Download PDF
ads:
Daniel Portela Wanderley de Medeiros
Restingas: Aspectos fisionômicos e atributos biológicos em
um ecossistema adjacente à Floresta Atlântica do Centro
de Endemismo Pernambuco
Recife
2009
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ii
Daniel Portela Wanderley de Medeiros
Restingas: Aspectos fisionômicos e atributos biológicos em
um ecossistema adjacente à Floresta Atlântica do Centro
de Endemismo Pernambuco
Tese apresentada ao curso de
Doutorado em Botânica do Programa
de Pós-graduação em Botânica da
Universidade Federal Rural de
Pernambuco
Orientadora: Profa. Dra. Carmen Silvia Zickel
Conselheira: Profa. Dra. Ariadna Valentina Lopes
Recife
2009
ads:
Ficha catalográfica
CDD 581.5
1. Ecologia vegetal
2. Restingas
3. Atributos biológicos
I . Zickel, Carmen Silvia.
II. Título
M488r Medeiros, Daniel Portela Wanderley de.
Restingas : aspectos fisionômicos e atributos biológicos
em um ecossistema adjacente à Floresta Atlântica do Cen-
tro de Endemismo Pernambuco / Daniel Portela Wanderley
de Medeiros. – 2009.
127 f.
Orientadora : Carmen Silvia Zickel
Tese (Doutorado em Botânica) – Universidade Federal
Rural de Pernambuco. Departamento de Botânica
Inclui bibliografia
iii
DANIEL PORTELA WANDERLEY DE MEDEIROS
Restingas: Aspectos fisionômicos e atributos biológicos em um ecossistema adjacente à
Floresta Atlântica do Centro de Endemismo Pernambuco
Tese defendida e __________pela Banca Examinadora:
Orientadora: _____________________________________
Profa. Dra. Carmen Silvia Zickel – UFRPE
Examinadores: _____________________________________
Profa. Dra. Dorothy Sue Dunn de Araujo – UFRJ (Titular)
_____________________________________
Prof. Dr. Marcelo Tabarelli – UFPE (Titular)
_____________________________________
Profa. Dra. Maria Bernadete Costa e Silva – IPA (Titular)
_____________________________________
Profa. Dra. Ana Virginia Leite – UFRPE (Titular)
_____________________________________
Prof. Dr. Ulysses Paulino de Albuquerque – UFRPE (Titular)
_______________________________________
Profa. Dra. Cibele Cardoso de Castro – UFRPE (Suplente)
Recife
2009
iv
DEDICATÓRIA
Dedico esta tese a Daniella Alencar de Medeiros, minha
filha que, apesar de ainda estar desfrutando a vida intra-
uterina, conseguiu nortear a minha vida de uma maneira
maravilhosa. Eu te amo princesa...
v
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelas bênçãos que me tem sido ofertadas para enfrentar os obstáculos na minha
caminhada durante o tempo medido na Vida;
A minha "orientadora-mãe" Profa. Dra. Carmen Silvia Zickel, pela paciência e dedicação que
foram, e continuam sendo, de fundamental importância para a minha formação superior.
Obrigado, Carmen;
Em especial, a duas pessoas que contribuíram muito para a realização desta tese, o meu
"irmão", Eduardo Bezerra de Almeida Junior e Adriano Vicente dos Santos, por toda ajuda e
companheirismo durante a nossa jornada.
A minha conselheira Profa. Dra. Ariadna Valentina Lopes pela paciência e dedicação a este
trabalho;
Aos companheiros "restingólogos" Dr. Adriano Vicente, Dr. Francisco Soares, MSc.James
Cantarelli, MSc. Simone Lira, MSc. Luciana Pessoa, Liliane Lima, Patrícia Lima, Edson
Gomes, Tássia Pinheiroque, juntos, formam um grupo de trabalho maravilhoso;
A todos os pesquisadores do herbário, Dárdano de Andrade Lima - do IPA (Instituto de
Pesquisas Agropecuárias) - em nome da Dra. Rita de Cássia Pereira, pela atenção e
disponibilidade para identificação das espécies em herbário;
A Profa. Dra. Cibele Cardoso de Castro representando a Coordenação do curso de pós-
graduação em Botânica por todo o suporte;
A Pró-reitora de Ensino e Graduação Profa. Dra. Maria José de Sena pela atenção cedida
neste momento crucial da minha vida acadêmica;
A Profa. Dra. Maria Fernanda Abrantes Torres pela ajuda em concursos;
Aos membros da banca, pela paciência e dedicação às correções pertinentes a este trabalho;
Às Professoras Doutoras, Ariadne do Nascimento Moura, Elcida de Lima Araújo, Sonia
Maria Barreto Pereira, pela orientação, apoio e conhecimento passados durante a minha
jornada na UFRPE em meus cursos de pós-graduação;
Com muito carinho, a minha esposa Suzany Alencar Medeiros, pelo amor, alegria e
companheirismo, além do grande incentivo nos momentos de maior dificuldade durante toda a
minha jornada acadêmica;
Aos meus pais Luiz Alberto Regueira Medeiros e Rosa Maria Portela Wanderley Medeiros,
minha tia querida, Maria Lais Regueira Medeiros, por todo amor, dedicação, ensinamentos e
incentivos;
A toda minha família, pela força, principalmente, minhas irmãs, Marília e Miriam Medeiros e
seus maridos, Edvaldo Manoel e Silvio Lassalvia;
vi
Aos meus queridos primos, Marcelo Medeiros de Barros e Maria Eliza Medeiros de Barros
pela "torcida" e incentivo;
Ao meu "sobrinho-afilhado" querido, João Victor de Medeiros e Freitas, pelos momentos
alegres;
In memorian, ao meu avô, Irnando de Barros Wanderley, Cleonice Damásio Mühlert
Wanderley, minha "dinda", minha tia, Leda Maria Regueira Medeiros, minhas "madrinhas"
Maria Auxiliadora Portella (Mariinha) e Ademildes Gasparini Cardoso, que, tenho certeza,
estão "olhando" por mim;
A minha "nova família" Paulo Alencar, Maria Mauricea Alencar, Hugo Leonardo Alencar,
Márcia Nunes, Fernanda Patrícia Alencar, Flávio Alencar, Beatriz Pires, Lara Costa, por toda
amizade e apoio;
Ao Sr. Manasses Araújo e Sra Margarida Silva representando todos os funcionários e amigos
do PPGB;
A Kleber Andrade da Silva e Dijaci Araújo Ferreira pelo incentivo e ajuda na jornada de
"concursseiros";
Aos compadres , Esdras Ferreira e Karine Medeiros pela força da amizade;
Aos meus "amigos irmãos" do CIR, Carlos Frederico, Clayton Souza, Giulliari Lira, Igor
Santos, Kleber Andrade, Maria das Graças e Adriano Vicente dos Santos, pela amizade
verdadeira que vivemos durante todo este período e que transcenderá a "Existência";
Enfim, a todos que contribuíram direta ou indiretamente para conclusão do meu curso de
mestrado e doutorado.
OBRIGADO!!!
vii
SUMÁRIO
Agradecimentos v
Lista de tabelas viii
Lista de figuras ix
Resumo geral x
Abstract xi
Introdução geral 12
Revisão de literatura 13
Floresta Atlântica e Centro de Endemismo Pernambuco 13
Conceito e classificação das restingas 15
Conhecimento florístico-estrutural das restingas 18
Representação dos grupos biológicos na vegetação 22
Referências Bibliográficas 28
Artigo 1. Restingas do Centro de Endemismo Pernambuco: Aspectos ecológicos
e estruturais 51
Resumo 53
Introdução 54
Material e Métodos 55
Resultados 60
Discussão 68
Agradecimentos 71
Referências Bibliográficas 71
Anexos 78
Anexo 1. Tabela 5 78
Anexo 2. Normas para submissão de periódicos a Plant Ecology 84
Artigo 2. Atributos reprodutivos das restingas do Centro de Endemismo
Pernambuco: Uma comparação entre as restingas e outros ecossistemas
tropicais 92
Resumo 94
Introdução 95
Material e Métodos 96
Resultados e Discussão 100
Considerações Finais 110
Agradecimentos 110
Literatura Citada 111
Anexo. Normas para submissão de periódicos a Annals of Botany 119
viii
LISTA
DE
TABELAS
A
RTIGO
1
Tabela 1 Áreas estudadas com suas respectivas referências, coordenadas
geográficas, e precipitação média anual, de 1960 a 1990 (fonte INMET), no
Centro de Endemismo Pernambuco. 57
Tabela 2 Caracterização dos diferentes níveis de impacto antrópico para as
áreas de restinga ao Norte do São Francisco. 59
Tabela 3 Valores para altura e diâmetro médio, densidade, área basal por
hectare, riqueza, diversidade e eqüitabilidade, em seis áreas de restinga. Letras
diferentes após o número (apenas no sentido horizontal) indicam diferença
significativa entre médias comparadas pelo teste a posteriori de Kruskal-Wallis
analisadas par a par. Entre freqüências (Densidade e Área basal), pelo teste G. 61
Tabela 4 Valores do coeficiente de correlação de Spearman entre: riqueza de
espécies, diâmetro médio (cm), altura média (m), precipitação pluviométrica
anual (mm), coordenadas geográficas (UTM), entre as restingas do Centro de
Endemismo Pernambuco. 62
Tabela 5 Espécies registradas nas sete áreas de restinga estudadas, ordenadas a
partir da maior dominância relativa (DoR). N= Número de indivíduos, DR =
densidade relativa, AB = área basal. 78
A
RTIGO
2
Tabela 1. Áreas estudadas com suas respectivas referências, coordenadas
geográficas, e precipitação média nos últimos dez anos do Centro de
Endemismo Pernambuco. 97
Tabela 2 Número de espécies para cada síndrome de polinização com os
respectivos tratamentos florais (tamanho floral, recursos florais, tipos florais,
sistema sexual,tipo de fruto, tamanho do fruto, síndromes de dispersão. 102
Tabela 3 Número de espécies (entre parênteses percentuais) enquadradas em
categorias de recursos florais nos diversos ecossistemas tropicais. 103
Tabela 4 Percentual dos sistemas de polinização anemofilia, cantarofilia,
adaptação a vespas, falenofilia, psicofilia, ornitofilia, dpi (diversos pequenos
insetos), quiropterofilia, melitofilia e miiofilia, no presente estudo e em outras
comunidades tropicais. 105
Tabela 5. Freqüência (%) dos sistemas sexuais (hermafrodita, monóica,
andromonóica e dióica) em espécies das restingas do Centro de Endemismo
Pernambuco comparadas com as de comunidades Neotropicais e Paleotropicais 107
Tabela 6. Número de espécies que possuem atributos carpológicos (tipo e
tamanho de fruto) e, ao mesmo tempo, estratégia de dispersão do tipo biótica ou
abiótica nas restingas do Centro de Endemismo Pernambuco. 109
ix
LISTA
DE
FIGURAS
A
RTIGO
1
Figura 1 Mapa do continente sul americano com o Brasil em destaque (cinza
escuro), região Nordeste (cinza claro) e Centro de Endemismo Pernambuco
(preto), ampliado a direita e com as áreas de restinga estudadas 56
Figura 2 Precipitação pluviométrica mensal da normal climatológica entre
1960 e 1990, no Centro de Endemismo Pernambuco (INMET, 2008). 57
Figura 3 Distribuição de indivíduos por classe de altura (m) em áreas de
Restinga do Centro de Endemismo Pernambuco. 63
Figura 4 Distribuição de indivíduos por classe de altura (m) em áreas de
Restinga do Centro de Endemismo Pernambuco. 64
Figura. 5 Distribuição de indivíduos por classe de diâmetro (cm) em áreas de
Restinga do Centro de Endemismo Pernambuco 66
Figura. 6 Distribuição de indivíduos por classe de diâmetro (cm) em três
áreas de Restinga do Centro de Endemismo Pernambuco 67
A
RTIGO
2
Figura 1
Mapa do continente sul americano com o Brasil em destaque (cinza
escuro), região Nordeste (cinza claro) e Centro de Endemismo Pernambuco
(preto), ampliado a direita e com as áreas de restinga estudadas. 98
Figura 2 Proporções de tamanho da flor (A) de tipos florais (B) de espécies
analisadas em cada categoria das restingas do Centro de Endemismo
Pernambuco. 101
Figura 3
Proporção percentual entre tipos de frutos (baga, drupa, cápsula e outros
tipos) do total (263) de espécies analisadas em cada categoria das restingas do
Centro de Endemismo Pernambuco.
107
Figura 4
Percentual de acordo com tamanho de frutos classificados em pequeno,
médio grande e muito grande (A) síndromes de dispersão biótica ou abiótica (B) do
total de espécies analisadas em cada categoria (247 e 260 espécies respectivamente)
das restingas do Centro de Endemismo Pernambuco.
108
Medeiros, Daniel Portela Wanderley de; Dr; Universidade Federal Rural de Pernambuco; fevereiro
de 2009; Restingas: Aspectos fisionômicos e atributos biológicos em um ecossistema adjacente à
Floresta Atlântica do Centro de Endemismo Pernambuco; Carmen Silvia Zickel; Ariadna
Valentina Lopes
x
RESUMO GERAL
O Centro de endemismo Pernambuco é de especial importância biogeográfica e abriga a
Floresta Atlântica ao norte do São Francisco, que corresponde a todas as porções desta
floresta situadas entre Alagoas e Rio Grande do Norte. Dentre essas florestas, inserida como
um ecossistema adjacente à Floresta Atlântica sensu lato, encontram-se as Restingas. Essas
formações são constituídas por areias quartzosas marinhas. Alguns estudos demonstram que
existe uma variação natural na diversidade, riqueza, atributos ecológicos e composição de
espécies lenhosas, em gradientes estruturais, dentro de um ecossistema. Porém, as restingas
não foram contempladas com pesquisas com esse tipo de enfoque. Portanto, é notória a
necessidade desses estudos em um ecossistema fragilizado pela ação antrópica. A presente
pesquisa tem por objetivo principal caracterizar os parâmetros estruturais e os atributos
biológicos das espécies lenhosas das restingas do Centro de Endemismo Pernambuco. O
estudo foi desenvolvido nas áreas de restinga situadas ao norte do Rio São Francisco, entre os
paralelos 5°00´00” e 10°30´00” sul e meridianos 34°50´00” e 37°12´00” oeste (de Alagoas ao
Rio Grande do Norte). A primeira parte do estudo foi associada à compilação de dados
estruturais preexistentes, somados a levantamentos realizados em campo, para uma análise
conjunta da estrutura dessas áreas, analisar os fatores determinantes das similaridades ou
diferenças entre parâmetros estruturais, juntamente com uma avaliação das correlações
existentes entre esses ecossistemas e gradientes abióticos. Os resultados mostram que a
estrutura das restingas parece não estar sendo influenciadas por gradientes abióticos. No
entanto, a diferença entre alguns parâmetros, o que influencia na estrutura entre as áreas pode
estar relacionada com o grau de antropização das Restingas. A segunda parte organiza um
banco de dados referente a suas estratégias reprodutivas com a perspectiva de compreender os
fatores mantenedores da diversidade vegetal nas áreas. Estes dados são comparados com os de
outros ecossistemas, com a intenção de promover, futuramente, uma adequação das práticas
de manejo e conservação nas restingas. Flores inconspícuas, oferecendo ctar como recurso,
abertas, polinizadas por abelhas, hermafroditas, com frutos carnosos, de tamanho médio e
síndromes de dispersão biótica, são as características dos atributos biológicos em que se
enquadra a maioria das espécies das restingas do Centro de Endemismo Pernambuco. Como
resultados da segunda parte, nota-se que os atributos biológicos parecem ser similares a outras
florestas tropicais, com algumas poucas variações, de acordo com diferenças fisionômicas e
abióticas desses ecossistemas. Estas informações poderão ser utilizadas para nortear futuros
trabalhos na área de estudo pois, pesquisas com esse tipo de enfoque, poderão fornecer dados
primordiais sobre a estrutura e o funcionamento das restingas.
Palavras-chave: Restinga, gradiente estrutural, atributos biológicos, Centro de Endemismo
Pernambuco.
Medeiros, Daniel Portela Wanderley de; Dr; Universidade Federal Rural de Pernambuco; fevereiro
de 2009; Restingas: Aspectos fisionômicos e atributos biológicos em um ecossistema adjacente à
Floresta Atlântica do Centro de Endemismo Pernambuco; Carmen Silvia Zickel; Ariadna
Valentina Lopes
xi
ABSTRACT
The Center of Endemism Pernambuco is particularly important biogeographical and shelter
the Atlantic Forest to the north of San Francisco River ocated between Alagoas and Rio
Grande do Norte States. A ecosystem adjacent to the Atlantic forest sensu lato is the restinga
vegetation. The soil these formations are composed predominantly for sandy sediments,
classified as marine quartz sand. Some studies show that there is a natural variation in
diversity, richness, ecological attributes and composition of woody species in structural
gradients. However the restinga were not provided with researches. Therefore it is evident the
need for such studies in a highly fragile ecosystem by human action. This study aims to
characterize the structural parameters and biological attributes of the woody species of
restinga of Center of Endemism Pernambuco. The study was conducted in the areas of
restinga located north of the Rio San Francisco River, between parallels 5°00'00 "and
10°30'00" S and meridians 34°50'00" and 37°12'00" W (of Alagoas to Rio Grande do Norte
States). The first part of the study was associated with the compilation of existing structural
data, in addition to field surveys, for a joint analysis of the structure of these areas, analyzing
the factors determining the similarities or differences between structural parameters, and an
evaluation of correlations between these ecosystems and abiotic gradients. The results show
that the structure of restinga studied seems not be influenced by abiotic gradients. However,
the difference between some parameters, which influence the structure of the areas, may be
related to the degree of anthropic action of restinga. The second part holds a database related
to reproductive strategies of the woody species studied with a view to understand the factors
that maintain vegetal diversity at area. These data are compared with other ecosystems, with
the intention of promoting in the future an adjustment of management practices and
conservation in the restinga. Inconspicuous flowers that offer nectar as a resource, open,
pollinated by bees, hermaphrodite, with fleshy fruits, medium size and biotic dispersal
syndromes are the characteristics of the biological attributes that fit the majority of species of
restinga of Center of Endemism Pernambuco. In the results of the second part, note that the
biological attributes appear to be similar to other tropical forests, with few changes, according
to physiognomic and abiotic differences these ecosystems. This information may be used to
guide future work in the study area because research with this type of approach could provide
key data on the structure and functioning of the restinga.
Key-words: Restinga, structural gradient, biological attributes, Center of Endemism
Pernambuco.
12
INTRODUÇÃO GERAL
Padrões de distribuição, origem e formação da Floresta Atlântica sensu latu são
questões amplamente discutidas no Brasil. Essas questões estão diretamente relacionadas às
expansões e retrações das florestas úmidas (Andrade-Lima 1982), assim como transgressões e
regressões marítimas, associadas às mudanças climáticas (Cerqueira 2000). Entre estas
variações, tem-se a formação de depósitos arenosos costeiros, geomorfologicamente
denominados de restinga (Turcq et al. 1987). O termo restinga, no sentido biótico, está
também, associado ao conjunto de comunidades existentes sobre tais depósitos (Cerqueira
2000).
A restinga possui uma grande variação de fisionomias, dependendo da região em que
se encontra (Lacerda et al. 1984; Araújo 1992). Numa extensão de costa tão grande, como a
brasileira, não apenas seria de se esperar variação geográfica por diferenciação ecológica,
como também por diferentes histórias de antropização (Araújo e Henriques 1984).A restinga é
um ecossistema adjacente da Floresta Atlântica latu senssu que foi diferenciada por Prance
(1982; 1987) em três grandes centros de endemismos: o Centro de Endemismo Rio de
Janeiro-São Paulo, o Centro de Endemismo Bahia-Espirito Santo e o Centro de Endemismo
Pernambuco. Nos dois primeiros centros de endemismo, as restingas têm sido
fisionômicamente descritas a partir de listas florísticas e estudos fitossociológicos, sendo
classificadas quanto ao agrupamento e/ou formações de blocos ou moitas (Araujo e Henriques
1984; Araujo 2000; Pereira e Araújo 2000; Zaluar e Scarano 2000). O Centro de endemismo
Pernambuco é de especial importância biogeográfica (Andrade-Lima 1982) e abriga a floresta
Atlântica ao norte do São Francisco, que corresponde a todas as porções desta floresta
situadas de Alagoas ao Rio Grande do Norte (Santos 2006a).
A floresta ao norte do rio São Francisco é composta por cinco tipos florestais, entre
eles se encontram as restingas e mangues, com cerca de 6,1% de um total de 76.938,4 Km
2
(Tabarelli et al. 2006). Com relação às restingas do Centro de endemismo Pernambuco, ainda
não um padrão vegetacional descrito e analisado como nas restingas das regiões Sul e
Sudeste. Isso gera uma dificuldade quanto à caracterização fisionômica das áreas de restinga
no Nordeste, apesar das listagens florísticas das áreas litorâneas das regiões Sudeste e
Nordeste apresentarem espécies comuns em suas restingas (Zickel et al. 2004).
Alguns estudos demonstram que em outros ecossistemas existe uma variação natural
na diversidade, riqueza, atributos ecológicos e composição de espécies lenhosas, em
gradientes estruturais (Goodland 1971; Eiten 1972; Ferri 1977; Mantovani e Martins 1988;
Oliveira e Moreira 1992; Eiten, 1994; Ribeiro e Tabarelli 2002).
13
A proteção da biodiversidade não depende apenas dos atributos de histórias de vida de
grupos ecológicos locais, mas, também, da compreensão de relações biogeográficas entre
biotas e de como o intercâmbio biótico interfere nos padrões desses grupos ecológicos em
uma escala regional (Santos 2006a). Os contextos teóricos e metodológicos, que antes possuía
uma base predominantemente ecológica e de escala local (competição, dispersão, polinização,
efeito de borda), agora vem sendo incrementado com teorias e metodologias originadas de
abordagem nas escalas de paisagem (meta-população, conectividade, beta diversidade), e
regional (intercâmbio biótico, gama diversidade) (Santos 2006a).
A fundamentação teórica do presente estudo será apresentada a partir de informações
sobre a formação e organização de biotas em escala regional, a fim de elucidar duas grandes
questões. A primeira possui um enfoque fisionômico e está diretamente relacionada aos
parâmetros estruturais, correlações abióticas e fatores que influenciam a estrutura das
restingas estabelecidas no Centro de Endemismo Pernambuco. A segunda questão está
associada ao que representam os atributos biológicos nessas restingas, comparado-as também,
com outros ecossistemas.
REVISÃO DE LITERATURA
Floresta Atlântica e Centro de endemismo Pernambuco
A história da floresta atlântica foi marcada por períodos de conexão com outras
florestas Sul-americanas (por exemplo, Amazônia e florestas andinas) que resultaram em um
intercâmbio biótico, seguido por períodos de isolamento que direcionaram uma especiação
geográfica (Silva et al. 2004).
Do ponto de vista evolutivo e de conservação, a floresta atlântica pode ser entendida
como um complexo formado por várias comunidades de plantas, incluindo aquelas
encontradas na sua periferia (Rizzini 1979; Scarano 2002). No nordeste do Brasil, os
mangues, cobrindo planícies flúvio-marinhas, as restingas, sobre as planícies arenosas
costeiras e os tabuleiros arenosos, sobre manchas de solo arenoso nos baixos platôs adjacentes
às planícies costeiras, dentro e na periferia da floresta atlântica, são algumas dessas
comunidades marginais, associadas à floresta atlântica (Santos 2006b).
A floresta atlântica apresenta elevada riqueza de espécies e diversidade florística
(Mori e Boom 1983; Peixoto e Gentry 1990; Joly et al. 1991; Barros et al. 1991). Os fatores
condicionantes dos padrões de riqueza e diversidade da floresta atlântica têm sido
amplamente discutidos (Leitão-Filho 1982; 1994; Mantovani 1998). A biota da floresta é
composta por vários tipos vegetacionais (Silva e Casteli 2003; Silva et al. 2004). Embora a
14
extensão e a posição destas áreas sejam ainda controversas, como citado anteriormente, pelo
menos três centros de endemismos podem ser reconhecidos (Prance 1982; 1987
Dois grandes grupos de processos são importantes para caracterização da distribuição
da biota em caráter regional, sendo um biogeográfico (Brown e Lomolino 1998) e outro
ecológico (Cox e Moore 1993; Ruggiero 2001). O primeiro se refere às espécies da região,
que ocorrem por meio de especiação ou dispersão com o aumento da proporção de espécies
endêmicas e o favorecimento do intercâmbio biótico (Brown e Sax 2004). o segundo grupo
está associado à manutenção da biota, pois as espécies precisam manter suas populações
viáveis e capazes de acompanhar variações ambientais no tempo (Cox e Moore 1993). A
interação entre processos biogeográficos e ecológicos pode explicar a distribuição espacial
das espécies em escala regional.
A floresta atlântica do Nordeste brasileiro, originalmente com 76.938 km
2
em
extensão (IBGE 1985), é considerada um dos mais distintos centros de endemismo na
América do Sul. A singularidade biológica desta área foi reconhecida por estudos
biogeográficos em suas florestas (Oliveira et al. 2004). Esse centro abriga todas as florestas ao
norte do Rio São Francisco, de Alagoas ao Rio Grande do Norte, sendo constituído por um
mosaico de Floresta Ombrófila Aberta e Floresta Estacional Semidecidual, estabelecidas em
Terras Baixas, Sub-montanas e Montanas (Veloso et al. 1991).
A floresta atlântica vem sendo abordada com diferentes enfoques, como por exemplo,
através da análise da estrutura e da dinâmica das associações de espécies dentro da
comunidade (Santos et al. 2000; Oliveira et al. 2004; Dias et al. 2005), de relações
determinísticas entre comunidade e o meio abiótico (Roth 1999; Aide et al. 2000; Cirne et al.
2003; Medeiros et al. 2007), e da estrutura da comunidade através da dinâmica de mosaicos
florestais (Clark e Clark 2000; Condit et al. 2002; Ivanauskas et al. 2004). Em escala regional,
grande parte da riqueza de plantas vasculares da floresta ao norte do São Francisco se refere
às árvores (DAP > 10 cm) (Tabarelli et al. 2006).
Como resultado de antigas conexões com as outras florestas, segundo Andrade-Lima
(1953), existem centenas de espécies de plantas lenhosas que ocorrem de forma disjunta na
floresta atlântica ao norte do São Francisco. Andrade-Lima (1982) ressaltou que grande parte
das espécies “amazônico-nordestinas” tem distribuição restrita às Florestas de Terras Baixas e
sua distribuição disjunta decorre da existência de um contínuo de vegetação que, no passado,
teria conectado a floresta amazônica e a floresta atlântica através de área, atualmente coberta
por caatinga. Em conseqüência de todo esse processo, a floresta atlântica ao norte do São
Francisco, parece ser composta por uma biota mista oriunda da combinação de floras de
15
origens distintas (Andrade-Lima 1982).
Na região costeira do nordeste do Brasil, a floresta atlântica ocupa uma faixa litorânea
adjacente às areias quaternárias da planície costeira, recobrindo os baixos platôs formados por
sedimentos terciários do Grupo Barreiras (Rizzini 1979; Salgado et al. 1981). Ao longo de sua
extensão, a floresta atlântica cobre áreas com diferentes tipos de solo, relevo e pluviosidade,
que resultam em um mosaico com diversos microhábitats (Barbosa e Thomas 2002; Ferraz et
al. 2004).
Geralmente, as restingas são negligenciadas, tanto em termos de importância
ecológica, como de conservação, provavelmente por possuírem baixa diversidade e pouco
endemismo, dois critérios fundamentais, utilizados atualmente, como parte das iniciativas
para conservação (Scarano 2002). No entanto, essas comunidades têm sua importância, tanto
do ponto de vista ecológico, através dos processos adaptativos e evolutivos (plasticidade
ecológica das espécies; processos de facilitação através de plantas facilitadoras), como em
termos de ecologia de paisagem, podem servir como ponto de partida para a dispersão e
recolonização de espécies, como proteção de espécies raras ou de pequenos hábitats, ou ainda,
prover heterogeneidade à matriz (Forman 1995). Dessa forma, estudos conduzidos nessas
comunidades marginais, principalmente nas áreas de restinga, são essenciais para incluí-las
como parte integrante do patrimônio regional do Nordeste brasileiro.
Conceito e classificação das restingas
Conceitos
O litoral brasileiro possui uma linha costeira de 7.367 km. Destes, cerca de 5.000 km
apresentam vegetação de restinga (Araújo e Lacerda 1987). De acordo com o Decreto Federal
750/93, a restinga é considerada como um dos ecossistemas associados da floresta atlântica,
sendo constituído por sedimentos eminentemente arenosos, enquadrados como areias
quartzosas marinhas (Pereira 2002). Esses sedimentos arenosos podem ter variadas formas de
deposição. Três principais fatores promovem a formação das planícies litorâneas arenosas:
fontes de areia; correntes de deriva litorânea e variações do nível relativo do mar (Suguio e
Tessler 1984). Esta última tem um papel fundamental na gênese desses depósitos (Cerqueira
2000). Marroig e Cerqueira (1997) fizeram referência a uma oscilação do nível do mar que
resultou numa transgressão de 180 m, a regressão Fouratiana, ocorrida por volta de 2,5
milhões de anos A.P (antes do presente). Desde esta regressão, o nível do mar tem descido de
forma não linear, com regressões e transgressões, estas sucessivamente menores.
O termo restinga, nos mais variados conceitos, é empregado, tanto para designar
16
somente o tipo de vegetação que recobre as planícies arenosas costeiras, quanto para designar
o sistema substrato-vegetação como um todo (Suguio e Tessler 1984). A posição topográfica
pode influenciar algumas características como diversidade e estrutura das restingas, ou os
desníveis do terreno que dão origem a um complexo mosaico intimamente ligado à
profundidade do lençol freático (Cordazzo 1985; Cordazzo e Costa 1989).
Segundo Freire (1990), a restinga é um ambiente geologicamente recente e as espécies
que a colonizam são principalmente provenientes de outros ecossistemas (floresta atlântica,
cerrado e caatinga), porém com variações fenotípicas devido às condições diferentes do seu
ambiente original. Barros et al. (1991) destacaram que algumas dessas áreas representam
transições entre a "restinga" propriamente dita e a "floresta atlântica" ocorrente sobre as
planícies, denominada por Veloso et al. (1991) de "Floresta Ombrófila Densa das Terras
Baixas".
Ao longo da costa brasileira ocorrem planícies formadas por sedimentos quaternários,
depositados, predominantemente, em ambientes marinhos, continentais ou transicionais
(Suguio & Tessler 1984). Essas feições são comumente denominadas, na literatura, como
planícies costeiras ou planícies litorâneas e, freqüentemente, o termo restinga, que tem
significado diverso na literatura, está relacionado a elas (Suguio & Martin 1990).
Freqüentemente, estas planícies estão associadas a desembocaduras de grandes rios e/ou
reentrâncias na linha da costa, e podem estar intercaladas por falésias e costões rochosos de
idade pré-cambriana, sobre os quais se assentam eventualmente seqüências sedimentares e
vulcânicas acumuladas em bacias paleozóicas, mesozóicas e cenozóicas (Villwock 1994 e
Silva 1998).
De acordo com o IBGE (1992), as restingas são formações pioneiras com influência
marinha, fluviomarinha ou fluvial (sistemas edáficos de primeira ocupação). Possuem
variação vegetacional, ocorrendo desde os tipos herbáceos até os arbustivos e arbóreos.
Sugiyama (1998) também utilizou o termo restinga para considerar o conjunto de
comunidades vegetais fisionomicamente distintas sob influência marinha e/ou flúvio-marinha,
distribuídas em mosaico e que ocorrem em áreas com grande diversidade ecológica.
As planícies costeiras também se caracterizam pela justaposição de cordões litorâneos,
especialmente da sua porção sudeste e sul, nas quais podem ser encontrados praias, dunas
frontais, cordões litorâneos e zonas intercordões (Silva 1998). Estes cordões receberam a
denominação de “restingas” e “feixes de restinga”, “terraços de construção marinha”, “antigos
cordões de praias”, “meandros abandonados”, outras feições lineares” e “alinhamento de
antigos cordões litorâneos” (Silva 1998).
17
Classificação fisionômica
Rizzini (1979), através de critérios fisionômicos e geográficos, dividiu a vegetação
brasileira em dez grandes complexos. A restinga, por sua vez, foi subdividida em diferentes
séries de formações, englobando desde comunidades halófitas praianas, floresta paludosa
marítima, floresta paludosa litorânea, floresta esclerófila litorânea, "scrub" (arbusto) lenhoso
atlântico, "scrub" suculento, até comunidades hidrófilas. Por outro lado, Eiten (1983), baseado
em características climáticas e fisionômicas, reconheceu no litoral a “restinga costeirae a
diferenciou desde arbórea até campos praianos. Ele descreveu os tipos de vegetação de São
Paulo como: florestas de restinga baixa e mediana, latifoliada, sempre verde, cuja composição
variava muito de uma área para outra.
No Nordeste, o primeiro estudo foi realizado por Andrade-Lima (1960), que
classificou e dividiu a região litorânea de Pernambuco, relacionando a geomorfologia e a
vegetação, e denominou as florestas de restingas pernambucanas de Florestas Estacionais
Perenifólias de Restingas e Terraços Litorâneos. Ele subdividiu o litoral em cinco zonas
distintas: zona oceânica ou marítima; da praia; dos mangues; das restingas e dos morros.
Os diferentes padrões fisionômicos ocorrentes nas restingas contemplam tanto as
formações herbáceas, passando por formações arbustivas, abertas ou fechadas, até as florestas
cujo dossel varia em altura, geralmente não ultrapassando os 20m (Silva 1999).
Devido à heterogeneidade das formações vegetais costeiras, tanto florística quanto
estruturalmente, além da complexidade quanto à classificação das fisionomias, uma grande
quantidade de termos é empregada para denominar estas diferentes formações. Isto cria um
desencontro para comparações florísticas e estruturais entre áreas, dificultando maiores
generalizações para as formações vegetais costeiras (Silva 1998). Frente a esta situação, é
recomendável que as propostas de classificação da vegetação das restingas brasileiras sejam
flexíveis e hierarquizadas, pois desta forma podem ser adequadas a diferentes escalas de
mapeamento, mantendo, no entanto, os mesmos critérios de tipificação (Silva e Britez 2005).
Silva e Britez (2005), baseados em uma adaptação dos estudos de Carvalho (1995),
propuseram e descreveram termos para a caracterização das restingas. Assim foi denominada
de “campo”, a formação com predomínio fisionômico de espécies herbáceas. A fisionomia
com predomínio de arbustos, com alturas variadas, com elementos arbóreos isolados foi
denominada de “fruticeto” e a fisionomia com predomínio de árvores, com três estratos
diferenciados e abundância de epífitas e lianas, foi denominada de “floresta”. Estas
denominações podem estar associadas ao grau de cobertura da fisionomia, sendo “aberta” ou
“fechada”, de acordo com a incidência de luz, e podem estar associadas, também, ao grau de
18
inundação da área, podendo ser classificado(a) como “inundável” ou “não inundável”.
Conhecimento florístico-estrutural das restingas
Ule (1901) iniciou o estudo das restingas com a descrição da flora da restinga em
Cabo Frio, no Rio de Janeiro, contribuindo com os primeiros dados florísticos sobre a
vegetação litorânea brasileira. A partir desse estudo, outros autores realizaram análises
descritivas, na tentativa de padronizar uma classificação para as restingas através de critérios
geológicos, geomorfológicos e do próprio complexo vegetacional (Rawitscher 1944; Bigarella
1946; Seabra 1949; Andrade-Lima 1954; 1960; Rizzini 1979; Eiten 1983).
Com o passar do tempo, aumentou o interesse em compreender a flora das restingas.
Entre os estudos florísticos realizados na região Sul, destaca-se o de Reitz (1961) que
apresentou uma listagem florística para a zona litorânea de Santa Catarina, agrupando as
plantas conforme suas funções ecológicas, incluindo a vegetação das praias e dunas primárias,
ao qual chamou de “xerossera arenosa, etapa da anteduna, halófitas e psamófitas”,
evidenciando, assim, o caráter sucessional da vegetação costeira.
O conhecimento florístico das restingas é de grande importância para entender o
desenvolvimento e colonização desse ecossistema. Estudos pontuais realizados nas restingas
listaram as espécies presentes (Araujo e Henriques 1984; Assis et al. 2004a) e tentaram
identificar a qual formação fisionômica essas espécies contemplariam (Henriques et al. 1984).
As listagens florísticas das áreas litorâneas das regiões Sudeste e Nordeste apresentam
espécies comuns, entretanto, existem diferenças quanto à distribuição dessas espécies e
quanto ao aspecto fisionômico das restingas.
Em 1984, após a realização do Simpósio sobre as Restingas Brasileiras, Lacerda et al.
(1984) disponibilizaram vários estudos relacionados a esse ecossistema, possibilitando um
melhor conhecimento sobre a composição das espécies, a fisionomia e a relação do solo com
os componentes vegetacionais.
No Rio Grande do Sul, alguns pesquisadores (Waechter 1985; 1990; Muller e
Waechter 2001; Gonçalves e Waechter 2003) vêm desenvolvendo estudos florísticos em
faixas litorâneas de todo o Estado, englobando todos os estratos vegetais. Eles enfatizaram as
diferenças entre o litoral norte (pertencente à província atlântica) e o litoral sul (pertencente à
província pampeana) e classificaram a vegetação de restinga, baseados em fatores
sucessionais, em quatro tipos: vegetação pioneira, vegetação campestre, vegetação savânica e
vegetação florestal. No Sudeste, alguns estudos contribuíram para o conhecimento das
restingas. Esses estudos (Grande e Lopes 1981; Silva e Barbosa 1990; Furlan et al. 1990)
19
auxiliaram em uma melhor concepção desse ecossistema quanto à composição fisionômica da
vegetação. A partir de 2003, mais estudos foram desenvolvidos nas restingas do Sudeste e do
Sul, principalmente no Rio de Janeiro, através dos PELD’s (Pesquisas Ecológicas de Longa
Duração), fornecendo dados sobre a composição vegetal desse ecossistema.
Os demais estudos, associados à vegetação de restinga, foram desenvolvidos
pontualmente, com caráter qualitativo, apresentando listas florísticas (Grande e Lopes 1981;
Furlan et al. 1990; Barros et al. 1991; Kirizawa et al. 1992; Ramos-Neto 1993; César e
Monteiro 1995; Assis 1999; Assumpção e Nascimento 2000). A maioria desses estudos, além
de apresentar listas florísticas, contribuiu com análises estruturais, e com dados de
similaridade entre as áreas, fornecendo subsídios para um maior conhecimento dessas áreas.
O Rio de Janeiro e o Espírito Santo possuem a maior concentração de estudos
qualitativos sobre as restingas, contemplando desde a vegetação reptante de praias e dunas até
as formações arbustivo-arbóreas mais elevadas. Esses dados foram importantes para a
compreensão dos diferentes padrões fisionômicos (Pereira e Araujo 2000), apontando as
restingas mais similares, indicando quais espécies apresentam ampla distribuição e quais são
endêmicas (Silva e Somner 1984; Henriques et al. 1984; Araujo e Henriques 1984; Henriques
et al. 1986; Araújo e Oliveira 1988; Silva e Oliveira 1989; Pereira et al. 1992; 1992;
Thomaz e Monteiro 1993; Fabris e Pereira 1994; Pereira e Gomes 1994; Almeida e Araujo
1997; Araujo et al. 1998; Pereira et al. 1998; Pereira e Zambom 1998; Assumpção e
Nascimento 2000).
Araujo e Henriques (1984) e Pereira (1990) apontaram que as diferenças fisionômicas
são acompanhadas por modificações estruturais e por espécies que caracterizam cada
formação. Esse fato é uma característica das restingas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
Esses autores consideraram a hipótese de que uma determinada espécie cresce sobre solos
desnudos, gerando assim, condições favoráveis para outras espécies desenvolverem-se na
área, formando moitas. Ribas et al. (1994) destacaram a ocorrência de áreas onde o aspecto
predominante da vegetação é de um conjunto de “moitas” de extensão e formas variadas, em
meio às quais ocorrem áreas abertas, onde podem ocorrer espécies herbáceas. Zaluar e
Scarano (2000) argumentaram que essas moitas, com o passar do tempo, aumentam de
tamanho, compondo a formação arbustiva (fruticeto, segundo Silva e Brites 2005) e, quando
se fusionam, geram a formação florestal de restinga.
Com os dados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo foi possível realizar uma análise
florística das restingas e estabelecer parâmetros para sua diversidade (Pereira e Araújo 2000).
Esses autores montaram um banco de dados para estes Estados e analisaram a distribuição das
20
espécies, a ligação com outros ecossistemas e a possível origem das espécies colonizadoras. A
partir desses dados foi possível observar uma forte ligação das restingas do Espírito Santo
com a região amazônica. o Rio de Janeiro apresentou critérios de distribuição das espécies
semelhantes à floresta atlântica sensu lato, com 25% das espécies conhecidas como
cosmopolitas ou pantropicais e 13% como endêmicas.
Recentemente, através da compilação de dados, Alves et al. (2007) avaliaram um
padrão de distribuição disjunta entre campos rupestres e as restingas do litoral brasileiro que
vem sendo repetidamente proposto para algumas espécies de fanerógamas (Giulietti e Pirani
1988; Harley 1995) e mostrou que 16% das espécies investigadas possuem esse padrão.
No Nordeste, os poucos estudos realizados não definiram se um padrão
vegetacional como ocorre nas restingas das regiões Sul e Sudeste, gerando assim, dificuldade
quanto à caracterização fisionômica das áreas de restinga (Zickel et al. 2004).
De maneira geral, os estudos desenvolvidos no Sudeste trataram e descreveram o
aspecto fisionômico das restingas. Contudo, alguns trabalhos (Araújo 2000; Zaluar e Scarano
2000; Pereira e Araújo 2000; Cerqueira 2000) mostraram a importância da compreensão
acerca do desenvolvimento das espécies vegetais nas áreas. Scarano et al. (2004) sugeriram, a
partir dos estudos em Jurubatiba, um modelo funcional acerca da dinâmica da formação
aberta de Clusia. Esse modelo é uma adaptação do proposto por Zaluar (1997) e propõe que
diferentes estádios sucessionais coexistem lado a lado no sistema, em que uma ilha de
vegetação em dado estádio sucessional pode mudar de fase em função do ingresso e
crescimento, ou da morte, de uma das espécies-chaves. Em Jurubatiba, essas ilhas de
vegetação são formadas em resposta ao ingresso, crescimento e morte das espécies-chave
Allagoptera arenaria e Clusia hilariana.
Os PELD’s vêm contribuindo significativamente para o entendimento das restingas.
Além de esclarecer a origem e elucidar as diferentes formações fisionômicas desse
ecossistema, têm destacado as espécies mais importantes na colonização dos solos das
restingas, gerando as moitas, caráter significativo nas restingas do Sudeste.
Os estudos qualitativos e quantitativos realizados nas restingas do Sul e Sudeste do
Brasil descreveram o porte vegetacional desse ecossistema, caracterizando, principalmente, o
estrato arbustivo-arbóreo (Ramos-Neto 1993; Rossoni 1993; Silva et al. 1994; César e
Monteiro 1995; Muller e Waechter 2001; Assis et al. 2004b; Reis-Duarte 2004). Poucos
estudos fitossociológicos foram desenvolvidos para o estrato herbáceo (Danilevicz et al. 1990;
Muller e Waechter 2001), e, a maioria destes está concentrada no Sul e no Sudeste do Brasil.
Alguns autores organizaram dados sobre a composição do complexo de restinga englobando a
21
mata de restinga e a vegetação de dunas (Araújo e Henriques 1984; Waechter 1985; Porto e
Dillenburg 1986; Souza et al. 1986; Cordazzo e Costa 1989; Danilevicz 1989; Danilevicz et
al. 1990; Waechter 1990; Rossoni e Baptista 1994, 1995; Silva 1998; Silva et al. 2003). Tais
estudos analisaram os aspectos ecológicos, fisionômicos e estruturais, além de fornecer listas
sobre a florística desse ecossistema. Esses dados destacaram um componente arbóreo
significativo e a família Myrtaceae como a mais importante, tanto em número de indivíduos
quanto em número de espécies (César e Monteiro 1995; Assis 1999; Almeida e Araújo 1997).
Os estudos realizados na costa litorânea nordestina contribuíram, em sua maioria, com
listas florísticas e diferenciações dos aspectos fisionômicos das restingas dessa região. Esses
registros foram pontuais e pouco se conhece sobre a vegetação costeira do Nordeste
(Andrade-Lima 1951; 1954; 1979; Fonseca 1979; Esteves 1980; Rocha 1980; Pinto et al.
1984; Freire 1990; Trindade 1991; Oliveira-Filho e Carvalho 1993; Oliveira-Filho 1993;
Freire e Monteiro 1994; Pontes 2000; Matias e Nunes 2001; Almeida Jr. et al. 2006;
Cantarelli 2003; Sacramento et al. 2007; Silva et al. 2008). Outros estudos, que vêm sendo
desenvolvidos nessa região, estão relacionados com o levantamento florístico e
fitossociológico das áreas e através de compilação de dados de herbários (Zickel et al. 2007).
Nessa região, praticamente não existem estudos fitossociológicos. Trindade (1991) e
Almeida Jr. et al. (2002) analisaram áreas no Rio Grande do Norte, o primeiro Parque das
Dunas e o segundo no Santuário Ecológico de Pipa, descreveram a estrutura em áreas de
floresta de restinga com diferentes métodos de amostragem e inclusão de indivíduos. Na
Paraíba, Oliveira-Filho (1993) estudou um gradiente de vegetação de tabuleiro-restinga em
Mataraca e observou que estas vegetações não podem ser consideradas como comunidades
discretas, mas como um contínuo fisionômico composto por espécies adaptadas a solos
arenosos.
Em Pernambuco, os estudos de Cantarelli (2003) e Vicente et al.(2003), foram
realizados no litoral sul, e, de acordo com os dados, foram observadas espécies comuns entre
as áreas do litoral sul. Através desses estudos iniciais foi possível para Zickel et al. (2004)
mostrarem a ocorrência de espécies em comun entre a restinga e os outros ecossistemas
adjacentes, principalmente a floresta atlântica.
O conhecimento da fisionomia representa um importante conjunto de informações
quanto à aparência geral externa da vegetação, disposição, arranjo, ordem e relações entre as
populações e/ou indivíduos que constituem as comunidades vegetacionais (Martins 1991).
Através de levantamentos florísticos podemos conhecer e avaliar o perfil das plantas nas
restingas, enquanto o estudo fitossociológico fornece informações sobre a estrutura e a
22
fisionomia da comunidade de uma determinada área, além de possíveis afinidades entre
espécies ou grupos de espécies (Silva et al. 2002).
Percebe-se, contudo, uma distribuição pontual dos trabalhos realizados, que, abordam
uma caracterização quali-quantitativa da vegetação de restinga em alguns Estados. É notável a
maior quantidade de dados somados nos últimos anos no Sudeste brasileiro. Falta, porém,
uma comparação entre os dados coletados na região Nordeste (Silva 1999).
Faz-se necessário um melhor conhecimento da ecologia das espécies pertencentes a
esse ecossistema e como estas se comportam em relação a seus aspectos reprodutivos
(Medeiros et al. 2007). O referido estudo é, até o momento, o único que possui um enfoque
ecológico, realizado no Nordeste brasileiro. No entanto, estudos como os PELDs, realizados
em outras regiões, foram de fundamental importância para compreensão da composição
vegetal das restingas, demonstrando assim, a grande necessidade de estudos com esse enfoque
no Nordeste Brasileiro.
Representação dos grupos biológicos na vegetação
As planícies litorâneas de uma mesma região, dentre as cinco regiões brasileiras, estão
muitas vezes sujeitas a um mesmo clima. Deste modo, os principais fatores determinantes das
diferenças florísticas e estruturais de suas comunidades estão ligados às características
fisiográficas locais (Sztutman e Rodrigues 2002). Embora muitas das características
florísticas e estruturais apontadas por diversos autores para floresta atlântica em diferentes
áreas do litoral brasileiro sejam semelhantes entre si, alguns aspectos do conhecimento sobre
estas formações ainda permanecem obscuros, faltando uma análise conjunta e mais detalhada
para defini-las melhor (Santos 2006b).
Em um estudo abrangendo várias formações vegetais, em diferentes continentes,
Gentry (1988) ressaltou que a variação latitudinal pode ter influência direta na florística,
porém os parâmetros estruturais não sofrem grandes variações. Tais características sofrem
uma influência maior de fatores intrínsecos aos vegetais ou até mesmo em função de uma
determinada espécie em seu ecossistema (Gentry 1988).
O interesse sobre o papel das espécies aumentou muito desde o trabalho de Schulze e
Mooney (1993), devido à crescente necessidade de manter os serviços básicos oferecidos pelo
ecossistema (qualidade de água, fertilidade do solo, fixação de CO
2
) (Scarano e Dias 2004).
Relações positivas entre diversidade de espécies e processos bióticos (Naeem et al. 1994;
1996; Tilman et al. 1996; Hector et al. 1999) reforçaram a noção de complementariedade de
nicho, que pressupõem que espécies distintas tenham diferentes formas de aquisição de
23
recursos e que, portanto, uma maior diversidade proporcionaria uma exploração mais efetiva
dos recursos disponíveis, aumentando as taxas de processos ecossistêmicos.Tais relações
podem ser definidas a partir da idéia do conceito de grupos funcionais, o qual Blondel (2003),
um recurso ou qualquer outro componente ecológico pode ser processado por espécies
diferentes para fornecer um serviço de ecossistema ou função específica.
Murcia (1995) indicou que os efeitos abióticos, biológicos diretos e, principalmente,
os biológicos indiretos são ligados à alteração de processos e padrões ecológicos chaves
(polinização, dispersão e migração), e são de fundamental importância para o conhecimento
da área, evitando assim a fragmentação de habitats.
Biologia Floral e Sindromes/Sistemas de polinização
Em qualquer ecossistema florestal a diversidade de espécies é acompanhada por uma
grande diversidade de sistemas de polinização (Lopes e Machado 1998). Segundo Faegri e
Pijil (1979), a biologia floral investiga os aspectos morfológicos das flores e as interações
ecológicas entre estas e os seus polinizadores, incluindo aspectos fisiológicos envolvidos na
polinização e fertilização.
As espécies vegetais apresentam flores com características morfológicas e funcionais
diversificadas, que podem ser associadas a sistemas de polinização, incluindo espécies
polinizadas pelo vento, besouros, mariposas, abelhas, insetos pequenos, aves ou morcegos
(Proctor et al. 1996; Machado e Oliveira 2000). Muitas espécies vegetais apresentam
características morfológicas e fisiológicas específicas que podem atrair certos grupos de
visitantes florais em detrimento de outros (Bosch et al. 1997). A esse diferencial da
atratividade tem sido dada grande importância, interpretando porque visitantes específicos são
observados em determinadas flores, o que levou ao estabelecimento das síndromes de
polinização (baseadas na cor e forma das flores, presença de recompensas e odores, e sistemas
sexuais), supostamente adaptadas a tipos específicos de polinizadores (Faegri e Pijl 1979).Um
modo de avaliação de como funciona o mecanismo de polinização e dispersão de uma planta,
seria a observação de características peculiares as estruturas reprodutivas da mesma. Ao se
estudar essas características se pode então inferir a provável síndrome de dispersão e
polinização. Vale ressaltar que inferências sobre essas síndromes possuem um eficiente e
importante valor prognóstico, uma vez que se pode ter uma idéia geral sobre os modos de
dispersão e polinização em uma determinada comunidade (Griz e Machado 1998).
Recentemente, o conceito de síndrome de polinização tem sido criticado por autores
como Waser et al. (1996) e Mayfield et al. (2001), que observaram que muitas flores são
visitadas por numerosas espécies de polinizadores generalistas. Porém, autores como Momose
24
et al. (1998), Dicks et al. (2002), Muchhala (2003), Machado & Lopes (2004), Fenster et al.
(2004) e Stuurman et al. (2004) têm relatado que, freqüentemente, a comunidade de
polinizadores converge com as ndromes de polinização, de modo que a abordagem por
síndromes é um importante meio para compreender os mecanismos de diversificação das
características florais.A utilização do conceito de síndromes constitui um guia importante para
estudar a ecologia reprodutiva, embora algum grau de variação seja aceitável. As
características florais não são indicadores precisos e infalíveis na determinação do polinizador
(Machado e Lopes 2004).
Síndromes de polinização levam em conta um grupo de caracteres florais que
permitem determinar um grupo específico de polinizadores em certas espécies (Bawa et al.
1985). Alguns desses caracteres vêm sendo utilizados em estudos relacionados à biologia,
como por exemplo, o tamanho floral (Machado e Lopes 2004) que, caracterizaram as flores
desde inconspícua a muito grande. Os recursos oferecidos ao polinizador que, de acordo com
Faegri e Pijl (1979), Endress (1994), Proctor et al. (1996), são: partes florais, néctar, óleo ou
pólen, ou ainda, os tipos florais que, segundo Machado e Lopes (2004) podem ser
classificados em: aberto/taça ou disco, câmara, campânula/funil, estandarte, goela,
inconspícuo (atribuído a flores muito pequenas - até 4mm), pincel e tubo.
inúmeros e importantes trabalhos que enfocam caracteres florais e biologia floral
de espécies isoladas em áreas de floresta amazônica (Ferreira et al. 1994; Jürgens et al. 2000)
floresta atlântica (Lopes e Machado 1998; Machado e Loiola 2000; Machado e Oliveira 2000;
Goldenberg e Varassim 2001; Coelho e Barbosa 2003; Sigrist e Sazima 2004), restinga
(Lenzi e Orth 2004), cerrado (Proença e Gibbs 1994; Goldenberg e Shepherd 1997; Lenza e
Oliveira 2005; Benezar e Pessoni 2006), campos rupestres (Madeira e Fernandes 1999; Carmo
e Franceschinelli 2002) e caatinga (Lewis e Gibbs 1998; Kiill e Drumond 2001; Nadia et al.
2007) ou ainda na junção de vários tipos florestais (Gressler et al. 2006).
Além disso, a biologia da polinização nos Neotrópicos, em nível de comunidade, tem
sido estudada tanto em áreas florestais (Bawa et al. 1985; Kress e Beach 1994; Yamamoto et
al. 2007), quanto em áreas de cerrado (Silberbauer-Gottsberger e Gottsberger 1988; Barbosa
1997; Borges 2000; Oliveira e Gibbs 2000; Martins e Batalha 2006), e caatinga (Machado e
Lopes 2004). Porém, pouco se tem (Ormond et al. 1991; Matallana et al. 2005; Medeiros et al.
2007) sobre esse assunto em ecossistemas de restinga, principalmente na região Nordeste.
Sistemas sexuais
Segundo Richards (1986), as espécies podem ser enquadradas nas seguintes categorias
de sistemas sexuais: 1)Hermafroditas: indivíduos com flores hermafroditas, com estames e
25
pistilos funcionais, anteras deiscentes, pólen viável e ovário capaz de produzir fruto;
2)Dióicas: flores unissexuais em indivíduos distintos; 3)Monóicas: indivíduos com flores
masculinas e femininas; 4)Androdióicas ou Ginodióicas: populações com indivíduos
hermafroditas e indivíduos masculinos ou femininos, respectivamente; 5)Andromonóicas ou
Ginomonóicas: indivíduos com flores hermafroditas e unissexuais (masculinas ou femininas,
respectivamente); 6)Hercogâmicas: possuem flores com separação espacial entre órgãos
sexuais e 7)Dicogâmicas: possuem flores com separação temporal no amadurecimento dos
órgãos sexuais. Espécies dicogâmicas podem ser classificadas como protândricas ou
protogínicas, nas quais as inflorescências ou flores possuem anteras ou pistilo amadurecendo
previamente, respectivamente.
Uma tentativa para se entender a evolução e distribuição de sistemas sexuais em
plantas seria comparar e contrastar os tipos de sistemas apresentados em diferentes floras
neotropicais. A partir dessa comparação emerge um forte padrão, sugerindo que a maioria de
espécies tem flores hermafroditas, menos espécies são dióicas e, menos ainda, possuem
sistemas monóicos (Soares 2007).
A ampla diversidade de sistemas sexuais das plantas tem sido um dos principais focos
de pesquisa da biologia reprodutiva vegetal. A estratégia reprodutiva mais comum das
angiospermas é o sistema monoclino ou hermafroditismo em que as flores possuem ambos os
sexos (Matallana et al. 2005). o sistema diclino é caracterizado pelas flores que produzem
ou pólen ou óvulos, caracterizando-as assim como flores masculinas ou femininas. Nesse
caso, há a separação parcial (monoecia) ou total (dioecia) dos gêneros nos indivíduos. Estima-
se que a dioecia, que é o típico dimorfismo diclino, ocorra em 6-7% das plantas superiores
(Renner e Ricklefs 1995).
No Brasil, estudos sobre biologia reprodutiva vêm sendo realizados para diferentes
ecossistemas, cerrado (Saraiva et al. 1996; Oliveira e Gibbs 2000), floresta atlântica (Silva et
al. 1997), com poucos para vegetação costeira (Ormond et al. 1991, Matallana et al. 2005) e
nenhum estudo foi realizado nas restingas nordestinas (Medeiros et al. 2007).
Matallana et al. (2005) argumentaram que, como as restingas possuem uma formação
geológica recente, a flora é composta, principalmente, de espécies imigrantes das florestas
tropicais adjacentes. Esse fato levou à expectativa de que haveria uma proporção pequena de
dióicas entre as espécies dominantes. Porém, os pesquisadores encontraram um elevado
percentual de espécies dióicas na área de restinga estudada
As plantas hermafroditas podem ser favorecidas durante a colonização, porque têm a
capacidade de produzir uma semente que é potencialmente capaz de estabelecer uma
26
população nova (Stebbins 1957). Já as dióicas dependeriam predominantemente de vetores
para polinização cruzada. Tal fato seria improvável, pois os vetores de polinização,
provavelmente não migrariam de uma floresta mesófila para um ambiente costeiro escasso em
nutrientes no litoral (Lopes e Machado 1998).
Por outro lado, Matallana et al. (2005), estudando uma área de restinga no Rio de
Janeiro, encontraram predominância de espécies dióicas entre as espécies dominantes da área.
Esse fato corrobora a idéia, sugerida por Bawa (1982), de que polinizadores generalistas
permitem que plantas dióicas se estabeleçam mais rápido, contribuindo para dominâcia na
área, do que as hermafroditas que requerem polinizadores especialistas.
outros estudiosos encontraram uma correlação entre frutos carnosos que,
provavelmente, possuem a dispersão de seus diásporos realizada por animais e plantas dióicas
(Renner e Ricklefs 1995; Ainsworth 2000; Vamosi et al. 2003; Vamosi e Vamosi 2004). Esta
relação ocorre através da ampla dispersão conseguida pelos pássaros, aumentando, assim, a
chance dos diásporos caírem próximos a plantas com flores femininas em populações onde o
sexo dos vegetais é separado (Heilbuth et al. 2001). No entanto, a comparação entre frutos
carnosos e plantas dióicas, é difícil de se analisar para espécies pertencentes às restingas do
Nordeste brasileiro devido, principalmente, à carência de estudos nessa área. Um maior
conhecimento da biologia reprodutiva pode ser essencial para a manutenção da biodiversidade
de áreas fragmentadas nos trópicos (Bawa e Hadley 1990) e para projetos de administração
nesse ecossistema.
Atributos carpológicos e síndromes de dispersão
O tamanho, a cor, o tipo e a composição química dos frutos são alguns dos critérios
utilizados para selecioná-los, do ponto de vista do animal, que podem inclusive estar
correlacionados a diversos grupos de frugívoros dispersores (Ridley 1930). Além das
características morfológicas e fisiológicas, também características fenológicas associadas
ao agente dispersor (Pijil 1982; Jordano 1995; Medeiros et al. 2007).
Estudos sobre dispersão de frutos e sementes contribuem para o entendimento da co-
evolução entre plantas e animais, principalmente nos trópicos, onde é maior a atuação dos
vetores bióticos comumente representados por formigas, répteis, aves e mamíferos (Fournier
1974; Piña-Rodrigues e Aguiar 1993; Ferraz et al. 1999; Machado e Lopes 2004; Machado et
al. 2006).
O intercâmbio de espécies entre biotas, através da dispersão de seus diásporos, é
dependente de configurações geográficas e eventos históricos, os quais são importantes
mecanismos reguladores da riqueza de espécies nas comunidades (Schluter e Ricklefs 1993a,
27
b). Todavia, apesar da importância dos estudos com esse enfoque para a manutenção de
populações e dos ecossistemas, esse estudo é um ramo da ciência ainda em fase embrionária
no Nordeste do Brasil (Griz et al. 2002).
A dispersão modifica os padrões de recrutamento em escala espacial e temporal. Para
espécies dependentes de condições especiais para o estabelecimento das plântulas, como
clareiras, ou ainda ambientes com solos pobres (Embrapa 1999), com ocorrência espacial e
temporal variável no ambiente florestal (Augspurger 1983), o transporte dos diásporos é
essencial para a colonização de novos sítios (Hamilton e May 1977). Desta forma, a estrutura
e a dinâmica das comunidades vegetais são influenciadas pela eficiência da dispersão (Sinha e
Davidar 1992).
Van der Pijl (1982) denominou como síndrome de dispersão o conjunto de
características que atraem e/ou facilitam a ação de determinados mecanismos ou agentes
dispersores. As diferentes espécies que constituem as comunidades vegetais apresentam
diferentes síndromes de dispersão, e o conjunto das diferentes proporções dessas síndromes
presentes numa comunidade de plantas é chamado de espectro de dispersão (Hughes et al.
1994).
O espectro de dispersão pode variar de acordo com as características da vegetação.
Nos trópicos, em áreas que possuem maior umidade e muitos animais, a zoocoria é a mais
freqüente tanto na floresta atlântica sensu stricto (Negrelle 2002), quanto na Floresta
Estacional Semidecídua (Kinoshita et al. 2006) e até mesmo no cerrado (Batalha &
Mantovani 2000).
Tabarelli et al. (2003) comparando a variação no modo de dispersão de espécies
lenhosas entre floresta seca e úmida, sugeriram uma constante e previsível variação no modo
de dispersão em relação ao gradiente de precipitação média anual e que as espécies dispersas
por vertebrados ganham em importância nas áreas mais úmidas.
Conhecer os agentes dispersores das plantas é essencial para qualquer programa que
vise à preservação in situ de suas populações (Gressler et al. 2006). Apesar disso, algumas
espécies estão desaparecendo da natureza sem que saibamos quais são seus agentes
dispersores (Kawasaki e Landrum 1997). Outras podem estar ameaçadas devido ao
desaparecimento dos dispersores de suas sementes (Silva e Tabarelli 2000; Cordeiro e Howe
2003).
28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Aide, T. M.; Zimmerman, J. K.; Pascarella, J. B.; Rivera L, Marcano-Vega, H. 2000. Forest
regeneration in a chonosequence of tropical abandoned pastures: implications for restoration
ecology. Restoration Ecology 8 (4): 328-338.
Almeida Jr.; E. B.; Zickel, C. S.; Arns, K. N. Y. 2002. Levantamento florístico e
fitossociológico do Santuário de Pipa – RN. In: Anais do XII Congresso de Iniciação
Científica da Universidade Federal Rural de Pernambuco. UFRPE, Recife.
Almeida Jr.; E. B.; Zickel, C. S.; Pimentel, R. M. M. 2006. Caracterização e espectro
biológico da vegetação do litoral arenoso do Rio Grande do Norte. Revista de Geografia,
Recife: UFPE – DCG/NAPA 23 (3), p. 45-58.
Almeida, A.L.; Araújo, D.S.D. 1997. Comunidades vegetais do cordão arenoso externo da
Reserva Ecológica Estadual de Jacarepiá, Saquarema, RJ. In: Absalão, R.S. e Esteves, A.M.
(eds.). Ecologia Brasiliensis, vol. III: Ecologia de Praias do Litoral Brasileiro. Rio de
Janeiro: PPGE/UFRJ, p. 47-63.
Alves, R. J. V.; Cardin, L.; Kropf, M. S. 2007. Angiospermdisjunction “Camposrupestres -
restingas”: a re-evaluation. Acta Botanica Brasilica. 21(3): 675-685.
Andrade-Lima, D. 1951. A flora da praia de Boa Viagem 1ª contribuição. Separata do
Boletim da SAIC. Imprensa Oficial. Recife, p.121-126.
Andrade-Lima, D. 1953. Notas sobre a dispersão de algumas espécies vegetais no Brasil.
Anais da Sociedade de Biologia de Pernambuco, v. 11, p. 25-49.
Andrade-Lima, D. 1954. Primeira contribuição para o conhecimento da flora do Cabo de
Santo Agostinho. Separata de Anais do IV Congresso Nacional da Sociedade Botânica do
Brasil. Recife.
Andrade-Lima, D. 1960. Estudos fitogeográficos de Pernambuco. Arquivos do Instituto de
Pesquisas Agronômicas v.5, p.305-341.
29
Andrade-Lima, D. 1979. A flora e a vegetação da área Janga - Maranguape/ Paulista -
Pernambuco. In: Congresso Nacional de Botânica, 30., Campo Grande. Anais..., Campo
Grande: Sociedade Brasileira de Botânica, p.179-190.
Andrade-Lima, D. 1982. Present day forest refuges in northeastern Brazil. In Prance, G. T.
(Ed.). Biological diversification in the Tropics. New York: Columbia Universit Press, p.
245-254.
Araújo, D. S. D. 1992. Vegetation types of sandy coastal planins of tropical Brazil: a first
approximation. In: SEELIGER, U. (ed.). Coastal plant communities of Latin America.
Academic Press, San Diego. Pp. 337-347.
Araújo, D. S. D. 2000. Análise florística e fitogeográfica das restingas do estado do Rio de
Janeiro. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Araujo, D. S. D.; Henriques, R. P. B. 1984. Análise florística das restingas do Estado do Rio
de Janeiro. In: Restingas: Origem, estrutura e processos (Lacerda, L.D., Araújo, D.S.D.,
Cerqueira, R.; Turcq, B., Orgs.) P. 159-194. Ceuff. Niterói.
Araújo, D. S. D.; Lacerda, L. D. 1987. A natureza das restingas. Ciência Hoje 6.(33) 42-48.
Araujo, D. S. D.; Lima, H.C.; Farag, P.R.C.; Lobão, A.Q.; Sá, C.F.C.; Kurtz, B.C. 1998. O
centro de diversidade vegetal de Cabo Frio: levantamento preliminar da flora. In: IV
Simpósio de Ecossistemas Brasileiros (ACIESP org.) p. 147-157. Anais. v. 3.
Araújo, D. S. D; Oliveira, R.R. 1988. Reserva Estadual da Praia do Sul (Ilha Grande, estado
do Rio de Janeiro): Lista preliminar da flora. Acta Botanica Brasilica 1 (2). 83-94.
Assis, A. M.; Pereira, O. J; Thomaz, L. D. 2004b. Fitossociologia de uma floresta de restinga
no Parque Estadual Paulo César Vinha, Setiba, município de Guarapari (ES). Revista
Brasileira de Botânica 27 (2) 349-361.
Assis, A. M.; Thomaz, L. D; Pereira, O. J. 2004a. Florística de um trecho de floresta de
restinga no município de Guarapari, Espírito Santo, Brasil. Acta Botânica Brasilica v. 18 (1),
30
p. 191-201.
Assis, M. A. 1999. Florística e caracterização das comunidades vegetais da planície costeira
de Picinguaba, Ubatuba - São Paulo. Campinas, 248 f. Tese (Doutorado em Biologia
Vegetal) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
Assumpção, J.; Nascimento, M. T. 2000. Estrutura e composição florística de quatro
formações vegetais de restinga no complexo lagunar Grussaí/Iquipari, São João da Barra, RJ,
Brasil. Acta Botânica Brasilica. 14 (3): 301-315.
Augspurger, C. K. 1983. Seed dispersal of the tropical tree, Platypodium elegans, and the
escape of its seedlings from fungal pathogens. Journal of Ecology 71: 759-771
Barbosa, A. A.. 1997. Biologia reprodutiva de uma comunidade de campo sujo,
Uberlândia – MG. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Brasil.
Barbosa, M. R. V.; Thomas, W. W. 2002. Biodiversidade, conservação e uso sustentável da
Mata Atlântica no Nordeste. In: Araújo, E. L.; Moura, A. N.; Sampaio, E. S. B.; Gestinari, L.
M. S.; Carneiro, J. M.T. (Ed.). Biodiversidade, conservação e uso sustentável da flora do
Brasil. Recife: UFRPE/SBB, Imprensa Universitária, p.19-22.
Barros, F.; Melo, M. M. R. F.; Chiea, S. A. C.; Kirizawa, M., Wanderley, M. G. L.; Jung-
Mendaçolli, S. L. 1991. Caracterização geral da vegetação e listagem das espécies ocorrentes.
In: Flora Fanerogâmica da Ilha do Cardoso (Melo, M.M. R. F., ed.). São Paulo.
Batalha, M. A.; Mantovani, W. 2000. Reproductive phenological patterns of cerrado plant
species at the de Gigante Reserve (Santa Rita do Passa Quatro, SP, Brazil): a comparison
between the herbaceous and woody floras. Revista Brasileira de Biologia 60:129-145.
Bawa, K. S.; Bullock, S. H.; Perry, D. R.; Coville, R. E.; Grayum, M. H. 1985. Reproductive
biology of tropical lowland rain forest trees. II. Pollination systems. American Journal of
Botany 72: 346–356.
Bawa, K. S; Hadley, M. 1990. Reproductive ecology of tropical forest plants. Carnforth:
31
Parthenon.
Benezar, S. M. C.; Pessoni, L. A. 2006. Biologia floral e sistema reprodutivo de Byrsonima
coccolobifolia (Kunth) em uma savana amazônica. Acta Amazônica: 36(2) 159-168.
Bigarella, J. J. 1946. Contribuição ao estudo da planície litorânea do Estado do Paraná.
Boletim de Geografia 55: 747-779.
Blondel, J. 2003. Guilds or functional groups: does it matter? Oikos 100: 223–231.
Borges, H. B. N. 2000. Biologia reprodutiva e conservação do estrato lenhoso numa
comunidade do cerrado. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Brasil.
Bosch J., Retana J.; Cerdá X. 1997. Flowering phenology, floral traits and pollinator
composition in a herbaceous Mediterranean plant community. Oecologia 109: 583-591.
Brown, J. H.; Lomolino, M. V. 1998. Biogeography. 2nd edn,. Sinauer Associates,
Sunderland, MA. 692p
Brown, J. H.; Sax, D. F. 2004. An essay on some topics concerning invasive species. Austral
Ecology 29 (5) 530–536.
Cantarelli, J. R. R. 2003. Florística e estrutura de uma restinga da Área de Proteção
Ambiental (APA) de Guadalupe - litoral sul de Pernambuco. Dissertação (Mestrado)
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife. 86p.
Carmo, R.; Franceschinelli, E. 2002. Polinização e biologia floral de Clusia arrudae Planchon
& Triana (Clusiaceae) na Serra da Calçada, município de Brumadinho, MG. Revista
Brasileira de Botânica. 25 (3) 351-360.
Carvalho, V. C. 1995. Proposta de um sistema flexível de classificação fitogeográfica:
ênfase no uso de sensoriamento remoto multiestágio (1a versão). São José dos Campos,
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), 52 p.
32
Cerqueira, R. 2000. Biogeografia das restingas In: Ecologia de restingas e lagoas costeiras
(Esteves, F.A. & Lacerda, L.D., eds.) p. 65-75. Núcleo de Pesquisas Ecológicas de Macaé
(NUPEM/UFRJ). Rio de Janeiro.
César, O.; Monteiro, R. 1995. Florística e fitossociologia de uma floresta de restinga em
Picinguaba (Parque Estadual da Serra do Mar), município de Ubatuba-SP. Naturalia, v. 20, p.
89-105.
Cirne, P.; Zaluar, H. L. T.; Scarano, F. R. 2003. Plant diversity, intraespecific associations
and resprouting on a sandy spit in a Brazilian coastal plain. Ecotropica 9: 33-38.
Clark, D. B.; Clark, D. A. 2000. Landscape-scale variation in forest structure and biomass in a
tropical rain forest. Forest Ecology and Management 137: 185-198.
Coelho, C. P.; Barbsa, A. A. 2003. Biologia reprodutiva de Palicourea macrobotrys Ruiz &
Pavon (Rubiaceae): um possível caso de homostilia no gênero Palicourea Aubl.
Revista
Brasileira de Botânica: 26 (3) 403-413.
Condit R.; Pitman N.; Leigh Jr. E .G.; Chave J.; Terborgh J.; Foster R. B.; Núñez V. P.;
Aguilar S.; Valencia R.; Villa G.; Muller-Landau H. C.; Losos E; Hubbell, S. P. 2002. Beta-
diversity in tropical forest trees. Science 295: 666-669.
Cordazzo, C. V. 1985. Taxonomia e ecologia da vegetação das dunas costeiras ao sul de
Cassino (RS). Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Gande. Rio Grande.
Cordazzo, C. V.; Costa, C. S. B. 1989. Associações vegetais das dunas frontais de Garopaba
(SC). Ciência e Cultura 41 (9): 906-910.
Cordeiro, N. J.; Howe, H. F. 2003. Forest fragmentation severs mutualism between seed
dispersers and an endemic African tree. Proceedings of the National Academy of Science
100:14052-14056.
Cox, C. B.; Moore, P. D. 1993. Biogeography an ecological and evolutionary approach. 5
th
ed. Blackwell Sience, Cambridge.
33
Danilevicz, E. 1989. Flora e vegetação de restinga na barra da Laguna do Peixe, Tavares, Rio
Grande do Sul: levantamento preliminar. Iheringia (Série Botânica) 39: 69-79.
Danilevicz, E., Janke, H.; Pankowski, L.H.S. 1990. Florística e estrutura da comunidade
herbácea e arbustiva da Praia do Ferrugem, Garopaba, SC. Acta bot. bras. 4 (2) supl.: 21-34.
Dias A. T. C.; Zaluar H. T.; Ganade, G. E.; Scarano F. R. 2005. Canopy composition
influencing plant patch dynamics in Brazilian sandy coastal plain. Journal Tropical Ecology
21 343-347.
Dicks, L. V.; Corbet, S. A; Pywell, R. F. 2002. Compartmentalization in plant-insect flower
visitor webs. Journal of Animal Ecology 71: 32-43.
Eiten, G. 1972. The cerrado vegetation of Brazil. Botanical Review 38:201–341.
Eiten, G. 1983. Classificação da vegetação do Brasil. Brasília: CNPq./Coordenação
editorial, 305p.
Eiten, G. 1994. Vegetação do cerrado. Pp. 17–73 in Pinto, M. N. (ed.). Cerrado:
caracterização, ocupação e perspectivas. EDUNB e SEMATEC, Brası´lia, DF.
Embrapa 1999. Sistema brasileiro de classificação de solos. Rio de janeiro, Centro Nacional
de Pesquisa de Solos.
Esteves, G.L. 1980. Contribuição ao conhecimento da vegetação da restinga de Maceió.
Maceió: Secretaria de Planejamento do Estado de Alagoas, 42 p.
Fabris, L. C.; Pereira, O. J. 1994. Levantamento florístico na formação pós-praia, na restinga
de Setiba, município de Guarapari, ES. In: 3
o
Simpósio sobre Ecossistemas da Costa
Brasileira (ACIESP org.) p. 124-133. Anais v. 3.
Fabris, L. C.; Pereira, O. J. 1998. Florística da formação pós-praia na restinga do Parque
Estadual Paulo César Vinha, Guarapari (ES). In: IV Simpósio de Ecossistemas Brasileiros
(ACIESP org.). p. 165-176. Anais. v. 3.
34
Faegri K.; van der Pijl L. 1979. The principles of pollination ecology, 3rdedition. Oxford:
Pergamon.
Fenster, C. B.; Armbruster, W. S.; Wilson, P.; Dudash, M.; Thonson, D. 2004. Pollination
syndromes and floral specialization. Annual Review of Ecology, Evolution, and
Systematics 35 375-403.
Ferraz, E. M. N.; Araújo E. L.; Silva S. I. 2004. Floristic similarities between lowland and
montane areas of Atlantic coastal forest in northeastern Brazil. Plant Ecology 174: 59-70.
Ferraz, K. D.; Artes, R.; Mantovani, W.; Magalhães, L. M., 1999. Fenologia de árvores em
fragmento de mata em São Paulo, SP. Revista Brasileira de Biologia 59 305–315.
Ferri, 1977. Ecologia dos cerrados. Pp. 15–36 in Ferri, M. G. (ed.). IV Simpósio sobre
cerrado.EDUSP e Itatiaia, São Paulo.
Fonseca, M. R. 1979. Vegetação e flora dos tabuleiros arenosos de Pirambu - Sergipe.
Recife, 1979. Dissertação (Mestrado em Botânica) - Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Recife. 102.
Forman, R. T. 1995. Land mosaics. The ecology of landscapes and regions.
Cambridge:Cambridge University Press.
Fournier, L. A. 1974. Un me´todo cuantitativo para la medición de características fenológicas
en arboles. Turrialba 24 422–423.
Freire, M. C. C.; Monteiro, R. 1994. Florística das praias da Ilha de o Luís, Estado do
Maranhão (Brasil): diversidade de espécies e suas ocorrências no litoral brasileiro. Acta
Amazonica 23 (2-3) 125-140.
Freire, M. S. B. 1990. Levantamento florístico do Parque Estadual das Dunas do Natal. Acta
Botanica Brasilica 4 (2) suplemento: 41-59.
Furlan, A.; Monteiro, R.; César, O.; Timoni, J.L. 1990. Estudos florísticos das matas de
35
restinga de Picinguaba, SP. In: 2
o
Simpósio de Ecossistemas da Costa Sul e Sudeste
Brasileira (ACIESP orgs) p. 220-227. Anais. v. 3.
Gentry, A. H. 1988. Changes in plant community diversity and floristic composition on
environmental and geographical gradients. Annals of Missouri Botanic Garden 751-34.
Giulietti, A. M.; Pirani, J. R. 1988. Patterns of geographic distribution of some plant species
from the Espinhaço Range, Minas Gerais and Bahia, Brazil. Pp. 39-69. In: P.E. Vanzolini,
W.R.; Heyer (eds.). Proceedings of a workshop on Neotropical Distribution Patterns. Rio
de Janeiro, Academia Brasileira de Ciências
Goldenberg, R.; Shepherd, G. J. 1997. Studies on the reproductive biology of
Melastomataceae in "cerrado" vegetation. Plant Systematics and Evololution. 211:13-29.
Goldenberg, R.; Varassin, 2001. Sistemas reprodutivos de espécies de Melastomataceae da
Serra do Japi, Jundiaí, São Paulo, Brasil.
Revista Brasileira de Botânica. 24(3) 283-288.
Gonçalves, C. N.; Waechter, J. L. 2003. Aspectos florísticos e ecológicos de epífitos
vasculares sobre figueiras isoladas no norte da planície costeira do Rio Grande do Sul. Acta
bot. bras. 17 (1): 89-100.
Goodland, 1971. A physiognomic analysis of the cerrado vegetation of Central Brazil.
Journal of Ecology 59:411–419.
Grande, D. A.; Lopes, E. A. 1981. Plantas da restinga da Ilha do Cardoso (São Paulo, Brasil)
Hoehnea 9: 1-22.
Gressler, E.; Pizzo, A. M.; Morellato, L. P. C. 2006. Polinização e dispersão de sementes em
Myrtaceae do Brasil. Revista Brasil. Bot., V.29, n.4, p.509-530.
Griz, L. M. S.; Machado, I. C. 1998. Aspectos morfológicos e ndromes de dispersão de
frutos e sementes na Reserva Ecológica de Dois Irmãos. In: Machado, I. C., Lopes, A.V.,
Porto, K. C., eds. Reserva Ecológica de Dois Irmãos: Estudos em um remanescente de
Mata Atlântica em área urbana. Recife: Dois Irmãos, 197 – 224.
36
Griz, L. M. S.; Machado, I. C. e Tabarelli, M. 2002. Ecologia de dispersão de sementes:
progressos e pespectivas. In: Tabarelli, M.; Silva, JMC, eds. Diagnóstico da biodiversidade
de Pernambuco. Recife: Cidade Universitária, 02:597–608.
Hamilton, W. D.; May, R. M. 1997. Dispersal in stable habitats. Nature 269: 578-581.
Harley, R. M. 1995. Introduction. In: B.L. Stannard; Y. B. Harvey & R.M. Harley (eds.).
Flora of the Pico das Almas, Chapada Diamantina - Bahia, Brazil. Kew, Royal Botanic
Gardens. 1-853
Hector, A.; Schimid, B.; Beierkuhnlein, C.; Caldeira, M. C.; Diemer, M. et al. 1999. Plant
diversity and productivity experiments in European grasslands. Science 286 1123-1127.
Heilbuth, J. C.; Ilves, K. L.; Orro, S. P. 2001. The consequences of dioecy for seed dispersal:
modeling the seed-shadow handicap. Evolution 55: 880-888.
Henriques, R. P. B.; Araújo, D. S. D.; Hay, J. D. 1986. Ordenação e distribuição de espécies
das comunidades vegetais na praia da restinga de Barra de Maricá, RJ. Revista Brasileira de
Botânica. 7 27-36.
Henriques, R.P.B.; Meirelles, M.L.; Hay, J.D. 1984. Ordenação e distribuição das
comunidades vegetais na praia da restinga de Barra de Maricá, Rio de Janeiro. Revista
Brasileira de Botânica. 7 (1): 27-36.
Hueck, K. 1955. Plantas e formações organogênicas das dunas do litoral paulista. Secr. Agr.
Inst. Bot., São Paulo, 130 p.
Hughes, L.; Dunlop, M.; French, K.; Leishman, M.R.; Rice, B.; Rodgerson, L.; Westoby, M.
1994. Predicting dispersal spectra: a minimal set of hypotheses based on plant attributes.
Journal of Ecology 82: 933-950.
IBGE, 1985. Atlas nacional do Brasil: região do Nordeste. IBGE, Rio de Janeiro.
IBGE. 1992. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro, IBGE. (Série
37
Manuais Técnicos em Geociências no 1). 92 p.
Ivanauskas N. M.; Monteiro R.; Rodrigues R. R. 2004. Estrutura de um trecho de floresta
amazônica na bacia do alto rio Xingu. Acta Amazônica 34 (2): 281-305.
Joly, C. A., Leitão Filho, H. F.; Silva, S. M. 1991. O patrimônio florístico - The floristic
heritage. In Mata Atlântica - atlantic rain forest (G.I. Câmara, coord.). Ed. Index Ltda. e
Fundação S.O.S. Mata Atlântica, São Paulo.
Jordano, P. 1995. Angiosperm fleshy fruits and seed dispersers: a comparative analysis os
adaptation and constraints in plant-animal interactions. America Naturalist. 145: 163-191.
Kawasaki, M. L.; Landrum, L. R. 1997. A rare and potentially economic fruit of Brazil.
cambuci, Campomanesia phaea (Myrtaceae). Economic Botany 51:403-407.
Kiill, L. H. P.; Drumond, M. A. 2001. Biologia floral e sistema reprodutivo de Gliricidia
sepium (jacq.) Steud. (fabaceae- papilionoidae) na região de Petrolina, Pernambuco. Ciência
Rural. 31 (4) 597-601.
Kinoshita, L. S.; Torres, R. B.; Forni-Martins, E. R.; Spinelli, T.; Ahn, Y. J.; Constâncio, S. S.
2006. Composição florística e síndromes de polinização e de dispersão da mata do Sítio São
Franscisco, Campinas, SP, Brasil. Acta Botânica Brasiliense 20 (2): 313-327.
Kirizawa, M., Lopes, E.A., Pinto, M. M., Lam, M.; Lopes, M.I.M.S. 1992. Vegetação da Ilha
Comprida: aspectos fisionômicos e florísticos. In: Congresso Nacional sobre Essências
Nativas, 2., 1999. São Paulo. Anais..., São Paulo: ACIESP, v. 2. p. 386-391. 1992.
Kress, W. J.; Beach, J. H. 1994. Flowering plant reproductive systems. In: McDade LA, Bawa
KS, Hespenheide H, Hartshorn G, eds. La Selva: ecology and natural history of a
neotropical rain forest. Chicago: University of Chicago Press, 161–182.
Lacerda, L.D., Araújo, D.S.D., Cerqueira, R; Rucq, B. (Orgs.).1984. Restinga: origem,
estrutura e processos. CEUFF. Niterói.
38
Leitão Filho, H. F. 1982. Aspectos taxonômicos das florestas do estado de São Paulo.
Silvicultura em São Paulo, v. 16, n. 1, p. 197-206.
Leitão Filho, H. F. 1994. Diversity of arboreal species in atlantic rain forest. An. Academia
Brasileira de Ciências 66 (supl. 1): 91-96.
Lenza, E.; Oliveira, P. E. 2005. Biologia reprodutiva de Tapirira guianensis Aubl.
(Anacardiaceae), uma espécie dióica em mata de galeria do Triângulo Mineiro, Brasil.
Revista Brasileira de Botânica: 28 (1)179-190.
Lenzi, M.; Orth, A. I. 2004. Fenologia reprodutiva, morfologia e biologia floral de Schinus
terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae), em restinga da Ilha de Santa Catarina, Brasil.
Biotemas: 17 (2) 67-89.
Lewis, G.; Gibbs, P. 1998. Reproductive biology of Caesalpinia calycina and C. pluviosa
(Leguminosae) of the caatinga of north-eastern Brazil. P1ant Systematcs and Evolution.
217:43-53
Lopes, A. V.; Machado I. C. S. 1998. Floral biology and reproductive ecology of Clusia
nemorosa (Clusiaceae) in northeastern Brazil. Plant Systematics and Evolution 213: 71–90.
Machado I. C.; Loiola, M. I. 2000. Fly pollination and pollinator sharing in two
synchronopatric species: Cordia multispicata (Boraginaceae) and Borreria alata (Rubiaceae).
Revista Brasileira de Botânica. 23 (3) 305-311.
Machado I. C.; Lopes A. V. 2004. Floral traits and pollination systems in the Caatinga, a
Brazilian tropical dry forest. Annals of Botany 94: 365–376.
Machado, A. O.; Oliveira, P. E. 2000, Biologia floral e reprodutiva de Casearia grandiflora
Camb. (Flacourtiaceae). Revista Brasileira de Botânica. 23: 283-290
Machado, I. C.; Lopes, A.V.; Sazima, M. 2006. Plant sexual systems and a review of the
breeding system studies in the Caatinga, a Brazilian Tropical Dry Forest. Annals of Botany
97 277–287.
39
Madeira, J. A; Fernandes, G. W. 1999. Reproductive phenology of sympatric taxa of
Chamaecrista (Leguminosae) in Serra do Cipo, Brazil. Journal of Tropical Ecology. 15 463-
479
Mantovani, W. 1998. Tropical Atlantic rain forest dynamics, southeastern Brazil. In:
International Congress of Ecology, 7, Florence, New tasks for ecologists after Rio 1992.
Florence, 1998. p. 274.
Mantovani, W.; Martins, F. R. 1988. Variações fenológicas das espécies do cerrado da
Reserva Biológica de Moji Guaçu, Estado de São Paulo. Revista Brasileira de Botânica
11:101–112
Marroig, G.; Cerqueira, R. 1997. Plio-Pleistocene South America history and the Amazonas
Lagoon Hyphotesis: a piece in the puzzle of Amazonian diversification. Journal of Complete
biology 2: 103-119.
Martins, F. Q.; Batalha, M. A. 2006. Pollination systems and floral traits in cerrado woody
species of the upper Taquari Region (central Brazil). Brazilian Journal of Biology. 66: 543-
552.
Martins, F. R. 1991. Estrutura de uma floresta mesófila. Editora da Universidade Estadual
de Campinas, Campinas.
Matallana, G.; Wendt, T.; Araújo, D. S. D.; Scarano, F. R. 2005. High abundance of dioecious
plants in a tropical coastal vegetation. American Journal of Botany 92: 1513–1519.
Matias, L. Q.; Nunes, E.P. 2001. Levantamento florístico da Área de Proteção Ambiental de
Jericoacoara, Ceará. Acta bot. bras. 15 (1): 35-43.
Mayfield, M. M.; Waser, N.; Price, M. 2001. Exploring the most effective pollinator principle
with complex flowers: bumblebees and Ipomopsis aggregata. Annals of Botany 88: 591-596.
Medeiros, D. P. W., Lopes, A. V.; Zickel, C. S. 2007. Phenology of woody species in tropical
coastal vegetation, northeastern Brazil. Flora. 202(7): 513-520.
40
Momose, K.; Yumoto, T.; Nagamitsu, T.; Kato, M.; Nagamasu, H.; Sakai, S.; Harrison, R.D.;
Itioka, T.; Hamid, A.A.; Inoue, T. 1998. Pollination biology in a lowland Dipterocarp forest in
Sarawak, Malaysia. I. Characteristic of the plant-pollinator community in a lowland
Dipterocarp forest. American Journal of Botany 85: 1477-1501.
Mori, S. A.; Boom, B. M. 1983. Southern Bahian moist forests. Botanical Review. 49:155-
232.
Muchhala, N. 2003. Exploring the boundary between pollination syndromes: bats and
hummingbirds as pollinators of Burmeistera cyclostigmata and B. tenuiflora
(Campanulaceae). Oecologia 134: 373-380.
Müller, S. C.; Waechter, J. L. 2001. Estrutura sinusial dos componentes herbáceo e arbustivo
de uma floresta costeira subtropical. Revista Brasileira de Botânica., 24: 395-406.
Murcia, C. 1995. Edge effects in fragmented forests Implications for conservation. Trends
in Ecology & Evolution, v.10, n.2 p.58-62.
Nadia, T. .; Machado, I. C.; Lopes, A. V. Fenologia reprodutiva e sistema de polinização de
Ziziphus joazeiro Mart. (Rhamnaceae): atuação de Apis mellifera e de visitantes florais
autóctones como polinizadores. Acta Botânica. Brasílica. 21(4): 835-845.
Naeem, S.; Hakansson, K.; Lawton, J. H.; Crawley, M. J.; Thompson, L. J. 1996.
Biodiversity and plant productivity in a model assemblage of plant species. Oikos 76: 259-
264.
Naeem, S.; Thompson, L. J.; Lawler, S. P.; Lawton, J. H.; Woodfin, R. M. 1994. Declining
biodiversity can alter the performance of an ecossystems. Nature 368: 734-737.
Oliveira, M. A.; Grilo, A. S.; Tabarelli, M. 2004. Forest edge in the Brazilian Atlantic forest:
drastic changes in tree species assemblages. Oryx. 38 (4) 389-394.
Oliveira, P. E., Gibbs, P. E. 2000. Reproductive biology of woody plants in a cerrado
community of Central Brazil. Flora 195: 311–329.
41
Oliveira-Filho, A. T. 1993. Gradient analysis of an area of coastal vegetation in the state of
Paraíba, Northeastern Brazil. Edimburgh Journal of Botany 50 (2): 217-236.
Oliveira-Filho, A. T.; Carvalho, D. A. 1993. Florística e fisionomia da vegetação no extremo
norte do litoral da Paraíba. Revista Brasileira de Botânica, 16 (1) 115-130.
Ormond, W. T.; Pinheiro, M. C. B.; Lima, H. A. 1991. Sexualidade das plantas da restinga de
Maricá, RJ. Boletim do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Série Botânica 87: 1–24.
Ormond, W. T.; Pinheiro, M. C. B.; Lima, H. A; Correia, M. C. R; Pimenta, M. L. 1993.
Estudo das recompensas florais das plantas da restinga de Marica – Itaipuaçu, RJ. I –
Nectaríferas. Bradea 6: 179–195.
Peixoto, A. L.; Gentry, A. 1990. Diversidade e composição florística da mata de tabuleiro na
Reserva Florestal de Linhares (Espírito Santo, Brasil). Revta Brasileira de Botânica. 13:19-
25.
Pereira, O. B. 2002. Restingas In: Biodiversidade, conservação e uso sustentável da flora
do Brasil (Araújo, E.L., Moura, A.N., Sampaio, E.V.S.B., Gestinari, L.M.S. & Carneiro,
J.M.T., eds.) p. 38-43.UFRPE/SBB. Recife.
Pereira, O. J. 1990. Caracterização fitofisionômica da restinga de Setiba-Guarapari, Espírito
Santo. In: Simpósio de Ecossistemas da Costa Sul e Sudeste Brasileira, 2., Águas de Lindóia.
Anais..., Águas de Lindóia: ACIESP, 1990, v. 71, n. 3, p. 117-128.
Pereira, O. J., Assis, A. M.; Souza, R. L. D. 1998. Vegetação da restinga de Pontal do
Ipiranga, município de Linhares (ES). In: IV Simpósio de Ecossistemas Brasileiros. Anais
(ACIESP org.) p. 117-128. Anais v. 3.
Pereira, O. J., Thomaz, L. D.; Araujo, D. S. D. 1992. Fitossociologia da vegetação de
antedunas da restinga de Setiba / Guarapari e em Interlagos / Vila Velha, ES. Boletim Museu
Biologia Mello Leitão (nova série) 1: 65-75.
Pereira, O. J.; Araújo, D. S. D. 2000. Análise florística das restingas dos estados do Espírito
42
Santo e Rio de Janeiro. In: Ecologia de Restingas e Lagoas Costeiras (F.A. Esteves & L.D.
Lacerda, eds.). UFRJ/ NUPEM, Macaé, p. 25-63.
Pereira, O. J.; Gomes, J. M. L. 1994. Levantamento florístico das comunidades vegetais de
restinga no município de Conceição da Barra, ES. In: 3
o
Simpósio sobre Ecossistemas da
Costa Brasileira (ACIESP org.) p. 67-78. Anais v. 2.
Pereira, O. J.; Zambom, O. 1998. Composição florística da restinga de Interlagos, Vila Velha
(ES). In: IV Simpósio de Ecossistemas Brasileiros (ACIESP org.) p. 129-139. Anais. v. 3.
Pijl, L. van der. 1982. Principles of dispersal in higher plants. Berlim; Springer-Verlag.
Pinã-Rodrigues, F. C. M. E; Aguiar, I. B. 1993. Maturação e dispersão de sementes. In:
Sementes Florestais Tropicais. Brasília, 215–274.
Pinto, G. C .P., Bautista, H. P.; Ferreira, J. D. C. A. 1984. A restinga do litoral nordeste do
Estado da Bahia. In: Lacerda, L.D.; Araújo, D.S.D. de; Cerqueira, R.; Turq, B. (eds.).
Restingas: Origem, estrutura e processos. Niterói, CEUFF, p.195-216.
Pontes, A. F. 2000. Levantamento florístico da mata do AMEM, Cabedelo, Paraíba-
Brasil. João Pessoa. Monografia (Bacharelado em Ciências Biológicas) - Universidade
Federal da Paraíba, João Pessoa. 92p.
Porto, M. L.; Dillenburg, L. R. 1986. Fisionomia e composição florística de uma mata de
restinga da Estação Ecológica do Taim, Brasil. Ciência e Cultura 38(7): 1288-1236.
Prance, G. T. 1987. Biogeography of neotropical plants. In: G. T. Whitmore & G. Prance
(Eds.). Biogeography and quaternary history in tropical America. Claredon Press, oxford.
p. 175-196.
Prance, G. T. 1982. Forest refuges: evidence from woody angiosperms. In Biological
diversification in the tropics (G.T. Prance, ed.). Columbia University Press, New York.
p.137-157.
43
Proctor, M.; Yeo, P.; Lack, A. 1996. The natural history of pollination. London: Harper
Collins Publishers.
Proença, C. E. B.; Gibbs, P. E. 1994. Reproductive biology of eight sympatric Myrtaceae
from Central Brazil. New Phytol. 126, 343-354.
Ramos-Neto, M.B. 1993. Análise florística estrutural de duas florestas sobre restinga,
Iguape, São Paulo. Dissertação de Mestrado. Instituto de Biociências, Universidade de São
Paulo. São Paulo.
Rawitscher, F. 1944. Algumas noções sobre a vegetação do litoral Brasileiro. Boletim da
Associação Geográfica Brasileira 4(5): 13-28.
Reis-Duarte, R. M. 2004. Estrutura da floresta de restinga do Parque Estadual da Ilha
Anchieta (SP): bases para promover o enriquecimento com espécies arbóreas nativas em
solos alterados. Tese (Doutorado). Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho,
Campus de Rio Claro, Rio Claro, São Paulo.
Reitz, P. R. 1961. Vegetação da zona marítima de Santa Catarina. Sellowia 13: 17-115.
Renner, S.; Rickleffs, R. 1995. Dioecy and its correlates in the flowering plants. American
Journal of Botany 82: 596–606.
Ribas, L. A.; Hay, J.D.; Caldas-Soares, J.F. 1994. Moitas de restinga: Ilhas ecológicas. In: 3
o
Simpósio sobre Ecossistemas da Costa Brasileira (ACIESP org.) p. 79-88. Anais v. 2.
Ribeiro, L. F.; Tabarelli, M. 2002. A structural gradient in cerrado vegetation of Brazil:
changes in woody plant density, species richness, life history and plant composition. Journal
of Tropical Ecology 18:775–794
Richards, A. J. 1986. Plant breeding systems. London: George Allen & Unwin.
Ridley, H. N. 1930. The dispersal of plants throughout the world. Reeve: Ashford, 745.
44
Rizzini, C. T. 1979. Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos sociológicos e florísticos.
EDUSP e Editora HUCITEC, São Paulo.
Rocha, R. F. A. 1980. Vegetação e flora do delta do Rio São Francisco-Alagoas. Recife.
Dissertação (Mestrado em Botânica) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
184 p.
Rossoni, M. G. 1993. Estudo fitossociológico da mata de restinga no Balneário Rondinha
Velha, Arroio do Sal, Rio Grande do Sul. Dissertação (Mestrado em Ecologia).
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 73p.
Rossoni, M. G.; Baptista, L.R.M. 1994/1995. Composição florística da mata de restinga,
Balneário Rondinha Velha, Arroio do Sal, RS, Brasil. Pesquisas Botânicas. 45: 115-131.
Roth L. C. 1999. Anthropogenic change in subtropical dry forest during a century of
settlement in Jaiquí Picado, Santiago Province, Dominican Republic. Journal of
Biogeography 26: 739-759.
Ruggiero, A. 2001. Interacciones entre la biogeografia ecológica y la macroecologia: aportes
para comprender los patrones espaciales en la diversidad biológica. Introdução a la
biogeografia en latinoamérica: teorias, conceptos, métdos y aplicaciones (ed. Por J. L.
Morrone), pp. 81-94. UNAM, México.
Sá, C. F. C. 1992. A vegetação da restinga de Ipitangas, Reserva Ecológica Estadual de
Jacarepiá, Saquarema (RJ): Fisionomia e listagem de Angiospermas. Arquivos do Jardim
Botânico do Rio de Janeiro v.31, p. 87-102.
Sacramento, A. C. S.; Zickel, C. S.; Almeida-Junior, E. B. 2007. Aspectos florísticos da
vegetação de restinga no litoral de Pernambuco.Árvore. 31( 6): 1121-1130.
Salgado, O. A.; Jordy Filho, S.; Gonçalves, L. M. C. 1981. Vegetação In: Brasil Projeto
RADAMBRASIL. Folhas SB. 24/25 Jaguaribe/Natal. Projeto RADAMBRASIL, Rio de
Janeiro, p. 485-535.
45
Santos M.; Rosado S. C. S.; Oliveira Filho A. T.; Carvalho D. 2000. Correlações entre
variáveis do solo e espécies herbáceo-arbustivas de dunas em revegetação no litoral norte da
Paraíba. Cerne 6 (1): 019-029.
Santos, A. M. M. 2006a. Flora do centro de endemismo Pernambuco: Biogeografia e
conservação. Tese. Doutorado. Universidade Federal de Pernambuco.
Santos, A. V. 2006b. Tabuleiros arenosos do Nordeste do Brasil: vegetação e relações
históricas baseadas na distribuição de espécies lenhosas. Tese (Doutorado em Botânica).
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Saraiva, L. C.; César, O.; Monteiro, R. 1996. Breeding systems of shrubs and trees of a
Brazilian savanna. Arquivos de Biologia e Tecnologia 39: 751–763.
Scarano, F. R. 2002. Structure, function and floristic ralationships of plant communities in
stressful habitats marginal to the Brazilian Atlantic rainforest. Annals of Botany 90: 517-524.
Scarano, F. R.; Dias, A. T. C. 2004. A importância de espécies no funcionamento de
comunidades e ecossistemas. In: Coelho, A. S.; R, D. LOYOLA; M. B. G. Souza (Eds.).
2004. Ecologia teórica: desafios para o aperfeiçoamento da Ecologia no Brasil. Belo
Horizonte: O Lutador. p. 43-59.
Scarano, F.R.; Cirne, P.; Nascimento, M.T.; Sampaio, M.C.; Villela, D.M.; Wendt, T.; Zaluar,
H.L.T. 2004. Ecologia vegetal: integrando ecossistemas, comunidades, populações e
organismos. In: C.F.D. Rocha; F.A. Esteves & F.R. Scarano. Pesquisas de longa duração na
restinga de Jurubatiba. Ecologia, história natural e conservação. Rima editora. São
Carlos. p. 77-97.
Schluter, D.; Ricklefs, R.E. 1993a. Species diversity: an introduction to the problem. In
Species diversity in ecological communities (R.E. Ricklefs & D. Schuter, eds.).University of
Chicago, Chicago, p.1-10.
Schluter, D.; Ricklefs, R.E. 1993b. Species diversity: regional and historical influences. In
Species diversity in ecological communities (R.E. Ricklefs & D. Schuter, eds.). University
46
of Chicago, Chicago, p.350-364.
Schulze, E. D.; Mooney, H. A. 1993. Biodiversity and ecosystem function. New York:
Springer.
Seabra, J. 1949. Flora das dunas. (Apontamentos sobre a flora psamófila das dunas de Itapoá,
Bahia). Lilloa 20: 187-192.
Sigrist, M. R.; Sazima, M. 2004. Pollination and Reproductive Biology of Twelve Species of
Neotropical Malpighiaceae: Stigma Morphology and its Implications for the Breeding
System. Annals of Botany 94: 33-41.
Silberbauer-Gottsberger I, Gottsberger G. 1988.A polinização de plantas do Cerrado. Revista
Brasileira de Biologia 48: 651–663.
Silva A. G, Guedes-Bruni R. R, Lima M. P. M. 1997. Sistemas sexuais e recursos florais do
componente arbustivo-arbóreo em mata preservada na reserva ecológica de Macaé de Cima.
In: Lima HC, Guedes-Bruni RR, orgs. Serra de Macaé de Cima: Diversidade Florística e
Conservação em Mata Atlântica. Rio de Janeiro: Jardim Botânico, 187–211.
Silva, D. G.; Barbosa, L.M.; Ehlin-Martins, S. 2003. Distribuição de alturas e diâmetros em
dois tipos de floresta de restinga no município de Bertioga – SP. Hoehnea 30 (2): 163 – 171.
Silva, J. G.; Oliveira, A. S. 1989. A vegetação de restinga no município de Maricá - RJ. Acta
Botanica Brasilica 3 (2) suplemento: 253-272.
Silva, J. G.; Somner, G. V. 1984. A vegetação da restinga de Barra de Maricá, RJ. In:
Lacerda, L.D.; Araújo, D.S.D.; Cerqueira, R.; Turq, B. (eds.). Restingas: Origem, estrutura
e processos. Niterói, CEUFF, p.217-225.
Silva, J. M. C.; Casteli, C. H. M. 2003. Status of biodiversity of the Atlantic Forest of
Brazilian In: C. Galindo-Leal & G. Câmara (Eds.). The Atlantic Forest of South America:
biodiversit status, threats, and outlook. CABS & Island press, Washington. p. 43-59.
47
Silva, J. M. C.; Souza, M. C.; Castelletti, C. H. M. 2004. Areas of endemism for passerine
birs in the Atlantic forest, South America. global Ecology and Biogeography, 13, 85-92.
Silva, J. M. C.; Tabarelli, M. (2000) Tree species impoverishment and the future flora of the
Atlantic forest of northeastern Brazil. Nature, 404, 72–74.
Silva, L. O.; Costa, D. A.; Santos-Filho, K. E. S.; Ferreira, H. D.; Brandão, D. 2002.
Levantamento florístico e fitossociológico em duas áreas de cerrado sensu stricto no Parque
Estadual da Serra de Caldas- Novas, Goiás. Acta Botânica Brasílica. 16 (1): 43-53.
Silva, S. M. 1998. As formações vegetais da Planície Litorânea da Ilha do Mel, Paraná,
Brasil: Composição florística e principais características estruturais. Campinas, 262 f.
Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
Silva, S. M. 1999. Diagnóstico das restingas do Brasil. In: Workshop Avaliação e Ações
Prioritárias Para a Conservação da Biodiversidade da Zona Costeira, Ilhéus. (Fundação
Bio Rio, ed.). Disponível em www.bdt.org. Consultado em 05/11/2004.
Silva, S. M.; Britez, R. M.; Souza, W. S.; Joly, C. A. 1994. Fitossociologia do componente
arbóreo da floresta de restinga da Ilha do Mel, Paranaguá, PR. In: 3
o
Simpósio sobre
Ecossistemas da Costa Brasileira (ACIESP org.) p. 47-56. Anais v. 2.
Silva, S. M.; Britez, R.M. 2005. A vegetação da Planície Costeira. In: História Natural e
conservação da Ilha do Mel (M.C.M. Marques & R.M.Britez, orgs.). UFPR. Curitiba
Silva, S. S. L.; Zickel, C. S.; Cestaro, L. A. Flora vascular e perfil fisionômico de uma
restinga no litoral sul de Pernambuco, Brasil. Acta Botânica Brasílica 22(4): 1123-1135.
Silva, T. S; Barbosa, J.M. 1990. Espécies de gramíneas (Poaceae) do litoral arenoso e do
manguezal da Ilha do Cardoso (São Paulo, Brasil), Ecossistema 15.
Sinha, A.; Davidar, P. 1992. Seed dispersal ecology of a wind dispersed rain forest tree in the
western Ghats, India. Biotropica 24(4): 519-526.
48
Souza, M. L. D. R. S.; Falkenberg, D. B.; Silva-Filho, F. A. 1986. Nota prévia sobre o
levantamento florístico da restinga da Praia Grande (São João do Rio Vermelho,
Florianópolis-SC). In: Congresso Nacional de Botânica, 37. Ouro Preto. Anais.
Universidade Federal de Ouro Preto. p.513-520.
Stebbins, G. L. 1950. Variation and evolution in plants. New York, NY: Columbia
University Press.
Stuurman, J.; Hoballah, M. E.; Broger, L.; Moore, J.; Basten, C.; Kuhlemeier, C. 2004.
Dissection of floral pollination syndromes in Petunia. Genetics 168:1585-1599.
Sugiyama, M. 1998. Estudo de florestas da restinga da Ilha do Cardoso, Cananéia, São Paulo,
Brasil. Boletim do Instituto de Botânica v. 11, p. 119-159.
Suguio, K.; Martin, L. 1990. Geomorfologia das restingas. In: II Simposio de ecossistema da
costa Sul e Sudeste brasileira: estrutura, função e manejo. Águas de Lindóia, ACIESP
(org.), vol.3, p. 185-205.
Suguio, K.; Tessler, M.G. 1984. Planície de cordões litorâneos quaternários do Brasil: origem
e nomenclatura. Pp. 15-25. In: L. D. Lacerda; D. S. D. Araújo; R. Cerqueira; B. Turcq (Eds.)
Restingas: Origem , Estrutura e Processos. CEUFF, Niterói.
Sztutman, M.; Rodrigues, R. R. 2002. O mosaico vegetacional numa área de floresta contínua
da planície litorânea, Parque Estadual da Campina do Encantado, Pariquera-Açu, SP. Revista
Brasileira de Botânica. V.25, n.2, p.161-176.
Tabarelli, M.; Siqueira-Filho, J. A.; Santos, A. M. M. 2006. A Floresta atlântica ao Norte do
Rio São Francisco. In: Diversidade Biológica e Conservação da Floresta atlântica ao
Norte do São Francisco (Porto, C. C.; Almeida –Cortez, J. S.; Tabarelli, M. orgs.) p. 25-40.
Ministério do Meio Ambiente (MMA) Brasília.
Thomaz, L. D.; Monteiro, R. 1993. Distribuição de espécies na comunidade halófila-
psamófila ao longo do litoral do Estado do Espírito Santo. Arquivo de Biologia Tecnologia
36 (2): 375-399.
49
Tilman, D.; Wedin, D.; Knops, J. 1996. Productivity and sustainability influenced by
biodiversity in grassland ecosystems. Nature 379:718-720.
Trindade, A. 1991. Estudo florístico e fitossociológico do estrato arbustivo-arbóreo de um
trecho da floresta arenícola costeira do Parque Estadual das Dunas, Natal-RN. Recife,
168 f. Dissertação (Mestrado em Botânica) - Universidade Federal Rural de Pernambuco,
Recife.
Turcq, B.; Suguio, K.; Soubiès, F.; Servant, M.; Pressinotti, M. N. 1987. Alguns terraços
fluviais do Sudeste e do Centro-Oeste brasileiro por radio-carbono: possíveis significados
paleoclimáticos. In Congresso da Associaçao Brasileira de Estudos do Quaternario, 1,
Porto Alegre, 1987, ABEQUA. Anais: 379-392.
Ule, E. 1901. Die vegetation von Cabo Frio an der Kuste von Brasilien. Botany Jarhburg
Systematic 28: 511-528.
Vamosi, J. C.; Otto, S. P; Barrett, S. C. H. 2003: Phylogenetic analysis of ecological
correlates of dioecy in angiosperms. Journal of Evdlutionary Biology 16: 1006-1018.
Vamosi, J. C.; Vamosi, S. M.. 2004. The role of diversification in causing the correlates of
dioecy. Evolution 58: 723-73.
Veloso, P. H.; Rangel-Filho, A. L. R.; Lima, J. C. A. 1991. Classificação da vegetação
brasileira adaptada a um sistema universal. IBGE, Rio de Janeiro.
Vicente, A.; Lira, S. L.; Cantarelli, J. R. R.; Zickel, C. S. 2003. Estrutura do componente
lenhoso de uma restinga no município de Tamandaré, Pernambuco, nordeste do Brasil. In:
Livro de Resumos do VI Congresso de Ecologia do Brasil. (Ecossistemas aquáticos,
costeiros e continentais). Fortaleza. 170-172.
Villwock, J. A. 1994. A costa brasileira: geologia e evolução. In: ACIESP ed. 3
o
Simpósio
sobre Ecossistemas da Costa Brasileira. Anais..., São Paulo, v.1, p.1-15.
Waechter, J. L. 1985. Aspectos ecológicos da vegetação de restinga no Rio Grande do Sul,
50
Brasil. Comunicação do Museu de Ciências. PUCRS (Série Botânica) 33: 49-68.
Waechter, J. L. 1990. Comunidades vegetais das restingas do Rio Grande do Sul. In:
Simpósio de Ecossistemas da Costa Sul e Sudeste Brasileira, 2., 1990, Águas de Lindóia.
Anais..., Águas de Lindóia: ACIESP, 1990, v.3. p. 228-248.
Waser, N. M.; Chittka, L.; Price, M.V.; Willians, N. M.; Ollerton J. 1996. Generalization in
pollination systems, and why it matters. Ecology 77: 1043-1060.
Weller, S. G.; Sakai A. K. 1999. Using phylogenetic approaches for the analysis of plant
breeding systems evolution. Annual Review of Ecology and Systematics 30: 167-199.
Yamamoto L. F, Kinoshita L. S, Martins F. R. 2007. Síndromes de polinização e de dispersão
em fragmentos da floresta estacional semidecídua Montana, SP Brasil. Acta Botânica
Brasílica. 21: 553-573.
Zaluar, H. L. T. 1997. Espécies focais e a formação de moitas na restinga aberta de
Clusia, Carapebus, Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado). PPGEcologia- UFRJ. Rio de
Janeiro.
Zaluar, H. L. T.; Scarano, F. R. 2000. Facilitação em restingas de moitas: um século de buscas
por espécies focais. In: Esteves, F. A. & Lacerda L. D. (Eds.). Ecologia de Restingas e
Lagoas Costeiras. Rio de Janeiro: NUPEM-UFRJ.
Zickel, C. S. ; Almeida Jr, E. B. ; Medeiros, D. P. W. ; Lima, P. B. ; Souza, T.M. S. ; Barros,
A. L. . Magnoliophyta species of restinga, Pernambuco State, Brazil. Check list (UNESP), v.
3, p. 224-241, 2007.
Zickel, C.S., Vicente, A., Almeida Jr, E.B., Cantarelli, J.R.R.; Sacramento, A. C. 2004. Flora
e vegetação das restingas no Nordeste Brasileiro. In: Oceanografia: um cenário tropical (E.
Eskinazi-Leça, S. Neumann-Leitão e M.F. Costa, orgs.). Bargaço, Recife. p. 689-701.
51
ARTIGO 1
Restingas do Centro de Endemismo Pernambuco: Aspectos ecológicos e
estruturais
Artigo a ser enviado ao periódico Plant Ecology
52
RESTINGAS DO CENTRO DE ENDEMISMO PERNAMBUCO: ASPECTOS
ECOLÓGICOS E ESTRUTURAIS
Daniel Portela Wanderley de Medeiros
1*
Ariadna Valentina Lopes
2
Eduardo Bezerra de Almeida Jr.
3
e Carmen Silvia Zickel
4
1* Doutorando do Programa de Pós-graduação em Botânica da Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Depto. de Biologia Botânica. Av. Dom Manuel de Medeiros s/n, Dois Irmãos CEP
52117-900. Recife – PE e-mail: dpwmedeiros@gmail.com
2 Universidade Federal de Pernambuco – Depto. de Botânica – Av. Professor Moraes Rego s/n Cidade
Universitária-CEP:50660-901. Recife – PE
3 Doutorando do Programa de Pós-graduação em Botânica da Universidade Federal Rural de
Pernambuco.
4 Universidade Federal Rural de Pernambuco Depto. de Biologia Botânica. Av. Dom Manuel de
Medeiros s/n, Dois Irmãos – CEP 52117-900. Recife - PE
53
Resumo
O objetivo deste trabalho foi analisar se existe variação estrutural em gradientes latitudinais e
pluviométricos, além de comparar flora, riqueza e diversidade entre as restingas situadas ao
norte do Rio São Francisco. O estudo foi desenvolvido no Centro de Endemismo Pernambuco
que abrange os estados de Alagoas ao Rio Grande do Norte. Um banco de dados foi formado
através da compilação de sete levantamentos fitossociológicos. Os dados foram analisados a
partir de testes de variância, freqüências e correlações entre variáveis estruturais. Em alguns
parâmetros, como a densidade, todas as áreas apresentaram diferenças significativas. As
correlações mostraram diferenças significativas apenas entre diâmetro médio e altura média
das espécies. Os aspectos estruturais das restingas estudadas parecem não estar sendo
influenciados por gradientes abióticos. Os dados encontrados sugerem uma diferença entre
alguns parâmetros. Tal fato pode estar relacionado com o grau de antropização em que se
encontram as restingas pesquisadas.
54
Introdução
O Centro de endemismo Pernambuco inclui todas as florestas entre os estados do Rio
Grande do Norte e Alagoas, o que representa uma área de distribuição original de 56.400,8
km
2
, distribuídos na forma de uma estreita faixa de floresta (Prance 1982). Essa floresta
situada ao norte do rio São Francisco, é composta por cinco tipos florestais entre os quais se
encontram as restingas (Tabarelli et al. 2006). Segundo Sugiyama (1998), as restingas são
comunidades vegetais fisionomicamente distintas sob influência marinha e/ou flúvio-marinha,
distribuídas em mosaico, que ocorrem em áreas com grande diversidade ecológica. São
comunidades importantes tanto do ponto de vista ecológico, através dos processos adaptativos
e evolutivos, como em termos de ecologia de paisagem (Scarano 2002).
Apesar dessa importância, a divergência sobre aspectos fisionômicos e a ausência de
dados ecológicos de diversos trechos do litoral brasileiro são as maiores dificuldades para
compreensão desse ecossistema, principalmente na região Nordeste brasileira (Medeiros et al.
2007). A importância dos estudos descritivos sobre vegetação de restinga para a preservação
ambiental e manejo de unidades de conservação reside no fornecimento de dados sobre a
dinâmica dessas comunidades. Essas pesquisas procuram, ainda, facilitar a escolha de
espécies cujas populações mereçam estudos mais detalhados, objetivando a preservação de
espécies raras e o aumento de conhecimento sobre estratégias bem sucedidas na colonização
de ambientes com solos pobres, como os de restinga (Pereira et al. 2001).
Os padrões estruturais de comunidades podem ser conseqüência de diversos processos
históricos e ecológicos que atuam ou atuaram em diferentes escalas de espaço e tempo
(Schluter e Ricklefs 1993). Entre esses fatores, pode-se destacar a localização dos centros de
riqueza ou distribuição (Gentry 1988). Com exceção de Myrtaceae, as famílias com maior
riqueza de plantas lenhosas nas florestas neotropicais, têm seus principais centros de riqueza
fora da região costeira brasileira (Tabarelli e Mantovani 1999).
Os estudos realizados na costa litorânea nordestina vêm contribuindo com dados
florísticos e estruturais, com o intuito de diferenciar aspectos fisionômicos das restingas dessa
região. Todavia, a necessidade de uma análise conjunta e mais detalhada desses trabalhos
para definir melhor suas respectivas características florísticas e estruturais. Tais pesquisas são
pontuais, dificultando assim, a visão de um aspecto geral das restingas do Nordeste como um
todo (Santos 2006).
As mudanças, tanto estrutural quanto florística, na composição das espécies a partir de
gradientes geográficos (Gentry 1988) ou de precipitação (Eiten 1994; Ribeiro e Tabarelli
2002), é um tema recorrente em diferentes ecossistemas tropicais. De acordo com alguns
55
pesquisadores (Gentry 1988; Clinebell et al. 1995), variações estruturais e florísticas de
plantas lenhosas, em florestas tropicais, estão relacionadas a cinco gradientes principais: o
latitudinal, o de precipitação, o edáfico, o altitudinal e o intercontinental. Como a variação
edáfica em áreas de restinga parece ser pequena, pois essas áreas são formadas principalmente
por sedimentos eminentemente arenosos, enquadrados como areias quartzosas marinhas
(Pereira 2000), com alta salinidade e baixo teor de nutrientes (Scarano 2002), é razoável que
se pense na hipótese de que a variação estrutural, nesse ecossistema, esteja associada,
principalmente, a gradientes latitudinais e de precipitação.
O objetivo deste trabalho foi analisar se existe variação estrutural, em gradientes
latitudinais e pluviométricos, comparar flora, riqueza e diversidade, além de analisar os
fatores determinantes das similaridades ou diferenças entre parâmetros analisados para as
restingas do Centro de endemismo Pernambuco.
Material e Métodos
Área de estudo
O estudo foi desenvolvido em sete áreas de restinga ao norte do Rio São Francisco,
entre os paralelos 5°00´00” e 10°30´00” Sul e meridianos 34°50´00” e 37°12´00” Oeste (Fig.
1) das Alagoas ao Rio Grande do Norte, em baixas latitudes da Zona Tropical, onde o
predomínio dos ventos alísios confere estabilidade e bom tempo a quase toda a área
(RADAMBRASIL 1983).
Em todas as áreas os solos são arenosos, com teores de areia variando de 98% a 100%
na floresta, fruticeto e no campo, classificados como Neossolos Quartzarênicos, de acordo
com a classificação da EMBRAPA (1999). A precipitação pluviométrica varia entre 2.075 e
2443mm anuais, de Alagoas ao Rio Grande do Norte, de acordo com uma normal
climatológica de 30 anos (INMET 2008) (Fig. 2).
56
Fig. 1 Mapa do continente sul americano com o Brasil em destaque (cinza escuro), região Nordeste
(cinza claro) e Centro de Endemismo Pernambuco (preto), ampliado a direita e com as áreas de
restinga estudadas.
57
Precipitação Pluviométrica Mensal
0
50
100
150
200
250
300
350
400
janeiro
fevereiro
março
abril
maio
junho
julho
agosto
setembro
outubro
novembro
dezembro
João Pessoa
Natal
Recife
Mace
Fig. 2 Precipitação pluviométrica mensal da normal climatológica entre 1960 e 1990, no
Centro de Endemismo Pernambuco (INMET, 2008).
Um banco de dados foi formado através da compilação de sete levantamentos
fitossociológicos, abrangendo todo Centro de Endemismo Pernambuco (Tabela 1).
Tabela 1 Áreas estudadas com suas respectivas referências, coordenadas geográficas, e precipitação
média anual, de 1960 a 1990 (fonte INMET), no Centro de Endemismo Pernambuco.
Áreas – Estados
Referência Bibliográfica Coordenadas
Precipitação
média anual em
mm (30 anos)
Barre de São Miguel – AL Medeiros et al. (não publicado)
09° 50' 38"
35° 53' 53"
2.183
Tamandaré-PE Vicente et al. 2003
08
o
47’20’’S
35
o
06’45’’W
2.443
Sirinhaém-PE Cantarelli 2003
08
0
39’44’’S
35
0
05’25’’W
2.443
Maracaípe-PE Almeida Jr. 2006
08
0
31’48’’S
35
0
01’05’’W
2.443
Cabedelo_PB Zickel et al. (não publicado)
06
0
58’44”S
34
0
50’11”W
2.141
Baia Formosa-RN Medeiros et al. (não publicado)
06
0
22’25’’S
35
0
00’54’’W
2.075
Pipa-RN Almeida Jr. 2006
06°11’00’S
35°17’30’W
2.075
58
Estes estudos seguiram para a caracterização estrutural o método de quadrantes
(Cottam e Curtis 1956). O critério de inclusão foi o perímetro a altura do solo (PAS) 10cm,
selecionando apenas as espécies lenhosas na fisionomia floresta e/ou fruticeto em todas áreas
comparadas.
Foram obtidos, através de coleta de campo e compilação do banco de dados, densidade
e área basal total, dominância, densidade relativa, riqueza, diversidade, altura e diâmetro
médios das espécies lenhosas em cada área. A diversidade e eqüitabilidade seguem os índices
de Shannon (H’) e Pielou (J’), respectivamente (Shepherd 1995). Os indivíduos foram
distribuídos em classes de altura, com intervalos de 1 m, e de diâmetro com intervalo de 10
cm para comparação das fisionomias entre as áreas.
Índice de impacto de menor severidade
Partindo da hipótese exploratória, onde se conhecia as áreas e os dados estruturais
da vegetação das restingas, houve a necessidade de uma padronização em relação aos
diferentes níveis de antropização, para que as áreas se adequassem aos graus de impactos
causados pelo homem. Visto que a antropização também poderia interferir no arranjo
estrutural da vegetação.
As áreas foram avaliadas através de diferentes formas de impacto que serviram como
critério de separação, de forma que o conjunto dessas características enquadrasse as áreas em
diferentes níveis de antropização. Essa avaliação foi utilizada para as restingas ao norte do
São Francisco e foram consideradas para as fisionomias floresta e fruticeto. Partindo do
pressuposto de que os indicadores devem ser simples, objetivos, confiáveis e mensuráveis.
Para avaliação da severidade de antropização das restingas, foram preestabelecidas
notas denominadas de Índice de Impacto Antrópico” (INIPAN) constituído de uma escala
variando de 1 a 5. Para a avaliação foi preferido o conceito de severidade a níveis de
intensidade antrópica devido à sua melhor correlação com os impactos às plantas (adaptado de
Cochrane 2003).
Os critérios para atribuição das notas da escala foram adotados a partir de referências
de estudos em diferentes ecossistemas (Silva et al 2005; Barbosa e Faria 2006; Kazmierczak e
Seabra 2007). Para avaliar o índice de impacto antrópico foram consideradas as seguintes
características: presença de serrapilheira na área; indícios de corte; presença de cipó na
composição fisionômica; presença de epífitas; altura e diâmetro das espécies (Tabela 2).
O INIPAN foi atribuído para cada área a partir das análises dos dados estruturais da
vegetação, visitas as áreas e histórico dos últimos dez anos da vegetação, com o intuito de
estabelecer uma metodologia de hierarquização das áreas de restingas e, conseqüentemente,
diferenciar as restingas quanto aos diferentes níveis de degradação.
59
Tabela 2 Caracterização do diferentes níveis de impacto antrópico para as áreas de restinga ao Norte
do São Francisco.
Índices Critérios
1
Baixa severidade serrapilheira espessa (superior a 5cm de espessura);
indícios leves de corte;
baixa presença de cipó (menor que 10% da vegetação);
cerca de 50% dos indivíduos com altura superior a 7m;
Mais de 30% das espécies com diâmetro acima de 40cm;
Presença intensa de epífitas;
2
Menor severidade serrapilheira esparsa (até 5cm de espessura);
indícios de corte (extração seletiva);
presença de cipó (em 10% e 20% da vegetação);
cerca de 40% dos indivíduos com altura superior a 7m;
Mais de 25% das espécies com diâmetro acima de 40cm;
Presença de epífitas (pelo menos 30%);
3
Severidade moderada serrapilheira muito esparsa (pouca espessura);
corte seletivo para consumo (em 20% a 30% da vegetação);
presença moderada de cipó (em 20% a 30% da vegetação);
cerca de 30% dos indivíduos com altura superior a 7m;
Mais de 12% das espécies com diâmetro superior a 40cm;
Presença de epífitas (cerca de 20% a 30%);
4
Severo serrapilheira muito esparsa com partes da área com solos desnudos;
corte raso em até 40% da vegetação;
presença intensa de cipó (em 30 a 40% da vegetação);
Cerca de 20% dos indivíduos com altura superior a 7m;
Menos de 12% das espécies com diâmetro superior a 40cm;
Presença baixa de epífitas (10%);
5
Muito severo solos desnudos (pouca ou ausência de serrapilheira);
corte intenso (maior que 40% da vegetação);
presença intensa e aglomerada de cipó (mais de 40% da vegetação);
10% dos indivíduos com altura superior a 7m;
Menos de 10% das espécies com diâmetro superior a 40cm;
Ausência de epífitas (pelo menos 30%).
Análises dos dados
Por não haver normalidade entre os dados, após o teste de Kolmogorov-Smirnov
(Lilliefors), a diferença entre altura média e diâmetro médio das espécies, foi testada através
do teste de variância Kruskal-Wallis, analisando-se as áreas par a par. Para o teste entre
60
freqüências (densidade e área basal total) foi utilizado o teste G. Para avaliação de
correlações, utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman entre: riqueza de espécies,
diâmetro médio (cm), altura média (m), precipitação pluviométrica anual (mm) e coordenadas
geográficas (UTM). Todas as análises foram realizadas através do programa Bioestat 5.0
(Ayres et al. 2000).
Resultados
Estrutura, riqueza e diversidade de espécies lenhosas
Dentre as restingas do Centro de Endemismo Pernambuco, a restinga de Barra de São
Miguel em Alagoas foi a que apresentou maior riqueza (49 spp), seguida por Maracaípe, em
Pernambuco (44 spp), Baía Formosa no Rio Grande do Norte e Cabedelo na Paraíba, ambas
com 40 espécies. As demais áreas (Tamandaré e Sirinhaém-PE; e Pipa-RN) apresentaram
números inferiores a 35 espécies (Tabela 3).
Cabedelo foi à área que apresentou maior altura média (8,94m), e maior diâmetro
médio (24,8cm). A altura média das espécies variou de 3,2m em Baía Formosa a 8,94m em
Cabedelo. Na análise entre as alturas médias, não houve diferença significativa entre B. de
São Miguel, Maracaípe e Pipa. Diferença significativa entre as alturas médias foi observada
entre B. Formosa e todas as outras áreas. Fato semelhante ocorreu com a restinga de Cabedelo
em relação a todas as outras (Tabela 3).
o diâmetro médio das espécies variou entre 6,08cm em Tamandaré a 24,8cm em
Cabedelo. É importante ressaltar que entre as áreas de Pipa, Tamandaré e Sirinaém valores
elevados de diâmetro podem estar associados à grande quantidade de indivíduos perfilhados,
diferentemente das áreas de Serrambi e Cabedelo que possuem árvores de diâmetros
consideráveis. Não houve diferença significativa entre os diâmetros médios de B. de São
Miguel e todas as demais restingas, exceto Cabedelo. Nesta ultima, houve diferença
significativa entre todas as outras áreas, exceto a Maracaípe (Tabela 3).
A densidade de espécies lenhosas variou entre 615ind/ha (Maracaípe) a 4.681 ind/ha
(Baía Formosa). Todas as áreas apresentaram diferença significativa entre si. Com relação à
área basal total, só não houve diferença significativa entre Maracaípe e Tamandaré, além de
Barra de São Miguel e Cabedelo (Tabela 3).
61
Tabela 3 Valores para altura e diâmetro médio, densidade, área basal por hectare, riqueza, diversidade e eqüitabilidade, em seis
áreas de restinga. Letras diferentes após o número (apenas no sentido horizontal) indicam diferença significativa entre médias
comparadas pelo teste a posteriori de Kruskal-Wallis analisadas par a par. Entre freqüências (Densidade e Área basal), pelo teste G.
* Valores médios ± erro padrão. - Representa ausência de dados
Parâmetros Sírinhaém B. São Miguel Baia Formosa Maracaípe Tamandaré Pipa Cabedelo
Altura média* 4,41 - 0,09 4,86 a ± 0,32 3,05 b ± 0,21 4,96 a ±0,37
5,21 a ±0,27
3,79 a ±0,25
7,84 c ± 0,79
Diâmetro médio* 18,27 -
1,09 14,38 ab ±1,70
10,94 b ± 2,17 16,39 ac ±1,51
16,10 ab ±1,24
15,35 ad ±3,03
23,04 cd ± 3,92
Densidade (ind/ha)
2919 a 1599 b 4681 c 615 d 929 e 3401 f 821 g
Área basal /ha - 55,553 a 124,036 b 24,126 c 34,98 c 216,05 d 55,032 a
Riqueza
28 49 40 44 24 32 40
Diversidade (H’) 2,649 3,33 3,254 3,508 2,855 2,597 3,018
Eqüitabilidade (J’) 0,795 0,856 0,882 0,892 0,898 0,807 0,818
62
O índice de diversidade de Shannon (H') variou entre 2,649 nats/ind em Sirinhaém a
3,508 nats/ind em Maracaípe (Tabela 3). Não houve diferença significativa entre os gradientes
de precipitação pluviométrica e latitudinal com os demais parâmetros. Houve correlação
apenas entre diâmetro médio e altura média das espécies das restingas pesquisadas (Tabela 4).
Tabela 4 Valores do coeficiente de correlação de Spearman entre: riqueza de
espécies, diâmetro médio (cm), altura média (m), precipitação pluviométrica anual
(mm), coordenadas geográficas (UTM), entre as restingas do Centro de Endemismo
Pernambuco.
Correlações Resultados
riqueza x diâmetro médio (p)= 0,7259
riqueza x altura média (p)= 0,7932
riqueza x precipitação anual média (p)= 0,7932
riqueza x latitude (p)= 0,7389
diâmetro médio x altura média (p)= 0,0496* (rs)=0,7553
diâmetro médio x precipitação anual média (p)= 0,2632
diâmetro médio x latitude (p)= 0,9340
altura média x precipitação anual média (p)= 0,2216
altura média x latitude (p)= 0,6002
latitude x precipitação anual média (p)= 0,0638
* Correlação entre parâmetros analisados
Distribuição de indivíduos em classes de diâmetro e altura
A distribuição de freqüências de altura das árvores variou entre todas as sete áreas
analisadas (Fig. 3 e 4). Entre as áreas de Barra de São Miguel e Pipa, tem-se maior
concentração de indivíduos na classe de 2-3 e 4-5m respectivamente (22% e 20%). As áreas
de Baía Formosa e Maracaípe tiveram maior quantidade de espécies pertencentes à classe 2-3
(47% e 24% , respectivamente). Um maior percentual de indivíduos distribuídos entre a classe
4-5m foi observado nas restingas de Pipa e Sirinhaém (20% e 36% respectivamente). Faz-se
importante destacar a concentração de espécies na classe de altura maior que 10m (43,5%), na
restinga de Cabedelo (Fig. 4).
63
Maracaípe
16
48 48
23
26
7
8
3
4
16
0
10
20
30
40
50
60
1-2
2-3
3-4
4-5
5-6
6-7
7-8
8-9
9-10
>10
Tamandaré
14
62
28
34
17
13
14
3
6
9
0
20
40
60
80
1-2
2-3
3-4
4-5
5-6
6-7
7-8
8-9
9-10
>10
Fig. 3 Distribuição de indivíduos por classe de altura (m) em áreas de Restinga do Centro de
Endemismo Pernambuco.
N
ú
mero de indiv
í
duos
Classes de alturas (m)
Sirinhaém
1
12
32
74
50
22
5
2
1 1
0
20
40
60
80
1-2
2-3
3-4
4-5
5-6
6-7
7-8
8-9
9-10
> 10
64
Cabedelo
7
27
24
15
10
5
9
10
6
87
0
20
40
60
80
100
1-2
2-3
3-4
4-5
5-6
6-7
7-8
8-9
9-10
>10
Barra de São Miguel
25
46
30
23
27
19
11
7
3
9
0
10
20
30
40
50
1-2
2-3
3-4
4-5
5-6
6-7
7-8
8-9
9-10
> 10
Pipa
34
33
29
41
34
18
7
2 2
0
0
10
20
30
40
50
1-2
2-3
3-4
4-5
5-6
6-7
7-8
8-9
9-10
>10
Baia Formosa
34
95
49
13
5
2 2
0 0 0
0
20
40
60
80
100
1-2
2-3
3-4
4-5
5-6
6-7
7-8
8-9
9-10
> 10
Fig. 4 Distribuição de indivíduos por classe de altura (m) em áreas de Restinga do Centro de
Endemismo Pernambuco.
N
ú
mero de indiv
í
duos
Classes de alturas (m)
65
A variação na distribuição das freqüências diamétricas foi muito semelhante entre as
áreas (Fig. 5 e 6). Todas as restingas estudadas demonstraram que a maioria de suas árvores
está inserida na primeira classe diamétrica (3-13cm). A quantidade de indivíduos inseridos na
primeira classe foi maior na restinga de Baía Formosa com 78,5% do total de indivíduos
seguido por Barra de São Miguel e Maracaípe (66% e 61,3% respectivamente). O padrão
diamétrico encontrado nas seis áreas de restinga estudadas foi semelhante a um Jinvertido
(Fig. 5 e 6).
66
Sirinhaém
98
37
19
26
16
2
1 1
0 0
0
20
40
60
80
100
120
3-13
13-23
23-33
33-43
43-53
53-63
63-73
73-83
83-93
> 93
Tamanda
113
41
25
10
4
2 2
3
0 0
0
20
40
60
80
100
120
3-13
13-23
23-33
33-43
43-53
53-63
63-73
73-83
83-93
> 93
Maracaípe
122
30
20
12
6
1
5
2
1
0
0
20
40
60
80
100
120
140
3-13
13-23
23-33
33-43
43-53
53-63
63-73
73-83
83-93
> 93
Fig. 5 Distribuição de indivíduos por classe de diâmetro (cm) em áreas de Restinga do Centro de
Endemismo Pernambuco.
N
ú
mero de indiv
í
duos
Classes de dmetros (cm)
67
Cabedelo
81
42
15
8
10
8
9
11
10
6
0
20
40
60
80
100
3-13
13-23
23-33
33-43
43-53
53-63
63-73
73-83
83-93
> 93
Barra de o Miguel
134
37
13
6
2 2 2 2
1 1
0
30
60
90
120
150
3-13
13-23
23-33
33-43
43-53
53-63
63-73
73-83
83-93
93-103
Pipa
131
34
15
8
3
0
4
1
0
1
0
20
40
60
80
100
120
140
3-13
13-23
23-33
33-43
43-53
53-63
63-73
73-83
83-93
> 93
Ba Formosa
157
23
6
3
4
2 2
1 1 1
0
30
60
90
120
150
180
3-13
13-23
23-33
33-43
43-53
53-63
63-73
73-83
83-93
93-103
Fig. 6 Distribuição de indivíduos por classe de diâmetro (cm) em áreas de Restinga do Centro de
Endemismo Pernambuco
N
ú
mero de indiv
í
duos
Classes de dmetros (cm)
68
Apenas uma espécie (Hymenolobium alagoanum) foi responsável por 62,2% da
dominância relativa na restinga de Sirinhaém. Duas espécies, Manilkara salzmannii e
Tapirira guianensis corresponderam a mais da metade da dominância relativa na restinga de
Barra de São Miguel (31,3% e 20,4% respectivamente). Em Baía Formosa e Pipa, (Maytenus
distichophylla com 33,78%, Eugenia excelsa com 13,50% e Manilkara salzmannii com
27,31%, Inga capitata com 22,43% respectivamente) que, praticamente, completam a metade
dessa dominância.
Para as restingas de Tamandaré e Cabedelo foram necessárias pelo menos quatro
espécies para a obtenção de 53, 95% do total de dominância relativa nessas áreas
(Anacardium occidentale, Manilkara salzmannii, Couepia impressa e Byrsonima
gardneriana) e 55,85% (Saccoglotis mattogrossensis, Manilkara salzmannii, Buchenavia
capitata e Protium bahianus) respectivamente.
É notória a co-dominância de Manilkara salzmannii em pelo menos cinco das sete
restingas estudadas, com valores de densidade relativa elevados (sempre entre as três
primeiras espécies). Outras espécies, como Tapirira guianensis, Maytenus distichophylla e
Chamaecrista ensiformis, também merecem destaque por aparecerem em, pelo menos, três
áreas de restinga, porém, com dominâncias mais baixas, exceto em Baía Formosa (Maytenus
distichophylla 33,78%) e em Maracaípe (Chamaecrista ensiformis 11,21%) (Tabela 5 Anexo
1).
Índice de Impacto Antrópico
Dentre as restingas analisadas, Cabedelo apresentou características que se enquadram
no índice de baixa severidade de antropização (1); No extremo (áreas com impacto muito
severo) foi enquadrada a área de Sirinhaém (5); A área de Maracaípe foi apontada como
menor severidade (2); Pipa, Baia Formosa e Barra de São Miguel foram classificadas como
áreas de severidade moderada (3); e Tamandaré com o impacto de antropização severo (4)
(Tabela 2).
Discussão
Alguns estudos ressaltam que precipitações inferiores a 3000 mm/ano, solos pobres ou
com níveis intermediários de fertilidade e acima de 20° de latitude, são características que
estão relacionadas à redução da riqueza de plantas lenhosas em florestas neotropicais
(Mantovani 1993; Tabarelli e Mantovani 1999).
Faz-se importante lembrar que o presente estudo está relacionado a um ecossistema
adjacente a floresta atlântica e que, por si só, possui uma menor diversidade e,
69
conseqüentemente, uma menor riqueza (Scarano 2002) do que a Floresta Ombrófila Densa.
No entanto, os dados encontrados no presente estudo, refutam a idéia de baixa riqueza ou
diversidade (Zickel et al. 2004), pelo menos, entre a maioria das restingas ao norte do São
Francisco. A diversidade de espécies nas restingas, exceto a área de Sirinhaém, foi próxima
dos valores de diversidade registrados por Trindade (1991), Silva et al. (1993) e Fabris (1995)
para outras formações florestais de restinga, que variaram entre 3 e 3,7 nat/ind
-1
. Poucas
espécies possuem a capacidade de se desenvolver em solos com baixa quantidade de
nutrientes (Rodrigues 1999). Todavia, apesar da baixa quantidade de nutrientes, a diversidade
e a equitabilidade encontrada, na maioria das áreas de restinga estudadas, foram altas, quando
comparadas com outras restingas (Assis et al. 2004), ou ainda com áreas de floresta atlântica
stricto senssu (Borém e Oliveira-Filho 2002, Sztutman e Rodrigues 2002), fato que reforça a
importância e necessidade de conservação dessas áreas.
Por outro lado, os resultados desse estudo indicaram diferenças significativas na
densidade, área basal, médias de altura e diâmetro entre as áreas estudadas. As principais
diferenças foram encontradas principalmente entre as áreas extremas do índice de impacto
antrópico atribuído. Segundo Roth (1999) e Hitimana et al. (2004), a distribuição das
freqüências de alturas e diâmetros e variações nos parâmetros estruturais entre áreas
semelhantes refletem a estratificação vertical e a distribuição espacial dos indivíduos dentro
da floresta. Dessa forma, podem ser utilizados para acessar efeitos de distúrbio na vegetação,
assim como diferenças em condições naturais. Uma vez que áreas sofrem diferentes pressões,
em relação aos indícios de corte, ou presença de muitos indivíduos com baixa altura e
diâmetro pequenos, por exemplo, isso pode proporcionar grande influência na composição
vegetal e interferir nas análises dos dados, sendo necessária cautela quanto às interpretações e
comparações realizadas, visto que, outros fatores também podem contribuir para essas
diferentes pressões. Nesse caso, o fato das áreas estarem mais próximas da população local
pode facilitar o acesso e a área ser utilizada como fonte de subsistência ou para uso
econômico (Roth 1999; Hitimana et al. 2004; Dunphy et al. 2000; Weaver e Chinea 2003)
Quanto à distribuição das classes de altura nas restingas foi observado que as áreas
têm uma distribuição desigual, porém a distribuição dos diâmetros nessa área segue o padrão
do J invertido”, demonstrando que existe entrada de jovens na comunidade (Hitimana et al.
2004). Então, um dos fatores para a desigualdade entre as áreas pode ser, provavelmente,
devido à retirada seletiva de madeira pela população local, que suprime indivíduos adultos de
determinado porte (Santos 2006). Em pelo menos quatro das sete áreas estudadas, o índice de
impacto antrópico atribuído foi de moderado a severo. A grande concentração de indivíduos
70
nas classes menores de diâmetros parece refletir uma alta pressão antrópica exercida sobre
essas áreas (Dunphy et al. 2000; Weaver e Chinea 2003).
As famílias listadas Myrtaceae, Mimosaceae, Fabaceae e Lauraceae são características
das restingas de Pernambuco, Paraíba e no Rio Grande do Norte (Almeida-Junior et al. no
prelo). Burseraceae, Lauraceae e Sapotaceae foram apontadas por Peixoto e Gentry (1990)
como famílias que se desenvolvem em solos de baixa fertilidade cuja espécie Manilkara
salzmannii (Sapotaceae) foi uma espécie que apresentou co-dominância na maioria das áreas
estudadas. Hay e Lacerda (1984), em uma área de restinga, também sugeriram que a baixa
fertilidade do solo poderia justificar a representatividade de espécies destas famílias, entre
elas Manilkara salzmannii (Sapotaceae) e Protium heptaphyllum (Burseraceae).
Em outros estudos, Assis et al. (2004) e Pereira et al. (2000) encontraram essas
famílias como as mais representativas nas restingas do Espírito Santo, com destaque para
Protium heptaphyllum, espécie característica da floresta de restinga da costa brasileira.
Chamaecrista ensiformis, que foi uma das espécies dominantes em, pelo menos três áreas do
estudo, é particularmente freqüente nas restingas costeiras, desde o Maranhão até São Paulo,
podendo ocorrer também em matas de galeria nos cerrados, sempre em solos arenosos (Irwin
e Barneby 1977; Cestaro e Soares 2004), além de ser abundante nas áreas próximas ao litoral
perto da cidade de Natal (Trindade 1991).
O presente estudo demonstrou que as restingas do Centro de Endemismo Pernambuco,
apesar de compartilhar condições ambientais semelhantes, em escala de paisagem, apresentam
discreta variação na diversidade e estrutura espacial da vegetação. Essa pequena variação
pode estar associada tanto em relação a estrutura quanto pelas diferenças na composição
florística, que por sua vez, sofre influência dos diferentes níveis de distúrbios das áreas.
A composição florística também é fortemente influenciada pela biota das áreas
circunvizinhas, como a floresta atlântica, tabuleiros arenosos e caatinga. Sua colonização é
afetada por processos estocásticos como dispersão e extinção, que influenciam a distribuição
de espécies de forma randômica, e pode conduzir a heterogeneidade em gradientes ecológicos
em escala regional (Brown e Sax 2004).
Gentry (1988) avaliou que a variação latitudinal pode ter influência direta na florística,
porém os parâmetros estruturais não sofrem grandes variações. Tais características sofrem
uma influência maior de fatores intrínsecos aos vegetais ou até mesmo a função de uma
determinada espécie em seu ecossistema. Esses dados corroboram, em parte, os dados
encontrados na presente pesquisa. Não houve correlação entre tais gradientes. Por outro lado,
pesquisas recentes neste (Pennington et al. 2000) e em outros ecossistemas, como por
71
exemplo, o cerrado (Coutinho 1978; Eiten 1982; 1994; Ribeiro e Tabarelli 2002), corroboram
as idéias de que existem mudanças previsíveis ao longo dos gradientes estruturais que são
achados localmente ou regionalmente dentro de vegetação (Eiten 1994).
Diante dos dados apresentados, os aspectos estruturais das restingas estudadas
parecem não sofrer influência direta dos gradientes abióticos. No entanto, esses dados
sugerem que há diferença entre alguns parâmetros estruturais, assim como há diferentes níveis
de impacto antrópico, o que contribui, de certa forma, para as diferenças na fisionomia entre
as áreas de restinga do Centro de endemismo Pernambuco.
Agradecimentos
Agradecemos a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior) pela concessão da bolsa de doutorado que possibilitou a execução da pesquisa. Aos
pesquisadores do herbário Dárdano de Andrade Lima do IPA (Instituto de Pesquisas
Agropecuárias) em nome da Dra. Rita de Cássia Pereira pela atenção e disponibilidade no
herbário. Ao Dr. Adriano Vicente dos Santos pela ajuda na análise dos dados.
Referências Bibliográficas
Araujo DSD (1992) Vegetation types of sandy coastal plains of tropical Brazil: a first
approximation. In U. Seeliger (ed) Coastal plant communities of Latin America. Academic
Press, New York, pp 337-347.
Almeida Jr. EB. (2006). Fisionomia e estrutura da restinga da RPPN Nossa Senhora do
Outeiro de Maracaípe, Ipojuca, PE. 96 p. Master Thesis, Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Recife.
Almeida Jr EB, Araújo EL, Zickel CS (no prelo) The relationship between water table, soil
nutrients and the woody structure of an area of coastal vegetation in NE Brazil.
Assis AM, Pereira, OJ, Thomaz, LD (2004) Fitossociologia de uma floresta de restinga no
Parque Estadual Paulo César Vinha, Setiba, município de Guarapari (ES). Revta. Bras. Bot.
27(2): 349-361.
72
Ayres M, Ayres-Junior M, Ayres DL, Santos A (2000) BioEstat 2.0: Aplicações estatísticas
nas áreas de ciências biológicas e médicas. Sociedade Civil Mamirauá, CNPq, Belém.
Barbosa, JHC, Faria, SM (2006). Aporte de serrapilheira ao solo em estágios sucessionais
florestais na reserva biológica de Poço das Antas, Rio de Janeiro, BRAsil. Rodriguésia 57 (3):
461-476
Borém RAT, Oliveira-Filho AT (2002) Fitossociologia do estrato arbóreo em uma
toposseqüência alterada de mata atlântica, no município de Silva Jardim-RJ., Brasil. R.
Árvore 26(6).727-742.
Brown JH, Sax D (2004) En essay ono some topics concerning ivasive species. Aust. Eco.
(29): 530-536.
Cantarelli JRR (2003) Florística e estrutura de uma restinga da Área de Proteção Ambiental
(APA) de Guadalupe, litoral sul de Pernambuco. Dissertação (Mestrado em Botânica),
UFRPE, Recife, Brasil.
Cestaro LA, Soares JJ (2004) Variações florística e estrutural e relações fitogeográficas de um
fragmento de floresta decídua no Rio Grande do Norte, Brasil. Acta Bot. Bras. 18(2): 203-
218.
Clinebell RR, Phillips OL, Gentry AH, Stark N, Zuuring H (1995) Prediction of neotropical
tree and liana species richness from soil and climatic data. Biol. Conserv. 4:56-90.
Cochrane MA (2003). Fire science for rainforests. Nature 42:913-919.
Cottam G, Curtis JT (1956) The use of distance measures in phytosociological sampling.
Ecology 37(3): 451-460.
Coutinho LM (1978) O conceito de cerrado. Revta. Bras. Bot. 1:17–23.
Cronquist A (1988) The evolution and classification of flowering plants. Bronx, New York.
73
Dunphy BK. Murphy PG, Lugo AE (2000) The tendency for trees to be multiple-stemmed in
tropical and subtropical dry forests: studies of Guanica forest, Puerto Rico. Trop. Ecol. 41
(2):161-167.
Eiten G (1982) Brazilian ‘Savannas’. In Huntley BJ, Walter BH (eds) Ecology of tropical
savannas. Springer-Verlag, New York. pp 25–47.
Eiten G (1994) Vegetacão do cerrado. In Pinto MN (ed) Cerrado: caracterização, ocupação e
perspectivas. EDUNB e SEMATEC, Brasília, DF. pp 17–73.
Embrapa (1999) Sistema brasileiro de classificação de solos. Rio de janeiro, Centro Nacional
de Pesquisa de Solos.
Fabris LC (1995) Composição florística e fitossociológica de uma faixa de floresta arenosa
litorânea do Parque Estadual de Setiba, Município de Guarapari, ES. Dissertação Mestrado,
Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.
Gentry AH (1982) Neotropical floristic diversity: phytogeographical connections between
Central and South America, Pleistocene climatic fluctuations, or an accident of the andean
orogeny? Ann. Missouri. Bot. Gard. 69:557-593.
Gentry AH (1988) Changes in plant community diversity and floristic composition on
environmental and geographical gradients. Ann. Missouri Bot. Gar. 75:1-34.
Hay JD, Lacerda LD (1984). Ciclagem de nutrientes do ecossistema de restinga. In Lacerda
LD, Araújo DSD, Cerqueira R, Turq B (eds) Restingas: Origem, Estrutura e Processos.
CEUFF, Niterói, pp. 461-477.
Hitimana J, Kiyiapi JL, Njunge JT (2004) Forest structure characteristics in disturbed and
undisturbed sites of Mt. Elgon Moist Lower Montane Forest, western Kenya. Forest Ecol. and
Manag. 194: 269-291.
INMET (2008) Instituto Nacional de Meteorologia. Disponível em http://www.inmet.gov.br.
Consultado em 10/ 04/ 2008.
74
Irwin HS, Barneby RC (1977) Monographic studies in Cassia (Leg. Caesalpinioideae) IV,
Supplementary notes on Section Apoucouita Benth. Brittonia 29 (3): 277-290.
Kazmierczak ML, Seabra FB (2007). Índice de susceptibilidade de degradação ambiental
[ISDA] em áreas do cerrado paulista. Anais XIII Simpósio brasileiro de Sensoriamento
Remoto, INPE, p.2745-2752.
Mantovani W (1993) Estrutura e dinâmica da floresta atlântica na Juréia, Iguape-SP. Tese de
livre-docência, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Medeiros DPW, Lopes AV, Zickel CS. (2007). Phenology of woody species in tropical
coastal vegetation, northeastern Brazil. Flora. 202(7): 513-520.
Mori LA, Silva LAM, Lisboa G, Coradin L (1989) Manual de manejo do herbário
fanerogâmico. Ilhéus, Centro de Pesquisa do Cacau.
Peixoto AL, Gentry A (1990) Diversidade e composição florística da mata de tabuleiro na
Reserva Florestal de Linhares (Espírito Santo, Brasil). Revta brasil. Bot. 13:19-25.
Pennington RT, Prado DE, Pendry CA (2000) Neotropical seasonally dry forests and
Quaternary vegetation changes. Jour. of Biog. 27:261–273.
Pereira OJ, Borgo JH, Rodrigues ID, Assis AM (2000) Composição florística de uma floresta
de restinga no município da Serra-ES. In: Anais do V Simpósio de Ecossistemas Brasileiros
(3) pp74-83.
Pereira MCA, Araujo DSD, Pereira OJ (2001), Estrutura de uma comunidade arbustiva da
restinga de Barra de Marica – RJ. Acta bot. bras. 24: 237-281.
Prance G.T. (1982). Forest refuges: evidence from woody angiosperms. In Biological
diversification in the tropics (G.T. Prance, ed.). Columbia University Press, New York.
pp.137-157.
75
RADAMBRASIL (1983). Folhas SB. 24/25 Jaguaribe/Natal. Projeto RADAMBRASIL, Rio
de Janeiro, pp. 301-339.
Ribeiro LF, Tabarelli M (2002) A structural gradient in cerrado vegetation of Brazil: changes
in woody plant density, species richness, life history and plant composition. Jour. of Trop.
Eco. 18:775–794.
Rodrigues RR (1999) A vegetação de Piracicaba e municípios do entorno. Circular Técnica,
IPEF n. 189. ESALQ/USP.
Roth LC (1999) Anthropogenic change in subtropical dry Forest during a century of
settlement in Jaiquí Picado, Santiago Province, Dominican Republic. Jour. of Biog 26: 739-
759.
CFC (2002) Regeneração de um trecho de floresta de restinga na Reserva Ecológica
Estadual de Jacarepiá, Saquarema, Estado do Rio de Janeiro: II - Estrato arbustivo.
Rodriguésia 82: 5-23.
Santos AV. (2006). Tabuleiros arenosos do Nordeste do Brasil: vegetação e relações
históricas baseadas na distribuição de espécies lenhosas. Tese (Doutorado em Botânica).
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Scarano FR (2002) Structure, function and floristic ralationships of plant communities in
stessful habitats marginal to the Brazilian Atlantic rainforest. Annals of Botany 90: 517-524.
Schluter D, Ricklefs RE (1993) Species diversity: an introduction to the problem. In Ricklefs
RE, Schlute D. (eds) Species diversity in ecological communities: historical and geographical
perspectives. University of Chicago Press, Chicago, pp1-10.
Shepherd G J. (1995) Fitopac 2.0. Universidade Federal de Campinas, Campinas.
Silva SM, Britez RM, Souza WS, Joly CA (1993) Fitossociologia do componente arbóreo da
floresta de restinga da Ilha do Mel, Paranaguá, PR. In Anais do III Simpósio de Ecossistemas
da Costa Brasileira. ACIESP, São Paulo, pp.33-48.
76
Silva VF, Oliveira-Filho AT, Venturin N, Carvalho WAC, Gomes JBC. (2005). Impacto do
fogo no componente arbóreo de uma floresta estacional semidecídua no município de
Ibituruna, MG, brasil. Acta bot. bras. 19(4): 701-716
Sugiyama M. (1998). Estudo de florestas da restinga da Ilha do Cardoso, Cananéia, São
Paulo, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica v. 11, p. 119-159.
Sztutman M, Rodrigues RR (2002) O mosaico vegetacional numa área de floresta contínua da
planície litorânea, Parque Estadual da Campina do Encantado, Pariquera-Açu, SP. Revt.
Brasil. Bot. 25:161-176.
Tabarelli M, Mantovani W (1999) A regeneração de uma floresta tropical montana após corte
e queima (São Paulo-Brasil). Revta Brás. de Bio. 59:239–250.
Tabarelli M, Siqueira-Filho JA.; Santos AMM. 2006. A Floresta atlântica ao Norte do Rio
São Francisco. In: Diversidade Biológica e Conservação da Floresta atlântica ao Norte do
São Francisco (Porto, C. C.; Almeida –Cortez, J. S.; Tabarelli, M. orgs.) p. 25-40. Ministério
do Meio Ambiente (MMA) Brasília.
Trindade A (1991) Estudo florístico e fitossociológico do estrato arbustivo-arbóreo de um
trecho da floresta arenícola costeira do Parque Estadual das Dunas, Natal-RN. Recife, 168 f.
Dissertação (Mestrado em Botânica) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Vicente A, Lira SL, Cantarelli JRR, Zickel CS (2003) Estrutura do componente lenhoso de
uma restinga no município de Tamandaré, Pernambuco, nordeste do Brasil. In: Anais do VI
Congresso de Ecologia do Brasil. (Ecossistemas aquáticos, costeiros e continentais).
Fortaleza. 170-172.
Weaver PL, Chinea JD (2003) Secondary subtropical dry Forest at the la Tinaja Tract of the
Cartagena Lagoon National Wildlife Refuge, Puerto Rico. Caribbean Jour. of Scie. 39: 273-
285.
Zickel CS, Vicente A., Almeida Jr EB, Cantarelli JRR, Sacramento AC. (2004). Flora e
vegetação das restingas no Nordeste Brasileiro. In: Oceanografia: um cenário tropical (E.
77
Eskinazi-Leça, S. Neumann-Leitão e M.F. Costa, orgs.). Bargaço, Recife. p. 689-701.
78
Anexos
Anexo 1
Tabela 5 Espécies registradas nas sete áreas de restinga estudadas, ordenadas a partir da maior
dominância relativa (DoR). N= Número de indivíduos, DR = densidade relativa, AB = área basal.
Barra de São Miguel - AL N DR (%) DoR (%)
AB (m
2
ha
-1
)
Manilkara salzmannii (A. DC.) H.J. Lam 14
7 31,32 21,757
Tapirira guianensis Aubl. 17
8,5 20,43 14,195
Ouratea fieldingiana (Gardner) Engl. 3 1,5 6,6 0,4584
Indeterminada 5 1 0,5 5,54 0,3852
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 22
11 5,53 0,3842
Maytenus distichophylla Mart 3 1,5 4,28 0,2973
Marlierea regeliana O. Berg. 25
12,5 3,75 0,2605
Ocotea gardneri (Meisn.) Mez 7 3,5 3,05 0,2116
Andira nitida Mart. ex Benth 10
5 2,65 0,1844
Pouteria grandiflora (A. DC.) Baehni 8 4 1,72 0,1192
Chamaecrista sp 1 0,5 1,54 0,1071
Fabaceae 2 1 1,32 0,0917
Inga capitata Desv. 7 3,5 1,21 0,0843
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. 8 4 1,05 0,0726
Esenbeckia grandiflora Mart. 7 3,5 0,96 0,0664
Brosimum sp 2 1 0,85 0,0591
Indeterminada 3 1 0,5 0,83 0,0575
Licania littoralis Warm. 2 1 0,76 0,0525
Cecropia pachystachya Trecul 3 1,5 0,72 0,0497
Eugenia excelsa O. Berg. 4 2 0,56 0,0391
Pilocarpus longiracemosus Mart. ex Engl. 6 3 0,55 0,0385
Myrcia guianensis (Aubl.) DC 1 0,5 0,47 0,0326
Myracrodruon urundeuva Allemão 2 1 0,46 0,0318
Guapira laxa (Netto) Furlan. 4 2 0,45 0,0312
Indeterminada 4 1 0,5 0,37 0,0258
Schinus terenbintifolium Raddi 1 0,5 0,33 0,0232
Matayba guianensis Aubl. 2 1 0,3 0,0207
Licania hypoleuca Benth. 1 0,5 0,29 0,0199
Rheedia brasiliensis (Mart.) 3 1,5 0,25 0,0176
Erythroxylum passerinum Mart 5 2,5 0,24 0,0164
Byrsonima sericea DC. 2 1 0,2 0,0136
Myrcia bergiana O. Berg 4 2 0,18 0,0124
Indeterminada 2 1 0,5 0,17 0,0115
Myrsine gardneriana A.DC 1 0,5 0,16 0,0109
79
Coccoloba laevis Casar. 3 1,5 0,14 0,0097
Jacaranda obovata Cham. 2 1 0,14 0,0095
Casearia javitensis Kunth 1 0,5 0,14 0,0097
Guatteria pogonopus Mart. 1 0,5 0,12 0,0082
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 1 0,5 0,08 0,0058
Shoephia obliquifolia Turcz 1 0,5 0,06 0,0042
Indeterminada 1 1 0,5 0,06 0,0042
Capparis flexuosa (L.) L. 2 1 0,03 0,0019
Himatanthus phagedaenicus (Mart.) Woodson 1 0,5 0,03 0,0023
Byrsonima riparia W.R. Anderson 1 0,5 0,03 0,0023
Calyptanthes sp 1 0,5 0,03 0,0018
Myrcia hirtiflora DC. 1 0,5 0,03 0,0018
Siparuna guianensis Aubl. 1 0,5 0,02 0,0011
Clusiaceae 1 1 0,5 0,02 0,0011
Chrysophyllum splendens Spreng 1 0,5 0,02 0,0011
Baía Formosa - RN
Maytenus distichophylla Mart. 20
10 33,78 17,902
Eugenia excelsa O. Berg. 12
6 13,05 0,6916
Myrcia sp 14
7 11,48 0,6086
Sloanea garckeana K.Schum. 1 0,5 8,36 0,4432
Mimosa axillares Benth. 6 3 6,26 0,3317
Myrtaceae 1 3 1,5 5,81 0,3081
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 15
7,5 5,16 0,2737
Indeterminada 3 1 0,5 3,61 0,1912
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 5 2,5 2,22 0,1178
Guettarda platypoda DC 18
9 0,85 0,045
Indeterminada 1 1 0,5 0,82 0,0436
Erythroxylum passerinum Mart 4 2 0,75 0,0396
Eugenia hirta O. Berg 3 1,5 0,72 0,0384
Eugenia ligustrina Kiaersk. 1 0,5 0,71 0,0379
Inga capitata Desv. 7 3,5 0,65 0,0344
Bowdichia virgilioides Kunth. 1 0,5 0,63 0,0336
Clusia nemorosa G. Mey. 11
5,5 0,55 0,0293
Coccoloba confusa How 8 4 0,55 0,0293
Duguetia moricandiana Mart. 4 2 0,45 0,0241
Chloroleucon foliolosum (Benth.) G.P.Lewis 13
6,5 0,39 0,0206
Campomanesia dichotoma (O.Berg) Mattos 2 1 0,38 0,0199
Erythroxylum colombinum Mart. 7 3,5 0,37 0,0194
80
Coccoloba laevis Casar. 4 2 0,33 0,0174
Guapira laxa (Netto) Furlan. 3 1,5 0,33 0,0175
Cupania sp 4 2 0,29 0,0156
Ouratea hexasperma St. Hil 6 3 0,28 0,0147
Byrsonima gardneriana A. Juss. 6 3 0,27 0,0141
Licania octandra (Hoffmgg. ex R. & B.) Kuntze. 5 2,5 0,2 0,0108
Guatteria pogonopus Mart. 2 1 0,13 0,0068
Marlierea regeliana O. Berg. 2 1 0,13 0,0067
Eugenia rotundifolia Casar. 2 1 0,12 0,0061
Hymenaea sp 1 0,5 0,12 0,0062
Indeterminada 5 1 0,5 0,06 0,0032
Ocotea gardneri (Meisn.) Mez 1 0,5 0,05 0,0026
Coccoloba alnifolia Casar. 1 0,5 0,04 0,002
Indeterminada 2 1 0,5 0,02 0,0011
Schoepfia obliquifolia Turcz 1 0,5 0,02 0,0011
Licania littoralis Warm. 1 0,5 0,01 0,0008
Indeterminada 4 1 0,5 0,01 0,0008
Pouteria sp. 1 0,5 0,01 0,0008
Pipa - RN
Manilkara salzmannii (A.DC.) Lam
23
10,61 27,31 41,695
Eugenia sp1
43
18,94 3,89 0,5946
Inga capitata Desv.
13
4,17 22,43 34248
Casearia javitensis Kunth
31
13,64 4,45 0,6796
Maytenus distichophylla Mart.
15
6,06 13,4 20461
Guettarda platypoda DC.
9 5,3 4,62 0,7051
Cupania racemosa (Vell.) Radlk.
13
7,2 0,29 0,0441
Simaba cuneata St. – Hil. & Tul.
11
4,92 2,75 0,4192
Coccoloba laevis Casar.
4 1,52 2,37 0,3613
Byrsonima gardneriana A. Juss.
5 1,89 0,99 0,1508
Ouratea cuspidata Tiegh.
5 1,89 0,24 0,0371
Buchenavia capitata (Vahl.)Eichler.
2 0,76 2,58 0,3938
Sacoglottis mattogrossensis Malme
5 1,14 0,01 0,0021
Myrcia sp 1
4 1,52 0,08 0,0126
Calliandra sp
1 0,38 2,11 0,3215
Eugenia edulis Vell.
3 1,14 0,41 0,0625
Cordia superba Cham.
3 2,27 3,1 0,4732
Vitex rufescens A. Juss.
3 1,14 0,02 0,0038
81
Coccoloba alnifolia Casar.
1 0,38 0,63 0,0963
Anacardium occidentale L.
1 0,76 0,61 0,0938
Eugenia sp 2
1 0,38 0,04 0,0054
Indeterminada 1 1 0,38 0,02 0,0029
Ximenia Americana L.
1 0,38 0,01 0,0018
Guapira pernambucensis (Casar.) Lundell.
1 0,76 0,01 0,0008
Licania sp.
1 0,38 0 0,0003
Cabedelo - PB
Saccoglotis mattogrossensis Malme 27
13,5 17,34 2,3247
Manilkara salzmannii (A.DC.) Lam
18
9 14,13 1,8951
Buchenavia capitata (Vahl.)Eichler.
2 1 14,09 1,8891
Protium bahianus D.C.Daly 43
21,5 10,29 1,3802
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. 6 3 10,15 1,3607
Indeterminada 8 1 0,5 7,69 10.313
Indeterminada 2 2 1 3,7 0,4958
Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S. Irwin & Barneby
4 2 2,41 0,3235
Sapotaceae 1 2 1 1,84 0,247
Indeterminada 6 1 0,5 1,82 0,2437
Bowdichia virgilioides Kunth. 1 0,5 1,71 0,23
Calyptranthes sp 2 1 1,35 0,1814
Ouratea hexasperma (A. St.-Hil.) Baill. 5 2,5 1,33 0,1781
Lauraceae 1 5 2,5 1,28 0,1714
Pterocarpus violaceus Vogel 1 0,5 1,25 0,1673
Lauraceae 2 5 2,5 1,24 0,1666
Inga capitata Desv. 8 4 1,23 0,1646
Tapirira guianensis Aubl. 3 1,5 0,97 0,1298
Campomanesia dichotoma (O.Berg) Mattos 3 1,5 0,72 0,096
Andira fraxinifolia Benth. 2 1 0,72 0,0971
Thyrsodium schomburgkianum Benth. 6 3 0,69 0,0922
Indeterminada 1 8 4 0,65 0,0866
Indeterminada 5 1 0,5 0,65 0,0877
Inga sp 2 1 0,44 0,0593
Cupania sp 3 1,5 0,42 0,0565
Couepia impressa Prance 1 0,5 0,38 0,0509
Tabebuia sp 1 0,5 0,34 0,046
Indeterminada 4 1 0,5 0,27 0,0368
Indeterminada 3 1 0,5 0,21 0,0287
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 9 4,5 0,19 0,0249
82
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 2 1 0,17 0,0224
Myrtaceae 1 4 2 0,07 0,0096
Rinorea sp 7 3,5 0,06 0,0079
Eugenia sp2 1 0,5 0,05 0,0072
Maytenus distichophylla Mart.
2 1 0,04 0,0054
Eugenia cyclophylla O. Berg 3 1,5 0,03 0,0035
Indeterminada 7 1 0,5 0,03 0,0042
Eugenia sp1 4 2 0,02 0,0032
Guapira laxa (Netto) Furlan. 1 0,5 0,02 0,002
Swartzia pickelii Killip. ex Ducke 1 0,5 0,01 0,0016
Maracaípe - PE
Manilkara salzmannii (A. DC.) H.J. Lam 15
5 14,54 2,2815
Saccoglotis mattogrossensis Malme 20
8 5,04 0,7905
Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S. Irwin & Barneby
14
5 11,21 1,7601
Guapira nitida (Schmidt) Lundell 7 2,25 6,66 1,0447
Anacardium occidentale L. 10
2,75 5,64 0,8849
Myrcia bergiana O. Berg 18
12,25 3,67 0,5753
Abarema filamentosa (Benth.) Pittier 6 2 2,63 0,4134
Coccoloba laevis Casar. 11
4,5 7,07 1,1096
Himatanthus phagedaenicus (Mart.) Woodson 9 3,5 0,67 0,105
Guettarda platypoda DC 8 3,25 0,64 0,1008
Inga capitata Desv. 4 1,75 2,38 0,373
Andira nitida Mart. ex Benth 5 2 7,12 1,1182
Casearia javitensis Kunth 4 5 1,9 0,2989
Myrtaceae 3 3 1 1,99 0,3126
Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. 1 0,75 5,2 0,8159
Eugenia excelsa O. Berg. 5 1,25 0,35 0,0543
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 5 0,75 0,03 0,0044
Ocotea gardneri (Meisn.) Mez 4 1,75 0,78 0,122
Myrcia guianensis (Aubl.) DC 3 2,75 0,68 0,1073
Byrsonima riparia W. R. Anderson 3 2 0,29 0,045
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 3 2 0,17 0,0261
Erythroxylum passerinum Mart 2 1 1,97 0,3099
Rollinia pickelli Mart. 2 1,5 1,04 0,1637
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. 3 1,25 0,22 0,0352
Couepia impressa Prance 2 0,5 0,3 0,0478
Marlierea regeliana O. Berg. 3 2,5 0,61 0,095
Marlierea sp 1 3 1,75 0,56 0,0885
83
Ocotea duckei Vattimo 2 2,75 1,72 0,2692
Eugenia sp 2 2 2 1,66 0,2607
Calophyllum brasiliensis Cambess. 2 1 0,4 0,0633
Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.) O. Berg 2 0,25 0,06 0,0087
Tapirira guianensis Aubl. 2 3,25 3,72 0,5844
não identificada 2 1,25 0,45 0,0706
Andira fraxinifolia Benth. 3 0,75 0,09 0,0138
Maytenus distichophylla Mart. 2 1 0,41 0,0637
Eugenia hirta O. Berg 1 1,5 1,12 0,1751
Cyphomandra fragrans (Hook.) Sendtn. 2 0,5 0,01 0,0019
Inga flageliformis (Vell.) Mart. 1 0,75 0,29 0,0458
Ouratea fieldingiana (Gardner) Engl. 1 1,5 0,34 0,0539
Hancornia speciosa Gomes 1 0,25 0,09 0,014
Coccoloba confusa How 1 0,5 1,27 0,1996
Myrcia sp. 1 0,5 0,12 0,0103
Capparis flexuosa (L.) L. 1 0,75 0,19 0,0296
Marlierea sp. 2 1 0,5 0,03 0,0029
Tamandaré - PE
Anacardium occidentale L. 21
10,5 17,9 0,9838
Manilkara salzmannii (A.DC.) Lam
14
7 14,65 0,8049
Couepia impressa Prance 7 3,5 10,95 0,6018
Byrsonima gardneriana A. Juss.
24
12 10,45 0,5745
Protium bahianus D.C.Daly 21
10,5 10,28 0,5649
Indeterminada 14
7 7,45 0,4095
Lauraceae 1 3 1,5 6,5 0,3572
Myrtaceae 2 8 4 3,93 0,2161
Ouratea crassa Tiegh. 5 2,5 3,77 0,2071
Sacoglottis mattogrossensis Malme
7 3,5 3,27 0,1799
Andira nitida Mart. ex Benth 16
8 2,93 0,161
Inga sp 9 4,5 2,05 0,1126
Abarema filamentosa (Benth.) Pittier 7 3,5 1,73 0,095
Ocotea gardneri (Meisn.) Mez 13
6,5 1,69 0,0929
Myrtaceae 1 6 3 0,93 0,0512
Myrcia hatschbachii D. Legrand 4 2 0,38 0,0209
Byrsonima vaccinifolia A. Juss. 1 0,5 0,31 0,0168
Myrtaceae 3 4 2 0,29 0,0161
Byrsonima sericea DC. 9 4,5 0,23 0,0125
Simaba cuneata A. St.-Hil. & Tul. 2 1 0,1 0,0055
84
Guettarda platypoda DC.
2 1 0,08 0,0043
Solanum stipulaceum Roem. & Schult 1 0,5 0,06 0,0032
Guettarda platypoda DC. 1 0,5 0,03 0,0018
Curatella americana L. 1 0,5 0,03 0,0016
Sirinhaém - PE
Hymenolobium alagoanum 57
27,4 62,22 63,749
Ocotea gardneri (Meisn.) Mez 27
12,98 10,91 11,182
Ouratea cuspidata Tiegh. 18
8,65 1,08 0,111
Ilex sp. 14
6,73 4,39 0,4501
Sacoglottis matogrossensis 13
6,25 0,9 0,0918
Protium bahiensis 12
5,77 1,12 0,1152
Cinnamomum sp. 7 3,37 0,31 0,0316
Abarema filamentosa (Benth.) Pittier 7 3,37 2,26 0,2314
Inga capitata Desv 6 2,88 3,83 0,3928
Byrsonima sericea DC. 5 2,4 1,88 0,1923
Chamaecrista apoucouita 5 2,4 1,92 0,1964
Casearia javitensis Kunth 4 1,92 0,31 0,0317
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. 4 1,92 0,42 0,0432
Tapirira guianensis Aubl. 4 1,92 4,16 0,4267
Byrsonima sp 3 1,44 0,18 0,0189
Eschweilera ovata 3 1,44 0,22 0,0221
Anacardium occidentale L. 3 1,44 1,21 0,1235
Byrsonima gardneriana A. Juss 2 0,96 0,04 0,0042
Eugenia sp. 2 0,96 0,04 0,0046
Myrcia jacobinensis 2 0,96 0,05 0,0049
Myrcia bergiana O. Berg 2 0,96 0,28 0,0288
Esenbeckia grandiflora Mart. 2 0,96 0,47 0,0481
Calyptranthes dardanoi 1 0,48 0,02 0,0023
Guapira pernambucensis (Casar.) Lundell 1 0,48 0,02 0,0018
Humiria balsamifera 1 0,48 0,03 0,0026
Vismia guianensis 1 0,48 0,04 0,0046
Ficus sp. 1 0,48 0,22 0,0224
Andira nitida Mart. ex Benth 1 0,48 1,46 0,1494
Anexo 2 Normas para submissão de periódicos a Plant Ecology
Title Page
The title page should include:
85
The name(s) of the author(s)
A concise and informative title
The affiliation(s) and address(es) of the author(s)
The e-mail address, telephone and fax numbers of the corresponding author
Abstract
Please provide an abstract of 100 to 150 words. The abstract should not contain any undefined
abbreviations or unspecified references.
Keywords
Please provide 4 to 6 keywords which can be used for indexing purposes.
Abstract for practitioners
Springer is working closely with ConservationEvidence which aims to make conservation
management more effective through the dissemination of information to practitioners.
Authors are invited to submit an additional abstract for ConservationEvidence if they feel that
their paper is of relevance to the intitiative.
Conservation Evidence
Text Formatting
Manuscripts should be submitted in Word.
Use a normal, plain font (e.g., 10-point Times Roman) for text.
Use italics for emphasis.
Use the automatic page numbering function to number the pages.
Do not use field functions.
Use tab stops or other commands for indents, not the space bar.
Use the table function, not spreadsheets, to make tables.
Use the equation editor or MathType for equations.
Note: If you use Word 2007, do not create the equations with the default equation editor but
use the Microsoft equation editor or MathType instead.
Save your file in doc format. Do not submit docx files.
Word template
Manuscripts with mathematical content can also be submitted in LaTeX.
LaTeX macro package
Headings
Please use no more than three levels of displayed headings.
Abbreviations
Abbreviations should be defined at first mention and used consistently thereafter.
Footnotes
Footnotes on the title page are not given reference symbols. Footnotes to the text are
numbered consecutively; those to tables should be indicated by superscript lower-case letters
(or asterisks for significance values and other statistical data).
Acknowledgments
86
Acknowledgments of people, grants, funds, etc. should be placed in a separate section before
the reference list. The names of funding organizations should be written in full
Citation
Cite references in the text by name and year in parentheses. Some examples:
Negotiation research spans many disciplines (Thompson 1990).
This result was later contradicted (Becker and Seligman 1996).
This effect has been widely studied (Abbott 1991; Barakat et al. 1995; Kelso and Smith 1998;
Medvec et al. 1993).
Reference list
The list of references should only include works that are cited in the text and that have been
published or accepted for publication. Personal communications and unpublished works
should only be mentioned in the text. Do not use footnotes or endnotes as a substitute for a
reference list.
Reference list entries should be alphabetized by the last names of the first author of each
work.
Journal article
Smith J, Jones M Jr, Houghton L et al (1999) Future of health insurance. N Engl J Med
965:325–329
Article by DOI
Slifka MK, Whitton JL (2000) Clinical implications of dysregulated cytokine production. J
Mol Med. Doi:10.1007/s001090000086
Book
South J, Blass B (2001) The future of modern genomics. Blackwell, London
Book chapter
Brown B, Aaron M (2001) The politics of nature. In: Smith J (ed) The rise of modern
genomics, 3rd edn. Wiley, New York, pp 230-257
Online document
Doe J (1999) Title of subordinate document. In: The dictionary of substances and their
effects. Royal Society of Chemistry. Available via DIALOG. http://www.rsc.org/dose/title of
subordinate document.
Accessed 15 Jan 1999
Always use the standard abbreviation of a journal’s name according to the ISSN List of Title
Word Abbreviations, see
www.issn.org/2-22661-LTWA-online.php
Tables
All tables are to be numbered using Arabic numerals.
Tables should always be cited in text in consecutive numerical order.
For each table, please supply a table heading. The table title should explain clearly and
concisely the components of the table.
Identify any previously published material by giving the original source in the form of a
reference at the end of the table heading.
87
Footnotes to tables should be indicated by superscript lower-case letters (or asterisks for
significance values and other statistical data) and included beneath the table body.
Artwork Guidelines
For the best quality final product, it is highly recommended that you submit all of your
artwork photographs, line drawings, etc. in an electronic format. Your art will then be
produced to the highest standards with the greatest accuracy to detail. The published work
will directly reflect the quality of the artwork provided.
Figure Captions
Figure Placement and Size
Electronic Figure Submission
Supply all figures electronically.
Indicate what graphics program was used to create the artwork.
For vector graphics, the preferred format is EPS; for halftones, please use TIFF format. MS
Office files are also acceptable
Vector graphics containing fonts must have the fonts embedded in the files.
Name your figure files with "Fig" and the figure number, e.g., Fig1.eps.
Line Art
Definition: Black and white graphic with no shading.
Do not use faint lines and/or lettering and check that all lines and lettering within the figures
are legible at final size.
All lines should be at least 0.1 mm (0.3 pt) wide.
Line drawings should have a minimum resolution of 1200 dpi.
Vector graphics containing fonts must have the fonts embedded in the files.
Halftone Art
Definition: Photographs, drawings, or paintings with fine shading, etc.
If any magnification is used in the photographs, indicate this by using scale bars within the
figures themselves.
Halftones should have a minimum resolution of 300 dpi.
Combination Art
Definition: a combination of halftone and line art, e.g., halftones containing line drawing,
extensive lettering, color diagrams, etc.
Combination artwork should have a minimum resolution of 600 dpi.
Color Art
Color art is free of charge for online publication.
If black and white will be shown in the print version, make sure that the main information will
still be visible. Many colors are not distinguishable from one another when converted to black
and white. A simple way to check this is to make a xerographic copy to see if the necessary
distinctions between the different colors are still apparent.
If the figures will be printed in black and white, do not refer to color in the captions.
Color illustrations should be submitted as RGB (8 bits per channel).
Figure Lettering
To add lettering, it is best to use Helvetica or Arial (sans serif fonts).
Keep lettering consistently sized throughout your final-sized artwork, usually about 2–3 mm
(8–12 pt).
Variance of type size within an illustration should be minimal, e.g., do not use 8-pt type on an
axis and 20-pt type for the axis label.
Avoid effects such as shading, outline letters, etc.
Do not include titles or captions within your illustrations.
Figure Numbering
All figures are to be numbered using Arabic numerals.
88
Figures should always be cited in text in consecutive numerical order.
Figure parts should be denoted by lowercase letters (a, b, c, etc.).
If an appendix appears in your article and it contains one or more figures, continue the
consecutive numbering of the main text. Do not number the appendix figures, "A1, A2, A3,
etc."
Figure Captions
Each figure should have a concise caption describing accurately what the figure depicts.
Figure captions begin with the term Fig. in bold type, followed by the figure number, also in
bold type.
No punctuation is to be included after the number, nor is any punctuation to be placed at the
end of the caption.
Identify all elements found in the figure in the figure caption; and use boxes, circles, etc., as
coordinate points in graphs.
Identify previously published material by giving the original source in the form of a reference
citation at the end of the figure caption.
Figure Placement and Size
When preparing your figures, size figures to fit in the column width.
For most journals the figures should be 39 mm, 84 mm, 129 mm, or 174 mm wide and not
higher than 234 mm.
For books and book-sized journals, the figures should be 80 mm or 122 mm wide and not
higher than 198 mm.
Print
Recommend to others
Free Electronic Sample Copy
Bookmark References Online
E-content
For authors and editors
Aims and scope
An invitation to join the 51st IAVS Annual Symposium, September 2008
Manuscript submission
Submit online
Title page
Abstracts for practitioners
Text
References
Tables
Artwork
ESM
After acceptance
Languages
OpenChoice
Table of Contents Alert for this Journal
You will receive via email the table of contents of every new issue published in this journal.
E-mail
Retype E-mail
Please feel free to send me information from Springer.
Additional information
Shipping dates
Order this journal
Order back issues
89
Article Reprints
Bulk Orders
Other contacts
Production
Customer Service
Advertising
Related journals
Economic Botany
The Botanical Review
Brittonia
Tropical Plant Biology
Folia Geobotanica
Theoretical Ecology
Kew Bulletin
Related subjects
Plant Sciences
Electronic Supplementary Material
Springer accepts electronic multimedia files (animations, movies, audio, etc.) and other
supplementary files to be published online along with an article or a book chapter. This
feature can add dimension to the author's article, as certain information cannot be printed or is
more convenient in electronic form.
Submission
Audio, Video, and Animations
Text and Presentations
Spreadsheets
Specialized Formats
Collecting Multiple Files
Numbering
Captions
Processing of supplementary file
Submission
Supply all supplementary material in standard file formats.
To accommodate user downloads, please keep in mind that larger-sized files may require very
long download times and that some users may experience other problems during
downloading.
Audio, Video, and Animations
Always use MPEG-1 (.mpg) format.
Text and Presentations
Submit your material in PDF format; .doc or .ppt files are not suitable for long-term viability.
A collection of figures may also be combined in a PDF file.
Spreadsheets
Spreadsheets should be converted to PDF if no interaction with the data is intended.
If the readers should be encouraged to make their own calculations, spreadsheets should be
submitted as .xls files (MS Excel).
Specialized Formats
Specialized format such as .pdb (chemical), .wrl (VRML), .nb (Mathematica notebook), and
.tex can also be supplied.
Collecting Multiple Files
90
It is possible to collect multiple files in a .zip or .gz file.
Numbering
If supplying any supplementary material, the text must make specific mention of the material
as a citation, similar to that of figures and tables (e.g., ". . . as shown in Animation 3").
Name your files accordingly, e.g., Animation3.mpg.
Captions
For each supplementary material, please supply a concise caption describing the content of
the file.
Processing of supplementary files
Electronic supplementary material will be published as received from the author without any
conversion, editing, or reformatting.
After acceptance
Upon acceptance of your article you will receive a link to the special Author Query
Application at Springer’s web page where you can sign the Copyright Transfer Statement
online and indicate whether you wish to order OpenChoice, offprints, or printing of figures in
color.
Once the Author Query Application has been completed, your article will be processed and
you will receive the proofs
Open Choice
In addition to the normal publication process (whereby an article is submitted to the journal
and access to that article is granted to customers who have purchased a subscription), Springer
provides an alternative publishing option: Springer Open Choice. A Springer Open Choice
article receives all the benefits of a regular subscription-based article, but in addition is made
available publicly through Springer’s online platform SpringerLink. We regret that Springer
Open Choice cannot be ordered for published articles.
Springer Open Choice
Copyright transfer
Authors will be asked to transfer copyright of the article to the Publisher (or grant the
Publisher exclusive publication and dissemination rights). This will ensure the widest possible
protection and dissemination of information under copyright laws.
Open Choice articles do not require transfer of copyright as the copyright remains with the
author. In opting for open access, they agree to the Springer Open Choice Licence.
Offprints
Additional offprints can be ordered by the corresponding author.
Color illustrations
Online publication of color illustrations is free of charge. For color in the print version,
authors will be expected to make a contribution towards the extra costs.
Proof reading
The purpose of the proof is to check for typesetting or conversion errors and the completeness
and accuracy of the text, tables and figures. Substantial changes in content, e.g., new results,
corrected values, title and authorship, are not allowed without the approval of the Editor.
After online publication, further changes can only be made in the form of an Erratum, which
will be hyperlinked to the article.
Online First
91
The article will be published online after receipt of the corrected proofs. This is the official
first publication citable with the DOI. After release of the printed version, the paper can also
be cited by issue and page numbers.
Languages
Articles and abstracts must be in English or in the journal's official language(s), but the
journal accepts additional abstracts in other languages of the author’s choice (for instance in
the author’s first language, if not English or the journal's official language). Such abstracts are
optional. Authors would need to supply such abstracts themselves, certify that they are a
faithful translation of the official abstract, and they must be supplied in Unicode (see
www.unicode.org for details), especially if they are using non-roman characters.
http://www.unicode.org
Such abstracts in other languages will carry a disclaimer:
"This abstract is provided by the author(s), and is for convenience of the users only. The
author certifies that the translation faithfully represents the official version in the language of
the journal, which is the published Abstract of record and is the only Abstract to be used for
reference and citation."
Springer Open Choice™
Your Research. Your Choice.
Springer operates a program called Springer Open Choice. It offers authors to have their
journal articles made available with full open access in exchange for payment of a basic fee
('article processing charge').
With Springer Open Choice the authors decide how their articles are published in the leading
and well respected journals that Springer publishes. Springer continues to offer the traditional
publishing model, but for the growing number of researchers who want open access, Springer
journals offer the option to have articles made available with open access, free to anyone, any
time, and anywhere in the world. If authors choose open access in the Springer Open Choice
program, they will not be required to transfer their copyright.
Whatever the decision, an author’s work will always benefit from all Springer has to offer.
There is no difference in the way that they are treated between Springer Open Choice articles
and other articles among the well over 100,000 that Springer publishes annually. All articles
will be peer-reviewed, professionally produced, and available both in print and in electronic
versions on SpringerLink. In addition, every article will be registered in CrossRef and
included in the appropriate Abstracting and Indexing services. Springer Open Choice articles
will have the possibility of incorporating additional non-text files.
92
ARTIGO 2
Atributos reprodutivos das restingas do Centro de Endemismo
Pernambuco: Uma comparação entre as restingas e outros ecossistemas
tropicais
Artigo a ser enviado ao periódico Annals of Botany
93
Atributos reprodutivos das restingas do Centro de Endemismo Pernambuco: Uma
comparação entre as restingas e outros ecossistemas tropicais
Daniel Portela Wanderley de Medeiros
1*
, Ariadna Valentina Lopes
2
Carmen Silvia Zickel
3
1* Doutorando do Programa de Pós-graduação em Botânica da Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Depto. de Biologia – Botânica. Av. Dom Manuel de Medeiros s/n, Dois Irmãos
– CEP 52117-900. e-mail: [email protected]
2 Universidade Federal de Pernambuco – Depto. de Botânica – Av. Professor Moraes Rego
s/n Cidade Universitária-CEP:50660-901.
3 Universidade Federal Rural de Pernambuco – Depto. de Biologia – Botânica. Av. Dom
Manuel de Medeiros s/n, Dois Irmãos – CEP 52117-900.
94
RESUMO
Introdução: estudos relacionados a estratégias ecológicas possuem uma importância
fundamental para o entendimento de vários processos biológicos, principalmente
daqueles relacionado às interações planta-animal. Estudos sobre os sistemas reprodutivo,
sexual e de polinização nos ecossistemas têm sido realizados de diversas formas,
inclusive com abordagem comunitária, a maioria deles incluindo espécies do
componente arbustivo-arbóreo. O presente estudo tem por objetivo descrever quais são
os atributos biológicos das restingas do Centro de Endemismo Pernambuco, com a
perspectiva de compreender os fatores mantenedores da diversidade vegetal nessas áreas
e, com isso, promover uma adequação das práticas de manejo e conservação das mesmas,
além de comparar esses dados com os estudos realizados nas restingas e nos
ecossistemas adjacentes.
Método: Foi formado um banco de dados das espécies lenhosa de restinga, através da
compilação e coleta de campo de levantamentos florísticos e fitossociológicos em
informações sobre: forma biológica, atributos florais, síndromes de polinização, atributos
carpológicos e síndromes de frutificação.
Resultados chave: Flores inconspícuas, oferecendo néctar como recurso, abertas,
polinizadas por abelhas, hermafroditas, com frutos carnosos, de tamanho médio e
síndromes de dispersão biótica, são as características dos atributos biológicos em que se
enquadra a maioria das espécies das restingas do Centro de Endemismo Pernambuco. Os
atributos biológicos são similares aos de outras florestas tropicais, com algumas poucas
variações de acordo com as variações fisionômicas e abióticas desses ecossistemas.
Conclusões: Pesquisas com esse tipo de enfoque poderá nos fornecer dados primordiais
sobre a estrutura e funcionamento das restingas. Se estas estratégias ou adaptações
estruturais e funcionais forem melhor entendidas, proverão uma base para definir os
princípios comuns que governam o funcionamento das restingas, fornecendo-nos assim,
uma importante ferramenta para o princípio da aplicação da restauração desse
ecossistema fortemente antropizado.
Palavras-chave: Tratamentos florais, recursos florais, síndromes de polinização, síndromes
de dispersão, Restinga, Centro de Endemismo Pernambuco
95
INTRODUÇÃO
O Centro de Endemismo Pernambuco é composto por florestas situadas ao norte do
Rio São Francisco, de Alagoas ao Rio Grande do Norte. Engloba comunidades periféricas,
como as restingas, os mangues e os tabuleiros arenosos (Veloso et al., 1991; Rizzini, 1979).
Dentre essas comunidades, destacam-se as restingas que, atualmente, são áreas pouco
contempladas quando relacionadas a estudos ecológicos. Segundo Scarano (2002), o
ecossistema de restinga parece ser negligenciado quando associado a pesquisas com esse
enfoque, por possuírem baixa diversidade e pouco endemismo quando comparado a Floresta
Atlântica stricto sensu. Porém, deve-se dar o devido valor a esse ecossistema que, por possuir
uma origem recente (Freire, 1990), pode fornecer informações importantes. Essas
informações estão relacionadas a processos adaptativos e evolutivos e esse ecossistema pode
servir como ponto de partida para a dispersão e recolonização de espécies, ou ainda, como
proteção de espécies raras ou de microhabitats (Scarano, 2002).
As restingas foram contempladas com estudos florístico-estruturais desde Ule (1901)
até a presente data, porém, pesquisas com enfoque ecológico são raras ou inexistentes no
Nordeste brasileiro (Medeiros, 2007). Estudos relacionados a estratégias ecológicas possuem
uma importância fundamental para o entendimento de vários processos biológicos,
principalmente àqueles relacionado às interações planta-animal (Ramirez e Brito, 1990).
Estudos sobre os sistemas reprodutivo, sexual e de polinização nos ecossistemas têm sido
realizados de diversas formas, inclusive com abordagem comunitária, a maioria deles
incluindo espécies do componente arbustivo-arbóreo (Oliveira e Gibbs, 2000).
Esforços significativos, por intermédio de um grande número de pesquisas, procuram
compreender a diversidade dos sistemas reprodutivos em angiospermas (Matallana et al.,
2005), assim como, análises florais morfológicas, ecológicas e fisiológicas estão sendo
relacionadas com vetores de polinização (Machado e Lopes, 2004). Essas análises podem
ajudar na predição dos polinizadores (Faegri e Pijl, 1979; Waser, 1983; Dafni e O’Toole,
1994; Endress, 1994; Proctor et al., 1996), caracterizando assim, as ndromes de polinização
(Vogel, 1954; Faegri e Pijl, 1979) que, provê em um valioso guia a estudos em ecologia
reprodutiva (Machado e Lopes, 2004).
Assim como os estudos sobre a biologia floral, estudos associados à dispersão de
frutos e sementes contribuem para o entendimento da co-evolução entre plantas e animais,
principalmente nos trópicos, onde é maior a atuação dos vetores bióticos comumente
representados por formigas, répteis, aves e mamíferos (Fournier, 1974; Piña-Rodrigues e
Aguiar, 1993; Ferraz et al., 1999). Todavia, apesar da importância dos mecanismos de
dispersão para a manutenção de populações e dos ecossistemas, a ecologia da dispersão é um
ramo da ciência ainda em fase embrionária no Nordeste do Brasil (Griz et al., 2002).
Pesquisas relacionadas à biologia reprodutiva, incluindo polinização e dispersão, em
comunidades florestais (Bawa et al., 1985; Kress e Beach 1994; Yamamoto et al., 2007),
96
cerrado (Silberbauer-Gottsberger e Gottsberger, 1988; Barbosa, 1997; Borges, 2000; Oliveira
e Gibbs, 2000; Martins e Batalha, 2006), e na caatinga (Machado e Lopes, 2004) vêm sendo
realizadas nos últimos anos, assim como outras que abordam atributos carpológicos e
síndromes de dispersão em comunidades na floresta atlântica (Griz e Machado, 1998; Talora e
Morellato, 2000; Spina et al., 2001) caatinga (Griz e Machado, 2001; Rocha et al., 2004)
floresta amazônica (Macedo, 1977; Vieira et al., 2002) e cerrado (Batalha e Mantovani, 2000;
Ribeiro e Tabarelli, 2002; Costa et al., 2004). Porém, estudos relacionados a esses atributos
biológicos praticamente não existem para o ecossistema restinga (Ormond et al., 1993;
Matallana et al., 2005), principalmente na região nordeste do Brasil, que possui apenas uma
pesquisa relacionada a aspectos fenológicos de uma comunidade (Medeiros et al., 2007).
A partir do exposto, é notório o pioneirismo do presente estudo que tem por objetivo
ajudar a preencher a grande lacuna estabelecida no conhecimento dos atributos biológicos das
espécies de restinga na região nordeste do Brasil. Mais especificamente nos estados que
compartilham as áreas do Centro de Endemismo Pernambuco. Portanto, a presente pesquisa
objetiva descrever quais são os atributos reprodutivos das espécies de restinga do Centro de
Endemismo Pernambuco, com a perspectiva de subsidiar a compreensão dos fatores
mantenedores da diversidade vegetal nessas áreas e, com isso, sugerir adequação de práticas
de manejo e conservação das mesmas, além de comparar esses dados com os poucos estudos
já realizados nas restingas de outras regiões do Brasil e nos ecossistemas adjacentes.
MATERIAL E MÉTODOS
Áreas de estudo
O estudo foi desenvolvido em 12 áreas de restingas situadas ao norte do Rio São
Francisco, entre os paralelos 5°00´00” e 10°30´00” sul e meridianos 34°50´00” e 37°12´00”
oeste (Fig. 1) (de Alagoas ao Rio Grande do Norte), em baixas latitudes da Zona Tropical,
onde o predomínio dos ventos alísios confere estabilidade e bom tempo para quase toda a área
(RADAMBRASIL, 1983). Os solos são arenosos, com teores de areia variando de 98% a
100% na floresta, fruticeto e no campo, classificados como Neossolos Quartzarênicos, de
acordo com a classificação da Embrapa (1999).
Um banco de dados foi formado através da compilação dos levantamentos florísticos e
fitossociológicos realizados, que tinham como critério de inclusão o perímetro a altura do
solo maior que dez centímetros, para formulação da listagem das espécies do Centro de
Endemismo Pernambuco (Tabela 1).
97
Tabela 1. Áreas estudadas com suas respectivas referências, coordenadas geográficas, e
precipitação média nos últimos dez anos do Centro de Endemismo Pernambuco.
Áreas - Estados
Referência
Bibliográfica
Coordenadas
(Latitude)
Precipitação média anual em
mm (30 anos)
Barra de São Miguel -
AL
Medeiros et al. (não
publicado)
09° 50’ 38”
35° 53’ 5”W
2.183
Maceió-AL Esteves (1980)
09
0
40’55”S
35
0
43’17”W
2.183
Piaçabuçu-AL Rocha (1984)
10
0
25’19”S
36
0
22’38”W
2.183
Tamandaré-PE Vicente et al. (2003a)
08
o
47’20”S
35
o
06’45”W
2.430
Serinhaem-PE Cantarelli (2003)
08
0
39’44”S
35
0
05’25”W
2.430
Maracaípe-PE Almeida-Junior (2006)
08
0
31’48”S
35
0
01’05”W
2.430
Cabo de Santo
Agostinho-PE
Andrade-Lima (1953)
08
0
21’30”S
34
0
56’44”W
2.430
Boa viagem-PE Andrade-Lima (1951)
08
0
06’36”S
34
0
53’21”W
2.430
Mataraca-PB
Oliveira-Filho e
Carvalho (1993)
06º 36’3”S
35º 5´ 5”W
2.141
Cabedelo_PB Vicente et al. (2003a)
06º 58’ 44”S
34º 50’ 1”W
2.141
Baia Formosa-RN
Medeiros et al. (não
publicado)
06
0
22’25”S
35
0
00’54”W
2.075
Pipa-RN Almeida-Junior (2006)
06°11’00”S
35°17’30”W
2.075
98
Fig. 1. Mapa do continente sul americano com o Brasil em destaque (cinza escuro), região Nordeste
(cinza claro) e Centro de Endemismo Pernambuco (preto), ampliado a direita e com as áreas de
restinga estudadas.
Coleta de dados das estratégias reprodutivas
As informações referentes a estratégias reprodutivas das espécies lenhosas de restinga
foram obtidas através de literatura especializada (artigos em periódicos, livros, dissertações e
teses) e consultas a órgãos especializados em informações sobre distribuição de plantas, além
do conhecimento da biologia das espécies estudadas. A partir dessas informações foi
formulado um banco de dados. Posteriormente, as espécies foram classificadas e quantificadas,
em termos percentuais, de acordo com os atributos/recompensas florais e síndromes de
polinização e, os atributos carpológicos e as síndromes de frutificação.
Atributos/recompensas florais e síndromes de polinização
Para as espécies foram registrados atributos florais como tamanho, tipos ou formas de
flores, recurso ou recompensa floral, sistema sexual e síndromes de polinização. Com relação
ao tamanho floral, seguiu-se a classificação de Machado e Lopes (2004): 1) inconspícua (
4
99
mm); 2) pequena (> 4 10 mm), 3); média (> 10 20 mm); 4) grande (> 20 30 mm); e 5)
muito grande (> 30 mm). Os recursos florais foram divididos em cinco classes: 1)
abrigo/cópula/partes florais (ACPF); 2) néctar; 3) óleo; 4) pólen; e 5) sem recurso (Faegri &
Pijl, 1979; Endress, 1994; Proctor et al., 1996).
Os tipos florais adotados foram os propostos por de Faegri e Pijl (1979), modificados
por Machado & Lopes (2004): 1) aberto/taça ou disco; 2) câmara; 3) campânula/funil; 4)
estandarte; 5) goela; 6) inconspícuo (atribuído a flores muito pequenas - até 4 mm); 7) pincel;
e 8) tubo. As espécies foram classificadas ainda quanto ao sistema sexual em: 1)
andromonóicas; 2) dióicas; 3) hermafroditas; e 4) monóicas (Richards, 1986).
A classificação das ndromes de polinização foi feita de acordo com Faegri e Pijl
(1979) e Proctor et al. (1996): 1) anemofilia/vento; 2) cantarofilia (besouros); 3) “adaptação a
diversos pequenos insetos” (DPI); 4) esfingofilia (esfingídeos); 5) falenofilia (mariposas); 6)
melitofilia (abelhas); 7) miiofilia (moscas); 8) ornitofilia (aves); 9) psicofilia (borboletas); 10)
quiropterofilia (morcegos); e 11) adaptação a vespas.
Atributos carpológicos e síndromes de frutificação
Além dos atributos florais, a maioria das espécies listadas no banco de dados foi
classificada de acordo com o tipo e tamanho dos frutos, assim como as síndromes de
dispersão de seus respectivos diásporos, a parir da literatura especializada.
Os frutos foram classificados em 19 “tipos” diferentes seguindo o tratamento de Spjut
(1994) com algumas adaptações. Alguns tipos foram classificados em nível de categorias
como a “série II B” “Frutos capsulares”, outros foram classificados em ultimo nível de
classificação em: nuculânio; drupa; folículo; sâmara; cápsula; esquizocarpo; legume;
anfisarcum; pixídio; glande; carcerulos; acrosacrum; baga; e câmara.
Para categoria tamanho, seguiu-se a sugestão de Ribeiro e Tabarelli (2002) em:1)
pequenos (frutos menores que 0,6 cm de largura); 2) médios (frutos entre 0,6 e 1,5 cm de
largura); 3)grandes (frutos entre 1,6 e 3,0 cm); e 4)muito grandes (frutos maiores que 3,0 cm
de largura).
As síndromes de dispersão dos diásporos foram classificadas de acordo com Pijil
(1982) adaptadas por Vicente et al. (2003b): 1) Abiótica - tipo de dispersão não mediada por
animais sendo os diásporos alados, plumosos, em forma de balão; ou seja, dispersos pelo
vento ou outra categoria semelhante; além das que possuem mecanismos de explosão do fruto
e expulsão da semente como as espécies barocóricas (dispersão por gravidade) e (2) Biótica -
quando apresentam atrativos e/ou fontes alimentares em seus diásporos.
100
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram listadas, no banco de dados, 282 espécies lenhosas nas 12 áreas estudadas.Os
resultados serão detalhados em seqüência dos atributos florais e carpológicos. Vale a pena
ressaltar que não foi possível classificar as 282 espécies para cada atributo. O número de
espécies classificadas variou decidindo do atributo floral ou carpológico analisado.
Biologia Floral
Do total de 282 espécies registradas nas 12 áreas, 225 espécies foram classificadas
quanto ao tamanho floral. Observa-se uma maior concentração (32%) de espécies com flores
inseridas na categoria “inconspícua” nas restingas estudadas. Em segundo lugar, têm-se as
espécies classificadas como “muito grande” (21%), posteriormente “pequena” (20%),
“média” (18%) e, por ultimo, as espécies inseridas na categoria grande”, com apenas 9% do
total (fig. 2A). Flores muito pequenas, geralmente, estão associadas à polinização não
especializada como diversos pequenos insetos e pequenas abelhas (Faegri e Pijl, 1979; Bawa
e Opler, 1975; Bawa et al., 1985). Esse fato corrobora os dados encontrados nas restingas
estudadas (Tabela 2).
Cinqüenta porcento de um total de 219 espécies, inseridas na categoria recurso floral,
foram classificadas como flores que produzem néctar. Em seqüência, têm-se flores produtoras
de pólen (36%), óleo e abrigo/cópula/partes florais, com 6% cada. Apenas 2% das espécies
utilizam a resina como recurso floral. Em um estudo apenas com espécies nectaríferas da
restinga de Maricá (Rio de Janeiro), Ormond et al. (1993) ressaltou que mais de 50% das
espécies estudadas utilizam o néctar como principal recurso (Tabela 3).
Um alto percentual de espécies nectaríferas prevaleceu também em outros
ecossistemas tropicais (Silberbauer-Gottsberger e Gottsberger, 1988; Oliveira e Gibbs, 2000;
Ramirez et al., 1990; Machado e Lopes, 2004) superando as espécies que possuem o pólen
como recurso principal oferecido aos seus polinizadores. A proporção de espécies que
ofertaram outros tipos de recursos nas restingas estudadas foi semelhante a dos estudos
supracitados.
Na categoria “tipos florais”, 55% de um total de 221 espécies foram classificadas
como flores do tipo “aberta/taça ou disco”. O restante das espécies inseridas nas categorias
subseqüentes foi: 15% “inconspícuo”, 11% “pincel”, 9% “tubo”, 5% para “estandarte” e
“câmara” (fig. 2B). Segundo Faegri e Pijl (1979), proporções semelhantes a estas são comuns
nas comunidades tropicais, pois flores em disco, pincel, pequenos tubos ou ainda
inconspícuas, permitem o acesso a uma grande diversidade de polinizadores.
101
Fig. 2. Proporções de tamanho da flor (A) de tipos florais (B) de espécies analisadas em cada categoria
das restingas do Centro de Endemismo Pernambuco.
102
Tabela 2. Número de espécies para cada síndrome de polinização com os respectivos
tratamentos florais (tamanho floral, recursos florais, tipos florais,sistema sexual,tipo de fruto,
tamanho do fruto, síndromes de dispersão)
Sistemas de Polinização
Tratamentos
florais
Anemofilia Cantarofilia
Adaptação
a vespas
Falenofilia Psicofilia Ornitofilia Dpi Quiropterofilia Melitofilia Miiofilia
Tamanho floral
inconspícua 5 2 2 - - - 10 - 33 5
pequena 1 5 - 2 - - 7 2 21 2
média 1 - - - - - 1 - 35 1
grande - 3 - - 2 1 - 4 9 -
muito grande - 7 - 4 - 1 1 8 23 -
Recursos florais
acpf - 6 - - - - - - 5 -
néctar 3 1 1 8 2 4 13 14 47 8
óleo 2 - - - - - - - 14 -
pólen - 10 - 2 - 5 2 4 48 -
resina - - - - - - 4 - 1 -
Tipos florais
aberto/taça ou
disco
2 5 1 - 1 6 12 6 77 2
câmara - 10 - - - - - - 1 -
campânula/funil - - - - - - - - - -
estandarte - - - - - - - - 10 -
inconspícuo 2 1 - - - - 7 - 19 1
pincel - - - 3 1 - - 11 8 -
tubo - 1 - 4 - 2 - 1 5 5
Sistema sexual
hermafrodita - 12 1 10 4 8 5 16 110 8
monóica 3 4 - - - - 4 - 7 -
dióica 3 - 1 - - 1 11 - 11 -
androdióica - - - - - - - - - -
andromonóica - 1 - - - - 4 2 4 -
Tipo de fruto
nuculano - 1 - - - 1 - 8 4
drupa 1 4 2 1 3 2 4 1 25 3
folículo - - - 1 - 1 1 - 2 -
sâmara - - - 2 - 1 - - - -
cápsula 2 1 - 1 - 1 5 1 13 1
esquizocarpo - - - - - - 2 - 5 1
legume - - - - - 2 - 4 9 -
amphisarcum - - - - - - 3 2 - -
pixídio - - - - - - - - 2 -
glans 1 - - - - - 1 - - -
carcerulos - - - - - - - - 1 -
acrosacrum - - - - - - - - 8 -
baga 3 1 - 3 1 2 4 - 44 -
câmara - - - - - - - 8 4 -
trima - 1 - - - - - - - -
cryptocarpo - - - - - - 1 - 1 -
discocarpo - 10 - - - - 1 - 2 2
etaerionaro - 2 - - - - - - 1 -
lomentáceo - - - 2 - - - 2 6 -
Tamanho do fruto
pequeno 1 - 1 - 1 1 10 - 6 2
médio 2 4 1 1 2 2 5 3 57 7
grande - 2 - 1 - 2 13 3 33 2
muito grande 4 11 - 8 - 1 4 10 36 -
Síndromes de
dispersão
biótica 6 15 2 4 4 2 14 11 105 9
abiótica 1 2 - 6 - 6 7 6 33 -
espécies de cada
sistema de
polinização
7 17 2 10 4 9 26 18 139 11
103
Tabela 3. Número de espécies (entre parênteses percentuais) enquadradas em categorias de
recursos florais: néctar, pólen, óleo, resina, ACPF (abrigo, cópula ou partes florais), nos
diversos ecossistemas tropicais
* Análises realizadas apenas com espécies nectaríferas. - significa ausência do dado
Síndromes/Sistemas de polinização
A melitofilia (polinização realizada por abelhas) foi a síndrome mais freqüente dentre
as 243 espécies analisadas, com 56%, seguida por “dpi”(diversos pequenos insetos) com 11%,
cantarofilia e quiropterofilia (7%). As demais categorias tiveram pequenos percentuais, como
miiofilia (5%), ornitofilia (4%), anemofilia (3%), psicofilia (2%) e adaptação a vespas (1%).
A predominância da melitofilia como principal síndrome de polinização corrobora os dados
encontrados, tanto em outras áreas de restinga, quanto em outros ecossistemas tropicais.
Espécies polinizadas por diversos pequenos insetos estão em segundo lugar também em áreas
de cerrado, florestas estacionais semideciduais e florestas tropicais chuvosas (Tabela 4).
Flores polinizadas principalmente por pequenos insetos são pequenas e normalmente
do tipo aberta ou disco, pois estas características insinuam recompensas florais que são
acessíveis a muitos insetos. Por outro lado, um inseto de tal grupo pode visitar flores de várias
espécies desde que lá existam muitas espécies com estas características (Bawa e Opler, 1975;
Bawa, 1980). A predominância de pequenas abelhas e insetos, provavelmente acontece
devido à ausência de especificidade que é a condição mais freqüente em tipos de vegetação
diferentes (Martins e Batalha, 2006; Bawa, 1980).
Espécies quiropterófilas correspondem ao terceiro maior percentual dentre as áreas de
restinga estudadas, o que se assemelha aos dados de Machado e Lopes (2004) na vegetação de
caatinga (Tabela 4). Todavia, esses resultados diferem dos dados de pesquisas realizadas em
áreas de florestas úmidas e cerrado (Bawa et al., 1985; Silberbauer-Gottsberger e Gottsberger,
1988; Oliveira e Gibbs, 2000).
Recurso
floral
Restinga
(presente
estudo)
Restinga
(Ormond
et al.
1993)*
Savana, cerrado
(Silberbauer-
Gottsberger e
Gottsberger,
1988)
Savana,
cerrado
(Oliveira e
Gibbs,
2000)
Floresta
tropical
(arbustiva)
(Ramirez et
al. 1990)
Floresta
seca,
caatinga
(Machado e
Lopes 2004)
Néctar 108 (50) 141 (62) 128 (45.9) 40 (70.2) 20 (40.8) 103 (71.5)
Pólen 79 (36) - 46 (16.5) 11 (19.3) 13 (2.5) 22 (15.3)
Óleo 14 (6) - 10 (3.6) 2 (3.5) - 13 (9)
Resina 5 (2) - - - 2 (4.1) 2 (1.4)
ACPF 13 (6) - 6 (2.2) - 0
Total 219 141 190 53 35 140
104
A proporção de espécies ornitófilas encontradas no presente estudo, parece ser
equivalente, apenas, a da formação de restinga estudada no Rio de Janeiro (Ormond et al.,
1993), essa proporção parece diminuir em áreas de cerrado e aumentar em florestas com
predominância de arbustos, caatinga e em uma das áreas de floresta úmida (Tabela 4).
Sistemas sexuais
Das 256 espécies classificadas no banco de dados, a maioria foi de hermafroditas
(74%), seguida de espécies dióicas (13%), monóicas (9%) e as andromonóicas (4%). Como
esperado, ocorreu um alto percentual de espécies hermafroditas entre as restingas do Centro
de Endemismo Pernambuco, sendo este, o sistema sexual mais comumente encontrado nas
plantas tropicais (Richards, 1986). Alta proporção de espécies hermafroditas também foi
encontrada em outras pesquisas (Tabela 5), destacando-se o maior valor em áreas de caatinga
(Machado e Lopes, 2006).
A percentagem de espécies monóicas foi semelhante à de outras florestas tropicais,
como floresta atlântica stricto sensu (Silva et al., 1997), floresta tropical úmida (Ibarra-
Manriquez e Oyama, 1992), florestas mistas de dipterocarpaceae (Kato, 1996) e, até florestas
secas como a caatinga (Machado et al., 2006). Valores reduzidos relacionados a monoicia
foram encontrados no cerrado (Oliveira e Gibbs, 2000) e, demais áreas, mais de 10% de suas
espécies foram classificadas como monóicas (tabela 5)
Poucas espécies foram consideradas como andromonóicas nas restingas estudadas
(Tabelas 2 e 5). A proporção foi semelhante a encontrado por Machado et al. (2006) na
caatinga, porém, bem menos do que da floresta tropical decídua secundária na Venezuela e a
floresta mista de Dpterocarpaceae de terras baixas na Malásia (Ruiz-Zapata e Arroyo, 1978;
Kato, 1996).
105
Tabela 4. Percentual dos sistemas de polinização anemofilia, cantarofilia, adaptação a vespas, falenofilia, psicofilia, ornitofilia, dpi (diversos
pequenos insetos), quiropterofilia, melitofilia e miiofilia, no presente estudo e em outras comunidades tropicais
Sindromes de
polinização
Restinga
(presente
estudo)
Restinga
(Ormond
et al.
(1993)*
Savana,
Cerrado
(Silberbauer-
Gottsberger e
Gottsberger,
1988)
Savana
Cerrado
(Oliveira
e Gibbs,
2000)
Floresta
Tropical
(arbustiva)
(Ramirez
et al.,
1990)
Floresta
seca,
Caatinga
(Machado
e Lopes,
2004)
Floresta
tropical
semidecidual
(Yamamoto
et al., 2007)
Floresta
tropical
úmida
(Bawa
et al.,
1985)
Floresta
tropical
úmida
(Kress e
Beach,
1994)
Floresta
Dipterocarpaceae
(Kato, 1996)
Anemofilia 3.0 - 13.6 0.0 8.2 2.0 1.7 2.5 2.5 0.0
Cantarofilia 7.0 - 2.8 2.0 2.7 0.7 2.3 7.3 12.7 2.4
Adaptação a
vespas
1.0 - - - - 1.3 - 4.3 2.5 2.4
Falenofilia 4.0 29.8
1
2.2
1
12.0 10.9
1
1.3 6,4 7.9 8.0 2.4
Psicofilia 2.0 - 0.0 - 3.9 4.1 4.9 4.3 2.4
Ornitofilia 4.0 5.4 1.8 2.0 12.3 15.0 3.5 4.3 14.9 -
Dpi 11.0 - - 49.0 - 12.4 20,9
2
15.8 11.2 -
Quiropterofilia 7.0 2.1 1.8 3.0 - 13.1 4.1 3.0 3.6 0.0
Melitofilia 56.0 40.8 65.2 32.0 56.2 30.5 50.6 41.5 38.4 70.7
Miiofilia 5.0 17.8 10.4 - 9.6 0.0 6.4 - 1.8 7.3
*Análises realizadas apenas com espécies nectaríferas.
1
Somatório dos percentuais entre os sistemas de polinização falenofilia e psicofilia.
2
Dados relacionados à polinização não especializada. - Representa ausência do dado.
106
A percentagem de espécies dióicas encontradas no presente estudo parece seguir o
mesmo padrão das duas outras áreas de restinga analisadas (Tabela 5), sendo menor que as da
maioria das florestas úmidas. O percentual das florestas secas parece ser semelhante, exceto
para a caatinga (Machado et al., 2006) que apresentou um valor de dioicia reduzido e as
florestas decíduas e semidecíduas (Bawa, 1974; Bawa e Opler, 1975; Ruiz-Zapata e Arroyo,
1978).
O percentual de espécies dióicas encontradas neste estudo (13%) foi maior do que o
esperado (6%) para toda a flora de angiospermas (Renner Ricklefs, 1995). A relação
encontrada entre as espécies dióicas e ambientes tropicais vem sendo atribuída ao fato de que
climas tropicais favorecem o habitat de espécies lenhosas com essa característica (Bawa, 1980;
Givnish, 1980).
Atributos carpológicos e Síndromes de dispersão
Nas 263 espécies classificadas quanto aos tipos de frutos, os do tipo baga foram
predominantes (23%), seguidos de drupa (19%) e frutos capsulares (17%). Os outros,
somaram 41% (Fig. 3).
107
Tabela 5. Freqüência (%) dos sistemas sexuais (hermafrodita, monóica, andromonóica e dióica) em
espécies das restingas do Centro de Endemismo Pernambuco comparadas com as de comunidades
Neotropicais e Paleotropicais
Estudos em comunidades tropicais Hermafroditas(%) Monóicas(%) Andromonóicas(%) Dióicas(%)
Vegetação com influência marinha
‘Restinga’ (vegetação costeira), Brasil
(presente estudo)
74.0 9.0 4.0 13.0
‘Restinga’ (vegetação costeira), Brasil
(Ormond et al. 1991)
75.6 14.2 - 10.2
‘Restinga’ (vegetação costeira), Brasil
(Matallana et al. 2005)
75.0 11.0 - 14.0
Florestas Úmidas
Floresta úmida, Brasil (Silva et al.
1997)
78.9 8.5 - 12.6
Floresta úmida, Costa Rica (Kress e
Beach 1994)
70.2 12.4 - 17.4
Floresta úmida, Costa Rica (Bawa et
al. 1985)
65.5 11.4 - 23.1
Floresta úmida, Mexico (Ibarra-
Manriquez e
Oyama, 1992)
63.0 9.0 - 27.0
Floresta mista de Dipterocarpaceae de
terras baixas, Malásia (Kato 1996)
80.5 7.3 12.2 -
Florestas Secas
Floresta seca - Caatinga, Brasil
(Machado et al. 2006)
83.0 9.5 4.8 2.7
Savana, ‘Cerrado’, Brasil (Oliveira e
Gibbs, 2000)
80.0 5.0 - 15.0
Floresta tropical semidecídua, Mexico
(Bullock, 1985)
70.2 14.9 2.0 13.0
Floresta tropical decidua (Tabla e
Bullock, 2002)
70.2 17.6 - 12.3
Floresta tropical Semi-decídual, Costa-
Rica (Bawa 1974; Bawa e Opler 1975)
68.0 10.0 - 22.0
Floresta tropical decíduas secundária,
Venezuela (Ruiz-Zapata e Arroyo,
1978)
63.7 - 13.6 22.7
Fig. 3. Proporção percentual entre tipos de frutos (baga, drupa, cápsula e outros tipos) do total (263)
de espécies analisadas em cada categoria das restingas do Centro de Endemismo Pernambuco.
108
Com relação ao atributo “tamanho de fruto”, de 247 espécies classificadas, 39% foram
considerados como frutos médios, 33% muito grandes, 19% grande e apenas 9% classificados
como frutos pertencentes à categoria pequeno (Fig. 4A). O tamanho dos diásporos tem grande
participação na seleção de agentes dispersores (Griz & Machado, 1998). Nas restingas do
Centro de endemismo Pernambuco, a maioria de suas espécies apresentou dispersão do tipo
biótica (75%) contra 25% abiótica, de um total de 260 espécies observadas (Fig. 4B). Nota-se
que a maioria dos frutos que possuem síndromes de dispersão biótica está na classificação de
frutos carnosos, assim como a maioria dos frutos foram classificados como “médios” possuem
a mesma síndrome (Tabela 6).
Fig. 4. Percentual de acordo com tamanho de frutos classificados em pequeno, médio grande e muito
grande (A) síndromes de dispersão biótica ou abiótica (B) do total de espécies analisadas em cada
categoria (247 e 260 espécies respectivamente) das restingas do Centro de Endemismo Pernambuco.
Os padrões de distribuição de espécies são altamente dependentes das estratégias de
dispersão. Espécies dispersas pelo vento, em florestas secas, tendem a ter uma faixa de
distribuição mais larga e espécies dispersas por pássaros e mamíferos, em florestas úmidas,
109
têm uma maior propensão ao endemismo local (Gentry, 1988). Estudos mais específicos têm
apontado para as diferentes tendências na predominância dos modos de dispersão em áreas de
floresta seca e úmida no Nordeste do Brasil (Vicente et al., 2003b). Segundo as pesquisas,
espécies dispersas abioticamente têm maior predomínio na vegetação da caatinga (Machado et
al., 1997; Griz e Machado, 2001). Por outro lado, uma maior predominância de espécies
dispersas por vertebrados na vegetação de floresta atlântica (Griz e Machado, 1998).
Tabela 6. Número de espécies que possuem atributos carpológicos (tipo e tamanho de fruto) e, ao
mesmo tempo, estratégia de dispersão do tipo biótica ou abiótica nas restingas do Centro de
Endemismo Pernambuco.
ndromes de dispersão
Atributos carpológicos Biótica Abiótica
tipo de fruto
nuculânio 12 2
drupa 48 2
folículo - 5
sâmara - 3
cápsula 30 11
esquizocarpo 6 3
legume 4 14
anfisarcum 2 3
pixídio 1 1
glande 2 -
carcerulos 1 -
acrosacrum 8 -
baga 59 1
câmara 6 6
tryma 1 -
cryptocarpo 3 -
discocarpio 9 -
etaerionario 3 -
lomento - 9
total 134 60
tamanho do fruto
pequeno 14 6
médio 88 5
grande 43 3
muito grande 41 40
total 186 54
A idéia de que, em florestas tropicais, a proporção de espécies bióticas diminui das
áreas úmidas em direção as secas, vem sendo defendida desde Gentry (1982). Em geral,
habitats úmidos também apresentam uma alta proporção de espécies com frutos carnosos
(Bullock, 1995; Fleming, 1979; Howe & Smallwood, 1982). Esse fato parece estar presente
também nas áreas de restinga estudadas (ver Tabela 1). Por outro lado, algumas pesquisas
110
ressaltam que a dispersão biótica, em se tratando de florestas secas, prevalece em áreas que
possuem uma precipitação > 1000 mm. Esta relação entre precipitação com espécies que
possuem dispersão do tipo biótica ainda não é totalmente aceita para áreas de vegetação seca,
pela falta de mais estudos que comprovem o fato (Griz e Machado, 2001). Contudo, várias
pesquisas comprovam a relação da dispersão biótica com as florestas úmidas (Morellato,
1991).
Mecanismos de dispersão abióticos (vento, explosão e balística) são mais importantes
em inselberg do que em florestas altas, onde a anemocoria e autocoria estão entre 15 e 20%
(Frankie et al., 1974; Hilty, 1980; Castaño, 2003). Provavelmente, essas diferenças são
conseqüência da disponibilidade restrita dos vetores animais, como também a abertura das
copas, além da baixa estatura da vegetação nesse ecossistema, que também facilita a
circulação do vento em qualquer estrato (Arbelelas e Parrado-Rossell, 2005).
Por fim, flores inconspícuas, oferecendo néctar como recurso, abertas, polinizadas por
abelhas, hermafroditas, com frutos carnosos, de tamanho médio e síndromes de dispersão
biótica são as características dos atributos biológicos em que se enquadra a maioria das
espécies lenhosas das restingas do Centro de Endemismo Pernambuco. Os percentuais dos
atributos reprodutivos são equivalentes aos de duas outras áreas de restinga do estado do Rio
de Janeiro. Porém, não trabalhos em regiões mais próximas para que possa se comparar
esses dados. Estes atributos são similares também aos de outras florestas tropicais, com
algumas variações, de acordo com as variações fisionômicas e abióticas desses ecossistemas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados e comparações do presente estudo indicam quais atributos reprodutivos
predominam em espécies lenhosas das restingas do Centro de Endemismo Pernambuco.
Espécies com essas características reprodutivas podem ser um bom indicativo para futuros
trabalhos relacionados à recuperação desse ecossistema. Esses dados virão à tona a partir do
conhecimento da existência dessa variação de estratégias de sobrevivência, que estão
associadas a fatores intrínsecos às plantas. Se estas estratégias ou adaptações estruturais e
funcionais forem melhor entendidas, proverão uma base para definir os princípios comuns que
governam o funcionamento das restingas, fornecendo-nos assim, uma importante ferramenta
para o princípio da aplicação da restauração desse ecossistema antropizado.
Agradecimentos
Agradecemos a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior) pela concessão da bolsa de doutorado que possibilitou a execução da pesquisa. Ao
111
MSc. Eduardo Bezerra de Almeida-Junior pela grande contribuição na coleta de dados e
identificação das espécies, assim como todos os pesquisadores do herbário Dárdano de
Andrade Lima do IPA (Instituto de Pesquisas Agropecuárias) em nome da Dra. Rita de Cássia
Pereira pela atenção e disponibilidade no herbário.
LITERATURA CITADA
Almeida Jr. EB. 2006. Fisionomia e estrutura da restinga da RPPN Nossa Senhora do
Outeiro de Maracaípe, Ipojuca, PE. Dissertação de Mestrado, Curso de Pós-graduação em
Botânica, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Almeida Jr. EB, Zickel CS, Pimentel RMM. 2006. Caracterização e espectro biológico da
vegetação do litoral arenoso do Rio Grande do Norte. Revista de Geografia, 23: 45-58.
Andrade-Lima D. 1951. A flora da praia de Boa Viagem 1ª contribuição. Separata do
Boletim da SAIC. Recife, Brasil.
Andrade-Lima D. 1953. Notas sobre a dispersão de algumas espécies vegetais no Brasil.
Anais da Sociedade de Biologia de Pernambuco. 11: 25-49.
Arbelelas MV, Parrado-Rossell A. 2005. Seed dispersal modes of the sandstone Plateau
vegetation of the middle Caquetá river region, Colombiam Amazonia. Biotrópica 37: 64-72.
Barbosa AA. 1997. Biologia reprodutiva de uma comunidade de campo sujo, Uberlândia
MG. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Brasil.
Batalha MA, Mantovani W. 2000. Reproductive phenological patterns of cerrado plant
species at the de Gigante Reserve (Santa Rita do Passa Quatro, SP, Brazil): a comparison
between the herbaceous and woody floras. Revista Brasileira de Biologia 60:129-145.
Bawa KS. 1974. Breeding systems of tree species of lowland tropical community. Evolution
28: 85-92.
Bawa KS. 1980. Evolution of dioecy in flowering'plants. Annual Review of Ecology and
Systematics .11: 15-39.
112
Bawa KS, Opler PA. 1975. Dioecism in tropical forest trees. Evolution 29: 167–179.
Bawa KS, Bullock SH, Perry DR, Coville RE, Grayum MH. 1985. Reproductive biology
of tropical lowland rain forest trees. II. Pollination systems. American Journal of Botany 72:
346–356.
Borges HBN. 2000. Biologia reprodutiva e conservação do estrato lenhoso numa comunidade
do cerrado. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Brasil.
Bullock SH. 1995. Plant reproduction in neotropical dry forests. In: Bullock SH, Mooney HA,
Medina E, eds. Seasonally dry tropical forests. Cambridge University Press, Cambridge, 277–
303.
Cantarelli JRR. 2003. Florística e estrutura de uma restinga da Área de Proteção Ambiental
(APA) de Guadalupe - litoral sul de Pernambuco. Dissertação (Mestrado) Universidade
Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Castaño N. 2003. Estomación de la oferta de frutos em el gradiente vertical de um bosque de
tierra firme Del Médio Rio Caquetá, Amazônia colombiana. B. Sc. Thesis. Universidad
Nacional de Colômbia, Bogotá.
Costa IR, Araújo FS, Lima-Verde LW. 2004. Flora e aspectos auto-ecológicos de um
encrave de cerrado na chapada do Araripe, Nordeste do Brasil. Acta Botânica Brasílica 18:
759-770.
Dafni A, O’Toole C. 1994. Pollination syndromes in the Mediterranean: generalizations and
peculiarities. In: Arianoutsou M, Groves RH, eds. Plant–animal interactions in
Mediterranean-type ecosystems. Netherlands: Kluwer Academic Publishers, 125–135.
Embrapa 1999. Sistema brasileiro de classificação de solos. Rio de janeiro, Centro Nacional
de Pesquisa de Solos.
Endress PK. 1994. Diversity and evolutionary biology of tropical flowers. Cambridge:
Cambridge University Press.
113
Esteves GL. 1980. Contribuição ao conhecimento da vegetação da restinga de Maceió.
Maceió: Secretaria de Planejamento do Estado de Alagoas.
Faegri K, van der Pijl L. 1979. The principles of pollination ecology, 3
rd
edition. Oxford:
Pergamon.
Ferraz KD, Artes R, Mantovani W, Magalhães LM. 1999. Fenologia de árvores em
fragmento de mata em São Paulo, SP. Rev. Brasileira Biol. 59: 305–315.
Fleming TH. 1979. Do tropical frugivores compete for food? American Zoologist 19: 1157-
1172.
Fournier LA. 1974. Un método cuantitativo para la medición de características fenológicas
en arboles. Turrialba 24: 422–423.
Frankie GW, Baker HG, Opler PA. 1974. Comparative phonological studies of trees in
tropical wet and dry forest in the lowlands Costa Rica. J. Ecol. 62: 881-919.
Freire MSB. 1990. Levantamento florístico do Parque Estadual das Dunas do Natal. Acta
Botanica Brasilica 4: 41-59.
Gentry AH. 1988. Changes in plant community diversity and floristic composition on
environmental and geographical gradients. Ann. Missouri Bot. Gar. 75:1-34
Givnish TJ. 1980. Ecological constraints on the evolution of bre6ding systems in seed plants:
dioecy and dispersal in gymnosperms. Evolution 34: 959-972.
Griz LMS, Machado IC. 1998. Aspectos morfológicos e síndromes de dispersão de frutos e
sementes na Reserva Ecológica de Dois Irmãos. In: Machado IC,, Lopes AV, Porto KC. eds.
Reserva Ecológica de Dois Irmãos: Estudos em um Remanescente de Mata Atlântica em área
urbana. Recife: Dois Irmãos, 197–224.
114
Griz LMS, Machado IC. 2001. Fruiting phenology and seed dispersal syndromes in
Caatinga, a tropical dry forest in the northeast of Brazil. Journal of Tropical Ecology 17: 303–
321.
Griz LMS, Machado IC, Tabarelli M. 2002. Ecologia de dispersão de sementes: progressos
e pespectivas. In: Tabarelli M, Silva JMC, eds. Diagnóstico da Biodiversidade de
Pernambuco. Recife: Cidade Universitária, 2:597–608.
Hilty SL. 1980. Flowering and fruiting periodicity in a premontane rain forest in pacific
Colombia. Biotropica 12: 292-306.
Howe HF, Smallwood J. 1982. Ecology of seed dispersal. Annual Review of Ecology and
Systematics 13: 201-228.
Ibarra-Manriquez G, Oyama K. 1992. Ecological correlates of reproductive traits of
Mexican rain forest trees. American Journal of Botany 79: 283- 394.
Kato M. 1996. Plant–pollinator interactions in the understory of a lowland mixed dipterocarp
forest in Sarawak. American Journal of Botany 83: 732–743.
Kress WJ, Beach JH. 1994. Flowering plant reproductive systems. In: McDade LA, Bawa
KS, Hespenheide H, Hartshorn G, eds. La Selva: ecology and natural history of a neotropical
rain forest. Chicago: University of Chicago Press, 161–182.
Macedo M. 1977. Dispersão de plantas lenhosas de uma campina amazônica. Acta
Amazônica 7:1-69.
Machado ICS, Barros LM, Sampaio EVSB.1997. Phenology of Caatinga species at Serra
Talhada, PE, Northeastern Brazil. Biotropica 29: 57–68.
Machado IC, Lopes AV. 2004. Floral traits and pollination systems in the Caatinga, a
Brazilian tropical dry forest. Annals of Botany 94: 365–376.
Machado IC, Lopes AV, Sazima M. 2006. Plant Sexual Systems and a Review of the
Breeding System Studies in the Caatinga, a Brazilian Tropical Dry Forest. Annals of Botany
97: 277–287.
115
Martins FQ, Batalha MA.2006. Pollination systems and floral traits in cerrado woody
species of the upper Taquari Region (central Brazil). Braz. J. Biol. 66: 543-552.
Matallana G, Wendt T, Araujo DSD, Scarano FR. 2005. High abundance of dioecious
plants in a tropical coastal vegetation. American Journal of Botany 92: 1513–1519.
Medeiros DPW, Lopes AV, Zickel CS. 2007. Phenology of woody species in tropical
coastal vegetation, northeastern Brazil. Flora. 202: 513-520.
Morellato LPC. 1991. Estudo da fenologia de árvores, arbustos e lianas de uma floresta
semidecídua no Sudoeste do Brasil. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas,
Brasil.
Oliveira PE, Gibbs PE. 2000. Reproductive biology of woody plants in a cerrado community
of Central Brazil. Flora 195: 311–329.
Oliveira-Filho AT, Carvalho DA. 1993. Florística e fisionomia da vegetação. Revista
Brasileira de Botânica 16: 115-130.
Ormond WT, Pinheiro MCB, Lima HA, Correia MCR, Pimenta ML. 1993. Estudo das
recompensas florais das plantas da restinga de Marica – Itaipuaçu, RJ. I Nectaríferas.
Bradea 6: 179–195.
Pijl L. van der. 1982. Principles of dispersal in higher plants. Berlim; Springer-Verlag.
Pinã-Rodrigues FCM, Aguiar IB. 1993. Maturação e dispersão de sementes. In: Sementes
Florestais Tropicais. Brasília, Brasil.
Proctor M, Yeo P, Lack A. 1996. The natural history of pollination. London: Harper Collins
Publishers.
RADAMBRASIL 1983. Folhas SB. 24/25 Jaguaribe/Natal. Projeto RADAMBRASIL, Rio
de Janeiro 301-339.
116
Ramírez N, Brito Y. 1990. Reproductive biology of a tropical palm swamp community in the
Venezuelan Llanos. American Journal of Botany 77: 1260–1271.
Ramírez N, Gil C, HokcheO, Seres A, Brito Y. 1990. Biologia floral de una comunidad
arbustiva tropical en la Guayana Venezolana. Annals of the Missouri Botanical Garden 77:
383–397.
Renner S, Rickleffs R. 1995. Dioecy and its correlates in the flowering plants. American
Journal of Botany 82: 596–606.
Ribeiro LF, Tabarelli M. 2002. A structural gradient in cerrado vegetation of Brazil:
changes in woody plant density, species richness, life history and plant composition. Journal
of Tropical Ecology 18:775–794.
Richards AJ. 1986. Plant breeding systems. London: George Allen & Unwin.
Rizzini CT. 1979. Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos sociológicos e florísticos.
EDUSP e Editora HUCITEC, São Paulo.
Rocha, RFA. 1980. Vegetação e flora do delta do Rio São Francisco-Alagoas. Recife.
Dissertação (Mestrado em Botânica) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
184 p.
Rocha PLB, Queiroz LP, Pirani R. 2004. Plant species and habitat structure in a sand dune
field in the brazilian Caatinga: a homogeneous habitat harbouring na endemic biota. Revista
brasileira de Botânica 27: 739-755.
Ruiz-Zapata T, Arroyo MTK. 1978. Plant reproductive ecology of a secondary deciduous
tropical forest in Venezuela. Biotropica 10: 221–230.
Scarano FR 2002. Structure, function and floristic ralationships of plant communities in
stessful habitats marginal to the Brazilian Atlantic rainforest. Annals of Botany 90: 517-524.
Silberbauer-Gottsberger I, Gottsberger G. 1988.A polinização de plantas do Cerrado.
Revista Brasileira de Biologia 48: 651–663.
117
Silva AG, Guedes-Bruni RR, Lima MPM. 1997. Sistemas sexuais e recursos florais do
componente arbustivo-arbóreo em mata preservada na reserva ecológica de Macaé de Cima.
In: Lima HC, Guedes-Bruni RR, orgs. Serra de Macaé de Cima: Diversidade Florística e
Conservação em Mata Atlântica. Rio de Janeiro: Jardim Botânico, 187–211.
Spina AP, Ferreira WM, Leitão Filho HF. 2001. Floraçã o, frutificação e síndromes de
dispersão de uma comunidade de floresta de brejo na região de Campinas (SP). Acta Bot.
Brasilica 3: 289–450.
Spjut RW. 1994. A sistematic treatment of fruit types. Memoirs of the New York Botanical
Garden, volume 70. Bronx, New York.
Tabla VP, Bullock S. 2002. La polinización en la selva tropical de Chamela. In: Noguera FA,
Rivera JHV, Aldrete ANG, Avendanõ MQ, eds. História natural de Chamela. Mexico:
Intituto de Biologia-UNAM, 499–515.
Tarola DC e Morellato LPC. 2000. Fenologia das espécies arbóreas em floresta de planície
litorânea do sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Botânica 01:13-26.
Ule E. 1901. Die vegetation von Cabo Frio na der Kuste von Brssilien. Botany Jarhburg
Systematic 28: 511-528.
Veloso PH, Rangel-Filho ALR, Lima JCA. 1991. Classificação da vegetação brasileira
adaptada a um sistema universal. IBGE, Rio de Janeiro.
Vicente A, Lira SL, Cantarelli JRR, Zickel CS. 2003a. Estrutura do componente lenhoso
de uma restinga no município de Tamandaré, Pernambuco, nordeste do Brasil. In: Livro de
Resumos do VI Congresso de Ecologia do Brasil. (Ecossistemas aquáticos, costeiros e
continentais). Fortaleza. 170-172.
Vicente A, Santos AMM, Tabarelli M. 2003b. Variação no modo de dispersão de espécies
lenhosas em um gradiente de precipitação entre floresta seca e úmida no nordeste do Brasil. In:
Leal I, Tabarelli M, Silva JMC eds. Ecologia e conservação da Caatinga. Recife, Brasil.
118
Vieira DLM, Aquino FG, Brito MA, Fernandes-Bulhão C, Henriques RPB. 2002.
Síndromes de dispersão de espécies arbustivo-arbóreas em cerrado sensu stricto do Brasil
Central e savanas amazônicas. Revista Brasileira de Botânica 25: 215-220.
Vogel S. 1954. Blütenbiologische Typen als Elemente der Sippengliederung. Jena: Gustav
Fischer Verlag.
Waser NM.1983. The adaptive nature of floral traits: ideas and evidence. In: Real L, ed.
Pollination biology. New York: Academic Press, 241–285.
Yamamoto LF, Kinoshita LS, Martins FR. 2007. Síndromes de polinização e de dispersão
em fragmentos da floresta estacional semidecídua Montana, SP Brasil. Acta Bot. Bras. 21:
553-573.
119
ANEXO
Normas para submissão de periódicos a Annals of Botany
INTRODUCTION
Scope of the Journal
Annals of Botany is published for the Annals of Botany Company by Oxford University Press.
Experimental, theoretical and applied papers on all aspects of plant science are welcome. The
submitted manuscript or its essential content must not have been published previously or be
under consideration for publication elsewhere. To merit publication in Annals of Botany,
contributions should be substantial, written in clear English and combine originality of
content with potential general interest. Submission of manuscripts that report small
incremental advances or are of geographically local interest only is discouraged unless the
implications of the findings are wide-reaching. Agronomic papers are expected to contain a
substantial amount of basic plant biology. In general, a paper is unlikely to be accepted unless
the referees and editors involved in its evaluation are enthusiastic about the science. The
Covering Letter is an essential part of all submissions. It should include an ~60 word
summary of the scientific strengths of the paper that the author(s) believe qualify it for
consideration by Annals of Botany.
Authors whose first language is not English are well advised to have the manuscript,
including Abstract, and the Covering Letter, checked by a native English speaker prior to
submission. Many professional language-editing services are available on the internet. One
such service is provided by RESCRIPT Co of New Zealand that includes help with
manuscript revisions. It is contactable on http://www.rescript.co.nz. The Annals of Botany
takes no responsibility for the quality of the service offered by this company and use of such a
service does not guarantee that any manuscript will be accepted for publication.
Charges
Authors pay no fees or page charges unless electing for our Open Access scheme (see below
for details). The corresponding author receives a free copy of the issue of the Journal in which
their paper appears and a unique URL that gives access to a PDF (Portable Document Format)
file of their article. In addition, 25 offprints of the article will be supplied without charge.
Additional offprints can be ordered using the form sent out with the proofs. Orders from the
UK will be subject to a 17.5% VAT charge. For orders from elsewhere in the EU you or your
institution should account for VAT by way of a reverse charge. Please provide us with your
or your institution’s VAT number. Colour photographs and graphics are also printed without
charge where their use enhances scientific content or clarity.
Open Access
Starting in January 2006, Annals of Botany authors have the option to make their accepted
paper freely available online immediately upon publication, under the ‘Oxford Open’
initiative. Authors can choose this open access option when completing the customary
Licence to Publish form sent to the corresponding author of all accepted papers. Here, authors
are asked to indicate whether or not they wish to have their paper made freely available
immediately online. There is a charge, which varies depending on circumstances (see
http://www.oxfordjournals.org/oxfordopen) but it is considerably cheaper for authors whose
university or institution subscribes to the Journal, and for authors in developing countries.
Orders from the UK will be subject to a 17.5% VAT charge. For orders from elsewhere in the
EU you or your institution should account for VAT by way of a reverse charge. Please
provide us with your or your institution’s VAT number. If you do not select the Open Access
option, your paper will be published with standard subscription-based access and you will not
be charged.
Types of article
120
Standard research papers (‘ORIGINAL ARTICLES’) and ‘TECHNICAL ARTICLES’ should
not normally exceed ten printed pages (each printed page in the journal holds approximately
1000 words or 40–50 references). A ‘REVIEW’ submitted speculatively should have fewer
than 24 printed pages. ‘SHORT COMMUNICATIONS’ should not exceed six printed pages.
Short opinion papers (‘VIEWPOINT’) up to 6 pages long will also be considered. ‘INVITED
REVIEWS’ (up to 24 pages) and ‘BOTANICAL BRIEFINGS’ (up to 6 pages) are published
by invitation only. The journal also publishes book reviews (Publishers' Books for Review).
Summary of submission processes
Submission management and evaluation of submitted manuscripts will involve the Journal's
online manuscript submission system. The manuscript text should be prepared in English (see
PREPARING THE ARTICLE FILE below for details) and submitted online starting from our
login page. Figures, tables and other types of content should be organized into separate files
for submission (see PREPARING TABLE and FIGURE FILES, SUPPLEMENTARY
INFORMATION FILES and VIDEO FILES below for details). If you are using the online
submission system for the first time please go to the login page and generate a login name and
password after clicking on the “First time authors only should register here” link. If you are
already registered but need to be reminded of your login name or password please go to the
login page and click on “Unknown/Forgotten password?”. There is extensive guidance
available throughout the submission process. To make use of this guidance please click on the
“Author Instructions” link or the “Tips” link situated at the top of every screen. In addition,
there are frequent context-sensitive help points throughout the site that can be opened by
clicking on the following symbol ?.
If you are unable to access our web-based submission system, please contact the Editorial
Office (e-mail: [email protected]) for alternative methods of submitting your paper.
The postal address is Annals of Botany Editorial Office, School of Biological Sciences,
University of Bristol, Woodland Road, Bristol BS8 1UG, UK.
Back to Start
Preparing a covering letter
Each submission should be accompanied by a Covering Letter formatted in MS Word (file
type DOC) or in Rich Text Format (file type RTF). The letter should include contact details of
the corresponding author, the title and authorship of the paper, and should state if the paper is
a first submission, revision or a resubmission. It must also include an ~60 word summary of
the scientific strengths of the paper that the author(s) believe qualify it for consideration by
Annals of Botany. The manuscript reference number must be given if the paper is a revision
or resubmission. If the paper is a revised or resubmitted manuscript, the letter should explain
what changes have been made to the manuscript and where changes requested by the
Handling Editor and referees have not been carried out. Any other information to which
authors wish to draw the Chief Editor’s attention should also be included in this letter.
PREPARING THE ARTICLE FILE
(Always consult a recent issue of Annals of Botany for layout and style)
Text should be typed using size 12 Times New Roman or Courier, double-spaced throughout
and with an approx. 25 mm margin. All pages should be numbered sequentially. Each line of
the text should also be numbered, with the top line of each page being line 1. The article file
should be in PC-compatible Microsoft Word - file type DOC [please make sure the
"Language" is "English (U.K)" via Tools Language Set Language]. RTF formats are
also acceptable. Please do not submit PDFs, desktop publishing files or LaTeX files. The
article file should include a list of any figure legends but exclude tables and any figures
themselves these should be submitted separately. Please do not embed tables and images in
the article file. Instead, tables and figures should each be allocated separate electronic files on
your computer for later uploading as explained below under PREPARING TABLE and
FIGURE FILES</STRONG, SUPPLEMENTARY INFORMATION FILES AND VIDEO
FILES.
121
The first page should state the type of article (e.g. Original Article, Technical Article) and
provide a concise and informative full title followed by the names of all authors. Where
necessary, each name should be followed by an identifying superscript number (
1, 2, 3
etc.)
associated with the appropriate institutional address to be entered further down the page. For
papers with more than one author, the corresponding author's name should be followed by a
superscript asterisk*. The institutional address(es) of each author should be listed next, each
address being preceded by the relevant superscript number where appropriate. A running title
of not more than 75 characters, including spaces, should also be provided, followed by the e-
mail address of the corresponding author. Please follow the layout used for the first page of
papers published in Annals of Botany.
The second page should contain a structured Abstract not exceeding 300 words made up of
bulleted headings. For ‘ORIGINAL ARTICLES’ these heading will normally be as follows:
Background and Aims
Methods
Key Results
Conclusions
Alternative bulleted headings, such as ‘Background’, ‘Scope' and 'Conclusions', are also
acceptable for ‘REVIEWS’, ‘INVITED REVIEWS’, ‘BOTANICAL BRIEFINGS’,
‘TECHNICAL ARTICLES’ papers and ‘VIEWPOINT’ papers.
The Abstract should be followed by between three and 12 Key words that include the
complete botanical name(s) of any relevant plant material. If many species are involved,
species groups should be listed instead. Note that essential words in the title should be
repeated in the key words since these, rather than the title, are used in some electronic
searches. Title, Abstract and Key words should be self-explanatory without reference to the
remainder of the paper.
The third and subsequent pages should comprise the remaining contents of the article text.
‘ORIGINAL ARTICLES’ and ‘SHORT COMMUNICATIONS’ will usually have the
structure INTRODUCTION, MATERIALS AND METHODS, RESULTS, DISCUSSION,
ACKNOWLEDGEMENTS and LITERATURE CITED followed by a list of captions to any
figures.
The RESULTS section should not include extensive discussion and data should not be
repeated in both graphical and tabular form. The DISCUSSION section should avoid
extensive repetition of the RESULTS and must finish with some conclusions.
Abbreviations are discouraged except for units of measurement, standard chemical symbols
(e.g. S, Na), names of chemicals (e.g. ATP, Mes, Hepes, NaCl, O
2
), procedures (e.g. PCR,
PAGE, RFLP), molecular terminology (e.g. bp, SDS) or statistical terms (e.g. ANOVA, s.d.,
s.e., n, F, t-test and r
2
) where these are in general use. Other abbreviations should be spelled
out at first mention and all terms must be written out in full when used to start a sentence.
Abbreviations of scientific terms should not be followed by a full stop. Use the minus index to
indicate 'per' (e.g. m
–3
, L
–1
, h
–1
) except in such cases as 'per plant' or 'per pot'. If you decide
that a list of abbreviations would help the reader, this should be included as an Appendix.
Units of Measurement. Use the Systéme international d'unités (SI) wherever possible. If non-
SI units have to be used, the SI equivalent should be added in parentheses at first mention. For
units of volume, expressions based on the cubic metre (e.g. 5 × 10
–9
m
3
, 5 × 10
–6
m
3
or 5 ×
10
–3
m
3
) or the litre (e.g. 5 µL, 5 mL, 5 L) are acceptable, but one or other system should be
used consistently throughout the manuscript. Typical expressions of concentrations might be
5 mmol m
–3
, 5 µM (for 5 µmol L
–1
), or 25 mg L
–1
. The Dalton (Da), or more conveniently the
kDa, is a permitted non-S
122
Names of plants must be written out in full (Genus, species) in the abstract and again in the
main text for every organism at first mention (but the genus is only needed for the first species
in a list within the same genus, e.g. Lolium annuum, L. arenarium). The authority (e.g. L.,
Mill., Benth.) is not required unless it is controversial. Guidance for naming plants correctly is
given in The International Plant Names Index and in The Plant Book: a Portable Dictionary
of the Vascular Plants (1997) by D.J. Mabberley (Cambridge: Cambridge University Press.
ISBN 0521-414210-0). After first mention, the generic name may be abbreviated to its initial
(e.g. A. thaliana) except where its use causes confusion.
Any cultivar or variety should be added to the full scientific name e.g. Solanum lycopersicum
'Moneymaker' following the appropriate international code of practice. For guidance, refer to
the ISHS International Code of Nomenclature for Cultivated Plants (2004) edited by C.D.
Brickell, B. R. Baum, W. L. A. Hetterscheid, A. C. Leslie, J. McNeill, P. Trehane, F.
Vrugtman, J. H. Wiersema (ISBN 3-906166-16-3).
Once defined in full, plants may also be referred to using vernacular or quasi-scientific names
without italics or uppercase letters (e.g. arabidopsis, dahlia, chrysanthemum, rumex, soybean,
tomato). This is often more convenient.
Items of Specialized Equipment mentioned in MATERIALS AND METHODS should be
accompanied by details of the model, manufacturer, and city and country of origin.
Numbers up to and including ten should be written out unless they are measurements. All
numbers above ten should be in numerals except at the start of sentences. Dates should be in
the form of 10 Jan. 1999, and Clock Time in the form of 1600 h.
Mathematical equations must be in proper symbolic form; word equations are not acceptable.
Each quantity should be defined with a unique single character or symbol together with a
descriptive subscript if necessary. Each subscript should also be a single character if possible,
but a short word is permissible. For example, a relationship between plant dry mass and fresh
mass should appear as M
d
= 0.006M
f
1.461
, where M
d
is plant dry mass and M
f
is plant fresh
mass; and not as DM = 0.006FM
1.461
.
The meaning of terms used in equations should be explained when they first appear. Standard
conventions for use of italics only for variables should be followed: normal (Roman) font
should be used for letters that are identifiers. Thus in the above example, M is the variable
quantity of mass, the subscripts d and f are identifiers for dry and fresh respectively.
Special note regarding ‘Equation Editor’ and other software for presentation of mathematics.
Symbols and equations that are imported into Word documents as embedded objects from
other software packages are generally incompatible with typesetting software and have to be
re-keyed as part of the proof-making process. It is therefore strongly advisable to type
symbols and equations directly into MS Word wherever possible. Importing from other
software should ideally be confined to situations where it is essential, such as two-line
equations (i.e. where numerators and denominators cannot be set clearly on a single line using
‘/’) and to symbols that are not available in Word fonts. This will minimize the risk of errors
associated with rekeying by copyeditors.
Summary statistics should be accompanied by the number of replicates and a measure of
variation such as standard error or least significance difference. Analysis of variance is often
appropriate where several treatments are involved. Presentation of an abridged ANOVA table
is permissible when its use illustrates critical features of the experiment.
Chemical, biochemical and molecular biological nomenclature should be based on rules of the
International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC) and the International Union of
Biochemistry and Molecular Biology (IUBMB). Chapter 16 of Scientific Style and Format.
The CBE Manual for Authors, Editors, and Publishers 6th edn., by Edward J. Huth
(Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 0-521-47154-0) gives guidelines.
Sequence information. Before novel sequences for proteins or nucleotides can be published,
authors are required to deposit their data with one of the principal databases comprising the
123
International Nucleotide Sequence Database Collaboration: EMBL Nucleotide Sequence
Database, GenBank, or the DNA Data Bank of Japan and to include an accession number in
the paper. Sequence matrices should only be included if alignment information is critical to
the message of the paper. Such matrices can be in colour but should not occupy more than one
printed page. Larger matrices will only be printed by special agreement but may more readily
be published electronically as Supplementary Information (see below).
Gene nomenclature. Species-specific rules on plant gene nomenclature are available for:
maize;
rice;
wheat and
arabidopsis.
Otherwise, Annals of Botany adopts the following conventions for abbreviations: each gene
abbreviation is preceded by letters identifying the species of origin. Lower-case italics should
be used for mutant genes (e.g. Rp-etr1); upper-case italics (e.g. Le-ACO1) for wild-type genes;
upright lower-case for proteins of mutated genes (e.g. Le-adh1); and upright upper-case for
proteins of wild-type genes (e.g. At-MYB2). It may often be helpful to readers if the names of
genes or gene families are spelled out in full at first mention.
Citations in the text. These should take the form of Felle (2005) or Jacobsen and Forbes (1999)
or (Williamson and Watanabe, 1987; Rodrigues, 2002a, b) and be ordered chronologically.
Papers by three or more authors, even on first mention, should be abbreviated to the name of
the first author followed by et al. (e.g. Zhang et al., 2005). If two different authors have the
same last name, give their initials (e.g. NH Kawano, 2003) to avoid confusion. Only refer to
papers as 'in press' if they have been accepted for publication in a named journal, otherwise
use the terms 'unpubl. res.', giving the initials and location of the person concerned. (e.g. H
Gautier, INRA, Lusignan, France, unpubl. res.) or 'pers. comm.' (e.g. WT Jones, University of
Oxford, UK, ‘pers. comm.’)
The LITERATURE CITED should be arranged alphabetically based on the surname of the
first or sole author. Where the same sole author or same first author has two or more papers
listed, these papers should be grouped in year order. Where such an author has more than one
paper in the same year, these should be ordered with single authored papers first followed by
two-author papers (ordered first alphabetically based on the second author's surname, then by
year) , and then any three-or-more-author papers (in year order only). Italicized letters 'a', 'b',
'c', etc., should be added to the date of papers with the same first authorship and year.
Each entry must conform to one of the following styles according to the type of publication.
Books
Öpik H, Rolfe S. 2005. The physiology of flowering plants. Physicochemical and
environmental plant physiology, 4th edn. Cambridge: Cambridge University Press.
Chapters in books
Scandalios JG. 2001. Molecular responses to oxidative stress. In: Hawkesford MJ, Buchner P,
eds. Molecular analysis of plant adaptation to the environment. Dordrecht: Kluwer, 181-208.
Research papers
Popper ZA, Fry SC. 2003. Primary cell wall composition of bryophytes and charophytes.
Annals of Botany 91: 1–12.
Theses
Tholen D. 2005. Growth and photosynthesis in ethylene-insensitive plants. PhD Thesis,
University of Utrecht, The Netherlands.
Anonymous sources
Anonymous. Year. Title of booklet, leaflet, report, etc. City: Publisher or other source,
Country.
124
Online references should be structured as: Author(s) name, author(s) initial(s). year. Full title
of article. Full URL. Date of last successful access (e.g. 12 Jan. 2003)
Acknowledgements. In the ACKNOWLEDGEMENTS, please be brief. 'We thank . . .' (not
'The present authors would like to express their thanks to . . .').
Funding information. Details of all funding sources for the work in question should be given
in a separate section entitled 'Funding'. This should appear before the 'Acknowledgements'
section.
The following rules should be followed:
The sentence should begin: ‘This work was supported by …’
The full official funding agency name should be given, i.e. ‘National Institutes of
Health’, not ‘NIH’ (full RIN-approved list of UK funding agencies) Grant numbers
should be given in brackets as follows: ‘[grant number xxxx]
Multiple grant numbers should be separated by a comma as follows: ‘[grant numbers
xxxx, yyyy]’
Agencies should be separated by a semi-colon (plus ‘and’ before the last funding
agency)
Where individuals need to be specified for certain sources of funding the following
text should be added after the relevant agency or grant number 'to [author initials]'.
An example is given here: ‘This work was supported by the National Institutes of Health
[AA123456 to C.S., BB765432 to M.H.]; and the Alcohol & Education Research Council
[hfygr667789].’
Appendix.
If elaborate use is made of units, symbols and abbreviations, or a detailed explanation of one
facet of the paper seems in order, further details may be included in a separate APPENDIX
placed after the LITERATURE CITED.
For more detail and information on types of files required for text, graphics and tables etc.,
please see the next section.
Back to Start
PREPARING TABLE FILES, FIGURE FILES, SUPPLEMENTARY INFORMATION
FILES AND VIDEO FILES
Each table, figure, video and set of supplementary information should be prepared as a
separate file on your computer in preparation for online submission. Towards the bottom of
the first submission screen of the online submission system, you should enter the appropriate
number of files you have in each category. This creates the spaces (boxes) that will
accommodate the files when they are uploaded later. The files are categorized as ‘Colour
Figures’, ‘Black and White Figures’, ‘Tables’, ‘Supplemental Material’ and ‘Video’.
Tables. The best guide for laying out tables and diagrams are papers in a recent issue of
Annals of Botany. Each table should have a separate file, a complete caption at the top and be
numbered Table 1, Table 2 etc. according to the order in which they are first mentioned in the
text. When preparing tables, adopt the 'Tables' set-up in MS Word, using one cell for each
datum cluster (e.g. 12.2 ± 1.65) and avoid the use of the 'return' key. Please do not use MS
Excel for submitting tables. These can easily be copied into MS Word files prior to
submission.
Figures. All images (e.g. line diagrams, drawings, graphs, photographs, plates) are considered
to be ‘Figures’. Each figure should be in a separate file and be numbered (Fig. 1, Fig. 2 etc.)
according to the order in which they are first mentioned in the text. Electron and light
photomicrographs should have internal scale markers. Colour images are encouraged and
printed without charge where they enhance significantly the clarity of the scientific
125
information. Line diagrams will normally be black on white and boxed with inward scale
markings. Use of colour in line diagrams may sometimes be agreed where this enhances
clarity significantly. Use open and/or closed circles, squares and triangles for symbols in line
graphs. Height and width should be chosen for either single (8.4 cm wide) or double (up to
17.3 cm wide) column reproduction. Grouping of related graphics into a single figure is
strongly encouraged. When a block of illustrative material consists of several parts, each part
should be labelled A, B, C, etc. and not treated as separate figures. Note that graphs and
diagrams of finally accepted papers are normally redrawn by the publisher to ensure a
consistent house style and should be inspected carefully by authors at the proof stage.
Simple black and white line drawings and graphs should be supplied as approx. 300 dpi JPG
files or MS PowerPoint files. The publisher will almost always redraw all such material if the
paper is accepted. More complicated drawings, such as detailed botanical illustrations will not
be redrawn and should be supplied as 600 dpi JPG files. For continuous tone images (e.g.
photographs), please supply JPG files at 300 dpi (or 600 dpi if the image is a mix of pictures
and text and/or has thin lines). Keeping total files sizes down will lessen up- and downloading
times. To help achieve this all images should be submitted at approximately the physical size
they would appear in the Journal. Scaling, sizing and cropping are best carried out within
image handling programs such as Adobe PhotoShop or Corel PhotoPaint. Please do not
supply photographic images as PowerPoint files as these are generally of poor resolution.
Note that PDF files are not acceptable. Also, please ensure that images that do NOT contain
colour are saved as ‘grayscale’ and that any layers have been flattened – taking these steps
can make the file size up to 10 times smaller. Note that a JPG file should not be repeatedly
saved as this reduces quality.
Large amounts of additional information can be submitted for publication electronically as
Supplementary Information provided that it is not essential for a basic understanding of the
main paper. Supplementary material will be refereed along with the core paper. At appropriate
positions in the main text authors should indicate what details are being made available,
followed by the words [Supplementary Information] in bold and between square brackets. The
online submission system provides space for supplementary information to be uploaded in
“Supplemental Material” files. The appropriate number of these types of file can be selected
towards the bottom of the first submission screen. Similarly, if you are including a video you
should enter [Supplementary Information - Video] in bold and between square brackets at the
appropriate place(s) in the text. A video can be uploaded after selecting a “Video” file on the
first submission screen. The movie should be created in a widely available program such as
Windows MediaPlayer. A short paragraph describing the contents of any Supplementary
Information or Video should also be inserted in the main text immediately before
ACKNOWLEDGEMENTS.
Back to Start
THE REVIEW PROCESS
The corresponding author and all co-authors receive an acknowledgment of receipt of the
manuscript and a manuscript reference number by e-mail. The corresponding author is
informed when a Handling Editor has been assigned to the paper. Manuscripts considered
suitable for peer review are sent to at least two outside referees. We give referees a target of
two weeks for the return of their reports. Currently (2006) less than 25 % of submitted papers
are accepted. Authors are asked to revise provisionally accepted articles within four weeks.
To view the make-up of the Editorial Board click on View full editorial board.
Back to Start
FORMATTING AND SUBMITTING A REVISED PAPER
The technical requirements for the Article, Table and Figure Files etc. are as described above
for the first submission. If the technical requirements are not met, the paper will be sent back
to the author until satisfactory files are provided. Revised papers are checked by a member of
the Editorial Board and may be subject to a further round of refereeing.
126
Back to Start
ACCEPTANCE, PROOFS, PRODUCTION AND PUBLICATION
When a paper is finally accepted you will be asked to supply some additional material for our
ContentSnapshot feature. Each ContentSnapshot comprises a thumbnail image relevant to the
paper and a short summary of its principal findings. For this, you will be asked to prepare a
suitable Snapshot Image file (in colour) for the thumbnail illustration and also a short
summary title and text (up to 60 words) to associate with the image. Examples of
ContentSnapshots can be found at http://aob.oxfordjournals.org/cgi/contentsnapshot/93/1.pdf.
You will also be invited to submit an eye-catching front cover picture and about 60 words of
text for possible printing on the inside cover of the issue in which your article would appear.
The technical requirements are similar to those for manuscript photographs. The picture
should be sharp, of good contrast and be related to the content of the submitted paper;
however, it need not be duplicated in the paper itself. The image should be sent as a TIFF,
JPG or GIF file at 300 dpi, size approx. 10 × 10 cm. Authors of selected material will receive
a copy of the cover illustration and a complimentary copy of the relevant issue of the Journal.
At the time of acceptance you will also be asked to return a Licence to Publish form to the
publisher Oxford University Press (Licence to Publish). This form also offers the opportunity
to choose to have the full text and PDF versions of the paper made available to non-
subscribers online from the time of first publication (Open Access). There is a charge for this,
which varies depending on circumstances (see http://www.oxfordjournals.org/oxfordopen) but
it is considerably cheaper for authors whose university or institution subscribes to the Journal,
and for authors in developing countries. If you do not select the Open Access option, your
paper will be published with standard subscription-based access and no charge will be made.
Information about the New Creative Commons licence can be found here.
Once a satisfactorily revised version has been received and accepted, the title of the paper,
authorship and hyperlinked e-mail address of the corresponding author will be posted on the
Annals of Botany website under AOBFirstAlert. This feature is accessible by subscribers and
non-subscribers from the Journal’s home page. Corresponding authors will receive PDF
proofs by e-mail attachment approximately 4–6 weeks after acceptance. Corrected proofs
should be returned within 24 h. Adobe Acrobat Reader will be needed to read the PDF proof
and is downloadable without charge from:
http://www.adobe.com/products/acrobat/readstep2.html. Authors should pay special attention
to diagrams, figures and to equations since these items are usually re-keyed or redrawn by the
publisher. At this stage, authors will also be invited to order offprints and extra single copies
of the issue in which the article will appear.
Publication and printing process
Once corrected proofs have been received and checked, the paper is posted on the website
approximately six weeks ahead of print under AOBPreview. Each article is identified by a
unique DOI (Digital Object Identifier), a code that can be used in bibliographic referencing
and searching. The DOI and date of electronic publication in AOBPreview are also printed in
the normal fully paginated monthly issue that is published about six weeks later. The paper
will appear online and in print during the week preceding the start of the month of issue. The
dates of submission, first return for revision, final acceptance and date of electronic
publication of each article are printed on each paper.
The corresponding author will receive a free copy of the printed issue in which their paper
appears and a free URL that gives access to the article online and to a downloadable PDF. In
addition, 25 free printed copies of the article will be supplied provided that the offprint order
form is completed and returned to OUP. These items are normally dispatched within seven
days of publication of the printed journal. The corresponding author is responsible for
distributing this URL to any co-authors.
Post-publication services
127
After publication any author or reader is given the opportunity to comment on your paper (and
any other paper) electronically using the ‘E-Letters’ feature. For more information click on
this E-Letters link. Monthly alerts that supply the Journal’s current Table of Contents can be
requested by clicking on Email table of contentsor by using an RSS feed . For more details on
the latter click on XML RSS feed. Readers can also be alerted to related papers in Annals of
Botany and a wide range of other journals using the High Wire ‘CiteTrack’ alerting system.
To access this click on CiteTrack.
Back to Start
FORMAL STATEMENT
Authors or their employers retain copyright on articles published in Annals of Botany.
However, it is a condition of publication in the Journal that authors or their employers grant
an exclusive licence to the Annals of Botany Company by completing and signing the Licence
to Publish. This ensures that requests from third parties to reproduce articles are handled
efficiently and consistently and allows the article to be disseminated as widely as possible.
The Licence permits authors to use their own material in other publications provided that the
Journal is acknowledged as the original place of publication and that the Annals of Botany
Company is notified in writing
Papers are published on the understanding that the work is free of plagiarism, that all authors
have agreed to publication in Annals of Botany and that those contributing substantially to the
work have been appropriately acknowledged or given co-authorship. The official publication
date is the date on which the paper is first posted electronically on the website. This date will
normally be when the paper appears in AOBPreview. If a paper is not posted in AOBPreview,
the date of publication is the date of first appearance in a fully paginated print or electronic
monthly issue. For more about rights and permissions click on this link Rights
Author Self-Archiving/Public Access policy
For information about this journal's policy, please visit our Author Self-Archiving policy page
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo