Download PDF
ads:
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Universidade Federal do Amazonas - UFAM
Programa de Pós-Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais
Divisão do Curso de Pós-Graduação em Entomologia
TIAGO KÜTTER KROLOW
Manaus - Amazonas - Brasil
2009
Revisão Taxonômica do Gênero do Novo Mundo Chlorotabanus
Lutz, 1913 (Diptera: Tabanidae)
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Universidade Federal do Amazonas - UFAM
Programa de Pós-Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais
Divisão do Curso de Pós-Graduação em Entomologia
Revisão Taxonômica do Gênero do Novo Mundo Chlorotabanus
Lutz, 1913 (Diptera: Tabanidae)
Mestrando: Tiago Kütter Krolow
Orientador: Dr. Augusto Loureiro Henriques
Dissertação apresentada à Coordenação do
Programa de Pós-Graduação em Biologia
Tropical e Recursos Naturais, do convênio
INPA/UFAM, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Mestre em
Ciências Biológicas, área de concentração
em Entomologia.
Manaus - Amazonas - Brasil
2009
ads:
ii
K93 Krolow, Tiago Kütter
Revisão taxonômica do gênero do Novo Mundo Chlorotabanus Lutz,
1913 (Diptera: Tabanidae) / Tiago Kütter Krolow.--- Manaus : [s.n.], 2009.
xii, 85 f. : il. color.
Dissertação (mestrado)-- INPA/UFAM, Manaus, 2009
Orientador : Augusto Loureiro Henriques
Área de concentração : Entomologia
1. Chlorotabanus. 2. Diachlorini. 3. Taxonomia. I. Título.
CDD 19. ed. 634.95
Sinopse:
O gênero Chlorotabanus Lutz, 1913, agora com 11 espécies, é revisado com base
no material-tipo e em espécimes depositados em coleções nacionais e internacionais,
através do uso de caracteres externos. Seis espécies são redescritas e seus registros de
distribuição são ampliados. Outras duas espécies são transcritas e discutidas, e três espécies
novas são descritas. São fornecidas uma chave de identificação e a distribuição geográfica
das espécies.
Palavras-chave: 1. Chlorotabanus. 2. Diachlorini. 3. Taxonomia. 4. Novas espécies. 5.
Novo mundo.
iii
BANCA EXAMINADORA
Dr. Carlos José Einicker Lamas
Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo – MZSP/USP
Dr. Christian Raul González
Instituto de Entomología, Universidad Metropolitana de Ciencias de la Educación
(Santiago – Chile)
Dr. Inocêncio de Sousa Gorayeb
Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG
Dr. José Albertino Rafael
Coordenação de Pesquisas em Entomologia do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia – CPEN/INPA
Dr. Silvio Shigueo Nihei
Universidade de São Paulo – USP/Instituto de Biociências/Departamento de Zoologia
iv
“Não consigo me convencer de que um
Deus onipotente e benévolo tenha
deliberadamente criado os Ichneumonidae com
a intenção expressa de que estes se
alimentassem dos corpos vivos das lagartas”
Charles Darwin, 1860.
v
Agradecimentos
A Divisão do Curso de Pós-Graduação em Entomologia, do Programa de Pós-
Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais, do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (INPA), pela infra-estrutura e oportunidade de realização deste
trabalho.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ),
pela concessão da bolsa de mestrado.
Ao meu orientador Dr. Augusto Loureiro Henriques, por sua dedicação,
ensinamentos e amizade, mas principalmente por sua confiança.
Ao Dr. José Albertino Rafael (INPA), por todo apoio, críticas e sugestões.
Aos curadores das instituições nacionais e internacionais citados na sessão de
material e métodos, os quais permitiram o empréstimo do material de estudo.
A meus pais Darci Marten Krolow e Irene Kütter Krolow por todo amor e
incentivo, mas principalmente pelos longos anos dedicados a minha educação.
A meus irmãos André Kütter Krolow e Patrícia Krolow Gomes, os quais
contribuíram substancialmente na formação do meu caráter.
A minha noiva Maíra Cássia Schwertz por todo seu amor, dedicação e amizade,
mas principalmente pela paciência e compreensão tão fundamentais nessa etapa da
minha vida, “Sem você tudo seria muito mais difícil”.
Aos antigos professores da UFPEL, hoje grandes amigos: Dr. Rodrigo Ferreira
Krüger, Dr. Edison Zefa e Dr. Paulo Bretanha Ribeiro, pelas grandes contribuições na
minha formação acadêmica e pessoal.
Aos amigos de longa data: Rodrigo Azevedo, Diogo Sanes, Luciano Martins,
Felipe Knorr, André Vega e Nádia Caldeira que mesmo distantes continuam presentes
no meu dia a dia.
vi
Aos incansáveis amigos Fábio Godoi e Juliana Araújo, por toda amizade e
dedicação, mas principalmente pelas críticas e duras, tão freqüentes e perturbadoras,
mas que por fim foram fundamentais durante esse período.
Aos amigos Alex Souza e Frederico Kirst, por terem embarcado comigo nesta
longa jornada. Em especial ao “Fred” por ter suportado morar comigo por dois anos e
aturar minhas manias (esse vai pro “Guinness book”).
Aos amigos do INPA: Jeyson Albino, Carlos André Nogueira, Rodrigo Vieira,
Cínthia Chagas, Renato Machado, Leonardo Pierrot, Lisiane Wendt, Daniel Maiolino,
Annelize Rosenthal, Yana Karlla, Sheila Fernandes, Francisco Xavier Filho, Alexandre
Silva Filho, Philip Klauvin de Almeida, Diego Mendes, Beatriz Coelho, Eduardo Amat,
Raimunda (Dona Ray).
A todas as pessoas que contribuíram de alguma forma ao longo deste período.
vii
SUMÁRIO
Lista de Figuras ............................................................................................................. viii
Resumo ............................................................................................................................. x
Abstract ............................................................................................................................ xi
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
1.1. Aspectos Gerais ..................................................................................................... 1
1.2. Histórico do gênero ............................................................................................... 2
1.3. Justificativa ............................................................................................................ 5
2. OBJETIVOS ................................................................................................................. 5
2.1. Objetivo Geral ....................................................................................................... 5
2.2. Objetivos Específicos ............................................................................................ 5
3. MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................... 6
3.1. Origem do Material ............................................................................................... 6
3.2. Material-Tipo ......................................................................................................... 7
3.3. Estudo dos espécimes ............................................................................................ 8
3.4. Terminologia ......................................................................................................... 8
3.5. Fotografias ............................................................................................................. 8
3.6. Do corpo de resultados e discussões ..................................................................... 9
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................. 10
Chlorotabanus Lutz, 1913 .......................................................................................... 10
Chave de identificação para as fêmeas de Chlorotabanus ......................................... 12
Revisão das espécies ................................................................................................... 14
Chlorotabanus crepuscularis (Bequaert, 1926) ......................................................... 14
Chlorotabanus fairchildi Wilkerson, 1979 ................................................................. 19
Chlorotabanus falsiflagellatus sp. nov. ...................................................................... 21
Chlorotabanus flagellatus Krolow e Henriques (no prelo) ........................................ 23
Chlorotabanus inanis (Fabricius, 1787) ..................................................................... 28
Chlorotabanus leucochlorus Fairchild, 1961 ............................................................. 33
Chlorotabanus leuconotus sp. nov. ............................................................................ 38
Chlorotabanus mexicanus (Linnaeus, 1758) .............................................................. 42
Chlorotabanus microceratus sp. nov. ........................................................................ 48
Chlorotabanus ochreus Philip e Fairchild, 1956 ........................................................ 52
Chlorotabanus parviceps (Kröber, 1934) ................................................................... 54
5. CONCLUSÕES .......................................................................................................... 60
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 61
viii
Lista de Figuras
Figura 1. Caracteres de identificação de Tabanidae (Diptera): A, cabeça (vista latero-
frontal); B, antena (vista lateral); C, tórax (vista lateral); D, venação alar
(vista dorsal); E, células alares (vista dorsal) ...................................................... 68
Figura 2. Chlorotabanus crepuscularis (A-E ; F-I ): A-B, F-G, Corpo (vistas dorsal
e lateral); C e H, Cabeça (vista frontal); D e I, Antena (vista lateral); E, Asa
(vista dorsal);....................................................................................................... 69
Figura 3. Chlorotabanus fairchildi (A-C parátipo ; D-E ): A-B, Corpo (vistas dorsal
e lateral); C, Cabeça (vista frontal); D, Antena (vista lateral); E, Asa (vista
dorsal).................................................................................................................. 70
Figura 4. Chlorotabanus falsiflagellatus sp. nov. (A-C holótipo ; D-E ): A-B, Corpo
(vistas dorsal e lateral); C, Cabeça (vista frontal); D, Antena (vista lateral); E,
Asa (vista dorsal) ................................................................................................ 71
Figura 5. Chlorotabanus flagellatus (A-C holótipo ; D-E ; F-I ): A-B, F-G, Corpo
(vistas dorsal e lateral); C e H, Cabeça (vista frontal); D e I, Antena (vista
lateral); E, Asa (vista dorsal)............... ................................................................ 72
Figura 6. Chlorotabanus inanis (A-C Neótipo ; D ; E-H ): A-B, E-F, Corpo (vistas
dorsal e lateral); C e G, Cabeça (vista frontal); D, Asa (vista dorsal); H,
Antena (vista lateral) ........................................................................................... 73
Figura 7. Chlorotabanus inanis (A-M ): Antenas (vista lateral). A, Brasil (MA); B,
Brasil (RO); C, Brasil (AM); D, Brasil (RJ); E, Brasil (AM); F, Colômbia; G,
Costa Rica; H, Venezuela; I, Venezuela; J, Peru; L, Peru; M, Panamá .............. 74
Figura 8. Chlorotabanus leucochlorus (A-C holótipo ; D-E ): A-B, Corpo (vistas
dorsal e lateral); C, Cabeça (vista frontal); D, Antena (vista lateral); E, Asa
(vista dorsal) ........................................................................................................ 75
Figura 9. Chlorotabanus leuconotus sp. nov. (A-C holótipo ; D-E ; F-I ): A-B, F-
G, Corpo (vistas dorsal e lateral); C e H, Cabeça (vista frontal); D e I, Antena
(vista lateral); E, Asa (vista dorsal) ..................................................................... 76
ix
Figura 10. Chlorotabanus mexicanus (A-E, J ; F-I ): A-B, F-G, Corpo (vistas dorsal
e lateral); C e H, Cabeça (vista frontal); D e I, Antena (vista lateral); E e J,
Asa (vista dorsal)... ............................................................................................. 77
Figura 11. Chlorotabanus microceratus sp. nov. (A-C holótipo ; D-E ; F-I ): A-B,
F-G, Corpo (vistas dorsal e lateral); C e H, Cabeça (vista frontal); D e I,
Antena (vista lateral); E, Asa (vista dorsal) ........................................................ 78
Figura 12. Chlorotabanus ochreus (A-E holótipo ): A-B, Corpo (vistas dorsal e
lateral); C, Cabeça (vista frontal); D, Antena (vista lateral); E, Asa (vista
dorsal).................................................................................................................. 79
Figura 13. Chlorotabanus parviceps (A-C Alótipo ; D-E ; F-I ): A-B, F-G, Corpo
(vistas dorsal e lateral); C e H, Cabeça (vista frontal); D e I, Antena (vista
lateral); E, Asa (vista dorsal)..... .......................................................................... 80
Figura 14. Chlorotabanus parviceps A e C: Cabeça (vistas dorsal e lateral);
Chlorotabanus inanis: B e D, Cabeça (vistas dorsal e lateral) ........................... 81
Figura 15. Mapa dos registros de ocorrência: Chlorotabanus crepuscularis,
Chlorotabanus fairchildi e Chlorotabanus inanis ............................................. 82
Figura 16. Mapa dos registros de ocorrência: Chlorotabanus falsiflagellatus sp. nov.,
Chlorotabanus flagellatus, Chlorotabanus leuconotus sp. nov. e
Chlorotabanus parviceps .................................................................................... 83
Figura 17. Mapa dos registros de ocorrência: Chlorotabanus leucochlorus,
Chlorotabanus mexicanus, Chlorotabanus microceratus sp. nov. e
Chlorotabanus ochreus ....................................................................................... 84
x
Resumo
O gênero Chlorotabanus Lutz foi revisado baseado em exame de material-tipo (sempre
quando possível) e espécimes obtidos por empréstimo de diversas instituições nacionais
e estrangeiras, através do estudo dos caracteres morfológicos externos. Foram
examinados 2.045 espécimes, sendo 483 machos e 1.562 fêmeas. As oito espécies
atualmente válidas são mantidas: C. crepuscularis (Bequaert, 1926); C. fairchildi
Wilkerson, 1979; C. flagellatus Krolow e Henriques (no prelo); C. inanis (Fabricius,
1787); C. leucochlorus Fairchild, 1961; C. mexicanus (Linnaeus, 1758); C. ochreus
Philip e Fairchild, 1956; C. parviceps (Kröber, 1934). Três espécies novas são descritas:
C. falsiflagellatus sp. nov. (Brasil, AM, Barcelos), C. leuconotus sp. nov. (região
amazônica) e C. microceratus sp. nov. (Brasil, MA). Tabanus tetrapunctus Thunberg,
antes sinônimo de C. mexicanus, foi sinonimizado sob C. crepuscularis (nova
sinonímia). São fornecidos diagnoses, descrições ou redescrições, registros de
distribuição, ilustrações e discussão para cada espécie, bem como uma chave
dicotômica para identificação das fêmeas.
xi
Abstract
The genus Chlorotabanus was revised based on type-material (whenever possible) and
specimens loaned of various national and international institutions, through the study of
external morphology. 2,045 specimens were examined, with 483 males and 1,562
females. The eight known species are considered valid: C. crepuscularis (Bequaert,
1926), C. fairchildi Wilkerson, 1979; C. flagellatus Krolow and Henriques (in press), C.
inanis (Fabricius, 1787), C. leucochlorus Fairchild, 1961; C. mexicanus (Linnaeus,
1758), C. ochreus Philip and Fairchild, 1956; C. parviceps (Kröber, 1934). Three new
species are described: C. falsiflagellatus sp. nov. (Brazil, AM, Barcelos), C. leuconotus
sp. nov. (Amazon region) and C. microceratus sp. nov. (Brazil, MA). Tabanus
tetrapunctus Thunberg, previously a synonym of C. mexicanus, is synonymized under
C. crepuscularis (Syn. Nov.). Diagnoses, descriptions or redescriptions, distribution
records, illustrations and discussion are provided. For each species an identification key
to females is provided.
1
1. INTRODUÇÃO
1.1. Aspectos Gerais
Os tabanídeos pertencem à ordem Diptera, alocados na subordem Brachycera,
infraordem Tabanomorpha, popularmente conhecidos como “mutucas”. Os adultos
variam de 5mm a 25mm de comprimento e apresentam uma grande uniformidade em
sua estrutura básica (Fairchild, 1981). As fêmeas são comumente conhecidas por sua
atividade hematófaga, atacando desde o homem a animais domésticos e silvestres.
Conforme Barretto (1949) e Krinsky (1976), essa atividade torna algumas espécies
potenciais agentes de transmissão de patógenos ao homem e outros animais. Foil e
Hogsette (1994), observaram que a dolorosa picada e o alto grau de hematofagia fazem
dos tabanídeos uma grande ameaça aos rebanhos bovinos.
Os machos são de difícil captura, sua alimentação é basicamente nectarívora ou
não se alimentam. As larvas na grande maioria são predadoras, obtendo alimento dos
líquidos corpóreos de suas presas. Segundo Ferreira e Rafael (2006) na falta de alimento
disponível, é comum a prática do canibalismo. Habitam ambientes aquáticos e semi-
aquáticos, podendo se desenvolver em águas paradas ou correntes, sendo comumente
encontradas em bromélias, buracos de árvores e troncos caídos (Fairchild, 1981).
González (1998) comenta sobre algumas espécies com desenvolvimento terrestre.
Os membros da família ocorrem em todas as regiões biogeográficas. Das 4.290
espécies e 137 gêneros encontrados pelo mundo, 1.172 espécies e subespécies e 65
gêneros ocorrem na Região Neotropical, o que representa aproximadamente 27,3 % das
espécies e 47,4 % dos gêneros mundiais (Fairchild e Burger, 1994).
Com base nos trabalhos revisionais feitos por Mackerras em meados de 1950,
Fairchild (1969) apresentou um novo sistema de classificação aplicado à fauna
Neotropical. Posteriormente, Coscarón e Papavero (1993) atualizaram o sistema de
classificação, publicaram um manual ilustrado para a identificação de gêneros e
subgêneros, onde os tabanídeos neotropicais estão subdivididos em três subfamílias:
Pangoniinae, Chrysopsinae e Tabaninae.
2
1.2. Histórico do gênero
O gênero Chlorotabanus proposto por Lutz (1913) para Tabanus mexicanus
Linnaeus, 1758, está alocado na subfamília Tabaninae, mais precisamente na tribo
Diachlorini. No inicio do século passado, o sistema de classificação dos tabanídeos
sofria certa instabilidade, devido ao surgimento de novas propostas com determinada
freqüência. Conforme Borgmeier (1933), um dos motivos para a constante confusão na
classificação dos tabanídeos é que Enderlein (1922; 1925) não considerou o trabalho de
Coquillett (1910), no qual foram designados muitos gêneros de Tabanidae. Segundo
Bequaert (1924), este fato produziu uma série de erros, que o próprio tratou de corrigir.
Inicialmente a criação do gênero Chlorotabanus era datada para o ano de 1909
por Lutz, e aceita por Borgmeier (1933) e Kröber (1934). O primeiro a contestar a
validade desse trabalho foi Barretto (1950), segundo o próprio, o trabalho de Lutz em
1909, intitulado “Collecção de tabánidas” não passaria de um folheto anônimo com uma
lista de gêneros e espécies, na qual não aparecem as descrições dos gêneros, nem o
desígnio da espécie tipo e desse modo não atenderia às Normas do Código de
Nomenclatura Zoológica. Em 1911 o documento foi reimpresso sob o titulo de “Institut
Oswaldo Cruz, Manguinhos, Rio de Janeiro (Brazil), Internationale Hygiene-
Ausstellung Dresden, 1911” apresentando pequenas modificações, no entanto se
deparava com as mesmas falhas do trabalho anterior.
Segundo Fairchild (1951) foi difícil decidir em qual ano deveria ser validado um
nome, o qual já foi publicado como novo em diversas ocasiões. Adicionado ao fato de
que muitas vezes, estes foram propostos sem uma definição adequada ou sem a inclusão
das espécies válidas e quase sempre sem referências bibliográficas, o que acaba por
dificultar a decisão de validar ou não. O catálogo de Fairchild (1971) e o manual
ilustrado de Coscarón e Papavero (1993) ainda aceitam 1909 como ano de criação do
gênero. Após muitos anos de discussão Fairchild e Burger (1994) decidiram ignorar os
trabalhos de Lutz (1909; 1911), adotando o trabalho de Lutz (1913), intitulado “Sobre a
Systematica dos tabanídeos, subfamília Tabaninae”, como data correta de criação do
gênero, este trabalho foi publicado originalmente no periódico Brazil Medico, e no ano
seguinte nas Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, com a tradução em alemão.
Outros relevantes trabalhos foram dedicados a este gênero. Kröber (1930)
propôs uma chave de identificação para Chlorotabanus, que incluía quatro espécies: C.
inanis (Fabricius, 1787); C. crepuscularis (Bequaert, 1926); C. mexicanus; C.
3
microcephalus esta última descrita neste trabalho. Em seguida, o próprio Kröber (1934)
transferiu Chlorotabanus do status de gênero para o de subgênero de Tabanus e
renomeou C. microcephalus como T. (C). parviceps, além disso, mais uma espécie foi
adicionada T. (C). luteoflavus Bellardi. Na década seguinte, Fairchild (1940)
restabeleceu o status genérico de Chlorotabanus e forneceu uma nova chave de
identificação, esta novamente com quatro espécies, pois T. (C). luteoflavus, foi
transcrita para o gênero Cryptotylus Lutz. Stone (1938) comenta sobre a única espécie
Neártica, C. crepuscularis. Ao tomar conhecimento desta espécie, Philip (1941) elegeu
uma nova tribo Chlorotabanini. Posteriormente um estudo sobre as categorias
taxonômicas de Tabanidae baseado nas genitálias de ambos os sexos, feito por
Mackerras (1954), incluiu Chlorotabanus na tribo Diachlorini, em um grupo que possui
antena ou palpos variavelmente modificados, labelas esclerotinizadas e brilhantes.
Philip e Fairchild (1956) transferiram o gênero Cryptotylus, para subgênero de
Chlorotabanus. Além disso, forneceram redescrições e chaves de identificação para
ambos, onde foram reconhecidas cinco espécies do subgênero Chlorotabanus, com a
adição de uma espécie C. (C). ochreus e outras cinco espécies do subgênero
Cryptotylus.
Barretto (1960) propôs uma nova chave para identificação de gêneros
neotropicais, onde Chlorotabanus e Cryptotylus são diferenciados pela presença ou não
de calo frontal, além de caracteres da antena e labela. Ele salientou ainda, que os
conceitos utilizados por Kröber (1932) eram obsoletos e que os trabalhos de Mackerras
(1954; 1955; 1955a) ofereceram nova luz à classificação dos tabanídeos.
Mais uma espécie foi descrita por Fairchild (1961), C. (C). leucochlorus.
Posteriormente Fairchild (1969), confirmou que os trabalhos de Mackerras (1954; 1955;
1955a) esclareceram o entendimento das categorias supragenéricas, através da utilização
dos caracteres das genitálias para definição das subfamílias e tribos. Dessa forma,
Fairchild (1969) voltou a tratar Cryptotylus como um gênero separado de
Chlorotabanus, sugerindo ainda um relacionamento menos estreito entre ambos,
acreditando haver mais proximidade com o gênero Phaeotabanus.
No catálogo para tabanídeos da região Neotropical (Fairchild 1971), o gênero
Chlorotabanus apresentava cinco espécies. O conhecimento dos estágios imaturos foi
detalhado em Goodwin (1973) e Goodwin e Murdoch (1974). O trabalho de Wilkerson
(1979), na Colômbia, descreveu mais uma espécie, C. fairchildi. Os mais recentes
4
trabalhos taxonômicos do grupo foram a descrição do macho de C. leucochlorus
(Krolow e Henriques, 2008) e a descrição de C. flagellatus Krolow e Henriques (no
prelo).
Os trabalhos de classificação mais atualizados sobre os tabanídeos do novo
mundo são os catálogos Neotropical (Fairchild e Burger, 1994) e Neártico (Burger,
1995). Abaixo, a lista das oito espécies válidas de Chlorotabanus e suas respectivas
sinonímias:
- C. crepuscularis (Bequaert, 1926)
T. flavus Macquart, 1834
- C. fairchildi Wilkerson, 1979
- C. flagellatus Krolow e Henriques (no prelo)
- C. inanis (Fabricius, 1787)
T. ochroleucus Meigen, 1804
T. sulphureus Palisot de Beauvois, 1819
T. inconspicuus Walker, 1848
T. viridiflavus Walker, 1850
- C. leucochlorus Fairchild, 1961
- C. mexicanus (Linnaeus, 1758)
T. olivaceus DeGeer, 1776
T. punctatus Fabricius, 1787
T. tetrapunctus Thunberg, 1827
- C. ochreus Philip e Fairchild, 1956
- C. parviceps (Kröber, 1934)
5
1.3. Justificativa
A exuberância da riqueza de insetos no Brasil é inquestionável, entretanto, ainda
não existe um inventário das espécies brasileiras, aliado ao fato que diversas áreas estão
sofrendo processos de degradação e extinção, sem que tenham sido devidamente
estudadas (Carvalho, 1998). Conhecer nossa fauna antes que ela desapareça é uma
necessidade urgente, para isso os trabalhos de cunho taxonômico se mostram de suma
importância.
Apesar do aumento no número de taxonomistas ativos nos últimos anos, existe
ainda uma grande carência destes profissionais em grupos de Diptera, incluindo os de
interesse econômico (Grazia et al., 2000). Para que haja uma mudança nessa perspectiva
negativa, um dos primeiros passos a ser tomado, é a publicação de informações básicas
para a identificação das espécies, aliado aos padrões de distribuições (Carvalho, 1998).
Segundo Fairchild e Burger (1994), algumas espécies apresentam seus registros
de coleta amplamente distribuídos na América do Sul, entretanto, essas espécies não são
observadas em algumas das principais coleções de tabanídeos desta região (Henriques e
Gorayeb, 1993; Henriques, 1995).
O estudo taxonômico de Chlorotabanus pode acrescentar um aumento na
riqueza de espécies dessa família, bem como de suas distribuições geográficas. Através
de um exame minucioso do material-tipo e de séries de espécimes depositados em
coleções, novos caracteres e particularidades serão acrescentados, o que por sua vez,
poderá tornar mais fácil o entendimento do grupo e servindo como base de dados para
trabalhos futuros.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Realizar a revisão taxonômica das espécies de Chlorotabanus.
2.2. Objetivos Específicos
1. Descrever possíveis espécies novas;
2. Redescrever as espécies conhecidas de forma mais detalhada e padronizada;
3. Elaborar uma chave dicotômica de identificação para as espécies;
4. Atualizar a distribuição dos registros das espécies.
6
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Origem do Material
O material examinado foi obtido através de empréstimo em diversas instituições
nacionais e estrangeiras. Abaixo, a lista das instituições e seus curadores, com suas
respectivas siglas conforme Evenhuis (2009).
CAS - California Academy Sciences - São Francisco, CA, EUA (Dr. Victor Smith).
CZMA – Coleção Zoológica da Universidade Estadual do Maranhão - Caxias, MA,
Brasil (Dr. Francisco Limeira de Oliveira).
CZPB - Coleção Zoológica Prof. Paulo Bührnheim, Departamento de Biologia,
Universidade Federal do Amazonas - Manaus, AM, Brasil (Dra. Nair Otaviano Aguiar).
DZUP - Coleção de Entomologia Pe. Jesus Santiago Moure, Departamento de Zoologia,
Universidade Federal do Paraná - Curitiba, PR, Brasil (Dr. Claudio José Barros de
Carvalho).
FMNH - Field Museum of Natural History, Chicago, IL, EUA (Dr. James Boone).
FSCA - Florida State Collection of Arthropods, Gainesville, FL, USA, (Dr. Gary
Steck). Fotos.
INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - Manaus, AM, Brasil (Dr.
Augusto Loureiro Henriques).
LACM - Natural History Museum of Los Angeles County – Los Angeles, CA, EUA
(Dr. Weiping Xie).
MCZ - Museum of Comparative Zoology - Cambridge, Massachusetts, USA (Dr. Philip
Perkins). Fotos.
MLPA - Museo de La Plata, Universidad Nacional de La Plata - La Plata, Argentina
(Dr. Sixto Coscarón).
MNHN - Muséum National d´Histoire Naturelle - Paris, França (Dr. Christophe
Daugeron).
7
MNRJ - Museu Nacional do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro -
Rio de Janeiro, RJ, Brasil (Dra. Márcia Couri).
MPEG - Museu Paraense Emílio Goeldi - Belém, PA, Brasil (Dr. Inocêncio de Sousa
Gorayeb).
MZSP - Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo - São Paulo, SP, Brasil (Dr.
Carlos Einicker Lamas).
NHM - Natural History Museum - Londres, Inglaterra (Dra. Erica McAlister).
NHRS - Naturhistoriska Riksmuseet – Estocolmo, Suécia (Dr. Niklas Jönsson). Fotos.
UMNH - Entomological Museum, Utah State University – Salt Lake City, UT, EUA
(Dr. Wilford Hanson).
UUZM - Museum of Evolution, Uppsala University, Uppsala, Suécia (Dr. Hans
Mejlon).
ZMUC - Zoologiske Museum University of Copenhagen, Copenhagen, Dinamarca (Dr.
Thomas Pape).
3.2. Material-Tipo
Para a revisão de Chlorotabanus foram examinados os seguintes tipos: C.
fairchildi (parátipo), C. inanis (neótipo), C. leucochlorus (holótipo), C. parviceps
(alótipo), T. inconspicuus (holótipo), T. punctatus (1787), T. sulphureus (lectótipo), T.
tetrapunctus (holótipo).
Parte do material-tipo não foi obtido, seja por motivo de perda, C. crepuscularis,
T. ochroleucus, T. viridiflavus e C. mexicanus (este provavelmente perdido, ver
discussão pg. 48), ou pela impossibilidade de empréstimo, C. ochreus e T. olivaceus,
ainda que para os dois últimos tenham sido disponibilizadas imagens digitalizadas,
através de suas respectivas instituições de depósito.
Dessa forma, sempre que possível, às redescrições foram feitas com base no
exame de material-tipo. As espécies cujo material-tipo não foi adquirido foram
redescritas baseadas em exemplares determinados por G. B. Fairchild e C. B. Philip,
8
exceto, C. ochreus, o qual foi transcrito da descrição original de Philip e Fairchild
(1956).
3.3. Estudo dos espécimes
Foram examinados espécimes secos, alfinetados em montagem simples ou
dupla. O material de estudo foi observado em microscópio estereoscópico Zeiss – Stemi
2000, com fonte de luz branca. O tamanho do corpo foi medido sem antenas a partir da
fronte até o ápice do abdômen (excluindo as antenas). A asa foi medida a partir da
porção anterior da basicosta ao ápice. Outras medições foram feitas para a utilização de
índices. Para fronte, foram utilizados os índices frontal (I.F.) e de divergência (I.D.)
conforme Fairchild (1985). Enquanto para antenas, foram estimados outros dois índices,
o índice de placa basal (I.P.B.), que consiste da maior altura da placa basal dividida pelo
comprimento da mesma, e o índice do flagelo (I.Flg.), que é o comprimento da placa
basal dividido pelo comprimento do estilo. As variações de medidas e índices são
apresentadas do valor mínimo para o máximo, onde X e N significam respectivamente
média e número de indivíduos observados. Para a melhor visualização do tegumento
torácico, foi feita a deposição de uma pequena gota de álcool absoluto. Para a melhor
visualização dos caracteres alares, as asas foram destacadas e montadas entre duas
lamínulas contendo bálsamo do Canadá dissolvido em xilol, após a secagem um
pequeno pedaço de papel foi colado junto à lamínula, para a posterior fixação no
alfinete do respectivo espécime. Para dissecação da terminália foi adotado o protocolo
de Cumming (1992).
3.4. Terminologia
A terminologia morfológica foi adotada conforme McAlpine (1981). Com
exceção de alguns caracteres segundo Fairchild (1986): placa basal em vez de primeiro
flagelômero; anulli em lugar de flagelômeros. A figura 1 permite a visualização dos
principais caracteres utilizados na identificação das espécies.
3.5. Fotografias
As fotografias de cabeça (vista frontal) e corpo (vistas dorsal e lateral) foram
feitas com utilização de material-tipo (sempre que disponível), enquanto para as
9
fotografias de asas e antenas (ambas retiradas do corpo), foram utilizados outros
espécimes do material examinado, a fim de não danificar o material-tipo. Para isso, foi
utilizada uma câmera digital Nikon E5400 com adaptador acoplado a um microscópio
estereoscópico Zeiss – Stemi 2000. As escalas foram obtidas com o auxilio de uma
régua micrométrica.
3.6. Do corpo de resultados e discussões
As informações das etiquetas apresentadas no item “Resultados e Discussões”
foram elaboradas conforme Papavero (1994), com pequenas modificações no que diz
respeito à aceitação ou não de suas recomendações. Quando necessário, as informações
abreviadas receberam complementação entre colchetes ([ ]). Os dados pertencentes às
etiquetas do material-tipo examinado foram transcritos de maneira idêntica: com
símbolo de barra à esquerda (\) indicando quebra de linha; aspas (“”) para separar as
informações de cada etiqueta; duas barras à esquerda (\\) indicando verso da etiqueta;
entre parênteses (( )) indicando o número, sexo e museu de procedência do material-
tipo. As informações contidas nas etiquetas do material adicional examinado foram
transcritas da seguinte forma: nome do país em maiúsculas, escrito na língua
portuguesa; nome do estado em itálico; nome da localidade propriamente dita e entre
parênteses as informações adicionais (detalhamento da localidade, coordenadas
geográficas, métodos de coleta, etc...); data, com número do mês em algarismos
romanos minúsculos; nome dos coletores entre parênteses; número e sexo dos
exemplares (representados através dos símbolos e ); acrônimo do museu onde está
depositado. Países e departamentos ou estados foram listados de norte para sul, com o
auxílio da base de dados fornecida por Zanella et al. (2000), enquanto os municípios e
localidades foram dispostos em ordem alfabética. Para C. inanis, por se tratar de uma
espécie muito comum e com séries numerosas, no material examinado foram citados
apenas número total de exemplares e uma lista abreviada das localidades, contendo país,
estado, município e localidade propriamente dita (Papavero, 1994). As coordenadas
geográficas foram padronizadas da seguinte forma: 224355S;502758W.
Os mapas de distribuição foram gerados através do programa PanMap for
Windows MFC Application. A plotagem de pontos no mapa foi feita de acordo com
material examinado deste trabalho, excluindo localidades duvidosas ou de dúbia
interpretação.
10
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foram examinados 2.045 espécimes, destes 483 machos e 1.562 fêmeas. Foram
mantidas as oito espécies atualmente válidas: C. crepuscularis (Bequaert, 1926); C.
fairchildi Wilkerson, 1979; C. flagellatus Krolow e Henriques (no prelo); C. inanis
(Fabricius, 1787); C. leucochlorus Fairchild, 1961; C. mexicanus (Linnaeus, 1758); C.
ochreus Philip e Fairchild, 1956; C. parviceps (Kröber, 1934). Três novas espécies
foram descritas: C. falsiflagellatus sp. nov., C. leuconotus sp. nov. e C. microceratus sp.
nov.. Uma nova sinonímia foi proposta: Tabanus tetrapunctus Thunberg, sob C.
crepuscularis.
Chlorotabanus Lutz, 1913
Chlorotabanus Lutz, 1913: 6; Espécie-tipo, Tabanus mexicanus Linnaeus, 1758 (mon.); 1914: 167
(reimpressão do artigo de 1913); Bequaert, 1926: 234 (chave); Kröber, 1930: 15 (chave); 1934:
296 (catálogo); Stone, 1938: 27 (diagnose); Fairchild, 1940: 714 (chave); Philip, 1947: 286
(catálogo); 1952: 311 (sinonímia); Philip e Fairchild, 1956: 313-324, figs. Text 1A-E, 1 (revisão,
chave); Fairchild, 1969: 208 (classificação); 1971: 55 (catálogo);
Goodwin, 1973: 6-7, figs. 1,6
(estágio imaturo); Goodwin e Murdoch, 1974: 99-102 (pupas, larvas, chaves para imaturos);
Coscarón, 1976: 49, fig. 4 (ilustrações terminália); Wilkerson, 1979: 237 (diagnose, chave);
Fairchild, 1986: 58 (chave); Fairchild e Burger, 1994: 87 (catálogo); Burger, 1995: 34
(catálogo);
As espécies de Chlorotabanus são comumente conhecidas por seu hábito
noturno ou crepuscular, embora existam diversos registros de atividade diurna. São
facilmente distinguíveis de outros tabanídeos, por sua coloração esverdeada (em vida),
olhos glabros unicoloridos avermelhados ou bronzeados e ausência de calo frontal. Em
espécimes alfinetados essa coloração costuma perder a tonalidade com o passar dos
anos, geralmente atingindo uma coloração amarelada. Os indivíduos possuem grandes
variações em seu tamanho (7,6 a 17,4mm) e na forma da fronte, em geral ligeiramente
convergente na proximidade da base, nunca com a base mais larga que o ápice. Ocelos
ausentes. Antena das fêmeas geralmente com a placa basal mais comprida ou subigual
ao estilo, sem saliência dorsal espiniforme, apenas com o ângulo dorsal pouco elevado.
Nos machos é comum a redução da placa basal e o alongamento do estilo, este,
freqüentemente mais comprido que a placa basal. Nas fêmeas o segundo segmento do
palpo possui a porção proximal levemente inflada, enquanto nos machos, o palpo é
11
porrecto, com a porção proximal mais afilada, sofrendo um leve alargamento na
extremidade distal. Labela esclerotinizada. Basicosta nua, asa hialina freqüentemente
com a célula costal escurecida e os intercruzamentos das veias com ou sem manchas
negras. Venação alar simples, freqüentemente escurecidas nos intercruzamentos. Tórax
com coloração variável, com tons brancos, amarelos e alaranjados. Pernas esverdeadas
com pilosidade variada, comumente com pêlos pretos nos ápices das tíbias. Abdômen
esverdeado a amarelado com pilosidade semelhante à torácica, exceto, pelos três
últimos tergitos geralmente com pêlos pretos.
Variações de cor: Embora a utilização de cor como caráter taxonômico seja muito
contestada, em Chlorotabanus as cores dos pêlos e pruína representam uma ferramenta
a mais na identificação da maioria das espécies e não devem ser descartadas. Entretanto,
boa parte do material examinado tinha intensas variações de cor, estas, distribuídas pelo
corpo de forma aparentemente desordenada e aleatória. Uma possível explicação para
tantas variações de cor, é que as espécies de Chlorotabanus possuem hemolinfa verde, e
como a variação de cor muitas vezes esrelacionada à distribuição interna dos
pigmentos, estes, podem ou não colorir partes como antenas, pernas, tórax e abdômen
(Wilkerson, 1979), levando a inúmeras combinações de cores ao longo do corpo. Outra
variação comumente observada é quanto ao escurecimento dos últimos segmentos
abdominais, que, conforme Wilkerson (1979) pode ser causada por pequenas diferenças
de pigmentação externa ou pela presença de um repasto sanguíneo não digerido. Os
olhos também possuem grandes diferenças de coloração, variando de tons acinzentado-
bronzeados até vermelho-escuros quase pretos, mesmo quando examinados a seco (sem
hidratação).
Utilização de caracteres internos (Terminália): calo frontal e antena foram
consagrados ao longo dos anos, como dois dos principais caracteres utilizados para a
separação de espécies em Tabanidae. Desse modo, a ausência do calo frontal e a grande
variação nas formas das antenas, dificultam a separação das espécies em
Chlorotabanus. Por outro lado, o uso de caracteres internos, principalmente da
terminália masculina, é muito difundido para o estudo de Diptera, com excelentes
resultados para boa parte dos grupos. Desse modo, foram examinadas diversas
terminálias masculinas de todas as espécies com machos disponíveis. Infelizmente o
resultado não foi o esperado, pois as estruturas possuíam alta similaridade em sua
12
estrutura básica, com variações interespecíficas pouco acentuadas e, em alguns casos,
com maior variação intra-específica. Os trabalhos de Coscarón (1976) e Krolow e
Henriques (2008; no prelo) tratam dos caracteres internos em C. parviceps, C.
leucochlorus e C. flagellatus respectivamente. Krolow e Henriques (no prelo)
examinaram uma série de machos de C. flagellatus e concluíram que indivíduos
externamente idênticos, algumas vezes possuíram variações em suas terminálias mais
abruptas que quando comparados com outras espécies. Por esse motivo, não foi
utilizado o uso de caracteres internos nesta revisão.
Chave de identificação para as fêmeas de Chlorotabanus
1. Asa hialina com distintas manchas escuras nas veias transversais e na forquilha da
veia R
4+5
............................................................................................................................ 2
1’. Asa hialina sem manchas escuras, exceto pelo possível escurecimento das células
basal costal e costal............................................................................................................ 4
2 (1). Asa (Fig. 2E) com manchas escuras pouco acentuadas (enfraquecidas), sendo
ausentes no ápice das veias longitudinais e na incisão alular; tíbias posteriores sem pêlos
pretos no ápice. (Sul e Sudeste dos EUA) ............................................... C. crepuscularis
2’. Asa (Figs. 3E; 10E,J) com conspícuas (fortes) manchas escuras, inclusive no ápice
de algumas veias longitudinais e na incisão alular; tíbias posteriores com fortes pêlos
pretos no ápice ................................................................................................................... 3
3 (2’). I.F. (Fig. 3C) maior que 7.7 (7.7 – 11.3); veias M
1
, M
2
, M
3
e CuA
1
sem manchas
apicais. (oeste da Colômbia) ............................................................................ C. fairchildi
3’. I.F. (Fig.10C) menor que 7.0 (5.2 - 6.7); veias M
1
, M
2
, M
3
e CuA
1
com manchas
apicais ou resquícios de escurecimento no ápice dessas veias. (México até regiões
litorâneas do Equador e Brasil, PA) ............................................................. C. mexicanus
4 (1’). Fronte alargada, I.F. menor que 5.0 ........................................................................ 5
4’. Fronte estreitada, I.F. maior que 5.5 ............................................................................ 6
5 (4). Corpo menor que 14,1 mm; densos pêlos pretos no ápice das tíbias anterior e
posterior. (ampla distribuição na América do Sul) ........................................ C. parviceps
13
5’. Corpo maior que 15 mm; uns poucos pêlos avermelhados no ápice das tíbias anterior
e posterior. (Brasil, SP) .................................................................................... C. ochreus
6 (4’). Tórax com pruinosidade e pilosidade esbranquiçadas ........................................... 7
6’. Tórax não como acima ................................................................................................. 8
7 (6). Fronte, subcalo, parafaciália, gena e face com pruinosidade e pilosidade branco
neve; antena (Fig. 8D) com placa basal alongada, esta, cerca de duas vezes e meia mais
comprida que o estilo; notopleura e escuto com alguns pêlos pretos esparsos. (ampla
distribuição na região amazônica) ............................................................. C. leucochlorus
7’. Fronte, subcalo, parafaciália, gena e face com pruinosidade branco acinzentado e
pilosidade esbranquiçada; antena (Fig. 9D) com a placa basal cerca de uma vez e meia
mais comprida que o estilo; notopleura e escuto sem pêlos pretos. (ampla distribuição
na região amazônica) ...................................................................... C. leuconotus sp. nov.
8 (6’). Tórax com pilosidade dourado-alaranjada; placa basal no mínimo duas vezes
mais comprida que o estilo (I.Flg. 2.0 – 3.3) ..................................................................... 9
8’. Não como acima ......................................................................................................... 10
9 (8). I.F. maior que 8.0 (8.0 – 10.4); placa basal antenal cerca de duas vezes e meia o
comprimento do estilo (Fig. 5D). (Brasil, AM, PA) ....................... C. flagellatus sp. nov.
9’. I.F. menor que 8.0 (6.3 – 7.7); placa basal antenal cerca de três vezes o comprimento
do estilo (Fig. 4D). (Brasil, AM, Barcelos) ..............................C. falsiflagellatus sp. nov.
10 (8’). Tamanho pequeno entre 7,6 a 10,7 mm; placa basal curta (Fig. 11D), quase tão
alta quanto longa e com comprimento semelhante ao do estilo; asa hialina, exceto pelo
leve escurecimento da célula costal (Fig. 11E), veias sem escurecimento nos
intercruzamentos; ápice da tíbia posterior sem pêlos pretos. (Brasil, MA) .........................
.................................................................................................... C. microceratus sp. nov.
10’. Tamanho entre 11,1 a 15,7 mm; placa basal com tamanho e forma variáveis (Fig.
7A-M); asa hialina com forte escurecimento das veias transversais (Fig. 6D); ápice da
tíbia posterior geralmente com pêlos pretos (sul do México ao sul do Brasil) .... C. inanis
14
Revisão das espécies
Chlorotabanus crepuscularis (Bequaert, 1926)
(figura 2. A-I)
Localidade-tipo: EUA.
Tabanus crepuscularis Bequaert, 1926: 234 (chave e desígnio do nome novo).
Tabanus (Chlorotabanus) crepuscularis, Kröber, 1930: 17 (diagnose); 1934: 296 (catálogo); Bequaert,
1940: 318 (citação).
Chlorotabanus crepuscularis, Kröber, 1934: 296 (catálogo); Stone, 1938: 27-28, fig. 9A (adulto);
Fairchild, 1940: 714 (chave); Philip, 1947: 286 (catálogo); Fairchild, 1969: 208 (classificação);
Goodwin, 1973: 6-7, figs. 1,6 (imaturo); Pechuman, Webb e Teskey, 1983: 60, figs. 119, 153
(distribuição); Henriques e Gorayeb, 1993: 8 (coleção MPEG); Burger, 1995: 34 (catálogo).
Chlorotabanus (Chlorotabanus) crepuscularis, Philip e Fairchild, 1956: 316 (revisão).
Tabanaus flavus Macquart, 1834: 200 (preocupado por Tabanus flavus Wiedemann, 1828); Knab, 1916:
97, fig. 1, 98 (diagnose); Bequaert, 1924: 33 (citação); Kröber, 1930: 17 (diagnose).
Tabanus tetrapunctus Thunberg, 1827: 57 (descrição); Kröber, 1934: 264 (catálogo). Syn. Nov.
Tabanus mexicanus, autores, não Linnaeus.
Tabanus sulphureus, autores, não Palisot de Beauvois.
Diagnose: tamanho mediano (13 mm), corpo amarelo claro, pilosidade amarela. Fronte
estreita e alongada, convergindo na base. Placa basal da antena com um ângulo pouco
elevado dorsalmente, estilo mais curto que o comprimento da placa basal. Asa hialina,
com manchas pouco acentuadas nos intercruzamentos das veias transversais com as
longitudinais, única espécie sem mancha na incisão alular.
Redescrição ( vários espécimes): comprimento do corpo 11,6 – 14,8 mm (X= 13
mm; N= 20) (Fig. 2A-B); comprimento da asa 9,8 – 11,7 mm (X= 11,4 mm; N= 20);
largura da asa 3,1– 3,9 mm (X= 3,5 mm; N= 20).
Cabeça (Fig. 2C): olhos vermelho-escuros. Fronte estreita e alongada, convergente na
base, índice frontal 6.1 – 7.7 (X= 6.7; N= 20); índice de divergência 1.3 – 1.8 (X= 1.5;
N=20), pruinosidade castanho-amarelada e pilosidade dourada. Subcalo, gena,
parafaciália e face com pruinosidade idêntica a da fronte. Gena, parafaciália e face com
densos pêlos amarelos, enquanto, o subcalo possui poucos pêlos, exceto nas
proximidades da parafaciália. Palpo amarelo com pêlos da mesma cor. Probóscide com
teca amarelada e tamanho subigual ao comprimento do palpo. Labela com coloração
15
amarelo-escuro. Antena (Fig. 2D): escapo e pedicelo amarelos com pêlos da mesma cor;
flagelo amarelo com cerdas na elevação dorsal da placa basal e no estilo. I.P.B. 1.2 - 1.6
(X= 1.4; N= 20), placa basal cerca de uma vez e meia o comprimento do estilo I.Flg. 1.3
- 1.7 (X= 1.5; N= 20).
Tórax: escuto com tegumento alaranjado, coberto por uma camada de pruína branca
(em todas as vistas), esta, recoberta por uma camada de pêlos amarelos; escutelo, lobo
pós-pronotal, notopleura, calo pós-alar e pleura idênticos ao escuto. Pernas delgadas,
coxas com pruinosidade e pilosidade como o tórax. Trocânteres, fêmures e tarsos
amarelados com pilosidade amarela. Tíbias amareladas com pilosidade amarela, exceto
tíbia anterior com alguns pêlos pretos dorso-apicais. Asa (Fig. 2E) hialina, exceto pelas
células basal costal e costal amareladas, e pela presença de pequenas manchas pouco
acentuadas nos intercruzamentos das veias transversais com as longitudinais. Veias
transversais mais escuras que as longitudinais amarelas. Apêndice na forquilha da veia
R
4+5
presente. Pterostigma amarelo e incisão alular sem mancha.
Abdômen: amarelo, coberto por uma pilosidade amarela.
Macho: comprimento do corpo 11,1 – 14,4 mm (X= 13,1 mm; N= 15); comprimento da
asa 9,7 – 11,2 mm (X= 10,4 mm; N= 15) (Fig. 2F-G); largura da asa 3,0– 3,5 mm (X=
3,2 mm; N= 15). Similar à fêmea, exceto, por alguns caracteres como, cabeça com olhos
holópticos (Fig. 2H), onde os omatídeos maiores ocupam 2/3 da região superior e
omatídeos menores 1/3 da inferior. Tubérculo ocelar ausente, com uma fenda nesta
região. Palpo porrecto, amarelo com pêlos amarelos. Antena (Fig. 2I) com estilo
alongado em relação ao da fêmea, este, maior, menor ou igual ao tamanho da placa
basal, I.P.B. 1.1 – 1.5 (X= 1.3; N= 15), I.Flg. 0.8 – 1.3 (X= 1.0; N= 15).
Distribuição: Sul e Sudeste dos EUA (Maryland, Delaware, Carolina do Norte,
Carolina do Sul, Geórgia, Alabama, Mississipi, Louisiana e Florida).
Holótipo ?perdido. Segundo Burger (1995) coleção desconhecida. Foi examinado o
sinônimo (presente designação) T. tetrapunctus Thunberg (Holótipo ), este em
péssimo estado de conservação, com o tórax e o abdômen muito danificados, entretanto
as asas estão em bom estado, possibilitando sua identificação.
Material utilizado para a redescrição: várias fêmeas.
16
Material-tipo examinado: “Uppsala Univ. Zool. Mus.\ Thunbergsaml. nr. 22071\
Tabanus tetrapunctus\ Amer. Bosch. TYP”. (Holótipo UUZM).
Material examinado. ESTADOS UNIDOS: Md[Maryland]: Worcester Co. (Pocomoke
Cypress Swamp), 6-9.viii.1974 (J.F. Burger), 1, Chlorotabanus crepuscularis
(Bequaert) det. J.F. Burger, (NHM); Del[Delaware]: Dover, 11.vii.1937 (R. Traub),
1, Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. C.B. Philip, (CAS); N.C.[Carolina do
Norte]: Onslow Co. (Jacksonville, camp. Lejeune, Malaise trap CO
2
), 13.vi.1977 (J.
Zimmerman), 1, Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. G.B. Fairchild 1988,
(MPEG); Carolina [do Sul]: sem localidade (ex. Coll. J. Bigot; ex. Coll. G.H. Verrall,
B.M. 1914-500), 3, (NHM); idem (ex. Coll. J. Bigot; ex. Coll. G.H. Verrall, B.M.
1914-500), 1, Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. C.B. Philip [19]53, (NHM);
Ga[Georgia]: Billy’s Id Okefenokee Swamp, vi.1912 (sem coletor), 2, (NHM); idem,
1, Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. L.L. Pechuman 1938, (NHM); idem, 1,
Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. L.L. Pechuman 1940, (MZUSP); idem, 1,
Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. J.N. Belkin 1941, (CAS); idem, 1,
Chlorotabanus crepuscularis Beq. (sic.) det. C.B. Philip, (CAS); Okefenokee Swamp,
v.6.[19]33 (P.W. Fatting), 1, Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. L.L. Pechuman
1954, (NHM); idem, v.6.[19]33, (P.W. Fatting), 1, Chlorotabanus crepuscularis
(Beq.) det. J.N. Belkin [19]40, (LACM); idem, 30.vii.34 (R.H. Beamer), 1,
Chlorotabanus crepuscularis Beq. (sic.) det. C.B. Philip, (FMNH); Okefenokee Clinch
Co, 4-6.v.1935 (sem coletor) 1, 2, Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. A.
Stone, (NHM); idem, 1, Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) sem determinador,
(MZUSP); Mimsville, 21.vii.1905 (sem coletor), 1, Chlorotabanus crepuscularis det.
J.E. Chainey 1976, (NHM); idem, 13.vi.06 (sem coletor), 1 (CAS); idem, 14.vii.06
(sem coletor), 1 (CAS); idem, 25.vii.06 (sem coletor), 2 (CAS); idem, 28.vii.06
(sem coletor), 1 (CAS); idem, 31.viii.06 (sem coletor), 1, Tabanus mexicanus L.
sem determinador, Tabanus crepuscularis B. det. C.B. Philip 1934, (CAS); Tifton,
v.28.1896 (sem coletor), 2, Chlorotabanus crepuscularis det. C.B. Philip 1952,
(FMNH); Waycross (18 mi. SE, Ware Co., at light), 24.vi.1955 (H.S. Dybas), 1, 1,
(CAS); Valdosta, 26.v.1936 (sem coletor), 1, Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det.
J.N. Belkin [19]40, (LACM); Ala[Alabama]: Russell, sem data (E.N. White), 1,
Tabanus crepuscularis Beq. (sic.) Det. J.m. Brennan, (FMNH); Miss[Mississippi]:
Ocean Springs, 18.v.[19]50 (sem coletor), 3, (CAS); La[Louisiana]: Mound,
17
11.vii.1924 (H.E.Wallece), 1, Tabanus flavus Macq. Det. C.B. Philip, Chlorotabanus
crepuscularis (Beq.) det. C.B. Philip, (CAS); Fla[Florida]: sem localidade, sem data
(sem coletor), 1, Tabanus flavus Macq. , det. C.B. Philip, Chlorotabanus
crepuscularis Beq. (sic.) det. C.B. Philip, (CAS); idem (M.C. VanDuzee Collection),
2, (CAS); idem (M.C. VanDuzee Collection), 1, Chlorotabanus crepuscularis Beq.
(sic.) det. C.B. Philip [19]39, (CAS); Apalachicola, 12.vi.1954 (Carl Mohr), 2, (CAS);
Fletcher, 6.vii.1948 (D.J. Taylor), 1, TM226, Chlorotabanus crepuscularis det. C.B.
Philip 1948, (CAS); idem, 1, D.J. Taylor, TM226, Chlorotabanus crepuscularis det.
C.B. Philip 1949, (CAS); Avon Park, v.1943 (R.H. Arnett Jr.), 2, Chlorotabanus
crepuscularis (Beq.) det. J.N. Belkin [19]40, (LACM); Archbold B. Sta. Lake Placid,
9.iv.1947 (J.G. Needham), 1, Chlorotabanus crepuscularis det. L.L. Pechuman 1947,
(MZUSP); idem, 23.iv.1947 (J.G. Needham), 1, Chlorotabanus crepuscularis det.
L.L. Pechuman 1954, (NHM); Archbold (Biol. Sta. Highlands Co., at ultraviolet light),
25-30.iv.1978 (L. Lester L. Lampert, Jr.), 1, Chlorotabanus crepuscularis det. G.B..
Fairchild 1988, (MPEG); Boynton, iv.1938 (sem coletor), 1, (CAS); Everglades (Nat.
Park, Dade Co.), 1.vi.[19]50 (E.L. Kessel), 2, Chlorotabanus crepuscularis Beq. (sic.)
det. C.B. Philip 1950, (CAS); idem (Hdgs), 14.vii.[19]53 (E.S. Ross), 1,
Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. L.L. Pechuman, (CAS); Gainesville, sem data
(sem coletor), 1, Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. C.B. Philip [19]60, (CAS);
idem, 6.v.1922 (G.B. Merrill), 1, Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. C.B. Philip
1948, (MZUSP); idem (U.V. Light trap), 30.iv to 3.v.[19]59 (L.A. Hetrick), 1,
Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. Anthony, (CAS); idem (Alachua Co. Austin
Carey Forest, vic. Hatchett Creek, Co
2
trap), 19.v.1976 (sem coletor), 1, G.B.
Fairchild, Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. G.B. Fairchild 1988, (MPEG); idem,
Malaise trap, 6-7.v.1975 (G.B. Fairchild), 1, Chlorotabanus crepuscularis Beq. (sic.)
det. G.B. Fairchild 1981, (INPA); idem, 5.i.1947 (sem coletor), 1, Chlorotabanus
crepuscularis Beq. (sic.) det. C.B. Philip [19]50, (CAS); idem (San Felasco Hammock,
Flight trap), 26.v.1977 (G.B. Fairchild), 1, Chlorotabanus crepuscularis Beq. (sic.)
det. G.B. Fairchild 1981, (MPEG); Gulf Co.(St. Joseph Bay, 29.80°N;85.33°W),
27.v.1982 (R. Lenczy), 1, Chlorotabanus crepuscularis (Bequaert) det. J.F. Burger
2000 (LACM); Glades Co. (Palmdale), 22.iv.1975 (W.L. Pulawaski), 1, (CAS); Gulf
Co. (1 mi. N. WhiteCity, at night, at UV light), 5.viii.1980 (C.W. O’Brien), 1,
Chlorotabanus crepuscularis (Bequaert) det. J.F. Burger 1995 (CAS); Homestead,
18
13.6.[19]66 (sem coletor), 1, (LACM); Indian River Co., 1.v.1957 (R.L. Blickle), 1,
(NHM); Leesburg (Univ. Fla. Exp. Sta. 7 mi. S. Leesburg Lake Co.), 4.v.1961 (C.H.
Curran), 1, 1, (CAS); idem, 5.v.1961 (C.H. Curran), 1, (CAS); Lake Co.,
14.v.1922 (T.P. Winter), 2, Chlorotabanus crepuscularis Beq. (sic.) det. C.B. Philip,
(CAS); Levy Co. (Bronson), 18.v .1977 (R.W. Duff), 1, Chlorotabanus crepuscularis
(Bequaert) det. J.F. Burger 1995 (LACM); Panama City, 23.v.1940 (sem coletor), 1,
Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. J.N. Belkin [19]40, (LACM); Paradise Key,
30.v.[19]18 (C.A. Moster), 3, Chlorotabanus crepuscularis (Beq.) det. J.N. Belkin
[19]40, (LACM); Pinellas Co. (Pass-agrille), 23.iv.1929 (W.G. Fargo), 1,
Chlorotabanus crepuscularis Beq. (sic.) det. C.B. Philip, (CAS); Punta Gorda
(Charlotte Co.), 11.v.[19]53 (H. Ramstadt), 2, Chlorotabanus crepuscularis Beq.
(sic.) det. C.B. Philip 1957, (FMNH); Volusia Co (1.5 mi.e. Glenwood 50), 29.vii.1938
(Hubbell-Frisuf), 1, Chlorotabanus crepuscularis det. C.B. Philip [19]42, (CAS);
idem (enterprise), 14.may.1965 (J.E. Lloyd), 1, Chlorotabanus crepuscularis (Bequ.)
det. L.L. Pechuman, (MZUSP); Weekiwachee Springs, 29.v.[19]50 (E.L. Kessel), 3,
Chlorotabanus crepuscularis Beq. (sic.) det. C.B. Philip 1950, (CAS); W. Júpiter,
iv.22.1896 (H.W. Cory), 1, Tabanus crepuscularis (Beq.) det. J.M. Brennan,
(FMNH); idem, iv.25.1896 (A.T. Slosson), 4, Tabanus crepuscularis (Beq.) det. J.M.
Brennan, (FMNH); idem, v.13.1897 (H.W. Cory), 2, Tabanus crepuscularis (Beq.)
det. J.M. Brennan, (FMNH); Zolfo Springs (Hardee Co.), iv.21.1945 (A.G. Rueckert),
2, Chlorotabanus crepuscularis det. C.B. Philip 1952, (FMNH).
Discussão: espécie encontrada no sul e sudeste dos EUA, sem registros para o México
ou qualquer ilha da América central, não se sobrepondo com nenhuma outra espécie
deste gênero. De fácil identificação, corpo amarelo coberto por uma pilosidade amarela
e asa característica com quatro manchas nos intercruzamentos das veias transversais
com as longitudinais. Única espécie sem mancha na incisão alular.
T. tetrapunctus Thunberg, 1827, até então tratado como sinonímia de C.
mexicanus, aqui foi transferido como nova sinonímia de C. crepuscularis. Este rearranjo
se deve ao fato de que Philip e Fairchild (1956) não observaram o holótipo de T.
tetrapunctus, apenas mantiveram correspondência através de cartas com o Professor
Kullenberg do Museu de Uppsala, o qual afirmou que esta espécie apresentava: “asa
com manchas nos intercruzamentos das veias, embora não muito distintas”. Como o
próprio nome (tetrapunctus) sugere, a asa possui apenas quatro manchas, diferindo
19
fortemente de C. mexicanus. Até o trabalho de Philip e Fairchild (1956), a única espécie
com manchas na asa registrada para a América do Sul era C. mexicanus, este fato
provavelmente motivou o erro de identificação, pois o registro de distribuição de T.
tetrapunctus no trabalho de Philip & Fairchild (op. cit.) é “Brasil e ilhas da América do
Sul”. Entretanto o exame do holótipo de T. tetrapunctus demonstrou que este pertence a
C. crepuscularis, além disso, a etiqueta de procedência foi reescrita e a localidade
indicada é “Amer. Bosch.”, ao invés de “Brasil e ilhas da América do Sul”. Desse
modo, é possível inferir que provavelmente este espécime não foi coletado na América
do Sul, ou tenha ocorrido alguma troca de etiqueta ou de material.
Chlorotabanus fairchildi Wilkerson, 1979
(figura 3. A-E)
Localidade-tipo: Colômbia (Valle del Cauca, Rio Sabaletas).
Chlorotabanus fairchildi Wilkerson, 1979: 237-239, fig. 30A-C; Henriques e Gorayeb, 1993: 9 (coleção
MPEG); Fairchild e Burger, 1994: 87 (catálogo).
Diagnose: tamanho mediano (12,9 - 13,4 mm), corpo amarelo amarronzado, com
pilosidade amarelo-dourado. Fronte muito estreita e alongada, convergindo fortemente
na base. Placa basal alongada, cerca de uma vez e meia mais comprida que o estilo. Asa
hialina com manchas nos intercruzamentos das veias transversais com as longitudinais.
Pêlos pretos cobrindo o ápice das tíbias.
Redescrição (Parátipo ): comprimento do corpo 13,4 mm (Fig. 3A-B); comprimento
da asa 11,8 mm; largura da asa 3,9 mm.
Cabeça (Fig. 3C): olhos marrom-escuros. Fronte muito estreita e alongada, convergindo
acentuadamente na base, I.F. 9.2; I.D. 1.8, pruinosidade castanho amarelada e
pilosidade amarela. Subcalo, gena, parafaciália e face com pruinosidade idêntica a da
fronte. Gena, parafaciália e face com densos pêlos amarelos, enquanto o subcalo
apresenta área central nua. Palpo amarelo com pêlos da mesma cor. Probóscide com
teca esverdeada; labela verde-escura, quase preta. Antena (Fig. 3D): escapo e pedicelo
amarelos com pêlos da mesma cor; flagelo verde-amarelado com a placa basal
20
alongada, formando um ângulo elevado dorsalmente, I.P.B. 1.7, mais de uma vez e meia
o comprimento do estilo I.Flg. 1.7.
Tórax: escuto com tegumento alaranjado, coberto por uma camada de pruína branca
(em todas as vistas), esta, recoberta por uma camada de pêlos amarelos; escutelo com
tegumento amarelado, com uma camada de pruína branca cobrindo apenas a metade
anterior, metade posterior amarelada como o tegumento (aparentemente sem pruína),
pilosidade idêntica à do escuto. Lobo pós-pronotal, notopleura, calo pós-alar e pleura
com pruinosidade e pilosidade idênticas ao escuto. Pernas delgadas, coxas com
pruinosidade e pilosidade como a pleura; trocânteres e fêmures amarelo-esverdeados
com pêlos amarelos; tíbias e tarsos amarelados com pilosidade amarela, exceto na
região dorso apical das tíbias e do último tarsômero, ambos com fortes pêlos pretos.
Halter amarelo. Asa (Fig. 3E) hialina, exceto pelas células basal costal e costal
amareladas, pterostigma verde e presença de pequenas manchas pretas, dispostas em
todas as transversais, na base das células basilar média e basilar radial, no ápice da
célula anal, no ápice das veias R
2+3
, R
4
, R
5,
no terço anterior da M
3
e na incisão alular;
veias M
1
, M
2
, M
3
e Cu
1
sem manchas apicais; apêndice na forquilha da veia R
4+5
presente.
Abdômen: superfícies dorsal e ventral com tegumento amarelo-amorronzado, coberto
por uma pilosidade amarela, adicionalmente, os segmentos seis e sete possuem pêlos
pretos esparsos.
Variações: comprimento do corpo sem antenas 12,9 – 13,4 mm (X= 13,2 mm; N= 3);
comprimento da asa 11,0 – 11,8 mm (X= 11,4 mm; N= 3); largura da asa 3,7– 3,9 mm
(X= 3,8 mm; N= 3); I.F. 8.5 – 9.6 (X= 9.1; N= 3); I.D. 1.8 – 1.9 (X= 1.8; N= 3); I.P.B.
1.6 – 1.8 (X= 1.7; N= 3); I.Flg. 1.5 – 1.9 (X= 1.7; N= 3). Devido à escassez de
exemplares examinados neste trabalho, aqui são transcritas as variações observadas por
Wilkerson (1979): olhos marrons a roxos; segmentos abdominais escurecidos; tamanho
do corpo 11-13 mm; I.F. 7.7 – 11.3 (X= 8.9, N= 20);
Macho: desconhecido.
Distribuição: Colômbia (Chocó, Valle del Cauca, Cauca).
Holótipo : depositado no FSCA (fotos).
21
Material-tipo examinado: “COLOMBIA Dept. Cauca\ Guapi Altitude 10M.\ Tropical
Rain Forest” “Flight trap CO
2
\ R. Wilkerson\ ii.9.[19]76” “PARATYPE\
Chlorotabanus\ fairchildi\ Wilkerson” (, MPEG).
Material adicional examinado. COLÔMBIA. Chocó: (quebrada docordo, between
Cucurrupi & Noanama, Rio San Juan), 30-31.xii.1968 (B. Malkin), 1, (FMNH); idem,
(quebrada docordo, Rio San Juan), 04-08.vi.1969 (B. Malkin), 1, Chlorotabanus
mexicanus (L.), det. J. F. Burger 1993, (FMNH); [sem departamento], Teresita,
11.ix.[19]67 (sem coletor), 1, 4087, Chlorotabanus fairchildi det. [G.B.] Fairchild
1988, (MPEG); [Valle Del Cauca]: Buenaventura (rio dagua nr.), 17.vii[19]39 (F. M.
Mag. Expd. J. M. Schimdt), 1, Chlorotabanus mexicanus (Linn.), det. C. B. Philip,
[19]52, (FMNH).
Discussão: Esta espécie difere das demais pela presença de fortes manchas na asa,
exceto, em relação a C. mexicanus que possui um padrão de manchas semelhante.
Entretanto segundo Wilkerson (1979), pode ser prontamente diferenciada pela diferença
de índice frontal, onde os espécimes de C. mexicanus da Colômbia e de outras
localidades variam respectivamente entre 5.3 – 6.7 e 5.7 – 7.0, enquanto os espécimes
C. fairchildi variam entre 7.7-11.3.
Chlorotabanus falsiflagellatus sp. nov.
(figura 4. A-E)
Localidade-tipo: Brasil (AM, Barcelos, serra do Aracá).
Diagnose: tamanho mediano (11,2 – 13,2 mm), fronte com leve convergência na base,
I.D. 1.3. Flagelo antenal com a placa basal muito alongada, esta, cerca de três vezes
mais longa que o estilo. Tórax castanho-escuro e pilosidade alaranjada (cor de fogo,
labareda). Abdômen castanho-amarelado com densos pêlos pretos nos tergitos 5, 6 e 7.
Asa hialina, exceto pelo forte escurecimento das células basal-costal e costal. Veia costa
com cerdas alaranjadas.
Descrição (Holótipo ): comprimento do corpo 12,3 mm (Fig. 4A-B); comprimento da
asa 11,5 mm; largura da asa 3,6 mm.
22
Cabeça (Fig. 4C): olhos avermelhados. Fronte amarronzada com lados paralelos,
convergindo levemente na base, I.F. 7.4, I.D. 1.3, pruinosidade desgastada
(possivelmente danificada por produto de fixação), e pilosidade alaranjada (cor de
fogo). Subcalo, parafaciália, gena e face com pruinosidade e pilosidade como a fronte.
Palpo amarelo com pêlos alaranjados. Probóscide com teca castanho-amarelado e labela
castanho-escura. Antena (Fig. 4D) com escapo e pedicelo amarelos com pêlos
alaranjados (cor de fogo). Flagelo com metade anterior amarela, tendendo ao
escurecimento na porção distal. Região anterior do da placa basal formando uma leve
projeção dorsal. Placa basal muito alongada, esta, cerca de três vezes o comprimento do
estilo, I.P.B. 2.0, I.Flg. 3.2.
Tórax: escuto e escutelo com tegumento castanho-alaranjado, cobertos de pruína
acinzentada, com pêlos alaranjados (cor de fogo). Pernas delgadas; coxas, trocânteres,
fêmures e tíbias amarelo-esverdeados com pêlos alaranjados (cor de fogo); tíbias
anterior e média com alguns pêlos pretos esparsos; tíbia posterior com alguns pêlos
pretos no terço distal (vista dorsal); tarsômeros anterior e posterior com pêlos pretos
dorsalmente; tarsômero médio com pêlos pretos mais esparsos. Asa (Fig. 4E) hialina,
exceto pelas células basal costal e costal fortemente escurecidas (amareladas).
Pterostigma amarelado. Veias castanho-amareladas, com evidente escurecimento das
veias transversais. Veia costa com pêlos alaranjados (cor de fogo). Incisão alular com
forte mancha preta. Presença de um pequeno apêndice na forquilha da veia R
4+5
.
Abdômen: castanho-amarelado com pilosidade alaranjada (cor de fogo) e densos pêlos
pretos nos tergitos 5, 6 e 7.
Variações: Parátipos. Comprimento do corpo sem antenas 11,2 – 13,2 mm (X= 12,2
mm; N= 13); comprimento da asa 10,5 – 11,8 mm (X= 11,2 mm; N= 13); largura da asa
3,2– 3,7 mm (X= 3,5 mm; N= 13); I.F. 6.3 – 7.7 (X= 7.1; N= 13); I.D. 1.2 – 1.5 (X=
1.3; N= 13); I.P.B. 1.5 – 2.2 (X= 1.9; N= 13); I.Flg. 2.9 – 3.3 (X= 3.1; N= 13); Alguns
espécimes possuem os pêlos pretos distais da tíbia posterior mais densos. Apêndice na
forquilha da veia R
4+5
freqüentemente ausente.
Macho: desconhecido.
Distribuição: Brasil (AM), Barcelos.
23
Holótipo : depositado no INPA, em perfeitas condições.
Material-tipo examinado: Holótipo. “BRASIL, Amazonas\ Barcelos, Serra do\ Aracá,
1.100m\ 0º54’35’’N, 63°26’01’’W” “vii.2007\ na luz\ A. Filho leg.” ( INPA); 13
Parátipos. “BRASIL, Amazonas\ Barcelos, Serra do\ Aracá, 1.100m\ 0º54’35’’N,
63°26’01’’W” “vii.2007\ na luz\ A. Filho leg.” (Parátipos 7 INPA, 1 MPEG, 1
MZSP, 1 CAS, 1 NHM); “BRASIL, Amazonas\ Barcelos, Em campina\ 0º28’38’’N
63º28’18’’W\ vii-viii.2007” “Arm. Malaise\ A. S. Filho & T. Krolow” (Parátipo 1
INPA); “BRASIL, Amazonas\ Serra do Aracá, 1073 m.a.\
00º53’44,2’’N/63º26’15,9W’’\ 06.viii.2007. coleta manual\ M. L. Oliveira & A. S.
Filho” (Parátipo 1 INPA).
Etimologia: Do Latim falsus = falso. Nome dado em razão da semelhança desta espécie
com C. flagellatus.
Discussão: espécie muito parecida com C. flagellatus, principalmente na coloração e na
placa basal alongada. Entretanto, seu índice frontal não ultrapassa 7.7, enquanto em C.
flagellatus o índice é superior a 8.0. Além disso, possuem diferenças no tamanho do
corpo, e na proporção e forma dos segmentos antenais.
Chlorotabanus flagellatus Krolow e Henriques (no prelo)
(figura 5. A-I)
Localidade-tipo: Brasil, (AM, Manaus).
Chlorotabanus inanis, Henriques e Gorayeb, 1993: 09 (part.); Henriques, 1995: 69 (part.).
Chlorotabanus flagellatus Krolow e Henriques (no prelo).
Transcrição da descrição original (com pequenas adequações).
Diagnose: tamanho mediano a grande 13,5 – 17 mm, corpo de amarelo escuro a
esverdeado, com pilosidade dourado-alaranjada. Olhos vermelho-escuros, com fronte
estreita e alongada (I.F. > 8.0). Antena com placa basal alongada, esta, cerca de duas
vezes e meia o comprimento do estilo.
Descrição (Holótipo ): comprimento do corpo 15,8 mm (Fig. 5A-B); comprimento da
asa 13,4 mm; largura da asa 3,9 mm.
24
Cabeça: Olhos vermelho-escuros. Ocelos ausentes, em seu lugar, um pequeno triângulo
de pêlos dourados. Fronte (Fig. 5C) estreita e convergente na base; índice frontal 9.0;
índice de divergência 1.6; pruinosidade castanho-amarelado e pilosidade dourada, com
pêlos cobrindo toda a fronte exceto na região mediana inferior. Subcalo, gena,
parafaciália e face com pruinosidade idêntica a da fronte. Subcalo com grande área nua,
exceto nas proximidades da parafaciália com pêlos amarelos e esparsos. Gena,
parafaciália e face com pilosidade amarela. Palpo amarelo com pilosidade dourada.
Teca amarelada e com tamanho subigual ao comprimento do palpo. Labela com
coloração verde-escuro. Antena (Fig. 5D): escapo e pedicelo amarelo-esverdeados com
pêlos dourados, flagelo verde-escuro, exceto pelo último anulus amarelado. Flagelo com
placa basal alongada, cerca de duas vezes mais comprida que alta (I.P.B. = 1.9). Estilo
aproximadamente duas vezes e meia menor que o comprimento da placa basal (I.Flg. =
2.7).
Tórax: Escuto com tegumento alaranjado, coberto por uma camada de pruína branca
(vistas dorsal e póstero-dorsal) ou alaranjada (vistas lateral e ântero-dorsal), e uma
camada pilosa dourado-alaranjada. Escutelo com pruinosidade branca (vista ântero-
dorsal) ou ausente (vistas póstero-dorsal e dorsal), camada pilosa concolor ao escuto.
Lóbo pós-pronotal, notopleura e calo pós-alar com pruinosidade branca em vista lateral
e dorsal. Pleura com pruinosidade branca e pilosidade dourada, com maior densidade de
pêlos nas proximidades da inserção alar. Pernas delgadas, coxas com pruinosidade
branca e pilosidade amarela; trocânteres e fêmures castanho-amarelados com pilosidade
dourada, tíbias anterior e média, esverdeadas com pilosidade dourada, tíbia posterior
castanho-amarelada, coberta de pêlos pretos na face posterior nos 2/3 apicais, face
anterior com pêlos dourados. Asa (Fig. 5E) hialina, exceto pelo escurecimento das
células basal costal, costal, subcostal (área central com mancha hialina) e basal radial
(nas proximidades da veia radial), e pelo pterostigma verde-escuro. Incisão alular com
mancha escura. Veia costa cerdosa alaranjada, com algumas cerdas escuras esparsas.
Pterostigma verde-escuro. Veias transversais mais escurecidas que as longitudinais,
amareladas.
Abdômen: Amarelo-escuro, coberto por uma pilosidade dourada, exceto a partir do
quinto tergito, onde aparecem faixas distais transversais de pêlos pretos. Esternitos
amarelo-escuro cobertos por pêlos dourados.
25
Variações: os parátipos variam no tamanho do corpo sem antenas de 13,5 - 17,0 mm
(X= 15,1 mm, N= 30); comprimento da asa 11,2 - 13,4 mm (X= 12,4 mm, N= 30);
largura da asa 3,4 – 4,3 mm (X= 4,0 mm, N= 30); I.F. 8.0 – 10.4 (X= 9.2, N= 30); I.D.
1.3 – 2.0 (X= 1.6, N= 30); I.P.B. 1.7 – 2.2 (X= 2.0, N= 30); I.Flg. 2.0 – 3.4 (X= 2.5, N=
30). Além do corpo, variando de amarelo-escuro a esverdeado, diversas estruturas
também apresentam variação de cor entre os espécimes observados: olhos variando de
tons acinzentados até vermelho escuro; labela de castanho escuro, verde escuro a preto;
antena de amarelo a verde escuro, podendo variar nos três segmentos e entre os
artículos; pterostigma de castanho-amarelado a verde;
Macho: comprimento do corpo 15,0 mm, variando de 13,6 – 15,8 mm (X= 14,9 mm,
N= 13) (Fig. 5F-G); comprimento da asa 11,7 mm, 10,6 – 12,5 mm (X= 11,5 mm, N=
13); largura da asa 3,8 mm, 3,5 – 3,9 mm (X= 3,6 mm, N= 13). Similar à fêmea, exceto
por alguns caracteres como, olho holóptico (Fig. 5H), com as facetas dorsais mais
desenvolvidas, ocupando aproximadamente 2/3 da região superior do olho e
distintamente delimitadas das facetas inferiores e marginais, ambas com tamanho
reduzido; tubérculo ocelar ausente, com uma fenda; palpo porrecto, amarelo com pêlos
dourados. Antena (Fig. 5I) com estilo alongado em relação ao da fêmea, este, quase do
tamanho da placa basal, I.Flg. 1.3, variando de 1.0 – 1.5 (X= 1.2, N= 11). I.P.B. 1.8, 1.5
– 2.0 (X= 1.7, N= 11).
Distribuição: Brasil, (Amazonas, Pará).
Holótipo : depositado no INPA, em excelente estado de conservação.
Material-tipo examinado (transcrito de Krolow e Henriques, no prelo): Holótipo .
BRASIL. AM[azonas]: Manaus (AM 010 km 54 BI-2, 02°45’33”S; 59°51’03”W,
Tapir/anca, Clareira, 5:30 – 6:00h), 23.ix.1997, R.L.M. Ferreira, A.L. Henriques & J.F.
