Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE MEDICINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA – CIÊNCIAS MÉDICAS
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE POLIMORFISMOS PRESENTES NOS
GENES APO B, CETP, LPL E LIPC EM UMA POPULAÇÃO
DISLIPIDÊMICA DO RIO GRANDE DO SUL
Fernanda Goulart Lanes Chula
Orientador: Prof. Dr. Roberto Giugliani
Dissertação de Mestrado
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE MEDICINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA – CIÊNCIAS MÉDICAS
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE POLIMORFISMOS PRESENTES NOS
GENES APO B, CETP, LPL E LIPC EM UMA POPULAÇÃO
DISLIPIDÊMICA DO RIO GRANDE DO SUL
Fernanda Goulart Lanes Chula
Orientador: Prof. Dr. Roberto Giugliani
Dissertação submetida ao Programa de
Pós-Graduação em Ciências Médicas da
Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, como requisito parcial para a
obtenção do grau de Mestre em Ciências
Médicas.
Dissertação de Mestrado
2008
ads:
INSTITUIÇÕES E FONTES FINANCIADORAS
O presente projeto de pesquisa teve como fonte de financiamento o Programa
de Apoio de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT) da Fundação
Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS) e o Grupo de Pesquisa e Pós-
Graduação (GPPG) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
A aluna recebeu bolsa de estudos concedida pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais pelo apoio, confiança e carinho em qualquer momento e por
terem me ensinado os valores da vida: vocês são simplesmente maravilhosos. A
minha mãe, com seu jeito protetor e do qual herdei muitas características. Ao meu
pai, do qual herdei a força para seguir sempre em frente. Obrigado por tudo, eu amo
vocês!
Aos meus três irmãos a quem amo muito. A minha irmã Ingrid (Gorda), por ser
tão maravilhosa com seu jeito prático em ajudar todos e por ser uma amiga
inigualável. Ao meu cunhado, por se fazer de durão, mas ser uma pessoa muito
carinhosa e por arrumar meu computador nas horas de desespero.
Ao meu irmão Júlio, por ter esse jeito único que eu amo muito e do qual tenho
muito orgulho.
Ao meu irmão Marco (Totonho) por seu jeito amável que conquista a todos.
Ao meu marido Eduardo, por tudo. Essa etapa foi concluída graças ao teu
apoio incansável, obrigado pelo carinho, incentivo, companheirismo, amor, paciência
e dedicação. Eu te amo muito, essa conquista eu dedico a ti.
Ao meu orientador, Roberto Giugliani, por me ajudar nas horas de aperto e
por ser um exemplo de profissional.
À minha orientadora, Cláudia, pela confiança, compreensão, amizade e pelos
ensinamentos nesses anos.
À Lúcia Rossetti, por ter confiado no meu trabalho e por chefiar tão bem um
laboratório repleto de mulheres.
À Márcia, por seu jeito delicado, carinhoso e pela amizade.
Ao Andry, Coordenador do Ambulatório de Dislipidemia, do Hospital de
Clínicas de Porto Alegre, por ter disponibilizado o acesso aos pacientes e pela ajuda
em todos os aspectos.
À Dra. Nadine Clausell, por ter viabilizado a realização desse projeto.
À Sabrina (Sá), por suas conversas empolgantes sobre genética, banco de
dados e tantas outras e pelos conselhos.
À Marilu, por todo carinho, ensinamentos e pelas tardes regadas sobre os
mais diversos assuntos e por tornar a estatística interessante.
À Tarci (Gringa), pelo seu “bom-humor” e por ser uma ótima conselheira.
Obrigado pelos almoços regados a conversas e risadas juntamente com uma nova
amiga Si, que é uma pessoa muito especial.
À Cíntia, por sempre estar disposta a ajudar, pelo seu jeito atrapalhado e pela
amizade.
À ndi, por toda ajuda sempre que precisei, pelas conversas e pela
amizade. Ah, e por ceder material quando eu precisava.
Aos meus colegas Rodrigo e André, pela amizade.
Ao Paulo, pela ajuda e dedicação incansável nos dias de atendimento aos
pacientes.
A todas as meninas do Lab: a Rê, por suas palavras carinhosas; a Elis, por
seu jeito amigo; a Cris, por seu jeito doidinho; a Paty, por seu jeito engraçado; a Mi,
por sua sinceridade; a Rúbia, por sempre estar disposta a organizar a sala de
eletroforese; e a todas as outras por tornarem o CDCT um lugar ótimo.
RESUMO
Dislipidemia é uma desordem multifatorial causada pela interação entre fatores
ambientais e geticos. A identificação dos componentes genéticos responsáveis por essas
caractesticas tem sido intensamente investigada nos últimos anos. Esses estudos têm
enfocado principalmente polimorfismos nos genes que codificam protnas estruturais e enzimas
relacionadas ao metabolismo dos lipídios. Sendo assim, este trabalho teve como objetivos
avaliar as freências dos polimorfismos EcoRI, TaqI, S447X, -250G>A dos genes APOB,
CETP, LPL e LIPC e investigar a interação desses polimorfismos com dados cnicos,
bioquímicos e antropométricos em 119 pacientes dislipimicos, de uma amostra da população
de Porto Alegre. Para analisar os getipos de cada polimorfismo e sua possível inflncia
sobre a eficácia ao tratamento com estatinas foram analisados 48 pacientes dislipidêmicos. As
medidas dos níveis lipídicos foram verificadas ao longo do estudo. Utilizou-se a técnica de PCR-
RFLP para a realização das análises de biologia molecular. O polimorfismo -250G>A foi
associado significativamente com os veis de HDL-C. Para análises não ajustadas, os
portadores do alelo G aumentaram mais o nível de HDL-C (P=0,004) que os indiduos
homozigotos AA, considerando que o genótipo AA apresentou níveis de TG mais elevados
(P=0,017) que os indiduos com genótipo GG ou GA. Para níveis de TG esses resultados
mantiveram-se para análises ajustadas, com elevados veis de TG para indiduos com
getipo AA em comparação aos indiduos com genótipo GG ou GA (P=0,073). Difereas
entre os genótipos no percentual de varião nos veis lidicos foram observadas para os
polimorfismos LIPC e LPL. Depois de ajustadas por covariáveis, os indiduos com genótipo GA
ou AA apresentaram uma redução maior do vel de CT, comparados com os indiduos com o
getipo GG (-26,4% ± 15,5 vs. -18,2% ± 11,8, P=0,034). Para análises o ajustadas, os
indiduos com o alelo G do polimorfismo LPL S447X mostraram um aumento dos veis de
HDL-C comparados com os indivíduos com o genótipo CC (13,8% VS. 3,3%, P=0,047). Depois
de ajustadas por covariáveis, a signifincia do efeito desse polimorfismo foi observada para o
vel de CT. O percentual da dia de redução no vel de CT foi maior nos indivíduos
homozigotos CC que os indivíduos com o alelo G (-26,6% ± 13,6 vs -20,5% ±13,6, P=0,046).
Nossos dados sugerem uma associação do polimorfismo LIPC -250G>A comveis de HDL-C e
TG, para análiseso ajustadas, mas para análises não ajustadas por covariáveis a associão
manteve-se para veis de TG. s também encontramos associação significante dos
polimorfismos LIPC -250G>A e LPL S447X na resposta ao tratamento com estatinas. Esses
resultados podem ser explicados através derios fatores, tais como: gênero, estrogênio, IMC e
outras variáveis que possam interferir no efeito dos polimorfismos sobre os veis lidicos e
resposta ao tratamento.
Palavras-chave: Dislipidemia. Polimorfismos APOB, CETP, LPL, LIPC. Farmacogenética
ABSTRACT
Dyslipidemia is a multifactorial disorder caused by an interaction between genetic and
environmental factors. The identification of the genetic component of this traits have been
intensively investigated in the last year. These studies focused mainly on polymorphism in
genes coding for structural proteins and enzymes related to lipid metabolism. Therefore, in the
present study, we investigated the frequencies of the polymorphisms EcoRI, TaqIB, S447X
and (-250G>A) of the APOB, CETP, LPL and LIPC genes with clinical, biochemical,
anthropometrics data of the one hundred and nineteen patients with dyslipidemia in a sample
of Southern Brazilian population. To determine the genotype association with response to
statin treatment, only 48 individuals were enrolled for analysis. Plasma lipids and lipoproteins
were measured before and throughout the study. PCR-RFLP method was used for molecular
biology analysis.
Plasma lipids and lipoproteins were measured before and throughout the
study. Baseline lipid and lipoprotein parameters were compared among APOB EcoRI, CETP
TaqIB, LPL S447X (G>C) and LIPC -250G>A genotypes after genotyping by PCR and
restriction mapping. Data from forty-eight patients with statin treatment were used to
pharmacogenetic statistical analyses. The LIPC -250G>A polymorphism was significantly
associated with HDL-C. For unadjusted levels, carriers of the G allele had higher HDL-C
concentrations (P=0.004) than AA homozygotes, whereas AA genotype had higher TG
concentrations (P=0.073) than GG and GA genotypes. For TG levels the same results were
observed for adjusted data, with higher TG concentrations in AA homozygotes than GG and
GA genotypes (P=0.017). Differences among genotypes in the percentage variation in lipid
and lipoprotein concentrations for LIPC and LPL polymorphism were observed. After
adjustment for covariates, GA and AA carriers genotypes showed a greater reduction in total
cholesterol compared than GG genotype (-26.4% ± 15.5 vs. -18.2% ± 11.8, P=0.034). For
unadjusted data, G allele carriers for LPL S447X gene polymorphism showed a greater HDL-
cholesterol increase compared to CC subjects (13.8% vs. 3.3%, P = 0.047). After adjustment
for covariates, a significant effect of this polymorphism was observed for change in TC levels.
The mean percent reduction in TC was greater in CC homozygotes than in G carriers (-26.6%
± 13.6 vs. -20.5% ± 13.6, P=0.046). Our data suggest an association of LIPC -250G>A gene
polymorphism with HDL-C and TG concentrations for unadjusted data, but not after adjustment
for covariates. For TG concentrations the associations was maintained after adjustment. We
also found a significant effect dependent of covariates of LIPC and LPL polymorphisms on
statin treatment response. These results can be explained on the basis of there being several
factors such as gender, estrogens, BMI and other variables that can modulate the effect of
gene polymorphisms on the lipid in lipoprotein concentration and treatment response.
Key words: Dyslipidemia. APOB, CETP, LPL, LIPC polymorphisms. Pharmacogenetic.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Apo: apolipoproteína
Apo B: apolipoproteína B
CETP: proteína transferidora de ésteres de colesterol
CT: colesterol total
DAC: doença arterial coronariana
DCV: doenças cardiovasculares
DM: diabetes mellitus
DNA: ácido desoxirribonucléico
HA: hipertensão arterial
HAS: hipertensão arterial sistêmica
HDL: lipoproteína de alta densidade
HDL-C: colesterol ligado à lipoproteína de densidade alta
HL: lipase hepática
HMG CoA: 3-hidroxi-3-metilglutaril Coenzima A
HMGCR: 3-hidroxi-3-metilglutaril Coenzima A redutase
HPP: hiperglicemia pós-prandial
IDL: lipoproteína de densidade intermediária
IM: Infarto do miocárdio
IMC: índice de massa corporal
LDL: lipoproteína de densidade baixa
LDL-C: colesterol ligado à lipoproteína de densidade baixa
Lp (a): lipoproteína (a)
LPL: lipase lipoprotéica
nHDL: não colesterol de lipoproteínas de densidade alta
PAD: pressão arterial diastólica
PAS: pressão arterial sistólica
pb: pares de bases
PCR: reação em cadeia da polimerase
QM: quilomícrons
RFLP: polimorfismo de tamanho de fragmentos de restrição
SNP: polimorfismo de nucleotídeo único
TG: triglicerídeos
VLDL: lipoproteína de densidade muito baixa
VLDL-C: colesterol de lipoproteínas de densidade muito baixa
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Principais classes e características das lipoproteínas plasmáticas...........18
Tabela 2: Valores de referência dos lipídios plasmáticos adotados no Brasil...........18
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................11
2 REVISÃO DA LITERATURA.................................................................................13
2.1 DOENÇAS CARDIOVASCULARES E DISLIPIDEMIA........................................13
3 GENES ENVOLVIDOS COM O METABOLISMO DE LIPÍDIOS...........................21
3.1 POLIMORFISMO EcoRI DA APOLIPOPROTEÍNA B (APO B)...........................22
3.2 POLIMORFISMO TaqIB PROTEÍNA TRANSFERIDORA DE ÉSTERES DE
COLESTEROL (CETP)........................................................................................25
3.3 POLIMORFISMO S447X DO GENE DA LIPASE LIPOPROTÉICA (LPL)...........29
3.4 POLIMORFISMO -250G>A DA LIPASE HEPÁTICA (LIPC) ...............................31
4 FARMACOGENÉTICA...........................................................................................35
5 OBJETIVOS...........................................................................................................37
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................38
REFERÊNCIAS.........................................................................................................42
ARTIGO CIENTÍFICO...............................................................................................52
APÊNDICE - Tabelas Descritivas da Amostra para cada Polimorfismo............74
ANEXO A - Termo de Consentimento Informado .................................................76
ANEXO B - Questionário – Ficha de Avaliação.....................................................80
11
1 INTRODUÇÃO
As dislipidemias são alterações metabólicas nos níveis séricos de lipídeos
circulantes do sangue, estando diretamente relacionadas com a aterosclerose. O
depósito de lipídios desencadeia processos bioquímicos que culminam com a
formação de placas ateroscleróticas na íntima dos vasos arteriais que,
conseqüentemente, podem obstruir parcial ou totalmente um ou mais vasos.
(YAMADA, 2007; MARTINEZ, 2004).
A variação dos níveis séricos de lipídeos é uma característica de etiologia
multifatorial, pois é determinada por uma ampla gama de fatores, tanto ambientais
quanto genéticos. Variações em um grande mero de genes envolvidos na síntese
de proteínas estruturais e enzimas relacionadas no metabolismo de lipídeos
poderiam responder, a princípio, por variações do perfil lipídico de cada indivíduo.
(BRESLOW, 2000; ANDRADE e HUTZ, 2002; COHEN et al., 2004; CORELLA e
ORDOVAS, 2005; ZAMBON et al., 2006).
A ocorrência de doenças cardiovasculares (DVC) varia amplamente no
mundo. Geralmente, a maior freqüência é encontrada em países ocidentais ou com
estilo de vida ocidental. No Brasil, a DCV é a primeira causa de morte por doença
não transmissível, estando o Rio Grande do Sul com o maior índice em relação aos
demais estados do país (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005)
1
.
Quando modificações nos hábitos alimentares não são suficientes para
normalizar os níveis de colesterol plasmático, se utilizam terapias medicamentosas,
1
Disponível em: <http://www.portal.saude.com.br>.
12
visando reduzir a síntese endógena de colesterol ou aumentar a sua secreção na
forma de sais biliares. No primeiro caso, utilizam-se estatinas, que são inibidores
competitivos da 3-hidroxi-3-metilgultaril coenzima A (HMG-CoA-redutase). Muitos
polimorfismos presentes em genes que codificam proteínas, os quais são alvos
diretos de medicamentos, têm sido descritos por alterar a resposta do tratamento,
especialmente as estatinas, usadas como hipolipemiantes (EVANS e MCLEOD,
2003; IV DIRETRIZES BRASILEIRAS SOBRE DISLIPIDEMIAS, 2007).
Nesse sentido, na área da cardiologia, vários estudos farmacogenéticos estão
sendo conduzidos, objetivando relacionar os efeitos terapêuticos das estatinas em
pacientes com doenças cardiovasculares e a variabilidade genética. Essa
promissora área do conhecimento está em pleno avanço, basicamente por ser
considerada uma das primeiras e principais aplicações da enorme quantidade de
informações geradas durante o Projeto Genoma Humano. Espera-se que a
“revolução” científica e tecnológica a que estamos presenciando possa se traduzir
em benefícios terapêuticos outrora inimagináveis (RISCH, 2000; GINSBURG, 2005).
13
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 DOENÇAS CARDIOVASCULARES E DISLIPIDEMIA
As Doenças Cardiovasculares constituem a primeira causa de morte no
mundo ocidental. De acordo com a American Heart Association cerca de 40% das
mortes são devido a problemas cardiovasculares e destas, 54% o resultados de
doença arterial coronariana (DAC) (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2005).
As DCV não se restringem mais aos países desenvolvidos. Cerca de 80% dos
óbitos por DCV no mundo ocorrem em países em desenvolvimento, de baixa e
média renda. Esses últimos são responsáveis por 86% das doenças
cardiovasculares. Além disso, estima-se que, até 2010, essas doenças representem
a principal causa de óbito nos países em desenvolvimento (ORGANIZAÇÃO PAN-
AMERICANA DE SAÚDE, 2003).
No Brasil e no Rio Grande do Sul, as DCV também representam a principal
causa de mortalidade. No Rio Grande do Sul, em 2005, representaram 29,6%, sendo
7391 óbitos devidos a doenças isquêmicas e 7398 a doenças cerebrovasculares, as
quais representam 70% de todas as causas de morte do grupo das DCV. As
doenças hipertensivas registram 1649 óbitos, o que equivale a 7,0% deste grupo.
Outras doenças cardíacas, com 3832 óbitos, correspondem a 17,9% (CEVS, 2005).
O projeto conhecido como “Atlas Corações do Brasil 2005” teve como um dos
objetivos principais avaliar os fatores de risco cardiovascular na população brasileira. Os
14
resultados desse projeto mostram que a Região Sul está em primeiro lugar, com níveis
alterados de colesterol, acometendo mais os homens, seguido dos maiores índices de
hipertrigliceridemia, também com maior representatividade na populão masculina.
Dessa forma, a identificação de fatores genéticos e ambientais, que influenciam
os níveis séricos de lipídeos no plasma, representa um grande passo no
desenvolvimento de estratégias que visam à prevenção e ao tratamento das DCV (LAI
et al., 2003). Uma melhor compreensão desses fatores de riscos tanto modificáveis,
tais como: o aumento dos níveis de colesterol total (CT), LDL-C (colesterol LDL), HDL-
C (colesterol HDL), hipertensão, diabete mellitus tipo 2 (DM2), dislipidemias quanto
aos fatores de risco não-modificáveis, tais como: a idade e a herança genética,
contribuem significativamente para a redução da mortalidade por doenças
cardiovasculares (STEINER, 2001; THIRD JOINT TASK FORCE, 2003; GARCIA et
al., 2006).
