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A atividade é exercida por pequenos, médios e grandes produtores que, atentos à
importância do agronegócio fruticultura, investem em tecnologia, insumos e estrutura
necessária para o escoamento da produção, visando à produtividade e qualidade das
frutas. O fluxo de produção de frutas no Estado do Espírito Santo não está somente
direcionado para venda do produto in natura, mas também para a indústria, devido
principalmente à demanda por polpa asséptica e concentrada pelas indústrias de bebidas,
nos mercados interno e externo.
O mercado de bebidas movimenta milhões de Reais no Brasil anualmente,
contribuindo para o desenvolvimento econômico de maneira competitiva. A
representatividade deste mercado ganha proporções ainda maiores quando se leva em
consideração os empregos gerados, sejam eles diretos ou indiretos. O principal consenso
entre especialistas atuantes no setor de bebidas é a sua tendência de crescimento,
especialmente do segmento de bebidas não-alcóolicas, que engloba refrigerantes, sucos,
chás, isotônicos, energéticos e água. O setor de refrigerantes e bebidas não alcoólicas no
Brasil é atualmente composto por 835 fabricantes de refrigerantes, 512 fabricantes de
sucos, 238 fabricantes de outras bebidas não alcoólicas (chás, isotônicos, energéticos,
água de côco, etc), e 505 fabricantes de águas, estando as fábricas concentradas nas
regiões Sudeste e Sul, com destaque para o estado de São Paulo. É um setor com
grande geração de empregos, arrecadação de tributos, e investimentos realizados em
capacidade produtiva, qualidade e meio-ambiente. O principal desafio deste setor
atualmente é elevar os níveis de formalidade fiscal do mercado produtor como um todo,
de forma a permitir maior igualdade de competição, com reflexos positivos na qualidade
do produto, nas suas condições sanitárias, e melhor atendimento ao consumidor final.
Por outro lado, outro desafio reside na redução da carga tributária, que, no setor
industrial de bebidas não alcoólicas, como em toda economia brasileira, é fator que
trava o desenvolvimento e crescimento da atividade econômica.
O grande potencial do Brasil na área da fruticultura aliado ao crescimento do
segmento de bebidas não-alcóolicas, tem levado a indústria a se beneficiar da tecnologia
para investir num mercado cada vez mais em expansão: o de sucos prontos. A busca
pela praticidade e a modificação dos hábitos alimentares dos consumidores tem
impulsionado cada vez mais este mercado, que junto com as bebidas a base de soja tem
apresentado crescimento significativo ao longo dos últimos anos. O mercado de sucos
prontos tem crescido a taxas de dois dígitos, e em 2007 chegou à expressiva expansão
de 18% em comparação com 2006. Dados da Associação Brasileira das Indústrias de
Refrigerantes e Bebidas Não-Alcoólicas (ABIR) mostram que em 2007 foram
produzidos mais de 472 milhões de litros da bebida. Já no mercado de refrigerantes, o
aumento foi de apenas 4,99%. Isto explica o ingresso e o aumento do investimento de
empresas nacionais e multinacionais em instalações e o desenvolvimento de novos
produtos para o setor. Outro mercado em expansão é o de polpas de frutas. Embora
tenha evoluído, o Brasil importa mais polpas do que exporta. A maior importação
ocorre para suprir o crescimento do consumo de sucos prontos para beber, como o de
pêssego, que é importado do Chile e da Argentina.
A crescente conscientização dos consumidores em relação à qualidade e
segurança de alimentos, com consequente aumento do nível de exigência em relação a
estes parâmetros, tem levado as empresas do ramo de alimentos a buscar cada vez mais