b) fatores ligados ao meio ambiente do trabalhador – incluem-se neste grupo os
agentes físicos (ruídos, vibrações, iluminações, ...), os agentes químicos (gases, vapores,
aerossóis, ...), agentes biológicos (constituídos por microrganismos, como bactérias, vírus,
protozoários etc), causas de enfermidades profissionais;
c) fatores derivados das características do trabalho – os quais incluem as exigências
que a tarefa impõe ao trabalhador (esforços, manipulação de cargas, posturas, ...), tanto física
como mental;
d) fatores derivados da organização do trabalho – fatores organizacionais temporais
(jornada e ritmo do trabalho, trabalho em turnos ou noturno etc); e
e) fatores dependentes das tarefas (autonomia, comunicação e relações, status,
possibilidade de promoção, competitividade, monotonia etc).
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2001, p.27) classifica os fatores de riscos para a saúde e
segurança dos trabalhadores relacionados com o trabalho, em cinco grandes grupos, a seguir:
FÍSICOS: ruído, vibração, radiação ionizante e não-ionizante, temperaturas extremas (frio e
calor), pressão atmosférica anormal, Dentre outros;
QÚIMICOS: agentes e substâncias químicas, sob a forma líquida, gasosa ou de partículas e
poeiras minerais e vegetais, comuns nos processos de trabalho [...];
BIOLÒGICOS: vírus, bactérias, parasitas, geralmente associados ao trabalho em hospitais,
laboratórios, na agricultura e pecuária [...];
ERGONÕMICOS E PSICOSSOCIAIS: decorrem da organização e gestão do trabalho,
como, por exemplo, da utilização de equipamentos, máquinas e mobiliário inadequados,
levando a posturas e posições incorretas; locais adaptados com más condições de iluminação,
ventilação e de conforto para os trabalhadores; trabalho em turnos e noturnos; monotonia ou
ritmo de trabalho excessivo, exigências de produtividade, relações de trabalho autoritárias,
falhas no treinamento e supervisão dos trabalhadores, entre outros;
MECÂNICOS E DE ACIDENTES: ligados à proteção das máquinas, arranjo físico, ordem
e limpeza do ambiente de trabalho, sinalização, rotulagem de produtos e outros que podem
levar a acidentes de trabalho.
Otero (1993) destaca que os profissionais de saúde estão expostos a riscos físicos,
químicos, biológicos, psíquicos e sociais.
Os riscos físicos estão presentes nos hospitais, através dos incêndios (devido ao mau
uso de gases anestésicos, oxigênio e outros líquidos infláveis), acidentes de origem elétrica
(presença de vários equipamentos), explosões, traumatismos e feridas (principalmente devido
à fadiga ao final da jornada, características arquitetônicas do hospital, o levantamento de
cargas através do manuseio de pacientes), risco de trauma sonoro (ruídos de alarmes,
telefones, pacientes, equipe de saúde, e outros), as radiações ionizantes e radiações não
ionizantes. (OTERO, 1993).
Segundo Iida (2005), o ruído é um estímulo auditivo desnecessário que constitui a
principal causa de reclamação sobre as condições ambientais, embora haja grande variação
individual em relação ao grau de tolerância ao ruído. Os níveis de ruído entre 70 e 90 dB
dificultam a conversação e a concentração e podem provocar aumento dos erros e redução do