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DOUGLAS ROBERTO MONTEIRO
Análise da incorporação de nanopartículas de
prata a uma resina acrílica para base
protética
Araçatuba – SP
2009
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DOUGLAS ROBERTO MONTEIRO
Análise da incorporação de nanopartículas de
prata a uma resina acrílica para base
protética
Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia do
Campus de Araçatuba Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”- UNESP, para obtenção do
Título de MESTRE EM ODONTOLOGIA (Área de
concentração em Prótese Dentária).
Orientadora: Profª. Ass. Drª. Débora Barros Barbosa
Araçatuba – SP
2009
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Catalogação-na-Publicação
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação – FOA / UNESP
Monteiro, Douglas Roberto
M775a Análise da incorporação de nanopartículas de prata a uma resina
acrílica para base protética / Douglas Roberto Monteiro. - Araçatuba :
[s.n.], 2009
98 f. : il. ; tab.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Odontologia, Araçatuba, 2009
Orientador: Profª. Drª.Débora Barros Barbosa
1. Nanotecnologia 2. Prata 3. Polimetil metacrilato 4. Bases de
Dentadura
Black D3
CDD 617.69
DADOS CURRI
DADOS CURRIDADOS CURRI
DADOS CURRICULARES
CULARESCULARES
CULARES
DOUGLAS ROBERTO MONTEIRO
NASCIMENTO 25/06/1981 - ARAÇATUBA – SP
FILIAÇÃO Paulo Roberto Monteiro
Lourdes Eufrásia Machado Monteiro
2002/2005 Curso de Graduação em Odontologia
Faculdade de Odontologia de Araçatuba - Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.
2006/2006 Curso de Aperfeiçoamento em Prótese Parcial Fixa
Faculdade de Odontologia de Araçatuba - Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.
2007/2009 Curso de Pós-Graduação em Odontologia, área de
concentração em Prótese Dentária, nível de Mestrado
Faculdade de Odontologia de Araçatuba - Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.
DEDICATÓRIA
DEDICATÓRIADEDICATÓRIA
DEDICATÓRIA
Aos meus queridos pais, Lourdes e Paulo
Aos meus queridos pais, Lourdes e PauloAos meus queridos pais, Lourdes e Paulo
Aos meus queridos pais, Lourdes e Paulo
Que me deram a vida e me ensinaram a vivê-la com dignidade. A vocês que se
doaram por inteiro e renunciaram aos seus sonhos para que eu, muitas vezes,
pudesse realizar os meus, a minha eterna gratidão. Obrigado pela educação
valiosa, presença constante, apoio, compreensão e amor que sempre me
concederam. Saibam que sempre procurarei retribuir tudo o que fizeram por mim.
Vocês são os maiores responsáveis para que eu pudesse realizar esse sonho e
sempre seguirei me espelhando em vocês, meus ídolos. Exemplos de caráter,
honestidade e amor incondicional, representam a fonte de alegria que ilumina a
minha vida. A emoção e o amor infinito que sinto por vocês jamais serão
traduzidos por palavras.
À minha querida irmã Michele
À minha querida irmã MicheleÀ minha querida irmã Michele
À minha querida irmã Michele
Pessoa amantíssima que, para mim, sempre significou muito mais do que uma
irmã: minha melhor amiga, conselheira, a pessoa que sempre se preocupou para
que eu tivesse uma ótima formação moral e intelectual. Obrigado por ser esta
pessoa tão especial, doce e carismática que encanta a todos ao seu redor, por
compartilharmos incríveis momentos, desde a nossa infância até o nosso
amadurecimento como pessoas, pelo seu companheirismo, serenidade e bondade.
É um orgulho ser seu irmão e meu amor por voé gigantesco. Parabéns por ser
uma mãe exemplar para a Beatriz. Seu carinho, apoio, incentivo e atenção estarão
guardados para sempre em meu coração.
Ao meu cunhado George
Ao meu cunhado GeorgeAo meu cunhado George
Ao meu cunhado George
Por acreditar em mim e pelo incentivo para que eu seguisse em frente na vida
profissional. Muito obrigado pela força, apoio, compreensão e respeito destinados
a mim. Parabéns pelo pai que você é e por ser tão amoroso e carinhoso com a
minha irmã e minha sobrinha.
À minha sobrinha Beatriz
À minha sobrinha BeatrizÀ minha sobrinha Beatriz
À minha sobrinha Beatriz
Você é uma bênção de Deus e tem transformado nossas vidas. Sua chegada nos
encheu de alegria e empolgação. Obrigado Senhor por colocar esse ser tão
especial em nossas vidas. A cada dia que passa você está mais linda. Bia, que
Jesus abençoe muito sua caminhada e que Maria a acolha sempre sob seu Manto
Sagrado. Meu amor por você é tão forte que não tem explicação.
Aos meus avós Gabriel (in memorian), Hélia (in m
Aos meus avós Gabriel (in memorian), Hélia (in mAos meus avós Gabriel (in memorian), Hélia (in m
Aos meus avós Gabriel (in memorian), Hélia (in memorian), José
emorian), José emorian), José
emorian), José
Rafael e Natalina
Rafael e NatalinaRafael e Natalina
Rafael e Natalina.
..
.
Por terem constituído lindas famílias, das quais me sinto honrado e orgulhoso de
fazer parte. Obrigado pelo amor, carinho, incentivo e dedicação demonstrados por
mim em toda a minha vida. Amo-os muito. Gabriel e Hélia, sei que do
céu estão orando e velando por mim em todos os dias de minha vida. José
Rafael e Vó Natalina desculpem-me por às vezes estar ausente, mas tenham
certeza de que sou muito orgulhoso por tê-los como avós.
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
AGRADECIMENTOS ESPECIAISAGRADECIMENTOS ESPECIAIS
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
A Deus
A DeusA Deus
A Deus
Pai de todos nós, que em sua bondade me abençoou para alcançar e vencer mais
esta etapa em minha vida. Obrigado Senhor por guiar todos os meus passos
segundo seus ensinamentos; por estar sempre me dando forças para ultrapassar
todas as barreiras da minha vida e por ter inserido em meu convívio a amizade de
tantas pessoas queridas, durante um período tão especial de minha vida.
A
AA
Aos meus pais, minha irmã, meu cunhado e minha sobrinha
os meus pais, minha irmã, meu cunhado e minha sobrinha os meus pais, minha irmã, meu cunhado e minha sobrinha
os meus pais, minha irmã, meu cunhado e minha sobrinha
Obrigado por tudo o que fazem por mim, por acreditarem no meu potencial, pelo
amor e carinho que me dedicam e pelo que representam. Vocês me enchem de
orgulho e alegria. Esta conquista também é de vocês.
À minha orientadora, Profª. Ass. Drª. Débora Barros Barbosa
À minha orientadora, Profª. Ass. Drª. Débora Barros BarbosaÀ minha orientadora, Profª. Ass. Drª. Débora Barros Barbosa
À minha orientadora, Profª. Ass. Drª. Débora Barros Barbosa
Querida Professora Débora. Minha admiração pela sua fé, integridade,
generosidade e companheirismo me faz sentir orgulho de ser seu orientado.
Essa admiração começou bem antes do mestrado quando, na época da graduação,
no final do ano de 2003, comecei a trabalhar com você em minha primeira etapa
desta caminhada. A partir daí, a convivência nos laboratórios, clínicas e aulas me
despertou o interesse pelo ensino e pesquisa. Sua forma de conduzir a orientação
com tranqüilidade, competência, amizade, sinceridade e honestidade torna o nosso
ambiente de trabalho muito prazeroso. Obrigado por me passar sua experiência,
conhecimento e compartilhar de momentos tão maravilhosos. Agradeço também
pela compreensão e por abdicar parte de seu tempo a mim. Parabéns pela idéia
brilhante do tema deste trabalho. Espero ter correspondido à sua confiança. Foi
através do amor de Deus que nos conhecemos e é por esse amor que a nossa
amizade se tornou tão bonita. Um grande abraço de carinho e eterna gratidão, em
meu nome e em nome de toda a minha família.
AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS
À Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP, na pessoa de seu diretor
Prof. Dr. Pedro Felício Estrada Bernabé, pela acolhida durante o curso de
graduação e pós-graduação e pela oportunidade de crescimento pessoal e
profissional.
Ao Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese da Faculdade de
Odontologia de Araçatuba – UNESP, representado por todos os seus professores e
funcionários, pela oportunidade de cursar o mestrado e pelo convívio com tantas
pessoas maravilhosas.
Ao Departamento de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de
Araçatuba - UNESP, especialmente à pessoa do Prof. Adj. Alberto Carlos
Botazzo Delbem, por permitir a utilização de equipamentos imprescindíveis na
execução deste trabalho.
Ao atual coordenador do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, da
Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, Prof. Dr. Idelmo Rangel
Garcia Júnior, pela sabedoria e competência.
À Universidade Federal de São Carlos UFSCar, pela receptividade e
oportunidade de aprendizado.
Ao Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos UFSCar
e ao LIEC (Laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e Cerâmica), por
permitirem o uso dos seus equipamentos em suas instalações.
Ao Prof. Adj. Wirley Gonçalves Assunção, homem de caráter irretocável e mestre
por excelência. Sua competência e capacidade profissional são notáveis. Muito de
minha formação profissional e pessoal devo à sua generosa colaboração. É um
prazer e um orgulho tê-lo como mestre.
Ao Prof. Adj. Wilson Roberto Poi, pela amizade, carinho e apoio e a todos os
docentes do Programa de Pós-Graduação em Odontologia pelo convívio e
ensinamentos transmitidos.
Ao Prof. Adj. Emerson Rodrigues de Camargo do Departamento de Química da
Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, por ter sido sempre atencioso,
paciente, prestativo e cordial. Sua capacidade e inteligência são admiráveis. Muito
obrigado por toda a sua contribuição no desenvolvimento deste projeto e pela
amizade.
Ao Prof. Dr. Adhemar Collà Ruvolo Filho do Departamento de Química da
Universidade Federal de São Carlos - UFSCar que, com seu conhecimento
incontestável, promoveu essenciais discussões sobre o tema deste trabalho.
Sempre solícito, não me negou atenção nem mediu esforços para contribuir com
esta pesquisa. Muito obrigado pelo seu generoso gesto de compartilhar
conhecimentos.
Ao Prof. Adj. Edenir Rodrigues Pereira Filho do Departamento de Química da
Universidade Federal de São Carlos UFSCar, pela contribuição nas análises de
Espectroscopia de Absorção Atômica.
Ao Prof. Titular Marco Antonio Compagnoni, à Profª Drª Ana Carolina Pero e
aos alunos de pós-graduação Juliê Marra e André Paleari do Departamento de
Materiais Odontológicos e Prótese da Faculdade de Odontologia de Araraquara
UNESP, por toda a contribuição e apoio no início deste trabalho.
À funcionária Maria dos Santos Ferreira Fernandes do Departamento de
Odontopediatria, pessoa tão amável e atenciosa, sempre solícita, nunca me negou
ajuda. Muito obrigado pela convivência, disponibilidade e prestatividade durante
a realização deste trabalho.
Aos excelentes funcionários da seção de Pós-graduação da Faculdade de
Odontologia de Araçatuba - UNESP: Diogo, Marina e Valéria, que sempre muito
simpáticos e atenciosos me ajudaram quando precisei.
Aos funcionários da Biblioteca da Faculdade de Odontologia de Araçatuba
UNESP, obrigado por todo o apoio, suporte e atenção dispensados a mim.
À minha grande amiga Aline Satie Takamiya, pela agradável convivência, pelo
companheirismo, pelos momentos de descontração e por se dispor integralmente a
me ajudar na execução deste trabalho, abdicando muitas vezes de seus afazeres.
Obrigado pela amizade sincera e espero poder desfrutar de sua companhia por
anos a vir.
Ao meu amigo químico Luiz Fernando Gorup, exemplo de bondade, dedicação e
simplicidade. Muito obrigado pela ajuda fundamental no desenvolvimento deste
projeto e pela paciência em me atender com prestatividade em todos os momentos
que precisei. Sem a sua ajuda e paciência a realização deste trabalho não seria
possível. Agradeço também ao acadêmico Daniel por toda a sua colaboração nas
análises das amostras.
Ao meu grande amigo Aldiéris Alves Pesqueira, por ter compartilhado comigo
todos os momentos deste mestrado, de alegria e de tristeza, de trabalho e de
diversão. Agradeço por sua amizade e por não medir esforços para me ajudar.
Você é uma das pessoas mais divertidas e competentes que conheci e espero
estar ao seu lado em muitas conquistas ainda por vir.
Ao meu grande amigo Valentim Adelino Ricardo Barão, exemplo de
competência e inteligência. Obrigado por toda a ajuda, pelo carinho, preocupação
e pela confiança depositada em mim. Agradeço também por todos os momentos
bons e ruins que compartilhamos durante estes anos; momentos estes que
consolidaram em nós uma amizade que nunca acabará.
Aos meus amigos Jônatas Caldeira Esteves, Marcelo Alexandre, Maria Elídia e
Maristela Bonato, amigos amáveis, carinhosos e atenciosos. Muito obrigado pela
amizade que perdura até os dias de hoje e também por sempre estarem ao meu
lado, fortalecendo e alegrando a minha vida. Amo muito vocês.
Às minhas amigas Marcela Haddad, Luciana (Ladir) e Daniele Micheline dos
Santos, pessoas de enorme bondade. Ter vocês como amigas é um enorme
privilégio para mim. Obrigado por toda força e pelos momentos incríveis que
temos passado juntos.
Aos meus amigos de turma de mestrado: Aldiéris, Bianca, Cristina, Juliana,
Paula (Docinho) e Renato, pela amizade, vivências e experiências
compartilhadas. Desejo a todos vocês muito sucesso.
Ao meu amigo Reginaldo Rodrigues, pessoa extremamente alegre e receptiva.
Obrigado pelos momentos de diversão e por sempre me acolher em sua casa.
À minha amiga Aline Úrsula, pessoa que transborda alegria. Obrigado por fazer
parte da minha vida e por todos os momentos maravilhosos que a sua companhia
tem me proporcionado.
Às minhas amigas da Odontopediatria Fernanda, Eliana Takeshita, Luciene e
Marcele. Conviver com pessoas como vocês é uma dádiva de Deus. Obrigado por
terem sempre me ajudado quando precisei.
Ao meu amigo Carlos Galbe. Tenho um grande respeito pelo excelente
profissional que é e pelo grande caráter. Apesar da distância, sinto de você a
vibração positiva que certamente muito me fortalece. Obrigado pela sua amizade.
Às grandes amigas Juliana Martinho e Jaqueline Mendes, pessoas amáveis e
divertidíssimas. Obrigado por todos os momentos agradáveis que vocês me
proporcionaram nesses anos de intensa amizade. Adoro vocês.
Aos amigos Adailton Borges e Gleuber Pereira, pelos anos agradáveis de
convivência. Tenho certeza que a nossa amizade irá transpor as barreiras da
distância que o destino providenciou e que ainda compartilharemos muitos
momentos de alegria.
À Maria Cristina Cecolin, exemplo de superação e competência. Parabéns pela
linda família. Agradeço por sua amizade e por ser um braço direito para mim.
A todos os meus colegas e amigos de Pós-Graduação que, de alguma maneira,
contribuíram para esta conquista.
A todos os meus amigos e familiares, pelo amor, carinho, apoio, compreensão e
respeito destinados a mim. Vocês estão em meu coração.
“Superação é ter a humildade de aprender com o passado, não se conformar com o
presente e desafiar o futuro”.
H ugo B ethlem
Monteiro DR. Análise da incorporação de nanopartículas de prata a uma
resina acrílica para base protética [dissertação]. Araçatuba: Faculdade de
Odontologia da Universidade Estadual Paulista; 2008.
RESUMO
RESUMORESUMO
RESUMO
O objetivo do presente estudo foi avaliar a incorporação de nanopartículas de
prata a uma resina acrílica para base protética por meio de testes de liberação em
água deionizada por diferentes períodos e através de análises da distribuição e
dispersão destas partículas na massa polimérica. Utilizou-se a resina acrílica
termopolimerizável Lucitone 550 e as nanopartículas de prata foram sintetizadas
por meio da redução dos íons prata do nitrato de prata pelo citrato de sódio. A
forma e o tamanho das partículas foram confirmados por microscopia eletrônica
de varredura (MEV) e de transmissão (MET), tendo-se obtido partículas na forma
esférica e com tamanho médio de 60 nm. A resina acrílica foi proporcionada de
acordo com as instruções do fabricante e a solução coloidal de nanopartículas de
prata foi adicionada ao componente líquido da resina acrílica nas concentrações de
0,05%, 0,5% e 5% baseadas na massa do polímero. Após o processamento
laboratorial, os espécimes foram armazenados em água deionizada à 37ºC por 7,
15, 30, 60 e 120 dias. As amostras de cada solução foram analisadas por
espectroscopia de absorção atômica. Espécimes antes e após 120 dias de imersão
em água foram analisados por MEV para caracterização morfológica do
nanocompósito. Não houve liberação de prata detectável pelo aparelho,
independentemente da concentração de colóide adicionada ao polímero e do
tempo de imersão em água deionizada. As microscopias mostraram que, de uma
forma geral, quanto menor a concentração de colóide de prata adicionada, menor a
distribuição e maior a dipersão das partículas no polímero. Também ocorreu uma
tendência das nanopartículas localizarem-se, principalmente, na superfície externa
dos espécimes após 120 dias de armazenamento. Concluiu-se que houve
incorporação das nanopartículas de prata ao polímero da resina acrílica e estas não
foram liberadas em água por até 120 dias, e a sua distribuição e dispersão na
matriz polimérica variaram em função da concentração adicionada e do período de
armazenamento.
Palavras-chave: Nanotecnologia, Prata, Polimetil Metacrilato, Bases de
Dentadura.
Monteiro DR. Evaluation of an acrylic denture base resin with added silver
nanoparticles [dissertation]. Araçatuba: UNESP - São Paulo State University;
2008.
ABSTRACT
ABSTRACTABSTRACT
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the incorporation of silver nanoparticles to
an acrylic denture base resin by testing the silver release in deionized water at
different times, and through morphological analysis to check the distribution and
dispersion of these particles in the polymer. The heat-polymerised acrylic resin
Lucitone 550 was used and the silver nanoparticles were synthesized by reduction
of silver nitrate with sodium citrate. The form and size of the particles were
confirmed by scanning and transmission electron microscopy. Most of the
particles showed a diameter of about 60 nm and spherical form. The acrylic resin
was prepared in accordance with the manufacturers’ instructions and silver
nanoparticles solution was added to the monomer of the acrylic resin in the
concentrations of 0.05wt%, 0.5wt% and 5wt%. The specimens were stored in
deionized water at 37ºC for 7, 15, 30, 60 and 120 days, and each solution was
analyzed by atomic absorption spectroscopic. The specimens were characterized
by scanning electron microscopy before and after their immersion in water. Silver
was not detected in deionized water regardless of the silver nanoparticles added to
the polymer and of the storage period. The micrographs usually showed that when
lower concentrations of silver nanoparticles were added, the particles distribution
was reduced whereas their dipersion was improved into the polymer. Moreover,
nanoparticles were mainly located at the surface of the specimens after 120 days
of storage. The results showed that the silver nanoparticles were incorporated in
the denture base resin polymer, and these nanoparticles were not detected in
deionized water for up to 120 days. Moreover, the distribution and dispersion of
the particles in the polymer changed with the silver concentration added and the
period of storage.
Key-words: Nanotechnology, Silver, Polymethyl Methacrylate, Denture Bases.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE FIGURASLISTA DE FIGURAS
LISTA DE FIGURAS
Figura 1
Ilustração esquemática da síntese de nanopartículas de
prata na forma coloidal por meio da redução dos íons
prata do nitrato de prata pelo citrato de sódio 57
Figura 2
Gráfico de absorbância versus comprimento de onda do
colóide obtido a partir da reação de redução da prata
pelo citrato de sódio na temperatura de 97ºC. O gráfico
mostra a banda plasmon de absorção característica de
nanopartículas de prata. 58
Figura 3
MEV das nanopartículas de prata sintetizadas via
redução dos íons prata do nitrato de prata pelo citrato. O
substrato de silício foi degradado por KOH por 2 horas e
a prata coloidal foi depositada sobre o substrato e secada
para se obter a imagem. Essa técnica ilustra claramente a
forma e o tamanho das nanopartículas de prata (os
pontos claros representam nanopartículas de prata com
tamanho médio de 60 nm). Aumento: 90,75 Kx 59
Figura 4
MET das nanopartículas de prata, onde se adicionou
uma gota de colóide sobre grades de cobre recobertas
com filme fino de carbono. Os pontos claros
representam as partículas de prata com diâmetro médio
de 60 nm. Aumento: 64,84 Kx
60
Figura 5
Difratograma de raios-X das nanopartículas de prata em
substrato de silício com seus planos de reflexão
indexados 61
Figura 6
Espectros de absorbância para prata em função do tempo
encontrados para: (a) solução padrão contendo 0,5 mg
de AgNO
3
/L; (b) exemplo de uma das amostras
analisadas e que se assemelhou às demais avaliadas para
as diferentes concentrações e períodos de tempo (7, 15,
30, 60 e 120 dias). O espectro claro indica a absorbância
da água deionizada
62
Figura 7
Ação da rodanina por 24 horas em: (a) solução de nitrato
de prata e (b) líquido retirado da amostra onde o
nanocompósito com maior concentração de prata ficou
imerso por 120 dias. O teste do reagente orgânico
indicou presença de Ag
+
na solução de nitrato de prata
(a) e ausência de Ag
+
na solução em que o
nanocompósito ficou imerso por 120 dias (b). 63
Figura 8
MEV evidenciando sucessivos aumentos da superfície
externa do nanocompósito PMMA/Ag contendo 0,05%
de solução coloidal de nanopartículas de prata. (a), (b),
(c) e (d) antes da imersão em água deionizada. (e), (f),
(g) e (h) após 120 dias de imersão. Aumento: (a) 1,69
Kx; (b) 6,34 Kx; (c) 50,93 Kx; (d) 61,20 Kx; (e) 14,29
Kx; (f) 31,81 Kx; (g) 61,89 Kx; (h) 79,98 Kx 64
Figura 9
MEV com sucessivos aumentos da superfície de fratura
(interna) do nanocompósito PMMA/Ag contendo 0,05%
de solução coloidal de nanopartículas de prata. (a), (b),
(c) e (d) antes da imersão em água deionizada. (e), (f),
(g) e (h) após 120 dias de imersão. Aumento: (a) 1,61
Kx; (b) 5,31 Kx; (c) 10,01 Kx; (d) 42,49 Kx; (e) 2,00
Kx; (f) 7,24 Kx; (g) 20,00 Kx; (h) 76,74 Kx 65
Figura 10
MEV da superfície externa do nanocompósito
PMMA/Ag contendo 0,5% de solução coloidal de
nanopartículas de prata. (a) e (b) antes da imersão em
água deionizada. (c), (d), (e) e (f) após 120 dias de
imersão. Em (a) e (b) as áreas mais claras podem ser um
indicativo de artefato de técnica. As setas vermelhas em
(b) sugerem algumas partículas de prata na superfície do
espécime. Aumento: (a) 5,47 Kx; (b) 24,11 Kx; (c) 8,03
Kx; (d) 82,17 Kx; (e) 61,05 Kx; (f) 71,53 Kx
66
Figura 11
MEV da superfície de fratura do nanocompósito
PMMA/Ag contendo 0,5% de solução coloidal de
nanopartículas de prata. (a), (b), (c) e (d) antes da
imersão em água deionizada. (e) e (f) após 120 dias de
imersão. Aumento: (a) 499 x; (b) 1,40 Kx; (c) 22,61 Kx;
(d) 29,53 Kx; (e) 10,01 Kx; (f) 73,67 Kx
67
Figura 12
MEV da superfície externa do nanocompósito
PMMA/Ag contendo 5% de solução coloidal de
nanopartículas de prata. (a), (b), (c) e (d) antes da
imersão em água deionizada. (e), (f), (g) e (h) após 120
dias de imersão. Aumento: (a) 2,32 Kx; (b) 5,58 Kx; (c)
13,00 Kx; (d) 63,14 Kx; (e) 5,00 Kx; (f) 15,00 Kx; (g)
35,00 Kx; (h) 60,00 Kx 68
Figura 13
MEV da superfície de fratura do nanocompósito
PMMA/Ag contendo 5% de solução coloidal de
nanopartículas de prata. (a), (b), (c) e (d) antes da
imersão em água deionizada. (e), (f), (g) e (h) após 120
dias de imersão. As figuras (f), (g) e (h) representam
sucessivos aumentos da área indicada com a seta na
figura (e). Aumento: (a) 1,28 Kx; (b) 13,55 Kx; (c)
64,00 Kx; (d) 69,79 Kx; (e) 1,00 Kx; (f) 10,00 Kx; (g)
25,00 Kx; (h) 150,00 Kx 69
Figura 14
MEV da resina acrílica sem nanopartículas de prata. (a)
e (b) superfície externa, (c) e (d) superfície de fratura.
Área central em (b) indicando um poro ou defeito na
superfície do polímero. Aumento: (a) 25,00 Kx; (b)
50,00 Kx; (c) 5,00 Kx; (d) 15,00 Kx 70
ANEXOS
Materiais e Métodos, Resultados e Normas para
publicação
71
Figura 1
a) Soluções de nitrato de prata e citrato de sódio
utilizadas na síntese das nanopartículas de prata; b)
balão de fundo redondo conectado a um condensador e
ao espectrofotômetro de UV/Vis, contendo no seu
interior as soluções que foram mantidas sob agitação
magnética e aquecimento a 97ºC por cerca de 10
minutos
72
Figura 2
Solução coloidal de nanopartículas de prata com
tonalidade amarelo âmbar, que é um dos indicativos da
formação destas nanopartículas
72
Figura 3
Espectrofotômetro UV-Vis Shimadzu Multspec 1501
utilizado durante a síntese para acompanhar a formação
das nanopartículas de prata 73
Figura 4
Difratômetro de raios-X, Rigaku DMax-2000PC, com
anodo rotatório e radiação CuK
α
(λ = 1,5418 Å),
utilizado para confirmar a presença de prata na solução
coloidal 74
Figura 5
a) Matriz metálica com réplica maciça do espécime de
resina acrílica localizada centralmente em sua base; b)
condensação manual do silicone no interior da matriz
metálica; c) silicone no interior da matriz após
condensação deste material; d) molde em silicone
vazado já pronto 75
Figura 6
a) Perfuração do molde com agulha para passagem do
fio de silicone; b) aspecto do molde em silicone após a
passagem do fio; c) moldes em silicone fixados sobre
uma lâmina de vidro; d) interior dos moldes preenchidos
com cera utilidade 76
Figura 7
a) Moldes em silicone preenchidos com cera utilidade e
incluídos em gesso no interior da mufla; b) lâmina de
vidro posicionada sobre os moldes incluídos e fixada
com cera utilidade; c) encaixe da contra-mufla e
preenchimento da mesma com gesso pedra tipo III; d)
prensagem da mufla metálica e eliminação dos excessos
de gesso
76
Figura 8
a) Remoção da cera utilidade do interior dos moldes em
silicone com auxílio de um hollemback; b) eliminação
dos resíduos de cera com algodão e acetona pura; c)
interior dos moldes limpos e prontos para receberem a
resina acrílica; d) lâmina de vidro posicionada na
superfície do gesso pedra da contra-mufla
77
Figura 9
a) Resina acrílica e b) solução coloidal de nanopartículas
de prata para ser adicionada ao PMMA
78
Figura 10
a) Espátula, pote de vidro e tampa utilizados para a
mistura do polímero, monômero e colóide de prata; b)
mistura da solução coloidal de nanopartículas de prata
com o monômero; c) acréscimo do polímero à solução
de monômero contendo o colóide de prata 79
Figura 11
Aspecto do espécime após desinclusão e preso ao fio de
silicone
79
Figura 12
a) Fio de silicone fixo à tampa do tubo de polipropileno;
b) espécimes imersos em água deionizada no interior dos
tubos de polipropileno 80
Figura 13
Agitador orbital Tecnal TE 420. Suporte metálico para
contenção dos tubos de polipropileno encaixado sobre a
plataforma agitadora 81
Figura 14
Espectrofotômetro de absorção atômica Varian
AA240FS utilizado para avaliar a presença de prata nas
amostras 82
Figura 15
Curva de calibração linear (absorbância x concentração
de Ag) calculada pelo espectrofotômetro e obtida a partir
das medidas de absorbância das soluções padrões de
nitrato de prata
82
Figura 16
Preparação dos espécimes para análise por meio de
MEV. Deposição de ouro sobre as superfícies dos
espécimes: a) superfície externa e b) superfície interna
do espécime após fratura criogênica
84
Figura 17
Microscópio eletrônico FEG-VP Zeiss Supra 35
utilizado na obtenção das micrografias para análise
morfológica dos espécimes 84
Figura 18
Espectros de absorção atômica das soluções coletadas
em t
1
a partir do nanocompósito PMMA/Ag contendo
0,5% (a) e 5% (b) de colóide de prata 85
Figura 19
Espectros de absorção atômica das soluções coletadas
em t
2
a partir do nanocompósito PMMA/Ag contendo
0,5% (a) e 5% (b) de colóide de prata
86
Figura 20
Espectros de absorção atômica das soluções coletadas
em t
3
a partir do nanocompósito PMMA/Ag contendo
0,5% (a) e 5% (b) de colóide de prata 86
Figura 21
Espectros de absorção atômica das soluções coletadas
em t
4
a partir do nanocompósito PMMA/Ag contendo
0,5% (a) e 5% (b) de colóide de prata 87
Figura 22
Espectros de absorção atômica das soluções coletadas
em t
5
a partir do nanocompósito PMMA/Ag contendo
0,5% (a) e 5% (b) de colóide de prata 87
LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE ABREVIATURASLISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
E SIGLAS E SIGLAS
E SIGLAS
%
= Porcentagem
Ag
= Prata
Ag
+
= Íons prata
-SH
= Grupo tiol
ADN
= Ácido desoxirribonucléico
µg/mL
= Micrograma por mililitro
ppm
= Parte por milhão
<
= Menor
PA
= Polímero poliamida
MET
= Microscopia eletrônica de transmissão
MEV
= Microscopia eletrônica de varredura
PMMA
= Poli (metil metacrilato)
AgNO
3
= Nitrato de prata
Na
3
C
6
H
5
O
7
= Citrato de sódio
mL
= Mililitro
mol.L
-1
= Mol por litro
ºC
= Grau Celsius
pH
= Potencial hidrogeniônico
UV/Vis
= Ultravioleta visível
nm
= Nanômetro
K
α
= Tipo de radiação
CuK
α
= Radiação K
α
do cobre
λ
= Comprimento de onda
Å
= Ângstron
mm
= Milímetro
g
= Grama
µL
= Microlitro
t
= Tempo
mM
= Mili molar
mg/L
= Miligrama por litro
Ca(NO
3
)
2
= Nitrato de cálcio
KCl
= Cloreto de potássio
NaH
2
PO
4
= Fosfato de sódio monobásico
Na
= Sódio
t
g
= Temperatura de transição vítrea
µg/(mL.h)
= Micrograma por mililitro por hora
NPs
= Nanopartículas
KOH
= Hidróxido de potássio
Kx
= Mil vezes
Unid. Arb.
= Unidade arbitrária
2θ
= Ângulo de difração
Absorb.
= Absorbância
s
= Segundo
min
= Minuto
h
= Hora
rpm
= Rotação por minuto
KV
= Quilovolt
mA
= Miliampere
SUMÁRIO
SUMÁRIOSUMÁRIO
SUMÁRIO
1. Introdução 31
2. Materiais e Métodos 35
3. Resultados 39
4. Discussão 43
5. Conclusão 51
Referências 52
Anexos
Anexo A – Materiais e Métodos
Anexo B – Resultados
Anexo C – Normas para publicação
71
72
85
88
___________________________________________________
* O artigo segue as normas do periódico International Journal of Antimicrobial Agents, disponível
no anexo C.
31
1. Introdução*
Estudos tem mostrado que aproximadamente 50 a 70% dos usuários de
próteses totais apresentam uma patologia conhecida como estomatite protética
(1,2). Ela caracteriza-se por eritemas homogêneos ou áreas focais avermelhadas
especialmente no palato e está associada ao fungo Candida albicans
(3,4). Seu
tratamento ainda é motivo de preocupação, pois recidivas são freqüentes após sua
interrupção e várias espécies de Candida têm adquirido resistência ao limitado
número de antifúngicos disponíveis no mercado (5). Esse fato representa um
desafio na prática odontológica e tem estimulado o desenvolvimento de métodos
de prevenção da estomatite, tais como a incorporação de agentes antimicrobianos
em polímeros utilizados como base protética e como condicionadores de tecidos
(6-11).
A prata (Ag) tem sido amplamente utilizada em dispositivos poliméricos
na área médica (12-29) por apresentar propriedades antimicrobianas para um largo
espectro de microorganismos, incluindo bactérias gram positivas e negativas (30-
34) e fungos (7,8,35,36). Acredita-se que íons prata (Ag
+
) interagem com grupos
sulfúricos ou grupos tiol (-SH) nas membranas dos microorganismos, causando
desregulação de sua permeabilidade e, com isso, a morte da célula microbiana
(atividade bactericida) (24). Os Ag
+
também podem interagir com o ácido
desoxirribonucléico (DNA) impedindo sua reprodução celular (atividade
bacteriostática) (24). Entretanto, o seu uso deve ser feito com cautela que tem
sido demonstrada uma toxicidade dependente da concentração de prata (37).
30
Essa concentração variou de 5 10 µg de Ag/mL para induzir necrose ou
apoptose de células espermatogônias de ratos (37).
O uso de nanopartículas de prata como agente antimicrobiano merece
atenção, uma vez que partículas nanométricas apresentam menor tamanho e maior
razão da área de superfície por volume e maior área disponível para oxidação
(38). Além disso, a sua incorporação em polímeros resulta em inúmeras
aplicações, como medicamentos (18), cicatrizadores de feridas (18), catéteres
venosos (27) e urinários (15), fios de sutura (24), tendões artificiais (24), adesivos
ortodônticos (23), máscaras cirúrgicas (20) e tubos endotraqueais (39).
Furno et al. (17) incorporaram nanopartículas de prata a um silicone
utilizado para implantes médicos e verificaram as taxas de liberação de Ag
+
em
água deionizada e em proteína plasmática. Em plasma ela foi cerca de 10 vezes
superior (4 ppm) à liberação em água deionizada (<0,5 ppm) durante os 5
primeiros dias. Esses resultados indicam a afinidade de Ag
+
por proteínas,
comprometendo clinicamente a eficácia de implantes médicos impregnados com
Ag, uma vez que estes dispositivos logo após a sua instalação são cobertos por
glicoproteínas (28). Pensando nisso, os autores destacaram a necessidade de se ter
uma quantidade suficiente de Ag
+
por determinado período de tempo para suprir
aqueles perdidos pela ligação com as proteínas.
Diversos trabalhos (12,19,22,24-26) têm avaliado a liberação de Ag
+
a
partir de polímeros poliamida (PA) e caracterizado morfologicamente estes
materiais por meio de microscopia eletrônica de trasmissão (MET) e de varredura
(MEV). A distribuição e a dispersão das partículas de prata dependeram da área
de superfície específica das partículas, ou seja, quanto menor o diâmetro das
33
partículas melhor a sua distribuição e dipersão na massa polimérica (12). A
liberação foi superior em polímeros mais hidrofílicos (19) e com menor grau de
cristalinidade (26). Ela aumentou com a concentração de Ag adicionada ao
polímero e com o tempo de imersão em água (12). Finalmente, Damm et al. (24)
encontraram que nanocompósitos liberaram mais prata que microcompósitos.
No experimento de Yu et al. (11) nanopartículas de prata adicionadas ao
poli (metil metacrilato) (PMMA) para base protética, liberaram lentamente Ag
+
em saliva artificial até o 27º dia de imersão. Depois disso, a velocidade de
liberação aumentou rapidamente e em seguida permaneceu lenta até o final do
experimento (54 dias).
Em nanofibras de PMMA cobertas com nanopartículas de prata, Kong et
al. (21) observaram que após 6 meses de imersão em água destilada a maioria das
nanopartículas de prata foi liberada. As análises por MET comprovaram essa
liberação, evidenciando a superfície da nanofibra totalmente coberta pelas
partículas de prata antes da imersão e, após o armazenamento em água, somente
poucas partículas permaneceram aderidas à superfície deste material.
Outro fator que pode interferir na taxa de liberação é a área de superfície
específica das partículas de prata adicionadas ao polímero (12). Irzh et al. (29)
observaram por MEV uma melhor cobertura e dispersão de nanopartículas de
prata na superfície de um polímero PMMA, utilizando-se nanopartículas de menor
tamanho e polietilenoglicol como solvente e agente redutor na reação para
formação do nanocompósito. O acetato de prata utilizado na reação também
mostrou melhores resultados como precursor de prata quando comparado ao
nitrato de prata, que os íons acetato agiram como surfactantes, prevenindo a
34
agregação das nanopartículas de prata.
Assim, apesar de se observar diversos trabalhos na literatura relacionados
à nanocompósitos de prata com aplicação antimicrobiana na área de saúde (15,17-
22,24,27,39), poucos estudos sobre a incorporação e caracterização morfológica
de partículas de prata adicionadas ao PMMA de resinas acrílicas odontológicas
têm sido publicados (8,11).
Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi adicionar nanopartículas de
prata a uma resina acrílica para base protética, determinar a característica
morfológica deste nanocompósito antes e após 120 dias de armazenamento em
água deionizada e examinar suas propriedades de liberação de prata em água
deionizada por diferentes períodos. Os dados na literatura sugerem que
nanopartículas de prata incorporadas em polímeros podem ser liberadas em
diferentes soluções de armazenamento. O propósito da incorporação de
nanopartículas de prata ao PMMA é a obtenção de um material com propriedade
antimicrobiana e que seja efetivo no controle de patologias bucais comuns em
usuários de próteses removíveis.
35
2. Materiais e Métodos
2.1. Síntese e caracterização do colóide de nanopartículas de prata
O método de síntese empregado foi baseado no proposto por Turkevich et
al. (40). Nanopartículas de prata coloidal foram sintetizadas através da redução de
íons prata do AgNO
3
(nitrato de prata) (Merck KGaA, Darmstadt, Hesse,
Alemanha) pelo Na
3
C
6
H
5
O
7
(citrato de sódio) (Merck KGaA, Darmstadt, Hesse,
Alemanha) com relações estequiométricas de 1:3, respectivamente. Em um balão
de fundo redondo, 100 mL de solução de AgNO
3
(1,0 x 10
-3
mol.L
-1
) foram
aquecidos até a temperatura de 97ºC e em seguida adicionou-se 20 mL de solução
de citrato de sódio (1,5 x 10
-2
mol.L
-1
) com pH entre 8,0 e 8,5. A mistura foi
mantida sob agitação magnética e aquecimento a 97ºC por cerca de 10 minutos,
até o aparecimento da coloração amarelo âmbar, que evidencia qualitativamente a
formação de nanopartículas de prata (Figura 1). Durante o processo de síntese, a
formação das nanopartículas foi acompanhada por espectroscopia de absorção na
região do Ultravioleta/Visível (UV/Vis) (Espectrofotômetro Shimadzu MultSpec-
1501, Shimadzu Corporation, Tóquio, Japão) no intervalo de 190 a 800 nm e,
posteriormente, por difração de raios-X (Difratômetro Rigaku DMax-2000PC,
Rigaku Corporation, Tóquio, Japão) com anodo rotatório e radiação CuK
α
(λ =
1,5418 Å). A forma e a distribuição do tamanho das partículas foram confirmadas
a partir de imagens de MEV e de MET (microscópio eletrônico FEG-VP Supra
35, Carl Zeiss, Jena, Turíngia, Alemanha).
36
2.2. Preparação do nanocompósito poli (metil metacrilato)/prata
Para a padronização dos espécimes em resina acrílica, moldes em silicone
(Zetalabor, Zhermack SpA, Badia Polesine, Rovigo, Itália) foram obtidos a partir
de uma matriz metálica com medidas compatíveis ao do futuro espécime
(diâmetro de 10 mm e altura de 3,0 mm).
A resina acrílica para base protética Lucitone 550 (Dentsply Ind. e Com.
Ltda, Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil) foi proporcionada de acordo com as
instruções do fabricante. Para cada espécime utilizou-se a proporção de 4 g de pó /
1,9 mL de líquido. A solução contendo as nanopartículas de prata foi adicionada
ao componente quido da resina acrílica nas concentrações de 0% (0 µL), 0,05%
(2 µL), 0,5% (20 µL) e 5% (200 µL) baseadas na massa do polímero (4 g). Para
cada concentração foram confeccionados 5 espécimes.
Ao atingir a fase plástica, a resina acrílica foi condensada no interior dos
moldes em silicone incluídos em gesso pedra tipo III (Herodent, Vigodent S/A
Ind. e Com., Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil) no interior de mufla metálica
(DCL n
o
6, Dentária Campineira Ltda, Campinas, São Paulo, Brasil). Em seguida,
a resina foi prensada em uma prensa hidráulica (Delta, Vipi-Delta Máquinas
Especiais, Pirassununga, São Paulo, Brasil) com carga de 1 tonelada por 30
minutos. Os espécimes foram, então, polimerizados em banho de água quente por
1,5 horas a 73°C seguidos de 30 minutos a 100ºC em uma termopolimerizadora
automática (Termopolimerizadora Solab, Solab Equipamentos para Laboratório
Ltda, Piracicaba, São Paulo, Brasil). Após a polimerização, a mufla foi resfriada
sobre bancada e os espécimes desincluídos. Os espécimes foram armazenados em
água deionizada à 37ºC no interior de tubos de polipropileno (Injeplast, São
37
Paulo, São Paulo, Brasil) e mantidos sob agitação por diferentes períodos de
tempo.
2.3. Avaliação da liberação de nanopartículas de prata
Cada espécime foi imerso em 10 mL de água deionizada no interior de
tubos de polipropileno e mantido à 37ºC sob agitação em um agitador orbital
(Tecnal TE 420, Tecnal Equipamentos para Laboratórios Ltda, Piracicaba, São
Paulo, Brasil) por diferentes períodos de tempo: t
1
= 7, t
2
= 15, t
3
= 30, t
4
= 60 e t
5
= 120 dias, num total de 6 horas de agitação por dia. A cada 10 dias, a água
perdida por evaporação foi reposta para que a concentração de prata na solução se
mantivesse constante. Durante cada período de tempo, amostras de 1 mL de
solução de cada tubo foram recolhidas e a dosagem da prata foi analisada via
espectroscopia de absorção atômica (Varian AA240FS, Varian Inc., Palo Alto,
Califórnia, USA).
Soluções de AgNO
3
em diferentes concentrações foram preparadas como
padrão para se obter uma curva de calibração linear no equipamento e permitir a
determinação da concentração de prata nas amostras coletadas.
2.4. Teste do reagente orgânico
Utilizou-se como reagente orgânico a rodanina (Sigma–Aldrich Brasil
Ltda, São Paulo, São Paulo, Brasil) (20 mM), que é um reagente seletivo e
sensitivo para a detecção de Ag
+
. O seu teste foi baseado no proposto por Kong et
al. (21), onde utilizou-se 1 mL de solução em que o espécime com a maior
concentração de prata (5% de colóide de prata) ficou imerso por 120 dias. Uma
solução de nitrato de prata (1 mg/L) serviu como controle para se comparar a
38
reação de Ag
+
com a rodanina (21). Um volume de 0,5 mL de solução de rodanina
foi adicionado à solução onde o nanocompósito ficou imerso e a de nitrato de
prata (21). A variação de cor foi monitorada por meio do tempo e registrada com
uma câmera digital (Sony Cyber-shot DSC-W130 8.1Mp, Nova York, Nova York,
USA).
2.5. Investigação morfológica do nanocompósito PMMA/Ag
A morfologia do nanocompósito PMMA/Ag foi analisada por meio da
MEV após a confecção dos espécimes e depois de 120 dias de armazenamento
dos mesmos em água deionizada. Duas regiões do espécime foram avaliadas, a
superfície externa e o seu interior após a fratura criogênica. Para isso, utilizou-se
um microscópio eletrônico FEG-VP Zeiss Supra 35.
39
3. Resultados
3.1. Síntese e caracterização do colóide de nanopartículas de prata
Um indício da formação de nanopartículas de prata foi a coloração
amarelo âmbar observada na solução instantes após a etapa de adição do agente
redutor (Figura 1). O espectro de absorção UV/Vis do colóide mostrou uma banda
plasmon característica de nanopartículas de prata, com máximo em
aproximadamente 430 nm (Figura 2). As imagens de MEV (Figura 3) e de MET
(Figura 4) confirmaram a forma esférica das partículas e evidenciaram
nanopartículas de prata com diâmetro médio de 60 nm em uma concentração de
107,9 µg de Ag/mL na solução coloidal.
A difração de raios-X também confirmou a presença de nanopartículas de
prata com estrutura cristalina cúbica (Joint Committee on Powder Diffraction
Standards 04-0783). De acordo com a Figura 5, os picos de difração de raios-X de
aproximadamente 38,5º, 44,5º, 64,8º e 78º podem ser atribuídos aos planos
cristalográficos (111), (200), (220) e (311) da prata, respectivamente.
3.2. Liberação de nanopartículas de prata
As análises foram realizadas com espécimes contendo duas concentrações
de solução coloidal: 0,5% e 5%. O limite de detecção de prata no
espectrofotômetro de absorção atômica utilizado para as análises foi de 0,003
mg/L. Independentemente do período de tempo e da concentração de colóide
adicionada ao PMMA, todos os nanocompósitos investigados não liberaram
quantias detectáveis de Ag em água deionizada. A Figura 6b ilustra o espectro de
40
absorbância para prata em função do tempo encontrado para uma das amostras
analisadas e que se assemelhou às demais avaliadas para as diferentes
concentrações e períodos de tempo (7, 15, 30, 60 e 120 dias). Percebeu-se que não
ocorreram níveis de absorbância para prata detectáveis pelo aparelho.
3.3. Teste do reagente orgânico
A Figura 7a mostra as imagens da solução aquosa de AgNO
3
em função do
tempo após a adição de rodanina. Após a adição de rodanina, precipitados amarelo
amarronzados foram formados gradualmente e em 24 horas mudaram para preto
amarronzados devido à formação de complexos Ag
+
-rodanina. Contudo, nenhum
precipitado foi observado na solução em que o espécime de maior concentração
de prata (5% de solução coloidal) ficou imerso por 120 dias, permanecendo a cor
inalterada nas 24 horas (Figura 7b).
3.4. Investigação morfológica do nanocompósito PMMA/Ag
As nanopartículas de prata são evidenciadas por pontos ou áreas mais
claras nas imagens de MEV. As micrografias sugerem que o modo de dispersão
das nanopartículas de prata no polímero foi dependente da concentração de
solução coloidal adicionada ao PMMA. Quanto maior o volume de colóide
adicionado, maior a quantidade de partículas distribuídas, porém menor a sua
dispersão na massa polimérica (Figuras 8, 9, 10, 11, 12 e 13). De forma geral, as
nanopartículas de prata localizaram-se em maior número na superfície externa do
que no interior dos espécimes, principalmente após a imersão em água deionizada.
41
Entre os grupos analisados, o nanocompósito contendo 0,05% de colóide
de prata foi o que mostrou menor aglomeração das nanopartículas, principalmente
na superfície externa do espécime após 120 dias de imersão (Figura 8e-h). A
morfologia da superfície externa do nanocompósito antes da imersão revelou
partículas menos distribuídas e dispersas do que após a imersão por 120 dias
(Figura 8a-d), enquanto na superfície de fratura (interior do nanocompósito) as
partículas mostraram-se na sua maioria aglomeradas e pouco distribuídas (Figura
9a-d). Após 120 dias de imersão, observou-se tanto uma melhor distribuição
quanto uma melhor dispersão das partículas na superfície externa do polímero
(Figura 8e-h). no interior do espécime, poucas partículas foram visualizadas
(Figura 9e-h).
Em relação ao espécime contendo 0,5% de colóide de prata antes da
imersão em água, verificou-se maior número de partículas no seu interior do que
na sua superfície externa (Figuras 10a-b e 11a-d). O interior do nanocompósito
revelou partículas melhores distribuídas e dispersas no polímero do que para o
interior do nanocompósito contendo 0,05% de solução coloidal antes da imersão
(Figura 11a-b). Entretanto, após a imersão em água deionizada, notou-se maior
quantidade de partículas na superfície externa, com alguns aglomerados situados
ao redor e no interior de possíveis poros do polímero (Figuras 10c-f). Quando
comparado à superfície externa, o interior do nanocompósito apresentou uma
quantidade muito pequena de partículas supostamente não dispersas (Figura 11e-
f).
Para o nanocompósito contendo 5% de colóide de prata antes da imersão,
tanto na superfície externa como no interior, as partículas mostraram-se bem
42
distribuídas, porém aglomeradas, especialmente na superfície externa (Figuras
12a-d e 13a-d). Na figura 12d observa-se o formato irregular das partículas
coalescidas que apresentaram tamanhos na escala micrométrica. Após a imersão
em água deionizada, ocorreu uma maior tendência das partículas localizarem-se
na superfície externa do que no interior do nanocompósito. Ainda, as partículas
apresentaram-se pouco dispersas e localizadas em irregularidades ou poros
presentes na superfície externa e no interior do espécime (Figuras 12e-h e 13e-h).
O tamanho das partículas variou de 50 a 300 nm.
A título comparativo, a Figura 14 vem ilustrar algumas micrografias da
resina acrílica Lucitone 550 sem a adição de nanopartículas de prata.
43
4. Discussão
O presente trabalho avaliou a incorporação de nanopartículas de prata a
uma resina acrílica para base protética por meio de espectroscopia de absorção
atômica e de MEV. As análises para detecção de prata liberada em água
deionizada foram realizadas em um espectrofotômetro com limite de detecção
para prata de 0,003 mg/L. Em função disso, os espécimes com a concentração de
0,05% de solução coloidal de prata, ou seja, 0,00162 mg de Ag/L por espécime,
não foram analisados por esse equipamento.
As amostras das soluções foram coletadas após 7, 15, 30, 60 e 120 dias de
armazenamento dos espécimes em água deionizada. Buscou-se nesses diferentes
períodos verificar a influência do tempo no processo de liberação das partículas de
prata. A liberação de partículas oriundas da camada superficial do nanocompósito
ocorreria durante o período inicial por meio de sua dissolução no meio aquoso
(22). A partir daí a velocidade de liberação reduziria em função da necessidade de
difusão de água para o interior da massa polimérica, que sofreria plastificação e
facilitaria a migração das partículas ou Ag
+
em direção à superfície e então seriam
liberadas na água (12).
No entanto, os resultados da espectroscopia de absorção atômica não
indicaram essa cinética de liberação de partículas ou Ag
+
em meios líquidos a
partir de materiais poliméricos (12,22). Mesmo após o período mais longo de
armazenamento do nanocompósito PMMA/Ag não foram observados níveis
detectáveis de Ag na água deionizada.
Testes adicionais foram feitos na tentativa de se quantificar prata liberada
44
especialmente da camada superficial do polímero e que fosse detectável pelo
aparelho. Para isso, 10 espécimes com a concentração máxima de colóide de prata
foram armazenados em um mesmo tubo de polipropileno contendo água
deionizada e mantidos a 37
o
C sob agitação por 7 dias. Entretanto, o resultado se
manteve, ou seja, não ocorreu liberação de quantias detectáveis de prata nessa
solução.
Ainda, para se verificar uma provável liberação de prata do
nanocompósito, outro estudo foi realizado paralelamente utilizando-se como
solução de armazenamento a saliva artificial. Como a composição da saliva
artificial apresenta substâncias com cargas iônicas em potencial (Ca(NO
3
)
2
; KCl;
NaH
2
PO
4
; metil para hidróxido benzoato de Na), seria provável uma atração entre
partículas inorgânicas presentes neste quido e Ag
+
presentes no PMMA.
Contudo, mais uma vez não foi detectado prata por meio da análise de
espectroscopia de absorção atômica. Contrariamente, Furno et al. (17) ao
estudarem silicones impregnados com nanopartículas de prata constataram em 5
dias maior liberação de Ag
+
em solução protéica de plasma humano do que em
água deionizada. O fato da solução de saliva artificial não apresentar em sua
composição substâncias de caráter protéico, e aliado ao fato do nanocompósito
poder conter apenas pequenas quantidades de Ag
+
poderiam explicar essa
diferença de resultados.
Pensando dessa forma, testes com o reagente orgânico rodanina foram
feitos para se verificar nas amostras de água deionizada a presença de Ag
+
pela
oxidação das nanopartículas. O Ag
+
em contato com a rodanina formaria
precipitados e alteraria a cor da solução devido à troca do grupo ácido amino-
45
hidrogênio da rodanina por Ag
+
(21). No entanto, o resultado desse teste não
comprovou uma quantidade de Ag
+
detectável visualmente na amostra de água do
nanocompósito de maior concentração que permaneceu imerso por 120 dias
(Figura 7b). A rodanina também foi adicionada à solução coloidal pura de
nanopartículas de prata e somente após um período de aproximadamente 2
semanas que ocorreu a alteração de cor ou detecção de Ag
+
neste colóide. Isso
pode ser um indicativo da pouca presença desses íons no interior da massa
polimérica mesmo diante de uma possível oxidação da prata após a imersão do
nanocompósito em meio aquoso ou da resistência das nanopartículas de prata em
oxidar, formando Ag
+
.
Estudos demonstraram que fatores como tempo de imersão em solução
aquosa (12,22), gradiente de concentração entre a prata contida no polímero e no
líquido de imersão (24), concentração e área de superfície específica das
partículas de prata adicionadas ao polímero (24), bem como propriedades do
polímero (19,26), podem interferir na liberação de Ag a partir de nano e
microcompósitos.
Na presente pesquisa, não houve liberação de prata independentemente da
concentração de colóide adicionada ao polímero e do tempo de imersão em água
deionizada. A Figura 6 ilustra os espectros de absorção atômica de uma das
soluções padrões de AgNO
3
e de uma das amostras de água onde o espécime ficou
imerso e que se repetiu para os demais espécimes nas diferentes concentrações de
nanopartículas de prata adicionadas e diversos períodos de imersão. A não
detecção de prata na amostra é evidenciada pelo espectro em preto da Figura 6b,
ao contrário da Figura 6a onde esse espectro atinge níveis de absorbância de prata
46
detectáveis pelo aparelho. Apesar do espectrofotômetro utilizado não detectar
concentrações de prata abaixo de 0,003 mg/L, uma das explicações para esse
resultado seria o período de tempo insuficiente de armazenamento dos espécimes
em água para permitir uma melhor difusão de água para o interior do polímero,
relaxamento das cadeias poliméricas e liberação da prata para o meio líquido.
Diferentemente desses resultados, polímeros poliamida com 100 dias de
armazenamento em água deionizada liberaram Ag
+
proporcionalmente ao tempo
de imersão (19,22). Uma das explicações para isso seria a característica
morfológica e as propriedades do PA quando comparadas ao PMMA. O PA é um
polímero bastante hidrofílico e que permite a fácil ação da água como plastificante
(19). Já o PMMA é um material mais hidrofóbico que o poliamida, o que pode ter
proporcionado uma maior barreira para a difusão de água e conseqüente liberação
de partículas ou Ag
+
(19). Ainda, o agente de ligação cruzada
etilenoglicoldimetacrilato presente na resina acrílica Lucitone 550 pode ter
restringido as rotações das cadeias poliméricas, reduzindo a velocidade de difusão
das moléculas de água para o interior do polímero (41).
A temperatura de transição vítrea (t
g
) é outra propriedade física a se
considerar no processo de difusão de substâncias líquidas em materiais
poliméricos. A t
g
pode ser influenciada pela espessura do polímero e para o
PMMA ela varia de 97 a 125ºC (21,42). No estudo de Kong et al. (21) uma
nanofibra de PMMA contendo nanopartículas de prata envoltas por polivinilalcool
permitiu uma taxa de liberação de 0,43 µg de Ag/(mL h). Por outro lado, a
espessura de 3 mm do espécime analisado no presente estudo pode ter colaborado
para retardar o processo de liberação das partículas de prata uma vez que quanto
47
maior a espessura do polímero maior a t
g
, menor a plastificação em função do
tempo e menor seria a velocidade de sorção de água e migração das partículas do
interior para a superfície polimérica. Os estudos relacionados à liberação de prata
a partir de polímeros poliamida utilizaram espécimes com espessura de apenas 1
mm (12,19,22,24-26), o que poderia também estar associado a maior liberação de
prata a partir destes materiais.
Do ponto de vista clínico, uma gradual plastificação do PMMA com lenta
e prolongada liberação de Ag
+
com ação antimicrobiana seria bastante desejável
considerando-se o tempo de uso recomendável de cerca de 5 anos para próteses
com base em resina acrílica. Nesse sentido, estudos in vitro com períodos de
armazenamento superiores a 120 dias e diferentes meios de imersão contribuiriam
para elucidar essa provável hipótese relacionada ao grau de liberação em função
do tempo e do meio, e estimulariam o desenvolvimento de nanocompósitos
PMMA/Ag funcionalizados para prevenção da estomatite protética dentro dessa
realidade clínica.
As análises morfológicas dos nanocompósitos PMMA/Ag por meio da
MEV mostraram de uma maneira geral que, antes da imersão, quanto maior o
volume de colóide adicionado, maior a distribuição das nanopartículas e menor a
sua dispersão na massa polimérica (Figuras 8a-d, 9a-d,11a-b, 12a-d e 13a-d). A
maior quantidade de partículas de prata nos espécimes contendo 0,5% e 5% de
colóide de prata, aliada à temperatura de 100ºC durante a polimerização, podem
ter favorecido a coalescência das partículas (18), aumentando a sua área de
superfície específica e dificultando a sua liberação para o meio líquido. As
Figuras 12d e 13d ilustram alguns aglomerados de nanopartículas de prata na
48
superfície e no interior do polímero, respectivamente.
Após 120 dias de imersão em água deionizada, independentemente da
concentração de colóide adicionada ao PMMA, observou-se uma tendência das
partículas de se localizarem mais na superfície que no interior dos
nanocompósitos. Isso poderia indicar uma migração das partículas do interior para
a superfície do polímero. Com o progresso da difusão de água, os grupos polares
nas cadeias poliméricas são separados e os dipolos da água são capazes de
interagir com aqueles do polímero (12). A estrutura polimérica é então
reestabelecida com a incorporação de água (12). Este efeito origina um volume
livre no polímero que poderia permitir a migração de íons e partículas (12).
Contudo, os resultados indicaram que nesse processo de difusão as
partículas de prata não foram liberadas. A Figura 12e ilustra a presença de
possíveis poros ou defeitos na superfície do nanocompósito. A maior área de
superfície interna desses poros juntamente com suas irregularidades podem ter
dificultado essa liberação por reterem as partículas em suas paredes (Figuras 12f e
13f). Esses poros ou irregularidades podem ter sido causados pela solução
coloidal que não foi adequadamente dispersa na massa polimérica. Uma das
explicações para essa dificuldade de dispersão do colóide seria a diferença de
polaridade entre as duas substâncias, ou seja, massa polimérica e solução coloidal.
Observou-se durante o processamento laboratorial de preparação dos
nanocompósitos que quanto maior o volume de solução coloidal adicionado,
maior foi a dificuldade de homogeinização desta solução na massa de resina
acrílica.
na Figura 10d, as partículas de prata encontram-se externamente a esses
49
defeitos, o que pode ter ocorrido pelos mesmos encontrarem-se mais próximos da
superfície e permitirem fácil penetração da água, o que facilitou o desprendimento
das partículas para a superfície externa do polímero. Esse fato pode ser uma
evidência de futura liberação ou mesmo da existência de partículas de prata,
ainda que em quantidades bem pequenas, na água deionizada. Mais uma vez,
testes complementares com maior tempo de imersão do nanocompósito em meio
líquido e utilizando-se outros métodos como voltametria de redissolução anódica
(12,19,22,24-26), espectroscopia de emissão atômica (21) e espectroscopia de
massa (11,17), seriam indicados para se comprovar essa hipótese. Deve-se
considerar também que, clinicamente, esse desprendimento ou liberação das
partículas de prata poderia ser favorecido pelo atrito constante da musculatura da
língua e bochecha do paciente com a superfície externa da base protética ou
mesmo durante a própria escovação. Pensando assim, além de estudos in vitro,
estudos clínicos e in situ poderiam auxiliar na compreensão dos fenômenos de
liberação e da ação antimicrobiana das partículas de prata do nanocompósito
PMMA/Ag.
Finalmente, a adição de surfactantes na solução coloidal de prata poderia
permitir melhor homogeinização da solução coloidal com a massa de resina,
prevenindo a formação de agregados e possibilitando uma melhor dispersão das
partículas no polímero (29). Esse colóide contendo surfactante poderia auxiliar
indiretamente na liberação de partículas de Ag para o meio líquido ao reduzir a
área de superfície formada pela coalescência de várias partículas. Nesse sentido, o
desenvolvimento de soluções coloidais ou de nanopartículas de prata que
promovam uma melhor distribuição/dispersão na massa polimérica, assim como
50
uma liberação controlada de prata deveria ser estimulado para a obtenção futura
de nanocompósitos poliméricos visando ações antimicrobianas. Ainda, pesquisas
adicionais sobre o comportamento de nanocompósitos PMMA/Ag frente a
diferentes meios e períodos de imersão, além de estudos microbiológicos e
citotóxicos são indicados para se avaliar a possibilidade de uso deste novo
material com provável ação antimicrobiana como base protética de próteses
removíveis.
51
5. Conclusão
As nanopartículas de prata foram adicionadas à resina acrílica para base
protética e quanto menor o volume da solução de nanopartículas adicionado,
menor a distribuição e maior a dispersão destas partículas na massa polimérica.
Também ocorreu uma tendência das nanopartículas de prata localizarem-se,
principalmente, na superfície externa dos espécimes após o armazenamento em
água por 120 dias. Não houve liberação de prata mesmo com 120 dias de
armazenamento dos nanocompósitos em água deionizada.
52
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57
Figuras
Figura 1. Ilustração esquemática da ntese de nanopartículas de prata na forma
coloidal por meio da redução dos íons prata do nitrato de prata pelo citrato de
sódio.
10 min
58
300 400 500 600 700 800
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
Plasmon de absorção
de NPs de prata
Absorbância
λ
λλ
λ (comprimento de onda nm)
Figura 2. Gráfico de absorbância versus comprimento de onda do colóide obtido
a partir da reação de redução da prata pelo citrato de sódio na temperatura de
97ºC. O gráfico mostra a banda plasmon de absorção característica de
nanopartículas de prata.
59
Figura 3. MEV das nanopartículas de prata sintetizadas via redução dos íons
prata do nitrato de prata pelo citrato. O substrato de silício foi degradado por
KOH por 2 horas e a prata coloidal foi depositada sobre o substrato e secada para
se obter a imagem. Essa técnica ilustra claramente a forma e o tamanho das
nanopartículas de prata (os pontos claros representam nanopartículas de prata com
tamanho médio de 60 nm). Aumento: 90,75 Kx.
60
Figura 4. MET das nanopartículas de prata, onde se adicionou uma gota de
colóide sobre grades de cobre recobertas com filme fino de carbono. Os pontos
claros representam as partículas de prata com diâmetro médio de 60 nm.
Aumento: 64,84 Kx.
61
20 30 40 50 60 70 80
0
1x10
3
2x10
3
3x10
3
4x10
3
5x10
3
6x10
3
7x10
3
(220) Ag
(311) Ag
(200) Ag
plano (111) silicio
(111) Ag
Intencidade
2θ
θθ
θ
-
Figura 5. Difratograma de raios-X das nanopartículas de prata em substrato de
silício com seus planos de reflexão indexados.
2θ
(Graus
)
62
Figura 6. Espectros de absorbância para prata em função do tempo encontrados
para: (a) solução padrão contendo 0,5 mg de AgNO
3
/L; (b) exemplo de uma das
amostras analisadas e que se assemelhou às demais avaliadas para as diferentes
concentrações e períodos de tempo (7, 15, 30, 60 e 120 dias). O espectro claro
indica a absorbância da água deionizada.
63
Figura 7. Ação da rodanina por 24 horas em: (a) solução de nitrato de prata e (b)
líquido retirado da amostra onde o nanocompósito com maior concentração de
prata ficou imerso por 120 dias. O teste do reagente orgânico indicou presença de
Ag
+
na solução de nitrato de prata (a) e ausência de Ag
+
na solução em que o
nanocompósito ficou imerso por 120 dias (b).
64
Figura 8. MEV evidenciando sucessivos aumentos da superfície externa do
nanocompósito PMMA/Ag contendo 0,05% de solução coloidal de nanopartículas
de prata. (a), (b), (c) e (d) antes da imersão em água deionizada. (e), (f), (g) e (h)
após 120 dias de imersão. Aumento: (a) 1,69 Kx; (b) 6,34 Kx; (c) 50,93 Kx; (d)
61,20 Kx; (e) 14,29 Kx; (f) 31,81 Kx; (g) 61,89 Kx; (h) 79,98 Kx.
65
Figura 9. MEV com sucessivos aumentos da superfície de fratura (interna) do
nanocompósito PMMA/Ag contendo 0,05% de solução coloidal de nanopartículas
de prata. (a), (b), (c) e (d) antes da imersão em água deionizada. (e), (f), (g) e (h)
após 120 dias de imersão. Aumento: (a) 1,61 Kx; (b) 5,31 Kx; (c) 10,01 Kx; (d)
42,49 Kx; (e) 2,00 Kx; (f) 7,24 Kx; (g) 20,00 Kx; (h) 76,74 Kx.
C
66
Figura 10. MEV da superfície externa do nanocompósito PMMA/Ag contendo
0,5% de solução coloidal de nanopartículas de prata. (a) e (b) antes da imersão em
água deionizada. (c), (d), (e) e (f) após 120 dias de imersão. Em (a) e (b) as áreas
mais claras podem ser um indicativo de artefato de técnica. As setas vermelhas em
(b) sugerem algumas partículas de prata na superfície do espécime. Aumento: (a)
5,47 Kx; (b) 24,11 Kx; (c) 8,03 Kx; (d) 82,17 Kx; (e) 61,05 Kx; (f) 71,53 Kx.
67
Figura 11. MEV da superfície de fratura do nanocompósito PMMA/Ag contendo
0,5% de solução coloidal de nanopartículas de prata. (a), (b), (c) e (d) antes da
imersão em água deionizada. (e) e (f) após 120 dias de imersão. Aumento: (a) 499
x; (b) 1,40 Kx; (c) 22,61 Kx; (d) 29,53 Kx; (e) 10,01 Kx; (f) 73,67 Kx.
68
Figura 12. MEV da superfície externa do nanocompósito PMMA/Ag contendo
5% de solução coloidal de nanopartículas de prata. (a), (b), (c) e (d) antes da
imersão em água deionizada. (e), (f), (g) e (h) após 120 dias de imersão.
Aumento: (a) 2,32 Kx; (b) 5,58 Kx; (c) 13,00 Kx; (d) 63,14 Kx; (e) 5,00 Kx; (f)
15,00 Kx; (g) 35,00 Kx; (h) 60,00 Kx.
69
Figura 13. MEV da superfície de fratura do nanocompósito PMMA/Ag contendo
5% de solução coloidal de nanopartículas de prata. (a), (b), (c) e (d) antes da
imersão em água deionizada. (e), (f), (g) e (h) após 120 dias de imersão. As
figuras (f), (g) e (h) representam sucessivos aumentos da área indicada com a seta
na figura (e). Aumento: (a) 1,28 Kx; (b) 13,55 Kx; (c) 64,00 Kx; (d) 69,79 Kx; (e)
1,00 Kx; (f) 10,00 Kx; (g) 25,00 Kx; (h) 150,00 Kx.
70
Figura 14. MEV da resina acrílica sem nanopartículas de prata. (a) e (b)
superfície externa, (c) e (d) superfície de fratura. Área central em (b) indicando
um poro ou defeito na superfície do polímero. Aumento: (a) 25,00 Kx; (b) 50,00
Kx; (c) 5,00 Kx; (d) 15,00 Kx.
71
ANEXO
ANEXOANEXO
ANEXOS
SS
S
72
Anexo A
Anexo AAnexo A
Anexo A
-
--
-
Materiais
Materiais Materiais
Materiais e Métodos
e Métodose Métodos
e Métodos
1. Síntese de nanopartículas de prata
Figura 1. a) Soluções de nitrato de prata e citrato de sódio utilizadas na síntese das
nanopartículas de prata; b) balão de fundo redondo conectado a um condensador e ao
espectrofotômetro de UV/Vis, contendo no seu interior as soluções que foram mantidas
sob agitação magnética e aquecimento a 97ºC por cerca de 10 minutos.
Figura 2. Solução coloidal de nanopartículas de prata com tonalidade amarelo âmbar,
que é um dos indicativos da formação destas nanopartículas.
73
Para análise da solução coloidal por espectroscopia de absorção no UV-
Vis foi montado um sistema composto por uma bomba peristáltica e uma cubeta
de análise adaptada de forma a proporcionar a análise on-line da reação de
formação das nanopartículas pela banda plasmon, na região de 190 a 800nm
(Figura 3). As nanopartículas de prata também foram caracterizadas
qualitativamente por difração de raios-X para que se conhecesse a estrutura
cristalina das mesmas. O difratômetro de raios-X (Figura 4) operou na faixa 2θ de
20 a 110 graus, voltagem de 40 KV, corrente de 40 mA, fenda divergente de 1,0
mm, fenda de coleta de 0,2 mm e acumulação para leitura a cada 0,02 segundo. A
amostra foi preparada gotejando o colóide sobre um substrato de silício e
aguardando-se a secagem do mesmo na temperatura ambiente.
Figura 3. Espectrofotômetro UV-Vis Shimadzu Multspec 1501 utilizado durante a
síntese para acompanhar a formação das nanopartículas de prata.
74
Figura 4. Difratômetro de raios-X, Rigaku DMax-2000PC, com anodo rotatório e
radiação CuK
α
(λ = 1,5418 Å), utilizado para confirmar a presença de prata na solução
coloidal.
2. Adição da solução coloidal de nanopartículas de prata ao PMMA e
processamento da resina acrílica
Para obtenção dos espécimes foram confeccionados moldes em silicone
para inclusão por meio de uma matriz metálica com diâmetro interno de 21 mm e
altura de 6 mm, apresentando no seu interior uma réplica maciça em metal do
espécime de resina acrílica. Essa réplica de metal foi localizada centralmente no
interior da matriz e apresentou diâmetro de 10 mm e altura de 3,0 mm. Os moldes
em silicone foram obtidos através da condensação manual desse material no
interior da matriz e aguardou-se a polimerização final do silicone (Figura 5).
Após a obtenção dos moldes, os mesmos foram perfurados com uma
agulha para a passagem de um fio de silicone. Os moldes contendo os fios de
silicone foram fixados com adesivo (Cola Tenaz Loctite, Henkel Ltda, São Paulo,
75
São Paulo, Brasil) sobre uma lâmina de vidro retangular (60 mm x 40 mm x 3
mm) e seu interior foi preenchido com cera utilidade (Wilson, Polidental Ind. e
Com. Ltda, Cotia, São Paulo, Brasil) (Figura 6).
O conjunto lâmina de vidro + moldes em silicone foi incluído em mufla
metálica com gesso pedra tipo III. Após o gesso tomar presa, uma outra lâmina de
vidro com as mesmas dimensões citadas anteriormente foi posicionada sobre os
moldes incluídos em gesso e fixada com cera utilidade. A contra-mufla foi
então preenchida com gesso pedra tipo III e o conjunto foi levado para uma prensa
hidráulica para eliminação dos excessos de gesso (Figura 7). Após a presa do
gesso a mufla foi aberta, a cera removida do interior dos moldes e a superfície do
vidro foi limpa com acetona pura (Labsynth Produtos para Laboratórios Ltda,
Diadema, São Paulo, Brasil) (Figura 8).
Figura 5. a) Matriz metálica com réplica maciça do espécime de resina acrílica
localizada centralmente em sua base, e anel metálico removível; b) condensação manual
do silicone no interior da matriz metálica; c) silicone no interior da matriz após
condensação deste material; d) molde em silicone vazado já pronto.
76
Figura 6. a) Perfuração do molde com agulha para passagem do fio de silicone; b)
aspecto do molde em silicone após a passagem do fio; c) moldes em silicone fixados
sobre uma lâmina de vidro; d) interior dos moldes preenchidos com cera utilidade.
Figura 7. a) Moldes em silicone preenchidos com cera utilidade e incluídos em gesso no
interior da mufla; b) lâmina de vidro posicionada sobre os moldes incluídos e fixada com
cera utilidade; c) encaixe da contra-mufla e preenchimento da mesma com gesso pedra
tipo III; d) prensagem da mufla metálica e eliminação dos excessos de gesso.
77
Figura 8. a) Remoção da cera utilidade do interior dos moldes em silicone com auxílio
de um hollemback; b) eliminação dos resíduos de cera com algodão e acetona pura; c)
interior dos moldes limpos e prontos para receberem a resina acrílica; d) lâmina de vidro
posicionada na superfície do gesso pedra da contra-mufla.
A resina acrílica Lucitone 550 (Figura 9) foi proporcionada de acordo com
as instruções do fabricante. Para cada espécime utilizou-se a proporção de 4 g de
pó / 1,9 mL de líquido. Com auxílio de uma pipeta automática (Acura electro 925,
Socorex Isba S/A, Ecublens, Lausanne, Suíça), a solução contendo as
nanopartículas de prata (Figura 9) foi adicionada ao componente líquido da resina
acrílica nas concentrações de 0% (0 µL), 0,05% (2 µL), 0,5% (20 µL) e 5% (200
µL) baseadas na massa do polímero (4g). Para cada concentração foram
confeccionados cinco espécimes.
78
Figura 9. a) Resina acrílica e b) solução coloidal de nanopartículas de prata para ser
adicionada ao PMMA.
Esses materiais foram misturados com espátula 36 (Millenium, Golgran
Ind. e Com. de Instrumental Odontológico Ltda, São Paulo, São Paulo, Brasil) no
interior de potes de vidro (Figura 10) e, ao atingir a fase plástica, a resina acrílica
contendo as nanopartículas de prata foi condensada no interior dos moldes em
silicone. Na seqüência, a mufla foi fechada e levada sob a prensa hidráulica.
Realizou-se uma prensagem inicial para eliminação dos excessos de resina acrílica
e uma prensagem final. A carga utilizada durante a prensagem inicial foi de 0,5
tonelada e na prensagem final cargas graduais de 0,5, 0,8 e 1 tonelada. Ao atingir-
se 1 tonelada de pressão, a mufla foi mantida sob a prensa por 30 minutos.
Posteriormente, a mufla foi retirada da prensa hidráulica, colocada em uma prensa
de mão (Dentária Campineira Ltda, Campinas, São Paulo, Brasil) e levada para a
polimerização em banho de água quente por 1,5 horas a 73°C seguidos de 30
minutos a 100ºC em uma termopolimerizadora automática. Após a polimerização,
a mufla foi resfriada sobre bancada por uma noite e os espécimes desincluídos
(Figura 11).
79
Figura 10. a) Espátula, pote de vidro e tampa utilizados para a mistura do polímero,
monômero e colóide de prata; b) mistura da solução coloidal de nanopartículas de prata
com o monômero; c) acréscimo do polímero à solução de monômero contendo o colóide
de prata.
Figura 11. Aspecto do espécime após desinclusão e preso ao fio de silicone.
3. Avaliação da liberação de nanopartículas de prata
Os fios de silicone pelos quais os espécimes estavam presos foram fixados
com cola quente nas tampas de tubos de polipropileno e cada espécime foi imerso
em 10 mL de água deionizada no interior destes tubos (Figura 12). Realizou-se,
então, no tempo zero (t
0
) a pesagem dos tubos contendo os espécimes imersos em
água em uma balança eletrônica de precisão (BEL enginnering, MPL Materiais
80
para Laboratório, Piracicaba, São Paulo, Brasil). Na seqüência, os tubos foram
mantidos à 37ºC sob agitação em um agitador orbital por diferentes períodos de
tempo: t
1
= 7, t
2
= 15, t
3
= 30, t
4
= 60 e t
5
= 120 dias (Figura 13). O agitador
operou 6 horas por dia a uma velocidade de 100rpm. A cada 10 dias, para que a
concentração de prata se mantivesse constante, os tubos contendo os espécimes
foram pesados novamente e a água perdida por evaporação era reposta até que
cada tubo apresentasse o mesmo peso que em t
0
.
Figura 12. a) Fio de silicone fixo à tampa do tubo de polipropileno; b) espécimes
imersos em água deionizada no interior dos tubos de polipropileno.
81
Figura 13. Agitador orbital Tecnal TE 420. Suporte metálico para contenção dos tubos de
polipropileno encaixado sobre a plataforma agitadora.
Durante cada período de tempo (7, 15, 30, 60 e 120 dias), 1 mL de solução
de cada tubo foi coletado e posteriormente 1 mL de água deionizada foi
adicionada aos mesmos para manutenção constante do volume. Das soluções
coletadas, foram realizadas as dosagens da prata via espectroscopia de absorção
atômica (Figura 14). Um volume de 0,5 mL de cada amostra foi injetado na
câmara de atomização do espectrofotômetro de absorção atômica e uma chama de
gás acetileno (~ 3000ºC) vaporizou a solução e atomizou as partículas ou íons
prata que pudessem estar presentes na amostra. Uma lâmpada de catodo-oco de
prata, que emite um comprimento de onda de 328,1 nm, e um detector foram
posicionados de modo que a nuvem de prata atomizada passasse pelo caminho
óptico entre a lâmpada e o detector. A prata atomizada absorve parte da luz gerada
na lâmpada e essa absorção é proporcional à concentração de prata na solução.
82
Ainda, preparou-se 8 soluções padrões dissolvendo-se 10 mg/L de AgNO
3
em
água deionizada: padrão 1 = 1,0 mg/L, padrão 2 = 0,50 mg/L, padrão 3 = 0,10
mg/L, padrão 4 = 0,075 mg/L, padrão 5 = 0,05 mg/L, padrão 6 = 0,01 mg/L,
padrão 7 = 0,0075 mg/L e padrão 8 = 0,005 mg/L. As medidas de absorbância das
soluções padrões foram realizadas em ordem crescente de concentração. A partir
daí obteve-se uma curva de calibração linear que permitiu a análise quantitativa da
concentração de prata nas amostras (Figura 15).
Figura 14. Espectrofotômetro de absorção atômica Varian AA240FS utilizado para
avaliar a presença de prata nas amostras.
Figura 15. Curva de calibração linear (absorbância x concentração de Ag) calculada pelo
espectrofotômetro e obtida a partir das medidas de absorbância das soluções padrões de
nitrato de prata.
83
4. Investigação morfológica do nanocompósito PMMA/Ag
Para esta investigação, os espécimes foram imersos por 3 minutos em
nitrogênio líquido (-196ºC) e fraturados (fratura criogênica) com auxílio de uma
chave de fenda e um martelo. Após a fratura, os espécimes foram fixados em
stabes com fita adesiva de carbono e aplicou-se tinta prata em algumas regiões de
suas superfícies com o intuito de se melhorar a condução dos elétrons pelas
mesmas. Na seqüência realizou-se o recobrimento das superfícies dos espécimes
com ouro (Figura 16) em uma câmara a vácuo e tanto a superfície externa quanto
o interior (ou superfície de fratura) foram analisados por meio da microscopia
eletrônica de varredura (Figura 17), antes e após 120 dias de armazenamento em
água deionizada.
O princípio de funcionamento do microscópio eletrônico de varredura
consiste na emissão de feixes de elétrons por um filamento capilar de tungstênio
(eletrodo negativo), mediante a aplicação de uma diferença de potencial que pode
variar de 0,5 a 30 KV. Essa variação de voltagem permite a variação da
aceleração dos elétrons. A parte positiva em relação ao filamento do microscópio
(eletrodo positivo) atrai fortemente os elétrons gerados, resultando numa
aceleração em direção ao eletrodo positivo. A correção do percurso dos feixes é
realizada pelas lentes condensadoras que alinham os feixes em direção à abertura
da objetiva. A objetiva ajusta o foco dos feixes de elétrons antes dos elétrons
atingirem a amostra analisada.
Dentro da coluna de alto vácuo, os elétrons gerados passam por lentes
condensadoras, que reduzem o seu diâmetro, e por uma lente objetiva que os
focalizam sobre a amostra. Logo acima da lente objetiva existem dois estágios de
84
bobinas eletromagnéticas responsáveis pela varredura do feixe sobre a amostra. O
feixe interage com a região de incidência da amostra até uma profundidade que
pode variar de ~ 1 µm a ~ 6 µm, dependendo da natureza da amostra. Esta região
é conhecida por volume de interação. O feixe de elétrons, extremamente estreito, é
usado para varrer o espécime, isto é, ele é movido em um eixo x e y na superfície
do espécime. Assim, o feixe faz com que o próprio espécime emita elétrons, os
quais geram sinais que serão detectados e utilizados para a formação das imagens
Figura 16. Preparação dos espécimes para análise por meio de MEV. Deposição de ouro
sobre as superfícies dos espécimes: a) superfície externa e b) superfície interna do
espécime após fratura criogênica.
Figura 17. Microscópio eletrônico FEG-VP Zeiss Supra 35 utilizado na obtenção das
micrografias para análise morfológica dos espécimes.
85
Anexo B
Anexo BAnexo B
Anexo B
Resultados
ResultadosResultados
Resultados
Liberação de prata
Os gráficos a seguir mostram os espectros de absorção atômica para
detectar prata a partir das amostras onde o nanocompósito PMMA/Ag com
diferentes concentrações de nanopartículas de prata ficou imerso em água
deionizada por 7 (t
1
), 15 (t
2
), 30 (t
3
), 60 (t
4
) e 120 (t
5
) dias. Os gráficos não
indicaram a presença de prata nas soluções, independentemente da concentração e
do período de imersão.
Figura 18. Espectros de absorção atômica das soluções coletadas em t
1
a partir do
nanocompósito PMMA/Ag contendo 0,5% (a) e 5% (b) de colóide de prata.
86
Figura 19. Espectros de absorção atômica das soluções coletadas em t
2
a partir do
nanocompósito PMMA/Ag contendo 0,5% (a) e 5% (b) de colóide de prata.
Figura 20. Espectros de absorção atômica das soluções coletadas em t
3
a partir do
nanocompósito PMMA/Ag contendo 0,5% (a) e 5% (b) de colóide de prata.
87
Figura 21. Espectros de absorção atômica das soluções coletadas em t
4
a partir do
nanocompósito PMMA/Ag contendo 0,5% (a) e 5% (b) de colóide de prata.
Figura 22. Espectros de absorção atômica das soluções coletadas em t
5
a partir do
nanocompósito PMMA/Ag contendo 0,5% (a) e 5% (b) de colóide de prata.
88
Anexo C
Anexo CAnexo C
Anexo C
-
--
-
Normas para
Normas paraNormas para
Normas para publicação
publicação publicação
publicação
International Journal of Antimicrobial Agents
International Journal of Antimicrobial AgentsInternational Journal of Antimicrobial Agents
International Journal of Antimicrobial Agents
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Submission of an article implies that the work described has not been published
previously (except in the form of an abstract or as part of a published lecture or
academic thesis), that it is not under consideration for publication elsewhere, that
its publication is approved by all authors and tacitly or explicitly by the
responsible authorities where the work was carried out, and that, if accepted, it
will not be published elsewhere in the same form, in English or in any other
language, without the written consent of the Publisher.
89
Authorship
All authors should have made substantial contributions to all of the following: (1)
the conception and design of the study, or acquisition of data, or analysis and
interpretation of data, (2) drafting the article or revising it critically for important
intellectual content, (3) final approval of the version to be submitted.
Article types
The following types of manuscripts are routinely accepted (please note that word
count is from abstract to references but excluding references):
Original Articles: The form of these articles is discussed fully below; an abstract
is required. They should be no longer than 4000 words (as above, please note that
word count also excludes tables, figures and legends). IJAA will be happy to
consider papers of veterinary origin as long as there is some linkage of the
scientific work back to human antibiotic use.
Letters: Headings should not be used in a letter; no abstract or keywords are
required. The text should be no more than 800 words; there should be a maximum
of 7 references and one table or figure may be included.
Reviews: An abstract and keywords are required. The text should be divided into
sections by suitable headings. Tables and figures may be used as appropriate for
the text. They should be no longer than 5000 words.
Opinions and Commentaries: These take the same form as a review.
Short Communications: These should be no more than 2,500 words, with up to
15 references and a maximum of 3 figures or tables.
Leaders: These tend to be invited papers but unsolicited Leaders are welcome.
There are no abstract, keywords or section headings.
Submission Checklist
Please ensure that the following are including in your submission:
- One author designated as corresponding author:
- Their E-mail address
- Full postal address
- Telephone and fax numbers
- Keywords
- Cover letter addressed to the Editor, introducing the manuscript and confirming
that it is not being submitted concurrently elsewhere
- All figure captions
- All tables (including title, description, footnotes)
- All necessary files have been uploaded as attachments to the e-mail
- Manuscript has been spell checked
- All text pages have been numbered
- References are in the correct format for this journal
- All references mentioned in the Reference list are cited in the text and vice versa
- Permission has been obtained for use of copyrighted material from other sources
(including the Web)
- Colour figures are clearly marked as being intended for colour reproduction or to
be reproduced in black-and-white.
90
Manuscripts
Please type all pages with double spacing and wide margins on one side of the
paper. Words to be printed in italics are to be underlined. Title page, abstract,
tables, legends to figures and reference list should each be provided on separate
pages of the manuscript.
Use a true type font such as Times New Roman or Arial. The text should be in
single-column format. Number the pages. In order to help our reviewers please
number each line of the manuscript. Keep the layout of the text as simple as
possible. Most formatting codes will be removed and replaced on processing the
article. In particular, do not use the options to justify text or to hyphenate words.
However, do use bold face, italics, subscripts, superscripts etc. Do not embed
'graphically designed' equations or tables, but prepare these using the facility in
Word or as a separate file in Excel. When preparing tables, if you are using a table
grid, use only one grid for each individual table and not a grid for each row. Do
not prepare tables in Powerpoint. The electronic text should be prepared in a way
very similar to that of conventional manuscripts (see also:
http://www.elsevier.com/authors). Do not import the figures into the text file but,
instead, indicate their approximate locations directly in the electronic text and on
the manuscript. See also the section on illustrations.
To avoid unnecessary errors you are strongly advised to use the spellchecker.
The title page should include: the title, the name(s) and affiliation(s) of the
author(s), an address for correspondence, and telephone/fax numbers for editorial
queries. All articles should include an Abstract (a single paragraph) of no more
than 120 words and 3-6 key words for abstracting and indexing purposes.
Please do not split the article into separate files (title page as one file, text as
another, etc.). Ensure that the letter 'l' and digit '1' (also letter 'O' and digit '0') have
been used properly, and structure your article (tabs, indents, etc.) consistently.
Characters not available on your computer (Greek letters, mathematical symbols,
etc.) should not be left open but indicated by a unique code (e.g., gralpha, @, #,
etc., for the Greek letter). Such codes should be used consistently throughout the
entire text. Please make a list of such codes and provide a key. Do not allow your
computer to introduce word splits and do not use a 'justified' layout. Please adhere
strictly to the general instructions on style/arrangement and, in particular, the
reference style of the journal. It is very important that you save your file in the
standard format for the program you are using. If your computer features the
option to save files 'in flat ASCII', please do not use it.
Please write your text in good English (American or British usage is accepted, but
not a mixture of these). Italics are not to be used for expressions of Latin origin,
for example, in vivo, et al., per se. Use decimal points (not commas); use a space
for thousands (10 000 and above).
Provide the following data in your submission (in the order given). This is
required for all types of paper submitted.
91
Title. Concise and informative. Titles are often used in information-retrieval
systems. Avoid abbreviations and formulae where possible.
Author names and affiliations. Where the family name may be ambiguous (e.g., a
double name), please indicate this clearly. Present the authors' affiliation
addresses (where the actual work was done) below the names. Indicate all
affiliations with a lower-case superscript letter immediately after the author's
name and in front of the appropriate address. Provide the full postal address of
each affiliation, including the country name.
Corresponding author. Clearly indicate who is willing to handle correspondence
at all stages of refereeing and publication, also post-publication. Ensure that
telephone and fax numbers (with country and area code) are provided in
addition to the e-mail address and the complete postal address.
Present/permanent address. If an author has moved since the work described in
the article was done, or was visiting at the time, a 'Present address' (or 'Permanent
address') may be indicated as a footnote to that author's name. The address at
which the author actually did the work must be retained as the main, affiliation
address. Superscript Arabic numerals are used for such footnotes.
Abstract. A concise and factual abstract is required (maximum length 200 words).
The abstract should state briefly the purpose of the research, the principal results
and major conclusions. An abstract is often presented separately from the article,
so it must be able to stand alone. Do not cite references in the abstract. Non-
standard or uncommon abbreviations should be avoided in the abstract, but if
essential they must be defined at their first mention in the abstract itself.
Keywords. Immediately after the abstract, provide a maximum of 6 keywords,
using British spelling and avoiding general and plural terms and multiple concepts
(avoid, for example, 'and', 'of'). Be sparing with abbreviations: only abbreviations
firmly established in the field may be eligible. These keywords will be used for
indexing purposes.
Abbreviations. Define abbreviations that are not standard in this field at their first
occurrence in the article: in the abstract but also in the main text after it. Ensure
consistency of abbreviations throughout the article.
Subdivision of the article. Divide your article into clearly defined and numbered
sections. Subsections should be numbered 1.1 (then 1.1.1, 1.1.2, ?), 1.2, etc. (the
abstract is not included in section numbering). Use this numbering also for
internal cross-referencing: do not just refer to 'the text.' Any subsection may be
given a brief heading. Each heading should appear on its own separate line.
Introduction. State the objectives of the work and provide an adequate
background, avoiding a detailed literature survey or a summary of the results.
Experimental/Materials and methods. Provide sufficient detail to allow the work
92
to be reproduced. Methods already published should be indicated by a reference:
only relevant modifications should be described.
Include in figure legends and table texts technical details of methods used, while
describing the methods themselves in the main text.
Results/Discussion. This should explore the significance of the results of the
work, not repeat them. A combined Results and Discussion section is often
appropriate in a Short Communication but not in an Original Article. Avoid
extensive citations and discussion of published literature.
Acknowledgement. Collate acknowledgements in a separate section at the end of
the article and do not, therefore, include them on the title page, as a footnote to the
title or otherwise. When the work included in a paper has been supported by a
grant from any source, this must be indicated. A connection of any author with
companies producing any substances or apparatus used in the work should be
declared. Authors will be asked to respond to a form e-mailed to them when their
paper is accepted (see the 'conflict of interest' section below). All contributors
who do not meet the criteria for authorship as defined above should be listed in an
acknowledgements section. Examples of those who might be acknowledged
include a person who provided purely technical help, writing assistance, or a
department chair who provided only general support. Authors should disclose
whether they had any writing assistance and identify the entity that paid for this
assistance.
References. References should be numbered consecutively (with parentheses) as
they appear in the text. Type the reference list with double spacing on a separate
sheet. References should accord with the system used in Uniform requirements for
manuscripts submitted to biomedical journals (N Engl J Med 1991;324:424-428).
Examples:
1 Taylor DN, Sanchez JL, Candler W et al. Treatment of traveller's diarrhea:
ciprofloxacin plus loperamide compared with ciprofloxacin alone. Ann Intern
Med 1991;114:731-734.
2 Mackowiak PA, ed. Fever. Basic Mechanisms and Management. New York:
Raven Press, 1991.
3 Rubin M, Pizzo PA, Monotherapy in neutropenic cancer patients. In: Peterson
PK, Verhoef J, eds. Antimicrobial Agents Annual 3. Amsterdam: Elsevier, 1988.
Please note that all authors should be listed when six or less; when seven or more,
list only the first six and add 'et al.'. Do not include references to personal
communications, unpublished data or manuscripts either 'in preparation' or
'submitted for publication'. If essential, such material may be incorporated into the
appropriate place in the text. Recheck references in the text against reference list
after your manuscript has been revised.
Illustrations. Photographs should be presented as high quality jpg (jpeg) or tiff
93
files with high contrast. Magnification should be indicated by a line representing
the actual scale of reproduction (0.1 mm, 1mm or 10 mm); the use of
magnification factors is to be avoided where possible. Illustrations will not be
redrawn by the Publisher: line figures should be suitable for direct reproduction.
They should be prepared with black on white background, or be black-and-white
images; they should be completely and consistently lettered, the size of the
lettering being appropriate to that of the illustration, taking into account the
necessary reduction in size.
Illustrations should be designed to fit either a single column (84 mm wide) or the
full text width (175mm). However, if specifically requested by the author(s),
plates may be reproduced larger than the typeset area; all originals for these
should have the same proportions to achieve uniformity in their presentation. N.B.
When plates are required to fill the entire page, the originals should have the
dimensions 215 x 285 mm and contain no essential information or labelling near
the edges. Further information about artwork can be found on the World Wide
Web: access under http://www.elsevier.com/locate/authorartwork
Colour figures. Colour figures will be included subject to the authors' agreement
to defray the cost.
Specific remarks Mathematical formulae. Present simple formulae in the line of
normal text where possible. In principle, variables are to be presented in italics.
Use the solidus (/) instead of a horizontal line,
e.g., Xp/Ym
Powers of e are often more conveniently denoted by exp. Number consecutively
any equations that have to be displayed separate from the text (if referred to
explicitly in the text).
Tables. Number tables consecutively in accordance with their appearance in the
text. Place footnotes to tables below the table body and indicate them with
superscript lowercase letters. Avoid vertical rules. Be sparing in the use of tables
and ensure that the data presented in tables do not duplicate results described
elsewhere in the article.
Nomenclature and units. Follow internationally accepted rules and conventions:
use the international system of units (SI). If other quantities are mentioned, give
their equivalent in SI.
DNA sequences and GenBank Accession numbers. Many Elsevier journals cite
'gene accession numbers' in their running text and footnotes. Gene accession
numbers refer to genes or DNA sequences about which further information can be
found in the databases at the National Center for Biotechnical Information (NCBI)
at the National Library of Medicine. Elsevier authors wishing to enable other
scientists to use the accession numbers cited in their papers via links to these
sources, should type this information in the following manner:
94
For each and every accession number cited in an article, authors should type the
accession number in bold, underlined text . Letters in the accession number
should always be capitalised. (See example below.) This combination of letters
and format will enable Elsevier's typesetters to recognise the relevant texts as
accession numbers and add the required link to GenBank's sequences.
Example:
GenBank accession nos. AI631510 , AI631511 , AI632198 , and BF223228 ), a
B-cell tumour from a chronic lymphatic leukaemia (GenBank accession no.
BE675048 ), and a T-cell lymphoma (GenBank accession no. AA361117 ).
Authors are encouraged to check accession numbers used very carefully. An
error in a letter or number can result in a dead link. In the final version of the
printed article, the accession number text will not appear bold or underlined. In
the final version of the electronic copy, the accession number text will be linked
to the appropriate source in the NCBI databases enabling readers to go directly to
that source from the article.
Editorial Review
All manuscripts are subject to peer review. If changes are requested, revisions
received later than 3 months after this request will be treated as new submissions.
Proofs
One set of page proofs in PDF format will be sent by e-mail to the corresponding
author (if we do not have an e-mail address then paper proofs will be sent by
post). Elsevier now sends PDF proofs which can be annotated; for this you will
need to download Adobe Reader version 7 available free from
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annotate PDF files will accompany the proofs. The exact system requirements are
given at the Adobe site:
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not wish to use the PDF annotations function, you may list the corrections
(including replies to the Query Form) and return to Elsevier in an e-mail. Please
list your corrections quoting line number. If, for any reason, this is not possible,
then mark the corrections and any other comments (including replies to the Query
Form) on a printout of your proof and return by fax, or scan the pages and e-mail,
or by post.
Please use this proof only for checking the typesetting, editing, completeness and
correctness of the text, tables and figures. Significant changes to the article as
accepted for publication will only be considered at this stage with permission
from the Editor. We will do everything possible to get your article published
quickly and accurately. Therefore, it is important to ensure that all of your
corrections are sent back to us in one communication: please check carefully
before replying, as inclusion of any subsequent corrections cannot be guaranteed.
Proofreading is solely your responsibility. Note that Elsevier may proceed with
the publication of your article if no response is received.
95
Language Editing
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Offprints
The corresponding author, at no cost, will be provided with a PDF file of the
article via e-mail or, alternatively, 25 free paper offprints. The PDF file is a
watermarked version of the published article and includes a cover sheet with the
journal cover image and a disclaimer outlining the terms and conditions of use.
Paper offprints can be ordered by the authors. An order form with prices will be
sent to the corresponding author.
Queries
All questions arising after acceptance of a manuscript by the editor, especially
those relating to proofs, publication and reprints should be directed to the
publishers, Elsevier Ireland Ltd., Elsevier House, Brookvale Plaza, East Park,
Shannon, Co. Clare, Ireland. Tel: +353 61 709600, Fax: +353 61 709100, E-mail:
. In the USA and Canada: For further information, contact
Elsevier Inc., Attn: Journal Information Center, 360 Park Avenue South, New
York, NY 10010, USA. Tel: +1 212 6333750; Fax: +1 212 6333990; Telex: 420-
643 AEP Ui; E-mail: [email protected].
Policy and Ethics
Declarations
Upon submission you will be required to complete and upload this form (pdf
version or word version) to declare funding, conflict of interest and to indicate
whether ethical approval was sought. This information must also be inserted into
your manuscript under the acknowledgements section with the headings below. If
you have no declaration to make please insert the following statements into your
manuscript:
Funding: None
Competing interests: None declared
Ethical approval: Not required
96
Ethics
Work on human beings that is submitted to IJAA should comply with the
principles laid down in the Declaration of Helsinki; Recommendations guiding
physicians in biomedical research involving human subjects. Adopted by the 18th
World Medical Assembly, Helsinki, Finland, June 1964, amended by the 29th
World Medical Assembly, Tokyo, Japan, October 1975, the 35th World Medical
Assembly, Venice, Italy, October 1983, and the 41st World Medical Assembly,
Hong Kong, September 1989. The manuscript should contain a statement that the
work has been approved by the appropriate ethical committees related to the
institution(s) in which it was performed and that subjects gave informed consent
to the work (see declarations section above). Studies involving experiments with
animals must state that their care was in accordance with institution guidelines.
Patients' and volunteers' names, initials, and hospital numbers should not be used.
Competing interests
See the declarations section above. All authors must disclose any financial and
personal relationships with other people or organisations that could
inappropriately influence (bias) their work. Examples of potential conflicts of
interest include employment, consultancies, stock ownership, honoraria, paid
expert testimony, patent applications/registrations, and grants or other funding.
Role of the funding source
See the declarations section. All sources of funding should be declared. Authors
should declare the role of study sponsors, if any, in the study design, in the
collection, analysis and interpretation of data; in the writing of the manuscript;
and in the decision to submit the manuscript for publication. If the study sponsors
had no such involvement, the authors should so state.
Randomised controlled trials
All randomised controlled trials submitted for publication in IJAA should include
a completed Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT) flow chart.
Please refer to the CONSORT statement website at
http://www.consort-
statement.org for more information. IJAA has adopted the proposal from the
International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) which require, as a
condition of consideration for publication of clinical trials, registration in a public
trials registry. Trials must register at or before the onset of patient enrolment. The
clinical trial registration number should be included at the end of the abstract of
the article. For this purpose, a clinical trial is defined as any research project that
prospectively assigns human subjects to intervention or comparison groups to
study the cause-and-effect relationship between a medical intervention and a
health outcome. Studies designed for other purposes, such as to study
pharmacokinetics or major toxicity (e.g. phase I trials) would be exempt. Further
information can be found at www.icmje.org.revisions received later than 3
months after this request will be treated as new submissions.
Authors in Japan please note: If you would like information about how to have
the English of your paper checked, corrected and improved (before
submission),please contact our Tokyo office who will inform you of the services
provided by language correctors: Elsevier Japan, 9-15 Higashi-Azabu 1-chome,
97
Minato-ku, Tokyo, 106 Japan, Tokyo; Tel: +81-3-5561-5032; Fax: +81-3-5561-
5032.
Proofs will be sent to the authors to be carefully checked for printer's
errors.Changes or additions to the edited manuscript cannot be allowed at this
stage. Corrected proofs should be returned to the publisher by email within two
days of receipt.
Page charges will not be made.
Twenty-five free reprints will be supplied. The publisher will send authors a
form enabling further reprints to be ordered at prices listed on the form.
Illustrations Photographs should be presented as high quality jpg (jpeg) or tiff
files with high contrast. Magnification should be indicated by a line representing
the actual scale of reproduction (0.1 mm, 1mm or 10 mm); the use of
magnification factors is to be avoided where possible. Illustrations will not be
redrawn by the Publisher: line figures should be suitable for direct reproduction.
They should be prepared with black on white background, or be black-and-white
images; they should be completely and consistently lettered, the size of the
lettering being appropriate to that of the illustration, taking into account the
necessary reduction in size.
Illustrations should be designed to fit either a single column (84 mm wide) or the
full text width (175mm). However, if specifically requested by the author(s),
plates may be reproduced larger than the typeset area; all originals for these
should have the same proportions to achieve uniformity in their presentation. N.B.
When plates are required to fill the entire page, the originals should have the
dimensions 215 x 285 mm and contain no essential information or labelling near
the edges. Further information about artwork can be found on the World Wide
Web: access under
http://www.elsevier.com/locate/authorartwork
Colour figures will be included subject to the authors' agreement to defray the
cost.
Tables All tables must be cited in the text and have titles. Number them
consecutively with Arabic numerals. Table titles should be complete but brief.
Information other than that defining the data should be presented as
footnotes.Only horizontal rules should be included, and kept to a minimum.
All questions arising after acceptance of a manuscript by the editor, especially
those relating to proofs, publication and reprints should be directed to the
publishers, Elsevier Ireland Ltd., Elsevier House, Brookvale Plaza, East Park,
Shannon, Co. Clare, Ireland. Tel: +353 61 709600, Fax: +353 61 709100, E-mail:
[email protected]. In the USA and Canada: For further information, contact
Elsevier Inc., Attn: Journal Information Center, 360 Park Avenue South, New
York, NY 10010, USA. Tel: +1 212 6333750; Telefax: +1 212 6333990; Telex:
420-643 AEP Ui; E-mail: [email protected]
.
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Funding body agreements and policies
Elsevier has established agreements and developed policies to allow authors
whose articles appear in journals published by Elsevier, to comply with potential
manuscript archiving requirements as specified as conditions of their grant
awards. To learn more about the existing agreements and policies please visit
http://www.elsevier.com/fundingbodies
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