conseqüência no dispêndio calórico, onde a média inicial do grupo era de 896,36 mets/semana
usual e após o treinamento com o Método Pilates resultou numa média de 1384,32
mets/semana usual, e, portanto com um acréscimo de 487,95 mets/semana.
Esta diferença talvez reflita questões sociais impregnadas na cultura das mulheres
idosas, onde o tempo gasto com atividades para manutenção do ambiente em que vivem,
como limpo e organizado, seja de grande importância para a percepção da mulher idosa como
autônoma e ainda capaz de administrar o seu lar. Este estudo não aprofundou características
sócio-econômicas, como situação de trabalho, ou seja, se a participante ainda trabalhava, ou
era aposentada, ou ainda, qual o grau de escolaridade das participantes. O enfoque desta
pesquisa se deu na realização das atividades da vida diária.
Durante a validação de uma bateria de testes de atividades da vida diária, os resultados
encontrados por Andreotti e Okuma
33
apontaram que os testes relacionados à capacidade
funcional de idosos fisicamente independentes devem enfocar as atividades de locomoção
sugeridas pelos participantes do estudo como: caminhar, sentar e levantar-se, subir escadas,
subir degraus, levantar-se do solo. E também, atividades diárias de habilidades manuais e de
auto-cuidado, como calçar meias.
Neste estudo foi utilizado o mesmo protocolo e os resultados após o treinamento de
doze semanas com o MP, apresentados na tabela 3, sendo dos testes que compõem a Bateria
de Atividades da Vida Diária para Idosos Fisicamente Independentes que simula Atividades
da Vida Diária, apresentaram significância estatística em todos os testes realizados.
Na tentativa de comparar os resultados encontrados neste estudo com a literatura
existente, Arantes e Costa
55
realizaram uma pesquisa semelhante a esta, porém na modalidade
de intervenção a Musculação. Estes estudiosos contaram com oito indivíduos (três homens e
seis mulheres), com idade variando de 55 e 80 anos que praticavam musculação há cinco
meses no projeto AFRID-FAEFI-UFU. O treinamento de força foi de oito semanas, com três
sessões semanais de 60 minutos. Encontraram, também, resultados significativos nos testes
aplicados: “caminhar/correr 800m”, (p:0,019); “sentar-se e levantar-se da cadeira e
locomover-se pela casa”, p = 0,024 e o teste “subir escadas”, p = 0,04.
Mas, neste estudo, os testes com maior significância com um valor de p<0,001 foram
os testes de “caminhar/correr 800m”; “sentar-se e levantar-se da cadeira e locomover-se pela
casa” e o teste “subir escadas”.
Ainda, no presente estudo, outros testes também apresentaram significância, como no
teste “levantar-se do solo” (p:0,001); teste de “calçar meias” (p: 0,004). Mas, ao compararmos
novamente ao estudo de Arantes e Costa
55
, os mesmo testes “levantar-se do solo” (p: 0,01);