estrategista, se dominar todos os conhecimentos relativos ao
adequado preparo (estratégico), ao emprego operacional e ao
emprego tático da Força Aérea. Porém, este é um processo que
leva muito tempo. É um processo em que os conhecimentos
deverão ser adquiridos, assimilados, dominados durante a
carreira, nas várias etapas necessárias ao contato com aquelas
atividades que permitirão ao profissional formar a base, o
fundamento, de sua formação e de sua capacitação. Entre essas
etapas, necessariamente, encontram-se aquelas em que o ensino
formal é transmitido, ou seja, os Cursos de Aperfeiçoamento (na
EAOAR) e de um Estado-Maior (na ECEMAR), etc. Aqui estamos
apontando para teoria e prática. Na atualidade, o emprego do
Poder Aéreo e do Poder Aeroespacial é muito complexo. Isso
exige uma grande divisão dos trabalhos afetos a um Estado-
Maior. Isso exige um nível de profissionalização, de
especialização, em um nível não imaginado há algumas décadas.
Se fizermos uma análise detalhada dos conceitos relacionados ao
emprego da Força Aérea, ao emprego do Poder Aéreo ou do
emprego do Poder Aeroespacial, poderemos identificar as
evoluções conceituais, estratégicas, doutrinária, etc., envolvidas
nesses conceitos. Essas evoluções nos mostrarão, também, que a
capacitação, o nível de profissionalização, necessária ao
profissional que terá a responsabilidade de planejar, coordenar e
controlar o emprego da Força Aérea, o emprego do Poder Aéreo e
o emprego do Poder Aeroespacial, em situação de guerra,
também, evoluiu, e, é essencial que seja considerada, sob o risco
de uma Força Aérea, a despeito de possuir a estrutura, os
equipamentos, os vetores mais modernos, não ser empregada de
modo adequado e com a eficácia que um confronto armado exige.
Resumindo, a Educação (formal) para o profissional que irá
atuar em um Estado-Maior tem importância máxima. Sendo o
responsável pelo planejamento e pela coordenação do
emprego da Força Aérea, em uma situação de conflito
armado, pode-se deduzir que uma Educação ou uma
capacitação deficiente poderá, em tese, levar a um resultado
ineficaz dessa força armada.”. (grifos nossos).
11
∗
“Sustentação, subsídios, noções básicas para se conceder uma
visão em cada nível de condução da guerra, num determinado
Teatro de Operações (TO), e de como executar as ações militares
e os planos e ordens, capacidade de reflexão e concepção; a
competência tem que evoluir com o conecimento adquirido; tem-
se que passar por um processo continuado de educação
(processo de gradação, que se deve iniciar na EPCAR, depois na
AFA, etc); mas existe a necessidade de um auto-aprimoramento,
pois a educação também é individual”.
12 “É necessária a capacitação de estudantes inovadores e
adaptáveis que possam dar seqüência ao processo decisório após
a conclusão de seus respectivos cursos, civis ou militares, e que
se disponham a desenvolver novas idéias e novos projetos com o
fito de introduzi-los no debate nacional”.
13
“Fundamental. Não imagino que um oficial superior consiga
exercer a profissão militar sem os conhecimentos teóricos e
práticos necessários a esta atividade”. (grifos nossos).
14 “A Educação Militar Profissional para o oficial de Estado-Maior é
de fundamental importância, principalmente por dois aspectos:
dar uniformidade de pensamento doutrinário de alto nível e
∗
O entrevistado foi Comandante da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Aeronáutica e tem vastíssima
experiência na área de ensino. Possui Mestrado em Ciências Aeroespaciais no Programa de Pós-Graduação da
Universidade da Força Aérea Brasileira.