Download PDF
ads:
Universidade Federal do Rio Grande Do Sul
Faculdade de Medicina
Programa de Pós-Graduação em Medicina: Ciências Médicas
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D E
HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO EM
ADULTOS
Autor: Melissa Orlandin Premaor
Orientador: Professora Doutora Tania Weber Furlanetto
Co-orientador: Pedro Eduardo Fröelich
Tese de Doutorado
Porto Alegre
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
O projeto de pesquisa que originou esta tese foi desenvolvido no Asilo
Padre Cacique e no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), com o apoio
dos Serviços de Medicina Interna e Patologia Clínica do HCPA.
O projeto foi financiado pelo FIPE, CAPES – Prof, Universidade Federal
do Rio Grande do Sul e verbas próprias do pesquisador.
O estudo foi aprovado, sob o número 05-403, pelas Comissões
Científica e de Pesquisa e Ética em Saúde, reconhecidas pelo CONEP como
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
ads:
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos os que contribuíram para a realização deste trabalho.
Em primeiro lugar à Professora Tania Weber Furlanetto, por estar
presente com seu apoio maternal, não apenas na realização deste projeto, mas
em todos os fatos importantes do meu crescimento pessoal desde meus
primeiros passos como acadêmica da Faculdade de Medicina da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
À amiga e tabém aluna deste programa de pós-graduação Rosana
Scalco, por estar sempre me acompanhando, trabalhando e sofrendo junto em
todas as etapas do desenvolvimento desse projeto.
Ao meu marido Fábio Comim, por todo seu apoio, amor e dedicação.
Aos meus pais, por seu amor e paciência.
À farmacêutica Roberta Pires Bastos Oliveira pelo seu trabalho
excepcional no preparo das medicações utilizadas neste estudo.
Às funcionárias Vera Suzana Ribeiro do Pós-Graduação em Medicina:
Ciências Médicas e Marta Regina Dotto do Grupo de Pesquisa e Pós
Graduação do HCPA, por seu interesse e apoio.
À enfermeira Marília Judith de Sousa da Silva, do Asilo Padre Cacique, a
quem admiro por sua dedicação incondicional aos idosos, e, finalmente, aos
voluntários desde estudo, desejo seu bem estar, esse foi sempre o objetivo
principal desde e de todos os estudos que se seguirão.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos aqueles que pacientemente sofrem.
Àqueles que sofrem falta de sol, falta de comida, falta de saúde. Àqueles
brasileiros que ficam dias esperando por uma consulta no posto de saúde e
meses a anos nos ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e, ainda
assim, sujeitam-se a serem voluntários de um projeto de pesquisa: Dona Maria
Chiquinha (in memorian), Dona Alvarina (in memorian) e seus netos (Diogo e
Thaís), Seu Ângelo, Dona Lídia... Aos voluntários deste projeto, em especial ao
Seu Pedro. Aos idosos que vivem seu dia a dia em casas geriátricas e a todos
os outros pacientes por este Brasil a fora, dedico minha tese de doutorado.
Lista de Abreviaturas e siglas
Vitamina D3 colecalciferol
Vitamina D2 ergoesterol
Vitamin D3 cholecalciferol
Vitamin D2 ergosterol
25-hidroxicolecalciferol calcidiol 25(OH)D
25-hydroxicholecalciferol 25(OH)D
1,25-dihidroxicolecalciferol calcitriol 1,25(OH)
2
D
1,25-dihydroxicholecalciferol
1,25(OH)
2
D
Hormônio da paratireóide
PTH
Parathyroid hormone
PTH
Proteína ligadora da vitamina D
DBP
25-hidroxilase
25-Ohase
25(OH)1α-hidroxilase
1α-OHase
25-hidroxivitamina D,-24 hidroxilase
25(OH)D-24OHase
Receptor da vitamina D
VDR
Deficiência de vitamina D Hipovitaminose D HD
Vitamin D deficiency Hypovitaminosis D HD
Hiperparatireoidismo Secundário
HPS
Secondary hyperparathyroidism
SHP
Luz ultravioleta entre 290 e 315 nm
UVB
Taxa de Filtração Glomerular
DCE
Glomerular filtration rate
GFR
Índice de massa corporal
IMC
Body mass indice
BMI
Fração de excreção urinária
FE
Fractional excretion of calcium
FE
Dose única de 300.000 UI de vitamina D oral
Grupo 1
Dose diária de 800 UI de vitamina D oral por 9
meses
Grupo 2
Vitamin D single oral dose (300,000 IU)
group 1
Vitamin D daily oral dose (800 IU) for 9 months
group 2
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
HCPA
Lista de Tabelas
Revisão da Literatura
Tabela 1: Critérios diagnósticos propostos para a deficiência de vitamina D
34
Tabela 2: Fatores de Risco para hipovitaminose D
38
Artigo: Hypovitaminosis D and secondary hyperparathyroidism in resident physicians of a
general hospital in southern Brazil.
Table 1. Baseline characteristics of the resident physicians
88
Table 2. Characteristics of resident physicians with vitamin D deficiency or not (n=52)
89
Table 3. Model of multiple linear regression for possible factors associated with serum
parathyroid hormone in resident physicians.
89
Artigo: Secondary hyperparathyroidism is associated with increased risk of hospitalization or
death in elderly adults living in geriatric institutions.
Table 1. Baseline characteristics according to the absence or presence of the combined outcome
(death or hospitalization)
110
Table 2. Causes of death or hospitalization in a cohort of elderly subjects, in a six-month period,
n=100
111
Table 3. Multivariate model for possible factors associated with death or hospitalization in elderly
adults living in geriatric institutions. (n=100)
111
Artigo: The effect of a single dose versus a daily dose of cholecalciferol on the serum 25-
hydroxicholecalciferol and parathyroid hormone levels in the elderly with secondary
hyperparathyroidism living in a low-income housing unit.
Table 1. Baseline characteristics of elderly treated with single or daily dose of vitamin D
3
135
Artigo: Hipovitaminose D e hiperparatireoidismo secundário em médicos residentes de um
hospital geral do sul do Brasil.
Tabela 1. Características basais dos indivíduos que participaram do estudo.
161
Tabela 2. Características dos indivíduos com deficiência de vitamina D ou não e possíveis
fatores associados (n=52)
162
Tabela 3. Modelo de regressão linear múltipla
para possíveis fatores associados ao hormônio da
paratireóide sérico em médicos residentes (n=53).
162
Artigo: O hiperparatireoidismo secundário está associado a um risco aumentado de internação
hospitalar ou morte em adultos idosos residentes em instituições geriátricas.
Tabela 1. Características basais dos idosos residentes em instituição geriátrica.
183
Tabela 2. Causas de Internação Hospitalar ou Mortalidade.
184
Tabela 3. Modelo multivariado para avaliação do impacto de possíveis fatores associados com
mortalidade ou internação hospitalar em indivíduos residentes em instituição geriátrica.
184
Artigo: Efeito de dose única versus dose diária de colecalciferol nos níveis séricos de 25-
hidroxicolecalciferol e hormônio da paratireóide em adultos idosos com hiperparatireoidismo
secundário residentes em instituição geriátrica.
Tabela 1. Características basais dos idosos randomizados para dose única versus dose diária
de colecalciferol.
207
Lista de Figuras
Revisão da Literatura
Figura 1: Síntese da 1,25 (OH) Vitamina D.
20
Figura 2: Ligação da forma ativada da vitamina D com seu receptor e os eventos que se seguem
à ativação gênica.
24
Figura 3: Mecanismos regulatórios da 1,25(OH)
2
vitamina D, PTH e cálcio.
27
Figura 4: Pseudofratura em um paciente com deficiência grave de vitamina D.
31
Figura 5: Metanálise dos estudos comparando o efeito de vitamina D mais cálcio versus placebo
no risco de fraturas de quadril.
47
Artigo: Hypovitaminosis D and secondary hyperparathyroidism in resident physicians of a
general hospital in southern Brazil.
Figure 1: Correlations between serum 25(OH)D levels, and serum total calcium, and magnesium
levels, and calcium daily intake and body mass index.
90
Figure 2: Correlations between serum parathyroid hormone levels and serum magnesium levels,
calcium daily intake, body mass index and serum 25(OH)D levels.
91
Artigo: Secondary hyperparathyroidism is associated with increased risk of hospitalization or
death in elderly adults living in geriatric institutions.
Figure 1: Kaplan-Meier estimates of cumulative hazard rates for death and death or
hospitalization in a cohort of elderly adults living in a geriatric institution.
112
Artigo: The effect of a single dose versus a daily dose of cholecalciferol on the serum 25-
hydroxicholecalciferol and parathyroid hormone levels in the elderly with secondary
hyperparathyroidism living in a low-income housing unit.
Figure 1: Flowchart of elderly adults who participated in the study.
136
Figure 2: Comparison of the effect of two cholecalciferol doses, 300,000 IU single dose and 800
IU per day, on serum PTH and 25(OH)D levels.
137
Figure 3: Individuals with serum 25(OH)D levels higher than or equal to 20 ng/mL, after
treatment with a single 300,000 IU cholecalciferol dose or 800 IU per day.
138
Artigo: Hipovitaminose D e hiperparatireoidismo secundário em médicos residentes de um
hospital geral do sul do Brasil.
Figura 1: Correlações entre PTH no soro e magnésio, ingestão diária de cálcio, índice de massa
corporal e 25(OH)D sérica.
163
Figura 2: Correlações entre 25(OH)D sérica e cálcio total sérico, magnésio sérico, ingestão
diária de cálcio e índice de massa corporal
.
164
Artigo: O hiperparatireoidismo secundário está associado a um risco aumentado de internação
hospitalar ou morte em adultos idosos residentes em instituições geriátricas.
Figura 1: Curvas de sobrevida e internação em pacientes com e sem hiperparatireoidismo.
185
Artigo: Efeito de dose única versus dose diária de colecalciferol nos níveis séricos de 25-
hidroxicolecalciferol e hormônio da paratireóide em adultos idosos com hiperparatireoidismo
secundário residentes em instituição geriátrica.
Figura 1: Fluxograma dos adultos idosos que participaram do estudo.
208
Figura 2: Comparação do efeito do colecalciferol dose única de 300 000 UI versus 800 UI por
dia nos níveis séricos do PTH e 25(OH)D mês a mês e durante os 9 meses em conjunto.
209
Figura 3: Indivíduos com nível sérico de 25(OH)D acima de 20 ng/mL no tratamento com
colecalciferol dose única de 300 000 UI versus 800 UI por dia.
210
Anexos
Estudo Hipovitaminose D e hiperparatireoidismo secundário em médicos residentes de um
hospital geral do Sul do Brasil: correlações entre 25(OH)D sérica e cálcio total sérico, fósforo sérico,
fosfatase alcalina sérica, magnésio sérico, FE cálcio, FE magnésio, IMC e ingestão de cálcio.
236
Estudo Hipovitaminose D e hiperparatireoidismo secundário em médicos residentes de um
hospital geral do Sul do Brasil: correlações entre PTH sérico e cálcio total sérico, fósforo sérico,
creatinina sérica, magnésio sérico, FE cálcio, 25(OH)D sérica, ingestão de cálcio e IMC.
237
Estudo: Efeito de dose diária de colecalciferol nos níveis séricos de 25-hidroxicolecalciferol e
hormônio da paratireóide em adultos idosos com hiperparatireoidismo secundário residentes em
instituição geriátrica. Gráfico representando a análise ANOVA para medidas repetidas.
238
Sumário
Resumo
13
Abstract
15
Introdução
17
Revisão da Literatura
19
1. Fisiologia da Vitamina D
19
1.1 Síntese da Vitamina D 19
1.2 Vitamina D e seus Receptores 22
1.3 Funções da Vitamina D 25
2. Implicações clínicas da Deficiência de Vitamina D em adultos
29
3. Aferição da suficiência de Vitamina D
33
4. Fatores de Risco para Hipovitaminose D
35
5. Prevalência de Hipovitaminose D
39
6. Tratamento da Deficiência de Vitamina D
42
7. Importância para o meio
49
Objetivos
51
Referências
52
Artigo: Hypovitaminosis D and secondary hyperparathyroidism in
resident physicians of a general hospital in southern Brazil.
79
Artigo: Secondary hyperparathyroidism is associated with increased
risk of hospitalization or death in elderly adults living in geriatric
institutions.
101
Artigo: The effect of a single dose versus a daily dose of
cholecalciferol on the serum 25-hydroxicholecalciferol and
parathyroid hormone levels in the elderly with secondary
hyperparathyroidism living in a low-income housing unit.
124
Artigo: Hipovitaminose D e hiperparatireoidismo secundário em
médicos residentes de um hospital geral do sul do Brasil.
152
Artigo: O hiperparatireoidismo secundário está associado a um
risco aumentado de internação hospitalar ou morte em adultos
idosos residentes em instituições geriátricas.
174
Artigo: Efeito de dose única versus dose diária de colecalciferol nos
níveis séricos de 25-hidroxicolecalciferol e hormônio da paratireóide
em adultos idosos com hiperparatireoidismo secundário residentes
em instituição geriátrica.
196
Considerações Finais
224
Anexos
226
13
Resumo
A deficiência de vitamina D (HD) é um problema cada vez mais
freqüente nos dias de hoje e é uma das principais causas de
hiperparatireoidismo secundário (HPS). Ambas as patologias estão associadas
a grande morbi-mortalidade, pois geram aumento no número de quedas e
fraturas e possivelmente estão associadas à síndrome metabólica e
mortalidade cardiovascular.
Os objetivos dos estudos que se seguem foram: (estudo 1) estimar a
prevalência de HD e HPS em médicos residentes de um hospital geral no Sul
do Brasil; (estudo 2) avaliar a associação do HPS com mortalidade ou
internações hospitalares, em indivíduos residentes em instituições geriátricas,
em um período de seis meses e (estudo 3) comparar o efeito de dois regimes
de administração de colecalciferol (300 000 UI dose única e 800 UI dose diária)
nos níveis séricos de 25-hidroxicolecalciferol [25(OH)D] e na reversão do HPS,
em adultos idosos residentes em instituição geriátrica.
Foram encontrados os seguintes resultados: (estudo 1) a HD esteve
presente em 57,4% dos médicos residentes do Hospital de Clínicas de Porto
Alegre e 39,7% deles apresentavam HPS; (estudo 2) a chance de um indivíduo
idoso com HPS e residente em instituição geriátrica morrer ou internar em um
14
hospital em um período de seis meses foi igual a 5,20 ( CI 95% 1,10 – 27,7;
p<0,04) e (estudo 3) a administração de 300 000 UI de vitamina D3 foi
significativamente mais eficaz em aumentar os níveis séricos de 25(OH)D
quando comparada à dose de 800 UI por dia (p<0,001) nos nove meses de
tratamento em indivíduos idosos com HPS e residentes em instituições
geriátricas.
Conclusões: A HD e o HPS foram problemas bastante prevalentes em
médicos residentes no estudo 1. No estudo 2 o HPS foi um importante fator
prognóstico em indivíduos residentes em instituições geriátricas e no estudo 3
o tratamento com dose única de 300 000 UI foi superior a dose diária de 800 UI
de colecalciferol em idosos institucionalizados com HPS.
15
Abstract
The vitamin D deficiency (HD) is a problem more and more frequent
nowadays. It is one of the most important causes of secondary
hyperparathyroidism (SHP) and both were associated with major health
problems as fall and bone fractures. HD and SHP may also be associated with
metabolic syndrome and other cardiovascular pathologies.
The studies main objectives were: (study 1) to study the prevalence of
HD and SHP in resident physicians from a South Brazilian general hospital;
(study 2) to evaluate the association between SHP and death or hospitalization
in elderly living in low-income geriatric institutions in a six-month period; and
(study 3) to compare the effect of two doses of cholecalciferol, 300,000 IU once
and 800 IU daily, on serum 25-hydroxicholecalciferol [25(OH)D] levels and
serum parathyroid hormone (PTH) levels in elderly living in a low-income
institution during 9 months.
The studies main results were: (study 1) the prevalence of HD in resident
physicians was 57.4 % and the prevalence of SHP was 39.7%; (study 2) the
odds ratio for an elderly with SHP living in a low-income institution to die or to
be hospitalized was 5.2 (CI 95% 1.1 – 27.7; p<0.04); and (study 3) 300,000 IU
of cholecalciferol once was superior to 800 IU daily in increase the mean serum
16
25(OH)D levels during the 9 months of treatment in elderly living in a low-
income institution.
Conclusions: In the study 1 HD and HPS were main problems among
resident physicians; in addition in study 2 SHP had prognostic value in elderly
living in a low-income institution; and, finally, 300,000 IU of cholecalciferol once
was more effective than 800 IU daily in a short time period in elderly living in a
low-income institution.
17
Introdução
Em 1650 foi publicado o primeiro livro sobre raquitismo (1). Desde então
muito se evoluiu no conhecimento da fisiopatologia do raquitismo e da
osteomalácia. No início do século passado, a Vitamina D foi considerada um
micronutriente, pois a administração oral de uma colher de sopa de óleo de
fígado de bacalhau por dia curava as crianças com raquitismo e acreditava-se
que a mesma atuaria como um co-fator enzimático (2).
Na década de 1930, descobriu-se que a exposição à luz solar ou
ultravioleta artificial formava vitamina D3 (colecalciferol), a partir da conversão
do precursor 7-dehidrocolesterol (pró-vitamina D), e que este mecanismo
mantinha níveis adequados desta vitamina em seres humanos (3). Nos meados
dos anos 60, esta vitamina começou a ser vista como um hormônio esteróide
(4) e seu derivado ativo foi identificado no final desta mesma década (4). Em
1971, a 1,25-dihidroxivitamina D
3
[1,25(OH)
2
D
3
] foi isolada por Kodicek e
Norman e sua estrutura identificada por Holick. Ainda neste mesmo ano,
Lawson descobriu que este metabólito era produzido no rim, a partir da
hidroxilação da 25-hidroxivitamina D
3
[25(OH)D
3
], antes de agir nos órgãos alvo
(5). Iniciava-se ali o entendimento deste hormônio complexo, pluripotente, tal
como o conhecemos hoje.
18
A deficiência de Vitamina D como doença teve sua prevalência muito
aumentada após a revolução industrial(6), causando raquitismo em crianças e
osteomalácia em adultos. Nessas desordens, a mineralização da matriz
orgânica do osso é deficitária. O processo fisiológico da mineralização ocorre
com a deposição de cálcio e fósforo na matriz orgânica do osso, após esta ter
sido sintetizada e depositada pelos osteoblastos. Então, para uma
mineralização normal, é necessário que existam cálcio e fósforo em
quantidades adequadas nos sítios de mineralização, e que as funções
metabólicas e de transporte dos osteoblastos e condrócitos estejam intactas.
Se os osteoblastos continuam a produzir componentes da matriz, que não
podem ser mineralizados adequadamente, surgem o raquitismo e a
osteomalácia (7).
A revisão que se segue tem como objetivos discutir brevemente a
fisiologia da vitamina D e, de forma mais detalhada, a deficiência de vitamina D
em adultos: a melhor forma de diagnóstico desse problema, seus fatores de
risco, sua prevalência no mundo atual e a melhor forma de tratamento para
hipovitaminose D.
Os descritores utilizados para realização desta revisão foram: “vitamina
D”, ”hipovitaminose D”, “hiperparatireoidismo secundário”, “prevalência”,
“fraturas”, “osteoporose” e “mortalidade”, nas bases de dados da Biblioteca
Virtual em Saúde (BIREME) e da National Library of Medicine of United States
of America (PubMed).
19
Revisão da Literatura
1. Fisiologia da Vitamina D
1.1 Síntese da Vitamina D
Em nosso conhecimento atual, a pele é o único sítio capaz de produzir
vitamina D(8) nos seres humanos. A pró-vitamina D ou 7-dehidrocolesterol é
produzida tanto pela derme quanto pela epiderme. A luz ultravioleta entre 290
nm e 315 nm (UVB) conjuga duplas pontes de hidrogênio nos carbonos C5 e
C7 produzindo pré-vitamina D. Uma vez produzida, a pré-vitamina D forma
homodímeros, em aproximadamente 24 horas, transformando-se em vitamina
D. Como este processo ocorre principalmente próximo ao leito capilar, ele não
é influenciado por alterações de temperatura externas ao corpo humano (3, 6,
9).
Todos os derivados do colecalciferol são lipossolúveis e circulam
principalmente ligados a uma α-globulina, a proteína ligadora da vitamina D
(DBP), que transporta estas moléculas hidrofóbicas a vários órgãos alvo (6,
10). A vitamina D também circula ligada a albumina (11).
Quando ingerida, a vitamina D é absorvida no intestino delgado,
incorporada a quilomicrons e levada por estes ao fígado. A partir deste
20
momento, o metabolismo é igual ao da vitamina D sintetizada pela pele (12,
13).
No fígado, o colecalciferol é convertido em 25(OH)D, pela hidroxilação
no carbono 25, mediada pela enzima 25-hidroxilase (25-OHase), no retículo
endoplasmático das células hepáticas, e existem pelo menos três enzimas
diferentes responsáveis por esta função (14). Aproximadamente 75% da
vitamina D circulante é convertida em 25(OH)D em sua primeira passagem
pelo fígado (6, 9, 13).
Figura 1: Síntese da 1,25(OH)vitamina D. O 7-dehidrocolesterol, através da ação
da luz ultravioleta e do calor, isomeriza-se em colecalciferol na pele. É então
transportado ao fígado onde sofre ação da 25-hidroxilase transformando-se em 25-
hidroxivitamina D. Quando esta molécula chega ao rim, pode tanto transformar-se na
21
forma ativa, quanto inativa deste hormônio, através da ação da 1,alfa,hidroxilase ou
24,25 hidroxilase, respectivamente. Esquema adaptado, com permissão de Premaor e
Furlanetto, Arq Bras Endocrinol Metabol – 2006 (15).
Nas mitocôndrias dos túbulos contorcidos proximais do rim está presente
a enzima 25(OH)1α- hidroxilase (1α-OHase ) que é uma ferredoxina renal e faz
parte do citocromo P450(16). Esta enzima converte 25(OH)D em 1,25(OH)
2
D,
que é a forma mais ativa deste hormônio (9, 13).
Aparentemente a vitamina D gera aproximadamente 20 a 25
metabólitos. Fora a 1,25(OH)
2
D, seus metabólitos mais importantes são
provavelmente a 1α24R,25-dihidroxivitamina D e a 24,25-hidroxivitamina D
também formados no rim pela enzima 25-hidroxivitamina D,-24-hidroxilase
[25(OH)D-24OHase]. Esses metabólitos não têm ação biológica bem definida,
mas poderiam corresponder à forma inativa da 25(OH)D (9, 17, 18).
O principal limitante da síntese de 25(OH)D
parece ser a disponibilidade
de vitamina D. Outros mecanismos têm papel discutível. Postula-se um
mecanismo de retro-alimentação para 25(OH)D, com pequeno efeito. O cálcio
e o fósforo não influenciam a 25-OHase hepática (13, 19). O aumento da
produção de 1,25(OH)
2
D e, talvez, sua ação no fígado, aumentariam a
destruição de 25(OH)D (20).
Já níveis baixos de cálcio ou fósforo estimulam a produção de
1,25(OH)
2
D, na forma de uma retro-alimentação positiva. O hormônio da
22
paratireóide (PTH) sobe quando a 25(OH)D está baixa, gerando um aumento
na 1,25(OH)
2
D. A diminuição do cálcio seria também um estímulo indireto para
o aumento da 1,25(OH)
2
D, através do aumento do PTH. Já o fósforo agiria de
um modo direto. Por sua vez, 1,25(OH)
2
D exerce retro-alimentação negativa
sobre o PTH (9, 10, 19).
Outros hormônios, como prolactina, estrógeno, hormônio do crescimento
e cortisol, também influenciariam os níveis séricos de 1,25(OH)
2
D,
possivelmente gerando um aumento da última (4).
A 25(OH)D mantém níveis constantes e sua dosagem sérica é bastante
fidedigna do conteúdo total de vitamina D no indivíduo. A sua meia vida no
sangue é de aproximadamente duas a três semanas (6). Já a 1,25(OH)
2
D é
fortemente influenciada por mecanismos de retro-alimentação, com níveis
séricos bastante variados, e sua meia vida é de aproximadamente 6 horas (6,
9).
1.2 Vitamina D e seus Receptores
Os receptores da 1,25(OH)
2
D foram primeiramente descritos por
Brumbaugh e Haussler em 1973(5). Desde lá, muito se evoluiu em seu
entendimento. Há um receptor (VDR) nuclear, que é uma proteína com 50 KDa,
pertencente à superfamília dos receptores esteróides, ácido retinóico e
hormônios tireóideos (5, 9, 21-23). Além do clássico VDR nuclear, postula-se a
23
existência de um VDR de membrana que seria responsável por ações mais
rápidas (22, 23).
A 1,25(OH)
2
D é transportada pelas proteínas carreadoras até as células
alvo, onde se liga ao seu receptor, usualmente no citoplasma, sendo o
complexo hormônio-receptor transportado, pelo citoesqueleto, ao núcleo. Mais
raramente, a 1,25(OH)
2
D pode ligar-se ao receptor diretamente no núcleo.
Esse complexo interage com o receptor 9-cis-ácido retinóico, formando um
heterodímero que se liga a seqüências específicas de DNA nas regiões
promotoras dos genes que são ativados pela vitamina D(9, 23-25).
O processo de regulação da transcrição gênica é dependente de fatores
coligantes: proteínas - SRC-1(22), TIF-2 e AIB-1(5) - que modulam a função
transativadora dos receptores nucleares, ligando-se a eles e modificando a
transcrição gênica (5, 9, 21, 22).
24
Figura 2: Ligação da forma ativada da vitamina D com seu receptor e os eventos
que se seguem à ativação gênica. O resultado pode ser supressão ou ativação. VDR:
receptor da vitamina D, RXR: receptor retinóide X, DRE: receptor ativado, TATA: gene
alvo, TFIIB e D: fatores de transcrição, PKC: proteína-quinase e RNAP: RNA polimerase.
Esquema adaptado, com permissão de DeLuca, Am J Clin Nutr - 2004(9).
Receptores de membrana seriam responsáveis pelas respostas rápidas
da vitamina D como, por exemplo, a "transcaltachia": Há um aumento rápido na
absorção do cálcio pelo intestino, gerado pelo aumento dos níveis séricos de
1,25(OH)
2
D, independente de ação genômica deste hormônio. Os receptores
de membrana são receptores putativos, isto é, ainda não se conhece sua
estrutura química. Eles agiriam através da abertura de canais de cloro e das
proteínas ativadoras de mitoses (mitogen activated protein/MAP-kinases). As
MAP-kinases pertencem à família das proteínas-quinases, mais
25
especificamente, serinas e treoninas-quinases, e podem ser ativadas pela
fosforilação de seu resíduo de tirosina, o que induz a citodiferenciação, através
de segundos mensageiros e transcrição gênica(22).
Há receptores de vitamina D praticamente em todos os tecidos, como
cérebro, ilhotas pancreáticas, osso, musculatura esquelética, rim, intestino,
pele, paratireóide, hipófise, mama, linfócitos e monócitos(26).
1.3 Funções da Vitamina D
A principal ação da 1,25(OH)
2
D é contribuir para manter níveis séricos e
extracelulares de cálcio constantes. Sua ação mais estabelecida é a
estimulação do transporte ativo do cálcio da luz do duodeno para o sangue.
Acredita-se que este processo ocorra através de três mecanismos: um canal de
cálcio na luz da membrana celular, proteínas ligadoras do cálcio (calbindina
D9k) e uma bomba trocadora de prótons - membrana plasmática adenosina
trifosfato (9, 10, 13).
A 1,25(OH)
2
D aumenta a absorção de fósforo pelo intestino. Quando
ocorre uma diminuição no fosfato sérico, há um aumento na síntese de
calcitriol, gerando aumento na absorção deste íon (9, 10).
Na manutenção da massa óssea, a 1,25(OH)
2
D permite a mineralização
óssea normal(9, 13, 20) e mobiliza cálcio do osso para a circulação(3, 4, 9).
Participa da maturação do colágeno e da matriz celular(10, 18). Os
26
osteoclastos são estimulados de forma indireta através da ação da 1,25(OH)
2
D
nos osteoblastos e osteócitos que produzem várias citoquinas, a mais
conhecida, chamada fator estimulador osteoclástico (RANK-
L), é um membro da superfamília do fator de necrose tumoral (10, 27).
A vitamina D também estimula a formação de osteocalcina,
osteopantina e fosfatase alcalina (2, 7). Age sinergicamente com o PTH na
ativação e maturação das células osteoclásticas (7).
Noventa e nove por cento do cálcio filtrado pelo rim é reabsorvido,
mesmo existindo deficiência de vitamina D; contudo, um efeito de 1,25(OH)
2
D
estimulando a reabsorção renal de cálcio foi bem documentado, só não se
sabe sua importância fisiológica (13). Tem participação na reabsorção de
fosfato, mecanismo este, talvez, mediado pela supressão do PTH (13).
O PTH estimula a formação de 1,25(OH)
2
D pelo rim e essa reduz a
secreção de PTH pelas paratireóides por mecanismos indiretos, como aumento
de absorção de cálcio (2, 10, 24).
Atualmente, acredita-se que este hormônio possua várias outras funções
além do metabolismo do cálcio e do osso. Teria algum papel na regulação do
magnésio, na liberação de insulina pelo pâncreas (3, 6), na secreção de
prolactina pela hipófise (28), na manutenção da musculatura esquelética (29) e
alguma participação na depuração da creatinina endógena (30).
27
Figura 3: Mecanismos regulatórios da 1,25(OH)
2
vitamina D, PTH e cálcio. As
flechas sólidas representam retro-alimentação positiva enquanto que as flechas partidas
representam retro-alimentação negativa. Esquema reproduzido de Premaor e Furlanetto,
Arq Bras Endocrinol Metabol – 2006 (15).
A 1,25(OH)
2
D também atua de forma parácrina na pele inibindo a
proliferação de queratinócitos e fibroblastos e estimula a diferenciação terminal
dos queratinócitos (7, 29). Já há algum tempo, o calcipotriol, um análogo
sintético da vitamina D, que estimula a diferenciação celular das células
epiteliais, vem sendo usado no tratamento da psoríase (20).
O calcitriol induz a diferenciação de células T e B. Reduz a capacidade
das células T de produzirem interleucina 2 e 12 (3, 31), que por sua vez têm a
capacidade de inibir o PTH. O calcitriol inibe também a produção de
imunoglobulinas pelos linfócitos (7). Estimula a diferenciação de monócitos (26)
PTH
Ca
2+
25(OH)D
3
1,25(OH)
2
D
3
24,25(OH)
2
D
3
PO
4
3-
28
em macrófagos e células semelhantes à osteoclastos e os induz a produzir
interleucina 1(7).
Alterações na expressão gênica do VDR, da 25-hidroxilase da vitamina
D e do calcitriol foram implicadas na inibição da carcinogênese (32, 33). A
1,25(OH)
2
D tem ações hormonais e parácrinas descritas em vários tumores:
carcinoma de mama, melanoma, alguns tipos de leucemias, carcinoma de
próstata e intestino (32-39).
29
2. Implicações Clínicas da Deficiência de Vitamina D em
Adultos
Nos adultos, como as placas epifisárias já estão fechadas, a doença
costuma se manifestar de forma mais branda que o raquitismo. Na
osteomalácia, a matriz óssea depositada pelos osteoblastos não é mineralizada
e os osteoclastos continuam com a reabsorção óssea. Assim, a fração
mineralizada do osso cortical torna-se mais fina. Deformidades ósseas
somente irão aparecer em estágios muito avançados da doença (3, 6, 7, 20).
A diminuição da vitamina D leva a uma diminuição da absorção intestinal
do cálcio com hipocalcemia subseqüente. Esta hipocalcemia é breve, pois logo
surge um hiperparatireoidismo compensatório, com aumento da mobilização do
cálcio ósseo e diminuição da depuração renal do cálcio, juntamente com um
aumento na depuração do fosfato. Ao mesmo tempo a absorção intestinal de
fosfato também está diminuída, gerando hipofosfatemia. Com a gravidade e/ou
duração da doença, este mecanismo compensatório pode deixar de existir,
surgindo, então, hipocalcemia. Nesta fase a 1,25(OH)
2
D pode estar normal ou
elevada e o PTH encontra-se elevado (40-45). Os níveis séricos de cálcio
geralmente encontram-se normais ou muito próximos dos normais. Há
hipofosfatemia e níveis baixos de 25(OH)D. Na deficiência de 25(OH)D poderá
existir uma deficiência associada de 1,25(OH)
2
D, por falta de substrato (46). A
30
fosfatase alcalina pode estar aumentada (40) e há perda de massa óssea (44,
46-48) com risco aumentado de fraturas (20, 46, 48-52).
O defeito de mineralização na osteomalácia é diferente do que ocorre na
osteoporose, caso em que a mineralização óssea é normal, mas há redução na
massa óssea total (53, 54). Na osteomalácia existe um acúmulo de osteóide
não mineralizado nas superfícies ósseas (12). Há perda do osso trabecular e
estreitamento do osso cortical. Os achados radiológicos iniciais são
indistinguíveis da osteoporose, mas com a progressão da doença podem
aparecer pseudofraturas ou zonas de Looser. A dor óssea é um sintoma
importante (7).
O relaxamento e a contração muscular são prejudicados na
hipovitaminose D (3, 46, 48) e se associam à dor e fraqueza muscular (55), que
podem aumentar o risco de quedas na velhice e, conseqüentemente, o risco de
fraturas (3, 48, 56).
Para a manutenção da massa óssea são importantes níveis constantes
de 25(OH)D. A redução que ocorre no inverno, em alguns locais, pode gerar
perda de mineralização óssea (51) e hiperparatireoidismo secundário (40). O
último, por sua vez, aumenta a reabsorção e catabolismo ósseo o que, por si
só, é fator de risco para fraturas (57, 58).
Os sinais clínicos e radiológicos de osteomalácia podem não estar
presentes na velhice, mas é justamente nesta faixa etária que se tornam mais
31
importantes, pois é nesta idade que as fraturas apresentam maior morbi-
mortalidade (46, 48).
Figura 4: Pseudofratura em um paciente com deficiência grave de vitamina D.
Imagem reproduzida, com permissão do arquivo www.rad.washington.edu.
Esse hormônio tem também um papel importante na regulação do
sistema imunológico, o que poderia tornar os indivíduos com hipovitaminose D
mais predispostos a infecções, como, por exemplo, a tuberculose (59).
A participação da hipovitaminose D na Síndrome X (obesidade,
resistência à insulina, hipertensão arterial sistêmica, intolerância à glicose e
dislipidemia) vem sendo discutida, mas os estudos ainda não são conclusivos
(60, 61,
,
62). Por outro lado, a associação do hiperparatireoidismo secundário
32
com hipertensão arterial sistêmica e síndrome metabólica foi recentemente
documentada (63, 64).
33
3. Aferição da Suficiência de Vitamina D
No início do século, a hipovitaminose D era diagnosticada apenas nas
fases mais tardias da doença, quando os indivíduos já apresentavam
raquitismo ou osteomalácia. Na década de 70, começaram a surgir os
primeiros ensaios laboratoriais com capacidade de medir os metabólitos da
vitamina D (65-69).
A 25(OH)D tem meia-vida sérica de três semanas e sua medida no soro
é considerada o marcador ideal dos estoques de vitamina D no organismo (3,
46, 48, 70). Todavia, não existe um consenso sobre quais níveis séricos
definem hipovitaminose D com importância clínica. O aparecimento de
hiperparatireoidismo secundário tem sido considerado o melhor marcador de
suficiência de vitamina D (71, 72).
Os primeiros trabalhos sobre hipovitaminose D utilizavam os valores de
referência do laboratório Nichols: 23 a 113 nmol/L (9,2 a 45,2 ng/mL). Todavia,
Holick, na década de 90, fez um elegante estudo demonstrando que níveis de
25-(OH)D abaixo de 50 nmol/L são suficientes para gerar um aumento no PTH
e perda de massa óssea (73). Estes valores foram confirmados por Lips. e col.
no estudo MORE(56). Ambos os autores sugerem que a deficiência de
Vitamina D seja definida por níveis séricos de 25(OH)D iguais ou menores que
34
50 nmol/L (20 ng/mL). A deficiência seria grave quando o nível sérico de
25(OH)D estivesse abaixo de 25 nmol/L (10 ng/mL). Recentemente níveis mais
altos foram sugeridos por Bischoff-Ferrari(74), pois em uma metanálise
realizada por este autor apenas pacientes com níveis séricos de 25(OH)D
acima de 74 nmol/L (29,6 ng/mL) apresentavam diminuição do risco de
fraturas.
Atualmente muitos autores preconizam níveis séricos de 25(OH)D
superiores a 75 nmol/L, argumentando que estes níveis seriam necessários
para que a vitamina D exercesse suas funções extra-endócrinas (75-77).
Contudo, é aceito por muitos que, para se considerar o diagnóstico de
hipovitaminose D, haja a presença de hiperparatireoidismo secundário (46, 48,
73, 78-80).
Tabela 1: Critérios diagnósticos propostos para deficiência de vitamina D
25-hidroxivitamina D (nmol/L)*
Deficiência leve < 50 37,5
Deficiência moderada < 37,5 25
Deficiência severa < 25
*Para converter nmol/L a ng/mL, multiplicar por 0,40, para o inverso multiplicar por 2,5.
Baseada em Lips, P (46, 78).
35
4. Fatores de Risco para Hipovitaminose D
Algumas populações estão mais sujeitas a apresentar hipovitaminose D
que outras (Tabela 2). Assim como a exposição aos raios ultravioletas solares
é essencial para a formação da Vitamina D, sua falta é um dos principais
fatores de risco para hipovitaminose D. Um trabalho realizado em mulheres
sadias na Turquia comparou três grupos em relação à exposição da pele ao
sol: no primeiro grupo as mulheres vestiam-se de forma semelhante às
ocidentais, deixando várias partes do corpo expostas ao sol, e os níveis séricos
médios de 25(OH)D foram 56±41,3 nmol/L. No segundo grupo, em que apenas
o rosto e as mãos eram expostos ao sol, os níveis séricos médios de 25(OH)D
caíam para 31,9 ± 24,4 nmol/L. Finalmente, no terceiro grupo, em que as
mulheres não expunham nenhuma parte de sua pele ao sol, os níveis séricos
médios eram extremamente baixos: 9,9 ± 5,7 nmol/L (81). Outra evidência da
importância do sol na manutenção de níveis adequados de vitamina D é sua
variação sazonal. O inverno por si só é um importante fator de risco para
hipovitaminose D (82).
Em um ambiente no qual há exposição suficiente da pele à luz solar rica
em UVB, níveis adequados de vitamina D nunca dependem da dieta; contudo,
em nossa sociedade atual, a ingestão de vitamina D voltou a ter importância.
Pouca exposição à luz solar, ou outros fatores ainda não bem estabelecidos,
36
fazem com que uma dieta pobre em Vitamina D seja fator de risco para
hipovitaminose D (12, 83, 84,85).
Dietas pobres em cálcio também são fator de risco para deficiência de
vitamina D (86-89). Postula-se que a diminuição na absorção intestinal do
cálcio ocasionada por um baixo aporte na dieta gere um aumento no consumo
da 25(OH)D pelo aumento compensatório da produção da 1,25(OH)
2
D,
necessário para aumentar ao máximo esta absorção (19,90).
O envelhecimento parece ser um fator de risco para diminuição da
vitamina D (40, 44, 91, 92). Ele reduz a capacidade da pele de sintetizar pró-
vitamina D e esta redução não pode ser explicada apenas por uma redução na
massa total da epiderme; provavelmente, existem outros fatores associados
(93). Além disso, a ação intestinal da 1,25(OH)
2
D diminuiria com a idade (85).
Uso de roupas e pouca exposição à luz solar (40, 91, 92, 94), assim
como problemas para realizar as atividades diárias, como perda da mobilidade,
têm forte valor preditivo positivo, em idosos, para deficiência de vitamina D (93-
95). Mulheres idosas teriam níveis mais baixos de vitamina D (40, 96). Estes
níveis também seriam menores em idosos institucionalizados (42, 91, 94, 95,
97).
Especula-se sobre a interferência da cor da pele na manutenção de
níveis adequados de Vitamina D. Há uma maior prevalência de deficiência de
Vitamina D em negros americanos, e esta é acompanhada de manifestações
37
clínicas de osteomalácia, como hiperparatireoidismo secundário (95, 98).
Todavia, Guinot e col. não encontraram diferença entre o fototipo e níveis
séricos de vitamina D em 1.191 adultos franceses saudáveis que habitavam
entre 43 e 51
o
N(99). Outros fatores, além da quantidade de melanina da pele,
poderiam estar implicados nas diferenças raciais nos níveis deste hormônio.
Em índios americanos há diminuição da produção de Vitamina D pela derme e
um possível aumento na 25(OH)D-24OHase com aumento da degradação de
25(OH)D. Em comparação a caucasianos, estes índios têm níveis séricos mais
baixos deste hormônio (100).
Os níveis séricos de 25(OH)D variam inversamente em relação ao índice
de massa corporal, acreditando-se que isto ocorra pela lipossolubilidade deste
hormônio e sua biodistribuição no tecido adiposo. Indivíduos com maior índice
de massa corporal, além de apresentarem níveis menores de Vitamina D,
tendem a apresentar uma maior queda dos níveis séricos de vitamina D, no
outono (40, 93, 101).
Outros fatores descritos como associados à osteomalácia são o uso de
anticonvulsivantes (102, 103), diuréticos (104), múltiplas medicações (6) e
hemodiálise (84, 105). Pacientes com doenças crônicas, como demência (106),
esclerose múltipla (107, 108), Mal de Parkinson (109, 110), fibrose cística (111,
112), doenças do trato gastrintestinal (113, 114), doenças hematológicas (115),
doença renal crônica (116, 117), síndrome nefrótica (84), artrite reumatóide
38
(118), insuficiência cardíaca congestiva (119) e AIDS (120) seriam populações
mais suscetíveis à hipovitaminose D.
Tabela 2: Fatores de Risco para hipovitaminose D
Pouca exposição à luz UVB
Uso excessivo de roupas
Países de pouca insolação (alta latitude)
Pouca penetração da luz UVB durante o inverno na atmosfera
Uso de bloqueadores solares
Confinamento em locais onde não há exposição à luz UVB
Diminuição da capacidade de sintetizar vitamina D pela pele
Envelhecimento
Fototipo (?)
Raça amarela
Doenças que alteram o metabolismo da 25-hidroxivitamina D ou
1,25-dixidroxivitamina D
Fibrose cística
Doenças do trato gastrintestinal
Doenças hematológicas
Doenças renais
Insuficiência cardíaca
Imobilização
Tabela reproduzida com permissão de Premaor e Furlanetto, Arq Bras Endocrinol
Metabol – 2006 (15).
39
5. Prevalência de Hipovitaminose D
As concentrações séricas de Vitamina D, tanto em adultos jovens quanto
em idosos, variam conforme a região geográfica, dependendo da latitude (121,
122), sendo mais adequadas perto da linha do Equador. Variam também
conforme a estação do ano, com picos no verão e nadir no inverno, e os
hábitos culturais dos povos, que modificam a exposição ao sol.
Tanto nos países escandinavos quanto nas Américas (próximo ao
Equador) e em Israel estes níveis tendem a ser mais constantes. Já na Europa
há uma nítida variação sazonal, com queda no outono/ inverno. A prevalência
de hipovitaminose D, definida por níveis séricos de 25(OH)D inferiores a 25
nmol/l, em adultos jovens europeus, varia entre 2-30%, chegando a 80% nos
adultos idosos institucionalizados (121, 122).
Mesmo em áreas tropicais, fatores culturais que influenciam na
exposição ao sol são muito importantes. Na Arábia Saudita há uma prevalência
de hipovitaminose D de 40% no inverno. Prevalências altas foram descritas na
Turquia, Líbano, Jordânia e Iraque. Na Alemanha e na Inglaterra, imigrantes
turcos têm níveis séricos de vitamina D mais baixos que os da população em
geral (121, 122).
40
Na Índia, a deficiência de vitamina D foi observada em mais de 30% das
crianças pobres e mulheres gestantes das grandes cidades. Hipovitaminose D
também foi descrita no Japão e na China. Assim como os imigrantes árabes,
imigrantes chineses apresentam deficiência de vitamina D em muitos países da
Europa (121, 122).
Curiosamente países como a Itália e Espanha (122, 123) apresentam
maior prevalência de deficiência que países escandinavos, acredita-se que
este paradoxo deva-se a grande ingestão de vitamina D nestes últimos, de 400
a 600 UI por dia. Países tropicais, como a Etiópia, também têm relatos de
deficiência de vitamina D (124).
Existem poucos estudos sobre a prevalência de hipovitaminose D na
América do Sul. Em Buenos Aires, Argentina, (34
o
S) foram estudadas 357
mulheres entre 40 a 90 anos, atendidas ambulatorialmente. Estas mulheres
tinham níveis séricos médios de 25(OH)D próximos a 53 ± 18 nmol/L no
inverno e 63 ± 21 nmol/L no verão. Destas mulheres, 71% apresentavam níveis
de vitamina D inferiores a 50 nmol/L, no inverno, e 27 % apresentavam estes
níveis no verão. Do total destas mulheres apenas 5% apresentavam
hiperparatireoidismo secundário (125, 126). Ainda em Buenos Aires a
hipovitaminose D também foi descrita em idosos (127, 128) e crianças (129-
132).
41
No Chile, em um estudo realizado em mulheres pós-menopausa não se
encontrou hipovitaminose D, apenas duas mulheres (40 avaliadas)
apresentaram níveis séricos de vitamina D inferiores a 37 nmol/L (133).
No Brasil, até o presente momento, existem poucos estudos sobre
prevalência de hipovitaminose D. O primeiro, realizado em crianças no Recife
(8
o
S) em 1984 (134), não encontrou deficiência de vitamina D, os níveis
séricos médios eram 108 nmol/L no verão e 106 nmol/L no inverno. Estudos
mais recentes têm achados controversos. Maeda e col. estudaram 127 jovens
saudáveis residentes na cidade de São Paulo e 84 idosos também saudáveis,
encontrando níveis séricos médios de 25(OH)D iguais a 78,5 nmol/L nos jovens
e 77,4 nmol/L nos idosos, durante os meses de inverno (135, 136). Já Saraiva
e col., também avaliaram 250 idosos não institucionalizados na cidade de São
Paulo e, nestes, os níveis séricos médios de 25(OH)D, no inverno, foram iguais
a 29,1 nmol/L (137).
O Rio Grande do Sul, devido às suas características climáticas,
apresenta maior possibilidade de deficiência de vitamina D. Em um estudo
realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, encontramos níveis séricos
médios de 25(OH)D iguais a 37,7 ± 21,4 nmol/L nos pacientes internados nas
equipes de medicina interna (138). Todavia estes eram pacientes que
apresentavam vários fatores de risco para desenvolver a doença e ainda não
se conhece a extensão real deste problema em nosso meio.
42
6. Tratamento da Deficiência de Vitamina D
O principal objetivo do tratamento da hipovitaminose D é a diminuição
da morbidade desta doença, ou seja, principalmente quedas e fraturas. Alguns
autores especulam que a correção desta deficiência possa também diminuir a
incidência de câncer e doenças auto-imunes (77, 139-144). Vários estudos
mostraram o benefício do uso oral de diferentes doses de vitamina D em
pacientes com níveis de vitamina D que variavam de normais a diminuídos.
Estes estudos diferem também quanto aos desfechos avaliados: a diminuição
dos níveis séricos de PTH (145, 146), a remineralização óssea (145, 147, 148),
a incidência de quedas (149-151) e a incidência de fraturas (101,152-155).
Como era de se esperar, por diferenças importantes entre os estudos, os
resultados não são unânimes no definir qual a dose diária ótima de vitamina D
.
A administração de vitamina D sozinha reduz os níveis séricos de PTH
em 10 a 30 % e a magnitude desta diminuição depende do grau de
insuficiência de vitamina D (57). Quando o cálcio é adicionado à vitamina D a
redução do hiperparatireoidismo é ainda maior (145, 146). A diminuição do
hiperparatireoidismo secundário diminui o catabolismo ósseo e,
conseqüentemente, aumenta a massa óssea (145, 147).
43
A eficácia da administração de colecalciferol, dose única via oral, no
aumento dos níveis séricos de 25(OH)D foi estudada em adultos idosos na
Austrália. A administração de 300.000 UI dividida em três doses foi eficaz em
aumentar os níveis séricos médios de 25(OH)D de 36,4 ± 10,4 nmol/l para 86,4
± 16,9 nmol/L (156). Em outro estudo, realizado em adultos com idade média
de 66,3 anos, Diamond e col. encontraram uma diminuição de 30% nos níveis
séricos médios de PTH nos indivíduos que receberam 600.000 UI de
colecalciferol, por via intramuscular, quando comparados ao grupo
controle(157).
Em pacientes com hipovitaminose D ocorre um aumento na massa
óssea em resposta à ingestão de vitamina D. Adams e col administraram 50.
000 UI de ergosterol duas vezes por semana, por 5 semanas, a pacientes com
25(OH)D inferior a 35 nmol/L e observaram diminuição do PTH e aumento de
4-5% na massa óssea na coluna lombar e no colo do fêmur (148), nesses
pacientes.
Mais de 90% das fraturas de quadril estão associadas a quedas. Em
idosos, causam declínio funcional e são a causa de 40% das admissões em
clínicas geriátricas (57). A administração de vitamina D (colecalciferol) melhora
a função muscular em idosos e diminui o número de quedas. Bischoff-Ferrari e
col. encontraram melhora da função muscular em mulheres entre 63 e 99 anos
com a suplementação de 800 UI de vitamina D e 1.200 mg de carbonato de
cálcio por dia, quando comparada à suplementação apenas com cálcio (149).
44
Da mesma maneira, Pfeifer encontrou uma diminuição na oscilação do corpo
com a administração de vitamina D (158).
Uma metanálise realizada em 2004, incluindo 5 ensaios clínicos com um
total de 1.237 participantes, encontrou uma diminuição no risco de queda em
22% nos pacientes tratados com vitamina D. Nesse estudo, o número de
pacientes que precisou ser tratado para evitar uma queda foi 15 (150). Os
estudos incluídos nesta metanálise continham diferentes formas de
apresentação e doses de vitamina D. Broe e col. compararam 4 diferentes
doses diárias de colecalciferol no risco de queda, em pacientes residentes em
instituições geriátricas, 200 UI, 400 UI, 600 UI e 800 UI, a dose mais alta foi a
que teve o menor número de quedas (151).
A eficácia da vitamina D na diminuição de fraturas permanece
controversa. Os estudos Decalyos I e Decalyos II foram realizados em adultos
idosos institucionalizados (79, 159, 160). No primeiro, houve uma diminuição
na incidência de fratura de quadril em 43% e um aumento na massa óssea no
colo de fêmur de 2,7% e, no segundo, a redução na incidência de fratura de
colo de fêmur e nas fraturas não vertebrais foi de 30%. Nestes estudos, os
níveis séricos médios iniciais de 25(OH)D foram muito baixos,
aproximadamente 30 nmol/L, e ocorreu aumento para níveis superiores a 50
nmol/L, em 6 meses.
45
Dawson-Hughes e col. administraram 500 mg de cálcio e 700 UI de
vitamina D a adultos idosos saudáveis e encontraram uma diminuição da perda
óssea e uma redução de 13,3% nas fraturas não vertebrais. Nestes pacientes,
os níveis séricos iniciais de 25(OH)D não eram tão baixos, 83,25 nmol/L em
homens e 71,25 nmol/L em mulheres (101). Trivedi comparou o efeito de
100.000 UI de colecalciferol, a cada 4 meses, por 48 meses, com placebo. No
final de seu estudo os indivíduos com reposição de vitamina D apresentaram
um risco relativo para qualquer fratura não vertebral de 0,67 (0,46 – 0,99)
(152).
Por sua vez nos estudos RECORD, Women’s Health Initiative (WHI)
Dietary Modification e Porthouse e col. não se encontrou diminuição na
incidência de fraturas com a administração de vitamina D e cálcio (153-155).
Estes estudos apresentaram uma adesão à tomada de medicações entre 40%
a 60% e este fator poderia ter contribuído para os resultados negativos. Tanto o
estudo RECORD, quanto o estudo WHI tiveram os níveis séricos iniciais de
25(OH)D medidos apenas em uma pequena amostra dos participantes (1,3 e
1,1 % respectivamente), mas em ambas as amostragens os níveis séricos
médios de vitamina D foram superiores a 50 nmol/L.
Estudos realizados com dose única de vitamina D também apresentam
resultados controversos. Heikinheimo e col. estudaram a administração de 150.
000-300.000 UI de ergocalciferol, a adultos idosos com mais de 85 anos,
institucionalizados ou não, e encontraram uma diminuição na incidência de
46
fraturas de 25% (161). Já Smith e col., em outro estudo realizado na Inglaterra,
avaliaram a administração de uma dose de 300.000 UI de ergocalciferol, por
via intramuscular, a adultos idosos, com idade superior a 75 anos, sem
encontrar diminuição na incidência de quedas. Os níveis séricos de PTH
diminuíram em 17%, todavia, não houve aumento dos níveis séricos médios de
25(OH)D, no oitavo mês do estudo (57).
Quatro importantes metanálises foram publicadas avaliando o efeito da
vitamina D em fraturas (74, 162, 163, 164). A primeira, em 2004, mostrou que
apenas doses de vitamina D superiores a 700 UI por dia foram eficazes em
reduzir fraturas, reduzindo o risco relativo de fraturas de quadril em 26% (74). A
segunda, realizada pelo grupo COCHRANE, incluindo os estudos RECORD e
Porthouse, concluiu que vitamina D sozinha não teve nenhum efeito na
diminuição da incidência de fraturas, contudo, quando analisados os estudos
com vitamina D acrescida de cálcio houve uma diminuição significativa no risco
relativo de fraturas em 19 % (162). A terceira metanálise (163) estendeu os
resultados da primeira, incluindo os estudos RECORD, Porthouse e WHI e, de
forma semelhante à metanálise realizada pelo grupo COCHRANE, apenas
encontrou diminuição na incidência de fraturas quando o cálcio era acrescido à
vitamina D (RR 0,82 – CI 0,71 a 0,94). E por fim, a última encontrou resultados
muito semelhantes com uma redução do risco de todos os tipos de fraturas de
12% em indivíduos com idade superior ou igual a 50 anos que receberam pelo
menos 1200 mg de cálcio e 800 UI de vitamina D (164).
47
48
Figura 5: Metanálise dos estudos comparando o efeito de vitamina D mais cálcio
versus placebo no risco de fraturas de quadril. A: incluindo WHI e B: não incluindo WHI
Gráfico reproduzido com permissão de Boonen e col. J Clin Endocrinol Metab 2007 (163).
49
7. Importância para o meio
Atualmente, a importância do hormônio conhecido como vitamina D, no
metabolismo do cálcio e na manutenção da massa óssea, está bem
estabelecida. A deficiência de vitamina D é uma doença que sempre deve ser
levada em consideração no diagnóstico diferencial da osteoporose,
principalmente em pacientes com fatores de risco para hipovitaminose D.
A deficiência de vitamina D tem implicações em sistemas extra-
endócrinos, como o sistema imune, e provavelmente implica uma série de
outras doenças além das relacionadas ao metabolismo ósseo. Além disso, o
tratamento desta deficiência protege de quedas, fraturas e hiperparatireoidismo
secundário. Cada vez mais se torna importante conhecermos a dose realmente
eficaz de vitamina D. Alguns autores preconizam uma dose única anual de
colecalciferol, o que facilitaria a adesão ao tratamento, visto que, mesmo nos
grandes ensaios clínicos, esta adesão foi inferior a 60 % (57, 58).
Nossos estudos têm como objetivos estimar a prevalência de
hipovitaminose D e hiperparatireoidismo secundário em médicos residentes do
Hospital de clínicas de Porto Alegre, avaliar a associação do
hiperparatireoidismo secundário com a morbi-mortalidade em indivíduos
residentes em instituições geriátricas e comparar o efeito da administração de
50
colecalciferol, 300 000 U em dose única com 800 UI diárias, no tratamento do
hiperparatireoidismo secundário.
51
Objetivos
Objetivos do primeiro artigo: Estimar a prevalência de hipovitaminose D
e HPS em médicos residentes de um hospital geral no Sul do Brasil e identificar
possíveis fatores associados.
Objetivo do segundo artigo: Avaliar a associação do hiperparatireoidismo
secundário com mortalidade ou internações hospitalares, em indivíduos
residentes em instituições geriátricas, em um período de seis meses.
Objetivos do terceiro artigo: Comparar o efeito de dois regimes de
administração de colecalciferol nos níveis séricos de 25(OH)D e na reversão do
hiperparatireoidismo secundário, em adultos idosos residentes em instituição
geriátrica.
52
Referências
1. Hochberg Z. Preface. In: Vitamin D and Rickets. 1
st
ed. Basel: Karger;
2003.
2. Bouillon R, Okamura WH, Norman AW. Structure-function relationships
in the vitamin D endocrine system. Endocr Rev. 1995 Apr;16(2):200-57.
3. Lips P. Vitamin D physiology. Prog Biophys Mol Biol. 2006 Sep;92(1):4-8.
4. Norman AW. On becoming a molecular endocrinologist. Steroids. 2001
Mar-May;66(3-5):129-36.
5. Nishii Y, Okano T. History of the development of new vitamin D analogs:
studies on 22-oxacalcitriol (OCT) and 2beta-(3-hydroxypropoxy)calcitriol (ED-
71). Steroids. 2001 Mar-May;66(3-5):137-46.
6. Holick MF. Vitamin D: Photobiology, Metabolism, and Cinical
Applications. In: de Groot LC, 3
th
ed. Endocrinology. 1995:990-1011.
7. Holick MF. Disorders of Bone and Mineral Metabolism. In: Harrison's
Principles of Internal Medicine,15
th
ed. New York: McGraw-Hill; 2002.
53
8. Schuessler M, Astecker N, Herzig G, Vorisek G, Schuster I. Skin is an
autonomous organ in synthesis, two-step activation and degradation of vitamin
D(3): CYP27 in epidermis completes the set of essential vitamin D(3)-
hydroxylases. Steroids. 2001 Mar-May;66(3-5):399-408.
9. DeLuca HF. Overview of general physiologic features and functions of
vitamin D. Am J Clin Nutr. 2004 Dec;80(6 Suppl):1689S-96S.
10. Levine MA. Normal Mineral homeostasis - Interplay of Parathyroid
Hormone and Vitamin D. In: Hochberg Z, ed. Vitamin D and Rickets. Vol. 6.
Basel: Karger,. 2003:14-33.
11. Verboven C, Rabijns A, De Maeyer M, Van Baelen H, Bouillon R, De
Ranter C. A structural basis for the unique binding features of the human
vitamin D-binding protein. Nat Struct Biol. 2002 Feb;9(2):131-6.
12. Metabolism of Vitamin D. http://:Uptodate®.com/
2007.
13. Haussler MR, McCain TA. Basic and clinical concepts related to vitamin
D metabolism and action (first of two parts). N Engl J Med. 1977 Nov
3;297(18):974-83.
14. Prosser DE, Jones G. Enzymes involved in the activation and inactivation
of vitamin D. Trends Biochem Sci. 2004 Dec;29(12):664-73.
54
15. Premaor MO, Furlanetto TW. [Vitamin D deficiency in adults: to better
understand a new presentation of an old disease]. Arq Bras Endocrinol Metabol.
2006 Feb;50(1):25-37.
16. Omdahl JL, Bobrovnikova EA, Choe S, Dwivedi PP, May BK. Overview
of regulatory cytochrome P450 enzymes of the vitamin D pathway. Steroids.
2001 Mar-May;66(3-5):381-9.
17. Henry HL. The 25(OH)D(3)/1alpha,25(OH)(2)D(3)-24R-hydroxylase: a
catabolic or biosynthetic enzyme? Steroids. 2001 Mar-May;66(3-5):391-8.
18. van Leeuwen JP, van den Bemd GJ, van Driel M, Buurman CJ, Pols HA.
24,25-Dihydroxyvitamin D(3) and bone metabolism. Steroids. 2001 Mar-
May;66(3-5):375-80.
19. Clements MR, Davies M, Hayes ME, Hickey CD, Lumb GA, Mawer EB,
et al. The role of 1,25-dihydroxyvitamin D in the mechanism of acquired vitamin
D deficiency. Clin Endocrinol (Oxf). 1992 Jul;37(1):17-27.
20. Fraser DR. Vitamin D. Lancet. 1995 Jan 14;345(8942):104-7.
21. MacDonald PN, Baudino TA, Tokumaru H, Dowd DR, Zhang C. Vitamin
D receptor and nuclear receptor coactivators: crucial interactions in vitamin D-
mediated transcription. Steroids. 2001 Mar-May;66(3-5):171-6.
55
22. Norman AW, Henry HL, Bishop JE, Song XD, Bula C, Okamura WH.
Different shapes of the steroid hormone 1alpha,25(OH)(2)-vitamin D(3) act as
agonists for two different receptors in the vitamin D endocrine system to
mediate genomic and rapid responses. Steroids. 2001 Mar-May;66(3-5):147-58.
23. Yamada S, Yamamoto K, Masuno H, Choi M. Three-dimensional
structure-function relationship of vitamin D and vitamin D receptor model.
Steroids. 2001 Mar-May;66(3-5):177-87.
24. Carlberg C, Quack M, Herdick M, Bury Y, Polly P, Toell A. Central role of
VDR conformations for understanding selective actions of vitamin D(3)
analogues. Steroids. 2001 Mar-May;66(3-5):213-21.
25. Mohr SC, Swamy N, Xu W, Ray R. Why do we need a three-dimensional
architecture of the ligand-binding domain of the nuclear 1alpha,25-
dihydroxyvitamin D(3) receptor? Steroids. 2001 Mar-May;66(3-5):189-201.
26. Braidman IP, Anderson DC. Extra-endocrine functions of vitamin D. Clin
Endocrinol (Oxf). 1985 Oct;23(4):445-60.
27. Boyan BD, Sylvia VL, Dean DD, Schwartz Z. 24,25-(OH)(2)D(3)
regulates cartilage and bone via autocrine and endocrine mechanisms.
Steroids. 2001 Mar-May;66(3-5):363-74.
56
28. Walters MR. Newly identified actions of the vitamin D endocrine system.
Endocr Rev. 1992 Nov;13(4):719-64.
29. Pfeifer M, Begerow B, Minne HW. Vitamin D and muscle function.
Osteoporos Int. 2002 Mar;13(3):187-94.
30. Fonseca V, Mohiuddin J, Weerakoon J, Boss M, Mikhailidis DP,
Dandona P. Plasma creatinine and creatinine clearance in nutritional
osteomalacia. Lancet. 1984 May 19;1(8386):1093-5.
31. Willheim M, Thien R, Schrattbauer K, Bajna E, Holub M, Gruber R, et al.
Regulatory effects of 1alpha,25-dihydroxyvitamin D3 on the cytokine production
of human peripheral blood lymphocytes. J Clin Endocrinol Metab. 1999
Oct;84(10):3739-44.
32. Cross HS, Bareis P, Hofer H, Bischof MG, Bajna E, Kriwanek S, et al. 25-
Hydroxyvitamin D(3)-1alpha-hydroxylase and vitamin D receptor gene
expression in human colonic mucosa is elevated during early cancerogenesis.
Steroids. 2001 Mar-May;66(3-5):287-92.
33. Rashid SF, Mountford JC, Gombart AF, Campbell MJ. 1alpha,25-
dihydroxyvitamin D(3) displays divergent growth effects in both normal and
malignant cells. Steroids. 2001 Mar-May;66(3-5):433-40.
57
34. Bikle DD. Vitamin D and skin cancer. J Nutr. 2004 Dec;134(12
Suppl):3472S-8S.
35. Harris DM, Go VL. Vitamin D and colon carcinogenesis. J Nutr. 2004
Dec;134(12 Suppl):3463S-71S.
36. Lou YR, Qiao S, Talonpoika R, Syvala H, Tuohimaa P. The role of
Vitamin D3 metabolism in prostate cancer. J Steroid Biochem Mol Biol. 2004
Nov;92(4):317-25.
37. Welsh J. Vitamin D and breast cancer: insights from animal models. Am
J Clin Nutr. 2004 Dec;80(6 Suppl):1721S-4S.
38. Beer TM, Myrthue A. Calcitriol in cancer treatment: from the lab to the
clinic. Mol Cancer Ther. 2004 Mar;3(3):373-81.
39. Peehl DM, Feldman D. Interaction of nuclear receptor ligands with the
Vitamin D signaling pathway in prostate cancer. J Steroid Biochem Mol Biol.
2004 Nov;92(4):307-15.
40. Dawson-Hughes B, Harris SS, Dallal GE. Plasma calcidiol, season, and
serum parathyroid hormone concentrations in healthy elderly men and women.
Am J Clin Nutr. 1997 Jan;65(1):67-71.
58
41. Freaney R, McBrinn Y, McKenna MJ. Secondary hyperparathyroidism in
elderly people: combined effect of renal insufficiency and vitamin D deficiency.
Am J Clin Nutr. 1993 Aug;58(2):187-91.
42. Kinyamu HK, Gallagher JC, Balhorn KE, Petranick KM, Rafferty KA.
Serum vitamin D metabolites and calcium absorption in normal young and
elderly free-living women and in women living in nursing homes. Am J Clin Nutr.
1997 Mar;65(3):790-7.
43. Rudnicki M, Thode J, Jorgensen T, Heitmann BL, Sorensen OH. Effects
of age, sex, season and diet on serum ionized calcium, parathyroid hormone
and vitamin D in a random population. J Intern Med. 1993 Aug;234(2):195-200.
44. Villareal DT, Civitelli R, Chines A, Avioli LV. Subclinical vitamin D
deficiency in postmenopausal women with low vertebral bone mass. J Clin
Endocrinol Metab. 1991 Mar;72(3):628-34.
45. Woitge HW, Scheidt-Nave C, Kissling C, Leidig-Bruckner G, Meyer K,
Grauer A, et al. Seasonal variation of biochemical indexes of bone turnover:
results of a population-based study. J Clin Endocrinol Metab. 1998
Jan;83(1):68-75.
46. Lips P. Vitamin D deficiency and secondary hyperparathyroidism in the
elderly: consequences for bone loss and fractures and therapeutic implications.
Endocr Rev. 2001 Aug;22(4):477-501.
59
47. Khaw KT, Scragg R, Murphy S. Single-dose cholecalciferol suppresses
the winter increase in parathyroid hormone concentrations in healthy older men
and women: a randomized trial. Am J Clin Nutr. 1994 May;59(5):1040-4.
48. Mosekilde L. Vitamin D and the elderly. Clin Endocrinol (Oxf). 2005
Mar;62(3):265-81.
49. Baker MR, McDonnell H, Peacock M, Nordin BE. Plasma 25-hydroxy
vitamin D concentrations in patients with fractures of the femoral neck. Br Med
J. 1979 Mar 3;1(6163):589.
50. Boonen S, Aerssens J, Dequeker J. Age-related endocrine deficiencies
and fractures of the proximal femur. II implications of vitamin D deficiency in the
elderly. J Endocrinol. 1996 Apr;149(1):13-7.
51. Clemens TL, Zhou XY, Myles M, Endres D, Lindsay R. Serum vitamin D2
and vitamin D3 metabolite concentrations and absorption of vitamin D2 in
elderly subjects. J Clin Endocrinol Metab. 1986 Sep;63(3):656-60.
52. Webb AR, Pilbeam C, Hanafin N, Holick MF. An evaluation of the relative
contributions of exposure to sunlight and of diet to the circulating concentrations
of 25-hydroxyvitamin D in an elderly nursing home population in Boston. Am J
Clin Nutr. 1990 Jun;51(6):1075-81.
60
53. Aaron JE, Makins NB, Sagreiya K. The microanatomy of trabecular bone
loss in normal aging men and women. Clin Orthop Relat Res. 1987
Feb(215):260-71.
54. Rehman MT, Hoyland JA, Denton J, Freemont AJ. Age related
histomorphometric changes in bone in normal British men and women. J Clin
Pathol. 1994 Jun;47(6):529-34.
55. Rimaniol JM, Authier FJ, Chariot P. Muscle weakness in intensive care
patients: initial manifestation of vitamin D deficiency. Intensive Care Med. 1994
Nov;20(8):591-2.
56. Lips P, Duong T, Oleksik A, Black D, Cummings S, Cox D, et al. A global
study of vitamin D status and parathyroid function in postmenopausal women
with osteoporosis: baseline data from the multiple outcomes of raloxifene
evaluation clinical trial. J Clin Endocrinol Metab. 2001 Mar;86(3):1212-21.
57. Boonen S, Bischoff-Ferrari HA, Cooper C, Lips P, Ljunggren O, Meunier
PJ, et al. Addressing the musculoskeletal components of fracture risk with
calcium and vitamin D: a review of the evidence. Calcif Tissue Int. 2006
May;78(5):257-70.
58. Boonen S, Vanderschueren D, Haentjens P, Lips P. Calcium and vitamin
D in the prevention and treatment of osteoporosis - a clinical update. J Intern
Med. 2006 Jun;259(6):539-52.
61
59. Bellamy R. Evidence of gene-environment interaction in development of
tuberculosis. Lancet. 2000 Feb 19;355(9204):588-9.
60. Hsia J, Heiss G, Ren H, Allison M, Dolan NC, Greenland P, et al.
Calcium/vitamin D supplementation and cardiovascular events. Circulation.
2007 Feb 20;115(7):846-54.
61. Zittermann A. Vitamin D and disease prevention with special reference to
cardiovascular disease. Prog Biophys Mol Biol. 2006 Sep;92(1):39-48.
62. Kamycheva E, Sundsfjord J, Jorde R. Serum parathyroid hormone levels
predict coronary heart disease: the Tromso Study. Eur J Cardiovasc Prev
Rehabil. 2004 Feb;11(1):69-74.
63. Reis JP, von Muhlen D, Kritz-Silverstein D, Wingard DL, Barrett-Connor
E. Vitamin D, parathyroid hormone levels, and the prevalence of metabolic
syndrome in community-dwelling older adults. Diabetes Care. 2007
Jun;30(6):1549-55.
64. Snijder MB, Lips P, Seidell JC, Visser M, Deeg DJ, Dekker JM, et al.
Vitamin D status and parathyroid hormone levels in relation to blood pressure: a
population-based study in older men and women. J Intern Med. 2007
Jun;261(6):558-65.
62
65. Gilbertson TJ, Stryd RP. High-performance liquid chromatographic assay
for 25-hydroxyvitamin D3 in serum. Clin Chem. 1977 Sep;23(9):1700-4.
66. Ikekawa N, Koizumi N. Separation of vitamin D metabolites and their
analogues by high-pressure liquid chromatography. J Chromatogr. 1976 Apr
28;119:227-32.
67. Jones G. Assay of vitamins D2 and D3, and 25-hydroxyvitamins D2 and
D3 in human plasma by high-performance liquid chromatography. Clin Chem.
1978 Feb;24(2):287-98.
68. Osadca M, Araujo M. High pressure liquid chromatographic separation
and identification of vitamins D2 and D3 in the presence of fat-soluble vitamins
in dosage forms. J Assoc Off Anal Chem. 1977 Sep;60(5):993-7.
69. Stryd RP, Gilbertson TJ. Some problems in development of a high-
performance liquid chromatographic assay to measure 25-hydroxyvitamin D2
and 25-hydroxyvitamin D3 simultaneously in human serum. Clin Chem. 1978
Jun;24(6):927-30.
70. Shepard RM, DeLuca HF. Determination of vitamin D and its metabolites
in plasma. Methods Enzymol. 1980;67:393-413.
63
71. Souberbielle JC, Cormier C, Kindermans C, Gao P, Cantor T, Forette F,
et al. Vitamin D status and redefining serum parathyroid hormone reference
range in the elderly. J Clin Endocrinol Metab. 2001 Jul;86(7):3086-90.
72. Souberbielle JC, Fayol V, Sault C, Lawson-Body E, Kahan A, Cormier C.
Assay-specific decision limits for two new automated parathyroid hormone and
25-hydroxyvitamin D assays. Clin Chem. 2005 Feb;51(2):395-400.
73. Malabanan A, Veronikis IE, Holick MF. Redefining vitamin D
insufficiency. Lancet. 1998 Mar 14;351(9105):805-6.
74. Bischoff-Ferrari HA, Willett WC, Wong JB, Giovannucci E, Dietrich T,
Dawson-Hughes B. Fracture prevention with vitamin D supplementation: a
meta-analysis of randomized controlled trials. Jama. 2005 May
11;293(18):2257-64.
75. Vieth R. What is the optimal vitamin D status for health? Prog Biophys
Mol Biol. 2006 Sep;92(1):26-32.
76. Bischoff-Ferrari HA. How to select the doses of vitamin D in the
management of osteoporosis. Osteoporos Int. 2007 Apr;18(4):401-7.
77. Bischoff-Ferrari HA, Giovannucci E, Willett WC, Dietrich T, Dawson-
Hughes B. Estimation of optimal serum concentrations of 25-hydroxyvitamin D
for multiple health outcomes. Am J Clin Nutr. 2006 Jul;84(1):18-28.
64
78. Lips P. Which circulating level of 25-hydroxyvitamin D is appropriate? J
Steroid Biochem Mol Biol. 2004 May;89-90(1-5):611-4.
79. Chapuy MC, Pamphile R, Paris E, Kempf C, Schlichting M, Arnaud S, et
al. Combined calcium and vitamin D3 supplementation in elderly women:
confirmation of reversal of secondary hyperparathyroidism and hip fracture risk:
the Decalyos II study. Osteoporos Int. 2002 Mar;13(3):257-64.
80. Chapuy MC, Schott AM, Garnero P, Hans D, Delmas PD, Meunier PJ.
Healthy elderly French women living at home have secondary
hyperparathyroidism and high bone turnover in winter. EPIDOS Study Group. J
Clin Endocrinol Metab. 1996 Mar;81(3):1129-33.
81. Alagol F, Shihadeh Y, Boztepe H, Tanakol R, Yarman S, Azizlerli H, et al.
Sunlight exposure and vitamin D deficiency in Turkish women. J Endocrinol
Invest. 2000 Mar;23(3):173-7.
82. Lips P, Hackeng WH, Jongen MJ, van Ginkel FC, Netelenbos JC.
Seasonal variation in serum concentrations of parathyroid hormone in elderly
people. J Clin Endocrinol Metab. 1983 Jul;57(1):204-6.
83. Thomas MK, Lloyd-Jones DM, Thadhani RI, Shaw AC, Deraska DJ, Kitch
BT, et al. Hypovitaminosis D in medical inpatients. N Engl J Med. 1998 Mar
19;338(12):777-83.
65
84. Compston JE. Vitamin D deficiency: time for action. Evidence supports
routine supplementation for elderly people and others at risk. Bmj. 1998 Nov
28;317(7171):1466-7.
85. Aksnes L, Rodland O, Odegaard OR, Bakke KJ, Aarskog D. Serum
levels of vitamin D metabolites in the elderly. Acta Endocrinol (Copenh). 1989
Jul;121(1):27-33.
86. Du X, Greenfield H, Fraser DR, Ge K, Trube A, Wang Y. Vitamin D
deficiency and associated factors in adolescent girls in Beijing. Am J Clin Nutr.
2001 Oct;74(4):494-500.
87. Hashemipour S, Larijani B, Adibi H, Javadi E, Sedaghat M, Pajouhi M, et
al. Vitamin D deficiency and causative factors in the population of Tehran. BMC
Public Health. 2004 Aug 25;4:38.
88. Isaia G, Giorgino R, Rini GB, Bevilacqua M, Maugeri D, Adami S.
Prevalence of hypovitaminosis D in elderly women in Italy: clinical
consequences and risk factors. Osteoporos Int. 2003 Jul;14(7):577-82.
89. Olmez D, Bober E, Buyukgebiz A, Cimrin D. The frequency of vitamin D
insufficiency in healthy female adolescents. Acta Paediatr. 2006
Oct;95(10):1266-9.
66
90. Cross HS, Lipkin M, Kallay E. Nutrients regulate the colonic vitamin D
system in mice: relevance for human colon malignancy. J Nutr. 2006
Mar;136(3):561-4.
91. Holick MF, Matsuoka LY, Wortsman J. Age, vitamin D, and solar
ultraviolet. Lancet. 1989 Nov 4;2(8671):1104-5.
92. Heaney RP. More evidence and still no action. J Clin Endocrinol Metab.
2000 Sep;85(9):3009-10.
93. Jacques PF, Felson DT, Tucker KL, Mahnken B, Wilson PW, Rosenberg
IH, et al. Plasma 25-hydroxyvitamin D and its determinants in an elderly
population sample. Am J Clin Nutr. 1997 Oct;66(4):929-36.
94. van der Wielen RP, Lowik MR, van den Berg H, de Groot LC, Haller J,
Moreiras O, et al. Serum vitamin D concentrations among elderly people in
Europe. Lancet. 1995 Jul 22;346(8969):207-10.
95. Webb AR, Kline L, Holick MF. Influence of season and latitude on the
cutaneous synthesis of vitamin D3: exposure to winter sunlight in Boston and
Edmonton will not promote vitamin D3 synthesis in human skin. J Clin
Endocrinol Metab. 1988 Aug;67(2):373-8.
67
96. Kyriakidou-Himonas M, Aloia JF, Yeh JK. Vitamin D supplementation in
postmenopausal black women. J Clin Endocrinol Metab. 1999 Nov;84(11):3988-
90.
97. Gloth FM, 3rd, Gundberg CM, Hollis BW, Haddad JG, Jr., Tobin JD.
Vitamin D deficiency in homebound elderly persons. Jama. 1995 Dec
6;274(21):1683-6.
98. Harris SS, Soteriades E, Coolidge JA, Mudgal S, Dawson-Hughes B.
Vitamin D insufficiency and hyperparathyroidism in a low income, multiracial,
elderly population. J Clin Endocrinol Metab. 2000 Nov;85(11):4125-30.
99. Guinot C, Malvy D, Preziosi P, Galan P, Chapuy M, Maamer M, et al.
[Vitamin D concentrations in blood and skin phototype in a general adult
population in France]. Ann Dermatol Venereol. 2000 Dec;127(12):1073-6.
100. Awumey EM, Mitra DA, Hollis BW, Kumar R, Bell NH. Vitamin D
metabolism is altered in Asian Indians in the southern United States: a clinical
research center study. J Clin Endocrinol Metab. 1998 Jan;83(1):169-73.
101. Dawson-Hughes B, Harris SS, Krall EA, Dallal GE. Effect of calcium and
vitamin D supplementation on bone density in men and women 65 years of age
or older. N Engl J Med. 1997 Sep 4;337(10):670-6.
68
102. Pack AM, Morrell MJ. Epilepsy and bone health in adults. Epilepsy
Behav. 2004 Feb;5 Suppl 2:S24-9.
103. Pack AM, Gidal B, Vazquez B. Bone disease associated with
antiepileptic drugs. Cleve Clin J Med. 2004 Feb;71 Suppl 2:S42-8.
104. Rejnmark L, Vestergaard P, Heickendorff L, Andreasen F, Mosekilde L.
Effects of thiazide- and loop-diuretics, alone or in combination, on calcitropic
hormones and biochemical bone markers: a randomized controlled study. J
Intern Med. 2001 Aug;250(2):144-53.
105. Wolf M, Thadhani R. Vitamin D in patients with renal failure: a summary
of observational mortality studies and steps moving forward. J Steroid Biochem
Mol Biol. 2007 Mar;103(3-5):487-90.
106. Ferrier IN, Leake A, Taylor GA, McKeith IG, Fairbairn AF, Robinson CJ,
et al. Reduced gastrointestinal absorption of calcium in dementia. Age Ageing.
1990 Nov;19(6):368-75.
107. Nieves J, Cosman F, Herbert J, Shen V, Lindsay R. High prevalence of
vitamin D deficiency and reduced bone mass in multiple sclerosis. Neurology.
1994 Sep;44(9):1687-92.
108. Ozgocmen S, Bulut S, Ilhan N, Gulkesen A, Ardicoglu O, Ozkan Y.
Vitamin D deficiency and reduced bone mineral density in multiple sclerosis:
69
effect of ambulatory status and functional capacity. J Bone Miner Metab.
2005;23(4):309-13.
109. Sato Y, Honda Y, Iwamoto J, Kanoko T, Satoh K. Abnormal bone and
calcium metabolism in immobilized Parkinson's disease patients. Mov Disord.
2005 Dec;20(12):1598-603.
110. Sato Y, Kaji M, Tsuru T, Oizumi K. Risk factors for hip fracture among
elderly patients with Parkinson's disease. J Neurol Sci. 2001 Jan 1;182(2):89-
93.
111. Aris RM, Lester GE, Dingman S, Ontjes DA. Altered calcium
homeostasis in adults with cystic fibrosis. Osteoporos Int. 1999;10(2):102-8.
112. Chavasse RJ, Francis J, Balfour-Lynn I, Rosenthal M, Bush A. Serum
vitamin D levels in children with cystic fibrosis. Pediatr Pulmonol. 2004
Aug;38(2):119-22.
113. Vogelsang H, Schofl R, Tillinger W, Ferenci P, Gangl A. 25-
hydroxyvitamin D absorption in patients with Crohn's disease and with
pancreatic insufficiency. Wien Klin Wochenschr. 1997 Sep 19;109(17):678-82.
114. Liedman B, Bosaeus I, Mellstrom D, Lundell L. Osteoporosis after total
gastrectomy. Results of a prospective, clinical study. Scand J Gastroenterol.
1997 Nov;32(11):1090-5.
70
115. Dresner Pollack R, Rachmilewitz E, Blumenfeld A, Idelson M, Goldfarb
AW. Bone mineral metabolism in adults with beta-thalassaemia major and
intermedia. Br J Haematol. 2000 Dec;111(3):902-7.
116. Yumita S, Suzuki M, Akiba T, Akizawa T, Seino Y, Kurokawa K. Levels of
serum 1,25(OH)2D in patients with pre-dialysis chronic renal failure. Tohoku J
Exp Med. 1996 Sep;180(1):45-56.
117. St John A, Thomas MB, Davies CP, Mullan B, Dick I, Hutchison B, et al.
Determinants of intact parathyroid hormone and free 1,25-dihydroxyvitamin D
levels in mild and moderate renal failure. Nephron. 1992;61(4):422-7.
118. Kroger H, Penttila IM, Alhava EM. Low serum vitamin D metabolites in
women with rheumatoid arthritis. Scand J Rheumatol. 1993;22(4):172-7.
119. Shane E, Mancini D, Aaronson K, Silverberg SJ, Seibel MJ, Addesso V,
et al. Bone mass, vitamin D deficiency, and hyperparathyroidism in congestive
heart failure. Am J Med. 1997 Sep;103(3):197-207.
120. Kuehn EW, Anders HJ, Bogner JR, Obermaier J, Goebel FD, Schlondorff
D. Hypocalcaemia in HIV infection and AIDS. J Intern Med. 1999 Jan;245(1):69-
73.
121. McKenna MJ. Differences in vitamin D status between countries in young
adults and the elderly. Am J Med. 1992 Jul;93(1):69-77.
71
122. Lips P. Vitamin D status and nutrition in Europe and Asia. J Steroid
Biochem Mol Biol. 2007 Mar;103(3-5):620-5.
123. Gonzalez-Clemente JM, Martinez-Osaba MJ, Minarro A, Delgado MP,
Mauricio D, Ribera F. [Hypovitaminosis D: its high prevalence in elderly
outpatients in Barcelona. Associated factors]. Med Clin (Barc). 1999 Nov
20;113(17):641-5.
124. Feleke Y, Abdulkadir J, Mshana R, Mekbib TA, Brunvand L, Berg JP, et
al. Low levels of serum calcidiol in an African population compared to a North
European population. Eur J Endocrinol. 1999 Oct;141(4):358-60.
125. Fradinger EE, Zanchetta JR. Vitamin D and bone mineral density in
ambulatory women living in Buenos Aires, Argentina. Osteoporos Int.
2001;12(1):24-7.
126. Fradinger EE, Zanchetta JR. [Vitamin D status in women living in Buenos
Aires]. Medicina (B Aires). 1999;59(5 Pt 1):449-52.
127. Fassi J, Russo Picasso MF, Furci A, Sorroche P, Jauregui R, Plantalech
L. [Seasonal variations in 25-hydroxyvitamin D in young and elderly and
populations in Buenos Aires City]. Medicina (B Aires). 2003;63(3):215-20.
72
128. Oliveri B, Plantalech L, Bagur A, Wittich AC, Rovai G, Pusiol E, et al.
High prevalence of vitamin D insufficiency in healthy elderly people living at
home in Argentina. Eur J Clin Nutr. 2004 Feb;58(2):337-42.
129. Ladizesky M, Oliveri B, Mautalen CA. [Serum levels of 25-hydroxyvitamin
D in the normal population of Buenos Aires: its seasonal variation]. Medicina (B
Aires). 1987;47(3):268-72.
130. Oliveri MB, Ladizesky M, Mautalen CA, Alonso A, Martinez L. Seasonal
variations of 25 hydroxyvitamin D and parathyroid hormone in Ushuaia
(Argentina), the southernmost city of the world. Bone Miner. 1993 Jan;20(1):99-
108.
131. Oliveri MB, Ladizesky M, Somoza J, Martinez L, Mautalen C. [Winter
serum levels of 25-hydroxy-vitamin D in Ushuaia and Buenos Aires]. Medicina
(B Aires). 1990;50(4):310-4.
132. Oliveri MB, Mautalen CA, Alonso A, Velazquez H, Trouchot HA, Porto R,
et al. [Nutritional status of vitamin D in mothers and neonates of Ushuaia and
Buenos Aires]. Medicina (B Aires). 1993;53(4):315-20.
133. Portales JAR. Hipovitaminosis D en Mujeres Postmenopáusicas con
Masa Ósea Baja en la Región Metropolitana. Rev Med Chile 2001;129:849-52.
73
134. Linhares ER, Jones DA, Round JM, Edwards RH. Effect of nutrition on
vitamin D status: studies on healthy and poorly nourished Brazilian children. Am
J Clin Nutr. 1984 Apr;39(4):625-30.
135. Maeda SSK HI, Pereira R L, Lazaretti-Castro, M. Influência dos Aspectos
Ocupacionais e da Sazonalidade nas Concentrações de 25-Hidroxivitamina D
em População Jovem Saudável da Cidade de São Paulo. . Arq Bras Endocrinol
e Metab. 2003;48:s501.
136. Maeda SSK HI, Pereira R L, Lazaretti-Castro, M. Influência Sazonal
sobre as Concentrações de 25-Hidroxivitamina D em População Idosa Ativa na
Cidade de São Paulo. Arq Bras Endocrinol e Metab 2003;48:s503.
137. Saraiva GL, Cendoroglo MS, Ramos LR, Araujo LM, Vieira JG, Kunii I, et
al. Influence of ultraviolet radiation on the production of 25 hydroxyvitamin D in
the elderly population in the city of Sao Paulo (23 degrees 34'S), Brazil.
Osteoporos Int. 2005 Dec;16(12):1649-54.
138. Premaor MO, Alves GV, Crossetti LB, Furlanetto TW.
Hyperparathyroidism secondary to hypovitaminosis D in hypoalbuminemic is
less intense than in normoalbuminemic patients: a prevalence study in medical
inpatients in southern Brazil. Endocrine. 2004 Jun;24(1):47-53.
74
139. Garland CF, Garland FC, Gorham ED, Lipkin M, Newmark H, Mohr SB,
et al. The role of vitamin D in cancer prevention. Am J Public Health. 2006
Feb;96(2):252-61.
140. Gorham ED, Garland CF, Garland FC, Grant WB, Mohr SB, Lipkin M, et
al. Optimal vitamin D status for colorectal cancer prevention: a quantitative meta
analysis. Am J Prev Med. 2007 Mar;32(3):210-6.
141. Holick MF. Vitamin D: important for prevention of osteoporosis,
cardiovascular heart disease, type 1 diabetes, autoimmune diseases, and some
cancers. South Med J. 2005 Oct;98(10):1024-7.
142. Holick MF. The vitamin D epidemic and its health consequences. J Nutr.
2005 Nov;135(11):2739S-48S.
143. Lee JM, Smith JR, Philipp BL, Chen TC, Mathieu J, Holick MF. Vitamin D
deficiency in a healthy group of mothers and newborn infants. Clin Pediatr
(Phila). 2007 Jan;46(1):42-4.
144. Spina CS, Tangpricha V, Uskokovic M, Adorinic L, Maehr H, Holick MF.
Vitamin D and cancer. Anticancer Res. 2006 Jul-Aug;26(4A):2515-24.
145. Peacock M, Liu G, Carey M, McClintock R, Ambrosius W, Hui S, et al.
Effect of calcium or 25OH vitamin D3 dietary supplementation on bone loss at
75
the hip in men and women over the age of 60. J Clin Endocrinol Metab. 2000
Sep;85(9):3011-9.
146. McKane WR, Khosla S, Egan KS, Robins SP, Burritt MF, Riggs BL. Role
of calcium intake in modulating age-related increases in parathyroid function
and bone resorption. J Clin Endocrinol Metab. 1996 May;81(5):1699-703.
147. Ooms ME, Roos JC, Bezemer PD, van der Vijgh WJ, Bouter LM, Lips P.
Prevention of bone loss by vitamin D supplementation in elderly women: a
randomized double-blind trial. J Clin Endocrinol Metab. 1995 Apr;80(4):1052-8.
148. Adams JS, Kantorovich V, Wu C, Javanbakht M, Hollis BW. Resolution of
vitamin D insufficiency in osteopenic patients results in rapid recovery of bone
mineral density. J Clin Endocrinol Metab. 1999 Aug;84(8):2729-30.
149. Bischoff HA, Stahelin HB, Dick W, Akos R, Knecht M, Salis C, et al.
Effects of vitamin D and calcium supplementation on falls: a randomized
controlled trial. J Bone Miner Res. 2003 Feb;18(2):343-51.
150. Bischoff-Ferrari HA, Dawson-Hughes B, Willett WC, Staehelin HB,
Bazemore MG, Zee RY, et al. Effect of Vitamin D on falls: a meta-analysis.
Jama. 2004 Apr 28;291(16):1999-2006.
76
151. Broe KE, Chen TC, Weinberg J, Bischoff-Ferrari HA, Holick MF, Kiel DP.
A higher dose of vitamin d reduces the risk of falls in nursing home residents: a
randomized, multiple-dose study. J Am Geriatr Soc. 2007 Feb;55(2):234-9.
152. Trivedi DP, Doll R, Khaw KT. Effect of four monthly oral vitamin D3
(cholecalciferol) supplementation on fractures and mortality in men and women
living in the community: randomised double blind controlled trial. Bmj. 2003 Mar
1;326(7387):469.
153. Grant AM, Avenell A, Campbell MK, McDonald AM, MacLennan GS,
McPherson GC, et al. Oral vitamin D3 and calcium for secondary prevention of
low-trauma fractures in elderly people (Randomised Evaluation of Calcium Or
vitamin D, RECORD): a randomised placebo-controlled trial. Lancet. 2005 May
7-13;365(9471):1621-8.
154. Jackson RD, LaCroix AZ, Gass M, Wallace RB, Robbins J, Lewis CE, et
al. Calcium plus vitamin D supplementation and the risk of fractures. N Engl J
Med. 2006 Feb 16;354(7):669-83.
155. Porthouse J, Cockayne S, King C, Saxon L, Steele E, Aspray T, et al.
Randomised controlled trial of calcium and supplementation with cholecalciferol
(vitamin D3) for prevention of fractures in primary care. Bmj. 2005 Apr
30;330(7498):1003.
77
156. Wigg AE, Prest C, Slobodian P, Need AG, Cleland LG. A system for
improving vitamin D nutrition in residential care. Med J Aust. 2006 Aug
21;185(4):195-8.
157. Diamond TH, Ho KW, Rohl PG, Meerkin M. Annual intramuscular
injection of a megadose of cholecalciferol for treatment of vitamin D deficiency:
efficacy and safety data. Med J Aust. 2005 Jul 4;183(1):10-2.
158. Pfeifer M, Begerow B, Minne HW, Abrams C, Nachtigall D, Hansen C.
Effects of a short-term vitamin D and calcium supplementation on body sway
and secondary hyperparathyroidism in elderly women. J Bone Miner Res. 2000
Jun;15(6):1113-8.
159. Chapuy MC, Arlot ME, Delmas PD, Meunier PJ. Effect of calcium and
cholecalciferol treatment for three years on hip fractures in elderly women. Bmj.
1994 Apr 23;308(6936):1081-2.
160. Chapuy MC, Arlot ME, Duboeuf F, Brun J, Crouzet B, Arnaud S, et al.
Vitamin D3 and calcium to prevent hip fractures in the elderly women. N Engl J
Med. 1992 Dec 3;327(23):1637-42.
161. Heikinheimo RJ, Inkovaara JA, Harju EJ, Haavisto MV, Kaarela RH,
Kataja JM, et al. Annual injection of vitamin D and fractures of aged bones.
Calcif Tissue Int. 1992 Aug;51(2):105-10.
78
162. Avenell A, Gillespie WJ, Gillespie LD, O'Connell DL. Vitamin D and
vitamin D analogues for preventing fractures associated with involutional and
post-menopausal osteoporosis. Cochrane Database Syst Rev.
2005(3):CD000227.
163. Boonen S, Lips P, Bouillon R, Bischoff-Ferrari HA, Vanderschueren D,
Haentjens P. Need for additional calcium to reduce the risk of hip fracture with
vitamin d supplementation: evidence from a comparative metaanalysis of
randomized controlled trials. J Clin Endocrinol Metab. 2007 Apr;92(4):1415-23.
164. Tang BMP, Eslick, GD, Nowwson C, Smith C, Bensoussan, A. Use of
calcium or calcium in combination with vitamin D supplementation to prevent
fractures and bone loss in people aged 50 years and older: a meta-analysis.
Lancet 2007 Aug; 370: 657-66.
79
H
YPOVITAMINOSIS D AND SECONDARY
HYPERPARATHYROIDISM IN RESIDENT
PHYSICIANS OF A GENERAL HOSPITAL IN
SOUTHERN BRAZIL
80
ABSTRACT
OBJECTIVES: To evaluate the prevalence of hypovitaminosis D and secondary
hyperparathyroidism in resident physicians of a general hospital in southern
Brazil and identify associated factors.
DESIGN: Cross-sectional study.
POPULATION: Resident physicians of Hospital de Clínicas de Porto Alegre,
Porto Alegre, southern Brazil.
PARTICIPANTS: 73 subjects age 26.4±1.9.
MEASUREMENTS: Serum parathyroid hormone (PTH), 25-hydroxyvitamin D
[25(OH)D], total calcium, phosphorus, magnesium, creatinine, and alkaline
phosphatase were measured. In addition calcium, creatinine and magnesium
were measured in urine. Fractional excretion of calcium and magnesium were
calculated. Calcium intake was estimated by a food intake questionnaire.
RESULTS: Mean serum levels of 25(OH)D were 17.9 ± 8.0 ng/mL and 57.4%
presented 25(OH)D below 20 ng/mL. Secondary hyperparathyroidism, defined
as serum PTH 48 pg/mL and normal or low serum calcium, was identified in
39.7% of the individuals. Mean serum levels of magnesium were higher
81
(p=0.02) and fractional excretion of calcium was lower (p<0.001) in individuals
with secondary hyperparathyroidism. Serum PTH levels were positively
correlated with body mass index (r=0.33 and p=0.006) and serum magnesium
levels (r=0.33 and p=0.02) and negatively with serum 25(OH)D levels (r=-0.33
and p=0.008), estimated calcium intake (r=-0.25 and p=0.04), and fractional
excretion of calcium (r=-0.34 and p=0.009).
CONCLUSION: Vitamin D deficiency and secondary hyperparathyroidism was
very common in resident physicians. Therefore, measures to prevent this
situation should be recomended.
Key Words: Vitamin D Deficiency; Secondary Hyperparathyroidism; Resident
Physicians
82
INTRODUCTION
Vitamin D deficiency is common in locations where the exposure to solar
radiation, more precisely ultraviolet B, is low (1) and this has been described as
a cause of secondary hyperparathyroidism (SHP). Low intake of calcium (2),
renal failure (3,4) and hyperphosphatemia may also provoke SHP (5).
Hypovitaminosis D is common in some populations, such as the elderly,
Arabian and Chinese immigrants in the United Kingdom (6). In addition, it has
already been identified in young adults (1), young physicians and medical
students (7).
Resident physicians work in closed environments, with little sunlight
exposure (8). They are overwhelmed by long work shifts, they do not have a
predictable meal time and many times they fail to take care of their own health
(9,10). These factors may increase the risk of hypovitaminosis D and SHP in
these individuals. For this reason, our objectives were to estimate the
prevalence of hypovitaminosis D and SHP in resident physicians of a general
hospital in southern Brazil, and to identify possible associated factors.
83
MATERIALS AND METHODS
Study Design and Population
A cross-sectional study was conducted at Hospital de Clínicas de Porto
Alegre (HCPA), in the City of Porto Alegre, parallel 30º, south of Brazil. The
calculated number of subjects to detect 30% prevalence, with a precision of 10,
for a significance level of 0.1, was 56. No one was excluded.
The study was approved by the Ethics Committee of HCPA. All
individuals provided an informed consent term. Data were collected in October
and November 2003 and 2004.
Measurements
The following data were obtained during recruitment using a
standardized questionnaire: age, sunlight exposure, tobacco, and alcohol use.
Weight, height and phototype were determined the same day by the authors.
The body mass index (BMI) was calculated by the formula: weight (kg)/ height
2
(cm). Calcium intake was estimated through a questionnaire of food intake
previously validated in our environment.
84
Blood samples were collected between 9 and 11 AM, after a fasting of at
least 4 hours, and a urine sample was collected in the second morning voiding.
All samples were frozen at -70ºC and analyzed at the same time. Serum 25-
hydroxyvitamin D [25(OH)D] and serum parathyroid hormone (PTH) levels were
measured, respectively, by chemiluminescence (LIAISON - DiaSorin Inc,
Stillwater/ MN, CV 6% intra-assay) and electrochemiluminescence (Elecsys –
Roche Diagnostics, Indianapolis/USA, CV 2% intra- assay). Serum
phosphorous, magnesium, total calcium, creatinine, and alkaline phosphatase
levels, and urinary creatinine, magnesium, and calcium were measured by
routine methods at HCPA.
Hypovitaminosis D was defined as 25(OH)D < 20 ng/mL. Normal range
for serum PTH levels were calculated in a prior study, by the mean ± two
standard deviations, in patients with serum 25(OH)D levels 20 ng/Ml(11,12).
SHP was defined as serum PTH levels > 48 pg/mL, with normal or low serum
total calcium levels. The fractional excretion of calcium and magnesium (FE
Ca
and FE
Mg
) were calculated through the formulas: FE
Ca
= (urinary calcium/serum
calcium)/ (urinary creatinine/ serum creatinine) x 100% and FE
Mg
= (urinary
magnesium/ serum magnesium)/ (urinary creatinine/ serum creatinine) x 100%.
Statistical analysis
The prevalence of hypovitaminosis D and secondary
hyperparathyroidism were calculated. Associated factors were evaluated
85
through Student’s t test, Mann-Whitney’s test, Fisher’s Exact test, χ
2
and
Pearson’s and Spearman’s correlation coefficients, when indicated. As the
following variables serum PTH, 25(OH)D, alkaline phosphatase, and calcium
intake presented an asymmetrical distribution, they were transformed into their
natural logarithm. A multiple linear regression was used to evaluate factors
associated with serum PTH.
86
RESULTS
In total, 89 individuals were invited to participate in the study. Seven
refused and nine did not conclude it.
The baseline characteristics for this population are described in Table 1.
The mean serum 25(OH)D levels were 17.9 ± 8.0 ng/mL and 57.4% presented
serum 25(OH)D levels below 20 ng/mL. SHP was identified in 39.7% of the
subjects and 60.9% had an estimated calcium intake below 500 mg/day.
There was no correlation between serum 25(OH)D, total calcium (r=-0.10
and p=0.53), phosphorous (r= 0.06; p=0.66), alkaline phosphatase l (r= 0.21;
p=0.13), and magnesium levels. FE
Mg
(r=0.09; p=0.66), FE
Ca
(r= 0.05; p=0.70),
calcium intake and BMI were also not correlated with it. Such data are partially
shown in Figure 1.
Serum PTH levels were negatively correlated with serum 25(OH)D
levels, calcium intake and FE
Ca
(r=-0.34 p=0.009), and were positively
correlated with the serum magnesium levels and BMI. There was no correlation
between serum creatinine (r=0.16; p=0.21), total calcium (r=-0.07; p=0.60),
phosphorous (r=0.07; p=0.58), alkaline phosphatase (-0.074 p=0.56), and PTH
levels. FE
Mg
(r=-0.35; p=0.07) was also not correlated with it. Such data are
87
partially shown in Figure 2. Individuals with SHP had significantly higher mean
serum magnesium levels and significantly lower FE
Ca
than individuals without
SHP (Table 1).
The factors associated with the serum PTH variation were studied in a
linear regression model. BMI and serum 25(OH)D levels were associated
independently with serum PTH levels, as shown in Table 2.
88
Table 1. Baseline characteristics of the resident physicians
All With SHP
a
Without SHP
a
p
Age (years)
26.4±1.9 (72) 26.9±2.5 (29) 26.1±1.5 (43) 0.12
Phototype I and II
40/70 (57.1) 14/27 (51.85) 26/43 (60.5) 0.51
Female
36/73 (49.3) 12/29 (41.3) 24/44 (54.5) 0.34
Exposure to sun
b
23/72 (32) 12/29 (41.37) 11/43 (25.6) 0.20
Smokers
3/72 (4.2) 2/29 (6.9) 1/43 (2.3) 0.56
Alcohol use
19/71 (26.8) 6/28 (21.4) 13/43 (30.2) 0.58
Weight (kg)
68.3±12.4 (71) 71.4±12.6 (28) 66.3±12.0 (43) 0.10
BMI
c
(kg/m
2
)
23±2.7 (71) 23.7±2.5 (28) 22.4±2.7 (43) 0.06
Calcium intake (mg/day)
495±420 (69) 410.6±388 (28) 553.0±435 (41) 0.09
PTH
(pg/mL)
45.8±22.7(73) 68.7±15.8 (29) 30.8±10.7 (44)
25(OH)D
d
(ng/mL)
17.9±8.0 (53) 15.4±7.4 (18) 19.3±8.1 (25) 0.09
Total Calcium (mg/dL)
9.2±0.4 (53) 9.1±0.4 (17) 9.2±0.4 (36) 0.33
Phosphorous (mg/dL)
4.0±0.5 (65) 4.0±0.5 (21) 4.0±0.5 (44) 0.57
Magnesium (mg/dL)
2.0±0.2 (53) 2.2±0.1(18) 2.0±0.2 (35) 0.02
Alkaline Phosphatase (U/L)
91.4±66 (65) 99.7±73 (21) 74.3±44 (44) 0.09
Creatinine (mg/dL)
1.0±0.2 (65) 1.0±0.2 (21) 1.0±0.2 (44) 0.45
FE
Ca
e
(%)
0.8±0.5 (58) 0.5±0.3 (20) 0.9±0.5 (38) 0.001
FE
Mg
f
(%)
1.8±1.0 (27) 1.6±0.9 (14) 1.9±1.0 (13) 0.46
Data are shown as mean ± standard deviation (n) and n/n total (%).
a
SHP: secondary hyperparathyroidism, defined as serum parathyroid hormone (PTH) levels >
48 pg/mL and normal or low serum total calcium levels
b
Exposure to sun > 3 h/week
c
Body mass index
d
25-hydroxyvitamin D
e
Fractional excretion of calcium
f
Fractional excretion of magnesium
89
Table 2. Characteristics of resident physicians with vitamin D deficiency or not (n=52)
25(OH)D
a
< 20 ng/mL 25(OH)D
a
20 ng/mL p
Age (years) 23.3±1.6 (n) 26.4±2.7(n) 0.85
Phototype I and II 19/30 (63.3) 12/21 (57.1) 0.77
Female 14/30 (46.6) 15/23 (65.2) 0.26
Exposure to sun
b
8/30 (26.7) 8/22 (36.4) 0.54
Smokers
3/30 (10) 0/22 0.25
Alcohol use
6/29 (20.6) 8/22 (36.4) 0.34
Weight (kg)
68.2±12.3 (29) 66.8±13.6 (22) 0.70
BMI
c
(kg/m
2
)
23.1±2.6 (29) 22.6±3.0 (22) 0.57
Calcium intake (mg/day)
503±446 (30) 582±482 (21) 0.83
Data are shown as mean ± standard deviation (n) and n/n total (%).
a
25- hydroxyvitamin D
b
Exposure to sun > 3 h/week
c
Body Mass Index
Table 3. Model of multiple linear regression
a
for possible factors associated with
serum parathyroid hormone in resident physicians (n=53).
B Standard Error Beta p
BMI (kg/m
2
)
b
2.9 0.93 0.39 0.003
25(OH)D (ng/mL)
-0.67 0.33 -0.26 0.048
a
Variables that were included in the model: BMI, serum magnesium, serum 25(OH)D
and the natural logarithm of calcium daily intake.
Variables that remained in the model: BMI and 25(OH)D
Dependent variable: serum PTH
b
Body mass index
90
Figure 1: Correlations between serum 25(OH)D levels, and serum total calcium,
and magnesium levels, and calcium daily intake and body mass index.
91
Figure 2: Correlations between serum parathyroid hormone levels and serum
magnesium levels, calcium daily intake, body mass index and serum 25(OH)D
levels.
92
DISCUSSION
The health of resident physicians has been the object of great concern by
the scientific community (10). They present a higher incidence of depressive
symptoms related to stress (9,13). Little is known about the prevalence of other
health problems in this population. Additionally, their life habits are usually
unhealthy: they remain in closed places for long periods, with little sunlight
exposure (9), they sleep few hours (9), have unscheduled meal times (9), and
possibly eat calorie-rich foods with poor nutritional value. Furthermore, as long
hours with no sunlight are an important risk factor for vitamin D deficiency, the
hypovitaminosis D prevalence of 57.4% in these resident physicians was not
surprising.
To our knowledge, there are no studies on the prevalence of
hypovitaminosis D and secondary hyperparathyroidism in medical residents in
Latin America. Studies on the prevalence of hypovitaminosis D in other
populations of young adults found 2 to 30% of the adults with vitamin D
deficiency (6,7). In selected populations, such as women wearing clothes that
cover all body (14), descendents of Arabian or Indian immigrants in European
countries (6,15) and in regions with little solar radiation, such as the city of
Boston (7,16), in the United States, in the winter, the prevalence of
hypovitaminosis D is more than 50%.
93
In a cohort study conducted with elderly people in the city of São Paulo
(17), parallel 23º south, Brazil, the mean serum 25(OH)D levels decreased
more than 20 ng/dL from summer to winter. Similar data were observed in post-
menopause women in Buenos Aires, Argentina, 34ºS (18,19). The city of Porto
Alegre is located in parallel 30º south, and our data were collected in October
and November 2003, which correspond to the first and second spring months,
respectively, in our country. This factor might have contributed to the high
prevalence of hypovitaminosis D, in the present study, and it is possible that the
serum 25 (OH)D levels would be higher in summer.
Vitamin D supplementation in the diet is not usual in our country, which
probably contributed to the high prevalence of vitamin D deficiency. The low
calcium intake, observed in most individuals who participated in our study, may
also have influenced this prevalence. A low calcium diet increases the
25(OH)D consumption due to a compensatory increased production of
1.25(OH)
2
D, which is required to maximize calcium absorption as much as
possible (20,21).
Interestingly, many studies have shown that only part of the individuals
with vitamin D deficiency have SHP (22). In the present study, only 60% of the
subjects with serum 25(OH)D levels lower than 20 ng/dL had SHP. The cause
of this phenomenon is unknown, nevertheless, one possible mechanism could
be magnesium deficiency, since it inhibits the appropriate PTH increase in
response to the reduced serum calcium levels (23,24). Subjects who had SHP
94
in our study had also higher mean serum magnesium levels. Moreover, these
levels were positively correlated with serum PTH levels which suggest the
above assumption is correct.
The prevalence of SHP in resident physicians in our study was 39.7%
and, as it was expected, the mean serum PTH levels was inversely correlated
with the calcium intake and the serum 25(OH)D levels. Such data agree with
those found in the 5
th
Tromsø study which shows vitamin D deficiency and low
calcium intake as the main causes for SHP (2). Low calcium intake was not
associated with SHP in the multivariate analysis, probably because the calcium
intake was very low in most individuals (in 82.6% it was < 700 mg/day).
A positive correlation between serum PTH levels and BMI was also
observed in the 5
th
Tromsø study (25). In this study, BMI was associated with
serum PTH levels, even after correction for age, tobacco use, coffee
consumption and serum 25(OH)D levels. Another study conducted in Iceland
(26), in adults between 30 and 85 years of age, also found an association
between serum PTH levels and BMI. The mechanism of this association is
unknown; however, it is believed that sodium-rich hypercaloric diets which
increase body weight, may also lead to an increase in natriuresis. The
consequent higher calcium excretion in urine could cause a compensatory
increase in serum PTH levels (27). In our study, this association remained
independent after the correction for serum 25(OH)D and magnesium levels, and
95
calcium intake. Unfortunately, we did not measure the sodium intake and the
urinary sodium excretion.
Vitamin D deficiency and SHP could be considered a major problem in
these resident physicians. Since the concern about the health of these
physicians is a medical community obligation, we should implement measures
to improve their health habits and to reduce the risks they are exposed. A
healthier diet, vitamin D supplementation and exposure to sunlight should be
encouraged for all residency programs.
96
BIBLIOGRAPHY
1. Holick MF. Vitamin D deficiency. N Engl J Med 2007;357(3):266-81.
2. Saleh F, Jorde R, Sundsfjord J, Haug E, Figenschau Y. Causes of
secondary hyperparathyroidism in a healthy population: the Tromso study. J
Bone Miner Metab 2006;24(1):58-64.
3. Patel S, Hyer S, Barron J. Glomerular Filtration Rate Is a Major
Determinant of the Relationship between 25-Hydroxyvitamin D and Parathyroid
Hormone. Calcif Tissue Int 2007;80(4):221-6.
4. Vieth R, Ladak Y, Walfish PG. Age-related changes in the 25-
hydroxyvitamin D versus parathyroid hormone relationship suggest a different
reason why older adults require more vitamin D. J Clin Endocrinol Metab
2003;88(1):185-91.
5. Stein MS, Flicker L, Scherer SC, et al. Relationships with serum
parathyroid hormone in old institutionalized subjects. Clin Endocrinol (Oxf)
2001;54(5):583-92.
6. Lips P. Vitamin D status and nutrition in Europe and Asia. J Steroid
Biochem Mol Biol 2007;103(3-5):620-5.
97
7. Tangpricha V, Pearce EN, Chen TC, Holick MF. Vitamin D insufficiency
among free-living healthy young adults. Am J Med 2002;112(8):659-62.
8. Cohen JJ. Resident hours: reform is at hand. Am Fam Physician
2002;66(8):1398, 400.
9. Thomas NK. Resident burnout. Jama 2004;292(23):2880-9.
10. Cohen JJ. Heeding the plea to deal with resident stress. Ann Intern Med
2002;136(5):394-5.
11. Premaor MO, Alves GV, Crossetti LB, Furlanetto TW.
Hyperparathyroidism secondary to hypovitaminosis D in hypoalbuminemic is
less intense than in normoalbuminemic patients: a prevalence study in medical
inpatients in southern Brazil. Endocrine 2004;24(1):47-53.
12. Souberbielle JC, Cormier C, Kindermans C, et al. Vitamin D status and
redefining serum parathyroid hormone reference range in the elderly. J Clin
Endocrinol Metab 2001;86(7):3086-90.
13. Collier VU, McCue JD, Markus A, Smith L. Stress in medical residency:
status quo after a decade of reform? Ann Intern Med 2002;136(5):384-90.
14. Alagol F, Shihadeh Y, Boztepe H, et al. Sunlight exposure and vitamin D
deficiency in Turkish women. J Endocrinol Invest 2000;23(3):173-7.
98
15. McKenna MJ. Differences in vitamin D status between countries in young
adults and the elderly. Am J Med 1992;93(1):69-77.
16. Holick MF, Siris ES, Binkley N, et al. Prevalence of Vitamin D inadequacy
among postmenopausal North American women receiving osteoporosis
therapy. J Clin Endocrinol Metab 2005;90(6):3215-24.
17. Saraiva GL, Cendoroglo MS, Ramos LR, et al. Influence of ultraviolet
radiation on the production of 25 hydroxyvitamin D in the elderly population in
the city of Sao Paulo (23 degrees 34'S), Brazil. Osteoporos Int
2005;16(12):1649-54.
18. Fassi J, Russo Picasso MF, Furci A, Sorroche P, Jauregui R, Plantalech
L. [Seasonal variations in 25-hydroxyvitamin D in young and elderly and
populations in Buenos Aires City]. Medicina (B Aires) 2003;63(3):215-20.
19. Fradinger EE, Zanchetta JR. [Vitamin D status in women living in Buenos
Aires]. Medicina (B Aires) 1999;59(5 Pt 1):449-52.
20. Clements MR, Davies M, Hayes ME, et al. The role of 1,25-
dihydroxyvitamin D in the mechanism of acquired vitamin D deficiency. Clin
Endocrinol (Oxf) 1992;37(1):17-27.
99
21. Cross HS, Lipkin M, Kallay E. Nutrients regulate the colonic vitamin D
system in mice: relevance for human colon malignancy. J Nutr
2006;136(3):561-4.
22. Sahota O, Gaynor K, Harwood RH, Hosking DJ. Hypovitaminosis D and
'functional hypoparathyroidism'-the NoNoF (Nottingham Neck of Femur) study.
Age Ageing 2001;30(6):467-72.
23. Fatemi S, Ryzen E, Flores J, Endres DB, Rude RK. Effect of
experimental human magnesium depletion on parathyroid hormone secretion
and 1,25-dihydroxyvitamin D metabolism. J Clin Endocrinol Metab
1991;73(5):1067-72.
24. Sahota O, Mundey MK, San P, Godber IM, Hosking DJ. Vitamin D
insufficiency and the blunted PTH response in established osteoporosis: the
role of magnesium deficiency. Osteoporos Int 2006;17(7):1013-21.
25. Kamycheva E, Sundsfjord J, Jorde R. Serum parathyroid hormone level
is associated with body mass index. The 5th Tromso study. Eur J Endocrinol
2004;151(2):167-72.
26. Karlsson SL, Indridason OS, Franzson L, Sigurdsson G. [Prevalence of
secondary hyperparathyroidism (SHPT) and causal factors in adult population in
Reykjavik area]. Laeknabladid 2005;91(2):161-9.
100
27. Carbone LD, Bush AJ, Barrow KD, Kang AH. The relationship of sodium
intake to calcium and sodium excretion and bone mineral density of the hip in
postmenopausal African-American and Caucasian women. J Bone Miner Metab
2003;21(6):415-20.
101
SECONDARY HYPERPARATHYROIDISM IS
ASSOCIATED WITH INCREASED RISK OF
HOSPITALIZATION OR DEATH IN ELDERLY ADULTS
LIVING IN GERIATRIC INSTITUTIONS
102
ABSTRACT
OBJECTIVES: To evaluate the association of secondary hyperparathyroidism
with mortality or hospitalization, in individuals living in beneficent geriatric
institutions, during a six-month period.
DESIGN: Prospective cohort.
SETTING: Individuals living in beneficent geriatric institutions in the city of Porto
Alegre, southern Brazil.
PARTICIPANTS: 100 individuals between 65 and 102 years of age.
MEASUREMENTS: Dosage of 25-hydroxyvitamin D [25(OH)D], parathyroid
hormone (PTH), albumin, total calcium, phosphorus, magnesium, creatinine and
alkaline phosphatase, in serum. The glomerular filtration rate (GFR) was
calculated using Cockcroft-Gault equation.
OUTCOMES: Deaths were verified through death certificates, and
hospitalizations through discharge summaries provided by the Brazilian health
system hospitals.
103
RESULTS: Fifty-eight percent of the individuals had secondary
hyperparathyroidism, defined as serum PTH > 48 pg/mL and normal or low
serum calcium. Mean serum 25(OH)D levels were 12.5 ± 8 ng/mL. The odds
ratio for an individual with secondary hyperparathyroidism die or be hospitalized
in six months was 5.20 (CI 95% 1.10 – 27.7; p= 0.04). Secondary
hyperparathyroidism and body mass index were independently associated with
the outcome, after correction for GFR and 25(OH)D.
CONCLUSION: Secondary hyperparathyroidism could be an important
prognostic factor in individuals living in geriatric institutions.
Key Words: “Secondary Hyperparathyroidism”, “Frail Elderly”, “Hospitalization”,
“Mortality”, “Homes for the aged”.
104
INTRODUCTION
The presence of secondary hyperparathyroidism is very frequent in the
elderly population living in geriatric institutions (1,2). Innumerous causes have
been attributed to such phenomena: low calcium ingestion (3), deficient renal
function related to age (4,5), hyperphosphatemia (6) and mainly deficiency of
vitamin D (7,8). The latter causes high mortality, as it is associated with
increased risk of falls and fractures (1,2). Besides the classic role of these
hormones in bone metabolism, there is much speculation over their role in
cardiovascular events, since vitamin D has been associated with insulin
resistance (9,10). The association of secondary hyperparathyroidism with
systemic arterial hypertension (11) and metabolic syndrome (12) was recently
documented. In chronic renal failure patients, secondary hyperparathyroidism is
a major risk factor for cardiovascular diseases (13,14), hospitalization (15,16),
cardiovascular and total mortality (17-19). A study conducted with elderly adults
in Australia found an association between secondary hyperparathyroidism and
mortality regardless of the levels of serum creatinine and 25-hydroxyvitamin D
(25OHD) levels (20). To our knowledge, there are no studies that evaluated the
association between secondary hyperparathyroidism and hospitalization in
elderly adults.
105
Our hypothesis assumes that elderly people living in geriatric institutions
have a major association of secondary hyperparathyroidism with mortality or
hospitalization, regardless of vitamin D deficiency or glomerular filtration rate.
This association could be a frailty indicator in this population.
106
MATERIALS AND METHODS
Study Design and Population
The study was conducted in the two largest beneficent geriatric
institutions in the city of Porto Alegre, 30º south, Brazil. All residents age 65 or
above were invited to participate. Patients with primary hyperparathyroidism
and chronic renal failure in hemodialysis were excluded. All individuals or their
relative in charge provided an informed consent term. The study was approved
by the Ethics Committee of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre. The cohort
started on December 1
st
, 2005 and was studied for six months.
Data verification
The following data were collected through a standard questionnaire: age,
sex, sun exposure, current medicaments, smoking habits, and alcohol
consumption. Weight, height and phototype were measured on the same day,
by two of the authors (Premaor, MO and Scalco, R). Calcium intake was
estimated by a nutritionist, based on the diet offered at the institution.
Blood samples were collected between 9 and 11 am, after at least a 4-
hour fasting. All samples were frozen at -20ºC and analyzed subsequently at
107
the same time. The serum measurement of 25OHD
21
was performed through
chemiluminescence (LIAISON - DiaSorin Inc, Stillwater/ MN, cv intra-essay 6%
and inter-essay 13%) and the serum measurement of parathyroid hormone
(PTH) was performed through electrochemiluminescence (Elecsys – Roche
Diagnostics, Indianapolis/USA, cv intra-essay 2% and inter-essay 5.4%). Serum
albumin, total calcium, phosphorus, magnesium, creatinine and alkaline
phosphatase were measured using routine methods of Hospital de Clínicas de
Porto Alegre.
The institution was visited monthly. The deaths were verified through
death certificates and the hospitalizations through the discharge summaries
provided by the Brazilian health system hospitals, and fractures were verified
through radiological exam.
Normal serum PTH levels were calculated in a previous study (22),
through mean value ± standard deviation of mean value, in patients with serum
25(OH)D levels 20 ng/mL (23,24). Secondary hyperparathyroidism was
defined as PTH > 48 pg/mL, with normal or low serum calcium. The glomerular
filtration rate (GFR) was calculated using the Cockcroft-Gault equation (25).
Statistical analysis
The combined outcome was defined as death or hospitalization.
Secondary hyperparathyroidism was changed into a dichotomous variable:
present/absent. Serum 25(OH)D levels were transformed into a normal
108
distribuition by using the natural logarithm. Possible factors associated with the
outcomes were first analyzed through Student’s t test, Mann-Whitney test and
Fisher exact test. Logistic regression was used to evaluate possible factors
associated with the combined outcome. Survival was estimated through Kaplan-
Meier analysis.
109
RESULTS
A total of 100 individuals were followed from December 2005 to May
2006. One patient with chronic renal failure and one patient with primary
hyperparathyroidism were excluded. Table 1 presents the characteristics of this
cohort at the beginning of the study. Fifty-eight percent of the elderly adults had
secondary hyperparathyroidism. The mean calculated calcium intake in their
regular diet was 720 mg per day.
During the period of observation, nine individuals died and 13 were
hospitalized. When the combined outcome of mortality or hospitalization was
used, 14 subjects died (Figure 1). Table 2 presents the hospitalization and
mortality causes.
In the univariate analysis, the odds ratio for an individual with secondary
hyperparathyroidism die was 6.6 (CI 95% 0.8 – 54.6; p=0.07), be hospitalized
was 10.7 (CI 95% 1.3-85.9; p=0.007), and the combined outcome was 5.2 (CI
95% 1.1 – 24.7; p=0.04). Secondary hyperparathyroidism and BMI were
independent risk factors for hospitalization or death, even after correction for
GFR and serum 25(OH)D levels, as shown in Table 3.
110
Table 1. Baseline characteristics according to the absence or presence of the combined
outcome (death or hospitalization)
n=100 No events
(n=86)
Deaths or
Hospitalizations (n=14)
p
Age (years) 77.8 ± 9.0 77.48 ± 9.3 79.8 ± 7.4 0.32
Phototype I and II 86.7 87 84.6 0.89
Female Sex (%) 59.6 63.5 35.7 0.08
Sunlight exposure
>3 h/week (%)
43 43 42.8 1.0
Use of 5 or more
medications (%)
21.2 21.2 21.4 1.0
Current smoking (%) 17 17.4 14.3 1.0
Alcohol abuse (%) 2 2.3 0 1.0
Weight (kg) 64.6 ± 13 63 ± 13 71 ± 13 0.06
BMI
a
(kg/m
2
) 24.6 ± 4 24.2 ± 4 26.4 ± 4 0.12
Fragility fracture (%) 3 1.2 14.2 0.9
Hyperparathyroidism
b
58 53.5 85.7 0.04
25(OH)D
c
(ng/mL) 12.5 ± 8 12.87 ± 8 10.68 ± 5.0 0.42
Albumin (g/dL) 3.9 ± 0.3 4.0 ± 0.3 3.9 ± 0.3 0.36
Total Calcium (mg/dL) 9.4 ± 0.4 9.4 ± 0.4 9.3 ± 0.3 0.24
Phosphorus (mg/dL) 3.4 ± 0.6 3.4 ± 0.7 3.3 ± 0.6 0.31
Magnesium (mg/dL) 2.1 ± 0.2 2.1 ± 0.2 2.1 ± 0.2 0.82
Alkaline Phosphatase
(U/L)
86 ± 54 87 ± 57 82 ± 57 0.98
Creatinine (mg/dL) 1.0 ± 0.4 1.0 ± 0.4 1.1 ± 0.5 0.62
GFR
d
(mL/min) 51 ± 23 50 ± 22 58 ± 28 0.,41
a
Body mass index
b
Secondary hyperparathyroidism defined as parathyroid Hormone > 48 pg/mL and serum
calcium levels normal or low
c
25-hydroxyvitamin D
d
GFR: Glomerular filtration rate calculted by the Cockcroft-Gault equation (25)
111
Table 2. Causes of death or hospitalization in a cohort of
elderly subjects, in a six-month period, n=100
Death
(n/ n total)
Hospitalization
(n/ n total)
Acute Coronary Syndrome 3/9 4/13
Sepsis 3/9 3/13
Femural Neck Fracture 2/13
Cerebral Vascular Accident 1/9 1/13
Breast Cancer 1/9 1/13
Acute Pancreatitis 1/9 1/13
High Digestive Tract Hemorrhage 1/13
Table 3. Multivariate model for possible factors associated with death or hospitalization in
elderly adults living in geriatric institutions. (n=100)
Odds Ratio Confidence Interval 95% p
Hyperparathyroidism
a
54 1.86 – 1597.4 0.020
Ln 25(OH)D (ng/mL)
b
0.99 0.19 – 5.30 0.990
DCE
c
(mL/min) 1.03 0.98 – 1.08 0.160
BMI (kg/m
2
) 1.23 1.001 – 1.53 0.049
a
Secondary hyperparathyroidism defined as parathyroid Hormone > 48 pg/mL and serum
calcium levels normal or low
b
Natural logarithm of 25-hydroxyvitamin D
c
GFR: Glomerular filtration rate calculted with the Cockcroft-Gault equation
25
112
Figure 1: Kaplan-Meier estimates of cumulative hazard rates for death and death or
hospithospitalization in a cohort of elderly adults living in a geriatric institution.
113
DISCUSSION
In our study, secondary hyperparathyroidism was a risk factor for
hospitalization or death, in elderly adults living in a geriatric institution. To our
knowledge, our study is the first one to evaluate the association of secondary
hyperparathyroidism with hospitalization. The association of secondary
hyperparathyroidism with mortality is well established in chronic renal failure
patients (15-19). A previous study conducted with institutionalized elderly adults
living in geriatric institutions and clinics in Australia also observed the
association of mortality with PTH over 43 pg/dL, regardless of serum 25(OH)D
and creatinine levels (20).
While the association of 25(OH)D with cardiovascular events remains a
controversy (10,26), the association of PTH with these events seems to be
increasingly evident (27,28). The association of PTH with myocardial
hypertrophy was observed in approximately 80% of chronic renal failure
patients treated with hemodialysis (13). PTH has been implicated in the
hypertrophy of myocardial fibers through proteinkinase C activation, which is
independent of 1.25-dihydroxyvitamin D (29). Similarly, PTH seems to be
related to an increase of arterial blood pressure (11) and to the metabolic
114
syndrome (26), while 25(OH)D does not. Although our study cannot determine
the association between hyperparathyroidism and mortality and/or
cardiovascular hospitalization, 6 out of 14 patients who were hospitalized or
died had acute coronary syndrome or cerebral vascular accident.
Besides its classical actions, PTH may have some influence on the
immune system through interleukin 6 (IL-6) production, as it increases its
production in the osteoblasts and in other tissues. IL6 increases the production
of acute-phase proteins, such as fibrinogen and C-reactive protein (CRP). Not
only CRP raises in winter months and with aging, but it is also a well-
established prognostic factor for heart disease (30-32).
GFR calculated through Cockcroft-Gault formula underestimates the
renal function in elderly adults (25). However, in our cohort, most elderly adults
were overweight, so GFR could have been overestimated. These factors might
have contributed to the fact that our study could not find any association
between GFR and the outcome (33-35). The study with GFR measured by
inulin clearance in 24 hours would give more precise results. Other factors can
contribute to the development of secondary hyperparathyroidism, and low
calcium intake is one of them (3). The low calculated calcium intake may at
least partly explain the great prevalence of secondary hyperparathyroidism in
our population. Unfortunately, calcium intake was not measured, and this factor
might have had some influence on the outcome.
115
No matter the mechanism, increased PTH was a major prognostic factor
in our study, associated with the odds ratio of 5.2 of an elderly adult to be
hospitalized or to die within 6 months. What we do not know is whether the
correction of the secondary hyperparathyroidism, by supplementing calcium and
vitamin D would decrease such risk. In patients with chronic renal failure, the
decrease in serum PTH levels improves the prognosis of the patients, and the
correction of hyperparathyroidism associated with vitamin D deficiency reduces
the number of falls and fractures (15,16). Such data suggest that the reduction
in serum PTH levels, possibly below 48 pg/dL, might have an impact in the
health of the elderly population. However, serum PTH levels are already an
important prognostic factor in clinical practice.
116
ACKNO WLEDGEMENTS
The study was supported by Fundo de Incentivo a Pesquisa of the
Hospital de Clínicas de Porto Alegre and by CAPES-Brazil, through the
Post-graduation Program in Medicine: Medical Sciences, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brazil.
117
BIBLIOGRAPHY
1. Lips P. Vitamin D deficiency and secondary hyperparathyroidism in the
elderly: consequences for bone loss and fractures and therapeutic implications.
Endocr Rev. 2001 Aug;22(4):477-501.
2. Mosekilde L. Vitamin D and the elderly. Clin Endocrinol (Oxf). 2005
Mar;62(3):265-81.
3. Saleh F, Jorde R, Sundsfjord J, Haug E, Figenschau Y. Causes of
secondary hyperparathyroidism in a healthy population: the Tromso study. J
Bone Miner Metab. 2006;24(1):58-64.
4. Vieth R, Ladak Y, Walfish PG. Age-related changes in the 25-
hydroxyvitamin D versus parathyroid hormone relationship suggest a different
reason why older adults require more vitamin D. J Clin Endocrinol Metab. 2003
Jan;88(1):185-91.
5. Patel S, Hyer S, Barron J. Glomerular Filtration Rate Is a Major
Determinant of the Relationship between 25-Hydroxyvitamin D and Parathyroid
Hormone. Calcif Tissue Int. 2007 Apr;80(4):221-6.
118
6. Stein MS, Flicker L, Scherer SC, Paton LM, O'Brien ML, Walton SC, et
al. Relationships with serum parathyroid hormone in old institutionalized
subjects. Clin Endocrinol (Oxf). 2001 May;54(5):583-92.
7. Harris SS, Soteriades E, Coolidge JA, Mudgal S, Dawson-Hughes B.
Vitamin D insufficiency and hyperparathyroidism in a low income, multiracial,
elderly population. J Clin Endocrinol Metab. 2000 Nov;85(11):4125-30.
8. Jesudason D, Need AG, Horowitz M, O'Loughlin PD, Morris HA, Nordin
BE. Relationship between serum 25-hydroxyvitamin D and bone resorption
markers in vitamin D insufficiency. Bone. 2002 Nov;31(5):626-30.
9. Kamycheva E, Jorde R, Figenschau Y, Haug E. Insulin sensitivity in
subjects with secondary hyperparathyroidism and the effect of a low serum 25-
hydroxyvitamin D level on insulin sensitivity. J Endocrinol Invest. 2007
Feb;30(2):126-32.
10. Zittermann A. Vitamin D and disease prevention with special reference to
cardiovascular disease. Prog Biophys Mol Biol. 2006 Sep;92(1):39-48.
11. Snijder MB, Lips P, Seidell JC, Visser M, Deeg DJ, Dekker JM, et al.
Vitamin D status and parathyroid hormone levels in relation to blood pressure: a
population-based study in older men and women. J Intern Med. 2007
Jun;261(6):558-65.
119
12. Reis JP, von Muhlen D, Kritz-Silverstein D, Wingard DL, Barrett-Connor
E. Vitamin D, parathyroid hormone levels, and the prevalence of metabolic
syndrome in community-dwelling older adults. Diabetes Care. 2007
Jun;30(6):1549-55.
13. Foley RN. Clinical epidemiology of cardiac disease in dialysis patients:
left ventricular hypertrophy, ischemic heart disease, and cardiac failure. Semin
Dial. 2003 Mar-Apr;16(2):111-7.
14. Rostand SG, Drueke TB. Parathyroid hormone, vitamin D, and
cardiovascular disease in chronic renal failure. Kidney Int. 1999 Aug;56(2):383-
92.
15. Khan S. Secondary hyperparathyroidism is associated with higher cost of
care among chronic kidney disease patients with cardiovascular comorbidities.
Nephron Clin Pract. 2007;105(4):c159-64.
16. de Francisco AL. Secondary hyperparathyroidism: review of the disease
and its treatment. Clin Ther. 2004 Dec;26(12):1976-93.
17. Ganesh SK, Stack AG, Levin NW, Hulbert-Shearon T, Port FK.
Association of elevated serum PO(4), Ca x PO(4) product, and parathyroid
hormone with cardiac mortality risk in chronic hemodialysis patients. J Am Soc
Nephrol. 2001 Oct;12(10):2131-8.
120
18. Avram MM, Mittman N, Myint MM, Fein P. Importance of low serum intact
parathyroid hormone as a predictor of mortality in hemodialysis and peritoneal
dialysis patients: 14 years of prospective observation. Am J Kidney Dis. 2001
Dec;38(6):1351-7.
19. Stevens LA, Djurdjev O, Cardew S, Cameron EC, Levin A. Calcium,
phosphate, and parathyroid hormone levels in combination and as a function of
dialysis duration predict mortality: evidence for the complexity of the association
between mineral metabolism and outcomes. J Am Soc Nephrol. 2004
Mar;15(3):770-9.
20. Sambrook PN, Chen JS, March LM, Cameron ID, Cumming RG, Lord
SR, et al. Serum parathyroid hormone is associated with increased mortality
independent of 25-hydroxy vitamin d status, bone mass, and renal function in
the frail and very old: a cohort study. J Clin Endocrinol Metab. 2004
Nov;89(11):5477-81.
21. Haden ST, Brown EM, Hurwitz S, Scott J, El-Hajj Fuleihan G. The effects
of age and gender on parathyroid hormone dynamics. Clin Endocrinol (Oxf).
2000 Mar;52(3):329-38.
22. Premaor MO, Alves GV, Crossetti LB, Furlanetto TW.
Hyperparathyroidism secondary to hypovitaminosis D in hypoalbuminemic is
less intense than in normoalbuminemic patients: a prevalence study in medical
inpatients in southern Brazil. Endocrine. 2004 Jun;24(1):47-53.
121
23. Souberbielle JC, Cormier C, Kindermans C, Gao P, Cantor T, Forette F,
et al. Vitamin D status and redefining serum parathyroid hormone reference
range in the elderly. J Clin Endocrinol Metab. 2001 Jul;86(7):3086-90.
24. Souberbielle JC, Lawson-Body E, Hammadi B, Sarfati E, Kahan A,
Cormier C. The use in clinical practice of parathyroid hormone normative values
established in vitamin D-sufficient subjects. J Clin Endocrinol Metab. 2003
Aug;88(8):3501-4.
25. Giannelli SV, Patel KV, Windham BG, Pizzarelli F, Ferrucci L, Guralnik
JM. Magnitude of underascertainment of impaired kidney function in older
adults with normal serum creatinine. J Am Geriatr Soc. 2007 Jun;55(6):816-23.
26. Hsia J, Heiss G, Ren H, Allison M, Dolan NC, Greenland P, et al.
Calcium/vitamin D supplementation and cardiovascular events. Circulation.
2007 Feb 20;115(7):846-54.
27. Saleh FN, Schirmer H, Sundsfjord J, Jorde R. Parathyroid hormone and
left ventricular hypertrophy. Eur Heart J. 2003 Nov;24(22):2054-60.
28. Kamycheva E, Sundsfjord J, Jorde R. Serum parathyroid hormone levels
predict coronary heart disease: the Tromso Study. Eur J Cardiovasc Prev
Rehabil. 2004 Feb;11(1):69-74.
122
29. Schluter KD, Weber M, Piper HM. Parathyroid hormone induces protein
kinase C but not adenylate cyclase in adult cardiomyocytes and regulates cyclic
AMP levels via protein kinase C-dependent phosphodiesterase activity.
Biochem J. 1995 Sep 1;310 ( Pt 2):439-44.
30. McCarty MF. Secondary hyperparathyroidism promotes the acute phase
response -- a rationale for supplemental vitamin D in prevention of vascular
events in the elderly. Med Hypotheses. 2005;64(5):1022-6.
31. Passeri G, Pini G, Troiano L, Vescovini R, Sansoni P, Passeri M, et al.
Low vitamin D status, high bone turnover, and bone fractures in centenarians. J
Clin Endocrinol Metab. 2003 Nov;88(11):5109-15.
32. Mitnick MA, Grey A, Masiukiewicz U, Bartkiewicz M, Rios-Velez L,
Friedman S, et al. Parathyroid hormone induces hepatic production of bioactive
interleukin-6 and its soluble receptor. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2001
Mar;280(3):E405-12.
33. Gill J, Malyuk R, Djurdjev O, Levin A. Use of GFR equations to adjust
drug doses in an elderly multi-ethnic group--a cautionary tale. Nephrol Dial
Transplant. 2007 Jun 16.
34. Jassal SK, von Muhlen D, Barrett-Connor E. Measures of renal function,
BMD, bone loss, and osteoporotic fracture in older adults: the Rancho Bernardo
study. J Bone Miner Res. 2007 Feb;22(2):203-10.
123
35. Wieczorowska-Tobis K, Niemir ZI, Guzik P, Breborowicz A, Oreopoulos
DG. Difference in estimated GFR with two different formulas in elderly
individuals. Int Urol Nephrol. 2006;38(2):381-5.
124
THE EFFECT OF A SINGLE DOSE VERSUS A DAILY
DOSE OF CHOLECALCIFEROL ON THE SERUM 25-
H
YDROXICHOLECALCIFEROL AND PARATHYROID
HORMONE LEVELS IN THE ELDERLY WITH
SECONDARY HYPERPARATHYROIDISM LIVING IN
A
LOW-INCOME HOUSING UNIT
125
ABSTRACT
OBJECTIVES: To compare the effect of two regimens for administering
cholecalciferol on the serum 25-hydroxycholecalciferol [25(OH)D] levels and in
the reversion of secondary hyperparathyroidism in the elderly living in a low-
income housing unit.
DESIGN: Randomized, double-blind, controlled clinical trial.
POPULATION: Elderly living in a low-income housing unit in the city of Porto
Alegre, south of Brazil.
PARTICIPANTS: 28 individuals ranging in age from 65 to 102 with serum
parathyroid hormone (PTH) levels greater than 48 pg/mL and normal or
reduced serum calcium levels.
INTERVENTIONS: Subjects were randomized to receive orally cholecalciferol,
as a single dose of 300,000 IU (Group 1) or 800 IU (Group 2) daily for nine
months. Both groups received 1,250 mg of calcium carbonate per day.
MEASUREMENTS: Serum 25(OH)D and PTH levels were measured at
baseline and after 1, 2, 3, 6 and 9 months.
126
RESULTS: Serum 25(OH)D levels in group 1 were significantly higher than in
group 2, during the study (p<0.001). After one (p<0.001) and two
(p<0.04)months of treatment, mean serum 25(OH)D levels were higher in group
1. The number of subjects who reached serum 25(OH)D levels 20 ng/dL was
higher in group 1, after the first (p<0.001) and third (p=0.008) months.
CONCLUSION: In the short term, a single 300,000 IU oral dose of vitamin D
3
was more effective than 800 IU per day to increase serum 25(OH)D levels in
elderly, living in a low-income housing unit, taking 500 mg of elementary
calcium supplement per day.
Key words:Secondary Hyperparathyroidism”, “Aged”, “Vitamin D Deficiency”,
“Cholecalciferol”,
127
INTRODUCTION
Vitamin D deficiency is a common disorder, especially in the elderly. It is
diagnosed by assessing serum of 25-hydroxivitamin D [25(OH)D] levels (1,2),
and it causes a decrease in intestinal calcium absorption and an increase in
parathyroid hormone (PTH) levels, with may increase bone resorption and
cortical bone loss (3,4).
The increased risk of fractures that occurs with hypovitaminosis D is
manly due to reduced bone mass (5) and increased number of falls (6,7). The
bone mass loss has been attributed to secondary hyperparathyroidism (8-11),
however, the increase in the number of falls is probably because of the muscle
weakness caused by hypovitaminosis D, and possibly, secondary
hyperparathyroidism (11-13).
In studies demonstrating a decrease in fracture risk with the
administration of vitamin D supplements, serum 25(OH)D levels were always
higher than 20 ng/mL (5,14-17). In the meta-analysis conducted by Bischoff-
Ferrari et al., there was a reduction in the number of fractures in individuals
whose mean serum of 25(OH)D level was 29.6 ng/mL (18). In these studies,
there was a reduction in serum PTH levels parallel to the increase in serum of
25(OH)D levels (8).
128
One of the major problems in vitamin D supplementation is the
adherence to daily use, because even in large clinical trials it was around 40 to
60 % (11,19). Intermittent administration of high doses of this vitamin could
improve adherence without loss of effectiveness. Trivedi et al. administered
orally 100,000 IU of vitamin D
3
to individuals over 65 years of age, every four
months. After five years, the relative risk for all non-vertebrae fractures was
0.67 (0.46-0.99) in vitamin D
3
treated subjects, when compared to the group
receiving placebo(15). Other studies suggest that high doses of vitamin D
3
,
taken as single or multiple doses, could be effective for at least six months,
without major adverse effects (20-23). Knowing how long a single high dose of
cholecalciferol is able to provide optimal serum 25(OH)D levels is important for
clinical practice. Also the time required to attain recommended serum 25(OH)D
levels is important, specially in individuals aged 75 to 80 that have a low life
expectancy (24).The objective of this study was to compare the effect of a
single oral dose of 300,000 IU of cholecalciferol with the daily use of 800 IU for
9 months on serum 25(OH)D and PTH levels, in elderly subjects with secondary
hyperparathyroidism, living in a low-income housing unit, and taking 500 mg of
elementary calcium supplement per day.
129
MATERIALS AND METHODS
Population and Recruitment
The study was performed in a low-income housing unit in the city of Porto
Alegre, parallel 30º, south of Brazil. The elderly living in this facility had been
screened for vitamin D deficiency. Individuals age 65 or above who had serum
PTH levels higher than 48 pg/mL, and normal or low serum calcium levels, were
invited to participate. Subjects taking calcium and/or vitamin D supplements or
glucocorticoids, in the last month, were excluded. Those who had
hypercalcemia, primary hyperparathyroidism, or renal failure, defined as an
endogenous creatinine clearance rate of less than 20 mL/min, as calculated by
the Cockroft-Gauld (25) equation, were also excluded. All individuals or their
relative in charge provided an informed consent term. The study was approved
by the Ethics Committee of the Hospital de Clínicas in Porto Alegre (HCPA). All
subjects were recruited in December 2005.
Study Design and Interventions
A randomized, double-blind, controlled clinical study was performed. The
calculated number of subjects to detect a 15 pg/mL difference in serum PTH
130
levels, with a power of 80% was 15 per group. They were randomized 1:1, all at
the same time, by randomization tables, stratified for PTH levels, in groups of
10.
According to randomization, cholecalciferol was administered, at
breakfast, as a single oral dose of 300,000 IU on the first day, for group 1
subjects, or as a daily oral dose of 800 IU for 9 months, for group 2 subjects.
One thousand and two hundred and fifty mg of calcium carbonate was
administered to both groups daily at breakfast during the study. Capsules
containing calcium or vitamin D
3
plus calcium had the same flavor and
appearance, and were prepared by the same pharmacist (Deg, Sao Paulo/SP –
Brazil). The quality control was made through High Performance Liquid
Chromatography. The nursing staff of the institution administered the
medications. The individuals participating in the study, as well as the nursing
and research team, did not know to witch groups they belonged, except for one
team member who managed the medications and did not participate in the
assessments.
Measurements
The following data were obtained during recruitment using a
standardized questionnaire: age, exposure to sun, medications, tobacco and
alcohol use. Weight, height and phototype were determined the same day by
131
two authors (Premaor, MO and Scalco, R). A nutritionist estimated calcium
ingestion, based on the diet offered by the institution.
Blood samples were collected between 10 Am and noon, after a fasting
of at least 4 hours. All of the samples were frozen at -20º C and analyzed at the
same time. Serum 25(OH)D and PTH levels were measured, respectively, by
chemiluminescence (LIAISON - DiaSorin Inc, Stillwater/ MN, cv intra-assay
6%) and electrochemiluminescence (Elecsys – Roche Diagnostics,
Indianapolis/USA, cv intra-assay 2%), before the allocated treatment and after
1,2,3,6, and 9 months. Serum albumin, total calcium, phosphorus, magnesium,
creatinine and alkaline phosphatase levels were measured at the month of
recruitment, and serum albumin, total calcium, phosphorus and alkaline
phosphatase levels were measured after 1, 2, 3, 6 and 9 months of treatment,
by routine methods at HCPA.
Normal range for serum PTH levels were calculated in a prior study, by
the mean ± two standard deviations, in inpatients with serum 25(OH)D levels
20 ng/mL (26,27). Secondary hyperparathyroidism was defined as serum PTH
level > 48 pg/mL, with normal or low serum total calcium levels, and vitamin D
deficiency was defined as serum 25(OH)D levels < 20 ng/mL.
The following adverse effects were assessed: hypercalcemia and
gastrointestinal intolerance. The nursing staff of the institution evaluated
adherence to treatment by directly supervision of its ingestion.
132
Statistical Analysis
Population baseline characteristics were compared using Student t tests,
Fisher’s Exact test and χ
2
with Yates correction. The serum 25(OH)D and PTH
levels were transformed logarithmically. The differences between the means
observed in the two groups were evaluated by ANOVA for repeated measures.
One-way ANOVA was used to study the differences between the means in the
same group. The Bonferroni test was used to adjust multiple comparisons. The
Fisher’s Exact and χ2 with Yates correction tests were used for categorical
variables. Only the data from individuals completing the allocated treatment
were analyzed. Differences were considered significant when the two-tail p
value was less than 0.05. Data were calculated using the SPSS® statistics
package for Windows® version 13, 0.
133
RESULTS
Twenty-eight individuals were accompanied from April 2006 to January
2007. Thirteen individuals concluded the study in each group (Figure 1).
Adherence to treatment in both groups was similar and higher than 95%.
The baseline characteristics for this population are described in Table 1.
The mean calculated calcium intake in their regular diet was diet was 720 mg
per day.
After treatment with a single oral dose of 300,000 IU of vitamin D
3
, mean
serum 25(OH)D levels were significantly higher than after a daily oral dose of
800 IU (p<0.001), during the 9 months. Mean serum 25(OH)D levels were
higher in group 1, at the end of the first (p=0.001), second (p=0.039) and third
months, although not significant in the latter. At the end of the sixth month,
mean serum 25(OH)D levels were similar in both groups, and , in the end of the
ninth month, they were in group 2 (p=0.038). Mean serum PTH levels were
similar in both groups during the nine months of the study (p=0.053), although
there was a trend for them to be lower in group 1, with mean serum levels
significantly lower after the second month (p=0.027). These data are shown in
Figure 2. Mean serum albumin, total calcium, phosphorus and alkaline
phosphatase levels were similar in both groups (data not shown).
134
The number of individuals who reached serum 25(OH)D levels 20
ng/dL was higher in group 1 after one (p<0.001), and three (p=0.008) months,
as shown in Figure 3.
In both treatment groups, mean serum 25(OH)D levels increased
(p<0.001). Data not shown.
Two individuals in Group 1 presented gastric intolerance (p=1.0). No
hypercalcemia was identified.
135
Table 1. Baseline characteristics of elderly treated with single or daily dose of vitamin
D
3
n=28 300000 IU single dose
+ Ca (n=14)
800 IU daily +Ca
(n=14)
p
Age (years) 80.8±8.7 78.9±7.6 81.4±9.9 0.46
Phototype I and II 92.9 92.9 92.9 1.00
Female 67.9 57.1 71.4 0.42
Smokers 25 21.4 28.6 0.51
Alcohol Use 3.6 0 7.1 1.00
Use of > 5
medications
28.6 28.6 30.8 1.00
Exposure to Sun
a
25 35.7 14.3 0.38
Weight (kg) 63.9±12.4 62.8±10.3 64.9±14.4 0.67
BWI (kg/m
2
) 23.9±3.8 23.4±3.1 24.4±4.6 0.60
PTH (pg/mL)
b
74.5±26.2 70.6±25.0 78.3±27.6 0.35
25(OH)D (ng/mL)
b
10.8±5.9 12.4±6.7 9.2±4.9 0.21
Albumin (g/dL) 4.0±0.2 3.986 4.043 0.45
Total calcium
(mg/dL)
9.5±0.3 9.5±0.3 9.5±0.4 1.0
Phosphorus (mg/dL) 3.8±0.7 3.4±0.7 3.6±0.7 0.58
Magnesium (mg/dL) 2.1±0.2 2.1±0.2 2.1±0.2 0.84
Alkaline
Phosphatase (U/L)
b
84.3±19.7 86.5±22.8 82.1±16.6 0.85
Creatinine (mg/dL) 1.2±0.5 1.2±0.4 1.2±0.5 0.68
GFR
c
(mL/min) 44.3±17.3 46.8±17.9 41.8±16.9 0.45
Data are shown as mean± standard deviation or %
a
exposure to sun > 3 h/week
b
For statistical analysis these variables were transformed into their natural logarithms
c
GFR: Glomerular filtration rate, calculated by the Cockcroft-Gault equation.
136
Figure 1: Flowchart of elderly adults who participated in the study.
Assessed for eligibility
Decenber/2005 (n=56)
Excluded (n= 26)
Not meeting inclusion criteria
(n= 23)
Refused to participate
(n= 1)
Other reasons
(n=2 - death)
Analyzed (n=13)
Excluded from analysis
(1 lost to follow-up)
Lost to follow-up
(n= 1 – death /October
2006
)
Allocated to intervention april/06
(n=16)
Received allocated intervention
(n= 14)
Did not receive allocated
intervention
(
n= 2
death
)
Discontinued intervention
(n= 1 – hospitalization
Januar
y
2007
)
Allocated to intervention april/06
(n= 14)
Received allocated intervention
(n= 14)
Did not receive allocated
intervention
(
n=0
)
Analyzed (n= 13)
Excluded from analysis
(1 Discontinued intervention)
Allocation
Analysis
Follow-Up
Enrollment
Randomization
137
Figure 2: Comparison of the 3effect of two cholecalciferol doses, 300,000 IU
single dose and 800 IU per day, on serum PTH and 25(OH)D levels. Data are
shown as mean ± standard error.*comparison between groups from 0 to 9
months.
138
Figure 3: Individuals with serum 25(OH)D levels higher than or equal to 20
ng/mL, after treatment with a single 300,000 IU cholecalciferol dose or 800 IU
per day. The data are shown as percentages of the total.
139
DISCUSSION
Two-months after the oral administration of cholecalciferol in a single
300,000 IU dose or a daily 800 IU dose, the higher was more effective for
increasing serum 25(OH)D levels and for decreasing secondary
hyperparathyroidism in elderly living in a low-income housing unit. The number
of individuals with serum 25(OH)D levels 20 ng/dL higher in group 1, only in
the first three months. Unfortunately, serum 25(OH)D levels were not measured
after four and five months, so it is not precisely known when this dose ceased to
be more effective.
In our country, the winter months are July, August and September, which
correspond to months three, four, and five, and this may have contributed to the
reduction in serum vitamin D levels. After six months, both treatments were no
longer effective in maintaining appropriate serum 25(OH)D levels. The influence
of reduced sunlight during this period of the year cannot be disregarded. In
some regions of Brazil the serum vitamin D levels could vary according to the
seasons of the year. In a cohort study in the city of Sao Paulo, located on
parallel 23º south, Brazil, 250 elderly living in the community had mean serum
25(OH)D levels varying from 33.6 ng/mL, in the high summer, to 11.6 ng/mL in
September (28). Other studies in locations with similar latitudes also revealed
seasonal variations in serum 25(OH)D levels, like Buenos Aires, Argentina,
140
34ºS (29-31) and Auckland, New Zealand, 36º51’S (32). Since Porto Alegre,
Brazil, is located on parallel 30º S, it is very probable that seasonal sunlight is
also important to determine vitamin D production.
In individuals taking 800 IU of vitamin D
3
per day, the percentage with
serum 25(OH)D levels higher than 20 ng/mL varied from 21.4 to 42.9 %, in the
first three months, in different studies (33-36). In the MORE study (17)
aproximately 77% of the subjects treated with vitamin D
3
(400-600 IU/day) and
calcium (500 mg/day)for six months reached serum 25(OH)D > 20 ng/mL. The
administration of 800 IU of vitamin D
3
plus calcium daily decreased serum PTH
levels by 13 to 50% in different trials in a period between 3 and 24 months
(33,37-39). The magnitude of this reduction depended on the degree of vitamin
D insufficiency (12). In the Decayos I study, a group of institutionalized elderly
women with initial mean serum 25(OH)D levels of 16 ± 11 ng/mL had a
reduction of mean serum PTH levels of 29.6%, 6 months after the
administration of 800IU of cholecalciferol plus 1200 mg of elementary calcium.
These results were confirmed in the Decayos II study (8,37). In our study, there
was no significant reduction in mean serum PTH levels, after 800 IU of
cholecalciferol; however, the study may not have had sufficient statistical power
to detect a difference of this magnitude.
Why were the serum 25(OH)D levels so low, in response to 800 IU of
vitamin D
3
daily, in the present study? Several factors may have contributed.
Vitamin D
3
was ingested with a poor fat meal, so its absorption may not have
141
been complete. Another factor that may have contributed was the low initial
serum 25(OH)D levels. It is known that initial serum 25(OH)D levels are an
important predictive factor for the serum levels of this vitamin to be reached
after its replacement. In a study conducted with healthy adult men age 38.7 ±
12, Heaney et al. (40) observed that those who had initial serum 25(OH)D
between 8 and 16 ng/mL needed doses as high as 2200 IU of vitamin D daily,
during 20 weeks, to reach serum 25(OH)D levels > 30 ng/mL. Institutionalized
elderly adults commonly have very low serum 25(OH)D levels in most
industrialized countries (1,2) and are probably more vitamin D depleted that
most individuals in large clinical trials (11) probably requiring daily doses of
vitamin D higher than 800 IU to have appropriate 25(OH)D serum levels. Low
daily calcium ingestion may have also interfered because the subjects received
only 500 mg of calcium supplement per day and the dietary calcium was not
directly measured, so it may have been less than the estimated amount of 720
mg per day.
One to thee months after a single oral dose of 300,000 IU of vitamin D
3
,
78.6 to 92.9 % of the subjects had serum 25(OH)D levels higher than 20 ng/mL.
After six months, mean serum 25(OH)D levels were similar o the baseline
indicating that the reserve obtained with the single dose of 300,000 IU of
vitamin D
3
was not enough to meet the demand for this period. Smaller doses
divided into every tree months, with the same total amount, may be more
effective to maintain appropriate 25(OH)D levels, as was observed in a study
conducted in Australia. In this study, elderly adults who were given 100,000 IU
142
of cholecalciferol per month, for three months, had an increase in mean serum
25(OH)D levels from 14.6 ± 4.2 to 49.6 ± 11.2 ng/mL at the end of six months
(41); however, the influence of calcium ingestion was not evaluated.
To our knowledge, this is the first study comparing the effect of a single
300,000 IU oral dose of vitamin D
3
on serum 25(OH)D and PTH levels. In the
short term, a single 300,000 IU oral dose of vitamin D
3
was more effective than
800 IU per day to increase serum 25(OH)D levels in elderly, living in a low-
income housing unit, taking 500 mg of elementary calcium supplement per day.
143
ACKNOWLEDGEMENTS
We would like to thank Roberta Pires Bastos Oliveira for her exceptional
job preparing the medication used in this study.
The study was financed by Research Incentive Fund for the Hospital de
Clínicas in Porto Alegre and by the Ministry of Education – CAPES, through the
Graduate Studies Program in Medical Science – Federal University of Rio
Grande do Sul.
144
BIBLIOGRAPHY
1. Lips P. Vitamin D deficiency and secondary hyperparathyroidism in the
elderly: consequences for bone loss and fractures and therapeutic implications.
Endocr Rev. 2001 Aug;22(4):477-501.
2. Mosekilde L. Vitamin D and the elderly. Clin Endocrinol (Oxf). 2005
Mar;62(3):265-81.
3. Lips P. Vitamin D physiology. Prog Biophys Mol Biol. 2006 Sep;92(1):4-8.
4. Fraser DR. Vitamin D. Lancet. 1995 Jan 14;345(8942):104-7.
5. Dawson-Hughes B, Harris SS, Krall EA, Dallal GE. Effect of calcium and
vitamin D supplementation on bone density in men and women 65 years of age
or older. N Engl J Med. 1997 Sep 4;337(10):670-6.
6. Bischoff-Ferrari HA, Dawson-Hughes B, Willett WC, Staehelin HB,
Bazemore MG, Zee RY, et al. Effect of Vitamin D on falls: a meta-analysis.
Jama. 2004 Apr 28;291(16):1999-2006.
145
7. Broe KE, Chen TC, Weinberg J, Bischoff-Ferrari HA, Holick MF, Kiel DP.
A higher dose of vitamin d reduces the risk of falls in nursing home residents: a
randomized, multiple-dose study. J Am Geriatr Soc. 2007 Feb;55(2):234-9.
8. Chapuy MC, Pamphile R, Paris E, Kempf C, Schlichting M, Arnaud S, et
al. Combined calcium and vitamin D3 supplementation in elderly women:
confirmation of reversal of secondary hyperparathyroidism and hip fracture risk:
the Decalyos II study. Osteoporos Int. 2002 Mar;13(3):257-64.
9. Lips P. Which circulating level of 25-hydroxyvitamin D is appropriate? J
Steroid Biochem Mol Biol. 2004 May;89-90(1-5):611-4.
10. Meunier PJ. Calcium and vitamin D are effective in preventing fractures
in elderly people by reversing senile secondary hyperparathyroidism.
Osteoporos Int. 1998;8 Suppl 2:S1-2.
11. Boonen S, Vanderschueren D, Haentjens P, Lips P. Calcium and vitamin
D in the prevention and treatment of osteoporosis - a clinical update. J Intern
Med. 2006 Jun;259(6):539-52.
12. Boonen S, Bischoff-Ferrari HA, Cooper C, Lips P, Ljunggren O, Meunier
PJ, et al. Addressing the musculoskeletal components of fracture risk with
calcium and vitamin D: a review of the evidence. Calcif Tissue Int. 2006
May;78(5):257-70.
146
13. Latham NK, Anderson CS, Reid IR. Effects of vitamin D supplementation
on strength, physical performance, and falls in older persons: a systematic
review. J Am Geriatr Soc. 2003 Sep;51(9):1219-26.
14. Chapuy MC, Meunier PJ. Prevention of secondary hyperparathyroidism
and hip fracture in elderly women with calcium and vitamin D3 supplements.
Osteoporos Int. 1996;6 Suppl 3:60-3.
15. Trivedi DP, Doll R, Khaw KT. Effect of four monthly oral vitamin D3
(cholecalciferol) supplementation on fractures and mortality in men and women
living in the community: randomised double blind controlled trial. Bmj. 2003 Mar
1;326(7387):469.
16. Meyer HE, Smedshaug GB, Kvaavik E, Falch JA, Tverdal A, Pedersen
JI. Can vitamin D supplementation reduce the risk of fracture in the elderly? A
randomized controlled trial. J Bone Miner Res. 2002 Apr;17(4):709-15.
17. Lips P, Duong T, Oleksik A, Black D, Cummings S, Cox D, et al. A global
study of vitamin D status and parathyroid function in postmenopausal women
with osteoporosis: baseline data from the multiple outcomes of raloxifene
evaluation clinical trial. J Clin Endocrinol Metab. 2001 Mar;86(3):1212-21.
18. Bischoff-Ferrari HA, Willett WC, Wong JB, Giovannucci E, Dietrich T,
Dawson-Hughes B. Fracture prevention with vitamin D supplementation: a
147
meta-analysis of randomized controlled trials. Jama. 2005 May
11;293(18):2257-64.
19. Unson CG, Litt M, Reisine S, Mahoney-Trella P, Sheperd T, Prestwood
K. Adherence to calcium/vitamin D and estrogen protocols among diverse older
participants enrolled in a clinical trial. Contemp Clin Trials. 2006 Jun;27(3):215-
26.
20. Tau C, Ciriani V, Scaiola E, Acuna M. Twice single doses of 100,000 IU
of vitamin D in winter is adequate and safe for prevention of vitamin D
deficiency in healthy children from Ushuaia, Tierra Del Fuego, Argentina. J
Steroid Biochem Mol Biol. 2007 Mar;103(3-5):651-4.
21. Davies M, Mawer EB, Hann JT, Stephens WP, Taylor JL. Vitamin D
prophylaxis in the elderly: a simple effective method suitable for large
populations. Age Ageing. 1985 Nov;14(6):349-54.
22. Weisman Y, Schen RJ, Eisenberg Z, Amarilio N, Graff E, Edelstein-
Singer M, et al. Single oral high-dose vitamin D3 prophylaxis in the elderly. J
Am Geriatr Soc. 1986 Jul;34(7):515-8.
23. Wu F, Staykova T, Horne A, Clearwater J, Ames R, Mason B, et al.
Efficacy of an oral, 10-day course of high-dose calciferol in correcting vitamin D
deficiency. N Z Med J. 2003 Aug 8;116(1179):U536.
148
24. Walter LC, Lewis CL, Barton MB. Screening for colorectal, breast, and
cervical cancer in the elderly: a review of the evidence. Am J Med. 2005
Oct;118(10):1078-86.
25. Wieczorowska-Tobis K, Niemir ZI, Guzik P, Breborowicz A, Oreopoulos
DG. Difference in estimated GFR with two different formulas in elderly
individuals. Int Urol Nephrol. 2006;38(2):381-5.
26. Souberbielle JC, Cormier C, Kindermans C, Gao P, Cantor T, Forette F,
et al. Vitamin D status and redefining serum parathyroid hormone reference
range in the elderly. J Clin Endocrinol Metab. 2001 Jul;86(7):3086-90.
27. Premaor MO, Alves GV, Crossetti LB, Furlanetto TW.
Hyperparathyroidism secondary to hypovitaminosis D in hypoalbuminemic is
less intense than in normoalbuminemic patients: a prevalence study in medical
inpatients in southern Brazil. Endocrine. 2004 Jun;24(1):47-53.
28. Saraiva GL, Cendoroglo MS, Ramos LR, Araujo LM, Vieira JG, Kunii I, et
al. Influence of ultraviolet radiation on the production of 25 hydroxyvitamin D in
the elderly population in the city of Sao Paulo (23 degrees 34'S), Brazil.
Osteoporos Int. 2005 Dec;16(12):1649-54.
29. Fassi J, Russo Picasso MF, Furci A, Sorroche P, Jauregui R, Plantalech
L. [Seasonal variations in 25-hydroxyvitamin D in young and elderly and
populations in Buenos Aires City]. Medicina (B Aires). 2003;63(3):215-20.
149
30. Fradinger EE, Zanchetta JR. [Vitamin D status in women living in Buenos
Aires]. Medicina (B Aires). 1999;59(5 Pt 1):449-52.
31. Ladizesky M, Oliveri B, Mautalen CA. [Serum levels of 25-hydroxyvitamin
D in the normal population of Buenos Aires: its seasonal variation]. Medicina (B
Aires). 1987;47(3):268-72.
32. McGrath N, Singh V, Cundy T. Severe vitamin D deficiency in Auckland.
N Z Med J. 1993 Dec 8;106(969):524-6.
33. Brazier M, Kamel S, Maamer M, Agbomson F, Elesper I, Garabedian M,
et al. Markers of bone remodeling in the elderly subject: effects of vitamin D
insufficiency and its correction. J Bone Miner Res. 1995 Nov;10(11):1753-61.
34. Chel VG, Ooms ME, Popp-Snijders C, Pavel S, Schothorst AA,
Meulemans CC, et al. Ultraviolet irradiation corrects vitamin D deficiency and
suppresses secondary hyperparathyroidism in the elderly. J Bone Miner Res.
1998 Aug;13(8):1238-42.
35. Himmelstein S, Clemens TL, Rubin A, Lindsay R. Vitamin D
supplementation in elderly nursing home residents increases 25(OH)D but not
1,25(OH)2D. Am J Clin Nutr. 1990 Oct;52(4):701-6.
150
36. Prestwood KM, Pannullo AM, Kenny AM, Pilbeam CC, Raisz LG. The
effect of a short course of calcium and vitamin D on bone turnover in older
women. Osteoporos Int. 1996;6(4):314-9.
37. Chapuy MC, Arlot ME, Duboeuf F, Brun J, Crouzet B, Arnaud S, et al.
Vitamin D3 and calcium to prevent hip fractures in the elderly women. N Engl J
Med. 1992 Dec 3;327(23):1637-42.
38. Grant AM, Avenell A, Campbell MK, McDonald AM, MacLennan GS,
McPherson GC, et al. Oral vitamin D3 and calcium for secondary prevention of
low-trauma fractures in elderly people (Randomised Evaluation of Calcium Or
vitamin D, RECORD): a randomised placebo-controlled trial. Lancet. 2005 May
7-13;365(9471):1621-8.
39. Lips P, Wiersinga A, van Ginkel FC, Jongen MJ, Netelenbos JC,
Hackeng WH, et al. The effect of vitamin D supplementation on vitamin D status
and parathyroid function in elderly subjects. J Clin Endocrinol Metab. 1988
Oct;67(4):644-50.
40. Heaney RP, Davies KM, Chen TC, Holick MF, Barger-Lux MJ. Human
serum 25-hydroxycholecalciferol response to extended oral dosing with
cholecalciferol. Am J Clin Nutr. 2003 Jan;77(1):204-10.
151
41. Wigg AE, Prest C, Slobodian P, Need AG, Cleland LG. A system for
improving vitamin D nutrition in residential care. Med J Aust. 2006 Aug
21;185(4):195-8.
152
HIPOVITAMINOSE D E HIPERPARATIREROIDISMO
SECUNDÁRIO EM MÉDICOS RESIDENTES DE UM
HOSPITAL GERAL DO SUL DO BRASIL
153
RESUMO
OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de hipovitaminose D e hiperparatireoidismo
secundário em médicos residentes de um hospital geral do sul do Brasil e
identificar possíveis fatores associados.
DESENHO: Estudo transversal.
POPULAÇÂO: Médicos residentes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre,
Porto Alegre, sul do Brasil.
PARTICIPANTES: 73 indivíduos com idade entre 23 e 37anos.
AFERIÇÔES: Dosagem do hormônio da paratireóide (PTH), 25-hidroxivitamina
D [25(OH)D], cálcio total, fósforo, magnésio, creatinina e fosfatase alcalina, no
soro, e cálcio total, creatinina e magnésio na urina. Foram calculadas as
frações de excreção urinária do cálcio e magnésio. A ingestão de cálcio foi
estimada através de questionário de freqüência alimentar.
RESULTADOS: Os níveis séricos médios de 25(OH)D foram 17,9 ± 8,0 ng/mL
e 57,4% tiveram 25(OH)D abaixo de 20 ng/mL. Hiperparatireoidismo
secundário (definido como PTH sérico > 48 pg/mL e cálcio sérico normal ou
baixo) foi identificado em 39,7% dos indivíduos. Os níveis séricos médios de
154
magnésio foram mais altos (p=0,02) e a fração excretada de cálcio foi menor
(p<0,001) nos indivíduos com hiperparatireoidismo secundário. Os níveis
séricos de PTH se correlacionaram positivamente com o índice de massa
corporal (r=0,33 e p=0,006) e os níveis séricos de magnésio (r=0,33 e p=0,02)
e negativamente com a fração excretada de cálcio na urina (r=-0,34 e
p=0,009).
CONCLUSÃO: Deficiência de vitamina D e hiperparatireoidismo secundário
são problemas bastante prevalentes em médicos residentes. Medidas para
reverter esta situação devem ser implementadas o mais breve possível.
Palavras Chaves: Deficiência de Vitamina D; Hiperparatireoidismo
Secundário; Médicos Residentes
155
INTRODUÇÃO
A deficiência de vitamina D é freqüente em locais onde a exposição à
radiação solar, mais precisamente ultravioleta B, é baixa (1). É uma das
causas de hiperparatireoidismo secundário (HPS), que é comum em algumas
populações, como idosos, imigrantes árabes e chineses para o Reino Unido
(2), embora já tenha sido descrito em adultos jovens (1), médicos e estudantes
de medicina (3). A ingestão baixa de cálcio (4), a insuficiência renal (5,6) e a
hiperfosfatemia também podem causar HPS (7).
Médicos residentes trabalham em ambientes fechados, com pouca
exposição ao sol (8). Estão sujeitos a estresse muito grande, não têm horários
definidos para as refeições e, muitas vezes, negligenciam o cuidado com sua
própria saúde (9,10). Estes fatores podem teoricamente aumentar o risco para
hipovitaminose D e HPS nestes indivíduos. Assim, nossos objetivos foram
estimar a prevalência de hipovitaminose D e HPS em médicos residentes de
um hospital geral no Sul do Brasil e identificar possíveis fatores associados.
156
MATERIAIS E MÉTODOS
Desenho do Estudo e População
Um corte transversal foi realizado no Hospital de Clínicas de Porto
Alegre (HCPA), na cidade de Porto Alegre, paralelo 30º no sul do Brasil. Um
número de 48 indivíduos foi estimado para um poder 90 %, uma prevalência
de 30%, um p bicaudal de 0,05 e uma população de 320 médicos residentes.
Nenhum indivíduo foi excluído.
Foi obtida a aprovação pelo Comitê de Ética do HCPA e consentimento
informado escrito de todos os indivíduos que concordaram em participar. Os
dados foram coletados nos meses de outubro e novembro de 2003 e 2004.
Aferição dos dados
Idade, exposição ao sol, tabagismo e uso de álcool foram aferidos
através de questionário padronizado. Peso, altura e fototipo foram aferidos no
mesmo dia, pelos autores. O índice de massa corporal (IMC) foi calculado pela
fórmula peso (kg)/ altura (cm)
2
. A ingestão de cálcio foi estimada através de
questionário de freqüência alimentar previamente validado em nosso meio.
157
Foram coletadas amostras de sangue entre 09 e 11 horas da manhã,
com pelo menos 4 horas de jejum, e amostra de urina, na segunda micção da
manhã. Todas as amostras foram congeladas a -70º C e analisadas ao mesmo
tempo. A aferição de 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] foi realizada por
quimiluminescência (LIAISON - DiaSorin Inc, Stillwater/ MN, cv intraensaio 6%
e interensaio 13%). A aferição do hormônio da paratireóide (PTH) por
eletroquimiluminescência (Elecsys – Roche Diagnostics, Indinápolis/EUA, cv
intraensaio 2% e interensaio 5,4%). Foram também dosados cálcio total,
fósforo, magnésio, creatinina e fosfatase alcalina séricos e creatinina,
magnésio e cálcio urinários através dos métodos de rotina do HCPA.
Hipovitaminose D foi definida como 25(OH)D < 20 ng/mL. Os valores
normais do PTH foram calculados para o nosso meio em estudo prévio, em
pacientes com 25(OH)D total 20 ng/mL (11,12). HPS foi definido como PTH >
48 pg/mL, com cálcio sérico normal ou baixo. Foi calculada fração de excreção
urinária (FE) do cálcio e magnésio através das fórmulas: FE cálcio igual a
(cálcio urinário/cálcio sérico)/ (creatinina urinária/creatinina sérica) x 100% e FE
magnésio igual a (magnésio urinário/magnésio sérico)/ (creatinina
urinária/creatinina sérica) x 100%.
Análise estatística
As prevalências de hipovitaminose D e hiperparatireoidismo secundário
foram calculadas. Possíveis fatores associados foram avaliados com os testes t
158
de Student, Mann-Whitney, Exato de Fisher, χ
2
e coeficientes de correlação de
Pearson e Spearman, quando indicado. Como as variáveis PTH, 25(OH)D,
fosfatase alcalina e ingestão de cálcio apresentavam distribuição assimétrica,
foram transformadas para o seu logaritmo natural. Regressão linear múltipla foi
utilizada para avaliar possíveis fatores associados ao PTH sérico.
159
RESULTADOS
Um total de 89 indivíduos foi convidado a participar do estudo. Sete
recusaram e nove não completaram o estudo.
As características basais desta população estão descritas na Tabela 1.
Os níveis séricos médios de 25(OH)D foram 17,9 ± 8,0 ng/mL e 57,4% tiveram
25(OH)D abaixo de 20 ng/mL. HPS foi identificado em 39,7% dos indivíduos e
60,9% tinham ingestão estimada de cálcio menor que 500 mg/dia.
Não houve correlação entre os níveis séricos de 25(OH)D e cálcio sérico
(r=-0,10 e p=0.53) fósforo sérico (r= 0.06; p=0.66), fosfatase alcalina sérica (r=
0.21; p=0.13), magnésio sérico, FE de magnésio (r=0.09; p=0.66), FE de cálcio
(r= 0.05; p=0.70), ingestão de cálcio e IMC. Esses dados são mostrados
parcialmente na Figura 1.
Os níveis séricos do PTH se correlacionaram negativamente com a
25(OH)D no soro, a ingestão estimada de cálcio e a FE de cálcio (r=-0,34
p=0,009) e positivamente com os níveis séricos de magnésio e o IMC.
Creatinina (r=0.16; p=0.21), cálcio total (r=-0.07; p=0.60), fósforo (r=0.07;
p=0.58), fosfatase alcalina (-0.074 p=0.56) e FE do magnésio (r=-0.35; p=0.07)
não se correlacionaram com o PTH Esses dados são mostrados parcialmente
160
na Figura 2. Os indivíduos com HPS apresentaram níveis séricos médios de
magnésio significativamente mais altos e uma FE de cálcio significativamente
menor que os indivíduos sem HPS (Tabela 1).
Os fatores associados à variação do PTH sérico foram estudados em um
modelo de regressão linear. O IMC e os níveis séricos de 25(OH)D se
associaram de modo independente aos níveis séricos de PTH, conforme pode
ser visto na Tabela 3.
161
Tabela 1. Características basais dos indivíduos que participaram do estudo.
Todos Com HPS
a
Sem HPS
a
p
Idade (anos) 26,4±1,9 (72) 26,9±2,5 (29) 26,1±1,5(43) 0,12
Fototipo I e II 40/70 (57,1) 14/27 (51,85) 26/43(60,5) 0,51
Mulheres 36/73 (49,3) 12/29(41,3) 24/44(54,5) 0,34
Sol >3 h/semana
b
23/72 (32) 12/29 (41,37) 11/43(25,6) 0,20
Tabagismo 3/72 (4,2) 2/29(6,9) 1/43(2,3) 0,56
Uso de álcool 19/71 (26,8) 6/28 (21,4) 13/43(30,2) 0,58
Peso (kg) 68,3±12,4 (71) 71,4±12,6 (28) 66,3±12,0(43) 0,10
IMC
c
(kg/m
2
) 23±2,7 (71) 23,7±2,5 (28) 22,4±2,7(43) 0,06
Ingestão de cálcio
(mg/dia)
495±420 (69) 410,6±388 (28) 553,0±435(41) 0,09
PTH
(pg/mL)
45,8±22,7(73) 68,7±15,8 (29) 30,8±10,7 (44)
25(OH)D
d
(ng/mL) 17,9±8,0 (53) 15,4±7,4 (18) 19,3±8,1(25) 0,09
Cálcio Total
(mg/dL)
9,2±0,4 (53) 9,1±0,4 (17) 9,2±0,4(36) 0,33
Fósforo (mg/dL) 4,0±0,5 (65) 4,0±0,5 (21) 4,0±0,5(44) 0,57
Magnésio (mg/dL) 2,0±0,2 (53) 2,2±0,1(18) 2,0±0,2(35) 0,02
Fosfatase Alcalina
(U/L)
91,4±66 (65) 99,7±73 (21) 74,3±44 (44) 0,09
Creatinina (mg/dL) 1,0±0,2 (65) 1,0±0,2 (21) 1,0±0,2(44) 0,45
FE
e
de cálcio (%) 0,8±0,5 (58) 0,5±0,3 (20) 0,9±0,5(38) 0,001
FE de magnésio
(%)
1,8±1,0 (27) 1,6±0,9 (14) 1,9±1,0(13) 0,46
Os dados são mostrados como média±desvio padrão (n) e n/n total (%).
a
HPS: hiperparatireoidismo secundário, definido como hormônio da paratireóide (PTH) > 48
pg/mL e níveis séricos de cálcio total normal ou baixos
b
Sol >3 h/semana: exposição à luz solar > 3 h/semana
c
Índice de massa corporal
d
25-hidroxivitamina D
e
FE: fração de excreção urinário
162
Tabela 2. Características dos indivíduos com deficiência de vitamina D ou não e possíveis
fatores associados (n=52)
25(OH)D
a
< 20 ng/mL 25(OH)D
a
20 ng/mL p
Idade (anos) 23,3±1,6 (n) 26,4±2,7(n) 0,85
Fototipo I e II 19/30 (63,3) 12/21 (57,1) 0,77
Mulheres 14/30 (46,6) 15/23 (65,2) 0,26
Sol >3 h/semana
b
8/30 (26,7) 8/22 (36,4) 0,54
Tabagismo 3/30 (10) 0/22 0,25
Uso de álcool 6/29 (20,6) 8/22 (36,4) 0,34
Peso (kg) 68,2±12,3 (29) 66,8±13,6 (22) 0,70
IMC
c
(kg/m
2
) 23,1±2,6 (29) 22,6±3,0 (22) 0,57
Ingestão de cálcio (mg/dia) 503±446 (30) 582±482 (21) 0,83
Os dados são mostrados como média±desvio padrão (n) e n/n total (%).
a
25-hidroxivitamina D
b
Sol >3 h/semana: exposição à luz solar > 3 h/semana
c
Índice de massa corporal
d
Hormônio da Paratireóide
Tabela 3. Modelo de regressão linear múltipla
a
para possíveis fatores
associados ao hormônio da paratireóide sérico em médicos residentes
(n=53).
B Erro Padrão Beta p
IMC (kg/m
2
)
b
2,9 0,93 0,39 0,003
25(OH)D (ng/mL)
-0,67 0,33 -0,26 0,048
a
Variáveis que entraram no modelo: IMC, magnésio sérico, 25(OH)D sérica e o
logaritmo natural da ingestão diária de cálcio
Variáveis que permaneceram no modelo: IMC e 25(OH)D
Variável dependente: PTH sérico
b
Índice de massa corporal
163
Figura 1: Correlações entre 25(OH)D sérica e cálcio total sérico, magnésio
sérico, ingestão diária de cálcio e índice de massa corporal .
164
Figura 2: Correlações entre PTH no soro e magnésio, ingestão diária de cálcio,
índice de massa corporal e 25(OH)D sérica.
165
DISCUSSÃO
O estado de saúde dos médicos residentes tem sido objeto de grande
preocupação por parte da comunidade científica (10). Eles apresentam uma
incidência maior de sintomas depressivos e relacionados ao estresse (9,13).
Pouco se sabe sobre a prevalência de outros problemas de saúde nesta
população. Todavia, seus hábitos de vida costumam ser pouco saudáveis, pois
permanecem longos períodos em locais fechados com pouca exposição ao sol
(9), dormem poucas horas (9) e se alimentam em horários erráticos (9), e,
possivelmente, ingerem alimentos ricos em calorias, com pobre valor
nutricional. Como a permanência em locais fechados é um fator de risco
importante para deficiência de vitamina D, uma prevalência de hipovitaminose
D de 57,4%, nesses médicos residentes, não foi surpreendente.
No nosso conhecimento não existem estudos de prevalência de
hipovitaminose D e hiperparatireoidismo secundário nesta população. Estudos
de prevalência de hipovitaminose D em outras populações de adultos jovens
encontraram 2 a 30 % dos adultos com deficiência de vitamina D (2). Em
populações selecionadas, como mulheres que usam vestimentas típicas que
cobrem todo o corpo (14), descendentes de imigrantes árabes ou indianos em
países europeus (2,15) e em regiões com pouca irradiação solar, como a
166
cidade de Boston (3,16), Estados Unidos, no inverno esta prevalência chega a
ser superior a 50%.
Acredita-se que, em algumas regiões do Brasil, os níveis séricos de
vitamina D variem, conforme a estação do ano. Em um estudo realizado em
idosos de São Paulo (17), cidade localizada no paralelo 23º sul, Brasil,
encontraram-se níveis séricos médios de 25(OH)D mais baixos nos meses de
inverno e o mesmo ocorreu em mulheres pós-menopausa em Buenos Aires,
Argentina, 34ºS (18,19). A cidade de Porto Alegre localiza-se no paralelo 30 ºS
e nossos dados foram coletados nos meses de outubro de 2003 e novembro de
2004 que correspondem respectivamente ao primeiro e segundo mês de
primavera em nosso meio. Este fato pode ter contribuído para uma prevalência
alta de hipovitaminose D e é bem possível que nos meses de verão e
subseqüentes os níveis séricos de 25 (OH)D sejam mais altos.
A suplementação de vitamina D na dieta não é rotineira em nosso país e
este é outro fator que provavelmente contribuiu para a alta prevalência de
deficiência de vitamina D. A baixa ingestão de cálcio, observada na grande
maioria dos indivíduos de nosso estudo, também deve ter influenciado nesta
prevalência, já que a diminuição na absorção intestinal do cálcio, ocasionada
por um baixo aporte na dieta, gera um aumento no consumo da 25(OH)D pelo
aumento compensatório da produção da 1,25(OH)
2
D necessário para aumentar
ao máximo esta absorção (20,21).
167
Curiosamente, muitos estudos têm demonstrado que apenas uma parte
dos indivíduos com deficiência de vitamina D apresentam hiperparatireoidismo
secundário (22). No nosso estudo apenas 60% dos indivíduos com 25(OH)D
menor que 20 ng/dL apresentavam hiperparatireoidismo. Não se sabe ao certo
qual a razão deste fenômeno, mas um dos mecanismos postulados seria a
deficiência de magnésio, pois esta deficiência sabidamente inibe o aumento do
PTH em resposta à diminuição dos níveis séricos de cálcio (23,24). Em nosso
estudo os indivíduos com hiperparatireoidismo secundário apresentaram níveis
séricos mais altos de magnésio estes últimos se correlacionaram positivamente
com os níveis séricos de PTH o que corrobora a hipótese acima.
A prevalência de HPS nos médicos residentes em nosso estudo foi de
39,7% e, como era de se esperar, os níveis séricos médios de PTH se
correlacionaram inversamente com a ingestão de cálcio e os níveis séricos de
25(OH)D. Estes dados estão em concordância aos encontrados no 5
o
estudo
Tromsø onde as principais causas de HPS foram deficiência de vitamina D e
ingestão baixa de cálcio (4). A não-permanência da baixa ingestão de cálcio
como fator associado ao HPS na análise multivariada pode ter ocorrido porque
a ingestão de cálcio foi muito baixa na maioria dos indivíduos (em 82,6% era <
700 mg/dia).
A correlação positiva entre os níveis séricos de PTH e o IMC foi também
observada no 5
o
estudo Tromsø (25). Neste estudo tal associação permaneceu
significativa, mesmo após correção para idade, tabagismo ativo, consumo de
168
café e níveis séricos de 25(OH)D. Outro estudo realizado na Islândia (26), em
adultos com idade entre 30 e 85 anos, também encontrou associação entre
níveis séricos de PTH e IMC. Não se sabe ao certo o mecanismo desta
associação, mas acredita-se que dietas hipercalóricas e ricas em sódio,
causando aumento do peso corporal, também possam levar a um aumento da
natriurese com conseqüente aumento da excreção urinária de cálcio e aumento
compensatório dos níveis séricos de PTH (27). Em nosso estudo esta
associação permaneceu independente após correção para os níveis séricos de
25(OH)D, magnésio e ingestão de cálcio. Infelizmente não aferimos a ingestão
de sódio e a excreção urinária no mesmo.
A preocupação com a saúde dos médicos residentes é um dever da
comunidade médica. É necessária a implementação de medidas para melhorar
os hábitos de saúde desses indivíduos para diminuir os riscos a que estão
expostos. Uma dieta mais saudável, suplementação de vitamina D e exposição
ao sol devem ser estimulados.
169
BIBLIOGRAFIA
1. Holick MF. Vitamin D deficiency. N Engl J Med. 2007 Jul 19;357(3):266-
81.
2. Lips P. Vitamin D status and nutrition in Europe and Asia. J Steroid
Biochem Mol Biol. 2007 Mar;103(3-5):620-5.
3. Tangpricha V, Pearce EN, Chen TC, Holick MF. Vitamin D insufficiency
among free-living healthy young adults. Am J Med. 2002 Jun 1;112(8):659-62.
4. Saleh F, Jorde R, Sundsfjord J, Haug E, Figenschau Y. Causes of
secondary hyperparathyroidism in a healthy population: the Tromso study. J
Bone Miner Metab. 2006;24(1):58-64.
5. Patel S, Hyer S, Barron J. Glomerular Filtration Rate Is a Major
Determinant of the Relationship between 25-Hydroxyvitamin D and Parathyroid
Hormone. Calcif Tissue Int. 2007 Apr;80(4):221-6.
6. Vieth R, Ladak Y, Walfish PG. Age-related changes in the 25-
hydroxyvitamin D versus parathyroid hormone relationship suggest a different
170
reason why older adults require more vitamin D. J Clin Endocrinol Metab. 2003
Jan;88(1):185-91.
7. Stein MS, Flicker L, Scherer SC, Paton LM, O'Brien ML, Walton SC, et
al. Relationships with serum parathyroid hormone in old institutionalized
subjects. Clin Endocrinol (Oxf). 2001 May;54(5):583-92.
8. Cohen JJ. Resident hours: reform is at hand. Am Fam Physician. 2002
Oct 15;66(8):1398, 400.
9. Thomas NK. Resident burnout. Jama. 2004 Dec 15;292(23):2880-9.
10. Cohen JJ. Heeding the plea to deal with resident stress. Ann Intern Med.
2002 Mar 5;136(5):394-5.
11. Premaor MO, Alves GV, Crossetti LB, Furlanetto TW.
Hyperparathyroidism secondary to hypovitaminosis D in hypoalbuminemic is
less intense than in normoalbuminemic patients: a prevalence study in medical
inpatients in southern Brazil. Endocrine. 2004 Jun;24(1):47-53.
12. Souberbielle JC, Cormier C, Kindermans C, Gao P, Cantor T, Forette F,
et al. Vitamin D status and redefining serum parathyroid hormone reference
range in the elderly. J Clin Endocrinol Metab. 2001 Jul;86(7):3086-90.
171
13. Collier VU, McCue JD, Markus A, Smith L. Stress in medical residency:
status quo after a decade of reform? Ann Intern Med. 2002 Mar 5;136(5):384-
90.
14. Alagol F, Shihadeh Y, Boztepe H, Tanakol R, Yarman S, Azizlerli H, et al.
Sunlight exposure and vitamin D deficiency in Turkish women. J Endocrinol
Invest. 2000 Mar;23(3):173-7.
15. McKenna MJ. Differences in vitamin D status between countries in young
adults and the elderly. Am J Med. 1992 Jul;93(1):69-77.
16. Holick MF, Siris ES, Binkley N, Beard MK, Khan A, Katzer JT, et al.
Prevalence of Vitamin D inadequacy among postmenopausal North American
women receiving osteoporosis therapy. J Clin Endocrinol Metab. 2005
Jun;90(6):3215-24.
17. Saraiva GL, Cendoroglo MS, Ramos LR, Araujo LM, Vieira JG, Kunii I, et
al. Influence of ultraviolet radiation on the production of 25 hydroxyvitamin D in
the elderly population in the city of Sao Paulo (23 degrees 34'S), Brazil.
Osteoporos Int. 2005 Dec;16(12):1649-54.
18. Fassi J, Russo Picasso MF, Furci A, Sorroche P, Jauregui R, Plantalech
L. [Seasonal variations in 25-hydroxyvitamin D in young and elderly and
populations in Buenos Aires City]. Medicina (B Aires). 2003;63(3):215-20.
172
19. Fradinger EE, Zanchetta JR. [Vitamin D status in women living in Buenos
Aires]. Medicina (B Aires). 1999;59(5 Pt 1):449-52.
20. Clements MR, Davies M, Hayes ME, Hickey CD, Lumb GA, Mawer EB,
et al. The role of 1,25-dihydroxyvitamin D in the mechanism of acquired vitamin
D deficiency. Clin Endocrinol (Oxf). 1992 Jul;37(1):17-27.
21. Cross HS, Lipkin M, Kallay E. Nutrients regulate the colonic vitamin D
system in mice: relevance for human colon malignancy. J Nutr. 2006
Mar;136(3):561-4.
22. Sahota O, Gaynor K, Harwood RH, Hosking DJ. Hypovitaminosis D and
'functional hypoparathyroidism'-the NoNoF (Nottingham Neck of Femur) study.
Age Ageing. 2001 Nov;30(6):467-72.
23. Fatemi S, Ryzen E, Flores J, Endres DB, Rude RK. Effect of
experimental human magnesium depletion on parathyroid hormone secretion
and 1,25-dihydroxyvitamin D metabolism. J Clin Endocrinol Metab. 1991
Nov;73(5):1067-72.
24. Sahota O, Mundey MK, San P, Godber IM, Hosking DJ. Vitamin D
insufficiency and the blunted PTH response in established osteoporosis: the
role of magnesium deficiency. Osteoporos Int. 2006;17(7):1013-21.
173
25. Kamycheva E, Sundsfjord J, Jorde R. Serum parathyroid hormone level
is associated with body mass index. The 5th Tromso study. Eur J Endocrinol.
2004 Aug;151(2):167-72.
26. Karlsson SL, Indridason OS, Franzson L, Sigurdsson G. Prevalence of
secondary hyperpharathiroidism (SHPT) and causal factors in adult population
in Reykjavik area. Laeknabladid. 2005 Feb; 91(2):161-9.
27. Carbone LD, Bush AJ, Barrow KD, Kang AH. The relationship of sodium
intake to calcium and sodium excretion and bone mineral density of the hip in
postmenopausal African-American and Caucasian women. J Bone Miner
Metab. 2003;21(6):415-20.
174
O HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO
ESTÁ
ASSOCIADO A UM RISCO AUMENTADO DE
INTERNAÇÃO HOSPITALAR OU MORTE EM
ADULTOS IDOSOS RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES
GERIATRICAS
175
RESUMO
OBJETIVOS: Avaliar a associação do hiperparatireoidismo secundário com
mortalidade ou internações hospitalares, em indivíduos residentes em
instituições geriátricas, em um período de seis meses.
DESENHO: Estudo de coorte prospectivo.
POPULAÇÃO: Indivíduos residentes em instituições geriátricas beneficentes
da cidade de Porto Alegre, sul do Brasil.
PARTICIPANTES: 100 indivíduos com idade entre 65 e 102 anos.
AFERIÇÔES: Dosagem de 25-hidroxivitamina D [25(OH)D], hormônio da
paratireóide, albumina, cálcio total, fósforo, magnésio, creatinina e fosfatase
alcalina, no soro. Os óbitos foram aferidos através dos atestados de óbito e as
internações através dos sumários de alta fornecidos pelos hospitais. A taxa de
filtração glomerular foi calculada pela fórmula de Cockcroft-Gault.
RESULTADOS: Cinqüenta e oito por cento dos indivíduos apresentavam
hiperparatireoidismo secundário (definido como PTH sérico > 48 pg/mL e cálcio
sérico normal ou baixo). Os níveis séricos médios de 25(OH)D foram 12,5 ± 8
ng/mL. A razão de chances de um indivíduo com hiperparatireoidismo
176
secundário morrer ou internar em hospital foi igual a 5,20 (CI 95% 1,10 – 27,7;
p< 0,04). O hiperparatireoidismo secundário e índice de massa corporal se
associaram independentemente com o desfecho, após correção para taxa de
filtração glomerular e 25(OH)D.
CONCLUSÃO: O hiperparatireoidismo secundário é um importante fator
prognóstico em indivíduos residentes em instituições geriátricas.
Palavras Chaves: “Hiperparatireoidismo Secundário”, “Idoso”, “Hospitalização”
“Mortalidade”, “Instituição de Longa Permanência para Idosos”.
177
INTRODUÇÃO
A presença de hiperparatireoidismo secundário é muito freqüente na
população idosa residente em instituições geriátricas (1,2). Inúmeras causas
têm sido postuladas para este fenômeno: ingestão pequena de cálcio (3),
diminuição na função renal com a idade (4,5), hiperfosfatemia (6) e,
principalmente, a deficiência de vitamina D (7,8). A última com grande
morbidade, porque está associada a um risco aumentado de quedas e fraturas
(1,2). Além do clássico papel destes hormônios no metabolismo ósseo, há
grande especulação sobre o seu papel em eventos cardiovasculares, pois a
vitamina D tem sido associada à resistência a insulina (9,10). Já a associação
do hiperparatireoidismo secundário com hipertensão arterial sistêmica (11) e
síndrome metabólica (12) foi recentemente documentada. Em pacientes renais
crônicos o hiperparatireoidismo secundário é importante fator de risco para
doenças cardiovasculares (13,14), internação hospitalar (15,16), mortalidade
cardiovascular e total (17-19). Um estudo realizado em idosos na Austrália
encontrou associação entre hiperparatireoidismo secundário e mortalidade
independente dos níveis séricos de creatinina e de 25-hidroxivitamina D
[25(OH)D] (20). No nosso conhecimento não existem estudos que tenham
avaliado a associação do hiperparatireoidismo secundário e internação
hospitalar, em indivíduos idosos.
178
Nossa hipótese é que, em pessoas residentes em instituições
geriátricas, o hiperparatireoidismo secundário tenha uma importante
associação com mortalidade ou internações hospitalares, independente da
deficiência de vitamina D ou taxa de filtração glomerular. Esta associação
poderia vir a ser utilizada como um marcador de fragilidade nestes pacientes.
179
MATERIAIS E MÉTODOS
Desenho do Estudo e População
O estudo foi realizado nas duas maiores instituições geriátricas
beneficentes da cidade de Porto Alegre, paralelo 30º no sul do Brasil. Todos os
residentes acima de 65 anos foram convidados a participar. Indivíduos com
hiperparatireoidismo primário e insuficiência renal crônica em hemodiálise
foram excluídos. Foi obtido consentimento informado de todos os indivíduos ou
do familiar responsável. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética do Hospital
de Clínicas de Porto Alegre. Toda a coorte iniciou em primeiro de dezembro de
2005 e foi acompanhada por seis meses.
Aferição dos dados
Os seguintes dados de anamnese foram aferidos através de
questionário padronizado: idade, sexo, exposição ao sol, medicamentos em
uso, tabagismo, uso de álcool. Peso, altura e fototipo foram aferidos no mesmo
dia, pelos autores. A ingestão de cálcio foi calculada por uma nutricionista com
base na dieta oferecida nas instituições.
180
Foram coletadas amostras de sangue entre 09 e 11 da manhã, com pelo
menos 4 horas de jejum. Todas as amostras foram congeladas a -20º C e
analisadas ao mesmo tempo. A aferição de 25-hidroxivitamina D
21
foi realizada
por quimiluminescência (LIAISON - DiaSorin Inc, Stillwater/ MN, cv intraensaio
6% e interensaio 13%). A aferição do hormônio da paratireóide (PTH) por
eletroquimiluminescência (Elecsys – Roche Diagnostics, Indinápolis/EUA, cv
intraensaio 2% e interensaio 5,4%). Foram também dosados albumina, cálcio
total, fósforo, magnésio, creatinina e fosfatase alcalina séricos através dos
métodos de rotina do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
As instituições foram visitadas mensalmente. Os óbitos foram aferidos
através dos atestados de óbito, as internações através dos sumários de alta
fornecidos pelos hospitais, e fraturas através de exame radiológico.
Os valores normais do PTH foram calculados para o nosso meio em
estudo prévio (22) através de média ± desvio padrão da média, em pacientes
com 25(OH)D total 20 ng/mL (23,24). Hiperparatireoidismo secundário foi
definido como PTH > 48 pg/mL, com cálcio sérico normal ou baixo. A taxa de
filtração glomerular foi calculada através da equação de Cockcroft-Gault (25).
Análise estatística
Foi considerado o desfecho combinado: mortalidade ou internação
hospitalar. O hiperparatireoidismo secundário foi transformado em variável
dicotômica – presente/ausente. A 25(OH)D foi transformada logaritmicamente.
181
Possíveis fatores associados aos desfechos foram primeiramente analisados
através dos testes t de Student, Mann-Whitney e exato de Fisher. Regressão
logística foi utilizada para avaliar possíveis fatores associados ao desfecho. A
sobrevida foi estimada através da análise de Kaplan-Meier.
182
RESULTADOS
Um total de 100 indivíduos foi acompanhado durante os meses de
dezembro de 2005 a maio de 2006. Foram excluídos um indivíduo com
insuficiência renal crônica e um com hiperparatireoidismo primário. As
características basais desta população estão descritas na Tabela 1. Cinqüenta
e oito por cento destes pacientes apresentavam hiperparatireoidismo
secundário. A ingestão calculada média de cálcio foi 720 mg por dia.
Durante um acompanhamento de 182 dias, nove indivíduos morreram e
13 foram internados em hospital (Figura 1). Quando utilizado o desfecho
combinado, de mortalidade ou internação, o número foi igual a 14. As causas
de internação e mortalidade estão descritas na Tabela 2.
Na análise univariada a razão de chances de um indivíduo com
hiperparatireoidismo secundário morrer foi 6,6 (CI 95% 0,8 – 54,6; p=0,07), de
internar em hospital foi 10,7 (CI 95% 1,3-85,9; p=0,007) e de ambos
combinados foi 5,2 (CI 95% 1,1 – 24,7; p<0,04). Hiperparatireoidismo
secundário e IMC foram fatores de risco independentes para internação em
hospital ou morte, mesmo após correção pela DCE e nível de 25(OH)D no soro
(Tabela 3).
183
Tabela 1. Características basais dos idosos residentes em instituição geriátrica
n=100 Sem eventos
(n=86)
Óbito ou
Internação (n=14)
p
Idade (anos) 77,8 ± 9,0 77,48 ± 9,3 79,8 ± 7,4 0,32
Fototipo I e II 86,7 87 84,6 0,89
Sexo Feminino (%) 59,6 63,5 35,7 0,08
Exposição ao sol >3
h/semana (%)
43 43 42,8 1,0
Uso de mais de 5
medicamentos (%)
21,2 21,2 21,4 1,0
Tabagismo (%) 17 17,4 14,3 1,0
Uso de álcool (%) 2 2,3 0 1,0
Peso (kg) 64,6 ± 13 63 ± 13 71 ± 13 0,06
IMC
a
(kg/m
2
) 24,6 ± 4 24,2 ± 4 26,4 ± 4 0,12
Fratura de fragilidade
(%)
3 1,2 14,2 0,9
Hiperparatireoidismo
b
58 53,5 85,7 0,04
25(OH)D
c
(ng/mL) 12,5 ± 8 12,87 ± 8 10,68 ± 5,0 0,42
Albumina (g/dL) 3,9 ± 0,3 4,0 ± 0,3 3,9 ± 0,3 0,36
Cálcio Total (mg/dL) 9,4 ± 0,4 9,4 ± 0,4 9,3 ± 0,3 0,24
Fósforo (mg/dL) 3,4 ± 0,6 3,4 ± 0,7 3,3 ± 0,6 0,31
Magnésio (mg/dL) 2,1 ± 0,2 2,1 ± 0,2 2,1 ± 0,2 0,82
Fosfatase Alcalina (U/L) 86 ± 54 87 ± 57 82 ± 57 0,98
Creatinina (mg/dL) 1,0 ± 0,4 1,0 ± 0,4 1,1 ± 0,5 0,62
DCE
d
(mL/min) 51 ± 23 50 ± 22 58 ± 28 0,41
a
Índice de massa corporal
b
Definido como Hormônio da Paratireóide > 48 pg/mL
c
25-hidroxivitamina D
d
DCE: Taxa de filtração glomerular calculada pela equação de Cockcroft-Gault
25
184
Tabela 2. Causas de Internação Hospitalar ou Mortalidade.
Óbitos
(n/ n total)
Internação
(n/ n total)
Síndrome Coronariana Aguda 3/9 4/13
Sepse 3/9 3/13
Fratura de Colo de Fêmur 2/13
Acidente Vascular Cerebral 1/9 1/13
Carcinoma de mama 1/9 1/13
Pancreatite Aguda 1/9 1/13
Hemorragia Digestiva Alta 1/13
Tabela 3. Modelo multivariado para possíveis fatores associados com mortalidade ou
internação hospitalar em indivíduos residentes em instituição geriátrica.
Razão de Chances Intervalo de confiança 95% p
Hiperparatireoidismo
a
54 1,86 – 1597,4 0,020
Ln 25(OH)D (ng/mL)
b
0,99 0,19 – 5,30 0,990
DCE
c
(mL/min) 1,03 0,98 – 1,08 0,160
IMC (kg/m
2
) 1,23 1,001 – 1,53 0,049
a
Definido como Hormônio da Paratireóide > 48 pg/mL
b
Logaritmo natural da 25-hidroxivitamina D
c
Taxa de filtração glomerular calculada pela equação de Cockcroft-Gault
25
185
Figura 1: Curvas de sobrevida e internação em pacientes com e sem hiperparatireoidismo .
186
DISCUSSÃO
Em nosso estudo o hiperparatireoidismo secundário, definido como uma
elevação nos níveis séricos de PTH acima de 48 pg/mL foi fator de risco para
internar ou morrer, em indivíduos idosos internados em instituição geriátrica.
No nosso conhecimento, este estudo é o primeiro a avaliar a associação do
hiperparatireoidismo secundário com internação hospitalar. A associação do
hiperparatireoidismo secundário com mortalidade e internação é bem
estabelecida em pacientes renais crônicos (15-19). Em um estudo realizado
em pessoas idosas institucionalizadas em casas e clínicas geriátricas na
Austrália também foi observada a associação de mortalidade e PTH acima de
43 pg/dL, independentemente dos níveis séricos de 25(OH)D e creatinina (20).
Enquanto a associação de 25(OH)D e eventos cardiovasculares
permanece controversa (10,26), a associação do PTH com estes eventos
parece estar cada vez mais evidente (27,28). A associação do PTH com
hipertrofia miocárdica foi observada em aproximadamente 80 % dos pacientes
com insuficiência renal crônica em hemodiálise (13), o PTH está implicado na
hipertrofia das fibras miocárdicas através da ativação da proteinaquinase C e
esta é independente da 1,25dihidroxivitamina D (29). Da mesma maneira, o
PTH parece estar associado a um aumento da pressão arterial enquanto que a
25(OH)D não parece ter influência na mesma (11). O mesmo ocorre com
187
relação à síndrome metabólica (26). Embora nosso estudo não tenha poder
para determinar a associação entre hiperparatireoidismo e mortalidade e ou
internação cardiovascular, seis dos 14 pacientes que internaram ou morreram
tinham síndrome coronariana aguda ou acidente vascular cerebral.
Além de sua ação no músculo cardíaco o PTH poderia ter alguma ação
no sistema imune através da produção de interleucina 6 (IL-6), pois ativa sua
produção nos osteoblastos e, quando aumentado, também em outros tecidos.
A IL6 estimula a produção das proteínas de fase aguda como fibrinogênio e
proteína C reativa (PCR). A PCR tende a aumentar nos meses de inverno e
com o aumento da idade e é um fator prognóstico bem estabelecido na doença
coronariana (30-32).
A estimativa da DCE pela fórmula de Cockcroft-Gault subestima a DCE
em indivíduos idosos (25). No entanto, em nossa coorte a maioria dos idosos
apresentava sobrepeso o que poderia superestimar a função renal. Esses
fatores podem ter contribuído para não encontrarmos associação entre DCE e
o desfecho (33-35). O ideal seria a realização de um estudo com a taxa de
filtração glomerular medida pela depuração renal da inulina em 24 horas, só
assim poderíamos responder a esta questão.
Outros fatores contribuem para o desenvolvimento do
hiperparatireoidismo secundário e a baixa ingestão de cálcio é um deles (3).
Em nosso estudo a ingestão calculada de cálcio de 720 mg por dia pode
188
explicar pelo menos em parte a grande prevalência de hiperparatireoidismo
secundário em nossa população. Infelizmente, a ingestão individual de cálcio
não foi aferida e este fator pode ter tido alguma participação nos desfechos.
Seja qual for o mecanismo, o aumento do PTH foi um importante fator
prognóstico em nosso estudo, estando associado a uma razão de chances de
5,2 de um idoso internar ou morrer em 6 meses. O que não sabemos é se a
correção desde PTH através de carbonato de cálcio e vitamina D poderia vir a
diminuir este risco. Em pacientes renais crônicos, a diminuição dos níveis
séricos de PTH melhora o prognóstico dos pacientes e a correção do
hiperparatireoidismo associado à deficiência de vitamina D diminui o número de
quedas e fraturas (15,16). Estes dados nos sugerem que a diminuição nos
níveis séricos do PTH, possivelmente abaixo de 48 pg/dL, possa vir a ter
impacto na saúde destes pacientes. Contudo, mesmo que isto não seja
inteiramente verdade, apenas a utilização do PTH como fator prognóstico já
tem grande valor na prática clínica.
189
BIBLIOGRAFIA
1. Lips P. Vitamin D deficiency and secondary hyperparathyroidism in the
elderly: consequences for bone loss and fractures and therapeutic implications.
Endocr Rev. 2001 Aug;22(4):477-501.
2. Mosekilde L. Vitamin D and the elderly. Clin Endocrinol (Oxf). 2005
Mar;62(3):265-81.
3. Saleh F, Jorde R, Sundsfjord J, Haug E, Figenschau Y. Causes of
secondary hyperparathyroidism in a healthy population: the Tromso study. J
Bone Miner Metab. 2006;24(1):58-64.
4. Vieth R, Ladak Y, Walfish PG. Age-related changes in the 25-
hydroxyvitamin D versus parathyroid hormone relationship suggest a different
reason why older adults require more vitamin D. J Clin Endocrinol Metab. 2003
Jan;88(1):185-91.
5. Patel S, Hyer S, Barron J. Glomerular Filtration Rate Is a Major
Determinant of the Relationship between 25-Hydroxyvitamin D and Parathyroid
Hormone. Calcif Tissue Int. 2007 Apr;80(4):221-6.
190
6. Stein MS, Flicker L, Scherer SC, Paton LM, O'Brien ML, Walton SC, et
al. Relationships with serum parathyroid hormone in old institutionalized
subjects. Clin Endocrinol (Oxf). 2001 May;54(5):583-92.
7. Harris SS, Soteriades E, Coolidge JA, Mudgal S, Dawson-Hughes B.
Vitamin D insufficiency and hyperparathyroidism in a low income, multiracial,
elderly population. J Clin Endocrinol Metab. 2000 Nov;85(11):4125-30.
8. Jesudason D, Need AG, Horowitz M, O'Loughlin PD, Morris HA, Nordin
BE. Relationship between serum 25-hydroxyvitamin D and bone resorption
markers in vitamin D insufficiency. Bone. 2002 Nov;31(5):626-30.
9. Kamycheva E, Jorde R, Figenschau Y, Haug E. Insulin sensitivity in
subjects with secondary hyperparathyroidism and the effect of a low serum 25-
hydroxyvitamin D level on insulin sensitivity. J Endocrinol Invest. 2007
Feb;30(2):126-32.
10. Zittermann A. Vitamin D and disease prevention with special
reference to cardiovascular disease. Prog Biophys Mol Biol. 2006 Sep;92(1):39-
48.
11. Snijder MB, Lips P, Seidell JC, Visser M, Deeg DJ, Dekker JM, et al.
Vitamin D status and parathyroid hormone levels in relation to blood pressure: a
population-based study in older men and women. J Intern Med. 2007
Jun;261(6):558-65.
191
12. Reis JP, von Muhlen D, Kritz-Silverstein D, Wingard DL, Barrett-Connor
E. Vitamin D, parathyroid hormone levels, and the prevalence of metabolic
syndrome in community-dwelling older adults. Diabetes Care. 2007
Jun;30(6):1549-55.
13. Foley RN. Clinical epidemiology of cardiac disease in dialysis patients:
left ventricular hypertrophy, ischemic heart disease, and cardiac failure. Semin
Dial. 2003 Mar-Apr;16(2):111-7.
14. Rostand SG, Drueke TB. Parathyroid hormone, vitamin D, and
cardiovascular disease in chronic renal failure. Kidney Int. 1999 Aug;56(2):383-
92.
15. Khan S. Secondary hyperparathyroidism is associated with higher cost of
care among chronic kidney disease patients with cardiovascular comorbidities.
Nephron Clin Pract. 2007;105(4):c159-64.
16. de Francisco AL. Secondary hyperparathyroidism: review of the disease
and its treatment. Clin Ther. 2004 Dec;26(12):1976-93.
17. Ganesh SK, Stack AG, Levin NW, Hulbert-Shearon T, Port FK.
Association of elevated serum PO(4), Ca x PO(4) product, and parathyroid
hormone with cardiac mortality risk in chronic hemodialysis patients. J Am Soc
Nephrol. 2001 Oct;12(10):2131-8.
192
18. Avram MM, Mittman N, Myint MM, Fein P. Importance of low serum intact
parathyroid hormone as a predictor of mortality in hemodialysis and peritoneal
dialysis patients: 14 years of prospective observation. Am J Kidney Dis. 2001
Dec;38(6):1351-7.
19. Stevens LA, Djurdjev O, Cardew S, Cameron EC, Levin A. Calcium,
phosphate, and parathyroid hormone levels in combination and as a function of
dialysis duration predict mortality: evidence for the complexity of the association
between mineral metabolism and outcomes. J Am Soc Nephrol. 2004
Mar;15(3):770-9.
20. Sambrook PN, Chen JS, March LM, Cameron ID, Cumming RG, Lord
SR, et al. Serum parathyroid hormone is associated with increased mortality
independent of 25-hydroxy vitamin d status, bone mass, and renal function in
the frail and very old: a cohort study. J Clin Endocrinol Metab. 2004
Nov;89(11):5477-81.
21. Haden ST, Brown EM, Hurwitz S, Scott J, El-Hajj Fuleihan G. The effects
of age and gender on parathyroid hormone dynamics. Clin Endocrinol (Oxf).
2000 Mar;52(3):329-38.
22. Premaor MO, Alves GV, Crossetti LB, Furlanetto TW.
Hyperparathyroidism secondary to hypovitaminosis D in hypoalbuminemic is
less intense than in normoalbuminemic patients: a prevalence study in medical
inpatients in southern Brazil. Endocrine. 2004 Jun;24(1):47-53.
193
23. Souberbielle JC, Cormier C, Kindermans C, Gao P, Cantor T, Forette F,
et al. Vitamin D status and redefining serum parathyroid hormone reference
range in the elderly. J Clin Endocrinol Metab. 2001 Jul;86(7):3086-90.
24. Souberbielle JC, Lawson-Body E, Hammadi B, Sarfati E, Kahan A,
Cormier C. The use in clinical practice of parathyroid hormone normative values
established in vitamin D-sufficient subjects. J Clin Endocrinol Metab. 2003
Aug;88(8):3501-4.
25. Giannelli SV, Patel KV, Windham BG, Pizzarelli F, Ferrucci L, Guralnik
JM. Magnitude of underascertainment of impaired kidney function in older
adults with normal serum creatinine. J Am Geriatr Soc. 2007 Jun;55(6):816-23.
26. Hsia J, Heiss G, Ren H, Allison M, Dolan NC, Greenland P, et al.
Calcium/vitamin D supplementation and cardiovascular events. Circulation.
2007 Feb 20;115(7):846-54.
27. Saleh FN, Schirmer H, Sundsfjord J, Jorde R. Parathyroid hormone and
left ventricular hypertrophy. Eur Heart J. 2003 Nov;24(22):2054-60.
28. Kamycheva E, Sundsfjord J, Jorde R. Serum parathyroid hormone levels
predict coronary heart disease: the Tromso Study. Eur J Cardiovasc Prev
Rehabil. 2004 Feb;11(1):69-74.
194
29. Schluter KD, Weber M, Piper HM. Parathyroid hormone induces protein
kinase C but not adenylate cyclase in adult cardiomyocytes and regulates cyclic
AMP levels via protein kinase C-dependent phosphodiesterase activity.
Biochem J. 1995 Sep 1;310 ( Pt 2):439-44.
30. McCarty MF. Secondary hyperparathyroidism promotes the acute phase
response -- a rationale for supplemental vitamin D in prevention of vascular
events in the elderly. Med Hypotheses. 2005;64(5):1022-6.
31. Passeri G, Pini G, Troiano L, Vescovini R, Sansoni P, Passeri M, et al.
Low vitamin D status, high bone turnover, and bone fractures in centenarians. J
Clin Endocrinol Metab. 2003 Nov;88(11):5109-15.
32. Mitnick MA, Grey A, Masiukiewicz U, Bartkiewicz M, Rios-Velez L,
Friedman S, et al. Parathyroid hormone induces hepatic production of bioactive
interleukin-6 and its soluble receptor. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2001
Mar;280(3):E405-12.
33. Gill J, Malyuk R, Djurdjev O, Levin A. Use of GFR equations to adjust
drug doses in an elderly multi-ethnic group--a cautionary tale. Nephrol Dial
Transplant. 2007 Jun 16.
34. Jassal SK, von Muhlen D, Barrett-Connor E. Measures of renal function,
BMD, bone loss, and osteoporotic fracture in older adults: the Rancho Bernardo
study. J Bone Miner Res. 2007 Feb;22(2):203-10.
195
35. Wieczorowska-Tobis K, Niemir ZI, Guzik P, Breborowicz A, Oreopoulos
DG. Difference in estimated GFR with two different formulas in elderly
individuals. Int Urol Nephrol. 2006;38(2):381-5.
196
EFEITO DE DOSE ÚNICA VERSUS DOSE DIÁRIA DE
COLECALCIFEROL NOS NÍVEIS SÉRICOS DE 25-
H
IDROXICOLECALCIFEROL E HORMONIO DA
PARATIREÓIDE EM ADULTOS IDOSOS COM
HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO
RESIDENTES EM INSTITUIÇÃO GERIÁTRICA
197
RESUMO
OBJETIVOS: Comparar o efeito de dois regimes de administração de
colecalciferol nos níveis séricos de 25-hidroxicolecalciferol [25(OH)D] e na
reversão do hiperparatireoidismo secundário em adultos idosos residentes em
instituição geriátrica.
DESENHO: Ensaio clínico randomizado e duplo cego, controlado.
POPULAÇÂO: Indivíduos residentes em instituição geriátrica beneficente da
cidade de Porto Alegre, sul do Brasil.
PARTICIPANTES: 28 indivíduos com idade entre 65 e 102 anos com hormônio
da paratireóide (PTH) no soro maior que 48 pg/mL e cálcio sérico normal ou
diminuído.
INTERVENÇÕES: Os indivíduos foram randomizados para receber dose única
de 300.000 UI de colecalciferol (Grupo 1) ou 800 UI de colecalciferol (Grupo 2)
por dia. Todos receberam 1250 mg de carbonato de cálcio por dia. O período
de observação foi nove meses.
198
AFERIÇÔES: Foram dosados 25(OH)D e PTH no soro, em condições basais e
após 1, 2, 3, 6 e 9 meses.
RESULTADOS: A administração de 300.000 UI de vitamina D3 foi
significativamente mais eficaz em aumentar os níveis séricos de 25(OH)D
quando comparada à dose de 800 U por dia (p<0,001) nos nove meses de
tratamento. O número de pacientes que atingiu níveis séricos de 25(OH)D
superiores a 20 ng/dL foi maior no grupo 1 nos meses 1 (p<0,001), 2 (p=0,05) e
3 (p=0,008).
CONCLUSÃO: A curto prazo, em idosos institucionalizados, recebendo 500 mg
de cálcio elementar suplementar, via oral, por dia, o tratamento com dose única
de 300.000 UI de vitamina D foi superior à dose de 800 UI por dia.
Palavras Chaves: “hiperparatireoidismo secundário”, “idoso”, “deficiência de
vitamina D”, “colecalciferol”.
199
INTRODUÇÃO
A deficiência de vitamina D é muito prevalente nos dias atuais,
especialmente em idosos. Seu diagnóstico é feito através da dosagem sérica
de 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] (1,2). A hipovitaminose D acarreta redução
da absorção intestinal de cálcio e aumento dos níveis séricos do hormônio da
paratireóide (PTH) o que pode acarretar aumento da reabsorção óssea, com
perda do osso cortical (3,4).
Atualmente, acredita-se que o risco aumentado de fraturas que ocorre
na hipovitaminose D se deva tanto à diminuição da massa óssea (5), quanto a
um aumento da chance de quedas (6,7). Não se sabe ainda se todas essas
manifestações se devem à deficiência de vitamina D. A perda da massa óssea
tem sido atribuída ao hiperparatireoidismo secundário (8-11), já o aumento do
número de quedas provavelmente se deve à fraqueza muscular, ocasionada
pela hipovitaminose D e, talvez, pelo hiperparatireoidismo secundário (11-13).
Nos estudos que encontraram diminuição do risco de fraturas com a
suplementação de vitamina D, os níveis séricos de 25(OH)D foram sempre
superiores a 20 ng/mL (5,14-17). Na metanálise conduzida por Bischoff-Ferrari
e col. a diminuição do número de fraturas foi observada em indivíduos cujo
200
nível sérico médio de 25(OH)D era 29,6 ng/mL (18). Nestes estudos,
paralelamente ao aumento dos níveis séricos de 25(OH)D, houve uma
diminuição dos níveis de PTH sérico (8).
Um dos grandes problemas na suplementação de vitamina D é a adesão
ao seu uso diário, pois mesmo nos grandes ensaios clínicos esta adesão foi em
torno de 40 a 60% (11,19). A administração intermitente de doses altas deste
medicamento pode melhorar a adesão, sem a perda da eficácia. Trivedi e col.
administraram a indivíduos acima de 65 anos 100.000 UI de vitamina D via oral
a cada quatro meses e, após cinco anos, encontraram um risco relativo de 0,67
(0,46-0,99) para todas as fraturas não vertebrais nos indivíduos assim tratados,
quando comparado ao grupo que recebeu placebo (15). Outros estudos
sugerem que doses altas de 25(OH)D possam ser eficazes por pelo menos
seis meses, sem efeitos adversos importantes (20-23). A determinação do
tempo de eficácia de uma dose única alta de colecalciferol na manutenção de
níveis séricos ótimos de 25OHD é importante para a prática clínica.
Considerando-se que a sobrevida média de indivíduos com idade entre 75 e 80
anos costuma ser por volta de cinco anos (24), uma demora na normalização
dos níveis séricos de 25(OH)D pode ser de grande importância.
O presente estudo tem como objetivo comparar a eficácia de dois
regimes de administração de colecalciferol, 800 UI por dia, por 9 meses, e dose
única de 300.000 UI, nos níveis séricos de 25(OH)D e PTH, a adultos idosos,
com hiperparatireoidismo secundário, residentes em instituição geriátrica.
201
MATERIAIS E MÉTODOS
População e Recrutamento
O estudo foi realizado em uma instituição geriátrica beneficente da
cidade de Porto Alegre, paralelo 30º, no sul do Brasil. Os indivíduos residentes
nessa clínica tinham sido recentemente rastreados para deficiência de vitamina
D. Foram convidados a participar do estudo indivíduos com mais de 65 anos,
que tivessem tido hormônio da paratireóide (PTH) sérico superior a 48 pg/mL e
calcemia normal ou baixa. Indivíduos em uso atual de suplementos de cálcio
e/ou vitamina D ou glicocorticóides ou que tivessem hipercalcemia,
hiperparatireoidismo primário ou insuficiência renal, isto é, taxa de depuração
da creatinina endógena calculada pela equação de Cockroft-Gauld (25) inferior
a 20 mL/min, foram excluídos. Foi obtido consentimento informado de todos os
indivíduos ou do familiar responsável. O estudo foi aprovado pelo comitê de
ética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os indivíduos foram recrutados
todos durante o mês de dezembro de 2005.
Desenho do estudo e Intervenções
202
Foi realizado um ensaio clínico randomizado controlado duplo cego. O
número de indivíduos foi calculado em 15 por grupo, para detectar uma
diferença de 15 pg/mL na variável PTH ao final do estudo, com um poder de
80%. Os indivíduos foram randomizados 1:1, todos de uma mesma vez,
através de tabelas de randomização e estratificados para o PTH em grupos de
10.
Todos os indivíduos receberam 1.250 mg de carbonato de cálcio, em
cápsulas, no café da manhã, durante o período de observação. Aos indivíduos
randomizados para receberem dose única de vitamina D foram administradas
300.000 UI de colecalciferol (DEG, São Paulo - SP/ Brasil) no primeiro dia do
estudo, no café da manhã (Grupo 1). Aos indivíduos randomizados, para
receberem dose diária de vitamina D, foram administradas 800 UI de
colecalciferol por dia por 09 meses (Grupo 2). As cápsulas recebidas pelos dois
grupos tinham mesmo sabor e aspecto.
Todas as cápsulas foram manipuladas em farmácia especializada e o
controle de qualidade foi feito através de comatrografia líquida de alta pressão.
Os medicamentos foram administrados pela equipe de enfermagem da
instituição. Os indivíduos participantes do estudo, a equipe de enfermagem e a
equipe de pesquisa não sabiam a que grupos pertenciam os indivíduos, exceto
um membro da equipe, que gerenciou os medicamentos e não participou das
avaliações.
203
Aferições
Os seguintes dados foram aferidos, no recrutamento, através de
questionário padronizado: idade, sexo, exposição ao sol, medicamentos em
uso, tabagismo, uso de álcool. Peso, altura e fototipo foram aferidos no mesmo
dia, pelos autores. A ingestão de cálcio foi calculada por uma nutricionista com
base na dieta oferecida na instituição.
Foram coletadas amostras de sangue entre as 10 e 12 horas da manhã,
após jejum de pelo menos 4 horas. Todas as amostras foram congeladas a -
20º C e analisadas ao mesmo tempo. Foram aferidos 25-hidroxivitamina D
[25(OH)D] por quimiluminescência (LIAISON - DiaSorin Inc, Stillwater/ MN, cv
intraensaio 6% e interensaio 13%) e hormônio da paratireóide (PTH) por
eletroquimiluminescência (Elecsys – Roche Diagnostics, Indinápolis/EUA, cv
intraensaio 2% e interensaio 5,4%), nos meses 0, 1, 2, 3, 6, e 9. Foram
também dosados albumina, cálcio total, fósforo, magnésio, creatinina e
fosfatase alcalina séricos, no mês de recrutamento, e albumina, cálcio total,
fósforo e fosfatase alcalina séricos nos meses 1, 2, 3, 6 e 9, através dos
métodos de rotina do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Os valores normais do PTH foram calculados para o nosso meio em
estudo prévio através de média ± desvio padrão da média, em pacientes com
25(OH)D total maior ou igual a 20 ng/mL (26,27). Hiperparatireoidismo
secundário foi definido como PTH > 48 pg/mL, com cálcio sérico normal ou
204
baixo, e a deficiência de vitamina D foi definida como 25(OH)D inferior a 20
ng/mL.
Foram avaliados os seguintes fatores adversos: hipercalcemia e
intolerância gastrintestinal. A aderência foi avaliada através do número de
drágeas ingeridas e supervisão direta das tomadas pelos profissionais de
enfermagem.
Análise estatística
As características basais da população foram comparadas utilizando-se
os testes t de Student, Exato de Fischer e χ
2
com a correção de Yates. A
25(OH)D e o PTH foram transformados logaritmicamente. As diferenças entre
os grupos foram calculadas através da análise de variância (ANOVA para
medidas repetidas). Análise de variância one-way foi realizada para estudar a
diferença entre as médias, no mesmo grupo. O teste de Bonferroni foi utilizado
para o ajustamento de múltiplas comparações. Para variáveis categóricas
foram utilizados os testes Exato de Fischer e χ
2
com a correção de Yates,
conforme a aplicabilidade. Foram analisados apenas os indivíduos que
completaram o tratamento. Diferenças foram consideradas significantes
quando o valor do p bi-caudal foi menor que 0,05. Os dados foram analisados
através do pacote estatístico SPSS® para Windows® versão 13.0.
205
RESULTADOS
Um total de 28 indivíduos foi acompanhado durante os meses de abril de
2006 a janeiro de 2007. Treze indivíduos terminaram o estudo em cada grupo
(Figura 1). A aderência ao tratamento em ambos os grupos foi superior a 95%
e não houve diferença estatística entre eles.
As características basais desta população estão descritas na Tabela 1. A
ingestão calculada média de cálcio na dieta foi 720 mg por dia.
A administração de 300.000 UI de vitamina D aumentou
significativamente os níveis séricos médios de 25(OH)D quando comparada à
dose diária (p<0,001), avaliando os 9 meses. Os níveis séricos médios de
25(OH)D foram mais altos no Grupo 1, no final do primeiro (p=0.001), segundo
(p=0.039) e terceiro meses, embora não significativa nesse último. No final do
sexto mês, os níveis séricos médios de 25(OH)D foram semelhantes nos dois
grupos e, no final do nono mês, foram mais altos no Grupo 2 (p=0.038). Os
níveis séricos médios de PTH foram semelhantes nos dois grupos, nos nove
meses do estudo (p=0,053), embora houvesse uma tendência a serem mais
baixos no Grupo 1, com níveis séricos médios significativamente mais baixos
no segundo mês (p=0.027). Esses dados são mostrados na Figura 2.
206
Albumina, cálcio total, fósforo e fosfatase alcalina séricos foram semelhantes
nos dois grupos em todas as aferições (dados não mostrados).
O número de indivíduos que atingiram níveis séricos de 25(OH)D
superiores a 20 ng/dL foi maior no Grupo 1, nos meses 1 (p<0.001), 2
(p=0.053) e 3 (p=0.008). Não houve diferença significativa nos níveis séricos
médios de 25(OH)D dos dois grupos nos meses 6 e 9, embora tenham sido
mais altos no Grupo 2, no nono mês (p=0.06) (Figura 3).
Em ambos os grupos, foi observado aumento do nível sérico médio de
25(OH)D, com o tratamento (dados não mostrados).
Nenhum indivíduo apresentou hipercalcemia. Dois indivíduos do Grupo 1
apresentaram intolerância gástrica (p=1,0).
207
Tabela 1. Características basais dos idosos randomizados para dose única versus dose diária de
colecalciferol.
n=28
300000 UI colecalciferol
dose única + 500 mg
cálcio /dia (n=14)
800 UI colecalciferol
+ 500 mg cálcio /dia
(n=14)
p
Idade (anos) 80,8±8,7 78,9±7,6 81,4±9,9 0,46
Fototipo I e II (%) 92,9 92,9 92,9 1,00
Sexo Feminino (%) 67,9 57,1 71,4 0,42
Tabagismo (%) 25 21,4 28,6 0,51
Uso de álcool (%) 3,6 0 7,1 1,00
Uso de mais de 5
medicamentos (%)
28,6 28,6 30,8 1,00
Exposição ao Sol (%) 25 35,7 14,3 0,38
Peso (kg) 63,9±12,4 62,8±10,3 64,9±14,4 0,67
IMC (kg/m
2
) 23,9±3,8 23,4±3,1 24,4±4,6 0,60
PTH (pg/mL)
a
74,5±26,2 70,6±25,0 78,3±27,6 0,35
25(OH)D (ng/mL)
a
10,8±5,9 12,4±6,7 9,2±4,9 0,21
Albumina (g/dL) 4,0±0,2 3,986 4,043 0,45
Cálcio total (mg/dL) 9,5±0,3 9,5±0,3 9,5±0,4 1,0
Fósforo (mg/dL) 3,8±0,7 3,4±0,7 3,6±0,7 0,58
Magnésio (mg/dL) 2,1±0,2 2,1±0,2 2,1±0,2 0,84
Fosfatase Alcalina
(U/L)
a
84,3±19,7 86,5±22,8 82,1±16,6 0,85
Creatinina (mg/dL) 1,2±0,5 1,2±0,4 1,2±0,5 0,68
DCE
b
(mL/min) 44,3±17,3 46,8±17,9 41,8±16,9 0,45
a
Para a análise estatística estas variáveis foram transformadas para o logaritmo
natural
b
DCE: Taxa de filtração glomerular calculada pela equação de Cockcroft-Gault.
208
Figura 1: Fluxograma dos adultos idosos que participaram do
estudo.
Avaliação de elegibilidade
Dezembro/2005 (n=56)
Excluídos (n= 26)
Sem critérios de inclusão
(n= 23)
Recusaram a participar
(n= 1)
Outras razões
(n=2 - morte)
Analisados (n=13)
Excluídos da analise
(1 perda do seguimento)
Perderam o seguimento
(n= 1 – morte /Outubro
2006
)
Alocados para intervenção
abril/06 (n= 16)
Receberam intervenção (n= 14)
Não receberam intervenção
(n= 2 – morte )
Descontinuaram a intervenção
(n= 1 – hospitalização
Janeiro 2007
)
Alocados para intervenção
abril/06 (n= 14)
Receberam intervenção (n= 14)
Não receberam intervenção
(n=0)
Analisados (n= 13)
Excluídos da analise
(1 descontinuou a intervenção)
Alocação
Análise
Seguimento
Arrolados
Randomização
209
Figura 2: Comparação do efeito do colecalciferol dose única de 300 000 UI
versus 800 UI por dia nos níveis séricos do PTH e 25(OH)D mês a mês e
durante os 9 meses em conjunto.Os dados são mostrados como média e erro
padrão da média. *comparação entre grupos de 0 a 9 meses.
210
Figura 3: Indivíduos com nível sérico de 25(OH)D acima de 20 ng/mL no
tratamento com colecalciferol dose única de 300 000 UI versus 800 UI por dia.
Os dados são mostrados como percentagem do total.
211
DISCUSSÃO
A administração de colecalciferol em dose única de 300.000 UI foi
superior à dose diária de 800 UI no aumento dos níveis séricos de 25(OH)D e
na reversão do hiperparatireoidismo secundário, em um período de dois
meses, em idosos institucionalizados. O número de indivíduos com níveis
séricos de 25(OH)D maior que 20 ng/dL foi maior no Grupo 1, apenas nos três
primeiros meses, pois no sexto mês, a média da 25(OH)D sérica já era mais
alta no Grupo 2, embora não significativa. Infelizmente não foi medida a
25(OH)D sérica nos meses quarto e quinto e, por este motivo, não se sabe com
exatidão, quando essa dose deixou de ser superior à dose diária.
Em nosso país os meses de inverno são julho, agosto e setembro que
correspondem no estudo aos meses três, quatro e cinco e isto poderia ter
contribuído para a diminuição dos níveis séricos da vitamina D. Tanto a dose
diária de 800 UI quanto a dose única de 300.000, após 6 meses da ingestão,
não foram eficazes em manter osveis séricos de 25(OH)D adequados. Não
se pode descartar a influência da menor insolação nessa época do ano.
Acredita-se que em algumas regiões do Brasil os níveis séricos de vitamina D
variam, conforme a estação do ano. Em um estudo realizado em 250 idosos
não institucionalizados na cidade de São Paulo localizada no paralelo 23º sul,
212
Brasil, encontraram-se níveis séricos médios de 25(OH)D mais baixos nos
meses de inverno, diminuindo de 33,6 ng/mL, no alto verão, para 11,6 ng/mL
em setembro (28). Outros estudos, em locais de latitude semelhante, também
encontraram variação sazonal da 25(OH)D sérica, em Buenos Aires, Argentina,
34ºS (29-31) e Auckland, Nova Zelândia, 36º51’S (32). Como Porto Alegre,
Brazil, situa-se no paralelo 30º S, muito provavelmente a insolação sazonal
também é importante para determinar a produção de vitamina D.
Nos indivíduos que receberam 800 U de vitamina por dia, o percentual
com níveis séricos de 25(OH)D acima de 20 ng/mL variou de 21.4 a 42.9 %,
nos três primeiros meses (33-36). No estudo MORE (17) aproximadamente
77% dos indivíduos tratados com vitamina D (400-600 UI por dia) e cálcio (500
mg por dia) atingiram níveis séricos de 25(OH)D superiores a 20 ng/mL após 6
meses de tratamento. Assim como aumentou os níveis séricos de 25(OH)D, a
administração de 800 UI de vitamina D acrescida de cálcio reduziu os níveis
séricos de PTH em 13 a 50 % (33,37-39) e a magnitude desta diminuição
dependia do grau de insuficiência de vitamina D (12). No estudo Decayos I,
conduzido em mulheres idosas institucionalizadas com níveis séricos médios
iniciais de 25(OH)D de 16 ± 11 ng/mL, a redução dos níveis séricos médios de
PTH após a administração de 800 IU de colecalciferol e 1.200 mg de cálcio
elementar foi igual a 25,9% em 6 meses de observação e estes resultados
foram confirmados pelo estudo Decayos II (8,37). Em nosso estudo, não houve
uma redução significativa do PTH sérico médio com esta dose, no entanto, o
213
estudo pode não ter tido poder estatístico suficiente para detectar uma
diferença da magnitude observada.
Por que os níveis séricos de vitamina D em resposta à dose diária de
800 U de vitamina D foram tão baixos no presente estudo? Vários fatores
podem ter contribuído. A vitamina D foi administrada no café da manhã, que é
uma refeição pobre em gorduras, em nosso meio. Como esta substância é
lipossolúvel, este fator poderia ter prejudicado sua absorção. Outro fator que
pode ter contribuído foram os níveis iniciais muito baixos de 25(OH)D, com
nível sérico médio de 10,8±5,9 ng/mL. É sabido que os níveis séricos iniciais de
25(OH)D são um importante fator nos níveis a serem alcançados com a
reposição de vitamina D, pois quanto mais baixos no pré-tratamento, menos
eficaz é esta reposição. Heaney e col. (40), em um estudo realizado em
homens adultos saudáveis com idade média de 38,7 ± 12 anos, observaram
que aqueles que apresentavam 25(OH)D inicial entre 8 e 16 ng/mL
necessitaram de 2.200 UI de vitamina D para alcançar níveis séricos de
25(OH)D superiores a 30 ng/mL. Adultos idosos institucionalizados costumam
apresentar níveis séricos muito baixos de 25(OH)D na maioria dos paises
industrializados (1,2) e, provavelmente, são mais depletados de vitamina D que
a maioria dos indivíduos incluídos nos grandes ensaios clínicos (11)
necessitando, muito provavelmente, de doses diárias de vitamina D superiores
a 800 UI por dia. A ingestão de cálcio também pode ter interferido, pois os
indivíduos receberam apenas 500 mg de cálcio suplementar por dia e o aporte
214
de cálcio na dieta não foi aferido de maneira direta, assim pode ter sido menor
do que a quantidade estimada de 720 mg ao dia.
Já nos indivíduos que receberam 300.000 U de vitamina em dose única,
o percentual com níveis séricos de 25(OH)D acima de 20 ng/mL variou de 78.6
a 92.9 %, nos três primeiros meses. Em 6 meses, os níveis séricos médios de
25(OH)D foram semelhantes ao basal indicando que a reserva obtida com dose
única de 300.000 U de vitamina D não foi suficiente para atender à demanda
ao final desse período. Doses menores divididas, a cada três meses, com
mesma dose total, parecem ser mais eficazes para a manutenção de níveis
séricos adequados de vitamina D, conforme foi visto, em um estudo realizado
na Austrália. Nesse estudo, adultos idosos que receberam 100.000 UI de
colecalciferol por mês, durante três meses, tiveram aumento dos níveis séricos
médios de 25(OH)D de 14,6 ± 4,2 para 49,6 ± 11,2 ng/mL ao final de 6 meses
(41), no entanto, a influência da ingestão de cálcio não foi estudada.
No nosso conhecimento, este estudo é o primeiro a comparar a
administração da dose única de vitamina D com a dose diária. A curto prazo,
em idosos institucionalizados, recebendo 500 mg de cálcio elementar
suplementar, via oral, por dia, o tratamento com dose única de 300.000 UI de
vitamina D foi superior à dose de 800 UI por dia.
215
AGRADECIMENTOS
Nossos profundos agradecimentos a Roberta Pires Bastos Oliveira pelo
seu trabalho excepcional no preparo das medicações utilizadas neste estudo.
O estudo foi financiado pelo Fundo de Incentivo a Pesquisa do Hospital
de Clínicas de Porto Alegre e pelo Ministério da Educação - CAPES, através da
pós-graduação em Ciências Médicas- Universidade Federal do Rio Grande do
Sul.
216
BIBLIOGRAFIA
1. Lips P. Vitamin D deficiency and secondary hyperparathyroidism in the
elderly: consequences for bone loss and fractures and therapeutic implications.
Endocr Rev. 2001 Aug;22(4):477-501.
2. Mosekilde L. Vitamin D and the elderly. Clin Endocrinol (Oxf). 2005
Mar;62(3):265-81.
3. Lips P. Vitamin D physiology. Prog Biophys Mol Biol. 2006 Sep;92(1):4-8.
4. Fraser DR. Vitamin D. Lancet. 1995 Jan 14;345(8942):104-7.
5. Dawson-Hughes B, Harris SS, Krall EA, Dallal GE. Effect of calcium and
vitamin D supplementation on bone density in men and women 65 years of age
or older. N Engl J Med. 1997 Sep 4;337(10):670-6.
6. Bischoff-Ferrari HA, Dawson-Hughes B, Willett WC, Staehelin HB,
Bazemore MG, Zee RY, et al. Effect of Vitamin D on falls: a meta-analysis.
Jama. 2004 Apr 28;291(16):1999-2006.
217
7. Broe KE, Chen TC, Weinberg J, Bischoff-Ferrari HA, Holick MF, Kiel DP.
A higher dose of vitamin d reduces the risk of falls in nursing home residents: a
randomized, multiple-dose study. J Am Geriatr Soc. 2007 Feb;55(2):234-9.
8. Chapuy MC, Pamphile R, Paris E, Kempf C, Schlichting M, Arnaud S, et
al. Combined calcium and vitamin D3 supplementation in elderly women:
confirmation of reversal of secondary hyperparathyroidism and hip fracture risk:
the Decalyos II study. Osteoporos Int. 2002 Mar;13(3):257-64.
9. Lips P. Which circulating level of 25-hydroxyvitamin D is appropriate? J
Steroid Biochem Mol Biol. 2004 May;89-90(1-5):611-4.
10. Meunier PJ. Calcium and vitamin D are effective in preventing fractures
in elderly people by reversing senile secondary hyperparathyroidism.
Osteoporos Int. 1998;8 Suppl 2:S1-2.
11. Boonen S, Vanderschueren D, Haentjens P, Lips P. Calcium and vitamin
D in the prevention and treatment of osteoporosis - a clinical update. J Intern
Med. 2006 Jun;259(6):539-52.
12. Boonen S, Bischoff-Ferrari HA, Cooper C, Lips P, Ljunggren O, Meunier
PJ, et al. Addressing the musculoskeletal components of fracture risk with
calcium and vitamin D: a review of the evidence. Calcif Tissue Int. 2006
May;78(5):257-70.
218
13. Latham NK, Anderson CS, Reid IR. Effects of vitamin D supplementation
on strength, physical performance, and falls in older persons: a systematic
review. J Am Geriatr Soc. 2003 Sep;51(9):1219-26.
14. Chapuy MC, Meunier PJ. Prevention of secondary hyperparathyroidism
and hip fracture in elderly women with calcium and vitamin D3 supplements.
Osteoporos Int. 1996;6 Suppl 3:60-3.
15. Trivedi DP, Doll R, Khaw KT. Effect of four monthly oral vitamin D3
(cholecalciferol) supplementation on fractures and mortality in men and women
living in the community: randomised double blind controlled trial. Bmj. 2003 Mar
1;326(7387):469.
16. Meyer HE, Smedshaug GB, Kvaavik E, Falch JA, Tverdal A, Pedersen
JI. Can vitamin D supplementation reduce the risk of fracture in the elderly? A
randomized controlled trial. J Bone Miner Res. 2002 Apr;17(4):709-15.
17. Lips P, Duong T, Oleksik A, Black D, Cummings S, Cox D, et al. A global
study of vitamin D status and parathyroid function in postmenopausal women
with osteoporosis: baseline data from the multiple outcomes of raloxifene
evaluation clinical trial. J Clin Endocrinol Metab. 2001 Mar;86(3):1212-21.
18. Bischoff-Ferrari HA, Willett WC, Wong JB, Giovannucci E, Dietrich T,
Dawson-Hughes B. Fracture prevention with vitamin D supplementation: a
219
meta-analysis of randomized controlled trials. Jama. 2005 May
11;293(18):2257-64.
19. Unson CG, Litt M, Reisine S, Mahoney-Trella P, Sheperd T, Prestwood
K. Adherence to calcium/vitamin D and estrogen protocols among diverse older
participants enrolled in a clinical trial. Contemp Clin Trials. 2006 Jun;27(3):215-
26.
20. Tau C, Ciriani V, Scaiola E, Acuna M. Twice single doses of
100,000 IU of vitamin D in winter is adequate and safe for prevention of vitamin
D deficiency in healthy children from Ushuaia, Tierra Del Fuego, Argentina. J
Steroid Biochem Mol Biol. 2007 Mar;103(3-5):651-4.
21. Davies M, Mawer EB, Hann JT, Stephens WP, Taylor JL. Vitamin D
prophylaxis in the elderly: a simple effective method suitable for large
populations. Age Ageing. 1985 Nov;14(6):349-54.
22. Weisman Y, Schen RJ, Eisenberg Z, Amarilio N, Graff E, Edelstein-
Singer M, et al. Single oral high-dose vitamin D3 prophylaxis in the elderly. J
Am Geriatr Soc. 1986 Jul;34(7):515-8.
23. Wu F, Staykova T, Horne A, Clearwater J, Ames R, Mason B, et al.
Efficacy of an oral, 10-day course of high-dose calciferol in correcting vitamin D
deficiency. N Z Med J. 2003 Aug 8;116(1179):U536.
220
24. Walter LC, Lewis CL, Barton MB. Screening for colorectal, breast, and
cervical cancer in the elderly: a review of the evidence. Am J Med. 2005
Oct;118(10):1078-86.
25. Wieczorowska-Tobis K, Niemir ZI, Guzik P, Breborowicz A, Oreopoulos
DG. Difference in estimated GFR with two different formulas in elderly
individuals. Int Urol Nephrol. 2006;38(2):381-5.
26. Souberbielle JC, Cormier C, Kindermans C, Gao P, Cantor T, Forette F,
et al. Vitamin D status and redefining serum parathyroid hormone reference
range in the elderly. J Clin Endocrinol Metab. 2001 Jul;86(7):3086-90.
27. Premaor MO, Alves GV, Crossetti LB, Furlanetto TW.
Hyperparathyroidism secondary to hypovitaminosis D in hypoalbuminemic is
less intense than in normoalbuminemic patients: a prevalence study in medical
inpatients in southern Brazil. Endocrine. 2004 Jun;24(1):47-53.
28. Saraiva GL, Cendoroglo MS, Ramos LR, Araujo LM, Vieira JG, Kunii I, et
al. Influence of ultraviolet radiation on the production of 25 hydroxyvitamin D in
the elderly population in the city of Sao Paulo (23 degrees 34'S), Brazil.
Osteoporos Int. 2005 Dec;16(12):1649-54.
29. Fassi J, Russo Picasso MF, Furci A, Sorroche P, Jauregui R, Plantalech
L. [Seasonal variations in 25-hydroxyvitamin D in young and elderly and
populations in Buenos Aires City]. Medicina (B Aires). 2003;63(3):215-20.
221
30. Fradinger EE, Zanchetta JR. [Vitamin D status in women living in Buenos
Aires]. Medicina (B Aires). 1999;59(5 Pt 1):449-52.
31. Ladizesky M, Oliveri B, Mautalen CA. [Serum levels of 25-hydroxyvitamin
D in the normal population of Buenos Aires: its seasonal variation]. Medicina (B
Aires). 1987;47(3):268-72.
32. McGrath N, Singh V, Cundy T. Severe vitamin D deficiency in Auckland.
N Z Med J. 1993 Dec 8;106(969):524-6.
33. Brazier M, Kamel S, Maamer M, Agbomson F, Elesper I, Garabedian M,
et al. Markers of bone remodeling in the elderly subject: effects of vitamin D
insufficiency and its correction. J Bone Miner Res. 1995 Nov;10(11):1753-61.
34. Chel VG, Ooms ME, Popp-Snijders C, Pavel S, Schothorst AA,
Meulemans CC, et al. Ultraviolet irradiation corrects vitamin D deficiency and
suppresses secondary hyperparathyroidism in the elderly. J Bone Miner Res.
1998 Aug;13(8):1238-42.
35. Himmelstein S, Clemens TL, Rubin A, Lindsay R. Vitamin D
supplementation in elderly nursing home residents increases 25(OH)D but not
1,25(OH)2D. Am J Clin Nutr. 1990 Oct;52(4):701-6.
222
36. Prestwood KM, Pannullo AM, Kenny AM, Pilbeam CC, Raisz LG. The
effect of a short course of calcium and vitamin D on bone turnover in older
women. Osteoporos Int. 1996;6(4):314-9.
37. Chapuy MC, Arlot ME, Duboeuf F, Brun J, Crouzet B, Arnaud S, et al.
Vitamin D3 and calcium to prevent hip fractures in the elderly women. N Engl J
Med. 1992 Dec 3;327(23):1637-42.
38. Grant AM, Avenell A, Campbell MK, McDonald AM, MacLennan GS,
McPherson GC, et al. Oral vitamin D3 and calcium for secondary prevention of
low-trauma fractures in elderly people (Randomised Evaluation of Calcium Or
vitamin D, RECORD): a randomised placebo-controlled trial. Lancet. 2005 May
7-13;365(9471):1621-8.
39. Lips P, Wiersinga A, van Ginkel FC, Jongen MJ, Netelenbos JC,
Hackeng WH, et al. The effect of vitamin D supplementation on vitamin D status
and parathyroid function in elderly subjects. J Clin Endocrinol Metab. 1988
Oct;67(4):644-50.
40. Heaney RP, Davies KM, Chen TC, Holick MF, Barger-Lux MJ. Human
serum 25-hydroxycholecalciferol response to extended oral dosing with
cholecalciferol. Am J Clin Nutr. 2003 Jan;77(1):204-10.
223
41. Wigg AE, Prest C, Slobodian P, Need AG, Cleland LG. A system for
improving vitamin D nutrition in residential care. Med J Aust. 2006 Aug
21;185(4):195-8.
224
Considerações Finais
A real prevalência de deficiência de vitamina D e hiperparatireoidismo
secundário em nosso meio ainda não são conhecidas. Sua alta prevalência em
algumas populações, como médicos residentes, adultos idosos residentes em
instituições geriátricas e adultos internados em hospital geral (tese de mestrado
– Hipovitaminose D: Um estudo em pacientes internados em um hospital geral
no sul do Brasil; Premaor, MO) sugere que estes possam estar presentes em
outros seguimentos; principalmente, populações com fatores de risco, como
pouca exposição à luz, baixa ingestão de cálcio, etc. Para o melhor
conhecimento da extensão deste problema em nosso meio são necessários
mais estudos de prevalência, um estudo de prevalência a nível populacional
seria o ideal.
Muito embora a importância da vitamina D e do hormônio da
paratireóide, no metabolismo do cálcio e na manutenção da massa óssea,
esteja bem estabelecida estes hormônios estão cada vez mais implicados em
outros aspectos do processo saúde-doença, por exemplo, câncer de mama,
câncer de próstata, hipertensão e síndrome metabólica. Em nossos estudos a
chance de um indivíduo idoso, residente em instituição geriatria e que
apresentasse hiperparatireoidismo secundário, internar ou morrer foi igual a 5,2
225
(CI 1,1 -27,7). Seja qual for o mecanismo, o aumento do PTH foi um importante
fator prognóstico. O que não sabemos é se a correção deste PTH através de
carbonato de cálcio e vitamina D poderia vir a diminuir este risco. Também
nesta área são necessários mais estudos para um melhor entendimento dos
mecanismos pelos quais estes hormônios atuariam neste processo.
Finalmente, a maneira como a deficiência de vitamina D deve ser tratada
ainda é controversa. Em nosso estudo, a curto prazo, em idosos
institucionalizados, recebendo 500 mg de cálcio suplementar, via oral, por dia,
o tratamento com dose única de 300.000 UI de colecalciferol foi superior a dose
diária de 800 UI. Mais estudos também são necessários nesta área. Todavia,
seja qual for à dosagem, droga ou apresentação escolhida, esta deverá ser
eficaz em aumentar os níveis séricos de 25(OH)D e reduzir os níveis séricos de
PTH.
226
Anexos
227
Consentimento livre e esclarecido do projeto "Prevalência de Hipovitaminose D em
Médicos Residentes do HCPA no Início da Primavera."
Convidamos o senhor(a) a participar de um estudo que estamos realizando no
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
Este estudo tem como objetivo verificar se médicos residentes do HCPA têm
diminuição de 25-hidroxivitamina D no dangue, bem como a relação dsta com o
metabolismo de cálcio e fósforo no organismo.
A deficiência de vitamina D pode levar a uma perda de massa óssea com risco
aumentado de fraturas. Os participantes do estudo com diminuição de 25-
hidroxivitamina D sérica poderão repor este pr=e-hormônio através da reposição oral.
Todos os participantes do estudo poderão aber os resultados dos exames. As
identidades dos participantes serão confidenciais.Os resultados dos exames poderão
ser utilizados para publicação científica.
Os participantes do estudo deverão coletar duas amostras de sangue, uma de
urina e responder a um questionário.
O único risco do estudo é o da punção venosa, que pode causar equimoses e
muito raramente, tromboflebite superficial.
Os participantes poderão se retirar do estudo a qualque momento se assim
desejarem.
Eu,________________________ concordo em participar do estudo.
_________________________________________
Porto Alegre___________________________
Em caso de dúvidas contatar: Dra. Melissa Premaor (99627275) ou Dra Tania
Furlanetto (99648624)
228
Termo de consentimento do projeto “Estudo de Hipovitaminose D e
Hiperparatireoidismo em Moradores de Instituições Geriátricas de Porto Alegre.”
Convidamos o senhor (a) a participar de um estudo que estamos realizando atravéz da
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL e em cooperação com o Hospital de Clinicas de
Porto Alegre. Esse estudo tem como objetivo descobrir se os pacientes internados em clínicas
geriátricas na cidade de Porto Alegre tem diminuição da vitamina D no sangue. A vitamina D diminuída
no sangue leva ao enfraquecimento do osso, com um risco aumentado de fraturas.
Ofereceremos a possibilidade de tomar vitamina D aos participantes do estudo em que for
descoberto pouca quantidade de vitamina D no sangue.
Todos os pacientes poderão saber o resultado de seus exames. Os nomes dos voluntários
serão mantidos em segredo (cofidencialidade). Os resultados dos exames deverão ser utilizados para
publicação científica.
Os pacientes que concordarem em participar do estudo deverão doar duas amostras de sangue
e uma de urina e responder a um questionário e ser acompanhados por um período de tempo.
O único risco do estudo é apenas o da “picada da agulha” , que pode causar uma mancha roxa
no local e muito raramente inflamação da veia.
Eu, ________________________________,concordo em participar do estudo.
_________________________________________________
(PACIENTE OU RESPONSÁVEL)
Poa, ___/____/2004
Pesquisador responsável : Dra Tania Weber Furlanetto fone 21018152
Em caso de dúvidas contatar: Dra. Melissa Premaor (99627275)
229
Termo de consentimento do projeto “Comparação de dois tratamentos para
a Hipovitaminose D e o Hiperparatireoidismo em Moradores de Instituições
Geriátricas de Porto Alegre.”
Convidamos o senhor (a) a participar de um estudo que estamos realizando atravéz da
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL e em cooperação com o Hospital de Clinicas de
Porto Alegre. Esse estudo tem como objetivo descobrir qual a melhor maneira de se tratar deficiência de
vitamina D em moradores de clínicas geriátricas da cidade de Porto Alegre. A vitamina D diminuída no
sangue leva ao enfraquecimento do osso, com um risco aumentado de fraturas.
Os voluntários ganharão o tratamento para deficiência de vitamina D por um ano. Os pacientes
que concordarem em participar do estudo deverão coletar sangue uma vez por mês por 3 meses, e após
uma vez a cada três meses por doze meses. Os participantes deverão ser acompanhados pelo mesmo
período de tempo.
Todos os pacientes poderão saber o resultado de seus exames. Os nomes dos voluntários
serão mantidos em segredo (cofidencialidade). Os resultados dos exames deverão ser utilizados para
publicação científica.
Os riscos do estudo são : aumento se cálcio no sange e na urina, pedras nos rins e o risco da
“picada da agulha” , que pode causar uma mancha roxa no local e muito raramente inflamação da veia.
Eu, ________________________________,concordo em participar do estudo.
_________________________________________________
(PACIENTE OU RESPONSÁVEL)
Poa, ___/____/2004
Pesquisador responsável : Dra Tania Weber Furlanetto fone 21018152
Em caso de dúvidas contatar: Dra. Melissa Premaor (99627275)
230
FIXA DE AVALIAÇÃO DOS MÉDICOS RESIDENTES
NOME:________________________________________________________________
_______________
TELEFONE:_____________
1- IDADE:_______ ANOS
2- SEXO: ( )M ( )F
3- FOTOTIPOS I/II ( ) III/IV ( ) V/VI ( )
4- NATURALIDADE:______________________________
5- MEDICAMENTOS EM USO: 1)____________________________________
2)____________________________________
3)____________________________________
4)___________________________________
_
6- SE EXPOS AO SOL POR PELO MENOS MEIA HORA POR DIA OU PELO MENOS
3-4 HORAS POR SEMANA? ( )SIM ( )NÃO
7- PERMANECE DENTRO DE CASA NA MAIORIA DOS DIAS? ( )SIM ( )NÃO
8- TABAGISMO ATUAL? ( )SIM ( )NÃO
9- USO DE ALCOOL? ( )SIM ( )NÃO
11- SUPLEMENTO DE VITAMINA D? ( )SIM ( )NÃO
12- EXERCÍCIO FÍSICO? ( )SIM ( )NÃO
SE SIM QUAL?_______________
QUANTO? ( ) EQUIVALENTE A 3h/SEMANA ( )MAIS DE 3h/SEMANA ( ) MENOS
DE 3h/ SEMANA
13- PESO: ____KG
14- ALTURA: ______M
231
Fototipos cutâneos de Fitzpatrick
O fototipo cutâneo (FTC) é baseado muna estimativa da
própria pessoa acerca das queimaduras solares e bronzeamento. Uma
pergunta permite a determinação do FTC: "Você se bronzeia com facilidade
?" as pessoas com FTC I/II dizem imediatamente não, enquanto os indivíduos
com FTC III/IV respondem sim.
Classificação de Fitzpatrick
FTC I/II: Independentemente do fenótipo , as pessoas com este FTC
queimam-se com facilidade após exposições breves (30 minutos) e nunca
bronzeiam.
FTC III/IV: Individuos com este fototipo bronzeiam-se com facilidade e
não se queimam após exposições breves.
FTC V: Indivíduos de pele parda constitucional.
FTC VI: Indivíduos de pele negra.
Extraido de Fitzpatric, TB, Johnson RA and Wolf K. Dermatologia Atlas e
Texto. Terçeira edição. 1997. página 229.
232
Alimentos incluídos no questionário de freqüência alimentar:
Alimento Quantidade de
cálcio (mg/100 g)
Brócolis 47
Mostarda, nabo, couve 101
Massa com molho de tomate 61
Pratos com queijo 120
Queijos e requeijão (exceto queijo cottage) 674
Pão branco, italiano ou francês 115
Pão preto, integral, de linho 86
Biscoitos ou “muffins” (incluído fast foods) 102
Sorvete 117
Iogurte ou “frozen yogurt” 137
Leite condensado 122
Ostras 56
Camarão 39
Qualquer tipo de atum 11
Fígado (de gado ou de frango) 15
Ovos 52
Fibra, farelo de trigo, granola, cereais secos
comprados prontos como flocos de milho
(“sucrilhos”)
65
Leite integral e bebidas com leite integral
(excluindo o dos cereais)
119
Alimentos com 2% de leite 121
Alimentos com 1% de leite – manteiga,
nata,
123
Leite no café ou no chá 121
233
Questionário para aferição da ingestão de Cálcio
Exemplo de como Preencher
Quantidade
Sua Porção
Quantas Vezes
Porção
Média
P M G
Tipo de
Alimento
Nunca ou
menos de
uma vez
por mês
1 vez por
mês
2 a t3
vezes por
mês
1 vez por
semana
2 vezes
por
semana
3 vezes
por
semana
3-4 vezes
por seman
5-6 vezes
por seman
1 vez por
dia
2 vezes
por dia
Arroz
X
¾
xícara
X
Feijão
X
½xícara
Sua Tabela
Quantas Vezes Quantidade
Sua Porção Tipo de
Alimento
Nunca ou
menos de
uma vez
por mês
1 vez por
mês
2 a t3
vezes por
mês
1 vez por
semana
2 vezes
por
semana
3 vezes
por
semana
3-4 vezes
por seman
5-6 vezes
por seman
1 vez por
dia
2 vezes
por dia
Porção
Média
P M G
Leite integral e bebidas com leite
integral
1 copo
(200mL
)
Alimentos com 2% de leite (leite
semidesnatado)
1 copo
(200mL
)
Alimentos com 1% de leite –
manteiga, nata,
1 copo
(200mL
)
Leite no café ou no chá
1 colher de
sopa
Brócolis
½
xícara
Mostarda, nabo, couve
½
xícara
Massa com molho de tomate
1 xícara
Pratos com queijo
1 xícara
Sua Tabela
Quantas Vezes Quantidade
Sua Porção Tipo de
Alimento
Nunca ou
menos de
uma vez
por mês
1 vez por
mês
2 a t3
vezes por
mês
1 vez por
semana
2 vezes
por
semana
3 vezes
por
semana
3-4 vezes
por seman
5-6 vezes
por seman
1 vez por
dia
2 vezes
por dia
Porção
Média
P P P
Sorvete
1 bola
234
Iogurte ou “frozen yogurt”
1 copo
Leite condensado
1 colher de
sopa
Ovos
1
Fibra, farelo de trigo, granola,
cereais secos comprado prontos
como flocos de milho (“sucrilhos”)
1 xícara
Queijos e requeijão (exceto queijo
cottage)
2 fatias
Pão branco, italiano ou francês
2 fatias
Pão preto, integral, de linho
2 fatias
Biscoitos ou “muffins” (incluído fast
food)
1 pedaço
médio
235
AVALIAÇÃO DOS ADULTOS IDOSOS:
NOME:_______________________________________________________________________________
CLÍNICA:____________________________ CUIDADOR :______________________________________
DADOS DE ANAMNESE:
1- IDADE:_______ ANOS
2- SEXO: ( )M ( )F
3- FOTOTIPOS I/II ( ) III/IV ( ) V/VI ( )
4- DOENÇAS ASSOCIADAS: 1)____________________________________
2)____________________________________
3)____________________________________
4)____________________________________
5- PROFISSÃO:__________________________________
6- NATURALIDADE:______________________________
7- MEDICAMENTOS EM USO: 1)____________________________________
2)____________________________________
3)____________________________________
4)____________________________________
8- O PACIENTE SE EXPOS AO SOL POR PELO MENOS MEIA HORA POR DIA OU PELO
MENOS 3-4 HORAS POR SEMANA? ( )SIM ( )NÃO
9- O PACIENTE PERMANECE DENTRO DE CASA NA MAIORIA DOS DIAS? ( )SIM ( )NÃO
10- TABAGISMO ATUAL? ( )SIM ( )NÃO USO DE ALCOOL? ( )SIM ( )NÃO
11- SUPLEMENTO DE VITAMINA D? ( )SIM ( )NÃO
12- EXERCÍCIO FÍSICO? ( )SIM ( )NÃO QUANTO? ( ) EQUIVALENTE A 3h/SEMANA (
)MAIS DE 3h/SEMANA ( ) MENOS DE 3h/ SEMANA
DADOS EXAME FÍSICO:
PESO: ____KG ALTURA: ______M
CALCIO TOTAL: FÓSFORO: CREATININA: ALBUMINA:
FOSFATASE ALCALINA: MAGNÉSIO : PTH:
25OH-VITAMINA D : CALCIO URINÁRIO: CREATININA URINÁRIA:
236
Estudo Hipovitaminose D e hiperparatireoidismo secundário em médicos residentes de
um hospital geral do Sul do Brasil: correlações entre 25(OH)D sérica e cálcio total
sérico, fósforo sérico, fosfatase alcalina sérica, magnésio sérico, FE cálcio, FE
magnésio, IMC e ingestão de cálcio.
237
Estudo Hipovitaminose D e hiperparatireoidismo secundário em médicos residentes de
um hospital geral do Sul do Brasil: correlações entre PTH sérico e cálcio total sérico,
fósforo sérico, creatinina sérica, magnésio sérico, FE cálcio, 25(OH)D sérica, ingestão
de cálcio e IMC.
238
Estudo: Efeito de dose diária de colecalciferol nos níveis séricos de 25-hidroxicolecalciferol e
hormônio da paratireóide em adultos idosos com hiperparatireoidismo secundário residentes
em instituição geriátrica. Gráfico representando a análise ANOVA para medidas repetidas.
'
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo