comprometidos. Os intervalos aqüíferos
relacionados à Seqüência Inferior (Seqüência Bonito) e aqueles relacionados à base da
Formação Rio Bonito (Membro Triunfo), pelo fato de estarem capeados por uma seqüência de
rochas predominantemente argilosas, apresentam vulnerabilidade e risco de contaminação de
baixo a moderado. No caso da presença de falhas distensionais, a área contígua à zona de
falha apresentará alta vulnerabilidade e alto risco de contaminação, assim como na borda da
bacia.
A potenciabilidade deste sistema aqüífero é muito variada, sendo que SILVA (1984)
calculou os parâmetros hidrodinâmicos de um poço construído na área urbana de Içara. O
referido autor apresenta valores de transmissividade e permeabilidade em m
2
/dia e m/dia,
respectivamente, porque, segundo ele, são as unidades mais utilizadas universalmente. Os
valores obtidos foram: transmissividade 439,20 m
2
/dia, permeabilidade 1,008 m/dia e
coeficiente de armazenamento 7,4 x 10
-3
.
Sistema aqüífero relacionado à Formação Palermo, em razão de suas litologias
essencialmente pelíticas, comporta-se como aqüífero de baixa potencialidade, com exceção de
um intervalo estratigráfico posicionado na base da Formação Palermo, constituído por
intercalações de arenitos finos laminados com siltitos arenosos, ambos muito bioturbados.
Este intervalo possui espessura inferior a 3 metros. Por suas características litológicas e
granulométricas, posicionamento estratigráfico e distribuição em área, pode-se concluir que
este aqüífero possui porosidade intergranular e é extenso. Porém, pelo fato de ocorrer sob a
forma de um espesso pacote rítmico, constituído predominantemente por rochas
impermeáveis ou pouco permeáveis, com subordinadas intercalações arenosas, mesmo em
suas áreas de afloramento, comporta-se como aqüífero confinado, extenso. Localmente, onde
ocorre interseção de diferentes sistemas de falhas, pode se comportar como aqüífero
intergranular extenso fraturado, livre ou confinado.
Devido à natureza predominantemente pelítica de seus litótipos, a vulnerabilidade
natural é de baixa à moderada.
Sistema aqüífero relacionado à Formação Irati: caracteriza-se por ser
essencialmente pelítico, sendo constituído, na sua base, por folhelhos e siltitos cinza-escuro,
eventualmente cinza-claro a azulados. No seu topo é formado por um pacote de folhelhos
cinza-escuro a pretos, intercalados com folhelhos pirobetuminosos e associados a lentes de
margas creme a cinza-escuro, dolomíticas. É muito freqüente a intrusão de diabásio. Este
75
sistema apresenta baixa potenciabilidade, apesar de comportar-se como aqüífero poroso e a
sua vulnerabilidade natural também é baixa. Suas águas geralmente são de qualidade ruim,
principalmente quando o pacote de folhelhos pirobetuminosos é mais extenso e espesso.
Sistema aqüífero relacionado às rochas basálticas da Formação Serra Geral:
caracteriza-se por rochas vulcânicas, maciças, praticamente sem poros e, de modo geral,
impermeáveis, com exceção da zona amigdaloidal que pode apresentar incipiente porosidade.
O armazenamento e a circulação das águas subterrâneas é feito através de fraturas e juntas.
Um sistema de fraturamento mais superficial bastante denso, interligado ao manto
imtempérico, normalmente funciona como um aqüífero livre. A capacidade de
armazenamento desse aqüífero fraturado é pequena e vai depender das dimensões, da
geometria e do espaçamento das fraturas. Sua importância maior reside no grande número de
fontes que abastecem praticamente toda a população rural que reside nesta região. Pelo fato de
estas rochas vulcânicas apresentarem um efetivo fraturamento devido ao rápido resfriamento,
além de serem secionadas por falhas abertas relacionadas a movimentos tectônicos,
apresentam alta vulnerabilidade e alto risco de contaminação a qualquer tipo de fonte de
poluição que se instale sobre estas rochas.
Até o presente momento, as áreas correspondentes aos topos dos morros têm sido
poupadas de fontes de poluição pelo fato de estarem, geralmente, contidas em áreas de
proteção ambiental e também por se situarem topograficamente em cotas mais altas do que
aquelas onde ocorrem as camadas de carvão.
Sabe-se que os solos originados a partir da alteração destas rochas basálticas
geralmente são férteis. As verificações de campo indicaram que grande parte das encostas e
topo destes morros-testemunhos são utilizados para fins agrícolas.
O sistema aqüífero relacionado aos depósitos de leques aluviais ocorre
praticamente na parte mais central da área trabalhada, bordejando as litologias granitóides e a
Formação Rio Bonito. (Mapa Geológico, Apêndice D). As descrições dos afloramentos, bem
como as interpretações dos perfis litológicos permitiram verificar que, nesta porção da bacia,
estes depósitos são constituídos por duas seqüências distintas: uma inferior, formada quase
exclusivamente por material grosso, grânulos, seixos, cascalhos e blocos (que constitui o
intervalo aqüífero), e outra superior, de natureza areno-argilosa .
Este intervalo inferior, constituído predominantemente por material rudáceo, com
pequena cobertura de material argilo-arenoso, apresenta boas perspectivas para a explotação
de água através de poços escavados, ponteiras ou poços tubulares.
76
Litologicamente estes depósitos são formados por grânulos, seixos, cascalhos e blocos
de rochas basálticas e graníticas, subordinadamente, areníticas ou pelíticas, com ou sem
matriz arenosa. Na porção da bacia, onde o fluxo já está desconfinado, estes conglomerados
são clastos-suportados e, de uma maneira geral, possuem pouca ou nenhuma matriz, o que
lhes confere uma alta permeabilidade. A geometria das camadas é lenticular. Porém, em nível
de afloramento apresentam uma forma aproximadamente tabular. Este sistema aqüífero possui
vulnerabilidade natural que varia de moderada à extrema. Em suas porções mais distais, a
vulnerabilidade é moderada. Isto se deve ao fato de nestas porções os leques possuírem uma
cobertura de material síltico-argiloso, originada a partir de processos de transbordamento. À
medida que se aproximam da linha de costa, estes depósitos de leques são encobertos por
depósitos arenosos marinhos com retrabalhamento eólico.
Krebs (2004), descreveu este sistema como sendo de alta potenciabilidade aqüífera,
mas bastante susceptível à contaminação por agrotóxicos e, como já referido anteriormente
nesta tese, a utilização de água contaminada por DAM para o cultivo de arroz irrigado,
espalha este contaminante de maneira significativa na bacia do rio Urussanga.
Sistema aqüífero laguna barreira III: relacionado aos depósitos arenosos marinhos
com retrabalhamento eólico. Ocorre ao longo da costa, intercalado com depósitos lagunares.
Os espessos depósitos arenosos que constituem as barreiras marinhas atuais e subatuais
apresentam boas condições para captação de água através de poços tubulares ou ponteiras. A
natureza essencialmente arenosa de seus depósitos bem como sua distribuição em área
indicam tratar-se de um aqüífero com porosidade intergranular, extenso e livre, mas com alta
susceptabilidade aos agentes contaminantes, sendo caracterizado com sendo de alta
vulnerabilidade. Observou-se, durante os trabalhos de cadastramento, que este sistema
aqüífero é bastante explorado por particulares que a comercializam para as cidades litorâneas.
A exploração é feita através de sistema de poços ponteiras, distanciados entre si na razão de
20 a 40 metros com profundidades que oscilam ao redor de 30 metros.
O sistema aqüífero laguna barreira IV está relacionado às litologias que
apresentam, em geral, intercalações de areias imaturas do ponto de vista textural e
mineralógico, com lamas cinza-escuro, amareladas e, às vezes, pretas com muita matéria
orgânica. Subordinadamente ocorrem pequenas lentes de areia fina, resultantes da ação eólica.
Corresponde a uma área plana, mal drenada com nível estático subaflorante durante a
maior parte do ano. Embora o nível freático seja raso, a natureza predominantemente argilosa
dos sedimentos e o alto teor de matéria orgânica são fatores que conferem um mau
comportamento aqüífero para esta unidade. Atua como aqüífero de porosidade intergranular
77
pouco extenso, semiconfinado. A predominância de sedimentos finos caracteriza este sistema
como sendo de baixa produtividade, com riscos significativos de contaminação. A sua
extensão em termos de área na bacia do Rio Urussanga é relativamente pequena.
O sistema aqüífero relacionado aos depósitos flúvio-lagunares engloba um
conjunto complexo de fácies fluviais e lagunares. De maneira subordinada ocorre fácies
eólica. Constitui-se de intercalações de siltes, argilas e areias. A vulnerabilidade deste
sistema varia de moderada à alta, e sua potenciabilidade varia de pequena à média,
dependendo da presença de niveis arenosos.
Quanto ao risco de contaminação, ao longo da planície do rio Urussanga, onde a
prática de cultivo de arroz irrigado com uso de defensivos agrícolas é muito freqüente, é
muito alto. Nas demais porções, varia de moderado a alto.
O sistema aqüífero relacionado aos depósitos aluvionares ocorre na porção central
da área trabalhada, na calha do rio Cocal e Urussanga. Este sistema é constituído por
conglomerados arenosos quando na calha da drenagem e por sedimentos mais finos na área da
planície de inundação. A vulnerabilidade é considerada alta, com alto potencial hídrico nos
sedimentos grosseiros.
78
8. CARACTERIZAÇÃO DAS FONTES DE POLUIÇÃO
Na Bacia do rio Urussanga, durante o trabalho de campo, foram cadastrados 103
pontos/áreas de poluição distribuídos entre 11 chiqueiros, 26 aviários, 27 indústrias, 21 postos
de combustíveis, 17 cemitérios e 01 aterro sanitário. Nesta compilação, foi impossível incluir
a poluição referente às áreas de exploração de carvão, onde a disposição indiscriminada dos
rejeitos piritosos, a utilização dos rejeitos como base para rodovias e estradas de acesso para
as propriedades rurais, a utilização destes rejeitos como aterro de banhados gerou uma
distribuição areal muito grande, de maneira que se torna muito complicado quantificar
detalhadamente o total de áreas atingidas. No Mapa de Fontes de Poluição (Apêndice C),
estão representadas as áreas de disposição de rejeitos e das áreas de lavra de carvão, além dos
demais pontos citados acima. Como carvão desta região é muito rico em pirita, o rejeito da
lavra de carvão é essencialmente piritoso (FeS). A sua decomposição/oxidação a céu aberto
(presença de oxigênio) causa a liberação de gases sulfídricos, e, em contato com a água, ácido
sulfúrico. Assim, as águas superficiais recebem uma carga muito grande dos poluentes
provenientes da oxidação da pirita de maneira que, o pH, situa-se em níveis extremamente
perigosos (em vários pontos próximos às áreas de lavra, nas lagoas de decantação de cinzas,
nas áreas de disposição de rejeitos, o pH chega a ficar inferior a 3).
As drenagens oriundas ou que dissecam estas regiões formam o que é comumente
denominado de DAM, ou seja, drenagem ácida de mina.
Na Bacia do Rio Urussanga, as áreas de carvão situam-se na sua cabeceira , na porção
noroeste, sendo que a lavra que já se estende por quase um século, culminou com a morte da
fauna de praticamente todo o rio, assim com a flora nas suas margens. O carreamento dos
resíduos piritosos pelas águas pluviais e fluviais espalharam a fonte contaminante, assim
como o uso deste rejeito para fins de conservação de estradas e aterros para construção civil.
Igualmente, a agricultura de arroz, que se utiliza das águas ácidas para irrigação, contribuiu
para a disseminação deste poluente.
Com o avanço da agricultura, principalmente na planície de inundação do rio
Urussanga, (terras mais férteis), foi efetuada a canalização do leito em grande extensão,
visando um melhor aproveitamento da planície aluvionar para a agricultura e diminuir o risco
de enchentes. Atualmente, praticamente todo o canal do rio encontra-se assoreado por rejeito
piritoso.
As figuras que seguem retratam a exposição deste poluente nesta bacia.
79
Figura nº 28 -Coordenada 6850344/0662298 cota 356 – Formação Rio Bonito com
camada de carvão. Extração parcialmente paralisada, em reavaliação de lavra.
Figura nº 29 - Coordenada 6850344/0662298 cota 356 – Formação Rio Bonito com
camada de carvão. Extração parcialmente paralisada, em reavaliação de lavra.
80
Figura nº 30 - Coordenada 6850344N/0662298E cota 356 – Formação Rio Bonito com
camada de carvão. Extração parcialmente paralisada, em reavaliação de lavra.
Figura n° 31 - Coordenada 6849971N/0661318E cota 345m – Estrada Rio Carvão de
Baixo, em área minerada. Leito da estrada sobre rejeito carbonoso.
81
Figura nº 32 - Coordenada 6849627N/0661116E cota 327 m – Rejeito carbonoso
depositado em divisor de água.
Figura nº 33 -Coordenada 6848940N/659251E, cota 276 m- Lagoa em área de rejeito
de carvão
.
82
Figura n° 34- Coordenada 6848354N/0659209E cota 265m – Inicio de drenagem com
água ácida. Afluente do Rio Carvão.
Figura n° 35- Coordenada 6848020N/0661538E cota 165 - Mineração a céu aberto
abandonada com disposição de rejeito carbonoso, (Coqueria Rio Deserto).
83
Figura n° 36- Coordenada 6848020N/0661538E cota 165 - Mineração a céu aberto
abandonada com disposição de rejeito carbonoso, (Coqueria Rio Deserto).
Figura n° 37- Coordenada 6847904N/0659939E cota 221m - Cabeceiras do rio
Carvão, encaixada em arenitos da Formação Rio Bonito.Detalhe da oxidação das
margens e leito causado pela drenagem ácida de mina (DAM).
84
A proliferação de aviários e chiqueiros na região da bacia do rio Urussanga é outro
aspecto relevante no tocante à contaminação dos aqüíferos, uma vez que a utilização de
hormônios/medicamentos na ração animal e a consequente utilização dos dejetos como adubo
agrícola está contaminando o solo, as águas superficiais e as freáticas. Os nitratos presentes
no esterco suíno geram preocupações ainda maiores uma vez que a natureza não consegue
eliminá-los.
A atividade industrial é geralmente poluente por sua própria natureza, mas o crescente
aumento na rigidez da aplicação das leis ambientais e a obrigação do tratamento de efluentes
e rejeitos industriais tendem a minimizar este problema. No entanto, observa-se contaminação
significativa de manganês nos aqüíferos da região do município de Içara.
Igualmente, a contaminação dos aqüíferos por hidrocarbonetos está sendo reduzida em
razão da obrigatoriedade de controle da infiltração através de piezômetros e adequação dos
depósitos de combustíveis.
Lixões, cemitérios e aterros sanitários são outros fatores de contaminação dos
aqüíferos existentes na bacia estudada, assim como a ausência de tratamento do esgoto
doméstico nas regiões urbanas. Observa-se, no entanto, que quando os esgotos cloacais são
despejados em redes de drenagem contaminadas por DAM, o pH destas águas melhora
considerávelmente.
Outro aspecto muito importante é a atividade muito intensa de extração de argila para
a indústria cerâmica e olarias, além de areia sobjacente para a construção civil, atividade esta
que ocorre principalmente nas planícies de inundação da bacia do rio Urussanga e litologias
do grupo Itararé, Formação Rio do Sul. Neste trabalho, foram cadastrados 96 pontos de
extração mineral sendo a grande maioria relacionada a extração de argilas e areias. Não
foram consideradas as áreas de extração de carvão nesta totalização, nem pontos impactados
de dimensões pequenas.
Abaixo, seguem algumas figuras ilustrando este aspecto, que gera uma fonte potencial
de poluição em razão do decapeamento das camadas de solo, cuja ação é filtrar, e absorver
e/ou adsorver os poluentes existentes na água superficial preservando a qualidade dos
aqüíferos subterrâneos.
85
Figura n° 38- Coordenada 676.949E/6.823.377 N, Extração de argila, ativa, município
de Morro da Fumaça
Figura n° 39 - Coordenada 670.419E/6.820.486N, Extração de argila, município de
Morro da Fumaça
86
Figura n° 40- Coordenada 676.131E/6.822.309 N, Extração de argila na localidade de
Rio Acima, município de Içara
Figura n° 41 – Coordenada 675.934 E/6.821.955 N, Extração de argila, município de
Içara.
87
Figura n° 42- Coordenada 685.408E/6.825.751 N, Extração de argila em Morro
Grande, município de Sangão
Figura n° 43 – Coordenada 684.844E/6.825.448 N, Extração de argila em Morro
Grande, município de Sangão
88
Figura n° 44- Coordenada 676.505 E/6.828.744 N, Extração de argila ao lado da
rodovia Morro da Fumaça.- Cocal, município de Morro da Fumaça
Figura n° 45 – Coordenada 676.141E/6.831.051 N, Extração de areia no Bairro
Ibiripoera, município de Morro da Fumaça
89
Figura n° 46 – Coordenada 678190E/6829190N, Extração de areia no município de
Morro da Fumaça
Figura n° 47 – Disposição de palha de arroz, na beira do Rio Urussanga, município de
Morro da Fumaça
90
Abaixo, seguem as tabelas com a localização dos pontos de extração mineral e das
fontes de poluição observados neste trabalho:
91
Tabela 9 – Pontos de extração mineral
PONTOS DE EXTRAÇÃO MINERAL - BACIA HIDROGRÁFICA URUSSANGA
Coordenadas UTM
Ponto Sigla
E N
Discriminação Situação Localidade Município
Data
1 EM-01-UR-ur 657.364 6.845.600 Material de empréstimo Ativa Belvedere Urussanga 04.10.2004
2 EM-02-UR-ur 655.544 6.847.376 Taguá para cerâmica Ativa Belverdere Urussanga 04.10.2004
3 EM-03-UR-ur 665.329 6.847.495 Extração de argila Ativa Rio Maior Urussanga 05.10.2004
4 EM-04-UR-ur 664.754 6.851.392 Basalto para brita - SETEP Ativa Rio Maior Urussanga 05.10.2004
5 EM-05-UR-ur 666.734 6.851.939 Extração de argila - Colorminas Ativa Rio Maior Urussanga 05.10.2004
6 EM-06-UR-ur 662.988 6.844.325 Extração de saibro de granito - PMU Ativa R.América Baixo Urussanga 06.10.2004
7 EM-07-CS-ur 660.558 6.838.831 Extração de areia Ativa Rio Perso Cocal do Sul 15.10.2004
8 EM-08-UR-ur 663.856 6.843.122 Extração de saibro de granito Ativa Sede Urussanga 19.10.2004
9 EM-09-PG-ur 670.050 6.839.549 Extração de argila para olaria Ativa São Pedro Pedras Grandes 19.10.2004
10 EM-10-PG-ur 670.874 6.837.954 Saibro de granito Ativa São Pedro Pedras Grandes 19.10.2004
11 EM-11-PG-ur 672.268 6.837.142 Saibro e argila Taguá Ativa S.J.Urus. Baixo Pedras Grandes 21.10.2004
12 EM-12-CS-ur 670.266 6.837.277 Saibro e argila Ativa São Pedro Cocal do Sul 21.10.2004
13 EM-13-MF-ur 671.312 6.832.478 Extração de saibro Ativa Estação Cocal Morro da Fumaça 27.10.2004
14 EM-14-MF-ur 669.493 6.833.859 Mina de fluorita - Nitroquímica Ativa Estação Cocal Morro da Fumaça 27.10.2004
15 EM-15-MF-ur 673.647 6.829.018 Extração de saibro Ativa Sede Morro da Fumaça 05.11.2004
16 EM-16-MF-ur 678.153 6.829.382 Extração de areia Ativa Sede Morro da Fumaça 05.11.2004
17 EM-17-MF-ur 678.190 6.829.190 Extração de areia Ativa Sede Morro da Fumaça 05.11.2004
18 EM-18-MF-ur 678.250 6.829.242 Extração de argila Ativa Sede Morro da Fumaça 05.11.2004
19 EM-19-MF-ur 677.379 6.828.574 Extração de argila Ativa Sede Morro da Fumaça 05.11.2004
20 EM-20-MF-ur 676.505 6.828.744 Extração de argila Semi-ativa Rod.M.F.- Cocal Morro da Fumaça 05.11.2004
21 EM-21-MF-ur 676.141 6.831.051 Extração de areia Ativa Bairro Ibiripoera Morro da Fumaça 09.11.2004
22 EM-22-MF-ur 676.250 6.831.148 Extração de areia Ativa Bairro Ibirapoera Morro da Fumaça 09.11.2004
92
23 EM-23-MF-ur 676.416 6.831.067 Extração de areia Ativa Bairro Ibirapoera Morro da Fumaça 09.11.2004
24 EM-24-TM-ur 676.433 6.832.159 Extração de argila Ativa Treze de Maio 09.11.2004
25 EM-25-TM-ur 676.103 6.833.501 Extração de saibro Semi-ativa Treze de Maio 09.11.2004
26 EM-26-MF-ur 673.141 6.826.254 Extração de argila Semi-ativa Sede Morro da Fumaça 18.11.2004
27 EM-27-MF-ur 672.933 6.825.948 Extração de argila Ativa Sede Morro da Fumaça 18.11.2004
28 EM-28-MF-ur 672.439 6.824.314 Extração de argila Ativa Vila Esperança Morro da Fumaça 18.11.2004
29 EM-29-SG-ur 685.408 6.825.751 Extração de Saibro Ativa Morro Grande Sangão 18.11.2004
30 EM-30-SG-ur 684.844 6.825.448 Extração de argila Ativa Morro Grande Sangão 18.11.2004
31 EM-31-MF-ur 677.635 6.821.350 Extração de argila Ativa Olho d`água Morro da Fumaça 18.11.2004
32 EM-32-MF-ur 677.565 6.821.590 Extração de argila Ativa Olho d`água Morro da Fumaça 18.11.2004
33 EM-33-MF-ur 677.497 6.821.875 Extração de argila Ativa Olho d`água Morro da Fumaça 18.11.2004
34 EM-34-MF-ur 677.374 6.821.958 Extração de argila Ativa Olho d`água Morro da Fumaça 18.11.2004
35 EM-35-MF-ur 676.520 6.824.645 Extração de argila Ativa Esplanada Morro da Fumaça 18.11.2004
36 EM-36-MF-ur 644.620 6.826.701 Extração de argila Ativa Esplanada Morro da Fumaça 18.11.2004
37 EM-37-MF-ur 676.619 6.824.855 Extração de argila Ativa Esplanada Morro da Fumaça 25.11.2004
38 EM-38-IÇ-ur 671.991 6.811.632 Extração de argila Ativa Lagoa dos Freitas Içara 25.11.2004
39 EM-39-IÇ-ur 673.765 6.815.367 Extração de saibro Ativa Torneiro Içara 25.11.2004
40 EM-40-IÇ-ur 675.225 6.815.790 Extração de areia Ativa Torneiro Içara 25.11.2004
41 EM-41-JG-ur 682.550 6.818.283 Extração de areia Ativa Esplanada Jaguaruna 25.11.2004
42 EM-42-IÇ-ur 670.769 6.812.996 Extração de argila Inativa Pedreiras Içara 13.01.2005
43 EM-43-IÇ-ur 675.829 6.823.200 Extração de argila Ativa Rio Acima Içara 13.01.2005
44 EM-44-IÇ-ur 675.712 6.822.751 Extração de argila Ativa Rio Acima Içara 13.01.2005
45 EM-45-IÇ-ur 675.783 6.822.689 Extração de argila Ativa Rio Acima Içara 13.01.2005
46 EM-46-IÇ-ur 675.912 6.822.689 Extração de argila Ativa Rio Acima Içara 13.01.2005
47 EM-47-IÇ-ur 676.025 6.822.591 Extração de argila Ativa Rio Acima Içara 13.01.2005
48 EM-48-IÇ-ur 675.977 6.822.358 Extração de argila Ativa Rio Acima Içara 13.01.2005
49 EM-49-IÇ-ur 676.248 6.822.402 Extração de argila Ativa Rio Acima Içara 13.01.2005
93
50 EM-50-IÇ-ur 676.131 6.822.309 Extração de argila Ativa Rio Acima Içara 13.01.2005
51 EM-51-IÇ-ur 675.934 6.821.955 Extração de argila Ativa Rio Acima Içara 13.01.2005
52 EM-52-IÇ-ur Extração de argila Ativa Rio Acima Içara 13.01.2005
53 EM-53-IÇ-ur 676.051 6.821.868 Extração de argila Ativa Rio Acima Içara 13.01.2005
54 EM-54-IÇ-ur 676.107 6.821.689 Extração de argila Ativa Esplanada Içara 13.01.2005
55 EM-55-IÇ-ur 677.186 6.821.211 Extração de argila Ativa Esplanada Içara 13.01.2005
56 EM-56-IÇ-ur 676.434 6.822.403 Extração de argila Ativa Esplanada Içara 13.01.2005
57 EM-57-IÇ-ur 676.398 6.822.656 Extração de argila Ativa Esplanada Içara 14.01.2005
58 EM-58-IÇ-ur 676.607 6.822.587 Extração de argila Ativa Esplanada Içara 14.01.2005
59 EM-59-IÇ-ur 676.921 6.823.134 Extração de argila Ativa Esplanada Içara 14.01.2005
60 EM-60-IÇ-ur 677.084 6.822.839 Extração de argila Ativa Esplanada Içara 14.01.2005
61 EM-61-IÇ-ur 677.077 6.823.050 Extração de argila Ativa Esplanada Içara 14.01.2005
62 EM-62-MF-ur 676.949 6.823.377 Extração de argila Ativa Esplanada Morro da Fumaça 14.01.2005
63 Em-63-MF-ur 676.286 6.822.812 Extração de argila Ativa Rio Acima Morro da Fumaça 14.01.2005
64 EM-64-MF-ur 673.639 6.820.067 Extração de argila Ativa Rio Acima Morro da Fumaça 14.01.2005
65 EM-65-MF-ur 673.874 6.820.385 Extraçao de argila Ativa Rio Acima Morro da Fumaça 14.01.2005
66 EM-66-MF-ur 674.295 6.821.200 Extração de argila Ativa Rio Acima Morro da Fumaça 14.01.2005
67 EM-67-IÇ-ur 674.598 6.821.250 Extração de argila Inativa Primeiro Espigão Morro da Fumaça 14.01.2005
68 EM-68-IÇ-ur 673.645 6.819.873 Extração de argila Ativa Primeiro Espigão Morro da Fumaça 14.01.2005
69 EM-69-IÇ-ur 673.486 6.819.118 Extração de argila Ativa Primeiro Espigão Morro da Fumaça 14.01.2005
70 EM-70-IÇ-ur 673.420 6.818.839 Extração de argila Ativa Primerio Espigão Morro da Fumaça 14.01.2005
71 EM-71-IÇ-ur 672.937 6.817.862 Extração de argila Ativa Primeiro Espigão Morro da Fumaça 14.01.2005
72 EM-72-IÇ-ur 672.783 6.817.785 Extração de argila Ativa Primeiro Espigão Morro da Fumaça 14.01.2005
73 EM-73-IÇ-ur 672.683 6.817.873 Extração de argila Ativa Primeiro Espigão Morro da Fumaça 14.01.2005
74 EM-74-IÇ-ur 671.560 6.818.438 Extração de argila Ativa Primeiro Espigão Morro da Fumaça 14.01.2005
75 EM-75-IÇ-ur 671.290 6.823.087 Extração de argila Ativa Vila Esperança Içara 18.01.2005
76 EM-76-IÇ-ur 671.409 6.821.245 Extração de argila Ativa Santa Cruz Içara 18.01.2005
94
77 EM-77-IÇ-ur 671.525 6.821.109 Extração de argila Ativa Santa Cruz Içara 18.01.2005
78 EM-78-IÇ-ur 670.263 6.820.381 Extração de argila Paralisada Santa Cruz Içara 18.01.2005
79 EM-79-IÇ-ur 670.419 6.820.486 Extração de argila Ativa Santa Cruz Içara 18.01.2005
80 EM-80-IÇ-ur 670.316 6.820.570 Extração de argila Ativa Santa Cruz Içara 18.01.2005
81 EM-81-IÇ-ur 670.805 6.820.781 Extração de argila Ativa Santa Cruz Içara 18.01.2005
82 EM-82-IÇ-ur 671.048 6.820.822 Extração de argila Ativa Santa Cruz Içara 18.01.2005
83 EM-83-IÇ-ur 671.225 6.820.987 Extração de argila Ativa Santa Cruz Içara 18.01.2005
84 EM-84-IÇ-ur 670.877 6.821.073 Extração de argila Ativa Santa Cruz Içara 18.01.2005
85 EM-85-IÇ-ur 670.949 6.821.274 Extração de argila Ativa Santa Cruz Içara 18.01.2005
86 EM-86-IÇ-ur 670.772 6.821.276 Extração de argila Ativa Santa Cruz Içara 18.01.2005
87 EM-87-IÇ-ur 669.813 6.821.722 Extração de argila Ativa Santa Cruz Içara 18.01.2005
88 EM-88-IÇ-ur 669.852 6.821.595 Extração de argila Ativa Santa Cruz Içara 18.01.2005
89 EM-89-IÇ-ur 670.211 6.820.211 Extração de argila Ativa Santa Cruz Içara 18.01.2005
90 EM-90-IÇ-ur 669.102 6.826.407 Extração de argila Ativa Linha Anta Morro da Fumaça 18.01.2005
91 EM-91-MF-ur 669.268 6.826.146 Extração de argila Semi-ativa Linha Anta Morro da Fumaça 18.01.2005
92 EM-92-MF-ur 668.464 6.825.790 Extração de argila Paralisada Linha Anta Morro da Fumaça 18.01.2005
93 EM-93-MF-ur 668.258 6.825.845 Extração de argila Ativa Linha Anta Morro da Fumaça 18.01.2005
94 EM-94-MF-ur 668.194 6.825.602 Extração de argila Ativa Linha Anta Morro da Fumaça 18.01.2005
95 EM-95-MF-ur 668.016 6.825.694 Extração de argila Ativa Linha Anta Morro da Fumaça 18.01.2005
96 EM-96-MF-ur 667.583 6.825.742 Extração de argila Ativa Linha Anta Morro da Fumaça 18.01.2005
Tabela 10 – Fontes de poluição
FONTES DE POLUIÇÃO - BACIA HIDROGRÁFICA URUSSANGA
COORDENADAS UTM
PONTO SIGLA
E N Cota topográfica
DISCRIMINAÇÃO LOCALIZAÇÃO MUNICÍPIO
1 ID-01-UR-ur 664.626 6.842.334 61.512 Cerâmica Ceusa Bairro da Estação Urussanga
2 ID-02-Ur-ur 666.230 6.852.820 239.947 Termovac - Plásticos Urussanga
95
3 ID-03-CS-ur 662.331 6.833.139 79.546 Propeq - Indústria Química Cocal do Sul
4 ID-04-CS-ur 662.290 6.834.068 60.876 Metalúrgica Rosso Cocal do Sul
5 ID-05-CS-ur 664.088 6.834.230 77.298 Cerâmica Eliane Sede Cocal do Sul
6 ID-06-CS-ur 664.377 6.839.191 120.312 Indústria de Cereais Cocal do Sul
7 ID-07-UR-ur 664.048 6.841.588 58.062 Indústria de Plásticos Urussanga
8 ID-08-UR-ur 664.091 6.845.630 70.525 Metalúrgica Strametal Urussanga
9 ID-09-UR-ur 666.882 6.841.974 39.890 Alumínios e Plásticos Urussanga
10 ID-10-UR-ur 667.293 6.841.615 40.453 Femplast - Ind. Plásticos Urussanga
11 ID-11-UR-ur 667.569 6.841.438 40.517 Rooster - Ind. Metalúrgica Urussanga
12 ID-12-PG-ur 671.400 6.837.994 33.112 Chechinel - Ind. Carnes Pedras Grandes
13 ID-13-PG-ur 671.589 6.837.290 34.342 Ind. Resíduos Químicos Pedras Grandes
14 ID-14-MF-ur 672.920 6.834.981 23.165 Industria Morro da Fumaça
15 ID-15-CS-ur 670.439 6.836.379 20.258 Cerâmica Zanatta Cocal do Sul
16 ID-16-CS-ur 669.871 6.838.157 19.983 Frangi - Ind. Abrasivos Cocal do Sul
17 ID-17-MF-ur 676.435 6.830.325 18.599 Santhiner - Ind. Química Morro da Fumaça
18 ID-18-MF-ur 676.402 6.829.761 20.420 Molisa - Ind. Cerâmica Morro da Fumaça
19 ID-19-MF-ur 673.004 6.827.352 20.639 Fumacense - Ind. Cerealista Morro da Fumaça
20 ID-20-MF-ur 670.742 6.834.807 23.740 Roccha Cia. - Der. Mandioca Morro da Fumaça
21 ID-21-MF-ur 673.467 6.830.439 43.406 Beija-Flor - Ind. Cerealista Morro da Fumaça
22 ID-22-JG-ur 681.700 6.822.080 23.047 Formann - Der. Mandioca Jaguaruna
23 ID-23-CR-ur 663.090 6.827.750 60.000 Canguru - Ind. Embalagens Bairro Próspera Criciúma
24 ID-24-CR-ur 662.398 6.826.005 60.024 Canguru - Ind. Embalagens Bairro N.S. Salete Criciúma
25 ID-25-CR-ur 663.100 6.822.629 60.026 Colorminas - Ind. Cerâmica Bairro Próspera Criciúma
26 LX-01-UR-ur 659.915 6.846.396 276.214 Aterro Sanitário Urussanga Urussanga
27 CE-01-UR-ur 665.414 6.850.097 209.988 Cemitério Rio Maior Rio Maior Urussanga
28 CE-02-CS-ur 664.196 6.834.811 60.000 Cemitério Mun. Cocal do Sul Sede Cocal do Sul
29 CE-03-UR-ur 663.889 6.844.513 66.596 Cemitério Mun.de Urussanga Baixada Fluminense Urussanga
30 CE-04-PG-ur 667.465 6.845.919 242.383 Cemitério Rancho dos Bugres Pedras Grandes
31 CE-05-Ur-ur 659.770 6.844.926 253.232 Cemitério Rio América Rio América Urussanga
32 CE-06-UR-ur 660.689 6.840.715 103.008 Cemitério Rio Caeté Rio Caeté Urussanga
33 CE-07-UR-ur 668.298 6.840.530 42.505 Cemitério de São Pedro Urussanga
34 CE-08-TM-ur 673.406 6.835.886 38.249 Cem.S.João de Urus. Baixa Treze de Maio
35 CE-09-TM-ur 675.692 6.837.684 226.599 Cemitério São Sebastião Treze de maio
36 CE-10-MF-ur 671.477 6.835.144 19.998 Cemitério Estação Cocal Estação Cocal Morro da Fumaça
96
37 CE-11-CR-ur 665.832 6.828.753 40.004 Cemitério Linha Batista Bairro Linha Batista Criciúma
38 CE-12-CR-ur 661.969 6.826.911 60.632 Cemitério da Próspera Bairro Próspera Criciúma
39 CE-13-IÇ-ur 676.619 6.824.481 20.000 Cemitério de Esplanada Esplanada Içara
40 CE-14-MF-ur 669.804 6.830.493 61.475 Cemitério Linha Torrens Linha Torrens Morro da Fumaça
41 CH-01-PG-ur 670.341 6.838.668 23.126 Chiqueirão Ribeirão da Areia Pedras Grandes
42 CH-02-PG-ur 671.149 6.838.130 39.357 Chiqueirão Ribeirão da Areia Pedras Grandes
43 CH-03-PG-ur 671.908 6.837.958 49.682 Chiqueirão Ribeirão da Areia Pedras Grandes
44 CH-04-JG-ur 681.040 6.818.778 39.577 Chiqueirão Arroio da Cruz Jaguaruna
45 PG-01-MF-ur 662.445 6.831.804 59.830 Posto de comb. Mampituba Morro da Fumaça
46 PG-02-CS-ur 663.354 6.834.363 61.898 Posto de combustível Esso Cocal do Sul
47 PG-03-CS-ur 663.746 6.835.071 63.336 Posto de comb. Ipiranga Cocal do Sul
48 PG-04-UR-ur 664.658 6.842.807 41.406 Posto de comb. Ipiranga SC-446 Urussanga
49 PG-05-UR-ur 664.693 6.843.796 63.754 Posto BR SC-446 Urussanga
50 PG-06-UR-ur 664.265 6.843.920 61.298 Posto Texaco Sede Urussanga
51 PG-07-UR-ur 664.370 6.843.403 45.904 Posto Possamai Urussanga
52 PG-08-CS-ur 663.747 6.834.738 62.614 Posto Texaco Sede Cocal do Sul
53 PG-09-MF-ur 671.811 6.835.347 20.033 Posto Repsol Estação Cocal Morro da Fumaça
54 PG-10-JG-ur 682.535 6.817.618 20.000 Posto Mar & Mar Esplanada Jaguaruna
55 PG-11-JG-ur 678.640 6.820.397 20.080 Posto Polipetro Olho d`Água Jaguaruna
56 PG-12-MF-ur 676.000 6.826.915 16.978 Posto Pellegrin SC-443 Morro da Fumaça
57 PG-13-IÇ-ur 676.837 6.824.150 21.947 Posto Esso BR 101 - Esplanada Içara
58 PG-14-CR-ur 662.720 6.825.337 60.902 Posto Angeloni Bairro N.S.Salete Criciúma
59 PG-15-CR-ur 661.864 6.825.733 60.004 Posto São Pedro Sede Criciúma
60 PG-16-CR-ur 661.425 6.826.330 60.000 Posto Ipiranga Sede Criciúma
61 CE-15-IÇ-ur 672.144 6.811.790 21.436 Cemitério Praia do Rincão Içara
62 CE-16-IÇ-ur 666.070 6.808.000 53.879 Cemitério Lagoa dos Esteves Içara
63 PG-17-IÇ-ur 671.342 6.812.375 27.599 Posto de Gasolina Pedreira Içara
64 PG-18-IÇ-ur 671.180 6.812.645 30.885 Posto de Gasolina Pedreira Içara
65 PG-19-IÇ-ur 672.652 6.810.097 0,248 Posto de Gasolina Praia do Rincão Içara
66 PG-20-IÇ-ur 673.621 6.810.593 12.128 Posto de Gasolina Praia do Rincão Içara
67 PG-21-IÇ-ur 671.297 6.820.329 31.322 Posto de Gasolina Vila Nova Içara
68 ID-26-IÇ-ur 670.330 6.819.015 37.503 Indústria de Fritas BR 101 - Vila Nova Içara
69 CE-17-UR-ur 655.381 6.846.906 486.814 Cemitério Belvedere Urussanga
70 AV-01-Ur-ur 655.348 6.846.481 495.341 Aviário Belvedere Urussanga
97
71 AV-02-Ur-ur 655.315 6.845.739 485.517 Aviário Belvedere Urussanga
72 AV-03-UR-ur 660.444 6.845.366 142.705 Aviário Rio América Baixo Urussanga
73 AV-04-UR-ur 660.982 6.845.354 159.249 Aviário Rio América Baixo Urussanga
74 AV-05-UR-ur 661.107 6.845.003 142.700 Aviário Rio América Baixo Urussanga
75 AV-06-UR-ur 665.218 6.850.445 226.437 Aviário Rio Maior Urussanga
76 AV-07-UR-ur 665.414 6.850.375 221.491 Aviário Rio Maior Urussanga
77 CH-05-UR-ur 665.832 6.849.655 220.608 Chiqueirão Rio Maior Urussanga
78 AV-08-UR-ur 665.750 6.847.600 123.534 Aviário Rio Maior Urussanga
79 AV-09-UR-ur 666.250 6.851.550 224.946 Aviário Rio Maior Urussanga
80 AV-10-UR-ur 664.010 6.839.270 138.852 Aviário Rio Galo Urussanga
81 CH-06-CS-ur 664.815 6.837.753 139.122 Chiqueirão Rio Galo Cocal do Sul
82 AV-11-CS-ur 660.370 6.833.281 79.904 Aviário Linha Tigre Cocal do Sul
83 AV-12-CS-ur 659.130 6.835.623 80.091 Aviário Linha Ferreira Cocal do Sul
84 AV-13-CS-ur 662.131 6.834.813 78.993 Aviário Linha Ferreira Cocal do Sul
85 AV-14-CS-ur 662.001 6.836.951 64.317 Aviário Linha Braço Cocal Cocal do Sul
86 AV-15-UR-ur 661.137 6.842.881 127.485 Aviário Rio Salto Urussanga
87 AV-16-Ur-ur 656.180 6.846.350 329.586 Aviário Belvedere Urussanga
88 CH-07-UR-ur 665.743 6.846.385 121.776 Chiqueirão Rio Maior Urussanga
89 AV-17-UR-ur 666.673 6.846.166 199.181 Aviário
Estrada Rancho dos
Bugres
Urussanga
90 AV-18-UR-ur 666.666 6.843.695 63.149 Aviário Bairro Vermelho Urussanga
91 AV-19-UR-ur 666.750 6.842.670 40.000 Aviário Bairro Vermelho Urussanga
92 AV-20-UR-ur 667.350 6.841.455 40.911 Aviário
Rodovia Genésio
Mazon
Urussanga
93 AV-21-Ur-ur 667.654 6.841.105 40.171 Aviário
Rodovia Genésio
Mazon
Urussanga
94 AV-22-UR-ur 665.997 6.840.015 139.471 Aviário Estrada Rio Galo Urussanga
95 AV-23-UR-ur 668.183 6.839.916 42.565 Aviário
Rodovia Genésio
Mazon
Urussanga
96 ID-27-UR-ur 668.901 6.837.315 59.206 Incubadora de aves - Criaves Rio Comprudente Urussanga
97 AV-24-CS-ur 666.235 6.838.054 60.705 Aviário Rio Comprudente Cocal do Sul
98 AV-25-UR-ur 670.002 6.837.286 21.534 Aviário
Rodovia Genésio
Mazon
Urussanga
99 AV-26-MF-ur 674.842 6.831.420 20.000 Aviário
Rodovia Genésio
Mazon
Morro da Fumaça
98
100 CH-08-TM-ur 671.952 6.836.695 23.305 Chiqueirão S.J.Urussanga Baixa Treze de Maio
101 CH-09-PG-ur 672.081 6.837.129 75.479
Chiqueirão
S.J.Urussanga Baixa Pedras Grandes
102 CH-10-TM-ur 675.059 6.838.059 274.995 Chiqueirão São Sebastião Treze de Maio
103 CH-11-UR-ur 667.900 6.841.209 41.245 Chiqueirão São Pedro Urussanga
99
9 - CARACTERIZAÇÃO DAS FONTES DE ÁGUA
Foram cadastrados 240 pontos de água, distribuídos entre 64 poços tubulares
profundos (aqüíferos confinados), 33 poços ponteiras, 98 poços escavados e 45 pontos com
fontes naturais. O sistema de amostragem para os poços tubulares foi do tipo varredura,
enquanto que os demais poços e fontes foi de amostragem com média de 01 ponto por cada 2
km², uma vez que a região é bastante habitada e cada residência, fora dos limites urbanos,
tem uma fonte, poço escavado e/ou ponteira para abastecimento de água humano e de
animais.
Aproximadamente 60% dos poços tubulares cadastrados apresentam falhas
construtivas, principalmente no que tange aos ítens relacionados com a proteção contra
infiltração de águas superficiais, tais como perímetros de proteção, laje sanitária, cimentação
do espaço anelar e tamponamento. No tocante aos poços tipo ponteiras, a situação é bem
mais critica, onde praticamente todos não tem a proteção sanitária prevista nas diretrizes de
construção de poços.
Os poços escavados igualmente oferecem grandes riscos de contaminação por água
superficial, apesar de vários poços cadastrados terem uma proteção superficial, esta não
acontece nos primeiros metros abaixo do nível do terreno onde foi escavado, nem possuem
perímetro de proteção e tamponamento adequado. Quanto as fontes naturais, observa-se uma
inadequabilidade nas proteções sanitárias, principalmente quando as águas das mesmas são
utilizadas para consumo humano sem tratamento químico bactericida. Excetuam-se as águas
coletadas em fontes pela CASAN, pois as mesmas alimentam ETA’s onde as águas são
submetidas a processos de filtragem, clarificação e clorificação.
Muitos poços tubulares, ponteiras, escavados e fontes, são utilizados para fins
diversos, menos para consumo humano. Este fato traduz a má construção e proteção sanitária,
e, quando do questionamento dos proprietários para adequar estas fontes de captação de água
subterrânea as normas construtivas e de proteção sanitária, alegam que , “ como não é para
consumo humano, não precisa ser feito”.
A seguir, seguem figuras ilustrando a problemática situação das fontes de
abastecimento por água subterrânea bacia do rio Urussanga e as tabelas com os respectivos
dados de cada fonte
100
Figura n°48- Poço não instalado no município de Içara, coordenada
666.682E/6.823.373N. Observa-se inadequação de tamponamento e perímetro de
proteção.
101
Figura n° 49- Poço instalado no município de Içara, coordenada
665.445E/6.822.186N. Observa-se falta de laje sanitária e perímetro de proteção. Poço
inativo motivado pela turvação da água por óxido de ferro.
Figura n°50 -Coordenada 665.950E/6.822.350N, município de Içara, poço
técnicamente bem construído, usado para abastecimento público.
102
Figura n° 51 - Coordenada 665.293E/6.822.917N, município de Içara, poço não
utilizado por apresentar água com alto teor de Fe.
Figura n° 52 - Coordenada 670.591E/6.836.365N, município de Cocal do Sul, poço
ponteira sem proteção sanitária.
103
Figura n° 53 – Coordenada 670.178E/6.836.302N, município de Cocal do Sul, poço
ponteira sem proteção sanitária, abaixo do nível do terreno.
Figura n° 54 - Coordenada 667.413E/6.845.336N, município de Urussanga, poço
escavado com cimentação quase que somente acima do nível do terreno.
104
Figura n° 55 - Coordenada 658.960E/6.845.277N, município de Urussanga, poço
escavado com cimentação quase que somente acima do nível do terreno,
precariamente tamponado.
Figura n° 56 - Municipio de Cocal do Sul. Uso diverso de poço escavado.
105
Figura n° 57 - FT 25 PG-UR Coordenada 670.614E/6.841.672N, fonte cadastrada no
município de Pedras Grandes.
Figura n° 58 -FT 32 TM-UR Coordenada 677.252E/6.833.677N, fonte natural
cadastrada no município de Treze de Maio.
106
Figura n° 59- FT-29 TM-UR Coordenada 672.060E/6.836.790N, fonte natural
cadastrada no município de Treze de Maio. Observa-se a proteção efetuada, mas
inadequada.
107
Tabela 11 – Relação dos poços tubulares cadastrados
POÇOS TUBULARES (AQUIFEROS CONFINADOS) - BACIA HIDROGRÁFICA URUSSANGA
Informações Cadastrais Características Físicas
Coordenadas UTM
Poço
E N Cota topográfica Z
Nível
Est.
(m)
Nível
Din.
(m)
Cota
NE
(m)
Profund.
(m)
Vazão
(m
3
/h)
Cond.
Elét.
(μS/cm)
Cor
(Pt/Co)
Temp.
(ºC)
Turbidez(NTU)
PT-01-PG-Ur 671.907 6.837.960 49.534 58,13 1,5 - 56,63 21,00
2,0
95,00 - 23,4 -
PT-02-TM-Ur 673.591 6.835.855 60.008 54,83 - - - 39,00
-
108,00 - 21,00 -
PT-03-MF-Ur 671.856 6.835.308 20.049 18,22 - - - 32,00
-
242,00 - 22,00 -
PT-04-MF-Ur 675.990 6.826.914 16.898 20,00 - - - 70,00
-
105,60 - 23,30 -
PT-05-CR-Ur 668.742 6.828.917 55.620 52,89 - - - 47,00
-
197,00 - 25,00 -
PT-06-Ur-ur 655.103 6.846.926 489.596 490,00 34,20 88,20 455,80 208,00
0,10
338,00 - 21,20 -
PT-06-Ur-urA) 655.103 6.846.926 489.596 490,00 34,20 88,20 455,80 208,00
0,10
- - - -
PT-06-Ur-urB) 655.103 6.846.926 489.596 490,00 34,20 88,20 455,80 208,00
0,10
228,00 - - 5,26
PT-07-Ur-ur 664.399 6.840.182 122.130 135,15 - - - 83,00
-
141,80 - 18,60 -
PT-07-Ur-urA) 664.399 6.840.182 122.130 135,15 - - - 83,00
-
- - - 2,50
PT-08-Ur-ur 665.178 6.851.012 224.926 239,99 0,70 18,90 239,29 132,00
44,00
204,00 - 18,30 -
PT-08-Ur-ur A) 665.178 6.851.012 224.926 239,99 0,70 18,90 239,29 132,00
44,00
- - - 0,24
PT-09-UR-ur 666.185 6.852.880 240.507 243,35 - - - 140,00
-
122,50 - 19,30 -
PT-10-UR-ur 664.451 6.843.159 41.520 44,21 - - - -
-
155,40 - 19,80 -
PT-11-UR-ur 664.000 6.844.306 61.418 71,74 - - - 112,00
-
165,00 - 21,90 -
PT-12-UR-ur 664.441 6.839.112 120.007 121,28 - - - 170,00
-
127,50 - 20,10 -
PT-13-UR-ur 664.672 6.839.115 120.264 121,83 - - - 200,00
-
289,00 - 19,30 -
PT-14-UR-ur 664.346 6.839.112 120.064 123,13 - - - -
-
320,00 - 19,80 -
PT-15-UR-ur 663.148 6.844.361 97.097 73,53 17,00 66,00 56,53 119,00
-
183,00 - 21,40 -
PT-15-UR-urA) 663.148 6.844.361 97.097 73,53 17,00 66,00 56,53 119,00
-
- - - -
PT-16-UR-ur 664.500 6.843.477 44.524 42,69 - - - -
-
179,00 - 22,40 -
PT-16-UR-urA) 664.500 6.843.477 44.524 42,69 - - - -
-
- - - 0,23
PT-17-UR-ur 664.523 6.842.250 61.497 57,19 11,00 68,00 46,19 187,00
0,133
538,00 - 23,20 -
PT-18-UR-ur 664.550 6.842.997 42.432 39,80 - - - 136,00
-
525,08 - 24,90 -
PT-19-UR-ur A) 668.158 6.840.082 42.649 35,84 18,00 60,00 17,84 136,00
7,00
- - - -
PT-19-UR-ur B) 668.158 6.840.082 42.649 35,84 18,00 60,00 17,84 136,00
7,00
- - - -
108
PT-19-UR-ur 668.158 6.840.082 42.649 35,84 18,00 60,00 17,84 136,00
7,00
389,00 - 23,00 -
PT-20-UR-ur 669.035 6.836.215 24.250 27,74 28,00 78,00 -0,26 139,00
4,80
360,00 - 22,20 -
PT-21-UR-ur 667.281 6.841.713 40.616 36,25 19,00 39,00 17,25 124,00
13,0
140,20 - 21,20 -
PT-21-UR-ur A) 667.281 6.841.713 40.616 36,25 19,00 39,00 17,25 124,00
13´0
- - - -
PT-22-CS-ur 664.152 6.839.050 120.917 125,39 78,80 158,00 46,59 230,00
24,00
228,00 - - -
PT-23-CS-ur 663.615 6.834.689 63.528 56,16 - - - 250,00
-
433,00 - 24,90 -
PT-24-CS-ur 663.621 6.834.693 63.557 56,20 - - - 150,00
-
- - - -
PT-25-CS-ur 663.616 6.834.213 61.262 58,83 - - - 70,00
-
- - - -
PT-26-CS-ur 664.349 6.837.304 105.812 114,58 70,00 71,00 44,58 230,00
-
- - - -
PT-26-CS-urA) 664.349 6.837.304 105.812 114,58 70,00 71,00 44,58 230,00
-
320,00 - - N.D
PT-27-CS-ur 663.803 6.834.386 62.409 59,18 - - - 253,00
-
- - - -
PT-27-CS-urA) 663.803 6.834.386 62.409 59,18 - - - 253,00
-
- - - 0,65
PT-28-CS-ur 663.733 6.833.775 66.433 76,76 - - - -
-
- - - -
PT-29-MF-ur 674.411 6.829.424 33.367 25,60 20,00 69,00 5,60 120,00
18,00
225,00 - 23,70 -
PT-29-MF-urA) 674.411 6.829.424 33.367 25,60 20,00 69,00 5,60 120,00
18,00
- 10,00 - 3,20
PT-30-MF-ur 675.810 6.827.614 19.021 20,00 3,00 40,00 17,00 120,00
-
160,50 - 27,20 -
PT-30-MF-urA) 675.810 6.827.614 19.021 20,00 3,00 40,00 17,00 120,00
-
- incolor - -
PT-31-MF-ur 675.416 6.829.231 19.861 19,66 - - - 104,00
1,50
229,00 - 25,90 -
PT-32-MF-ur 675.474 6.827.716 19.579 20,00 22,00 42,00 -2,00 120,00
0,75
410,00 - 22,10 -
PT-33-MF-ur 675.436 6.827.807 19.688 19,30 7,62 - 11,68 -
-
128,80 - - -
PT-34-IÇ-ur 669.660 6.809.446 20.827 18,77 - - - 36,00
-
92,20 - 23,00 -
PT-35-IÇ-ur 666.186 6.823.249 59.838 57,57 - - - 115,00
-
359,00 - 22,30 -
PT-36-IÇ-ur 666.103 6.823.306 59.853 58,96 - - - -
-
363,00 - 22,40 -
PT-37-IÇ-ur 665.991 6.823.271 59.256 59,27 - - - -
-
350,00 - 22,80 -
PT-38-IÇ-ur 666.392 6.822.331 59.239 58,73 - - - -
-
234,00 - 25,10 -
PT-39-IÇ-ur 665.829 6.822.591 59.368 58,93 5,00 37,00 53,93 102,50
22,50
- - - 10,00
PT-40-IÇ-ur 665.774 6.822.573 59.514 59,15 6,00 81,00 53,15 130,00
13,50
- 80,00 - 25,00
PT-41-IÇ-ur 665.950 6.822.350 59.969 59,18 4,15 40,00 55,03 120,00
80,00
533,00 - 23,30 -
PT-42-IÇ-ur 665.445 6.822.186 60.016 60,07 16,70 34,90 43,37 95,00
23,20
235,00 - 23,40 -
PT-43-IÇ-ur 665.118 6.822.032 60.148 60,02 13,70 86,66 46,32 160,00
8,00
804,00 - 22,90 -
PT-44-IÇ-ur 665.293 6.822.917 60.000 60,00 13,13 - 46,87 -
-
326,00 - 23,10 -
PT-45-IÇ-ur 666.281 6.822.903 50.981 49,60 3,65 82,00 45,95 120,40
11,25
651,00 - 22,80 0,20
PT46-IÇ-ur 665.723 6.822.430 59.792 59,53 13,50 10,00 46,03 150,00
4,00
- - - 10,50
PT-47-IÇ-ur 664.217 6.822.591 60.000 60,00 33,00 48,30 27,00 126,00
18,00
277,00 - 21,90 -
109
PT-48-IÇ-ur 666.682 6.823.373 59.272 58,33 21,50 - 36,83 115,00
-
142,00 - 21,40 -
PT-49-IÇ-ur 673.250 6.815.796 56.393 60,93 - - - 224,00
-
- - - -
PT-50-IÇ-ur 661.864 6.825.733 60.004 60,00 - - - 48,00
-
180,00 - 27,40 -
PT-51-CR-ur 662.398 6.826.005 60.024 60,00 13,00 29,00 47,00 45,00
13,50
305,00 - 24,70 -
PT-51a-CR-ur 662.398 6.826.005 60.024 60,00 13,00 29,00 47,00 45,00
13,50
- - - -
PT-51b-CR-ur 662.398 6.826.005 60.024 60,00 13,00 29,00 47,00 45,00
13,50
- - - -
PT-52-CR-ur 662.518 6.824.792 60.000 60,00 2,85 - 57,15 60,00
4,00
99,00 - 24,50 -
PT-53-CR-ur 662,582 6.824.772 60.000 60,00 2,85 - 57,15 40,00
-
128,00 - 27,20 -
PT-54-CR-ur 662.720 6.825.337 60.902 60,00 - - - 120,00
6,00
254,00 - 29,50 -
PT-55-CR-ur 662.251 6.825.492 60.187 60,00 - - - 104,00
4,00
179,00 - 26,90 -
PT-56-CR-ur 663.085 6.830.470 62.129 64,81 18,00 61,00 46,81 110,00
3,90
- - - 1,80
PT-57-CR-ur 662.359 6.830.680 60.003 60,81 - - - 110,00
4,00
414,00 - 26,50 -
PT-58-CR-ur 660.919 6.824.558 78.195 66,66 - - - 60,00
5,00
567,00 - 23,70 -
PT-59-CR-ur 662.911 6.826.062 60.000 60,00 5,10 - 54,90 -
-
123,00 - 22,90 -
PT-60-CR-ur 663.090 6.827.750 60.000 60,40 - - - -
-
88,00 - 22,70 -
PT-61-CR-ur 664.347 6.822.717 60.026 60,00 11,05 - 48,95 120,00
-
115,00 - 22,80 -
PT-62-CR-ur 664.383 6.822.679 60.039 60,00 - - - 150,00
-
470,00 - 25,20 -
PT-63-CR-ur 671.017 6.820.027 39.578 37,05 8,90 - 28,15 196,00
-
166,70 - 25,30 -
PT-64-CR-ur 666.828 6.824.830 20.815 18,13 - - - -
-
253,00 - 29,90 -
Tabela 12 – Relação dos poços escavados cadastrados
POÇOS ESCAVADOS(AQUIFEROS LIVRES) - BACIA HIDROGRÁFICA URUSSANGA
Informações Cadastrais Características Físicas
Coordenadas UTM
FONTES
E N cota topográfica Z
Nível
Est. (m)
Nível
Din.
(m)
Cota
NE(m)
Profund.
(m)
Vazão
(m
3
/h)
Cond.
Elét.
(μS/cm)
Cor
(Pt/Co)
Temp.
(ºC)
PE-01-CR-UR 661.391 6.830.063 82.937 93,03 7,70 - 85,33 8,80
-
126,00 - 23,7
PE-02-CR-UR 661.939 6.830.980 60.857 65,48 - - - 7,0
-
148,00 - 22,7
PE-03-MF-UR 662.753 6.832.307 61.036 57,65 4,70 - 52,95 5,20
-
44,2 - 27,6
PE-04-UR-UR 665.391 6.850.054 205.353 214,82 6,10 - 208,72 6,60
-
93,00 - 27,3
PE-05-CS-UR 662.542 6.833.018 76.387 74,98 2,60 - 72,38 4,70
-
111,00 - 24,9
PE-06-CS-UR 660.962 6.833.194 80.733 77,28 4,30 - 72,98 5,70
-
34,1 - 24,6
110
PE-07-CS-UR 661.809 6.834.560 65.963 60,61 2,80 - 57,81 4,0
-
137,00 - 24,1
PE-08-CS-UR 662.963 6.835.337 67.776 66,48 3,30 - 63,18 6,80
-
102,00 - 27,3
PE-09-CS-UR 660.798 6.835.444 79.483 79,39 3,20 - 76,19 4,10
-
46,7 - 24,4
PE-10-CS-UR 664.376 6.834.360 67.359 59,17 1,50 - 57,67 4,10
-
230,00 - 25,2
PE-11-CS-UR 664.317 6.836.987 103.619 103,03 4,80 - 98,23 6,10
-
105,00 - 25,00
PE-12-UR-UR 664.386 6.839.214 120.297 123,20 7,20 - 116,00 8,60
-
214,00 - 24,6
PE-13-UR-UR 665.113 6.846.261 78.872 85,19 0,40 - 84,79 2,50
-
58,00 - 25,8
PE-14-UR-UR 665.118 6.851.681 234.009 235,66 1,65 - 234,01 3,10
-
99,3 - 24,7
PE-15-UR-UR 665.413 6.851.060 220.824 225,83 7,70 - 248,13 9,40
-
34,00 - 21,6
PE-16-UR-UR 660.501 6.848.395 188.660 189,73 2,80 - 186,93 3,90
-
45,00 - 24,2
PE-17-UR-UR 667.413 6.845.336 225.015 217,79 4,30 - 213,49 7,10
-
70,00 - 24,2
PE-18-UR-UR 658.960 6.845.277 279.997 275,35 9,10 - 266,25 11,90
-
218,00 - 25,7
PE-19-UR-UR 661.478 6.843.603 154.300 151,20 5,10 - 146,10 5,75
-
83,5 - 25,6
PE-20-UR-UR 661.454 6.841.418 100.981 104,51 2,65 - 101,86 3,85
-
55,5 - 24,7
PE-21-UR-UR 660.449 6.840.518 100.304 97,76 0,90 - 96,86 4,00
-
69,7 - 25,4
PE-22-UR-UR 662.237 6.840.186 138.672 135,34 1,10 - 134,24 2,95
-
76,0 - 24,8
PE-23-UR-UR 667.267 6.841.448 41.570 40,72 7,05 - 33,67 8,20
-
394,00 - 24,2
PE-24-PG-UR 668.815 6.839.933 35.521 31,64 4,20 - 27,44 6,00
-
168,00 - 23,9
PE-25-PG-UR 670.519 6.838.935 47.471 43,61 7,95 - 35,66 9,10
-
52,00 - 25,1
PE-26-TM-UR 676.574 6.833.216 23.582 32,66 2,50 - 30,16 5,20
-
69,00 - 25,2
PE-27-MF-UR 674.134 6.829.658 24.926 23,96 4,80 - 19,16 6,50
-
141,00 - 23,2
PE-28-MF-UR 674.219 6.831.122 24.949 25,99 1,57 - 24,42 3,20
-
106,00 - 24,9
PE-29-MF-UR 674.077 6.832.076 20.266 21,06 1,50 - 19,56 3,40
-
93,00 - 26,4
PE-30-MF-UR 673.685 6.833.369 19.987 20,00 3,30 - 16,70 5,75
-
225,00 - 26,3
PE-31-MF-UR 672.379 6.834.813 20.379 17,01 2,20 - 14,81 4,20
-
115,5 - 25,5
PE-32-CS-UR 670.601 6.836.103 20.313 18,66 1,35 - 17,31 4,00
-
116,00 - 26,4
PE-33-SG-UR 679.164 6.829.913 21.113 16,84 2,30 - 14,54 4,25
-
211,00 - 23,9
PE-34-SG-UR 679.699 6.828.657 22.345 26,62 2,33 - 24,29 7,60
-
242,00 - 23,0
PE-35-TM-UR 679.257 6.831.990 53.672 56,59 1,15 - 55,44 2,60
-
81,00 - 25,0
PE-36-MF-UR 674.421 6.831.962 20.003 19,32 3,77 - 15,55 5,40
-
136,00 - 23,2
PE-37-CS-UR 664.720 6.833.562 42.448 47,11 2,20 - 44,91 4,10
-
66,6 - 16,6
PE-38-MF-UR 664.689 6.831.766 50.480 53,06 8,15 - 44,91 9,60
-
163,3 - 17,8
PE-39-CR-UR 664.589 6.830.441 59.586 58,09 3,95 - 54,14 5,50
-
69,2 - 18,2
PE-40-CR-UR 665.113 6.828.857 55.700 54,98 5,60 - 49,38 9,90
-
188,1 - 18,8
111
PE-41-CR-CR 666.948 6.828.989 55.218 59,65 4,40 - 55,25 8,50
-
129,00 - 18,0
PE-42-CR-CR 668.701 6.828.834 58.997 55,91 4,50 - 51,41 6,70
-
69,2 - 18,3
PE-43-MF-UR 670.537 6.828.927 45.589 47,83 4,85 - 42,98 6,55
-
360,00 - 18,6
PE-44-MF-UR 673.886 6.828.582 40.042 40,16 5,10 - 35,06 6,80
-
100,6 - 18,9
PE-45-CS-UR 666.936 6.833.458 20.001 20,14 0,88 - 19,26 2,15
-
86,6 - 17,0
PE-46-CS-UR 668.821 6.833.805 27.282 27,74 0,80 - 26,94 2,88
-
69,5 - 17,3
PE-47-MF-UR 670.943 6.834.368 37.656 35,61 3,22 - 32,39 4,60
-
52,00 - 19,7
PE-48-MF-UR 670.211 6.835.258 20.000 19,61 2,70 - 16,91 4,27
-
71,9 - 19,8
PE-49-MF-UR 671.790 6.833.701 21.753 19,28 2,50 - 16,78 4,50
-
134,3 - 19,8
PE-50-MF-UR 671.095 6.832.950 44.634 45,91 4,08 - 41,83 8,20
-
212,00 - 19,7
PE-51-MF-UR 672.460 6.830.961 43.788 41,20 1,67 - 39,53 6,05
-
83,6 - 19,8
PE-52-MF-UR 670.374 6.830.906 61.168 63,62 2,41 - 61,21 3,30
-
89,7 - 18,1
PE-53-MF-UR 668.261 6.830.790 61.649 66,97 2,53 - 64,44 4,05
-
70,9 - 17,9
PE-54-MF-UR 665.848 6.830.920 58.783 56,78 10,39 - 46,39 12,70
-
119,9 - 19,1
PE-55-SG-UR 678.852 6.829.021 22.932 20,19 4,42 - 15,77 5,14
-
72,5 - 18,8
PE-56-SG-UR 680.076 6.826.758 36.919 36,76 4,24 - 32,52 7,13
-
263,00 - 20,7
PE-57-SG-UR 682.065 6.826.777 59.067 57,70 1,12 - 56,58 2,45
-
65,2 - 20,0
PE-58-IÇ-UR 676.667 6.824.729 20.096 19,68 1,77 - 17,91 2,82
-
195,5 - 19,9
PE-59-MF-UR 672.630 6.827.254 24.352 25,62 3,17 - 22,45 4,60
-
170,7 - 19,7
PE-60-MF-UR 670.348 6.827.071 41.646 44,25 4,85 - 39,40 7,70
-
149,5 - 20,2
PE-61-IÇ-UR 669.414 6.826.582 37.504 38,95 3,80 - 35,15 5,10
-
74,5 - 23,8
PE-62-CR-UR 668.543 6.826.693 40.000 39,60 2,60 - 37,00 6,49
-
548,00 - 21,8
PE-63-CR-UR 666.198 6.826.715 54.410 54,38 2,58 - 51,80 6,62
-
129,4 - 23,6
PE-64-CR-UR 664.838 6.826.571 60.275 59,87 1,25 - 58,62 3,80
-
83,6 - 22,6
PE-65-IÇ-UR 665.625 6.825.294 43.027 37,28 3,58 - 33,70 6,62
-
149,7 - 22,1
PE-66-IÇ-UR 677.224 6.823.720 39.368 33,82 4,30 - 29,52 6,15
-
113,2 - 18,2
PE-67-IÇ-UR 677.470 6.822.084 30.964 27,65 0,97 - 26,68 3,00
-
162,2 - 19,1
PE-68-JG-UR 681.280 6.818.420 37.419 33,64 4,0 - 29,64 5,25
-
96,1 - 20,5
PE-69-IÇ-UR 676.983 6.821.102 26.159 23,31 2,10 - 21,21 4,10
-
304,00 - 19,9
PE-70-IÇ-UR 675.579 6.820.518 28.884 24,48 4,10 - 20,38 5,70
-
173,4 - 21,3
PE-71-IÇ-UR 674.995 6.818.816 24.796 26,45 1,50 - 24,95 3,30
-
233,00 - 20,9
PE-72-IÇ-UR 675.010 6.817.028 26.570 21,60 4,30 - 17,30 7,00
-
189,6 - 20,1
PE-73-IÇ-UR 672.399 6.814.347 24.183 21,97 2,05 - 19,92 2,95
-
173,1 - 23,7
PE-74-JG-UR 676.657 6.813.537 19.824 19,82 1,65 - 18,17 2,20
-
84,6 - 19,4
112
PE-75-IÇ-UR 675.739 6.823.386 22.090 21,65 3,20 - 18,45 4,70
-
426,00 - 20,3
PE-76-IÇ-UR 671.297 6.820.329 31.322 31,40 2,95 - 28,45 5,85
-
156,4 - 22,2
PE-77-IÇ-UR 670.360 6.819.410 38.183 41,11 2,90 - 38,21 4,00
-
161,5 - 20,8
PE-78-IÇ-UR 672.886 6.823.523 19.846 20,00 2,00 - 18,00 3,90
-
356,00 - 21,7
PE-79-IÇ-UR 672.634 6.824.959 26.480 26,85 2,50 - 24,35 4,90
-
178,3 - 20,7
PE-80-IÇ-UR 673.107 6.826.146 40.994 38,91 3,10 - 35,81 6,65
-
156,4 - 20,1
PE-81-IÇ-UR 671.446 6.821.359 22.943 22,88 0,90 - 21,98 3,10
-
206,00 - 18,5
PE-82-IÇ-UR 671.245 6.823.362 20.101 20,52 4,85 - 15,67 6,20
-
373,00 - 20,1
PE-83-IÇ-UR 671.454 6.819.018 26.671 27,90 - - - 4,10
-
244,00 - 23,2
PE-84-IÇ-UR 671.238 6.817.554 39.492 39,66 - - - 7,90
-
220,00 - 22,7
PE-85-IÇ-UR 671.562 6.816.413 40.922 38,45 - - - 5,35
-
577,00 - 22,8
PE-86-IÇ-UR 673.164 6.816.345 43.872 50,05 - - - 3,70
-
224,00 - 23,1
PE-87-IÇ-UR 669.512 6.821.480 40.173 40,02 - - - 5,15
-
107,9 - 22,6
PE-88-IÇ-UR 668.448 6.822.167 39.862 40,00 - - - 5,40
-
110,3 - 22,4
PE-89-IÇ-UR 668.812 6.823.046 39.650 40,00 - - - 3,60
-
93,7 - 22,8
PE-90-IÇ-UR 670.707 6.825.113 30.006 31,76 - - - 7,20
-
185,3 - 21,6
PE-91-IÇ-UR 671.215 6.826.163 57.886 46,57 - - - 8,20
-
333,00 - 20,4
PE-92-IÇ-UR 669.782 6.824.503 39.404 38,37 - - - 4,20
-
160,00 - 20,5
PE-93-IÇ-UR 668.536 6.824.442 39.995 40,00 - - - 6,15
-
117,1 - 20,7
PE-94-IÇ-UR 666.969 6.824.436 40.536 41,14 - - - 3,95
-
209,00 - 23,80
PE-95-IÇ-UR 663.828 6.823.945 58.606 59,07 - - - 1,30
-
220,00 - 22,7
PE-96-IÇ-UR 663.989 6.822.682 60.000 60,00 - - - 7,40
-
268,00 - 23,1
PE-97-IÇ-UR 663.167 6.823.138 60.000 60,00 - - - 4,30
-
211,00 - 23,2
PE-98-IÇ-UR 664.709 6.822.166 60.082 60,01 - - - 9,95
-
186,1 - 22,2
113
Tabela 13 – Relação dos poços ponteiras cadastrados
POÇOS PONTEIRAS (AQUIFEROS LIVRES) - BACIA HIDROGRÁFICA URUSSANGA
Informações Cadastrais Características Físicas
Coordenadas UTM
FONTES
E N cota topográfica Z
Nível
Est.
(m)
Nível
Din.
(m)
Cota
NE (m)
Profund.
(m)
Vazão
(m
3
/h)
Cond.
Elét.
(μS/cm)
Cor
(Pt/Co)
Tem
p.
(ºC)
PO-01-MF-UR 677.675 6.829.713 18.205 18,83 - - - 28,00
1,5
257,00 - 21,8
PO-02-IÇ-UR 678.275 6.824.440 22.389 24,81 - - - 18,0
-
75,3 - 22,7
PO-03-IÇ-UR 678.640 6.820.397 20.080 19,34 2,0 - 17,34 6,0
-
186,6 - 17,8
PO-04-JG-UR 681.180 6.818.440 37.121 33,09 4,0 - 29,09 10,0
-
374,00 - 20,5
PO-05-JG-UR 682.218 6.818.275 25.777 26,25 4,0 - 22,25 15,00
-
87,7 - 18,0
PO-06-JG-UR 683.600 6.817.850 19.783 20,00 4,0 - 16,00 40,0
-
140,4 - 20,8
PO-07-JG-UR 685.222 6.819.080 27.865 8,84 - - - 42,0
-
58,3 - 19,6
PO-08-JG-UR 686.910 6.820.694 25.033 23,69 2,0 - 21,69 15,0
-
90,4 - 21,8
PO-09-JG-UR 683.791 6.818.845 21.069 22,49 - - - 15,0
-
68,5 - 20,8
PO-10-JG-UR 680.223 6.821.450 20.309 21,61 - - - 8,0
-
217,00 - 20,8
PO-11-JG-UR 681.365 6.821.901 21.804 22,23 - - - 7,0
-
68,00 - 19,2
PO-12-JG-UR 682.334 6.822.811 21.300 22,61 3,0 - 19,61 12,0
-
63,6 - 16,8
PO-13-JG-UR 683.494 6.823.679 20.000 20,18 - - - 15,0
-
67,9 - 19,4
PO-14-JG-UR 685.026 6.824.316 21.980 19,57 - - - 7,0
-
144,2 - 16,0
PO-15-JG-UR 685.387 6.825.318 45.502 24,30 - - - 9,0
-
85,9 - 19,5
PO-16-JG-UR 678.609 6.819.323 20.020 19,94 5,0 - 14,94 11,0
-
331,00 - 17,3
PO-17-JG-UR 677.459 6.818.667 20.647 20,00 - - - 14,0
-
84,0 - 20,5
PO-18-JG-UR 676.721 6.817.539 21.734 20,00 - - - 7,0
-
69,00 - 16,1
PO-19-JG-UR 676.488 6.814.268 18.954 20,00 - - - 8,0
-
148,9 - 19,1
PO-20-JG-UR 671.868 6.812.846 20.292 22,20 - - - 9,0
-
316,00 - 22,00
PO-21-IÇ-UR 670.959 6.811.283 20.468 23,16 - - - 8,50
-
89,1 - 19,8
PO-22-IÇ-UR 668.762 6.809.395 24.440 24,16 - - - 8,0
-
77,7 - 29,00
PO-23-IÇ-UR 666.991 6.808.405 28.665 25,75 - - - 8,50
-
91,00 - 20,9
PO-24-IÇ-UR 664.794 6.806.600 20.890 20,81 - - - 6,0
-
61,1 - 21,1
PO-25-IÇ-UR 672.902 6.811.616 19.817 19,25 - - - 7,50
-
107,3 - 17,5
PO-26-JG-UR 676.868 6.813.375 17.749 21,56 - - - 8,50
-
1.110,00 - 20,3
114
PO-27-JG-UR 677.791 6.815.183 20.008 20,00 - - - 6,0
-
336,00 - 22,3
PO-28-JG-UR 679.240 6.816.854 20.127 20,00 - - - 6,50
-
289,00 - 21,00
PO-29-JG-UR 680.846 6.816.787 19.930 20,00 0,80 - 19,20 25,00
-
365,00 - 20,7
PO-30-JG-UR 677.289 6.814.516 20.000 20,00 2,0 - 18,00 12,0
-
135,7 - 21,7
PO-31-CS-UR 670.591 6.836.365 20.835 17,22 - - - 18,0
-
367,00 - 23,4
PO-32-CS-UR 670.178 6.836.302 20.014 18,85 2,50 - 16,35 12,00
1,6
114,4 - 20,8
PO-33-MF-UR 674.824 6.827.364 19.911 19,44 - - - 18,0
-
235,00 - 26,8
115
Tabela 14 – Relação das fontes naturais cadastradas
FONTES NATURAIS- BACIA HIDROGRÁFICA URUSSANGA
Coordenadas UTM
FONTES
E N Cota topográfica Z
Nível
Est.
(m)
Nível
Din.
(m)
Cota
NE
(m)
Profund.
(m)
Vazão
(m
3
/h)
Cond.
Elét.
(μS/cm)
Cor
(Pt/Co)
Temp.
(ºC)
Turbidez(NTU)
FT-01-UR-UR 666.311 6.852.782 239,601 240,73 - - 240,73 -
-
41,2 - 29,2 -
FT-02-CS-UR 658.430 6.833.528 250,286 247,29 - - 247,29 -
-
45,00 - 23,9 -
FT-03-CS-UR 659.950 6.833.450 81,387 100,18 - - 100,18 -
-
29,00 - 28,2 -
FT-04-CS-UR 657.505 6.835.810 161,501 177,28 - - 177,28 -
-
102,00 - 28,2 -
FT-05-CS-UR 663.750 6.838.480 138,934 147,58 - - 147,58 -
-
40,4 - 26,7 -
FT-06-UR-UR 665.452 6.840.990 113,628 131,06 - - 131,06 -
-
46,00 - 27,2 -
Ft-07-UR-UR 664.950 6.843.655 83,439 93,90 - - 93,90 -
-
103,00 - 25,2 -
FT-08-UR-UR 664.530 6.849.150 280,539 309,16 - - 309,16 -
-
55,00 - 27,0 -
FT-09-UR-UR 663.327 6.846.426 121,093 131,86 0,00 - 131,86 2,00
-
61,00 - 25,7 -
FT-10-UR-UR 661.020 6.848.250 190,068 205,65 - - 205,65 -
-
52,00 - 26,7 -
FT-11-UR-UR 656.510 6.847.020 332,478 339,84 - - 339,84 -
-
78,00 - 23,1 -
FT-12-UR-UR 665.850 6.845.740 129,013 125,71 - - 125,71 -
-
56,6 - 29,3 -
FT-13-UR-UR 666.859 6.845.965 207,741 217,25 - - 217,25 -
-
49,4 - 25,7 -
FT-14-UR-UR 667.805 6.844.604 181,619 192,16 - - 192,16 -
-
49,4 - 27,2 -
FT-14-UR-UR A) 667.805 6.844.604 181,619 192,16 - - 192,16 -
-
49,4 19.43hz 27,2 5,19
FT-15-UR-UR 665.121 6.846.003 68,459 73,88 - - 73,88 -
-
56,6 - 22,0 -
FT-16-UR-UR 658.362 6.845.003 336,459 344,77 - - 344,77 -
-
134,7 - 21,9 -
FT-17-UR-UR 663.277 6.843.122 62,697 80,50 0,10 - 80,50 -
-
42,00 - 24,5 -
FT-18-UR-UR 661.480 6.845.333 163,319 162,40 - - 162,40 -
-
61,00 - 22,00 -
FT-19-UR-UR 659.201 6.843.763 196,174 213,16 - - 213,16 -
-
51,00 - 21,5 -
FT-20-UR-UR 657.791 6.843.550 264,720 281,71 - - 281,71 -
-
44,5 - 21,50 -
FT-21-UR-UR 658.045 6.841.084 220,651 231,96 - - 231,96 -
-
113,6 - 22,1 -
FT-22-CS-UR 658.525 6.837.533 257,562 253,68 - - 253,68 -
-
103,5 - 25,7 -
FT-22-CS-UR 658.525 6.837.533 257,562 253,68 - - 253,68 -
-
103,5 5.0UH 25,7 2,34
FT-23-UR-UR 663.477 6.841.574 65,652 75,38 - - 75,38 -
-
53,00 - 28,3 -
FT-24-PG-UR 669.858 6.841.522 144,205 148,67 - - 148,67 -
-
64,9 - 22,4 -
FT-24-PG-UR A) 669.858 6.841.522 144,205 148,67 - - 148,67 -
-
64,9 3.0Hz 22,4 0,36
FT-25-PG-UR 670.614 6.841.672 221,472 221,02 - - 221,02 -
-
31,9 - 24,2 -
116
FT-26-UR-UR 666.387 6.840.048 91,975 112,91 - - 112,91 -
-
66,7 - 25,7 -
FT-27-PG-UR 670.776 6.837.628 37,323 31,97 0,60 - 31,97 -
-
886,00 - 32,2 -
FT-28-PG-UR 673.100 6.840.070 266,719 262,09 - - 262,09 -
-
41,00 - 29,2 -
FT-29-TM-UR 672.060 6.836.790 40,957 60,03 - - 60,03 -
-
183,00 - 25,3 -
FT-30-TM-UR 675.632 6.837.257 216,991 212,36 - - 212,36 -
-
69,00 - 27,7 -
FT-31-TM-UR 677.458 6.836.225 205,349 196,33 - - 196,33 -
-
94,00 - 28,8 -
FT-32-TM-UR 677.252 6.833.677 60,785 45,91 - - 45,91 -
-
91,7 - 27,3 -
FT-33-CS-UR 667.980 6.836.712 39,826 39,17 - - 39,17 -
-
76,00 - 25,6 -
FT-34-SG-UR 680.270 6.829.151 72,443 70,44 - - 70,44 -
-
60,1 - 21,0 -
FT-35-SG-UR 680.750 6.830.226 79,578 77,99 - - 77,99 -
-
60,00 - 25,7 -
FT-36-TM-UR 678.170 6.833.223 20,889 15,97 - - 15,97 -
-
64,4 - 25,2 -
FT-36-TM-UR A) 678.170 6.833.223 20,889 15,97 - - 15,97 -
-
64,4 - 24, 3,03
FT-37-MF-UR 664.635 6.830.645 55,531 53,00 - - 53,00 -
-
666,00 - 19,3 -
FT-38-MF-UR 669.163 6.833.007 57,623 46,96 - - 46,96 -
-
500,00 - 22,2 -
FT-38-MF-UR A) 669.163 6.833.007 57,623 46,96 - - 46,96 -
-
500,00 - 22,2 -
FT-39-MF-UR 672.463 6.828.680 54,553 64,95 0,00 - 64,95 2,40
-
103,00 - 18,2 -
FT-40-CR-UR 666.835 6.826.598 59,659 58,55 1,02 - 58,55 1,87
-
136,8 - 22,9 -
FT-41-SG-UR 684.936 6.825.817 50,388 49,24 - - 49,24 -
-
118,6 - 20,0 -
FT-42-JG-UR 675.851 6.815.336 19,999 20,00 - - 20,00 -
-
80,9 - 17,6 -
FT-43-IÇ-UR 673.664 6.815.631 33,109 37,31 - - 37,31 -
-
118,70 - 18,50 -
FT-44-IÇ-UR 672.157 6.825.885 59,473 56,68 0,30 - 56,68 -
-
71,5 - 17,7 -
FT-45-CS-UR 662.036 6.834.467 62,242 58,80 - - 58,80 -
-
77,9 - 22,6 -
FT-45-CS-UR A) 662.036 6.834.467 62,242 58,80 - - 58,80 -
-
77,9
31.90
UH
22,6 11,99
117
Objetivando avaliar o impacto da ação antrópica nos aqüíferos da bacia do rio
Urussanga, foram elaborados alguns mapas que permitissem fornecer uma melhor
visualização da problemática contaminação ambiental da região. Assim, com o auxilio do
software SURFER 8 Golden Sofware, foi elaborado um mapa com a topografia dos pontos de
água cadastrados. Para tanto, foram estabelecidas as cotas topográficas dos pontos
amostrados com o auxilio de mapas topográficos do IBGE, escala 1:50000 e ortofotocartas,
escala 1:5000. As coordenadas dos pontos foram obtidas com auxilio de GPS.
O mapa topográfico dos pontos de água, apresentado na página seguinte (Figura 60),
mostra que os pontos mais elevados encontram-se na região norte-noroeste.
O mapa potenciométrico, (Figura 61), mostra um fluxo com gradiente forte de
noroeste para o centro da bacia do rio Urussanga, onde, na região do município de
Urussanga, a exploração de poço tubular profundo para abastecimento de indústria de
Plásticos Fenilli, (PT -21-Ur-Ur), e o poço PT-20-Ur-Ur da região de Urussanga Baixa
provavelmente são os responsáveis pelo rebaixamento do nível nestes pontos. A terceira
inflexão localiza-se na região do município de Morro da Fumaça onde estão localizados 05
poços tubulares, PT-29 - MF-Ur; PT-30 - MF-Ur; PT-31 - MF-Ur; PT-32 - MF-Ur e PT-33 -
MF-Ur. A presença da mina de fluorita aparentemente não induziu as linhas de fluxo
potenciométricas, sendo que a presença das galerias seria um local propício de drenança. O
sentido das linhas potenciométricas do litoral para o continente pode indicar que está
ocorrendo superexploração dos aqüíferos nesta região com riscos de intrusão marinha.
O mapa piezométrico (Figura 62) mostra uma distribuição semelhante ao
potenciométrico, mas as linhas de fluxo estão bem mais orientadas no sentido dos poços
tubulares com vazões maiores ou para áreas de maior concentração de poços. Persiste a
indicação da queda da pressão no sentido de sudoeste para nordeste na faixa litorânea.
Foram feitos dois mapas de condutividade elétrica, sendo um referente aos aqüíferos
livres (fontes, poços escavados e poços ponteiras) representado na Figura 63, e outro
referente aos aqüíferos confinados (poços tubulares), representado na Figura 64.
O mapa de contorno de condutividade elétrica dos aqüíferos livres (Figura 63) mostra
claramente um aumento significativo da condutividade nas áreas mineradas delineia focos
com alta condutividade na região do município Urussanga e a nordeste do balneário do
Rincão. Este último deixa claro que existe um soerguimento da linha que separa a água
salgada da água doce , ou seja, a cunha marinha . O motivo é a superexploração dos aqüíferos
livres nesta região.
118
A figura 64 mostra claramente que ocorre uma contaminação da água subterrânea no
município de Içara e no município de Urussanga, pois a condutividade elétrica apresenta
anomalias significativas nestes dois lugares. No geral, a condutividade decresce em direção à
calha do rio Urussanga, e no sentido das litologias graníticas na porção nordeste da área.
Semelhante ao que foi feito com a condutividade elétrica, foi executado mapas de contorno
de pH para os aqüíferos livres e para os aqüíferos confinados.
A figura 65 representa as curvas de contorno de pH para os aqüíferos livres, e
claramente pode ser observada a presença de pH’s mais ácidos na região onde aflora a
Formação Rio Bonito e a disseminação das águas mais acidas na planície de inundação do rio
Urussanga. Observa-se que somente na região noroeste e na área sudeste da bacia
encontramos águas freáticas mais neutras.
A figura 66 nos mostra as curvas de contorno de pH dos poços tubulares(aqüíferos
confinados), representando os aqüíferos confinados. A s águas confinadas apresentam uma
situação mais básica que as freáticas. Dois pontos, localizados na parte mais a noroeste e
oeste, próximo do município de Içara, apresentam pH abaixo de 6, mas ainda acima de 5,
sendo que está, provavelmente, ligada a exploração de carvão. Estes dois pontos também
podem significar uma contribuição maior de água da Formação Rio Bonito, uma vez que
ficou difícil identificar em alguns poços quais aqüíferos estavam sendo explorados e, por
vezes, aqüíferos freáticos também são aproveitados em alguns poços tubulares.
O mapa de contorno de ferro total para aqüíferos confinados (Figura 67) mostra uma
situação complicada para o abastecimento humano. Destaca-se a área do município de Içara,
onde a contaminação ultrapassa absurdamente o limite de 0,3 mg/l estabelecido pela OMS. Se
traçarmos um paralelo entre este mapa de contorno e o potenciométrico, observamos que o
teor de ferro aumenta em direção ao rio Urussanga, retratando o sentido de fluxo das águas
subterrâneas.
Igualmente ao ferro, o mapa de contorno de teores de manganês (Figura 68) mostra
teores extremamente altos na região do município de Içara. Onde os teores de manganês
ultrapassam 6 mg/l, sendo que o limite estabelecido pela OMS é de 0,1mg/l.
119
4000 6000 m.0
2000 m.
2000
Escala Gráfica
Figura nº 60-Mapa topográfico dos pontos d’água
120
Escala Gráfica
2000
2000 m.
0 6000 m.4000
Figura nº 61-Mapa de contorno potenciométrico
121
2000 m.
4000 6000 m.0 2000
Escala Gráfica
Figura nº 62-Mapa de contorno piezométrico
122
4000 6000 m.0
2000 m.
2000
Escala Gráfica
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA (µS/cm)
Figura nº 63-Mapa de contorno condutividade elétrica – Aqüíferos livres
123
Escala Gráfica
2000
2000 m.
0 6000 m.4000
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA (µS/cm)
Figura nº 64-Mapa de condutividade elétrica – Poços tubulares- auqiferos confinados
124
Escala Gráfica
2000
2000 m.
0 6000 m.4000
pH
Figura nº 65-Mapa de contono pH – Aqüíferos livres
125
4000 6000 m.0
2000 m.
2000
Escala Gráfica
pH
Figura nº 67-Mapa de contorno de pH – Poços tubulares - aqüíferos confinados
6000 m.
Escala Gráfica
2000
2000 m.
04000
Teor de Fe (mg/l)
Figura nº 68 -Mapa de contorno Ferro total – Poços tubulares-aquiferos confinados
126
4000
Escala Gráfica
2000
2000 m.
0 6000 m.
Teor de Mn (mg/l)
Figura nº 68-Mapa de contorno Mn – Poços tubulares-aquiferos confinados
127
9 – CARACTERIZAÇÃO HIDROQUIMICA DOS PONTOS DE ÁGUA
A caracterização hidroquimica dos pontos de água relacionados aos aqüíferos
fraturados, englobando as litologias graníticas e as basálticas, esta representada na figura
69.
As águas apresentam pH neutro a levemente ácido, com valores desde 4,9 (PE-66) até
6,9 (PT-2) com valores de condutividade que variam de 137μ S/cm (PT-11) a 56 (FT-6).
As águas destes sistemas são do tipo bicarbonatadas sódicas (28,6%), e sulfatadas ou
cloretadas sódicas (71,4%) como mostra o diagrama de Piper apresentado na Figura 69
abaixo.
Figura 69 - Diagrama de Piper para aqüíferos fraturados.
Para os pontos de água dos aqüíferos porosos das Formações Rio do Sul e Rio
Bonito, o diagrama de Piper representado na figura 14, mostra uma mistura maior. De 14
pontos analisados, 14,4 % situam-se nas águas bicarbonatadas magnesianas ou cálcicas;
35,7% são do tipo bicarbonatadas sódicas e 50 % são classificadas como sulfatadas ou
cloretadas sódicas.
128
Figura 70 - Diagrama de Piper para aqüíferos porosos das Formações Rio do Sul e Rio Bonito.
Figura 71 - Diagrama de Piper das fontes naturais.
129
As características químicas das águas das fontes plotadas no diagrama de Piper
(Figura 71) revelaram que 14,3% são do tipo bicarbonatadas sódicas e 85,70 % são
classificadas como sulfatadas ou cloretadas sódicas. A Figura 72 mostra o diagrama de risco
de salinidade para fontes, sendo considerado quase nulo.
Figura 72 - Diagrama de risco de salinidade para fontes
Abaixo, seque a tabela com as características químicas das fontes de água analisadas no
laboratório do IPAT:
Tabela 15 – Análises químicas dos pontos de água
130
ESTACAO UTM E UTM N pH Cond. Alc.Total HCO
3
meqHCO
3
CO
3
meqCO
3
Cl meqCl
PT-01-PG-ur 671907 6837960 6,5 129 28,2 34,40146 -0,5639583 0,0050038 -0,0002 8,8 -0,2482
PT-02-TM-ur 673591 6835855 6,9 83 14,8 18,05272 -0,2959463 0,0064436 -0,0002 6,6 -0,1862
PT-03-MF-ur 671856 6835308 6,8 223 66,8 81,4837 -1,3357983 0,0241933 -0,0008 9,6 -0,2708
PT-08-UR-ur 665178 6851012 6,8 248 73,3 89,4105 -1,4657459 0,0304778 -0,0010 10,1 -0,2849
PT-11-UR-ur 664000 6844306 5,9 137 37,6 45,87119 -0,7519867 0,0016008 -0,0001 8,5 -0,2398
PT-13-UR-ur 664672 6839115 5,5 91 7,9 9,63792 -0,1579987 0,0001573 0,0000 9,7 -0,2736
PT-19-UR-ur 668158 6840082 7,4 419 117,8 143,6297 -2,3545846 0,1695444 -0,0057 9,6 -0,2708
PT-20-UR-ur 669035 6836215 7,3 354 107,4 130,964 -2,146951 0,1257007 -0,0042 17,6 -0,4965
PT-23-CS-ur 663615 6834689 7,6 425 110,4 134,5627 -2,2059462 0,245774 -0,0082 29,1 -0,8209
PT-29-MF-ur 674411 6829424 5,6 163 13,2 16,10386 -0,2639977 0,0002817 0,0000 24,9 -0,7024
PT-30-MF-ur 675810 6827614 7,7 1858 121,8 148,4008 -2,4328005 0,3824282 0,0031 498,6 -14,0649
PT-38-IÇ-ur 664689 6831766 7,0 210 61,9 75,49951 -1,2376969 0,0363452 -0,0012 16,5 -0,4654
PT-64-IÇ-ur 666828 6824830 6,8 261 72,8 88,8029 -1,4557852 0,0257666 -0,0009 24,1 -0,6798
PO-04-JG-ur 681180 6818440 5,6 187 4,7 5,73394 -0,093999 0,0001178 0,0000 14,8 -0,4175
PO-08-JG-ur 686310 6820694 5,0 98 1,0 1,219997 -0,02 5,744E-06 0,0000 22 -0,6206
PO-19-JG-ur 676488 6814268 5,8 137 3,3 4,025939 -0,065999 0,0001196 0,0000 19,6 -0,5529
PO-21-IÇ-ur 670959 6811283 6,7 82 8,9 10,85657 -0,1779766 0,0028076 -0,0001 11,6 -0,3272
PO-23-IÇ-ur 666991 6808405 4,9 54 0,0 0 0 0 0,0000 8,2 -0,2313
PE-16-UR-ur 660501 6848395 5,2 117 1,3 1,585994 -0,0259999 1,239E-05 0,0000 10,2 -0,2877
PE-21-UR-ur 660449 6840518 4,7 92 0,0 0 0 0 0,0000 6,9 -0,1946
PE-41-CR-ur 666948 6828989 4,8 132 0,0 0 0 0 0,0000 17,4 -0,4908
PE-66-IÇ-ur 677224 6823720 4,9 103 0,0 0 0 0 0,0000 14,6 -0,4118
PE-72-IÇ-ur 675010 6817028 5,4 165 4,6 5,611963 -0,0919994 7,277E-05 0,0000 20,1 -0,5670
FT-01-UR-ur 666311 6852782 5,2 37 0,7 0,853997 -0,014 5,947E-06 0,0000 5 -0,1410
FT-04-CS-ur 657505 6835810 6,3 93 26,7 32,57241 -0,5339739 0,0031305 -0,0001 6,1 -0,1721
FT-06-UR-ur 665452 6840990 6,3 52 5,0 6,099666 -0,0999945 0,0006577 0,0000 7,6 -0,2144
FT-09-UR-ur 663327 6846426 5,6 73 7,6 9,271912 -0,1519986 0,0001738 0,0000 6,4 -0,1805
FT-11-UR-ur 656510 6847020 6,7 72 15,8 19,27335 -0,3159565 0,0052191 -0,0002 4,2 -0,1185
FT-36-TM-ur 678170 6833223 6,6 68 7,9 9,63706 -0,1579846 0,0018477 -0,0001 8,7 -0,2454
FT-43-IÇ-ur 673664 6815631 6,3 105 3,3 4,025803 -0,0659968 0,0003869 0,0000 15,2 -0,4288
ESTACAO SO
4
meqSO
4
Al Ca meqCa Fe meqFe Mg meqMg Mn meqMn
PT-01-PG-ur 12,2 -0,2542 1,36 1,63 0,0815 0,26 0,0093 2,1 0,1728 0,000 #REF!
131
PT-02-TM-ur 12,3 -0,2563 0,78 0,23 0,0115 0,00 0,0000 0,34 0,0280 0,140 0,0000
PT-03-MF-ur 13,6 -0,2833 1,15 3,12 0,1560 0,71 0,0254 4,38 0,3605 0,000 #REF!
PT-08-UR-ur 25,5 -0,5313 1,64 6,38 0,3190 0,15 0,0054 5,47 0,4502 0,000 0,0000
PT-11-UR-ur 14,3 -0,2979 1,62 0,83 0,0415 0,04 0,0014 2,96 0,2436 0,000 0,0000
PT-13-UR-ur 11,9 -0,2479 0,44 0,25 0,0125 0,00 0,0000 2,01 0,1654 0,000 0,0000
PT-19-UR-ur 31,6 -0,6583 1,17 19,27 0,9635 0,48 0,0172 6,96 0,5728 0,000 0,0000
PT-20-UR-ur 14 -0,2917 1,31 20,5 1,0250 0,53 0,0190 4,78 0,3934 0,000 0,0000
PT-23-CS-ur 22,8 -0,4750 2,1 11,19 0,5595 0,05 0,0018 3,29 0,2708 0,000 0,0000
PT-29-MF-ur 0 0,0000 0,91 0,77 0,0385 0,00 0,0000 2,98 0,2453 0,000 0,0000
PT-30-MF-ur 82,5 -1,7188 1,06 62,28 3,1140 0,26 0,0093 22,58 1,8584 0,000 #REF!
PT-38-IÇ-ur 15,6 -0,3250 0,39 2,13 0,1065 1,68 0,0602 2,19 0,1802 0,480 0,0000
PT-64-IÇ-ur 17,5 -0,3646 1,09 1,35 0,0675 2,16 0,0774 6,66 0,5481 0,310 0,0000
PO-04-JG-ur 13,3 -0,2771 0,37 5,82 0,2910 0,05 0,0018 4,01 0,3300 0,000 0,0000
PO-08-JG-ur 12 -0,2500 0,59 0,3 0,0150 0,00 0,0000 1,75 0,1440 0,000 0,0000
PO-19-JG-ur 0 0,0000 0,19 1,52 0,0760 0,26 0,0093 2,92 0,2403 0,510 0,0000
PO-21-IÇ-ur 12,1 -0,2521 0,84 3,15 0,1575 0,00 0,0000 1,15 0,0947 0,000 0,0000
PO-23-IÇ-ur 0 0,0000 0,09 0,37 0,0185 0,00 0,0000 1 0,0823 0,000 0,0000
PE-16-UR-ur 12,6 -0,2625 0,28 0,96 0,0480 0,00 0,0000 3,75 0,3086 0,000 0,0000
PE-21-UR-ur 21,6 -0,4500 3,5 0,56 0,0280 0,46 0,0165 1,92 0,1580 0,000 #REF!
PE-41-CR-ur 12,8 -0,2667 1,73 0,75 0,0375 0,30 0,0107 3,89 0,3202 0,000 0,0000
PE-66-IÇ-ur 12,6 -0,2625 2,07 0,59 0,0295 0,07 0,0025 1,64 0,1350 0,370 0,0000
PE-72-IÇ-ur 11 -0,2292 1,62 3,34 0,1670 0,18 0,0064 2,55 0,2099 0,130 0,0000
FT-01-UR-ur 0 0,0000 2,38 0 0,0000 0,57 0,0204 0,98 0,0807 0,000 0,0000
FT-04-CS-ur 13,6 -0,2833 2,41 0,33 0,0165 0,34 0,0122 3,07 0,2527 0,000 0,0000
FT-06-UR-ur 14,8 -0,3083 0,24 0 0,0000 0,41 0,0147 0,92 0,0757 0,000 0,0000
132
A seguir seguem os diagramas de Piper e diagramas de riscos de salinidade com a tolalidade dos
pontos amostrados, e onde foram efetuadas análises químicas, relacionadas na tabela 15.
Figura 73 - Diagrama de piper p/ 30 pontos d’água
133
Figura 74 - Diagrama de piper de poços escavados
Figura 75 - Diagrama de piper de poços ponteiras
134
Figura 76 - Diagrama de piper de poços tubulares
Figura 77 - Gráfico de salinidade
135
Figura 78 - Diagrama geral de risco de salinidade
Figura 79 - Diagrama de risco de salinidade poços tubulares
136
Figura 80 - Diagrama de risco de salinidade poços escavados
Figura 81 - Diagrama de risco de salinidade poços ponteiras
137
11 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o desenvolvimento dos trabalhos na elaboração deste tese, no intuito de
avaliar a implicação antrópica nos recursos hídricos subterrâneos da Bacia Hidrográfica do
Rio Urussanga, ficou constatado que a situação das águas subterrâneas é critica nesta região.
O propósito da realização desta tese foi de munir o Comitê gestor da Bacia
Hidrográfica do Rio Urussanga de um banco de dados que auxiliem na tomada de decisões
visando à recuperação dos recursos hídricos. A execução dos diversos mapas e
cadastramentos dos pontos amostrados são ferramentas necessárias para o gerenciamento de
uma bacia.
.Para tanto, em razão da complexidade do problema, foram estudadas maneiras de
gerar informações que visem ilustrar o comportamento futuro dos agentes contaminantes
(plumas). Assim, foram executados mapas temáticos objetivando informações de
comportamento dos recursos hídricos, pois os mesmos não são estanques.
O mapa de condutividade elétrica permitiu visualizar a invasão da cunha salina, e o
mapa potenciométrico mostra a direção de migração da mesma. Igualmente, a contaminação
dos aqüíferos confinados por manganês ficou espelhado no mapa de contorno de Mn. Aliado,
com as informações dos mapas potenciométrico e piezométrico observamos a direção/sentido
do fluxo subterrâneo gerando a dispersão da pluma. Esta informação permitirá prevenir a
população civil da provável contaminação futura, por manganês, dos poços em atividade
situados a nordeste da cidade de Içara.
A contaminação por drenagem ácida dos aqüíferos freáticos e confinados ficou muito
clara com os mapas de contorno de pH , e mostram claramente que, apesar de pontos restritos
onde a DAM afeta aqüífero confinados, as características químicas destes sugerem que estas
águas ainda estão em condições de uso para o consumo humano, sendo que as freáticas estão
praticamente comprometidas. Igualmente, os mapas de condutividade elétrica permitem
visualizar anomalias na região de Içara, Urussanga e Morro da Fumaça.
Sugere-se que as áreas lavradas para extração de argilas e areias para a indústria
cerãmica, oléica e construção civil sejam alvos de recomposição do solo e revegetação, a fim
de proteger os aqüíferos dos sistemas Laguna Barreira III e IV.Também se faz necessário um
controle da exploração do aqüífero freático na área litorânea efetuados por poços tipo
ponteiras, evitando a sobre exploração dos mesmos a fim de estabilizar a cunha salina.
138
O desassoreamento do Rio Urussanga para prevenir enchentes também é fator
preocupante, pois a reexposição dos rejeitos piritosos para ambientes oxidantes aumenta a
contaminação por drenagem ácida. Estes rejeitos estão, na situação atual, parcialmente
recobertos e misturados com sedimentos finos argilosos que inibem a degradação da pirita.
Áreas de disposição de rejeitos piritosos podem ser utilizados para instalação de
aterros sanitários, assim como as lagoas ácidas podem receber dejetos suínos e esgoto cloacal
doméstico e urbano, pois a característica fartamente básica destes últimos neutralizaria
parcialmente a DAM.
12 – CONCLUSÕES
Três aspectos destacam-se na contaminação dos aqüíferos, sendo o mais importante o
que se refere às minerações de carvão, onde a disposição de rejeitos piritosos em situações
inadequadas, áreas mineradas a céu aberto exauridas, abandonadas, sem um mínimo de
trabalho de recuperação ambiental, geram drenagens ácidas de mina que já se espalharam em
praticamente toda a bacia, contaminando as águas superficiais, freáticas e, localmente, o
aqüífero mais profundo, confinado. O uso de rejeitos piritosos para conservação de estradas,
aterros de áreas para projetos imobiliários só fizeram aumentar a área de exposição destes
rejeitos e consequentemente, aumentarem a formação de DAM.
O segundo ponto crítico é a contaminação dos aqüíferos por manganês e ferro, na
cidade de Içara. Esta contaminação por manganês aparece em níveis muito altos e inviabiliza
o consumo humano desta água. Contaminações por ferro também são fatores de limitação de
uso destas águas.
O terceiro ponto refere-se à horizontalização da linha de interfácie água salgada /água
doce, nas proximidades do balneário Rincão. A invasão da água marinha nesta região é fruto
da exploração sem controle das águas freáticas.
Outra conclusão importantíssima está no fato de que observou-se, em praticamente
toda a área trabalhada, que a infiltração de água superficial poluída ainda não atingiu as
proporções alarmantes nos aqüíferos confinados, excetuando-se o referenciado acima. A
139
razão é provavelmente o fato de que a região funciona como área de descarga dos aqüíferos
confinados, e assim, sustenta os contaminantes em níveis superiores (aqüíferos livres),
elevando a maioria dos poluentes para a superfície ao mesmo tempo em que dilui os
contaminantes mais densos, pesados, que não podem ser carreados.
Portanto, medidas de mitigação dos problemas observados e detalhados neste trabalho
ainda podem ser aplicados visando, pelo menos, manter os níveis de poluição estagnados
onde for possível, uma vez que a descontaminaçãoé tarefa onde a natureza agirá muito mais
eficientemente que qualquer atividade antrópica.
ANEXOS
Apêndice A - Mapa Hidroquimico
Apêndice B – Mapa de Fontes de Água
Apêndice C - Mapa de Fontes de Poluição
Apêndice D - Mapa Geológico
140
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