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CARLOS EDUARDO CRUZ PINTO
Análise da casuística das afecções cirúrgicas observadas, segundo
o aparelho corpóreo analisado, no período de 1988 a 2007 na
Clínica Cirúrgica de pequenos animais da Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo
SÃO PAULO
2009
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CARLOS EDUARDO CRUZ PINTO
Análise da casuística das afecções cirúrgicas observadas, segundo
o aparelho corpóreo analisado, no período de 1988 a 2007 na
Clínica Cirúrgica de pequenos animais da Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo
SÃO PAULO
2009
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica
Veterinária da Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia da Universidade
de São Paulo para obtenção do título de
Mestre em Medicina Veterinária
Departamento:
Cirurgia
Área de concentração:
Clínica Cirúrgica Veterinária
Orientador:
Prof. Dr. Angelo João Stopiglia
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Autorizo a reprodução parcial ou total desta obra, para fins acadêmicos, desde que citada a fonte.
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO-NA-PUBLICAÇÃO
(Biblioteca Virginie Buff D’Ápice da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo)
T.2095 Cruz-Pinto, Carlos Eduardo
FMVZ Análise da casuística das afecções cirúrgicas observadas, segundo o
aparelho corpóreo analisado, no período de 1988 a 2007 na Clínica
Cirúrgica de pequenos animais da Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia da Universidade de São Paulo / Carlos Eduardo Cruz-Pinto. –
São Paulo : C. E. Cruz-Pinto, 2009.
107 f. : il.
Dissertação (mestrado) - Universidade de São Paulo. Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia. Departamento de Cirurgia, 2009.
Programa de Pós-Graduação: Clínica Cirúrgica Veterinária.
Área de concentração: Clínica Cirúrgica Veterinária.
Orientador: Prof. Dr. Angelo João Stopiglia.
1. Afecções cirúrgicas. 2. Cirurgia veterinária. 3. Cães. 4. Gatos.
5. Casuística. I. Título.
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome: CRUZ-PINTO, Carlos Eduardo
Título: Análise da casuística das afecções cirúrgicas observadas, segundo o
aparelho corpóreo analisado, no período de 1988 a 2007 na Clínica Cirúrgica de
pequenos animais da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da
Universidade de São Paulo
Data: ____ / ____ / ____
Banca Examinadora
Prof. Dr _______________________ Instituição: _______________________
Assinatura: _______________________ Julgamento: ______________________
Prof. Dr _______________________ Instituição: _______________________
Assinatura: _______________________ Julgamento: ______________________
Prof. Dr _______________________ Instituição: _______________________
Assinatura: _______________________ Julgamento: ______________________
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica
Veterinária da Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia da Universidade
de São Paulo para obtenção do título de
Mestre em Medicina Veterinária
AGRADECIMENTOS
a Deus YHWH,
que conhecendo as minhas ansiedades, desejos, alegrias e aflições, tem-me guiado
e confortado, durante, não apenas esta jornada, mas pela jornada da vida, suprindo
todas as necessidades com seu amor, conduzindo-me por caminhos retos e dignos
e dando-me sempre a certeza de que o melhor ainda está por vir.
À minha família,
meu pai João, minha mãe Angela, meu irmão Danilo e meus sobrinhos Pedro Victor
e Matheus, pelo apoio na decisão tomada, pelo auxílio nas dificuldades encontradas,
pelo incentivo, mesmo estando longe, na batalha travada e acima de tudo pela
compreensão da necessidade de minha ausência.
Estejam certos que tudo valeu à pena.
Aos amigos,
Flávio Ribeiro Alves, hoje mais que um amigo, um irmão. Ao longo de oito anos de
amizade, muito aprendi com você. Deixo-lhe minha eterna gratidão;
João Paulo Saut, Ewaldo Mattos e Humberto Hamad, grandes amigos e parceiros
conquistados nesta cidade, que nossa amizade perdure por longos tempos;
Pedro Paulo Machado, pelo empenho e auxílio com a análise dos dados, foi difícil,
mas conseguimos;
Matheus Tajra e Letícia Martins, pela amizade e bons momentos de descontração;
Aline Oliveira, Jairo Melo, Julio Spagnolo, Leonardo Frasson e Tiago Barbalho, por
terem doado parte de seu tempo prestando auxílio na digitação dos dados, pois a
ajuda de todos vocês foi imprescindível;
ao Professor Angelo João Stopiglia, pelo qual nutro grande respeito, agradeço-lhe
pela paciência durante esta etapa de minha vida e sobretudo pela confiança a mim
dispensada, sendo não apenas um orientador, mas um ser humano admirável;
a Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, que me deu a formação necessária
para, em busca de meus sonhos, encarar os desafios encontrados pelo caminho;
a Universidade de São Paulo – USP, por ter-me acolhido e propiciado desfrutar de
algo que teve e terá ainda grandes resultados para minha vida profissional;
a Belarmino Ney e Alessandra, secretários do Departamento de Cirurgia, pela
atenção que sempre tiveram;
à bibliotecária Elza Faquim, pela grande atenção e pelo auxílio na normatização
deste trabalho;
e a todos que estiveram presentes em minha vida, deixo meu MUITO OBRIGADO e
que Deus abençoe a todos.
“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia n`Ele e Ele tudo fará.”
Salmos 37: 5
RESUMO
RESUMO
CRUZ-PINTO, C. E. Análise da casuística das afecções cirúrgicas observadas,
segundo o aparelho corpóreo analisado, no período de 1988 a 2007 na Clínica
Cirúrgica de pequenos animais da Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia da Universidade de São Paulo. [Casuistic analysis of surgical affections
according to body apparatus analyzed, from 1988 to 2007 in the Small Animal
Surgery Sector of the College of Veterinary Medicine and Animal Science of
University of São Paulo]. 2009. 107 f. Dissertação (Mestrado em Medicina
Veterinária) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2009.
Pouco se tem na literatura à respeito da casuística das afecções cirúrgicas de
cães e gatos. Objetivamos descrever e analisar a freqüência destas afecções
cirúrgicas, na Clínica Cirúrgica de pequenos animais da Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, no período de 1988 a 2007,
classificando-as em oito grupos: Cárdio-Respiratório, Digestório, Distrofias, Genito-
Urinário, Hematopoiético, Locomotor, Paratopias e Pele e Anexos. Avaliou-se um
total de 18585 casos cirúrgicos, sendo 16030±241,59 (86,25%) casos em cães, e
2555±47,23 (13,74%) em gatos, demonstrando sempre maior incidência na espécie
canina, onde se observou maior casuística associada ao Aparelho Locomotor, com
5957 (37%) casos, de todas as afecções observadas, em seguida Aparelho Genito-
Urinário com 2504 (16%), Pele e Anexos com 2465 (15%), Aparelho Digestório com
2337 (15%), Paratopias com 1880 (12%), Aparelho Cárdio-Respiratório com 414
(3%), Hematopoiético com 235 (1%) e as Distrofias correspondendo a 187 (1%). Na
espécie felina, a maior casuística foi associada ao Aparelho Locomotor, com 931
(36%) casos, seguido pelo Aparelho Genito-Urinário com 462 (18%), Paratopias com
407 (16%), Aparelho Digestório com 349 (14%), Pele e Anexos com 259 (10%),
Cárdio-Respiratório com 93 (4%), Distrofias com 58 (2%) e Hematopoiético sendo <
que 1% dos casos. Quanto às neoplasias observadas em todos os aparelhos, os
cães apresentaram 3711 (94%) casos, e os gatos 244 (6%). O maior número de
neoplasias esteve relacionado a Pele e Anexos, com 1906 (51%) casos em cães e
130 (53%) em gatos, seguido pelo Aparelho Digestório com 754 (20%) casos em
cães e 74 (30%) em gatos. Avaliando-se as afecções relacionadas ao Sistema
Hematopoiético em ambas as espécies, a maior ocorrência apresentada foi de
neoplasias esplênicas com 192 (80%) casos, seguida pelas rupturas esplênicas com
27 (11%) casos e torções esplênicas com 13 (6%). Conclui-se assim, que a espécie
canina apresentou número de afecções e procedimentos maior que seis vezes o
número de registros em felinos, sendo que as afecções locomotoras mostram maior
índice de ocorrência tanto em cães como em gatos, constituindo a amostra mais
representativa atendida no Serviço de Cirurgia de pequenos animais da FMVZ /
USP. Entre as Paratopias descritas, as hérnias perineais tiveram maior incidência,
com quase a totalidade dos casos observados em cães. Muitas falhas de registro
foram identificadas, necessitando uma maior atenção nesse aspecto. A média anual
de casos (801,5) é capaz de caracterizar a realidade dos atendimentos cirúrgicos,
bem como a caracterização dos principais casos atendidos na rotina médica
veterinária da cidade de São Paulo e da Grande São Paulo.
Palavras-chaves: Afecções cirúrgicas. Cães. Gatos. Pequenos animais. Casuística.
ABSTRACT
ABSTRACT
CRUZ-PINTO, C. E. Casuistic analysis of surgical affections according to body
apparatus analyzed, from 1988 to 2007 in the Small Animal Surgery Sector of
the College of Veterinary Medicine and Animal Science of University of São
Paulo [Análise da casuística das afecções cirúrgicas observadas, segundo o
aparelho corpóreo analisado, no período de 1988 a 2007 na Clínica Cirúrgica de
pequenos animais da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da
Universidade de São Paulo]. 2009. 107 f. Dissertação (Mestrado em Medicina
Veterinária) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2009.
Little information has been obtained from literature about surgical affections in
dogs and cats. We aimed to describe and analyze the frequency of surgical
affections served in the Small Animal Surgery Service of the Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, from 1988 to 2007,
classifying the finds in eight categories: Cardiorespiratory Apparatus, Digestory
Apparatus, Distrophies, Genitourinary Apparatus, Hematopoietic System, Locomotor
Apparatus, Paratopies, Skin and annexes components. In a total of 18585 surgical
cases was evaluated, 16030±241,59 (86,25%) cases in dogs and 2555±47,23
(13,74%) in cats, verifying always more cases observed in dogs when compared with
cats, specially the Locomotor Apparatus, with 5957 (37%) cases in dogs. In the same
way, Genitourinary apparatus with 2504 (16%), Skin and annexes with 2465 (15%),
Digestory Apparatus with 2337 (15%), Paratopies with 1880 (12%), Cardiorespiratory
Apparatus with 414 (3%), Hematopoietic Apparatus with 235 (1%) and Distrophies
with 187 (1%) cases. Feline specie presented greatest casuistic for Locomotor
Apparatus, with 931 (36%), after Genitourinary with 462 (18%), Paratopies with 407
(16%), Digestory Apparatus with 349 (14%), Skin and annexes with 259 (10%),
Cardiorespiratory with 93 (4%), Distrophies with 58 (2%) and Hematopoietic System,
with the last corresponding less than 1% of all cases found. All apparatus have been
accomited by neoplasms in both species, dogs with 3711 (94%) and cats 244 (6%).
The largest number of cases involved Skin and annexes neoplasms with 1906 (51%)
in dogs and 130 (53%) in cats. Then, the Digestory Apparatus was the second most
affect group, with 754 (20%) in dogs and 74 (30%) in cats. Spleen pathologies
constitute the greatest incidence, when the affections of Hematopoietic System was
evaluated, with spleen neoplasms corresponding to the highest occurrence, 192
(80%) cases, and next the spleen rupture with 27 (11%) and finally the spleen torsion
with 13 (6%). In conclusion, these results support the greatest incidence of surgical
affections and procedures in a number six times major in dogs when compared with
the feline specie. In addition, the Locomotor Affections showed highest index of
occurrence in both species evaluated, considered the most representative sample
served in the Small Animal Surgery Service of the FMVZ-USP. Among the
Paratopies, perineal hernias showed the greatest incidence, representing almost
totality of cases in dogs. It is important to note that a lot of failure of case register was
identified, needing special attention in these aspect. The annual media of case (801,
5) is capable to characterize the routine as well as the main case served in the São
Paulo State and São Paulo City.
Key words: Surgery. Dogs. Cats. Small animals. Casuistic.
LISTAS
LISTA DE QUADRO
Quadro 1 - Distribuição de fraturas no corpo (baseado em 2049 casos) .............35
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Valores totais e percentuais das afecções cirúrgicas verificadas
em cães e gatos entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo -
2008 .................................................................................................46
Gráfico 2 – Freqüência das afecções cirúrgicas verificadas em cães e gatos,
descritas entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008...........46
Gráfico 3 – Valores totais e percentuais por grupo de afecções cirúrgicas
verificadas em cães, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo –
2008 .................................................................................................47
Gráfico 4 – Freqüência das afecções do Aparelho Cárdio-Respiratório
verificadas em cães, descritas anualmente, entre 1988 e 2007 -
São Paulo – 2008.............................................................................48
Gráfico 5 – Freqüência das afecções do Aparelho Digestório verificadas em
cães, descritas anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo –
2008 .................................................................................................48
Gráfico 6 – Freqüência das afecções do Aparelho Genito-urinário verificadas
em cães, descritas anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo –
2008 .................................................................................................49
Gráfico 7 – Freqüência das afecções Hematopoiéticas verificadas em cães,
descritas anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008.........49
Gráfico 8 – Freqüência das afecções do Aparelho Locomotor verificadas em
cães, descritas anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo –
2008 .................................................................................................50
Gráfico 9 – Freqüência das afecções de Pele e anexos verificadas em cães,
descritas anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008.........50
Gráfico 10 – Freqüência das Distrofias verificadas em cães, descritas
anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008........................51
Gráfico 11 – Freqüência das afecções por Paratopias verificadas em cães,
descritas anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008.........51
Gráfico 12 –Valores totais e percentuais por grupo de afecções cirúrgicas
verificadas em gatos, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo
– 2008 ..............................................................................................52
Gráfico 13 – Freqüência das afecções do Aparelho Cárdio-Respiratório
verificadas em gatos, descritas anualmente, entre 1988 e 2007 -
São Paulo – 2008.............................................................................53
Gráfico 14 – Freqüência das afecções do Aparelho Digestório verificadas em
gatos, descritas anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo –
2008 .................................................................................................53
Gráfico 15 – Freqüência das afecções do Aparelho Genito-urinário verificadas
em gatos, descritas anualmente entre, 1988 e 2007 - São Paulo
– 2008 ..............................................................................................54
Gráfico 16 – Freqüência das afecções do Aparelho Locomotor verificadas em
gatos, descritas anualmente entre, 1988 e 2007 - São Paulo –
2008 .................................................................................................54
Gráfico 17 – Freqüência das afecções de Pele e Anexos verificadas em gatos,
descritas anualmente entre, 1988 e 2007 - São Paulo – 2008.........55
Gráfico 18 – Freqüência das Distrofias verificadas em gatos, descritas
anualmente entre, 1988 e 2007 - São Paulo – 2008........................55
Gráfico 19 – Freqüência das afecções por Paratopias verificadas em gatos,
descritas anualmente entre, 1988 e 2007 - São Paulo – 2008.........56
Gráfico 20 – Valores totais e percentuais das principais distrofias verificados
em cães e gatos, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo –
2008 .................................................................................................57
Gráfico 21 – Valores totais e percentuais de Distrofias verificados em cães e
gatos, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008 ...............57
Gráfico 22 – Freqüência de fístulas verificadas em cães, entre os anos de
1988 e 2007 - São Paulo – 2008......................................................58
Gráfico 23 – Freqüência de fístulas verificadas em gatos, entre os anos de
1988 e 2007 - São Paulo – 2008......................................................59
Gráfico 24 – Freqüência de gangrenas verificadas em cães, entre os anos de
1988 e 2007 - São Paulo – 2008......................................................60
Gráfico 25 – Freqüência de gangrenas verificadas em gatos, entre os anos de
1988 e 2007 - São Paulo – 2008......................................................60
Gráfico 26 – Valores totais e percentuais dos principais acometimentos
Hematopoiéticos verificados em cães e gatos, entre os anos de
1988 e 2007 - São Paulo – 2008......................................................61
Gráfico 27 – Distribuição dos valores percentuais de acometimentos
Hematopoiéticos verificados em cães e gatos, entre os anos de
1988 e 2007 - São Paulo – 2008......................................................62
Gráfico 28 – Freqüência de acometimentos Hematopoiéticos relativos a
presença de neoplasias esplênicas verificadas em cães, entre os
anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008........................................62
Gráfico 29 – Freqüência de acometimentos Hematopoiéticos relativos a
rupturas esplênicas verificadas em cães, entre os anos de 1988
e 2007 - São Paulo – 2008...............................................................63
Gráfico 30 – Freqüência de acometimentos Hematopoiéticos relativos a
torções esplênicas verificadas em cães, entre os anos de 1988 e
2007 - São Paulo – 2008..................................................................63
Gráfico 31 – Freqüência de acometimentos Hematopoiéticos relativos a
abcessos esplênicos verificados em cães, entre os anos de 1988
e 2007 - São Paulo – 2008...............................................................64
Gráfico 32 – Valores totais e percentuais relativos às diferentes paratopias
verificados em cães e gatos, entre os anos de 1988 e 2007 - São
Paulo – 2008 ....................................................................................65
Gráfico 33 – Valores totais e percentuais de acometimentos por Paratopias
verificados em cães e gatos, entre os anos de 1988 e 2007 - São
Paulo – 2008 ....................................................................................65
Gráfico 34 – Freqüência de eventrações verificadas em cães, descritas
anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008........................66
Gráfico 35 – Freqüência de eventrações verificadas em gatos, descritas
anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008........................66
Gráfico 36 – Freqüência de hérnias diafragmáticas verificadas em cães,
descritas anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008.........67
Gráfico 37 – Freqüência de hérnias diafragmáticas verificadas em gatos,
descritas anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008.........67
Gráfico 38 – Freqüência de hérnias inguinais verificadas em cães, descritas
anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008........................68
Gráfico 39 – Freqüência de hérnias inguinais verificadas em gatos, descritas
anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008........................68
Gráfico 40 – Freqüência de hérnias inguino-escrotais verificadas em cães,
descritas anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008.........69
Gráfico 41 – Freqüência de hérnias perineais verificadas em cães, descritas
anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008........................69
Gráfico 42 – Freqüência de hérnias umbilicais verificadas em cães, descritas
anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008........................70
Gráfico 43 – Freqüência de hérnias umbilicais verificadas em gatos, descritas
anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008........................70
Gráfico 44 – Valores totais e percentuais de neoplasias verificadas em cães e
gatos, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008 ...............71
Gráfico 45 – Freqüência de neoplasias verificadas em cães e gatos, entre os
anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008........................................72
Gráfico 46 – Valores totais e percentuais de neoplasias por grupo estudado
verificadas em cães, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo –
2008 .................................................................................................73
Gráfico 47 – Freqüência de neoplasias do Aparelho Cárdio-Respiratório em
cães, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008.................73
Gráfico 48 – Freqüência de neoplasias do Aparelho Digestório em cães, entre
os anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008 ...................................74
Gráfico 49 – Freqüência de neoplasias do Aparelho Genito-Urinário em cães,
entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008 ..........................74
Gráfico 50 – Freqüência de neoplasias Hematopoiéticas em cães, entre os
anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008........................................75
Gráfico 51 – Freqüência de neoplasias do Aparelho Locomotor em cães, entre
os anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008 ...................................75
Gráfico 52 – Freqüência de neoplasias de Pele e Anexos em cães, entre os
anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008........................................76
Gráfico 53 – Valores totais e percentuais de neoplasias por grupo estudado
verificadas em gatos, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo
– 2008 ..............................................................................................77
Gráfico 54 – Freqüência de neoplasias do Aparelho Cárdio-respiratório em
gatos, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008 ...............77
Gráfico 55 – Freqüência de neoplasias do Aparelho Digestório em gatos, entre
os anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008 ...................................78
Gráfico 56 – Freqüência de neoplasias do Aparelho Locomotor em gatos,
entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008 ..........................78
Gráfico 57 – Freqüência de neoplasias de Pele e Anexos em gatos, entre os
anos de 1988 e 2007 - São Paulo – 2008........................................79
SUMÁRIO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................25
2 OBJETIVOS..........................................................................................27
3 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................29
3.1 APARELHO CÁRDIO-RESPIRATÓRIO................................................29
3.2 APARELHO DIGESTÓRIO ...................................................................30
3.2.1 Língua e Boca......................................................................................30
3.2.2 Glândulas Salivares ............................................................................31
3.2.3 Esôfago ................................................................................................31
3.2.4 Estômago.............................................................................................32
3.2.5 Intestino ...............................................................................................33
3.2.6 Fígado ..................................................................................................33
3.3 APARELHO GENITO-URINÁRIO .........................................................34
3.4 HEMATOPOIÉTICO..............................................................................34
3.5 APARELHO LOCOMOTOR ..................................................................35
3.5.1 Doença do Disco Intervertebral .........................................................36
3.5.1.1 Discopatia Cervical................................................................................36
3.5.1.2. Discopatia Toracolombar ......................................................................36
3.5.2 Displasia Coxofemoral (DCF).............................................................37
3.6 PARATOPIAS .......................................................................................38
3.6.1 Hérnia Perineal ....................................................................................38
3.6.2 Hérnia Pós-incisional..........................................................................38
3.6.3 Hérnia Inguinal ....................................................................................39
3.6.4 Hérnia Umbilical ..................................................................................39
3.6.5 Hérnia Diafragmática ..........................................................................40
3.6.6 Hérnia Peritôneo-pericárdica .............................................................40
3.6.7 Eventração (Hérnia Abdominal falsa)................................................40
3.7 PELE E ANEXOS..................................................................................41
4 MATERIAL E MÉTODO........................................................................43
5 RESULTADOS......................................................................................46
6 DISCUSSÃO.........................................................................................81
7 CONCLUSÕES.....................................................................................92
REFERÊNCIAS.....................................................................................95
APÊNDICE..........................................................................................107
24
INTRODUÇÃO
25
1 INTRODUÇÃO
A Cirurgia Veterinária há muito tempo é utilizada como forma de tratamento
após o insucesso na aplicação de outras formas de terapêutica. Atualmente, tem se
destacado como forma de resolução para várias afecções que acometem animais
tanto de pequeno quanto de grande porte.
Tratando-se em especial de pequenos animais, o que se pode observar
dentro da clínica veterinária é que uma grande diversidade de afecções que
acometem os mesmo são passíveis de tratamento cirúrgico, que quando bem
realizados são capazes de curar sem deixar seqüelas para o animal.
Alguns poucos registros são encontrados mundialmente no que se refere a
coleta de dados casuísticos indicativos desses procedimentos, relacionando espécie
animal, raça, sexo, e principalmente a afecção cirúrgica e o procedimento ao qual o
animal foi submetido.
Devido à ausência de dados casuísticos satisfatórios no Brasil, faz-se
necessário o estudo e análise detalhada da freqüência das principais afecções
cirúrgicas que acometem os animais de pequeno porte, tais como os cães e gatos.
Deste modo, o presente levantamento dos casos clínico-cirúrgicos atendidos
no Serviço de Cirurgia de Pequenos Animais, nos últimos vinte anos, teve por
escopo precípuo contribuir com informações sobre a situação observada em nosso
meio a fim de difundi-las aos colegas médicos veterinários que militam na área.
26
OBJETIVOS
27
2 OBJETIVOS
Os objetivos do presente estudo visam a:
Contribuir com o estudo da casuística Brasileira de afecções cirúrgicas
observadas em cães e gatos;
Descrever e analisar a freqüência das principais afecções cirúrgicas, segundo
o aparelho analisado, observadas na Clínica Cirúrgica de pequenos animais
da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São
Paulo;
Sugerir um método mais eficiente de registro de dados que possibilite
aproveitar ao máximo todas as informações sobre casos cirúrgicos atendidos
no Serviço de Clínica Cirúrgica de pequenos animais da Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo.
28
REVISÃO DE
LITERATURA
29
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 APARELHO CÁRDIO-RESPIRATÓRIO
Neoplasias de traquéia são raras de serem observadas em cães e gatos
(DUBIELZIG; DICKEY, 1978; CAMPOS et al., 2002; STOPIGLIA et al., 2003) e
apresentam-se sem predileção racial ou sexual (FOSSUM, 1997).
O colapso traqueal é doença respiratória comumente diagnosticada em raças
caninas toy e miniatura de meia-idade a idade avançada. A perda das estruturas de
sustentação traqueal intrínseca resulta em colapso, que se caracteriza clinicamente
por tosse crônica e dispnéia inspiratória ou expiratória (VASSEUR, 1979). Os
chihuahuas, os lulus-da-pomerânia, os poodles toy e os yorkshire terriers são
comumente afetados (VASSEUR, 1979; HEDLUND; TANGNER, 1983). Em gatos,
embora raro, têm-se descrito o colapso traqueal (HENDRICKS; O’BRIAN, 1985). Em
contrapartida, não são infreqüentes as rupturas traumáticas de traquéia (FOSSUM,
1997)
A patência pós-natal do ducto arterioso é a afecção cardíaca ou vascular mais
comum a exigir intervenção cirúrgica no cão. Deve-se suspeitar dos cães jovens com
intolerância a exercícios, perda de peso, cianose e ascite (STOPIGLIA et al., 2004).
De outra parte, bem menos freqüente, a Tetralogia de Fallot é observada em cães,
podendo merecer tratamento cirúrgico paliativo (FREITAS et al., 2003).
O 4° arco aórtico direito persistente (AADP) responde por 95% de todas as
anomalias de anel vascular no cão. As outras anomalias de anel vascular que são
ocasionalmente observadas incluem o arco aórtico duplo, as artérias subclávia
esquerda e direita aberrantes e o ligamento arterioso direito persistente
(ALVARENGA et al., 1981). De acordo com Fortunato et al. (1994), a persistência do
4° arco aórtico direito é afecção pouco observada em gatos.
Bloqueios atrioventriculares de III grau merecem a implantação de
marcapasso no cão. Assim, Stopiglia et al. (2005) relatam manutenção de longo
30
termo (oito anos) de cão Maltês, fêmea, com idade de um ano e seis meses, com
marcapasso Eikos SLD
®
, implantado no ápice da região epicárdica com excelentes
resultados de sobrevida do animal.
Observa-se, ainda que com freqüência relativamente baixa, as neoplasias
pulmonares primárias, sendo preconizado em tais casos as lobectomias e
pneumonectomias (IRINO et al., 2004; SIMÕES et al., 2005; SANTOSI et al., 2007;
SIMÕES et al., 2007;).
3.2 APARELHO DIGESTÓRIO
3.2.1 Língua e Boca
Segundo Carpenter et al. (1993) as neoplasias de língua em cães e gatos são
raras, correspondendo a apenas 4% de todos os tumores de orofaringe dos animais.
Conseqüentemente, pouco se conhece sobre a incidência, a epidemiologia, o
tratamento e o prognóstico dessas neoplasias.
O tumor mais comum na língua de cães e gatos é o carcinoma de células
escamosas. Outros tumores descritos nessa localização em cães incluem
mioblastoma de células granulares, rabdomioma, rabdomiossarcoma, hemangioma,
hemangiossarcoma, mastocitoma, fibrossarcoma, linfoma e melanoma. Geralmente
são dolorosos e interferem com a função da língua, devendo proceder-se à
amputação da mesma (SCHOOFS, 1997; HARVEY, 1998; LASCELLES et al., 1998;
RALLIS et al., 2001).
Em nosso meio e no exterior, alguns casos de granuloma eosinofílico na
língua e boca de cães da raça Husky Siberiano foram relatados (STOPIGLIA et al.,
1997), como também a calcinose circunscrita em língua (FERRIGNO et al., 2004).
De acordo com Felizzola et al. (1997), há uma tendência de crescimento no
número de neoplasias bucais em cães e gatos, embora tumores de boca benignos e
malignos são freqüentes em cães e menos observados em gatos (STOPIGLIA et al.,
1992). A citologia esfoliativa se presta a detectar melanomas em cães (FELIZZOLA
et al., 1999).
31
Felizzola et al. (2002) propõem técnicas operatórias modificadas àquela
preconizada por Withrow e Holmberg (1983) para tratamento cirúrgico das
neoplasias malignas de boca em cães, obtendo bons resultados no que tange ao
retorno e na função da mastigação.
3.2.2 Glândulas Salivares
As glândulas e ductos salivares podem ser afetados por inflamação,
neoplasia, formação de cálculos e ruptura. A sialoadenite é incomum nas glândulas
mandibulares e sublinguais na ausência da ruptura do ducto, mas é comum no caso
da ruptura deste e da mucocele secundária. No entanto, a inflamação da glândula
salivar zigomática é freqüentemente o resultado de infecção bacteriana inespecífica
e é uma das causas do abscesso retrobulbar. Embora os poodles e os pastores
alemães sejam descritos como os mais comumente afetados por mucoceles
cervicais, nenhuma raça está isenta de apresentá-las (KNECHT, 1996). Rânulas
podem ser observadas com freqüência em cães e raramente em gatos (BARROS et
al., 1985).
3.2.3 Esôfago
A ingestão de corpos estranhos que ficam alojados no esôfago ocorre mais
comumente nos cães jovens devido aos seus hábitos alimentares indiscriminados,
mas pode ocorrer em qualquer idade ou espécie animal. Um corpo estranho ingerido
geralmente se aloja no esôfago por ser grande ou por ter uma borda afiada que
perfura a mucosa esofágica. Os corpos estranhos esofágicos mais comumente
observados no cão são grandes pedaços de osso ou objetos metálicos afiados. No
gato, observam-se comumente agulhas ou anzóis presos a fios de pesca. A
detecção precoce, hoje por exame endoscópico (CORRÊA; STOPIGLIA, 2002), de
um corpo estranho esofágico é determinante na redução do risco de danos
32
esofágicos sérios ou da morte de animais afetados (STERMAN; MATERA;
STOPIGLIA, 1997).
A presença de nódulos de Spirocerca lupi pode ser constatada na região
próxima ao diafragma, podendo evoluir para sarcomas (ALVARENGA et al.,
1985/86), sendo removidos cirurgicamente.
Intussuscepção gastroesofágica é rara de se observar em cães, não citada
em gatos e é precedida de quadro de megaesôfago (STOPIGLIA et al., 1992).
3.2.4 Estômago
As indicações mais comuns para a gastrotomia são a remoção de corpos
estranhos gástricos, a obtenção de biópsias gástricas e a exploração da mucosa
gástrica quanto a ulceração, neoplasia ou hipertrofia (MATTHIESEN, 1996).
A gastrostomia com sonda do lado direito é recomendada para os cães com
vólvulo gástrico cujo estômago tenha sido severamente danificado e que possam
requerer uma gastrectomia parcial (DEHOFF, 1996).
A síndrome vólvulo-dilatação gástrica (VGD) ocorre mais comumente em
raças caninas grandes e gigantes, embora também possa ocorrer em raças
menores. A rotação gástrica crônica é uma afecção na qual o estômago rotaciona,
geralmente em 90º, mas possivelmente até 120º, e que não está associada com um
início agudo de dilatação gástrica ou os outros sinais comuns de vólvulo-dilatação
gástricos. Não é uma afecção aguda ou um risco de vida. Embora se tenha descrito
raramente a rotação gástrica crônica, essa afecção pode afetar cães grandes e
gigantes de idades variáveis (LANTZ, 1996).
A Hérnia Hiatal é uma protrusão de qualquer estrutura através do hiato
esofágico do diafragma. As hérnias hiatais comumente descritas no cão se referem à
prisão e/ou o encarceramento do estômago sozinho ou também das estruturas
associadas dentro da luz do esôfago. Essa afecção geralmente é fatal. Têm-se
descrito várias outras hérnias dentro e ao redor do hiato esofágico do diafragma nos
humanos e nos cães e gatos. O tipo mais comum observado no cão e no gato é uma
intussuscepção recorrente crônica do fundo do estômago no interior do esôfago
(DEHOFF, 1996).
33
3.2.5 Intestino
O prolapso retal pode ocorrer em qualquer afecção que cause um tenesmo
prolongado, porém, é mais comum nos animais altamente parasitados que tenham
diarréia e tenesmo severos (ENGEN, 1996).
Os tumores do intestino grosso constituem até 60% de todas as neoplasias do
trato alimentar no cão e até 15% no gato. Encontram-se neoplasias malignas e
benignas em ambas as espécies; no entanto, os tumores benignos do trato alimentar
são extremamente raros no gato (WALSHAW, 1996).
A intussuscepção intestinal em cães é freqüentemente observada em animais
jovens com problemas intestinais prévios e resulta em enterectomias extensas e
com áreas com lesão neurológica em segmentos preservados (BARROS, 2008).
3.2.6 Fígado
Colelitíase e coledocolitíase representam menos de 1% das doenças
hepáticas em cães e gatos. Os cães afetados geralmente são assintomáticos. Os
sinais clínicos aparecem quando a colelitíase está associada com colecistite,
obstrução biliar e/ou ruptura do trato biliar. A patogênese da colelitíase é
desconhecida. Causas propostas para formação dos colélitos incluem trauma,
estase biliar, alterações na dieta, esvaziamento incompleto da vesícula biliar e
infecções bacterianas ou parasitárias (AMSELLEM, 2006). Formas aguda e crônica
de colecistite são pobremente documentadas em animais, mas acredita-se resultar
de infecção hematógena proveniente da circulação hepática ou ascensão de
bactérias intestinais para o interior da vesícula biliar. Leucocitose pode ser causada
por colangite, colecistite bacteriana ou peritonite séptica atribuída à bile
(KIRPENSTEIJN et al., 1993; ARIAS, 2001).
34
3.3 APARELHO GENITO-URINÁRIO
Neoplasia, orquite, epididimite, prostatite refratárias são indicações médicas
primárias para a orquiectomia. A castração também remove as fontes endócrinas de
hormônios androgênicos que poderiam ser mediadores na hipertrofia prostática
benigna, no adenoma perianal e a hérnia perineal. Além disso, a castração é o
passo cirúrgico inicial da uretrostomia perineal no gato e da uretrostomia escrotal
permanente no cão (CRANE, 1996).
Além disto, é citada na literatura a presença de cálculos em rins, vesícula
urinária e uretra, além de neoplasias do aparelho genito-urinário, piometras, cistos e
abscessos prostáticos (VANNUCCHI et al., 1997).
3.4 HEMATOPOIÉTICO
A torção esplênica ocorre freqüentemente em associação com dilatação-
vólvulo gástrica, podendo também ocorrer de forma isolada, o que apesar de raro, é
relatado em cães. Ocorre geralmente em cães de raça grande e não demonstra
predileção etária ou sexual. Enquanto aos tumores esplênicos, em geral ocorrem em
cães de porte médio a grande, sendo que não se tem observado nenhuma
predileção racial ou sexual evidente em cães com sarcomas esplênicos. Hematomas
e hemangiomas esplênicos devem ser diferenciados de hemangiossarcomas e
outras doenças neoplásicas esplênicas (FOSSUM, 2005c).
Wood et al. (1998) relatam que o tempo de sobrevivência médio de cães com
hemangiossarcoma esplênico, tratados apenas com esplenectomia, foi de 86 dias.
Em outro estudo, realizado por Spangles e Kass (1997), a taxa de sobrevivência
pós-operatória com 2 meses foi de 83% para cães com hematomas não-
relacionados a neoplasias e 31% para cães com hemangiossarcoma com ou sem
hematomas associados.
35
3.5 APARELHO LOCOMOTOR
As fraturas constituem uma das principais causas de atendimento ou
emergência dentro da clínica veterinária. Leonard (1960) observou em um
levantamento, demonstrado no quadro 1 a seguir, a seguinte distribuição de fraturas
nos ossos de pequenos animais.
Quadro 1 - Distribuição de fraturas no corpo (baseado em 2049 casos)
Local Freqüência % Local Freqüência %
Fêmur 27,1 Tíbia e Fíbula 11,2
Corpo e Côndilos 21,8 Tarso 0,2
Colo e Cabeça 5,2 Metatarso 1,4
Membro
Pélvico
Patela 0,1 Falanges 1,2
Escápula 1,2 Rádio 2,3
Úmero 8,1 Ulna 1,4
Corpo 7,4 Olécrano 0,2
Côndilos 0,7 Carpo 0,2
Membro
Torácico
Rádio e Ulna 8,5 Metacarpo 1,8
Crânio 0,6 Pelve 23,5
Maxila 0,9 Ísquio 0,9
Mandíbula 7,0 Acetábulo 1,0
Medula Espinhal 4,5 Púbis 0,7
Cabeça,
Medula
Espinhal e
Pelve
Costelas 1,2 Íleo 20,9
As fraturas e luxações espinhais podem ser classificadas quanto à natureza
em patológicas ou traumáticas. Estas últimas, usualmente resultam de acidentes por
automóveis, mas quedas, tiros, agressões físicas ou feridas por mordeduras,
também podem ser os agentes etiológicos (MATTHIESEN, 1983).
36
3.5.1 Doença do Disco Intervertebral
Pode acometer todas as raças de cães, sendo, porém, mais restrita às
pequenas raças que Hansen, em 1950, designou como condrodistróficas. Ele
indicou que o bulldog francês, o pequinês e principalmente o dachshund são as mais
dispostas a desordens nos discos. Um estudo com cães indicou que 0,7% sofriam
de discopatias reconhecíveis, na maioria cães adultos com idade entre três e oito
anos, sendo ambos os sexos afetados igualmente, embora alguns dizem que no
macho há maior incidência, talvez pela sua maior atividade (LEONARD, 1960).
3.5.1.1 Discopatia Cervical
A principal discopatia cervical observada em cães é a espondilomielopatia
cervical caudal ou Síndrome de Wobbler, podendo ter causas hereditárias
congênitas, traumáticas, nutricionais e degenerativas. Têm-se sugerido que este
distúrbio resulta de instabilidade crônica ou doença degenerativa do disco com
acometimento secundário da medula espinhal. Devido ao fato de muitos cães
apresentarem mielopatia lentamente progressiva, pode haver boa compensação,
porém, o menor trauma no ponto de compressão pode induzir lesão significante da
medula espinhal. Muitos cães apresentam história progressiva e lenta de
tetraparesia. As dores estão raramente presentes (SEIM, 1996).
3.5.1.2 Discopatia Toracolombar
É comum em cães, principalmente nas raças condrodistróficas, tenho pico de
incidência entre três e seis anos de idade. Extrusão de disco ocorre ocasionalmente
tão distante cranialmente como T9-T10 (WILKENS et al., 1996). Raças não-
37
condrodistróficas são menos afetadas, normalmente depois da meia idade. Contudo,
discopatias não deveriam ser negligenciadas em cães de grande porte, pois pode
haver repentinamente extrusões Hansen Tipo I assim como lesões Tipo II (CUDIA;
DUVAL, 1997).
3.5.2 Displasia Coxofemoral (DCF)
A Displasia Coxofemoral (DCF) é uma alteração do desenvolvimento que
afeta a cabeça do fêmur e o acetábulo, caracterizada radiograficamente pelo
arrasamento do acetábulo, achatamento da cabeça do fêmur, subluxação ou
luxação coxofemoral e alterações secundárias da articulação (LUST et al., 1985;
SHEPHERD, 1986; LUST, 1997).
A doença afeta muitas raças caninas, sendo mais comum nas de grande
porte, tais como Pastor-Alemão, Setter Inglês, São Bernardo e Cão dos Pirineus
(FERREIRA; COSTA, 1983; LUST et al., 1985; GEROSA, 1995).
Em um estudo conduzido com a raça Pastor-Alemão, Torres et al. (1999),
observaram freqüência de 72,4% de cães displásicos, 72,2% em fêmeas e 72,6%
em machos. Apesar dessa raça, segundo Ferreira e Costa (1983) e Lust et al.
(1985), ser propensa a apresentar DCF, os resultados mostraram percentual bem
acima do citado por Keller e Corley (1989). Essa alta freqüência mostra a ineficiência
dos métodos de controle da doença, provavelmente por falta de um critério
adequado de seleção, principalmente quanto aos machos, com maior número de
acasalamentos por ano. Estes mesmos aspectos foram abordados por Kaneene et
al. (1997), que atribuíram o sucesso do controle da DCF, nos EUA, ao empenho e
participação efetivos dos proprietários no combate à DCF.
38
3.6 PARATOPIAS
3.6.1 Hérnia Perineal
A hérnia perineal foi descrita em várias espécies, porém a hérnia perineal
canina é a mais problemática, constituindo-se, pode-se dizer, apanágio da espécie.
Qualquer cão puro de raça ou SRD pode ser afligido por hérnia perineal,
porém certas raças exibem com maior freqüência: Boston Terriers, Collies, Boxers,
Pequineses, Welsh Corgis, Kelpies, e SRD. Cães com caudas curtas podem estar
predispostos a essa condição. A hérnia perineal quase que exclusivamente afeta os
cães machos não castrados com cinco ou mais anos, porém, alguns casos foram
descritos em cadelas e gatas (FOSSUM, 2005 b).
Hosgood et al. (2005), em um estudo de 100 cães, verificaram que a idade
média para ocorrência da hérnia perineal foi de 10 anos. O risco da ocorrência
aumenta com a idade, até 14 anos, em machos intactos. Em outro estudo realizado
por Welches et al. (1991) em 40 gatos, verificou-se que a idade média no
diagnóstico foi de 10 anos, assemelhando-se ao observado em cães.
Herniorrafia sempre é recomendada e exige caráter emergencial quando
ocorrem aprisionamento visceral e retroflexão vesical, sendo para tanto, empregadas
diferentes técnicas, como por exemplo, elevação do músculo obturador interno,
utilização de membranas biológicas ou ainda malhas de polipropileno (MATERA et
al., 1981; MATERA et al., 1987; ACAUI, 2001; ZERNES, 2008).
3.6.2 Hérnia Pós-incisional
A prevalência da hérnia pós-incisão tem sido entre 1 e 11% em humanos e de
16% em grandes animais, dependendo da abordagem cirúrgica no abdome, de
certos fatores predisponentes e da idade do paciente. Em pequenos animais, é
menos comum (SMEAK, 1993b). A evisceração ou exposição dos órgãos
abdominais, através da deiscência, é mais comum em hérnias agudas. O omento ou
39
ligamento falciforme protrude primeiro, sendo seguido por alças intestinais. É comum
lesão por automutilação, mesmo que a evolução seja de minutos. O resultado é uma
severa perda de sangue e sepsia levando a choque. Um animal que apresente
descarga serosangüínea pela incisão e aumento de volume local nos primeiros cinco
dias após a cirurgia requer rápida ação diagnóstica e decisão corretiva (SMEAK,
1993a).
A deiscência da ferida cirúrgica decorre de várias etiologias, como falha
mecânica do material de sutura, presença de infecção, desnutrição
(hipoproteinemia), diminuição na síntese protéica (enfermidade hepática), aumento
na perda de proteína (entero ou glomerulopatia), fibroplasia retardada (altas doses
de corticosteróides), aumento na pressão intra-abdominal em sutura frouxa
(HARDIE, 1996; PAVLETIC, 1996).
3.6.3 Hérnia Inguinal
Na espécie canina, ocorre tanto em machos, podendo ser direta ou indireta
(inguino-escrotal), como também em fêmeas (FRY, 1991). Observa-se com maior
freqüência nas cadelas, caracterizando-se como afecção bastante característica
destas (MATERA; STOPIGLIA, 1950; MATERA; STOPIGLIA; VEIGA, 1960/62;
1963/64; 1964). Não é relatada na espécie felina.
3.6.4 Hérnia Umbilical
As hérnias umbilicais são geralmente congênitas e causadas por
embriogênese defeituosa. A abertura do anel umbilical se fecha após o nascimento,
formando a cicatriz umbilical, porém, quando esta falha em contrair ou for muito
grande ou se formar de modo inapropriado, ocorrerá herniação. São hérnias
verdadeiras por serem revestidas de um saco peritoneal. Acredita-se que sejam de
origem hereditária em algumas raças e tem-se observado que a maioria dos animais
40
que as apresentam é jovem, além do fato de que muitos dos cães machos com
hérnias umbilicais são também criptorquídicos (FOSSUM, 2005 a).
3.6.5 Hérnia Diafragmática
As hérnias diafragmáticas em cães e gatos são seqüelas comuns a acidentes
automobilísticos. Muitas dessas hérnias são diagnosticadas logo em seguida ao
trauma, sendo reparadas cirurgicamente. Diversos relatos na literatura veterinária
têm descrito a fisiopatologia, abordagens cirúrgicas e resultados cirúrgicos das
hérnias diafragmáticas traumáticas e muitos apontam a espécie felina como sendo a
mais acometida. Em um estudo realizado, a taxa de mortalidade entre os oito
animais submetidos a tratamento cirúrgico de hérnia diafragmática existentes a mais
de um ano foi de 62,5% (MINIHAM; BERG; EVANS, 2004).
3.6.6 Hérnia Peritôneo-pericárdica
Embora rara, a hérnia peritôneo-pericárdica pode merecer tratamento
cirúrgico com bons resultados (PEREIRA et al., 2004).
3.6.7 Eventração (Hérnia Abdominal falsa)
A eventração, muito tempo atrás conhecida como hérnia espúria, é na
verdade uma hérnia abdominal falsa, pois permite a protrusão de órgãos para fora
de uma abertura abdominal normal, desta forma, o conteúdo raramente fica contido
dentro de um saco peritoneal. Normalmente ocorrem devido a traumatismos,
podendo, entretanto, ter origem congênita. Em cães e gatos, as hérnias abdominais
craniais congênitas foram descritas em associação com hérnias peritôneo-
41
pericárdicas. Os locais mais comuns para hérnias abdominais traumáticas são nas
regiões pré-púbica e flanco (ANNUNZIATA; STOPIGLIA, 1953/54).
3.6 PELE E ANEXOS
Um estudo conduzido no Hospital Veterinário da Universidade da Pensilvânia
de 1971 a 1972 revelou que de 1000 casos de trauma, 87,1% envolveram cães e
12,9% envolveram gatos, com uma predominância de machos sobre fêmeas. A
idade média foi 1,9 ano para os cães e 1,3 ano para os gatos. As origens das
injúrias foram divididas em nove categorias etiológicas: veículo motor, interação
animal, objeto cortante, queda de altura, esmagamento, arma (revólver e faca),
queimadura (térmica, elétrica e química), abuso e causa desconhecida. Muitas
dessas origens podem induzir traumas na pele ou defeitos, ou ainda ambos. No
estudo foi comprovado que queimaduras e armas causaram o maior número de
injúrias graves, enquanto objetos cortantes e abusos causaram o mínimo de injúrias
graves. Também foi constatado que os cães mantiveram significativamente mais
injúrias nas extremidades e menos injúrias na cabeça que os gatos (SWAIN, 1980).
42
MATERIAL E MÉTODO
43
4 MATERIAL E MÉTODO
Procedeu-se a um levantamento sistematizado das fichas de registro de
intervenções cirúrgicas realizadas no Departamento de Cirurgia da Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP) nas
antigas disciplinas de Patologia e Clínica Cirúrgicas, Serviço de Patologia e Clínica
Cirúrgicas e Serviço de Cirurgia de Pequenos Animais, mensalmente, entre os anos
de 1988 a 2007, totalizando 20 anos de estudo retrospectivo.
A análise considerou as seguintes variáveis: espécie (canina e felina) e
afecção apresentada com procedimento cirúrgico adotado. Para melhor análise, as
afecções e procedimentos foram devidamente divididos nos seguintes grupos, de
acordo com o aparelho ou sistema acometido, adotando os referidos critérios de
inclusão ou exclusão:
Cárdio-Respiratório: afecções de coração (exceto persistência do 4°
arco aórtico direito - PAAD), seios nasais e paranasais, laringe, traquéia, brônquios,
bronquíolos, pulmões e diafragma (exceto as hérnias diafragmáticas).
Digestório: afecções de cavidade oral, língua, faringe, esôfago,
estômago, intestino, fígado, pâncreas e persistência do 4° arco aórtico direito
(PAAD).
Distrofias: agruparam-se todas as fístulas e gangrenas, independente
de sua localização.
Genito-Urinário: afecções de rins, ureteres, vesícula urinária, uretra e
reprodutor masculino (pênis, testículo e glândulas anexas).
Hematopoiético: afecções de baço (abscessos, torções, ruptura e
neoplasias).
Locomotor: afecções de ossos em geral, músculos, tendões,
ligamentos e articulações (excluiu-se afecções de disco intervertebral).
Paratopias: eventração, hérnias inguinal, perineal, inguino-escrotal,
umbilical, diafragmática, hiatal e peritôneo-pericárdica.
44
Pele e Anexos: evisceração, neoplasias e afecções de pele em geral e
suas glândulas (exceto glândula mamária), lábios, pálpebras, coxins, cistos, ferida
séptica, prepúcio, saco escrotal e otohematoma.
Dentro de cada grupo analisado fez-se ainda destaque dos casos de
neoplasias observadas, procedendo-se então à análise da freqüência destas
neoplasias em ambas as espécies.
Devido à existência, na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da
Universidade de São Paulo, de serviços específicos de Oftalmologia, Odontologia e
Obstetrícia, foram excluídas da análise afecções ou procedimentos relacionados a
olho, dente, maxila, mandíbula, reprodutor feminino (vulva, vagina, útero, ovários) e
afecções de glândula mamária. Excluiu-se ainda as afecções de comprometimento
neurológico e as afecções de ouvido.
Os dados coletados foram tratados estatisticamente no referente aos
aspectos quantitativos com auxílio do programa Microsoft Excel
®
, onde se observou
as médias e desvios-padrão.
45
RESULTADOS
46
5 RESULTADOS
Entre os anos de 1988 e 2007 foram avaliados um total de 18585 casos
cirúrgicos relacionados a pequenos animais, correspondendo a 16030±241,59
(86,25%) casos observados em cães e 2555±47,23 (13,74%) casos em gatos, das
mais diversas idades e de ambos os sexos, conforme é demonstrado no gráfico 1.
Gráfico 1 Valores totais e percentuais das afecções cirúrgicas verificadas em cães e gatos
entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Para o intervalo estudado (1988 a 2007), verificou-se uma média anual de
801,50 casos para cães, enquanto que a média observada em gatos foi de 127,75
casos, observando-se em todos os momentos maior incidência de casos
relacionados à espécie canina (Gráfico 2).
Gráfico 2 – Freqüência das afecções cirúrgicas verificadas em cães e gatos, descritas entre os anos
de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
47
Dentre os grupos estudados (cárdio-respiratório, digestório, distrofias, genito-
urinário, hematopoiético, locomotor, paratopias e pele e anexos), observou-se em
cães uma maior casuística associada ao Aparelho Locomotor, compondo 5957
(37%) casos, de todas as afecções observadas, seguido pelo Aparelho Genito-
urinário com 2504 (16%), Pele e Anexos com 2465 (15%), Aparelho Digestório com
2337 (15%), Paratopias com 1880 (12%), Aparelho Cárdio-respiratório com 414
(3%), Hematopoiético com 235 (1%) e as Distrofias correspondendo a 187 (1%) dos
casos (Gráfico 3).
Gráfico 3 – Valores totais e percentuais por grupo de afecções cirúrgicas verificadas em cães, entre
os anos de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Nos gráficos 4 a 11 é possível avaliar a evolução da freqüência das afecções
estudadas em cães segundo cada aparelho analisado no decorrer do período
avaliado.
48
Gráfico 4 – Freqüência das afecções do Aparelho Cárdio-Respiratório verificadas em cães, descritas
anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 5 – Freqüência das afecções do Aparelho Digestório verificadas em cães, descritas
anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008
49
Gráfico 6 – Freqüência das afecções do Aparelho Genito-urinário verificadas em cães, descritas
anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 7 – Freqüência das afecções Hematopoiéticas verificadas em cães, descritas anualmente,
entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008
50
Gráfico 8 – Freqüência das afecções do Aparelho Locomotor verificadas em cães, descritas
anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 9 – Freqüência das afecções de Pele e anexos verificadas em cães, descritas anualmente,
entre 1988 e 2007 - São Paulo – 2008
51
Gráfico 10 – Freqüência das Distrofias verificadas em cães, descritas anualmente, entre 1988 e 2007
- São Paulo - 2008
Gráfico 11 – Freqüência das afecções por Paratopias verificadas em cães, descritas anualmente,
entre 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Na espécie felina, a avaliação comparativa para os grupos estudados
apresentou distribuição conforme é demonstrado no gráfico 12.
52
Gráfico 12 – Valores totais e percentuais por grupo de afecções cirúrgicas verificadas em gatos, entre
os anos de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Ainda na espécie felina, observou-se uma maior casuística associada ao
Aparelho Locomotor, compondo 931 (36%) casos, de todas as afecções observadas,
seguido pelo Aparelho Genito-urinário com 462 (18%), Paratopias com 407 (16%),
Aparelho Digestório com 349 (14%), Pele e Anexos com 259 (10%), Cárdio-
respiratório com 93 (4%), Distrofias com 58 (2%) e Hematopoiético correspondendo
< de 1% dos casos (Gráfico 12).
A seguir, nos gráficos 13 a 19 é possível avaliar a evolução da freqüência das
afecções estudadas em gatos segundo cada aparelho analisado no decorrer do
período avaliado.
53
Gráfico 13 – Freqüência das afecções do Aparelho Cárdio-Respiratório verificadas em gatos,
descritas anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 14 – Freqüência das afecções do Aparelho Digestório verificadas em gatos, descritas
anualmente, entre 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
54
Gráfico 15 – Freqüência das afecções do Aparelho Genito-urinário verificadas em gatos, descritas
anualmente entre, 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 16 – Freqüência das afecções do Aparelho Locomotor verificadas em gatos, descritas
anualmente entre, 1988 e 2007 - São Paulo – 2008
55
Gráfico 17 – Freqüência das afecções de Pele e Anexos verificadas em gatos, descritas anualmente
entre, 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 18 – Freqüência das Distrofias verificadas em gatos, descritas anualmente entre, 1988 e 2007
- São Paulo – 2008
56
Gráfico 19 – Freqüência das afecções por Paratopias verificadas em gatos, descritas anualmente
entre, 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
A inexistência de gráfico demonstrativo da freqüência de afecções
hematopoiéticas em gatos é devida ao fato de terem sido encontrados registros de
apenas quatro casos das mesmas nesta espécie ao longo dos 20 anos analisados.
A avaliação realizada detalhadamente para o grupo das Distrofias demonstrou
resultados similares entre as duas alterações estudadas, verificando-se um total 245
ocorrências, distribuídas em 120 (49%) casos de fístulas e 125 (51%) casos de
gangrenas (Gráfico 20).
57
Gráfico 20 – Valores totais e percentuais das principais distrofias verificados em cães e gatos, entre
os anos de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Com relação ao acometimento entre as espécies, observou-se que as
Distrofias mostraram-se mais evidentes na espécie canina, quando comparada à
felina, assumindo valores percentuais da ordem de 187 (76%) e 58 (24%) casos
respectivamente (Gráfico 21).
Gráfico 21 – Valores totais e percentuais de Distrofias verificados em cães e gatos, entre os anos de
1988 e 2007 - São Paulo - 2008
58
Os gráficos 22 e 23 confrontam a freqüência de acometimentos por fístulas
em cães e gatos, confrontando os resultados de ocorrência do processo em ambas
as espécies ao longo do período de estudo proposto. Verificou-se não apenas uma
maior freqüência de casos de fístulas relativos à espécie canina (117 casos em cães
e 08 casos em gatos), mas também uma maior freqüência de aparecimento de
casos ao longo dos anos. Ressalta-se aqui uma escassez de casos de fístulas na
espécie felina claramente evidente, particularmente entre os anos de 1988 e 1993,
bem como outro grande intervalo observado entre os anos de 1995 e 2002.
Gráfico 22 – Freqüência de fístulas verificadas em cães, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo –
2008
59
Gráfico 23 – Freqüência de fístulas verificadas em gatos, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo -
2008
Os achados referentes aos casos de gangrena mostraram-se mais
equilibrados, quando comparados o número de casos que acometeram cães e gatos
(70 casos em cães e 50 casos em gatos), embora ainda seja observado um tanto
maior número de casos em cães, quando uma distribuição mais homogênea ao
longo do período estudado, quando estes resultados são confrontados aos achados
para gatos no mesmo período (Gráficos 24 e 25).
60
Gráfico 24 – Freqüência de gangrenas verificadas em cães, entre os anos de 1988 e
2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 25 – Freqüência de gangrenas verificadas em gatos, entre os anos de 1988 e 2007 - São
Paulo - 2008
Os acometimentos hematopoiéticos foram distribuídos entre as maiores
ocorrências de casos, que foram os seguintes: Abscessos esplênicos,
61
esplenomegalia, neoplasia, ruptura esplênica e torção esplênica. Para este grupo,
observou-se uma maior casuística associada às neoplasias esplênicas, constituindo
192 (80%) casos do total de todos os acometimentos hematopoiéticos. Seguindo-se
a isso, as rupturas esplênicas que se constituíram de 27 (11%) casos. As torções
esplênicas que mostraram ocorrência de 13 (6%) casos. As esplenectomias sem
diagnóstico definido constituíram 02 casos (1%) (Gráfico26).
Gráfico 26 – Valores totais e percentuais dos principais acometimentos Hematopoiéticos verificados
em cães e gatos, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
A distribuição no tocante às espécies estudadas verificou uma maior
ocorrência de acometimentos hematopoiéticos na espécie canina, correspondendo a
235 (98%) casos, quando comparada à espécie felina, cujos registros demonstraram
apenas 04 (2%) casos (Gráfico 27).
62
Gráfico 27 – Distribuição dos valores percentuais de acometimentos Hematopoiéticos verificados em
cães e gatos, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
A distribuição dos casos de acometimento hematopoiético na espécie canina
pode ser observada nos gráficos de 28 a 31. Como citado anteriormente, em gatos
apenas 4 casos de afecção hematopoiética foram encontrados no período analisado.
Gráfico 28 – Freqüência de acometimentos Hematopoiéticos relativos a presença de neoplasias
esplênicas verificadas em cães, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
63
Gráfico 29 – Freqüência de acometimentos Hematopoiéticos relativos a rupturas esplênicas
verificadas em cães, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 30 – Freqüência de acometimentos Hematopoiéticos relativos a torções esplênicas verificadas
em cães, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
64
Gráfico 31 – Freqüência de acometimentos Hematopoiéticos relativos a abcessos esplênicos
verificados em cães, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Os acometimentos cirúrgicos referentes às paratopias foram dispostos
conforme os casos de maior ocorrência e relevância, que foram: eventração, hérnia
diafragmática, hérnia inguinal, hérnia inguino-escrotal, hérnia perineal e hérnia
umbilical. Dentro desses subgrupos a maior ocorrência de casos coube às hérnias
perineais, com um total de 968 (42%) casos, seguidas pelas hérnias inguinais que
totalizaram 512 (23%) casos. A seguir, verificou-se as hérnias diafragmáticas com
419 (18%), como a terceira paratopia mais freqüente. Os processos de eventração
comportaram 253 (11%) casos, enquanto as hérnias umbilicais somaram 106 (5%)
de todos os casos. Finalmente, as hérnias inguino-escrotais, hérnias peritôneo-
pericárdicas, hérnias hiatais e herniorrafias não identificadas, evidenciaram valores
de 11, cinco, cinco e cinco casos respectivamente, somando individualmente,
valores inferiores a 1% (Gráfico 32).
65
Gráfico 32 – Valores totais e percentuais relativos às diferentes paratopias verificados em cães e
gatos, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Segundo a espécie estudada, verificou-se a maior ocorrência de
procedimentos cirúrgicos associados a paratopias na espécie canina,
correspondendo a 1876 (82%) casos, enquanto que para espécie felina verificou-se
um total de 408(18%) casos (Gráfico 33).
Gráfico 33 – Valores totais e percentuais de acometimentos por Paratopias verificados em cães e
gatos, entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Nos gráficos 34 a 43 é possível avaliar a distribuição das principais afecções
associadas às paratopias estudadas em cães e gatos, no decorrer do período
avaliado.
66
Gráfico 34 – Freqüência de eventrações verificadas em cães, descritas anualmente, entre 1988 e
2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 35 – Freqüência de eventrações verificadas em gatos, descritas anualmente, entre 1988 e
2007 - São Paulo - 2008
67
Gráfico 36 – Freqüência de hérnias diafragmáticas verificadas em cães, descritas anualmente, entre
1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 37 – Freqüência de hérnias diafragmáticas verificadas em gatos, descritas anualmente, entre
1988 e 2007 - São Paulo - 2008
68
Gráfico 38 – Freqüência de hérnias inguinais verificadas em cães, descritas anualmente, entre 1988 e
2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 39 – Freqüência de hérnias inguinais verificadas em gatos, descritas anualmente, entre 1988
e 2007 - São Paulo - 2008
69
Gráfico 40 – Freqüência de hérnias inguino-escrotais verificadas em cães, descritas anualmente,
entre 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 41 – Freqüência de hérnias perineais verificadas em cães, descritas anualmente, entre 1988 e
2007 - São Paulo - 2008
70
Gráfico 42 – Freqüência de hérnias umbilicais verificadas em cães, descritas anualmente, entre 1988
e 2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 43 – Freqüência de hérnias umbilicais verificadas em gatos, descritas anualmente, entre 1988
e 2007 - São Paulo - 2008
71
A descrição detalhada da ocorrência de neoplasias por grupo, ao longo do
período estudado (1988 a 2007) demonstrou uma maior ocorrência de casos na
espécie canina, totalizando 3711 (94%) casos, enquanto na espécie felina somaram-
se 244 (6%) casos (Gráfico 44).
Gráfico 44 – Valores totais e percentuais de neoplasias verificadas em cães e gatos, entre os anos de
1988 e 2007 - São Paulo - 2008
A ocorrência de neoplasias ao longo dos anos analisados demonstrou uma
distribuição homogênea, comparativamente estimando, ano a ano, na espécie felina,
enquanto que na espécie canina, a perda desta homogeneidade se dá devido aos
picos de aumento da freqüência nos anos de 2000 e 2002, verificando-se sempre a
ocorrência de casos em ambas as espécies em todos os anos estudados (Gráfico
45).
72
Gráfico 45 – Freqüência de neoplasias verificadas em cães e gatos, entre os anos de 1988 e 2007 -
São Paulo - 2008
Entre os grupos avaliados para a espécie canina, Pele e Anexos
demonstraram os maiores índices de acometimentos por neoplasias, 1906 (51%)
casos, totalizando, mais da metade de todos os casos de neoplasias registradas
para os demais grupos avaliados. Em seguida, as neoplasias de Aparelho Digestório
somaram 754 (20%) casos. Neoplasias que acometeram o Aparelho Genito-Urinário
alcançaram 403 (11%) animais dentre todos os casos estudados. As neoplasias do
Aparelho Locomotor totalizaram 293 (8%) casos. O grupo Hematopoiético
demonstrou valores para neoplasias de 178 (5%) animais. Para o Aparelho Cárdio-
Respiratório os acometimentos por neoplasias alcançaram índice de 176 (5%)
casos. (Gráfico 46).
73
Gráfico 46 – Valores totais e percentuais de neoplasias por grupo estudado verificadas em cães,
entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
A distribuição dos casos de neoplasias por grupo acometido na espécie
canina pode ser observada nos gráficos de 47 a 52.
Gráfico 47 – Freqüência de neoplasias do Aparelho rdio-Respiratório em cães, entre os anos de
1988 e 2007 - São Paulo - 2008
74
Gráfico 48 – Freqüência de neoplasias do Aparelho Digestório em cães, entre os anos de 1988 e
2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 49 – Freqüência de neoplasias do Aparelho Genito-Urinário em cães, entre os anos de 1988 e
2007 - São Paulo - 2008
75
Gráfico 50 – Freqüência de neoplasias Hematopoiéticas em cães, entre os anos de 1988 e 2007 -
São Paulo - 2008
Gráfico 51 – Freqüência de neoplasias do Aparelho Locomotor em cães, entre os anos de 1988 e
2007 - São Paulo - 2008
76
Gráfico 52 – Freqüência de neoplasias de Pele e Anexos em cães, entre os anos de 1988 e 2007 -
São Paulo - 2008
Para a espécie felina, o grupo Pele e Anexos também demonstrou os maiores
índices de acometimento por neoplasias, 130 (53%) casos, e totalizaram uma soma
superior ao total das demais neoplasias observadas para os demais grupos
avaliados, semelhante ao que foi encontrado para a espécie canina. Ainda seguindo
a mesma linha da espécie canina, as afecções do Aparelho Digestório registraram o
segundo maior índice de acometimentos, onde somaram 74 (30%) de todos os
casos observados em gatos. As neoplasias do Aparelho Cárdio-Respiratório
demonstraram o terceiro maior número em incidência de casos, quando foram
evidenciados 26 (11%) casos. Neoplasias do Aparelho Locomotor totalizaram 12
(5%) casos. Por fim, os casos de neoplasias associadas ao grupo Hematopoiético
registraram os menores índices de ocorrência, registrando-se apenas dois casos,
que corresponderam a 1% de todos aqueles analisados (Gráfico 53).
77
Gráfico 53 – Valores totais e percentuais de neoplasias por grupo estudado verificadas em gatos,
entre os anos de 1988 e 2007 - São Paulo - 2008
A distribuição dos casos de neoplasias por grupo acometido na espécie felina
pode ser observada nos gráficos de 54 a 57.
Gráfico 54 – Freqüência de neoplasias do Aparelho Cárdio-respiratório em gatos, entre os anos de
1988 e 2007 - São Paulo - 2008
78
Gráfico 55 – Freqüência de neoplasias do Aparelho Digestório em gatos, entre os anos de 1988 e
2007 - São Paulo - 2008
Gráfico 56 – Freqüência de neoplasias do Aparelho Locomotor em gatos, entre os anos de 1988 e
2007 - São Paulo - 2008
79
Gráfico 57 – Freqüência de neoplasias de Pele e Anexos em gatos, entre os anos de 1988 e 2007 -
São Paulo - 2008
80
DISCUSSÃO
81
6 DISCUSSÃO
Estudos retrospectivos, como forma de se avaliar a freqüência de casos
cirúrgicos na Prática Clínica de pequenos animais têm sido pouco difundidos, sendo
envoltos por informações escassas, genéricas, imprecisas, e mesmo, com pouco
detalhamento sobre casuísticas das principais afecções que acometem cães e
gatos. Trabalhos com este escopo, no Brasil, foram realizados por Felizzola,
Stopiglia e Araújo (1999) quando descreveram relatos sobre a ocorrência de tumores
orais em cães, onde observaram neoplasias malignas em 77,92% dos 130 cães
avaliados em seu estudo.
Dos 18585 casos avaliados entre os anos de 1988 e 2007, foi observada uma
maior freqüência de casos associados à espécie canina. De fato, estes dados
encontram-se sustentados nas descrições de Franklin (1999), quando descreveu a
preferência do cão como animal de companhia, reconhecido muitas vezes como um
integrante da família, o que parece esclarecer os maiores índices de diagnósticos,
quando feita uma comparação em relação à espécie felina. Aliado a isso, o aumento
da conscientização do proprietário quanto à necessidade de um melhor tratamento
dos animais de companhia fez crescer não apenas o número de casos nos últimos
anos, mas também a freqüência de casos atendidos tem se mantido constante. De
qualquer forma, a relação proporcional do número de afecções observadas em cães,
em relação aos gatos, neste estudo, indica a grosso modo a relação das duas
populações na Grande São Paulo.
Afecções associadas ao aparelho locomotor foram observadas como as mais
freqüentes em todo o período estudado. De igual modo, diversos autores como
Tôrres, Ferreira
e Silva
(1999); Bartges et al. (2004) e Ferrigno et al. (2007),
descrevem inúmeras lesões associadas ao aparelho locomotor, especialmente da
espécie canina, muito embora em nossos estudos, proporcionalmente, a incidência
de afecções locomotoras em gatos tenha sido maior, quando confrontada aos
valores percentuais dos demais grupos de afecções estudados na espécie felina.
Percentualmente, a quantidade de casos observados para o aparelho locomotor
representa amostra significativamente maior do total de casos descritos para esse
aparelho em ambas as espécies, em comparação aos demais.
82
Torres et al. (1999); Carneiro et al. (2006) e Medeiros-Júnior (2007);
destacam que um fator preponderante que não deve ser descartado, diz respeito ao
nível de suplementação alimentar, que em doenças como a displasia coxofemoral
podem acarretar problemas de ordem estrutural que agravam a complicação e levam
o animal, muitas vezes a serem submetidos a procedimentos cirúrgicos, como forma
de correção para o processo nosológico vigente.
As afecções associadas ao aparelho genito-urinário apresentaram a segunda
maior freqüência de casos entre os anos avaliados. A flutuação da ocorrência dos
casos mostra médias elevadas tanto na espécie canina quanto na felina. De fato, é
notório o aumento das complicações relacionadas ao trato urinário dada à evolução
e desenvolvimento de novos tipos de ração e balanço dietético para as espécies
domésticas. Em concordância com essas informações, autores como Trinchieri et al.
(1991) e Markwell et al. (1998) também discorreram sobre as variações de volume e
Ph da urina, particularmente em gatos, agravando quadros de urolitíse por cálculos,
principalmente estruvita e oxalato, quando estes animais são submetidos a dietas
ricas em misturas secas, contribuindo amplamente para o aumento das afecções do
aparelho genito-urinário, bem como para a manutenção da elevada freqüência de
casos anualmente, como é observado neste estudo. Deve-se acrescentar ainda, os
modernos meios de diagnóstico de afecções dos tecidos moles como ultra-
sonografia, ressonância magnética e tomografia.
Pele e anexos manifestaram-se como o terceiro maior índice de afecções
observadas no estudo realizado, muito embora Turek (2003) tenha descrito um
estudo histórico sobre tumores cutâneos em cães e gatos, relatando que neoplasias
de pele nessas espécies ainda são sub-diagnosticadas dada a falta de associação
entre lesões de pele e neoplasias.
Corroborando aos nossos achados, Souza et al. (2006) também em um
estudo retrospectivo verificaram alta incidência de tumores cutâneos em cães, onde
os tumores cutâneos solitários mostraram-se predominantes em 81% dos casos.
Para Pires, Travassos e Isabel (2003) os valores percentuais para neoplasia cutânea
foram da ordem de 29,9%, o que correspondeu a segunda maior média de neoplasia
entre as estudadas em um levantamento retrospectivo de seis anos. Adicionalmente,
Matera et al. (1998) verificaram alto nível de resolução para os hemangiopericitomas
em cães, utilizando-se da aplicação da técnica de retalho cirúrgico no tratamento
desses animais.
83
As afecções do aparelho digestório corresponderam a quarta maior incidência
em casuística de procedimentos cirúrgicos em cães. A maior parte desses achados
foram amparados pela incidência das intussuscepções, corpos estranhos alojados
no esôfago e intestino, assim como prolapsos retais. As casuísticas demonstraram
dois padrões de crescimento ao longo do período avaliado, quando se verificou entre
os anos de 1988 até 1994 um aumento progressivo para esta afecção. A partir daí
verifica-se uma diminuição seqüencial até o ano de 1998. Tal aumento começou a
ser novamente verificado a partir 1999 até 2001, seguindo-se uma queda na
ocorrência desta afecção até o ano de 2007. Sem dúvidas, o melhor manejo
aplicado aos animais de companhia deveria fazer diminuir ano a ano o aparecimento
de cães e gatos com corpos estranhos, intussuscepções e prolapsos retais. Tais
dados, contudo, podem sugerir a elevada demanda crescente por animais de
companhia, associada ao descuido de proprietários menos atenciosos, bem como o
não esclarecimento total da etiopatogenia da intussuscepção (BARROS, 2008) e do
prolapso retal.
Em relação à espécie felina, apesar da menor casuística, verificou-se uma
maior freqüência das afecções do Aparelho digestório, com médias homogêneas
dispostas anualmente.
Estes achados tanto para a espécie canina quanto para a felina encontram-se
resguardados a enormidade de casos relatados na literatura, tais como os trabalhos
descritos por Colomé et al. (2006), quando descreveram intussuscepções
ileojejunais em cães e aqueles descritos por Diniz et al. (2006) intussuscepções
duplas, sem obstrução direta em cães. Os acometimentos gastrintestinais descritos
na literatura são pouco freqüentes e com poucas descrições detalhadas sobre os
procedimentos realizados e muitas vezes resguardados a presença de corpos
estranhos, como os lineares, por exemplo, tal como foi descrito por Tidwell (2005) e
Penninck e Nyland (2005).
No que diz respeito ao grupo das Paratopias a distribuição dos subgrupos
realizada em: Eventração, Hérnia diafragmática, Hérnia inguinal, Hérnia inguino-
escrotal, Hérnia perineal, Hérnia umbilical e Hérnia peritôneo-pericárdica nos
permitiu formar uma consciência sobre o comportamento individual de cada uma
dessas afecções entre as espécies estudadas.
É evidente na espécie canina o maior número dos casos de eventração,
particularmente entre os anos de 1990 e 1994, quando a partir desse momento, as
84
médias anuais tenderam a uma queda progressiva. Posteriormente, somente são
observados alguns poucos picos referentes a essa afecção, chamando atenção
apenas um maior pico em 2001. A freqüência de casos observados na espécie felina
tendeu a quedas progressivas desde o primeiro ano estudado, seguindo as menores
médias anuais a partir de 1999, ao ponto de que no ano de 2007 não foram
registrados casos para essa afecção em felinos. Tal fato vem ao encontro dos
maiores cuidados destinados aos felinos pelos seus proprietários, evitando a vida
errante pelas ruas.
Corroborando a isso, Helton et al. (2005) descreve um grande índice de casos
associados principalmente a processos de origem traumática que tem se mostrado
mais evidente na espécie felina, quando confrontada à canina, muito embora não
sejam as eventrações os maiores índices de afecção, quando comparados aos
demais tipos de paratopias avaliados neste levantamento.
Para Mazzanti et al. (2003) e Beck et al. (2004) as hérnias diafragmáticas
constituem-se como achados constantes na rotina cirúrgica de pequenos animais,
por problemas de ordem congênita, mas especialmente pela ação traumática, como
objeto direto causador da lesão. De igual modo, em nossos estudos foi identificada
uma quantidade significativa de casos associados a essa afecção, tanto em cães
como em gatos, num total de 419 casos.
Para este estudo a quantidade de casos de Hérnia diafragmática foi superior
na espécie felina, quando comparada à canina, muito embora a distribuição de
casos ao longo dos anos tenha sido maior em cães do que nos gatos. No entanto, é
observada uma queda progressiva do número de ocorrências ao longo dos anos
para ambas as espécies, particularmente entre 2003 e 2007 (este último ano sem
ocorrências) para cães e entre 2002 e 2007 para a espécie felina, onde nos anos de
2003 e 2006 não foram observados casos de hérnia diafragmática. É importante
ressaltar que o cuidado e a conscientização por parte dos proprietários têm reduzido
os índices desta afecção, principalmente pela manutenção do ambiente e pela
mudança de hábitos desses animais associados a procedimentos como a castração.
Estes achados concordam com as informações descritas por Schmiedt e
Tobias (2003); Voges et al. (2005); Ozer et al. (2007) e Garson, Dodman e Baker
(2008), quando verificaram uma alta incidência de casos de hérnia diafragmática em
gatos, dada suas características comportamentais e maior número de envolvimentos
em acidentes automobilísticos. Esses mesmos autores relatam a presença de
85
mecanismos compensatórios, o que torna o progresso da doença muitas vezes
prolongado e sua manifestação em poucas horas após o trauma ou mesmo anos.
Para Waters, Roy e Stone (2008) a rotina Médica Veterinária tem descrito as
hérnias perineais e inguinais como de grande freqüência. De igual modo, nossos
achados sustentam essa idéia, quando verificamos as hérnias perineais como de
maior casuística entre todas as paratopias, seguida pelas Hérnias inguinais.
Entretanto, tal rotina hospitalar foi muito mais evidente em cães do que na espécie
felina, haja vista a ausência de casos de hérnia perineal em gatos, durante todo o
período estudado e de apenas 20 ocorrências de hérnias inguinais para a dada
espécie. É necessário comentar que por mais que exista uma baixa incidência de
casos referentes à hérnia perineal e inguinal em gatos, este estudo trata-se de um
levantamento de 20 anos de casuísticas cirúrgicas, devendo-se considerar a partir
desse ponto a possibilidade de erros relacionados a diagnósticos, bem como falhas
de registro de dados coletados durante o período. Seguindo-se o mesmo raciocínio,
observamos na literatura a ausência de Hérnias inguinais em gatos, de modo que se
deva considerar aqui, dada a baixa incidência dessa afecção em gatos (apenas 20
casos em 20 anos), a possibilidade de erro diagnóstico, onde se tratavam de casos
de eventração confundidos com quadros de hérnia inguinal.
As Hérnias inguino-escrotais se mostraram extremamente raras, verificando-
se um pequeno número durante o período avaliado, quando foram registrados
apenas 11 casos em cães e nenhum caso em gatos, caracterizando em torno de 1%
de todas as paratopias descritas. Ao longo dos anos, essa afecção mostrou-se
dispersa, sendo possível observar grandes lacunas, com casos relatados somente
entre os anos de 1989 e 1993, 01 caso isolado em 2000 e 02 casos em 2007.
Quando são buscados dados na literatura mundial para esta alteração, verifica-se
uma carência de informações para esta classe de paratopias. Quando adentramos
as demais paratopias observadas, à exceção das hérnias umbilicais, para as quais
foram registrados 93 casos em cães e 13 em felinos, todas as demais estudadas
(Hérnia hiatal e peritôneo-pericárdica) somaram percentualmente, cada, menos de
1% de todas as alterações observadas, não sendo possível o seu registro sob forma
de gráficos.
No tocante as Hérnias umbilicais em cães, estas mostraram um fluxo contínuo
entre os anos de 1988 e 2007, verificando-se lacunas apenas entre nos anos e
1998, 2004 e 2007, quando não houve registros para a afecção. No entanto, quando
86
confrontamos estes dados aos verificados na espécie felina observamos uma
dispersão dos resultados ao longo dos anos, o que evidenciou uma baixa freqüência
dessa afecção em gatos. De modo geral, as Hérnias umbilicais em caninos e felinos
somaram juntas apenas 5% do total de paratopias avaliadas, o qual consideramos
um valor pouco significativo diante do somatório geral de todas as paratopias
estudadas e em relação aos demais grupos. As herniorrafias foram descritas como
compondo menos de 1% dos casos relatados, no entanto não foram feitas
descrições nos prontuários analisados para quais tipos de Hérnia as herniorrafias
foram então utilizadas.
Os achados referentes às afecções cárdio-respiratórias resguardaram-se aos
achados relativos à persistência de ducto arterioso em ambas as espécies, visto que
os achados de ordem neoplásica são discutidos, como um grupo separado adiante.
Fazendo alusão aos achados descritos na literatura, as afecções cárdio-
respiratórias compuseram apenas 3% do total de afecções descritas em cães. Estes
achados também se encontram descritos por Muldoon, Birchard e Ellison (1997) e
MacPhail, Monnet e Twedt (2001).
As afecções hematopoiéticas associadas à espécie canina registram em seu
maior número incidência de neoplasias esplênicas, descritas adiante no grupo das
neoplasias. Os abscessos esplênicos em cães constituíram apenas 2% do total de
afecções hematopoiéticas. Os procedimentos de esplenectomias não-identificadas
compuseram apenas 1% dessa totalidade de afecções hematopoiéticas e as torções
esplênicas com 13 casos registrados expressaram valores que alcançaram 6% na
escala percentual. Na realidade, o somatório de todas as menores ocorrências
hematopoiéticas juntas somaram 22% dos acometimentos para esse grupo. Os
relatos descritos na literatura por autores como Neath, Brockman e Saunders (1997),
Konde et al. (2005), Stead, Frankland e Borthwick (2008) sugerem as torções
esplênicas em cães como o maior número de acometimentos hematopoiéticos
capazes de levar a um procedimento cirúrgico de urgência, achados esses de
literatura consoantes as informações por nós levantadas neste trabalho
retrospectivo.
Os casos de distrofias aqui estudados (fístulas e gangrenas) constituíram-se
pouco representativos percentualmente, verificando-se apenas 1% de casos para
espécie canina e 2% dos casos na espécie felina. Entre as espécies verificou-se
uma especificidade da alteração patológica vista, em um maior percentual, na
87
espécie canina, correspondendo a mais de três vezes o observado na espécie felina.
Tais resultados são consoantes as informações descritas na literatura por Lombardi
e Mariano (2008), quando descrevem estudos referentes a fístula em cães. De modo
geral, a literatura mostrou poucos trabalhos associados a gangrenas em cães e em
gatos, restringindo-se as observações de Ratajczak e Gawor (1998) quando
estudaram processos de gangrenas em polpa dentária em filhotes de cães,
observando-se que mesmo trabalhos em humanos são de difícil aquisição. Isto nos
leva a questionar: “Seria, de fato, estabelecido que cães e gatos têm circulação
colateral ricamente distribuída nos tecidos e órgãos?”
As neoplasias foram observadas em sua maioria em cães, o que
correspondeu a 94% de todas as neoplasias levantadas em todos os grupos
estudados, em relação ao que foi observado nos gatos, que somaram apenas 6%.
Estes valores percentuais podem ser mais bem compreendidos quando observamos
o acometimento de neoplasias segundo cada grupo separadamente.
Estudos descritos por Miller-Junior, Scott e Anderson (2008) e Peterson e
Couto (2000), demonstraram que os tumores cutâneos representam tipos mais
comuns de neoplasias em cães, relatando em seus achados um valor percentual de
30 a 40% dentre todos os tumores descritos para esta espécie. Em nossos estudos,
tais valores alcançaram índices mais elevados, quando verificamos que as
neoplasias cutâneas corresponderam a 51% de todos os demais acometimentos
neoplásicos em cães e 53% em gatos. Achados descritos por Bellei et al. (2006)
revelaram valores semelhantes, quando realizaram um estudo retrospectivo da
prevalência de neoplasias cutâneas em 10.935 diagnósticos histopatológicos de
cães. Aliado a isso, Queiroz (2004) diagnosticou e submeteu a tratamento cirúrgico
87 cães e 22 gatos entre os meses de janeiro de 2003 e maio de 2004, no Serviço
de Cirurgia de pequenos animais da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
da Universidade de São Paulo, onde também observou um maior fluxo de
neoplasias de pele para a espécie canina. Ainda em acordo com nossos achados,
Vail e Withrow (2001) descreveram ocorrência de 420 casos de tumores cutâneos
em cães e 120 em gatos para cada 100.000 casos avaliados.
Embora trabalhos recentes como os realizados por Daleck et al. (2007)
tenham descrito os tumores orais, como neoplasias raras, as neoplasias do Aparelho
digestório, em especial as neoplasias orais para esta avaliação, alcançaram o
segundo maior índice de acometimentos neoplásicos tanto em cães como em gatos,
88
segundo os grupos estudados, de acordo com o que se observa na literatura com os
trabalhos de Stopiglia et al. (1992) e Felizzola et al. (1997, 1999, 2002). Para essas
espécies, ao longo dos anos estudados verificou-se uma homogeneidade da
distribuição dos casos não havendo grandes lacunas ou intervalos longos entre os
relatos descritos anualmente. No entanto, é notória a diminuição progressiva do
diagnóstico de neoplasias do Aparelho digestório em cães a partir do ano de 2003
até o ano de 2007, excetuando-se boca. Discorre-se aqui sobre a possibilidade do
aumento do diagnóstico diferencial entre outras alterações nesta espécie, quando
comparado ao observado em gatos que se manteve constante. Achados descritos
por Felizzola, Stopiglia e Araújo (1999) corroboram as nossas observações, quando
estes autores não somente identificaram a presença de tumores orais, mas também
os classificaram por meio de citologia esfoliativa.
As neoplasias associadas ao aparelho genito-urinário ficaram restritas à
espécie canina, não sendo observadas ocorrências em felinos em nenhum dos anos
avaliados. Schwarz e Willer (1989) já descreviam as lesões neoplásicas do aparelho
genito-urinário principalmente em parede de vesícula urinária. Corroborando a esses
achados, informações recentes descritas por Patnaik, Schwarz e Greene (2008)
também descrevem os tumores do aparelho genito-urinário localizados
especialmente em vesícula urinária. Em cães essas afecções demonstraram alta
freqüência ao longo dos anos, em sua maioria mais de 20 casos por ano, dentre as
mais variadas formas de neoplasias e em todo o aparelho genito-urinário, mas
especialmente, neoplasias testiculares, neoplasias renais e mais raramente
neoplasias de vesícula urinária. Os padrões tumorais descritos para acometimentos
prostáticos apenas foram compostos por quadros de hiperplasia prostática benigna e
poucos casos de malignidade foram identificados.
As neoplasias do aparelho locomotor, na espécie canina, corresponderam ao
quarto maior contingente de casos observados, para esta afecção, pelo
levantamento no período realizado, totalizando 8%. Entretanto, na espécie felina as
neoplasias do aparelho locomotor representaram apenas 5% do valor total de todas
as neoplasias nesta espécie, mostrando-se pouco freqüentes.
Em estudos realizados por Gomes et al. (2006), verificaram que as neoplasias
ósseas são representativas em 5% de todas as neoplasias que acometem cães,
dentre eles o osteossarcoma como o de maior freqüência. Tais achados são
condizentes com as informações veiculadas por estes autores, particularmente pela
89
maior incidência dessas lesões neoplásicas localizadas mais em membros pélvicos
do que membros torácicos, achados também freqüentes neste estudo. Entretanto,
achados como os de Daleck et al. (2006) relatam também a presença de neoplasias
ósseas de pelve em cães, contudo, constituindo-se de uma pequena incidência.
Em relação à espécie felina, Araújo, Seitz e Dreimeier (2005) relatam a
incidência de tumores ósseos em felinos como rara ou pouco comum. De igual
modo, Heldmann, David e Wagner-mann (2000), em estudo retrospectivo sobre
neoplasias felinas, descrevem-na como uma lesão rara que acomete entre 3,1 a 4,9
gatos a cada 100.000 casos avaliados. Adicionalmente, Turrel (2005) em outro
estudo retrospectivo de 10 anos encontrou uma casuística de apenas 15 animais,
cujo tumor principal era o osteossarcoma. Tais informações concordam com os
achados obtidos neste presente trabalho, quando se observou um alto nível de
flutuação e uma intensa dispersão da casuística associada a neoplasias em felinos
ao longo dos anos estudados, compondo-se apenas de 12 casos em aparelho
locomotor descritos em 20 anos de levantamento, quando comparada a casuística
canina.
A incidência relativa às afecções neoplásicas do aparelho cárdio-respiratório
ficaram restritas às afecções do trato respiratório superior, não sendo verificados
casos de neoplasia cardíaca propriamente dita. De fato, citações feitas por Ware e
Hopper (2008), em um levantamento feito entre 1982 e 1995, quando registraram
uma incidência de 0,19% para a espécie canina, sustentam nossos achados quanto
a ausência de casos referentes a essa afecção para a dada espécie.
Semelhantemente, na espécie felina não se verificou a presença de tumores
cardíacos, informação essa sustentada nas observações feitas por Willis et al.
(2001), quando em seus trabalhos relataram um único caso de quimiodectoma em
felinos, descrevendo-o como de apresentação rara ou pouco usual.
A apresentação das afecções neoplásicas hematopoiéticas demonstrou
resultados divergentes, dada a alta incidência na espécie canina em detrimento do
diagnóstico de apenas dois casos para a espécie felina. A literatura tem se mostrado
escassa com relação ao diagnóstico de neoplasias hematopoiéticas em gatos. Em
cães, Day, Lucke e Pearson (2008), têm relatado uma freqüência elevada de
neoplasias esplênicas em seus estudos casuísticos realizados com cães,
especialmente os hemangiossarcomas. Em nossos estudos, embora não tenha sido
90
descrito detalhadamente, os maiores índices de neoplasias verificados foram
hemangiossarcomas esplênicos em cães.
Para os dados analisados, as neoplasias demonstraram maior
homogeneidade na distribuição ao longo dos anos avaliados, quando comparadas
às demais afecções hematopoiéticas, salvo pela presença de um maior número de
ocorrências de casos entre os anos de 1994 a 1998 e 2000 a 2003 para as rupturas
esplênicas.
Novos estudos à semelhança da pesquisa levada a termo no presente
momento devem ser empreendidos, enfocando, especificamente, as afecções, uma
a uma de cada um dos sistemas e aparelhos abordados e a percentagem destas no
universo da população canina e felina da Grande São Paulo, ou por 100.000
animais, o que os dados do Hospital Veterinário (HOVET / FMVZ / USP) propiciam.
Assim, propusemos um modelo de registro de dados a fim de aproveitar ao máximo
as informações a serem trabalhadas no futuro (Apêndice A).
91
CONCLUSÕES
92
7 CONCLUSÕES
Em vista dos resultados obtidos, pode-se concluir que:
- Em vinte anos de levantamento casuístico, a espécie canina tem-se
constituído preferencialmente como aquela atendida por motivos cirúrgicos no
Serviço de Cirurgia de pequenos animais do Departamento de Cirurgia da FMVZ-
USP, tendo apresentado número de afecções e procedimentos maior que seis vezes
o número de registros em felinos;
- Dentre os grupos avaliados, as afecções locomotoras mostram maior índice
de ocorrência tanto em cães como em gatos, constituindo a amostra mais
representativa atendida no Serviço de Cirurgia de pequenos animais da FMVZ-USP;
- As afecções associadas ao aparelho genito-urinário mostraram médias
relativamente baixas e quase que constantes, apresentando poucos picos de
elevação ao longo dos vinte anos de levantamento tanto na espécie canina quanto
na felina;
- Procedimentos relacionados à Pele e anexos foram, em sua maioria,
caracterizados por lesões associadas a neoplasias cutâneas, que tanto na espécie
canina quanto na felina constituíram mais da metade de todas as afecções
neoplásicas estudadas;
- Entre todos os casos de Paratopias descritos, as Hérnias perineais
destacaram-se como as de maior incidência, com quase a totalidade dos casos
observados na espécie canina.
- A baixa ocorrência de hérnias inguinais em gatos, traduz a possibilidade de
erros diagnósticos, de prováveis casos de eventrações confundidos com hérnias
inguinais;
- Foram constatadas falhas de registro que dificultaram a identificação de
lesões específicas, particularmente, nos últimos cinco anos, necessitando-se de um
estabelecimento de uma planilha de coleta de dados, que propicie uma maior
abrangência de informações, especialmente no tocante as neoplasias, responsáveis
pelo maior número de exclusões de casos da análise, devido à imprecisão dos
dados;
93
- O registro de 18.585 casos entre os anos de 1988 e 2007, pelo Serviço de
Cirurgia de pequenos animais do Departamento de Cirurgia da FMVZ - USP tem
apresentado média anual de casos capaz de caracterizar a realidade dos
atendimentos cirúrgicos, bem como a caracterização dos principais casos atendidos
na rotina médica veterinária da cidade de São Paulo e da Grande São Paulo.
94
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95
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106
APÊNDICE
107
APÊNDICE A – Planilha modelo sugerida para registro dos dados de atendimentos clínicos cirúrgicos no Serviço de Cirurgia de
pequenos animais da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo
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