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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM
ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE - PPGEMA
ROGÉRIO GAMA PERES
A IMPORTÂNCIA DO ENSAIO DE RESISTÊNCIA AO
FOGO NA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO DAS
EDIFICAÇÕES
Goiânia
2007
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM
ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE - PPGEMA
ROGÉRIO GAMA PERES
A IMPORTÂNCIA DO ENSAIO DE RESISTÊNCIA AO
FOGO NA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO DAS
EDIFICAÇÕES
Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de
Pós-Graduação Stricto Sensu em Engenharia do Meio
Ambiente da Universidade Federal de Goiás (UFG) para
obtenção do tulo de Mestre em Engenharia do Meio
Ambiente.
Área de concentração: Saneamento Ambiental e Recursos
Hídricos.
Orientador: Professor Doutor Orlando Ferreira Gomes.
Co-Orientador: Professor Doutor Alexandre Itiu Seito, PhD.
Goiânia
2007
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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
(Aparecida de Fátima Araújo Moura CRB 1/2033)
Peres, Rogério Gama.
P415i A importância do ensaio de resistência ao fogo na segurança contra incêndio
das edificações / Rogério Gama Peres. Goiânia, 2007.
xxi, 278 f.: il., color., enc.
Orientador: Orlando Ferreira Gomes, Co-orientador: Alexandre Itiu Seito.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás, Escola de
Engenharia Civil, 2007.
Bibliografia: f. 214-226.
Inclui: anexos e apêndices
Revisão gramatical: Laila Milhomem Costa
1. Ensaio de resistência ao fogo. 2. Avaliação de desempenho – Elementos
construtivos. 3. Resistência ao fogo. 4. Segurança contra incêndio. 5. Prevenção
de incêndio. 6. Proteção contra incêndio. 7. Parede corta-fogo. 8. Avaliação de
conformidade – Elementos construtivos. 9. Normas técnicas – Resistência ao
fogo. 10. Regulamentação compulsória – Códigos de segurança contra incêndio.
11.Engenharia do meio ambiente. 12. Meio ambiente. I. Título.
CDU: 614.84
ii
DEDICATÓRIA
Se eu pudesse repetir cada momento
Se pudesse te ver a todo tempo
A sua ausência mais e mais me invade
Tentando rezar eu só rezei você
Pedi amor e me devolveu saudade
E esta saudade de repente nos põe
Lado a lado outra vez
Dedico este trabalho a meu pai, exemplo de
sabedoria, honestidade, justiça, integridade e
idoneidade moral, portador de todas as
qualidades de um mineiro de boa estirpe.
Herança maior que trago em mim agora.
iii
AGRADECIMENTOS
A Moacir Ferreira Nunes agradeço a generosidade, a amizade, pela oportunidade
de uma vida profissional de que tanto me orgulho e por mais esta conquista.
Ao engenheiro Walton Pacelli de Andrade por permitir que me integrasse a esta
unidade geradora de tecnologia e de conhecimento.
A gerência do Departamento de Apoio e Controle Técnico de Furnas Centrais
Elétricas pelo apoio a pesquisa e a capacitação técnica e por disponibilizar as instalações e o
tempo necessários ao desenvolvimento deste trabalho. Agradeço também por esta
demonstração de preocupação com o meio ambiente e com a segurança contra incêndio nas
edificações.
A Claudia Henrique de Castro pelo voto de confiança e pela iniciativa que
possibilitou este mestrado.
Ao Emídio Neto de Souza Lira pelo apoio decisivo para que este trabalho se
tornasse uma realidade. Agradeço também pela amizade, pelo incentivo e pelo voto de
confiança, imprescindíveis durante toda esta caminhada.
Aos amigos do Laboratório de Tecnologia do Ambiente Construído (LASC),
pelos conhecimentos e capacidade técnica na realização dos ensaios de resistência ao fogo,
importantíssimos para o êxito deste trabalho. Agradeço também pelo apoio e incentivo e por
terem assumido as minhas atividades durante todo este tempo.
Aos amigos do Laboratório de Concreto agradeço pela paciência, amizade e
profissionalismo com que sempre me atendem.
Ao apoio do Escritório de São Paulo (ESP.G), especialmente pela gentileza,
carinho e profissionalismo com que o José Roberto Correia de Souza me atendeu sempre que
foi solicitado.
Ao amigo Marcelo Luis Mitidieri pela atenção e generosidade no período em que
estive em São Paulo por ocasião de minha revisão bibliográfica, me presenteando com
algumas publicações que foram muito importantes.
Ao professor Valdir Pignatta e Silva por disponibilizar sua biblioteca particular.
Ao Professor Antônio Maria Claret de Gouvêa pela gentileza e o carinho com que
me recebeu na nossa Vila Rica e pelas publicações disponibilizadas que muito contribuíram.
Aos professores Vladimir Antônio Paulon, André Geyer e Edgar Bacarji pelo
apoio e pela ajuda na escolha do tema deste trabalho.
Aos coordenadores, professores e colegas deste mestrado pelos momentos que
ficarão para sempre nas minhas lembranças.
Ao professor Orlando Ferreira Gomes, sempre solícito e amigo, pelos
conhecimentos, pela orientação e por acreditar no meu trabalho.
Ao professor Alexandre Itiu Seito por sua dedicação, acompanhamento, incentivo,
pelos conhecimentos, sugestões, comentários, amizade e simpatia durante toda a orientação,
sem os quais eu não obteria êxito neste trabalho.
Aos amigos Aparecida de Fátima Araújo Moura, Lucinéia Paes da Silva e Aloísio
Alexandre Mendonça de Miranda pela paciência de escutar e por revisar o texto sempre com
opiniões pertinentes e de muita valia no desenvolvimento deste trabalho.
Aos meus pais Elza e Dermeval, pelo exemplo de vida, espírito de família,
integridade e idoneidade moral, bases pétreas de minha formação e de meu caráter.
A minha esposa Cibele e aos meus filhos Luiza, Heitor e Arthur, que com amor e
compreensão me deram energia para chegar ao final desta jornada.
Que este seja um passo importante para um futuro melhor e que Deus nos ilumine
com sua força, coragem e sabedoria.
iv
“um edifício seguro contra incêndio pode ser definido como aquele
em que há alta probabilidade de que todos os ocupantes sobrevivam a
um incêndio sem sofrer qualquer ferimento e no qual os danos à
propriedade serão confinados às vizinhanças imediatas ao local em
que o fogo se iniciou”.
Harmathy (1977)
v
SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES....................................................................................................x
LISTA DE TABELAS............................................................................................................xv
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .........................................................................xvii
RESUMO.................................................................................................................................xx
ABSTRACT ...........................................................................................................................xxi
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................22
1.1 ASPECTOS GERAIS.......................................................................................................22
1.2 JUSTIFICATIVA.............................................................................................................23
1.3 OBJETIVO.......................................................................................................................27
2 CONCEITUAÇÃO
DO INCÊNDIO E DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
DA EDIFICAÇÃO ............................................................................................................28
2.1 EVOLUÇÃO DE UM INCÊNDIO..................................................................................28
2.2 FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A EVOLUÇÃO DE UM INCÊNDIO...........30
2.3 FATORES QUE AFETAM A SEVERIDADE .............................................................31
2.4 FATORES QUE INFLUENCIAM NA SEGURANÇA AO PATRIMÔNIO, E ÀS
PESSOAS.........................................................................................................................32
2.4.1 M
EDIDAS DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
.......................................................................32
2.4.2 M
EDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA O INCÊNDIO
.............................................................32
2.4.3 C
ARGA DE INCÊNDIO
.....................................................................................................34
2.5 COMPORTAMENTO AO FOGO DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS ......................35
2.5.1 R
ESISTÊNCIA AO FOGO
.................................................................................................35
2.5.2 C
URVA TEMPERATURA
-
TEMPO
.....................................................................................36
2.5.3 C
RITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO FOGO
.....................................38
2.5.4 C
ATEGORIAS DE RESISTÊNCIA AO FOGO
......................................................................39
2.5.5 C
LASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS
..................................39
3 REGULAMENTOS E NORMAS - EXIGÊNCIAS DE RESISTÊNCIA AO FOGO.40
3.1 REGULAMENTOS COMPULSÓRIOS NACIONAIS...................................................42
3.1.1 E
STADO DE
S
ÃO
P
AULO
................................................................................................43
3.1.1.1 H
ISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO EM
S
ÃO
P
AULO
.....................................................43
3.1.1.2 R
EGULAMENTO MUNICIPAL
.........................................................................................44
3.1.1.2.1 Decreto no 10.878, de 7 de fevereiro de 1974. .....................................................44
3.1.1.2.2 Decreto n
o
8.266, de 20 de junho de 1975. ...........................................................45
3.1.1.2.3 Lei n
o
11.228, de 26 de junho de 1992..................................................................45
3.1.1.3 R
EGULAMENTO ESTADUAL
..........................................................................................46
3.1.1.3.1 Decreto no 20.811, de 11 de março de 1983.........................................................46
3.1.1.3.2 Decreto no 38.069/93, de 14 de dezembro de 1993..............................................46
3.1.1.3.3 Decreto no 46.076, de 31 de agosto de 2001.........................................................47
vi
3.1.2 E
STADO DE
M
INAS
G
ERAIS
...........................................................................................58
3.1.2.1 D
ECRETO Nº
44.270,
31
DE MARÇO DE
2006................................................................58
3.1.3 E
STADO DE
G
OIÁS
.........................................................................................................69
3.1.3.1 D
ECRETO
L
EI N
O
15.802
DE
11
DE SETEMBRO DE
2006................................................69
3.1.4 E
STADO DO
P
ARANÁ
.....................................................................................................77
3.1.4.1 C
ÓDIGO DE
P
REVENÇÃO DE
I
NCÊNDIOS DO
C
ORPO DE
B
OMBEIROS DA
-
PMPR..........77
3.1.5 E
STADO DO
R
IO
D
E
J
ANEIRO
.......................................................................................80
3.1.5.1 D
ECRETO N
O
897,
DE
21
DE SETEMBRO DE
1976..........................................................80
3.1.6 E
STADO DE
S
ANTA
C
ATARINA
......................................................................................81
3.1.6.1 D
ECRETO
L
EI N
O
4.909,
DE
18
DE OUTUBRO DE
1994...................................................81
3.1.7 D
ISTRITO
F
EDERAL
.......................................................................................................83
3.1.7.1 D
ECRETO N
O
21.361,
DE
20
DE JULHO DE
2000............................................................83
3.2 REGULAMENTOS COMPULSÓRIOS DE OUTROS PAÍSES....................................84
3.2.1 BCA
B
UILDING
C
ODE OF
A
USTRALIA
,
EDIÇÃO
1990 ..................................................84
3.2.2 I
NTERNATIONAL
B
UILDING
C
ODE
,
(ICC,
2006)
-
USA.................................................85
3.2.3 A
PPROVED DOCUMENT
B,
(UK,
2000)
-
E
NGLAND
.........................................................87
3.2.4 T
HE
B
UILDING
S
TANDARD
L
AW OF
J
APAN
....................................................................90
3.3 NORMAS TÉCNICAS ....................................................................................................91
3.3.1 N
ORMAS
T
ÉCNICAS
B
RASILEIRAS
................................................................................95
3.3.1.1 NBR
10636
(ABNT,
1989)
P
AREDES DIVISÓRIAS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL
D
ETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO FOGO
M
ÉTODO DE ENSAIO
..............................95
3.3.1.2 NBR
6479
(ABNT,
1992)
P
ORTAS E VEDADORES
D
ETERMINAÇÃO DA
RESISTÊNCIA AO FOGO
M
ÉTODO DE ENSAIO
..............................................................96
3.3.1.3 NBR
5628
(ABNT,
2001)
-
C
OMPONENTES CONSTRUTIVOS ESTRUTURAIS
D
ETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO FOGO
M
ÉTODO DE ENSAIO
..............................96
3.3.1.4 NBR
15200
(ABNT,
2004)
P
ROJETO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO EM
SITUAÇÃO DE INCÊNDIO
...............................................................................................97
3.3.1.5 NBR
14323
(ABNT,
2001)
D
IMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS
EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO
P
ROCEDIMENTO
............................................................99
3.3.1.6 NBR
14432
(ABNT,
2001)
E
XIGÊNCIAS DE RESISTÊNCIA AO FOGO DE
ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DE EDIFICAÇÃO
P
ROCEDIMENTO
................................100
3.3.1.7 NBR
9077
(ABNT,
2001)
S
AÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS
.......................102
3.3.1.8 NBR
11742
(ABNT,
2003)
P
ORTA CORTA
-
FOGO PARA SAÍDA DE EMERGÊNCIA
E
SPECIFICAÇÃO
......................................................................................................104
3.3.1.9 NBR
11711
(ABNT,
2003)
P
ORTA CORTA
-
FOGO PARA SAÍDA DE EMERGÊNCIA
E
SPECIFICAÇÃO
......................................................................................................105
3.3.2 N
ORMAS TÉCNICAS ESTRANGEIRAS
............................................................................105
3.3.2.1 ISO
834
F
IRE
R
ESISTANCE
T
EST
E
LEMENTS OF BUILDING CONSTRUCTION
..............105
3.3.2.2 ISO
834
(ISO,
1999)
-
P
ARTE
1
F
IRE
-
RESISTANCE TEST
G
ENERAL
REQUIREMENTS
...........................................................................................................107
3.3.2.3 ISO
834
(ISO,
1994)
P
ARTE
3
R
EGIME DE AQUECIMENTO
. ....................................110
vii
3.3.2.4 ISO
834
(ISO,
1994)
P
ARTE
3
C
ALIBRAÇÃO
........................................................113
3.3.2.5 ISO
834
(ISO,
1994)
P
ARTE
3
C
RITÉRIOS DE RESISTÊNCIA AO FOGO
...................113
3.3.2.5.1 ISO 834 (ISO, 1994) – Parte 3 – Isolamento térmico – Insulation..................114
3.3.2.5.2 ISO 834 (ISO, 1994) Parte 3 Estanqueidade a chama e gases quentes
Integrity .................................................................................................................114
3.3.2.5.3 ISO 834 (ISO, 1994) – Parte 3 – Estabilidade mecânica Loadbearing
capacity..................................................................................................................114
3.3.2.6 ASTM
E
119-00
(ASTM,
2000)
-
“S
TANDARD TEST METHOD FOR FIRE TEST OF
BUILDING CONSTRUCTION AND MATERIALS
...................................................................115
3.3.2.7 UL
263
(UL,
2003)
-
S
TANDARD FOR FIRE TESTS OF BUILDING CONSTRUCTION AND
MATERIALS
.................................................................................................................118
3.3.2.8 NFPA
251:
S
TANDARD
M
ETHODS OF
T
ESTS OF
F
IRE
E
NDURANCE OF
B
UILDING
C
ONSTRUCTION AND
M
ATERIALS
,
2006
E
DITION
.........................................................120
3.3.2.9 BS
476:
P
ARTE
8
:1972
(BSI,
1985)
F
IRE TEST ON BUILDING MATERIAL AND
STRUCTURES
T
EST METHODS AND CRITERIA FOR THE FIRE RESISTANCE OF
ELEMENTS OF BUILDING
..............................................................................................123
3.3.2.10 ACI216_1-97/TMS0216_1-97-97,
(ACI,
1997)
-
S
TANDARD
M
ETHOD FOR
D
ETERMINING
F
IRE
R
ESISTANCE OF
C
ONCRETE AND
M
ASONRY
C
ONSTRUCTION
A
SSEMBLIES
..............................................................................................................128
3.3.2.11 EUROCODE
2
D
ESIGN OF CONCRETE STRUCTURES
(EN,
1992)............................129
3.3.2.11.1 EUROCODE 2 – Design of concrete structure - EN 1992 Part 1.2
General rules – Structural fire design (EN, 2005).............................................129
3.3.2.11.2 EUROCODE 2 Design of concrete structure - EN 1992 Part 1.1
Common rules for building and civil engineering structures
(EN, 2005) ...........................................................................................................130
3.3.2.12 NFPA
101
(NFPA,
2000)
L
IFE
S
AFETY
C
ODE
2000
E
DITION
.
-
C
ODE FOR
S
AFETY TO
L
IFE FROM
F
IRE IN
B
UILDINGS AND
S
TRUCTURES
.....................................132
4 LABORATÓRIOS DE ENSAIOS DE RESISTÊNCIA AO FOGO...........................135
4.1 LABORATÓRIOS DE RESISTÊNCIA AO FOGO DE OUTROS PAÍSES................135
4.2 LABORATÓRIOS DE ENSAIOS DE RESISTÊNCIA AO FOGO NO BRASIL .......139
4.2.1 L
ABORATÓRIO DE ENSAIOS DE RESISTÊNCIA AO FOGO DO
IPT ................................139
4.2.1.1 A
CONSTRUÇÃO DO FORNO
........................................................................................140
4.2.1.2 C
ARACTERÍSTICAS DO FORNO DO
IPT........................................................................141
4.2.2 D
EPARTAMENTO DE
A
POIO E
C
ONTROLE
T
ÉCNICO
DCT.C..................................141
4.2.2.1 P
ERFIL DA ORGANIZAÇÃO
..........................................................................................142
4.2.2.2 A
SPECTOS RELEVANTES
.............................................................................................144
4.2.3 L
ABORATÓRIO DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO
LASC.....................144
4.2.3.1 A
VALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE MATERIAIS E COMPONENTES CONSTRUTIVOS
.........145
4.2.3.2. A
VALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES
........................................................146
4.2.3.3. L
ABORATÓRIO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO DO
LASC ..................................147
4.2.3.4. C
ARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
...................................................................................148
viii
5 GESTÃO DA QUALIDADE - LABORATÓRIOS DE CERTIFICAÇÃO ...............150
5.1 PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA ...............................151
5.2 BARREIRAS TÉCNICAS.............................................................................................152
5.3 ACORDO DE RECONHECIMENTO MÚTUO...........................................................154
5.4 AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE.........................................................................156
5.4.1 T
IPOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE
.................................................................157
5.4.1.1 Q
UANTO AO AGENTE ECONÔMICO
.............................................................................157
5.4.1.2 Q
UANTO A APLICAÇÃO
..............................................................................................157
5.5 MECANISMOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE ......................................158
5.5.1 C
ERTIFICAÇÃO
............................................................................................................159
5.5.1.1 C
ERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS
,
PROCESSOS OU SERVIÇOS
...........................................159
5.5.1.2 C
ERTIFICAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO
.....................................................................161
5.5.1.3 C
ERTIFICAÇÃO DE PESSOAL
.......................................................................................161
5.5.2 D
ECLARAÇÃO DE
C
ONFORMIDADE PELO
F
ORNECEDOR
...........................................162
5.5.3 I
NSPEÇÃO
....................................................................................................................162
5.5.4 E
TIQUETAGEM
............................................................................................................163
5.5.5 E
NSAIO
........................................................................................................................164
6 MATERIAIS E MÉTODOS...........................................................................................166
6.1 CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO DAS
AMOSTRAS..................................................................................................................167
6.1.1 A
RGAMASSA E MATERIAIS COMPONENTES
.................................................................167
6.1.2 B
LOCOS UTILIZADOS NA ALVENARIA
.........................................................................169
6.1.3 A
RGAMASSA
................................................................................................................170
6.1.4 A
PRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS ESAIOS DE CARACTERZAÇÃO
....170
6.1.4.1 A
RGAMASSA E MATERIAIS COMPONENTES
.................................................................170
6.1.4.2 C
AL HIDRATADA TIPO CH III
.......................................................................................172
6.1.4.3 C
IMENTO
CPII
F-32 ..................................................................................................173
6.1.4.4 C
ARACTERIZAÇÃO DA AREIA NATURAL
.....................................................................174
6.1.5 C
ARACTERIZAÇÃO DOS BLOCOS UTILIZADOS NA ALVENARIA
...................................176
6.1.5.1 D
ETERMINAÇÃO DA ABSORÇÃO DE ÁGUA
,
DO TEOR DE UMIDADE E ÁREA LÍQUIDA
....176
6.1.5.2 D
ETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL SIMPLES
............................177
6.2 RESISTÊNCIA AO FOGO – MÉTODO DE ENSAIO.................................................183
6.2.1 C
ORPO
-
DE
-
PROVA
P
REPARO E ACONDICIONAMENTO
............................................183
6.2.2 R
EGIME DE AQUECIMENTO
.........................................................................................185
6.2.3 D
ESVIO DE TEMPERATURA
-
T
OLERÂNCIA
.................................................................186
6.2.4 M
EDIÇÃO DA TEMPERATURA
......................................................................................187
6.2.4.1 M
EDIÇÃO DA TEMPERATURA DO FORNO
....................................................................189
6.2.4.2 M
EDIÇÃO DA TEMPERATURA MÉDIA DA FACE NÃO EXPOSTA
.....................................191
6.2.5 V
ERIFICAÇÃO DA PRESSÃO
.........................................................................................192
ix
6.2.6 M
EDIDA DA VELOCIDADE DO AR E DA TEMPERATURA NO INTERIOR DO
LABORATÓRIO
............................................................................................................194
6.2.7 C
ARACTERÍSTICAS DE RESISTÊNCIA AO FOGO A SEREM VERIFICADAS DURANTE O
ENSAIO
........................................................................................................................195
6.2.7.1 I
SOLAMENTO TÉRMICO
..............................................................................................195
6.2.7.2 E
STANQUEIDADE
.......................................................................................................195
6.2.7.3 E
STABILIDADE MECÂNICA
.........................................................................................197
6.2.8 O
BSERVAÇÕES ADICIONAIS
........................................................................................197
6.3 RESISTÊNCIA AO FOGO – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS198
6.3.1 P
AREDE DE BLOCO PRÉ
-
FABRICADO DE CONCRETO SIMPLES
....................................198
6.3.2 P
AREDE DE
B
LOCO CERÂMICO DE
8
FUROS
...............................................................201
6.3.3 P
AREDE DE BLOCO CERÂMICO MACIÇO
.....................................................................205
6.4 DISCUÇÃO DOS RESULTADOS DE RESISTÊNCIA AO FOGO............................210
7 CONCLUSÃO..................................................................................................................213
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................214
APENDICE A -PLANILHAS DE ENSAIO - CARACTERIZAÇÃO DO
AGREGADO ...............................................................................................227
APENDICE B - PLANILHAS DE ENSAIO - CARACTERIZAÇÃO DOS BLOCOS.230
APENDICE C - LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MEDIDA DE
TEMPERATURA.......................................................................................244
APENDICE D - TEMPERATURAS REGISTRADAS.....................................................246
ANEXO A - CLASSFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO...............265
ANEXO B - TEMPO REQUERIDO DE RESISTÊNCIA AO FOGO............................270
ANEXO C - TABELA DE RESISTÊNCIA AO FOGO PARA ALVENARIAS............273
ANEXO D - LOCALIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS TRABALHOS PRESTADOS........275
x
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
I
LUSTRAÇÃO
2.1
T
ETRAEDRO DO FOGO
(http://www.bombeiros.rj.gov.br)...................... 28
I
LUSTRAÇÃO
2.2
E
VOLUÇÃO D TEMPERATURA NO INCÊNDIO REAL
(IT-02,
2002)............ 29
I
LUSTRAÇÃO
2.3
C
URVA TEMPERATURA
-
TEMPO CARACTERÍSTICA DO INCÊNDIO REAL
.... 36
I
LUSTRAÇÃO
2.4 V
ALORES PADRONIZADOS QUE COMPÕEM O GRÁFICO TEMPO X
.............
TEMPERATURA
(SEITO,
2001).............................................................. 37
I
LUSTRAÇÃO
2.5– R
EPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO INCÊNDIO
-
PADRÃO E DO INCÊNDIO
NATURAL
(SEITO,
2001) ...................................................................... 38
I
LUSTRAÇÃO
3.1
E
DIFICAÇÕES NO MESMO LOTE
.............................................................. 49
I
LUSTRAÇÃO
3.2
E
DIFICAÇÕES EM LOTES DIFERENTES
..................................................... 52
I
LUSTRAÇÃO
3.3
P
ROTEÇÃO COM PAREDE CORTA
-
FOGO
(IT
07,
CBPME-SP)................. 52
I
LUSTRAÇÃO
3.4
C
OMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL VERGA
-
PEITORIL
................................ 55
I
LUSTRAÇÃO
3.5
C
OMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL ABA
................................................... 55
I
LUSTRAÇÃO
3.6
C
OMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL
(IT
09,
CBPME-SP)..................... 55
I
LUSTRAÇÃO
3.7
V
ERIFICAÇÃO DE INTEGRIDADE COM JATO PADRONIZADO COM
MANGUEIRA DE COMBATE AO INCÊNDIO
-
H
OSE STREAM TEST
(F
ONTE
:
U
NDERWRITERS
L
ABORATORY
).................................................. 92
I
LUSTRAÇÃO
3.8
C
URVA
P
ADRÃO
T
EMPO
-T
EMPERATURA DE ALGUNS PAÍSES
................. 94
I
LUSTRAÇÃO
3.9
C
URVA DE AQUECIMENTO PADRÃO TEMPO X TEMPERATURA
-
ISO
834-1
(ISO,
1999).......................................................................... 108
I
LUSTRAÇÃO
3.10
C
OLAPSO DE UMA PAREDE DURANTE A REALIZAÇÃO DE UM ENSAIO
..... 115
I
LUSTRAÇÃO
3.11
C
URVA TEMPERATURA X TEMPO
(UL,
2003)......................................... 120
I
LUSTRAÇÃO
3.12
C
URVA TEMPERATURA X TEMPO
(NFPA,
2006).................................... 122
I
LUSTRAÇÃO
4.1
ULC
C
ANADA
F
LOOR
F
URNACE
........................................................... 138
I
LUSTRAÇÃO
4.2
ULC
C
ANADA
-
I
NTERMEDIAT ESCAL
....................................................... 138
I
LUSTRAÇÃO
4.3
ULC
C
ANADA
-
W
ALL FURNACE
............................................................. 135
I
LUSTRAÇÃO
4.4
ULC
C
ANADA
-
C
OLUMN
F
URNACE
........................................................ 138
I
LUSTRAÇÃO
4.5
(
A
)
F
ORNO VERTICAL DO
L
ABORATÓRIO DE
E
NSAIOS DE
F
OGO DO
IPT
(
B
)
S
LIDE COM
P
ORTA
C
ORTA
-F
OGO MOMENTOS ANTES DO ENSAIO
..... 139
I
LUSTRAÇÃO
4.6
(
A
)
F
ORNO VERTICAL DO
L
ABORATÓRIO DE
T
ECNOLOGIA DO
A
MBIENTE
C
ONSTRUÍDO
(
B
)
FORNO HORIZONTAL PARA ENSAIOS EM
ESCALA REDUZIDA E SELOS PARA SHAFTS DE CABOS E DUTOS DE
VENTILAÇÃO
.......................................................................................... 147
I
LUSTRAÇÃO
4.7 – F
ORNO VERTICAL
:
(
A
)
POSICIONAMENTO DOS QUEIMADORES
(
B
)
S
ISTEMA DE EXAUSTÃO
.................................................................... 148
I
LUSTRAÇÃO
4.8
Q
UEIMADOR DO FORNO
......................................................................... 148
I
LUSTRAÇÃO
4.9
P
ÓRTICO PARA MONTAGEM DAS AMOSTRA
............................................ 148
I
LUSTRAÇÃO
4.10
- S
ISTEMA HIDRÁULICO PARA APLICAÇÃO DE CARGA
............................... 149
xi
I
LUSTRAÇÃO
4.11
D
ISPOSITIVO PARA ALIVIO DE PRESSÃO E CONTROLE DA TEMPERATURA
DA ÁGUA
................................................................................................ 149
I
LUSTRAÇÃO
5.1
F
UNDAMENTOS BÁSICOS QUE NORTEIAM A ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO
DE CONFORMIDADE
................................................................................ 156
I
LUSTRAÇÃO
6.1
C
ORPO
-
DE
-
PROVA DE ARGAMASSA
........................................................ 171
I
LUSTRAÇÃO
6.2
A
PARATO PARA CAPEAMENTO
............................................................... 171
I
LUSTRAÇÃO
6.3
E
NSAIO DE
CP’
S DE ARGAMASSA
.......................................................... 171
I
LUSTRAÇÃO
6.4
E
QUIPAMENTO UNIVERSAL DE ENSAIO
................................................... 171
I
LUSTRAÇÃO
6.5
E
NSAIO DE
CP’
S DE ARGAMASSA
.......................................................... 172
I
LUSTRAÇÃO
6.6
E
QUIPAMENTO UNIVERSAL DE ENSAIO
................................................... 172
I
LUSTRAÇÃO
6.7
V
ERIFICAÇÃO DE
R
EATIVIDADE
P
OTENCIAL PELO
M
ÉTODO
A
CELERADO
ASTM
C
1260/2001
-
A
REIA
N
ATURAL
(R
EGISTRO
:
15.0019.2006)
X
C
IMENTO
CP
II
F-32
(R
EGISTRO
:
15.0021.2006)
-
P
ROCEDIMENTO
F
URNAS
-
01.004.016.................................................. 175
I
LUSTRAÇÃO
6.8
B
LOCOS PRÉ
-
FABRICADOS DE CONCRETO
.............................................. 178
I
LUSTRAÇÃO
6.9
L
OTE PARA VERIFICAÇÃO DIMENSIONAL
............................................... 178
I
LUSTRAÇÃO
6.10
E
NSAIO DE RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
............................................... 175
I
LUSTRAÇÃO
6.11
A
MOSTRA PREPARADA PARA ENSAIO
..................................................... 178
I
LUSTRAÇÃO
6.12
A
MOSTRAS PREPARADAS
....................................................................... 180
I
LUSTRAÇÃO
6.13
A
MOSTRA SENDO POSICIONADA
............................................................ 180
I
LUSTRAÇÃO
6.14
A
MOSTRA DE TIJOLO MACIÇO
................................................................ 180
I
LUSTRAÇÃO
6.15
E
NSAIO DE RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
............................................... 180
I
LUSTRAÇÃO
6.16
B
LOCO CERÂMICO DE
8
FUROS
.............................................................. 179
I
LUSTRAÇÃO
6.17
R
ESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
................................................................ 182
I
LUSTRAÇÃO
6.18
P
AREDE CHAPISCADA
............................................................................ 183
I
LUSTRAÇÃO
6.19
E
SPESSURA ENTRE AS FIADAS
................................................................ 183
I
LUSTRAÇÃO
6.20
P
AREDE DE BLOCOS DE CONCRETO SIMPLES
.......................................... 184
I
LUSTRAÇÃO
6.21
P
AREDE DE BLOCOS CERÂMICOS MACIÇOS
............................................. 184
I
LUSTRAÇÃO
6.22
P
AREDES DE BLOCOS CERÂMICOS DE OITO FUROS
(
A
)
E MACIÇOS
(
B
)
EM AMBIENTE PROTEGIDO
................................................................ 184
I
LUSTRAÇÃO
6.23
C
ÂMARA DE ACONDICIONAMENTO DO
L
ABORATÓRIO DE
T
ECNOLOGIA
DO
A
MBIENTE
C
ONSTRUÍDO
(LASC) .................................................... 185
I
LUSTRAÇÃO
6.24
P
ÓRTICO FABRICADO PARA CONSTRUÇÃO DOS CORPOS
-
DE
-
PROVA E
FIXAÇÃO AO FORNO DURANTE O ENSAIO
................................................ 185
I
LUSTRAÇÃO
6.25
C
URVA PADRÃO
T
EMPERATURA X
T
EMPO
(ABNT,
1992)..................... 186
I
LUSTRAÇÃO
6.26
V
ALORES PADRONIZADOS QUE COMPÕEM O GRÁFICO
-
TEMPERATURA X TEMPO
(ABNT,
1989)................................................ 186
I
LUSTRAÇÃO
6.27
(
A
)
S
ISTEMA DE AQUISIÇÃO DE DADOS
(
B
)
C
ONJUNTO DE
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
(CLP) ............................... 188
xii
I
LUSTRAÇÃO
6.28
T
ELAS DE MONITORAMENTO E ACIONAMENTO DO FORNO DO
SOFTWARE
E
LIPSE
S
CADA
(
A
)
C
URVA PADRÃO
-
E
NSAIO DA PAREDE
DE BLOCOS CERÂMICOS MACIÇOS E
(
B
)
REPRESENTAÇÃO E
MONITORAMENTO DO
C
ONJUNTO DE
CLP’
S
.......................................... 189
I
LUSTRAÇÃO
6.29
(
A
)
T
ERMOPAR INTERNO
(
B
)
A
RRANJO INTERNO
-
P
ARA CADA
1,33
M
²
DA SUPERFÍCIE DO CORPO
-
DE
-
PROVA
..................................................... 189
I
LUSTRAÇÃO
6.30
(
A
)
T
ERMOPAR DO TIPO
K
(
CROMEL
-
ALUMEL
)
(
B
)
T
ERMOPAR
PROTEGIDO POR MIÇANGAS CERÂMICAS
................................................ 190
I
LUSTRAÇÃO
6.31
P
OSICIONANDO TERMOPARES INTERNOS A
100
MM DA SUPERFÍCIE DO
CORPO
-
DE
-
PROVA
.................................................................................. 190
I
LUSTRAÇÃO
6.32
(
A
)
P
OSICIONAMENTO E
(
B
)
E
NDEREÇO
(ADDR)
DOS TERMOPARES
INFORMADO AO
E
LIPSE
S
CADA
.............................................................. 190
I
LUSTRAÇÃO
6.33
P
OSICIONAMENTO DOS TERMOPARES NA FACE NÃO EXPOSTA
................ 191
I
LUSTRAÇÃO
6.34
(
A
)
P
OSICIONAMENTO E
(
B
)
E
NDEREÇO
(ADDR)
DOS TERMOPARES
INFORMADO AO
E
LIPSE
S
CADA
.............................................................. 191
I
LUSTRAÇÃO
6.35
T
ERMOPAR SOLDADO AO DISCO DE COBRE
............................................ 191
I
LUSTRAÇÃO
6.36
P
ASTILHAS DE AMIANTO SECO A
105°C................................................. 191
I
LUSTRAÇÃO
6.37
T
ERMOPAR FACE NÃO EXPOSTA INSTALADO
.......................................... 192
I
LUSTRAÇÃO
6.38
E
STUFA
.................................................................................................. 192
I
LUSTRAÇÃO
6.39
- D
ISPOSITIVO DE TOMADA DE PRESSÃO
.
(ABNT,
1989) ......................... 193
I
LUSTRAÇÃO
6.40
- D
ISPOSITIVO DE TOMADA DE PRESSÃO PROTEGIDO POR CHAPA
METÁLICA E LÃ DE ROCHA
..................................................................... 193
I
LUSTRAÇÃO
6.41
- T
RANSDUTOR DE PRESSÃO DIFERENCIAL PARA A LEITURA DE PRESSÃO
ESTÁTICA EQUIPADO COM
H
OBO
H8...................................................... 193
I
LUSTRAÇÃO
6.42
T
ERMO HIGRO ANEMÔMETRO DIGITAL
I
LUSTRAÇÃO
6.43
T
ERMO
-
ANEMÔMETRO DIGITAL
.......................................................................... 194
I
LUSTRAÇÃO
6.44
M
EDIDA DA VELOCIDADE DO AR PERPENDICULAR À SUPERFÍCIE E A
UMA DISTÂNCIA EM TORNO DE
50
MM
................................................... 194
I
LUSTRAÇÃO
6.45
B
ASTIDOR COM O CHUMAÇO DE ALGODÃO
............................................ 196
I
LUSTRAÇÃO
6.46
V
ERIFICAÇÃO DA ESTANQUEIDADE
....................................................... 196
I
LUSTRAÇÃO
6.47
- V
APOR D
ÁGUA ATRAVÉS DA FISSURA
................................................... 196
I
LUSTRAÇÃO
6.48
E
SFERA COM
15
KG
................................................................................ 193
I
LUSTRAÇÃO
6.49
A
PLICANDO ENERGIA DE
20
J ................................................................ 197
I
LUSTRAÇÃO
6.50
P
AREDE DE BLOCO PRÉ
-
FABRICADO DE CONCRETO SIMPLES
-
C
URVA
PADRÃO
-
M
ÉDIA DAS TEMPERATURAS
................................................. 199
I
LUSTRAÇÃO
6.51
A
FLORAMENTO DE ÁGUA EVIDENCIA AS FISSURAS PROVOCADAS PELO
CALOR NA FACE EXPOSTA
...................................................................... 200
I
LUSTRAÇÃO
6.52
- M
INUTOS ANTES DO FINAL DO ENSAIO
................................................... 201
I
LUSTRAÇÃO
6.53
F
ACE NÃO EXPOSTA
24
H APÓS ENSAIO
.................................................. 201
I
LUSTRAÇÃO
6.54
F
ACE EXPOSTA
24
H APÓS ENSAIO
......................................................... 201
I
LUSTRAÇÃO
6.55
D
ETALHE FISSURA FACE EXPOSTA
......................................................... 201
xiii
I
LUSTRAÇÃO
6.56
P
AREDE DE BLOCO CERÂMICO DE
8
FUROS
-
C
URVA PADRÃO
M
ÉDIA
DAS TEMPERATURAS
.............................................................................. 202
I
LUSTRAÇÃO
6.57
- T
ELA FINAL DO ENSAIO DO BLOCO CERÂMICO DE
8
FUROS
A
PARTE
SUPERIOR DO GRÁFICO A TEMPERATURA NO INTERIOR DO FORNO E NA
INFERIOR É POSSÍVEL ACOMPANHAR O NÍVEL DE ISOLAMENTO TÉRMICO
NA FACE NÃO EXPOSTA
.......................................................................... 202
I
LUSTRAÇÃO
6.58
- P
RIMEIRA FISSURA NO CENTRO DA AMOSTRA
........................................ 204
I
LUSTRAÇÃO
6.59
- F
ISSURA CANTO SUPERIOR DIREITO
....................................................... 204
I
LUSTRAÇÃO
6.60
L
ÂMINA DE ÁGUA NA LATERAL DIREITA
................................................ 204
I
LUSTRAÇÃO
6.61
- L
ÂMINA DE ÁGUA NA LATERAL ESQUERDA
............................................ 204
I
LUSTRAÇÃO
6.62
F
ACE EXPOSTA
24
HORAS APÓS ENSAIO
................................................. 204
I
LUSTRAÇÃO
6.63
D
ESPLACAMENTO DA ARGAMASSA
........................................................ 204
I
LUSTRAÇÃO
6.64
F
ACE NÃO EXPOSTA
F
IM DO ENSAIO
................................................... 205
I
LUSTRAÇÃO
6.65
F
ACE NÃO EXPOSTA
24
H APÓS
.............................................................. 205
I
LUSTRAÇÃO
6.66
P
AREDE DE BLOCO CERÂMICO MACIÇO
-
C
URVA PADRÃO
-
M
ÉDIA DAS
TEMPERATURAS
..................................................................................... 206
I
LUSTRAÇÃO
6.67
- T
ELA FINAL
-
P
AREDE DE BLOCO CERÂMICO MACIÇO
A
PARTE
SUPERIOR DO GRÁFICO A TEMPERATURA NO INTERIOR DO FORNO E NA
INFERIOR É POSSÍVEL ACOMPANHAR O NÍVEL DE ISOLAMENTO TÉRMICO
NA FACE NÃO EXPOSTA
.......................................................................... 206
I
LUSTRAÇÃO
6.68
L
IBERAÇÃO DE VAPORES PELA FISSURA
................................................. 208
I
LUSTRAÇÃO
6.69
1
º FISSURA
-
F
ACE NÃO EXPOSTA
........................................................... 208
I
LUSTRAÇÃO
6.70
U
MIDADE EVIDÊNCIA FISSURAS
............................................................. 208
I
LUSTRAÇÃO
6.71
U
MIDADE AUMENTA COM O TEMPO
....................................................... 208
I
LUSTRAÇÃO
6.72
F
ISSURAS PRINCIPAIS
............................................................................. 208
I
LUSTRAÇÃO
6.73
P
AREDE COMEÇA A SECAR
..................................................................... 208
I
LUSTRAÇÃO
6.74
F
ACE NÃO EXPOSTA
F
IM DO ENSAIO
................................................... 209
I
LUSTRAÇÃO
6.75
F
ACE NÃO EXPOSTA
24
H APÓS
.............................................................. 209
I
LUSTRAÇÃO
6.76
F
ACE NÃO EXPOSTA
F
IM DO ENSAIO
................................................... 209
I
LUSTRAÇÃO
6.77
F
ACE NÃO EXPOSTA
24
H APÓS
.............................................................. 209
I
LUSTRAÇÃO
A-1
C
ARACTERIZAÇÃO DO
A
GREGADO
-
D
ETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO
GRANULOMÉTRICA DA AREIA NATURAL UTILIZADA NA PREPARAÇÃO
DOS CORPOS
-
DE
-
PROVA
R
EGISTRO
15.0019.2006
A
PÊNDICE
A....... 228
I
LUSTRAÇÃO
A-2
C
ARACTERIZAÇÃO DO
A
GREGADO
V
ERIFICAÇÃO DA REATIVIDADE
POTENCIAL PELO TODO ACELERADO
V
ERIFICAÇÃO FEITA ENTRE A
AREIA NATURAL REGISTRO
15.0019.2006
E O CIMENTO
CP
II
F-32
REGISTRO
15.0021.2006
UTILIZADOS NA PREPARAÇÃO DOS
CORPOS
-
DE
-
PROVA
A
PÊNDICE
A......................................................... 229
I
LUSTRAÇÃO
B-1
C
ARACTERIZAÇÃO DO BLOCO CERÂMICO MACIÇO
D
ETERMINAÇÃO
DA
R
ESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL SIMPLES
R
EGISTRO
15.0022.2006
A
PÊNDICE
B................................................ 231
xiv
I
LUSTRAÇÃO
B-2
C
ARACTERIZAÇÃO DO BLOCO CERÂMICO MACIÇO
D
ETERMINAÇÃO
DA
R
ESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL SIMPLES
R
EGISTRO
15.0022.2006
A
PÊNDICE
B................................................ 232
I
LUSTRAÇÃO
B-3
C
ARACTERIZAÇÃO DO BLOCO CERÂMICO COM OITO FUROS
D
ETERMINAÇÃO DA MASSA SECA E ABSORÇÃO
R
EGISTRO
15.0022.2006
A
PÊNDICE
B................................................ 233
I
LUSTRAÇÃO
B-4
C
ARACTERIZAÇÃO DO BLOCO CERÂMICO COM OITO FUROS
D
ETERMINAÇÃO DA
R
ESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL SIMPLES
R
EGISTRO
15.0023.2006
A
PÊNDICE
B................................................ 234
I
LUSTRAÇÃO
B-5
C
ARACTERIZAÇÃO DO BLOCO CERÂMICO COM OITO FUROS
D
ETERMINAÇÃO DA
R
ESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL SIMPLES
R
EGISTRO
15.0023.2006
A
PÊNDICE
B................................................ 235
I
LUSTRAÇÃO
B-6
C
ARACTERIZAÇÃO DO BLOCO CERÂMICO COM OITO FUROS
D
ETERMINAÇÃO DA MASSA SECA E ABSORÇÃO
R
EGISTRO
15.0023.2006
A
PÊNDICE
B................................................ 236
I
LUSTRAÇÃO
B.7
C
ARACTERIZAÇÃO DO BLOCO CERÂMICO COM OITO FUROS
D
ETERMINAÇÃO DA ÁREA LÍQUIDA
R
EGISTRO
15.0023.2006
A
PÊNDICE
B .......................................................................................... 237
I
LUSTRAÇÃO
B.8
C
ARACTERIZAÇÃO DO BLOCO CERÂMICO COM OITO FUROS
V
ERIFICAÇÃO DIMENSIONAL
R
EGISTRO
15.0023.2006
A
PÊNDICE
B .......................................................................................... 238
I
LUSTRAÇÃO
B.9
C
ARACTERIZAÇÃO DO BLOCO CERÂMICO COM OITO FUROS
V
ERIFICAÇÃO DIMENSIONAL
R
EGISTRO
15.0023.2006
A
PÊNDICE
B .......................................................................................... 239
I
LUSTRAÇÃO
B.10
C
ARACTERIZAÇÃO DO BLOCO CERÂMICO COM OITO FUROS
V
ERIFICAÇÃO DIMENSIONAL
R
EGISTRO
15.0023.2006
A
PÊNDICE
B .......................................................................................... 240
I
LUSTRAÇÃO
B.11
C
ARACTERIZAÇÃO DO BLOCO PRÉ
-
FABRICADO DE CONCRETO
D
ETERMINAÇÃO DA ABSORÇÃO DE ÁGUA
,
DO TEOR DE UMIDADE E DA
ÁREA LÍQUIDA
.
A
PÊNDICE
B...............................................................241
I
LUSTRAÇÃO
B.12
C
ARACTERIZAÇÃO DO BLOCO PRÉ
-
FABRICADO DE CONCRETO SIMPLES
V
ERIFICAÇÃO DIMENSIONAL
R
EGISTRO
15.0024.2006
A
PÊNDICE
B .......................................................................................... 242
I
LUSTRAÇÃO
B.13
C
ARACTERIZAÇÃO DO BLOCO PRÉ
-
FABRICADO DE CONCRETO
D
ETERMINAÇÃO DA
R
ESISTÊNCIA A COMPRESSÃO AXIAL SIMPLES
R
EGISTRO
15.0024.2006
A
PÊNDICE
B................................................ 243
I
LUSTRAÇÃO
C-1
P
ONTOS DE MEDIDA DE TEMPERATURA NA FACE NÃO EXPOSTA AO
FOGO DO CORPO
-
DE
-
PROVA
A
PÊNDICE
C............................................ 245
I
LUSTRAÇÃO
C-2
P
ONTOS DE MEDIDA DE TEMPERATURA NA FACE EXPOSTA AO FOGO DO
CORPO
-
DE
-
PROVA
-
(
A
100
MM DA FACE
)
A
PÊNDICE
C ....................... 245
I
LUSTRAÇÃO
D1
L
OCALIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS SERVIÇOS PRESTADOS
A
NEXO
D........ 276
xv
LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 – Severidade da carga de incêndio para o isolamento de risco......................... 53
Tabela 3.2 – Resistência ao fogo de paredes corta-fogo conforme Art. 262...................... 82
Tabela 3.3 – Classificação das edificações quanto às características construtivas............. 103
Tabela 6.1 – Identificação das amostras analisadas............................................................ 166
Tabela 6.2 – Ensaio de caracterização de cal hidratada, tipo CH III
- Registro 15.0020.2006................................................................................. 169
Tabela 6.3 - Ensaios de caracterização do cimento - Registro 15.0021.2006.................... 168
Tabela 6.4 - Ensaios de caracterização da areia - Registro 15.0019.2006......................... 169
Tabela 6.5 – Ensaios para caracterização dos blocos utilizados na confecção das paredes 170
Tabela 6.6 – Controle da resistência a compressão da argamassa...................................... 170
Tabela 6.7 – Argamassa - Resistência à compressão axial simples.................................... 171
Tabela 6.8 – Caracterização das propriedades química, físicas e físico-químicas do
cimento........................................................................................................... 173
Tabela 6.9 – Caracterização da areia – Resultados dos ensaios realizados........................ 174
Tabela 6.10 - Álcalis Totais e Solúveis em Água................................................................ 175
Tabela 6.11 – Análise química – Cal hidratada tipo CH III................................................. 172
Tabela 6.12 – Determinação da absorção de água, do teor de umidade e área líquida
Bloco de concreto .......................................................................................... 176
Tabela 6.13 – Determinação da absorção de água, do teor de umidade e área líquida
Blocos cerâmicos........................................................................................... 177
Tabela 6.14 – Resistência a compressão axial simples......................................................... 177
Tabela 6.15 – Comparativo de consumo de material entre bloco utilizado e exigências de
norma ............................................................................................................. 179
Tabela 6.16 – Resistência a compressão dos blocos cerâmicos maciços ............................. 181
Tabela 6.17 – Resumo das planilhas do Apêndice C............................................................ 182
Tabela 6.18 – Desvio da Média das Temperaturas e tolerâncias – Parede 15.0057.2006.... 199
Tabela 6.19 – Principais ocorrências e deformações durante o ensaio
– Parede 15.0057.2006................................................................................... 200
Tabela 6.20 – Desvio da Média das Temperaturas e tolerâncias – Parede 15.0061.2006.... 203
Tabela 6.21 – Principais ocorrências e deformações durante o ensaio
Parede 15.0061.2006................................................................................... 203
Tabela 6.22 – Desvio da Média das Temperaturas e tolerâncias – Parede 15.0062.2006.... 207
Tabela 6.23– Principais ocorrências e deformações durante o ensaio
Parede 15.0062.2006................................................................................... 207
Tabela 6.24 – Resistência ao fogo e classificação das paredes ensaiadas............................ 211
Tabela D 1 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0057.2006 -
Paredede blocos pré-fabricados de concreto – Apêndice D........................... 247
xvi
Tabela D 2 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0061.2006 - Parede
de blocos cerâmicos de 8 furos – Apêndice D............................................... 251
Tabela D 3 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0062.2006 - Parede
de blocos cerâmicos maciços – Apêndice D.................................................. 256
Tabela A1 – Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação
Anexo A......................................................................................................... 266
Tabela A2 – Classificação das edificações quanto à altura – Anexo A.............................. 269
Tabela A3 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio–
Anexo A......................................................................................................... 269
Tabela B.1 – Tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF) – Anexo B........................ 271
Tabela B.2 – Classificação das edificações quanto às suas dimensões em planta
AnexoB.......................................................................................................... 272
Tabela C.1 – Tabela de resistência ao fogo para alvenarias – Anexo C ............................. 274
xvii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
A2LA American Association for Laboratory Accreditation
ABIPITI Associação Brasileira de Instituições de Pesquisas Tecnológicas
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ACI American Concrete Institute
AC-MINAS Associação Comercial de Minas
AESC American Engineer Standard Committee
AIFA Agência Internacional de Energia Nuclear
ALCA Área de Livre Comércio das Américas
ANSI American National Standard Association
APLAC Asian Pacific Laboratory Accreditation
AS Australian Standards
ASA American Standard Association
ASCE American Society of Civil Engineering
ASME American Society of Mechanical Engineers
ASTM American Society of Test and Material
BCA Building Code of Australian
BNH Banco Nacional da Habitação
BOCA National Officials and Code Administrator International
BRE Building Research Establishment
BSI British Standard Institution
CB-24 Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio
CBMMG Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais
CBMDF Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
CBMGO Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás
CBPMPR Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná
CBMRJ Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro
CBMSC Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina
CBPMSP Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo
CCPIP - MG Conselho Consultivo de Prevenção Contra Incêndio - MG
CDL-BH Câmara dos Diretores Lojistas de Belo Horizonte
CEA - SP Comissão Especial de Avaliação - SP
CEE Comunidade Econômica Européia
CEN European Committee of Standard
CEPAM-SP Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal - SP
CF Corta-fogo
CIB Conseil Internacional du Batiment pour la Recherche
CLP Controladores lógicos programáveis
CMI-BH Canmara do Mercado Imbiliário de Belo Horizonte
CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear
CREA Conselho Regional de Arquitetura e Agonomia
CSA Canadian Standard Association
CSTB Centre Scientifique et Technique du Batment
xviii
DCT.C Departamento de Apoio e Controle Técnico
EA European Accreditation
EC European Community
EEC Economic European Community
EFTA European Free Trade Association
EN European Standard
EP Escada enclausurada protegida
EU European Union
FECOMERCIO-MG Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais
GATT General Agreement on Tariffs and Trade
GLP Gás liquefeito de petróleo
IAAC International Accreditation Cooperation
ICBO International Conference of Building Officials
ICC International Code Council
IEC International Electro Technical Commission
IEEE American Institute of Electrical Engineers
ILAC International Laboratory Accreditation Cooperation
INMETRO
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
IRB Instituto de Resseguros do Brasil
ISA International Standard Association
ISO International Standard organization
ITCB Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros
LABC.C Laboratório de Concreto
LABS.C Laboratório de Solos
LASC Laboratório de Tecnologia do Ambiente Construído
LGU
Laboratory of Heat Transfer and Fuel Technology of Ghent
University – Ghent - Belgian
MCT Ministério da Ciência e Tecnologia
MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
MEROSUL Mercado Comum do Sul
MINASPETRO
Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos e
Lojas de Conveniência do Estado de Minas Gerais
MRA Mutual Recognition Arrangement
NBC National Building Code of Canada
NBS National Bureau of Standard
NFPA National Fire Protection Association
NIST National Institute of Standard and Technology
NRC/CNRC National Research Council of Canada
NTCB Normas Técnicas do Corpo de Bombeiros
OMC Organização Mundial do Comércio
OPL Omega Point Laboratory
PBPQ.H Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat
PC Para-chama
PF Escada enclausurada a prova de fumaça
PFE Plano Furnas de Excelência
PND Programa Nacional de Desestatização
PNQ Plano Nacional da Qualidade
xix
PQGF Plano Qualidade Governo Federal
RBLE Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio
SBCA Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade
SBCCI Southern Building Code Congress International, Inc
SGT Sistema de Gestão da Qualidade
SINDHORB
Sindicato de Hotéis, Bares Restaurantes e Similares de Belo
Horizonte
SINDUSCON Sindicato da Construção Civil
SME Sociedade Mineira dos Engenheiros
TBT Technical Barriers to Trade
TRRF Tempo requerido de resistência ao fogo
UK United Kingdom
UL Underwriters Laboratory Inc
ULC Underwriters Laboratory of Canada
USASI United Stated of American Standard Institute
xx
RESUMO
PERES, R. G. A importância do ensaio de resistência ao fogo na segurança contra
incêndio das edificações. Brasil, Goiás, Goiânia, 2007. 278 f. Dissertação (Mestrado) –
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Engenharia do Meio Ambiente - Universidade
Federal de Goiás, UFG. Orientadores: Prof. Dr. Orlando Ferreira Gomes e Prof. Dr.
Alexandre Itiu Seito, PhD.
Este trabalho tem como objeto de estudo a resistência ao fogo dos elementos e sistemas
construtivos, enfocando a parte conceitual e a experimental, para demonstrar a importância
dos ensaios laboratoriais de resistência ao fogo na segurança contra incêndio de edificações.
A parte conceitual enfoca vários aspectos na área da segurança contra incêndio em
edificações, reunindo informações de forma acessível com o intuito de difundir a cultura da
segurança contra incêndio, mostrando a importância de se trabalhar na prevenção e proteção
contra incêndio e mostra ainda a importância do dimensionamento adequado dos
componentes construtivos. São analisadas as normas brasileiras e as estrangeiras mais
utilizadas pelas organizações que realizam este ensaio nos diversos países onde estão
localizadas. Analisa também as regulamentações compulsórias oficiais nacionais e
estrangeiras vigentes, enfocando especificamente as exigências da resistência ao fogo das
edificações, para mostrar que a comprovação atras da realização de ensaios laboratoriais é
exigida em todos os códigos estrangeiros analisados e em alguns dos estados brasileiros que
adotam a avaliação de desempenho como ferramenta, onde a segurança contra incêndio é
considerada ciência, permitindo aqui destacar Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Demonstra-se
ainda a importância da Avaliação de Conformidade como ferramenta para avaliar o
desempenho de materiais e elementos de construção civil, contribuindo para o
dimensionamento correto dos componentes das edificações e para a idéia de desenvolvimento
sustentável. A parte experimental mostra, passo a passo, a execução do ensaio para
determinação da resistência ao fogo, apresentando os resultados obtidos durante a avaliação
de desempenho de três paredes sem função estrutural em ambiente padronizado de ensaio,
representativo da severidade da condição de exposição ao fogo, em conformidade com critérios
e padrões técnicos internacionalmente aceitos. Utilizaram-se três tipos de blocos na
construção destas paredes; o bloco pré-fabricado de concreto simples, o bloco cerâmico de 8
furos e o bloco cerâmico maciço. Os diferentes resultados de resistência ao fogo evidenciam a
influência das propriedades químicas e físicas características de cada tipo de material,
demonstrando que sem os ensaios seria impossível especificar adequadamente os elementos
de vedação e estruturais, para atender às exigências dos regulamentos compulsórios.
Palavras Chave: ensaio de resistência ao fogo. resistência ao fogo. segurança contra Incêndio.
prevenção de incêndio. proteção contra incêndio. parede corta-fogo. avaliação de desempenho
elementos construtivos. avaliação de conformidade elementos construtivos. normas
técnicas resistência ao fogo. regulamentação compulsória códigos de segurança contra
incêndio. engenharia do meio ambiente. meio ambiente. I. Título.
xxi
ABSTRACT
PERES, R. G. The importance of fire endurance test on the building fire safety. Brazil,
Goiás, Goiânia, 2007. 278 p. Dissertation (M.Sc. degree) Environmental engineering stricto
sensu graduate program - Universidade Federal de Goiás, UFG. Advisors: Professor Dr.
Orlando Ferreira Gomes e Professor Dr. Alexandre Itiu Seito, PhD.
This work studies the fire resistance of building materials and systems, focusing on both
conceptual and experimental aspects in order to demonstrate the importance of the fire
resistance test to the fire safety of buildings. The conceptual aspects deal with building fire
safety, bringing together information in accessible form so as to spread the fire safety culture,
showing the importance of preventive and protective work against fire as well as the proper
building components dimensioning.
This dissertation also presents and analyses the Brazilian
norms as well as those most commonly used foreign norms adopted by the organizations
capable of running fire resistance tests in the countries in which they are located. In addition,
some of the official mandatory regulations, national and foreign, currently in place which
regard to fire safety, are presented in order to show that ratification using of lab tests is
required in all the foreign codes considered and in some noteworthy Brazilian states, such as
Goiás, Minas Gerais and São Paulo, which consider fire safety as a science and have come to
adopt performance evaluation as a practice. It is shown that such mandatory regulations both
require the fire safety of the construction materials and determine the use of lab tests to
ascertain such safety. The importance of Conformity assessment as a tool to assess the
performance approached of building materials and parts is also demonstrated. The present
work also shows, step by step, the execution of a trial procedure to determine fire resistance,
presenting the results obtained during the performance evaluation of three firewalls with no
structural function in a standardized trial environment representative of the extent of fire
exposure, in conformity with internationally accepted criteria and technical standards Having
as variables the three kinds of blocks used to built the fire walls; the prefabricated concrete
block, the ceramic eight-hole block and the solid ceramic block.
The identified difference in
fire resistance results offer evidence for materials chemical and physical characteristics and
also show that without the trials it would be impossible to correctly specify the structural and
insulating elements so as to satisfy the requirements imposed by mandatory building fire
safety regulation.
Keywords: fire endurance test. fire resistance. fire performance. standard fire tests. fire spread.
fire exposure. firewall. fire barrier. fire safety. fire prevention. fire protection. fire code. fire
safety code. fire. mandatory regulation. performance approach building elements. norms.
conformity assessment – building element. quality certification. environment engineering.
environment. I. Title
22
1 INTRODUÇÃO
1.1 ASPECTOS GERAIS
O Brasil vê aumentar, aliado ao seu processo de crescimento industrial e urbano, o
risco de ocorrência de incêndios devido a maior concentração de materiais combustíveis,
máquinas e equipamentos, nos mais diversos setores de atuação humana, e à pouca
familiaridade com as técnicas modernas de prevenção.
O desenvolvimento tecnológico trouxe profundas modificações nos sistemas
construtivos fazendo com que as edificações deixassem o modelo pesado e rígido para se
tornarem mais leves e mais flexíveis, uma construção caracterizada pela utilização de
grandes áreas sem compartimentação; onde os tijolos e o concreto são substituídos por
painéis divisórios, pelo emprego de fachadas envidraçadas e incorporação acentuada de
materiais combustíveis aos elementos construtivos, introduzindo riscos que
anteriormente não existiam, aumentando, conseqüentemente, a vulnerabilidade a
incêndios (SOUZA, 1988).
Rosso (1975), no texto “Arquitetura e Incêndio”, afirma que a pior ameaça a
humanidade é a epidemia dos acidentes que ele denomina como “mal do século que o
progresso nos trouxe e constantemente alimenta e incrementa e seu controle é muito difícil,
visto que apresenta uma infinidade de causas e efeitos”.
Sob esta forma de ver, o incêndio tem se constituído em um dos males que mais
traumatiza a população de qualquer parte do mundo. Constitui uma grande ameaça à vida
humana e ao patrimônio na sociedade moderna e tem sido maior nos países em
desenvolvimento como o Brasil.
Se por um lado a segurança das pessoas jamais pode ser negligenciada, deve-se
levar em conta que o dano direto causado pelo fogo pode atingir não somente o edifício, mas
também os equipamentos, os arquivos e outros conteúdos.
Porém, isto não é tudo, que se considerar também os danos indiretos dos
incêndios, entre os quais podem ser mencionados a interrupção dos trabalhos, os custos de
reorganização da empresa e a perda do mercado, que muitas vezes representam perdas bem
mais elevadas que aquelas provocadas pelos danos diretos (BERTO, 1986)
Proteger a vida e reduzir as perdas patrimoniais e ao mesmo tempo evitar o
desperdício é obrigação do profissional que projeta, constrói ou administra um
empreendimento e do poder público que o controla (SILVA, 2001).
23
1.2 JUSTIFICATIVA
Os materiais utilizados nas edificações sofrem alterações na microestrutura em
decorrência de elevação de temperatura, modificando suas propriedades físicas e mecânicas.
Nos metais, apenas as propriedades mecânicas são reduzidas em incêndio. Na madeira e o
concreto, além das propriedades mecânicas, a área resistente também pode ser reduzida,
devido à carbonização e a lascamentos, respectivamente.
A segurança contra incêndio, devido às modificações introduzidas pela arquitetura
moderna, vem desempenhando um papel de crescente importância dentro do conjunto de
exigências humanas com relação aos requisitos de habitabilidade das edificações cujos
objetivos fundamentais são minimizar o risco à vida e reduzir a perda patrimonial.
Entende-se como risco à vida, a exposição severa à fumaça ou ao calor dos
usuários e ou sobre a equipe de combate (BERTO, 1988).
Sabe-se que eliminar todo o risco oriundo de um incêndio para com a segurança
humana é uma tarefa impossível. Sabe-se também que os esforços não planejados realizados
neste sentido resultam em uma ação antieconômica para se obter um nível aceitável de
segurança contra incêndio e por parcelas ponderáveis de custo faz-se necessário um estudo
mais aprofundado.
É preciso conhecer os objetivos da segurança contra incêndios e saber como atuar
na prevenção e proteção desde o anteprojeto até a construção, operação e manutenção de um
edifício. Grande parte da segurança contra incêndio é resolvida na fase do projeto. E muitas
diretrizes também são encaminhadas para solução geral do problema nesta fase.
(MITIDIERI, 1998).
Considerando os diferentes aspectos assumidos pelas variáveis que integram os
fatores determinantes de risco, pode-se identificar situações particulares de risco, que
justifiquem uma atenção especial a determinados elementos do sistema global de segurança
contra incêndio ou um enfoque particular a determinadas medidas de prevenção ou de
proteção contra incêndio que integram este ou aquele elemento. Esta análise deve ser feita
pelo projetista a partir dos momentos iniciais do desenvolvimento do seu trabalho, devido à
capacidade que o conjunto de medidas de prevenção e proteção contra incêndio tem de
interferir em questões associadas ao projeto. (BERTO, 1991 p.60)
Apesar de todos os elementos do sistema global de segurança a incêndio terem
como objetivo comum a restrição de risco à vida humana, o elemento abandono seguro da
edificação é o único que tem somente este objetivo.
24
A confiabilidade deste deve ser necessariamente, mais elevada que os outros
elementos do sistema, pois na hipótese do incêndio ocorrer, pondo em risco a incolumidade
dos usuários do edifício, significando que os outros elementos do sistema falharam o
abandono seguro do edifício não poderá falhar.
As disposições construtivas que tratam do confinamento do incêndio estão
diretamente associadas à distribuição dos espaços e a circulação horizontal e vertical, ou seja,
a divisão do edifício em células capacitadas a suportar a ação da queima dos materiais nela
contidos impedindo o alastramento do fogo.
Em se tratando do confinamento do incêndio com relação à integridade dos
elementos estruturais, pode-se se dizer que seu objetivo é evitar ou retardar tanto quanto
possível o colapso, total ou parcial da edificação, circunscrevendo o incêndio ao seu
compartimento de origem.
A contenção do incêndio em seu ambiente de origem tem também a função de
dificultar a propagação do incêndio para outros edifícios e tende a facilitar as operações de
combate ao incêndio. A compartimentação, adicionalmente, restringe a livre movimentação
da fumaça no interior do edifício.
Enfim, os resultados obtidos com a compartimentação são a contenção do
incêndio no seu compartimento de origem, a precaução contra o colapso estrutural, a
facilitação das operações de combate ao incêndio e a manutenção das rotas de fuga seguras
contra os efeitos do incêndio.
É necessário, portanto, que se qualifiquem os elementos de construção, quando no
desempenho de suas funções, sujeitos às condições de incêndio, determinando a sua
resistência ao fogo. Decorre daí o conceito de resistência ao fogo como sendo:
“A capacidade dos elementos construtivos de conter o fogo denomina-se
Resistência ao Fogo e se refere ao tempo durante o qual um elemento
construtivo quando submetido à elevação padronizada de temperatura
atende, por um período de tempo requerido, às suas funções de estabilidade
estrutural, estanqueidade às chamas e gases quentes e isolamento térmico,
no que for aplicável” (SEITO, 2003).
A proteção da vida humana é essencial. O negligenciamento neste aspecto do
planejamento não pode ser admitido em qualquer hipótese. A proteção do patrimônio, por sua
vez, é relativa e normalmente determinada segundo uma conjunção de interesses de ordem
econômica.
Adicionalmente outros fatores podem ainda contribuir para definições de interesse
como a preservação histórica ou cultural e manutenção de serviços essenciais.
25
O problema possui, pelo menos, três níveis de abordagem, constituindo pontos de
vista práticos diferentes. Os três pontos de vista possuem forte influência mútua e cada um
deles está vinculado a um ou mais grupos de atividades humanas.
A grosso modo, no primeiro nível estão as companhias de seguro e os órgãos
públicos que detém o poder de legislar. As entidades de pesquisa e desenvolvimento
tecnológico, de normalização técnica, empresas de projeto, construtoras e o meio técnico em
geral estão no segundo nível. No terceiro e último nível de abordagem ficam os usuários dos
edifícios. Os Corpos de Bombeiros estão no primeiro e terceiro nível.
A evolução do mundo civilizado e da vida nas cidades, especialmente intensa ao
longo do nosso século, converteu o projeto de edificações em um processo complexo. Tal
processo envolve conhecimentos especializados e o emprego de novos materiais e
tecnologias. A importância das perdas econômicas e de vidas humanas, envolvidas em
incêndios, possibilitou o incremento das pesquisas e investigações nesta área do
conhecimento nas últimas décadas. Diante, portanto, das tendências mundiais, há que se
criticar:
1 A atitude do projetista que considera segurança contra incêndios um
simples problema de atendimento a códigos e leis (atitude até
compreensível, dentro da realidade brasileira).
2 A imposição legal do cumprimento de requisitos de segurança
estrangeiros. Esta imposição deveria ser convertida em um perfeito
domínio dos conceitos de segurança contra incêndio. Assim, seria
possível projetar cada edifício com suas peculiaridades.
3 Algumas crenças, comuns entre empresários ou construtores, de que os
incrementos do nível de segurança contra incêndio são investimentos
sem retorno. Além disto, que “incêndio” é um risco a ser simplesmente
coberto por um seguro.
O desenvolvimento da prevenção de incêndios no Brasil dependerá da
sistematização de idéias oriundas desses três veis de abordagem. O surgimento de uma
Legislação Federal que balize, de forma simples e muito prática, a elaboração de dispositivos
de prevenção para os outros degraus da administração pública é um imperativo. Os Estados,
as Regiões Metropolitanas, as Microrregiões Econômicas e os Municípios precisam contar
com orientação que não podem ter com seus próprios recursos. Contudo este não é o único
meio necessário para promoção de uma mentalidade preventiva e talvez não deva ser o
primeiro.
26
Nos países desenvolvidos, a segurança contra incêndio é considerada ciência e é
estudada, aceita e aplicada no dia a dia das pessoas. A engenharia de segurança contra
incêndio, no denominado primeiro mundo, faz parte do currículo escolar, havendo cursos de
pós-graduação ao nível de mestrado e de doutorado sobre o assunto. Em alguns países
graduação em Fire Safety Engineering (SILVA, 2001).
A segurança contra incêndio, nos principais centros brasileiros, é praticada por
meio de métodos não-científicos, o que pode conduzir ou a soluções antieconômicas,
inadmissíveis em um país sem recursos excessivos, ou à insegurança. Nos centros menos
desenvolvidos, por outro lado, não a preocupação pela proteção contra incêndio, o que
pode resultar prejuízo material ou até de vidas humanas (SILVA, 2001).
Neste trabalho são enfocados vários aspectos da educação na área da segurança
contra incêndio em edificações, reunindo informações de forma acessível com o intuito de
difundir a cultura da segurança contra incêndio, mostrando a importância de se trabalhar na
prevenção e proteção contra incêndio e a importância do dimensionamento adequado dos
componentes de uma edificação.
Tem também a pretensão ambiciosa de trazer para os profissionais da construção e
organização do espaço urbano, arquitetos e engenheiros, conhecimentos que permitirão a
flexibilização dos projetos e colocar na mão destes profissionais insumos mínimos do
processo de prevenção da ocorrência de incêndios, resguardando o meio ambiente, o
patrimônio público (redes de água e esgoto, rede de energia elétrica, etc) e privado e
principalmente a vida humana, pois a falta de informação é um dos grandes problemas na área
da segurança contra incêndio.
Constará, ainda, de um capítulo que procurará demonstrar a importância da
Avaliação de Conformidade e da Acreditação de Produtos que se utilizada como ferramenta
para avaliar o desempenho de materiais e elementos de construção civil, contribuirá para
dimensionamento correto dos componentes das edificações e para a redução da retirada de
materiais do meio ambiente e por conseqüência da geração de resíduos, permitindo ainda a
diminuição da poluição do ar com queima dos combustíveis fósseis pelos equipamentos
utilizados na remoção e transporte destes materiais.
O Inmetro coloca a avaliação de conformidade como um instrumento para o
desenvolvimento tecnológico e industrial, para o incremento do comércio interno e externo, e
para proteger o consumidor, contribuindo para a idéia de desenvolvimento sustentável,
previsto na Agenda 21, através da minimização dos impactos ambientais na fabricação, uso e
descarte de produtos.
27
As normas são usualmente estabelecidas por consenso entre os interessados e
normalmente de uso voluntário, o que pressupõe compromisso de interesse mútuo. Segundo o
MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2002), o processo de
normalização deve ser dinâmico e envolver a participação das diversas partes interessadas,
incluindo as empresas envolvidas na cadeia de fornecimento, os consumidores, os institutos
de pesquisa e universidades, o governo e outros eventuais interessados nos resultados da
normalização como os trabalhadores ou representantes de comunidades envolvidas.
Este procedimento está, ainda, pouco difundido na sociedade brasileira e uma das
ferramentas para a divulgação deste procedimento são os regulamentos como os do Corpo de
Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo, do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e
mais recentemente do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás.
1.3 OBJETIVO
Este trabalho de pós-graduação em nível de mestrado visa demonstrar a
importância do ensaio laboratorial como instrumento da verificação do desempenho dos
elementos construtivos quanto a sua resistência ao fogo, exigida nos regulamentos
compulsórios de segurança contra incêndio.
Para se atingir o objetivo foram pesquisados e apresentados:
a) regulamentações compulsórias oficiais vigentes, de segurança contra
incêndio em edificações nacionais e estrangeiras, enfocando-se
especificamente as exigências da resistência ao fogo de componentes
construtivos das edificações, tais como paredes (vedação vertical), lajes
(vedação horizontal), pilares e vigas;
b) normas brasileiras e normas estrangeiras que estabelecem condições a serem
atendidas pelos elementos estruturais e de compartimentação quando em
situação de incêndio e as mais comumente utilizadas para a obtenção da
resistência ao fogo de elementos construtivos;
c) os tipos de laboratórios existentes no Brasil e em alguns países do mundo, e;
d) os ensaios realizados no forno de resistência ao fogo de vedação vertical do
LASC - Laboratório de Tecnologia do Ambiente Construído. Foram
ensaiadas três paredes, sem função estrutural, construídas utilizando-se o
bloco pré-fabricado de concreto simples, o bloco cerâmico de 8 furos e o
bloco cerâmico maciço, todos com 10 cm de espessura e acabamento de
1,5 cm em cada uma das faces em argamassa de cimento cal e areia.
28
2 CONCEITUAÇÃO DO INCÊNDIO E DA SEGURANÇA CONTRA
INCÊNDIO DA EDIFICAÇÃO
2.1 EVOLUÇÃO DE UM INCÊNDIO
Segundo Seito (1988) o fogo pode ser definido como um fenômeno sico-químico
onde se tem lugar uma reação de oxidação com emissão de calor e luz. Para tanto devem coexistir
os combustíveis, o comburente que é o oxinio existente no ar, o calor e a reação em cadeia. A
coexistência destes quatro elementos constitui a figura conhecida como tetraedro do fogo.
Acrescenta dizendo que os meios de extião do fogo se utilizam deste princípio, pois agem
através da inibão de um desses componentes para o fogo deixar de existir.
Ilustração 2.1 – Tetraedro do fogo
(http://www.bombeiros.rj.gov.br)
Como foi dito, o comburente é o oxigênio do ar e sua composição percentual, no
ar seco, é de 20,99 %, os demais componentes são o nitrogênio com 78,03 % e os outros gases
(CO2, Ar, H2, He, Ne, Nr) com 0,98 %. Quando a concentração em volume de oxigênio no
ambiente cai para valores abaixo de 14%, a maioria dos materiais combustíveis existentes no
local não mantém a chama na sua superfície. O calor por sua vez pode ter como fonte a
energia elétrica, o cigarro aceso, os queimadores de gás, a fricção ou até mesmo a
concentração de luz solar através de uma lente. (IT 02, 2001)
29
Seito (1988) explica que a mistura inflamável gás-ar possui um faixa ideal de
concentração para se tornar inflamável ou explosiva, e os limites dessa faixa são denominados
limite inferior de inflamabilidade e limite superior de inflamabilidade, expressos em
percentagem de volume. Estando a mistura fora desses limites não ocorrerá a ignição.
A origem de um foco de inndio está mais freqüentemente associada aos materiais
contidos no edifício, embora os componentes dos elementos construtivos possam tamm ser
responsáveis pelo início do incêndio. À medida que as chamas se espalham sobre a superfície do
primeiro objeto ignizado e, talvez, sobre a de outros objetos contíguos, estabelece-se a exposição
dos materiais constituintes dos elementos da edificação a uma condição de inndio, que por sua
vez podem contribuir expressivamente para sustentar a combuso, propagar as chamas,
desenvolver calor, fuma e gases nocivos. Esta contribuição se dará de acordo com as
características de “reão ao fogo” de cada material. (BERTO, 1998).
A evolução do incêndio em um local pode ser representada por um ciclo com três
fases características, conforme apresentado na Figura 2.2, que representa um incêndio real.
Ilustração 2.2 – Evolução d temperatura no incêndio real (IT-02, 2002)
A evolão da temperatura em um ambiente, segundo Souza (1988), depende de
inúmeros fatores, tais como, tipo, quantidade e área superficial dos combustíveis disponíveis, a
ventilão existente, o fluxo de calor estabelecido para dentro dos componentes de contorno, etc.
“Uma vez que o incêndio atinge a fase de inflamação generalizada
Flash Over - no compartimento de origem, os elementos construtivos
estarão sujeitos a exposição de intensos fluxos de calor. Será a
capacidade de esses elementos suportarem tal ação, característica
denominada de resistência ao fogo, que permitirá conter o
alastramento do incêndio ou manter a estabilidade estrutural do
edifício”.(SEITO, 1991)
Pré-Flashover
Início de
Ignição
Auto
Extinção
Flashover
Combustão
Generalizada
30
2.2 FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A EVOLUÇÃO DE UM INCÊNDIO
Segundo Seito (2001) os componentes e os fatores que influenciam no incêndio
podem ser descritos da seguinte maneira:
a) combustível: entendido como todo material que contribui para a
manutenção do incêndio. O combustível é responsável pela dimensão
do incêndio. Para este componente devem ser considerados; o poder
calorífico, a superfície específica, a massa específica, a velocidade de
propagação de chamas, a razão de queima, a distribuição no ambiente e
o desenvolvimento dos produtos gasosos.
b) comburente: o desenvolvimento, severidade e duração do incêndio são
influenciados pela disponibilidade de oxigênio para manter a
combustão, ou seja, pela ventilação do local;
c) calor: é a manifestação da energia sobre as matérias combustíveis,
fazendo as transformações dos demais componentes do fogo, mudando
suas formas originais, ora combinando-os, ora separando-os, mudando
inclusive as formas de energia envolvidas no processo. Em função
dessas propriedades, o calor é o responsável pela propagação do
incêndio e pelo poder de destruição. O desenvolvimento do calor irá
depender, principalmente da energia potencial (poder calorífico) dos
materiais combustíveis e suas propriedades de reação ao fogo. O
mecanismo de transmissão do calor é o fator importante na propagação
do incêndio;
d) reação em cadeia: seu mecanismo, no caso do incêndio, é altamente
complexo devido, principalmente, ao grande número de substâncias e
diversos níveis de energia envolvidos. Ocorre em todas as etapas do
incêndio.
Conforme o código de segurança ao incêndio de São Paulo (IT-02, 2001), a
propagação do incêndio pode se dar através dos seguintes mecanismos:
e) radiação térmica: emitida através das aberturas existentes na fachada
do edifício incendiado, através da cobertura do edifício incendiado,
pelas chamas que saem pelas aberturas na fachada ou pela cobertura e
pelas chamas desenvolvidas pela própria fachada, quando esta for
composta por materiais combustíveis;
31
f) convecção: que ocorre quando os gases quentes emitidos pelas aberturas
existentes na fachada ou pela cobertura do edifício incendiado atinjam a
fachada do edifício adjacente;
g) condução: que ocorre quando as chamas da edificação ou parte da
edificação contígua a uma outra, atingem a esta transmitindo calor e
incendiando a mesma.
2.3 FATORES QUE AFETAM A SEVERIDADE
Deve-se evitar que um incêndio, caso iniciado, torne-se incontrolável, e nessa
situação, ocorrerem perdas significativas. O risco de início de incêndio, sua intensidade e
duração estão associados a (VARGAS, SILVA, 2003):
a) atividade desenvolvida no edifício: tipo e quantidade de material
combustível (mobiliário, equipamento, acabamento) tecnicamente
denominada carga de incêndio, nele contido. Por exemplo, o risco de
um grande incêndio em um depósito de tintas é maior que em uma
indústria de processamento de papel;
b) forma do edifício: um edifício rreo com grande área de piso, sem
compartimentação, pode representar um risco maior de incêndio do que
um edifício, com diversos andares, de mesma atividade, subdividido em
muitos compartimentos, que confinarão o incêndio;
c) condições de ventilação do ambiente: ou seja, dimensões e posição das
janelas;
d) propriedades térmicas dos materiais constituintes das paredes e do
teto: Quanto mais isolantes forem esses materiais, menor será a
propagação do fogo para outros ambientes, mas mais severo se o
incêndio no compartimento;
e) sistema de segurança contra incêndio: A probabilidade de início e
propagação de um incêndio é reduzida onde existem detectores de
fumaça, sistema de chuveiros automáticos, compartimentação
adequada, acesso facilitado para as viaturas do corpo de bombeiro e
brigada de incêndio.
32
2.4 FATORES QUE INFLUENCIAM NA SEGURANÇA AO PATRIMÔNIO, E ÀS
PESSOAS
Harmathy (1984), apud BERTO (1991, p.3) diz que:
um edifício seguro contra incêndio pode ser definido como aquele em que há alta
probabilidade de que todos os ocupantes sobrevivam a um incêndio sem sofrer
qualquer ferimento e no qual os danos à propriedade serão confinados às vizinhanças
imediatas ao local em que o fogo se iniciou.
As medidas utilizadas na segurança contra incêndio são classificadas por Seito
(1988) quanto a sua conceão e operacionalidade em preventivas e protetoras. Que, se
forem devidamente projetadas estas medidas irão promover com grande possibilidade de
sucesso a proteção do patrimônio. Sendo que a salvaguarda da vida humana se resume à
provisão de meios seguros de escape dos ocupantes, resultante do correto
dimensionamento das rotas de fulga horizontais e verticais, dos dispositivos para controle
do movimento de fuma no interior do edifício, do sistema de alarme e do treinamento
periódico de abandono do edifício.
2.4.1 M
EDIDAS DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Seito (1988) define como medidas de prevenção aquelas tomadas com o intuito de
evitar eclosões de incêndios ou reduzir a probabilidade de alastramento do fogo e evitar a
exposição dos ocupantes e da própria edificação ao fogo. Considera, ainda, que os objetivos
da prevenção contra incêndio são atendidos através do projeto, instalação e manutenção
devida das fontes de energia, pelo distanciamento adequado entre o material combustível e a
eventual fonte de calor, da escolha do material adequado tanto para a estrutura quanto para o
acabamento da edificação quanto a sua combustibilidade, velocidade de propagação de
chamas e desenvolvimento de fumaça, do conhecimento dos riscos que envolvem as
atividades exercidas, da correta utilização dos equipamentos, da compartimentação adequada
dos riscos envolvidos, da proteção das aberturas entre ambientes e pisos, adequados a carga
de incêndio existente e, por conseguinte, da utilização correta do grau de resistência ao fogo
dos elementos de compartimentação e da estrutura do edifício.
2.4.2 M
EDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA O INCÊNDIO
Seito (1988) define como medidas de proteção aquelas tomadas para o controle do
crescimento do incêndio e sua conseqüente contenção e extinção.
33
Adverte ainda que a maior ou menor possibilidade de o permitir o desenvolvimento
de um incêndio depende do momento em que o fenômeno é descoberto, da rapidez com que assume
grandes proporções e do tempo decorrido entre a descoberta do fogo e o início do combate.
Estas medidas se referem ao conjunto sistema construtivo, sistemas de detecção e
combate ao fogo. Dependendo diretamente do bom funcionamento e desempenho dos sistemas e
dos equipamentos no momento de sua utilização, o que implica na possibilidade de falha das
medidas de proteção no momento da ocorrência de incêndio.
As medidas de proteção contra incêndio, relativas aos aspectos construtivos do edifício,
podem ser divididas em: protão ativa e proteção passiva, definidas a seguir, segundo Berto (1991).
a) proteção ativa: As medidas ativas de proteção contra incêndio são
aquelas que ao cumprirem seu papel quando da ocorrência do incêndio,
fazem-no de forma ativa, especialmente para aquela situação, acionados
manualmente quando necessário ou automaticamente, em resposta aos
estímulos provocados pelo incêndio. Estão vinculadas a distintos
elementos do sistema global destacando-se, a provisão de extintores de
incêndio, de sistemas de hidrantes e mangotinhos, de chuveiros
automáticos, sistemas de detecção e alarme, sistemas de comunicação de
emergência, sistemas de iluminação de emergência, de controle do
movimento de fumaça e provisão de sinalização de emergência.
b) proteção passiva: As medidas de proteção passiva contra o incêndio são
aquelas incorporadas ao sistema construtivo, sendo funcionais durante a
situação de uso normal do edifício, e que reagem passivamente ao
desenvolvimento do incêndio, não estabelecendo condições propícias de
crescimento e propagação, não permitindo o colapso estrutural,
facilitando a fuga dos usuários e garantindo a aproximação e ingresso no
edifício para o início das ações de combate. Estão vinculadas a distintos
elementos do sistema global destacando-se, o controle das características
da reação ao fogo dos materiais incorporados aos materiais construtivos,
ao controle da quantidade de materiais combustíveis incorporados aos
elementos construtivos, a compartimentação vertical, a
compartimentação horizontal, à resistência ao fogo dos elementos
estruturais e da envoltória do edifício, distanciamentos dos edifícios,
provisão de meios de acesso dos equipamentos de combate às
proximidades do edifício e acessos seguros a brigada.
34
2.4.3 C
ARGA DE INCÊNDIO
A NBR 14432 (ABNT, 2001) define carga de incêndio como sendo a soma
das energias caloríficas que seriam liberadas pela combustão completa de todos os
materiais combustíveis de um espaço, incluindo os revestimentos das paredes,
divisórias, pisos e tetos, e carga de incêndio específica como o valor da carga de
incêndio dividida pela área do piso considerado, sendo medida em MJ/m².
Devido à grande dificuldade de determinação prática da carga de incêndio
específica, é comum a adoção de valores tabelados por normas técnicas de acordo com a
ocupação.
A presença de oxigênio é obrigatória para que se desenvolva um incêndio, e a
sua quantidade é fator determinante na intensidade do mesmo. Desta forma, a
quantidade de oxigênio existente no compartimento submetido ao incêndio é levada em
conta na análise do fenômeno por meio do fator de abertura, que exprime o grau de
ventilação do compartimento (SEITO, 1988).
A quantificação da carga de incêndio é importante para o cálculo do risco de
incêndio, resistência ao fogo das estruturas e da compartimentação, pois uma vez
determinada a carga de incêndio pode-se, também, estimar a duração e a severidade do
incêndio (SEITO, 1995).
Aos materiais combustíveis contidos dentro do ambiente, estão relacionados
não só os materiais construtivos do edifício, ou seja, carga de incêndio fixa
(revestimento de pisos, forros, divisórias, paredes, etc), mas também os materiais
trazidos para o interior do edifício (decoração, mobiliários, papéis, vestuário, materiais
de consumo, etc), isto é, carga de incêndio variável (MITIDIERI, 1998).
Para analisar as características do comportamento dos materiais frente ao
fogo, faz-se necessário definir duas designações fundamentais utilizadas
internacionalmente: a reação ao fogo e a resistência ao fogo (Kato, 1988).
A resistência ao fogo é a capacidade dos elementos construtivos de conter o
fogo, quando submetido à elevação padronizada de temperatura atende, por um período
de tempo requerido, às suas funções de estabilidade estrutural, estanqueidade às chamas
e gases quentes e isolamento térmico, no que for aplicável (SEITO, 2003) e a reação ao
fogo comotodas as transformações físicas e/ou químicas sofridas por um material
exposto a um fogo controlado (MITIDIERI, 1998).
35
2.5 COMPORTAMENTO AO FOGO DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS
O comportamento frente ao fogo de materiais, componentes e sistemas é
verificado a partir dos ensaios de resistência ao fogo e de reão ao fogo (Kato, 1988). A
verificão quanto à reação ao fogo foi tema abordado por Marcelo Luis Mitidieri no ano
de 1998 em sua dissertação de mestrado onde proe a classificão dos materiais como
revestimento e acabamento de paredes e tetos, bem como dos materiais incorporados aos
elementos que compõem o sistema construtivo, de modo que se possa selecioná-los
conforme sua capacidade de inflamabilidade, velocidade de propagação de chama e
gerão de fumaça e gases xicos. Propriedades estas que, segundo Kato (1988), são
fatores preponderantes que io influenciar na ignição e na alimentão e propagão de
um foco de incêndio.
Os elementos da construção devem resistir total ou parcialmente ao incêndio,
em função dos objetivos da segurança contra incêndio. Mas os regulamentos
compulrios, entretanto, determinam o tempo que devem resistir os elementos da
construção em função do risco de inndio, carga de inndio, área construída e altura da
edificação (SEITO, 2001).
2.5.1 R
ESISTÊNCIA AO FOGO
É uma propriedade exigida em todos os regulamentos de segurança contra
incêndio. A verificação da resistência ao fogo dos elementos construtivos, quer estrutural ou
divisória, é feita em fornos de ensaios e é aplicável aos elementos e sistemas construtivos:
pilares, vigas, paredes, portas, janelas e elementos de fechamento de aberturas. É um
parâmetro da medida de prevenção contra incêndio, com rias utilizações no projeto da
edificação.
Historicamente tem sido aceitos os ensaios normalizados de resistência ao fogo
nos regulamentos compulsórios, porém vários pesquisadores têm contestado, alegando que
não correlação entre os valores obtidos nos ensaios e os valores que devem ser utilizados
nos projetos.
A exigência de resistência ao fogo para estrutura tem por finalidade manter sua
função enquanto durar o incêndio ou o tempo necessário para retirar as pessoas do edifício.
Os elementos estruturais considerados nessa categoria são: pilares, vigas isostáticas, vigas
contínuas, tirantes, estruturas planas, carregadas paralelamente ao seu plano médio, e peças
fletidas que não possam dilatar livremente na direção longitudinal.
36
A resistência ao fogo para divisórias, internas ou externas, tem por finalidade
conter o incêndio no ambiente de origem, evitando seu alastramento para outros ambientes da
edificação. Os elementos construtivos considerados nesta categoria são: parede divisória com
função estrutural, parede divisória sem função estrutural, divisória leve e laje.
A resistência ao fogo para elementos de fechamentos de aberturas tem por
finalidade evitar a passagem do fogo pelas aberturas. Os elementos considerados nessa
categoria são: portas, janelas, selos para passagens de cabos e registros para dutos de ar
condicionados e alçapões, as quais têm por finalidade o fluxo das pessoas, ventilação,
passagens de cabos elétricos, ar condicionado, fios de telefone, lixeiras e serviços.
2.5.2 C
URVA TEMPERATURA
-
TEMPO
A curva temperatura–tempo de um incêndio, segundo Vargas e Silva (2003), é
difícil de ser estabelecida, pois depende do tipo, quantidade e distribuição da carga de
incêndio (material combustível presente no compartimento em chamas), do grau de ventilação
do compartimento calculado a partir das dimensões das aberturas (janelas, portas) com o
ambiente externo e do tipo de material e espessura dos elementos de vedação do
compartimento.
Ilustração 2.3 – Curva temperatura-tempo característica do incêndio real
A curva representada na Ilustração 2.3, também conhecida como curva
temperatura-tempo de um incêndio real fornece a temperatura dos gases em função do tempo
de incêndio. Essa curva apresenta uma região inicial com baixas temperaturas, em que o
incêndio é considerado de pequenas proporções, sem risco à vida humana ou às estruturas.
Pré-Flashover
Início de
Ignição
Auto
Extinção
Flashover
Fase de
Aquecimento
Fase de
Resfriamento
Combustão
Generalizada
37
O instante correspondente ao aumento brusco da inclinação da curva temperatura-
tempo é conhecido como flashover ou instante da inflamação generalizada e ocorre quando
toda a carga de combustível presente no ambiente entra em ignição.
A partir deste instante, o incêndio torna-se de grandes proporções tomando todo o
compartimento e a temperatura dos gases eleva-se rapidamente até todo o material
combustível extinguir-se. Segue-se a redução gradativa da temperatura dos gases e a auto-
extinção do incêndio (SEITO, 1991).
Tendo em vista que a curva temperatura-tempo do incêndio é difícil de ser
determinada e que se altera para cada situação estudada, convencionou-se adotar uma curva
padronizada como modelo para análise experimental de estruturas, materiais de proteção
térmica, portas corta-fogo, etc., em fornos. Esse modelo de curva, apresentado na Ilustração
2.5, obtido pela Equação (2.1) é conhecido como curva-padrão temperatura-tempo.
A International Organization for Standardization (ISO) publicou a norma
ISO 834 na qual recomenda o aquecimento padronizado do forno dado pela Equação 2.1,
sendo esta também utilizada pelas normas brasileiras NBR 6479 (ABNT, 1992) e NBR 10636
(ABNT, 1989):
T - T
o
= 345 log
10
(8t + 1)
Onde: T - temperatura do forno no tempo t de ensaio (
o
C)
T
o
- temperatura inicial do forno (
o
C)
t - tempo de ensaio (min)
Tempo
t (min)
Elevação da temperatura
(T - T
o
)
°
C
5 556
10 659
15 718
30 821
60 925
90 986
120 1029
180 1090
240 1133
360 1193
Ilustração 2.4 Valores padronizados que compõem o gráfico tempo x temperatura
(SEITO, 2001)
(2.1)
38
Ilustração 2.5 –Representação gráfica do incêndio-padrão e do incêndio natural
(SEITO, 2001)
2.5.3 C
RITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO FOGO
A Norma Brasileira NBR 14432 (ABNT, 2001) "Exigências de resistência ao fogo
de elementos construtivos de edificações”, válida para edificações de qualquer material, tem
por objetivo estabelecer as condições a serem atendidas pelos elementos construtivos, ou seja,
elementos estruturais ou de compartimentação, que integram os edifícios para que, em
situação de incêndio, seja evitado o colapso estrutural e sejam atendidos requisitos de
estanqueidade e isolamento por um tempo suficiente para possibilitar: a fuga dos ocupantes da
edificação em condições de segurança; a segurança das operações de combate ao incêndio; a
minimização de danos a edificações adjacentes e à infra-estrutura pública. Os critérios
utilizados nos ensaios normalizados, conforme a NBR 10636 (ABNT, 1989) são:
a) estabilidade mecânica: será considerado estável o corpo-de-prova que
durante todo o transcorrer do ensaio, inclusive durante a aplicação do
teste de choque mecânico, não entrar em colapso.
b) estanqueidade à chama e gases quentes: será considerado estanque o
corpo-de-prova que não apresente, durante o ensaio, aberturas ou trincas
que permitam a passagem de chamas ou gases quentes da face exposta ao
fogo para a não exposta, revelada pela inflamação de um chumaço de
algodão aplicado por 10 segundos sobre essas aberturas ou trincas;
c) isolação térmica: considera-se o corpo-de-prova satisfatório como
isolante térmico, o corpo-de-prova que não apresente aumento, da
temperatura média, superior a 140 oC, na face não exposta ao fogo, e
aumento superior a 180 oC em qualquer ponto da mesma face.
39
2.5.4 C
ATEGORIAS DE RESISTÊNCIA AO FOGO
A mesma NBR 10636 (ABNT, 1989) afirma que em função dos critérios
utilizados na classificação, descritos em 4.3, dos elementos e sistemas construtivos, a
resistência ao fogo (RF) tem duas outras categorias:
a) corta-fogo (CF): quando são atendidos os critérios da estabilidade
mecânica, estanqueidade à chama e gases quentes e isolação térmica;
b) para-chama (PC): quando são atendidos os critérios da estabilidade
mecânica e estanqueidade à chama e gases quentes.
O ensaio permite graduar a resistência ao fogo do elemento ou sistema
construtivo, expresso pelo tempo durante o qual esse elemento satisfaz os critérios
correspondentes a sua categoria. Os graus de resistência ao fogo, determinados no ensaio e
expressos em minutos, são os seguintes: 30, 60, 90, 120, 180, 240 e 360.
2.5.5 C
LASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS
a) Portas: a norma brasileira NBR 6479 (ABNT, 1992) classifica as portas
e vedadores em: P30, P60, P90 e P120.
b) Parede: a norma brasileira NBR 10636(ABNT, 1989) classifica a
parede ou divisória corta-fogo em CF15, CF30, CF45, CF60, CF90,
CF120, CF180, CF240 e CF360 e a parede ou divisória pára-chama em
PC15, PC30, PC45, PC60, PC90, PC120, PC180, PC240 e PC360
c) Pilares: a norma brasileira NBR 14432 (ABNT, 2001) classifica os
pilares em: TRRF 60, 90 e 120.
d) Vigas, Lajes, Selos e Registros : não têm norma brasileira para
classificá-los.
40
3 REGULAMENTOS E NORMAS - EXIGÊNCIAS DE RESISTÊNCIA
AO FOGO
Incêndios de grande impacto à sociedade, como por exemplo, o ocorrido no
ano de 1666, que ficou conhecido como o Grande Fogo de Londres, provocou reações
que foram traduzidas em normas e legislação, que vêm sendo aperfeiçoadas
continuamente. A primeira medida tomada a seguir ao grande fogo foi exigir que as
casas fossem separadas umas das outras por paredes de tijolo com pelo menos 225 mm
de espessura (TRIA, 2006).
As primeiras normas sobre a segurança contra incêndio visavam procedimentos
para combater o fogo, quando esse ocorria, e para tal eram criados grupos de combatentes de
incêndio nas cidades.
Os grupos mais organizados, ou seja, os grupos que possuíam normas melhor
elaboradas, tinham maior probabilidade de sucesso para extinguir o fogo ou para evitar seu
alastramento. Com a urbanização das cidades, devido à industrialização iniciada em meados
do século XIX, ocorreram grandes incêndios que destruíram parte das cidades com perdas de
milhares de casas (Seito, 2003).
Foram construídos muitos edicios tipo armazém e em conseqüência
aconteceram muitos incêndios de grandes proporções. Talvez o mais significativo tivesse
sido o incêndio da rua Tooley em Londres em 1875 quando o então chefe da brigada de
combate de incêndios Eddie Shaw, foi suposto ter dito que a sua equipe não podia lidar
com um fogo de maiores dimenes . A dimensão do armazém era de 7000 m3 e isto é
assumido como tendo sido a base para estabelecer o limite superior dos compartimentos
de fogo (TRIA, 2006).
O Fire Grading Report, publicado em 1946, analisava as questões relacionadas
com a segurança incêndio em edifícios e estudava as regras usadas, particularmente nos USA.
Toma o limite dos 1000 m3 usado pelo London Country Council como limite superior e
sugere um sistema de classificação polivalente que relacionasse o tipo de ocupação, a
natureza da construção e as facilidades de controlo do fogo (TRIA, 2006).
Ono (1997) relata, “O problema dos incêndios passou à escala das
edificações somente a partir do fim do culo XIX, quando os incêndios
urbanos passaram a serem controlados a partir de medidas de planejamento
urbano. Assim, a abordagem científica dos incêndios em edificação começou
nesta época, porém, o grande progresso na área só se deu a partir da
segunda metade deste século”.
41
Surgem as primeiras regulamentações com objetivo de prevenir o crescimento dos
incêndios por meio de medidas que dificultem a propagação do fogo entre as edificações.
Depois o enfoque passou a ser a edificação.
Com a mudança do enfoque de proteção de um quarteirão da cidade para a proteção
de uma edificação, outras medidas foram adotadas, principalmente, as exigências de
equipamentos individuais de combate ao fogo, internas à edificação. Os equipamentos de
combate ao fogo foram inseridos nas regulamentações conforme iam sendo descobertos ou
desenvolvidos e evoluíram para sistemas automáticos de combate a incêndio e de alarme e
detecção.
A arquitetura das edificações, também, começou a sofrer grandes mudaas
principalmente com a construção de edifícios altos, assim, outras exigências são introduzidas
nos regulamentos. No Brasil a preocupação com o incêndio é antiga, Menezes (1998) relata que
o imperador Dom Pedro II cria na cidade do Rio de Janeiro, capital do Império, o primeiro
corpo de bombeiros que foi denominado Corpo Provisório de Bombeiros da Corte por meio do
Decreto Imperial 1.775 de 02 de julho de 1856. Mudou de nome algumas vezes sendo a
primeira, em 1899, para Corpo de Bombeiros do Distrito Federal; em 1960, passou a se chamar
Corpo de Bombeiros do Estado da Guanabara e, finalmente, Corpo de Bombeiros Militar do
Estado do Rio de Janeiro, em 1975 (CBM-RJ, 2006).
O Corpo de Bombeiros de São Paulo foi criado em 10 de março de 1880. O avao
para atender as necessidades da sociedade em relação à segurança contra incêndio das
edificações, quer nas medidas preventivas, quer nas de proteção ou mesmo no combate se dá ao
longo dos anos.
Esse mesmo processo ocorre na exigência da resistência ao fogo dos elementos de
construção das edificações. A primeira exigência oficial IT 02-33/94 (1994) relativo a esse
parâmetro foi publicado 22 anos após o incêndio do Edifício Andraus e 29 anos depois, foi
inserido na legislação paulista Decreto Estadual 46.076/01 (2001).
O dimensionamento da resistência ao fogo de elementos construtivos demanda
desenvolvimento da engenharia e análise experimental. A próxima etapa, portanto, passa
obrigatoriamente pela instalação de laboratórios de ensaios de resistência ao fogo, a fim de dar
apoio, aos pesquisadores, professores, alunos de pós-graduação, corpo de bombeiros, prefeituras
e empresas.
Apesar da importância da quantificação da resistência ao fogo dos elementos e
sistemas construtivos, somente alguns regulamentos fazem exigência deste meio de proteção
passiva de segurança contra incêndio.
42
3.1 REGULAMENTOS COMPULSÓRIOS NACIONAIS
É feita nesta seção, a alise de alguns regulamentos oficiais nacionais enfocando
especificamente as exigências da resisncia ao fogo de sistemas construtivos em edificações e da
comprovação do tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF). Foram selecionadas para tanto
as regulamentações compulsórias de São Paulo, Minas Gerais, Gos, Paraná, Rio de Janeiro,
Santa Catarina e Distrito Federal.
As legislões de seguraa contra inndio em edificões do Município de o
Paulo, Estado de o Paulo, Estado do Rio de Janeiro, Paraná e de Santa Catarina classificam as
edificações de modo diferente, assim, não uniformização na terminologia o que é mais um
complicador na aplicação das medidas de segurança contra incêndio.
Somente o regulamento do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, Minas
Gerais e Gos fazem exincia da verificação da resisncia ao fogo das estruturas, quanto ao
elemento estrutural verificado e local de sua aplicação. Exigindo ainda, a comprovação da
metodologia para se atingir e os cririos adotados para determinação do TRRF, seja por meio de
ensaios laboratoriais, atendimento a todos mateticos analíticos como o todo do tempo
equivalente.
Ou através de dados padronizados em norma ou regulamentos, em função das
dimensões e do tipo de utilização do edifício, baseados em tabelas elaboradas a partir de ensaios
de resistência ao fogo, como a tabela de resistência ao fogo para alvenarias, apresentada na Tabela
C.1 do Anexo C, conhecido como Método Tabular, sendo esta considerada uma forma empírica.
A legislação de segurança contra incêndio em vigor nos estados de São Paulo, Minas
Gerais e Goiás, tem grandes possibilidades de ser adotada nos demais estados. Cria uma comissão
composta por membros do corpo de bombeiros e da sociedade destes estados com poderes para
elaborar, propor modificações, atualizar e aprovar suas instruções cnicas.
Ganhando desta forma autonomia e agilidade uma vez que não depende da aprovão
dos poderes legislativo e executivo para a adequação aos novos procedimentos de segurança
contra incêndio, que possam surgir em decorncia de evoluções tecnológicas. Dando desta forma
um caráter mais dinâmico na aplicação das instruções, normas e procedimentos na segurança
contra incêndio das edificações e áreas de risco.
Apesar do primeiro corpo de bombeiros ter sido criado pelo imperador Dom Pedro II
na cidade do Rio de Janeiro, capital do Império, e denominado Corpo Provirio de Bombeiros da
Corte, inicialmente seo citadas as regulamentações municipal e estadual de o Paulo, em
ordem cronológica e a seguir as regulamentações dos outros estados.
43
Assim será porque os grandes incêndios que mereceram destaque nacional pela
agressividade e número de mortos, fazendo com que autoridades redigissem e implantassem
com força de lei as regulamentações de segurança contra incêndio, ocorreram na cidade de
São Paulo. Inicialmente por políticos e atualmente pelo corpo de bombeiros com a
participação de representantes da sociedade, em São Paulo e nos estados onde é permitido
pelas autoridades locais.
A obrigatoriedade da prevenção contra o alastramento do fogo a partir do
compartimento ou edifício de origem para uma área adjacente, ou para a propriedade de
terceiros é o reconhecimento legal do direito à salvaguarda da propriedade.
3.1.1 E
STADO DE
S
ÃO
P
AULO
3.1.1.1 H
ISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO EM
S
ÃO
P
AULO
Ainda hoje, há pouco registro sobre incêndios no Brasil, porém, é possível afirmar
que, o incêndio é uma questão sócio-econômica de grande importância devido às perdas que
causa. Um dos meios para diminuir as perdas, tanto de vidas como de patrimônio, é a
educação por meio de cursos de graduação e de pós-graduação em segurança contra incêndio.
A normatização e a legislação irão se beneficiar quando tiver profissionais melhor preparados.
Nas décadas de 40 e 50 algumas empresas tinham instalações de proteção contra
incêndio, tais como hidrantes, chuveiros automáticos e extintores portáteis e sobre rodas. A
maioria eram empresas estrangeiras que recebiam orientações de suas matrizes. Em função
disso, havia em São Paulo e no Rio de Janeiro algumas empresas fabricantes de equipamentos
de combate a incêndio, podendo-se citar a Matincêndio e a Wormald Resmat.
As primeiras normas de equipamentos de combate a incêndio, começaram a ser
elaboradas pela ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas, na década de 50 e foram
publicadas como EB 17 Extintores de incêndio tipo soda-ácida, espuma química e carga
líquida, portáteis e a EB 52 Extintores de incêndio tipo soda-ácida, espuma química e carga
líquida, sobre rodas.
A Tarifa Incêndio do Instituto de Resseguros do Brasil IRB, documento que as
seguradoras utilizam para calcular o prêmio de seguro contra incêndio é datada de 1954.
Por ocasião do incêndio do Edifício Andraus, em 24 de fevereiro de 1972 na
cidade de São Paulo, inexistia qualquer regulamentação oficial sobre segurança contra
incêndio em edificações no Município de São Paulo e, também, no Brasil.
44
O incêndio do Andraus foi um marco na história brasileira e mundial, pois não
no mundo registro de incêndio de edicio alto, pós-guerra, que todos os andares
tenham sido envolvidos totalmente por labaredas. O edicio Andraus tem 23 andares,
altura superior a 60 metros. As chamas chegaram a ultrapassar o topo em mais de 10
metros, portanto, o que se viu foi uma fogueira tendo chamas com mais de 70 metros de
comprimento.
O incêndio do edifício Andraus, que resultou em 16 mortes, é importante pois ele
demonstrou a necessidade de um regulamento de segurança contra incêndio de edificações e
em particular para edifícios altos para as metrópoles brasileiras.
A lição que a cidade recebera, três anos antes, com o incêndio do Edifício Grande
Avenida, em 13 de janeiro de 1969, não foi aprendida. Nesse sinistro não houve perdas de
vidas, somente perdas materiais, apesar da dimensão do incêndio com a queima de 14
pavimentos, como relata MACAMBYRA (1998).
Esse edifício sofre um segundo incêndio, em 14 de fevereiro de 1981, com a
queima de 19 andares do total de 23 e ocasiona 17 vítimas fatais.
São Paulo continuaria sem regulamento oficial por muito mais tempo, caso não
tivesse ocorrido o incêndio do Edifício Joelma, 01 de fevereiro de 1974, com 189 vítimas
fatais, sem incluir as pessoas que vieram a falecer no hospital ou algum tempo depois devido
às seqüelas do incêndio.
O primeiro regulamento oficial que tratou da segurança contra incêndio em
edificações é aprovado em caráter urgente urgentíssimo pela Câmara dos Vereadores de
São Paulo, após 06 dias do incêndio do Edifício Joelma.
3.1.1.2 R
EGULAMENTO MUNICIPAL
3.1.1.2.1 Decreto no 10.878, de 7 de fevereiro de 1974.
Institui normas especiais para a segurança dos edifícios, a serem observadas na
elaboração dos projetos e na execução, bem como no equipamento e no funcionamento, e
dispõe ainda sobre sua aplicação em caráter prioritário.
Esse Decreto Municipal foi o primeiro regulamento oficial sobre segurança
contra incêndio de edificações aprovado no Brasil. O conceito de resistência ao fogo em
sistemas construtivos em edificações utilizado no decreto é totalmente diferente do
atual.
45
3.1.1.2.2 Decreto n
o
8.266, de 20 de junho de 1975.
Art. 1o Este Código regula o projeto, a execução e a utilização das
edificações, com observância de padrões de segurança, higiene, salubridade e conforto,
no Município de São Paulo.
O decreto faz a exigência de resistência ao fogo de estruturas no seu Art. 92
sem regulamentar a utilização nas edificações, ou seja, é citado o grau da resistência
ao fogo, porém não há indicação quanto à aplicação nas edificações.
3.1.1.2.3 Lei n
o
11.228, de 26 de junho de 1992.
A Lei Nº 11.228 é o Código de Obras e Edificações que vigora atualmente
no Município de São Paulo. Dispõe sobre as regras gerais e específicas a serem
obedecidas no projeto, execução, manutenção e utilização de obras e edificações,
dentro dos limites dos imóveis, revoga a Lei no 8.266, de 20 de junho de 1975, com as
alterações adotadas por leis posteriores, e dá outras providências.
É exigida a resistência ao fogo, fixando-se o grau de RF, porém sem a
indicação do uso nas edificações.
Este Código de Obras e Edificações dispõe sobre as regras gerais e
específicas a serem obedecidas no projeto, licenciamento, execução, manutenção e
utilização das obras e edificações, dentro dos limites dos imóveis, no Município de
São Paulo.
O capítulo 8 Uso das edificações difere dos demais regulamentos
(Estadual e normas da ABNT) quanto à classificação das edificações. A dissonância
entre regulamentos traz sérios problemas para os projetistas e fiscalizadores. O
capítulo 12 traz referência à resistência ao fogo dos elementos construtivos de uma
maneira geral.
Na seção 12.9 Espaços de Circulação Protegidos é exigido que estes
espaços mantenham isolamento de qualquer outro espaço interno da edificação, por meio
de elementos construtivos resistentes, no mínimo, a duas horas de fogo (RF-120 sendo
dotados de portas resistentes, no mínimo, a uma hora de fogo (RF-60)). Na seção 12.10 -
Condições Construtivas Especiais se faz exigência de resistência ao fogo RF-120 para
parede externa, aba horizontal e piso, e RF-60 para parede, piso e porta.
46
3.1.1.3 R
EGULAMENTO ESTADUAL
3.1.1.3.1 Decreto no 20.811, de 11 de março de 1983.
Esse decreto é o primeiro documento oficial sobre segurança contra incêndio em
edificações elaborado pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.
Foi publicado em 1985, 11 anos após o incêndio do Edifício Andraus. Mesmo
assim não é exigida a resistência ao fogo dos componentes construtivos das edificações.
Aprova especificações para instalação de proteção contra incêndios, para o fim que especifica.
No Artigo 1o ficam aprovadas, respeitadas as legislações municipais respectivas,
as especificações para instalação de proteção contra incêndio, anexas a este Decreto, para o
fim específico da aplicação da Lei 684, de 30 de Setembro de 1975, que autoriza o Poder
Executivo a celebrar convênios sobre serviços de bombeiros nos municípios.
3.1.1.3.2 Decreto no 38.069/93, de 14 de dezembro de 1993.
Aprova as especificações para instalações de proteção contra incêndios e
providências correlatas. Ficam aprovadas, em seu Art 1o, as especificações para
instalações de protão contra incêndios, constantes do anexo que é parte integrante deste
decreto, para o fim específico da aplicação da Lei n0 684, de 30 de setembro de 1975, que
autoriza o Poder Executivo a celebrar convênios com os munipios sobre serviços de
bombeiros.
Esse decreto é o segundo regulamento oficial sobre segurança contra incêndio
em edificões elaborado pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, foi publicado
21 anos após o incêndio do Edifício Andraus.
O avanço desse regulamento em relão ao anterior é muito grande,
principalmente quanto à classificão das edificões em altura e área construída e dos
meios de proteção. Quanto à exigência da resistência ao fogo dos elementos da construção
o houve mudança, ou seja, não é solicitada a resistência ao fogo dos elementos
construtivos da edificação.
Entretanto, em 1994, o comandante do Corpo de Bombeiros do Estado de São
Paulo, tendo sido alertado pelo setor de emissão de Auto de Vistoria de Segurança (AVS)
de que havia um crescimento de pedido desse documento para edificações de estrutura
metálica e que não havia nenhuma exigência de segurança contra incêndio para tais
estruturas, resolve editar e publicar uma Instrução Técnica.
47
Os técnicos do Corpo de Bombeiros vinham estudando essa medida, há mais
de dois anos, devido ao pedido de AVS para o projeto do Palácio do Aço no bairro de
Jabaquara, junto à estação Conceição do Metrô.
A IT 02.33-94 (1994) promove a discussão, com vários setores da sociedade,
da necessidade de uma norma técnica sobre a proteção de estruturas metálicas em
situação de incêndio e um pedido de elaboração de norma brasileira foi encaminhado
para o CB-24 Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio da Associação Brasileira
de Normas Técnicas. A Instrução Técnica 02.33-94 (1994) é reproduzida na íntegra, no
Anexo A.
3.1.1.3.3 Decreto no 46.076, de 31 de agosto de 2001.
Esse é o terceiro regulamento oficial de segurança contra inndio em
edificações elaborado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo
(CBMESP) e é o que está em vigor hoje. Foi aprovado 29 anos depois do incêndio do
Edifício Andraus.
Este Regulamento dise sobre as medidas de segurança contra incêndio nas
edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no artigo 144 § da Constituição
Federal de 1988, ao artigo 142 da Constituão Estadual de São Paulo de 1988, ao
disposto na Lei Estadual nº 616, de 17 de dezembro de 1974 e na Lei Estadual nº 684, de
30 de setembro de 1975. Os objetivos deste Regulamento são:
I proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de
incêndio;
II dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente
e ao patrimônio;
III proporcionar meios de controle e extinção do incêndio; e
IV dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros.
Neste regulamento a expressão protão contra incêndio foi preferencialmente
alterada para segurança contra incêndio. É um regulamento nos moldes internacionais com
abertura para utilização do método por desempenho, ou seja, permite a aplicação da
engenharia de segurança contra incêndio nas edificões.
Fato que é extremamente positivo para o dimensionamento da resistência ao
fogo dos elementos construtivos das edificações. Com o enquadramento do risco em leve,
médio e alto, feito no próprio decreto, deixa de depender da Tarifa Seguro Inndio do
Brasil, do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).
48
A regulamentação compulria de segurança contra incêndio em edificões foi
elaborada com a participação derios setores da sociedade paulista, conforme consta no Art 32
desta publicação o que é uma prática incomum no costume brasileiro.
No Art 32 do capítulo XI fica instituída a Comissão Especial de Avaliação (CEA),
prevista no inciso X, do artigo (capítulo II) do presente Regulamento que é presidida pelo
Comandante do CBPMESP e composta por 2 (dois) representantes da própria Corporação, 2
(dois) representantes do Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (CEPAM), 2
(dois) representantes de entidades públicas ou privadas, ligadas às queses de segurança e
incêndio, 2 (dois) representantes de Universidades, 2 (dois) representantes da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e outros representantes afins.
Que ao contrário da legislação mineira, a nomeão dos demais integrantes da CEA
cabe ao presidente e não às entidades de classe representantes das empresas e dos empregados.
De acordo com o previsto no inciso X do artigo (catulo II) deste regulamento, a
CEA é um grupo de pessoas qualificadas no campo da segurança contra inndio, representativas
de entidades blicas e privadas, com o objetivo de avaliar e propor alterões necessárias ao
presente regulamento.
Conforme Artigo 33 competirá à Comiso avaliar a execução das normas previstas
neste Regulamento e os eventuais problemas ocorridos em sua aplicação e apresentar propostas de
alteração deste regulamento.
As propostas de alterão do regulamento e das instruções cnicas do corpo de
bombeiros (ITCB) deveo ser apreciadas por Comissão Técnica antes de serem homologadas
pelo Comandante do CBPMESP, desde que as considere convenientes e oportunas, e na medida
que atendam aos objetivos deste regulamento.
Conforme o Artigo, do catulo III, as normas de segurança previstas neste
regulamento se aplicam às edificações e áreas de risco, devendo ser observadas por ocasião da
construção e da reforma, mudaa da ocupação ou uso, ampliação de área construída e
regularização das edificações e áreas de risco, existentes na data de publicação deste regulamento.
Estão excluídas das exigências deste regulamento as residências exclusivamente
unifamiliares e resincias exclusivamente unifamiliares localizadas no pavimento superior de
ocupação mista, com a dois pavimentos e que possuam acessos independentes.
O Capítulo VIII trata da classificação das edificações e áreas de risco, que, para efeito
destedigo são classificadas, conforme Artigo 22, quanto à ocupação de acordo com a Tabela 1
em anexo, quanto à altura de acordo com a Tabela 2 em anexo e quanto à carga de incêndio de
acordo com a Tabela 3 em anexo, apresentadas aqui no Anexo A.
49
Dentre as medidas de seguraa contra incêndio das edificações e áreas de risco,
apresentadas no Art 23 do Capítulo IX, podemos destacar aquelas que manm uma relação
intrínseca com a resisncia ao fogo dos elementos que as compõe, sendo que algumas dessas
medidas tem seu vel de segurança e outras até classificadas pelo tempo em que estes elementos
suportam aão do fogo, como por exemplo, a separação entre edificações (isolamento de risco), a
segurança estrutural nas edificações, a compartimentação horizontal, compartimentação vertical,
controle de materiais de acabamento, saídas de emergência, elevador de seguraa, controle de
fumaça e o controle da carga de incêndio.
Para a execução e implantação das medidas de segurança contra incêndio devem ser
atendidas as Instruções cnicas elaboradas pelo CBPMESP. As medidas de segurança contra
incêndio das edificões e áreas de risco devem ser projetadas e executadas visando atender aos
objetivos deste regulamento.
Conforme Art. 25, do Catulo X, cada medida de seguraa contra incêndio, constante
das Tabelas 4, 5 e 6 (6A a 6M), deve obedecer aos parâmetros estabelecidos na ITCB respectiva.
De acordo com o exigido no Art. 30, as edificações e áreas de risco existentes na data
da publicação deste regulamento, devem atender às exigências contidas na Tabela 4, em anexo.
Em conformidade com o previsto Art. 31, as edificações e áreas de risco enquadradas
nos incisos I, II e III do Art. deste regulamento devem atender as exigências constantes das
Tabelas 5 e 6A a 6M em anexo e suas respectivas notas.
Conforme inciso , as edificações e áreas de risco com área menor ou igual a 750m2
(setecentos e cinqüenta metros quadrados) e altura inferior a 12 (doze) metros devem atender às
exigências da Tabela 5 em anexo e suas notas.
Conforme inciso , as edificões e áreas de risco não enquadradas no inciso ,
devem atender às exigências das Tabelas 6A a 6M em anexo e suas notas.
Conforme inciso , as edificações para comércio de explosivos (Grupo L) com área
superior a 100 m2 (cem metros quadrados), indústrias e desitos de explosivos (Grupo L) e
ocupação do(s) subsolo(s) para outra finalidade que o seja a de estacionamento de veículos, serão
analisadas por Comissão Técnica:
Com a nova formatação este digo passa a ter 656 ginas, com o Decreto, inserido
nas primeiras 37, contendo 35 artigos distribuídos por 10 catulos e um anexo com quatro tabelas
para a classificação das edificações e mais 24 tabelas que apresentam as exigências para as
edificões novas e para as já existentes de acordo com o tipo de ocupação e uso e altura a partir da
página 9 a agina 37. A indicação das medidas de segurança, que eram relatadas expressamente,
passou a ser feita por tabelas, facilitando o processo.
50
Nas demais se encontram as 38 Instrões Técnicas (IT) referente às medidas
de segurança contra inndio e pânico das edificões e áreas de risco apresentadas no
Art. 23 e outros especificados nas instrões técnicas.
Analisando as tabelas que apresentam as exigências de segurança contra
incêndio conforme a classificação das edificações quanto ao tipo de ocupação, no que diz
respeito às medidas de segurança contra inndio é posvel destacar:
I Segurança estrutural contra incêndio:
i) É exigida para edificações destinadas a todos os tipos de utilizão, com área
superior a 750 m², com um pavimento ou mais. Exceto para as construções
provisórias (tipo F7) como os circos e assemelhados.
II Compartimentação horizontal:
i) Não é exigida para edificações destinadas ao uso residencial e
condomínios residenciais (tipo A2 e A3), como centro educacional e de
cultura física (tipo E1 a E6), como local de reunião de público (tipo F1
a F4, F7, e, F9), para prestação de serviços automotivos e assemelhados
(tipo G1 a G3), para serviços de saúde e institucionais (tipo H1, H2, H4,
H5, e H6) e como depósito (tipo J1) de material incombustível.
ii) É exigida para edificões, com área superior a 750 com um
pavimento ou mais, destinadas ao uso comercial (tipo C1 a C3),
como local de reunião de blico (tipo F10), para prestação de
serviços automotivos e assemelhados (tipo G4), para indústrias (tipo
I3) com carga de incêndio acima de 1200 MJ/m2 e para depósitos
(tipo J2 a J4).
iii) É exigida para edificações, com área superior a 750 e altura maior
ou igual a 6 metros, destinadas a serviços de hospedagem (tipo B1 e
B2), para serviços profissionais (tipo D1 a D4) e para indústrias (tipo I1
e I2) com carga de incêndio até 1200 MJ/m2.
iv) È exigida para edificações, com área superior a 750 m² e altura superior
a 12 metros, utilizadas como local de reunião de público (tipo F5, F6 e
F8), e para serviços de saúde e institucionais (tipo H3).
III Compartimentação vertical:
i) Não é exigida para edificações utilizadas como local de reunião de
público como circos e edificações temporárias (tipo F7).
51
ii) É exigida para edificações, com altura superior a 12 metros e área
superior a 750 m², destinadas ao uso residencial e como condomínio
residencial (tipo A2 e A3), a serviços de hospedagem (tipo B1 e B2), ao
uso comercial (tipo C1 a C3), a serviços profissionais (tipo D1 a D4),
ao uso como centro educacional e de cultura física (tipo E1 a E6), como
local de reunião de público (tipo F1 a F6 e F8 a F10), para prestação de
serviços automotivos e assemelhados (tipo G3 e G4), para serviços de
saúde e institucional (tipo H1 a H6), para indústrias (tipo I1 a I3) e
como depósitos (tipo J1 a J4).
iii) É exigida para edificações, com altura superior a 23 metros e área
superior a 750 m², utilizadas para prestação de serviços automotivos e
assemelhados (tipo G1 e G2).
IV Controle dos materiais de acabamento:
i) É exigida para edificações, com área superior a 750 com um
pavimento ou mais, utilizadas como local para serviços de hospedagem
(tipo B1 e B2), ao uso comercial (tipo C1 a C3), a serviços profissionais
(tipo D1 a D4), ao uso como centro educacional e de cultura física (tipo
E1 a E6), como local de reunião de público (tipo F1 a F6, e F8 a F10), a
prestação de serviços automotivos e assemelhados (tipo G1 a G4), a
serviços de saúde e institucionais (tipo H1 a H6), e indústrias (tipo I1 a
I3), e
como depósitos (tipo J2 a J4).
ii) É exigida para edificações com altura h <
6 m incluindo a térrea com
área superior a 750 m², destinadas a construções provisórias (tipo F7).
iii) É exigida para edificações com áreas superiores a 750 m² e altura
superior a 12 m, destinadas ao uso residencial (tipo A2 e A3) e
condomínios residenciais.
IV Saídas de emergência:
i) É exigida para edificações destinadas a todos os tipos de utilização, com
áreas superiores a 750 m², com um pavimento ou mais. Exceto para as
construções provisórias (tipo F7) como os circos e assemelhados.
ii) É exigida para edificações, com altura h <
6 m com área superior a 750
m², destinadas para as construções provisórias (tipo F7) como os circos
e assemelhados.
52
A IT-07 tem como objetivo controlar o risco de propagação do incêndio por
radiação de calor, convecção de gases quentes e a transmissão de chama, garantindo que o
incêndio proveniente de uma edificação não propague para outra.
Esta instrução técnica aplica-se a todas as edificações, independentemente de sua
ocupação, altura, número de pavimentos, volume, área total e área específica de pavimento,
para fins de considerar uma edificação como risco isolado em relação à(s) outra(s)
adjacente(s) na mesma propriedade.
Ilustração 3.1 – Edificações no mesmo lote Ilustração 3.2 – Edificações em lotes diferentes
Considera-se isolamento de risco a distância como representado nas Ilustrações
3.1 e 3.2 ou a separação por parede corta-fogo, construída de acordo com as normas técnicas,
como o exemplo da situação representada na Ilustração 3.3, sendo esta uma entre as várias
situações possíveis, de tal forma que, para fins de previsão das exigências de medidas de
segurança contra incêndio, uma edificação seja considerada independente em relação à
adjacente.
Ilustração 3.3 – Proteção com parede corta-fogo (IT 07, CBPME-SP)
(IT 07, CBPME
-
SP)
53
As edificações situadas no mesmo lote que não atenderem as exigências de
isolamento de risco serão consideradas como uma única edificação para o dimensionamento
das medidas de proteção previstas neste decreto.
Dentre os parâmetros preliminares a serem determinados para avaliação ou
determinação da distância de separação entre edificações está a propagação por radiação. A
propagação por radiação térmica depende basicamente do nível de radiação proveniente de
uma edificação em chamas. O nível de radião está associado à severidade do incêndio,
área de aberturas existentes e a resisncia dos vedos (elementos de vedação) ao fogo.
Dentre vários fatores que determinam a severidade de um inndio, dois têm
importância significativa e estão relacionados com o tamanho do compartimento
incendiado e a carga de incêndio da edificão. O tamanho do compartimento está
relacionado com a dimensão do incêndio e a relão - largura e altura - do painel radiante
localizados na fachada.
A carga de incêndio é outro fator a ser considerado e as edificões
classificam-se, para esta instrução cnica (IT), conforme Tabela 2, apresentada aqui na
Tabela 3.1. Caso a edificação possua proteção por chuveiros automáticos, a classificação
da severidade será reduzida em um nível.
Tabela 3.1 - Severidade da carga de incêndio para o isolamento de risco.
Classificação da Severidade Carga de Incêndio (MJ/m2)
I 0 - 680
II 681 - 1460
III Acima de 1461
Para determinação dos valores de carga de inndio para as diversas
ocupações, deve-se consultar a IT-14.
A IT-08 estabelece as condições a serem atendidas pelos elementos estruturais
e de compartimentação que integram as edificões quanto ao TRRF, para que, em
situação de inndio, seja evitado o colapso estrutural por tempo suficiente para
possibilitar o cumprimento dos objetivos deste decreto.
Aplica-se a toda edificação e área de risco onde for exigida a segurança
estrutural contra incêndio, conforme exigências deste decreto. Na ausência de norma
nacional sobre dimensionamento das estruturas em situação de inndio, adota-se o
Eurocode em sua última edição, ou norma similar reconhecida internacionalmente. No
momento da publicação da norma nacional sobre o assunto, esta passa a ser adotada no
termos desta IT.
54
Os tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) são aplicados aos elementos
estruturais e de compartimentação, conforme os critérios estabelecidos nesta IT e em seu
Anexo A. Para comprovar os TRRF constantes desta instrução técnica são aceitas as seguintes
metodologias:
a) execução de ensaios específicos de resistência ao fogo em laboratórios;
b) atendimento a tabelas elaboradas a partir de resultados obtidos em
ensaios de resistência ao fogo;
c) modelos matemáticos (analíticos) devidamente normalizados ou
internacionalmente reconhecidos.
Para os elementos de compartimentação, admitem-se as metodologias (a) e (b),
para os elementos estruturais as três metodologias podem ser aceitas. A metodologia de que
trata a letra (c) acima, somente será aceita após análise em comissão técnica.
Quando da solicitação da Vistoria junto ao CBPMESP, atendendo o disposto no
item 5.19 da IT-08, deverá ser anexado um memorial de proteção dos elementos construtivos,
apresentado no Anexo “S” da IT-01, com os seguintes dados:
a) metodologia para se atingir os TRRF dos elementos estruturais da
edificação;
b) os tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) para os diversos
elementos construtivos: estruturas internas e externas;
compartimentações; mezaninos; coberturas; subsolos; proteção de dutos
e shafts; encapsulamento de estruturas etc;
c) especificações e condições de isenções e/ou reduções de TRRF; e
d) tipo e espessuras de materiais de proteção térmica, utilizados nos
elementos construtivos.
Esta instrução técnica apresenta em seu Anexo A os tempos requeridos de
resistência ao fogo (TRRF), apresentados aqui na Tabela B1 do Anexo B. No Anexo B uma
tabela com tempos de resistência ao fogo para alvenarias, apresentadas aqui na Tabela C1 do
Anexo C e no Anexo C o método de tempo equivalente de resistência ao fogo.
Conforme item 5.11, a edificação isenta de TRRF, conforme Anexo A, deve ser
projetada considerando medidas ativas e passivas visando atender aos objetivos deste
regulamento. Caso contrário, as isenções não são admitidas.
Conforme Item 5.4.1 desta instrução técnica, os ensaios devem ser realizados em
laboratórios reconhecidos, de acordo com as normas técnicas nacionais ou, na ausência destas,
de acordo com normas ou especificações estrangeiras internacionalmente reconhecidas.
55
A IT-09 estabelece os parâmetros da compartimentação horizontal e
compartimentação vertical, atendendo ao previsto neste decreto. Aplica-se a todas as
edificações onde são exigidas a compartimentação horizontal e vertical, conforme previsto
nas tabelas 6A a 6M deste decreto, estabelecendo detalhamentos técnicos relativos à área de
compartimentação.
A compartimentação horizontal exemplificada na Figura 3.6, se destina a impedir
a propagação de incêndio no pavimento de origem para outros ambientes no plano horizontal.
A compartimentação vertical, exemplificada nas Figuras 3.4 e 3.5, se destina a impedir a
propagação de incêndio no sentido vertical, ou seja, entre pavimentos elevados consecutivos.
Ilustração 3.4 Compartimentão vertical verga-peitoril Ilustração 3.5 Compartimentão vertical aba
Ilustração 3.6 – Compartimentação horizontal (IT 09, CBPME-SP)
56
São considerados unidades autônomas, para efeito desta instrão cnica (IT), os
apartamentos residenciais, os quartos de hois, mois e flats, as salas de aula, as celas de predios
e assemelhados. Para o estabelecimento das áreas máximas de compartimentação horizontal deve-se
atender aos valores estabelecidos no Anexo B”.
No interior da edificação, as áreas de compartimentação horizontal devem ser separadas
por paredes corta-fogo devendo atender TRRF, conforme IT-08. Esta compartimentação por sua
vez, deve ser compatibilizada com atendimento a IT-11, de forma que cada área compartimentada
seja dotada de saídas para o exterior da edificação e áreas adjacentes, como na Ilustração 3.6,
permitindo o abandono seguro das pessoas.
A resistência ao fogo da parede de compartimentação, no que diz respeito aos panos de
alvenaria ou painéis fechando o espaço entre os elementos estruturais, deve ser determinada por
meio da NBR 10636. A resisncia ao fogo dos seus elementos estruturais deve ser dimensionada
para situação de incêndio, seguindo orientações contidas na IT-08.
A compartimentação vertical no interior dos edifícios é provida por meio de entrepisos,
cuja resistência ao fogoo deve ser comprometida pelas transposões que intercomunicam
pavimentos.
Os entrepisos podem ser compostos por lajes de concreto armado ou protendido ou por
composição de outros materiais que garantam a separação sica dos pavimentos, devendo atender
aos TRRF, conforme IT-08. A resistência ao fogo deve ser determinada seguindo-se os
procedimentos da NBR 5628 ou dimensionada de acordo com norma brasileira pertinente.
Quaisquer aberturas existentes nos entrepisos e paredes corta-fogo destinadas à
passagem de instalação elétrica, hidrosanitárias, telefônicas e outras, que permitam a comunicação
direta entre áreas compartimentadas de um edifício devem ser seladas de forma a promover a
vedação total corta-fogo.
No caso de dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão que atravessarem as lajes,
além da selagem da passagem destes equipamentos, devem existir registros corta-fogo, devidamente
ancorados à laje.
No caso em que estes dutos não podem ser dotados de registros corta-fogo, na
transposição dos entrepisos, devem ser protegidos em toda a extensão de forma a garantir a
resistência mínima ao fogo de 120 (cento e vinte) minutos, porém nunca inferior ao TRRF
estabelecido na IT-08.
As selagens das prumadas das instalações de serviço e os registros protegendo aberturas
de passagem de dutos de ventilação, ar condicionado e exaustão devem apresentar, no nimo, os
tempos requeridos de resistência ao fogo, conforme IT-08, porém nunca inferior a 60 minutos.
57
Os elementos de proteção das transposições nos entrepisos e os elementos de
compartimentação vertical na envoltória do edifício, incluindo as fachadas sem aberturas
(cegas) devem atender aos tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) conforme IT-08.
As escadas devem ser enclausuradas por meio de paredes de compartimentação e
portas corta-fogo, as quais devem atender aos requisitos da IT-08. A exigência de resistência
ao fogo das paredes de enclausuramento da escada também se aplica às antecâmaras quando
estas existirem.
As portas corta-fogo de ingresso nas escadas em cada pavimento devem
apresentar resistência mínima ao fogo de 90 (noventa) minutos, quando forem únicas (escadas
sem antecâmaras) e de 60 (sessenta) minutos quando a escada for dotada de antecâmara.
As paredes de enclausuramento das escadas e elevadores de segurança,
constituídas pelo sistema estrutural das compartimentações e vedações das caixas, dutos e
antecâmaras, devem atender, no mínimo, ao TRRF igual ao estabelecido na IT-08, porém não
podendo ser inferior a 120 (cento e vinte) minutos.
Os poços destinados a elevadores devem ser constituídos por paredes corta-fogo
de compartimentação devidamente consolidadas aos entrepisos. As portas dos andares de
elevadores devem ser classificadas como pára-chamas.
As portas pára-chamas podem ser substituídas pelo enclausuramento dos halls do
acesso aos elevadores, por meio de parede e porta corta-fogo. O enclausuramento dos halls
dos elevadores permitirá a disposição do elevador de emergência em seu interior.
As portas de andar de elevadores e as portas de enclausuramento dos halls, selos
corta-fogo e registros corta-fogo devem ser ensaiados para caracterização da resistência ao
fogo seguindo-se os procedimentos da NBR 6479.
A IT-11 tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos necessários para o
dimensionamento das saídas de emergência em edificações, visando a que sua população
possa abandoná-las, em caso de incêndio ou pânico, completamente protegida em sua
integridade física e permitir o acesso de guarnições de bombeiros para o combate ao fogo ou
retirada de pessoas.
Aplica-se a todas as edificações, exceto para os locais destinados à divisão F-3,
com área superior a 10.000 ou população total superior a 2.500 pessoas, onde deve ser
consultada a IT nº 12.
A IT-12 tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos necessários para o
dimensionamento de lotação e saídas de emergência em recintos esportivos e de espetáculos
Artístico-Cultural.
58
Aplica-se a todos os recintos e/ou setores, situados em edificações permanentes ou
não, fechados e cobertos, ao ar livre, que abrigam eventos desportivos, recreativos e/ou
artístico, com área construída total maior que 10.000 m2 ou com população maior ou igual a
2.500 pessoas.
As edificações enquadradas na divisão F-3, permanentes ou não, fechadas ou
abertas, cobertas ou ao ar livre, com área constrda total igual ou inferior a 10.000 m2 ou com
população igual ou inferior a 2.500 pessoas, bem como as demais, ocupações, devem atender
aos requisitos da IT-11 no tocante à lotação e dimensionamento das saídas de emergência.
Os critérios técnicos estabelecidos nesta IT para o dimensionamento de saídas de
emergência podem servir de subdios para outras ocupações das divisões F-2, F-4, F-5, F-7 e
F- 10 com área construída total maior que 10.000 m2 ou população superior 2.500 pessoas.
A IT-14 estabelece valores característicos de carga de incêndio nas edificações e
áreas de risco, conforme a ocupação e uso espefico.
Para determinação da carga de incêndio específica das edificões aplica-se a tabela
constante do Anexo A, sendo que para edificações, destinadas a depósitos (Grupo “J”),
explosivos (Grupo “L”) e ocupações especiais (Grupo “M”) aplica-se a metodologia constante
do Anexo B.
O levantamento da carga de incêndio específica deve ser realizado em módulos de
no máximo 500 m2 do espaço considerado. dulos maiores podem ser utilizados quando o
material combustível contido no espaço analisado possuir potenciais caloríficos semelhantes e
estiverem uniformemente distribuídos.
As cargas de incêndio constantes na Tabela A3 do Anexo A desta dissertação
aplicam-se às edificões e áreas de riscos para classificação do risco e determinação do nível de
exigência das medidas de seguraa contra incêndio, conforme prescreve o contido neste decreto.
3.1.2 E
STADO DE
M
INAS
G
ERAIS
3.1.2.1 D
ECRETO Nº
44.270,
31
DE MARÇO DE
2006.
Regulamenta a Lei 14.130, de 19 de dezembro de 2001, que dispõe sobre a
preveão contra incêndio e nico no Estado e outras providências. Este decreto contém o
regulamento de segurança, de prevenção e de exigências das medidas de proteção contra incêndio
e nico nas edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais, e incumbem ao Corpo de
Bombeiros Militar de Minas Gerais - CBMMG, as ações de que trata este decreto.
59
As exigências das medidas de proteção contra incêndio e pânico das edificações e
áreas de risco devem ser cumpridas visando atender aos seguintes objetivos:
I proporcionar condões de seguraa contra inndio e pânico aos
ocupantes das edificões e áreas de risco, possibilitando o abandono
seguro e evitando perdas de vida;
II minimizar os riscos de eventual propagão do fogo para edificões e áreas
adjacentes, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimônio;
III proporcionar meios de controle e extinção do incêndio enico;
IV dar condões de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros Militar;
V garantir as intervenções de socorros de urgência.
É um regulamento nos moldes internacionais com abertura para utilização do método por
desempenho, ou seja, permite a aplicação da engenharia de seguraa contra incêndio nas edificações.
Fato este que é extremamente positivo para o dimensionamento da resisncia ao fogo dos elementos
construtivos das edificações. Foi elaborada com a participação de vários setores da sociedade mineira e
por membros do corpo de bombeiro, o que é uma prática incomum no costume brasileiro.
O Art 28 do capítulo XIII institui o Conselho Consultivo de Prevenção Contra Incêndio e
Pânico. Entre suas atribuições podemos destacar o acompanhamento da elaboração das normas contidas
neste decreto, discutir e apresentar sugestões quando da elaboração das instruções técnicas (IT), para
deliberação do comandante geral do corpo de bombeiro militar de Minas Gerais (CBMMG), manifestar
a respeito de temas e casos relacionados à prevenção e combate a incêndio e pânico, incluindo o avaliar e
emitir parecer, no último grau de recurso, para deliberação do Comandante-Geral, nos processos
administrativos de casos decorrentes da aplicação da referida legislação.
Conforme Art. 29, este conselho é composto por nove membros, tendo como presidente o
Comandante geral do CBMMG, com secretário executivo o diretor de atividades técnicas do CBMMG,
dois representantes da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, um representante do Conselho Regional
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais CREA/MG, quatro representantes indicados
por entidades representantes de classes da sociedade como o Sindicato da indústria da Construção Civil
no Estado de Minas Gerais – SINDUSCON-MG, a Câmara de dirigentes Lojistas de Belo Horizonte
CDL/BH, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais FIEMG, a Associação Comercial de
Minas AC-MINAS, a Sociedade Mineira de Engenheiros SME, o Sindicato do Comércio Varejista
de Combustíveis Automotivos e Lojas de Conveniência do Estado de Minas Gerais MINASPETRO, a
Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais FECOMÉRCIO-MG, Câmara do Mercado
Imobiliário CMI e o Sindicato dos Hois, Bares e Restaurantes e Similares de Belo Horizonte
SINDHORB.
60
O capítulo IX trata da classificação das edificações e áreas de risco, que, para efeito deste
código são classificadas quanto à ocupação de acordo com a Tabela A1 do Anexo A, podendo conter na
mesma edificação um ou mais tipos de ocupação, caracterizando-a como ocupação mista. Quanto ao
risco, pode ser classificada quanto ao nível de segurança de acordo com a Tabela 3 do Anexo, quanto à
segurança contra incêndio de acordo com a Tabela 4 do Anexo e quanto ao pânico de acordo com a
Tabela 5 do Anexo I. Com o enquadramento do risco em leve, médio e alto, feito no próprio decreto,
deixa de depender da Tarifa Seguro Incêndio do Brasil, do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).
No Art. 24 apresenta as medidas de protão contra incêndio e pânico das edificões e
área de risco. Para execução e implantação destas medidas as edificações devem atender as exigências
previstas nas instrões cnicas e na sua falta, nas normas cnicas da ABNT. As medidas de proteção
devem ser projetadas ou executadas objetivando a preservação da vida humana, evitando ou
confinando o incêndio, evitando ou controlando o nico.
Cabe aqui uma ressalva quanto ao título do Capítulo XI deste digo, pois seria mais
apropriado que fosse das medidas de segurança contra incêndio e nico do que das medidas de
protão contra inndio e pânico. Retornando ao Item .2.4 desta dissertação, será posvel constatar
que, falar em segurança é mais adequado do que se falar simplesmente em proteção, pois a segurança
envolve também os meios de prevenção. No código de segurança de São Paulo a expressão Proteção
contra incêndio foi preferencialmente alterada para segurança contra inndio.
Dentre as medidas apresentadas no Art 24 podemos destacar aquelas que mantêm uma
relação intrínseca com a resistência ao fogo dos elementos que as compõe, sendo que algumas dessas
medidas tendo seu nível de segurança e outras até classificadas pelo tempo em que estes elementos
suportam a ação do fogo, como por exemplo, a separão entre edificões (isolamento de risco), a
segurança estrutural nas edificações, a compartimentão horizontal, compartimentação vertical,
controle de materiais de acabamento, saídas de emergência, elevador de segurança, controle de
fumaça e o controle da carga de incêndio.
Conforme inciso do Art. 24, cada medida de proteção contra inndio e pânico, do
catulo X, deve obedecer aos parâmetros estabelecidos na instrução técnica respectiva, nas normas
brasileiras da ABNT aplicáveis, nas legislações específicas ou nas literaturas internacionais científicas
consagradas, conforme este Decreto.
Este código tem 52 páginas contendo 33 artigos distribuídos por 14 catulos e um anexo
com seis tabelas para a classificação das edificações, quanto ao tipo de ocupação, altura, nível de
segurança, a seguraa contra incêndio, quanto ao pânico, e quanto a carga de inndio e mais 27
tabelas que apresentam as exigências para as edificões novas e para as existentes de acordo com o
tipo de ocupação e uso e altura, a partir da página 20 até a 52.
61
Possuindo ainda 36 instruções técnicas referentes às medidas de proteção contra
incêndio e pânico das edificações e áreas de risco apresentadas no Art 24. A indicação das
medidas de segurança, que eram relatadas expressamente, passou a ser feita por tabelas,
facilitando o processo.
Analisando as tabelas que apresentam as exigências de segurança contra incêndio
conforme a classificação das edificações quanto ao tipo de ocupação, no que diz respeito às
medidas de segurança contra incêndio é possível destacar:
I Segurança estrutural contra incêndio:
i) É exigida para edificações com altura superior a 12 m e área superior a 1200
m² utilizadas, para uso residencial (tipo A2 e A3).
ii) É exigida para edificações com altura superior a 12 m e área superior a 750
m², utilizadas para servos de hospedagem (tipo B1 e B2), para uso
comercial (tipo C1 a C3), para serviços profissionais (tipo D1 a D4), como
centro educacional e de cultura física (tipo E1 a E6), como local de reuno
deblico (tipo F1 a F4, F6 e F8 a F10), para prestação de serviços
automotivos e assemelhados (tipo G1, G2, G4 e G6), para servos de saúde
e institucional (tipo H1 a H4 e H6), para industrias (tipo I1 e I2) e como
depósitos (tipo J1 a J4).
iii) É exigida para edificações com área superior a 750 com um pavimento
ou mais, utilizadas como local para artes nicas (tipo F5), como Hangares
(tipo G5), como local onde a liberdade das pessoas sofre restrão (tipo H5)
e como indústria (tipo I3) com carga de incêndio superior a 1200 MJ/m2.
iv) Não é exigida para local de reuno de blico (tipo F7) como circos e
assemelhados e para prestação de serviços automotivos (tipo G3).
II Compartimentação horizontal:
i
) É exigida para edificões com área superior a 750 m² com um pavimento ou
mais, destinadas a utilizão comercial (tipo C1 a C3), a indústrias (tipo I3)
com carga de incêndio superior a 1200 MJ/m2 e para depósitos (tipo J3 e J4).
ii) É exigida para edificões com altura superior a 12 m e área superior a 750 m²
utilizadas para serviços de hospedagem (tipo B1 e B2), para serviços
profissionais (tipo D1, a D4), para locais de reunião de público (tipo F5, F6,
F8 e F10), para prestação de servos automotivos e assemelhados (tipo G4 e
G6), para servos de saúde e institucionais (tipo H3 e H4) e indústrias (tipo I1
e I2) com carga de incêndio inferior a 1200 MJ/m2.
62
iii) È exigida para depósitos (tipo J2) com altura superior a 30 m e área superior
a 750 m².
iv) Não é exigida para edificações destinadas ao uso residencial (tipo A2 e A3),
como centro educacional e de cultura física (tipo E1 a E6), como local de
reuno de público (tipo F1 a F4, F7, F9, e F11), para prestação de serviços
automotivos e assemelhados (tipo G1 a G3, e G5), para servos de saúde e
institucionais (tipo H1, H2, H5, a H6), para instrias (tipo I3) com carga de
incêndio superior a 1200 MJ/m2 e como depósitos (tipo J1 a J4).
III Compartimentação vertical:
i) É exigida para edificações com área superior a 750 com um
pavimento ou mais, destinadas a indústrias (tipo I3).
ii) É exigida para edificações com altura superior a 12 m e área superior a
750 utilizadas para serviços de hospedagem (tipo B1 e B2), para uso
comercial (tipo C1, a C3), para serviços profissionais (tipo D1 a D4),
como centro educacional e de cultura física (tipo E1, a E6), como local
de reunião de público (tipo F1, F4, F5 e F10), para prestação de
serviços automotivos (G4 e G6), para serviços de saúde e institucional
(tipo H5), para indústrias (tipo I1 e I2) e como depósitos (tipo J3 e J4).
iii) É exigida para edificações com altura superior a 30 m e área superior a
1200 m² utilizadas, para uso residencial (tipo A2 e A3).
iv) É exigida para edificações com altura superior a 30 m e área superior a
750 utilizadas, como local de reunião de público (tipo F2, F3, F6,
F8, F9 e F11), para prestação de serviços automotivos e assemelhados
(G1, G2 e G5), para serviços de saúde e institucionais (tipo H1 a H4 e
H6) e como depósitos (tipo J1 e J2).
vi) Não é exigida para edificações utilizadas como local de reunião de
público como circos e edificações temporárias (tipo F7), para prestação
de serviços automotivos como posto de gasolina (tipo G3).
IV Controle dos materiais de acabamento:
i) É exigida para edificações com área superior a 750 com um
pavimento ou mais, destinadas a utilização como local de reunião de
público (tipo F3 a F5, F7 e F9), a prestação de serviços automotivos e
assemelhados (tipo G5), a serviços de saúde e institucionais (tipo H5),
indústrias (tipo I3) com carga de incêndio superior a 1200 MJ/m2.
63
ii) É exigida para edificações com altura superior a 12 m e área superior
a 750 m² utilizadas para serviços de hospedagem (tipo B1 e B2), para
uso comercial (tipo C1 a C3), para serviços profissionais (tipo D1 a
D4), como centro educacional e de cultura física (tipo E1 a E6),
como local de reunião de público (tipo F1, F2, F6, F8, F10 e F11),
para prestação de serviços automotivos e assemelhados (tipo G4 a
G6), para serviços de sde e institucionais (tipo H1 a H4 e H6), e
indústrias (tipo I1 e I2) com carga de inndio inferior a 1200
MJ/m2, e como depósitos (tipo J2 a J4) com 300 MJ/m2 < carga de
incêndio > 1200 MJ/m2.
iii) É exigida para edificões com altura superior a 30 m e área
superior a 750 , para prestação de serviços automotivos e
assemelhados (tipo G1 e G2), e como depósito (tipo J1) de material
incombustível.
iv) É exigida para edificações com altura superior a 54 m e área
superior a 1200 m², para uso residencial (tipo A2 e A3).
v) Não é exigida para edificões utilizadas, para prestão de serviços
automotivos como os postos de gasolina (tipo G3).
IV Saídas de emergência:
i)
É exigida para edificações com área superior a 1200 com um
pavimento ou mais, destinadas ao uso residencial (tipo A2 e A3).
ii) É exigida para edificações com área superior a 750 com um
pavimento ou mais, destinadas a serviços de hospedagem (tipo B1 e
B2), para uso comercial (tipo C1 a C3), para serviços profissionais
(tipo D1 a D4), como centro educacional e de cultura física (tipo E1
a E6), como local de reunião de público (tipo F1 a F11), para
prestação de serviços automotivos e assemelhados (tipo G1 a G6),
para serviços de saúde e institucionais (tipo H1 a H6), e indústrias
(tipo I1 a I3) com qualquer carga de inndio, e como depósitos
(tipo J1, a J4).
Conforme Art. 26, o responsável técnico poderá apresentar medidas de proteção
contra incêndio e pânico diferentes das exigidas neste decreto, desde que comprovada a sua
eficácia. No caso do disposto no caput, a comprovação é que a eficácia seja, no mínimo, igual
às também exigidas neste decreto.
64
A IT-05 tem como objetivo determinar critérios para isolar externamente os riscos
de propagação do incêndio por radiação de calor, convecção de gases quentes e transmissão
de chama, para evitar que o incêndio proveniente de uma edificação se propague para outra,
ou retardar a propagação permitindo a evacuação do público.
Esta instrução técnica aplica-se a todas as edificações, independentemente de sua
ocupação, altura, número de pavimentos, volume, área total e área específica de pavimento,
para considerar-se uma edificação como risco isolado em relação à (s) outra (s) adjacente (s)
na mesma propriedade. As edificações situadas no mesmo lote que não atenderem as
exigências de isolamento de risco serão consideradas como uma única edificação para o
dimensionamento das medidas de proteção previstas neste decreto.
Para fins de previsão das exigências de medidas de segurança contra incêndio,
considera-se isolamento de risco a distância como representado nas Ilustrações 3.1 e 3.2 ou a
separação por parede corta-fogo, construída de acordo com as normas técnicas, como o
exemplo da situação representada na Ilustração 3.3, sendo esta uma entre as várias situações
possíveis, de tal forma que, para fins de previsão das exigências de medidas de segurança
contra incêndio, uma edificação seja considerada independente em relação à adjacente.
Para uma situação como a representada na Ilustração 3.3, a espessura da parede
corta-fogo deve ser dimensionada em função do material empregado, de acordo com os
ensaios realizados por laboratórios técnicos oficiais ou de acordo com normas técnicas,
devendo apresentar as características de isolamento térmico, estanqueidade e estabilidade.
Dentre os parâmetros preliminares a serem determinados para avaliação ou
determinação da distância de separação entre edificações está a propagação por radiação. A
propagação por radiação térmica depende basicamente do nível de radiação proveniente de
uma edificação em chamas. O nível de radiação está associado à severidade do incêndio, área
de aberturas existentes e a resistência dos vedos (elementos de vedação) ao fogo.
Dentre vários fatores que determinam a severidade de um incêndio, dois têm
importância significativa e estão relacionados com o tamanho do compartimento incendiado e
a carga de incêndio da edificação. O tamanho do compartimento está relacionado com a
dimensão do incêndio e a relação - largura e altura do painel radiante localizados na fachada.
A carga de incêndio é outro fator a ser considerado e as edificações classificam-
se, para esta instrução técnica, conforme Tabela 2, apresentada aqui na Tabela 3.1. Caso a
edificação possua proteção por chuveiros automáticos, a classificação da severidade será
reduzida em um nível. Para determinação dos valores de carga de incêndio para as diversas
ocupações, deve-se consultar a IT-09.
65
A IT-06 estabelece as condições a serem atendidas pelos elementos
estruturais e de compartimentação que integram as edificações para que, em situação
de incêndio, seja evitado o colapso estrutural por tempo suficiente para possibilitar o
atendimento das prescrições contidas nas disposições preliminares deste decreto.
Aplica-se a todas as edificações e áreas de risco onde for exigida a segurança
estrutural contra incêndio, conforme exigências deste decreto.
Na ausência de norma nacional sobre dimensionamento das estruturas em
situação de incêndio, adota-se o Eurocode em sua última edição, ou norma similar
reconhecida internacionalmente. No momento da publicação de norma nacional sobre
o assunto, esta passará a ser adotada nos termos desta IT.
Esta instrução técnica apresenta em seu Anexo A, os tempos requeridos de
resistência ao fogo (TRRF), apresentados aqui na Tabela B1 do Anexo B, no Anexo B
uma tabela com tempos de resistência ao fogo para alvenarias, apresentadas aqui na
Tabela C1 do Anexo C e no Anexo C o método de tempo equivalente de resistência ao
fogo
Conforme item 5.11, a edificação isenta de TRRF, conforme Anexo A deste
regulamento, deve ser projetada considerando medidas ativas e passivas visando
atender aos objetivos deste regulamento. Caso contrário, as isenções não são
admitidas.
Os TRRF são aplicados aos elementos estruturais e de compartimentação,
conforme os critérios estabelecidos nesta IT e em seu Anexo A. Os elementos de
compartimentação usados como isolamento de riscos e os elementos estruturais
essenciais à estabilidade desta compartimentação devem ter no mínimo, TRRF de 120
minutos.
Para comprovar os TRRF constantes desta instrução técnica são aceitas as
seguintes metodologias:
a) execução de ensaios específicos de resistência ao fogo em laboratórios;
b) atendimento a tabelas elaboradas a partir de resultados obtidos em
ensaios de resistência ao fogo;
c) modelos matemáticos (analíticos) devidamente normalizados ou
internacionalmente reconhecidos.
Os ensaios devem ser realizados em laboratórios reconhecidos, de acordo
com as normas técnicas nacionais ou, na ausência destas, de acordo com as normas ou
especificações estrangeiras internacionalmente reconhecidas.
66
Quando da solicitação da Vistoria junto ao CBMMG, deverá ser anexado um
Memorial de Proteção dos Elementos Construtivos, apresentado no Anexo “N” da IT-01, com os
seguintes dados apresentados no item 5.18 desta instrução cnica
:
a) método empregado para se atingir os TRRF dos elementos estruturais da
edificação;
b) os TRRF para os diversos elementos construtivos;
c) especificações e condições de isenções e/ou reduções de TRRF;
d) tipo e espessuras de materiais de proteção térmica, utilizados nos
elementos construtivos, quando for o caso, nas estruturas de aço, ou
requisitos de dimensões e cobrimento de armadura nas estruturas de
concreto. Para outros materiais estruturais, detalhar a solução adotada.
e) termo de Responsabilidade Técnica pela execução do projeto de
segurança da estrutura em situação de incêndio.
A IT-07 estabelece os pametros da compartimentação horizontal e
compartimentação vertical, atendendo ao previsto neste decreto. Aplica-se a todas as edificões
onde são exigidas a compartimentação horizontal e vertical, conforme previsto nas tabelas 7A a
7M desse decreto, estabelecendo detalhamentos cnicos relativos à área de compartimentação.
A compartimentação horizontal, exemplificada na Ilustração 3.6, se destina a impedir
a propagação de incêndio no pavimento de origem para outros ambientes no plano horizontal. A
compartimentação vertical, exemplificada nas Ilustrações 3.4 e 3.5, se destina a impedir a
propagão de incêndio no sentido vertical, ou seja, entre pavimentos elevados consecutivos.
o consideradas unidades aunomas os apartamentos residenciais; os apartamentos
de hotéis, motéis e flats; as salas de aula; as enfermarias e quartos de hospitais; as celas dos
presídios e assemelhados. Para o estabelecimento das áreas máximas de compartimentação
horizontal deve-se atender aos valores estabelecidos no Anexo “B”.
No interior da edificação, as áreas de compartimentação horizontal devem ser
separadas por paredes corta-fogo devendo atender TRRF, conforme IT-06. Esta
compartimentação por sua vez, deve ser compatibilizada com atendimento a IT-08, de forma que
cada área compartimentada seja dotada de saídas para o exterior da edificação e áreas adjacentes,
ver Ilustração 3.6, permitindo o abandono seguro das pessoas.
A resistência ao fogo da parede de compartimentação, no que diz respeito aos panos
de alvenaria ou paiis fechando o espaço entre os elementos estruturais, deve ser determinada
por meio da NBR 10636. A resistência ao fogo dos seus elementos estruturais deve ser
dimensionada para situação de incêndio, seguindo orientações contidas na IT-06.
67
A compartimentação vertical no interior dos edifícios é provida por meio de
entrepisos, cuja resistência ao fogo não deve ser comprometida pelas transposições que
intercomunicam pavimentos.
Os entrepisos podem ser compostos por lajes de concreto armado ou
protendido ou por composição de outros materiais que garantam a separação física dos
pavimentos, devendo atender aos TRRF, conforme IT-06. A resistência ao fogo deve ser
determinada por meio de ensaio segundo a NBR 5628 ou dimensionada de acordo com
norma brasileira pertinente.
Quaisquer aberturas existentes nos entrepisos e paredes corta-fogo destinadas
à passagem de instalação elétrica, hidrosanitárias, telefônicas e outras, que permitam a
comunicação direta entre os pavimentos de um edifício devem ser seladas de forma a
promover a vedação total corta-fogo.
No caso de dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão que atravessarem
as lajes, além da selagem da passagem destes equipamentos, devem existir registros
corta-fogo, devidamente ancorados à laje.
Quando o podem ser dotados de registro corta-fogo na transposição dos
entrepisos devem ser protegidos em toda a sua extensão de forma a garantir a resistência
mínima ao fogo de 120 minutos, porém nunca inferior ao tempo requerido de resistência
ao fogo estabelecido na IT-06
As selagens das prumadas de serviço e os registros protegendo as passagens
dos dutos de ventilação, ar condicionado e exaustão devem apresentar no nimo, os
TRRF conforme IT 06, mas nunca inferior a 60 minutos.
Os poços destinados a elevadores deverão ser constituídos por paredes corta-
fogo de compartimentação, devidamente consolidadas às lajes dos pavimentos
(entrepisos). As portas dos andares de elevadores devem ser classificadas como pára-
chamas, que deverão apresentar resistência ao fogo igual às paredes.
As portas para chamas podem ser substituídas pelo enclausuramento dos halls
de acesso aos elevadores, por meio de parede e porta corta-fogo, o que permitirá a
disposição do elevador de emergência em seu interior.
As escadas devem ser enclausuradas por meio de paredes de
compartimentação e portas corta-fogo, as quais devem atender aos requisitos da IT-08.
As portas de andar de elevadores e as portas de enclausuramento dos halls,
selos corta-fogo e registros corta-fogo, devem ser ensaiadas para a caracterização da
resistência ao fogo seguindo-se os procedimentos da NBR 6479.
68
As portas corta-fogo de ingresso nas escadas em cada pavimento devem
apresentar resistência nima ao fogo de 90 minutos, quando forem únicas (sem antecâmara)
e de 60 minutos, quando a escada for dotada de antecâmara.
A IT-08 estabelece critérios mínimos necessários para o dimensionamento das
saídas de emergência em edificações, visando a que sua população possa abandoná-las em
caso de incêndio ou pânico completamente protegidas em sua integridade física e permitir o
acesso de guarnições de bombeiros para o combate ao fogo ou retirada de pessoas; dimensões
e cores. Visa ainda a adequação das exigências de proteção contra incêndio e pânico,
atendendo a NBR 9077 (ABNT, 1993) quanto aos requisitos mínimos necessários para o
dimensionamento das saídas de emergência nas edificações, padronizar critérios para análise
de projetos de Prevenção Contra Incêndio e pânico em Minas Gerais e orientar os
profissionais que atuam na elaboração de projetos e execução de obras submetidas à
aprovação.
A IT-09 estabelece valores característicos de carga de incêndio nas edificações e
áreas de risco, conforme a ocupação e uso específico.
As densidades de carga de incêndio constantes do anexo A desta IT aplicam-se às
edificações e áreas de riscos para classificação do risco e determinação do vel de exigência
das medidas de segurança contra incêndio, conforme prescreve o contido neste regulamento,
nas edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais, nas situações em que uma
aceitável uniformidade na sua distribuição espacial, a critério do responsável técnico do
projeto de segurança contra incêndio.
Quando a densidade de carga de incêndio não for uniformemente distribuída sobre
a área de piso da edificação, a critério do responsável técnico do projeto de segurança contra
incêndio, a densidade de carga de incêndio característica poderá ser determinada por medição
direta, segundo o método descrito no Anexo B.
O levantamento da carga de incêndio específica constante do Anexo B deve ser
realizado em módulos de área em que a distribuição da carga de incêndio seja considerada
uniforme, a critério do responsável técnico do projeto de segurança contra incêndio, sendo de
no máximo 500 m². Excepcionalmente, módulos maiores de 500 m² podem ser utilizados
quando o espaço analisado possuir materiais combustíveis com potenciais caloríficos
semelhantes e uniformemente distribuídos.
Para determinação do risco de incêndio a que se referem as Tabelas 3 e 4 deste
regulamento de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco quanto à carga de
incêndio se classificam conforme apresentado na Tabela A3 do Anexo A desta dissertação.
69
3.1.3 E
STADO DE
G
OIÁS
3.1.3.1 D
ECRETO
Lei
N
O
15.802
DE
11
DE SETEMBRO DE
2006.
A Lei Nº 15.802 estabelece normas básicas de segurança contra incêndio, pânico e
desastres no Estado de Goiás e dispõe sobre a fixação de exigências técnicas e administrativas
para proteção da vida, do patrimônio, e meio ambiente.
Com a nova formatação este código passa a ter 41 ginas, contendo 35 artigos
distribuídos por 13 capítulos e um anexo com três tabelas para a classificação das edificações
quanto ao tipo de ocupação e uso, quanto a altura e quanto ao risco de acordo com a carga de
incêndio e mais 23 tabelas, de 4 a 5M.4, que apresentam as exigências para as edificações
novas de acordo com o tipo de ocupação e uso e altura a partir da página 14 até a página 41.
Integram o código de segurança das edificações e áreas de risco as 41 normas
Técnicas (NT) referentes às medidas de proteção contra incêndio e pânico das edificações e
áreas de risco apresentadas no Art 10 e outras especificadas nas Normas Técnicas (NT).
É um regulamento nos moldes internacionais com abertura para utilização do
método por desempenho, ou seja, permite a aplicação da engenharia de segurança contra
incêndio nas edificações. Fato que é extremamente positivo para o dimensionamento da
resistência ao fogo dos elementos construtivos das edificações. As indicações das medidas de
segurança, que eram relatadas expressamente, passaram a ser feitas por estas tabelas,
facilitando o processo.
A regulamentação compulsória de segurança contra incêndio em edificações foi
elaborada com a participação de vários setores da sociedade goiana, conforme consta no
Capítulo XII, deste decreto, o que é uma prática incomum no costume brasileiro.
São consideradas para efeito deste decreto as edificações descritas na Tabela 1 do
Anexo desta lei, apresentadas aqui na Tabela A.1 do Anexo A, bem como todas as
construções e os locais de risco que por uso, ocupação, altura ou carga de incêndio possam
gerar risco ou danos às pessoas, ao patrimônio e ao meio ambiente.
No inciso 11 do Art 25 do capítulo 10 que versa sobre as sanções administrativas,
diz que as edificações serão classificadas quanto ao risco para fins de aplicação de multas,
conforme estabelecido na Tabela 3 do anexo deste decreto, que é a Tabela A3 apresentada no
Anexo A deste trabalho.
Com enquadramento do risco em leve, médio e alto, feito no próprio decreto, deixa
de depender da Tarifa Seguro Incêndio do Brasil, do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).
70
No Art 28 do Capítulo XI diz que às sanções do Art 25 serão aplicadas as pessoas físicas ou
jurídicas responsáveis, a qualquer título, por edificações ou por sua administração, de obra ou construção
que possa provocar risco ou dano às pessoas, às edificações adjacentes, ao meio ambiente e aos serviços.
Conforme capítulo VI, as normas de segurança previstas neste regulamento se aplicam às
edificações e áreas de risco, devendo ser observadas por ocaso da construção, reforma, mudança da
ocupão ou uso, ampliação de área construída e regularização das edificações e áreas de risco,
existentes na data de publicação deste Regulamento.
Dentre as medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco,
apresentadas no Art 10 do Capítulo V, podemos destacar àquelas que mantêm uma relação intrínseca
com a resistência ao fogo dos elementos que as compõe.
Algumas dessas medidas têm seu nível de segurança e outras até classificadas pelo tempo
em que estes elementos suportam a ão do fogo, como por exemplo, a separação entre edificações
(isolamento de risco), a segurança estrutural nas edificações, a compartimentação horizontal,
compartimentão vertical, controle de materiais de acabamento, saídas de emergência, elevador de
segurança, controle de fumaça e o controle da carga de incêndio.
Analisando as tabelas que apresentam as exigências de segurança contra incêndio
conforme a classificão das edificões quanto ao tipo de ocupação, no que diz respeito às medidas
de segurança contra inndio é posvel destacar:
I Segurança estrutural contra incêndio:
i) É exigida para edificações destinadas a todo tipo de utilização, com área
superior a 750 , com um pavimento ou mais. Exceto para as construções
provisórias (tipo F7) como os circos e assemelhados.
II Compartimentação horizontal:
i
) Não é exigida para edificações destinadas ao uso residencial e condomínios
residenciais (tipo A2 e A3), como centro educacional e de cultura física (tipo E1
a E6), como local de reunião de público (tipo F3, F4, F7, e, F9), para prestação
de serviços automotivos e assemelhados (tipo G1 a G3), para serviços de saúde
e institucionais (tipo H1, H2, H4, H5, e H6) e como depósitos (tipo J1).
ii) É exigida para edificações com área superior a 750 m² com um pavimento ou
mais, utilizadas para serviços de hospedagem (tipo B1 e B2), ao uso comercial
(tipo C1 a C3), para serviços profissionais (tipo D1 a D4) como local de reunião
de público (tipo F1, F2, F5, F6, F8 e F10), para prestação de serviços
automotivos e assemelhados (tipo G4 e G5), para indústrias (tipo I2 e I3) e para
Depósitos (tipo J2 a J4).
71
iii) É exigida para edificações com área superior a 750 e alturas
superiores iguais a 6 metros e destinadas ao uso indústrias (tipo I1) com
carga de incêndio até 300 MJ/m
2
.
iv) É exigida para edificações com área superior a 750 m² e altura superior
a 12 metros, destinadas a serviços de saúde e institucionais (tipo H3).
III Compartimentação vertical:
i) Não é exigida para edificações utilizadas como local de reunião de
público (tipo F7) como circos e assemelhados.
ii) É exigida para edificações com altura superior a 6 metros e área
superior a 750 m², destinadas a serviços profissionais (tipo D1 a D4).
iii) É exigida para edificações com altura superior a 12 metros e área
superior a 750 m², destinadas ao uso residencial e como condomínio
residencial (tipo A2 e A3), a serviços de hospedagem (tipo B1 e B2), ao
uso comercial (tipo C1 a C3), ao uso como centro educacional e de
cultura física (tipo E1 a E6), como local de reunião de público (tipo F1
a F6, e F8 a F10), para prestação de serviços automotivos e
assemelhados (tipo G3 a G6), para serviços de saúde e institucional
(tipo H1 a H6), como industria (tipo I1 a I3) e como depósito (tipo J1 a
J4).
iv) É exigida para edificações com altura superior a 23 metros e área
superior a 750 m² utilizadas, como local para prestação de serviços
automotivos e assemelhados (tipo G1 e G2).
IV Controle dos materiais de acabamento:
i) É exigida para edificações com área superior a 750 com um
pavimento ou mais, destinada a serviços de hospedagem (tipo B1 e B2),
ao uso comercial (tipo C1 a C3), a serviços profissionais (tipo D1 a
D4), ao uso como centro educacional e de cultura física (tipo E1 a E6),
como local de reunião de público (tipo F1 a F6, e F8 a F10), a prestação
de serviços automotivos e assemelhados (tipo G1 a G6), a serviços de
saúde e institucionais (tipo H1 a H6), e industrias (tipo I1 a I3), e
como
depósitos (tipo J2 a J4).
ii) É exigida para edificações com altura h < 6 m e área superior a 750 m²,
destinadas a construções provisórias (tipo F7) como os circos e
assemelhados.
72
iii) É exigida para edificações com área superior a 750 e altura superior
a 12 m, destinadas ao uso residencial (tipo A2 e A3) e condomínios
residenciais.
IV Saídas de emergência:
i) É exigida para edificações destinadas a todo tipo de utilização, com área
superior a 750 m², com um pavimento ou mais. Exceto para as
construções provisórias (tipo F7) como os circos e assemelhados.
ii) É exigida para edificações com altura h <
6 m e área superior a 750 m²,
destinadas as construções provisórias (tipo F7).
A NT-07 tem como objetivo regular o controle dos riscos de propagação do
incêndio por radiação de calor, convecção de gases quentes e transmissão de chama,
garantindo que o incêndio proveniente de uma edificação não se propague para outra.
Esta norma técnica (NT) aplica-se a todas as edificações, independentemente de
sua ocupação, altura, número de pavimentos, volume, área total e área específica de
pavimento, para considerar-se uma edificação como risco isolado em relação à outra adjacente
na mesma propriedade.
Para fins de previsão das exigências de medidas de segurança contra incêndio,
considera-se isolamento de risco a distância como representado nas Ilustrações 3.1 e 3.2 ou a
separação por parede corta-fogo, construída de acordo com as normas técnicas, como o
exemplo da situação representada na Ilustração 3.3, sendo esta uma entre as várias situações
possíveis, de tal forma que, para fins de previsão das exigências de medidas de segurança
contra incêndio, uma edificação seja considerada independente em relação à adjacente.
As edificações situadas no mesmo lote que não atenderem as exigências de
isolamento de risco serão consideradas como uma única edificação para o dimensionamento
das medidas de proteção previstas neste decreto.
Para uma situação como a representada na Figura 3.3, a espessura da parede corta-
fogo deve ser dimensionada em função do material empregado, de acordo com os ensaios
realizados por laboratórios técnicos oficiais ou de acordo com normas técnicas, devendo
apresentar as características de isolamento térmico, estanqueidade e estabilidade.
Dentre os parâmetros preliminares a serem determinados para avaliação ou
determinação da distância de separação entre edificações esta a propagação por radiação. A
propagação por radiação térmica depende basicamente do nível de radiação proveniente de
uma edificação em chamas. O nível de radiação está associado à severidade do incêndio, área
de aberturas existentes e a resistência dos vedos (elementos de vedação) ao fogo.
73
Dentre vários fatores que determinam a severidade de um incêndio, dois têm
importância significativa e estão relacionados com o tamanho do compartimento incendiado e
a carga de incêndio da edificação. O tamanho do compartimento está relacionado com a
dimensão do incêndio e a relação - largura e altura do painel radiante localizados na fachada.
A carga de incêndio é outro fator a ser considerado e as edificações classificam-
se, para esta NT, conforme Tabela 2, apresentada aqui na Tabela 3.1. Caso a edificação
possua proteção por chuveiros automáticos, a classificação da severidade será reduzida em um
nível. Para determinação dos valores de carga de incêndio para as diversas ocupações, deve-se
consultar a NT-14..
A NT-08 estabelece as condições a serem atendidas pelos elementos estruturais e
de compartimentação que integram as edificações, quanto ao tempo requerido de resistência
ao fogo (TRRF), para que, em situação de incêndio, seja evitado o colapso estrutural por
tempo suficiente para possibilitar o atendimento dos objetivos descritos neste decreto.
Aplica-se a todas edificações e áreas de risco onde for exigida a segurança
estrutural contra incêndio, conforme exigências deste decreto. Na ausência de norma nacional
sobre dimensionamento das estruturas em situação de incêndio, adota-se o Eurocode em sua
última edição, ou norma similar reconhecida internacionalmente. No momento da publicação
de norma nacional sobre o assunto, esta passará a ser adotada nos termos desta NT.
Os TRRF são aplicados aos elementos estruturais e de compartimentação,
conforme os critérios estabelecidos nesta norma técnica e em seu Anexo A. Para comprovar
os TRRF constantes desta NT são aceitas como metodologia;
a) a execução de ensaios específicos de resistência ao fogo;
b) o atendimento a tabelas elaboradas a partir de resultados obtidos em
ensaios de resistência ao fogo;
c) modelos matemáticos (analíticos) devidamente normalizados ou
internacionalmente reconhecidos.
Para os elementos de compartimentação, admitem-se as metodologias (a) e (b),
para os elementos estruturais as três metodologias podem ser utilizadas. São considerados
como lajes, painéis pré-moldados que apresentem função estrutural e painéis alveolares
utilizados para compartimentação. A metodologia de que trata a letra c acima, somente será
aceita após análise em comissão técnica.
Os ensaios devem ser realizados em laboratórios reconhecidos, de acordo com as
normas técnicas ou na ausência destas, de acordo com normas ou especificações estrangeiras
internacionalmente reconhecidas.
74
Quando da solicitação da inspeção junto ao CBMGO, deverá ser anexado um
Memorial de Proteção dos Elementos Construtivos, apresentado no Anexo “L” da NT-01,
com os seguintes dados apresentados no item 5.19 desta instrução técnica:
a) metodologia para se atingir os TRRF dos elementos estruturais da
edificação, citando a norma empregada;
b) os TRRF para os diversos elementos construtivos.
c) especificações e condições de isenções e/ou reduções de TRRF;
d) tipo e espessuras de materiais de proteção térmica, utilizados nos
elementos construtivos, e respectivas cartas de cobertura adotadas;
Esta instrução técnica apresenta em seu Anexo A, os TRRF, apresentados aqui na
Tabela B1 do Anexo B, no Anexo B uma tabela com tempos de resistência ao fogo para
alvenarias, apresentadas aqui na Tabela C1 do Anexo C e no Anexo C o todo de tempo
equivalente de resistência ao fogo.
As edificações para obterem o benefício de isenção ou redução dos TRRF, devem
atender aos objetivos deste digo e possuírem saídas de emergência, as rotas de fuga e as
condições de ventilação dimensionadas segundo regulamentões vigentes.
A NT-09 estabelece os pametros da compartimentação horizontal e
compartimentação vertical, atendendo ao previsto neste decreto. Esta instrução técnica se aplica
a todas as edificões onde são exigidas a compartimentação horizontal e vertical, conforme
previsto nas tabelas 5A a 5M desse decreto, estabelecendo detalhamentos técnicos relativos à
área de compartimentação.
A compartimentação horizontal, exemplificada na Ilustração 3.6, se destina a
impedir a propagação de incêndio no pavimento de origem para outros ambientes no plano
horizontal. A compartimentação vertical, exemplificada nas Ilustrações 3.4 e 3.5, se destina a
impedir a propagação de incêndio no sentido vertical, ou seja, entre pavimentos elevados
consecutivos.
o consideradas unidades aunomas os apartamentos residenciais; os apartamentos
de hotéis, motéis e flats; as salas de aula; as enfermarias e quartos de hospitais; as celas dos
presídios e assemelhados. Para o estabelecimento das áreas máximas de compartimentação
horizontal deve-se atender aos valores estabelecidos no Anexo “B”, deste regulamento.
No interior da edificação, as áreas de compartimentação horizontal devem ser
separadas por paredes corta-fogo e compatibilizadas com o atendimento às exigências NT-11,
de forma que cada área compartimentada seja dotada de saídas para o exterior da edificação ou
área adjacente, ver Ilustração 3.6, permitindo o abandono seguro das pessoas.
75
A resistência ao fogo destas paredes, no que diz respeito aos panos de alvenaria ou
painéis pré-moldados fechando o espaço entre os elementos estruturais, deve ser determinada
por meio da NBR 10636. A resistência ao fogo dos seus elementos estruturais deve ser
dimensionada para situação de incêndio de acordo com o prescrito na NT-08.
A compartimentação vertical no interior dos edifícios é provida por meio de
entrepisos, cuja resistência ao fogo não deve ser comprometida pelas transposições que
intercomunicam pavimentos. Os entrepisos podem ser compostos por lajes de concreto
armado ou protendido ou por composição de outros materiais que garantam a separação física
dos pavimentos. A resistência ao fogo deverá ser determinada empregando-se o método de
ensaio apresentado na NBR 5628 ou dimensionada de acordo com norma brasileira pertinente.
Quaisquer aberturas existentes nos entrepisos e paredes destinadas à passagem de
instalão elétrica, hidrosanirias, telefônicas e outras, que permitam a comunicação direta entre
os pavimentos de um edifício devem ser seladas de forma a promover a vedação total corta-fogo.
As selagens das prumadas das instalações de serviço e os registros protegendo
aberturas de passagem de dutos de ventilação, ar condicionado e exaustão devem apresentar,
no mínimo, um TRRF conforme NT-08, porém nunca inferior a 60 (sessenta) minutos.
No caso de dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão que atravessarem as
lajes, além da selagem da passagem destes equipamentos, devem existir registros corta-fogo,
devidamente ancorados aos entrepisos. Caso estes registros não possam ser instalados, a
tubulação deverá estar protegida em toda sua extensão de forma a garantir resistência ao fogo
de 120 minutos, porém nunca inferior ao estabelecido na NT-08.
Os elementos de proteção das transposições nos entrepisos e os elementos de
compartimentação vertical na envoltória do edifício, incluindo as fachadas sem aberturas
(cegas) devem atender aos TRRF conforme NT-08.
As escadas devem ser enclausuradas por meio de paredes de compartimentação e
portas corta-fogo. A exigência de resistência ao fogo das paredes de enclausuramento da
escada também se aplica às antecâmaras quando estas existirem.
As portas corta-fogo de ingresso nas escadas em cada pavimento devem
apresentar resistência mínima ao fogo de 90 (noventa) minutos, quando forem únicas (escadas
sem antecâmaras) e de 60 (sessenta) minutos quando a escada for dotada de antecâmara.
As paredes de enclausuramento das escadas e elevadores de segurança,
constituídas pelo sistema estrutural das compartimentações e vedações das caixas, dutos e
antecâmaras, devem atender, no mínimo, ao TRRF igual ao estabelecido na NT-08, porém
não podendo ser inferior a 120 (cento e vinte) minutos.
76
Os poços destinados a elevadores devem ser constituídos por paredes corta-fogo de
compartimentação devidamente consolidadas aos entrepisos. As portas dos andares de elevadores
devem ser classificadas como ra-chamas.
Estas portas podem ser substituídas pelo enclausuramento dos halls de acesso aos
elevadores, por meio de parede e porta corta-fogo, permitindo a disposição de um elevador de
emergência em seu interior, se necessário.
As portas de andar de elevadores e as portas de enclausuramento dos halls, selos
corta-fogo e registros corta-fogo devem ser ensaiados para caracterização da resistência ao fogo
seguindo-se os procedimentos da NBR 6479.
A NT-11 tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos necesrios para o
dimensionamento das saídas de emergência em edificões, visando a que sua população possa
abandoná-las, em caso de inndio ou pânico, completamente protegida em sua integridade física
e permitir o acesso de guarnições de bombeiros para o combate ao fogo ou retirada de pessoas.
Aplica-se a todas as edificações, exceto para os locais destinados à divisão F-3, com
área superior a 10.000 ou população total superior a 2.500 pessoas, onde deve ser consultada a
NT nº 12.
A NT-12 tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos necesrios para a
determinação da população e o dimensionamento das saídas de emergência em centros esportivos
e de exibição. Aplica-se a todas as edificões, enquadradas na divisão F-3, permanentes ou o,
fechadas ou abertas, cobertas ao ar livre, com área constrda total maior que 10.000 m2 ou com
população superior a 2500 pessoas.
As edificações, enquadradas na divio F-3, com área construída total igual ou
inferior a 10.000 m2 ou com população igual ou inferior a 2500 pessoas, bem como as demais
ocupações devem atender aos requisitos da NT-11.
Os critérios cnicos estabelecidos nesta NT para o dimensionamento de saídas de
emergência podem servir de subsídios para outras ocupões das divisões F-2, F-4, F-5, F-7 e F-
10 com área construída total maior que 10.000 m2 ou população superior 2.500 pessoas.
A NT-14 estabelece valores característicos de carga de incêndio nas edificações e
áreas de risco, conforme a ocupação e uso específico. As cargas de incêndio constantes desta
norma aplicam-se às edificações e áreas de risco para classificação do risco e determinação do
vel de exigência das medidas de segurança contra inndio.
Para determinação da carga de incêndio específica das edificações, aplica-se a tabela
constante do Anexo A, sendo que para edificações destinadas a depósitos (Grupo J), explosivos
(Grupo L) e ocupações especiais (Grupo M), aplica-se a metodologia constante no Anexo B.
77
O levantamento da carga de incêndio específica constante do Anexo B deve ser
realizado em módulos de área em que a distribuição da carga de incêndio seja considerada
uniforme, a critério do responsável técnico do projeto de segurança contra incêndio, sendo de
no máximo 500 m².
Excepcionalmente, módulos maiores de 500 podem ser utilizados quando o
espaço analisado possuir materiais combustíveis com potenciais caloríficos semelhantes e
uniformemente distribuídos.
3.1.4 E
STADO DO
P
ARANÁ
3.1.4.1 C
ÓDIGO DE
P
REVENÇÃO DE
I
NCÊNDIOS DO
C
ORPO DE
B
OMBEIROS DA
-
PMPR.
O Comando do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná, no uso das
atribuições conferidas pela Constituição da República Federativa do Brasil, Constituição do
Estado do Paraná, Lei 667/XX (Lei de Organização Básica da PMPR) e Lei 1943/XX (Código
da Polícia Militar do Paraná), bem como o contido nas Normas Técnicas Brasileiras, resolve
implantar, no âmbito Estado do Paraná, o presente CÓDIGO DE PREVENÇÃO DE
INCÊNDIOS, com a finalidade de regular os requisitos de prevenção de incêndios e pânico,
para edificações.
Art. - O presente código fixa requisitos mínimos de proteção contra incêndios,
exigíveis em todas as edificações, tendo em vista a segurança de pessoas e bens.
Art. - Estão sujeitas às exigências deste código todas as edificações
classificadas no Capítulo II deste código, exceto as residências unifamiliares;
No Art. 10º é exigido o projeto de prevenção de incêndios de todas as edificações
novas, conforme regulamentações do CREA-PR, com área igual ou superior a 100 m2,
excluídas as residências unifamiliares, deverão possuir projeto de prevenção de incêndios.
No Art. 7, para efeito de determinação dos níveis de exigências do sistema de
segurança contra incêndio, informa que as edificações serão classificadas em função do tipo
de construção (material empregado na construção), da ocupação (tipo de combustível
depositado no seu interior) e quanto a sua altura.
Quanto ao risco de incêndio, conforme apresentado no Art 3, as edificações são
classificadas como de risco leve, moderado e elevado para ocupações de poder calorífico sutil,
limitado e intenso, respectivamente. As classes de risco de incêndio das edificações serão
determinadas conforme ocupações listadas no Anexo A.
78
No Art. 22 do Capítulo IV, que trata das exigências de proteção contra incêndio, define
os meios de abandono como sendo todos os dispositivos utilizados para oferecer seguraa na
evacuação do local, devendo seu dimensionamento e execução obedecer às especificações
estabelecidas no digo de Obras do Município, nas normas da ABNT e aos critérios apresentados
para este artigo. Merece destaque em seu inciso 4º, a exigência de observar às exigências da NBR
14432, para a utilização de escadas melicas em edificações de até dois pavimentos, ou térreo mais
mezanino.
No Art. 23 exige que, toda edificação sujeita ao presentedigo, deve possuir saídas de
emergência ou meios de abandono que atendam aos requisitos estabelecidos pelas Normas
brasileiras em vigor.
Exige também em seu Art. 24 que, todos os pavimentos da edificação, deverão
obrigatoriamente ter acesso às saídas de emergência e/ou meios de abandono.
No capitulo V este digo trata dos tipos de proteção contra incêndios onde podemos
destacar as seções I a VI que discorrem sobre elementos construturais, compartimentação
horizontal, compartimentação vertical, aberturas na compartimentação, passagens protegidas e
dispositivos corta-fogo, respectivamente.
Conforme Art. 38, consideram-se elementos construturais de prevenção de incêndios os
que obedecem aos preceitos fundamentais de resistir ao fogo e evitar sua propagação, tais como,
paredes e portas corta-fogo, paredes tetos e coberturas resistentes ao fogo, pisos, escadas e rampas
incombusveis, que devem atender às exigências:
I paredes corta-fogo: são as construídas em materiais resistentes ao fogo e com
estabilidade garantida; sendo que para classe de Risco Leve, devem resistir a
02 (duas) horas e para classes de Risco Moderado ou Elevado, devem resistir
a 04 (quatro) horas; quando dividirem edificões, devem ultrapassar a
máxima altura dos telhados no mínimo em 01 (um) metro, no ponto de
encontro das mesmas;
II portas corta-fogo: são as construídas de acordo com as normas da Associão
Brasileira de Normas cnicas (ABNT);
III paredes, tetos, coberturas resistentes ao fogo: o assim consideradas aquelas
que não suprem a combustão e que oferecem resistência ao fogo por no
mínimo 02 (duas) horas;
IV pisos, escadas e rampas incombustíveis: são aquelas construídas totalmente em
concreto; sendo admitidas escadas em materiais resistentes ao fogo, desde que
se garanta o tempo mínimo de 04 (quatro) horas de resisncia ao fogo;
79
Exige ainda no inciso deste mesmo artigo que, os edicios projetados em
estrutura metálica deverão seguir as recomendações das normas brasileiras de
dimensionamento de estruturas em aço de edifícios em situação de incêndio
procedimentos; exigência de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações
procedimentos e as saídas de emerncia deverão seguir o preconizado na norma
brasileira de saídas de emergência em edifícios.
Na são II o Art. 39 esclarece que as unidades, no mesmo pavimento, para
serem consideradas compartimentadas horizontalmente, entre outros requisitos, deverão
estar separadas entre si, por paredes resistentes ao fogo por um tempo mínimo de 2 horas e
as aberturas existentes nas paredes de compartimentação, protegidas com elementos
resistentes ao fogo, por um tempo no mínimo, igual ao da parede de compartimentão.
No Art. 40 esclarece que a compartimentação vertical, internamente interliga
pavimentos consecutivos, tais como: escadas, shafts, dutos, monta-cargas, etc e
externamente é obtida através de afastamento entre vergas e peitoris de pavimentos
consecutivos, como representado na Ilustrão 3.4 ou através de elementos construtivos
horizontais, sobrepostos com entrepisos, de maneira a evitar a propagão de incêndios de
um pavimento para outro.
O Art. 41 diz que serão compartimentados entre si, os pavimentos que tiverem
entrepiso de concreto armado, executado de acordo com as normas cnicas da ABNT,
com paredes externas resistentes ao fogo por um período nimo de duas horas, com
afastamento mínimo de 1,30 m, entre vergas e peitoris das aberturas situadas em
pavimentos consecutivos, como representado na Ilustração 3.4, possuindo internamente,
vedação que impa a passagem de calor, fumaça ou gases em todos os dutos e aberturas
de piso/teto. As distâncias entre as aberturas poderão ser substituídas por abas horizontais,
conforme representado na Ilustração 3.5, que avancem 0,90 m da face externa da
edificação solidária com o entrepiso e de material com resistência nima ao fogo de
2 horas.
No Art. 42 da seção IV exige que nas paredes de compartimentação entre
edifícios ou tipos de ocupações diferentes, as aberturas devem se limitar a uma porta para
escape e que tenha a mesma classe de resistência ao fogo da compartimentação. Em outras
paredes de compartimentação ou em pisos de compartimentação, as aberturas devem se
limitar a portas que tenham a classe adequada de resistência ao fogo igual a da parede de
compartimentação, passagem de tubulações, dutos de ventilação, chaminés, dutos
contendo um ou mais tubos de exaustão de fuma de incêndio e passagens protegidas.
80
O Art. 49 traz uma exigência, aplicável a qualquer diâmetro de tubo, para todos
aqueles que passam através de uma parede ou de um piso de compartimentação (exceto
quando o tubo estiver protegido), ou através de um septo de cavidade, deve ser previsto um
sistema de selagem que tenha demonstrado, através de ensaios, capacidade de manter a
mesma resistência a incêndio ao fogo da parede, do piso ou do septo de cavidade.
Para o caso dos dutos de ventilação de maneira geral, para evitar penetração do
fogo, conforme exigido no Art. 50, deve ser previsto um elemento corta - fogo no duto que se
feche automaticamente, por exemplo: pelo acionamento do sistema de detecção de incêndio.
No Art. 52 acrescenta, a qualquer outra exigência deste código para dispositivos
corta-fogo, que versam sobre sistemas de selagem e dispositivo corta-fogo, exige que estes
devem demonstrar por meio de ensaios, capacidade de manter a mesma resistência ao fogo da
parede ou de outro elemento, para serem utilizados.
Como foi possível constatar, encontramos no texto exigências de paredes e portas
corta-fogo para escadas e dutos de ventilação com paredes resistentes ao fogo e de
comprovação da resistência ao fogo destes elementos através de ensaios, mas não
encontramos no texto nenhuma menção aos elementos estruturais.
3.1.5 E
STADO DO
R
IO
D
E
J
ANEIRO
3.1.5.1 D
ECRETO N
O
897,
DE
21
DE SETEMBRO DE
1976.
O Governador do Estado de Rio De Janeiro, no uso de suas atribuições legais e
tendo em vista o disposto no Decreto-lei no 247, de 21 de julho de 1975, decreta o código de
segurança contra incêndio e pânico. O Decreto no 897, regulamenta o Decreto-lei n° 247, que
dispõe sobre segurança contra incêndio e pânico.
O regulamento oficial de segurança contra incêndio de edificações do Estado do
Rio de Janeiro, promulgado em 1975 não foi atualizado, até a presente data. São 234 artigos
distribuídos por 24 capítulos e um anexo contidos em 24 paginas. O estado optou por aprovar
outros decretos e portarias complementares quando se faz necessário dispor sobre outros
assuntos ou simplesmente para complementar os artigos existentes.
Quanto à resistência ao fogo dos elementos construtivos, este decreto faz
exigência desse parâmetro apenas nos artigos 183 e 189 para escadas enclausuradas a prova
de fumaça e dutos de ventilação respectivamente, mas nenhuma menção aos elementos
estruturais.
81
Vinte anos depois aprova a Resolução nº 142 de 15 de março de 1994, dando
assim nova redação à portaria 002-78 e então, no artigo 66, faz exigência de resistência ao
fogo para portas corta fogo, exigindo em seu parágrafo único que os oficiais vistoriantes
verifiquem se as portas contêm as plaquetas fornecidas pela ABNT.
É importante ressaltar que esta plaqueta, conhecida no meio técnico como selo de
conformidade, é obtida a partir de resultados de ensaios realizados em laboratório nacional ou
especificação estrangeira que tenham reconhecimento e aceitação da comunidade técnica e
científica internacional, é valido por dois anos ou 4000 portas.
Mas somente 30 anos depois, a resolução SEDEC 279 de 11 de janeiro de
2005, em seu artigo 32 faz a exigência de resistência ao fogo dos elementos construtivos
utilizados na compartimentação das edificações.
Exigindo ainda que, a comprovação do tempo de requerido de resistência ao fogo
deverá ser feita através de ensaios ou de tabelas elaboradas a partir destes ensaios, com a
observância do disposto na NBR 10636 (ABNT, 1989), mas não encontramos no texto
nenhuma menção aos elementos estruturais.
A exigência de comprovação através de ensaios pode ser o inicio da aceitação da
avaliação de desempenho de elementos construtivos, o que certamente implicará numa
revisão do Art. 183 do Decreto 897, que versa sobre escadas enclausuradas a prova de
fumaça, exigindo em seu inciso I que estas devem ser envolvidas por paredes de alvenaria de
25 cm (vinte e cinco centímetros) de espessura ou de 15 cm (quinze centímetros) de concreto,
resistentes ao fogo por 4h (quatro horas).
Sem a realização de ensaio não será possível dizer que, será necessária uma
parede com espessura de 25 cm, sem especificar o tipo de material utilizado, ou que tipo de
dosagem de concreto ou mesmo que tipo de concreto com 15 cm de espessura, resiste a 4
horas de fogo.
3.1.6 E
STADO DE
S
ANTA
C
ATARINA
3.1.6.1 D
ECRETO Lei N
O
4.909
,
DE
18
DE OUTUBRO DE
1994.
Segundo o Art. 1o deste código, as presentes normas têm por finalidade fixar os
requisitos mínimos nas edificações e no exercício de atividades, estabelecendo Normas e
Especificações para a Segurança Contra Incêndio, no Estado de Santa Catarina, levando em
consideração a proteção de pessoas e seus bens.
82
No capítulo I que versa sobre a organização da atividade de segurança contra
incêndio, trata na sua seção I sobre atividade técnica, que deverá ser executada através de
pessoal qualificado, com a finalidade de fiscalizar e fazer cumprir as normas de segurança
contra incêndios.
Para efeito de determinação dos veis de exigências do sistema de segurança contra
incêndio, as edificões serão classificadas, conforme Art. 27, em função da ocupação (Catulo II,
Art 10), da localização e da carga de fogo. O dimensionamento da carga de fogo deverá ser
apresentado de acordo com os elementos de lculo apresentados no Anexo A.
No Art. 262, acrescenta dizendo que, as paredes corta-fogo, deverão apresentar
resistências ao fogo, em função do risco a proteger e classificam as paredes em leve, dio e
elevado, para as resisncias ao fogo de 3, 4 e 6 horas respectivamente, apresentados na Tabela 3.2.
Tabela 3.2 Resistência ao fogo de paredes corta-fogo conforme Art. 262
2
P
AVIMENTOS
3
P
AVIMENTOS OU MAIS
RISCOS
1 2 1 2 3 OU +
L
EVE
3 3 4 3 3
M
ÉDIO
4 3 6 4 3
E
LEVADO
6 4 8 6 4
O Art. 270 traz as exigências para parede corta-fogo, construída com alvenaria de
tijolos maciços de barro, revestida dos dois lados. Conforme inciso II, a menor espessura
admissível para paredes é de 0,25 m. Conforme o inciso III uma parede com esta espessura
deverá ter panos com dimensões de aproximadamente 3,00 m para atender as necessidades de
resistência ao fogo, apresentadas no Art 262 deste código onde prescreve que estas paredes
deverão ter 0,25 m de espessura para uma resistência ao fogo de 4 horas e de 0,35 m para uma
resistência ao fogo até 8 horas.
Segundo o Art. 263, as paredes corta-fogo devem ter resistência suficiente para
suportar, sem grandes danos, impactos de cargas ou equipamentos normais em trabalho dentro
da edificação. Deve ainda, segundo o Art. 264, serem capazes de permanecerem eretas
quando entrar em colapso a estrutura metálica enfraquecida pela ação do fogo.
Quanto à exigência de resistência ao fogo dos sistemas construtivos da edificação,
encontramos no texto exigências de paredes corta-fogo e portas corta-fogo para escadas e
dutos de ventilação com paredes resistentes ao fogo, mas nenhuma menção a elementos
estruturais, e tão pouco se exige a comprovação da resistência ao fogo destes elementos seja
através de ensaios ou qualquer outro modo.
83
3.1.7 D
ISTRITO
F
EDERAL
3.1.7.1 D
ECRETO N
O
21.361,
DE
20
DE JULHO DE
2000.
O Decreto 21.361 aprova o regulamento de segurança contra incêndio e pânico
do Distrito Federal. Está contido em 9 páginas e é composto por 26 artigos distribuídos em 18
capítulos, tendo também como parte integrante 11 normas técnicas.
Segundo o Art. 1 deste código, os regulamentos de que trata este artigo têm por
objetivo estabelecer os requisitos mínimos de segurança exigíveis nas edificações. No
exercício das atividades pertinentes a matéria de que trata, fixa critérios para o
estabelecimento de normas técnicas de segurança contra incêndio e pânico aplicáveis no
território do Distrito Federal, com vista à proteção das pessoas e dos bens públicos e privado.
Quanto à exigência de resistência ao fogo dos sistemas construtivos da edificação,
encontramos no texto exigências de paredes corta-fogo e portas corta-fogo para escadas e
dutos de ventilação com paredes resistentes ao fogo.
Não encontramos no texto nenhuma menção aos elementos estruturais, e
tampouco se exige a comprovação da resistência ao fogo destes elementos seja através de
ensaios ou qualquer outro modo.
O Art. 9, do Capítulo V, classifica os tipos de proteção contra incêndio em
passivas e ativas. Entre os tipos de proteção passiva coloca como meio de controle do
crescimento do incêndio e pânico a compartimentação horizontal e vertical e resistência ao
fogo dos elementos decorativos e de acabamento. Coloca também como meio de proteção
contra o colapso estrutural além do correto dimensionamento, a sua resistência ao fogo e a
proteção das estruturas metálicas.
O Art 10 diz que as proteções contra incêndio e pânico serão especificadas através
de normas técnicas do corpo de bombeiro militar do Distrito Federal.
Até o momento foram escritas 11 delas e em nenhuma se coloca o grau de
resistência ao fogo para elementos construtivos e tampouco se exige que a comprovação da
resistência ao fogo destes elementos seja feita através de ensaios ou de qualquer outra forma.
Na tentativa de suprir esta carência, no Capítulo VII diz que, na falta de normas
técnicas do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal e nos casos omissos, deverão ser
adotadas as normas dos órgãos oficiais e se necessário, as normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) ou outras reconhecidas pelo Corpo de Bombeiro Militar do Distrito
Federal.
84
No caso da inexistência de normas nacionais atinentes a determinado assunto,
poderão ser utilizadas normas internacionais, desde que autorizadas pelo Conselho do Sistema de
Engenharia do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
Outro ponto interessante a ressaltar está no Art. 6, onde diz que para efeito deste
código, os riscos de incêndio o classificados em relão à classe de ocupão na Tarifa de
Seguro de Incêndio, do Instituto de Resseguro do Brasil. Conforme norma do Corpo de
Bombeiros, os riscos serão classificados por similaridade para os casos omissos e serão
considerados pelo risco mais alto quando a destinão do local não for determinada.
3.2 REGULAMENTOS COMPULSÓRIOS DE OUTROS PAÍSES
Nesta seção o comentados o The Building Standard Law of Japan do Japão, o
código britânico Fire Safety Approved Document B of the Building Regulation, 2000 Edition, do
Office of The Deputy Prime Minister, o BCA Building Code of Australia, o NBC - National
Building Code do Cana e o International Building Code do International Code Council ICC.
Nestes códigos de segurança contra incêndio são estudadas somente as exigências
quanto à resistência ao fogo dos elementos da constrão, as demais medidas de seguraa não
serão citadas nesse trabalho.
Os códigos internacionais analisados demonstram que a resistência ao fogo dos
elementos da constrão é um fator importante na seguraa contra incêndio das edificações e que
deve ser dimensionado e comprovado.
Em todos os regulamentos a verificação do grau de resistência ao fogo deve ser
comprovada, ou por ensaios normalizados, ou por lculos, ou ainda utilizando tabelas com base
em ensaios realizados, contendo o tipo de elemento considerado.
3.2.1 BCA
B
UILDING
C
ODE OF
A
USTRALIA
,
EDIÇÃO
1990
O BCA Building Code of Austrália, edição 1990, é um código moderno que permite
o projetista da edificão utilizar os meios prescritivos e o de desempenho no dimensionamento
da resistência ao fogo das estruturas. É um Código elaborado com a participação de toda a
sociedade, cujos representantes somam mais de 80 entidades.
O objetivo sico do BCA é assegurar, que, um padrão aceivel de suficiência nas
estruturas, segurança contra incêndio, saúde e lazer sejam mantidos para o benefício da
comunidade de hoje e do futuro. Seus requisitos o devem ser am do necesrio do interesse
blico, ter um custo efetivo, evitar onerar na sua aplicação e ser facilmente entendido.
85
O Código Australiano é estruturado em 4 partes (A1 a A4) e Apêndice A, parte A
2.3 do código trata do parâmetro de resistência ao fogo. A comprovação da resistência ao fogo
é permitida ou através de ensaios utilizando a norma australiana AS 1530.4 ou métodos de
cálculos. O grau de resistência ao fogo dos elementos de construção previsto tem valores
mínimos de 60 min e o máximo de 240 min.
3.2.2 I
NTERNATIONAL
B
UILDING
C
ODE
,
(ICC,
2006)
-
USA
Nos Estados Unidos existem vários códigos de edificações regionais e devido aos
novos conceitos de códigos por desempenho que estão surgindo em todo o mundo, se viu na
necessidade de criar um código de abrangência nacional.
Os códigos modernos permitem propor as medidas de segurança contra incêndio
em edificações por meio de cálculos de engenharia (desempenho), enquanto os códigos
tradicionais são prescritivos. Os códigos por desempenho exigem maior conhecimento técnico
por parte dos projetistas e das entidades fiscalizadoras.
Nos Estados Unidos da América foi criado, na década de 1990, o International
Code Council em nível federal com a participação de três grandes entidades ligadas à
elaboração de códigos de edificações: BOCA Building Officials and Code Administrators
International. Inc., ICBO International Conference of Building Officials e SBCCI
Southern Building Code Congress International, Inc.
O International Building Code, (2006), está estruturado em 34 capítulos e 10
anexos. A exigência da resistência ao fogo dos elementos e dos sistemas construtivos está no
Capítulo 3 – Use and Occupancy Classification.
O Capítulo 7 - Fire-resistance-rated construction regulamenta os meios para
classificar os diversos elementos e sistemas construtivos. Esse Capítulo tem 169 páginas e
está dividido em 20 seções, de onde é possível extrair as seguintes informações:
a) Seção 703 Classificão da resisncia ao fogo e os ensaios de fogo.
b) Seção 703.1 Objetivo: Os materiais descritos para a resistência ao fogo
devem estar conforme os requisitos desse Catulo.
c) Seção 703.2 Classificão da resistência ao fogo: Os elementos de
constrão devem ter sua resisncia ao fogo classificada pela determinação
de acordo com os procedimentos de ensaio da norma ASTM E 119 ou de
acordo com a Seção 703.3 todos alternativos para determinar a
resistência ao fogo. Com essa orientação, o código permite utilizar os dados
tabelados (digos prescritivos) ou meios alternativos (cálculos).
86
d) Seção 708 Esta seção traz as exigências de resisncia ao fogo para paredes
que funcionam como divisórias entre unidades habitacionais, que separam
dormitórios para o tipo R1 (hois, mois, etc) onde as pessoas têm residência
provisória, para o tipo R2 (hotéis, fraternidades, monasrios, etc), onde as
pessoas m residência permanente e para edificões institucionais, para o
tipo I1 (asilos, sanatórios, hospitais, etc) onde as pessoas vivem em ambientes
residenciais supervisionados, com serviços e cuidados dicos, que separam
o lobby de elevadores como exigido na seção 707.14.1, e corredores conforme
exigências apresentadas na seção 1017.1 e galpões aircraft residenciais. Estas
paredes não devem ter resisncia ao fogo inferiores a 1 hora.
e) Seção 711 Lajes e coberturas, quando se encontram em situação onde é
exigida a resistência ao fogo, estas deveram atender as exigências dessa são.
Não deveram ter resisncia ao fogo menor do que a exigida para o tipo de
edificação que for construída.
f) Seção 714.1 Trata da resistência ao fogo de elementos estruturais a resistência
ao fogo de elementos estruturais e elementos de vedação com função estrutural,
deve satisfazer as exigências para o tipo de construção, não devendo ser inferior
ao da construção que irá suportar. Exceto para paredes projetadas e construídas
para restringir a movimentação da fumaça no interior da edificação, como
apresentado nas seções 706.5, 708.4 e 709.4 respectivamente.
g) Seção 714.2 Os elementos utilizados para proteger pilares, vigas e outros
membros estruturais, onde é exigida a resisncia ao fogo, devem satisfazer as
exigências desta seção.
h) Seção 714.2.1 Elementos estruturais que suportam mais que dois andares ou
um piso e uma cobertura ou que suportam paredes sem função estrutural com
mais de dois andares de altura, devem ser protegidas individualmente em
todos os lados e por toda extensão com materiais que tenham resistência ao
fogo exigida para cada condição de utilização da edificação.
i) Seção 715 Esta seção trata dos requisitos necessários para elementos de
vedação, como portas corta-fogo, dumpers para dutos de ventilão, selos para
shafts de passagem de cabos elétricos e vidros fechamento com elementos
envidraçados e vidros colocados em portas cota-fogo. Se o vidro for instalado
em uma parede, se ensaiado conforme ASTM E 119, o sendo necessário
estar em conformidade com esta são.
87
j) Seção 720 – Resistência ao fogo prescritiva – As disposições desta seção
contem uma narração pormenorizada do índice de resistência ao fogo
prescritiva, ou seja, consagradas pelo uso, baseadas nos resultados
obtidos em ensaios realizados. Os materiais de construção relacionados
nas Tabelas 720.1 (1) Minimum protection of structural parts base on
time periods for various noncombustible insulating material, 720.2 (2)
Rated fire resistance periods for various walls and partitions e 720.1
(3) Minimum protection for floor and roof systems, devem ser
assumidos como tendo os níveis de resistência ao fogo nelas fixados.
Onde os materiais que modificam a capacidade de dissipação de calor
são incorporados ao grau de resistência ao fogo do elemento constritivo,
resultados de ensaio ou outros dados comprovados devem ser utilizados
pelo oficial de edificações (funcionário publico) para mostrar que o
tempo de resistência ao fogo não foi reduzido.
l) Seção 721 As prescrições desta seção contém procedimentos através
dos quais a resistência ao fogo de um material em particular ou a
combinação de materiais é determinada através de cálculo Os cálculos
de resistência ao fogo do concreto, de alvenaria de concreto ou de tijolo
cerâmico devem ser autorizados em conformidade com a ACI
216.1/TMS 0216 - Standard Method for Determining Fire Resistance of
Concrete and Masonry Construction Assemblies. Os cálculos de
resistência ao fogo de elementos construtivos em aço devem ser
autorizados em conformidade com o capítulo 5 da ASCE 29 Standard
methods for structural fire protection.
3.2.3 A
PPROVED DOCUMENT
B,
(UK,
2000)
-
E
NGLAND
O The Building Regulations 2000 que entrou em vigor a partir de janeiro de 2001
substituiu o The Building Regulations 1991.
Este código é destinado para objetivos específicos de: saúde e segurança,
conservação de energia, bem-estar e para a conveniência de pessoas portadoras de
deficiências físicas.
Este documento proporcionou uma consolidação das orientações publicadas
anteriormente na edição original de 2000 do Approved Document B, as quais foram
publicadas em 2000 e 2002.
88
O Approved Document B – Fire Safety contém 156 páginas, distribuídas de acordo
com as exigências funcionais, de B1 a B5, com 19 seções, e 7 apêndices de A até G que
trazem prescrições comuns para mais de uma das partes B.
As exigências funcionais de B1 a B5 das Building Regulations são tratadas
separadamente em uma ou mais destas seções. As exigências são reproduzidas no início das
seções pertinentes, seguido de uma introdução do tema que será abordado, as quais tratam dos
vários aspectos da segurança contra incêndio.
O Approved Document foi preparado de maneira que em situação de emergência,
os ocupantes que estejam em qualquer parte da edificação possam abandoná-la de forma
segura sem nenhum tipo de ajuda externa.
Orientações sobre elementos com função estrutural são dadas na seção 8. A seção
9 está relacionada com a divisão da edificação em compartimentos e a seção 10 faz
prescrições a respeito de espaços protegidos por elementos construtivos ou contidos dentro
deste elemento incluindo forros suspensos (não se refere às salas, shafts, tubos, chaminés, área
para circulação, antecâmaras, caixa de escadas de incêndio, áreas protegidas, etc).
A seção 11 traz informações a respeito da vedação das aberturas e da colocação de
selos em shafts para passagem de cabos e dumpers para vedação de tubos de ventilação, os
quais se relacionam com a compartimentação e a propagação de chamas em espaços
protegidos.
A seção 12 é relativa a medidas especiais empregadas em estacionamentos para
carros e complexo de edificações (building complexes).
O que é comum a todas estas seções e para outras disposições do Approved
Document Part B é a capacidade de resistência ao fogo.
orientação nas seções de 2 a 6 a cerca da utilização de elementos construtivos
com resistência ao fogo, para proteger das rotas de fuga da edificação. Há orientação na seção
13 a respeito de resistência ao fogo de paredes externas com o objetivo de proteger a
propagação do incêndio entre duas edificações.
orientação na seção 18 a respeito de resistência ao fogo na construção de poço
para elevador protegido contra incêndio, o qual é composto de uma antecâmara, uma escada
de incêndio e o poço para o elevador propriamente dito, sendo este conjunto envolto por
elementos construtivos resistentes ao fogo.
A maioria das orientações contidas neste documento é dada em termos do
desempenho dos elementos construtivos relacionado aos métodos de ensaio com fogo
padronizado e estão relacionadas ao tipo de uso e ocupação das edificações.
89
A classificação quanto ao uso e ocupação está relacionada com os grupos
propostos, que representam diferentes níveis de risco, e estão descritos na Tabela D1
Classification of purpose groups, do Apêndice D.
O regulamento permite a comprovação da resistência ao fogo dos elementos
construtivos por meio de ensaios laboratoriais, utilização de tabelas com grau de resistência
ao fogo de uso nacional e nas especificações dadas na Parte II da publicação “Guidelines for
the construction of fire resisting structural elements”, de 1988 do BRE Building Research
Establishment.
O Apêndice A traz informações sobre os métodos de ensaio e de desempenho para
os elementos construtivos. Detalhes dos critérios do ensaio de resistência ao fogo e padrões de
desempenho são dados no Apêndice A deste regulamento.
Os elementos estruturais como os pilares, as vigas, lajes e paredes internas ou
externas com ou sem função estrutural devem ter no nimo resistência ao fogo dado na
Tabela A1 do Apêndice A.
Os valores de resistência ao fogo dos elementos construtivos são de 30 min a 120
min dependendo do tipo de edificação e de sua altura. As limitações quanto à integridade dos
elementos envidraçados quando parte de algum elemento de vedação, estão apresentados na
Tabela A4.
O Apêndice B traz informações sobre portas corta fogo. Todas as portas, que
necessitam ser resistentes ao fogo para satisfazer às prescrições deste documento, devem ter
os desempenhos apropriados, dados na Tabela B1 do Apêndice B.
Detalhes dos critérios do ensaio de resistência ao fogo e padrões de desempenho
são dados no Apêndice B.
Algumas formas de medida são partes integrantes de muitas das orientações deste
documento e os métodos utilizados estão apresentados no Apêndice C.
Essas medidas aplicáveis às exigências funcionais B1 se destinam a determinar a
capacidade de ocupação de uma edificação ou partes dela, das distâncias nimas, a largura
das portas, a largura das rotas de fuga e largura das escadas.
No início do documento tem um período que diz:
“Não tem obrigação de adotar qualquer solução particular contida nos
Documentos Aprovados, se você preferir encontrar requisitos relevantes por
outros caminhos. Entretanto, será uma contravenção um requisito sem
comprovação caso você tenha seguido as orientações do Documento
Aprovado relevante”.
90
3.2.4 T
HE
B
UILDING
S
TANDARD
L
AW OF
J
APAN
O The Building Standard Law of Japan é elaborado pelo Ministério das
Construções do Japão. É um regulamento extremamente prescritivo e é justificado pelos
terremotos e furacões que ocorrem constantemente no País.
A Parte II regulamenta a Lei e no seu Capítulo IV Fireproof Construction, Fire
Preventive Construction, Fire Compartments, etc encontra-se a exigência da resistência ao
fogo dos elementos construtivos da edificação. As paredes têm RF de 30 min a 2 horas, os
elementos estruturais de 1 a 3 horas, os pisos de 1 a 2 horas e o telhado de 30 min.
91
3.3 NORMAS TÉCNICAS
Considerando-se que a norma reflete o estado da arte do conhecimento aplicado,
as constantes revisões refletem, portanto que estes estão em constante evolução.
Ficou demonstrada muito mais que a capacidade, a importância de se ensaiar além
de paredes e divisórias com e sem função estrutural, de vedadores para shafts de passagem de
cabos e dumpers para dutos de ventilação, ensaiar também vigas, pilares, lajes, pisos,
aberturas envidraças, portas e elementos de vedação fixos e articulados (shutter), coberturas
planas (flat roofs), forros suspensos utilizados na proteção de vigas metálicas, etc.
Concordam que para a realização desses ensaios, os diversos sistemas construtivos
da edificação têm que ser ensaiados, dentro do possível, na sua posição e condição de uso,
assim paredes estruturais e pilares são ensaiados na vertical enquanto lajes e vigas na posição
horizontal. Nos ensaios destas amostras devem ser incluídos, segundo casos, todos os tipos de
junta previstos, os sistemas de fixação e apoio, os vínculos e os acabamentos que reproduzam
as condições de uso.
Pois como já comprovado qualquer variação no elemento construtivo ou nas
condições de ensaio tal como tamanho da amostra, sistema construtivo e materiais
empregados, pode mudar substancialmente as características de desempenho do elemento
construtivo.
Assim sendo é possível constatar inicialmente que a capacidade laboratorial no
Brasil necessita de investimentos para ampliá-la senão para ele-la ao vel dos
organismos estrangeiros que atuam nesta área, como mostra o Capítulo 8, que possibilitem
pelo menos a instalação de fornos horizontais, para ensaio de vigas e lajes, e fornos para
ensaiar pilares..
Mostram que a prática usual nos ensaios padronizados de resistência ao fogo em
fornos é ensaiar cada elemento construtivo individualmente, não ensaiando lajes e pisos
combinados com paredes e pilares, sendo ensaiados como elementos independentes.
Conexões, entre elementos construtivos, não são ensaiados nos métodos de ensaio existentes
de resistência ao fogo por não haver ainda um método apropriado ou equipamentos
adequados.
Divergem quanto ao método para verificação da integridade das amostras, como
por exemplo, as americanas ASTM E 119, a NFPA 251 e a UL 263 que fazem esta
verificação utilizando um jato padronizado proferido por uma mangueira de combate ao
incêndio, conhecido como Hose Stream Test, exemplificado na Ilustração 3.7.
92
a NBR 10636 utiliza uma esfera, semelhante a apresentada na Ilustração 6.48,
com massa entre 15 e 25 kg, para em movimento pendular obter no choque, uma energia
correspondente a 20 J, na superfície não exposta, com mostra a Ilustração 6.39.
Ilustração 3.7 – Verificação de integridade com jato padronizado com mangueira de combate ao
incêndio - Hose stream test (Fonte: Underwriters Laboratory)
Constatou-se também que as normas estrangeiras vêm sendo usadas muitos
anos e que os métodos descritos utilizam condições semelhantes de exposição ao fogo, seja na
forma de mensurar a resposta das amostras analisadas às condições de ensaio, seja na forma
de controlar a temperatura do ar no interior do forno.
Conforme relatado no Item X-5.1.2 do Anexo X-5 da ASTM E 119 (2000), o
British Fire Prevention Committee, fundado em 1894, foi o primeiro a produzir tabelas
contendo a resistência ao fogo de tetos, pisos, portas e divisórias. Nos Estados Unidos, os
testes realizados em fornos foram desenvolvidos, pouco depois de 1900, pelos Underwriters
Laboratories Inc da Universidade de Columbia em Nova Yorque, e pelo então National
Bureau of Standard (NBS), hoje conhecido como National Institute of Standards and
Technology (NIST), orientando conseqüentemente o desenvolvimento do método E 119.
Conta ainda que a ASTM publicou este método pela primeira vez em 1918 sob o
número C 19. Refinamentos têm sido feitos desde então, como por exemplo, a classificação
de vigas, lajes e coberturas, fundamentados em condições de suporte. Informa também que
muitas dessas foram obtidas envolvendo a curva-padrão temperatura x tempo e os principais
aparatos, que, permanecem essencialmente sem modificações e que a origem do teste de
resistência ao fogo como é conhecido hoje pode ser reconhecida desde 1800.
Ao abordar sobre carga de incêndio no Item X.5.3 deste mesmo anexo, diz que, as
especificações a respeito de resistência ao fogo nos documentos reguladores continuam a ser
fundamentados basicamente no conceito de carga de incêndio desenvolvido pelo National
Bureau of Standard na década de 20 e publicada pelo National Fire Protection Association
em 1928 em seu periódico trimestral por Ingberg.
93
O conceito incorpora a premissa de que a duração do incêndio é proporcional à
carga de incêndio, definida com a quantidade de material combustível por metro quadrado do
piso considerado.
A relação entre a quantidade de material combustível e a duração do incêndio foi
estabelecida com base em ensaios onde era feita a destruição total pelo fogo de estruturas,
utilizando materiais com um potencial calorífico com valores equivalentes à madeira e o
papel, que é da ordem de 16,3 a 18,6 MJ/kg.
A carga de incêndio para materiais não celulósicos como óleos, graxas e líquidas
inflamáveis são traduzidos baseado no calor equivalente.
Constatou-se que os fornos utilizados na execução dos ensaios não são
padronizados quanto a sua construção, dimensões, materiais utilizados, sistemas de
aquecimento, combustível utilizado, etc, ou mesmo que características devem ter para
proporcionar o controle da temperatura e pressão internas.
As normas não ditam qual o equipamento deve ser produzido ou como produzi-lo,
é dito somente a forma de elevação de temperatura e como monitorar essa elevação, e quais
devem ser e como monitorar a pressão interna dos fornos, ou seja, dizem apenas como
estruturar os sistemas de forma a assegurar que a temperatura dos gases no interior do forno
se desenvolva em conformidade com o modelo de curva adotado, como os exemplos
apresentados na Ilustração 3.8.
Mas concordam que as condições de aquecimento prescritas nos métodos
existentes, não são suficientes por elas mesmas para garantir que fornos com diferentes
projetos apresentarão as mesmas condições de exposição para os espécimes a serem ensaiados
e conseqüentemente dar consistência aos resultados de ensaio obtidos.
Nas normas tamm o existe nenhum tipo de recomendação quanto ao
tamanho máximo das amostras, somente quanto às dimensõesnimas. Com isto nos
laboratórios que essas organizações possuem, existem fornos verticais e horizontais de
rios tamanhos.
Estas normas demonstram o consenso das instituições de pesquisa quanto à
impossibilidade de reprodução de um incêndio real, com as mesmas características de duração
e severidade, e da necessidade de se desenvolver um método padronizado de verificação que
pusesse fim a essa incerteza.
Com isso essas instituições de pesquisa procuraram desenvolver o seu modelo de
curva-padrão, como exemplificado na Ilustração 3.8., para o qual se admite que a temperatura
dos gases do ambiente em chamas respeite uma curva padronizada de ensaio.
94
Ilustração 3.8 – Curva Padrão Tempo-Temperatura de alguns países
Demonstrando com isto um primeiro consenso, quanto à utilização de um método
de ensaio que utiliza uma curva, com a proposta essencial de produzir um ambiente
padronizado de ensaio que seja razoavelmente representativo da severidade da condição de
exposição ao fogo, dentro do qual o desempenho de varias formas representativas de
elementos construtivos possam ser comparados e graduados em bases comuns.
O segundo é quanto à adoção do método descrito na ISO 834 como referência
normativa internacional, para o processo de acreditação dos elementos construtivos quanto a
sua capacidade de resistência ao fogo.
Existe consenso quanto ao fato de que esta exposição pode não ser representativa
de todas as condições de incêndio, pois estas podem mudar de acordo com a quantidade,
natureza e distribuição da carga de incêndio, da ventilação, do tamanho e forma do
compartimento e da capacidade de seus componentes resistirem ao fogo.
Mas que é importante ter em conta que, a resistência ao fogo esta relacionada ao
tempo de ensaio e não com a duração de um incêndio real.
Serão apresentadas as normas brasileiras, NBR 10636, 6479, 5628, 15200, 14323,
14432, 9077, 11742 e NBR 11711 publicadas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas
Técnicas e as normas estrangeiras ASTM E 119, NFPA 251, UL 283, BS 476: Part 8 :1972,
ACI 216_1-97 e a Fire Safety Code NFPA 101 e a norma internacional ISO 834 partes 1 a 8,
mencionando também a diretiva 89/106/EEC sobre harmonização das normas da comunidade
econômica européia referentes às exigências com relação à construção civil, no que diz
respeito a segurança contra incêndio, mais especificamente ao ensaio de resistência ao fogo,
trazendo como exemplo o EUROCODE 2 – Design of concrete structures.
Temperatura (°C)
Tempo (min)
95
3.3.1 N
ORMAS
T
ÉCNICAS
B
RASILEIRAS
Existem três normas brasileiras de ensaio de resistência ao fogo, as demais normas
brasileiras que tratam da resistência ao fogo dos elementos da construção se referem aos
procedimentos, critérios de projeto e cálculos analíticos.
Estabelecem as condições a serem atendidas pelos elementos estruturais e de
compartimentação que integram os edifícios para que, em situação de incêndio, seja evitado o
colapso estrutural e para que sejam atendidos ainda, requisitos de estanqueidade e isolamento
por um tempo suficiente para o abandono seguro e o acesso seguro das equipes de combate.
3.3.1.1 NBR
10636
(ABNT,
1989)
P
AREDES DIVISÓRIAS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL
D
ETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO FOGO
M
ÉTODO DE ENSAIO
.
Esta norma prescreve o método de ensaio, classifica e gradua, quanto à resistência
ao fogo, as paredes e divisórias sem função estrutural, não tratando, porém, da toxicidade dos
gases emanados pelo corpo-de-prova durante a realização dos ensaios, e é aplicável somente a
instalações terrestres.
Os procedimentos de ensaio descritos permitem a determinação da resistência ao
fogo de paredes e divisórias, sem função estrutural, tomando-se por base, o tempo durante o
qual o corpo de prova, representativo do elemento de construção, mantém-se íntegro quanto
aos critérios, nela estabelecidos, quando submetido às condições padronizadas de
aquecimento e de pressão. Fala também da realização do ensaio de impacto, com massa entre
15 e 25 kg, para obter no choque, uma energia correspondente a 20 J, na superfície não
exposta para verificação da estabilidade.
Esta norma tem como uma de suas referências bibliográficas a norma inglesa
BS 476 Parte 8: 1972 (BSI, 1985), norma esta publicada pela primeira vez em 1932, de onde
foram retiradas as recomendações para os procedimentos de ensaio com paredes e divisórias
sem função estrutural.
A BS 476 Parte 8: 1972, por sua vez, utilizou as recomendações da ISO 834 como
modelo para a revisão que resultou na versão de 1985 da BS 476 - Parte 8, ano em que o
Projeto 00:001. 03.040/1985, encontrava-se em discussão na ABNT, sendo publicado em
1989 na forma que hoje conhecemos como NBR 10636 (ABNT, 1989).
Os ensaios realizados e apresentados como parte integrante deste trabalho, utilizam
esta norma como procedimento de ensaio e os critérios estabelecidos para classificar e graduar
os elementos ensaiados, classificando-os quanto a sua capacidade de resistência ao fogo.
96
3.3.1.2 NBR
6479
(ABNT,
1992)
P
ORTAS E VEDADORES
D
ETERMINAÇÃO DA
RESISTÊNCIA AO FOGO
M
ÉTODO DE ENSAIO
.
Esta norma prescreve o método para ensaiar e avaliar o desempenho quanto a
resistência ao fogo de componentes de construção destinados ao fechamento de aberturas em
paredes e lajes.
É aplicável a conjunto de porta-batente, com ou sem bandeira, e a vedadores,
acompanhados de seus sistemas de fixação e fechamento.
Os procedimentos de ensaio descritos permitem a determinação da resistência ao
fogo de um componente de construção, tomando-se por base, o tempo durante o qual o corpo
de prova, representativo do elemento de construção, mantém-se íntegro quanto aos critérios
nela estabelecidos, quando submetido às condições padronizadas de aquecimento e pressão.
A cada categoria de resistência ao fogo, é associado um grau de resistência ao
fogo expresso pelo tempo de ensaio durante o qual os corpos-de-prova satisfazem aos critérios
de resistência correspondentes a categoria.
Para portas e vedadores, os graus de resistência ao fogo, expresso em minutos, são
os seguintes; 30, 60, 90 e 120.
3.3.1.3 NBR
5628
(ABNT,
2001)
-
C
OMPONENTES CONSTRUTIVOS ESTRUTURAIS
D
ETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO FOGO
M
ÉTODO DE ENSAIO
.
Desde 1980, a área técnica brasileira da construção tinha a necessidade de
determinar por meio de ensaios a resistência ao fogo dos elementos construtivos estruturais
como comprova a existência da NBR 5628 (ABNT, 1980).
Junto com a emenda, feita em dezembro de 2001, que exclui da seção 2 a
NBR 5627 (ABNT, 1980) “Exigências particulares das obras de concreto armado e
protendido em relação à resistência ao fogo”, equivale a NBR 5628 (ABNT, 2001).
A NBR 5627 (ABNT, 1980) “Exigências particulares das obras de concreto
armado e protendido em relação à resistência ao fogo” foi cancelada em 2001 e substituída
pelo Anexo B do texto de revisão da NBR 6118 (ABNT, 2001).
Esse anexo foi suprimido na versão final da NBR 6118 (ABNT, 2003), mas
tornou-se o texto-base para a NBR 15200 (ABNT, 2004) “Projeto de estruturas de concreto
em situação de incêndio”.
Atualmente, a IT-08 (2004) do Corpo de Bombeiros de São Paulo, revisada, é
compatível com as Normas Brasileiras.
97
A NBR 5628 (ABNT, 2001) prescreve o método de ensaio destinado a determinar
a resistência ao fogo de componentes construtivos estruturais representada pelo tempo em que
estes satisfazem às exigências da norma quando submetido a um programa térmico padrão, ou
seja, quando submetidos às condições padronizadas de aquecimento e de pressão. Aplica-se a
paredes estruturais, lajes, pilares e vigas.
Para o caso dessa norma, antes do início da aplicação do programa térmico a
amostra do elemento portante deve ser submetida a um carregamento, mantido constante
durante o ensaio, que origine esforços da mesma natureza e da ordem de grandeza dos
produzidos a temperaturas normais nos elementos em situação de uso, pelas ações de serviços
prescritas por outras normas brasileiras para o seu projeto.
3.3.1.4 NBR
15200
(ABNT,
2004)
P
ROJETO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO EM SITUAÇÃO DE
INCÊNDIO
.
Esta norma foi elaborada a partir do Eurocode 2 Design of concrete structures
Part 1-2 General rules Structural fire design, adaptando-o à realidade brasileira,
considerando os produtos e a experiência no Brasil.
Estabelece critérios de projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio e
a forma de demonstrar o seu atendimento.
Aplica-se às estruturas de concreto projetadas de acordo com as prescrições da
NBR 6118 (ABNT, 2003) “Projeto e execução de obras de concreto armado” e, em se
tratando de estruturas de concreto pré-fabricados, também da NBR 9062 (ABNT, 2001)
“Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado”.
Em condições usuais, as estruturas são projetadas em temperatura ambiente e,
dependendo das suas características e uso, devem ser verificadas em situação de incêndio.
O projeto de concreto em situação de incêndio é baseado na correlação entre o
comportamento dos materiais e da estrutura em situação normal, ou seja, à temperatura
ambiente, considerada próxima de 20 °C, com o que ocorre em situação de incêndio.
Considera-se que são atingidos os objetivos de limitar o risco à vida humana, à
propriedade, à vizinhança e à própria sociedade se for demonstrado que mantém o isolamento
térmico e a estanqueidade a passagem de chamas ou que o calor a atravesse em quantidade
insuficiente para gerar combustão no lado oposto ao incêndio inicial.
Preservando também a sua condição de suporte, mantendo a capacidade de
suporte da construção como um todo ou de cada uma de suas partes, evitando o colapso global
ou o colapso local progressivo.
98
Requisitos estes que estão inseridos em um conjunto maior de requisitos de
proteção contra incêndio, compreendendo a redução do risco de incêndio, controlar o incêndio
em estágios iniciais, limitar a área exposta ao fogo com compartimentação corta-fogo, criar
rotas de fuga, e evitar a ruína prematura da estrutura.
Alerta no seu item 4.5 que, como previsto na NBR 14432 (ABNT, 2001), projetos
que favoreçam a prevenção ou a proteção contra incêndio, em termos desses requisitos gerais,
reduzindo o risco de incêndio ou a sua propagação e principalmente facilitando a fuga dos
usuários e as operações de combate, podem ter, aliviadas, as exigências em relação à
resistência de sua estrutura ao fogo.
O item 4.7 adverte para o fato de que, como as plastificações, ruínas e até
colapsos locais são aceitos, a estrutura pode ser reutilizada após o incêndio se for
vistoriada, tiver sua capacidade remanescente verificada e sua recuperação for projetada e
executada. Tendo-se em conta que recuperação pressupõe que essa estrutura volte a ter as
características que apresentava antes do incêndio, recuperando todas as capacidades últimas e
de serviço exigidas.
Para efeito desta norma são aceitos quatro métodos para se fazer esta verificação;
o método tabular, o método simplificado de cálculo, métodos gerais de cálculo e o método
experimental, descritos nos itens 7.2 a 7.5 desta norma.
Alerta que o método de cálculo simplificado não garante a função corta fogo.
Caso seja necessário em algum elemento, suas dimensões devem respeitar o mínimo
estabelecido no método tabular ou ser verificado por métodos avançados de análise estrutural
obedecendo às diretrizes apresentadas no item 7.4 desta norma ou ainda programas que
considerem adequadamente a distribuição da temperatura na edificação.
Os programas utilizados independente de sua origem devem ser validados, ou ser
de uso consagrado internacionalmente ou avalizados por ensaios experimentais em estruturas.
O dimensionamento por meio de resultados de ensaios somente pode ser feito se
os ensaios tiverem sido realizados em laboratório nacional ou laboratório estrangeiro, de
acordo com a norma brasileira específica ou de acordo com norma ou especificação
estrangeira, respeitando os critérios de similitude aplicáveis ao caso.
A verificação da estrutura pode ser realizada por meio de três métodos: tabular,
simplificado e geral, mas, os dois últimos não são totalmente detalhados na
NBR 15200 (ABNT, 2004), permitindo ao projetista a escolha de métodos citados na
literatura técnica internacional. O método tabular é o mais simples de ser empregado, mas
nem sempre o mais econômico.
99
3.3.1.5 NBR
14323
(ABNT,
2001)
D
IMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM
SITUAÇÃO DE INCÊNDIO
P
ROCEDIMENTO
Esta norma fixa as condições exigíveis para o dimensionamento em situação de
incêndio de elementos estruturais de aço, constituídos por perfis laminados, perfis soldados
não híbridos, perfis forjados a frio, de elementos estruturais mistos aço concreto (vigas mistas,
pilares mistos e lajes de concreto com forma de aço incorporada) e de ligações executadas
com parafusos ou soldas.
Entende-se, por dimensionamento em situação de incêndio, a verificação dos
elementos estruturais e suas ligações, com ou sem proteção contra incêndio, no que se refere a
estabilidade e à resistência dos esforços solicitantes em temperatura elevada.
As exigências e recomendações para estruturas têm por finalidade evitar o colapso
da estrutura em um tempo inferior àquele necessário para a fuga dos usuários da edificação e,
quando necessário, a aproximação e o ingresso de pessoas e equipamentos para as ações de
combate ao fogo.
Permite que o dimensionamento de uma estrutura em situação de incêndio seja
feito por meio de resultados de ensaios de acordo com sua seção 7. Todavia o
dimensionamento utilizando-se resultados de ensaios somente pode ser feito se estes tiverem
sido realizados em laboratório nacional ou estrangeiro, em conformidade com norma
brasileira específica ou com norma ou especificação estrangeira.
Permite também o dimensionamento pelo método simplificado, descrito na seção
8 desta norma, ou a utilização de um método avançado de análise, estrutural e térmica,
obedecendo às diretrizes apresentadas na seção 9, ou ainda por uma combinação entre ensaios
e cálculos.
Esclarece no Item 6.1.7 que, o método simplificado de dimensionamento descrito
na seção 8 se aplica aos elementos que compõem a estrutura individualmente.
E no Item 6.1.8 esclarece que, os métodos avançados de análise estrutural e
térmico são aqueles em que os princípios de engenharia de incêndio são aplicados de maneira
realística para uma situação de incêndio.
O dimensionamento por meio de cálculos deve ser feito usando-se o método dos
estados limites. Levando-se em consideração que as propriedades mecânicas do aço e do
concreto, que, a exemplo de outros materiais debilitam-se progressivamente com o aumento
da temperatura e, como conseqüência, podem ocorrer o colapso de um elemento estrutural ou
ligação como resultado de sua incapacidade de resistir às ações aplicadas.
100
Exige também que as propriedades térmicas, a aderência ao aço e a eficiência das
juntas dos materiais de proteção contra incêndio sejam determinadas por ensaios realizados
em laboratório nacional ou estrangeiro, em conformidade com a NBR 5628 ou norma ou
especificação estrangeira.
A espessura necessária dos materiais de proteção contra incêndio deve ser obtida a
partir de resultados de ensaios, de acordo com resultados de ensaios realizados, em laboratório
nacional ou laboratório estrangeiro, de acordo com norma brasileira específica ou de acordo
com norma ou especificação estrangeira.
3.3.1.6 NBR
14432
(ABNT,
2001)
E
XIGÊNCIAS DE RESISTÊNCIA AO FOGO DE ELEMENTOS
CONSTRUTIVOS DE EDIFICAÇÃO
P
ROCEDIMENTO
Para a utilização da NBR 14323 (ABNT, 1999), foi necessária a elaboração de
outra norma, que fornecesse as diretrizes para a determinação da ação térmica nos elementos
construtivos das edificações.
O CB-24, contando com a valiosa contribuição de diversos oficiais do Corpo de
Bombeiros do Estado de São Paulo, elaborou um texto-base, que foi aprovado pela Comissão
de Estudos, após consulta pública, em 2000, dando origem a NBR 14432 (ABNT, 2000). Essa
norma é válida para quaisquer estruturas, independente do material (concreto, aço, alvenaria
estrutural, madeira, etc.) utilizado. (SILVA, 2006)
Esta norma tem por objetivo estabelecer as condições a serem atendidas pelos
elementos estruturais e de compartimentação que integram os edifícios para que, em situação
de incêndio, seja evitado o colapso estrutural. Aplica-se também aos entrepisos que compõem
solidariamente a estrutura da edificação. Não se incluem entre os elementos de
compartimentação as portas corta-fogo, elementos de isolamento de risco e enclausuramento
de escadas e elevadores.
Para os elementos de compartimentação, devem ser atendidos, ainda, requisitos de
estanqueidade e isolamento por um tempo suficiente a fim de possibilitar a fuga dos
ocupantes da edificação em condições seguras, a segurança das operações de combate ao
incêndio, minimização de danos a edificações adjacentes a infra-estrutura pública o ao meio
ambiente.
Os critérios estabelecidos por esta norma, baseiam-se na resistência ao fogo dos
elementos construtivos, considerando as condições de exposição ao incêndio padrão, e foram
estabelecidos tendo em conta o estágio de desenvolvimento da engenharia de segurança
contra incêndio e a simplicidade de sua aplicação.
101
Pressupõem o atendimento de todas as exigências dos regulamentos aplicáveis,
especialmente quanto à compartimentações horizontal e vertical, às saídas de emergência e
aos chuveiros automáticos.
Os critérios constantes desta norma consideram a severidade ou potencial
destrutivo dos incêndios condicionados por fatores, entre outros, associados ao tipo de
ocupação, área, profundidade do subsolo, altura da edificação e facilidade de acesso para
combate ao incêndio. A classificação das edificações quanto à sua ocupação e a divisão por
grupo se da como no decreto do estado de São Paulo e esta apresentada na Tabela A.1 do
Anexo A, deste trabalho.
A NBR 14432 (ABNT, 2001) traz em seu Anexo A, uma tabela que contém os
tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) dos elementos construtivos das edificações
como a do decreto do estado de São Paulo que está apresentada na Tabela B.1 do Anexo B
deste trabalho.
Mas admite a utilização de outros métodos para determiná-lo, incluindo aqueles
que tem por base a contraposição de medidas de segurança contra incêndio para a
determinação dos tempos requeridos de resistência ao fogo dos elementos construtivos. Estes
tempos podem variar em função da quantificação do risco e da adoção de medidas
complementares de segurança contra incêndio.
Podem ser determinados por meio do tempo equivalente, empregando o método
de avaliação de risco, em particular, entre esses métodos, pode ser adotado o método de
Gretener ou seus sucedâneos.
Permite também a utilização de métodos avançados para a análise das estruturas
ou de subestruturas como um todo em situação de incêndio-padrão ou incêndio natural, para
avaliar seu comportamento sob a ação térmica.
A utilização de outros métodos pode ser feita desde que recomendados por
normas ou regulamentos nacionais ou por normas, especificações ou regulamentos
estrangeiros que tenham reconhecimento e aceitação da comunidade técnica e científica
internacional com as devidas ressalvas para adequá-los à realidade nacional.
As cargas de incêndio especificadas para uso conjunto com as prescrições do
Anexo A encontram-se na Tabela C.1 do Anexo C, cujas recomendações devem ser
consideradas apenas na aplicação do Anexo A, e que devem ser consideradas para todas as
ocupações, exceto depósitos, cujas recomendações são tratadas no Item C.2. Recomenda-se,
que este levantamento seja feito em módulos de 500 m² de área de piso, ou em módulo igual a
área de piso do compartimento se esta for inferior a 500 m².
102
Permite que módulos maiores possam ser utilizados, quando o espaço analisado
possuir materiais combustíveis com potenciais caloríficos específicos semelhantes e que
possam ser considerados uniformemente distribuídos.
No Item 6, a norma permite que os elementos construtivos possam ser construídos
sem a resistência ao fogo exigida desde que se demonstre que estejam livres da ação do fogo.
Admite-se que o elemento estrutural esta livre da ação do incêndio, desde que o confinamento
tenha resistência ao fogo pelo menos igual a que seria exigida para o elemento.
Afirma no Item 6.2 que, o elemento estrutural situado no exterior do edifício pode
ser considerado livre da ação do incêndio, quando o seu afastamento das aberturas existentes
na fachada for suficiente para garantir que a elevação da temperatura não o levará ao colapso.
3.3.1.7 NBR
9077
(ABNT,
2001)
S
AÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS
.
Esta norma fixa condições exigíveis que as edificações devem possuir, a fim de
que sua população possa ser protegida em sua integridade física e para permitir o fácil acesso
de auxilio externo de bombeiros, para o combate ao fogo e a retirada da população.
Esses objetivos devem ser atingidos projetando-se as saídas comuns das
edificações para que possam servir como de emergência saídas de emergências e as saídas,
quando exigidas. Aplica-se a todas as edificações, constantes na Tabela 1 desta norma,
classificadas quanto a sua ocupação e a divisão por grupo como no decreto do estado de São
Paulo que está apresentada na Tabela A.1 do Anexo A, deste trabalho, independente da altura,
dimensão em planta ou características construtivas.
No Item 4.5.2.6 são estabelecidas as condições para que um edifício seja
classificado em “Z”, edificação em que a propagação do fogo é difícil, conforme Tabela 4,
anexa à norma e apresentada aqui na Tabela 3.4. Condições que uma vez satisfeitas permitem
que as distâncias máximas a serem percorridas, para atingir um local seguro, possam ser
maiores.
É necessário que sua estrutura de concreto armado ou protendido seja calculada e
executada conforme EUROCODE 2 Design of concrete structures Part 1-2 General roles
Structural Fire Design e que tenha paredes externas com resistência ao fogo igual ou superior
à da estrutura, resistindo por pelo menos 2 horas de fogo.
Exige também que tenha isolamento entre pavimentos, obtidos por afastamentos
mínimos de 1,20 m entre vergas e peitoris situados em pavimentos consecutivos, como
representado na Ilustração 3.4, com parede ou viga com resistência ao fogo igual a exigida
para a laje de entrepiso e nunca inferior a 2 horas.
103
Esta distância entre aberturas pode ser substituída por aba horizontal que avance
0,90 m da face da edificação, como representado na Ilustração 3.5, solidária com o entrepiso e
com mesma resistência ao fogo.
Tabela 3.3 – Classificação das edificações quanto às características construtivas
Código Tipo Especificação Exemplos
X
Edificação em que
a propagação do
fogo é fácil
Edificações com
estrutura e entrepisos
combustíveis
Prédios estruturados em madeira, prédios com
entrepisos de ferro e madeira, pavilhões em
arcos de madeira laminada e outros.
Y
Edificação com
mediana resistência
ao fogo
Edificações com
estrutura resistente ao
fogo, mas com fácil
propagação de fogo entre
os pavimentos.
Edificações com paredes-cortina de vidro
(cristaleiras), edificações com janelas sem
peitoris (distância entre vergas e peitoris das
aberturas do andar seguinte menor que 1,00
m); lojas com galerias elevadas e vãos abertos
e outros.
Z
Edificação em que
a propagação de
fogo é difícil
Prédios com estrutura
resistente ao fogo e
isolamento entre
pavimentos
Prédios com concreto armado calculado para
resistir ao fogo, com divisórias
incombustíveis, sem divisórias leves, com
parapeitos de alvenaria sob as janelas ou com
abas prolongando os entrepisos e outros.
Nota: Os prédios devem, preferencialmente, ser sempre projetados e executados dentro do tipo Z
Fonte: Decreto 47060/2001 – Segurança contra incêndio do Estado de São Paulo
Determina 4.5.2.7 que, para que as unidades autônomas sejam consideradas
isoladas entre si, devem ser separadas entre si e das áreas de uso comum por paredes
resistentes a 2 horas e 4 horas de fogo se for em edifício tipo O, em conformidade com a
Tabela 2 do Anexo desta norma. São consideradas como unidades autônomas, para efeito de
aplicação desta seção, os apartamentos dos hotéis, as salas de aula, as enfermarias e quartos
de hospital e outros.
Para que estas unidades sejam consideradas como autônomas, segundo esta norma,
enquanto não houver norma brasileira específica, devem ser adotadas como padrões as paredes
de tijolos macos com espessura de 15 cm (meio-tijolo) e de 25 cm (tijolo), como resistentes a
2 h e 4 h de fogo, respectivamente.
O Item 4.7.1 determina que, em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em
nível para o espaço livre exterior devem ser dotados de escadas, enclausuradas ou não.
Quando enclausuradas, devem ser construídas com material incombustível e quando
o enclausuradas, além da incombustibilidade, oferecer nos elementos estruturais resisncia
ao fogo de, no mínimo 2 horas.
No Item 4.7.10 determina que, as escadas enclausuradas protegidas (EP) devem ter
suas caixas isoladas por paredes resistentes a 2 horas de fogo no mínimo e ter portas de acesso a
estas caixas resistentes ao fogo por nonimo 30 minutos.
104
O Item 4.7.11 determina que, as escadas enclausuradas a prova de fumaça (PF)
devem ter suas caixas enclausuradas por paredes resistentes a 4 horas de fogo. Devem tamm ser
providas de portas estanques à fuma e com resisncia ao fogo de 30 minutos em sua
comunicação com a antemara.
Em 4.10.1.3 permite que em edificações dotadas de áreas de regio, as larguras das
saídas de emergência podem ser reduzidas em a 50 %, desde que cada local compartimentado
tenha acesso direto às saídas, com larguras correspondentes às respectivas áreas eo menores que
as nimas absolutas de 1,10 m para edificações em geral, e 2,20 m para as ocupões H-2 e H-3.
O Item 4.7.13.3 determina que, as paredes dos dutos de saídas de ar, e em 4.7.13.4
dos dutos de entrada de ar, ambos devem ser resistentes no mínimo a 2 horas de fogo e o
4.10.1.2 determina que, a estrutura dos prédios dotados de áreas de refúgio deve ter
resistência a 4 horas de fogo.
3.3.1.8 NBR
11742
(ABNT,
2003)
P
ORTA CORTA
-
FOGO PARA SAÍDA DE EMERGÊNCIA
E
SPECIFICAÇÃO
.
Esta norma fixa as condições exigíveis de construção, instalação e funcionamento
de porta corta-fogo do tipo de abrir com eixo vertical, para saída de emergência. Traz
condições específicas quanto às dimensões de vão luz e das folhas, o tipo de material,
características de fabricação das portas e acessórios, e a necessidade de tratamento
anticorrosivo.
Além dos ensaios a que as portas estao sujeitas quando passarem pela verificação
de conformidade com relação a esta norma. Para tanto devem ser preparados dois protótipos,
sendo necessário que correspondam rigorosamente ao projeto construtivo elaborado.
O Item 4.1 apresenta a classificação das portas corta-fogo, nas quatro classes P30,
P60, P90 e P120, segundo o tempo de resistências ao fogo, obtido no ensaio a que são
submetidas, de acordo com a NBR 6479 (ABNT, 1992) e adverte que não são admitidas
classificações intermediárias.
Para portas ou vedadores, os graus de resistência ao fogo, expressos em minutos
são 30, 60, 90 e 120. Observa ainda que, todas as classes de portas podem ter a característica
adicional de “à prova de fumaça” e no item 4.9 faz recomendações quanto ao local de
utilização e quando utilizar.
O ensaio de resistência ao fogo deve ser precedido pelo ensaio de funcionamento
mecânico executado no mesmo protótipo instalado conforme 4.7.2.2, com as respectivas
ferragens.
105
No item 5.2 traz condições específicas quanto aos critérios de avaliação de
desempenho, onde é exigida a satisfação dos requisitos da NBR 8054 (ABNT, 1983) que
avalia o comportamento desta porta quando submetida a manobras anormais.
Segundo 6.2.1, o fabricante, para assegurar a uniformidade e qualidade de sua
produção, deve fazer realizar, em laboratório ou entidade credenciada, ensaios periódicos a cada
dois anos ou a cada 4000 unidades produzidas por classe de porta e respectivo projeto aprovado,
em exemplares retirados obrigatoriamente de sua linha de produção pela autoridade competente.
Na reavaliação o inspetor deve confrontar a porta selecionada com o respectivo
projeto antes e depois do ensaio, para fim de liberação final. Devem ser aceitas todas as portas
corta fogo que obedeçam as condições estabelecidas por esta norma.
3.3.1.9 NBR
11711
(ABNT,
2003)
P
ORTA CORTA
-
FOGO PARA SAÍDA DE EMERGÊNCIA
E
SPECIFICAÇÃO
Esta norma fixa os requisitos exigíveis para a fabricação, instalação,
funcionamento e manutenção de portas e vedadores corta-fogo, de acionamento manual e com
sistema de fechamento automático em caso de incêndio.
Aplica-se a portas e vedadores com dobradiça de eixo vertical, ou de correr, ou
tipo guilhotina de deslocamento vertical e horizontal, vedadores com dobradiças de eixo
vertical e vedadores fixos, destinados a compartimentação contra incêndio de ambientes
comerciais e industriais.
3.3.2 N
ORMAS TÉCNICAS ESTRANGEIRAS
3.3.2.1 ISO
834
F
IRE
R
ESISTANCE
T
EST
E
LEMENTS OF BUILDING CONSTRUCTION
.
A ISO 834 sob o título geral Fire Resistance Test Elements of building
construction, é composta por 11 partes. Traz na parte 1 os requisitos gerais para o ensaio de
resistência ao fogo. Na parte 3 faz comentários sobre o método de ensaio e a aplicação dos
resultados obtidos. As informações contidas na ISO 834-3 (ISO, 1994) não são deliberativas,
tem efeito apenas consultivo.
Nas demais, trata de requisitos específicos para elementos de vedação horizontal
ou de vedação vertical, com e sem função estrutural e também para lajes, vigas, pilares e na
determinação e na avaliação da contribuição de materiais utilizados na proteção dos
elementos utilizados em estruturas metálicas.
106
Identifica tamm uma série de áreas onde as próximas edições poderão se beneficiar
através de pesquisas, como, por exemplo, o femeno associado com o desempenho destes
elementos sob ensaio e sua relação com as condições reais de utilizão, em tecnologia relativa a
instrumentação e tecnologias de ensaio.
Os elementos de vedação vertical com fuão estrutural (ISO 834–4 (ISO, 2000)) ou
sem função estrutural (ISO 8348 (ISO, 2000)), como as paredes e elementos de vedão
horizontal com fuão estrutural (ISO 834 (ISO, 2000) Parte 5), como pisos e coberturas, são
requeridas para atuar como barreiras contra incêndio, os quais dividem a edificão em
compartimentos ou em zonas de inndio ou edificões de edificões adjacentes, com o intuito
de impedir a propagação do incêndio para ou a partir de compartimentos e edificações adjacentes.
Sendo que este último é apropriado também para o ensaio de elementos de vedação
horizontal com fuão estrutural contendo vigas quando não é possível ensaiar pisos e coberturas de
maneira representativa, sem elas. Contudo os resultados o podem ser transferidos diretamente de
um para o outro, e elas estarão sujeitas a avaliação de integridade e isolamento rmico. Pom para
elementos com ou sem função estrutural cujo comprimento e ou largura sejam inferiores as
dimensões reais de utilização, esta condão real de exposição deve ser ensaiada, levando-se em
consideração as exigências requeridas por cada método específico de ensaio.
A ISO 8348 (ISO, 2000), contudo o é aplicável para paredes externas que ficam
nas extremidades das sacadas e nem para paredes contento portas ou elementos envidraçados.
Para os elementos contendo portas deverá ser usada a ISO 3008 e para de paredes contendo
elementos envidraçados deverá ser utilizada a ISO 3009.
As vigas (ISO 834-6 (ISO, 2000)) são normalmente ensaiadas com a sua parte inferior
e as duas laterais verticais totalmente expostas ao fogo, contudo quando a exposição se nas
quatro faces ou em menos de três lados, condições apropriadas de exposão serão necessárias. Os
pilares (ISO 834–7 (ISO, 2000)) o normalmente ensaiados isoladamente com todos os lados
totalmente expostos ao aquecimento. Porém, quando na prática, a exposão ocorre em pouco
menos do que quatro lados, condições apropriadas de exposição têm que ser reproduzidas.
A aplicação dos resultados destes ensaios para outros espécimes o ensaiados é
aceitável quando este espécime corresponder com o campo de aplicação fixado por cada uma das
partes específicas da ISO 834 ou quando submetido a uma avaliação com parecer detalhado em
conformidade com a ISO/TR 12470 (ISO, 1998) para uma aplicação extensiva.
Uma vez que a ISO/TR 12470 (ISO, 1998) fornece somente diretrizes gerais, a
alise para uma aplicação extensiva específica terá que ser realizada somente por pessoas
especializadas em resisncia ao fogo de elementos construtivos.
107
3.3.2.2 ISO
834
(ISO,
1999)
-
P
ARTE
1
F
IRE
-
RESISTANCE TEST
G
ENERAL REQUIREMENTS
O objetivo desta parte da ISO 834 é especificar um método de ensaio para a
determinação da resistência ao fogo de elementos de construção quando sujeito a condições
de exposição ao incêndio padrão. Os resultados obtidos com o ensaio permitirão classificá-los
com base na duração pela qual o desempenho do elemento ensaiado sob condições de
exposição ao incêndio padrão satisfaz a critérios específicos.
A ISO 834-1 (ISO, 1999) recomenda no Item 7.1, que os materiais usados na
construção das amostras e o método construtivo empregado deve ser representativo do que é
utilizado na prática. Isto significa dizer que características como juntas, previsão de expansão,
sistemas de fixação especiais ou características de montagem devem ser incluídas, de maneira
representativa, na amostra que está sendo preparada para ensaio. É importante que seja
utilizado o mesmo padrão de mão de obra empregada na construção, incluindo um
acabamento apropriado da superfície da amostra, se houver.
Os equipamentos empregados na condução do ensaio consistem do seguinte:
a
) um forno projetado especificamente para submeter um elemento
construtivo, às condões de ensaio especificadas em cusula apropriada;
b) equipamento capaz de controlar a temperatura do forno regulada como
especificado no item 6.1;
c) equipamento para controlar e monitorar a preso dos gases quentes dentro
do forno conforme especificado no Item 6.2;
d) uma estrutura na qual o escime possa ser erguido e que possa ser
posicionada associada com o forno de maneira que permita o
desenvolvimento apropriado da temperatura, da preso e condões de
suporte;
e) arranjo para carregar e restringir apropriadamente o espécime a ser
ensaiado, incluindo o controle e o monitoramento do carregamento.
f) equipamento para medir a temperatura interna do forno e na face não
exposta do escime de ensaio e onde necessário dentro do espécime;
g) equipamento para medir a deformação do escime de ensaio onde
especificado na clausula específica;
h) equipamento para avaliar a integridade do espécime de ensaio e verificar a
conformidade com o cririo de desempenho estabelecido na cusula 10 e
para estabelecer o tempo de conclusão do ensaio.
108
O equipamento de carga tem que ser capaz de sujeitar a amostra a um
determinado nível de carregamento de acordo com o Item 6.4 desta parte da ISO 834-1. Pode
ser aplicada hidraulicamente, mecanicamente ou com a utilização de pesos e deve ser capaz
de simular condições de carregamento uniforme, carga concentrada, de forma concêntrica ou
excêntrica, de forma apropriada ao elemento construtivo a ser ensaiado.
Deve, ainda, ser capaz de manter o carregamento em um valor constante, sem
alterar a sua distribuição pelo tempo de duração do ensaio e acompanhar a deformação
máxima e o grau de deformação da amostra durante o tempo de duração do ensaio.
Os fornos devem ser projetados para empregar combustíveis líquidos ou gasosos e
devem ser capazes de realizar adequadamente o aquecimento do elemento construtivo que
será avaliado.
Ilustração 3.9 – Curva de aquecimento padrão tempo x temperatura - ISO 834-1 (ISO, 1999)
A ISO 834-1 apresenta no seu Item 6.1.1 a curva de aquecimento padrão. A
temperatura interna média do forno representada na Ilustração 3.9 é obtida pela média das
temperaturas medidas pelos termopares localizados no interior do forno, a uma distância de
100 + 50 mm da face exposta da amostra.
No momento em que o ensaio começar o forno deve incluir no mínimo o número
de termopares requeridos para cada método específico de ensaio.
A instrumentação para medição da temperatura, durante a realização do ensaio,
deve ser distribuída de forma a fornecer informações confiáveis da temperatura média nas
faces exposta e não exposta da amostra, posicionados em conformidade com o Item 8.1,
devendo ainda ser confeccionados e instalados conforme Item 5.5.1.
109
A quantidade e o posicionamento dos termopares para cada tipo de elemento
construtivo estão especificados nos métodos de ensaio ISO 834-4 a ISO 834-11, que são
específicos para cada tipo de elemento que integra esta norma.
Os termopares são resistentes a certos tipos de dano, mas podem ser danificados
pela queda dos escombros de elementos ensaiados, podem deteriorar-se em função do uso
continuado e ainda podem ficar menos sensíveis com a idade, por isto antes de cada ensaio
devem ser inspecionados antes de cada ensaio. Se houver qualquer evidência de que esteja
danificado, deteriorado ou irregular para utilização, deverá ser substituído.
Tomando como exemplo o ensaio de paredes com ou sem função estrutural e lajes
de pisos e coberturas, tanto para a face exposta quanto para não exposta da amostra o número
de termopares não deverá ser inferior ao necessário para cada 1,5 m². Posicionados de forma
que o primeiro fique no centro da amostra e os demais no centro de cada seção de 1,5 m2. Na
face não exposta não deveram ser posicionados a uma distância menor que 100 mm das
extremidades da amostra.
A ISO 834 prescreve uma filosofia geral em que os ensaios de resistência ao fogo
devem ser executados em espécimes com tamanho integral. Reconhecem, porém que isto não
é sempre possível devido às limitações impostas pelo tamanho do equipamento disponível.
A forte recomendação para usar amostras em tamanho integral surgiu devido às
dificuldades de conseguir alcançar completamente um exemplo típico de comportamento
frente ao fogo padrão de modelos em escala na maioria dos elementos de construção com
função estrutural ou de vedação.
Na cláusula 7 item 7.2 da ISO 834-1 é exigido que, o espécime seja ensaiado em
seu tamanho integral. Quando este for maior do que é possível acomodar no forno deverá ter
área de exposição ao fogo com dimensões mínimas requeridos pela norma para cada método
de ensaio específico a cada tipo de elemento a ser ensaiado.
Na cláusula 7 itens 7.3 e 7.4 diz que, para construções assimétricas o número de
espécimes deverão ser conforme exigências específicas contidas em cada uma das partes desta
norma e em conformidade com a ISO 834-1. Para as construções simétricas deverá ser
ensaiado pelo menos um espécime, para cada tipo de elemento ensaiado, para cada condição
de suporte ou restrição.
Para o tipo de construção onde é exigido resistir ao incêndio em ambos os lados, o
elemento construtivo representativo daquela construção deverá ser submetido a condição de
exposição ao fogo padrão em ambos os lados, a menos que se possa provar que a exposição
em uma determinada face trará maiores prejuízos.
110
A amostra deve ser acondicionada, para que, na hora do ensaio, a resistência e a
umidade da amostra se aproximem do esperado para as condições normais de trabalho. Se a
amostra contém ou tem propensão para absorver umidade, ela não deverá ser ensaiada até que
atinja uma condição de equilíbrio com o ambiente.
Esta condição deve ser considerada como aquela que pode ser constatada em
ambiente de atmosfera controlada com 50 % de umidade relativa do ar e temperatura de
23 °C. Um método para se obter esta condição é armazenar a amostra em um lugar fechado
com temperatura mínima de 15 °C e umidade relativa do ar máxima de 75 %, pelo tempo
necessário para se atingir o equilíbrio da umidade.
O Item 10 descreve os critérios de desempenho que devem ser considerados
durante a determinação da resistência ao fogo das várias formas de elementos construtivos,
quando submetido ao ensaio com aquecimento padrão. A resistência ao fogo destes
elementos, será avaliada em comparação com um ou mais dos critérios específicos,
estabilidade mecânica, estanqueidade a chamas e gases quentes e isolamento térmico,
apresentados nos itens 10.2.1 a 10.2.3, desta norma.
Observações a respeito do comportamento geral do elemento construtivo devem
ser feitas durante o andamento do ensaio de resistência ao fogo. Anotações devem ser feitas
relativas aos fenômenos referentes à fumaça emitida pela face não exposta, às deformações,
rachaduras, derretimentos ou amolecimentos dos materiais, lascamento ou enegrecimento pelo
fogo, etc, dos materiais de construção utilizados na construção da amostra.
Deverá ser instrumentada de forma que se obtenha um histórico da deformação da
amostra durante a realização do ensaio. As medidas deverão ser feitas no centro e a meia
altura a 50 mm das extremidades. O intervalo de medição deve ser adequado de maneira a
fornecer um hisrico da movimentação durante o ensaio. Orientações sobre a aplicação da
medição das deflexões o dadas na ISO 834-1.
A medição da deformão é uma exigência obrigaria apesar de não existir nenhum
critério de desempenho associado. A determinação da deformação da amostra ensaiada pode ser
importante para a ampliação do campo de aplicação dos resultados de ensaio.
3.3.2.3 ISO
834
(ISO,
1994)
P
ARTE
3
R
EGIME DE AQUECIMENTO
.
O Item 3.1, quando trata dos regimes de aquecimento conta que, a curva de temperatura
padronizada do forno descrita na ISO 834-1 subitem 5.1.1 está essencialmente inalterada, quanto ao
emprego da curva tempo-temperatura utilizada para controle do ambiente interno do forno, nos
últimos setenta anos ou mais.
111
Acrescenta dizendo que evidentemente foi relacionado em alguns aspectos com
temperaturas experimentadas em incêndios reais de edificações usando como referência a
observação do tempo de fusão de alguns materiais com pontos de fusão conhecidos.
A proposta essencial da curva de temperatura padrão é produzir um ambiente
padronizado de ensaio que seja razoavelmente representativa da severidade da condição de
exposição ao fogo, dentro do qual o desempenho de várias formas representativas de
elementos construtivos possa ser comparado.
Contudo é importante relembrar que esta condição de exposição ao fogo padrão
não necessariamente representa uma situação de exposição a uma condição real de incêndio
nem é necessariamente indicativo de um comportamento esperado de um elemento estrutural
sob ensaio que pudesse vir a ser envolvido em uma situação real de incêndio em uma
edificação.
O ensaio, contudo, gradua o desempenho de elementos construtivos de vedação e
estruturais em bases comuns. É importante também notar que a resistência ao fogo está
relacionada ao tempo de ensaio e não com a duração de um incêndio real.
Ao falar dos fornos no Item 3.2 afirma que as condões de aquecimento prescritas na
ISO 834-1, subitem 5.1.1, o o suficientes por elas mesmas para garantir, que fornos com
diferentes projetos apresentarão as mesmas condições de exposição para os espécimes ensaiados e
conseqüentemente dar consistência aos resultados de ensaio obtidos entre estes fornos.
Os termopares empregados para controle da temperatura interna do forno estão em
equilíbrio termodinâmico com o ambiente, que é influenciado pelas condições de
transferência de calor por radiação e convecção, existentes no interior do forno.
A transferência de calor por convecção para um corpo exposto dependerá de seu
tamanho e forma. Geralmente é maior para um corpo menor como é para os termopares do
que para um corpo maior como os espécimes.
A componente convectiva por esta razão tenderá a ter maior influência na
temperatura dos termopares, enquanto que a transferência de calor para um espécime é
principalmente afetada pelas chamas e pela radiação de calor das paredes do forno. A
transferência de calor por convecção para um corpo depende da diferença local de calor entre
o gás e a temperatura da face do corpo assim como da velocidade do gás.
Tanto a radiação dos gases quanto a radiação de face para face estão presentes no
interior do forno. A radiação de face para face depende da temperatura das paredes e da
capacidade de absorção e emissão de calor assim como do tamanho e da configuração do
forno de ensaio. A temperatura da parede, em resumo, depende de suas propriedades térmicas.
112
A radiação oriunda do gás corresponde a sua temperatura e a radiação recebida do
espécime que esta sendo ensaiado e a soma disto com a temperatura da radiação das paredes
do forno. Sendo que esta última é menor no início e vai aumentando a medida que a
temperatura das paredes tornam-se mais quentes.
A ISO 834-1 no item 5.5.1.5 recomenda a utilização de termopares com diâmetro
nominal de 3 mm, tipo K de cromel-alumel com isolação mineral. Estes são pequenos e se
ajustarão à temperatura do gás. O espécime por outro lado é mais suscetível a irradiação
Conta que a partir de uma discussão precedente, ficou evidente que a solução
fundamental em matéria de se alcançar a uniformidade, entre as organizações que realizam os
ensaios utilizando as exigências da ISO 834, somente se concretizará se todos os usuários
idealizarem um projeto de forno de ensaio, no qual deverá estar precisamente especificado o
tamanho, a configuração, os materiais, as técnicas de construção e o tipo de combustível que
deverá ser utilizado.
Uma maneira de reduzir o problema salientado acima, a qual pode ser empregada
por todos os fornos existentes é o revestimento de suas paredes com material de baixa inércia
térmica que rapidamente acompanhará a temperatura dos gases no interior do forno com
aquelas características prescritas na ISO 834-1, subitem 6.1.
A diferença de temperatura entre o gás e as paredes do forno irá reduzir e um
aumento na quantidade de calor fornecido pelos queimadores alcançaram o espécime pela
radiação das paredes do forno e conseqüentemente haverá um melhoramento na
proporcionalidade dos resultados produzidos por fornos de diferentes projetos.
Onde possível, nos projetos existentes de fornos, deveriam ser revistos o
posicionamento dos queimadores e possivelmente exaustores evitando desta maneira a
turbulência e flutuações de pressão associadas as quais resultariam no aquecimento desigual
da face do espécime a ser ensaiado.
Ao mesmo tempo em que, para o projeto dos termopares a serem empregados na
medição e conseqüentemente no controle do ambiente interno do forno como especificado na
ISO 834-1 subitem 4.5.1.1, é igualmente sugerido que os trabalhos experimentais realizados
se possível utilizem termopares mais sensíveis aos efeitos combinados da radiação e da
convecção para este propósito de facilitar a medição para a redução do problema das
características da variação de calor no interior do forno.
Finalmente, uma das ferramentas mais eficazes no ajuste na configuração dos
fornos existentes, para a melhoria da respectiva estabilidade, é a utilização de uma rotina de
calibração.
113
3.3.2.4 ISO
834
(ISO,
1994)
P
ARTE
3
C
ALIBRAÇÃO
Calibração implica um procedimento para garantir que amostras idênticas testadas
de acordo com a ISO 834, em diferentes fornos ou no mesmo forno em ocasiões diferentes,
fornecerão resultados semelhantes.
Se este objetivo é satisfeito, o tempo no qual melhor define os veis de
desempenho determinados, alcançados pelo elemento construtivo, está associada à sua
capacidade de carga e isolamento não serem consideravelmente diferentes.
As principais características de toda calibração para ensaios de resistência ao fogo
envolvem os procedimentos e a instrumentação para o controle e a medição da temperatura e
pressão internas do forno e a pressão atmosférica.
O objetivo da calibração é verificar que as condições de aquecimento sobre a face
exposta do espécime ensaiado são uniformes e que o vel de exposição ao aquecimento foi
atingido.
Os ensaios têm também o objetivo garantir que seja obtida uma pressão estática
linear sobre a face exposta dos espécimes ensaiados tanto quando na posição vertical, como
quando na posição horizontal.
3.3.2.5 ISO
834
(ISO,
1994)
P
ARTE
3
C
RITÉRIOS DE RESISTÊNCIA AO FOGO
O ensaio descrito fornece os recursos para a quantificação da habilidade de
elemento construtivo, quando exposto a altas temperaturas, estabelecendo critérios de
desempenho. Os critérios estabelecem a capacidade de suporte e a resistência à
propagação do incêndio. Estes critérios pretendem garantir que o elemento construtivo
analisado continue desempenhando sua função de projeto, seja ela uma função estrutural,
de vedação ou ambos.
Um incêndio pode ser transmitido de um compartimento para o outro nos dois
sentidos, de modo idêntico em função da perda de integridade ou através da transmissão
excessiva de calor resultando em temperaturas mais elevadas que a aceitável para a face não
exposta.
A curva temperatura-tempo especificada é representativa de uma das muitas
possibilidades de condões de exposição ao fogo, dos estágios de desenvolvimento do
incêndio e o todo não quantifica o comportamento de um elemento construtivo em um
determinado peodo de tempo em uma situação de incêndio real.
114
3.3.2.5.1 ISO 834 (ISO, 1994) Parte 3 Isolamentormico Insulation
Este critério é aplicável a elementos de vedação e fornece a medida da
capacidade do espécime de impedir que a temperatura atinja a face não exposta sob
determinadosveis.
Se o elemento de vedação que estiver sendo ensaiado não é isolado ou excedeu a
temperatura limite especificada, a radiação da face não exposta poderá ser suficiente para
ignizar o chumaço de algodão.
Os veis especificados pretendem garantir que qualquer material combusvel
em contato com a face não exposta sob temperaturas inferiores a estes níveis não
ignizarão.
O limite para elevação máxima da temperatura esta incluído para demonstrar
que nenhuma área potencial da construção propiciará uma passagem direta para a
transmissão do calor ou gerará pontos de calor na face o exposta quando os espécimes
são instrumentados de acordo com o subitem 4.5.1.2 da ISO 834.
3.3.2.5.2 ISO 834 (ISO, 1994) Parte 3 Estanqueidade a chama e gases quentes
Integrity
Este é um critério para elemento de vedação e fornece a medida da habilidade
deste elemento de construção de impedir a passagem de chamas e gases quentes, da face
exposta ao fogo para a face não exposta, capazes de provocar a ignição do chumaço de
algodão colocado nas aberturas e trincas originadas na face não exposta.
A capacidade de ignição do chumaço de algodão dependerá do tamanho das
aberturas, da pressão no interior do forno na posição de ocorrência da abertura, da
temperatura e do oxigênio existente.
Chamas sobre a face não exposta podem se constituir em um perigo inaceitável e
conseqüentemente conduzir a ignição do chumaço de algodão, além de constituir uma
deficiência de acordo com o critério da integridade.
3.3.2.5.3 ISO 834 (ISO, 1994) Parte 3 Estabilidade mecânica Loadbearing
capacity
Este critério tem a intenção de determinar a habilidade de um elemento estrutural
de suportar a carga de ensaio durante o ensaio de resistência ao fogo sem que ocorra o
colapso, como exemplificado na Ilustração 3.10.
115
Ilustração 3.10 – Colapso de uma parede durante a realização de um ensaio
É desejável ter um sistema de medição da capacidade de carga sem, no entanto ter
que levar o ensaio até que o elemento entre em colapso, um limite para o nível de deformação
e para a flexão máxima abrangendo também pisos, vigas e pilares.
Não tem sido possível incluir um limite para paredes, pois a experiência tem
demonstrado em colapsos registrados anteriormente, que as deformações variam em
magnitude de um tipo de parede para outro.
3.3.2.6 ASTM
E
119-00
(ASTM,
2000)
-
“S
TANDARD TEST METHOD FOR FIRE TEST OF BUILDING
CONSTRUCTION AND MATERIALS
A ASTM International ao introduzir esta norma refere-se ao desempenho de
paredes, pilares, lajes e de outros elementos construtivos que façam parte de uma edificação
acabada, em condições de exposição ao incêndio, como um item de grande importância na
segurança das edificações para que sejam seguras e não se constituam em uma ameaça para as
edificações vizinhas ou mesmo para infra-estrutura pública.
Diz ainda que o reconhecimento deste fato está registrado nos códigos de muitas
jurisdições. Sendo importante também para um balanço da segurança de muitas unidades
habitacionais com características e usos semelhantes e também para promover a uniformidade
das exigências de varias jurisdições através do país.
Para que isto aconteça a ASTM International acredita ser necessário que as
propriedades de resistir ao fogo, dos materiais e elementos construtivos, sejam medidas e
definidas de acordo com padrões comuns, expressas de acordo com a semelhança quanto à
utilização, para a grande variedade de materiais, situações e condições de exposição, como o
que é encontrado no método apresentado na ASTM E 119.
116
Conforme relatado no Anexo X 5.1.2 do Anexo X.5, o British Fire
Prevention Committee, fundado em 1894, foi o primeiro a produzir tabelas contendo a
resistência ao fogo de tetos, pisos, portas e divisórias.
Nos Estados Unidos, os testes realizados em fornos foram desenvolvidos,
pouco depois de 1900, pelos Underwriters Laboratories Inc da Universidade of
Columbia e pelo então National Bureau of Standard (NBS), hoje conhecido como
National Institute of Standards and Technology (NIST), orientando conseqüentemente
o desenvolvimento do método de ensaio E 119.
Conta ainda que a ASTM publicou este método pela primeira vez em 1918
sob o numero C 19. Refinamentos têm sido feitos desde então como, por exemplo, a
classificação de vigas, lajes e coberturas fundamentada em condições de suporte.
Informa também que muitos desses foram obtidos envolvendo a curva-padrão
temperatura x tempo e os principais aparatos, que, permanecem essencialmente sem
modificações e que a origem do teste de resistência ao fogo como é conhecido hoje
pode ser reconhecida desde 1800.
Ao abordar sobre carga de incêndio no Item X.5.3 deste mesmo anexo, diz
que, as especificações a respeito de resistência ao fogo nos documentos reguladores
continuam a ser fundamentados basicamente no conceito de carga de incêndio
desenvolvido pelo National Bureau of Standard na década de 20 e publicada pelo
National Fire Protection Association em 1928 em seu periódico trimestral por
Ingberg.
O conceito incorpora a premissa de que a duração do incêndio é proporcional
à carga de incêndio, definida com a quantidade de material combustível por metro
quadrado do piso considerado. A relação entre a quantidade de material combustível e a
duração do incêndio foi estabelecida com base em ensaios onde era feita a destruição
total pelo fogo de estruturas utilizando materiais com um potencial calorífico com
valores equivalentes a madeira e o papel, que é da ordem de 16,3 a 18,6 MJ/kg. A carga
de incêndio para materiais não celulósicos como óleos, graxas e líquidos inflamáveis são
traduzidos baseado no calor equivalente.
Baseado neste comentário, a severidade do incêndio é definida como a
medida da intensidade de temperatura e a duração deste incêndio. Isto é expresso em
minutos ou horas de exposição ao fogo e no método de ensaio E 119 da ASTM é
assumido como sendo equivalente ao definido pela curva-padrão tempo x temperatura,
ou seja, pela área abaixo da curva.
117
A curva utilizada neste método de ensaio foi adotada em 1918 após amplamente
discutida em diversas conferências entre onze organizações técnicas, incluindo laboratórios,
companhias de seguro, associações de proteção contra incêndio e associações técnicas.
O método de ensaio conforme apresentado nos Itens 1 e 4 desta norma, é
utilizado para avaliar e descrever o comportamento de materiais e elementos construtivos
que integrem a constituição final das edificações, incluindo, paredes e painéis com e sem
função estrutural e elementos estruturais como vigas pilares, lajes e coberturas, quando
expostos a condições padronizadas de calor e chamas, controladas com o objetivo de se
alcançar uma temperatura pré-determinada dentro de um espo de tempo também
especificado previamente. Apresenta ainda métodos alternativos para avaliação das
proteções para pilares e vigas metálicos.
Tem por objetivo avaliar por quanto tempo estes elementos construtivos mantêm a
sua habilidade de conter o incêndio ou a sua integridade estrutural ou ambos dependendo do
elemento que esta sendo avaliado, sob as condições impostas pela norma.
Para as paredes, divisórias, pisos e coberturas devem ser avaliados também quanto
à capacidade de isolamento térmico, onde a condição de aceitação imposta pela norma impõe
uma limitação de temperatura na face não exposta.
A temperatura limite é medida durante o tempo de classificação do corpo-de-
prova e determinada pela média das temperaturas, obtidas por não menos que nove
termopares para lajes, coberturas paredes e divisórias, não deverá exceder a 250 °F (139 °C)
acima da temperatura ambiente, conforme Itens 16.1.3, 18.1.3, 31.1.2 e 33.1.2, exceto quando
a temperatura, em qualquer um desses pontos considerados, atingir 30 % acima da
temperatura limite, especificada como a média das temperaturas individuais, de acordo com o
Item 7.4.
No Item 11 é tratado o ensaio com mangueira de incêndio, exemplificado na
Ilustração 3.7, que deve ser aplicado onde necessário como exigência de aceitação, para
avaliação da integridade deve ser conduzido conforme Itens 11.2 a 11.6.
Conforme exigência, todas as paredes e divisórias classificadas com tempo de
resistência ao fogo maior ou igual a 1 hora, deverão ser submetidas ao impacto refrigerante e
aos efeitos causados pelo jato de água projetados por uma mangueira de incêndio de 2 1/2”
(63,5 mm) equipada com um bico de 1 1/8” (28,5 mm) com pressão padronizada conforme
Item 11.5 a uma distância prevista em 1.6.
A exigência desta verificação para lajes, pilares e coberturas foi retirada do teste
pela dificuldade de realização e por causar danos excessivos aos fornos.
118
3.3.2.7 UL
263
(UL,
2003)
-
S
TANDARD FOR FIRE TESTS OF BUILDING CONSTRUCTION AND
MATERIALS
Os ensaios de resisncia ao fogo apresentados nesta norma se aplicam a elementos
construtivos confeccionados em alvenaria e a elementos com fuão estrutural para edificações,
portantes inclusive, e para paredes e divisória, pilares, vigas, lajes e composões de vigas e lajes para
piso e coberturas. Sendo também apliveis a outros elementos construtivos, estruturais ou não, que
façam parte da estrutura permanente de uma edificação.
A classificação para materiais e elementos construtivos tem por objetivo registrar seu
desempenho durante o período de exposão ao fogo eo pode ser interpretado como determinão
de aceitabilidade para utilização após sua exposição ao fogo.
Estas exigências têm por objetivo verificar o peodo de tempo pelo qual estes elementos
construtivos conterão o fogo ou manterão a integridade estrutural, ou ambos, dependendo do tipo de
elemento envolvido, durante uma predeterminada exposão.
O teste avalia a resistência ao calor do elemento construtivo e em alguns casos ao teste
com a mangueira de inndio, enquanto é aplicado o carregamento, quando se trata de um elemento
portante. O ensaio com a mangueira não é exigido para elementos construtivos que tenham resisncia
ao fogo inferior a 1 hora.
Em conformidade com estas recomendações o elemento construtivo é submetido a
exposição a um fogo pado controlado para atingir a uma determinada temperatura as um
determinado espaço de tempo.
Algumas vezes, a exposão ao fogo pode vir seguida da aplicação de um jato de água
padronizado de uma mangueira de incêndio, exemplificado na Ilustração 3.7, em conformidade com o
especificado no Item 5.4 desta norma.
Esta exposição pode não ser representativa a todas as condições de inndio, pois estas
podem mudar de acordo com a quantidade, natureza e distribuição da carga de incêndio, da ventilação,
do tamanho e forma do compartimento e de sua capacidade de resistir ao fogo.
Estas recomendações prescrevem uma exposição padronizada ao fogo para a comparação
do desempenho de elementos construtivos, cujas exposições o expressas como 2-horas, 6-horas, 1/2-
hora, e assim por diante.
Os resultados destes testes representam um fator na avalião de desempenho com
relação ao incêndio na constrão de edifícios e sistemas construtivos. Qualquer variação no elemento
construtivo ou nas condições de ensaio tal como tamanho da amostra, sistema construtivo e materiais
empregados, pode mudar substancialmente as características de desempenho do elemento construtivo.
119
Estas recomendações envolvem as seguintes medições e determinações o ensaio:
(a) Medição da transmissão através do elemento construtivo de calor e de
gases extremamente quentes e capazes de ignizar um chumaço de
algodão, quando se tratar de paredes, divisórias, pisos e coberturas.
(b) Medição da habilidade de suportar carga de elemento construtivo com
função estrutural em paredes, divisórias, pisos e coberturas.
(c) Medição da habilidade de suportar carga de um elemento estrutural
individual tal como vigas e pilares em condições limites de
carregamento, confinadas ou não.
Estas recomendações não envolvem:
a) Utilização de condições de desempenho de elementos construtivos
confeccionados com materiais e dimensões outras que não aquela
ensaiada.
b) Avaliação da contribuição do elemento construtivo na geração de
fumaça, gases tóxicos e outros produtos de combustão.
c) Medição do vel de controle ou limitação da passagem de fumaça ou
produtos de combustão através do elemento construtivo.
d) Simulação do comportamento ao fogo de juntas entre elementos de
construção entre pisos e paredes, ou parede e paredes e conexões
semelhantes, a menos que venha previamente instalado no elemento
construtivo ensaiado.
e) Medição da propagação de chamas na superfície dos elementos
ensaiados
f) Os efeitos da resistência ao fogo de aberturas convencionais no elemento
construtivo, tal como caixas de passagem para tomadas, tubulações ou
semelhantes.
Teste para avaliação das características de inflamabilidade de materiais de
construção, baseados na velocidade de propagação de chamas, pode ser encontrado na norma
Standard for Test for Surface Burning Characteristics of Building Materials -
UL 723 (UL, 2003).
Aplicação dos resultados destes ensaios para prever o desempenho para as
exigências reais na construção de edifícios requer uma avaliação cuidadosa das condições de
ensaio. Se um fator de excessiva segurança inerente às condições de ensaio é desejado, um
incremento proporcional deve ser feito no tempo específico do período de classificação.
120
Ilustração 3.11 Curva temperatura x tempo (UL, 2003)
A condução dos ensaios de materiais e elementos construtivos deve ser controlada
pela curva temperatura x tempo representada na Ilustração 3.11.
A temperatura no interior do forno no início do ensaio deve ser igual à
temperatura ambiente. A temperatura medida durante a realização do ensaio a ser comparada
a curva temperatura x tempo padrão, deve ser a temperatura média obtida pelas leituras de não
menos que nove termopares para pisos, coberturas, paredes e divisórias e não menos que oito
para pilares e vigas.
Cinco destes termopares devem ser posicionados simetricamente de forma que um
seja instalado no centro da amostra e os outros quatro no centro de cada quarto da amostra. Os
demais deverão ser posicionados de maneira que se consiga informações representativas do
desempenho do elemento constritivo durante a realização do ensaio.
3.3.2.8 NFPA
251:
S
TANDARD
M
ETHODS OF
T
ESTS OF
F
IRE
E
NDURANCE OF
B
UILDING
C
ONSTRUCTION AND
M
ATERIALS
,
2006
E
DITION
Esta norma apresenta um método de ensaio para a determinação da resistência ao
fogo de elementos construtivos. Para avaliar por quanto tempo este restringe o incêndio em
seu lugar de origem, matem sua integridade estrutural, ou ambas as propriedades dependendo
do tipo de elemento construtivo envolvido em uma situação de exposição ao fogo.
A intenção desta norma é que o grau de resistência ao fogo seja baseado no
desempenho durante o período de exposição e o para determinar a adequação ao uso após a
exposição ao fogo. Os resultados deste ensaio são um dos fatores na avaliação do desempenho
de elementos construtivos em situação de incêndio.
121
Este método de ensaio se aplica as paredes de alvenarias combinadas com
elementos estruturais, incluindo divisórias e paredes com e sem função estrutural, pilares,
vigas, lajes, pisos e coberturas e subconjuntos de lajes e vigas e de vigas com pisos e
coberturas. Também se aplica aos elementos de vedação e elementos estruturais que fazem
parte da estrutura permanente de uma edificação.
Esta norma exige que o espécime seja submetido a uma situação de exposição ao
fogo padrão, que é controlado para atingir a uma temperatura específica durante um período
de tempo específico. Em alguns casos a exposição ao fogo é seguida da aplicação do jato de
uma mangueira de combate a incêndio, como exemplificado na Ilustração 3.7, conforme
especificado no Item 6.2 desta norma.
A exposição não é considerada representativa de todas as condições de incêndio,
pois estas variam com as mudanças de quantidade, natureza e a distribuição da quantidade da
carga de incêndio, ventilação, o tamanho e forma do compartimento e sua capacidade de
resistir ao fogo. O ensaio fornece uma medida relativa ao desempenho ao fogo de elementos
construtivos comparáveis sobre condições específicas de exposição ao fogo. Variações na
construção ou nas condições em que são ensaiados, varia substancialmente o desempenho
característico do elemento construtivo.
Esta norma apresenta métodos para a medição dos seguintes itens:
1) Em paredes, divisórias, pisos e coberturas:
a) Transmissão de calor
b) Transmissão de gases quentes através dos elementos construtivos,
suficientes para ignizar um chumaço de algodão.
c) Capacidade de suporte de carga da amostra durante o tempo de
exposição do elemento construtivo quando os elementos estruturais
estão incluídos.
2) Para elementos estruturais individuais como vigas e pilares, a
capacidade de carga sob condições de exposição com algumas
considerações a respeito das condições finais de suporte como por
exemplo se o elemento é engastado ou não, etc.
Esta norma não fornece:
1) Informações do desempenho de elementos construtivos construídos com
componentes ou comprimentos outros que não aquele ensaiado.
2) Avaliação do grau de contribuição ao risco de incêndio através da
geração de fumaça, gases tóxicos ou outro produto de combustão.
122
3) Medição do grau de restrição ou limitação da passagem de fumaça ou
produtos de combustão através do elemento construtivo.
4) Simulação do comportamento ao fogo de juntas entre elementos
construtivos, tal como conexões entre piso e parede ou parede com
parede.
5) Medição da propagação chamas sobre a superfície do elemento
ensaiado.
6) Efeito na resistência ao fogo de aberturas convencionais nos elementos
construtivos como receptáculos para tomadas e interruptores,
encanamentos, etc. A menos que este elemento construtivo seja
preparado para ensaio contendo estas aberturas.
As unidades americanas como o inch e pound e as unidades do sistema internacional (SI)
entre parênteses, devem ser aceitas com medidas principais para satisfazer as exigências desta norma.
Ilustração 3.12 – Curva temperatura x tempo (NFPA, 2006)
A condução dos ensaios de materiais e elementos construtivos deve ser controlada pela
curva temperatura x tempo representada na Ilustração 3.12 apresentada no Anexo B desta norma. A
temperatura no interior do forno no inicio do ensaio deve ser igual a temperatura ambiente.
A temperatura fixada pela curva deve ser a temperatura dia obtida pelas leituras de
não menos que nove termopares para pisos, coberturas, paredes e divisórias e o menos que oito
para pilares e vigas.
O desempenho de paredes, pilares, pisos e outros elementos construtivos sob condões
de exposição ao fogo é um assunto da maior imporncia assegurando que as construções o
seguras e o uma amea às estruturas vizinhas, ao público e ao meio ambiente. Este fator é
reconhecido pelos códigos e muitas autoridades no assunto.
123
É importante para criar um equilíbrio entre unidades de uma edificação isolada ou
entre edificações com características semelhantes e utilizados na comunidade como
edificações multifamiliares ou coletivas, comerciais, para serviços de hospedagem, serviços
profissionais, etc, e para promover a uniformidade nas exigências das regulamentações
compulsórias por todo o país.
Por esta razão é necessário que as propriedades resistivas ao fogo de materiais e
elementos construtivos sejam mensuradas e especificadas em conformidade com normas de
aceitação mútua e expressas em termos aplicáveis a uma ampla variedade de materiais,
situações e condições de exposição.
Estes métodos de ensaio são padronizados. Eles prescrevem uma exposição
uniforme ao fogo com severidade e duração controladas. O desempenho é definido como o
período de resistência a uma exposição padrão que expiram antes que o primeiro ponto crítico
seja observado em seu comportamento.
Os resultados são relatados em unidades de medida com as quais a área de
exposição possa ser avaliada e expressa. Seu desempenho ou tempo de exposição é expresso
como 2 h, 6 h, ½ h e assim por diante.
Onde um fator de excessiva segurança inerente às condições de ensaio é
desejado, um incremento proporcional deve ser feito no tempo específico do período de
classificação.
Este método prescreve uma exposição ao fogo padrão para comparar o
desempenho de elementos construtivos. A aplicação dos resultados destes ensaios para prever
o desempenho para as exigências reais na construção de edifícios requer uma avaliação
cuidadosa das condições de ensaio.
3.3.2.9 BS
476:
P
ARTE
8
:1972
(BSI,
1985)
F
IRE TEST ON BUILDING MATERIAL AND
STRUCTURES
T
EST METHODS AND CRITERIA FOR THE FIRE RESISTANCE OF ELEMENTS OF BUILDING
A British Standard Institution inicia a apresentação desta norma afirmando que o
ensaio de resistência ao fogo possibilita avaliar os elementos de construção conforme sua
habilidade de manter sua estabilidade de resistir a passagem de chamas e gases quentes e
proporcionar a necessária resisncia a transferência de calor. Relaciona o termo resistência
ao fogo ao elemento construtivo e não aos materiais que o compõem separadamente.
Afirma também que as investigações realizadas em outros países m
contribuído consideravelmente para o crescimento dos conhecimentos de resisncia ao fogo
desde a ultima revisão da BS 476.
124
Conclui falando da exisncia de um entendimento corrente em todo o mundo a
respeito do objetivo e do todo a ser utilizado na realização do ensaio e que este entendimento
facilitou o trabalho dos comitês técnicos da ISO - International Standard Institution na hora de
esboçar as recomendações para o ensaio de resisncia ao fogo.
Informa que nesta revisão da norma, as recomendações da ISO 834 foram utilizadas
como modelo, retiradas foram feitas somente onde exigências específicas tornaram-se necessárias
na Inglaterra (UK). Reconhece que, a adão das recomendações da ISO tem a vantagem de
possibilitar o intercâmbio internacional de informões.
Indiferente das diferenças de apresentação à única divergência importante é a inclusão
de métodos de ensaio para portas e elementos de vedação, colocação de vidraças e forros suspensos
que ainda não foram incorporados às recomendações da International Standard Organization (ISO).
Em seguida estão enumeradas as principais modificações por que passaram as versões
anteriores:
(a) escopo: o campo de atuação da norma foi ampliado com a inclusão de
ensaios com forros suspensos. Seu desempenho é avaliado pela capacidade
de proteção dada a vigas melicas utilizadas como suporte de lajes;
(b) curva temperatura x tempo: a curva utilizada desde a primeira edição
desta norma, em 1932, era definida por uma série de pontos arbitrários.
Verificou-se a vantagem da utilização de dados computacionais através
de uma curva derivada de funções matemáticas. Esta curva foi
escolhida pela ISO e adotada por esta norma. Aplicou-se a relação
tempo x temperatura que não variou significativamente em relação a
curva padrão anterior;
(c) tamanho da amostras: as dimensões mínimas das amostras foram
alteradas para introduzi-las de forma corrente conforme recomendações
da ISO que se baseiam no sistema métrico. Reduções foram feitas no
tamanho mínimo das paredes e divisórias, na largura de pisos e
coberturas, ao mesmo tempo em que aumentaram o vão mínimo de
pisos, coberturas e vigas;
(d) desempenho das amostras: nas primeiras normas, o período de
classificação da amostra era em função da amostra ensaiada. Foi
considerado restritivo e por isto agora o tempo de classificação foi
substituído pela notação do tempo real em que se dá a falência da
amostra, dado em minutos, conforme critérios pertinentes;
125
(e) medição da temperatura: a temperatura continua sendo medida como
era medida nas versões anteriores da norma, sendo alterado apenas o
método utilizado para medição da face não exposta;
(f) passagem de chamas e gases: as primeiras normas eram muito
subjetivas quanto à definição do tamanho crítico das rachaduras,
fissuras e outros orifícios, e o teste tem sido especificado envolvendo a
utilização de um chumaço de algodão. A norma estabelece para o forno
uma pressão levemente acima da pressão atmosférica;
(g) carregamento: a norma permite que a carga de ensaio seja menor do
que a carga admissível gerada, quando considerada ser a mais
representativa do elemento construtivo em situação de utilização real.
As exigências para recarga foram aprovadas na prática para criar
dificuldades para determinar o ponto no qual o aquecimento deve ser
determinado para construções que entrem em colapso durante o
aquecimento. Isto é alcançado estimando o tempo para término do
aquecimento, quando, bem sucedido, em conformidade com a exigência
de recarga será constada.
(h) ensaios com paredes: procedimentos foram introduzidos para ensaios
com paredes externas com aberturas e para paredes contendo vigas e
pilares.
(i) ensaios com pisos e vigas: a flexão é usada por esta norma como um
critério adicional para a determinação da falência da amostra;
(j) ensaio com portas: esta norma permite que portas sejam ensaiadas e o
desempenho seja julgado utilizando-se os mesmos critérios aplicados
para paredes e divisórias ou alternativamente baseados nos critérios de
estabilidade e integridade somente;
(l) layout: a estrutura da norma foi alterada. Os métodos de ensaio para os
vários tipos de elementos construtivos foram especificados
individualmente para facilitar o entendimento da norma.
Esta parte da BS 476 apresenta métodos de ensaio e critérios para determinação da
resistência ao fogo de elementos construtivos. Aplica-se a paredes e divisórias com e sem
função estrutural, pisos, coberturas planas (flat roof), pilares, vigas, forros suspensos como
proteção de vigas metálicas, portas e elementos de vedação fixos e articulados (shutter),
aberturas envidraças e membranas para proteção de forros suspensos.
126
No Item 1.2.1 é recomendado que sempre que possível o ensaio deve ser feito
com amostras em escala real, deixando a especificação das dimensões mínimas para os itens
específicos para cada tipo de elemento construtivo.
No item 1.2.2 exige que, esta amostra deve ser representativa da condição de
utilização do elemento construtivo a ser avaliado, que para o caso de paredes e divisórias com
ou sem função estrutural, Item 2.12, pode conter vigas e pilares como partes integrantes do
elemento construtivo para a verificação de seu desempenho, podendo ainda conter portas e
aberturas envidraçadas.
o Item 1.2.3 fala das exigências de condicionamento da amostra, quando a
amostra deve ser condicionada por tempo necessário para que a resistência e umidade da
amostra sejam as esperadas para a condição de utilização.
O laboratório pode solicitar ou executar os ensaios que determinam estas
propriedades, as quais se esperam que estes materiais atendam quando empregados nas
condições reais de utilização.
Destaca em nota aparte que, o ensaio não deverá ser realizado até que o elemento
construtivo atinja as condições de equilíbrio com a atmosfera do laboratório. Observa ainda
que, durante o período de condicionamento é desejável que a atmosfera do laboratório não
exceda aos 70 % de umidade relativa do ar.
Permite que a cura do elemento construtivo seja feita de forma natural ou em
ambiente com umidade e temperatura controlada, sendo que a temperatura neste período não
deverá exceder aos 60 °C, caso contrário acarretará em mudanças anormais das propriedades
dos materiais que o compõem.
Nesta nota é dado na verdade ao limites máximos referentes a temperatura e
umidade relativa do ar, pontos estes fixados nas normas brasileiras para uma temperatura de
(25+10) °C e umidade relativa do ar de 40 a 65 %.
Sendo que o ensaio deverá ser realizado após 48 horas de condicionamento da
amostra no que se refere às portas e vedadores para shafts de passagem de cabos e dumpers
para dutos de ventilação, conforme a NBR 6479 (ABNT,1992) e pelo tempo de cura
necessário para que ou materiais de paredes e divisórias possam atingir a umidade e
resistências previstos para a situação de utilização conforme NBR 10636 (ABNT, 1989) e
Item 1.2.3 desta norma
O Item 1.4.1 diz que a elevação de temperatura deverá variar conforme condições
padronizadas apresentadas no Item 1.4.2, cujas recomendações foram adotadas pela
NBR 10636 (ABNT, 1989).
127
O Item 1.4.2 aborda as condições de aquecimento padronizado, cujas
recomendações foram adotadas pela NBR 10636 (ABNT, 1989) e descrito como parte do
método de ensaio no Item 10.1 desta dissertação, em conformidade com a Equação 10.1 que
tem alguns de seus pontos apresentados na Ilustração 10.9, e representados na Ilustração 10.8.
Sendo que as exigências quanto à tolerância para a variação da temperatura,
apresentadas nesta norma equivalem ao Item 5.1.2 da NBR 10636 (ABNT, 1989), será tratado
no Item 10.1.3 como parte integrante dos procedimentos de ensaio.
O Item 1.4.3 aborda a medição da temperatura interna forno que deverá utilizar
termopares com seção não menor que 0,75 mm e não maior que 1,5 mm, protegido por
material cerâmico, e ponta com exposição de 25 mm, com precisão de + 1,5 %, posicionado a
100 mm do elemento construtivo. A quantidade mínima é dada pelos itens específicos para
cada elemento construtivos, como, por exemplo, a cada 1,5 para paredes e divisórias,
conforme Item 2.3.1.
O Item 1.4.4 diz que quando da determinação da integridade que, a parte superior
do forno deve ser mantida sob a pressão de 15 + 5 N/m² (1,5 + 0,5 mm de coluna d’água).
Apresenta ainda um método para verificar se uma fissura ou outro tipo de abertura
existente permite a passagem de chamas ou gases quentes, posicionando um chumaço de
algodão a uma distância não maior que 30 mm de cada uma dessas aberturas no elemento
ensaiado, por tempo não superior a 10 s, para verificar se estes gases podem ignizar o
chumaço de algodão.
A medição da temperatura da face não exposta, para verificação do isolamento
térmico deverá ser feita por termopares com diâmetro não maior que 0,5 mm soldados a um
disco de cobre com 12 mm de diâmetro e 2 mm de espessura. Estes deverão ser posicionados
sobre a face não exposta da amostra, cobertos por uma trama de asbesto com 30 mm de lado e
fixados adequadamente para garantir a leitura correta das temperaturas.
O Item 1.5 reporta aos critérios de falência, que será determinada pela verificação
de uma das ocorrências apresentadas nos Itens 1.5.1 a 1.5.3. O tempo de resistência ao fogo
será dado em minutos, contados a partir do início do ensaio até a ocorrência do primeiro dos
critérios de verificação de falência do elemento construtivo.
Conforme Item 1.5.1, a verificação da falência das paredes e divisórias sem
função estrutural se dará pela falência do elemento construtivo. Para paredes e divisórias com
função estrutural a falência poderá se dar durante a aplicação da carga de trabalho, ou durante
o período de aquecimento ou ainda na reaplicação da carga feita com a amostra fria 24 horas
depois do fim do ensaio.
128
Para o caso de vigas, pilares, pisos ou coberturas, será considerado a falência se
verificada a ocorrência de flexão excessiva destes elementos.
Conforme Item 1.5.2 a falência verificada através da integridade se da na
ocorrência de fissuras ou outras aberturas que permitam a passagem de chamas ou gases
quentes com capacidade de ignizar o chumaço de algodão.
Conforme Item 1.5.3 a falência verificada considerando-se o isolamento térmico
se dará quando a média das temperaturas medidas na face não exposta exceder à temperatura
inicial em 140 °C ou em qualquer dos pontos de verificação exceder em 180 °C à temperatura
inicial.
3.3.2.10 ACI216_1-97/TMS0216_1-97-97,
(ACI,
1997)
-
S
TANDARD
M
ETHOD FOR
D
ETERMINING
F
IRE
R
ESISTANCE OF
C
ONCRETE AND
M
ASONRY
C
ONSTRUCTION
A
SSEMBLIES
O American Concrete Institute introduz esta norma falando da importância de se
considerar a resistência ao fogo de elementos construtivos na fase de projeto das edificações.
Enquanto as considerações para projetos estruturais de concreto e alvenaria em ambientes
com temperatura ambiente são apresentadas na ACI 530/ASCE5/TMS 402, respectivamente,
estes códigos não consideram o impacto do incêndio.
A norma que integra este documento contém desta maneira procedimentos
analíticos de projeto para determinar a resistência ao fogo de elementos em concreto e em
alvenaria e elementos de construção. Onde ocorrerem divergências em exigências específicas
de projeto entre esta norma e os códigos citados acima, como no caso de recobrimento de
armadura, o mais rigoroso deve ser aplicado.
Esta norma descreve métodos admissíveis para a determinação da resistência ao
fogo de concreto e elementos de alvenaria e elementos estruturais incluindo paredes, lajes
para piso e coberturas, vigas, pilares, vergas e proteções em alvenaria para pilares em
estrutura metálica. Este método deve ser empregado em projetos e em resoluções analíticas,
devendo ser baseado na exposição ao fogo e na aplicação dos critérios da ASTM E 119.
Esta norma não se aplica a pisos e coberturas com estrutura metálica. Permite, no
Item 1.2, a utilização de um método que não o apresentado nesta norma, desde que seja
baseado no tempo de exposição e critérios especificados pela ASTM E 119.
Alerta no Item 1.5.1 que os projetos que considerarem a resistência ao fogo de
materiais qualificados em conformidade com o método apresentado pela ASTM E 119, devem
ser calculados para a situação de incêndio de acordo com os resultados e condições de
exposição do ensaio considerado.
129
Considera no Item 1.5.2 que, a resisncia ao fogo associada a elementos construtivos
devem ser consideradas aceitáveis quando estabelecidas atras dos procedimentos de lculo
previstos nesta norma ou através do todo alternativo proposto no Item 1.2.
Esclarece no Item 1.5.3 que, as disposições desta norma não pretendem proibir a
utilização de resultados de cálculo de incêndio para elementos construtivos que tenham sido
aplicados no passado e que tenham comprovado seu desempenho satisfatoriamente.
Acrescenta no 1.5.4 dizendo que, as disposições desta norma não pretendem
impedir a aplicação de novas e emergentes tecnologias para prognóstico da segurança a vida e
propriedades de salvaguarda envolvendo edificações e estruturas.
3.3.2.11 EUROCODE
2
D
ESIGN OF CONCRETE STRUCTURES
(EN,
1992)
3.3.2.11.1 EUROCODE 2 Design of concrete structure - EN 1992 Part 1.2 General
rules – Structural fire design (EN, 2005)
Em 1975 a comiso da Comunidade Euroia decidiu sobre um programa de ão
no campo da construção civil, baseada no artigo 95 do Tratado. O objetivo do programa foi a
eliminão de obstáculos cnicos para o corcio e a harmonização das especificações técnicas.
Dentro deste programa de ações, a comissão tomou a iniciativa de estabelecer uma
série de regras técnicas harmonizadas para os trabalhos de construção civil, os quais, em um
primeiro estágio, poderiam servir como uma alternativa aos regulamentos nacionais com força
nos estados membros, e em um segundo estágio, substituí-los.
Por quinze anos, a comissão, com o auxilio do comitê executivo com
representantes dos estados membros, coordenou o desenvolvimento do programa Eurocodes,
que conduziu à primeira geração dos códigos europeus nos anos 80.
Em 1989, comissão e os estados membros da então European Union (EU) e
European Free Trade Association (EFTA) decidiram, com base no primeiro acordo entre a
comissão e o European Comitê of Standardization (CEN) através de uma série de mandatos,
com o objetivo de fornecer-lhes o futuro status das European Standards (EN).
Sendo que estes uniram de fato os Eurocodes com as prescrições de todos os
conselhos diretivos e ou comissões de arbitragem relacionadas com as normas européias,
como por exemplo, a Construction Products Directive cujo título completo é Council
Directive 89/106/EEC de 21 de dezembro de 1988 sobre produtos de construção e serviços de
engenharia.
130
As normas Eurocode reconhecem a responsabilidade das autoridades reguladoras
em cada estado membro e tem salvaguardado o seu direito de determinar valores relacionados
à questões regulatórias da segurança a nível nacional, onde estas continuam a variar de país
para país.
Os estados membros da European Community (EC) e da European Free Trade
Association (EFTA) reconhecem que os Eurocodes servem de referência como forma de
comprovar a conformidade de construções e serviços de engenharia civil com as exigências
essenciais do Council Directive 89/106/EEC. Particularmente com relação ao Essential
Requierment 1 Mechanical resistência and stability e o Essential Requierment 2
Safety in case of fire, serve também como base para especificar contratos para construções e
serviços de engenharia e também como estrutura básica para a redação de especificações
técnicas harmonizadas para produtos de construção.
3.3.2.11.2 EUROCODE 2 Design of concrete structure - EN 1992 Part 1.1 Common
rules for building and civil engineering structures (EN, 2005)
O Eurocode 2 Design of concrete structure aplica-se aos projetos de edifícios e
serviços de engenharia, concreto armado e concreto protendido. Faz referência somente às
exigências com relação à resistência, à utilidade e à durabilidade das estruturas. Outras
exigências, como isolamento térmico e sonoro, não são consideradas.
A Parte 1.1 do Eurocode 2 apresenta as bases gerais para o projeto de estruturas
em concreto armado e concreto protendido feitos com agregado normal ou com agregados
leves juntamente com regras específicas para construções. Apresenta também regras para
aplicações detalhadas, as quais podem ser aplicadas em construções habituais.
A Parte 1 não cobre a resistência ao fogo, os aspectos particulares para tipos
especiais de edifício como, por exemplo, edifícios altos, os aspectos particulares para tipos
especiais de empreendimentos de engenharia civil tais como viadutos, pontes, barragens,
plataformas e plataformas offshore. Também não cobre componentes para concreto aerado e
aqueles confeccionados com agregados pesados ou contidos em seções de estruturas
metálicas, para este ultimo será necessário consultar o Eurocode 4 (EN, 1994) design of
composite steel and concrete structures.
A Parte 1.1 do Eurocode 2 é suplementada pela Parte 1.2 Fire resistance of
concrete structures a qual complementará ou adaptará a Parte 1.1 para aspectos particulares
para tipos especiais de edifícios, métodos especiais de construção e determinados aspectos de
projeto os quais são de importância prática corrente.
131
O item 2.1.2 reafirma as prescrições dos regulamentos compulsórios com relação
ao tempo requerido de resistência ao fogo, dizendo que as estruturas deste devem ter
estabilidade mecânica suficiente, limitando a elevação de temperatura na face não exposta
através de isolamento térmico adequado e uma estanqueidade suficiente, para prevenir o
surgimento de trincas que permitiram a passagem de chamas e gases quentes.
As exigências acima mencionadas podem impor tamanhos para os elementos
estruturais maiores do que aqueles exigidos nos cálculos feitos para temperaturas mais frias
(20 °C) e serão encontrados seguindo-se as recomendações da Parte 1.2 desta norma.
A Parte 1.2 do Eurocode 2 descreve os pontos fundamentais, exigências e regras
para projetos estruturais para edifícios expostos ao fogo. Considera ainda que os objetivos
gerais da proteção contra incêndio estão em limitar os riscos com relação aos bens públicos e
particulares, propriedades vizinhas e, onde exigido o meio ambiente e propriedades
diretamente expostas em caso de incêndio.
Lida com projetos de concreto estrutural para a situação acidental de exposição ao
fogo e planejada para ser usada em conjunção com as Partes 1.1 e 1.2 do Eurocode 1
(EN, 1991). A Parte 1.2 somente identifica diferenças ou complementos em projetos para
temperatura normal. Trata somente com métodos passivos de proteção contra incêndio, os
métodos ativos não são cobertos.
Aplicada para estruturas de concreto que, por razões gerais de segurança contra
incêndio, são exigidas no desempenho de certas funções quando expostas ao fogo em
condições de evitar o colapso prematuro das estruturas e limitar a propagação do incêndio
além das áreas designadas. Apresenta instruções gerais, definições e regras de utilização em
projetos estruturais para exigências especificadas com relação às finalidades mencionadas e
os níveis de desempenho. Aplica-se às estruturas ou parte delas que se encontrão dentro do
escopo e são projetadas em conformidade com a Parte 1.1., contudo, não cobre as estruturas
em casca e as estruturas protendidas por tendões externos.
Na pagina 4 da Parte 1.2 o Eurocode 2 traz como informações específicas adicionais
exigências essenciais para limitação do risco ao incêndio, apresentadas pela Construction
Products Directive 89/106/EEC de 21 de dezembro de 1988, onde determina que as construções
devem ser projetadas e construídas de maneira que, em caso de uma deflagrão de incêndio, a
resisncia menica desta constrão possa ser admitido por um período de tempo específico,
que a gerão e a propagação do incêndio dentro da edificão e para edificações vizinhas seo
limitados, que os ocupantes poderão deixar a edificação ou podeo ser resgatados de outras
maneiras e que a seguraa da equipe de resgate é levada em consideração.
132
De acordo com o Interpretative Document Nº 2 Safety in case of fire, as
exigências essenciais podem ser cumpridas observando-se as varias estratégias de
segurança contra incêndio corrente nos estados membros, incluindo medidas de protão
passiva e ativa.
As partes de estruturas do Eurocode relacionadas com o incêndio tratam de
aspectos específicos da proteção passiva contra incêndio em termos de projeto de estruturas e
parte dele para uma resistência mecânica apropriada e para limitar a propagação do incêndio
porquanto relevante.
3.3.2.12 NFPA
101
(NFPA,
2000)
L
IFE
S
AFETY
C
ODE
2000
E
DITION
.
-
C
ODE FOR
S
AFETY
TO
L
IFE FROM
F
IRE IN
B
UILDINGS AND
S
TRUCTURES
Este código apresenta as características necessárias à construção, proteção e
ocupação, para minimizar perigos à vida proveniente do fogo, incluindo a fumaça e gases
tóxicos, ou do pânico.
Estabelece critérios nimos para o projeto das instalações de saída para permitir
o rápido abandono dos ocupantes de uma edificação, ou onde desejável, para as áreas de
segurança dentro da edificação.
Este código apresenta também outras considerações que são essenciais para a
segurança da vida reconhecendo o fato de que a segurança a vida é mais do que uma questão
do aprovisionamento de saídas.
Este código também apresenta sistemas e características protecionistas, building
services”, características operacionais, atividades de manutenção e outras disposições em
reconhecimento do fato que alcançar um nível aceitável de segurança a vida depende de
salvaguardas adicionais para propiciar um tempo de abandono adequado e proteção para as
pessoas expostas ao fogo.
Este código não apresenta as características gerais de prevenção contra incêndio
ou da construção de edificações, que são normalmente função dos códigos de proteção contra
incêndio e dos códigos de construção, as características para a prevenção contra o ferimento
das pessoas em função de sua própria negligência e da preservação da propriedade por danos
causados pelo incêndio.
O objetivo deste código é fornecer exigências mínimas, com as devidas
considerações para serem empregadas em projetos, operação e manutenção de edifícios e
estruturas para proteger a vida, para longe do fogo, em situação de incêndio. Estas provisões
irão auxiliar na segurança a vida em outras emergências.
133
A seção 1.4 diz que este código deve ser aplicado não só as edificões novas
mas também as edificações e estruturas existentes. Deve ser aplicado também a veículos,
embarcão ou outros meios de transporte como definido na são 16.1, nestas
circunstâncias como tal estes veículos e embarcões devem ser tratados como
edificações.
Na seção 1.5 é explicado que nada neste código tem a intenção de se evitar o uso
de sistemas, métodos ou dispositivos de qualidade equivalente ou superior, resistência ao
fogo, durabilidade ou segurança, superiores ao que esta prescrita neste código.
Este código contém 390 páginas e é essencialmente formado por quatro partes. A
primeira consiste dos capítulos 1 a 4 e dos capítulos 6 a 11 freqüentemente mencionados
como capítulos base ou fundamentais.
A segunda parte é o capítulo 5, o qual detalha a opção baseada em desempenho. A
parte seguinte consiste dos capítulos de 12 a 42, que tratam das exigências conforme os tipos
de uso e ocupação.
A quarta e última parte consistem dos anexos A e B. Sendo que o Anexo A não
faz parte das exigências deste documento da National Fire Protection Association (NFPA),
mas foi incluído com o único objetivo de apresentar um material explicativo útil.
O completo entendimento dos capítulos de 1 a 4 e de 6 a 11 é necessário para o
uso deste código de maneira eficaz, uma vez que estes capítulos fornecem os “building locks”
nos quais os capítulos que tratam das edificações conforme o tipo de uso e ocupação se
baseiam.
É importante destacar que a maioria das prescrições contidas nos capítulos de 1
até 4 e do capítulo 6 até o 11 são compulsórios para todo tipo de ocupação. Algumas das
prescrições são compulsórias somente quando mencionadas por uma ocupação em particular,
ou seja, quando permitido nos capítulos de 12 a 42. Outras são compulsórias para todos os
tipos de ocupação a menos que especificamente proibida nos capítulos de 12 a 42.
No Item 7.1.3.2 explica que onde este código exige que uma rota de fuga, meios
de abandono, seja separada das outras partes da edificação, esta construção deve satisfazer as
exigências do Item 8.2.
Deverá ter não menos que 1 hora de resistência ao fogo se conectar três andares
ou menos e que não deve ter menos que 2 horas de resistência ao fogo quando conectar 4 ou
mais andares. Esta separação deve ser construída utilizando-se materiais não combustíveis ou
de combustibilidade limitada e deve ser suportada por uma construção com não menos que 2
horas de resistência ao fogo.
134
Para os propósitos deste código, conforme Item 6.2.1.3, quando diferentes graus
de risco de acordo com o tipo de conteúdo existente em diferentes partes da edificação ou
estrutura, os mais perigosos devem controlar a classificação, a menos que as áreas de risco
sejam separadas ou protegidas conforme especificado na seção 8.4 deste digo e aplicável a
seção apropriada das seções dos capítulos de 11 a 42.
O Item 8.4.1 acrescenta dizendo que, a proteção para qualquer área que tenha um
nível de risco maior que o normalmente exigido para os tipos ocupação comuns às edificações
e estruturas em geral, deverá ser provida de uma área vedada sem a utilização de janelas, com
1 hora de resistência ao fogo, conforme seção 8.2, ou de um sistema automático para extinção
do incêndio, conforme Item 9.7 ou conter ambos onde o perigo é mais severo ou de outra
maneira especificada nos capítulos de 12 a 42.
Dentre as características de proteção contra incêndio o Item 8.2 trata das
exigências referentes à construção e compartimentação das edificações. Prescreve no Item
8.2.2.1 que, onde exigido, as edificações e estruturas utilizadas conforme capítulos 12 a 42
devem satisfazer as exigências mínimas daqueles capítulos. As paredes utilizadas como
barreiras contra incêndio, ou seja, no fechamento dos compartimentos, devem estar de acordo
com o capítulo 3 da NFPA 220 – Standard for fire walls and fire barriers walls.
Todas as aberturas existentes nas paredes que compõe esta barreira contra
incêndio devem ser protegidas para limitar a propagação do incêndio e a movimentação da
fumaça de um lado da parede para o outro
Os elementos construtivos que compõem o fechamento de um compartimento,
como vigas, paredes, lajes, forros, pilares, pisos e coberturas, para serem utilizados, é
recomendado que seu projeto tenha sido testado para satisfazer aos critérios de aceitação da
NFPA 251 Standard methods of test of fire endurance of building construction and
materials.
Para as portas corta-fogo, é recomendado que seu projeto tenha sido testado para
satisfazer aos critérios de aceitação da NFPA 252 - Standard methods of fire test of door
assemblies. Os elementos envidraçados devem satisfazer os critérios de aceitação da
NFPA 257 – Standard on fire tests for windows and glass black assemblies.
Este documento apesar de ter o título de NFPA 101 - Life Safety Code
(NFPA, 2000) é apenas mais uma norma da NFPA, pois não tem força de lei, não constituindo
assim um regulamento compulsório com a força necessária a um código de segurança contra
incêndio.
135
4 LABORATÓRIOS DE ENSAIOS DE RESISTÊNCIA AO FOGO
4.1 LABORATÓRIOS DE RESISTÊNCIA AO FOGO DE OUTROS PAÍSES
Historicamente, a necessidade de verificar se um elemento estrutural tem a
capacidade de suportar altas temperaturas em um incêndio foi levantada no final do século
XIX quando se iniciou a construção de edifícios altos. Fitzgerald (1997) relata que os
primeiros ensaios de resistência ao fogo nos Estados Unidos, no final do século XIX, foram
feitos num forno cujo fogo era alimentado por dormentes de ferrovia. Esse processo não era
repetitivo e, portanto, controverso quanto a sua validade por ocasião da certificação do
sistema ensaiado.
Tendo em vista que a reprodução de um incêndio real, com as mesmas
características de duração e severidade, estava fora de cogitação, foi necessário
desenvolver um método padronizado de verificação que pusesse fim a essa incerteza: o
incêndio-padrão.
Criou-se, então, um aquecimento controlado, o qual pode ser reproduzido em
duração e severidade. Normalizado o incêndio-padrão, foi preciso criar parâmetros
para quantificar o ensaio, em função do desempenho exigido da estrutura, ou seja,
quanto tempo o elemento estrutural deve resistir ao “incêndio-padrão baseado em que
parâmetros (SEITO, 2003).
Denomina-se incêndio padrão o modelo de incêndio para o qual se admite que a
temperatura dos gases no ambiente em chamas respeite as curvas padronizadas de ensaio. A
característica principal desta família de curvas é a de possuir apenas um ramo ascendente
admitindo-se, portanto que a temperatura dos gases seja sempre crescente com o tempo e, am
disso, independente das características do ambiente e da carga de incêndio (SILVA, 2001).
Com o passar dos anos os métodos de ensaios têm padronizado muitos outros
detalhes do ensaio de resistência ao fogo, tais como: o tamanho da amostra, a medição de
temperatura, pressão, formas de carregamento, etc. Assim como, a maioria dos laboratórios
vem desenvolvendo um método próprio de execução do ensaio com o objetivo de encontrar
um método de ensaio padrão (NIST, 2002).
Este método de ensaio é útil para comparar o desempenho dos diversos sistemas
construtivos, quando submetidos a uma ação térmica padronizada. Esse ensaio é denominado
fire resistance, em inglês, que foi traduzido por “resistência ao fogo”, porém, a tradução mais
fiel seria resistência ao incêndio já que a palavra fire significa fogo ou incêndio.
136
Uma das exigências básicas do ensaio é a sua repetibilidade, ou seja, quando
corpos-de-prova iguais são submetidos ao ensaio num mesmo equipamento e operadores,
devem apresentar resultados similares.
Vargas e Silva (2003) ressaltam que essa curva não representa um incêndio real e
que quaisquer conclusões, que tenham por base essa curva, devem ser analisadas com
cuidado, pois não correspondem ao comportamento real do incêndio ou das estruturas
expostas ao fogo, pois a temperatura atuante no elemento estrutural é inferior à temperatura
dos gases quentes.
Essa temperatura pode ser calculada em função do tempo de exposão ao incêndio-
padrão, por meio detodos anaticos recomendados pela NBR 14323 (ABNT, 1999).
Conforme Silva (2001), o modelo de incêndio padrão não permite a determinação
da máxima temperatura atingida pela peça estrutural, exigindo o pré-estabelecimento de
tempos físicos para se encontrar na curva tempo-temperatura do aço, uma temperatura que
possa ser utilizada no dimensionamento. Explica que esses tempos podem ser obtidos por
meio do Método do Tempo Equivalente, empregando métodos de avaliação de risco, como o
método de Gretener.
Ou através de dados padronizados em norma ou regulamentos, em função das
dimensões e do tipo de utilização do edifício, conhecido como Método Tabular, sendo que
este último determina de forma empírica o tempo requerido de resistência do fogo (TRRF). O
TRRF obtido através da curva-padrão determina uma temperatura que se pressupõe seja
correspondente à máxima temperatura do aço na curva natural.
É costume, em códigos e normas nacionais e internacionais, ao invés de se exigir
segurança à temperatura, exigir-se segurança por um determinado tempo, associado à curva-
padrão. Esse tempo, segundo a NBR 14432 (ABNT, 2001), é o tempo requerido de resistência
ao fogo (TRRF), ou seja, o tempo nimo de resistência ao fogo de um elemento construtivo,
quando sujeito ao incêndio padrão.
Em pesquisa publicada pelo NIST - National Institute of Standards and
Technology em dezembro de 2002, realizada em todos os países do mundo onde existem
laboratórios com capacidade de realizar os ensaios de resistência ao fogo constatou-se que, as
normas mais comumente utilizadas para a obtenção da resistência ao fogo de elementos
construtivos, ou seja, do tempo durante o qual as amostras quando submetidas à elevação
padronizada de temperatura mantêm sua integridade estrutural, estanqueidade a chama e gases
quentes e isolação térmica, são as americanas ASTM E 119, a NFPA 251, a canadense UL
263 e a internacional ISO 834.
137
Constatou-se também que todas elas vêm sendo utilizadas muitos anos e que
estes laboratórios utilizam condições semelhantes de exposição ao fogo, seja na forma de
mensurar a resposta das amostras analisadas às condições de ensaio, seja na forma de
controlar a temperatura no interior do forno.
A prática usual nos ensaios padronizados de resistência ao fogo em fornos é
ensaiar cada elemento construtivo individualmente, não ensaiando lajes e pisos combinados
com paredes e pilares, sendo ensaiados como elementos independentes.
O comportamento das estruturas em altas temperaturas é estudado em alguns
centros de pesquisas utilizando ensaios em escala real, como por exemplo, os ensaios foram
realizados na Inglaterra pelo Cardington Laboratory do Building Research Establishment
Ltda (BRE) em janeiro de 2003, submetendo as mesmas a um incêndio real. Entende-se que
ensaios em estruturas devam contemplar carregamentos, vínculos e outras condições de
contorno similares às estruturas reais.
Os diversos sistemas construtivos da edificação têm que ser ensaiados, dentro do
possível, na sua posição e condição de uso, assim uma parede estrutural e o pilar são
ensaiados na vertical enquanto a laje e a viga na posição horizontal.
Em função dessas condições de utilização dos componentes, foram desenvolvidos
fornos para ensaios desses elementos construtivos, assim, temos atualmente três tipos de
fornos mundialmente utilizados para ensaios de resistência ao fogo, que são o forno vertical, o
forno horizontal e o forno para pilares, como os fornos do National Research Council of
Canada (NRC/CNRC) apresentados como exemplo nas Ilustrações 4.1 a 4.4. (Fonte:
<http://irc.nrc-cnrc.gc.ca/fr/facilities/index_e.html>)
Seito (2003) em seu trabalho de pós-doutoramento, no qual apresenta uma
proposta para o desenvolvimento de uma estrutura laboratorial para ensaios de resistência ao
fogo, constatou que os fornos utilizados na execução dos ensaios não são padronizados quanto
a sua construção, dimensões, materiais utilizados, sistemas de aquecimento, etc, após consulta
a 28 laboratórios da Europa distribuídos em 18 países, laboratórios estes que possuem um site
próprio denominado EGOLF.
Os laboratórios que responderam a pesquisa do NIST possuem fornos verticais e
horizontais de vários tamanhos. Os fornos verticais existentes nestes laboratórios podem
ensaiar normalmente amostras em tamanho real com aproximadamente 3,0 m de altura por 3,0
m de largura. O maior deles pode avaliar amostras com 4,6 m de altura e 4,0 m de largura e
pertence ao Underwriters Laboratory of Canada - ULC na cidade de Ontário, apresentado na
Ilustração 4.3.(Fonte:
<http://irc.nrc-cnrc.gc.ca/fr/facilities/index_e.html>)
138
Sendo que a maioria deles é raso, possuindo uma profundidade em torno de
0,6 m, mas existem vários que possuem profundidades variando de 1,2 m a 1,5 m, como é o
caso do Omega Point Laboratories Inc OPL na cidade de San Antonio - Texas USA e o
Laboratory for Heat Transfer and Fuel Tecnology of Ghent University LGU na Cidade de
GhentBélgica. Algumas destas organizações podem instalar um colarinho de expansão para
aumentar a profundidade em seus fornos, viabilizando desta forma ensaiar amostras maiores.
Ilustração 4.1 – ULC Canada – Floor Furnace Ilustração 4.2 – ULC Canada - Intermediat escal
Ilustração 4.3 – ULC Canada - Wall furnace
Ilustração 4.4 – ULC Canada - Column Furnace
os fornos horizontais podem avaliar amostras de aproximadamente 4,0 m de
comprimento por 5,5 m de largura. O maior deles também pertence ao Underwriters
Laboratory of Canada - ULC na cidade de Ontário, apresentado na Ilustração 4.1, com
capacidade para ensaiar amostras com 10,5 m de comprimento por 4,0 m de largura.
A profundidade destes fornos geralmente é de aproximadamente 1,80 m, com
exceção do forno canadense que possui profundidade de 2,4 m. Nos fornos horizontais da
maioria destes laboratórios é possível proceder à avaliação de pilares, sendo que alguns desses
laboratórios conseguem mensurar e avaliar a deformação das amostras nas duas direções.
139
4.2 LABORATÓRIOS DE ENSAIOS DE RESISTÊNCIA AO FOGO NO BRASIL
Os laboratórios de ensaios de resistência ao fogo no Brasil resumem-se a fornos
de ensaio de resistência ao fogo para sistemas de vedação vertical. Não foram, ainda,
construídos fornos para ensaiar elementos estruturais ou subconjuntos estruturais.
4.2.1 L
ABORATÓRIO DE ENSAIOS DE RESISTÊNCIA AO FOGO DO
IPT
A partir da década de 70, quando ocorreram no Brasil vários incêndios com
graves conseqüências sociais, cresceu a preocupação por parte das autoridades municipais no
sentido de regulamentar as disposições quanto a segurança contra incêndios. Contudo essas
disposições não poderiam ser analisadas e satisfeitas sem o devido apoio laboratorial e de
pesquisa (SEITO, 2001).
Souza (1986), em seu relato sobre o convênio de cooperação técnica Brasil-Japão,
conta que com esse intuito, o IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo
implantou em 1979 o Laboratório de Ensaios do Fogo, denominado em 1986 como,
Agrupamento de Segurança contra o Fogo.
Salienta ainda que no início dessa implantação, entre os anos de 1974 e 1976,
ocorreu o treinamento dos técnicos, efetuado no National Bureau of Standard NBS, hoje
denominado NIST National Institute of Standard and Technology e no Underwriters
Laboratories UL dos Estados Unidos e no Building Research Institute, Ministry of
Construction do Japão.
A capacidade no Laboratório de Ensaios de Fogo se relaciona, basicamente, com
as áreas de resistência e reação ao fogo, onde se realizam os ensaios de caracterização de
materiais e componentes construtivos.
Ilustração 4.5 – (a) Forno vertical do Laboratório de Ensaios de Fogo do IPT (b) Slide com Porta
Corta-Fogo momentos antes do ensaio
(a) (b)
140
A capacidade no Laboratório de Ensaios de Fogo se relaciona, basicamente, com
as áreas de resistência e reação ao fogo, onde se realizam os ensaios de caracterização de
materiais e componentes construtivos.
Conforme relatado por Souza (1986), além da realização contínua desses ensaios,
que serve de apoio ao setor industrial no desenvolvimento de produtos e o setor
governamental na área de normalização e regulamentação, o Laboratório do IPT tem
desenvolvido uma série de estudos e pesquisas no campo dos materiais e sistemas de
segurança contra incêndios e até em outras áreas, como por exemplo, o movimento da fumaça
nos edifícios de grande altura, tecnologia de extinção de fogo em materiais combustíveis,
potencialidade de incêndios em vagões ferroviários e caracterização de fogo em componentes
para a indústria naval.
4.2.1.1 A
CONSTRUÇÃO DO FORNO
A tecnologia obtida por Alexandre Itiu Seito, pesquisador do IPT, nos Estados
Unidos da América, em 1976, dentro do programa de cooperação tecnológica com aquele
país, possibilitou a instalação do Laboratório de Ensaios de Fogo do IPT.
Segundo Seito (2003), a construção do forno de ensaio de resistência ao fogo para
sistemas de vedação vertical, apresentado na Ilustração 4.5, foi iniciada em 1979 aproveitando
um forno desativado do Departamento de Metalurgia do próprio instituto e colocado em
operação para atender o público em 1981. O prazo entre a construção e a efetiva operação,
que inclui a calibração do forno, levou cerca de 3 anos, ou seja, o primeiro ensaio de
certificação oficial se deu em 1981.
Conta ainda que para colocar o forno em operação foi preciso superar várias
dificuldades, podendo-se citar as principais:
a) Dificuldade de se fazer intercâmbio de informações, pois era o primeiro
forno na América Latina.
b) Controle da pressão interna do forno de +20 Pa apresentou grandes
dificuldades tendo sido solucionado com aberturas para a entrada de ar
na parte inferior do forno e controle da vazão dos gases pela chaminé;
c) Não havia normas técnicas brasileiras de método de ensaio e a grande
dificuldade de comprar as normas estrangeiras;
d) Os técnicos de laboratório tiveram de ser treinados, inclusive com aulas
de inglês, ministradas na própria dependência do laboratório, para
entenderem as normas de ensaio escritas em inglês;
141
e) A técnica de medição da temperatura, tanto do interior do forno como da
superfície do corpo-de-prova foi repassada por Alexandre Itiu Seito;
f) A curva temperatura-tempo do ensaio era obtida manualmente,
controlando a vazão de óleo combustível nos queimadores.
Procedimento utilizado até hoje;
g) A preparação, o transporte e a fixação do corpo-de-prova para o ensaio
exigiram muitas horas de estudo e vários projetos;
h) Não havia exigências de resistência ao fogo nos regulamentos de
segurança contra incêndio em edificações. Os ensaios eram feitos para a
indústria naval brasileira, que atendiam as normas internacionais de
construção de navios.
4.2.1.2 C
ARACTERÍSTICAS DO FORNO DO
IPT
Possui estrutura de perfis metálicos e a envoltória é de chapas metálicas com
isolamento térmico feito por tijolos cerâmicos isolantes, protegidos por 15 cm de lã cerâmica,
com dimensões aproximadas de 2,9 m de largura, 3,0 m de altura e 0,9 m de profundidade,
sendo a exaustão do gás da combustão do óleo diesel é feita por meio de chaminé localizada
no alto do forno.
Seito (2003) relata que apesar de ter sido projetado com seis queimadores a óleo
combustível, utiliza dois a quatro queimadores dependendo do elemento construtivo a ser ensaiado.
Cabendo ressaltar que o gás da combustão não é tratado, indo diretamente para a atmosfera.
Segundo Seito (2003) o controle da pressão interna é feito por meio de registro móvel
colocado na boca da chaminé mediante a leitura dessa pressão por manômetro diferencial. O
sistema de medição da temperatura utiliza termopares Tipo K de cromel-alumel,um
potenciômetro registrador e um data logger de aquisição de dados.
Os corpos-de-prova o preparados fora do galo num quadro metálico e depois
transportados num carro sobre trilhos até a boca do forno, para em seguida ser retirado com uma
talha e levado à boca do forno onde é preso por macacos hidráulicos.
4.2.2 D
EPARTAMENTO DE
A
POIO E
C
ONTROLE
T
ÉCNICO
DCT.C.
A sede do Departamento está localizada no município de Aparecida de Goiânia,
distante cerca de 15 km do centro da capital do estado, Goiânia. Em sua sede, a área total é de
169.916,49 m2, sendo 50.891,14 m2 de preservação ambiental.
142
4.2.2.1 P
ERFIL DA ORGANIZAÇÃO
FURNAS Centrais Elétricas S.A. é uma empresa de economia mista, de
administração indireta do Governo Federal, que atua na geração e transmissão de
grandes blocos de energia elétrica, visando atender a demanda de energia elétrica para a
sociedade brasileira. Criada em 1957, devido à crise energética daquela época, FURNAS
foi a primeira empresa a construir e operar uma usina hidrelétrica com mais de 1.000
MW de potência.
Conta, atualmente, com um sistema que compreende 10 usinas hidrelétricas,
02 termelétricas, mais de 40 subestações e mais de 18.000 km de linhas de transmissão,
com índice de confiabilidade de 99,99%, de acordo com padrões internacionais. A
empresa responde por mais de 40% da energia elétrica consumida no país, atuando em
uma região onde se concentram mais de 70% da produção industrial do Brasil.
O Departamento de Apoio e Controle Técnico - DCT.C é uma unidade de
FURNAS constituída para atuar no desenvolvimento de serviços tecnológicos e
atividades de P&D, direcionadas aos novos empreendimentos de engenharia civil,
notadamente Usinas Hidrelétricas, além de prestar apoio regional a outros órgãos da
empresa. Sua origem são os laboratórios de controle tecnológico agregados às obras de
usinas hidrelétricas de FURNAS, desde o início de suas atividades em 1957.
A partir de 1990 consolidou-se como unidade própria da área tecnológica em
engenharia civil por meio da Resolução de Diretoria RD 012/1.626, de 09.10.90,
acumulando em sua estrutura e em seus profissionais a experiência de mais de quatro
décadas de trabalho na construção civil de grande porte, contando com a participação em
mais de 200 empreendimentos hidrelétricos no seu acervo de serviços prestados.
O DCT.C é hoje reconhecido nacionalmente como a mais importante
instituição tecnológica na sua área de atuação, segundo os resultados obtidos pelo
Departamento no Projeto de Excelência da ABIPTI Associão Brasileira de
Instituições de Pesquisas Tecnológicas. Possui o único equipamento do mundo, em
operação, capaz de executar pistas experimentais de concreto compactado com rolo em
laboratório.
Especialistas de renome nacional e internacional têm visitado o DCT.C e
intercâmbios m sido realizados como forma de evidenciar o direcionamento
estratégico da Unidade em consolidar-se como Referencial de Excelência em sua área de
atuão.
143
O reconhecimento do nível de excelência do DCT.C se retrata no mercado
atendido, como mostra a Ilustração D1 do Anexo D, evidenciando sua atuação na América do
Sul e do Norte, Europa, África e Ásia.
Conforme relacionado, na resolução de diretoria que criou o Departamento, suas
competências básicas são:
a) Coordenar a aplicação de tecnologia aos trabalhos de concreto e
geotecnia nas construções;
b) Desenvolver estudos relativos a técnicas de construção e aplicação dos
materiais;
c) Realizar investigações geológicas e geotécnicas e tratamento de
fundações;
d) Instalar e operar instrumentação de auscultação das barragens;
e) Prestar apoio aos órgãos de construção, relativamente aos processos
construtivos e utilização de materiais especificados;
f) Elaborar procedimentos para o controle da qualidade de concreto e
geotecnia;
g) Outras atribuições relativas à eletromecânica e de liberação de áreas.
Posteriormente, as atribuições relativas à eletromecânica e liberação de áreas
foram repassadas a outros órgãos.
No decorrer de sua atividade, o DCT.C foi se aprimorando na missão que lhe foi
confiada, firmando como unidade de produção de tecnologia, constituindo-se como um
autêntico Centro de Excelência em Engenharia Civil, criado para atender às necessidades de
FURNAS Centrais Elétricas S/A, mas que também, em função do nível atingido, vem atuando
junto ao mercado nacional e internacional de serviços tecnológicos de obras civis do setor de
energia elétrica, expandindo também para outras áreas correlatas, como mineração,
construção civil habitacional, calibração, dentre outros.
Devido à natureza da missão, a unidade não tem como objetivo a produção de
lucros e dividendos com o seu próprio negócio, mas sim para a corporação, por meio da
otimização dos empreendimentos, no tocante ao seu custo de implantação, sua durabilidade e
seu custo de manutenção, sendo este último minimizado devido à qualidade aplicada em sua
construção.
Apesar do exposto acima, vários dos serviços que executa tem caráter
competitivo, como por exemplo, no caso de ensaios de laboratório, calibrações e controle
tecnológico de obras de usinas hidrelétricas.
144
4.2.2.2 A
SPECTOS RELEVANTES
Em face às mudanças estruturais no setor elétrico, ocorridas entre 1995 e 2002, a dirão
do DCT.C sempre procurou imprimir uma postura pró-ativa, buscando alternativas para a manutenção
e o incremento das atividades e com o objetivo de sempre aprimorar o funcionamento da estrutura.
Os credenciamentos, certificações e participações em programas interlaboratoriais são
instrumentos previstos e usados com o objetivo de atestar e manter as competências básicas de forma
ativa, buscando permanentemente o incremento nas atividades por meio da prestão de serviços
técnicos especializados e o desenvolvimento de novas tecnologias e metodologias na área de
engenharia civil.
Com o advento da inseão de FURNAS no PND - Programa Nacional de
Desestatizão, em 1996, antecipando-se à redução dos investimentos corporativos na construção de
novos empreendimentos adotou-se uma postura de pensamento e ão estratégicos com vistas à
manutenção e ampliação das atividades existentes.
Desta forma, o DCT.C galgou diversos patamares em período de forte restrição ao
crescimento corporativo, dentre os quais é possível citar:
a) Abertura à prestação de servos a terceiros, quando ainda era possível contar
com volume considerável de obras no âmbito da empresa;
b) Implantação do Laboratório de Concreto Compactado com Rolo, único do
gênero em atividade no mundo;
c) Credenciamento de seus Laborarios de Concreto e Solos na RBLE Rede
Brasileira de Laboratórios de Ensaio e certificão ISO 9001 de seu sistema
de geso;
d) Implantação do Laboratório de Tecnologia do Ambiente Construído,
aproveitando competências disponíveis, atendendo à demanda interna da
corporação e também a nacional pela habitão, principalmente em se
pesando a carência de infra-estrutura tecnológica na região Centro-Oeste.
4.2.3 L
ABORATÓRIO DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO
LASC
O Laboratório de Tecnologia do Ambiente Construído - LASC é uma unidade do
DCT.C constituída para atuar na área de edificações habitacionais, objetivando o
desenvolvimento de sistemas construtivos, verificação de conformidade à norma de novos
sistemas construtivos ou dando validação científica a sistemas construtivos consagrados,
através do método conhecido internacionalmente, normas ISO, como performance approach.
145
No Brasil os especialistas da área chamam de avaliação técnica ou avaliação de
desempenho de materiais e de componentes de sistemas construtivos, direcionadas
inicialmente ao mercado externo e atualmente aos novos empreendimentos de engenharia
civil, e subestações e usinas hidroelétricas termoelétricas de FURNAS, além de prestar apoio
regional a outros órgãos da empresa.
Com os recursos existentes pode realizar ensaios para verificação de conforto
térmico, conforto acústico, desempenho estrutural, estanqueidade a água, resistência ao fogo e
durabilidade, podendo atuar também na certificação de produtos como portas corta-fogo e
atividades de P&D – Pesquisa e Desenvolvimento.
4.2.3.1 A
VALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE MATERIAIS E COMPONENTES CONSTRUTIVOS
A avaliação técnica ou avaliação de desempenho de novos materiais e
componentes de sistemas construtivos para habitações não é assunto inédito no Brasil.
quase 25 anos, o assunto vem sendo tratado de forma sistemática, a princípio
por um grupo de especialistas do IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São
Paulo, e nos últimos anos por técnicos de várias instituições do Brasil.
Com o apoio do BNH Banco Nacional da Habitação foi desenvolvido o projeto
que estabeleceu a primeira versão dos critérios de desempenho para construções habitacionais
no ano de 1982. Esses critérios foram aplicados na avaliação de inúmeros sistemas
construtivos pelo IPT, reunindo-se experiência que balizou a revisão e atualização dos
critérios inicialmente propostos.
Como resultado dessa revisão, o IPT publicou em 1998 o manual “Critério
Mínimo de Desempenho de Habitações Térreas de Interesse Social”, disponibilizado para
discussão em âmbito nacional no PBQP Habitat - Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade do Habitat. Esse documento serviu de base para a atual Comissão de Estudos
do CB 02, da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas, a CE-02:136.01
“Desempenho de Edificações”, que vem elaborando a primeira norma brasileira aplicada a
edifícios habitacionais de até cinco pavimentos. (MITIDIERI FILHO, 2003)
Nessa norma são definidos os requisitos e critérios de desempenho aplicáveis a
um edifício habitacional como um todo, na sua primeira parte denominada “Requisitos
Gerais” e outras seis partes relativas aos elementos construtivos ou às partes do edifício, como
estrutura, fachadas, pisos, paredes coberturas e instalações hidráulico-sanitárias. Estes não
podem ser avaliados de forma isolada para um ou mais elementos específicos; as exigências
se interagem e são complementares.
146
4.2.3.2. A
VALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES
O método de avaliação utilizado é conhecido internacionalmente como abordagem
de desempenho (performance approach). Este método está consagrado na normalização
internacional (normas ISO), sendo empregado rotineiramente para o desenvolvimento e
avaliação de tecnologias inovadoras em diferentes países do mundo, como, por exemplo, pelo
CSTB - Centre Scientifique et Technique du Bâtiment da França e pelo SAA da África do Sul.
Segundo o Conseil International Du Bâtiment pour la Recherche L’Etude et la
Documentation CIB (1975), a palavra “desempenho” significa comportamento relacionado
ao uso”. Assim, a avaliação de desempenho na construção civil procura antever o
comportamento da edificação, constatando se este comportamento da edificação ou de suas
partes sob condições normais de exposição satisfaz as exigências do cliente final.
Conforme Souza; Mitidieri Filho (1998), “as exigências do usuário são entendidas
como as necessidades que devem ser satisfeitas pela edificação, a fim de que se cumpra a sua
função”. As condições de exposição são definidas “como o conjunto de ações atuantes sobre
um determinado produto durante sua vida útil”.
Os mesmos autores explicam que a análise do atendimento às exigências do
usuário é baseada em requisitos e critérios de desempenho, “entendidos, respectivamente,
como condições qualitativas (requisitos) e condições quantitativas (critérios), às quais um
determinado produto deve atender quando submetido às condições de exposição”.
Consiste em prever o comportamento potencial do sistema construtivo ao longo
do seu uso, tomando-se duas vertentes as exigências do usuário, e as condições de exposição
da habitação. Essas premissas se traduzem em seis exigências dos usuários com relação ao
desempenho estrutural, resistência ao fogo, estanqueidade a água, conforto térmico, conforto
acústico e durabilidade. Do ponto de vista do setor público, visa-se inclusive equalizar, a nível
nacional, os parâmetros que norteiam os investimentos em habitações de interesse social.
O objetivo é dotar as companhias de habitação, os agentes gestores de políticas
habitacionais, os fabricantes e o meio técnico em geral de mecanismos que permitam a
seleção de sistemas construtivos em bases técnicas, estimulando maior oferta de novas
soluções e evitando experiências malsucedidas.
Respeitadas as características regionais, pretende-se eliminar ou minimizar
mecanismos viciados (análises técnicas superficiais, exigências tecnicamente infundadas,
preconceitos, interpretações subjetivas e outras inferências) que às vezes podem conduzir a
aprovação e às vezes à reprovação de um sistema construtivo ou de todo um empreendimento.
147
A abordagem de desempenho busca avaliar a adequação ao uso das novas
tecnologias, considerando a realidade social, econômica e industrial do país, e inclui, entre
outras, exigências relativas a Segurança (riscos de incêndio, prevenção de colapso estrutural e
choques elétricos), a Habitabilidade (estanqueidade a água, conforto térmico, conforto
acústico e níveis de iluminamento), Higiene e Saúde (riscos de ferimentos e proliferação de
microorganismos), a Durabilidade (Vida útil requerida para a habitação e suas partes e
programas de manutenção), e a Adequação Ambiental (utilização racional dos insumos,
redução dos poluentes e eficiência energética das edificações).
“Os requisitos de habitabilidade de uma edificação destinam-se a assegurar
a satisfação de exigências de natureza fisiológica, sociológica, psicológica e
econômica que definem o processo bionômico humano” e “que estes
requisitos são domínio de várias áreas, sistematicamente relacionadas, mas,
que por ordem de valor devem ser representadas por: segurança, higiene,
conforto e economia”.(ROSSO, 1975)
4.2.3.3. L
ABORATÓRIO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO DO
LASC
A capacidade no Laboratório de Ensaios de Fogo se relaciona, basicamente, com
as áreas de resistência e reação ao fogo, onde se realizam os ensaios de caracterização de
materiais e componentes construtivos.
Ilustração 4.6 – (a) Forno vertical do Laboratório de Tecnologia do Ambiente Construído (b) forno
horizontal para ensaios em escala reduzida e selos para shafts de cabos e dutos de ventilação
Possui um forno vertical para a realização de ensaios com paredes e divisórias
com e sem função estrutural e certificação de sistemas de vedação vertical, tais como portas
corta-fogo, e um horizontal em escala reduzida para ensaio com selos e dumpers para selagem
de shafts de passagem de cabos e dutos de ventilação, apresentados na Ilustração 4.6 (a) e (b).
Foram construídos em 2001 para, além da certificação de produtos, dar apoio ao
desenvolvimento de sistemas construtivos habitacionais, e atividades de P&D.
(a)
(b)
148
4.2.3.4. C
ARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Para a verificação da resistência ao fogo de vedações verticais, é utilizado um
forno vertical apoiado sobre vigas metálicas no piso do galpão, possuindo revestimento
refratário composto por mantas de fibras cerâmicas com estrutura de perfil metálico e a
envoltória é composta de chapas metálicas. Apresenta uma câmara de combustão que
apresenta internamente 0,94 m de profundidade e abertura frontal de 4,01 m de largura por
3,09 m de altura.
Ilustração 4.7 – Forno vertical: (a) posicionamento dos queimadores (b) Sistema de exaustão
O sistema de aquecimento foi projetado para utilizar quatro queimadores laterais
de pré-mistura gás-ar, iguais ao da Ilustração 4.8, dispostos nas duas paredes laterais, distando
cinqüenta centímetros da face que contem a amostra, posicionados de maneira que não haja
encontro frontal entre eles. São alimentados por gás liquefeito de petróleo (GLP) e ar
fornecido por um compressor, capazes de proporcionar um aquecimento até cerca de
1.300 °C, portanto, diferente do forno do IPT.
Ilustração 4.8 – Queimador do forno Ilustração 4.9 – Pórtico para montagem das amostras
A exaustão dos produtos de combustão é realizada através de conduto de quarenta
centímetros de altura e setenta centímetros de diâmetro, localizado na porção superior do
forno, ligado ao exterior do laboratório por chaminé. Como no forno do IPT, o gás da
combustão não é tratado, indo diretamente para a atmosfera.
(a)
(b)
149
Este forno foi equipado com termopares conectados a controladores lógicos
prograveis (CLP) com o intuito de automatizar inclusive a operação do forno, maso
funcionou satisfatoriamente no controle dos queimadores, fazendo com que o forno permanecesse
sendo operado manualmente. Desempenhando, porém, conforme esperado as fuões dentro do
sistema de aquisição de dados com as informações transmitidas ao software supervisor.
Foi equipado recentemente com um sistema de macacos hidráulicos, apresentado
na Ilustração 4.10, que permitiu a realização de ensaios para avaliação de paredes com função
estrutural. Para que isto fosse possível foi necessária a instalação, na parte inferior pórtico, de
uma viga de distribuição de carga, permitindo assim que a parede construída sobre ela receba
o carregamento. Essa viga é acionada por 3 cilindros hidráulicos posicionados sobre uma viga
de reação instalada no piso sob o pórtico e presa a este por meio de tirantes em aço.
Ilustração 4.10 - Sistema hidráulico para aplicação de carga
Foi necessário também o reforço da viga superior do pórtico além da criação de
um reservatório de água dentro desta viga com monitoramento da temperatura, através de um
termopar instalado na parte superior dentro de um dispositivo para reposição da água e alívio
da pressão interna causada pelo aquecimento da água, apresentado na Ilustração 4.11.
Ilustração 4.11 Dispositivo para alivio de pressão e controle da temperatura da água
Mantendo-a refrigerada evitando qualquer tipo de movimentação em fuão das altas
temperaturas, com a reposição da água evaporada e liberada pelalvula de alivio de preso.
150
5 GESTÃO DA QUALIDADE - LABORATÓRIOS DE CERTIFICAÇÃO
É hoje um fato amplamente aceito que a integração comercial em escala global é
acompanhada por progressiva redução das barreiras tarifárias. Entretanto, no sentido inverso,
assiste-se ao progressivo aumento das barreiras não tarifárias, em especial das barreiras
técnicas ao comércio.
Cada vez mais relevantes no contexto do comércio internacional, as barreiras
técnicas compreendem um conjunto de funções tecnológicas encadeadas entre si, que são, a
metrologia, a normalização e regulamentação cnica e a avaliação da conformidade, que
compreende inspeções, ensaios e certificações, e têm amplo e indiferenciado uso pelos
diversos setores da economia.
Fazem também parte desse quadro vital para o processo de inovação tecnológica,
produção e competitividade comercial as ações em tecnologias de gestão e propriedade
intelectual. (Embaixador Ronaldo Sardenberg)
Assim, torna-se imprescindível que o País disponha de uma bem estruturada rede
de serviços tecnológicos que suporte à indústria e aos demais setores da economia no
sentido de aparelhá-los para atender a essas exigências e incrementar sua capacidade de
competir no plano internacional.
Ao mesmo tempo, tal estrutura deverá, legitimamente, proteger o mercado interno
quanto ao ingresso de bens e serviços que não atendam a critérios de qualidade de interesse do
nosso consumidor.
Os certificados que permitem demonstrar a conformidade de produtos e serviços
com requisitos especificados em normas técnicas ou em regulamentos técnicos, quando esses
requisitos são compulsórios, e que se baseiam em ensaios conduzidos em laboratórios
credenciados de acordo com parâmetros técnicos internacionalmente aceitos, vêm sendo cada
vez mais exigidos como condição para o acesso a mercados.
Por essa razão, Sardenberg (2001) acredita que, devem ser conduzidas ações
destinadas a consolidar e expandir a infra-estrutura de serviços tecnológicos, na qual devem
ser incluídas também ações no campo de atuação dos institutos e centros de pesquisa
científica e tecnológica e das entidades tecnológicas setoriais.
Além disso, é necessária a consciência de que os investimentos nessa área devem
ser contínuos e estáveis, de modo a permitir a superação de lacunas no curto e médio prazo,
além de um planejamento de longo alcance.
151
5.1 PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA
O Brasil participa de quatro grandes processos no campo da integração comercial
em escala global: a construção do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), a construção da
Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), o processo de integração MERCOSUL -
União Européia e a participação na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em todos esses processos o que se observa é a crescente preocupação com as
chamadas barreiras técnicas ao comércio. Com a diminuição e em alguns casos a
eliminação das barreiras tarifárias, conseência da Rodada Uruguai do GATT - General
Agreement on Tariffs and Trade e a criação da OMC, a protão de mercados, letima ou
o, exercida pelos países no comércio internacional vem sendo substituída pela adoção
dos instrumentos de normalização e regulamentação técnica, tendo numa extremidade a
avaliação da conformidade e na outra a Metrologia. (MCT, 2001).
Os países, os blocos econômicos e suas organizações nacionais e
internacionais têm se preocupado com temas como o reconhecimento mútuo dos sistemas
de normas e avaliação de conformidade, sem o que poderá haver uma considerável
dificuldade para o fluxo de comércio. Fato que permite destacar dentro do contexto deste
trabalho, as diretivas publicadas pela Comunidade Econômica Européia (CEE), mais
especificamente quanto à segurança contra inndio na Diretiva 89/106/CEE do conselho
de 21 de dezembro de 1988, relativa à aproximação das disposições legislativas,
regulamentares e administrativas dos estados membros, no que respeita aos produtos de
construção.
muito se abandonou à idéia de unificão dos sistemas, uma vez que há
diferenças entre os modelos em uso nos diversos países e que transcendem a questão
puramente técnica.
A tônica hoje é a harmonização dos sistemas de metrologia, normalização e
avaliação da conformidade, tomando-se em conta as peculiaridades de cada modelo de
organizão dessas atividades, além de eventuais diferenças de natureza geogfica,
climática, ou de usos e costumes. Nesse sentido trabalha-se ativamente, no plano
internacional, no estabelecimento dos Acordos de Reconhecimento Mútuo, os MRA
Mutual Recognition Arrangement. (MCT, 2001)
Os acordos de reconhecimento internacional o uma das formas mais efetivas
para eliminar o re-ensaio de materiais e produtos por pses importadores, problema
identificado pela OMC como uma das maiores barreiras técnicas aplicadas.
152
O Inmetro, juntamente com organismos de acreditação de outros países, vem
estabelecendo, por meio de cooperações regionais e internacionais, acordo que possa
promover a confiança daqueles que fazem uso dos resultados apresentados por laboratórios de
ensaios e calibração. Com estes acordos, os relatórios de laboratórios acreditados pelo
Inmetro passam a ser aceitos e reconhecidos pelos demais organismos de acreditação
signatários. (INMETRO, 2004)
O Acordo de Barreiras Técnicas da OMC determina que o Regulamento Técnico
deve ser circunscrito ao cumprimento dos objetivos legítimos, tendo como base a norma
técnica internacional. Um ponto de fundamental importância nesse contexto é o que
estabelece que, se um regulamento técnico se baseia em norma técnica internacional o mesmo
não pode ser julgado como barreira técnica ao comércio, posto que a norma internacional é
produto da participação voluntária e do consenso entre os países membros do organismo
internacional de normalização.
O Ministério da Ciência e Tecnologia (2001) reconhece a necessidade de que o
Brasil, por meio de empresas e de órgãos técnicos, se empenhe de forma a influenciar a
produção de normas, guias, orientações e recomendações, que são o produto das atividades
desses organismos, no momento em que estes são elaborados, discutidos e votados. Caso
contrário, sua simples adoção poderá ser prejudicial aos interesses brasileiros.
Reconhece também que, dentro de uma abordagem mais moderna, é possível
encarar a metrologia, normalização e avaliação da conformidade não como barreiras técnicas,
mas como ferramentas para a construção de relações comerciais duradouras, posto que essas
deverão resultar de acordos de reconhecimento mútuo dos sistemas nos diversos países.
Adverte que, medidas como estas adotadas atualmente como prática por
importantes blocos econômicos amplia consideravelmente a ameaça potencial aos países com
menor infra-estrutura técnica na negociação internacional.
Assim sendo, as estratégias de participação de um país no comércio internacional
tem que, necessariamente, levar em conta a infra-estrutura de serviço tecnológico disponível
em termos de metrologia, normalização e avaliação da conformidade.
5.2 BARREIRAS TÉCNICAS
Para protegerem seus mercados, os países procuram utilizar vários mecanismos
que dificultem o acesso de mercadorias importadas, uma nova forma de protecionismo ganha
espaço, conhecidas como barreiras técnicas. Na verdade, o mecanismo não é novo, mas no
quadro atual tornou-o um dos principais instrumentos de controle do acesso aos mercados.
153
As barreiras técnicas podem desde impedir ou retardar a exportação de bens e
serviços até produzir custos adicionais às empresas e aos seus países de origem
(MDIC, 2002).
Segundo as regras estipuladas pela OMC, as barreiras técnicas às exportações o
barreiras comerciais derivadas da utilização de normas ou regulamentos técnicos não
transparentes ou que, não se baseiem em normas internacionalmente aceitas ou, ainda,
decorrentes da adoção de procedimentos de avaliação da conformidade não transparentes e/ou
demasiadamente dispendiosos, bem como de inspeções excessivamente rigorosas.
Como norma e regulamento técnico, no acordo sobre barreiras técnicas da OMC,
são adotadas as seguintes definições:
(a) Norma: Documento aprovado por instituição reconhecida, que fornece
para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para os
produtos ou processos e métodos de produção relacionados e cuja
observância não é obrigatória.
(b) Regulamento técnico: documento em que se estabelecem as
características de um produto ou processo e métodos de produção com
elas relacionados, com a inclusão de disposições administrativas
aplicáveis, e cuja observância é obrigatória.
Em ambos os casos também são permitidos, prescrições em matéria de
terminologia, símbolos, embalagem, marcação ou rotulagem aplicável a um produto, processo
ou método de produção ou tratar exclusivamente delas.
As normas são usualmente estabelecidas por consenso entre os interessados e
normalmente de uso voluntário, o que pressupõe compromisso de interesse tuo.
Segundo MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2002),
o processo de normalizão deve ser dinâmico e envolver a participação das diversas
partes interessadas, incluindo as empresas envolvidas na cadeia de fornecimento, os
consumidores, os institutos de pesquisa e universidades, o governo e outros eventuais
interessados nos resultados da normalização como os trabalhadores ou representantes de
comunidades envolvidas.
Apesar do caráter voluntário, não impedem que algum produto seja
comercializado. Contudo em função das exigências do mercado, aquele que tem seus produtos
fabricados em conformidade com as normas pertinentes, tem na acreditação de sua produção
um valor agregado, enquanto que, aqueles que não estiverem de acordo com as normas
estipuladas terão maior dificuldade para sua comercialização.
154
No Brasil, as normas são elaboradas por consenso no âmbito da Associação
Brasileira de Normas Técnicas ABNT, entidade privada sem fins lucrativos, criada com o
objetivo de coordenar, orientar e supervisionar o processo de elaboração das normas
nacionais.
Os regulamentos são estabelecidos pelo governo nas áreas de saúde, segurança,
meio ambiente, proteção ao consumidor e outros inerentes ao poder público, que de acordo
com a Organização Mundial de Comércio, devem ser igualmente aplicados aos produtos
nacionais e importado.
Como procedimentos de avaliação da conformidade entendem-se os
procedimentos técnicos utilizados para confirmar se tais normas ou regulamentos estão sendo
cumpridos. Para tanto, são realizadas testes, verificações, inspeções e certificações no intuito
de avaliar sistemas da qualidade, produtos, serviços e pessoal. Tais procedimentos permitem
que se crie confiança nos produtos testados ou avaliados, protegendo, assim, o consumidor e
as empresas. (INMETRO, 2004)
Em 1995 a OMC tornou-se uma realidade com inúmeros acordos com status de
tratados; acordos estes que se estendem a todos os membros da OMC. Um destes é o Acordo
sobre Barreiras Técnicas ao Comércio (Technical Barriers to Trade - TBT). Este acordo
reconhece que os MRA estabelecidos entre governos podem ser mecanismos aceitáveis para
superar barreiras técnicas, como também insiste que haja uma política de transparência e de
não discriminação aos seus membros.
5.3 ACORDO DE RECONHECIMENTO MÚTUO
Com a globalização dos mercados, torna-se imprescindível que a estrutura de
avaliação da conformidade de cada país alcance reconhecimento junto aos fóruns
internacionais competentes. Sem esta ferramenta, as empresas que desejam exportar vão
encontrar dificuldades, pois se defrontarão com diferentes exigências em diferentes mercados.
Uma das razões pela qual os produtos exportados estão sujeitos a avaliações da
conformidade repetidas é justamente a falta de confiança dos usuários do sistema de avaliação
da conformidade do país importador, relativa a competência de organismos que avaliam a
conformidade no país exportador.
Tal confiança, através da transparência e da competência, é, por si só, essencial
para os compradores públicos e privados, agentes reguladores e outros usuários na cadeia de
consumo, além de contribuir diretamente para a aceitação dos produtos pelo mercado
consumidor.
155
A confiança no trabalho de organismos de acreditação, avaliação da
conformidade, e, de forma mais geral, de todos os usuários de um sistema de avaliação da
conformidade pode ser alcançada através do reconhecimento mútuo de que resultados da
avaliação da conformidade são produzidos de forma competente por procedimentos
equivalentes.
Acordos de Reconhecimento Mútuo (MRA) são os instrumentos que trazem
elementos e procedimentos práticos para o estabelecimento e manutenção de tais cooperações
para aceitação de resultados.
Este tipo de acordo estabelece compromissos para seus signatários em termos de
reconhecimento e aceitação, e promoção da aceitação em seus países, dos resultados de
calibração, ensaios e certificações produzidos pelos organismos acreditados pelos signatários.
Os MRA estabelecidos entre governos se referem a produtos que respondem
obrigatoriamente a requisitos regulados por lei. Os que estabelecidos entre organismos de
acreditação são acordos de caráter gerico entre organismos atuantes em setores queo
respondem obrigatoriamente a regulamentações espeficas (setor voluntário), mas reconhecem a
compencia cnica dos organismos de avaliação da conformidade (laborarios, organismos de
fiscalizão e organismos de certificação) sediados em outros países.
Os MRA entre os organismos de acreditação eram originalmente bilaterais por
natureza. Com o aparecimento do conceito de multilateralidade, os procedimentos, práticas e
normas passaram a exigir uma harmonização muito mais desenvolvida, o que também passou
a garantir resultados muito mais transparentes.
Este processo iniciou-se na Europa como parte do estabelecimento do Mercado
Comum Europeu (MCE) e com o desenvolvimento dos acordos regionais multilaterais de
reconhecimento mútuo para a acreditação de laboratórios e para a certificação de organismos.
Tais acordos têm como principal objetivo a eliminação das barreiras à livre
circulação de mercadorias no espaço econômico do Mercado Único Europeu. Os países
podem escolher se vão endossar ou não um determinado acordo multilateral, e também com
que grau de comprometimento irão fazê-lo.
A decisão, sempre voluntária, de endossar um acordo pode refletir a capacidade
de um país atender prontamente às exigências cnicas, ou o quanto está predisposto a aceitar
as disciplinas e condições impostas pelo acordo.
As regras de um acordo se estendem a todos os países membros, o que significa
dizer que um produto que é vendido legalmente em um país membro pode, com muito poucas
exceções, ser vendido legalmente em todos os outros países membros.
156
5.4 AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE
A avaliação de conformidade pode ser definida como um processo sistematizado,
com regras preestabelecidas, devidamente acompanhado e avaliado, de forma a propiciar
adequado grau de confiança de que um produto, processo ou serviço, ou ainda um
profissional, atende a requisitos preestabelecidos por normas. (INMETRO, 2004)
Esse processo sistematizado de avaliação da conformidade normalmente envolve,
entre outras ações o selecionar das normas e regulamentos, coletar amostras, realizar ensaios,
realizar inspeções, realizar auditorias no sistema da qualidade do fornecedor e a avaliação e o
acompanhamento do produto no mercado. Conforme manual do INMETRO a atividade de
avaliação de conformidade apóia-se em dois fundamentos básicos, mostrado na Ilustração 5.1
.
Fundamentos
sicos
Reconhecimento
da competência
Técnica
Credibilidade
Instalações
Sistema de Qualidade
Pessoal
Calibração dos
Instrumentos de Medição
Ética
Imparcialidade
Comprometimento
Ilustração 5.1 – Fundamentos básicos que norteiam a atividade de avaliação de conformidade
Feita por primeira ou terceira parte, a avaliação de conformidade pressupõe uma
relação de confiança. De um lado pressupõe-se que a organização que evidencia a
conformidade tem a devida competência para fazê-lo, considerando aspectos tais como,
instalações, sistema da qualidade, pessoal e calibração dos instrumentos de medição.
Além disso, pressupõe-se que a entidade que evidencia tem a devida credibilidade,
pautando a sua atuação, com ética, imparcialidade e comprometimento com os impactos da
avaliação da conformidade no mercado.
A avaliação de conformidade tem por objetivo estabelecer as regras do jogo,
assegurando de um lado ao consumidor que o produto, processo ou serviço está de acordo
com as normas ou regulamentos previamente estabelecidos em relação aos critérios que
envolvam principalmente a saúde e a segurança do consumidor e a proteção do meio
ambiente. Do outro, apontando ao empresário as características técnicas que o seu produto
deve ter para se adequar às referidas normas ou regulamentos. (INMETRO, 2004)
157
O Inmetro coloca a avaliação de conformidade como um instrumento para o
desenvolvimento tecnológico e industrial, para o incremento do comércio interno e externo, e
para proteger o consumidor, contribuindo para a idéia de desenvolvimento sustentável,
previsto na Agenda 21, através da minimização dos impactos ambientais na fabricação uso e
descarte de produtos.
5.4.1 T
IPOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE
5.4.1.1 Q
UANTO AO AGENTE ECONÔMICO
Dependendo de quem realiza a avaliação e, portanto, tem a responsabilidade de
evidenciar a conformidade, a atividade pode ser classificada como:
a) primeira parte
: quando é feita pelo fabricante ou pelo fornecedor;
b) segunda parte
: quando é feita pelo comprador;
c) terceira parte
: quando é feita por uma organização com independência
em relação ao fornecedor e ao cliente, não tendo, portanto, interesse na
comercialização do produto.
O Inmetro exige que, quando o processo de avaliação da conformidade é
realizado por uma terceira parte, esta deve ser acreditada. A acreditão é o
reconhecimento, por um organismo credenciador, da competência técnica do Inmetro, para
processar a avaliação da conformidade de produtos, processos, serviços, sistemas de geso
ou pessoal.
No Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade (SBAC), o organismo
acreditador oficial é o Inmetro e os programas de avaliação da conformidade obedecem às
práticas internacionais baseadas em requisitos estabelecidos pela International Organization
for Standardization (ISO), entidade normalizadora internacional, com sede em Genebra, na
Suécia, que congrega vários países e tem a finalidade de elaborar normas.
5.4.1.2 Q
UANTO A APLICAÇÃO
Segundo o Inmetro (2004), a avaliação da conformidade pode ser utilizada
voluntariamente ou compulsoriamente. Ela é compulsória quando o órgão regulador entende
que o produto, processo ou serviço pode oferecer riscos à segurança do consumidor ou ao
meio ambiente ou ainda, em alguns casos, quando o desempenho do produto, se inadequado,
pode trazer prejuízos econômicos à sociedade.
158
Ela é considerada voluntária quando parte de uma decisão do fornecedor. A
avaliação de conformidade voluntária ao produto, representando uma importante
vantagem competitiva em relação aos concorrentes.
Esse procedimento vem sendo utilizado por fabricantes ou importadores,
como meio de informar e atrair o consumidor e, conseqüentemente, aumentar sua
participação no mercado.
E acrescenta que, a avaliação se torna compulsória, com a intervenção do
estado por meio de instrumento legal, estabelecido por um regulamento técnico, emitido
por um organismo regulador, e se destina, prioritariamente, a defesa do consumidor, no
que diz respeito à vida e a saúde e à preservação do meio ambiente.
Cabe destacar que nada impede que o consumidor, especialmente quando
tratar-se de pessoa jurídica, exija, em suas compras, que os produtos, processos ou
serviços atendam aos critérios estabelecidos por determinada norma.
5.5 MECANISMOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE
Segundo o Inmetro (2004) a avaliação de conformidade possui diferentes
mecanismos para verificar a conformidade de um produto, processo ou serviço em
relação aos critérios estabelecidos por normas e regulamentos técnicos.
O Inmetro (2004) alerta que, para se selecionar um mecanismo de avaliação
da conformidade é necessário levar em consideração diversos aspectos relacionados às
características do produto, processo ou serviço avaliado, como o risco, o impacto e a
freqüência da falha, o volume de produção, a velocidade de aperfeiçoamento tecnológico
no setor, o porte dos fabricantes envolvidos, o impacto sobre a competitividade do
produto, entre outros.
Ainda com base na analise destes aspectos que se determinará o agente
econômico de , 2ª ou 3ª parte, que irá realizar a avaliação, a compulsoriedade ou não
do mecanismo e as ferramentas de avaliação de conformidade a serem utilizadas.
Por ferramenta de avaliação de conformidade entende-se como todos aqueles
processos nos quais o produto, processo ou serviço em questão é avaliado, tais como
ensaios, avaliação do sistema de gestão da qualidade de fabricação, julgamento de um
serviço executado, amostragem, etc.
Donde se conclui que existe a possibilidade de se adotar diferentes
mecanismos de avaliação de conformidade, em função das características específicas de
cada produto, processo ou serviço.
159
Entretanto, entre os diversos mecanismos possíveis, existem alguns
consagrados mundialmente e bastante utilizados em nosso país. Os principais mecanismos de
avaliação da conformidade praticados no Brasil são: a certificação, a declaração da
conformidade pelo fornecedor, a inspeção, a etiquetagem e o ensaio.
5.5.1 C
ERTIFICAÇÃO
A certificação de produtos, processos, serviços, sistemas de gestão e pessoal, é
uma modalidade de avaliação da conformidade, que por definição, é realizada por uma
organização de parte, acreditada pelo Inmetro para executar uma ou mais das modalidades
de avaliação de conformidade.
O alcance de seus objetivos está alicerçado no reconhecimento público da
competência técnica, credibilidade e transparência da organização na gestão do seu processo
de concessão e manutenção da certificação.
5.5.1.1 C
ERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS
,
PROCESSOS OU SERVIÇOS
.
As regras de certificação devem ser emitidas pelo organismo certificador e
abranger estruturalmente, dentre outros, o modelo de certificação a ser adotado, a
documentação técnica aplicável, os critérios de avaliação e aprovação do produto, fabricante e
laboratório de ensaios, e a freqüência de avaliações periódicas de manutenção da certificação.
Os modelos utilizados internacionalmente para certificação da conformidade e
previstos no Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade – SBAC são:
Modelo 1 - Ensaio de Tipo: é o mais simples dos modelos. Fornece uma
comprovação de conformidade de um item, em um dado momento. É uma operação de ensaio,
única no seu gênero, efetuada de uma única vez, limitando os seus efeitos. É a forma mais
simples e mais limitada de certificação. Os custos são mínimos, mas não se tem o
acompanhamento da conformidade do restante da produção do mesmo modelo.
Modelo 2 - Ensaio de Tipo seguido de verificação através de Ensaio em Amostras
retiradas no comércio: É um modelo baseado no ensaio de tipo, mas combinado com ações
posteriores para verificar se a produção continua sendo conforme. Essas ações compreendem
ensaio em amostras retiradas no comércio. Nesse modelo, a avaliação cobre também a
influência exercida pelo comércio de distribuição e as condições em que o comprador final
recebe o produto, mas não tem caráter preventivo, que não leva em consideração o controle
da qualidade da fábrica.
160
Modelo 3 - Ensaio de Tipo seguido de verificação através de Ensaio em Amostras
retiradas no fabricante: também baseado no ensaio de tipo, mas combinado com intervenções
posteriores para verificar se a produção continua sendo conforme. Compreende ensaios em
amostras tomadas no fabricante. Proporciona a supervisão permanente da produção do
fabricante e pode desencadear ações preventivas quando se identificam não-conformidades.
Modelo 4 - Ensaio de tipo seguido de verificação através de Ensaio em Amostras
retiradas no comércio e no fabricante. Combina os modelos 2 e 3, tomando amostras para
ensaios tanto no comércio, como na própria fábrica. Dependendo do número de amostras
ensaiadas, este sistema pode combinar as vantagens dos modelos 2 e 3, porém, mais onerosa.
Modelo 5 - Ensaio de tipo, avaliação e aprovação do sistema da qualidade do
fabricante, acompanhamento através de auditorias e ensaio em amostras retiradas no comércio
e no fabricante: É um modelo baseado, como os anteriores, no ensaio de tipo, mas
acompanhado de avaliação das medidas tomadas pelo fabricante para o sistema de gestão da
qualidade de sua produção, seguido de um acompanhamento regular, por meio de auditorias,
do controle da qualidade da fábrica e de ensaios de verificação em amostras tomadas no
comércio e na fábrica. Este é o modelo mais utilizado no SBAC. Proporciona um sistema
credível e completo de avaliação da conformidade de uma produção em série e em grande
escala.
Modelo 6 Avaliação e aprovação do Sistema da Qualidade do fabricante: É um
modelo no qual se avalia a capacidade de uma indústria para fabricar um produto conforme
uma especificação determinada. Este modelo não é adequado para certificação de produção já
que o que é avaliado é a capacidade da empresa em produzir determinado produto em
conformidade com uma especificação estabelecida, mas não verifica a conformidade do
produto final.
Modelo 7 - Ensaio de Lote: nesse modelo, submete-se a ensaios amostras tomadas
de um lote do produto, emitindo-se, a partir dos resultados, uma avaliação sobre sua
conformidade a uma dada especificação. Esse modelo é muito utilizado na importação de
produtos com exigência de certificação compulsória. Aprova-se cada um dos lotes. Esse
modelo baseia-se no método do “passa, não passa” para a aceitação de um lote e é utilizado,
principalmente, no comércio exterior.
Modelo 8 - Ensaio 100%: é um modelo, no qual cada um dos itens é submetido a
um ensaio para verificar sua conformidade com uma dada especificação. Esse modelo é
utilizado quando envolve muitos riscos. Os ensaios obviamente não podem ser destrutivos e
seus custos são elevados.
161
5.5.1.2 C
ERTIFICAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO
.
A certificação dos sistemas de gestão atesta a conformidade do modelo de
gestão de fabricação e de prestadores de servo em relação a requisitos normativos. Os
sistemas clássicos o os sistemas de gestão da qualidade, certificados com base em
critérios estabelecidos pela norma ISO 9000, e os sistemas de gestão ambiental,
certificados conforme as normas da série NBR ISO 14000.
Segundo o Inmetro (2004) a filosofia das normas de gestão é, em geral, a de
induzir à organização por processos, enfatizando as ões de prevenção de defeitos. No
entanto as normas de sistemas de gestão não ditam qual o produto a ser produzido ou
como produzi-lo, mas apenas como estruturar os sistemas de gestão da organização, de
forma a assegurar a repetibilidade dos resultados obtidos, no que diz respeito ao parâmetro
qualidade.
Ainda segundo o Inmetro (2004), a certificação do sistema de gestão apenas
garante que a organização funciona de maneira consistente, preocupada com a
qualidade, ou com o meio ambiente, e que seus empregados têm a não clara de como
obter a qualidade, ou como preservar o meio ambiente. A certificação pode abranger a
empresa como um todo ou apenas parte da empresa, podendo se limitar a um único
departamento.
A ISO 9000 e a ISO 14000 são apenas referências normativas para o processo
de certificação. A responsabilidade pela certificação é do organismo acreditado e do
organismo acreditador e não da ISO.
5.5.1.3 C
ERTIFICAÇÃO DE PESSOAL
Conforme Inmetro (2004) a certificação de pessoal avalia as habilidades, os
conhecimentos e as competências de algumas ocupações profissionais e pode incluir, entre
outras, as seguintes exincias:
a) Formação: a exigência de certo grau de escolaridade visa assegurar o
adequado nível de capacitação;
b) Experiência profissional: a experiência prática em setor específico
permite maior compreensão dos processos envolvidos e identificação
rápida das oportunidades de melhoria;
c) Habilidades e conhecimentos teóricos e práticos: a capacidade de
execução é essencial para atuar e desenvolver-se na atividade.
162
O Inmetro (2004) explica ainda que os programas de certificação de pessoal
normalmente estabelecem pré-requisitos aos profissionais candidatos a certificação, em
termos de exigência de formação e experiência profissional mínimas, podendo ser
complementadas por exames teóricos ou práticos. Os exames práticos são normalmente
efetuados para a avaliação das habilidades do profissional candidato.
Baseado na experiência o Instituto Nacional de Metrologia Normalização e
Qualidade Industrial - Inmetro (2004) alerta que os programas de certificação de pessoal
devem ser precedidos uma análise de seus impactos, principalmente sociais, devendo-se
observar cuidados para não afastar os profissionais do mercado, mas sim de induzi-los ao
aperfeiçoamento profissional.
Nesse sentido, os resultados dos exames devem ser oferecidos aos profissionais,
que alcançaram ou não a certificação, por se constituírem em um importante referencial para
planejar o seu desenvolvimento, reforçando os seus pontos fortes e minimizando suas
carências de conhecimento.
Segundo informações do Inmetro (2004), no Brasil, são certificados, de forma
voluntária, os inspetores de soldagem, os inspetores de ensaios não destrutivos e os auditores
de sistemas de gestão da qualidade e ambiental.
5.5.2 D
ECLARAÇÃO DE
C
ONFORMIDADE PELO
F
ORNECEDOR
É o processo pelo qual um fornecedor, sob condições pré-estabelecidas,
garantia escrita de que o produto, processo ou serviço está em conformidade com requisitos
especificados, ou seja, trata-se de um modelo de avaliação da conformidade de 1ª parte.
O conteúdo nimo que deve constar na declarão, de acordo com o Guia ISO/IEC
22, inclui nome e endereço do fabricante declarante, a identificão do produto, processo ou
procencia, a declarão de conformidade, os documentos normativos utilizados, local e data de
emissão da declarão e assinatura, nome e cargo da pessoa autorizada.
5.5.3 I
NSPEÇÃO
A Inspeção é definida como avaliação de conformidade pela observação e
julgamento, acompanhada, conforme apropriado, por medições, ensaios ou uso de calibres. É
um tipo de avaliação muito utilizado para avaliar serviços, após a sua execução.
De um modo geral, os procedimentos de medição, de uso de calibres e de ensaios
são aplicados nos instrumentos usados na execução do serviço a ser inspecionado.
163
Ao longo da vida útil do produto, a inspeção pode ser aplicada com foco na
segurança, no desempenho operacional e na manutenção da segurança. O objetivo principal é
reduzir o risco do comprador, proprietário, usuário ou consumidor quando do uso do produto.
Os resultados da inspeção podem ter conseqüências importantes para fornecedores
e consumidores. Por isso, a competência, a imparcialidade e a integridade dos organismos de
inspeção são vitais.
5.5.4 E
TIQUETAGEM
A etiquetagem é um mecanismo de avaliação da conformidade em que, através de
ensaios, se determina e informa ao consumidor uma característica do produto, especialmente
relacionada ao seu desempenho. A etiqueta para destacar o desempenho de produtos vem
sendo cada vez mais freqüente, funcionando até como um mecanismo de conscientização dos
consumidores.
A etiquetagem no que diz respeito aos ensaios de resistência ao fogo vem sendo
concedida às portas corta-fogo como elemento de vedação vertical, associado ao seu
desempenho que deverá atingir um determinado tempo de resistência ao fogo.
Apesar da agressividade a que são expostos os elementos construtivos e sua
importância no desempenho adequado da segurança contra incêndio das edificações, a porta
corta fogo é o único elemento usualmente submetido a acreditação, e apesar da proteção ao
risco de propagação do incêndio e da proteção da área o escape, propiciando o abandono
seguro para os usuários da edificação, é objeto de acreditação voluntária.
É importante ressaltar que esta etiqueta também chamada no meio técnico de selo
de conformidade, é obtida a partir de resultados de ensaio realizado em laboratório nacional
ou laboratório estrangeiro, em conformidade com norma brasileira específica ou de acordo
com norma ou especificação estrangeira com reconhecimento e aceitação da comunidade
técnica e científica internacional, é valido por dois anos ou 4000 portas. Determinando assim
a freqüência com que este fabricante deverá submeter sua produção a acreditação.
No Brasil, a etiquetagem tem se destacado como instrumento para a redução do
consumo de energia elétrica em eletrodomésticos da chamada linha branca, tais como
refrigeradores, congeladores, condicionadores de ar, etc, e outros produtos com lâmpadas,
chuveiros elétricos, aquecedores e fogões a gás.
Outro exemplo de etiquetagem usada no Brasil é o chamado Selo Ruído que
informa o nível de ruído emitido, por liquidificadores, secadores de cabelo e aspiradores de
pó.
164
A etiqueta principalmente quando associada ao estabelecimento de metas de
desempenho, representa um instrumento importante para a conservação de energia no país,
uma vez que estimula um constante aprimoramento tecnológico na fabricação de
equipamentos no mercado nacional, incentivando a oferta ao consumidor de equipamentos
com melhor desempenho energético e elevando, em conseqüência, a qualidade dos níveis
internacionais.
Hoje, um assunto que tramita entre os especialistas da área de desempenho
ambiental de edificações é a criação de um selo para as edificações. Entre os requisitos
teríamos o desempenho quanto à segurança estrutural, contra o risco de incêndio e contra
choques elétricos, e quanto a habitabilidade no que diz respeito a estanqueidade a água,
conforto acústico, conforto térmico e lumínico.
Para que se tenha uma idéia, se esta avaliação fosse feita considerando-se somente
em termos de eficiência energética nas edificações abrangendo os setores residencial,
comercial e público, o quanto isto representaria em termos de redução do investimento em
infra-estrutura básica.
Pode-se dizer que estas edificações são responsáveis por 42 % do consumo de
energia do país, incluídos o consumo pelo uso de eletrodomésticos e equipamentos de
escritório. De um modo geral, o arquiteto pode racionalizar o uso de energia em uma
edificação se conseguir diminuir o consumo para iluminação, condicionamento do ar e
aquecimento de água. (LAMBERTS, 2004)
E se para as mesmas edificações, procedermos esta análise considerando a
segurança contra incêndio, poderíamos ter um selo obrigatório, pois a segurança das pessoas
jamais pode ser negligenciada, mas deve-se levar em conta que o dano direto causado pelo
fogo pode atingir não somente o edifício, mas também os equipamentos, os arquivos e outros
conteúdos.
Porém, isto ainda não é tudo, que se considerar também os danos indiretos dos
incêndios, entre os quais podem ser mencionados a interrupção dos trabalhos, os custos de
reorganização da empresa e a perda do mercado, que muitas vezes representam perdas bem
mais elevadas que aquelas provocadas pelos danos diretos, não esquecendo os custos sociais
da interrupção das atividades de uma empresa (BERTO, 1986).
5.5.5 E
NSAIO
O ensaio consiste na determinação de uma ou mais características de uma amostra
ou produto, processo ou serviço, de acordo com o procedimento especificado.
165
Segundo o Inmetro (2004) é a modalidade de avaliação de conformidade mais
freqüentemente utilizada, porque normalmente, está associada a outros mecanismos de
avaliação da conformidade, e em particular à inspeção e à certificação.
Os laboratórios de ensaios podem ser operados por uma variedade de
organizações, incluindo agências governamentais, instituições de pesquisa e acadêmicas,
organizações comerciais e entidades de normalização. Podem ser divididos em duas
categorias principais:
a) Laboratórios que produzem dados que serão utilizados por terceiros;
b) Laboratórios para uso interno das organizações
Para que exista confiança nos resultados, a qualidade e a repetibilidade do ensaio
são requisitos essenciais. O Inmetro (2004) acredita laboratórios que atuam de acordo com
requisitos internacionais reconhecidos.
A acreditação concebida pelo Inmetro é o reconhecimento formal de que o
laboratório esta operando um sistema de qualidade documentado e é tecnicamente competente
para realizar ensaios específicos, avaliados segundo critérios baseados na NBR ISO/IEC
17025 e nas orientações do ILAC International Laboratory Accreditation Cooperation e do
IAAC – International Accreditation Cooperation.
166
6 MATERIAIS E MÉTODOS
Os ensaios de caracterização dos materiais utilizados na construção das paredes de
vedação, ou seja, sem função estrutural, foram realizados em conformidade com as normas
técnicas apresentadas nas Tabelas 6.2 a 6.2 e com os procedimentos integrantes do Sistema de
Gestão da Qualidade do Departamento de Apoio e Controle Técnico de FURNAS Centrais
Elétricas S.A., específicos de cada laboratório para aquela propriedade avaliada.
As paredes de vedação, submetidas ao ensaio de resistência ao fogo, identificadas
aqui como corpos-de-prova, foram construídas utilizando-se três tipos de blocos diferentes; o
bloco pré-fabricado de concreto simples, o bloco cerâmico de 8 furos e o bloco cerâmico
maciço.
Foram recebidos e registrados no Laboratório de Tecnologia do Ambiente
Construído (LASC) do Departamento de Apoio e Controle cnico de FURNAS Centrais
Elétricas S.A. Município de Aparecida de Goiânia - GO, conforme identificação apresentada
na Tabela 6.1, e integram o programa de estudo LASC nº 15.55.
Tabela 6.1 – Identificação das amostras analisadas
Identificação
Material
tipo Registro (nº)
Data de
recebimento
Areia Natural 15.0019.2006
11/05/2006
Cal hidratada CH III 15.0020.2006
11/05/2006
Cimento Portland CP II F-32 15.0021.2006
11/05/2006
Cerâmico maciço de 5 cm x 10 cm x 20 cm 15.0022.2006
11/05/2006
Cerâmico com 8 furos de 10 cm x 20 cm x 20 cm 15.0023.2006
11/05/2006
Bloco
para alvenaria
Pré-fabricado, concreto simples de 10 cm x 20 cm x 40 cm 15.0024.2006
11/05/2006
15.0054.2006
02/09/2006
15.0055.2006
20/10/2006
15.0001.2007
04/12/2006
Argamassa:
Argamassa de cimento:cal: areis na proporção 1:3:8,
utilizada na construção das paredes
15.0000.2007
16/01/2007
Parede de bloco pré-fabricado de concreto simples 15.0057.2006
02/09/2006
Parede de bloco cerâmico de oito furos 15.0061.2006
20/10/2006
Parede de
Alvenaria
Parede de bloco cerâmico maciço 15.0062.2006
04/12/2006
Os materiais utilizados para a construção das paredes foram adquiridos em lojas
de materiais de construção de Goiânia. Para sua aquisição não houve a preocupação com uma
seleção prévia dos fornecedores, com a intenção de obter uma amostragem do padrão de
qualidade que são adquiridos pela maioria da população, caracterizados conforme Item 6.1.
167
6.1 CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO DAS
AMOSTRAS
Os materiais utilizados na confecção dos corpos-de-prova foram analisados e
caracterizados segundo normas pertinentes, para verificão da conformidade de suas
propriedades com as características exigidas para que garantam a uma edificação as
qualidades mínimas necesrias, para que sejam atendidas as condições básicas de
segurança, habitabilidade e durabilidade.
Requisitos que uma edificão deve manter durante toda a vida útil requerida
para assegurar a durabilidade de suas partes, sem descartar obviamente os programas de
manutenção.
Falar em durabilidade das partes significa dizer que, durante toda a sua vida
útil, a edificação terá condições de assegurar, segurança quanto a prevenção de colapso
estrutural, riscos de incêndio e choques elétricos, e habitabilidade, no que se refere a
estanqueidade à água, conforto rmico e acústico, níveis de iluminamento, dimensões
mínimas e organização funcional dos espaços.
Segundo o Conseil International Du Bâtiment pour la Recherche L’Etude et la
Documentation (CIB, 2001, p.7), uma edificação que atenda as exigências de isolamento
acústico e resistência estrutural garante resistência ao fogo suficiente sem gastos
adicionais.
São necessários, para tanto, a utilização de métodos de ensaio que estabelam
uma clara relão entre os resultados obtidos em laboratório e o seu desempenho nos
locais de aplicão.
6.1.1 A
RGAMASSA E MATERIAIS COMPONENTES
Foi utilizada, tanto no assentamento quanto no revestimento de cada uma das
paredes que foram submetidos ao ensaio de resistência ao fogo. Os materiais
componentes da dosagem tiveram suas propriedades caracterizadas, em conformidade
com as exigências das normas apresentadas neste item.
Com a argamassa resultante da mistura de cimento, cal e areia nas proporções
1:3:8, foram moldados, durante a confecção de cada uma das paredes, 4 corpos-de-prova
cilíndricos de 5 cm x 10 cm para cada uma das idades de 3, 7 e 28 dias, que foram
submetidos ao ensaio de resistência à compressão axial simples, cujos resultados estão
apresentados no Item 6.1.4.
168
A Tabela 6.2 apresenta as propriedades do cimento que foram analisadas, juntamente
com as normas e os procedimentos de ensaio de FURNAS elaborados em conformidade com
estas normas e utilizados como método de ensaio.
Tabela 6.2 - Ensaios de caracterização do cimento - Registro 15.0021.2006
PROPRIEDADES DETERMINADAS
CP II F-32, Cimento Goiás
Norma
Procedimento
FURNAS
Massa específica (g/cm³) NBR NM 23 (ABNT, 2001) 01.002.040
resíduo na peneira 200 (%) NBR 11579 (ABNT,1991) 01.002.042
resíduo na peneira 325 (%) NBR 9902 (ABNT,1985) 01.002.063
Finura
área específica (cm²/g) NBR NM 76 (ABNT,1998) 01.002.063
Início
Tempo de Pega (h:min)
Fim
NBR NM 65 (ABNT,2003) 01.002.041
Água de Consistência - Pasta (%) NBR 7215 (ABNT,1996) 01.002.025
Expansão em Autoclave (%)
ASTM C 151 (ABNT,1993)
ASTM C 490 (ABNT,1996)
01.002.022
3 dias
7 dias
28 dias
Resistência à Compressão
(MPa)
90 dias
NBR 7215 (ABNT,1996) 01.007.021
3 dias
7 dias
Calor de Hidratação (J/g)
28 dias
NBR 12006 (ABNT,1990)
NBR 8809 (ABNT,1985)
Por
dissolução
01.002.037
perda ao fogo NBR NM 18 (ABNT,2004)
resíduo insolúvel NBR NM 15 (ABNT,2004)
trióxido de enxofre (SO
3
) NBR NM 16 (ABNT,2004)
01.002.062
óxido de magnésio (MgO)
dióxido de silício (SiO
2
)
óxido de ferro (Fe
2
O
3
)
óxido de alumínio (Al
2
O
3
)
óxido de cálcio (CaO)
NBR NM 11-2 (ABNT,2004) 01.002.088
óxido de cálcio livre (CaO) NBR NM 13 (2004)
óxido de sódio
(Na
2
O)
óxido de potássio
(K
2
O)
Álcalis
Totais
equiv. alcalino
NBR NM 17 (2004)
01.002.062
óxido de sódio
(Na
2
O)
óxido de potássio
(K
2
O)
Álcalis
Solúveis
em
Água
Equiv. alcalino
ASTM C 114-97 01.002.052
Componentes
Químicos
(%)
sulfato de cálcio (CaSO
4
) calculado através do teor de cálcio
As propriedades determinadas para a Cal CH III podem ser encontradas na
Tabela 6.3 nos itens referentes aos componentes químicos cujos procedimentos de ensaio
de FURNAS, foram utilizados como todo de ensaio para a realização da análise
química.
169
A Tabela 6.3 apresenta as normas para preparação das amostras e análise química
da cal hidratada conforme sugeridos pela NBR 7175 (ABNT, 2003).
Tabela 6.3 – Ensaio de caracterização de cal hidratada, tipo CH III - Registro 15.0020.2006
Norma Procedimento FURNAS
NBR 6471 (ABNT, 2003) - Cal virgem e cal hidratada Retirada e
preparação da amostra - Procedimento
---
NBR 6473 (ABNT, 2003) - Cal Virgem e Cal hidratada - Análise química
Ver componentes químicos
na Tabela 10.2
A Tabela 6.4 apresenta as propriedades da areia que foram analisadas,
juntamente com as normas e os procedimentos de ensaio de FURNAS elaborados em
conformidade com estas normas e utilizados como método de ensaio.
Tabela 6.4 - Ensaios de caracterização da areia - Registro 15.0019.2006
Propriedades Determinadas Normas
Procedimento FURNAS
Absorção (%) NBR NM 30 (ABNT, 2001) 01.002.004
Granulometria (M.F.) NBR NM 248 (ABNT,2003) 01.002.044
Inchamento médio
Umidade crítica (%)
NBR 6467 (ABNT,1987) 01.002.015
Massa Específica (g/cm³) NBR NM 52 (ABNT,2003) 01.002.158
Teor de matéria orgânica (+/- clara) NBR MN 49 (ABNT,2001) 01.002.011
Massa unitária no estado solto (kg/dm³) NBR 7251(ABNT,1982) 01.002.005
Teor de material pulverulento (%) NBR NM 48 (ABNT,2003) 01.002.012
Teor de argila em torrões e materiais friáveis (%) NM 44 (ABNT,2005) ---
6.1.2 B
LOCOS UTILIZADOS NA ALVENARIA
Foram confeccionados três corpos-de-prova utilizando-se, o bloco cerâmico
maciço, o bloco cerâmico de oito furos e o bloco pré-fabricado de concreto simples, na
confeão das amostras que foram testadas quanto a sua resistência ao fogo.
Estes blocos foram caracterizados quanto a sua resistência a compressão,
absorção de água, teor de umidade e área líquida, e serão classificados quanto a
conformidade com as especificões das normas técnicas. As propriedades exigidas para
esses blocos seo verificadas conforme as normas apresentadas na Tabela 6.5.
170
Tabela 6.5 – Ensaios para caracterização dos blocos utilizados na confecção das paredes
Norma Procedimento FURNAS
NBR 15270 (ABNT, 2005) - Componentes cerâmicos - Parte 1 - Blocos
cerâmicos para alvenaria de vedação - Terminologia e requisitos
01.007.028
NBR 15270 (ABNT, 2005) - Componentes cerâmicos - Parte 2 - Blocos
cerâmicos para alvenaria estrutural - Terminologia e requisitos
01.007.032
NBR 15270 (ABNT, 2005) - Componentes cerâmicos - Parte 3: Blocos cerâmicos
para alvenaria estrutural e de vedação - Método de ensaio
01.007.028
NBR 15310 (ABNT, 2005) - Componentes cerâmicos Telha Determinação da
massa e absorção d’água – Método de ensaio
01.007.028
NBR 12118 (ABNT, 2006) - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria –
Terminologia, requisitos e métodos de ensaio.
01.002.089
NBR 7170(ABNT, 1983) Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - Especificação 01.007.025
NBR 6460 (ABNT, 1983)- Tijolo maciço cerâmico para alvenaria Verificação
da resistência à compressão – Método de ensaio
01.007.025
NBR 6136 (ABNT, 2006) - Bloco vazados de concreto simples para alvenaria
estrutural – Requisitos
01.007.033
NBR 8041 (ABNT, 1983) - Tijolo maciço cerâmico para alvenaria Formas e
dimensões
01.007.025
6.1.3 A
RGAMASSA
A resistência a compressão da argamassa foi verificada conforme Tabela 6.6, com
o intuito de se fazer o controle de qualidade desta argamassa e ter a certeza de que a mesma
argamassa foi utilizada na confecção das três paredes.
Tabela 6.6 – Controle da resistência a compressão da argamassa
Norma
Procedimento
FURNAS
NBR 7215 (ABNT,1996), 01.007.021
6.1.4 A
PRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS ESAIOS DE CARACTERZAÇÃO
Neste item são apresentados e analisados os resultados dos ensaios propostos no
Item 6.1 para a caracterização e controle dos materiais utilizados na confecção dos corpos-de-
prova e ensaiados em conformidade com as normas técnicas e os procedimentos de FURNAS,
apresentados nas Tabelas de 6.2 a 6.6.
6.1.4.1 A
RGAMASSA E MATERIAIS COMPONENTES
Durante o período de construção de cada uma das paredes, foram moldados 12
corpos-de-prova cilíndricos, de 5 cm x 10 cm para a verificação da resistência à compressão
da argamassa utilizada, em conformidade com a NBR 7215 (ABNT,1996), quatro para cada
uma das idades de 3, 7 e 28 dias, como o que é mostrado na Ilustração A.6.
171
Estes corpos-de-prova foram mantidos em câmara úmida com umidade relativa do
ar de 95 +
2 % e temperatura de 23 + 2 °C, até a idade de ruptura. Para a realização do ensaio
os corpos-de-prova foram capeados com enxofre, utilizando um aparato de capeamento com
molde de forma cilíndrica e base de metal não corrosível, como mostram as
Ilustrações 6.1 e 6.2.
Ilustração – 6.1 – Corpo-de-prova de argamassa Ilustração 6.2 – Aparato para capeamento
Foram ensaiados, como mostram as Ilustrações 6.3 a 6.6, utilizando um
equipamento universal de ensaio, apresentado na Ilustração 6.6, com capacidade de carga de
3000 kgƒ (300 kN), aplicadas de forma contínua e a uma velocidade de 500 mm/min. Os
resultados obtidos estão apresentados na Tabela 6.7.
Tabela 6.7 – Argamassa - Resistência à compressão axial simples
Argamassa ensaios de controle
PROPRIEDADE DETERMINADA
Programa
15.55
Resistência a compressão
Composição Cimento: cal: areia Idade
Proporção
1:3:8
Local de utilização Registro
3 dias 7 dias 28 dias
Moldagem de referência 0,5 0,7 1,2
Parede de blocos pré-fabricados de concreto 15.0054.2006 0,5 0,6 1,1
Parede de bloco cerâmico de 8 furos 15.0055.2006 0,4 0,7 1,0
Parede de bloco cerâmico maciço 15.0001.2007 0,5 0,7 1,2
Ilustração 6.3 – Ensaio de CP’s de argamassa Ilustração 6.4 – Equipamento universal de ensaio
172
Ilustração 6.5 – Ensaio de CP’s de argamassa Ilustração 6.6 – Equipamento universal de ensaio
Se comparadas, a resistência a compressão da moldagem de referência, para cada
uma das idades verificadas, com aquelas moldas durante a construção das paredes, observa-se
que não existem diferenças significativas. Para que uma argamassa mantenha as mesmas
características é necessário que se mantenham o mesmo módulo de finura e a mesma relação
água cimento (a/c).
Demonstrando que na argamassa utilizada durante o preparo das paredes propostas,
foram mantidas as mesmas características e propriedades da dosagem de referência. Fica também
demonstrado que o sistema adotado no preparo e controle desta argamassa funcionou de maneira
que fosse obtida a mesma argamassa na confecção das ts paredes.
6.1.4.2 C
AL HIDRATADA TIPO CH III
O ensaio foi realizado, em amostra, de cal tipo CH III, coletada do total de sacos
adquiridos para a construção das paredes propostas para esta dissertação. Os resultados estão
apresentados conforme suas propriedades químicas. Os resultados individuais da análise química
estão apresentados na Tabela 6.8.
Tabela 6.8 – Análise química – Cal hidratada tipo CH III
Análise Química Material:
Programa:
15.55 Cal hidratada
Tipo:
Registro
PROPRIEDADES DETERMINADAS
Resultados
Perda ao fogo 28,06
Trióxido de enxofre (SO
3
) 0,26
Óxido de magnésio (MgO) 14,67
Dióxido de silício (SiO
2
) 2,52
Óxido de ferro (Fe
2
O
3
) 0,42
Óxido de alumínio (Al
2
O
3
) 0,48
Óxido de cálcio (CaO) 53,88
Óxido de sódio (Na
2
O) 0,00
Óxido de potássio (K
2
O) 0,12
Álcalis Totais
Equivalente alcalino 0,08
Sulfato de cálcio (CaSO
4
) 0,44
Observações: Teor de Umidade = 0,28%
173
6.1.4.3 C
IMENTO
CPII
F-32
O ensaio foi realizado, em amostra, de cimento tipo CP II F32, coletada após a
homogeneização do total de sacos adquiridos para a construção das paredes propostas para esta
pesquisa de dissertação. Os resultados estão apresentados conforme suas propriedades químicas,
físicas e físico-químicas. Os resultados individuais e os limites propostos pela NBR 11578
(ABNT, 1991), estão apresentados na Tabela 6.9.
Tabela 6.9 – Caracterização das propriedades química, físicas e físico-químicas do cimento
Análise Química Material:
Programa:
15.55 Cimento
Tipo:
CP II F-32
Registro
15.0021.2006
PROPRIEDADES DETERMINADAS
Resultados Limite NBR 11578/91
Massa específica (g/cm³)
2,98
---
resíduo na peneira 200 (%) 0,8 < 12,0
resíduo na peneira 325 (%) 2,8 ---
Finura
área específica (cm²/g) 5.170 > 2600
Início 03:30 > 1:00h
Tempo de Pega
(h:min)
Fim 04:50 < 12:00h
Água de Consistência - Pasta (%) 29,8 28,2
Expansão em Autoclave (%) 0,1 < 0,5
3 dias 19,2 19,9 > 10,0
7 dias 22,1 24,4 > 20,0
Resistência à Compressão
(MPa)
28 dias 28,3 27,8 >
32,0 / < 49,0
3 dias 220,2 ---
Calor de Hidratação (J/g)
7 dias 251,5 ---
perda ao fogo 5,09 < 6,5
resíduo insolúvel 19,00 < 2,5
trióxido de enxofre (SO
3
) 2,67 < 4,0
óxido de magnésio (MgO) 4,34 < 6,5
dióxido de silício (SiO
2
) 29,43
---
óxido de ferro (Fe
2
O
3
) 2,74
---
óxido de alumínio (Al
2
O
3
) 6,49
---
óxido de cálcio (CaO) 47,76
---
óxido de cálcio livre (CaO) 2,0
---
óxido de sódio (Na
2
O) 0,23
---
óxido de potássio (K
2
O) 1,33
---
Álcalis
Totais
equiv. alcalino 1,10
---
óxido de sódio (Na
2
O) 0,20
---
óxido de potássio (K
2
O) 0,72
---
Álcalis
Solúveis
equiv. alcalino 0,67
---
Componentes
Químicos
(%)
sulfato de cálcio (CaSO
4
) 4,54
---
174
6.1.4.4 C
ARACTERIZAÇÃO DA AREIA NATURAL
Os resultados das propriedades verificadas da areia natural estão na Tabela 6.10,
onde estão apresentados os resultados individuais de cada ensaio. A planilha com a curva
granulométrica e a determinação do módulo de finura podem ser encontrados no Anexo A
Tabela 6.10 – Caracterização da areia – Resultados dos ensaios realizados
Material
C
ARACTERIZAÇÃO DO AGREGADO MIÚDO
Areia
Tipo:
Natural
Programa:
15.55
Registro:
15.0019.2006
PROPRIEDADES DETERMINADAS
Unidade
Resultados Limite NBR 7211/2005
Absorção (%) 0,6 ---
Zona ótima: 2,20 a
2,90
Zona utilizável inferior: 1,55 a
2,20
Granulometría – Módulo de finura (MF) --- 1,91
Zona utilizável superior: 2,90 a
3,50
Massa Específica (g/cm³) 2,68 ---
Massa Unitária - solta (kg/dm³) 1,36 ---
Teor de Matéria Orgânica +/- clara + clara + clara
Teor de Argila em Torrões e Materiais Friáveis
0,09 3,0 %
Concreto submetido a desgaste
superficial < 3,0 %
Teor de Material Pulverulento 2,27
Para os demais concretos < 5,0 %
Coeficiente de inchamento médio 1,28 ---
Umidade crítica
(%)
4,5 ---
Coletada de acordo com a NBR NM 26 (ABNT, 2001) e reduzida para ensaio de
acordo com a NBR NM 27 (ABNT, 2001), teve a sua distribuição granulométrica
determinada segundo a NBR NM 248 (ABNT, 2003), obtendo módulo de finura de 1,91,
enquadrando-se segundo a Tabela 2 desta norma na zona utilizável inferior.
Segundo a NBR 7211 (ABNT, 2005) a areia deve ter no máximo 3,0 % de torrões
de argila, o percentual de material pulverulento se for para utilização em concretos
submetidos a desgaste deve ser menor que 3,0 % e para os demais concretos deverá ser menor
que 5,0 % e em se tratando de impurezas orgânicas, não deve apresentar uma solução mais
escura que a solução padrão.
Assim, ao observar os valores apresentados na Tabela 6.9 é possível concluir que
os resultados dos ensaios realizados com o agregado miúdo atendem aos limites estabelecidos.
Nos ensaios de reatividade potencial pelo método acelerado, foi utilizado o
cimento CP II F-32 combinado com areia natural. As argamassas foram preparadas na relação
cimento agregado de 1:2,25, com relação água cimento igual a 0,47, conforme prescrito no
método de ensaio C-1260 (ASTM,.2001). Os resultados estão apresentados na Ilustração 6.7.
175
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
0 2 3 4 7 8 9 10 11 14 15 16 17 18 21 22 24 25 28 29 30
Idade (dias)
Reatividade
Deletério
Potencialmente Reativo
Inócuo
Variação de Comprimento (%)
Idade (dia)
Cimento
Agregad
o
2 4 7 8 10 11 14 16 17 21 22 24 26 28 30
CP II F-
32
Areia
Natural
0,00 0,01 0,03 0,03 0,04 0,04 0,05 0,05 0,06 0,07 0,07 0,08 0,08 0,08 0,09
Ilustração 6.7 – Verificação de Reatividade Potencial pelo Método Acelerado ASTM C 1260/2001
Areia Natural (Registro: 15.0019.2006) X Cimento CP II F-32 (Registro: 15.0021.2006)
Procedimento Furnas - 01.004.016
A Tabela 6.11 apresenta os teores de álcalis totais e solúveis em água contidos no
cimento utilizado para o ensaio de reatividade potencial, pelo método acelerado.
Tabela 6.11 - Álcalis Totais e Solúveis em Água
Álcalis Totais (%) Álcalis Solúveis em Água (%)
Cimento
Na
2
O K
2
O
Equivalente
Alcalino
Na
2
O K
2
O
Equivalente
Alcalino
CP II F-32 0,23 1,33 1,10 0,20 0,72 0,67
A ASTM C 1260 (ASTM, 2001) apresenta os seguintes parâmetros para a
expansão provocada pela reação álcali-agregado:
a) Expansão inócua para valor menor que 0,10% aos 16 dias de
ensaio, contados a partir da moldagem;
b) Expansão deletéria para valor maior que 0,20% aos 16 dias de
ensaio, contados a partir da moldagem; e
c) Valor entre 0,10% e 0,20% aos 16 dias, pode ser tanto expansão
inócua quanto deletéria, sendo pois necessárias informações
suplementares sobre os materiais em evidência, ou ainda
acompanhamento da variação de comprimento até a idade de 28 dias.
176
De forma a complementar os parâmetros supracitados, tem-se, segundo Shayan, que:
a) valor da expansão igual ou superior a 0,10% aos 10 dias indica
que o agregado é reativo;
b) valor da expansão igual ou superior a 0,10% aos 22 dias indica
que o agregado é lentamente reativo.
O agregado estudado, quando combinado com o cimento CP II F-32, utilizado na
confeão das amostras, apresentaram um comportamento inócuo tanto em relação a norma
ASTM C 1260 (ASTM, 1994) quanto em relação aos parâmetros estipulados por Shayan.
6.1.5 C
ARACTERIZAÇÃO DOS BLOCOS UTILIZADOS NA ALVENARIA
6.1.5.1 D
ETERMINAÇÃO DA ABSORÇÃO DE ÁGUA
,
DO TEOR DE UMIDADE E ÁREA LÍQUIDA
Para a determinação da absorção de água, do teor de umidade e área líquida nos blocos de
pré-fabricados de concreto, foi utilizada uma amostra composta por 3 blocos. Os ensaios foram
realizados em conformidade com a NBR 12118 (ABNT, 2006). Os resultados individuais estão
apresentados na Tabela 6.12 e a planilha de ensaio pode ser encontrada, na Tabela A-7, do Apêndice A.
Em conformidade com a NBR 6136 (ABNT, 2006), a absorção de água para blocos
de concreto pré-fabricados de concreto simples utilizando agregado normal deve ser menor ou
igual a 10 %. O valor encontrado não apresenta diferença significativa permitindo desta forma,
dizer que a absorção é igual ao limite superior exigido de 10 %, estando, portanto em
conformidade com a norma.
Tabela 6.12 Determinação da absorção de água, do teor de umidade e área líquida Bloco de concreto
C
ARACTERIZAÇÃO DOS
B
LOCOS DE CONCRETO SIMPLES
Nº programa:
15.55
PROPRIEDADES DETERMINADAS
Material Registro
Umidade
(%)
Absorção
(%)
Área Líquida
(cm²)
Bloco pré-fabricado de concreto 15.0024.2006 87,32 10,35 244,34
Para a determinação das características físicas dos blocos cerâmicos de vedão,
como a massa seca (ms), a massa úmida (mu) e o índice de absorção de água (AA), segundo o
todo apresentado pela NBR 15270-3 (ABNT, 2005), cujos resultados individuais podem ser
encontrados nas planilhas de ensaio apresentadas nas Ilustrações A.2, A.5 e A.6 do Apêndice A.
O valordio dos resultados encontrados está apresentado na Tabela 6.13.
O limite ximo admissível para a absorção de água (AA), em conformidade com o
item 5.6 da NBR 15270-1 (ABNT, 2005), não deve ser inferior a 8 % nem superior a 22 %.
177
Tabela 6.13 Determinação da absorção de água, do teor de umidade e área líquida Blocos cerâmicos
C
ARACTERIZAÇÃO DOS BLOCOS CERÂMICOS
Nº programa:
15.55
PROPRIEDADES DETERMINADAS
Material Registro
Massa seca
(g)
Massa Úmida
(g)
Absorção
(%)
Área Líquida
(cm²)
Bloco cerâmico de 8 furos 15.0023.2006 1781,3 21376,5 20,0 55,8
Tijolo cerâmico maciço 15.0022.2006 1240,9 1585,85 25,7 ---
Se observarmos os valores apresentados como resultado da determinação da absorção
de água constata-se que os blocos cerâmicos de 8 furos eso em conformidade com as exincias
da norma, enquanto os blocos cerâmicos macos superam o limiteximo admissível em 17 %.
6.1.5.2 D
ETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL SIMPLES
Foram ensaiados, como mostram as Ilustrações 6.8 a 6.17, utilizando um
equipamento universal de ensaio (prensa hidráulica), apresentado na Ilustração 6.6, com
capacidade de carga de 3000 kgƒ (300 kN), aplicadas de forma contínua e a uma velocidade
de 500 mm/min. Antes de serem ensaiados os blocos tiveram suas faces regularizadas com
pasta de cimento, como mostram as Ilustrações 6.10, 6.11 e 6.12.
As dimensões verificadas e a carga aplicada para determinação da resistência à
compressão e os valores individuais, para cada tipo de bloco, podem ser encontrados nas
planilhas de ensaio apresentada nas Ilustrações C.1, C.2, C.4, C.5 e C.13 do Apêndice C.
A média das resistências a compressão encontrada para cada uma das amostras
ensaiadas, para cada tipo de bloco, como representado nas Ilustrações 6.10, 6.15 e 6.17, estão
apresentadas na Tabela 6.14.
Tabela 6.14 – Resistência a compressão axial simples
C
ARACTERIZAÇÃO DOS
B
LOCOS
Nº programa:
15.55
PROPRIEDADE DETERMINADA
Material Registro
Resistência a compressão axial simples
(MPa)
Bloco cerâmico maciço 15.0022.2006 3,1
Bloco cerâmico de 8 furos 15.0023.2006 1,1
Bloco pré-fabricado de concreto 15.0024.2006 2,0
Como pode ser visto na Ilustração 6.8, com a inspeção visual dos blocos pré-
fabricados de concreto simples constatou-se que apresentavam arestas vivas e não apresentam
fissuras, fraturas ou outros defeitos que pudessem prejudicar o seu assentamento ou a
resistência e a durabilidade da construção.
178
Ilustração 6.8 – Blocos pré-fabricados de concreto Ilustração 6.9 – Lote para verificação dimensional
Os blocos pré-fabricados de concreto simples, em conformidade com a
NBR 6136 (ABNT, 2006), foram classificados como Classe D e designado como M-10.
Segundo a mesma norma os blocos Classe D são recomendados para alvenarias
sem função estrutural, para uso em elementos acima do nível do solo. Pelo tamanho da
amostra ensaiada esta classificação é valida para um lote de até 5000 unidades, em
conformidade com o critério estabelecido no item 6.5.1 da mesma norma.
Significando que a utilização de blocos Classe D em paredes de vedação como a
de registro 15.0057.206, que foi verificada quanto a sua resistência ao fogo, é perfeitamente
possível.
Ilustração 6.10 – Ensaio de resistência a compressão Ilustração 6.11 – Amostra preparada para ensaio
As dimensões médias obtidas na verificação dimensional são de 392 mm x 198
mm x 101 mm e espessura média das paredes de 24 mm, enquanto que a NBR 6136 (ABNT,
2006) prescreve 390 mm x 190 mm x 90 mm e espessura de parede de 15 mm.
As tolerâncias permitidas nas dimensões dos blocos indicadas na Tabela 1 da
norma são de + 2,0 mm para a largura e de + 3,0 mm para a altura e comprimento e 1,0 mm
para cada valor individual da espessura das paredes. É importante observar também que a
espessura das paredes esta 60 % acima da exigência para a Classe D, sendo esta, em
conformidade com a norma exigida aos blocos tipo M-15 das classes A e B.
179
Tabela 6.15 – Comparativo de consumo de material entre bloco utilizado e exigências de norma
Bloco pré-fabricado de concreto simples
Dimensões
(mm)
Volume
(m³)
L x H x C Espessura
Unitário
(m³)
Material
excedente
Material
excedente
(m³/m²)
Material excedente
Área de parede de 36 m²
Cômodo de 3 m x 3 m
Pé direito de 3 m
(m³ / 36 m²)
24 0,00660
0,00248 0,0620 2,232
15 0,00412
101 x 198 x 392
25 0,00687
0,00275 0,0688 2,477
24 0,00604
0,00226 0,0565 2,034
15 0,00378
90 x 190 x 390
25 0,00629
0,00251 0,0628 2,261
101 x 198 x 392 24 0,00660
0,00282 0,0705 2,538
90 x 190 x 390 15 0,00378
101 x 198 x 392 25 0,00687
0,00309 0,0773 2,783
Como mostra a Tabela 6.15 é possível concluir que, o consumo de material básico
utilizado na fabricação é maior que o necessário e resultaem um produto final com peso
unitário aumentando, que levado em consideração pelo calculista resultará em estrutura mais
robusta, com seções de aço e concreto maiores do que seria necessário. Resultará na remoção
de material natural além do necessário tanto na fabricação quanto na construção.
Mas isto não é tudo, que se considerar que na ocorrência de um possível
incêndio ou na necessidade da demolição o volume de resíduos gerados nas edificações que
utilizarem blocos com estas características em sua alvenaria é com certeza maior.
Com esta conformação atingiu a resistência à compressão média, apresentada na
Tabela 6.14, equivalente ao valor mínimo exigido pela norma que é de 2,0 MPa, o que
significa que alguns destes tinham resistência inferior a exigida. Se aqui, for novamente
comparado aos blocos de classe A e B, constatou-se que a resistência à compressão é de 100 a
200 % maior.
O fabricante ou por desconhecimento ou desconsiderar a importância do controle
de qualidade e de preservação do meio ambiente, ou ainda considerar um gasto desnecessário.
Acreditando que desta forma está economizando, sem conseguir enxergar que, sem o controle
dos materiais e da qualidade do seu produto final aliado a utilização de uma dosagem com
uma composição adequada, estará na realidade tomando e causando prejuízo.
180
Estará desperdiçando material básico e como conseqüência obtendo um bloco
mais pesado, com percentual de absorção alto e com baixa resistência a compressão além de
contribuir para o aumento na geração de resíduos, com danos ao meio ambiente sem obter
nenhum ganho tecnológico, além da perda de valor agregado a sua produção.
Os blocos cerâmicos não apresentaram defeitos sistemáticos como trincas,
quebras, superfícies irregulares, deformações ou desuniformidade na cor. A verificação
dimensional e determinação da resistência a compressão foi feita por amostragem simples
utilizando-se um lote com 12 blocos.
Ilustração 6.12 Amostras preparadas Ilustração 6.13Amostra sendo posicionada
A resistência a compressão mínima dos blocos cerâmicos maciços foram
verificadas, segundo NBR 6460 (ABNT, 1983) em 12 amostras. Em conformidade com a
Tabela 2 da NBR 7170-1 (ABNT, 1983) item 5.1.1 foi classificado como Classe B que
significa ter uma resistência a compressão mínima de 2,5 MPa, que é inferior a
apresentada na Tabela 6.14, para as amostras preparadas e ensaiadas conforme
Ilustrações 6.12 a 6.15.
Ilustração 6.14 Amostra de tijolo maco Ilustração 6.15 – Ensaio de resisncia a compressão
As dimensões médias obtidas nas três direções, durante a verificação dimensional
foram 188,2 mm x 92,5 mm x 40,4 mm, enquanto que, a NBR 7170 (ABNT, 1983) prescreve
190 mm x 90 mm x 57 mm, não estando desta forma em conformidade a norma, pois a
tolerância máxima é de + 3,0 mm para mais ou para menos nas três direções.
181
Fato que não impediu que fossem satisfeitas as exigências de resistência à
compressão, cujos resultados individuais podem ser encontrados na planilha de ensaio
apresentada na Ilustração B.1 e B.2 do Apêndice B e de forma resumida na Tabela 6.16 a
seguir.
Tabela 6.16 – Resistência a compressão dos blocos cerâmicos maciços
Corpo
de
prova
Largura
(mm)
Comprimento
(mm)
Seção
transversal
(mm²)
Força máxima
(kgf)
Tensão máxima
(MPa)
CP 1
90 94 8459 2662 3,1
CP 2
92 92 8458 2307 2,7
CP 3
96 93 8935 2196 2,4
CP 4
92 92 8433 2311 2,7
CP 5
92 92 8403 2568 3,0
CP 6
92 93 8574 2941 3,4
CP 7
94 90 8436 2323 2,7
CP 8
91 93 8531 3439 4,0
CP 9
91 93 8479 2585 3,0
CP 10
94 93 8695 2270 2,6
CP 11
96 91 8717 3840 4,3
CP 1
93 93 8649 3394 3,8
CP 2
93 93 8649 2323 2,6
CP 3
92 93 8556 2208 2,5
CP 4
91 93 8433 1841 2,1
CP 5
92 91 8403 3165 3,7
CP 6
92 93 8525 2834 3,3
Média 93 92 8549 2659 3,1
Os ensaios com os blocos cerâmicos maciços, realizados em uma amostra com 13
blocos, validam os resultados encontrados, em conformidade com a NBR 7170 (ABNT,
1983), para um lote de 3001 a 35000 unidades fabricadas.
A resistência a compressão mínima dos blocos cerâmicos de 8 furos foram
verificadas em conformidade com a NBR 15270-3 (ABNT, 2005). Em conformidade com a
NBR 15270-1 (ABNT, 2005), de acordo com item 5.5, a resistência a compressão dos blocos
usados com furos na horizontal tem que ser maior ou igual a 1,5 MPa, valor que é superior a
resistência à compressão média encontrada para os blocos cerâmicos de 8 furos, apresentado
na Tabela 6.14.
182
Ilustração 6.16 – Bloco cerâmico de 8 furos Ilustração 6.17 – Resistência a compressão
A verificação dimensional foi feita por amostragem simples utilizando-se um lote
com 18 blocos. Os blocos não apresentaram defeitos sistemáticos como trincas, quebras,
superfícies irregulares, deformações ou desuniformidade na cor.
Tabela 6.17 – Resumo das planilhas do Apêndice C
V
ERIFICAÇÃO DIMENSIONAL
Amostra 01 02 03 Média
Largura
91,9 91,8 89,9 91,2
Comprimento
190,9 191,8 187,4 189,8
Altura
191,0 187,2 192,8 190,3
Em conformidade com a NBR 6136 (ABNT, 2006) as dimensões médias obtidas
na verificação dimensional e apresentadas na Tabela 6.16, satisfazem as dimensões de 90 mm
x 190 mm x 190 mm, com tolerância máxima de + 3,0 mm para mais ou para menos nas três
direções, exigidas.
Nenhum dos blocos adquiridos satisfez a todas as características verificadas,
evidenciando a comercialização de componentes construtivos de baixa qualidade como
prática tão rotineira, que se tornou evidente até para aqueles que não militam na construção
civil, a ponto de uma fiscalização do INMETRO nos três primeiros meses de 2007 virar
notícia nos canais de televisão desta capital.
Demonstrando que a verificação de conformidade, às normas e procedimentos
aceitos e reconhecidos como indicadores do comportamento de materiais e componentes
construtivos ensaiados, quando em condições reais de utilização, é uma prática
extremamente saudável. Contribuindo tanto para a segurança, habitabilidade e
durabilidade das edificações quanto na preservação do meio ambiente, sendo de grande
valia na redução do volume de material natural removido da natureza e da geração de
resíduos.
183
6.2 RESISTÊNCIA AO FOGO – MÉTODO DE ENSAIO
Os três ensaios apresentados neste item destinam-se à verificão da
resistência ao fogo de um componente construtivo, representativo do elemento de
construção. Tomando-se como base o tempo durante o qual um corpo-de-prova, satisfaz
aos critérios de integridade, estanqueidade e isolamento rmico, quando submetido, em
uma das faces, à elevão padronizada de temperatura, em conformidade com a NBR
10636 (ABNT, 1989). Para a verificação da resistência ao fogo dos corpos-de-prova, foi
utilizado o forno vertical apresentado no Item 4.2.3.4.
Todavia, os ensaios não foram realizados para eleger qual dos tipos de bloco é
o melhor, posto que cada um deles é adequado para aquela condição de inndio que
exigir resistência ao fogo igual a que demonstraram habilidade para suportar mantendo a
sua capacidade de isolamento térmico e de resistir ao fogo conservando as suas
características funcionais.
o fa referência aos ensaios normalmente empregados para avalião do
desempenho em relação da supercie dos elementos construtivos no que diz respeito à
sustentação do fogo e desenvolvimento de fumaça.
6.2.1 C
ORPO
-
DE
-
PROVA
P
REPARO E ACONDICIONAMENTO
O corpo-de-prova, para esta pesquisa, foi definido como sendo uma parede
em alvenaria com dimensões de 4,00 m x 3,00 m x 0,13 m, assentada e revestida com
argamassa de cimento, cal e areia na proporção de 1:3:8 (cimento:cal:areia), sendo que
este revestimento é aplicado sobre chapisco de cimento e areia nas proporções de 1:3
(cimento:areia), como na Ilustração 6.18, tendo em cada uma das faces 1,5 cm de
espessura e entre as fiadas não superiores a 2,0 cm, como exemplificado na
Ilustração 6.19.
Ilustração 6.18 – Parede chapiscada Ilustração 6.19 – Espessura entre as fiadas
184
A mão-de-obra, dimensões e os materiais utilizados foram tomados como
representativos daqueles utilizados na confecção de uma parede real em alvenaria para
vedação sem funções estruturais. É importante notar que no preparo foi utilizado o mesmo
padrão de mão-de-obra e acabamento empregados em uma construção.
Ilustração 6.20 Parede de blocos de concreto simples Ilustrão 6.21 Parede de blocos cerâmicos maciços
Para que fossem minimizadas as influências das características dos materiais
e mão-de-obra no desempenho dos corpos-de-prova, as paredes foram construídas pelo
mesmo pedreiro, como mostram as Ilustrações 6.20 e 6.21, em ambiente protegido,
como nas Ilustrações 6.20 a 6.22 (a) e (b), da incidência direta da luz solar, de ventos
canalizados e das chuvas intensas que ocorreram durante o tempo em que os ensaios
foram realizados, nestas condições a temperatura variou de 30 + 10 °C e a umidade
relativa do ar entre 40 e 100 %.
Ilustração 6.22 – Paredes de blocos cerâmicos de oito furos (a) e maciços (b) em ambiente protegido.
Com o intuito de se alcançar o contdo de umidade e resistência previstas
para uma possível situação de utilização o corpo-de-prova após a confecção serem
ensaiados, permaneceram protegidos em uma câmara de acondicionamento como na
Ilustração 6.23.
(a)
(
b
)
185
Ilustração 6.23 Câmara de acondicionamento do Laboratório de Tecnologia do Ambiente Construído (LASC)
As paredes foram construídas dentro de um rtico metálico, como mostra a
Ilustração 6.23, fabricado especialmente para este fim, e desta forma foi garantida a
verticalidade e a restrição de movimentos provocados pela expansão térmica dos materiais,
em todas as direções.
Não foram considerados vigas, pilares, portas ou qualquer outro tipo de vedador,
componente construtívo ou de instalações prediais, que poderiam, igualmente, estar
integrados às amostras consideradas.
Ilustração 6.24 Pórtico fabricado para construção dos corpos-de-prova e fixação ao forno durante o ensaio
6.2.2 R
EGIME DE AQUECIMENTO
Os aumentos da temperatura no interior do forno foram controlados de modo a
variar com o tempo conforme Equação 6.1. A curva que representa esta função, conhecida
como curva padrão temperatura x tempo está representada na Ilustração 6.25.
1) (8t log10 345 To - T
+
=
Onde,T - temperatura do forno no tempo t de ensaio (
o
C)
T
o
- temperatura inicial do forno (
o
C)
t - tempo de ensaio (min)
(
6
.1)
186
Ilustração 6.25 – Curva padrão Temperatura x Tempo (ABNT, 1992)
A Ilustração 6.26 apresenta alguns valores de elevação de temperatura para os
valores indicados de tempo de ensaio.
Tempo Elevação da Temperatura
t (min) (T - To) °C
5 556
10 659
15 718
30 821
60 925
90 986
120 1029
180 1090
240 1133
360 1193
Ilustração 6.26 – Valores padronizados que compõem o gráfico - temperatura x tempo (ABNT, 1989)
6.2.3 D
ESVIO DE TEMPERATURA
-
T
OLERÂNCIA
Conforme as exigências da NBR 10636 (ABNT, 1989) o desvio da temperatura
do forno é dado em percentagem, pela seguinte Equação 6.2.
100*
B
BA
Onde,
A valor da área sob a curva da temperatura dia do forno, obtida
conforme Item 6.2.4.
B – valor da área sob a curva-padrão temperatura x tempo
(
6
.2)
187
Os desvios máximos permitidos são:
a) +
15 % durante os primeiros 10 min;
b) + 10 % durante os primeiros 30 min;
c) + 5 % após os primeiros 30 min;
Em nenhum instante, a partir dos 10 min de ensaio, a temperatura medida no
interior do forno, por qualquer dos termopares deve diferir, em valor absoluto, mais de 100 °C
da correspondente temperatura padronizada. Para corpos-de-prova que incorporarem
quantidade significativa de materiais combustíveis, a temperatura medida por qualquer
termopar não deve diferir mais de 200 °C, em valor absoluto.
6.2.4 M
EDIÇÃO DA TEMPERATURA
Conforme a NBR 10636 (ABNT, 1989), a temperatura deve ser a média
aritmética das temperaturas medidas por termopares arranjados de maneira que um
fique localizado no centro geométrico da face do corpo-de-prova e os demais em cada
uma das áreas resultantes da divisão da superfície, em partes iguais. Distribuídos da
forma mais simétrica possível, na face do corpo-de-prova, em número total não menor
que cinco e não menos que um para cada 1,5 m² de superfície do corpo-de-prova.
Medidas de modo que, a média das temperaturas a ser determinada seja representativa
do corpo-de-prova na sua totalidade, ou seja, medida nas duas faces, a exposta e a não
exposta ao fogo.
Àquela medida na face exposta corresponde à temperatura do interior do
forno. A da face não exposta é a que informa da manutenção ou não do isolamento
térmico, dando a medida da capacidade que o elemento construtivo analisado tem de
isolar termicamente o ambiente adjacente. Sendo considerada também a temperatura
máxima ocorrida em qualquer um dos termopares instalados na face não exposta.
A temperatura máxima da face não exposta pode ser medida em quaisquer
pontos, incluindo juntas, que aparentem ser mais quentes que aqueles escolhidos para a
determinação da temperatura média.
Os níveis especificados por norma pretendem garantir que qualquer material
combustível em contato com a face não exposta sob temperaturas inferiores a estes
níveis não ignizarão. O limite para elevação máxima da temperatura está incluído para
demonstrar que nenhuma área potencial da construção propiciará uma passagem direta
para a transmissão do calor ou gerará pontos de calor na face não exposta.
188
A medição da temperatura nas faces exposta e não exposta da amostra
ensaiada foi feita empregando-se 9 termopares em cada face, correspondendo a um
termopar para cada 1,33 m², ficando desta forma em conformidade com o método de
ensaio adotado.
Para a aquisição dos dados e registro contínuo das temperaturas, durante todo
o tempo de duração do ensaio, esses termopares foram conectados aos controladores
lógicos programáveis (CLP), apresentados na Ilustração 6.27 (b), e estes ao software
supervisor Elipse Scada, da Elipse Software.
Ilustração 6.27 (a) Sistema de aquisição de dados (b) Conjunto de controladores lógicos programáveis (CLP)
O software fornece duas telas, sendo uma de monitoramento do ensaio e na outra
estão representados os controladores lógicos programáveis (CLP), permitindo assim o
acompanhamento da evolução da temperatura em cada uma das zonas resultantes da divisão
da superfície do corpo-de-prova, onde também é permitido editar as equações para o cálculo
das temperaturas médias do forno e da face não exposta.
Na tela de monitoramento o gráfico gerado pelos dados adquiridos pelo sistema é
configurado e a evolução da temperatura acompanhada, graficamente, em tempo real. Nesta
tela o sistema é informado a que tipo de regime de aquecimento o corpo-de-prova estará
exposto. Além da hora de início e fim de ensaio, as temperaturas média interna e externa e a
interna máxima.
Para este trabalho o regime de aquecimento adotado é o que tem
comportamento representado pela curva conhecida como Celulósica esta apresentada
no gráfico da Ilustração 6.28 (a), pois se admite que esta represente o comportamento
da queima de materiais celulósicos, ou seja, materiais com um potencial calorífico com
valores equivalentes à madeira e o papel, que é da ordem de 16,3 a 18,6 MJ/kg.
(a)
(
b
)
189
Ilustração 6.28 Telas de monitoramento e acionamento do forno do software Elipse Scada (a) Curva padrão -
Ensaio da parede de blocos cerâmicos maciços e (b) representação e monitoramento do Conjunto de CLP’s
Esta tela possui um ícone que habilita o acionamento do forno para início do
ensaio. Para esta possibilidade, porém, é necessário ter em conta a necessidade de se ter
certeza de que o compressor está ligado, que o vaporizador está funcionando e que sua
temperatura está em 80 °C e a mais importante, a certeza de que a quantidade de GLP
existente é suficiente para a realização do ensaio.
É nesta tela também que está habilitada a possibilidade de geração, ao final do
ensaio, de um arquivo em TXT dos dados tratados e armazenados pelo sistema de aquisição.
6.2.4.1 M
EDIÇÃO DA TEMPERATURA DO FORNO
Na medição da temperatura na face exposta, no interior do forno foram utilizados
termopares do tipo K (cromel-alumel), constituído por um par de cabos de isolação mineral
com diâmetro de 2x14 AWG.
Ilustração 6.29 (a) Termopar interno (b) Arranjo interno - Para cada 1,33 m² da superfície do corpo-de-prova
Os cabos foram isolados por miçangas cerâmicas, como mostra a Ilustração 6.30
(b) e protegidos e sustentados na posição de trabalho por bainhas metálicas de inconel,
mantendo a junta de medição com exposição entre 20 mm e 25 mm, como na
Ilustração 6.29 (a).
20 a 25 mm
Bainha de inconel
(b)
(a)
(a)
(
b
)
190
Ilustração 6.30 (a) Termopar do tipo K (cromel-alumel) (b) Termopar protegido por miçangas cerâmicas
Para garantir que estariam permanentemente a 100 mm do ponto mais próximo da
superfície do corpo-de-prova, todos os termopares foram checados, como na Ilustração 6.31.
Ilustração 6.31 – Posicionando termopares internos a 100 mm da superfície do corpo-de-prova
Foram arranjados de forma que fique um defronte ao centro geométrico do corpo-
de-prova e os demais defronte ao centro de cada uma das áreas resultantes da divisão da
superfície do corpo-de-prova em partes iguais, como representado na Ilustração 6.32 (a).
Com este arranjo a amostra estará subdividida em zonas, monitoradas por cada um
destes termopares cujo posicionamento é informado ao software, via CLP, quando solicitado
o ADDR, número que constituirá o endereço, como apresentado na Ilustração 6.32 (b).
Ilustração 6.32 (a) Posicionamento e (b) Endero (ADDR) dos termopares informado ao Elipse Scada
(b)
(a)
(b)
(a)
191
6.2.4.2 M
EDIÇÃO DA TEMPERATURA MÉDIA DA FACE NÃO EXPOSTA
Os termopares foram arranjados de maneira que um fique localizado no centro geométrico a
face do corpo-de-prova e os demais em cada uma das áreas resultantes da divisão da
superfície, em partes iguais, para que ficassem distribuídos da forma mais simétrica possível,
como apresentado na Ilustração 6.33 e representado na Ilustração 6.34 (a).
Ilustração 6.33 – Posicionamento dos termopares na face não exposta
Com este arranjo a amostra estará subdividida em zonas, monitoradas por cada um
destes termopares cujo posicionamento é informado ao software, via CLP, quando solicitado
ADDR, um número que constituirá o endereço, como apresentado na Ilustração 6.34 (b).
Ilustração 6.34 (a) Posicionamento e (b) Endero (ADDR) dos termopares informado ao Elipse Scada
Na face não exposta foram utilizados termopares do tipo T, constituídos de um par
de cabos compensadores de cobre constatan de 2x24 AWG com isolamento de PVC.
Ilustração 6.35 Termopar soldado ao disco de cobre Ilustração 6.36 Pastilhas de amianto seco a 105°C
(a)
(b)
192
Os termopares utilizados tiveram a junta de medida fixada, com solda tipo
estanho, no centro de um disco de cobre de 12 mm de diâmetro e 0,2 mm de espessura,
cobertos com pastilhas de papelão de amianto de 2 mm de espessura e lados de 30 mm x 30
mm. Mantendo a face oposta a solda em contato com a superfície do corpo-de-prova e fixadas
por meio de pinos e fitas metálicas, como apresentado na Ilustração 6.37, adequados ao
reboco que foi utilizado para acabamento nas amostras que foram ensaiadas.
As pastilhas de amianto foram mantidas na estufa, apresentada na Ilustração 6.38,
a temperatura de 105ºC, por no nimo trinta minutos antes do início do ensaio, para que se
tivesse a certeza de estariam totalmente secas.
Ilustração 6.37 – Termopar face não exposta instalado Ilustração 6.38 – Estufa
A média aritmética das temperaturas medidas nos termopares instalados é
considerada a temperatura média da face não exposta.
Nenhum dos termopares destinados a determinação da temperatura média foi
instalado a uma distância das bordas inferior a 150 mm. Os pontos de medidas considerados
no cálculo da temperatura média não devem coincidir com juntas entre materiais distintos que
possam existir no corpo-de-prova.
6.2.5 V
ERIFICAÇÃO DA PRESSÃO
Segundo a NBR 10636 (ABNT, 1989) a pressão de (10 + 5) Pa acima da pressão
atmosférica deve existir no interior do forno, pelo menos nos dois terços superiores da altura
do corpo-de-prova, durante a realização do ensaio. Para a satisfação dessa condição, a pressão
foi medida em um ponto localizado, conforme exigido, aproximadamente a três quartos da
altura do corpo-de-prova e junto a face não exposta ao fogo, a uma distância não menor que
250 mm da borda da amostra.
O controle da pressão foi efetuado a partir do primeiro ponto de verificação da
pressão, que em conformidade com o item 5.1.3 da NBR 10636 (ABNT, 1989) se aos dez
minutos após o início do ensaio, e em intervalos de 5 minutos até o encerramento do ensaio.
193
A verificação da pressão interna do forno é feita por dispositivo constituído por
tubo e conexões de aço de diâmetro nominal interno de 13 mm, protegido por aba de aço
envolvida por de rocha, conforme item 4.4 da NBR 10636 (ABNT, 1989) representado na
Ilustração 6.38, instalado nos corpos-de-prova como mostrado nas Ilustrações 6.39 e 6.40.
40
ABA METÁLICA DE PROTEÇÃO
(CHAPA DE AÇO 3mm)
INTERIOR DO FORNO
AMBIENTE EXTERIOR
CORPO-DE-PROVA A SER ENSAIADO
CORTE LATERAL
A
A
40
10
10
50 50 50
150
150
CORTE AA
TUBO DE AÇO COM
INTERNO DE 13mm
Ilustração 6.39 - Dispositivo de tomada de pressão. (ABNT, 1989)
Ilustração 6.40 - Dispositivo de tomada de pressão protegido por chapa metálica e lã de rocha.
Este dispositivo é conectado a um transdutor indicador de pressão para a leitura de
pressão diferencial, modelo GTIPD-A para medições até 30 Psi de ar seco, gases não
condutivos e inertes, apropriados para medidas na faixa de 0 Pa a 100 Pa.
Ilustração 6.41 - Transdutor de pressão diferencial para a leitura de pressão estática equipado com Hobo H8
Este transdutor pode ser conectado a um data logger como o HOBO H-8, para
leitura de sinais de 0 a 20 mA e tratamento dos dados. Necessita do software ProxCard para
sua programação e posterior transferência dos dados armazenados para análise.
HOBO
H8
194
6.2.6 M
EDIDA DA VELOCIDADE DO AR E DA TEMPERATURA NO INTERIOR DO LABORATÓRIO
Segundo a NBR 10636 (ABNT, 1989), a temperatura ambiente (T0), no
momento do início do ensaio, deve estar situada entre 10 e 40 °C. A velocidade do ar,
antes do início e durante a realização do ensaio, medidas nas direções paralela e
perpendicular à superfície do corpo-de-prova e a uma distância em torno de 50 mm, não
deve ser superior a 1,3 m/s.
A velocidade do ar no interior do laboratório foi medida utilizando-se o
termo higro anemômetro digital apresentado na Ilustração 6.42, que é equipado com
ventoinha e possui escala de velocidade de 0,0 a 25 m/s e resolução de 0,1 m/s.
Para medidas da velocidade do ar a uma distância em torno de 50 mm, nas
direções paralela e perpendicular à superfície do corpo-de-prova, utilizou-se um termo
anemômetro digital de fio quente, apresentado na Ilustração 6.43, que possui escala de
velocidade de 0,2 a 20,0 m/s e resolução de 1 m/s equipado com sensor telescópico para
acesso a locais restritos.
Ilustração 6.42 – Termo higro anemômetro digital Ilustração 6.43 – Termo-anemômetro digital
Ilustração 6.44 Medida da velocidade do ar perpendicular à superfície e a uma distância em torno de 50 mm
195
A temperatura ambiente (T0) medida pelo sistema de aquisição do forno foi
registrada a partir do instante em que o sistema foi ligado até o momento em que os
queimadores foram acionados. Todas as temperaturas medidas pelos termopares durante o
processo de ensaio foram armazenadas pelo sistema de aquisição.
A temperatura ambiente (T0) considerada, e aquelas registradas durante o ensaio
podem ser encontradas no Apêndice D, para cada uma das paredes avaliadas, onde se constata
a conformidade de T0, registrada no instante em que o ensaio foi iniciado, com a
NBR 10636(ABNT, 1989).
6.2.7 C
ARACTERÍSTICAS DE RESISTÊNCIA AO FOGO A SEREM VERIFICADAS DURANTE O
ENSAIO
De acordo com o atendimento a cada um dos critérios de resistência ao fogo
descritos neste item, o corpo-de-prova se enquadrará como corta-fogo (CF) se atender a todas
as exigências e como ra-chama (PC) quando atender somente às exigências de estabilidade
e estanqueidade.
A categoria e o grau de resistência ao fogo, em relação ao qual está sendo feito o
ensaio com o corpo-de-prova devem ser estabelecidos, em conformidade com os Itens 6.2 e
6.3 da NBR 10636 (ABNT, 1989).
O resultado final deverá fornecer a classificação do corpo-de-prova segundo a
categoria e o grau de resistência ao fogo, se os critérios de quaisquer das categorias tiverem
sido atendidos, em conformidade com os Itens 6.5 da mesma norma.
6.2.7.1
I
SOLAMENTO TÉRMICO
O isolamento térmico é verificado pelo aumento de temperatura observada na face
não exposta do corpo-de-prova, durante o decorrer do ensaio, conforme Item 6.2.4.
Considera-se o corpo-de-prova satisfatório como isolante térmico, enquanto não
houver, na face não exposta, aumento de temperatura média superior a 140 ºC e, em qualquer
termopar da mesma face, aumento superior a 180 °C, acima de T0.
6.2.7.2 E
STANQUEIDADE
A estanqueidade às chamas e gases quentes das trincas ou outras aberturas é
verificada por meio de um chumaço de algodão colocado a uma distância destas, variável
entre 20 mm e 30 mm.
196
O algodão utilizado deve consistir de fibras novas, macias e não tingidas, sem
qualquer mistura com fibras artificiais. Antes do uso deve ser seco em estufa a 105 °C, como
aquela na Ilustração 6.38, por pelo menos 60 minutos e guardado no dessecador em seguida.
Ilustração 6.45 – Bastidor com o chumaço de algodão
Cada chumaço deve medir 100 mm x 100 mm na superfície exposta e ter
espessura de 20 mm, pesando entre 3 g e 4 g, e ser fixado por meio de grampos de arame de
aço, a um bastidor quadrado de 100 mm de lado, como apresentado na Ilustração 6.45,
também de arame de aço, com cerca de 1 mm de diâmetro. O bastidor deve ser fixado a uma
haste também de arame de aço, com comprimento de, aproximadamente, 750 mm.
Deve-se anotar o instante e a posição em que ocorrer a primeira inflamação do
chumaço de algodão. Quaisquer ocorrências de trincas ou outras aberturas devem ser
observadas e registradas, assim como o aparecimento de chamejamento na face não exposta,
com duração de 10 segundos.
O chumaço deve ser aplicado, como nas Ilustrações 6.46 e 6.47, a curtos
intervalos de tempo e mantido em posição durante pelo menos dez segundos, porém, não mais
que 20 segundos para determinar sua inflamação e não deve ser reutilizado.
Ilustração 6.46 – Verificação da estanqueidade Ilustração 6.47 - Vapor d’água através da fissura
Considera-se estanque o corpo-de-prova que, durante o ensaio, não apresentar
trincas ou aberturas suficientes para permitir a passagem, da face exposta ao fogo para a não
exposta, de gases quentes ou chamas, revelados pela inflamação do chumaço de algodão.
197
6.2.7.3 E
STABILIDADE MECÂNICA
Considera-se estável o corpo-de-prova que, durante todo o transcorrer do ensaio,
inclusive durante a aplicação do teste de choque mecânico, não entrar em colapso.
Verificada pela aplicação do teste de choque mecânico, três minutos antes do
tempo preestabelecido para o término do ensaio. São aplicados em três pontos distintos da
parede, alinhados horizontalmente a 1,40 m da base.
Ilustração 6.48 – Esfera com 15 kg Ilustração 6.49 – Aplicando energia de 20 J
Consiste em submeter a superfície não exposta do corpo-de-prova ao impacto
da esfera apresentada na Ilustração 6.48, com massa de 15 kg, em movimento pendular,
como na Ilustração 6.49, de forma a se obter no choque, uma energia correspondente a
20 J.
A verificação da estabilidade através da aplicação do impacto, para este
estudo se tornou sem sentido, pois todos os ensaios foram encerrados com a ocorrência
da perda do isolamento térmico, ao atingir a temperatura média, acima da temperatura
ambiente do início do ensaio (T0), na face não exposta do corpo-de-prova.
6.2.8 O
BSERVAÇÕES ADICIONAIS
No transcorrer do ensaio devem ser observados todas as mudanças ou eventos,
mesmo que não relativas aos critérios da resistência ao fogo, que possam causar riscos no
ambiente de um edifício, como por exemplo, a emissão de um volume apreciável de fumaça
ou de vapores pela face não exposta do elemento de vedação.
O ensaio deve ser encerrado quando o corpo-de-prova não satisfizer aos critérios,
apresentados em 6.2.7, aplicados para julgar seu desempenho, ou numa fase anterior, quando
atingir um tempo preestabelecido para o término do ensaio, mesmo que todos os critérios
tenham sido atingidos.
h
198
Classifica-se no grau de resistência ao fogo, imediatamente inferior,
correspondendo ao tempo durante o qual foram satisfeitos os critérios apresentados no
Item 6.2.7, quando:
a) Ocorre a falência do corpo-de-prova e o ensaio é encerrado antes do
tempo previsto, porque os critérios de resistência ao fogo, referentes
a uma categoria pré-estabelecida, não foram atendidos, dentro de um
determinado grau de resistência ao fogo também p-estabelecido.
b) O ensaio é encerrado, por exemplo, em função da perda de isolamento
térmico, e o tempo de final de ensaio se enquadra entre dois dos tempos
prescritos no Item 6.3 da NBR 10636 (ABNT, 1989).
6.3 RESISTÊNCIA AO FOGO – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Neste item são apresentados os resultados dos ensaios de resistência ao fogo e a
classificação obtida pelas paredes em função do tempo de resistência ao fogo de acordo com o
Item 6 da NBR 10636 (ABNT, 1989).
São apresentadas as principais ocorrências registradas no decorrer dos
ensaios. Assim como será feita a verificação do desvio ocorrido nas temperaturas
durante o ensaio, em conformidade com Item 6.2.3. Serão informadas a temperatura no
interior do laboratório e a velocidade do vento no instante de início de cada uma das
determinações.
Para complementação das informações necessárias também serão conhecidas,
as datas de término da construção das amostras e da realização do ensaio.
6.3.1 P
AREDE DE BLOCO PRÉ
-
FABRICADO DE CONCRETO SIMPLES
A parede de blocos de concreto simples teve a sua construção concluída no
dia 02/09/2006 e foi ensaiada 34 dias após, no dia 06/10/2006. Neste peodo
permaneceu protegida dentro da mara de acondicionamento, apresentada na
Ilustração 6.43.
No instante em que o ensaio iniciou a temperatura ambiente (T0) no interior
do laboratório estava em conformidade com a NBR 10.636 (ABNT, 1989), registrada
também pelos termopares, era em média de 30 °C e está apresentada na Tabela D.1 do
Apêndice D.
199
A velocidade do ar, no interior do laboratório, também estava em
conformidade com as exigências da mesma norma. Medida pelo anemômetro
apresentado na Ilustração 6.42, era de 0,0 m/s que é menor que a velocidade máxima
permitida de 1,3 m/s.
As médias das temperaturas no interior do forno e na face não exposta da amostra
e as temperaturas registradas durante o ensaio estão apresentadas na Tabela D.1 do
Apêndice D e representadas na Ilustração 6.50. O comportamento do corpo-de-prova durante
a realização do ensaio está descrito na Tabela 6.19.
Ilustração 6.50 Parede de bloco pré-fabricado de concreto simples - Curva padrão - Média das temperaturas
O desvio total da área sob a curva de temperatura média do forno obtida durante a
realização do ensaio, em relação à área sob a curva-padrão, foi em média de 1,7 %. O desvio
médio da curva de temperatura de ensaio, com relação à curva-padrão, conforme Item 6.2.3,
está apresentado na Tabela 6.18.
Tabela 6.18 – Desvio da Média das Temperaturas e tolerâncias – Parede 15.0057.2006
Tempo de ensaio
(min)
Desvio registrado
(%)
Desvio máximo permitido
NBR 10636
0 a 10 - 4,8
± 15,0 %
0 a 30 - 4,0
± 10,0 %
30 a 156 0,0
± 5,0 %
O corpo-de-prova se manteve estável durante todo o ensaio. As principais
ocorrências, descritas na Tabela 6.19 podem ser observadas nas fotos 6.51 a 6.55.
200
Tabela 6.19 – Principais ocorrências e deformações durante o ensaio – Parede 15.0057.2006
Tempo de
ensaio
(min : s)
Principais ocorrências
00:00 Início do ensaio
06:20
Surge a primeira fissura - vertical no centro da amostra – parcial superior
06:48 Fissura central atinge a parte inferior do pórtico
12:00 Aumenta a abertura da fissura vertical
14:00 Partiu o cabo do Termopar 5 – as leituras foram interrompidas
21:00 Umidade aflora na face da amostra, com liberação de vapores.
21:50 Trinca na altura do medidor de pressão – lado + 2,40 m – lado esquerdo
23:00 Trinca no alinhamento do termopar 7 ao 9 no lado direito + 2,50 m
24:00 Trinca no alinhamento do termopar 7 ao 9 no lado direito
25:00 Trinca no alinhamento do termopar 1 ao 3
26:00 Umidade aflorando nas três trincas maiores
40:00 Afloramento de água evidencia as fissuras na argamassa
159:00
Fim do ensaio – a temperatura na face exposta atinge 140 °C acima da temperatura ambiente
no inicio do ensaio – To – 30 °C – Perda do isolamento térmico segundo NBR 10.636
(ABNT, 1989), T
Média
= 170 °C
O corpo-de-prova apresentou desempenho térmico satisfatório no período de
realização do ensaio. Durante esse tempo, o corpo-de-prova manteve as qualidades de
resistência mecânica e de estanqueidade a chamas e gases quentes, atingindo a
temperatura limite de 140 ºC + T0, média das medidas dos 9 termopares da face o
exposta, as 156 minutos de icio do ensaio, que foi encerrado em função da perda do
isolamento térmico. A temperatura o atingiu em nenhum ponto de medida na mesma
face os 180 °C + T0.
Ilustração 6.51 – Afloramento de água evidencia as fissuras provocadas pelo calor na face exposta
As fissuras e trincas, observadas na Ilustração 6.51 que surgiram na face não
exposta em função da ação do fogo, ocorreram preferencialmente na direção vertical.
Essas, no entanto, não permitiram a passagem de chamas ou de gases quentes da face
exposta para a face não exposta, liberando apenas vapores de água a partir dos 21 minutos
de ensaio.
201
Ilustração 6.52 - Minutos antes do final do ensaio Ilustração 6.53 Face não exposta 24 h após ensaio
Ilustração 6.54 – Face exposta 24 h após ensaio Ilustração 6.55 – Detalhe fissura face exposta
Em conformidade com o Item 6 da NBR 10.636 (ABNT, 1989), em função do
atendimento a cada um dos critérios de resistência ao fogo descritos no Item 6.2.7, este corpo-
de-prova se enquadrará como corta-fogo (CF), associada ao grau de resistência ao fogo de 120
minutos, classificando-se segundo Item 6.5 como CF-120.
6.3.2 P
AREDE DE
B
LOCO CERÂMICO DE
8
FUROS
A parede de blocos cerâmicos de 8 furos teve a sua construção concluída no dia
20/10/2006, e ensaiada após 31 dias no dia 21/11/2006. Neste período permaneceu protegida
dentro da câmara de acondicionamento, apresentada na Ilustração 6.23.
No instante em que o ensaio iniciou a temperatura ambiente (T0) no interior do
laboratório estava em conformidade com a NBR 10.636 (ABNT, 1989), registrada também
pelos termopares, era em média de 29 °C e está apresentada na Tabela D.2 do Apêndice D.
A velocidade do ar, no interior do laboratório, também estava em
conformidade com as exigências da mesma norma. Medida pelo anemômetro
apresentado na Ilustração 6.42, era de 0,3 m/s que é menor que a velocidade máxima
permitida de 1,3 m/s.
202
Ilustração 6.56 – Parede de bloco cerâmico de 8 furos - Curva padrão - Média das temperaturas
Ilustração 6.57 - Tela final do ensaio do bloco cerâmico de 8 furos A parte superior do gfico a temperatura no
interior do forno e na inferior é possível acompanhar o nível de isolamento térmico na face não exposta.
203
As médias das temperaturas no interior do forno e na face não exposta da amostra
e as temperaturas registradas durante o ensaio estão apresentadas na Tabela D.2 do Apêndice
D e representadas nas Ilustrações 6.56e 6.57 mostra a tela final do ensaio.
O desvio total da área sob a curva de temperatura média do forno obtida durante a
realização do ensaio, em relação à área sob a curva-padrão, foi em média de 3,0 %. O desvio
médio da curva de temperatura de ensaio, com relação à curva-padrão, conforme Item 6.2.3,
está apresentado na Tabela 6.20.
Tabela 6.20 – Desvio da Média das Temperaturas e tolerâncias – Parede 15.0061.2006
Tempo de ensaio
(min)
Desvio registrado
(%)
Desvio máximo permitido
NBR 10636
0 a 10 -6,9
± 15,0 %
0 a 30 -6,8
± 10,0 %
30 a 156 0
± 5,0 %
O comportamento do corpo-de-prova durante a realização do ensaio está descrito
na Tabela 6.21. O corpo-de-prova se manteve estável durante todo o ensaio. As principais
ocorrências, descritas na Tabela 6.21 podem ser observadas nas fotos 6.58 a 6.65.
Tabela 6.21 – Principais ocorrências e deformações durante o ensaio – Parede 15.0061.2006
Tempo de
ensaio
(min : s)
Principais ocorrências
00 Início do ensaio
7 Surge a primeira fissura, na parte superior central, direção termopar 4 ao 6
10 Desplacamento parcial do reboco da face exposta
15 Surgimento de umidade – aumento da abertura
18 Vapores passando pela fissura central – aumento da abertura
29 Aumenta o comprimento da fissura do centro na direção do termopar 6
30 Surgimento de fissura no canto superior direito indo do topo à lateral direita
35 Aumento da passagem de vapor através das fissuras
50 Formação lamina de água nas laterais inferiores do pórtico
60 Fissura central atinge a parte inferior do pórtico vindo de cima
70 Aumenta a abertura da fissura central
80 Lâmina de água nas laterais inferiores começa a secar
115 A temperatura externa se mantém a 86 °C enquanto a interna é de 1002 °C
120 A amostra continua perdendo água – T.ext= 86°C – T.int = 1029 °C
125 Aumenta a abertura da fissura central
135 Temperatura face não exposta sobe para 102°C e a T.int = 1035 °C
184 min
Fim do ensaio – a temperatura na face exposta atinge 140 °C acima da temperatura ambiente
no inicio do ensaio – To – 29 °C – Perda do isolamento térmico segundo NBR 10.636
(ABNT, 1989).
As fissuras e trincas, observadas nas Ilustrações 6.58 e 6.59 que surgiram na face
não exposta em função da ação do fogo, ocorreram preferencialmente na direção vertical.
204
Essas, no entanto,o permitiram a passagem de chamas ou de gases quentes da face
exposta para a faceo exposta, liberando apenas vapores de água a partir dos 18 min de ensaio.
Ilustração 6.58 - Primeira fissura no centro da amostra Ilustração 6.59 - Fissura canto superior direito
Fato interessante pôde ser observado aos 50 minutos de ensaio, como é possível
ver nas Ilustrações 6.60 e 6.61, formaram-se lâminas de água nas laterais inferiores do
pórtico.
Ilustração 6.60 Lâmina de água na lateral direita Ilustração 6.61 - Lâmina de água na lateral esquerda
Aos sete minutos surgiu a primeira fissura no centro do corpo-de-prova iniciando
na parte superior. Passados os primeiros dez minutos foi possível escutar o desplacamento
parcial do reboco na face exposta, como mostram as Ilustrações 6.62 e 6.63, fato que foi
possível constatar 24 horas após a conclusão do ensaio.
Ilustração 6.62 Face exposta 24 horas após ensaio Ilustração 6.63 Desplacamento da argamassa
205
O corpo-de-prova apresentou desempenho térmico satisfatório durante todo o
período de realização do ensaio. Durante esse tempo, o corpo-de-prova manteve as qualidades
de resistência mecânica e de estanqueidade a chamas e gases quentes.
Atingiu a temperatura limite de 140 ºC + T0, correspondente a média dos 9 pontos
de monitoramento da temperatura da face não exposta, decorridos 184 minutos de início do
ensaio, que foi encerrado em função da perda do isolamento térmico. A temperatura não
atingiu em nenhum ponto de medida na mesma face os 180 °C + T0.
Ilustração 6.64 – Face não exposta – Fim do ensaio Ilustração 6.65 – Face não exposta 24 h após
Em conformidade com o Item 6 da NBR 10.636 (ABNT, 1989), em função do
atendimento a cada um dos critérios de resistência ao fogo descritos no Item 6.2.7, este corpo-
de-prova se enquadrará como corta-fogo (CF), associada ao grau de resistência ao fogo de 180
minutos, classificando-se segundo Item 6.5 como CF-180.
6.3.3 P
AREDE DE BLOCO CERÂMICO MACIÇO
A parede de blocos cerâmicos maciços teve a sua construção concluída no dia
04/12/2006, e ensaiada após 25 dias no dia 08/01/2007. Neste período permaneceu protegida
dentro da câmara de acondicionamento, apresentada na Ilustração 6.23.
No instante em que o ensaio iniciou a temperatura ambiente (T0) no interior do
laboratório estava em conformidade com a NBR 10.636 (ABNT, 1989), registrada também
pelos termopares, era em média de 29 °C e está apresentada na Tabela D.3 do Apêndice D.
A velocidade do ar, no interior do laboratório, também estava em conformidade
com as exigências da mesma norma. Medida pelo anemômetro apresentado na
Ilustração 6.42, era de 0,3 m/s que é menor que a velocidade máxima permitida de 1,3 m/s.
As médias das temperaturas no interior do forno e na face não exposta da amostra
e as temperaturas registradas durante o ensaio estão apresentadas na Tabela D.3 do
Apêndice D e representadas nas Ilustrações 6.66 e 6.67 mostra a tela final do ensaio.
206
Ilustração 6.66 – Parede de bloco cerâmico maciço - Curva padrão - Média das temperaturas
Ilustração 6.67 - Tela final - Parede de bloco cerâmico maciço A parte superior do gfico a temperatura no
interior do forno e na inferior é possível acompanhar o nível de isolamento térmico na face não exposta.
207
Tabela 6.22 – Desvio da Média das Temperaturas e tolerâncias – Parede 15.0062.2006
Tempo de ensaio
(min)
Desvio registrado
(%)
Desvio máximo permitido
NBR 10636
0 a 10 - 15,9
± 15,0 %
0 a 30 - 2,8
± 10,0 %
30 a 342 - 0,2
± 5,0 %
O desvio total da área sob a curva de temperatura média do forno obtida durante o
ensaio, em relação à área sob a curva padrão, conforme Item 6.2.3, foi em média de 1,5 %. O
desvio médio da curva de temperatura de ensaio está apresentado na Tabela 6.23.
Tabela 6.23– Principais ocorrências e deformações durante o ensaio – Parede 15.0062.2006
Tempo de
ensaio
(min : s)
Principais ocorrências
00 Início do ensaio
12 Surgimento de fissura vertical no centro superior da parede (parcial)
21 Surgimento de umidade na fissura
22 Liberação de vapores pela fissura
25
Foi desligado o queimador inferior esquerdo (o superior esquerdo esta impossibilitado de
funcionar por um aparato instalado para auxiliar no controle da pressão interna do forno).
30 Umidade visível em vários pontos amostra
35 Umidade evidência fissuras no reboco a central provocada pelo fogo
55 Umidade da face não exposta aumenta com o passar do tempo
70 Temperatura se mantém em 88 °C comprovando o efeito da água
75 Inicio de fissura no canto superior direito e a 2º vertical
90
Início da 3º fissura vertical na lateral esquerda e a primeira na diagonal sentido canto inferior
direito ao canto superior esquerdo (termopar 7)
100 Aumenta a abertura da fissura superior esquerdo
105
Umidade na face não exposta continua aumentando com passagem de vapores pelas fissuras
principais
110 Surgimento de duas fissuras no canto superior esquerdo
115 Fissura lateral direita atinge a parte inferior do pórtico vindo de cima
120
Temperatura média na face não exposta se mantém constante em 87 °C enquanto a interna
média esta em 1069 °C
130 Fissura lado direito chega a parte inferior do pórtico vindo de cima
140 Temperatura média externa se mantém em 87 °C e a interna em 1080 °C
160 1º Fissura na lateral inferior esquerda
175
Fissura vertical na lateral esquerda sentido topo base atinge a parte inferior do pórtico –
termopar 1
190
Trinca na direção dos termopares 4 a 6 une em V com outra menor para a direita até o topo da
parede
220
A temperatura média externa se mantém na casa dos 90 °C enquanto que a temperatura interna
1119 C
254 A parede começa a secar
A temperatura na face externa sobe a 110 °C e a interna esta em 1159 °C
280
Área direita da parede próxima ao queimadores que estão ligados está mais seca
330
Linha de umidade se mantém na parte inferior da parede em toda a sua extensão, da lateral
esquerda a lateral direita.
340
Fim do ensaio a temperatura na face exposta atinge 140 °C acima da temperatura ambiente no
inicio do ensaio. (To – 29 °C). Perda do isolamento térmico segundo NBR 10.636. A
temperatura média da face não exposta atinge 169 °C enquanto a temperatura interna média
atinge 1169 °C. Término as 19:13 h
208
O comportamento do corpo-de-prova durante a realização do ensaio está descrito
na Tabela 6.23. O corpo-de-prova se manteve estável durante todo o ensaio. As principais
ocorrências, descritas na Tabela 6.23 podem ser observadas nas Ilustrações 6.68 a 6.77.
Ilustração 6.68 Liberação de vapores pela fissura Ilustrão 6.69 1º fissura - Face não exposta
As fissuras e trincas, observadas nas Ilustrações 6.70 a 6.71 que surgiram na face
não exposta em função da ação do fogo, ocorreram preferencialmente na direção vertical.
Essas, no entanto, não permitiram a passagem de chamas ou de gases quentes da face exposta
para a face não exposta, liberando apenas vapores de água a partir dos 22 minutos de ensaio,
como mostra a Ilustração 6.68.
Ilustração 6.70 – Umidade evidência fissuras Ilustração 6.71 –Umidade aumenta com o tempo
As ilustrações 6.68 a 6.71 mostram que a umidade na face não exposta foi
aumentando no decorrer do ensaio.
Ilustração 6.72 –Fissuras principais Ilustração 6.73 – Parede começa a secar
209
Se observar a Tabela D3 do Anexo D e comparar com a sua representação gráfica
na Ilustração 6.66, é possível constatar que a temperatura se mantém constante a partir dos 45
minutos até os 254 minutos de ensaio, quando a parede começa a secar, mas atinge a casa
dos 100 °C aos 284 minutos.
A temperatura constante por todo este tempo, não perdendo de vista
(resguardando) as propriedades características deste material, como por exemplo, a presença
dos silicatos, é possível se houver água em quantidade suficiente para refrigerar o corpo-
de-prova por evaporação.
Sabe-se que para o modelo de aquecimento adotado admite-se que a temperatura
aumenta com o tempo, o que permite concluir que a água existente no interior do corpo-de-
prova tem grande influência no tempo de resistência ao fogo, influenciando diretamente no
tempo de isolamento térmico do elemento construtivo em situação de exposição ao fogo.
Ilustração 6.74 –Face não exposta – Fim do ensaio Ilustração 6.75 – Face não exposta 24 h após
As Ilustrações 6.76 e 6.77 mostram inexistência de reboco na face exposta da
parede confeccionada com blocos cerâmicos maciços após os 342 minutos de ensaio, o reboco
foi totalmente removido pela ação do fogo.
Ilustração 6.76 –Face não exposta – Fim do ensaio Ilustração 6.77 – Face não exposta 24 h após
O corpo-de-prova apresentou desempenho térmico satisfatório durante todo o
período de realização do ensaio. Durante esse tempo, o corpo-de-prova manteve as qualidades
de resistência mecânica e de estanqueidade a chamas e gases quentes.
210
Atingiu a temperatura limite de 140 ºC + T0, correspondente a média dos
9 pontos de monitoramento da temperatura da face não exposta, decorridos 342
minutos de início do ensaio, que foi encerrado em função da perda do isolamento
térmico. A temperatura não atingiu em nenhum ponto de medida na mesma face os
180 °C + T0.
Em conformidade com o Item 6 da NBR 10.636 (ABNT, 1989), em função
do atendimento a cada um dos critérios de resistência ao fogo descritos no Item
6.2.7, este corpo-de-prova se enquadrará como corta-fogo (CF), associado ao grau de
resistência ao fogo de 300 minutos, classificando-se segundo Item 6.5 como CF-300.
6.4 DISCUÇÃO DOS RESULTADOS DE RESISTÊNCIA AO FOGO
Ao observar os gráficos com os resultados dos ensaios, apresentados nas
Ilustrações 6.50, 6.56, 6.57, 6.66 e 6.67., e com o auxílio das Tabelas D.1 a D.3 do Apêndice
D, pode se concluir que as condições padronizadas de elevação da temperatura em função do
tempo foram atendidas em todos os ensaios.
A confirmação de conformidade da curva obtida durante realização do ensaio com
a curva padrão é dada pela equação 6.1, para a verificação dos desvios da média das
temperaturas, ocorridos na curva gerada durante o ensaio, dada pela relação entre a área total
sob a curva de temperatura média do forno, obtida durante a realização do ensaio, e a área sob
a curva padrão.
Comparando-se os desvios encontrados e os limites de tolerância admitidos
conforme NBR 10636 (ABNT, 1989), apresentados nas Tabelas 6.18, 6.20 e 6.22, é possível
concluir que o ambiente de ensaio criado no interior do forno, apresentado no Item 4.2.3.4,
atende a condição que é essencial para a satisfação da proposta da curva de ensaio utilizada na
condução dos ensaios.
A proposta essencial da curva de temperatura padrão é produzir um ambiente
padronizado de ensaio que seja razoavelmente representativa da severidade da condição de
exposição ao fogo, dentro do qual o desempenho de várias formas representativas de
elementos construtivos possa ser comparado.
Contudo é importante relembrar que esta condição de exposição ao fogo padrão
não necessariamente representa uma situação de exposição a uma condição real de incêndio
nem é necessariamente indicativo de um comportamento esperado de um elemento estrutural
sob ensaio que pudesse vir a ser envolvido em uma situação real de incêndio em uma
edificação.
211
Como já foi dito no capítulo 3, esta exposição não é representativa de todas as
condições de incêndio, pois estas podem mudar de acordo com a quantidade, natureza e
distribuição da carga de incêndio, da ventilação, do tamanho e forma do compartimento e de
sua capacidade e de seus componentes resistir ao fogo.
O ensaio, contudo, gradua como nas verificações apresentadas nos Itens 6.3.1 a
6.3.3, o desempenho de elementos construtivos de vedação e estruturais em bases comuns,
como descrito no Item 6.2.
É importante ter em conta que a resistência ao fogo obtida, para as paredes
ensaiadas, está relacionada ao tempo de ensaio e não com a duração de um incêndio real.
Os resultados dos ensaios e a classificação obtida pelas paredes de vedação
analisadas estão condensados na Tabela 6.24, demonstram a importância da avaliação de
desempenho de elementos.
Os resultados distintos de resistência ao fogo evidenciam a participação das
propriedades químicas e físicas características de cada tipo de bloco, demonstram que sem os
ensaios seria impossível especificar corretamente os elementos de vedação e estruturais, para
atender às exigências dos regulamentos compulsórios de segurança contra incêndio das
edificações.
Com isto é possível concluir que qualquer modificação no tipo de material, como
por exemplo, a alteração nas proporções ou nas quantidades destes componentes, no tipo ou
na marca do cimento ou até mesmo no tipo de argamassa substituindo a utilizada por uma
industrial, enfim para cada uma destas alterações exigiria um novo ensaio.
Tabela 6.24 Resistência ao fogo e classificação das paredes ensaiadas
Corpo-de-prova Registro
Resistência
ao fogo
Classificação
Parede de bloco pré-fabricado de concreto simples 15.0057.2006 156 CF-120
Parede de bloco cerâmico de oito furos 15.0061.2006 184 CF-180
Parede de bloco cerâmico maciço 15.0062.2006 342 CF-300
Os ensaios o foram realizados para eleger qual dos tipos de bloco é o
melhor, posto que cada um deles é adequado para aquela condição de incêndio que exigir
resistência ao fogo igual a que demonstraram habilidade para suportar mantendo a sua
capacidade de isolamento térmico e de resistir ao fogo conservando as suas características
funcionais.
212
Mas como foi dito, estas paredes foram ensaiadas em bases comuns sob condições
padronizadas com o mesmo grau de severidade, o que permitiria, comparar e escolher qual
tem desempenho adequado a uma dada necessidade de segurança exigida por uma
determinada condição de incêndio.
Todavia, para a construção da mesma edificação no estado de Santa Catarina,
atendendo as necessidades de resistência ao fogo de 4 horas, apresentada no Art 262, para
paredes corta-fogo, os resultados da Tabela 6.24 não teriam validade uma vez que o código
estadual não admite a comprovação de desempenho através de ensaios de resistência ao fogo.
Em conformidade com o Art 270 estas paredes deverão ser construídas em
alvenaria de tijolo maciço, com espessura nima admissível de 25 cm conforme o inciso II
deste mesmo artigo, e conforme o inciso III, para uma parede com esta espessura, os panos
deverão ter aproximadamente, as dimensões de 3,00 m para atender as necessidades de
resistência ao fogo, apresentadas no Art 262.
Para se construir uma parede utilizando tijolos macos com 13 cm de espessura,
como a parede 15.0062.2006 ensaiada, são consumidos 100 blocos/m², para a constrão da
mesma parede com 25 cm seriam necessários 200 bloco/m², o que nos permite concluir sem a
necessidade de qualquer tipo de lculo que o peso por metro quadrado também é no mínimo o
dobro. Sem contar que para a argamassa de revestimento a diferença de material consumido
seria da ordem de 240 litros por parede, para um total de 9600 litros, ou seja, 1,0 m³ só de material
excedente para revestimento de um cômodo empregando-se a parede em queso.
Este peso excedente resultará na utilização de uma estrutura com seções mais
robustas que o necessário, que elevará o consumo maior de areia, brita, cimento e aço.
Aumentando assim a retirada de materiais do meio ambiente e por conseqüência a uma maior
geração de resíduos, e também a poluição do ar com a queima dos combustíveis fósseis
utilizados pelos equipamentos utilizados na remoção e transporte destes materiais.
Sem que seja necessário lançar mão das estatísticas é sabido que o número de
obras em andamento é muito maior do que o número de ocorrências de incêndio, permitindo
concluir que a utilização de elementos de vedação com desempenho inadequado e dimensões
não apropriadas ao nível de segurança que se pretende garantir, trarão maiores prejuízos ao
meio ambiente.
Avaliando-se o desempenho dos materiais e elementos construtivos é possível
encontrar desempenho equivalente ou superior em elementos com espessura menor do que
aquela exigida em alguns regulamentos compulsórios.
213
7 CONCLUSÃO
Podem-se tirar algumas lições desse trabalho:
1) A exigência do tempo requerido de resistência ao fogo dos elementos de
compartimentação feita pelo regulamento dos bombeiros pode ser atendida verificando-se
através de ensaios laboratoriais;
2) A falta de infra-estrutura laboratorial de ensaios de resistência ao fogo dos
elementos estruturais e de compartimentação ficou evidenciada nessa pesquisa;
3) É necessária a consciência de que os investimentos nessa área devem ser
contínuos e estáveis, de modo a permitir a superação das lacunas no curto e médio prazo,
além de um planejamento de longo alcance;
4) A falta de qualidade dos materiais para construção de paredes, apesar de
existirem normas técnicas brasileiras, é outra questão identificada;
5) Os regulamentos compulsórios de segurança contra incêndio são em pequeno
número considerando os 27 Estados da República Brasileira;
6) Na maioria dos estados brasileiros a avaliação de desempenho não é admitida
como ferramenta e a segurança contra incêndio não é considerada ciência, dificultando a
prática da engenharia de segurança contra incêndio.
7) A decisão tomada por Minas Gerais e Goiás deveria ser seguida pelos demais
estados, mas sem a preocupação de redigir um texto próprio. Deveriam adotar o texto do
código do Estado de São Paulo na íntegra, para agilizar o processo e garantir uma legislação
moderna e padrões internacionais de segurança contra incêndio em todo o território nacional.
Legislação esta que reconhece a segurança contra incêndio como ciência e possibilita a prática
da engenharia de segurança contra incêndio.
8) O reconhecimento da avaliação de desempenho dos elementos construtivos,
quando em condição de exposição ao fogo, como um item de grande importância na
segurança das edificações, será importante no balanço da segurança das muitas edificações,
com características semelhantes e também para promover a uniformidade das exigências nos
vários municípios através do país.
9) Necessidade de curso específico em engenharia de segurança contra incêndio
nas faculdades;
10) As publicações em português sobre segurança contra incêndio se resumem aos
trabalhos acadêmicos e são em números reduzidos.
214
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Corpo de
Bombeiros Policia Militar do Estado de Goiás, Diretoria de Defesa Civil, Gerência de
Segurança Contra Incêndio e Pânico, Goiânia - GO, 2007.
NORMA TÉCNICA 07.
“Separação entre edificações Isolamento de risco”
Corpo de
Bombeiros Policia Militar do Estado de Goiás, Diretoria de Defesa Civil, Gerência de
Segurança Contra Incêndio e Pânico, Goiânia - GO, 2007.
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NORMA TÉCNICA 08.
“Segurança estrutural nas edificações Resistência ao fogo dos
elementos de construção”
Corpo de Bombeiros Policia Militar do Estado de Goiás,
Diretoria de Defesa Civil, Gerência de Segurança Contra Incêndio e Pânico, Goiânia - GO,
2007.
NORMA TÉCNICA 09.
“Compartimentação horizontal e compartimentação vertical”
Corpo de Bombeiros Policia Militar do Estado de Goiás, Diretoria de Defesa Civil,
Gerência de Segurança Contra Incêndio e Pânico, Goiânia - GO, 2007.
NORMA TÉCNICA 11.
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Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais, Secretaria de
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“Compartimentação horizontal e compartimentação
vertical”
Diretoria de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de
Minas Gerais, Secretaria de Segurança Pública do Estado de Minas Gerais - MG, 2006.
INSTRUÇÃO TÉCNICA 08,
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Diretoria de
Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais, Secretaria de
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Policia Militar do Estado de São Paulo, São Paulo - SP, Secretaria de Estado dos Negócios da
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227
APENDICE A
_________________________________________________________________________
__
PLANILHAS DE ENSAIO - CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADO
228
Determinação da Composição Granulométrica
Agregado Miúdo
FURNAS
NBR 7211/05 e NBR NM 248/03
DCT.T - LABC.T PROCED.: 01.002.044
Registro
Data
Material
Dmáx (mm)
Executado
Digitado
Conferido
Eng. resp.
Prog./Engº.
Equipamentos
Peneiras
1a. determinação
2a. determinação
% ret.
massa
% retida
% ret.
massa
% retida
% ret.
acum.
Limites da Zona:
Abertura
retida(g)
indiv.
acumul.
retida(g)
indiv.
acumul.
médio
3/8" 9,5 mm
-----
0,0
-----
0,0 0
1/4" 6,3 mm ----- 0,0 ----- 0,0 0
4 4,75 mm
4,4
0,7
2,0
0,4 1
8 2,34 mm 7,1 1,1 7,1 1,4 2
16 1,18 mm
31,9
5,0
24,6
4,7 7
30 600 µm 127,9 20,1 112,9 21,6 28
50 300 µm
227,3
35,7
186,2
35,6 63
100 150 µm 184,7 29,0 145,4 27,8 92
Fundo (g) 52,7 8,3 44,3 8,5 100
Massa Total(g)
-----
Mód. de finura
-----
Módulo de finura médio:
1,91
NOTA : 1 - As porcentagens retidas individuais não devem diferir mais que 04 unidades de
porcento para amostras da mesma origem.
2 - Determinar o módulo de finura com aproximação de 0,01.
1,90 1,92
636,0 522,5
0 - 5
10 - 20
20 - 30
85 - 100
35 - 55
65 - 85
90 - 95
0 - 25
5 - 50
15 - 70
50 - 95
28
64
92
100
0
0
2
7
27
63
92
100
0
1
2
7
15.0019.06 JoaquimJoaquim
0 0
15.55/Rogerio G. Peres - No verso.
03.09.06 2,34Aeia Natural
Limites NBR 7211/05
(% Retida Acumulada)
0 - 0 0 - 0
0 - 0 0 - 7
Utilizável Ótima
0 - 10
0
20
40
60
80
100
0,1 1 10
Abertura das Peneiras
Percent. que passa (%)
0
20
40
60
80
100
Perc. Ret.Acumul.(%)
% Ret. Acumulada (média)
Limites da Zona Utilizável
Limites da Zona Ótima
150 µm 300 µm
600 µm 1,18 mm
2,36 mm
4,75 mm 6,3 mm
Ilustração A-1 Caracterização do Agregado - Determinação da composição granulométrica da areia
natural utilizada na preparação dos corpos-de-prova – Registro 15.0019.2006 – Apêndice A
229
Agregado - Reatividade Potencial pelo Método
Acelerado - Verificação
Proc. 01.004.016 - Método ASTM C 1260/05a
Programa: Ensaio: Data:
15-15 261-2006 04/09/2006
Temp. água (
o
C):
24
Temp. sala (
o
C):
24
Umidade:
58
Registro: Rel. A/C: Traço:
15.0019-2006 0,47 1:2,25
Registro: Aditivo: Registro: (%):
15.0021-2006
Registro: (%):
Data da Idade
Leitura (dias) 869 870 871
06/09/2006 2 3,165 2,652 2,371
0,000 0,000 0,000
0,00
07/09/2006 3 3,176 2,667 2,390 0,004 0,006 0,008 0,01
08/09/2006 4 3,198 2,688 2,410 0,013 0,014 0,015 0,01
11/09/2006 7 3,233 2,722 2,448 0,027 0,028 0,031 0,03
12/09/2006 8 3,245 2,735 2,461 0,032 0,033 0,036 0,03
13/09/2006 9 3,250 2,739 2,468 0,034 0,035 0,038 0,04
14/09/2006 10 3,260 2,751 2,474 0,038 0,039 0,041 0,04
15/09/2006 11 3,268 2,755 2,484 0,041 0,041 0,045 0,04
18/09/2006 14 3,294 2,784 2,508 0,051 0,052 0,054 0,05
19/09/2006 15 3,296 2,787 2,512 0,052 0,054 0,056 0,05
20/09/2006 16 3,301 2,788 2,514 0,054 0,054 0,057 0,05
21/09/2006 17 3,308 2,795 2,530 0,057 0,057 0,063 0,06
25/09/2006 21 3,328 2,820 2,563 0,065 0,067 0,076 0,07
26/09/2006 22 3,338 2,826 2,571 0,069 0,069 0,079 0,07
27/09/2006 23 3,338 2,832 2,572 0,069 0,071 0,080 0,07
28/09/2006 24 3,357 2,847 2,592 0,076 0,077 0,088 0,08
29/09/2006 25 3,356 2,846 2,593 0,076 0,077 0,088 0,08
30/09/2006 26 3,358 2,850 2,593 0,077 0,079 0,088 0,08
02/10/2006 28 3,362 2,855 2,595 0,078 0,081 0,089 0,08
03/10/2006 29 3,370 2,862 2,601 0,081 0,083 0,091 0,09
04/10/2006 30 3,370 2,863 2,602 0,081 0,084 0,092 0,09
Temperatura da sala de leitura Barra padrão (mm):
294,0
Agregado: Relação A/C - Equiv.: Consistência (%):
Temp. da sala de leitura
(
o
C):
Areia Natural
Cimento: Temp. da solução NaOH (
o
C):
23 + - 2
CP II F 80 + - 2
Mat. Cimentício: Executado: Conferido: Responsável:
Barra nº
Média individual das Idades das Leituras
(mm)
Média das expansões (%) das
leituras (mm)
Tizzo
Furnas
Centrais Elétricas S.A.
Ilustração A-2 Caracterização do Agregado Verificação da reatividade potencial pelo método acelerado
Verificação feita entre a areia natural registro 15.0019.2006 e o cimento CP II F-32 registro 15.0021.2006 utilizados
na preparação dos corpos-de-prova Apêndice A
230
APENDICE B
________________________________________________________________
PLANILHAS DE ENSAIO - CARACTERIZAÇÃO DOS BLOCOS
231
Ilustração B-1 Caracterização do bloco cerâmico maciço Determinão da Resistência à compressão axial
simples Registro 15.0022.2006 Apêndice B
232
Ilustração B-2 Caracterização do bloco cerâmico maciço Determinão da Resistência à compressão axial
simples Registro 15.0022.2006 Apêndice B
233
Procedimento 01.007.028
Registro
Data
Material
Executado
15.0022.06
20.03.07
Prog./Eng°
Conferido
Eng° Resp.
Rogério Gama Peres
1a.( 07 : 40 h) 2a.( 07 : 40 h) Variação(%)
01 920,4 920,5
0,00 923,1
02 862,8 862,8
0,00 868,2
03 808,6 808,6
0,00 811,5
04 1609,3 1608,9
0,02 1614,2
05 1617,8 1617,5
0,02 1621,1
06 1602,9 1602,5
0,02 1607,4
----- -----
----- ----- ----- -----
----- -----
----- ----- ----- -----
----- -----
----- ----- ----- -----
----- -----
----- ----- ----- -----
----- -----
----- ----- ----- -----
-----
-----
----- ----- ----- -----
1240,9
01 1129,9
02 1056,0
03 1037,1
04 2060,5
05 2063,9
06 2047,7
----- -----
----- -----
----- -----
----- -----
----- -----
-----
-----
NOTA 3
: De acordo com o item 5.1 da norma NBR 15310/05 a massa da telha seca, não deve ser superior a 6% do valor declarado no
projeto do modelo da telha..
VALOR MÉDIO DAS ABSORÇÕES (%) :
25,7
NOTA 1:
De acordo com o item 5.6 da norma NBR 15270-1/05 a absorção de água não deve ser inferior à 8% nem superior a 22% tanto
para alvenaria de vedação como para alvenaria estrutural (itens 5.6 das normas NBR 15270-1/05 e NBR 15270-2/05 respectivamente.
NOTA 2
: De acordo com o item 5.3 da norma NBR 15310/05 a absorção de água em telha cerâmica o limite máximo admissível é 20%.
-----
-----
-----
-----
-----
-----
-----
-----
-----
-----
-----
-----
442,8 27
440,3 27
225,6 28
446,3 28
206,8 22
187,8 22
VALOR MÉDIO DAS MASSAS SÊCAS FRIAS, APÓS SECAGEM EM ESTUFA (g):
Identificação do
corpo-de-prova
Massa SSS - (g)
Água Absorvida (g)
Absorção (%)
Precisão: em %
inteiras
Mh - Ms
[(Mh -Ms)/Ms]x100
Tijolo Maciço Joaquim
15.55 Rogério GamaPeres
Identificação do
corpo-de-prova
mero de série
Massas Seca - g
Confirmação de secagem:
Massa Sêca Fria (Ms)
(intervalo: 1h; Variação máxima: 0,25%)
Telha e Bloco Cerâmico para Alvenaria - Determinação da massa seca e da absorção de água
FURNAS
DCT.T - LABC.T todo NBR 15310/05 todo NBR 15270-3/05
Ilustração B-3 Caracterização do bloco cerâmico com oito furos Determinação da massa seca e absorção
Registro 15.0022.2006 Apêndice B
234
Ilustração B-4 Caracterização do bloco cerâmico com oito furos Determinação da Resistência à compressão
axial simples Registro 15.0023.2006 Apêndice B
235
Ilustração B-5 Caracterização do bloco cerâmico com oito furos Determinação da Resistência à compressão
axial simples Registro 15.0023.2006 Apêndice B
236
Ilustração B-6 Caracterização do bloco cerâmico com oito furos Determinação da massa seca e absorção
Registro 15.0023.2006 Apêndice B
237
Blocos Cerâmico para Alvenaria Estrutural e de Vedação
Determinação da Área Líquida
FURNAS
Método: ABNT NBR 15270-3/05
DCT.T - LABC.T
Proced.: 01.02.154
Registro Data Material Temperatura da água (23 ± 5 ºC)
Executado Conferido Engº Responsável Prog./Engº
Luciana Rogério Gama Peres
Número
Dimensões dos Corpos de Prova (precisão: 0,1 cm)
dos
corpos
de
prova
01 02 03 Média 01 02 03 Média 01 02 03 Média
1
9,2 9,1 9,0 9,1 18,7 18,8 18,7 18,7 19,3 19,1 19,4 19,3 2164,4
2
8,9 8,9 9,0
8,9
18,8 18,7 18,6
18,7
19,3 19,2 19,4
19,3
2153,8
3
8,8 8,9 9,2
9,0
18,8 18,9 18,7
18,8
19,3 19,1 19,3
19,2
2105,0
4
9,2 9,1 9,2 9,2 18,7 18,8 18,7 18,7 19,3 19,1 19,5 19,3 2101,4
5
8,9 8,9 8,9
8,9
18,7 18,8 18,6
18,7
19,4 19,2 19,4
19,3
2175,4
6
8,8 8,9 8,9
8,9
18,8 18,8 18,7
18,8
19,4 19,1 19,2
19,2
2125,9
Número
Volume Ocupado
dos
Pelo Corpo de
corpos
Prova (cm³)
de
prova
Valor Médio da Área Líquida (cm²).........................................................................................................................
55,8
1054,8
1095,1
[(mu - ma)/H]
Joaquim/Eymad 15.55 / Rogério G P
Largura (l) Altura (H)
mu - ma
Área Líquida
(precisão: 0,1cm²)
ma
55,4
1058,7
1034,9
1034,6
1049,0
1042,1
56,6
55,0
55,3
56,1
6
2
3
15.0023.06
1
1126,4
1083,8
1070,1
1066,8
Massa do corpo de prova imerso,
após saturação , em gramas
4
5
20.03.07 Bloco Cerâmico com 8 furos
Comprimento (c)
24,6
Massa do corpo de
prova na condição sss,
em gramas
mu
56,4
1109,6
Ilustração B.7 Caracterização do bloco cerâmico com oito furos Determinão da área quida Registro
15.0023.2006 Apêndice B
238
FURNAS
CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.
DCT.T - LABC.T Verificação Dimensional
Blocos cerâmico para alvernaria
Procedimento 01.007.032
Amostra n.º:
01 90,7 91,3 90,8 90,9 192,0 190,0 191,0 191,0 191,0 191,0 190,0 191,0
02 90,2 90,3 90,2 90,2 190,0 190,0 190,0 190,0 190,0 191,0 191,0 191,0
03 94,8 91,4 92,3 92,8 190,0 191,0 191,0 191,0 190,0 190,0 190,0 190,0
04 94,3 94,5 96,0 94,9 190,0 190,0 192,0 190,7 192,0 192,0 193,0 192,0
05 91,1 91,4 90,8 91,1 190,0 191,0 191,0 190,7 191,0 192,0 192,0 192,0
06 92,5 91,2 91,1 91,6 190,0 192,0 191,0 192,0 190,0 190,0 190,0 190,0
Media: 91,9 190,9 191,0
Programa:
15.55
Data do Ensaio:
Média 1
Registro n.º:
1 32 2
15.0023.2006
3Média 1 Média2 3
Dimensões (mm)
01
Altura
Comprimento
Largura
CP
29/09/2006
Ilustração B.8 Caracterização do bloco cerâmico com oito furos Verificação dimensional Registro 15.0023.2006 Apêndice B
239
FURNAS
CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.
DCT.T - LABC.T
Verificação Dimensional
Blocos cerâmico para alvernaria
Procedimento 01.007.032
Amostra n.º:
01 94,0 92,8 92,3 93,0 192,2 193,3 193,3 192,9 187,2 189,4 188,7 188,4
02 90,6 91,1 91,6 91,1 190,1 190,9 190,9 190,6 185,4 186,4 187,0 186,3
03 93,0 93,9 92,8 93,2 189,8 189,8 189,8 189,8 186,0 187,7 188,3 187,3
04 93,5 93,6 94,0 93,7 191,3 190,9 190,3 190,8 189,8 189,0 187,4 188,7
05 87,6 89,4 89,3 88,8 191,9 192,7 193,5 192,7 186,2 186,2 186,3 186,2
06 90,6 91,7 91,0 91,1 193,3 195,4 192,6 193,8 185,3 186,4 186,3 186,0
Media: 91,8 191,8 187,2
02
Registro n.º:
15.0023.2006
Programa:
15.55 10/04/2007
Data do Ensaio:
Média 11 32 2 3Média 1 Média2 3
Altura
Dimensões (mm)
Comprimento
Largura
CP
Ilustração B.9 Caracterização do bloco cerâmico com oito furos Verificação dimensional Registro 15.0023.2006 Apêndice B
240
FURNAS
CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.
DCT.T - LABC.T
Verificação Dimensional
Blocos cerâmico para alvernaria
Procedimento 01.007.032
Amostra n.º:
01 92,0 91,0 92,0 91,7 187,0 188,0 187,0 187,3 193,0 191,0 195,0 193,0
02 89,0 89,0 89,0 89,0 187,0 188,0 186,0 187,0 194,0 192,0 194,0 193,3
03 88,0 89,0 89,0 88,7 188,0 188,0 187,0 187,7 194,0 191,0 192,0 192,3
04 92,0 91,0 90,0 91,0 187,0 188,0 187,0 187,3 193,0 191,0 194,0 192,7
05 89,0 89,0 90,0 89,3 188,0 187,0 186,0 187,0 193,0 192,0 194,0 193,0
06 88,0 89,0 92,0 89,7 188,0 189,0 187,0 188,0 193,0 191,0 193,0 192,3
Media: 89,9 187,4 192,8
Programa:
15.55
Data do Ensaio:Registro n.º:
03 20/03/200715.0023.2006
1 32 2 3Média 1 Média2 3Média 1
Altura
Dimensões (mm)
Comprimento
Largura
CP
Ilustração B.10 Caracterização do bloco cerâmico com oito furos Verificação dimensional Registro 15.0023.2006 Apêndice B
241
Blocos Vazados de Concreto Simples para Alvenaria - Determinação
da Absorção de Água, do Teor de Umidade e da Área Líquida
FURNAS
Procedimento: 1-02-89
DCT.T - LABC.T
MétodoNBR -12118/91
Registro Data Programa / Engenheiro Material Idade de Moldagem Executado
Conferido
Engº Responsável
Hora de Início de Secagem
Hora de Início de Saturação
Equipamentos
- No verso.
Massa do Corpo de Prova Seco (kg)
Quente Quente Quente Varia-
após após após ção Frio
24 hs 26 hs 28 hs (%)
5
01
9,796 8,976 9,1 8,973 ----- 8,975
02
9,901 8,989 10,1 8,987 ----- 8,990
03
10,003 9,017 10,9 9,018 ----- 9,018
04
----- ----- ----- ----- -----
-----
05
----- ----- ----- ----- -----
-----
06
----- ----- ----- ----- -----
-----
244,3
11 =
6
-
5
14 = 6
-
9
15 = 2 x 8
0,897 95,43 9,99 4,494 19,334 232,44
0,963 94,60 10,71 4,908 18,919 259,42
0,933 71,92 10,35 4,553 18,879 241,17
----- ----- ----- ----- -----
----- ----- ----- ------ -----
----- ----- ----- ----- -----
87,32 10,35 ÁREA LÍQ.: (cm²): 244,34
-----
-----
-----
Bloco de Concreto
4
-----
9,689
9,831
-----
Identi-
ficação
das
amostras
01
Identi-
ficação
das
amostras
06
04
02
05
03
9,901
(%)
Varia-
ção
03
Massa da amostra
como recebida (kg)
39,02
39,28
-----
39,12
-----
39,12
Após 28 h de
saturação
Altura
2
dia
-----
-----
18,97
-----
18,93
19,39
Massas a amostra na condição SSS (kg)
-----
-----
-----
-----
Variação
(%)
-----
-----
-----
ABSORÇÃO (%) :
0,856
0,911
9,872
9,951
9,953
24,0
-----
0,671
-----
UMIDADE (%) ÁREA LÍQUIDA (cm²)
10 = 4
-
5
ABSORÇÃO (%)
----- -----
----- ----- ----- -----
13/09/06
03
15.55 / Rogério
diadia03
Largura
15.0024.2006
09:00
02
-----
-----
------
-----
-----
-----
-----
0,9973
0,9973
0,9973
-----
39,11
39,17
39,19 39,24
-----
39,12
-----
-----
-----
9,951
-----
-----
-----
-----
André / Joaquim ----
39,11
39,24
Dimensões das amostras (cm)
Nota: As dimensões devem ser medidas com precisão de 0,05 cm, exemplo 19,90 cm, 95,05 cm, 39,15 cm etc
Comprimento
01
10,00
10,05
Variação
(%)
-----
-----
-----
Após 26
h de sa-
turação
-----
-----
-----
Após 24 h
de
saturação
9,872
9,953
9,872
9,953
9,951
0,0
0,0
0,0
-----
10,07
-----
-----
----- -----
-----
-----
-----
10,12
02
-----
9,90
9,90 10,03
-----
-----
10,02
10,07
-----
9,98
10,01
-----
01
19,39
19,17
19,23
-----
-----
10,06
02
-----
-----
19,05
-----
19,47
18,96
-----
-----
-----
19,30
18,69
18,60
-----
01
Temp. da
água
(ºC))
Massa da
amostra
imersa
(kg)
-----
SSS (Final)
6
Massa
específica
da água
(g/cm³)
8 9
39,14
-----
-----
-----
24,0
24,0
-----
-----
UMIDADE (%) :
5,378
5,045
5,398
-----
-----
-----
100
11
10
12 x
=
100
5
11
13 x
=
1000
15
14
6 x
=
1000
15
14
6 x
=
I
lustração B.11 – Caracterização do bloco pré-fabricado de concreto – Determinação da absorção de água, do teor de umidade e da área líquida. – Apêndice B
242
FURNAS
CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.
Verificação Dimensional
DCT.C - LABC.C
Bloco Pré-Fabricado de Concreto Simples
Método NBR 12118 / 2006
Procedimento 01.007.033
Programa Registro Amostra nº Equipamento Data de Ensaio
15.55
15.0024.2006
01
357-8-18096
10/04/2007
Dimensional (mm) Espessura de Parede (mm)
CP
Comprimento Largura Altura Longitudinal Transversal
Dimensão
do furo
(mm)
Massa
Seca
(g)
391,7 392,7 392,5
100,7 98,0 98,9 193,2 193,6 189,7 20,3 23,8 22,9 21,6 21,6 22,5 57,4
1
392,30 99,20 192,17 22,3 21,9 102,3
9,217
390,1 391,2 391,6
101,2 101,7 100,6 191,4 189,0 193,3 23,7 23,9 24,6 23,6 23,1 23,2 58,3
2
390,97 101.16 191,23 24,1 23,3 98,1
9,367
392,7 393,0 393,2
101,0 102,4 102,1 189,5 193,0 193,2 23,7 23,9 25,0 22,8 23,4 24,0 56,7
3
392,97 101,83 191,90 24,2 23,4 101,1
9,291
391,7 391,8 392,3
100,9 100,2 100,8 189,8 190,5 189,0 24,4 23,9 25,2 23,3 23,5 24,3 55,7
4
391,93 100,63 189,77 24,5 23,7 96,6
9,064
392,9 392,2 392,0
100,8 102,1 102,0 188,8 190,4 189,9 22,2 25,6 23,8 24,7 23,4 24,6 56,4
5
392,36 101,63 189,70 23,9 24,2 98,5
9,500
390,6 390,0 390,8
101,6 101,2 101,3 194,4 193,8 188,8 22,8 23,2 21,1 22,6 22,7 22,0 57,4
6
390,47 101,37 192,33 22,4 22,4 101,2
9,228
Executado por: Conferido por: Engenheiro Responsável:
Elcy / Luiz Antônio
Marco Aurélio
Rogério Gama Peres
Ilustração B.12 Caracterização do bloco p-fabricado de concreto simples Verificação dimensional Registro 15.0024.2006 Apêndice B
243
FURNAS
CENTRAIS ETRICAS S.A.
Determinão da Resisncia
DCT.T - LABC.T
Blocos Vazados de Concreto
Método NBR 12 118 / 2006
Procedimento 01.007.033
Programa: Registro n.º: Amostra n.º: Idade (Dia):
Massa
01 9,831 102 101 104 102 393 393 393 393 192 195 197 195 40086 11200 109834 2,74
02 9,901 102 103 101 102 393 395 394 394 195 195 193 194 40188 9600 94144 2,34
03 9,911 106 104 106 105 396 393 393 394 195 196 196 196 41370 7400 72569 1,75
04 9,820 103 102 101 102 392 393 393 393 195 195 195 195 40086 7400 72569 1,81
05 9,018 104 102 105 104 393 392 392 392 190 190 190 190 40768 6000 58840 1,44
06 103 103 103 103 392 392 392 392 191 192 193 192 40376 7800 76492 1,89
2,00
DN: 1,42 LS: 1,78 LI: 0,53 fbk (esti): 1,42
12
Comprimento
CP
Média
Tensão
(m) (kgf) (N) (MPa)2 32 3 Média3
Data do Ensaio:
22/09/2006
Altura
Dimensões (mm) Área Bruta Força
Largura
Média 11 (g)
Media:
15.55 15.0024.2006
I
Ilustração
B.13
Caracterização do bloco pré-fabricado de concreto
Determinação da Resistência a compressão axial simples Registro 15.0024.2006 Apêndice B
244
APENDICE C
________________________________________________________________
LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MEDIDA DE TEMPERATURA
245
101,25 101,25 101,25 101,25
75 75 75
75
405
300
3
4
9
2
1
5
6
8
7
Ilustração C-1 – Pontos de medida de temperatura na face
não exposta ao fogo do corpo-de-prova – Apêndice C
83,5
58 61 61 58
83,5
60
11
67
72 17
73
405
300
6
3
7
51 9
8
4
2
Ilustração C-2 – Pontos de medida de temperatura na face exposta ao fogo do corpo-de-prova
(a 100 mm da face) – Apêndice C
246
APENDICE D
________________________________________________________________
TEMPERATURAS REGISTRADAS
247
PAREDE DE BLOCOS PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO
Tabela D 1 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0057.2006 - Parede de blocos pré-
fabricados de concreto – Apêndice D
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Media do
Forno
(°C)
Pt 1 Pt 2 Pt 3 Pt 4 Pt 5 Pt 6 Pt 7 Pt 8
Média
Externa
(°C)
0 20 29 32 31 29 29 29 30 29 30
1 60 76 29 32 31 29 29 29 30 29 30
2 264 242 29 32 31 29 29 29 30 29 30
3 436 349 29 32 31 29 30 29 30 29 30
4 489 448 29 32 31 29 29 30 30 29 30
5 529 562 29 32 31 29 29 30 30 29 30
6 560 534 29 32 31 29 29 30 30 29 30
7 586 567 29 32 31 29 29 30 30 29 30
8 609 573 29 32 31 29 29 30 30 29 30
9 627 605 29 32 31 29 29 30 30 29 30
10 645 624 29 32 31 29 29 30 30 29 30
11 661 649 29 32 31 30 29 30 31 29 30
12 674 624 29 32 31 30 29 30 30 29 30
13 687 588 29 32 31 30 29 30 31 29 30
14 698 561 29 32 31 31 30 30 31 29 30
15 709 597 29 32 31 31 30 30 31 29 30
16 719 601 29 32 31 31 30 30 31 30 31
17 729 606 29 32 31 32 30 31 31 30 31
18 738 696 29 32 31 33 31 31 31 29 31
19 746 820 30 33 31 34 31 31 31 31 32
20 754 732 30 33 31 36 32 32 32 30 32
21 761 771 31 34 32 38 33 33 32 30 33
22 768 779 31 34 32 41 35 34 34 31 34
23 774 809 32 35 32 44 38 35 35 31 35
24 781 818 33 36 33 48 40 36 35 32 37
25 788 796 34 37 34 52 44 37 36 33 38
26 794 810 35 39 35 56 47 39 38 34 40
27 800 811 36 40 35 60 51 40 40 35 42
28 805 792 37 41 36 65 55 42 43 36 44
29 810 822 39 42 37 69 57 44 46 38 47
30 816 843 40 44 38 73 61 46 48 39 49
31 821 854 42 45 39 76 63 48 51 41 51
32 826 830 43 47 41 80 65 50 53 42 53
33 831 833 45 49 42 82 67 52 55 44 55
34 835 850 47 50 43 85 70 54 57 46 57
35 840 822 49 52 45 87 73 57 59 50 59
36 845 838 50 54 46 88 75 59 61 50 60
37 849 859 52 55 48 89 76 61 62 53 62
38 853 870 54 58 49 91 78 64 63 55 64
39 857 869 55 60 51 91 80 66 65 58 66
248
PAREDE DE BLOCOS PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO
Tabela
D
1 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0057.2006 -
Parede de blocos pré-
fabricados de concreto
Apêndice D
(continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Media do
Forno
(°C)
Pt 1 Pt 2 Pt 3 Pt 4 Pt 5 Pt 6 Pt 7 Pt 8
Média
Externa
(°C)
40 861 858 57 62 52 92 82 68 66 60 67
41 865 863 59 64 54 93 83 70 68 62 69
42 868 852 61 66 56 93 83 71 69 64 70
43 872 862 63 68 57 94 84 73 71 66 72
44 875 887 65 70 59 94 85 73 73 68 73
45 879 863 67 72 60 94 85 75 74 69 75
46 882 867 69 74 62 94 85 76 76 70 76
47 885 913 71 76 64 94 86 76 78 72 77
48 888 898 72 79 66 95 86 77 79 73 78
49 892 883 74 80 68 95 87 78 80 75 80
50 895 885 75 81 69 95 87 79 81 76 80
51 898 886 76 82 71 95 87 79 82 77 81
52 901 924 77 82 73 95 87 80 82 78 82
53 903 907 78 82 74 95 86 80 83 78 82
54 906 909 79 83 75 94 87 81 83 79 83
55 909 944 80 83 76 94 87 81 83 80 83
56 912 909 80 83 77 94 87 81 83 80 83
57 914 916 81 83 78 94 87 82 83 81 84
58 917 934 81 83 78 94 87 82 84 81 84
59 920 935 82 83 79 94 86 82 84 81 84
60 922 947 82 84 79 94 88 82 84 82 84
61 925 949 82 84 80 94 88 82 84 82 85
62 927 952 82 84 80 93 88 82 84 82 84
63 929 919 82 83 80 93 87 83 84 82 84
64 932 917 82 84 80 94 88 83 84 83 85
65 934 937 82 84 80 93 88 83 84 83 85
66 936 941 83 84 80 93 88 83 84 82 85
67 939 947 83 84 81 93 88 83 84 82 85
68 941 949 83 84 81 93 88 83 84 83 85
69 943 952 83 84 81 93 88 83 84 82 85
70 945 956 83 84 81 92 88 83 84 82 85
71 948 960 83 84 81 93 88 84 84 83 85
72 950 940 83 84 81 93 89 84 84 83 85
73 952 945 84 84 82 93 89 84 84 83 85
74 954 943 84 84 82 93 89 84 84 83 85
75 956 947 84 84 82 92 89 84 84 83 85
76 958 946 84 84 82 92 89 84 85 83 85
77 960 948 84 84 82 92 89 84 85 84 86
78 962 965 84 84 82 92 89 85 85 84 86
79 964 979 84 84 82 92 89 85 85 84 86
249
PAREDE DE BLOCOS PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO
Tabela
D
1 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0057.2006 -
Parede de blocos pré-
fabricados de concreto
Apêndice D (continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Media do
Forno
(°C)
Pt 1 Pt 2 Pt 3 Pt 4 Pt 5 Pt 6 Pt 7 Pt 8
Média
Externa
(°C)
80 966 976 84 84 82 92 90 85 85 84 86
81 968 982 84 84 82 92 90 85 85 84 86
82 969 959 84 85 83 92 90 85 85 84 86
83 971 957 84 85 83 92 91 85 86 84 86
84 973 966 84 85 83 92 91 86 86 84 86
85 975 966 84 85 83 92 91 86 86 84 86
86 977 965 84 85 83 92 91 86 86 84 86
87 978 969 84 85 83 92 92 86 87 84 87
88 980 972 84 85 83 92 93 86 87 84 87
89 982 974 84 85 83 92 94 87 87 84 87
90 984 981 85 85 84 92 95 87 88 84 88
91 986 980 85 85 84 92 95 87 88 84 88
92 987 982 85 85 84 92 96 87 88 84 88
93 989 988 85 85 85 92 97 88 89 84 88
94 990 983 85 85 85 92 99 88 90 84 89
95 992 990 85 85 85 92 101 88 90 85 89
96 993 992 85 85 85 92 103 89 91 85 89
97 995 992 85 85 85 92 104 90 91 85 90
98 996 994 86 86 85 91 106 90 92 85 90
99 998 999 86 86 86 91 108 91 93 85 91
100 999 1000 86 86 86 92 110 92 94 85 91
101 1001 1003 87 86 86 92 112 93 95 85 92
102 1002 1001 87 87 86 92 113 94 95 85 92
103 1004 1000 87 87 87 92 116 95 96 85 93
104 1006 1004 88 87 87 92 118 96 97 86 94
105 1007 1004 88 87 86 93 120 97 99 86 95
106 1009 1006 89 88 87 95 122 99 100 86 96
107 1010 1006 89 88 87 97 123 100 101 86 96
108 1011 1005 90 89 87 99 126 102 102 87 98
109 1013 1010 90 89 88 101 128 103 104 87 99
110 1014 1011 91 90 88 104 130 105 105 87 100
111 1015 1013 92 91 89 106 132 107 106 87 101
112 1017 1012 93 93 89 108 133 109 108 88 103
113 1018 1014 94 94 90 111 135 111 110 89 104
114 1019 1014 95 95 91 113 137 113 111 89 106
115 1021 1017 97 96 92 116 138 115 112 90 107
116 1022 1017 97 97 93 118 140 117 114 91 108
117 1023 1017 99 98 95 121 142 118 115 92 110
118 1025 1023 100 100 96 124 143 120 117 93 112
119 1026 1021 102 102 97 126 144 122 118 94 113
250
PAREDE DE BLOCOS PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO
Tabela D 1 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0057.2006 -
Parede de blocos pré-
fabricados de concreto
Apêndice D (continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp
Média do
Forno
(°C)
Pt 1 Pt 2 Pt 3 Pt 4 Pt 5 Pt 6 Pt 7 Pt 8
Média
Externa
(°C)
120 1027 1024 104 104 99 128 147 124 120 95 115
121 1029 1024 106 106 100 129 147 126 121 97 117
122 1030 1025 108 108 102 131 150 127 123 98 118
123 1031 1026 110 111 104 133 151 129 125 99 120
124 1032 1024 112 113 106 134 153 131 126 101 122
125 1033 1027 113 115 107 136 154 133 128 102 124
126 1034 1028 115 117 109 137 155 134 129 104 125
127 1035 1030 117 119 111 138 157 136 131 106 127
128 1036 1032 119 121 113 140 158 138 132 107 129
129 1037 1031 121 123 115 141 160 139 134 109 130
130 1038 1036 123 125 117 142 161 141 135 111 132
131 1040 1035 124 127 119 143 163 143 137 113 134
132 1041 1036 126 129 121 144 164 144 138 115 135
133 1042 1033 128 130 122 145 166 146 140 117 137
134 1043 1031 129 132 124 147 167 147 141 119 138
135 1044 1037 131 133 126 148 168 149 143 121 140
136 1045 1037 133 135 127 149 170 150 145 123 142
137 1046 1050 134 136 129 150 171 152 146 124 143
138 1047 1055 136 138 130 151 172 153 147 126 144
139 1048 1060 137 139 132 152 173 155 149 128 146
140 1049 1065 139 141 133 153 175 156 150 130 147
141 1051 1065 140 142 135 154 176 157 152 131 148
142 1052 1055 142 144 136 155 178 159 153 133 150
143 1053 1053 143 145 138 156 179 160 155 135 151
144 1054 1052 145 146 139 157 180 162 156 136 153
145 1055 1051 146 148 141 158 181 163 158 138 154
146 1056 1066 148 149 142 159 182 164 159 139 155
147 1057 1067 149 150 143 160 182 166 160 141 156
148 1058 1068 150 152 145 161 183 167 162 142 158
149 1059 1066 152 153 146 162 183 168 163 144 159
150 1060 1070 153 154 147 163 183 171 164 145 160
151 1062 1071 154 155 149 165 186 172 165 146 162
152 1062 1070 155 156 150 166 188 173 167 148 163
153 1063 1072 157 157 151 167 189 175 168 149 164
154 1064 1077 158 159 153 168 190 176 169 151 166
155 1065 1060 159 160 154 169 191 177 170 152 167
156 1066 1060 160 161 155 170 192 178 172 153 168
157 1067 1075 162 162 156 171 193 179 173 154 169
158 1068 1077 163 163 157 172 194 181 174 156 170
251
PAREDE DE BLOCOS CERÂMICOS DE 8 FUROS
Tabela D 2 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0061.2006 - Parede de blocos
cerâmicos de 8 furos – Apêndice D
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Media do
Forno
(°C)
Pt 1
Pt 2
Pt 3
Pt 4
Pt 5
Pt 6
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Média
Externa
(°C)
0 20 26
28 31 29 29 28 28 28 29 29 29
1 179 168
28 31 29 29 28 28 28 29 29 29
2 379 322
28 31 29 29 28 28 28 29 29 29
3 468 459
28 31 29 29 28 28 27 29 29 29
4 514 470
29 30 29 29 28 28 27 29 29 29
5 548 510
29 30 29 29 28 28 27 29 29 29
6 576 532
29 30 29 29 28 28 27 29 29 29
7 600 570
29 30 29 29 28 28 27 29 29 29
8 620 602
29 30 29 29 28 28 27 29 29 29
9 638 598
29 30 29 29 28 28 27 29 29 29
10 654 559
29 30 29 29 28 28 27 29 29 29
11 669 572
29 31 29 29 28 28 27 29 29 29
12 682 572
29 31 29 29 28 28 27 29 29 29
13 693 633
29 32 29 29 30 29 27 29 29 29
14 704 678
29 32 29 29 31 30 28 29 29 30
15 715 684
29 33 30 30 32 33 29 30 29 31
16 725 683
30 35 30 31 34 36 30 30 29 32
17 734 693
31 36 31 32 37 40 32 31 30 33
18 743 704
32 38 34 35 42 44 35 32 31 36
19 751 718
34 41 36 37 47 48 39 34 32 39
20 758 720
36 43 38 40 51 51 42 36 33 41
21 765 714
39 46 41 44 55 55 47 38 35 44
22 772 715
41 48 44 48 59 58 51 41 37 47
23 778 721
44 51 47 51 62 61 54 43 39 50
24 785 727
46 54 50 54 65 63 57 46 41 53
25 791 740
49 58 54 58 68 66 60 49 44 56
26 797 749
52 62 57 60 70 68 62 52 47 59
27 803 751
54 65 60 62 72 70 64 54 50 61
28 808 770
57 69 63 64 74 72 66 57 52 64
29 813 783
59 72 65 66 75 74 67 59 55 66
30 819 783
61 74 68 68 76 76 69 61 57 68
31 824 783
63 76 70 70 77 77 71 64 59 70
32 828 822
65 78 72 71 78 79 72 67 61 71
33 833 792
67 79 74 72 79 81 73 68 64 73
34 838 821
69 80 75 73 80 82 74 70 65 74
35 843 844
71 81 77 74 81 83 75 72 67 76
36 847 847
72 82 78 75 81 84 75 73 69 77
37 851 850
74 82 79 76 82 84 76 75 71 78
38 855 856
75 83 80 77 82 85 77 76 72 79
39 859 859
76 83 80 77 83 86 77 77 74 79
40 863 868
77 83 81 78 83 86 78 78 75 80
41 867 876
78 83 81 79 83 86 78 79 76 80
252
PAREDE DE BLOCOS CERÂMICOS DE 8 FUROS
Tabela D 2 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0061.2006 -
Parede de blocos
cerâmicos de 8 furos –
Apêndice D
(continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Media do
Forno
(°C)
Pt 1
Pt 2
Pt 3
Pt 4
Pt 5
Pt 6
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Média
Externa
(°C)
42 870 877
79 84 82 79 83 87 79 80 77 81
43 874 887
80 84 82 80 84 87 79 80 77 81
44 877 887
81 85 82 80 84 87 79 81 78 82
45 880 893
81 85 82 80 84 87 80 82 79 82
46 884 899
81 85 83 81 84 87 80 82 79 82
47 887 901
82 85 83 81 84 87 80 83 80 83
48 890 903
82 85 83 81 84 87 80 83 80 83
49 893 915
83 85 83 81 84 87 80 83 81 83
50 896 837
83 85 83 82 84 87 80 84 81 83
51 899 860
83 85 84 82 84 87 80 84 82 83
52 902 888
83 85 83 82 84 87 80 84 82 83
53 905 901
83 86 84 82 84 88 81 85 82 84
54 908 910
84 86 84 82 84 87 80 85 83 84
55 911 916
84 86 84 82 84 87 81 85 83 84
56 913 916
84 86 84 82 84 87 81 85 83 84
57 916 921
84 86 84 82 84 87 81 85 83 84
58 918 923
84 86 84 82 84 87 81 86 83 84
59 921 930
84 86 84 82 84 87 81 86 84 84
60 924 928
84 86 84 82 84 87 81 86 84 84
61 926 933
84 86 84 82 84 87 81 86 84 84
62 928 938
84 86 84 82 84 87 81 86 84 84
63 931 942
84 86 84 82 84 87 81 86 84 84
64 933 946
84 86 84 82 84 87 81 86 84 84
65 935 947
84 86 84 83 84 87 81 86 84 84
66 937 949
84 86 84 83 84 87 81 86 84 84
67 940 950
84 86 85 83 84 87 81 86 85 85
68 942 954
84 86 85 83 84 87 81 86 85 85
69 944 953
84 86 85 83 84 87 81 86 85 85
70 947 958
84 86 85 83 84 87 81 86 85 85
71 949 959
84 86 85 83 85 87 81 86 85 85
72 951 961
84 86 85 83 85 87 81 86 85 85
73 953 964
84 86 85 83 85 87 82 86 85 85
74 955 967
84 86 86 83 85 87 82 86 85 85
75 957 968
84 86 86 83 85 87 82 86 85 85
76 959 967
84 86 86 83 85 87 82 86 85 85
77 961 973
84 86 86 83 85 87 82 86 85 85
78 963 977
84 86 86 83 85 87 82 86 85 85
79 965 978
84 86 86 83 85 87 82 86 85 85
80 967 981
84 86 86 83 85 87 82 86 85 85
81 969 977
84 86 86 84 85 87 82 87 85 85
82 971 984
85 86 85 84 85 87 82 87 85 85
83 972 987
85 86 85 84 85 87 82 87 85 85
253
PAREDE DE BLOCOS CERÂMICOS DE 8 FUROS
Tabela D 2 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0061.2006 -
Parede de blocos
cerâmicos de 8 furos –
Apêndice D
(continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Media do
Forno
(°C)
Pt 1
Pt 2
Pt 3
Pt 4
Pt 5
Pt 6
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Média
Externa
(°C)
84 974 987
85 86 86 84 85 87 82 87 85 85
85 976 987
85 86 86 84 85 87 82 87 85 85
86 978 989
85 86 86 84 85 87 82 87 85 85
87 980 992
85 86 85 84 85 87 82 87 85 85
88 981 999
85 85 85 84 85 87 82 87 85 85
89 983 996
85 85 85 84 85 87 82 87 85 85
90 985 1001
85 85 85 84 85 87 82 87 85 85
91 986 1003
85 85 85 84 85 87 82 87 85 85
92 988 1005
85 86 85 84 85 87 82 87 85 85
93 990 1004
85 87 85 85 85 87 82 87 85 85
94 991 1008
85 86 85 84 85 87 82 87 85 85
95 993 1009
85 87 85 84 85 87 82 87 86 85
96 994 1010
85 86 85 85 85 88 82 87 86 85
97 996 1014
85 86 85 85 85 88 82 87 86 85
98 997 1016
85 86 85 85 85 88 82 87 86 85
99 999 1019
85 86 85 85 85 88 82 87 85 85
100 1000 1020
85 86 85 85 86 88 82 87 85 85
101 1002 1021
85 87 86 85 86 88 82 87 86 86
102 1003 1024
85 86 85 86 86 88 82 87 86 86
103 1005 1021
85 86 86 86 86 88 83 87 86 86
104 1006 1024
85 86 86 86 86 88 83 87 86 86
105 1008 1024
85 86 86 86 86 88 83 87 86 86
106 1009 1029
85 87 86 87 86 89 83 87 86 86
107 1011 1031
85 86 86 87 86 89 83 87 86 86
108 1012 1030
86 86 86 87 86 89 83 87 86 86
109 1013 1034
86 86 86 87 86 89 83 87 86 86
110 1015 1031
86 86 86 87 86 89 83 87 86 86
111 1016 1032
86 86 86 88 87 89 84 87 86 87
112 1017 1032
86 86 86 88 87 90 84 87 86 87
113 1019 1030
86 86 87 88 87 90 84 87 86 87
114 1020 1039
87 86 87 88 87 90 84 88 86 87
115 1021 1040
87 87 87 89 87 90 85 88 86 87
116 1023 1043
87 87 87 89 87 90 85 88 87 87
117 1024 1043
87 87 87 89 88 90 85 88 87 88
118 1025 1045
87 87 87 90 88 90 85 88 87 88
119 1027 1041
88 87 87 90 88 90 85 88 87 88
120 1028 1037
88 87 88 90 88 91 85 88 87 88
121 1029 1042
88 88 88 91 88 91 86 89 88 89
122 1030 1048
88 88 88 91 88 91 86 89 88 89
123 1031 1052
88 88 88 91 89 91 86 89 88 89
124 1033 1049
88 88 88 92 89 91 86 89 88 89
125 1034 1048
88 88 88 92 89 92 86 89 89 89
254
PAREDE DE BLOCOS CERÂMICOS DE 8 FUROS
Tabela D 2 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0061.2006 - Parede de blocos
cerâmicos de 8 furos – Apêndice D (continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Media do
Forno
(°C)
Pt 1
Pt 2
Pt 3
Pt 4
Pt 5
Pt 6
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Média
Externa
(°C)
126 1035 1048
89 88 88 92 89 92 86 90 89 89
127 1036 1048
89 88 88 93 89 92 86 90 89 89
128 1037 1051
89 88 88 93 90 92 87 90 89 90
129 1038 1053
89 89 89 94 90 93 87 90 90 90
130 1039 1052
89 89 89 94 90 93 87 91 90 90
131 1040 1057
89 89 89 95 90 94 87 91 90 90
132 1041 1054
89 89 89 96 91 94 87 91 90 91
133 1042 1055
90 89 89 96 91 95 87 91 90 91
134 1044 1057
90 90 89 98 92 95 88 91 90 91
135 1045 1055
90 90 89 99 92 96 88 91 90 92
136 1046 1053
90 90 90 100 93 96 88 91 90 92
137 1047 1048
91 89 90 101 94 97 89 91 91 93
138 1048 1046
91 90 90 102 94 96 89 92 90 93
139 1049 1046
92 90 91 104 95 97 90 92 90 93
140 1050 1050
92 91 91 105 96 98 90 91 90 94
141 1051 1048
92 91 91 107 97 98 91 91 90 94
142 1052 1051
93 91 92 109 97 99 92 91 91 95
143 1053 1052
93 91 93 111 98 100 92 91 91 96
144 1055 1053
94 92 92 113 99 101 92 92 91 96
145 1056 1056
95 92 93 116 101 101 93 92 92 97
146 1057 1055
96 92 93 118 102 102 94 92 92 98
147 1058 1054
97 93 94 122 104 103 95 93 92 99
148 1059 1056
97 94 95 125 106 104 96 93 93 100
149 1060 1057
99 94 96 128 108 105 97 93 93 101
150 1061 1058
100 95 97 131 110 106 98 94 94 103
151 1062 1064
101 96 98 134 112 107 99 95 94 104
152 1063 1065
102 95 99 137 114 108 101
95 95 105
153 1064 1067
103 96 100 140 116 110 102
96 96 107
154 1065 1070
104 97 101 143 119 112 104
97 97 108
155 1066 1072
106 98 103 145 121 113 106
98 98 110
156 1067 1073
107 99 104 148 123 115 108
98 99 111
157 1068 1075
109 101 105 150 126 117 110
99 100 113
158 1069 1077
110 102 107 153 129 120 113
101 101 115
159 1070 1076
112 103 109 155 131 122 116
102 102 117
160 1071 1077
114 105 111 158 134 126 119
103 103 119
161 1071 1077
117 106 113 160 136 130 122
105 105 122
162 1072 1080
119 108 115 162 139 133 124
106 106 124
163 1073 1079
122 110 117 164 141 137 127
108 108 126
164 1074 1082
125 112 119 166 144 140 130
110 110 128
165 1075 1081
127 115 121 169 146 144 133
111 112 131
166 1076 1080
130 116 123 171 149 147 136
113 114 133
167 1077 1082
132 118 125 173 151 150 138
115 115 135
255
PAREDE DE BLOCOS CERÂMICOS DE 8 FUROS
Tabela D 2 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0061.2006 - Parede de blocos
cerâmicos de 8 furos – Apêndice D (continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Media do
Forno
(°C)
Pt 1
Pt 2
Pt 3
Pt 4
Pt 5
Pt 6
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Média
Externa
(°C)
168 1078 1083
134 120 127 175 153 153 140
117 118 137
169 1079 1083
137 122 130 177 155 156 143
120 120 140
170 1080 1085
139 124 132 178 158 159 145
123 122 142
171 1081 1085
141 126 134 180 160 161 148
126 124 144
172 1082 1085
144 128 136 181 162 164 150
129 127 147
173 1083 1085
146 130 138 181 164 166 152
132 129 149
174 1084 1087
148 132 141 181 166 169 154
135 132 151
175 1085 1089
150 134 143 182 168 171 156
138 134 153
176 1085 1090
152 136 145 186 170 173 158
140 136 155
177 1086 1088
154 138 147 188 172 176 161
142 139 157
178 1087 1094
156 140 149 189 174 178 163
145 141 159
179 1088 1091
158 142 151 191 176 180 164
147 143 161
180 1089 1092
160 145 154 192 178 181 167
150 146 164
181 1090 1094
162 147 156 193 180 182 169
152 148 165
182 1091 1094
164 149 158 194 181 182 171
154 150 167
183 1091 1094
166 151 160 196 182 184 173
156 152 169
184 1092 1095
167 153 162 197 182 188 175
158 154 171
256
PAREDE DE BLOCOS CERÂMICOS MACIÇOS
Tabela D 3 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0062.2006 - Parede de blocos
cerâmicos maciços – Apêndice D
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Media do
Forno
(°C)
Pt 1
Pt 2
Pt 3
Pt 4
Pt 5
Pt 6
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Média
Externa
(°C)
0 20 26 28 30 28 28 28 28 27 29 29 28
1 44 52 28 30 28 28 28 28 27 29 29 28
2 248 186 28 31 28 28 28 28 27 29 28 28
3 432 316 28 31 28 28 28 28 27 29 28 28
4 486 383 28 31 28 28 28 28 27 29 28 28
5 527 432 28 31 28 28 28 28 27 29 28 28
6 558 477 28 31 28 28 28 28 27 29 28 28
7 585 500 28 31 28 28 28 28 27 29 28 28
8 607 508 28 31 28 28 28 28 27 29 28 28
9 626 554 28 31 28 28 28 28 27 29 28 28
10 644 635 28 30 28 28 28 28 27 29 28 28
11 660 658 28 30 28 28 28 28 27 29 28 28
12 673 633 28 30 28 28 29 28 27 29 28 28
13 686 673 28 30 28 28 29 28 27 29 28 28
14 697 671 28 30 28 28 29 27 27 29 28 28
15 708 689 28 30 28 28 29 27 27 29 28 28
16 718 701 28 30 28 28 29 27 27 29 28 28
17 728 727 28 31 28 28 29 28 27 29 28 28
18 737 756 28 31 29 28 29 28 27 29 28 29
19 746 768 28 31 29 28 29 28 27 29 29 29
20 753 780 29 31 30 29 30 28 27 29 29 29
21 761 790 30 32 30 29 32 29 27 29 31 30
22 768 793 32 33 31 30 33 29 28 29 32 31
23 774 816 34 34 32 30 35 31 29 29 34 32
24 781 838 36 35 33 31 37 32 30 29 37 33
25 787 816 39 37 35 33 39 34 32 30 41 36
26 794 822 42 39 36 35 42 36 35 30 45 38
27 799 809 45 42 38 37 45 39 38 31 49 40
28 805 806 48 45 41 38 48 43 40 31 53 43
29 810 812 51 49 44 40 51 48 43 32 57 46
30 815 815 53 52 47 43 54 52 46 33 62 49
31 821 819 56 57 50 45 57 56 49 34 67 52
32 825 822 59 61 53 47 60 60 52 36 74 56
33 830 827 62 66 57 50 64 64 56 38 80 60
34 835 828 65 74 60 54 67 67 59 40 85 63
35 840 833 68 85 64 57 71 70 63 42 89 68
36 845 836 71 95 67 61 73 73 68 44 91 71
37 849 836 73 98 71 64 76 76 72 47 92 74
38 853 844 75 99 73 67 78 78 75 49 93 76
257
PAREDE DE BLOCOS CERÂMICOS MACIÇOS
Tabela D 3 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0062.2006 - Parede de blocos
cerâmicos maciços – Apêndice D (continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Media do
Forno
(°C)
Pt 1
Pt 2
Pt 3
Pt 4
Pt 5
Pt 6
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Média
Externa
(°C)
39 857 849 78 99 76 70 79 80 78 52 95 79
40 861 852 81 99 78 72 80 82 80 55 95 80
41 865 853 83 100 80 74 82 83 81 58 95 82
42 868 857 84 100 81 76 83 84 82 61 96 83
43 871 864 85 99 82 77 83 85 83 64 96 84
44 875 870 85 99 82 78 83 85 83 68 96 84
45 878 867 86 99 83 79 85 85 84 71 96 85
46 882 885 86 99 83 80 85 85 84 74 96 86
47 885 878 86 99 83 80 85 86 84 76 96 86
48 888 882 86 99 83 81 85 86 84 79 96 87
49 891 885 86 99 85 81 85 86 85 80 96 87
50 894 886 86 99 84 82 85 86 85 81 96 87
51 898 891 86 99 85 82 85 86 86 82 96 87
52 900 897 87 99 85 82 85 86 86 84 96 88
53 903 905 87 99 85 83 85 86 85 85 96 88
54 906 903 87 99 85 83 85 86 86 85 96 88
55 909 905 87 99 85 83 84 86 86 85 96 88
56 912 910 87 99 85 83 84 86 86 86 96 88
57 914 908 87 99 85 83 84 85 86 86 95 88
58 917 912 87 100 85 83 84 86 85 86 95 88
59 919 911 87 100 85 83 85 86 85 86 95 88
60 922 912 87 100 85 83 85 86 85 86 95 88
61 925 909 87 99 85 83 84 86 85 86 95 88
62 927 915 87 99 85 83 84 86 85 86 95 88
63 929 919 87 99 85 83 84 86 85 86 95 88
64 932 921 87 99 85 83 84 86 85 86 95 88
65 934 917 86 99 84 83 84 86 85 86 95 88
66 936 927 86 99 84 83 84 86 85 86 95 88
67 938 931 86 99 84 83 84 86 85 86 95 88
68 941 931 86 99 84 83 84 86 85 86 95 88
69 943 935 86 99 84 83 84 86 85 86 95 88
70 945 938 86 99 84 83 84 86 85 86 95 88
71 948 939 86 99 84 83 84 86 85 86 95 88
72 950 943 86 99 84 83 84 86 85 86 95 88
73 952 944 86 99 84 83 84 86 85 86 95 88
74 953 948 86 99 84 83 84 86 85 86 95 88
75 955 953 86 99 84 83 84 86 85 86 95 88
76 957 961 87 99 84 83 84 86 85 86 95 88
77 959 958 88 99 84 83 84 86 84 86 95 88
258
PAREDE DE BLOCOS CERÂMICOS MACIÇOS
Tabela D 3 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0062.2006 - Parede de blocos
cerâmicos maciços – Apêndice D (continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Média do
Forno
(°C)
Pt 1
Pt 2
Pt 3
Pt 4
Pt 5
Pt 6
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Média
Externa
(°C)
78 961 961 88 99 84 83 84 86 84 86 95 88
79 963 962 88 99 84 83 84 86 84 86 95 88
80 966 964 89 99 84 83 84 86 84 86 95 88
81 968 966 89 98 84 83 84 85 84 86 95 88
82 969 968 89 98 84 83 84 85 84 86 95 88
83 971 967 89 98 84 83 84 85 84 86 95 88
84 973 970 89 98 84 83 84 85 84 86 95 88
85 975 969 88 98 84 82 84 85 84 86 95 87
86 977 973 88 99 84 82 84 85 84 86 95 87
87 978 973 87 99 83 82 83 85 84 85 95 87
88 980 973 87 99 83 82 84 85 84 85 95 87
89 982 972 87 99 83 83 84 85 83 85 95 87
90 984 986 87 99 84 83 84 85 83 85 95 87
91 986 985 87 99 84 83 84 85 83 85 95 87
92 987 982 87 99 84 83 84 86 83 85 95 87
93 989 988 87 99 84 83 84 86 83 85 95 87
94 990 986 87 99 84 83 84 85 83 85 95 87
95 992 989 87 99 84 83 84 85 83 85 95 87
96 993 988 87 99 84 83 84 85 83 85 95 87
97 995 993 87 99 84 83 84 86 83 85 95 87
98 996 991 87 99 84 83 84 86 83 85 95 87
99 998 996 87 98 84 83 84 86 83 85 94 87
100 999 1006 87 98 84 83 84 86 83 85 94 87
101 1001 1000 87 98 84 83 84 86 83 85 94 87
102 1002 1007 87 98 84 82 84 86 83 85 94 87
103 1004 1002 86 98 84 82 84 85 84 86 94 87
104 1005 1008 86 98 84 82 84 85 84 86 94 87
105 1007 1009 86 98 84 82 83 85 84 86 94 87
106 1009 1014 86 98 84 83 84 85 84 86 94 87
107 1010 1015 86 98 84 82 84 85 84 86 94 87
108 1011 1013 86 99 84 83 84 85 84 86 94 87
109 1013 1012 86 99 83 83 84 85 84 85 94 87
110 1014 1015 86 99 83 83 84 85 84 85 94 87
111 1015 1015 86 99 83 83 84 86 84 85 94 87
112 1017 1016 86 99 84 83 84 85 84 85 94 87
113 1018 1017 86 99 84 83 84 85 84 85 94 87
114 1019 1017 86 99 84 83 84 85 84 85 94 87
115 1020 1022 86 99 84 83 84 86 84 85 94 87
116 1022 1024 86 99 84 83 84 86 84 85 94 87
259
PAREDE DE BLOCOS CERÂMICOS MACIÇOS
Tabela D 3 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0062.2006 - Parede de blocos
cerâmicos maciços – Apêndice D (continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Média do
Forno
(°C)
Pt 1
Pt 2
Pt 3
Pt 4
Pt 5
Pt 6
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Média
Externa
(°C)
117 1023 1028 86 99 84 83 84 86 83 85 94 87
118 1024 1032 86 99 84 83 84 86 83 85 94 87
119 1026 1029 86 99 84 83 84 86 83 85 94 87
120 1027 1029 86 99 84 83 84 86 83 85 94 87
121 1029 1032 86 99 84 83 85 86 83 85 94 87
122 1030 1032 86 99 84 83 84 86 83 85 94 87
123 1031 1035 86 99 84 83 84 86 83 85 93 87
124 1032 1035 86 99 84 83 84 86 83 85 93 87
125 1033 1040 86 99 84 83 85 86 83 85 93 87
126 1034 1042 86 99 84 83 85 86 84 85 93 87
127 1035 1043 86 99 84 83 85 86 83 85 93 87
128 1036 1045 86 99 84 83 85 86 84 85 93 87
129 1037 1047 86 99 84 83 85 86 84 86 93 87
130 1038 1049 86 99 84 83 85 86 83 85 93 87
131 1040 1053 85 99 84 83 85 86 83 85 93 87
132 1041 1053 86 99 84 83 85 86 83 85 94 87
133 1042 1051 85 99 84 83 85 86 83 85 94 87
134 1043 1052 85 99 84 83 85 86 83 85 94 87
135 1044 1054 85 99 84 83 85 86 83 85 93 87
136 1045 1057 85 99 84 83 85 86 84 85 93 87
137 1046 1051 85 99 84 83 85 86 84 86 93 87
138 1047 1057 85 99 84 83 85 86 84 85 93 87
139 1048 1059 85 99 84 83 85 86 84 85 93 87
140 1049 1060 85 98 84 83 85 86 84 85 93 87
141 1051 1061 85 98 84 83 85 86 84 85 92 87
142 1052 1062 85 98 84 83 85 86 83 85 93 87
143 1053 1062 85 98 84 83 85 86 84 86 93 87
144 1054 1061 85 98 84 83 85 86 84 85 92 87
145 1055 1061 85 98 84 83 85 86 85 85 93 87
146 1056 1057 85 98 84 83 85 86 84 85 93 87
147 1057 1060 85 98 84 83 85 86 84 85 93 87
148 1058 1058 85 98 84 83 85 86 84 85 93 87
149 1059 1064 85 98 84 83 85 86 84 85 93 87
150 1060 1065 85 98 84 83 85 86 84 85 93 87
151 1062 1062 85 98 84 83 85 86 84 85 93 87
152 1062 1066 85 98 84 83 85 86 84 85 93 87
153 1063 1066 85 98 84 83 85 86 84 85 93 87
154 1064 1062 85 98 84 83 85 86 85 85 93 87
155 1065 1070 85 98 84 83 85 86 85 85 92 87
260
PAREDE DE BLOCOS CERÂMICOS MACIÇOS
Tabela D 3 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0062.2006 - Parede de blocos
cerâmicos maciços – Apêndice D (continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Média do
Forno
(°C)
Pt 1
Pt 2
Pt 3
Pt 4
Pt 5
Pt 6
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Média
Externa
(°C)
156 1066 1071 85 98 84 83 85 86 85 85 92 87
157 1067 1071 85 98 84 83 85 86 85 85 92 87
158 1068 1069 85 98 84 83 85 86 85 85 92 87
159 1069 1067 85 98 84 83 85 86 85 85 92 87
160 1070 1071 84 98 84 83 85 86 85 85 92 87
161 1071 1070 85 98 84 83 85 86 85 85 92 87
162 1072 1075 84 98 84 83 85 86 85 85 92 87
163 1073 1076 84 98 84 83 85 86 85 86 92 87
164 1074 1074 84 98 84 83 85 86 85 86 92 87
165 1075 1076 84 98 84 83 85 87 85 86 92 87
166 1076 1077 84 98 84 83 85 87 85 86 92 87
167 1076 1076 84 98 84 83 85 87 85 86 92 87
168 1077 1078 84 98 84 83 85 87 85 86 92 87
169 1078 1080 84 98 84 83 85 87 85 86 92 87
170 1079 1076 84 98 84 83 85 87 85 86 92 87
171 1080 1080 84 98 84 83 86 87 85 86 92 87
172 1081 1079 84 98 84 83 86 87 85 86 92 87
173 1082 1079 84 98 84 83 86 87 85 86 92 87
174 1083 1082 84 98 84 84 86 87 85 86 92 87
175 1084 1084 84 98 84 84 86 87 85 86 92 87
176 1085 1083 84 98 84 84 86 87 85 86 92 87
177 1086 1087 84 98 84 84 86 87 85 86 92 87
178 1087 1086 84 98 84 84 86 87 85 86 92 87
179 1088 1085 84 98 84 84 86 87 84 86 92 87
180 1089 1085 84 98 84 84 86 87 84 86 92 87
181 1090 1083 84 98 84 84 86 88 84 86 91 87
182 1090 1086 84 98 84 84 86 87 84 86 92 87
183 1091 1086 84 98 84 84 86 88 84 86 92 87
184 1092 1093 84 98 84 84 86 88 85 86 91 87
185 1092 1103 84 98 84 84 86 88 85 86 92 87
186 1093 1109 84 98 84 84 86 88 85 87 92 88
187 1094 1106 84 98 84 84 86 88 85 87 91 87
188 1094 1114 84 98 85 84 86 88 85 87 91 88
189 1095 1114 84 98 85 84 86 88 85 87 91 88
190 1096 1105 84 98 85 84 86 88 85 87 91 88
191 1097 1102 84 98 85 84 86 88 85 87 91 88
192 1097 1107 84 98 85 85 86 88 85 87 91 88
193 1098 1102 84 98 85 85 86 88 85 87 92 88
194 1099 1099 84 97 85 85 86 88 85 87 91 88
261
PAREDE DE BLOCOS CERÂMICOS MACIÇOS
Tabela D 3 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0062.2006 - Parede de blocos
cerâmicos maciços – Apêndice D (continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Média do
Forno
(°C)
Pt 1
Pt 2
Pt 3
Pt 4
Pt 5
Pt 6
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Média
Externa
(°C)
195 1100 1100 85 97 85 85 87 89 85 87 91 88
196 1100 1094 85 97 85 84 87 89 86 87 91 88
197 1101 1100 85 97 85 84 87 89 86 88 91 88
198 1102 1099 85 98 85 84 87 89 86 88 91 88
199 1102 1100 85 98 85 84 87 89 86 88 91 88
200 1103 1098 85 98 86 85 86 89 86 88 91 88
201 1104 1098 85 98 86 85 87 89 86 87 91 88
202 1105 1094 84 98 86 85 87 89 86 87 91 88
203 1105 1102 84 98 86 85 87 89 86 87 91 88
204 1106 1098 84 98 85 85 87 89 87 87 91 88
205 1107 1099 84 98 85 85 87 89 87 88 91 88
206 1107 1098 84 98 85 86 87 89 87 88 91 88
207 1108 1097 84 98 86 86 88 89 87 88 91 89
208 1109 1097 85 98 86 86 88 89 87 88 91 89
209 1110 1097 85 98 86 86 88 89 87 88 91 89
210 1110 1102 85 98 86 86 88 90 86 88 91 89
211 1111 1103 85 98 86 87 88 90 87 89 91 89
212 1112 1099 85 98 86 87 88 90 87 89 91 89
213 1113 1102 85 98 87 87 88 90 87 89 91 89
214 1113 1103 85 98 87 87 88 90 87 89 91 89
215 1114 1099 85 98 87 87 88 91 87 89 91 89
216 1115 1101 85 98 87 87 89 91 87 90 91 89
217 1115 1101 85 98 87 88 89 91 87 90 91 90
218 1116 1100 85 98 87 88 89 91 88 90 91 90
219 1117 1103 85 98 88 88 89 91 88 90 90 90
220 1118 1098 86 98 88 89 89 91 88 90 90 90
221 1118 1100 86 98 88 88 89 92 88 91 90 90
222 1119 1101 86 99 88 88 89 92 88 91 90 90
223 1120 1107 86 98 88 89 89 92 88 91 90 90
224 1120 1107 86 98 89 89 89 92 88 91 90 90
225 1121 1110 86 98 89 89 89 93 89 92 90 91
226 1122 1112 86 98 89 90 89 93 89 92 90 91
227 1123 1114 86 98 89 90 90 93 89 92 90 91
228 1123 1108 86 98 90 90 90 94 89 92 91 91
229 1124 1110 87 98 90 91 90 94 89 92 91 91
230 1125 1114 87 98 90 91 90 94 89 93 90 91
231 1125 1120 87 98 90 91 91 95 89 93 90 92
232 1126 1119 87 98 90 91 91 95 89 93 91 92
233 1127 1126 87 98 91 92 92 96 90 94 91 92
262
PAREDE DE BLOCOS CERÂMICOS MACIÇOS
Tabela D 3 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0062.2006 - Parede de blocos
cerâmicos maciços – Apêndice D (continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Média do
Forno
(°C)
Pt 1
Pt 2
Pt 3
Pt 4
Pt 5
Pt 6
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Média
Externa
(°C)
234 1128 1127 87 98 91 92 92 96 90 94 90 92
235 1128 1128 87 98 91 93 93 97 90 94 90 93
236 1129 1131 88 98 92 93 94 97 90 95 91 93
237 1130 1132 88 98 92 93 95 98 90 95 91 93
238 1130 1132 88 98 92 94 95 98 90 96 91 94
239 1131 1133 88 98 92 94 96 99 91 96 91 94
240 1132 1138 89 98 93 95 96 99 91 95 91 94
241 1133 1137 89 98 93 95 97 100 91 96 91 94
242 1133 1140 89 98 94 96 98 101 91 96 91 95
243 1134 1143 89 98 94 96 100 101 91 97 91 95
244 1134 1139 89 98 94 96 101 102 92 97 91 96
245 1135 1141 90 98 95 97 102 103 92 98 91 96
246 1135 1138 90 98 95 98 104 104 92 98 91 97
247 1136 1140 90 98 95 98 105 105 92 99 91 97
248 1136 1137 90 98 96 99 107 106 93 99 91 98
249 1137 1136 90 98 96 99 108 107 93 100 91 98
250 1137 1142 90 98 97 100 109 108 93 101 91 99
251 1138 1139 90 98 96 101 111 109 94 101 91 99
252 1138 1142 90 98 98 101 112 110 94 102 91 100
253 1139 1144 90 98 97 102 113 111 94 102 91 100
254 1139 1142 91 98 98 103 114 112 95 103 91 101
255 1140 1140 91 98 98 103 116 113 95 104 91 101
256 1140 1140 91 98 99 104 117 114 96 105 91 102
257 1141 1145 91 98 100 105 118 115 96 106 91 102
258 1141 1144 91 98 100 106 119 116 97 106 91 103
259 1142 1144 92 98 101 107 120 117 97 107 91 103
260 1142 1146 92 98 102 108 121 118 98 108 91 104
261 1143 1147 92 98 102 109 122 119 99 109 91 105
262 1143 1148 92 98 103 110 123 120 99 110 91 105
263 1144 1149 92 98 104 111 124 121 100 111 92 106
264 1144 1150 93 98 105 112 125 122 101 111 92 107
265 1145 1148 93 98 107 113 126 123 101 112 92 107
266 1145 1150 93 98 107 114 127 124 102 113 92 108
267 1146 1153 93 98 109 115 128 125 103 114 92 109
268 1146 1156 93 98 110 116 129 127 104 115 92 109
269 1147 1158 93 98 110 117 130 128 104 116 91 110
270 1147 1152 93 98 111 118 131 128 105 117 91 110
271 1148 1159 94 98 112 119 132 130 106 117 92 111
272 1148 1156 93 98 113 120 133 131 107 119 92 112
263
PAREDE DE BLOCOS CERÂMICOS MACIÇOS
Tabela D 3 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0062.2006 - Parede de blocos
cerâmicos maciços – Apêndice D (continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Média do
Forno
(°C)
Pt 1
Pt 2
Pt 3
Pt 4
Pt 5
Pt 6
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Média
Externa
(°C)
273 1149 1156 94 98 114 121 134 131 108 119 92 112
274 1149 1153 94 98 114 122 135 132 109 120 92 113
275 1150 1157 95 98 115 123 136 134 111 121 92 114
276 1150 1159 95 98 116 124 137 135 112 122 92 115
277 1151 1158 95 98 117 125 138 136 113 123 92 115
278 1151 1154 95 98 118 126 139 137 114 124 92 116
279 1152 1151 95 98 119 126 140 138 115 124 93 116
280 1152 1157 95 98 120 127 141 139 116 125 93 117
281 1152 1165 95 98 121 128 141 140 117 126 93 118
282 1153 1161 96 99 122 129 142 140 118 127 93 118
283 1154 1160 96 99 123 130 143 142 119 128 94 119
284 1154 1160 96 99 124 131 144 142 120 129 95 120
285 1155 1160 96 100 125 132 145 143 121 129 96 121
286 1155 1165 96 100 126 133 146 144 122 130 97 122
287 1156 1162 98 100 127 134 147 145 123 131 98 123
288 1156 1167 98 101 127 135 147 146 124 132 100 123
289 1157 1170 98 101 129 136 149 147 125 133 101 124
290 1157 1166 99 101 129 137 150 148 126 134 103 125
291 1158 1168 99 102 130 138 151 149 128 135 105 126
292 1158 1171 99 102 132 138 152 150 128 136 107 127
293 1159 1172 100 102 132 139 152 151 130 138 110 128
294 1159 1170 101 103 133 140 153 151 131 138 112 129
295 1160 1168 101 104 134 141 154 152 132 138 114 130
296 1160 1162 102 104 135 142 154 153 133 140 116 131
297 1161 1173 103 105 136 143 155 154 134 141 118 132
298 1161 1168 104 106 137 143 156 155 135 142 120 133
299 1161 1165 105 107 138 144 157 156 137 143 123 134
300 1162 1173 106 108 138 145 158 157 138 144 124 135
301 1163 1161 106 109 139 146 159 158 139 145 126 136
302 1163 1164 108 111 140 146 159 158 140 146 128 137
303 1164 1170 109 112 141 147 160 159 141 147 130 138
304 1164 1165 109 114 142 148 160 160 142 148 132 139
305 1165 1173 110 116 143 148 161 160 143 148 133 140
306 1165 1166 111 118 144 149 162 161 143 149 135 141
307 1166 1167 112 121 145 150 162 162 145 150 136 143
308 1166 1174 114 124 145 150 163 163 146 151 138 144
309 1167 1165 115 129 146 151 164 163 147 152 139 145
310 1167 1165 117 132 147 152 164 164 148 153 140 146
311 1168 1169 118 135 147 152 165 165 149 153 141 147
264
PAREDE DE BLOCOS CERÂMICOS MACIÇOS
Tabela D 3 – Medidas de temperatura durante o ensaio da parede 15.0062.2006 - Parede de blocos
cerâmicos maciços – Apêndice D (continuação)
Temperatura da face não exposta ao fogo (ºC)
Tempo
(min)
Curva
Padrão
(T-To)
(°C)
Temp,
Média do
Forno
(°C)
Pt 1
Pt 2
Pt 3
Pt 4
Pt 5
Pt 6
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Média
Externa
(°C)
312 1168 1166 119 137 148 153 166 166 150 154 142 148
313 1169 1169 120 138 149 154 167 167 151 155 143 149
314 1169 1173 121 140 150 155 167 167 152 156 144 150
315 1170 1176 123 141 150 155 168 168 153 157 145 151
316 1170 1167 124 142 151 156 169 169 154 157 146 152
317 1170 1164 125 144 152 156 169 169 155 158 146 153
318 1171 1168 126 145 153 157 170 170 156 159 147 154
319 1172 1165 127 146 153 158 170 171 156 160 148 154
320 1172 1167 128 147 154 158 171 172 157 160 149 155
321 1173 1172 129 147 155 159 171 172 158 161 150 156
322 1173 1170 129 148 155 160 171 173 159 162 151 156
323 1174 1171 131 149 156 160 172 173 160 163 151 157
324 1174 1171 132 150 157 161 172 174 161 163 152 158
325 1175 1168 133 151 157 162 173 175 161 163 153 159
326 1175 1175 133 152 158 162 174 175 162 164 154 159
327 1176 1167 134 152 159 163 174 176 163 164 155 160
328 1176 1167 135 153 159 163 174 176 164 165 155 160
329 1177 1167 136 154 160 164 175 177 165 166 156 161
330 1177 1167 137 155 161 164 176 178 165 166 157 162
331 1178 1168 138 156 161 165 176 179 166 167 157 163
332 1178 1178 139 156 162 165 177 179 167 168 158 163
333 1179 1175 140 157 162 166 177 179 167 169 159 164
334 1179 1177 140 158 163 166 177 180 168 169 159 164
335 1180 1176 142 158 163 167 178 180 169 170 160 165
336 1180 1167 143 159 164 167 178 181 169 170 161 166
337 1181 1169 143 160 164 168 178 181 170 171 161 166
338 1181 1171 144 160 165 168 178 181 171 172 162 167
339 1181 1163 145 161 165 169 178 182 172 173 163 168
340 1182 1170 145 161 166 169 179 182 172 173 163 168
341 1183 1168 146 162 167 170 180 182 173 174 164 169
342 1183 1169 147 163 167 170 180 182 173 174 165 169
265
ANEXO A
________________________________________________________________
CLASSFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO
266
ANEXO A
Tabela A1Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação – Anexo A
Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos
A-1 Habitação unifamiliar
Casas térreas ou assobradadas (isoladas
e não isoladas) e condomínios horizontais
A-2 Habitação multifamiliar Edifícios de apartamento em geral
A
Residencial
A-3 Habitação coletiva
Pensionatos, internatos, alojamentos,
mosteiros, conventos, residências
geriátricas. Capacidade máxima de 16
leitos
B-1 Hotel e assemelhado
Hotéis, motéis, pensões, hospedarias,
pousadas, albergues, casas de modos
e divisão A3 com mais de 16 leitos. E
assemelhados
B
Serviço de
Hospedagem
B-2 Hotel residencial
Hotéis e assemelhados com cozinha
própria nos apartamentos (incluem-se
apart-hotéis, hotéis residenciais) e
assemelhados
C-1
Comércio com baixa
carga de incêndio
Armarinhos, artigos de metal, louças,
artigos hospitalares e outros
C-2
Comércio com média e
alta carga de incêndio
Edifícios de lojas de departamentos,
magazines, galerias comerciais,
supermercados em geral, mercados e
outros
C Comercial
C-3 Shopping centers
Centro de compras em geral (shopping
centers)
D-1
Local para prestação de
serviço profissional ou
condução de negócios
Escritórios administrativos ou técnicos,
instituições financeiras (que não estejam
incluídas em D-2), repartições públicas,
cabeleireiros, centros profissionais e
assemelhados
D-2 Agência bancária Agências bancárias e assemelhados
D-3
Serviço de reparação
(exceto os classificados
em G-4)
Lavanderias, assistência cnica,
reparação e manutenção de aparelhos
eletrodomésticos, chaveiros, pintura de
letreiros e outros
D
Serviço
profissional
D-4 Laboratório
Laboratórios de análises clínicas sem
internação, laboratórios químicos,
fotográficos e assemelhados
E-1 Escola em geral
Escolas de primeiro, segundo e terceiro
graus, cursos supletivos e pré-
universitário e assemelhados
E-2 Escola especial
Escolas de artes e artesanato, de línguas,
de cultura geral, de cultura estrangeira,
escolas religiosas e assemelhados
E-3
Espaço para cultura
física
Locais de ensino e/ou práticas de artes
marciais, ginástica (artística, dança,
musculação e outros) esportes coletivos
(tênis, futebol e outros que não estejam
incluídos em F-3), sauna, casas de
fisioterapia e assemelhados
E
Educacional e
cultura física
E-4
Centro de treinamento
profissional
Escolas profissionais em geral
267
Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos
E-5 Pré-escola
Creches, escolas maternais, jardins-de-
infância
Educacional e
cultura física
E-6
Escola para portadores
de deficiências
Escolas para excepcionais, deficientes
visuais e auditivos e assemelhados
F-1
Local onde objeto de
valor inestimável
Museus, centro de documentos históricos,
bibliotecas e assemelhados
F-2 Local religioso e velório
Igrejas, capelas, sinagogas, mesquitas,
templos, cemitérios, crematórios,
necrotérios, salas de funerais e
assemelhados
F-3
Centro esportivo e de
exibição
Estádios, ginásios e piscinas com
arquibancadas, rodeios, autódromos,
sambódromos, arenas em geral,
academias, pista de patinação e
assemelhados
F-4
Estação e terminal de
passageiro
Estações rodoferroviárias e marítimas,
portos, metrô, aeroportos, heliponto,
estações de transbordo em geral e
assemelhados
F-5 Arte cênica e auditório
Teatros em geral, cinemas, óperas,
auditórios de estúdios de rádio e
televisão, auditórios em geral e
assemelhados
F-6 Clubes social e Diversão
Boates, clubes em geral, salões de baile,
restaurantes dançantes, clubes sociais,
bingo, bilhares, tiro ao alvo, boliche e
assemelhados
F-7 Construção provisória Circos e assemelhados
F-8 Local para refeição
Restaurantes, lanchonetes, bares, cafés,
refeitórios, cantinas e assemelhados
F-9 Recreação pública
Jardim zoológico, parques recreativos e
assemelhados. Edificações permanentes
F
Local de Reunião
de
Público
F-10
Exposição de objetos e
animais
Salões e salas de exposição de objetos e
animais, show-room, galerias de arte,
aquários, planetários, e assemelhados.
Edificações permanentes
G-1
Garagem sem acesso
de público e sem
abastecimento
Garagens automáticas
G-2
Garagem com acesso
de público e sem
abastecimento
Garagens coletivas sem automação, em
geral, sem abastecimento (exceto
veículos de carga e coletivos)
G-3
Local dotado de
abastecimento de
combustível
Postos de abastecimento e serviço,
garagens (exceto veículos de carga e
coletivos)
G-4
Serviço de conservação,
manutenção e reparos
Oficinas de conserto de veículos,
borracharia (sem recauchutagem).
Oficinas e garagens de veículos de carga
e coletivos, máquinas agrícolas e
rodoviárias, retificadoras de motores
G
Serviços
automotivos e
assemelhados
G-5 Hangares
Abrigos para aeronaves com ou sem
abastecimento
268
Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos
H-1
Hospitais veterinários e
assemelhados
Hospitais, clínicas e consultórios
veterinários e assemelhados (inclui-se
alojamento com ou sem adestramento)
H-2
Locais onde pessoas
requerem cuidados
especiais por limitações
físicas ou mentais
Asilos, orfanatos, abrigos geriátricos,
hospitais psiquiátricos, reformatórios,
tratamento de dependentes de drogas,
álcool. E assemelhados. Todos sem celas
H-3 Hospital e assemelhado
Hospitais, casa de saúde, prontos-
socorros, clínicas com internação,
ambulatórios e postos de atendimento de
urgência, postos de saúde e puericultura e
assemelhados com internação
H-4
Repartição pública,
edificações das forças
armadas e policiais
Edificações do Executivo, Legislativo e
Judiciário, tribunais, cartórios, quartéis,
centrais de polícia, delegacias, postos
policiais e assemelhados
H-5
Local onde a liberdade
das pessoas sofre
restrições
Hospitais psiquiátricos, manicômios,
reformatórios, prisões em geral (casa de
detenção, penitenciárias, presídios) e
instituições assemelhadas. Todos com
celas
H
Serviço de saúde
e institucional
H-6
Clínica e consultório
médico e odontológico
Clínicas médicas, consultórios em geral,
unidades de hemodiálise, ambulatórios e
assemelhados. Todos sem internação
I-1
Locais onde as
atividades exercidas e
os materiais utilizados
apresentam baixo
potencial de incêndio.
Locais onde a carga de
incêndio não chega a
300MJ/m
2
Atividades que manipulam materiais com
baixo risco de incêndio, tais como fábricas
em geral, onde os processos não
envolvem a utilização intensiva de
materiais combustíveis (aço; aparelhos de
rádio e som; armas; artigos de metal;
gesso; esculturas de pedra; ferramentas;
fotogravuras; jóias; relógios; sabão;
serralheria; suco de frutas; louças; metais;
máquinas)
I-2
Locais onde as
atividades exercidas e
os materiais utilizados
apresentam médio
potencial de incêndio.
Locais com carga de
incêndio entre 300 a
1.200MJ/m
2
Atividades que manipulam materiais com
médio risco de incêndio, tais como: artigos
de vidro; automóveis, bebidas destiladas;
instrumentos musicais; móveis; alimentos
marcenarias, fábricas de caixas e
assemelhados
I Indústria
I-3
Locais onde alto
risco de incêndio. Locais
com carga de incêndio
superior a 1.200 MJ/m²
Fabricação de explosivos, atividades
industriais que envolvam líquidos e gases
inflamáveis, materiais oxidantes,
destilarias, refinarias, ceras, espuma
sintética, elevadores de grãos, tintas,
borracha e assemelhados
J-1
Depósitos de material
incombustível
Edificações sem processo industrial que
armazenam tijolos, pedras, areias,
cimentos, metais e outros materiais
incombustíveis. Todos sem embalagem
J-2 Todo tipo de Depósito
Depósitos com carga de incêndio até
300MJ/m
2
J-3 Todo tipo de Depósito
Depósitos com carga de incêndio entre
300 a 1.200MJ/m
2
J Depósito
J-4 Todo tipo de Depósito
Depósitos onde a carga de incêndio
ultrapassa a 1.200MJ/m²
269
Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos
L-1 Comércio
Comércio em geral de fogos de artifício e
assemelhados
L-2 Indústria Indústria de material explosivo
L Explosivos
L-3 Depósito Depósito de material explosivo
M-1 Túnel
Túnel rodoferroviário e marítimo,
destinados a transporte de passageiros ou
cargas diversas
M-2
Tanques ou Parque de
Tanques
Edificação destinada a produção,
manipulação, armazenamento e
distribuição de líquidos ou gases
combustíveis e inflamáveis
M-3
Central de comunicação
e energia
Central telefônica, centros de
comunicação, centrais de transmissão ou
de distribuição de energia e
assemelhados
M-4
Propriedade em
transformação
Locais em construção ou demolição e
assemelhados
M-5 Processamento de lixo
Propriedade destinada ao processamento,
reciclagem ou armazenamento de
material recusado / descartado
M-6 Terra selvagem
Floresta, reserva ecológica, parque
florestal e assemelhados
M Especial
M-7 Pátio de Containers
Área aberta destinada a armazenamento
de containers
Fonte: Decreto nº 46.076, de 31 de agosto de 2001, do Estado de São Paulo
Tabela A2 – Classificação das edificações quanto à altura – Anexo A
TIPO
Denominação Altura
I
Edificação Térrea Um pavimento
II
Edificação Baixa
H 6,00 m
III
Edificação de Baixa - Média Altura
6,00 m < H 12,00 m
IV
Edificação de Média Altura
12,00 m < H 23,00 m
V
Edificação Mediamente Alta
23,00 m < H 30,00 m
VI
Edificação Alta Acima de 30,00 m
Fonte: Decreto nº 46.076, de 31 de agosto de 2001, do Estado de São Paulo
Tabela A3 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio – Anexo A
Risco Carga de Incêndio MJ/m²
Baixo até 300MJ/m²
Médio Entre 300 e 1.200MJ/m²
Alto Acima de 1.200MJ/m²
Fonte: Decreto nº 46.076, de 31 de agosto de 2001, do Estado de São Paulo
270
ANEXO B
________________________________________________________________
TEMPO REQUERIDO DE RESISTÊNCIA AO FOGO
271
ANEXO B
Tabela B.1 – Tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF) – Anexo B
Para a classificação detalhada das ocupações (Grupo e Divisão) consultar Tabela 1 - Decreto Estadual 46.076/01 – Apresentada aqui na Tabela A1 - Anexo A
Profundidade do subsolo
(h
s
)
Alturaa da edificação (h)
Grupo Ocupação/Uso Divisão
Classe S
2
h
s
> 10 m
Classe S
1
h
s
10 m
Classe P
1
h 6 m
Classe P
2
6 < h 12 m
Classe P
3
12 < h 23 m
Classe P
4
23 < h 30 m
Classe P
5
30 < h 80 m
h > 80 m
A
Residencial A-1 a A-3 90 60 30 30 60 90 120 CT
B
Serviços de hospedagem B-1 e B-2 90 60 30 60 60 90 120 CT
C-1 90 60 60 60 60 90 120 CT
C
Comercial varejista
C-2 e C-3 90 60 60 60 60 90 120 CT
D
Serviços profissionais, pessoais e
técnicos
D-1 a D-3 90 60 30 60 60 90 120 CT
E
Educacional e cultura física E-1 a E-6 90 60 30 30 60 90 120 CT
F-1, F-2, F-5, F-6, F-8 e
F-10
90 60 60 60 60 90 120 CT
F-3, F-4 e F-7 90 60 ver item A2.3.4. 30 60 CT CT
F
Locais de reunião de público
F-9 CT
G-1 e G-2 não abertos
lateralmente e G-3 a G-5
90 60 30 60 60 90 120 CT
G
Serviços automotivos
G-1 e G-2 abertos
lateralmente
90 60 (30) 30 30 30 30 60 120
H-1 e H-4 90 60 30 60 60 90 120 CT
H
Serviços de saúde e institucionais
H-2, H-3 e H5 90 60 30 60 60 90 120 CT
I-1 90 60 30 30 30 60 120 CT
I-2 120 90 30 30 60 90 120 CT
I
Industrial
I-3 120 90 60 60 90 120 120 CT
J-1 60 30 ver item A2.3.5. 30 30 60 CT
J-2 90 60 30 30 30 30 60 CT
J-3 90 60 30 60 60 120
120
CT
J
Depósitos
J-4 120 90 60 60 90 120 120 CT
L
Explosivos L-1, L-2 e L-3 120 120 120 CT CT
M-1 150 150 150 CT
M-2 CT
M
Especial
M-3 120 90 90 90 120 CT
Notas:
1 – CT = Utilizar Comissão Técnica junto ao Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo
2 – O TRRF dos subsolos não pode ser inferiores ao TRRF dos pavimentos situados acima do dolo (ver Item 5.10)
Fonte: Instrução Técnica (IT) 08, p. 211 – Anexo A – Código de segurança contra incêndio do estado de São Paulo
272
ANEXO B
Tabela B.2 – Classificação das edificações quanto às suas dimensões em planta – Anexo B
Natureza
do Enfoque
Código Classe da edificação Parâmetros de área
N
De pequeno pavimento S
p
< 750 m²
α
αα
α
Quanto à área do maior
Pavimento (sp)
O
De grande pavimento S
p
> 750 m²
P
Com pequeno subsolo S
s
< 500 m²
β
ββ
β
Quanto à área dos
pavimentos atuados abaixo
da soleira de Entrada (ss)
Q
Com grande subsolo S
s
> 500 m²
R
Edificações pequenas S
t
< 750 m²
S
Edificações médias 750 m < S
t
< 1500 m²
T
Edificações grandes 1500 m² < S
t
< 5000 m²
γ
γγ
γ
Quanto à área total St (soma
das áreas de todos os
Pavimentos da edificação)
U
Edificações muito grandes A
t
> 5000 m²
Fonte: Instrução Técnica (IT) 11, p. 259 – Anexo – Código de segurança contra incêndio do estado de São Paulo Decreto Estadual 46.076/01
273
ANEXO C
________________________________________________________________
TABELA DE RESISTÊNCIA AO FOGO PARA ALVENARIAS
274
ANEXO C (informativo)
Tabela C.1 – Tabela de resistência ao fogo para alvenarias – Anexo C
Características das paredes Resultado dos ensaios
Traço em volume de argamassa de
revestimento
Traço em volume da
argamassa do
assentamento
Chapisco Emboço
Tempo de atendimento aos critérios de
avaliação (horas)
Paredes ensaiadas (*)
Cimento
Cal Areia
Espessura
média da
argamassa
de
assentame
nto (cm)
Cimento
Areia Cimento
Cal Areia
Espessura de
argamassa de
revestimento
(cada face)
(cm)
Espessura
total da
parede
(cm)
Duração do
ensaio (min)
Integridade Estanqueidade
Isolação
térmica
Resistência
ao fogo
(horas)
Meio - tijolo
sem
revestimento
- 1 5 1 - - - - - - 10 120
2
2
Um tijolo sem
revestimento
- 1 5 1 - - - - - - 20 395 (**)
≥ 6
≥ 6≥ 6
≥ 6
6
≥ 6
≥ 6≥ 6
≥ 6 ≥ 6
≥ 6≥ 6
≥ 6
Meio - tijolo
com
revestimento
- 1 5 1 1 3 1 2 9 2,5 15 300
≥ 4
≥ 4≥ 4
≥ 4
4
4
44
4
4
Parede de tijolos de barro
cozido (dimensões
nominais dos tijolos);
5 cm x 10 cm x 20 cm:
Massa: 1,5 kg
Um tijolo com
revestimento
- 1 5 1 1 3 1 2 9 2,5 25 300 (**)
≥ 6
≥ 6≥ 6
≥ 6
6
5 > 6
Bloco de 14
cm sem
revestimento
1 1 8 1 - - - - - - 14 100
≥ 1
≥ 1≥ 1
≥ 1½
½½
½ 1
≥ 1≥ 1
≥ 1½
½½
½
Bloco de 19
cm sem
revestimento
1 1 8 1 - - - - - - 19 120
≥ 2
≥ 2≥ 2
≥ 2
2
Bloco de 14
cm com
revestimento
1 1 8 1 1 3 1 2 9 1,5 17 150
≥ 2
≥ 2≥ 2
≥ 2
2 2 2
Parede de blocos vazados
de concreto (2 furos)
(blocos com dimensões
nominais):
14 cm x 19 cm x 39 cm e
19 cm x 19 cm x 39 cm; e
massas de 13 kg e 17 kg
respectivamente
Bloco de 19
cm com
revestimento
1 1 8 1 1 3 1 2 9 1,5 22 185
≥ 3
≥ 3≥ 3
≥ 3
3 3 3
Meio - tijolo
com
revestimento
- 1 4 1 1 3 1 2 9 1,5 13 150
≥ 2
≥ 2≥ 2
≥ 2
2 2 2
Paredes de tijolos
cerâmicos de oito furos
(dimensões nominais dos
tijolos); 10 cm x 20 cm x
20 cm (massa 2,9 Kg)
Um tijolo com
revestimento
- 1 4 1 1 3 1 2 9 1,5 23 300 (**)
≥ 4
≥ 4≥ 4
≥ 4
4
≥ 4
≥ 4≥ 4
≥ 4
> 4
11,5 150 2 2 1
Paredes de concreto
armado monolítico sem
revestimento
Traço do concreto em volume, 1 cimento: 2,5 areia dia: 3,5 agregado gaúcho (granizo pedra nº 3):
armadura simples posicionada à meia espessura das paredes, possuindo malha de lados 15 cm, de aço CA-
50A diâmetro ¼ poleda.
16 210 3 3 3 3
(*) Paredes sem função estrutural ensaiadas totalmente vinculadas dentro da estrutura de concreto armado, com dimensões 2,8m x 2,8m totalmente expostas ao fogo (em uma face)
(**) Ensaio encerrado sem ocorrência de falência em nenhum dos três critérios de avaliação.
Fonte: Instrução Técnica (IT) 08 p. 212 – Anexo B – Código de segurança contra incêndio do estado de São Paulo
275
ANEXO D
________________________________________________________________
LOCALIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS TRABALHOS PRESTADOS
276
Ilustração D.1 - Localização dos principais serviços prestados – Anexo D
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