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Classes de Risco
Descrição das Classes de Risco
Estrutura de madeira isolada
do solo, sob abrigo e
protegida de qualquer risco
de reumidifiação
.
ições de exposições são as mais favoráveis para
aplicação na construção civil.
Contudo, deve-se verificar a possibilidade
de ataque das peças por agentes deterioradores de madeira seca e
adotar medidas preventivas equivalentes às situações detectadas.
Esta
categoria de exposição ocorre em escadas, portas, rodapés,
Estrutura de madeira isolada
do solo, sob abrigo em
contato permanente com
fonte de umidade.
É nesta categoria de uso que ocorrem os incidentes de conservação
mais freqüente, devido a um otimismo exagerado implicando em
ausência de precaução. Mesmo que a madeira esteja sob abrigo e
isolado da umidade do solo, deve-se verificar se esta apresenta
contato permanente com fonte de umidade. Tem-se que estudar a
possibilidade de reumidificação da madeira por águas de condensação
ou simplesmente por minúsculos vazamentos de água. Esta categoria
engloba casos em que a madeira apresenta contato com alvenaria
úmida ou em armários sob a pia em banheiros, entre outros.
Estruturas de madeira sem
contato direto com o solo,
mas exposto a intempéries
.
Nesta classe a única fonte de umidificação é constituída pelas chuvas
e águas de condensação. Para a madeira isolada do solo, mas
exposta às intempéries a ação da água é intermitente, se, por qualquer
razão, a água estagne nas fendas ou ligações abertas dos elementos
de madeira, pode desenvolver ataque por agentes deterioradores tanto
nas partes úmidas como nas partes sãs. Nessas condições de
exposição, as peças de madeira encontram-se comumente
empregadas em estruturas externas, treliças expostas, treliças de
pontes, entre outros.
Estrutura de madeira em
contato direto com o solo
e/ou intempéries.
Verificando-se as condições de exposição das madeiras em uso que
pertencem a esta classe, observa-se que o contato direto com o solo
expõe este material às variações de umidade e aos resíduos orgânicos
presentes na superfície de apoio. Por sua vez o intemperismo permite
que a estrutura sofra mudanças constantes de temperatura, esteja em
contato direto com os raios ultravioletas, e se exponha às variações de
umidade. Em alguns casos, necessita-se empregar a madeira nestas
condições, sendo as principais: os dormentes de ferrovias, postes de
telecomunicações e de transmissão de energia elétrica, mourões.
Estrutura de madeira imersa
em água doce.
Madeira nesta condição de exposição é submetida às condições de
anaerobiose. Na condição de umidade saturada, as paredes celulares
atingem o máximo de inchamento criando aberturas dentro da matriz
polimérica. Quando a madeira encontra-se imersa em parte, a zona
emersa se apresenta exposta à degradação aos agentes aeróbicos. A
condição se assemelha à classe de exposição em que a peça
encontra-se em contato permanente com fonte de umidade. Os casos
críticos desta categoria estão nas estruturas presentes em obras
fluviais, tais como elementos constituintes de passarelas ou pontes,
estacas que em parte estão abaixo do nível do lençol freático, entre
outros
Estrutura de madeira imersa
em água salgada ou salobra
Nesta categoria de exposição às madeiras são susceptíveis aos
ataques de agentes deterioradores marinhos. A evolução da gravidade
do ataque está relacionada à salinidade, à temperatura da água e
infestação eventual. Pode-se dizer que a aplicação da madeira em
águas salobras encontra-se subordinada à utilização e ao estudo do de
técnicas aprimoradas de preservação. A incidência dessa categoria
pode ser observada em regiões litorâneas principalmente em portos,
pontes e passarelas.
QUADRO 1 - SISTEMA DE CLASSE DE RISCO
FONTE: CAMPOS (2002)