Alguns fatores de risco são manejados com medidas não-farmacológicas,
como obesidade e sedentarismo. Outros como: hipertensão, hipercolesterolemica,
hábito de fumar e intolerância aos carboidratos são tratados com medidas
medicamentosas e não-medicamentosas. Muitos estudos têm testado a hipótese de
que o controle dos fatores de risco coronariano, por meio de medidas
medicamentosas e não-medicamentosas, reduz a incidência de cardiopatia
isquêmica (HUMPHRIES et al., 2006; MANGRAVITE et al., 2006). Embora qualquer
artéria possa ser afetada, a aorta, as coronárias e os vasos cerebrais são os
principais alvos das placas de ateromas, levando ao infarto do miocárdio e ao infarto
cerebral. (YOKOYAMA, 2000; STAKOS et al., 2002; GINBURG et al., 2005).
15
As dislipidemias decorrem de alterações metabólicas nos níveis de lipídios
circulantes do sangue, estando diretamente relacionadas com a aterosclerose. O
depósito de lipídios desencadeia processos bioquímicos intermediários que
culminam com a formação de placas ateroscleróticas na íntima dos vasos arteriais
que, conseqüentemente, podem obstruir parcial ou totalmente um ou mais vasos
(YOKOYAMA, 2000; STANČÁKOVÁ et al., 2006).
A III Diretriz Brasileira de Prevenção de Aterosclerose classifica as
dislipidemias segundo análises laboratoriais em:
a. Hipercolesterolemia isolada elevação isolada do CT, em geral
representada por aumento das lipoproteínas de colesterol de densidade baixa (LDL).
b. Hipertrigliceridemia isolada elevação isolada dos triglicerídeos (TG), em
geral representada por aumento das lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL),
ou dos quilomícrons (QM), ou de ambos.
c. Hiperlipidemia mista – valores aumentados do CT e dos TG.
d. HDL-C baixo – isolado ou em associação com aumento de LDL e/ou de TG.
Baseado na etiologia é possível ainda classificar as dislipidemias em
primárias ou secundárias. As primárias são conseqüências de causas genéticas e/ou
ambientais, sendo que algumas se manifestam com influência ambiental, devido
à dieta inadequada e/ou ao sedentarismo. As hiperlipidemias englobam a
hipercolesterolemia familiar, dislipidemia familiar combinada, hipercolesterolemia
poligênica, hipertrigliceridemia familiar e síndrome da quilomicronemia (IV
DIRETRIZES BRASILEIRAS SOBRE DISLIPIDEMIAS, 2007; MANO, 2003;
MARTINEZ, 2004).
16
As dislipidemias secundárias podem ser causadas por fatores como:
hipotireoidismo, diabetes mellitus, síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica,
obesidade, alcoolismo, icterícia obstrutiva, uso de doses altas de diuréticos,
betabloqueadores, corticosteróides e anabolizantes (WAGNER et al., 2000; III
DIRETRIZES BRASILEIRAS SOBRE DISLIPIDEMIAS, 2001). Essa classificação da
dislipidemia é de suma importância para o tratamento. As dislipidemias secundárias
são curáveis com o controle da doença de base, enquanto as primárias são apenas
controláveis (IV DIRETRIZES BRASILEIRAS SOBRE DISLIPIDEMIAS, 2007;
MANO, 2003; MARTINEZ, 2004).
Na espécie humana, o colesterol, os TG e os fosfolipídeos cumprem um papel
importante no metabolismo. O colesterol atua como componente estrutural essencial
das membranas celulares, além de ser precursor de hormônios esteróides e outras
subsncias orgânicas importantes, como os ácidos biliares. O colesterol es presente
sob duas formas, colesterol livre e ésteres de colesterol (combinação do colesterol com
ácidos graxos) (DIRETRIZES BRASILEIRAS SOBRE DISLIPIDEMIAS, 2007).
Como os lipídeos são insolúveis em meio aquoso, necessitam ser
transportados no organismo por proteínas, formando complexos hidrossolúveis de
alto peso molecular, denominadas lipoproteínas.
Existem cinco classes de lipoproteínas plasmáticas: quilomícron (Qm), VLDL,
LDL, HDL, lipoproteínas de densidade intermediária (IDL) e lipoproteína (a) (Lp (a))
(MARTINEZ, 2004). A estrutura e a composição dessas lipoproteínas são
enzimaticamente reguladas e, de forma geral, o formadas por uma parte central
de lipídios hidrofóbicos circundadas por uma capa de lipídios polares e proteínas. As
17
proteínas que as constituem são chamadas de apolipoproteínas ou apoproteínas
(apo) (IV DIRETRIZES BRASILEIRAS SOBRE DISLIPIDEMIAS, 2007).
As apolipoproteínas têm diversas funções no metabolismo das lipoproteínas,
tais como: proporcionar estabilidade estrutural, solubilizar os lipídios altamente
hidrofóbicos, servir como ligantes para receptores celulares ou agir como co-fatores
para enzimas envolvidas no metabolismo de lipoproteínas. Os principais tipos de
apolipoproteínas são: apo A (apo A-I, apo A-II, apo A-IV e apo A-V), apo B (apo B-
100 e apo B-48), apo C (apo C-I, apo C-II, apo C-III) e apo E (E2/E3/E4). A presença
e a distribuição delas variam de acordo com a lipoproteína (III DIRETRIZES
BRASILEIRAS SOBRE DISLIPIDEMIAS, 2001). A Tabela 1 mostra as principais
classes e características das lipoproteínas plasmáticas.
A IV Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias, fornecidas pelo Departamento
de Aterosclerose, pertencente à Sociedade Brasileira de Cardiologia (2007),
recomendam a quantificação dos níveis séricos de colesterol total, HDL-C, LDL-C e
TG para a definição do perfil lipídico dos pacientes. O diagnóstico adequado é de
suma importância, de modo a identificar as alterações nas concentrações de lipídios,
objetivando ações que reduzam a morbidade e a mortalidade induzidas pela
aterosclerose. É desejável ter baixos níveis de LDL-C na circulação sangüínea e,
altos níveis de HDL-C. O papel dos lipídios como importante fator da patogênese da
DAC está solidamente estabelecido, pois, em sua maioria, os exames de avaliação
de perfil lipídico incluem análises do CT, LDL-C, HDL-C e TG.
A Tabela 2 mostra os valores de referência dos lipídios plasmáticos adotados
no Brasil, segundo as III Diretrizes Brasileiras de Dislipidemias e Prevenção da
Aterosclerose (2001).
18
Tabela 1: Principais classes e características das lipoproteínas plasmáticas
Principais classes e características das lipoproteínas plasmáticas
Lipoproteínas
Densidade
(g/dl)
Diâmetro
(Â)
Composição
(%)
CE CL TG FL PR
Apolipoproteínas
Quilomícrons < 0.95 800 -5.000 5 2 84
7 2 B-48; E; C A-I; A-II; A-
IV
VLDL <1.006 30 - 800 12
7 55
18
8 B -100; E; C
IDL 1.006-1.019 250 - 350 23
8 32
21
16 B-100; E; C
LDL 1.019-1.063 180 - 280 38
10
9 22
21 B- 100
HDL2 1.063-1.125 90 - 120 16
6 4 30
44 A-I; A-II
HDL3 1.125-1.210 50 -90 12
3 4 26
55 A-I; A-II
CE- colesterol esterificado; CL - colesterol livre; TG- triglicerídeos; FL- fosfolípides; PR- proteínas
Fonte: III Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2001).
Tabela 2: Valores de referência dos lipídios plasmáticos adotados no Brasil
Valores de referência dos lipídios para indivíduos >20 anos de idade
Lípides Valores (*) Categorias
< 200 Ótimo
CT 200-239 Limítrofe
>240 Alto
< 100 Ótimo
LDL-C 100 -129 Desejável
130 -159 Limítrofe
160 -189 Alto
>190 Muito Alto
HDL-C < 40 Baixo
> 60 Alto
< 150 Ótimo
TG 150 - 200 Limítrofe
200 - 499 Alto
> 500 Muito alto
(*Valores em mg/dL)
Fonte: III e IV Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2001).
19
Diversos estudos demonstraram que o LDL-C é considerado fator causal e
independente de aterosclerose e sobre qual se deve agir para diminuir a
morbimortalidade. Tais estudos evidenciaram também que as concentrações séricas
de LDL-C recomendadas na prevenção da doença aterosclerótica exigem reduções
mais agressivas para atingir metas lipídicas mais baixas, em pessoas consideradas
de alto risco (COLLINS, 2003; BALLANTYNE, 2003; NISSEN, 2004; CORELLA e
ORDOVAS, 2005), quando comparadas às classificadas como de dio e baixo
risco para eventos cardiovasculares. Sendo assim, a definição da meta de LDL-C a
ser atingida depende da categoria em que se encontra o paciente (MARTINEZ,
2004).
As partículas de LDL podem se acumular na íntima das artérias coronárias,
principalmente quando as concentrações sangüíneas são altas e maiores
quantidades de partículas podem ultrapassar as células endoteliais e sofrer acúmulo
na parede do vaso. Muitas alterações ocorrem, levando ao desenvolvimento de uma
lesão aterosclerótica (BERTOLAMI, 2000).
Estudos epidemiológicos e longitudinais e transversais demonstram relação
inversa entre níveis de HDL-C e ocorrência de doença arterial coronariana (DAC).
Dados clínicos são também compatíveis com essa associação, pois doenças
genéticas com partículas HDL diminuídas (deficiência de apolipoproteína A-I)
acompanham-se por maior freqüência de DAC (MILTIADOUS et al., 2005; FRANÇA
et al., 2005; SORLI et al., 2006; GARCIA et al., 2006; LIMA et al., 2006).
As HDLs, além de realizarem o efluxo de colesterol, têm ainda propriedades
anti-aterogênicas adicionais, como antiinflamatórias, anti-agregativas e antioxidantes
(PHAN et al., 2006). As HDLs são um grupo heterogêneo de partículas que variam
20
em tamanho, densidade, forma e composição de lipoproteínas. As partículas de HDL
são sintetizadas no fígado e no intestino e são liberadas na corrente sangüínea por
exocitose. As formas nascentes são discóides. À medida que recebem moléculas de
colesterol e apoproteínas, sua forma se torna esférica (CAMPBELL, 2000; IZAR, et
al., 2005; LIMA et al., 2006).
Os triglicerídeos constituem aproximadamente 95% do tecido adiposo e são
as principais formas de armazenamento de lipídios no corpo. Concentrações séricas
elevadas de triglicerídeos também têm sido relacionadas com uma maior incidência
de aterosclerose. consenso entre os pesquisadores de que essas estruturas são
importantes marcadores metabólicos, sinalizando para outras alterações lipídicas
com potencial aterogênico (HARDMAN e LIMBIRD, 2001; SCHIAVO et al., 2003;
FREITAS, 2004).
21
3 GENES ENVOLVIDOS COM O METABOLISMO DE LIPÍDIOS
Os níveis séricos de lipídeos o características multifatoriais, determinadas
por um grande número de fatores genéticos e ambientais. Variações em um grande
número de genes envolvidos na síntese de proteínas estruturais e relacionados ao
metabolismo lipídico têm sido associadas às dislipidemias. Nenhum gene atua
isoladamente sobre uma característica – quando a etiologia da característica é
poligênica, o resultado no indivíduo é um somatório de pequenos efeitos de vários
genes (PALLAND et al., 2001; ANDRADE e HUTZ, 2002; ORDOVAS, 2006).
Sendo assim, qualquer gene que seja responsável pela produção de uma
proteína envolvida nesta rota metabólica poderia ser um “gene” candidato na
investigação de determinantes genéticos dos níveis lipídicos. O somatório de
variações, com pequeno efeito em cada um desses genes, poderia levar à
modificação do perfil lipídico de um indivíduo, predispondo à cardiopatia. Como
essas variantes genéticas são bastante freqüentes na população em geral (1,0% a
80,0 %), seu impacto é muito maior na saúde pública quando comparadas com
mutações de grande efeito, mas que são muito mais raras (ANDRADE e HUTZ,
2002; GINSBURG et al., 2005; CASAS et al., 2006).
No metabolismo de lipídios pode-se observar que várias proteínas, tanto
estruturais como com as atividades catalíticas, estão envolvidas no correto balanço
metabólico. Dessa forma, a identificação de alterações em genes que codificam
essas proteínas é de especial interesse para explicar a variância encontrada nos
níveis lipídicos. Tais variações genéticas, quando freqüentemente encontradas na
22
população estudada, são chamadas de “polimorfismos”. (ANDRADE e HUTZ, 2002;
CONSTANZA et al., 2005).
3.1 POLIMORFISMO EcoRI DA APOLIPOPROTEÍNA B (APO B)
Apolipoproteína B é uma proteína anfipática, que existe em duas formas: apo
B100 e apo B48. A apo B é a principal constituinte de LDL, sendo sintetizada no
fígado e no intestino. Essa apolipoproteína possui cinco domínios estruturais, sendo
o quarto domínio (aminoácidos 3070-4100), o responsável pela interação da apo B
com os receptores da LDL e pela manutenção da integridade desta partícula. Esses
processos modulam a remoção de LDL e regulam a biossíntese do colesterol
(SAKUMA et al., 2004; TAHRI-DAIZADEH et al., 2004).
A apo B100 é uma ligante para o receptor da LDL. A apo B100 também está
presente na Lp(a), onde se liga a um polipeptídio homólogo ao plasminogênio. A
Lp(a) é considerada um fator de risco independente para DAC (OLOFSSON, 2005;
FAERGEMAX et al., 2006).
Alguns estudos epidemiológicos mostraram que concentrações plasmáticas
aumentadas de apo B são importantes marcadores de risco para DAC. Segundo o
estudo,Estudo de risco de mortalidade relacionado apopolipoproteínas” (AMORIS,
2001), a dosagem de apo B é considerada o melhor índice relacionado a fator de
risco para DAC, superando dosagens de LDL-C ou CT. Além disso, esse estudo
mostrou que o risco clínico da apo B não somente é determinado pelo número de
23
partículas LDL, mas também por serem partículas pequenas e densas (CHAN e
WATTS, 2006).
A síntese da apo B48 é devida a uma edição do RNA mensageiro do códon
2153, gerando uma alteração na seqüência de nucleotídeos CAA do gene da apo
B100 para a seqüência UAA. Essa alteração resulta no término precoce da proteína
apo B. A apo B48 representa 48% da porção amino-terminal da apo B100. A apo
B48 é sintetizada pelas células intestinais e é um importante componente no
agrupamento e na secreção dos quilomícrons. A hidrólise dos triglicerídeos pela LPL
converte este quilomícron remanescente, que é rapidamente removido da circulação
pelo processo mediado pela apolipoproteína E (MARTINEZ, 2004).
O gene APOB se localiza no braço curto do cromossomo 2 (2p24) e contém
29 exons e 28 introns. A clonagem e o seqüenciamento do gene da APOB tornaram
possível o estudo de suas variações no DNA humano. Várias mutações no gene
APOB foram estudadas. Dentre os sítios polimórficos descritos, destacam-se
XbaI (exon 26), EcoRI (exon 29), Ins/Del (exon 1- peptídeo sinalizador), MspI (exon
26) e região hipervariável na extremidade 3’ (VNTR) (SALAZAR et al., 2003;
SAKUMA, 2004).
O polimorfismo EcoRI do gene APOB resulta de uma alteração de uma única
base na região codificante, exon 29, ocorrendo uma substituição do aminoácido
guanina pela adenina na posição 4154 desse gene. Esse polimorfismo tem sido
investigado pela sua influência na variação dos níveis de LDL-C (MISRA, 2001). A
presença do sítio polimórfico para enzima de restrição EcoRI revela o alelo E+.
Quando ocorre a mutação, a enzima EcoRI perde o sítio de restrição, originando o
24
alelo E-. Essa variação determina três genótipos: E+E+, E+E- e E-E- (MISRA et al.,
2001).
Os polimorfismos XbaI e EcoRI têm sido associados com DAC em brasileiros.
O significado funcional do polimorfismo EcoRI ainda é desconhecido. A alta
freqüência do alelo E– em pacientes com DAC sugere que a mudança de
aminoácidos possa alterar o metabolismo de lipoproteínas que contêm apo B ou
resultar em uma apo B mais aterogênica. Alternativamente, é possível que essa
variação esteja em desequilíbrio de ligação com outra mutação dentro do gene
APOB ou em genes vizinhos (PURI et al., 2003; MASON et al., 2003).
Sendo assim, muitos polimorfismos presentes no gene APOB foram
utilizados como marcadores em estudos populacionais (RFLPs de XbaI, EcoRI,
MspI), com o objetivo de correlacioná-los com os níveis lipídicos ou risco de infarto
do miocárdio. As conclusões desses estudos variam conforme a população estudada
(RIOS et al., 2003; MASON et al., 2003 SAKUMA et al., 2004; BEEN et al., 2005).
Esses estudos sugerem que o polimorfismo EcoRI do gene APOB está
associado com alterações nos níveis lipídicos. O alelo E- do polimorfismo EcoRI está
associado com níveis elevados de LDL-C e CT (FORTI et al., 2003; TAN et al., 2003;
SAKUMA et al., 2004; BEEN et al., 2005).
Da mesma forma, estudos mostram que a apo B é um ótimo marcador de
risco para DCV e um melhor preditor para a resposta a fármacos do que colesterol
LDL e o HDL (4S, 1998; AFCAPS/TexCAPS, 2000; LIPID, 2002; SNIDERMAN et al.,
2003). A metodologia para determinar os níveis de apo B no plasma apresenta
várias vantagens em relação às metodologias empregadas na determinação dos
níveis de LDL-C.
25
Alguns estudos têm sido feito com os polimorfismos do gene APOB e o uso
de fármacos, principalmente estatinas. Um estudo realizado por Gusmán et al (2000)
com três polimorfismos do gene APOB (Ins/Del, XbaI e EcoRI) mostrou que os
indivíduos com genótipo I/I para o polimorfismo Ins/Del com o uso de fluvastaina
diminuíram os níveis de CT e LDL, reduzindo 23% e 34% respectivamente
(GUZMÁN et al., 2003).
Outro estudo realizado com o polimorfismo XbaI mostrou que os pacientes
portadores do alelo X- reduziram mais os níveis de CT que os pacientes portadores
do alelo X+ (-23,9% VS -13,6%, respectivamente) (YE et al., 2003).
3.2 POLIMORFISMO TAQIB PROTEÍNA TRANSFERIDORA DE ÉSTERES DE COLESTEROL
(CETP)
A CETP é a proteína que promove a troca de lipídeos entre as partículas
lipoprotéicas, transferindo ésteres de colesterol das HDLs para outras lipoproteínas
para subseqüente recaptação pelo fígado. Por aumentar o conteúdo de ésteres de
colesterol de LDLs e VLDLs, a CETP aumenta a aterogenicidade das lipoproteínas.
Sugerindo, assim, um papel importante da CETP no desenvolvimento de DCV
(SORLI et al., 2006).
A deficiência da proteína CETP humana está claramente associada com
níveis elevados de HDL-C. Esta deficiência genética da CETP está associada com
hiperalfalipoproteinemia e conseqüentemente com HDL-C aumentado. Observa-se,
entretanto, a existência de uma modulação farmacológica da atividade da CETP por
26
drogas anti-lipidêmicas, tais como as estatinas e fibratos, usadas em hiperlipidemias,
contribuindo para atenuação do perfil lipídico aterogênico (BROSSEAU et al., 2002;
LE GOFF et al., 2004).
O gene CETP está localizado no cromossomo 16, consistindo de 16 exons. O
mRNA do gene CETP codifica uma pré-proteína de 493 aminoácidos, a qual contém
um peptídeo sinal de 17 aminoácidos. O locus da CETP é altamente polimórfico.
Numerosos polimorfismos e variantes raras no gene CETP humano foram
identificados, entre os quais se pode citar: o polimorfismo MspI (localizado no intron
8), RsaI (localizado no exon 14) e TaqIB (localizado no intron 1); todos fortemente
associados à concentração sérica de HDL-C. (BROUSSEAU et al., 2007).
Os níveis do HDL-C o um forte preditor de risco para o desenvolvimento de
DCV. Sendo assim, vários estudos, em diferentes populações, da Ásia, Europa e
Estados Unidos têm demonstrado que variantes genéticas no gene CETP podem
influenciar as concentrações de HDL-C. Muitos estudos indicaram uma associação
inversa entre as concentrações de HDL no plasma e a atividade da CETP (LIU et al.,
2002; BARTER et al., 2003; HUMPHRIES e MORGAN, 2004; MILTIADOUS et al.,
2005; SORLI et al., 2006; DANESHPOUR et al., 2007).
Dos vários polimorfismos estudados no gene CETP humano, um em particular
tem recebido especial atenção. A atividade da CETP está associada a um
polimorfismo que cria um sítio de restrição para a enzima TaqI (polimorfismo TaqIB
ou alelo B1) no nucleotídeo 277, localizado no primeiro intron do gene CETP
(CALRQUIST et al., 2003).
Vários estudos, ainda, têm reportado que o polimorfismo TaqIB do gene
CETP está associado com níveis de HDL-C e risco para DAC, mas estes resultados
27
ainda o inconsistentes. Além disso, tem-se investigado a interação desta variante
genética e o uso de estatinas (KLERKX et al., 2004; HUMPHRIES e MORGAN,
2004; BOEKHOLDT et al., 2007; SVIRIDOV et al., 2007).
Uma recente meta-análise mostrou que indivíduos com o genótipo B2B2
apresentaram HDL-C mais elevado que os indivíduos com o genótipo B1B1.
Indivíduos com o genótipo B1B1 apresentam, portanto, um risco maior de
desenvolver DAC (BOEKHOLDT et al., 2005). Outro estudo mostrou que os homens
com o genótipo B2B2 (alelo B2, ausência do sítio TaqIB) parecem ter um risco
menor de desenvolver doença arterial coronariana, embora esse resultado não
pareça ser significativo em mulheres (CHASMAN et al., 2004).
Vários estudos corroboraram com esses resultados, onde os portadores do
alelo B1 deste polimorfismo estão associados com baixos níveis de HDL-C e altos
níveis de CETP no plasma (BOEKHOLDT et al., 2005; MARCHANG et al., 2006;
SVIRIDOV et al., 2007; LI et al., 2007).
A relação entre a concentração da CETP e os genótipos do polimorfismo
TaqIB é complexa Os mecanismos pelos quais, esse referido polimorfismo pode
influenciar a atividade da CETP ainda são desconhecidos. O fato dessa alteração ter
sido encontrada em um intron e de não parecer afetar o processo de splicing, o
descarta a possibilidade de que essa região tenha um papel na regulação da
atividade promotora do gene CETP. A explicação mais plausível é a de que esse
polimorfismo está em desequilíbrio de ligação com uma mutação funcional ainda
desconhecida na região reguladora do gene CETP (MARSCHANG et al., 2006;
DANESHPOUR et al., 2007).
28
A associação entre polimorfismos no gene CETP e risco de desenvolver
aterosclerose depende da interação destes com fatores ambientais, tais como:
consumo de álcool, dieta, fumo, obesidade e seus efeitos nos níveis de HDL-C
(HUMPHRIES e MORGAN, 2004; CORELLA e ORDOVAS, 2005). Muitos
polimorfismos correspondem a alterações em um nucleotídeo e estão localizados em
introns, exons, região promotora do gene ou ainda na região flanqueadora 3’ do
gene.
Polimorfismos no gene CETP constituem, portanto um marcador essencial da
relação entre o gene CETP, o metabolismo lipídico e as características clínicas de
doenças cardíacas (LI et al., 2007; HUMPHRIES e MORGAN, 2004; CORELLA e
ORDOVAS, 2005).
Assim como ocorrem interações entre genes e ambiente, se observa
também a ação conjunta de diferentes polimorfismos e o uso de alguns
medicamentos. Acredita-se que haja uma interação entre o gene da CETP e as
estatinas, que ambos afetam a concentração e a composição dos lipídios. O
polimorfismo TaqIB do gene da CETP vem sendo investigado com relação à
resposta a diferentes tratamentos (ANDRADE e HUTZ, 2002).
O estudo realizado por CALRQUIST et al. (2003) observou uma redução da
atividade da CETP e a terapia com estatinas. Neste estudo, realizado em homens
com aterosclerose coronariana e uso de pravastatinas, observou-se uma associação
significativa entre a ação farmacológica e o genótipo da CETP. O grupo que utilizou
este fármaco apresentou uma redução de 16% nas concentrações de CETP no
plasma, em relação ao grupo que utilizou placebo.
29
O referido estudo relatou também uma progressão mais acentuada da
aterosclerose em portadores homozigóticos para o alelo B1, ao mesmo tempo em
que indivíduos heterozigóticos para este alelo (B1/B2) apresentaram um grau
intermediário e os portadores homozigóticos do alelo B2 apresentaram um grau
inferior para a progressão aterosclerótica.
O estudo realizado por Fiegenbaum et al. (2005) mostrou que os indivíduos
homozigotos B2B2 apresentaram uma melhoria nos níveis de HDL-C que os
portadores do alelo B1, após o uso de estatinas. Resultados semelhantes foram
encontrados em outros estudos (WINKELMANN et al., 2003; KLERKX et al., 2004).
3.3 POLIMORFISMO S447X DO GENE DA LIPASE LIPOPROTÉICA (LPL)
A LPL é uma enzima que se localiza na superfície endotelial dos capilares
sanguíneos e é responsável pela hidrólise dos triglicerídeos dos Qm e das VLDL.
Desse modo inicia uma cascata lipolítica, convertendo moléculas de VLDL em LDL.
As lipoproteínas ricas em triglicerídeos ligam-se à lipase através da apolipoproteína
CII, localizada na superfície da lipoproteína, a qual também estimula a ação
enzimática. Os monoacilgliceróis e os ácidos graxos liberados da degradação são
absorvidos por tecidos como o adiposo e o muscular, onde são reesterificados e
armazenados. Esse processo possibilita o armazenamento e a disponibilização pelo
organismo da sua fonte energética mais importante, as gorduras (MIRANDA et al.,
2004; RIP et al., 2006).
30
Mais de 60 mutações diferentes do gene da LPL foram descritas aagora,
podendo resultar tanto na diminuição da síntese da enzima quanto na sua atividade.
A diminuição na atividade da LPL pode influenciar as concentrações de lípides
plasmáticos, causando graus variados de hipertrigliceridemia isolada ou associada à
hipercolesterolemia (MARTINEZ, 2004; WUNG et al., 2006).
O gene LPL está localizado no cromossomo 8p22, abrangendo,
aproximadamente, 30 kb no genoma. O gene da LPL apresenta muitas mutações
e/ou polimorfismos e tem sido extensivamente investigado por seu papel nas
mudanças dos níveis de lipídios plasmáticos e na predisposição da DCV. (RIOS et
al., 2003; MIRANDA et al., 2004; WUNG et al., 2006).
O polimorfismo S447X do gene LPL ocorre no exon 9, onde a substituição da
citosina (C) por Guanina (G) no nucleotídeo 1595, resulta na troca de uma serina
447(TCA) por um códon de terminação e na supressão dos dois últimos
aminoácidos, serina e glicina na posição 447 da proteína. Acredita-se que, em
algumas populações, o polimorfismo S447X possa ter um efeito protetor contrário ao
desenvolvimento da aterosclerose e conseqüentemente da DAC. (SHIMO-
NAKANISHI et al., 2001; MORABIA et al., 2003; MIRANDA et al., 2004;
NETTLETON et al., 2006; RIP et al., 2006).
O efeito do polimorfismo sobre a atividade da LPL ainda o está
estabelecido. Alguns estudos mostraram que o polimorfismo S447X parece afetar
favoravelmente o metabolismo das VLDL, porque os portadores do alelo G
apresentaram concentrações de triglicerídeos baixas e elevados níveis de HDL, se
comparados com os não indivíduos com o alelo C (ALMEIDA et al., 2003;
ANDERSSON et al., 2003; RIP et al., 2006; WUNG et al., 2006).
31
Porém, em alguns estudos a presença do polimorfismo S447X não teve efeito
sobre as concentrações plasmáticas de lípides em mulheres (WITTRUP et al., 2002;
RIOS et al., 2003; ALMEIDA et al., 2007). Uma razão para esses achados seria o
estrógeno, pois esse diminui a atividade da LPL pela desregulação na transcrição do
gene ou por uma possível modificação pós-transcricional da proteína (IVERIUS et
al., 1988; HOMMA et al., 2000).
Poucos estudos têm sido realizados com o polimorfismo S447X sobre a
alteração dos níveis lipídicos com o uso de estatinas. O estudo realizado por Sing et
al (1999) mostrou que os indivíduos com o genótipo GG aumentaram o nível de HDL
(46.2 ± 1,2) após o uso de fluvastatina. O estudo realizado por Thompson et al.
(2005) também mostrou que os indivíduos com o genótipo GG reduziram o colesterol
total mais que os indivíduos com o alelo C.
3.4 POLIMORFISMO -250G>A DA LIPASE HEPÁTICA (LIPC)
A LIPC é uma enzima plasmática lipolítica que tem papel importante, tanto no
metabolismo das partículas de HDL, como nas de LDL. Sua função é catalisar a
hidrólise de triacilgliceróis e fosfolipídeos de lipoproteínas. O aumento da LIPC está
associado à formação de partículas altamente aterogênicas (LDL pequenas e
densas) e diminuição dos níveis de partículas anti-aterogênicas, especialmente,
HDL
2
. Além desta atividade lipolítica, a lipase hepática participa como ligante para
promoção da recaptação hepática de lipoproteínas, incluindo lipoproteínas ricas em
32
triglicerídeos, LDL e HDL. (DEEB et al., 2003; ZAMBON et al., 2003; ELLER et al.,
2005).
O gene LIPC está localizado no cromossomo 15q21, é composto por 9 exons
e codifica uma proteína de 449 aminoácidos (ZHAO et al., 2006). Estima-se que 30 a
45% da atividade da LIPC é determinada geneticamente (ELLER et al., 2005).
Vários polimorfismos foram descritos nesse gene, especialmente na região
promotora. Quatro polimorfismos -250G>A, -514C>T, -710T>C e -763A>G estão em
completo desequilíbrio de ligação, determinando dois haplótipos. (FERDINAND et
al., 2000; JUO et al., 2001; PERRET et al., 2002; CARR et al., 2004; ZHAO et al.,
2006).
O polimorfismo –250G>A, localizado na região promotora do gene da LIPC,
tem sido associado com níveis plasmáticos de HDL e com LDL. Estudos têm
mostrado que os polimorfismos na região promotora da LIPC controlam a atividade
da LIPC, enquanto a atividade da LIPC afeta os níveis de HDL-C (SU et al., 2002;
ZAMBON et al., 2003; ANDRADE et al., 2004; ELLER et al., 2005; NETTLETON et
al., 2006; ZHAO et al., 2006, SVIRIDOV et al., 2007).
A relação dos polimorfismos no gene LIPC com DAC ainda é controverso
(ANDRADE et al., 2004; HUMPHRIES et al., 2004; ZHAO et al., 2006). No estudo
realizado por Ji et al. (2002) e Andersen et al. (2003) observou-se um aumento da
freqüência dos alelos mais raros em pacientes com DAC, mas esses resultados não
foram confirmados por outros autores (SHOHERT et al., 1999; COUTURE et al.,
2000). No estudo realizado por Faggin et al. 2002 os indivíduos com o alelo mais
comum (alelo C do polimorfismo -514C>T do gene LIPC) aumentaram a
suscetibilidade para eventos cardiovasculares, provavelmente devido à presença de
33
um maior número de partículas LDL mais densas e aterogênicas que nos indivíduos
com o genótipo TT.
No estudo realizado por Zhao et al. (2006) com o polimorfismo -250G>A os
níveis de HDL-C foram mais elevados nos indivíduos com o genótipo AA ou AG que
os indivíduos com o genótipo GG. Sendo assim, acredita-se que os níveis de HDL-C
elevados, em indivíduos com o alelo A, estão associados com a atividade da LIPC
por afetar diretamente a expressão da LIPC ou outro polimorfismo que está em
desequilíbrio de ligação com esse, acarretando a diminuição da atividade da enzima.
Porém, as mudanças nos níveis lipídicos parecem mais evidentes nas mulheres
(ELLER et al., 2005; ZHAO et al., 2006).
Entretanto, no estudo realizado por Andrade et al. (2004) essa associação
dos genótipos com os níveis de HDL-C, onde os indivíduos com o alelo “A”
apresentaram níveis de HDL-C mais elevados que os indivíduos com o genótipo GG
foram encontrados apenas em homens. Resultados semelhantes foram encontrados
por Chen et al. (2003). É estabelecido que a atividade da LIPC seja mais baixa em
mulheres pré-menopausa que em homens (CARR et al., 2001; DEEB et al., 2003); e
a terapia de reposição hormonal para mulheres pós-menopausa pode interferir na
atividade da LIPC, resultando no aumento dos níveis de HDL-C (SOMEKAWA et al.,
2002; YAMAKAMA-KOBAYASHI et al., 2002).
A atividade da LIPC e a concentração dos níveis de HDL-C são influenciadas
por um grande número de fatores. Fatores hereditários e estilo de vida, tais como:
dieta (ORDOVAS et al., 2002; ZHANG et al., 2005; NETTLETON et al., 2006),
consumo de álcool (de ANDRADE et al., 2004; ZHANG et al., 2005), tabagismo
(KONG et al., 2001), atividade física, obesidade (ZHANG et al., 2005), idade
34
(ZHANG et al., 2005; FAN et al., 2006), etnia (CARR et al., 2001; BERK-PLANKEN
et al., 2003) hormônios sexuais e gênero (CARR et al., 2001; SOMEKAWA et al.,
2002, YAMAKAMA-KOBAYASHI et al., 2002; CHEN et al., 2003; DEEB et al., 2003;
ANDRADE et al., 2004) são conhecidos por ter um papel central na determinação da
variação interindividual nos níveis de HDL-C.
Dois estudos foram realizados com a finalidade de avaliar a influência do
polimorfismo -250G>A na resposta ao uso das estatinas. Porém, os dois estudos
realizados por Berk-Planken et al. (2003) e Fiegenbaum et al. (2005) não
encontraram variação dos níveis lipídicos entre os genótipos, nos pacientes tratados
com atorvastatinas e sinvastatinas, respectivamente.
Alguns estudos foram realizados com polimorfismo -514C>T que está em
desequilíbrio de ligação com o polimorfismo -250G>A, mas os resultados são
controversos. No estudo realizado por Zambon et al. (2001) os indivíduos com o
genótipo CC, do polimorfismo -514C>T, mostraram uma diminuição da atividade da
LIPC e conseqüentemente uma melhor densidade das partículas LDL e HDL
2
–C
que os indivíduos com o genótipo CT ou TT, com o uso de fluvastatina.
Porém, em um estudo realizado por Lahoz et al. (2004) com o mesmo
polimorfismo observou-se um aumento dos níveis de HDL-C nos indivíduos com o
alelo “T”; e os indivíduos com o genótipo CC não apresentaram mudança nos níveis
de HDL-C depois de tratados com pravastatinas.
35
4 FARMACOGENÉTICA
Quando modificações nos hábitos alimentares não são suficientes para
normalizar as taxas de colesterol plasmático, se utiliza terapias medicamentosas,
visando ou reduzir a síntese endógena de colesterol ou aumentar a sua secreção na
forma de sais biliares. No primeiro caso, se utiliza inibidores competitivos da 3-
hidroxi-3- metilgultaril coenzima A (HMGCoA-redutase), chamados estatinas. As
estatinas (atorvastatina, lovastatina, sinvastatina, pravastatina e fluvastatina) o os
agentes mais bem tolerados e mais efetivos no tratamento das dislipidemias. Esses
fármacos possuem variados graus de atividade sobre a enzima HMGCoA-redutase,
que catalisa uma etapa precoce e limitante da taxa de biossíntese do colesterol.
Doses mais altas das estatinas mais potentes (atorvastatina e sinvastatina) podem
também reduzir os níveis de triglicerídeos causados por níveis elevados de VLDL.
Algumas estatinas também são indicadas para elevar os níveis de HDL-C, embora
essa significância continue tendo de ser comprovada (MAHLEY e BERSOT, 2003;
CHASMAN et al.; 2004; MANGRAVITE et al., 2006).
Um novo ramo da ciência, denominado de Farmacogenética, tem buscado
compreender a variabilidade genética humana, associando-a as diferentes respostas
dos indivíduos aos medicamentos (STAKOS et al., 2002; HUMPHRIES et al., 2006).
O conhecimento advindo desses estudos poderá ter implicações diretas sobre a
eficácia terapêutica e os potenciais efeitos colaterais relacionados às drogas. A
expectativa é que se possa selecionar o medicamento mais seguro e eficaz para
cada tipo de paciente, de acordo com seu perfil genético. O custo-efetividade da
36
administração racional de medicamentos, através desse novo enfoque, trará grandes
mudanças de paradigmas na Medicina.