Vidal leg.. Chlorotabanus inanis (sem determinador) (INPA); Parátipos 39 e 13.
idem (Tapir/flanco, Clareira, 18:00 – 19:00h), , 22.vii.1997 (FSCA); idem,
(Tapir/ventre, Clareira, 5:30 – 6:00h), , 23.ix.1997 (MZSP); idem, (Tapir/flanco,
Clareira, 5:30 – 6:00h), , (MPEG); idem, (Tapir/anca, Clareira, 17:00 – 18:00h), ,
24.ix.1997 (MZSP); idem, (Tapir/dorso, Clareira, 5:30 – 6:00h), , 11.xi.1997 (MPEG);
idem, (Tapir/ventre, Clareira, 17:00 – 18:00h), , 12.xi.1997 (INPA); idem,
(Tapir/anca, Clareira, 17:00 – 18:00h), , 12.xi.1997 (INPA); idem, (Tapir/dorso,
26
Clareira, 5:30 – 6:00h), , 02.xii.1997 (FSCA); idem, (Tapir/coxa, Clareira, 18:00 –
18:30h), 3, 02.xii.1997 (INPA); idem, (Tapir/anca, Clareira, 5:30 – 6:00h), ,
03.xii.1997 (MZSP); idem, (Tapir/anca, Clareira, 17:00 – 18:00h), , 03.xii.1997
(CZPB); idem, (Tapir/coxa, Clareira, 6:00 – 7:00h), , 21.i.1998 (CZPB); idem,
(Tapir/flanco, Clareira, 5:30 – 6:00h), , 03.ii.1998 (CAS); idem, (Tapir/anca, Clareira,
6:00 – 7:00h), 3, 03.ii.1998 (INPA); idem, (Tapir/perna ant[erior], Clareira, 6:00 –
7:00h), , 03.ii.1998 (CAS); idem, , 26.xi.1981, J.A. Rafael leg. (CAS); idem, (Bacia
do Ig.[arapé] Tinga, isca humana,), , ix.2001, F.C. Costa leg. (INPA); idem,
(Ig.[arapé] B.[arro] Branco, arm. Malaise 04), 2, 09-12.ii.2004, A. Henriques et al.
leg. (INPA); idem, (C.[ampus] Univ.[ersitário]), 2, 14.xi.1978, J.A. Rafael leg. (INPA;
FSCA); idem, (ZF-2 KM-14, Torre, 023521S – 600655W, luz mista/ BL,BLB, lençol,
40 mt alt.[ura]), , 18-21.ii.2004, J.A. Rafael, C.S. Motta, F.F. Xavier Fº, A.Silva Fº &
S. Trovisco leg. (INPA); idem, (Arm.[dilha] Malaise), , 16-19.vii.2004, J.A. Rafael,
F.F. Xavier Fº & J.M. Ribeiro leg. (MPEG); idem, (Lençol: luz mista e BLB, 40 mts
alt.[ura]), , 16-19.vii.2004, J.A. Rafael, C.S. Motta, F.F. Xavier Fº, J.M.F. Ribeiro &
S. Trovisco leg. (INPA); idem, (luz mista/BLB, lençol, 40 mts altura), , 16-
19.vii.2004, J.A. Rafael, C.S. Motta, F.F. Xavier Fº, J.M.F. Ribeiro & S. Trovisco leg.
(CAS); idem, (luz mista/BLB, lençol, 36 mts altura), , 12-15.x.2004, J.A. Rafael, C.S.
Motta, F.F. Xavier Fº, A.Silva Fº & S. Trovisco leg. (FSCA); idem, (Lençol, luz mista e
BLB, 35 mts alt.[ura]), , 13-16.xi.2004, F.F. Xavier Fº, A.R. Ururahy, F. Godoi & S.
Trovisco leg. (FSCA); idem, (arm.[dilha] luz móvel), , 01.xi.2005, J.A. Rafael, F.F.
Xavier Fº, R. Machado, A.A. Agudelo & Y.K. Dantas leg. (MZSP); idem, (Estrada ZF-
2, arm.[dilha] luz móvel), 3, 01.xi.2005, J.A. Rafael, F.F. Xavier Fº, R. Machado,
A.A. Agudelo & Y.K. Dantas leg. (INPA); idem, (BR-174, Faz. Porto Alegre, Malaise),
, vii.2002, L. Aquino leg. (FSCA); idem, (F.[azenda] Esteio, R. 1401, km-27 ZF-3,
Malaise), , 05-20.iv.1995, L.E.F.R.Silva leg. (MPEG); AM 240 (km 24, 2°00’55’’S;
59°49’40’’W, Luz mista/mercúrio), , , viii.2005, Xavier-Filho leg. (INPA); Rio
Urubu (02°10’S; 59°49’W), , 13-14.iii.1983, P. Bührnhein, N. Otaviano & S. Leite
leg. (CZPB); Parque Nac.[ional] [do] Jaú (Rio Carabinani, Igar[apé] Preguição), , 20-
29.vi.1994, L. Aquino leg. (INPA); Itacoatiara (Madeireira Mil, 024510S; 583911W,
arm.[dilha] luminosa móvel, 05-06hs), , 2, 29-30.xi.2005, J.A. Rafael, R.J.P.
Machado & A.Silva Fº. leg. (INPA); idem, , 29-30.xi.2005, J.A. Rafael, R.J.P.
Machado & A.Silva Fº. leg. (MZSP); idem, , 29-30.xi.2005, J.A. Rafael, R.J.P.
27
Machado & A.Silva Fº. leg. (CAS); idem, , 29-30.xi.2005, J.A. Rafael, R.J.P.
Machado & A.Silva Fº. leg. (MPEG); Novo Airão (ramal do Olimpio, 02°39’23’’S;
60°55’44’’W, luz mista de mercúrio), , 03-15.vii.1997, P.F. Bührnhein, N.O. Aguiar
& N.F. Fé leg. (CZPB); idem, , 03-15.vii.1997, P.F. Bührnhein, N.O. Aguiar & N.F.
leg. (INPA); Pará: Benevides (PA-408 km 06), , 21.xi.1980, I.S. Gorayeb & F.F.
Ramos leg. (INPA); idem, , 18.iii.1981, I.S. Gorayeb leg. (INPA); idem, (cavalo), ,
28.vii.1982, R.B. Neto leg. (MPEG).
Material adicional examinado (transcrito de Krolow e Henriques, no prelo). BRASIL.
AM[azonas]: Manaus (AM 010 km 54 BI-2, 02°45’33’’S; 59°51’03’’W, Centro
Instrução do CIGS, em lona azul, 18:08h), , 08.iv.1997, R.L.M. Ferreira, A.L.
Henriques & J.F. Vidal leg. (INPA); idem, (Tapir/escápula, Clareira, 17:00 – 18:00h),
2, 12.xi.1997 (INPA); idem, (Tapir/flanco, Clareira, 18:00 – 18:30h), , 21.i.1998
(INPA); idem, (R.[eserva] Ducke), , 4.vi.1976, A. B. Anderson leg.. Chlorotabanus
sp., det. N.D. Penny (INPA); idem, 2, 26.xi.1981, J.A. Rafael leg. (INPA); idem, (26
km, NE, armadilha suspensa 10 metros), , 06.x.1988, J.A. Rafael leg. (INPA); idem,
(Am 010 km 26, 2º55’S; 59°59’W, 06- Malaise clareira), , 07.ii.2001, R.L.M. Ferreira
et al. leg.. Chlorotabanus inanis (sem determinador) (INPA); idem, (Ig.[arapé] Acará
Branco, coleta manual), 2, 09-13.xi.2007, A. S. B. Souza leg. (INPA); idem, (ZF-2,
Torre 45 mts altura, luz mista/mercúrio), 2, 7-8.i.1997, R.L. Ferreira leg..
Chlorotabanus inanis, A.L. Henriques, 1997 det. (INPA); Itacoatiara (Madeireira Mil,
024510S – 583911W, arm.[dilha] luminosa móvel, 19-20hs), 2, 29-30.xi.2005, J.A.
Rafael, R.J.P. Machado & A.Silva Fº. leg. (INPA); Novo Airão (Ramal do Olimpio,
02°39’23’’S; 60°55’44’’W, luz mista de mercúrio), , 03-15.vii.1997, P.F. Bührnhein,
N.O. Aguiar & N.F. Fé leg. (CZPB); AM 240 (km 24, 2°00’55’’S; 59°49’40’’W, Luz
mista/mercúrio), , viii.2005, Xavier-Filho leg. (INPA); Parque Nacional do Jaú
(Igarapé Miratuca, 1°57’08”S; 61°49’19”W, Malaise), , R. Andreaze, W. Costa & L.
Aquino leg. (INPA); Rio Juruá (Minerauzinho, 033485S; 665915W, luz mista de
mercúrio), 25.i.1996, P.Bührnhein & N.Otaviano leg. (CZPB); Rio Urubu (02°10’S;
59°48’W), , 18-19.ix.1982, P. Bührnhein leg. (CZPB).
Etimologia: do Latim flagellum, relacionado à placa basal alongada do flagelo antenal.
Discussão (adaptado de Krolow e Henriques, no prelo): C. flagellatus sp. nov. já havia
sido identificada algumas vezes como C. inanis (Fabricius), esta de captura mais
28
freqüente e amplamente distribuída no Neotrópico. C. inanis pode ser diferenciada de C.
flagellatus sp. nov., pois apresenta placa basal mais curta e com o ângulo dorsal mais
elevado, I.F. não atinge 8.0, além das diferenças de pruinosidade e pilosidade. C.
flagellatus sp. nov. difere prontamente de C. fairchildi Wilkerson e C. mexicanus
(Linnaeus), pois ambas possuem fortes manchas nos cruzamentos das veias transversais
e nos ápices das veias longitudinais. C. crepuscularis (Bequaert) também possui asa
com manchas e ocorre apenas no sul dos Estados Unidos. C. ochreus Philip e Fairchild
foi descrito de um espécime, coletado na serra da Bocaina, estado de São Paulo. Esta
espécie não possui outros registros em trabalhos posteriores, mas pode ser diferenciada
de C. flagellatus sp. nov. pela fronte paralela, baixa e larga (I.F. 4.0), bem como pelo
formato da antena, onde a placa basal e o anuli possuem tamanhos similares. C.
parviceps (Kröber) pode ser distinguida pelo valor do I.F. que não ultrapassa 5.5, pelas
tíbias anteriores com pêlos pretos no ápice dorsal e pelas proporções de placa basal e
anuli. C. leucochlorus Fairchild possui pruinosidade branco-neve e pilosidade branco-
prateado, além de pêlos pretos esparsos na notopleura e I.F. < 7.6.
Chlorotabanus inanis (Fabricius, 1787)
(figuras 6. A-H; 7. A-M)
Localidade-tipo: Guiana Francesa (Caiena). Holótipo destruído (Philip & Fairchild, 1956).
Tabanus inanis Fabricius, 1787: 356; Knab, 1916: 99 (diagnose); Bequaert, 1926: 234 (chave).
Chlorotabanus inanis, Kröber, 1929: 245-246, fig. 2 (macho); Fairchild, 1940: 714-715 (chave e
redescrição), 717 figs. 1, 1a, 1b; Fairchild, 1969: 208 (classificação); 1971: 55 (catálogo);
Goodwin e Murdoch, 1974: 99 fig. 25 a,b,c,d (pupa), 100 (chave larva), 102 (chave pupa e
descrição de larva e pupa); Henriques e Gorayeb, 1993: 8 (coleção MPEG); Fairchild e Burger,
1994: 87 (catálogo); Henriques, 1995: 69 (Coleção INPA).
Tabanus (Chlorotabanus) inanis, Kröber, 1930: 15-16 (chave); 1934: 296 (catálogo).
Chlorotabanus (Chlorotabanus) inanis, Philip e Fairchild, 1956: 316-317, Text fig. 1A-E, fig. 1 (revisão,
desígnio do Neótipo).
Tabanus ochroleucus Meigen, 1804: 172.
Tabanus sulphureus Palisot de Beauvois, 1819: 222.
Tabanus sulphureus Macquart, 1847: 35 (preoc. Palisot de Beauvois, 1819).
Tabanus inconspicuus Walker, 1848: 171.
Tabanus viridiflavus Walker, 1850: 66.
Tabanus e Chlorotabanus mexicanus de autores não Linnaeus, 1767 (ver Fairchild, 1940).
29
Diagnose: tamanho mediano. Fronte um pouco estreitada (I.F. 5.3 - 7.7). Escuto com
pruinosidade branca e pêlos amarelos, contrastando com escutelo alaranjado com pêlos
amarelos escuros. Asa hialina com forte escurecimento das veias transversais.
Redescrição (Neótipo ): comprimento do corpo 13,6 mm; comprimento da asa 11,5
mm; largura da asa 3,7 mm (Fig. 6A-B).
Cabeça (Fig. 6C): olhos castanho-acinzentados. Fronte estreita e convergente na base,
I.F. 7,2, I.D. 1,4; pruinosidade esbranquiçada e pilosidade amarelada; pequena marca
(fenda) no lugar do calo frontal. Subcalo como a fronte, com pêlos apenas nas
imediações da parafaciália. Parafaciália, gena e face com pruinosidade e pilosidade
como a fronte. Palpo amarelo com pêlos amarelos. Probóscide com teca amarela; labela
amarelo escuro. Antena esquerda danificada, presente apenas o escapo e o pedicelo,
ambos amarelos com pêlos amarelos. Antena direita com parte do flagelo; placa basal
amarelo escuro com ângulo dorsal pouco elevado (I.P.B. 1,95); primeiro anulus
presente, os demais ausentes.
Tórax: escuto com pruína branca e pêlos amarelos; tegumento alaranjado. Escutelo
alaranjado, aparentemente sem pruína e comlos amarelos escuros, exceto em vista
antero-dorsal onde é perceptível a visualização de uma pruinosidade esbranquiçada.
Pernas delgadas, amarelas com pêlos amarelos, exceto nas tíbias anterior e média que
apresentam o quarto distal com pêlos pretos esparsos dorsalmente; quarto distal da tíbia
posterior com pêlos pretos dorsalmente estendendo-se até a margem distal dos
tarsômeros. Asa hialina (Fig. 6D), exceto pelo escurecimento das células basal costal,
costal e basal radial (região superior). Veias amarelas, com fraco escurecimento das
transversais; sem apêndice na forquilha da veia R
4+5
; pterostigma amarelo.
Abdômen: amarelo, coberto por uma pilosidade amarelada; tergitos 4 a 7 com
escurecimento (possivelmente devido a um repasto sangüíneo); a partir do quinto tergito
aparecem faixas distais transversais de pêlos pretos. Esternitos idem aos tergitos.
Variações (): comprimento do corpo 11,1 - 15,7 mm (X= 13,2 mm; N= 20;
comprimento da asa 9,6 - 12,9 mm (X= 11,4 mm; N= 20); largura da asa 2,8 - 4,5 mm
(X= 3,6 mm; N= 20); I.F. 5.3 - 7.7 (X= 6.3; N= 20); I.D. 1.1 – 1.4 (X= 1.2; N= 20);
I.P.B. 1.1 – 1.9 (X= 1.5; N= 20); I.Flg. 1.4 – 2.7 (X= 1.9; N= 20). De acordo com a
30
amplitude de valores dos índices de flagelo e de placa basal, é perceptível uma intensa
variação da forma antenal desta espécie (Fig. 7A-M). Em geral, espécimes do México,
Panamá e Costa Rica, possuem uma placa basal mais alongada, cerca de duas vezes
mais comprida que o estilo e quase sem a projeção antero-dorsal. Enquanto os
espécimes das outras localidades possuem uma placa basal mais curta e robusta, pouco
maior que o estilo, com uma forte projeção antero-dorsal. De fato, isto não pode ser
adotado como regra, pois entre estes dois grupos são observados espécimes
intermediários e algumas exceções quanto a distribuição. A coloração também é
bastante variável, os tons dos olhos, a pilosidade e a pruinosidade variam muito, mesmo
em exemplares coletados na mesma localidade. Outro caráter muito variável é a
presença de uma mancha mediana no escuto, a qual pode ser vista em alguns espécimes
nas vistas dorsal e postero-dorsal, aparentemente desaparecendo em vista antero-dorsal,
esse fenômeno parece ocorrer de acordo com o ângulo de incidência da luz em relação a
pruinosidade e a orientação da pilosidade. Muitos espécimes na região amazônica têm
essa característica, entretanto, essa variação também pode ser observada em outras duas
espécies: C. parviceps e C. mexicanus. Por isso, a mancha no escuto foi considerada
como mais uma das variações de C. inanis.
Macho: comprimento do corpo 11,3 - 13,7 mm (X= 12,6 mm; N= 20 (Fig. 6E-F);
comprimento da asa 9,5 - 11,0 mm (X= 10,2 mm; N= 20); largura da asa 3,0 - 3,6 mm
(X= 3,3 mm; N= 20). Similar a fêmea quanto à pruinosidade e pilosidade do corpo e ao
padrão alar, diferindo nos seguintes aspectos: cabeça com olhos holópticos (Fig. 6G),
onde os omatídeos maiores ocupam 2/3 da região superior e os omatídeos menores 1/3
da região inferior; tubérculo ocelar ausente, com uma fenda nesta região; palpo
porrecto, amarelo com pêlos amarelos; I.P.B. 1.1 – 1.8 (X= 1.4; N= 20); I.Flg. 0.9 – 1.6
(X= 1.1; N= 20). Assim como nas fêmeas, a principal variação observada entre os
machos é quanto à forma e proporção de suas antenas (Fig. 6H).
Distribuição: sul do México ao sul do Brasil.
Neótipo : Am.[érica] Mer.[idional], depositado no ZMUC, estado de conservação
razoável. Cabeça em bom estado, exceto pelas antenas, esquerda sem flagelo e direita
sem os três últimos anuli. Tórax bastante danificado, com um buraco atravessando as
pleuras; ausência quase total de pêlos no escuto, exceto nas proximidades do escutelo e
lobo pós-alar e por alguns pêlos esparsos no restante do escuto. Asas e pernas em bom
31
estado. Abdômen com pequeno buraco entre os tergitos 3 e 4. Também foram
examinados dois sinônimos, T. inconspicuus (Holótipo ) e T. sulphureus (Lectótipo
), ambos em bom estado de conservação.
Material-tipo examinado: “NEOTYPE\ Tabanus \ inanis Fabr.\ Philip & Fairchild\
1956” “Tabanus\ inanis\ Fabricius, 1787\ Man. Ins. II\ 1787:356” “Coll. Sehestedt &
Lund.” “Var: inanis am. mer.”; “locality?” “HOLOTYPE\ Tabanus\ inconspicuus
Walker\ det. J. E. Chainey 1978” “NHM(E) #\ 253364”; “Tabanus \ sulphureus Brasil\
n. Sp. Macq D. Exot.” “Brazil:\ ex: coll. J. Bigot:\ ex: coll. G. H. Verral.\ B.M. 1914-
500” “Chlorotabanus\ inanis Fabr.\ C.B. Philip 53\ by comp. Homotype”
“LECTOTYPE\ (des. Chainey, 1990: 311)\ Tabanus\ sulphureus Macquart\ det. J. E.
Chainey, 1990.” “NHM(E) #\ 253362”.
Material adicional examinado: MÉXICO. Chiapas: Salto de Água, 1; BELIZE.
Cayo: Chiquibul Forest (Las Cuevas clearing), 1; GUATEMALA. El Peten: São Luis
Las Cañas, 1; COSTA RICA. Puntarenas: Rincon Osa Península, 4, 8; Golfito,
1; Alachua: Upala, 1; PANAMÁ. Zona do Canal: Barro Colorado, 5, 1; Moja
Pollo, 1; COLÔMBIA. Amazonas: Letícia, 1; Cauca: Quebrada Huanqui, 1;
Putumayo: Santa Rosa, 1; [sem departamento]: Puerto Berrio, 1; VENEZUELA.
Delta Orinoco: Barrancas, 1, 16; Monagas: Maturin, 4, 4; TRINIDAD E
TOBAGO. Vega de Oropouche: Sangre Grande, 3; GUIANA. [sem departamento]:
Berbice (5,62°N, 57,26W), 2; Hyde Park, 1; Issororo NWD, 1; Mr. Georgetown,
1; [sem localidade], 8; GUIANA FRANCESA. Caiena, 1; Kaw, , 1, 2; Saint
Jean Du Maroni, 1, 1; Saint Laurent Du Maroni, 1, 1; Maná River, 1; Régina,
9; Forêt D'Acarouany, 2, 2; Oyapok River, 1; BRASIL. Roraima: Serra Grande,
1; [Sem município] (Rio Jauaperí 042958N; 612859W), 4, 34; idem (Ilha de
Maracá), 1; Amapá: Macapá, 2; Santana, 1; Amazonas: Barcelos (Bacuquara,
000909N; 631038W), 2, 15; idem (Em Campina, 002838N; 632818W), 11; idem
(Igarapé Irerê/ Coruja, 000616N; 635101W) 28; idem (Rio Aracá, Cuqui, 001207S;
631124W), 3, 18; idem (Rio Aracá, Prainha, 002441N; 6324W), 1, 20; idem
(Rio Demeni, Alubiá, 001607S; 624445W), 4; idem (Rio Demeni, Jalauaca, 001615S,
624449W) 18; idem (Rio Demeni, Pirico, 001930S; 624721W), 13; idem (Serrinha,
90m, 002505N; 632305W), 11; idem (Rio Unini, Urubuquara), 25; Benjamin
Constant, 4; Beruri (Rio Purus), 24; Borba (Rio Abacaxis, 051509S; 584152W), 4;
32
Carauarí (Gavião, 045010S; 665110W), 18; Coari (Rio Urucu Duto Urucu, 045016S;
652036W), 3, 31; Fonte Boa (Estrada Mamopina), 1; Guajará (070639S;
730525W), 1; Itacoatiara (Madeireira Mil), 3, 27; Japurá, 4; Lábrea, 1;
Manacapuru, 1; Manaus (AM 010 Km 54 BI-2), 16; idem (Campus Universidade),
1, 8; idem (Reserva da Campina), 4; idem (Reserva Ducke), 15; idem
(Uypiranga), 2; idem (ZF-2), 4; Manicoré (Cachoeira, 052944S; 604921W), 15;
Maués (Rio Abacaxis), 5; Novo Airão, 1; idem, (Parque Nacional do Jaú), 44;
idem (Ramal do Olímpio, 023923S; 605544W), 4; Novo Aripuanã, 15; idem
(Igarapé Arauazinho, 061744S, 602130W), 23; Presidente Figueiredo, 6, 5; São
Gabriel da Cachoeira (Morro dos Seis Lagos), 20; São Paulo de Olivença, 1; Santa
Izabel do Rio Negro (Maturacá), 3; Tabatinga, 10; Tefé (São Mateus), 5;
Tonantins, 3; Uarini (030257S, 654142W), 2, 7; [Sem município] (Resex Unini,
Lago Três Bocas, 013456S, 625828W), 21; idem, (Rio Juruá, Mineralzinho,
03340585S; 665915W), 10, 19; idem, (Rio Urubu- 0210S; 5949W), 2, 4; idem,
(Rio Nhamundá, 013511S, 573732W), 3; idem, (CEPLAC, 30km NE de Manaus),
1, 1; Pará: Belém, 5; Benevides, 6; Chaves (Ilha Caviana), 3; Italtuba, 3;
Maraã, 3; Marajó, 3; Melgaço Caxiuanã (ECFPn), 7, 27; Monte Dourado, 4;
Óbidos, 9; Oriximiná, 2, 1; Santarém, 2; Serra Norte, 4; Tucuruí, 2, 2;
Viseu (Fazenda Ema), 6; [Sem município] (Rio Trombetas), 8; idem (Rio
Nhamundá), 2; Maranhão: A. Parnaíba (Balneário Brejo do Campo), 8; Alto
Turiaçu, 1; Araguanã (Reserva Indígena Awaguajá), 11; Carolina (P. Campo
Grande), 6; Caxias (Reserva Inhamum), 215; Mirador (Parque Estadual do
Mirador), 65; São P. Água Branca (Fazenda Santa Rosa), 1; Tuntum (Povoado
Cigano), 1; Vila Nova dos Martírios (Fazenda Jurema), 57; Acre: Cruzeiro do Sul
(Rio Moa, 073702S; 724615W), 29; Porto Acre, 1; Rio Branco, 1; Rondônia:
Ariquemes, 2; Nova Mamoré (Parque Estadual de Guajará Mirim), 10; Ouro Preto
do Oeste (Rio Boa Vista) , 1, 2; Mato Grosso: Bento Mascarenhas (Reserva
Humboldt), 2; Goiás: Alto Paraíso (Chapada dos Veadeiros), 1; Minas Gerais:
Passos, 1; Espírito Santo: Conceição da Barra, 1; Linhares (Reserva Vale do Rio
doce, 190905S, 400410W), 4; São Paulo: Caraguatatuba, 1; Cássia dos Coqueiros,
1; Cubatão, 1; Guarujá, 1; Ilha Bela, 1; Juquiá, 3; Porto Cabral, 1; Ubatuba,
2; Rio de Janeiro: Angra dos Reis, 1; Macaé (221640S; 414135W), 1; Tinguá, 1;
Rezende, 1; Paraná: Fonte Nova, 2; Morretes, 1; Santa Catarina: Joinvile, 1;
33
Rio Grande do sul: Canoas, 1; EQUADOR. Napo: Yasuni, 3; PERU. Madre de
Dios: Puerto Maldonado (Rio Tambopata), 12; Huanuco: Tingo Maria, 2, 5;
BOLÍVIA. Depto. Santa Cruz: N. de Chaves (Perseveranci), 1.
Discussão: C. inanis é sem dúvida a espécie mais problemática deste gênero, com alto
grau de polimorfismo e ampla distribuição geográfica, sendo encontrada do México ao
sul do Brasil. Philip e Fairchild (1956) já haviam se deparado com este fato, ao
demonstrarem a grande variação de formas de antenas para diferentes localidades. No
presente trabalho, também foi possível observar essa variação de formas por localidade
(Fig. 7), entretanto, várias localidades apresentam uma ou mais formas (sobreposição).
No início deste trabalho, foram criados vários agrupamentos de espécimes dentro de C.
inanis, pois estes possuíam dois ou três caracteres distintos, o que possivelmente
serviria para futuras separações em novas espécies. Entretanto, com o exame de grandes
séries destes agrupamentos, foi possível perceber que nenhum dos caracteres distintivos
foi constante nos mesmos, ou seja, sempre existiam exceções ou variações de caracteres
que se sobrepunham, motivo pelo qual estas séries foram mantidas em C. inanis. Dessa
forma esta espécie pode apresentar inúmeras variações morfológicas ou provavelmente
representar um complexo de espécies.
Chlorotabanus leucochlorus Fairchild, 1961
(figura 8. A-E)
Localidade-tipo: Brasil (AP, Serra do Navio).
Chlorotabanus (Chlorotabanus) leucochlorus Fairchild, 1961:437, fig. 2, 439-440.
Chlorotabanus leucochlorus, Fairchild, 1969: 208 (classificação); 1971: 55 (catálogo); Henriques e
Gorayeb, 1993: 9 (coleção MPEG); Fairchild e Burger, 1994: 87 (catálogo); Henriques, 1995: 69
(coleção INPA); Krolow e Henriques, 2008 (descrição do macho).
Diagnose: tamanho mediano (12,8 – 16,5 mm), tórax branco neve e abdômen amarelo-
esverdeado. Olhos com fronte estreita e alongada (I.F. 6.0 – 7.7). Antena com placa
basal alongada, esta, cerca de duas vezes e meia o comprimento do estilo.
Redescrição (Holótipo ): comprimento do corpo 14,3 mm (Fig. 8A-B); comprimento
da asa 13,2 mm; largura da asa 4,4 mm.
34
Cabeça (Fig. 8C): olhos pretos. Fronte estreita e alongada, levemente convergente na
base, I.F. 7.7, I.D. 1.5, pruinosidade branco neve e pêlos brancos. Subcalo, gena,
parafaciália e face com pruinosidade idêntica a da fronte. Gena, parafaciália e face com
densos pêlos brancos, enquanto o subcalo menos denso. Palpo amarelo; primeiro
segmento do palpo com pêlos brancos; segundo segmento do palpo com pêlos amarelos,
e alguns pêlos pretos na região anterior. Probóscide com teca amarelo-esverdeado;
labela preta. Antena (Fig. 8D): escapo amarelo com pêlos brancos e amarelos; pedicelo
amarelo com pêlos da mesma cor; flagelo amarelo-esverdeado sem pilosidade, exceto
por algumas cerdas na elevação dorsal da placa basal e no estilo; placa basal alongada
(I.P.B. 1.6), esta, cerca de duas vezes e meia o comprimento do estilo (I.Flg. 2.5).
Tórax: escuto com tegumento alaranjado, coberto por uma camada de pruína branco-
neve (em todas as vistas), com pêlos da mesma cor e alguns pêlos pretos esparsos na
notopleura e na região mediano-posterior do escuto; escutelo, lobo pós-pronotal, calo
pós-alar e pleura com pruína e pêlos branco-neve. Pernas delgadas; coxas (região
anterior) com pruinosidade e pilosidade como o tórax, e terço posterior com pilosidade
amarelada; trocânteres, fêmures, tíbias e tarsos amarelo-everdeados com pilosidade
amarela, exceto no ápice dorsal da tíbia anterior, com alguns pêlos pretos esparsos e a
partir do segundo terço da tíbia posterior (vista dorsal) com duas fileiras de pêlos pretos
que alcançam o último tarsômero. Asa (Fig. 8E) hialina, amarelada, exceto pelas células
basal costal e costal amarelo-escuras. Veias amarelo-esverdeadas, exceto pelo
escurecimento das veias transversais; veia costa com pêlos amarelos e alguns pêlos
pretos; apêndice na forquilha da veia R
4+5
ausente; pterostigma esverdeado; incisão
alular com mancha preta.
Abdômen: amarelo-escuro com pigmentos verdes, coberto por pêlos amarelos
brilhantes, exceto a partir do quinto tergito, onde aparecem faixas distais transversais de
pêlos pretos; esternitos semelhantes aos tergitos.
Variações: olhos variando entre os tons acinzentado, bronzeado, vermelho-escuro até
preto; pedicelo pode apresentar fortes pêlos pretos; apêndice na veia R
4 +5
comumente
ausente, quando presente pouco desenvolvido. Alguns espécimes observados
apresentaram uma faixa distal transversal de pêlos pretos no primeiro tergito;
comprimento do corpo 12,8 – 16,5 mm (X = 14,4 mm, N = 20); comprimento da asa 11
– 13,5 mm (X = 11,9 mm, N = 20); largura da asa 3,5 – 4,5 mm (X = 4,0 mm, N = 20);
35
I.F. 6.0 – 7.7 (X = 6.7, N = 20); I.D. 1.3 – 1.5 (X = 1.3, N = 20); I.P.B. 1.5 – 1.8 (X =
1.6, N = 20); I.Flg. 2.1 – 3.3 (X= 2.5, N = 20).
Macho: conforme Krolow e Henriques (2008).
Distribuição: Colômbia, Guiana, Brasil (Amapá, Amazonas, Pará, Maranhão,
Rondônia).
Holótipo : depositado no MZSP. Em boas condições, exceto pela perda de
extremidade apical da asa esquerda.
Material-tipo examinado: “SERRA do NAVIO\ Terr. Amapá BRASIL\ 24.x.1957\ J.
Lane leg.” “Chlorotabanus\ (Chlorotabanus)\ leucochlorus Fchld\ HOLOTYPE” (,
MZSP).
Material adicional examinado: COLÔMBIA. Dept. Amazonas: (30 km aval de La
Chorrera, Rio Igaraparana), 23.iii.1974, (J. Desplats), 1, (MNHN); GUIANA.
Courantyne River, iv.1936 (C.A. Hudson), 1, Chlorotabanus leucochlorus, det. J. E.
Chainey 198?, (NHM); BRASIL. Amazonas: Barcelos (Igarapé Erere/Coruja, 000616N;
635101W, arm. luz), 18-25.vi.2008 (F. F. Xavier F°), 1, (INPA); idem (Rio Demeni,
Pirico, 001930S;624721W, Armadilha malaise em igarapé), viii.2008 (A. Silva & R.
Machado), 1, (INPA); Beruri (Rio Purus, 035662S;612102W, Arm.[dilha] Malaise),
x.2002 (F. F. Xavier & U. C. Barbosa), 1, (INPA); idem (Rio Purus,
035662S;612102W, Malaise), vii.2003 (Xavier), 2, Chlorotabanus leucochlorus
Fchld, det. A.L. Henriques 2003, (INPA); Borba (Rio Abacaxis, Paxiúba,
042848S;583424W, armadilha suspensa), 02-04.vi.2008 (J. A. Rafael e equipe), 1,
(INPA); Coari (Rio Urucu, 045156S;650456W, luz mista de mercúrio), 11-18.v.1991
(P. F. Bührnheim, N. O. Aguiar & N. F. Fé), 2, (CZPB); idem (Angelim,
050333S;651448W, luz mista de mercúrio), 23.xi-02.xii.1992 (P. F. Bührnheim & N. O.
Aguiar), 1, (CZPB); idem (Petrobras, RUC-30, luz mista de mercúrio), 07-14.ix.1992
(P. F. Bührnheim & N. O. Aguiar), 1, (CZPB); idem (Petrobras, RUC-29, luz mista de
mercúrio), 5-10.ii.1992 (P. F. Bührnheim, N. O. Aguiar & N. F. Fé), 1, Chlorotabanus
leucochlorus Fchld, det. A. L. Henriques 1995, (INPA); idem (Rio Urucu, RUC, Luz
mista de mercúrio), 25.ii.-10.iii.1995 (Bührnhein P. F. et al.), 1, (CZPB); idem (Rio
Urucu, Igarapé Marta-3, 045073S;650237W, Luz mista de mercúrio), 14-25.viii.1993
36
(Bührnhein P. F. et al.), 1, (CZPB); Japurá (Est.[ação] Ecol.[ógica] Nac.[ional] Juami-
Japurá, 014514S;670658W, Armadilha Malaise), 23-39.ix.2004 (F. F. Xavier-Filho &
M. Oliveira), 1, Chlorotabanus leucochlorus (sem determinador), (INPA); Lábrea
(Ramal Apaeral, Km 09, Sitio São Raimundo, 071910S;644007W, Armadilha Malaise),
vi.2006 (F. F. Xavier F°), 1, (INPA); Manaus (ZF-2, Arm.[dilha] Suspensa Torre
30m), 9-22.ix.1994 (J. A. Rafael & J. Vidal), 1, Chlorotabanus leucochlorus Fchld,
det. A. L. Henriques 1995, (INPA); idem (BR 174, Faz.[enda] Porto Alegre, Malaise),
vii.2002 (L. Aquino), 1, (INPA); idem (BR 174, 021928S;600513W, Malaise), 7-
10.v.2002 (L. Aquino), 1, C. leucochlorus (sem determinador), (INPA); idem (Campo
do Tupana, ca. 120 Km S. Manaus, alojamento mata, 041572S;601313W, noite,
expedição Geoma), 03.vii.2007 (H. F. Guariento), 1, (INPA); idem (PDBFF/WWF
Proj. Bert Klein, Malaise), viii.1985 (sem coletor), 1, (INPA); Manicoré (Cachoeira,
052944S;604921W, Floresta úmida, Malaise de solo), ix.2004 (Silva & Pena), 1,
(INPA); Maués (Rio Abacaxis, 051509S;584152W, malaise), 27-29.v.2008 (J. A.
Rafael e equipe), 3, (INPA); idem (Rio Abacaxis, 051509S;584152W, Arm. luminosa
no dossel), 28-29.v.2008 (J. A. Rafael e equipe), 1, (INPA); Novo Airão (Parque
Nacional do Jaú, Rio Unini, Bacaba, 014552S;620511W, Arm[adilha] Malaise), 14-
19.vi.1996 (A. L. Henriques, J. Vidal & F. L. Oliveira), 1, Chlorotabanus
leucochlorus Fchld, det. A. L. Henriques 1996, (INPA); idem (Parque Nacional do Jaú,
Rio Carabinani, Ig.[arapé] Preguição, 020625S-613620W, Arm.[adilha] Malaise), 29-
31.vii.1995 (J. A. Rafael & J. Vidal), 1, Chlorotabanus leucochlorus (sem
determinador), (INPA); idem (Parque Nacional do Jaú, Carabinani, Arm. Malasie),
27.iv-03.v.1995 (J. A. Rafael & J. Vidal), 1, leucochlorus (sem determinador),
(INPA); idem (Parque Nacional do Jaú), 11-30.x.1993 (J.F. Vidal) , 1, C. leucochlorus
(sem determinador), (INPA); idem (Parque Nacional do Jaú, 015427S;613510W,
Campinarana baixa, Arm.[adilha] Malaise), 8-16.iv.2001 (Henriques & Vidal), 1,
Chlorotabanus leucochlorus Fchld, det. A. L. Henriques 2001, (INPA); idem (Parque
Nacional do Jaú, Igarapé Miratuca, 015708S;614919W, Luz mista mercúrio luz negra,
BL e BLD, lençol), 26-27.vii.1995 (Motta, C. S.; Xavier F°, F. F. et al.) 1, (INPA),
idem, sem data (Andreaze, R.; Costa, W.; Aquino, L.), 1, (INPA); idem (Rio
Carabinani, armadilha luminosa), 17.iv.1994 (Motta, C.), 1, (INPA); idem (Parque
Nacional do Jaú, Ig.[arapé] Miratuca, 015780S;614919W, Malaise), sem data (R.
Andreaza, W. Costa & L. Aquino), 1, C. leucochlorus (sem determinador), (INPA);
37
idem (Ramal dos Madeireiros, km 1, luz mista de mercúrio), 5-10.iv.1997 (P.F.
Bührnheim, N. O. Aguiar & N. F. Fé), 1, (CZPB); idem (Rio Jaú, Mereti), 4-
10.vi.1994 (J. A. Rafael), 1, (INPA); Novo Aripuanã (Lago Xadá, 051539S;604232W,
Armadilha Malaise), iv.2005 (F. Xavier, F. Godoi, & A. Lourido), 1, (INPA);
Presidente Figueiredo (AM 240, km 24, 020105S;594959W, armadilha malaise), 04-
08.ix.2008 (T. K. Krolow & F. F. Xavier Fº), 2, (INPA); idem (AM 240, km 24,
020105S;594959W, coleta em eqüino), 04-08.ix.2008 (T. K. Krolow & F. F. Xavier Fº),
1, (INPA); AM 240, Km 24 (020055S;594940W, Luz mista de mercúrio), viii.2005
(Xavier-Filho), 1, (INPA); Rio Juruá (Minerauzinho, 033485S;665915W, luz mista de
mercúrio), 25.i.1996 (P. Bührnheim & N. Otaviano), 3, 1, (CZPB); Rio Urubu
(021000S;584800W), 14-15.xii.[19]82 (P. Bührnheim & Neliton Silva), 1, (CZPB);
Toototobi, 30xi.1977 (I.S. Gorayeb), 1, (MPEG); Tefé (Locação São Mateus,
044324S;654006W, Luz mista de mercúrio), 07-16.ix.1994 (Bührnhein P. F. et al.) 1
(CZPB); Rod[ovia] AM 010 km 153 (atacando o gado), 6.vii.1977 (I. S. Gorayeb), 1,
Chlorotabanus leucochlorus Fchld, det. [G. B.] Fairchild 1981, (MPEG); São Gabriel
da Cachoeira (Morro 6 Lagos, Arm.[dilha] Malaise), 28.ix-6.x.1990 (J. A. Rafael & J.
Vidal), 1, (INPA); Resex Unini (Rio Unini, Lago 3 Bocas, 013413S;625854W,
Armadilha Malaise terra firme), 14-28.vii.2004 (M. L. Oliveira, A. Silva F° & L.
Aquino), 1 (INPA); Pará: Paragominas (Luz, Cachoeira do Rio Vermelho), 15-
18.i.1991 (J. Dias, R. B. Neto), 1, Chlorotabanus leucochlorus Fchld, det. A.L.
Henriques 1992, (MPEG); Maranhão: Araguanã (Res. Índio Awaguajá, Alto Rio
Turiaçú, isca eqüina), 17-20.iii.2002 (F. L. Oliveira & J. T. Câmara), 1, C.
leucochlorus (sem determinador) (INPA); Rondônia: Guajará-Mirim (Rio Ouro Preto,
Bananal, 105823S;650539W, Terra firme, em cavalo), 23.x.1995 (A. L. Henriques), 1,
leucochlorus (sem determinador), (INPA).
Discussão: C. leucochlorus pode ser facilmente diferenciada das demais pela coloração
característica de seu tórax, este coberto de pruína e pêlos branco-neve, além de alguns
pêlos pretos na notopleura.
38
Chlorotabanus leuconotus sp. nov.
(figura 9. A-I)
Localidade-tipo: Brasil (AM, Manaus).
Diagnose: tamanho mediano (11,9 - 14,6 mm). Fronte com leve convergência na base.
Flagelo antenal com a placa basal pouco alongada, esta, cerca de uma vez meia o
comprimento do estilo. Tórax branco-acinzentado e pilosidade esbranquiçada. Abdômen
amarelo-esverdeado com pilosidade esbranquiçada. Asa hialina, exceto pelo leve
escurecimento da célula costal.
Descrição (Holótipo ): comprimento do corpo 13,1 mm (Fig. 9A-B); comprimento da
asa 11,2 mm; largura da asa 3,7 mm.
Cabeça (Fig. 9C): olhos avermelhados. Fronte com uma pequena saliência na região
mediana basal, com lados paralelos e convergindo levemente na base, I.F. 5.8, I.D. 1.3,
pruinosidade castanho-amarelado e pilosidade amarelo-esbranquiçada. Subcalo,
parafaciália, gena e face com pruinosidade e pilosidade como a da fronte. Palpo
amarelado com pêlos amarelo-esbranquiçados e alguns pêlos pretos diminutos.
Probóscide com teca amarelo-escura; labela verde-escura quase preta. Antena (Fig. 9D),
com região anterior do flagelo formando uma leve projeção dorsal. Placa basal pouco
alongada, esta, cerca de uma vez meia o comprimento do estilo, I.P.B. 1.5, I.Flg. 1.4.
Tórax: escuto com tegumento castanho-escuro, coberto de pruína branco-acinzentada,
com camada de pêlos esbranquiçados. Pernas delgadas; coxas, trocânteres e fêmures
esverdeados com pêlos amarelo-esbranquiçados; tíbia anterior com pêlos pretos
espalhados por toda sua extensão, com maior densidade no terço apical; tíbia média com
pêlos pretos esparsos e em menor densidade que na tíbia anterior; tíbia posterior com
densos pêlos pretos na metade distal; tarsos anterior e posterior com densos pêlos pretos
dorsalmente; tarso médio com pêlos mais esparsos dorsalmente. Asa (Fig. 9E) hialina,
exceto pelas células basal costal e costal levemente escurecidas. Pterostigma amarelado.
Veias amarelo-esverdeadas.
Abdômen: amarelo-esverdeado coberto por uma pilosidade esbranquiçada, exceto nos
tergitos cinco, seis e sete com alguns pêlos pretos esparsos.
39
Variações Parátipos: comprimento do corpo 11,9 – 14,6 mm (X= 13,3 mm; N= 20);
comprimento da asa 10,0 – 12,2 mm (X= 11,1 mm; N= 20); largura da asa 3,2– 4,0 mm
(X= 3,5 mm; N= 20); I.F. 5.4 – 7.3 (X= 6.1; N= 20); I.D. 1.2 – 1.5 (X= 1.3; N= 20);
I.P.B. 1.3 – 1.7 (X= 1.5; N= 20); I.Flg. 1.3 – 1.7 (X= 1.4; N= 20).
Macho: comprimento do corpo 12,5 – 13,2 mm (X= 12,9 mm; N= 3) (Fig. 9F-G);
comprimento da asa 9,8 – 11,5 mm (X= 10,6 mm; N= 3); largura da asa 3,2 – 3,6 mm
(X= 3,3 mm; N= 3). Similar à fêmea, exceto pelos seguintes caracteres: olhos
holópticos (Fig. 9H), onde os omatídeos maiores ocupam 2/3 da região superior e os
omatídeos menores 1/3 da região inferior. Tubérculo ocelar ausente, com uma fenda
nesta região. Palpo porrecto, amarelado com pêlos amarelo-esbranquiçados e dois ou
três pêlos pretos quase no ápice do segundo segmento do palpo. Antena (Fig. 9I) com
estilo subigual ao tamanho da placa basal, I.P.B. 1.3 – 1.4 (X= 1.3; N= 3), I.Flg. 1.0 –
1.0 (X= 1.0; N= 3).
Distribuição: Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Brasil (Roraima, Amazonas, Pará,
Maranhão, Rondônia).
Holótipo : depositado no INPA, em excelente estado de conservação.
Material-tipo examinado: Holótipo. “Brasil, AM, Manaus, ZF\-2 km-34, Base LBA,\
02º35’37’’S - 60°12’39’’W” “09-10.vii.2008, arm. luz no\ dossel 30 mts, J. A. Rafael\
& F. F. Xavier F°.” ( INPA); 35 Parátipos. “BRASIL, Amazonas,\ Maués, Rio
Abacaxis,\ 05°15’09’’S – 58°41’52’’W” “27-29.v.2008. J. A. Rafael e equipe, Malaise”
(Parátipos 2 INPA); “BRASIL, Amazonas, Rio\ Abacaxis, 05°15’09’’S -\
58°41’52’’W, 35m” “27-29.v.2008, J. A. Rafael\ e equipe, Arm. luz sobre\ o barco”
(Parátipos 2 INPA); “BRASIL, AM[azonas], Maués, Rio\ Abacaxis, Campina\
Pacamiri, 04°35’49’’S –’’ “58°13’14’’W, 30-31.v.2008\ J. A. Rafael e equipe,\ arm.
Malaise na mata” (Parátipos 5 INPA); “BRASIL, AM[azonas], Borba, Rio\ Abacaxis,
Paxiúba\ 04°28’48’’S – 58°34’24’’W” “02-04.vi.2008, J. A. Rafael\ e equipe,
armadilha\ luminosa no barco” (Parátipo 1 INPA); “BRASIL, AM[azonas], Borba,
Rio\ Abacaxis, Paxiúba\ 04°28’48’’S – 58°34’24’’W” “02-04.vi.2008, J. A. Rafael\ e
equipe, armadilha\ suspensa dossel, 25mts” (Parátipos 3 INPA); “BRASIL,
Amazonas,\ Borba, Rio Abacaxis,\ 05°15’09’’S – 58°41’42’’W” “35m, 27-29.v.2008, J.
A.\ Rafael e equipe), Malaise” (Parátipos 3 INPA); “BRASIL, AM[azonas], Manaus,
40
ZF-\ 2 km-34, Base LBA,\ 02°35’37’’S – 60°12’39’’W” “ 09-10.vii.2008, arm. luz\
nível do solo, J. A. Rafael\ & F. F. Xavier F°” (Parátipo 1 INPA); “BRASIL,
AM[azonas], Manaus, ZF2\ km-14, Torre, 023521S -\ 600655W, 16-19.vii.2004” “Arm.
Malaise, J. A. Rafael\ F. F. Xavier F° & J. M. Ribeiro” (Parátipo 1 INPA); “BRASIL,
AM[azonas], MANAUS\ AM 010 km 54 BI-2\ 024533S; 595103W\ 22.vii.1997\ 18-
19:00 horas” “Flanco/Tapirus\ Clareira\ R. L. M. Ferreira\ A. L. Henriques &\ J. F.
Vidal cols” (Parátipos 5 INPA); “BRASIL, AM[azonas], MANAUS\ AM 010 km-54
BI-2\ 024533S; 595103W\ 12-23.vii.1997” “Baixa\ Suspensa/Clareira\ R. L. M.
Ferreira\ A. L. Henriques &\ J. F. Vidal cols.” (Parátipos 2 INPA); “BRASIL,
Amazonas,\ AM 240, km 24\ 2°00’55’’S 59°49’40’’W\ viii.2005” “Luz mista mercúrio\
Xavier-Filho Leg.” (Parátipos 2 INPA); “BRASIL, RO[Rondônia], Guaporé\ 121319S
- 603244W\ 23.iv.2006, J. A. Rafael &\ F. F. Xavier F°, arm. Luz” (Parátipo 1 INPA);
“BRASIL, MA[Maranhão], Mirador\ Parq.[ue] Ecol.[ógico] Mirador\ isca: eqüina” “12-
13.vi.1998\ FL Oliveira & AB\ Albuquerque, cols” (Parátipos 2 CZMA); “Brasil Pará\
Mun. Benevides\ PA-408 km 06\ 19.vi.1980” “I. S. Gorayeb\ F. F. Ramos\ E. L.
Oliveira” “18:00-18:30” “Chlorotabanus\ leucochlorus Fchld\ det. Fairchild 1981”
(Parátipo 1 MPEG); “British Guiana:\ Essequibo R.,\ Moraballi Creek\, 20.xi.1929,\
Oxf. Univ. Expedn.,\ B.M. 1929-485” “See notes” (Parátipo 1 NHM); “GUYANE
Française\ Mission M. Boulard\ et P. Pompanon\ Muséum PARIS” “Saint Elie\ 30.viii-
2.ix.1975” (Parátipos 3 MNHN).
Material adicional examinado: COLÔMBIA. Frontiere Dept. Putumayo: (Amazonas,
Puerto Narino), 18.ix.1973 (J. Desplates), 1 (MNHN); GUIANA FRANCESA.
[Caiena]: Saint Elie, 30.viii-2.ix.1975 (Mission M. Boulard et P. Pompanon), 4
(MNHN); BRASIL. RR[Roraima]: Serra Pacaraima (BR 174, 042704N; 610756W,
800m, em cavalo), 01-07.ix.1995 (A. L. Henriques & J. Vidal), 1 (INPA); Surucucu
(C. Geral), 21.xi.1991 (W. Barbosa), 1 (INPA); AM[Amazonas]: Borba (Rio
Abacaxis, Paxiúba, 042848S; 583424W, armadilha suspensa dossel, 25mts), 02-
04.vi.2008 (J. A. Rafael e equipe), 1 (INPA); idem (Rio Abacaxis, 051509S;
584152W, 35m, Malaise), 27-29.v.2008 (J. A. Rafael e equipe), 2 (INPA); Carauari
(050431S; 671011W, Malaise em igarapé), vii.2005 (A. Henriques & Xavier-Filho), 1
(INPA); Coari (Duto Urucu, Porto Teminal, 045016S; 652036W, a luz mista de
mercúrio), 12-21.vi.1996 (P. F. Bührnheim, N. O. Aguiar, A. M. R. Arruda & T. L.
Gualberto), 2 (CZPB); idem (Rio Urucu, Ig. Marta-3, 045007S; 650237W, a luz mista
41
de mercúrio), 14-25.viii.1993 (P. F. Bührnheim), 2 (CZPB); Manaus (Reserva
Ducke), 24.vi.1970 (Vivaldo), 2 (MPEG); idem (AM 010, km 54, BI-2, 024533S;
595103W, 18-19:00 horas, Flanco/Tapirus, Clareira), 22.vii.1997 (R. L. M. Ferreira, A.
L. Henriques & J. F. Vidal), 1 (INPA); Maués (Rio Abacaxis, Campina Pacamiri,
043549S; 581314W, arm. Malaise na mata) 30-31.v.2008 (J. A. Rafael e equipe), 1
(INPA); Novo Airão (Pq[parque] N.[acional] [do] Jau, Ig. Miratucu/ Ig. do Gerlei,
015700S; 614900W, Arm. Malaise), 23-28.vii.1995 (J. A. Rafael & J. Vidal), 1
(INPA); idem (Rio Carbinani, Ig. Ipiranga, 020305S; 613332W, Arm. Malaise), 29-
31.vii.1995 (J. A. Rafael & J. Vidal), 1 (INPA); Uarini (030257S; 654142W, a luz
mista de mercúrio), 22.vii-03.viii.1995 (P. F. Bührnheim, N. O. Aguiar, A. & al.), 1
(CZPB); PA[Pará]: Rio Poana (acima da Cach. seca), 09.x.[19]85 (Eq. Comander), 4
(INPA); MA[Maranhão]: Mirador (Parq.[ue] Ecol.[ógico] Mirador, isca eqüina), 12-
13.vi.1998 (F. L. Oliveira & A. B. Albuquerque), 1 (CZMA); idem (Parque do
Mirador, Base da Geraldina, armadilha luminosa), 03-07.v.2008 (F. Limeira de
Oliveira), 1 (CZMA); RO[Rondônia]: Vilhena (124655S; 602218W, arm. luz),
25.iv.2006 (J. A. Rafael & F. F. Xavier F°), 1 (INPA);
Etimologia: do grego, “leukos” significa branco e “notos” dorso.
Discussão: a fronte alargada e a coloração amarelada de C. parviceps e C. ochreus
diferenciam prontamente de C. leuconotus sp. nov. A asa hialina em C. leuconotus sp.
nov. permite sua separação de C. crepuscularis, C. mexicanus e C. fairchildi, estas com
evidentes manchas na asa. C. flagellatus e C. falsiflagellatus sp. nov. possuem placa
basal alongada e estilo curto, enquanto em C. leuconotus sp. nov. a placa basal é
subigual ao comprimento do estilo. A placa basal também pode ser usada para
diferenciar de C. microceratus sp. nov., esta com placa curta e alta. C. inanis possui
pilosidade amarelada e asa hialina com veias escurecidas nos intercruzamentos,
enquanto C. leuconotus sp. nov. possui asa hialina e pilosidade esbranquiçada. C.
leuconotus sp. nov. pode ser confundida com C. leucochlorus devido a sua pilosidade
esbranquiçada, entretanto, C. leucochlorus pode ser diferenciada pela presença de pêlos
pretos na notopleura e sua antena com placa basal alongada.
42
Chlorotabanus mexicanus (Linnaeus, 1758)
(figura 10. A-I)
Localidade-tipo: América do Sul.
Tabanus mexicanus Linnaeus, 1758: 602; Knab, 1916: 96-97 (redescrição e fig.1); Bequaert, 1926: 234
(chave); Philip, 1952: 310-311 (sin. T. olivaceus De Geer).
Tabanus (Chlorotabanus) mexicanus, Kröber, 1930: 15,18 (chave e diagnose); 1934: 297 (catálogo);
Bequaert, 1940: 449 (citação); 1944: 17 (citação).
Chlorotabanus mexicanus, Kröber, 1930: 18; 1931: 91; Fairchild, 1940: 714-716 (chave, redescrição e
figs.); Stone, 1944: 132 (citação). Bequaert e Renjifo-Salcedo, 1946: 73 (distribuição); Fairchild,
1953: 44 (citação); Fairchild, 1969: 208 (classificação); 1971: 55 (catálogo); Goodwin e
Murdoch, 1974: 99-102 figs. (pupa, larva); Henriques e Gorayeb, 1993: 9 (coleção MPEG);
Fairchild e Burger, 1994: 87 (catálogo); Henriques, 1995: 69 (coleção INPA).
Chlorotabanus (Chlorotabanus) mexicanus, Philip e Fairchild, 1956: 315-316, fig. 1F (revisão).
Tabanus olivaceus DeGeer, 1776: 229; Philip, 1952: 311(redescrição e sinonímia).
Tabanus punctatus Fabricius, 1787: 355.
Diagnose: tamanho mediano (12,1 mm), tórax branco-acinzentado com pilosidade
amarelada. Abdômen amarelo-esverdeado com pilosidade amarela. Fronte com leve
convergência na base. Asa hialina, exceto pela célula costal amarelada e presença de
manchas escuras nos intercruzamentos das veias e geralmente no ápice de algumas
veias.
Redescrição (): comprimento do corpo 10,2 – 14,2 mm (X= 12,1 mm; N= 20) (Fig.
10A-B); comprimento da asa 9,0 – 12,4 mm (X= 10,8 mm; N= 20); largura da asa 2,6–
4,1 mm (X= 3,4 mm; N= 20).
Cabeça (Fig. 10C): olhos variando de bronze-acinzentado a castanho-avermelhado.
Fronte variável, em geral alongada e convergente na base, embora alguns espécimes
possuam a fronte mais larga e quase paralela com uma lever convergência na base,
índice frontal 5.2 – 6.7 (X= 5.8; N= 20), índice de divergência 1.3 – 1.6 (X= 1.4;
N=20), pruinosidade castanho-amarelado e pilosidade amarela. Subcalo, parafaciália,
gena e face com pruinosidade idêntica a da fronte. Parafaciália, gena e face com densos
pêlos amarelos, enquanto o subcalo apresenta pêlos esparsos com a região central nua.
Palpo castanho-amarelado com pêlos amarelos. Probóscide com teca variando de
amarelo escuro até esverdeado; labela verde-escura a preta. Antena (Fig. 10D) com
diversas formas e cores, flagelo com placa basal formando um ângulo agudo elevado
43
dorsalmente I.P.B. 1.3 – 1.7 (X= 1.4; N= 18), esta cerca de uma vez e meia a duas o
comprimento do estilo I.Flg. 1.3 – 1.6 (X= 1.4; N= 17).
Tórax: escuto com tegumento castanho-alaranjado, freqüentemente com uma mancha
mediana esverdeada ou amarelada na região posterior próximo ao pré-escutelo, coberto
de pruína branco-acinzentada, com pêlos amarelos. Nas vistas dorsal e postero-dorsal, a
mancha mediana fica perceptível (em alguns espécimes), aparentando não haver pruína
naquela região, entretanto, em vista antero-dorsal, a pruína reaparece, cobrindo a
mancha. O mesmo ocorre com o escutelo, onde nas vistas dorsal e postero-dorsal, a
pruína desaparece (em alguns espécimes), enquanto em vista antero-dorsal reaparece.
Esse fenômeno ocorre conforme o ângulo de incidência de luz sobre a orientação da
pilosidade, visto que ao girar o espécime sob o esteromicroscópio, é possível visualizar
o aparecimento e o desaparecimento da mancha de acordo com o ângulo. Pernas
delgadas, amareladas ou esverdeadas com pêlos amarelos, exceto por densos pêlos
pretos no quarto distal das tíbias e no dorso do quarto e quinto tarsômeros. Asa (Fig.
10E) hialina, exceto pelas células basal costal e costal amareladas e pela presença de
pequenas manchas escuras dispostas em todas as transversais, na base das células
basilar média e basilar radial, no ápice das veias R
2+3
, R
4
, R
5
, M
1
, M
2
, M
3
, CuA
1
e
A
1
+CuA
2
, no terço anterior da veia M
3
e na incisão alular. Uma variação comumente
observada é a ausência ou enfraquecimento das manchas nas veias M
1
, M
2
, M
3
, CuA
1
(Fig.10J). Pterostigma amarelado ou esverdeado. Forquilha da veia R
4+5
quadrada, com
a presença de um apêndice muito ou pouco desenvolvido.
Abdômen: amarelado ou esverdeado coberto por uma pilosidade amarela, exceto nos
tergitos 6 e 7 com alguns pêlos pretos esparsos.
Variações: ver redescrição.
Macho: comprimento do corpo 10,3 – 13,2 mm (X= 12,0 mm; N= 20) (Fig. 10F-G);
comprimento da asa 8,6 – 10,3 mm (X= 9,6 mm; N= 20); largura da asa 2,8– 3,4 mm
(X=3,1 mm; N= 20). Similar à fêmea, exceto pelos seguintes caracteres: olhos
holópticos (Fig. 10H), onde os omatídeos maiores ocupam 2/3 da região superior e os
omatídeos menores 1/3 da região inferior. Tubérculo ocelar ausente, com uma fenda
nesta região. Palpo porrecto, amarelado ou esverdeado com pêlos amarelos. Antena
44
(Fig. 10I) com estilo subigual ao tamanho da placa basal, I.P.B. 1.2 – 1.5 (X= 1.3; N=
19), I.Flg. 1.0 – 1.1 (X= 1.05; N= 19).
Distribuição: México, Belize, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia,
Venezuela, Trinidad e Tobago, Suriname, Guiana Francesa, Brasil (Pará), Equador.
Holótipo : depositado no ?Ricksmuseum - Estocolmo (não examinado, ver discussão
abaixo). Foi examinado o sinônimo: T. punctatus (Holótipo ), este em péssimo estado
de conservação, restando apenas parte do tórax e as duas asas. Também foram
observadas fotos de T. olivaceus (Holótipo ), enviadas pelo Dr. Bert Gustafsson
(NHRS).
Material-tipo examinado: “Tabanus\ punctatus\ Fabricius, 1787\ Man.Ins.II\
1787:355” “Coll. Fabricius” (Holótipo ZMUC).
Material examinado. MÉXICO. Quintana Roo, Tabí, 12.viii.1925 (Alfonso Dampf
Colln Press to CAS by Cornelius B. Philip) , 1, Chlorotabanus mexicanus L. (sic.) det.
Kröber, 1929 (CAS); idem, Santa Cruz Chico, 25.viii.1925 (Alfonso Dampf Collection
Press to CAS by Cornelius B. Philip), 1, Chlorotabanus mexicanus L. (sic.) det.
Kröber, 1929 / Chlorotabanus mexicanus (Linne) det. C. B. Philip (CAS); [Campeche],
Icaíche (Blue Creek), 3-4.x.1925 (Alfonso Dampf Collection Press to CAS by Cornelius
B. Philip), 1, Chlorotabanus mexicanus L. (sic.) det. Kröber, 1929 / Chlorotabanus
mexicanus (Linne) det. C. B. Philip, [19]52 (CAS); Chiapas, Palenque, 10.ix.1974 (G.
Bohart, W. Hanson), 1, Chlorotabanus mexicanus L. (sic.) det. G. B. Fairchild, 1976
(UMNH); BELIZE. Cayo, (Chiquibul Forest, Las Cuevas clearing, m v light sheet),
ii.1996 (J. H. Martin), 2, (NHM); HONDURAS. (Benque Viejo, Father Stanton), sem
data (sem coletor), 1, T. (Chlorotabanus) mexicanus (L.) det. [G. B.] Fairchild, 1938
(MZSP); Rio Temos, vi.1937 (J. J. White), 1, Chlorotabanus mexicanus Linn. (sic.)
det. J. E. Chainey, 1975 (NHM); Punta Gorda, vii.1935 (J. J. White), 1,
Chlorotabanus mexicanus Linn. (sic.) det. J. E. Chainey, 1975 (NHM); NICARÁGUA.
(Cukra, Colina), 11.ii.1947 (Lewis E. Long ), 1, Chlorotabanus mexicanus (Linn.) det.
C. B. Philip, [19]66 (FMNH); COLÔMBIA. [Valle del Cauca]: Buenaventura,
2.i.[19]13 (Spurrell), 1, C. mexicanus sem determinador (NHM); [Cundinamarca]:
Bogotá, 1914 (A. Balfour),1, (NHM); idem, (environs of Bogotá, c.9000), iv.1914 (A.
Balfour), 5, (NHM); Dept. Cauca, Guapi (Altitude 10M. Tropical Rain Forest, Flight
45
trap/CO
2
), ??.10.[19]76 (R. Wilkerson), 1, Chlorotabanus mexicanus (Linn.) det. G.
B. Fairchild, 1981 (INPA); [?]: San Juan R. Negreia, 2.xii.[19]13 (H. G. F. Spurrell),
2, (NHM); idem: Atrato Valley, vi.1914 (A. Balfour), 1, (NHM); VENEZUELA.
Sucre: San Bonifacio, 10.iv.[19]64 ( Ronderas), 1, Chlorotabanus mexicanus (L.) det.
Coscarón, [19]74 (INPA); [Monagas]: (Caripito), 18.iv.1942 (sem coletor, Cornelius B.
Philip Collection Donated to California Academy of Sciences), 1, Chlorotabanus
mexicanus det. C. B. Philip [19]49 (CAS); idem, 26.iv.1942 (sem coletor, Cornelius B.
Philip Collection Donated to California Academy of Sciences), 1, (CAS); COSTA
RICA.[?]: Fulda, 1, Chlorotabanus mexicanus (L.) det. S. W. Bromley, 1949 (NHM);
idem, Finca Suerre (from horse), 11.iii.28 (sem coletor, Cornelius B. Philip Collection
Donated to California Academy of Sciences), Compared With Type T. punctatus
Fabr. April 1951 – C. B. Philip Same ant.[ena] plate + front wing spots + intens.
abd.[omen] Discoloration but type Thor.[ax] + legs discal, also, costal cell darken in
type, Chlorotabanus mexicanus Linn. det. C. B. Philip [19]40, 1, (CAS);
Guan.[acaste]: (3km SE R. Naranjo), xii.1991 (F. D. Parker), 1, (UMNH); idem,
iv.1992 (F. D. Parker), 1, (UMNH); idem, 11-21.iv.1992 (F. D. Parker), 1,
(UMNH); idem, 22-30.iv.1992 (F. D. Parker), 2, (UMNH); idem, v.1992 (F. D.
Parker), 1, (UMNH); idem, 16-3.v.1992 (F. D. Parker), 1, (UMNH); idem, 1-
5.vi.1992 (F. D. Parker), 1, (UMNH); idem, 21-30.vi.1992 (F. D. Parker), 1,
(UMNH); idem, 11-20.vii.1992 (F. D. Parker), 1 (UMNH); idem, 21-28.xii.1992 (F.
D. Parker), 2, (UMNH); idem, 10-23.vi.1993 (F. D. Parker), 1, (UMNH); idem, 14-
16.vi.1993 (F. D. Parker), 1, (UMNH); idem, 23-29.vi.1993 (F. D. Parker), 1,
(UMNH); idem, 1-15.viii.1993 (F. D. Parker), 1, (UMNH); idem, 16-31.viii.1993 (F.
D. Parker), 1, (UMNH); idem, (14 km S Cañas), 11-31.i.1990 (F. D. Parker), 1, 1,
(UMNH); idem, 1-11.ii.1990 (F. D. Parker), 1, (UMNH); idem, 15-24.ii.1990 (F. D.
Parker), 5, 2, (UMNH); idem, 16-23. iv.1990 (F. D. Parker), 1, (UMNH); idem,
19.xi.1990 (F. D. Parker), 1, (UMNH); idem, 24-28.ii.1991 (F. D. Parker), 1,
(UMNH); idem, 12.ii.- 16.iii.1991 (F. D. Parker), 2, (UMNH); idem, (S Cañas), 9-
14.ii.1989 (F. D. Parker), 1, (UMNH); Ala[juela], (20km S Upala), vii.1990 (F. D.
Parker), 1, (UMNH); idem, 11-20.iv.1991 (F. D. Parker), 1, (UMNH); idem, 10-
29.v.1991 (F. D. Parker), 2, (UMNH); idem, 22-31.v.1991 (F. D. Parker), 2,
(UMNH); idem, 1-11.vi.1991 (F. D. Parker), 1, (UMNH); idem, 3.vi.1991 (F. D.
Parker), 1, (UMNH); idem, 11-21.vi.1991 (F. D. Parker), 1, (UMNH); idem,
46
20.vii.1991 (F. D. Parker), 1, (UMNH); idem, 13.xii.[19]90 – 9.i.[19]91 (F. D.
Parker), 2, (UMNH); idem, (2km S Pital), 5-28.ix.1988 (F. D. Parker), 1, (UMNH);
Her[edia], (La Selva Res. Sta), 11-17.vi.1986 (W. Hanson, G. Bohart), 3, 3,
(UMNH); idem, mesma data (C. L. Clemons), 1, 1, (UMNH); idem, mesma data (C.
L. Clemons), 1, Chlorotabanus mexicanus L. det. G. B. F.[airchild], 1986 (UMNH);
idem, mesma data (D. J. Keller), 2, (UMNH); idem, 24-30.viii.1988 (W. Hanson), 1,
(UMNH); Limón: (Hacienda Tapezco, 29 air km W Tortuguero, el. 40m, lat. 10°30’N;
long. 83º47’W), 3.iii.1978 (C. L. Hogue), 1, Chlorotabanus mexicanus (Linnaeus,
1758) det. J. F. Burger, 1995 (LACM/ 246733); idem, 8.iii.1978 (J.P. Donahue, D.
Panny, D. Moelller, C. Lewis, LACM/Earthwatch trees of Tapezco expedition), 1,
(LACM ENT/ 246794); idem, 9.iii.1978 (J.P. Donahue, D. Panny, D. Moelller, C.
Lewis, LACM/Earthwatch trees of Tapezco expedition), 1, (LACM ENT/ 246782);
idem, 10.iii.1978 (J.P. Donahue, D. Panny, D. Moelller, C. Lewis, LACM/Earthwatch
trees of Tapezco expedition), 1, 1, (LACM ENT/ 246791/ 246790); idem,
12.iii.1978 (J.P. Donahue, D. Panny, D. Moelller, C. Lewis, LACM/Earthwatch trees of
Tapezco expedition), 2, 2, (LACM ENT/ 246783/ 246788/ 246778/ 246789); idem,
13.iii.1978 (J.P. Donahue, D. Panny, D. Moelller, C. Lewis, LACM/Earthwatch trees of
Tapezco expedition), 2, (LACM ENT/ 246793/ 246795); idem, 14.iii.1978 (J.P.
Donahue, D. Panny, D. Moelller, C. Lewis, LACM/Earthwatch trees of Tapezco
expedition), 1, 1, (LACM ENT/246784 /246792); idem, 21.iii.1978 (J.P. Donahue,
D. Panny, D. Moelller, C. Lewis, LACM/Earthwatch trees of Tapezco expedition), 3,
(LACM ENT/246785 /246786 /246787); Puntarenas, (1,8 mi. W of Rincon Osa
Peninsula, Puntarenas province), 15.ii.1971 (J. P. Donahue, C. L. Hogue), 1,
Chlorotabanus mexicanus Linn. (sic.) det. Fairchild, 1972 (LACM ENT/ 246777);
TRINIDAD E TOBAGO.[?]: sem data (Urich), 1, Chlorotabanus mexicanus det. J. E.
Chainey, 1992 (NHM); Sangre Grande (Vega de Oropuche), 20.ix.[19]57 (B. W. I., T.
H. G. Aitken ex Bull, Cornelius B. Philip Collection Donated to California Academy of
Sciences), 2, Chlorotabanus mexicanus det. Aitken, [19]57 (CAS); idem, Sangre
Grande (Rio Grande Forest), 21.x.[19]57 (T. H. G. Aitken Coll ex Bull, Dusk, Cornelius
B. Philip Collection Donated to California Academy of Sciences), 1, Chlorotabanus
mexicanus det. Aitken, [19]57 (CAS); PANAMÁ. Bocas del Toro, (Almirante),
28.x.[19]63 (sem coletor), 1, Chlorotabanus mexicanus (L.) det. G. B. Fairchild, 1981
(INPA); idem, 19.xi.[19]63 (sem coletor), 1, Chlorotabanus mexicanus (L.) det.
47
Coscarón, [19]74 (INPA); idem, (Robalo), 26.i.[19]46 (sem coletor, Cornelius B. Philip
Collection Donated to California Academy of Sciences), 1, Chlorotabanus mexicanus
L. (sic.) (sem determinador) (CAS); Panamá Prov., Moja Pollo, 15.iv.[19]40 (sem
coletor, Cornelius B. Philip Collection Donated to California Academy of Sciences),
1, Chlorotabanus mexicanus L. (sic.) det. Fairchild, 1941 (CAS); idem, 27.iv.[19]40
(sem coletor, Cornelius B. Philip Collection Donated to California Academy of
Sciences), 1, (CAS); Piña Area, 18.xi.[19]57 (W. J. Hanson), 1, Chlorotabanus
mexicanus L. (sic.) det. Fairchild, 1970 (UMNH); idem, 21.x.1958 (W. J. Hanson), 1,
(UMNH); Salud, 6.ix.[19]45 (K. E. Frick), 2, Chlorotabanus inanis Fabr. (sic.) det. C.
B. Philip (CAS); SURINAME. [Marowijne]: Albina, 26.xi.1926 (R. N. Savory), 1,
(NHM); (Langaman Kondre), viii.1965 (B. Malkin), 1, (MZSP); idem, (Christian
Kondre), x.[1]963 (B. Malkin), 1, (MZSP); Paramaribo, 28.x.1957 (P. H. v. Doesburg
Jr., Cornelius B. Philip Collection Donated to California Academy of Sciences), 1,
(CAS); GUIANA FRANCESA. Caiena, iii.1917 (sem coletor, Acc. 5873, Cornelius B.
Philip Collection Donated to California Academy of Sciences) Compared With Type
T. olivaceus De G. (mexicanus L. ) May 1950 C. B. Philip, Almost ident, (over) except
type brown due to age, 3
rd
a segs. Missing in th, 1, (CAS); Kourou, (Kuorou Forêt),
25.viii.1975 (Mission M. Boulard et P. Pompanon), 2, (MNHN); idem, (Cr. Des
Peres), 4-5.xi.1975 (Mission M. Boulard et P. Pompanon), 1, (MNHN); S[ain]t-
Laurent [du] Maroni, (Acarouany prés de), 27.ix.2000 ( D. Pluot-Sigwalt réc), 1,
(MNHN); idem, (Forêt D’Acarouany / chasse de nuit / 10 km de la Leproserie, tubes u.
v.), 18.ix.1969 (Guyane Mission / Balachowsky-Gruner / Oct-nov 1969), 2,
Chlorotabanus mexicanus (sem determinador) (MNHN); BRASIL. Pará, Chaves (Ilhas
Cavianas, Armadilha Malayse), 22.i. – 10.ii.1992 (M. Fernandes), 1, C. mexicanus
det. I. S. Gorayeb (MPEG); idem, Viseu (Faz.[enda] Ema, 52°21’29,6’’S;
01°25’13,5’’W, Malaise, na Mata), 24.xi a 7.xii.1999 (I. S. Gorayeb, T. Pimentel, R. N.
Bittencourt, J. O. Dias), 3, (MPEG); EQUADOR. Zapallo Grande (Rio Cayapas),
14.vii.1986 (sem coletor), 1, Chlorotabanus prob. mexicanus det. J. E. Chainey, 1986
(NHM);
Discussão: espécie de ampla distribuição, encontrada do sul do México até Brasil
(Pará), com aparente preferência por regiões litorâneas. Polimorfismo acentuado, com
variações muito fortes de coloração, formas da antena e fronte e manchas no escuto e na
asa. O grande número de espécimes intermediários e a sobreposição destes em
48
diferentes localidades corroboram a idéia de que C. mexicanus seja uma espécie
polimórfica.
Sobre o Holótipo. O catálogo de Fairchild e Burger (1994) sugere que o tipo de C.
mexicanus esteja depositado em Estocolmo (NHRS). No presente trabalho foi solicitado
o empréstimo deste espécime e foi descoberto que o tipo não se encontra nessa coleção,
apenas o tipo T. olivaceus DeGeer. Vários outros contatos foram realizados, Drs. Bert
Viklund e Bert Gustafsson (NHRS), Drs. David Notton e Theresa Howard (NHM), Dr.
Mike Fitton (Linnean Society), entretanto não foi obtido êxito. Conforme Philip e
Fairchild (1956) o tipo de C. mexicanus L., provavelmente seja o mesmo espécime de T.
olivaceus DeGeer. Isso não chega a surpreender, já que possivelmente DeGeer
renomeava as espécies com nomes que lhe parecessem mais apropriados (Philip, 1952).
Ao examinar o material tipo de T. olivaceus, Philip (1952) observou duas etiquetas,
“Tabanus olivaceus DeGeer” e “mexicanus L.”. Devido às deficientes condições do
holótipo de T. olivaceus, foram enviadas (NHRS) apenas fotografias do mesmo, estas
semelhantes aos espécimes de C. mexicanus aqui utilizados na revisão.
Chlorotabanus microceratus sp. nov.
(figura 11. A-I)
Localidade-tipo: Brasil, MA, Mirador.
Diagnose: tamanho pequeno (7,6 – 10,7 mm). Fronte com lados paralelos e leve
convergência na base. Flagelo antenal com a placa basal curta, esta, quase tão alta
quanto longa, e com comprimento semelhante ao do estilo. Tórax castanho-escuro com
pilosidade amarelada. Asa hialina, exceto pelo leve escurecimento da célula costal.
Ápice da tíbia posterior sem pêlos pretos. Abdômen amarelo-esverdeado com pilosidade
amarelada.
Descrição (Holótipo ): comprimento do corpo 9,4 mm (Fig. 11. A-B); comprimento
da asa 8,1 mm; largura da asa 2,8 mm.
Cabeça (Fig. 11C): olhos marrom-avermelhados. Fronte com uma pequena reentrância
na região mediana basal, com lados paralelos e convergindo levemente na base, I.F. 5.6,
I.D. 1.1, pruinosidade amarelo-acinzentado e pilosidade amarela. Subcalo, parafaciália,
49
gena e face com pruinosidade e pilosidade idênticas a da fronte. Primeiro segmento do
palpo e terço anterior do segundo, amarelos claro com pêlos amarelos. Terços médio e
posterior amarelo escuro com pêlos amarelos e alguns pêlos pretos. Probóscide com
teca amarelo-esverdeado e labela verde escuro. Antena (Fig. 11D) com região anterior
do flagelo formando uma acentuada projeção dorsal. Flagelo com a placa basal curta,
esta, quase tão alta quanto longa, e com comprimento semelhante ao do estilo, I.P.B.
1.1, I.Flg. 1.2. Estilo curto e largo com tamanho similar ao comprimento da placa basal.
Tórax: escuto com tegumento castanho-escuro, coberto de pruína branco-acinzentado,
com camada de pêlos amarelados. Lobo pós-pronotal, notopleura, calo pós-alar e
escutelo com tegumento amarelo, pruinosidade branco-acinzentada e pilosidade
amarela. Pernas delgadas; coxas, trocânteres e fêmures amarelo-esverdeados com pêlos
amarelo-claros; tíbias amareladas com pêlos amarelo-dourados, exceto no terço apical
da tíbia anterior com alguns pêlos pretos esparsos; tíbias média e posterior sem pêlos
pretos (se presentes, de difícil visualização, em baixo número e esparsos); tarsômeros
amarelados com pêlos amarelo-dourados, exceto pelo último segmento tarsal com pêlos
pretos dorsalmente; Asa (Fig.11E) hialina, exceto pelas células basal costal e costal
levemente escurecidas. Pterostigma amarelo-esverdeado. Veias amarelo-esverdeadas.
Abdômen: amarelo-esverdeado coberto por uma pilosidade amarela, exceto nos tergitos
cinco, seis e sete com alguns pêlos pretos esparsos.
Variações Parátipos: comprimento do corpo 7,6 - 10,7 mm (X= 9,1 mm; N= 20);
comprimento da asa 7,4 – 9,0 mm (X= 8,0 mm; N= 20); largura da asa 2,4– 3,0 mm
(X= 2,7 mm; N= 20); I.F. 5.6 – 7.2 (X= 6.2; N= 20); I.D. 1.1 – 1.2 (X= 1.1; N= 20);
I.P.B. 1.0 – 1.3 (X= 1.1; N= 20), I.Flg. 1.1 – 1.5 (X= 1.3; N= 20).
Macho: comprimento do corpo 8,6 – 9,6 mm (X= 9,0 mm; N= 3) (Fig. 11F-G);
comprimento da asa 7,2 – 8,6 mm (X= 7,8 mm; N= 3); largura da asa 2,5 – 2,7 mm (X=
2,5 mm; N= 3). Similar à fêmea, exceto pelos seguintes caracteres: olhos holópticos
(Fig. 11H), onde os omatídeos maiores ocupam 2/3 da região superior e os omatídeos
menores 1/3 da região inferior. Tubérculo ocelar ausente, com uma fenda nesta região.
Palpo porrecto, amarelado com pêlos amarelo-esbranquiçados e alguns pêlos pretos
quase no ápice do segundo segmento do palpo. Antena (Fig. 11I) com o estilo subigual
50
ao comprimento da placa basal. I.P.B. 1.0 – 1.2 (X= 1.1; N= 3), I.Flg. 1.0 – 1.0 (X= 1.0;
N= 3).
Distribuição: Brasil (Maranhão).
Holótipo : depositado no INPA, em excelente estado de conservação.
Material-tipo examinado: Holótipo: “Brasil (MA), Mirador\ Parque Est. Mirador\
Base da Geraldina” “Armadilha Malaise\ 22-26.viii.2006, F.\ Limeira-de-Oliveira” (
INPA); 35 Parátipos. “Brasil (MA), Mirador\ Parque Est. Mirador\ Base da Geraldina”
“Armadilha Malaise\ 22-26.viii.2006, F.\ Limeira-de-Oliveira” (Parátipos 9 INPA, 3
NHM, 3 FSCA, 3 MPEG, 3 CAS, 3 CZMA); “Brasil (MA), Mirador\ Parque
Est. Mirador\ Base da Geraldina” “Armadilha Suspensa\ 11-18.ix.2006, F.\ Limeira-de-
Oliveira” (Parátipo 1 INPA); “Brasil (MA), Mirador\ Parque Est. Mirador\ Base da
Geraldina” “Armadilha Suspensa\ 18-23.ix.2006, F.\ Limeira-de-Oliveira” (Parátipo 1
INPA); “Brasil (MA), Mirador\ Parque Est. Mirador\ Base da Geraldina” “Armadilha
Suspensa\ 23-28.ix.2006, F.\ Limeira-de-Oliveira” (Parátipos 3 INPA); “Brasil (MA),
Caxias\ Res. Ecol. Inhamum\ Isca eqüina, 15.x.\ 2005, G. A. Cunha &\ J. J. Sousa,
cols.” (Parátipos 2 INPA); “Brasil (MA), Caxias\ Res. Ecol. Inhamum\ Isca eqüina,
28.viii.\ 2005, G. A. Cunha &\ K. C. Santos, cols.” (Parátipos 2 INPA); “Brasil (MA),
Caxias\ Inhamum\ Isca: cavalo” “16.ix.2000\ F. L. Oliveira, col.” (Parátipos 1 INPA);
“Brasil (MA), Caxias,\ Inhamum, 045330S\ 432453W, 14.ix.1999” “J. A. Rafael & F.
L.\ Oliveira, Isca eqüina” (Parátipo 1 INPA).
Material adicional examinado: BRASIL. MA[Maranhão]: Caxias (Inhamun,
045330S; 432453W, isca eqüina), 14.ix.1999 (J. A. Rafael & F. L. Oliveira), 8
(CZMA); idem (Reserva Inhamum, isca cavalo), 16.x.2000 (F. L. Oliveira), 3
(CZMA); idem (Res. Ecol. Inhamum, isca eqüina), 28.viii.2005 (G. A. Cunha & K. C.
Santos), 4 (CZMA); idem (Res. Ecol. Inhamum, isca eqüina), 15.x.2005 (G. A. Cunha
& J. J. Sousa), 2 (CZMA); idem (Res. Ecol. Inhamum, isca eqüina), 30.x.2005 (G. A.
Cunha & J. J. Sousa), 1 (CZMA); idem (Res. Ecol. Inhamum, isca eqüina), 02-
08.xi.2005 (G. A. Cunha), 1 (CZMA); idem (Res. Ecol. Inhamum, Arm. suspensa),
02-08.xi.2005 (G. A. Cunha), 1 (CZMA); idem (Res. Ecol. Inhamum, isca eqüina),
11-15.xi.2005 (G. A. Cunha), 1 (CZMA); idem (Res. Inhamum, isca eqüina),
04.ix.2004 (J. J. Sousa & J. O. A. Silva), 3 (CZMA); idem (Res. Inhamum, isca
51
eqüina), 21-30.ix.2001 (F. L. Oliveira), 1 (CZMA); idem (P. São Jorge, F. verde, isca
eqüina), 1.viii.1998 (F. L. Oliveira & S. P. Silva), 1 (CZMA); Mirador (Parque Est.
Mirador, Base da Geraldina, Armadilha Malaise), 22-26.viii.2006 (F. Limeira de
Oliveira), 135 (CZMA); idem (Parque Est. Mirador, Base da Geraldina, Armadilha
Malaise), 26-31.viii.2006 (F. Limeira de Oliveira), 2 (CZMA); idem (Parque Est.
Mirador, Base da Geraldina, Armadilha Suspensa), 26-31.viii.2006 (F. Limeira de
Oliveira), 1 (CZMA); idem (Parque Est. Mirador, Base da Geraldina, Armadilha
Malaise), 01-06.ix.2006 (F. Limeira de Oliveira), 4 (CZMA); idem (Parque Est.
Mirador, Base da Geraldina, Armadilha Malaise), 06-11.ix.2006 (F. Limeira de
Oliveira), 2 (CZMA); idem (Parque Est. Mirador, Base da Geraldina, Armadilha
Malaise), 11-18.ix.2006 (F. Limeira de Oliveira), 5 (CZMA); idem (Parque Est.
Mirador, Base da Geraldina, Armadilha Suspensa), 18-23.ix.2006 (F. Limeira de
Oliveira), 1 (CZMA); idem (Parque Est. Mirador, Base da Geraldina, Armadilha
Malaise), 18-23.ix.2006 (F. Limeira de Oliveira), 12 (CZMA); idem (Parque Est.
Mirador, Base da Geraldina, Armadilha Suspensa), 23-28.ix.2006 (F. Limeira de
Oliveira), 1, 7 (CZMA); idem (Parque Est. Mirador, Base da Geraldina, Armadilha
Malaise), 28.ix.-02.x.2006 (F. Limeira de Oliveira), 3 (CZMA); idem (Parque Est.
Mirador, Base da Geraldina, Armadilha Suspensa), 28.ix.-02.x.2006 (F. Limeira de
Oliveira), 1 (CZMA); idem (Parque Est. Mirador, Base da Geraldina, Armadilha
Malaise), 02-15.x.2006 (F. Limeira de Oliveira), 6 (CZMA); idem (Parque Est.
Mirador, Base da Geraldina, Armadilha Suspensa), 02-15.x.2006 (F. Limeira de
Oliveira), 3 (CZMA); idem (Parque Est. Mirador, Base da Geraldina, Armadilha
Malaise), 15-26.x.2006 (F. Limeira de Oliveira), 1, 6 (CZMA); idem (Parq.[ue]
Ecol.[ógico] Mirador, isca eqüina), 12-13.vi.1998 (F. L. Oliveira & A. B. Albuquerque),
2 (CZMA); idem (Parque Est. Mirador, Base do Zé Miguel, isca eqüina), 27-
28.xi.2007 (Luis Claudio), 1 (CZMA); idem (Parque Est. Mirador, Base da Geraldina,
Armadilha Luminosa), 08-11.iii.2008 (F. Limeira de Oliveira), 1 (CZMA);
Etimologia: do grego, “Micros” significa pequeno e “Keras” antena.
Discussão: espécie facilmente separada de C. mexicanus, C. fairchildi e C.
crepuscularis, pela ausência de manchas na asa. C. leuconotus sp. nov. e C.
leucochlorus possuem pilosidades esbranquiçada e branco-neve respectivamente, muito
distintas da pilosidade amarelada desta espécie. A fronte estreitada de C. microceratus
52
sp. nov. permite sua separação de C. parviceps e C. ochreus, ambos com fronte
alargada. A placa basal alongada em C. flagellatus e C. falsiflagellatus sp. nov. é um
excelente caráter para a diferenciação de C. microceratus sp. nov., esta com placa basal
curta e alta. C. inanis pode ser diferenciada por apresentar venação alar escurecida nos
intercruzamentos, enquanto C. microceratus sp. nov. possui asa hialina com venação
muito clara, sem escurecimento nos intercruzamentos.
Chlorotabanus ochreus Philip e Fairchild, 1956
(figura 12. A-E)
Localidade-tipo: Brasil (SP, Bocaina)
Chlorotabanus (Chlorotabanus) ochreus Philip e Fairchild, 1956: 317-318, fig. 4.
Chlorotabanus ochreus, Fairchild, 1969: 208 (classificação); Fairchild, 1971: 55 (catálogo); Fairchild e
Burger, 1994: 87 (catálogo).
Transcrição (com pequenas modificações) da descrição original de Philip e
Fairchild (Holótipo ): Comprimento do corpo: 15,5 mm (Fig. 12A-B). Comprimento
da asa: 14,0 mm.
Diagnose: Mosca grande, robusta com corpo amarelo-pálido, sem marcas distintivas e
fronte larga com lados paralelos, mas sem calosidade.
Cabeça (Fig. 12C): mais larga que o tórax, olhos vermelhos, glabros. Fronte com
polinosidade laranja-amarelada, bastante larga e com lados paralelos, I.F. 4.0; sem
calosidade basal, com uma pequena mancha amarela mediana irregular. Subcalo, face e
parafaciália como a fronte. Vestitura da gena, palpo e segmento antenal amarelo-pálido.
Antena (Fig. 12D), amarela, placa basal distintamente mais longa que larga, e um pouco
mais comprida que o anuli. Palpo amarelo-pálido, um tanto alongado, mas não delgado.
Labela bastante pequena, esclerotinizada vermelho-brilhante.
Tórax e abdômen: laranja-amarelado pálido; abdômen amarelo-palha. Pernas e halteres
amarelos. Toda vestitura concolor, uns poucos pêlos escuros avermelhados distalmente
sobre as tíbias anterior e posterior. Asa fracamente tingida (Fig. 12E), célula costal um
pouco escurecida; veias inteiramente amarelas, sem seções escurecidas, sem veia
espúria sobre R
4
; basicosta nua.
53
Discussão (Philip e Fairchild, 1956): Maior que C. parviceps ou C. inanis em tamanho
e forma, parecendo um Cryptotylus chloroticus aeratus Philip & Fairchild, pálido.
Fronte larga, completamente polinosa, de lados paralelos, antena distinta, o que separa
prontamente das outras espécies.
Localidade-tipo: “Bocaina, [Brazil], II-1912, crepuscular, blood Green, Ad. Lutz No.
48.” In MCZ from Ad. Lutz as T. inanis”.
Distribuição: Brasil (São Paulo).
Holótipo : depositado no MCZ (não examinado). Fotos adquiridas do banco de
imagens do MCZ Type Database (http://mcz-28168.oeb.harvard.edu/mcztypedb.htm).
Material adicional examinado: [BRASIL]. SP [São Paulo], Salesópolis (Est. Biol.
Boracéia, 850m, isca humana, arm. Shannon, 19-20 horas), sem data (J. Oliveira
Santos), Chlorotabanus ochreus P[hilip] & F[airchild] det. Fairchild, 1966 (MZSP).
Discussão: o Holótipo foi observado apenas por fotos e descrição original, dessa forma,
alguns caracteres não foram analisados de maneira satisfatória. Em todo o material
recebido para a revisão, havia apenas um espécime identificado como C. ochreus, este,
proveniente do MZSP, determinado por Fairchild em 1966. Este espécime possui
algumas diferenças em relação ao holótipo, tais como: I.F. 4.2; ausência de pêlos
avermelhados na região distal das tíbias anterior e posterior; escutelo esverdeado; labela
verde-brilhante; pernas esverdeadas, exceto pelos tarsômeros amarelados; além de
outras diferenças de coloração menos acentuadas.
Embora com tamanho mais avantajado (16,2 mm) e a antena com a placa basal
um pouco mais alongada, o espécime examinado é muito semelhante a alguns
espécimes de C. parviceps, inclusive em sua morfometria (I.F. 4.2, I.D. 1.0, I.P.B. 1.4,
I.Flg. 1.3). Além disso, este espécime foi coletado em Salesópolis, local onde C.
parviceps possui muitos registros de coleta. Em insetos a utilização do tamanho como
caráter principal para diferenciar uma espécie é um tanto quanto duvidoso, visto que
isso pode ser influenciado pela utilização de recursos tróficos pelo imaturo. Dessa
forma, C. ochreus é mantido como uma espécie válida, mas futuras coletas nessa região
e um exame minucioso do holótipo poderão corroborar a validade desta espécie ou
indicar sua sinonímia com C. parviceps.
54
Chlorotabanus parviceps (Kröber, 1934)
(figura 13. A-I)
Localidade-tipo: Brasil (?São João).
Tabanus (Chlorotabanus) microcephalus Kröber, 1930: 17 fig.13 (preocupado por Osten Sacken,
1887).
Tabanus (Chlorotabanus) parviceps Kröber, 1934: 297 (nov. nom.).
Chlorotabanus parviceps, Fairchild, 1940: 714 (chave); Fairchild, 1975: 262 (citação); Coscarón, 1976:
47-49 (redescrição, terminálias e ilustrações); Fairchild, 1969: 208 (classificação); 1971: 55
(catálogo); Fairchild e Burger, 1994: 87 (catálogo).
Chlorotabanus (Chlorotabanus) parviceps, Philip e Fairchild, 1956: 316-317, figs. 2-3 (revisão e desígnio
do alótipo).
Diagnose: espécie de tamanho mediano (10,9 – 14,0 mm), corpo com coloração
amarelo-palha. Fronte larga, com leve convergência na base. Antena com placa basal
mais comprida que o estilo. Terço apical das tíbias anterior e posterior com fortes pêlos
pretos. Asa hialina, com venação alar clara, exceto por uma forte mancha escura na
incisão alular.
Redescrição (Alótipo ): comprimento do corpo 14,0 mm (Fig. 13A-B); comprimento
da asa 12,5 mm; largura da asa 4,2 mm.
Cabeça (Fig. 13C): olhos vermelho-escuros. Fronte larga, de lados paralelos, com
pequena convergência na base, I.F. 4.2, I.D. 1.4, pruinosidade castanho-amarelada e
pilosidade amarela. Subcalo, parafaciália, gena e face com pruinosidade e pilosidade
como a fronte. Parafaciália, gena e face com densos pêlos, enquanto, o subcalo possui
pêlos mais esparsos com a região central nua. Palpo amarelo com pêlos amarelos.
Probóscide com teca esverdeada e labela verde-escura a amarronzada. Antena (Fig.
13D), escapo e pedicelo amarelos com pilosidade amarela, placa basal com uma
pequena elevação antero-dorsal, I.P.B. 1.5, comprimento da placa basal cerca de uma
vez e meia o comprimento do estilo I.Flg. 1.6.
Tórax: escuto com tegumento castanho, coberto de pruína castanho-amarelada e
pilosidade amarelo-palha. Escutelo aparentemente sem pruína nas vistas dorsal e
postero-dorsal, pruína marrom-amarelada perceptível apenas em vista antero-dorsal.
Pleuritos e esternitos torácicos com pruinosidade e pilosidade idênticas as do escuto.
Pernas delgadas; coxas e trocânteres amarelos com pêlos amarelos; fêmures
55
esverdeados com pêlos amarelos; tíbias amareladas com pêlos amarelos, exceto por
densos pêlos pretos no quarto distal das tíbias anterior e posterior, tíbia média possui
alguns pêlos pretos esparsos; tarsos anteriores com tarsômeros 4 e 5 recobertos de pêlos
pretos dorsalmente, os demais com alguns pêlos pretos esparsos; tarsos médios, apenas
com o tarsômero 5 coberto de pêlos pretos dorsalmente; tarsos posteriores com duas
fileiras dorso-laterais de pêlos pretos nos tarsômeros 1-4, tarsômero 5 com pêlos pretos
em todo o dorso. Asa (Fig. 13E) hialina, exceto pelo leve escurecimento das células
basal costal e costal, e por uma forte mancha escura na incisão alular. Veias amarelo-
esverdeadas, sem nenhum tipo de escurecimento proeminente. Pterostigma esverdeado.
Forquilha da veia R
4+5
sem apêndice.
Abdômen: amarelo-palha com pêlos amarelos; tergitos 1 e 2 mais claros, os demais
escurecidos pelo tempo ou algum outro fator; tergitos 6 e 7 com alguns pêlos pretos
esparsos.
Variações: Os espécimes do Peru e das regiões Norte e Nordeste do Brasil, em geral,
são menores, mais delgados e com coloração mais fraca que os demais. Além disso, os
espécimes do Maranhão possuem uma variação maior quanto ao índice frontal (4.1
5.0) quando comparados aos espécimes de outras regiões (4.0 – 4.6). Mesmo com essas
variações, esses espécimes foram determinados como C. parviceps, já que possuem os
principais caracteres de identificação desta espécie. Outras variações comumente
observadas são: escurecimento das células basal costal e costal, que pode ser mais ou
menos acentuado; presença de pêlos pretos nos quartos distais das tíbias e nos tarsos, os
quais podem ser encontrados em maior ou menor concentração e freqüentemente
ausentes devido à queda dos mesmos; presença ou ausência de uma mancha mediana
em forma de escudo localizada no escuto, que algumas vezes pode ser visualizada,
dependendo do ângulo de observação e da incidência de luz, bem como da quantidade
de pêlos nesta região; comprimento do corpo 10,9 – 14,0 mm (X= 12,5 mm; N= 20);
comprimento da asa 9,5 – 12,5 mm (X= 11,4 mm; N= 19); largura da asa 2,9 – 4,2 mm
(X=3,7 mm; N= 19); I. F. 3.8 – 5.0 (X= 4.3; N= 20); I. D. 1.0 – 1.4 (X= 1.1; N= 20); I.
P. B. 1.2 – 1.8 (X= 1.4; N= 18); I. Flg. 1.2 – 1.7 (X= 1.4; N= 18);
Macho: comprimento do corpo 11,4 – 13,3 mm (X= 12,3 mm; N= 20) (Fig. 13F-G);
comprimento da asa 10,4 – 12,1 mm (X= 11,1 mm; N= 20); largura da asa 3,5 – 4,0 mm
(X=3,7 mm; N= 20). Similar à fêmea, exceto pelos seguintes caracteres: olhos
56
holópticos (Fig. 13H), onde os omatídeos maiores ocupam a metade superior da cabeça
e são menos abundantes que os menores. Tubérculo ocelar ausente, com uma fenda
nesta região. Palpo porrecto amarelo com pêlos amarelos. Antena (Fig. 13I) com estilo
subigual ao tamanho da placa basal, I.P.B. 1.4 – 1.9 (X= 1.6; N= 18), I.Flg. 1.1. – 1.2
(X= 1.1; N= 18). Pilosidade torácica mais densa e comprida. O palpo do macho de C.
parviceps é mais inflado que o de C. inanis.
Distribuição: Guiana, Brasil (Roraima, Pará, Maranhão, Mato Grosso, Goiás, Minas
Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul), Peru, Paraguai, Argentina (Entre Ríos, Misiones).
Holótipo : depositado no Museu de Berlim (não examinado).
Alótipo : depositado na CAS, em bom estado de conservação, exceto pela antena
direita sem flagelo e asa direita com ápice danificado.
Material-tipo examinado. Alótipo: “Poço Preto\ 17-1-1936” “COMPARED\ with
type\ lecto\ T. inanis Fabr.\ Apr. 1951 C B Philip\ NOT SAME\ front widen”
“ALLOTYPE\ Chlorotabanus\ parviceps Krb[Kröber]\ Philip and Fchld.[Fairchild]\
ALLOTYPE” “Cornelius B. Philip\ Collection\ Donated to California\ Academy of
Sciences” (, CAS).
Material adicional examinado. GUIANA. sem localidade, 1908 (K. S .Wise), ,
Chlorotabanus parviceps Krb. (sic.) det. Barretto, [19]56 (NHM); BRASIL.
RR[Roraima]: R. Juaperi (042958N; 612859W, luz mista + BLB), 29.x.2004 (J. A.
Rafael, F. F. Xavier F° & A. Silva F°), 2, (INPA); Pará: Serra Norte (igarapé fofoca,
arm. suspensa), 31-04.xi.1983 (sem coletor), 1, (MPEG/ 12002210); MA[Maranhão]:
Araguanã (Res.[erva] Indig.[ena] Awaguaja, Alto Rio Turiaçú, isca eqüina), 17-
20.iii.2002 (F. L. Oliveira & J. T. Câmara), 5, (CZMA); Carolina (Rio Lajes, arm.
suspensa), 10-13.xii.2001 (J. A. Rafael, F. L. Oliveira & J. F. Vidal), 6, (CZMA);
idem, (Rio Itapecurú, 072354S; 471500W, isca eqüina), 10-13.xii.2001 (J. A. Rafael, F.
L. Oliveira & J. F. Vidal), 2, (CZMA); idem, (P. Campo Grande, isca eqüina), 20-
22.viii.2001 (F. L. Oliveira), 3, (CZMA); MT[Mato Grosso]: Barra dos Bugres (R. E.
Serra das Araras, armadilha suspensa 1,6m), 24.i.1986 (Marcio Zanuto), 1, (MPEG);
Go[ias]: Alto Paraíso (Chapada dos Veadeiros, rio São Miguel, 820m, 141134S;
57
474822W, arm. luz), 26.iii.2008 (J. A. Rafael & F. F. Xavier F°), 2, (INPA); 24 km
E.[ast] Formoso, 19.v.1956 (F. S. Truxal, Machris Brazilian Expedition – 1956 Los
Angeles County Museum), 2, (LACM/ 246775/ 246776); MG[Minas Gerais]:
Sacramento, 26.iii.[19]65 (C. & T. Elias), 1, Chlorotabanus sp. (sem determinador),
(DZUP/ 181892); [Mato Grosso do Sul]: [Miranda] (Salobra, Zona da N. O. B.), 18-
29.x.[19]38 (sem coletor), Cornelius B. Philip Collection Donated to California
Academy of Sciences, 4, (CAS); SP[São Paulo]: Iporanga, iii.[1]941 (Ramos), 1,
(MZSP); Campos do Jordão (Eug. Lefevre 1.200m), 15-20.xi.1952 (d’Almeida, L. T. F.
& Pd. Pereira), 1, (MZSP); Salesópolis (Boracea), 24-30.i.1958 (L. T. F., Carrera,
Vanzolini, Oiticica & Pearson), 1, Chlorotabanus inanis (F.) det. Messias Carreira,
[19]55, Chlorotabanus ? parviceps det. J. E. Chainey, 1998 (NHM); idem (Est.[ação]
Biol.[ógica] Boraceia), 17-19.i.1957 (L. & E. Buckup, M. Carrera & L. Trav.[assos] F.),
1, (MZSP); idem (Est.[ação] Biol.[ógica] Boraceia, 850m), ii.[19]49 (L. Tr.[avassos]
F°. & E. Rabello), 1, (MZSP); idem (Est.[ação] Biol.[ógica] Boraceia, 850m),
ii.[19]49 (L. Tr.[avassos] F°. & E. Rabello), 1, Chlorotabanus inanis (sem
determinador), (DZUP/ 181885); idem (Est.[ação] Biol.[ógica] Boraceia, 850m, isca
humana 19:30hs), 04.xii.[19]63 (Rabello), 2, (MZSP); idem (Est.[ação] Biol.[ógica]
Boraceia, 850m), 30.i.[19]64 (Rabello), 1, (MZSP); idem (Est.[ação] Biol.[ógica]
Boraceia, 850m, em luz), 10.xi.[19]60 (Rabello), 1, (MZSP); idem (Est.[ação]
Biol.[ógica] Boraceia, 850m, 21-22h[s] na luz), 14.xii.[19]66 (Rabello), 1, (MZSP);
idem (Boracea), 24-30.i.1952 (L. T. F., Carrera, Vanzolini, Oiticica & Pearson), 2,
2, (MZSP); idem (Boracea), xi.[1]948 (L. Trav. Fº
, Cornelius B. Philip Collection
Donated to California Academy of Sciences), 1, Chlorotabanus parviceps Kröb (sic.)
det. Fairchild 1960, (CAS/ 25003); idem (Est.[ação] Biol.[ógica] Boraceia, na luz),
24.i.1968 (Ric. Trav. & Trav. F.), 1, (MZSP); idem (Est.[ação] Biol.[ógica] Boraceia),
28.v.1968 (N. Papavero), 1, (MZSP); idem (Est.[ação] Biol.[ógica] Boraceia),
11.xi.[1]960 (K. Lenko), 1, (MZSP); idem (E.[stação] B.[iológica] Boraceia),
13.i.1969 (Oliveira Santos), 1, (MZSP); idem (Est.[ação] Biol.[ógica] Boraceia,
850m, isca humana Arm. Shannon c. luz, 19:30-20[:00] horas), 14.xii.[19]66 (Rabello),
1, (MZSP); idem (Boraceia), xii.[19]48 (Barretto), 3, (MZSP); idem (Boracéia),
i.[1]949 (Barretto), 2, (MZSP); idem (Boracéia), ii.[1]949 (Barretto), 1, (MZSP);
idem (Boracéia), xi.[1]949 (Barretto), 2, (MZSP); Rio de Janeiro: Itatiaia (Faz. Serra),
ii.[1]945 (Barretto), 1, (MZSP); idem, (Macieiras, 1.800m), i.[19]48 (Andutta?), 1,
58
(MZSP); Rio de Janeiro, 8.iv.1931 (Dr. Zikan), 1, Chlorotabanus parviceps Krb. (sic.)
det. C. B .Philip, [19]54, (NHM); PR[Paraná]: Castro (Parque Est. Guartelá, 243345S;
501532W, 1000m, luz), 10.xi.2007 (J. A. Rafael & P. Grossi), 2, (INPA); Fenix,
22.xi.1986 (Mielk & Casagrande), 3, (DZUP/ 200384/ 200385/ 200386); Guaratuba
(estr.[ada] castelhanos, 300m, 254650S; 485534W, Arm. Luz lençol), 26.i.2007 (J. A.
Rafael & P. Grossi), 2, (INPA); Guarauna, 5.x.[19]39 (Camargo), 1, Chlorotabanus
parviceps Krob. (sic.) det. Fairchild, 1959, (MZSP); Prainha, 22.i.[19]49 (sem coletor),
1, Chlorotabanus parviceps (Kröber, 1934) (sem determinador), (DZUP/ 181891);
Piraquara (Manancial da Serra do Mar, 252946S; 485854W, 1.000m, Arm. Malaise),
08-15.xii.2006 (J. A. Rafael), 2, (INPA); Quatro Barras (Banhado), 7.ii.1970 (Becker
& Laroca), 1, Chlorotabanus sp., (DZUP/ 181893); Santa Catarina: Corupa (Hansa
Humbolt) i.1946 (A. Maller, Coll., Frank Jonhson Donor) 1, AMNH, Cornelius B.
Philip Collection Donated to California Academy of Sciences Chlorotabanus inanis
(Fabr) det. C. B. Philip 49, Comp. with TYPE Chlor. parviceps C. B. Philip Mar 54
Krb. agrees exc. (over) Type Little Larger Palpi Plumper Flag. ?one, Occ. Tub. not
visible, 1, (CAS); idem (Hansa Humbolt), xii.1944 (A. Maller, Cornelius B. Philip
Collection Donated to California Academy of Sciences), 1, microcephalus (sem
determinador), (CAS); idem, i.1945 (A. Maller, Cornelius B. Philip Collection Donated
to California Academy of Sciences), 1, microcephalus (sem determinador), (CAS);
Poço Preto, 17.i.[1]936 (sem coletor), 1, T. (Chlorotabanus) inanis Pechuman, [19]36,
(MZSP); RS[Rio Grande do Sul]: Morro Redondo (Sitio Krolow, Malaise), 27.xi.2005
(T. K. Krolow), Chlorotabanus parviceps (Kröber) 1934, T. K. Krolow det. 2005, 1,
(DZUP/ 200383); S.[antana?] da Boa vista (Fazenda do Bonito), 28.ii.[1]915 (sem
coletor, Cornelius B. Philip Collection Donated to California Academy of Sciences),
1, (CAS); S.[antana?] da Boa vista (Fazenda do Bonito), 28.ii.[1]915 (sem coletor),
1, Chlorotabanus parviceps Krb. (sic.) det. Fairchild, 1962, (NHM); PERU.
[Huánuco]: Tingo Maria (Monson Valley), 16.xi.1954 (E. I. Schlinger & E. S. Ross),
2, (CAS); PARAGUAI. San Esteban, 27.ii.[19]73 (Flint), 1, Chlorotabanus
parviceps (Kroeber) det. Coscarón [19]74, (MLPA); ARGENTINA. Entre Ríos: Salto
Grande, 17.xi.[19]73 (Flint), 1, Chlorotabanus parviceps (Kroeber) det. Coscarón
[19]74, (MLPA); Misiones: Iguazú (Cataratas), ix.[19]47 (Duret), 1, (MZSP); idem,
Deseado, 30.xi.[51] (Duret), 1, Chlorotabanus inanis (Fabr.) (sem determinador),
(MZSP).
59
Discussão: espécie freqüentemente confundida com C. inanis, principalmente pela
coloração e tamanho parecidos. A principal diferença entre as duas espécies é quanto a
fronte, que em C. parviceps é larga e pouco estreitada na base (I. F. 3.8 - 5.0), enquanto,
em C. inanis é mais estreita e com evidente convergência na base (I. F. 5.3 - 7.7). Os
machos podem ser facilmente diferenciados pelo formato da cabeça (Fig.14A-D), que
em C. inanis é visivelmente mais hemisférica.
60
5. CONCLUSÕES
A revisão de Chlorotabanus proporcionou um aumento no número de espécies
deste gênero para a região Neotropical, passando de oito para 11 espécies válidas. Além
das três espécies novas, seis espécies foram redescritas e outras duas comentadas.
Uma nova espécie foi descrita para o estado do Maranhão, este o único estado do
nordeste brasileiro representado no presente trabalho. A região nordeste do Brasil
representa atualmente uma lacuna no estudo dos tabanídeos neotropicais, este fato
revela a necessidade de um aumento no esforço de coletas nesta região, o que
possivelmente poderá acarretar no descobrimento de novas espécies para esta família.
Neste trabalho, não foi obtido êxito na utilização de terminálias como caráter
taxonômico para Chlorotabanus, visto que em diversas ocasiões as variações intra-
específicas foram mais abruptas que as interespecíficas.
C. inanis foi mantida como uma espécie de ampla distribuição e com grande
variação morfológica. Ao contrário do imaginado no inicio deste trabalho, a grande
quantidade de material examinado não implicou na separação de C. inanis em diversas
espécies, pois quanto mais espécimes foram examinados mais variações morfológicas
surgiram, formando diversos agrupamentos de espécimes, mas que em geral não
possuíam um único caráter distintivo e constante, e sim inúmeras sobreposições em suas
formas. O polimorfismo acentuado deste grupo expõe a necessidade de adicionar novas
ferramentas, tais como a biologia molecular para ajudar a solucionar estes problemas.
61
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barretto, M.P. 1949. Importância Médica e Econômica dos Tabânidas. Revista Clinica
de São Paulo, 25 (5-6): 59-68.
Barretto, M.P. 1950. XI. Sobre a validade nomenclatural dos nomes genéricos
publicados em “Collecção de Tabânidas, Instituto Oswaldo Cruz em
Manguinhos, Rio de Janeiro, 1909” (Diptera, Tabanidae). Papéis Avulsos do
Departamento de. Zoologia, São Paulo, 9 (5): 61-68.
Barretto, M.P. 1960. Chave para os gêneros neotropicais de Tabânidas (Diptera,
Tabanidae). Papéis Avulsos do Departamento de Zoologia, São Paulo, 14 (7):
57-69.
Bequaert, J. 1924. Notes upon Surcouf’s treatment of the Tabanidae in the Genera
Insectorum and upon Enderlein’s proposed new classification of this family.
Pysche, 31: 24-40.
Bequaert, J. 1926. Medical report of the Hamilton Rice Seventh Expedition to the
Amazon, in conjunction with department of Tropical Medicine of Harvard
University, 1924-1925. Part II. Medical and economic entomology.
Contributions from the Harvard Institute for Tropical Biology and Medicine, 4:
155-257, 9 figs., pls. 61-67.
Bequaert, J. 1940. Tabanidae of the Island of Trinidad, B. W. I. Bulletin of
entomological Research, 30 (4):447-453.
Bequaert, J. 1944. Further studies of the Tabanidae of Trinidad, B.W.I. Psyche, 51: 12-
21.
Bequaert, J.; Renjifo-Salcedo, S. 1946. The Tabanidae of Colombia (Diptera). Psyche,
53 (3-4): 52-86.
Borgmeier, T. 1933. A propósito da nomenclatura dos Tabanidae da região neotropica.
Revista de Entomologia, Rio de Janeiro, 3 (3): 286-303.
62
Burger, J.F. 1995. Catalog of Tabanidae (Diptera) of North America North of Mexico.
Contributions on Entomology, International. Associated Publishers, Vol. 1,
Num. 1. 100 pp.
Carvalho, C.J.B. de. 1998. Taxonomista de insetos, uma espécie em extinção no Brasil.
Informativa da Sociedade Entomológica do Brasil, 23:1.
Coquillett, D.W. 1910. The type-species of the North American genera of Diptera.
Proceedings of the United States National Museum, 37: 499-467.
Coscarón, S. 1976. Notas sobre tabánidos argentinos XIV. Sobre los géneros
Diachlorus Osten Saken, Stibasoma Schiner, Stypommisa Enderlein, Cryptotylus
Lutz y Chlorotabanus Lutz (Diptera). Revista de la Sociedad Entomológica
Argentina, 35 (1/4): 39-50.
Coscarón, S.; Papavero, N. 1993. An illustrated manual for the identification of the
Neotropical genera and subgenera of Tabanidae (Diptera). Coleção Emilie
Snethlage, Museu Paraense Emílio Goeldi. 150 pp.: il.
Cumming, J. M. 1992. Lactic Acid as an Agent for Macerating Diptera Specimens. Fly
Times, 8: 7.
DeGeer, C. 1776. Mémoires pour server à l’histoire des insectes. 6: 523 pp., 30 plates.
Stockholm.
Enderlein, G. 1922. Ein neues Tabanidensystem. Mitteilungen aus dem Zoologischen
Museum in Berlin, 10 (2): 333-351.
Enderlein, G. 1925. Studien an Blutsaugenden Insekten. I. Grunlagen eines neuen
Systems der Tabaniden. Mitteilungen aus dem Zoologischen Museum in Berlin,
11 (2): 255-409.
Evenhuis, N.L. 2009. Abbreviations for Insect and Spider Collections of the World
(http://hbs.bishopmuseum.org/codens/codens-inst.html). Acesso
: 07.01.2009
Fabricius, J.C. 1787. Mantissa insectorum sistens species nuper detectas, 2: 382 pp.
Copenhagen.
63
Fairchild, G.B. 1940. Notes on Tabanidae (Dipt.) from Panama. I. The genera
Chlorotabanus and Cryptotylus. Revista de Entomologia, Rio de Janeiro 11(3):
713-723.
Fairchild, G.B. 1951. The generic names proposed by Adolfo Lutz. Psyche, 57 (4): 117-
127.
Fairchild, G.B. 1953. Tabanidae from the State of Chiapas, Mexico, with descriptions of
two new species (Diptera). Psyche, 60 (2): 41-51, 2 figs.
Fairchild, G.B. 1961. Insecta Amapaensia – Diptera: Tabanidae. Studia Entomologica, 4
(1-4): 433-448.
Fairchild, G.B. 1969. Notes on Neotropical Tabanidae. - XII. Classification and
distribution, with keys to genera and subgenera. Arquivos de Zoologia, São
Paulo, 17 (4): 199-255.
Fairchild, G.B. 1971. Family Tabanidae, fascicle 28: 1-163, In: Papavero, N. (ed.) A
catalogue of the Diptera of the Americas south of the United States. Museu de
Zoologia, São Paulo.
Fairchild, G.B. 1975. Notes on Neotropical Tabanidae: (Dipt.) XV. Some species
described by O. Kröber, formerly in the Stettin Museum. Proceedings of the
Entomological Society of Washington, 77: 258-265.
Fairchild, G.B. 1981. Tabanidae, pp. 452-460. In: Hurlbert, S.H.; Rodriguez C.; Santos,
N.D., Aquatic Biota of South America, Part 1, Arthropoda. San Diego State
Univ., San Diego Calif. xii + 323 pp.
Fairchild, G.B. 1985. Notes on Neotropical Tabanidae (Diptera). XVIII. The Genus
Leucotabanus Lutz. Myia, 3: 299-331.
Fairchild, G.B. 1986. The Tabanidae of Panama. Contributions of the American
Entomological Institute, 22 (3): 1-139.
Fairchild, G.B.; Burger, J.F. 1994. A catalog of the Tabanidae (Diptera) of the Americas
south of the United States. Memoirs of the American Entomological Institute, 55.
249 pp.
64
Ferreira, R.L.M.; Rafael, J.A. 2006. Criação de imaturos de Mutuca (Tabanidae:
Diptera) utilizando briófitas e areia como substrato. Neotropical Entomology, 35
(1): 141-144.
Foil, L.D.; Hogsette, J.A. 1994. Biology and control of tabanids, stable flies and horn
flies. Revue Scientifique et Technique de L`Office International des Epizooties,
13 (4): 1125-1158.
Goodwin J.T. 1973. Immature stages of some eastern Neartic Tabanidae (Diptera). II.
Genera of the tribe Diachlorini. Journal of the Georgia Entomological Society,
8: 5-11.
Goodwin, J.T.; Murdoch, W.P. 1974. A Study of some immature Neotropical Tabanidae
(Diptera). Annals of the Entomological Society of America, 67: 85-133.
González, C.R. 1998. The Immature Stages of Protodasyapha (Protodasyapha)
hirtuosa (Philippi) and their Comparison with the Immature Stages of other
Pangoniini (Diptera: Tabanidae: Pangoniinae). Memórias do Instituto Oswaldo
Cruz, Rio de Janeiro, 93(4): 465-470.
Grazia, J.; Carvalho C.J.B. de; Almeida L.M. de; Casagrande M.M.; Mielke H.H. 2000.
A biodiversidade de insetos no Brasil no Terceiro Milênio: dificuldades e
perspectivas. Entomologia y Vectores, 7: 123-141.
Henriques, A.L. 1999. Tabanidae (Insecta: Diptera) da Amazônia. Tese de
Doutoramento, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/Fundação
Universidade do Amazonas, Manaus, Amazonas. I - IX +255pp.
Henriques, A.L. 1995. A Coleção de Tabanidae (Insecta: Diptera) do Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia (INPA), Manaus, Amazonas, Brasil. Boletim do
Museu Paraense Emílio Goeldi, sér. Zool., 11(1): 57-99.
Henriques, A.L.; Gorayeb, I.S. 1993. A Coleção de Tabanidae (Insecta: Diptera) do
Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Belém, Pará, Brasil. Goeldiana
Zoologia, 20: 1-23.
65
Knab, F. 1916. What is Tabanus mexicanus? Insecutor Inscitise Menstruus, 4 (1-4): 95-
100. (11 December).
Krinsky, W.L. 1976. Animal disease agents transmitted by horse flies (Diptera:
Tabanidae). Journal of Medical Entomology, 13 (3): 225-275.
Kröber, O. 1929. Ergebniße einer zoologischen Sammelreise nach Brasilien,
insbesondere das Amazonasgebiet, ausgeführt von Dr. H. Zerny. I. Teil, Diptera:
Tabanidae. Annalen des Naturhistorischen Museums in Wien, 43: 244-255, 13
figs.
Kröber, O. 1930. Die Untergattungen Macrocornus (sic) Lutz and Chlorotabanus Lutz.
Zoologischer Anzeiger, 87: 1-18.
Kröber, O. 1932. Bemerkungen über die Systematik der neotropischen Tabaniden, nebst
Bestimmungstabelle der subfamilien und Gattungen (Dipt.). Revista de
Entomologia, Rio de Janeiro, 2: 185-202.
Kröber, O. 1934. Catalogo dos Tabanidae da America do Sul e Central, incluindo o
Mexico e as Antilhas. Revista de Entomologia, Rio de janeiro, 4 (2-3): 291-333.
Krolow, T.K.; Henriques, A.L. 2008. Descrição do macho de Chlorotabanus
leucochlorus Fairchild (Diptera, Tabanidae). Revista Brasileira de Entomologia,
52(2): 269-271.
Krolow T.K.; Henriques A.L. no prelo. Descrição de uma nova espécie de Diachlorini
(lnsecta: Diptera: Tabanidae) da Região Neotropical: Chlorotabanus flagellatus
sp. nov. Iheringia Série Zoológica. (aceito em dezembro de 2008)
Linnaeus, C. 1758. Systema naturae per regna tria naturae. Ed. 10. 1: 824 pp. Holmiae
(= Stockholm). (1 January).
Lutz, A. 1909. Collecção de Tabânidas, p. 28-30, 2 figs., in Instituto Oswaldo Cruz,
Instituto Oswaldo Cruz, em Manguinhos, Rio de Janeiro, 47 pp.
Lutz, A. 1911. [List of Tabanidae]. Pp. 33-35, in “Internatinale Hygiene-Auβtellung
Dresden 1911, Institut Oswaldo Cruz, Manguinhos, Rio de Janeiro, Brazil”.
66
Lutz, A. 1913. Sobre a systematica dos tabanideos, subfamilia Tabaninae. Brazil
Medico, Rio de Janeiro, 27 (45): 486-490.
Lutz, A. 1914. Sobre a systematica dos tabanideos, subfamilia Tabaninae. Memórias do
Instituto Oswaldo Cruz, 6 (3): 163-168. (Reimpressão do artigo anterior, com
tradução para o alemão).
Mackerras, I.M. 1954. The classification and distribution of Tabanidae. I. General
review. Australian Journal of Zoology, 2 (3): 431-454.
Mackerras, I.M. 1955. Idem. II. History: Morphology: Classification: Subfamily
Pangoniinae. Australian Journal of Zoology, 3 (3): 439-511.
Mackerras, I.M. 1955a. Idem. III. Subfamilies Scepsidinae and Chrysopinae. Australian
Journal of Zoology, 3 (4): 583-633.
Macquart, J. 1834. Histoire naturelle des insects. Diptères 1: 578 pp. 12 plates. In
[Roret, N. E., ed.] (Collection des suites à Buffon). Paris (31 March).
Macquart, J. 1847. Diptères exotiques nouveaux ou peu connus. 2e. supplément.
Mémoires de la Société des Sciences l'Agriculture et des Arts de Lille 1846: 21-
120, 6 plates. (também publicado separadamente como Supplément II: 5-104, 6
plates, Paris, 1847)
McAlpine, J.F. 1981. Morphology and terminology: adults, p 9-63. In: McAlpine J.F. et
al. (eds). Manual of Nearctic Diptera, Vol. 1, Res. Branch, Agriculture Canada.
Meigen, J.W. 1804. Klassifikazion und Beschreibung der europischen zweiflügeligen
Insekten (Diptera Linn.). Erster Band. Abt. I. xxviii + 152 p. Abt. II. vi + p. 153-
314. Reichard, Braunschweig [= Brunswick]. (31 December)
Osten Sacken, C.R. 1887. Diptera. Vol. I [part. concl.] p. 129-216, pl. 3, in F.D.
Godman e O. Slavin (eds.), Biologia Centrali Americana. Zoologia-Insecta-
Diptera 1: 378 pp., 6pls. Londres.
Palisot de Beauvois, A.M.F.J. 1819. Inscetes recueillis em Afrique et Amérique dans lês
royaumes d’Oware et de Benin, à Saint-Domingue et dans lês États-Unis,
pendant lês anneés 1786-1797. pp. 208-224, 6pls. (= livr. 13)
67
Papavero, N. 1994. Fundamentos Práticos de Taxonomia Zoológica: coleções,
bibliografia, nomenclatura. 2ª ed. rev. e ampl. São Paulo, Editora da
Universidade Estadual Paulista. 285 p.
Pechuman, L.L.; D.W. Webb; Teskey, H.J. 1983. The Diptera, or true flies of Illinois I.
Tabanidae. Bulletin of the Illinois Natural History Survey, 33(1): 1-12.
Philip, C.B. 1941. Comments on the supra-specific categories of neartic Tabanidae
(Diptera). Canadian Entomologist, 73: 2-14.
Philip, C.B. 1947. A catalog of the blood-sucking fly family Tabanidae (horseflies and
deerflies) of the Nearctic Region North of Mexico. The American Midland
Naturalist, 37: 257-324.
Philip, C.B. 1952. The Linnean and DeGeerian species of American Tabanidae
(Diptera). Annals of the Entomological Society of America, 45 (2): 310-314.
(june)
Philip, C.B.; Fairchild, G.B. 1956. American biting flies of the genera Chlorotabanus
Lutz and Cryptotylus Lutz (Diptera, Tabanidae). Annals of the Entomological
Society of America, 49 (4): 313-324.
Stone, A. 1938. The horseflies of the Subfamiliy Tabaninae of the Neartic region.
Miscellaneous Publication United States Department of Agriculture, 305: 1-171.
Stone, A. 1944. Some Tabanidae from Venezuela. Boletim Entomológico de Venezuela,
3 (3): 125-138.
Thunberg, C.P. 1827. Tabani septendecim novae species descriptae. Nova Acta
Uppsala, 9: 53-62.
Walker, F. 1848. List of the specimens of dipterous insects in the collection of the
British Museum 1: 229 pp. London. (9 December)
Walker, F. 1850. Insecta Saundersiana, or characters of undescribed insects in the
collection of W. W. Saunders. Diptera 1: 1-76, 2 plates. London (before 7
October)
68
Wiedemann, C.R.W. 1828. Aussereuropäische zweiflügelige Insekten 1: xxxii+608 pp.,
7 plates. Hamm.
Wilkerson, R.C. 1979. Horse flies (Dipt. Taban.) of the Colombian Departments of
Choco, Valle and Cauca. Cespedesia, (Cali, Colômbia), VIII (31-35): 87-433.
Zanella, F.C.V.; Oliveira, M.L. de; Gaglianone, M.C. 2000. Standardizing lists of
locality data for examined specimens in systematics and biogeography studies of
new world taxa. Biogeographica, 76 (4): 145-160.
69
Figura 1. Caracteres de identificação de Tabanidae (Diptera) (adaptado de Henriques 1999):
A- cabeça (vista latero-frontal): vtc, vértice; cf, calo frontal; sc, subcalo; ant, antena; fc,
face; pfcl, parafaciália; gn, gena; pmx, palpo maxilar; tc, teca; lbl, labela.
B- antena (vista lateral): esc, escapo; ped, pedicelo; flg, flagelo; anl, anulli, est, estilo.
C- tórax (vista lateral): esc, escuto; escl, escutelo; lppn, lobo pós-pronotal; ppl, pró-pleura;
ntpl, notopleura; anps, anepisterno; antg, anatergito; metp, metaepímero; catg,
catatergito; anpm, anepímero; ctps, catepisterno, cx, coxa.
D- venação alar (vista dorsal): Bc, basicosta; C, costa; Sc, subcosta; R
1
, radio 1; R
2+3
, radio
2+3; R
4+5
, radio 4+5; R
4
, radio 4; R
5
, radio 5; M
1
, média 1; M
2
, média 2; M
3
, média 3;
CuA
1
, cúbito-anal 1; A
1
+CuA
2
, anal 1 + cúbito-anal 2; A
2
, anal 2; IA, incisão alular.
E- células alares (vista dorsal): c, costal; sc, subcostal; br, basal-radial; bm, basal-medial;
r
1,
radial; r
2+3
, radial 2+3; r
4
, radial 4; r
5
, radial 5; m
1
, medial 1; m
2
, medial 2; m
3
, medial
3; d, discal; cuA
1
, cubital-anal 1; cup, cubital posterior; la, lobo anal.
70
Figura 2. Chlorotabanus crepuscularis (A-E ; F-I ): A-B, F-G, Corpo (vistas dorsal e
lateral); C e H, Cabeça (vista frontal); D e I, Antena (vista lateral); E, Asa (vista dorsal).
71
Figura 3. Chlorotabanus fairchildi (A-C parátipo ; D-E ;): A-B, Corpo (vistas dorsal e
lateral); C, Cabeça (vista frontal); D, Antena (vista lateral); E, Asa (vista dorsal).
72
Figura 4. Chlorotabanus falsiflagellatus sp. nov. (A-C holótipo ; D-E ): A-B, Corpo (vistas
dorsal e lateral); C, Cabeça (vista frontal); D, Antena (vista lateral); E, Asa (vista dorsal).
73
Figura 5. Chlorotabanus flagellatus (A-C holótipo ; D-E ; F-I ): A-B, F-G, Corpo (vistas
dorsal e lateral); C e H, Cabeça (vista frontal); D e I, Antena (vista lateral); E, Asa (vista dorsal).
74
Figura 6. Chlorotabanus inanis (A-C Neótipo ; D ; E-H ): A-B, E-F, Corpo (vistas dorsal
e lateral); C e G, Cabeça (vista frontal); D, Asa (vista dorsal); H, Antena (vista lateral).
75
Figura 7. Chlorotabanus inanis (A-M ): Antenas (vista lateral). A, Brasil (MA); B, Brasil
(RO); C, Brasil (AM); D, Brasil (RJ); E, Brasil (AM); F, Colômbia; G, Costa Rica; H,
Venezuela; I, Venezuela; J, Peru; L, Peru; M, Panamá.
76
Figura 8. Chlorotabanus leucochlorus (A-C holótipo ; D-E ): A-B, Corpo (vistas dorsal e
lateral); C, Cabeça (vista frontal); D, Antena (vista lateral); E, Asa (vista dorsal).
77
Figura 9. Chlorotabanus leuconotus sp. nov. (A-C holótipo ; D-E ; F-I ): A-B, F-G, Corpo
(vistas dorsal e lateral); C e H, Cabeça (vista frontal); D e I, Antena (vista lateral); E, Asa (vista
dorsal).
78
Figura 10. Chlorotabanus mexicanus (A-E, J ; F-I ): A-B, F-G, Corpo (vistas dorsal e
lateral); C e H, Cabeça (vista frontal); D e I, Antena (vista lateral); E e J, Asa (vista dorsal).
79
Figura 11. Chlorotabanus microceratus sp. nov. (A-C holótipo ; D-E ; F-I ): A-B, F-G,
Corpo (vistas dorsal e lateral); C e H, Cabeça (vista frontal); D e I, Antena (vista lateral); E, Asa
(vista dorsal).
80
Figura 12. Chlorotabanus ochreus (A-E holótipo ): A-B, Corpo (vistas dorsal e lateral); C,
Cabeça (vista frontal); D, Antena (vista lateral); E, Asa (vista dorsal). Fotos adquiridas no banco
imagens do MCZ Type Database.
81
Figura 13. Chlorotabanus parviceps (A-C Alótipo ; D-E ; F-I ): A-B, F-G, Corpo (vistas
dorsal e lateral); C e H, Cabeça (vista frontal); D e I, Antena (vista lateral); E, Asa (vista dorsal).
82
Figura 14. Chlorotabanus parviceps A e C: Cabeça (vistas dorsal e lateral); Chlorotabanus
inanis: B e D, Cabeça (vistas dorsal e lateral).
83
Figura 15. Mapa dos registros de ocorrência: Chlorotabanus crepuscularis, Chlorotabanus
fairchildi e Chlorotabanus inanis.
84
Figura 16. Mapa dos registros de ocorrência: Chlorotabanus falsiflagellatus sp. nov.,
Chlorotabanus flagellatus, Chlorotabanus leuconotus sp. nov. e Chlorotabanus parviceps.
85
Figura 17. Mapa dos registros de ocorrência: Chlorotabanus leucochlorus, Chlorotabanus
mexicanus, Chlorotabanus microceratus sp. nov. e Chlorotabanus ochreus.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo