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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO TECNOLÓGICO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
LEILA VERÔNICA DA ROCHA GOMES
ESTUDO DE MÉTODOS DE ENSAIO E COMPORTAMENTO
FÍSICO E MECÂNICO DE ARGAMASSAS PARA
REJUNTAMENTO
Vitória
2008
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LEILA VERÔNICA DA ROCHA GOMES
ESTUDO DE MÉTODOS DE ENSAIO E COMPORTAMENTO
FÍSICO E MECÂNICO DE ARGAMASSAS PARA
REJUNTAMENTO
Dissertação submetida ao programa de Pós-
Graduação em Engenharia Civil da Universidade
Federal do Espírito Santo como requisito parcial
para a obtenção do grau de Mestre em
Engenharia Civil – Materiais.
Área de Concentração: Construção Civil
Orientador: Prof. Dr. Fernando Avancini Tristão
Vitória
2008
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo
Rocha-Gomes, Leila Verônica da
Estudo de métodos de ensaio e comportamento físico e mecânico
de argamassas para rejuntamento /, Leila Verônica da Rocha
Gomes – 2008.
Orientador: Prof. Dr. Fernando Avancini Tristão
Co-Orientadora: Prof
a
Dr
a
Eliana Zandonade
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Espírito, Centro
Tecnológico.
1. Argamassa para rejuntamento. 2. Rejunte. 3. métodos de ensaio
4. Sistema de revestimento cerâmico. 5. Revestimento cerâmico.
ESTUDO DE MÉTODOS DE ENSAIO E COMPORTAMENTO
FÍSICO E MECÂNICO DE ARGAMASSAS PARA
REJUNTAMENTO
Leila Verônica da Rocha Gomes
Dissertação submetida ao programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da
Universidade Federal do Espírito Santo como requisito parcial para a obtenção do
grau de Mestre em Engenharia Civil – Materiais.
Aprovado em 30 de setembro de 2008 por:
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_____________________________________________
Prof. Dr. Fernando Avancini Tristão
Universidade Federal do Espírito Santo - UFES
Orientador
Profª.Drª. Eliana Zandonade
Universidade Federal do Espírito Santo - UFES
Co-Orientadora
Prof. Dr.Ing. João Luiz Calmon Nogueira da Gama
Universidade Federal do Espírito Santo - UFES
Examinador interno
Dr. Eduardo Quinteiro
Centro Cerâmico Brasileiro - CCB
Examinador externo
Prof. Dr.Ing. Marcel Olivier Ferre
ira de Oliveira
Universidade Federal do Espírito Santo - UFES
Examinador interno
A meus pais, Avides Cassiano da Rocha (In memorian)
e Maria Celestrina da Rocha, pelo exemplo de amor,
simplicidade, caráter e sabedoria.
Ao meu esposo Carlos e aos meus filhos Murilo e Mila
pelo apoio, compreensão e aconchego, que me
fortaleceram para caminhar até aqui.
AGRADECIMENTOS
A Deus, fonte de tudo o que sou e tenho, pelo dom da vida e da sabedoria. Sua luz
iluminou o meu caminho, dando-me coragem para prosseguir e força para vencer
cada obstáculo.
Ao professor e orientador Fernando Avancini Tristão e à professora e Co-orientadora
Eliana Zandonade que com muita competência, carinho e atenção souberam trilhar
os caminhos para que eu chegasse até aqui.
Aos professores componentes da Banca de Qualificação Marcel Oliver F. Oliveira e
Maristela Gomes da Silva que contribuíram com observações importantes para o
enriquecimento da pesquisa.
Aos professores do mestrado, Cristina Engel de Alvarez, João L. Calmon, Fernando
Lordeiro, Marcel O. F. de Oliveira, Luiz Herkenhoff, Walnório G. Ferreira e Maria Inês
Faé pelos ensinamentos, orientações e colaboração.
Ao senhor Luiz Gonzaga Machado, proprietário da empresa Argalit, e ao seu filho e
Diretor Executivo Rafael Cássaro Machado pela receptividade, apoio financeiro e
valorização da pesquisa científica.
Aos funcionários da empresa Argalit: Elizabete, Alessandro, Ludmila e Jairo pelo
empréstimo de equipamentos e colaboração com informações técnicas.
Aos colegas do Mestrado Edna Guns, Aninha, Marcus, Ricardo, Renato e Márcia
Bissoli. Em especial agradeço à Alessandra Savassini, Emanuela Altoé, Edna Nico e
Maria Aparecida N. Campos que compartilharam os momentos difíceis e as alegrias.
Aos colegas de laboratório Marcelo Meneguelli, Marcela Giacometti, José Carlos
Borba e Bianca Calderon pelo companheirismo e troca de experiências.
Aos funcionários do laboratório de materiais de construção da UFES (LEMAC)
Marcio, Roger, Loriato, José Augusto, Tião, Jorge, Xuxa, Esdras, Sônia e Denise.
Em especial agradeço ao funcionário Carlos Izoton que contribuiu de forma
significativa com sua rica experiência em ensaios laboratoriais.
A secretária do mestrado Andréia Breciani pela dedicação e colaboração em todos
os procedimentos a ela solicitados.
À instituição CEFETES, representada pelo diretor geral Jadir José Pella, por ter
concedido liberação, em tempo integral, para a realização desta pesquisa.
Aos colegas professores da coordenadoria de Construção Civil do CEFETES, em
especial aos professores Rosemary F. Soares e Luiz Carlos Bona que me apoiaram
de forma incondicional.
Ao professor Ronaldo Feu Rosa Pacheco pela preocupação e ajuda com
importantes dicas e informações técnicas.
Aos professores da Coordenadoria de Mecânica do CEFETES Eraldo J. dos Santos,
Rogério B. Matias e Marco A. Stulzer pela execução de equipamentos e fôrmas para
a realização de alguns ensaios.
Aos professores do CEFETES, membros do CPPD, Mariluza Sartori Deorce, Levi
Ribeiro de Oliveira e Irineu Storch pelo opoio à minha liberação em tempo integral.
A professora e diretora da Biblioteca do CEFETES, Norma Pignaton, pelo
colaboração na busca por informações referentes a citações em trabalhos
acadêmicos não contempladas nas normas técnicas.
Ao professor Vanderley Moacyr Jonh pela gentileza em responder os e-mails e
fornecer as informações a ele solicitadas.
A Fundação CEFETES, representada pelo professor José A. Pilon, pelo apoio
financeiro para a apresentação de artigo em congresso internacional.
Ao meu esposo Carlos pelo companheirismo e incentivo ao meu compromisso com
os estudos.
Aos meus filhos queridos Murilo e Mila pelo amor, compreensão e aceitação da
minha ausência.
A minha e, que com sua ternura e presea em minha casa, me deu
tranqüilidade para estudar e me dedicar à pesquisa experimental.
Aos meus familiares que souberam entender a minha ausência e me incentivaram,
especialmente às minhas irmãs Gislene e Nilda e aos meus sobrinhos Katiúscia e
Pablo.
A minha sogra e toda a sua família que torceram e oraram por mim.
Aos familiares do meu esposo que também me apoiaram e incentivaram
especialmente, à Cláudia Rossoni Gomes, que contribuiu com informações práticas
valiosas.
A minha amiga e vizinha Silvana por ter me aliviado das obrigações com os horários
escolares da minha filha nos dias de realização dos ensaios.
À Fernanda Ribeiro, Jefferson e Doris que como anjos, surgiram no meu caminho e
colaboraram em situações de grandes dificuldades.
Aos funcionários da EMIC, Roger e Antônio pelas orientações técnicas e
programação dos ensaios de tração e compressão.
Às empresas Argalit, Massafix e Penedo por permitirem visita técnica às respectivas
fábricas, para acompanhamento da produção de argamassa para rejuntamento.
À Marília Rangel, superintendente do SINDICON-ES pela atenção e informações
que auxiliaram na seleção das empresas construtoras para pesquisa estatística.
À professora Orenícia Alves Corrêa, pela revisão do texto, e à secretária Aingrid
Fabiane de Souza, pela formatação final do trabalho com dedicação, competência e
profissionalismo.
“Se alguém deseja uma vasta ciência, ela [a
sabedoria] sabe o passado e conjetura o
futuro; conhece as sutilezas oratórias e
resolve os enigmas; prevê os sinais e os
prodígios, e o que tem que acontecer no
decurso das idades e dos tempos”.
(Sabedoria 8, 8)
RESUMO
As argamassas para rejuntamento (A.R.) m sido causa de constantes manifestações
patogicas no sistema de revestimento cerâmico tais como infiltrão de água devido à
alta taxa de permeabilidade e aparecimento de fissuras, devido à baixa capacidade de
deformão. O fato de recentemente ter sido publicada uma norma da ABNT NBR
14992/2003 referente a todos de ensaio e especificações das argamassas para
rejuntamento e com algumas lacunas, tem dado margem a uma produção de rejuntes que
o atendem aos requisitos de desempenho tais como resiliência, aderência, auncia de
trincas, durabilidade da cor, dentre outras. O objetivo desta pesquisa foi estudar as
propriedades físicas e mecânicas das argamassas para rejuntamento à base de
cimento Portland, com ênfase na capacidade de deformação. No desenvolvimento do
trabalho foram visitadas três instrias produtoras de argamassa para rejuntamento, para
acompanhamento e conhecimento de todas as fases do processo de prodão; realização
de estudo piloto, para avaliar o nível de dificuldade dos experimentos; realizão de
ensaios laboratoriais de caracterizão, de dulo de elasticidade e de deformação em
argamassas de ts marcas distintas (M1, M2 e M3) comercializadas no mercado local. De
acordo com a alise dos resultados concluiu-se que: as ts marcas testadas são as mais
citadas pelas construtoras pesquisadas; o processo de fabricão de A.R. não gera
resíduos que possam comprometer o meio ambiente, quando controlados; a marca M2
apresentou melhor resultado na maioria dos testes realizados; o houve diferea
estatística entre as resisncias calculadas com as dimensões dos CPs recomendadas pela
norma e as suas dimenes reais;o houve interferência do lado do CP escolhido para a
leitura da velocidade de propagão da onda ultra-sônica, no valor do módulo dimico;
o houve correlação estatística entre os módulos estáticos e dinâmicos nas ts marcas
estudadas; o estudo piloto, como metodologia de trabalho, foi fundamental para o
planejamento dos ensaios definitivos; as dificuldades para a realizão dos ensaios
ocorrem por falhas na descrão e detalhamento nos procedimentos da norma e por
necessidade de confecção e fôrmas; a norma NBR 14992/03 necessita de revisão por
apresentar falhas quanto a procedimentos de ensaio, erros de digitão e desenho com
medida incompleta.
Palavras-Chave: Argamassa para rejuntamento, rejunte, métodos de ensaio, sistema
de revestimento cerâmico, revestimento cerâmico.
ABSTRACT
Grouts have been the cause of constant pathological manifestations in the ceramic
tiling system, such as water percolation due to its high permeability rate, and
cracking due to its low deformation ability. Only recently, an ABNT NBR 14992/2003
standard referring to test methods and specification of ceramics tile grouts has been
published. However, the delay and the still existing gaps in this publication have
resulted in grouts that do not meet the performance requirements, such as resilience,
adherence, inexistence of cracks and color durability, among others. This study
aimed at analyzing the physical and mechanical properties of Portland cement-based
grouts, emphasizing the deformation ability. During the study development, three
grout industries were visited in order to follow and get to know all the stages of the
production process; to carry out a pilot study; to assess the difficulty level of the
experiments; and to perform laboratorial characterization, elasticity modulus and
deformation at break tests on three different brands of grout (M1, M2 and M3)
available in the market today. The analysis of results led to the following conclusions: the
three brands are the ones construction companies mention the most; when properly
controlled, the grout (A.R.) production process does not generate environmentally harmful
residues; brand M2 showed the best result in most tests it underwent; there was no
statistical difference between the strengths calculated with the test specimens (TS)
dimensions recommended by the standard and their real dimensions; the TS side chosen to
read the propagation speed of ultrasonic waves did not interfere in the dynamic module
value; there was no statistical correlation between static and dynamic modules in the three
brands studied; the pilot study as a methodology was fundamental to plan definitive tests;
the difficulties in performing the tests were due to the standard’s failures to describe and
detail the procedures and due to the need of making formworks; the NBR 14992/03
standard needs revising because of its poor presentation of test procedures, typing
mistakes and drawings with incomplete measures.
Key-words: grouts, grouting, test methods, ceramic tiling system, ceramic tiles.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1– Revestimento cerâmico aderido ........................................................................................... 34
Figura 2 – Sistema de revestimento cerâmico...................................................................................... 34
Figura 3 – Argamassa para rejuntamento............................................................................................. 35
Figura 4 – Processo construtivo (Modelo do pentágono) ..................................................................... 39
Figura 5- Diagrama tensão- deformação para um material frágil. ........................................................ 62
Figura 6 – Luminária haste flexível. ...................................................................................................... 63
Figura 7 – Microfone haste flexível. ...................................................................................................... 63
Figura 8 – PUNDIT – Portable Ultrasinic Non-destructive Digital Indicating Tester ............................. 67
Figura 9 – Determinação do módulo de elasticidade dinâmico utilizando o PUNDIT .......................... 67
Figura 10 – Equipamento para a determinação da resiliência em espumas flexíveis.......................... 71
Figura 12 – Fluxograma de ensaios realizados nas marcas 1, 2 e 3. .................................................. 80
Figura 13 Corpos- de- prova das três marcas para a realização dos 10 (dez) primeiros ensaios
descritos na tabela 2. ............................................................................................................................ 82
Figura 14 – Corpos-de-prova das três marcas para a realização do ensaio de deformação transversal,
último ensaio descrito na tabela 2......................................................................................................... 82
Figura 15 (a) e (b) – Preparação das fôrmas para a moldagem dos 40 (quarenta) corpos-de-prova do
estudo piloto. O mesmo procedimento foi adotado para a moldagem dos 52 (cinqüenta e dois) corpos-
de-prova dos ensaios definitivos........................................................................................................... 87
Figura 16 (a) e (b) - Preparação dos oito corpos-de-prova para realização do estudo piloto. O mesmo
procedimento foi adotado para os oito corpos-de-prova do ensaio definitivo de deformação
transversal. ............................................................................................................................................ 87
Figura 17 Ferramentas de trabalho utilizadas no procedimento de moldagem dos corpos-de-prova.
............................................................................................................................................................... 88
Figura 18 (a), (b) e (c) Preenchimento das fôrmas utilizando saco de couro sintético e bicos de
confeiteiro.............................................................................................................................................. 88
Figura 19 – Acabamento final dos corpos-de-prova utilizando espátula de inox. ................................ 89
Figura 20 molde inferior vasado com quatro repartições de 45 mm x 280 mm x 5 mm parafusado
sobre base acrílica (350 mm x 325 mm x 12 mm). ............................................................................... 89
Figura 21 – molde superior com reentrância de 45 mm x 300 mm x 3 mm.......................................... 89
Figura 22 (a) e (b) – Adaptação de peças de alumínio maciça, revestidas com plástico adesivo, para a
redução das dimensões internas das fôrmas existentes, para a moldagem dos CPs dos ensaios de
permeabilidade aos 240 min e tração na flexão da NBR 14992/03...................................................... 91
Figura 23 (a), (b) e (c) – Preparo da mistura. ....................................................................................... 98
Figura 24 (a) e (b) – Ensaio de Retenção de água............................................................................... 99
Figura 25 – Ensaio de variação dimensional ........................................................................................ 99
Figura 26 – Ensaio de resistência à compressão ............................................................................... 100
Figura 27 – Ensaio de resistência à tração na flexão ......................................................................... 100
Figura 28 – Flexural strenght and deformation ................................................................................... 101
Figura 29 – compressive strenght....................................................................................................... 101
Figura 30 (a), (b) - Determination of transverse deformation.............................................................. 102
Figura 31 (a), (b) – Ensaio de Absorção de água por capilaridade .................................................... 102
Figura 32 – Ensaio de permeabilidade ............................................................................................... 103
Figura 33 – Ensaio de módulo de elasticidade dinâmico.................................................................... 103
Figura 34 (a), (b) – Ensaio de módulo de elasticidade estático.......................................................... 104
Figura 35 (a), (b) – Ensaio de índice de vazios. ................................................................................. 104
Figura 36 – Escolha dos pigmentos.................................................................................................... 108
Figura 37 – Pesagem dos componentes ............................................................................................ 108
Figura 38 – Mistura dos componentes................................................................................................ 108
Figura 39 – Embalagem do produto final ............................................................................................ 108
Figura 40 – Fardos de 30 kg para comercialização............................................................................ 108
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Principais produtores mundiais e prodão brasileira de revestimento cerâmico ............. 41
Gráfico 2 - Venda de Revestimento Cerâmico no Mercado Interno ..................................................... 41
Gráfico 3 - Correlação entre resistência à tração na flexão (medidas da norma) e resistência (medidas
reais), NBR 14992/2003, das marca 1, 2 e 3...................................................................................... 118
Gráfico 4 - Correlação entre resistência à compressão (medidas da norma) e resistência (medidas
reais), NBR 14992/2003, das marca 1, 2 e 3...................................................................................... 121
Gráfico 5 - Correlação entre resistência à compressão (medidas da norma) e resistência (medidas
reais), DIN EN 12808/2002, das marca 1, 2 e 3. ................................................................................ 121
Gráfico 6 Correlação entre os módulos de elasticidade estático e as resistências dos 12 corpos-de-
prova da marca 1, obtidos no ensaio de determinação do módulo corda, NBR 8522/2003. ............. 128
Gráfico 7 - Correlação entre os dulos de elasticidade estático e as resistências dos 12 corpos-de-
prova da marca 2, obtidos no ensaio de determinação do módulo corda, NBR 8522/2003. ............. 129
Gráfico 8 - Correlação entre o módulo de elasticidade estático e a resistência dos 12 corpos-de-prova
da marca 3, obtidos no ensaio de determinação do módulo corda, NBR 8522/2003. ....................... 130
Gráfico 9 - Correlação entre resistência à compressão (medidas da norma) e resistência (medidas
reais) obtidas no ensaio de módulo de elasticidade estático, NBR 8522/2003, das marcas 1, 2 e 3.131
Gráfico 10 – Correlação entre os módulos de elasticidade dinâmico calculados a partir de leituras nos
lados 1 e 2, nos doze (12) corpos-de-prova da marca 1. ................................................................... 134
Gráfico 11 - Correlação entre os módulos de elasticidade dinâmico calculados a partir de leituras nos
lados 1 e 2, nos doze (12) corpos-de-prova da marca 2. ................................................................... 135
Gráfico 12 - Correlação entre os módulos de elasticidade dinâmico calculados a partir de leituras nos
lados 1 e 2 nos doze (12) corpos-de-prova da marca 3. .................................................................... 135
Gráfico 13 - Correlação entre os módulos de elasticidade dinâmico e as resistência efetivas, obtidas
na ruptura dos 12 corpos-de-prova, durante o ensaio de módulo de elasticidade estático da NBR
8522/2003 realizados nas marcas 1. .................................................................................................. 136
Gráfico 14 - Correlação entre os módulos de elasticidade dinâmico e as resistência efetivas, obtidas
na ruptura dos 12 corpos-de-prova, durante o ensaio de módulo de elasticidade estático da NBR
8522/2003 realizados nas marcas 2. .................................................................................................. 137
Gráfico 15- Correlação entre os módulos de elasticidade dinâmico e as resistência efetivas, obtidas
na ruptura dos 12 corpos-de-prova, durante o ensaio de módulo de elasticidade estático da NBR
8522/2003 realizados nas marcas 3. .................................................................................................. 137
Gráfico 16 - Correlação entre resistência à tração na flexão (medidas da norma) e resistência
(medidas reais), DIN EN 12808/2002, das marca 1, 2 e 3. ................................................................ 141
Gráfico 17 - Correlação entre resistência (medidas da norma) e resistência (medidas reais)
determinadas no ensaio de deformação transversal da norma alemã DIN EN 12808/2002 das marca
1, 2 e 3................................................................................................................................................. 146
Gráfico 18 Correlação entre o módulo de elasticidade estático e módulo de elasticidade dimico
com medidas no lado 1, em 12 (doze) corpos-de-prova da marca 1. ................................................ 148
Gráfico 19 Correlação entre o módulo de elasticidade estático e módulo de elasticidade dimico
com medidas no lado 2 em 12 (doze) corpos-de-prova da marca 1. ................................................. 148
Gráfico 20 - Correlação entre o dulo de elasticidade estático e dulo de elasticidade dimico
com medidas no lado 1 em 12 (doze) corpos-de-prova da marca 2. ................................................. 149
Gráfico 21 - Correlação entre o dulo de elasticidade estático e dulo de elasticidade dimico
com medidas no lado 2 em 12 (doze) corpos-de-prova da marca 2. ................................................. 149
Gráfico 22 - Correlação entre o dulo de elasticidade estático e dulo de elasticidade dimico
com medidas no lado 1 em 12 (doze) corpos-de-prova da marca 3. ................................................. 150
Gráfico 23 - Correlação entre o dulo de elasticidade estático e dulo de elasticidade dimico
com medidas no lado 2 em 12 (doze) corpos-de-prova da marca 3. ................................................. 150
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Principais resultado de estudos experimentais em argamassa para rejuntamento, por
diferentes pesquisadores: ..................................................................................................................... 56
Tabela 2 - Número de corpo-de-prova por ensaio e por marca............................................................ 81
Tabela 3-Cálculo do volume e peso de argamassa para rejuntamento por marca e volume e peso
totais. ..................................................................................................................................................... 84
Tabela 4 – Propriedades avaliadas nos ensaios do estudo piloto e número de CPs por ensaio......... 86
Tabela 5 – Ensaios definitivos para a caracterização das argamassas para rejuntamento................. 93
Tabela 6 Ensaios definitivos para medida da deformação para o cálculo do módulo de deformação
das argamassas para rejuntamento...................................................................................................... 94
Tabela 7 – Ensaios definitivos para cálculo do módulo de elasticidade estático e dinâmico nas
argamassas para rejuntamento............................................................................................................. 95
Tabela 8 – Requisitos mínimos da norma brasileira NBR 14992/2003 e resultados dos ensaios
realizados nas marca 1, 2 e 3. ............................................................................................................ 113
Tabela 9 Resultados dos ensaios de retenção de água aos 10 minutos da norma NBR 14992/2003
realizados nas marcas 1, 2 e 3. .......................................................................................................... 114
Tabela 10 – Resultados dos ensaios de variação dimensional aos 7 dias da NBR 14992/2003
realizados nas marcas 1, 2 e 3. .......................................................................................................... 115
Tabela 11 – Comparação entre as médias da variação dimensional das marcas 1, 2 e 3. ............... 115
Tabela 12 Resultados dos cálculos da resistência à tração na flexão aos 7 dias, considerando os
valores de altura e largura dos corpos-de-prova, recomendados pela norma NBR 14992/2003, e os
valores reais medidos nos corpos-de-prova, realizados nas marcas 1, 2 e 3................................... 117
Tabela 13 - Comparação entre as médias da resistência à tração na flexão (medidas da norma) das
marcas 1, 2 e 3.................................................................................................................................... 117
Tabela 14 - Comparação entre as médias da resistência à tração na flexão (medidas reais) das
marcas 1, 2 e 3.................................................................................................................................... 118
Tabela 15 Resultados da correlação entre resistência (medidas da norma) e resistência (medidas
reais) das marca 1, 2 e 3..................................................................................................................... 118
Tabela 16 - Comparação entre as médias da resistência à compressão (medidas da norma) das
marcas 1, 2 e 3.................................................................................................................................... 119
Tabela 17 - Comparação entre as médias da resistência à compressão (medidas reais) das marcas 1,
2 e 3..................................................................................................................................................... 120
Tabela 18 Resultados da correlação entre resistência à compressão (medidas da norma) e
resistência à compressão (medidas reais) das marca 1, 2 e 3........................................................... 120
Tabela 19 - Resultados dos ensaios de resistência à compressão aos 14 dias, NBR 14992/2003, e
aos 28 dias DIN EN 12808/2002 realizados nas marcas 1, 2 e 3, considerando as medidas reais dos
corpos-de-prova. ................................................................................................................................. 122
Tabela 20 Resultados dos ensaios de absorção de água por capilaridade aos 28 dias da norma
NBR 14992/2003 realizados nas marcas 1, 2 e 3............................................................................... 123
Tabela 21 - Comparação entre as médias da absorção de água por capilaridade das marcas 1, 2 e 3.
............................................................................................................................................................. 123
Tabela 22 Resultados dos ensaios de permeabilidade aos 28 dias da norma NBR 14992/2003
realizados nas marcas 1, 2 e 3. .......................................................................................................... 124
Tabela 23 – Comparação entre as médias da permeabilidade das marcas 1, 2 e 3. ........................ 124
Tabela 24 Resultados dos ensaios de índice de vazio da norma NBR 9778/2005 realizados nas
marcas 1, 2 e 3.................................................................................................................................... 125
Tabela 25 – Comparação entre as médias do índice de vazios das marcas 1, 2 e 3. ....................... 125
Tabela 26 Resultados dos ensaios de módulo de elasticidade estático da norma NBR 8522/2003
realizados nas marcas 1, 2 e 3. .......................................................................................................... 127
Tabela 27 - Comparação entre as médias do módulo de elasticidade estático das marcas 1,
2 e 3..................................................................................................................................................... 127
Tabela 28 Correlação entre a resistência e o módulo estático obtidos no ensaio de módulo
elasticidade estático da NBR 8522/2003 realizado nas marcas 1, 2 e 3............................................ 128
Tabela 29 - Resultados da correlação entre resistência à compressão (medidas da norma) e
resistência à compressão (medidas reais), obtidas no ensaio de módulo de elasticidade estático, NBR
8522/2003, das marca 1, 2 e 3............................................................................................................ 130
Tabela 30 - Resultados da resistência à compressão, aos 14 dias, obtida no ensaio de módulo de
elasticidade estático, NBR 8522/2003, realizados nas marcas 1, 2 e 3, considerando os valores reais
dos corpos-de-prova. .......................................................................................................................... 131
Tabela 31 - Comparação entre as médias da resistência à compressão (medidas reais) no ensaio de
módulo de elasticidade estático, NBR 8522/2003, das marcas 1, 2 e 3. ........................................... 132
Tabela 32 Nível de interferência dos valores de velocidade de propagação das ondas ultra-sônica
obtidos nos lados 1 e 2 do corpo-de-prova no cálculo do módulo de elasticidade dinâmico das marcas
1, 2 e 3................................................................................................................................................. 133
Tabela 33 - Comparação entre as médias do módulo de elasticidade dinâmico das marcas 1, 2 e 3.
............................................................................................................................................................. 134
Tabela 34 - Correlação entre a resistência e o módulo dinâmico obtidos no ensaio de módulo
elasticidade dinâmico das normas ASTM C 597-0 / DIN EN 12504-4, nas marcas 1, 2 e 3.............. 136
Tabela 35 - Valores da flecha máxima e do módulo de deformação obtidos no ensaio de tração na
flexão da norma NBR 14992/2003 realizados nas marcas 1, 2 e 3................................................... 138
Tabela 36 - Comparação entre as médias da deformação xima na ruptura obtidas nos ensaios de
tração na flexão da norma NBR 14992/2003 realizados nas marcas 1, 2 e 3. .................................. 139
Tabela 37 - Comparação entre as médias dos módulos de deformação calculados por meio da flecha
máxima obtida no ensaio de tração na flexão da norma NBR 14992/2003 realizados nas marcas 1, 2
e 3........................................................................................................................................................ 139
Tabela 38 - Resultados do ensaio de resistência à tração na flexão, aos 28 dias, da norma alemã DIN
EN 12808/2002, realizados nas marcas 1, 2 e 3, considerando os valores reais dos corpos-de-prova.
............................................................................................................................................................. 140
Tabela 39 - Resultados da correlação entre resistência à tração na flexão (medidas da norma) e
resistência à tração na flexão (medidas reais), ensaio da norma alemã DIN EN 12808/2002 das
marca 1, 2 e 3...................................................................................................................................... 140
Tabela 40 - Comparação entre as médias da resistência à tração na flexão (medidas reais), DIN EN
12808/2002, das marcas 1, 2 e 3........................................................................................................ 141
Tabela 41 - Valores da flecha máxima e do módulo de deformação obtidos no ensaio de tração na
flexão da norma DIN EN 12808/2002 para as marcas 1, 2 e 3. ......................................................... 142
Tabela 42 - Comparação entre as médias da deformação xima na ruptura obtidas nos ensaios de
tração na flexão da norma DIN EN 12808/2008 realizados nas marcas 1, 2 e 3,.............................. 142
Tabela 43 - Comparação entre as médias do módulo de deformação calculados por meio da flecha
máxima obtida no ensaio de tração na flexão da norma DIN EN 12808/2002 realizados nas marcas 1,
2 e 3..................................................................................................................................................... 142
Tabela 44 - Valores da espessura média real de cada corpo-de-prova utilizada no cálculo do módulo
de deformação na ruptura para as marcas 1, 2 e 3 durante o ensaio de deformação transversal, DIN
EN 12002/2003.................................................................................................................................... 143
Tabela 45 - Valores da flecha máxima e do módulo de deformação obtidos no ensaio de deformação
transversal da norma DIN EN 12002/2003, para as marcas 1, 2 e 3. ................................................ 144
Tabela 46 - Comparação entre as médias da deformação xima na ruptura obtidas nos ensaios de
deformação transversal da norma DIN EN 12002/2003, realizados nas marcas 1, 2 e 3.................. 144
Tabela 47 - Comparação entre as médias do módulo de deformação calculados por meio da flecha
máxima, obtida no ensaio de deformação transversal da norma DIN EN 12002/2003, realizados nas
marcas 1, 2 e 3.................................................................................................................................... 145
Tabela 48 - Comparação entre as médias da resistência (medidas da norma), calculadas no ensaio
de deformação transversal da norma alemã DIN EN 12002/2003, das marcas 1, 2 e 3. .................. 145
Tabela 49 - Comparação entre as médias da resistência (medidas reais), calculadas no ensaio de
deformação transversal da norma alemã DIN EN 12002/2003, das marcas 1, 2 e 3. ....................... 145
Tabela 50 - Resultados da correlação entre resistência (medidas da norma) e resistência (medidas
reais) obtidas no ensaio de deformação transversal da norma alemã DIN EN 12002/2003, das marca
1, 2 e 3................................................................................................................................................. 146
Tabela 51 Resultados da correlação entre o módulo de elasticidade estático e módulo de
elasticidade dinâmico com medidas nos lados 1 e 2 em 12 (doze) corpos-de-prova das marcas 1, 2 e
3........................................................................................................................................................... 147
Tabela 52 - Classificação dos resultados de comparação entre marcas de todos os ensaios
realizados. ........................................................................................................................................... 153
Tabela 53 - Produção anual estimada de argamassa para rejuntamento no Estado do Espírito Santo.
............................................................................................................................................................. 173
Tabela 54 - Percentual de venda de argamassa para rejuntamento no estado do Espírito Santo e em
outros estados..................................................................................................................................... 173
Tabela 55 - Consumo anual estimado de carga e de cimento Portland na produção de rejunte no
Estado do Espírito Santo..................................................................................................................... 173
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Valores mínimos e máximos do nível de desempenho das placas cerâmicas que podem
influenciar o comportamento da argamassa para rejuntamento........................................................... 44
Quadro 2 - Requisitos básicos para as camadas do sistema de revestimento cerâmico apresentados
por Junginger (2003)............................................................................................................................. 45
Quadro 3 Características dos tipos de argamassa para rejuntamento industrializadas
comercializadas no Brasil...................................................................................................................... 47
Quadro 4 – Seleção de material para rejuntamento. ............................................................................ 48
Quadro 5 – Classificação das argamassas para rejuntamento. ........................................................... 49
Quadro 6 – Comparação entre o Projeto de norma 18.406.05.001 e a Norma NBR 149922003........ 50
Quadro 7 Resultados obtidos após a aplicação de agentes de limpeza em argamassas de
rejuntamento.......................................................................................................................................... 57
Quadro 8 - Lista das normas americanas referentes às argamassas para rejuntamento.................... 59
Quadro 9 - Lista das normas européias referentes às argamassas para rejuntamento....................... 60
Quadro 10 - Classificação dos movimentos dos elementos construtivos quanto à sua natureza e
reversibilidade. ...................................................................................................................................... 73
Quadro 11 - Apresentação das variáveis do estudo, o método de ensaio para a sua obtenção e as
unidades de medida.............................................................................................................................. 83
Quadro 12 – Relação dos equipamentos utilizados para a realização de cada ensaio da pesquisa. 104
LISTA DE SIGLAS E ABREVEATURAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas.
ANFACER Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica.
ANSI American National Standards Institute.
ASCER Asociacíon Española de Fabricantes de Azulujos,
Pavimentos y Baldosas Cerâmicas.
ASTM American Society for Testing and Materials.
CEN European committee Standardization.
DIN Deutsches Institutr Normung.
ISO International Organization Standardization.
SINDICON Sindicato da Construção Civil.
CESAN Companhia Espírito Santense de Saneamento.
SRC Sistema de revestimento cerâmico.
A.R. Argamassa para rejuntamento.
CP Corpo-de-prova.
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE SIGLAS e ABREVEATURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 29
1.1 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO E IMPORTÂNCIA DO TEMA................. 29
1.2 OBJETIVOS................................................................................................... 30
1.2.1 Objetivo geral ......................................................................................... 30
1.2.2 Objetivos Específicos............................................................................. 30
1.3 LIMITAÇÕES DO ESTUDO.......................................................................... 31
1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ............................................................... 32
2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................ 34
2.1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 34
2.2 COMPOSIÇÃO DO SISTEMA DE REVESTIMENTO CERÂMICO (SRC) . 38
2.3 ARGAMASSA PARA REJUNTAMENTO ..................................................... 46
2.4 NORMA BRASILEIRA SOBRE ARGAMASSA PARA REJUNTAMENTO
NBR 14992/2003. ..................................................................................................... 48
2.4.1 Ensaio de retenção de água.................................................................. 51
2.4.2 Variação dimensional............................................................................. 52
2.4.3 Resistência à compressão..................................................................... 53
2.4.4 Resistência à tração .............................................................................. 53
2.4.5 Absorção de água por capilaridade....................................................... 54
2.4.6 Permeabilidade ...................................................................................... 54
2.5 PRINCIPAIS ESTUDOS RELACIONADOS ÀS ARGAMASSAS PARA
REJUNTAMENTO .................................................................................................... 55
2.6 NORMAS INTERNACIONAIS REFERENTES ÀS ARGAMASSAS PARA
REJUNTAMENTO (GROUTS)................................................................................. 58
2.7 TIPOS DE MÓDULO DE DEFORMAÇÃO ................................................... 60
2.8 MÓDULO DE DEFORMAÇÃO DAS ARGAMASSAS PARA
REJUNTAMENTO .................................................................................................... 61
2.8.1 Abordagem conceitual ........................................................................... 61
2.8.2 Capacidade de deformação das argamassas ...................................... 64
2.8.3 Influência da temperatura no comportamento das argamassas em
sistemas de revestimentos cerâmicos ................................................................. 72
3 PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS e MÉTODOS............................... 78
3.1 VARIÁVEIS DO ESTUDO............................................................................. 82
3.2 MATERIAIS ................................................................................................... 83
3.2.1 Argamassa para rejuntamento .............................................................. 83
3.2.2 Água ....................................................................................................... 85
3.3 MÉTODOS..................................................................................................... 85
3.3.1 Acompanhamento do processo de fabricação...................................... 85
3.3.2 Execução de estudo Piloto .................................................................... 86
3.3.2.1 Moldagem dos corpos-de-prova para todos os ensaios ............... 88
3.3.2.2 Ensaio de deformação transversal ( EN12002/03) ....................... 89
3.3.2.3 Ensaio de tração na flexão e permeabilidade aos 240 minutos
(NBR 14992/03) ................................................................................................ 90
3.3.2.4 Adoção de mecanismos didáticos para o planejamento e execução
dos ensaios definitivos...................................................................................... 91
3.3.3 Métodos utilizados nos ensaios de caracterização .............................. 92
3.3.4 Métodos utilizados nos ensaios de módulo de deformação................. 94
3.3.5 Métodos utilizados nos ensaios de módulo de elasticidade................. 95
3.3.6 Métodos estatísticos e software utilizados para análise dos dados .... 96
3.3.6.1 Estatística descritiva....................................................................... 96
3.3.6.2 Influência de variáveis de medida no resultado do ensaio ........... 96
3.3.6.3 Comparação entre as médias das marcas.................................... 97
3.3.6.4 Correlação entre os resultados...................................................... 98
3.4 EQUIPAMENTOS E RECURSOS LABORATORIAIS ................................. 98
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS................................. 106
4.1 PROCESSO DE FABRICAÇÃO DAS ARGAMASSAS PARA
REJUNTAMENTO .................................................................................................. 107
4.2 Análise crítica da norma NBR 14992/2003 ................................................ 109
4.2.1 Preparo da mistura............................................................................... 110
4.2.2 Retenção de água................................................................................ 111
4.2.3 Variação dimensional........................................................................... 111
4.2.4 Resistência à compressão................................................................... 111
4.2.5 Resistência à tração na flexão ............................................................ 112
4.2.6 Absorção de água por capilaridade aos 300 min ............................... 112
4.2.7 Permeabilidade aos 240 min ............................................................... 112
4.2.8 Comparação entre os valores dos requisitos mínimos da norma e os
resultados dos ensaios realizados em três marcas de argamassa para
rejuntamento ....................................................................................................... 113
4.3 CARACTERIZAÇÃO DAS ARGAMASSAS ESTUDADAS........................ 114
4.3.1 Retenção de água................................................................................ 114
4.3.2 Variação dimensional........................................................................... 115
4.3.3 Resistência à tração na flexão ............................................................ 116
4.3.4 Resistência à compressão................................................................... 119
4.3.5 Absorção de água por capilaridade..................................................... 123
4.3.6 Permeabilidade .................................................................................... 123
4.3.7 Índice de vazios ................................................................................... 124
4.4 ENSAIOS DE MÓDULO DE DEFORMAÇÃO............................................ 126
4.4.1 Módulo de elasticidade estático – NBR 8522/2003............................ 126
4.4.2 Módulo de elasticidade dinâmico ASTM C597/ 02 e DIN EN 12504-
4/04 ............................................................................................................132
4.4.3 Módulo de deformação na ruptura determinado no ensaio de
resistência à tração na flexão – NBR 14992/2003 ............................................ 138
4.4.4 Módulo de deformação na ruptura determinado no ensaio de
resistência à tração na flexão – DIN EN 12808/2002 ....................................... 140
4.4.5 Módulo de deformação na ruptura determinado no ensaio de
deformação transversal DIN EN 12002/2003.................................................... 143
4.4.6 Correlação entre ensaios de módulo de elasticidade estático e
dinâmico.............................................................................................................. 147
5 CONCLUSÕES................................................................................................... 152
5.1 RELATIvAS À ESCOLHA DAS MARCAS DE A.R. PARA ESTUDO........ 152
5.2 RELATIVAS ÀS VISITAS AS FÁBRICAS .................................................. 152
5.3 RELATIVAS AOS MÉTODOS DE ENSAIOS............................................. 153
5.3.1 Ensaios de caracterização e de módulo de deformação ................... 153
5.3.2 Correlação entre os resultados das resistências................................ 154
5.3.3 Correlação entre os resultados dos módulos de elasticidades estático e
dinâmico.............................................................................................................. 155
5.4 RELATIVAS AO ESTUDO PILOTO............................................................ 155
5.5 RELATIVAS À ANÁLISE CRÍTICA DOS TODOS ................................ 156
5.5.1 Dificuldades para a realização dos ensaios........................................ 156
5.5.2 Análise crítica da NBR 14992/2003. ................................................... 157
6 PROPOSTAS DE TRABALHOS FUTUROS ..................................................... 160
7 REFERÊNCIAS................................................................................................... 162
7.1 REFERÊNCIAS NORMATIVAS.................................................................. 162
7.2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 164
7.3 IMAGENS EM ARQUIVOS ELETRÔNICOS:............................................. 171
APÊNDICE A FABRICAÇÃO, VENDAS E CONSUMO ANUAL DE ARGAMASSA
PARA REJUNTAMENTO........................................................................................... 173
APÊNDICE B – CRONOGRAMA DE ENSAOS........................................................ 175
APÊNDICE C ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE MOLDAGEM de cada ensaio.
.................................................................................................................................... 177
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO................................................................ 185
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 29
1 INTRODUÇÃO
O revestimento cerâmico, principalmente no caso de fachadas, vem se destacando
como uma importante opção de acabamento devido algumas características
positivas como conforto térmico e acústico, estanquidade, durabilidade, baixo custo
de manutenção, valorização estética e econômica do imóvel, entre outras. No
entanto, podem causar sérios problemas de deslocamento e desplacamento do
revestimento, principalmente, em função das tensões geradas pela variação de
temperatura e intempéries aos quais estão submetidos. As juntas de assentamento
entre as placas, são necessárias para aliviar as tensões e permitir a movimentação
do revestimento e o rejunte, nomeado como argamassa para rejuntamento pela
norma NBR 14992/2003, é a argamassa utilizada para preencher e proteger essas
juntas de assentamento.
1.1 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO E IMPORTÂNCIA DO TEMA
A qualidade do sistema de revestimento cerâmico (SRC) está relacionada a vários
fatores tais como processo de produção, influência dos diferentes materiais
componentes, qualidade dos materiais e mão-de-obra, processo de execução,
especificação adequada dos materiais, ação das intempéries, conformidade com os
requisitos de desempenho, forma de manutenção, entre outros.
No caso das fachadas, que estão sujeitas, mais intensamente, à ação das
intempéries e à constante variação de temperatura, as propriedades e o
comportamento dos materiais componentes são os principais responsáveis pelas
manifestações patológicas como manchas, fissuras e, principalmente, o
descolamento de placas cerâmicas que danificam os revestimentos cerâmicos dos
edifícios.
A argamassa para rejuntamento, conhecida comercialmente como rejunte, é um dos
componentes do SRC, que pode ser o principal responsável por muitas dessas
patologias. Por isso, requer mais atenção e desenvolvimento de pesquisas que
possam minimizar os problemas por ela causados. Além disso, no Brasil, poucos o
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 30
os ensaios experimentais em A.R., portanto, esta pesquisa é mais uma contribuição
ao meio técnico científico.
Assim, esta pesquisa propõe avaliar as propriedades físicas e mecânicas de três
marcas de argamassas para rejuntamento, mais conhecidas no mercado do Estado
do Espírito Santo, por meio de ensaios normatizados e análise estatística dos
resultados e fazer uma análise crítica da norma brasileira para A.R. por existir
lacunas, principalmente, no que se refere à propriedade capacidade de deformação,
tendo em vista, que as análises dos resultados de capacidade de deformação o
essenciais para a avaliação do comportamento do SRC.
Em alguns momentos do texto as argamassas para rejuntamento serão
referenciadas com o termo REJUNTE como usado na NBR 13816/1997, ou apenas
com a sigla A.R., como referido na NBR 14992/2003.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
Avaliar métodos de ensaio que determinam as propriedades físicas e mecânicas das
argamassas para rejuntamento, com ênfase na capacidade de deformação, e fazer a
análise estatística dos resultados.
1.2.2 Objetivos Específicos
Pesquisar, junto as principais construtoras da região da Grande Vitória, quais
as marcas de argamassa para rejuntamento mais citadas, para selecionar as
marcas, objetos do estudo.
Conhecer o processo de fabricação do produto estudado visitando três
fábricas de argamassa para rejuntamento, localizadas no Estado do Espírito
Santo.
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 31
Caracterizar as argamassas para rejuntamento utilizando os métodos de
ensaio das normas brasileiras NBR 14992/2003 e NBR 9778/2005, e da
norma alemã DIN EN 12808/2002.
Calcular os módulos de deformação das argamassas para rejuntamento, a
partir da flecha máxima no momento da ruptura, utilizando três métodos de
ensaios de tração na flexão diferentes: resistência à tração na flexão NBR
14992/2003, resistência à tração na flexão DIN EN 12808/2002 e
deformação transversal – DIN EN 12002/2003.
Comparar as três marcas estudadas em cada um dos ensaios realizados.
Medir e correlacionar os resultados das resistências, considerando as
dimensões reais dos corpos-de-prova e as dimensões especificadas pela
norma.
Medir e correlacionar os resultados dos módulos de elasticidade das
argamassas de rejuntamento utilizando dois procedimentos de ensaios,
método estático (NBR 8522/2003) e método dinâmico (ASTM C 597-02, DIN
EN 12504-4/2004 e NBR 8802/1994), nos mesmos corpos-de-prova.
Verificar as principais dificuldades para a realização dos ensaios descritos
nos textos normativos e elaborar uma análise crítica da norma NBR
14992/2003.
1.3 LIMITAÇÕES DO ESTUDO
A questão da qualidade dos rejuntes está relacionada a vários fatores tais como
processo de produção, influência dos diferentes materiais componentes,
especificação adequada, forma de preparação e aplicação, ação das intempéries,
não conformidade com os requisitos de desempenho e manutenção.
Embora, esses fatores sejam, ainda, pouco estudados e com amplo campo para
investigação, a pesquisa limitou-se a estudar as propriedades físicas e mecânicas
de argamassas para rejuntamento, fabricadas por três indústrias nacionais, sendo
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 32
uma delas sediada no Estado do Espírito Santo e as outras duas com fábricas em
outros Estados.
Foram estudados somente rejuntes à base de cimento Portland, a partir de ensaios
laboratoriais que avaliaram as propriedades do produto.
Não foi avaliado o comportamento das argamassas para rejuntamento aplicado no
sistema de revestimento cerâmico.
Não foram objetos desta pesquisa a avaliação da fissuração, descoloração e a
proliferação de fungos em argamassas para rejuntamento.
1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
O trabalho foi organizado em sete capítulos. Nesse capítulo da introdução
apresenta-se a justificativa do trabalho e a importância do tema baseado na revisão
da literatura, os objetivos gerais e específicos e as limitações do estudo.
O segundo capítulo apresenta uma revisão da literatura destacando os principais
aspectos relacionados ao sistema de revestimento cerâmico, enfatizando os
componentes da argamassa para rejuntamento, normas nacionais e internacionais
referentes ao assunto estudado e módulo de deformação.
No terceiro capítulo descreve-se o desenvolvimento metodológico do programa
experimental definindo as variáveis, os materiais empregados, os equipamentos e
recursos laboratoriais, os métodos de trabalho e de ensaios laboratoriais adotados
para a obtenção dos resultados, além dos métodos estatísticos e softwares
utilizados para a análise dos resultados.
Nesse terceiro capítulo foi incluído o resultado das visitas técnicas a três fábricas de
rejuntes do Estado do Espírito Santo, a avaliação das dificuldades encontradas
durante a execução dos métodos de ensaio e uma análise crítica da norma brasileira
NBR 14992/2003. Posteriormente, no capítulo quatro apresentam-se os resultados
dos ensaios de caracterização e de módulo de deformação das argamassas para
rejuntamento estudadas. Para cada ensaio foram apresentados os resultados por
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 33
meio de tabelas e gráficos e, a posteriori a análise estatística e discussão dos
dados.
No quinto capítulo são descritos os comentários finais e as conclusões.
O sexto capítulo contempla as sugestões para estudos futuros.
Nas referências, apresenta-se a referências bibliográficas, as bases normativas e as
imagens de arquivos eletrônicos utilizados no trabalho.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 34
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 INTRODUÇÃO
Segundo a definição da norma brasileira NBR 13816/1997 da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT), “Revestimento Cerâmico é um conjunto formado pelas
placas cerâmicas, pela argamassa de assentamento da placa e pelo rejunte (ABNT,
1997). Embora a norma utilize o termo revestimento cerâmico para definir todo o
conjunto, normalmente este termo é conhecido e utilizado, em muitas literaturas,
com o mesmo sentido da placa cerâmica.
Junginger (2003) utiliza o termo revestimento cerâmico aderido para representar
todo o conjunto e ressalta três camadas: camada de regularização, camada de
fixação (argamassa adesiva) e camada de acabamento (placas cerâmicas e juntas
de assentamento com o rejunte) (Figura 1).
Figura 1 – Revestimento cerâmico aderido
Fonte: Junginger (2003).
Ribeiro (2006) inclui ainda o chapisco, emboço e juntas de movimentação para
representar o sistema de revestimento de fachada (Figura 2).
Figura 2 – Sistema de revestimento cerâmico
Fonte: Ribeiro (2006).
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 35
Para evitar dúvidas, nessa pesquisa é adotado o termo sistema de revestimento
cerâmico ou a sigla SRC para referir-se a todos os componentes do conjunto,
simultaneamente. Embora, a abordagem se limitará à argamassa para rejuntamento,
que é um dos componentes da camada de acabamento do sistema (Figura 3).
Figura 3 – Argamassa para rejuntamento
Fonte: Junginger (2003).
Os dados históricos não precisam o início do uso do revestimento cerâmico na
construção civil. Segundo Palmonari e Timellini (1989), os primeiros exemplos de
uso de revestimento decorativo data do século VI A.c, anterior à civilização da
Babilônia, e, a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para
Revestimento (ANFACER), cita dados históricos a partir do culo XV, período em
que são encontradas paredes do interior de palácios reais, revestidas com azulejo
1
,
entretanto, é a partir do século XVI, que seu uso se torna freqüente em igrejas,
conventos e em palácios nobres da alta burguesia. A produção da cerâmica para a
construção, com características industriais, ocorreu, na antigüidade, em grandes
centros comerciais e somente após a revolução industrial que se iniciou uma
vigorosa etapa de sua evolução.
No Brasil, a tradição do uso do revestimento cerâmico nas construções foi
implantada pelos portugueses - país europeu que mais utilizou o revestimento
cerâmico em seus prédios, após o século XVI e, com aplicação cada vez mais
freqüente, revelando-se um excelente revestimento interno e externo.
Medeiros e Sabbatini (1999) observam que as condições climáticas no Brasil são
muito favoráveis ao uso do revestimento cerâmico nas fachadas, tornando-o a opção
1
A origem do nome azulejo provém dos árabes, sendo derivado do termo "azuleicha”, que significa
"pedra polida". A arte do azulejo foi largamente difundida pelos islâmicos. Os árabes levaram a arte
do azulejo para a Espanha e de lá se difundiu por toda a Europa.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 36
mais interessante tanto pelo aspecto de desempenho como pela durabilidade. Outro
fator observado foi que “(...) no caso das cidades litorâneas esta tendência torna os
revestimentos cerâmicos quase uma unanimidade para o mercado consumidor,
sendo seu uso muitas vezes associado ao próprio padrão de qualidade da
construção” (MEDEIROS; SABBATINI, 1999, p.1).
Entretanto, segundo Fiorito (1994), o elevado consumo de materiais cerâmicos, falta
de mão de obra qualificada, a utilização de argamassas espessas e muito ricas em
cimento, processos de assentamento inadequados e cronogramas de obra
apertados, entre outros, levaram ao aparecimento de problemas de deslocamento
de revestimentos de piso e parede. Esses problemas motivaram pesquisas que
encontraram soluções com a implantação de um novo processo de assentamento,
inspirado no “dry-set-mortar” - uma argamassa colante para assentar revestimento
de piso e parede sem necessidade de emergi-los em água.
Em 1971, David S. Weiant, William R. Velivis e John V. Fitzgerald inventaram o
compósito de argamassa cimentícia melhorada com aditivos, para preencher as
juntas de assentamento entre as placas cerâmicas, em substituição a argamassa
convencional composta por cimento, cal e areia, que segundo a justificativa dos
autores, apresentavam ação de cura incompleta, devido a considerável perda de
água para a atmosfera, por evaporação, e para o substrato e/ ou placas cerâmicas,
por adsorção, gerando uma argamassa pobre, quebradiça e de baixa resistência
(WEIANT; VELIVES; FITZGERALD, 1974).
Atualmente, as argamassas para rejuntamento à base de cimento Portland utilizadas
para preenchimento das juntas de assentamento das placas cerâmicas, também têm
sido causa de constantes manifestações patológicas no sistema de revestimento
cerâmico, tais como aparecimento de mofo, fungos e bactérias que causam
contaminação, odores, alteração na cor do rejuntamento e manchas prejudiciais à
estética do revestimento; descoloração da argamassa para rejuntamento pelo
desbotamento do pigmento; infiltração de água devido à falta de permeabilidade
adequada; aparecimento de fissuras em decorrência das constantes movimentações
devido à dilatação térmica das placas cerâmicas e dos materiais componentes do
revestimento.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 37
O alto valor do módulo de elasticidade, que contribui para o aumento da rigidez da
argamassa para rejuntamento, pode ser o fator que dificulta a absorção dos
movimentos da estrutura e provoca o aparecimento das fissuras e descolamento.
Junginger (2003) acrescenta dois outros fatores importantes que levam à ocorrência
dessas patologias na argamassa para rejuntamento. Um é o fato das argamassas
cimentícias para rejuntamentos serem menos resistentes aos agentes agressivos do
que as placas cerâmicas, e o outro está relacionado à aplicação deficiente do
material, devido à falta de especificação adequada e conhecimento técnico sobre o
produto. E acrescenta que “esses fatos ratificam a pouca importância dada à
argamassa para rejuntamento e o quase total desconhecimento técnico das suas
funções como um componente do revestimento cerâmico” (JUNGINGER, 2003, p.4).
Todos esses fatores vêm confirmar que as argamassas para rejuntamento podem
ser destacadas como exemplo de material pouco estudado e que requer mais
atenção e desenvolvimento de pesquisas científicas, que possam minimizar as
manifestações das patologias dos revestimentos cerâmicos por elas originadas.
Até o ano 2000, não se tinha nenhuma normalização referente à argamassa para
rejuntamento no Brasil. Os primeiros estudos a respeito tiveram início em 1995
2
.
Porém, somente “(...) em 1998 foi aberta uma Comissão de Estudos dentro da ABNT
para a elaboração do Projeto de Norma 18:406.05-001:2002 A.R. Argamassa à
base de cimento Portland para rejuntamento de placas cerâmicas e pastilha de
porcelanato Requisitos e métodos de ensaio (ABNT, 2001)” (FALCÃO BAUER;
RAGO, 2002, p.72), que serviu de base para a atual norma brasileira NBR
14992/2003-A.R- argamassas de cimento Portland para revestimento cerâmico:
ensaios e procedimentos. Sem dúvida, a implantação da norma foi um avanço
necessário e representa o preenchimento de uma lacuna na normalização técnica da
construção civil (FERES, 2004). Entretanto, existem algumas limitações como à
inclusão, apenas, de materiais cimentícios, a omissão de ensaios de flexibilidade e
de módulo de deformação que permitem à comercialização de produtos ditos
2
Data de formação de um grupo técnico para propor e discutir ensaios de caracterização do material,
baseados na normalização americana (ANSI).
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 38
“flexíveis” sem parâmetros de comparação e limitação para medir essas
propriedades.
Este trabalho objetiva dar uma contribuição aos estudos e pesquisas experimentais
em argamassa para rejuntamento, incluindo uma análise crítica da norma da ABNT -
NBR 14992/2003 e análises estatísticas dos resultados dos ensaios.
2.2 COMPOSIÇÃO DO SISTEMA DE REVESTIMENTO CERÂMICO
(SRC)
A qualidade na construção civil apresenta-se abaixo do que corresponderia a uma
indústria de sua importância e do que desejariam seus usuários (MESEGUER,
1991). Embora, as peculiaridades
3
da indústria da construção civil dificultem a
utilização das teorias modernas de controle de qualidade, nos últimos anos, estão
sendo realizados grandes esforços no sentido de introduzir ações para a melhoria da
qualidade no setor.
Para a melhoria da qualidade, todas as etapas do processo de construção devem
contribuir para garantir o desempenho
4
satisfatório da edificação, visando satisfazer
as exigências do usuário. Para responder a essas exigências, os produtos devem
atender às condições qualitativas (requisitos) e condições quantitativas (critérios)
quando submetidos às condições de exposição (HINO; MELHADO, 1998), ou seja,
os requisitos são as exigências legais necessárias para que o produto atenda aos
critérios de desempenho, que permitam distinguir o bom do ruim.
Meseguer (1991) critica a deficiência de muitos profissionais e normas de
construção, em ignorar as atividades de planejamento e uso no âmbito técnico da
construção e, dentre outras ferramentas, apresenta um modelo teórico (modelo do
3
Caráter nômade; criação de produtos únicos e não produtos seriados; operários móveis entorno de
um produto fixo; indústria tradicional com grade inércia às alterações; mão de obra pouco qualificada;
construção feita a intempéries; baixo ciclo de aquisição-uso-reaquisição de um novo produto;
especificações complexas; responsabilidades dispersas e pouco definidas; menor grau de precisão
do que em outras indústrias (MESEGUER, 1991).
4
Segundo o CONSEIL INTERNACIONAL DU BÂTAIMENT POUR LA RECHERCHE L`ETUDE ET
LA DOCUMENTATION a palavra “desempenho” significa “comportamento relacionado ao uso” (HINO;
MELHADO, 1998)
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 39
pentágono) que resume o controle de produção (CP) e o controle de recepção (CR),
englobando as cinco fases do processo construtivo, com os respectivos
responsáveis de cada fase (Figura 4).
Adminis-
tração
Usuário
Fabricante
materiais
c
o
n
s
t
r
u
ç
ã
o
c
o
n
s
t
r
u
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P
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P
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P
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i
o
G
e
r
e
n
t
e
g
e
r
a
l
d
o
p
r
o
j
e
t
o
CP
CP
CP
CP
CP
CR
CR
CR
CR
CONTROLE DE QUALIDADE:
Controle de recepção (CR) nestes pontos
Controle de produção (CP) nestes pontos
Figura 4 – Processo construtivo (Modelo do pentágono)
Fonte: Meseguer (1991)
Visando otimizar uma relação particular entre qualidade, custo e prazo, é necessário
que todas as cinco etapas do processo construtivo sejam planejadas e controladas
por meio de ferramentas que garantam o atendimento aos requisitos e critérios de
desempenho funcional e a durabilidade da edificão.
No Brasil, o processo construtivo, geralmente, envolve apenas as três fases
intermediárias do modelo teórico: projetista (projeto), fabricante (materiais) e o
Construtor (construção). Com relação as outras duas fases (planejamento e
manutenção), o promotor não tem as informações do usuário para a elaboração do
planejamento e edificação não tem manutenção adequada por parte do proprietário.
Os estudos para verificação da qualidade e desempenho do sistema de
revestimentos cerâmicos tiveram início, no Brasil, em 1964, devido às preocupações
decorrentes dos problemas de deslocamento dos revestimentos cerâmicos
(FIORITO, 1994).
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 40
Observa-se que os estudos individuais de cada componente do sistema de
revestimento cerâmico e de todo o conjunto são de grande importância para atingir a
qualidade do sistema. “Esse enfoque leva-nos ao conceito de visão holística, ou
visão sistêmica, onde [sic] um todo é formado por várias partes funcionais que se
inter-relacionam de maneira constante e dinâmica” (JUNGINGER, 2003, p.8).
A placa cerâmica foi o produto entre os componentes do sistema de revestimento
cerâmico que mais evoluiu em termos de produtividade, qualidade, variedade e
versatilidade. Atualmente, existe no mercado grande oferta de produtos que
atendem a todos os padrões econômicos e estéticos.
As argamassas tradicionais de assentamento para aplicação da placa cerâmica
também foram motivo de preocupação, até o surgimento das argamassas colantes,
que a partir de 1945 nos Estados Unidos impulsionaram a indústria cerâmica a
atingir níveis de produção e escoamento bem superiores aos obtidos com a
aplicação da placa pelo método convencional (FIORITO, 1994).
De acordo com Fiorito (1994), as pesquisas sobre argamassa colante iniciaram no
Brasil, em 1964, e, em 1971, foi introduzida a primeira argamassa colante brasileira.
A partir dessa época, houve uma importante evolução e melhoria na qualidade do
sistema de revestimento cerâmico. Entretanto, muitas fábricas proliferaram no
mercado sem preocupação com a qualidade, devido à falta de especificações
adequadas. Atualmente, a argamassa colante é objeto de vários estudos, com a
preocupação de melhorar a sua eficiência, qualidade e durabilidade.
A argamassa para rejuntamento é o componente do sistema de revestimento
cerâmico menos estudado, apesar da sua comprovada parcela de
responsabilidade para o desempenho adequado de todo o conjunto. Assim como
ocorre com a indústria de argamassa colante, a indústria de argamassa para
rejuntamento mantém uma relação, respeitando às proporções de produção, de
interdependência com a indústria de revestimento cerâmico.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 41
Gráfico 1 – Principais produtores mundiais e produção brasileira de revestimento cerâmico
Fonte: ANFACER (2008).
Gráfico 2 - Venda de Revestimento Cerâmico no Mercado Interno
Fonte: ANFACER (2008).
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 42
Em 1994, o Brasil era o segundo maior produtor mundial de revestimento cerâmico e
Fiorito (1994) estimou que a produção brasileira de revestimentos cerâmicos fosse
de 216 milhões de m²/ano e o consumo interno de 15 milhões e 300 mil de m²/ano.
Em 2006 e 2007 o Brasil caiu para a terceira posição, mas aumentou a produção
para 637milhões de m²/ano em 2007 (Gráfico 1) e vendeu para o mercado interno
534,7 milhões de metros quadrados no mesmo ano (Gráfico 2).
Para efeito de projeção da demanda nacional de A.R., com base na venda de
cerâmica para o mercado interno em 2007, um cálculo estimativo, tomando como
base uma média
5
de 0,5kg de argamassa para rejuntamento por metro quadrado de
cerâmica, resulta em uma demanda média nacional de 267,35 milhões de kg/ano,
que corresponde a 267 mil toneladas por ano. Comparando a demanda média
nacional com a produção estimada de argamassa para rejuntamento no estado do
Espírito Santo de 7484,4 t/ano
6
, obtém-se uma produçãodia de 3% da demanda
nacional.
A preocupação com as necessárias juntas estruturais, juntas de dessolidarização,
juntas de movimentação e juntas de assentamento (NBR13755, ABNT, 1996) para o
bom desempenho funcional do sistema de revestimento cerâmico também motivou a
realização de estudos específicos sobre esses componentes. Em estudo sobre
juntas de movimentação
7
Ribeiro (2006) mostra a importância das juntas de
movimentação para evitar tensões causadas pelas movimentações da estrutura e
contrações e expansões dos materiais constituintes do sistema de revestimento. ”As
juntas de movimentação já são incluídas na produção dos revestimentos cerâmicos
de fachadas como elemento construtivo essencial [...]” (RIBEIRO, 2006, p.4).
As juntas de assentamento
8
são necessárias para permitir a expansão e retração
natural das placas cerâmicas e evitar o destacamento da placa por influência da
5
Média estimada do consumo recomendado por diferentes indústrias de argamassa para
rejuntamento, para rejuntamento de placa cerâmica com dimensão de 30x30 e junta de 5 mm.
6
Cálculo com base nos dados da produção mensal (ano 2006) fornecidos por seis fábricas de
argamassa para rejuntamento consultadas no Estado do Espírito Santo, como mostram os resultados
(APÊNDICE A), em anexo, acrescido de 10%, correspondente ao aumento da produção nacional em
2007.
7
“Espaço regular cuja função é separar o revestimento, para aliviar tensões provocadas pela
movimentação da base ou do próprio revestimento” (NBR 13755, ABNT, 1996).
8
“Espaço regular entre duas placas cerâmicas adjacentes” (NBR 13755, ABNT, 1996).
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 43
variação de temperatura. Assim, as argamassas para rejuntamento, cuja função
preliminar é preencher as juntas de assentamento, possuem outras funções que são
essenciais, juntamente com fatores mencionados anteriormente, para garantir o
desempenho do sistema de revestimento cerâmico. Junginger (2003, p.36) cita que
as funções mais importantes são: auxiliar no desempenho estético do revestimento;
estabelecer regularidade superficial; compensar variação de bitola e facilitar
assentamento das placas; vedar o revestimento cerâmico; permitir difusão de vapor
de água; proporcionar alívio de tensões e otimizar aderência das placas. Em seu
trabalho, o autor descreve cada uma dessas funções e esclarece que uma
determinada função pode ser mais importante que a outra dependendo do tipo de
uso que se dá ao revestimento cerâmico. Em alguns casos, algumas funções podem
não ser relevantes, como o caso da difusão de vapor para a argamassa para
rejuntamento epóxi,
[...] a difusão de vapor o pode ser uma das funções da argamassa para
rejuntamento epóxi porque sua composição química o torna impermeável ao
vapor de água. Conseqüentemente, onde essa função tiver um certo grau
de importância, a argamassa para rejuntamento epóxi não pode ser
utilizado e sua especificação representaria um erro
conceitual”
(JUNGINGER, 2003, p.36).
Uma vez que a argamassa para rejuntamento é um componente importante do
sistema de revestimento cerâmico, precisa responder, a uma série de requisitos de
desempenho referentes às funções e solicitações a ela impostas, tais como,
resistência mecânica, resistência química, resistência biológica, aderência, ausência
de trincas, capacidade de absorver deformações, capacidade de retenção de água,
resiliência, estabilidade de cor, estanquidade, entre outros. Além de atender aos
requisitos descritos acima, precisa ser especificado de acordo com o local de uso, o
tipo de placa cerâmica e a largura da junta, para não ocorrer manifestações
patológicas causadas por utilização incorreta de material. Principalmente, no que diz
respeito ao aspecto de alívio de tensões, que é uma função essencial da argamassa
para rejuntamento, particularmente, no caso de fachadas. Nesse aspecto, é
importante que a argamassa para rejuntamento seja capaz de suportar os esforços
decorrentes da movimentação das placas e do substrato para aliviar as tensões
sobre o revestimento cerâmico e possibilitar o bom desempenho dos materiais. Além
disso, outros fatores inerentes às placas cerâmicas que estão descritos na norma,
podem interferir diretamente no desempenho da argamassa para rejuntamento.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 44
De acordo com a norma brasileira NBR 13817/1997, as placas cerâmicas são
classificadas com base em sete critérios:
Esmaltadas e não esmaltadas;
Método de fabricação (prensada, extrudada, outros);
Grupos de absorção de água;
Classes de resistência à abrasão superficial, em número de 6 (seis);
Classes de resistência ao manchamento, em número de 5 (cinco);
Classes resistência ao ataque de agentes químicos, segundo diferentes
níveis de concentração;
Aspecto superficial ou análise visual.
Desses critérios, o grupo de absorção de água, a classes de resistência ao
manchamento e as classes de resistência ao ataque de agentes químicos podem
influenciar no comportamento do material de rejuntamento utilizado para preencher
as juntas de dilatação das placas cerâmicas (Quadro 1).
Classificação da placa cerâmica
segundo a norma NBR 13817/97
Propriedades da
placa
Melhor classe Pior classe
Requisitos de desempenho para
Argamassa para rejuntamento
que tem relação direta com as
propriedades da placa cerâmica
Absorção de água 0 Abs. 0,5
(%)
> 10,0 (%)
Resistência ao
manchamento
Classe 5 Classe 1
Resistência ao ataque
de agentes químicos
A C
- Aderência;
- Baixa absorção;
- Baixa permeabilidade;
- Estanquidade;
- Resiliência.
Quadro 1 Valores mínimos e ximos do vel de desempenho das placas cerâmicas que
podem influenciar o comportamento da argamassa para rejuntamento.
Quando a placa cerâmica não se enquadra na especificação da norma, a argamassa
para rejuntamento, que atende aos requisitos mínimos de desempenho, perde a sua
parcela de culpa nas manifestações patológicas. Entretanto, quando a placa
cerâmica é de boa qualidade, a argamassa para rejuntamento, que não atende aos
requisitos de desempenho, pode ser a maior responsável por problemas
diagnosticados nos revestimentos cerâmicos. Assim, é importante conhecer e utilizar
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 45
materiais de boa qualidade e durabilidade, para que esses, o interfiram na
qualidade final e no desempenho funcional do sistema de revestimento cerâmico.
De acordo com Barros et al. (1997), no Brasil, há mais de vinte anos essas questões
têm sido discutidas pelos pesquisadores (CINCOTO, 1983; LICHTENSTEIN, 1985;
ALLUCI, 1988; THOMAZ, 1989; FIORITO, 1994; SHIRAKAWA et al. 1995;
SABBATINI E BARROS, 1990; SABBATINI, 1997; ALUCCI, 1988; BAUER,
1996,1997; SATO, 1997 entre outros) devido ao aparecimento de muitas
manifestações patológicas referentes a manchas, mofo e fissuras, que
comprometem o desempenho do sistema revestimento cerâmico. As fissuras que
aparecem nas fachadas, na interface entre a placa cerâmica e a argamassa para
rejuntamento, possibilitam a penetração de água de chuva para o interior da
alvenaria, que pode causar o deslocamento da cerâmica da fachada ou mesmo o
umedecimento do interior da edificação, não atendendo aos requisitos de
desempenho em serviço, e tornando-a inabitável.
O Quadro 2 apresenta o resumo dos requisitos básicos, descritos de forma
detalhada por Junginger (2003), das três camadas internas do SRC para o
desempenho funcional de todo o conjunto, de acordo com as solicitações de
exposição.
TIPO DE CAMADA REQUISITOS DE DESEMPENHO
Camada de regularização
Resistência mecânica, planeza, capacidade para
absorver deformações, homogeneidade e
regularidade superficial.
Camada de fixação
Aderência química e mecânica, resistência a
esforços decorrentes de flutuações
higrométricas, resistência ao cisalhamento.
Camada de acabamento
Placa cerâmica - Baixa absorção das placas
cerâmicas, resistência à abrasão, resistência ao
ataque químico e ao manchamento.
Quadro 2 - Requisitos básicos para as camadas do sistema de revestimento cerâmico
apresentados por Junginger (2003).
Acrescenta-se aos requisitos de desempenho da camada de acabamento, a largura
da junta de assentamento, que deve atender à solicitação de espaçamento
necessária para a movimentação de expansão e retração especificada para cada
tipo de placa cerâmica e, ao mesmo tempo, permitir a cil penetração da
argamassa para rejuntamento e o completo preenchimento da junta de
assentamento.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 46
A complexidade que envolve o sistema de revestimento cerâmico mostra a
importância de estudos aprofundados sobre cada um de seus componentes. Ribeiro
(2006) relaciona os fatores que originam os movimentos nos revestimentos (variação
da temperatura, ação da umidade, deformações da estrutura, ação do vento e a
acomodação dos movimentos) e destaca que o desempenho do SRC está
intensamente relacionado à aderência entre as camadas e à capacidade de cada
uma delas de absorver as deformações que lhes são impostas. Essas propriedades
contribuem para que o SRC como um todo, suporte as tensões que serão
introduzidas ao longo da sua vida útil.
2.3 ARGAMASSA PARA REJUNTAMENTO
Embora a norma brasileira contemple as argamassas para rejuntamento à base
de cimento Portland, no mercado brasileiro, os produtos comercializados para
aplicação nas juntas de assentamento das placas cerâmicas, são também à base de
resina epóxi (endurecedores, aditivos, carga mineral e pigmentos).
Em 1985, a norma americana ANSI A118.6/1985 (ASTM) especificava ensaios
para verificar as propriedades das argamassas para rejuntamento com diversas
composições:
AR de cimento Portland comercial mistura industrializada de cimento
Portland e outros ingredientes para produzir densa resistência à água e
material uniformemente colorido.
AR de cimento Portland e areia mistura in loco de cimento Portland e areia
série fina.
AR dry-set
9
– mistura de cimento portland e aditivos que fornecem retenção à
água.
AR de cimento Portland e látex mistura de um dos três tipos anteriores com
um aditivo látex líquido especial, tais como borracha de estireno-butadieno,
9
Termo usado pela ANSI até 1998 e descontinuado em1999 (JUNGINGER, 2003).
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 47
acetato polivinílico ou acrílico, ou mistura seca de cimento Portland, agregado
e aditivos polímeros secos, sendo a água acrescentada no momento do
preparo, in loco.
AR de mástique
10
- uma parte da composição do rejunte é utilizada
diretamente do recipiente.
AR de borracha de siliconeum sistema de AR elastômeros empregando um
único componente de borracha de silicone.
Junginger (2003) apresenta os tipos de argamassa para rejuntamento com
designação mais usual no Brasil, que foram compiladas no Quadro 3. Entretanto,
nesta pesquisa será considerado para estudo, rejuntes cimentícios
monocomponentes industrializados.
TIPO DE A.R. INDUSTRIALIZADA CARACTERÍSTICA
Rejuntes cimentícios monocomponentes
Apresentam-se como uma parte em pó que necessita
apenas de adição de água imediatamente antes da
aplicação.
Rejuntes cimentícios bicomponentes
Apresentam-se como duas partes distintas, com
fração granular seca e outra na forma de aditivo
líquido. A mistura é efetuada na hora da aplicação.
Rejuntes de base orgânica
Compostos por dois ou mais componentes pré-
dosados que , quando misturados, formam uma pasta
homogenia para aplicação (selantes elastômeros,
resinas epóxi e resinas furânicas).
Quadro 3 – Características dos tipos de argamassa para rejuntamento industrializadas
comercializadas no Brasil.
Fonte: dados adaptados de JUNGIMGER (2003).
O Quadro 4, traduzido do guia de revestimentos cerâmicos publicado pela ASCER
(Associação Espanhola de fabricantes de azulejos, pisos e telhas cerâmicas) e
outras entidades, recomenda a especificação da argamassa para rejuntamento de
acordo com o tipo de aplicação (parede ou piso), tipo de ambiente (interno ou
externo) característica da placa, para locais que exigem maior higiene (H), placas
não escorregadia (A), para área externa (E). Quanto ao tipo, o rejunte pode ser:
10
Resina da almecegueira ou lentisco árvore da família das anarcadiáceas- espécie de goma do
Brasil (MICHAELLIS,2007).
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 48
mistura fraca de cimento (JC), rejunte cimentício (J1), rejunte cimentício com adição
de polímero (J2), resina reativa ou rejunte epóxi (JR).
SELEÇÃO DE MATERIAL PARA REJUNTAMENTO
APLICAÇÃO
AMBIENTE CARACTERÍSTICA
DA PLACA
TIPO DE
REJUNTE
OBSERVAÇÕES
-
JC
J1
Recomendado para locais úmidos.
A
J1
J2
Locais persistentemente expostos a
água.
Interno
AH, H
J2
JR
Locais para alimentação, cuidados
com a saúde e expostos a produtos
quimicamente agressivos.
E, AE
J1
J2
Locais expostos ao congelamento
ou mudança brusca de
temperatura.
Piso
Externo
EH, AEH
J2
JR
locais para alimentação, cuidados
com a saúde e expostos a produtos
quimicamente agressivos.
-
JC
J1
Recomendado para locais úmidos.
Interno
H
J2
JR
Locais para alimentação, cuidados
com a saúde e expostos a produtos
quimicamente agressivos.
Parede
Externo E, EH
J2
JR
Locais para alimentação, cuidados
com a saúde e expostos a produtos
quimicamente agressivos.
Quadro 4 – Seleção de material para rejuntamento.
Fonte: ASCER et al. (2004).
Observa-se, no Quadro 4, a preocupação em recomendar diferentes argamassas
para rejuntamento que atendam aos vários tipos de ambientes, materiais e situações
de exposição, o que não ocorre na normatização brasileira.
2.4 NORMA BRASILEIRA SOBRE ARGAMASSA PARA
REJUNTAMENTO – NBR 14992/2003.
A norma brasileira NBR 14992/2003 define argamassa de rejuntamento como
“mistura industrializada de cimento Portland e outros componentes homogêneos e
uniformes, para aplicação nas juntas de assentamento de placas cerâmicas”, sem
especificar os tipos e as propriedades dos mesmos.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 49
A norma especifica, também, os requisitos para classificação, ensaios, embalagem e
marcação, armazenamento, prazo de validade, composição e água de
amassamento, amostragem e inspeção, aceitação e rejeição do produto já
industrializado.
A classificação das A.R. em Tipo I e Tipo II é feita em relação às condições de uso
em ambientes internos e externos, observadas as seguintes condições:
TIPO I TIPO II
a) Locais de trânsito de
pedestre, não intenso;
b) Placas cerâmicas com
absorção de água acima
de 3%;
c) Ambientes externo, piso
e parede, que não
excedam 20 e 18m²,
respectivamente.
a) Todas as condições do TIPO I;
b) Locais de trânsito de pedestres, intenso;
c) Placas cerâmicas com absorção de água
inferior a 3%;
d) Ambientes externos, piso ou parede, em
qualquer dimensão, ou sempre que exijam
juntas de movimentação;
e) Ambientes com presença de água
estancada. (piscina, espelho d’água,etc.)
Quadro 5 – Classificação das argamassas para rejuntamento.
Fonte: NBR 14992 (2003).
Quanto ao uso da A.R. em ambientes agressivos quimicamente ou mecanicamente,
assim como em ambientes com temperaturas acima de 70º ou abaixo de e em
outros tipos de revestimentos, a norma sugere consultar os fabricantes do produto.
Nos dados técnicos dos catálogos dos fabricantes de A.R. a composição química é
basicamente formada pelos seguintes materiais: cimento Portland, agregados
minerais, pigmentos orgânicos e inorgânicos, germicidas, polímeros e aditivos, que
são adicionados na mistura, de acordo com o tipo de material de revestimento
utilizado (cerâmicas, porcelanatos, mármores, granitos, etc.), local de aplicação
(fachada, piscina, piso e paredes internas e externas, etc.) e tipo de uso (residencial,
comercial, industrial, hospitalar, etc.). Isto reforça a necessidade de complementar a
norma de especificação, quanto aos tipos de componentes das argamassas para
rejuntamento.
Os ensaios recomendados pela NBR 14992 são: retenção de água, variação
dimensional, resistência à compressão, resistência à tração na flexão, absorção de
água por capilaridade aos 300 minutos e permeabilidade aos 240 minutos.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 50
Feres (2004) comparou os itens do projeto de norma 18:406.05-001:2002 com os da
norma atual (Quadro 6) e constatou que algumas propriedades foram eliminadas na
norma atual. Na análise critica a atual norma NBR14992/2003 detectou lacunas
importantes como: à falta de aspectos referente às características físicas e químicas
do material; a ausência de alguns ensaios fundamentais como: índice de
consistência, resistência ao manchamento, limpabilidade, aderência à lateral da
cerâmica, módulo de deformação, resistência à ação dos raios solares, melhores
especificações para a utilização de revestimento cerâmico em grandes fachadas e
em ambientes agressivos. Outra limitação da norma vigente é que ela se refere,
exclusivamente, à argamassa à base de cimento Portland, apesar da diversidade de
materiais existentes no mercado.
PROJETO DE NORMA
18:406.05-001:2002
NORMA ATUAL
NBR 14992/2003
Anexo A – Preparo da mistura – Procedimento.
Anexo B – Determinação do índice de consistência.
Anexo C – Determinação da retenção de água.
Anexo D – Determinação da retração linear.
Anexo E – Determinação da resistência à
compressão.
Anexo F – Determinação da resistência à tração na
flexão.
Anexo G – Determinação do módulo de deformação
estático.
Anexo H – Determinação da absorção de água por
capilaridade.
Anexo I – Determinação da Permeabilidade.
Anexo A – Preparo da mistura.
Anexo B – Determinação da retenção de
água.
Anexo C – Determinação da variação
dimensional.
Anexo D – Determinação da resistência
à compressão.
Anexo E – Determinação da resistência
à tração na flexão.
Anexo F – Determinação da absorção
de água por capilaridade.
Anexo G – Determinação da
permeabilidade.
Quadro 6 Comparação entre o Projeto de norma 18.406.05.001 e a Norma NBR 149922003
Pode-se acrescentar a essas lacunas, a necessidade de se definir índices que
determinem valores de módulo de deformação adequado para as argamassas, e a
criação de um método de ensaio para medir essa propriedade, considerando as
condições de uso e intempéries a que o revestimento será submetido.
Além da norma americana, ANSI A-118.6 (ANSI,1992), que deu origem ao projeto
de norma 18:406.05-001:2002, algumas normas internacionais têm sido usadas por
pesquisadores brasileiros, desde 1995, como referência para o desenvolvimento de
pesquisas e execução dos diversos métodos de ensaio para avaliar as diferentes
características e propriedades das argamassas.
Observou-se que os estudos e ensaios publicados sobre A.R. foram mais intensos
na ocasião das discussões e elaboração do projeto de norma 18:406.05-001:2002.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 51
Após a publicação da Norma, ano 2003, poucos foram os trabalhos divulgados sobre
o assunto.
Alguns métodos da ABNT não são adequados para argamassas para rejuntamento,
por medir parâmetros em concreto, que apresentam composição, propriedades,
função e comportamento diferente das argamassas. O tamanho do corpo de prova e
às condições de ensaio também são variáveis importantes, que podem inviabilizar
os resultados obtidos. A metodologia de determinação de qualquer propriedade deve
identificar quais são os fenômenos sico-químicos presentes e que são os
responsáveis pela variação da propriedade analisada (TRISTÃO; ROMAN, 1999).
Os ensaios contemplados pela atual norma estão descritos a seguir.
2.4.1 Ensaio de retenção de água
O ensaio de retenção de água mede a capacidade da argamassa fresca em manter
a sua consistência ou trabalhabilidade quando submetida a solicitações que
provocam perda de água.
“A capacidade de retenção de água proporciona uma cura mais eficiente do cimento,
o que resulta na maior resistência final do rejunte” (ITC, 1994, p.201 apud
JUNGINGER, 2003, p.25).
O ensaio consiste em determinar o diâmetro sobre a mancha de umidade provocada
pela argamassa no disco de papel filtro, após 10 minutos de ensaio, em milímetros,
cujo valor é a média aritmética de quatro diâmetros ortogonais, medidos com o
paquímetro.
Tristão e Machado (2003) analisaram métodos de ensaio de retenção de água e
consistência, em argamassas mistas de cimento cal e areia, de três normas distintas
(NBR 9287/86, NBR 13277/95 e ASTM C91/98). Dos métodos analisados o da NBR
13277 é o único que utiliza papel de filtro, assim como o método da NBR
14992/2003 recomendado para as argamassas para rejuntamento, embora os
equipamentos, o procedimento de ensaio e a expressão de cálculo sejam diferentes.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 52
Os valor mínimos adotados pela norma são de 75 mm para A.R.TIPO I e de 60
para A.R. TIPO II.
2.4.2 Variação dimensional
Esta propriedade está relacionada com a capacidade de retração ou expansão linear
da argamassa. A retração ocorre pela diminuição de volume devido da perda de
água para a base, por evaporação ou pela reação de hiratação do cimento. Sabe-se
que quanto maior a possibilidade de retração de uma argamassa, maior a
possibilidade de fissuras durante o endurecimento.
“A importância do estudo do fenômeno da retração das argamassas está ligado à
questão da qualidade e durabilidade das edificações” ( BASTOS;NAKAKURA;
CINCOTTO, 2005, P.252)
O projeto de norma 8:406.05-001:2002 para argamassa para rejuntamento usou o
termo retração linear para determinação dos índices e a atual norma adotou o nome
variação dimensional, que engloba tanto a retração quanto a expansão linear,
embora as argamassas cimentícias tendem a se retrair durante o período de cura.
Quanto ao requisito mínimo, permaneceu o valor limíte 2,00mm/m, aos 7 dias
de idade, para as A.R. TIPOS I e II, previsto no projeto de norma.
O procedimento de ensaio, na atual norma, recomenda a primeira leitura, 48h após
a desfôrma, e leituras às 24h e 168h, após a primeira leitura. Este procedimento não
considera a retração ocorrida nas primeiras 48h de idade.
A adoção de leituras até às 168 horas , sem leituras nas primeiras 24 horas, ainda
merece maiores estudos pois, Bastos; Nakakura e Cincotto (2005) mostraram que a
retração de argamassas de assentamento e revestimento medidas no estado fresco
(primeiras 24 horas) representa uma parcela significativa da retração normalmente
medida em corpos-de-prova no estado endurecido, aos 28 dias de idade. No gráfico
apresentado por eles, relacionando a retração no estado fresco e endurecido com as
horas de leituras efetuadas até aos 28 dias, verificou-se que a partir de 168 horas a
retração aumenta lentamente e com valores pequenos em relação aos valores
iniciais.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 53
2.4.3 Resistência à compressão
O valor mínimo para a resistência à compressão da A.R. foi adotado seguindo
sugestão do projeto de norma brasileiro ( 8,0 MPa para o Tipo I e 10,0 MPa para
o Tipo II aos 14 dias).
Nos ensaios comparativos, realizados pela comissão, os valores de tensão obtidos
com os corpos de prova do projeto de norma europeu ficaram abaixo dos valores
obtidos com os corpos de prova do projeto de norma brasileiro. Todavia, segundo
Falcão Bauer e Rago (2002), o perfil de comportamento de resistência das amostras
mostrou-se coerente para ambos os métodos.
Como esta propriedade é proporcional à propriedade módulo de deformação, quanto
maior a resistência à compressão, maior será o módulo de deformação e
conseqüentemente menor a capacidade da argamassa absorver deformações
intrínsecas, tais como a retração na secagem e de origem térmica, e as decorrentes
de movimentos estruturais (PROGRAMA QUALIMAT Qualidade dos Materiais
SINDUSCON-MG). Deve-se, portanto, conciliar a resistência à compressão com
valores de módulo compatíveis com o uso da argamassa, que necessita ser
deformável e resiliente (ROCHA-GOMES; TRISTÃO, 2008).
2.4.4 Resistência à tração
Também os valores adotados para a resistência à tração na flexão, na atual norma,
seguiram as recomendações do projeto de norma brasileiro ( 2,0 MPa para o Tipo I
e 3,0 MPa para o Tipo II) e, segundo Falcão Bauer e Rago (2002), se mostraram
coerentes em comparação ao projeto de norma europeu.
A resistência à tração pode influenciar positivamente no controle da fissuração, em
situações em que o movimento de retração por secagem está restringido.
Entretanto, executar revestimentos muito rígidos e com alta resistência à tração,
também podem causar fissuração, que a diminuição da capacidade de alívio das
tensões poderá superar facilmente a resistência à tração (MIRANDA;SELMO, 2003).
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 54
2.4.5 Absorção de água por capilaridade
Este todo foi acrescentado ao projeto de norma brasileiro, com base nos
resultados comparativos entre dois todos de ensaio, para a determinação da
absorção de água em argamassas para rejuntamento: ensaio de absorção de água
por imersão - ANSI A 118.6 (ANSI, 1992) e o método adaptado da NBR 9779
(ABNT, 1995) proposto por Tristão e Roman (1997) em que sugerem adaptações ao
método de absorção de água por capilaridade, usado em concreto, para ser utilizado
em argamassas de revestimento (FALCÃO BAUER e RAGO, 1999).
Embora os resultados mostrarem que os dois todos não podem ser comparados,
a norma atual adotou o todo brasileiro por apresentar maior possibilidade para
diferenciar os tipos de argamassas para rejuntamento, observando-se faixas nítidas
de capilaridade (FALCÃO BAUER e RAGO, 1999). Houve alteração apenas com
relação ao tempo do ensaio que passou de 360 min para 300 min.
No ensaio é determinada a quantidade de água absorvida pelo corpo-de-prova por
meio da ascensão capilar. Essa propriedade pode classificar a argamassa quanto à
sua capacidade de absorver a água do substrato.
Os requisitos mínimos para a absorção de água, aos 28 dias, são de 0,60 g/cm²
para o TIPO I e 0,30 g/cm² para o TIPO II.
2.4.6 Permeabilidade
A permeabilidade da argamassa para rejuntamento, que é um material poroso e
permite a passagem de água, está relacionada com a rede de poros existente e com
à existência de fissuras. Essa propriedade depende da natureza da base, da
composição e dosagem da argamassa, da técnica de execução, da espessura da
camada de revestimento e do acabamento final.
O método de ensaio proposto para a norma brasileira baseou-se na norma
americana e, segundo Falcão Bauer e Rago (2002) mostrou que A.R. que
apresentam maiores valores de permeabilidade à água, também apresentaram
maiores absorção de água por capilaridade.
Os valores dos requisitos mínimos adotados pela atual norma foram os mesmos
sugeridos pelo projeto de norma ( 2,0 cm³ para o Tipo I e 1,0 cm³ para o Tipo II),
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 55
com leituras de 60 em 60 minutos até o tempo máximo de 240 minutos, sendo o
resultado expresso pela média da leitura em três corpos-de-prova.
Em recente estudo, Grasley et al. (2006) testaram um novo método para medir a
porosidade de materiais cimentícios denominado dynamic pressurization (DP). O
teste envolve a aplicação rápida de uma pressão hidrostática em um cilindro
saturado, e então, é medida a resposta de deformação do material em função do
tempo, por meio de um strain gages instalado axialmente, no centro do corpo-de-
prova. Os autores concluem que o método permite determinar rapidamente (tempo
de duração do teste menos que 24 h) a permeabilidade e é um ensaio repetível.
2.5 PRINCIPAIS ESTUDOS RELACIONADOS ÀS ARGAMASSAS
PARA REJUNTAMENTO
As primeiras argamassas para rejuntamento eram constituídas somente de cimento
Portland branco e água. Como essa mistura gerava argamassa muito rígida, buscou-
se a evolução e, ao longo do tempo, diversas preocupações têm sido alvo de
estudos para a obtenção de produtos que atendam às solicitações requeridas para o
bom desempenho de revestimento cerâmico. Dentre as preocupações, destacam-se
propriedades como: capacidade de deformação, descoloração, mofo, retração,
fissuras, entre outras.
Junginger e outros. (2002) comentam a necessidade de avaliar outras propriedades
importantes na argamassa curada, com e sem aditivos, tais como: resistência de
aderência, absorção de água por imersão, resistência ao manchamento, resistência
mecânica e a abrasão. Dessas propriedades, a atual norma brasileira NBR
14992/2003, referente à argamassa para rejuntamento, só contempla os ensaios de
resistência mecânica, o que indica a necessidade de revisão e ampliação da
mesma.
A Tabela 1 apresenta o resumo dos principais estudos realizados em argamassa
para rejuntamento com os valores resultantes dos ensaios, que permitem verificar a
variação das propriedades nos produtos comercializadas no mercado nacional.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 56
Tabela 1 - Principais resultado de estudos experimentais em argamassa para rejuntamento, por diferentes pesquisadores:
VARIÁVEL DO
ENSAIO
NORMA
DIMENSÃO DO CP
(mm)
Nº DE
CP
VARIAÇÃO DE VALORES
IDADE DO
ENSAIO
AUTORES
PNB 18:406.05-001/1997 50 X 100 6 11,5 a 13,6 (MPa) 14 dias
PNB 18:406.05-001/1997
40 x40 x parte do
CP rompido à tração
6 10,0 a 14,5 (MPa) 14 dias
KUDO; MARTINS NETO, 2001.
PNE EN TC67/WG3/1997
40 x 40 x parte do
CP
6 9,2 a 15,4 (MPa) 28 dias
PNB 18:406.05-001/1997 50 x 100 6 8,2 a 13,5 (MPa) 28 dias
FALCÃO BAUER; RAGO, 2002.
Resistência à
compressão
NBR 7215 (1996) 50 x 100 3 20,0 MPa (média) 28 dias LOBATO; CARAZEK, 2002.
PNB 18:406.05-001/1997 25 x 25 x 280 4 2,76 a 5,30 (MPa) 28 dias
PNE EN TC67/WG3/1997
40 x 40 x 160 3 2,81 a 4,66 (MPa) 28 dias
FALCÃO BAUER; RAGO, 2002.
Resistência à
tração na flexão
NBR 12142 (1991) ¯ 6 4,00 MPa (média) 28 dias LOBATO; CARAZEK, 2002.
PNB 18:406.05-001/1997
25 x 25 x 280 5 0,34 a 0,51(mm)
8 1,02 a 1,76 (mm) FALCÃO BAUER; RAGO, 2002.
3 1,32 a 1,38 (mm) - s/ aditivo
Altura da flecha
em CPs com e
sem aditivo
EN 12002 /1997) 3 x 45 x 280
9 1,69 a 7,42 (mm)- c/ aditivo
28 dias
JUNGINGER et al, 2002.
1 58(mm) LOBATO; CARAZEK, 2002.
Retenção de
água
PNB 18:406.05-001/1997 ¯
7 43 a 94 (mm)
aos 10 minutos
FALCÃO BAUER; RAGO, 2002.
¯ 0,08 7 dias
Retração Linear PNB18:406.05-001/1997 ¯ ¯
¯ 0,125 14 dias
LOBATO; CARAZEK, 2002.
PNB 18:406.05-001/1997 50 x 100 3 0,166 a 0,548 (g/c) 28 dias Absorção de
água por
capilaridade
PNE EN TC67/WG3/1997
40 x 40 x 80 6 0,079 a 0,511 (g/c) 28 dias
FALCÃO BAUER; RAGO, 2002.
Permeabilidade PNB 18:406.05-001/1997 50 x 50 x 50 7 0,3 a 3,5 (cm³) 240 minutos FALCÃO BAUER; RAGO, 2002.
PNB- Projeto de Norma Brasileiro / PNE – Projeto de Norma Europeu.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 57
A utilização de aditivos e adições para aumentar a capacidade de deformação das
argamassas tem sido um procedimento padrão adotado pelos fabricantes. Junginger
et al. (2002) comprovaram a influência positiva do aditivo tipo SBR
11
na melhora da
flexibilidade das argamassas. Chegou-se a aumentos de até 400% na altura da
flecha com poucas variações, entre fornecedores diferentes. O ensaio foi realizado
de acordo com a norma européia EN 12002/2003 - Adhesives for tiles-
Determination of transverse deformation for cementitious adhesives and grouts.
Apesar de não ter parâmetros comparativos na normatização brasileira, na análise
dos resultados, além do aumento da capacidade de deformação transversal, foi
observado melhora na trabalhabilidade, no estado fresco.
Junginger et al. (2002) realizou também ensaio de manchamento em argamassa
para rejuntamento (cimentício e epóxi) com diferentes tipos de agentes manchantes
(Iodo, catchup, mostarda e violeta) e de limpeza (Quadro 7).
AGENTES DE LIMPEZA RESULTADOS
Água quente e escova com cerdas de
plástico
Ineficácia em todos os casos
Solução limpadora SL_F em diferentes
concentrações 1:10, 1:5 e 1:1 (SL_F: água)
Removeu apenas algumas manchas e provocou
grandes desgastes no material
Conclusão do ensaio: a limpeza das manchas deveu-se à remoção de uma camada superficial de
rejuntamento e não pela eficácia do produto. Alguns produtos penetrantes como iodo e violeta, a
limpeza foi impossível e a solução viável, neste caso, é a remoção e reaplicação completa do
material atingido.
Quadro 7 – Resultados obtidos após a aplicação de agentes de limpeza em argamassas de
rejuntamento
Nota: Dados adaptados pelos autores
O índice de consistência das argamassas para rejuntamento também é uma
propriedade que necessita de mais estudos. Falcão Bauer e Rago (2002) avaliaram
sete amostras de A.R. industrializadas com teor de água para o índice de
consistência padrão e com teor de água recomendado pelos fabricantes. Concluíram
que o índice de consistência não é um parâmetro confiável para classificação das
argamassas por apresentar diferenças nos resultados e sugeriram que a quantidade
11
Tipo de borracha – elastômero de butadieno- estireno
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 58
de água para a determinação do índice de consistência seja a recomendada pelo
fabricante.
Outra propriedade importante, e praticamente desconsiderada, é a capacidade de
descoloração dos pigmentos utilizados para conferir cor às argamassas de
rejuntamento que, segundo Bondioli; Manfredini e Novaes de Oliveira (1998) podem
ser classificados com base na origem, cor, constituição química, todo de
preparação e o uso. Os pigmentos, de acordo com sua propriedade, podem ser
responsáveis pela descoloração ou perda da cor do rejunte, prejudicando a estética
do revestimento (ROCHA-GOMES; ALVAREZ, 2007).
2.6 NORMAS INTERNACIONAIS REFERENTES ÀS ARGAMASSAS
PARA REJUNTAMENTO (GROUTS)
O Quadro 8 apresenta as normas americanas sobre argamassa para
rejuntamento e o Quadro 9, as normas européias divulgadas pelo NSSN
12
.
As letras iniciais das normas representam o órgão de sua origem. Observa-se
que as normas americanas são as mais antigas e as normas alemãs adotam a
mesma numeração das normas européia antecedida das siglas DIN e EN.
ISO International Organization Standardization Padrão internacional.
ASTM – American Society for Testing and Materials Americana.
ANSI –American National Standards Institute Americana.
CEN – European committee Standardization Européia.
DIN – Deutsches Institutr Normung Alemã.
12
Organização responsável pelo fornecimento de informações e comercialização de normas
internacionais, administrado pela ANSI (American National Standards Institute), com endereço
eletrônico: http://www.nssn.org.
Formatado: Normal
Formatado: Expandido por
0,2 pt
Formatado: Inglês (EUA),
Expandido por 0,2 pt
Formatado: Inglês (EUA),
Expandido por 0,2 pt
Formatado: Inglês (EUA),
Expandido por 0,2 pt
Formatado: Inglês (EUA),
Expandido por 0,2 pt
Formatado: Espaço Antes: 6
pt, Depois de: 6 pt, Com
marcadores + Nível: 1 +
Alinhado em: 0,63 cm +
Tabulação após: 1,27 cm +
Recuar em: 1,27 cm, Sem
controle de linhas órfãs/viúvas,
Não ajustar espaço entre o
texto latino e asiático, Não
ajustar espaço entre o texto
asiático e números,
Alinhamento da fonte: Linha de
base
Formatado: Inglês (EUA),
Expandido por 0,2 pt
Formatado: Inglês (EUA),
Expandido por 0,2 pt
Formatado: Inglês (EUA),
Expandido por 0,2 pt
Formatado: nota de rodapé
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 59
IDENTIFICAÇÃO ESPECIFICAÇÃO
ISO 13007-3: 2004
Ceramic tiles -- Grouts and adhesives -- Part 3: Terms, definitions
and specifications for grouts.
ISO 13007-4: 2005
Ceramic tiles -- Grouts and adhesives -- Part 4: Test methods for
grouts.
ASTM C1181-00(2005)
Standard Test Methods for Compressive Creep of Chemical-
Resistant Polymer Machinery Grouts.
ASTM C1339-02E1
Standard Test Method for Flowability and Bearing Area of Chemical-
Resistant Polymer Machinery Grouts.
ASTM C267-01(2006)
Standard Test Methods for Chemical Resistance of Mortars, Grouts,
and Monolithic Surfacings and Polymer Concretes.
ASTM C531-00(2005)
Standard Test Method for Linear Shrinkage and Coefficient of
Thermal Expansion of Chemical-Resistant Mortars, Grouts,
Monolithic Surfacings, and Polymer Concretes.
ASTM C579-01(2006)
Standard Test Methods for Compressive Strength of Chemical-
Resistant Mortars, Grouts, Monolithic Surfacings, and Polymer
Concretes.
ASTM C580-02
Standard Test Method for Flexural Strength and Modulus of
Elasticity of Chemical-Resistant Mortars, Grouts, Monolithic
Surfacings, and Polymer Concretes.
ASTM C658-98(2003)
Standard Specification for Chemical-Resistant Resin Grouts for
Brick or Tile.
ASTM C723-98(2003)
Standard Practice for Chemical-Resistant Resin Grouts for Brick or
Tile.
ASTM C905-01(2006)
Standard Test Methods for Apparent Density of Chemical-Resistant
Mortars, Grouts, Monolithic Surfacings, and Polymer Concretes.
ANSI A108.6-1999 (R2005)
Specifications for Installation of Ceramic Tile with Tile with Chemical
Resistant, Water Cleanable Tile Setting and Grouting Epoxy.
ANSI A108.8-1999 (R2005)
Specifications for Installation of Ceramic Tile with Chemical
Resistant Furan Mortar and Grout.
ANSI A108.9-1999 (R2005)
Specifications for Installation of Ceramic Tile with Modified Epoxy
Emulsion Mortar/Grout.
ANSI A118.3-1999 (R2005)
Specifications for Chemical Resistant, Water Cleanable Tile-Setting
and Grouting Epoxy and Water Cleanable Tile Setting Epoxy
Adhesive (included in ANSI A108.1-1992).
ANSI A118.5-1999 (R2005)
Specifications for Chemical Resistant Furan Resin Mortars and
Grouts for Tile Installation (included in ANSI A108.1-1992).
ANSI A118.6-1999 (R2005)
Specifications for Ceramic Tile Grouts (included in ANSI A108.1-
1992).
ANSI A118.7-1999 (R2005)
Specifications for Polymer Modified Cement Grouts for Ceramic Tile
Installation.
ANSI A118.8-1999 (R2005)
Specifications for Modified Epoxy Emulsion Mortar Grout (included
in ANSI A108.1-1992).
BSR A118.5-200x
American National Standards Specifications for Chemical Resistant
Furan Mortars and Grouts for Tile Installation (DRAFT STANDARD).
Quadro 8 - Lista das normas americanas referentes às argamassas para rejuntamento.
Fonte: NSSN (2006).
Excluído:
nssn
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 60
IDENTIFICAÇÃO ESPECIFICAÇÃO
EN 12002:2002
Adhesives for Tiles - Determination of Transverse Deformation for
Cementitious Adhesives and Grouts.
EN 12808-1:1999
Adhesives and Grouts for Tiles - Part 1: Determination of Chemical
Resistance of Reaction Resin Mortars.
EN 12808-2:2002
Grouts for Tiles - Part 2: Determination of Resistance to Abrasion.
EN 12808-3:2002
Grouts for Tiles - Part 3: Determination of Flexural and Compressive
Strength.
EN 12808-4:2002
Grouts for Tiles - Part 4: Determination of Shrinkage.
EN 12808-5:2002
Grouts for Tiles - Part 5: Determination of Water Absorption.
EN 13888:2002 Grouts for tiles - Definitions and specifications.
DIN EN 12002-2003
Adhesives for tiles - Determination of transverse deformation for
cementitious adhesives and grouts; German version prEN
12002:2002.
DIN EN 12808-1:1999
Adhesives and grouts for tiles - Part 1: Determination of chemical
resistance of reaction resin mortars.
DIN EN 12808-2:2002
Adhesives and grouts for tiles - Part 2: Determination of resistance
to abrasion; English version of DIN EN 12808-2.
DIN EN 12808-3:2002
Adhesives and grouts for tiles - Part 3: Determination of flexural and
compressive strength; English version of DIN EN 12808-3.
DIN EN 12808-4:2002
Adhesives and grouts for tiles - Part 4: Determination of shrinkage;
English version of DIN EN 12808-4.
DIN EN 12808-5:2002
Adhesives and grouts for tiles - Part 5: Determination of water
absorption; English version of DIN EN 12808-5.
DIN EN 13888:2002 Grouts for tiles - Definitions and specifications.
Quadro 9 - Lista das normas européias referentes às argamassas para rejuntamento.
Fonte: NSSN (2006).
2.7 TIPOS DE MÓDULO DE DEFORMAÇÃO
De acordo com Metha e Monteiro (1994), os tipos de módulo de deformação
calculados em concretos são:
Módulo de deformação estático:
Módulo tangente Declividade de uma reta tangente à curva em qualquer
ponto da mesma.
Módulo secante Declividade de uma reta traçada da origem a um ponto da
curva correspondente a 40 por cento da tensão da carga de ruptura
Módulo corda Declividade de uma reta traçada entre dois pontos da curva
tensão-deformação,traçada de um ponto representando uma deformação
Excluído:
nssn
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 61
longitudinal de 50µm/m ao ponto que corresponde a 40 por cento da última
carga.
Módulo dinâmico de deformação – Corresponde a uma deformação instantânea
muito pequena, dada aproximadamente pelo módulo tangente inicial. Ele é
geralmente 20, 30 e 40 por cento maior do que o módulo estático de deformação
para concretos de alta, média e baixa resistência respectivamente.
Módulo de deformação na flexão pode ser determinado pelo ensaio de tração na
flexão em uma viga carregada. Para viga apoiada nas extremidades e carregada no
meio do vão, ignorando-se a flexão devido ao cisalhamento, o valor do módulo é
calculado por:
E =PL³
48 Iy
Equação 1
Onde,
y = deformação no meio do vão;
P = carga;
L = comprimento do vão;
I = momento de inércia.
A NBR 8522/2003 para concreto define módulo de elasticidade estático como
módulo de deformação tangente inicial que é considerado equivalente ao módulo de
deformação secante ou cordal entre 0,5 MPa e 30% da resistência à compressão
determinada em dois corpos-de-prova similares.
2.8 MÓDULO DE DEFORMAÇÃO DAS ARGAMASSAS PARA
REJUNTAMENTO
2.8.1 Abordagem conceitual
Durante a realização da pesquisa, observou-se que alguns conceitos utilizados para
caracterizar a capacidade de deformação das argamassas estão sendo adotados de
forma equivocada. Esse fato despertou interesse em continuar a abordagem
conceitual iniciada por Bastos (2003) com o objetivo de retomar e fomentar essa
discussão no meio técnico e científico.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 62
Os materiais podem sofrer deformação específica imediata, também conhecida
como deformação elástica, que é reversível, ou deformação plástica, que é
irreversível, quando do descarregamento da força aplicada. A deformação elástica
ocorre dentro do limite elástico e fora deste limite ocorre à deformação plástica. A
Figura 5 mostra o diagrama Tensão-deformação de um material frágil como é o caso
dos materiais cerâmicos
13
.
Figura 5- Diagrama tensão- deformação para um material frágil.
Até certo nível de tensão aplicada, o material trabalha no regime elástico-linear, isto
é, segue a lei de Hooke e a deformação linear específica é proporcional ao esforço
aplicado no trecho retilíneo do diagrama tensão-deformação. A constante de
proporcionalidade denominada “módulo de deformação longitudinal” ou “módulo de
elasticidade” (SILVA, 200-?
14
) é a propriedade mecânica que mede as forças de
ligação interatômicas do material, e tem relão com a rigidez do produto de
engenharia resultante (VAN VLACK, 1984) e é determinada pela razão entre a
tensão aplicada e a deformação unitária resultante (BAUER, 2006)
Nos ensaios de carregamento estático podem-se observar deformações elásticas,
proporcionais às tensões aplicadas, ou plásticas (BASTOS, 2003) em que as
deformações são definitivas. O comportamento do material com relação ao tipo de
deformação que ele vai ter depende de suas características e propriedades
mecânicas, físicas e químicas.
13
“Os materiais cerâmicos abrangem uma variedade de substâncias, tais como vidro, tijolos, pedras,
concreto, abrasivos, vernizes e esmaltes para porcelana, isolantes dielétricos, materiais magnéticos
não-metálicos, refratários para altas temperaturas etc” (VAN VLACK, 1984, p. 301).
14
Década provável da publicação referência recomendada pela norma NBR 6023/2002 quando a
data da publicação não puder ser determinada.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 63
Por ser a argamassa para rejuntamento o material que preenche às juntas de
dilatação necessárias para a acomodação da variação dimensional do revestimento
cerâmico, é fundamental que ela possua capacidade de sofrer deformação e que
essa deformação seja reversível para permitir a expansão e a retração do Sistema
de Revestimento Cerâmico sem comprometer o seu desempenho funcional.
Entretanto, as argamassas para rejuntamento à base de cimento Portland são
classificadas, de acordo com as características definidas pela engenharia dos
materiais, como “materiais cerâmicos que são tipicamente não-deformáveis e
usualmente estáveis sob condições ambientais severas” (VAN VLACK, 1984, p.302).
No conceito moderno, a Associação Brasileira de Cerâmica define que materiais
cerâmicos são todos os materiais inorgânicos, não metálicos, obtidos geralmente
após tratamento térmico em temperaturas elevadas.
No Brasil, muitos fabricantes de argamassas para rejuntamento adotam o termo
“rejunte flexível” para caracterizar um tipo de argamassa que se “adequa
eficazmente a diferentes situações” e, de acordo com o market do produto, tem a
capacidade de suportar as tensões e acompanhar os movimentos de dilatação e
retração causados pelas variões climáticas. Entretanto, o termo está sendo
utilizado de forma equivocada, pois, um material flexível se caracteriza por ser
maleável e permitir sua dobra ou curvatura, sem quebrar, o que não significa que a
deformação seja do tipo elástica, ou seja, reversiva. Um exemplo comum de
flexibilidade com deformação plástica pode ser observado em uma luminária (Figura
6) ou microfone (Figura 7) de haste flexível que permite ser dobrada, curvada e
retorcida, conforme a posição requerida pelo usuário, permanecendo estática até
que uma nova posição seja estabelecida.
Figura 6 – Luminária haste flexível.
Fonte: Brindes união (2007).
Figura 7 – Microfone haste flexível.
Fonte: Clone (2007).
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 64
O termo "resiliência" - adotado nas ciências exatas para caracterizar a propriedade
de alguns materiais de acumular energia, quando exigidos e estressados, e voltar ao
seu estado original sem qualquer deformação - se tornou um conceito em alta e vem
sendo deslocado para a área de ciências humanas e biológicas para “designar a
capacidade de o indivíduo sobrepor-se e construir-se positivamente diante das
adversidades” (CARMELLO, 2004, p.12).
Helvécia (2004) utilizou o conceito para denominar a competência humana à
habilidade do elástico, ou da vara do salto em altura - aquela que enverga no limite
máximo sem quebrar, volta com tudo e lança o atleta para o alto.
Segundo a norma ASTM D2632 apud Vilar (2004), resiliência é determinada pela
quantidade de energia devolvida após a deformação, por aplicação de uma tensão.
É medida normalmente em percentual da energia recuperada e fornece informações
sobre o caráter elástico do material.
Em metalurgia, resiliência refere-se à propriedade de um material recuperar-se
ou adaptar-se rapidamente. Resiliência também é a propriedade pela qual um corpo
devolve a energia que armazena ao sofrer uma deformação elástica assim que
cessa a tensão deformadora. Um material perfeitamente elástico tem uma resiliência
de 100% e um perfeito absorvedor de 0 (zero) (VILAR, 2004).
Portanto, os termos “resiliente” ou “reversivo” são mais apropriados para designar
um material cuja deformação característica ocorra dentro do limite elástico do que o
termo “flexível”.
2.8.2 Capacidade de deformação das argamassas
A norma, NBR 14992 - A.R.- Argamassa à base de cimento Portland para
rejuntamento de placas cerâmicas Requisitos e métodos de ensaio (ABNT, 2003),
não faz referência ao assunto. Por isso, é necessária a realização de mais estudos
e experimentos para dar subsídios à criação de um método de ensaio adequado
para medir a capacidade de deformação das argamassas, levando-se em
consideração as tensões sofridas pelo sistema de revestimento sob condições de
intempéries reais e as propriedades dos materiais que compõem cada tipo de
argamassa.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 65
A maioria das pesquisas realizadas, no Brasil, para avaliar a capacidade de
deformação das argamassas, utiliza normas internacionais ou método adaptado do
ensaio de módulo de deformação estático para corpos-de-prova de concreto, da
norma brasileira NBR 8522 (ABNT, 1984), sendo este último questionável quanto a
sua eficiência para ser utilizados em argamassas (BAUER; RAGO, 2002).
O valor numérico ideal para módulo de deformação das argamassas para
rejuntamento é um parâmetro ainda não definido e difícil de ser avaliado, devido à
falta de uma correlação entre esse valor e o comportamento do material, após sua
aplicação e uso. Os ensaios adotados não consideram todos os fatores que
originam os movimentos nos revestimentos e não medem a capacidade de
reversibilidade do material.
A capacidade de deformação de argamassas colantes à base de cimento Portland
foi avaliada por Bucher e Nakakura (1995) utilizando três diferentes métodos de
normas internacionais. Dentre as conclues, os pesquisadores destacam que os
resultados não podem ser comparados e que os ensaios descritos nessas normas
não submetem os corpos-de-prova a ciclos higrométricos, procedimento altamente
desejável num método de ensaio que tente reproduzir a realidade em que os
revestimentos cerâmicos ficam expostos.
Godoy e Barros (1999a) utilizaram, em argamassa de revestimento, o carregamento
do método do dulo de deformação estático para concreto, NBR 8522 (ABNT,
1984), e a adaptação da norma inglesa, BS 4551/80. Na curva tensão-deformação, a
argamassa de cimento Portland para revestimento com aditivo apresentou maior
módulo do que a argamassa de cimento Portland para revestimento sem aditivo,
quando submetidas à mesma tensão. Entretanto, ao se comparar as curvas de
ambas as argamassas, verificou-se que a argamassa com maior módulo suportou
maior carga de ruptura e apresentou maior capacidade de deformação. Este
resultado demonstra a dificuldade que o método adotado apresentou em relacionar o
valor encontrado para o módulo com as propriedades e características dos materiais
componentes nos dois tipos de argamassas ensaiadas.
Em outra pesquisa, utilizando polímeros estireno-butadieno (SBR) e estireno-acrílico
(M) em argamassas para ser empregada como camada de estanquidade em áreas
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 66
molháveis, Godoy e Barros (1999b) mostraram que para a maioria das argamassas
com adição de polímero, o módulo de deformação diminuiu ao longo do tempo,
enquanto que nas argamassas referências (sem polímero) o módulo aumentou.
Entretanto, concluíram que alguns tipos de tensoativos formam um resistente filme
de polímero que contribui para o aumento da resistência à compressão, podendo
elevar o valor do módulo de deformação e, ao mesmo tempo, desenvolvendo na
argamassa a capacidade de absorver deformações. Esses resultados,
aparentemente contraditórios, sugerem novos estudos comparativos para relacionar
o valor do módulo ao comportamento do material quanto à sua resistência e
capacidade de deformação.
Outra forma, que vem sendo usada para medir o dulo de deformação das
argamassas é o método dinâmico. O módulo de elasticidade dinâmico pode ser
determinado por freqüência de ressonância ou por velocidade de propagação de
onda ultra-sônica. Monde et al. (2007) executaram ensaios para comparar os
resultados dos dois métodos e concluíram que, embora os resultados confirmassem
existência de excelente correlação entre as duas metodologias, o formato do corpo-
de-prova influencia no resultado do módulo de elasticidade dinâmico.
Acredita-se que esse fator pode ter sido influenciado pela densidade de massa
aparente dos corpos-de-prova de diferentes tamanhos e procedimentos de
moldagem. Assim, sugerem estudos no sentido de estabelecer um procedimento de
moldagem dos corpos-de-prova que garantam maior homogeneidade das
densidades de massa aparente e pesquisas para avaliar a influência do coeficiente
de “Poisson” das argamassas no valor do módulo que é uma das variáveis do
método por ondas ultra-sônicas.
Philleo (1955, apud Barbieri, 1957, p.76) publicou um trabalho comparando os
resultados da determinação do módulo de Young em concreto, utilizando três
métodos, o estático, o de ressonância e o de pulsação. Os resultados demonstraram
haver diferenças entre o todo de ressonância e o estático e, também, maior
relação entre os ensaios dinâmicos (ressonância e pulsação) e as características do
concreto. No ensaio dinâmico, as propriedades físicas do material ficam menos
adulteradas pelo fato do ensaio não provocar as deformações plásticas do material,
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 67
como ocorre no ensaio estático, durante o período de carregamento. Além de poder
obter determinações ao longo do tempo.
No método por ultra-som, a velocidade da onda ultra-sônica é calculada em função
do tempo gasto para que a onda percorra a distância entre os dois transdutores de
pulsos elétricos (emissor e receptor) do aparelho PUNDIT (Figura 8). Essa distância
corresponde à altura do corpo-de-prova (Figura 9).
Figura 8 PUNDIT Portable Ultrasinic
Non-destructive Digital Indicating Tester
Figura 9 Determinação do módulo de
elasticidade dinâmico utilizando o PUNDIT
Fonte: Silva; Campiteli (2006).
De acordo com a norma internacional C 597 (ASTM, 2002), o módulo de elasticidade
é determinado em função da velocidade da onda ultra-sônica, da densidade do
material e do coeficiente de Poisson
15
(Equação 1).
E = ٧² x ρ x (1 + µ) x ( 1 - 2µ)
1- µ
Equação 2
Onde:
E = módulo de elasticidade dinâmico;
٧ = velocidade de propagação da onda ultra-sônica;
µ = coeficiente de Poisson;
ρ = densidade.
O coeficiente de Poisson das argamassas varia de 0,10 a 0,20 (CARNEIRO, 1999
apud SILVA; CAMPITELI, 2006), entretanto, os resultados dos ensaios de
caracterização realizados por Lobato e Carasek (2002), seguindo o método de
ensaio da norma D 3148 (ASTM, 1994) apresentaram valores de 0,18 para rejunte
comum e 0,22 para rejunte “flexível”.
15
Razão entre a deformação transversal associada a uma deformação longitudinal na direção do
esforço de tracão.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 68
A norma NBR 8802 (ABNT, 1994) prescreve método de ensaio para determinar a
velocidade de propagação de ondas longitudinais por pulsos ultra-sônicas através de
componente de concreto. Esse método objetiva três aplicações: verificar a
uniformidade do concreto, detectar eventuais falhas internas de concretagem, avaliar
a profundidade das fissuras ou outras imperfeições e avaliar o módulo de
deformação (FIGUEIREDO, 2005).
A norma DIN EN 12504 (DIN, 2004) “Testing Concrete in Structures – Part 4:
Determination of ultrasonic pulse velocity”, que também determina o método de
ensaio para medir a velocidade de propagação da onda ultra-sônica, relata que
pequenos defeitos ou falhas no interior do corpo-de-prova têm pouco ou nenhum
efeito no tempo e, conseqüentemente, na velocidade de transmissão da onda. Essa
afirmação pode ser utilizada como referência para estudos mais aprofundados com
o objetivo de utilizar o método dinâmico para a determinação do módulo de
deformação em argamassas e verificar a influência, ou não, da sua porosidade no
resultado do ensaio.
Silva e Campiteli (2006) utilizaram o método dinâmico para avaliar o módulo de
elasticidade de argamassa de revestimento e concluíram que tanto o módulo quanto
a velocidade de propagação das ondas são variáveis importantes, que podem ser
utilizadas para monitorar o desempenho de um revestimento de argamassa quanto
às resistências mecânicas e quanto ao surgimento de fissuras.
As vantagens do todo ultra-sônico é ser não-destrutivo, rápido e de cil
execução (SILVA; CAMPITELI, 2006), além de poder ser utilizado tanto em corpos-
de-prova, em laboratório, quanto em estruturas consolidadas. Por ser não-
destrutivo, quando usado em laboratório, o método permite que, no mesmo corpo-
de-prova, também seja determinado o módulo de deformação estático, em ensaios
destrutivos de compressão e de tração na flexão e os resultados comparados.
Bastos (2003) conseguiu reunir informações para mostrar a variedade de métodos,
parâmetros de ensaio e formatos de corpos-de-prova que são adotados para a
determinação do módulo de deformação das argamassas e que impossibilitam a
comparação entre os resultados de pesquisas de diferentes autores.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 69
Outro fato abordado por Bastos (2003) é que as pesquisas em argamassa, no Brasil,
têm avançado com relação à caracterização do material fora das condições reais de
aplicação, o que distancia os valores das propriedades medidas em corpos-de-prova
das mesmas propriedades medidas no material aplicado e sujeito à ação das
solicitações internas e externas.
Poucos trabalhos abordam a propriedade, deformação, em estudos específicos para
argamassa para rejuntamento, destacando-se:
Falcão Bauer e Rago (2002) realizaram ensaios - deformação transversal (EN
12002, CEN,1997a), tração na fleo (projeto de norma brasileiro 18:406.05-
001, atual NBR 14992/2003) e tração na flexão (projeto de norma europeu
prEN TC67/WG3 DOC .343, atual EN 12808-3) - medindo as deformações
dos corpos-de-prova no momento da ruptura. Nas considerações finais
sugerem a inclusão de valores mínimos para a resistência à tração na flexão,
e máximos para a taxa de tensão/deformação, na especificação das
argamassas para rejuntamento;
Kuko e Martins Neto (2001) estudaram os métodos de determinação do
módulo de deformação estático em dois tamanhos de corpos-de-prova (5 x 10
e 4 x 4 x 16 cm) usando o método do projeto de norma supracitado e o
método dinâmico com corpos-de-prova de 2,5x 2,5 x 28,50 mm, de acordo
com a norma, o método proposto no caderno de ensaio do CSTB (CENTRE
SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BÂTIMENT), 1995. As diferenças dos
resultados do módulo estático para os dois tamanhos de corpos-de-prova,
não foram significativas, embora o corpo-de-prova prismático tenha
apresentado vantagens em relação ao cilíndrico por dispensar capeamento.
Observou-se ainda que nenhum dos dois métodos utilizados (estático e
dinâmico) permitiu diferenciar a argamassa para rejuntamento do TIPO I e do
TIPO II.
Junginger et al. (2002) realizaram ensaio de deformação transversal, de
acordo com a norma EN 12002 (CEN, 1997), em argamassas para
rejuntamento, com e sem aditivos, e verificaram a influência positiva dos
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 70
aditivos na trabalhabilidade e capacidade de deformação, embora tenham
contribuído para maior quantidade de ar incorporado;
Lobato Paes e Carasek (2002) executaram ensaio de módulo de elasticidade,
para caracterização das argamassas que rejuntaram um painel com
revestimento cerâmico para ensaio de temperatura, com e sem aditivo, de
acordo com a norma C 469 (ASTM, 1994). A argamassa para rejuntamento
com polímero apresentou menor módulo quando comparada com a
argamassa para rejuntamento comum e com a pasta de cimento.
Junginger (2003) realizou ensaio experimental de resistência à compressão
utilizando a norma para concreto NBR 8522 (ABNT, 1984), traçando
simultaneamente, o gráfico de tensão-deformação para o cálculo do módulo
de deformação estático. Foram utilizados dois tipos de argamassa, com e
sem aditivo. Os resultados tamm apresentaram menor módulo de
deformação para as argamassas com aditivo;
Feres (2006) abordou o assunto relacionando o módulo de deformação às
patologias causadas pelo choque térmico, que ocorrem nos revestimentos
cerâmicos, comparando as normas da ANSI (American National Standard),
ISO (International Organization for Standardization) e ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) referentes às argamassas para rejuntamento
e constatou a inexistência dessa propriedade apenas na norma brasileira.
Não foram encontrados trabalhos que abordassem estudos sobre a microestrutura
das argamassas para rejuntamento e propriedades químicas e reológicas de seus
componentes
16
, que são diferentes dos componentes das argamassas para
revestimento e das argamassas colantes, principalmente, com relação ao tipo de
agregado.
16
Os componentes e sua função específica na mistura: cimento Portland (resistência), carbonatos
(carga), Hidroxipropil Metil Celulose (ligante), lignossulfonatos (dispersantes), estearato de zinco
(hidrofugante), polímeros (plasticidade), fungicidadas (combate fungos) e os pigmentos (cor).
(ROCHA-GOMES e ALVAREZ, 2007).
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 71
A adoção da propriedade módulo de deformação como requisito de desempenho
para as argamassas para rejuntamento, poderia ser uma forma de incentivar aos
pesquisadores e fabricantes a busca por novos materiais e métodos de ensaio
adequados para serem empregados em produtos com propriedades e
comportamento elástico.
Como exemplo de ensaio adequado para medir a capacidade de um material
retornar ao seu estado original após o descarregamento, a Figura 10 ilustra um
método simples das normas NBR 8619 e ASTM D 4574 utilizado para determinar a
resiliência de espumas flexíveis de baixa densidade no qual uma bola de tamanho e
peso padrões cai sobre a amostra da espuma, de uma altura padrão. A quantidade
de energia devolvida é determinada então pelo ricochete resultante (VILAR, 2004).
Figura 10 – Equipamento para a determinação da resiliência em espumas flexíveis
Fonte: Vilar (2004).
Embora a argamassa para rejuntamento à base de cimento Portland tenha
propriedades e comportamento bem diferentes das espumas de baixa densidade,
que dificultam a medida por esse tipo de ensaio, o objetivo do exemplo é questionar
sobre o tipo de material mais apropriado para ser utilizado nas juntas de
assentamento dos revestimentos cerâmico e sobre os tipos de ensaio que estão
sendo adotados para medir módulo de deformação sem relacioná-lo à capacidade
de reversibilidade. Um fator importante nessa discussão se refere à forma de
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 72
aplicação da carga, isto é, aplicação estática ou dinâmica, que levam a diferentes
comportamentos do material ensaiado.
Outra propriedade pouco pesquisada é a aderência da argamassa para
rejuntamento à placa cerâmica e ao substrato. A aderência é um requisito de
desempenho fundamental para evitar problemas de infiltração de água e
descolamento do rejunte e para garantir a fixação do material às laterais das
cerâmicas ao suportar as solicitações mecânicas. Embora a área de contato efetivo
seja a garantia da aderência da argamassa ao substrato (TEMOCHE-ESQUIEL et
al., 2007), no caso das argamassas para rejuntamento, essa área é muito pequena
se comparada com as áreas de contato das argamassas de revestimento e de
assentamento. Esse fato torna a interface rejunte / placa cemica / substrato mais
vulnerável e, mesmo que a argamassa para rejuntamento tenha propriedade elástica
e retorne a sua posição inicial após a retração do revestimento cerâmico, a falta de
aderência pode permitir a penetração da água e posterior colapso do sistema.
Portanto, a propriedade aderência deveria ser também, um critério de desempenho
recomendado pela norma de argamassas para rejuntamento.
2.8.3 Influência da temperatura no comportamento das argamassas em
sistemas de revestimentos cerâmicos
A dilatação e a contração térmica influenciadas pela temperatura o sempre
volumétricas, ou seja, o corpo se dilata ou se contrai em todas as direções. Quando
a dilatação ou contração ocorre em apenas uma direção é linear. Se a variação
ocorre em duas direções da área da seção é superficial, e se ocorre nas três
direções (linear e superficial) é volumétrica. (RAMALHO; NICOLAU; TOLEDO,
2003).
O valor da dilatação linear (L) de um material está diretamente relacionado ao seu
comprimento inicial (L
0
) e à variação de temperatura (∆Ө) em que está submetido
(Equação 3). Porém, cada material possui um coeficiente de dilatação característico
(α ) que também influenciará diretamente no valor final da dilatação do material.
L = α x Lo x ∆Ө
Equação 3
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 73
A dilatação superficial (A) é diretamente proporcional à área inicial, à variação de
temperatura e ao coeficiente de dilatação superficial que corresponde ao dobro da
dilatação linear (Equação 4).
A = β x A
o
x
∆Ө , sendo β = 2α
Equação 4
A dilatação volumétrica (V) é diretamente proporcional ao volume inicial, à variação
de temperatura e ao coeficiente de dilatação volumétrica que corresponde ao triplo
do coeficiente de dilatação linear (Equação 5).
V= ץ x V
o
x
∆Ө , sendo ץ =2α
Equação 5
Nos três tipos de dilatação, para um mesmo comprimento inicial e mesma variação
de temperatura, sofrerá maior dilatação o material que possuir maior coeficiente de
dilatação α.
O sistema de revestimento cerâmico é formado por camadas de diferentes materiais
interligadas entre si. A ligação dessas camadas forma um conjunto único que
impede dilatação ou contração de cada camada individualmente. O impedimento da
livre movimentação das camadas gera forças internas de tensão que podem levar ao
rompimento ou deformação de todo o conjunto. Entretanto, soluções técnicas devem
ser implementadas no sistema de revestimento cerâmico para permitir a sua
dilatação ou contração e evitar patologias como fissuras, deslocamento e
desplacamento que podem provocar sérios danos materiais e humanos.
NATUREZA MOVIMENTO REVERSIBILIDADE
Movimento brusco pelo choque térmico.
Variação da temperatura
Movimento térmico.
Movimento higroscópico.
Reversível
Ação da umidade
Expansão por umidade das placas cerâmicas
Retração da argamassa de emboço ou da
argamassa colante da camada de fixação.
Comportamento intrínseco
dos componentes e
elementos do edifício
Movimentos da estrutura de concreto devido
as cargas permanentes: peso próprio,
fluência, retração.
Irreversível
Ação do vento
Movimento do edifício devido cargas de
vento.
Irreversível/reversível
(analisar cada caso
especificamente)
Quadro 10 - Classificação dos movimentos dos elementos construtivos quanto à sua natureza
e reversibilidade.
Fonte: Ribeiro (2003).
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 74
Ribeiro (2006) classificou os movimentos que ocorrem nas camadas do revestimento
cerâmico, mostrados no Quadro 10.
O conhecimento das condições climáticas externas é importante, pois, essas
representam os requisitos sicos para a determinação de materiais e
procedimentos técnicos que reduzam ao máximo, ou eliminem o aparecimento de
patologias nos revestimentos cerâmicos.
Goulart; Lamberts; Firmino (1998) determinaram dados climáticos de 14 cidades
brasileiras: Temperatura de Projeto, Graus-dia e Graus-hora, Temperaturas BIN,
Ano Climático de Referência e Dias Típicos de Projeto de Verão e Inverno. Além
disso, caracterizam o clima das cidades analisadas por meio de uma descrição
estatística, apresentando valores tais como: médias mensais e anuais, valores
máximos e mínimos absolutos, temperatura de bulbo seco, amplitudes de
temperatura, temperaturas médias das máximas e médias das mínimas, temperatura
de bulbo úmido, umidade relativa, conteúdo de umidade e ventos. Essas
informações podem ser utilizadas como referência para se pensar num método de
ensaio, que leve em consideração as condições climáticas de cada região, para
verificar o movimento e deformações sofridas pelos revestimentos cerâmicos.
A norma BS 5385:part2 (BSI,1991) e a norma C1472 (ASTM, 2005) consideram que
o movimento térmico é o efeito predominante nas variações dimensionais dos
componentes do edifício e, no caso dos revestimentos aderidos, por estar o
movimento térmico restringido, esse efeito torna-se um grande indutor de tensões
cíclicas, sobretudo que tendem a originar fadiga nas ligações entre camadas ao
longo do tempo (GOULART; LAMBERTS; FIRMINO, 1998).
A temperatura gerada pela incidência da radiação solar sobre o revestimento
cerâmico pode sofrer influência da ação dos ventos e da umidade, da cor da
superfície das placas cerâmicas e do tipo de material constituinte que, em seu
potencial de absorção de calor e, conseqüentemente, em sua temperatura de
superfície provocará maior ou menor dilatação térmica, influenciando também no
comportamento da camada de revestimento (GOULART; LAMBERTS; FIRMINO,
1998).
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 75
Os efeitos causados pelas variações térmicas o prejudiciais ao desempenho do
sistema de revestimento cerâmico, devido à ocorrência de tensões cíclicas aliadas a
outras tensões a que o revestimento está exposto e, ao longo do tempo, pode
ocorrer um mecanismo de fadiga (LOBATO PAES ; CARASEK ,2002).
A quantidade de energia absorvida pela placa depende de suas características.
Portanto, placas de diferentes composições apresentam coeficientes de dilatação
diferenciados (JUNGINGER, 2003).
Campante (2001, apud Junginger, 2003, p.47) apresenta várias medições de
temperatura em placas de cores diferentes e chega a valores de quase 70
0
C para
placas escuras e 48
0
C para placas claras, ambas sob insolação e posicionadas na
fachada oeste.
Ribeiro (2006) simulou o cálculo da temperatura nas placas cerâmicas de cor branca
e preta em local cuja temperatura ambbiente é de 15°C e chegou a 80,2°C para a
cerâmica preta e 59,4°C para cerâmica branca, respectivamente. A diferença de
temperatura de 65,2°C para a cerâmica preta e de 44,4° para a branca mostra a
importância de pensar em ensaio que levem em consideração, não só a temperatura
do ambiente, mas também a temperatura real do revestimento. Alguns
pesquisadores já seguiam essa linha e desenvolveram estudos tentando simular
situações mais próximas da realidade.
No estudo realizado por Lobato Paes e Carasek (2002) sobre o desempenho das
argamassas para rejuntamento e das juntas de assentamento no comportamento
térmico do sistema de revestimento cerâmico, o módulo de elasticidade da
argamassa para rejuntamento, da argamassa colante e da argamassa de emboço
demonstrou ser uma propriedade fundamental para os resultados da pesquisa.
Assim, recomendam a realização de estudos sistemáticos sobre o dulo de
elasticidade das argamassas e a uniformidade do método de ensaio para a sua
determinação.
Roman et al. (2000) utilizaram câmara climatizada para avaliar argamassas colante,
variando temperatura e umidade durante 120 ciclos de três horas, correspondente a
15 dias de ensaio, e verificaram que não houve variação significativa na resistência
de aderência entre os painéis ciclados e o de referência, embora, tenham observado
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 76
que não houve total aderência entre as peças cerâmicas e o emboço. Observaram
ainda que o número de ciclos do ensaio de envelhecimento acelerado pode ter sido
insuficiente para causar a degradação do sistema.
Com o mesmo objetivo Vaz Sá e Freitas (2007a) avaliaram o desempenho de
argamassas colante portuguesas, denominadas cimento–cola, submetendo os
corpos-de-prova ao ensaio de envelhecimento acelerado em câmara climatizada que
permite a variação da temperatura, umidade, radiação solar e chuva. Os resultados
mostraram um importante decréscimo de aderência após 112 ciclos de
envelhecimento de 12 horas (correspondente a dois meses) e previram o fim da vida
útil em 140 e 210 ciclos, com uma tensão de aderência de 0,3 MPa, para os dois
tipos de argamassa colante utilizadas.
Em outro trabalho, Vaz e Freitas (2007b) correlacionaram o tempo de vida útil do
cimento-cola no ensaio artificial acelerado supracitado e o tempo real de exposição
natural por meio de modelo de previsão. O resultado mostrou que 210 ciclos (maior
valor crítico encontrado) corresponde a seis anos de vida útil em tempo real.
Saraiva (1978) observou diminuição de tensão em todas as camadas do sistema de
revestimento ao substituir a argamassa para rejuntamento tipo 1 pela argamassa
para rejuntamento tipo 2, mais deformável, concluindo que o sistema como um todo
torna-se mais aliviado em nível de tensão, quando se utiliza argamassa para
rejuntamento menos rígida.
Recentemente, foi divulgado o projeto de norma 18:400.04-008/Abril/2008 -
Argamassa para assentamento e revestimento de paredes Determinação do
módulo de elasticidade dinâmico por meio de propagação de onda ultra-sônica , que
propõe a adoção do método de onda ultra-sônica para o cálculo do módulo de
elasticidade dinâmico em argamassas de assentamento e revestimento. Entretanto,
esse projeto não faz referência às argamassas para rejuntamento.
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA 77
CAPÍTULO 3
PROGRAMA EXPERIMENTAL:MATERIAIS E
MÉTODOS
CAPÍTULO 3 – PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 78
3 PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS
O programa experimental foi elaborado com o objetivo de conhecer o processo de
fabricação das argamassas para rejuntamento à base de cimento Portland, planejar,
organizar e executar os ensaios de laboratório, realizados em três marcas de A.R.
selecionadas.
Para facilitar a execução do programa experimental, o trabalho foi dividido em duas
fases. Na primeira fase realizaram-se visitas técnicas a três fábricas de argamassa
para rejuntamento no Estado do Espírito Santo e a segunda fase foi subdividida em
três etapas mostradas no fluxograma da Figura 11 e descritas a seguir:
Na primeira etapa foi feito um levantamento das normas técnicas relativas ao SRC e
de todos os equipamentos, fôrmas e materiais necessários para a realização dos
ensaios laboratoriais.
A segunda etapa compreendeu a execução do estudo piloto com a moldagem de 48
(quarenta e oito) corpos-de-prova, de uma única marca, para testar os equipamentos
e fôrmas e detectar as dificuldades dos procedimentos de ensaio, com o objetivo de
corrigir as possíveis falhas durante a realização dos ensaios definitivos.
Na terceira e última etapa adquiriram-se as argamassas de três marcas diferentes
para a moldagem de 156 (cento e cinqüenta e seis) corpos-de-prova e realização
dos ensaios definitivos. Tanto os ensaios do estudo piloto, segunda etapa, quanto
os ensaios definitivo, terceira etapa, foram realizados de acordo com as
recomendações das normas nacionais e internacionais adotadas no projeto.
Os ensaios realizados nas três marcas de argamassas para rejuntamento foram
separados em dois grupos: ensaios de caracterização que incluem retenção de
água, variação dimensional, resistência à tração na flexão, resistência ä
compressão, permeabilidade, absorção de água por capilaridade e índice de vazios
e, no segundo grupo, ensaios para medir o módulo de elasticidade e o módulo de
deformação na ruptura dessas argamassas, como mostra o organograma da Figura
12.
CAPÍTULO 3 – PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 79
2
ª
FASE DO
PROGRAMA EXPERIMENTAL
1
ª
ETAPA
2
ª
ETAPA
3
ª
ETAPA
AQUISIÇÃO DE NORMAS
TÉCNICAS, EQUIPAMENTOS E
EXECUÇÃO DE FÔRMAS.
ESTUDO PILOTO
MOLDAGEM DOS CPs
CURA
DOS CPs
ENSAIOS
Variação dimensional - NBR14992/03
Resistência à tração na flexão
NBR 14992/03
Resistência à compressão
NBR 14992/03
Permeabilidade aos 240 minutos
NBR 14992/03
ENSAIOS DE NORMAS
NACIONAIS
Índice de vazios – NBR 9778/05
ESTUDO DEFINITIVO
ENSAIOS DE NORMAS
INTERNACIONAIS
Compressive and Flexural strenght
DIN EN 12808-3/02
Dynamic modulus of elasticity
ASTM C 597-02 / DIN EN 12504-4/
NBR 8802/04
Transversal deformation
DIN EN 12002/03
Absorção de água por capilaridade aos
300 minutos - NBR 14992/03
Módulo de elasticidade estático
NBR 8522/03
Retenção de água - NBR14992/03
AQUISIÇÃO DE AR PARA TESTE
AQUISIÇÃO DE TRÊS MARCAS DE AR PARA ESTUDO
Figura 11 - Fluxograma das etapas do programa experimental
CAPÍTULO 3 – PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 80
Figura 12 – Fluxograma de ensaios realizados nas marcas 1, 2 e 3.
ENSAIOS PARA
CARACTERIZAÇÃO
ENSAIOS
DE MÓDULO
DE DEFORMAÇÃO
MÓDULO DE
ELASTICIDADE
MÓDULO DE
DEFORMAÇÃO
NA RUPTURA
ENSAIOS NAS ARGAMASSAS PARA REJUNTAMENTO
(MARCA 1 - MARCA 2 - MARCA 3)
Variação dimensional
NBR14992/03
Resistência à tração
na flexão
NBR 14992/03
Resistência à
compressão
NBR 14992/03
Permeabilidade
NBR 14992/03
Índice de vazios
NBR 9778/05
Absorção de água por
capilaridade
NBR 14992
/03
Retenção de água
NBR14992/03
Módulo de
elasticidade estático
NBR 8522/03
Transversal
deformation
DIN EN 12002/03
Flexual strenght
DIN EN 12808-3/02
Dynamic modulus of
elasticity
ASTM C597-02
DIN EN 12504-4/04
NBR 8802 /94
Tração na flexão
NBR 14992/03
Compressive
strenght
DIN EN 12808/02
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 81
O dulo de elasticidade foi calculado tanto no ensaio estático (NBR 8522/2003),
utilizando extensômetro elétrico, como no ensaio dinâmico, utilizando aparelho de
onda ultra-sônica (ASTM C 597-02, DIN EN 12504-4/2004 e NBR 8802/1994).
O módulo de deformação na ruptura foi calculado em três tipos de ensaios de flexão
diferentes, tração na flexão - norma NBR 149992/2003, Flexural strenght - norma
DIN EN 12808-3/2002 e transverse deformation - norma DIN EN 12002/2003.
Considerando a quantidade de corpos-de-prova recomendados pelas normas
adotadas, a disponibilidade de fôrmas, o número de repetições de alguns ensaios, e
o reaproveitamento de alguns corpos-de-prova para dois ensaios diferentes, foram
moldados 52 (cinqüenta e dois) Cps para cada uma das três marcas do estudo
definitivo, totalizando 156 (cento e cinqüenta e seis) corpos-de-prova (Tabela 2).
Tabela 2 - Número de corpo-de-prova por ensaio e por marca
ENSAIO NORMA
NÚMERO DE
CPS
RECOMENDADO
PELA NORMA
NÚMERO DE
CPS
MOLDADOS
PARA CADA
MARCA
NÚMERO DE
CPS
MOLDADOS
PARA AS TRÊS
MARCAS
Retenção de
água
NBR14992/03 1 1 3
Variação
dimensional
NBR14992/03 3 4 12
Resistência à
Tração na flexão
NBR14992/03 3 12 36
Resistência à
compressão
NBR14992/03 4 4 12
Permeabilidade NBR14992/03 3 4 12
Absorção de água
por capilaridade
NBR14992/03 3
Índice de vazios NBR 9778/05 -
4
12
Módulo de
elasticidade
estático
NBR 8522/03 3
Módulo de
elasticidade
dinâmico
ASTM C 597/02 e
DIN EN 12504/04
-
12
36
Compressive and
Flexural strenght
DIN EN 12808-
3/2002
3 3 9
Transversal
Deformation
DIN EN
12002/2003
3 8 24
TOTAL 26 52 156
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 82
O procedimento para a moldagem dos 52 Cps por marca, foi realizado em dois dias
distintos, sendo 44 CPs moldados em um dia (Figura 13) e os 8 Cps (45 x 300 x 3
mm) do ensaio de deformação transversal, por serem muito delicados e difíceis de
moldar, foram moldados em outro dia (Figura 14).
Figura 13 – Corpos- de- prova das três marcas para a realização dos 10 (dez) primeiros
ensaios descritos na tabela 2.
Figura 14 – Corpos-de-prova das três marcas para a realização do ensaio de deformação
transversal, último ensaio descrito na tabela 2.
3.1 VARIÁVEIS DO ESTUDO
Foram medidas ao todo 13 variáveis (propriedades) obtidas de 8 métodos de
ensaios em três marcas (M1, M2 e M3) de argamassa para rejuntamento. As três
marcas foram escolhidas previamente, caracterizando um fator de variação.
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 83
O Quadro 11 abaixo apresenta as variáveis, o método de ensaio utilizado para obtê-
las, bem como as unidades de medida das mesmas.
Quadro 11 - Apresentação das variáveis do estudo, o método de ensaio para a sua obtenção e
as unidades de medida.
VARIÁVEL MÉTODO DE ENSAIO UNIDADE
Retenção de água Norma NBR 14992/03 mm
Variação dimensional Norma NBR 14992/03 mm/m
Resistência a tração MPa
Flecha mm
Módulo de Deformação MPa
Tamanho real do CP (largura, altura
e profundidade)
NBR 14992/03
DIN EN 12808-3/02
DIN EN 12002/03
mm
Resistência a compressão MPa
Tamanho real do CP (diâmetro e
altura)
NBR 14992/03
DIN EN 12808-3/02
mm
Permeabilidade NBR 14992/03 cm³
Absorção de água por capilaridade NBR 14992/03
g/cm²
Índice de Vazios NBR 9778/05 %
Módulo de elasticidade estático NBR 8522/03 MPa
Módulo de elasticidade dinâmico
(lado 1 e 2 e lado 2 e 1)
ASTM C597-02
DIN EN 12504-4/04
MPa
3.2 MATERIAIS
3.2.1 Argamassa para rejuntamento
Foram avaliadas três marcas de fabricantes diferentes, denominadas marcas M1,
M2 e M3. Em cada marca optou-se por selecionar apenas a argamassa para
rejuntamento à base de cimento Portland com aditivo, classificada pelos respectivos
fabricantes como “rejunte flexível”. As argamassas dos fabricantes das marcas 1 e 2
atendem as especificações do TIPO I da NBR 14992/2003 e a argamassa do
fabricante da marca 3 atende aos TIPOS I e TIPO II.
A escolha dos fabricantes, cujos produtos foram avaliados, obedeceu ao critério de
nível de utilização em 26 empresas construtoras na região da Grande Vitória,
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 84
cadastradas no SINDICON-ES
17
. As três marcas foram as mais citadas por
funcionários do setor técnico ou comercial em entrevistas realizadas nas empresas.
A quantidade de argamassa para rejuntamento necessária para a realização dos
ensaios definitivos foi estimada considerando as dimensões e o número de corpos-
de-prova necessários para cada tipo de ensaio e para as três marcas. A partir desse
dado, calculou-se a quantidade de material necessário para moldagem dos 156
corpos-de-prova do programa experimental (Tabela 3).
Tabela 3-Cálculo do volume e peso de argamassa para rejuntamento por marca e volume e
peso totais.
Nº. DE CORPOS-DE-PROVA (UN) VOLUME DE A.R. (ml)
ENSAIOS
POR MARCA
PARA AS TRÊS
MARCA
POR MARCA
PARA AS TRÊS
MARCAS
Retenção de água 1 3 17 51
Variação
dimensional
4 12 180 2160
Resistência à
Tração na flexão
12 36 1920 5760
Resistência à
compressão
4 12 800 2400
Permeabilidade e
índice de vazios
4 12 500 1500
Absorção de água
por capilaridade
4 12 800 2400
Módulo de
elasticidade estático
e dinâmico
12 36 2400 7200
Compressive and
Flexural strenght
3 9 768 2304
Transversal
Deformation
8 24 325 975
TOTAL 52 156
7710 ml 8 L
= 12 kg
24750 ml 25L
= 37,5 kg
Em função da relação água/argamassa anidra recomendada e da quantidade de
aditivo adotado pelos fabricantes das três marcas, a consistência e o rendimento da
mistura foram diferentes. Para preencher o mesmo número de fôrmas por marca,
foram pesadas as seguintes quantidades de argamassa: marca 1 (14 kg), marca 2
(15,740 kg) e marca 3 (15,650 kg).
17
Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Espírito Santo.
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 85
3.2.2 Água
As condições da água de amassamento utilizadas na mistura seguiram as
recomendações da norma NBR 14992/2003. Água potável, proveniente da rede
pública de abastecimento da Companhia Espírito Santense de Saneamento
(CESAN), com temperatura do ambiente do laboratório, (23±2)º C. O lculo da
quantidade da água de amassamento para cada marca, seguiu as relações
água/argamassa anidra, em massa, recomendas pelos respectivos fabricantes
sendo: Marca 1 – 0,3; Marca 2 – 0,27 e Marca 3 – 0,22.
3.3 MÉTODOS
Os métodos de trabalho adotados na pesquisa foram descritos por subitens para
facilitar a compreensão e a efetivação do programa experimental.
3.3.1 Acompanhamento do processo de fabricação
Com o objetivo de compreender melhor a composição das argamassas para
rejuntamento, optou-se por acompanhar o processo de fabricação em três indústrias
do Estado do Estado Espírito, destacando-se que essas e as demais fábricas do
Estado, produzem rejuntes à base de cimento Portland. As três fábricas visitadas
não correspondem aos fabricantes das três marcas de A.R. adotadas no programa
experimental desta pesquisa.
A escolha das indústrias a serem visitadas obedeceu, por ordem de atendimento,
aos critérios: maior produção; melhor receptividade e disponibilidade em repassar as
informações; autorização da visita.
As visitas foram acompanhadas por um técnico ou gerente de produção e seguiram
como procedimento padrão um questionário, para adquirir as seguintes informações:
Materiais componentes do produto, origem da matéria prima, etapas do processo de
fabricação, controle de qualidade e impacto ambiental.
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 86
3.3.2 Execução de estudo Piloto
Adotou-se como uma das etapas da metodologia a realização do estudo piloto
simulando todos os procedimentos de ensaios com o objetivo de testar os
equipamentos e fôrmas que foram adquiridos para a moldagem dos corpos-de-
prova, além de avaliar o procedimento de execução do ensaio para solucionar os
possíveis problemas que poderiam ocorrer durante a realização dos ensaios
definitivos.
No estudo piloto, foram gastos 14 kg de argamassa para moldar os 48 corpos-de-
prova de uma única marca teste. O experimento foi criteriosamente planejado,
tentando aproximar, ao máximo, das mesmas condições de tempo, de ambiente -
temperatura de (23±2)º C e umidade relativa de (60±5)% - e com as mesmas
pessoas envolvidas no processo de preparação das amostras definitivas.
A princípio, o objetivo era moldar todos os CPs, em uma única batelada, para tentar
eliminar as variáveis dia, hora, alteração de procedimento, interferência do técnico e
outras que pudessem modificar os resultados dos ensaios, no entanto, devido ao
grande número de CPs a serem moldados e a complexidade do procedimento de
moldagem do ensaio de deformação transversal da DIN EN 12002 , o programa de
moldagem foi dividido em duas etapas como mostra a Tabela 4.
Tabela 4 – Propriedades avaliadas nos ensaios do estudo piloto e número de CPs por ensaio.
ENSAIOS
Nº. DE CORPOS-DE-PROVA POR
ENSAIO (UN)
Retenção de água 1
Variação dimensional 4
Resistência à tração na flexão 12
Resistência à compressão
4 (retirados dos 12 cps moldados para o
ensaio módulo estático)
Permeabilidade e índice de vazios 4
Absorção de água por capilaridade 4
Módulo de elasticidade estático e dinâmico 12
1ª Etapa
Compressive and Flexural strenght 3
2ª Etapa Transversal Deformation 8
TOTAL 48
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 87
Essa divisão permitiu viabilizar o planejamento do estudo piloto e foi mantida na
realização dos ensaios definitivos, mesmo que ainda com muita dificuldade, devido
ao grande número de Cps da primeira etapa.
Na primeira etapa do estudo piloto, foram preparados 12 (doze) kg de A.R. para a
moldagem dos 40 (quarenta) Cps referentes aos ensaios de retenção de água,
variação dimensional, resistência à tração, resistência à compressão,
permeabilidade, absorção por capilaridade e módulo de elasticidade (Figura 15 (a) e
(b)) e, na segunda etapa, que ocorreu em outro dia, foram moldados os 8 CPs do
ensaio de deformação transversal (Figura 16 (a) e (b)).
(a) (b)
Figura 15 (a) e (b) – Preparação das fôrmas para a moldagem dos 40 (quarenta) corpos-de-
prova do estudo piloto. O mesmo procedimento foi adotado para a moldagem dos 52
(cinqüenta e dois) corpos-de-prova dos ensaios definitivos.
(a) (b)
Figura 16 (a) e (b) - Preparação dos oito corpos-de-prova para realização do estudo piloto. O
mesmo procedimento foi adotado para os oito corpos-de-prova do ensaio definitivo de
deformação transversal.
A seguir, estão descritos os procedimentos, os equipamentos e fôrmas que foram
adquiridos ou adaptados para os seguintes ensaios:
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 88
3.3.2.1 Moldagem dos corpos-de-prova para todos os ensaios
Buscando aprimorar e agilizar o procedimento de moldagem, visto a grande
quantidade de CPs, adotou-se algumas ferramentas de trabalho, não especificadas
pela norma vigente, mas utilizada para preenchimento das juntas verticais de
alvenarias de blocos vazados de concreto. Foram fabricados, por um estofador,
sacos de couro sintético (bisnaga) com dimensões suficientes para armazenar uma
maior quantidade de argamassa durante o preenchimento das fôrmas.
A bisnaga com bico retangular de 22 mm de abertura foi utilizada para preencher as
fôrmas retangulares com largura de 25 mm. O bico redondo, com 3 mm de diâmetro,
foi usado no preenchimento de fôrmas cilíndricas e fôrmas maiores (Figura 17 e
Figura 18 (a), (b) e (c)). Adquiriram-se, ainda, espátulas de inox e de plástico flexível
que auxiliaram no momento do acabamento final das fôrmas (Figura 19).
Figura 17 – Ferramentas de trabalho utilizadas no procedimento de moldagem dos corpos-de-
prova.
(a) (b) (c)
Figura 18 (a), (b) e (c) – Preenchimento das fôrmas utilizando saco de couro sintético e
bicos de confeiteiro.
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 89
Figura 19 – Acabamento final dos corpos-de-prova utilizando espátula de inox.
3.3.2.2 Ensaio de deformação transversal ( EN12002/03)
A norma DIN EN 12002/2003 recomenda o uso de fôrma individual, composta por
duas partes (inferior e superior) para a moldagem dos CPs no ensaio de deformação
transversal. Entretanto, devido a dificuldade de mão de obra especializada, alto
custo do material e o número de corpos-de-prova a ser moldados (inicialmente
planejados em 24) optou-se por criar um modelo de fôrma que facilitasse a
execução do procedimento de moldagem sem alterar as dimensões recomendadas
pela norma. Diante das dificuldades citadas anteriormente, criou-se um modelo em
acrílico, com três partes: base (350 mm x 325 mm x 15 mm), molde inferior vazado
com 4 repartições de 45 mm x 280 mm x 5 mm e três parafusos, para a fixação do
molde inferior na base (Figura 20) e molde superior retangular com reentrância de
45 mm x 300 mm x 3 mm, para dar a forma final do corpo-de-prova (Figura 21).
Figura 20 molde inferior vasado com
quatro repartições de 45 mm x 280 mm x 5
mm parafusado sobre base acrílica (350 mm
x 325 mm x 12 mm).
Figura 21 molde superior com reentrância de
45 mm x 300 mm x 3 mm.
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 90
A moldagem dos oitos CPs para o ensaio de deformação transversal foi realizada
em outro dia devido à complexidade do pprio método, que é composto por várias
etapas
18
, ao manuseio da fôrmas desmontáveis, fabricadas em acrílico com sistema
de parafuso, e às dimensões dos CPs (45 mm x 300 mm x 3 mm) que exigiram
muita atenção e cuidados para evitar a quebra e, conseqüentemente, a repetição do
procedimento. A maior dificuldade foi impedir a fuga excessiva da argamassa pelas
laterais do molde superior, ao ser pressionado sobre o corpo-de-prova moldado na
base como recomenda a norma. Para tentar solucionar o problema sugere-se a
fabricação de um modelo de molde superior que permita a saída apenas do excesso
de argamassa sem permitir a fuga do material necessário para compor o formato e
as dimensões do corpo-de-prova.
Sugere-se também, que o molde inferior seja feito com um material mais rígido, pois
a deformabilidade do acrílico com espessura de 5 mm aliada à colocação dos
parafusos para a fixação do molde superior sobre a base, contribuíram para a
formação de uma pequena fresta entre o molde inferior e a base, embora esse
problema não tenha alterado as medidas dos corpos-de-prova.
3.3.2.3 Ensaio de tração na flexão e permeabilidade aos 240 minutos (NBR
14992/03)
Outra vantagem do estudo piloto foi a oportunidade para testar outras maneiras de
evitar que a argamassa grudasse na base e laterais da fôrma. A norma internacional
DIN EN 12002 sugere o uso de filme adesivo polietileno para forrar a base da fôrma,
entretanto, esse procedimento apresentou dificuldades de fixação do filme sem a
formação de pregas ou rugas. Assim, testou-se também o uso do plástico adesivo
tipo papel contact, que apresentou maior facilidade de manuseio do que o filme
adesivo, o óleo mineral, como recomendado pela norma brasileira para untar as
18
Preencher a fôrma parte inferior, aplicar 70 (setenta) golpes na mesa de compactação, rasar a
fôrma, retirar a parte inferior da fôrma e posicionar a parte superior da fôrma, com desmoldante, sobre
a argamassa, carregar a parte superior com um peso de (100±1)N e deixar por 1 hora, remover o
excesso de material ao lado da fôrma e deixar por 48 horas, retirar a parte superior, acondicionar os
CPs em recipiente plástico, com tampa, por 12 (doze) dias, retirar os CPs do recipiente plástico e
deixar curar, ainda em temperatura padrão de laboratório, por mais 14 dias, data da realização do
ensaio.
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 91
fôrmas, e a vaselina. Concluiu-se que, no caso do ensaio de deformação
transversal, o fato de a base ser de acrílico, apenas a aplicação de uma fina camada
de óleo foi suficiente para a desmoldagem, sem a quebra do delicado corpo-de-
prova. Já, nos ensaios de permeabilidade aos 240 minutos e tração na flexão da
NBR 14992/03, em que as fôrmas de aço existentes no laboratório receberam uma
peça maciça de alumínio para reduzir as dimensões internas e atender as
dimensões recomendadas pela norma (Figura 22 (a)e (b)), o plástico adesivo
apresentou melhor desempenho no momento da desmoldagem. Nas demais fôrmas
de aço, o óleo mineral foi utilizado sem problemas.
(a) (b)
Figura 22 (a) e (b) – Adaptação de peças de alumínio maciça, revestidas com plástico adesivo,
para a redução das dimensões internas das fôrmas existentes, para a moldagem dos CPs dos
ensaios de permeabilidade aos 240 min e tração na flexão da NBR 14992/03.
3.3.2.4 Adoção de mecanismos didáticos para o planejamento e execução dos
ensaios definitivos
O estudo piloto foi importante também, para que o planejamento dos ensaios
definitivos fosse aprimorado por meio de mecanismos e ferramentas de trabalho
como:
Cronograma de Ensaios (Apêndice B) cronograma detalhado com data e
seqüência das etapas de todos os ensaios realizados nas três marcas
testadas. Esse instrumento de trabalho contribuiu para o planejamento,
execução e acompanhamento do programa experimental de forma
organizada, sem atropelos e surpresas de última hora.
Roteiro do procedimento da moldagem (Apêndice C) esse instrumento de
trabalho foi fundamental para evitar erros no momento da moldagem dos 52
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 92
(cinqüenta e dois CPs) por marca. Consiste numa lista resumo com o passo-
a-passo do procedimento de moldagem de cada ensaio descrito no respectivo
texto normativo (número e seqüência das camadas, número e seqüência dos
golpes e a forma de executar o acabamento final). Cada lista foi afixada na
parede sobre a bancada de trabalho, na direção da respectiva fôrma a ser
preenchida, facilitando e agilizando o trabalho.
Planilhas de ensaio (Apêndice D) contribuíram para a execução individual
de cada ensaio. Nela foram registrados o nome do ensaio, equipamentos e
materiais necessários no ensaio, a referência normativa, o requisito mínimo
para a propriedade, hora de início e fim do preparo da mistura e das etapas
do ensaio, número de CPs e resultados intermediários e finais do ensaio.
3.3.3 Métodos utilizados nos ensaios de caracterização
O Tabela 5 apresenta um resumo com as propriedades determinadas nos ensaios
de caracterização, número e nome das normas utilizadas e a quantidade de corpos-
de-prova moldados por marca e para as três marcas. Como mostrado no quadro e
no fluxograma da Figura 12, para a caracterização das argamassas estudadas,
seguiu-se todos os métodos normativos da NBR 14992 (ABNT, 2003) retenção de
água, variação dimensional, resistência à compressão, resistência à tração na
flexão, absorção de água por capilaridade e permeabilidade - e outros dois ensaios,
índice de vazios (NBR 9778/05) e compressive strenght (DIN EN 12808/02).
Adotaram-se os dois métodos, da norma brasileira e da internacional, para a
determinação da propriedade resistência à compressão com o objetivo verificar
possíveis diferenças de resultado entre eles, já que a norma brasileira recomenda
corpos-de-prova cilíndricos (50 mm x 100 mm) e a norma alemã recomenda corpos-
de-prova prismáticos (40 mm x 40 mm x 160 mm).
Nos resultados do estudo de Kuko e Martins Neto (2001), o corpo-de-prova
prismático apresentou vantagens em relação ao cilíndrico por dispensar
capeamento. Pelo mesmo motivo, Godoy e Barros (1999) sugerem a utilização de
CPs cúbicos por dispensarem capeamento das faces e possuírem maior
paralelismo das faces opostas, facilitando o ajuste no momento do ensaio. Embora,
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 93
os corpos-de-prova da norma alemã sejam prismáticos, o procedimento de ensaio
recomenda o rompimento da metade do corpo-de-prova resultante do ensaio de
tração na flexão, utilizando as faces que ficaram em contato com as laterais da
fôrma, esse fato garante as mesmas vantagens citadas para os CPs cúbicos.
O ensaio índice de vazios foi incluído nos ensaios de caracterização, visto a
necessidade de verificar se a porosidade dos corpos-de-prova mostrou-se coerente
com os resultados dos ensaios de absorção de água por capilaridade,
permeabilidade e módulo de elasticidade estático e dinâmico.
Tabela 5 – Ensaios definitivos para a caracterização das argamassas para rejuntamento
NOME DO ENSAIO NORMA
Nº. DE CPS
POR
MARCA
Nº. DE CPS
PARA AS TRÊS
MARCAS
Determinação da
retenção de água;
Anexo B
1 3
Determinação da
variação dimensional;
Anexo C
4 12
Determinação da
resistência à
compressão;
Anexo D
4 12
Determinação da
resistência à tração;
Anexo E
12 36
Determinação da
absorção de água por
capilaridade;
Anexo F
4 12
Determinação da
permeabilidade;
Anexo G
NBR 14992 (ABNT, 2003)
A.R. - Argamassa à base de cimento
Portland para rejuntamento de placas
cerâmicas – Requisitos e métodos de
ensaio.
4 12
Determinação da
resistência à
compressão;
EN 12808 (DIN, 2002)
Adhesives and grouts for tiles
Part 3: Determination of flexural and
compressive strength.
3 9
Índice de vazios.
NBR 9778 (ABNT, 2003)
Argamassas e concretos endurecidos –
Determinação da absorção de água,
índice de vazios e massa específica.
Mesmos CPs usados no ensaio
de absorção de água por
capilaridade.
TOTAL 32 96
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 94
3.3.4 Métodos utilizados nos ensaios de módulo de deformação
A deformação na ruptura dos corpos-de-prova foi medida durante a realização dos
ensaios de tração na flexão de três normas diferentes: NBR 14992/2033, DIN EN
12808-3/2002 DIN EN 12002/2003. A partir dos valores das deformações foram
calculados os módulos de deformação das A.R., adotando a equação 1 e, nos três
tipos de ensaios, verificou-se a existência ou não de correlação entre eles, utilizando
métodos estatísticos.
A Tabela 6 apresenta as propriedades determinadas nos ensaios de deformação,
número e nome das normas utilizadas, e a quantidade de corpos-de-prova moldados
por marca e para as três marcas.
Tabela 6 – Ensaios definitivos para medida da deformação para o cálculo do módulo de
deformação das argamassas para rejuntamento
PROPRIEDADES NORMA
Nº. DE CPS
POR MARCA
Nº.DE CPS
PARA AS TRÊS
MARCAS
Determinação da
deformação (flecha) no
ensaio de resistência à
tração na flexão em CPs de
25 x25 x 250 mm;
NBR 14992 (ABNT, 2003)
A.R. - Argamassa à base de
cimento Portland para
rejuntamento de placas
cerâmicas – Requisitos e
métodos de ensaio.
12 36
Determinação da
deformação (flecha) no
ensaio de resistência à
tração na flexão em CPs de
40 x40 x 160mm;
EN 12808 (DIN, 2002)
Adhesives and grouts for tiles
Part 3: Determination of flexural
and compressive strength.
3 9
Determinação da
deformação (flecha) no
ensaio de deformação
transversal em CPs de
3 x45 x 300mm.
EN 12002 (DIN, 2003)
Adhesives for tiles
Determination of transverse
deformation for cementitious
adhesives and grouts.
8 24
TOTAL 23 69
Vale lembrar que o número total de corpos-de-prova da Tabela 6 não é cumulativo
em relação ao total apresentado na Tabela 5, visto que, os corpos-de-prova
utilizados na determinação das deformações nos ensaios de tração na flexão das
normas NBR 14992/03 e DIN EN 12808/02, são os mesmos computados naquela
tabela.
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 95
3.3.5 Métodos utilizados nos ensaios de módulo de elasticidade
O módulo de elasticidade foi medido por meio de dois métodos de ensaio diferentes,
estático e dinâmico, utilizando os mesmos corpos-de-prova para verificar a
existência ou não de correlação entre as médias das leituras efetuadas em 12 CPs
por marca.
A Tabela 7 apresenta as normas que foram utilizadas para medir as duas
propriedades e o número de CPs moldados por marcas e para as três marcas.
Tabela 7 – Ensaios definitivos para cálculo do módulo de elasticidade estático e dinâmico nas
argamassas para rejuntamento
PROPRIEDADES NORMA
Nº. DE CPS POR
MARCA
Nº. DE CPS
PARA AS TRÊS
MARCAS
Determinação do módulo de
elasticidade no ensaio estático
em CPs de 50 x 100 mm.
NBR 8522 (ABNT, 2003)
Concreto – Determinação
dos módulos estáticos de
elasticidade e de
deformação e da curva
tensão-deformação.
Determinação do módulo de
elasticidade no ensaio dinâmico
em CPs de 50 x 100 mm.
C 597 (ASTM, 2002)
Standard Test Method for
Pulse Velocity Concrete
EN 12504 (DIN, 2004)
Testing concrete in
structures Part 4:
Determination of
ultrasonic pulse velocity.
12
36
TOTAL 12 36
Durante o ensaio dinâmico surgiu um questionamento quanto à influência ou não do
lado do corpo-de-prova escolhido para a leitura, no valor do módulo de elasticidade.
Como as normas consultadas não definem o lado do corpo-de-prova para conectar
os transdutores do aparelho PUNDIT e realizar a leitura da velocidade de
propagação das ondas ultra-sônicas, optou-se por fazer a leitura dos dois lados.
Adotou-se, então, um símbolo para identificar o lado 1 e o lado 2 de cada CP e as
leituras foram feitas com três repetições em cada lado, nos 12 (doze) corpos-de-
prova, para cada uma das três marcas estudadas somando um total de seis leituras
por corpo-de-prova e, conseqüentemente, seis valores de módulo de elasticidade
para posterior análise estatística dos resultados.
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 96
Os ensaios de módulo dinâmico foram realizados na mesma idade do ensaio de
módulo de elasticidade estático e de resistência à compressão (aos 14 dias) para
aproveitamento dos corpos-de-prova, que possuem o mesmo formato e dimensão, e
para viabilizar a correlação entre os resultados dos módulos e das resistências que
só é possível quando as propriedades são medidas nos mesmos corpos-de-prova.
Após a verificação da influência ou não do lado, calculou-se o módulo de
elasticidade dinâmico utilizando a equação 1.
E = ٧² x ρ x (1 + µ) x ( 1 - 2µ)
1- µ
Equação 1
Onde,
E módulo de elasticidade dinâmico
٧ velocidade da onda
ρ densidade
µ coeficiente de Poisson
3.3.6 Métodos estatísticos e software utilizados para análise dos dados
A análise estatística foi realizada para todos os resultados de ensaios do programa
experimental. As variáveis quantitativas foram analisadas por meio de estatísticas
descritivas (médias, desvios padrões, coeficiente de variação e, quando exigido por
norma, o desvio relativo máximo) e estatísticas inferenciais (teste de médias
ANOVA, que compara as médias globalmente, o teste a posteriori de DUNCAN, que
compara as médias duas a duas, e o coeficiente de correlação PEARSON).
3.3.6.1 Estatística descritiva
As médias, desvio padrão e o coeficiente de varião foram calculados para todos
os resultados obtidos nos ensaios de caracterização e ensaios de módulo realizados
nas três marcas.
3.3.6.2 Influência de variáveis de medida no resultado do ensaio
Em alguns ensaios fez-se necessário avaliar a interferência de variáveis com o
propósito de obter resultados mais confiáveis.
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 97
Medida do corpo-de-prova => É comum que após o procedimento de cura
ocorra diferença nas dimensões do corpo-de-prova em relação às medidas
especificadas pela norma. Portanto, utilizaram-se recursos da estatística
inferencial para verificar se essa diferença poderia interferir nos resultado dos
ensaios, que utilizam as dimensões dos CPs como base de cálculo da
propriedade a ser medida. As propriedades que passaram por essa análise
foram: a resistência à tração, que foi determinada no ensaio de
caracterização e nos ensaios de módulo de deformação, e a resistência à
compressão, que foi determinada no ensaio de caracterização e no ensaio de
módulo de elasticidade estático.
Lado do corpo-de-prova => No ensaio de módulo de elasticidade dinâmico foi
verificado se o lado (face) do CP escolhido para fazer a conexão dos
transdutores de medida da velocidade da onda ultra-sônica influenciava no
valor do módulo de elasticidade. Para essa análise foram feitas leituras em
12 CPs, alternando os dois lados: leitura - lado 1, transdutor direito e lado
2, transdutor esquerdo; leitura lado 2, transdutor direito e lado 1,
transdutor esquerdo. Esse procedimento foi repetido três vezes objetivando
aumentar o número de dados para uma análise estatística mais confiável.
3.3.6.3 Comparação entre as médias das marcas
As três marcas foram comparadas em relação às médias de cada propriedade,
medidas durante o experimento, com o objetivo de verificar se os valores eram
estatisticamente iguais ou diferentes e, quando diferentes, verificou-se quais marcas
eram diferentes duas a duas.
Para a comparação entre as médias das três marcas utilizou-se o teste ANOVA e o
teste a posteriori de DUNCAN.
Além dos resultados individuais, mostrados no capítulo de apresentação e discussão
dos resultados, no capítulo de conclusões, foi apresentada uma tabela resumo
classificando as marcas em relação ao melhor e pior resultado e em relação ao
atendimento ou não às recomendações normativas para cada tipo de ensaio
realizado.
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 98
3.3.6.4 Correlação entre os resultados
A partir dos resultados do ensaio de módulo de elasticidade estático e módulo de
elasticidade dinâmico, realizados nos mesmos corpos-de-prova, foram calculados os
coeficientes de correlação de PEARSON para as seguintes variáveis: resistência
versus módulo de elasticidade estático; resistência versus módulo de elasticidade
dinâmico; módulo de elasticidade estático versus dulo de elasticidade dinâmico.
Ao invés da média dos resultados, a correlação envolveu os valores dos resultados
individuais dos 36 corpos-de-prova, das três marcas, com o objetivo de obter uma
amostra mais representativa.
3.4 EQUIPAMENTOS E RECURSOS LABORATORIAIS
Os equipamentos e recursos laboratoriais utilizados em cada ensaio estão descritos
no Quadro 12. Todos os corpos-de-prova foram moldados e curados em ambiente
de laboratório com temperatura de (23±2)º C e umidade relativa de (60±5)%.
ENSAIOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
- Argamassadeira planetária, marca G.PANIZ, modelo BP 20;
- Estula metálica;
- Balança plataforma digital, marca MARTE, capacidade máxima
200 kg, resolução de 50 g, 127 v;
- Relógio digital;
- Cronômetro com precisão de 0,5s;
- Recipiente para água com capacidade de 5 litros;
- Recipiente com capacidade de pesar 15 kg de material anidro;
- Pano úmido.
Preparo da mistura de
A.R.
(NBR 14992/2003)
(Figura 23)
(a) (b) (c)
Figura 23 (a), (b) e (c) – Preparo da mistura.
Quadro 12 - Relação dos equipamentos utilizados para a realização de cada ensaio da
pesquisa (Continua).
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 99
ENSAIOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
Copo cilíndrico, metálico, diâmetro interno de 42 mm, altura de12mm
e espessura da parede de 2 mm;
- Espátula metálica;
- Bisnaga de curvim com bico plástico redondo;
- Cronômetro com precisão de 0,5s;
- Disco de papel filtro (83±2)g/m² e185 mm de diâmetro;
- Paquímetro 30 cm, escala em milímetros, precisão de milésimo de
centímetro;
- Placa de vidro quadrada, 200 mm de aresta;
- Fita adesiva, caneta esferográfica e compasso.
Reteão de água
(NBR 14992/2003)
(Figura 24)
(a) (b)
Figura 24 (a) e (b) – Ensaio de Retenção de água
- 2 fôrmas de aço prismáticas, com seis e oito compartimentos de
seção quadrada 25 x 25 mm e comprimento de 285 mm;
- Aparelho comparador de comprimento com micrômetro graduado
(utilizado para realizar ensaio de retrão por secagem de
argamassas endurecidas para alvenaria estrutural, conforme NBR
8490);
- Bisnaga de curvim com bico inox retangular;
- Espátula metálica.
Variação dimensional
(NBR 14992/2003)
(Figura 25)
Figura 25 – Ensaio de variação dimensional
Quadro 12 - Relação dos equipamentos utilizados para a realização de cada ensaio da
pesquisa (Continua).
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 100
ENSAIOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
- 4 fôrmas cilíndricas, diâmetro interno de (50 ± 0,1) mm e altura
de (100 ± 0,2) mm;
- Bisnaga de curvim com bico plástico redondo;
- Espátula metálica;
- Soquete metálico;
- quina universal de ensaios, EMIC, célula de carga de 30.000
kgf, com taxa de aplicação de carga de (0,25 ± 0,05) MPa/s;
- Paquímetro 30 cm, precisão de misimo de centímetro;
- Computador acoplado à máquina de ensaio;
- Program Tesc e servidor VirMaq.
Resistência à
compressão
(NBR 14992/2003)
(Figura 26)
Figura 26 – Ensaio de resistência à compressão
- 6 Fôrmas de aço prismáticas, com seis compartimentos de seção
quadrada de 25 x 25 mm e comprimento de 250 mm;
- Espátula metálica;
- Bisnaga de curvim com bico inox retangular;
- Marcador de corpo-de-prova;
- Elementos cilíndricos de apoio e de aplicação de carga com raio de
curvatura de 4,30 mm e 60mm de comprimento;
- Máquina universal de ensaios, marca EMIC comlula de carga
de 200 kgf, com taxa de aplicação de carga de (4,5 ± 0,5) mm por
minuto e com dispositivo de flexão;
- Extensômetro elétrico;
- Computador acoplado à máquina de ensaio;
- Program Tesc e servidor VirMaq.
Resistência à tração na
flexão e deformação
(NBR 14992/2003)
(Figura 27)
Figura 27 – Ensaio de resistência à tração na flexão
Quadro 12 - Relação dos equipamentos utilizados para a realização de cada ensaio da
pesquisa (Continua).
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 101
ENSAIOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
Compressive and Flexual
strenght e deformação
DIN EN 12808/02
(Figura 28 e
Figura 29)
- 1 fôrma de aço prismática, com 3 compartimentos de seção
retangular de (40 x 40) mm e comprimento de 160 mm;
- Espátula metálica;
- Bisnaga de curvim com bico inox retangular;
- Mesa de compactação com 50 cm de Ø e altura de queda de 1,5 cm;
- Marcador de corpo-de-prova;
- Paquímetro 30 cm, precisão de milésimo de centímetro;
- Elementos cilíndricos de apoio e de aplicação de carga com raio de
curvatura de 5 mm e 60 mm de comprimento;
- Máquina universal de ensaios, marca EMIC com célula de carga
de 30 000 kg e taxa de aplicação de carga de 2400 N/s para ensaio
de compressão e, 200 kgf e taxa de aplicação de carga de 50 N/s
para ensaio de flexão;
- Dispositivos para ensaios de compressão e de tração na flexão;
- Extensômetro elétrico;
- Computador acoplado à máquina de ensaio;
- Program Tesc e servidor VirMaq.
Figura 28 – Flexural strenght and deformation
Figura 29 – compressive strenght
Quadro 12 - Relação dos equipamentos utilizados para a realização de cada ensaio da
pesquisa (Continua).
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 102
ENSAIOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
- 6 fôrmas acrílicas (parte A - base) com 4 compartimentos de 3 x
45 x 280 mm;
- 8 fôrmas acrílicas (parte B - superior) com 3 x 45 x 300 mm;
- 6 bases de acrílico 32,5 x 35 x 12 mm;
- Espátula metálica;
- Bisnaga de curvim com bico inox retangular;
- Marcador de corpo-de-prova;
- Mesa de compactação com 50 cm de Ø e altura de queda de 1,5 cm;
- Recipiente aço capaz de exercer uma força de 100 N em cada CP;
- 2 recipientes plásticos com tampa e volume interno de (26 ± 5)l;
- Máquina universal de ensaios, EMIC, célula de carga de 200 kg,
taxa de aplicação de carga de 2mm/min e com dispositivo de flexão;
- Computador acoplado à máquina de ensaio;
- Program Tesc e servidor VirMaq.
Determination of
transverse deformation
DIN EN 12002/03
(Figura 30)
(a) (b)
Figura 30 (a), (b) - Determination of transverse deformation
- 4 Fôrmas cilíndricas, Ø interno (50 ± 0,1) mm, altura (100 ± 0,2) mm;
- Estufa 220 V, 3960 KW, temperatura até 130º, (70 x90 x100 cm);
- Recipiente aberto com um nível de água constante de 5 mm acima
do suporte dos CPs;
- Bisnaga de curvim com bico plástico redondo;
- Espátula metálica;
- Balança digital MARTE, modelo AM 5500, carga máxima de 5000g,
resolução de centésimo de grama (até 500g) e décimo de grama
(acima de 500g);
- Dessecador;
- Soquete metálico.
Absorção de água por
capilaridade
(NBR 14992/2003)
(Figura 31)
(a) (b)
Figura 31 (a), (b) – Ensaio de Absorção de água por capilaridade
Quadro 12 - Relação dos equipamentos utilizados para a realização de cada ensaio da
pesquisa (Continua).
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 103
ENSAIOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
- Espátula metálica;
- 4 fôrmas cúbicas, de 50 mm de aresta, em metal não corrosível;
- Coluna de vidro com diâmetro interno de base de (28 ± 2) mm e
altura máxima de (200 ± 0,1) mm;
- Placa de vidro 20 x 20 x 8 mm;
- Soquete metálico;
- Bisnaga de curvim com bico plástico redondo;
Água destilada;
- Pepita e béquer de vidro;
- Relógio digital;
- Silicone e massa de calafetar.
Permeabilidade
(NBR 14992/2003)
(Figura 32)
Figura 32 – Ensaio de permeabilidade
- PUNDIT (Portable ultrasonic Non-destructive Digital Indicating Test);
- 12 rmas cilíndricas, diâmetro interno de (50 ± 0,1) mm e altura
de (100 ± 0,2) mm;
- Paquímetro com escala em milímetros, capaz de medir pelo
menos 185 mm, resolão de pelo menos 0,2 mm;
- Balança digital marca MARTE, modelo AM 5500, carga máxima de
5000g, resolução de centésimo de grama (até 500g) e décimo de
grama (acima de 500g);
- Marcador de corpo-de-prova;
- Bisnaga de curvim com bico inox retangular;
- Estula metálica;
- Soquete metálico conforme a NBR 7215.
dulo de elasticidade
dinâmico
(BS-1881 Part
203/1986)
(Figura 33)
Figura 33 – Ensaio de módulo de elasticidade dinâmico
Quadro 12 - Relação dos equipamentos utilizados para a realização de cada ensaio da
pesquisa (Continua).
CAPÍTULO 3– PROGRAMA EXPERIMENTAL: MATERIAIS E MÉTODOS 104
ENSAIOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
- Máquina universal de ensaios, marca EMIC com célula de carga
de 30 000 kgf, taxa de aplicão de carga de (0,25 ± 0,05) MPa/s;
- Marcador de corpo-de-prova;
- Lixa fina número 320;
- Bisnaga de curvim com bico plástico redondo;
- Marcador de corpo-de-prova;
- Computador acoplado à máquina de ensaio;
- Program Tesc e servidor VirMaq.
Obs: ensaio realizado nos mesmos corpos-de-prova do ensaio de
módulo de elasticidade dinâmico.
Módulo de elasticidade
estático
(Figura 34)
(a) (b)
Figura 34 (a), (b) – Ensaio de módulo de elasticidade estático
- Balança digital e hidrostática marca MARTE, modelo AM 5500,
carga máxima de 5000g, resolução de centésimo de grama (até 500g)
e décimo de grama (acima de 500g);
- Estufa 220v, 3960 KW, temperatura ambiente até 130º; dimensões
(70 x90 x100 cm);
- Banho-Maria 220 v, temperatura ambiente até 110ºC;dimensões (30
x 47 x 30 cm);
- Dessecador;
- Relógio digital;
Obs: ensaio realizado nos mesmos corpos-de-prova do ensaio de
absorção de água por capilaridade.
Índice de vazios
(Figura 35)
(a) (b)
Figura 35 (a), (b) – Ensaio de índice de vazios.
Quadro 12 – Relação dos equipamentos utilizados para a realização de cada ensaio da
pesquisa (conclusão).
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 105
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 106
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Este capítulo apresenta os resultados obtidos a partir dos ensaios realizados nas
argamassas para rejuntamento das três marcas estudadas. Conforme organograma
mostrado no capítulo anterior ( Figura 12), os resultados dos ensaios foram divididos
em dois grupos: ensaios de caracterização, que mediram as propriedades físicas e
mecânicas das A.R. estudadas para comparar com os requisitos mínimos da norma
NBR 14992/2003, e ensaios de módulo de deformação, que foram calculados de
cinco formas diferentes, sendo dois métodos de ensaios específicos para o cálculo
do módulo de elasticidade e três métodos de ensaios de tração na flexão, em que o
módulo de deformação foi calculado, considerando a flecha máxima no momento da
ruptura.
Em todos os ensaios em que foi possível medir a resistência do corpo-de-prova,
essa propriedade também foi analisada.
Os resultados foram apresentados em forma de gráfico e/ou tabela objetivando
melhor leitura dos dados.
Nos ensaios de caracterização, as tabelas mostram os resultados individuais de
todos os corpos-de-prova testados em cada ensaio, além dos resultados
estatísticos, que comparam as três marcas para cada tipo de ensaio e possibilitam
classificar a marca de melhor resultado.
Nos ensaios de módulo, também foram apresentados os resultados individuais,
entretanto, na análise estatística buscou-se verificar a existência ou não da
correlação entre os ensaios. A verificação da correlação foi possível em grupos
de ensaios que tinham um ou mais dados em comum, como por exemplo, mesmo
corpo-de-prova, mesmo tipo de ensaio ou mesma variável.
Especificamente, no ensaio de determinação do módulo de elasticidade dinâmico
utilizando o aparelho de ondas ultra-sônicas (PUNDIT), foi verificado se a escolha do
lado (face) do corpo-de-prova para se conectar o transdutor do aparelho interfere ou
não no resultado, já que a norma não determina o lado para a medição.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 107
4.1 PROCESSO DE FABRICAÇÃO DAS ARGAMASSAS PARA
REJUNTAMENTO
Foi constatado nas visitas técnicas, que a fabricação do rejunte se resume a um
processo de misturas de componentes já industrializados e assim, não gera resíduos
que possam comprometer o meio ambiente, se o processo de produção for bem
controlado.
De acordo com os fabricantes, cada material componente tem uma função
específica na mistura: cimento Portland (resistência), carbonatos (carga),
Hidroxipropil Metil Celulose (ligante), lignossulfonatos (dispersantes), estearato de
zinco (hidrofugante), polímeros (flexibilidade e plasticidade), fungicidadas (combate
fungos) e os pigmentos (cor).
Basicamente, os materiais componentes utilizados nas três indústrias visitadas,
possuem características semelhantes, propriedades iguais e variam de acordo com
a função, dosagem e fornecedor de matéria-prima, para atender a formulação
específica do produto de cada fabricante.
O processo de fabricação se inicia com a definição da cor a ser produzida e a
pesagem dos componentes, nas proporções das formulações particulares de cada
indústria (Figura 36 e Figura 37). A seguir, são levados ao misturador de eixo
horizontal até o tempo ideal para a homogeneização da mistura (Figura 38). Após a
mistura, é realizado o teste de tonalidade. Esse teste consiste em preparar uma
amostra - úmida ou seca de acordo com decisão do fabricante - com material
extraído do misturador, e compará-la à amostra referência, preparada com material
reservado de lotes anteriores. A comparação para verificação das cores entre as
duas amostras é feita por observação visual de um técnico, que ao verificar
diferença de tonalidade ou falta de homogeneização, religa o misturador por mais
tempo ou altera a dosagem dos pigmentos, para que o rejunte atinja a
homogeneidade e a tonalidade da cor padrão.
Após a aprovação do material por parte do técnico, o misturador é aberto e o
material é lançado dentro do silo que possui uma válvula na parte inferior para a
saída e embalagem do produto final em sacos plásticos de 2 kg ou 5 Kg ( Figura 39).
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 108
Normalmente, a embalagem é feita em sacos plásticos de 5 kg que são
empacotados em número de seis, formando fardos de 30 kg (Figura 40). Em média,
a produção nas três indústrias visitadas varia de 40 t (menor porte), 80 t (médio
porte) a 170 t (maior porte) por mês, de acordo com seu porte e estrutura física.
Figura 36 – Escolha dos
pigmentos
Figura 37 – Pesagem dos
componentes
Figura 38 – Mistura dos
componentes
Figura 39 – Embalagem do produto final
Figura 40 – Fardos de 30 kg para
comercialização
O controle de qualidade das argamassas produzidas é realizado por laboratórios
externos, que emitem certificados que contemplam as propriedades do produto final.
A produção é consumida, em sua maior parte no próprio estado, e apenas 30 a
35%
19
é exportada para outros estados vizinhos como Bahia, Rio de Janeiro e Minas
Gerais. Observou-se que o único resíduo gerado é o pó dos componentes da
mistura, em suspensão, que pode ser quase totalmente eliminado por meio de uso
de tecnologias apropriadas, como por exemplo, instalação de exaustor ou instalação
de lona ou material similar para proteção da abertura do misturador.
19
Cálculo com base nos dados fornecidos por seis fábricas de rejunte consultadas no Estado de
Espírito Santo, como mostram os resultados (APÊNDICE A – Tabela 54), em anexo.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 109
A matéria-prima é adquirida, industrializada, de indústrias do próprio Estado
(carbonato ou dolomita e Cimento Portland), de São Paulo (pigmentos e aditivos), do
Rio de Janeiro e de Minas Gerais (cimento branco).
Os componentes da argamassa para rejuntamento são basicamente minerais e
pigmentos. A extração mineral é sempre um problema para o meio ambiente e para
a saúde do ser humano, porém as grandes empresas, fornecedores da matéria
prima, buscam soluções para atenderem as exigências para o desenvolvimento
sustentável.
Apesar de todas as ações adotadas para minimizar a problema ambiental, a
eliminação total de algumas matérias-primas, como o cimento Portland e o
carbonato de cálcio - que correspondem em média a 95% da massa do produto final,
em cada traço produzido na fabricação dos rejuntes - é fato consumado por se tratar
de recursos naturais não renováveis.
Os demais componentes da mistura, pigmentos e aditivos, apesar da pequena
quantidade utilizada em cada traço, também têm suas parcelas de contribuição com
relação a uma produção alicerçada nos conceitos da sustentabilidade.
Em 2007, segundo dados coletados em pesquisa a seis bricas de A.R. do estado
do Espírito Santo, sobre o consumo mensal médio dos dois materiais supracitados,
estima-se que, para a produção de argamassa para rejuntamento em nível estadual,
o consumo anual de carbonato de cálcio seja de 4080 toneladas por ano, e o
consumo de cimento Portland seja de 2412 toneladas por ano
20
.
4.2 ANÁLISE CRÍTICA DA NORMA NBR 14992/2003
Com o objetivo de contribuir para a melhoria do padrão normativo referente às
argamassas para rejuntamento, são apresentados alguns comentários e
recomendações, feitos a partir de resultados obtidos nos estudos de cada
propriedade contemplada pela atual norma.
20
Cálculo com base nos dados do consumo mensal, fornecidos por seis fábricas de rejunte
consultadas no Estado de Espírito Santo, como mostram os resultados (APÊNDICE A Tabela 55),
em anexo.
[CEA1] Comentário:
No
Brasil ? no Estado ? como se
chegou a esse número ? qual a
fonte efetiva ?
[L2] Comentário:
Fiz o
cálculo estimado, baseado no
consumo diário de cada
empresa entrevistada
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 110
4.2.1 Preparo da mistura
O procedimento de preparo da mistura descrito na NBR 14992/2003 (mecânica com
adição de todo o pó na água) segue as mesmas recomendações das normas
internacionais para argamassa para rejuntamento DIN EN 12002/2003 e DIN EN
12808-3/2002 diferindo apenas com relação aos 30s de repouso recomendados pela
norma brasileira após a adição do na água, o que não é solicitado pelas normas
DIN. É sabido que, na prática, o procedimento de mistura das argamassas para
rejuntamento não ocorre de forma padronizada, o que gera materiais com
comportamento reológico e propriedades mecânicas no estado endurecido, distintos.
Mesmo em laboratório, fatores como: condições ambientais, mudanças de
procedimento, e até mesmo do responsável pela mistura, podem modificar a
argamassa.
Antunes, John e Pileggi (2005) concluíram que a seqüência de mistura altera
significativamente as propriedades reológicas das argamassas de revestimento e
que o método squeeze-flow se mostrou sensível para detectar variações na reologia
das argamassas. Baseado nesse estudo Cardoso et al. (2006) avaliaram, por
squeeze-flow, a influência do tipo de mistura (manual, mecânica com adição de todo
o pó na água conforme NBR 13276 e mecânica com adição de água de forma
fracionada) no comportamento reológico de cinco marcas de argamassas de
revestimento industrializadas e constataram maior eficiência nas argamassas
misturadas com o procedimento de mistura com água fracionada, sugerindo,
inclusive, a revisão da norma vigente para mistura de argamassa em laboratório.
Ao se tentar reproduzir o procedimento de mistura com água fracionada, em
argamassa para rejuntamento, utilizando uma marca de A.R., com três repetições,
diversas dificuldades operacionais ocorreram. A adição fracionada da água sobre o
pó, no mesmo espaço de tempo adotado por Cardoso et al. (2006) e sem raspar o
material do fundo do recipiente, não promoveu a mistura de forma homonea,
sendo que parte do ficou completamente agarrada no fundo do recipiente do
misturador e o material da superfície com consistência de pasta mole.
Acredita-se que por ser a argamassa para rejuntamento constituída apenas de
materiais finos, sem a existência de partículas maiores para ajudar a romper os
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 111
aglomerados, esse fator pode ter influenciado no insucesso do resultado. Embora,
Yang et al. (1995) e Willians et al. (1999) tenham observado em pastas de cimento
que as partículas menores movimentam-se mais facilmente, resultando em
suspensões com baixa viscosidade, eles adotaram procedimentos em seus
experimentos tais como adição do na água, tempo de raspagem do recipiente e
maior tempo de mistura, que contribuíram para a homogeneidade da pasta.
É importante executar novos testes em argamassa para rejuntamento, utilizando o
procedimento mecânico de adição fracionada, entretanto, com maiores tempos de
mistura e a inclusão do tempo de descanso e raspagem do recipiente para verificar a
possibilidade de adotá-lo como procedimento padrão, visto as melhoras nas
propriedades reológicas já comprovadas em argamassa de revestimento.
4.2.2 Retenção de água
Esse ensaio foi testado em três marcas distintas em que se verificou a eficiência do
procedimento adotado.
4.2.3 Variação dimensional
Testado em três marcas distintas , os resultados mostraram-se coerentes com os
requisitos da norma, todavia, por ser um procedimento manual existe a possibilidade
de ocorrer leituras errôneas.
4.2.4 Resistência à compressão
Ensaios realizados em três marcas mostraram resultados coerentes. A maior
dificuldade foi com relação à retificação das faces cilíndricas. Por serem muito
frágeis, os corpos-de-prova tiveram que ser lixados manualmente. Esse
procedimento, por mais criterioso que seja, não garante precisão de planificão das
faces do corpo-de–prova cilíndrico.
Uma forma de se corrigir essa dificuldade é adotar o método de ensaio
recomendado pela norma alemã DIN EN 12808/2002 para o ensaio de
compressão, que utiliza uma das partes resultante do corpo-de-prova rompido no
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 112
ensaio de tração na flexão, com dimensão inicial de 40 mm x 40 mm x 160 mm. A
vantagem desse procedimento, é que ele utiliza as faces do corpo de prova que
ficaram em contato com a fôrma, evitando assim, a retificação ou capeamento das
mesmas.
A análise estatística, apresentada nos resultados dos ensaios de resistência à
compressão deste capítulo, mostrou não haver diferença estatística na comparação
dos resultados adotando os dois tipos de ensaio.
4.2.5 Resistência à tração na flexão
A atual norma precisa ser corrigida em relação aos erros de digitação no item
E.4.3.1, que sugere a realização do ensaio conforme descrito nos itens F.4.3.2 e
F.4.3.3, que não existem.
4.2.6 Absorção de água por capilaridade aos 300 min
A atual norma precisa ser corrigida em relação aos erros de digitação no item
F.4.3.1, que sugere procedimento conforme descrito nos itens H.4.4.3.1 e H.4.4.3.4,
que não existem.
4.2.7 Permeabilidade aos 240 min
Ensaio piloto, realizado em 4 corpos-de-prova de uma única marca de argamassa
para rejuntamento a marcação limite de 3,5 cm³ da coluna de vidro foi atingida pelo
nível da água já na primeira hora de ensaio. Portanto, o tempo previsto na norma de
240 minutos para a realização deste ensaio, com leituras de hora em hora, não foi
adequado para a argamassa analisada. Adotou-se então, leituras de 10 em 10
minutos para conseguir realizar o ensaio. Os resultados do experimento são
apresentados na tabela 1.
Observou-se grande variação nos resultados obtidos em 8 corpos-de-prova,
impossibilitando o cálculo da média conforme recomendação da norma. Em função
dos resultados, optou-se por fazer a aferição das colunas de vidro e verificaram-se
volumes diferenciados, variando de 17,74 cm³ a 22,36 cm³.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 113
Tabela 1 – Resultados do ensaio de permeabilidade em 8 corpos-de-prova de 50x50x50 – NBR
14992-2003, com leituras a cada 10 minutos.
LEITURAS A CADA 10 MINUTOS (cm³)
CP
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 180 240
1 1,75 3,10 >3,5 >3,5 >3,5 > 3,5
>3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5
2 0,85 1,30 1,75 2,10 2,45 2,80 3,10 3,40 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5
3 1,10 1,80 2,40 3,00 3,50 > 3,5
>3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5
4 0,80 1,20 1,60 1,90 2,30 2,60 2,95 3,30 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5
5 0,65 1,05 1,40 2,00 2,05 2,35 2,65 2,95 3,25 3,50 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5
6 0,65 1,00 1,35 1,65 1,95 2,20 2,45 2,70 2,95 3,25 3,50 >3,5 >3,5 >3,5
7 1,15 2,00 2,75 3,5 > 3,5
> 3,5
>3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5 >3,5
8 0,40 0,65 0,90 1,20 1,50 1,75 2,00 2,30 2,60 2,85 3,00 3,40 >3,5 >3,5
O desenho da coluna de vidro, na atual norma, precisa ser complementado. À falta
da medida da altura da base permite a fabricação de colunas de diferentes volumes
para a realização do mesmo ensaio. Além disso, é necessário fazer a aferição das
colunas, antes da realização do ensaio, para evitar a utilização de colunas com
dimensões diferentes das especificadas pela norma.
4.2.8 Comparação entre os valores dos requisitos mínimos da norma e os
resultados dos ensaios realizados em três marcas de argamassa para
rejuntamento
Tabela 8 – Requisitos mínimos da norma brasileira NBR 14992/2003 e resultados dos ensaios
realizados nas marca 1, 2 e 3.
A.R. ANALISADA
PROPRIEDADE MÉTODO
IDADE
DE
ENSAIO
TIPO I TIPO II
A.R.1 A.R .2 A.R.3
Retenção de água
(mm)
NBR
14992/2003
anexo B
10
minutos
75 65 50,0 55,2 43,1
Variação dimensional
(mm)
NBR
14992/2003
anexo C
7 dias |2,00| |2,00| -1,18 -1,32 -0,92
Resistência à
compressão (MPa)
NBR
14992/2003
anexo D
14 dias 8,0 10,0 9,4 17,3 13,1
Resistência à tração
na flexão (MPa)
NBR
14992/2003
anexo E
7 dias 2,0 3,0 3,0 5,2 4,2
Absorção de água
por capilaridade aos
300 min (g/cm²)
NBR
14992/2003
anexo F
28 dias 0,60 0,30 1,20 0,48 0,12
Permeabilidade aos
240 min (cm³)
NBR
14992/2003
anexo G
28 dias 2,0 1,0 3,0 1,7 0,4
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 114
A Tabela 8 apresenta o resumo dos limites mínimos, recomendados pela
NBR14992/2003, das diversas propriedades das A.R. e os respectivos resultados
dos ensaios realizados em três marcas distintas.
4.3 CARACTERIZAÇÃO DAS ARGAMASSAS ESTUDADAS
A caracterização das argamassas para rejuntamento das três marcas foi realizada
por meio dos seis ensaios recomendados pela norma brasileira NBR 14992/2003
(retenção de água, variação dimensional, resistência à tração na flexão, resistência
à compressão, Absorção de água por capilaridade e permeabilidade) e pelo ensaio
de índice de vazios da norma NBR9778/2005. A propriedade resistência à
compressão, também, foi medida no ensaio da norma alemã DIN EN 12808/2002.
4.3.1 Retenção de água
Os resultados do ensaio de retenção de água, na Tabela 9, mostram que as três
marcas atendem ao requisito mínimo da norma. Esse ensaio foi realizado logo após
o preparo da mistura, com a argamassa para rejuntamento no estado fresco.
Tabela 9 – Resultados dos ensaios de retenção de água aos 10 minutos da norma NBR
14992/2003 realizados nas marcas 1, 2 e 3.
MARCA
RELAÇÃO
ÁGUA/A.R.
CORPOS-
DE-
PROVA
DIÂMETRO
1 aos 10
min.
DIÂMETRO
2 aos 10
min.
DIÂMETRO
3 aos 10
min.
DIÂMETRO
4 aos 10
min.
MÉDIA DOS
DIÂMETROS
(mm)
1 0,30 CP1 50,50 49,10 49,70 50,50 49,95
2 0,27 CP1 55,70 56,00 55,40 53,60 55,18
3 0,22 CP1 43,00 43,00 43,00 43,50 43,13
Requisito mínimo: média dos quatros diâmetros, 75mm para TIPO I e 65 mm para TIPO II.
A maior capacidade de retenção de água faz com que a argamassa conserve a
quantidade de água necessária para molhar as superfícies dos grãos do agregado e
do aglomerante, sem perda de plasticidade, por tempo suficiente para o seu
manuseio, e permite o desenvolvimento das reações de hidratação do cimento e a
carbonatação da cal (TRISTÃO; MACHADO, 2003).
Bastos e Cincotto (2002) apresentaram resultados de ensaios em argamassas,
demonstrando que substratos mais absorventes aumentam os valores da resistência
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 115
à tração na flexão e do módulo de deformação, calculado a partir da flecha do corpo-
de-prova durante o carregamento do mesmo ensaio. Portanto, argamassas que têm
baixa retenção de água estão mais propícias a sofrer influência de fatores
extrínsecos sobre suas propriedades mecânicas e, conseqüentemente, sobre o
desempenho funcional do sistema revestimento cerâmico.
4.3.2 Variação dimensional
A Tabela 10 mostra os resultados obtidos no ensaio de variação dimensional das
três marcas de argamassa para rejuntamento.
Tabela 10 Resultados dos ensaios de variação dimensional aos 7 dias da NBR 14992/2003
realizados nas marcas 1, 2 e 3.
MARCA
RELAÇÃO
ÁGUA/A.R.
Nº DE CORPOS-
DE-PROVA
RETRAÇÃO aos
7 dias (&i)
(mm/m)
DESVIO
PADRÃO
COEFICIENTE
DE VARIAÇÃO
1 0,30 4 -1,175 0,05 4,26%
2 0,27 4 -1,321 0,08 5,90%
3 0,22 4 -0,920 0,06 6,20%
Requisito mínimo: Retração |2,00|mm/m para TIPO I e para TIPO II
As três marcas testadas atendem aos requisitos mínimos da norma, e o resultado da
análise estatística do teste ANOVA e do teste a posteriori de DUNCAN, Tabela 11,
mostra que as três marcas apresentaram retrações diferentes, sendo que a marca 3
apresentou menor retração e a marca 2, maior retração.
Tabela 11 – Comparação entre as médias da variação dimensional das marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(mm/m)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 4 -1,175 0,040579 b
2 4 -1,321 0,078273 a
VARIAÇÃO
DIMENSIONAL
3 4 -0,920 0,044042
51,567 0,001
c
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
Argamassas com maior capacidade de retração, sofrem maiores deformações
durante o processo de secagem, geradas pelas tensões de tração crescentes e
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 116
contrárias ao sentido da retração (FIORITO, 1994). Tais deformações podem
provocar fissuras em argamassa menos deformáveis.
No caso da argamassa para rejuntamento, a retração também pode provocar falha
na interface argamassa para rejuntamento/placa cerâmica, se não houver boa
aderência entre os dois materiais.
Falcão Bauer e Rago (2002) avaliaram a retração linear de argamassas para
rejuntamento em 4 corpos-de-prova, seguindo os procedimentos da NBR 8490
(ABNT, 1984), comparando os resultados com as especificações da Norma A-118-6
(ANSI, 1992). Dezesseis por cento (16%) das amostras não atenderam o limite
especificado pela norma americana (1 dia < 0,03% e 7 dias < 0,10%).
4.3.3 Resistência à tração na flexão
Para o ensaio resistência à tração na flexão foram moldados 12 CPs por marca. Os
valores da resistência de cada CP, da dia, do desvio padrão e do coeficiente de
variação, mostrados na Tabela 12, podem ser verificados em duas formas de cálculo
distintas.
A resistência individual (medidas da norma) foi calculada levando-se em
consideração a largura e a altura do CP determinadas pela Norma, e, a resistência
individual (medidas reais) foi calculada considerando o valor da altura e da largura
medido em cada CP, antes da realização do ensaio. Os valores das resistências
diminuíram, nas três marcas, quando calculadas considerando as medidas reais de
largura e altura dos corpos-de-prova. Isso se justifica pelo fato do resultado médio
da expressão “2 x b x d²” (onde b é a largura e d é a altura do CP), usada para o
cálculo da resistência, ter sido maior com as medidas reais.
A média das resistências das três marcas testadas atende aos requisitos mínimos
para o tipo 1 da norma, entretanto, o coeficiente de variação apresenta-se alto se
comparado aos 6% admitidos para o concreto.
O teste ANOVA comprovou a diferença estatística (p-valor < 5%) entre as médias da
resistência (medidas da norma) e médias das resistências (medidas reais) das três
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 117
marcas. Por meio do teste DUNCAN as marcas 1 e 2 apresentaram menor e maior
resistência, respectivamente, nas duas formas de cálculo, (Tabela 13 e Tabela 14).
Tabela 12 – Resultados dos cálculos da resistência à tração na flexão aos 7 dias, considerando
os valores de altura e largura dos corpos-de-prova, recomendados pela norma NBR
14992/2003, e os valores reais medidos nos corpos-de-prova, realizados nas marcas 1, 2 e 3.
IDENTIFICAÇÃO
DO CORPO- DE-
PROVA
RESISTÊNCIA INDIVIDUAL (MPa)
(MEDIDAS DA NORMA)
RESITÊNCIA INDIVIDUAL (MPa)
(MEDIDAS REAIS)
MARCA 1 MARCA 2
MARCA 3 MARCA 1 MARCA 2 MARCA 3
CP1 3,57 5,59 4,59 3,42 5,12 4,33
CP2 3,25 5,21 4,34 3,17 4,95 4,10
CP3 2,96 4,92 3,08 2,91 4,68 2,86
CP4 3,21 5,20 4,00 3,15 4,94 3,71
CP5 2,81 ¯ 4,43 2,81 ¯ 4,27
CP6 2,94 ¯ 4,32 2,91 ¯ 4,04
CP7 3,05 5,49 ¯ 2,98 5,23 ¯
CP8 3,16 5,35 4,66 3,11 5,23 4,48
CP9 3,07 5,86 ¯ 3,08 5,50 ¯
CP10 2,20 5,09 5,05 1,97 4,95 4,78
CP11 2,90 5,92 5,01 2,94 5,64 4,68
CP12 3,30 6,02 4,42 3,11 6,07 4,33
MÉDIA 3,04 5,47 4,39 2,96 5,23 4,16
DESVIO PADRÃO 0,3348 0,3754 0,5584 0,35146 0,41 0,5517
COEF. VARIAÇÃO 11,03% 6,87% 12,72% 11,86% 7,83% 13,27%
Requisito mínimo: resistência à tração na flexão aos 7 dias 2,0 MPa para tipo 1 e 3,0 para tipo 2
A correlação entre todos os valores de resistência (medidas da norma) e de
resistência (medidas reais) para as três marcas foi de 99, 5%, segundo o coeficiente
de correlação de PEARSON, mostrado na Tabela 15 e no Gráfico 3.
Tabela 13 - Comparação entre as médias da resistência à tração na flexão (medidas da norma)
das marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(MPa)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 12 3,04 0,34 a
2 10 5,47 0,38 c
RESISTÊNCIA À
TRAÇÃO NA
FLEXÃO
NBR 14992/2003 3 10 4,39 0,56
89,129 0,001
b
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 118
Essa correlação foi realizada para verificar se os corpos-de-prova rompidos no
ensaio de tração na flexão, cujas dimensões não atenderam aos limites da norma,
poderiam ser considerados no cálculo da média como resultados confiáveis.
Tabela 14 - Comparação entre as médias da resistência à tração na flexão (medidas reais) das
marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(MPa)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 12 2,96 0,35 a
2 10 5,23 0,41 c
RESISTÊNCIA À
TRAÇÃO NA
FLEXÃO
NBR 14992/2003 3 10 4,16 0,55
73,004 0,001
b
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
Tabela 15 – Resultados da correlação entre resistência (medidas da norma) e resistência
(medidas reais) das marca 1, 2 e 3.
CORRELAÇÃO
CONSIDERANDO O Nº DE CPs
POR MARCAS
CORRELAÇÃO CONSIDERANDO
TODOS OS CPs DAS TRÊS
MARCAS
ENSAIO MARCA
Nº de
CPs
Correlação
de Pearson
p-valor
Nº total
de CPs
Correlação
de Pearson
p-valor
1 12 97,20%
0,001
2 10 94,20%
0,001
RESISTÊNCIA
À TRAÇÃO NA
FLEXÃO NBR
14992/2003
3 10 99,20%
0,001
32 99,50% 0,001
Obs.: Existe correlação quando o p-valor é menor do que 5%.
RESISTÊNCIA (MPa) medidas reais
7654321
RESISTÊNCIA (MPa) medidas da norma
7
6
5
4
3
2
MARCA
3
2
1
Gráfico 3 - Correlação entre resistência à tração na flexão (medidas da norma) e resistência
(medidas reais), NBR 14992/2003, das marca 1, 2 e 3.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 119
4.3.4 Resistência à compressão
A resistência à compressão das três marcas estudadas foi determinada de acordo
com as recomendações de duas normas, a norma brasileira NBR14992/2003, em 4
(quatro) corpos-de-prova cilíndricos (50 x 100 mm) e a norma alemã, DIN EN
12808/2002, em 3 (três) metades de corpos-de-prova adquiridos do ensaio de tração
na flexão para o cálculo de módulo de deformação.
Nos dois tipos de ensaio verificou-se, inicialmente, se o valor da resistência à
compressão foi influenciado pelas dimensões do corpo-de-prova, ou seja,
dimensões especificadas pela norma e a dimensão real, medida em cada CP após a
cura.
A Tabela 16 apresenta a comparação estatística entre as médias das resistências
(medidas da norma) e a Tabela 17 entre as médias das resistências (medidas reais).
Nas duas tabelas, o teste ANOVA mostrou diferença estatística entre as marcas e, o
teste DUNCAN, mostrou menor resistência na marca 1 e maior na marca 2.
Tabela 16 - Comparação entre as médias da resistência à compressão (medidas da norma) das
marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(MPa)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 4 9,43 0,111 a
2 4 17,15 0,370 c
RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO
NBR 14992/2003
3 4 12,91 0,404
577,06 0,001
b
1 3 10,21 0,481 a
2 3 16,89 0,241 c
RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO
DIN EN
12808/2002
3 3 15,42 0,725
137,07 0,001
b
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
O coeficiente de correlação de PEARSON (> 90,4%), Tabela 18, comparou as
resistências à compressão (medidas da norma) e as resistências à compressão
(medidas reais) e mostrou haver correlação entre elas. Entretanto, o p-valor da
terceira coluna que mostra o cálculo da correlação considerando o número de CPs
por marca, no ensaio da norma internacional, indica número de amostra
insuficientes para verificar a igualdade estatística entre as marcas. Optou-se então,
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 120
por fazer a correlação considerando todos os CPs das três marcas (quarta coluna da
Tabela 18). O resultado dessa segunda correlação mostrou haver igualdade
estatística entre as resistências calculadas com as duas formas de medidas dos
corpos-de-prova, tanto para a norma brasileira quanto para norma alemã.
A representação gráfica da Tabela 18 foi mostrada no Gráfico 4, norma brasileira e
no Gráfico 5, norma alemã.
Tabela 17 - Comparação entre as médias da resistência à compressão (medidas reais) das
marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(MPa)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 4 9,44 0,1082 a
2 4 17,29 0,3723 c
RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO
NBR 14992/2003
3 4 12,81 0,6462
326,88 0,001
b
1 3 10,21 0,516 a
2 3 16,82 0,1396 b
RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO
DIN EN
12808/2002
3 3 15,28 0,777
120,99 0,001
c
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
Tabela 18 – Resultados da correlação entre resistência à compressão (medidas da norma) e
resistência à compressão (medidas reais) das marca 1, 2 e 3.
CORRELAÇÃO
CONSIDERANDO O Nº DE CPs
POR MARCAS
CORRELAÇÃO CONSIDERANDO
TODOS OS CPs DAS TRÊS
MARCAS
ENSAIO MARCA
de
CPs
Correlação
de Pearson
p-valor
Nº total
de CPs
Correlação
de Pearson
p-valor
1 4 100% 0,001
2 4 100% 0,001
RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO
NBR 14992/2003
3 4 100% 0,001
12 99,9% 0,001
1 3 100% 0,019
2 3 90,4% 0,289
RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO
DIN EN
12808/2002
3 3 100% 0,005
9 100% 0,001
Obs.: Existe correlação quando o p-valor é menor do que 5%.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 121
RESISTÊNCIA (MPa) medidas reais
18161412108
RESISTÊNCIA (MPa) medidas da norma
18
16
14
12
10
8
MARCA
3
2
1
RESISTÊNCIA (MPa) medidas reais
18161412108
RESISTÊNCIA (MPa) medidas da norma
18
16
14
12
10
8
MARCA
3
2
1
Gráfico 4 - Correlação entre resistência à
compressão (medidas da norma) e resistência
(medidas reais), NBR 14992/2003, das marca 1,
2 e 3.
Gráfico 5 - Correlação entre resistência à
compressão (medidas da norma) e
resistência (medidas reais), DIN EN
12808/2002, das marca 1, 2 e 3.
Considerando que a análise estatística mostrou não haver diferença estatística entre
os valores da resistência, adotou-se os valores reais dos corpos-de-prova como
base de cálculo para os resultados apresentados nas tabelas subseqüentes.
A Tabela 19 mostra os resultados dos ensaios de compressão recomendados pelas
normas brasileira e alemã, realizados nas três marcas com CPs na medida real.
A norma brasileira recomenda que quando o desvio relativo médio dos quatro CPs
for superior a 6% , uma nova média deve ser calculada, desconsiderando até um
corpo-de-prova com valor discrepante. Se o fato persistir com os três corpos-de-
prova resultantes, esses devem ser descartados e um novo ensaio deve ser feito.
Esse fato ocorreu com os CPs da marca 3 e, ao desconsiderar o valor discrepante
(11,86), o desvio relativo médio reduziu de 7,43% para 1,22% (Tabela 19), assim,
todos as marcas passaram a atender aos requisitos da norma brasileira.
Com relação à norma alemã, apenas a marca 1 o atingiu os requisitos mínimos
(Tabela 19).
A comparação estatística entre as médias das três marcas, Tabela 17, mostrou, nos
dois tipos de ensaio que, quanto à propriedade resistência à compressão, a marca 1
apresentou o menor valor e a marca 2 o maior.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 122
Tabela 19 - Resultados dos ensaios de resistência à compressão aos 14 dias, NBR 14992/2003,
e aos 28 dias DIN EN 12808/2002 realizados nas marcas 1, 2 e 3, considerando as medidas
reais dos corpos-de-prova.
RESISTÊNCIA INDIVIDUAL (MPa)
MARCA 3
ENSAIO
IDENTIFICAÇÃO DO
CORPO-DE-PROVA
MARCA 1 MARCA 2
COM CP3
SEM CP3
CP1 9,45 17,32 12,97 12,97
CP2 9,31 16,75 13,15 13,15
CP3 9,58 17,54 11,86 ¯
CP4 9,43 17,54 13,27 13,27
MÉDIA 9,44 17,29 12,81 13,13
DESVIO PADRÃO 0,1082 0,37 0,65 0,1510
COEF. VARIAÇÃO 1,15% 2,15 0,050 0,012
RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO
AOS 14 DIAS
NBR 14992/2003
DESVIO REL. MAX. 1,42% 3,11% 7,43% 1,22%
Requisito mínimo: Resistência à compressão aos 14 dias 8,0 MPa para tipo 1 e 10,0 para tipo 2.
CP1 10,46 16,79 14,76
CP2 10,52 17,16 16,19
CP3 9,66 16,72 15,30
MÉDIA 10,22 16,89 15,42
DESVIO PADRÃO 0,4810 0,2410 0,7254
COEF. VARIAÇÃO 4,71% 1,427% 4,705%
RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO
AOS 28 DIAS
DIN EN 12808/2002
DESVIO REL MAX. 5,43% 1,63% 5,04%
Requisito mínimo: Resistência à compressão aos 28 dias 15 N/mm².
Embora a relação água/argamassa anidra recomendada pelo fabricante da marca 3
(0,22) foi menor do que a da marca 2 (0,27) e a da marca 1 (0,30), o valor da
resistência não foi o maior, como esperado.
Devido a inexistência de dados a respeito do proporcionamento do cimento nas
argamassas anidras estudadas, a análise dos resultados não pode ser conclusiva.
No entanto, durante o processo de moldagem, observou-se maior consistência e
coesão na argamassa da marca 3, o que dificultou em muito a moldagem dos
corpos-de-prova e produziu uma argamassa cheia de vazios. Este fato pode ter
ocorrido devido ao aumento de aditivo em substituição à água da mistura,
provocando ar aprisionado e uma diminuição na resistência final.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 123
4.3.5 Absorção de água por capilaridade
A média da absorção de água por capilaridade aos 28 dias atendeu ao requisito
mínimo da norma apenas nas marcas 2 e 3, embora os valores individuais dos CPs
da marca 1 tenham apresentado menor coeficiente de variação (Tabela 20).
Tabela 20 Resultados dos ensaios de absorção de água por capilaridade aos 28 dias da
norma NBR 14992/2003 realizados nas marcas 1, 2 e 3.
MARCA
Nº. DE CORPOS-
DE-PROVA
ABSORÇÃO AOS
300 MINUTOS
(g/cm²)
DESVIO
PADRÃO
COEFICIENTE DE
VARIAÇÃO
1 4 1,20 0,06 4,73%
2 4 0,48 0,04 7,42%
3 4 0,12 0,01 5,67%
Requisito mínimo: Absorção 0,60 g/cm² para tipo 1e 0,30 g/cm² para tipo 2.
O resultado da análise estatística, comparando as marcas, é apresentado na Tabela
21 e mostra que as marcas são diferentes. A marca 1 apresentou a maior absorção
e a marca 3, a menor.
Tabela 21 - Comparação entre as médias da absorção de água por capilaridade das marcas 1, 2
e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(g/cm²)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 4 1,1974 0,05667 c
2 4 0,4847 0,03595 b
ABSORÇÃO DE
ÁGUA POR
CAPILARIDADE
3 4 0,1175 0,00666
795,507
0,001
a
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
4.3.6 Permeabilidade
A Tabela 22 apresenta os resultados do ensaio de permeabilidade aos 240 minutos
realizados com 28 dias de cura. Somente as marcas 2 e 3 atenderam os requisitos
mínimos para o tipo 1 da norma.
O valor da permeabilidade foi igual a 0,35 cm³ para os quatros Cps da marca 3,
resultando num desvio padrão e coeficiente de variação zero.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 124
Embora, a marca 2 tenha atendido aos requisitos mínimos da norma para o tipo 1,
apresentou, assim como a marca 1, coeficiente de variação superior a 10%.
Tabela 22 – Resultados dos ensaios de permeabilidade aos 28 dias da norma NBR 14992/2003
realizados nas marcas 1, 2 e 3.
MARCA
Nº. DE CORPOS-
DE-PROVA
PERMEABILIDADE
AOS 240 MINUTOS
(cm³)
DESVIO
PADRÃO
COEFICIENTE DE
VARIAÇÃO
1 4 3,00 0,34 11,30%
2 4 1,65 0,30 18,01%
3 4 0,35 0,00 0,00%
Requisito mínimo: Permeabilidade 2,0 cm³ para tipo 1e 1,0 cm³ para tipo 2.
A comparação entre as médias das marcas no ensaio de permeabilidade da Tabela
23 mostra que as marcas 1 e 2, assim como no ensaio de absorção, apresentaram
maior e menor valor, respectivamente.
Verificou-se coerência e valores proporcionais entre os resultados desse ensaio e os
do ensaio absorção da água por capilaridade para as três marcas, assim como
ocorreu no estudo realizado por Falcão Bauer, Rago e Scandura (2003), para
determinação do critério de especificação para os ensaios de permeabilidade e
absorção capilar da atual norma.
Tabela 23 – Comparação entre as médias da permeabilidade das marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(cm³)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 4 3,0000 0,33912 c
2 4 1,6500 0,29721 b
PERMEABILIDADE
3 4 0,3500 0,0000
103,623
0,001
a
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan
4.3.7 Índice de vazios
O ensaio de índice de vazios da NBR 9778/2005 para argamassas e concretos
endurecidos, não compõe o conjunto de ensaios especificados pela norma NBR
14992/2003 de argamassa à base de cimento Portland para rejuntamento.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 125
Entretanto, sua realização objetivou verificar se essa propriedade influenciou nos
resultados dos ensaios de absorção, permeabilidade e módulo de deformação.
A Tabela 24 apresenta o resultado desse ensaio realizado em quatro corpos-de-
prova de cada uma das três marcas estudadas.
Tabela 24 – Resultados dos ensaios de índice de vazio da norma NBR 9778/2005 realizados nas
marcas 1, 2 e 3.
MARCA
Nº. DE CORPOS-
DE-PROVA
ÍNDICE DE VAZIOS (%)
DESVIO
PADRÃO
COEFICIENTE DE
VARIAÇÃO
1 4 40,30 0,0062 1,55%
2 4 32,69 0,0014 0,43%
3 4 41,27 0,0020 0,50%
Requisito mínimo: A NBR 13281/2005 – Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e
tetos não estabelece requisito mínimo para a propriedade índice de vazios.
Pelo teste de Duncan (Tabela 25), a marca 2 apresentou menor percentual de índice
de vazios, e a marca 3 o maior percentual.
Tabela 25 – Comparação entre as médias do índice de vazios das marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(MPa)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 4 0,4030 0,00623 b
2 4 0,3269 0,00142 a
ÍNDICE DE
VAZIOS
3 4 0,4127 0,00204
588,713
0,001
c
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
O alto índice de vazios na marca 1 pode ser explicado pela maior relação
água/argamassa anidra (0,30) que produz argamassas mais fracas e mais porosas.
Embora se espere que uma argamassa com maior índice de vazios seja mais
permeável e apresente maior absorção por capilaridade, este fato não ocorreu com
argamassa para rejuntamento da marca 3. Mesmo apresentando maior índice de
vazios, os valores da absorção por capilaridade (Tabela 20) e da permeabilidade
(Tabela 22) foram menores do que os valores das outras duas marcas. Esse fato
pode ser explicado pela maior quantidade de ar incorporado em virtude da
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 126
quantidade de aditivo, visivelmente percebido no momento da preparação da mistura
e moldagem dos corpos-de-prova.
A baixa relação água/argamassa anidra, a alta capacidade de retenção de água, a
formação de bolhas e a dificuldade de preenchimento das fôrmas devido ao alto
grau de coesão da argamassa no estado fresco, foram fatores que justificaram a
hipótese da existência de maior quantidade de aditivo na marca 3.
Também houve incoerência de resultado no valor do módulo de elasticidade estático
e dinâmico se comparado com a propriedade índice de vazios. Esperava-se menor
módulo para as argamassas com mais vazios, entretanto, a marca 3, que
apresentou maior índice de vazios, obteve maior valor para o módulo estático
(Tabela 26) e valor intermediário para o módulo dinâmico (Tabela 33).
Outro fato observado é que os vazios produzidos pela maior quantidade de água na
mistura, como é o caso da marca 1, aumentaram a permeabilidade e a absorção
capilar da argamassa, já os vazios produzidos pela incorporação de ar em virtude da
maior quantidade de aditivo, como é o caso da marca 3, não afetaram essas
propriedades. Talvez, pelo fato dos aditivos formarem poros desconectados entre si.
4.4 ENSAIOS DE MÓDULO DE DEFORMAÇÃO
Para determinação do módulo de deformação foram adotados quatro tipos de
ensaios distintos para verificar o comportamento do material e a possibilidade de
relacionar os resultados obtidos em cada um deles.
4.4.1 Módulo de elasticidade estático – NBR 8522/2003
A norma brasileira não especifica ensaio para calcular a capacidade de deformação
das argamassas para rejuntamento. O ensaio de módulo de elasticidade estático da
NBR 8522/2003 para concreto foi adotado para verificar a eficiência ou não do
método para ser usado em A.R.
Os resultados do ensaio na Tabela 26 mostram menor variabilidade (3,22%) nos
módulos de elasticidade da marca 1 e maior variabilidade (25,20%), na marca 3. O
teste ANOVA (Tabela 27) mostra que as médias dos módulos de elasticidade das
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 127
três marcas o diferentes e na comparação entre as médias no teste DUNCAN, a
marca 1 foi a que apresentou menor módulo e a marca 3 o maior.
Tabela 26 – Resultados dos ensaios de módulo de elasticidade estático da norma NBR
8522/2003 realizados nas marcas 1, 2 e 3.
MÓDULO DE ELASTICIDADE ESTÁTICO
(MPa)
IDENTIFICAÇÃO DO
CORPO- DE- PROVA
MARCA 1 MARCA 2 MARCA 3
CP1 5454,38 9054,71 9340,04
CP2 5416,70 8689,31 12087,67
CP3 5388,74 8151,12 8184,36
CP4 5200,85 8903,87 11303,69
CP5 5751,71 8656,31 6513,17
CP6 5675,99 8409,96 14887,58
CP7 5636,13 9575,56
9284,77
CP8 5706,12 8453,42 8515,79
CP9 5651,95 8620,08 14727,16
CP10 5348,52 12366,15 13682,86
CP11 ¯ 7002,07 9067,25
CP12 5430,70 7540,34 10973,84
MÉDIA 5514,71 8785,24 10714,02
DESVIO PADRÃO 177,42 1313,21 2699,51
COEF.VARIAÇÃO 3,22% 14,95% 25,20%
Tabela 27 - Comparação entre as médias do módulo de elasticidade estático das
marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(MPa)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 11 5514,71 177,40 a
2 12 8785,24 1313,21 b
MÓDULO DE
ELASTICIDADE
ESTÁTICO
3 12 10714,02 2699,51
25,356 0,001
c
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
Pacheco (2006) estudou a correlação entre o módulo de elasticidade e a resistência
em concretos produzidos por quatro centrais de concreto da Grande Vitória -ES,
baseado em modelos de previsões em normas nacionais e internacionais, e propôs,
dentre outras considerações, um novo modelo que representa melhor a realidade
dos concretos da região estudada.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 128
Assim como em estudos de concreto e argamassas, procurou-se relacionar a
resistência e o módulo de elasticidade estático das argamassas para rejuntamento
das marcas 1, 2 e 3 como forma de iniciar possíveis estudos futuros. Os resultados
na Tabela 28 e os Gráfico 6, marca 1, Gráfico 7, marca 2, e Gráfico 8, marca 3,
mostraram não haver uma correlação nítida entre os valores, embora o número de
CPs utilizado para o estudo seja reduzido para o estabelecimento da correlação.
Tabela 28 – Correlação entre a resistência e o módulo estático obtidos no ensaio de módulo
elasticidade estático da NBR 8522/2003 realizado nas marcas 1, 2 e 3.
MARCA
VARIÁVEIS CORRELAÇÃO P-VALOR
1
Resistência
x
Módulo estático
0,318 0,341
2
Resistência
x
Módulo estático
-0,077 0,811
3
Resistência
x
Módulo estático
0,521 0,082
Obs.: Existe correlação linear quando o p-valor é menor do que 5%.
Gráfico 6 – Correlação entre os módulos de elasticidade estático e as resistências dos 12
corpos-de-prova da marca 1, obtidos no ensaio de determinação do módulo corda, NBR
8522/2003.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 129
Gráfico 7 - Correlação entre os módulos de elasticidade estático e as resistências dos 12
corpos-de-prova da marca 2, obtidos no ensaio de determinação do módulo corda, NBR
8522/2003.
Embora, nenhuma correlação significativa entre a resistência e odulo tenha sido
observada, verifica-se, na
Tabela 29, que a correlação entre os valores das resistências (medidas da norma) e
os das resistências (medidas reais) foi de 100%, nos dois tipos adotados:
considerando os corpos-de-prova por marca e considerando todos os corpos-de-
prova das três marcas. No Gráfico 9 pode-se visualizar a alta correlação dos
resultados numéricos da Tabela 29.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 130
Gráfico 8 - Correlação entre o módulo de elasticidade estático e a resistência dos 12 corpos-
de-prova da marca 3, obtidos no ensaio de determinação do módulo corda, NBR 8522/2003.
Tabela 29 - Resultados da correlação entre resisncia à compressão (medidas da norma) e
resistência à compressão (medidas reais), obtidas no ensaio de módulo de elasticidade
estático, NBR 8522/2003, das marca 1, 2 e 3.
CORRELAÇÃO
CONSIDERANDO O Nº DE CPs
POR MARCAS
CORRELAÇÃO CONSIDERANDO
TODOS OS CPs DAS TRÊS
MARCAS
ENSAIO MARCA
Nº de
CPs
correlação de
Pearson
p-valor
Nº total
de CPs
correlação de
Pearson
p-valor
1 11 99,5% 0,001
2 12 99,9% 0,001
RESISTÊNCIA
À
COMPRESSÃO
DIN EN
12808/2003
3 12 100% 0,001
35 100% 0,001
Obs.: Existe correlação quando o p-valor é menor do que 5%.
Adotou-se então, as médias das resistências (medidas reais) mostradas na Tabela
30 para comparar as marcas pelos testes de PEARSON e ANOVA, cujos dados
foram apresentados na Tabela 31.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 131
RESISTÊNCIA (MPa) medidas reais
18161412108
RESISTÊNCIA (MPa) medidas da norma
18
16
14
12
10
8
MARCA
3
2
1
Gráfico 9 - Correlação entre resistência à compressão (medidas da norma) e resistência
(medidas reais) obtidas no ensaio de módulo de elasticidade estático, NBR 8522/2003, das
marcas 1, 2 e 3.
Tabela 30 - Resultados da resistência à compressão, aos 14 dias, obtida no ensaio de módulo
de elasticidade estático, NBR 8522/2003, realizados nas marcas 1, 2 e 3, considerando os
valores reais dos corpos-de-prova.
RESITÊNCIA INDIVIDUAL
(MPa) (valores reais)
IDENTIFICAÇÃO DO
CORPO- DE- PROVA
MARCA
1
MARCA
2
MARCA
3
CP1 8,93 13,42 14,14
CP2 8,62 15,43 13,96
CP3 8,59 16,17 12,22
CP4 8,39 15,85 14,60
CP5 9,83 16,56 13,98
CP6 8,69 15,91 15,15
CP7 8,40 16,27 13,57
CP8 8,13 16,86 14,23
CP9 9,0 16,14 14,71
CP10 8,84 16,60 14,07
CP11 - 16,51 14,49
CP12 8,63 17,13 15,17
MÉDIA 8,73 16,07 14,19
DESVIO PADRÃO 0,4444 0,9552 0,7856
COEF.VARIAÇÃO 5,09% 5,94% 5,54%
Os valores da resistência à compressão, de cada corpo-de-prova, obtidos no ensaio
de módulo de elasticidade estático foram apresentados na Tabela 30, e a
comparação entre as médias, na Tabela 31. Dos resultados, concluiu-se que as três
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO (MPa)
(
med
idas da norma)
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO (MPa)
(medidas reais)
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 132
marcas são diferentes. A marca 1 apresentou a menor resistência e a marca 2 a
maior.
Tabela 31 - Comparação entre as médias da resistência à compressão (medidas reais) no
ensaio de módulo de elasticidade estático, NBR 8522/2003, das marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(MPa)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 11 8,73 0,44 a
2 12 16,07 0,96 c
RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO
DIN EN 12808/2002
3 12 14,19 0,79
281,247
0,001
b
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
4.4.2 Módulo de elasticidade dinâmico – ASTM C597/ 02 e DIN EN 12504-4/04
Assim como o ensaio de módulo estático, os resultados do ensaio de módulo
dinâmico permitiram verificar a sua eficiência ou não para ser usado em A.R.
Assim como as atuais normas de módulo dinâmico, o projeto de norma brasileiro
18:400.04-008/Abril/2008 (Argamassa para assentamento e revestimento de
paredes Determinação do módulo de elasticidade dinâmico por meio de
propagação de onda ultra-sônica ) que está em fase de discussão, também não faz
referência ao lado (face) do corpo-de-prova que deve ser adotado para a conexão
do transdutor do aparelho. Esse fato gerou dúvidas quanto à interferência do lado
adotado para leitura da velocidade no valor do módulo de elasticidade.
Para responder ao questionamento, utilizou a ferramenta estatística TESTE ”t”.
Foi calculado o TESTE t pareado para comparar as médias de módulo de
elasticidade dimico de cada marca, cujas velocidades foram medidas nos lados 1
e 2 em 12 corpos-de-prova, com três repetições de medida para cada lado,
somando um total de seis leituras para cada corpo-de-prova.
Na Tabela 32, os resultados do p-valor maior do que 5% indicam não existir
diferença estatisticamente significante entre as médias. Isso significa que, na leitura
da velocidade de propagação da onda ultra-sônica, aos 14 dias, o lado do corpo-de-
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 133
prova escolhido para a conexão do transdutor do aparelho de ultra-som não
interferiu no valor do módulo, nas três marcas.
Tabela 32 – Nível de interferência dos valores de velocidade de propagação das ondas ultra-
sônica obtidos nos lados 1 e 2 do corpo-de-prova no cálculo do módulo de elasticidade
dinâmico das marcas 1, 2 e 3.
MARCAS LADOS
MÉDIA
(MPa)
Nº. DE
CP
DESVIO
PADRÃO
TESTE t
P-VALOR
NÍVEL DE
INTERFERÊNCIA
DOS LADOS
lado 1 7979,165 12 207,016
MARCA 1
aos 14 dias
lado 2 7977,282 12 209,112
0,205 0,842 não interferiu
lado 1 7879,443 12 301,11
MARCA 1
aos 19 dias
lado 2 7961,224 12 238,17
-2,452 0,032 interferiu
lado 1 11466,713
12 171,87
MARCA 2
aos 14 dias
lado 2 11483,837
12 260,28
-0,392 0,702 não interferiu
lado 1 10657,054
12 137,465
MARCA 3
aos 14 dias
lado 2 10628,996
12 92,121
1,154 0,273 não interferiu
Entretanto, foi realizada, somente na marca 1, a leitura aos 19 dias, nos mesmos
corpos-de-prova lidos aos 14 dias, e os resultados estatísticos indicaram existir
diferença estatisticamente significante entre as médias (p-valor < 5%), ou seja, os
lados influenciaram no resultado do módulo. Esse dado pode servir como parâmetro
investigativo para a realização de novas pesquisas, em outras marcas e idades
diferentes, contribuindo assim, para um melhor conhecimento e aplicação da
metodologia de ensaio adotada para o cálculo do módulo de elasticidade dinâmico
em argamassas.
Por não haver diferença estatística em função do lado escolhido para leitura aos 14
dias, adotou-se os valores do módulo dinâmico calculados com leituras do lado 1,
para comparar as médias.
O teste de PEARSON mostrou haver diferença estatística entre as médias e o teste
ANOVA classificou a marca 1 com o menor valor e a marca 2 com o maior (Tabela
33). Embora, não esteja mostrado neste trabalho, esse resultado também foi o
mesmo para as médias calculadas com leituras do lado 2.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 134
Tabela 33 - Comparação entre as médias do módulo de elasticidade dinâmico, aos 14 dias, das
marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(MPa)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 11 7979,44 207,016 a
2 12 11466,71 171,87 c
MÓDULO DE
ELASTICIDADE
DINÂMICO
3 12 10657,05 137,465
916,13 0,001
b
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
Foi calculado também, o coeficiente de correlação de Pearson relacionando os
módulos de elasticidade dinâmicos com leituras realizadas nos lados 1 e 2 por
marca. Os resultados indicaram uma correlação de 98,8% para a marca 1, 83,2%
para marca 2 e 80,1% para a marca 3.
Os Gráfico 10, Gráfico 11 e Gráfico 12 apresentam os diagramas de dispersão dos
dados.
MÓDULO DE ELASTICIDADE DINÂMICO (MPa) lado 2
8400,08200,08000,07800,07600,0
MÓDULO DE ELASTICIDADE DINÂMICO (MPa) lado 1
8400,00
8200,00
8000,00
7800,00
7600,00
MARCA: 1
Gráfico 10 Correlação entre os módulos de elasticidade dinâmico calculados a partir de
leituras nos lados 1 e 2, nos doze (12) corpos-de-prova da marca 1.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 135
MÓDULO DE ELASTICIDADE DINÂMICO (MPa) lado 2
12000,011800,011600,011400,011200,011000,010800,0
MÓDULO DE ELASTICIDADE DINÂMICO (MPa) lado 1
11800,00
11600,00
11400,00
11200,00
MARCA: 2
Gráfico 11 - Correlação entre os módulos de elasticidade dinâmico calculados a partir de
leituras nos lados 1 e 2, nos doze (12) corpos-de-prova da marca 2.
MÓDULO DE ELASTICIDADE DINÂMICO (MPa) lado 2
10800,010750,010700,010650,010600,010550,010500,0
MÓDULO DE ELASTICIDADE DINÂMICO (MPa) lado 1
11000,00
10900,00
10800,00
10700,00
10600,00
10500,00
10400,00
MARCA: 3
Gráfico 12 - Correlação entre os módulos de elasticidade dinâmico calculados a partir de
leituras nos lados 1 e 2 nos doze (12) corpos-de-prova da marca 3.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 136
A Tabela 34 apresenta a correlação entre o módulo de elasticidade dinâmico e a
resistência à compressão efetiva dos corpos-de-prova no momento da ruptura
durante o ensaio de módulo estático, nas marcas 1, 2 e 3. Observa-se não haver
correlação entre as duas propriedades (p-valor > 5%), embora tenham sido
efetuadas nos mesmos corpos-de-prova.
Tabela 34 - Correlação entre a resistência e o módulo dinâmico obtidos no ensaio de módulo
elasticidade dinâmico das normas ASTM C 597-0 / DIN EN 12504-4, nas marcas 1, 2 e 3.
MARCA VARIÁVEIS CORRELAÇÃO P-VALOR
1 Resistência x Módulo dinâmico -0,007 0,985
2 Resistência x Módulo dinâmico -0,247 0,440
3 Resistência x Módulo dinâmico -0,054 0,867
Obs.: Existe correlação linear quando o p-valor é menor do que 5%.
Os Gráfico 13, Gráfico 14 e Gráfico 15 mostram a dispersão dos resultados das
marcas 1, 2 e 3, respectivamente.
Gráfico 13 - Correlação entre os módulos de elasticidade dinâmico e as resistência efetivas,
obtidas na ruptura dos 12 corpos-de-prova, durante o ensaio de módulo de elasticidade
estático da NBR 8522/2003 realizados nas marcas 1.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 137
Gráfico 14 - Correlão entre os módulos de elasticidade dinâmico e as resistência efetivas,
obtidas na ruptura dos 12 corpos-de-prova, durante o ensaio de módulo de elasticidade
estático da NBR 8522/2003 realizados nas marcas 2.
Gráfico 15- Correlação entre os módulos de elasticidade dinâmico e as resistência efetivas,
obtidas na ruptura dos 12 corpos-de-prova, durante o ensaio de módulo de elasticidade
estático da NBR 8522/2003 realizados nas marcas 3.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 138
Observou ainda, que a média dos valores da resistência obtidos no ensaio de
resistência à compressão da NBR 14992/2003, para a caracterização das
argamassas para rejuntamento estudadas (Tabela 19), foram 8% superiores, nas
três marcas, ao valor da média da resistência efetiva, obtida no ensaio de módulo
estático e adotada nesta correlação (Tabela 30).
Monte, Silva e Figueiredo (2003) encontraram correlão de 96% entre as duas
propriedades testando argamassa de revestimento, entretanto, os dois ensaios
foram realizados em corpos de prova com dimensões diferentes. O ensaio de
resistência à compressão foi realizado em uma das metades do corpo-de-prova
resultante da ruptura no ensaio de tração na flexão da NBR 13297/2005 e o ensaio
de módulo dinâmico em CPs de 40 x 40 x 160 mm.
4.4.3 Módulo de deformação na ruptura determinado no ensaio de
resistência à tração na flexão – NBR 14992/2003
Tabela 35 - Valores da flecha máxima e do módulo de deformão obtidos no ensaio de tração
na flexão da norma NBR 14992/2003 realizados nas marcas 1, 2 e 3.
DEFORMAÇÃO NA RUPTURA
(flecha em mm)
MÓDULO DE DEFORMAÇÃO
(MPa)
ENSAIO
Nº DO
CP
MARCA 1
MARCA 2
MARCA 3
MARCA 1
MARCA 2
MARCA 3
CP1 0,42 0,27 0,21 1838,22 4264,24 4628,27
CP2 0,39 0,43 0,26 1845,51 2594,93 3574,64
CP3 0,30 0,30 0,36 2213,56 3516,56 1791,22
CP4 0,51 0,58 0,24 1403,68 1914,50 3474,96
CP5 0,37
¯
0,30 1749,01
¯
3275,69
CP6 0,31
¯
0,31 2169,52
¯
2949,09
CP7 0,38 0,52
¯
1791,60 2286,89
¯
CP8 0,52 0,40 0,25 1376,76 2995,01 4118,95
CP9 0,52 0,49
¯
1368,26 2523,20
¯
CP10
0,40 0,48 0,56 1073,72 2365,04 1940,95
CP11
0,45 0,50 0,33 1522,89 2556,61 3224,99
TRAÇÃO NA
FLEXÃO
NBR 14992/03
CP12
0,37 0,55 0,49 1890,03 2559,25 2049,33
MÉDIA
0,41 0,45 0,33 1686,90 2757,62 3102,81
DESVIO PADRÃO
0,0750
0,1025 0,1128 343,15 679,05 940,99
COEF. DE VARIAÇÃO
18,21% 22,68% 34,07% 20,34% 24,62% 30,33%
No ensaio de resistência à tração na flexão da norma de argamassa para
rejuntamento, foi medida a deformação máxima do CP no momento da ruptura, por
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 139
meio de extensômetro elétrico. O valor da flecha foi utilizado para cálculo do módulo
de deformação da respectiva marca testada.
A Tabela 35 apresenta os resultados da deformação xima e o valor do módulo de
deformação de cada CP, a média, o desvio padrão e o coeficiente de variação.
Foi calculado o teste ANOVA para comparar as médias da deformação na ruptura e
as médias do módulo de deformação das três marcas. As Tabela 36 e Tabela 37
mostram que existe diferença estatística (p-valor < 5%) entre as médias das
deformações e as médias do módulo de deformação das três marcas,
respectivamente.
Tabela 36 - Comparação entre as médias da deformação máxima na ruptura obtidas nos
ensaios de tração na flexão da norma NBR 14992/2003 realizados nas marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(mm)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 12 0,412 0,7542 a/b
2 10 0,452 0,1025 b
TRAÇÃO NA
FLEXÃO
NBR 14992/03
3 10 0,331 0,1128
0,4071 0,028
a
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
O teste DUNCAN, Tabela 36, mostrou que a marca 3 apresentou a menor
deformação e a marca 2 a maior. A marca 1 apresentou deformação de valor
numérico intermediário, mas de igualdade estatística com as deformações das
marcas 2 e 3, simultaneamente.
Tabela 37 - Comparação entre as médias dos dulos de deformação calculados por meio da
flecha máxima obtida no ensaio de tração na flexão da norma NBR 14992/2003 realizados nas
marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(MPa)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 12 1686,90 343,15 a
2 10 2757,62 679,05 b
TRAÇÃO NA
FLEXÃO
NBR 14992/03
3 10 3102,80 940,99
13,18 0,001
b
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 140
Com relão aos valores dos módulos de deformação mostrados na Tabela 37, o
teste DUNCAN mostrou menor módulo na marca 1 e módulos estatisticamente
iguais nas marcas 2 e 3.
4.4.4 Módulo de deformação na ruptura determinado no ensaio de
resistência à tração na flexão – DIN EN 12808/2002
No ensaio de resistência à tração na flexão da norma alemã de argamassa para
rejuntamento, tamm, foi medida a deformação máxima do CP no momento da
ruptura por meio de extensômetro elétrico.
Tabela 38 - Resultados do ensaio de resistência à tração na flexão, aos 28 dias, da norma
alemã DIN EN 12808/2002, realizados nas marcas 1, 2 e 3, considerando os valores reais dos
corpos-de-prova.
RESITÊNCIA INDIVIDUAL
(MPa) (valores reais)
IDENTIFICAÇÃO DO
CORPO- DE- PROVA
MARCA
1
MARCA
2
MARCA
3
CP1 2,87 5,52 5,02
CP2 3,35 6,00 3,62
CP3 2,85 5,89 4,84
MÉDIA 3,026 5,80 4,49
DESVIO PADRÃO 0,2837 0,2471 0,7581
COEF.VARIAÇÃO 9,37% 4,26% 16,87%
Os valores da resistência mostrados na Tabela 38 foram calculados considerando a
dimensão real do corpo-de-prova, visto que, a correlação entre os valores (medidas
da norma e medidas reais), Tabela 39 e Gráfico 16, mostrou não haver diferença
estatística entre os resultados da resistência calculada com dimensões reais e
dimensões da norma.
Tabela 39 - Resultados da correlação entre resistência à tração na flexão (medidas da norma) e
resistência à tração na flexão (medidas reais), ensaio da norma alemã DIN EN 12808/2002 das
marca 1, 2 e 3.
CORRELAÇÃO
CONSIDERANDO O Nº DE CPs
POR MARCAS
CORRELAÇÃO CONSIDERANDO
TODOS OS CPs DAS TRÊS
MARCAS
ENSAIO MARCA
Nº de
CPs
correlação de
Pearson
p-valor
Nº total
de CPs
correlação de
Pearson
p-valor
1 3 99,90% 0,024
2 3 99,40% 0,068
RESISTÊNCIA
À TRAÇÃO NA
FLEXÃO DIN
EN 12808/2003
3 3 100,00% 0
9 99,90% 0,001
Obs.: Existe correlação quando o p-valor é menor do que 5%
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 141
RESISTÊNCIA (MPa) medidas reais
6,56,05,55,04,54,03,53,02,5
RESISTÊNCIA (MPa) medidas da norma
6,5
6,0
5,5
5,0
4,5
4,0
3,5
3,0
2,5
MARCA
3
2
1
Gráfico 16 - Correlão entre resistência à tração na flexão (medidas da norma) e resistência
(medidas reais), DIN EN 12808/2002, das marca 1, 2 e 3.
A comparação entre as médias das resistências das três marcas, pelo teste
DUNCAN, mostrou ser menor a marca 1 e maior a marca 2 (Tabela 40).
Tabela 40 - Comparação entre as médias da resistência à tração na flexão (medidas reais), DIN
EN 12808/2002, das marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(MPa)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 3 3,03 0,2837 a
2 3 5,80 0,2471 c
RESISTÊNCIA À
TRAÇÃO NA FLEXÃO
DIN EN 12808/2002
3 3 4,49 0,7581
24,23
0,001
b
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
Assim como no ensaio de tração na flexão da norma brasileira, descrito no item
4.2.3, o dulo de deformação na ruptura também foi calculado, por meio do valor
da flecha máxima, medido no ensaio de tração na flexão para argamassa para
rejuntamento, da norma internacional DIN EN 12808/2002. Os resultados da
deformação máxima na ruptura e o valor do módulo de deformação são
apresentados na Tabela 41.
A comparação entre as médias da deformação na ruptura (Tabela 42) e o módulo de
deformação (Tabela 43) apresentou igualdade estatística pelo teste ANOVA.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 142
Embora, os valores numéricos da deformação e do módulo da marca 1 foram os
menores e os da marca 2, os maiores.
Tabela 41 - Valores da flecha máxima e do módulo de deformação obtidos no ensaio de tração
na flexão da norma DIN EN 12808/2002 para as marcas 1, 2 e 3.
DEFORMAÇÃO NA RUPTURA
(flecha em mm)
MÓDULO DE DEFORMAÇÃO
(MPa)
ENSAIO
Nº DO
CP
MARCA 1
MARCA 2
MARCA 3
MARCA 1
MARCA 2
MARCA 3
CP1 0,44 0,42 0,47 2182,66 4395,21 3549,40
CP2 0,37 0,59 0,46 3021,16 3771,13 2613,51
TRAÇÃO NA
FLEXÃO
DIN EN 12808/02
CP3 0,38 0,58 0,37 2501,21 3382,56 4338,90
MÉDIA
0,40 0,53 0,43 2568,38 3716,30 3500,60
DESVIO PADRÃO
0,03448
0,0936 0,0553 423,31 587,98 863,73
COEF. DE VARIAÇÃO
8,71% 17,58% 12,76% 16,48% 15,82% 24,67%
Tabela 42 - Comparação entre as médias da deformação máxima na ruptura obtidas nos
ensaios de tração na flexão da norma DIN EN 12808/2008 realizados nas marcas 1, 2 e 3,
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(mm)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 3 0,40 0,04 a
2 3 0,53 0,10 a
TRAÇÃO NA
FLEXÃO
DIN EN 12808/02
3 3 0,43 0,06
3,15 0,116
a
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
Tabela 43 - Comparação entre as médias do dulo de deformação calculados por meio da
flecha máxima obtida no ensaio de tração na flexão da norma DIN EN 12808/2002 realizados
nas marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(MPa)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 3 2568,38 423,31 a
2 3 3716,30 587,98 a
TRAÇÃO NA
FLEXÃO
DIN EN 12808/02
3 3 3500,60 863,73
2,64 0,151
a
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
O CP que mais se deformou não foi o que apresentou o menor módulo, devido ao
fato de apresentar a menor carga de ruptura. Todavia, o teste ANOVA mostrou não
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 143
haver diferença estatística entre as marcas (p-valor >5%) e o teste DUNCAN que os
valores são estatisticamente iguais (Tabela 42 e Tabela 43).
4.4.5 Módulo de deformação na ruptura determinado no ensaio de
deformação transversal DIN EN 12002/2003
Embora, a norma DIN EN 12002/2003 recomende descartar os corpos-de-prova que
apresentem espessura média 3,0±0,1mm, devido a grande dificuldade de
moldagem e desmoldagem dos corpos-de-prova com essa fina espessura sem
quebrar, adotou-se como procedimento, considerar todos os corpos de prova
desmoldados com sucesso, mesmo que a dia das espessuras não atendesse as
recomendações da norma, para obter um maior número de corpos-de-prova
possível. Contudo, para o cálculo do módulo de deformação levou-se em
consideração as medidas reais dos corpos-de-prova com o objetivo de atingir
resultados mais confiáveis. O maior desafio foi vencido, todos os 8 (oito) corpos-de-
prova de cada marca foram desmoldados sem quebra, somando um total de 24
(vinte e quatro) amostras para esse ensaio. A Tabela 44 mostra as médias das
espessuras de todos os corpos-de-prova adotadas para o cálculo do módulo de
ruptura.
Tabela 44 - Valores da espessura média real de cada corpo-de-prova utilizada no cálculo do
módulo de deformação na ruptura para as marcas 1, 2 e 3 durante o ensaio de deformação
transversal, DIN EN 12002/2003.
ESPESSURA MÉDIA DE CADA CORPOS-DE-PROVA
(mm)
ENSAIO Nº. DO CP
MARCA 1 MARCA 2 MARCA 3
CP1 3,00 3,05 3,07
CP2 2,95 2,95 3,30
CP3 2,93 3,12 3,17
CP4 2,92 3,33 2,85
CP5 2,85 3,65 3,15
CP6 2,93 3,07 3,10
CP7 2,80 3,05 2,90
DEFORMAÇÃO
TRANSVERSAL
CP8 2,90 3,08 3,03
MÉDIA POR MARCA
2,91 3,16 3,07
Requisito mínimo: Espessura média 3,0 ± 0,1mm.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 144
Os resultados da deformação na ruptura e do módulo de deformação de cada corpo-
de-prova das marcas 1, 2 e 3 são apresentados na Tabela 45.
Tabela 45 - Valores da flecha máxima e do módulo de deformação obtidos no ensaio de
deformação transversal da norma DIN EN 12002/2003, para as marcas 1, 2 e 3.
DEFORMAÇÃO NA RUPTURA
(flecha em mm)
MÓDULO DE DEFORMAÇÃO
(MPa)
ENSAIO
Nº DO
CP
MARCA 1
MARCA 2
MARCA 3
MARCA 1
MARCA 2
MARCA 3
CP1 0,98 0,91 1,16 4888,95 9350,05 7515,48
CP2 1,11 1,01 1,09 5111,26 10749,26 10056,16
CP3 1,24 0,92 0,99 3541,31 11653,28 12645,93
CP4 1,00 0,79 1,08 6727,54 11659,63 14873,08
CP5 1,23 0,83 1,23 5350,27 8682,71 10373,33
CP6 1,13 0,91 1,12 6004,38 10171,98 9289,56
CP7 1,10 1,05 1,07 6039,35 8072,63 11787,14
DEFORMAÇÃO
TRANSVERSAL
CP8 1,06 0,89 1,09 7065,77 9337,40 12324,97
MÉDIA
1,11 0,91 1,10 5591,10 9959,62 11108,21
DESVIO PADRÃO
0,0950 0,0852 0,0682 1122,54 1329,72 2278,54
COEF. DE VARIAÇÃO
8,59% 9,32% 6,18% 20,08% 13,35% 20,51%
O teste ANOVA para comparação entre as médias da deformação das três marcas,
Tabela 46, mostrou diferença entre as marcas, entretanto o teste DUNCAN verificou
que a diferença está apenas na marca 2 que apresentou a menor deformação, já
que as deformações máximas das marcas 1 e 3 foram estatisticamente iguais.
Tabela 46 - Comparação entre as médias da deformação máxima na ruptura obtidas nos
ensaios de deformação transversal da norma DIN EN 12002/2003, realizados nas marcas 1, 2 e
3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(mm)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 8 1,11 0,0950 b
2 8 0,91 0,0852 a
TRAÇÃO NA
FLEXÃO
DIN EN 12808/02
3 8 1,10 0,0682
13,81 0,001
b
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
A comparação entre as médias do módulo de deformação, Tabela 47, apresentou
diferença estatística (p-valor < 5%) entre as marcas e o teste DUNCAN mostrou que
a diferença está na marca 1, que resultou no menor valor para o módulo de
deformação, enquanto as marcas 2 e 3 possuem o mesmo valor estatístico, o que
significa igualdade no valor do módulo de deformação das duas marcas.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 145
Tabela 47 - Comparação entre as médias do módulo de deformação calculados por meio da
flecha máxima, obtida no ensaio de deformação transversal da norma DIN EN 12002/2003,
realizados nas marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(MPa)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 8 5591,10 1122,54 a
2 8 9959,62 1329,72 b
DEFORMAÇÃO
TRANSVERSAL
DIN EN 12002/03
3 8 11108,21 2278,54
24,74 0,001
b
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
Tabela 48 - Comparação entre as médias da resistência (medidas da norma), calculadas no
ensaio de deformação transversal da norma alemã DIN EN 12002/2003, das marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(MPa)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 8 2,65 0,43 a
2 8 4,86 0,91 b
DEFORMACÃO
TRANSVERSAL
DIN
EN12002/2003
3 8 6,27 1,04
38,06 0,001
c
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
Tabela 49 - Comparação entre as médias da resistência (medidas reais), calculadas no ensaio
de deformação transversal da norma alemã DIN EN 12002/2003, das marcas 1, 2 e 3.
ENSAIO MARCA
Nº.
DE
CP
MÉDIA
(MPa)
DP F P-VALOR
DUNCAN
1 8 2,67 0,45 a
2 8 4,28 0,47 b
DEFORMAÇÃO
TRANSVERSAL
NBR 14992/2003
3 8 5,59 0,87
43,474 0,001
c
a = subgrupo formado pelas menores médias pelo teste de Duncan;
b = subgrupo formado pelas médias intermediárias pelo teste de Duncan;
c = subgrupo formado pelas maiores médias pelo teste de Duncan.
Assim como nos outros dois ensaios de tração na flexão descritos nos itens 4.2.4 e
4.2.5, a resistência à tração na flexão também foi calculada para este ensaio,
considerando as dimensões reais e as dimensões recomendadas pela norma, para
cada corpo-de-prova. Na Tabela 48 foi apresentada a comparação entre as médias
das resistências (medidas da norma) e, na Tabela 49 a comparação entre as médias
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 146
das resistências (medidas reais). Nos dois testes, as médias foram diferentes, em
que a marca 1 obteve a menor resistência e, a marca 3, a maior.
Tabela 50 - Resultados da correlação entre resistência (medidas da norma) e resistência
(medidas reais) obtidas no ensaio de deformação transversal da norma alemã DIN EN
12002/2003, das marca 1, 2 e 3.
CORRELAÇÃO
CONSIDERANDO O Nº DE CPs
POR MARCAS
CORRELAÇÃO CONSIDERANDO
TODOS OS CPs DAS TRÊS
MARCAS
ENSAIO MARCA
Nº de
CPs
correlação de
Pearson
p-valor
Nº total
de CPs
correlação de
Pearson
p-valor
1 8 92,7% 0,001
2 8 46,1% 0,251
DEFORMAÇÃO
TRANSVERSAL
DIN EN
12002/2003
3 8 82,4% 0,012
24 93,9% 0,001
Obs.: Existe correlação quando o p-valor é menor do que 5%.
Os resultados da Tabela 50 podem ser visualizados no Gráfico 17.
RESISTÊNCIA (MPa) medidas reais
7654321
RESISTÊNCIA (MPa) medidas da norma
8
7
6
5
4
3
2
1
MARCA
3
2
1
Gráfico 17 - Correlão entre resistência (medidas da norma) e resistência (medidas reais)
determinadas no ensaio de deformação transversal da norma alemã DIN EN 12808/2002 das
marca 1, 2 e 3.
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO (MPa)
(medidas da norma)
R
ESISTÊNCIA À COMPRESSÃO (MPa)
(medidas reais)
MARCA
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 147
4.4.6 Correlação entre ensaios de módulo de elasticidade estático e
dinâmico
A revisão da literatura mostrou a preocupação de rios pesquisadores em adotar
um procedimento de ensaio confiável para medir o módulo de deformação das
argamassas.
Para avaliar os resultados obtidos nos 2 (dois) tipos de ensaios de módulo de
elasticidade (estático e dinâmico) realizados em cada marca, os dados foram
correlacionados.
No cálculo do coeficiente de correlação de Pearson (Tabela 51), os resultados do p-
valor maior que 5%, indicam não existir correlação entre os dois tipos de módulo de
elasticidade para nenhuma das três marcas testadas.
Os lados 1 e 2 referem-se às faces do CP tomadas para a leitura da velocidade, no
ensaio de módulo de elasticidade dinâmico. Embora, já confirmado anteriormente
que os mesmos não interferiram nos valores do módulo dinâmico (Tabela 32), optou-
se por utilizar os dois lados, também, na correlação entre dois módulos para garantir
a confiabilidade dos resultados.
Tabela 51 – Resultados da correlação entre o módulo de elasticidade estático e módulo de
elasticidade dinâmico com medidas nos lados 1 e 2, em 12 (doze) corpos-de-prova das marcas
1, 2 e 3.
MARCA VARIÁVEIS CORRELAÇÃO P-VALOR
GRÁFICO DE
DISPERSÃO
Estático x dinâmico
lado 1
0,093 0,786 Gráfico 15
1
Estático x dinâmico
lado 2
0,138 0,686 Gráfico 16
Estático x dinâmico
lado 1
0,089 0,783 Gráfico 17
2
Estático x dinâmico
lado 2
-0,025 0,939 Gráfico 18
Estático x dinâmico
lado 1
0,253 0,428 Gráfico 19
3
Estático x dinâmico
lado 2
0,347 0,269 Gráfico 20
Obs.: Existe correlação linear quando o p-valor é menor do que 5%.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 148
Os gráficos de dispersão dos dados, numerados na última coluna da Tabela 51,
correlacionando os resultados dos ensaios de dulo de elasticidade estático e
módulo de elasticidade dimico, medidos nos lados 1 e 2 dos 12 (doze) corpos-de-
prova de cada marca testada, são mostrados a seguir:
Gráfico 18 – Correlação entre o módulo de elasticidade estático e módulo de elasticidade
dinâmico com medidas no lado 1, em 12 (doze) corpos-de-prova da marca 1.
Gráfico 19 – Correlação entre o módulo de elasticidade estático e dulo de elasticidade
dinâmico com medidas no lado 2, em 12 (doze) corpos-de-prova da marca 1.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 149
Gráfico 20 - Correlação entre o módulo de elasticidade estático e módulo de elasticidade
dinâmico com medidas no lado 1, em 12 (doze) corpos-de-prova da marca 2.
Gráfico 21 - Correlação entre o módulo de elasticidade estático e módulo de elasticidade
dinâmico com medidas no lado 2, em 12 (doze) corpos-de-prova da marca 2.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 150
Gráfico 22 - Correlação entre o módulo de elasticidade estático e módulo de elasticidade
dinâmico com medidas no lado 1, em 12 (doze) corpos-de-prova da marca 3.
Gráfico 23 - Correlação entre o módulo de elasticidade estático e módulo de elasticidade
dinâmico com medidas no lado 2, em 12 (doze) corpos-de-prova da marca 3.
CAPÍTULO 4– APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 151
CAPÍTULO 5
CONCLUSÕES
CAPÍTULO 6 – PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 152
5 CONCLUSÕES
5.1 RELATIVAS À ESCOLHA DAS MARCAS DE A.R. PARA
ESTUDO
O resultado da pesquisa junto ao SINDICON confirmou que as três marcas
selecionadas para a realização do programa experimental estavam entre os cinco
nomes inicialmente sugeridos no projeto de qualificação. Duas delas por serem
conhecidas em nível nacional e uma por ser considerada a de maior destaque em
nível estadual.
5.2 RELATIVAS ÀS VISITAS AS FÁBRICAS
Embora o processo de fabricação das argamassas para rejuntamento, quando
controlados, não geram resíduos que possam comprometer o meio ambiente,
utilizam em sua composição, vários materiais cujos processos de produção causam
danos ao meio ambiente. Para amenizar os prejuízos ambientais, algumas ações
devem ser adotadas pelos vários segmentos, que direta ou indiretamente, estão
relacionados com a produção deste material:
As empresas produtoras de argamassa de rejuntamento podem contribuir
para o desenvolvimento sustentável adquirindo matéria-prima, apenas, dos
fornecedores que atendem à legislação ambiental;
As empresas fornecedoras de matéria-prima devem instituir ações efetivas de
Sustentabilidade, em suas metas e estratégias, como por exemplo, análises
de ecoeficiência que visem avaliar o desempenho ambiental dos produtos,
processos e serviços, ciclo de vida e processos alternativos de forma
integrada a uma avaliação econômica;
Pesquisadores e indústrias devem investigar o uso de novos materiais,
ecologicamente corretos, para substituir os componentes atuais das
argamassas para rejuntamento.
CAPÍTULO 6 – PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 153
5.3 RELATIVAS AOS RESULTADOS DOS ENSAIOS
5.3.1 Ensaios de caracterização e de módulo de deformação
Os ensaios para a caracterização e para o cálculo do módulo de deformação das
A.R. permitiram conhecer as propriedades individuais de cada marca, comparar as
marcas e classificá-las quanto ao melhor e pior resultado em todos os ensaios. A
Tabela 52 apresenta um resumo de todas as comparações feitas entre as três
marcas testadas.
Tabela 52 - Classificação dos resultados de comparação entre marcas de todos os ensaios
realizados.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS POR MARCA
PARÂMETRO TIPO DE ENSAIO
COMPARAÇÃO
ENTRE
MARCAS
MELHOR
RESULTADO
REQUISITO
MÍNIMO DA
NORMA
Tração na flexão
NBR 14992/2003
M1<M3<M2 M2
Todas
atenderam
Tração na flexão
DIN EN 12808 2002
M1<M3<M2 M2
Todas
atenderam
Deformação
transversal
DIN EN 12002/2003
M1<M2<M3 M3
Todas não
atenderam
Compressão
NBR 14992/2003
M1<M3<M2 M2
Todas
atenderam
Compressão
DIN EN 12808 2002
M1<M3<M2 M2
Marca 1 não
atendeu
RESISTÊNCIA
Módulo de
elasticidade estático
NBR 8522/2003
M1<M3<M2 M2
Não
estabelece
Tração na flexão
NBR 14992/2003
M3=M2=M1
(M3<M1)
M1 e M2
Tração na flexão
DIN EN 12808 2002
M1=M3=M2 M1, M2 e M3
DEFORMAÇÃO A
100% (FLECHA)
Deformação
transversal
DIN EN 12002/2003
M2<M3=M1 M1 e M3
Não
estabelece
MÓDULO DE
ELASTICIDADE
ESTÁTICO
Módulo de
elasticidade estático
NBR 8522/2003
M1<M2<M3 M1
Não
estabelece
MÓDULO DE
ELASTICIDADE
DINÂMICO
Módulo de
elasticidade dinâmico
ASTM C597- 02 e
DIN EN 12504-4/04
M1<M3<M2 M1
Não
estabelece
CAPÍTULO 6 – PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 154
Tabela 52 - Classificação dos resultados de comparação entre marcas de todos os ensaios
realizados.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS POR MARCA
PARÂMETRO TIPO DE ENSAIO
COMPARAÇÃO
ENTRE
MARCAS
MELHOR
RESULTADO
REQUISITO
MÍNIMO DA
NORMA
Tração na flexão
NBR 14992/2003
M1<M2=M3 M1
Tração na flexão
DIN EN 12808 2002
M1=M2=M3 M1, M2 e M3
MÓDULO DE
DEFORMAÇÃO NA
RUPTURA
Deformação
transversal
DIN EN 12002/2003
M1<M2=M3 M1
Não
estabelece
VARIAÇÃO
DIMENSIONAL
Variação dimensional
NBR 14992/2003
M3<M1=M2 M3
Todas
atenderam
ABSORÇÃO DE
ÁGUA POR
CAPILARIDADE
Absorção de água
por capilaridade
NBR 14992/2003
M3<M2<M1 M3
Marca 1 não
atendeu
PERMEABILIDADE Permeabilidade
NBR 14992/2003
M3<M2<M1 M3
Marca 1 não
atendeu
ÍNDICE DE VAZIOS Índice de vazios
NBR 9778/05
M2<M1<M3 M2
Não
estabelece
Observa-se pelo resultado geral de todos os ensaios que a marca 2 apresentou
melhor resultado para a maioria dos testes realizados.
A marca 1 não atendeu a três requisitos da norma brasileira e a dois de normas
internacionais.
As marcas 2 e 3 não atenderam ao requisito de altura da flecha no ensaio de
deformação transversal da norma alemã.
Os ensaios relacionados ao módulo não possuem referências comparativas por não
estarem contemplados na norma brasileira e nas normas internacionais, referentes
às argamassas para rejuntamento, adotadas nesta pesquisa.
5.3.2 Correlação entre os resultados das resistências
O coeficiente de correlação de PEARSON, aplicado nos resultados dos ensaios que
utilizam as medidas dos corpos-de-prova como dado de entrada para o cálculo da
resistência, mostraram não haver diferença estatística entre as resistências
calculadas com as dimensões dos CPs, recomendadas pela norma, e as dimensão
reais, medidas nos CPs antes da realização dos respectivos ensaios.
CAPÍTULO 6 – PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 155
5.3.3 Correlação entre os resultados dos módulos de elasticidades estático
e dinâmico
Antes da realização teste de PEARSON para analisar a correlação entre módulos
estático e dinâmico, o teste “t pareado” comprovou a não interferência do lado do
CP, escolhido para a leitura da velocidade da onda ultra-sônica, no valor do módulo
dinâmico, quando a leitura foi realizada na mesma idade (aos 14 dias), nas três
marcas.
O coeficiente de PEARSON mostrou não haver correlação entre os valores do
módulo de elasticidade do todo estático e dinâmico, realizados nos mesmos
corpos-de-prova, com a mesma idade: aos 14 dias, marcas 2 e 3 e aos 19 dias,
marca 1.
Os todos de ensaio que calculam o módulo de elasticidade estático ou dinâmico
não consideram os esforços cíclicos sofridos pelo revestimento cerâmico exposto ao
meio ambiente e intempéries.
Embora o método dinâmico seja mais apropriado por ser simples, não destrutível e
permitir comparação com resultados de outros métodos realizados no mesmo corpo-
de-prova, é importante encontrar meios para relacionar o valor encontrado para o
módulo com o comportamento do material, quando aplicado e submetido às
condições reais de tensão.
5.4 RELATIVAS AO ESTUDO PILOTO
A adoção do estudo piloto como metodologia de trabalho foi fundamental para que o
planejamento dos ensaios definitivos fosse elaborado a partir de necessidades
detectadas ao longo de sua realização. Por exemplo: a criação e adequação de
fôrmas, a utilização das ferramentas de trabalho como cronograma de atividades,
planilhas de ensaio e roteiro de procedimento de moldagem contribuíram para que
nenhum item fosse esquecido e, conseqüentemente, interferisse no desempenho
logístico da operação definitiva.
CAPÍTULO 6 – PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 156
5.5 RELATIVAS À ANÁLISE CRÍTICA DOS MÉTODOS
5.5.1 Dificuldades para a realização dos ensaios
Várias são as conclusões relativas à realização dos ensaios, estando elas
itemizadas a seguir para facilitar a compreensão:
A execução de alguns métodos de ensaio foi dificultada por falhas na
descrição e detalhamento de procedimento da norma, como por exemplo, a
omissão de algumas ferramentas de trabalho que só são requisitadas durante
o procedimento do ensaio. Esse fato pode surpreender o executor do ensaio
que, muitas vezes seleciona os equipamentos e materiais para o ensaio, de
acordo com o que está recomendado no item aparelhagem.
A falta de detalhamento dos modelos, dimensões e especificação precisa dos
materiais para a execução de fôrmas e a escassez de mão-de-obra
especializada, também foram agravantes que dificultaram o cumprimento do
cronograma de atividades.
Com relação ao preparo da mistura, a maior dificuldade encontrada foi devido
a grande quantidade de material, 15 kg, preparados na mesma batelada, em
argamassadeira com capacidade para 20 kg. Os tempos de repouso,
raspagem e mistura dos materiais, previstos na norma para a hidratação do
pó e homogeneidade do produto, são recomendados para o preparo de 2,5 kg
de rejunte, quantidade suficiente para ensaios de controle de qualidade do
produto. Entretanto, devido à necessidade de preparar 15 kg de argamassa
para a moldagem dos 52 (cinqüenta e dois) CPs da pesquisa, o tempo de
repouso recomendado pela norma não foi suficiente para a hidratação do
e, conseqüentemente, a rotação da foi dificultada pelo grande volume de
material anidro lançado sobre a água, previamente colocada na cuba da
argamassadeira. Ao iniciar a rotação, parte do material foi lançado para fora
da argamassadeira até iniciar a homogeneização da mistura.
No ensaio de permeabilidade a dificuldade foi com relação à vedação da
coluna de vidro sobre o corpo-de-prova. O vazamento da água da coluna
foi controlado após a fixação da coluna com massa de calafetar e a
CAPÍTULO 6 – PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 157
sobreposição de uma camada espessa silicone sobre a massa. Esse
procedimento foi realizado 24 h (vinte e quatro horas) antes da realização do
ensaio para garantir a secagem e a completa vedação da coluna. Além disso,
a norma omite a medida da altura da base da coluna, o que permite a
execução de colunas com volumes diferenciados.
Em outros métodos, como por exemplo, da DIN EN 12002, o procedimento de
moldagem e desmoldagem é muito complexo, o que impossibilita maior rigor
no controle das variáveis.
O baixo número de corpos-de-prova (três ou quatro) exigido para cada tipo de
ensaio dificulta a repetitividade experimental e a avaliação estatística dos
resultados.
Bucher e Nakakura (1995) questionavam o alto valor de dispersão em ensaios
realizados em argamassa colante e concluíram que quanto mais simples for o
ensaio maior é a precisão do resultado.
5.5.2 Análise crítica da NBR 14992/2003.
Sugere-se que a NBR 14992/2003 seja revista atentando para as considerações
descritas no item 4.2 e, apresentadas de forma resumida, a seguir:
Variação dimensional – incluir leituras nas primeiras 24 horas;
Resistência à tração na flexão – corrigir erros de digitação;
Absorção de água por capilaridade aos 300 min – corrigir erro de digitação;
Permeabilidade Embora, no teste piloto tenha sido impossível realizar medidas
somente nos tempos determinados pelo método, observou-se que o problema
ocorreu devido à qualidade da argamassa testada, e não, ao procedimento do
ensaio, que se mostrou eficiente, quando realizado em outras argamassas;
Corrigir o desenho da coluna de vidro, especificando a altura da base.
Corroborando Falcão Bauer e Rago (2002) sugere-se que sejam feitos mais ensaios
com argamassas para rejuntamento, utilizando as recomendações da norma
CAPÍTULO 6 – PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 158
NBR14992 (ABNT, 2003), além das sugestões já apresentadas na análise dos
métodos de ensaio deste trabalho, com vistas à proposição de melhorias nos
procedimentos dos ensaios da atual norma e de novos ensaios.
É importante também a elaboração de pesquisas para verificar a qualidade e o
desempenho de argamassas de rejuntamento composta por outros materiais, não
cimentícios, para servir de subsídio à criação de uma norma mais abrangente.
A norma deve contemplar, também, critérios de avaliação para a aplicação do
rejunte e definir procedimentos de inspeção para garantir a qualidade, o
desempenho e a durabilidade do revestimento cerâmico.
CAPÍTULO 6 – PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 159
CAPÍTULO 6
PROPOSTAS DE TRABALHOS FUTUROS
CAPÍTULO 6 – PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 160
6 PROPOSTAS DE TRABALHOS FUTUROS
Sugere-se a realização de pesquisas que irão complementar o estudo sobre a
capacidade de deformação das argamassas para rejuntamento:
Execução de um programa experimental específico para se fazer a correlação
entre o módulo de elasticidade estático e dinâmico com um número de
corpos-de-prova que represente uma amostra estatística significativa.
Realização de pesquisas, com um número de corpos-de-prova significativo,
que relacione os valores do dulo de elasticidade dinâmico com o lado
(face) de leitura do corpo-de-prova, adotando leituras em idades diferentes
para verificar a interferência ou não do lado no cálculo do módulo de
elasticidade dinâmico. Contribuindo assim, para um melhor conhecimento e
aplicação da metodologia de ensaio.
Definir valor numérico para o módulo de deformão das argamassas para
rejuntamento como parâmetro para o requisito de desempenho do material.
Tentando aproximar as condições de ensaio à realidade na qual o
revestimento é exposto, sugere-se fazer corpos-de-prova com placas
cerâmicas assentadas e rejuntadas de acordo as recomendações das normas
técnicas, e submetê-los a ciclos de variação de temperatura e umidade, em
laboratório, com o objetivo de medir a sua real capacidade de deformação
reversiva, durante a interferência de agentes ambientais.
Outra lacuna observada é falta de pesquisas propondo a utilização de novos
materiais, com propriedades elásticas compatíveis com a necessidade e a
capacidade da argamassa para rejuntamento em absorver as tensões
sofridas pelo revestimento cerâmico.
CAPÍTULO 6 – PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 161
CAPÍTULO 7
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 162
7 REFERÊNCIAS
7.1 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13816: Placas
cerâmicas para revestimento - terminologia. Rio de Janeiro, 1997.
______. NBR 14992: A.R. - Argamassa À base de cimento Portland para
rejuntamento de placas cerâmicas Requisitos e métodos de ensaio. Rio de
Janeiro, 2003.
______.NBR 8522: Concreto – Determinação dos módulos estáticos de elasticidade
e de deformação e da curva tensão-deformação. Rio de Janeiro, 1984.
______.NBR 9778: Argamassa e concreto endurecido Determinação da absorção
de água, índice de vazios e massa específica. Rio de Janeiro, 2005.
______.NBR 8802: Concreto endurecido Determinação da velocidade de
propagação de onda ultra-sônica. Rio de Janeiro, 1994.
______.NBR 13755: Revestimento de paredes externas e fachadas com placas
cerâmicas e com utilização de argamassa colante - Procedimento. Rio de Janeiro,
1996.
______.NBR 13816: Placas cerâmicas para revestimento - terminologia. Rio de
Janeiro, 1997.
______.NBR 13817: Placas cerâmicas para revestimento - classificação. Rio de
Janeiro, 1997.
______.NBR 6023: Informão e documentação referências - elaboração. Rio de
Janeiro, 2002.
______.NBR 10520: Informação e documentação citações em documentos -
elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
______.NBR 14724: Informação e documentação trabalhos acadêmicos -
Apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
Formatado: REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 163
AMERICAN NATIONAL STANDARD INSTITUTE (ANSI). - ANSI A-118.6: Ceramic
title grouts: specifications. New York, 1985.
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIAIS (ASTM) - ASTM C 597:
Standard Test Method for Pulse Velocity Through Concrete. West Conshohocken,
2002.
DEUTSCHES INSTITUT FÜR NORMUNG. DIN EN 12808-3: Adhesives and grouts
for tile – Part 3 – Determination of flexural and compressive strength. Berlin, 2002.
______. DIN EN 12002: Adhesive for tiles Determination of transverse deformation
for cementitious adhesives and grouts. Berlin, 2003.
______. DIN EN 12504-4: Testing concrete in structures: Determination of ultrasonic
pulse velocity. Berlin, 2004.
COMITÊ BRASILEIRO DE CIMENTO, CONCRETO E AGREGADOS/ABNT. Projeto
de norma 18:400.04-008/Abril/2008 - Argamassa para assentamento e revestimento
de paredes Determinação do módulo de elasticidade dinâmico através da
propagação de onda ultra-sônica. 2008.
PEROTA, Maria Luiza Loures Rocha; CARVALHO, Isabel Cristina Louzada;
BECCALLI, Ângela Maria. Normalização e apresentação de trabalhos científicos
e acadêmicos: guia para alunos, professores e pesquisadores da UFES,
Universidade Federal do Espírito Santo - Biblioteca Central, 7 ed. Vitória: A
Biblioteca, 2005.
PEROTA, Maria Luiza Loures Rocha; CARVALHO, Isabel Cristina Louzada;
BECCALLI, Ângela Maria. Guia para normalização de referências: NBR
6023:2002, Universidade Federal do Espírito Santo Biblioteca Central, 3 ed.
Vitória: A Biblioteca, 2005.
CAPÍTULO 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 164
7.2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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nas propriedades reológicas de argamassas avaliada por squeeze-flow. In:
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DE ARGAMASSAS, 6., 2005,
Florianópolis. Anais... Florianópolis: ANTAC, 2005.p 158-179
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BARBIERI, A. Walter. Estudo comparativo da freqüência natural, módulo de
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da Revista Engenharia, São Paulo, ano XVI, n. 179, p.75-78, 1957.
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revestimentos verticais. 1997. 29p. Grupo de Ensino Pesquisa e Extensão em
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BASTOS, Pedro K.X. Módulo de Deformação de argamassas – Conceitos e Métodos
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CONSTRUÍDO, 9., 2002, Foz do Iguaçu. Anais... Foz do Iguaçu: ANTAC, 2002, p
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CAPÍTULO 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 165
BASTOS, Pedro K. X.; NAKAKURA, Elza H.; CINCOTTO, Maria A. Comparação das
argamassas industrializadas e mistas de revestimentos nos estados fresco e
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BAUER, L.A. Falcão. Materiais de Construção. ed. Rio de Janeiro: LTC-Livros
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ANFACER. Números do setor. Gráfico da venda de Revestimento Cerâmico no
Mercado Interno. Disponível em:<htpp://www.anfacer.org.br>. Acesso em:
28/05/2008.
BRINDESUNIÃO. Catálogo de produtos. Luminária com haste flexível. Dispovel
em: <htpp://www.brindesunião.com.br>. Acesso em: 05/08/2007.
CLONE. Catálogo de produtos. Microfone com haste flexível. Disponível em:
<htpp://www.clone.com.br>. Acesso em 05/08/2007.
CAPÍTULO 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 172
APÊNDICE A
FABRICAÇÃO, VENDAS E CONSUMO ANUAL DE
ARGAMASSA PARA REJUNTAMENTO
APÊNDICE A – FABRICAÇÃO, VENDAS E CONSUMO ANUAL 173
ANDICE A FABRICAÇÃO, VENDAS E CONSUMO
ANUAL DE ARGAMASSA PARA REJUNTAMENTO.
Tabela 53 - Produção anual estimada de argamassa para rejuntamento no Estado do Espírito
Santo.
Fabricantes Produção anual (t/ano)
A 2.016
B 1.058
C 456
D 1956
E 720
F 600
TOTAL 6804
Tabela 54 - Percentual de venda de argamassa para rejuntamento no estado do Espírito Santo
e em outros estados . Produtos fabricadas no Espírito santo.
Fabricantes do ES Interestadual (%) Intraestadual (%)
A 70 30
B 70 30
C 65 35
D 70 30
E 50 50
F 100 0
TOTAL 71 29
Tabela 55 - Consumo anual estimado de carga e de cimento Portland na produção de rejunte
no Estado do Espírito Santo. Dados fornecidos pelos fabricantes do ES.
Fabricantes Cimento Portland (t/ano)
Carbonato de cálcio ou
dolomita (t/ano)
A 468 1548
B 288 672
C 336 120
D 600 960
E 360 360
F 360 420
TOTAL 2412 4080
APÊNDICE A – FABRICAÇÃO, VENDAS E CONSUMO ANUAL 174
APÊNDICE B
CRONOGRAMA DE ENSAIOS
APÊNDICE A – FABRICAÇÃO, VENDAS E CONSUMO ANUAL 175
ANDICE B – CRONOGRAMA DE ENSAIOS.
APÊNDICE C – ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE MOLDAGEM 176
APÊNDICE C
ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE MOLDAGEM
APÊNDICE C – ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE MOLDAGEM 177
ANDICE C ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE
MOLDAGEM DE CADA ENSAIO.
ENSAIOS: RETENÇÃO DE ÁGUA
FÔRMA CILÍNDRICA (42 X12)
NBR 14992/03 – ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO
1- MARCAR COM UM LÁPIS, BEM LEVE, O CENTRO E QUATRO
DIÂMETROS SOBRE O PAPEL FILTRO.
2- VIRAR O COPO PREENCHIDO COM ARGAMASSA NO CENTRO DO
DISCO DE PAPEL - registrar a hora e ligar o cronômetro.
3- AOS 10 minutos DELIMITAR O PERÍMETRO DA MANCHA DE UMIDADE
COM A CANETA, SOBRE OS QUATROS DIÂMETROS.
4- MEDIR COM O PAQUÍMETRO E REGISTRAR A MEDIDA DOS QUATRO
DIÂMETROS.
APÊNDICE C – ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE MOLDAGEM 178
ENSAIOS: COMPRESSÃO, MÓDULO ESTÁTICO, MÓDULO
DINÂMICO e ABSOÃO POR CAPILARIDADE
FÔRMAS CILÍNDRICAS (50 X100)
NBR 14992/03 – ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO
1- PREENCHER TODAS AS FÔRMAS ATÉ 1/3 DA ALTURA.
2- APLICAR 25 GOLPES, EM 15 SEGUNDOS, AO LONGO DO PERÍMETRO
DA ARGAMASSA, COM A RÉGUA NA POSIÇÃO VERTICAL.
3- PREENCHER 1/3 - SEGUNDA CAMADA DE TODAS AS FÔRMAS.
4- APLICAR 25 GOLPES, EM 15 SEGUNDOS, AO LONGO DO PERÍMETRO
DA ARGAMASSA, COM A RÉGUA NA POSIÇÃO VERTICAL.
5- PREENCHER 1/3 - TERCEIRA CAMADA DE TODAS AS FÔRMAS.
6- APLICAR 25 GOLPES, EM 15 SEGUNDOS, AO LONGO DO PERÍMETRO
DA ARGAMASSA, COM A RÉGUA NA POSIÇÃO VERTICAL.
7- APLICAR 5 GOLPES COM O SOQUETE, REGULARMENTE
DISTRIBUÍDOS AO REDOR DA PAREDE EXTERNA DAS FÔRMAS.
8- ELEVAR 3 cm, 10 VEZES, CADA LADO TRANSVERSAL DA FÔRMA E
SOLTÁ-LA.
9- RASAR AS SUPERFÍCIES DAS FÔRMAS COM A ESPÁTULA.
APÊNDICE C – ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE MOLDAGEM 179
ENSAIOS: TRAÇÃO NA FLEXÃO, COMPRESSÃO
FÔRMAS RETANGULARES (40x40x160)
EN 12808/03 – ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO
1- APLICAR UMA CAMADA FINA DE ÓLEO MINERAL NAS FACES
INTERNAS DAS FÔRMAS.
2- AFIXAR A FÔRMA NA MESA DE ESPALHAMENTO ANTES DE MOLDAR
OS CPS.
3- PREENCHER TODAS AS FÔRMAS ATÉ A METADE DA ALTURA.
4- ESPALHAR A ARGAMASSA UNIFORMEMENTE.
5- COMPACTAR COM 60 GOLPES NA MESA DE ESPALHAMENTO.
6- PREENCHER A SEGUNDA CAMADA DE TODAS AS FÔRMAS E NIVELAR.
7- COMPACTAR COM MAIS 60 GOLPES.
8- RETIRAR A FÔRMA GENTILMENTE DA MESA.
9- RETIRAR O EXCESSO DE MATERIAL DEIXADO NO PERÍMETRO DA
FÔRMA.
10- COBRIR A FÔRMA COM PLACA DE VIDRO.
APÊNDICE C – ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE MOLDAGEM 180
ENSAIO: PERMEABILIDADE
FÔRMAS CÚBICAS (50x50x50)
NBR 14992/03 – ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO
1- PREENCHER TODAS AS FÔRMAS ATÉ A METADE DA ALTURA.
2- APLICAR 25 GOLPES, EM 15 SEGUNDOS, AO LONGO DO PERÍMETRO
DA ARGAMASSA, COM A RÉGUA NA POSIÇÃO VERTICAL.
3- PREENCHER A SEGUNDA CAMADA DE TODAS AS FÔRMAS.
4- APLICAR 25 GOLPES, EM 15 SEGUNDOS, AO LONGO DO PERÍMETRO
DA ARGAMASSA, COM A RÉGUA NA POSIÇÃO VERTICAL.
5- APLICAR 5 GOLPES COM O SOQUETE, REGULARMENTE
DISTRIBUÍDOS AO REDOR DA PAREDE EXTERNA DAS FÔRMAS.
6- RETIRAR O EXCESSO DE MATERIAL DA SUPERFÍCIE COM A
ESPÁTULA.
7- ELEVAR 3 cm, 10 VEZES, CADA LADO TRANSVERSAL DA FÔRMA E
SOLTÁ-LA.
8- RASAR AS SUPERFÍCIES DAS FÔRMAS COM A ESPÁTULA.
APÊNDICE C – ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE MOLDAGEM 181
ENSAIOS: TRAÇÃO NA FLEXÃO
FÔRMAS RETANGULARES (25x25x250)
NBR 14992/03 – ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO
1- PREENCHER TODAS AS FÔRMAS ATÉ A METADE DE SUA ALTURA.
2- APLICAR 25 GOLPES, COM A RÉGUA, NA SEÇÃO TRANSVERSAL,
DISTRIBUÍDOS EM TODO O COMPRIMENTO, POR 12 SEGUNDOS.
3- PREENCHER A SEGUNDA CAMADA DE TODAS AS FÔRMAS.
4- APLICAR 25 GOLPES, COM A RÉGUA, NA SEÇÃO TRANSVERSAL,
DISTRIBUÍDOS EM TODO O COMPRIMENTO, POR 12 SEGUNDOS.
5- RASAR AS SUPERFÍCIES DAS FÔRMAS COM A ESPÁTULA.
6- ELEVAR 3 cm, 10 VEZES, CADA LADO TRANSVERSAL DA FÔRMA
SOLTÁ-LA.
APÊNDICE C – ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE MOLDAGEM 182
ENSAIOS: VARIAÇÃO DIMENSIONAL
FÔRMAS RETANGULARES (25x25x285)
NBR 14992/03 – ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO
1- PREENCHER TODAS AS FÔRMAS ATÉ A METADE.
2- APLICAR 25 GOLPES COM A RÉGUA, NA SEÇÃO TRANSVERSAL,
DISTRIBUÍDOS EM TODO O COMPRIMENTO.
3- PREENCHER A SEGUNDA CAMADA DE TODAS AS FÔRMAS.
4- APLICAR 25 GOLPES COM A RÉGUA, NA SEÇÃO TRANSVERSAL,
DISTRIBUÍDOS EM TODO O COMPRIMENTO.
5- ELEVAR 3 cm, 10 VEZES, CADA LADO TRANSVERSAL DA FÔRMA
SOLTÁ-LA.
6- RASAR AS SUPERFÍCIES DAS FÔRMAS COM A ESPÁTULA
7- REMOVER OS PARAFUSOS SEGURANDO A EXTREMIDADE DOS
BLOCOS.
APÊNDICE C – ROTEIRO DO PROCEDIMENTO DE MOLDAGEM 183
ENSAIOS: TRANSVERSAL DEFORMATION
FÔRMAS RETANGULARES (25x25x285)
NBR 14992/03 – ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO
8- PREENCHER TODAS AS FÔRMAS ATÉ A METADE.
9- APLICAR 25 GOLPES COM A RÉGUA, NA SEÇÃO TRANSVERSAL,
DISTRIBUÍDOS EM TODO O COMPRIMENTO.
10- PREENCHER A SEGUNDA CAMADA DE TODAS AS FÔRMAS.
11- APLICAR 25 GOLPES COM A RÉGUA, NA SEÇÃO TRANSVERSAL,
DISTRIBUÍDOS EM TODO O COMPRIMENTO.
12- ELEVAR 3 cm, 10 VEZES, CADA LADO TRANSVERSAL DA FÔRMA
SOLTÁ-LA.
13- RASAR AS SUPERFÍCIES DAS FÔRMAS COM A ESPÁTULA
14- REMOVER OS PARAFUSOS SEGURANDO A EXTREMIDADE DOS
BLOCOS.
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 184
APÊNDICE D
PLANILHAS DE ENSAIO
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 185
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES
PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL – PPGEC
LABORATÓRIO DE ENSAIO DE MATERIAIS DE CONSTRUCÃO - LEMAC
PLANILHA DE ENSAIO PARA ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO (A.R.)
ENSAIO:
PREPARO DA MISTURA
NORMA:
NBR 14.992:2003
REFERÊNCIA NORMATIVA:
NBR 7215:1996
APARELHAGEM:
Misturador mecânico grande / Espátula metálica (25x200mm) / Balança 20 Kg / Relógio / Cronômetro / recipiente para pesar, pano úmido.
TEMPO MÍNIMO ANTES DA REALIZAÇÃO DO ENSAIO:
12 horas
TEMPO TOTAL PARA A MISTURA:
TEMPO MÁXIMO PARA INICÍO DAS PRÓXIMAS ETAPAS:
15 minutos
TIPO DO MATERIAL: COR: MARCA COMERCIAL:
LOTE: FABRICANTE:
PESO DA MASSA DA A.R.:
VOLUME OU PESO DA MASSA DE ÁGUA:
HORA DA ADIÇÃO (seco sobre líquido):
Vitória,_____/_____/______ Responsável pelo ensaio:_______________________________
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 186
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES
PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL – PPGEC
LABORATÓRIO DE ENSAIO DE MATERIAIS DE CONSTRUCÃO - LEMAC
PLANILHA DE ENSAIO PARA ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO (A.R.)
ENSAIO:
DETERMINAÇÃO DE RETENÇÃO DE ÁGUA
NORMA:
NBR 14.992:2003
REFERÊNCIA NORMATIVA:
-
APARELHAGEM:
Copo cilíndrico metálico (42 x 12 x 2 mm) / Espátula metálica (25 x 200mm) / Cronômetro / Disco de papel filtro (83±2 g/m²) /
Paquímetro / Placa de vidro plano (mín.200 mm de lado), Duréx, Caneta, Compasso.
REQUISITOS MÍNIMOS:(mm)
75-TIPOI / 65-TIPO II
IDADE DO ENSAIO:
10 minutos
Nº de CP:
Mínimo 01cp
DIMENSÕES DO CP:
Cilindro 42 X 12 mm
PROPORÇÃO A/ A.R.:
TIPO DO MATERIAL: COR: MARCA COMERCIAL: LOTE: FAVRICANTE:
DATA / HORA DA MISTURA: DATA / HORA DA DESFÔRMA: DATA / HORA DO ENSAIO:
IDENTIFICAÇÃO
DO CP
HORA INICIAL
(
DESFÔRMA DO CP)
DIÂMETRO 1 AOS
10 MIN.
DIÂMETRO 2 AOS
10 MIN.
DIÂMETRO 3 AOS
10 MIN.
DIÂMETRO 4 AOS
10 MIN.
MÉDIA DOS
DIÂMETROS
Vitória,_____/_____/______ Responsável pelo ensaio:___________________________________
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 187
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES
PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL – PPGEC
LABORATÓRIO DE ENSAIO DE MATERIAIS DE CONSTRUCÃO - LEMAC
PLANILHA DE ENSAIO PARA ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO (A.R.)
ENSAIO:
DETERMINATION COMPRESSIVE STRENGTH
NORMA:
EN 12803-3 / 2002
REFERÊNCIA NORMATIVA:
EN 13888, EN 196:1994
APARELHAGEM:
máquina de ensaio EMIC, forma prismática (40x40x80mm), dispositivo para ensaio à compressão de CP 40x40x80, placa de vidro.
REQUISITOS MÍNIMOS: (N/mm²)
15,0
IDADE DO ENSAIO:
28 dias
nº de CP:
:
(Mínimo 4)
12 cps
DIMENSÕES DO CP:
40 x40x 80 mm - CP tração/2
PROPORÇÃO A/A.R.:
TIPO DO MATERIAL: COR: LOTE: MARCA COMERCIAL: FABRICANTE:
DATA / HORA DA MISTURA: DATA / HORA DA DESFÔRMA: DATA / HORA DO ENSAIO:
IDENTIFICAÇÃO DO CP CARGA DE RUPTURA AOS 28 DIAS RESISTÊNCIA INDIVIDUAL (R=F/1600)
MÉDIA DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
DESVIO RELATIVO MÁXIMO
Vitória,_____/_____/______Responsável pelo ensaio:___________________________________
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 188
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PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL – PPGEC
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PLANILHA DE ENSAIO PARA ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO (A.R.)
ENSAIO:
DETERMINATION OF FLEXURAL STRENGTH
NORMA:
EN 12803-3 / 2002
REFERÊNCIA NORMATIVA:
EN 13888, EN 196:1994
APARELHAGEM:
máquina de ensaio EMIC, forma prismática (40x40x100mm), dispositivo para ensaio à compressão de CP 40x40x160, placa de
vidro, espátula de rasar.
REQUISITOS MÍNIMOS: ( MPa)
3,5
IDADE DO ENSAIO:
28 dias
nº de CP:
:
(Mínimo 4)
12 cps
DIMENSÕES DO CP:
prisma 40 x40x 160 mm
PROPORÇÃO A/A.R.:
TIPO DO MATERIAL: COR: LOTE: MARCA COMERCIAL: FABRICANTE:
DATA / HORA DA MISTURA: DATA / HORA DA DESFÔRMA: DATA / HORA DO ENSAIO:
IDENTIFICAÇÃO DO CP CARGA DE RUPTURA AOS 14 DIAS RESISTÊNCIA INDIVIDUAL DEFORMAÇÃO
MÉDIA DA RESISTÊNCIA E DA DEFORMAÇÃO
DESVIO RELATIVO MÁXIMO
Vitória,_____/_____/______ Responsável pelo ensaio:___________________________________
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 189
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PLANILHA DE ENSAIO PARA ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO (A.R.)
ENSAIO:
DETERMINAÇÃO DA ABSORÇÃO DE ÁGUA POR CAPILARIDADE
NORMA:
NBR 14.992:2003
REFERÊNCIA NORMATIVA:
NBR 7215:1996
APARELHAGEM:
Balança (500g), Estufa (105°), Recipiente aberto com nível de água constante, Espátula metálica (25x200mm), Fôrmas cilíndricas
(50x100 mm), soquete metálico, dessecador, relógio
REQUISITOS MÍNIMOS: ( g/cm²)
0,60 – TIPO I / 0,30 – TIPO II
IDADE DO ENSAIO:
28dias
nº de CP:
(Mínimo 3)
4 cps
DIMENSÕES CP:
Cilindro
50 x 100 mm
PROPORÇÃO A/A.R.:
TIPO DO MATERIAL: COR: LOTE: MARCA COMERCIAL: FABRICANTE:
DATA / HORA DA MISTURA: DATA / HORA DA DESFÔRMA: DATA / HORA DO ENSAIO: (HORA DA IMERSÃO)
AOS 60 MIN. AOS 120 MIN.
AOS 180 MIN.
AOS 240 MIN.
AOS 300 MIN. IDENTIFICAÇÃO
DO CP
MASSA
NATURAL
(g)
MASSA
SECA
(B)
(g)
AREA
SEÇÃO
(S)
(cm²)
A
(g)
C
(
g/cm²)
A
(g)
C
(
g/cm²)
A
(g)
C
(
g/cm²)
A
(g)
C
(
g/cm²)
A
(g)
C
(
g/cm²)
MÉDIA
INDIVIDUAL
MÉDIA
MÉDIA AOS 300 minutos
Vitória,_____/_____/______ Responsável pelo ensaio:___________________________________
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 190
DETERMINAÇÃO DA MASSA CONSTANTE DURANTE NO MÍNIMO 24 HORAS EM ESTUFA DE 105° ± PARA
DETERMINAR A MASSA B DA FÓRMULA DE ABSORÇÃO DE
HORA DE ENTRADA NA ESTUFA:
IDENT.
DO CP
MASSA
INICIAL
MASSA
APÓS
2 h
MASSA
APÓS
4 h
MASSA
APÓS
6 h
MASSA
APÓS
8 h
MASSA
APÓS
10 h
MASSA
APÓS
12 h
MASSA
APÓS
14 h
MASSA
APÓS
16 h
MASSA
APÓS
18 h
MASSA
APÓS
20 h
MASSA
APÓS
22 h
MASSA
APÓS
24 h
MASSA CONSTANTE
OBS.: AO ENCONTRAR A MASSA CONSTANTE, RESFRIAR O CP EM DESSECADOR AO AR À TEMPERATURA DE 23± 2°C
E DETERMINAR A SUA MASSA B (que será usada na fórmula da absorção de água).
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 191
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PLANILHA DE ENSAIO PARA ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO (A.R.)
ENSAIO:
DETERMINAÇÃO DA PERMEABILIDADE
NORMA:
NBR 14.992:2003
REFERÊNCIA NORMATIVA:
NBR 7215:1996
APARELHAGEM:
Coluna de vidro (28x200 mm), forma cúbica (50mm), Espátula metálica (25x200mm), soquete metálico, água destilada, selante
(silicone e massa de calafetar), placa de vidro, pepita, béquer, relógio.
REQUISITOS MÍNIMOS: (cm³)
2,0 – TIPO I / 1,0 – TIPO II
IDADE DO ENSAIO:
28 dias
nº de CP: (mínimo 3)
4 cps
DIMENSÕES DO CP:
Cubo 50 mm
PROPORÇÃO A/A.R.:
TIPO DO MATERIAL: COR: LOTE: MARCA COMERCIAL: FABRICANTE:
DATA / HORA DA MISTURA: DATA / HORA DA DESFÔRMA: DATA / HORA DO ENSAIO:
AOS 60 minutos AOS 120 minutos AOS 180 minutos AOS 240 minutos
CP
HORA
INICIAL
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10
0
11
0
12
0
130
140
15
0
16
0
17
0
18
0
19
0
20
0
21
0
22
0
23
0
24
0
MÉDIA AOS 240 minutos
Vitória,_____/_____/______ Responsável pelo ensaio:___________________________________
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 192
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ENSAIO:
DETERMINATION OF TRANSVERSE DEFORMATION FOR CEMENTITIOUS
ADHESIVES AND GROUTS
NORMA:
EN 12002/2003
REFERÊNCIA NORMATIVA:
EN 196-1/1996
EN 459-2
APARELHAGEM:
Máquina de ensaio EMIC, mesa de espalhamento, forma prismática (45x280X5 e 45x300x3) mm, Espátula metálica (25x200 mm),
filme de polietileno 0 15mm, recipiente plástico (600±20) x (400±10) x (110± 0) mm, suporte de acrílico, cutelo, 2 apoios com (10±1 x 60) mm
REQUISITOS MÍNIMOS: (mm)
2,5 SI 5 e SII 5,0
IDADE DO ENSAIO:
28 dias
nº de CP: (mínimo 6 CPs)
12 cps
DIMENSÕES DO CP:
Prisma 45 x 300 x 3 mm
PROPORÇÃO A/A.R.:
TIPO DO MATERIAL: COR: LOTE: MARCA COMERCIAL: FABRICANTE:
DATA / HORA DA MISTURA: DATA / HORA DA DESFÔRMA: DATA / HORA DO ENSAIO:
IDENTIFICAÇÃO DO CP CARGA DE RUPTURA AOS 28 DIAS RESISTÊNCIA INDIVIDUAL DEFORMAÇÃO
MÉDIAS DA RESISTÊNCIA E DA DEFORMAÇÃO
Vitória,_____/_____/______ Responsável pelo ensaio:___________________________________
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 193
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PLANILHA DE ENSAIO PARA ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO (A.R.)
ENSAIO:
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO NA FLEXÃO (1)
NORMA:
NBR 14.992:2003
REFERÊNCIA NORMATIVA:
NBR 6156:1983
APARELHAGEM:
máquina de ensaio classe II, forma prismática (25x250mm), Espátula metálica (25x200mm).
REQUISITOS MÍNIMOS: (MPa)
2,0 – TIPO I / 3,0 – TIPO II
IDADE DO ENSAIO:
7 dias
nº de CP:
Mínimo 3 cps
DIMENSÕES DO CP:
Prisma 25 x 25 x 250 mm
PROPORÇÃO A/A.R.:
TIPO DO MATERIAL: COR: LOTE: MARCA COMERCIAL: FABRICANTE:
DATA / HORA DA MISTURA: DATA / HORA DA DESFÔRMA: DATA / HORA DO ENSAIO:
IDENTIFICAÇÃO
DO CP
CARGA DE
RUPTURA AOS 7
DIAS (N)
SEÇÃO DOCP (L x h)
(mm)
DEFORMAÇÃO NA
RUPTURA (mm)
RESISTÊNCIA INDIVIDUAL
S=690XP/31250 (MPa)
MÓDULO DE RUPTURA
(CÁLCULO EMIC) (MPa)
MÉDIAS DA RESISTÊNCIA E DA DEFORMAÇÃO
DESVIO PADRÃO
Vitória,_____/_____/______ Responsável pelo ensaio:___________________________________
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 194
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PROGRAMA DES – GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL – PPGEC
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PLANILHA DE ENSAIO PARA ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO (A.R.)
ENSAIO:
DETERMINAÇÃO DO MÓDULO ESTÁTICO DE ELAST.
NORMA:
NBR 8522:2003
REFERÊNCIA NORMATIVA:
NBR 5738:2003, NBR 5739:1994,NBR 7680:1983
APARELHAGEM:
máquina de ensaio à compressão EMIC, forma cilíndrica (50x100mm), paquímetro, espátula metálica (25x200mm), soquete
metálico, dispositivo para ensaio à compressão de CP 5x10.
REQUISITOS MÍNIMOS: ( MPa)
NÃO NORMALIZADO
IDADE DO ENSAIO:
14 dias
nº de CP:
:
(Mínimo 4)
12 cps
DIMENSÕES DO CP:
Cilindro 50 x 100 mm
PROPORÇÃO A/A.R.:
TIPO DO MATERIAL: COR: LOTE: MARCA COMERCIAL: FABRICANTE:
DATA / HORA DA MISTURA: DATA / HORA DA DESFÔRMA: DATA / HORA DO ENSAIO:
LEITURAS DEFORMAÇÃO
IDENT. DO
CP
MÉDIA
DIÂMETRO
CARGA
PREVISTA
30% O,5 MPa
FORÇA
MÁXIMA
RESISTÊNCIA
EFETIVA
30% O,5 MPa
MÓDULO DE
ELASTICIDADE
MÉDIA
Vitória,_____/_____/______ Responsável pelo ensaio:___________________________________
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 195
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PLANILHA DE ENSAIO PARA ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO (A.R.)
ENSAIO:
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
NORMA:
NBR 14.992:2003
REFERÊNCIA NORMATIVA:
NBR 7215:1996, NBR 6156:1983
APARELHAGEM:
máquina de ensaio à compressão classe II, forma cilíndrica (50x100mm), paquímetro, espátula metálica (25x200mm), soquete
metálico, dispositivo para ensaio à compressão de CP 5x10
REQUISITOS MÍNIMOS:
8,0 – TIPO I / 10,0 – TIPO II
IDADE DO ENSAIO:
14 dias
nº de CP:
:
(Mínimo 4)
12 cps
DIMENSÕES DO CP:
Cilindro 50 x 100 mm
PROPORÇÃO A/A.R.:
TIPO DO MATERIAL: COR: LOTE: MARCA COMERCIAL: FABRICANTE:
IDENTIFICAÇÃO DO CP
CARGA DE RUPTURA AOS 14 DIAS RESISTÊNCIA INDIVIDUAL
MÉDIA DA RESISTÊNCIA
DESVIO RELATIVO MÁXIMO
Vitória,_____/_____/______ Responsável pelo ensaio:___________________________________
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 196
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PLANILHA DE ENSAIO PARA ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO (A.R.)
ENSAIO:
DETERMINAÇÃO DA VARIAÇÃO DIMENSIONAL
NORMA:
NBR 14.992:2003
REFERÊNCIA NORMATIVA:
NBR 8490:1984
APARELHAGEM
:
Espátula metálica (25x200mm) / fôrmas prismáticas de 25x25x285, Aparelho comparador de comprimento com micrômetro graduado.
REQUISITOS MÍNIMOS: (mm/m)
≤│2,00Tipo I / ≤│2,00Tipo II
IDADE DO ENSAIO:
9 dias
Nº DE CP:
(MÍNIMO 3)
4 cps
DIMENSÕES DO CP:
25x25x285
PROPORÇÃO A/A.R.:
TIPO DO MATERIAL: COR: LOTE: MARCA COMERCIAL: FABRICANTE:
DATA / HORA DA MISTURA: DATA / HORA DA DESFÔRMA: (1ªLEITURA) DATA / HORA DA 2ª LEITURA: DATA / HORA DA 3ª LEITURA:
IDENTIFICAÇÃO DO
CP
LEITURA NA DESFORMA (B)
(48 horas após adição) (mm)
LEITURA ÀS 24 HORAS
(24 horas após desfôrma)
(3 DIAS após adição) (mm)
LEITURA ÀS 168 HORAS
(168 horas após desfôrma)
(9 DIAS após adição) (mm)
RETRAÇÃO (&i)
(168 horas após desfôrma)
(mm/m)
MÉDIA
DESVIO RELATIVO MÁXIMO
Leitura inicial (aste padrão) =
Vitória,_____/_____/______ Responsável pelo ensaio:___________________________________
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 197
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PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL – PPGEC
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PLANILHA DE ENSAIO PARA ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO (A.R.)
ENSAIO:
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE VAZIOS
NORMA:
NBR 9778:2005
REFERÊNCIA NORMATIVA:
NBR 5738:03, 7215:1996, 7680:83
APARELHAGEM:
Balança hidrostática, Estufa (105°), Recipiente aberto com nível de água constante, Espátula metálica (25x200mm), Fôrmas
cilíndricas (50x100 mm), soquete metálico, dessecador, relógio.
REQUISITOS MÍNIMOS: ( g/cm²)
-
IDADE DO ENSAIO:
28dias
nº de CP:
(Mínimo 3)
4 cps
DIMENSÕES CP:
Cilindro
50 x 100 mm
PROPORÇÃO A/A.R.:
TIPO DO MATERIAL: COR: LOTE: MARCA COMERCIAL: FABRICANTE:
DATA / HORA DA MISTURA: DATA / HORA DA colocação na estufa: DATA / HORA DA IMERSÃO: DATA / HORA DA FERVURA:
DATA / HORA DO ENSAIO:
Nº DO CP
MASSA SECA MASSA IMERSA MASSA SATURADA ÍNDICE DE VAZIOS
MÉDIA
Vitória,_____/_____/______ Responsável pelo ensaio:___________________________________
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 198
DETERMINAÇÃO DA MASSA CONSTANTE DURANTE NO MÍNIMO 24 HORAS EM ESTUFA DE 105° ±
PARA A DETERMINAÇÃO DA MASSA SECA – ENSAIO ÍNDICE DE VAZIOS
HORA DE ENTRADA NA ESTUFA:
IDENT.
DO CP
MASSA
INICIAL
MASSA
APÓS
2 h
MASSA
APÓS
4 h
MASSA
APÓS
6 h
MASSA
APÓS
8 h
MASSA
APÓS
10 h
MASSA
APÓS
12 h
MASSA
APÓS
14 h
MASSA
APÓS
16 h
MASSA
APÓS
18 h
MASSA
APÓS
20 h
MASSA
APÓS
22 h
MASSA
APÓS
24 h
MASSA CONSTANTE
OBS.: AO ENCONTRAR A MASSA CONSTANTE, RESFRIAR O CP EM DESSECADOR AO AR À TEMPERATURA DE 23± C
E DETERMINAR A SUA MASSA SECA (que será usada na fórmula da absorção de água e índice de vazios).
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 199
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PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL – PPGEC
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PLANILHA DE ENSAIO PARA ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO (A.R.)
ENSAIO:
DINAMIC ELASTIC MODULUS
NORMA:
DIN EN 12504-4
REFERÊNCIA NORMATIVA:
EN 12396:1998
APARELHAGEM:
PUNDIT (ultrasonic Instrument), fôrma Cilíndrica (50x100mm), espátula metálica (25x200mm), soquete metálico
TEMPO MÍNIMO ANTES DA REALIZAÇÃO DO ENSAIO:
12 horas
IDADE DO ENSAIO:
7 dias
nº de CP:
Mínimo 3 cps
DIMENSÕES DO CP:
Prisma 50 x 100 mm
PROPORÇÃO A/A.R.:
TIPO DO MATERIAL: COR: LOTE: MARCA COMERCIAL: FABRICANTE:
NÚMERO DO CP
VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DA
ONDA ULTRA-SÔNICA
DENSIDADE
COEFICIENTE DE
POISSON
MÓDULO DE
ELASTICIDADE
MÉDIA DO MÓDULO DE ELASTICIDADE
Vitória,_____/_____/______ Responsável pelo ensaio:___________________________________
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 200
DADOS PARA ENSAIO DE MÓDULO DE ELASTICIDADE DINÂMICO - PUNDIT
MATERIAL:
DATA:
1ª MEDIÇÃO 2ª MEDIÇÃO 3ª MEDIÇÃO Nº. DO CP ALTURA DO
CP
VARIÁVEIS
LADO 1 LADO 2 LADO 1 LADO 2 LADO 2 LADO 1
MÉDIA
VELOCIDADE
CP1
TEMPO
VELOCIDADE
CP2
TEMPO
VELOCIDADE
CP3
TEMPO
VELOCIDADE
CP4
TEMPO
VELOCIDADE
CP5
TEMPO
VELOCIDADE
CP6
TEMPO
VELOCIDADE
CP7
TEMPO
VELOCIDADE
CP8
TEMPO
VELOCIDADE
CP9
TEMPO
VELOCIDADE
CP10
TEMPO
VELOCIDADE
CP11
TEMPO
VELOCIDADE
CP12
TEMPO
APÊNDICE D – PLANILHAS DE ENSAIO 201
DADOS PARA ENSAIO DE MÓDULO DE ELASTICIDADE - PUNDIT
MATERIAL: DATA:
Nº CP DIÂMETRO
S (cm)
DIÂMETRO
M (cm)
DIÂMETRO I
(cm)
MÉDIA DOS
DIÂMETROS
ALTURA
DO CP (cm)
VOLUME
(cm³)
MASSA (g) DENSIDADE
(g/dm³)
DENSIDADE kg/m³)
CP1
CP2
CP3
CP4
CP5
CP6
CP7
CP8
CP9
CP10
CP11
CP12
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