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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
NÚCLEO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA – NCT
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL
E MEIO AMBIENTE - PGDRA
ANÁLISE DE VIABILIDADE TÉCNICA, ECONÔMICA E SOCIAL NA
EXPLORAÇÃO DE ORBIGNYA PHALERATA MART. “BABAÇÚ” NO PROJETO
DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO JEQUITIBÁ – PORTO VELHO -
RONDÔNIA
CLAUDIO LUIZ DO AMARAL SANTINI
PORTO VELHO - RONDÔNIA
2007
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CLAUDIO LUIZ DO AMARAL SANTINI
ANÁLISE DE VIABILIDADE TÉCNICA, ECONÔMICA E SOCIAL NA
EXPLORAÇÃO DE ORBIGNYA PHALERATA MART. “BABAÇÚ” NO PROJETO
DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO JEQUITIBÁ – PORTO VELHO -
RONDÔNIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para
obtenção do grau de Mestre em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente pela Universidade
Federal de Rondônia
Prof. Júlio Sancho Teixeira Linhares Militão - Doutor - Orientador
PORTO VELHO - RONDÔNIA
2007
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ANÁLISE DE VIABILIDADE TÉCNICA, ECONÔMICA E SOCIAL NA
EXPLORAÇÃO DE ORBIGNYA PHALERATA MART. “BABAÇÚ” NO
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO JEQUITIBÁ – PORTO
VELHO - RONDÔNIA
Por
CLAUDIO LUIZ DO AMARAL SANTINI
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado
com nota ___ como requisito parcial para
a obtenção do grau de Mestre em
Desenvolvimento Regional e Meio
Ambiente, tendo sido julgado pela Banca
Examinadora formada pelos professores:
___________________________________________________
PGDRA: Walterlina Barbosa BrasilDoutora Coordenadora, UNIR
____________________________________________________________
Presidente: Prof. Júlio Sancho Teixeira Linhares Militão - Doutor – Orientador,
UNIR
____________________________________________________________
Membro: Profª. Mariluce Resende Messias – Doutora, UNIR
____________________________________________________________
Membro: Prof. Manuel Antônio Valdés Borrero - Doutor, UNIR
PORTO VELHO - RONDÔNIA
2007
DECLARAÇÃO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Através deste instrumento, isento meu Orientador e a Banca Examinadora de qualquer
responsabilidade sobre o aporte ideológico conferido ao presente trabalho.
________________________________________
CLAUDIO LUIZ DO AMARAL SANTINI
AGRADECIMENTOS
A UNIR pela oportunidade dada para a realização deste propósito.
A HAIDÊ pela fortaleza que representou na disposição pela luta
e pelo refúgio que foi quando meus recolhimentos exigiam.
Em especial ao meu Orientador
Doutor Júlio Sancho Teixeira Linhares Militão pela paternal vontade,
orientação e exigência quando se fez necessário e para que eu não esmorecesse jamais.
A Coordenação do PGDRA.
Aos Professores do Programa de Pós Graduação em
Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.
Ao Professor Doutor Wilson Sacchi Peterneli e ao Ms.
Cristiano Andrey Souza do Vale pelo apoio e colaboração.
A tantos quantos do NCT que formaram ao seu tempo uma corrente
de estímulo integral e dedicação com que sempre nos brindaram, através
do Batho meu reconhecimento e gratidão a todos.
RESUMO
O objetivo do presente trabalho foi o de comprovar que o meio ambiente e a inovação tecnológica
são compatíveis para alcançar sustentabilidade no uso da biodiversidade. A tecnologia é o
ingrediente fundamental para o desenvolvimento de novos produtos ou para tornar os já existentes
mais adequados à demanda. Quando do uso de um processo extrativo natural utilizando todas as
possibilidades dos produtos madeireiros ou não, os agregando num complexo agroindustrial onde o
transporte e as edificações também são ecologicamente corretos, tem-se o que se houve por bem
denominar Parque Tecnológico Natural. Para atingir este objetivo foi feito um estudo de caso virtual,
com a aplicação de metodologia para a Análise da Viabilidade Técnica, Econômica e Social
(AVTES) no Projeto de Desenvolvimento Sustentado Jequitibá, município de Candeias do Jamari
Rondônia. Foi desenvolvida uma análise dos componentes e subprodutos do coco babaçu,
utilizando-se o estudo do óleo vegetal contido nas amêndoas cujos ácidos graxos e respectivos
percentuais encontram-se nos resultados desse estudo. Foi desenvolvida, ainda, uma abordagem
acessória da utilização do subproduto - biocombustível - na visão da sustentabilidade energética.
Foram ainda analisados os aspectos da eco-eficiência do coco babaçu através de indicadores
descritos na literatura e utilizou-se, também, os métodos tradicionais de avaliação econômica, unidos
a avaliação social que compõem o cenário do desenvolvimento eco-social sustentado regional em
Rondônia. Com os resultados obtidos nesses estudos e ensaios concluiu-se que a AVTES confirma
a plena viabilidade do processo de obtenção do óleo do coco babaçu e do seu subproduto o
biocombustível obtido pela rota etílica
Palavras chave: inovação tecnológica, coco babaçu, viabilidade técnica, econômica e social,
sustentabilidade.
ABSTRACT
The main task of this work is to prove that environment and technological innovation
are compatibles to reach sustainability in biodiversity use. Technology has fundamental
importance to new products development or to adapt the existing ones to demand.
Natural Technological Park is defined in this work as a process where natural
extractives activities are aggregated into an agro industrial complex with transports and
builds ecologically adequate. A virtual case study was done applying the Social,
Economic and Technical Viability Analysis (AVTES) in an area named Jequitiba
Sustainable Development Project, located in Candeias do Jamari – Rondonia, Brazil. An
analysis was developed from Babaçu components and sub products, using the vegetable
oil extracted from nuts, where waxes acids and respective percentages are presented in
this work. An accessory view point is shown, proving the viability of obtaining bio
combustive as sub product to generate sustainable decentralized energy. Babaçu Eco
efficiency aspects were analyzed with sustainability indicators described in literature.
Traditional methods to economic evaluation were also used, joined to social evaluation
that composes the eco social sustainable development regional scenario in Rondonia.
This study allows the conclusion that AVTES confirms the viability of the vegetable oil
from Babaçu nuts and its sub product bio combustible that may be obtained by ethylic
route.
Keywords: technological innovation, babaçu nuts, technical viability, economical,
sustainability.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 12
1.1 OBJETIVOS 16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 17
2.1 EVOLUÇAO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 17
2.2 INDICADORES DE ECO-EFICIÊNCIA 21
2.3 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE. 23
2.3.1 MATERIAL E MÉTODO 23
3 METODOLOGIA 36
3.1 PARA DETERMINAR-SE A VIABILIDADE TÉCNICA 36
3.2 PARA DETERMINAR-SE A VIABILIDADE ECONÔMICA E SOCIAL 37
4. RESULTADO DA PESQUISA 40
ANÁLISE DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA E SOCIAL 40
4.1 A AVTES 42
4.1.1 INFRA-ESTRUTURA DO PROJETO 43
4.1.1.1 Localização 43
4.1.1.2 Área Física 43
4.1.1.3 Processo Produtivo 44
4.1.1.4 Capacidade Instalada 45
4.1.1.5 Fluxo de Produção 45
4.1.1.6 Arranjo Físico 47
4.1.1.7 Matérias-Primas e Insumos Necessários 49
4.1.1.8 Integração Ambiental 51
4.1.1.9 Mão-de-Obra Necessária 52
4.1.2 ANÁLISE DE MERCADO E COMPETITIVIDADE 53
4.1.2.1 Macroambiente do Empreendimento: Ameaças e Oportunidades 53
4.1.2.2 Análise do Mercado 54
4.1.2.3 Definição do Mercado Alvo 54
4.1.3. CICLO DE VIDA 54
4.1.4. PRODUTO 54
4.1.4.1 Consumidor 55
4.1.4.2 Fornecedor 55
4.1.4.3 Concorrente 55
4.1.5 VIABILIDADE TÉCNICA 55
4.1.5.1 Descrição Detalhada dos Produtos 55
4.1.5.2 Características 55
4.1.5.3 Descrição dos Produtos 56
4.1.5.4 RESULTADOS 57
4.1.5.4.1 Viabilidade Técnica da Exploração do Coco Babaçu 57
4.1.6 VIABILIDADE ECONÔMICA 60
4.1.6.1 Características da Inovação
60
4.1.6.2 Investimentos Fixos Programados 60
4.1.6.3 Aspectos Organizacionais e de Gestão 61
4.1.6.4 Definição da Estrutura Organizacional 61
4.1.6.5 Currículo e Experiência das Pessoas Envolvidas 61
4.1.6.6 Pesquisadores 61
4.1.6.7 Agricultores 61
4.1.7 MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO 62
4.1.7.1 Capacidade Adaptação da Empresa no Ambiente de Negócio 62
4.1.8 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 62
4.1.8.1 Análise do Ambiente 62
4.1.8.2 Tendências 62
4.1.8.3 Oportunidades e Ameaças 62
4.1.8.4 Pontos Fortes e Pontos Fracos 63
4.1.8.5 Construção de Cenários 62
4.1.8.6 Seleção de Alternativas Estratégicas 62
4.1.8.7 Alianças e Parcerias 63
5 DISCUSSÃO 64
6 CONCLUSÃO 65
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 67
8 ANEXOS 79
LISTA DE SIGLAS
AVTES
Análise de Viabilidade Técnico Econômica - Social
16
COPPE
Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de
Engenharia
21
DS
Desenvolvimento Sustentável 17
EVTE
Estudo de Viabilidade Técnico Econômica 23
FAESP
Federação da Agricultura do Estado de São Paulo 28
FINEP
Financiadora de Estudos e Projetos 23
FITOPAC
Software Fito Pacage – Para florística 25
FOB
Free On Board
GPS
Global Position System - Sistema de Posição Global 24
GTA
Grupo de Trabalho Amazônia 38
HDPE
Polietileno de alta densidade 30
IDH
Indicador de Desenvolvimento Humano 44
IMEE
Indicadores Médios de Eco Eficiência
22
INCRA
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária 14
ISSO
International Standarization Organization 62
MDA
Ministério de Desenvolvimento Agrário 15
MDIC
Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior
43
MISa
Média de Indicadores e Sustentabilidade apropriada 33
MMA
Ministério do Meio Ambiente 38
NCT
Núcleo de Ciência e Tecnologia PT
NRR
Norma Regulamentadora Rural 62
ONU
Organização das Nações Unidas 16
PAF
Projeto de Assentamento Florestal 15
Social: termo inserido pelo autor para explicitar o desenvolvimento requerido.
PATME
Programa de Apoio Tecnológico as Micro Empresas 23
PDS
Programa de Desenvolvimento Sustenvel 14
PGDRA
Pós Graduação em Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente PT
PIB
Produto Interno Bruto 18
PIC
Projeto Integrado de Colonização 12
PRI
Período de Retorno do investimento 24
PROALCOOL
Programa Nacional do Álcool 34
PRONAF
Programa Nacional de Agricultura Familiar 41
PTN
Parque Tecnológico Natural 13
RESEX
Reserva Extrativista 12
RIO-92
Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente -Rio de Janeiro-92 12
SEBRAE
Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas 23
STI
Secretaria de Tecnologia Industrial 43
SUFRAMA
Superintendência da Zona Franca de Manaus 38
TIR
Taxa Interna de Retorno 24
UFRJ
Universidade Federal do Rio de Janeiro 21
UNIR
Fundação Universidade Federal de Rondônia PT
UNIRON
União das Escolas Superiores de Ronnia 12
VPL
Valor Presente Líquido 24
WBCSD
World Business Council for Sustainable Development 21
WECD
World Environment Conference Development 18
ZSEE
Zoneamento Sócio Econômico e Ecológico 15
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 PDS Jequitibá – imagem Google Earth. 25
Figura 2 Distribuição Regional das Oleaginosas 41
Figura 3 Percentuais das oleaginosas por Região 42
Figura 4 Produção de óleo vegetal 44
Figura 5 Produção de Biodiesel 44
Figura 6 Fluxograma de Micro Unidade para produção de Biodiesel 45
Figura 7 Diagrama de bloco 1. (coleta-entrega) 47
Figura 8 Diagrama de bloco 2. (extração / clarificação de óleo) 48
Figura 9 Rotas de produção (de biodiesel) Rota Etílica / Metílica 48
Figura 10 Rota de produção (de biodiesel) Craqueamento 49
Figura 11 Componentes do fruto COCO BABAÇU cortes transversal e
longitudinal
57
Figura 12 Fluxograma de processamento do coco babaçu. 58
Figura 13 Diagrama completo dos componentes e subprodutos potencias do
coco babaçu
59
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Indicadores de Eco-Eficiência (em referencial teórico) 22
Tabela 2 Mão de obra de processamento industrial 28
Tabela 3 Construções civis, equipamentos de prensagem e instalações
complementares (projeto A).
28
Tabela 4 Construções civis, equipamentos de prensagem e instalações
complementares (projeto B)
29
Tabela 5 Resumo de fabricação 1 a 4 29
Tabela 6. Quadro de cotações da “commodity” óleo do coco babaçu. 29
Tabela 7 Resumo do Leilão ANP – biocombustíveis 30
Tabela 8 Apressamento do óleo do coco babaçu bruto 30
Tabela 9 Custo do frete por tonelada de PVH para diversas praças Brasil 30
Tabela 10
Quadro sintético de critérios e indicadores de sustentabilidade 33
Tabela 11
Mão de obra de processamento industrial por módulo de produção 52
Tabela 12
Potencial de geração de emprego de algumas oleaginosas 53
Tabela 13
Produto e família das palmáceas 56
12
1 INTRODUÇÃO
O Desenvolvimento Regional, na Amazônia como um todo e, em Rondônia
no particular, deve ser contextualizado sob os parâmetros definidos pelo
Desenvolvimento Sustentado.
Sustentabilidade é a característica que permite a satisfação das atuais
necessidades sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazer as
suas necessidades. (DORRESTEIJN et al, 2005).
Essa definição faz com que ampliemos nossa visão que por sua vez tem que,
necessariamente, seguir os procedimentos preconizados pela Agenda 21 e
determinações da Gestão Ambiental no que tange à sustentabilidade da Agricultura
Familiar e das comunidades isoladas nesse Estado.
Em Rondônia, os assentamentos iniciados com o PIC - Projeto Integrado de
Colonização de Ouro Preto D’Oeste em 1970 e aqueles que o secundaram como os
PAD Projeto de Assentamento Dirigido em Ariquemes (AMARAL, 2004), estão
sob constantes e intensas modificações do ambiente. O Bioma
, conseqüentemente é
o mais afetado na dinâmica da colonização e desenvolvimento da região. A
necessidade de conservação da biodiversidade, seu uso racional e sustentado, torna-
se necessária a qualquer atividade humana local para uma consciente gestão
ambiental (adaptado e incrementado, de SALOMÃO e LISBOA, 1988).
Existem as Florestas Tropicais que são muito distintas e considerados
biomas distintos do trópico úmido.
Inúmeros recursos renováveis madeireiros ou o madeireiros que podem
ser legalmente e racionalmente explorados, em total consonância com o disposto
para a exploração em Reservas Extrativistas – RESEX.
E mesmo em não estando sob este regulamento qualquer área de
assentamento de parceleiros só tem a se desenvolver adotando os preceitos da
Agenda 21 (RIO, 92).
Há um interesse global crescente em óleos vegetais, especialmente naqueles que
apresentam propriedades eticas, ou que podem ser produzidos sem degradar o meio
ambiente.
Muitas destas espécies produzem óleos que apresentam propriedades que
O bioma Amazônico é composto por um complexo sistema de ecossistemas dispostos em: MTF;
Igapó; Várzea; Capinarana; Cerrado; etc...
13
permitem sua utilização como alimentos, biocombustíveis, fontes de hidrocarbonetos e
mesmo como dietricos, dentre outros usos. Esses materiais também apresentam
utilidade para a instria química e químico-farmacêutica, além de constituírem um
recurso florestal a ser avaliado na cobertura vegetal do Estado, nas áreas de produção
rural e de preservação permanente conforme estudos florísticos constantes da literatura
existente e que precisa ser ampliada.
As espécies de vegetais que podem ser exploradas na proposta dos Parques
Tecnológicos Naturais PTN - A concepção de Parque Tecnológico Natural
constante de estudo não publicado de SANTINI (2005) e apresentado em aula de
graduação no curso de Tecnólogo de Nível Superior em Gestão Ambiental, na
UNIRON, é em linhas gerais a proposta de implementação de um parque tecnológico
suportado pelos critérios de: Gestão Ambiental; Inovação Tecnológica; e Artesanato
Social (no contexto da agricultura familiar. - são: andiroba (Carapa guianensis),
copaíba (Copaifera spp.), cumaru (Dipterix odorata) ipê (Tabebuia spp.), castanha-
do-Brasil (Bertholletia excelsa), buriti (Mauritia flexuosa), bacaba (Oenocarpus
bacaba), patauá (Oenocarpus bataua), murumuru (Astrocaryum murumuru), jatobá
(Hymenaea courbaril), maçaranduba (Manilkara surinamensis (Miq) Dub.) sorva
(Couma utilis), babaçu (Orbignya phalerata), ucuúba (Virola surinamensis), preciosa
(Aniba canelilla), sacaca (Croton cajucara), tucumã (Astrocaryum acaule), tucumãí
(Astrocaryum aculeata), cipó-titica (Heteropsis spp.), arumã (Ischnosiphon spp.),
açaí (Euterpe oleracea), açaí solteiro (Euterpe precatoria), inajá (Maximiliana
maripa), jarina (Phytelephas aequatorialis), entre outras espécies (PEREIRA, 2005).
Este trabalho desenvolvido sobre o processamento do coco babaçu, uma das
mais importantes representantes das palmeiras brasileiras, é no mínimo um resgate
desta espécie. Sobre este gênero de plantas, afirmou Alpheu Diniz Gonsalves, em
1955, que "é difícil opinar em que consiste a sua maior exuberância; se na beleza
dos seus portes altivos ou se nas suas infinitas utilidades na vida da humanidade".
(GONSALVES, 1955).
Das características da palmeira babaçu:
As palmeiras babaçu são de ressurgência natural nas aberturas de novas
fronteiras agrícolas;
Tem também a característica de serem, pela sua espontaneidade,
altamente promissoras na recuperação de áreas degradadas;
Por serem nativas são de fácil manejo e concorrem para a não agressão
ao bioma;
14
Pode-se afirmar que da espécie Babaçu todos seus componentes são
aproveitados;
Por ser bem agressiva e resistente praticamente dispensa tratos
fitossanitários; e
Em fim, as oportunidades de utilização do babaçu são tantas que,
dispensado o valor de seus subprodutos em mercados, não tão definidos,
constantes e abertos, tem tudo para ser uma forte possibilidade de
incrementar a renda na agricultura familiar.
Como forma de desvincular a conotação de commodity
∗∗
para um bem de
valor agregado. Não é sensato tratar-se um bem como valorado pelas regras
mercantis controladas e restringidas internacionalmente quando este pode,
considerando o valor que lhe é agregado quando se lhe atribui um conceito de
valoração histórico para promover o desenvolvimento sustentado.
Amplamente referenciado o conceito de valor histórico é o que faz a
valoração desde o plantio, tratos culturais e fitossanitários, uso de mão de obra,
custeio até o início de plena produção, rendimento por indivíduo, concentração
mínima para formação de “lote econômico” e o tempo de vida útil produtiva da
espécie em estudo.
Como referencia o processo de Reforma Agrária, para formar toda a
abordagem do processo que levou a desenvolver este trabalho no Projeto de
Desenvolvimento Sustentado - PDS JEQUITIBÁ que por ser representativo como
foco de como a Reforma Agrária não foi entropizada naquela comunidade nas bases
do Desenvolvimento Sustentado.
No ano de 1982 o primeiro Governador do Estado de Rondônia Coronel do
Exército Jorge Teixeira de Oliveira, propôs ao Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (INCRA/RO) saldar uma dívida social do Governo Federal com os
seringueiros que atuaram como soldados da borracha na época da Guerra
Mundial. Assim, o Governador em favor da causa doou um lote de terra para cada
soldado como recompensa do esforço de guerra. Desta forma partes das Glebas
Jacundá, Rio Preto, Caracol e Samaúma foram destinadas aos Seringueiros e
Soldados da Borracha MAGALHÃES (2002).
∗∗
commoditymercadoria obtida a partir de um processamento básico como o extrativismo,
a mineração, a madeira simplesmente serrada e a produção de grãos, ou seja: uma
mercadoria que é produzida, manipulada e distribuída por uma variedade cada vez maior de
empresas.
15
Com passar do tempo, as Glebas Rio Preto e Jacundá, localizadas nos
municípios de Porto Velho e Candeias do Jamarí, região Norte de Rondônia, foram
enquadradas dentro da Zona 4 da Primeira Aproximação do Zoneamento Sócio-
Econômico e Ecológico do Estado de Rondônia/ZSEE/RO, promulgado em 14.06.88,
pelo Decreto Estadual 3.782, e mais tarde homologado, pela Lei Complementar
Estadual 052 de 20.12.91, cuja oferta ambiental de tais áreas (da zona 4) foram
caracterizadas como vocacionadas ao desenvolvimento do extrativismo vegetal, em
função do potencial produtivo natural (GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA,
1997).
A partir da Segunda Aproximação do ZSEE/RO, as referidas Glebas, foram
migradas da Zona 4 para a Zona 2, enquadrando-se na Sub–Zona 2.1, Lei
Complementar n.º 233 de 06 de junho de 2.000 (anexo A), que engloba caracteres
das antigas Zonas 3, 4 e 5 da Primeira Aproximação, refletindo a oferta ambiental
florestal de produtos florestais madeireiros e não-madeireiros, utilizados
sob manejo adequado, segundo o princípio da sustentabilidade
econômica e ecológica, com potencial produtivo natural para produtos
florestais madeireiros e não-madeireiro (MAGALHÃES, 2002).
Diante desta situação, o Ministério do Desenvolvimento
Agrário MDA (2002), lançou modalidade de assentamento para áreas
de floresta, objetivando conciliar a produção familiar com preservação
ambiental. Os Projetos de Assentamentos Florestais (PAFs), no
qual está enquadrado o Projeto de Desenvolvimento Sustentável de
Base Florestal Jequitibá, que se baseia, sobretudo no extrativismo
madeireiro, de óleos comestíveis e combustíveis, no cultivo de frutas
para produção de polpas e de ervas medicinais, além no manejo de
animais silvestres entre outras atividades que garantam
sustentabilidade local e preservação ambiental (INCRA, 2005).
Objeto do projeto está num enclave no PDS-Jequitibá, na Gleba
Jacundá (FLORESTA NACIONAL), Município de Candeias do Jamari,
dentro da Zona 2.1 da 2ª Aproximação do Zoneamento Sócio-
Econômico-Ecológico de Rondônia, no entorno do Lago da Usina
Hidrelétrica de Samuel.
A área selecionada para realização do inventário foi o Projeto
de Desenvolvimento Sustentável de Base Florestal Jequitibá, primeiro
desta categoria no Estado, localizado na zona 2.1 do segundo
16
Zoneamento, permitido a utilização dos recursos florestais sob manejo
sustentável. E considerando-se a ocorrência das espécies vegetais
oleaginosas da família Arecaceae (Palmae) na área florestada do PDS.
Sugerir sua aplicação em projetos de desenvolvimento
sustentado, utilizando esse estudo virtual como modelo com base em
estudo projetado no PDS - Projeto de Desenvolvimento Sustentado
Jequitibá. Esta análise foi fundamentada nos conceitos de
sustentabilidade aplicados ao desenvolvimento eco social e agricultura
familiar em comunidades isoladas e no manejo florestal desenvolvido.
Para consolidar esse propósito foi desenvolvida uma Análise de
Viabilidade Técnico-Econômica e Social
*
, para o processamento do
coco babaçu. Seu óleo, por exemplo, poderá ser direcionado para a
Indústria Cosmética, Farmacológica ou convertido em Biocombustível.
1.1 OBJETIVOS
Apresentar uma análise da viabilidade técnica, econômica e social da
exploração sustentada do coco babaçu e de seus derivados, a partir da disponibilidade
e rendimento de produção de frutos/amêndoas, tomando como base os estudos
realizados por VALE (2006) e ANDERSON (1991), através de estudo de caso virtual
(virtual case).
Buscou-se dentro das várias alternativas oferecidas pela área, uma que fosse
amplamente favorável à geração de renda extra e suplementar a atividade da
agricultura familiar conduzindo seus integrantes para o desenvolvimento regional
sustentado.
E foi proposto um virtual case(estudo de caso virtual) no mesmo PDS
com a utilização dos recursos naturais renováveis e minimização dos impactos
ambientais e quando em áreas degradadas, sua reintrodução, dentro dos princípios da
Ecosofia
**
e da Agroecologia
∗∗∗
.
*
Social: termo inserido pelo autor para explicitar o desenvolvimento requerido.
**
Ecosofia: arte, ciência e espiritualidade, pilares da formação humana. A ecosofia interage com essas
perspectivas e conseqüentemente influência o meio, meio esse encarado em seu aspecto ambiental,
social e pessoal.
∗∗∗
Agroecologia: considera-se como Ciência ou campo de conhecimento de natureza multidisciplinar
para a construção de estilos de agricultura de base ecológica e na elaboração de estratégias de
desenvolvimento rural, tendo-se como referência os ideais da sustentabilidade numa perspectiva
multidimensional.
17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 EVOLUÇAO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O primeiro a usar a expressão "desenvolvimento sustentável" foi Robert
Allen, no artigo “How to save the world.” Allen (1980) propunha : “[...] é o
desenvolvimento requerido para obter a satisfação duradoura das necessidades
humanas e o crescimento (melhoria) da qualidade da vida" (ALLEN, 1980).
As Nações Unidas, na Conferência de Estocolmo de 1972, conceituou
como Desenvolvimento sustentável “aquele que atende às necessidades do presente
sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias
necessidades" (ONU,1991: p.46).
Muito rapidamente, o conceito de DS foi amplamente usado por todos,
embora não necessariamente no sentido correto para explicar a relação economia,
sociedade e meio ambiente. Para algumas pessoas este conceito é um tipo de pedra
filosofal capaz de resolver todos os problemas do desenvolvimento. Para outros, é
um conceito vazio em significado (KOZLOWSKI & HILL, 1993).
Na visão dos economistas, o termo troca-se por crescimento econômico
1
constante como via para a solução dos problemas econômicos e sociais. O
crescimento econômico, ainda quando pressupõe uma melhoria do bem estar e a
redução da pobreza (a curto prazo), relaciona-se estreitamente com a intensificação
da exploração dos recursos naturais e a conseqüente degradação ambiental
(SILVERSTEIN, 1993).
A colocação firmemente desenvolvimentista como a do Brasil na
Conferência de Estocolmo assinalou as tantas arestas de entendimento deste
conceito, como por exemplo, no que se refere à geopolítica. Em 1972, durante aquela
conferência, o Brasil considerou que a questão ambiental da forma que vinha sendo
colocada poderia ser um obstáculo ao desenvolvimento dos países em
desenvolvimento e veículo para a interferência dos países desenvolvidos nos
assuntos internos dos países menos desenvolvidos (BATALHA, 1994).
1
Os economistas clássicos (Thomas Malthus, David Ricardo) reconheciam os limites desse
crescimento baseados nos próprios limites da natureza para acompanhá-lo. Malthus colocava que a
diferença entre a quantidade de terra disponível e o crescimento da população obrigaria a se
atingirem níveis de subsistência que acabariam por frear o crescimento da população.
18
O conceito eco-desenvolvimento pode ser traduzido como desenvolvimento
sustentável. “... numa mensagem de esperança sobre a necessidade e a possibilidade
de se projetar e implementar estratégias ambientalmente adequadas, para promover
um desenvolvimento socioeconômico eqüitativo, ou ecodesenvolvimento, uma
expressão que foi mais tarde rebatizada pelos pesquisadores anglo-saxões como
desenvolvimento sustentável”. Sachs (19xx) apud Sampaio(1994).
Em 1972, ocorreu a primeira grande discussão internacional preocupada
com o futuro do desenvolvimento econômico social e a degradação ambiental.
Aconteceu em Estocolmo a primeira Conferência Mundial para o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento - (WECD). Ela constituiu um ponto importante na reflexão sobre
as relações entre a sociedade e a natureza, reconhecendo a existência de limites da
natureza como suporte ao desenvolvimento das sociedades, e colocou a necessidade
do estabelecimento de um outro modo de desenvolvimento econômico e social
Cavalcanti, (1995).
Não dúvida que para alcançar um desenvolvimento sustentável exista a
necessidade de mudar a forma de medir o então chamado desenvolvimento
econômico e social. Daí o surgimento da proposta de reajustar os indicadores de
desenvolvimento das contas nacionais para levar em conta as restrições que a
dimensão ambiental impõe à sociedade Cavalcanti (1995).
Para Daly (1991), defensor deste tipo de sustentabilidade, uma relação
forte de complementaridade entre os recursos naturais e o capital produzido pelo
homem. Este último não poderá substituir facilmente os primeiros uma vez que os
recursos naturais servem de base à elaboração dos outros. Assim sendo, o substituto
renovável do capital natural é uma mistura de capitais da natureza e do capital feito
pelo homem (SERAFY, 1996).
Daly (1996, p. 69) explica que o conceito de desenvolvimento sustentável
vem sendo motivo de muita confusão porque nas análises econômicas tradicionais a
ênfase recai sobre os serviços e os materiais, sendo necessário também pensar em
termos de estoque de recursos naturais, da seguinte forma:
{[(serviço) / (material)] = [(serviço) / (estoque) x (estoque) / (material)]}
O crescimento pode então ser definido como o aumento em material que
mantém as duas relações da direita constantes. Como os serviços aumentam devido
ao montante de materiais utilizados, o estoque tende a diminuir. O desenvolvimento
pode ser definido como um aumento no serviço ao aumentar a eficiência das duas
19
razões da direita, mantendo o material constante. Daly (1996) comenta que:
“Crescimento econômico, crescimento no PIB, é a conflagração
destes dois processos: (I) crescimento (físico) e (II)
desenvolvimento (melhorias qualitativas que permitem mais
manutenção de estoque por unidade de material, e mais serviço por
unidade de estoque). Uma vez que o crescimento físico está
limitado pelas leis da física, enquanto o desenvolvimento
qualitativo não o está, ou pelo menos não da mesma maneira, é
imperativo separar estas duas coisas. A falha em fazer esta
distinção é o que tem feito o ‘desenvolvimento sustentável’ tão
difícil de se definir. Com esta distinção, será fácil definir
desenvolvimento sustentável como ‘desenvolvimento sem
crescimento sem crescimento nos materiais além da capacidade
regenerativa e da capacidade de absorção do meio ambiente.”
(DALY, 1996)
O conceito de desenvolvimento sustentável é muito amplo e encontra-se
cercado de dificuldades para sua implementação. Da forma como foi colocado até
então, o conceito de DS não deixa claro o caminho para o controle eficiente dos
recursos naturais pelos setores produtivos em prol do desenvolvimento sócio-
econômico com proteção ambiental (VALDÉS BORRERO, 2000).
Necessita-se de novos paradigmas, que estão sentados sobre as ruínas do
socialismo real, do Consenso de Washington, do crescimento econômico socialmente
perverso por se alimentar de desigualdades crescentes, da social-democracia, que foi
longe demais na aceitação da economia de mercado, um conceito totalmente inócuo e
por isso tão difundido, conforme GALBRAITH, J. K. In “Les mensonges de
l’économie. Vérités pour notre temps” (2004).
E como bem disse Celso Furtado, in Desenvolvimento sustentável desafio
do século XXI. de Veiga (2005,) em um dos seus derradeiros pronunciamentos, “só
haverá verdadeiro desenvolvimento, que não se deve confundir com crescimento
econômico - no mais das vezes resultado de mera modernização das elites ali onde
existir um projeto social subjacente”.
O desenvolvimento depende da cultura, na medida em que ele implica a
invenção de um projeto. Este não pode se limitar unicamente aos aspectos sociais e
sua base econômica, ignorando as relações complexas entre o porvir das sociedades
humanas e a evolução da biosfera; na realidade, estamos na presença de uma co-
evolução entre dois sistemas que se regem por escalas de tempo e escalas espaciais
distintas. A sustentabilidade no tempo das civilizações humanas vai depender da sua
20
capacidade de se submeter aos preceitos de prudência ecológica e de fazer um bom
uso da natureza.
É por isso que falamos em desenvolvimento sustentável. A rigor, a
adjetivação deveria ser desdobrada em socialmente includente, ambientalmente
sustentável e economicamente sustentado no tempo Sachs, apud Veiga (2005). Como
visto o eco desenvolvimento teve seu universo ampliado e fortalecido com os
eventos da Organização das Nações Unidas em Estocolmo 1972 e ECO-92 ou RIO-
92, e com o enfoque no social está hoje consolidado como desenvolvimento eco-
social sustentado.
Desses dois eventos mais os conceitos e definições da Agenda 21 e das
proposições e metas definidas no Protocolo de Kioto chega-se ao chamado “produto
com selo verde”.
Vê-se que os vegetais nativos produtores de óleo, como as palmáceas, são
os caminhos do Desenvolvimento Regional Eco Socialmente Sustentado como
defende Ygnacy Sachs e tantos outros antes citados.
O posicionamento de tantos cientistas é, em última análise, senão como a
única, uma das principais formas de desenvolvimento, a exploração do óleo do coco
babaçu num processo racional extrativista, na geração de renda e eco
sustentabilidade da agricultura familiar na Região Norte e particularmente em
Rondônia.
Conforme PORTO (2004) em um estudo mais acurado no qual apresenta
praticamente todas as possibilidades do coco babaçu tornar-se “redenção” ao
desenvolvimento sustentado nas comunidades isoladas desta Região.
Dadas as definições e sinalizações do processo de Sustentabilidade s Eco
92 e Rio + 10 toda a atividade da Agricultura Familiar quando focada nos princípios
Eco Sociais tem forte apelo na comunidade internacional.
Quando estas atividades são passíveis de certificação o mercado
internacional, e grande parte do mercado interno, tornam-se plenamente favoráveis.
Com isto a viabilidade Eco Social fica consolidada com a emissão do Selo
Verde que caracterizam os produtos, principalmente, de origem silvo extrativista
como PRODUTOS VERDES.
Neste nicho se encaixa perfeitamente o coco babaçu e seus subprodutos,
colocando então esta espécie nativa e espontânea da Região Amazônica em posição
de destaque para a viabilidade técnica econômico-social no Desenvolvimento Social
Sustentado.
21
2.2 INDICADORES DE ECO-EFICIÊNCIA
O “World Business Council for Sustainable Development WBCSD” tem
divulgado experiências de uso de indicadores de eco-eficiência de suas empresas-
membro, o que tem se tornado quase que padrão mundial desses indicadores.
A parametração através da coleta de informações e dados para
desenvolvimento de indicadores de eco-eficiência foi uma etapa importante no
processo, segundo informado por VERFAILLIE & BIDWELL (2000) no seu guia
“Measuring eco-efficiency a guide to reporting company performance”, uma
publicação do WBCSD (WBCSD, 2001)
A publicação citada definiu que os indicadores de eco-eficiência a serem
aplicados a todas as instituições devem ser:
- relacionados à valores globais dos negócios ou a questões ambientais
globais
- relevantes para todos os tipos de empresas
- métodos definidos para medição
Existem ainda os indicadores referentes a aspectos ambientais globais que
são: consumo de energia, consumo de água, consumo de materiais, emissões de gases
causadores de efeito estufa, emissões de substâncias que podem reduzir a camada de
ozônio.
Estão sendo desenvolvidos, ainda, indicadores relacionados à: lucratividade,
resíduos totais produzidos e a emissões gasosas que possam causar acidificação.
E os indicadores específicos para:
- demanda química de oxigênio de efluentes lançados em corpos d’ água
- embalagens
- resíduos enviados para aterros
- resíduos enviados para incineração
- substâncias formadoras de oxidantes fotoquímicos, como VOCs e NOx
etc...
22
A tabela 1 apresenta os indicadores de Eco-Eficiência.
Tabela 1. - Indicadores de Eco-Eficiência
COMPONENTE UNIDADE
MÉTODO
POTENCIAL DE
MEDIÇÃO
FONTE POTENCIAL
DE DADOS
QUANTIDADE DE
PRODUTO E/OU
SERVIÇO
NÚMERO OU
MASSA
MÉTODO
ESPECÍFICO USADO
PARA MEDIR
QUANTIDADE
RELATÓRIOS DE
PRODUÇÃO OU VENDAS.
RELATÓRIOS
FINANCEIROS ANUAIS
VENDAS
LÍQUIDAS
UNIDADE
MONETÁRIA (US$,
EURO, YEN, R$)
NORMAS E
PRINCÍPIOS
INTERNACIONAIS
DE
CONTABILIDADE
RELATÓRIOS
FINANCEIROS ANUAIS
CONSUMO DE
ENERGIA
GIGAJOULES OU
MÚLTIPLOS DO
JOULE
ENERGIA
COMPRADA
COMBUSTÍVEL
UTILIZADO
REGISTROS DE COMPRA
INVENTÁRIOS DE
ENERGIA
RELATÓRIOS
CONSUMO DE
MATERIAIS
TONELADAS
MÉTRICAS
MÉTODO
ESPECÍFICO
USADO PARA MEDIR
QUANTIDADE
REGISTROS DE COMPRA
RELATÓRIOS DE
PRODUÇÃO
RELATÓRIOS DE CUSTOS
CONSUMO DE
ÁGUA
METROS CÚBICOS MÉTODO
ESPECÍFICO DA
COMPANHIA
REGISTROS DE COMPRA
RELATÓRIOS DE
PRODUÇÃO
RELATÓRIOS DE CUSTOS
EMISSÕES DE
GASES
CAUSADORES DE
EFEITO
ESTUFA
TONELADAS
MÉTRICAS
DE CO2
“GLOBAL WARMING
POTENTIAL”;
FATORES DE
TRANSFORMAÇÃO
RELATÓRIOS DE CUSTOS
REGISTROS DE SMS
ESTIMATIVAS OU
CÁLCULOS
EMISSÕES DE
SUBSTÂNCIAS
QUE
PODEM REDUZIR
A
CAMADA DE
OZÔNIO
TONELADAS
MÉTRICAS
DE CFC11
EQUIVALENTE
LISTA DE
POTENCIAIS DE
DEPLEÇÃO DE
OZÔNIO
PROTOCOLO DE
MONTREAL,
ESTUDOS NA PLANTA
REGISTROS
DE SMS ESTIMATIVAS
OU CÁLCULOS
LUCRATIVIDADE UNIDADE
MONETÁRIA
(US$, EURO, YEN,
R$)
VENDAS LÍQUIDAS
MENOS DESPESAS
NO
PERÍODO
RELATÓRIOS
FINANCEIROS
RESÍDUOS TOTAIS
PRODUZIDOS
TONELADAS
MÉTRICAS
DEFINIÇÕES DE
RESÍDUOS
CONVENÇÃO DA
BASILÉIA, 1992
– ANEXO IV
ESTUDOS NA PLANTA
REGISTROS DE SMS
ESTIMATIVAS OU
CÁLCULOS
EMISSÕES
GASOSAS
QUE POSSAM
CAUSAR
ACIDIFICAÇÃO
TONELADAS
MÉTRICAS
DE SO2
EQUIVALENTES
LISTA DE ÁCIDOS
POTENCIAL DE
ACIDIFICAÇÃO
ESTUDOS NA PLANTA
REGISTROS DE SMS
ESTIMATIVAS OU
CÁLCULOS
Fonte: VERFAILLIE & BIDWELL (2000) - “Measuring eco-efficiency a guide to
reporting company performance”, publicado pelo WBCSD (2000).
23
2.3 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE.
MORET et al (2006) adaptaram indicadores de sustentabilidade para
dimensionamento, sob os critérios preconizados pelo Monitoramento Ecológico e
IDH, como fatores que em maior ou menor restrição afetará o resultado da análise
proposta.
Neste trabalho foram inseridos no método de avaliação econômica na
proposta de cálculo de BUARQUE (1980) e KAPLAN (1983). Esse método requer a
estimativa dos custos dos capitais fixos, dos custos operacionais e do preço de venda
dos produtos a partir das informações, o período de retorno do investimento (PRI), a
taxa interna de retorno (TIR ) e o valor presente líquido (VPL).
Esta inserção conduzirá a uma variação mais ou menos intensa em seus
custos para minimizar os efeitos da ação antrópica do homem no meio ambiente que
poderá ser feita por medidas mitigadoras.
2.3.1 MATERIAL E MÉTODO
O resultado da pesquisa baseado nos dados obtidos neste levantamento e nas
estimativas de PESCE (1985) as oito áreas inventariadas no PDS Jequitibá indicaram
a exploração de 12.863 indivíduos adultos em 1.177 ha de área de palhais nativos,
potencialmente produtivos, com uma produção estimada em 105,93 toneladas/ano de
óleo vegetal bruto ou aproximadamente 300 kg/dia, conforme pesquisa de VALE
(2006), para uma unidade de processamento desta capacidade.
E ainda o processo de seleção da área amostral e metodologia de
amostragem a referência para a delimitação da área em estudo do experimento foi a
desenvolvida utilizando-se o método de amostragem estratificada sistemática
(método selecionado), que observa apenas uma parte da população e obtém-se uma
estimativa dos parâmetros com um erro de amostragem. Inicialmente realizou-se a
identificação das áreas com maior ocorrência de espécimes de palmáceas, sendo
mensurados os tamanhos aproximados de cada área através do uso do GPS. Utilizou-
se o método de parcelas de área fixa, 10 X 250 metros (2500 m
2
), lançadas
sistematicamente dentro da fitocenose com uma amostragem de 2% em relação ao
total de cada área (73 parcelas no total).
24
Em cada parcela procedeu-se à biometria e pré-identificação dos indivíduos,
com coleta de material botânico vegetativo e fértil (quando disponível) para
herborização, identificação e registro no Herbário do Parque Zoobotânico da
Universidade Federal do Acre. A partir da compilação dos dados de campo,
calculou-se os parâmetros de Dominância Absoluta e Densidade Absoluta, bem
como a altura e contagem total dos indivíduos mensurados, através do Programa
FITOPAC. Os resultados obtidos no inventário foram à ”identificação“ de 1.177.38
hectares passíveis de serem manejados, com registro de 7793 indivíduos dos quais,
3450 plântulas, 2805 jovens e 1538 adultos, distribuídos em seis gêneros e 13
espécies, sendo sete determinadas em nível específico, um em vel de gênero e
cinco estão em processo de determinação.
O levantamento obteve um erro de amostragem de 11,6% a 95% de
probabilidade, atendendo aos critérios estabelecidos para inventariar florestas
tropicais (erro inferior a 20%), das quais selecionou-se duas espécies, Orbignya
phalerata Mart. e Euterpe precatoria Mart., por se apresentarem como espécies
conhecidas na literatura e obterem os maiores valores de densidade de dominância,
sendo considerada as demais espécies como alternativa para realização de manejo
comunitário com vistas ao desenvolvimento, conservação ambiental e geração de
emprego e renda a comunidade do PDS Jequitibá,” com as seguintes orientações,
coordenadas, dimensões manejáveis e espécies, sendo suas poligonais contidas nas
coordenadas:
8° 44’ 09,50” S 63° 52’ 49,19” W (imagem Google Earth-31/08/06-
10:40h) na figura 1 abaixo foi plotada a poligonal do PDS Jequitibá que é um
enclave na Gleba Jacundá.
25
Figura 1. PDS Jequitibá
Fonte: imagem Google Earth-31/08/06-10:40h, com plotagens em GPS das Gleba Jacundá e
do PDS – Jequitibá.
Ao extrapolar-se para o total territorial do PDS Jequitibá 667.000 ha - e
dele analisando-se somente 20% (vinte por cento) – 133.400 ha - que acredita-se área
antropizada chegar-se-á a um potencial estimado 113,34 (cento e treze vírgula trinta
quatro) vezes o da amostragem, como ver-se-á nas discussões o incremento de renda
na Agricultura familiar traduz-se bem consistente.
Na pesquisa de amostragem de VALE obteve-se uma expectativa de
produção, de óleo do coco babaçu, de 105.930 kg/ano.
A unidade de processamento foi observada em duas situações:
1. Extração de óleo por prensagem a frio;
2. Produção de biocombustível por rota etílica.
Para a análise de viabilidade no estudo de caso foram adotados os métodos
tradicionais de avaliação econômica adotada por BUARQUE (1984 pp. 142-156) e
que requerer a estimativa dos custos dos capitais fixos, dos custos operacionais e do
preço de venda dos produtos. A partir das informações como o valor presente líquido
(VPL), a taxa interna de retorno (TIR) e o período de retorno do investimento (PRI):
1. O valor atual líquido;
2. A taxa interna de retorno; e
26
3. O período de retorno do capital.
Conforme dados informados nas tabelas 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 foram
desenvolvidos os cálculos para a VPL, a TIR e o PRI que indicarão a viabilidade das
opções dos projetos A (obtenção de óleo) e B (produção biocombustível).
Valor Atual dos Investimentos:
=
+
n
j
j
j
i
I
0
)1(
Valor atual das receitas:
=
+
n
j
j
j
i
R
0
)1(
Valor atual dos custos:
=
+
n
j
j
j
i
C
0
)1(
Valor presente líquido:
=
+
n
j
j
j
i
R
0
)1(
-
=
+
n
j
j
j
i
I
0
)1(
-
=
+
n
j
j
j
i
C
0
)1(
isto e:
VPL =
= =
+
+
n
j
n
j
j
j
j
jj
i
I
i
CR
0 0
)1()1(
onde R é o total de receita, C é o total dos custos, I é o total dos
investimentos e todos no valor atual; j é o período 0 (hoje-atual); n é o número de
períodos; e i é a taxa de atratividade.
Assumindo o caso em que os investimentos se concentram integralmente
em torno do ano zero:
VPL =
=
+
n
j
j
jj
I
i
CR
0
)1(
O que significa que para determinar o valor do lucro líquido atualizado,
somam-se todos os termos de
j
jj
i
CR
)1( +
, para cada ano, durante a vida útil do projeto,
e dessa soma diminui-se o valor dos investimentos.
VPL =
= =
+
+
n
j
n
j
j
j
j
jj
i
I
i
CR
0 0
)1()1(
27
Suponha-se que na fórmula do valor atual líquido
VPL =
=
+
n
j
j
jj
I
i
CR
0
,
)1(
o valor i da taxa de descontos seja considerado como uma incógnita, e que
o VPL seja considerado zero: VPL = 0.
A rmula transforma-se em :
0 =
=
+
n
j
j
jj
I
i
CR
0
)1(
=
=
+
n
j
j
jj
I
i
CR
0
)1(
Taxa Interna de Retorno
O valor de i que soluciona essa equação permite saber qual é a taxa de
desconto que terá de ser aplicada ao fluxo de fundos para, em termos atuais, igualar
o valor de todos os custos do projeto com todas as receitas do mesmo.
A taxa interna de retorno é calculada a partir dos próprios dados do fluxo
de fundos do projeto, sem necessidade de arbitrar-se uma taxa de desconto.
Considerem-se dois projetos A(prensagem de amêndoa) e B(produção
biocombustível), que m duas taxas internas de retorno i
1
e i
2
, sendo i
1
= i
2
.
Projeto TIR I
=
+
n
j
j
jj
i
CR
0
)1(
A 13,2 128.447,61 X
1
B 13,2 207.531,03 X
2
Para o projeto A, tem-se:
=
=
+
n
j
j
jj
CR
0
11
61,447.128
)2,131(
onde R é receita total no período zero = Produção anual em quilos (105.930,000)/12 x
valor em Reais do quilo de óleo FOB-RO e C é o resultado de cf (custos fixos) + cv
(custos variáveis). A taxa de 13,4% aa, aleatória, representa a taxa de atratividade.
28
Para o projeto B, tem-se:
=
=
+
n
j
j
jj
CR
0
22
03,531.207
)2,131(
Tabela 2. Mão de obra de processamento industrial a seguir:
Conversão US$ / R$ ( 1.00 / 2,02)
Salário Mensal em R$ Custo Anual²
Discriminação Quantidade
Unitário Total R$
INDIRETA
Gestor 1 1.212,00
1.212,00
16.119,60
Auxiliar 1 484,80
484,80
6.447,84
Encargos sociais 88,90
1.696,40
22.562,12
Subtotal
3.393,20
45.129,56
DIRETA
Operário 4 350,00
1.400,00
18.620,00
Laboratorista 1 660,00
660,00
8.778,00
Encargos sociais 88,90
1.010,00
13.433,00
Subtotal
3.070,00
40.831,00
Total 7
6.463,20
85.960,56
² 13º salário e para férias
% investimento
41,42%
Fonte: PRODUTOS Potenciais da Amazônia (BABAÇU)-Brasília, MMA/SUFRAMA/GTA, (1998) 19v.
ajustado em 26/04/2007 pelo autor.
Tabela 3. Construções civis, equipamentos de prensagem e instalações
complementares (projeto A)
Construção, equipt
o
. e instalações Und. Qtd.
Unitário
Em R$
Total
Em R$
Percentual
Invest. Total
Custo de Instalação
1
3.144,54
3.144,54
1,52%
Obra Civil – ADM
50
500,00
25.000,00
12,05%
Obra Civil – LAB
15
500,00
7.500,00
3,61%
Equipamento para prensagem prensa
01
15.000,00
7,23%
Total de construções e instalações
50.644,54
24,41%
29
Tabela 4. Construções civis, equipamentos de prensagem e instalações
complementares (projeto B)
Construção, equipt
o
. e instalações Und. Qtd.
Unitário
Em R$
Total
Em R$
Percentual
Invest. Total
Custo de Instalação
1
3.144,54
3.144,54
1,52%
Obra Civil – ADM
50
500,00
25.000,00
12,05%
Obra Civil – LAB
15
500,00
7.500,00
3,61%
Und. De tratamento de Efluente R$
2,15
7.407,41
15.925,93
7,67%
Equipamento para prensagem prensa
01
15.000,00
7,23%
Máquinas e equipamentos Conj.
01
55.000,00
26,50%
Total construções e instalações
121.570,47
58,58%
Tabela 5. Resumo das tabelas 1 a 4 para os projetos A e B
Tabelas Projeto A Projeto B
1. Mão de obra 77.803,07
85.960,56
2. Construções, equipamentos e
instalações
50.644,54
121.570,47
Totais 128.447,61
207.531,03
Nesta opção e em face da diversidade regional de produção, conforme
tabela 6 abaixo, trabalhou-se nas cotações para preços de venda na conversão
“U$1.00 = R$2,02”
2
.
Tabela 6. Quadro de cotações da “commodity” óleo do coco babaçu.
ABOISSA - INFORMATIVO DE MERCADO DIA 11.07.2006 (R$/TON.)
PRODUTO
PREÇO DE
COMPRA
PREÇO DE
VENDA
ÓLEO BRUTO DE BABAÇU (C/12%
DE ICMS 30DD CIF SÃO PAULO)
2.500,00 2.550,00
COTAÇÃO VIA SISTEMA CNI* EM 17/08/2006
ÓLEO BABAÇU BRUTO NI
FOB ROTTERDÃ
5.134.16
ESTUDO COPPE/UFRJ
ÓLEO DE BABAÇU
NI
1.483,20
Fontes: http://www.aboissa.com.br/palma/cotdia.htm13:17h 20/08/2006
* www.fiero.org.br, www.fiema.org.br 14:44h 17/08/2006
Estudo do Programa de Pós-Graduação indica os índices por litro (Rosa, 2002). Adaptada por
SANTINI (2007).
2
Valor de conversão em maio de 2007.
30
Tabela 7. Resumo do 4º Leilão ANP (ocorrido nos dias 11 e 12/07/2006)
VOLUME OFERTADO (M³) 1.141.335
VOLUME ARREMATADO (M³) 550.000
VALOR ARREMATADO (R$) 960.664.159,48
PREÇO MÉDIO (R$/M³) 1.746,66
DESÁGIO -8,29%
PREÇO DE REFERÊNCIA
(R$/M³)
1.904,51
Fonte:http://www.anp.gov.br/doc/biodiesel/Resultado_4o_leilao.pdf, acesso em 17/12/2006 as 11:00h.
Tabela 8. Apreçamento do Babaçu-bruto
CIF/SP
C/ICMS
ICMS+C.Finan
CIF/SP-
15%
CIF/SP-Ton
Taxa
US$
Babaçu bruto
2.550,00 [12%+3%]15%
2.167,50
US$
1.073,02
2,02
Fonte: http://www.aboissa.com.br/palma/cotdia.htm13:17h 20/08/2006 taxa de conversão ajustada
para 05/2007 pelo autor.
Tabela 9. Custo do frete por tonelada de RO para diversos destinos no País
RO/PR RO/CE RO/GO RO/SP RO/RJ RO/RS
Custo de
Frete/ton
240,00 270,00 160,00 230,00 240,00 260,00
Fonte: http://www.aboissa.com.br/palma/cotdia.htm 21:00h de 12/05/2007
Em um Investimento, se VPL for positivo, a Taxa Real (i) é maior do que a
Taxa de Mercado, se VPL for negativo, a Taxa real (i) é menor do que a Taxa de
Mercado e se, VPL = 0, então a Taxa de Mercado coincide com a Taxa Real (i).
Conclusão: Em um Investimento, se VPL é maior então a Taxa (i) também é
maior.
Esta análise pode ser reduzida ao exposto a seguir para o VPL a cada i do
Investimento:
VPL I do Investimento
Igual a 0
Igual à Taxa de mercado
Positivo Maior que a Taxa de mercado
Negativo
Menor que a Taxa de mercado
31
PRI - Período de Retorno do Investimento (Pay Back)
O PRI é uma das técnicas de análise de investimento mais comuns que
existem. Consiste em umas das alternativas mais populares ao VPL. Sua principal
vantagem em relação ao VPL consiste em que a regra do PRI leva em conta o tempo
do investimento e conseqüentemente é uma metodologia mais apropriada para
ambientes com risco elevado.
Este método visa calcular o número de períodos ou quanto tempo o
investidor irá precisar para recuperar o investimento realizado. Um investimento
significa uma saída imediata de dinheiro. Em contrapartida se espera receber fluxos
de caixa que visem recuperar essa saída. O PRI calcula quanto tempo isso irá
demorar.
A conclusão lógica é que a fórmula do PRI, considerando plantas adultas,
jovens e plântulas de Orbignya fhaleratta Mart. é de 4 anos:
Cálculo do PRI para a extração de óleo
PRI = Valor do Investimento ÷ Valor do Fluxo Periódico Esperado
4 = 93.476,90 ÷ Valor do Fluxo Periódico Esperado
Valor do Fluxo Periódico Esperado = 128.447,61 ÷ 4
Valor do Fluxo Periódico Esperado = 32.111,90.
Cálculo do PRI para o processo de transesterificação do óleo do coco
babaçu
PRI = Valor do Investimento ÷ Valor do Fluxo Periódico Esperado
4 = 207.531,03 ÷ Valor do Fluxo Periódico Esperado
Valor do Fluxo Periódico Esperado = 207.531,03 ÷ 4
Valor do Fluxo Periódico Esperado = 51.882,76
Cálculo do Preço de Custo e Preço de Venda
A partir do preço praticado para a commodity óleo do coco babaçu
R$.2.550,00 cotação Aboissa (tabela 6), pg 26 -, para o Biocombustível
R$.1.746,66 preço médio no leilão n
o
4 da ANP (tabela 7), pg. 25 e R$.1904,51
como valor de referência-.
Na tabela 1 estão identificados os indicadores que foram trabalhados na
32
obtenção da Média dos Indicadores de Sustentabilidade apropriada - MISa
3
.
Ao extrapolar-se para o total territorial do PDS Jequitibá 667.000 ha - e
dele analisando-se somente 20% (vinte por cento) – 133.400 ha - que acredita-se área
antropizada chegar-se-á a um potencial estimado de 113,34 (cento e treze vírgula
trinta quatro) vezes o da amostragem, como ver-se-á nas discussões o incremento de
renda na Agricultura familiar traduz-se bem consistente.
Na pesquisa de amostragem de (VALE, 2006) obteve-se uma expectativa de
produção de óleo do coco babaçu de 105.930 kg/ano.
Ao considerar-se a extrapolação obter-se-ia:
Produção Anual Estimada = 105.930 × 113,34
Produção Anual Estimada = 12.006.106,2 kg/ano, que se destinado a
produção de biocombustível resultará em valores bem expressivos como será vista na
seqüência.
Valor da produção com base no leilão ANP tabela 6, pg. 25 SANTINI
(2007): produção estimada/kg ÷ densidade do óleo x preço leilão ANP
ANP. Valor da produção = 12.006.106,2 ÷ 0,8 × 1,746 = R$26.203.326,78
4
.
E ainda = 12.006.106,2 ÷ 0,8 × 1,904 = R$28.582.186,65
5
. Valor da
produção com base na cotação ABOISSA, tabela 7, pg 26, SANTINI (2007), de
commodity óleo do coco babaçu: produção estimada/kg ÷densidade do óleo x preço
cotação ABOISSA
ABOISSA. Valor da produção = 12.006.106,2 ÷ 0,8 × 2,55 =
R$.38.269.463,51.
Na tabela 10 estão identificados os indicadores que foram trabalhados na
obtenção da Média dos Indicadores de Sustentabilidade apropriada - MISa.
3
MISa – Média dos Indicadores de Sustentabilidade apropriada foi uma proposta do autor
4
Valor obtido no preço médio do leilão ANP.
5
Valor tomado é o de referência ANP.
33
Tabela 10. Quadro sintético de critérios e indicadores de sustentabilidade social para a energia da biomassa, conforme MORET et alli (2006).
CRITÉRIO RECOMENDAÇÕES CONDICIONANTES RESTRIÇÕES INDICADORES
Controle social
Aceitação local sobre para quem
e para o que da energia, geração
de energia para comunidades
isoladas sem energia
Informação e capacitação
Energia destinada a
autopropulsão de
empresas energo-
intensivas
Participação da população local e de entidades socioambiental
nacionais na concepção: projeto
Participação na
tomada de
decisão
Poder de deliberação tanto de
beneficiados como de atingidos
Informação e capacitação
espaços políticos para
participação com caráter
deliberativo
Consultas públicas sem
compromisso com a
inclusão de demanda e
sem qualquer efeito
deliberativo
Número, locais, caráter e formas de consulta, forma de
publicidade, acesso a informação linguagem e idioma utilizado
Forma de gestão
Cooperativas, associações
comunitárias
Capacitação para gestão de
cooperativas, financiamento
(pronaf / bndes).
Agronegócio tradicional
contratos de fomento ou
integração que criam
condições injustas de
trabalho e de negociação
Estrutura da organização e formas de tomada de
Decisão, número de votantes tomadores de decisão
Geração de
emprego e renda
Agricultura familiar; emprego
para a população local; criação
de condições de emprego da
juventude
Capacitação para formação
de cooperativas;
sensibilização e capacitação
das famílias com informação
técnica e política
Agronegócio de capital
intensivo, concentração de
renda e tem, população
local envolvida apenas no
trabalho de mão de obra
pouco qualificada
Numero de empregos por unidade de energia (cadeia produtiva,
instalação e operação, participação nos lucros de
empreendimentos, geração de novas oportunidades e fontes de
renda locais, relação entre os postos de trabalho locais antes, e
depois do empreendimento, índices de aumento de poder
aquisitivo da população local)
Inclusão social
Capacitação e treinamento na
tecnologia envolvimento de
vizinhos e membros da cadeia
produtiva,
Sustentação social às
Famílias envolvidas:
Promover melhoria de
Qualidade de vida da
Mulher e do jovem
Repartição de benefícios
Dos empreendimentos com
População local
Empreendimentos
isolados da vizinhança,
rompimento de padrões
tradicionais de
subsistência e cultura
Número de famílias sem acesso a energia beneficiada pelo
empreendimento, medidas de qualidade e conformidade dos re-
assentamentos involuntários quando necessários e aceitos de
impacto na qualidade de vida das comunidades, os programas
sociais, em especial de saúde e educação, a avaliação e o
monitoramento epidemiológico, a contribuição para o acesso a
serviços e infra-estrutura para as populações locais de educação,
energia, coleta de lixo, esgoto sanitário, etc. A contribuição para a
alfabetização de adultos e à educação ambiental e os indicadores
de redução da violência e da vulnerabilidade das mulheres e
jovens
Igualdade de
gênero
Valorização colocação da mulher
como ator fundamental em todas
as etapas dos processos
Educação
Melhoria na qualidade do ar interno das residências, horas de
trabalho doméstico liberadas para a mulher, inclusão de
programas e políticas para a mulher e o jovem
Adequação legal
Respeito as legislações
municipal, estadual, nacional e a
acordos internacionais
Transparência Publicidades das auditorias
Financiamento
Crédito rural para a agricultura
familiar
Financiamento pronaf e do
bndes, acesso a terra
Financiamento ao
agronegócio intensivo
Programas e linhas de crédito, condições de financiamento
público
34
Uso da terra
Respeito a zoneamento econômico
ecológico: região classificada como
adequada por avaliação ambiental
estratégica, definição dos limites de
ocupação dos biomas, diversificação
e descentralização das atividades
econômicas
Existência de zee e de
avaliação ambiental estratégica
para região, bacia ou bioma,
definição de limites ecológicos
para o desenvolvimento de
atividades econômicas nos
biomas, proteção de áreas
naturais
Ocupação de áreas
impróprias, sobre
explorações de
ecossistemas, extrema
especialização dos
territórios
Descentralização e diversificação dos sistemas produtivos em
uma área, região, tamanho das áreas contínuas de monoculturas,
distância da fonte energética até o seu local de consumo,
distância percorrida e tempo gasto pelos trabalhadores, no
empreendimento e tempo necessário fora de sua terra para o
manejo de suas culturas de subsistência
Origem de
biomassa
Aproveitamento de resíduos;
produtos de agroecologia e da
agricultura familiar
Monoculturas
transgênicas: alteração
de biomas naturais
Percentagem dos resíduos sobre o total da biomassa utilizada no
projeto
Manejo
ambiental
Incorporação das melhores práticas
disponíveis; diversidade das culturas,
sistemas agroflorestais, agroecologia,
permacultura, minimização ou
eliminação de uso de agrotóxicos,
diminuição da perda de solo,
cooperativas, agricultura familiar
Capacitação dos
produtores, das unidades
de extensão e assistência
ao trabalhador rural
Desertos verdes,
degradação e perda de
solos, contaminação
ambiental; formas de
produção com
agrotóxicos
extremamente perigosos
e persistentes
Área monocultura, perda do solo, emissões no ar e na água
Organização da
produção
relações de
trabalho
Cooperativas, agricultura familiar Contratos de integração
Participação na renda da cadeia produtiva do biocombustível
incorporada a agricultura familiar; nível de satisfação com os
contratos vigentes
Segurança
alimentar
Produção consorciada
Zonas de produção
monoculturais
Tecnologia
Geração e produção descentralizada,
apropriação tecnológica pela
população local, novas tecnologias
capazes de diminuir pressão da
geração de energia sobre biomas,
transferência horizontal (entre
comunidades) de tecnologias e
conhecimentos contribuição para
diversificação da matriz energética
Relação entre trabalhadores locais externos envolvidos na
manutenção do projeto, aplicação de tecnologias limpas,
inovação tecnológica, capacidade de reprodução de tecnologia
empregada; origem dos equipamentos; existência de royalties e
de licenças tecnológicas; necessidade de assistência técnica
internacional, variação de emprego de energia sustentável,
coogeração
Uso da
bioenergia
Mudanças na matriz de transporte
para modos mais eficientes;
promoção de eficiência energética
Taxas de redução do consumo, aumento dos potenciais de
conservação em usos finais, capacidade de redução, reuso e
reciclagem dos insumos na atividade fim para qual a energia é
destinada, inclusão de gerenciamento da demanda no horizonte
de planejamento dos projetos
35
Ao considerar-se a extrapolação obter-se-ia:
Produção Anual Estimada = 105.930 x 113,34
Produção Anual Estimada = 12.006.106,2 kg/ano,
e conforme cálculos desenvolvidos na página 33 deste trabalho fica mostrada a
viabilidade econômica.
Conclui-se que em qualquer dos casos, biocombustível ou óleo vegetal, que a receita
auferida representa um forte incremento na sustentabilidade da Agricultura Familiar. Mesmo
com esse volume estimado de recursos esse processo não é a “Salvação da Lavoura”, dadas
todas suas peculiaridades, mas e certamente configurará como um forte elemento para
resgatar a dignidade do agricultor familiar e sua prole.
Como ponto de observação tem-se comparativamente que a produção de um (01) mês, nesse
estudo de caso virtual, o consumo de um (01) dia nas termoelétricas Termonorte.
36
3 METODOLOGIA
A análise desenvolvida pautou-se na taxonomia apresentada por Vergara
(2005) sendo classificada em dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios.
Quantos aos fins trata-se de uma pesquisa descritiva e aplicada, pois “expõe
características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também
estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza” e “sendo
fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos ou não”
( VERGARA, 2005, p. 47).
Quanto aos meios a análise desenvolvida pautou-se pela pesquisa bibliográfica,
por resultados de estudos feitos pelos laboratórios das Universidades Federais de
Rondônia e Acre e em simulações de casos.
A metodologia adotada foi embasada na análise contida nos métodos adotados
seguiu dois caminhos: o da viabilidade técnica e a viabilidade econômica e social.
Essa metodologia compreendeu um exercício intelectual para formar um
estudo de caso virtual (virtual case) e está a seguir explicitada.
3.1 PARA DETERMINAR-SE A VIABILIDADE TÉCNICA:
a) foi desenvolvida uma análise dos componentes e subprodutos do coco
babaçu com base nos estudos desenvolvidos por Anderson (1991) e Knothe
(2006);
b) dos componentes do coco babaçu o trabalho utilizou o estudo do óleo
vegetal contido nas amêndoas, cujos ácidos graxos e respectivos
percentuais encontram-se demonstrados na Figura 12, gina n
o
59,
resultados dessa viabilidade;
c) os demais componentes e subprodutos são também analisados e ficam
como sugestão para outros estudos de viabilidade de exploração racional
sustentada do coco babaçu;
d) utilizou-se a análise química e rendimento das amêndoas do coco babaçu
constantes da pesquisa de GONSALVES (1955);
e) para a viabilidade da exploração do óleo vegetal do coco babaçu, e seu
potencial no PDS Jequitibá, analisou-se a disponibilidade de produção
37
desse óleo conforme dados fornecidos nos estudos realizados por Vale
(2006).
f) foi estudada uma unidade de extração e óleo de amêndoa do coco babaçu
pelo processo a frio tipo filtro prensa para a disponibilidade de quilos de
óleo/ano apresentada nos estudos desenvolvidos no PDS Jequitibá por Vale
(2006);
g) foi desenvolvida, ainda, uma abordagem acessória da utilização do sub
produto biocombustível na visão da sustentabilidade energética para as
comunidades isoladas, como a do PDS Jequitibá, constantes do conceito de
não participantes do Sistema Nacional de Energia Elétrica;
h) foi avaliada a opção de processamento por rota etílica de uma unidade
produtora de biocombustível para a capacidade dia de 500kg, com foco no
Projeto estudado; e
i) foram analisados os aspectos da Eco Eficiência do coco babaçu através dos
Indicadores de Eco-Eficiência do “World Business Council for Sustainable
Development – WBCSD”.
3.2 PARA DETERMINAR-SE A VIABILIDADE ECONÔMICA E SOCIAL:
j) utilizou-se os métodos tradicionais de avaliação econômica, unidos a
avaliação social que compõem o cenário do desenvolvimento eco-social
sustentado regionalizado em Rondônia, para a produção do óleo do coco
babaçu;
k) foi analisada e comparada a produção científica de vários pesquisadores na
total utilização do fruto do coco babaçu e de todos os produtos e sub
produtos com o propósito de agregar o máximo de valor nessa exploração
ecológica e social;
l) as cotações e mercados potenciais do óleo do coco babaçu foram
fornecidos de estudo de Rosa (2002) no Programa de Pós Graduação
COPPE/UFRJ, Confederação Nacional da Industria e da Aboissa - Óleos
Vegetais [os dados foram ajustados em unidade quilo e valor na paridade
reais/dólar (31.01.2007)] ;
38
m) como um vegetal onde tudo se aproveita sem eliminar o estirpe
6
resulta-se:
uso da palha para a cobertura de moradias e barracões; do coco do babaçu
em percentuais úteis o epicarpo (16%), mesocarpo (26,5%), endocarpo
(49%) e amêndoas (8%);
n) adotou-se critérios para a elaboração de Indicadores Médios de Eco
Eficiência - IMEE que seguindo a sistemática adotada para os indicadores
de avaliação ambiental seguiram a escala de 0,01 para o mais impactante a
1,00 para o não impactante na valoração do custo de produção e
remuneração da matéria prima;
o) da mesma forma elaborou-se os critérios para a definição da Média de
Indicadores de Sustentabilidade apropriada – MISa;
p) foi seguido o roteiro da metodologia PATME (FINEP/SEBRAE) de EVTE;
e
q) no encadeamento do cálculo comprobatório da viabilidade foi adotado o
caminho inverso, ou seja, do preço final praticado como commodity (R$
2.500,00 – ABOISSA – tabela 7 – p.25) ou como biocombustível (R$
1.746,66 – 4º leilão ANP – (11/12.07.2006) – tabela 8 – p. 26), para o preço
da matéria prima.
Estas condições geram a oportunidade de um aproveitamento racional da
espécie e produção como agregador de renda na agricultura familiar.
Concorre ainda com o uso eco-social do bioma envolvido visto não concorrer
para a degradação e pela possibilidade da regeneração do bioma em seu entorno já que é
uma espécie nativa e espontânea.
A proposta de se trabalhar um caso virtual para aplicar na análise de
viabilidade deve-se a mínima existência de pesquisas sobre o assunto e na expectativa
de se criar um precedente para a materialização do parque tecnológico natural. Essa
opção remete a necessidade de que pesquisas complementares quanto a capacidade
produtiva, densidade geral dos indivíduos, rendimento médio local e disponibilidade de
vontade operacional da comunidade rural envolvida.
Adotou-se assim formula a seguir que indica a partir do preço de venda de
mercado os pressupostos para que haja, tanto a Condição de Sustentabilidade Como
Incremento de Renda na Agricultura Familiar:
6
Estirpe [do Lat. stirpe.] S. f. 1. Morfl. Veg. Raiz (1). 2. P. ext. Origem, tronco, linhagem, cepa... em
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro. 1986, pág. 723.
39
PVM = (VPL - PRI– CV) .MISa (
7
)
A foi calculada pela fórmula PVM = (VPL + PRI CV) .MISa conforme mão
de obra prevista na tabela 2, página 25.
Onde:
PVM – preço de venda no mercado
VPL – valor presente líquido
PRI – período de retorno do investimento
CV – custos de venda
MISa – média dos indicadores de sustentabilidade apropriados
7
MORET, RODRIGUES et ORTIZ, GT Energia do FBONS, fev. 2006, pg. 28.
40
4. RESULTADO DA PESQUISA
ANÁLISE DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA E SOCIAL
Numa visão macro sócio-econômica este projeto observa um cenário de um
verdadeiro “Parque Tecnológico Natural” onde o processo extrativista junto com o
processo de aproveitamento de toda a energia disponibilizada pelo uso múltiplo da
floresta”.
na vertente micro o propósito imediato deste trabalho é a avaliação dos
óleos vegetais oriundos de palmáceas naturais da região e sinalizar se esses prestam-
se mais a exploração como “commodity” (industria cosmética, fármaco, etc.)ou
como biocombustível.
O escopo principal do projeto é a geração de renda na Agricultura Familiar
como na óptica sócio-econômica situada no Desenvolvimento Regional(O Programa
Nacional de Agricultura Familiar PRONAF, tem como escopo o desenvolvimento
da atividade agrícola tradicional em conjunto com processos extrativistas de menor
impacto ambiental possível).
Dentre as palmáceas estudadas este trabalho buscou o Babaçu que é
espontâneo na região e tem uma ressurgência natural em áreas afetadas pelo processo
antrópico (ação do homem sobre a vegetação natural, Dic. Aurélio p.134, ed.
1986). Essa palmácea é de fácil manejo e tratos fitossanitários podendo ter seu
plantio fomentado no processo de recuperação de áreas degradadas.
Por se tratar de um estudo esta Análise de Viabilidade Técnica-Econômica e
Social tratará de aspectos conceituais, quanto as questões sócio-econômicas, e das
possibilidades de incremento econômico na agricultura familiar e desenvolvimento
regional específico.
A figura 2 apresenta a potencialidade brasileira na produção de óleos
vegetais conversíveis em biocombustíveis.
41
Figura 2. Distribuição Regional das Oleaginosas
Fontes: Márcio Nappo (2004) –Distribuição Regional das Oleaginosas (Oilworld Oil World Annual 2004)
Fórum Brasil-Alemanha Sobre Biocombustíveis e Atlas do Biodiesel Potencialidade Brasileira para a produção
e consumo de combustíveis vegetais 2004, Fontes Adaptadas pelo Autor.
42
A figura 3 mostra o percentual ocupado pelas oleaginosas nas áreas estudas nas
cinco regiões do País.
Figura 3. Percentuais das oleaginosas por Região
4.1 A AVTES
Para a produção de biocombustível foi adotado o método consagrado para a
análise de viabilidade técnico-econômica (AVTE) acrescido do vetor social (S) e, então,
ordenado em: plano de investimento, custos de produção (custos fixos e custos
variáveis), financiamento, receitas estimadas, resultado e discussão.
Produção de Oleaginosas no Brasil
Fonte: “Oilworld - Oil World Annual” 2004
REGIÃO SE
Soja 9%
Algodão
9%
REGIÃO S
Soja 33%
REGIÃO CO
Soja 49%
Algodão 65%
REGIÃO NE
Algodão 23%
Mamona (BA)
REGIÃO N
Palma 100%
Babaçu em estudo
43
4.1.1 INFRA-ESTRUTURA DO PROJETO
4.1.1.1 Localização
A localização do projeto é um enclave dentro do Projeto de Desenvolvimento
Sustentável JEQUITIBÁ PDS-Jequitibá -, na Gleba Jacundá (TERRAS PÚBLICAS
FEDERAIS), Município de Candeias do Jamari, dentro da Zona 2.1 da Aproximação
do Zoneamento Sócio-Econômico-Ecológico de Rondônia, conforme Figura 1, página
33.
O levantamento obteve um erro de amostragem de 11,6% a 95% de
probabilidade, atendendo aos critérios estabelecidos para inventariar florestas tropicais
(erro inferior a 20%), das quais selecionou-se duas espécies, Orbignya phalerata Mart.
e Euterpe precatoria Mart., por se apresentarem como espécies conhecidas na literatura
e obterem os maiores valores de densidade de dominância, sendo considerada as demais
espécies como alternativa para a realização manejo comunitário com vistas ao
desenvolvimento, conservação ambiental e geração de emprego e renda à comunidade
do PDS Jequitibá,” com as seguintes orientações, coordenadas, dimensões manejáveis e
espécies, sendo suas poligonais contidas nas coordenadas:
8° 44’ 09,50 “S 63° 52’ 49,19” W (imagem Google Earth-31/08/06-10:40h)
4.1.1.2 Área física
A área física de abrangência do projeto será nas 8 (oito) áreas inventariadas
dentro dos 1.177,38 ha manejáveis, na proposição do PDS-Jequitibá
O projeto de cada unidade de processamento está contido em dimensões ideais
conforme croqui de planta baixa modular para o mínimo lote econômico de produção
onde estarão previstos as seguintes instalações: de estoque ex-ante, área de recepção,
preparação da matéria prima, área de processamento, área de estocagem e expedição.
Quando da extrapolação para o caso virtual foi projetada uma área de 134.400
há que representa a área já antropisada .
44
4.1.1.3 Processo Produtivo
Conforme o diagrama de blocos com fulcro na proposta e de acordo com a
ocupação física da área, será a da figura 4 a seguir:
Figura 4. Produção de óleo vegetal
Figura 4 - Processo de obtenção de óleo vegetal a partir da coleta extrativista
Fonte: Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais - Adaptado pelo
Departamento Econômico da FAESP (2006).
E, na figura 5 a produção de Biodiesel
Figura 5. Produção de Biodiesel
Figura 5 . Processo de obtenção de biodiesel
Fonte: Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais Adaptado pelo
Departamento Econômico da FAESP (2006)
45
4.1.1.4 Capacidade Instalada
A capacidade instalada está baseada na prospecção levada a efeito por VALE
(2006) e extrapolada para a área do enclave sempre observada a condição de promover
excedente de produção para a renda familiar.
4.1.1.5 Fluxo de Produção
O fluxo de produção será o tradicional em linha com desenvolvimento
descendente (matéria prima inserida num ponto mais elevado e o produto final
emergindo num ponto inferior) utilizando o efeito da gravidade.
O modelo, na figura 6, é a exemplificação de um fluxo descendente para
produção de biocombustível – processo tendo como componentes: óleo vegetal, metanol
e reação ácida (este processo é extremamente instável).
Figura 6. Fluxograma de Micro Unidade para produção de Biodiesel
Figura 6 Fluxograma do Sistema da Micro-Produção para Biodiesel Ambiental Som,
Sistema da Micro-Produção para Biodiesel De Todd Swearingen, Energia De Appal
in Faça seu próprio biodiesel.
Fonte: http://www.biodiesel.org1 Acesso 04/09/2005 as 10:49h
46
Descrição dos itens:
1. Vaso com metanol de 55-galões, alimentação por gravidade ou deslocamento
positivo usando a pressão de ar firmemente regulada.
2. Recipiente em HDPE - polietileno de alta densidade e capacidade para 30 galões e
cilindro "principal" aberto, motor de 1/18-hp, incluído o ventilador para
resfriamento, selo de segurança, impulsor em aço inoxidável 3 “e eixo,
respiradouro ao distribuidor do metanol”.
3. reator em HDPE 110-galões (90 galões de rendimento), dreno do rotor soldado,
motor blindado de 1/3 hp, impulsor em aço de 4 “com eixo, selo de segurança,
respiradouro para o distribuidor de metanol”.
4. tanque de 55 galões em HDPE, para agregado de glicerina (18 galões por o grupo
de 110 galões de reação). O combustível é continuamente separado e é re-inserido
na produção.
5. Tanque de fundo liso, capacidade 110galões em HDPE, para alimentação por
gravidade com inclinação de em fluxo por gotejamento do biodiesel no
evaporador / condensador.
6. Evaporador de metanol ao condensador.
7. Condensador resfriado a ar ou banho da água.
8. Tanque da recuperação do metanol em aço doce, lacrado, recipiente de 55-galões.
9. Tanque de lavagem em HDPE, para 200-galões com sifão no pé e inclinação de 4º.
10. Tanque de agregado com sifão para 110 galões em HDPE e inclinação de
para emulsão soponificada e micro-gotas do agregado do biodiesel.
11. Tanque em HDPE para tratamento e lavagem em água com capacidade de 110
galões, inclinado com no sifão.
12. Tanque de secagem em HDPE com dreno e capacidade para 110 galões para
combustível aquecido a 43 graus C para gotejamento em lençol de água e
desumidificador de ar por borbulhamento completo.
13. Respiradouro de vapor do metanol ao exterior do edifício.
14. Tanque da recuperação de Glicerina/FFA (ácidos graxos livres) com capacidade
para 55 galões, em HDPE, com cilindro "principal" aberto, motor de 1/18 hp, selo
de segurança, eixo do agitador de 3 “, em aço e respiradouro ao distribuidor do
metanol”.
47
15. O tanque para óleo vegetal / metanol, de 55 galões em HDPE, com cilindro
"principal" aberto, respiradouro ao distribuidor do metanol, bombeamento ao
evaporador para a recuperação do metanol.
16.
O tanque de recuperado da “destilação” de ácidos graxos de 55 galões, HDPE, com
cilindro "principal" aberto, respiradouro ao distribuidor do metanol, retorno ao
reator para a conversão ao biodiesel no estágio ácido.
4.1.1.6 Arranjo Físico
Este Arranjo, conforme diagrama a seguir, pretende modificar a situação
tradicional de produção de sub-produtos dos produtos da floresta através de sistema que
busque a valorização do trabalho associado ao agro-extrativismo do babaçu e pelo
beneficiamento do fruto empregando unidades de processamento com tecnologias que
possam aumentar a produtividade, agregar valor aos derivados do babaçu (óleo,
biodiesel, amido, carvão e outras especialidades). O Arranjo Físico apresenta duas
etapas:
1. Da coleta no campo, seleção-tamanho, transporte, entrega no pátio de
recepção Figura 7 (diagrama de bloco 1); e
2. Da recepção na unidade de processamento: recepção, lavagem,
quebra ou descasque do coco, prensagem mecânica, filtragem, envasamento e
armazenagem Figura 8 (diagrama de bloco 2).
Figura 7. Diagrama de bloco 1. (coleta-entrega)
48
Figura 8. Diagrama de bloco 2. (extração/clarificação de óleo)
Na figura 9 tem-se uma visão superficial das rotas (etílica/metílica) de
produção de biocombustível
Figura 9. Rotas de produção (de biodiesel)
49
Estequiometria vantagens e desvantagens da rota etílica e da metílica.
Fonte: Biodiesel: Tecnologia, Desafios e Perspectivas – apresentação Mauro Silva – Petrobras – 7/07/2005.
A figura 10 traz uma montagem da micro unidade de craqueamento de óleos
vegetais, desenvolvida pela Universidade Federal de Brasília – UNB, que detém a
patente de parte do processo.
Figura 10. Craqueamento (de biodiesel)
4.1.1.7 Matérias-Primas e Insumos Necessários
No caso específico a matéria prima é a amêndoa do coco babaçu para a
extração mecânica do óleo vegetal.
50
Os insumos da coleta no campo ao pátio de recepção, como segue:
Podão
Seleção / descarte
Carreta
Os insumos para processamento e armazenagem:
Edificação
Tanque (recepção e secagem)
Quebrador (quantidade compatível com a produção se manual)
Filtro Prensa mecânico
Caso de refino incluir reator
Envasamento
Armazenagem
Os insumos para a produção de biocombustível
Unidade modular para a produção de Ester a partir de óleo
vegetal e álcool.
Constituintes do Coco de Babaçu, Características e Aplicações.
CONSTITUINTES % CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES
AMÊNDOAS 5 – 9
Material oleaginoso, contendo até 62% de óleo do tipo
laurídico. Na extração resulta torta utilizável para ração
de animais.
ENDOCARPO 50 – 65
Lignito vegetal, de elevada dureza, se prestando para a
produção de carvões especiais, sendo recomendável o
aproveitamento dos gases condensáveis resultando
diversos produtos de interesse para a indústria química.
Alternativamente, o lignito pode ser utilizado na
produção de peças aglomeradas, possíveis de serem
empregadas como substituto de madeiras, na indústria de
móveis e nas construções civis.
Possíveis excedentes podem ser direcionados como
combustível industrial, na co-geração de eletricidade.
MESOCARPO 15 – 22
Porção amilácea do coco, prestando -se como energético
na produção de rações ou para a produção de etanol,
entre outras possibilidades.
EPICARPO 11 – 16
Material fibroso, ligno-celulósico, podendo ser utilizado
como combustível industrial, e até mesmo, na co-geração
de eletricidade.
Fonte: Página 25 de: Biodiesel: Uma aventura Tecnológica num País Engraçado. PARENTE,E.J. de S.,
Fortaleza (CE), 2003, 66pgs.
51
Cada árvore produz em média quatro cachos por ano, cada qual
possuindo entre 200 até 600 frutos, com uma produção média anual de até
2.000 frutos.
A amêndoa do coco babaçu, que representa de 5 a 9% do fruto,
contem 60 a 70% de um óleo rico em ácido láurico, similar em composição
ao óleo do coco (Cocos nucifera L.) ou ao óleo do dendê (Elaeis guineensis
Jacq) (Pesce, 1985).
O esmagamento do coco do babaçu produz dois tipos de óleos: um
para fins comestíveis e outro para fins industriais (óleo láurico). O óleo de
babaçu possui ampla diversidade de ácidos graxos, como caprílico (4%),
cáprico (5%), esteárico (7%), oléico (17%), linoléico (5%), mas as altas
concentrações dos ácidos láuricos (45%), mirístico (18%) e palmítico (10%),
utilizados em todo o mundo para a produção de tensoativos, os maiores
atrativos para o aproveitamento dessas substâncias pelas indústrias químicas
(MORAES, 200x).
Segundo estimativas de Pesce (1985), a proporção de produção de
óleo para a espécie é baixa, em torno de 90 a 150 kg/ha/ano, porém
seu valor como importante recurso de subsistência e fonte alternativa
de produção e renda ainda são válidos. Baseados nos dados obtidos
neste levantamento e nas estimativas de Pesce (1985), as oito áreas
inventariadas no PDS Jequitibá aproximadamente proporcionariam a
exploração de 12.863 indivíduos adultos potencialmente produtivos,
com uma produção estimada em 105,93 toneladas/ano de óleo vegetal
bruto, além dos outros subprodutos aproveitáveis da extração, assim
torna-se necessários estudos mais aprofundados para estimar com
mais precisão a produção na área, reconhecido por Vale como estudo
confirmado (Vale,2006 p.63).
4.1.1.8 Integração Ambiental
Ao considerar-se a palmácea selecionada tem-se a perfeita integração
ambiental visto ser a mesma uma espécie nativa que se presta inclusive para
recuperação de áreas degradadas sempre em sistema de consórcio vegetal
para evitar-se a criação de um quadro exótico (mono cultura excludente).
52
Visto pelo cenário da inserção da agricultura familiar num processo
extrativista complementar o impacto ambiental será extremamente
minimizado e poderá haver a recorrência da recuperação do bioma o mais
próximo do original.
4.1.1.9 Mão-de-obra Necessária
A mão de obra necessária será a disponibilidade excedente da própria
agricultura familiar num processo de coleta durante o percurso de ida e volta
às áreas agricultáveis já existentes, num processo de coleta extrativista.
Para o caso de processamento do coco babaçu para a produção de
seus subprodutos a mão de obra necessária será a descrita na tabela 12. Esta
mão de obra será também a da disponibilidade excedente da própria
agricultura familiar.
Tabela 11. Mão de obra de processamento industrial por módulo conforme fluxograma
de produção:
Salário Mensal em US$ Custo Anual²
Discriminação Quantidade
Unitário Total US$
INDIRETA
Gestor 1
$600,00
$600,00
$7.980,00
Auxiliar 1
$240,00
$240,00
$3.192,00
Encargos sociais 88,90
$746,76
$9.931,91
Subtotal
$1.586,76
$21.103,91
DIRETA
Operário 4 $165,00
$660,00
$8.778,00
Laboratorista 1 $330,00
$330,00
$4.389,00
Encargos sociais 88,90
$880,11
$11.705,46
Subtotal
$1.870,11
$24.872,46
Total 7
$3.456,87
$45.976,37
² 13º salário e para férias
Fonte: PRODUTOS Potenciais da Amazônia (BABAÇU)-Brasília, MMA/SUFRAMA/GTA, (1998) 19v.
Na tabela abaixo 13 encontra-se um estudo do potencial de geração de trabalho
na produção de diversos óleos, entre eles o babaçu.
53
Tabela 12
.
Potencial de geração de emprego de algumas oleaginosas
OLEAGINOSAS
PRODUTIVIDADE
(TONELADA DE
ÓLEO
POR HECTARE POR
ANO)
NÚMERO DE HECTARES
(PARA PRODUZIR 1000
TONELADAS DE ÓLEO
POR ANO)
OCUPAÇÃO DE
TERRA
(HECTARE POR
FAMÍLIA)
MAMONA
(LAVOURA
FAMILIAR)
0.470 2128 2
SOJA
(LAVOURA
MECANIZADA)
0.210 4762 20
AMENDOIM
(LAVOURA
MECANIZADA)
0.450 2222 16
BABAÇU
(EXTRATIVISMO)
0.120 8333 5
DENDÊ
(CULTIVO
MECANIZADO)
5 200 5
Fonte: Cadernos de Altos Estudos nº 29 – Biodiesel e Inclusão Social (2005).
4.1.2 ANÁLISE DE MERCADO E COMPETITIVIDADE
O mercado do óleo do coco do babaçu é, ainda hoje, polarizado em duas
vertentes que são as da commodity para a indústria fármaco/cosmética e a dos
biocombustíveis. O primeiro está limitado pela capacidade de compra da indústria e o
segundo está em fase de expansão alavancado pelo Programa Brasileiro de Biodiesel.
A competitividade enquanto commodity está limitada à oferta de produtos
similares de menor valor de marcado. Como biocombustível a competitividade a partir
do óleo do coco babaçu está restrita as comunidades isoladas da Agricultura Familiar
graças a ser uma atividade complementar e geradora de renda a própria comunidade.
4.1.2.1 Macroambiente do Empreendimento: Ameaças e Oportunidades
A principal e acredita-se única ameaça que a extração de babaçu no PDS -
Jequitibá foco da AVTE-S que propõe a produção de óleo de babaçu é o mercado e o
preço praticado pela commodity” que é contingenciado ora pelo oligopólio ora pela
incerteza de comércio.
54
4.1.2.2 Análise do Mercado
O mercado mesmo apresentando um potencial de demanda reprimida
é um tanto instável ou, o que é mais preocupante, cartelizado com os grandes
importadores (mercado externo) promovendo a flutuação artificial da
demanda.
Quanto ao mercado interno este está focado na produção do
Maranhão.
Resta, então, as opções de processamento local com vistas à
produção de matéria prima para a indústria cosmética ou farmacológica, óleo
comestível ou ainda pelo processo de esterificação para produção de Bio-
combustível.
4.1.2.3 Definição do Mercado Alvo
O mercado alvo será inicialmente definido sobre qual será o produto
final. Se o óleo vegetal será tratado como commodity e estará voltado para o
mercado interno da indústria cosmética, farmacológica ou para o mercado
internacional sujeito aos sabores dos pólos de concentração.
4.1.3. CICLO DE VIDA
O ciclo de vida da AVTE-S sobre o produto óleo ou bio-combustível
de babaçu é, em princípio, o mesmo da vida útil produtiva da essência
vegetal. Esta palmácea se mantém viva por 200 anos... Vale (2006. p. 58).
4.1.4. PRODUTO
O produto dependendo das condições de mercado poderá ser o óleo
vegetal bruto, refinado ou ainda biodiesel visto que será também função de
ser produção acessória de agregação de renda para a agricultura familiar.
55
4.1.4.1 Consumidor
O consumidor pode ser o próprio membro do Assentamento quer pelo
consumo do óleo vegetal como alimento ou combustível ou desse óleo
esterificado transformado em bio-combustível (biodiesel).
4.1.4.2 Fornecedor
O próprio bioma através do trabalho extrativista
4.1.4.3 Concorrente
Outros óleos vegetais e resinas produtos do extrativismo ou do
cultivo intensivo.
4.1.5 VIABILIDADE TÉCNICA
A viabilidade cnica esconfigurada nos passos seguintes desta AVTES e
confirmada sua exeqüibilidade no item 3.1 PARA DETERMINAR-SE A
VIABILIDADE TÉCNICA, pp 34 a 35.
4.1.5.1 Descrição Detalhada dos Produtos
Com a prensagem mecânica das amêndoas do babaçu obtém-se o óleo
bruto que pode, para ter maior valor agregado, passar por filtragem sob
pressão daí resultando o óleo filtrado.
O bio-combustível obtido do óleo do babaçu é produto da
esterificação ou craqueamento do óleo bruto ou filtrado.
4.1.5.2 Características
A tabela 14 Apresenta as características da família do coco babaçu e
56
suas potencialidades produtivas.
Tabela 13. Produto e família das palmáceas
Produto Família das Palmáceas
BABAÇU
20 a 30m de altura
0,20 a 0,50m de diâmetro
Até 200 anos de vida
Produz a partir de 7 a 8 anos
4 cachos por ano/estirpe
200 até 600 frutos/cacho
SUB-PRODUTO
AMÊNDOA
Óleo láurico até 62% da amêndoa.
Ácidos láuricos (láuricos (45%), mirístico (18%)
e palmítico (10%))
Ácidos graxos (caprílico (4%), cáprico (5%),
esteárico (7%), oléico (17%), linoléico (5%))
EPICARPO
Carvão, etanol, furfural, ácido acético, metanol,
alcatrão, ceculose, papel e álcool anidro.
MESOCARPO
Amiláceas como energético
Para ração animal, alimentação humana e
produção etanol.
ENDOCARPO
Farináceas, dextrina e álcool anidro.
Fonte: Página 25 de: Biodiesel: Uma aventura Tecnológica num País Engraçado. PARENTE,E.J. de S.,
Fortaleza (CE), 2003, 66pgs.
4.1.5.3 Descrição dos Produtos
Com a prensagem mecânica das amêndoas do babaçu obtém-se o óleo bruto
que pode, para ter maior valor agregado, passar por filtragem sob pressão daí resultando
o óleo filtrado.
O bio-combustível obtido do óleo do babaçu é produto da esterificação ou
craqueamento do óleo bruto ou filtrado.
A figura 11 mostra a composição do fruto do coco babaçu e os respectivos
percentuais por peso.
57
Figura 11. Componentes do fruto COCO BABAÇU cortes transversal e
longitudinal.
Componentes do fruto
Corte transversal e longitudinal.
% por peso
Fonte: May (1990), apud Teixeira (2002). Biomassa de babaçu no Brasil.
4.1.5.4 RESULTADOS
4.1.5.4.1 Viabilidade técnica da exploração do coco babaçu
O fruto do coco babaçu produz:
r) do epicarpo as fibras que constituem um poderoso combustível com poder
calorífico superior ao das madeiras utilizadas como lenha e do carvão
mineral;
s) do mesocarpo que é composto de até 60% de amido e pode ser empregado
como ração animal de composição aproximada de 20% de fibras, 8-15% de
umidade e de 4-5% de substâncias diversas, incluindo sais minerais, taninos
e traços de proteínas. O amido pode ser utilizado na alimentação humana.
Do mesocarpo pode-se obter etanol num valor aproximado de 80l para cada
1000kg de coco (PORTO, 2004);
t) do endocarpo formado por matéria prima energética de alto poder
calorífico e químico tem a possibilidade de aproveitamento do líquido
pirolenhoso resultante da carbonização. Este líquido pirolenhoso pode ser
usado para a produção de carvão, grafite e pelo processo de aglomeração,
ser empregado na fabricação de materiais constituídos (madeiras
58
constituídas, revestimentos, etc). O carvão é de grande pureza e isento de
substâncias indesejáveis, como por exemplo o enxofre e pode ser usado
como matéria-prima para a produção de metanol. Do endocarpo para cada
1000kg de coco pode-se obter alternativamente 145kg de carvão e 174m³
de gás, (PORTO, 2004).
O fluxograma mostrado na figura 12 a seguir permite a percepção melhor, em
bloco, do que as partes do fruto do coco babaçu pode fornecer:
Figura12 – fluxograma de processamento do coco babaçu.
Divisão do coco babaçu, STI/MIC, INT (1977)
u) A Analise química das amêndoas segundo GONSALVES (1955) tem a
seguinte composição percentual (valores arredondados para 2 casas
decimais): Água 13,22, Óleo 66,75, Proteína 2,61, Substâncias
nitrogenadas 0,89, Sacarose/ hidratos de carbono 2,50, Celulose (fibras)
2,50, Sais Minerais 0,78, Resíduos 10,75.
Dos 66,75 % da amêndoa tem-se os seguintes ácidos graxos: C8:0 Caprílico
3,5%, C10:0 Cáprico 4,5%, C12:0 Láurico 44,7%, C14:0 Mirístico 17,5%, C16:0
Palmítico 9,7%, C18:0 - Esteárico 3,1%, C18:1 Oléico 15,2% e C18:2 Linoléico
1,8%. SUELI [EQE706 (2006)].
Na figura 13 na próxima página apresenta o diagrama completo de todos os sub
componentes que são obtidos a partir do coco babaçu.
59
Figura 13 Diagrama dos componentes e subprodutos potenciais do coco babaçu, segundo estudos dos anos 70; em sistemas conjugados, alimentos, energia e múltiplos
subprodutos (ANDERSON, et alii, 1991). Adaptado e complementado pelo autor
60
Pela figura acima temos a observação que os óleos vegetais são substancias
viscosas derivadas do glicerol, diferem-se dos chamados óleos essenciais, pois estes
últimos são derivados de substâncias de origem terpênica.
Depreende-se ainda que as resinas (copaíba, ipê) são a terceira via de
substâncias combustíveis vegetais nativas desta Região.
4.1.6 VIABILIDADE ECONÔMICA
Produção de Óleo Vegetal que será matéria prima para a indústria de fármacos,
cosmética ou ainda biocombustível com o propósito de agregar renda aos assentados no
PDS-Jequitibá, contribuir para o fortalecimento da Agricultura Familiar e como
processo extrativista concorre para a redução dos impactos ambientais.
4.1.6.1 Características da Inovação
A maior inovação, senão a única, é a aplicação de tecnologias apropriadas
(processo já consagrado de obtenção de óleos vegetais) sob a ótica do Desenvolvimento
Sustentado em um Projeto de Desenvolvimento Sustentável o PDS-Jequitibá, unindo a
Preservação do meio ambiente ao processo de valorização da Agricultura Familiar, quer
pela renda extra que o óleo vegetal produz como commodity que pela possibilidade de,
transformado em biocombustível, contribuir também para a universalização da energia.
A característica inovadora é portanto qualitativa em todas suas vertentes e propósitos.
4.1.6.2 Investimentos Fixos Programados
1- CONSTRUÇÕES CIVIS E INSTALAÇÕES COMPLEMENTARES
Construção civil e instalações Und. Qtd.
Unitário
Em R$
Total
Em R$
Percentual
Invest.total
Custo de Instalação 1 3.144,54
3.144,54
2,95%
Obra Civil – ADM 50 500,00
25.000,00
23,46%
Obra Civil – LAB 15 500,00
7.500,00
7,04%
Unidade de tratamento de Efluente R$ 2,15 7.407,41
15.925,93
14,94%
Total em máquinas e equipamentos 55.000,00
51,61%
61
4.1.6.3 Aspectos Organizacionais e de Gestão
Os aspectos quer sejam os organizacionais como os de gestão seguem os
preceitos balizadores pelas ISO 9000, 14000, 18000 bem como pela observância das
NRR 1 a 5.
4.1.6.4 Definição da Estrutura Organizacional
A estrutura organizacional será a associativista quando do processo
extrativista e cooperativista quando da produção do óleo vegetal e seus eventuais
sub-produtos.
4.1.6.5 Currículo e Experiência das Pessoas Envolvidas
Conforme Currículo Lattes para os previstos no item 4.1.6.6 a seguir.
4.1.6.6 Pesquisadores:
02 - Doutores
01 - Mestre
01 - Esp. Pesquisador
03 – Acadêmicos Pesquisadores
01 – Apoio de gestão
4.1.6.7 Agricultores:
Grupo de 600 Famílias. (Dados extra-oficiais creditam em torno de 300
grupos familiares)
Conforme dados oficiais consolidados do gestor do PDS-Jequitibá em 2004
(dados desatualizados)
62
4.1.7 MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
Os consolidados para as associações e cooperativas na parte institucional
e os consagrados pelas ciências contábeis, economia e engenharia quando das
operações de produção e comercialização.
4.1.7.1 Capacidade Adaptação da Empresa no Ambiente de Negócio
Será concebida, implantada e implementada a partir deste ensaio se o
mesmo se mostrar factível e rentável.
4.1.8 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
4.1.8.1 Análise do Ambiente
O ambiente é propício para qualquer das alternativas estudadas pois em
sendo uma ação extrativista suplementar os seus componentes impactantes reduzem-
se a um mínimo e torna-se plenamente aceitável no controle e monitoramento
ambiental.
4.1.8.2 Tendências
As tendências apontam para o uso mais criterioso dos recursos naturais
renováveis sinalizando tanto uma ampliação de mercado como o próprio incremento
da atividade. Isto é possível num manejo racional e com agregação de novas áreas
recuperadas.
4.1.8.3 Oportunidades e Ameaças
Estão abertas por um novo mercado consumidor que passa por
reestruturação em função do Programa Nacional do Biodiesel onde os óleos vegetais
florestais terão novos nichos como o consumo alimentar e o próprio bio-combustível.
63
As ameaças são a possível falta de continuidade dos programas de energia
alternativa, os produtores internacionais subsidiados e os preferenciais (sistema
protecionista de apoio ao produto do Oriente).
E ainda tem-se continuamente procurado eliminar a espécie nas áreas
antropizadas dos assentamentos do INCRA e das comunidades isoladas
4.1.8.4 Pontos Fortes e Pontos Fracos
Como pontos fortes tem-se a espontaneidade da cultura, sua rusticidade e a
ressurgência (Nem o fogo acaba com o babaçu - Agência Amazônia, agosto/2006)).
Como ponto fraco observou-se a baixa produtividade nas populações
espontâneas em Rondônia na ordem 102kg/ha, conforme pesquisa publicada em
1955 (PESCE,1955).
4.1.8.5 Construção de Cenários
Os cenários construídos são em sua maior parte os assentamentos de
agricultores oriundos da ocupação agrária para Rondônia programado pelo
INCRA/RO e as áreas qualificadas como RESEX pelo ZSEE (Lei Complementar
233 de 6.6.2000)
4.1.8.6 Seleção de Alternativas Estratégicas
Duas são as alternativas estratégicas que este projeto delineou. A primeira é
conscientização dos agricultores familiar para a oportunidade de agregação de renda
que o óleo de babaçu oferece. A segunda é a de que este processo apresentará
resultados satisfatórios se conduzidos através do associativismo. Então, as estratégias
são a conscientização do agricultor e a ação associativista.
4.1.8.7 Alianças e Parcerias
São num
primeiro momento todas as previstas na proposta de implantação
do PDS - Jequitibá e já delineadas neste trabalho.
64
5 DISCUSSÃO
Este trabalho foi desenvolvido no limiar da tentativa e erro na busca de alternativas
viabilizadoras para a agricultura familiar alcançar o desenvolvimento sustentado.
Os resultados obtidos no presente caso virtual indicam pacificamente que a
introdução do processo de produção complementar na Agricultura Familiar com o uso da
essência coco babaçu é um forte elemento para a agregação de valor a renda e ao bem estar da
comunidade alvo.
Ao se promover os presentes estudos obteve-se uma produção teórica de algo em
torno de 15.000.000,0 l/ano que representam 4,16% do consumo anual do conjunto das usinas
termoelétricas sob a gestão da TERMONORTE em Porto Velho.
Como explicado acima tem-se uma situação de substituição extremamente
importante de combustível fóssil pelo combustível renovável fornecido pelo bioma natural.
Concluindo, pode-se anda observar uma introdução de reservas financeiras brutas da
ordem de R$ 26.190.000,00 na economia da comunidade estudada mesmo que seu preço de
commodity indique uma maior rentabilidade.
65
6 CONCLUSÃO
Nesse propósito desenvolveu-se metodologia que buscasse seguir as vertentes sócio-
econômicas concorrentes com o disposto quer na Agenda 21, quer na Rio + 10 e no Protocolo
de Kioto.
No contexto em que se desenvolveu o trabalho foi possível sinalizar como
plenamente viável o estudo de caso da produção de óleo vegetal ou biocombustível do coco
babaçu como incremento de renda na comunidade estudada.
Como entre as diversas alternativas tecnológicas para o aproveitamento das partes do
coco de babaçu, a que apresenta no momento maiores potenciais para se desenvolver e ao
mesmo tempo satisfazer os anseios da nação na busca de novas formas de energia, é aquela
que utiliza o mesocarpo para a produção de álcool, o endocarpo para a produção de carvão e
gases, a amêndoa para produção de óleo com possível aplicação em motores diesel e o
epicarpo para utilização direta como combustível primário.
Deixa-se aqui a sugestão para que maiores estudos se desenvolvam sobre os itens a
seguir para que se tenha melhor massa crítica dos usos e aproveitamento desta palmácea.
1. Analisar teoricamente o potencial energético alternativo do coco babaçu para seu
aproveitamento integral.
2. Estabelecer os indicadores para a tecnologia da produção, uso e mercado do
carvão.
3. Diagnosticar através de um estudo de caso aspectos que relacionam o homem rural
e a farinha, o carvão, o óleo,
4. Sugerir o uso do mesmo de maneira sistêmica nas comunidades rurais de Rondônia
como proposta de elevar seus índices do IDH
Conclui-se que em qualquer dos casos, biocombustível ou óleo vegetal, que a receita
auferida representa um forte incremento na sustentabilidade da Agricultura Familiar. Mesmo
com esse volume estimado de recursos esse processo não é a “Salvação da Lavoura”, dadas
todas suas peculiaridades, mas e certamente configurará como um forte elemento para
resgatar a dignidade do agricultor familiar e sua prole.
Ao fazer-se uma projeção sobre a produção estimada de um (01) mês, nesse estudo
de caso virtual obtém-se o consumo de um (01) dia de diesel em Rondônia nas Termoelétricas
do Norte S/A. - Termonorte.
Já ao considerar-se o valor do óleo do coco babaçu e o do biocombustível obtém-se:
66
R$ 2,55, para o quilo do óleo do coco babaçu e de R$ 1,47 (valor médio ANP) ou R$
1,53 (valor referência ANP) para o de biocombustível resultando-se na remuneração da
matéria prima nos valores de R$ 0,15, R$ 0,09 ou R$ 0,11 respectivamente para o quilo de
amêndoa pago ao produtor.
Conclui-se que a produção do óleo do coco babaçu continua mais atrativa para
incremento da renda do Agricultor Familiar.
Ao trabalhar um adensamento e melhoria genética do coco babaçu em procedimento
crescente obter-se-á ganho na produção concorrendo para o aumento de renda daquela
comunidade.
Se implantado um consorciamento com outras oleaginosas não perenes e não
intensivas será acrescentada sustentabilidade crescente ao projeto.
Conclui-se, do exposto, que o silvo extrativismo do coco babaçu para a produção de
óleo vegetal, sem a pretensão de “salvar a lavoura”, será um forte componente para alcançar o
bem estar necessário das comunidades isoladas da Amazônia. Isto contribuirá
substancialmente para que o Desenvolvimento Sustentado e Ecologicamente Correto seja uma
realidade.
67
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79
8 ANEXOS
Babaçu – fotos
Foto: Aboissa
Palmeira babaçu
Foto: © Silvestre Silva
Cacho do coco babaçu
Foto: © Silvestre Silva
Coco babaçu cortado
Foto: Aboissa
Quebrador de coco
80
Foto: Cristiano Andrey
Aglomeração de Orbignya phalerata Mart.
Foto: Érica Coutinho
Amêndoas para extração do óleo de babaçu.
Foto: Cristiano Andrey
Astrocaryum gynacanthum Mart
(a) (b)
Foto: Érica Coutinho
Frutos de Orbignya phalerata Mart. (a),Em detalhe (b).
Foto: Cristiano Andrey Foto: Cristiano Andrey
Vista parcial da área 05 objeto da pesquisa de VALE (2006).
81
Mapas
Estado de Rondônia – Geopolítico
Estado de Rondônia – Zoneamento Sócio Econômico Ecológico
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2º Zoneamento Socioeconômico e Ecológico
Estado de Rondônia –
MOSAICO DE IMAGENS LANDSAT
– Desmatamento
83
Fluxograma das cadeias produtivas do Biodiesel
Fonte:O Biodiesel e a inclusão social. – Brasília : Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2003.
O Biodiesel e a inclusão social. – Brasília : Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2003.
84
Processo da Transesterificação
O Biodiesel e a inclusão social. – Brasília : Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2003.
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