Download PDF
ads:
1
EFEITOS DE FONTES E DOSES DE
NITROGÊNIO EM SOQUEIRA DE
CANA-DE-AÇÚCAR, CULTIVAR SP79-1011
DANIELE DO NASCIMENTO MARCELO
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
DANIELE DO NASCIMENTO MARCELO
EFEITOS DE FONTES E DOSES DE NITROGÊNIO EM SOQUEIRA DE
CANA-DE-AÇÚCAR, CULTIVAR SP79-1011
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de Lavras como parte das exigências do
Programa de Pós-Graduação em Agronomia, área
de concentração em Fitotecnia, para a obtenção
do título de "Mestre".
Orientador
Prof. Dr. Luiz Antônio de Bastos Andrade
LAVRAS
MINAS GERAIS - BRASIL
2008
ads:
Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
Marcelo, Daniele do Nascimento.
Efeitos de fontes e doses de nitrogênio em soqueira de cana-de-
açúcar, cultivar SP79-1011 / Daniele do Nascimento Marcelo. – Lavras :
UFLA, 2008.
44 p. : il.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Lavras, 2008.
Orientador: Luiz Antônio de Bastos Andrade.
Bibliografia.
1.Adubação nitrogenada. 2. Uréia. 3. Nitrato de amônio. 4.
Saccharum spp. I. Universidade Federal de Lavras. II. Título.
CDD – 633.61894
DANIELE DO NASCIMENTO MARCELO
EFEITOS DE FONTES E DOSES DE NITROGÊNIO EM SOQUEIRA DE
CANA-DE-AÇÚCAR, CULTIVAR SP79-1011
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de Lavras como parte das exigências do
Programa de Pós-graduação em Agronomia,
área de concentração em Fitotecnia, para a
obtenção do título de "Mestre".
APROVADA em 18 de dezembro de 2008
Prof. Dr. Gabriel José de Carvalho UFLA
Pesq. Dr. Moizés de Souza Reis EPAMIG
Prof. Dr. Luiz Antônio de Bastos Andrade
(Orientador)
LAVRAS
MINAS GERAIS - BRASIL
2008
1
A DEUS por sempre me guiar neste caminho.
OFEREÇO
À minha mãe Maria das Graças,
À minha segunda mãe Ana Maria,
Ao meu segundo pai Jesus,
Aos meus irmãos Marcos e Paula.
DEDICO
1
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal de Lavras, pela oportunidade de realização do curso de
Mestrado.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES –
pela concessão da bolsa de estudos.
Ao professor Luiz Antônio de Bastos Andrade, pela orientação, amizade e
confiança.
Aos membros da Banca, Gabriel José de Carvalho – UFLA/ DAG e Moizés de
Souza Reis – EPAMIG.
Ao alambique JM, localizado no município de Perdões – MG, na pessoa de seu
proprietário Sr. João Mendes.
À Usina Luciânia, localizada no município de Lagoa da Prata – MG
representada pelo Engº. Agr°. Gustavo Melasipo Vilela Leite, pela realização
das análises laboratoriais da cana-de-açúcar.
Ao meu namorado Jairo Boaventura, por seu apoio incondicional.
Aos meus amigos Priscila Alves, Ana Camila Pessatte, Álvaro Carlos, Bruno De
Conti, Ana Luiza Costa pela amizade e carinho.
1
BIOGRAFIA
DANIELE DO NASCIMENTO MARCELO, filha de Ângelo Donizete
Marcelo e Maria das Graças do Nascimento Marcelo, nasceu em Santo André,
Estado de São Paulo, aos 5 de julho de 1983.
Diplomou-se como Engenheira Agrônoma em junho de 2006 pela
Universidade Federal de Lavras, UFLA, Minas Gerais.
Em agosto de 2006, iniciou o curso de Mestrado em Agronomia, Área
de concentração Fitotecnia, na Universidade Federal de Lavras – UFLA, Minas
Gerais.
Em 24/04/2008 passou a atuar como residente em engenharia
agronômica junto a Vale do Ivaí S/A, localizada em São Pedro do Ivaí, Paraná.
2
SUMÁRIO
gina
RESUMO.....................................................................................................
i
ABSTRACT.................................................................................................
ii
1 INTRODUÇÃO........................................................................................
1
2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................
3
2.1 Importância da cana-de-açúcar no Brasil................................................
3
2.2 Importância do nitrogênio para a cana-de-açúcar...................................
3
2.3 Adubação nitrogenada na cultura da cana-de-açúcar..............................
5
2.4 Fatores relacionados à baixa resposta da cana-de-açúcar à adubação
nitrogenada....................................................................................................
7
2.4.1 Mineralização da matéria orgânica e dos restos culturais....................
7
2.4.2 Variabilidade experimental..................................................................
9
2.4.3 Fixação biológica de nitrogênio...........................................................
10
2.4.4 Perdas de nitrogênio no solo................................................................
12
3 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................
16
3.1 Caracterização da área experimental.......................................................
16
3.2 Tratamentos, parcelas e delineamento experimental...............................
18
3.3 Instalação e condução do experimento....................................................
19
3.3.1 Variedade utilizada...............................................................................
19
3.4 Características avaliadas..........................................................................
20
3.4.1 Teores foliares de N.............................................................................
20
3.4.2 Número de colmos por metro...............................................................
20
3.4.3 Rendimento médio de colmos por hectare...........................................
20
3.4.4 Análises químico-tecnológicas da cana-de-açúcar...............................
21
3.4.5 Análises estatísticas..............................................................................
21
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................
22
3
4.1 Teores foliares de nitrogênio na cana-de-açúcar.....................................
22
4.2 Número de colmos por metro linear........................................................
24
4.3 Rendimento de colmos e rendimento de açúcar por hectare...................
25
4.4 Comprimento de colmo (m) e diâmetro de colmo (cm)..........................
27
4.5 Características químico-tecnológicas da cana-de-açúcar........................
31
5 CONCLUSÕES..........................................................................................
33
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................
34
7 ANEXOS...................................................................................................
43
4
RESUMO
MARCELO, Daniele do Nascimento. Efeitos de fontes e doses de nitrogênio
em soqueira de cana-de-açúcar, cultivar SP79-1011. 2008. 44 p. Dissertação
(Mestrado em Agronomia) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.
A cultura da cana-de-açúcar é atualmente uma das culturas de grande
importância no cenário mundial, principalmente devido à busca por alternativas
que minimizem os efeitos do aquecimento global. O etanol destaca-se como uma
ferramenta fundamental neste contexto. O nitrogênio é um dos nutrientes mais
exigidos pela cultura e o aumento de doses tem proporcionado incrementos
significativos nos rendimentos da soqueira. O objetivo deste trabalho foi
verificar os efeitos da aplicação de uréia ou nitrato de amônio, em cinco doses,
sobre a palhada remanescente do corte de um canavial, terceira soca, sem
queima prévia, nos teores foliares de nitrogênio, rendimento da soqueira e
características químico-tecnológicas da cana-de-açúcar. O experimento foi
instalado num Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico, em área localizada no
alambique João Mendes “JM”, no município de Perdões, estado de Minas
Gerais.
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com
três repetições, esquema fatorial 2 x 5, sendo duas fontes nitrogenadas (ureia
44% e nitrato de amônio – 32%) e cinco doses (0, 40, 80, 120 e 160
kg. ha-
1
). A
aplicação da ureia ou nitrato de amônio, nas doses estudadas não influenciou nos
teores foliares de nitrogênio, rendimento da soqueira e características químico-
tecnológicas da cana-de-açúcar.
__________
Orientador: Luiz Antônio de Bastos Andrade
i
5
ABSTRACT
MARCELO, Daniele do Nascimento. Effects of Sources and Doses of
Nitrogen in Sugarcane Ratoon, cultivar SP79-1011. 2008. 44 p. Dissertation
(Master Program in Agricultural Engineering) – Federal University of Lavras,
Lavras, MG.
Currently sugar cane is one of the main crops in the world scene, mainly
because of the search for alternatives to minimize the effects of global warming.
In this context the ethanol is a fundamental tool in eminence. The nitrogen is
one of the most required nutrients by the crop and the increase in its doses has
promoted significant increments in the sugar cane ratoon yields. This work was
carried out with the objective of finding out the effect of either urea or
ammonium nitrate in five doses on the remaining straws after the sugar cane
cut, third ratoon crop, without previous burning, on leaf nitrogen contents,
sugarcane ratoon yield or the sugar cane chemical-technological characteristics.
The experiment was installed in a Red-Yellow Latosol dystropc area at alembic
João Mendes "JM", located in the municipality of Perdões, Minas Gerais State.
A randomized-block design with three replications in a 2x5 factorial
arrangement with two nitrogen sources (urea – 44% and ammonium nitrate –
32%) and five doses (0, 40, 80, 120 and 160 kg.ha -
1
de N) was used. The
application of urea or ammonium nitrate in the studied doses had not influence
on the leaf nitrogen contents, sugarcane ratoon yield or the sugar cane chemical-
technological characteristics.
_______
Guidance: Luiz Antônio de Bastos Andrade - UFLA
ii
1
INTRODUÇÃO
No atual cenário mundial, há uma constante busca por alternativas que
minimizem os efeitos do aquecimento global. A cultura da cana-de-açúcar
(Saccharum spp.) apresenta-se como uma alternativa promissora, pois tem como
um de seus principais produtos o etanol, uma fonte de energia limpa e renovável.
O Brasil, maior produtor mundial, na safra 2007 produziu 501,54 milhões de
toneladas, ocupando uma área de 7,01 milhões de hectares (Companhia Nacional
de Abastecimento - Conab, 2008).
Tendo em vista a grande demanda mundial pelos biocombustíveis, faz-
se necessária a expansão da área cultivada em novas fronteiras agrícolas. Em
relação à fertilidade do solo, a maioria dos solos brasileiros é pobre e ácido e a
extração de nutrientes pela cultura da cana-de-açúcar é muito alta,
principalmente potássio, nitrogênio, magnésio, cálcio, enxofre e fósforo.
O nitrogênio é um elemento muito importante para as soqueiras de cana-
de-açúcar, essencial para o crescimento das plantas, sendo exigido em grandes
quantidades. A fonte nitrogenada largamente utilizada é a ureia, mas podem
ocorrer perdas devido ao processo de volatilização, principalmente em área de
colheita de cana crua, sem prévia queima da palhada, que permanece sobre a
superfície do solo em grande quantidade (Cantarella et al. 1999) dificultando
operações tradicionais de cultivo e a incorporação do adubo nitrogenado ao solo
(Vitti, 1998).
A substituição da ureia pelo nitrato de amônio pode-se constituir numa
boa opção, já que a volatilização é praticamente nula quando se usa esta fonte, o
que aumentaria a disponibilidade no solo e os teores foliares na planta.
Outra questão importante no rendimento das soqueiras, diz respeito às
doses de nitrogênio utilizadas. Alguns trabalhos mostram que o aumento das
2
doses aplicadas tem proporcionado incrementos significativos nos rendimentos
das soqueiras. Entretanto, o nitrogênio em excesso pode ser prejudicial à cultura
da cana-de-açúcar, atrasando a maturação (Rodrigues, 1995).
O objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos da aplicação de ureia ou
nitrato de amônio, em cinco doses, sobre a palhada remanescente do corte do
canavial sem queima prévia, nos teores foliares de nitrogênio, rendimento da
soqueira e características químico-tecnológicas da cana-de-açúcar.
3
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Importância da cana-de-açúcar no Brasil
O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo. A área
ocupada pela cultura, na safra 2007/08 foi de 7,08 milhões de hectares, com uma
produção de 501,54 milhões de toneladas, destinadas ao setor sucroalcooleiro.
Do total produzido, 45,97% (230,56 milhões de toneladas) destinou-se à
fabricação de açúcar e 54,03% (270,98 milhões de toneladas) para a produção de
álcool. (Conab, 2008).
O estado de Minas Gerais destaca-se na produção de cana-de-açúcar,
ocupando a terceira colocação no ranking nacional. Na safra 2007, a área
ocupada pela cultura foi de 391 mil hectares com uma produção de 29.034
milhões de toneladas (União da Indústria de Cana-de-açúcar Unica, 2008).
A cultura da cana-de-açúcar apresenta grande destaque na economia
brasileira, contribuindo para geração de divisas. Tal importância deve-se à sua
múltipla utilização, podendo ser empregada sob diferentes formas, tais como
forragem para alimentação animal ou como matéria-prima para a fabricação de
rapadura, melado, açúcar e álcool (Costa, 2001)
2.2 Importância do nitrogênio na cultura da cana-de-açúcar
O nitrogênio é o quarto elemento mais abundante na planta, depois do
carbono, hidrogênio e oxigênio. O nitrogênio é constituinte obrigatório de
proteínas e ácidos nucléicos, participando direta ou indiretamente de diversos
4
processos bioquímicos e enzimáticos, entre outros, faz parte da molécula de
clorofila (Malavolta, 1980; Carnaúba, 1990).
A cana-de-açúcar é uma planta da família Poaceae que apresenta grande
resposta na produção de fitomassa com o aumento do teor de nitrogênio na
planta (Bolton & Brown, 1980). Além desta característica, a cana-de-açúcar é
uma planta do ciclo C
4
, que em comparação às plantas C
3
, produzem duas vezes
mais material seco por unidade de nitrogênio presente na folha (Black et al.,
1978).
O nitrogênio ocorre em três formas principais no solo: N orgânico
integrante da matéria orgânica do solo e não disponível para as plantas; N
amoniacal fixado pelos materiais argilosos, que é lentamente disponível para as
plantas e íons de amônio e nitrato ou compostos solúveis, assimilados pelas
plantas (Bellow, 2002).
O nitrogênio absorvido aumenta a atividade meristemática da parte aérea
resultando em maior perfilhamento e índice de área foliar (IAF) da cana-de-
açúcar; além de aumentar a longevidade das folhas (Silveira, 1985).
Segundo Das (1936), o N aumenta o comprimento dos colmos da cana-
de-açúcar, o que provoca redução na espessura da parede celular, podendo levar
à redução na porcentagem de fibras na planta. Há relatos de que ocorre aumento
linear na quantidade de açúcar produzida por hectare com as doses de N, apesar
de resultar, também, em elevação no teor de umidade de colmos, levando à
redução no teor de sacarose (Clements et al., 1941; Korndorfer & Martins,
1992).
Tanto o excesso, quanto a deficiência de N tem influência na qualidade
tecnológica dos colmos. Na deficiência de N, decresce o teor de umidade da
planta, diminuindo a qualidade do caldo; aumenta o teor de fibra; diminui a
concentração de sacarose; ocorre acúmulo de sacarose nas folhas e alta relação
5
folha: colmo. Com excesso de N, ocorre seu acúmulo no colmo, piora a
qualidade do caldo e atrasa a maturação (Carnaúba, 1990).
A necessidade da cana-de-açúcar por nitrogênio, segundo Penatti &
Forti (1994), é em parte suprida pelo solo e pela fixação biológica, sendo
necessário, em muitas situações, o fornecimento do nutriente através de
fertilizantes químicos.
2.3 Adubação nitrogenada na cultura da cana-de-açúcar
A fertilização da cultura com nitrogênio constitui uma ferramenta
importante para o aumento da produtividade e longevidade das soqueiras de
cana-de-açúcar (Vitti, 2003).
Analisando-se dados de produtividade agrícola verifica-se que, no
Brasil, ocorre diminuição progressiva de cana-planta para as soqueiras, fato que
tem contribuído para uma renovação de canavial após 4º ou 5º corte,
demandando altos investimentos. Uma adubação bem feita com nitrogênio pode
constituir-se numa forma de diminuir estas diferenças de produtividades
observadas entre os ciclos da cultura (Sobral & Lira, 1984).
Orlando Filho et al. (1999) obtiveram, em quatro cortes do canavial, um
aumento médio da ordem de 20 e 35% para as doses de 60 e 120 Kg/ha,
respectivamente, em relação a testemunha sem aplicação de nitrogênio.
Yadav et al. (1990), estudando diferentes fontes de nitrogênio em cana-
planta e cana-soca cultivar Co1148, relataram que aplicando-se 50 Kg de N/ha,
houve um incremento no rendimento de cana, mas com redução na qualidade do
caldo. Espironelo et al. (1987) conduzindo quatro experimentos comparando a
aplicação de três fontes de nitrogênio e uma de potássio, em três socas de cana,
verificaram que para os cinco níveis de nitrogênio utilizados (0, 50, 100, 150 e
6
200 Kg/ha), das nove cultivares estudadas, cinco apresentaram respostas
positivas no rendimento de colmos e sacarose.
Azeredo (1997) estudou o efeito de quatro doses de nitrogênio (0, 60,
120 e 180 Kg/ha) em cana-de-açúcar, em dois solos do Rio de Janeiro. Observou
que houve resposta diferenciada sobre o desenvolvimento e produção final de
colmos e de açúcar na cana-planta, mas não foram afetados os teores de pol,
fibras e açúcares totais da cana.
Moreno (1974), fazendo uma análise econômica da resposta de cana-
soca à aplicação de nitrogênio, verificou que não houve resposta do nutriente,
provavelmente devido ao fato de existir no solo quantidade suficiente deste
elemento em forma de matéria orgânica dos resíduos de cana-planta e outras
fontes. Anjos (1995), trabalhando com ureia em cana-soca, concluiu que doses
de 0 a 120 Kg de N/ha não influenciaram características químico-tecnológicas
da cana, rendimento de colmos, açúcar e álcool por hectare da cana-de-açúcar,
cultivares SP70-1143 e SP71-1406. Em levantamento realizado por Azeredo
et al. (1986) de 135 experimentos que receberam nitrogênio em cana-planta, nas
regiões nordeste e centro-sul do Brasil, em apenas 26 houve resposta
significativa à adubação nitrogenada.
A análise de 81 experimentos conduzidos no estado de São Paulo,
também revelou baixa resposta da cana-planta à adubação nitrogenada; em
apenas 26 experimentos houve efeito da aplicação do fertilizante (Cantarella &
Raij, 1986). Entretanto, para cana soca, o percentual de resposta foi de 49%.
Rossielo (1987) agrupou os resultados de 105 experimentos, conduzidos
no Brasil no período de 1960 a 1986, sob a forma de rendimento relativo, e
verificou que somente em 22% deles houve resposta da cana-planta à adubação
nitrogenada.
Zambello Júnior & Orlando Filho (1981) concluíram que, de maneira
geral, as soqueiras de cana-de-açúcar apresentam maiores possibilidades de
7
respostas positivas à adubação nitrogenada que a cana-planta. Humbert (1968),
citado por Carnaúba (1990), sugere que a explicação para este fato está na
diferença de profundidade dos sistemas radiculares da cana-planta e das
soqueiras, estando, no último caso, menos aptos a absorverem o N em
profundidade, tornando a adição de N às socas, essencial à manutenção de altas
produtividades.
Recomenda-se, em geral, uma dose média de 100 Kg de N/ha em
soqueiras de cana-de-açúcar, independente de qualquer fator. Desse modo, pode-
se presumir que em diversas condições essa recomendação de adubação
nitrogenada seria subestimada e em outras superestimadas (Zambelo Júnior &
Orlando Filho, 1981; Penatti & Forti, 1994).
2.4 Fatores relacionados à baixa resposta da cana-de-açúcar à adubação
nitrogenada
As causas da baixa resposta da cana-de-açúcar à adubação nitrogenada
não estão suficientemente esclarecidas. Vários autores atribuíram estes
resultados à variabilidade experimental, à fixação biológica de nitrogênio, à
mineralização da matéria orgânica e dos restos culturais, às épocas de aplicação
do fertilizante e perdas por lixiviação e desnitrificação, e também às diferenças
varietais na utilização do nitrogênio (Oliveira, 1999).
2.4.1 Mineralização da matéria orgânica e dos restos culturais
Embora lenta e gradual, a mineralização da matéria orgânica do solo é
de grande importância para agricultura, pois é por meio dela que os vegetais
obtêm parte dos nutrientes necessários para o seu desenvolvimento (Gava,
1999). Sampaio et al. (1995), trabalhando em solos de Pernambuco, avaliaram a
8
capacidade de suprimento de nitrogênio em resposta à fertilização com
nitrogênio e concluíram que a principal fonte de nitrogênio para as plantas foi a
matéria orgânica existente e a manutenção de restos culturais no solo.
A mineralização da matéria orgânica do solo, dos restos culturais da
própria cana-de-açúcar, do material vegetal produzido durante o período de
reforma do canavial e o teor inicial de N mineral no solo, também têm sido
citados como prováveis causas da baixa resposta da cana-planta à adubação
nitrogenada, em áreas onde se cultiva a cana-de-açúcar por muitos anos. Para as
áreas onde se cultiva a cana pela primeira vez, pode haver efeito da cultura
anterior (Oliveira, 1999).
Acredita-se que o preparo do solo também contribui para diminuir o
efeito do N-adubo, porque na reforma do canavial, as operações de aração,
gradagem e calagem, que coincidem com a elevação da temperatura e umidade,
promovem maior aeração do solo e aceleram a mineralização da matéria
orgânica e, também, dos restos culturais, aumentando, desta forma, a quantidade
de N mineral disponível para a cana, por ocasião do plantio (Azeredo et al.,
1981; Bittencourt et al., 1986; Zambelo Júnior & Orlando Filho, 1981;
Carnaúba, 1990). Outro fator a ser considerado nas baixas respostas da cana-
planta à adubação nitrogenada, comparativamente à cana soca, é o seu menor
desenvolvimento na fase inicial, que leva à menor intensidade na demanda do
nitrogênio.
Outra hipótese foi formulada por vários pesquisadores, Chuí & Samuels
(1981), Lima Júnior (1982), Bittencourt et al. (1986) e Vitti (1998), relacionando
as variações de respostas com a aplicação de nitrogênio na cultura à
disponibilidade de N no solo. Essa reserva seria formada por resíduos vegetais
da própria cultura da cana (rizoma, cinzas, ponteiro, folhas), que ao serem
mineralizados proporcionariam uma fonte importante de nitrogênio.
9
Estudos conduzidos por Sampaio et al. (1985) e Araújo et al. (1994)
mostram que a mineralização do nitrogênio dos solos cultivados com cana foi
suficiente para suprir a demanda da cana-planta. Gomes Júnior et al. (1993)
estudaram o efeito da incorporação ao solo, do material vegetal (relação C/N de
30) crescido durante o período de pousio. A incorporação ao solo de 60 t/ha
deste material, constituído de 30% de plantas de cana-de-açúcar e 70% de
plantas daninhas, promoveu aumento nas produtividades agrícolas e industriais
da cana-planta.
Entretanto, Sobral & Lira (1983) não encontraram correlação entre o
teor de matéria orgânica do solo e a resposta da cana-planta ao nitrogênio, em 15
experimentos conduzidos na Região Nordeste do Brasil.
Ng Kee Kwong et al. (1987) e Chapman et al. (1992) estudaram a
degradação desses resíduos vegetais e concluíram que essa possível fonte de
nitrogênio seria pequena e portanto não poderia constituir-se em uma fonte de
grande importância para a cultura.
Segundo Silveira (1985), as variações de respostas estariam relacionadas
com o genótipo da cultivar de cana-de-açúcar e à fatores ambientais inter-
relacionados com as características fisiológicas da eficiência de utilização de N.
2.4.2 Variabilidade experimental
Para Cantarella & Raij (1986), o erro experimental, muitas vezes
elevado em ensaios de campo, não permite detectar respostas moderadas ao
nitrogênio, resultando na ausência de efeito do N aplicado. Segundo estes
autores, a análise restrita aos índices estatísticos em experimentos individuais
pode dificultar a observação de tendências gerais apontadas pelos dados
experimentais. Como exemplo, são citados os resultados de Espironelo et al.
(1981). Em 12 experimentos de adubação nitrogenada em cana soca, esses
10
pesquisadores observaram aumentos de produção de cana em nove casos, em
sete dos quais os acréscimos de produção variaram de 15 a 27%; no entanto,
somente em um dos casos o aumento conseguido foi significativo. Entretanto, na
análise conjunta, a resposta ao nitrogênio foi significativa. No Hawaí, Hilton &
Mckenzie (1980) também concluíram que a variabilidade experimental não
permitiu detectar o efeito do N em ensaios analisados individualmente.
Rossiello (1987) analisou os resultados de 104 experimentos de
adubação em cana-planta, verificando que quando o coeficiente de variação foi
menor que 10%, houve significância em 42% dos experimentos. Quando maior
que 10% a probabilidade de resposta reduziu-se a 18%. Para esse autor, devido à
estreita faixa de resposta da cana ao fertilizante nitrogenado, os efeitos da
adubação somente poderão ser notados em condições homogêneas de solo e
manejo experimental. Pela análise dos 104 experimentos, o autor verificou que
os coeficientes de variação relativamente elevados nas pesquisas com cana-de-
açúcar estavam associados a poucas repetições ou ao uso de talhões comerciais.
Marinho & Barbosa (1996) realizou análises conjuntas de variância e de
tendência linear em 141 experimentos conduzidos na região nordeste brasileira,
constatando que a cana-planta apresentou resposta altamente significativa à
adubação nitrogenada em análises conjuntas de tendência linear de grupos de
experimentos com mesma dose de nitrogênio. A cultivar CB45-3, presente em
66% dos ensaios e tida como pouco responsiva ao nitrogênio (Azeredo et al.,
1981), apresentou alta resposta à adubação nitrogenada.
2.4.3 Fixação biológica de nitrogênio
Döbereiner et al. (1972) descreveram a presença de bactérias,
principalmente do gênero Beijerinckia sp, encontradas na rizosfera da cana-de-
açúcar. A bactéria diazotrófica Acetobacter diazotrophicus, atualmente
11
conhecida como Gluconacetobacter diazotrophicus foi encontrada dentro do
rizoma e no colmo da cana-de-açúcar (Cavalcante & Döbereiner, 1988; Boddey
et al., 1991) sendo um indicativo de que esses microrganismos têm uma
importante função em fornecer o nitrogênio pela fixação biológica (FBN).
Lima et al. (1987) e Urquiaga et al. (1992) relataram que, no Brasil, a
cana-de-açúcar cresce com baixa dose de N-fertilizante entre 60 a 120 Kg N ha
-
1
, tendo uma produtividade em torno de 65 a 70 t ha
-1
de colmos e a planta toda
acumula entre 100 a 120 Kg N ha
-1
. Portanto, a FBN teria um papel como um
possível fornecedor de N para a cultura, pois solos cultivados com cana-de-
açúcar por muitos anos, não sofreram queda na produtividade. Nesses trabalhos,
foi estimado o potencial de fixação biológica do nitrogênio em diferentes
cultivares de cana-de-açúcar, sendo que este variou de 36 a 65% do total de N
acumulado nas plantas e as variações encontradas foram atribuídas aos
diferentes genótipos de cana-de-açúcar.
Estudos também têm mostrado que a cana-de-açúcar pode manter a
fixação biológica sob níveis moderados de fornecimento de N (Ruschel & Vose,
1982). Segundo Dong et al. (1994), a concentração de 80 nM de NO
3
-
no meio
de cultura, não afetou a fixação do N
2
pelo Gluconacetobacter diazotrophicus,
mas a presença de 3 mg de NH
4
+
por litro de solução inibiu a nitrogenase
(Ruschel & Vose, 1982). Entretanto, no campo, a presença de amônio na solução
do solo deve ter curta duração, dada a rápida nitrificação observada em solos
cultivados com cana-de-açúcar (Padovese, 1988; Riveira & Treto, 1988) e,
portanto, o NH
4
+
não será fator limitante à FBN.
Com o refinamento das técnicas analíticas, principalmente as isotópicas,
associadas ao balanço de massa do nitrogênio no sistema solo-planta, foi
possível mostrar que a cana pode obter proporções variáveis do N total
acumulado na biomassa através da FBN (Rossiello, 1987). Utilizando a técnica
isotópica e o balanço de nitrogênio, Lima et al. (1987) constataram a ocorrência
12
da FBN e também observaram que há influência varietal nesta fixação. Urquiaga
et al. (1992) estimaram que a contribuição da FBN, como fonte de nitrogênio
para a cana, pode variar de 170 a 210 Kg de N há
-1
ano
-1
.
Segundo Tsai et al. (1994), aparentemente não se têm detectado grandes
deficiências de N ou observado quedas drásticas na produção em solo que não
receberam adubação nitrogenada, durante décadas, evidenciando, portanto, que a
cultura pode obter seu N a partir da fixação biológica.
Pesquisas têm demonstrado que a inoculação com G. diazotrophicus em
diferentes
genótipos de cana-de-açúcar (principalmente nas cultivares RBs)
podem provocar uma série
de mudanças anatômicas e fisiológicas na planta
hospedeira. Dentre essas mudanças pode-se
citar um aumento das raízes laterais
assim como mudanças na geometria das raízes pelo
aumento da proporção de
raízes finas e do sistema radicular como um todo (Olivares et al.,
2002).
A FBN é influenciada diretamente com maior ou menor intensidade por
alguns fatores
como: umidade, disponibilidade de molibdênio, genótipo,
aplicação de nitrogênio, meio de
propagação da planta (micropropagação), entre
outros (Xavier, 2006).
Para Rossiello (1987) e Vallis & Keating (1994), atribuir à fixação
biológica a falta de resposta da cana-de-açúcar à adubação nitrogenada parece
arriscado. Segundo análises feitas por Vallis & Keating (1994), em muitos
experimentos com
15
N houve grande influência do “pool substitution” e, uma
vez demonstrada a fixação biológica do N associada à decomposição dos
açúcares existentes nos restos culturais da cana, os resultados obtidos por
Uquiaga et al. (1992) também são questionáveis. Assim, na opinião de Vallis &
Keating (1994) a real contribuição da fixação biológica do N para a nutrição da
cana-de-açúcar ainda está para ser respondida.
2.4.4 Perdas de nitrogênio no solo
13
As perdas do nitrogênio são uma das possíveis causas da baixa resposta
da cana-de-açúcar à adubação. As perdas do N por lixiviação ocorrem quando a
água percola através do solo, arrastando esse elemento para uma profundidade
além daquela explorada pelo sistema radicular da cultura, causando redução na
eficiência da adubação e contaminação do lençol freático (Oliveira, 1999).
A taxa de lixiviação e a massa do nitrogênio lixiviado no solo são
dependentes de vários fatores, destacando-se: a quantidade de chuva (Salcedo et
al., 1988); fontes e doses de fertilizantes (Camargo, 1989); solubilidade dos sais
e a afinidade dos íons pelos sítios de adsorção do solo (Kinjo et al., 1978);
composição química dos restos culturais adicionados ao solo e clima e
características do solo (temperatura, umidade e aeração). Tais fatores podem
acelerar ou retardar a mineralização da matéria orgânica, bem como a
intensidade com que os nutrientes são retirados da solução do solo pelos
vegetais ou pelos microrganismos (Rivera & Treto, 1989; Orlando Filho et al.,
1995).
Uma das formas de diminuir a lixiviação é o parcelamento da adubação
nitrogenada; entretanto, baseando-se nas citações de Azeredo et al. (1986),
verifica-se que na maioria dos trabalhos conduzidos com cana-de-açúcar no
Brasil não houve efeito do parcelamento, o que talvez seja um indicativo de
pequenas perdas por lixiviação. Possivelmente, estas perdas estejam associadas à
imobilização microbiológica do N e também às características da cana como:
eficiência de absorção, aprofundamento do sistema radicular e capacidade de
acumular nitrogênio no colmo, nas fases mais jovens do ciclo (Silveira, 1985).
A adição ao solo de resíduos orgânicos de relação C:N acima de 30
reduz a possibilidade de lixiviação de N do solo devido sua imobilização (Kiehl,
1987).
14
No que se refere às perdas de nitrogênio, a volatilização merece
destaque, pois há situações que apresentam valores significativos e preocupantes
do ponto de vista ambiental e agronômico, diminuindo a eficiência de utilização
do N-fertilizante (Vitti, 2003).
Dos fertilizantes nitrogenados, a ureia é a principal fonte de nitrogênio
empregada na fertilização da cana-de-açúcar, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-
Oeste do Brasil. Entretanto, com a implantação da colheita mecanizada da cana-
de-açúcar, sem despalha a fogo, têm-se verificado que a aplicação de ureia sobre
a palhada pode levar a grande perda por volatilização de amônia (Prammanee et
al., 1989). Isso ocorre devido à atividade ureolítica e pela baixa capacidade em
reter a amônia nos resíduos vegetais, comparada a um solo sem os mesmos, o
que reduzirá a eficiência agronômica do adubo. Existem outros fatores,
ambientais e edáficos, que podem influenciar na volatilização da amônia do
solo, como a temperatura, velocidade do ar, umidade, pH, capacidade de troca
catiônica, classe textural, taxa de evaporação da água do solo, capacidade de
tamponamento do solo, doses e modo de aplicação e a presença de potássio
(Oliveira et al., 1999).
Como meio de reduzir perdas por volatilização de fontes nitrogenadas
aplicadas na cana-de-açúcar, na presença de palha, tem-se a possibilidade de
incorporar o fertilizante nitrogenado (Prammanee et al., 1989). Entretanto, por
causa da dificuldade de incorporação dos fertilizantes em solos com espessa
camada de palha, constata-se a necessidade de uso de fontes nitrogenadas que
apresentem menores perdas do elemento por volatilização (Trivelin et al., 1997).
Segundo Cantarella (1998) utilizando-se fontes nitrogenadas com
formas de N menos susceptíveis à volatilização de N-NH
3
, como nitrato de
amônio, nitrato de cálcio e sulfato de amônio em solos ácidos, as perdas são
reduzidas. Cantarella et al. (1999) constataram que não houve perdas mediante o
uso de nitrato de amônio.
15
A atividade da urease da palhada e da enzima livre no próprio solo é
outro fator que pode diminuir a eficiência agronômica da ureia, isto porque,
quando há uma rápida hidrólise do fertilizante, as perdas por volatilização
também podem aumentar. A quantidade de palhada de canaviais colhidos sem
queima varia de 10 a 30 t ha
-1
de matéria seca e, nesse material, o nitrogênio
oscila de 40 a 80 kg ha
-1
(Trivelin et al., 1996). A intensidade de mineralização
dessa matéria orgânica adicionada na superfície do solo dependerá de diversos
fatores, tais como: tipo de solo, teor de matéria orgânica e N-total, relação C:N,
tempo de uso dos solos, pH, temperatura, umidade, suprimento de nutrientes
inorgânicos e interações solo-planta (Myers et al., 1994).
De acordo com Penatti & Forti (1994), o nitrogênio é um dos nutrientes
mais difíceis de serem recomendados adequadamente, sendo necessários estudos
de calibração de adubação nitrogenada em soqueiras de cana-de-açúcar.
16
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Caracterização da área experimental
O experimento foi conduzido em área localizada no alambique João
Mendes – ‘JM‘, no município de Perdões-MG, situado na região sudoeste do
estado de Minas Gerais, cujas coordenadas geográficas são latitude de 21º 05’
20” sul, longitude W. Gr. de 45º 05’ 50” e altitude de 826 metros.
O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Cwb,
que se caracteriza por ser uma estação seca entre abril e setembro e uma estação
chuvosa de outubro a março. A região apresenta uma média anual de
precipitação de 1.493,2 mm e temperatura média de 19,3ºC (Brasil, 1992).
As temperaturas médias e os índices pluviométricos mensais, referentes
aos anos de 2006 e 2007, período de condução do experimento, são apresentados
nas Figuras 1 e 2 respectivamente.
O solo no qual o experimento foi instalado caracteriza-se como
Latossolo vermelho-amarelo distrófico, com relevo plano a suave ondulado. Os
resultados das análises químicas e granulométricas do solo estão apresentados na
Tabela 1.
17
FIGURA 1 - Variação mensal da temperatura média do ar (°C) dos anos de
2006 e 2007, UFLA, Lavras (MG) (FONTE: ESTAÇÃO
CLIMATOLÓGICA DE LAVRAS – MG).
FIGURA 2 - Variação mensal da pluviosidade (mm) dos anos de 2006 e 2007,
UFLA, Lavras (MG) (FONTE: ESTAÇÃO CLIMATOLÓGICA
DE LAVRAS – MG).
18
TABELA 1 - Características químicas e granulométricas do solo da área
experimental, profundidade de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm,
UFLA, Lavras, MG, 2008.
Determinações Resultados **
0 a 20 cm 20 a 40 cm
pH em água 5,1 5,5
Al
+3
trocável (cmolc/dm
3
) 0,5 0,2
H + Al (cmolc/dm
3
) 5,0 3,2
Ca
+2
trocável (cmolc/dm
3
) 0,6 1,1
Mg
+2
trocável (cmolc/dm
3
) 0,3 0,2
P disponível (ppm) 2,0 0,9
K disponível (ppm) 47 25
Matéria Orgânica (%) 1,9 1,5
SB (cmolc/dm
3
) 1,0 1,7
t (cmolc/dm
3
) 1,5 1,9
T (cmolc/dm
3
) 6,0 4,9
m (%) 33 11
V(%) 16,9 34,2
Zn (ppm) 0,4 0,2
Fe (ppm) 76,0 59,4
Mn (ppm) 3,6 3,4
Cu (ppm) 1,3 3,5
B (ppm) 0,9 0,5
S (ppm) 10,8 10,3
M.O. (dag. kg
-1
) 1,9 1,5
Areia (%) 44 44
Silte (%) 12 11
Argila (%) 44 45
Análises realizadas pelo Laboratório de Fertilidade do Solo do Departamento de Ciência do Solo
da Universidade Federal de Lavras – UFLA. P e K: extrator Mehlich – 1; Ca, Mg e Al: extrator
KCl 1 N; H+Al extrator SMP.
3.2 Tratamentos, parcelas e delineamento experimental
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em
esquema fatorial (2 x 5), com três repetições. O primeiro fator foi constituído
por duas fontes de nitrogênio (ureia – 44% de N e nitrato de amônio – 32% de
N) e o outro fator correspondeu a cinco doses de nitrogênio (0, 40, 80, 120 e 160
19
Kg de N/ha), totalizando 10 tratamentos. Todos os tratamentos receberam uma
adubação básica de 80 Kg de K
2
O/ha utilizando-se KCl, de acordo com a
análise de solo (Ribeiro, 1999).
As parcelas experimentais foram constituídas por seis linhas de cana-de-
açúcar, espaçadas de 1,40 m, com comprimento de 12 metros. A área total das
parcelas foi de 100,8 m
2
. A área útil da parcela foi de 56 m
2
considerando as
quatro linhas centrais e eliminando-se 1 metro nas extremidades da linha. As
parcelas foram espaçadas de 1,0 m entre si, facilitando o manejo e as avaliações.
Cada bloco foi constituído por dez parcelas, ocupando uma área de
1.083,6 m
2
. Os blocos foram separados entre si por duas linhas de cana,
espaçados de 1,40 m. A área total ocupada foi de 3.973,2 m
2
.
3.3 Instalação e condução do experimento
O experimento foi instalado no campo após a realização do corte de um
canavial comercial, de terceira soca, no mês de novembro de 2006.
Não houve necessidade de nenhum tipo de controle de pragas e doenças
durante a condução do experimento, sendo feito apenas o controle de plantas
daninhas por meio de capinas realizadas manualmente sempre que necessário. A
colheita foi realizada de forma manual, sem queima prévia do canavial, em
agosto de 2007.
3.3.1 Cultivar utilizada
A cultivar de cana-de-açúcar utilizada foi a SP 79-1011, que apresenta
as seguintes características: boa brotação de soca, produtividade e maturação
média, pouco exigente em solos, médio perfilhamento, alto teor de sacarose,
ausência de florescimento e chochamento (Andrade, 2002).
20
3.4 Características avaliadas
3.4.1 Teores foliares de N
Aos cinco meses após a instalação do experimento, foi realizada a coleta
de 20 folhas de cana-de-açúcar por área útil da parcela para determinação do
teor foliar de N. Foi utilizada a folha +3 (folha com a terceira aurícula visível,
segundo o sistema Kuijper), excluindo-se a nervura central e utilizando-se para
análise a parte mediana da lâmina foliar (Gallo et al., 1968).
As determinações dos teores de nutrientes nas folhas foram realizadas no
Laboratório de Fertilidade do Solo da Universidade Federal de Lavras. A
metodologia utilizada foi proposta por Malavolta et al. (1989).
3.4.2 Número de colmos por metro
Por ocasião da colheita da cana, foram realizadas contagens do número de
colmos na área útil de cada parcela, calculando-se, posteriormente, o número
médio de colmos por metro.
3.4.3 Rendimento médio de colmos por hectare
O rendimento foi obtido através de pesagens de 15 colmos colhidos
sequencialmente, despontados e desfolhados nas quatro linhas da área útil de
cada parcela. Pesaram-se então, os colmos em balança tipo dinamômetro, com
capacidade para 120 Kg, seguindo metodologia de Mariotti & Lascano (1969),
citados por Arizono et al. (1998). Posteriormente, realizou-se a transformação do
peso da área útil da parcela em toneladas por hectare.
21
3.4.4 Análises químico-tecnológicas da cana-de-açúcar
Por ocasião da colheita, foram retirados, aleatoriamente, 12 colmos seguidos
na área útil de cada parcela, eliminando-se o palmito e a palha. Após a
identificação, os colmos foram enfeixados, identificados e enviados para o
laboratório da Usina Coimbra-Luciânia, em Lagoa da Prata, Minas Gerais, para
determinação de brix (%) cana, POL (%) cana, pureza (%) da cana e Açúcar
Total Recuperável - ATR (Kg/t).
3.4.5 Análises estatísticas
Os dados foram submetidos à análise de variância, com realização do
teste de F, utilizando-se o software sisvar (Ferreira, 2000) sendo as comparações
entre os tratamentos integrantes do esquema fatorial efetuada por meio de
análises de regressão.
22
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Teores foliares de nitrogênio na cana-de-açúcar
Os resumos das análises de variância realizadas para teores de nitrogênio
nas folhas da cana-de-açúcar, aos cinco meses após o corte, em função das
diferentes fontes e doses de nitrogênio aplicadas, são apresentados na Tabela 2.
TABELA 2 – Resumo da análise de variância para o teor de nitrogênio na folha
da cana-de-açúcar, UFLA, Lavras, MG, 2008.
Q.M.
Fonte de variação G.L.
Teor de nitrogênio
Fontes 1 0,0020
Doses 4 0,0144
Fontes x doses 4 0,0194
Erro 18 0,0165
Média - 1,6076
C.V. (%) - 7,98
*significativo, a 5% de probabilidade, pelo teste de F.
Verifica-se, pelos dados da Tabela 2, que não ocorreram efeitos
significativos, tanto para a interação fonte x doses quanto para os fatores
isolados fontes e doses de nitrogênio.
Os valores médios obtidos para o teor foliar de nitrogênio, em função
das fontes e doses de nitrogênio aplicadas, estão apresentados na Tabela 3.
Os dados apresentados na Tabela 3 estão de acordo com os encontrado
por Gallo et al. (1968), que realizaram um levantamento do estado nutricional de
canaviais no Estado de São Paulo, em cana-planta e cana-soca, sendo avaliadas
23
apenas as cultivares Co 419 e CB 41/76 e constaram que para o nitrogênio os
limites de concentração na folha variou de 1,08 a 2,68%.
No entanto, os teores médios de nitrogênio observados apresentaram
valores um pouco abaixo dos teores considerados ideais para a cultura (18 – 25
g/Kg ou 1,8 – 2,5%) segundo Raij et al.(1997).
Orlando Filho & Zambello Júnior (1979) consideraram para CB41-76,
em solo LE, como adequada a faixa de 2,00 a 2,10% de N nas folhas. Zambello
Júnior & Orlando Filho, (1981) admitiram como adequados teores de N nas
folhas entre 1,92 e 2,37%, aos cinco meses de idade, para a cultivar CB41-76
cultivada em solos LVa, PV, LR e LE.
TABELA 3 – Valores médios obtidos para o teor de nitrogênio na folha da
cana-de-açúcar, UFLA, Lavras, MG, 2008.
Teor de nitrogênio na folha (%)
Nitrogênio (Kg.ha
-1
)
Ureia Nitrato de amônio
0 1,65 1,46
40 1,51 1,60
80 1,64 1,59
120 1,62 1,63
160 1,64 1,70
Média 1,62 1,60
Gallo et al. (1974) não observaram qualquer efeito da dose do adubo
nitrogenado na concentração foliar de nitrogênio. A falta de resposta aos efeitos
dos adubos nitrogenados na concentração foliar do nitrogênio, provavelmente se
deve à suficiência do elemento no solo, tendo em vista que o valor de matéria
orgânica está próximo ao teor médio (Tabela 1). Outra explicação pode ser
atribuída à fixação biológica de N, pois em áreas como a do experimento, não
24
existe tráfego intenso de caminhões, tratores pesados, colhedoras mecânicas, que
compactam o solo, e isto contribui para uma maior fixação assimbiótica de N.
4.2 Número de colmos por metro linear
O resumo da análise de variância para o número de colmos da cana-de-
açúcar por ocasião da colheita, em função das diferentes fontes e doses de
nitrogênio, é apresentado na Tabela 4.
TABELA 4 - Resumo da análise de variância para número de colmos por metro
linear, avaliados por ocasião da colheita do experimento, em
função das fontes e doses de nitrogênio aplicadas, UFLA, Lavras,
MG, 2008.
Q.M.
Fonte de
variação
G.L.
Número de colmos por metro linear
Fontes 1 0,0929
Doses 4 0,7208
Fontes x doses 4 0,8433
Erro 18 0,7206
Média - 10,4556
C.V. (%) - 8,12
*Significativo a 5% de probabilidade pelo teste de F.
É possível notar pela Tabela 4, que não ocorreram efeitos significativos
de fontes, doses e da interação fonte x doses no número de colmos por metro
cujos valores são apresentados na Tabela 5.
Anjos (1995) trabalhando com doses de 0, 40, 80 e 120 Kg.ha
-1
de
nitrogênio em cana soca das cultivares SP70-1143 e SP71-1406 não obteve
25
respostas significativas para doses no número de colmos na colheita,
concordando com os resultados obtidos pelo presente trabalho.
TABELA 5 – Valores médios de número de colmos por metro linear obtido por
ocasião da colheita em função das fontes e doses de nitrogênio
aplicadas, UFLA, Lavras, MG, 2008.
Número de colmos na colheita
Nitrogênio
(Kg.ha
-1
)
Ureia Nitrato de amônio
0 10,49 11,13
40 10,36 10,66
80 10,27 10,60
120 10,41 9,37
160 11,03 10,24
Média 10,51 10,40
4.3 Rendimento de colmos e rendimento de açúcar por hectare
O resumo da análise de variância realizada para rendimento de colmos e
de açúcar da cana-de-açúcar na colheita, em função das diferentes fontes e doses
de nitrogênio aplicadas, é apresentado na Tabela 6.
26
TABELA 6 - Resumo da análise de variância para o rendimento de colmos e de
açúcar em função das fontes e doses de nitrogênio aplicadas,
UFLA, Lavras, MG, 2008.
Q.M.
Fonte de
variação
G.L.
Rendimento de
colmos
Rendimento de
açúcar
Fontes 1 2,4883 0,1320
Doses 4 64,9821 2,1381
Fontes x doses 4 33,7476 1,1787
Erro 18 62,1990 2,2257
Média - 66,4413 11,6863
C.V. (%) - 11,87 12,77
*Significativo a 5% de probabilidade pelo teste de F.
Observam-se pela Tabela 6, que não ocorreram efeitos significativos de
fontes, doses e da interação fonte x doses. Os valores médios obtidos para o
rendimento de colmos e rendimento de açúcar, em função das fontes e doses
aplicadas, são apresentados na Tabela 7.
TABELA 7 - Valores médios de rendimento de colmos e rendimentos de açúcar
(t.ha
-1
) em função das fontes e doses de nitrogênio aplicadas,
UFLA, Lavras, MG, 2008.
Rendimento de colmos
(t.ha
-1
)
Rendimento de açúcar
(t.ha
-1
)
Nitrogênio
(Kg.ha
-1
)
Ureia
Nitrato de
amônio
Ureia
Nitrato de
amônio
0 64,98 73,65
11,36 13,01
40 68,56 67,38
12,11 11,94
80 65,73 64,46
11,52 11,44
120 61,13 61,44
10,75 10,70
160 70,35 66,70
12,35 11,66
Médias 66,15 66,72
11,62 11,75
27
Espironelo et al. (1987) verificaram efeitos positivos sobre o rendimento
de açúcar por hectare quando da aplicação de 0, 50, 100, 150 e 200 Kg. ha
-1
.
Yadav et al. (1990) estudando nitrogênio em cana soca, cultivar Co1448,
obtiveram incremento de cana utilizando-se de doses de nitrogênio de até 150
Kg. ha
-1
. Vitti et al. (2007) estudaram doses crescentes de nitrogênio (0 a 175 Kg
.ha
-1
), obtendo respostas significativas para rendimento de colmos e de açúcar,
discordando dos resultados obtidos no presente trabalho.
Entretanto, Moreno (1974) verificou o comportamento da cana soca em
função da aplicação de doses crescentes de nitrogênio, justificando que as
quantidades de nitrogênio existente naquele solo foram suficientes para atender a
demanda da planta. Orlando Filho & Zambello Júnior (1980), citados por Anjos
(1995) mencionam que não há efeitos de doses crescentes de nitrogênio no
rendimento de açúcar.
Os valores obtidos para rendimento de colmos no presente trabalho são
compatíveis com a média da região para cana soca, em torno de 60 t.ha
-1
(Andrade, 2006).
4.4 Comprimento de colmo (m) e diâmetro de colmo (cm)
Os resumos das análises de variância para comprimento e diâmetro de
colmos da cana-de-açúcar, em função das diferentes fontes e doses de nitrogênio
aplicadas, são apresentados na Tabela 8.
28
TABELA 8 - Resumo da análise de variância para o comprimento e diâmetro de
colmos em função das fontes e doses de nitrogênio aplicadas,
UFLA, Lavras, MG, 2008.
Q.M.
Fonte de
variação
G.L.
Comprimento de
colmos
Diâmetro de
colmos
Fontes 1 0,00003 0,00016
Doses 4 0,05496
*
0,01608
Fontes x doses 4 0,01852 0,00546
Erro 18 0,01301 0,01252
Média - 1,20 2,13
C.V. (%) - 9,53 5,23
*Significativo a 5% de probabilidade pelo teste de F.
Nota-se na Tabela 8, que ocorreram efeitos significativos apenas para
doses de nitrogênio para o parâmetro comprimento de colmos (Figura 3),
enquanto que para diâmetro de colmos não houve efeitos significativos para
fontes, doses e interação fontes x doses.
29
FIGURA 3 – Comprimento de colmos em função das doses de nitrogênio
aplicadas, UFLA, MG, 2008.
Os valores médios obtidos para comprimento de colmos, em função das
doses de nitrogênio aplicadas, são mostrados na Tabela 9.
30
TABELA 9 - Valores médios de comprimento de colmos em função das doses
de nitrogênio aplicadas, UFLA, Lavras, MG, 2008.
Nitrogênio (Kg.ha
-1
)
Comprimento de colmos (m)
0
1,23
40
1,22
80
1,17
120
1,06
160
1,32
Médias
1,20
Bocardo (1998) estudando doses de nitrogênio de 0, 40, 80, 120, 160 e
200 Kg.ha
-1
, cultivares RB72-454 e SP79-2233, obteve resposta positiva para o
fator doses na característica comprimento de colmos (m) e ausência de resposta
para diâmetro de colmos, conforme foi observado neste trabalho. Segundo este
autor, a ausência de resposta significativa dos tratamentos para diâmetro de
colmos pode ser explicado por ser uma característica intrínseca de cada cultivar.
Os valores médios obtidos para diâmetro de colmos, em função das
fontes e doses de nitrogênio aplicadas, são mostrados na Tabela 10.
TABELA 10 - Valores médios de diâmetro de colmos em função das fontes e
doses de nitrogênio aplicadas, UFLA, Lavras, MG, 2008.
Diâmetro de colmos (cm)
Nitrogênio
(Kg.ha
-1
)
Ureia Nitrato de amônio
0 2,08 2,17
40 2,18 2,19
80 2,18 2,10
120 2,06 2,06
160 2,18 2,19
Médias 2,13 2,14
31
4.5 Características químico-tecnológicas da cana-de-açúcar
Os resumos das análises de variância para as características químico-
tecnológicas da cana-de-açúcar, em função das diferentes fontes e doses de
nitrogênio aplicadas, são apresentados na Tabela 11.
TABELA 11 - Resumo das análises de variância para características químico-
tecnológicas de cana-de-açúcar, em função das diferentes fontes
e doses de nitrogênio, UFLA, MG, 2008.
Q.M.
Fonte de
variação
G.L.
Brix %
cana
Pol %
cana
PZA %
cana
ATR
(Kg/t)
Fontes 1 0,0691 0,0030 0,0864 0,2083
Doses 4 0,0221 0,0539 0,8738 1,0111
Fontes x Doses 4 0,0182 0,0548 1,2205 3,7874
Erro 18 0,0530 0,0941 1,0338 7,2411
Média - 23,20 17,57 87,04 166,60
C.V. (%) - 0,99 1,75 1,17 1,62
*Significativo a 5% de probabilidade pelo teste de F.
Os valores médios obtidos para características tecnológicas da cana-de-
açúcar em função dos tratamentos aplicados são apresentados na Tabela 12.
32
TABELA 12 - Valores médios para as características químico-tecnológicas da
cana-de-açúcar, em função das diferentes fontes e doses de
nitrogênio, UFLA, Lavras, MG, 2008.
Brix % cana Pol % cana PZA % cana ATR (Kg/t)
Nitrogênio
(Kg.ha
-1
)
Ureia
Nitrato
de
amônio
Ureia
Nitrato
de
amônio
Ureia
Nitrato
de
amônio
Ureia
Nitrato
de
amônio
0 23,18 23,31 17,48 17,64 86,60 86,91 165,82 167,22
40 23,12 23,36 17,67 17,72 87,83 87,45 167,31 167,77
80 23,19 23,20 17,53 17,75 86,51 87,73 166,39 168,11
120 23,12 23,08 17,58 17,34 87,27 86,72 166,61 164,42
160 23,15 23,29 17,57 17,47 87,25 86,11 166,46 165,90
Médias 23,15 23,25 17,56 17,58 87,09 86,98 166,52 166,68
Verifica-se que não houve efeito significativo para as características em
estudo, concordando com os resultados obtidos por Prado & Pancelli (2006) que
estudando doses crescentes de N (0, 50, 100, 150 e 200 Kg.ha
-1
) em cana soca,
SP79-1011, observaram que não houve efeitos siginificativos na qualidade
tecnológica dos colmos. Entretanto, discorda dos resultados obtidos por Yadav
et al. (1990) os quais verificaram redução na qualidade do caldo e por Zambello
Júnior et al. (1977) que encontraram respostas para POL % cana em função da
aplicação de doses crescentes de nitrogênio. Alvarez et al. (1960) detectaram
aumento linear no teor de ATR (Kg.t
-1
) quando da aplicação de 0, 80 e 160 Kg
de N.ha
-1
em cana-planta.
33
5 CONCLUSÕES
Não houve efeitos da aplicação da ureia ou nitrato de amônio, nas doses
estudadas, nos teores foliares de nitrogênio, rendimento da soqueira e
características químico-tecnológicas da cana-de-açúcar.
34
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVAREZ, R.; AMARAL, A.Z.; ARRUDA, H.V. Ensaio de adubação NPK em
cana-de-açúcar. Bragantia, Campinas, v.19, n.63, p.1061-1069, dez. 1960.
ANDRADE, L.A.B. Utilização de variedades selecionadas de cana-de-açúcar na
produção de cachaça de alambique, Informe Agropecuário, Belo Horizonte:
EPAMIG, 2002. v. 23, n. 217, p.33-36.
ANDRADE, L.A.B. Cultura da cana-de-açúcar. In: CARDOSO, M.G. (Ed.).
Produção de aguardente de cana-de-açúcar. 2.ed. rev. e amp. Lavras: UFLA,
2006. p.24-27.
ANJOS, I.A. Avaliação do potencial forrageiro e industrial de variedades de
cana-de-açúcar (cana-soca), sob diferentes doses de nitrogênio. 1995. 59p.
Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) - Universidade Federal de Lavras, Lavras.
ARAÚJO, A.M.S.; SAMPAIO, E.V.S.B.; SALCEDO, I.H. Mineralização do C
e do N em amostras retiradas ao longo de 10 anos de cultivo com cana-de-
açúcar. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO E
NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 23, 1994, Petrolina. Anais... Petrolina: SBCS,
1994. p. 22-23.
ARIZONO, H.; MATSUOKA, S.; GHELLER, Y.; HOFFMANN, H.P.;
BASSICHELLO, A.I.; MENESEZ, L.L. Alternativas para avaliação de
produção de cana-de-açúcar. STAB, Piracicaba, v.16, n.5, p.20, maio/jun. 1998.
AZEREDO, D. F.;GLÓRIA, N.A.; MANHÃES M.S. Efeitos da calagem na
cana-planta e nas características químicas de dois solos do Estado do Rio de
Janeiro. In: CONGRESSO NACIONAL DA SOCIEDADE DOS TÉCNICOS
AÇUCAREIROS E ALCOOLEIROS DO BRASIL, 2.,1981, Rio de Janeiro.
Anais... Piracicaba: Stab, 1981. p.71-88.
AZEREDO, D.F.; BOSANELLO, J.; WEBER, H.; VIEIRA, J.R. Nitrogênio em
cana-planta. STAB-Açúcar, álcool e Subprodutos, v.4, n.5, p.26-33, 1986.
AZEREDO, D.F. Eficiência da adubação nitrogenada em cana-de-açúcar em
dois solos do estado do Rio de Janeiro: cana-planta. 1997. 167p. Tese
(Doutorado em Agronomia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Campos.
35
BITTENCOURT, V.C.; FAGANELLO, B.F.; SALATA, J.C. Eficiência da
adubação nitrogenada em cana-de-açúcar (planta). STAB, Açúcar, álcool e
subprodutos. Piracicaba, v. 5, n.1, p.25-29, set./out. 1986.
BLACK, E.C.; BROWN, R.C.; MOORE, R.C. Plant photosynthesis. In:
DÖBEREINER, J.; BURRIS, R.H.; HOLLAENDER, A. (Ed.). Limitations and
potentials for biological nitrogen fixation in the tropics. New York: Plenum,
1978. p. 95-110.
BOCARDO, M. R. Efeitos de fontes e doses de nitrogenio, aplicadas nas
formas fluida e solida, em soqueiras de cana-de-açúcar (Saccharum spp.).
1998. 37 p. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) Universidade Federal de
Lavras, Lavras.
BODDEY, R.M.; URQUIAGA, S.; REIS, V.; DÖBEREINER, J. Biological
nitrogen fixation associated with sugar cane. Plant and Soil, The Hague, v.137,
n.1, p.111-117, 1991.
BOLTON, J.K.; BROWN, R.H. Photosynthesis of grass species differing in
carbon dioxide fixation pathways. V. Response of Panicum maximum, Panicum
milioides and tallfescue (Festuca arundinaceae) to nitrogen nutrition. Plant
Physiology, Bethesda, v.66, n.1, p.97-100, July 1980.
BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Normais
Climatológicas: 1961-1990. Brasília: SPI/EMBRAPA, 1992. 84p.
CAMARGO, P.B. Dinâmica do nitrogênio dos fertilizantes ureia (15N)
incorporados ao solo na cultura de cana-de-açúcar. 1989. 104p. Dissertação
(Mestrado em Energia Nuclear na Agricultura). Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiróz, Piracicaba.
CANTARELLA, H. Adubação nitrogenada em sistema de cana crua. Revista
STAB - Açúcar, Álcool Subprodutos, Piracicaba, v.16, n.4, p.21-22, mar./abr.
1998.
CANTARELLA, H.; RAIJ, B. Adubação nitrogenada no Estado de São Paulo.
In: SIMPÓSIO SOBRE ADUBAÇÃO NITROGENADA NO BRASIL.
REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO, 16., Ilhéus, 1984.
Anais... Ilhéus: CEPLAC/SBCS, 1986. p. 74-79.
36
CANTARELLA, H.; ROSSETO, R.; BARBOSA, W.; PENNA, M.J.;
RESENDE, L.C.L. Perdas de nitrogênio por volatilização da amônia e resposta
da cana-de-açúcar à adubação nitrogenada, em sistema de colheita de cana sem
queima prévia. In: CONGRESSO NACIONAL DA STAB, Londrina, 1999.
Anais... Londrina: Álcool Subprodutos, 1999. p.82-87.
CARNAÚBA, B.A.A. O nitrogênio e a cana-de-açúcar. STAB – Açúcar,
Álcool e Subprodutos, Piracicaba, v.8, n. 3/4, p.24-41, 1990.
CAVALCANTE, V.A.; DÖBEREINER, J. A new acid-tolerant nitrogen
bacterium associated with sugarcane. Plant Soil, Bethesda, v.108, p.23-31,
1988.
CHAPMAN, L.S.; HAYSOM, M.B.C.; SAFFIGNA, P.G.N. Eyeling in cane
fields from
15
N labeled trash and residual fertilizer. In: AUSTRALIAN
SOCIETY OF SUGAR CANE TECHNOLOGISTS, 14., Brisbane, 1992.
Proccedings... Brisbane: Watson Fergunson, 1992. p.84-89.
CHUÍ, F.; SAMUELS, G. Evaluacion de La eficiência Del N aplicado como
fertilizante em cultivos irrigados de plantillas y retornos de cana de azúcar.
Mexico: GEPLAGEA, 1981. v. 1. (Boletin, 20).
CLEMENTS, H.F.; MARTIN, S.P. MORIGUCHI, S. Composition of sugar
cana plants grown in deficiency nutrient solution. Hawaiian Planters`Record,
Honolulu, n. 45, p.227-239, 1941.
COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Segundo Levantamento
de cana-de-açúcar. 2008. Disponível em: <http://www.conab.gov.br
>. Acesso
em: 01 out. 2008.
COSTA, M.C.G. Eficiência agronômica de fontes nitrogenadas na cultura da
CNA-de-açúcar em sistema de colheita sem despalha a fogo. 2001. 79p.
Dissertação (Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas) – Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”, Piracicaba.
DAS, U.K. Nitrogen nutrition of sugar cane. Plant Physiology, Bethesda, v.11,
p.251-317, 1936.
DÖBEREINER, J.; DAY, J.M.; DART, P.J. Nitrogenase activity in the
rhizosfephere of sugarcane and sone other tropical grasses. Plant and Soil, The
Hague, v.37, n.4, p.191-196, 1972.
37
DONG, Z.; CANNY, M. J.; MCCULLY, M. E.; ROBORETO, M. R.;
CABADILLA, C. F.; ORTEGA, E.; RODÉS, R. A nitrogen-fixing endophyte of
sugarcane stems: a new role for the apoplast. Plant Physiology, Minneapolis,
v.105, p.1139-1147, 1994.
ESPIRONELO, A.; OLIVEIRA, H.; LESPSCH, I.F.; NAGAI, V.;
PEREIRA, J.C. Efeitos da adubação NPK, em três profundidades, em soca de
cana-de-açúcar. In: CONGRESSO NACIONAL DA STAB, 2., 1981, Rio de
Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: STAB, 1981. p. 89-109.
ESPIRONELO, A.; CANTADELLA, H.; IGUE, T.; NELLI, E.J.; COLETI, J.T.;
BOVI, V.; RAMOS, M.T.B. Aplicação de aquamônia, ureia, nitrato de amônia e
cloreto de potássio em cinco níveis, em três socas de cana-de-açúcar. In:
CONGRESSO NACIONAL DA SOCIEDADE DOS TÉCNICOS
AÇUCAREIROS E ALCOOLEIROS DO BRASIL, 4, Olinda, 1987.
Resumos... Piracicaba: STAB, 1987. p. 12.
FERREIRA, D.F. SISVAR-Sistema de análises de variância para dados
balanceados: programa de análises estatísticas e planejamento de experimento,
versão 4.3. Lavras: UFLA, 2000.
GALLO, J.R.; HIROCE, R.; ALVAREZ, R. Levantamento do estado nutricional
de canaviais de São Paulo, pela análise foliar. Bragantia, Campinas, v.27, n.30,
p.365-382, 1968.
GALLO, J.R.; HIROCE, R.; ALVAREZ, R. Teores de nitrogênio nas folhas de
cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.), cultivar CB41/76. Bragantia,
Campinas, v.33, p.25-31, 1974.
GAVA, G.J.C. Utilização do nitrogênio da ureia (15N) por soqueira de cana-
de-açúcar no manejo sem despalha a fogo. 1999. 81p. Dissertação (Mestrado
em Energia Nuclear na Agricultura), Universidade de São Paulo, Piracicaba.
GOMES JÚNIOR, R.N.; SAMPAIO, E.V.S.B.; ANDRADE, A.G. Efeito da
incorporação ao solo do material vegetal produzido durante o pousio e adubação
nitrogenada na produtividade da cana-de-açúcar. In: CONGRESSO
NACIONAL DA STAB, 5., Águas de São Pedro, 1993. Anais… Águas de São
Pedro: [s.n.], 1993. p.76-81.
38
HILTON, H.W.; MCKENZIE, R.J. The response of varieties to amounts of
applied nitrogen as measured by yield tests – 1960 to 1978. In: HAWAIIAN
SUGAR PLANTERS ASSOCIATION. EXPERIMENTAL STATION. Annual
Report: 1979. Honolulu, 1980. p.22-24.
KIEHL, J.C. Nitrogênio: Dinâmica e disponibilidade no solo. In: Curso de
atualização em fertilidade do solo. Campinas: Fundação Cargill, 1987. p.139-
157.
KINJO, T.; KIEHL, E.J.; PRATT, P.F. Movimento do nitrato em colunas de
terra de um latossolo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, MG, v.2,
p.106-109, 1978.
KORNDÖRFER, G.H.; MARTINS, M. Importância da adubação na qualidade
da cana-de-açúcar. STAB- Açúcar, Álcool e Subprodutos, Piracicaba, v.10,
n.3, p.26-31, 1992.
LIMA, E.; BODDEY, R.M.; DÖBEREINER, J. Quantification of biological
nitrogen fixation associated with sugarcane using a 15N aided nitrogen balance.
Soil Biology Biochemistry, New York, v.19, n.2, p.165-170, 1987.
LIMA JÚNIOR, M.A. Nitrogen nutrition of sugar cane in N.E. Brasil. 1982.
172p. Thesis (Doctor) – University of Saskatchewan, Saskatoon
MALAVOLTA, E. Elementos de nutrição mineral de plantas. São Paulo:
Agronômica Ceres, 1980. 254 p. (Edições Ceres; 23)
MALAVOLTA, E.; VITTI, G.C.; OLIVEIRA, S.A. Avaliação do estado
nutricional das plantas. Piracicaba: Associação Brasileira para Pesquisa do
Potássio e do Fosfato, 1989. 201p.
MARINHO, M.L.; BARBOSA, G.V.S. Adubação nitrogenada da cana-planta
na região nordeste do Brasil. In: CONGRESSO NACIONAL DA STAB, 6.
1996, Maceió, Anais... Maceió: STAB, 1996. p.455-460.
MORENO, F. Avaliação de riscos na fertilização da cana-soca. 1974. 75p.
Dissertação (Mestrado em Economia Rural) - Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa, MG.
39
MYERS, R.J.K.; PALM, C.A.; CUEVAS, E.; GUNATILLEKE, I.U.N.;
BROSSARD, M. The synchronisation of nutrient mineralisation and plant
nutrient demand. In: WOOMER, P.L.; SWIFT, M.J. (Ed.). The biological
management of tropical soil fertility. New York: Wiley-Sayce, 1994. p.81-
112.
NG KEE KWONG, K.F.; DEVILLE, J.; CAVALOT, P.C.; RIVIERE, V. Value
of cane trash in nitrogen nutrition of sugarcane. Plant and Soil, Bethesda, v.102,
p.79-83, 1987.
OLIVARES, F.L.; REIS, V.M.; FAÇANHA, A.R. The role of endophytic
diazotrops in sugarcane root morphogenesis and development. In: In: FINAM,
T.M.; O’ BRIAN, M.R.; LAYZELL, D.B.; VESSEY, J.K. AND NEWTON, W.
(Ed). Nitrogen Fixation: global perspectives. Oxon: CAB International, 2002.
p.476-477.
OLIVEIRA, M. W. de. Dinâmica do nitrogênio da ureia (15N) no sistema
solo-cana-de-açúcar com ou sem queimada da palhada. 1999. 93p. Tese
(Doutorado em Energia Nuclear na Agricultura) – Centro de Energia Nuclear na
Agricultura, Universidade de São Paulo, Piracicaba.
ORLANDO FILHO, J.; ZAMBELLO JÚNIOR, E. Influência varietal na
adubação nitrogenada em soqueiras de cana-de-açúcar. Boletim Técnico
Planalsucar, Piracicaba, v.1, n.1 p.25-50, 1979.
ORLANDO FILHO, J.; BITTENCOURT, V. C.; ALVES, M. C. Aplicação de
vinhaça em solo arenoso do Brasil e poluição do lençol freático com nitrogênio.
STAB Açúcar, Álcool e Subprodutos, Piracicaba, v.13, n.6, p.14-16, 1995.
ORLANDO FILHO, J.; RODELLA,A.A.; BELTRAME,J.A.; LAVORENTI, N.
A. Doses, fontes e formas de aplicação de nitrogênio em cana-de-açúcar. STAB
- Açúcar, Álcool e Subprodutos, Piracicaba, v.17, n.4, p.39-41, 1999.
PADOVESE, P.P. Movimento e perdas de nitrogênio e potássio num solo
com cana-de-açúcar (Saccharum spp). 1988. 118p. Dissertação (Mestrado em
Solos e Nutrição de Plantas). Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
Piracicaba.
PENATTI, C.P.; FORTI, J.A. Adubação nitrogenada em soqueira de cana-de-
açúcar – Resultados preliminares. In: SEMINÁRIO DE TECNOLOGIA
AGRONÔMICA, 6.1994, Piracicaba. Anais... Piracicaba: COPERSUCAR,
1994. p.99-104.
40
PRADO, R.M. ; PANCELLI, M.A. Nutrição nitrogenada em soqueiras e a
qualidade tecnológica da cana-de-açúcar. STAB – Açúcar, álcool e
subprodutos, Piracicaba, v.25, n.2, p.6-8, 2006.
PRAMMANEE, P.; SAFFIGNA, P. G.; WOOD, A. W. Loss of nitrogen from
urea and ammonium sulfate applied to sugar cane crop residues. In:
AUSTRALIAN SOCIETY OF SUGARCANE TECHNOLOGISTS, 11. 1989,
MacKay. Proceedings... Mackay: Watson Fergunson, 1989. p.76-84.
RAIJ, B. van.; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J.A.; FURLANI, A.M.C. (Ed.).
Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo. 2.ed.
Campinas: IAC, 1997. 285p. (IAC. Boletim Técnico, 100).
RIVERA, R.; TRETO, E. Influencia de La fertilización-N y El tipo de planta
cultivada sobre la dinâmica de las formas minerales del N en suelo ferralitico
rojo compactado. Cultivos Tropicales, v.11, n.71-80, 1989.
RODRIGUES, J.D. Fisiologia da cana-de-açúcar. Botucatu: Instituto de
Biociências – Universidade Estadual Paulista-UNESP, 1995. 99p. Apostila.
ROSSIELLO, R.O.P. Bases fisiológicas da acumulação de nitrogênio e
potássio em cana-de-açúcar (Saccharum spp, cv. NA 56-79) em resposta à
adubação nitrogenada em cambissolo. 1987. 172p. Tese (Doutorado em Solos
e Nutrição de Plantas). Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
Universidade de São Paulo. Piracicaba.
RUSCHEL, A.P.; VOSE, P.B. Nitrogen cycling in sugarcane. Plant and Soil,
The Hague, v.67, p.139-146, 1982.
SALCEDO, I. H.; SAMPAIO, E. V. S. B.; CARNEIRO, C. J. G. Dinâmica de
nutrientes em cana-de-açúcar. IV. Perdas de N por lixiviação em cana- planta
fertilizada com ureia-15N. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.23,
n.7, p.725-732, jul. 1988.
SAMPAIO, E.V.S.B. SALCEDO, I.H.; ALVES, G.D. Mineralização do carbono
e do nitrogênio em solo cultivado com cana-de-açúcar. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, Viçosa, MG, v.9, p.33-38, fev.1985.
SAMPAIO, E.V.B.S.; SALCEDO, I.H.; SILVA, V.M.; ALVES, G.D.
Capacidade de suprimento de nitrogênio e resposta à fertilização de vinte solos
41
de Pernambuco. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas v.19, n.3,
p.269-279, 1995.
SILVEIRA, J.A.G. Interações entre assimilação de nitrogênio e o
crescimetno da cana-de-açúcar (Saccharum spp) cultivada em condições de
campo. 1985. 152p. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas ) – Escola
Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo,
Piracicaba.
SOBRAL, A.F. de; LIRA, L.J.A. Adubação nitrogenada em cana-de-açúcar no
nordeste do Brasil. STAB, Açúcar, Álcool e Subprodutos, Piracicaba, v.1, n.5,
p.29-34, maio/ jun. 1983.
SOBRAL, A.F. de; LIRA, L.J.A. Efeitos da adubação com nitrogênio em cana-
soca no nordeste brasileiro. STAB, Açúcar, Álcool e Subprodutos, Piracicaba,
v.2, n.2, p.36-39, jan./fev. 1984.
TRIVELIN, P.C.O.; RODRIGUÊS, J.C.S.; VICTORIA, R.L. Utilização por
soqueira de cana-de-açúcar de início de safra do nitrogênio da aquamônia-15N e
ureia-15N aplicado ao solo em complemento à vinhaça. Pesquisa Agropecuária
Brasileira, v.31, p.89-99, fev. 1996.
TRIVELIN, P.C.O.; BENDASSOLLI, J.A.; OLIVEIRA, M.W. Potencialidade
da mistura de aquamônia com vinhaça na fertilização de canaviais colhidos sem
despalha a fogo. Parte I: Estabilidade química da mistura. STAB - Açúcar,
Álcool e Subprodutos. Piracicaba, v.16, n.3, p.26-29, jan. 1997.
TSAI, S.M.; RODRIGUES, J.M.; MELLOTTO, M.; TRIVELIN, P.C.O.
Aspecto biológico do aproveitamento do nitrogênio pela cana-de-açúcar. In:
SEMINÁRIO SOBRE TECNOLOGIAS DE MANEJO DE SOLOS E
ADUBAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR, 1., 1994, Ribeirão Preto. Anais...
Ribeirão Preto: IDEA, 1994. p.86-104.
UNIÃO DA INDÚSTRIA DE CANA-DE-AÇÚCAR - UNICA . Dados e
Cotações. Disponível em:<http://www.unica.com.br/dadosCotacao/estatistica/>.
Acesso em: 17 dez. 2008.
URQUIAGA, S.; CRUZ, K.H.S.; BODDEY, R.M. Contribution of nitrogen
fixation to sugarcane: nitrogen-15 and nitrogen-balance estimates. Soil Science
Society America Journal, Madison, v.56, n.1, p.105-114, Jan./Feb. 1992.
VALLIS, I.; KEATING, B.A. Uptake and loss of fertilizer and soil nitrogen in
sugarcane crops. In: CONFERENCE OF THE AUSTR5ALIAN SOCIETY OF
42
SUGAR CANE TECHNOLOGISTS, 16., Journsville, 1994. Proceedings.
Journsville: Watson Ferguson, 1994. p. 105-113.
VITTI, A.C. Utilização pela cana-de-açúcar (cana planta) do nitrogênio da
ureia (15N) e do mineralizado no solo em sistemas de manejo com ou sem a
queima. 1998. 93p. Dissertação (Mestrado em Energia Nuclear na Agricultura) -
Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Escola Superior de Agricultura “Luiz
de Queiroz”, Piracicaba.
VITTI, A. C. Adubação nitrogenada da cana-de-açúcar (soqueira) colhida
mecanicamente sem a queima prévia: manejo e efeito na produtividade.
2003.114p. Tese (Doutorado em Energia Nuclear na Agricultura) – Centro de
Energia Nuclear na Agricultura, Escola Superior de Agricultura “Luís de
Queiroz”, Piracicaba.
VITTI, A.C.; TRIVELIN, P.C.O.; GAVA, J.C.; PENATTI, C.P.; BOLOGNA,
I.R.; FARONI, C.E.; FRANCO, H.C.J. Produtividade da cana-de-açúcar
relacionada ao nitrogênio residual da adubação e do sistema radicular. Pesquisa
Agropecuária Brasileira, Brasília, v.42, n.2, p.249-256, fev.2007.
XAVIER, R. P. Contribuição da fixação biológica de nitrogênio na produção
sustentável da cultura de cana-de-Açúcar. 2006. 71p. Tese (Doutorado em
Fitotecnia) – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica.
YADAV, L.R.; KUMAR, R.; VERMA, R.S. Effects of nitrogen applied through
different carriers on yield and quality of sugarcane. Journal of Agricultural
Science, Cambridge, v.114, p.225-230, 1990.
ZAMBELLO JÚNIOR, E.; ORLANDO FILHO, J.; COLETTI, J.T.; ROSETTO,
A.J. Adubação de soqueiras em três variedades de cana-de-açúcar (Saccharum
spp) cultivadas em LE no Estado de São Paulo. Brasil Açucareiro, Rio de
Janeiro, v.89, n.3, p. 11-17, 1977.
ZAMBELLO JR. E.; ORLANDO FILHO, J. A adubação da cana-de-açúcar na
região centro-sul do Brasil. Boletim Técnico Planalsucar, Piracicaba, v.3, n.3,
p.1-26, mar. 1981.
ANEXOS
43
ANEXO A Página
TABELA 1A Características químicas e granulométricas do solo
da área experimental, profundidade de 0 a 20 cm e
de 20 a 40 cm............................................................
18
TABELA 2A Resumo da análise de variância para o teor de
nitrogênio na folha da cana-de-açúcar.......................
22
TABELA 3A Valores médios obtidos para o teor de nitrogênio na
folha da cana-de-açúcar............................................
23
TABELA 4A Resumo da análise de variância para número de
colmos por metro linear, avaliados...........................
24
TABELA 5A Valores médios de número de colmos por metro
linear obtido por ocasião da colheita.........................
25
TABELA 6A Resumo da análise de variância para o rendimento
de colmos e de açúcar................................................
26
TABELA 7A Valores médios de rendimento de colmos e
rendimentos de açúcar (t. ha
-1
)..................................
26
TABELA 8A Resumo da análise de variância para o comprimento
e diâmetro de colmos.................................................
28
TABELA 9A Valores médios de comprimento de
colmos.......................................................................
30
TABELA 10A Valores médios de diâmetro de
colmos.......................................................................
30
TABELA 11A Resumo das análises de variância para
características químico- tecnológicas de cana-de-
açúcar........................................................................
31
TABELA 12A
Valores médios para as características químico-
tecnológicas da cana-de-açúcar.................................
32
44
ANEXO B Página
FIGURA 1B Variação mensal da temperatura média do ar (°C)
dos anos de 2006 e 2007..............................................
17
FIGURA 2B Variação mensal da pluviosidade (mm) dos anos de
2006 e 2007.................................................................
17
FIGURA 3B Comprimento de colmos em função das doses de
nitrogênio aplicadas....................................................
29
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo