Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
Instituto de Geociências e Ciências Exatas
Campus de Rio Claro
CARTA GEOTÉCNICA DE SUSCETIBILIDADE AOS
PROCESSOS DA DINÂMICA SUPERFICIAL DO TRECHO KM
215 AO 249 DA RODOVIA MARECHAL RONDON - SP-300.
FRANCELY MARTINELLI FERNANDES
Orientador: Leandro Eugenio da Silva Cerri
Dissertação de Mestrado elaborada
junto ao Programa de Pós-
Graduação em Geociências e Meio
Ambiente
para obtenção do título de Mestre em
Geociências e Meio Ambiente
Rio Claro (SP)
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
Instituto de Geociências e Ciências Exatas
Campus de Rio Claro
CARTA GEOTÉCNICA DE SUSCETIBILIDADE AOS
PROCESSOS DA DINÂMICA SUPERFICIAL DO TRECHO KM
215 AO 249 DA RODOVIA MARECHAL RONDON - SP-300.
FRANCELY MARTINELLI FERNANDES
Orientador: Leandro Eugenio da Silva Cerri
Dissertação de Mestrado elaborada
junto ao Programa de Pós-
Graduação em Geociências e Meio
Ambiente
para obtenção do título de Mestre em
Geociências e Meio Ambiente
Rio Claro (SP)
2008
ads:
526.8 Fernandes, Francely Martinelli
F363c
Carta geotécnica de suscetibilidade aos processos
da dinâmica superficial do trecho km 215 ao 249 da
Rodovia Marechal Rondon – SP-300 / Francely
Martinelli Fernandes. - Rio Claro : [s.n.], 2008
110 f. : il., tabs., quadros, gráfs., fots.
Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual
Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas
Orientador: Leandro Eugênio da Silva Cerri
1. Cartografia. 2. Cartografia geotécnica. 3.
Zoneamento geotécnico. 4. Erosão. 5. Movimento de
massa. 6. Gestão ambiental. I. Título.
Ficha Catalográfica elaborada pela STATI - Biblioteca da UNESP
Campus de Rio Claro/SP
Comissão Examinadora
Leandro Eugenio da Silva Cerri
Kátia Canil
José Eduardo Zaine
Aluna: Francely Martinelli Fernandes
Rio Claro, 19 de setembro de 2008.
Resultado: APROVADA
Àqueles que me ensinaram como
caminhar, que me deixaram a orientação
de quais trilhas perseguir e me
carregaram pela mão no rumo da eterna
busca pelo conhecimento, meus pais,
Francisco e Joceli
Dedico
AGRADECIMENTOS
Para o desenvolvimento deste trabalho foi fundamental o apoio de diversas
pessoas, sem as quais esta pesquisa dificilmente teria sido concluída. Desta forma,
agradeço:
Ao Prof. Dr. Leandro E. S. Cerri por todo o ensinamento e conhecimento
transmitidos com sabedoria, de assuntos mercadológicos aos acadêmicos,
contribuindo de forma definitiva na formação dos seus alunos;
Ao futuro Dr. José Luís Ridente Jr., grande colega e amigo “Ridents”, pessoa
fundamental para o desenvolvimento e conclusão desta pesquisa; agradeço pelos
dados geológicos coletados, sugestões, discussões, e imenso incentivo;
Ao Prof. Dr. José Eduardo Zaine, professor e amigo, pela ajuda nos
momentos solicitados, pelo incentivo e pela amizade;
À grande amiga Beatriz Lima de Paula, pessoa que conheço de outras
dimensões, agradeço por todo o apoio nos momentos que mais precisei, desde
passar um tempo na minha casa, conversas, almoços, até a “co-orientação” deste
estudo;
Aos amigos da pós-graduação, em especial Alessandra R. Gomes, amiga
valiosa que descobri na pós, por direcionar e “desenrolar” minha cabeça não no
mestrado, mas também na vida; Fabiano F. Cucolo, pelas aulas de ArcGIS e
execução do banco de dados; Prof. Dr. JoAlexandre J. Perinotto, pela amizade
gratuita, pela dedicação e empenho que doa à pós-graduação;
Aos colegas de trabalho do Rodoanel, principalmente Carlos H. Aranha, pelo
apoio e horas disponibilizadas para que esta pesquisa fosse concluída; Ana Luíza M.
Gnaspini, pela companhia nas vistorias na obra, pelo apoio na finalização deste
trabalho, e pela revisão dos textos; Murilo Costa e Rodrigo C.D. Neves pelo convívio
em ambiente “hostil”;
À minha família ancestral: querida e amada mãe Joceli, inspiração diária;
irmãs Helga e Kelly, amores incondicionais; tios Gisely e Cláudio, grandes amigos;
primos Giuseppe e Lorena, motivadores da minha vontade de melhorar o mundo; e
Jorge, base sustentadora de todo o esforço destinado a este trabalho, agradeço
pela eterna cumplicidade, ajuda desmedida e formidável compartilhamento da vida;
À minha nova família: Ricardo e Thatha; Eduardo, Janaína e Maria Luíza; Seu
Zezinho, e especialmente D. Gracinha; agradeço por todo o carinho e afeição com
que me receberam e me acolhem;
Ao companheiro Guilherme, presente divino que ganhei em hora tão propícia;
agradeço por toda compreensão, dedicação e amor; por ter estruturado um lar com
nossos alegres e fiéis filhos cães, nossos peixes e plantas; e pela doação de horas
preciosas de harmoniosa convivência para que este texto pudesse ser escrito;
Ao meu pai Francisco S. Fernandes, que não mais se encontra presente entre
nós, mas cujos ensinamentos, amor e dedicação permanecem vivos em mim;
agradeço por ter sido, desde o início, o maior incentivador e entusiasta do
desenvolvimento deste estudo, pelas inestimáveis horas de conversa sobre os mais
variados assuntos e por toda a ajuda dispensada em momentos que talvez ele não
pudesse...
"Para dar ordens à natureza é preciso saber obedecer-lha."
Francis Bacon
i
RESUMO
As rodovias são empreendimentos de grande extensão longitudinal que atravessam
diversos tipos de terrenos, que possuem condições geológicas, geomorfológicas,
pedológicas e vegetacionais diferenciadas. Na gestão ambiental de rodovias foi
notada a importância da utilização de Cartas Geotécnicas de Suscetibilidade, por
serem documentos que inter-relacionam diversas informações do meio físico. Desta
forma, esta pesquisa objetivou a elaboração deste tipo de carta e a indicação de
diretrizes para a conservação da Rodovia Marechal Rondon SP-300. Para sua
elaboração foram utilizados o Mapa de Declividade, as Unidades Fisiográficas
Homogêneas delimitadas, os processos da dinâmica superficial mapeados e o uso
do solo. Sua elaboração evidenciou sua importância para a gestão ambiental de
rodovias, tendo em vista a prevenção, o monitoramento e a correção dos processos
adversos que podem ocorrer neste tipo de empreendimento.
Palavras chave: cartografia geotécnica, zoneamento geotécnico, erosão,
movimentos de massa, gestão ambiental.
ii
ABSTRACT
The highways are enterprises of great longitudinal extension that cross several types
of lands, that possess different geologic, geomorphologic, pedologic and vegetation
conditions. In the environmental management of highways the importance of the use
of Engineering Geological Maps of Susceptibility was noticed, for being documents
that inter-relates several information of the environment. This way, this research
objectified the elaboration of this type of map and the indication of lines of direction
for the conservation of the Highway Marechal Rondon - SP-300. For its elaboration
the Map of Declivity, the delimited Homogeneous Physiographic Units, the processes
of the superficial dynamics mapped and the use of the ground was used. Its
elaboration evidenced its importance for the environmental management of
highways, in view of the prevention, the monitoring and the correction of the adverse
processes that can occur in this type of enterprise.
Key Words: engineering geological mapping, geotechnical zoning, erosion, mass
movements, environmental management.
iii
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Propriedades e características que devem ser observadas na foto-análise
e na fotointerpretação.................................................................................................12
Quadro 2. Definição dos parâmetros para identificação de zonas homogêneas nas
fotografias aéreas e imagens de satélite ...................................................................14
Quadro 3. Caracterização das propriedades das formas texturais...........................14
Quadro 4. Principais problemas em taludes de rodovias do Estado de São Paulo..34
Quadro 5. Indicadores e parâmetros geológicos que podem ser utilizados na
avaliação de Desempenho Ambiental........................................................................42
Quadro 6. Principais características da APA Corumbataí-Botucatu-Tejupá.............50
Quadro 7. Principais características da FE Botucatu................................................51
Quadro 8. Listagem e descrição do material adquirido.............................................54
Quadro 9. Principais elementos constituintes da paisagem......................................58
Quadro 10. Critérios utilizados na caracterização das unidades de relevo...............59
Quadro 11. Descrição das Unidades Fisiográficas Homogêneas.............................80
Quadro 12. Principais problemas ocasionados pela intervenção humana nas
diferentes categorias de uso do solo..........................................................................91
iv
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Área de estudo.............................................................................................2
Figura 2. Seção transversal mista de rodovia.............................................................4
Figura 3. Conseqüências da ocorrência do rastejo...................................................26
Figura 4. Escorregamento planar ou translacional....................................................27
Figura 5. Escorregamento circular ou rotacional.......................................................28
Figura 6. Escorregamento em cunha........................................................................28
Figura 7. Queda de blocos rochosos.........................................................................29
Figura 8. Tombamento de blocos rochosos..............................................................30
Figura 9. Rolamento de blocos rochosos..................................................................30
Figura 10. Desplacamento rochoso...........................................................................31
Figura 11. Dimensões de sustentabilidade................................................................37
Figura 12. Modelo de sistema de gestão ambiental para a Norma ISO....................39
Figura 13. Pluviograma acumulado médio mensal representativo da área de
estudo.........................................................................................................................48
Figura 14. Fluxograma das etapas de trabalho.........................................................53
Figura 15. Exemplo de interpretação fisiográfica realizada nas fotografias aéreas..56
Figura 16. Exemplo da interpretação dos processos da dinâmica superficial...........57
Figura 17. Ficha de campo........................................................................................63
Figura 18. Modelo Numérico do Terreno (MNT)........................................................67
Figura 19. Perfil de alteração típico da Unidade I......................................................70
Figura 20. Perfil de alteração típico da Unidade II.....................................................71
Figura 21. Perfil de alteração típico da Unidade III....................................................74
Figura 22. Perfil de alteração típico da Unidade IV...................................................76
Figura 23. Perfil de alteração típico da Unidade V....................................................78
v
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Ocorrência de processos da dinâmica superficial na Rodovia Marechal
Rondon.......................................................................................................................82
Gráfico 2. Porcentagem de ocorrência dos processos da dinâmica superficial na
Rodovia Marechal Rondon ........................................................................................82
Gráfico 3. Área ocupada por cada tipo de uso do solo.............................................83
Gráfico 4. Porcentagem da área ocupada por cada tipo de uso do solo..................84
Gráfico 5. Distribuição dos processos da dinâmica superficial em cada Unidade....85
Gráfico 6. Quantidade total de processos deflagrados em cada unidade.................86
Gráfico 7. Distribuição dos processos da dinâmica superficial em cada tipo de uso
do solo........................................................................................................................89
Gráfico 8. Quantidade total de processos deflagrados em cada tipo de solo...........89
Gráfico 9. Distribuição dos processos da dinâmica superficial nas classes de
declividade..................................................................................................................92
Gráfico 10. Quantidade total de processos deflagrados em cada classe de
declividade..................................................................................................................93
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Quantidade de ocorrências observadas na área de estudo......................81
Tabela 2. Relação dos processos encontrados em cada Unidade Fisiográfica
Homogênea................................................................................................................85
Tabela 3. Relação dos processos encontrados em cada categoria de uso do solo..88
Tabela 4. Relação dos processos encontrados em cada classe de declividade.......92
Tabela 5. Suscetibilidade aos principais processos da dinâmica superficial.............95
LISTA DE FOTOS
Foto 1. Depósito de tálus cobrindo a rocha no talude de corte da rodovia...............71
Foto 2. Perfil de alteração típico da Unidade III.........................................................74
Foto 3. Perfil de alteração típico da Unidade IV........................................................76
Foto 4. Ponto de verificação de arenito.....................................................................78
vii
LISTA DE SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
CEBDS Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento
Sustentável
CMMAD Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
CSIRO Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization
DAEE Departamento de Águas e Energia Elétrica
DER Departamento de Estradas de Rodagem
DGI Divisão de Geração de Imagens
DNIT Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transito
EPE Environmental Performance Evaluation
IAEG International Association of the Engeneering Geologyst
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IF Instituto Florestal de São Paulo
INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
ISO International Organization for Standartization
MNT Modelo Numérico do Terreno
NA Nível d’água
NBR Norma Brasileira
PUCE Paterns Units Components Evaluation
SGA Sistema de Gestão Ambiental
SIG Sistema de Informação Geográfica
SIGRH Sistema de Informações para o Gerenciamento de Recursos
Hídricos do Estado de São Paulo
UNESP Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho
USP Universidade de São Paulo
viii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................1
1.1. Características de Empreendimentos Rodoviários...........................................4
1.2. Objetivos...........................................................................................................7
1.2.1. Objetivo Geral ............................................................................................7
1.2.2. Objetivo Específico.....................................................................................7
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................8
2.1. Geologia de Engenharia ...................................................................................8
2.2. Zoneamento e Cartografia Geotécnicos ...........................................................9
2.3. Principais Processos da Dinâmica Superficial................................................21
2.3.1. Processos Erosivos..................................................................................22
2.3.2. Movimentos Gravitacionais de Massa......................................................25
2.3.2.1. Rastejo (Creep) .................................................................................25
2.3.2.2. Escorregamentos (Landslides) ..........................................................26
2.3.2.3. Quedas (falls) ....................................................................................29
2.3.2.4. Corridas (Flows) ................................................................................31
2.3.3. Assoreamento ..........................................................................................32
2.3.4. Enchentes e Inundações..........................................................................33
2.4. Suscetibilidade aos Processos da Dinâmica Superficial.................................33
2.5. Gestão Ambiental ...........................................................................................35
3. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO...................................................................44
3.1. Geologia e Geomorfologia..............................................................................44
3.2. Geotecnia .......................................................................................................46
3.3. Clima...............................................................................................................47
3.4. Vegetação.......................................................................................................48
3.5. Unidades de Conservação..............................................................................49
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E ETAPAS DA PESQUISA..................52
4.1. Definição da área de estudo e aquisição de material .....................................54
4.2. Revisão Bibliográfica ......................................................................................54
4.3. Preparação da base cartográfica e do banco de dados .................................55
4.4. Elaboração do Mapa de Declividade ..............................................................55
4.5. Interpretação das fotografias aéreas ..............................................................56
4.6. Delimitação das Unidades Fisiográficas Homogêneas...................................60
4.7. Mapeamento dos Processos da dinâmica superficial .....................................61
ix
4.8. Caracterização do Uso do Solo ......................................................................61
4.9. Trabalhos de Campo ......................................................................................61
4.10. Carta Geotécnica de Suscetibilidade aos Processos da dinâmica superficial
...............................................................................................................................64
5. RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO............................................................65
5.1. Mapa de Declividade ......................................................................................68
5.2. Unidades Fisiográficas Homogêneas .............................................................68
5.2.1. Unidade I – Várzeas e fundos de vale......................................................68
5.2.2. Unidade II – Cuesta da Serra de Botucatu...............................................70
5.2.2.1. Sub-Unidade IIa.................................................................................72
5.2.2.2. Sub-Unidade IIb.................................................................................72
5.2.3. Unidade III – Vertentes íngremes dos arenitos ........................................73
5.2.4. Unidade IV – Topos de colinas dos arenitos............................................75
5.2.5. Unidade V – Arenitos no reverso da cuesta.............................................77
5.3. Mapeamento dos processos da dinâmica superficial .....................................81
5.4. Uso do Solo ....................................................................................................83
5.5. Carta Geotécnica de Suscetibilidade aos Processos da dinâmica superficial 84
5.5.1. Recomendações ......................................................................................96
6. CONCLUSÕES......................................................................................................98
7. REFERÊNCIAS....................................................................................................100
ANDICE 1 – MAPA DE DECLIVIDADE
ANDICE 2 – FICHAS DE CAMPO
ANDICE 3 CARTA GETÉCNICA DE SUSCETIBILIDADE AOS PROCESSOS
DA DINÂMICA SUPERFICIAL
1
1. INTRODUÇÃO
A paisagem, dentro do contexto de espaço de inter-relação do homem com o
ambiente, pode ser definida como um mosaico heterogêneo formado por unidades
interativas (ecossistemas ou unidades de uso do solo), que possui seus limites
definidos por elementos do meio físico (formas de relevo e tipos de solo),
perturbações naturais (fogo, erupções vulcânicas, enchentes) e modificações
antrópicas (desmatamento, criação de reservatórios, implantação de rodovias)
(METZGER, 2001).
A paisagem local e regional pode ser modificada por diversos fatores, dentre
eles, a implantação de rodovias. Desde a primeira etapa de implantação, o
desmatamento, até a operação e desativação, a paisagem é transformada e as
rodovias permanecem como elementos constituintes desta paisagem ao longo do
tempo.
A primeira grande intervenção no meio natural, durante a fase construtiva de
uma rodovia, é o desmatamento, seguido de uma série de outras, tais como
escavação e transporte de solos e rochas, compactação de aterros, desvio da
drenagem natural da área, impermeabilização do solo, construção de obras-de-arte.
Cada intervenção, isolada ou conjugada, está relacionada a um tipo de impacto
ambiental.
No início dos anos 60, os impactos ambientais começaram a ser
sistematizados, e a partir da década de 70, as ações públicas e privadas
direcionaram-se para garantir a efetividade dos procedimentos requisitados pelas
exigências ambientais estabelecidas legalmente. Os instrumentos de gestão
2
ambiental visam garantir esta efetividade através da sistematização de documentos
técnicos e administrativos, gerando conformidade das medidas e práticas adotadas,
assegurando melhoria e aprimoramento de empreendimentos (BITAR & ORTEGA,
1998; BRAGA et al, 2005).
Os impactos negativos do meio físico decorrentes da implantação de
empreendimentos rodoviários são, basicamente, os problemas geológicos de caráter
geológico-geotécnico. Dentre os inúmeros casos que podem ocorrer nas rodovias
instaladas em regiões de clima tropical, como o Brasil, os principais são a erosão e
os movimentos de massa (RODRIGUES & LOPES, 1998).
Escorregamento, rastejo e queda de blocos são os processos da dinâmica
superficial mais observados em locais de instabilidade tectônica, como a região de
Cuestas Basálticas, onde está inserida, nas proximidades do município de Botucatu,
a Rodovia Marechal Rondon – SP-300, área de estudo desta pesquisa (Figura 1).
Figura 1. Área de estudo (imagem orbital ETM+, Landsat 7, 03/10/2002, composição
colorida 3B 4G 5R).
O trecho selecionado tem início no km 215 e fim no km 249, envolvendo
regiões com características ambientais específicas, vez que atravessa diferentes
0
10
20
5
km
/
Km 215
Km 249
3
províncias geomorfológicas: Depressão Periférica, Cuestas Basálticas (Serra de
Botucatu), e o Planalto Ocidental (ALMEIDA, 1964). Desta forma, os processos da
dinâmica superficial atuantes nesta área possuem diferente formação, intensidade e
abrangência.
Devido às fragilidades do quadro geológico regional, esta área está
classificada como sendo de alta criticidade em relação aos processos erosivos (IPT
1995). As cabeceiras de drenagem, principalmente, encontram-se deterioradas pela
instalação de processos erosivos avançados, agravados pelo avanço indiscriminado
da agricultura e da pastagem, que promovem a remoção da vegetação nativa do
local, expondo o solo e permitindo seu carreamento para outros locais.
Estes problemas são causados essencialmente pela falta do necessário
conhecimento do meio físico, principalmente, referente à gênese dos processos da
dinâmica superficial, levando a projetos construtivos inadequados e construções
deficientes, sendo estes problemas agravados quando não boa manutenção das
obras (RODRIGUES & LOPES, 1998).
Dentro deste contexto, o conhecimento das características e comportamentos
de elementos do meio físico e suas inter-relações, tornam-se fundamentais para o
bom desempenho da gestão ambiental e manutenção das rodovias.
Estas características e comportamentos, bem como as suas inter-relações
podem ser analisadas, interpretadas, sintetizadas e representadas em documentos
cartográficos, que são ferramentas fundamentais para a gestão ambiental, como são
as cartas geotécnicas; que classificam e representam os atributos que compõem o
meio físico (ZUQUETTE & NAKAZAWA, 1998).
O documento cartográfico enfocado na presente pesquisa é a carta
geotécnica de suscetibilidade; especificamente, suscetibilidade a processos da
dinâmica superficial, cuja lógica é apresentar a compilação dos dados de declividade
e tipo de solo, amparados nos dados do mapeamento dos processos deflagrados e
uso do solo.
Tendo isso em vista, com o intuito de garantir a efetividade das exigências
ambientais, a carta geotécnica de suscetibilidade é fundamental subsídio para a
gestão ambiental de empreendimentos rodoviários, na medida em que apresenta os
parâmetros de suscetibilidade a processos da dinâmica superficial, principal
problema nas rodovias do país; agravados/deflagrados pela ação antrópica.
4
1.1. Características de Empreendimentos Rodoviários
As rodovias caracterizam-se como obras lineares, isto é, possuem grandes
extensões longitudinais, mas ocupam estreita faixa de terreno. São
empreendimentos que geram a interligação de regiões geográficas distintas,
promovendo locomoção de pessoas, abastecimento de insumos e outros.
Os problemas de caráter geológico-geotécnico mais comuns em rodovias têm
como causas principais a falta de capacidade de suporte do subleito, o mau
desempenho da superfície de rolamento e a deficiência do sistema de drenagem,
que mesmo não sendo o agente causador, sempre colabora para o agravamento do
problema (SANTOS et al, 1988).
As rodovias são vias de comunicação destinadas a tráfego motorizado,
dotadas de pelo menos duas vias em cada sentido, com cruzamentos desnivelados
– rampas de acesso restrito a nós de ligação e servem primariamente para promover
a ligação entre áreas urbanas distintas.
Os principais elementos constituintes de uma rodovia podem ser
caracterizados geometricamente segundo planos verticais, perpendiculares ao seu
eixo. A Figura 2 apresenta uma configuração geral com a denominação cnica
seção transversal (DNIT, 2005).
Figura 2. Seção transversal mista de rodovia (Fonte: adaptado de DNIT, 2005).
5
Segue abaixo descrição dos seus principais elementos (ABRAM & ROCHA,
2000):
a) Acostamento
É a faixa que vai do bordo do pavimento até a sarjeta, no caso da seção da
estrada em corte, ou a faixa que vai do bordo do pavimento até a crista do aterro, no
caso da seção em aterro. Destina-se à proteção do bordo do pavimento,
estacionamento do veículo na estrada, pista de emergência, canteiro de serviço para
a conservação da estrada, passeio para pedestre, etc. Nas estradas de tráfego
intenso, os acostamentos são também pavimentados.
b) Crista do corte ou do aterro
Crista do corte é a interseção da rampa do corte com o terreno natural.
Quando a seção é toda em corte, existem duas cristas de corte, mas se a seção é
mista há apenas uma crista de corte. Crista de aterro é o bordo saliente da seção de
uma estrada em aterro. Quando a seção é toda em aterro, existem duas cristas de
aterro, mas, se a seção é mista, só há uma crista de aterro.
c) Faixa de Tráfego
É a parte da pista necessária à passagem de veículo automotor típico. Cada
pista deve ter pelo menos duas faixas de tráfego, a fim de permitir o cruzamento de
dois veículos um pelo outro. No caso de transposição de serras, as estradas podem
ter ainda uma faixa adicional, a 3ª faixa, destinada à subida de veículos lentos.
d) Off-set
Linha que delimita a faixa correspondente à largura que vai de crista a crista
do corte, no caso da seção em corte; entre os pés dos aterros, no caso da seção em
aterro e da crista do corte ao pé do aterro, no caso da seção mista.
e) Pé do corte ou do aterro
Extremo inferior da rampa do corte, ou saia do aterro.
6
f) Plataforma de terraplanagem
Faixa da estrada compreendida entre os dois pés dos cortes, no caso da
seção em corte; de crista a crista do aterro, no caso da seção em aterro e do do
corte à crista do aterro, no caso da seção mista. No caso dos cortes, a plataforma
compreende também a sarjeta.
g) Rampa do corte
Parte fortemente inclinada da seção transversal do corte. Se o corte é em
seção plena, existem duas rampas. É também chamado de talude de corte.
h) Rodagem
Faixa de estrada que compreende as pistas e acostamentos. Recebeu este
nome, pois, nesta faixa o veículo deve poder trafegar livremente, não se permitindo
colocar nenhum obstáculo que limitar a liberdade de movimento do mesmo. A
sinalização deve, por isso, ficar sempre fora da "rodagem".
i) Saia do aterro
É a parte inclinada da seção transversal do aterro. Se o aterro é em seção
plena, existem duas saias.
j) Sarjeta
É uma valeta rasa, com seção em V aberto, situada ao do corte e
destinada a receber as águas pluviais da plataforma e da faixa que vai da valeta de
proteção do corte até o pé do mesmo.
k) Valeta de proteção dos cortes
Construída entre a crista do corte e o limite da faixa de domínio para desviar
as enxurradas das encostas para fora da estrada. É uma auxiliar da sarjeta e sua
construção evita que esta fique sobrecarregada. Em alguns casos, como nos cortes
em rocha nua, muitas vezes é mais econômico construir muretas de proteção para
conduzir as águas do que construir valetas.
7
1.2. Objetivos
Tendo em vista que a carta de suscetibilidade é um importante instrumento
para a gestão ambiental de rodovias, esta pesquisa teve como objetivos os itens
apresentados abaixo:
1.2.1. Objetivo Geral
O objetivo geral da presente pesquisa foi a elaboração da Carta Geotécnica
de Suscetibilidade aos processos da dinâmica superficial, na escala 1:50.000, do km
215 ao km 249, da Rodovia Marechal Rondon SP-300, entre os municípios
paulistas de Botucatu e Anhembi.
1.2.2. Objetivo Específico
O objetivo específico deste estudo foi a indicação de diretrizes para
recuperação, conservação e manutenção do trecho km 215 ao 249 da Rodovia
Marechal Rondon – SP-300.
8
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A elaboração da Carta Geotécnica de Suscetibilidade aos processos da
dinâmica superficial e sua utilização na gestão ambiental de rodovias depende de
conceitos relacionados à geologia de engenharia; ao zoneamento e cartografia
geotécnicos, aos processos da dinâmica superficial e à gestão ambiental,
basicamente.
2.1. Geologia de Engenharia
O ser humano tem sido o grande responsável pelas alterações dos processos
naturais que seguem em busca do equilíbrio do planeta. Várias disciplinas têm
estudado as alterações antrópicas causadas ao meio ambiente, constituído pelos
meios físico, biótico e antrópico (IPT, 1992). No campo das Geociências, a disciplina
que se preocupa com as relações estabelecidas entre o homem e o meio físico
geológico (água, solo e rocha) é a Geologia de Engenharia.
O escopo geral da Geologia de Engenharia está em viabilizar tecnicamente a
harmonização das mais diversas formas de uso e ocupação do solo com as
características e os processos da dinâmica superficial naturais ou induzidos, de
maneira a direcionar as ações humanas para prover qualidade de vida neste planeta
(SANTOS, 1994).
Santos (op.cit.) afirma que a Geologia de Engenharia segue três princípios
básicos que se relacionam e interagem entre si:
9
Natureza em Contínuo Movimento: toda natureza geológica está
submetida a processos e toda intervenção humana interage com a
dinâmica destes processos;
Sentido de Equilíbrio: todos os movimentos inerentes aos processos
naturais ou induzidos explicam-se pela busca de posições de maior
equilíbrio;
Imanência das Características Físicas: materiais com características
intrínsecas diferentes responderão diferentemente a solicitações
antrópicas semelhantes.
A Terra está realmente sofrendo constantes modificações de forma a manter-
se em equilíbrio (LOVELOCK, 1988). Toda intervenção humana interage com a
dinâmica dos processos de evolução do terreno/paisagem e, conseqüentemente,
altera as condições naturais do meio.
A “disparidade estrutural” existente entre a resposta natural dada às
intervenções humanas reside no fato de que os materiais que constituem o meio
ambiente possuem características físicas intrínsecas e específicas,
consequentemente, materiais diferentes responderão diferentemente à mesma
solicitação.
Desta forma, cabe à Geologia de Engenharia a responsabilidade de
diagnosticar e avaliar características inerentes do meio físico, bem como os
fenômenos que resultam das diferentes solicitações antrópicas (obras, serviços, etc.)
a este meio.
Uma das formas de melhor análise das características do meio físico é
através da realização do zoneamento geotécnico, que compreende a caracterização
e indicação de fragilidades e potencialidades das áreas homogêneas (zonas).
2.2. Zoneamento e Cartografia Geotécnicos
O zoneamento geotécnico consiste na delimitação de áreas (zonas) do
terreno, nas quais os elementos componentes do meio físico, que estão por elas
compreendidos, determinam condições geotécnicas semelhantes. Para estas áreas
homogêneas (diante de aspectos do meio físico), pode-se indicar um
10
comportamento geotécnico ou uma aptidão de uso, perante diferentes atividades
antrópicas (VEDOVELLO, 1993; VEDOVELLO & MATTOS, 1998).
A avaliação de terrenos (“terrain evaluation”), como é o caso dos
zoneamentos geotécnicos, é o método mais útil para o levantamento das condições
do meio físico, para fins de ocupação, vez que foi desenvolvido com este objetivo
(LOLLO, 1995).
Alguns trabalhos foram desenvolvidos com o intuito de produzirem mapas
para o zoneamento geral (CHRISTIAN & STEWART, 1953; MITCHELL, 1973) e
destes estudos emergiram duas maneiras diferentes de avaliar o terreno: a
paramétrica (Parametric Approach) e a fisiográfica ou de paisagens (Physiography
ou Landscape Approach) (LOLLO, op.cit.; VEDOVELLO, 2000).
Na abordagem paramétrica, a análise é feita com base na medida de
parâmetros diagnosticados individualmente no terreno, tais como declividade,
amplitude, morfometria, entre outros. (LOLLO, op.cit.).
A abordagem paisagística consiste na delimitação das diferentes feições do
terreno, com base em produtos de sensoriamento remoto, tais como imagens de
satélite, fotografias aéreas, etc., o que permite a obtenção de um zoneamento
integrado do terreno.
Ross (1995) denomina as abordagens para a espacialização de informações
geo-ambientais apresentadas acima de multi-temática e análise integrada,
respectivamente. A primeira prioriza o levantamento das informações para posterior
integração, enquanto a segunda prioriza a integração simultânea das informações
extraídas na análise do terreno.
Na abordagem multi-temática são elaborados produtos cartográficos de
diferentes temas, os quais são sucessivamente interpolados diretamente ou em
associações específicas, algumas vezes com atribuições de pesos, até se chegar a
um mapa de síntese final.
Na abordagem da análise integrada (Land Systems) o padrão de fisionomia
do terreno é analisado geralmente por meio de fotointerpretação, que permite
identificar diferentes unidades de terreno. As unidades o então caracterizadas
quanto às propriedades e constituição dos elementos componentes do terreno e
avaliadas em termos de diagnósticos / prognósticos ambientais (VEDOVELLO &
MATTOS, 1998).
11
A prática dos dois procedimentos mostra uma vantagem da abordagem
integrada sobre a multi-temática em termos de custos, tempo, e aplicabilidade. Tal
fato se justifica em função das seguintes considerações (VEDOVELLO & MATTOS,
1998; VEDOVELLO, 2000):
A abordagem paisagística (Land Systems) permite a elaboração de um
produto cartográfico único, no qual os elementos ambientais (relevo,
solo, geologia, vegetação, uso do solo) são analisados integradamente e
individualizados em unidades que refletem limites concretos no espaço,
facilitando ações de planejamento territorial.
A abordagem multi-temática exige uma multiplicidade de produtos e, as
características de cada produto (mapa geológico, mapa geomorfológico,
mapa pedológico, etc.) acarretam a perda de visão de integração entre
os diferentes temas. Além disso, a interpolação dos diferentes mapas
obtidos para se chegar ao mapa síntese final, reflete limites abstratos no
espaço na determinação das unidades geotécnicas, o que dificulta sua
visualização e seu entendimento por planejadores e gestores
ambientais.
A utilização da abordagem fisiográfica tem grande influência do programa
australiano Paterns Units Components Evaluation (PUCE). Este programa foi
desenvolvido inicialmente pelo Commonwealth Scientific and Industrial Research
Organization (CSIRO), também australiano, e seu sistema de classificação de
terrenos está apoiado na interpretação de fotografias aéreas e voltado para
aplicações em Engenharia.
A primeira etapa do zoneamento geotécnico é a compartimentação do terreno
para identificar e analisar seus elementos constituintes. Tendo feito isto, é
necessário caracterizar a área em função de suas propriedades geotécnicas e
classificá-la de acordo com sua aptidão às diferentes formas de intervenção
humana.
O método da avaliação integrada dos elementos morfoambientais do terreno
proposto por Vedovello (2000), objetiva uma análise de sensoriamento remoto para
a compartimentação fisiográfica de terrenos, para a realização de zoneamentos
geotécnicos com o intuito de subsidiar a gestão ambiental.
12
Vedovello (2000) propõe a realização de ts etapas básicas para a obtenção
de um zoneamento geotécnico: compartimentação do terreno, caracterização
geotécnica, e cartografia temática final ou de síntese:
Compartimentação do Terreno: consiste na identificação de zonas com
características e propriedades geológico-geotécnicas homogêneas;
Caracterização Geotécnica: consiste na determinação das
características e propriedades geotécnicas das áreas delimitadas;
Cartografia Temática Final ou de Síntese: consiste na análise e
classificação das unidades definidas nas etapas anteriores em termos de
fragilidades e potencialidades relativas aos objetivos do zoneamento do
terreno, e apresentadas na forma de diagnósticos e/ou prognósticos.
A compartimentação fisiográfica do terreno pode ser realizada por meio da
utilização de processos de foto-análise e fotointerpretação sistemáticos de
fotografias aéreas e/ou imagens de satélites, pela análise das diversas propriedades
da rede de drenagem e dos demais elementos texturais presentes (VEDOVELLO,
1993), conforme apresentado no Quadro 1.
Quadro 1. Propriedades e características que devem ser observadas na foto-análise
e na fotointerpretação.
FOTOANÁLISE FOTOINTERPRETAÇÃO
Propriedades:
- densidade Fatores que controlam a textura e a
- sinuosidade estrutura da imagem:
- angularidade a) Fatores Morfogenéticos;
- tropia b) Fatores Litológicos:
- assimetria - resistência à erosão
Análise da rede
de drenagem
- lineações de drenagem - permeabilidade
- densidade textural - plasticidade e ruptibilidade
- rupturas de declive
(quebras positivas e negativas)
- solubilidade
- tropia
- assimetria c) Fatores Deformacionais
- lineações - atitudes das camadas
- alinhamentos - fraturas
- formas das encostas - falhamentos/juntas
Análise das formas
de relevo
- declividade - dobras
(Fonte: baseado em SOARES & FIORI, 1976)
13
Esta etapa permite definir zonas homólogas, que são base do zoneamento
geotécnico, que podem ser chamadas de Unidades Básicas de Compartimentação,
conforme Vedovello (2000). A compartimentação consiste na divisão do terreno em
unidades que possuam características fisiográficas internamente homogêneas e que
sejam distintas das áreas adjacentes. A compartimentação pode ser efetuada em
diferentes escalas e é comum a determinação de classes que podem englobar
outras (VEDOVELLO, 1993; VEDOVELLO & MATTOS, 1998; VEDOVELLO, 2000).
O princípio utilizado para a compartimentação de terrenos, a partir da
interpretação sistemática de produtos de sensoriamento remoto, baseia-se no fato
de que os elementos fisiográficos interagem de maneira diferente de área para área,
em função de variações nos fatores que regem sua evolução (clima, tectônica, etc.)
(VEDOVELLO & MATTOS, 1998; MOREIRA et al, 2007).
A compartimentação fisiográfica é diferente dos outros tipos de zoneamento
de paisagem. As zonas homólogas fisiograficamente são áreas que apresentam
homogeneidade litológica, genética e física. Assim, não são considerados produtos
dos estímulos fornecidos pelas condições ambientais, o que as tornaria uma variável
sensível às mudanças climáticas ou antrópicas em curtos períodos de tempo
(VEDOVELLO, 1993; VEDOVELLO, 2000; NASCIMENTO & GARCIA, 2005).
As técnicas convencionais de análise de fotografias aéreas promovem um
diagnóstico mais preciso sobre as feições fisiográficas do terreno. Imagens de
satélite por si , em resoluções maiores, garantem apenas a interpretação e
zoneamento da cobertura do solo, que é passível de modificação em curtos períodos
de tempo (LINDGREN, 1985).
A identificação de áreas homogêneas nas fotografias é feita a partir das
diferenças de homogeneidade, tropia e assimetria dos elementos texturais e de suas
estruturas. A definição de tais parâmetros é encontrada no Quadro 2.
14
Quadro 2. Definição dos parâmetros para identificação de zonas homogêneas nas
fotografias aéreas e imagens de satélite.
PARÂMETRO DEFINIÇÃO
Homogeneidade
Ocorrência, em uma dada área, de propriedades texturais
constantes (homogêneas) ou não (heterogêneas).
Tropia
Existência de uma, duas ou três direções preferenciais ou de
multi-direções de feições texturais.
Assimetria
Igualdade ou desigualdade das propriedades texturais de
áreas situadas em lados opostos de uma determinada linha
ou feição textural da imagem.
(Fonte: baseado em VEDOVELLO, 2000)
Soares & Fiori (1976) definem textura como a menor superfície contínua e
homogênea que se pode distinguir e passível de repetição. Pode ser uma árvore, um
segmento de drenagem ou de relevo. A estrutura refere-se à organização espacial
dos elementos texturais.
Vedovello (1998) e Vedovello (2000) propõem uma caracterização das
propriedades das formas texturais, apresentada no Quadro 3.
Quadro 3. Caracterização das propriedades das formas texturais.
Propriedade Textural Caracterização
Tipo de elemento de
textura
Define qual espécie de elemento textural está sendo analisado:
se de relevo ou de drenagem ou tonal.
Densidade de textura
Refere-se à quantidade de elementos texturais (de um mesmo
tipo) por unidade de área da imagem. Apesar de refletir uma
propriedade quantitativa, a densidade textural normalmente é
descrita em termos qualitativos e comparativos tais como alta,
moderada, baixa, etc.
Arranjo textural
Refere-se à maneira (ordenada ou não) como os elementos
texturais se dispõem espacialmente. Assim a análise desta
propriedade permite classificar o modo de ocorrência dos
elementos texturais segundo padrões que reflitam a disposição
espacial desses elementos na imagem. Como exemplo, uma
determinada forma ocasionada por elementos de drenagem
pode refletir um padrão retangular ou dendrítico ou anelar, etc.
Grau de estruturação
Refere-se à maior ou menor evidência ou definição da
organização espacial dos elementos texturais (em função do
seu arranjo textural). Esta propriedade pode ser qualificada em
classes tais como alto, médio, baixo, etc. ou ainda, mal definido,
bem definido, etc.
Ordem de estruturação
Refere-se à complexidade de organização dos elementos
texturais. Assim sua classificação é dada em função da
ocorrência (ou não) de uma ou mais estruturas sobrepostas,
podendo ser de: ordem um (se ocorre apenas um tipo de
estrutura), ordem dois (se ocorrem dois tipos sobrepostos), e
assim por diante.
(Fonte: Vedovello, 2000).
15
A caracterização geotécnica consiste em determinar, para cada unidade
obtida na compartimentação fisiográfica, propriedades e características dos
materiais (solos, rochas e sedimentos) e das feições do relevo (processos
morfogenéticos) do meio físico que sejam determinantes das condições geológico-
geotécnicas relevantes para o tipo de uso pretendido (VEDOVELLO, 1993;
VEDOVELLO, 2000; OLIVEIRA, 2006).
Os dados geotécnicos podem ser de natureza diversa e representar tanto
características quanto propriedades dos materiais que compõem a área analisada.
Esses dados podem ser: alterabilidade, permeabilidade, declividade, fraturamento.
Sua escolha depende do objetivo do zoneamento.
Os mesmos podem ser adquiridos de modo direto (por ensaios de laboratório,
ensaios in situ), ou indireto (inferências a partir de elementos fisiográficos,
inferências a partir de outros dados). Segundo Vedovello (2000), os fatores que
controlam a textura e estrutura dos elementos do meio físico nas imagens são:
Fatores morfogenéticos: responsáveis pelas modelagens das formas de
relevo e drenagem tais como clima, tectônica, dinâmica de superfície e
sua ação construtiva ou destrutiva;
Fatores litológicos: relacionados às propriedades físico-químicas dos
materiais rochosos e/ou dos materiais inconsolidados (erodibilidade,
permeabilidade, plasticidade, ruptibilidade);
Fatores deformacionais: feições expressas no relevo e na drenagem.
São resultantes de deformações impostas ao material rochoso
tectonicamente (foliações, acamamentos, fraturamento).
Após terem sido realizados a compartimentação fisiográfica e o zoneamento
geotécnico, segundo a proposta de Vedovello (2000), segue-se à cartografia
temática final ou de síntese, que consiste na representação das informações obtidas
nos documentos cartográficos denominados cartas geotécnicas.
No Brasil, as denominações Cartografia Geotécnica e Mapeamento
Geotécnico têm sido usadas com o mesmo sentido (VEDOVELLO, 2000). Com
16
relação às formas de apresentação do mapeamento, Zuquette & Nakazawa (1998),
no entanto, diferenciam mapas de cartas geotécnicas. Eles afirmam que os mapas
são utilizados para efetuar apenas o registro de informações o interpretadas do
meio físico, enquanto que as cartas apresentam interpretações das informações
contidas no mapa, com o objetivo de uma aplicação específica. Desta forma, é
possível a coexistência dos dois produtos.
Diversos autores conceituam Cartografia Geotécnica considerando as obras
de engenharia e demais atividades modificadoras do meio físico, e o planejamento
territorial e ambiental (VEDOVELLO, 2000).
A International Association of the Engeneering Geologyst IAEG, considera
que a Cartografia Geotécnica representa a distribuição e as relações espaciais dos
componentes importantes à geotecnia (características dos solos, rochas,
geomorfologia, entre outros), refletindo a história e a dinâmica das condições
geotécnicas, tornando possível a previsão e o prognóstico da interação entre a obra
e o meio ambiente (IAEG, 1970; ZUQUETTE & PEJON, 1996).
Zuquette (1987) afirma que o mapeamento geotécnico pode ser entendido
como um processo que objetiva investigar, avaliar e analisar os atributos do meio
físico representando sua variabilidade por meio da comunicação cartográfica. As
informações devem ser tratadas de modo que possam ser utilizadas para fins de:
engenharia, planejamento, agronomia, saneamento, entre outros. As informações
devem ser manipuladas através de alguns processos (seleção, generalização,
adição e transformação), relacionadas, correlacionadas, interpretadas e
representadas em cartas, mapas e anexos descritivos.
Para Cerri (1990) a cartografia geotécnica é a representação cartográfica das
características do meio físico de interesse às obras de engenharia (estradas, dutos,
barragens, túneis, etc.) e engloba a distribuição espacial de solos e rochas
(considerando suas propriedades geológico-geotécnicas), das formas de relevo, da
dinâmica dos principais processos atuantes e as eventuais alterações decorrentes
das intervenções humanas.
Vedovello & Mattos (1998) asseguram que a cartografia geotécnica constitui
um importante mecanismo de estudo ambiental e consiste em uma série de
procedimentos (fotointerpretação, inventário, levantamentos de campo, análises e
ensaios, etc.). Estes são executados com o objetivo de se obter informações de
caráter geotécnico. Tais informações devem servir de subsídio para fins de
17
planejamento, ocupação e monitoramento do meio físico, bem como para
implantação de obras de engenharia civil, mineração e zoneamento agro-silvo-
pastoril.
O objetivo das cartas geológico-geotécnicas, segundo Nakazawa et al (1991),
é apresentar as características do meio físico bem como a dinâmica dos processos
da dinâmica superficial, delimitando e homogeneizando áreas com processos
manifestados e áreas com potencial de manifestação.
Para Prandini et al (1995), as cartas geotécnicas, como expressão do
conhecimento geológico aplicado ao gerenciamento de problemas nos diferentes
tipos de uso do solo, têm por objetivos:
- prever os conflitos entre as diferentes formas de uso do solo e o seu
desempenho na interação com o meio natural e;
- fornecer orientações cnicas, para prever e corrigir, os problemas
identificados, minimizando riscos e custos para os empreendimentos.
As cartas geotécnicas possuem aplicação tanto para obras civis quanto para
planejamento urbano, territorial e desenvolvimento e conservação do meio ambiente,
na manutenção e monitoramento do desempenho ambiental de empreendimentos
(ZUQUETTE & NAKAZAWA, 1998).
Cerri (1990) afirma que as cartas geotécnicas no Brasil podem ser divididas
em quatro grandes grupos:
Cartas geotécnicas clássicas, desenvolvidas a partir de unidades de
análise, ensaios de campo e mapas temáticos, resultando em compartimentos
geológico-geotécnicos, analisados em conjunto com o uso e ocupação do
solo;
Cartas de suscetibilidade, desenvolvidas a partir de um processo geológico
que é analisado através de mapas temáticos levando-se em consideração o
uso e ocupação do solo como fator que potencializa o processo;
Cartas de risco, desenvolvidas por meio da carta de suscetibilidade levando-
se em consideração o uso e ocupação do solo como conseqüência social e
econômica e;
18
Cartas de conflito de uso, desenvolvidas através do diagnóstico do meio
físico com o uso e ocupação atual do solo, analisando-se problemas de
ordem geológico-geotécnica.
Prandini et al (1995) e Zuquette & Nakazawa (1998) utilizam denominações
semelhantes:
Cartas geotécnicas propriamente ditas: quando expõem limitações e
potencialidades dos terrenos e definem diretrizes de ocupação para um ou
mais tipos de uso do solo;
Cartas de risco: quando prepondera a avaliação de dano potencial a
ocupação, levando em consideração características ou fenômenos naturais e
induzidos pela ocupação;
Cartas de suscetibilidade: quando apresentam gradações de probabilidade
de desencadeamento de um ou mais fenômenos naturais ou induzidos pela
ocupação;
Cartas de atributos ou parâmetros: quando se limitam a apresentar a
distribuição espacial de uma ou mais características do terreno.
Existem diversas metodologias consagradas, nacionais e internacionais, para
o desenvolvimento de uma carta geotécnica. Dentre elas pode-se citar (ZUQUETTE
& NAKAZAWA, 1998):
a) Internacionais
Francesa: o objetivo desta metodologia é sua utilização tanto para fins
regionais, como para situações especificas. A partir da interpretação de
documentos básicos (mapas de documentação, de substrato rochoso,
dos materiais de cobertura, hidrogeológico e geomorfológico), são
confeccionadas as cartas de aptidão, voltadas a vetores (fundações,
vias de transporte, escavabilidade, materiais de construção);
19
IAEG: esta metodologia foi elaborada por uma comissão formada pela
IAEG, com o objetivo de formular uma orientação para mapeamento
adequada para a maioria dos países. Esta comissão relatou os fatores
e feições que devem ser considerados na confecção das cartas, tais
como o caráter dos solos e rochas, as condições hidrogeológicas,
geomorfológicas e os fenômenos geodinâmicos. Tratou também dos
meios para a obtenção de dados: fotogeologia, sondagens, geofísica,
amostragens, ensaios in situ e laboratoriais. Além disso, apresentou
uma classificação dos mapas: quanto à finalidade (finalidade especial e
multifuncionalidade), quanto ao conteúdo (analítico e compreensivo,
sendo este último dividido em condições geotécnicas ou zoneamento
geotécnico), quanto à escala (grandes, intermediárias e pequenas), e
quanto à litogênese (tipo Geologia de Engenharia, tipo litológico,
complexo litológico e suíte litológica).
Puce: esta metodologia define diversas classes de terrenos: província,
modelo de terreno, unidade de terreno e componente de terreno. A
província é uma área definida como geologicamente homogênea; a
unidade de terreno é determinada pela forma do relevo e sua
associação de solos e vegetação, e o componente de terreno é
definido com base na integração de critérios do meio físico e uso do
solo. Cada classe de terreno é documentada nos mapas de acordo
com uma nomenclatura específica.
Zermos: Zonas Expostas a Riscos de Movimentos de Solo, tem por
finalidade básica fornecer detalhes de uma área quanto às condições
de instabilidade, potenciais ou reais, de movimentos de massa, erosão,
abatimentos e sismos. As cartas são elaboradas de três fases:
levantamento bibliográfico e entrevistas na região estudada sobre a
ocorrência de movimentos, estudo geomorfológico por meio de
fotointerpretação e estudo e controle in loco.
Gasp: esta metodologia foi desenvolvida especificamente para região
de Hong Kong, devido às suas particularidades. O mapa de
20
classificação dos terrenos normalmente é baseado em seis atributos:
declividade, componentes dos terrenos, morfologia dos terrenos,
erosão, condições das encostas e hidrologia. O mapa geotécnico
documenta as classes de acordo com a possibilidade de ocupação, e é
preparado de acordo com as informações do mapa de classificação
dos terrenos e de dados geotécnicos existentes, geológicos e
morfológicos.
b) nacionais:
IG-UFRJ: metodologia de desenvolvimento de trabalhos na cidade do Rio
de Janeiro e em áreas próximas, predominantemente relacionadas a
movimentos de massa e processos de ocupação.
EESC-USP: esta proposta metodológica está baseada no procedimento
global do processo, desde a obtenção de atributos até a elaboração de
cartas específicas para os usuários, e assim em relação às regras
cartográficas e de conteúdo (qualidade).
UFRGS: esta metodologia destaca os aspectos relacionados aos solos,
correlacionando características geotécnicas e pedológicas.
IG-SP: a base desta metodologia é a utilização de conceitos de tipos de
terrenos.
IPT: esta metodologia foi desenvolvida a partir de situações específicas,
de problemas relacionados ao meio físico, com o objetivo de oferecer
respostas efetivas aos usuários, considerando prazos e custos
determinados. A elaboração das cartas geotécnicas a partir desta
metodologia, visa otimizar as relações entre os esforços de investigação, a
qualidade e a utilidade da informação obtida. Suas etapas e os produtos
obtidos em cada uma delas são:
a) Levantamento preliminar: identificação dos problemas
existentes/previstos, compilação de dados gera o mapa
preliminar, que é um esboço geotécnico.
21
b) Investigação orientada: identificação dos fatores
condicionantes dos problemas, mapeamento destes fatores,
definição das escalas de trabalho, caracterização do uso e
ocupação do solo – gera mapas temáticos dirigidos.
c) Compartimentação final: análise integrada dos fatores
mapeados, delimitação dos terrenos com comportamento
homogêneo frente ao seu uso – gera as unidades geotécnicas.
d) Estabelecimento das medidas de controle: levantamento das
praticas e cnicas de implantação e manutenção dos usos de
solo, proposição das medidas preventivas e corretivas gera
as diretrizes para o uso do solo.
e) Representação: representação cartográfica em linguagem
adequada ao usuário gera a carta geotécnica (mapa final e
quadro legenda).
Todas essas metodologias visam o levantamento das informações geológico-
geotécnicas e sua utilidade no desenvolvimento da área em questão.
Neste contexto, as cartas geotécnicas são úteis devido a sua ampla aplicação
no planejamento urbano e rural, subsidiando os trabalhos sobre o meio ambiente
físico. Portanto, a cartografia e/ou o mapeamento geotécnicos podem ser
considerados a base que auxilia os estudos ambientais de várias naturezas, tais
como a análise de suscetibilidade; os riscos geológicos; a disposição de resíduos
(ZUQUETTE & NAKAZAWA, 1998; REIS, 2001).
Assim, as cartas são uma expressão prática do conhecimento geológico,
aplicado ao gerenciamento dos problemas colocados pelos diferentes usos do solo,
tais como o reconhecimento dos processos da dinâmica superficial (ZUQUETTE &
NAKAZAWA, 1998).
2.3. Principais Processos da Dinâmica Superficial
A intervenção do homem no meio natural, sem a devida preocupação com os
processos atuantes na superfície terrestre ocasiona intensificação e aceleração dos
processos naturais de evolução do relevo. Este problema é denunciado por
ocupações inadequadas em regiões e locais extremamente problemáticos, tais
22
como: áreas propícias ao desenvolvimento de escorregamentos ou erosões
intensas; áreas sujeitas à inundação; terrenos susceptíveis a subsidências e
colapsos; entre outras (PRANDINI et al., 1995).
Os processos da dinâmica superficial são naturalmente resultantes da
interação de fatores físicos, químicos e biológicos. A partir da interferência do
homem no meio natural, consideram-se fatores antrópicos.
Diversos agentes estão envolvidos na modificação da superfície da Terra e
podem ser classificados como móveis (rios escavando canais, ondas atacando
praias, ventos movimentando areia, geleiras desgastando vales glaciais) e imóveis
(variação termo-higrométrica diária, congelamento de água em fraturas, dissolução
de calcário em cavernas). Os processos, móveis e imóveis, são genericamente
denominados erosão (INFANTI JUNIOR & FORNASARI FILHO, 1998).
2.3.1. Processos Erosivos
A erosão pode ser definida como processo de desagregação e remoção de
partículas do solo ou fragmentos e partículas de rochas pela ação combinada da
gravidade com água, vento, gelo e/ou organismos como plantas e animais (DAEE,
1990; SALOMÃO & IWASA, 1995).
O processo erosivo do solo que tem a água das chuvas como principal agente
deflagrador denomina-se erosão hídrica. O escoamento superficial desempenha
um papel importante no processo e dependendo da forma como ocorre, podem-se
desenvolver erosões laminares ou lineares.
A erosão laminar é causada pelo escoamento superficial difuso, que resulta
na remoção progressiva e uniforme dos horizontes superficiais do solo, de maneira
quase homogênea, lateralmente ou em pequenos filetes (DAEE, 1990). A erosão
laminar é dificilmente perceptível, mas pode ser evidenciada por tonalidades mais
claras dos solos, exposição de raízes e queda da produtividade agrícola, devido à
perda do horizonte orgânico do solo.
A erosão linear é deflagrada pela concentração das linhas de fluxo das águas
do escoamento superficial, resultando em pequenos cortes na superfície do terreno,
em forma de sulcos, que podem evoluir para ravinas (CUNHA & SANTOS, 1985;
INFANTI JUNIOR & FORNASARI FILHO, 1998).
Quando o processo sofre influência tanto das águas superficiais como das
águas de subsuperfície, caracteriza-se por boçoroca ou voçoroca, com o
23
desenvolvimento da erosão interna (piping). Numa boçoroca ocorrem diversos
fenômenos, tais como: erosão superficial; erosão interna; solapamentos;
desabamentos e; escorregamentos; que conjugados conferem dinamismo e alto
poder destrutivo a este tipo de processo (BIGARELLA e MAZUCHOWSKI, 1985;
SALOMÃO & IWASA, 1995; INFANTI JUNIOR & FORNASARI FILHO, 1998;
AZEVEDO & ALBUQUERQUE FILHO, 1998).
A seguir, apresenta-se a caracterização dos tipos de erosão linear:
Sulcos: em geral possuem profundidade e largura inferiores a cinqüenta
centímetros e suas bordas possuem pequenas rupturas na superfície do
terreno. Normalmente estão associados a trilhas de gado e locais de solo
exposto devido à movimentação de solo (DAEE, 1990).
Calhas: originadas pelo escoamento superficial concentrado das águas
superficiais, também são pouco profundas, com bordas suaves e largura
inferior a cinco metros (OLIVEIRA, 1994). Geralmente mantêm-se com
vegetação rasteira e pouco densa em seu interior.
Ravinas: são constituídas pela ação do escoamento superficial concentrado
e por movimentos de massa, representados por pequenos deslizamentos nos
taludes laterais, causados por solapamento de suas bases devido ao
escoamento superficial em seu interior, que acabam por provocar seu
alargamento (OLIVEIRA, 1994; RIDENTE JR., 2000, RIDENTE JR. et al,
2002).
Boçorocas: formadas pelo aprofundamento das ravinas e interceptação do
lençol freático, onde se pode observar grande complexidade de processos da
dinâmica superficial (piping, liquefação de areia, escorregamentos laterais,
erosão superficial), devido à ação concomitante das águas superficiais e
subsuperficiais (RODRIGUES, 1982; BIGARELLA e MAZUCHOWSKI, 1985;
SALOMÃO & IWASA, 1995; INFANTI JUNIOR & FORNASARI FILHO, 1998;
AZEVEDO & ALBUQUERQUE FILHO, 1998). Este processo tende a atingir
grandes dimensões, o que pode acarretar impactos na sua área de ação e na
drenagem de jusante. Também, pode-se desenvolver por ação principal da
24
água subsuperficial por erosão interna (piping) ou erosão tubular regressiva
(SALOMÃO, 1994; RIDENTE JR., 2000, RIDENTE JR. et al, 2002).
Outro tipo de processo erosivo, causado pela ação das águas fluviais, é o
solapamento de margens de cursos d’água. Este processo se desenvolve em
planícies fluviais e aparece como importante fator no retrabalhamento de sedimentos
depositados nos fundos de vale (terraços fluviais e depósitos de assoreamento
recentes). Ocorre também, muitas vezes, em linhas de talvegue ou cursos d’água
perenes de primeira ordem, por meio do alargamento do canal fluvial (RIDENTE JR.,
2000).
Tendo isso em vista, diferentes tipos de terrenos, submetidos a diferentes
processos de escoamento superficial e subterrâneo, podem desenvolver diferentes
formas de erosão.
Existem dois tipos de condicionantes principais para o aparecimento das
erosões: os naturais e os antrópicos. Os naturais são: chuva; relevo; cobertura
vegetal; tipo de solo e; substrato rochoso. Os antrópicos caracterizam-se pela forma
de uso e ocupação do solo por meio de desmatamentos, agricultura, urbanização,
obras civis, etc.
A ocupação do solo, iniciada pelo desmatamento, expõe-no à ação direta das
águas pluviais e o impacto das gotas d'água na superfície do terreno promove o
desprendimento de partículas do solo.
A remoção de partículas da superfície do terreno é função, além das forças
hidrodinâmicas exercidas sobre ela, de uma série de outros fatores (forma, tamanho,
rugosidade, relações de contato com outras partículas vizinhas). Aliado a estes
fatores, deve-se considerar a existência de força crítica de tração, bem como
velocidade crítica do fluxo para que a partícula se movimente ou se deposite
(BIGARELLA e MAZUCHOWSKI, 1985; RIDENTE JR., 2000).
Os condicionantes antrópicos deflagram o processo erosivo imediatamente ou
após certo intervalo de tempo. Os fatores naturais determinam a intensidade do
processo, como a capacidade erosiva das chuvas e a tendência erosiva dos terrenos
(BERTONI & LOMBARDI NETO, 1990).
Primavesi (1990) ressalta que a erosão é um processo que ocorre quando a
capacidade de infiltração da água no solo é menor do que a intensidade das chuvas.
Isto significa que o escoamento superficial é superior à infiltração e, com a retirada
25
da cobertura vegetal, intensifica-se as alterações no comportamento hídrico dos
terrenos.
Para a demarcação de áreas com maior ou menor suscetibilidade à erosão,
pode-se fazer a interpretação de fotografias aéreas, utilizando princípios de
fotogeologia e geomorfologia, o que permite assinalar cartograficamente estas
áreas. (BIGARELLA e MAZUCHOWSKI, 1985).
2.3.2. Movimentos Gravitacionais de Massa
Outro tipo de processo de dinâmica superficial são os movimentos de massa.
Eles ocorrem nas vertentes ou encostas, que possuem declividade e formas muito
variadas. A evolução natural das encostas acontece de forma muito lenta para ser
observada (INFANTI JUNIOR & FORNASARI FILHO, 1998).
Os movimentos de massa considerados no presente trabalho são os que
ocorrem com mais freqüência na área de estudo, relativos à dinâmica de ambientes
tropicais. Suas principais características estão apresentadas abaixo:
2.3.2.1. Rastejo (Creep)
O rastejo consiste em um movimento lento e contínuo, descendente, de
massa de solo de um talude. Ocorre em velocidade muito baixa (cm/ano) a baixas e
decrescentes com a profundidade (INFANTI JR. & FORNASARI FILHO, 1998).
A movimentação se caracteriza por ser constante, sazonal ou intermitente.
Normalmente em horizontes superficiais de solo, horizontes de transição solo/rocha,
e até mesmo rocha alterada e fraturada, em profundidades maiores. Possuem
planos internos de deslocamento (AUGUSTO FILHO, 1992) e suas conseqüências
podem ser observadas na Figura 3 (BLOOM, 1988).
26
Figura 3. Conseqüências da ocorrência do rastejo (Fonte: modificado de BLOOM,
1988 apud REIS, 2001).
Consideram-se dois tipos de rastejo: em solo superficial de encosta e em
massa de tálus. Eles são identificados por meio de indícios indiretos como árvores
encurvadas, muros e outras estruturas deslocadas, pequenos abatimentos na
encosta (INFANTI JR. & FORNASARI FILHO, 1998). Este processo não possui
superfície de ruptura e geometria definidas (REIS, 2001).
Os rastejos podem causar danos significativos em taludes e encostas
adjacentes a rodovias, fundações de pilares de pontes e viadutos e outras obras
civis. Podem também evoluir para escorregamentos, quando o movimento é mais
rápido (INFANTI JR. & FORNASARI FILHO, 1998).
2.3.2.2. Escorregamentos (Landslides)
Os escorregamentos têm velocidades mais aceleradas de movimentação, de
médias (m/h) a altas (m/s) e poucos planos externos de deslocamento. Os
mecanismos de deformação atuantes podem ser: aumento das tensões atuantes ou
queda da resistência em períodos curtos, ou a combinação dos dois, que leva os
terrenos a sofrerem rupturas por cisalhamento (AUGUSTO FILHO, 1992; INFANTI
JR. & FORNASARI FILHO, 1998).
Geralmente mobilizam pequenos a grandes volumes de material e possuem
geometria e constituição variáveis (INFANTI JR. & FORNASARI FILHO, 1998).
27
Os escorregamentos translacionais ou planares de solo envolvem solos
superficiais pouco espessos e, freqüentemente, atingem a rocha subjacente,
alterada ou não. Ocorrem em taludes, com um plano de fraqueza, mobilizando solo
saprolítico e rocha, condicionados por estruturas planares desfavoráveis à
estabilidade, relacionadas a feições geológicas diversas (Figura 4).
Figura 4. Escorregamento planar ou translacional (Fonte: modificado de INFANTI
JR. & FORNASARI FILHO, 1998 apud REIS, 2001).
Os escorregamentos rotacionais ou circulares ocorrem em solos espessos
homogêneos e rochas muito fraturadas. Possuem superfície de deslizamento curva
e acontecem em aterros, pacotes de solo ou depósitos mais espessos, bem como
em rochas sedimentares ou cristalinas intensamente fraturadas (AUGUSTO FILHO,
1992; INFANTI JR. & FORNASARI FILHO, 1998; REIS, 2001), conforme pode ser
observado na Figura 5.
28
Figura 5. Escorregamento circular ou rotacional (Fonte: modificado de INFANTI JR.
& FORNASARI FILHO, 1998 apud REIS, 2001).
Os escorregamentos em cunha ocorrem em solos e rochas com dois planos
de fraqueza, associados à saprolitos e maciços rochosos, nos quais a existência de
duas estruturas planares desfavoráveis à estabilidade desloca uma quantidade de
material ao longo do eixo de intersecção dos planos (Figura 6) (AUGUSTO FILHO,
1992; INFANTI JR. & FORNASARI FILHO, 1998; REIS, 2001).
São mais comuns em taludes de corte ou encostas que sofreram algum tipo
de descontinuidade natural ou antrópica (INFANTI JR. & FORNASARI FILHO, 1998).
Figura 6. Escorregamento em cunha (Fonte: modificado de INFANTI JR. &
FORNASARI FILHO, 1998 apud REIS, 2001).
29
2.3.2.3. Quedas (falls)
A queda consiste em deslocamento, sem plano definido, de material rochoso.
Os movimentos são em queda livre ou em plano inclinado; sua velocidade é muito
alta (vários m/s) e os volumes são pequenos a médios (INFANTI JR. & FORNASARI
FILHO, 1998). A geometria é variável: lascas, placas, blocos e etc. Podem ser
classificadas, segundo Infanti Jr. & Fornasari Filho (1998), em:
Queda de blocos: blocos de rocha de diferentes tamanhos e litologia que se
destacam dos taludes ou encostas íngremes e deslocam em movimentos de
queda livre (Figura 7);
Figura 7. Queda de blocos rochosos (Fonte: modificado de INFANTI JR. &
FORNASARI FILHO, 1998 apud REIS, 2001).
Tombamento de blocos: rotação de blocos rochosos condicionada por
estruturas geológicas sub-verticais no maciço rochoso (Figura 8);
30
Figura 8. Tombamento de blocos rochosos (Fonte: modificado de INFANTI JR. &
FORNASARI FILHO, 1998 apud REIS, 2001).
Rolamento de blocos: deslocamento de blocos ao longo de superfícies
inclinadas. Esses blocos normalmente encontram-se parcialmente imersos
em matriz terrosa e se desprendem dos taludes e encostas por perda de
apoio (Figura 9);
Figura 9. Rolamento de blocos rochosos (Fonte: modificado de INFANTI JR. &
FORNASARI FILHO, 1998 apud REIS, 2001).
Desplacamento rochoso: lascas ou placas de rocha se desprendem
condicionadas pelas feições geológicas presentes, devido a variações
31
térmicas ou alívio de tensão. O desplacamento pode ser por queda livre ou
por deslizamento ao longo de uma superfície inclinada (Figura 10).
Figura 10. Desplacamento rochoso (Fonte: REIS, 2001).
2.3.2.4. Corridas (Flows)
As corridas o movimentos gravitacionais de massa de grandes dimensões,
que ocorrem semelhantes ao movimento de um líquido viscoso na forma de
escoamento rápido, envolvendo grandes volumes de materiais (AUGUSTO FILHO,
1992).
Caracterizam-se pelas dinâmicas da mecânica dos sólidos e dos fluidos, pelo
volume de material envolvido e pelo extenso raio de alcance que possuem,
chegando até alguns quilômetros, apresentando alto potencial destrutivo (INFANTI
JR. & FORNASARI FILHO, 1998).
A origem dos mecanismos de geração de corridas de massa pode ser:
primária, quando as corridas são provenientes da desestruturação total do material
de escorregamento das encostas e; secundária, quando as corridas ocorrem nas
drenagens principais formadas pela remobilização de detritos acumulados no leito e
por barramentos naturais, envolvendo ainda o material de escorregamentos das
32
encostas e grandes volumes de água das cheias das drenagens (INFANTI JR. &
FORNASARI FILHO, 1998).
Quanto ao tipo de material mobilizado, as corridas podem ser classificadas
em 3 (três) tipos básicos:
- de terra (earth flow): o material predominante é solo, com baixa quantidade
de água, apresentando baixa velocidade relativa;
- de lama (mud flow): consiste em solo com alto teor de água, apresentando
velocidade relativa média e alto poder destrutivo;
- de detritos (debris flow): material predominantemente grosseiro, constituído
por fragmentos de rocha de vários tamanhos, apresentando maior poder
destrutivo.
As corridas de massa são processos de evolução natural dos taludes de
encostas. No entanto, a interferência antrópica sem critérios técnicos pode antecipar
e intensificar o processo.
2.3.3. Assoreamento
O assoreamento consiste na deposição e acumulação de partículas sólidas
(sedimentos). Quando a força da gravidade supera a força do agente transportador
de sedimento (água, vento), ou quando a supersaturação das águas ou ar permite a
deposição de partículas sólidas, dá-se o assoreamento (INFANTI JR. & FORNASARI
FILHO, 1998).
Os sedimentos podem ser transportados em suspensão (partículas mais
finas), por tração/rolamento (partículas mais pesadas) ou saltação (partículas
intermediárias), isso para uma mesma velocidade. A deposição ocorre em condições
favoráveis para a sedimentação, quando a energia de fluxo não suporta mais
transportar o sedimento, partícula ou fragmento de rocha (INFANTI JR. &
FORNASARI FILHO, 1998).
A atuação antrópica intensifica e acelera os processos de assoreamento,
devido à modificação da velocidade dos cursos d’água com implantação de
barramentos, desvios; e ao aumento da erosão hídrica, em conseqüência de
práticas agrícolas inadequadas, de obras de infra-estrutura precárias, entre outros
fatores.
Os problemas acarretados pelo assoreamento o: a perda de volume de
reservatório; a redução da profundidade de canais; a perda de eficiência de obras
33
hidráulicas; a produção de cheias; a deterioração da qualidade da água; alteração e
morte da vida aquática e; conseqüentemente, prejuízos ao lazer (OLIVEIRA, 1995).
2.3.4. Enchentes e Inundações
As enchentes são fenômenos que ocorrem quando o volume da água que
atinge simultaneamente o leito de um rio é superior à capacidade de drenagem de
sua calha principal, isto é, a vazão do rio ultrapassa a vazão média deste. Quando
essa capacidade de escoamento é superada, acontece a inundação das áreas
ribeirinhas também denominadas como planícies de inundação ou leito maior do rio
(CPRM, 2004).
Os resultados da urbanização sobre o escoamento o: aumento da vazão
máxima e do escoamento superficial, redução do tempo de pico e diminuição do
tempo de base (SILVA, 2006).
A urbanização e o desmatamento produzem um aumento na freqüência da
inundação nas cheias pequenas e médias (TUCCI, 2002).
A urbanização provoca alterações no ciclo da água na natureza devido a
diversos fatores, dentre eles: a) aumento da demanda de água provocado pelo
crescimento populacional; b) aumento da carga poluidora nos corpos d´água; c)
modificações nas bacias naturais, o que pode provocar aumento nos picos de
enchentes devido à impermeabilização do solo; d) rebaixamentos nos aqüíferos
provocados pelo crescente uso das águas subterrâneas; e d) alterações no micro
clima das cidades (OSTROWSKY & ZMITROWICZ, 1991).
2.4. Suscetibilidade aos Processos da Dinâmica Superficial
Os problemas de origem geológico-geotécnicas podem afetar os taludes de
corte e de aterro, as encostas naturais e outros locais da via, tanto em solo como em
rocha, gerando vários tipos de instabilização (RODRIGUES & LOPES, 1998). O
Quadro 4 apresenta uma síntese das causas e ocorrências dos principais problemas
em taludes de rodovia, segundo Carvalho (1991).
34
Quadro 4. Principais problemas em taludes de rodovias do Estado de São Paulo.
TIPO DE
PROBLEMA
FORMA DE OCORRÊNCIA PRINCIPAIS CAUSAS
- em talude de corte e aterro (em sulcos
e diferenciada)
- deficiência do sistema de drenagem;
- deficiência de proteção superficial.
- longitudinal ao longo da plataforma
- concentração de água superficial
e/ou interceptação do lençol freático.
- localizada e associada a obras de
drenagem (ravinas e boçorocas)
- concentração de água superficial
e/ou interceptação do lençol freático.
Erosão
- interna em aterros (piping).
- deficiência ou inexistência de
drenagem interna.
Desagregação
superficial
- empastilhamento superficial em
taludes de corte
- secagem ou umedecimento do
material;
- presença de argilo-mineral expansivo
ou desconfinamento do material.
- superficial - inclinação acentuada do talude.
- profundo - relevo energético.
- formas e dimensões variadas - descontinuidades do solo e rocha.
- superficial em corte ou encostas
naturais;
- profundo em cortes
- saturação do solo.
Escorregamento
em corte
- formas de dimensões variadas;
- movimentação de grandes dimensões
e generalizada em corpo de tálus
- evolução por erosão;
- corte de corpo de tálus;
- alteração por drenagem.
- atingindo a borda do aterro - compactação inadequada da borda.
Escorregamento
em aterro
- atingindo o corpo do aterro
- deficiência de fundação;
- deficiência de drenagem;
- deficiência de proteção superficial;
- má qualidade do material;
- compactação inadequada;
- inclinação inadequada do talude.
Recalque em
aterro
- deformação vertical da plataforma
- deficiência de fundação;
- deficiência de drenagem;
- rompimento do bueiro;
- compactação inadequada.
Queda de blocos
- geralmente em queda livre
- ação da água e de raízes na
descontinuidade do maciço rochoso.
Rolamento de
blocos
- movimento de bloco por rolamento no corte;
- descalçamento da base por erosão.
(Fonte: CARVALHO, 1991)
A suscetibilidade natural dos terrenos a qualquer processo geológico pode ser
entendida pelo conjunto de fatores intrínsecos do terreno. Estes determinam a
potencialidade de deflagrar processos da dinâmica superficial, associados à análise
dos processos instalados. Desta maneira, deve-se considerar o fator antrópico
(RIDENTE JR., 2000).
A carta de suscetibilidade aos processos da dinâmica superficial é resultado
do estudo da tipologia e da distribuição dos processos que ocorrem na área. São
analisados em conjunto com os fatores naturais intrínsecos que condicionam a
35
ocorrência destes processos: tipos de solo e declividade do terreno, ou seja, o
comportamento geotécnico do terreno estudado (SALOMÃO, 1994).
2.5. Gestão Ambiental
Transformações na economia internacional e a globalização da produção e do
consumo são acompanhadas pelo crescente grau de exigência dos consumidores,
que estão buscando variedade de produtos, o que demonstra sua preocupação com
a qualidade e com custo – benefício (SANCHES, 2000).
Este fato demonstra que a sociedade está mudando seus valores e ideologias
na avaliação dos bens de consumo. Esses novos valores e ideologias incluem a
democracia, a igualdade de oportunidades, a saúde e a segurança no trabalho, a
proteção ao consumidor, um meio ambiente mais limpo, entre outras questões
(SANCHES, 2000).
Portanto, a preocupação com a qualidade ambiental é considerada uma das
prioridades de qualquer organização. A legislação ambiental e a conscientização da
sociedade têm induzido as organizações a buscarem alternativas tecnológicas que
causem menores impactos ao meio ambiente. Dessa forma, muitos empreendedores
estão buscando relações mais sustentáveis com o meio ambiente (ANDRADE et al.,
2002).
Existem várias definições para o termo desenvolvimento sustentável. Em
1987, Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD)
conceituou desenvolvimento sustentável como aquele que atende às necessidades
do presente sem comprometer a possibilidade de gerações futuras atenderem às
suas próprias necessidades” (CMMAD, 1991).
Sachs (1992) apresenta cinco dimensões do que se pode chamar
desenvolvimento sustentável, ou ecodesenvolvimento. Para Sachs (op.cit.) todo o
planejamento de desenvolvimento que almeje ser sustentável precisa levar em conta
as cinco dimensões de sustentabilidade apresentadas na Figura 11 e descritas a
seguir:
Sustentabilidade Social: almeja a criação de um processo de
desenvolvimento amparado por uma sociedade com maior eqüidade na
36
distribuição de renda e de bens, com o abismo entre os padrões de vida dos
ricos e dos pobres reduzido;
Sustentabilidade Econômica: alcançada através do gerenciamento e
alocação mais eficientes dos recursos e de um fluxo constante de
investimentos públicos e privados;
Sustentabilidade Ecológica: alcançada através da otimização da
capacidade de utilização dos recursos; limitação do consumo de combustíveis
fósseis e de outros recursos e produtos que são facilmente esgotáveis; e
redução da geração de resíduos e de poluição, através da conservação de
energia, de recursos e da reciclagem;
Sustentabilidade espacial: dirigida para a obtenção de uma configuração
rural-urbana mais equilibrada e uma melhor distribuição territorial dos
assentamentos humanos e das atividades econômicas; e
Sustentabilidade cultural: procura por raízes endógenas de processos de
modernização e de sistemas agrícolas integrados, que facilitem a geração de
soluções específicas para o local, para o ecossistema e para a cultura da
região.
A Gestão Ambiental dos empreendimentos (indústrias, empresas, obras de
infra-estrutura), tem se mostrado uma importante ferramenta para a manutenção da
competitividade de mercado num processo de renovação contínua da qualidade
ambiental, baseada nos princípios da sustentabilidade.
37
SUSTENTABILIDADE
ECOLÓGICA
CULTURAL
SOCIAL ECONÔMICA
ESPACIAL
Figura 11. Dimensões de sustentabilidade (Fonte: SACHS, 1992).
O termo gestão ambiental é bastante abrangente. Ele é freqüentemente
usado para designar ações ambientais em determinados espaços geográficos, como
por exemplo: gestão ambiental de bacias hidrográficas, gestão ambiental de parques
e reservas florestais, gestão de áreas de proteção ambiental, gestão ambiental de
reservas de biosfera e outras modalidades de gerenciamento que incluam aspectos
ambientais.
O principal objetivo da gestão ambiental deve ser a busca permanente de
melhoria da qualidade ambiental dos serviços, produtos e espaço de trabalho de
qualquer organização pública ou privada. A busca permanente da qualidade
ambiental é, portanto, um processo de aprimoramento constante do sistema de
gestão ambiental de acordo com a política ambiental estabelecida pela organização
(AMBIENTE BRASIL, 2007).
Os objetivos da gestão ambiental encontram-se definidos na norma NBR ISO
14.001, cuja finalidade é equilibrar a proteção ambiental e a prevenção da poluição
com as necessidades socioeconômicas da organização (ABNT, 1996):
Implementar, manter e aprimorar um sistema de gestão ambiental;
Assegurar-se de sua conformidade com sua política ambiental definida;
Demonstrar tal conformidade a terceiros;
38
Buscar certificação/registro do seu sistema de gestão ambiental por uma
organização externa;
Realizar uma auto-avaliação e emitir auto-declaração de conformidade
com esta Norma.
Além dos objetivos oriundos da norma ISO, na prática, observam-se outros
objetivos que também podem ser alcançados através da gestão ambiental
(AMBIENTE BRASIL, 2007):
Gerir as tarefas da empresa no que diz respeito a políticas, diretrizes e
programas relacionados ao meio ambiente interno e externo da
companhia;
Manter, em geral, em conjunto com a área de segurança do trabalho, a
saúde dos trabalhadores;
Produzir, com a colaboração de toda a cúpula dirigente e os
trabalhadores, produtos ou serviços ambientalmente compatíveis;
Colaborar com setores econômicos, a comunidade e com os órgãos
ambientais para que sejam desenvolvidos e adotados processos
produtivos que evitem ou minimizem agressões ao meio ambiente.
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA - ISO 14001) utiliza instrumentos que
organizam, padronizam e sistematizam os procedimentos técnicos e administrativos
para assegurar o aprimoramento e a melhoria contínua do desempenho ambiental
(ABNT, 1996; BITAR & ORTEGA, 1998). O desempenho ambiental pode ser
entendido como um índice de avaliação da eficácia da implementação dos
instrumentos de gestão, baseado em indicadores específicos para cada tipo de
empreendimento.
A NBR ISO 14.001 foi redigida para ser aplicada a todos os tipos e portes de
organizações e para se adequar a diferentes condições geográficas, culturais e
sociais (CAMPOS, 2001). A base desta abordagem pode ser observada na Figura
12.
39
MELHORIA CONTÍNUA
Análise crítica pela
administrão
Verificação e
ão corretiva
Potica ambiental
Planejamento
Implementação
e operão
Figura 12. Modelo de sistema de gestão ambiental para a NBR ISO 14.001 (Fonte:
ABNT, 1996, p. 3).
Em relação ao modelo de gestão apresentado no contexto da NBR ISO
14.001 e baseado em Campos (2001), os elementos-chave apresentados na Figura
12 podem ser assim descritos:
Política Ambiental
Normalmente, a potica ambiental é o primeiro item definido pela
organização. Ela deve ser redigida pela alta administração empresarial e tem por
objetivo definir as diretrizes da organização. Deve ser compartilhada e difundida em
todo o ambiental organizacional, a fim de que possa ser cumprida por todos os
membros.
A política ambiental deve ser relevante à natureza, escala e impactos
ambientais de suas atividades, produtos ou serviços; deve incluir um
comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção da poluição;
comprometimento com o atendimento à legislação e normas ambientais aplicáveis e
demais requisitos subscritos pela organização; deve fornecer a estrutura para o
estabelecimento e revisão dos objetivos e metas ambientais; deve ser documentada,
implementada, mantida e comunicada a todos os funcionários; e deve estar
disponível ao público.
Planejamento
A fase de planejamento contempla a definição dos aspectos e impactos
ambientais, requisitos legais, objetivos, metas e programas de gestão seguindo
sempre as diretrizes da política ambiental.
40
Implementação e Operação
Esta é a fase mais longa de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Nesta
fase são definidas a estrutura e as responsabilidades; o treinamento, a
conscientização e a competência; os procedimentos de comunicação; toda a
documentação do sistema; controle dos documentos, controle operacional; e a
preparação e atendimento a emergências.
Verificação e Ação Corretiva
Esta fase é a da definição dos controles de monitoramento e dos aspectos e
impactos identificados na fase de planejamento, os quais são fundamentais para a
manutenção do sistema. Compõem esta fase o monitoramento e medição dos
processos impactantes, incluindo o registro das informações coletadas; a
responsabilidade e autoridade para investigar e lidar com os casos de não-
conformidade e promover as ações preventivas e corretivas cabíveis; os registros de
todos os procedimentos executados; e a auditoria do SGA.
Análise Crítica
A alta administração deve, periodicamente, analisar criticamente o SGA para
garantir a melhoria contínua do desempenho ambiental da organização. A análise
deve ser documentada e deve abordar eventuais alterações na política ambiental,
objetivos e outros elementos do sistema, baseando-se nas auditorias e demais
avaliações realizadas.
Assim sendo, duas organizações que desenvolvam atividades similares, mas
que apresentem níveis diferentes de desempenho ambiental, podem atender aos
requisitos da norma e receber uma certificação segundo a ISO 14.001 (CAMPOS,
2001).
No entanto, esta norma ressalta que “... sua adoção não garantirá, por si só,
resultados ambientais ótimos. Para atingir os objetivos ambientais, convém que o
sistema de gestão ambiental estimule as organizações a considerarem a
implementação da melhor tecnologia disponível, quando apropriado e
economicamente exeqüível” (ABNT, 1996, p. 2).
41
A visão economista de hoje ainda possui um caráter microeconômico, isto é,
não contabiliza os custos ambientais e sociais (CEBDS, 2002). Num futuro próximo,
a tendência é sistematizar a contabilidade ambiental das empresas e, nesse sentido,
faz-se necessária a análise do desempenho ambiental dos empreendimentos.
Existe uma grande lacuna entre a certificação ambiental da NBR ISO 14.001
e a constatação de um alto desempenho ambiental nos diversos empreendimentos.
Assim, torna-se necessária a avaliação dos procedimentos adotados no
gerenciamento ambiental.
A ISO 14.031, em vigor na Europa desde 1999, mas ainda sem tradução e
aprovação pela ABNT no Brasil, foi formulada com o objetivo de estabelecer a
Avaliação de Desempenho Ambiental (Environmental Performance Evaluation -
EPE) através do uso de indicadores (ANSI, 1999). A adoção de indicadores de
desempenho é sugerida como forma de subsídio e aferição para o processo de
tomada de decisão e para os ajustes que se fizerem necessários na Avaliação de
Desempenho Ambiental.
Os indicadores de desempenho podem ser entendidos como expressões
quantitativas ou qualitativas que fornecem informações sobre determinadas variáveis
e suas inter-relações. São informações indispensáveis para processos de melhoria
contínua das empresas.
Nas Geociências, os indicadores permitem traduzir de forma simples e
objetiva, quantificando e monitorando, processos da dinâmica superficial que podem
ocorrer em um determinado empreendimento. O Quadro 5 ilustra alguns desses
processos e seus respectivos indicadores e parâmetros.
42
Quadro 5. Indicadores e parâmetros geológicos que podem ser utilizados na
Avaliação de Desempenho Ambiental.
PROCESSO
DO MEIO
FÍSICO
INDICADOR PARÂMETRO
Erosão pela
água
Feições erosivas (sulcos, ravinas ou
boçorocas).
- Comprimento, largura e profundidade (m);
- Área afetada (m² ou ha);
- Profundidade do N.A. aflorante (em
boçorocas).
Feições de massa em movimentação.
- Comprimento e largura das trincas (cm, m);
- Presença e altura de degraus (cm),
inclinação (% degraus);
- Grau de saturação (%);
- Profundidade do N.A. (m).
Escorregamento
Feições de massas movimentadas.
- Geometria;
- Volume (m³);
- Grau de saturação (%).
Aporte de sedimentos.
- Sedimentos em suspensão (mg/l);
- Vazão sólida / vazão líquida.
Deposição de
partículas ou
sedimentos
Dimensão do assoreamento.
- Classificação do material (argila, silte, areia,
detritos);
- Volume do depósito (m³);
- Área ocupada no curso / corpo d´água (ha);
- Área ocupada na zona de inundação (ha).
Escoamento
das águas em
superfície
Aporte do escoamento. - Vazão líquida (m³/s).
Evidências de colmatação do solo.
- Diferença entre coeficientes de
permeabilidade (cm/s);
- Profundidade do N.A. (m).
Elevação / rebaixamento do N.A.
- Profundidade do N.A. (m);
- Amplitude de oscilação (m);
- Interceptação do N.A. (m)...
Movimentação
das águas de
subsuperfície
Grau de umidade do solo.
- Teor de umidade (%);
- Distribuição dos tamanhos dos poros.
Presença de partículas em suspensão
na água.
- Sólidos em suspensão (mg/l);
- Turbidez.
Acidez da água ou do solo. - pH.
Grau de compactação do solo.
- Espessura (cm) e extensão (ha) da camada
compactada;
- Densidade seca do solo (g/cm³);
- Distribuição do tamanho dos poros;
- Condutividade hidráulica (cm/s).
Interações
físico-químicas
no solo, na
rocha e na água
(superficial ou
subterrânea)
Alcance da poluição do solo.
- Coeficiente de condutividade hidráulica
(cm/s);
- Forma e comportamento da pluma de
contaminação.
Queda de bloco
ou detrito
Presença de blocos ou matacões
instáveis.
- Número e tamanho dos blocos instáveis.
Subsidência e
colapso
Feições de afundamento e colapso de
solo.
- Largura das trincas de tração no solo ou de
compressão em edificações (cm);
- Altura de degraus no solo (cm);
- Recalque (cm).
(Fonte: modificado de BITAR et al., 1993).
43
A avaliação do desempenho ambiental de empreendimentos, através do uso
de indicadores, vem sendo empregada por diversos setores empresariais em todo
mundo. Boog & Bizzo (2003) analisaram a eficiência do uso de indicadores para
empresas do ramo siderúrgico através de dados extraídos basicamente do Conselho
Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Concluíram que
os indicadores mostram toda sua eficácia como instrumentos de gestão ao
apresentar de forma clara e incontestável as condições operacionais e ambientais
das empresas; direcionam os esforços dos investimentos rumo a ações preventivas
e/ou corretivas ambientalmente corretas.
A orientação dos esforços dos investimentos ambientais das empresas
necessários para manter um nível sustentável de capital natural (matéria prima) será
algo passível de verificação a partir dos indicadores e parâmetros a serem
desenvolvidos para tipos específicos de empreendimentos, como rodovias.
44
3. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A área de estudo foi delimitada a partir de 1 km para cada lado do trecho km
215 a 249 da Rodovia Marechal Rondon SP-300, nos munícipios de Botucatu e
Anhembi.
A Rodovia Marechal Rondon, oficialmente denominada SP-300, é uma
rodovia estadual, com 558 km de extensão, sob concessão do Departamento de
Estradas e Rodagem DER-SP e Rodovias das Colinas. Seu traçado é demarcado
na direção leste-oeste do estado de São Paulo e passa pelos municípios de Porto
Feliz, Tietê, Laranjal, Paulista, Conchas, Botucatu, São Manoel, Lençóis Paulista,
Agudos, Bauru, Pirajuí, Cafelândia, Lins, Penápolis, Araçatuba, Valparaíso,
Andradina e vai até a divisa com o Mato Grosso do Sul.
3.1. Geologia e Geomorfologia
Segundo Almeida (1964) e Ponçano et al (1981), a área abrange duas das
cinco grandes províncias geomorfológicas do Estado de São Paulo: Depressão
Periférica e Cuestas Basálticas.
No Estado de São Paulo a Depressão Periférica corresponde à faixa de
ocorrência de sequências sedimentares infra-basálticas paleozóicas e mesozóicas
incluindo áreas descontínuas de corpos intrusivos, sob a forma de diques e soleiras
de diabásio (ALMEIDA et al, 1981).
A Depressão Periférica, em relação às províncias adjacentes, marca uma
acentuada mudança de relevo. O relevo montanhoso e menor presente no Planalto
45
Atlântico constrasta com um relevo colinoso na Depressão Periférica, que não está
diretamente vinculado às litogias sedimentares. Este relevo transgride os limites das
litologias sedimentares e avança sobre rochas graníticas, metamórficas e
migmatíticas do embasamento (PONÇANO et al, 1981).
Nesta região destacam-se os rios Tietê, Paranapanema, Mogi-Guaçu e
Pardo. Estes rios possuem maior capacidade erosiva e, devido à ações de origem
tectônica, capturaram através de seus afluentes, rios primitivos que passaram a
percorrer as cuestas com nítido desvio em seu traçado, como são o Piracicaba,
Capivari, Itararé, Apiaí, Taquari, etc. (ROSS & MOROZ, 1997).
Faz parte desta província a Formação Rio Claro, constituída por sedimentos
predominantemente areníticos, algumas vezes conglomeráticos, com lâminas e
leitos de argilas, com até 30m de espessura. Também ocorrem como aluviões e
coluviões, notavelmente expressivos na região norte do rio Tietê com associações
de stone lines (PONÇANO et al, 1981).
O limite entre a Depressão Periférica e as Cuestas Basálticas está bem
definido nas regiões de Escarpas Festonadas.
As Cuestas Basálticas são formas de relevo tabular, onde escarpas íngremes
limitam um topo plano, formado por terras de altitudes maiores, que se contrapõem a
terras mais baixas e de vertentes suaves. São formas assimétricas de relevo
formadas pela sucessão alternada de camadas rochosas que possuem diferentes
resistências a erosão.
A frente de cuesta (front) caracteriza-se por elevações do terreno
interrompidas de forma abrupta por paredões rochosos. Ao seu redor, encontram-se
as terras que compõe o reverso de cuesta, constituído de planícies interfluviais
relativamente mais planas e de menores altitudes.
Segundo Perrota et al (2005), no reverso da cuesta ocorrem também
sedimentos da Formação Marília. Estes são arenitos, podendo variar de grossos a
finos, com coloração amarela e vermelha, com clastos arenosos e de calcário.
O reverso da cuesta no interflúvio Tietê/Paranapanema é identificado por
Ross & Moroz (1997) como Planalto Residual de Botucatu (ou, genericamente Serra
de Botucatu), e é caracterizado por colinas com topos amplos convexos e tabulares.
Nesta área predominam altimetrias entre 600-900m e as vertentes apresentam
declividades entre 10-20%.
46
O Planalto Residual de Botucatu é constituído fundamentalmente por arenitos
e camadas de argilito e siltito, onde se desenvolvem preferencialmente Latossolos
Vermelho-Escuros. Apresenta fragilidade potencial média devido à alta densidade de
drenagem e vales entalhados, o que torna a área susceptível a atividades erosivas
(ROSS & MOROZ, op.cit.).
O relevo das cuestas é sustentado por rochas basálticas, e encontra-se a
Formação Itaqueri, onde predominam os arenitos coexistindo com folhelhos e
conglomerados (ALMEIDA et al, 1981). É uma das feições mais marcantes da
região. Resulta do trabalho contínuo da erosão, que forma grandes plataformas
rochosas que se destacam nos vales suaves ao seu redor.
Podem ocorrer Latossolos Vermelho-Amarelos regional e localmente, e, em
regiões de relevo suave ocorre, preferencialmente, tanto o Latossolo Vermelho
quanto o Argissolo Vermelho-Amarelo (OLIVEIRA et al, 1999).
3.2. Geotecnia
A Carta Geotécnica do Estado de São Paulo, na escala 1:500.000, divide a
região de estudo em três unidades geotécnicas (NAKAZAWA et al. 1994):
1) Alta a muito alta suscetibilidade a erosão;
2) Muito alta suscetibilidade a escorregamentos;
3) Média suscetibilidade ao colapso de solos e baixa suscetibilidade a outros
processos da dinâmica superficial.
Esta primeira unidade geotécnica refere-se a terrenos na Depressão
Periférica e no reverso da cuesta, nas proximidades de Botucatu, onde predominam
sulcos e ravinas desenvolvidos a partir do simples desmatamento em cabeceiras de
drenagem e de matas ciliares, da concentração das águas superficiais em obras
viárias sem as medidas de proteção adequadas e do manejo não conservacionista.
Boçorocas se desenvolvem a partir do aprofundamento dos sulcos e ravinas quando
interceptam o nível d’água ou diretamente de surgências d’água por reativação de
cabeceiras por meio do piping.
As boçorocas são em geral, ramificadas e de grandes dimensões, podendo
evoluir centenas de metros em uma única chuva de forte intensidade. O lançamento
de água concentrado de águas superficiais provenientes de loteamentos, de
47
estradas, ferrovias e outras obras civis é a principal causa de formação destes
processos. O assoreamento é intenso e generalizado nos cursos d’água,
principalmente naqueles de menor porte, gerado pelo aporte de sedimentos
proveniente das erosões em forma de sulcos, ravinas ou boçorocas.
Nos terrenos da Serra de Botucatu com muito alta suscetibilidade a
escorregamentos, os tipos de movimento de massa mais comuns são:
escorregamentos planares, envolvendo solo e rocha (cujas superfícies de ruptura
não ultrapassam 2m de profundidade); quedas de blocos (a partir de paredões e
afloramentos rochosos); rolamento de blocos e matacões situados preferencialmente
em encostas de alta declividade; instabilização de depósitos de lus (feições que
possuem estabilidade natural precária) e; corridas de blocos, cujos fatores mais
importantes são a alta declividade, a amplitude das vertentes e a maior
disponibilidade de materiais.
Os terrenos com média suscetibilidade aos processos de colapso dos solos,
no reverso da Cuesta, podem apresentar recalques na fundação de edificações e
obras civis (pavimento do viário) quando submetidos ao umedecimento, através da
redução brusca no volume dos vazios internos do solo, com ou sem carga adicional.
Estes processos podem ser agravados pelo vazamento de sistemas subterrâneos de
distribuição de água e de saneamento, pois esta vazão pode reagir com o solo,
atuando como dipersante de argila.
3.3. Clima
O clima na região é classificado como Cwa, isto é, temperado macrotérmico
com inverno seco não rigoroso e estação úmida no verão (KÖPPEN, 1948). A
temperatura média anual varia de 21 a 23°C. A precipitação anual varia, segundo o
relevo, de 1300 a 1560 mm, acumulando os seis meses mais quentes (outubro a
março) cerca de 80% desta precipitação.
O regime de chuvas da área, segundo dados de estações pluviométricas
monitoradas pelo Sistema de Informações para o Gerenciamento de Recursos
Hídricos do Estado de São Paulo SIGRH, pode ser representado pelo gráfico
apresentado na Figura 13.
48
Figura 13. Pluviograma acumulado médio mensal representativo da área de estudo
(Fonte: SIGRH, 2008).
3.4. Vegetação
Segundo Veloso (1992), a área é caracterizada por remanescentes da
Floresta Estacional Semidecidual, que ocorrem na área de transição da Depressão
Periférica para a Cuesta Basáltica, em diferentes níveis de sucessão ecológica, pois
passaram por diferentes níveis de perturbações antrópicas (JORGE & SARTORI,
2002).
Nos dias de hoje, a mata mesófila semidecídua é essencialmente
representada por matas secundárias, Cerrado (sensu lato) e Cerradão, mas também
pode ser encontrada a Formação Pioneira Aluvial (ORTEGA & ENGEL, 1992).
Jorge & Sartori (2002) perceberam que a Floresta Estacional Semidecidual
está principalmente associada com Neossolos Litólicos, da frente da Cuesta de
Botucatu, caracterizada por relevo ondulado a escarpado. O Cerradão está
associado com o Neossolo Quartzarênico, em relevo suave-ondulado, típico da área
da Depressão Periférica.
49
3.5. Unidades de Conservação
Unidade de Conservação, segundo o Sistema Nacional de Unidades de
Conversação SNUC, constitui o: “espaço territorial e seus recursos ambientais,
incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente
instituído pelo Poder Público com objetivos de conservação e limites definidos, sob
regime especial de administração ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteção” (Cap. I, Art. 2°, Lei n° 9.985, de 18 de junho de 2000).
Na área de estudo são encontradas duas unidades de conservação: a Área
de Proteção Ambiental APA Corumbataí-Botucatu-Tejupá e a Floresta Estadual
FE Botucatu.
Área de Proteção Ambiental (APA) Corumbataí-Botucatu-Tejupá
A Área de Proteção Ambiental (APA) Corumbataí, Botucatu e Tejupá está
localizada na região central do Estado de o Paulo e possui uma extensão
territorial de aproximadamente 642.256,00 hectares. Foi criada em 1983, através do
Decreto Estadual nº 20.960 e encontra-se subdividida em três perímetros distintos:
Corumbataí, Botucatu e Tejupá.
Os três perímetros correspondem à faixa das cuestas basálticas, desde as
cabeceiras do rio Mogi-Guaçu até a divisa do Estado de São Paulo com o Paraná,
às margens do rio Paranapanema, no Planalto Ocidental Paulista e Depressão
Periférica.
Os fatores que levaram à criação desta APA estão relacionados com a
presença de importantes atributos ambientais e paisagísticos constituídos pelas
cuestas basálticas e pela presença de remanescentes significativos da fauna e flora
nativas (Cerrado e Mata Atlântica), bem como pela área de afloramento e recarga do
aquífero Botucatu-Pirambóia, além da ocorrência de patrimônio arqueológico.
O Perímetro Botucatu está localizado na Serra de Botucatu, no reverso da
cuesta basáltica, onde predominam rochas basálticas, entre os rios Tietê e
Paranapanema. Possui uma área de mais de 218.306,00 ha em nove municípios
(Itatinga, Bofete, Botucatu, Avaré, Guareí, Porangaba, São Manuel, Angatuba e
Pardinho). As principais características desta APA são apresentadas no Quadro 6.
50
Quadro 6. Principais características da APA Corumbataí-Botucatu-Tejupá.
Esfera Estadual
Área total 642.256,00 há
Área do Perímetro Botucatu 218.306,00 há
Bacias hidrográficas Tietê, Jacaré Piracicaba, Capivari, Jundiaí
Municípios abrangidos
Dois Córregos, Torrinha, Santa Maria da Serra,
Itarapina, São Pedro, Corumbataí, Analândia,
Charqueada, Brotas, São Carlos, Ipeúna, Rio
Claro, Barra Bonita.
(Fonte: IBAMA, 2008)
As APAs são unidades de conservação de uso sustentável, isto é, objetivam
conciliar a conservação da diversidade biológica e dos recursos naturais, com o uso
sustentável de parte desses recursos, mantendo-se tanto a propriedade privada da
terra como a jurisdição municipal sobre elas. Assim, no planejamento regional, deve
ser levada em conta a área destinada à APA e os objetivos de uso sustentável
(ENGEA, 1990).
Floresta Estadual (FE) Botucatu
A FE Botucatu foi criada em 1966, pelo Decreto Estadual 46.230, e está
localizada inteiramente no município de Botucatu.
Suas principais características encontram-se sumariadas no Quadro 7,
retiradas do site do Instituto Florestal de São Paulo (IF, 2008).
51
Quadro 7. Principais características da FE Botucatu.
Abrangência Município de Botucatu
Área 33,88 ha
Perímetro 3,1 km
Observações sobre a
área da UC
Localizada no perímetro urbano
Clima Mesotérmico de inverno seco
Temperaturas Temperatura média anual de 19,4°C.
Topografia
Relevo plano a suavemente ondulado. Colinas médias e morrotes
alongados.
Solo Latossolo vermelho, Cambissolo háplico, Gleissolo.
Bioma Cerrado
Fauna
Paca, capivara, lontra, quati, serelepe, tamanduá-mirim, cahorro do
mato, veado campeiro, lobo guará, sagui, jaguatitica e tatu-peba.
Vegetação
Remanescente de cerrado, representada por Coqueiro-do-campo,
Marolo, Quatambu, Jalopa, Coração-de-negro, Pau-santo, Pequi,
Fruta-de-ema, Lagarteira, Curiola, Lobeira, Pau-terra, Caraguatá,
Guabiroba, Barbatimão, Tamanqueira, Carvalho-nacional.
Principais Ameaças Fogo
(Fonte: IF, 2008).
52
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E ETAPAS DA PESQUISA
Para elaborar a Carta Geotécnica de Suscetibilidade aos processos da
dinâmica superficial, foi necessária a execução de diversas etapas, que envolveram
desde a compilação dos dados existentes até a realização do mapa de declividade,
a caracterização do uso do solo e o zoneamento geotécnico.
Tais etapas envolveram o desenvolvimento de outras fases, tais como:
definição da área a ser estudada; revisão bibliográfica do tema; aquisição de
material cartográfico e demais produtos; preparação prévia da base cartográfica e
interpretação das fotografias aéreas.
Os dados extraídos de tais produtos foram comprovados através de
levantamento expedito de campo, com cadastro em fichas específicas. A partir daí
foi possível definir as classes de suscetibilidade do terreno aos processos da
dinâmica superficial atuantes.
A seqüência geral das etapas de trabalho desenvolvidas no presente estudo
encontra-se representada no fluxograma apresentado na Figura 14.
53
Figura 14. Fluxograma das etapas de trabalho.
A seguir, apresenta-se a descrição de cada etapa desenvolvida.
54
4.1. Definição da área de estudo e aquisição de material
O trecho da rodovia Marechal Rondon SP-300 escolhido, km 215 ao km
249, localiza-se na região de Cuestas Basálticas do Planalto Ocidental Paulista e foi
determinado devido à sua localização e facilidade de acesso.
Por se tratar de obra linear, a área de estudo foi delimitada em um raio de
abrangência de 1 km para cada lado deste trecho da rodovia, para facilitar as
análises.
Para se atingir o objetivo desta pesquisa, foram adquiridos os materiais
relacionados e descritos no Quadro 8.
Quadro 8. Listagem e descrição do material adquirido.
CARTAS TOPOGRÁFICAS
Formato Escala Folhas Informações Utilizadas Fonte
Digital (.dgn) e
Impresso
1:50.000
Botucatu
e
Anhembi
- Características geográficas
(coordenadas, projeção, etc);
- Topografia, localidades, rodovias e
rede de drenagem.
IBGE
FOTOGRAFIAS AÉREAS
Formato Escala/Ano Faixa Foto Informações Utilizadas Fonte
22 2314
22 2315
22 2316
22 2317
22 2318
22 2319
22 2320
23 2240
Digital (.tif) e
Impresso
1:30.000 /
2005
23 2241
Topografia, rede de
drenagem, elementos
texturais.
Base
Aerofoto-
grametria
As cartas topográficas no formato digital foram adquiridas gratuitamente no
site do IBGE: http://www.ibge.gov.br. As fotografias reas foram compradas da
empresa BASE Aerofotogrametria Ltda., a partir do requerimento de cobertura do
trecho escolhido da Rodovia Marechal Rondon.
4.2. Revisão Bibliográfica
Durante a fase de pesquisa bibliográfica, necessitou-se de um roteiro
cuidadoso para delimitar, identificar e definir o fenômeno e/ou matéria estudados.
Tal roteiro envolveu: seleção de fontes de referência (índices e bibliografias);
55
levantamento completo do material publicado sobre o assunto; consultas a
especialistas e estudiosos; e acervos e centros de pesquisa digital (via Internet)
(OLIVEIRA, 2002).
A presente pesquisa foi embasada no material disponível nos acervos das
bibliotecas da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho UNESP e
Universidade de São Paulo USP. Na Internet, foram consultados outros acervos
bibliográficos nacionais e internacionais, bem como bases de dados textuais e
referenciais de consulta a periódicos.
4.3. Preparação da base cartográfica e do banco de dados
A partir das cartas topográficas Anhembi e Botucatu, criou-se um banco de
dados geográficos no formato Geodatabase, utilizando o sistema de informações
geográficas (SIG) ArcGIS com as seguintes feições espaciais, extraídas das cartas:
- Hidrografia;
- Curvas de Nível;
- Pontos Cotados;
- Limite da área de estudo;
- Rodovia SP-300;
- Logradouros.
Estas feições foram vetorizadas através do aplicativo ArcMap-ArcGIS,
utilizando-se a extensão ArcScan (módulo de vetorização automática).
A partir da ferramenta Topo to Raster (interpolador para gerar modelo
numérico do terreno) da extensão Spatial Analyst (módulo de análise espacial
avançada do ArcGIS) foi obtido o Modelo Numérico do Terreno (MNT) utilizando-se
as seguintes feições espaciais:
- Curvas de Nível;
- Pontos Cotados.
4.4. Elaboração do Mapa de Declividade
O Mapa de Declividade foi elaborado no aplicativo ArcMap-ArcGIS versão 9.2,
na escala 1:50.000, com as cartas topográficas Anhembi e Botucatu do IBGE,
através da ferramenta slope do módulo de análise espacial Spatial Analyst, a partir
da utilização do MNT gerado.
56
Este mapa foi elaborado com o objetivo de posteriormente relacionar a
declividade com o tipo de características físicas do local para inferir a suscetibilidade
do terreno aos processos da dinâmica superficial, utilizando-se, também, dados do
mapeamento dos processos existentes na área de estudo e uso do solo.
4.5. Interpretação das fotografias aéreas
As fotografias aéreas digitais foram georreferenciadas no aplicativo ArcMap-
ArcGIS versão 9.2, tendo como base as coordenadas das cartas topográficas
Botucatu e Anhembi do IBGE.
As fotografias, na escala 1:30.000, foram impressas e os pares fotográficos
foram interpretados com auxílio de estereoscópio de espelho no Laboratório de
Fotogeologia das dependências do Departamento de Geologia Aplicada da UNESP,
campus de Rio Claro.
As fotografias aéreas foram interpretadas a fim de ser obter a
compartimentação fisiográfica da área, o mapeamento dos processos da dinâmica
superficial e o uso do solo. Tais interpretações foram marcadas nas próprias
fotografias, conforme ilustrado pelas Figuras 15 e 16.
Figura 15. Exemplo de interpretação fisiográfica realizada nas fotografias aéreas.
57
Figura 16. Exemplo da interpretação dos processos da dinâmica superficial.
As unidades fisiográficas foram interpretadas por meio da diferenciação dos
elementos texturais da fotografia. Através da delimitação das quebras de relevo,
foram encontrados possíveis contatos geológicos que deram origem à divisão em
zonas homólogas.
A análise visual das fotografias baseou-se em elementos texturais e
estruturais, bem como na disposição das feições no terreno, de maneira que se
pudesse ter uma visão pontual e global de todos os elementos que constituem a
paisagem.
Os principais elementos constituintes da paisagem, utilizados na interpretação
das fotos, encontram-se resumidos no Quadro 9, de acordo com Lawrence et al
(1993).
58
Quadro 9. Principais elementos constituintes da paisagem.
RELEVO
SOLOS, MATERIAIS,
HIDROLOGIA E VEGETAÇÃO
CARACTERISTICAS DE
ENGENHARIA
Forma
Côncava
Convexa
Retilínea
Côncavo-convexa
Irregular
Subsolo
Condições
(boas ou ruins)
Drenagem
Ângulo
Muito sutil: < 5°
Sutil: 5-10°
Moderado: 11-25°
Íngreme: 26-36°
Muito íngreme: 36-50°
Extremamente íngreme: > 50°
Solos
Perfil
Profundidade
Materiais de empréstimo
Comprimento - Jazidas
ENCOSTAS
Forma em planta
Redonda
Alongada
Rochas
Material
parental
Materiais de construção
Posicionamento - Regime de águas
Permanente ou
sazonal
Profundidade
do lençol
Largura Compressível Fluxo
Permanente
Temporário
Sarjetas/pontes e fundações
Forma em planta
Retilínea
Meandrante
Tipo de vegetação e densidade
DRENAGEM
Seção transversal
Forma de V
Forma de U
Atividades agrícolas e uso do solo
Problemas
Instabilidade
Solos orgânicos
Danos do sal
(evaporitos)
(Fonte: adaptado de LAWRENCE, et al, 1993)
59
Os critérios utilizados para a análise dos elementos de relevo e
drenagem, que deram embasamento, principalmente para a delimitação das
Unidades Fisiográficas Homogêneas, foram os descritos no Quadro 10, com
base em Ponçano et al (1981).
Quadro 10. Critérios utilizados na caracterização das unidades de relevo.
CRITÉRIO CATEGORIA INTERVALO CONCEITO
Amplitude local
Pequena
Média
Grande
0-100 m
100-300 m
> 300 m
Altura máxima da unidade em
metros, acima do assoalho dos
grandes vales adjacentes.
Declividade
Baixa
Média
Alta
0-15%
15-30%
> 30%
Inclinação média do perfil da
encosta expressa em porcentagem.
Densidade de
drenagem*
Baixa
Média
Alta
0-5
5-30
30
Número de cursos d´água perenes
numa área de 10 km².
Expressão de
colinas em
área*
Pequenas
Médias
Amplas
< 1 km²
1-4 km²
> 4 km²
Área ocupada pelas unidades de
relevo entre seus vales limítrofes,
ou seja, área dos interflúvios.
Topos
Extensos
Restritos
- Convencional.
Forma de
topos
Aplainados
Arredondados
Angulosos
- Convencional.
Perfil das
vertentes
Convexo
Retilíneo
Côncavo
- Convencional.
Padrão de
drenagem
Dendrítico
Paralelo
Retangular
Pinulado
Em treliça
Anastomosado
- Convencional.
Vales
Abertos
Fechados
- Convencional.
Planícies
aluvionares
interiores
Desenvolvidas
Restritas
- Convencional.
Existência de
drenagem
fechada
Presente
Ausente
- Convencional.
Existência de
ravinamento
das vertentes
Presente
Ausente
- Convencional.
(Fonte: PONÇANO et al, 1981).
60
O reconhecimento dos processos da dinâmica superficial atuantes foi
realizado com auxílio de estereoscópio, nas fotografias impressas e no
computador, em maior detalhe, através da utilização das fotografias aéreas em
formato digital. As fotos digitais foram carregadas no aplicativo Arcmap-ArcGIS,
versão 9.2, com aumento de escala para até 1:1.500, o que facilitou o
reconhecimento dos processos da dinâmica superficial, principalmente na área
das cuestas. Foram identificadas as feições erosivas como sulcos, ravinas e
boçorocas, além de evidências de movimentos de massa como
escorregamentos, rastejo, queda de blocos rochosos, dentre outros.
A diferenciação entre as classes do uso do solo foi também realizada em
maior detalhe, escala 1:3.000, no computador, também baseada em aspectos
texturais e de cor, principalmente.
4.6. Delimitação das Unidades Fisiográficas Homogêneas
As Unidades Fisiográficas Homogêneas foram delimitadas com base na
compartimentação fisiográfica realizada nas fotografias aéreas, na escala
1:30.000, e representadas nas cartas topográficas Anhembi e Botucatu do
IBGE, na escala 1:50.000. Posteriormente, os limites das unidades foram
comprovados em campo, onde foi realizada a descrição física das unidades e
dos perfis de solo amostrados.
A compartimentação fisiográfica foi realizada com base nos elementos
texturais de relevo e drenagem das fotografias aéreas, por meio da
interpretação das diferenças de cor, textura, rugosidade, rupturas no relevo
(positivas e negativas), dentre outras técnicas de interpretação, com base em
Soares & Fiori (1976).
O zoneamento geotécnico, que consiste na delimitação de unidades
fisiográficas do relevo que possuem comportamentos geotécnicos
semelhantes, foi realizado segundo Vedovello (2000), que sugere que seja
realizada a compartimentação fisiográfica da área e a posterior caracterização
geotécnica das unidades delimitadas.
A compartimentação fisiográfica preliminar foi realizada nas fotografias
aéreas. A caracterização geotécnica das unidades foi realizada por meio da
identificação das características e propriedades dos materiais e das formas do
61
meio físico determinantes de condições geotécnicas através da descrição de
perfis geológico-geotécnicos típicos de cada unidade de terreno definida.
Estes perfis foram obtidos no levantamento de campo através da análise
de taludes e barrancos ao longo da rodovia, de estradas vicinais dentro da área
de estudo e das paredes internas de feições de erosão.
4.7. Mapeamento dos Processos da dinâmica superficial
O levantamento dos processos da dinâmica superficial que ocorrem no
trecho da rodovia selecionado foi realizado por meio da interpretação das
fotografias aéreas impressas. Utilizou-se estereoscópio de espelho e
fotografias aéreas digitais no aplicativo ArcMap-ArcGIS versão 9.2, para
análise em escala de maior detalhe.
Foram interpretadas as feições erosivas do tipo boçorocas, ravinas,
concentrações de sulcos de pequeno porte, solapamento de margens fluviais e
depósitos de assoreamento, além de indícios de movimentos de massa, tais
como escorregamentos, quedas de bloco, e outros.
4.8. Caracterização do Uso do Solo
As classes de uso e ocupação do solo foram diferenciadas através de
cor, elementos de textura e rugosidade nas fotografias aéreas.
4.9. Trabalhos de Campo
Os trabalhos de campo objetivaram, principalmente, a verificação das
informações levantadas nas fotografias aéreas. No processo, foi envolvida a
conferência e definição dos traçados das unidades, bem como a descrição do
perfil geológico-geotécnico típico de cada uma delas.
Os limites das Unidades Fisiográficas Homogêneas foram ajustados em
campo, por meio da comparação entre o mapa de declividade e a interpretação
das fotografias aéreas, assim como a realidade visualizada in loco.
Os perfis geológico-geotécnicos foram caracterizados para descrever os
tipos de solo e de rocha de cada uma das unidades do terreno. O intuito foi
relacioná-los com a declividade e o uso do solo para gerar a Carta Geotécnica
62
de Suscetibilidade a Processos da dinâmica superficial. Os perfis foram
descritos em taludes da rodovia ou em taludes de estradas menores
adjacentes.
Foi descrito o solo superficial orgânico, os horizontes pedológicos, a
relação com a rocha de origem e o nível freático. Também foi analisada a
gênese do solo superficial (saprolítico, laterítico, etc.).
Foi verificada a existência e/ou potencialidade de existência dos
processos da dinâmica superficial na área. A vegetação, as interferências
antrópicas e os indicadores ambientais foram descritos nas fichas, que
apresentam a documentação fotográfica do ponto (Figura 17).
63
FICHA DE CAMPO
Ponto: Data:
Equipe:
Coordenadas (UTM): Cota:
Localização:
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( ) rocha alterada
Grau de intemperismo:
Litologia: Declividade:
Granulação/Granulometria:
Obs:
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( ) retrabalhados
Variação em profundidade:
Distribuição em área:
Obs:
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA:
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro
Obs:
Vegetação
( ) pioneira ( ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( ) pastagem ( ) agricultura
Descrição:
Interferências antrópicas: ( ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo:
Descrição: Croqui do perfil de alteração:
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
Documentação fotográfica:
Figura 17. Ficha de campo (organizada pela autora).
64
4.10. Carta Geotécnica de Suscetibilidade aos Processos da dinâmica
superficial
Para a confecção da Carta Geotécnica de Suscetibilidade aos Processos
da dinâmica superficial, foi realizado cruzamento das informações do mapa de
declividade com o uso do solo e as Unidades Fisiográficas Homogêneas
delimitadas, tendo como base as cartas topográficas Anhembi e Botucatu do
IBGE. A carta foi gerada e representada na escala 1:50.000.
65
5. RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO
A área de estudo foi definida em um raio de abrangência de 1 km para cada
lado do trecho da rodovia selecionado, do km 215 até o 249. Totalizando 34 km de
extensão linear, o trecho foi delimitado pelas coordenadas UTM 761.363 / 7.464.586
m, 788.658 / 7.455.666 m, possuindo 70,24 km² de área.
As feições extraídas das cartas topográficas que formaram a base
cartográfica foram organizadas em um banco de dados no formato Geodatabase. No
banco de dados ficaram disponíveis as seguintes informações: curvas de nível;
hidrografia; traçado da rodovia; limite da área de estudo; dentre outras que foram
geradas a partir destas principais.
A partir das informações contidas nas curvas de nível e pontos cotados, foi
gerado o Modelo Numérico do Terreno (MNT), no ArcMap-ArcGIS, através da
ferramenta Topo to Raster. Esta ferramenta é uma forma de interpolação projetada
especificamente para criar modelos numéricos de terreno hidrologicamente corretos
(HUTCHINSON & DOWNLING, 1991).
A partir das informações fornecidas pelas curvas de nível, foi gerado um
modelo de drenagem, através da identificação das áreas de curvatura máxima em
cada isolinha, e assim, as regiões de maior declividade foram individualizadas. Este
dado foi usado para garantir propriedades hidrogeomórficas adequadas ao MNT
resultante e também para verificar a precisão do MNT gerado (HUTCHINSON,
1988).
66
A utilização pura e simples das informações contidas nas curvas de nível não
geraria um dado confiável, pois não amostragem suficiente entre as isolinhas,
especialmente em áreas de pouca rugosidade, para técnicas de interpolação.
A representação do MNT obtido nesta etapa da pesquisa, ofereceu visão
tridimensional da área de estudo evidenciando, principalmente, as feições de relevo,
como as Cuestas Basálticas (Figura 18). O MNT constituiu a base para a geração
das informações de declividade.
67
Figura 18. Modelo Numérico do Terreno (MNT). Região de Cuestas Basálticas ressaltada pelo sombreamento mais intenso na
área. Planalto ocidental destacado pela parte mais alta, à esquerda e Depressão Peririca, à direita da região de Cuestas (limite
da figura estipulado pelo mosaico das fotografias aéreas).
68
5.1. Mapa de Declividade
A declividade da área de estudo foi gerada a partir das informações de
elevação do MNT. Foram considerados os intervalos: 0-3%; 3-10%; 10-20% e;
>20%, definidos com base em trabalhos anteriores que se basearam no
comportamento de processos erosivos, tais como: IPT (1994); SALOMÃO (1994);
RIDENTE et al. (1995) e; RIDENTE (2000).
A declividade gerada foi representada em um mapa, na escala 1:50.000,
apresentado no Apêndice 1.
5.2. Unidades Fisiográficas Homogêneas
A partir da interpretação das fotografias reas, foram delimitadas 05 (cinco)
Unidades Fisiográficas Homogêneas, que tiveram seus limites comprovados em
campo. As fichas de campo, que apresentam o registro dos pontos amostrados em
campo, estão apresentadas no Apêndice 2.
A descrição das Unidades, bem como seu perfil de alteração típico é
apresentado a seguir.
5.2.1. Unidade I – Várzeas e fundos de vale
A Unidade I é caracterizada por extensas várzeas (planícies fluviais) e fundos
de vale restritos de drenagens menores.
As planícies fluviais variam de 20 a 700m de largura, com declividade entre 0
-3%, formadas por sedimentos Terciários, Quaternários e depósitos de
assoreamento Quinários. Os fundos de vale mais restritos possuem larguras
menores e a declividade é semelhante às várzeas, porém a sua formação geológica
é mais variada. As características geológicas o semelhantes às várzeas, mas em
muitos casos encontram-se no mesmo contexto da formação geológica regional.
Além das semelhanças na declividade e nas características geomórficas,
pode ser encontrado nesta Unidade o mesmo tipo de solo: aluvial do tipo Gleissolo
de cor cinza variada com intercalação de camadas orgânicas (turfa), com espessura
variável.
69
Os terrenos possuem baixa capacidade de suporte a cargas, sujeitos a
recalques e afundamentos na superfície. Em geral, podem ocorrer inundações e
enchentes localizadas. Nas margens dos córregos podem ocorrer solapamentos de
margem fluvial. Estes processos ocorrem principalmente em locais de
retrabalhamento dos terraços fluviais e assoreamentos mais recentes, onde o canal
fluvial busca um novo posicionamento devido a uma mudança qualquer imposta em
seu regime hídrico. Devido à baixa declividade, também são áreas sujeitas a
assoreamento proveniente de processos erosivos nas vertentes da bacia
hidrográfica. Estes terrenos possuem muito alta vulnerabilidade a contaminação do
aqüífero, pois o lençol freático é muito raso ou até mesmo aflorante em alguns
casos.
A principal drenagem desta unidade é o Rio Alambari, no centro da área de
estudo, com uma extensa planície aluvial e, ocorrem também, outras áreas em
fundos de vale mais restritos.
Esta Unidade é caracterizada por solo aluvionar, de coloração
predominantemente cinza, com porções superiores mais escuras e por vezes
amarelada, indicando assoreamento recente. Podem ocorrer os solos Gleissolos
caracterizados por solo mineral imediatamente abaixo do horizonte orgânico e
Neossolos Flúvicos que são derivados de sedimentos aluviais com horizonte
orgânico assentado sobre rochas alteradas. A textura predominante é arenosa.
Existem intercalações de camadas orgânicas de cor preta. A espessura é variável,
no entanto predominam solos entre 0,5m e 2m (Figura 19).
70
0
1
2
Solo Orgânico Arenoso
Assoreamento
Solo Aluvionar Arenoso
Cor Cinza
Espessura variando
de 1 a 2m
com intercalações de lentes
de material turfoso de
cor escura e textura argilosa
Arenito
Basalto
Figura 19. Perfil de alteração típico da Unidade I (Fonte: elaborado pela autora).
5.2.2. Unidade II – Cuesta da Serra de Botucatu
A Unidade II Cuesta da Serra de Botucatu é definida pelas frentes das
escarpas da Serra de Botucatu, feição também conhecida como cuesta e pelo
reverso da cuesta onde ocorrem rochas basálticas e pequenas escarpas,
apresentando assim, duas Sub-Unidades: IIa e IIb.
As escarpas da Serra de Botucatu caracterizam-se por solo coluvionar, pouco
desenvolvido, de textura predominantemente argilosa, com cor escura, que ocorre
sobre rochas basálticas, extremamente fraturadas e com grau de intemperismo
variado. São solos Neossolos Litólicos assinalados por horizonte orgânico (< 40cm)
assentados diretamente sobre a rocha, ou Cambissolos que são constituídos por
horizonte composto por material mineral abaixo do horizonte orgânico. A espessura
máxima desses solos é de 1 m. Localmente podem ocorrer diferenciações devido à
presença de inter-trap de arenito ou devido à presença de depósitos de tálus.
No reverso da cuesta, quando o basalto aflora nos fundos de vale, por ser um
relevo mais suave, o solo pode evoluir para um Argissolo Vermelho com a formação
de um horizonte B textural, argiloso e espessura da ordem de 1 m a 2 m (Figura 20).
71
0
1
2
Solo Orgânico
Incipiente
Solo Coluvionar
Textura Média Argilosa
Espessura Máxima
de 1m
Podem ocorrer
depósitos de tálus
na encosta
Rocha Basáltica
Muito alterada e fraturada
formando pequenos
blocos de rocha
Basalto
Rocha Sã
m
Inter-Trap
de Arenito Botucatu
Figura 20. Perfil de alteração típico da Unidade II (Fonte: elaborado pela autora).
A Foto 1 mostra a ocorrência de depósito de tálus nesta Unidade.
Foto 1. Depósito de tálus cobrindo a rocha no talude de corte da rodovia.
72
5.2.2.1. Sub-Unidade IIa
A escarpa da Serra de Botucatu possui desnível da ordem de 250m e
declividade superior a 10%, porém com predomínio de declividades superiores a
20%. Ocorrem rochas ígneas basálticas com pequenas intercalações de arenitos da
Formação Botucatu. Os solos são geralmente coluviais, rasos (< 1m) do tipo
Nessolo Litólico ou Cambissolo e, localizadamente, podem ocorrer depósitos de
tálus.
A erosão ocorre na forma de sulcos e ravinas nas encostas, porém
predominam os processos de escorregamento (escorregamento de solo, rolamento
de blocos, queda de blocos, desplacamento de blocos e corrida de blocos). Nestes
locais a gênese dos processos de erosão e escorregamentos está, por vezes,
associada. Existem casos em que o escorregamento de encosta ocorre
primeiramente deixando o solo desprotegido e favorecendo a instalação de sulcos
ou ravinas. Também, existem casos em que ocorrem sulcos e ravinas com maior
intensidade e que o seu aprofundamento leva à geração de escorregamentos nas
encostas da serra.
5.2.2.2. Sub-Unidade IIb
No reverso da cuesta formam-se vales com fundos em basalto e os rios
correm em direção às escarpas. As declividades dos terrenos são mais suaves e os
processos de escorregamentos são pontuais. Os solos são um pouco mais
espessos e evoluídos do que os da Sub-Unidade IIa, podendo aparecer os
Argissolos Vermelho-Amarelos.
Nestes vales a declividade é mais acentuada quando aparecem os basaltos
na sua porção mais profunda. No entanto, predominam as declividades entre 10% e
20%, com pequenos trechos com declividades superiores a 20%.
Formam-se escorregamentos em pontos isolados, nas proximidades de
rupturas do relevo onde existem cachoeiras, e em vertentes mais íngremes.
73
5.2.3. Unidade III – Vertentes íngremes dos arenitos
Formam esta Unidade as vertentes íngremes dos Arenitos das Formações
Pirambóia e Botucatu, na Depressão Periférica.
Nestas áreas predominam declividades acima de 20% e o desnível é de cerca
de 40m a 150m. Os solos são predominantemente rasos (< 1m), Nessolos Litólicos,
com ocorrência de Argissolos Vermelho-Amarelos de textura arenosa em porções
mais suaves. São áreas extremamente suscetíveis à erosão, principalmente em
cabeceiras de drenagem, onde se formam pequenas manchas de solos Gleissolos.
Nos limites com a Unidade IV, existe um grande potencial de formação de
erosão devido à ruptura positiva e mudança brusca do relevo, aumentando a
declividade. Podem formar-se principalmente ravinas, além de vários tipos de
escorregamentos.
Nas vertentes íngremes dos Arenitos Pirambóia e Botucatu ocorrem perfis
com predomínio de solos coluvionares ou mesmo com rochas aflorantes, muito
pouco desenvolvidos, pouco espessos (<0,5m), e Neossolos Litólicos, de
composição arenosa caracterizado pelo horizonte orgânico assentado diretamente
sobre a rocha.
Na base das vertentes onde ocorre a ruptura negativa de relevo, podem
desenvolver-se depósitos de tálus e solos coluvionares mais espessos (Figura 21 e
Foto 2).
74
0
1
2
Solo Litólico
Arenoso
Saprólito de
Arenito
Arenito
Rocha Sã
Figura 21. Perfil de alteração típico da Unidade III (Fonte: elaborado pela autora).
Foto 2. Perfil de alteração típico da Unidade III.
75
5.2.4. Unidade IV – Topos de colinas dos arenitos
Esta Unidade é caracterizada por Arenitos das Formações Pirambóia,
Botucatu e de Formações Terciárias em topos de colinas com declividade
predominante entre 0-10%.
Encontram-se na região da Depressão Periférica (abaixo da cuesta), onde
ocorrem Latossolos Vermelho-Amarelos arenosos e, ocasionalmente, Neossolos
Quartzarênicos. Trata-se de solos lateríticos de origem coluvionar, com espessura
variando de 2m a 15m. São extremamente suscetíveis à erosão, principalmente nas
cabeceiras de drenagem, onde localmente podem ocorrer solos Gleissolos ou
Neossolos Flúvicos.
Quando o processo erosivo ocorre, pode atingir grandes proporções devido à
textura arenosa do solo e à sua grande espessura. Nos limites com a Unidade III,
existe um grande potencial de formação de erosão devido à ruptura positiva e
mudança brusca do relevo, aumentando a declividade, principalmente nas
cabeceiras de drenagem.
Os solos são predominantemente lateríticos, bem desenvolvidos, com
espessura variando entre 2m a 15m, apresentando textura variando de arenosa a
areno-argilosa e geralmente são homogêneos em relação à cor e textura, podendo
ocorrer solos coluvionares. São formados principalmente por Latossolos Vermelho-
Amarelos, mas podem ocorrer também Neosssolos Quartzarênico e Argissolos
Vermelho-Amarelos. O horizonte superficial orgânico possui espessura de 20cm a
50cm. Estes solos estão dispostos sobre saprolitos das rochas arenosas com grau
de intemperismo variado (Figura 22 e Foto 3).
76
0
~10
Solo Superficial
Orgânico Arenoso
Solo
Textura Média
Arenosa Homogênea
Arenito
Rocha Sã
0,5
m
Saprólito
do Arenito
Figura 22. Perfil de alteração típico da Unidade IV (Fonte: elaborado pela autora).
Foto 3. Perfil de alteração típico da Unidade IV.
77
5.2.5. Unidade V – Arenitos no reverso da cuesta
Arenitos da Formação Marília e de Formações Terciárias em topos de morro
com declividade predominante entre 0-20%, caracterizam a Unidade V. No reverso
da cuesta formam-se, predominantemente, solos lateríticos do tipo Latossolos
Vermelho-Amarelos com textura arenosa-argilosa e com textura argilosa-arenosa.
Também ocorrem Latossolos Vermelhos e Argissolos Vermelho-Amarelos.
A espessura desses solos varia de 2 m a 8 m, aproximadamente; sendo mais
espessos nos topos das colinas e menos espessos nas suas vertentes. A espessura
do solo também é variável em função da espessura do pacote sedimentar sobre o
basalto. Existe locais em que a cobertura do basalto é de somente 3m a 4m de
rocha arenosa. Esta proximidade das rochas basálticas eleva a presença de argila
no solo.
Quando o processo erosivo ocorre, pode atingir grandes proporções devido à
textura do solo e à sua grande espessura, que varia de 2m a 8m e ao lençol freático
que em alguns locais é bastante raso, cerca de 2m de profundidade. A presença do
lençol freático raso deve-se à interferência do basalto que funciona como uma
camada impermeável abaixo do arenito. Nas situações em que existe um talude
corte da rodovia e o lençol freático é interceptado, criam-se condições favoráveis ao
desenvolvimento de processos erosivos.
O perfil de alteração da Unidade V é caracterizado por solos
predominantemente lateríticos, bem desenvolvidos, com espessura variando entre
2m a 8m, com textura variando de areno-argilosa a argilo-arenosa e geralmente
homogêneo em relação à cor e textura, podendo ocorrer solos coluvionares. A
proximidade de contato com o basalto que se encontra a aproximadamente 10 m de
profundidade, define o maior teor de argila em relação aos arenitos da Depressão
Periférica.
É formado principalmente por solos do tipo Latossolo Vermelho-Amarelo,
podendo ocorrer também o Latossolo Vermelho e Argissolo Vermelho-Amarelo. O
horizonte superficial orgânico possui espessura que varia de 20 a 50cm. Estes solos
estão dispostos sobre saprolitos das rochas arenosas e basálticas com grau de
intemperismo variado (Figura 23).
78
0
5
Solo Superficial
Orgânico Arenoso
Solo
Textura Areno-Argilosa
a Argilo-Arenosa
Rocha Sã
Arenito ou Basalto
0,5
m
Saprólito
do Arenito
3
Figura 23. Perfil de alteração típico da Unidade V (Fonte: elaborado pela autora).
A Foto 4 apresenta um ponto de verificação de arenito nesta Unidade.
Foto 4. Ponto de verificação de arenito.
79
O Quadro 11 apresenta um resumo da descrição física das Unidades
compartimentadas na área de estudo.
80
Quadro 11. Descrição das Unidades Fisiográficas Homogêneas.
UNIDADE DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DO TERRENO
I
Várzeas e
fundos de vale.
Várzeas, variando de 20 a 700m de largura, com declividade entre 0-3%, e amplitudes de no máximo 1m, formadas por sedimentos,
Quaternários e depósitos de assoreamento Quinários. Solo aluvial do tipo Gleissolo de cor cinza com intercalação de camadas orgânicas (turfa),
com espessura variável entre 0,5m e 2m. O nível freático encontra-se a uma profundidade média de 0,5m. Baixa capacidade de suporte a
cargas. Locais onde podem ocorrer inundações e enchentes localizadas
A
Escarpa da Serra de Botucatu, com amplitude da ordem de 250m e declividade superior a 10%, porém com predomínio de declividades
superiores a 20%. Presença de rochas ígneas basálticas com pequenas intercalações de arenitos da Formação Botucatu. Os solos são
geralmente coluvionares, rasos (< 1m) do tipo Neossolo Litólico ou Câmbissolo. Ocorrem localizadamente depósitos de tálus. O nível freático
encontra-se a uma profundidade média de 0,5m.
II
Cuesta da
Serra de
Botucatu
B
No reverso da Cuesta, quando os basaltos aparecem em relevos mais suaves, com declividades acima de 10%, porém com amplitude da ordem
de 20m. Aparece o Argissolo Vermelho que é mais espesso (1 m a 2 m). O nível freático encontra-se a uma profundidade média de 1 m. Os
locais com declividades mais acentuadas são restritos a alguns trechos de vertentes e a cachoeiras no talvegue das drenagens. Os
escorregamentos mais comuns são queda de blocos e de rocha.
III
Vertentes
íngremes dos
arenitos
Áreas formadas pelas escarpas internas dos arenitos Pirambóia e Botucatu onde a declividade predominante é acima de 20% e amplitude é de
cerca de 60m. Os solos predominantemente são rasos (< 1m) Neossolos Litólicos com ocorrência de Argissolos Vermelho-Amarelos de textura
arenosa e Cambissolos. São áreas extremamente suscetíveis à erosão, principalmente em cabeceiras de drenagem, onde se formam pequenas
manchas de Gleissolos. O nível freático encontra-se a uma profundidade média de 0,5m. Nos limites com a Unidade IV, existe um grande
potencial de formação de erosão devido à ruptura positiva e mudança brusca do relevo, aumentando a declividade.
IV
Topos de
colinas dos
arenitos.
Arenitos em topo de colina com declividade predominante entre 0-10%, com amplitude de 30m. Onde exitem os arenitos Pirambóia, Botucatu e
depósitos Terciários na Depressão Periférica e arenitos Marília e depósitos Terciários no reverso da cuesta. Ocorrem Latossolos Vermelho-
Amarelo arenosos e ocasionalmente Neossolos Quartzarênicos. Tratam-se de solos Lateríticos ou de origem coluvionar com espessura variando
de 2m a 15m. O nível freático encontra-se a uma profundidade média de 10 m, geralmente quando aflora o saprolito. São extremamente
suscetíveis à erosão, principalmente nas cabeceiras de drenagem, onde localmente podem ocorrer Gleissolos. Quando o processo erosivo
ocorre, pode atingir grandes proporções devido à textura arenosa do solo e à sua grande espessura. Nos limites com a Unidade III, existe um
grande potencial de formação de erosão devido à ruptura positiva e mudança brusca do relevo, aumentando a declividade e formação de solo do
tipo Gleissolo.
V
Arenitos no
reverso da
cuesta
Arenitos Marília e Terciários em topo e vertentes de colinas com declividade predominante entre 0-10%, amplitude de 30m, no reverso da cuesta.
Formam-se, predominantemente, Latossolos Vermelho-Amarelo com textura arenosa-argilosa a argilosa-arenosa e ocasionalmente, Latossolo
Vermelho e Argisolo Vermelho-Amarelo, sendo que a textura pode variar até argilo-arenosa. A espessura desses solos varia entre 2 m e 8 m, e
sofre grande influência em relação a espessura por conta do contato inferior com o basalto. O nível freático encontra-se a uma profundidade
média de 2 a 3 m, geralmente no contato com o saprolito ou com o basalto.
(Fonte: RIDENTE JR., 2008 no prelo).
81
5.3. Mapeamento dos processos da dinâmica superficial
O mapeamento da ocorrência dos processos da dinâmica superficial na área
de estudo foi realizado para embasar a definição dos critérios de suscetibilidade da
carta geotécnica. Foram mapeados os seguintes processos: erosão (piping
colapso / sulcos / ravinas / boçorocas); assoreamento; escorregamento (de solo);
queda de blocos (rolamento / tombamento / corrida); solapamento; rastejo e;
enchente (inundação).
O objetivo do levantamento nas fotografias aéreas foi identificar,
principalmente, feições erosivas de grande porte, facilmente visíveis nas fotos
através das reentrâncias no terreno causadas por ravinas ou boçorocas, mesmo que
não estivessem ativas (RIDENTE JR., 2000).
Alguns indícios de movimentos de massa puderam também ser reconhecidos
nas fotos, através de cicatrizes deixadas nas encostas por escorregamentos de solo
e de rocha. O mapeamento conclusivo e a comprovação das feições interpretadas
nas fotos foram realizados no levantamento de campo.
Foram interpretadas 63 (sessenta e três) feições de erosão, das quais 27
(vinte e sete) estão relacionadas à rodovia; 01 (um) solapamento; 03 (três)
evidências de rastejo; 07 (sete) quedas, que incluem rolamento e tombamento; 07
(sete) escorregamentos; 02 (dois) depósitos de assoreamento e; 01 ocorrência de
enchente, totalizando 84 processos deflagrados nos aproximados 70 km
2
da área de
estudo. A compilação das ocorrências destes processos é apresentada na Tabela 1
e no Gráfico 1.
Tabela 1. Quantidade de ocorrências observadas na área de estudo.
PROCESSO
QUANTIDADE DE
OCORRÊNCIAS
Erosão 63
Solapamento 01
Rastejo 03
Queda de Blocos 07
Escorregamento 07
Assoreamento 02
Enchente 01
TOTAL 84
82
Ocorrência de processos da dinâmica superficial
na Rodovia Marechal Rondon - SP-300
63
1
3
7 7
2
1
0
10
20
30
40
50
60
70
Eros
ão
Solapamento
Ra
s
t
ejo
Qu
e
da
d
e Blocos
E
sco
rr
e
gam
en
to
Assor
e
am
en
to
Enchente
Gráfico 1. Ocorrência de processos da dinâmica superficial na Rodovia Marechal
Rondon.
A partir destes dados foi possível analisar que 76% das ocorrências de
processos deflagrados na Rodovia Marechal Rondon foram processos erosivos,
seguidos pelas quedas de blocos e escorregamentos (8% das ocorrências), rastejos
(4%), assoreamentos (2%), enchentes (1%) e solapamentos, tipo específico de
erosão, (1%). O Gráfico 2, abaixo, mostra a distribuição percentual dos processos da
dinâmica superficial conforme ocorrências.
76%
1%
4%
8%
8%
2%
1%
Erosão
Solapamento
Rastejo
Queda de Blocos
Escorregamento
Assoreamento
Enchente
Gráfico 2. Porcentagem de ocorrência dos processos da dinâmica superficial na
Rodovia Marechal Rondon.
83
Embora a erosão tenha sido o principal processo deflagrado na área, o
assoreamento, conseqüência principal da erosão, teve poucas ocorrências no
mapeamento (apenas 2% do total). Este acontecimento se deve ao fato de que a
maioria dos depósitos de assoreamento localizaram-se fora dos limites da área de
estudo, não tendo entrado no mapeamento realizado.
5.4. Uso do Solo
As classes de uso e ocupação do solo, estabelecidas através de
fotointerpretação, foram definidas em: área urbana; matas; agricultura/silvicultura e;
pastagem. A diferenciação entre agricultura/silvicultura e pastagem foi baseada na
presença de parcelamento de solo para a agricultura e inexistência desta feição para
pastagem. As matas e a área urbana são detectadas facilmente na escala de análise
utilizada, vez que as matas apresentam dossel heterogêneo e a área urbana
apresenta coloração cinza e divisão em lotes.
A área ocupada por cada tipo de uso foi apresentada no Gráfico 3. A área
urbana foi calculada em 5,93 km², as matas em 13,46 km², a agricultura/silvicultura
em 15,48 km², e a pastagem em 34,75 km².
Área ocupada por cada tipo de uso do solo
5,93
13,46
15,48
34,75
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Área Urbana Matas Agricultura/Silvicultura Pastagem
Gráfico 3. Área ocupada por cada tipo de uso do solo.
84
Estes dados representaram 50% da ocupação da área de estudo por
pastagem, 22% por agricultura, 19% por matas e 9% pela área urbana de Botucatu,
conforme Gráfico 4.
9%
19%
22%
50%
Área Urbana
Matas
Agricultura/Silvicultura
Pastagem
Gráfico 4. Porcentagem da área ocupada por cada tipo de uso do solo.
Estes valores indicam que a área está fortemente antropizada, onde menos
de um terço da área total ainda possui cobertura vegetal significativa, representada
principalmente por fragmentos florestais em diferentes estágios de regeneração e
sem conexão entre si.
5.5. Carta Geotécnica de Suscetibilidade aos Processos da dinâmica
superficial
A suscetibilidade à ocorrência de processos da dinâmica superficial na área
de estudo foi fundamentada na divisão da área nas cinco Unidades Fisiográficas
Homogêneas, referentes a comportamentos geotécnicos homogêneos. Na
integração das informações para a elaboração da Carta Geotécnica de
Suscetibilidade aos Processos da dinâmica superficial, apresentada no Apêndice 3,
foram realizadas análises de inter-relação aos pares, isto é, os conjuntos de dados
foram inter-relacionados dois a dois.
85
A Tabela 2 apresenta a quantidade de tipos de processos deflagrados
relacionados a cada Unidade Fisiográfica Homogênea; sua distribuição pode ser
visualizada no Gráfico 5.
Tabela 2. Relação dos processos encontrados em cada Unidade Fisiográfica
Homogênea.
UNIDADE
Erosão
Solapamento
Rastejo
Queda de Blocos
Escorregamento
Assoreamento
Enchente
TOTAL
I – Várzeas e fundos e vale 04
01
- - - - 01
06
IIa 09
- 02
06
07
- - 24
II – Cuesta da Serra de Botucatu
IIb - - - - - - - 0
III – Vertentes íngremes dos arenitos 33
- 01
01
- 02
- 37
IV – Topos de colinas dos arenitos 17
- - - - - - 17
V – Arenitos no reverso da cuesta - - - - - - - 0
TOTAL 63
01
03
07
07
02
01
84
1
1
4
7
6
2
9
2
1
1
33
17
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
I IIa IIb III IV V
Processos x Unidade Fisiográfica Homogênea
Erosão
Solapamento
Rastejo
Queda de Blocos
Escorregamento
Assoreamento
Enchente
Gráfico 5. Distribuição dos processos da dinâmica superficial em cada Unidade.
86
Nota-se, através da análise da Tabela 2 e do Gráfico 4 que a maior incidência
de processos encontrados foi de erosão, em todas as unidades compartimentadas.
A Unidade I apresentou 04 casos de erosão, 01 de solapamento e 01 de enchente.
A IIa apresentou 09 erosões, 07 escorregamentos e 06 quedas de blocos rochosos.
A III apresentou 33 erosões, 02 assoreamentos, 01 rastejo e 01 queda de blocos. A
IV, 17 erosões. E as Unidades IIb e V não apresentaram processos identificáveis
nas fotografias aéreas e no trabalho de campo.
Os escorregamentos concentraram-se na Sub-Unidade IIa, enquanto os
solapamentos e as enchentes ocorreram somente na Unidade I. A Unidade V
apresentou erosões e os assoreamentos concentram-se na Unidade III.
O Somatório da quantidade dos processos deflagrados em cada Unidade é
apresentada pelo Gráfico 6.
Gráfico 6. Quantidade total de processos deflagrados em cada unidade.
Este gráfico mostra que a maior quantidade de processos observados na área
se concentrou na Unidade III escarpas internas nos arenitos, área com
predominância de declividades acima de 20% e com desnível de cerca de 40 a
150m, extremamente suscetível a erosão, principalmente nas cabeceiras de
drenagem e nas áreas de ruptura positiva do relevo. Formaram-se principalmente
erosões e foram mapeados 02 depósitos de assoreamento nesta unidade.
Somatório dos Processos x Unidade
6
24
0
37
17
0
0
5
10
15
20
25
30
35
40
I
IIa IIb III
IV
V
87
Na seqüência, a Sub-Unidade IIa escarpas na Serra de Botucatu foi a que
mais apresentou processos da dinâmica superficial. Nesta unidade, a erosão
ocorreu na forma de sulcos e ravinas nas encostas e, em relações às outras
unidades, predominaram os processos de escorregamento (de solo) e queda de
blocos (rolamento, queda, desplacamento e corrida de blocos), como pode ser
observado na Tabela 2 e no Gráfico 7.
Nesta Unidade, a gênese dos processos de erosão e escorregamentos está,
por vezes, conjugada. Existem casos em que o escorregamento de encosta ocorre
primeiro, deixando o solo desprotegido, favorecendo a instalação de processos
erosivos (sulcos e ravinas). Ou o contrário: as feições erosivas surgem antes e de
acordo com sua profundidade, levam à geração de escorregamentos nas encostas
da serra.
A Unidade IV - topos de colinas nos arenitos, apresentou 17 processos no
total, todos relacionados à erosão. Os solos desta unidade são extremamente
suscetíveis a este processo, principalmente nas cabeceiras de drenagem.
O processo erosivo na Unidade IV pode atingir grandes proporções devido à
textura arenosa do solo e à sua grande espessura, além das rupturas positivas e
mudanças bruscas do relevo.
A Unidade I várzeas e fundos de vale apresentou 06 registros de erosão
(04 feições e 01 solapamento) e 01 de enchente/inundação (localizado na área
urbana). Nos terrenos deste tipo de compartimento geomorfológico, em geral,
ocorrem inundações e enchentes localizadas, por normalmente se tratarem do nível
de base da bacia de contribuição da região.
O solapamento nesta unidade ocorreu na margem fluvial do córrego,
naturalmente, por retrabalhamento do terraço fluvial. As águas do canal fluvial,
buscando um novo direcionamento devido a uma mudança qualquer imposta em seu
regime hídrico, erodiram os taludes do canal, causando o solapamento das
margens.
Na Sub-Unidade IIb interior das escarpas na Serra de Botucatu e na
Unidade V arenitos no reverso da cuesta não foi observada ocorrência de
processos da dinâmica superficial. A Sub-Unidade IIb possui solos mais espessos e
evoluídos, argilosos, além de declividades mais baixas. A Unidade V apresenta
também solos mais argilosos, menos propícios ao desenvolvimento de processos da
dinâmica superficial, principalmente os erosivos.
88
Além da relação dos processos com as Unidades Fisiográficas Homogêneas,
foi realizada também relação destes com o uso do solo, conforme mostra a Tabela
3.
Tabela 3. Relação dos processos encontrados em cada categoria de uso do solo.
USO DO SOLO
Erosão
Solapamento
Rastejo
Queda de Blocos
Escorregamento
Assoreamento
Enchente
TOTAL
Área Urbana - - - - - - 01
01
Matas 05
- 02
04
04
- - 15
Agricultura/
Silvicultura
12
- - - 01
- - 13
Pastagem 46
01
01
03
02
02
- 55
TOTAL 63
01
03
07
07
02
01
84
A distribuição dos processos nas categorias de uso do solo é apresentada no
Gráfico 7.
89
1
4
4
2
5
1
12
2
2
3
1
1
46
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Área Urbana Matas Agricultura/
Silvicultura
Pastagem
Processos x Uso do Solo
Erosão
Solapamento
Rastejo
Queda de Blocos
Escorregamento
Assoreamento
Enchente
Gráfico 7. Distribuição dos processos da dinâmica superficial em cada tipo de uso
do solo.
O Gráfico 8 traz as informações sobre a totalização dos processos por
categoria de uso do solo.
Gráfico 8. Quantidade total de processos deflagrados em cada tipo de solo.
Através da análise da Tabela 3 e dos Gráficos 6 e 7, pôde-se observar que a
pastagem é o tipo de uso onde mais se observaram processos deflagrados: 55
Somatório dos Processos x Uso do solo
1
15
13
55
0
10
20
30
40
50
60
Área Urbana Matas
Agricultura/ Silvicultura
Pastagem
90
ocorrências, ou seja, 66% da totalidade dos processos, das quais, 46 foram erosões,
01 solapamento, 01 rastejo, 03 quedas de blocos, 02 escorregamentos e 02
assoreamentos.
Nas matas, por sua vez, foram mapeados 15 processos (18% do total): 05
erosões; 02 rastejos; 04 quedas de blocos e; 04 escorregamentos. Na
agricultura/silvicultura, 13 (15%): 12 erosões e 01 escorregamento. E na área
urbana, 01 processo (1%): enchente.
A pastagem apresenta mais processos devido ao desmatamento efetuado
para utilização da área para este fim, ao pisoteio do gado e à falta de técnicas de
conservação do solo exposto e das áreas frágeis, tais como cabeceiras de
drenagem e cursos d´água.
As matas apresentaram maior quantidade de processos que a
agricultura/silvicultura, devido à natureza destes. Os processos identificados na
categoria “matas” foram principalmente os relacionados a movimentos de massa
(rastejo, escorregamento e queda), encontrados nos taludes de corte da Rodovia
Marechal Rondon na região das Cuestas. Estes processos foram enquadrados nesta
categoria de uso do solo devido à escala de mapeamento realizado, onde a rodovia
aparece encoberta pelo dossel da floresta, delimitando uma categoria de uso do
solo.
Na agricultura/silvicultura foram observados principalmente processos
erosivos. Este fato ocorre porque as áreas agrícolas normalmente realizam manejo
excessivo do solo sem a utilização de técnicas adequadas de conservação, através
de implantação de sistemas de drenagem superficial, representadas neste caso,
pelo disciplinamento das águas pluviais.
O processo de enchente observado na área urbana foi devido à
impermeabilização do solo realizada durante o desenvolvimento da cidade.
O Quadro 12 apresenta os principais problemas e a indução a processos da
dinâmica superficial, relacionados às diferentes categorias de uso e ocupação do
solo analisadas.
91
Quadro 12. Principais problemas ocasionados pela intervenção humana nas
diferentes categorias de uso do solo.
Categorias
de Uso
Intervenção
Antrópica
Problemas
Indução ao
processo
Matas Desmatamento Erosão e assoreamento Alta
Agricultura
Desmatamento,
manejo, uso
excessivo de
fertilizantes e
pesticidas.
Erosão, poluição dos
recursos hídricos.
Médio – cultura
perene
Alto – cultura
temporária
Área urbana
Desmatamento,
Impermeabilização
do solo
Alagamento e inundação
nas áreas consolidadas
(escoamento superficial
mais rápido, concentração
das águas e
estrangulamento de
sistemas de drenagens);
nas áreas em
consolidação: erosão na
fase de instalação de
loteamentos, pela
exposição do solo,
assoreamento das
drenagens devido ao
lançamento de resíduos
urbanos (lixo, entulho etc.),
inundação/enchente, além
de problemas de
saneamento; nas áreas
parceladas os problemas
ocorrentes podem ser os
mesmos citados
anteriormente, porém mais
intensos; no sistema viário,
diversos processos, como
erosão, recalque etc.
Médio – área
consolidada
Muito Alto – área
urbana em
consolidação,
área parcelada,
movimento de
terra, loteamento
projetado.
Pastagem
Desmatamento,
pisoteio do gado.
Sulcos erosivos, erosões
de grande porte em
cabeceiras de drenagem.
Médio
(Fonte: modificado de RIDENTE JR., 2000).
A declividade foi o parâmetro balizador da suscetibilidade, principalmente
referente aos movimentos de massa (escorregamentos, quedas e colapsos), que
tendem a ocorrer em regiões de maior declividade.
A Tabela 4 e o Gráfico 9 apresentam a relação e distribuição dos processos
nas diferentes classes de declividade consideradas. A totalização dos processos
mapeados em cada classe é apresentada no Gráfico 10.
92
Tabela 4. Relação dos processos encontrados em cada classe de declividade.
DECLIVIDADE
Erosão
Solapamento
Rastejo
Queda de Blocos
Escorregamento
Assoreamento
Enchente
TOTAL
0-3% 15
01
- - - 02
- 18
3-10% 21
- - 01
- - 01
23
10-20% 24
- 01
03
04
- - 32
> 20% 03
- 02
03
03
- - 11
TOTAL 63
01
03
07
07
02
01
84
2
1
15
1
1
21
4
3
1
24
3
3
2
3
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0-3% 3-10% 10-20% >20%
Processos x Declividade
Erosão
Solapamento
Rastejo
Queda de Blocos
Escorregamento
Assoreamento
Enchente
Gráfico 9. Distribuição dos processos da dinâmica superficial nas classes de
declividade.
93
Gráfico 10. Quantidade total de processos deflagrados em cada classe de
declividade.
No intervalo 0-3% foram mapeados 18 processos (21% do total): 15 erosões;
01 solapamento e; 02 assoreamentos. Este intervalo refere-se a regiões de relevo
mais suave, onde ocorrem planícies fluviais ou topos de colinas. Nas planícies
fluviais predominam solos aluvionares, onde ocorrem solapamento e assoreamento.
Nos topos de colinas, os solos são mais espessos e homogêneos, geralmente
lateríticos, onde se formaram os processos erosivos nas cabeceiras de drenagem de
1ª ordem.
Entre 3-10% foram identificados 23 processos (27% do total): 21 erosões; 01
queda de blocos e; 01 enchente. Este intervalo é caracterizado pelas vertentes de
colinas, com solos espessos e homogêneos, por vezes lateríticos ou coluvionares,
onde também se formaram, principalmente, os processos erosivos nas cabeceiras
de drenagem de 1ª ordem.
Na classe de declividade de 10-20% foi onde ocorreu o maior número de
processos: 39% da totalidade de ocorrências, das quais: 24 foram erosões; 01
rastejo; 03 quedas de blocos e; 04 escorregamentos. Neste intervalo predominam os
solos lateríticos ou coluvionares, do tipo Argissolo, onde existe um horizonte B com
nível de argila mais pronunciado. Nestes locais, formaram-se principalmente, os
processos de ravinamento mais intensos.
Acima de 20% foram observados 11 processos (13% do total): 03 erosões; 02
rastejos; 03 quedas e; 03 escorregamentos. Nestas declividades, ocorrem solos
Somatório dos Processos x Declividade
18
23
32
11
0
5
10
15
20
25
30
35
0-3% 3-10% 10-
20%
> 20%
94
pouco desenvolvidos, de origem coluvionar, pouco espessos e, por vezes,
intercalados com depósitos de lus, nas quais os processos predominantes foram
os de movimentos gravitacionais de massa.
Da relação da declividade com os processos deflagrados, percebe-se que os
processos erosivos (sulcos, ravinas, boçorocas, solapamentos) concentram-se nas
regiões de menor declividade, enquanto que os movimentos de massa
(escorregamentos, queda de blocos, rastejo) concentram-se nas áreas de maiores
declividades. Este fato pode ser comprovado na classe de declividade > 20%, que
apesar de ter sido a classe com menor ocorrência de processos, foi a que
concentrou a maior parte dos movimentos de massa.
Através da inter-relação de todos estes dados coletados e apresentados
acima, foi elaborada a Carta Geotécnica de Suscetibilidade aos Processos da
dinâmica superficial, na escala 1:50.000 (Apêndice 3).
Foram definidas 4 classes de suscetibilidade: baixa; média; alta e; muito alta,
para os principais processos que podem ser deflagrados em cada unidade de
análise, conforme apresenta a Tabela 5.
95
Tabela 5. Suscetibilidade aos principais processos da dinâmica superficial.
PROCESSOS MAPEADOS
UNIDADE
DECLIVIDADE
PREDOMINANTE
Qte.
Tipo
SUSCETIBILIDADE
04 EROSÃO
ALTA
01 SOLAPAMENTO
MUITO ALTA
01 ENCHENTE
MUITO ALTA
I
Várzeas e fundos
de vale
0-3%
- ASSOREAMENTO
MUITO ALTA
09 EROSÃO
ALTA
07 ESCORREGAMENTO
MUITO ALTA
06 QUEDA
MUITO ALTA
IIa
>20%
02 RASTEJO
ALTA
- ESCORREGAMENTO
ALTA
II
Cuesta da
Serra de
Botucatu
IIb
10-20%
- EROSÃO
BAIXA
33 EROSÃO
MUITO ALTA
02 ASSOREAMENTO
MÉDIA
01 QUEDA
MÉDIA
01 RASTEJO
MÉDIA
III
Vertentes
íngremes dos
arenitos
10-20%
- ESCORREGAMENTO
MUITO ALTA
IV
Topos de colinas
dos arenitos
0-10% 17 EROSÃO
MUITO ALTA
V
Arenitos no
reverso da cuesta
0-20% - EROSÃO
MÉDIA
96
5.5.1. Recomendações
Definida a suscetibilidade para diferentes tipos de processos nas diferentes
Unidades Fisiográficas Homogêneas, propõem-se as seguintes recomendações:
Unidade I – Várzeas e fundos de vale
Nesta Unidade deve-se ter cuidados especiais na execução dos sistemas de
drenagem superficial e profundo, devido à alta capacidade de saturação do terreno.
Recomenda-se a proteção superficial vegetal dos taludes de corte e aterro e
recomposição da mata ciliar nos cursos d´água, para evitar os solapamentos.
Unidade II – Cuestas da Serra de Botucatu
Fazem-se as seguintes recomendações para cada Sub-Unidade:
- Sub-Unidade IIa: a execução do sistema de drenagem superficial deve
evitar a concentração de água em um único ponto e considerar dispositivos de
dissipação de energia. Devem-se executar medidas de estabilização dos taludes de
corte para se evitar escorregamentos e queda de blocos.
- Sub-Unidade IIb: nos fundos de vale é necessário ter cuidados nas saídas
de água da plataforma da rodovia para evitar alagamentos e acúmulo de
sedimentos.
Unidade III – Vertentes íngremes dos arenitos
Nas áreas de ruptura de relevo, a drenagem da rodovia deve ser
encaminhada até um ponto baixo nos córregos de jusante com dissipação adequada
da energia da água e proteção das laterais do sistema de drenagem.
Unidade IV – Topos de colinas nos arenitos
O sistema de drenagem deve ser planejado de modo a evitar qualquer
concentração de fluxo superficial. As saídas do sistema de drenagem devem ser
projetadas para levar as águas de forma disciplinada até locais onde exista
estabilidade, nos córregos de jusante, com dispositivos de dissipação de energia
adequados.
97
Unidade V – Arenitos no reverso da cuesta
Nesta Unidade, o sistema de drenagem deve evitar a concentração de água
por grandes extensões. Deve-se sempre promover a proteção dos taludes. Nos
taludes onde existe contato com o basalto, deve-se verificar a necessidade de
instalação de drenos horizontais profundos.
98
6. CONCLUSÕES
A seqüência de etapas realizadas no presente estudo, permitiu atingir o
objetivo desta pesquisa, ou seja, elaborar a Carta Geotécnica de Suscetibilidade aos
processos da dinâmica superficial no trecho km 215 ao 249 da Rodovia Marechal
Rondon – SP-300.
A interpretação das fotografias aéreas na escala 1:30.000, podendo-se atingir
a escala 1:1.500 no computador, foi adequada não para a realização da
compartimentação do terreno e delimitação das unidades homogêneas, mas
principalmente para a identificação dos processos da dinâmica superficial
deflagrados e para a definição das classes de uso do solo.
O mapa final foi apresentado na escala 1:50.000 sem perda significativa de
informações e detalhes, devido ao caráter regional do mapeamento.
O Mapa de Declividade mostrou-se documento fundamental para a definição
das classes de suscetibilidade da Carta Geotécnica, identificando com a precisão
requerida, os locais de maiores e menores declividades.
A Carta Geotécnica de Suscetibilidade aos processos da dinâmica superficial
mostrou-se fundamental subsídio para a gestão ambiental de empreendimentos
desde a fase de projeto, durante sua implantação e posteriormente na
operação/manutenção, traduzindo com objetividade parâmetros de suscetibilidade
de cada unidade de análise
Em termos práticos, possui alta aplicabilidade em empreendimentos de
engenharia civil, onde atua como importante ferramenta para o monitoramento e
supervisão de obras, especialmente as rodoviárias, auxiliando os envolvidos no
99
planejamento e execução da obra a dimensionar e locar dispositivos de drenagem
provisória e definitiva; localizar com maior eficácia áreas de empréstimo de material
e áreas de depósito de material excedente (bota-foras); bem como planejar e
organizar o escoamento das águas superficiais, de forma a minimizar a ocorrência
de erosões e assoreamentos, por exemplo.
O exercício de elaboração da carta geotécnica evidenciou sua importância
para a gestão ambiental de rodovias, tendo em vista a prevenção, o monitoramento
e a correção dos processos atuantes neste ambiente que podem ser melhor
realizados com os conhecimentos que a carta traz, como características intrínsecas
de cada unidade, que apresentam comportamentos geotécnicos equivalentes e sua
suscetibilidade à ocorrência de processos da dinâmica superficial.
Durante as fases de construção, reparos e manutenção da rodovia, devem-se
seguir as recomendações apresentadas neste estudo, o que propiciará um melhor
desempenho ambiental da obra, minimizando possíveis impactos ambientais e
diminuindo os custos operacionais.
100
7. REFERÊNCIAS
ABRAM, I. & ROCHA, A.V. Manual Prático de Terraplenagem. Salvador: ABEOR,
2000. 272p.
ALMEIDA, F.F.M. Fundamentos geológicos do relevo paulista. Boletim do Instituto
Geográfico e Geológico, São Paulo, 41:169-262, 1964.
ALMEIDA, M.C.J., & FREITAS, C.G.L. Uso do solo urbano: suas relações com o
meio físico e problemas decorrentes. In: Simpósio Brasileiro de Cartografia
Geotécnica, 2, São Carlos. Anais... São Carlos: ABGE, p.195-200, 1996.
ALMEIDA, F.F.M. et al. Mapa geológico do Estado de São Paulo. Escala 1:
500.000. São Paulo: IPT (IPT. Publicação, 1184). 2v., 1981.
AMBIENTE BRASIL. Sistema de Gestão Ambiental. In:
www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./gestao/index.html&conteudo=./g
estao/sistema.html, acesso em 21/05/2007.
AMERICAN NATIONAL STANDARDS INSTITUTE ANSI. ISO 14031
Environmental management: Environmental performance evaluation Guidelines.
Geneve: ANSI, 1999.
101
ANDRADE, R.O.B.; TACHIZAWA, T.; CARVALHO, A.B. Gestão Ambiental:
enfoque estratégico aplicado ao Desenvolvimento Sustentável. ed. São Paulo:
MAKRON Books, 2002. 232p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT. ISO 14001
Sistemas de Gestão Ambiental: Especificação e diretrizes para uso. Rio de
Janeiro: ABNT, 1996.
AUGUSTO FILHO, O. Caracterização geológico-geotécnica voltada à estabilização
de encostas: uma proposta metodológica. In: Conferência Brasileira sobre
Estabilidade de Encostas, 1, Rio de Janeiro, Anais... v.2, p.721-733, 1992.
AZEVEDO, A.A. & ALBUQUERQUE FILHO, J.L. Águas Subterrâneas. In: Oliveira, A.
M. S. & Brito, S. N. A. (eds.) Geologia de Engenharia. São Paulo: Associação
Brasileira de Geologia de Engenharia, 1998. Cap. 08. p. 111-130.
BERTONI, J.E. & LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. Piracicaba:
Livroceres, 1990. 392p.
BIGARELLA, J.J. & MAZUCHOWSKI, J.Z. Visão integrada da problemática da
erosão. In: Simpósio Nacional de Controle de Erosão, 3, Livro Guia. Maringá-PR,
1985. 332p.
BITAR, O.Y. & ORTEGA, R.D. Gestão Ambiental. In: Oliveira, A.M.S. & Brito, S.N.A.
(eds.) Geologia de Engenharia. São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de
Engenharia, 1998. Cap. 32. p. 499-508.
BITAR, O.Y. et al. Indicadores geológico-geotécnicos na recuperação ambiental de
áreas degradadas em regiões urbanas. In: Congresso Brasileiro de Geologia de
Engenharia. Anais... São Paulo: ABGE, 1993. p.177-183.
BLOOM, A.L. Superfície da Terra. São Paulo: Edgard Blücher/Edusp. 184p.
102
BOOG, E.G. & BIZZO W.A. Utilização de Indicadores Ambientais como Instrumento
para Gestão de Desempenho Ambiental em Empresas Certificadas com a ISO
14001. X Simpósio de Engenharia de Produção, Anais..., 2003.
BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental. 2ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2005. 318p.
CAMPOS, L.M.S. SGADA Sistema de Gestão e Avaliação de Desempenho
Ambiental: uma proposta de implementação. Tese (Doutorado). Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001. 219f.
CARVALHO, P.A.S. (Coord.) Taludes de Rodovias: orientação para diagnóstico e
soluções de seus problemas. São Paulo: IPT (Publicação IPT; 1843). 1991. 410p.
CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.
Visão Estratégica Empresarial. Vols. 1 e 2. CEBDS, 2002.
CERRI, L.E.S. Carta Geotécnica: contribuições para uma concepção voltada às
necessidades brasileiras. Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia, 6,
Anais... v.1, p. 35-41, 1990.
CHRISTIAN, C.S. & STEWART, G.A. General Report on Survey of the Katherine-
Darwin Region. Sidney: CSIRO – Australian Land Research Series, n.1, 1953.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO
CMMAD. Nosso Futuro Comum. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação
Getúlio Vargas, 1991. 430p.
COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS CPRM. Definição da
planície de inundação da cidade de Governador Valadares. Belo Horizonte,
2004. 30 p.
103
CUNHA, M.A. & SANTOS, A.R. Técnicas simples de controle de erosão em estradas
de terra. Simpósio Nacional de Controle de Erosão, (3), Anais... Maringá PR.
1985.
CUNHA, S.B. Impactos das obras de Engenharia sobre o ambiente biofísico da
Bacia do Rio São João, Rio de Janeiro - Brasil. Gráfica do Inst. de Geociências da
UFRJ. Rio de Janeiro, 1995.
DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ENERGIA ELÉTRICA DAEE. Controle de
erosão: bases conceituais e técnicas, diretrizes para planejamento urbano e
regional; orientação para o controle de boçorocas urbanas. 2. ed. São Paulo:
DAEE/IPT, 1990. 92 p.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES
DNIT. Manual de Conservação Rodoviária. 2. ed. Rio de Janeiro: IPR Publ., 2005.
564p.
ENGEA - AVALIAÇÃO, ESTUDOS DO PATRIMÔNIO E ENGENHARIA LTDA.
Levantamento e análise dos quadros ambientais e proposições físico
territoriais de zoneamento ambiental para a APA Corumbataí-Botucatu-Tejupá,
perímetro Botucatu. São Paulo: SMA, SP/CPLA, v.2, 1990.
HUTCHINSON, M.F. & DOWLING, T.I. A continental hydrological assessment of a
new grid-based digital elevation model of Australia. Hydrological Processes, 5: 45-
58, 1991.
HUTCHINSON, M. F. Calculation of hydrologically sound digital elevation models.
Third International Symposium on Spatial Data Handling, Sydney: Australia,
1988.
INSTITUTO BRASILEIRO DE RECUSOS NATURAIS RENOVÁVEIS IBAMA.
Unidades de Conservação. Disponível em:
http://www.ibama.gov.br/siucweb/listaUc.php. Acesso em 15 fev. 2008.
104
INTERNATIONAL ASSOCIATION OF THE ENGENEERING GEOLOGYST IAEG.
Reports of two working groups. Bulletin da IAEG, 6, 1970.
INFANTI JUNIOR, N. & FORNASARI FILHO, N. Processos de Dinâmica Superficial.
In: Oliveira, A.M.S. & Brito, S.N.A. (coords). Geologia de Engenharia. São Paulo:
ABGE, p.283-300, Cap. 17, 1998. 587p.
INSTITUTO FLORESTAL IF. Unidades de Conservação. Disponível em:
http://www.iflorestal.sp.gov.br/unidades_conservacao/index.asp. Acesso em: 15 fev.
2008.
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS INPE. Landsat 7.
Disponível em: www.dgi.inpe.br/html/landsat.htm. Acesso em 27 ago. 2008.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO
IPT. Alterações do meio físico decorrentes de obras de engenharia. São Paulo: IPT,
1992. Boletim 61.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO
IPT. Bases técnicas para a recuperação de bacias hidrográficas: projeto piloto
do rio Santo Anastácio - Município de Presidente Prudente, SP. São Paulo: IPT,
1994. Relatório Técnico 32514.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO
IPT. Carta de risco de erosão da área urbana de Botucatu, SP. São Paulo: IPT,
1995. Relatório Técnico 33369, 94p.
JORGE, L.A.B. & SARTORI M.S. Uso do solo e análise temporal da ocorrência de
vegetação natural na fazenda experimental Edgardia, em Botucatu-SP. Revista
Árvore, Viçosa-MG, v.26, n.5, p.585-592, 2002.
KÖPPEN, W. Climatologia. Mexico City: Ed. Fondo Cultura Economia, 1948.
105
LAWRENCE, C.J. et al. Terrain Evaluation Manual: State of the art Review/7.
London: HMSO Publications, 1993. 285p.
LINDGREN, D.T. Land use planning and remote sensing. Dordrecht/Boston/
Lancaster: Martinus Nijhoff Publichers, 1985.176p.
LOLLO, J.A. O uso da técnica de avaliação do terreno no processo de
elaboração de mapeamento geotécnico: sistematização e aplicação na quadrícula
de Campinas. 2v. Tese (Doutorado). Escola de Engenharia de São Carlos,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 1995.
LOVELOCK, J.E.A. A Terra como um organismo vivo. In: WILSON, E.O. (org).
Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1988.
METZGER, J.P. O que é Ecologia de Paisagens? Biota Neotropica, Campinas/SP,
v.1, n.1/2, p.1-9, 2001.
MITCHELL, C.W. Terrain Evaluation. London: Longman, 1973.
MOREIRA, M.R. et al. Avaliação da aplicabilidade de técnicas estatísticas
multivariadas no estabelecimento de relações de equivalência em compartimentação
fisiográfica. XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Anais...
Florianópolis. INPE, p. 2883-2890, abr. 2007,
NAKAZAWA, V.A. et al. Cartografia Geotécnica: a aplicação como pressuposto.
Simpósio de Geologia do Sudeste, 2, Anais...p. 329-336, 1991.
NAKAZAWA, V.A. et al. Carta Geotécnica do Estado de São Paulo. Escala
1:500.000. São Paulo: IPT, 1994. Publicação 2089. 22p.
NASCIMENTO, P.R. & GARCIA, G.J. Compartimentação fisiográfica para análise
ambiental do potencial erosivo a partir das propriedades da rede de drenagem.
Engenharia Agrícola, v.25, n.1, 2005. p.231-241.
106
OLIVEIRA, A.M.S. Depósitos tecnogênicos e assoreamento de reservatórios.
Exemplo do reservatório de Capivara, Rio Paranapanema, SP/PR. 2v. Tese
(Doutorado). Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo, São Paulo,
1994.
OLIVEIRA, A.M.S. Assoreamento em cursos e corpos d´água. In: BITAR, O.Y.
(Coord.). Curso de geologia aplicada ao meio ambiente. São Paulo: ABGE/IPT,
1995. Cap. 3.3. p.59-76.
OLIVEIRA, E.M. Definição dos condicionantes do meio físico para subsidiar a
elaboração de cartas de sensibilidade ambiental ao derramamento de óleo
município de Cubatão (SP). 59f. , 2006. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Geologia). Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade
Estadual Paulista, Rio Claro.
OLIVEIRA, J.B. et al. Mapa Pedológico do Estado de São Paulo. Campinas: IAC e
EMBRAPA, 1999. 64p.
OLIVEIRA, S.L. Tratado de Metodologia Científica: projetos de pesquisa, TGI,
TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2002. 320p.
ORTEGA, V.R. & ENGEL, V.L. Conservação da biodiversidade de remanescentes
de Mata Atlântica na região de Botucatu, SP. Congresso Nacional sobre
Essências Nativas, 2, Anais... São Paulo: Revista do Instituto Florestal, 1992. v.4.
p. 839-852. 1992.
OSTROWSKY, M.S.B. & ZMITROWICZ, W. Urbanização e controle de enchentes: o
caso de São Paulo: seus conflitos e inter-relações. Boletim Técnico da Escola
Politécnica da USP. São Paulo: EPUSP, 1991. 11p.
PAULA, B.L. Proposta de uma representação cartográfica para cartas
geotécnicas. Dissertação (Mestrado). Instituto de Geociências e Ciências Exatas,
Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2006.
107
PERROTA, M.M. et al. Mapa Geológico do Estado de São Paulo. Escala
1:750.000. São Paulo: CPRM, 2005. Programa Levantamentos Geológicos sicos
do Brasil.
PONÇANO, W.L. et al. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo. Escala
1:1.000.000. 2v. São Paulo: IPT, 1981. (Monografias, 5).
PONÇANO, W.L. & CHRISTOFOLETTI, A. Procedimentos para taxas de erosão
pluvial em regiões tropicais. Simpósio Nacional de Controle de Erosão, 4, Anais...
São Paulo: ABGE/DAEE, 1987. 571p.
PRANDINI, F.L. et al. Cartografia geotécnica nos planos diretores regionais e
municipais. In: BITAR, O.Y. (Coord.). Curso de geologia aplicada ao meio
ambiente. São Paulo: ABGE/IPT, 1995. Cap. 4, p.187-202.
PRIMAVESI, A. A agricultura de regiões tropicais: manejo ecológico do solo. 9 ed.
São Paulo: Nobel Ed., 1990. 549p.
REIS, F.A.G.V. Curso de Geologia Ambiental via Internet. Instituto de
Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2001.
Disponível em: http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/inicio/pag02.html. Acesso
em 13 jan. 2008.
RIDENTE JR. J.L. Prevenção e controle da erosão urbana: bacia do Córrego do
Limoeiro e bacia do Córrego do Cedro, municípios de Presidente Prudente e
Álvares Machado, SP. Dissertação (Mestrado). Instituto de Geociências e Ciências
Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2000.
RIDENTE JR. J.L. Análise da utilização de cartas geotécnicas em diferentes escalas
para a gestão ambiental de rodovia em operação. Tese (Doutorado). Instituto de
Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2008, no
prelo.
108
RIDENTE JR, J.L. et al. Carta de risco de erosão da área urbana de Botucatu, SP.
Simpósio Nacional de Controle de Erosão, 5, Bauru. Resumos Expandidos. São
Paulo: ABGE, 1995.
RIDENTE JR. J.L. et al. Análise da erosão na área urbana do município de Botucatu,
SP. Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental, 10, Ouro
Preto-MG, 2002.
RODRIGUES, J.E. Estudo de fenômenos erosivos acelerados: boçorocas. Tese
(Doutorado). Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São
Carlos, 1982.
RODRIGUES, R. & LOPES, J.A.U. Rodovias. In: Oliveira, A. M. S. & Brito, S. N. A.
(eds.) Geologia de Engenharia. São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de
Engenharia, 1998. Cap. 25. p. 419-430.
ROSS, J.L.S. Análises e sínteses na abordagem geográfica da pesquisa para o
planejamento ambiental. Revista do Departamento de Geografia. FFLCH/USP,
n.9, p.65-75, 1995.
ROSS, J.L.S. & MOROZ, I.C. Mapa geomorfológico do Estado de São Paulo.
Escala 1:500.000, São Paulo, 2 vols. 1997.
SACHS, I. Transition strategies for the 21st century. Nature and Resources, 28, n.
1, 1992.
SALOMÃO, F.X.T. Processos erosivos lineares em Bauru (SP): regionalização
cartográfica aplicada ao controle preventivo urbano e rural. Tese (Doutorado).
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo,
São Paulo, 1994.
SALOMÃO, F.X.T. & IWASA, O.Y. Erosão e a ocupação rural e urbana. In: Bitar,
O.Y. (Coord.). Curso de Geologia Aplicada ao Meio Ambiente. São Paulo:
ABGE/IPT, 1995. Cap. 3, p.31-57.
109
SANCHES, C.S. Gestão Ambiental Proativa. RAE - Revista de Administração de
Empresas. São Paulo, v.40, n.1, Jan/Mar, p 76-87. 2000.
SANTOS, A.R. Fundamentos filosóficos e metodológicos da Geologia de
Engenharia. Comunicação técnica IPT. São Paulo: IPT, 1994. 5p.
SANTOS, A.R. et al. Estradas Vicinais de Terra: manual técnico para conservação
e recuperação. 2ed. São Paulo: IPT, 1988. 125p.
SILVA, A.P.M. Elaboração de manchas de inundação para o município de Itajubá,
utilizando SIG. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Itajubá, Minas
Gerais, 2006. 122p.
SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO SNUC. Lei 9.985,
de 18 de junho de 2000.
SOARES, P.C. & FIORI, A.P. gica e sistemática na análise e interpretação de
fotografias aéreas em Geologia. Notícias geomorfológicas, 16 (32): 71-104, 1976.
TUCCI, C.E.M. Hidrologia: ciência e aplicação. Editora da UFRGS/ABRH. 3ª ed.
Porto Alegre, 2002. 943p.
VEDOVELLO, R. & MATTOS, J.T. A utilização de Unidades Básicas de
Compartimentação (UBCs) como base para a definição de Unidades Geotécnicas.
Uma abordagem a partir do sensoriamento remoto. Simpósio Brasileiro de
Cartografia Geotécnica, 3, Anais... (CD-ROM), 1998.
VEDOVELLO, R. Zoneamento Geotécnico, por sensoriamento remoto, para
estudos de planejamento do meio físico aplicação em expansão urbana.
Dissertação (Mestrado). Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos
Campos, 1993.
110
VEDOVELLO, R. Zoneamentos Geotécnicos Aplicados à Gestão Ambiental, a
partir de Unidades Básicas de Compartimentação UBCs. Tese (Doutorado).
Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio
Claro, 2000.
VELOSO, H.P. (Org). Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro:
IBGE/Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, 1992. 93 p.
ZUQUETTE, L.V. Análise crítica da cartografia geotécnica e proposta
metodológica para as condições brasileiras. Tese (Doutorado). Escola de
Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1987.
ZUQUETTE, L.V. & NAKAZAWA, V.A. Cartas de Geologia de Engenharia. In:
Oliveira, A.M.S. & Brito, S.N.A. (coords). Geologia de Engenharia. São Paulo:
ABGE, p.283-300, Cap. 17, 1998. 587p.
ZUQUETTE, L.V. & PEJON, O.J. Carta de zoneamento geotécnico geral da região
de Franca-SP. Simpósio Brasileiro de Cartografia Geotécnica, 2, Anais... 1996.
APÊNDICE 1
MAPA DE DECLIVIDADE
APÊNDICE 2
FICHAS DE CAMPO
FICHA DE CAMPO
Ponto: 01 Data: 12/10/2007
Equipe: FRANCELY E RIDENTE
Coordenadas (UTM): 783.534 m / 7.458.564 m Cota: 624m
Localização: SÍTIO SÃO PEDRO – km 222
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO LATERÍTICO
Litologia: FORMAÇÃO BOTUCATU Declividade: 0-3%
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs: TOPO DE COLINAS AMPLAS E SUAVES.
Materiais inconsolidados: ( X ) residuais ( ) retrabalhados
Variação em profundidade: > 2m
Distribuição em área: EXTENSO TOPO DE MORRO.
Obs:
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 2m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( p ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro
Obs: PONTO LOCALIZADO NO TOPO DA COLINA, ONDE NÃO SE OBSERVAM
PROCESSOS.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: ÁRVORES E ARBUSTOS EM REGENERAÇÃO, GRAMÍNEAS.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300 E PASTAGEM
Descrição: Croqui do perfil de alteração:
Vista do ponto turístico gigante adormecido.
Local próximo à escarpa no domínio de
arenitos da Formação Pirambóia.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
- -
Documentação fotográfica:
Foto 1.1 – Vista geral do Ponto 01.
Foto 1.2 Detalhe da formação rochosa Gigante
Adormecido”.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 02 Data: 12/10/2007
Equipe: FRANCELY E RIDENTE
Coordenadas (UTM): 782.460 m / 7.459.532 m Cota: 615m
Localização: km 223 + 900 – EROSÃO EM SAÍDA DE DRENAGEM
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO SAPROLÍTICO
Litologia: FORMAÇÃO BOTUCATU Declividade: 0-3 %
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs: TOPO DE COLINAS AMPLAS.
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: > 3 m
Distribuição em área: EXTENSO TOPO DE MORRO
Obs:
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 3 m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro
Obs: PROCESSO ATIVO – RAVINA EM CABECEIRA DE DRENAGEM (3m prof. x 20m comp. x
10m larg.), CAUSADO POR FALTA DE SISTEMA DE DRENAGEM NA RODOVIA. OBSERVA-
SE PRESENÇA DE TRINCAS NO ACOSTAMENTO (~1cm).
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( X ) agricultura: SILVICULTURA
Descrição: FRAGMENTOS FLORESTAIS ISOLADOS DE MATA CILIAR, CERCADOS POR
PASTAGEM E PLANTIO DE EUCALIPTOS.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, PASTAGEM, SILVICULTURA (EUCALIPTOS).
Descrição: Croqui do perfil de alteração:
Limite entre o topo da colina e a escarpa.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÕES EROSIVAS: RAVINA DIMENSÕES: 3m prof. x 20m comp. x 10m larg., ÁREA
AFETADA: ~ 200m
2
.
Documentação fotográfica:
Foto 2.1 Trincas no acostamento da rodovia
causadas pelo ineficiente sistema de drenagem.
Foto 2.2 – Detalhe das trincas.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 03 Data: 12 e 13/10/2007
Equipe: FRANCELY, RIDENTE E GUILHERME
Coordenadas (UTM): 781.744 m / 7.459.604 m Cota: 616m
Localização: km 224+500 – EROSÃO DE GRANDE DIMENSÃO
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO SAPROLÍTICO
Litologia: Fm. BOTUCATU Declividade: 0-3%
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs: TOPO DE COLINAS AMPLAS
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: ~ 8M
Distribuição em área: EXTENSO TOPO DE MORRO
Obs: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: ~ 9m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão (boçoroca)
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro
Obs: PROCESSO ATIVO DE GRANDE PORTE (8m prof., 250m comp., 15m larg.),
PROVAVELMENTE CAUSADO POR FALTA DE SISTEMA DE DRENAGEM NA RODOVIA.
ESTÁ BEM PRÓXIMO À PLATAFORMA DA PISTA E APRESENTA RAMOS LATERAIS. NÃO
MEDIDAS PREVENTIVAS. OBSERVA-SE PRESENÇA DE TRINCAS NO ACOSTAMENTO
(~1cm).
Vegetação
( ) pioneira ( ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( X ) agricultura: SILVICULTURA
Descrição: FRAGMENTOS FLORESTAIS ISOLADOS DE MATA CILIAR, CERCADOS POR
PASTAGEM E PLANTIO DE EUCALIPTOS.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, TREVO PARA ANHEMBI, PASTAGEM E SILVICULTURA
(EUCALIPTOS).
Descrição: Croqui do perfil de alteração
A erosão ocorre em cabeceira de drenagem
colocando em risco a integridade da rodovia e
a segurança dos usuários. Observa-se
presença de crosta laterítica.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÕES EROSIVAS:
BOÇOROCA
DIMENSÕES: 8m prof., 250m comp., 15m larg., ÁREA
AFETADA: 3750m², PROFUNDIDADE DO N.A.: ~ 9m.
Documentação fotográfica:
Foto 3.1 – Vista geral da cabeceira da erosão.
Foto 3.2 Localização do processo em relação à
rodovia.
Foto 3.3 – Trincas no acostamento. Foto 3.4 – Detalhe de um dos ramos da erosão.
Foto 3.5 Cerca de propriedade atingida pela
erosão.
Foto 3.6 – Crosta laterítica.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 04 Data: 12 e 13/10/2007
Equipe: FRANCELY, RIDENTE E GUILHERME.
Coordenadas (UTM): 779.211 m / 7.459.347 m Cota: 590m
Localização: 227+100 (TREVO PARA BOFETE) - EROSÃO
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO SAPROLÍTICO
Litologia: Fm. PIRAMBÓIA Declividade: 0-3%
Granulação/Granulometria:
Obs: NEOSSOLO GLEY
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: ~ 2m
Distribuição em área: EXTENSO TOPO DE MORRO
Obs:
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: ~2m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: EROSÃO DE CABECEIRA DE DRENAGEM (150m compr., 8m larg., 2,5m prof.) COM
RAMO LATERAL (70m compr., 10m larg., 4m prof.); CAUSADOS POR DEFICIÊNCIA NO
SISTEMA DE DRENAGEM DA RODOVIA E DO TREVO, RESPECTIVAMENTE. PRESENÇA
DE TRINCAS NO ACOSTAMENTO.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( X ) agricultura
Descrição: FRAGMENTO ISOLADO DE MATA CILIAR CERCADO POR PASTAGEM E
PLANTAÇÕES DE CAFÉ.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, TREVO PARA BOFETE, PASTAGEM, AGRICULTURA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Erosão em cabeceira de drenagem próxima a
rodovia, cujo ramo lateral aproxima-se do
acostamento, comprometendo-o.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÕES EROSIVAS:
BOÇOROCA COM RAMO
LATERAL
DIMENSÕES: 150m compr., 8m larg., 2,5m prof., 70m
compr., 10m larg., 4m prof.
ÁREA AFETADA: 1200m² e 700m².
Documentação fotográfica:
Foto 4.1 – Rodovia SP-300. Notar ramo da erosão à
direita e trinca no acostamento.
Foto 4.2 – Vista lateral do processo erosivo.
Foto 4.3 – Perfil de solo.
Foto 4.4 Pastagem: uma das formas de uso do
solo do entorno.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 05 Data: 12/10/2007
Equipe: FRANCELY E RIDENTE
Coordenadas (UTM): 777.505 m / 7.460.292 m Cota: 577m
Localização: 228+700 (POSTO DA BICA) LD
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO ALUVIAL
Litologia: ASSOREAMENTO Declividade: 0-3%
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs: ÁREA DE VÁRZEA
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: INDEFINIDA
Distribuição em área: 50m x 300m
Obs:
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( X ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: RASO
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( ) erosão
( e ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: DEPÓSITO DE ASSOREAMENTO (~ 400m DE EXTENSÃO) EM VÁRZEA PARALELA A
RODOVIA.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: FRAGMENTOS FLORESTAIS DE MATA CILIAR E INDIVÍDUOS ISOLADOS.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, PASTAGEM, RESIDÊNCIAS.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Na várzea observa-se o depósito de
assoreamento. As vertentes possuem
declividade maior que 20%, com algumas
feições de erosão e escorregamento, além de
várias nascentes. Trata-se de um provável
contato entre as Formações Pirambóia e
Botucatu.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
ASSOREAMENTO CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL: AREIA; VOLUME DO
DEPÓSITO: ~6000m³; ÁREA OCUPADA NA VÁRZEA:
~14000 m².
Documentação fotográfica:
Foto 5.1 – Vista geral do depósito de assoreamento na várzea.
Foto 5.2 – Vista geral do entorno da várzea.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 06 Data: 12/10/2007
Equipe: FRANCELY E RIDENTE
Coordenadas (UTM): 778.846 m / 7.459.525 m Cota: 583m
Localização: 227+500 – EROSÃO NA SAÍDA DO SISTEMA DE DRENAGEM DA RODOVIA
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO SAPROLÍTICO
Litologia: Fm. BOTUCATU Declividade: 10%
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs: VERTENTE PRÓXIMA A DRENAGEM (50m)
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: 2m
Distribuição em área: REGIONAL
Obs:
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA:
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: RAVINA DE 50m COMPRIMENTO x 7m DE LARGURA x 2m DE PROFUNDIDADE.
PRESENÇA DE TRINCA NO ACOSTAMENTO.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: FRAGMENTO DE MATA CILIAR CERCADO POR PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, PASTAGEM.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Erosão causada por inexistência (ou
ineficiência) do sistema de drenagem da
rodovia, que está afetando o acostamento da
rodovia.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÃO EROSIVA: RAVINA DIMENSÕES: 50m compr., 7m larg., 2m prof.; ÁREA
AFETADA: 350m².
Documentação fotográfica:
Foto 6.1 – Processo erosivo no talude da rodovia. Foto 6.2 – Contexto geomorfológico do ponto.
Foto 6.3 – Trinca no acostamento.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 07 Data: 12/10/2007
Equipe: FRANCELY E RIDENTE
Coordenadas (UTM): 778.568 m / 7.459.599 m Cota: 579m
Localização: 227+700
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO SAPROLÍTICO
Litologia: Fm. BOTUCATU Declividade: 10%
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs:
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: 2m
Distribuição em área: REGIONAL
Obs:
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA:
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: RAVINA DE 100m COMPRIMENTO x 10m DE LARGURA x 2m DE PROFUNDIDADE
CAUSANDO ABATIMENTO NO ACOSTAMENTO, QUE JÁ COMEÇOU A ATINGIR A PISTA DA
RODOVIA.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: FRAGMENTO DE MATA CILIAR CERCADO POR PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, PASTAGEM.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Erosão causada por inexistência (ou
ineficiência) do sistema de drenagem da
rodovia, que está afetando a rodovia.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÃO EROSIVA: RAVINA DIMENSÕES: 100m compr., 10m larg., 2m prof.; ÁREA
AFETADA: 1000m².
Documentação fotográfica:
Foto 7.1 – Vista geral do processo erosivo. Foto 7.2 – Abatimento no acostamento da rodovia.
Foto 7.3 Vista geral do contexto geomorfológico
em que se insere o ponto.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 08 Data: 12/10/2007
Equipe: FRANCELY E RIDENTE
Coordenadas (UTM): 778.415 m / 7.459.704 m Cota: 570m
Localização: 228+100 (BALANÇAS RECÉM INSTALADAS)
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: ATERRO RECENTE
Litologia: Fm. BOTUCATU Declividade: 3-10%
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs:
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: 1m
Distribuição em área: LOCAL
Obs: LOCAL DE INSTALAÇÃO DAS BALANÇAS
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA:
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: RAVINA RECUPERADA PELAS OBRAS DE EXECUÇÃO DA BALANÇA.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( X ) agricultura
Descrição: FRAGMENTO DE MATA CILIAR CERCADO POR PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, AGRICULTURA, PASTAGEM.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Local onde recentemente foi instalada balança
na rodovia, sofreu movimentação de terra. Nos
locais de aterro na saída da galeria formou-se
a ravina e esta foi recuperada durante a
construção da balança.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÃO EROSIVA: RAVINA DIMENSÕES: 40m compr., 4m larg., 2m prof.; ÁREA
AFETADA: 160m².
Documentação fotográfica:
SEM FOTOS
FICHA DE CAMPO
Ponto: 09 Data: 12 e 13/10/2007
Equipe: FRANCELY, RIDENTE E GUILHERME.
Coordenadas (UTM): 776.697 m / 7.461.160 m Cota: 520m
Localização: 230+300 – ANTIGA ÁREA DE EMPRÉSTIMO NA VÁRZEA DO RIO ALAMBARI
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: NEOSSOLO GLEY
Litologia: Declividade: 3-10%
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs: TERRAÇO FLUVIAL
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: 2m
Distribuição em área: LOCAL
Obs:
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA:
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( p ) erosão
( p ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: TRATA-SE DE ANTIGA ÁREA DE EMPRÉSTIMO DA RODOVIA (~6000m²) NÃO
RECUPERADA, EXTENSA ÁREA DE SOLO EXPOSTO.
Vegetação
( ) pioneira ( ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: OBSERVAM-SE ALGUNS INDIVÍDUOS ARBÓREOS ISOLADOS EM MEIO A
PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, RESIDÊNCIAS, PASTAGEM.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Trata-se de área com intensa interferência
antrópica e antiga área de empréstimo da
rodovia.
Ainda não existem processos instalados, mas
esta é uma área potencial.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
SOLO EXPOSTO ÁREA: ~6000m².
Documentação fotográfica:
Foto 9.1 – Vista parcial da área. Foto 9.2 – Perfil de alteração.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 10 Data: 12/10/2007
Equipe: FRANCELY E RIDENTE
Coordenadas (UTM): 775.919 m / 7.461.268 m Cota: 559m
Localização: 230+100 – EROSÃO NO ATERRO DA ESTRADA
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: ATERRO
Litologia: Fm. BOTUCATU Declividade:
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs: VERTENTE
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: 2m
Distribuição em área: LOCAL
Obs: ATERRO
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA:
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: 2 RAVINAS NO ATERRO DA ESTRADA CAUSADAS POR INEFICIÊNCIA DO SISTEMA
DE DRENAGEM. TRINCAS E ABATIMENTO NO ACOSTAMENTO.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( X ) agricultura
Descrição: PEQUENO FRAGMENTO DE MATA CILIAR CERCADO POR PASTAGEM E
AGRICULTURA.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, FERROVIA, PASTAGEM, AGRICULTURA,
RESIDÊNCIAS.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Erosões em aterro da rodovia causadas por
ineficiência do sistema de drenagem.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÕES EROSIVAS: RAVINAS DIMENSÕES: NÃO SIGNIFICATIVAS;
ÁREA AFETADA: 350m².
Documentação fotográfica:
Foto 10.1 Vista lateral do processo erosivo no
talude do aterro.
Foto 10.2 – Vista lateral do outro lado do aterro.
Foto 10.3 Trincas no acostamento causadas pelo
sistema de drenagem ineficiente da rodovia.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 11 Data: 12/10/2007
Equipe: FRANCELY E RIDENTE
Coordenadas (UTM): 774.747 m / 7.461.142 m Cota: 532m
Localização: 231+300 – TERRAÇO FLUVIAL QUATERNÁRIO
Substrato rochoso: ( X ) rocha sã ( X ) rocha alterada (depósito)
Grau de intemperismo:
Litologia: BASALTO – FM. SERRA GERAL E PLANÍCIE ALUVIAL Declividade: 0-3%
Granulação/Granulometria:
Obs: FUNDO DO CURSO D’ÁGUA: BASALTO. TERRAÇO DE ~ 300M DE LARGURA.
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade:
Distribuição em área: VÁRZEA DE ~ 300m DE LARGURA. EXPRESSÃO REGIONAL.
Obs:
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: AFLORANTE
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( e ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: PROCESSO NATURAL DE SOLAPAMENTO DE MARGEM FLUVIAL
Vegetação
( ) pioneira ( ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: EXISTEM ALGUNS INDIVÍDUOS ARBÓREOS ISOLADOS EM MEIO A PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: SP-300, VICINAIS, PASTAGEM, RESIDÊNCIAS, INDÚSTRIAS.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Extensa várzea do Rio Alambari, com blocos
de basalto na soleira do rio e material arenoso
nos terraços fluviais.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÕES EROSIVAS:
SOLAPAMENTO DE MARGEM.
DIMENSÕES: AO LONGO DO CURSO D´ÁGUA; ÁREA
AFETADA: CANAL FLUVIAL.
Documentação fotográfica:
Foto 11.1 Vista geral do curso água. Observar
blocos rochosos e feições erosivas nas margens.
Foto 11.2 – Vista parcial do curso d´água. Notar
feição erosiva a direita e árvore inclinada.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 12 Data: 12/10/2007
Equipe: FRANCELY E RIDENTE
Coordenadas (UTM): 773.845 m / 7.461.011 m Cota: 552m
Localização: 233+300 – RUPTURA DE RELEVO
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO SAPROLÍTICO
Litologia: Fm. BOTUCATU Declividade: 10%
Granulação/Granulometria: ARENOSO
Obs: SOLO MENOS ESPESSO.
Materiais inconsolidados: ( X ) residuais ( ) retrabalhados
Variação em profundidade: < 1m
Distribuição em área: VERTENTE DE EXPRESSÃO REGIONAL
Obs:
Água
( X ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( X ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA:
Obs: ÁREA PRÓXIMA A TALVEGUE DE DRENAGEM PARALELA À RODOVIA COM
MARGENS BASTANTE ERODIDAS.
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: VÁRIOS PROCESSOS INSTALADOS NOS TALUDES DE CORTE DA RODOVIA.
TALVEGUE ERODIDO PARALELO A RODOVIA (~250m compr., 20m larg., 2m prof.).
Vegetação
( ) pioneira ( ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( X ) agricultura
Descrição: EXISTEM ALGUNS INDIVÍDUOS ISOLADOS CERCADOS PELA PASTAGEM E
AGRICULTURA.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, PASTAGEM, AGRICULTURA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
No talude de corte da rodovia existem muitas
erosões. Nas margens do córrego que é
paralelo à rodovia também existem erosões.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÕES EROSIVAS: SULCOS. DIMENSÕES: INDETERMINADAS
ÁREA AFETADA: ~ 5000m².
Documentação fotográfica:
Foto 12.1 – Vista do talude de corte da rodovia.
Foto 12.2 Vista geral do contexto geomorfológico
do ponto e parcial do talvegue de drenagem. Notar
pastagem e presença de indivíduos arbóreos
isolados.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 13 Data: 12 e 13/10/2007
Equipe: FRANCELY, RIDENTE E GUILHERME
Coordenadas (UTM): 772.254 m / 7.461.603 m Cota: 619m
Localização: 235+000 – GRANDE VALE EM V
Substrato rochoso: ( X ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO SAPROLÍTICO
Litologia: Fm. BOTUCATU Declividade:
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs: VALE EM V, ENTALHADO, MARGENS RAVINADAS – ESCARPA NO ARENITO.
Materiais inconsolidados: ( X ) residuais ( ) retrabalhados
Variação em profundidade: < 1m
Distribuição em área: REGIONAL – ESCARPA NO ARENITO
Obs: LITÓLICO
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: RASO
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( e ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: VALE EM “V” COM AS VERTENTES FORTEMENTE ERODIDAS PROVAVELMENTE
DEVIDO AO SISTEMA PRECÁRIO DE DRENAGEM DA RODOVIA.
Vegetação
( X ) pioneira ( ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: FRAGMENTO DE VEGETAÇÃO PRIMÁRIA DO LADO ESQUERDO DA RODOVIA.
NO VALE, EXISTEM ALGUNS INDIVÍDUOS ARBÓREOS ISOLADOS E PEQUENO
FRAGMENTO DE MATA CILIAR A JUSANTE.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, PASTAGEM.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Vale em formato “V” pertencente às escarpas
existentes no interior do domínio da Formação
Botucatu. Intenso processo erosivo nas
vertentes. Na cabeceira da drenagem
encontra-se a rodovia e a precariedade do
sistema de drenagem leva à instabilidade do
local, comprometendo o acostamento. No
fundo do vale existe depósito de
assoreamento.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÕES EROSIVAS: SULCOS. DIMENSÕES: OCORREM AO LONGO DE TODA A
EXTENSÃO DAS VERTENTES DO VALE.
Documentação fotográfica:
Foto 13.1 Vista geral de uma das vertentes do
vale. Notar presença de sulcos erosivos ao longo
de toda sua extensão.
Foto 13.2 – Tipo de material encontrado no ponto.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 14 Data: 12/10/2007
Equipe: FRANCELY E RIDENTE
Coordenadas (UTM): 771.418 m / 7.461.640 m Cota: 629m
Localização: 236 a 239 – COMEÇO DA SERRA DE BOTUCATU
Substrato rochoso: ( X ) rocha sã ( ) rocha alterada
Grau de intemperismo: Declividade: ~ 20%
Litologia: CONTATO NA CUESTA (ARENITO E BASALTO) INTERCALANDO
Granulação/Granulometria: VARIADA
Obs: ARENITO: km 237+300 a 237+700; BASALTO: km 236+800; COTA DO CONTATO: 650m.
Materiais inconsolidados: ( X ) residuais ( ) retrabalhados
Variação em profundidade:
Distribuição em área:
Obs: CONTATO LITOLÓGICO
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA:
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( e ) rastejo ( ) erosão
( ) assoreamento ( e ) queda de blocos ( e ) outro: CORRIDA DE BLOCOS
Obs: PRESENÇA DE ÁRVORES INCLINADAS, BLOCOS INSTÁVEIS DE BASALTO E BLOCOS
DE ARENITO CAÍDOS NA PISTA. EXISTEM BLOCOS MENORES ANCORADOS PELO MURO
DE ESPERA.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( ) pastagem ( X ) agricultura (E SILVICULTURA)
Descrição: VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM ESTÁGIO AVANÇADO NA CUESTA. EXISTE
PLANTIO DE EUCALIPTOS E CAFÉ.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, RESIDÊNCIAS, PASTAGEM, AGRICULTURA E
SILVICULTURA. NO km 238+100 O CRUZAMENTO DA LINHA DE TRANSMISSÃO DE
ENERGIA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
ÁRVORES INCLINADAS;
BLOCOS INSTÁVEIS.
-
Documentação fotográfica:
14.1 – Vista geral do início da cuesta. 14.2 – Vista geral da cuesta basáltica de Botucatu.
14.3 Restos de asfalto no sistema de drenagem
da rodovia.
14.4 Árvores inclinadas indicando a presença de
rastejo (km 238).
14.5 – Blocos instáveis de basalto (km 239)
14.6 Feições indicativas de queda de blocos no
arenito (km 238+900).
14.7 Corrida de blocos (ancorados pelo muro de
espera em gabião).
14.8 Desplacamento rochoso no arenito (km
238+300).
14.9 Contato do arenito e do basalto. Notar
estratificação cruzada do arenito.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 15 Data: 13/10/2007
Equipe: FRANCELY, RIDENTE E GUILHERME
Coordenadas (UTM): 762.327 m / 7.463.554 m Cota: 821m
Localização: 247+000 - CÓRREGO DENTRO DA ÁREA URBANA (SESI)
Substrato rochoso: ( X ) rocha sã ( ) rocha alterada
Grau de intemperismo: Declividade: 0-3%
Litologia: ARENITO MARÍLIA COM BASALTO NO FUNDO DO VALE
Granulação/Granulometria:
Obs: O LOCAL FOI ASSOREADO NA CONSTRUÇÃO DE BAIRRO A MONTANTE
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( ) retrabalhados
Variação em profundidade:
Distribuição em área:
Obs:
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( X ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: AFLORANTE
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( X ) outro: ENCHENTE / ALAGAMENTO
Obs: FALTA DE SISTEMA DE DRENAGEM.
Vegetação
( ) pioneira ( ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: ALGUNS INDIVÍDUOS ARBÓREOS ISOLADOS EM MEIO À ÁREA URBANA E À
PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs: TRÁFEGO DE PESSOAS
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, ÁREA URBANA, PASTAGEM.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Córrego dentro da área urbana, com blocos de
basalto no seu leito.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
MARCAS DE ÁGUA EM
PAREDES / MUROS.
-
Documentação fotográfica:
15.1 – Vista geral da Rodovia SP-300. 15.2 – Vista do córrego.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 16 Data: 13/10/2007
Equipe: FRANCELY, RIDENTE E GUILHERME
Coordenadas (UTM): 764.515 m / 7.462.159 m Cota: 830 m
Localização: km 244+800
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO LATERÍTICO
Litologia: CONTATO BASALTO x ARENITO MARÍLIA Declividade: > 10%
Granulação/Granulometria: VARIADA
Obs:
Materiais inconsolidados: ( X ) residuais ( ) retrabalhados
Variação em profundidade:
Distribuição em área: REGIONAL
Obs:
Água
( X ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA:
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( p ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: INEXISTÊNCIA DE SISTEMA DE DRENAGEM NA RODOVIA. 2.250m² DE SOLO
EXPOSTO AO LADO DO ACOSTAMENTO DA RODOVIA (LADO ESQUERDO).
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: PEQUENOS FRAGMENTOS ISOLADOS DE MATA CILIAR CERCADOS POR
PASTAGEM E AGRICULTURA. EXISTEM INDIVÍDUOS ARBÓREOS ISOLADOS EM MEIO À
PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, RESIDÊNCIAS, PASTAGEM, AGRICULTURA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Afloramento de basalto (Fm. Serra Geral) no
fundo de vale sobreposto por arenito da Fm.
Marília.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
SOLO EXPOSTO. ÁREA: 2250m².
Documentação fotográfica:
FICHA DE CAMPO
Ponto: 17 Data: 13/10/2007
Equipe: FRANCELY, RIDENTE E GUILHERME.
Coordenadas (UTM): 765.434 m / 7.461.468 m Cota: 835m
Localização: km 243+400
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO LATERÍTICO
Litologia: ARENITO NO TOPO DO MORRO Declividade: 0-3%
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs: ARENITO NO TOPO DE MORRO INTERCALADO COM BASALTO NA VERTENTE
Materiais inconsolidados: ( X ) residuais ( ) retrabalhados
Variação em profundidade: > 5m
Distribuição em área: REGIONAL
Obs:
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 5m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( p ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: EXTENSA ÁREA AGRÍCOLA DE SOLO EXPOSTO DO LADO DIREITO DA RODOVIA
ALIADA À FALTA SISTEMA DE DRENAGEM NA RODOVIA.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( X ) agricultura
Descrição: PEQUENO FRAGMENTO DE MATA CILIAR CERCADO POR PASTAGEM E
INTERROMPIDO PELA FAIXA DE DOMÍNIO DA RODOVIA.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, PASTAGEM, AGRICULTURA, RESIDÊNCIAS.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Ponto de verificação. Arenito no topo do morro
e basalto nas vertentes.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
SOLO EXPOSTO ÁREA: 200000m².
Documentação fotográfica:
17.1 – Arenito de topo de morro.
17.2 Afloramento de basalto na vertente
intercalado com o arenito do topo de morro.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 18 Data: 13/10/2007
Equipe: FRANCELY, RIDENTE E GUILHERME.
Coordenadas (UTM): 767.660 m / 7.460.747 m Cota: 886m
Localização: km 241+000
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO LATERÍTICO
Litologia: ARENITO MARÍLIA NO TOPO DO MORRO Declividade: 0-3%
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs:
Materiais inconsolidados: ( X ) residuais ( ) retrabalhados
Variação em profundidade: > 5m
Distribuição em área: TOPO DE MORRO REGIONAL
Obs:
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 5m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( p ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: ÁREA DE 10000m² DE SOLO EXPOSTO NO INTERIOR DA FAIXA DE DOMÍNIO. FALTA
DE SISTEMA DE DRENAGEM NA RODOVIA.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( X ) agricultura
Descrição: FRAGMENTO DE MATA CILIAR CERCADO POR AGRICULTURA E PASTAGEM.
EXISTEM ALGUNS INDIVÍDUOS ARBÓREOS ISOLADOS EM MEIO À PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, RESIDÊNCIAS, GALPÃO, AGRICULTURA E
PASTAGEM.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Ponto de verificação de arenito.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
SOLO EXPOSTO ÁREA: 10000m².
Documentação fotográfica:
18.1 – Ponto de verificação de arenito.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 19 Data: 21/04/2008
Equipe: RIDENTE
Coordenadas (UTM): 771.320 m / 7.461.588 m Cota: 650 m
Localização: Início da Serra – km 236+100 LE
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO COLUVIONAR ou ATERRO
Litologia: FORMAÇÃO BOTUCATU Declividade: 10-20%
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs: INÍCIO DA SUBIDA DA SERRA.
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: INDEFINIDO
Distribuição em área: LOCAL
Obs:
Água
( X ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 2m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( e ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro
Obs: 2 (DUAS) RAVINAS EM SOLO LOCALIZADO A JUSANTE DA RODOVIA. UMA DELAS
ESTÁ RELACIONADA À CICATRIZ DE ESCORREGAMENTO, QUE SE ENCONTRA A MENOS
DE 1m DA CRISTA.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( X ) agricultura
Descrição: GRAMÍNEAS, MATA CILIAR.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, AGRICULTURA E PASTAGEM. POSSÍVEL
ATERRO DA RODOVIA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
As duas ravinas localizam-se do lado esquerdo
da rodovia. Uma foi provavelmente ocasionada
por ineficiência de sistema de drenagem da
rodovia, agravada por prática agrícola. A outra,
pela existência de cicatriz de escorregamento
a jusante da rodovia, distando cerca de 1m da
guarnição, podendo vir a atingir a pista
futuramente. Alto grau de criticidade.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÕES EROSIVAS: RAVINAS. DIMENSÕES: 30m compr., 6m larg., 2m prof.; 30m compr.,
10m larg., 5m prof.;
ÁREA AFETADA: 180m²; 300m².
Documentação fotográfica:
Foto 19.1 Crista do escorregamento distando
cerca de 1m da guarnição da pista.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 20 Data: 21/04/2008
Equipe: RIDENTE
Coordenadas (UTM): 770.891 m / 7.461.223 m Cota: 690 m
Localização: INÍCIO DA SERRA – km 236+700 (LADO DIREITO)
Substrato rochoso: ( X ) rocha sã ( ) rocha alterada
Grau de intemperismo: ROCHA SÃ COBERTA POR DEPÓSITO DE TÁLUS
Litologia: FORMAÇÃO BOTUCATU Declividade: > 20%
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs: TALUDE DE CORTE DA RODOVIA
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: < 1m
Distribuição em área: PEQUENA
Obs: PROVÁVEL DEPÓSITO DE TÁLUS
Água
( X ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 2m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( e ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro
Obs: ESCORREGAMENTO POR ROLAMENTO DE BLOCOS ROCHOSOS PROVENIENTES
DO DEPÓSITO DE TÁLUS QUE SE ENCONTRA SOBRE O ARENITO BOTUCATU. RAVINA A
JUSANTE, DO LADO ESQUERDO; NÃO FOTOGRAFADA POR DIFICULDADE DE ACESSO.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( X ) agricultura
Descrição: FRAGMENTO FLORESTAL ESPARSO CERCADO POR AGRICULTURA E
PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAL, AGRICULTURA, PASTAGEM. ÁREA DE CORTE DA
RODOVIA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Existe a exposição do arenito Botucatu no
talude de corte da rodovia, que é recoberto por
depósito de tálus composto por blocos de
basalto com tamanhos heterogêneos em meio
a solo arenoso de coloração escura.
Dimensões do talude de corte 5m de altura x
20m de extensão. Alto grau de criticidade.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÃO DE MASSA
MOVIMENTADA
FEIÇÃO EROSIVA
GEOMETRIA: PLANAR
VOLUME: INDETERMINADO
DIMENSÕES: 120m compr., 10m larg., 2m prof.
ÁREA AFETADA: 1200m².
Documentação fotográfica:
Foto 20.1 Talude de corte da rodovia em Arenito
coberto por material de tálus.
Foto 20.2 – Feição erosiva a jusante da rodovia
provavelmente causada por antiga cicatriz de
escorregamento.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 21 Data: 21/04/2008
Equipe: RIDENTE
Coordenadas (UTM): 770.811 m / 7.461.255 m Cota: 700 m
Localização: SERRA – km 236+850 LADO DIREITO
Substrato rochoso: ( X ) rocha sã ( ) rocha alterada
Grau de intemperismo: ROCHA SÃ COBERTA POR DEPÓSITO DE TÁLUS
Litologia: FORMAÇÃO BOTUCATU/FORMAÇÃO SERRA GERAL Declividade: > 20%
Granulação/Granulometria: INDEFINIDA
Obs: TALUDE DE CORTE DA RODOVIA.
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: < 1m
Distribuição em área: LOCAL
Obs: PROVÁVEL DEPÓSITO DE TÁLUS
Água
( X ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 2m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( e ) escorregamento ( ) rastejo ( ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( X ) outro: ROLAMENTO DE BLOCOS
Obs: ANTIGA CICATRIZ DE ESCORREGAMENTO QUE ESTÁ EM ATIVIDADE POR
ROLAMENTO DE BLOCOS ROCHOSOS PROVENIENTES DO DEPÓSITO DE TÁLUS QUE SE
ENCONTRA SOBRE O ARENITO BOTUCATU.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( X ) agricultura
Descrição: FRAGMENTO FLORESTAL ESPARSO CERCADO POR AGRICULTURA E
PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, AGRICULTURA, PASTAGEM. TALUDE DE CORTE DA
RODOVIA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Existe a exposição do arenito Botucatu em
contato com o basalto Serra Geral no talude de
corte da rodovia, que é recoberto por depósito
de tálus composto por blocos de basalto com
tamanhos heterogêneos em meio a solo
arenoso de coloração escura. Dimensões do
talude de corte: 20m de altura x 20m de
extensão. Alto grau de criticidade.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
PRESENÇA DE BLOCOS
INSTÁVEIS
NÚMERO: INDETERMINADO
TAMANHO: VARIÁVEL (30 x 30 cm)
Documentação fotográfica:
Foto 21.1 Cicatriz de escorregamento em talude
de corte da rodovia em contato entre o arenito e o
basalto coberto por material de tálus.
Foto 21.2 Bloco de rocha proveniente do
escorregamento atravessou a pista da rodovia.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 22 Data: 21/04/2008
Equipe: RIDENTE
Coordenadas (UTM): 770.759 m / 7.461.360 m Cota: 740 m
Localização: SERRA – km 237+150 LADO DIREITO
Substrato rochoso: ( X ) rocha sã ( ) rocha alterada
Grau de intemperismo: ROCHA SÃ
Litologia: FORMAÇÃO SERRA GERAL Declividade: 90%
Granulação/Granulometria: INDEFINIDA
Obs: TALUDE DE CORTE DA RODOVIA.
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( ) retrabalhados
Variação em profundidade:
Distribuição em área: LOCAL
Obs: MATERIAL INCONSOLIDADO NÃO VERIFICADO
Água
( X ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 2m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( ) erosão
( ) assoreamento ( p ) queda de blocos ( ) outro
Obs: TALUDE DE CORTE DA RODOVIA EM ROCHA BASÁLTICA. POSSIBILIDADE DE
QUEDA DE BLOCOS ROCHOSOS.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: DENSO FRAGMENTO FLORESTAL.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300. TALUDE DE CORTE DA RODOVIA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Talude de corte da rodovia em basalto.
Dimensões do talude de corte: 10m de altura x
100m de extensão. Alto grau de criticidade.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
PRESENÇA DE BLOCOS
INSTÁVEIS
NÚMERO: INDETERMINADO
TAMANHO: INDETERMINADO
Documentação fotográfica:
Foto 22.1 Talude de corte da rodovia em basalto
com potencial para queda de blocos.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 23 Data: 21/04/2008
Equipe: RIDENTE
Coordenadas (UTM): 770.450 m / 7.461.275 m Cota: 750 m
Localização: SERRA – km 237+400 LADO DIREITO
Substrato rochoso: ( X ) rocha sã ( ) rocha alterada
Grau de intemperismo: ROCHA SÃ COBERTA POR DEPÓSITO DE TÁLUS
Litologia: FORMAÇÃO SERRA GERAL Declividade: 90%
Granulação/Granulometria: INDEFINIDA
Obs: TALUDE DE CORTE DA RODOVIA.
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade:
Distribuição em área: LOCAL
Obs: DEPÓSITO DE TÁLUS SOBRE UM POSSÍVEL “TRAP” DE ARENITO.
Água
( X ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 2m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( e ) escorregamento ( e ) rastejo ( ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro
Obs: VERTENTE A MONTANTE DA RODOVIA COM FEIÇÕES QUE INDICAM A
OCORRÊNCIA DE RASTEJO. ABATIMENTOS NO TERRENO E ÁRVORES INCLINADAS.
CICATRIZ DE ESCORREGAMENTO ATIVA POR ROLAMENTO DE BLOCOS ROCHOSOS DO
DEPÓSITO DE TÁLUS.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( X ) agricultura
Descrição: DENSO FRAGMENTO FLORESTAL CORTADO NA BORDA PELA RODOVIA,
CERCADO POR PASTAGEM E AGRICULTURA.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, PASTAGEM, AGRICULTURA. TALUDE DE CORTE DA
RODOVIA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Extensa área à montante da rodovia onde
existe um possível “trap” de arenito no meio do
basalto, coberto por depósito de tálus.
Dimensões do talude de corte: 10m de altura x
100m de extensão. Alto grau de criticidade.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
- DEGRAUS DE ABATIMENTO,
ÁRVORES INCLINADAS.
- FEIÇÕES DE MASSA
MOVIMENTADAS
- ALTURA DOS DEGRAUS: INDETERMINADA
DISTRIBUIÇÃO EM ÁREA DAS ÁRVORES: ~ 100m².
- GEOMETRIA: CIRCULAR
VOLUME: INDETERMINADO
Documentação fotográfica:
Foto 23.1 Talude de corte da rodovia onde são
visíveis as cicatrizes de movimentação à montante
e as árvores inclinadas no talude, o que evidencia a
movimentação por rastejo.
Foto 23.2 Talude de corte da rodovia no km
237+500 mostrando uma cicatriz de
escorregamento com o material de tálus sobre o
arenito cozido.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 24 Data: 21/04/2008
Equipe: RIDENTE
Coordenadas (UTM): 770.245 m / 7.461.251 m Cota: 770 m
Localização: Serra – km 236+600 LD
Substrato rochoso: ( X ) rocha sã ( ) rocha alterada
Grau de intemperismo: ROCHA SÃ COBERTA POR DEPÓSITO DE TÁLUS
Litologia: FORMAÇÃO SERRA GERAL Declividade: 90%
Granulação/Granulometria: INDEFINIDA
Obs: TALUDE DE CORTE DA RODOVIA.
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: < 1m
Distribuição em área: LOCAL
OBS: PROVÁVEL DEPÓSITO DE TÁLUS
Água
( X ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 2m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( e ) escorregamento ( ) rastejo ( ) erosão
( ) assoreamento ( e ) queda de blocos ( ) outro
Obs: ANTIGA CICATRIZ DE ESCORREGAMENTO ESTÁ EM ATIVIDADE POR ROLAMENTO
DE BLOCOS ROCHOSOS PROVENIENTES DO DEPÓSITO DE TÁLUS QUE SE ENCONTRA
SOBRE O ARENITO BOTUCATU.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: FRAGMENTO FLORESTAL CERCADO POR PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, PASTAGEM. TALUDE DE CORTE DA RODOVIA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Existe a exposição do “trap” arenito no talude
de corte da rodovia, que é recoberto por
depósito de tálus composto por blocos de
basalto com tamanhos heterogêneos em meio
a solo arenoso de coloração escura.
Dimensões do talude de corte: 5m de altura x
10m de extensão. Alto grau de criticidade.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
- FEIÇÃO DE MASSA
MOVIMENTADA
- PRESENÇA DE BLOCOS
INSTÁVEIS
- GEOMETRIA: PLANAR
VOLUME: INDETERMINADO
- NÚMERO DE BLOCOS: INDETERMINADO
TAMANHO DOS BLOCOS: VARIÁVEL
Documentação fotográfica:
Foto 24.1 Vista lateral do material proveniente do
escorregamento gerando queda de blocos de
grandes dimensões.
Foto 24.2 Vista frontal do escorregamento
mostrando o contato entre o arenito e o depósito de
tálus. Atentar para o tamanho dos blocos de rocha.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 25 Data: 21/04/2008
Equipe: RIDENTE
Coordenadas (UTM): 770.029 m / 7.461.111 m Cota: 780 m
Localização: SERRA – km 237+900 LADO ESQUERDO
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO COLUVIONAR OU ATERRO
Litologia: FORMAÇÃO SERRA GERAL Declividade: > 20%
Granulação/Granulometria:
Obs: PLATAFORMA DA PISTA
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( ) retrabalhados
Variação em profundidade: INDEFINIDO
Distribuição em área: LOCAL
Obs:
Água
( X ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 2m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( e ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro
Obs: RAVINA EM ESCORREGAMENTO EM SOLO LOCALIZADO A JUSANTE DA RODOVIA,
QUE SE ENCONTRA A MENOS DE 1m DA CRISTA, NÃO FOTOGRAFADA DEVIDO A
DIFICULDADE DE ACESSO.
Vegetação
( ) pioneira ( ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: ALGUNS INDIVÍDUOS ARBÓREOS ISOLADOS EM MEIO À PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, PASTAGEM. POSSÍVEL ATERRO DA RODOVIA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Existe abatimento na plataforma da rodovia
causado por ineficiência do sistema de
drenagem. Foi realizada impermeabilização
das trincas no pavimento. Médio grau de
criticidade.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
ABATIMENTO NA PISTA DA
RODOVIA.
FEIÇÃO EROSIVA: RAVINA.
DIMENSÕES: 30m compr., 3m larg., 1m prof.
ÁREA AFETADA: 90m².
Documentação fotográfica:
Foto 25.1 Abatimento na pista causado por
ineficiência do sistema de drenagem, com degrau
de aproximadamente 5cm, gerado por ravinamento
a jusante da rodovia.
Foto 25.2 Vista contrária do abatimento na pista
causado por ineficiência do sistema de drenagem.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 26 Data: 21/04/2008
Equipe: RIDENTE
Coordenadas (UTM): 769.937 m / 7.460.754 m Cota: 790 m
Localização: SERRA – km 237+400 LADO DIREITO
Substrato rochoso: ( X ) rocha sã ( ) rocha alterada
Grau de intemperismo: ROCHA SÃ COBERTA POR DEPÓSITO DE TÁLUS
Litologia: FORMAÇÃO SERRA GERAL Declividade: 90%
Granulação/Granulometria: INDEFINIDA
Obs: TALUDE DE CORTE DA RODOVIA.
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade:
Distribuição em área: LOCAL
Obs: DEPÓSITO DE TÁLUS SOBRE UM POSSÍVEL “TRAP” DE ARENITO
Água
( X ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 2m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( e ) rastejo ( ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro
Obs: VERTENTE A MONTANTE DA RODOVIA COM FEIÇÕES QUE INDICAM A
OCORRÊNCIA DE RASTEJO. ABATIMENTOS NO TERRENO E ÁRVORES INCLINADAS.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: FRAGMENTO FLORESTAL ISOLADO, DE VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA, CERCADO
POR PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, PASTAGEM. TALUDE DE CORTE DA RODOVIA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Área à montante da rodovia onde existe um
possível “trap” de arenito no meio do basalto,
coberto por depósito de tálus. Dimensões do
talude de corte: 10m de altura x 50m de
extensão. Alto grau de criticidade.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
DEGRAUS DE ABATIMENTO
ÁRVORES INCLINADAS
ALTURA DOS DEGRAUS: ~50 cm
DISTRIBUIÇÃO EM ÁREA DAS ÁRVORES: ~10m²
Documentação fotográfica:
Foto 26.1 – Talude de corte da rodovia onde é
visível os abatimentos no terreno à montante e as
árvores inclinadas no talude, o que evidencia a
movimentação por rastejo.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 27 Data: 21/04/2008
Equipe: RIDENTE
Coordenadas (UTM): 769.812 m / 7.460.654 m Cota: 800 m
Localização: SERRA – km 238+300 LADO DIREITO
Substrato rochoso: ( X ) rocha sã ( ) rocha alterada
Grau de intemperismo: ROCHA SÃ
Litologia: FORMAÇÃO SERRA GERAL “TRAP” DE ARENITO Declividade: 90%
Granulação/Granulometria: INDEFINIDA
Obs: TALUDE DE CORTE DA RODOVIA.
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( ) retrabalhados
Variação em profundidade:
Distribuição em área: LOCAL
Obs: MATERIAL INCONSOLIDADO NÃO VERIFICADO
Água
( X ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 2m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( ) erosão
( ) assoreamento ( p ) queda de blocos ( ) outro
Obs: TALUDE DE CORTE DA RODOVIA EM ROCHA ARENÍTICA. POSSIBILIDADE DE
QUEDA DE BLOCOS ROCHOSOS.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: FRAGMENTO FLORESTAL CERCADO POR PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, PASTAGEM. TALUDE DE CORTE DA RODOVIA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Talude de corte da rodovia em arenito com
queda de blocos causada pela direção
desfavorável à segurança do acamamento da
rocha. Dimensões do talude de corte: 3m de
altura x 10m de extensão. Médio grau de
criticidade.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
PRESENÇA DE BLOCOS
INSTÁVEIS
NÚMERO DE BLOCOS: CERCA DE 5 BLOCOS
TAMANHO DOS BLOCOS: VARIÁVEL
Documentação fotográfica:
Foto 27.1 Talude de corte da rodovia em arenito
com potencial para queda de blocos.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 28 Data: 21/04/2008
Equipe: RIDENTE
Coordenadas (UTM): 769.684 m / 7.460.453 m Cota: 870 m
Localização: SERRA – km 238+600 LADO DIREITO
Substrato rochoso: ( X ) rocha sã ( ) rocha alterada
Grau de intemperismo: ROCHA SÃ
Litologia: FORMAÇÃO SERRA GERAL Declividade: 90%
Granulação/Granulometria: INDEFINIDA
Obs: TALUDE DE CORTE DA RODOVIA.
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: INDEFINIDA
Distribuição em área: LOCAL
Obs:
Água
( X ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 2m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( e ) escorregamento ( ) rastejo ( ) erosão
( ) assoreamento ( e ) queda de blocos ( ) outro
Obs: ESCORREGAMENTO DE BLOCOS DE ROCHA.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: FRAGMENTO DE MATA CILIAR CERCADO POR PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, PASTAGEM. TALUDE DE CORTE DA RODOVIA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Talude de corte da rodovia com antiga cicatriz
de escorregamento que continua ativa com a
queda de blocos rochosos. Dimensões do
talude de corte: 20m de altura x 30m de
extensão. Existe um muro de espera em
gabião completamente preenchido. Alto grau
de criticidade.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
PRESENÇA DE BLOCOS
INSTÁVEIS
NÚMERO DE BLOCOS: INDETERMINADO
TAMANHO DOS BLOCOS: VARIÁVEL
Documentação fotográfica:
Foto 28.1 – Talude de corte da rodovia onde é
visível a antiga cicatriz de escorregamento e a
continuidade do processo por queda de blocos.
Muro de espera em gabião ineficiente por estar
completamente preenchido por blocos de rocha.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 29 Data: 21/04/2008
Equipe: RIDENTE
Coordenadas (UTM): 769.532 m / 7.460.277 m Cota: 870 m
Localização: SERRA – km 238+800 ao 239+300 LADO DIREITO
Substrato rochoso: ( X ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: ROCHA SÃ
Litologia: FORMAÇÃO SERRA GERAL Declividade: 90%
Granulação/Granulometria: INDEFINIDA
Obs: TALUDE DE CORTE DA RODOVIA.
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: INDEFINIDA
Distribuição em área: LOCAL
Obs:
Água
( X ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 2m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( ) erosão
( ) assoreamento ( e ) queda de blocos ( ) outro
OBS: QUEDA DE BLOCOS DE ROCHA.
Vegetação
( ) pioneira ( ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: ÁREA DE PASTAGEM. PRESENÇA DE ALGUNS INDIVÍDUOS ARBÓREOS
ISOLADOS.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, PASTAGEM. TALUDE DE CORTE DA RODOVIA.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Talude de corte da rodovia em rocha de
basalto, porém bastante heterogêneo com
relação ao grau de alteração. Existem
pequenos “traps” de arenito. Dimensões do
talude de corte: 30m de altura x 500m de
extensão. Alto grau de criticidade.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
PRESENÇA DE BLOCOS
INSTÁVEIS
NÚMERO DE BLOCOS: INDETERMINADO
TAMANHO DOS BLOCOS: VARIÁVEL
Documentação fotográfica:
Foto 29.1 Talude de corte da rodovia em rocha
com a possibilidade de queda de blocos.
Foto 29.2 Talude de corte da rodovia em rocha
com “trap” de arenito sobre o basalto com queda de
blocos.
Foto 29.3 – Detalhe do “trap” de arenito sobre o
basalto com queda de blocos.
Foto 29.4Talude de corte da rodovia em rocha de
basalto com queda de blocos.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 30 Data: 12/10/2007
Equipe: FRANCELY E RIDENTE
Coordenadas (UTM): 781.570 m / 7.459.593 m Cota: 635m
Localização: km 224+700 LE
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO SAPROLÍTICO
Litologia: Fm. BOTUCATU Declividade: 0-3%
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs: TOPO DE COLINAS AMPLAS
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: ~ 8M
Distribuição em área: EXTENSO TOPO DE MORRO
Obs: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: ~ 9m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão (boçoroca)
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro
Obs: EROSÃO APARENTEMENTE ESTABILIZADA COM CURVAS DE NÍVEL E PROTEÇÃO
SUPERFICIAL VEGETAL.
Vegetação
( ) pioneira ( ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( X ) agricultura: SILVICULTURA
Descrição: FRAGMENTOS FLORESTAIS ISOLADOS DE MATA CILIAR, CERCADOS POR
PASTAGEM E PLANTIO DE EUCALIPTOS.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, TREVO PARA ANHEMBI, PASTAGEM E SILVICULTURA
(EUCALIPTOS).
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÕES EROSIVAS: RAVINA DIMENSÕES: 2m prof., 15m comp., 5m larg., ÁREA
AFETADA: 75m², PROFUNDIDADE DO N.A.: ~ 9m.
Documentação fotográfica:
SEM FOTOS
FICHA DE CAMPO
Ponto: 31 Data: 12/10/2007
Equipe: FRANCELY E RIDENTE
Coordenadas (UTM): 778.232 m / 7.459.833 m Cota: 570m
Localização: 228+300 (BALANÇAS RECÉM INSTALADAS) – EROSÃO EM ATERRO
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: ATERRO RECENTE
Litologia: Fm. BOTUCATU Declividade:
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs:
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: 1m
Distribuição em área: LOCAL
Obs: LOCAL DE INSTALAÇÃO DAS BALANÇAS
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA:
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: RAVINA ATIVA (15m compr., 6m larg., 2m prof.) NA SAÍDA DO SISTEMA DE DRENAGEM
RECÉM INSTALADO.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( X ) agricultura
Descrição: FRAGMENTO DE MATA CILIAR CERCADO POR PASTAGEM.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, AGRICULTURA, PASTAGEM.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Local onde recentemente foi instalada balança
na rodovia, sofreu movimentação de terra. Nos
locais de aterro na saída da galeria formou-se
a ravina.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÃO EROSIVA: RAVINA DIMENSÕES: 15m compr., 6m larg., 2m prof.; ÁREA
AFETADA: 90m².
Documentação fotográfica:
Foto 31.1 Vista geral da área da balança. Notar
sistema de drenagem.
Foto 31.2 – Vista lateral da feição erosiva.
Foto 31.3 – Vista frontal do processo.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 32 Data: 12/10/2007
Equipe: FRANCELY E RIDENTE
Coordenadas (UTM): 777.849 m / 7.460.128 m Cota: 560m
Localização: 228+500 LD
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO ALUVIAL
Litologia: ASSOREAMENTO Declividade: 10-20%
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs: ÁREA DE VÁRZEA
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( X ) retrabalhados
Variação em profundidade: INDEFINIDA
Distribuição em área: 50m x 300m
Obs:
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( X ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: RASO
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: 4 (QUATRO) FEIÇÕES EROSIVAS DE PEQUENO PORTE VEGETADAS E
APARENTEMENTE ESTABILIZADAS.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: FRAGMENTOS FLORESTAIS DE MATA CILIAR E INDIVÍDUOS ISOLADOS.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, PASTAGEM, RESIDÊNCIAS.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Trata-se de um provável contato entre as
Formações Pirambóia e Botucatu, onde é
possível observar algumas feições erosivas de
pequeno porte a montante da várzea
assoreada.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÕES EROSIVAS: RAVINAS DIMENSÕES: INDETERMINADAS.
ÁREA AFETADA: ~150m².
Documentação fotográfica:
Foto 32.1 Vista geral de um dos processos
cadastrados.
FICHA DE CAMPO
Ponto: 33 Data: 21/04/2008
Equipe: RIDENTE
Coordenadas (UTM): 769.951 m / 7.461.001 m Cota: 790 m
Localização: SERRA – km 238+100 LE
Substrato rochoso: ( ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO COLUVIONAR OU ATERRO
Litologia: FORMAÇÃO SERRA GERAL Declividade: 10 - 20%
Granulação/Granulometria:
Obs:
Materiais inconsolidados: ( ) residuais ( ) retrabalhados
Variação em profundidade: INDEFINIDO
Distribuição em área: LOCAL
Obs:
Água
( X ) escoamento superficial ( ) infiltração ( ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: > 2m
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro
Obs: RAVINA A JUSANTE DA RODOVIA NÃO FOTOGRAFADA POR DIFICULDADE DE
ACESSO.
Vegetação
( ) pioneira ( X ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: PEQUENO FRAGMENTO DE VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM MEIO À
PASTAGEM. PRESENÇA DE ALGUNS INDIVÍDUOS ARBÓREOS ISOLADOS.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, PASTAGEM.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
A feição erosiva está à aproximadamente 25m
jusante da plataforma da pista, em local de
difícil acesso.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÃO EROSIVA: RAVINA DIMENSÕES: 60m compr., 10m larg., 4m prof.
ÁREA AFETADA: 600m².
Documentação fotográfica:
SEM FOTOS
FICHA DE CAMPO
Ponto: 34 Data: 12 e 13/10/2007
Equipe: FRANCELY, RIDENTE E GUILHERME
Coordenadas (UTM): 772.350 m / 7.461.719 m Cota: 640m
Localização: 234+700 LE
Substrato rochoso: ( X ) rocha sã ( X ) rocha alterada
Grau de intemperismo: SOLO SAPROLÍTICO
Litologia: Fm. BOTUCATU Declividade:
Granulação/Granulometria: ARENOSA
Obs:
Materiais inconsolidados: ( X ) residuais ( ) retrabalhados
Variação em profundidade: < 1m
Distribuição em área: REGIONAL – ESCARPA NO ARENITO
Obs: LITÓLICO
Água
( ) escoamento superficial ( ) infiltração ( X ) área de recarga
( ) área de acúmulo de água ( ) poços existentes profundidade do NA: RASO
Obs:
Processos da dinâmica superficial (e = existente; p = potencial)
( ) escorregamento ( ) rastejo ( e ) erosão
( ) assoreamento ( ) queda de blocos ( ) outro:
Obs: SOLO EXPOSTO COM SULCOS EROSIVOS PARCIALMENTE ESTABILIZADOS.
Vegetação
( X ) pioneira ( ) secundária ( ) climáxica
( ) reflorestamento ( X ) pastagem ( ) agricultura
Descrição: FRAGMENTO DE VEGETAÇÃO PRIMÁRIA DO LADO ESQUERDO DA RODOVIA.
NO VALE, DO LADO DIREITO DA RODOVIA, EXISTEM ALGUNS INDIVÍDUOS ARBÓREOS
ISOLADOS E PEQUENO FRAGMENTO DE MATA CILIAR A JUSANTE.
Interferências antrópicas: ( X ) sim ( ) não Obs:
Uso do solo: RODOVIA SP-300, VICINAIS, PASTAGEM.
Descrição: Croqui do perfil de alteração
Área de solo exposto próximo a grande vale
entalhado em V (Ponto 13), com presença de
pequenos sulcos erosivos.
Indicadores ambientais: Parâmetros aplicáveis:
FEIÇÕES EROSIVAS: SULCOS. DIMENSÕES: INDETERMINADAS.
ÁREA AFETADA: ~ 7000m².
Documentação fotográfica:
SEM FOTOS
APÊNDICE 3
CARTA GEOTÉCNICA DE SUSCETIBILIDADE AOS
PROCESSOS DA DINÂMICA SUPERFICIAL
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo