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ao seu desenvolvimento natural, apenas cuidando que não seja atingido por
fogo, e que não sofra danos de animais viciados em comer cascas de
pinheiros. Para prevenir incêndios se obrigará, também, a manter aceiros
contra fogo. Assim, teríamos um custo para a nação, de Cr$ 10,00 (dez
cruzeiros) por pinheiro plantado com 10 anos de idade, quando então
terminará o pagamento do prêmio anual, e os pinheiros ficarão sendo de
propriedade exclusiva do proprietário do terreno, sem nada ter de indenizar
ao órgão que patrocinar os prêmios. - Nesta idade, quando então for
obrigatório o desbaste por parte do proprietário, orientada por órgão técnico,
a renda deste desbaste também será receita que reverterá em benefício do
proprietário do terreno. Devemos frisar especialmente a grande vantagem
destes pequenos hortos, na proteção contra incêndios. Sendo todos
isolados uns dos outros, dificilmente poderá haver perdas motivadas por
fogo e facilitará o controle contra pragas já existentes. Estamos sugerindo
estas pequenas áreas, devido à facilidade de cada proprietário cuidar
melhor, a um preço reduzido, do que, no futuro, será seu. As pequenas
áreas não irão prejudicar o desenvolvimento normal da lavoura. Outro fator
importante é a distribuição pelo município ou região, evitando-se ainda, com
isto, que as grandes indústrias se utilizem deste financiamento ou prêmio,
que não irá preencher a verdadeira finalidade que se quer alcançar. Na
consecução de tal objetivo, dever-se-á ter a preocupação da simplicidade e
facilidade de execução e contratação entre o pequeno lavrador e o órgão
controlador, considerando-se, em especial, a generalizada simplicidade do
primeiro. Assim fazendo, teríamos uma área reflorestada de, no mínimo 300
alqueires inicialmente, a um custo final e conjunto, para a nação, de 18
milhões de cruzeiros e, ao ano, de apenas um milhão e oitocentos mil
cruzeiros, que serão compensados pela produção, por outro lado, para a
nação de um milhão e oitocentos mil pinheiros.
Em 12 de setembro de 1959, reunidos no Clube Canoinhense, as sugestões
de Olsen e Ritzmann, citados por Pereira et all. (1959), foram aprovadas por
unanimidade.
O parecer ressalta ainda que o orçamento da União para 1960 previa
Cr$500.000,00 em favor do município de Rio Negrinho, destinados para
reflorestamentos.
Aos 04 de julho de 1960, em reunião realizada nas dependências da
Sociedade Beneficente Operária (SBO), a Acic dava posse ao novo presidente,
Francisco Vilmar Friederich, para o biênio 1960/1962. Em discurso, o Dr. Aroldo
Carneiro de Carvalho, então deputado federal, declarou:
[...] e que este órgão, é a Acic, em cuja frente destaca-se a pessoa
batalhadora, dinâmica do Sr. Francisco Vilmar Friederich. Relembrou ainda,
que na ocasião em que a Comissão de Energia Elétrica havia ido à
Florianópolis, para pleitear medidas para a solução do problema da energia,
ele, lá estava também, dando a sua colaboração. Continuando em seu
discurso, disse que se rejubilava com o progresso de Canoinhas e achava
que os canoinhenses deveriam mudar de orientação, do individualismo para
o espírito coletivista, a exemplo do vale do Itajaí: ‘Deveríamos congregar-
nos em sociedades anônimas, permitindo assim, uma maior expansão do
progresso do município e cuja responsabilidade deixava nas mãos da Acic,
no sentido de congregar os esforços visando o bem comum’ (ACIC, 1959 –
1961).