Nesse sentido, as estatinas diminuem os níveis LDL colesterol em 20% a
55%, dependendo da dose e da estatina empregada, sendo aceito que esta ação
promove uma maior expressão dos receptores de LDL. Estudos sobre os
mecanismos de ação dessas drogas demonstraram que elas agem alterando a
síntese e a composição das lipoproteínas, modificando seu potencial aterogênico,
bem como reduzindo a absorção intestinal do colesterol (MANGRAVITE et al., 2006).
Na área da Cardiologia, vários estudos farmacogenéticos estão sendo
conduzidos, objetivando relacionar os efeitos terapêuticos das estatinas em
pacientes com doença arterial coronariana e a variabilidade genética. Observa-se
que os níveis de diminuição dos lipídios no plasma, em resposta ao tratamento com
estatinas, variam consideravelmente entre os indivíduos (ANKE-HILSE, 2002).
Dados dos maiores estudos randomizados envolvendo estes fármacos mostram que
as estatinas são as mais eficientes em baixar os níveis de colesterol total (18 a 25%)
e LDL (25 a 55%). Além disso, também reduzem moderadamente os níveis de
triglicerídeos (10 a 15%) e aumentam da mesma forma os níveis de HDL (5 a 10%).
Esses estudos também mostram que a utilização de estatinas diminui os riscos de
eventos cardíacos fatais e não-fatais (24 a 37%), independentemente de outros
fatores como a idade, sexo, tabagismo, diabetes ou hipertensão (KREISBERG e
OBERMAN, 2002; CHASMAN et al., 2004; HERRINGTON et al., 2005).
37
5 OBJETIVOS
Investigar a freqüência alélica e genotípica de polimorfismos presentes
nos genes LIPC, LPL, CETP e APOB em pacientes dislipidêmicos;
Correlacionar as variantes gênicas encontradas com dados clínicos,
bioquímicos e antropométricos, visando contribuir para uma melhor
definição da relação entre genótipo e fenótipo da DCV;
Verificar a influência das variantes genéticas encontradas nos genes
investigados com a resposta aos fármacos hipolipemiantes, visando
entender a relação farmacogenética.
38
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na presente dissertação de mestrado foram avaliados quatro polimorfismos
presentes nos genes APOB, CETP, LIPC e LPL em uma amostra de pacientes
dislipidêmicos do Rio Grande do Sul. Os genes estudados e suas proteínas
apresentam papel importante no metabolismo dos lipídios. Os genótipos obtidos
foram analisados quanto as suas possíveis influências sobre os níveis lipídicos e
resposta ao tratamento com estatinas.
A partir das análises feitas, foi possível encontrar uma associação da
presença do polimorfismo -250G>A, com os níveis de HDL-C e de TG. Os indivíduos
com genótipo AA apresentaram níveis de TG maiores que os indivíduos portadores
dos genótipos GA e GG, para análises ajustadas e não ajustadas. Esse resultado
está de acordo com o encontrado em outros estudos. (TAHVANAIENEN et al, 1998;
JANSEN et al, 1999; PIHLAJAMÄKI et al, 1999).
Alterações genéticas no gene LIPC têm sido muito investigadas por
influenciar os níveis de HDL-C. Diferentes estudos têm mostrado uma relação
inversa entre a atividade da LIPC e os níveis de HDL-C. Nesses estudos, os
indivíduos com o alelo A apresentam níveis elevados de HDL-C e, assim, uma baixa
atividade da LIPC, por afetar a expressão da proteína ou por estar em completo
desequilíbrio de ligação com outros polimorfismos que afetam a atividade da LIPC
(HUMPHRIES et al, 2004; ELLER et al, 2005; ZHAO et al, 2006).
No presente estudo, os indivíduos com o alelo G desse polimorfismo
apresentaram níveis de HDL-C maiores que os indivíduos portadores do genótipo
AA para análises ajustadas. Como relatado no artigo, várias explicações são
39
possíveis para esses achados. Os indivíduos com genótipo AA apresentaram média
de IMC mais elevada que os indivíduos com genótipo GG ou GA, sendo que existe
uma relação inversa entre os níveis de IMC e os níveis de HDL-C (ZHANG et al,
2005). Outra explicação possível é a influência do gênero na atividade da LIPC e
nos níveis de HDL-C, onde os homens apresentam níveis mais baixos de HDL-C e,
conseqüentemente, uma alta atividade da LIPC. No presente estudo, os homens
também apresentaram níveis de HDL-C mais baixos e 70% dos indivíduos com
genótipo AA eram homens.
Além disso, o polimorfismo -250G>A está em completo desequilíbrio de
ligação com outros polimorfismos presentes no gene LIPC que podem afetar
diretamente a atividade da LIPC. Em suma, essa associação significativa do
polimorfismo -250G>A e variações nos níveis de HDL-C e TG sugerem que os
genótipos desse polimorfismo estão envolvidos com os níveis lipídicos.
As associações relatadas também confirmam a importância de alguns genes
na resposta ao tratamento com inibidores da HMG CoA redutase, mas também
mostram que mais estudos devem ser realizados em outras populações para que se
estabeleça sua importância clínica.
Dentre os genes investigados, trabalhos com o gene CETP tem mostrado
associações farmacogenéticas importantes, entretanto para os genes LPL, LIPC,
APOB o enfoque farmacogenético dos inibidores da HMG CoA redutase ainda é
incipiente. No presente estudo, encontramos uma associação dos genótipos do
polimorfismo -250G>A e a resposta ao uso de estatinas. Os indivíduos com o alelo A
apresentaram uma redução maior nos níveis de CT em comparação com os
indivíduos portadores do genótipo GG, depois de tratados com estatinas. Estudos
farmacogenéticos têm sido realizados com o polimorfismo -250G>A e outros
40
polimorfismos que estão em completo desequilíbrio de ligação com esse, tais como:
-514C>T, -480C>T, -710T>C, porém os resultados o variados. Essas diferenças
encontradas podem ser explicadas baseadas na influência de vários fatores, tais
como: gênero, níveis de estrogênio, resistência à insulina, gordura abdominal e
outros medicamentos que podem modular o efeito da LIPC nos níveis lipídicos.
Poucos estudos têm sido realizados com o gene LPL e a resposta ao uso de
estatinas. No presente estudo, encontramos uma associação dos genótipos do
polimorfismo S447X do gene LPL e os níveis lipídicos depois do uso de estatinas.
Os indivíduos com genótipo GG ou GC apresentaram um aumento nos níveis de
HDL-C, para dados não ajustados. Para dados ajustados, os indivíduos com
genótipo CC reduziram mais o CT depois de tratados com estatinas. Resultados
semelhantes foram encontrados por Sing et al (1999), onde os indivíduos com o
genótipo GG ou GC apresentaram uma elevação nos níveis de HDL-C, depois do
uso de fluvastatina e o estudo realizado por Thpmpson et al (2005) que mostrou uma
redução maior dos níveis de CT nos indivíduos com o genótipo GG ou GC.
Embora o tamanho amostral do presente estudo seja pequeno, os dados
apresentados deixam claro que a diversidade do genoma humano é um fator
importante para a variabilidade observada no tratamento com fármacos inibidores da
HMG CoA redutase. No entanto, ainda existem vários obstáculos a serem superados
que incluem a real compreensão da dinâmica do genoma humano, a compreensão
das doenças de origem multifatorial. Apesar disso, a implementação da
farmacogenética iniciará uma nova era na medicina, onde teremos a oportunidade
de experimentar o uso de medicações de acordo com o perfil genético de cada
indivíduo. Os resultados até o momento são bastante favoráveis e sugerem que o
conceito do “fármaco certo para o paciente correto” possa ser aplicado na prática
41
clínica. A perspectiva é a de que nas próximas décadas, ocorra a identificação de
grande parte da variabilidade genética responsável pelas diferenças interindividuais
na ão de fármacos e de que inúmeros exemplos de associação entre genoma e
resposta aos fármacos sejam compilados.
Finalmente, no presente estudo cabe ressaltar que muitos resultados com
ausência de associações podem ser devidos ao pequeno número de pacientes na
amostra. Sendo assim, sugere-se que futuros estudos sejam realizados com um
número amostral maior.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, K.; SCREIBER, R.; AMÂNCIO, R.; BYDLOWSKI, S.P.; DEVES-BRAVO,
A; ISSA, J.S.; STRUNZ, C.M.C.; MARANHÃO. R.C.; Metabolism of chylomicron-like
in carries of the S447X lipoprotein lipase polymorphism. Clin Chim Act, v. 335, p.
157-163, 2003.
ALMEIDA, K.A.; STRUNZ, C.M.C.; MARANHÃO, R.C.; MANSUR, A.P. Polimorfismo
S447X da Lipase Lipoprotéica sobre a Incidência de Doença Arterial Coronariana
Prematura e sobre os Lípides Plasmáticos. Arq Bras Cardio, v.88, n. 3, p. 297-303,
2007.
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Heart Disease and Stroke Statistics-2005
Upadate. Dallas, Tex.: American Heart Association; 2005.
ANDERSEN, R.V.; WITTRUP, H.H.; TYBJAERG-HANSEN, A.; STEFFENSEN, R.;
SCHNOHR, P.; NORDESTGAARD, B.G. Hepatic Liapse mutations, elevated high-
density lipoprotein cholesterol, and increased risk of ischemic heart disease. J Am
Coll Cardiol, v. 41, p. 1972-1982, 2003.
ANDRADE, F.; HUTZ, M. The Genetic Component of Serum Lipid Determination.
Ciência & Saúde Coletiva, v. 7, n. 1, p. 175-182, 2002.
ANDRADE FM, SILVEIRA FR, ARSAND M, ANTUNES AL, TORRES MR, ZAGO AJ,
CALLEGARI-JAQUES SM, HUTZ MH. Association between-250G/A polymorphism
of the hepatic lipase gene promoter and coronary artery disease and HDL-C
concentrations in a Southern Brazilian population. Clin Genet 2004; 65:390-395.
ANDRESSON, C.S.; EHRENBORG, E.; FISHER, R.M.; OLIVECRONA, G.;
HAMSTERN, A.; KARPE, F. Influence of common variants in the CETP, LPL, HL and
APOE genes on LDL heterogeneity in healthy, middle-aged men. Atherosclerosis, v.
167, p. 311-317, 2003.
ANKE-HILSE, M.; KLUNGEL, O.H.; STRICKER, B.H.; MONIQUE, V.; KASTELEIN,
J.J.; LEUFKENS, H.G.; DE BOER, A. Genetic polymorphisms: importance for
response to HMG-CoA reductase inhibitors. Atherosclerosis, v. 163, n. 2, p. 213-222,
2002.
BALLANTYNE, C.M. Current and future aims of lipid-lowering therapy: changing
paradigms and lessons from the Heart Protection Study on standards of efficacy and
safety. Am J Cardiol, v. 21, n. 92, p. 3K-9K, 2003.
BARTER, P.J., BREWER, H.B.; CHAPMAN, M.J.; HENNEKENS, C.H.; RADER, D.J.;
TALL, A.R. Cholesteryl ester transfer protein: a novel target for raising HDL and
inhibiting atherosclerosis. Arterioscler Thromb Vasc Biol, v. 23, p. 160-167, 2003.
BENN, M.; NORDESTGAARD, B.G.; JENSEN, J.; GRANDE, P.; SILLESEN, H.;
TYBJAER-HANSEN, A. Polymorphism in APOB associated with increased low-
density lipoprotein levels in both genders in the general population. J Clin Endo
Metabol, v. 90, n. 10, p. 5797-5803, 2005.
43
BERK-PLANKEN, I.I.L.; HOOGERBRUGGE, N.; STOLK, R.; BOOTSMA, A.H;
Atorvastatin Dose-Dependently decreases hepatic lipase activity in type 2 diabetes.
Diabetes Care, v. 26, p. 427-432, 2003.
BERTOLAMI, M.C. A conexão entre as lipoproteínas e a aterosclerose. Rev Soc
Cariol Estado de São Paulo, São Paulo, v. 10, 2000.
BOEKHOLDT, S.M.; SACKS, F.M.; JUKEMA, J.W.; SHEPHERD, J.; FREEMAN,
D.J.; MACMAHON, A.D.; CAMBIEN, F.; DE GROOTH, G.J.; TALMUD, P.J.;
HUMPHRIES, S.E.; MILLER, G.J.; FIRIKSDOTTIR, G.; GUDNASON, V.; KAUMA,
H.; KAKKO, S.; SAVOLAINEN, M.J.; ARCA, M.; MONTALI, A.; LIU, S.; LANZ, H.J.;
ZWINDERMAN, A.H.; KUIVENHOVEN, J.Á.; KASTELEIN, J.J. Cholesteryl ester
transfer protein TaqIB variant, high-density lipoprotein cholesterol levels,
cardiovascular risk, and efficacy of pravastatin treatment: individual patient meta-
analysis of 13,677 subjects. Circulation, v. 111, p. 278-287, 2005.
BRESLOW, J.L. Genetics of Lipoprotein Abnormalities Associated with Coronary
Heart Disease Susceptibility. Annu Rev Genet, v. 34, p. 233- 254, 2000.
BROUSSEAU, M.E.; O’CONNOR, J.J.; ORDOVAS, J.M.; COLLINS, D.; OTVOS,
J.D.; MASSOV, T.; MCNAMARA, J.R.; HANNA, B.R.; ROBINS, S.L.; SCHAEFER,
E.J. Cholesteryl ester transfer protein TaqI B2B2 genotypes is associated with higher
HDL cholesterol levels and lower risk of coronary heart disease end points in men
with HDL deficiency. Arterioscler Thromb Vasc Biol., v. 22, p. 1148-1154, 2002.
CARLQUIST, J.F.; MUHLESTEIN, J.; HORNE, B.; HART, N.; BAIR, T.L.;
MOLHUIZEN, H.O.F.; Anderson, J.L.; The cholesteryl ester transfer protein TaqIB
gene polymorphis predicts clinical benefit of statin therapy in patients with significant
coronary artery disease. Am Heart J, v. 146, p. 1007-1014, 2003.
CARR, M.C.; BRUNZELL, J.D.; DEBB, S.S. Ethnic differences in hepatic lipase and
HDL in Japaneses, blacks, and white Americans: role of central obesity and LIPC
polymorphism. J Lipid Res, v. 45, n. 3, p. 466-473, 2004.
CASAS, J.P.; COOPER, J.; George, J.M. Investigating the genetic determinants of
cardiovascular disease using candidate genes and Meta-analysis of association
studies. Ann Human Genet, v. 70, p. 145-169, 2006.
CHAN, D.C.. WATTS, G.F. Apolipoproteins as markes and managers of coronary
risk. Q J Med, v. 99, n. 5, p. 277-287, 2006.
CHASMAN, D.I.; POSADA, D.; SUBRAHMANYAN, L.; COOK, N.R.; STANTON,
V.P.; RIDKER, P.M. Pharmacogenetic study of statin therapy and cholesterol
reduction. JAMA, v. 16; 291, n. 23, p. 2821-2827, 2004.
CHEN, W.; SRINIVASAN, S.R.; BOERWINKLE, E.; BERENSON, G.S. Hepatic lipase
promoter C-514T polymorphism influences serial changes in HDL cholesterol levels
since childhood: the Bogalusa Heart Study. Atherosclerosis, v. 19, p. 175-182, 2003.
44
COHEN, J.C.; KISS, R.S.; PERTSEMLIDIS, A.; MARSEL, Y.; MCPHERSON, R.
Multiple rare alleles contribute to low plasma levels of HDL cholesterol. Science, v.
305, p. 869-872, 2004.
COLLINS, R.; CLEARFIELD, M.; PARISH, S.; SLEIGH, P.; PETO, R. Heart
Protection Study collaborative group. MRC/BHF Heart proctetion study of cholesterol-
lowering with simvastatin in 5.963 people with diabetes: a randomized placebo-
controlled trial. Lancet, v. 14, n. 361, p. 2005-2016, 2003.
CONSTANZA, M.C.; CAYANIS, E.; ROSS, B.M.; FLAHERTV, M.S.; ALVIN, G.B.;
DAS, K.; MORABIA, A. Relative contributions of genes, environment, and
int6eractions to blood lipid concentrations in a general adult population. Am J
Epidemiol, v. 161, p. 714-724, 2005.
CORELLA, D.; ORDOVAS, J.M. Single nucleotide polymorphisms that influence lipid
metabolism: interaction with dietary factors. Annual Rev Nutrit, v. 25, P. 341-390,
2005.
COUTURE, P.; OTVOS, J.D.; CUPPLES, L.A.; LAHOZ, C.; WILSON, P.W.;
SCHAEFER, E.J.; ORDOVAS, J.M. Association of the C-514T polymorphism in the
hepatic lipase gene with variations in lipoprotein subclass profiles: The Framingham
Offspring Study. Arterioscler Thromb Vasc Biol, v. 20, n. 3, p. 815-822, 2000.
DACHET, C.; POIRIER, O.; CAMBIEN, F. New functional promotor polymorphism,
CETP –629, in cholesteryl ester transfer protein (CETP) gene related to CETP mass
and high density lipoprotein colesterol levels. Arterioscler Thromb Vasc Biol, v. 20, p.
507-515, 2000a.
DANESHPOUR, M.; HEDAYATI, M.; AZIZI, F. TaqI B1/B2 and -629A/C cholesteryl
ester transfer protein (CETP) gene polymorphisms and their association with CETP
activity and high-density lipoprotein cholesterol levels in a Tehranian population. Part
of the Tehran lipid and glucose study (TLGS). Genet Mol Biol, v. 30, p. 1039-1046,
2007.
DEMARCHI, D.A.; MOSHER, M.J.; Crawford, M.H. Apolipoproteins (Apoproteins)
and LPL variation in Mennonite Populations of Kansas and Nebraka. Am J Hum Biol,
v. 17, p. 593-600, 2005.
EVANS, W.E.; MCLEOD, H.L. Pharmacogenomics drug disposition, drug targets
and side effects. New England J Med, v. 348, p. 538-549, 2003.
FAERGEMAX, O. Introduction: Apolipoprotein and guidelines for prevention of
cardiovascular disease. J Int Med, v. 259, p. 434-436, 2006.
FAGGIN, E.; ZAMBON, A.; PUATO, M.; DEEB, S.S.; BERTOCO, S.; CREPALDI, G.;
PESSINA, A.C.; PAULETTO, P. Association between -514C>T polymorphism of the
hepatic lipase gene promoter and unstable carotid plaque in patients with severe
carotid artery stenosis. J Am Coll Cardiol, v. 40, p. 1059-1066, 2002.
FAN, Y.M.; LEHTIMAKI, T.; RONTU, R.; ILVESKOSKI, F.; GOEBELER, S.;
KAJANDER, O.; MIKKELSON, J.; PEROLA, M.; KARHUNEN, P.J. Age-dependent
45
association between hepatic lipase gene C-418T polymorphism and the risk of pre-
hospital sudden cardiac death: the Helsinki Sudden Death Study. Atherosclerosis, v.
192, n. 2, p. 421-427, 2006.
FIEGENBAUM, M.; SILVEIRA, F.R.; VAN DER SAND, C.R.; VAN DER SAND, L.C.;
FERREIRA, M.E.W.; PIRES, R.C.; HUTZ, M.H. Pharmacogenetic study of
apolipoprotein E, cholesteryl Ester transfer protein and hepatic lipase genes and
simvastatin therapy in Brazilian subjects. Clin Chim Acta, n. 362, p. 182-188, 2005.
FRANÇA, E.; ALVES, J.G.G.; HUTZ, M.H. APOA1/C3/A4 gene cluster variability and
lipids levels in Brazilian children. Brazilian J Med Biol Res, 38, p. 535-541, 2005.
FREITAS, E.V. Triglicerídeos e doença arterial coronariana. Rev SOCERJ, 2004.
GARCIA, C.K.; MUES, G.; LIAO, Y.; HYATT, T.; PATIL, N.; COHEN, J.C.; HOBBS,
H.H. Sequence diversity in genes of lipid metabolism. Genome Res, v. 11, p. 1043-
1052, 2006.
GINSBURG, G.S.; DONAHUE, M.P.; Newby, L.K. Prospects for personalized
cardiovascular medicine. Cardiovasc Genomic Med, v. 46, p. 1615-1627, 2005.
GUZMÁN, E.C.; HIRATA, M.H.; QUINTÃO, E.C.; HIRATA, R.D. Associations of the
apolipoprotein B gene polymorphisms with cholesterol levels and response to
fluvastatin in Brazilian individuals with high risk for coronary heart disease. Clin Chem
Lab Med, v. 38, n. 8, p. 731-736, 2000.
HARDMAN, J.G.; LIMBIRD, L.E. (Eds.). In: GOODMAN; GILMAN’S. The
pharmacological basis of therapeutics. 10. ed. USA: The Mc Graw Hill Companies
Inc., 2001.
HEERINGTON, D.M.; HOWARD, T.D.; HAWKINS, G.A.; REBOUSSIN, D.M.; XU, J.;
ZHENG, S.L.; BROSNIHAN, K.B.; MEYERS, D.A.; BLEECKER, E.R. Estrogen-
receptor polymorphisms and effects of estrogen replacement on high-density
lipoprotein cholesterol in women with coronary disease. N Engl J Med, v. 28;346, n.
13, p. 967-74, 2002.
HOMMA, H.; KURACHI, H.; NISHIO, Y. Estrogen suppress transcripition of
lipoprotein lipase gene. Existence of a unique estrogen response element on the
lipoprotein lipase promoter. J Biol Chem, v. 275, p. 11404-11, 2000.
HOOFT, F.M.; LUNDAHL, B.; RAGOGNA, F.; KARPE, F.; OLIVECRONA, G.;
HAMSTEN, A. Functional Characterization of 4 Polymorphisms in Promoter Region
of Hepatic Lipase Gene. Arterioscler Thromb Vasc Biol, v. 20, n. 5, p. 1335-9, 2000.
HUMPHRIES, S.E.; HINGORANI, A. Pharmacogenetics: Progress, pitfalls and
clinical potential for coronary heart disease. Vascul Pharmacol. 2006, v. 44, p. 119-
125.
HUMPHRIES, S.E.; MORGAN, L. Genetics risk factors for stroke and carotid
atherosclerosis: insights into pathophysiology from candidate gene approaches.
Lancet Neurol, v. 4, p. 227-235, 2004.
46
III DIRETRIZ BRASILEIRA sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da
Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de
Cardiologia. Arq Bras Cardiol, v. 77, supl. III, p. 4-44, 2001.
IV DIRETRIZES BRASILEIRAS sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da
Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de
CARDIOLOGIA. Arq Bras Cardiol, v. 88, supl. I, 2007.
ISHITANII, L.; FRANCO, G.; PERPÉTUO, I.; FRANÇA, E. Desigualdade social e
mortalidade precoce por doenças cardiovasculares no Brasil. Rev Saúde Pública, v.
40, n. 4, p. 684-691, 2006.
IVERIUS. P.H.; BRUNZELL, J.D. Relationship between lipoprotein lipase activity and
plasma sex steroid level in obese womwn. J Clin Invest, v. 82, p. 1106-1112, 1988.
IZAR, M.; FONSECA, F.; IHARA, S.; KASINSKI, N.; HAN, A.W; LOPES. IE.L.;
PINTO, L.E.S.A.; RELVAS, W.G.M.; LOURENÇO, D.; TUFIK, S.; PAOLA, A.A.V.;
CARVALHO, A.C.C. Fatores de risco, marcadores bioquímicos e polimorfismos
genéticos na doença arterial coronariana prematura. Arq Bras Cardiol, v. 80, p. 379-
387, 2003.
IZAR, M.C.O; SANTOS, A.O.; ANTONIO, F. Dislipidemias: atualizações e
controvérsias 2005. v. 15. (6).
JI, J.; HERBISON, C.E.; MANOTTE, C.D.S.; BURKE, V.; TAULOR, R.R.; VAN
BOCKXMEER, F.M.; Hepatic Lipase gene -514C>T polymorphism and premature
coronary heart disease. J Cardiovasc Risk, n. 9, p. 105-113, 2002.
JUO, S.H..; HAN, H.Z.; SMITH, J.D.; COLANGELO, L.; LIU, K. Promoter
polymorphisms of hepatic lipase gene influence HDL2 but not HDL3 in African
American men: CARDIA study. J Lip Res, v. 42, p. 258-264, 2001.
KLERKX, A.H.E.M.; GROOTH, G.J.; ZWINDERMAN, A.H.; JUKEMA, J.W.;
KUIVENHOVEN, J.A.; KASTELEIN, J.J. Cholesterly ester transfer protein
concentrations is associated with progression of atherosclerosis and response to
pravastatin in men with coronary artery disease (REGRESS). Eur J Clin Invest, v. 34,
n. 1, p. 21-28, 2004.
KREISBERG, R.A.; OBERMAN, A. Medical management of
hyperlipidemia/dyslipidemia. J Clin Endo Metab, v. 88, n. 6, p. 2445-2461, 2003.
LAHOZ, C.; PENÃ, R.; MOSTAZA, J.M.; LAGUNA, F.; GARCÁ-IGLESIAS, M.F.;
TABOADA, M.; PINTÓ, X. The -524C/T polymorphism of the hepatic lipase gene
significantly modulates the HDL-cholesterol response to statin treatment.
Atherosclerosis, v. 182, p. 129-134, 2005.
LAI, C.; TAI, E.S.; TAN, C.E.; CUTTER, J.; CHEW, S.K.; ZHU, Y.P.; ADICONIS, X.;
ORDOVAS, J.M. The ApoA5 Locus is a Strong Determinant of Plasma Triglyceride
Concentrations Across Ethnic Groups in Singapore. J Lip Res, v. 44, p. 2365-73,
2003.
47
LI, T.L.; CUILIN, Z.; FOLKERT, W.; QI, L.; RIMM, E.; HUNTER, D.J.; HU, F.B.
Interaction between dietary fat intake and the cholesterol ester transfer protein TaqIB
polymorphism in relation to HDL-cholesterol concentrations among US diabetic men.
Am J Clin Nutr, v. 86, p. 1524-1529, 2007.
LIBBY, P. Current Concepts of the Acute Coronary Syndromes. Circulation, v. 104, n.
3, p. 365-372, 2001.
LIMA, E.S.; COUTO, R.D. Estrutura, metabolismo e funções fisiológicas da
lipoproteína de alta densidade. J Bras Patol Med Lab, n. 3, 2006. p. 42.
LIU, S.; SCHMITZ, C.; STAMPFER, M.J.; SACKS, F.; HENNEKENS, C.H;
LINDPAINTNER, K.; RIDKER, P.M. A prospective study of TaqIB polymorphism in
the gene coding for cholesteryl ester transfer protein and risk of myocardial infarction
in middle-aged men. Atherosclerosis, v. 161, p. 469-474, 2002.
MAHLEY, R.W.; BERSOT, T.P. Terapia medicamentosa para hipercolesterolemia e
dislipidemia. As bases farmacológicas da terapêutica. 10. ed. Rio de Janeiro:
McGraw-Hill, 2003.
MANGRAVITE, L.M.; THORN, C.F.; KRAUSS, R.M. Clinical implications of
pharmacogenomics of statin treatment. Pharmaco J, v. 6, n. 6, p. 360-374, 2006.
MANO, R. Conceito de dislipidemias. Disponível em:
<www.manuaisdecardiologia.med.br > Acesso em: 17 maio 2007.
MARSCHANG, P.; SANDHOFER, A.; RITSCH, A.; FISER, I.; KVAS, E.; PATSCH,
J.R. Plasma cholesteryl ester transfer protein concentrations predict cardiovascular
events in patients with coronary artery disease treated with pravastatin J Inter Med, v.
260, p. 151-159, 2006.
MARTINEZ, T. Dislipidemias: da teoria à prática. São Paulo: Atheneu, 2004.
MASON, L.F.; MCNEILL, G.; AVENELL, A. Genetic variation and the lipid response
to dietary intervention: a systematic review. Am J Clin Nutr, v. 77, p. 1098-1111,
2003.
MILTIADOUS, G.; HATZIVASSILIOU, M.; LIBEROPOULOS, E.; BAIRAKTARI, E.;
TSELEPIS, A.; CARIOLOU, M.; ELISAF, M. Gene polymorphisms affecting HDL-
cholesterol levels in the normolipidemic population. Nutr Metab Cardiovasc Dis, v. 15,
p. 219–224, 2005.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. (Indicadores e Dados Básicos). Brasil, 2005 Disponível
em: <http://www. portal.saude.com.br>. Acesso em: 20/12/2007
MIRANDA, J.L.; CRUZ, G.; GÓMEZ, P.; MARIN, C.; PAZ, E.; PÉREZ-MARTÍNEZ,
P.; FUENTES, F.J.; ORDOVAS, J.M.; PÉREZ-JIMÉNEZ, F. The influence of
lipoprotein lipase gene variation on postprandial lipoprotein metabolism. J Endo
Metabol, v. 89, n. 9, p. 4721-4728, 2004.
48
MISRA, A.; NISHANTH, S.; PASHA, S. T.; PANDEY, R.M.; SETHI, P.; RAWAT, D.S.
Relationship of Xba1 and EcoRI polymorphisms of apolipoprotein-B gene to
dyslipidemia and obesity in Asian Indians in North India. Indian Heart J, v. 53, p. 177-
183, 2001.
MORABIA, A.; CAYANIS, E.; COSTANZA, C.; ROSS, B.M.; BERSSTEIN, M.S.;
FLAHERTY, M.S.; ALVIN, G.B.; DAS, K.; MORRIS, M.A; PENCHASZADEH, G.K.;
ZHANG, P.; GILLIAM, C. Associations between lipoprotein lipase (LPL) gene and
blood lipids: a common variant for a common trait? Gen Epidemiol, v. 24, p. 309-321,
2003.
NETO, R.M. (Org.). Atlas corações do Brasil. Rio de Janeiro - São Paulo, 2005.
NETTLETON, J.A.; STEFFEN, L.M.; BALLANTYNE, C.M.; BOERWINKLE, F.A.R.
Association between HDL-cholesterol and polymorphisms in hepatic lipase and
lipoprotein lipase genes are modified by dietary fat intake in African American and
White adults. Atherosclerosis, v. 194, n. 2, p. 131-140, 2006.
NISSEN, S.E.; TUZCU, E.M.; SCHOENHAGEN, P.; BROWN, B.G.; GANZ, P.;
VOGEL, R.A.; CROWE, T.; HOWARD, G.; COOPER, C.J.; BRODIE, B.; GRINES,
C.L.; DEMARIA, A.N. Effect of intensive compared with moderate lipid-lowering
therapy on progression of coronary atherosclerosis: Reversal of Atherosclerosis with
Aggressive Lipid Lowering (REVERSAL). JAMA, v. 291, p. 1071-1080, 2004.
OLOFSSON, S.O.; BORÈN, J. Apolipoprotein B: clinically important apolipoproteína
which assembles atherogenic lipoproteins and promotes the development of
atherosclerosis. J Intern Med, v. 258, p. 395-410, 2005.
ORDOVAS, J.M.; MOOSER, V. The APOE locus and the pharmacogenetics of lipid
response. Cur Opinion in Lipidol, v. 13, p. 113-117, 2002.
ORDOVAS, J.M.; CORELLA, D.; DEMISSIE, S.; CUPPLES, L.A.; COUTURE, P.;
COLTELL, O.; WILSON, P.W.; SCHAEFER, F.J.; TUCKER, K.L. Dietary fat intake
determines the effect of a common polymorphism in the hepatic lipase gene promoter
on high-density lipoprotein metabolism: evidence of a strong dose effect in this gene-
nutrient interaction in the Framingham Study. Circulation, v. 29;106, n. 18, p. 2315-
2321, 2002.
ORDOVAS, J.M. Nutrigenetics, plasma lipids, and cardiovascular risk. J Am Diet
Assoc, v. 106, p. 1074-1081, 2006.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Doenças crônico-
degenerativas e obesidade: estratégia mundial sobre alimentação saudável,
atividade física e saúde. Organização Pan-Americana de Saúde - Brasília, 2003
Disponível em: <http://www.opas.org.br/>. Acesso em: 20 dez. 2007.
PALLAND, C.; GUEGUEN, R.; SASS, C.; GROWN, M.; CHENG, S., SIEST, G.;
VISVIKIS, S Genetic influences on lipid metabolism trait variability within the
Stanislas Cohort. J Lipid Res, v. 42, 2001.
49
PERRET, B., MABILE, L.; MARTINEZ, L.; TERCÉ, F.; BARBARA, R.; COLLET, X.
Hepatic lipase: structure/function relationship, syntesis, and regulation. J Lipid Res, v.
43, n. 8, p. 1163-1169, 2002.
PHAN, B.A.; CHU, B.; POLISSAR, N.; HATSUKAMI, T.S.; YUAN, C.; ZHAO, X.Q.
Association of high-density lipoprotein levels and carotid atherosclerotic plaque
characteristics by magnetic. Int J Cardiovasc Imag, v. 23, n. 3, p. 337-342, 2007.
PURI, R.D.; TEWARI, S.; SINHA, N.; RAMESH, V.; KHAN, F.; SINGH, V.P.;
AGRAWAL, S. Polymorphiosms in the apolipoprotein B-100 gene: association with
plasma lipid concentration and coronary artery disease. Indian Heart J, v. 55, p. 60-
64, 2003.
RIOS, D.L.S.; VARGAS, A.F.; TORRES, M.R.; ZAGO. A.J.; CALLEGARI-JACQUE,
S.M.; HUTZ, M. Interaction between SREBP-1ª and APOB polymorphisms influences
total and low-density lipoprotein cholesterol levels in patients with coronary artery
disease. Clin Gen, v. 63, p. 380-385, 2003.
RIOUX, P.P. Clinical trials in pharmacogenetics and pharmacogenomics: methods
and applications. Am J Health- Syst Pharma, v. 57, p. 887-901, 2000.
RIP, J.; MELCHIOR, N.; ROSS, C.; JUKEMA, J.W.; HAYDEN, M.R.; KASTELEIN,
J.J.P.; STROES, E.S.G.; KUIVENHOVEN, J.A. Lipoprotein Lipase S447X: A naturally
occurring gain-of-function mutation. Arterioscler Thromb Vasc Biol, v. 26, p. 1236-
1244, 2006.
RISCH, N.J. Searching for genetic determinants in the new millennium. Nature, v. 05,
n. 6788, p. 847-856, 2004.
SAWANO, M.; WATANABE, Y.; HIROTOSHI, M.D.; SHIMADA, K.; HIROYUKI, D.;
MOKUMO, H.; YAMAGUCI, H. Potentially protective effects of the Ser447-Ter
mutation of the lipoprotein lipase gene against the development of coronary artery
disease in japaneses subjects via a beneficial lipid profile. Jpn Circ J, v. 65, p. 310-
314, 2001.
SCHIAVO, M.; LUNARDELLI, A.; OLIVEIRA, J.R. Influência da dieta na
concentração sérica de triglicérides. J Bras Patol Med Lab, v. 39, p. 283-288, 2003.
SECRETÁRIA ESTADUAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Centro Estadual de
Vigilância em Saúde (CEVS); Rede Estadual de Análise e Divulgação de Indicadores
para a Saúde. (A Saúde da População do Estado do Rio Grande do Sul). Porto
Alegre, dez. 2005.
SHEPHERD, J.; Who should receive a statin these days? Lessons from recent
clinical trials. J Inter Med, v. 260, p. 305-319, 2006.
SHOHET, R.V.; VEGA, L.G.; ANWAR, A.; CIGARROA, J.E.; GRUNDY, S.M.;
COHEN, J.C. Hepatic lipase (LIPC) promoter polymorphism in men with coronary
artery disease. Allele frequency and effects on hepatic lipase activity and plasma
HDL-C concentrations. Arterioscler Thromb Vasc Biol, v. 19, p. 1975-1978, 1999.
50
SING, K.; BALLANTYNE, C.M.; FERLIC, L.; BRUGADA, R.; CUSHMAN, I.; DUNN,
J.K., HERD, J.A.; POWNALL, H.J.; GOTTO, A.M.; MARIAN, A.J. Lipoprotein lipase
gene mutations, plasma lipid levels, progression/regression of coronary
atherosclerosis, response to therapy, and futures clinical events. Lipoproteins and
Coronary Atherosclerosis Study. Atherosclerosis, v. 144, n. 2, p. 435-442, 1999.
SOMEKAMA, Y.; UMEKI, H.; KOBASYASHI, K.; TOMURA, S.; ASO, T.;
HAMAGUCHI, H. Effects of hormone replacement therapy and hepatic lipase
polymorphism on serum lipid profiles in postmenopausal japanese women. J Clin
Endo Metab, v. 87, n. 10, p. 4766-4770, 2002.
SORLI, J.V.; CORELLA, D.; FRANCÉS, F.; RAMÍREZ, J.B.; GONZÁLEZ, J.I.;
GUILLÉN, M.; PORTOLÉS, O. The effect of the APOE polymorphisms on HDL-C
concentration depends on the cholesterol ester transfer protein gene variation in a
Southern European population. Clin Chim Act, v. 366, p. 196-203, 2006.
STAKOS, D.A.; BOUDOULAS, H. Pharmacogenetics and Pharmacogenomics in
Cardiology. Hellenic J Cardiol, v. 43, p. 1-15, 2002.
STANČÁKOVÁ, A.; BALDAUFOVÁ, L.; JAVORSKÝ, M.; KOZÁROVÁ, M.;
ŠALAGOVIČ, J.; TKÁČ, I. Effect of Gene Polymorphisms onLipoprotein Levels in
Patients with Dyslipidemia of Metabolic Syndrome. Physiol Res, v. 55, p. 483-490,
2006.
STEINER, G. The use of Fibrates and Statins in Preventing Atherosclerosis in
Diabetes. Curr Opin Lipidol, v. 12, p. 611-617, 2001.
SVIRIDOV, D.; NESTEL, P.J. Genetics factors affecting HDL levels, structure,
metabolism and function. Cur Opin in Lipid, v. 18, p. 157-163, 2007.
TAHRI-DAIZADEH, N.; TREGOUET, D.A.; NICAUD, V.; POIRIER, O.; CAMBIEN, F.;
TIRET, L. Exploration of multilocus effects in a higly polymorphism gene the
apolipoprotein (APOB) gene, in relation to plasma apoB levels. Ann Hum Genet, v.
68, p. 405-418, 2004.
TAN, Y.; YANG, S.; YU, R.B. Relationship among the XbaI and EcoRI locus
polymorphism of apolipoprotein B gene, serum lipid metabolism and gallstone
disease. Zhonghua Yi Xue Za Zhi, v. 83, p. 844-847, 2003.
THIRD JOINT Task Force of European and other Societies on cardiovascular
Disease Prevention in Clinical Practice. Executive Summary of European Guidelines
on Cardiovascular Disease Prevention in Clinical Practice. Eur Heart J, v. 24, p.
1601-1610, 2003.
THOMPSON, J.F.; MAN, M.; JOHNSON, K.J.; WOOD, L.S.; LIRA, M.E.; LLOYD,
D.B.; BANERJEE, P.; MILOS, P.M.; MYRAND, S.P.; PAULAUSKIS, J.; MILAD, M.A.;
SASIELA, W.J. An association study of 43 SNPs in 16 candidate genes with
atorvastatin response. Pharmaco J, v. 5, p. 352-358, 2005.
WAGNER, A.M.; Perez, A. Diabetic dyslipidemia: clinical significance and therapeutic
attitude. Rev Clin Espanhola, v. 200, n. 12, p. 688-690, 2000.
51
WINKELMANN, B.R.; HOFFMANN, M.M.; NAUCK, M.; KUMAR, A.M.; NANDABAN,
K.; JUDSON, R.S.; BOEHM, B.O.; TALL, A.R.; RUAÑO, G.; MÃRZ, W. Haplotypes of
the cholesteryl ester transfer protein predict lipid-modifying response to statin
therapy. Diabetes Care, v. 3, p. 284-296, 2003.
WITTRUP, H.H.; NOSDESTGARD, B.G.; STEFFENSEN, R.; JENSEN, G.;
TYBAJARERG-AASEN, A. Effect of gender on phenotypic expression of the S447X
mutation in LPL. The Copenhagen City Heart Study. Atherosclerosis, v. 165, p. 119-
26, 2000.
WUNG, Shu-Fen; KULKARNI, M.V.; PULLINGER, C.R.; MALLOY, M.J.; KANE, J.P.;
AOUIZERAT, B. The lipoprotein lipase gene in combined hyperlipidemia: evidence of
a protective allele depletion. Lipids in Heath and Disease, v. 5, p. 19, 2006.
YAMADA, Y.; MATSUO, H.; WARITA, S.; WATANABE, S.; KATO, K.; OGURI, M.;
YOKOI, K.; METOKI, N.; YOSHIDA, H.; SATOH, K.; ICHIHARA, S.; AOYAGI, Y.;
YASUNAGA, A.; PARK, H.; TANAKA, M.; NOZAWA, Y. Prediction of genetic risk
dyslipidemia. Genomics, v. 90, p. 551-558, 2007.
YAMAKAMA-KOBAYASHI, K.; SOMEKAWA, Y.; FUJIMARA, M. Relation of the C-
514T polymoprphism in the hepatic lipase gene to serum HDL and LDL cholesterol
levels in postmenopausal womwn under hormone replacement therapy.
Atherosclerosis, v. 162, p. 17-21, 2002.
YE, P.; SHANG, Y.; DING, X. The influence of apolipoprotein B and E gene
polymorphisms on the response to simvastatin therapy in patients with
hyperlipidemia. Chin Med Sci, v. 18, n. 1, p. 9-13, 2003.
ZAMBON, A.; BROWN, B.G.; DEEB, S.S.; BRUNZELL, J.D. Genetics of
apolipoprotein B and apolipoprotein AI and premature coronary artery disease. J
Inter Med, v. 259, p. 473-480, 2006.
ZAMBON, A.; DEEB, S.; BROWN, G.; HOKANSON, J.E.; BRUNZELL, J.D. Common
hepatic lipase gene promoter variant determines clinical response to intensive lipid-
lowerind treatment. Circulation, v. 103, p. 792-798, 2001.
ZHAO, S.; XIE, X.; NIE, S.A.I. The 250G>A polymorphism in the human hepatic
lipase gene promoter affects blood lipids in Chinese. Clin Chim Acta, v. 365, p. 149-
152, 2006.
52
Artigo Científico
APOB, CETP, LPL and LIPC gene polymorphisms in Southern Brazilian dyslipidemic
population.
Artigo em preparação para ser submetido à revista Brazilian Journal of Medical and
Biological Research
53
APOB, CETP, LPL and LIPC gene polymorphisms in Southern Brazilian
dyslipidemic population
F.G.L Chula
1,5
, A. Costa
2
, P.D. Picón
2
, M. Fiegenbaum
3
, C.MD. Silva
4,5
, S Almeida
6
,
N. Clausell
2
, R. Giugliani
1
Address to which proofs be sent:
Fernanda GL Chula
CDCT/FEPPS
Av. Ipiranga, 5400
CEP 90610-000, Porto Alegre, RS
FAX + 55 51 33520336
Research Support by, PADCT, FEPPS.
Abstract
Objective: Our objective was to investigate the interaction between polymorphisms
in the APOB, CETP, LPL and LIPC genes with lipid parameters and with variable
response to statin treatment in the patients with dyslipidemia in a Southern Brazilian
population.
1
Curso de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, RS.
2
Curso de Pós-Graduação em Cardiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
RS.
3
Centro Universitário Metodista IPA, Porto Alegre, RS.
4
Curso de Pós-Graduação em Diagnóstico Genético e Molecular, Universidade Luterana do Brasil,
Canoas, RS.
5
Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT), Fundação Estadual de Produção e
Pesquisa em Saúde (FEPPS), Porto Alegre, RS.
6
Associação Pró Ensino em Novo Hamburgo. (FEEVALE).
54
Methods: One hundred and nineteen patients with dyslipidemia participated in the
study. Plasma lipids and lipoproteins were measured before and throughout the
treatment. Baseline lipid and lipoprotein parameters were compared among APOB
EcoRI, CETP TaqIB, LPL S447X (G>C) and LIPC -250G>A genotypes after
genotyping by PCR and restriction mapping. Data from forty-eight patients with statin
treatment were for pharmacogenetic statistical analyses.
Results: The LIPC -250G>A polymorphism was significantly associated with HDL-C.
For unadjusted levels, carriers of the G allele had higher HDL-C concentrations
(P=0.004) than AA homozygotes, whereas individuals with the AA genotype had
higher TG concentrations (P=0.017) than individuals with the GG and GA genotypes.
For TG levels the same results were observed for adjusted data, with higher TG
concentrations in AA homozygotes than GG and GA genotypes (P=0.073).
Differences among genotypes in the percentage variation in lipid and lipoprotein
concentrations for LIPC and LPL polymorphism were observed. For unadjusted data,
GA and AA carriers genotypes showed a greater reduction in total cholesterol
compared than GG genotype (-26.4% ± 15.5 vs. -18.2% ± 11.8, P=0.034). For
unadjusted data, G allele carriers for LPL S447X gene polymorphism showed a
greater HDL-cholesterol increase compared to CC subjects (13.8% ± 22.9 vs. 3.3% ±
12.8, P = 0.047). After adjustment for covariates, a significant effect of this
polymorphism was observed for change in TC levels. The mean percent reduction in
TC was greater in CC homozygotes than in G carriers (-26.6% ± 13.6 vs. -20.5% ±
15.8, P=0.046).
Conclusion: Our data suggest an association of LIPC -250G>A gene polymorphism
with HDL-C and TG concentrations for unadjusted data. For TG concentrations the
55
associations was maintained after adjustment. We also found a significant effect
dependent of covariates of LIPC and LPL polymorphisms on statin treatment
response. These results can be explained on the basis of there being several factors
such as gender, estrogens, BMI and other variables that can modulate the effect of
gene polymorphisms on the lipid and lipoprotein concentration and treatment
response.
Key words: dyslipidemia, APOB, CETP, LPL, LIPC polymorphisms, pharmacogenetic.
56
Introduction
Dyslipidemia is a multifactorial disorder caused by an interaction between
genetic and environmental factors. Although genetic linkage analyses and candidate
gene approaches have implicated several loci and candidate genes for predisposition
to dyslipidemia, the genes that confer susceptibility to this condition remain to be
identified definitively
(1,2)
. Epidemiological and clinical studies have consistently
demonstrated that elevated concentration of low-density lipoprotein (LDL) cholesterol
in plasma is associated with increased risk of cardiovascular (DAC)
(3,4)
.
In the last years there has been growing evidence of the influence of genetic
variation in the determination of plasma lipid concentrations, especially for genes
involved in lipid transport and metabolism. More recently, a pharmacogenetic
approach has been applied to polymorphisms in these genes and demonstrated that
they are also associated with response to lipid-lowering drugs
(5)
.
The most potent and commonly prescribed lipid-lowering agents are the HMG-
Coa reductase inhibitors or statins, which function as competitive inhibitors of the 3-
hydroxy-3-methylglutaryl-Coa reductase (HMGCR), the rate-limiting enzyme for
cholesterol synthesis. Statins decrease LDL with efficacy and are able to reduce
clinical outcomes in both primary and secondary prevention of coronary artery
disease
(6,7)
.
In this study, we have concentrated on the gene polymorphisms of some
enzymes and proteins which play an important role in the lipid metabolism. The
examined polymorphisms included the apolipoprotein B (APOB) EcoRI
polymorphism, involved with variations in plasma lipid concentrations
(8)
; cholesterol
ester transfer protein (CETP) TaqIB polymorphism because of a key role of CETP in
57
the transport of cholesterol esters and triglycerides between lipoprotein particles
(9)
;
lipoprotein Lipase (LPL) S447X polymorphism, resulting in a two-amino acid
truncation of the LPL protein that affects triglyceride (TG) and HDL-C
concentrations
(10)
; and hepatic lipase (LIPC) -250G>A polymorphism, with important
role in the metabolism of several lipoprotein particles, especially HDL particles
(11)
.
The aim of the present study was to look for the possible associations
between the mentioned gene polymorphisms (APOB EcoRI, CETP TaqIB, LPL
S447X (C>G), and LIPC -250G>A), the lipid levels and efficacy of statin treatment in
the patients with dyslipidemia in a Southern Brazilian population.
Material and Methods
Subjects
One hundred and nineteen patients with dyslipidemia (57 men and 62 women)
were recruited in Hospital de Clínicas from Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil.
The study was approved by the Hospital Ethics Committee. On the retrospective
cohort study all patients were screened by physical examination, medical history and
clinical laboratory evaluation and were invited to participate in this study. All
participants in the study gave written informed consent. To determine the genotype
association with response to statin treatment, only 48 individuals were enrolled for
analysis. Those patients were treated with statins and show baseline plasma lipid
levels and changes of these lipids during the study.
58
Biochemical analysis
Blood samples were collected after 12 h fasting of subjects. Total cholesterol
(TC), triglyceride (TG) and glucose concentrations were determined by conventional
enzymatic methods. LDL cholesterol was calculated according to Friedewald
(12)
.
Body mass index (BMI) was calculated as weight in kg divided by square height in
meters (kg/m
2
).
DNA analysis
DNA was extracted from blood peripheral cells by the salting out method. The
PCR products were amplified using the appropriate primers and them genotyped by
standard restriction fragment length polymorphisms analysis for each gene: EcoRI for
polymorphism APOB
(13)
, TaqIB for CETP polymorphism
(14)
, MnlI for LPL S447X
polymorphism
(15)
, and DraI for LIPC -250G>A polymorphism
(16)
.
Statistical analysis
Allele frequencies were estimated by gene counting. The agreement of
genotype frequencies with the Hardy–Weinberg equilibrium was tested using the X
2
-
test. Continuous variables were expressed as mean ± S.D. Multiple linear regression
analyses were used to adjust lipid and lipoprotein variables. To reduce skewness, log
transformation of triglyceride concentrations was used in all analyses. Analyses were
performed separately for each polymorphism and lipid/lipoproteins parameters were
adjusted for age (years), gender, BMI, smoking (three status: current, former and
never), alcohol consumption (three status: current, former and never), diastolic blood
59
pressure, systolic blood pressure and diabetes. Unadjusted and adjusted mean lipid
parameters were compared among genotypes by ANOVA or Student's t-test. To
determine the genotype association with response to statin treatment, the mean
changes in plasma lipid concentrations among genotypes were compared by a
General Linear Model procedure using the type III sums of squares statistics. Age,
gender, BMI, and baseline lipid concentrations were included in each model as
covariates. Statistical analyses were carried out using the SPSS software package v.
13.0. The significance level was set at P <0.05.
Results
Demographic, biochemical, clinical characteristics and allele frequencies are
shown in Table 1. The mean age was 61.5 years, with no statistical differences
between men (60.7 ± 13.7) and women (62.1 ± 12.5). Smoking, alcohol consumption,
physical inactivity, HDL-C and systolic and diastolic blood pressure were significantly
different between men and women (P=0.001, P<0.001, P=0.034, P<0.001, P<0.001
and P=0.026, respectively). No differences were observed between men and women
in BMI, hypertension, diabetes, ischemic cardiopathy, nonHDL-C, TC, TG and
glucose levels.
Minor allele frequencies in the studied sample for the four polymorphisms
studied were: 28.2% (E-), 44.1% (B2), 21% (G) and 38.2% (A) for APOB, CETP, LPL
and LIPC, respectively. The genotype distributions for each polymorphism did not
show statistically significant differences compared to those expected under Hardy–
Weinberg equilibrium (data not shown), and no significant differences in allele
frequencies between genders were observed.
60
Association of each polymorphism with lipid and lipoprotein variables
Table 2 presents the unadjusted means of lipid and lipoprotein levels
according to genotypes of each polymorphism. No significant association between
genotypes of the each polymorphism examined and lipid concentrations was
observed, with the exception of LIPC. The LIPC -250G>A polymorphism was
significantly associated with HDL-C and TG. Carriers of the G allele had higher HDL-
C concentrations (P=0.004) than AA homozygotes and AA genotype had higher TG
concentrations (P=0.017) than GG and GA genotypes.
The same statistical approach was carried out with lipid and lipoprotein levels
after adjustment for covariates (Table 3) and the LIPC -250G>A polymorphism that
was significantly associated with TG levels. AA homozygotes had higher TG
concentrations (P=0.073) than GG and GA genotypes. No significant effect of
examined polymorphisms was observed on any lipid parameter
Moreover, a tendency towards higher mean values of HDL-C was observed in
B2B2 homozygotes of CETP TaqI polymorphism for adjusted and unadjusted HDL-C
levels (Tables 2 and 3).
Prediction of lipid and lipoprotein concentrations response to statin
The mean percent reductions of lipid and lipoprotein are show in table 4. Due
the small sample size, individuals with the GG genotype were grouped with those of
the GC genotype (LPL S447X polymorphism) and individuals with the AA genotype
were grouped with those of the GA genotype (LIPC-250G>A polymorphism).
61
After follow-up, there were no differences among genotypes in the percentage
variation in lipid and lipoprotein concentrations for APOB and CETP polymorphisms.
The LIPC -250G>A polymorphism was associated with effect statins. For unadjusted
data, GA and AA genotypes showed a greater reduction in TC compared to GG
genotype (-26.4% ± 15.5 vs. -18.2% ± 11.8, P=0.034). For unadjusted data, G allele
carriers for LPL S447X gene polymorphism showed a greater HDL-cholesterol
increase compared to CC subjects (13.8% ± 22.9 vs. 3.3% ± 12.8, P = 0.047). After
adjustment for covariates, a significant effect of this polymorphism was observed for
change in TC levels. The mean percent reduction in TC was greater in CC
homozygotes than in G carriers (-26.6% ± 13.6 vs. -20.5% ± 15.8, P=0.046).
Discussion
In this study, we examined the association of APOB, CETP, LPL and LIPC
gene polymorphisms with lipid and lipoproteins parameters in Southern Brazilian
dyslipidemic population and plasma lipid response to statin therapy.
Apolipoprotein B is essential for the synthesis and secretion of triglyceride-rich
lipoprotein in both the intestine and the liver (such as LDL) from plasma, by the LDL
receptor-mediated endocytosis present on the cell surface. Polymorphisms of the
APOB gene have been associated with hypercholesterolemia or increased risk for
CAD in Caucasian-Brazilians and other populations
(17-20)
. In the present study,
individuals bearing the APOB E- allele had higher TC concentrations than E+ allele
carriers, but not statistically significant. A similar effect was also recently found in
other populations. In Indians with CAD, the genotype EcoRI -/- was associated with
increased TC and LDL levels
(21)
.
62
CETP TaqIB polymorphism represents a silent base change affecting the
nucleotide 277 in the intron 1 of the gene
(22)
, resulting in the disruption of a restriction
site for the enzyme TaqI. The relationship between B2 allele (absence of the TaqI
restriction site) and higher levels of HDL cholesterol has been demonstrated in several
studies
(23,24)
. Individuals carrying the B2 allele showed lower CETP activity and lower
CETP mass concentration resulting in higher HDL and apoA-I levels
(25-27)
. In this study
we have observed only a tendency towards higher HDL levels in B2 allele carriers,
which did not reach statistical significance. This could be explained by a lower
statistical power of the study due to a relatively small number of included patients.
Interestingly, recent cohort studies with LPL S447X polymorphism suggest that G
allele carriers appear to have a more favorable lipid profile (lower plasma cholesterol,
lower TG and higher HDL cholesterol)
(28,29)
. Although, associations with favorable
changes in HDL-C have been reported, no association between LDL-C and this
polymorphism has been demonstrated previously
(8,30,31)
. In present study, no significant
effect of the LPL S447X polymorphism was observed on any lipid parameter.
Hepatic Lipase (LIPC) gene polymorphisms have attracted considerable interest
because they affect total HDL-C levels. There is considerable evidence that hepatic
lipase activity is an important determinant of plasma HDL-C concentrations
(27,32)
.
Clinical studies have consistently found an inverse relationship between hepatic lipase
activity measured in post heparin plasma and HDL-C concentrations. Previous
investigations demonstrated that the -250A allele increasing HDL-C level is associated
with low hepatic lipase activity by directly affecting LIPC expression or through linkage
disequilibrium with another polymorphism that directly decrease the enzyme activity
(33-
35)
. In present study, nevertheless, we found that HDL-C level of the 250G carriers was
63
higher than AA homozygotes. Several explanations are possible. First, we have
observed a tendency towards higher levels of body mass index in AA homozygotes
than in G allele carriers. Previous observations showed that high levels HDL-C are
inverse proportion BMI
(36)
. Second, gender has a significant influence on LIPC activity
and HDL-C levels. Compared with women, men have about 30% higher LIPC activity,
independently of the genotype, and lower HDL-C
(37)
. Also in our study, HDL-C levels
were lower in men than in women and 70% of AA patients enrolled were male. These
explications are corroborated by the findings that no association was found when
adjusted lipid and lipoprotein parameters are compared among LIPC genotypes. Third,
due the small sample size of our investigation, we could not exclude the possibility of a
spurious association. Finally, LIPC-250G>A polymorphism that we have studied has
been shown to be in strong linkage disequilibrium with another polymorphism that
directly decreases the enzyme activity, possibly serving only as a marker of another
causal polymorphism
(38)
. In the present study, we found an association of LIPC-
250G>A polymorphism and TG concentrations. The AA genotype demonstrated
increased TG levels compared to GG and GA genotypes. In addition to our study, the
rare allele or the rare haplotype has been associated with low LIPC activity and with
high TG levels
(39-41)
.
The 3-hydroxy-3-methylglutaryl-coenzyme-A (HMG-CoA) reductase inhibitors
(statins) are well established as pharmacologic agents that improve the lipid profile of
dyslipidemic patients. These drugs decrease cholesterol synthesis by competitively
inhibiting HMG-CoA reductase, the enzyme responsible for catalyzing the conversion
of HMG-CoA to mevalonate, a precursor of cholesterol
(42)
. We did not find a
significant difference among genotypes in the percentage variation in lipid and
lipoprotein concentrations for APOB (EcoRI) and CETP (TaqIB).
64
Recently, associations were found between lipid response to statins and
polymorphisms in genes involved in lipid/lipoprotein metabolism. In the present study,
we found significant differences in the TC response; carries of the LIPC -250A allele
had an decrease level of TC after statin treatment. Our results are in agreement with
two previous investigations
(43,44)
. In the study of Cenarro et al.
(43)
with LIPC -514C>T
gene polymorphism (in complete linkage disequilibrium with -250G>A polymorphism),
the T allele carries showed higher HDL-C concentration than the C homozygotes
after atorvastatin treatment. The study of Lahoz et al.
(44)
found similar results in
pravastatin treated patients for -514C>T polymorphism. However, for LIPC gene
polymorphisms results have been very variable. Some authors did not observe any
association between LIPC -250G>A and -514C>T gene polymorphisms and change
in lipid in lipoprotein concentration
(5,45-47)
, whereas Zambon et al.
(48)
in 49 dyslipidemic
men found that the greatest improvement in LDL density and HDL
2
-C with therapy
was in subjects with -514CC genotype. This important variability in the results can be
explained on the basis of there being several factors such as gender
(49)
,
estrogens
(50)
, abdominal fat
(51)
, insulin resistance
(52)
and other medications
(53)
that
can modulate the effect of LIPC on the lipid in lipoprotein concentration.
Small investigation addressed the effect of LPL gene variation and lipid-
lowering efficacy of statins. Our data suggest an association of LPL S447X gene
polymorphism and the efficacy of statins. In summary, our data demonstrates that
individual with GG/GC genotype appeared to have a variation in lipid and lipoprotein
concentration greater benefit than individuals with CC genotype. Sing et al.
(54)
also
reported that S447X polymorphism was associated with a modest elevation in the
HDL-C levels in the GG/GC genotype in response to fluvastatin therapy. In addition,
Thompson found results similarly with plasma levels TC
(55)
.
65
Finally, ethnic differences cannot also be excluded. The small sample size could
be responsible for the inability to reproduce some of the previously reported
associations. The above presented data suggest that the effect of examined
polymorphisms on lipid levels is small and probably not of high clinical importance.
These preliminary observations have to be verified in a larger study group. It also has to
be determined in further pharmacogenetic studies, whether the above mentioned
polymorphisms affect the response to lipid-lowering treatment in this high risk population.
References
(1) Yamada Y, Matsuo H, Warita S, Watanabe S, Kato K, Oguri M, Yokoi K, Metoli N,
Yoshida H, Satoh K, Ichihara S, Aoyagi Y, Yasunaga A, Park H, Tanaka M, Nozawa
Y. Prediction of genetic risk for dyslipidemia. Genomics 2007; 90:551-558.
(2) Garcia CK, Mues G, Liao Y, Hyatt T, Payil N, Cohen JC, Hobbs HH. Sequence
diversity in genes of lipid metabolism. Genome Res 2006; 11:1043-1052.
(3) Corella, D, Ordovas, JM. Single nucleotide polymorphisms that influence lipid
metabolism: interaction with dietary factors. Annu Rev Nut 2005; (25):341-390.
(4) Zambon A, Brown BG, Deeb SS, Brunzell JD. Genetics of apolipoprotein B and
apolipoprotein AI and premature coronary artery disease. J Intern Med 2006;
259:473-480.
(5) Fiegenbaum M, Silveira FR, Van der Sand CR, Van der Sand LC, Ferreira MEW,
Pires RC, Hutz M H. Pharmacogenetic study of apolipoprotein E, cholesteryl Ester
transfer protein and hepatic lipase genes and simvastatin therapy in Brazilian
subjects. Clin Chim Acta 2005; 362:182-188.
(6) Kajinami K, Takekoshi N, Brousseau ME, Schaefer EJ. Pharmacogenetics of
HMG-CoA reductase inhibitors: exploring the potential for genotype-based
individualization of coronary heart disease management. Atherosclerosis 2004;
177:219-234.
(7) Mangravite LM, Thorn CF, Krauss RM. Clinical implications of pharmacogenomics
of statin treatment. Pharmocogenomics J 2006; 1-15.
(8) Sakuma T, Hirata RDC, Hirata MH. Five polymorphisms in gene candidates for
cardiovascular disease in Afro-Brazilian individuals. J Clin Lab Anal 2004; 18:309-316.
(9) Brousseau ME, O’Connor JJ, Ordovas, JM, Collins D, Otvos JD, Massov T,
McNamara JR, Hanna BR, Robins SL, Schaefer EJ. Cholesteryl ester transfer protein
66
TaqI B2B2 genotypes is associated with higher HDL cholesterol levels and lower risk
of coronary heart disease end points in men with HDL deficiency. Arterioscler
Thromb Vasc Biol 2002; 22:1148-1154.
(10) Rip J, Melchior N, Ross C, Jukema JW, Hayden MR, Kastelein JJP, Stroes
ESG, Kuivenhoven JA. Lipoprotein Lipase S447X: A naturally occurring gain-of-
function mutation. Arterioscler, Thromb Vasc Biol 2006; 26:1236-1245.
(11) Zhao S, Xie X, Nie Sai. The 250G>A polymorphism in the human hepatic lipase
gene promoter affects blood lipids in Chinese. Clin Chim Acta 2006; 365:149-152.
(12) Friedewald NT, Levy RI, Fredrickson DS. Estimation of the concentration of low-
density lipoprotein cholesterol in plasma, without use of the preparative
ultracentrifuge. Clin Chem 1972; 18:499-502.
(13) Misra A, Nishanth S, Pasha ST, Pandey RM, Sethi P, Rawat DS. Relationship of
XbaI and EcoRI polymorphisms of apolipoprotein-B gene to dyslipidemia and obesity
in Asian Indians in North India. Indian Heart J 2001; 53:177-183.
(14) Carlquist JF, Muhlestein J, Horne B, Hart Noal I, Bair TL, Molhuizen HOF,
Anderson JL. The cholesteryl ester transfer protein TaqIB gene polymorphis predicts
clinical benefit of statin therapy in patients with significant coronary artery disease.
Am Heart J 2003; 146:1007-1014.
(15) Sawano M, Md Watanabe Y, Hirotoshi Ohmura MD, Shimada K, Hiroyuki D,
Mokumo H, Yamaguci H. Potentially protective effects of the Ser447-Ter mutation of
the lipoprotein lipase gene against the development of coronary artery disease in
japaneses subjects via a beneficial lipid profile. Jpn Circ J 2001; 65:310-314.
(16) Juo SH, Han Z, Smith JD, Colangelo L, Liu K. Promoter polymorphisms of
hepatic lipase gene influence HDL2 but not HDL3 in African American men: CARDIA
study. J Lipid Research 2001; 42:258-264.
(17) Benn M, Nordestgaard BG, Jensen J, Grande P, Sillesen H, Tybjaer-Hansen A.
Polymorphism in APOB associated with increased low- density lipoprotein levels in both
genders in the general population. J Clin Endo Metabol 2005; 90 (10):5797-5803.
(18) Puri RD, Tewari S, Sinha N, Ramesh V, Khan F, Singh VP, Agrawal S.
Polymorphiosms in the apolipoprotein B-100 gene: association with plasma lipid
concentration and coronary artery disease. Indian Heart J 2003; 55:60-64.
(19) Masson, LF; McNeill, G; Avenell, A. Genetic variation and the lipid response to
dietary intervention: a systematic review. Am J Clin Nutr 2003; 77:1098-1111.
(20) Rios DLS, Vargas AF, Torres MR, Zago AJ, Callegari-Jacque SM, Hutz M.
Interaction between SREBP-1ª and APOB polymorphisms influences total and low-
density lipoprotein cholesterol levels in patients with coronary artery disease. Clin
Genetics 2003; 63:380-385.
(21) Tan YF, Yang S, Yu RB. Relationship among the XbaI and EcoRI locus
polymorphism of apolipoprotein B gene, serum lipid metabolism and gallstone
disease. Zhonghua Yi Xue Za Zhi 2003; 83:844-847.
67
(22) Stančáková A, Baldaufová L, Javorský M, Kozárová M, Šalagovič J, Tkáč I..
Effect of Gene Polymorphisms on Lipoprotein Levels in Patients with Dyslipidemia of
Metabolic Syndrome. Physiol Res 2006; 55:483-490.
(23) Sorli JV, Corella D, Francés F, Ramírez JB, González JI, Guillén M, Portolés O.
The effect of the APOE polymorphisms on HDL-C concentration depends on the
cholesterol ester transfer protein gene variation in a Southern European population.
Clin Chim Acta 2006; 366:196-203.
(24) Daneshpour M, Hedayati M, Azizi F. TaqI B1/B2 and -629A/C cholesteryl ester
transfer protein (CETP) gene polymorphisms and their association with CETP activity
and high-density lipoprotein cholesterol levels in a Tehranian population. Part of the
Tehran lipid and glucose study (TLGS). Gen Mol Biol 2007; 30:1039-1046.
(25) Marschang P, Sandhofer A, Ritsch A, Fi^ser I, Kvas E, Patsch JR. Plasma
cholesteryl ester transfer protein concentrations predict cardiovascular events in
patients with coronary artery disease treated with pravastatin. J Inter Med 2006;
260:151-159.
(26) Li TL, Cuilin Z, Folkert W, Qi L, Rimm E, Hunter DJ, Hu FB. Interaction between
dietary fat intake and the cholesterol ester transfer protein TaqIB polymorphism in
relation to HDL-cholesterol concentrations among US diabetic men. Am J Clin Nutr
2007; 86:1524-1529.
(27) Sviridov D & Nestel PJ. Genetics factors affecting HDL levels, structure,
metabolism and function. Cur Opin in Lipid 2007; 18:157-163.
(28) Miranda JL, Cruz G, Gómez P, Marin C, Paz E, Pérez-Martínez P, Fuentes FJ,
Ordovas JM, Pérez-Jiménez F. The influence of lipoprotein lipase gene variation on
postprandial lipoprotein metabolism. J Endo Metabol 2004; 89(9):4721-4728.
(29) Morabia A, Cayanis E, Costanza C, Ross BM, Bersstein MS, Flaherty MS, Alvin
GB, Das K, Morris MA, Penchaszadeh GK, Zhang P, Gilliam C. Associations
between lipoprotein lipase (LPL) gene and blood lipids: a common variant for a
common trait? Genetic Epidemiol 2003; 24:309-321.
(30) Andresson CS, Ehrenborg E, Fisher RM, Olivecrona G, Hamstern A, Karpe F.
Influence of common variants in the CETP, LPL, HL and APOE genes on LDL
heterogeneity in healthy, middle-aged men. Atherosclerosis 2003; 167:311-317.
(31) Wung Shu-Fen, Kulkarni MV, Pullinger CR, Malloy MJ, Kane JP, Aouizerat B.
The lipoprotein lipase gene in combined hyperlipidemia: evidence of a protective
allele depletion. Lipids Heath Dis 2006; 5:19.
(32) de-Andrade FM, Silveira FR, Arsand M, Antunes AL, Torres MR, Zago AJ,
Callegari-Jaques SM, Hutz MH. Association between-250G/A polymorphism of the
hepatic lipase gene promoter and coronary artery disease and HDL-C concentrations
in a Southern Brazilian population. Clin Genet 2004; 65:390-395.
(33) Humphries SE & Morgan L. Genetics risk factors for stroke and carotid
atherosclerosis: insights into pathophysiology from candidate gene approaches.
Lancet Neurol 2004; 4:227-235.
68
(34) Eller P, Schgoer W, Mueller T, Tancevski I, Wehinger A, Ulmer H, Foeger B,
Hatmayer M, Ritsch A, Patsch JR. Hepatic lipase polymorphism and increased of
peripheral arterial disease. J Int Med 2005; 258:344-348.
(35) Zhao S, Xie X, Nie S. The 250GA polymorphism in the human hepatic lipase
gene promoter affects blood lipids in Chinese. Clin Chim Acta 2006; 365:149-152.
(36) Zhang C, Lopez-Ridaura R, Rimm EB, Rifai N, Hunter DJ, Hu FB. Interactions
between the -514CT polymorphism of the hepatic lipase gene and lifestyle factors
in relation to HDL concentrations among US diabetic men. Am J Clin Nutr 2005;
81:1429-1435.
(37) Carr MC, Brunzell JD, Debb SS. Ethnic differences in hepatic lipase and HDL in
Japaneses, blacks, and white Americans:role of central obesity and LIPC
polymorphism. J Lipid Res 2004; 45(3):466-473.
(38) Miljkovic-Gacic I, Bunker CH, Ferrel RE, Kammerer CM, Evans RW, Patrick AL,
Kuller LH. Lipoprotein subclass and particle size differences in Afro-Caribbeans,
African Americans and White Americans: associations with hepatic lipase gene
variation. Metabol 2006; 55:96-102.
(39) Tahvanaienen E, Syvänne M, Frick M, Murtomäki-Repo S, Antikainen M,
Kesäniemi Y, Kauma H, Pasternak A, Taskinen M, Ehnholm C. Association of
variation in hepatic lipase activity with with promoter variation in the hepatic lipase
gene: the LOCAT Study Investigators. J Clin Invest 1998; 101:956-960.
(40) Jansen H, Chu G, Ehnholm C, Dallongeville J, Nicaud V, Talmud P. The T allele
of the hepatic lipase promotor variant C-480T is associated with increased fasting
lipids and HDL and increased preprandial and post-prandial LpCIII:B: European
Atherosclerosis Research Study (EARS) II. Arterioscler Thromb Vasc Biol 1999;
19:303-308.
(41) Pihlajamäki J, Karjalainen L, Karhapää P, Vauhkonen I, Taskinen MR, Deeb SS,
Laakso M. G-250A Substitution in promoter of hepatic lipase gene is associated with
dyslipidemia and insulin resistance in healthy control subjects and in members of
families with familial combined hyperlipidemia. Arterioscler Thromb Vasc Biol 2000;
20:1789-1795.
(42) Vaughan CJ, Gotto Am, Basson Ct. The evolving role of statins in the
management of atherosclerosis. J Am Coll Cardiol 2000, 35:1-10.
(43) Cenarro A, Artieda M, Gonzalvo C, Meriño-Ibarra E, Aristegui R, Gañán A, Díaz
C, Sol JM, Oocoví M, Civeira F. Genetic variation in the hepatic lipase gene is
associated with combuned hyperlipidemia, plasma lipid concentrations, and lipid-
lowering drug response. Genetics 2005; 150:1154-1162.
(44) Lahoz C, Penã R, Mostaza JM, Laguna F, Garcá-Iglesias MF, Taboada M, Pintó
X. The -524C/T polymorphism of the hepatic lipase gene significantly modulates the
HDL-cholesterol response to statin treatment. Atherosclerosis 2005; 182:129-134.
69
(45) Berk-Planken IIL, Hoogerbrugge N, Stolk R, Bootsma AH. Atorvastatin Dose-
Dependently decreases hepatic lipase activity in type 2 diabetes. Diab Care 2003;
(26):427-432.
(46) Hegele RA, Harris SB, Brunt JH, Young TK, Hanley AJ, Zinman B, Connely PW.
Absence of association between genetic variation in the LIPC gene promoter and
plasma lipoprotein in three Canadian populations. Atherosclerosis 1999; 146:153-60.
(47) Shohert RV, Vega GL, Anwar A, Cigarroa JE, Grundy SM, Cohen JC. Hepatic
lipase (LIPC) promoter polymorphism in men with coronary artery disease allele
frequency and effects on hepatic lipase activity and plasma HDL-C concentrations.
Arterioscler Thromb Vasc Biol 1999; 19:1975-1978.
(48) Zambon A, Samir SD, Brown G, Hokanson JE, Brunzell JD. Common hepatic
lipase gene promoter variant determines clinical response to intensive lipid-lowering
treatment. Circulation 2001; 103:792-798.
(49) Couture P, Otvos JD, Cupples LA, Lahoz C, Wilson PW, Schaefer EJ, Ordovas
JM. Association of the C-5214T polymorphism in the hepatic lipase gene with
variations in lipoprotein subclass profiles. The Framingham Offspring Study.
Arteriosclerosis 2000; 20:815-822.
(50) Deeb SS, Zambon A, Carr MC, Ayyobi AF, Brunzell JD. Hepatic lipase and
dyslipidemia: interactions among genetic variants, obesity, gender, and diet. J Lipid
Res 2003; 44:1279-1286.
(51) Despres JP, Ferland M, Moorjani S, Nadeau A, Tremblay A, Lupien PJ, Thériault
G, Bouchard C. Role of hepatic-trigliceride lipase activity in the association between
intra-abdominal fat and plasma HDL cholesterol in obese womwn. Arteriosclerosis
1989; 9:485-492.
(52) Baynes C, Henderson AD, Anyaoku V, Richmond W, Johnston DG, Elkeles RS.
The influence of regional adiposity on atherogenic risk factors in men and woman
with type II diabetes. Diabet Med 1991; 8:458-463.
(53) Zambon A, Deeb SS, Pauletto P, Crepaldi G, Brunzell JD. Hepatic lipase: a
marker for cardiovascular disease risk and response to therapy. Curr Opin Lipidol
2003; 14:179-189.
(54) Sing K, Ballantyne Cm, Ferlic L, Brugada R, Cushman I, Dunn JK, Herd JA,
Pownall HJ, Gotto AM, Marian AJ. Lipoprotein lipase gene mutations, plasma lipid
levels, progression/regression of coronary atherosclerosis, response to therapy, and
futures clinical events. Lipoproteins and Coronary Atherosclerosis Study.
Atherosclerosis 1999; 144(2):435-442.
(55) Thompson JF, Man M, Johnson KJ, Wood LS, Lira ME, Lloyd DB, Banerjee P,
Milos PM, Myrand SP, Paulauskis J, Milad MA, Sasiela WJ. An association study of
43 SNPs in 16 candidate genes with atorvastatin response. Pharmacogenomics J
2005; 5:352-358.
70
Table 1: Clinical and biological baseline characteristics of the study population
All Men Women P*
n 119 57 62
Age, years 61.5 ± 13.0 60.7 ± 13.7 62.1 ± 12.5 0.147
Smokers, % <0.001
Current, % 11.1 14.5 8.1
Never , % 48.7 30.9 64.5
Past, % 40.2 54.5 27.4
Physically inactive, % 57.8 47.2 67.8 0.034
Alcohol consumers, % <0.001
Current, % 13.9 23.6 5.0
Never , % 61.7 34.5 86.7
Past, % 24.3 41.8 8.3
Diabetes, % 37.0 35.1 38.7 0.708
Hypertension, % 79.8 77.2 82.3 0.504
Ischemic Cardiopathy, % 37.0 38.6 35.5 0.849
TC, mg/dL 245.5 ± 74.4
233.7 ± 49.5 257.2 ± 99.7
0.161
HDL-C, mg/dL 50.9 ±17.2 45.4 ± 9.3 56.2 ± 21.2 <0.001
LDL-C, mg/dL 149.5 ± 46.9
144.6 ± 45.8 154.2 ± 48.0
0.370
TG, mg/dL 226.3 ±178.6
257.2 ± 220.8 195.5± 117.2
0.280
Cholesterol non-HDL, mg/dL 194.2 ± 70.8
186.4 ± 51.6 202.1 ± 85.7
0.529
Glucose, mg/dL 124.2 ± 59.3
125.0 ± 53.6 123.4 ± 65.1
0.371
BMI**, kg/m
2
28.4 ± 5.0 27.5 ± 2.9 29.2 ± 6.3 0.579
Mean systolic blood pressure, mmHg
150.4 ± 56.8
142.2 ± 30.8 158.1 ± 72.7
<0.001
Mean diastolic blood pressure, mmHg
84.4 ± 14.6 85.0 ± 16.0 84.0 ± 13.2 0.026
Allele frequencies
LIPC -250A 38.2% 40.4% 36.3% 0.593
LPL S447X G 21.0% 17.5% 24.2% 0.265
CETP TaqIB B2 44.1% 43.0% 45.2% 0.794
APOB EcoRI E- 28.2% 29.8% 26.6% 0.665
Data are present as mean ± SD (standard deviation) except when indicated as percent.
Abbreviations: TC indicates total cholesterol; HDL-C high density lipoprotein cholesterol; LDL-C low-
density lipoprotein cholesterol; TG triglycerides; BMI body mass index.
* P Men vs. women. **Body mass index was calculated as weight in kilograms divided by the square
of height in meters.
Table 2: Association of each polymorphism with lipid and lipoprotein variables (unadjusted means)
n TC n HDL-C
n LDL-C n TG
a
n nonHDL-C
APOB EcoRI
++ 51
238.5 ± 238.5
51
49.7 ± 9.9 44
150.9 ± 47.0
50 207.6 ± 149.3 50 187.6 ± 50.5
+-/-- 57
240.8 ±53.2 57
49.7 ± 13.7 50
148.3 ± 47.3
55 247.2 ± 200.4 57 191.2 ± 53.3
P
0.821 0.985 0.789 0.286 0.720
CETP TaqIB
B1B1 33
244.2 ± 59.4 33
47.4 ± 7.9 28
154.6 ± 54.1
32 233.8 ± 123.6 32 198.8 ± 58.4
B1B2 56
232.3 ± 49.2 56
49.4 ± 13.7 48
142.3 ± 45.2
55 241.4 ± 224.9 56 182.8 ± 49.5
B2B2 19
253.8 ± 40.8 19
54.4 ± 11.7 18
161.2 ± 37.8
18 178.7 ± 50.6 19 193.6 ± 46.2
P 0.244 0.125 0.279 0.544 0.359
LPL S447X
GG 8 231.7 ± 43.3 8 52.7 ± 12.8 6 144.2 ± 34.8
6 186.5 ± 131.0 8 179.0 ± 42.4
GC
29
245.8 ± 46.8 29
47.1 ± 10.6 25
153.5 ± 43.6
28 233.8 ± 193.1 29 198.7 ± 47.0
CC
70
237.4 ± 54.4 70
50.4 ± 12.5 62
147.8 ± 49.7
70 229.5 ± 178.5 69 186.2 ± 54.7
P
0.697
0.349 0.849 0.839 0.472
LIPC -250G>A
AA 16
217.9 ± 47.2 16
40.6 ± 8.0 11
118.6 ± 39.0
14 362.5 ± 287.6 16 177.3 ± 51.5
AG 52
245.9 ± 53.8 52
51.0 ± 11.7 47
157.5 ± 50.1
52 205.3 ± 145.8 51 196.2 ± 53.0
GG 40
240.3 ± 48.7 40
51.6 ± 12.4 36
148.6 ± 41.6
39 211.0 ± 149.8 40 186.0 ± 50.4
P
0.163 0.004 0.045 0.017 0.386
Data is presented as mean ± standard deviation.
a
Unadjusted mean, statistical analyses performed on log-transformed variable.
Table 3: Association of each polymorphism with lipid and lipoprotein variables (adjusted means)
n TC n HDL-C
n LDL-C n TG
a
n nonHDL-C
APOB EcoRI
++ 37
235.9 ± 43.9 37 48.5 ± 10.1 43 156.0 ± 39.6
50 207.6 ± 149.3 37 142.8 ± 49.5
+-/-- 50
242.5 ± 46.9 50 50.6 ± 10.2 33 150.2 ± 39.2
55 247.2 ± 200.4 50 138.4 ± 47.8
P
0.509 0.349 0.863 0.476 0.434
CETP TaqIB
B1B1 28
245.7 ± 53.1 28 46.3 ± 8.0 24 157.6 ± 44.1
32 233.8 ± 123.6 28 145.8 ± 52.2
B1B2 41
235.2 ± 45.5 41 50.6 ± 11.6 35 144.6 ± 42.8
55 241.4 ± 224.9 41 130.4 ± 47.7
B2B2 18
240.5 ± 31.9 18 52.9 ± 8.2 17 148.3 ± 30.6
18 178.7 ± 50.6 18 128.3 ± 39.2
P 0.645 0.070 0.483 0.207 0.341
LPL S447X
GG 8 234.0 ± 37.2 8 51.5 ± 10.6 6 153.5 ± 29.9
6 186.5 ± 131.0 54 130.6 ± 47.1
GC
24
245.2 ± 50.8 24 46.6 ± 9.6 21 150.5 ± 42.9
28 233.8 ± 193.1 24 144 ± 52.7
CC
54
237.1 ± 44.6 54 50.6 ± 10.2 48 147.7 ± 41.7
70 229.6 ± 178.6 8 130 ± 35.0
P
0.736
0.234 0.935 0.432 0.475
LIPC -250G>A
AA 13
237.9 ± 44.8
13 46.9 ± 7.1 9 136.5 ± 36.6
12 362.5 ± 287.6 13 137.2 ± 49.8
AG 43
242.8 ± 48.9 43 49.7 ± 10.3 40 156.3 ± 46.3
52 205.3 ± 145.8 43 139.1 ± 49.2
GG 31
236.2 ± 41.9 31 50.9 ± 10.9 27 143.9 ± 31.6
39 211.0 ± 149.8 31 128.3 ± 45.4
P 0.823 0.498 0.284 0.073 0.624
Data is presented as mean ± standard deviation.
a
Unadjusted mean, statistical analyses performed on log-transformed variable.
Table 4: Change in lipid and lipoprotein levels after statin treatment according APOB, CETP, LPL and LIPC polymorphisms
Undajusted % Change
Adjusted % Change
n TC LDL-C HDL-C TG
n TC LDL-C HDL-C TG
APOB EcoRI
E-E-/ E+E- 31
-24.7 ± 13.8 -31.3 ± 21.9 7.1 ± 15.9 -26.5 ± 22.8
29 -25.3 ± 14.1 -31.9 ± 22.4 6.8 ± 15.8 -26.9 ± 23.3
E+E+
24
-20.0 ± 15.1 -18.4 ± 45.8 11.6 ± 23.6 -20 ± 25.8
19 -21.4 ± 16.1 -18.9 ± 49.9 11.2 ± 19.19 -23.6 ± 23.6
P
0.236 0.175 0.406 0.357
0.400 0.534 0.648 0.289
CETP TaqIB
B1B1
13
-23.2 ± 15.5 -30.9 ± 23.8 18.5 ± 25.5 -26.5 ± 25.4
10 -23.9 ± 17.8 -32.6 ± 25.6 15.0 ± 20.1 -24.4 ± 27.6
B1B2 30
-22.5 ± 12.8 -25.6 ± 35.8 6.7 ± 17.3 -22.2 ± 25.1
28 -22.9 ± 13.1 -25.3 ± 37.0 6.3 ± 16.9 -24.0 ± 23.9
B2B2 12
-22.5 ± 18.3 -21.1 ± 41.2 4.7 ± 15.6 -25.5 ± 21.7
10 -26.2 ± 17.6 -24.9 ± 44.2 8.2 ± 14.5 -31.4 ± 17.4
P
0.990 0.790 0.135 0.852
0.906 0.875 0.461 0.982
LPL S447X
GC/GG 25
-20.1 ± 14.9 -21.5 ± 30.9 13.8 ± 22.9 -26.7 ± 19.7
22 -20.5 ± 15.8 -22.2 ± 32.9 11.5 ± 19.95 -26.9 ± 20.5
CC 30
-24.8 ± 14.0 -29.5 ± 37.3 3.3 ± 12.8 -21.5 ± 27.4
26 -26.6 ± 13.6 -30.6 ± 38.6 5.0 ± 12.7 -24.5 ± 25.7
P
0.234 0.397 0.047 0.430
0.046 0.313 0.682 0.853
LIPC –250G>A
GG 25
-18.2 ± 11.8 -23.9 ± 17.6 12.6 ± 20.3 -26.2 ± 22.4
22 -18.2 ± 12.5 -24.0 ± 18.2 7.4 ± 18.19 -26.7 ± 23.1
GA/ AA
30
-26.4 ± 15.5 -27.3 ± 43.7 6.1 ± 18.8 -22.1 ± 25.6
26 -28.5 ± 15.2 -29.0 ± 46.3 9.9 ± 16.23 -24.7 ± 23.7
P
0.034 0.724 0.226 0.536
0.064 0.996 0.210 0.638
Data is presented as mean ± standard deviation.
74
APÊNDICE – Tabelas Descritivas da Amostra para cada Polimorfismo
75
TABELAS DESCRITIVAS DA AMOSTRA PARA CADA POLIMORFISMO
Tabela descritiva da amostra para o polimorfismo LIPC-250G>A
Variável GG GA AA P
Idade
60,1 ± 11,9 62,9 ± 12,2 59,9 ± 18,4
0,491
IMC
27,2 ± 3,8 28,6 ± 5,8 30,7 ± 4,3
0,079
Sexo
Feminino 23 (51,1%) 33 (57,9%) 6 (35,6%) 0,258
Masculino 22 (48,9%) 24 (42,1%) 11 (64,7%)
Tabela descritiva da amostra para o polimorfismo ApoBEcoRI
Variável E-E-/E+E- E+E+ P
Idade
60,5 ± 13,9 62,5 ± 11,8
0,416
IMC
28,9 ± 5,4 27,7 ± 4,5
0,272
Sexo
Feminino 32 (50 %) 30 (54,5 %) 0,378
Masculino 32 (50 %) 25 (45,5 %)
Tabela descritiva da amostra para o polimorfismo CETPTaqI
Variável B1B1 B1B2 B2B2 P
Idade
63,3 ± 9,7 62,4 ± 12,2 55,3 ± 18,0
0,054
IMC
29,1 ± 6,8 28,3 ± 4,5 27,4 ± 3,2
0,541
Sexo
Feminino 19 (54,3 %) 30 (47,6 %) 13 (61,9 %) 0,501
Masculino 16 (45,7 %) 33 (52,4 %) 8 (38,1 %)
Tabela descritiva da amostra para o polimorfismo LPLS447X
Variável CC CG GG P
Idade
61,6 ± 14,0 60,3 ± 10,7 64,5 ± 13,5
0,709
IMC
28,6 ± 5,4 28,5 ± 4,7 26,5 ± 3,6
0,559
Sexo
Feminino 35 (46,1 %) 24 (70,6 %) 3 (37,5 %) 0,040
Masculino 41 (53,9 %) 10 (29,4 %) 5 (62,5 %)
76
ANEXO A – Termo de Consentimento Informado
77
TERMO DE CONSENTIMENTO PARA PARTICIPAÇAO NO
PROJETO DE PESQUISA
Título do Projeto
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE POLIMORFISMOS PRESENTES NOS GENES APO B,
CETP, LPL E LIPC EM UMA POPULAÇÃO DISLIPIDÊMICA DO RIO GRANDE DO SUL
Objetivos do Estudo
As doenças do coração representam um problema de saúde pública no mundo.
Existem diversos fatores de risco responsáveis pelo aparecimento dessas doenças, os quais
podem ser divididos em imutáveis e mutáveis. Fatores imutáveis são aqueles que não
podemos mudar e, por isso, não podemos tratá-los, são eles: hereditariedade (herança
genética herdada de nossos pais), idade e sexo (homens têm maiores chances de ter um
ataque cardíaco). Os fatores mutáveis são aqueles sobre os quais podemos influir,
mudando, prevenindo ou tratando, são eles: fumo, colesterol elevado (HDL é o bom
colesterol e o LDL é o mau colesterol), pressão arterial elevada, dieta (ingestão de alimentos
gordurosos), vida sedentária (falta de exercícios físicos), obesidade (excesso de peso) e
estresse (tensão emocional). O colesterol elevado é um dos fatores de risco mais
importantes para o surgimento das doenças do coração e sua diminuição está
comprovadamente ligada a uma diminuição desse risco. O presente estudo tem como
objetivo conhecer uma região do seu material genético (DNA) que pode estar influenciando
o aparecimento de colesterol alto e, conseqüentemente, as doenças do coração.
Procedimentos
Durante a visita ao consultório, algumas perguntas como idade, sexo, escolaridade,
dieta serão realizadas. Serão obtidas também medidas como peso, altura e comprimento do
quadril. Após, será realizada uma coleta de sangue para dosar os níveis de colesterol e
realizar as análises genéticas. As consultas deverão ser devidamente marcadas. Essas
coletas serão feitas apenas para este estudo e em nada influenciarão o tratamento. A coleta
não vai causar nenhum problema, exceto o pequeno incômodo de dor no momento da
introdução da agulha para a retirada do sangue.
78
Riscos e Desconfortos
Os riscos e desconfortos aos pacientes deste estudo são aqueles associados aos
procedimentos da coleta de sangue. Essa quantidade é pequena (10 mL) e, por isso,
dificilmente causará algum mal-estar geral (1 em cada 1000 pessoas), no entanto, poderá
haver dor no local da coleta e, eventualmente, um pequeno hematoma.
Benefícios
Os benefícios da participação nesse estudo estão relacionados aos exames
oferecidos e ao acompanhado recebido para verificar as condições do coração paciente. O
paciente também estará contribuindo com informações fundamentais que ampliarão o
conhecimento da relação entre a hereditariedade e o medicamento usado no tratamento da
doença arterial coronariana.
Alternativa
Se o paciente escolher não participar, não haverá nenhuma diferença, quanto ao
acompanhamento médico.
Custos
Não será cobrado algum pagamento pela participação no estudo.
Dúvidas
Alguma dúvida referente ao estudo poderá ser esclarecida pela Dra. Nadine
Clausell, telefone 21018657 (Serviço de Cardiologia).
79
Confidencialidade
Todas as informações e os resultados advindos dos procedimentos realizados
serão considerados confidenciais e serão conhecidos somente da equipe envolvida. Todos
os questionários e materiais coletados serão identificados através de um código criado na
entrada do estudo. Este código será a única identificação no banco de dados, sendo
utilizado para análise dos dados e divulgação dos mesmos no meio científico. Participação
voluntária: Uma cópia desse documento será fornecida, caso desejar. Se houver desistência
em algum momento do estudo, nenhuma diferença quanto ao acompanhamento e
tratamento será observada.
Significado de sua assinatura
A sua assinatura abaixo significa que você entendeu a informação que lhe foi
fornecida sobre o estudo e sobre o termo de consentimento. Se você assinar este
documento significa que você concorda em participar do mesmo.
_______________, _____ de ______________ de _______.
Nome completo: ____________________________________________________________
Endereço completo: _________________________________________________________
Número do telefone: _________________________________________________________
Assinatura do Paciente: ______________________________________________________
Data: _____________________________________________________________________
Nome da Pessoa que obteve o consentimento: ____________________________________
Assinatura: ________________________________________________________________
80
ANEXO B – Questionário – Ficha de Avaliação
81
TÍTULO DO PROJETO
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE POLIMORFISMOS PRESENTES NOS
GENES APO B, CETP, LPL E LIPC EM UMA POPULAÇÃO DISLIPIDÊMICA DO
RIO GRANDE DO SUL
82
83
84
86
87
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo