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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL
MÁRLLOS PERES DE MELO
DESEMPENHO DE GERMOPLASMA DE MILHO UFT, SOB ESTRESSE DE
NITROGÊNIO, NO CERRADO TOCANTINENSE.
GURUPI-TO
OUTUBRO DE 2008
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2
MÁRLLOS PERES DE MELO
DESEMPENHO DE GERMOPLASMA DE MILHO UFT, SOB ESTRESSE DE
NITROGÊNIO, NO CERRADO TOCANTINENSE.
Dissertação apresentada como requisito parcial à
obtenção do título de Mestre em Agronomia no
Programa de Pós-Graduação em Produção, Vegetal
Área de Concentração: melhoramento vegetal, do
Campus Gurupi-TO, da UFT.
Orientador:Prof.Doutor. Flávio Sergio Afferri
GURUPI - TO
OUTUBRO DE 2008
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3
MÁRLLOS PERES DE MELO
DESEMPENHO DE GERMOPLASMA DE MILHO UFT, SOB ESTRESSE DE
NITROGÊNIO, NO CERRADO TOCANTINENSE.
Essa dissertação foi julgada adequada e aprovada para a obtenção do título de Mestre em
Agronomia no Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal na Área de
Concentração: melhoramento vegetal, do Campus Gurupi-TO, da Universidade Federal de
Tocantins.
Gurupi , Outubro de 2008
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dr. Flávio Sérgio Afférri Prof. Dr. Joênes Mucci Peluzio
Universidade Federal de Tocantins(Orientador) Universidade Federal de Tocantins
Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro Fidelis Prof. Dr. Aurélio Vaz de Melo
Universidade Federal de Tocantins Universidade Federal de Tocantins
4
EM ESPECIAL DEDICO,
EM ESPECIAL DEDICO,EM ESPECIAL DEDICO,
EM ESPECIAL DEDICO,
A MINHA ESPOSA LUCIANA RIBEIRO E AO MÁRLLOS FILHO MEU PROGENITOR, PELO COMPANHEIRISMO,
A MINHA ESPOSA LUCIANA RIBEIRO E AO MÁRLLOS FILHO MEU PROGENITOR, PELO COMPANHEIRISMO, A MINHA ESPOSA LUCIANA RIBEIRO E AO MÁRLLOS FILHO MEU PROGENITOR, PELO COMPANHEIRISMO,
A MINHA ESPOSA LUCIANA RIBEIRO E AO MÁRLLOS FILHO MEU PROGENITOR, PELO COMPANHEIRISMO,
PELO INCENTIVO E PELA ALEGRIA QUE TRAZEM A
PELO INCENTIVO E PELA ALEGRIA QUE TRAZEM APELO INCENTIVO E PELA ALEGRIA QUE TRAZEM A
PELO INCENTIVO E PELA ALEGRIA QUE TRAZEM A
MINHA VIDA.
MINHA VIDA.MINHA VIDA.
MINHA VIDA.
A MEU PAI JOSÉ PEREIRA, MINHA MÃE MARIA LUIZA, MEUS IRMÃOS MARCELO E LENE E A TODO A FAMLIA,
A MEU PAI JOSÉ PEREIRA, MINHA MÃE MARIA LUIZA, MEUS IRMÃOS MARCELO E LENE E A TODO A FAMLIA, A MEU PAI JOSÉ PEREIRA, MINHA MÃE MARIA LUIZA, MEUS IRMÃOS MARCELO E LENE E A TODO A FAMLIA,
A MEU PAI JOSÉ PEREIRA, MINHA MÃE MARIA LUIZA, MEUS IRMÃOS MARCELO E LENE E A TODO A FAMLIA,
MELO, PERES E FIDELIS PELA COMPREENSÃO E PELA SEGURANÇA QUE ME TRAZEM.
MELO, PERES E FIDELIS PELA COMPREENSÃO E PELA SEGURANÇA QUE ME TRAZEM.MELO, PERES E FIDELIS PELA COMPREENSÃO E PELA SEGURANÇA QUE ME TRAZEM.
MELO, PERES E FIDELIS PELA COMPREENSÃO E PELA SEGURANÇA QUE ME TRAZEM.
OFEREÇO
OFEREÇOOFEREÇO
OFEREÇO
AO PROFESSOR FLÁVIO SÉRGIO AFFERRI PELO INCENTIVO, COMPANHEIRÍSMO E PEL
AO PROFESSOR FLÁVIO SÉRGIO AFFERRI PELO INCENTIVO, COMPANHEIRÍSMO E PELAO PROFESSOR FLÁVIO SÉRGIO AFFERRI PELO INCENTIVO, COMPANHEIRÍSMO E PEL
AO PROFESSOR FLÁVIO SÉRGIO AFFERRI PELO INCENTIVO, COMPANHEIRÍSMO E PELA EXCELENTE
A EXCELENTE A EXCELENTE
A EXCELENTE
ORIENTAÇÃO.
ORIENTAÇÃO.ORIENTAÇÃO.
ORIENTAÇÃO.
A TODOS OS PROFESSORES DO PROGRAMA, EM ESPECIAL AOS PROFESSORES RODRIGO RIBEIRO
A TODOS OS PROFESSORES DO PROGRAMA, EM ESPECIAL AOS PROFESSORES RODRIGO RIBEIRO A TODOS OS PROFESSORES DO PROGRAMA, EM ESPECIAL AOS PROFESSORES RODRIGO RIBEIRO
A TODOS OS PROFESSORES DO PROGRAMA, EM ESPECIAL AOS PROFESSORES RODRIGO RIBEIRO
FIDELIS, JOENES MUCCI PELUZIO, AURÉLIO VAZ DE MELO E GIL RODRIGUES DOS SANTOS PELAS
FIDELIS, JOENES MUCCI PELUZIO, AURÉLIO VAZ DE MELO E GIL RODRIGUES DOS SANTOS PELAS FIDELIS, JOENES MUCCI PELUZIO, AURÉLIO VAZ DE MELO E GIL RODRIGUES DOS SANTOS PELAS
FIDELIS, JOENES MUCCI PELUZIO, AURÉLIO VAZ DE MELO E GIL RODRIGUES DOS SANTOS PELAS
ORIENTAÇÕES E PELO GRANDE COMPANHEIRISMO.
ORIENTAÇÕES E PELO GRANDE COMPANHEIRISMO.ORIENTAÇÕES E PELO GRANDE COMPANHEIRISMO.
ORIENTAÇÕES E PELO GRANDE COMPANHEIRISMO.
A TODOS OS COMPANHEIROS (A
A TODOS OS COMPANHEIROS (AA TODOS OS COMPANHEIROS (A
A TODOS OS COMPANHEIROS (AS) DA TURMA DE MESTRANDOS EM PRODUÇÃO VEGETAL DA UFT,
S) DA TURMA DE MESTRANDOS EM PRODUÇÃO VEGETAL DA UFT, S) DA TURMA DE MESTRANDOS EM PRODUÇÃO VEGETAL DA UFT,
S) DA TURMA DE MESTRANDOS EM PRODUÇÃO VEGETAL DA UFT,
JUSTINO, LIAMAR, DIOGO, JULIA, VILMA, TIAGO, ESPECIALMENTE AOS AMIGOS CLAUBER E RICARDO,
JUSTINO, LIAMAR, DIOGO, JULIA, VILMA, TIAGO, ESPECIALMENTE AOS AMIGOS CLAUBER E RICARDO, JUSTINO, LIAMAR, DIOGO, JULIA, VILMA, TIAGO, ESPECIALMENTE AOS AMIGOS CLAUBER E RICARDO,
JUSTINO, LIAMAR, DIOGO, JULIA, VILMA, TIAGO, ESPECIALMENTE AOS AMIGOS CLAUBER E RICARDO,
OBRIGADO E SUCESSO.
OBRIGADO E SUCESSO. OBRIGADO E SUCESSO.
OBRIGADO E SUCESSO.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua do anjos
Sem amor, eu nada seria...
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja
Ou se envaidece...
Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões).
5
SUMÁRIO
RESUMO GERAL............................................................................................................6
ABSTRACT......................................................................................................................7
INTRODUÇÃO GERAL..................................................................................................8
LITERATURA CITADA................................................................................................10
CAPÍTULO I- Desempenho de Linhagens S5 de Milho cultivadas na Região Sul do Estado
de Tocantins em Ambiente de Alto e Baixo Nitrogênio.................................................11
RESUMO.........................................................................................................................11
ABSTRACT....................................................................................................................12
INTRODUÇÃO...............................................................................................................13
MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................15
RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................16
CONCLUSÕES...............................................................................................................25
LITERATURA CITADA................................................................................................25
CAPÍTULO II- Desempenho de Híbridos de Milho Cultivados na Região Sul do Estado de
Tocantins em Ambiente de Alto e Baixo Nitrogênio.................................................29
RESUMO.........................................................................................................................29
ABSTRACT....................................................................................................................30
INTRODUÇÃO...............................................................................................................31
MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................33
RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................35
CONCLUSÕES...............................................................................................................45
LITERATURA CITADA................................................................................................46
6
LISTA DE TABELAS
CAPÍTULO I- DESEMPENHO DE LINHAGENS S5 DE MILHO CULTIVADAS NA
REGIÃO SUL DO ESTADO DE TOCANTINS EM AMBIENTE DE ALTO E
BAIXO NITROGÊNIO
Tabela 1. Resumo da análise de variância das características PROD (produtividade de grãos - kg
ha
-1
), AP (altura de plantas - cm), AE (altura de espiga - cm), CE (comprimento de
espiga - mm) e DE (diâmetro de espiga - mm), de linhagens de milho sob duas doses
de nitrogênio aplicadas no solo, cultivadas na região sul do estado de Tocantins, na
safra 06/07.....................................................................17
Tabela 2. Média de produtividade de grãos, alturas de plantas e espigas de linhagens de milho
sob duas doses de nitrogênio aplicadas no solo, cultivadas na região sul do estado de
Tocantins na safra 06/07...............................................................20
Tabela 3. Média de comprimento e diâmetro de espiga de linhagens de milho sob duas doses de
nitrogênio aplicadas no solo, cultivadas na região sul do estado de Tocantins na safra
06/07..................................................................................................................24
Tabela 4. Coeficiente de correlação entre as características PROD (produtividade de grãos - kg
ha
-1
), AP (altura de plantas - cm), AE (altura de espiga - cm), CE (comprimento de
espiga - mm) e DE (diâmetro de espiga - mm) das linhagens de milho sob duas doses
de nitrogênio aplicadas no solo, cultivadas na região sul do estado do Tocantins na
safra 06/07..........................................................24
CAPÍTULO II - DESEMPENHO DE HÍBRIDOS DE MILHO CULTIVADOS NA
REGIÃO SUL DO ESTADO DE TOCANTINS EM AMBIENTE DE ALTO E
BAIXO NITROGÊNIO
Tabela 1. Resumo da análise de variância das características PROD (produtividade de grãos -
kg ha
-1
), AP (altura de plantas - cm), AE (altura de espiga - cm), CE (comprimento
de espiga - mm) e DE (diâmetro de espiga - mm), de híbridos de milho sob duas
doses de nitrogênio aplicadas no solo, cultivadas na região sul do estado do
Tocantins, na safra06/07........................................................36
Tabela 2. Média de produtividade de grãos, altura de plantas e altura de espiga de híbridos de
milho em duas doses de nitrogênio aplicadas no solo, cultivadas na região sul do
estado de Tocantins na safra 06/07.........................................................38
Tabela 3. Média do comprimento de espiga e do diâmetro de espiga de híbridos de milho em
duas doses de nitrogênio aplicadas no solo, cultivadas na região sul do estado do
Tocantins na safra 06/07...................................................................44
Tabela 4. Tabela 4. Coeficiente de correlação entre as características PROD (produtividade de
grãos - kg ha
-1
), AP (altura de plantas - cm), AE (altura de espiga - cm), CE
(comprimento de espiga - mm) e DE (diâmetro de espiga - mm) dos híbridos de
milho sob duas doses de nitrogênio aplicadas no solo, cultivadas na região sul do
estado de Tocantins na safra 06/07...............................................................45
7
RESUMO GERAL
A cultura do milho (Zea mays L.) é uma das mais importantes do cenário agrícola mundial,
pois é base da alimentação, seja para o consumo humano ou composição de concentrados e
silagem para animais. Tornando-se uma das principais fontes de energia alimentar cultivada
no Brasil. Objetivou-se com este trabalho caracterizar linhagens e híbridos de milho na região
sul de Tocantins em ambientes de baixo e alto nitrogênio, os ensaios foram realizados no ano
agrícola de 2006/07. No capitulo I avaliou-se o efeito de duas doses de N (baixo e alto)
combinadas com nove linhagens (S5) de milho. Verifica-se que não houve significância da
interação linhagens x nitrogênio, nas características produção de grãos, altura de plantas e
altura de espiga. Pode-se constatar que as linhagens, que constituíram o grupo estatístico de
maior produtividade de grãos (L82 e L111) apresentaram altura de planta (141 e 170 cm). O
aumento na dose de N promoveu acréscimo na produtividade de grãos. As linhagens L111 e
L82 são as mais produtivas independentemente da dose de nitrogênio. No capitulo II avaliou-
se o efeito de duas doses de N (baixo e alto) combinadas com 27 híbridos experimentais de
milho provenientes de linhagens S4 e um híbrido simples como testemunha (BRS1030). Das
características estudadas apenas o diâmetro de espiga, no fator N foi significativo a 5% de
significância pelo teste F (p<0,05), sendo que o restante (produtividade de grãos, altura de
plantas e espigas, comprimento e diâmetro de espigas), obteve significância a 1% (p<0,01),
pelo teste F. Na produtividade de grãos, no baixo N, verifica-se superioridade dos híbridos
H111x127; H111x8; H111x82; H11x111; H127x11; H127x149; H127x38; H127x8; H12x11;
H12x111; H12x127; H149x11; H38x52; H38x8; H82x127; H8x11; H8x52; HS (BRS1030)
com valores superiores a 4317 kg ha
-1
e no alto N, foram H111x8; H127x11; H127x149;
H127x8; H12x111; H12x127; H149x11; H149x111; H149x38; H38x111 e H8x52; com
produtividade superior a 5826 kg ha
-1
8
ABSTRACT - The cultivation of corn (Zea mays L.) is one of the most important stage of
world agricultural because it is base of the food, either for human consumption or
composition of concentrates and silage to animals. Becoming a major source of food energy
in Brazil. The objective of this work is characterize strains and hybrids corn in the south
region of Tocantins in environments of low and high nitrogen, the tests were conducted in the
agricultural year of 2006/07. In the chapter I it was evaluated the effect of two doses of N
(low and high) combined with nine lines (S5) of corn. It appears that there was no significant
interaction of nitrogen x lines, in the characteristics grain yield, plant height and height of
spike. It can see that the lines, which were the group of statistical productivity of grains (L82
and L111) appears height of plant (141 and 170 cm). The increase in the dose of N promoted
increase in grain yield. The lines L111 and L82 are the most productive independently of the
dose of nitrogen. In Chapter II focuses on the effect of two doses of N (low and high)
combined with 27 experimental hybrid strains of corn from lines S4 and a simple hybrid as a
comparative hybrid (BRS1030). From the characteristics studied only the diameter of ear, in
the N factor was significant at 5% probability by test F (p <0.05), while the rest (of grain
yield, plant height and ear, length and diameter of ears ), Gained significance at 1% (p <0.01),
the test F. In the seed yield in the low-N, there is superiority of hybrids H111x127; H111x8;
H111x82; H11x111; H127x11; H127x149; H127x38; H127x8; H12x11; H12x111; H12x127;
H149x11; H38x52; H38x8; H82x127; H8x11; H8x52; HS (BRS1030) with values greater
than 4317 kg ha
-1
and N on top, were H111x8; H127x11; H127x149; H127x8; H12x111;
H12x127; H149x11; H149x111; H149x38; H38x111 and H8x52; productivity with more than
5826 kg ha
-1
.
9
INTRODUÇÃO GERAL
Gramínea anual, o milho (Zea mays L.) é originaria da América, provavelmente da
região onde se situa o xico, sendo domesticado num período entre 7.000 e 10.000 anos
atrás.
O milho vem sendo utilizado como fonte energética na alimentação humana e
animal, representando 70% da demanda mundial, porém, recentemente seu uso se ampliou
para a industrialização com a produção de amido, álcool, adoçantes, óleos, e surge também
como fonte de biocombustíveis. Caracteriza-se também por sua importância agronômica,
sendo utilizada em sistemas de rotação de culturas, principalmente em agrossistemas em que a
soja é a cultura predominante (Melo Filho & Richetti, 1997).
De acordo com o Agrianual (2007), duas décadas os três maiores produtores de
milho no mundo continuam os mesmos e na mesma ordem, variando apenas as proporções,
onde os Estados Unidos aparecem como primeiro, representando 38% do mercado, a China
em segundo, com 20% e o Brasil, ocupando a terceira colocação com 7% do mercado
mundial.
Segundo Melo Filho & Richetti (1997), no âmbito nacional, a cultura do milho pode
ser considerada uma das mais importantes, tanto no aspecto econômico quanto no social, pois
destaca-se por apresentar grande área cultivada entre os principais grãos alem de ser
componente da dieta, principalmente entre as camadas mais pobres da população e ser o
produto pico do pequeno produtor rural, pois se for considerado o total da área das
propriedades rurais produtoras, 92,3% da produção é obtida em lavouras com menos de 100
hectares.
De acordo com Teixeira et al. (1997), a utilização de cultivares apropriados a cada
condição, é essencial para se obter maiores produtividades e, na maioria das vezes, não se tem
10
dado atenção ao nitrogênio, sendo a escolha da semente feita em função apenas do potencial
de produtividade, características dos grãos, etc., ignorando-se o sistema de produção no qual a
mesma será inserida.
Existe no mercado de sementes, cultivares de milho com elevado potencial produtivo
e distintos quanto, podendo apresentar desde base genética ampla o caso das variedades),
ou ainda base genética estreita (híbridos simples) . Portanto, dependendo das condições
climáticas, preparo de solo, vel tecnológico que será adotado na cultura, etc., define-se qual
base genética será mais adequada.
Ainda de acordo com Teixeira et al. (1997), o melhoramento genético do milho tem
sido um importante meio para a adaptação da cultura a novas condições ambientais, onde
fatores de estresse relacionados ao solo, clima, pragas e doenças, tendem a inviabilizar a
atividade. Em condições tradicionais de cultivo, o desenvolvimento contínuo de novos
cultivares tem possibilitado aumentos crescentes de produtividade. Sendo o melhoramento um
processo dinâmico e contínuo, é fundamental obter-se ganhos genéticos sucessivos. Para tal
êxito, toma-se necessário o emprego de germoplasma adaptado, com os genes de interesse e
com suficiente variabilidade genética, submetido a um contínuo melhoramento de populações.
O cultivo de milho abrangendo a região Centro-Sul do Estado de Tocantins está
sujeito a alguns fatores de estresse como acidez e baixa fertilidade do solo, elevadas
temperaturas e incidência de doenças, constituindo-se em importantes limitações.
Considerando o melhoramento genético como alternativa para superar essas limitações, a
UFT/Campus Universitário de Gurupi, vem desenvolvendo um programa de melhoramento
genético de milho cuja a ênfase é o estudo do potencial genético de germoplasma, a síntese de
novas linhagens e híbridos .
Uma das atividades de pesquisa essenciais na condução do referido programa é a
avaliação de germoplasmas, nas condições ambientais de interesse, respeitando-se as
11
peculiaridades ambientais e de sistemas de produção, em delineamentos genéticos que
proporcionem informações úteis para o melhoramento.
LITERATURA CITADA
AGRIANUAL: Anuário Estatístico da Agricultura Brasileira. São Paulo: Argos Comunicação,
2007.
MELO FILHO, G.A., RICHETTI, A. Aspectos socioeconômicos da cultura do milho. In: MILHO:
informações técnicas. Circ. Téc. Cent. Pesquisa. Agropecuária. Oeste/EMBRAPA, n.5,
p.13-38, 496p, 1997.
TEIXEIRA, M. R. O.; ARIAS, E. R. A.; MUNIZ, J. A. Cultivares. In: EMBRAPA. Milho:
informações técnicas. Dourados: Embrapa - CPAO, p.101-107, 1997.
12
CAPITULO I
DESEMPENHO DE LINHAGENS S5 DE MILHO CULTIVADAS NA REGIÃO SUL
DO ESTADO DO TOCANTINS EM AMBIENTES DE ALTO E BAIXO
NITROGÊNIO
RESUMO
Objetivou-se com este trabalho caracterizar linhagens S5 de milho na região sul de Tocantins
em ambientes de baixo e alto nitrogênio. O estudo foi conduzido no ano agrícola de 2006/07,
no Campus de Gurupi - TO, pertencente à Universidade Federal do Tocantins, UFT, em um
Latossolo Vermelho-Amarelo de textura arenosa, com irrigação complementar. Avaliou-se o
efeito de duas doses de N (baixo e alto) combinadas com nove linhagens (S5) de milho.
Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, com três repetições. Verifica-se que não
houve significância da interação linhagens x nitrogênio, nas características produção de grãos,
altura de plantas e altura de espiga. Pode-se constatar que as linhagens, que constituíram o
grupo estatístico de maior produtividade de grãos (L82 e L111) apresentaram altura de planta
(141 e 170 cm) intermediária, ou seja, o que é altamente desejável no sistema produtivo
moderno, pois diminuem os riscos principalmente de acamamento e quebramento de plantas.
O aumento na dose de N promoveu acréscimo na produtividade de grãos. As linhagens L111
e L82 são as mais produtivas independentemente da dose de nitrogênio.
PALAVRA-CHAVES: Zea mays L.; estresses abióticos; baixa altitude; correlações.
13
PERFORMANCE OF THE S5 LINES MAIZE GROWN IN THE SOUTH OF THE
STATE OF TOCANTINS ENVIRONMENTS IN HIGH AND LOW OF NITROGEN
ABSTRACT - The objective of this work characterize lines S5of corn in the south region of
Tocantins in environments of low and high nitrogen. The study was conducted in the crop
year 2006/07, on the campus of Gurupi - TO, belonging to the University of Tocantins, UFT,
in a Red-Yellow of sandy texture, with supplementary irrigation. It was analyzed the effect of
two doses of N (low and high) combined with nine lines (S5) of maize. It was used the
randomized block design with three replications. It appears that there was no significant
interaction of nitrogen x lines, in the characteristics grain yield, plant height and height of
spike. It can see that the lines, which were the group of largest statistical productivity of
grains (L82 and L111) appears height of intermediate (141 and 170 cm) plan, namely that it
is highly desirable in modern production system, therefore diminish the risks mainly from
lodging and breaking of plant. The increase in the dose of N promoted increase in grain
yield. The lines L111 and L82 are the most productive independently of the dose of nitrogen.
Key words: Zea mays L.; abiotic stresses; low altitude; correlations.
14
INTRODUÇÃO
O Brasil está entre os três maiores produtores de milho, no entanto não se destaca entre os
países com maior nível de produtividade, devido ao nível tecnológico dos produtores que
cultivam esse cereal. Outro aspecto que deve ser considerado é que no Brasil, grande parte da
produção de milho é realizada em áreas que apresentam algum tipo de estresse ambiental
(Machado et al., 2003).No Brasil, segundo a CONAB (2008) na safra 2008 em relação a safra
2007, houve um aumento 4,3% na Área plantada, de 13,8% na produção de grãos e de 9,2%
na produtividade que passou de 3655 kg ha
-1
para 3989 kg ha
-1
.Já no estado de Tocantins, no
mesmo período, a Área plantada aumentou 12,1%, a produção 20,7% e a Produtividade
decresceu 7,2% passando de 3278 kg ha
-1
para 3025 kg ha
-1
.O que mostra a necessidade do
desenvolvimento de genótipos mais adaptados ao estado, e conseqüentemente mais
produtivos.O desenvolvimento de genótipos (híbridos, cultivares e variedades) mais
produtivos e o aumento do nível tecnológico dos produtores fizeram com que em apenas 30
anos o Brasil aumentasse em 145,29% a sua produção e em apenas 11,81% a área cultivável
do país.
A importância desta cultura no Estado do Tocantins está relacionada ao aspecto
social, pois a maioria dos produtores não o tecnificados e não possuem grandes extensões
de terras, mas dependem dessa produção para viver (Embraba 2002). Segundo levantamentos
do Projeto Radam-Brasil, o Estado do Tocantins possui 60% de sua superfície de solos
agricultáveis e, aproximadamente, mais 25% de solos com possibilidade de serem utilizados
com adoções de tecnologias adequadas. Além disso, apresenta recursos hídricos em
abundância, condições climáticas favoráveis para a diversificação da produção agrícola,
localização geográfica estratégica e facilidade de acesso aos mercados internacionais, em
condições competitivas de custos, a partir do funcionamento da Hidrovia Araguaia-Tocantins
15
e seu complemento intermodal rodoferroviário até o porto de Ponta da Madeira, em São Luiz
do Maranhão (FAET, 2000).
O nitrogênio é um dos nutrientes cuja aplicação promove os maiores incrementos na
produção de grãos. Desta forma, assume importância no metabolismo, principalmente na
síntese de proteínas e na elevação do teor protéico. Entretanto, é um dos elementos que mais
onera o custo de produção da cultura e é considerado um dos maiores agentes poluidores do
ambiente nos sistemas agrícolas (Souza 1999).
Existem possíveis caminhos para aumentar a eficiência de uso do nitrogênio, um dos
mais simples é a diminuição nas doses de adubos para níveis que sejam produtivos e seguros
(Fernandes et al. 1998). A identificação de genótipos eficientes no uso de N tem sido um
objetivo tanto para a agricultura capitalizada, quanto para aquelas de baixos insumos. Outra
possibilidade é o melhoramento genético, que já está desenvolvendo genótipos de milho
produtivos em condições de estresse de N. Ceccarelli (1996) sugeriu que o desenvolvimento
de programas de melhoramento locais seria a solução viável no aumento da produção em
sistemas agrícolas com baixa utilização de insumos. Principalmente por gerar mais renda aos
agricultores devido ao menor custo de produção. Além de proporcionar menores impactos
ambientais e a possibilidade de plantio em diferentes condições de estresse.
Existe variabilidade genética entre linhagens sob baixas condições de N no solo, entre
cultivares tropicais e mesmo dentro de cultivares de polinização aberta. Com isso, propicia à
seleção de genótipos produtivos e eficientes no uso de nitrogênio (Balko & Russel 1980).
Allard & Bradshaw (1964), revelaram a importância de se estudar a interação genótipo
x ambiente, tendo a necessidade de se desenvolver e indicar cultivares específicas à cada
ambiente.
De acordo com Soares (2003) a máxima produtividade de grãos (9182 kg ha
-1
) foi
obtida mediante o uso de 240 kg ha
-1
de N sendo que essa dose foi considerada não
16
recomendada, em função do baixo incremento (9 %) em relação à aplicação de 120 kg de ha
-1
de N.
Entretanto em condições de cerrado seria importante avaliar a interação linhagens x
níveis de N, nas quais a variabilidade genética entre elas são maiores. O que possibilitaria a
identificação de linhagens mais eficientes no uso desse nutriente e sua utilização em futuros
programas de obtenção de híbridos ou variedades. Com isso, objetivou-se com este trabalho
caracterizar linhagens de milho na região sul do Tocantins em ambientes de baixo e alto
nitrogênio.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido no Campus de Gurupi, pertencente à Universidade
Federal do Tocantins UFT, situado a 11º43’45’’ de latitude sul, 49º04’07’’ de longitude oeste
com altitude de 287 m.
Foram utilizados nove linhagens de milho (L11, L111, L12, L127, L149, L38, L52, L8
e L82), obtidas através de sucessivas autofecundações, combinadas com as doses de 40 kg ha
-
1
de N (baixo N) e 100 kg ha
-1
de N (alto N). Cabe salientar que o nitrogênio foi aplicado no
sulco de semeadura (17,5 kg ha
-1
), sendo e o complemento específico de cada tratamento, em
cobertura 35 dias após a semeadura.
O solo onde foi conduzido o experimento é o Latossolo Vermelho-Amarelo de textura
arenosa. As principais características químicas desse solo foram: pH em Cacl
2
= 5,5; P = 1,2
mg dm
-3
; K = 80 mg dm
-3
; Ca
2+
= 2,2 cmolc dm
-3
; Mg
2+
= 1,0 cmolc dm
-3
; H+Al = 1,8 cmolc
dm
-3
; MO = 3,1 %. A adubação de plantio foi realizada com 350 kg ha
-1
de 5-25-15 (N-P-K).
Foram instalados dois experimentos com delineamento em blocos casualizados, com
três repetições, sendo um em alto N, e outro em baixo N, realizando-se uma análise de
17
variância individual em cada experimento, e posteriormente uma análise conjunta para ambos
experimentos. A semeadura foi realizada em novembro de 2006, logo após uma aração e duas
gradagens. Cada parcela foi constituída de uma fileira de 4,0 m, espaçadas de 1,00 m entre si
e de 0,2 m entre plantas, após a emergência das plantas, procedeu-se do desbaste, ajustando a
população ao estande final estimado de 55.000 plantas por hectare. Os tratos culturais foram
realizados sempre que necessários e de acordo com as recomendações técnicas para a cultura
do milho (Fancelli & Dourado Neto 2000).
As características avaliadas foram: produtividade de grãos (PROD - kg ha
-1
), corrigido
para 13% de umidade; altura da planta (AP - cm), medida no florescimento, da superfície do
solo à inserção da folha bandeira, em cinco plantas competitivas por parcela; altura de espiga
(AE - cm), medida após o florescimento, da superfície do solo à inserção da espiga superior
no colmo, nas mesmas cinco plantas avaliadas a altura da planta; comprimento de espigas (CE
- mm) e diâmetro de espiga (DE - mm).
Foi realizada à análise de variância, com desdobramento dos efeitos de tratamento e
aplicação do teste F ao nível de significância de 5% de probabilidade. Foi utilizado o teste de
agrupamento Scott-Knott, a 5% de probabilidade (Scott & Knott 1974). As análises
estatísticas foram realizadas com o auxilio do Programa GENES (Cruz 1997).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para as características produção de grãos, altura de plantas e altura de espiga
verifica-se que não houve significância da interação linhagens x nitrogênio, ou seja, linhagens
e níveis de nitrogênio foram independentes. Assim, estes fatores foram estudados
isoladamente. Nas características comprimento de espiga e diâmetro de espiga verificou-se
18
interação significativa (p<0,05), ou seja, os fatores são dependentes entre si, devendo então
ser realizado o desdobramento de cada fator dentro do outro (Tabela 1).
De acordo com Gomes (1990) e Scapim et al. (1995) os coeficientes de variação de
11,5 (AP); 11,8 (AE); 18,1 (CE) e 12,5 % (DE) são considerados adequados para a cultura do
milho.
Pode-se observar que o coeficiente de variação para a produtividade de grãos (27,8
%) foi o mais elevado, porém considerados adequados para a condição de estresse avaliada.
De acordo com Blum (1988), em ambiente de estresse, valores dessa natureza são aceitáveis.
Gama et al. (2002) encontraram coeficiente de variação de 27,5% para peso de espiga, sob
ambiente de estresse. Fidelis et al. (2007) obtiveram coeficientes de variação de 24,4% para a
variável produtividade de grãos sob ambiente de estresse.
Tabela 1. Resumo da análise de variância das características PROD (produtividade de
grãos - kg ha
-1
), AP (altura de plantas - cm), AE (altura de espiga - cm), CE
(comprimento de espiga - mm) e DE (diâmetro de espiga - mm), de linhagens de
milho sob duas doses de nitrogênio aplicadas no solo, cultivadas na região sul do
estado de Tocantins, na safra 06/07
F.V. GL
Quadrado Médio
PROD (kg ha
-1
) AP (cm) AE (cm) CE (mm) DE (mm)
Bloco/Ambiente
2 284000 175,40
8,68 550,38
3,72
Linhagem (L) 8 4626956** 1198,57** 921,31** 2330,41** 76,62**
Nitrogênio (N) 1 6530571** 3440,018** 1768,17** 929,18
ns
15,57
ns
L x N 8 246371
ns
254,76
ns
125,79
ns
876,6* 49,94*
Resíduo 34 244957 295,93 74,82 400,80 20,29
Média 1778 149 73 110 36
CV (%) 27,8 11,5 11,8 18,1 12,5
** e * Significativos a 1 e 5% Respectivamente e
ns
não significativo pelo teste F; CV (%): coeficiente de variação.
Na produtividade de grãos, verifica-se a formação de três grupos estatísticos pelo
teste de Scott-Knott, estando às linhagens L82 (2897 kg ha
-1
) e L111 (2843 kg ha
-1
) no grupo
que apresentou as maiores médias de produtividade de grãos (Tabela 2). As linhagens L8,
19
L52 e L 149 (1059, 686 e 453 kg ha
-1
, respectivamente) se encontram no grupo de menor
produtividade. Ainda com relação à produtividade de grãos, observam-se diferenças entre os
ambientes, sendo que o alto N propiciou maiores valores (2126 kg ha
-1
) quando comparado
com baixo N (1431 kg ha
-1
), (Tabela 2).
Na linhagem L82, em baixo e alto N, as produtividades médias foram 2387 e 3466
kg ha
-1
, respectivamente (Tabela 2). Indicando que linhagem superior com manejo adequado
do nitrogênio pode sobrepor-se a expectativa média de híbridos. Restando ainda a
possibilidade de estudar o comportamento fenotípico de linhagens superiores, dentro do
intervalo apresentado nesse estudo (40 e 100 kg ha
-1
de N).
Nota-se que todas as linhagens que obtiveram comportamento produtivo superior,
responderam significativamente ao incremento de nitrogênio. Ao mesmo tempo foi observado
que todas as linhagens com comportamento produtivo inferior não responderam ao
incremento de N pelo teste de agrupamento de Scott Knott (P<0,05), mostrando
comportamentos inversos. De modo semelhante ao comportamento das linhagens menos
produtivas e mais produtivas, as linhagens intermediárias demonstraram ora aumento na
produtividade ora não em relação ao incremento nas doses de N (Tabela 2).
No ambiente com maior dose de nitrogênio o intervalo de variação na produtividade
de grãos das linhagens foi de 741 kg a 3466 kg ha
-1
, enquanto que no ambiente com baixa
dose nitrogênio foi de 125 a 2387 kg ha
-1
. A média geral dos genótipos avaliados em alto N
foi de 2126 kg ha
-1
e em baixo N, de 1431 kg ha
-1
, constatando-se uma redução de
produtividade em baixo N de 36,7%. Em baixo nitrogênio mesmo com menor amplitude na
produtividade entre os genótipos verificaram-se diferenças significativas. Entretanto de
acordo com Machado et al. (2003) não era de se esperar, pois em condições de estresse de N
geralmente os genótipos não difere quanto à produtividade de grãos. Sendo possível a pratica
de seleção de linhagens nessas condições, onde as mesmas apresentam variabilidade genética
20
na adaptação ao ambiente de estresse de N. Esses resultados corroboram os obtidos por
Bänziger et al. (2002) que também verificaram diferenças de genótipos de milho em
diferentes doses de nitrogênio quanto a produtividade com redução de 40%.
Ainda que o resultado obtido na produtividade média de grãos das linhagens seja
abaixo do potencial para a cultura do milho, os valores encontrados estão próximos da média
nacional dos cultivares de 3396 kg ha
-1
(composta na maioria por híbridos de milho) de
acordo com Tsunechiro (2004). Aguiar et al. (2004) avaliando 10 linhagens de milho com 85
kg ha
-1
de N, obteve produtividade média de 1239 kg ha
-1
, sendo essa abaixo até mesmo da
média encontrada no presente trabalho em baixo N, mostrando assim, que além de adaptadas
as condições de estresse de N as linhagens possuem alto potencial produtivo. Essa
característica é de fundamental importância nas futuras sínteses de híbridos, visto que, quanto
maior a produtividade das linhagens menor será o custo de produção de sementes desses
híbridos.
21
Tabela 2. Média de produtividade de grãos, alturas de plantas e espigas de linhagens de milho cultivadas sob
duas doses de nitrogênio aplicadas no solo, na região sul do Estado de Tocantins na safra 06/07
LINHAGEM
PRODUTIVIDADE DE GRÃOS
(kg ha
-1
)
ALTURA DE PLANTA
(cm)
ALTURA DE ESPIGA
(cm)
BAIXO
ALTO
MÉDIA
BAIXO
ALTO
MÉDIA
BAIXO
ALTO
MÉDIA
L82
2387
3466 2897
a
138
156
147
a
60
66
63
c
L111
2328
3299
2843
a
143
170
157
a
69
93
81
b
L38
2024
2808
2207
b
148
149
148
a
72
75
73
b
L12
1755
2141
2082
b
152
171
162
a
86
93
89
a
L127
1606
2202
1979
b
133
162
147
a
64
81
73
b
L11
1316
2282
1799
b
152
161
157
a
73
77
75
b
L8
702
1415
1059
c
121
128
124
b
45
60
53
d
L52
631
741
686
c
152
187
169
a
77
103
90
a
L149
125
781
453
c
133
131
132
b
62
64
63
c
MÉDIA
1431
2126
1778
141
157
149
67
79
73
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas nas colunas e maiúsculas na linha pertencem ao mesmo grupo
estatístico, pelo teste Scott-Knott, a 5% de probabilidade.
22
Na altura de plantas verifica-se a formação de dois grupos estatísticos, estando às
linhagens L82, L52, L38, L127, L12, L111 e L11 no grupo que apresentou as maiores
médias com alturas acima de 147 cm (Tabela 2).
Ainda com relação à altura de plantas, observam-se diferenças entre os ambientes,
onde o de alto N propiciou maiores valores médios (157 cm) quando comparado com o de
baixo N (141 cm). Morello et al. (2002) avaliando variedades de milho sob baixa adubação
obteveram altura média de plantas de 186 cm, valor esse acima do encontrado no presente
trabalho. No entanto, alturas de plantas menores são esperadas em linhagens de milho,
visto que, a homozigose proporciona menor vigor híbrido nas linhagens.
Na altura de espiga verifica-se a formação de quatro grupos estatísticos, estando as
linhagens L52 e L12 com 90 e 89 cm, respectivamente, no grupo que apresentou as
maiores médias de (Tabela 2). A linhagem L8 pertence ao grupo estatístico de menor
média de altura de espiga (53 cm).
Ainda com relação a altura de espiga, observaram-se diferenças entre os ambientes,
o alto N propiciou maiores valores médios (79 cm) quando comparado com baixo N (67
cm). Esse valor ficou abaixo do encontrado por Morello et al. (2002) com baixa adubação
(105 cm), para híbridos de milho.Segundo Sawazaki et al (2002), cerca de 90% das
cultivares de milho (em sua maioria híbridos) existente no mercado apresentam altura
máxima da planta de 2,50 m e 83% possuem altura da espiga até 1,30 m.
Pode-se constatar que as linhagens, que constituiu o grupo estatístico de maior
produtividade de grãos (L82 e L111) apresentaram altura média de planta de 147 e 157 cm,
respectivamente, sendo essas intermediárias. O que é altamente desejável no sistema
produtivo moderno, pois diminuem os riscos principalmente de acamamento e
quebramento de plantas. O que fica demonstrado pelo baixo coeficiente de correlação entre
23
essas variáveis (0,17), com isso, os genótipos mais produtivos nem sempre são os de maior
porte.
No comprimento de espiga, em baixo nitrogênio, verifica-se superioridade
estatística das linhagens L52, L111, L38 e L82 (com 140, 130, 123, e 119, mm,
respectivamente). Em alto nitrogênio, verifica-se superioridade estatística das linhagens
L111, L82, L38 e L12 (147, 142, 132 e 120 mm, respectivamente). Observa-se que as
linhagens L111, L82 e L38 encontram-se sempre no grupo estatístico de maior
comprimento de espiga independentemente do ambiente, provavelmente, devido a suas
constituições genéticas (Tabela 3). Esses valores ficaram abaixo do encontrado por Viana
(2007) que foi de 168 mm, no entanto, na primeira geração de autofecundação essa
característica diminuiu em 9,82% em função da perda de vigor em virtude da endogamia.
Sendo assim, é de se esperar que nessas linhagens (S5) do presente trabalho obtenha
valores bem menores que as obtidas por híbridos por estar com mais de 97% de
homozigose.
Quando se compara esses resultados com produtividade de grãos, percebe-se que
das três linhagens, duas pertencem ao grupo mais produtivo (L111 e L82). O que pode ser
explicado pelo coeficiente de correlação entre produtividade e CE (0,86). Em alto N, nas
linhagens L11, L111, L12, L127, L149, L38 e L82 o ambiente não interferiu no
comprimento de espiga. Entretanto, em baixo e alto N, as linhagens L52 e L111 obtiveram
maiores comprimento de espiga, respectivamente. A correlação entre CE e PROD, em
baixo e alto N, variou de 0,41 a 0,86, respectivamente, demonstrando que em alto N é mais
confiável a utilização de comprimento de espiga como característica auxiliar na seleção de
linhagens mais produtivas.
24
A baixa correlação entre PROD e as características, CE, DE, AP e AE (0,41; 0,37;
0,29 e 0,28), em baixo N, pode explicar a baixa produtividade das linhagens
principalmente da L8 em ambiente de estresse de nitrogênio associando a essas
características baixo desempenho nesse ambiente.
No diâmetro de espiga, sob baixo nitrogênio, verifica-se superioridade estatística
das linhagens L52, L127, L111, L38 e, L82 (41,40, 38, 37 e 36 mm, respectivamente). Em
alto nitrogênio, verifica inferioridade estatística apenas para as linhagens L52 e L149, onde
as demais que estão acima de 35 mm de diâmetro de espiga se encontram no grupo
estatístico que apresentam maior diâmetro de espiga (Tabela 3). A média de diâmetro de
espigas (35 mm) foi abaixo do encontrado no trabalho de Viana (2007), no entanto, houve
decréscimo de 10,65% com relação à primeira (47 mm) e a segunda geração (42 mm) de
autofecundação de híbridos simples. Ficando claro que com o aumento da homozigose
diminui o vigor híbrido existente em plantas alógamas, porém as linhagens L111 e L38 sob
alto N, obtiveram 42 mm para o diâmetro de espiga.
Com exceção de AE e AP que teve correlação de 0,93 em baixo N, todas as outras
características das linhagens tiveram a correlação menor que r<0,7. Esse valor de
correlação ficou acima do encontrado por Silva et al. (2003) que obteve correlação de 0,83
entre essas características. Entre a produtividade e as características CE, DE, AP e AE em
baixo N a correlação foi muito pequena, o que sugere que nesse ambiente a seleção de
genótipos pode não ser eficiente se for feita com base nessas características. No baixo N
não existe de acordo com o coeficiente de correlação, relação de dependência entre as
características com a produtividade, o que denota que se a seleção de linhagens for feita em
ambientes de estresse de nitrogênio com relação a AP, AE, CE e DE não se pode garantir
genótipos mais produtivos (Tabela 4).
25
Tabela 3. Média de comprimento e diâmetro de espiga de linhagens de milho sob duas doses
de nitrogênio aplicadas no solo, cultivadas na região sul do Estado de Tocantins na
safra 06/07
LINHAGENS
COMPRIMENTO DE ESPIGA
(mm)
DIÂMETRO DE ESPIGA
(mm)
BAIXO ALTO MÉDIA BAIXO ALTO MÉDIA
L11
96 bA 110 bA 103 31 bA 38 aA 35
L111
130 aA 147 aA 138 38 aA 42 aA 40
L12
101 bA 120 aA 110 33 bA 39 aA 36
L127
96 bA 91 bA 94 40 aA 39 aA 39
L149
85 bA 81 bA 83 29 bA 28 bA 28
L38
123 aA 132 aA 127 37 aA 42 aA 39
L52
140 aA 97 bB 118 41 aA 29 bB 35
L8
67 bB 112 bA 89 34 bA 37 aA 35
L82
119 aA 142 aa 131 36 aA 35 aA 35
Média
106 A 114 A 110 35 A 36 A 36
Médias seguidas das mesmas letras minúscula na coluna e maiúscula na linha pertencem ao mesmo
grupo estatístico, pelo teste Scott-Knott, a 5% de probabilidade.
Tabela 4. Coeficiente de correlação entre as características PROD (produtividade de grãos -
kg ha
-1
), AP (altura de plantas - cm), AE (altura de espiga - cm), CE (comprimento
de espiga - mm) e DE (diâmetro de espiga - mm) das linhagens de milho sob duas
doses de nitrogênio aplicadas no solo, cultivadas na região sul do estado do
Tocantins na safra 06/07
Características PROD CE DE AP AE
PROD
1 0,41 0,37 0,29 0,28
CE
0,86 1 0,66 0,67 0,56
DE
0,72 0,64 1 0,16 0,16
AP
0,17 0,19 0,81 1 0,93
AE
-0,02 0,80 0,86 0,93 1
Valores acima da diagonal principal referem-se de a ambiente de alto N e abaixo de baixo N
.
No alto N existe relação de dependência entre a produtividade e CE e DE, pois a
correlação nessas características são 0,86 e 0,72, respectivamente. Além disso, existe alta
correlação entre CE e AE (0,80), DE e AP (0,81), DE e AE (0,86) e AP e AE (0,93), nesses
casos, de acordo com as correlações, selecionar genótipos mais produtivos, utilizando as
outras características como parâmetros auxiliares na seleção.
26
CONCLUSÕES
1. O aumento da dose de N promoveu incrementos nos valores na produtividade, alturas
de plantas e espigas, para as linhagens de milho estudadas em Gurupi - TO.
2. As linhagens L82 e L111 independentemente do ambiente são as mais produtivas.
3. Existem diferenças entre as linhagens estudadas, quanto à adaptação aos ambientes
de baixo N.
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30
CAPITULO II
DESEMPENHO DE HÍBRIDOS DE MILHO CULTIVADOS NA REGIÃO SUL DO
ESTADO DE TOCANTINS EM AMBIENTES DE ALTO E BAIXO NITROGÊNIO.
RESUMO - Objetivou-se com este trabalho verificar o desempenho de híbridos de milho
na região sul do Estado de Tocantins em ambientes de baixo e alto nitrogênio. O estudo foi
conduzido no ano agrícola de 2006/07, no Campus de Gurupi - TO, pertencente à
Universidade Federal do Tocantins, UFT, em um Latossolo Vermelho-Amarelo de textura
arenosa. Avaliou-se o efeito de duas doses de N (baixo e alto) combinadas com 27 híbridos
simples experimentais de milho provenientes de linhagens S4 e um híbrido simples
comercial como testemunha (BRS1030). Utilizou-se o delineamento em blocos
casualizados, com três repetições. Das características estudadas apenas o diâmetro de
espiga, no fator N foi significativo a 5% de pelo teste F (p < 0,05), sendo que o restante
(produtividade de grãos, altura de plantas e espigas, comprimento e diâmetro de
espigas),obtiveram significância a 1% (p<0,01), pelo teste F. Na produtividade de grãos, no
baixo N, verifica-se superioridade dos híbridos H111x127; H111x8; H111x82; H11x111;
H127x11; H127x149; H127x38; H127x8; H12x11; H12x111; H12x127; H149x11;
H38x52; H38x8; H82x127; H8x11; H8x52; HS (BRS1030) com valores superiores a 4317
kg ha
-1
e no alto N, foram H111x8; H127x11; H127x149; H127x8; H12x111; H12x127;
H149x11; H149x111; H149x38; H38x111 e H8x52; com produtividade superior a 5826 kg
ha
-1
.
Palavra-Chaves: Zea mays L.; estresses abióticos; baixa altitude; correlações.
31
PERFORMANCE OF THE HYBRID CORN GROWN IN THE SOUTH OF THE
STATE OF TOCANTINS ENVIRONMENTS IN HIGH AND LOW OF NITROGEN.
ABSTRACT The objective of this work is to verify the performance of hybrids corn in
the southern state of Tocantins in environments of low and high nitrogen. The study was
conducted in the crop year 2006/07, on the campus of Gurupi - TO, belonging to the
University of Tocantins, UFT, in a Red-Yellow of sandy texture. It was analyzed the effect
of two doses of N (low and high) combined with 27 hybrid simple experimental provided
strains of maize from S4 and a hybrid simple commercial as a comparison (BRS1030). It
was used the randomized block design with three replications of. The characteristics
studied only the diameter of ear, the factor N was significant at 5% of the test F (p <0.05),
while the rest (of grain yield, plant and ear, height length and diameter of ears) , had
significance at 1% (p <0.01), the test F. In the seed yield in the low-N, there is superiority
of hybrids H111x127; H111x8; H111x82; H11x111; H127x11; H127x149; H127x38;
H127x8; H12x11; H12x111; H12x127; H149x11; H38x52; H38x8; H82x127; H8x11;
H8x52; HS (BRS1030) with values greater than 4317 kg ha-1 and N on top, were H111x8;
H127x11; H127x149; H127x8; H12x111; H12x127; H149x11; H149x111; H149x38;
H38x111 and H8x52; productivity with more than 5826 kg ha
-1.
Key words: Zea mays L.; abiotic stresses; low altitude; correlations
32
INTRODUÇÃO
Além de ocupar área cultivada considerável no território brasileiro, gerando
empregos no setor agrícola, o milho é importante pela sua utilização direta na alimentação
humana e de animais, bem como na indústria para a produção de cola, amido, óleo, álcool,
flocos alimentícios, bebidas e de muitos outros produtos importantes em nosso cotidiano.
A importância do milho na produção animal pode ser verificada pelo emprego de
80% de todo o milho produzido no país ser consumido na forma de alimentação animal. Por
ser um dos cereais de maior importância econômica no mundo, o milho é uma das espécies
vegetais mais estudadas (Souza & Braga, 2004). Constantemente programas de
melhoramento estão buscando novos procedimentos para a obtenção de híbridos e
variedades mais produtivas e economicamente rentáveis e muitos esforços vêm sendo
realizados para entender sobre a sua origem e evolução.
No Brasil, segundo a CONAB (2008), na safra 2008 em relação a safra 2007,
houve um aumento 4,3% na Área plantada, de 13,8% na produção de grãos e de 9,2% na
produtividade que passou de 3655 kg ha
-1
para 3989 kg ha
-1
.Já no estado de Tocantins, no
mesmo período, a Área plantada aumentou 12,1%, a produção 20,7% e a Produtividade
decresceu 7,2% passando de 3278 kg ha
-1
para 3025 kg ha
-1
.O que mostra a necessidade
do desenvolvimento de genótipos mais adaptados ao estado, e conseqüentemente mais
produtivos.O desenvolvimento de genótipos (híbridos, cultivares e variedades) mais
produtivos e o aumento do nível tecnológico dos produtores fizeram com que em apenas
30 anos o Brasil aumentasse em 145,29% a sua produção e em apenas 11,81% a área
cultivável do país.
O nitrogênio (N) é um dos nutrientes que mais limitam a produção de cereais no
Brasil, onerando o custo de produção e com maior risco de poluição ambiental, se aplicado
33
em doses excessivas. A baixa eficiência dos fertilizantes nitrogenados em condições
tropicais tem sido atribuída ao grande potencial de perdas, em razão, principalmente, da
lixiviação, desnitrificação e volatização da amônia (NH
3
) (Gamboa et al., 1971). Assim, a
principal alternativa seria a busca de cultivares mais eficientes em sua utilização.
Cultivares adaptadas a ambientes com baixo nível de nitrogênio podem representar
uma alternativa ecologicamente sustentável e economicamente viável para a produção do
milho em sistemas agrícolas com baixa utilização de insumos. Pois assumindo-se que são
necessários 20 kg ha
-1
de N para cada tonelada de grão produzida, que parte do N poderá
ser fornecido pelo sistema solo-planta, recomenda-se aplicar de 100 a 120 kg ha
-1
de N para
se obter produtividade de 7 a 8 t ha
-1
de grãos (Resende et al., 1989). Assim, o
melhoramento genético é geralmente conduzido com a aplicação de quantidades elevadas
de N (Kamprath et al., 1982). O uso de elevados níveis desse nutriente durante o
desenvolvimento dos híbridos pode levar à seleção de genótipos que apresentem consumo
de luxo de N ou necessitem de elevadas doses deste nutriente para expressarem seu máximo
potencial produtivo (Carlone & Russel,1988).
A eficiência do uso do nitrogênio vai contribuir para aumentar ou manter alta a
produtividade com menor quantidade de nitrogênio, contribuindo para a redução do custo
de produção e para a preservação ambiental. O nitrogênio é um macronutriente
fundamental para a produtividade das plantas. Ao contribuir para produzir mais na mesma
área, a seleção de híbridos produtivos reduz o impacto ambiental da atividade agrícola.
O germoplasma selecionado em condições edafoclimáticas favoráveis não se
mostra adequado para uso em condições de estresse mineral (Ceccarelli, 1996). Isso
porque, em geral, os alelos que controlam a produção em condições de estresses abióticos
são diferentes daqueles para condições ótimas (Atlin & Frey, 1989; Souza, 2003).
34
A identificação de genótipos que possuem capacidade de absorver e utilizar o
nitrogênio de forma eficiente é uma forma de aumentar a eficiência de uso do adubo
nitrogenado na cultura do milho, incrementar a produção, minimizar as perdas e reduzir a
contaminação do meio ambiente. As variedades locais, por terem sido cultivadas por
pequenos agricultores em áreas e situações de estresses de baixo nitrogênio, por vários
ciclos de seleção, podem apresentar características favoráveis para eficiência no uso de N
(Machado et al., 2003). Portanto cabe ao melhorista, além de buscar materiais genéticos
que respondam ao incremento de nutrientes, também identificar e selecione aqueles que
resistam ao estresse mineral, especificamente o nitrogênio, com produção de grãos em
níveis adequados.
Assim sendo, objetivou-se com este trabalho verificar o desempenho de vinte e
oito híbridos de milho em ambientes de alto e baixo nitrogênio, cultivados na região sul do
Estado de Tocantins.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido no Campus de Gurupi, pertencente a Universidade
Federal do Tocantins-UFT a 11º43’45’’ de latitude sul, 49º04’07’’ de longitude oeste e
altitude de 287 m. O solo onde foi conduzido o experimento é o Latossolo Vermelho-
Amarelo de textura arenosa distrófico. As principais características químicas desse solo
foram: pH em Cacl
2
= 5,5; P = 1,2 mg dm
-3
; K = 80 mg dm
-3
; Ca
2+
= 2,2 cmolc dm
-3
; Mg
2+
= 1,0 cmolc dm
-3
; H+Al = 1,8 cmolc dm
-3
; MO = 3,1 %. A correção da acidez do solo e dos
demais nutrientes foram realizados de acordo com a 5
a
aproximação de adubação do Estado
de Minas Gerais (Alves et al., 1999).
35
Foram instalados dois experimentos com delineamento em blocos casualizados,
com três repetições, sendo um em alto N e outro em baixo N, realizando-se uma análise de
variância individual em cada experimento, e posteriormente uma análise conjunta para
ambos experimentos. A parcela foi constituída de uma fileira de 4,0 m, espaçadas de 1,0 m
entre si e de 0,2 m entre plantas, objetivando-se um estande final estimado em 50.000
plantas por hectare. Foi realizada semeadura manual após o preparo do solo tipo
convencional com uma aração e duas gradagens, sendo esta, feita logo após a última
gradagem. A adubação de plantio foi realizada com 350 kg ha
-1
de 5-25-15 (N-P-K), no
sulco de plantio.
Foram utilizados vinte e sete híbridos experimentais de milho obtidos através de
cruzamentos entre linhagens S4 e um híbrido simples como testemunha (BRS1030),
combinados com as doses de 40 kg ha
-1
de N (baixo N) e 100 kg ha
-1
de N (alto N). Esses
híbridos são oriundos do Programa de Melhoramento de Milho da UFT e identificados
através de sua origem genética. É importante informar que nem todo o nitrogênio aplicado
torna-se disponível para a planta e, por isso, mesmo a dose elevada foi considerada como
estresse.
O plantio foi realizado em novembro de 2006 e os híbridos avaliados foram
H111x127; H111x8; H111x82; H11x111; H127x11; H127x149; H127x38; H127x8;
H12x11; H12x111; H12x127; H12x38; H12x8; H149x11; H149x111; H149x38; H149x51;
H149x82; H38x11; H38x111; H38x52; H38x8; H51x52; H82x127; H8x11; H8x52; H8x82;
HS (BRS1030)
Após a emergência das plantas, procedeu-se do desbaste, ajustando a população,
conforme o desejado e dentro da faixa recomendada para a produção máxima da cultura. Os
36
tratos culturais foram realizados sempre que necessários e de acordo com as recomendações
técnicas na cultura do milho (Fancelli & Dourado Neto, 2000).
As características avaliadas foram: produtividade de grãos PROD (kg ha
-1
),
corrigido para 13% de umidade; altura da planta AP (cm), medida no florescimento, da
superfície do solo à inserção da folha bandeira, em cinco plantas competitivas por parcela;
altura de espiga AE (cm), medida após o florescimento, da superfície do solo à inserção da
espiga superior no colmo, nas mesmas cinco plantas avaliadas a altura da planta;
comprimento de espigas CE (mm) e diâmetro de espiga DE (mm).
Foi realizada à análise de variância, com desdobramento dos efeitos de tratamento
e aplicação do teste F ao nível de significância de 1% e 5% de probabilidade. Foi utilizado
o teste de agrupamento Scott-Knott, a 5% de probabilidade (Scott & Knott, 1974). As
análises estatísticas foram realizadas com o auxilio do Programa SISVAR (Ferreira, 2003)
e GENES (Cruz, 1997).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados da análise de variância para as características produtividade de
grãos, altura de plantas, altura de espiga, comprimento de espiga e diâmetro de espiga de
híbridos de milho cultivados em duas doses de nitrogênio aplicadas no solo, apresentam-se
na Tabela 1, a precisão experimental, medida através dos coeficientes de variação, que
foram de 13,9; 5,5; 10,7; 7,7 e 14,1 % respectivamente, encontram-se dentro dos limites
aceitáveis para as características avaliadas nesta cultura conforme sugeridos por Gomes,
(1990) e Scapim et al., (1995).
37
Nas fontes de variação híbridos e níveis de nitrogênio, obteve-se significância,
pelo teste F, em todas as características avaliadas.
Verifica-se que não houve significância da interação híbridos x nitrogênio, para as
características altura de plantas, altura de espiga e diâmetro de espiga, ou seja, híbridos e
níveis de nitrogênio foram independentes. para as características produtividade de grãos
e comprimento de espiga verificou-se interação significativa (p< 0,05), de acordo com a
tabela 1.
Brito (1995), avaliando híbridos de milho, sendo um tardio, um precoce e outro
superprecoce, em diferentes níveis de N (0, 50, 100, 150 kg/ha), verificou que as cultivares
diferiram-se quanto à produção, mas não houve efeito significativo para doses de N e
interação cultivares x níveis de N, porem os resultados obtidos em Gurupi-TO resultaram
em uma interação significativa para as características produtividade de grãos e
comprimento de espiga onde verificou-se interação significativa (p< 0,05) pelo teste F.
Tabela 1. Tabela 1. Resumo da análise de variância das características PROD
(produtividade de grãos - kg ha
-1
), AP (altura de plantas - cm), AE (altura
de espiga - cm), CE (comprimento de espiga - mm) e DE (diâmetro de
espiga - mm), de híbridos de milho sob duas doses de nitrogênio aplicadas
no solo, cultivadas na região sul do estado do Tocantins, na safra 06/07
F.V. GL
Quadrado Médio
PROD (kg ha
-
) AP (cm) AE (cm) CE (mm) DE (mm)
BLOCO/AMBIENTE
2 407857.25 746.73 910.11 101.48 65.22
HIBRÍDOS (H)
27 3056535
**
1074.87
**
931.35
**
599.61
**
147.95
**
NITROGÊNIO (N)
1 46502610
**
9152.38
**
5214.85
**
7817.35
**
182.29
*
H X N
27 1123279
**
110.88
ns
115.01
ns
356.97
**
66.22
ns
RESÍDUO
110 479811.54
103.56
111.91
149.79
46.09
Media
4975.04 182.69 98,55 158.57 48.04
CV (%)
13.92 5.57 10.73 7.72 14.13
** e * Significativos a 1 e 5% pelo teste F; CV (%): coeficiente de variação.
ns
– não significativo pelo teste F
38
Na produtividade de grãos, no ambiente de baixo nitrogênio, verifica-se
superioridade dos híbridos H111x127; H111x8; H111x82; H11x111; H127x11; H127x149;
H127x38; H127x8; H12x11; H12x111; H12x127; H149x11; H38x52; H38x8; H82x127;
H8x11; H8x52 e HS (BRS1030) com valores superiores a 4317 kg ha
-1
. Estes resultados
contrariam os obtidos por Broch et al., (1999),que sugeriram que para uma expectativa de
produção de 4.800 kg.ha
-1
de milho, necessita-se de 120 kg.ha
-1
de N.
.
No grupo de menor produtividade estão os híbridos H51x52 e H149x11 com 2527
e 2615 kg ha
-1
,
respectivamente. Neste trabalho verifica-se que no ambiente de baixo
nitrogênio os bridos H111x127; H127x11; H127x149; H127x8; H12x11 e H8x52,apesar
de não diferirem estatisticamente, apresentam médias de produtividades mais elevadas que
o Hibrido Simples BRS1030 (5031 kg ha
-1
), (Tabela 2).
Nota-se, com relação à produtividade, que a linhagem 127 esta presente em sete
dos dezessete híbridos superiores no ambiente de baixo N o que sugere alta capacidade
geral de combinação desta linhagem, além da sua presença nos cruzamentos proporcionar
alta heterose. Estando a linhagem 127 presente em apenas um dos onze cruzamentos
inferiores em produtividade para o mesmo ambiente, o que também é reforçado pela sua
participação em quatro dos seis híbridos que obtiveram produtividade maior que a
testemunha (Hibrido Simples BRS1030).
No ambiente de alto N, verifica-se superioridade dos híbridos H111x8; H127x11;
H127x149; H127x8; H12x111; H12x127; H149x11; H149x111; H149x38; H38x111 e
H8x52; com produtividade superior a 5826 kg ha
-1
. Já no grupo estatístico de menor
produtividade ainda no ambiente de alto N encontra-se apenas o genótipo H51 x 52 com
produtividade de 2270 kg ha
-1
.
39
Tabela 2. Média de produtividade de grãos, altura de plantas e altura de espiga de híbridos de milho em duas doses de
nitrogênio aplicadas no solo, cultivadas na região sul do estado de Tocantins na safra 06/07
HÍBRIDOS
PRODUTIVIDADE DE GRÃOS (kg ha
-1
) ALTURA DE PLANTA (cm) ALTURA DE ESPIGA (cm)
BAIXO ALTO MÉDIA BAIXO ALTO MÉDIA BAIXO ALTO DIA
H8x52 5756
aA 6809
aA 6282 192 200 196
a 101 104 102
c
H127x11 5809
aA 6364
aA 6086 191 204 198
a 95 108 101
c
H127x8 5405
aA 6072
aA 5738 167 183 175
b 86 90 88
d
H12x111 5487
aA 5885
aA 5686 191 212 201
a 106 117 111
b
H127x149 5045
aA 6060
aA 5552 162 189 175
b 77 93 85
d
H12x127 4826
aB 6154
aA 5490 185 210 197
a 113 133 123
a
H111x8 4674
aB 6072
aA 5373 169 170 170
c 87 93 90
d
H111x127 5160
aA 5546
bA 5353 175 184 179
b 92 97 95
c
H149x38 4036
bB 6575
aA 5306 171 190 180
b 88 106 97
c
HS (BRS1030) 5031
aA 5557
bA 5294 160 177 169
c 85 95 90
d
H149x111 4399
aB 5826
aA 5113 171 181 176
b 83 92 88
d
H11x111 4609
aA 5616
bA 5112 185 198 192
a 92 106 99
c
H82x127 4984
aA 5101
bA 5042 173 180 177
b 93 102 98
c
H38x8 4399
aB 5674
bA 5036 162 182 172
b 91 96 93
c
H111x82 4703
aA 5019
bA 4861 153 163 158
d 75 78 77
e
H8x11 4972
aA 4738
bA 4855 178 197 188
a 92 99 95
c
H127x38 4668
aA 4984
bA 4826 170 168 169
c 89 91 90
d
H38x111 3467
bB 6178
aA 4822 166 191 178
b 86 106 96
c
H149x82 4071
bB 5557
bA 4814 159 184 172
b 76 103 89
d
H38x52 4317
aA 5276
bA 4797 195 216 205
a 109 128 119
a
H149x51 4118
bB 5382
bA 4750 198 215 206
a 109 111 110
b
H12x11 4598
aA 4668
bA 4633 183 187 185
b 112 103 107
b
H38x11 3638
bB 5475
bA 4557 173 190 181
b 82 103 92
c
H8x82 3954
bA 4984
bA 4469 147 169 158
c 67 85 76
e
H12x38 3908
bA 4984
bA 4446 196 195 196
a 119 120 119
a
H149x11 2615
cB 6049
aA 4332 161 189 175
b 91 102 96
c
H12x8 3387
bB 5148
bA 4267 178 182 180
b 93 105 99
c
H51x52 2527
cA 2270
cA 2398 188 206 197
a 106 138 122
a
Média
4448
5501
A 175
B 190
A
92
B 104
A
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas nas colunas e maiúsculas na linha pertencem ao mesmo grupo estatístico, pelo teste Scott-Knott, a
5% de probabilidade.
40
Analisando cada híbrido nos dois ambientes, percebe-se que para a maioria
(H111x127; H111x82; H11x111; H127x11; H127x149; H127x38; H127x8; H12x11;
H12x111; H12x38; H38x52; H51x52; H82x127; H8x11; H8x52; H8x82; HS), o ambiente
não interferiu na produtividade, corroborando com Souza (2003), que não obtive resposta
na produtividade ao incremento de N aplicando-se de 0 a 120 kg ha
-1
de N em cobertura.
Entretanto, nos híbridos H111x8; H12x127; H12x8; H149x11; H149x111;
H149x38; H149x51; H149x82; H38x11; H38x111; H38x8 o ambiente de alto nitrogênio
propiciou maior valor na produtividade.
Nota-se que embora apenas 11 híbridos responderam significativamente ao
aumento de nitrogênio em produtividade, o genitor 149, em 83% dos híbridos em que
participou resultou em aumento significativo na produtividade de grãos com a adição de
nitrogênio, mostrando responder bem ao incremento de adubação nitrogenada. Comparando
o desempenho de 14 materiais de milho em três níveis de N (0, 60, 120), Duarte (2003)
verificou que 12 deles responderam linearmente à adubação nitrogenada, o que mostra que
ha uma tendência de aumento de produtividade com o aumento de nitrogênio, assim como
ocorreu com os 11 híbridos nesse trabalho.
A adubação nitrogenada contribui positivamente na produtividade de grãos e na
altura de plantas na cultura do milho (Ulger et al., 1987; Büll, 1993). Nessa pesquisa o
incremento de 60 kg ha
-1
de nitrogênio promoveu um aumento de 1053 kg ha
-1
, o que
comprova que este efeito, além de significativo, implicou em um incremento de 23,7% na
produtividade de grãos.
No Brasil, alguns trabalhos foram conduzidos para avaliar a resposta diferencial
de cultivares ao N, em um desses trabalhos, um híbrido tardio (AG-28) e um híbrido
precoce (DK-35-40) foram comparados em diferentes níveis de semeadura e doses de N
41
(20, 90, 160, 230, kg/ha
-1
) por Medeiros e Silva (1975). Ambas as cultivares aumentaram a
produtividade com o aumento nas doses de N.
Gallon (1996) avaliou o efeito de doses de N e potássio em duas cultivares de
milho. Os dois híbridos (XL-380 e XL-604) responderam de forma similar à adubação
nitrogenada. Não se verificou ganho expressivo em produtividade nos dois bridos para
doses superiores a 60 kg/ha de N.
A maior produtividade foi obtida com o híbrido H8x52, que produziu 6809 kg/ha,
em alto N, valor esse próximo ao encontrado por Cardoso et al. (1998), que verificaram que
a produção máxima obtida testando 5 doses de N (0, 80, 120, 160 e 200 kg.ha) sendo 1/3 na
semeadura, e o restante por volta dos 40 dias após a emergência das plantas foi de 5713
kg.ha com a dose de 107 kg.ha.
Para o comprimento de espiga, no ambiente de baixo nitrogênio, verifica-se
superioridade estatística dos híbridos: H111x8; H11x111; H127x11; H127x149; H127x38;
H12x111; H12x127; H149x111; H149x38; H149x51; H149x82; H38x52; H38x8; H51x52;
H8x11; H8x52 e HS com valores superiores 151 mm. Destes 86 % tiveram maiores
valores, apesar não diferirem estatisticamente ao híbrido simples (BRS1030). No grupo
com menor comprimento de espiga estão os híbridos H111x127 H111x82; H127x8;
H12x11; H12x38; H12x8; H149x11; H38x11; H38x111; H38x8; H82x127 e H8x82 com
comprimentos de espiga menores que 148 mm (H12x38).
Ainda em relação ao comprimento de espiga no ambiente de alto N, verifica-se
superioridade dos híbridos H111x8; H11x111; H127x11; H127x149; H12x111; H12x127;
H149x11; H149x111; H149x38; H149x51; H149x82; H38x11; H38x111; H38x52; H51x52
e H8x82 com comprimento de espiga superior a 165 mm (H51x52). Corroborando Afférri
42
et al., (2008) que utilizando dois híbridos de milho (AGN2012 e BRS2020), obtiveram em
Alvorada (TO), média de comprimento de espiga de 155 mm.
No grupo estatístico de menor comprimento de espiga ainda no ambiente de alto N
encontram-se os híbridos H111x127; H111x82; H127x38; H127x8; H12x11; H12x38;
H12x8; H38x8; H82x127; H8x11; H8x52 e HS-BRS1030 com comprimento de espiga
inferior a 163 mm. Doses elevadas de N resultou para os híbridos H149x11; H149x82;
H38x11; H38x111 e H38x52 em acréscimo no valor de comprimento de espiga.
Corroborando com Bull (1993) que cita que além de ser constituinte de diversas moléculas
de proteína, e outras, o nitrogênio apresenta importante função como integrante de
moléculas de clorofila. De acordo com o autor, o aumento de produtividade na cultura de
milho proporcionado pelo nitrogênio pode ser atribuído aos efeitos positivos sobre o
crescimento radicular e sobre o aumento do comprimento da espiga.
O comprimento de espiga é uma das variáveis que pode interferir diretamente no
número de grãos por fileira e, consequentemente, na produtividade da cultura do milho.
Segundo Fancelli (1997), o comprimento de espiga na cultura do milho é definido
principalmente, no momento em que as plantas apresentam 12 folhas plenamente
expandidas (estádio 3). Sendo assim, qualquer adversidade que aconteça nessa fase, como
falta ou excesso de nutriente pode resultar em redução no comprimento da espiga e, como
consequência, provocar queda na produtividade. Porém neste trabalho o comprimento de
espiga obteve baixa correlação com a produtividade (0,23), quando em baixo vel de
nitrogênio, mas essa correlação elevou-se no ambiente de alto nitrogênio (0,35) (Tabela 4).
Na altura de planta, verifica-se a formação de quatro grupos estatísticos pelo teste
de Scott-Knott, estando no grupo que apresentou as maiores médias de altura de planta os
híbridos H11x111; H127x11; H12x111; H12x127; H12x38; H149x51; H38x52; H51x52;
43
H8x11 e H8x52, com alturas médias superiores a 188 cm (Tabela 2). O híbrido que se
encontra no grupo com menor altura é o H111x82 com média de altura de 158 cm.
Ainda com relação a altura de planta, observam-se diferenças entre os ambientes,
sendo o alto N propiciou maiores valores para o caráter (190 cm) quando comparado com o
ambientes onde se empregou a menor dose de adubação nitrogenada (175 cm). Paschoalick
(1998) observou que o aumento de doses de nitrogênio promoveu aumento na altura de
inserção de espiga. Pereira-Filho (1977) avaliando a altura de espigas de plantas produzidas
com níveis de nitrogênio observou um efeito linear da adubação nitrogenada na altura de
espigas
Ao avaliar o desempenho agronômico de híbridos de milho, Santos et al., (2002)
verificaram alta relação entre a altura da planta e a altura de inserção da espiga, sendo que
também estas duas características se correlacionaram com a produtividade. Desse modo,
quanto maior a altura da planta, maior a produtividade final de grãos.
Sawazaki & Paterniani (2004), estudando as cultivares modernas de milho,
mostraram uma tendência na redução da altura da planta e da altura da espiga. Segundo
esses mesmos autores, cerca de 90% das cultivares de milho existente no mercado
apresentam altura máxima da planta 2,50 m e 83% possuem altura da espiga até 1,30 m. O
porte baixo da planta e da espiga facilita a colheita manual dos grãos, além de evitar o
acamamento e quebramento das plantas de milho.
Quanto ao diâmetro da espiga o teste de Scott-Knott verificou a formação de três
grupos estatísticos, estando no grupo que apresentou as maiores médias os genótipos
H111x127; H111x8; H111x82; H127x11; H127x149; H127x8; H12x127; H82x127 e
H8x82, com diâmetros médios superiores entre 53 mm (H111x82) e 60 mm (H8x82)
(Tabela 3) Nesta característica, não foram observadas diferenças entre os ambientes de alto
44
N e ambiente de estresse de N. Afférri et al (2008) em trabalho em condições parecidas
encontraram com 80 kg de N. ha
-1
diâmetro de espiga médio de 45 mm, próximo a média
encontrada no presente trabalho, que foi de 49 mm.
45
Tabela 3. Média do comprimento de espiga e do diâmetro de espiga de híbridos de milho cultivados em
duas doses de nitrogênio aplicadas no solo, cultivadas na região sul do estado de Tocantins
na safra 06/07
HÍBRIDOS
COMPRIMENTO DE ESPIGA (mm) DIÂMETRO DE ESPIGA (mm)
BAIXO ALTO MÉDIA BAIXO ALTO MÉDIA
H111x127 141
bA 159
bA 150 52 53 53
a
H111x8 158
aA 165
aA 161 51 51 51
a
H111x82 126
bA 146
bA 136 49 51 50
a
H11x111 167
aA 179
aA 173 47 49 48
b
H127x11 164
aA 168
aA 166 53 53 53
a
H127x149 152
aA 165
aA 159 50 52 51
a
H127x38 162
aA 149
bA 155 47 46 47
b
H127x8 142
bA 153
bA 147 55 54 54
a
H12x11 148
bA 157
bA 152 39 47 43
c
H12x111 157
aA 169
aA 163 48 49 48
b
H12x127 161
aA 167
aA 164 51 53 52
a
H12x38 141
bA 157
bA 149 43 47 45
b
H12x8 145
bA 152
bA 148 46 48 47
b
H149x11 123
bB 191
aA 157 29 46 37
c
H149x111 165
aA 175
aA 170 45 48 47
b
H149x38 161
aA 178
aA 169 46 50 48
b
H149x51 168
aA 180
aA 174 42 47 44
b
H149x82 151
aB 182
aA 167 43 49 46
b
H38x11 144
bB 170
aA 157 43 47 45
b
H38x111 135
bB 180
aA 158 40 49 44
c
H38x52 162
aB 183
aA 173 39 45 42
c
H38x8
147
bA
156
bA
151
44
46
45
b
H51x52 169
aA 165
aA 167 37 37 37
c
H82x127 137
bA 142
bA 139 53 54 54
a
H8x11 155
aA 147
bA 151 48 49 48
b
H8x52 160
aA 170
aA 165 46 48 47
b
H8x82 143
bA 155
bA 149 73 47 60
a
HS 157
aA 163
bA 160 47 48 48
b
Média
151
B 165
A 47
A 49
A
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas nas colunas e maiúsculas na linha pertencem ao
mesmo grupo estatístico, pelo teste Scott-Knott, a 5% de probabilidade.
Existem trabalhos que mostram a resposta positiva da cultura do milho à
adubação nitrogenada. De acordo com Cantarella (1992), foram constatadas respostas
significativas em 70 a 80% dos ensaios conduzidos para se verificar a eficiência desse
nutriente. Balko e Russel (1980) mostraram que mesmo cultivares de milho
geneticamente aparentadas podem mostrar respostas diferenciais à adubação
nitrogenada.
Tabela 4. Coeficiente de correlação entre as características PROD (produtividade de grãos -
kg ha
-1
), AP (altura de plantas - cm), AE (altura de espiga - cm), CE
(comprimento de espiga - mm) e DE (diâmetro de espiga - mm) dos híbridos de
milho sob duas doses de nitrogênio aplicadas no solo, cultivadas na região sul do
estado do Tocantins na safra 06/07
Características PROD CE DE AP AE
PROD 1 0,228 0,494 0,144 0,026
CE 0,353 1 -0,0001 0,541 0,323
DE 0,64 -0,238 1 -0,319 -0,437
AP 0,0072 0,493 -0,224 1 0,871
AE -0,279 0,323 -0,393 0,829 1
Valores acima da diagonal principal referem-se de a ambiente de alto N e abaixo de baixo N
.
CONCLUSÕES
1. O aumento na doses de N em cobertura promove acréscimo na produtividade de
grãos, altura de plantas, altura de espiga e comprimento de espiga.
2. A média de produtividade dos híbridos avaliados em baixo N é superior a 4400
ha
-1
de N e em alto N é superior a 5500 ha
-1
de N.
3. Os cinco primeiros híbridos em média em produtividade (H8x52, H127x11,
H127x8, H12x111 e H127x149), também não tiveram queda de produtividade
em baixo N.
47
4. Existem diferenças entre os híbridos avaliados, quanto à adaptação ao ambiente de
baixo N.
LITERATURA CITADA
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