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Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Programa de Pós-Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais
Divisão do Curso de Entomologia – DCEN
Frederico Dutra Kirst
Dissertação apresentada à Coordenação
do Programa de Pós-Graduação em
Biologia Tropical e Recursos Naturais
como parte dos requisitos para obtenção
do título de Mestre em Ciências
Biológicas, área de concentração em
Entomologia.
Manaus – Amazonas
2009
REVISÃO TAXONÔMICA DAS ESPÉCIES AMAZÔNICAS DE Ropalomera
WIEDEMANN, 1824 (DIPTERA: ROPALOMERIDAE).
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Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Programa de Pós-Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais
Divisão de Curso de Entomologia – DCEN
Mestrando: Frederico Dutra Kirst
Orientadora: Dra. Rosaly Ale Rocha
Dissertação apresentada à Coordenação
do Programa de Pós-Graduação em
Biologia Tropical e Recursos Naturais
como parte dos requisitos para obtenção
do título de Mestre em Ciências
Biológicas, área de concentração em
Entomologia.
Manaus – Amazonas
2009
REVISÃO TAXONÔMICA DAS ESPÉCIES AMAZÔNICAS DE Ropalomera
WIEDEMANN, 1824 (DIPTERA: ROPALOMERIDAE).
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ii
Sinopse:
É apresentada uma revisão taxonômica das espécies
amazônicas de Ropalomera Wiedemann, 1824 (Diptera:
Ropalomeridae) baseada na morfologia externa e,
principalmente, da terminália masculina. São fornecidas chave
de identificação e a distribuição geográfica das espécies.
Palavras-chave: 1. Diptera 2. Taxonomia 3. Brachycera 4.
Revisão 5. Ropalomeridae 6. Genitália
masculina.
K61 Kirst, Frederico Dutra
Revisão taxonômica das espécies amazônicas de Ropalomera Wiedemann,
1824 (Diptera: Ropalomeridae) / Frederico Dutra Kirst .--- Manaus : [s.n.],
2009.
x, 64 f. : il.
Dissertação (mestrado)-- INPA/UFAM, Manaus, 2009
Orientador : Rosaly Ale Rocha
Área de concentração : Entomologia
1. Diptera. 2. Taxonomia. 3. Brachycera. 4. Ropalomeridae. 5. Genitália
Masculina. I. Título.
CDD 19. ed. 595.77
iii
Banca Examinadora
Dra. Ana Paula Marques Costa
Departamento de Zoologia do Setor de Ciências Biológicas da Universidade
Federal do Paraná – UFPR
Dr. Augusto Loureiro Henriques
Coordenação de Pesquisas em Entomologia do Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia – CPEN/INPA
Dra. Cátia Antunes de Mello Patiu
Departamento de Entomologia do Museu Nacional da Universidade Federal do
Rio de Janeiro – MNRJ/UFRJ
Dr. Gustavo Graciolli
Departamento de Biologia da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul –
CCBS/UFMS
Dr. Silvio Shigueo Nihei
Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade de São
Paulo – USP
iv
"É interessante contemplar uma riba
coberta com muitas plantas de muitas
espécies, com pássaros cantando no
arvoredo, com vários insetos voando, e com
vermes se arrastando na terra úmida, e
refletir que essas formas elaboradamente
construídas, tão diferentes umas das outras,
e dependentes umas das outras, de uma
maneira tão complexa, foram todas
produzidas por leis que agem à nossa volta"
Charles Darwin (1809-1882)
v
Agradecimentos
Ao INPA através da DCEN por dar a estrutura necessária à execução de minha
dissertação e a oportunidade de aprimoramento profissional na área.
À CAPES, pela concessão da bolsa de pós-graduação.
À minha orientadora Rosaly Ale Rocha pela confiança e por me oferecer
possibilidade de ingressar na taxonomia me auxiliando com todo seu
conhecimento, e acreditando que poderia acabar tudo a tempo.
Aos meus pais, João Carlos Kirst e Deleni Dutra Kirst, por terem me dado a
oportunidade de cursar uma universidade, e logo após cursar uma pós-
graduação, mesmo tendo que se sacrificarem financeiramente para me manter
em Manaus durante os meses em que fiquei sem bolsa.
À minha noiva Paula, pela força, compreensão e carinho nos meses que
passamos juntos em Manaus, e por ser a razão que eu tenho para ser um
profissional de sucesso, mesmo estando a 4000 km de distância.
Aos Amigos, Tiago (Alemão) Krolow e Alex (Negão) Souza, por ajudarem na
adaptação a Manaus, por aceitarem minhas manias durante os primeiros meses
na cidade. À Maira (Cássia Krolow), pelas conversas enquanto fazia o almoço e
por cuidar de nossa casa, mesmo quando eu não dava bola para isso.
Aos demais colegas de mestrado da turma de 2007: Carlos (Moranguinho
Malandro) André, Jeyson Duque, Daniel Reis, Rodrigo (Riquelme) Vieira, Cinthia
(Pitty) Chagas, Annelise (Maloqueira), Ricardo (Perdido) Scherer, que sempre
estiveram presentes em churrascos e Carlões da vida, o que facilitou em muito a
adaptação. Também tem a mestre Lisiane (Lisi) Dilli que deu muitos conselhos na
reta final de minha dissertação. Os agregados a turma: Dr. Augusto Henriques
que me apresentou o “Postinho” e o “Carlão”, Fábio (Fabão) Godoi, Juliana (Srta.
Godoi) e Renato “Nariz” de Machado pela parceria, conversas e registros dos
momentos.
vi
Às colegas de laboratório, Geovânia Freitas, Bruna Souza, Malu Feitosa e Isis
Meneses pela conversas no tempo vago, e cafés preciosos para a conclusão do
trabalho. Ao colega Rafael (Narcke) Freitas-Silva, pelas dicas nas ilustrações,
tanto na confecção dos desenhos em nanquim, quanto na edição dos mesmos
utilizando o Adobe Photoshop®.
Aos curadores de coleções científicas nacionais e estrangeiras, pelo
empréstimo o material estudado: Drs. Nair Otaviano Aguiar, Frank Menzel,
Claudio José Barros de Carvalho, Wilford Hanson, Augusto Loureiro Henriques,
Jane Margareth Costa von Sydow, Márcia Souto Couri, Carlos José Einicker
Lamas, Kim Goodner, Niklas Jonsson, Thomas Pape e Gerhard Haszprunar.
À todos que de certa forma, direta ou indiretamente, contribuíram para a
realização deste trabalho.
vii
Sumário
Resumo ............................................................................................................................ viii
Abstract ............................................................................................................................. ix
Lista de Figuras ................................................................................................................. x
1. Introdução ...................................................................................................................... 1
1.1. Ropalomeridae ......................................................................................................... 1
1.2. Ropalomera Wiedemann .......................................................................................... 2
1.2.1. Histórico de Ropalomera ................................................................................ 3
2. Justificativas .................................................................................................................. 5
3. Objetivos ........................................................................................................................ 6
3.1. Geral ......................................................................................................................... 6
3.2. Específicos ............................................................................................................... 6
4. Material e Métodos ........................................................................................................ 6
4.1. Origem do material ................................................................................................... 6
4.2. Material Tipo ............................................................................................................. 7
4.3. Terminologia ............................................................................................................. 8
4.4. Exame e dissecação do material .............................................................................. 8
4.4. Desenhos e fotografias ............................................................................................. 8
5. Resultados e Discussão ............................................................................................... 9
5.1. Ropalomera Wiedemann, 1824 ................................................................................ 9
Chave de identificação para as espécies amazônicas de Ropalomera Wiedemann.
............................................................................................................................... 11
Ropalomera albifaciata sp. nov. ............................................................................. 14
Ropalomera clavipes (Fabricius, 1805) .................................................................. 18
Ropalomera femorata (Fabricius, 1805) ................................................................ 23
Ropalomera glabrata Prado, 1966 ......................................................................... 32
Ropalomera goyana Prado, 1966 .......................................................................... 37
Ropalomera nudipes Frey, 1959 ............................................................................ 41
Ropalomera tessellata Prado, 1966 ....................................................................... 45
Ropalomera tibialis Walker, 1852 .......................................................................... 51
Ropalomera titillator Steyskal, 1967 ....................................................................... 56
6. Conclusões .................................................................................................................. 60
7. Bibliografia ................................................................................................................... 61
viii
Resumo
A revisão taxonômica das espécies amazônicas de Ropalomera Wiedemann,
1824 (Diptera: Ropalomeridae) é apresentada, baseando-se em caracteres
morfológicos já conhecidos e outros novos, especialmente referentes à terminália
masculina. Nove espécies foram reconhecidas, oito delas são resdescritas:
Ropalomera clavipes (Fabricius, 1805) (lectótipo e paralectótipos aqui
designados), R. femorata (Fabricius, 1805), R. glabrata Prado, 1966, R. goyana
Prado, 1966, R. nudipes Frey, 1959, R. tessellata Prado, 1966, R. tibialis Walker,
1852, R. titillator Steyskal, 1967 (lectótipo e paralectótipo aqui designados); uma
espécie nova é descrita, R. albifaciata sp. nov. (localidade-tipo Manaus,
Amazonas, Brasil). As espécies podem ser identificadas com o auxílio da chave
dicotômica fornecida. Todas as descrições, quando possível, incluem ilustrações.
R. glabrata e R. goyana são registradas pela primeira vez para o Estado do
Amazonas (Brasil), sendo que a primeira também possui registro para o Estado
do Pará. Com este trabalho, o número de espécies registradas na Amazônia
brasileira aumentou de seis para nove.
ix
Abstract
The taxonomic revision of the Amazonian species of Ropalomera Wiedemann,
1824 (Diptera: Ropalomeridae) is presented based on well-known and new
morphological characters, especially from male terminalia. Nine species are
recognized, eight of them are resdescribed: Ropalomera clavipes (Fabricius,
1805) (lectotype e paralectotypes here designated), R. femorata (Fabricius, 1805),
R. glabrata Prado, 1966, R. goyana Prado, 1966, R. nudipes Frey, 1959, R.
tessellata Prado, 1966, R. tibialis Walker, 1852, and R. titillator Steyskal, 1967
(lectotype e paralectotypes here designated); one new species is described, R.
albifaciata sp. nov. (type-locality Manaus, Amazonas, Brazil). The species can be
identified with the dicotomic key provided. All descriptions, whenever possible,
include illustrations. R. glabrata and R. goyana are reported for the first time for
the state of Amazonas (Brazil), and the first also was reported for the state of
Pará. With this research, the number of known species in Amazonia brazilian was
elevated from six to nine.
x
Lista de Figuras
Figura 1. Ropalomera albifaciata sp. nov. (parátipo ): A, 5º esternito; B-C,
terminália masculina (vista ventral e vista lateral); D, surstilo esquerdo
(vista dorsal); E, parâmero esquerdo (vista lateral externa); F-G,
terminália masculina interna (vista ventral e lateral). Escala: A, B, C, F e
G= 0,5mm; D e E= 0,2 mm. .................................................................... 16
Figura 2. Ropalomera clavipes: A, 5º esternito; B-C, terminália masculina (vista
ventral e vista lateral); D, surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero
esquerdo (vista lateral externa); F-G, terminália masculina interna (vista
ventral e lateral). Escala: A, B, C, F e G= 0,5 mm; D e E= 0,2 mm. ....... 22
Figura 3. Ropalomera femorata: A, 5º esternito; B-C, terminália masculina (vista
ventral e vista lateral); D, surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero
esquerdo (vista lateral externa); F-G, terminália masculina interna (vista
ventral e lateral). Escala: A, B, C, F e G= 0,5 mm; D e E= 0,2 mm. ....... 30
Figura 4. Ropalomera glabrata: A, 5º esternito; B-C, terminália masculina (vista
ventral e vista lateral); D, surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero
esquerdo (vista lateral externa); F-G, terminália masculina interna (vista
ventral e lateral). Escala: A, B, C, F e G= 0,5 mm; D e E= 0,2 mm. ....... 36
Figura 5. Ropalomera goyana: A, 5º esternito; B-C, terminália masculina (vista
ventral e vista lateral); D, surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero
esquerdo (vista lateral externa); F-G, terminália masculina interna (vista
ventral e lateral). Escala: A, B, C, F e G= 0,5 mm; D e E= 0,2 mm. ....... 40
Figura 6. Ropalomera nudipes: A, 5º esternito; B-C, terminália masculina (vista
ventral e vista lateral); D, surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero
esquerdo (vista lateral externa); F-G, terminália masculina interna (vista
ventral e lateral). Escala: A, B, C, F e G= 0,5 mm; D e E= 0,2 mm. ....... 44
Figura 7. Ropalomera tessellata: A, 5º esternito; B-C, terminália masculina (vista
ventral e vista lateral); D, surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero
esquerdo (vista lateral externa); F-G, terminália masculina interna (vista
ventral e lateral). Escala: A, B, C, F e G= 0,5 mm – D e E= 0,2 mm. ..... 50
Figura 8. Ropalomera tibialis: A, 5º esternito; B-C, terminália masculina (vista
ventral e vista lateral); D, surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero
esquerdo (vista lateral externa); F-G, terminália masculina interna (vista
ventral e lateral). Escala: A, B, C, F e G= 0,5 mm – D e E= 0,2 mm. ..... 55
Figura 9. Asas: A, Ropalomera albifaciata sp. nov. (parátipo macho); B, R.
clavipes (macho); C, R. femorata (macho); D, R. glabrata (macho); E, R.
goyana (macho); F, R. nudipes (fêmea); G, R. tessellata (macho); R.
tibialis (macho). Escalas= 2,0 mm. ......................................................... 59
1
1. Introdução
1.1. Ropalomeridae
Ropalomeridae pertence à ordem Diptera, subordem Brachycera,
infraordem Muscomorpha, divisão Schizophora, secção Acalyptratae, superfamília
Sciomyzoidea. Compreende atualmente 31 espécies distribuídas em oito gêneros,
sendo de distribuição Neotropical, ocorrendo desde o sul dos Estados Unidos da
América até o norte da Argentina, com uma única espécie conhecida na Região
Neártica (norte da Florida), Rhytidops floridensis (Aldrich 1932) (Steyskal 1967,
1987; Ramírez-García & Hernández-Ortiz 1994). Para a Amazônia eram
registradas 18 espécies distribuídas em cinco gêneros: Apophorhynchus Williston,
1895 (com 3 espécies); Kroeberia Lindner, 1930 (2 espécies); Lenkokroeberia
Prado, 1966 (2 espécies); Ropalomera Wiedemann, 1824 (7 espécies) e
Willistoniella Mik, 1895 (4 espécies) (Baéz 1985; Prado & Papavero 2002;
Marques & Ale-Rocha 2004, 2005; Marques-Costa & Ale-Rocha 2005).
Os ropalomerídeos são moscas robustas, de tamanho médio a grande (6-
12 mm), geralmente com coloração castanha a castanho-escura; asa hialina,
enfuscada ou manchada; face com protuberância mediana e olho saliente
estendendo-se sobre o vértice; antena com arista nua ou plumosa; palpo
aplainado e alargado; fêmures, especialmente os posteriores, notavelmente
alargados com cerdas ventrais fortes; tíbia posterior geralmente achatada
lateralmente e encurvada, ornada com cerdas longas ou franja dorsal de pêlos
(Steyskal 1987).
Existem poucos registros na literatura com relação à biologia de
Ropalomeridae. De acordo com Williston (1895a) os estágios adulto ou imaturo
habitam, provavelmente, lugares úmidos ou alagados. Lindner (1930a), ao
observar matas, supôs que se alimentavam de seiva vegetal derramada pela
picada de cicadelídeos (Hemiptera: Auchenorrhyncha) em árvores, e que viviam
no dossel. Já Prado (1963) coletou alguns espécimes de Willistoniella
pleuropunctata (Wiedemann, 1824) que se alimentavam de fruto de mamoeiro
(Carica papaya L.) em decomposição. Boff et al. (2008) observaram
ropalomerídeos se alimentando de exudato de uma árvore do cerrado.
2
Com relação aos estágios imaturos, Hendel (1923) afirma ter criado
Ropalomera sp. em secreção gomosa de timbó (Enterolobium timbouva Mart.) e
Willistoniella pleuropunctata em secreção de coqueiro (Cocos nucifera L.). Aldrich
(1932) afirmou ter criado adultos de Kroeberia floridensis Aldrich, 1932
(atualmente Rhytidops floridensis) a partir de madeira das palmeiras Sabal
palmetto e Sabal minor em decomposição, mas não descreveu as formas
imaturas. Assim, as únicas descrições existentes sobre larvas são: Lopes (1932),
descreveu ovos e larvas de Ropalomera stictica Wiedemann, 1830 coletados em
resina de cajá-mirim (Spondias lutea L.); Fischer (1932), que descreveu a pupa de
Willistoniella pleuropunctata, obtida de larvas criadas a partir de bananeiras
apodrecidas (Musa sp.) e Hendel (1933), que descreveu o pupário de Ropalomera
clavipes (Fabricius, 1805).
Na Amazônia, os ropalomerídeos adultos têm sido coletados em troncos
de árvores, ao alimentarem-se de resina derramada por ferimentos na casca (Ale-
Rocha, com. pessoal). Adultos de Willistoniella sp. foram obtidos a partir de pupas
encontradas em troncos apodrecidos nas margens de igarapés da Reserva
Adolpho Ducke, Amazônia Central (Keppler, com. pessoal). Além de coleta ativa,
os adultos de Ropalomeridae podem ser coletados através de armadilhas do tipo
McPhail com atrativo como melaço de cana a 10% (Marques, et al. 2004). Na
Costa Rica foi utilizado Torula como atrativo em concentração a 10% (Soto-
Maniatiu & Lezama, 1988). Já Ibañez-Bernal et al. (1992), no México, utlilizaram
armadilhas do tipo Malaise e Van Someren-Rydon, sendo a primeira sem atrativo
e a segunda com atrativo de banana fermentada com tequila.
Devido às variações na coloração de Ropalomeridae, Fischer (1932)
recomendou que se desse maior importância aos caracteres plásticos e à
venação das asas. Segundo o autor, ao aplicarmos esse critério é possível que
muitas espécies já colocadas em sinonímia, sejam revalidadas. Portanto seria
necessária uma revisão adequada dos tipos de autores mais antigos como
Wiedemann, Walker, Perty, etc., o que poderia eliminar muitas dúvidas.
1.2. Ropalomera Wiedemann
Ropalomera é o maior gênero da família com 15 espécies descritas,
sendo a espécie-tipo R. clavipes (Fabricius, 1805) coletada na América do Sul
3
(Steyskal, 1967, Ramírez-García & Hernández-Ortiz, 1994). Na região Amazônica
eram registradas sete espécies, sendo R. femorata (Fabricius, 1805) a espécie
com maior distribuição, estando presente desde o México até o norte da Argentina
(Steyskal, 1967; Prado & Papavero, 2002).
Este gênero apresenta fronte ampla, escavada; cerdas frontais, quando
presentes, fracas; ocelares, pós-verticais, vertical externa e vertical interna
presentes; face com tubérculo hemisférico bem desenvolvido; arista plumosa;
asas variando de hialinas a enfuscadas, com manchas distintas ou pardacentas
com núcleos claros (Prado, 1966; Ramírez-García & Hernández-Ortiz, 1994).
Ramírez-García & Hernández-Ortiz (1994) dividiram o gênero, com base
na morfologia dos parâmeros, em dois grupos: grupo femorata, formado pelas
espécies que possuem parâmeros com três lóbulos (um pré-apical e dois apicais)
e grupo clavipes, formado pelas espécies que possuem parâmeros com apenas
dois lóbulos apicais.
Prado (1966) afirmou que Ropalomera apresenta grande variabilidade de
coloração, o que dificulta muito o estudo taxonômico do grupo. Este autor foi o
primeiro a tentar utilizar caracteres da morfologia da terminália masculina e
feminina na identificação das espécies, e sugeriu que o 5º esternito, as pinças
fálicas (parâmeros) e o spinus titillatorius (epifalo) nos machos, e a espermateca
nas fêmeas, sejam as estruturas mais indicadas para a separação das espécies.
1.2.1. Histórico de Ropalomera
Em 1824, Wiedemann criou Ropalomera, tendo como espécie-tipo Dictya
clavipes Fabricius, 1805, considerando-o próximo de Platystoma Meigen, 1803, e
incluindo também no gênero Ropalomera pleuropunctata Wiedemann (atualmente
no gênero Willistoniella).
Latreille (1825) posicionou Ropalomera em Ephydridae, mas Macquart
(1838, 1843, 1846), Walker (1852, 1857), Rondani (1848) e Wulp (1898) não
seguiram a classificação proposta e concordaram com Wiedemann (1824) em
relação às semelhanças entre Ropalomera e Platystoma.
Loew (1860) afirmou que Ropalomera era próximo aos gêneros Ulidia
Meigen, 1826 e Plastystoma, em Ortalidae, corroborando com Walker (1857).
Entretanto, Loew (1873) reconsiderou sua proposta original, e sugeriu a
4
possibilidade do gênero pertencer a Sapromyzidae ou Sciomyzidae, ou ainda a
uma família relacionada, baseando-se principalmente na terminália masculina.
Schiner (1868) reconheceu pela primeira vez Ropalomera como um gênero à
parte, e, ao descrever o Rhinotora, posicionou próximo a Ropalomera,
considerando que ambos deveriam formar uma família distinta.
Williston (1895a) publicou pela primeira vez o nome Ropalomeridae,
reconhecendo sete espécies na família, sendo cinco de Ropalomera, gênero que
foi redescrito. Observou a grande variação de caracteres entre as espécies, e
sugeriu um desmembramento do gênero, criando assim mais dois gêneros,
Rhopalomyia e Apophorhynchus.
Uma revisão da família foi feita por Lindner (1930a), que descreveu dois
gêneros monotípicos, além de descrever Ropalomera brachyptera, totalizando
seis espécies para Ropalomera. Também revisou as espécies conhecidas, além
de elaborar uma chave de identificação para os gêneros: Rhinotora Schin,
Kroeberia, Willistoniella Mik, Apophorhynchus Willist, Ropalomera e Rhytidops.
Prado (1963, 1966) realizou os trabalhos de revisão mais importantes
para o grupo. No primeiro, redescreveu R. stictica Wiedemann, 1830 e R.
clavipes, de maneira mais minuciosa que nos trabalhos anteriores, descrevendo
além da morfologia externa, também a terminália de ambos os sexos. No
segundo, Prado fez uma revisão completa da família. Quanto a Ropalomera, ele
estudou as sete espécies então existentes (R. brachyptera; R. clavipes; R.
femorata; R. nudipes Frey, 1959; R. stictica; R. tibialis Walker, 1852 e R. xanthops
Williston, 1895b) redescrevendo quase todas, exceto as espécies que já haviam
sido redescritas no trabalho anterior. Também descreveu mais oito espécies
novas (R. distincta, R. fenestrata, R. glabrata, R. goyana, R. guimaraensi, R.
occulta, R. tesselata e R. walkeri) totalizando quinze espécies no gênero.
Transferiu também R. flavipes Macquart, 1846 para o gênero Apophorhynchus,
porém não examinou e/ou descreveu exemplares desta espécie. Como no
trabalho anterior, deu atenção especial à morfologia externa e terminália e
forneceu novos dados de distribuição geográfica das espécies, confeccionando
ainda, chaves dicotômicas para a identificação das mesmas.
Posteriormente, Prado (1967) sinonimizou Ropalomera xanthops Williston,
1895b e Ropalomera varipes Walker, 1852 sob Ropalomera femorata (Fabricius,
5
1805). No mesmo ano, Steyskal (1967) publicou o catálogo das espécies
neotropicais de Ropalomeridae, fornecendo a distribuição geográfica das 16
espécies conhecidas até então, mas não considerou como sinônimos R. xanthops
e R. femorata.
Após o catálogo de Steyskal (1967), novas contribuições para o gênero
foram feitas por Baez (1985) que estudou os ropalomerídeos da Venezuela,
registrando pela primeira vez Ropalomera glabrata fora do Brasil, e descrevendo
o macho desta espécie; e Ramírez-García & Hernández-Ortiz (1994) fizeram uma
revisão completa da família Ropalomeridae no México, descreveram Ropalomera
latiforceps e sinonimizaram R. xanthops sob R. femorata, já sinonimizada por
Prado em 1967.
Em um dos trabalhos mais recentes sobre a família, Prado & Papavero
(2002) consideraram 16 espécies de Ropalomera para a região Neotropical;
forneceram um catálogo das espécies de Ropalomeridae da Amazônia brasileira,
incluindo seis espécies de Ropalomera: R. clavipes; R. femorata; R. nudipes; R.
tessellata; R. tibialis e R. titillator Steyskal, 1967.
2. Justificativas
O conhecimento de Ropalomera na região Amazônica é ínfimo, sendo
que outros gêneros da família já foram estudados (Marques & Ale-Rocha 2004,
2005; Marques-Costa & Ale-Rocha 2005). Além disso, somente sete das 15
espécies de Ropalomera conhecidas foram encontradas na região Amazônica
(Baez, 1985; Prado & Papavero, 2002). Além do mais, a taxonomia das espécies
já descritas é, em grande parte, baseada em caracteres variáveis como
coloração, sendo que não foi dado o destaque necessário a outros caracteres
morfológicos como os de terminália masculina ou feminina, amplamente utilizados
atualmente em Diptera. Torna-se indispensável, deste modo, uma revisão do
gênero.
6
3. Objetivos
3.1. Geral
D Contribuir para o conhecimento taxonômico de Ropalomera
Wiedemann, 1824.
3.2. Específicos
D Revisar as espécies de Ropalomera que ocorrem na região
Amazônica;
D Descrever novos táxons, se encontrados;
D Redescrever as espécies com descrições incompletas;
D Elaborar uma chave dicotômica para a identificação das espécies
amazônicas de Ropalomera.
D Atualizar a distribuição geográfica da espécies de Ropalomera com
registros amazônicos.
4. Material e Métodos
4.1. Origem do material
Foram examinados 997 espécimes, distribuídos em nove espécies. Este
material foi proveniente de instituições científicas nacionais e internacionais,
abaixo relacionadas em ordem alfabética, precedidas das abreviaturas que
figuram no texto e seguidas dos nomes dos seus respectivos curadores,
responsáveis pelo empréstimo:
CZPB – Coleção Zoológica Prof. Paulo Bührnhein, Manaus, Brasil (Dra. Nair O.
Aguiar);
DEI – “Deutsches Entomologisches Institut im ZALF”, Müncheberg, Alemanha (Dr.
Frank Menzel);
DZUP – Coleção Entomológica Padre Jesus Santiago Moure, Curitiba, Brasil (Dr.
Claudio José B. de Carvalho);
7
EMUS – “Entomological Museum of the Utah State University”, Logan, EUA (Dr.
Wilford J. Hanson);
INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus, Brasil (Dr. Augusto
L. Henriques);
FIOC – Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil (Dra. Jane
Margareth C. von Sydow);
MNRJ – Museu Nacional do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil (Dra. Márcia S.
Couri);
MPEG – Museu Paraense Emilio Goeldi, Belém, Brasil (Dr. Orlando Tobias
Silveira e Dra. Ana Y. Harada);
MZUSP – Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil
(Dr. Carlos José E. Lamas);
BNHM – “The Natural History Museum”, Londres, Reino Unido (Dra. Kim
Goodner);
NHRS – “Naturhistoriska riksmuseet”, Estocolmo, Suécia (M.Sc. Niklas Jönsson);
ZMUC – “Zoological Museum of the University of Copenhagen”, Copenhagen,
Dinamarca (Dr. Thomas Pape);
ZSM – “Zoologische Staatssammlung”, Munique, Alemanha (Dr. Gerhard
Haszprunar).
4.2. Material Tipo
Para a revisão das espécies foram examinados holótipos e/ou parátipos
de Ropalomera clavipes (Fabricius, 1805); R. distincta Prado, 1966; R. femorata
(Fabricius, 1805); R. fenestrata Prado, 1966; R. glabrata Prado, 1966; R. goyana
Prado, 1966; R. guimaraesi Prado, 1966; R. nebulosa Walker, 1857; R. nudipes
Frey, 1959; R. occulta Prado 1966; R. tessellata Prado, 1966; R. tibialis Walker,
1852 e R. titillator Steyskal, 1967. Isso para evitar que fosse descritas espécies já
existentes como espécies novas, isso porque algumas espécies possuem ampla
distribuição.
Os sinônimos juniores de R. clavipes, R. spinosa Perty, 1833 e R. minima
Curran, 1934 ambas depositadas no American Museum of Natural History
(AMNH), New York, Estados Unidos, não foram examinadas pois, ao tentar
contato com o curador desta instituição, não se obteve resposta. Por se tratarem
8
de sinonímias de R. clavipes, e pela observação de variações dentro desta
espécie e da distribuição geográfica dos sinônimos júniores, isto provavelmente
não terá influência nos resultados dos trabalhos.
4.3. Terminologia
A terminologia empregada segue a proposta de McAlpine (1981).
4.4. Exame e dissecação do material
Foram estudados espécimes secos e alfinetados. Para o estudo da
terminália, o abdome inteiro foi removido e clareado com ácido lático 85%
(C
3
H
6
O
3
) a quente, de 30 - 60 mim em função da esclerotinização do abdome.
Depois disso, o material diafanizado foi transferido para lâmina escavada
contendo glicerina pura e observado em microscópio óptico. Após o exame, as
peças foram acondicionadas em microtúbulos plásticos contendo glicerina pura e
estes foram afixados ao alfinete do espécime. Para o estudo da asa, a mesma foi
destacada do corpo do inseto, imersa em xilol por alguns minutos, montada entre
lamínulas com bálsamo do Canadá e fotografada. A lâmina foi colada por uma
das extremidades em um pedaço de cartolina e afixada ao alfinete do espécime.
4.4. Desenhos e fotografias
As ilustrações das estruturas diagnósticas foram feitas pela com o auxílio
de um microscópio estereoscópico Zeiss SV11 com câmara clara acoplada e com
lente adicional de magnitude 2,5 x. As fotos foram feitas com câmera digital
acoplada ao mesmo microscópio estereoscópico com lente Zeiss de magnitude
1.0 x acoplada.
9
5. Resultados e Discussão
5.1. Ropalomera Wiedemann, 1824
Ropalomera Wiedemann, 1824: 17; 1828: 570 (redesc.); Macquart, 1843: 359
(202) (diag.); Curran, 1934a: 300 (chav. Ropalomeridae); 1934b: 432
(chav.); Steyskal, 1967: 2 (cat.); 1987: 942 (chav.); Ibañes-Bernal et al.,
1992: 91, 94 (chav., cit.); Ramírez-Garcia & Hernández-Ortiz, 1994: 59, 83
(diag., chav.); Prado & Papavero, 2002: 1 (cat.).
Rhopalomera Agassiz, 1846: 4(59), emend.; Williston, 1895a: 184 (diag., chav.);
1896: 281 (chav.); Lindner, 1930a: 124, 126 (diag., chav.); Malloch, 1941:
50 (chav.); Frey, 1959: 47 (chav.); Prado, 1963: 459 (diag.); 1966: 214,
215 (diag., chav.).
Espécie-tipo: Dictya clavipes Fabricius, 1805 por designação original.
Diagnose: Dípteros com 7 a 13 mm de comprimento; coloração
predominantemente castanha; fronte ampla, escavada; cerdas ocelares, pós-
verticais, verticais externa e interna presentes; face com tubérculo hemisférico
bem desenvolvido; arista plumosa; asas hialinas, enfuscadas, com manchas
distintas ou pardacentas com núcleos claros.
Macho.
Comprimento do corpo: 7 a 13 mm; asa: 7,3 a 12,7 mm
Cabeça: trapezoidal; fronte ampla e escavada; olhos grandes e salientes; ocelos
sobre região mais elevada; cerdas ocelares, pós-verticais, verticais externa e
interna presentes. Antenas com escapo muito curto, pedicelo com o dobro do
tamanho do escapo, flagelo mais longo que os demais antenômeros e arista
plumosa. Genas amplas, recobertas por polinosidade de dourada a prateada.
10
Parafaciália com pilosidade e três cerdas. Face fosca com tubérculo facial
arredondado ou pontiagudo. Clípeo amplo, estendendo-se até abaixo das genas.
Palpos clavados e com cerdas curtas.
Tórax: escuto castanho com três faixas dorsais de polinosidade de dourada a
prateada (uma acrostical e duas dorsocentrais) e uma situada lateralmente às
dorsocentrais, com mesma coloração e tamanho das demais. Escutelo
trapezoidal, ligeiramente dirigido para cima, face dorsal côncava. Cerdas
diferenciadas: um par pós-pronotal, dois pares notopleurais, um par supra-alar
pré-sutural pouco desenvolvido, um par supra-alar pós-sutural, um par pós-alar,
um par intra-alar, um par intra-pós-alar e um par acrostical; dois pares de cerda
escutelares, sendo um par apical e um na lateral do escutelo. Mesopleura com
uma cerda forte no anepisterno, uma no catepisterno e uma cerda forte sobre o
espiráculo metatorácico.
Pernas: coxas com polinosidade prateada. Fêmures engrossados, principalmente
na região mediana; fêmures médio e posterior com cerdas espiniformes na face
ventral. Tíbias encurvadas; tíbia média com uma ou duas cerdas espiniformes
apicais dorsais. Tarsos com o primeiro tarsômero duas vezes maior que os
demais.
Asas: bem desenvolvidas; hialinas, enfuscadas, com manchas distintas ou
pardacentas com núcleos claros; bm-cu incompleta; r-m muitas vezes enfuscada
em volta; dm-cu formando quase linha reta com porção terminal da veia M que é
levemente convexa. Halteres com capítulo branco ou amarelado.
Abdome: castanho, tergitos podendo possuir manchas de polinosidade prateada,
em séries de quatro (dando aspecto enxadrezado) ou difusas, ou polinosidade
com reflexos azulados à luz. Terminália: epândrio globoso e sem polinosidade;
cercos fusionados pelo menos até a metade proximal, com metade distal livre, e
cerdas de tamanho variável. Surstilos conspícuos, esclerotinizados, com ou sem
cerdas. Epifalo com ápice em forma de âncora, as laterais do ápice variando de
tamanho entre as espécies. Parâmeros bi ou tri lobados, os trilobados com dois
lobos apicais e um pré-apical. Edeago quase totalmente membranoso, com a
11
metade basal e região mediana esclerotinizada, com ou sem projeções pré-
apicais espiniformes, esclerotinizadas ou não.
Fêmea: similar ao macho; dimorfismo sexual normalmente restrito à face, com
tubérculo facial brilhoso; pernas mais afinadas e com cerdas mais curtas.
Ovipositor telescopado, membranoso em sua maior parte; duas espermatecas
globosas, cilíndricas ou alongadas.
Chave de identificação para as espécies amazônicas de Ropalomera
Wiedemann.
1. Asas hialinas com manchas escurecidas nítidas (Fig. 9B-F) ............................. 2
1’. Asas sem manchas escurecidas nítidas; totalmente hialinas, enfuscadas ou
enfuscadas somente ao longo das venações (Figs. 9A,C-E,G-H) ...................... 3
2 (1). Tórax castanho-escuro; asas hialinas com manchas escurecidas na porção
final da Sc, R
2+3
, R
4+5
, interseção entre CuA
1
e dm-cu (Fig. 9F); tubérculo facial
arredondado; surstilo clavado, com cerdas (Fig. 6D); quinto esternito com
laterais arredondadas (Fig. 6A) ................................... Ropalomera nudipes Frey
2’. Tórax castanho; asas hialinas com manchas castanhas grandes (Fig. 9B);
tubérculo facial pontiagudo; surstilo com base alargada sem cerdas (Fig. 2D);
quinto esternito aproximadamente retangular (Fig. 2A) ........................................
.......................................................................... Ropalomera clavipes (Fabricius)
3 (1’). Região pleural do tórax com faixa de polinosidade prateada estendendo-se
até o espiráculo metatorácico ............................................................................ 4
3’. Região pleural do tórax com faixa de polinosidade prateada estendendo-se até
o anepisterno ..................................................................................................... 6
12
4 (3). Asas hialinas (Fig. 9G); parâmeros trilobados (Fig 7E); epifalo com ramos
curtos (Fig 7F) ........................................................ Ropalomera tessellata Prado
4’. Asas enfuscadas em torno das venações (Fig. 9H); parâmeros bilobados;
epifalo com ramos longos (Fig. 8F) .................................................................... 5
5 (4’). Abdome com fina polinosidade prateada que produz reflexo azul-metálico;
tórax castanho-escuro; fêmures médio e posterior com polinosidade prateada
na face dorsal ............................................................ Ropalomera tibialis Walker
5’. Abdome castanho com manchas escurecidas; tórax castanho ferruginoso;
fêmures sem polinosidade .................................... Ropalomera tittilator Steyskal
6 (3’). 5º esternito com duas séries irregulares de cerdas espiniformes na região
posterior (Figs 1A, 3A); surstilo alargado na base, estreitando-se em direçao ao
ápice (Figs. 1D, 3D) ........................................................................................... 7
6’. 5º esternito sem cerdas espiniformes na região posterior; surstilo não como
acima ................................................................................................................. 8
7 (6). Face esbranquiçada; quinto esternito como na Fig.1A; surstilos como na
Fig. 1D; edeago com projeções espiniformes pré-apicais não esclerotinizadas
(Figs. 1F-G), lobos apicais dos parâmeros da mesma largura (Fig. 1E) ...............
........................................................................... Ropalomera albifaciata sp. nov.
7’. Face castanho-escura a castanho-amarelada; quinto esternito como na Fig.
3A; surstilos como na Fig. 3D; edeago com projeções espiniformes pré-apicais
esclerotinizadas (Figs. 3F-G); lobos apicais dos parâmeros com larguras
diferentes (Fig. 3E) .......................................... Ropalomera femorata (Fabricius)
13
8 (6’). Surstilos curvados, estreitados medianamente e com ápice clavado (Fig.
4D); parâmeros bilobados; quinto esternito como na Fig. 4A; epifalo com ramos
laterais conspícuos e curvados para cima, em vista dorsal (Fig. 4F) ....................
.................................................................................. Ropalomera glabrata Prado
8’. Surstilos robustos, muito engrossados (Fig. 5D); parâmeros trilobados; quinto
esternito como na Fig. 5A; epifalo sem ramos laterais (Fig. 5 – F) .......................
................................................................................... Ropalomera goyana Prado
14
Ropalomera albifaciata sp. nov.
(Figs. 1A-G e 9A)
Holótipo macho. Corpo: 10,1 mm; asa: 9,9 mm
Cabeça: fronte predominantemente amarela, com manchas castanhas na lateral e
próximo a inserção das antenas; fina pilosidade castanho-escura; duas manchas
de polinosidade prateada recobrindo a região ocelar até o vértice; órbitas oculares
com polinosidade prateada. Região ocelar mais elevada, castanho-escura,
brilhante, um par de cerdas finas. Cerdas pós-ocelares divergentes. Cerdas pós-
oculares presentes. Antena com escapo castanho-escuro, muito curto; pedicelo
predominantemente castanho-escuro, com margem apical alaranjada, o dobro do
tamanho do escapo, pilosidade na margem anterior e uma cerda curta
diferenciada superiormente; flagelo alaranjado na base, o restante castanho-
escuro; arista plumosa, 1/3 basal alaranjado com pêlos longos, restante castanho-
escuro. Gena ampla, amarela, recoberta com polinosidade prateada e cerdas
delgadas douradas, curtas superiormente e mais longas na parte inferior.
Parafaciália castanho-escura posteriormente e amarelada anteriormente, com
pilosidade castanho-escura e quatro cerdas diferenciadas. Face esbranquiçada,
fosca, com tubérculo facial arredondado. Clípeo castanho-claro. Palpo castanho,
com pequenas cerdas escuras e esparsas, mais longas ventralmente.
Tórax: escuto castanho com faixas acrostical e dorsocentral de polinosidade
dourada pálida. Escutelo trapezoidal ligeiramente dirigido para cima, face dorsal
côncava com extremidade posterior arredondada e sem polinosidade, brilhante,
laterais da metade basal com polinosidade dourada. Pleural com faixa de
polinosidade prateada estendendo-se até o anepisterno. Cerdas diferenciadas:
uma pós-pronotal, duas notopleurais, uma supra-alar pré-sutural pouco
desenvolvida, uma supra-alar pós-sutural, uma pós-alar, uma intra-alar, uma intra-
pós-alar, uma dorsocentral pouco desenvolvida, uma acrostical, duas cerdas
escutelares, uma apical e uma lateral na metade do escutelo. Mesopleura com
15
uma cerda forte no anepisterno e uma no catepisterno, com pilosidade longa e
escura na parte ventral e uma cerda forte sobre o espiráculo metatorácico.
Pernas: coxas com polinosidade prateada. Fêmures castanho-escuros; fêmur
anterior com cerdas delgadas mais longas ventralmente. Fêmur médio com
cerdas delgadas longas ventralmente na parte proximal, uma série de sete cerdas
espiniformes na metade distal da face ântero-ventral que vão decrescendo em
direção ao ápice e metade distal da face dorsal com cerdas fortes não alinhadas e
duas cerdas apicais. Fêmur posterior com polinosidade prateada na face dorsal,
cerdas delgadas curtas na face dorsal e longas na ventral, cinco cerdas fortes na
face anterior não alinhadas, quatro cerdas espiniformes apicais na face ântero-
ventral. Tíbias castanhas; tíbia anterior com densa pilosidade ruiva ântero-ventral
no terço distal e cerdas finas longas e castanhas na face posterior. Tíbia média
com cerdas mais longas na metade proximal da face ventral, com uma cerda
espiniforme apical sobre protuberância na face ventral. Tíbia posterior com face
dorsal carenada, cinco cerdas longas sobre a carena e cerdas delgadas e longas
na região anterior. Tarsos com os três primeiros tarsômeros de coloração
amarelada, demais tarsômeros com face dorsal castanha e face ventral com
densa pilosidade dourada.
Asa: enfuscada sem manchas distintas (Fig. 9A).
Abdome: com tergitos castanhos, brilhantes, cada tergito com quatro manchas de
polinosidade prateada (duas laterais e duas centrais), com aspecto enxadrezado.
Quinto esternito com laterais arredondadas, margem posterior reta com pequena
invaginação mediana ladeada com fileira simples pré-apical de cerdas
espiniformes (Fig. 1A). Terminália: cercos fusionados nos 2/3 basais, 1/3 distal
livre, com cerdas delgadas longas nas laterais (Figs. 1B-C). Surstilos tão longos
quanto os cercos, com base mais larga que o ápice, margem interna côncava (Fig
1D). Parâmeros trilobados (Fig. 1E). Edeago com projeções laterais espiniformes
pré-apicais não esclerotinizada (Figs. 1F-G). Epifalo pouco curvado com ramos
bastante curtos e pontiagudos (Figs. 1F-G).
Fêmea: desconhecida.
16
Figura 3. A-G. Ropalomera albifaciata sp. nov. (parátipo ): A, 5º esternito; B-C, epândrio (vista
ventral e vista lateral); D, surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero esquerdo (vista lateral
externa); F-G, terminália masculina interna (vista ventral e lateral). Escalas: A, B, C, F e G=0,5mm;
D e E=0,2 mm. Abreviações: aed, edeago; aed apod, apódema do edeago; cerc, cerco; epand,
epândrio; epiph, epifalo; gon, gonópodo; hypd, hipândrio; pm, parâmero; st, esternito; sur, surstilo.
17
Material tipo designado: Holótipo macho (INPA), etiquetado: [BRASIL], Campus
INPA; M[a]n[aus], Am[azonas], Km4; Data-03.v.[19]76, Col[etor] – E. Rufião.
Condição do holótipo: não dissecado, em perfeito estado de conservação.
32 Parátipos: BRASIL, AM[azonas], Manaus, 11.i.2004, S. S. M. Menta, 1 macho
(INPA); BR 174, Km 23, E[stação] E[xperimental] [de] F[ruticultura] T[ropical],
12.v.97, McPhail, [em] abiu, B. Ronchi-Teles [leg.], 1 macho (INPA); Km 40,
23.vi.97, Mapati, 1 macho (INPA); ibidem, 16.v.97, [em] araçá-pêra, 1 macho
(INPA); R[eserva] [Adolpho] Ducke, 26.ii.2002, E. F. & A. L. Pinheiro [leg.], mata,
baixio, Ig[arapé] Barro Branco, 1 macho (INPA); ibidem, 16.x.2002, 1 macho
(INPA); ibidem, Barro Branco, Melado de cana 10%, 30m, mata, baixio, 16-
19.viii.2004, 1 macho (INPA); ibidem, [igarapé] Tinga, 11-14.x.2004, 1 macho
(INPA); ibidem, 16.v.[20]03, A. P. Tregue-Costa [leg.], área aberta, platô, 15m,
Arm. McPhail modif[icada], 1 macho (INPA); Conj[unto] Hiléia, Manta, S. S. M.,
03.v.2004, R. Ale-Rocha [leg.], 3 machos (INPA); ibidem, 24.v.2004, coletor
anônimo, 4 machos (INPA); ibidem, 03.vi.2004, 6 machos (INPA); Conj. Campus
Elisius, i – ii.2002, B. Ronchi-Teles [leg.], 2 machos (INPA); ibidem, 03.v.2004, R.
Ale-Rocha, 3 machos (INPA); Conj. Jardim Europa, Bairro Ponta Negra, 15-
23.xi.2002, Arm. de garrafa Pet, A. P. Marques [leg.], 3 machos (INPA); B[airro]
S[an]ta Etelvina, 16.ix.88, A. C. Ferreira [leg.], 1 macho (INPA); Coari, 1929, A. V.
Araújo [leg.], 1 macho (FIOC).
Distribuição geográfica: Brasil (Amazonas).
Etimologia: do Latim, albus = branco, face = superfície e ata = possuir, referindo-
se à cor da face, cuja superfície é esbranquiçada.
Variações: coloração da parafaciália variando de amarelo a castanho-escuro,
mas face sempre esbranquiçada.
Discussão: esta espécie assemelha-se a R. femorata em relação ao tamanho,
coloração do corpo e da parafaciália e presença de espinhos no 5º esternito.
Entretanto, em R. albifaciata a coloração da face é esbranquiçada, e a forma,
disposição e tamanho das cerdas espiniformes do quinto esternito diferem
18
bastante de R. femorata e das outras espécies do gênero. Os machos possuem o
parâmero trilobado como em R. femorata, contudo o edeago não possui projeções
espiniformes esclerotinizadas pré-apicais.
Ropalomera clavipes (Fabricius, 1805)
(Figs. 2A-G e 9B)
Dictya clavipes Fabricius, 1805: 329.
Ropalomera clavipes; Wiedemann, 1824: 17; 1828: 571; Curran, 1934a (cit.): 432;
Steyskal, 1967: 2 (cat.); Prado, 1967: 71; Prado & Papavero, 2002: 1 (cat.
Amazônia).
Ropalomera spinosa Perty, 1833: 189 (Fig. 14).
Ropalomera nebulosa Walker, 1857: 225.
Rhopalomera clavipes; Williston, 1895a: 184-185 (chav.); Lindner, 1930a: 283;
1930b: 135; Hendel, 1933: 214 (desc. Imaturo, Fig. 1); Frey, 1959: 47
(chav.); Prado, 1963: 463-465 (redesc., ilustrs.); 1966: 214-215 (diag.,
chav).
Ropalomera minima Curran, 1934a: 432 (chav., desc.); Steyskal, 1967: 3.
Lectótipo macho. Corpo: 8,6 mm; asa: 9,1 mm
Cabeça: fronte amarela com fina pilosidade amarelada e duas manchas de
polinosidade prateada que recobrem desde a região ocelar até o vértice; órbitas
oculares com polinosidade prateada. Região ocelar mais elevada, castanho-
escura, brilhante, um par de cerdas pouco desenvolvidas. Cerdas pós-ocelares
paralelas. Cerdas pós-oculares presentes. Antena com escapo castanho-escuro,
muito curto; pedicelo castanho-escuro, o dobro do tamanho do escapo, com
pilosidade na face anterior e uma cerda diferenciada superiormente; flagelo
alaranjado com parte anterior castanho-escura; arista plumosa, 1/3 basal
19
alaranjado com pêlos longos e restante castanho-escuro. Gena ampla, amarela,
com polinosidade prateada, e cerdas delgadas douradas, curtas superiormente e
mais longas na parte inferior. Parafaciália castanho-escura com pilosidade
castanha e três cerdas castanho-escuras. Face castanha, fosca com tubérculo
facial pontiagudo. Clípeo castanho-escuro. Palpo amarelado, com pequenas
cerdas castanho-escuras e esparsas.
Tórax: escuto castanho com faixas acrostical e dorsocentral de polinosidade
dourada pálida. Escutelo trapezoidal, ligeiramente dirigido para cima; face dorsal
côncava com extremidade posterior arredondada e sem polinosidade, brilhante;
laterais da metade basal com polinosidade dourada. Pleura sem faixa de
polinosidade. Cerdas diferenciadas: uma pós-pronotal, duas notopleurais, uma
supra-alar pré-sutural pouco desenvolvida, uma supra-alar pós-sutural, uma pós-
alar, uma intra-alar, uma intra-pós-alar, uma acrostical, duas cerdas escutelares
fortes e curtas, uma apical e uma na metade do escutelo. Mesopleura com uma
cerda forte no anepisterno e uma no catepisterno e uma cerda forte sobre o
espiráculo metatorácico.
Pernas: coxas com polinosidade prateada. Fêmures castanho-escuros; fêmures
anterior e médio sem polinosidade, com cerdas delgadas longas; fêmur médio
com oito a nove espinhos na face ântero-ventral que vão decrescendo em direção
ao ápice e duas cerdas apicais na face dorsal; fêmur posterior mais engrossado
na região mediana do que os demais, com polinosidade prateada na face dorsal,
sete cerdas diferenciadas na face dorsal e quatro cerdas diferenciadas distais na
face póstero-ventral. Tíbias castanhas; tíbia anterior com densa pilosidade
dourada ântero-ventral no terço distal e cerdas finas, longas e castanhas nos dois
terços proximais; tíbia média com tamanho semelhante ao do fêmur, com espinho
apical na face ventral; tíbia posterior com face dorsal carenada, com quatro
cerdas longas sobre protuberâncias. Tarsos com densa pilosidade dourada na
face ventral, face dorsal com os dois primeiros tarsômeros amarelados, demais
castanhos.
Asa: hialina, com numerosas manchas castanhas grandes, porção final da veia M
com pequena invaginação (Fig. 9B).
20
Abdome: tergitos castanho-escuros, brilhantes, cada tergito com quatro manchas
de polinosidade prateada (duas laterais e duas centrais) com aspecto
enxadrezado. Quinto esternito aproximadamente retangular, com laterais pouco
arredondadas, cerdas curtas cobrindo a maior parte, exceto o centro e região
posterior (Fig. 2A). Terminália: cercos fusionados nos 2/3 basais com cerdas
delgadas nas laterais (Figs. 2B-C). Surstilos tão longos quanto os cercos, com
base duas vezes mais larga que o ápice; em vista dorsal margem externa
côncava e margens internas paralelas (Figs. 2B-D). Parâmeros bilobados, com
base tão larga quanto o ápice (Fig. 2E). Edeago esclerotinizado na região
mediana, sem projeções nas laterais (Fig. 2F-G). Epifalo curvado, com metade
basal perpendicular a região basal; ápice arredondado com ramos laterais curtos.
Fêmea. Difere do macho nos seguintes aspectos: tamanho do corpo menor;
tubérculo facial brilhoso, não pontiagudo; pernas mais delgadas e com cerdas
mais curtas.
Material tipo examinado: Lectótipo macho (ZMUC), aqui designados,
etiquetados: Colletor Sehestedt & Lund, Sudamerica.
Dois paralectótipos machos (ZMUC), aqui designados, etiquetados com mesmos
dados do lectótipo.
Condição dos tipos: em boas condições, não dissecados.
Material adicional examinado: BRASIL, Roraima, Rio Uraricoera, ilha de
Maracá, 21-30.xi.1987, J. A. Rafael e equipe leg., inseticida (fogging), 1 fêmea
(INPA); Amapá, Mazagão, Jarião V. Nova, 1958, Damasceno leg., 1 fêmea
(MZUSP); Am[azonas], P[residente] Figueiredo, ii-iii.2001, Arm[adilha] McPhail, B.
Ronchi-Teles leg., 4 fêmeas e 2 machos (INPA); R[io] Preto da Eva, xi.1997, Arm.
McPhail, B. Ronchi-Teles leg., 5 fêmeas e 1 macho (INPA); ibidem, xii.1997-
i.1998, 8 fêmeas e 8 machos (INPA); ibidem, iii-iv.1998, 4 fêmeas e 1 macho
(INPA); ibidem, vii.1998, 5 fêmeas e 3 machos (INPA); ibidem, ii-iii.1999, 1 fêmea
(INPA); ibidem, iv-v.1999, 12 fêmeas e 11 machos (INPA); ibidem, vii-viii.1999, 10
fêmeas e 3 machos (INPA); ibidem, ix.1999, 10 fêmeas e 6 machos (INPA);
ibidem, x-ix.1999, 1 fêmea (INPA); ibidem, vi-vii.2000, 9 fêmeas e 5 machos
21
(INPA); ibidem, vii-viii.2000, 5 fêmeas e 2 machos (INPA); xii.2000, 1 fêmea e 2
machos (INPA); ibidem, i.2001, 5 fêmeas e 3 machos (INPA); ibidem, iv.2001, 4
fêmeas (INPA); P[ar]q[ue] Nacional do Jaú, 24.vii.1995, Arm. McPhail, B. Ronchi-
Teles leg., 2ª cachoeira, 12 fêmeas e 2 machos (INPA); Manaus, 06.vii.[19]83, V.
Py-Daniel leg., 1 macho (INPA); R[eserva] Adolpho Ducke, 17.v.1996, B. Teles
leg., 1 fêmea, (INPA); ibidem, 06-13.ix.2002, E. F. Soares, A. L. Pinheiro leg., área
aberta, platô, arm McPhail, 1 fêmea (INPA); ibidem, 02-09.x.2002, baixio, 1 fêmea
(INPA); ibidem, mata, igarapé Barro Branco, 1 fêmea (INPA); ibidem, 9-16.x.2002,
área aberta, baixio, 2 fêmeas (INPA); ibidem, 18.xii.2002, platô, 2 fêmeas (INPA);
ibidem, 08.i.2003, 1 fêmea (INPA); ibidem, 15.i.2003, 2 fêmeas (INPA); ibidem,
19.ii.2003, 1 fêmea (INPA); ibidem, 26.iii.2003, 1 fêmea (INPA); ibidem, 16.v.2003,
área aberta, platô, arm. McPhail modif[icada], 25m, A. P. Tregue-Costa leg., 2
fêmea (INPA); ibidem, 15m, 1 fêmea (INPA); ibidem, 20.v.2003, 1 fêmea (INPA);
ibidem, 06.vi.2003, 5m, 2 fêmeas (INPA); ibidem, 15m, 1 fêmea (INPA); ibidem,
16.vi.2003, 15m, 1 fêmea (INPA); ibidem, 29.vi.2003, 25m, 1 fêmea (INPA); INPA,
Sede, Campus I, 21.i.2003, Arm. de garrafa Pet, N. C. Silva-Júnior leg., 1 fêmea e
1 macho (INPA); ibidem, 13.iii.2003, 2 fêmeas e 1 macho (INPA); ibidem,
5.iv.2003, C. S. Bezerra leg., 2 fêmeas e 3 machos (INPA); ibidem, 7.v.2003, 1
fêmea (INPA); Manacapuru, viii.1997, Arm[adilha] McPhail, B. Ronchi-Teles leg., 3
fêmeas e 2 machos (INPA); ibidem, 9-23-30.xii.[19]97, 12 machos e 12 fêmeas
(INPA); ibidem, ii.1998, 7 machos e 15 fêmeas (INPA); S[ão] P[aulo] [de]
Olivença, Armadilha alta, 11-14.ix.2005, J. A. Rafael leg., 1 fêmea (INPA);
Guaraja, rio Ipixuna, 7º06’39”S/ 73º05’25”W, 13-19.vi.1995, P. Bührnhein & N. O.
Aguiar leg., Armadilha Shannon, 1 fêmea (CZPB); Lábrea, Ramal Apaeral, Km 09,
Sítio São Raimundo, 7º19’10”S 64º40’07”W, vi.2006, Arm. Suspensa, 20m, F. F.
Xavier F
o
leg., 1 fêmea (INPA); Pará, Tucuruí, R. Tocantins, próx. cid. N. dos
Patos, 12.iv.1981, coletor anônimo, 5770, 4 fêmeas (MPEG); Conceição do
Araguaia, 17-21.xi.1979, W. França leg., 2 machos (MPEG); Rondônia, 62 Km SE
Ariquemes, 17-24.iii.1989, W. J. Hanson leg., 180m, 3 machos e 2 fêmeas
(EMUS); ibidem, 22-31.x.1997, 2 fêmeas (EMUS); Ouro Preto do Oeste, Res. do
INPA, 25-28.viii.1986, F. F. Ramos leg., Arm. Suspensa, 15m, 1 fêmea (MPEG);
To[cantins], Palmas, Chácara São José, 10º17’14”S 48º20’21”W, 20.viii.2002,
arm. McPhail, B. Ronchi-Teles leg., 4 fêmeas e 3 machos (INPA); ibidem,
22
Figura 4. A-G. Ropalomera clavipes : A, 5º esternito; B-C, epândrio (vista ventral e vista lateral);
D, surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero esquerdo (vista lateral externa); F-G, terminália
masculina interna (vista ventral e lateral). Escalas: A, B, C, F e G=0,5 mm, D e E=0,2 mm.
23
Chácara Coquinho, 10º15’63”S 48º18’20”W, 23.viii.2002, em acerola, 3 fêmeas
(INPA); EQUADOR, Pich., nr Sto. Domingo, 7-14.v.1988, 2000 m, Hanson, Bohart
leg., 1 macho (EMUS); Napo, Yasuni Res. Sta., 19-30.x.1998, W. J. Hanson leg.,
250m, 6º36’W 0º38’S, 3 fêmeas (EMUS).
Distribuição geográfica: Guiana, Suriname, Brasil (Roraima, Amapá, Amazonas,
Pará, Rondônia, Maranhão, Piauí, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, São Paulo), Equador, Bolívia e Paraguai.
Variações: esta espécie apresenta uma grande variação no tamanho do corpo,
de 7 mm a 12 mm; coloração da face variando de amarelada a castanho-escura.
Os fêmures podem, em alguns espécimes, não possuir polinosidade prateada na
face dorsal. O número de cerdas sobre protuberâncias na tíbia posterior pode
variar de 4 a 5 cerdas.
Discussão: R. clavipes pode ser diferenciada facilmente das outras espécies do
gênero devido ao padrão de manchas nas asas, embora R. stictica Wiedemann,
1824, também possua asas manchadas. É possível diferenciar ambas ao analisar
o tamanho destas manchas, que em R. clavipes são maiores. R. clavipes
nome a um grupo de espécies que possuem o parâmero bilobado, e difere das
demais espécies do grupo clavipes pela presença de manchas nas asas e
diferenças morfológicas do 5º esternito, surstilo e epifalo.
Ropalomera femorata (Fabricius, 1805)
(Figs. 3A-G e 9C)
Dictya femorata Fabricius, 1805: 326.
Ropalomera femorata; Wiedemann, 1828: 571; Prado, 1967: 72; Steyskal, 1967: 2
(cat.); Báez, 1985: 78; Ibañes-Bernal et al., 1992: 91, 94-97 (chav.,
24
redesc., figs. 10-20); Ramírez-Garcia & Hernández-Ortiz, 1994: 65-66, 83
(redesc., fig. 5, chav.); Prado & Papavero, 2002: 1 (cat.).
Ropalomera varipes Walker, 1852: 376; Williston, 1895a: (chav.); Prado, 1966:
246 (cit.).
Rhopalomera femorata; Williston, 1895a: 184-185 (chav.; cit.); Lindner, 1930a:
130 (redesc.); 1930b: 282; Frey, 1959: 47 (chav.); Prado, 1966: 215, 223,
225 (chav., redesc., fig. 25-35).
Rhopalomera xantops Williston, 1895b: 213.
Holótipo macho. Corpo: 9,9 mm; asa: 9,6 mm
Cabeça: fronte amarela com fina pilosidade amarelada e duas manchas de
polinosidade dourada pálida entre as cerdas pós-ocelares e cerdas verticais
externas; órbitas oculares com polinosidade prateada. Região ocelar mais
elevada, castanho-escura, brilhante, com par de cerdas. Cerdas pós-ocelares
paralelas. Cerdas pós-oculares presentes. Antena com escapo castanho-escuro,
muito curto; pedicelo castanho-escuro, o dobro do tamanho do escapo, com
pilosidade e uma cerda diferenciada superiormente; flagelo alaranjado na base, o
restante castanho escuro; arista plumosa, 1/3 basal alaranjado com pêlos longos,
o restante castanho-escuro. Gena ampla, amarela, com polinosidade dourada
pálida e cerdas delgadas castanho-escuras, curtas superiormente e mais longas
na parte inferior. Parafaciália castanho-escura com pilosidade preta e três cerdas.
Face da mesma cor da parafaciália, fosca, com tubérculo facial arredondado.
Clípeo castanho-escuro. Palpo castanho-escuro, com pequenas cerdas pretas e
esparsas, maiores na parte ventral.
Tórax: escuto castanho com faixas acrostical e dorsocentral de polinosidade
dourada pálida. Escutelo trapezoidal, ligeiramente dirigido para cima; face dorsal
côncava, com extremidade posterior brilhante, arredondada e sem polinosidade;
metade basal com polinosidade dourada nas laterais. Pleural com faixa de
polinosidade lateral que se estende até o anepisterno. Cerdas diferenciadas: uma
pós-pronotal, duas notopleurais, uma supra-alar pré-sutural pouco desenvolvido,
uma supra-alar pós-sutural, uma pós-alar, uma intra-alar, uma intra-pós-alar, uma
25
acrostical, uma dorso-central fraca, duas cerdas escutelares fortes, uma apical e
uma na metade do escutelo. Mesopleura com uma cerda forte no anepisterno e
uma no catepisterno e uma sobre o espiráculo metatorácico.
Pernas: coxas com polinosidade prateada. Fêmures castanho-escuros, com
cerdas delgadas não mais longas que a espessura do fêmur; fêmures médios e
posteriores com polinosidade dourada na face dorsal; fêmur anterior sem
polinosidade, com face posterior sem cerdas; fêmur médio com cerdas delgadas
longas na face ventral da metade basal, metade apical do fêmur médio com duas
séries de oito cerdas espiniformes, uma na face ântero-ventral outra na póstero-
ventral, que decrescem na direção do ápice, duas cerdas apicais na face póstero-
dorsal; fêmur posterior mais engrossado que os demais na região mediana, com
cinco cerdas maiores não alinhadas na face dorsal, terço apical com duas séries
de cinco cerdas espiniformes, uma na face ântero-ventral e outra póstero-ventral.
Tíbias castanhas; tíbia anterior com cerdas delgadas, face ântero-ventral com
densa pilosidade dourada no terço distal, uma cerda longa pré-apical na face
dorsal; tíbia média com cerdas curtas cobrindo a metade basal, face ventral com
cerdas delgadas longas no terço apical e duas cerdas espiniformes apicais; tíbia
posterior com cerdas fortes e longas na face dorsal, face ventral com pilosidade
dourada no ápice. Tarsos com densa pilosidade dourada na face ventral; os dois
primeiros tarsômeros de coloração amarelada e cobertos por polinosidade
prateada.
Asa: enfuscada, mais escurecida em volta da veia transversal r-m (Fig. 9C).
Abdome: com tergitos castanho-escuros, brilhantes, cada tergito com quatro
manchas de polinosidade prateada (duas laterais e duas centrais) com aspecto
enxadrezado. Quinto esternito com laterais arredondadas posteriormente e com
cerdas longas, margem posterior com dois conjuntos ventrolaterais de cerdas
espiniformes, um de cada lado da invaginação (Fig. 3A). Terminália: cercos
fusionados nos dois terços basais, com cerdas mais longas no ápice e nas
laterais (Figs. 3B-C). Surstilo com margem interna côncava, base mais alargada
que o ápice, e com cerdas (Fig. 3D). Parâmero trilobado, lobo apical interno maior
que os demais (Figs. 3E-F). Edeago com projeções espiniformes pré-apicais
26
esclerotinizadas (Figs. 3F-G). Epifalo com pouco curvado com extremidade
arredondada com ramos muito curtos e pontiagudos (Figs. 3F-G).
Fêmea. Difere do macho nos seguintes aspectos: tubérculo facial brilhoso, mais
proeminente que nos machos; face com duas manchas amareladas sob o
tubérculo; pernas mais delgadas e com cerdas mais curtas; ovipositor com sétimo
tergito membranoso, região distal esclerotinizada, e espermateca ovalada.
Material tipo examinado. Holótipo macho (ZMUC) etiquetado: Colletor Sehestedt
& Lund, Sudamerica. Condição do tipo: em boa condição, não dissecado.
Material adicional examinado: BRASIL, Roraima, Rio Uraricoera, Ilha do
Maracá, 02 a 13.v.1987, J. A. Rafael, J. E. B. Brasil & L. S. Aquino leg., Armadilha
Malaise, 1 fêmea (INPA); ibidem, 19-24.vii.1997, 1 fêmea (INPA); 01-04.iii.1988,
Arm. Shannon, J. A. Rafael leg., 3 fêmeas (INPA); Amapá, Fazendinha, 20-
24.vi.1989, Arm. Suspensa, 15m, I. S. Gorayeb leg., 1 fêmea (MPEG);
Am[azonas], Fonte Boa, Arm. Alta, 21 – 24.ix.2005, J. A. Rafael leg., 1 fêmea
(INPA); Rio Unini, Comunidade Democracia, 14.vi.1996, R. Ferreira leg., 3 fêmeas
(INPA); Presidente Figueiredo, 12.iii.1999, Arm[adilha] McPhail, B. Ronchi-Teles
leg., 1 fêmea (INPA); ibidem, vii-viii.1999, 1 fêmea (INPA); ibidem, ix.1999, 1
fêmea (INPA); ibidem, x.1999, 2 fêmeas (INPA); ibidem x-xi.2000, 2 fêmeas
(INPA); Rio Preto da Eva, v-vii.1999, 1 fêmea (INPA); ibidem, ix.1999, 2 fêmeas
(INPA); ibidem, ii-iii.1999, 1 fêmea (INPA); AM 010, Km 31, 12.xii.1990, Embrapa,
L. P. Albuquerque & J. E. Rinda leg., Arm. Shannon, C[asca] Guaraná, Isc[a]
Fruta, 1 fêmea (INPA); ibidem, 25.ix.1991, 1 fêmea (INPA); ibidem, 2.x.1991, 1
fêmea (INPA); ibidem, 04.xii.1991, 1 fêmea (INPA); ibidem, 12.xii.1991, 1 fêmea
(INPA); BR 174, Km 40, E[stação] E[xperimental] [de] F[ruticultura] T[ropical],
14.viii.97, McPhail, em sorva, B. Ronchi-Teles leg., 1 fêmea (INPA); EARA, BR
174, Km 23, 6.ii.97, McPhail, Bacuri, B. Ronchi-Teles leg., 1 fêmea (INPA);
ibidem, 17.iv.97, em araticum, 1 fêmea (INPA); ibidem, 28.v.97, em abiu, 3
fêmeas (INPA); ibidem, 10.vii.97, em bacuri, 1 fêmea (INPA); ibidem, 17.viii.97, 2
fêmeas (INPA); ibidem, 16.x.97, 1 fêmea (INPA); Itacoatiara, 1998, 2 fêmeas
(INPA); ibidem, v-vi.1999, B. Ronchi-Teles leg., 2 fêmeas (INPA); AM 010, Km 35,
27
Sítio Vida Tropical, 6.ii.[19]97, Arm. McPhail, em goiaba de anta, B. Ronchi-Teles
leg., 2 fêmeas (INPA); ibidem, 27.ii.97, em ingá, 1 fêmea (INPA); ibidem, 06.iii.97,
2 fêmeas (INPA); ibidem, 10.iv.97, 1 fêmea (INPA); Manaus, 20.vi.2003, coletor
anônimo, 1 fêmea (INPA); ibidem, 04.xii.2003, B. Ronchi-Teles leg., 5 fêmeas
(INPA); ibidem, 11.i.2004, S. S. M. Menta leg., 1 fêmea (INPA); R[eserva]
[Adolpho] Ducke, Arm. Suspensa, 25m, 15.x.1981, J. A. Rafael leg., 1 fêmea
(INPA); ibidem, x.2003, 20 mts, A. Henriques et. al. leg., OL1- 800 mts, Vermelho,
1 fêmea (INPA); ibidem, x.2003, 1400 mts, 1 fêmea (INPA); ibidem, xi.2003, OL1-
2400 mts, Preto, 1 fêmea (INPA); ibidem, iii.2004, 25m, Tinga, 1 fêmea (INPA);
ibidem, 11-14.x.2004, coletor anônimo, melado de cana 10%, 1.5m, Mata, platô, 2
fêmeas (INPA); ibidem, 18-21.x.2004, 2 fêmeas (INPA); ibidem, 11-16.xi.2004,
30m, 3 fêmeas (INPA); ibidem, 16-18.xi.2004, 1 fêmea (INPA); ibidem, 24-
28.ii.2005, 3 fêmeas (INPA); ibidem, 2-9.x.2002, área aberta, baixio, J. A. Rafael
leg., Arm. McPhail, 1 macho (INPA); ibidem, copa [de] árv[ore], 26.xi.1981, 2
fêmeas (INPA); 17.v.1996, B. Ronchi-Teles leg., 1 fêmea (INPA); ibidem,
16.x.2003, 5m, 1 fêmea (INPA); ibidem, 16.x.2003, 15m, 1 fêmea (INPA); ibidem,
16.x.2003, 25m, 1 fêmea (INPA); ibidem, 16.ix.2002, E. F. Soares & A. L. Pinheiro
leg., área aberta, baixio, 1 fêmea (INPA); ibidem, 02-09.x.2002, 4 fêmeas, 1
macho (INPA); ibidem, 9-16.x.2002, 1 fêmea (INPA); ibidem, 13.xii.2002, 1 fêmea
(INPA); ibidem, 08.i.2003, 1 fêmea (INPA); ibidem, 26.ii.2003, 3 fêmeas (INPA);
ibidem, 30.iv.2003, 1 macho (INPA); ibidem, 25-31.x.2002, A. P. Tregue-Costa
leg., 1 fêmea (INPA); ibidem, 24.ii.2003, 1 fêmea (INPA); ibidem, 02-09.x.2002,
Ig[arapé] Barro Branco, 1 fêmea (INPA); ibidem, 24-27.ix.2004, melado de cana
10%, mata, baixio, 30m, 1 fêmea (INPA); ibidem, 11-14.x.2004, 1 fêmea (INPA);
ibidem, 14-18.x.2004, 1 fêmea (INPA); ibidem, 13-16.xi.2004, coletor anônimo, 1
fêmea (INPA); ibidem, 10-17.i.2005, 4 fêmeas (INPA); ibidem, 28.ii-04.iii.2005, 2
fêmeas (INPA); ibidem, Arm. McPhail Modif[icada], 28.v.2003, 15m, A. P. Tregue-
Costa leg., 3 fêmeas (INPA); ibidem, 29.v.2003, 15m, 2 fêmeas (INPA); ibidem,
06.vi.2003, 5m, 6 fêmeas (INPA); ibidem, 16.vi.2003, 25m, 1fêmea (INPA);
ibidem, 15.viii.2003, 5m, 1 fêmea (INPA); ibidem, 15.viii.2003, 15m, 2 fêmeas
(INPA); ibidem, 15.viii.2003, 25m, 4 fêmeas (INPA); ibidem, 26.viii.2003, 15m, 2
fêmeas (INPA); ibidem, 26.viii.2003, 25m, 3 fêmeas (INPA); ibidem, 16.ix.2003,
25m, 2 fêmeas (INPA); ibidem, 29.ix.2003, 25m, 1 fêmea (INPA); ibidem,
28
24.vi.2003, 15m, 2 fêmeas; área aberta, platô, 25m, 4 fêmeas (INPA); ibidem,
15m, 2 fêmeas (INPA); ibidem, 29.vi.2003, [INPA] Sede, 25m, coletor anônimo, 5
fêmeas (INPA); ibidem, 24.vii.2003, 5m, 2 fêmeas (INPA); ibidem, 24.vii.2003,
15m, 1 fêmea (INPA); ibidem, 24.vii.2003, 25m, 7 fêmeas (INPA); ibidem, melado
de cana 10%, 25m, A. P. Tregue-Costa leg., 07.viii.2003, 2 fêmeas (INPA);
ibidem, 23.x.2003, 15m, 1 fêmea (INPA); ibidem, Arm. Malaise, 24.ix.1982, 1
fêmea (INPA); ibidem, isca de fruta, 05-10.v.1988, Y. Camara & J. F. Vidal leg., 1
fêmea (INPA); ibidem, 19-26.viii.1988, 1 fêmea (INPA); ibidem, 03-10.xii.1988, 2
fêmeas (INPA); ibidem, 01.ix-08.ix.1988, Y. Câmara & J. E. Rinda leg., 1 fêmea
(INPA); ibidem, 06-12.i.1989, 1 fêmea (INPA); ibidem, 28.iv-05.v.2003, Arm. de
garrafa Pet, J. E. Pereira leg., 3 fêmeas, (INPA); Conj[unto] Hiléia, Manta, S.S.M,
03.v.2004, R. Ale-Rocha leg., 2 fêmeas (INPA); ibidem, 24.v.2004, coletor
anônimo, 4 fêmeas (INPA); ibidem, 03.vi.2004, 2 fêmeas (INPA); Conj. Campos
Elíseos, 03.v.2004, R. Ale-Rocha leg., 4 fêmeas (INPA); Conj. Jardim Europa,
Bairro Ponta Negra, 15-23.xi.2002, Arm. de garrafa Pet, A. P. C. Marques leg., 1
fêmea (INPA); Iranduba, x.1999, 1 fêmea (INPA); Manacapuru, vi-vii.2000, Arm.
McPhail, B. Ronchi-Teles leg., 2 fêmeas (INPA); ibidem, 07.viii.2000, 1 fêmea
(INPA); Beruri, est[acionamento] do I[nstituto] N[acioanal] [de] C[olonização] [e]
R[eformas] A[grárias], Km3, 03˚56’62”S/ 61˚21’02”W, 28.ix-09.x.2002, 2 fêmeas
(INPA); Borba, Rio Abacaxis, 05˚15’09”S/ 58˚41’52”W, 35m, 27-29.v.2008, J. A.
Rafael e equipe leg., arm. Suspensa alta, 30 mts, 1 fêmea (INPA); Novo Aripuanã,
Reserva Soka, 05°15’53”S/ 60°07’08”W, 17-25.viii.1999, Arm. Suspensa, 15m,
Terra firme, J. F. Vidal & A. L. Henriques leg., 1 fêmea (INPA); Com[unidade] Bela
Vista, Lago Shaddá, 18-22.iv.2005, P[rograma] [de] P[esquisa] [em]
Bio[diversidade], F. F. Xavier F˚ leg., 1 fêmea e 1 macho (INPA); Carauari, Ramal
do Roberto, 50°43’15”S/ 67°10’11”W, 05-15 mts, vii.2005, J. A. Rafael leg., 1
fêmea (INPA); ibidem, Ramal do Roque, vii.2005, 1 fêmea (INPA); ibidem,
5˚05’27”S/ 67˚10’57”W, vii.2005, 1 fêmea (INPA); Manicoré, cachoeirinha,
05˚29’44,9”S/ 60˚49’21,3”W, Rio Madeira, Marg[em] Esq[uerda], Suspensa com
melado de cana, ix.2004, M. Pena & A. Silva leg., 2 fêmeas (INPA); Lábrea, BR-
230, Km 12, Ramal Apaeral, Km 09, 07°19’10,5”S/ 64°40’07”W, 13.vi-02.vii.2006,
coleta manual, F. F. Xavier leg., 2 fêmas (INPA); Humaitá, xi.2000-i.2001, Arm.
McPhail, B. Ronchi-Teles leg., 1 macho (INPA); Guajará, Ramal do Gama, Km 12,
29
07°31’26”S/ 72°38’56”W, 07-18.xi.2008, F. F. Xavier Filho leg., 1 fêmea (INPA);
Pará, Bragança-Ajuruteua, 1.6m, A. N. Pena leg, 1 fêmea (INPA); 01-04.ix.1988,
1.6m, I. S. Gorayeb leg., 2 fêmeas e 1 macho (INPA); ibidem, 01-04.ix.1988, S[ão]
João de Pirabas Boa Esperança, 18-24.x.1990, 10m, 1 fêmea (INPA); ibidem,
30.viii-01.ix.1988, I. S. Gorayeb leg., Armadilha Malayse [SIC], 1 fêmea (MPEG);
Belém, Floresta APEG, 14-17.i.1983, I. S. Gorayeb leg., Arm. Suspensa, 23m, 1
fêmea (MPEG); ibidem, 10-14.viii.1983, 1 fêmea (MPEG); Benevides, Faz[enda]
Morelândia, 20m, F. F. Ramos leg., 1 fêmea (MPEG); Vigia, mata, 15m,
9.xii.1988, 15m, W. França leg., 1 fêmea (MPEG); Belo Monte, Rio Xingu, Rod.
Transamazônica, 03˚00’05”S/ 51˚41’31”W, 07.iv.2008, manual, J. A. Rafael & F. F.
Xavier F° leg., 8 fêmeas e 3 machos (INPA); Tucuruí, Rio Tocantis, 01-03.vi.1984,
7 m, coletor anônimo, 1 fêmea (MPEG); Serra Norte, Pojuca, 22-24.x.1984, 1.6 m,
1 fêmea (MPEG); Conceição do Araguaia, 17-21.xi.1979, P. Mauricio leg., 1
macho (INPA); Rondônia, Ouro Preto de Oeste, Arm. Suspensa, 1.62, Km 16,
20m, 13-15.xi.1984, coletor anônimo, 1 fêmea (MPEG); ibidem, 05-16.xi.1996, 6
machos (EMUS); ibidem, 2-4.iv.1985, 1.6m, F. F. Ramos leg., 2 fêmeas (MPEG);
Margem direita, rio Sta. Helena, 21.iii.1985, 1 macho (MPEG); 62Km, SE,
Ariquemes, 13-25.iv.1992, W. J. Hanson leg., 1 fêmea (EMUS); ibidem, 8-
20.ix.1994, 7 fêmeas (EMUS); ibidem, 7-18.ix.1995, 9 fêmeas e 1 macho (EMUS);
ibidem, 5-16.ix.1996, 16 fêmeas (EMUS); ibidem, 22-31.x.1997, 13 fêmeas e 4
machos (EMUS); ibidem, 17-24.iii.1989, 8 fêmeas e 2 machos (EMUS); ibidem,
01-14.xi.1997, B. Dozier leg., 2 fêmeas (EMUS); Acre, Cruzeiro do Sul, Rio Moa,
07°37’02”S/ 72°46’15”W, 19-28.xi.1996, 1m, J. A. Rafael, J. Vidal & R. I. Marques
leg., 0017610, 1 macho (INPA); Barro Branco, 25.x-8.xi.91, F. Ramos, A.
Henriques, I. Gorayeb & N. Bittencourt leg., Arm. Suspensa, 1.6m, mata firme, 2
fêmeas (MPEG); Porto Acre, Humaitá, 15.vi-02.vii.92, Gorayeb, Pena, Henriques
e Edmar leg., 1 fêmea (MPEG); Mato Grosso, Aripuanã, Res[er]v[a] Humbolt, W.
L. Overal leg., 1 fêmea (MPEG); Barra dos Bugres, R. E. Serra das Araras,
24.i.1986, Arm. Suspensa, 1.6m, 1 fêmea e 1 macho (MPEG); Pocone, RPPN,
SESC, Pantanal, 19.viii.2004, Arm. Van Someren- Rylan, mata, R. Alves leg., 2
fêmeas (INPA); 16˚42’46,2”S/ 56˚02’81,0”W, 15.vii.2004, 1 fêmea (INPA); ibidem,
16.vii.2004, 1 macho (INPA); ibidem, 20.viii.2004, 1 fêmea e 1 macho (INPA);
Tocantins, Arm. Baixa, 15-20.ix.2005, J. A. Rafael leg., 1 fêmea (INPA); Palmas,
30
Figura 3. A-G Ropalomera femorata : A, 5º esternito; B-C, epândrio (vista ventral e vista lateral);
D, surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero esquerdo (vista lateral externa); F-G, terminália
masculina interna (vista ventral e lateral). Escalas: A, B, C, F e G= 0,5 mm; D e E= 0,2 mm.
31
Chácara São José, 10˚17’14”S/ 48˚20’20”W, 20.viii.2002, Arm Mcphail, B. Ronchi-
Teles leg., 2 machos, 1 fêmea (INPA); ibidem, 10˚15’14”S 48˚20’21”W,
23.viii.2002, em acerola, 1 macho (INPA); ibidem, 23.viii.2002, 10˚11’24”S/
48˚17’71”W, em carambola, 3 machos (INPA); Goiás, Caldas Novas, PE Serra de
Caldas Novas, 700m, 17˚46’13”S/ 48˚39’22”W, 22-23.iii.2008, varredura, J. A.
Rafael & F. F. Xavier F˚ leg., 1 fêmea (INPA); EQUADOR, Napo, Yasumi, Res.
S[an]ta, 19-30.x.1988, W. J. Hanson leg., 6˚36’W/ 0˚38’S, 1 fêmea (INPA);
Distribuição geográfica: México, Guatemala, Nicarágua, Venezuela, Brasil
(Roraima, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná),
Equador (Napo), Bolívia, Paraguai e Argentina (Misiones).
Variações: alguns exemplares possuem face e/ou parafaciália amarelada, fronte
com manchas castanhas na parte anterior e faixas do escuto com polinosidade
prateada.
Discussão: esta espécie foi registrada pela primeira vez para o Equador, na
Província de Napo. Assemelha-se a R. albifaciata sp. nov. pela quetotaxia,
padrão de manchas do abdome e das asas, presença de cerdas espiniformes no
quinto esternito e número de lobos dos parâmeros. Difere desta espécie pela
coloração da face, castanho-escura; disposição das cerdas espiniformes do
quinto esternito, agrupadas; e pelas projeções esclerotinizadas pré-apicais
espiniformes do edeago. As demais espécies do gênero ou não possuem o quinto
esternito assim e/ou possuem asas com padrão de manchas diferentes, ou ainda
faixa de polinosidade lateral se estendendo até o espiráculo metatorácico.
32
Ropalomera glabrata Prado, 1966
(Figs. 4A-G e 9D)
Rhopalomera glabrata Prado, 1966: 215, 227, 230-232 (chav., desc., Figs. 45-51).
Ropalomera glabrata; Steyskal, 1967: 2 (cat.); Báez, 1985: 78-79 (desc. macho,
Figs. 1-3).
Holótipo fêmea. Corpo: 7 mm, segundo Prado (1966); asa: 7,8 mm
Cabeça: fronte castanha com fina pilosidade amarelada, regiões amareladas a
frente da região ocelar, está mais elevada e de coloração castanho-escura,
brilhante, com par de cerdas pouco desenvolvidas; órbitas oculares com
polinosidade prateada. Cerdas pós-ocelares paralelas. Cerdas pós-oculares
presentes. Antena com escapo castanho-claro e muito curto; pedicelo castanho, o
dobro do tamanho do escapo, com cerdas na região superior, apenas uma
diferenciada; flagelo alaranjado na base e castanho anteriormente; arista
plumosa, 1/3 basal alaranjado com pêlos longos no e o restante castanho-escuro.
Gena ampla, amarela, coberta com polinosidade prateada e cerdas delgadas
douradas, curtas, superiormente e mais longas na parte inferior. Parafaciália
castanho-clara, com pilosidade preta e três cerdas. Face amarelada, tubérculo
facial brilhoso, região entre as antenas castanho. Clípeo castanho. Palpos
alaranjados, com cerdas castanho-escuras e esparsas, pequenas superiormente
e longas na parte inferior.
Tórax: escuto castanho-escuro com faixas acrostical e dorsocentral de
polinosidade dourada pálida. Escutelo trapezoidal, ligeiramente dirigido para cima;
face dorsal levemente côncava e fosca, com extremidade posterior brilhante,
arredondada e sem polinosidade, metade basal com polinosidade lateral dourado-
pálida. Pleura com faixa de polinosidade prateada estendendo-se até o
anepisterno. Cerdas diferenciadas: uma pós-pronotal, duas notopleurais, uma
supra-alar pré-sutural pouco desenvolvida, uma supra-alar pós-sutural, uma pós-
alar, uma intra-alar, uma intra-pós-alar, uma acrostical, duas cerdas escutelares
33
fortes, uma apical e uma na metade do escutelo. Mesopleura com uma cerda forte
no anepisterno e uma no catepisterno e uma cerda forte sobre o espiráculo
metatorácico.
Pernas: coxas com polinosidade prateada. Fêmures castanho-escuro; fêmures
anterior e médio com cerdas de tamanho médio; fêmur anterior com quatro cerdas
fortes na face dorsal do terço distal, face ventral do terço distal com pilosidade
longa e três cerdas fortes em série; fêmur médio com duas cerdas apicais fortes
na face dorsal, face ventral com série de doze cerdas espiniformes na face
ântero-ventral e dez na face póstero-ventral decrescentes no seu tamanho em
direção ao ápice; fêmur posterior na castanho-claro face dorsal, e com treze
cerdas finas pouco mais longas que a pilosidade em volta, face ântero-ventral do
terço distal com quatro cerdas curtas fortes em série, face póstero-ventral com
três cerdas. Tíbias castanhas, com anterior e média mais afinadas; face dorsal da
tíbia anterior com uma cerda apical forte, face ântero-ventral com densa
pilosidade castanho-escura paralela à superfície da tíbia; face dorsal da tíbia
média com uma cerda forte pré-apical, face ventral com duas cerdas apicais
fortes; face dorsal da tíbia posterior com onze cerdas longas não alinhadas.
Tarsos amarelados, face dorsal com algumas cerdas pretas, face ventral com
densa pilosidade dourada.
Asa: enfuscada com mancha distinta na veia transversal r-m (Fig. 9D).
Abdome: com tergitos castanho-escuros, cada tergito com quatro manchas de
polinosidade prateada (duas laterais e duas centrais), com aspecto enxadrezado.
Quarto e quinto tergitos sem polinisidade; ovipositor com sétimo tergito totalmente
membranoso; espermatecas reniformes.
Macho: difere da fêmea nos seguintes aspectos: corpo 8,2mm; asa 8,0mm;
tubérculo facial fosco, face totalmente castanho-amarelada. Pernas com cerdas
um pouco mais longas. Abdome: Quinto esternito com forma retangular, laterais
arredondadas, região esclerotinizada com invaginação, em forma de “v” invertido,
na região média da margem posterior; cerdas laterais muito mais longas do que
as cerdas da região mediana (Fig. 4A). Terminália: cercos fusionados nos 2/3
34
basais, com cerdas longas nas laterais e no ápice (Figs. 4B-C). Surstilos mais
longos que os cercos, com região mediana mais afilada do que a base e o ápice,
margens internas paralelas (Fig. 4D). Parâmeros bilobados com região distal
curvada (Figs. 4E-F). Edeago esclerotinizado na metade basal e medianamente,
epifalo em forma de âncora com ramos curtos, com ápice truncado. (Figs. 4F-G).
Material tipo examinado: Holótipo fêmea (FIOC), etiquetado: [BRASIL],
Faz[enda] Floresta, Mun[icípio] [de] Três Lagoas, MT [Mato Grosso do Sul], 13-
20.IX.1964, Exp[edição do] Dep[artamen]to [de] Zool[ogia]; 1 paratipo fêmea com
os mesmos dados do holótipo (FIOC).
Condição dos tipos: Todos com abdome dissecado e perdido, o restante do corpo
em boas condições.
Material adicional examinado: BRASIL, Pará, Bragança-Ajuruteua, 30.viii-
04.ix.1988, I. S. Gorayeb leg., Armadilha Suspensa, 1.66m, 2 fêmeas (MPEG);
ibidem Armadilha Malaise, 1 fêmea (MPEG); Am[azonas], Presidente Figueiredo,
AM 240, Km 24, Com[unidade] S[ão] F[rancis]co de Assis, 02°01’S/ 59°49’W, 01-
11.ix.2002, Isca da banana fermentada, F. Xavier & U. Barbosa leg., 1 fêmea
(INPA); Manaus, ZF-2, Km 41, torre, 02º35’21”S/ 60º06’55”W, 10-13.xii.2004,
lençol c/ luz mista e BLB, 35m altura, C. S. Motta, A. S. Filho, S. Trovisco & M.
Cutrin leg., 1 fêmea (INPA); Torre 16-30 m, 62º35’21”S/ 60º06’55”W, 18-
21.v.2004, coletor anônimo, 1 macho (INPA); Novo Aripuanã, R. Soka, 05°15’53”S
60°07’08”W, 17-25.viii.1999, 1 fêmea (INPA); Reserva Km 41, P[rojeto] D[inâmica]
B[iológica] de F[ragmentos] F[lorestais], 27-28.x.2004, Trilha J I-D, R. Querino
leg., 1 fêmea (INPA); Est[rada] AM 1, Km 182, 13.vii.1968, E. V. Silva e A.
Faustino leg., 1 macho (INPA); R[eserva] Adolpho Ducke, 26.viii-01.ix.1988, Isca
de fruta, Y. Camara e F. Xavier leg., 1 fêmea (INPA); ibidem, 17-24 xi.1988, J. E.
Rinda leg., 1 macho (INPA); ibidem, 16.ix.2002, E. F. Soares e A. L. Pinheiro leg.,
área aberta, platô, Arm[adilha] McPhail, 2 fêmeas (INPA); ibidem, baixio, 1 macho
(INPA); ibidem, 2-9 x.2002, baixio, 1 macho (INPA); ibidem, 9-16.x.2002, baixio, 1
fêmea (INPA); ibidem, 6.xi.02, platô, 1 macho (INPA); ibidem, 18.xii.2002, 2
fêmeas (INPA); ibidem, Am-010, Km 26, 28.iv-05.v2003, Arm. de garrafa Pet, J. E.
Pereira leg., 1 macho e 1 fêmea (INPA); ibidem, Arm. McPhail, A. P. Tregue-
35
Costa leg., 1 fêmea (INPA); ibidem, 16.v.2003, área aberta, platô, 25m, Arm.
McPhail modif[icada], 2 machos e 16 fêmeas (INPA); ibidem, 15 m, 7 fêmeas e 1
macho (INPA); ibidem, 20.v.2003, 25m, 3 fêmeas e 1 macho (INPA); ibidem, 15m,
3 fêmeas (INPA); ibidem, 28.v.2003, 15m, 2 fêmeas (INPA); ibidem, 29.v.2003,
5m, 2 machos e 2 fêmeas (INPA); ibidem, 15m, 4 machos e 7 fêmeas (INPA);
ibidem, 06.vi.2003, 5m, 6 machos e 5 fêmeas (INPA); ibidem, 25m, 1 fêmea
(INPA); ibidem, 5m, 1 macho e 5 fêmeas (INPA); ibidem, 15m, 2 machos e 1
fêmea (INPA); ibidem, 16.vi.2003, 5 m, 1 fêmea (INPA); ibidem, 25m, 5 fêmeas
(INPA); ibidem, 15m, 2 fêmeas (INPA); ibidem, 24.vi.2003, 5m, 1 fêmea e 1
macho (INPA); ibidem, 15m, 3 machos e 6 fêmeas (INPA); ibidem, 29.vi.2003,
25m, 22 fêmeas e 23 machos (INPA); ibidem, 24.vii.2003, mata, baixio, Ig[arapé]
Barro Branco, Arm. McPhail, 1 macho (INPA); ibidem, Sede, 15m, melado de
cana 10%, 2 machos e 1 fêmea (INPA); ibidem, 25m, Arm. McPhail modif[içado],
3 machos e 4 fêmeas (INPA); ibidem, 07.viii.2003, 25m, 8 fêmeas (INPA); ibidem,
15.viii.2003, 15m, 1 macho e 1 fêmea (INPA); ibidem, 25m, 2 machos e 1 fêmea
(INPA); ibidem, 26.viii.2003, 15m, 1 macho e 1 fêmea (INPA); ibidem, 25m, 2
fêmeas e 1 macho (INPA); ibidem, 16.ix.2003, 15m, 1 macho (INPA); ibidem,
25m, 3 fêmeas e 2 machos (INPA); ibidem, 29.ix.2003, 25m, 2 fêmeas (INPA);
ibidem, 16.x.2003, 25m, 1 macho e 2 fêmeas (INPA); ibidem, 23.x.2003, 15m, 2
fêmeas e 1 macho (INPA); ibidem, 25m, 1 fêmea (INPA); BR 174, Km 23, EARA,
16.i.[19]97, McPhail, em araticum, B. Ronchi-Teles leg., 1 macho (INPA); ibidem,
17.iv.97, 1 macho (INPA); ibidem, 24.iv.97, 1 fêmea (INPA); ibidem, 22.v.97, em
bacuri, 1 fêmea (INPA); ibidem, 05.vi.97, 1 fêmea (INPA); ibidem, 05.vi.97, em
araticum, 1 fêmea (INPA); Km 40, E[stação] E[xperimental] de F[ruticultura]
T[ropical], 30.i.1997, em araçá boi, 1 fêmea (INPA); Conjunto Jardim Europa,
Bairro Ponta Negra, 15-23.xi.2002, Arm. de garrafa Pet, A. P. C. Marques leg., 7
fêmeas (INPA); Conj[unto] Hiléia, 31.v.2004, coletor anônimo, 4 fêmeas (INPA);
03.vi.2004, 9 fêmeas (INPA); CEPLAC, iv.2001, Arm. McPhail, B. Ronchi-Teles
leg., 4 machos (INPA); Humaitá, 11.xii.2000-i.2001, Arm[dillha] McPhail, B.
Ronchi-Teles leg., 2 fêmeas (INPA).
Distribuição geográfica: Venezuela (Aragua, Zulia, Monagas, Carabobo, Bolívar
Guri) e Brasil (Amazonas, Pará, Mato Grosso do Sul).
36
Figura 4. A-G Ropalomera glabrata : A, 5º esternito; B-C, epândrio (vista ventral e vista lateral);
D, surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero esquerdo (vista lateral externa); F-G, terminália
masculina interna (vista ventral e lateral). Escalas: A, B, C, F e G= 0,5 mm; D e E= 0,2 mm.
37
Variações: foram observadas somente variações de tamanho, e em alguns
casos, na coloração da face, que pode variar de amarela a castanha.
Discussão: pela primeira vez foi registrada a ocorrência desta espécie para a
Amazônia brasileira, sendo que já havia sido registrada sua presença na
Amazônia venezuelana (Báez, 1985). Assemelha-se a R. femorata na coloração,
mas difere pelo tamanho, morfologia, e quetotaxia do 5º esternito e das pernas,
pois R. glabrata é menor e não possui o 5º esternito com cerdas espiniformes na
região posterior. Estas diferenças ficam mais evidentes ao analisar a morfologia
da genitália masculina, sendo que R. femorata possui os parâmeros trilobados e o
edeago com projeções laterais pré-apicais espiniformes, e R. glabrata não possui
estas características.
Ropalomera goyana Prado, 1966
(Figs. 5A-G e 9E)
Rhopalomera goyana Prado, 1966: 215, 227-229 (chav., fig. 36-41).
Ropalomera goyana; Steyskal, 1967: 3 (cat.).
Holótipo macho. Corpo: 9,3 mm; asa: 8,9 mm
Cabeça: fronte amarela com fina pilosidade amarelada, e duas manchas de
polinosidade prateada entre as cerdas pós-ocelares e verticais internas; região
ocelar mais elevada, castanho-escura, brilhante, com par de cerdas; órbitas
oculares com polinosidade prateada. Cerdas pós-ocelares divergentes. Cerdas
pós-oculares presentes. Antena com escapo castanho-escuro, muito curto;
pedicelo castanho-escuro, o dobro do tamanho do escapo, com pilosidade e uma
cerda maior superiormente; flagelo alaranjado, anteriormente escurecido, arista
plumosa, 1/3 basal alaranjado com pêlos longos o restante castanho-escuro.
Gena ampla, amarela, coberta com polinosidade prateada e cerdas delgadas
38
douradas, mais longas inferiormente. Parafaciália castanho-escura com pilosidade
ruiva e três cerdas longas. Face castanha, fosca, com tubérculo facial
arredondado. Clípeo castanho. Palpo castanho-escuro, com cerdas maiores na
margem inferior, e com mesma cor do palpo.
Tórax: escuto castanho com faixas acrostical e dorsocentral de polinosidade
dourada pálida. Escutelo trapezoidal, ligeiramente dirigido para cima; face dorsal
côncava com extremidade posterior brilhante, arredondada e sem polinosidade;
laterais da metade basal com polinosidade dourada pálida. Pleura com faixa de
polinosidade prateada estendendo-se até o anepisterno. Cerdas diferenciadas:
uma pós-pronotal, duas notopleurais, uma supra-alar pré-sutural pouco
desenvolvida, uma supra-alar pós-sutural, uma pós-alar, uma intra-alar, uma intra-
pós-alar, uma acrostical, uma dorsocentral pouco desenvolvida, duas escutelares,
uma apical e uma na metade do escutelo. Mesopleura com uma cerda forte no
anepisterno e uma no catepisterno; uma cerda forte sobre o espiráculo
metatorácico.
Pernas: coxas com polinosidade prateada. Fêmures castanho-escuros, com fina
pilosidade; fêmur anterior com cerdas delgadas, não mais longas que o diâmetro
do fêmur, região mediana da face ventral com cerdas douradas; face póstero-
ventral da base sem cerdas; fêmur médio com polinosidade prateada
esparsamente distribuída; metade basal da face ventral com cerdas delgadas,
longas e douradas; face ântero-ventral com nove cerdas espiniformes
decrescentes em tamanho na direção do ápice; face dorsal com uma cerda pré-
apical e duas cerdas apicais, todas fortes e curvadas; fêmur posterior mais
engrossado na região mediana do que os demais, com polinosidade dourada na
face dorsal; metade distal com seis cerdas fortes; face anterior com três cerdas
não seriadas; metade apical da face ventral com duas séries de três cerdas
espiniformes, uma ântero-ventral e uma póstero-ventral. Tíbias anterior e média
delgadas; tíbia anterior com face dorsal e terço distal amarelado e densa
pilosidade dourada ântero-ventral; com cerdas finas, longas e castanhas nos dois
terços proximais, face dorsal com uma cerda pré-apical longa; tíbia média com
metade distal da face ventral com pilosidade longa e duas cerdas apicais
39
espiniformes; face dorsal com uma cerda longa na metade distal; tíbia posterior
alargada na região mediana, pilosidade não mais longa que o maior diâmetro da
tíbia, exceto cerdas distribuídas na face dorsal, ápice da face ventral com fina
pilosidade dourada, densamente disposta. Tarsos com os dois primeiros
tarsômeros amarelados na face dorsal; demais tarsômeros castanhos, com densa
pilosidade dourada na face ventral.
Asa: enfuscada, com mancha distinta na r-m (Fig. 9E).
Abdome: com tergitos castanho-escuros, cada tergito com quatro manchas de
polinosidade prateada (duas laterais e duas centrais), com aspecto enxadrezado.
Quinto esternito com laterais bastante arredondadas, pouco cerdoso, laterais com
cerdas mais longas do que as centrais, região mediana pouco esclerotinizada
(Fig. 5A). Terminália: epândrio convexo, com poucas cerdas curtas, cercos mais
longos que os surstilos, e com cerdas não mais longas que a largura basal do
cerco (Figs. 5B-C). Surstilo mais largo na base que no ápice, os 2/3 apicais com
uma região mais achatada (Fig. 5D). Parâmeros trilobados, com região mediana
mais afilada, onde surge o lobo pré-apical (Fig. 5E). Edeago esclerotinizado na
metade basal e mediana do ápice, sem projeções espiniformes pré-apicais.
Epifalo pouco curvado e com região terminal arredondada, sem ramos laterais
(Figs. 5F-G).
Material tipo examinado: Holótipo macho (FIOC), etiquetado: [BRASIL],
Goyas,
Campinas [hoje no Estado de Tocantins], Spitz, 5[v]-[19]38/ / (etiqueta circular
vermelha)/ Ropalomera goyana Det. Â[ngelo] P[ires] [do] Prado.
Condição do holótipo: Abdome dissecado e perdido, resto do corpo em boas
condições.
Material adicional examinado: BRASIL, Am[azonas], Manaus, R[eserva]
Adolpho Ducke, Arm. McPhail, área aberta, baixio, 21.ii.[20]03, A. P. Tregue-
Costa leg., 1 macho (INPA); ibidem, área aberta, platô, Arm[adilha] McPhail
Modif[icada], 29.v.2003, 5m, 1 macho (INPA); ibidem, 6.vi.2003, 5m, 1 macho
(INPA); ibidem, 25m, 1 macho (INPA); ibidem, 24.vi.2003, 15m, 1 macho (INPA);
40
Figura 5. A-G Ropalomera goyana : A, 5º esternito; B-C, epândrio (vista ventral e vista lateral);
D, surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero esquerdo (vista lateral externa); F-G, terminália
masculina interna (vista ventral e lateral). Escalas: A, B, C, F e G= 0,5 mm, D e E= 0,2 mm.
41
ibidem, 29.vi.2003, 25m, 3 machos; ibidem, 7.viii.2003, 15m, 1 macho (INPA);
ibidem, Sede, 25m, melado de cana 10%, 1 macho (INPA); ibidem, 15.viii.2003,
25m, 1 macho (INPA); Itacoatiara, vi-viii.[19]99, Arm. McPhail, B. Ronchi-Teles
leg., 1 macho (INPA).
Distribuição geográfica: Brasil (Amazonas, Goiás).
Variações: não foram observadas variações na coloração ou estruturas
morfológicas, somente no tamanho que varia de 8,0 mm a 9,5 mm.
Discussão: esta espécie foi registrada pela primeira vez para a região
amazônica, anteriormente havia sido registrada somente no Estado de Goiás.
Assemelha-se a R. femorata e a R. albifaciata sp. nov. no que diz respeito ao
tamanho e padrão de coloração do tórax e abdome. Diferencia-se pelo quinto
esternito, edeago, epifalo e parâmeros, sendo o principal caráter o quinto
esternito, que nesta espécie não possui cerdas espiniformes na região basal.
Ropalomera nudipes Frey, 1959
(Figs. 6A-G e 9F)
Rhopalomera nudipes Frey, 1959: 47-48 (chav., desc.); Prado, 1966: 215-216
(chav., cit.).
Ropalomera nudipes; Steyskal, 1967: 3; Prado & Papavero, 2002: 1 (cat.).
Alótipo fêmea. Corpo: 7,5 mm; asa: 7,3 mm
Cabeça: fronte amarela com fina pilosidade amarelada, duas manchas de
polinosidade prateada recobrindo a região ocelar até o vértice; órbitas oculares
com polinosidade prateada. Região ocelar mais elevada e de coloração castanho-
escura, brilhante, com par de cerdas. Cerdas pós-ocelares divergentes. Cerdas
42
pós-oculares presentes. Antena com escapo castanho e muito curto; pedicelo
castanho, o dobro do tamanho do escapo, com pilosidade e uma cerda
diferenciada superiormente; flagelo alaranjado com margem anterior castanho-
escura, arista plumosa, 1/3 basal alaranjado com pêlos longos, o restante
castanho-escuro. Gena ampla, castanha, coberta com polinosidade prateada e
cerdas delgadas douradas, curtas superiormente e mais longas na parte inferior.
Parafaciália castanha com pilosidade castanho-escura e quatro cerdas. Face
castanha, brilhosa, com tubérculo facial arredondado. Clípeo castanho-escuro.
Palpos amarelados com cerdas escuras e esparsas, menores na parte superior.
Tórax: escuto castanho escuro com faixas acrostical e dorsocentral de
polinosidade prateada. Escutelo trapezoidal ligeiramente dirigido para cima, face
dorsal côncava, extremidade posterior arredondada brilhante e sem polinosidade;
lateral da metade basal e face ventral com polinosidade prateada. Pleura sem
faixa de polinosidade. Cerdas diferenciadas: uma pós-pronotal, duas notopleurais,
uma supra-alar pré-sutural pouco desenvolvida, uma supra-alar pós-sutural, uma
pós-alar, uma intra-alar, uma intra-pós-alar, uma acrostical, duas cerdas
escutelares, uma apical e uma na metade do escutelo. Mesopleura com uma
cerda forte no anepisterno e uma no catepisterno, uma cerda forte sobre o
espiráculo metatorácico.
Pernas: coxas com polinosidade prateada. Fêmures castanho-escuros, com
manchas de polinosidade prateada e cerdas delgadas curtas; fêmur médio com
duas séries de cerdas espiniformes decrescentes em direção ao ápice, onze na
face ântero-ventral e doze na face póstero-ventral, e uma cerda apical na face
dorsal; fêmur posterior com sete cerdas longas na face dorsal, metade distal com
sete cerdas espiniformes na face ântero-ventral e quatro na face póstero-ventral.
Tíbias castanhas, com cerdas delgadas curtas; tíbia anterior com densa
pilosidade dourada ântero-ventral no terço apical e cerda pré-apical longa na face
ântero-dorsal; tíbia média com uma cerda pré-apical longa na face ântero-dorsal,
face ventral com uma cerda apical espiniforme. Tíbia posterior com face dorsal
carenada, com quatro cerdas longas sobre protuberâncias na face dorsal. Tarsos
com coloração amarelada e densa pilosidade dourada presente na face ventral.
43
Asa: amarelada com manchas distintas: r-m, porção final da R
1
, porção final da
R
2+3
, R
4+5
, interseção entre CuA
1
e dm-cu (Fig. 9F).
Abdome: com tergitos castanho-escuros, brilhantes, cada tergito com quatro
manchas de polinosidade prateada (duas laterais e duas centrais), com aspecto
enxadrezado. Terminália: telescopada, sexto esternito em diante sem manchas de
polinosidade e pouco esclerotinizados.
Macho: difere da fêmea nos seguintes aspectos: face fosca, tubérculo facial
arredondado. Cerdas nas pernas com tamanho maior. Quinto esternito trapezoidal
com laterais muito arredondadas, região esclerotinizada com invaginação em
forma de “v” invertido, cerdas mais longas nas laterais (Fig. 6A). Terminália:
epândrio arredondado. Cercos fusionados nos 2/3 basais com cerdas
aproximadamente do tamanho do cerco (Figs. 6B-C). Surstilos com o dobro do
tamanho do cerco, falciformes, com cerdas na face dorsal (Fig. 6D). Parâmeros
bilobados (Figs. 6E-F). Edeago esclerotinizado na região basal e mediana (parte
terminal do edeago perdida). Epifalo em forma de âncora com ápice truncado e
com ramos longos (Figs. 6F-G).
Material tipo examinado: Alótipo fêmea (NHRS), etiquetado: [BRASIL], Amazon/
Maj 1924, A. Roman/ Allotypus (etiqueta retangular vermelha)/ Rhopalomera
nudipes n.sp Frey det. (etiqueta manuscrita)/ NRM Sthlm, loan 1805/08 (etiqueta
verde).
Condição do Alótipo: em boas condições, não dissecado.
Material adicional examinado: BRASIL, Am[azonas], Manaus, Res[erva]
Adolpho Ducke, 5m, 26.viii.2002, Arm[adilha] McPhail modif[icada], A. P. Tregue-
Costa leg., 1 macho (INPA); ibidem, 9-16.x.2002, E. F. Soares & A. L. Pinheiro
leg., área aberta, baixio, 1 fêmeas (INPA); ibidem, 18.xii.2002, platô, 3 fêmea
(INPA); ibidem, 29.v.2003, 15m, A. P. Tregue-Costa leg., 1 fêmea (INPA); ibidem,
06.vi.2003, platô, 5m, 1 fêmea (INPA); ibidem, 16.vi.2003, 25m, 2 fêmeas (INPA);
BR 174, Km 23, EARA, 28.v.1997, McPhail, em abil, B. Ronchi-Teles leg., 1
fêmea (INPA); ibidem, 10.vii.1997, em bacuri, 1 fêmea (INPA); ibidem,
44
Figura 6. A-G. Ropalomera nudipes : A, 5º esternito; B-C, epândrio (vista ventral e vista lateral);
D, surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero esquerdo (vista lateral externa); F-G, terminália
masculina interna (vista ventral e lateral). Escalas: A, B, C, F e G= 0,5 mm; D e E= 0,2 mm.
45
21.viii.1997, em bacuri, 1 fêmea (INPA); [Nova Aripuanã], Com[unidade] Bela
Vista, Lago Shaddá, 18-22.iv.2005, P[rograma] [de] P[esquisa] [em]
Bio[diversidade], F. F. Xavier F° leg., 1 macho (INPA); Manicoré, cachoeirinha,
05°29’44,0”S, 60°49’21,3”W, Rio Madeira, Marg[em] Esq[uerda], suspensa com
melado de cana, ix.2004, M. Pena & A. Silva leg., 1 fêmea (INPA), São Paulo de
Olivença, Armadilha alta, 11-14.ix.2005, J. A. Rafael leg., 1 fêmea (INPA).
Distribuição geográfica: Brasil (Amazonas).
Variações: não foram observadas variações na coloração ou estruturas
morfológicas.
Discussão: esta espécie possui semelhança com R. clavipes pois possui asas
com manchas, mas difere na quantidade e nitidez destas manchas, que em R.
nudipes são menores. Além disso, o tamanho desta espécie é menor do que das
outras, o 5º esternito e a morfologia dos surstilos e outros caracteres da terminália
interna diferenciam esta espécie das demais.
Ropalomera tessellata Prado, 1966
(Figs. 7A-G e 9G)
Rhopalomera tessellata Prado, 1966: 215, 233, 235 (chav., fig. 57 – 59, desc.).
Ropalomera tessellata; Prado, 1967: 72 (cit.); Steyskal, 1967: 3; Prado &
Papavero, 2002: 1 (cat.).
Holótipo macho. Corpo: 9,8 mm; asa: 9,6 mm
Cabeça: fronte amarela com fina pilosidade amarelada e duas manchas de
polinosidade prateada; órbitas oculares com polinosidade prateada. Região ocelar
mais elevada e castanha, brilhante, com par de cerdas. Cerdas pós-ocelares
46
divergentes. Cerdas pós-oculares presentes. Antena com escapo castanho-
escuro e muito curto; pedicelo da mesma cor, o dobro do tamanho do escapo,
com uma cerda superiormente; flagelo alaranjado na base e anteriormente
castanho-escuro; arista plumosa, 1/3 basal alaranjado, com pêlos longos e o
restante castanho-escuro. Gena ampla, amarela, coberta com polinosidade
prateada e cerdas delgadas douradas, curtas superiormente e mais longas na
parte inferior. Parafaciália amarelada com pilosidade castanho-escura e três
cerdas escuras. Face amarelada, fosca, com tubérculo facial arredondado. Clípeo
da mesma cor da face. Palpos alaranjados, com pequenas cerdas pretas maiores
inferiormente.
Tórax: escuto castanho com faixas acrostical e dorsocentral de polinosidade
prateada. Escutelo trapezoidal, ligeiramente dirigido para cima, face dorsal
côncava com extremidade posterior, brilhante, arredondada e sem polinosidade;
2/3 basais com polinosidade prateada nas laterais. Pleural com faixa de
polinosidade lateral se estendendo até o espiráculo metatorácico. Cerdas
diferenciadas: uma pós-pronotal, duas notopleurais, uma supra-alar pré-sutural
pouco desenvolvida, uma supra-alar pós-sutural, uma pós-alar, uma intra-alar,
uma intra-pós-alar, uma acrostical, duas cerdas escutelares fortes, uma apical e
uma na metade distal do escutelo. Mesopleura com uma cerda forte no
anepisterno e uma no catepisterno e uma cerda forte sobre o espiráculo
metatorácico.
Pernas: coxas com polinosidade prateada. Fêmures recobertos por pilosidade
curta inferior a 2/3 do diâmetro do fêmur; fêmur anterior com metade proximal da
face ventral com pilosidade dourada, metade distal com mancha de polinosidade
prateada; fêmur médio castanho, face dorsal medianamente com polinosidade
prateada e sem pilosidade, com uma cerda pré-apical e duas apicais, face ventral
na metade proximal com pilosidade dourada longa, inferior ao diâmetro do fêmur,
metade distal com oito cerdas espiniformes em série na face ântero-ventral e
cinco na póstero-ventral, decrescentes em direção ao ápice; fêmur posterior
castanho com polinosidade prateada na região mediana da face dorsal e quatro
cerdas fortes na metade distal, terço apical da face ventral com cerdas fortes
47
sobre protuberâncias, quatro na face ântero-ventral e três na póstero-ventral.
Tíbias anterior e média carenadas dorsalmente e afiladas; tíbia anterior
amarelada na face dorsal com uma cerda pré-apical, terço apical da face ântero-
ventral com densa pilosidade dourada paralela à superfície da tíbia; tíbia média
castanha recoberta por pilosidade castanho-escura curta, exceto no terço distal
da face ventral, com pilosidade longa, até o dobro do diâmetro da tíbia e uma
cerda apical espiniforme; tíbia posterior com cerdas delgadas e longas, terço
apical da face ventral com densa pilosidade dourada disposta paralelamente à
superfície da tíbia. Tarsos com coloração amarelada e densa pilosidade dourada
na face ventral.
Asa: enfuscada, sem manchas (Fig. 9F), um pouco mais escurecida nos ápices
de R
2+3
e R
4+5
.
Abdome: com tergitos castanho-escuros, cada tergito com manchas de
polinosidade prateada difusas. Quinto esternito retangular com laterais pouco
arredondadas, cerdas mais longas nas laterais e no ápice, região esclerotinizada
com reentrância arredondada medianamente no ápice, com cerca da metade do
tamanho do esternito (Fig. 7A). Terminália: epândrio convexo com densa
pilosidade longa. Cercos mais longos que os surstilos, com base fusionada nos
2/3 basais, cerdas longas no ápice e nas laterais (Figs. 7B-C). Surstilo com base
mais alargada do que o ápice, em vista dorsal com uma curvatura apical em
direção ao dorso e diversas cerdas finas dispersas (Fig. 7D). Parâmero trilobado,
com lobo pré-apical localizado medianamente, com espessura maior ou igual aos
lobos apicais (Figs. 7E-F). Edeago com projeções espiniformes pré-apicais não
esclerotinizadas, ápice e porção mediana ventral com maior grau de
esclerotinização, assim como ao longo da superfície ventral. Epifalo com ápice
curvo e arredondado, com ramos muito curtos (Figs. 7F-G).
Fêmea: difere do macho nos seguintes aspectos: comprimento total 8,0 mm;
tubérculo facial brilhoso; fêmur médio sem pêlos longos na metade proximal da
face ventral. Terminália telescopada, membranosa nas laterais, sétimo tergito
esclerotinizado e espermatecas cilíndricas.
48
Material tipo examinado: Holótipo macho (FIOC), etiquetado: [BRASIL],
[Amazonas], Maués, 12-1936/ Coleção J. Lane/ Col[eção] D[epartamento] [de]
Z[oologia] [de] S[ão] P[aulo]. Alótipo (FIOC): [BRASIL],[Amazonas], Manacapuru,
10-1936/ Coleção J. Lane/ Col. D. Z. S. P.
Condições do material examinado: holótipo: com abdome dissecado e perdido;
antenas sem aristas; sem asa direita. Alótipo: antenas sem aristas; fronte com
manchas de uma substância esbranquiçada; asas e parte do tórax recoberta por
substância alaranjada; e abdome perdido.
Material adicional examinado: BRASIL, Roraima, Rio Uraricoera, Ilha do
Maracá, 01-04.iii.1988, J. A. Rafael leg., Arm[adilha] Shannon, 1 fêmea (INPA);
Am[azonas], Fonte Boa, Arm. Baixa, 21-24.ix.2005, J. A. Rafael leg., 2 machos,
(INPA); Rio Unini, Paraná do Bacaba, 12-17.vi.1996, R. Ferreira leg., 1 macho
(INPA); Presidente Figueiredo, v-vi.1999, Arm. McPhail, B. Ronchi-Teles leg., 1
fêmea (INPA); ibidem, ix.1999, 1 macho (INPA); AM 240, Km 24, Com[unidade]
S[ão] F[ran]c[is]o de Assis, 02°01’S/ 59°49’W, 01-11.ix.2002, Isca de banana
fermentada, F. Xavier & U. Barbosa leg., 1 macho (INPA); ibidem, 02°01’05”S/
59°49’59”W, 26.vii-03.viii.2005, F. F. Xavier F°, G. M. Lourido e R. Machado leg.,
1 macho (INPA); Vila de Balbina, 16-22.x.2003, 15m, melado de cana 10%, mata,
platô, J. C. Almeida leg., 1 macho (INPA); P[ar]q[ue] Nacional do Jaú, 24.vii.1995,
1 macho (INPA); Manaus, ZF 2, Km 14, Torre 16-30 m, 02°35’21”S/ 60°06’55”W,
18-21.v.2004, 3 fêmeas (INPA); BR 174, Km 40, E[stação] E[xperimental] [de]
F[ruticultura] T[ropical], 16.i.[19]97, Mcphail, em sorva, B. Ronchi-Teles leg., 1
macho (INPA); ibidem, 20.ii.1997, em araçá, 1 macho (INPA); ibidem, 21.iii.1997,
1 macho (INPA); ibidem, 19.ix.1997, 1 fêmea (INPA); AM 010, Km 35, Sítio Vida
Tropical, 06.ii.1997, Arm. McPhail, em g[oiaba] de Anta, B. Ronchi-Teles leg., 1
macho (INPA); Km 31, Embrapa, 14.xii.1991, L. P. Albuquerque & J. Rinda leg.,
Arm. Shannon, casca de cacau, Isca de Fruta, 1 macho (INPA); R[eserva]
[Adolpho] Ducke, 24.v-07.vi.1988, 1 macho (INPA); ibidem, 07-10.vi.1988, Isca de
Fruta, Y. Camara & J. F. Vidal leg., 1 macho (INPA); ibidem, 16.iii-06.iv.1989, 1
macho (INPA); ibidem, 10-17.ix.1988, Y. Camara & J. E. Rinda leg., 1 macho
(INPA); ibidem, 15-22.xii.1988, 1 macho, (INPA); ibidem, 06.xi.2002, E. F. Soares
& A. L. Pinheiro leg., mata, platô, 1 macho (INPA); ibidem, 24-27.ix.2004, Barro
49
Branco, 30m, mata, platô, melado de cana 10%, 1 macho (INPA); ibidem,
16.vi.2003, 25m, McPhail modif[icada], A. P. Tregue-Costa leg., 1 macho (INPA);
ibidem, 24.vi.2003, 15m, 1 macho (INPA); ibidem, 29.vi.2003, 25m, 1 macho
(INPA); ibidem, 15.viii.2003, 15m, 1 macho (INPA); ibidem, 25m, 1 macho (INPA);
ibidem, 26.viii.2003, 25m, 2 machos (INPA); ibidem, 16.x.2003, 25m, 1 macho
(INPA); ibidem, 20.v.2003, área aberta, platô, 25m, 2 machos (INPA); ibidem,
24.vii.2003, E. F. Soares & A. L. Pinheiro leg., 1 macho (INPA); ibidem,
24.vii.2003, 15m, A. P. Tregue-Costa leg., melado de cana 10%, 1 macho (INPA);
ibidem, 07.viii.2003, 25m, 1 macho (INPA); ibidem, 15.viii.2003, 5m, 1 macho
(INPA); ibidem, 23.x.2003, 15m, 1 macho (INPA); ibidem, 03.xi.1988, Arm.
Suspensa, 30m, J. A. Rafael leg., 1 macho (INPA); ibidem, 20m, 01.xii.1988, 1
macho (INPA); ibidem, NS2 200 mts, [arm. suspensa com septo] preto, A.
Henrique et. al. leg., 1 macho (INPA); ibidem, xi.2003, 20m, OL1- 0 mts, preto, 1
macho (INPA); ibidem, xi.2003, OL1- 700 mts, vermelho, 1 macho (INPA); ibidem,
xi.2003, OL1- 1800 mts, vermelho, 1 macho (INPA); Itacoatiara, x.1999, McPhail,
B. Ronchi-Teles leg., 1 macho (INPA); São Paulo de Olivença, 03°28’50”S/
68°55’25”W, Campina, 11-14.ix.2005, J. A. Rafael & F. F. Xavier F° leg., 1 macho
(INPA); Beruri, Est[acionamento] do I[nstituto] N[acional] [de] C[olonização] [e]
R[eforma] A[grária], Km 3, 03°56’62”S/ 61°21’02”W, 28.ix-09.x.2002, U. Barbosa &
X. Filho leg., 2 machos (INPA); Manacapuru, ii.1998, McPhail, B. Ronchi-Teles
leg., 1 fêmea (INPA); Coari, rio Urucu, Angelim, 5˚03’33”S/ 65˚14’48”W, 23.xii-
02.xii.1992, P. F. Buhrnheim & N. O. Aguiar leg., à luz mista de mercúrio, 1 macho
(CZPB); Carauari, Ramal do Roberto, [UTM] 5°04’31,5”/67°10’W, 05-15 mts,
vii.2005, J. A. Rafael leg., 1 macho (INPA); Pará, Tucuruí, Rio Tocantins, saúde,
3-5.vi.1984, 1 macho (MPEG); M[a]t[o] Grosso, Cáceres, 19.xi.1984, Buzzi,
Mielke, Elias, Casagrande leg., Proj. Polonoroeste, 200427, 1 macho (DZUP);
ibidem, 12.xii.1984, C. Elias leg., 200398, 1 macho (DZUP).
Distribuição geográfica: Brasil (Roraima, Amazonas, Amapá, Pará, Mato
Grosso).
Variações: a coloração da face pode variar de amarela a castanha.
50
Figura 7. A-G. Ropalomera tessellata : A, 5º esternito; B-C, epândrio (vista ventral e vista
lateral); D, surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero esquerdo (vista lateral externa); F-G,
terminália masculina interna (vista ventral e lateral). Escalas: A, B, C, F e G= 0,5 mm, D e E= 0,2
mm.
51
Discussão: esta espécie é registrada pela primeira vez nos Estado de Roraima e
Mato Grosso. Se assemelha a R. femorata pelo padrão de coloração do tórax, e a
R. titillator pela coloração do abdome. Se assemelha também a R. titillator e R.
tibialis por possuir, na região pleural, faixa de polinosidade prateada que se
estende até o espiráculo metatorácico. difere destas espécies pelas asas,
morfologia do 5º esternito, parâmeros e epifalo.
Ropalomera tibialis Walker, 1852
(Figs. 8A-G e 9H)
Ropalomera tibialis Walker, 1852: 375; 1857: 224; Prado, 1967: 72 (cit.); Steyskal,
1967: 3 (cat.); Prado & Papavero, 2002: 1 (cat.).
Rhopalomera tibialis; Williston, 1895: 184 (chav.).
Rhopalomera walkeri Prado, 1966: 215, 243, 245 (chav., desc., fig. 91 – 97).
Holótipo macho. Corpo: 12,3 mm; asa: 12,6 mm
Cabeça: fronte amarela com fina pilosidade amarelada, órbitas oculares com
polinosidade prateada. Região ocelar mais elevada e castanho-escura, brilhante,
com um par de cerdas. Cerdas pós-ocelares divergentes. Cerdas pós-oculares
presentes. Antena com escapo castanho e muito curto; pedicelo castanho, o
dobro do tamanho do escapo, com uma cerda diferenciada superiormente; flagelo
alaranjado na metade posterior e castanho na anterior; arista plumosa com 1/3
basal alaranjado. Gena ampla, amarela, coberta com polinosidade prateada, com
cerdas delgadas curtas superiormente e mais longas na parte inferior. Parafaciália
castanho-escura com pilosidade castanho-escura e três cerdas. Face castanho-
escura, fosca, com tubérculo facial arredondado. Clípeo castanho-escuro. Palpos
castanhos com pequenas cerdas castanho-escuras e esparsas maiores na
ventralmente.
52
Tórax: escuto castanho com faixas acrostical e dorsocentral de polinosidade
prateada. Escutelo trapezoidal, ligeiramente dirigido para cima, face dorsal
côncava com extremidade posterior, brilhante, pouco arredondada e sem
polinosidade, metade basal com polinosidade prateada somente nas laterais.
Pleural com faixa de polinosidade prateada estendendo-se até o espiráculo
metatorácico. Cerdas diferenciadas: uma pós-pronotal, duas notopleurais, uma
supra-alar pré-sutural pouco desenvolvida, uma supra-alar pós-sutural, uma pós-
alar, uma intra-alar, uma intra-pós-alar, uma acrostical, duas cerdas escutelares
fortes e curtas, uma na metade basal e uma apical. Pleural com uma cerda forte
no anepisterno e uma no catepisterno; uma cerda forte sobre o espiráculo
metatorácico.
Pernas: coxas com polinosidade prateada. Fêmures com cerdas curtas; fêmures
médio e posterior com metade basal castanho-clara e polinosidade prateada na
face dorsal; fêmur anterior com polinosidade prateada na região póstero-ventral
da metade apical, e três cerdas espiniformes entre cerdas delgadas longas,
metade proximal da face póstero-ventral nua; fêmur médio com uma cerda pré-
apical e duas apicais na face dorsal, face ventral com cerdas delgadas, douradas
e longas na metade proximal, metade distal com duas séries de doze cerdas
espiniformes, decrescentes em direção ao ápice, uma na face ântero-ventral e
outra na póstero-ventral; fêmur posterior mais engrossado na região mediana do
que os demais, com 22 cerdas espiniformes na face ântero-vetral, face dorsal da
metade distal com dez cerdas fortes, face póstero-ventral do terço apical com
cinco cerdas espiniformes. Tíbias castanho-escuras; tíbia anterior amarelada na
face dorsal com cerda pré-apical forte, com densa pilosidade dourada ântero-
ventral no terço apical, cerdas finas, longas e castanhas nos dois terços distais;
tíbia média na face ventral do terço apical com cerdas delgadas, longas, e uma
cerda apical espiniforme; Tíbia posterior com face dorsal carenada e 10 cerdas
longas. Tarsos com polinosidade prateada na face dorsal, tarsos anterior e médio
com os dois primeiros tarsômeros amarelos; tarso posterior com todos tarsômeros
castanho-escuros.
Asas: hialinas, com manchas escurecidas sobre R
1
, R
2+3
, r-m e parte da M (Fig.
9H).
53
Abdome: polinosidade com reflexo azulado. Quinto esternito retangular, com
laterais arredondadas, cerdas laterais muito mais longas que as demais, cerdas
apicais medianas fortes e curtas, esclerotinização na base e nas laterais do
esclerito (Fig. 8A). Terminália: epândrio convexo mais largo que longo, com
numerosas cerdas longas; cercos livres somente no 1/5 apical, com cerdas longas
nas laterais e no ápice, dorsalmente com cerdas curtas (Figs. 8B-C). Surstilos
longos aproximadamente do mesmo tamanho dos cercos, metade distal, em vista
dorsal, sulcada, metade proximal com cerdas (Fig. 8D). Parâmeros bilobados,
com região entre os lobos sulcada (Figs. 8E-F). Edeago sem projeções
espiniformes apicais, com maior grau de esclerotinização ao longo da superfície
ventral. Epifalo em forma de âncora, com ramos muito longos (Figs. 8F-G).
Fêmea: difere do macho pelas seguintes características: palpos mais alargados;
pilosidade da face mais curta, principalmente na região inferior da gena.
Pilosidade dourada na parte inferior do catepisterno mais curta. Pernas pouco
mais delgadas e com cerdas mais curtas; fêmur posterior com somente oito
cerdas na face ântero-ventral; tíbia média sem cerdas apicais longas na face
ventral.
Material tipo examinado: Holótipo macho (BMNH), etiquetado: Type (etiqueta
circular, com borda verde)/ Brazil/ Tibialis (etiqueta manuscrita).
Condição do tipo: abdome dissecado, com epândrio e terminália interna colados
em papel cartão, abaixo das etiquetas. Esqueritos do abdome perdidos.
Material adicional examinado: BRASIL, Amazonas, Fonte Boa, Arm[adilha] Alta,
21-24.ix.2005, J. A. Rafael leg., 4 fêmeas (INPA); Presidente Figueiredo, AM-240,
Com[unidade] S[ão] F[rancis]co de Assis, 02˚01’S/ 59˚49’W, 01-11.ix.2002, Isca
de banana fermentada, F. Xavier & U. Barbosa leg., 1 fêmea (INPA); Igarapé
Santuário, 02˚03’38”S/ 59˚55’35”W, 19-30.ix.2003, F. F. Xavier & J. M. Vidal leg.,
1 macho (INPA); Vila de Balbina, 05-09.x.2003, mata, vertente, McPhail, melado
de cana 10% 1.5m, J. C. Almeida leg., 1 macho (INPA), ibidem, 09-16.x.2003,
platô, 1 fêmea e 1 macho (INPA); ibidem, 23.v-02.vi.2004, 1 fêmea (INPA);
Manaus, ZF 2, Km 14, Torre, 16-30m, 02°35’21”S/ 60°06’55”W, 18-21.v.2004,
54
coletor anônimo, 1 macho (INPA); BR 174, Km 40, E[stação] E[xperimental] [de]
F[ruticultura] T[ropical], Km 40, 13.ii.1997, McPhail, araçá, B. Ronchi-Teles leg., 1
macho (INPA); 07.viii.1997, em sorva, 1 fêmea (INPA); Reserva [Adolpho] Ducke,
16.vi.1969, A. Faustino leg., 1 fêmea (INPA); melado da cana 10%, McPhail,
[igarapé] Tinga, 1.5m, mata, baixio, coletor anônimo, 13-17.v.2004, 1 fêmea
(INPA); [igarapé] Barro Branco, 30m, platô, 10-17.i.2005, 1 macho (INPA); Tinga,
17-20.i.2005, 1 macho (INPA); 29.v.2003, área aberta, platô, 15m, McPhail
Modif[icada], A. P. Tregue-Costa leg., 1 fêmea (INPA); Sede, 25m, coletor
anônimo, 29.vi.2003, 1 fêmea (INPA); Conj[unto] Hiléia, Manta, S.S.M, 03.v.2004,
R. Ale-Rocha leg., 1 fêmea (INPA); São Paulo de Olivença, 03˚28’50”S/
68°55’25”W, Campina, 11-14.ix.2005, J. A. Rafael & F. F. Xavier F˚ leg., 1 fêmea,
1 macho (INPA); Beruri, Est[acionamento] [do] I[nstituto] N[acioanal] [de]
C[olonização] [e] R[eformas] A[grárias], Km 3, 03˚56’62”S/ 61˚21’02”W, 28.ix-
09.x.2002, U. Barbosa & X. Filho leg., 3 fêmeas, 1 macho (INPA); Lábrea, BR-
230, Km 12, Ramal Apaeral, Km 09, 07°19’10,5”/ 64°40’07”W, 13.vi-02.vii.2006,
Arm. Arapuca, F. F. Xavier leg., 1 macho (INPA); Pará, Marajó-Breves, Rio
Caruaca, 21.ii.1988, área 2, margem W, isca 1, coletor anônimo, 1 macho
(MPEG); ibidem, 4.viii.1988, J. Dias leg., B.56, L.5, 1 fêmea (MPEG); 28.ii.1964,
H. Schubart leg., 1 fêmea (MZSP); Tucuruí, Vila Brava, 22.vi1980, Nunes de Melo
eq. leg., 5558, 3 machos e 1 fêmea (INPA); Rio Tocantins, Chiqueirão, 06.iii.1984,
M. F. Torres leg., 1 fêmea (MPEG) Benevides, I. S. Gorayeb leg., 17.iii.1974, 1
fêmea (MPEG); Belém, 4-7.x.1983, Arm. Suspensa, 1 fêmea (MPEG); Floresta
APEG, 10-15.xii.1982, I. S. Gorayeb leg., Arm. Suspensa 15m, 1 macho (MPEG);
ibidem, 6-10.i.1983, 1 macho (MPEG) Rondônia, Vilhena, 13.x.1986, C. Elias leg.,
Polonoroeste, 200406, 1 fêmea (DZUP); ibidem, 200417, 1 macho (DZUP);
ibidem, 200419, 1 macho; ibidem, 04.xi.1986, 200414, 1 fêmea (DZUP); ibidem,
200412, 1 fêmea (DZUP); ibidem, 200408, 1 fêmea (DZUP); ibidem, 200403, 1
fêmea (DZUP); ibidem, 200423-200424, 2 machos (DZUP); ibidem, 13.ix.1986,
200413, 1 fêmea (DZUP); ibidem, 200497, 1 fêmea (DZUP); ibidem, 200441, 1
fêmea (DZUP); ibidem, 19.ix.1986, 200407, 1 fêmea (DZUP); ibidem, 22.ix.1986,
200404, 1 fêmea (DZUP); ibidem, 200409, 1 fêmea (DZUP); ibidem, 200410, 1
fêmea (DZUP); ibidem, 13.xi.1986, 200421, 1 macho (DZUP); ibidem, 200405, 1
macho (DZUP); ibidem, 4.xii.1986, 200402, 1 macho (DZUP); ibidem, 200426,
55
Figura 8. A-G. Ropalomera tibialis : A, 5º esternito; B-C, epândrio (vista ventral e vista lateral); D,
surstilo esquerdo (vista dorsal); E, parâmero esquerdo (vista lateral externa); F-G, terminália
masculina interna (vista ventral e lateral). Escalas: A, B, C, F e G= 0,5 mm, D e E= 0,2 mm.
56
1 macho (DZUP); ibidem, 11.xii.1986, 200420, 1 macho (DZUP); ibidem,
12.xii.1986, 200425, 1 macho (DZUP); ibidem, 17.xii.1986, 200418, 1 macho
(DZUP); ibidem, 200422, 1 macho (DZUP); Mato Grosso, Cáceres, 13-14.xi.1984,
Buzzi, Mielke, Elias & Casagrande leg., Proj. Polonoroeste, 200395, 1 fêmea
(DZUP); ibidem, 27.iii.1985, 200394, 1 fêmea (DZUP); Poconé, RPPN, SESC,
Pantanal, 16˚42’46,2”S/ 56˚02’81,0”W, 20.viii.2004, Arm. Van Someren-Rydan,
mata, R. Alves leg., 1 fêmea (INPA); Chap. Guimarães, 02.xii.1983, Exc.
Dep[artamento] Zool[ogia]-UFPR, Polonoroeste, 200415, 1 fêmea (DZUP);
BOLÍVIA, S[an]ta Cruz, 3.7 Km, SSE, Buena Vista, 1 fêmea (EMUS).
Distribuição geográfica: Brasil (Amapá, Amazonas, Pará, Mato Grosso,
Rondônia) e Bolívia (Santa Cruz).
Variações: Coloração da face e/ou da parafaciália variando de castanho-escura a
amarelada. Coloração castanha na metade basal dos fêmures as vezes restrita
somente ao terço basal. Abdome com fina polinosidade prateada, que em alguns
espécimes produz reflexo azul-metálico.
Discussão: Esta espécie foi registrada pela primeira vez nos Estados de Mato
Grosso e Rondônia, e na Bolívia, na província de Santa Cruz. Se assemelha a R.
titillator Steyskal, 1967, variando somente na coloração do tórax e cabeça, e
também em caracteres da terminália masculina, como forma e quetotaxia do
quinto esternito, morfologia dos parâmeros e surstilos.
Ropalomera titillator Steyskal, 1967
Rhopalomera tibialis Walker, 1852 in Prado 1966: 215, 237 (chav., fig. 70 – 76,
desc.).
Ropalomera titillator Steyskal, 1967: 3 (cat.); Prado & Papavero, 2002: 1 (cat.).
57
Lectótipo macho. Corpo: 13 mm; asa: 12,8 mm
Cabeça: fronte castanha anteriormente e alaranjada no restante; órbitas oculares
com polinosidade cinzenta. Região ocelar mais elevada e castanho-escura,
brilhante, com um par de cerdas. Cerdas pós-ocelares divergentes. Cerdas pós-
oculares presentes. Antena com escapo alaranjado e muito curto; pedicelo da
mesma cor e com o dobro do tamanho do escapo, com uma cerda diferenciada
superiormente; flagelo alaranjado na base, o restante castanho. Gena ampla,
amarela, coberta com polinosidade dourada e cerdas delgadas e alaranjadas,
curtas superiormente e mais longas na parte inferior. Parafaciália ferrugínea com
pilosidade castanho-escura e três cerdas. Face com mesma cor da parafaciália,
fosca, com tubérculo facial arredondado. Clípeo ferrugíneo. Palpos castanho-
claros com pequenas cerdas pretas e esparsas, maiores ventralmente.
Tórax: escuto ferrugíneo com faixas acrostical e dorsocentral de polinosidade
prateada e duas nas laterais. Escutelo trapezoidal, ligeiramente dirigido para
cima, face dorsal côncava com extremidade posterior, brilhante, pouco
arredondada e sem polinosidade, metade basal com polinosidade prateada
somente nas laterais. Pleura com faixa de polinosidade prateada estendendo-se
até o espiráculo metatorácico. Cerdas diferenciadas: uma pós-pronotal, duas
notopleurais, uma supra-alar pré-sutural pouco desenvolvida, uma supra-alar pós-
sutural, uma pós-alar, uma intra-alar, uma intra-pós-alar, uma acrostical, duas
cerdas escutelares, uma na metade basal forte e curta, e uma apical. Pleura com
uma cerda forte no anepisterno e uma no catepisterno; uma cerda forte sobre o
espiráculo metatorácico.
Pernas: coxas com polinosidade prateada. Fêmures com cerdas curtas; fêmur
anterior com cinco cerdas delgadas em série no terço apical da face dorsal, face
ventral com pilosidade longa na metade distal e quatro cerdas fortes no terço
apical, face posterior com pilosidade longa na região mediana e três cerdas fortes
no terço apical; fêmur médio na face dorsal com três cerdas pré-apicais e duas
cerdas apicais curvas, metade proximal da face ventral com cerdas delgadas
longas e alaranjadas, metade distal com duas séries de doze cerdas
espiniformes, decrescentes em direção ao ápice, uma na face ântero-ventral e
58
outra na póstero-ventral; fêmur posterior mais engrossado na região mediana do
que os demais, com dez cerdas fortes na metade distal da face dorsal, face
ventral com 17 cerdas espiniformes na face ântero-ventral, e 15 na póstero-
ventral. Tíbias castanhas; tíbia anterior e média delgadas; Tíbia posterior mais
dilatada com face dorsal carenada com cerdas longas. Tarsos amarelados.
Asa: hialina, com manchas escurecidas em R
1
, R
2+3
, r-m e parte da M.
Abdome: Perdido. Descrição original e ilustrações de acordo com Prado (1966):
castanho com manchas escurecidas; Quinto esternito como na Fig. 75. Pós-
abdome: sexto esternito bem representado (Fig. 72); spinus titillatorius (epifalo)
curvo, com a extremidade livre em âncora, com ramos longos (Figs. 73 a 74);
parâmero bilobado (Fig. 76); edeago cilíndrico, membranoso em grande parte
(Fig. 73).
Material tipo examinado: Lectótipo macho (FIOC), aqui desgnados, etiquetado:
COLEÇÃO CAMPOS SEABRA/ Óbidos, Pará, BRASIL, xi-1953, J. Brazillino.
Dois paralectótipos machos (FIOC), aqui designados, etiquetados com mesmos
dados do lectótipo.
Condição do lectótipo e dos paralectótipos: abdome perdido, restante em boas
condições.
Distribuição geográfica: Brasil (Pará)
Variações: não foram observadas variações.
Discussão: não foi possível identificar esta espécie no material existente na
coleção do INPA e nas outras coleções de onde foram realizados empréstimos,
devido à ausência da terminália, que foi perdida, pois possui morfologia externa
semelhante a R. tibialis. De acordo com a descrição e desenhos de Prado (1966),
o material examinado não continha espécimes dessa espécie.
59
Figura 9. A-H, asas: A, Ropalomera albifaciata sp. nov. (parátipo macho); B, R. clavipes (macho);
C, R. femorata (macho); D, R. glabrata (macho); E, R. goyana (macho); F, R. nudipes (fêmea); G,
R. tessellata (macho); H, R. tibialis (macho). Escalas= 2,0 mm.
60
6. Conclusões
Após a revisão das espécies amazônicas de Ropalomera Wiedemann,
1824, foram reconhecidas nove espécies para a região amazônica, sendo um
novo registro para a região e uma espécie nova para a ciência. São elas:
Ropalomera albifaciata sp. nov.; R. clavipes (Fabricius, 1805); R. femorata
(Fabricius, 1805); R. glabrata Prado, 1966; R. goyana Prado, 1966 (nov. reg.); R.
nudipes Frey, 1959, R. tessellata Prado, 1966; R. tibialis Walker, 1852 e R.
titillator Steyskal, 1967.
Alem disso, são registradas novas ocorrências para:
Ropalomera clavipes (Fabricius, 1805) para o Brasil (Amapá, Roraima) e
Equador;
Ropalomera femorata (Fabricius, 1805) para o Equador;
Ropalomera glabrata Prado, 1966 para o Brasil (Amazonas e Pará);
Ropalomera goyana Prado, 1966 para o Brasil (Amazonas);
Ropalomera tessellata Prado, 1966 para o Brasil (Mato Grosso e
Roraima);
Ropalomera tibialis Walker, 1852 para Brasil (Mato Grosso, Rondônia) e
Bolívia.
61
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