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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA RESTAURADORA
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ODONTOLÓGICAS
AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS E
QUÍMICAS EM FUNÇÃO DE DIFERENTES
CIMENTOS RESINOSOS E PINOS NÃO-METÁLICOS
MATHEUS COELHO BANDÉCA
ARARAQUARA
2009
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MATHEUS COELHO BANDÉCA
AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS E
QUÍMICAS EM FUNÇÃO DE DIFERENTES CIMENTOS
RESINOSOS E PINOS NÃO-METÁLICOS
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-graduação em Ciências Odontológicas,
Área de concentração em Dentística
Restauradora, da Faculdade de Odontologia
de Araraquara, da Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, para
obtenção do Título de Mestre em Ciências
Odontológicas.
Orientador: Prof. Dr. Sizenando de Toledo
Porto Neto
Co-Orientadores: Prof. Dr. Omar El-Mowafy
Prof. Dr
a
Alessandra N.
de Souza Rastelli
ARARAQUARA
2009
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MATHEUS COELHO BANDÉCA
AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS E
QUÍMICAS EM FUNÇÃO DE DIFERENTES CIMENTOS
RESINOSOS E PINOS NÃO-METÁLICOS
COMISSÃO JULGADORA
DISSERTAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE
Presidente e Orientador: Prof. Dr. Sizenando de Toledo Porto Neto
2
o
Examinador: Prof. Dr. José Roberto Cury Saad
3
o
Examinador: Prof. Dr. Darlon Martins Lima
Araraquara, 18 de fevereiro de 2009.
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DADOS CURRICULARES
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Nascimento
19/09/1984 – Andradina – SP
Filiação
José Luiz Bandéca
Lucia Helena Coelho Bandéca
2003/2006
Curso de Graduação em Odontologia
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) – Ribeirão Preto –
SP
2007/2009
Curso de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas, nível
Mestrado – Faculdade de Odontologia de Araraquara -
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”-
(FOAr-UNESP) - Araraquara-SP
Associações
APCD – Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas
SBPqO – Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica
IADR – International Association for Dental Research
!
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A Deus, acima de tudo, que proporcionou a realização deste meu sonho.
Aos meus queridos Pais,
José Luiz Bandéca e Lúcia Helena Coelho Bandéca, pelo amor,
dedicação, doação, confiança a mim oferecidos, meus maiores
incentivadores a lutar pelos meus objetivos, cujos esforços dispenderam
para a minha formação moral e profissional.
A eles o meu mais sincero obrigado!
Aos meus irmãos,
Fhilipe Coelho Bandéca e Thiago Coelho Bandéca, pelo carinho e
amizade. Que a família esteja sempre unida.
A minha namorada,
Michele Regina Nadalin, pelo amor e carinho, cujo apoio e incentivo
tornaram a caminhada mais tranquila.
A vocês dedico este trabalho.
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A Faculdade de Odontologia de Araraquara, da
Universidade Estadual Paulista representada pelo
Prof. Dr. José
Claudio Martins Segalla
(Diretor) e
Prof
a
. Dr
a
. Andréa
Affonso B. Montandon
(Vice-Diretora).
Ao Programa de Pós-Graduação em Ciências
Odontológicas, da Faculdade de Odontologia de Araraquara,
representada pela
Prof
a
. Dr
a
. Josimeri Hebling
, e vice-
coordenador
Prof. Dr. Osmir Batista de Oliveria Junior
pela
contribuição em minha formação profissional.
Meu orientador,
Prof. Dr. Sizenando de Toledo Porto
Neto
, pelos conhecimentos transmitidos, orientação e amizades ao
longo do programa. Obrigado pela confiança.
A minha co-orientadora,
Prof
a
. Dr
a
Alessandra Nara de
Souza Rastelli
pela sua atenção, dedicação e disponibilidade.
Ao meu co-orientador,
Prof. Dr. Omar El-Mowafy
pela
sua atenção e confiança que depositou em mim; pela simplicidade
e hospitalidade em que me recebeu no Canadá. Obrigado pela
oportunidade e espero retribuí-lo da melhor maneira possível.
!
Ao
Prof. Dr. Marcelo Ferrarezi
, pela sua amizade,
incentivo, disponibilidade e atenção.
A
Prof
a
. Dr
a
. Maria Salete Machado Candido
, pela sua
admiração em transmitir conhecimentos, honestidade e lealdade a
Faculdade de Odontologia de Araraquara, obrigado pelos bons
momentos em que passamos na faculdade.
A
Prof
a
. Dr
a
. Patricia Aleixo dos Santos
, pela sua
determinação em ensinar e amizade.
A
Prof
a
. Dr
a
. Wafa El-Badrawy
, pelo carinho e atenção
em que me recebeu. Pelas participações em projetos e pesquisas
pela Universidade de Toronto.
Aos meus amigos
Rafael
,
Esther
e
Fernando
, pela
amizade que conquistamos durante esses dois anos de convivência,
sempre buscando ajudar e incentivar.
!
A
Prof. Amr Shebl
, companheiro de laboratório na
Universidade de Toronto e acima de tudo, um grande amigo,
sempre me ajudou no Canadá.
A
Prof
a
. Dr
a
. Doroth McComb
e
Prof
a
. Dr
a
. Laura Tam
pelo carinho com que me receberam na faculdade.
A
Prof
a
. Dr
a
. Enas Mobarak
, professora do departamento
de Reabilitação Oral da Universidade de Cairo, pela confiança e
convite para participar de sua pesquisa.
Ao amigo,
Prof. Dr. Darlon Martins Lima
pela amizade,
respeito e ajuda ao longo desses dois anos e também pela
disponibilidade em fazer parte dessa banca.
Aos amigos de estágio, mestrado e doutorado, Adriano,
Willian, Vitor, Martím, Juliana, Andiara, Gislaine, Milko,
Priscila, Renato, Simone, Ubiracy, Benicia, Desirée, Norberto,
Gustavo, Carlos e Suellen pelo acolhimento, amizade e ajuda
ao longo desses dois anos de convívio. Sucesso para todos vocês.
!
Aos colegas,
Mohammed Zarhan
e
Nour Alsati
, pela
amizade consquistada no laboratório da Universidade de Toronto.
Ao Prof. Dr. Álvaro Borges por me incentivar a fazer pós-
graduação.
Ao Prof. Dr. Raphael Carlos Comelli Lia pela amizade
sincera, ajuda e sempre ser um incentivador em minha carreira
profissional.
Ao Prof. Dr. André Minto, pelos ensinamentos ao longo
da graduação.
Ao Prof. Silvio Rocha Corrêa Silvio, por continuar me
apoiando e ajudando.
Ao Prof. Dr. Danyel Elias da Cruz Perez, pela ajuda e
amizade.
Aos funcionários da Biblioteca, pela atenção e paciência que
sempre nos receberam, em especial à
Maria Helena
e
Marley
.
!
Aos secretários dos cursos de pós-graduação em
Odontologia,
Sra. Mara Cândido Munhoz do Amaral
e
Sra.
Creusa Maria Hortenci
pela imensa ajuda durante esses anos de
pós-graduação. Meus sinceros agradecimentos pelo carinho que
sempre tiveram por mim.
À secretária do curso de Odontologia Restauradora,
Sra.
Ionie Lawrence
e às técnicas de Laboratório,
Sra. Monica, Sra.
Marian e Sra. Connie
, da Universidade de Toronto, meus
sinceros agradecimentos pela hospitalidade e disponibilidade dos
materiais.
Aos funcionários,
Cida Venâncio
,
Cida Ignácio
,
Adriana
,
Wanderlei
e
Marinho
, obrigado pela atenção e carinho.
Ao Governo Federal do Brasil, através da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior -
CAPES,
que
financiou minha pesquisa.
As empresas FGM, Angelus, StickTeck, Kuraray, Kerr,
Pentron Clinical Technologies, 3M/ESPE, MM Optics, por
disponibilizar os materiais para a pesquisa.
!
Este trabalho foi realizado no Laboratório de Pesquisas em
Odontologia Restauradora da Universidade de Toronto
(Canadá), e no Laboratório de Pesquisas do Grupo de Óptica
da Universidade de São Paulo USP (São Carlos, Brasil) com
apoio financeiro da CAPES.
University of Toronto - Faculty of Dentistry
Toronto, ON, Canada
Universidade de São Paulo – Grupo de
Óptica, São Carlos, SP, Brasil
Toronto, ON, Canada
!
!
Prefácio ......................................................................................................................................................
17
Resumo .......................................................................................................................................................
19
Abstract ......................................................................................................................................................
22
Introdução .................................................................................................................................................
25
Proposição ................................................................................................................................................
32
Capítulo 1 ..................................................................................................................................................
34
Capítulo 2 .................................................................................................................................................
53
Capítulo 3 ................................................................................................................................................
74
Capítulo 4 .................................................................................................................................................
110
Considerações finais ........................................................................................................................
133
Referências ..............................................................................................................................................
137
Anexos
!
!
Esta dissertação foi dividida em quatro Capítulos, que correspondem a quatro
artigos científicos, intitulados:
1. Restaurações com pinos não-metálicos: Revisão sistemática;
2. Variação do grau de conversão dos cimentos de dupla-cura
fotoativados com luz led azul;
3. Resistência de união a microtração de pinos não metálicos cimentados
com cimentos auto-adesivo e com sistemas adesivos auto-
condicionantes;
4. Resistência a fratura de dentes tratados endodonticamente após o uso
de peróxido de hidrogênio a 35% restaurados com diferentes
procedimentos.
!
!
Bandéca MC. Avaliação das propriedades mecânicas e químicas em função de
diferentes cimentos resinosos e pinos não-metálicos [dissertação mestrado].
Araraquara: Faculdade de Odontologia da UNESP; 2008.
Este estudo objetivou: (1) testar a hipótese que a utilização de pinos não-
metálicos em dentes tratados endodonticamente está associado a longevidade
da restauração através de uma revisão sistemática; (2) avaliar o grau de
conversão de dois cimentos resinosos em diferentes tempos após a
fotoativação; (3) avaliar a resistência adesiva de diferentes cimentos resinosos
usando dois pinos não-metálicos; (4) e avaliar a resistência a fratura e padrão
de falha de dentes submetidos ao clareamento dental interno usando peróxido
de hidrogênio a 35% restaurados com diferentes procedimentos. No artigo 1,
157 artigos participaram do estudo e após os critérios de inclusão-exclusão,
restaram apenas 5 artigos. Para o artigo 2, vinte espécimes foram
confeccionados para cada cimento, Panavia
®
F2.0 e RelyX
TM
Unicem Applicap.
Cada espécime foi curado com luz LED e foram analisados imediatamente, 24
horas, 48 horas e 7 dias após a fotoativação. Os testes usados foram grau de
conversão (FT-IR) e termogravimetria. No artigo 3, oitenta dentes pré-molares
unirradiculares livres de coroas foram usados e divididos em 8 grupos: os pinos
Exacto
!
e Everstick
!
foram cimentados com Breeze
!
, Nexus
!
3, Panavia
!
e
Bistite
!
. Os dentes foram obturados e preparados para cimentação dos pinos
não-metálicos. Cada espécime foi perpendicularmente seccionado em
aproximadamente 1 mm de espessura em 6 discos e divididos em região
!
cervical, médio e apical. No artigo 4, oitenta dentes incisivos inferiores foram
usados e metade foram clareados. Os dentes foram restaurados com resina
composta, pinos de resina reforçado com fibra e pinos de fibra de vidro. Os
pinos foram cimentados com Breeze
!
e Panavia
!
. Os espécimes foram
submetidos ao teste de resistência a fratura pela máquina de testes universal.
Todos os dados foram submetidos ao devido tratamento estatístico. Os pinos
usados nos estudos selecionados do artigo 1 foram 52,5% pinos de fibra de
quartzo, 13,2% pinos de fibra de vidro, 13,2% pinos de resina reforçada por
fibra e 21,1% pinos de fibras de poletileno. Os dentes tiveram 96% de
sobrevivência apos 2 anos e 94% em 8 anos. No artigo 2, o grau de conversão
foi diferente estatisticamente entre 24 e 48 horas apos fotoativação para os
dois cimentos e os maiores valores foi econtrado no cimento RelxY
TM
Unicem.
No artigo 3, os pinos não tiveram diferença estatística significante na adesão
quando comparados isoladamente, exceto para Bistite
!
II DC. O Nexus
!
3 teve
o maior valor e o Bistite
!
II DC o menor. A prevalência de falhas adesivas entre
o cimento e dentina foram encontrados. O artigo 4 mostrou nenhuma diferença
estatística foi encontrado para a resistência a fratura e a fratura reparável foi a
mais ocorrida (76,2%).
Palavras-chave: Cimentos dentários; pinos dentários; fraturas dos dentes;
reabilitação bucal.
!
!
Bandéca MC. Evaluation of the mechanical and chemical proprieties in different
resin cements and nonmetallic posts [dissertação mestrado]. Araraquara:
Faculdade de Odontologia da UNESP; 2008.
This study aimed: (1) To test the hypothesis that the placement of nonmetallic
post in endodontically treated teeth is associated with improved survival rate of
the restored teeth althouth systematic review; (2) to evaluate the degree of
conversion of two resin cements in differents times after light-activated; (3) to
evaluate the microtensile bond strength of different resin cement systems using
two nonmetallic posts; (4) to evaluate the fracture resistance and failure pattern
of endodontically treated teeth after intracoronal bleaching using 35% hydrogen
peroxide with different restorative procedures. For the article 1, 157 papers
were used and after the inclusion-exclusion procedure, only 5 papers remained.
For the article 2, twenty specimens were made for each cement, Panavia
®
F2.0
and RelyX
TM
Unicem Applicap. Each specimen were cured with LED and were
tested immediately, 24 hours, 48 hours and 7 days after light-activated. The
tests used were degree of conversion (FT-IR) and thermogravimetric. For the
article 3, eighty single-rooted human mandibular first premolar free crown were
used and divided into 8 groups: Exacto
!
and Everstick
!
posts were cemented
with Breeze
!
, Nexus
!
3, Panavia
!
F 2.0 and Bistite
!
II DC. The teeth were
obtured and prepared for cementation of the nonmetallic posts. Each specimen
were perpendicularly sectioned into approximately 1 mm thick sections resulting
in 6 serial slices and divided in cervical, meddium and apical region. For the
!
article 4, eighty mandibular incisors were used and the half teeth were
bleached. The teeth were restored with composite resin, fiber-reinforced
composite post and glass fiber post. The posts were cemented with Breeze
!
and Panavia
!
. The specimens were submitted to the fracture resistance test by
universal test machine. Statistical analyses were performed for each article.
The posts used in the studies cited in article 4 were 52.5% quartz fiber posts,
13.2% glass fiber posts, 13.2% fiber-reinforced composite posts and 21.1%
polyethylene ribbon posts. The survival rates ranged from 96% at 2 years to
94% at 8 years. The article 2, the degree of conversion was statistically different
between 24 and 48 hours after light-activated for both cements and higher
values were found for RelxY
TM
Unicem. The article 3, the nonmetallic posts had
no statistical difference on bond strength when used the same resin cements,
except Bistite
!
II DC. The bond strength was highest for Nexus
!
3 and lowest
for Bistite
!
II DC. A prevalence of cement-dentin failures was found. The article
4 showed no statistically significance differences was found for the fracture
resistance and the reparable teeth were the most frequently fracture mode
occurred (76.2%).
Keywords: Dental cements; dental posts; tooth fractures; mouth rehabilitation.
!
!
Pino e Agente de Cimentação
Os conceitos atuais de Odontologia moderna estão direcionados a
princípios mais conservadores e na execução de procedimentos preventivos,
entretanto não é rara a necessidade de tratamentos endodônticos. A
restauração de dentes com tratamento endodôntico tem merecido especial
atenção de clínicos e pesquisadores por, segundo alguns autores
5,16,19,40
,
apresentarem predisposição às falhas biomecânicas em relação a dentes
vitais. Tais falhas estão relacionadas à perda de água e perda do colágeno da
estrutura dentinária, dentre outros fatores. Um dos desafios da Odontologia
Restauradora é a reconstrução adequada de dentes tratados
endodonticamente, que geralmente apresentam grande perda de estrutura
coronária em maior ou menor proporção, relacionado à cárie, erosão, abrasão,
insucessos de restaurações anteriores, traumas ou mesmo pelo próprio acesso
ao conduto radicular para o tratamento endodôntico
48
.
Nestes casos, a confecção de retentores intra-radiculares é o melhor
procedimento a ser indicado, o qual deveria, idealmente, promover estresse
mínimo aos remanescentes dentais; fornecer retenção e estabilidade adequada
ao núcleo de preenchimento; ser de fácil remoção se houver necessidade e,
transferir forças oclusais de maneira estratégica ao remanescente dental, para
não ocasionar fraturas
3,16
. No que se refere a viabilidade da utilização de
retentores intra-radiculares é importante observar a quantidade e qualidade da
estrutura dentária coronária remanescente, que nem sempre confere a
resistência desejada
16
.
__________________________________________________________________________ Introdução
!"#!
!
A partir do século XVIII têm sido relatadas diversas técnicas para a
reconstrução de dentes despolpados, empregando retentores intra-radiculares
capazes de oferecer retenção e suporte para a restauração indireta
47
.
O método mais utilizado e popular para restabelecimento de dentes
tratados endodonticamente com grandes perdas de estrutura dentária é a
utilização de núcleos metálicos fundidos, particularmente em canais elípticos
ou largos
12,38
.
A limitação estética dos núcleos metálicos, decorrida do processo de
oxidação, levando ao escurecimento das coroas cerâmicas translúcidas e da
margem gengival adjacente, entre outros fatores limitantes dessa técnica
10,29-
31,53
, fez surgir a necessidade de desenvolver pinos livres de metal
37,40,54
. Os
avanços na Odontologia restauradora com o surgimento de materiais adesivos
de maneira geral surgiram técnicas de confecção de coroas sem metal. A
partir do final da década 1980, foram desenvolvidos os pinos cerâmicos e
depois os sistemas de pinos de fibra
2,6
.
Dentre os pinos de fibra, inicialmente surgiram os pinos de fibras
pirolíticas de carbono arranjadas longitudinalmente numa matriz de resina
epóxica. Estes pinos apresentaram resistência à fadiga e módulo de
elasticidade semelhantes aos da dentina, permitindo assim melhor distribuição
de tensões no remanescente dental, diminuindo a possibilidade de fraturas
radiculares
11
. Entretanto, os pinos de fibra de carbono possuem estética
desfavorável devido a sua coloração acinzentada.
Nos últimos anos, o desenvolvimento de pinos pré-fabricados tem sido
diretamente influenciado pelas exigências estéticas cada vez maiores, que
__________________________________________________________________________ Introdução
!"$!
!
resultou no desenvolvimento de pinos de fibra de vidro, que possuem
coloração semelhante a da estrutura dental
15,17,28,32,35,45
. Estes pinos são
compostos basicamente por fibras longitudinais de dióxido de silício e alumina
envolta em uma matriz de Bis-GMA juntamente com partículas de carga
inorgânicas
51
. O módulo de elasticidade é similar ao da dentina e além disso,
apresentam boas características de adesividade
23,51
. Além destes, existem no
mercado odontológico, pinos resinosos reforçados por quartzo
2
.
Outro fator importante na determinação do sucesso das restaurações
de dentes tratados endodonticamente é a cimentação, que consiste no
preenchimento da interface material restaurador/elemento dental
24,39,52
.
Os cimentos resinosos têm, em sua maioria, capacidade de união
efetiva com a dentina, e estudos clínicos evidenciam aumento significativo na
retenção de pinos cimentados adesivamente. Este procedimento tem
demonstrado o reforço da estrutura radicular fragilizada pós-tratamento
endodôntico
18
.
A perda de retenção de pinos de fibra de vidro é o tipo de falha mais
freqüentemente observada. A retenção do pino no canal radicular é
considerada crítica. A ancoragem bem sucedida da restauração coronária e
sua adaptação às paredes do conduto radicular representam importantes
elementos no desempenho biomecânico da restauração
17
. Esta retenção
também é influenciada por diversos fatores relacionados ao sistema pino,
cimento endodôntico e as interações entre a dentina radicular/cimento e
cimento/pino
20,43
. Se o pino selecionado adaptar-se bem às paredes ou à
conformação anatômica e tamanho do conduto radicular, este pode ser uma
__________________________________________________________________________ Introdução
!"%!
!
opção mais conservadora, pois menos dentina radicular sadia será removida,
melhorando assim, a resistência à fratura, bem como a retenção do pino
16
, pois
existirá a associação da retenção química com embricamento mecânico entre a
superfície dentinária radicular e o retentor (pino). Quando não existir adequada
adaptação do pino, a linha de cimentação pode tornar-se muito espessa, o que
levaria à formação de bolhas e falhas, as quais predispõem ao insucesso da
adesão, maior contração de polimerização e conseqüentemente, maior
incidência de tensões na interface de união
20
.
No intuito de minimizar as desvantagens acima, o procedimento
comumente utilizado é a seleção de pino com diâmetro e forma que melhor se
adapte ao conduto radicular, ou a realização de preparo das paredes deste
conduto para adaptá-lo, principalmente no terço apical. Atualmente, tem-se
buscado novas técnicas que visem estes objetivos preservando ainda mais a
estrutura dentária
13,20,25,44
, assim como melhorando os aspectos mecânicos do
sistema.
Clareamento Dental
Os dentes tratados endodonticamente freqüentemente apresentam
certo grau de escurecimento, podendo ser pela simples perda de vitalidade
pulpar, por presença de resíduos necróticos retidos nos túbulos dentinários,
produtos provenientes de eventual extravasamento sanguíneo ou de
medicamentos endodônticos, cimentos para obturação endodôntica, entre
outros fatores
21,22,43,46,49,55
.
__________________________________________________________________________ Introdução
!&'!
!
O peróxido de hidrogênio é um agente seguro e efetivo para clarear
dentes e constitui-se num potente agente oxidante que em contato com a
superfície dos tecidos dentais degrada-se em O
2
e H
2
O, sendo o O
2
responsável pela ação clareadora. A sua liberação promove a ação de oxi-
redução com os agentes pigmentantes presentes nos túbulos dentinários,
quebrando-os por ação mecânica de limpeza e reação química. Durante o
processo inicial do clareamento, compostos com anéis de carbono altamente
pigmentados são abertos e convertidos em cadeias que são mais claras.
Compostos de carbono com ligação dupla, usualmente pigmentada, são
convertidos em grupos hidroxila que são geralmente incolores. Após o
processo clareador ultrapassar o ponto de saturação, a ação de
“branqueamento” diminui consideravelmente e o processo clareador começa a
degradar o arcabouço de carbono das proteínas e outros compostos que
contêm carbono ocasionando friabilidade dental e aumento de porosidade
9
.
Alguns estudos “in vitro” mostram alterações da dureza e do conteúdo
mineral do esmalte após a exposição aos agentes clareadores de peróxido de
carbamida
26,27,36,41,46
. Attin et al.
7
(1997), observaram que, mesmo com o uso
concomitante de uma solução para bochecho fluoretada ou de verniz
fluoretado, uma significativa diminuição dos valores de dureza foi encontrada.
Avaliações na dureza da dentina também foram realizadas por Nathoo
et al.
33
(1994), mostrando não haver alterações ao se utilizar o peróxido de
carbamida a 10%. Entretanto, Pécora et al.
34
(1994) e Rotstein et al.
42
(1996)
observaram significativas alterações da dureza e do conteúdo mineral da
dentina ao se utilizar tais agentes clareadores.
__________________________________________________________________________ Introdução
!&(!
!
Existem trabalhos na literatura que avaliaram de forma indireta a
suscetibilidade do esmalte, por meio da análise de dureza superficial dos
corpos-de-prova, antes e após tratamento clareador
4
. Entretanto, os resultados
são muito conflitantes. De acordo com o tipo e concentração do agente
clareador, verificou-se decréscimo
1,14
ou não
50
nos valores de dureza do
esmalte, pós-tratamento clareador. Attin et al. (2008)
8
, fizeram recentemente
uma revisão de literatura, um total de 55 estudos, identificaram 166
mensurações de microdureza após o clareamento dental, no qual observaram
redução da microdureza em 51% dos casos.
Assim, com o crescente uso dos pinos estéticos, torna-se imperativo
buscar técnicas e materiais que proporcionem reabilitações estéticas e
funcionais, por meio da melhora das propriedades físicas e mecânicas de todo
o sistema de retenção. Por este motivo, e pelo fato do clareamento dental estar
sendo intensamente utilizado clinicamente (pelo apelo estético do mundo
contemporâneo), e sendo alvo de pesquisas, conseqüentemente por poucos
estudos estarem disponíveis na literatura sobre a resistência à fratura de
dentes clareados, buscaremos avaliar, neste estudo, a susceptibilidade à
fratura de dentes submetidos ao clareamento dental reforçado com pinos não-
metálicos; a resistência adesiva e o grau de conversão de cimentos resinosos.
!
!
OBJETIVO GERAL
Avaliar propriedades mecânicas e químicas de diferentes cimentos
resinosos e pinos não-metálicos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Esta dissertação foi dividida em quatro Capítulos correspondendo ao
artigos científicos:
i) Testar a hipótese que a utilização de pinos não-metálicos em dentes
tratados endodonticamente está associado a longevidade da
restauração através de uma revisão sistemática;
ii) Avaliar o grau de conversão de dois cimentos resinosos imediatamente,
24 horas, 48 horas e 7 dias após a cimentação e análise do conteúdo
inorgânico através da Termogravimetria.
iii) Avaliar a resistência adesiva de dentes tratados endodonticamente,
ancorados com dois sistemas de pinos não-metálicos e cimentados com
quatro cimentos resinosos, a fim de se investigar: a interface cimento
resinoso/sistema de pino; a adesividade dos cimentos resinosos em três
diferentes terços do conduto radicular (cervical, médio, apical) e os
modos de falhas.
iv) Avaliar a resistência à fratura de dentes submetidos ao clareamento
dental ancorados com dois diferentes sistemas de pinos não-metálicos
para investigar: susceptibilidade à friabilidade da estrutura dentária pós-
clareamento dental; a influência dos sistemas de pinos na resistência à
fratura de dentes clareados e os padrões de fratura;
!
Artigo a ser submetido para publicação no periódico
Journal of Canadian Dental Association
!
Restaurações com pinos não-metálicos:
Revisão Sistemática
Matheus Coelho Bandéca
Omar El-Mowafy
Amr Shebl
Sizenando de Toledo Porto-Neto
Resumo
Objetivo: Testar a hipotese que a utilização de pinos não-metálicos está
associado ao aumento da longevidade clínica dos dentes restaurados. Material
e Método: Artigos referentes a pinos intra-radiculares foram localizados pela
base de dados MEDLINE. Três critérios de inclusão-exclusao foram utilizados
para identificar os artigos que representou: estudo comparativo, estudo clínico,
estudo com humanos, artigos em inglês, restaurações com 2 anos ou mais de
acompanhamento, restaurações com pinos não metálicos em dentes com
coroas unitárias e consistência de dados. A aplicação do terceiro criterio de
inclusão-exclusão resultou em 5 artigos no qual 638 restauracoes foram feitas
com sucesso de 96% em dois anos para 94% em 8 anos de acompanhamento.
Palavras-chave: Pinos intra-radiculares, falhas em restauracões dentais,
revisão sistemática.
___________________________________________________________________________ Capítulo 1
!&)!
Introdução
Os pinos são indicados geralmente para restaurações de dentes
tratados endodonticamente que apresentam alta suscetibilidade de fratura
ocasionado por grandes perdas de estrutura dentária
2,3
. Os pinos pré-
fabricados são tradicionalmente usados de metal e podem ser visíveis na
porção cervical dos dentes, particularmente em região anterior
4
e apresentam
diferentes grau de rigidez
5,6
. Os pinos não-metálicos são feitos a partir de uma
matriz resinosa reforçado com carbono, vidro, fibras de quartzo
7
ou materiais
cerâmicos
8
. Esses materiais são estéticamente mais favoráveis em região
anterior quando restaurados com coroas livre de metal pela capacidade de
transmitir luz, com excessão do pino de carbono
7
. Em adicional, esses pinos
apresentam modulo de elasticidade semelhante da estrutura dental que permiti
uma redução no risco de ocorrer fraturas do dente e a formação de uma
estrutura monobloco criado pela dentina, cimento resinoso e pino
4
, o qual
favorece a longevidade da restauração quando comparados aos pinos
metálicos
9
.
O processo de revisão sistemática permite uma agregação de resultados
de diferentes estudos comparando diferentes tipos de pinos e destina-se a
fornecer melhores evidencias atuais no que diz respeito a seleção de pinos
endodonticos.
O objetivo do presente estudo foi testar a hipotese que a utilização de
pinos não-metálicos está associado ao aumento da longevidade clínica dos
dentes restaurados através de uma revisão sistemática.
___________________________________________________________________________ Capítulo 1
!&#!
Material e Método
A pesquisa na literatura foi conduzida pela base de dados PubMed da
biblioteca da faculdade de odontologia da Universidade de Toronto. A pesquisa
envolveu artigos entre 1971 a 2008. As palavras chaves utilizadas foram
“post”e “endodontic”. Os resumos foram excluídos e a pesquisa foi limitada ao
idioma, tipo de artigo, estudo clínico mostrado na tabela 1. A segunda seleção
foram excluídos artigos com período de acompanhamento inferior a 2 anos e
aqueles que utilizaram pinos metálicos. A terceira seleção foram excluídos
artigos que não apresentam consistência de dados para obter uma
padronização da revisão sistemática.
Resultados
A primeira seleção constou de 157 artigos e na segunda seleção, 10
artigos que estão evidenciados na tabela 2
7,10-18
. Na terceira seleção, um artigo
foi excluído por utilizar pinos metálicos e dois por não terem consistência de
dados. Outros dois estudos foram ecluídos devido ao uso de prótese fixa com
mais de 1 elemento. Os cinco artigos selecionados após os critérios de
inclusão-exclusão estão na tabela 3 (presentes em itálicos).
Cagidiaco et al. (2007)
10
reportaram a perfomance clinica de pinos de
fibra de quartzo em dentes restaurados endodonticamente. Dois operadores
trataram 150 pacientes entre Fevereiro e Julho de 2003 no Departamento de
Dentística Restauradora da Universidade de Siena. A idade dos pacientes
variou entre 18 e 75 anos (média de 56 anos). Os dentes incluídos no estudo
foram 35,2% anterior e 64,8% posterior. Os dentes foram proveviamente
___________________________________________________________________________ Capítulo 1
!&$!
tratados endodonticamente para receber o pino. O pino de fibra de quartzo foi
utilizado após o tratamento edodôntico no comprimento de 8 mm de acordo
com as instruções do frabricante. O cimento resinoso utilizado foi o Calibra
(Dentsply Caulk) combinado com sistema adesivo Prime & Bond NT (Dentsply
Caulk) e cimentados de acordo com instruções do fabricante. As restaurações
foram de resina composta (25,3%) e coroas totais (74,7%). Durante o período
de acompanhamento (23 a 25 meses), somente 7,4% dos casos ocorreram
falhas. As falhas foram devido a perda de adesão do pino (4,3%) e patologiais
periapicais (3,1%).
Grandini et al. (2005)
12
conduziram um estudo clinico que avaliou o uso
de pinos de fibra em resina composta. Oitenta e nove pacientes foram tratados
em três consultórios dentários durante Janeiro e Fevereiro de 2002. Cem
dentes foram restaurados, sendo 38% dentes anteriores e 62% posteriores. A
idade média dos pacientes foi de 35,17 anos (variou entre 15 a 56 anos).
Todos os dentes foram tratados os canais e posteriormente preparados para
receber o pino no comprimento de 9 a 10 mm. O cimento resinoso utilizado
para cimentação do pino de fibra de quartzo (DT light, RTD) foi o Duo-link
(Bisco). Após 30 meses, somente 4 dentes apresentaram lesões periapicais e 1
caso, o retratamento foi feito sem refazer a restauração de resina composta. A
restauração foi parcialmente destruído em cinco dentes. Seis dentes
apresentaram ligeira colocaração nas margens da restauração, sendo 4 deles
antes dos dois anos de acompanhamento e 8 dentes apresentaram manchas
superfíciais.
___________________________________________________________________________ Capítulo 1
!&%!
Monticelli et al. (2003)
13
conduziram um estudo retrospectivo de 2 anos
de pinos de fibra. Duzentos e vinte e cinco pacientes foram tratados no
Departamento de Dentística Restauradora da Universidade de Siena. A média
de idade dos pacientes foi de 51 anos (entre 18 e 78 anos). Os tratamentos
foram feitos em pré-molares com no mínimo de duas paredes e somente um
pino foi colocado em cada dente. O comprimento do espaço do pino foi de 8
mm. Setenta e cinco pacientes receberam pinos Aesthetic Plus (RTD), 75
pacientes receberam pinos DT light (RTD) e outros 75 pacientes receberam
pinos Postec (Ivoclar-Vivadent). Os pinos Aesthetic Plus e DT light foram
cimentados com o cimento resinoso Duo-Link (BISCO) combinados com o
sistema adesivo de passo único e os pinos Postec foram cimentos com o
cimento resinoso Multlink (Ivoclar-Vivadent) combinados com o Excite DSC. O
procedimento de cimentação foi de acordo com as instruções do fabricante.
Todos os dentes foram restaurados com coroas de porcelanas. O período de
acompanhamento foi de 24 meses e mostrou somente 6,2% de falhas,
similarmente distribuídos entre os grupos. Oito restaurações foram devidos a
perda de adesão (3,5%). Seis restaurações (2,7%) foi por presença de
patologia periapical.
Outro estudo prospectivo foi feito por Piovesan et al. (2007)
16
para
avaliar os pinos de fibra de polietileno. Sessenta e nove pacientes originados a
partir de um consultório odontológico participaram do estudo. A idade dos
pacientes não foram reportados. Um operador foi responsável pelo tratamento
de todos os casos. Os dentes anteriores (33%) e posteriores foram
restaurados (67%). O preparo do conduto foi de aproximadamento de 7 a 10
___________________________________________________________________________ Capítulo 1
!*'!
mm de comprimento. Uma fibra de polietileno de 2 mm (Ribbeond, Ribbond
Inc) foi usado. Os pinos foram cimentados com Enforce (Dentsply Caull) Os
dentes foram restaurados com coroas metálicas fundidas, coroas de cerâmicas
ou resina cmposta. O período de acompanhamento foi de 90,2 meses. As
falhas dos dentes anteriores ocorreram duas vezes, 1 em coroas de cerâmicas
e outra em resina composta. Em dentes posteriores, duas falhas ocorreram em
dentes com cerâmicas devido a fratura do pino.
Turke et al. (2007)
17
conduziram um estudo clinico que avaliaram o pino
de polietileno. Vinte e oito pacientes foram tratados durante 6 anos e a idade
média dos pacientes foi de 34,53 anos. Os dentes foram restaurados em
dentes anteriores (73,8%) e posteriores (26,2%). Os pinos tinham o
comprimento de 3 mm e foi utilizado cimento resinoso combinado com Helio
Bond (Ivoclar Vivadent) de acordo com instruções do fabricante. O período de
acompanhamento foi de 10 a 73 meses. Somente 1 pino apresentou
dilasceramento do pino após 11 meses.
Discussão
Os resultados de cinco estudo clínicos
10,12,13,16,17
mostraram que a longevidade
dos pinos não-metálicos durante esses 5 anos, por isso algumas
considerações podem ser feitas sobre a longevidade dos pinos não-metálicos.
Os dentes incluídos foram 25,4% anteriores e 74,6% posteriores. O sucesso
variou de 96% em dois anos para 94% em 8 anos. A maioria das falhas foram
devido a perda de adesão. A maioria das falhas por perda de adesão, o pino foi
cimentado em dentes com menos de 2 mm de estrutura dentinaria
10,13
. Em
___________________________________________________________________________ Capítulo 1
!*(!
adicional, a perda de adesão por ter sido causado pela dificuldade de retenção
dos pinos na dentina intra-radicular
19-21
. As falhas não estavam associadas
com fraturas, entretanto 6 casos ocorreram fraturas do pino, sendo 4 em
dentes anteriores e dois em posteriores. Somente 1 pino apresentou
dilasceramento do pino após 11 meses. O uso do pino não-metálico é
comumente reparável quando o pino ocorre a fratura
13,14,22-24
.
Os pinos utilizados foram 52,5% de quartzo, 13,2% de fibra de vidro,
13,2% de resina reforçado com fibra e 21,1% em pinos de polietileno. O
período de acompanhamento foi até 8 anos. Comparando as falhas dos pinos
separadamente, 5% ocorreu em pinos de quartzo, 8% em fibra de vidro, 5,3%
em pinos de polietileno (Figure 1).
Standlee et al. (1972)
25
reportaram que a camada de cimento contribui
para o estresse uniforme entre o pino e o conduto radicular. Mendonza et al.
(1997)26 avaliou a abilidade do pino a base de resina para reforço do dente e
concluíram que o cimento resinoso é mais resitente a fratura do que o fosfato
de zinco.
Todos os pinos cimentos foram com cimentos resinoso. 456 dentes
foram restaurados com coroas e 182 com resina composta. A tabela 5 mostra
detalhes das restaurações das restaurações usados no artigo. Nesse presente
estudo mostra que não é possível avaliar a quantidade de falhas de coroas e
de resina composta separadamente.
___________________________________________________________________________ Capítulo 1
!*"!
Conclusão
De acordo com os 5 artigos, a hipotese que a utilização de pinos não-
metálicos está associado ao aumento da longevidade clínica dos dentes
restaurados foi aceita. A taxa de sucesso vario entre 96% em dois anos para
94% em 8 anos.
___________________________________________________________________________ Capítulo 1
!*&!
Informações dos autores
Dr. Bandéca, estudande de mestrado do Departamento de
Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia,
Universidade Estadual Paulista e Pesquisador Associado do
Departamento de Ciências Clínicas, Faculdade de Odontologia, Universidade
de Toronto.
Dr. El-Mowafy, Professor do Departamento de Ciências Clínicas,
Faculdade de Odontologia, Universidade de Toronto.
Dr. Shebl, Professor assistente do Departamento de Protose Fixa,
Faculdade de Odontologia, Universidade de Suez-Canal e
Pesquisador Associado do Departamento de Ciências Clínicas,
Faculdade de Odontologia, Universidade de Toronto.
Dr. Porto-Neto, Professor assistente do Departamento de
Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual
Paulista.
Correspondência: Matheus C. Bandéca, Departamento de Odontologia
Restauradora, Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual Paulista,
1680 Humaitá, 14.801-903. E-mail: [email protected]
___________________________________________________________________________ Capítulo 1
!**!
Referências
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principles in present and future contexts. J Prosthet Dent 1996; 75(4):375-
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teeth restored with a novel nonmetallic post. J Can Dent Assoc 2008;
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___________________________________________________________________________ Capítulo 1
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performance of fiber post restorations in endodontically treated teeth: 2-Year
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___________________________________________________________________________ Capítulo 1
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resistance of endodontically treated teeth restored with composite posts. J
Prosthet Dent 2003; 89(4):360-367.
___________________________________________________________________________ Capítulo 1
!*#!
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distribution by endodontic posts. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 1972; 33(6):
952-960.
26. Mendoza DB, Eakle WS, Kahl EA, Ho R. Root reinforcement with a
resin-bonded preformed post. J Prosthet Dent 1997; 78(1):10-14.
___________________________________________________________________________ Capítulo 1
!*$!
Tabelas e gráficos
Tabela 1. Critérios de seleção usados no estudo
Passo
Inclusão
Exclusão
Primeira seleção
Estudo comparativo
Caso Clínico
Estudo clínico
Estudo não-
comparativos
Artigos em inglês
Estudos não-clínicos
Estudos com humano
Artigos em outro idioma
Estudos com animais
Segunda seleção
Período de
acompanhamento de
pelo menos 2 anos
Período de
acompanhamento
menor que 2 anos
Pinos não-metálicos
Pinos metálicos
Terceira seleção
Consistência dos dados
Insuficiência de dados
Coroas unitárias
Tabela 2. Artigos selecionados após a segunda seleção (em ordem alfabética;
n = 10) (estudo excluídos na terceira seleção está em itálico)
Cagidiaco et al. 2007
Ferrari et al. 2000
Ferrari et al. 2007
Grandini et al. 2005
Monticelli et al. 2003
Naumann et al. 2005
Neumann et al. 2007
Piovesan et al. 2007
Turker et al. 2007
Wegner et al. 2006
!
Tabela 3. Detalhes dos cincos artigos incluidos no estudo
Posição e No. de
dentes
Referência
Tipo de
estudo
No de
examinadores
No. de
pacientes
Idade
do
paciente
(anos) e
média
Anterior
Posterior
Tipo de pino
Tipo de
cimento
Período de
acompanhamento
(anos)
No. e
%
falhas
Causas da falha
Cagidiaco
et al.
Estudo
clínico
2
150
18-75
(56)
57
105
Quartz fiber
post
(DT light Post)
Calibra
23-25
12
(7.4)
Perda de adesão e
patologia periapical
Grandini
et al.
Estudo
clínico
3
81
15-56
(35)
38
62
Quartz fiber
post (DT light
Post)
Duo-
link
30
4 (4)
Patologia
periapical
Monticelli
et al.
Estudo
prospectivo
N/A
225
18-78
(51)
-
225
Glass fiber
post
(Aesthetic
Plus Post)
Quartz fiber
post (DT light
Post)
Fiber-
reinforced
composite
Duo-
link
e
Multilink
24
14
(6.2)
Perda de adesão e
patologia periapical
!
DT light, RTD, St. Egreve, França
Ribbond, Ribbond, Seatle, EUA
Connect Reinforcement Ribbon, Kerr, Orange, EUA
Aesthetic Plus, RTD, St. Egreve, França
Postec, Ivovclar Vivadent, Schaan, União Europeia
Calibra, Dentsply Caulk, Milford, DE
Duo-link, Bisco, Schaumburd, EUA
Multlink, Ivovclar Vivadent, Schaan, União Europeia
Enforce, Dentsply Caulk, Milford, DE
*O artigo não mostrou a variação da idade
** Não foi mencionado
*** Somente um paciente apresentou falha entre dentina e cimento como resultado de perda de adesão do pino após 11 meses.
Monticelli
et al.
Estudo
prospectivo
N/A
225
18-78
(51)
-
225
Glass fiber
post
(Aesthetic
Plus Post)
Quartz fiber
post (DT light
Post)
Fiber-
reinforced
composite
(Postec Post)
Duo-
link
e
Multilink
24
14
(6.2)
Perda de adesão e
patologia periapical
Piovesan
et al.
Estudo
prospectivo
1
69
N/A
36
73
Polyethylene
ribbon post
(Ribbond
post)
Enforce
86-94
6
(5.5)
Fratura e
dilasceramneto do
pino
Tuker et
al.
Estudo
prospectivo
N/A
28
(34.53)*
31
11
Polyethylene
ribbon post
(Connect
Reinforcement
Ribbon)
Resin
S/A**
10***-73
1
Perda de adesão
___________________________________________________________________________ Capítulo 1
!!"#
#
Tabela 4. Detalhes do tipo de restauração dos cinco artigos
Referências
Posição do
dente
Tipo de
restauração
Número de
restauração
No. de
falhas
Tipo de falhas
Anterior
2
Perda de
adesão
Cagidiaco et
al.
Posterior
Metalo-cerâmica
Cerâmica
Resina composta
162*
2
Patologia
periapical
Anterior
38
5
Perda de
adesão
Grandini et
al.
Posterior
Resina composta
62
3
Patologia
periapical
Anterior
-
-
-
-
Monticelli et
al.
Posterior
All-ceramic
225
14
Perda de
adesão e
patologia
periapical
Metalo-cerâmica
11
2
Fratura do pino
Cerâmica
9
1
Fratura do pino
Anterior
Resina composta
16
1
Fratura do pino
Metalo-cerâmica
18
0
-
Cerâmica
30
2
Pino
dilacerado e
pino fraturado
Piovesan et
al.
Posterior
Resina composita
25
0
-
Anterior
31
0
Tuker et al.
Posterior
Cerâmica
11
1
Perda de
adesão
*120 coroas e 41 resinas composta.
___________________________________________________________________________ Capítulo 1
!!$#
#
Figure 1. Porcentagem de falhas dos pinos não-metálicos dos artigos
selecionados com período de acompanhamento de 8 anos.
%&!'(#
%&"'(#
%&"'(#
%&$"(#
)*+,-#./#0*123#./#453267,#
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)*+,-#./#0*123#2/9,2:3.,#;,2#2/-*+3#
)*+,-#./#;,<*/6*</+,#
#
Artigo aceito para publicação no periódico Laser
Physics.
#
Variação do grau de conversão dos cimentos de dupla-
cura fotoativados com luz led azul
Autores: M. C. Bandéca,
a,b
O. El-Mowafy,
b
E. G. Saade,
a
A. N. S. Rastelli,
a,c
V.
S. Bagnato,
c
S. T. Porto-Neto
a
a
Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia de Araraquara,
Departamento de Odontologia Restauradora, Humaitá 1680, Araraquara, SP,
14801-903, Brasil.
b
Universidade de Toronto, Faculdade de Odontologia, Departamento de
Ciências Clínicas, Edward 124, M5G 1G6, Toronto, Ontario, Canada.
c
Universidade de São Paulo, Instituto de Física de São Carlos, Trabalhador
São Carlense 400, São Carlos, 13560-970, SP, Brazil.
*Autor correspondendte: Alessandra Nara de Souza Rastelli, Universidade
Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia de Araraquara, Departamento de
Odontologia Restauradora, Humaitá 1680, Araraquara, SP, 14801-903, Brasil.
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!!!#
#
Resumo
Os procedimentos adesivos consituem recentemente uma porção importante
no tratamento estético adhesivo. Os cimentos resinosos tem sido utilizados
para adesão entre substrato do dente e os materiais restauradores. Devido a
introdução recente dos cimentos auto-adesivos a base de novos monômeros,
tem sido importante estudar o grau de conversão (GC) desses novos materiais.
No presente estudo a reação de polimerização e o conteúdo inorgânico dos
cimentos duais odontológicos foram avaliados por espectroscopia no
infravermelho com transformada de Fourier (FT-IR) e termogravimetria (TG).
Vinte amostras feitas com auxílio de uma matriz metálica (8 mm de diâmetro x
1 mm de espessura) de cada cimento, Panavia
®
F2.0 (Kuraray) e RelyX
TM
Unicem Applicap (3M/ESPE). Cada amostra foi curado com LED azul com
densidade de potencia de 500 mW/cm
2
. As amostras foram avaliadas
imediatamente, 24 e 48 horas, e 7 dias após o GC. Cinco amostras para cada
intervalo de tempo foram trituradas, prensadas com KBr e analisadas em FT-
IT. A análise do TG foi realizada no Netzsch TG 209 sob atmosfera de oxigênio
e taxa de aquecimento de 10
o
C/min a partir de 25
o
C a 700
o
C. O teste
ANOVA (dois critérios) mostrou os valores estatísticos de GC (%) que foram
diferentes para os dois cimentos (p<0.05). O teste de Tukey mostrou não have
diferença significante entre 24 e 48 horas após a fotoativação para os dois
cimentos (p>0.05). O RelyX
TM
Unicem mostrou valores maiores do que o
Panavia
®
F2.0. O grau de conversão aumentou após o tempo de
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!!=#
#
armazenamento e o conteúdo inorgânico mostrou ser similar para os dois
cimentos.
Palavras-chave: Cimento resinoso, polímeros odontológicos, polimerização.
Número do PACS: 65.80.+n, 82.35.Jk, 82.50.Bc, 82.35.Lr
1. Introdução
O aumento da demanda por procedimentos estéticos tem estimulado um
crescente número de desenvolvimento de novos materiais restauradores
indiretos. O cimento resinoso tem sido amplamente utilizada para cimentação
dos materiais estéticos indiretos ao dente [1-3]. Os cimentos resinosos
permitem uma união adesiva, sendo introduzida para aumentar o sucesso
clinico [4].
Os cimentos resinosos tem sido frequentemente usados para
cimentação da maioria das porcelanas, cerâmicas, resina composta indiritas e
pinos não-metálicos, permitindo boas propriedades mecânicas que pode
diminuir a microinfiltração marginal, e pode aumentar a resistência a fratura e
retenção desses materiais [4-7]. Essas propriedades são influenciados pela
presença de uretano dimetacrilato (UDMA) na composição monomérica. O
monômero UDMA é mais flexível que os comumentes utilizados bisfenol-
glicidil-metacrilato (bis-GMA) devido a presença das ligações de uretano e pela
baixa viscosidade, o qual facilita a migração dde radicais livres e aumenta a
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!!>#
#
densidade das ligações [8, 9]. Em adicional, o conteúdo inorgânico é também
responsável pelas propriedades como a resistência a fratura [10].
A composição básica dos cimentos resinosos atuais é similar as resinas
compostas. Os cimentos resinosos são polimerizados quimicamente e/ou pela
luz, e alguns apresentam as duas ativações denominados de “polimerização
dual” [11]. A polimerização ocorre por uma reação exotérmica e o aquecimento
promovido pela polimerização do monômero é mensurado pelo calor emitido
como uma reação de monômeros para polímeros através da analise térmica. A
formação dos polimeros ocorrem durante a conversão das duplas ligações de
carbono simples que podem ser determinados pelo grau de conversão. A
reação dos monômeros pela formação dos polímeros durante a reação de
polimerização afeta as propriedades físicas dos materiais resinosos [12].
O grau de conversão é extremamente interessante para o tempo de
processamento ou qualidade clinica de uma restauração [13]. Recentemente, o
cimento resinoso tem sido introduzido sem a necessidade de pré-tratamento da
superfície que é baseado em novos monômeros, conteúdos inorgânicos e
iniciadores. A proposta deste estudo foi avaliar o grau de conversão de 2
cimentos resinosos em diferentes de acordo com os tempos de
armazenamento a 37
o
C imediatamente após a fotoativação, 24 e 48 horas, e 7
dias, e análise do conteúdo inorgânico pelo TGA.
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!!?#
#
2. Materiais e Métodos:
2.1. Materiais usados:
Os dois cimentos incluídos no estudo estão dispostos na Tabela 1 com
as composições indicadas pelos respectivos fabricantes.
Tabela 1. Cimentos resinosos duais utilizados no estudo.
Cimento resinoso
Composição
Fabricante
N
o
do lote
Panavia
®
F 2.0
Base
10-MDP, 5-NMSA,
silica, dimetacrilatos,
iniciadores
00265B
Panavia
®
F 2.0
Catalisador
Vidro de bario,
fluoreto de sódio,
dimetacrilato, BPO
Kuraray
Medical
Tokyo, Japao
00043B
RelyX
TM
Unicem
Pó de vidro, sílica,
hidróxido de cálcio,
pigmento, pirimidine,
composto de
peróxido, iniciador
RelyX
TM
Unicem
Liquido
Metacrilato, ésteres
fosfóricos,
dimetacrilato,
Acetato,
estabilizadores,
3M/Espe
Seefeld,
Alemanha
311682
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!!@#
#
iniciadores de auto-
polimerização,
iniciadores de
polimerização pela
luz
2.2. Preparação das amostras:
As amostras (diâmetro 8,0 ± 0,1 mm, epessura 1,0 ± 0,1 mm) foram
feitos com auxílio de uma matriz metálica. Os materiais foram conduzidos de
acordo com as instruções dos fabricantes. A matriz foi preenchido pelo
cimento, o qual foi usado tira de poliéster de cada lado da amostra.
Posteriormente, uma lâmina de vidro foi colocado em cima da matriz. Para
padronização, a superfície da amostra foi colocado um peso de 1 Kg com
orifício central para passagem da luz LED para fotoativação (Figura 1).
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!=%#
#
Figura 1. Esquema de confecção das amostras para FT-IR e TGA.
O LED (LEC 1000, MMOptics, São Carlos, Brasil) com emissão de luz
azul foi usado para fotoativação (irradiação: ! = ±470 nm, 500 mW/cm
2
," =
8mm) da amostra durante 30 segundos. A densidade de potência foi verificado
pelo Fieldmaster (Sensor LM-3 HTD, Coherent Commercial Products Division,
model number FM, set n° WX65, part number 33-0506, USA).
A espessura da lâmina de vidro foi utilizado para padronização da
distancia entre a ponta do LED e cimento resinoso. Cinco amostras foram
realizadas para cada grupo (n=5). Os grupos foram divididos de acordo com o
grau de conversão (%GC) determinado em diferentes tempos: imediatamente
após a fotoativação, 24 e 48 horas, e 7 dias.
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!="#
#
2.3. Porcentagem do conteúdo inorgânico
A porcentagem do conteúdo inorgânico foi determinado pela análise de
termogravimetria. A análise de termogravimetria (TGA) foi realizado com o TH
209 (Netzsch), operando em N
2
em um gás baixo de 20 mL min
-1
com alumina
contendo ~20 mg das amostras. Para avaliação, a temperatura durante o
programa térmico variou entre 30 a 900
o
C na taxa de 10
o
C/min em atmosfera
normal. A calibração do dispositivo foi realizado de acordo com os
procedimentos padronizados pela ajuda online do TA instrumentos. A massa
de TG e calibração foi conduzido com #-alumina posicionado sob o sensor. A
temperatura de calibração foi realizado usando amostra com zinco puro.
A cálculo entre o peso final das amostras e o peso nomial é determinado
a fracção inorgânica. Três amostras de cada material foram analisados.
2.4. Grau de conversão (GC%):
Imediatamente após a fotoativação, 24 e 4 horas e 7 days, as amostras
foram trituradas até obter um fino pó, o qual ficou mantido em um local
totalmente escuro até o momento da análise de FT-IR. Dez miligramas do
de cimento resinoso foi misturado a cem miligramas de KBr em pó.
Posteriormente, a mistura foi prensado com carga de 10 toneladas durante 1
minuto para obtenção da pastilha.
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!=$#
#
O número de ligações duplas de carbano, o qual foram convertidos em
ligações simples, determinaram o grau de conversão (%) dos cimentos
resinosos.
Para mensurar o grau de conversao, a pastilha foi levado a um dispositivo
de fixação no interior do espectrofotrometro (Nexus 470, Thermo Nicolet). Para
essa técnica, as amostras foram feitas e analizados de acordo com os tempos
de armazenamento.
A analise do espectro foi realizado pela espectroscopia no infravermelho
com transformada de Fourier (FT-IR) que utiliza refleção difusa. As
mensurações foram registradas em absorbância operando sob as seguintes
condições: 32 scans de 4 cm
-1
resolução, 300 a 4000 cm
-1
comprimento de
onda.
As porcentagens de ligações dupla de carbono não-curadas (% C=C)
foram determinadas a partir da relação de absorvância da intensidade de
alifáticos C=C (pico em 1638 cm
-1
) com o padrão interno, antes e após a cura
do modelo: C-C aromáticos (pico em 1608 cm
-1
). O grau de conversão foi
determinada pela subtração da %C=C a partir de 100%, de acordo com a
fórmula:
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!='#
#
3. Resultados
O espectro de FT-IR dos cimentos resinsos estudados antes e após a
configuração estão na Figura 2.
Figura 2. Espectro FT-IR dos cimentos curados e não-curados (Panavia
®
F 2.0
and RelyX
TM
Unicem em diferentes tempos de armazenamento).
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!=A#
#
Os valores médios do GC estão na tabela 2. O teste Anova (two-way)
mostrou diferença estatisticamente significante entre os dois cimentos (p<0.05).
O teste de Tukey mostrou não haver diferença significante somente entre 24 e
48 horas após a fotoativação para os dois cimentos (p>0.05). Entretanto, os
valores médios de conversão aumentaram com o tempo de armazenamento.
O RelyX
TM
Unicem foi significantemente maior do que o Panavia
®
F 2.0
(p<0.05) (Figura 3).
Tabela 2. Valores médios do grau de conversão do Panavia
®
F 2.0 e RelyX
TM
Unicem Applicap imediatamente, 24 e 48 horas, e 7 dias após fotoativação
Média
Desvio-
Padraão
SEM
Variância
Imediatamente
40.72
1.53036
0.6844
2.342
24 horas
46.4
2.56515
1.14717
6.58
48 horas
45.2
2.88565
1.2905
8.327
Panavia
®
F 2.0
7 dias
48.525
1.96135
0.87714
3.84688
Imediatamente
62
4.01435
1.79527
16.115
24 horas
63.86
2.95516
1.32159
8.733
48 horas
66.225
3.71172
1.65993
13.77687
RelyX
TM
Unicem
Applicap.
7 dias
70.2
2.79285
1.249
7.8
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!=!#
#
Figura 3. Resultados do grau de conversão dos cimentos resinsoos usados no
estudo. Letras diferentes (a-f) indicam diferença estatisticamente significante
no nível de 5% (teste de Tukey; p < 0.05).
A porcentagem de conteúdo inorgânico dos dois cimentos estudados
determinado pelo TGA estão listados na tabela 3.
Tabela 3. Porcentagem de conteúdo inorgânico dos cimentos.
Materiais
Conteúdo inorgânico (%)
Panavia
®
F 2.0
73%
RelyX
TM
Unicem
70%
4. Discussão:
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!==#
#
Este estudo in vitro avaliou o grau de conversão de dois cimentos
resinosos duais fotoativados com LED azul. Durante a reação da
polimerização, as ligações duplas de carbonos alifáticos são discriminados
pelos radicais livres, enquanto que a ligação dupla de carbono aromáticos
permanece [14].
Sabe-se que a inadequada polimerização de um cimento resinoso está
associada a problemas como a sensibilidade pós-operatória [15,16],
microinfiltração e cárie recorrente [17], suscetibilidade à degradação [18],
descoloração e diminuição das propriedades mecânicas [19]. Além disso, o
monómero não convertido pode gerar espécies de radicais responsáveis no
tempo para alguns estados patológicos [20]. O grau de conversão inadequado
dos cimentos resinosos duais é, portanto, importante para o sucesso clínico
geral, a longevidade e biocompatibilidade da restauração. As mensurações do
FT-IR provaram ser uma técnica confiável para analisar o grau de conversão
em monômeros de materiais resinosos odontológicos [21]. A Figura 2 mostra
as regiões média de espectro infravermelho capturadas para a avaliação do
GC%. Em particular, a Figura 1 relata o espectro na região 1660-1600 cm
-1
mostrando as bandas de ligações V
C=C
olefínicos (1638 cm-1) e V
C=C
aromático
(1608 cm-1) comprimentos de vibrações da GC em função do tempo de
armazenamento, pode ser calculado.
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!=>#
#
O Panavia
®
F 2.0 e RelyX
TM
Unicem Applicap usados neste estudo são
de dupla cura, o que significa que os monômeros são polimerizados por luz e
auto-ativação. A auto-ativação inicia-se com a reação entre peróxido de benzoil
e amina terciária. A mistura destes componentes geram radicais livres que
promove uma quebra nas ligações duplas de carbono alifáticos para iniciar o
processo de polimerização. O sistema iniciador da ativação por luz é baseado
em canforoquinona, que absorve energia quando exposta à luz visível no
comprimento de onda entre 400 e 500 nm, e combina com as aminas terciárias
para formar um estado complexo que reparte-se em radicais livres reativos.
Embora estes dois modos de ativação são independentes, a ativação por luz é
necessária para alguns cimentos duais aumentar o grau de conversão [22].
O grau de conversão de um material resinoso depende de vários fatores,
como a formulação do monômero foi demonstrado que afeta o grau de
conversão dos materiais resinosos [23]. O RelyX
TM
Unicem consiste
monômeros modificados em ácidos fosfóricos metacrilatos. Estes monómeros
formam altas ligações cruzadas na matriz do cimento durante o processo de
polimerização. Vários grupos de ácidos fosfóricos e de ligações duplas de
carbono por molécula são característicos para os monômeros metacrilatos no
RelyX
TM
Unicem. Considerando que o grupos de ácido fosfórico contribuem
para a auto-adesão, as ligações duplas de carbono provocam uma alta
reatividade do monômeros metacrilato uns com os outros. Assim, o RelyX
TM
Unicem apresenta um grau elevado de particulas de monômeros inter-
relacionados. Desta forma boas propriedades mecânicas (por exemplo, alta
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!=?#
#
compressão e flexão) e adesão sem pré-tratamento pode ser alcançada. Além
disso, um grau elevado de ligações é um requisito essencial para a
estabilidade de longo prazo do cimento que se reuniu no RelyX
TM
Unicem
(3M/ESPE). Os resultados deste estudo mostraram o maior grau de conversão
para os valores médios de RelyX
TM
Unicem (p <0.05).
Por outro lado, O Panavia
®
F 2.0 mostrou menores valores de grau de
conversão comparados ao outro cimento resinoso usado no presente estudo.
Além disso, o conteúdo de carga inorgânica é relativamente mais elevada para
o Panavia
®
F 2.0 (73%) que pode contribuir para o baixo GC% obtidos neste
estudo [24-25].
As propriedades dos materiais resinosos odontológicos dependem de
muitos fatores: propriedades físicas, químicas e mecânicas do monómero,
polímero, o conteúdo de carga inorgânica, a concentração, o tamanho e
distribuição das partículas, bem como o processo, incluindo fotoativação e a
natureza do fotoiniciador e do ativador, a sua concentração, a densidade de
potência do fotopolimerizador, tempo de exposição e, especialmente, o tipo de
luz utilizada para fotoativação [26-29].
Silva et al. [30] e Calixto et al. [31] mostraram que o uso do LED para
cura de materiais resinosos é melhor do que a luz halógena, pois o LED tem
onda mais adequado para a polimerização dos materiais resinosos
odontológicos. De acordo com essas pesquias, está investigação foi utilizado o
LED para polimerizar as amostras para obter mais conversão de monômeros
possível. Outros estudos têm sido utilizados outras unidades de luz, como o
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!=@#
#
laser em odontologia, no entanto melhores resultados têm sido relatadas para
a preparação da superfície dentária [32, 33].
Os resultados mostraram que o GC% para os dois cimentos testados
dependem da composição e do período de avaliação. O baixo grau de
conversão inicial espera-se pelo menos o grau de conversão final ao mesmo
nível que os outro cimentos resinosos. A diferença de comportamento parece
estar relacionado com material. O RelyX
TM
Unicem apresentou um GC% de 62-
70%, enquanto o Panavia
®
F 2.0 teve 40-48%. Como conseqüência,
propriedades mecânicas como a resistência a flexão e compressão, módulo de
elasticidade, dureza pode ser proporcionalmente afetados por esta mudança
no GC% [33,34].
Os dois cimentos resinosos testados mostraram uma cura inicial de 24 e
48 horas semelhantes (p>0.05). Entretanto, os resultados após 7 dias da
fotoativação mostraram maiores do que os demais tempos estudados.
(p<0.05). Neste sentido, os resultados deste estudo afirma que existem provas
substanciais de uma polimerização quimica induzida dos cimentos de dupla
cura que ocorre após a exposição à luz.
A conversão de ligações duplas em condições secas aumentaram
significativamente ao longo do tempo com diferença estatística entre as quatro
diferentes momentos avaliados com exceção entre 24 e 48 horas. O fenômeno
de "escuro" após a cura está de acordo com os achados de outros autores [22,
35], mas está em contraste com a conversão das medidas realizadas por
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!>%#
#
espectroscopia Raman, para o qual pouco aumento na conversão dentro de
24h foi relatada [36-38 ].
5. Conclusões:
Dentro das limitações do presente estudo, pode-se concluir que os
cimentos resinosos de dupla cura podem mostrar polimerização diferentes,
dependendo de sua composição e tempo de armazenamento. A seleção do
cimento resinoso pode ser importante para o desempenho clínico da
restauração.
No entanto, apenas dois cimentos resinosos de dupla cura foram
avaliadas neste estudo, mostram que os resultados não podem ser estendidas
a outros cimentos. Embora exista uma relação entre GC% do cimento resinoso
e a melhora da propriedade física, o cuidado deve ser tomado para não
atribuirem o sucesso clínico ao GC individualmente.
6. Agradecimentos
Os autores agradecem a 3M/ESPE, Kuraray e a MM Optics,
respectivamente por disponibilizar os cimentos resinosos e a unidade
fotopolimerizadora para realização do estudo.
__________________________________________________________________________ Capítulo 2
!>"#
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7. Referências:
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__________________________________________________________________________ Capítulo 2
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[38] C. Pianelli, J. Devaux, S. Bebelman, and G. Leloup, J. Biomed. Mater.
Res. 48, 675 (1999).
#
Artigo a ser submetido para publicação no periódico
Journal of Dentistry.
#
Title
Resistência de união a microtração de pinos não-metálicos cimentados com
cimentos auto-adesivo e com sistemas adesivos auto-condicionantes
Autores
Matheus Coelho Bandéca, BDS
a,b
Omar El-Mowafy, BDS, PhD, FADM
b
Michele Regina Nadalin, BDS, MSc
d
Luis Rafael Calixto Lima, BDS
a
Alessandra Nara Souza Rastelli, BDS, MSc, PhD
c
Sizenando de Toledo Porto Neto, BDS, MSc, PhD
a
Instituições
a
Departamento de Dentística Restauradora, Universidade Estadual Paulista;
b
Departamento de Ciências Clínicas, Universidade de Toronto;
c
Instituto de
Física, Universidade de São Paulo;
d
Departamento de Endodontia,
Universidade de Ribeirão Preto.
Correspondência:
Matheus Bandeca, Departamento de Ciências Clínicas, Universidade de
Toronto, 124 Edward St., Toronto, ON, Canada, M5G 1G6. E-mail:
Titulo abreviado: Resistência de união de pinos não-metálicos cimentados
com diferentes cimentos.
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!>=#
Resumo
Objetivo. Avaliar a resistência de união por microtração de cimentos auto-
adesivo e com sistema adesivos auto-condicionantes em diferentes pinos não-
metálicos.
Materiais e Métodos. Oitenta pré-molares inferiores unirradiculares humanos
livres de coroa foram selecionados e dívidos em 8 grupos: os pinos Exacto
!
e
Everstick
!
foram cimentados com os cimento auto-adesivo Breeze
!
, e com
cimentos auto-condicionantes Nexus
!
3, Panavia
!
F 2.0 e Bistite
!
II DC. Os
materiais que necessitavam de fotoativação foi realizado com o Optilux 501. Os
espécimes foram perpendicularmente seccionados em 1 mm de espessura
resultando em 6 discos de cada raiz. Os discos foram desgastados no sentido
mesio-distal com fresa cilíndrica e dívidos em 3 regiões: cervical, médio e
apical. Os espécimes foram fixados no dispositivo especial da Bisco para
microtração na velocidade de 0,5 mm/min. Os dados foram submetidos a
análise de Kruskall-Wallis seguido por teste de Dunn e Friedman. Os modos de
falhas e MEV foram feitos.
Resultados. Não teve diferença estatísticamente significante entre os pinos,
com excessão do Bistite
!
II DC (p>0,05). Em contraste, houve diferença
significante entre os cimentos: maior valor para o Nexus
!
3 e menor para o
Bistite
!
II DC. O Panavia
!
F 2.0 ficou entre eles e foi diferente estatisticamente
significante com o Nexus
!
3 (p>0,05). Os valores de microtração foram
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!>>#
similares para Breeze
!
e Nexus
!
3 (p<0.05). A prevalência de falhas
encontradas foram entre cimento e dentina.
Conclusão. O cimentos auto-adesivo e com sistemas adesivos auto-
condicionantes foram similares nos valores de resistência a uniao por
microtração.
Palavras-chave: Resistência de união; cimento resinoso; pinos de resina
reforçado com fibras; pinos de fibra de vidro; cimento resinoso auto-adesivo;
cimento resinoso com sistema adesivo auto-condicionante.
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!>?#
Introdução
Os dentes tratados endodonticamente são mais suceptíveis a fraturas
1,2
.
Os pinos pré-fabricados são comumente utilizados para prevenção de fraturas
dentais e podem ser cimentados imediatamente após a preparação do
conduto
3
. Os pinos não-metálicos são fabricados por uma matriz resinoso
reforçada com carbono, vidro, quartzo
7
ou por materiais a base de cerâmica
8
.
Com excessão dos pinos de carbonos, esse pinos são mais favoráveis
estéticamente em regiões anterior quando restaurados com coroas livres de
metal devido a melhor capacidade de translucidez, e em adicional esses pinos
possuem módulos de elasticidade semelhante da dentina e dos materiais
resinosos
4,5
.
Os adesivos são usualmente recomendados para união dos pinos não-
metálicos e tem sido demonstrado na literatura melhores valores de adesão ao
usar os cimentos resinosos combinados com os sistemas adesivos. A
capacidade de adesão entre a dentina e o pino podem ser influenciados pela
estresse de polimerização induzido pela conversão dos monômeros dos
materiais resinosos
6-8
. O estresse de polimerização pode ocorrer quando a
interface material-dentina em diferentes regiões, depende da configuração
cavitaria (Fator-C). O Fator-C é uma importante consideração para
procedimentos adesivos
6,9,10
e pode ser alto dentro dos canais radiculares
devido ao pouco espaço livre para contração de polimerização
11,12
. O tipo de
pino, as propriedades dos cimentos e características da dentina podem
influenciar a adesivadade
14-16
. Adicionalmente, alguns autores tem
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!>@#
demonstrado diferentes valores de resistência de união em regiões cervical,
médio e apical
15
, entretanto outros sugerem que não ocorrem
17
.
O cimento resinoso atuais podem ser auto-adesivo, combinados com
sistemas adesivos auto-condicionantes ou condicionamento total
(condicionamento e lavagem). Os cimentos auto-adesivos não requerem o uso
de nenhum pré-tratamento da dentina. A simplificação da técnica desses novos
materiais podem simplicar os procedimentos operatores e diminuir a
sensibilidade pós-operatória
18-22
em dentes vitais.
Os testes de microtração, push-out, pull-out tem sido usados para
avaliação de resistência de união desses materiais cimentantes que podem ser
nas interfaces entre material-dentina e material-pino
23-25
. A resistência de união
pelo teste push-out é criado não somente pelo agente de união, mas também
através de micro e macro-retenções promovido pela superfície rugosa e pela
fricção entre as duas superfícies, respectivamente
5,26
.
Através de avanços com esses novo materiais na odontologia, torna-se
importante analisar a resistência de união através do teste de micrtoração. A
proposta desse estudo foi avaliar a resistência de união de dois diferentes
pinos não-metálicos cimentados com 1 cimento auto-adesivo e 3 cimentos com
sistemas auto-condicionantes. A avaliação de modos de falhas foi realizado e o
MEV foi usado para caracterização da união da interface dentina-ciment-pino.
A hipótese testada foi:
(1) A resistência de união da dentina radicular não varia entre os
cimentos resinosos;
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!?%#
(2) Resistência de união da dentina radicular não varia entre os pinos;
(3) Resistência de união da dentina radicular varia entre as regiões.
Materiais e Métodos
Oitenta e oito 1
o
pré-molares unirradiculares, livres de fraturas e caries,
foram armazenados em água destilada. As coroas foram removidas na junção
cemento-esmalte usando um disco em baixa velocidade (Isomet III; Buehler,
Lake Bluff, IL) sob refrigeração a água.
Os canais foram preparados em 1 mm aquém do ápice usando os
intrumentos rotatórios (Mity, Loser, Leverkusen, Germany) de acordo com a
técnica Crown-down. O batente apical foi realizado com a lima 40.06 e a
irrigação ocorreu entre as trocas de limas com solução de hipoclorito de sódio
a 2,5% e os canais foram obturados com cimento resinoso (AH Plus
!
, Dentsply
DeTrey, Konstanz).
Os canais foram distribuídos aleatoriamente em 8 grupos, de acordo
com os pinos e cimentos utilizados:
Groups (1-4): Pino Exacto
!
cimentado com Breeze
!
, Nexus
!
3, Panavia
!
F 2.0
e Bistite
!
II DC, respectivamente;
Groups (5-8): O pino Everstick
!
cimentado com Breeze
!
, Nexus
!
3, Panavia
!
F
2.0 e Bistite
!
II DC, respectivamente.
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!?"#
Preparo do conduto radicular
Após o tratamento endodôntico, os canais foram armazenados em água
destilada a temperatura de 37°C durante 48 horas. O preparo do conduto para
receber os pinos foram utilizados fresas correspondentes ao pinos Exacto
!
and
Everstick
!
com profundidade de 10 mm (tabela I).
Procedimento de cimentação
A cimentação dos pinos com cimentos resinosos foi de acordo com as
instruções dos fabricantes, descritos na tabela II. Antes da cimentação, os
canais foram irrigados com EDTA a 17% durante 1 minuto, lavados com água
destilada e secados com papéis absorventes (Dentsply Maillefer).
Os pinos foram cimentados e a porção coronária foi selado com resina
composta em compule (TPH, Dentsply Caulk, Milford, USA) com aplicação de 2
mm de incremento. A fotoativação foi realizado com Optilux 501 (Demetron
Kerr, Orange, CA). Antes de cada procedimento, a densidade de potência era
verificado com o radiômetro digital. A média da densidade de potência foi de
500 ± 10 mW/cm
2
.
Procedimento para corte
Os espécimes foram fixados com cera em um dispositivo da máquina de
corte (Isomet III; Buehler, Lake Bluff, IL) e foram seccionados
perpendicularmene em 1 mm de espessura utilizando um disco diamantado em
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!?$#
baixa velocidade sob refrigeração com água. Esse procedimento resultou em 6
discos por cada raiz.
Teste de resistência a união
Os discos dos dez espécimes de cada grupo foi desgastados no sentido
mésio-distal com fresa diamantada cilíndrica (#1090, KG Sorensen, Barueri,
SP, Brazil) sob refrigeração a água nas superfícies proximais até tocar no pino
(Figura 1).
Um paquímetro digital (Deigimatic Caliper, Mitutoyo, Kawasaki, Japan)
com precisão de 0,01 mm foi usado para mensurar a espessura de cada disco.
Os espécimes seccionados foram fixados no dispositivo (Bisco Inc) com
cianocrilato (Zapit; Dental Ventures of America Inc, Corona, Calif), o qual foram
realizados os testes de microtração (Bisco, Inc., Schaumburg, IL, USA) com
carga de tensão a uma velocidade de 0,5 mm/min até ocorrer a falhas dos
espécimes.
Análise das falhas
Os disco foram examinados em estériomiscrocópio em aumento de 25x
e os modos de falhas foram classificados de acordo com Perdigão et al.
27
: (1)
adesiva entre pino e cimento, (2) mista entre pino e cimento com cimento
visível no pino, (3) adesiva entre o cimento e o conduto radicular e (4) coesiva
em dentina.
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!?'#
Análise estatística da resistência de união
Os valores de resitência de união das três regiões avaliadas foram
submetidos a análise de Kruskall-Wallis, seguido pelo teste de Dunn ao nível
de significância de 5%. A diferença dos valores de resistência de união entre
os grupos foi realizado o teste não-paramétrico ANOVA (teste de Friedman)
para cada grupo separadamente.
Avaliação da Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)
Um espécime de cada grupo foi usado no MEV para observar a interface
dentina-cimento e pino-cimento. Os espécimes foram preparados na unidade
Po-laron E5100 (Polaron Equipment, Ltd., Bedford, UK) e examinados no MEV
(Hitachi S-2500, Hitachi, Mito City, Japan) na magnificação de $30 e $350.
Detector para MEV
Um espécime que foi utilizado o pino Exacto
!
e Everstick
!
foi usado para
o MEV com “Robinson Backscattered Electron”. O detector mostra alto grau de
sensibilidade de contraste de números atômicos em adicional para evidenciar o
contraste de topografia usual do MEV.
Resultados
Resitência de união por microtração
Os valores obtidos pela resitência de união obtidos da região cervical, médio e
apical nos grupos estudados estão na figura 2. A diferença entre as regiões
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!?A#
foram diferentes estatisticamente para todos os grupos. A resistência de união
foi maior para região cervical e menor para região apical.
A resistência de união foi maior para o pino Everstick
!
cimentado com
Nexus
!
3 (mediana: 13,85 Mpa;
The bond strength was highest for Everstick
!
post cemented with Nexus
!
3 (median: 13.85 Mpa; intervalo: 10,25-16,20 Mpa) e menor para Exacto
!
cimentado com o Bistite
!
II DC (5.15 (3.2-7.9)). O Panavia
!
F 2.0 ficou entre
Nexus
!
e Bistite
!
II DC e foi diferente estatisticamente o pino Everstick
!
cimentado com Breeze
!
e Nexus
!
3 (p>0.05).
O pino Exacto
!
cimentado com Breeze
!
teve nenhuma diferença
significane ao pino Everstick
!
cimentado com Breeze
!
. O pino Exacto
!
cimentado com Nexus
!
3 foi similar ao pino Exacto
!
cimentado com Breeze
!
e
para o pino Everstick
!
cimentado com Breeze
!
e Nexus
!
(p<0.05).
A analise dos espécimes sob estériomicroscopia revelou nenhuma falha
coesiva na dentina (Figura 4). A prevalência de falhas adesivas entre cimento e
dentina foi a mais encontrada.
Microscopia Eletrônica de Varredura
A Figura 4 A-D mostra a posição do pino dentro do canal radicular através do
detector de SEM que pode ser evidenciado um filamento metálico no interior do
pino Exacto
!
. A avaliação do MEV revelou boa adpatação do cimento resino na
interface entre pino/dentina. Nenhuma defeito e descontiniadade foi visualizado
nas interfaces, e nenhuma diferença significante na morfologia da interface
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!?!#
entre os grupos analisados (Figura 5 A-E and G). A interface cimento resinoso
e dentina foi observado defeito para o Bistite
!
II DC e Panavia
!
F 2.0, mas sem
grandes diferenças morfológicas aparente(Figura 5 F-H).
Discussão
Os dados do presente estudo confirmam a hipótese de que a resistência
adesiva varia entre as regiões. A resistência adesiva é maior em comparação à
região cervical para apical. No entanto, a resistência adesiva não variou entre
os pinos e que fez variar a resistência adesiva entre cimento resinosos.
Os canais radiculares foram preenchidos com cimento resinoso AH
Plus
!
que é mais aproximado da situação clínica. Chieffi et al.
28
mostraram que
o cimento resino não tinha um efeito negativo sobre a resistência adesiva.
Além disso, os canais radiculares foram lavados com água destilado em vez de
EDTA e NaOCl. O impacto de EDTA e NaOCl na resistência adesiva foi
observado maiores valores devido a remoção do smear layer superficial em
canais radiculares. Em contraste, EDTA utilizado em combinação de NaOCl
pode facilmente produzir erosão superfícies com abertura completa da dentina
tubulares
29
.
Várias avaliações laboratoriais têm sido descritos para a avaliação da
resistência de união. O teste de microtração ocorre um stress uniforme ao
longo da interface
30
. A distribuição de tensão no testes de pull-out e push-out
tem sido relatado um stress não uniforme quando realizada em regiões
radiculares
5,26,31-33
, que uma grande porção de retenção foi criada pelo cimento
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!?=#
resinoso e também através de micro-retenção da rugosidade superficial e
macro-rentenção do atrito entre as superficies
5
. Assim, o teste microtração
tornou-se bastante popular na resistência de união da dentina, porém resulta
em altas taxas de falhas pre-maturas
5, 26,34.
Os valores encontrados na resistência de união foram significativamente
maior para todos os grupos na região cervical do que regiões média e apical,
relatado em estudos anteriores
11,35
. Isto é de se esperar, porque maior
densidade e área dos túbulos dentinários
3,15,36
. O outro fator é o acesso mais
difícial na região apical e maior dificuldade de distribuição de cimento resinoso
com formação de espaços livres
11,35
. No entanto, a contração de polimerização
do cimento resinoso pode ter sido influenciado na resistência de união
11
.
Para todas as regiões em conjunto, os valores de resistência de união
foram semelhantes aos Nexus
!
2 e ao Breeze
!
, quando utilizado o mesmo
pinos.
Na literatura não existem estudos sobre os cimentos resinosos Nexus e
Breeze. Entretanto, Bitter et al.
37
estudaram os efeitos dos cimento resinosos
após termociclagem no canal radicular. O resultado mostrou maior valor de
resistência de união para o cimento resinoso auto-adesivo RelyX
TM
Unicem. Os
autores sugerem que a composição do cimento resinoso auto-adesivo promove
um bom desempenho, porque apresenta uma tolerância maior a umidade. A
secagem do conduto radicular é dificil pela baixa visibilidade. No entanto,
outros estudos mostraram menores valores para o RelyX
TM
Unicem quando
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!?>#
comparados ao Variolink
!
combinado com Excite
!
DSC
34
. Então, mais estudos
são necessários para descobrir o comportamento clínico destes materiais.
Os resultados do presente estudo podem ser explicados através do
modos de falhas que ocorreram durante o teste de resistência de união por
microtração. A falha ocorreu mais na interface entre o cimento e a dentina.
O desempenho dos cimentos resinosos é dependente da qualidade da
camada de hibridação, que é estabelecida durante o pré-tratamento de
dentina
38
. Se esta camada é porosa, as moléculas de H
2
O podem penetrar e
permitir a ocorrência de hidrólise. Uma possível razão para a diminuição da
resistência de união do Panavia
!
F 2.0 e Bistite II DC
!
poderia ser explicada
pelo fato de que os sistemas adesivos auto-condicionantes não conduza ao
estabelecimento de uma densa camada de hibridação. A reação ácido-base
entre os monómeros ácidos dos adesivos com as aminas utilizados no sistema
iniciador do cimento leva a um menor grau de polimerização. Isso permite
ocorrer a hidrólise do cimento resinoso, posteriormente, redução de sua união
a dentina
39-41
.
Diversos procedimentos de pré-tratamento haviam sido descritos para
aumentar a resistência de união dos pinos ao cimentos resinosos, tais como a
silanização, ácido fluorídrico, jateamento e revestimento de sílica. Alguns
estudos relataram que a aplicação do agente silano não tem um efeito
significativo sobre a resistência de união dos pinos não-metálicos aos cimentos
resinosos
27,42,43
. No entanto, outros estudos relataram um aumento significativo
nos valores de união
44,45
. No presente estudo, a silanização teve baixa
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!??#
influência sobre o modo de falha, justificado pelo número reduzido de falhas
adesivas entre pino e cimento resinoso.
Recentemente, pinos de resina reforçado com fibras originadas de um
material com fibras de vidro impregnadas com uma interpenetração de silano
na matriz de resina polimérica de polimetilmetacrilato (Everstick
!
post) foram
introduzidos no mercado. A capacidade de união dos pino Everstick
!
pode
melhorar a resistência de união ao cimento resinoso
46
. A forma do pino não-
metálico também é um importante fator de retenção no canal radicular. Pinos
paralelos tem mostrado melhor retenção do que os pinos cônicos
47
.
No presente estudo, os pinos não tiveram diferença estatística na
resistência de união quando utilizado os mesmos cimentos resinosos, com
exceção do Bistite
!
II DC.
Conclusão
Dentro das limatações deste estudo podemos concluir que:
1. O cimento auto-adesivo teve valores similares de resistência de
união ao cimento resinoso com sistem auto-condicionante de 1
frasco;
2. A região cervical mostrou maiores valores de resistência de união do
que a região médio e apical;
3. Nenhuma falha coesiva de dentina foi encontrado. A falha mais
freqüente foi adesiva entre cimento resinoso e dentina;
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!?@#
4. Nenhuma diferença foi encontrado para os pinos estudados quando
cimentados com os mesmos cimentos.
Agradecimentos
Os autores agradecem as empresas Angelus, Pentron Clinical Technologies,
Kerr e Kuraray pela doação dos materiais. Essa pesquisa teve o apoio
financeiro da CAPES –Brasil.
__________________________________________________________________________ Capítulo 3
!@%#
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Tabelas
Tabela I. Pinos não-metálicos usados no presente estudo
Pino
Fabricante
Tipo e
forma do
pino
Composição do
pino
Número do
lote
Exacto
!
Angelus,
Londrina, Brazil
Opaco
Diâmetro
cervical,
1.8 mm
Médio, 1.8
mm
e apical,
1.1 mm
Fibra de vidro: 87%
volume
Resina epóxica:
13% volume
Filamento interno:
metálico
2070814–
P3–036
Everstick
!
StickTeck Ltd.,
Turku, Finland
Pino de
resina
reforçado
com fibra
diâmetro,
1.5 mm
Polimetacrilato com
polímeros
interpenetrados,
Mw 220.000 e Bis-
GMA
8217
!
Tabela II. Cimentos resinosos utilizados com respectivos composições e procedimentos de acordo com o
fabricante.
Nome do produto
(Fabricante)
Composição
Pré-tratamento de
dentina
Manipulação do
cimento resinoso
Lote n
o
pH
Breeze
!
(Pentron
Clinical
Technologies,
Wallingford, EUA)
BISGMA, UDMA, TEGDMA,
HEMA, & 4-MET, silano
tratado, vidro de silicato de
bário*, silica com
iniciadores, estabilizadores
and absorção UV,
pigmentos orgânicos e
inorgânicos, opacificadores
a
Sem pré-tratamento
Dispensar o
cimento, fotoativar
por 1 s de cada
lado e remover o
excesso.
161489
-
!
C037E8
NX3 Nexus
!
3
(Kerr, Orange,
CA, EUA)
Optibond All-In-One:
acetona, álcool etílico,
monômeros, filamento
mineral inerte,
fotoiniciadores,
aceleradores,
estabilizadores and água
a
OptiBond All-In-One:
Aplicar 2 vezes com
microbrush durante
20 s, secar
gentilmente
Aplicar o cimento
no pino ou no
interior do preparo
radicular, fotoativar
por 20 s de cada
lado e remover o
excesso do
cemento
277787
8
pH = 2.5
a
(Primer)
Primer A: HEMA, 10-MDP,
5-NMSA, água,
aceleradores
a
00243B
Primer B: 5-NMSA, água,
benzeno de sódio
a
00121B
Panavia
!
F 2.0
(Kuraray, Osaka,
Japan)
Pasta A: 10-MDP, 5-NMSA,
silica, monômero
Misturar uma gosta
de cada ED Primer
liquido A and B
durante 5 s, aplicar
durante 30 s, secar
gentilmente
Misturar a Pasta A
e B por 20 s,
fotoativar por 20 s,
remover os
excessos de
cimento, aplicar o
oxyguard por 3
00265B
pH = 3.0
a
(Primer)
!
dimetacrilato, fotoiniciador,
acelerador
a
00265B
Pasta B: vidro de bário,
monômero dimetacrilato,
BPO
a
00043B
Oxiguard II: glicerol,
polietileneglicol, iniciadores,
aceleradores, outros
a
min
00564B
Primer 1A: acetona, ster do
ácido fosfórico metacrilato,
isopropanol
a
12281
Primer 1B: água,
isopropanol, iniciador
a
214B
Bistite
!
DC II
(Tokuyama
Dental, Tokyo,
JAPAN)
Primer 2: acetona, HEMA,
iniciador
a
Misturar um gota de
Primer 1A e 1B,
aplicar durante 30 s e
secar gentilmente, ,
aplicar o Primer 2
durante 20 s, secar
gentilmente
Misturar a paste A
e B por 20 s,
fotoativar por 20 s
de cada lado e
remover o excesso
de cimento
3172
pH = 1.8
a
(Primer)
!
Paste A and B: silica,
zirconia, MAC 10,
dimethacrylate, initiator
a
EB8531
6
*contém pequenas quantidades de óxido de alumínio
HEMA = 2-hidroxietil metacrilato; MDP = 10-metacriloiloxidecil dihidrogênio fosfato; MAC-10 = ácido dicarboxilico
metacriloxiundecano; 5-NMSA = n-metacriloil-5 ácido-aminosalicílico.
a
composição e ph fornecido pelo fabricante.
_________________________________________________________________________ Capítulo 3
!!"#$
$
Figuras
Figura 1. Discos após o degaste mésio-distal. P = pino, RC= cimento resinoso
e D = dentina do conduto radicular.
Figure 2. Resitência de união (Mpa) observado na região cervical, médio e
apical dos grupos avaliados.
_________________________________________________________________________ Capítulo 3
!!"%$
$
Figura 3. Média da resistência de união (Mpa) (média aritmética obtido pelas
regiões de cada grupo estudado. Letras iguais mostram que não houve
diferença estatística ao nível de 5% (Kurkall-Wallis Test).
_________________________________________________________________________ Capítulo 3
!!"&$
$
_________________________________________________________________________ Capítulo 3
!!"'$
$
Figura 4. Classificação dos modos de falhas de acordo com os grupos
estudados: região cervical (A), médio (B) e apical (C). O modo de falha das três
regiões (conjunto) é mostrado em D.
A
B
_________________________________________________________________________ Capítulo 3
!!"($
$
Figura 5. Micrografias mostrando a posição do pino no interior do conduto
radicular: (A) Pino Exacto
!
e (B) pino Everstick
!
. (C) O pino Exacto
!
mostra um
filamento metálico no interior, o qual pode ser evidenciado pelo Robinson
(Detector para MEV) e (D) o pino Everstick
!
não tem o filamento.
D
C
A
A
B
_________________________________________________________________________ Capítulo 3
!!")$
$
C
D
A
B
_________________________________________________________________________ Capítulo 3
!!"*$
$
Figure 6. Micrografias representativas da interface dentina-cimento-pino. (A-B)
cimento resinoso Breeze
!
com pinos Exacto
!
e Everstick
!
, respectivamente;
(C-D) cimento resinoso Nexus
!
3; (E-F) cimento resinoso Panavia
!
F 2.0; (G-H)
Cimento resinoso Bistite
!
II DC. Para as micrografias (A-H) mostraram boa
adaptação na interface do cimento e pino sem defeito ou descontinuidade na
interface. (F-H) A interface do cimento resinoso e dentina mostrou defeito, mas
E
F
G
H
_________________________________________________________________________ Capítulo 3
!!"+$
$
sem diferença morfológica aparente. Todos as micrografias foram realizadas
com magnificação de !350.
$
Artigo a ser submetido para publicação no periódico
Journal of Prosthetic Dentistry.
$
Resistência a fratura de dentes tratados endodonticamente após o uso
de peróxido de hidrogênio a 35% restaurados com diferentes
procedimentos
Matheus Coelho Bandéca, BDS
a,b
, Omar El-Mowafy, BDS, PhD, FADM
b
,
João Paulo Martins de Lima, BDS, MSc
a
, Luis Rafael Calixto, BDS, MSc
a
,
Alessandra Nara de Souza Rastelli, BDS, MSc, PhD
a,c
, Sizenando de Toledo
Porto-Neto, BDS, MSc, PhD
a
a
Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia de Araraquara,
Departamento de Dentística Restauradora, SP, Brasil.
b
Departamento de Ciências Clínicas, Faculdade de Odontologia,
Universidade de Toronto, Toronto, ON, Canada.
c
Universidade de São Paulo, Instituto de Física de São Carlos, São Carlos,
SP, Brasil.
Correspondência:
Matheus Coelho Bandéca
Universidade Estadual Paulista – UNESP
Faculdade de Odontologia de Araraquara Departamento de Dentística
Restauradora
Humaitá, 1680, 14801-903, Araraquara, SP, Brasil
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!!#$
$
Resumo
Motivo da pesquisa: A influência da resistência à fratura em clareamento
intracoronário de dentes tratados endodonticamente não foi claramente
estabelecida. Objetivos: Avaliar a resistência à fratura e padrão de falhas de
dentes tratados endodonticamente após o clareamento intracoronário com
peróxido de hidrogénio a 35% com diferentes procedimentos restauradores.
Materiais and métodos: Oitenta incisivos inferiores (n = 8) foram utilizados e
metade foram clareados (G1 a G5). Os dentes foram restaurados com resina
composta (G1 e G6), pinos de resina reforçado por fibras com cimento
resinoso com sistema auto-condicionante e cimento resinoso auto-adesivo,
respectivamente (G2, G3, G7 e G8) e pinos de fibra de vidro,
respectivamente (G4, G5, G9 e G10). Após 7 dias de armazenamento em
saliva artificial, os espécimes foram submetidos ao teste de resistência à
fratura (N) com velocidade constante de 0,5 mm/min e modo de fratura foi
identificada em reparável ou irreparável. Resultados: O G8 apresentou a
maior média de fratura (298,0 N) e o G10 teve a menor média de fratura
(256,2 N) sem diferenças significativas entre os grupos (p <0,05). O modo de
fratura mais comumente encontrado foi reparável (76,2%). Conclusões: Os
resultados sugerem que o clareamento intracoronário não enfraqueceu os
dentes e ao modo de fratura foi predominantemente reparável.
Palavras-chave: Resistência a fratura; clareamento intracoronário; peróxido
de hidrogênio.
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!!%$
$
Introdução
A descoloração de dentes não-vitais devido ao tratamento endodôntico
pode ocorrer devido a presença de componentes de sangue no interior dos
tubulos,
1
acesso cavitário inapropriado,
2
material obturador remanescente no
interior da câmara pulpar devido a limpeza incorreta
3
e inadequado uso de
medicamentos endodônticos.
4
Então, o clareamento dental é frequentemente
usado como material de escolha para melhorar esses problemas estéticos.
5
A maioria dos clareamentos dentais são utilizados o peróxido de
hidrogênio em concentrações que variam entre 30 a 35% com componentes
fotosensivéis que iniciam e catalizam a reação quando são expostos a luz.
7
O mecânismo de reação dos agentes clareadores é baseado na
reação de oxi-redução promovido pela liberação de radicais livres ocorrendo
a quebra das moléculas orgânicas em dióxido de carbono e água através do
oxigênio nascente.
8
O uso dos agentes clareados, em especial o peróxido de hidrogênio,
tem sido associado com complicações como reabsorção cervical radicular,
9-11
aumenta da permeabilidade dentinária,
12
mudanças nas propriedades
estruturais do dente ocorrida pela desmineralização
13-16
e diminuição de
quantidade mineral.
14,17
Entretanto, alguns estudos reportam que não
ocorreu nenhuma alteração nas propriedades mecânicas e na mofologia da
estrutura dentária após o clareamento.
5,18-20
Em adicional, os dentes tratados endodonticamente tem maior risco de
falhas biomecânicas causada pela perda de águas e estruturas de
colágenos,
21
diminuição da estrutura dentária pela cáries, restaurações pré-
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!!&$
$
existentes,
22
acesso coronário para tratamento endodôntico, sugerindo
necessitar de material adicional para restauração.
24,25
Essas mudanças influenciam a terapia do canal radicular e a seleção
do procedimento restaurador.
Muitas técnicas tem sido avaliados para restaurações de dentes com
tratamento endodôntico. Os pinos pré-fabricados são tradicionalmente
usados de metal e podem ser visíveis na porção cervical dos dentes,
particularmente em região anterior
26
e apresentam diferentes grau de
rigidez
27,28
. Os pinos não-metálicos são feitos a partir de uma matriz resinosa
reforçado com carbono, vidro, fibras de quartzo
29
ou materiais cerâmicos.
30
Esses materiais são estéticamente mais favoráveis em região anterior
quando restaurados com coroas livre de metal pela capacidade de transmitir
luz, com excessão do pino de carbono. Em adicional, esses pinos
apresentam modulo de elasticidade semelhante da estrutura dental
29
que
permiti uma redução no risco de ocorrer fraturas do dente
30
e a formação de
uma estrutura monobloco criado pela dentina, cimento resinoso e pino, o qual
favorece a longevidade da restauração quando comparados aos pinos
metálicos
26
.
A proposta des estudo foi avaliar in vitro a resistência a fratura e
padrões de falhas dos dentes tratados endodonticamente após clareamento
intracoronário com peróxido de hidrogênio a 35% restaurados com diferentes
procedimentos.
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!!'$
$
Materiais e Métodos
Incisivos inferiores foram coletados e armazenados em solução de
timol a 0,1% na temperatura de 4
o
C (±1
o
C). Os dentes foram limpos e
examinados no estériomicroscopio com magnificação de x25 para excluir
dentes com cáries, restaurações e linhas de fratura ou fissuras. Radiografias
foram realizadas para verificar ausência de reabsorção radicular ou obstrução
do conduto. As dimensões mésio-distal e buco-lingual foram realizadas para
padronização dos espécimes através de um paquímetro digital (Deigimatic
Caliper, Mitutoyo, Kawasaki, Japan) (tabela 1). Após a seleção e
padronização, foram utilizados oitenta dentes (n=8) neste estudo.
Após o acesso coronario, o conduto radicular foi preparado 1 mm
áquem do ápice com auxílio de instrumentos rotatórios de niquel-titânio (Mity,
Loser, Leverkusen, Alemanha) de acordo com a técnica crown-down. O
batente apical foi instrumento com a lima 40.06. A irrigação foi realizado com
hipoclorito de sódio a 2,5% e irrigação final com 10ml de água destilada.
Após, o conduto foi seco com paper absorvente (Dentsply-Herpo, Petropolis,
RJ, Brasil) e obturados com cimento resinoso (AH Plus, Dentsply DeTrey,
Konstanz).
A barreira cervical foi realizado 3 mm abaixo da junçao cemento
esmalte com o cimento de ionômero de vidro e os dentes foram armazenados
na temperatura de 37
o
C (±1
o
C) durante 72 horas.
Três retenções foram realizados na superfície externa das raízes para
melhorar a retenção da resina acrílica auto-polimerizável posteriormente
inserida com auxílio de uma matriz metálica (15 mm de diâmetro x 15 mm de
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!!($
$
largura). A junção cemento esmalte foi posicionado 2 mm acima do nível da
resina acrílica determinando o espaço biológico.
Após completa cura da resina acrílica, os espécimes foram
aleatóriamente distribuidas de acordo com os grupos mostrado na tabela 2.
O gel clareador utilizado foi o peróxido de hidrogênio a 35%
(Whiteness HP, FGM Ltda, Joinville, SC, Brasil) ativados com o sistema LED
(DEMI, Demetron Kerr, Orange, CA). O gel foi aplicado na superfície bucal e
no interior da câmara pulpar e aplicação de 45 s de luz nas duas superficies e
posteriormente esperou mais 10 minutos para atuação do gel clareador. Esse
procedimento foi repetido 3 vezes em cada sessão com intervalo de 5
minutos. Os dentes foram armazenados em saliva artificial durante 7 dias no
intervalo de cada sessão, totalizando 21 dias (3 sessões). O dentes não
clareados foram armazenados durante os 21 dias.
Após o clareamento dental, os condutos radiculares foram preparados
com as fresas correspondentes dos pinos Exacto
!
e Everstick
!
no
comprimento de 8 mm, apenas realizados nos grupos restaurados com os
pinos reportado na tabela 3.
Os cimentos resinosos foram manipulados de acordo com as intruções
dos fabricantes reportado na tabela 4. Os pinos também foram manuseados
de acordo com as intruções do fabricante. A fotoativação dos materiais foi
realizado com o Optilux 501 (Demetron Kerr, Orange, CA). Antes de cada
procedimento, a densidade de potência foi verificado com um radiomêtro
digital. A densidade de potência foi de 500 ± 10 mW/cm
2
.
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!!)$
$
Cada espécime foi fixado no dispositivo, o qual foi posicionado a 130
o
em relação ao plano horizontal. Os espécimes foram submetidos ao teste de
ensaios universal (Instron 4301; Instron Corp, Canton, MA, EUA), e foi
aplicado uma velocidade de 0,5mm/min. Os espécimes foram submetidos a
fratura e posteriormente registrado a força em Newton. O modo de fratura de
cada espécime foi analisado e classificado como reparável quando a fratura
estava até 2 mm abaixo da junção cemento esmalte, ou catastrófica
(irreparável) quando a fratura estava 2 mm ou mais abaixo da junção
cemento esmalte.
A analise estatistica foi realizado com o programa Prism (atualização
5.0, GraphPad, San Diego, CA). A análise utilizada foi ANOVA (um critério e
dois critérios) com complemento do Teste de Tukey-Kramer. Todos os testes
foram realizados com nível de significância de 5%.
Resultados
A força requerida para fratura dos dentes de cada grupo estão
reportados na Figura 1. O G8 mostrou maior valor de resistência a fratura
(298,0 N) e o G10 mostrou o menor valor (256,0 N), entretanto não mostrou
diferença significante entre os grupos (p<0,05).
O modo de fratura mais encontrado foi reparável para todos os grupos
(76.2%). A maioria dos grupos restaurados com pinos mostraram menor
suceptibilidade a fratura irreparável, sem diferença significante entre os
grupos restaurados apenas com resina composta. Os modos de fratura estão
evidenciados na tabela 5.
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!!*$
$
Discussão
O clareamento intracoronário é um método simples e conservativo
para ser usados em dentes não vitais.
33
Alguns estudos tem sido reportado o
efeito do peróxido de hidrogênio nas propriedades físicas e químicas dos
dentes clareados. Entretanto, as pesquisas ainda são controvérsias nessa
área.
5,13-21
Um estudo
34
recente avaliou a resistência a fratura de dentes
tratados endodonticamente submetidos ao clareamento dental e concluiu que
apos 2 sessões o dentes clareados tiveram uma diminuição nos valores de
resistência a fratura com utilização do peróxido de hidrogênio a 38% ativados
pelo sistema LED-Laser. No presente estudo, após três sessões de
clareamento intracoronário com peróxido de hidrogênio a 35% não foi capaz
de diminuir a resistência a fratura.
O peróxido de hidrogênio é um forte agente oxidante altamente ácido
35
que decompõe-se em radicais hidroxila ou água e moléculas de oxigênio. Os
radicais livres provenientes do pH alcalino da solução são instáveis,
resultando em hidroperoxil (HO
2
) e hidroxil (HO), o qual irão reagir com a
maioria das moléculas para estabilizar-se, resultando no processo de oxi-
redução
36
responsável pelo processo inicial do clareamento dental. O
processo do clareamento dental promove uma redução do conteúdo mineral
ocorrido pela desmineralização. O efeito da desmineralização poderia resultar
na possibilidade de alterações da estrutura de esmalte causada pelo
descontrole da reação dos radicais de peróxido.
37
Entretanto, a saliva é um
importante fator para esse fator ser revertido pelo processo de des-
remineralização.
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!!+$
$
Um recente estudo de revisão
38
investigou o impacto do clareamento
dental sobre a superfície do esmalte através de testes de microdureza. A
maioria (71%) das aplicações do clareamento dental avaliados pós-
tratamento da superfície do esmalte mostrou que os valores de dureza não
diminuíram. Todos os estudos com saliva humana e 59% utilizando saliva
articial na fase pós-tratamento não mostrou alterações de dureza comparada
aos valores do grupo controle, então indica que a superfície do esmalte
sofreu remineralização.
39
O uso da saliva é um importante fator para o
estimulo de remineralização da superfície do esmalte sob condições clinicas
da cavidade oral.
38
A ausência da diminuição da resistência a fratura pode ser explicado
através do processo de modulação desmineralização e remineralização. A
saliva funciona como um importante papel na manutenção da integridade
físico-química do esmalte dentário pelo processo des-remineralização.
40
Os
principais fatores responsáveis pela estabilidade da hidroxiapatita do esmalte
são pela ativação das concentrações de cálcio livres, fosfato, e flúor nas
soluções da saliva.
40
Além disso, estudos controversos de alterações da estrutura dentária
apos o clareamento dental podem ser justificados pela grande diversidades
de setups experimentais, tornando-se dícifil as comparações de resultados.
18
A hipótese baseada nos estudos controversos sobre as mudanças de
morfologia do esmalte e/ou superfície da dentina, este estudo optou restaurar
os dentes com diferentes procedimentos restauradores.
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!#"$
$
Através do presente estudo, o uso de pinos não-metálicos cimentados
com diferentes cimentos resinosos não teve diferença estatisticamente
significante nos valores de resistência a fratura. A ausência do aumento da
resistência a fratura pode ser explicado pelo posicionamento da haste
metálica que posicionou-se em contato com o esmalte coronário, o qual a
máquina de ensaios universal captura a força a medida que ocorre a
compressão e quando ocorre um rompimento abrupto da força, os valores em
Nenwton são capturados.
A maioria dos modos de fraturas foram reparáveis para todos os
grupos, inclusive quando utilizados pinos metálicos (81,3%). Esse resultados
demonstram que ocorreu uma formação de monobloco criado pela dentina,
cimento resinoso e pino não-metálico.
26
Entretanto, os grupos restaurados
somente com resina composta apresentaram 75% de fraturas reparáveis.
Esses resultados mostram que a adesão da resina composta não prejudicou
os valores de resistência a fratura, por outro lado estudos demonstram que a
adesão pode ser comprometido após o clareamento dental.
41,42
Recentemente, um estudo sobre a influência do tempo após o clareamento
dental na resistência de união da resina composta ao esmalte e dentina
concluíram que é recomendável esperar 7 dias após o clareamento dental
para o dente ser restaurado quando está em esmalte e 14 dias para
restaurações em dentina.
43
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!#!$
$
Os resultados do presente estudo sugerem que o clareamento dental
com peróxido de hidrogênio a 35% não enfraqueceram a estrutura dentário, e
restaurações com resina associados ou não com pinos não-metálicos não
mostraram diferença significante nos valores de resistência afratura.
Conclusão
Dentro das limitações deste estudo, podemos concluir que:
(1) O clareamento dental não influênciou nos valores de resistência a
fratura; (2) o uso dos pinos não-metálicos não aumentaram a
resistência a fratura; (3) o modo de fratura mais comumente
encontrado foi reparável.
Agradecimentos
Os autores agradecem a FGM, StickTeck, Angelus, Pentron Clinical
Technologies, Kerr e Kuraray pela doação dos materiais para realização
dessa pesquisa. Essa pesquisa teve o suporte financeiro da CAPES –Brasil.
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!##$
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_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!#)$
$
Ilustrações
Figure 1. Valores de resistência a fratura em Newton dos grupos estudados.
Valores médios e desvio-padrão (± dv) estão indicados na legenda.
Tabelas
Tabela 1. Dimensões do dentes selecionados para o estudo.
Comprimento
do dente
Comprimento
da coroa
Mesio-distal
Buco-lingual
Dimensões
dos dentes
(mm)
18.0 ± 0.6
7.5 ± 0.6
4.5 ± 0.6
5.5 ± 0.5
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!#*$
$
Tabela 2. Grupos investigados
Grupo
Pino
Cimento
Agente clareador
1
Everstick
!
(Sticktech)
Panavia
!
F 2.0
(Kuraray)
Ausente
2
Everstick
!
Breeze
!
(Pentral
Clinical)
Ausente
3
Exacto
!
(Angelus)
Panavia
!
F 2.0
Ausente
4
Exacto
!
Breeze
!
Ausente
5
Ausente
Ausente
Ausente
6
Everstick
!
Panavia
!
F 2.0
Peróxido de hidrogênio a 35%
7
Everstick
!
Breeze
!
Peróxido de hidrogênio a 35%
8
Exacto
!
Panavia
!
F 2.0
Peróxido de hidrogênio a 35%
9
Exacto
!
Breeze
!
Peróxido de hidrogênio a 35%
10
Ausente
Ausente
Peróxido de hidrogênio a 35%
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!#+$
$
Tabela 3. Pinos não-metálicos usados no estudo
Pino
Fabricante
Tipo e
forma do
pino
Composição do
pino
Número do
lote
Exacto
!
Angelus,
Londrina, Brazil
Opaco
Diâmetro
cervical,
1.8 mm
Médio, 1.8
mm
e apical,
1.1 mm
Fibra de vidro: 87%
volume
Resina epóxica:
13% volume
Filamento interno:
metálico
2070814–
P3–036
Everstick
!
StickTeck Ltd.,
Turku, Finland
Pino de
resina
reforçado
com fibra
diâmetro,
1.5 mm
Polimetacrilato com
polímeros
interpenetrados,
Mw 220.000 e Bis-
GMA
8217
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!%"$
$
Table 4. Luting material and adhesive application protocols
Produto
comercial
(fabricante)
Composição
Pré-
tratamento
da dentina
Manipulação
do cimento
Lote n
o
Breeze
!
(Pentron
Clinical
Technologies,
Wallingford,
EUA)
BISGMA, UDMA,
TEGDMA, HEMA, & 4-
MET, silano tratado, vidro
de silicato de bário*, silica
com iniciadores,
estabilizadores and
absorção UV, pigmentos
orgânicos e inorgânicos,
opacificadores
a
Sem pré-
tratamento
Dispensar o
cimento,
fotoativar
por 1 s de
cada lado e
remover o
excesso.
161489
Primer A: HEMA, 10-
MDP, 5-NMSA, água,
aceleradores
a
00243B
Primer B: 5-NMSA, água,
benzeno de sódio
a
00121B
Paste A: 10-MDP, 5-
NMSA, silica, monômero
dimetacrilato,
fotoiniciador, acelerador
a
00265B
Panavia
!
F
2.0 (Kuraray,
Osaka,
Japan)
Pasta B: vidro de bário,
monômero dimetacrilato,
Misturar uma
gosta de
cada ED
Primer
liquido A and
B durante 5
s, aplicar
durante 30 s,
secar
gentilmente
Misturar a
Pasta A e B
por 20 s,
fotoativar
por 20 s,
remover os
excessos de
cimento,
aplicar o
oxyguard
por 3 min
00043B
_______________________________________________________________________ Capítulo 4
!!%!$
$
BPO
a
Oxiguard II: glicerol,
polietileneglicol,
iniciadores, aceleradores,
outros
a
00564B
!
Tabela 5. Mode de fratura dos espécimes
Frequência de cada grupo (%)
Modo de
Fratura
Número
(%)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Reparável
76.2
6
(75%)
7
(87.5)
6
(75%)
5
(62.5)
6
(75%)
7
(87.5)
6
(75%)
7
(87.5)
6
(75%)
5
(62.5)
Catastrófica
23.7
2
(25%)
1
(12.5)
2
(25%)
3
(37.5)
2
(25%)
1
(12.5)
2
(25%)
1
(12.5)
2
(25%)
3
(37.5)
!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
!
O uso de pinos não-metálicos em restaurações de dentes tratados
endodonticamente estão associados ao aumento da taxa de sobrevivência
desses dentes restaurados, conforme discutido na revisão sistemática (capítulo
1). Participaram da revisão, 157 estudos e foram submetidos aos critérios de
inclusão-exclusão. Somente 5 estudos foram incluídos, totalizando 456 dentes
restaurados com coroas indiretas e 182 com resina composta. Os pinos usados
nestes estudos foram 52,5% pinos de quartzo, 13,2% pinos de fibras de vidro,
13,2% pinos de resina reforçado por fibra e 21,1% pinos de fibras de
polietileno.
O percentual de falhas ocorridas foram: 5% nos pinos de fibra de
quartzo; 8% nos pinos de fibra de vidro; 5,3% nos pinos de resina reforçado
por fibra; e 5,8% nos pinos de fibra de polietileno. Os dentes tiveram 96% de
sobrevivência após 2 anos e 94% em 8 anos.
A cimentação dos pinos não-metálicos são realizados com os agentes
de cimentação, tais como cimentos resinosos, amplamente utilizados na
odontologia adesiva.
Além da busca por melhores resultados no que se refere à composição
dos pinos, outro aspecto diretamente relacionado com o sucesso das
restaurações cimentadas com pinos, é a maneira pelo qual a polimerização
destes cimentos resinosos são realizados. Uma das formas de se verificar a
qualidade de polimerização de um material resinoso é a avaliação do grau de
conversão. A química de polimerização se através da estimulação de um
fotoiniciador presente nos cimentos resinosos. Durante a polimerização, os
______________________________________________________________ Considerações Finais
!"#$!
!
monômeros reagem de forma que as ligações duplas de carbono (C=C)
convertam-se em ligações simples (C-C). O resultado dessa reação é
denominado grau de conversão. O grau de conversão pode variar conforme o
sistema de iniciação utilizado, o tempo de irradiação, a distancia entre a ponta
irradiadora e a superfície do cimento, forma e distribuição de carga.
No capítulo 2, foram avaliados dois cimentos resinosos atuais, sendo um
cimento resinoso com sistema adesivo auto-condicionante (Panavia
!
F 2.0) e
um cimento resinoso auto-adesivo (RelyX
TM
Unicem), no qual não há pré-
tratamento da superfície da dentina. Dentro das limitações do presente estudo,
podemos concluir que os cimentos resinosos tem diferentes características de
polimerização, dependendo da composição e tempo de armazenamento
estudados. Para os dois cimentos utilizados, conforme o aumento do tempo de
armazenamento após fotoativação, maior a polimerização, tendo diferença
estatisticamente significante entre 24 e 48 horas. Os maiores valores de
polimerização foi encontrado para o cimento auto-adesivo. O conteúdo
inorgânico encontrado foi de 73% para o Panavia
!
F2.0 e 70% para o RelyX
TM
Unicem.
Entretanto, somente os cimentos resinosos duais foram utilizados no
estudo, não podendo ser extendido para os demais cimentos.
Outra propriedade, no caso mecânica, importante na avaliação de
dentes tratados endodonticamente cimentados com pinos dentários é a
adesividade entre os materiais restauradores (pinos, agentes de cimentação e
______________________________________________________________ Considerações Finais
!"#%!
!
dentina). Para tal, através do teste de microtração, foram avaliados dois pinos
não-metálicos cimentados com diferentes cimentos resinosos.
Neste estudo (capítulo 3) concluímos que o cimento resinoso auto-
adesivo teve valores similares de adesão ao cimento resinoso com sistema
auto-condicionante (Nexus
!
3). A força de adesão no conduto radicular foi
analisado separadamente por terços, sendo que o terço cervical teve maior
valor de adesão do que o terço médio e apical. Em relação aos tipos de falhas,
nenhuma falha coesiva foi encontrado nos grupos avaliados e o mais
encontrado foi a falha adesiva entre o pino e o cimento resinoso.
No capítulo 4, discutimos o clareamente dental que é um procedimento
comumente utilizado pelos cirurgiões-dentistas e está sendo discutido
amplamente pela comunidade cientifica. Entra elas, alguns estudos foram
feitos sobre enfraquecimento dos dentes após a clareamento dental.
Entretanto, a literatura é controversa. Em nosso estudo, os dentes após o
clareamento dental não enfraqueceram, o qual foram avaliados pelo teste de
resistência a fratura. Além disso, os dentes foram submetidos a diferentes
procedimentos restaurados e não tiveram nenhuma diferença estatisticamente
significante na resistência.
!
REFERÊNCIAS
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ANEXOS
__________________________________________________________________________________ Anexos
!
!
De: Igor V. Yevseyev <[email protected]>
Assunto: RE: FW: reviews
Para: "Alessandra Rastelli" <[email protected]>
Data: Terça-feira, 2 de Dezembro de 2008, 5:18
Dear Prof. Rastelli,
I am pleased to inform you that your rewritten article
entitled "Changes on degree of conversion of dual-cure
luting light-cured with blue LED" will be published in
the issue 5 of Laser Physics, 2009. You will receive
your proof in March.
Best regards,
Igor V. Yevseyev
Deputy Editor-in-Chief
Laser Physics
www.lasphys.com
!
Autorizo a reprodução deste trabalho.
(Direitos de publicação reservado ao autor)
Araraquara, 18 de fevereiro de 2009.
MATHEUS COELHO BANDÉCA
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