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CAROLINA MONTAGN CARVALHO
AVALIAÇÃO DO EMPREGO DA FOTOTERAPIA LASER
NO PROCESSO INFLAMATÓRIO INDUZIDO POR
CARRAGENINA NA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR DE RATO
UFPB - UFBA
PROGRAMA INTEGRADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Área de Concentração:
Laser em odontologia
SALVADOR
2008
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SALVADOR
2008
SUMÁRIO
CAROLINA MONTAGN CARVALHO
AVALIAÇÃO DO EMPREGO DA FOTOTERAPIA LASER NO
PROCESSO INFLAMATÓRIO INDUZIDO POR
CARRAGENINA NA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR DE RATO
Tese apresentada ao Programa Integrado
de s-
Graduação em Odontologia, da
Universidade Federal da Bahia e
Universidade
Federal da Paraíba em
cumprimento às exigências para obtenção
do título de Doutor em Odontologia.
Área de concentração: Laser em Odontologia.
Orientadores: Prof. Dr. Antônio Luiz Barbosa Pinheiro
Profª. Dr.ª Maria José Pedreira Ramalho
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CAROLINA MONTAGN CARVALHO
LASER NO PROCESSO INFLAMATÓRIO INDUZIDO POR
CARRAGENINA NA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
DE RATO.
Salvador, 17/12/2008
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________________
Prof. Dr. Antônio Luiz B. Pinheiro –Orientador - UFBA
___________________________________________
Prof. Dr. André Carlos de Freitas - UFBA
___________________________________________
Prof. Dr. Manoel Damião de Sousa Neto – FORP-USP
___________________________________________
Prof
a
. Dr
a
. Marleny E. M. Gerbi - UPE
___________________________________________
Prof
a
. Dr
a
. Gardênia M. M. Zumaeta - UEFS
AGRADECIMENTOS
A Deus,
Agradeço por iluminar os meus dias e por sua presença real em minha
vida. Obrigada por me guiar, me confortar e me fortalecer em mais uma etapa
do meu caminho. É Sua a vitória alcançada.
Aos meus pais,
Obrigada pelo apoio incondicional e por serem alicerces em minha vida.
Obrigada por acreditarem em mim e estarem ao meu lado compartilhando
todos os momentos alegres ou difíceis com amor, paciência e incentivo.
A minha irmã,
Agradeço pelo apoio, incentivo, amizade e admiração demonstrada.
A Daniel,
Obrigada por sua participação, paciência, apoio, dedicação e
principalmente por ser um verdadeiro companheiro nessa fase de desafio e na
minha vida. Agradeço por sua compreensão, amor, carinho e incentivo em
todos os momentos. Você foi fundamental para a realização deste trabalho.
Aos meus padrinhos,
Obrigada por me acolherem em São Paulo nos períodos necessários.
Agradeço o incentivo, carinho, suporte e preocupação com o andamento do
trabalho.
Ao Prof. Dr. Antônio Luiz Barbosa Pinheiro,
Obrigada por todo apoio, por compartilhar seu grande conhecimento e
ser fundamental na concretização desta etapa. Obrigada pela confiança,
incentivo, dedicação à ciência e por ser uma referência no mundo da pesquisa.
Agradeço por todas as vezes que me fez enxergar as coisas de forma mais
simples e clara, por todos os ensinamentos e por ser essencial na minha
inserção na pesquisa e aprendizado.
A Prof. Dra. Maria José Pedreira Ramalho,
Obrigada por ter me “adotado” com carinho e por toda ajuda na
execução do projeto. Agradeço pela orientação, por disponibilizar o espaço e
materiais necessários neste experimento. Obrigada pelo incentivo, apoio,
ensinamentos e palavras amigas. Sua participação foi muito importante para o
meu aprendizado e crescimento na pesquisa.
Ao Prof. Dr. Jean Nunes dos Santos,
Obrigada pela grande dedicação e apoio na análise histológica.
Agradeço pelo incentivo, paciência e preocupação. Obrigada por todo
conhecimento compartilhado, pela leitura das lâminas, ensinamento na
utilização do programa para avaliação, morfometria e fotografia, sugestões de
análise e todo o tempo dedicado para o andamento do trabalho. Agradeço
muita a contribuição essencial neste estudo e no meu aprendizado.
Ao Prof. Dr. João Gualberto de Cerqueira Luz,
Agradeço por me receber na USP, pelo suporte essencial para a
execução do trabalho e por todo o conhecimento compartilhado sobre as
estruturas da ATM. Obrigada pela paciência e dedicação na leitura das
lâminas, por me ensinar as técnicas adequadas para que a parte experimental
desta pesquisa fosse realizada. Obrigada por contribuir para o andamento do
trabalho em um dos momentos de grande dificuldade enfrentado nesta
pesquisa.
A Prof. Dra. Marília Treivillier,
Obrigada pelo apoio, receptividade e pelos testes de imunoistoquímica
no Laboratório de Patologia Oral da USP. Agradeço pelo ensinamento da
técnica e pelo conhecimento compartilhado.
A Flávia Lima,
Obrigada por sua essencial participação neste trabalho através do
ensinamento do modelo de indução da inflamação na ATM. Agradeço por me
receber em Ribeirão Preto, pelo tempo dedicado e possibilitar o meu
treinamento.
A Prof. Dra. Maria Cristina de Teixeira Cangussu,
Obrigada pela contribuição e pelos ensinamentos que me proporciona
desde antes do ingresso no Doutorado.
A Prof. Dra. Aparecida Cordeiro Marques,
Pelo apoio, auxílio, motivação e alegria durante todo o curso.
A Prof. Dra. Luciana Ramalho,
Obrigada por contribuir ao longo do curso.
Ao Prof. Dr. Márcio Cajazeiras,
Obrigada pelo auxílio no início desta pesquisa e contribuição na análise
histológica.
Aos colegas do Doutorado,
Sabrina via, Ferrnando Habib, Márcio Marchionni, Márcio Lisboa,
Cristina Nascimento, Lívia Prates, e, em especial, Priscila Chagas, Nicole
Ribeiro e Ana Paula Cavalcanti. Obrigada por compartilhar momentos de
alegrias e dificuldades do início ao fim do curso, pelo companheirismo e
amizade.
Aos estagiários do Centro de Laser,
Vocês foram muito importantes para a construção deste trabalho. A
ajuda de todos vocês na fase experimental foi fundamental. Obrigada em
especial a Juliana, Fernando, Thaís e Isabelle pela dedicação.
A Maria de Lourdes Silva Santos,
Agradeço sua atenção e tempo dedicado para a confecção das lâminas.
A Flávia Caló,
Obrigada pela receptividade, gentileza e atenção em São Paulo.
A Adenilda,
Agradeço o apoio e auxílio prestado nos momentos em que estive no ICS.
A Elisa Santos,
Obrigada por me receber na USP e colaborar no preparo das lâminas.
A Clarissa Gurgel e Manuela Nóia,
Obrigada por todo apoio na construção da pesquisa.
A Bárbara,
Obrigada pela amizade, pelo incentivo, pelas palavras de apoio que
foram importantes para nos fortalecermos e seguirmos confiantes para o
sucesso desta pesquisa.
A Sueli,
Secretária do Doutorado, pela atenção e colaboração durante o curso.
A todos os professores do Programa Integrado de Pós-Graduação em
Odontologia UFPB/UFBA,
Minha gratidão por toda contribuição.
A CAPES,
Pelo apoio e incentivo a pesquisa.
Aos amigos,
Pela torcida, pelas orações e palavras de motivação. Agradeço por
compartilhar com vocês essa vitória, em especial as Lemmi’s por toda amizade.
A todos que me ajudaram e contribuíram com este trabalho meu sincero
agradecimento.
“A fé em Deus nos faz crer no incrível, ver o invisível e realizar o
impossível”.
(Autor Desconhecido)
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS E TABELAS
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................
21
2. REVISÃO DA LITERATURA...........................................................................
24
2.1. DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR......................................................
24
2.2. INFLAMAÇÃO...............................................................................................
25
2.3. CARRAGENINA............................................................................................
28
2.4. ESTUDOS EXPERIMENTAIS DA ATM DE RATOS.....................................
31
2.5. FOTOTERAPIA LASER................................................................................
34
2.6. FOTOBIOMODULAÇÃO LASER NA INFLAMAÇÃO....................................
35
2.7. FOTOBIOMODULAÇÃO LASER NAS DTMs...............................................
38
3. PROPOSIÇÃO.................................................................................................
40
3.1. OBJETIVO GERAL.......................................................................................
40
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.........................................................................
40
4. METODOLOGIA..............................................................................................
41
4.1. ASPECTO ÉTICO.........................................................................................
41
4.2. MODELO EXPERIMENTAL E GRUPOS......................................................
41
4.3. PROCEDIMENTOS.......................................................................................
42
4.3.1. ANESTESIA...............................................................................................
42
4.3.2. INDUÇÃO DA INFLAMAÇÃO....................................................................
43
4.3.3. IRRADIAÇÃO.............................................................................................
43
4.3.4. MORTE ANIMAL E PROCESSAMENTO HISTOLÓGICO.........................
44
4.3.5. HISTOMORFOMETRIA.............................................................................
46
5. RESULTADOS.................................................................................................
49
5.1. AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA POR MICROSCOPIA DE LUZ ANÁLISE
DESCRITIVA – CÔNDILO E CÁPSULA ARTICULAR ........................................
49
5.2. AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA POR MICROSCOPIA DE LUZ –
EXPRESSÃO DE COLÁGENO NO CÔNDILO E NO DISCO ARTICULAR........
70
5.3. HISTOMORFOMETRIA – MEMBRANA SINOVIAL......................................
74
6. DISCUSSÃO....................................................................................................
78
7. CONCLUSÃO..................................................................................................
86
REFERÊNCIAS....................................................................................................
87
ANEXO 1..............................................................................................................
94
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
AINES Antiinflamatórios não esteróides
AsGaAl Arseneto de Gálio e Alumínio
ATM Articulação Temporomandibular
ATP Adenosina-trifosfato
cm Centímetro
cm
2
Centímetro quadrado
CW Continuous Wave
COX Cicloxigenase
DE Densidade de Energia
DP Densidade de Potência
DTM Disfunção Temporomandibular
FBML Fotobiomodulação Laser
Fig. Figura
FTL Fototerapia Laser
g Grama
HE Hematoxilina-Eosina
HeNe Hélio Neônio
iNOS Óxido Nítrico sintase induzível
IL-1β
Interleucina 1 beta
IL-6 Interleucina 6
IL-7 Interleucina 7
IV Infravermelho
J Joule
J/cm
2
Joule por centímetro quadrado
Laser Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation
ml Mililitros
µl Microlitros
µg Microgramas
mg Miligramas
mm
2
Milímetro quadrado
mW Miliwatts
nm Nanômetro
NFκB Fator Nuclear de transcrição kappa B
ON Óxido Nítrico
P Potência
PGE
2
Prostaglandina E
2
RNAm Ácido ribonucléico mensageiro
TNF-α Fator de necrose tumoral alfa
UFBA Universidade Federal da Bahia
UFPB Universidade Federal da Paraíba
V Vermelho
φ
Spot
λ
Comprimento de onda
® Marca registrada
% Por cento
LISTA DE FIGURAS
Figura 1
Agulha G30 conectada a microseringa Hamilton através da
cânula PE50 (UFPB/UFBA, 2008).
47
Figura 2
Injeção de carragenina na ATM esquerda do rato
(UFPB/UFBA, 2008).
47
Figura 3
Irradiação com o laser λ790nm na ATM esquerda
(UFPB/UFBA, 2008).
47
Figura 4
Campos padronizados para a contagem das camadas
celulares da membrana. Campo interno (I) e campo externo
(E), HE (UFPB/UFBA, 2008).
48
Figura 5 Campo interno de observação, HE (UFPB/UFBA, 2008). 48
Figura 6 Campo externo de observação, HE (UFPB/UFBA, 2008). 48
Figura 7 Grupo 1 - Região da ATM sem alteração 24 horas após a
injeção de solução salina (UFPB/UFBA, 2008).
52
Figura 8
Grupo 4 - Região da ATM com edema e presença de feridas
24 horas após a injeção de carragenina (UFPB/UFBA,
2008).
52
Figura 9
Grupo 5 - Região da ATM com edema e presença de feridas
24 horas após a injeção de carragenina (UFPB/UFBA,
2008).
52
Figura 10 Fotomicrografia do Grupo 1 (Solução salina)
Componentes articulares com aspecto de normalidade, HE
(UFPB/UFBA, 2008).
53
Figura 11
Fotomicrografia do Grupo 1 (Solução salina) Estruturas
normais da ATM: côndilo (C), disco articular (D) e fossa
articular (F), HE (UFPB/UFBA, 2008).
53
Figura 12
Fotomicrografia do Grupo 1 (Solução salina) – Camadas
bem definidas do côndilo: camada de tecido conjuntivo
fibroso (TF), proliferativa (P), fibrocartilagem (F) e osso
subcondral (O), HE (UFPB/UFBA, 2008).
54
Figura 13
Fotomicrografia do Grupo 1 (Solução salina) – Camadas
bem definidas do côndilo: camada de tecido conjuntivo
fibroso (TF), proliferativa (P), fibrocartilagem (F) e osso
subcondral (O), Azul de Toluidina (UFPB/UFBA, 2008).
54
Figura 14
Fotomicrografia do Grupo 4 (Carragenina) aos três dias.
Presença de infiltrado inflamatório misto na cápsula articular
estendendo-se no tecido muscular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
55
Figura 15
Fotomicrografia do Grupo 4 (Carragenina) aos três dias.
Observação de osteoclasto (seta) e área de reabsorção no
côndilo, HE (UFPB/UFBA, 2008).
55
Figura 16
Fotomicrografia do Grupo 5 (Carragenina + FTL IV) aos três
dias. Presença de discreto infiltrado inflamatório crônico na
lateral do côndilo, HE (UFPB/UFBA, 2008).
56
Figura 17
Fotomicrografia do Grupo 5 (Carragenina + FTL IV) aos três
dias. Observa-se discreta inflamação crônica na cápsula
articular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
56
Figura 18
Fotomicrografia do Grupo 6 (Carragenina + FTL IV+V) aos
três dias. Presença de intenso infiltrado inflamatório crônico
na cápsula articular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
57
Figura 19
Fotomicrografia do Grupo 6 (Carragenina + FTL IV+V) aos
três dias. Observa-se infiltrado inflamatório crônico na
cápsula articular estendendo-se entre o tecido muscular.
Presença de vilosidades e hiperplasia da membrana sinovial
(setas), HE (UFPB/UFBA, 2008).
57
Figura 20
Fotomicrografia do Grupo 7 (Laser Prévio + Carragenina)
aos três dias. Presença de discreto infiltrado inflamatório
misto na cápsula articular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
58
Figura 21
Fotomicrografia do Grupo 7 (Laser Prévio + Carragenina)
aos três dias. Presença de intenso infiltrado inflamatório
misto no colo do côndilo, HE (UFPB/UFBA, 2008).
58
Figura 22
Fotomicrografia do Grupo 8 (Laser Prévio + Carragenina +
FTL IV) aos três dias. Observa-se infiltrado inflamatório
composto predominantemente de linfócitos na cápsula e no
tecido muscular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
59
Figura 23
Fotomicrografia do Grupo 8 (Laser Prévio + Carragenina +
FTL IV) aos três dias. Observa-se infiltrado inflamatório na
cápsula e presença de células gigantes (setas), HE
(UFPB/UFBA, 2008).
59
Figura 24
Fotomicrografia do Grupo 9 (Laser Prévio + Carragenina +
FTL IV+V) aos três dias. Observa-se moderado infiltrado
inflamatório crônico no colo do côndilo, HE (UFPB/UFBA,
2008).
60
Figura 25
Fotomicrografia do Grupo 9 (Laser Prévio + Carragenina +
FTL IV+V) aos três dias. Observa-se moderado infiltrado
inflamatório linfocitário na cápsula e no tecido muscular, HE
(UFPB/UFBA, 2008).
60
Figura 26
Fotomicrografia do Grupo 2 (Solução salina + Laser IV) aos
7 dias Estruturas normais da ATM, o côndilo (C), o disco
articular (D) e a membrana sinovial (setas), HE
(UFPB/UFBA, 2008).
63
Figura 27
Fotomicrografia do Grupo 3 (Solução salina + Laser IV+V)
aos 7 dias –Observação do côndilo (C) com camadas
definidas, do disco articular (D), espaço supradiscal(ES) e
da fossa articular (F) com aspecto de normalidade, HE
(UFPB/UFBA, 2008).
63
Figura 28
Fotomicrografia do Grupo 4 (Carragenina) aos sete dias.
Presença de intenso infiltrado inflamatório crônico próximo à
cápsula articular e entre o tecido muscular, HE
(UFPB/UFBA, 2008).
64
Figura 29
Fotomicrografia do Grupo 4 (Carragenina) aos sete dias.
Presença de intenso infiltrado inflamatório crônico na
cápsula articular e vasos congestos, HE (UFPB/UFBA,
2008).
64
Figura 30
Fotomicrografia do Grupo 5 (Carragenina + FTL IV) aos
sete dias. Presença de discreto infiltrado inflamatório
crônico na cápsula articular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
65
Figura 31
Fotomicrografia do Grupo 5 (Carragenina + FTL IV) aos
sete dias. Observa-se infiltrado inflamatório composto de
linfócitos na cápsula articular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
65
Figura 32 Fotomicrografia do Grupo 6 (Carragenina + FTL IV+V) aos
sete dias. Observa-
se discreto infiltrado inflamatório e vasos
congestos na região lateral do côndilo, HE (UFPB/UFBA,
2008).
66
Figura 33
Fotomicrografia do Grupo 6 (Carragenina + FTL IV+V) aos
sete dias. Presença de vasos congestos e inflamação
crônica na cápsula articular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
66
Figura 34
Fotomicrografia do Grupo 7 (Laser Prévio + Carragenina)
aos sete dias. Presença de intenso infiltrado inflamatório
linfocitário na cápsula articular. Observam-se vilosidades na
membrana sinovial (setas), HE (UFPB/UFBA, 2008).
67
Figura 35
Fotomicrografia do Grupo 7 (Laser Prévio + Carragenina)
aos sete dias. Vasos congestos são observados na lateral
do côndilo. Presença de vilosidades na membrana sinovial
(seta), HE (UFPB/UFBA, 2008).
67
Figura 36
Fotomicrografia do Grupo 8 (Laser Prévio + Carragenina +
FTL IV) aos sete dias. Observa-se discreto infiltrado
inflamatório crônico na cápsula articular e discreta
hiperplasia da membrana sinovial, HE (UFPB/UFBA, 2008).
68
Figura 37
Fotomicrografia do Grupo 8 (Laser Prévio + Carragenina +
FTL IV) aos sete dias. Observa-se infiltrado inflamatório
composto de linfócitos na cápsula articular e vilosidades na
membrana sinovial (setas), HE (UFPB/UFBA, 2008).
68
Figura 38
Fotomicrografia do Grupo 9 (Laser Prévio + Carragenina +
FTL IV+V) aos sete dias. Observa-se moderada inflamação
crônica na cápsula e no tecido muscular, HE (UFPB/UFBA,
2008).
69
Figura 39
Fotomicrografia do Grupo 9 (Laser Prévio + Carragenina +
FTL IV+V) aos sete dias. Observa-se moderada infiltrado
inflamatório no colo do côndilo, HE (UFPB/UFBA, 2008).
69
Figura 40
Fotomicrografia do Grupo 2 (Solução salina + FTL IV)
Expressão discreta de colágeno no disco articular,
Picrosírius (UFPB/UFBA, 2008).
72
Figura 41
Fotomicrografia do Grupo 5 (Carragenina + FTL IV)
Expressão moderada de colágeno no disco articular,
Picrosírius (UFPB/UFBA, 2008).
72
Figura 42
Fotomicrografia do Grupo 1 (Solução salina) Expressão
discreta de colágeno nas camadas de tecido fibroso e
fibrocartilagem no côndilo, Picrosírius (UFPB/UFBA, 2008).
73
Figura 43
Fotomicrografia do Grupo 8 (Laser Prévio + Carragenina +
FTL IV) Expressão intensa de colágeno no côndilo,
Picrosírius (UFPB/UFBA, 2008).
73
Figura 44
Fotomicrografia do Grupo 1 (Solução salina) Membrana
sinovial classificada como Gau 0, HE (UFPB/UFBA, 2008).
76
Figura 45
Fotomicrografia do Grupo 3 (Solução salina + Laser IV+V)
aos três dias Membrana sinovial classificada como Gau 0,
HE (UFPB/UFBA, 2008).
76
Figura 46
Fotomicrografia do Grupo 4 (Carragenina) aos sete dias
Membrana sinovial classificada como Gau 1, HE
(UFPB/UFBA, 2008).
77
Figura 47
Fotomicrografia do Grupo 6 (Carragenina + Laser IV+V) aos
três dias Membrana sinovial classificada como Gau 1, HE
(UFPB/UFBA, 2008).
77
LISTA DE QUADROS E TABELAS
Quadro 1 Divisão e descrição dos grupos experimentais (UFPB/UFBA,
2008).
42
Quadro 2 Critérios para avaliação histológica (UFPB/UFBA, 2008). 45
Tabela 1
Quantidade de colágeno observada no côndilo no período de
três dias e sete dias (UFPB/UFBA, 2008).
70
Tabela 2
Quantidade de colágeno observada no disco articular no
período de três dias e sete dias (UFPB/UFBA, 2008).
71
Tabela 3
Graduação da espessura das camadas de células da
membrana sinovial (UFPB/UFBA, 2008).
75
RESUMO
As disfunções temporomandibulares (DTMs) são freqüentes na população e
geralmente estão associadas a processos inflamatórios. Estudos anteriores
têm evidenciado efeitos positivos da fotobiomodulação laser (FBML) nas DTMs.
Contudo, seu mecanismo de ação na resposta inflamatória da articulação
temporomandibular (ATM) ainda é pouco conhecido. O objetivo deste trabalho
foi avaliar através da análise histológica a ação da Fototerapia Laser - FTL
(AsGaAl, λ780nm - IV, P=50mW, CW, φ4mm
2
, 10J/cm
2
por sessão
isoladamente, ou associado ao λ660nm - V, P=40mW, 5J/cm
2
cada λ) na
resposta inflamatória da ATM de ratos induzida por carragenina. Oitenta e
cinco ratos Wistar foram divididos em nove grupos: G1 Solução salina; G2
Solução salina + FTL IV; G3 Solução salina + FTL IV+V; G4 Carragenina;
G5 – Carragenina + FTL IV; G6 – Carragenina + FTL IV+V; G7 – Laser prévio +
carragenina; G8 Laser prévio + carragenina + FTL IV e G9 Laser prévio +
carragenina + FTL IV+V, que foram subdivididos em subgrupos de três e sete
dias. Após o sacrifício, os espécimes de tecidos foram processados e corados
com HE, Picrosirius e Azul de Toluidina. Foi realizada análise descritiva das
estruturas que compõem a ATM, observação da expressão de colágeno no
côndilo e disco articular e contagem das camadas de células da membrana
sinovial. Nos grupos em que foi injetada solução salina não foi observada
reação inflamatória e os grupos irradiados não apresentaram diferença em
relação ao grupo não irradiado. Após injeção de carragenina, foram observados
intenso infiltrado inflamatório e proliferação do número de camadas da
membrana sinovial. O grupo irradiado com laser IV apresentou menor
inflamação e menor número de camadas nos dois períodos de observação
comparado a todos os grupos. A aplicação do laser prévio não promoveu
melhora nos resultados finais. Conclui-se que a FTL apresentou efeitos
positivos em relação à redução do infiltrado inflamatório e aceleração do
processo de inflamação, especialmente com a utilização do laser IV. Os grupos
irradiados apresentaram maior quantidade de colágeno no côndilo ao grupo
não irradiado. Os grupos irradiados com laser após a indução da inflamação
apresentaram número de camadas da membrana sinovial semelhante ao grupo
em que não foi induzida a inflamação.
Descritores: Articulação Temporomandibular, Carragenina, Inflamação
Fototerapia laser, Fotobiomudulação Laser.
ABSTRACT
Temporomandibular disorders (TMDs) are frequent in the population and
generally present an inflammatory component. Previous studies have
evidenced positive effects of laser photobiomodulation (LPB) on TMDs.
However, its mechanism of action on the inflammation of the
temporomandibular joint (TMJ) is not known yet. The aim of this study was to
evaluate, by light microscopy, the effects of laser phototherapy - LPT (GaAlAs,
λ780nm, infrared - IR, 50mW, CW, φ~ 4mm
2
, 10J/cm
2
per session, and its
association with λ660nm, red - R, 40mW, 5J/cm
2
each λ) in the inflammatory
process of the rat’s TMJ induced by carrageenan. Alterations on both food and
water intake and diuresis were also evaluated. Eighty five Wistar rats were
divided into nine groups: G1 - Saline Solution; G2 - Saline Solution + LPT IR;
G3 - Saline Solution + LPT IR+R; G4 - Carrageenan; G5 - Carrageenan + LPT
IR; G6 - Carrageenan + LPT IR+R; G7 - previous LPT + Carrageenan; G8 -
previous LPT + carrageenan + LPT IR and G9 - previous LPT+ carrageenan +
LPT IR+R, and then subdivided in sub-groups of three and seven days. After
animal death, specimens were taken, routinely cut and stained with HE, Sírius
Red and Toluidine Blue. Descriptive analysis of TMJ’s components was donne.
The collagen expression was observed in condyle and in articular disc. The
synovial cell layers were counted. The injection of salina solution did not
produced inflammatory reaction and the irradiated groups had not presented
difference compared to non irradiated ones. After carrageenan injection it was
observed intense inflammatory infiltration and synovial cell layers proliferation.
The infrared irradiated group presented less inflammation and less synovial cell
layers number compared to other groups. The previous laser irradiation did not
improve the results. It was concluded that the LPT presented positive effects
on inflammatory infiltration reduction and accelerated the inflammation process,
mainly with IR laser irradiation. The irradiated groups presented greater amount
of collagen in condyle compared to non irradiated. The number of synovial cell
layers was reduced on irradiated group.
Key Words: Temporomandibular Joint, Carrageenan, Inflammation, Laser
Phototherapy, Laser Photobiomodulation.
21
1. Introdução
As disfunções temporomandibulares (DTMs) apresentam geralmente um
componente inflamatório. No entanto, a patogênese da inflamação nas
articulações temporomandibulares (ATMs) tem sido baseada nos dados de outras
articulações sinoviais. Poucos estudos na literatura avaliaram apenas os eventos
imediatos do processo de inflamação das ATMs (HUTCHINS et al., 2000).
As características especiais das ATMs podem influenciar sua resposta
como articulação sinovial. A sua superfície, por exemplo, apresenta uma
cobertura de tecido fibroso denso, enquanto que a maioria das demais
articulações sinoviais são cobertas apenas por cartilagem hialina. Além disso,
as concentrações de algumas substâncias inflamatórias presentes na ATM
diferem das encontradas em outras articulações, como os níveis de substância
P, peptídeo relacionado a calcitonina e o neuropeptídeo Y, que se apresentam
mais elevados nas artrites das ATMs em humanos que na articulação do joelho,
provavelmente devido à inervação densa das ATMs (TOMINAGA et al., 1999).
As ATMs são susceptíveis a uma variedade de alterações inflamatórias,
incluindo as osteoartrites e a artrite reumatóide. Os sintomas mais freqüentes
são: dor ao movimentar, sensibilidade à palpação, rigidez, crepitação e
tumefação. Os objetivos terapêuticos do tratamento incluem a manutenção da
função aliviando a sintomatologia dolorosa e rigidez das ATMs. O uso de
medicamentos antiinflamatórios não esteróides é usualmente a primeira opção
de tratamento farmacológico (DURANDO et al., 2002).
22
A carragenina é um polissacarídeo amplamente utilizado para induzir
uma reação inflamatória em modelos animais, sendo utilizado no teste de
drogas e avaliação de novas terapias antiinflamatórias (PETER-SZABO et al.,
2007). Diversos estudos anteriores utilizaram com sucesso este modelo
(GAITÁN et al., 2005; GOULART et al.,2005).
A fototerapia laser (FTL) é uma opção de tratamento que pode ser
oferecida ao paciente em diversas áreas da clínica odontológica. A FTL é usada
principalmente para aliviar a dor, reduzir a inflamação e acelerar a cicatrização
(NER; HODE, 2004).
O uso da FTL para o tratamento de diversas patologias orofaciais vem
sendo realizado com sucesso. Esta modalidade de tratamento vem se tornando
bastante conhecida no tratamento das disfunções temporomandibulares, em
virtude da efetividade comprovada, receptividade dos pacientes e redução do
uso de medicamentos (BRUGNERA; PINHEIRO et al., 1998).
Estudos anteriores evidenciaram resultados positivos no uso da FTL em
DTMs (SERAFIM; TEODOROSKI, 2003) e no edema em pata de rato
(ALBERTINI et al., 2004). Os antiinflamatórios não esteróides (AINES) têm sido
utilizados para o tratamento de desordens articulares inflamatórias agudas e
crônicas. Embora o AINE possibilite a redução da inflamação no tecido alvo e
conseqüente redução da sintomatologia, o uso frequente, pode também
aumentar o risco de complicações como úlceras gástricas e nefrotoxidade. Desta
forma, a FTL apresenta-se como uma alternativa para a ação antiinflamatória,
eliminando estas reações desagradáveis (ISHIMARU, J. et al., 2003).
23
Estudos prévios evidenciaram efeitos positivos da FTL nas DTMs,
porém sua ação e mecanismo no infiltrado inflamatório da articulação
temporomandibular ainda são pouco conhecidos. Para os indivíduos portadores
de distúrbios na ATM este tratamento surge como uma alternativa de
tratamento não invasivo sem efeitos colaterais, restaurando a função e
reduzindo a sintomatologia dolorosa. Desta forma é necessário entender a
ação da luz laser nas ATMs para contribuir na sua aplicação clínica e
indicação.
24
2. Revisão da literatura
2.1. Disfunção Temporomandibular
As disfunções temporomandibulares (DTMs) são condições multifatoriais
nas quais os sintomas mais comuns são a dor (nos músculos e articulação), a
limitação do movimento e estalidos nos movimentos de abertura e fechamento
(FRICTON, 2004).
Os mecanismos fisiológicos das DTMs ainda são pobremente
conhecidos e são difíceis de serem avaliados em humanos. As disfunções da
ATM, especialmente associadas à inflamação, geralmente incluem
componentes biológicos e comportamentais (KERINS et al., 2003).
Tratamentos não-cirúrgicos das DTMs freqüentemente consistem de
medicações, como AINES e antidepressivos. Os AINES podem reduzir a
inflamação, mas também podem aumentar o risco de complicações, como,
úlceras gástricas e nefrotoxidade (HERSH et al. 2008; ISHIMARU et al. 2003).
Outros tratamentos indicados são: splints oclusais; fisioterapia e tratamento de
atividades parafuncionais (CETINER et al. 2006).
Os mecanismos intrínsecos que iniciam a inflamação da ATM, como nos
casos de osteoartrite e a história natural da mesma são ainda pouco
conhecidos na atualidade.
Estudos prévios demonstraram um aumento na concentração de IL-1β,
TNFe IL-6 no líquido sinovial de ATMs com alterações degenerativas. Essas
citocinas podem induzir a liberação de proteinases e estimular a expressão de
25
mediadores inflamatórios, resultando na degradação do osso e cartilagem e
inflamação na articulação (KANEYAMA et al., 2004).
2.2. Inflamação
A inflamação é uma resposta inespecífica do corpo a diferentes tipos
de agressões, constituindo-se, essencialmente, de uma resposta protetora que
inicia o processo de reparo tecidual. Na fase inicial da inflamação aguda, entre
zero e uma hora após estímulo agressor, moduladores tais quais a histamina e
a bradicinina estão envolvidos. Durante a fase tardia, as prostaglandinas, a
ciclooxigenase-2 (COX-2), a infiltração e a ativação de neutrófilos contribuem
para a resposta inflamatória (ALBERTINI et al, 2004; KHALIL et al., 1992).
A resposta inflamatória consiste em dois componentes principais: uma
reação vascular e uma reação celular. Muitos tecidos e lulas estão
envolvidos nestas reações, incluindo o fluido e as proteínas do plasma, as
células circulantes, os vasos sangüíneos e os componentes celulares e extra-
celulares do tecido conjuntivo. As células circulantes incluem neutrófilos,
monócitos, eosinófilos, linfócitos, basófilos e plaquetas. As células do tecido
conjuntivo, incluem os mastócitos que estão intimamente ligados aos vasos
sangüíneos, os fibroblastos do tecido conjuntivo, macrófagos locais e linfócitos.
A matriz extracelular, consiste em proteínas fibrosas estruturais, glicoproteinas
de adesão e proteoglicanos (KUMAR et al., 2005).
A inflamação se caracteriza pelos seguintes sinais: rubor, calor, tumor,
dor e perda da função, refletindo os efeitos das citocinas e de outros
26
mediadores inflamatórios nos vasos sanguíneos locais (KUMAR et al., 2005;
JANEWAY et al., 2007).
As inflamações agudas caracterizam-se pelo predomínio de fenômenos
exsudativos, ou seja, conseqüentes a alterações da permeabilidade vascular,
permitindo o acúmulo na região inflamada de líquido (edema), fibrina (que se
forma no interstício pela interação entre componentes do plasma e fatores dos
tecidos), leucócitos, especialmente neutrófilos e hemácias. Nas inflamações
crônicas, além destes elementos, ocorrem no local fenômenos produtivos, ou
seja, proliferação de vasos, fibroblastos (com conseqüente deposição de
colágeno), como também migração e proliferação local de monócitos e
linfócitos (KUMAR et al., 2005).
Na inflamação ocorrem alterações hemodinâmicas da circulação e da
permeabilidade vascular no local da agressão. A fase vascular reúne todas as
transformações ocorridas na microcirculação do local inflamado. Esta fase
ocorre alguns minutos após o início da ação do agente flogogístico; intervalo
em que se processa a liberação dos mediadores químicos (RANG et al., 2007).
Os mediadores envolvidos na origem da dor inflamatória também
exercem um papel essencial na ativação de outros eventos inflamatórios,
incluindo edema e migração leucocitária. As prostaglandinas podem ser
essenciais para a formação de edema e citocinas podem ser relevantes para o
recrutamento de leucócitos em diversos modelos de inflamação. Existem
evidências que esses eventos podem ocorrer de forma independente. Por
exemplo, drogas antitinflamatórias não esteróides não interferem na migração
leucocitária, mas inibem a formação de edema e dor. Analgésicos periféricos,
27
como a dipirona, reduzem a dor inflamatória sem afetar o edema e a migração
leucocitária (FERREIRA, 1972; WHITE et al., 2005).
A produção de prostaglandina, através do metabolismo do ácido
araquidônico pela cicloxigenase (COX), é um dos meios envolvidos na
patogênese da inflamação aguda. A fosfolipase A2 libera ácido araquidônico
dos fosfolipídios da membrana e a COX converte o ácido araquidônico em
prostaglandina. Existem dois tipos de COX: a COX-1 ou constitutiva, que
promove funções reguladoras como na circulação sanguínea renal, na
citoproteção da mucosa gástrica, e a COX-2 ou induzida, normalmente
indetectável na maioria dos tecidos (TILLEY et al., 2001).
Citocinas, como fatores de necrose tecidual, e diversas interleucinas
podem rapidamente regular a expressão da COX-2 e ela apresenta um
importante papel na inflamação. No entanto, estudos demonstraram que a COX-
2 também possui funções fisiológicas, não tendo papel somente em estados
patológicos. Nos rins a COX-2 regula a excreção de sal através da renina, o
volume circulante e a homeostasia da pressão arterial
(EGAN et al., 2002).
Estudos têm demonstrado um aumento na expressão de RNAm de
COX-2 em tecido subplantar de ratos com inflamação induzida por carragenina
(NANTEL et al., 1999).
A formação de radicais livres devido ao estresse durante o movimento
da mandíbula possui um efeito significativo na origem da DTM inflamatória
(MILAM et al., 1998). Níveis elevados de óxido nítrico (ON) e da expressão da
enzima óxido nítrico sintase induzível (iNOS) foram observados na membrana
sinovial de pacientes com inflamação da ATM (HOMMA et al., 2001).
28
O óxido nítrico (ON) é um radical envolvido na patofisiologia da
osteoartrite produzido por diversas células, incluindo os condrócitos. A iNOS é
uma enzima responsável pela síntese de óxido nítrico, a partir do aminoácido
L-arginina. Níveis aumentados de nitritos (usado como forma de mensuração
do ON foram encontrados no líquido sinovial de pacientes com osteoartrite
(CASTRO et al., 2006). Masuda et al. (2002) relataram a presença de iNOS em
células sinoviais na ATM de ratos.
O fator nuclear de transcrição Kappa B (NFκB) exerce uma função
essencial na regulação de genes associados à inflamação e está envolvido na
progressão da inflamação da ATM (YAMAZA et al., 2003). A forma ativada do
NFκB desloca-se do citoplasma para o núcleo e acelera a transcrição de genes
associados com a inflamação, como TNF-α, IL-1 e iNOS.
2.3. Carragenina
Durante a década de 60, a carragenina passou a ser muito utilizada
experimentalmente, por induzir uma reação inflamatória aguda (DI ROSA, 1972).
A carragenina é originada principalmente da alga Chondrus crispus,
Irish Moss, ocorrendo em Carragheen (Waterford, Irlanda), local em que cresce
em abundância. Material de composição semelhante foi isolado de outras algas
como Gigartina stellata e Rhodymenia palmata. A carragenina é um
mucopolissacarídeo extraído das paredes celulares de alga vermelha. Ela á
composta de polímeros aniônicos lineares compostos de 1, 3α-1, 4β-
galactanos, que possuem por cada unidade dissacarídea, um sulfato de (κ-),
29
dois de (ι-) ou três de (λ-). Em soluções iônicas, κ- e ι- associam-se em
estruturas helicoidais que formam géis rígidos ou flexíveis. A carragenina λ-
não forma hélices e são não-gelatinosos (SIGMA-ALDRICH).
A carragenina não gelatinosa é utilizada para induzir inflamação e dor
inflamatória em modelos de roedores, especialmente na pata. Recentemente, a
carragenina tem sido injetada diretamente na articulação dos roedores para
modelos de artrite. O uso da carragenina como agente irritante para indução de
edema na pata de rato foi introduzido por Winter; Risley e Nuss (1962). Logo
em seguida, o efeito da indometacina foi avaliado através deste modelo, que é
um dos métodos mais utilizados para o teste e avaliação de drogas e terapias
antiinflamatórias (MISIEWICZ et al., 1996). A carragenina é freqüentemente
utilizada como agente de indução da inflamação experimental e dor inflamatória
(PETER-SZABO et al., 2007).
A inflamação induzida por carragenina na pata de rato representa um
modelo de formação de edema e hiperalgesia, que tem sido utilizado
extensivamente no desenvolvimento de drogas antiinflamatórias não-esteróides
e inibidores seletivos da COX-2. Diversas evidências indicam que a COX-2
media o aumento na produção de prostaglandina E
2
no sistema nervoso central
que contribuem para a severidade das respostas inflamatórias e dolorosas
neste modelo. A COX-2 é rapidamente induzida na espinha dorsal e outras
regiões do sistema nervoso central após a injeção de carragenina na pata
(GUAY et al., 2004).
Peter-Szabo et al. (2007) introduziram um novo modelo de inflamação
subcrônica através da administração unilateral repetida de carragenina na
30
articulação do tornozelo de rato (450µg/30µl de carragenina diluída em solução
salina nos dias 1,4 e 7 e os resultados foram avaliados em 15 dias). A
administração repetida de carragenina promoveu edema e respostas
dolorosas, sugerindo que este é um modelo apropriado. Estes autores também
avaliaram a ação do diclofenaco oral, que reduziu significativamente o edema
no dia 3, e seu efeito anti-alodínico foi observado no dia 9.
Daher et al. (2004) relatou a utilização de injeções repetidas de
carragenina, 300µg com intervalo de 72 horas no joelho de ratos como um
modelo de inflamação crônica para avaliação da sensibilidade nociceptiva de
ratos.
Após a administração de carragenina na pata do rato ocorre uma
formação de bradicinina que induz subsequente liberação de citocinas
proinflamatórias (TNF-α, IL-1β) ativando a liberação de prostaglandinas e
aminas simpáticas (CUNHA et al., 2008).
Durante a inflamação aguda induzida por carragenina, vários
mediadores inflamatórios foram descritos no tecido da pata de rato, como
prostaglandinas (PGE
2
), leucotrienos (LTD4), interleucinas (IL-1 e IL-6), óxido
nítrico (ON) e espécies reativas de oxigênio. Esses mediadores apresentam
potenciais para continuar a estimulação da resposta inflamatória e sua
perpetuação (GUAY et al., 2004).
31
2.4. Estudos experimentais da ATM de ratos
A dor orofacial é mais comumente causada por inflamação, seja aguda
ou crônica, e geralmente esta dor é refratária a tratamentos existentes. Para que
ocorram evoluções nessa área é necessária uma melhor compreensão dos
mecanismos inflamatórios. Existem poucos estudos espeficos nos tecidos orais
ou faciais. Um modelo orofacial satisfatório tem a vantagem de permitir o estudo
da inflamação de uma maneira geral, assim como os mecanismos que podem
ser específicos deste tecido, como algumas formas de DTMs (HAAS et al. 1992).
A ATM normal do rato foi descrita histologicamente em alguns estudos. Ela
contém um disco que divide a cavidade articular em superior e inferior. A
eminência articular não é distinguida no rato. As superfícies articulares condilar e
temporal o cobertas por tecido fibrinoso, compacto e avascular, com o colágeno
constituindo o componente mais predominante. A porção anterior do disco
articular contém fibras de ligação do músculo pterigóideo lateral. Essa porção
gradualmente torna-se mais fina anteroposteriormente até a porção intermediária.
O disco é semelhante ao humano, porém a fossa articular é convexa. Posterior à
porção intermediária, o disco gradualmente aumenta em espessura e conecta-se
posteriormente ao tecido gorduroso retrodiscal. A porção anterior da membrana
sinovial na cavidade superior consiste de uma ou duas camadas de lulas e
apresenta uma superfície lateral lisa, onde medialmente apresenta uma superfície
irregular ou formação vilosa. O ligamento posterior é composto, principalmente, de
fibras cogenas e elásticas (MUTO et al., 1998).
32
Luz (1995) descreveu histologicamente a ATM do rato. As superfícies
articulares são recobertas por fibrocartilagem. O côndilo apresenta as
seguintes camadas: zona fibrosa, composta de feixes colágenos
entrecruzados; zona de mitose, delgada; zona cartilaginosa, correspondente à
cartilagem de crescimento; zona de ossificação, que apresenta trabéculas em
formação e zona óssea, correspondente a parte de maior volume. O disco
articular é composto de feixes colágenos e células condróides, compondo uma
fibrocartilagem.
O mecanismo do desenvolvimento e a progressão das DTMs ainda não
foram completamente elucidados (YAMAZA et al., 2003). Milam et al. (1998)
propuseram três modelos experimentais em animais para explicar a
patogênese da disfunção temporomandibular: lesão mecânica direta, hipóxia e
modelos de inflamação neurogênica.
Goulart et al.(2005) avaliaram o efeito da injeção de dois agentes
flogísticos, carragenina e formalina na ATM de rato e o processo inflamatório
induzido. Quarenta e cinco ratos foram utilizados neste estudo que descreveu
histologicamente as alterações nas ATMs em três horas, 24 horas, três dias,
sete dias e 15 dias após a indução. Uma injeção local única de carragenina e
formalina na ATM foi capaz de induzir a inflamação. No grupo da carragenina
com 15 dias nenhum sinal de inflamação e alteração dos tecidos foi observado.
Ertas et al. (2005) avaliaram a ação antiinflamatória da eritromicina na
inflamação asséptica da ATM de coelhos, induzida pela carragenina,
observando um efeito positivo para o tratamento deste tipo de inflamação.
33
Haas et al.(1992) desenvolveram um modelo de inflamação aguda na
ATM de ratos e utilizaram como sinais de inflamação o extravasamento
plasmático com azul de Evans e infiltração de neutrófilos polimorfonuclares.
Diversos estudos observaram hiperplasia da membrana sinovial em
ATM com osteoartrite (DIJIKGRAAF et al., 1996). Gynther et al. (1998)
definiram como hiperplasia sinovial da ATM um número maior que duas
camadas de células. Estes autores propuseram o seguinte sistema de
graduação: normal (1 a 2 camadas de células), hiperplasia leve (2 a 3
camadas), hiperplasia moderada (3 a 5 camadas), hiperplasia intensa (5 ou
mais camadas). Muto et al. (1998) criaram outro sistema de classificação: Grau
0 (1 a 3 camadas), Grau 1 (4 a 6 camadas) e Grau 2 (7 ou mais camadas).
A membrana sinovial consiste de uma porção superficial de células
conjuntivas, denominada camada íntima que se está presente sobre uma
camada de tecido conjuntivo densamente vascularizado e inervado,
denominada camada subíntima. A camada íntima apresenta diferentes tipos
celulares e apesar de compacta não é contínua e geralmente pode ser
visualizada em contato com o espaço articular. A camada subíntima é
constituída por um tecido conjuntivo frouxo que contém vasos sanguíneos,
linfáticos e nervos, além de uma escassa população de células como
fibroblastos, macrófagos e mastócitos. A superfície da membrana sinovial pode
apresentar pregas e projeções (DIJKGRAAF et al., 1996).
Yamaza et al. (2003) avaliaram a expressão de NFκB e iNOS na
membrana sinovial da articulação temporomandibular de ratos com inflamação
induzida por hipermovimento do côndilo. Através da imunoistoquímica foi
34
identificada reatividade de NFκB no citoplasma nos ratos com inflamação e nos
controles, enquanto na histoquímica southwestern foi demonstrada maior
expressão deste no núcleo com inflamação presente. Também foi observado
um aumento do número de células sinoviais com imunoreatividade para iNOS
após inflamação.
Ozaki et al. (2008) observaram histologicamente a ATM de ratos com
alterações inflamatórias causadas por abertura mandibular e ressecção do
masseter, e avaliaram a expressão da COX-2 e iNOS na membrana sinovial
através de imunoistoquímca. No grupo que associou a abertura mandibular
com ressecção do masseter observou-se maiores alterações inflamatórias,
incluindo hiperplasia sinovial, vascularização dilatada, deposição de fibrina e
intensa reatividade para COX-2 e iNOS.
2.5. Fototerapia Laser
Os laseres de diodo têm sido cada vez mais utilizados na odontologia e
na medicina. Este tipo de laser emprega cristais semicondutores como meio
ativo, que após a excitação irá emitir radiação coerente no espectro vermelho
ou infravermelho, geralmente entre λ630 e λ980nm (KNAPPE et al., 2004).
O mecanismo biomolecular de interação do laser em baixa potência,
consiste em efeito foto-físico ou foto-elétrico e estes efeitos provocam
modificações nos potenciais de membrana. Em decorncia dos efeitos
bioelétricos, a radiação laser provoca um aumento de íons de sódio e diminuição
de íons potássio na região extracelular, e inversamente a vel intracelular,
35
levando a incrementos de ATP mitocondrial e favorecendo reações que interferem
no metabolismo celular. Com a atividade celular aumentada, ocorre maior síntese
de DNA e RNA; incremento na formação de colágeno e precursores; aumento do
nível de β-endorfina, peptídeo responsável pelo efeito analgésico; variação
quantitativa de prostaglandinas, oferecendo efeito antiinflamatório; modulação na
ntese de proteínas, na revascularização, na proliferação e diferenciação celular.
Em estados fisiológicos alterados, o laser interfere no processo de troca nica,
acelerando o incremento de ATP (KA, 1987).
A mensuração da penetração e absorção da luz em tecido biológico é
dependente de muitas variáveis, e uma delas é o comprimento de onda. Tem
sido demonstrado que a luz infravermelha apresenta uma profundidade de
penetração de aproximadamente 3mm, enquanto a luz vermelha possui uma
penetração de 1mm (BJORDAL et al., 2003).
O aumento na produção de colágeno, no número de fibroblastos, além
do aumento da circulação sanguínea dentro do tecido regenerado e o efeito
supressivo nas reações imunes são efeitos alcançados no tratamento através
da fotobiomodulação laser (FBML) (BRUGNERA; PINHEIRO, 1998).
2.6. Fotobiomodulação laser na inflamação
A FTL tem sido utilizada no tratamento de pacientes com patologias
inflamatórias, reduzindo o processo de inflamação aguda, estimulando a
cicatrização e reduzindo a dor (BJORDAL et al., 2006).
36
Técnicas como estimulação elétrica, ondas curtas, ultra-sons e laser têm
sido utilizados clinicamente em pacientes com patologias inflamatórias, como
uma alternativa ao tratamento convencional com antiinflamatórios esteróides e
não-esteróides. A terapia física é utilizada para reduzir a inflamação, reduzir a
dor musculoesquelética e restaurar a função motora e incluem exercícios e
técnica manuais. As modalidades eletrofísicas incluem o TENS (estimulação
nervosa transcutânea elétrica), ultra-som e o laser (MCNEELY et al., 2006).
Desde o início de 1960, diferentes comprimentos de onda e diferentes
doses da radiação laser têm sido utilizados, especialmente na redução da duração
da inflamação aguda, na estimulação do reparo tecidual e alívio da dor (TUR;
HODE, 2004). Pom, poucos estudos relatam o mecanismo de ação da
irradiação laser na produção de efeitos antiinflamatórios, a maioria dos estudos
avalia apenas as propriedades analgésicas do laser (ALBERTINI et al., 2004).
A fototerapia laser tem se mostrada efetiva na redução do edema e da
expressão de RNAm de COX-2. Albertini et al. (2007) avaliaram o efeito da
FBML (laser diodo, 30 mW, 7,5 J/cm
2
, λ de 660nm - Kondortech e 684nm
Theralase, DMC), aplicada uma hora após a indução de inflamação por
carragenina em tecido subplantar de ratos. A carragenina aumentou o edema,
assim como os níveis de RNAm de COX-2. Aimbire et al.(2005) utilizaram o
laser de diodo, AsGaAl, λ685nm, 12mW, φ0,08cm
2
e doses de 1J/cm
2
, 2,5J/cm
2
e 5J/cm
2
em modelo induzido de inflamação em rato e demonstraram que a
FTL produziu um efeito antiinflamatório em associação com a inibição de
metabólitos derivados da COX-2.
37
A expressão de RNAm para as citocinas TNF-α, IL- e IL-6 foi
reduzida nos grupos irradiados com laser diodo, 30mW, λ660nm e λ684nm,
dose de 7,5J/cm
2
em relação ao grupo controle (p<0,001) na inflamação da
pata de ratos induzida por carragenina (ALBERTINI et al., 2008).
Ensaios laboratoriais controlados concluíram que a FBML pode reduzir a
inflamação através da redução dos níveis de PGE2 e inibição da COX-2 em
culturas de células. Os níveis de RNAm da COX-2 foram reduzidos com a
utilização do laser diodo (AsGaAl, λ830nm, 700mW, fibra óptica 0,6mm, doses
variando entre 0,95 a 6,32 J/cm
2
, 3 a 20 minutos) e os níveis de RNAm da
COX-1 não foram alterados (SAKURAI et al. 2000). Estudos in vivo em
cápsulas articulares de animais também mostraram uma redução dos níveis de
PGE2 com o uso da FTL. Este resultado foi observado quando doses entre 0,4
a 19J foram utilizadas com densidade de energia entre 5 a 21,2 mW/cm
2
(BJORDAL et al. 2003).
O tempo de irradiação é outro fator importante na efetividade da
fototerapia laser na inflamação. Castano et al. (2007) demonstraram em seu
estudo que o laser de diodo, λ810nm, φ45mm, foi efetivo no tratamento de
artrite inflamatória no joelho de ratos induzida por Zimosan, um polissacarídeo
que estimula a produção de citocinas inflamatórias e ativa a resposta imune
inata. A irradiação foi realizada diariamente durante cinco dias com doses de 3
J/cm
2
(DP= 5mW/cm
2
, 1minuto e 50mW/cm
2
, 10minutos) e 30J/cm
2
(DP=
5mW/cm
2
, 10minutos e 50mW/cm
2
, 100minutos). Os resultados foram
comparados ao grupo controle positivo que recebeu tratamento convencional
38
com dexametasona. O tempo maior de irradiação foi mais importante na
determinação da efetividade do que a dose ou potência.
2.7. Fotobiomodulação laser nas DTMs
Muitos estudos e relatos publicaram o efeito positivo da FBML no
tratamento da dor em disfunções musculoesqueléticas, mas alguns resultados
ainda são conflitantes e faltam informações precisas sobre os parâmetros
utilizados.
Bjordal et al. (2006) revisaram o efeito da FBML na dor aguda e
concluíram que a luz laser pode modular o processo inflamatório de forma
dose-dependente e pode, significativamente, reduzir a dor de origem
inflamatória. Porém, consideram que são necessários mais estudos clínicos
com a aplicação de doses adequadas para estimar precisamente a magnitude
do efeito da luz laser.
A FBML tem se mostrada efetiva para o tratamento da DTM e pode ser
considerada como uma alternativa a outros métodos. Diversos estudos
anteriores comprovaram a efetividade da FTL na redução da sintomatologia
dolorosa em pacientes com DTM, utilizando o laser diodo, λ830nm, nas doses
de 7J/cm
2
, 10J/cm
2
e 15J/cm
2
(CETINER et al., 2006; FIKÁCKOVÁ et al., 2006)
e utilizando a associação do laser diodo IV (λ790nm) com o laser V (λ632nm) na
dose de 1,7J/cm
2
(PINHEIRO et al., 1997). A FTL também se mostrou efetiva na
melhora da abertura xima de boca. O efeito positivo do laser diodo, λ830nm
39
(7J/cm
2
) e λ670nm (3J/cm
2
por ponto) foi comprovado por diversos estudos
(CETINER et al., 2006; FIKÁCKNOVÁ et al., 2007; NÚNEZ et al., 2006).
Alguns estudos não relataram diferença na redução da dor da ATM
entre o grupo placebo e o grupo tratado com o laser de HeNe, λ632nm, 30mW,
na dose de 1,5J/cm
2
, utilizando a Escala Visual Analógica (EVA) para avaliação
ou relataram redução da EVA do grupo irradiado com laser λ780nm, 30mW,
6,3J/cm
2
em três pontos, porém sem diferença estatisticamente significante em
relação ao grupo placebo (EMSHOFF et al., 2008; VENÂNCIO et al., 2005).
40
3. Proposição
3.1. Objetivo geral
Avaliar, estrutural e morfometricamente, através da microscopia de luz, o
efeito da FTL no processo inflamatório induzido por carragenina na ATM de
ratos e a aplicação da FBML (AsGaAl, λ780nm, P=50mW, 10J/cm
2
por sessão
isoladamente ou associado ao λ660nm, P=40mW, 5J/cm
2
cada λ).
3.2. Objetivos específicos
Descrever e comparar alterações na cápsula articular e no côndilo atras
da caracterização do infiltrado inflamatório;
Observar alterações morfológicas e expressão de fibras colágenas no
disco articular e no côndilo;
Avaliar alterações na membrana sinovial através da contagem das
camadas de células.
41
4. Metodologia
4.1. Aspecto ético
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissão de Ética na
Experimentação Animal da Faculdade de Odontologia da Universidade
Federal da Bahia (Anexo 1).
O presente estudo respeitou todos os princípios éticos de
experimentação animal, bem como as normas didático-científicas da
vivissecção de animais, de acordo com a Lei 11.794, de 08 de outubro de
2008.
4.2. Modelo experimental e grupos
O modelo experimental utilizado foi o rato Wistar da espécie Rattus
norvegicus, machos, com peso médio de 200 gramas. Os procedimentos e a
manutenção dos ratos ocorreram no Instituto de Ciência da Saúde (ICS) da
Universidade Federal da Bahia. Os animais foram mantidos em gaiolas
apropriadas, forradas com maravalha, contendo cinco ratos em cada, em local
livre de ruídos, mantidos em condições normais de temperatura, umidade e
luminosidade, com períodos iguais de exposição à luz e à escuridão.
Receberam ração comercial para roedores (Labina®) e água ad libidum.
Oitenta e cinco ratos foram divididos em nove grupos e subdivididos em dois
subgrupos de três e sete dias, com cinco ratos cada:
42
Quadro 1- Divisão e descrição dos grupos experimentais (UFPB/UFBA, 2008).
G1 Sem laser
prévio
Solução salina Sem FTL
pós
3 dias 5 ratos
G2 Sem laser
prévio
Solução salina FTL IV 3 dias
7 dias
5 ratos
5 ratos
G3 Sem laser
prévio
Solução salina FTL IV +V 3 dias
7 dias
5 ratos
5 ratos
G4 Sem laser
prévio
Carragenina Sem FTL
pós
3 dias
7 dias
5 ratos
5 ratos
G5 Sem laser
prévio
Carragenina FTL IV 3 dias
7 dias
5 ratos
5 ratos
G6 Sem laser
prévio
Carragenina FTL IV +V 3 dias
7 dias
5 ratos
5 ratos
G7 Laser prévio Carragenina Sem FTL
pós
3 dias
7 dias
5 ratos
5 ratos
G8 Laser prévio Carragenina FTL IV 3 dias
7 dias
5 ratos
5 ratos
G9 Laser prévio Carragenina FTL IV +V 3 dias
7 dias
5 ratos
5 ratos
4.3. Procedimentos:
4.3.1. Anestesia
Os ratos foram submetidos à anestesia geral com injeção intraperitonial
de cloridrato de cetamina (Vetaset
) e xilazina (Copazine®), na posologia de
0,06ml/100g e 0,03ml/100g respectivamente.
43
4.3.2. Indução da Inflamação
Foi realizado um adequado treinamento para padronização do local da
injeção (ATM esquerda) através da utilização do corante Azul de Evans. Foi
realizada a tricotomia por arrancamento da região da ATM esquerda e os ratos
foram submetidos à indução da inflamação através da injeção de 20µl de
carragenina (C1867, Sigma-Aldrich®), diluída a 1% em solução salina. Os ratos
dos grupos em que não foi induzida a inflamação receberam a injeção de 20µl
de solução salina. Uma agulha de calibre G30 foi conectada a uma micro
seringa Hamilton de 50µl através de uma cânula de polietileno (PE 50), que foi
aquecida e moldada para se adaptar na Hamilton sem vazamentos (Fig. 1).
Esta foi inserida posteriormente ao processo zigomático do osso temporal e
movimentada anteriormente através do espaço articular superior até contatar a
parede póstero-lateral do côndilo (Fig. 2).
4.3.3. Irradiação
O aparelho utilizado foi o diodo de Arseneto de Gálio e Alumínio
(AsGaAl), modelo Twin Laser (MMoptics®), λ790nm, com potência de 50mW e
λ660nm, com potência de 40mW, CW (Continuous Wave) e diâmetro do feixe
na ponteira de 4mm
2
.
Os grupos G7, G8 e G9 receberam a primeira aplicação de laser 24
horas antes da indução(10J/cm
2
, λ790nm e 50mW). A FTL pós foi realizada 24
horas após a indução, com intervalo de 48 horas durante o período
44
experimental de três ou sete dias. Os grupos G2, G5 e G8 foram irradiados
com dose de 10J/cm
2
, λ790nm e 50mW. Os grupos G3, G6 e G9 receberam a
associação dos comprimentos de onda: 5J/cm
2
do λ790nm, 50mW e 5J/cm
2
do
λ660nm, 40mW. A irradiação foi realizada em contato na ATM esquerda em um
ponto, identificado por palpação no mesmo local da indução da inflamação, de
forma perpendicular (Fig. 3).
4.3.4. Morte animal e processamento histológico
Ao término do tempo experimental, os animais foram sacrificados com
uma overdose intraperitoneal de anestésico - cloridrato de cetamina (Vetaset
)
e xilazina (Copazine®). A pele de toda a cabeça foi removida e foi realizada
uma fixação intermaxilar com resina acrílica nos incisivos e molares do lado
direito, antes da fixação por 48 horas em formol tamponado (composição:
100ml de formol PA de 37 a 40%, 900ml de água destilada, 4g de fosfato de
sódio monobásico, 6,5g de fosfato de sódio dibásico por litro). Após a
descalcificação com ácido fórmico a 5% durante 48 horas, verificada sua
efetividade por apresentar consistência borrachóide, foi realizado um corte
coronal da cabeça do rato com uma navalha passando pelas duas ATMs. O
local do corte foi definido entre a cavidade orbitária e o conduto auditivo,
dividindo esta distância por três, o corte foi realizado no terço próximo ao
conduto auditivo. Os espécimes de tecidos foram processados de acordo com
a rotina para inclusão em parafina. Os blocos submetidos à inclusão foram
identificados e submetidos à microtomia. Cortes de 5µm foram corados com
45
HE, Azul de Toluidina e Picrosirius. A análise descritiva comparativa foi
realizada no Laboratório de Patologia Cirúrgica Oral do Departamento de
Diagnóstico e Terapêutica da Faculdade de Odontologia da Universidade
Federal da Bahia FOUFBA e no Departamento de Cirurgia e Traumatologia
da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo FOUSP de
acordo com os critérios apresentados no Quadro 2. A descrição de alterações
morfológicas, infiltrado inflamatório e vascularização foram realizadas, com as
colorações HE e Azul de Toluidina, através da observação da região da
cápsula articular e côndilo. A presença de colágeno foi observada com a
coloração de Picrosirius na região do disco articular e nas camadas de tecido
fibroso e camada de fibrocartilagem do côndilo.
Quadro 2- Critérios para avaliação histológica (UFPB/UFBA, 2008).
Critério Discreto Moderado Intenso
Inflamação aguda
(cápsula e côndilo)
Presença de <25% de
neutrófilos
Presença de <25-50% de
neutrófilos
Presença de >50% de
neutrófilos
Inflamação crônica
(cápsula e côndilo)
Presença de <25% de
células inflamatórias
crônicas.
Presença de <25-50% de
células inflamatórias
crônicas.
Presença de >50% de
células inflamatórias
crônicas.
Vascularização
(cápsula e côndilo)
Presença de <25% de vasos
sanguíneos no campo
observado
Presença de <25-50% de
vasos sanguíneos no
campo observado
Presença de >50% de
vasos sanguíneos no
campo observado
Colágeno
(disco articular e
camadas de tecido
fibroso e fibrocartilagem
do ndilo)
Marcação de Picrosirius
<50% da extensão da
estrutura observada
Marcação de Picrosirius
em 50% da extensão da
estrutura observada
Marcação de Picrosirius
>50% da extensão da
estrutura observada
46
4.3.5. Histomorfometria
Para contagem das camadas de células da membrana sinovial foram
selecionados dois campos de cada ATM de todos os ratos denominados
externo e interno (Figs. 4, 5 e 6). As camadas de células foram contadas em
cada campo e em seguida calculada a média por cada subgrupo de 5 ratos por
campo.
Graduação histopatológica do número de camadas foi realizada de
acordo com a metodologia proposta por Muto et al.(1998). A hiperplasia
sinovial da membrana foi graduada de 0 a 2:
Grau 0 – presença de 1 a 3 camadas de células;
Grau 1 – presença de 4 a 6 camadas de células;
Grau 2 – presença de 7 ou mais camadas de células.
47
Fig. 2
Injeção de
carragenina na ATM
esquerda do rato (UFPB/UFBA, 2008).
Fig. 3
Irradiação com o laser
λ
λλ
λ
790nm na ATM esquerda
(UFPB/UFBA, 2008).
Fig. 1
Agul
ha G30 conectada a microseringa Hamilton
através da cânula PE50 (UFPB/UFBA, 2008).
48
I
Fig
.
4
-
Campos padronizados para a contagem das
camadas celulares da membrana. Camp
o interno (I) e
campo externo (E
), HE (UFPB/UFBA, 2008).
Fig. 5
Campo interno
de observação, HE
(UFPB/UFBA, 2008).
Fig
. 6
Camp
o
externo
de observação, HE
(UFPB/UFBA, 2008).
E
49
5. Resultados
Os ratos apresentaram boa evolução no período pós-indução da
inflamação e permaneceram em condições de temperatura e luminosidade
saudáveis durante o período de observação.
Macroscopicamente foi observado edema na região em que foi injetada
a carragenina nas primeiras 24 horas e após esse período a região da ATM
esquerda apresentou áreas feridas provocadas pelas patas dos ratos (Figs. 7,
8 e 9).
5.1. Avaliação Histológica por Microscopia de Luz Análise Descritiva -
Côndilo e Cápsula Articular
Três dias
Grupo 1 (Solução salina)
Os componentes da ATM, côndilo, disco articular e fossa articular
apresentaram características usuais (Figs. 10 e 11). O ndilo apresentou as
camadas bem definidas: superfície articular composta por tecido fibroso; zona
proliferativa; fibrocartilagem com condrócitos em várias camadas e osso
subcondral com espaços medulares (Figs. 12 e 13).
Grupo 2 (Solução salina + FTL IV)
Os componentes articulares apresentaram características de
normalidade similar ao Grupo1. A vascularização apresentava-se discreta.
50
Grupo 3 (Solução salina + FTL IV+V)
Os componentes articulares apresentaram características de
normalidade similar ao Grupo1. Foi observada moderada vascularização.
Grupo 4 (Carragenina)
Na região próxima à cápsula articular e ao côndilo foi observado
infiltrado inflamatório misto intenso estendendo-se entre as fibras musculares
(Fig. 14). Exsudato fibrinoso foi observado próximo ao côndilo. Áreas de
reabsorção na lateral do côndilo foram observadas (Fig. 15). A vascularização
na região articular estava discreta. Observou-se espessamento da membrana
sinovial com áreas focais de hiperplasia e presença de tecido de granulação.
Grupo 5 (Carragenina + FTL IV)
Na região lateral do côndilo (Fig. 16) e na cápsula articular (Fig. 17) foi
observado discreto infiltrado inflamatório composto predominantemente por
linfócitos. Na região próxima ao côndilo estavam presentes vasos congestos.
Nas laterais do côndilo estavam presentes áreas de reabsorção em 2 casos.
Discreta vascularização foi observada. Áreas focais de hiperplasia foram
observadas na membrana sinovial.
Grupo 6 (Carragenina + FTL IV+V)
Observou-se intenso infiltrado inflamatório crônico próximo à cápsula
articular, na região de côndilo e estendendo-se entre as fibras musculares (Fig.
18). Exsudato fibrino-hemorrágico foi observado na região próxima ao côndilo.
Nas laterais do côndilo observou-se reabsorção e na região mais central do
côndilo a presença de células gigantes. Discreta vascularização foi observada.
51
Na membrana sinovial foram observadas extensas áreas de hiperplasia e
presença de vilosidade nesta região (Fig. 19).
Grupo 7 (Laser prévio + Carragenina)
Presença de inflamação discreta na cápsula articular (Fig. 20) e infiltrado
inflamatório misto intenso no colo do côndilo (Fig. 21). Vasos congestos foram
observados no colo do côndilo. Nas regiões laterais do côndilo foram
observadas células gigantes e osteoclastos estavam presentes próximos à
cartilagem. A vascularização apresentou-se discreta. Áreas escassas de
hiperplasia foram observadas na membrana sinovial.
Grupo 8 (Laser prévio + Carragenina + FTL IV)
Infiltrado inflamatório moderado presente no colo do côndilo, próximo à
cápsula articular e estendendo-se no tecido muscular (Fig. 22). Presença de
vasos congestos. Na região do côndilo foi observada a presença de células
gigantes (Fig. 23). A vascularização apresentava-se discreta. A membrana
apresentou áreas escassas de hiperplasia. Alteração vilosa da membrana
sinovial foi observada em um caso.
Grupo 9 (Laser Prévio + Carragenina + FTL IV+V)
Na região do colo do côndilo e da cápsula articular foi observado
moderado infiltrado inflamatório linfoplasmocitário (Figs. 24 e 25). Discreta
vascularização foi observada. Na membrana sinovial estavam presentes áreas
de hiperplasia e vilosidade.
52
Fig
7
-
Grupo 1
-
Região da
ATM sem alteração
24 horas
após a injeção de solução
salina (UFPB/UFBA, 2008).
Fig
8
-
Grupo 4
-
Região da
ATM
com edema e presença
de feridas 24 horas após a
injeção de carragenina
(UFPB/UFBA, 2008).
Fig
9
-
Grupo 5
-
Região da
ATM
com edema e presença
de feridas 24 horas após a
injeção de carragenina
(UFPB/UFBA, 2008).
53
Fig
. 10
Fotomicrografia do
Grupo 1 (Solução salina)
Componentes articulares com
aspecto de normalidade, HE
(UFPB/UFBA, 2008).
Fig
. 11
Fotomicrografia do
Grupo 1 (Solução salina)
Estruturas normais da ATM:
côndilo (C), disco articular (D)
e fossa articular (F), HE
(UFPB/UFBA, 2008).
C
D
F
54
Fig
. 12
Fotomicrografia do Grupo
1
(Solução salina)
Camadas
bem definidas do côndilo: camada de tecido conjuntivo fibroso
(TF), proliferativa (P), fibrocartilagem (F) e osso subcondral (O),
HE (UFPB/UFBA, 2008).
TF
P
F
O
Fig
. 1
3
Fotomicrografia do Grupo
1
(Solução salina)
Camadas bem definidas do côndilo: camada de tecido
conjuntivo fibroso (TF), proliferativa (P), fibrocartilagem (F) e
osso subcondral (O), Azul de Toluidina (UFPB/UFBA, 2008).
TF
P
F
O
55
Fig.
14
Fotomicrografia do Grupo 4 (Carragenina) aos três dias.
Presença de infiltrado inflamatório misto na cápsula articular
estendendo-se no tecido muscular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
Fig.
15
Fotomicrografia do Grupo 4 (Carragenina) aos três
dias.
Observação de osteoclasto (seta) e área de reabsorção
no côndilo, HE (UFPB/UFBA, 2008).
56
Fi
g. 16
Fot
omicrografia do Grupo 5
(Carragenina
+ FTL IV
)
aos três dias. Presença de discreto infiltrado inflamatório
crônico na lateral do côndilo, HE (UFPB/UFBA, 2008).
Fi
g. 17
Fotomicrografia do Grupo 5
(Carragenina
+ FTL IV)
aos três dias. Observa-se discreta inflamação crônica na
cápsula articular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
57
Fi
g. 18
Fotomicrografia do Grupo 6
(Carragenina
+ FTL IV+V
)
aos três dias. Presença de intenso infiltrado inflamatório
crônico na cápsula articular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
Fi
g. 19
Fotomicrografia do Grupo 6
(Carragenina
+ FTL IV+V)
aos três dias. Observa-se infiltrado inflamatório crônico na
cápsula articular estendendo-
se entre o tecido muscular.
Presença de vilosidades e h
iperplasia da membrana sinovial
(setas), HE (UFPB/UFBA, 2008).
58
Fi
g. 20
Fotomicrografia do Grupo 7
(
Laser Prévio +
Carragenina) aos três dias. Presença de discreto
infiltrado
inflamatório misto na cápsula articular
, HE (UFPB/UFBA,
2008).
Fi
g. 21
Fot
omicrografia do Grupo 7
(
Laser Prévio +
Carragenina) aos três dias. Presença de intenso
infiltrado
inflamatório misto no colo do côndilo, HE (UFPB/UFBA, 2008).
59
Fi
g. 22
Fotomicrografia do Grupo 8
(
Laser Prévio +
Carragenina + FTL IV) aos três dias. Observa-se
infiltrado
inflamatório
composto predominantemente de linfócitos na
cápsula e no tecido muscular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
Fi
g. 23
Fotomicrografia do Grupo 8
(
Laser Prévio +
Carragenina + FTL IV) aos três dias. Observa-se
infiltrado
inflamatório na psula e presença de células gigantes (setas)
,
HE (UFPB/UFBA, 2008).
60
Fi
g. 25
Fotomicrografia do Grupo 9
(
Laser Prévio +
Carragenina
+ FTL IV+V) aos três dias. Observa-se moderado
infiltrado
inflamatório linfocitário na cápsula e no tecido muscular
, HE
(UFPB/UFBA, 2008).
Fi
g. 24
Fotomicrografia do Grupo 9
(
Laser Prévio +
Carragenina
+ FTL IV+V) aos três dias. Observa-se moderado
infiltrado
inflamatório crônico no colo do côndilo, HE (UFPB/UFBA, 2008).
61
Sete dias
Grupo 2 (solução salina + FTL IV)
Caractesticas de normalidade dos componentes articulares foram
observadas (Fig. 26). A vascularização apresentava-se discreta.
Grupo 3 (solução salina + FTL IV+V)
Os componentes articulares também apresentaram características de
normalidade (Fig. 27). Presença de discreta vascularização foi notada.
Grupo 4 (Carragenina)
Infiltrado inflamatório intenso predominantemente composto por linfócitos
na cápsula articular foi observado (Fig. 28). Poucos vasos congestos estavam
presentes (Fig. 29). As camadas de cartilagem do côndilo apresentavam-se
preservadas e o tecido muscular não apresentou alteração. Foi visualizada
alteração degenerativa com reabsorção nas regiões laterais do ndilo. A
vascularização apresentou-se discreta. Na membrana sinovial foram
observadas vilosidades e áreas focais de hiperplasia.
Grupo 5 (Carragenina + FTL IV)
Processo inflamatório discreto linfocitário foi observado na cápsula
articular (Figs. 30 e 31). Foi observada uma região de reabsorção na lateral da
estrutura condilar em 3 casos. A vascularização apresentou-se discreta. Na
membrana sinovial estavam presentes áreas focais de espessamento sem
vilosidades.
Grupo 6 (Carragenina + FTL IV+V)
Processo inflamatório linfocitário variando de discreto a intenso e
presença de vasos congestos foi observada próximo ao colo do côndilo e à
62
cápsula articular (Figs. 32 e 33). Reabsorção na lateral do côndilo foi
observada em três casos. Discreta vascularização foi observada na região
articular. Na membrana sinovial observou-se áreas focais de espessamento.
Grupo 7 (Laser prévio + Carragenina)
Infiltrado inflamatório crônico intenso no colo do côndilo e na psula
articular foi observado (Fig. 34). Foi observada reabsorção nas porções laterais
do côndilo. Observou-se discreta vascularização. Áreas de hiperplasia na
membrana sinovial estavam presentes variando de escassas a intensas e
vilosidades foram observadas (Fig. 35).
Grupo 8 (Laser prévio + Carragenina + FTL IV)
Presença de infiltrado inflamatório variando de moderado a intenso no colo
do ndilo e com menor intensidade na cápsula (Fig. 36). Presença de vasos
congestos no côndilo. Em dois casos foi observada reabsoão lateral do côndilo.
A vascularização apresentou-se de discreta a moderada. Escassa hiperplasia na
membrana sinovial foi observada com áreas de vilosidades (Fig. 37).
Grupo 9 (Laser Prévio + Carragenina + FTL IV+V)
Processo inflamatório linfocitário moderado foi observado na cápsula
articular e próximo ao colo do côndilo (Figs. 38 e 39). Reabsorção na lateral do
côndilo foi observada em três casos. Presença de vasos congestos. Discreta
vascularização foi observada na região articular. Na membrana sinovial
observou-se áreas focais de espessamento.
63
Fig
. 26
Foto
micrografia do Grupo
2
(Solução salina
+ Laser
IV) aos 7 dias
Estruturas normais da ATM, o côndilo (C), o
disco articular (D) e a membrana sinovial (setas), HE
(UFPB/UFBA, 2008).
Fig
. 27
Fotomicrografia do Grupo
3
(Solução salina
+ Laser
IV+V) aos 7 dias
Observação do côndilo (C) com camadas
definidas, do disco articular (D), espaço supradiscal(ES) e da
fossa articular (F) com aspecto de normalidade, HE
(UFPB/UFBA, 2008).
C
D
F
C
D
ES
64
Fi
g. 29
Fotomicrografia do Grupo 4
(Carragenina
) aos set
e
dias. Presença de intenso infiltrado inflamatório crônico na
cápsula articular e vasos congestos, HE (UFPB/UFBA, 2008).
Fi
g. 28
Fotomicrografia do Grupo 4
(Carragenina
) aos sete
dias. Presença de intenso infiltrado inflamatório
crônico próximo
à cápsu
la articular e entre o tecido muscular, HE (UFPB/UFBA,
2008).
65
Fi
g. 30
Fotomicrografia do Grupo 5
(Carragenina
+ FTL IV) aos sete
dias. Presença de discreto infiltrado inflamatório crônico na
cápsula
articular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
Fi
g. 31
Fotomicr
ografia do Grupo 5
(Carragenina
+ FTL IV) aos
sete dias. Observa-se infiltrado inflamatório
composto de
linfócitos na cápsula articular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
66
Fi
g. 33
Fotomicrografia do Grupo 6
(Carragenina
+ FTL IV+V) aos
sete dias. Presença de vasos
congestos e inflamação crônica na
cápsula articular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
Fi
g. 32
Fotomicrografia do Grupo 6
(Carragenina
+ FTL IV+V) aos
sete dias. Observa-
se discreto infiltrado inflamatório e vasos
congestos na região lateral do côndilo, HE (UFPB/UFBA, 2008).
67
Fi
g. 34
Fotomicrografia do Grupo 7
(
Laser Prévio + Carragenina)
aos sete dias. Presença de intenso infiltrado inflamatório
linfocitário na cápsula articular. Observam-
se vilosidades na
membrana sinovial (setas), HE (UFPB/UFBA, 2008).
Fi
g. 35
Fotomicro
grafia do Grupo 7
(
Laser Prévio + Carragenina)
aos sete dias. Vasos congestos são observados na lateral do
côndilo. Presença de vilosidades na membrana sinovial (seta)
, HE
(UFPB/UFBA, 2008).
68
Fi
g. 37
Fotomicrografia do Grupo 8
(
Laser Prévio +
Carragenina
+ FTL IV) aos sete dias. Observa-se infiltrado inflamatório
composto de linfócitos na psula articular e vilosidades na
membrana sinovial (setas), HE (UFPB/UFBA, 2008).
Fi
g. 36
Fotomicrografia do Grupo 8
(
Laser Prévio +
Carrageni
na
+ FTL IV) aos sete dias. Observa-se discreto infiltrado inflamatório
crônico na cápsula articular e discreta hiperplasia da membrana
sinovial, HE (UFPB/UFBA, 2008).
69
Fi
g. 38
Fotomicrografia do Grupo 9
(
Laser Prévio +
Carragenina
+
FTL IV+V) aos sete dias. Observa-
se moderada inflamação crônica
na cápsula e no tecido muscular, HE (UFPB/UFBA, 2008).
Fi
g. 39
Fotomicrografia do Grupo 9
(
Laser Prévio +
Carragenina + FTL IV+V) aos sete dias. Observa-
se moderada
infiltrado inflamatório no colo do côndilo
, HE (UFPB/UFBA,
2008).
70
5.2. Avaliação Histológica por Microscopia de Luz Expressão de
colágeno no côndilo e no disco articular
A expressão de colágeno no ndilo foi observada nas camadas de
tecido conjuntivo fibroso e fibrocartilagem com a coloração de Picrosírius. Os
resultados são apresentados na Tabela 1.
Tabela 1 Quantidade de colágeno observada no côndilo no período de três dias e sete
dias (UFPB/UFBA, 2008).
Grupos
Descrição Três dias Sete dias
G1
(Sol. Salina)
Discreto --------
G2
(Sol. Salina + FTL IV) Discreto a
moderado
Intenso
G3 (Sol. Salina + FTL IV+V)
Discreto Intenso
G4
(Carragenina) Discreto a intenso Discreto a
moderado
G5
(Carragenina + FTL IV) Discreto a intenso Intenso
G6 (Carragenina + FTL IV+V)
Intenso Intenso
G7 (Laser Pré + Carragenina)
Moderado Intenso
G8 (Laser Pré + Carragenina +
FTL IV)
Intenso Moderado a
intenso
G9
(Laser Pré + Carragenina +
FTL IV+V)
Moderado Intenso
71
Nenhum grupo apresentou alterações morfológicas no disco articular. A
expressão de colágeno no disco articular observada com a coloração de
Picrosírius pode ser visualizada na Tabela 2.
Tabela 2 Quantidade de colágeno observada no disco articular no período de três dias
e sete dias (UFPB/UFBA, 2008).
Grupos
Descrição Três dias Sete dias
G1
(Sol. Salina)
Moderado --------
G2
(Sol. Salina + FTL IV) Moderado Discreto
G3 (Sol. Salina + FTL IV+V)
Discreto Moderado
G4
(Carragenina) Moderado Moderado
G5
(Carragenina + FTL IV) Moderado Moderado
G6 (Carragenina + FTL IV+V)
Intenso Discreto
G7 (Laser Pré + Carragenina)
Moderado Moderado
G8 (Laser Pré + Carragenina +
FTL IV)
Moderado Moderado
G9
(Laser Pré + Carragenina +
FTL IV+V)
Moderado Intenso
72
Fig
.
40
Fotomicrografia
do Grupo 2 (Solução salina + FTL
IV)
Expressão discreta de colágeno no disco articular,
Picrosírius (UFPB/UFBA, 2008).
Fig
.
41
Fotomicrografia
do Grupo 5 (Carragenina + FTL
IV)
Expressão moderada de colágeno no disco articular,
Picrosírius (UFPB/UFBA, 2008).
73
Fig
.
42
Fotomicrografia
do Grupo 1 (Solução salina)
Expressão discreta de colágeno nas camadas de tecido
fibroso e fibrocartilagem no côndilo,
Picrosírius (UFPB/UFBA,
2008).
Fig
43
Fotomicrografia
do Grupo 8 (Laser
Prévio + Carragenina
+ FTL IV)
Expressão intensa de colágeno no côndilo,
Picrosírius (UFPB/UFBA, 2008).
74
5.3. Histomorfometria – Membrana Sinovial
Alterações na espessura da membrana sinovial foram observadas nos
diferentes grupos e tempos de observação e a graduação por cada campo está
representada na Tabela 3.
Nos grupos em que foi realizada a injeção de solução salina (G1, G2 e
G3) não foi observada alteração no mero de camadas relacionada à
inflamação, apresentando grau 0 nos dois campos (externo e interno) e nos
dois tempos (três dias e sete dias) de observação (Figs. 44 e 45).
No grupo em que foi realizada a injeção de carragenina (G4) foi observada
hiperplasia da membrana resultante do processo inflamatório apresentando grau 1
nos dois campos analisados, nos peodos de ts e sete dias (Fig. 46).
O grupo 5 (carragenina+FTL IV) em três dias e sete dias, foi classificado
como grau 0 os campos externo e interno.
Aos três dias, o grupo 6 (carragenina+FTL IV+V) apresentou nos dois
campos um maior número de camadas, grau 1, (Fig. 47) e aos sete dias grau 0.
No grupo 7 (Laser prévio+carragenina) foi observado grau 1 em todos os
campos e períodos.
No período de três e sete dias do grupo 8 (Laser
prévio+carragenina+FTL IV) observou-se grau 0 no campo externo e grau 1 no
campo interno.
Aos três dias no grupo 9 (Laser prévio+carragenina+FTL IV+V) os
campos externo e interno foram classificados como grau 1 e aos sete dias
como grau 0.
75
Nenhum grupo ou subgrupo apresentou um número de camadas
superior a 7 e não foi classificado como grau 2.
Tabela 3 - Graduação da espessura das camadas de lulas da membrana sinovial
(UFPB/UFBA, 2008).
GRUPO PERÍODO
CAMPO GRAU 0 GRAU 1 GRAU 2
EXTERNO
G1
Salina
3D
INTERNO
EXTERNO
3D
INTERNO
EXTERNO
G2
Salina + FTL
IV
7D
INTERNO
EXTERNO
3D
INTERNO
EXTERNO
G3
Salina + FTL
IV+V
7D
INTERNO
EXTERNO
3D
INTERNO
EXTERNO
G4
Carragenina
7D
INTERNO
EXTERNO
3D
INTERNO
EXTERNO
G5
Carragenina +
FTL IV
7D
INTERNO
EXTERNO
3D
INTERNO
EXTERNO
G6
Carragenina +
FTL IV+V
7D
INTERNO
EXTERNO
3D
INTERNO
EXTERNO
G7
Laser Pré +
Carragenina
7D
INTERNO
EXTERNO
3D
INTERNO
EXTERNO
G8
Laser Pré +
Carragenina +
FTL IV
7D
INTERNO
EXTERNO
3D
INTERNO
EXTERNO
G9
Laser Pré +
Carragenina +
FTL IV + V
7D
INTERNO
76
Fig
. 44
-
Fotomicrografia do Grupo 1 (Solução salina)
Membrana
sinovial classificada como Gau 0, HE (UFPB/UFBA, 2008).
F
ig. 45
-
Fotomicrografia do Grupo 3
(Solução salina
+ Laser IV+V
)
aos três dias Membrana sinovial classificada como Gau 0
, HE
(UFPB/UFBA, 2008).
77
F
ig 46
-
Fotomicrografia do Grupo 4 (Carragenina
)
aos sete dias
Membrana sinovial classificada como Gau 1, HE (UFPB/UFBA, 2008).
F
ig 47
-
Fo
tomicrografia do Grupo 6 (Carragenina + Laser IV+V
)
aos
três dias Membrana sinovial classificada como Gau 1
, HE
(UFPB/UFBA, 2008).
78
6. Discussão
A DTM associada à sintomatologia dolorosa é uma alteração freqüente
na população e geralmente envolve um componente inflamatório
(ALSTERGREN et al., 1996; MOLINA et al., 2001). A ATM apresenta algumas
características que a diferem de outras articulações como superfície articular
constituída de fibrocartilagem e não cartilagem hialina, interferência da oclusão
no movimento e posição do côndilo (TOMINAGA et al., 1999). Assim, o estudo
da inflamação em um modelo experimental na ATM de ratos é importante para
a melhor compreensão dos mecanismos envolvidos e sobre os efeitos de
tratamentos nesta articulação específica.
Neste estudo foi utilizada a carragenina como substância flogística. A
carragenina tem sido utilizada para avaliar os efeitos antiinflamatórios de drogas
como AINES e corticosteróides, sendo uma substância consagrada na literatura e
a comprovação e descrição dos seus efeitos foram relatados em diversos
estudos (MISIEWICS et al., 1996; LAWAND et al., 2000; GUAY et al., 2004).
A carragenina tem características específicas como agente flogístico,
não é antigênica, não causa efeitos sistêmicos e tem alto grau de
reprodutividade. A carragenina não gelatinosa é amplamente utilizada como
agente de indução de inflamação experimental e tem sido diretamente injetada
na articulação de roedores (PETER-SZABO et al., 2007). Um modelo orofacial
de inflamação aguda pode ser criado através da injeção periarticular de
carragenina na região da ATM de ratos (BOLETA-CERANTO et al., 2005).
79
Diversas outras substâncias flogísticas tem sido utilizadas para indução
da inflamação experimental como formalina, zimozan, adjunto completo de
Freund e óleo de mostarda (GUERRERO et al., 2008; EDWARDS et al., 2007;
CASTANO et al., 2007; HAAS et al., 1992).
Injeções de solução de carragenina 1% em tecidos superficiais e
profundos promovem uma reação inflamatória (NANTEL et al., 1999). A dose e
diluição da carragenina utilizada neste estudo foram descritas em diversos
trabalhos anteriores resultando em reação inflamatória comprovada
(GOULART et al., 2005; OLIVEIRA et al., 2005).
A FTL tem sido utilizada para o tratamento de diversas patologias
clínicas como nas DTMs e o seu efeito tem sido estudado em modelos animais
e culturas de células. Porém, o mecanismo de ação envolvido e o efeito
especificamente na ATM ainda não foram esclarecidos. Este é o primeiro
estudo que avaliou o efeito da FTL em modelo experimental de inflamação com
carragenina na ATM de rato.
A irradiação de outras articulações, como o joelho de rato, com laser
infravermelho (λ810nm) e FTL, com laser vermelho (λ660nm) na pata de
roedores apresentou efeito positivo na redução da inflamação induzida, com
resultados próximos aos obtidos com tratamento com medicamentos como
dexametasona (CASTANO et al., 2007; ALBERTINI et al., 2008).
A utilização de doses adequadas da FTL resulta em efeitos
antiinflamatórios e redução da dor em estudos clínicos comparando-se a
grupos placebos e os efeitos em estudos laboratoriais apresentam resultados
semelhantes aos AINES quando o laser é aplicado nas primeiras horas após
80
indução da inflamação (BJORDAL et al., 2006). Em revisão sistemática Bjordal
et al. (2003) demonstraram que os melhores efeitos da FTL em articulações
são atingidos quando utilizado o laser infravermelho (AsGaAl, λ820-30nm) com
os parâmetros de 6-24J e 30-210mW/cm
2
por sessão. A recomendação da
WALT (World Association of Laser Therapy) para o tratamento de desordens
da articulação temporomandibular é a utilização do laser infravermelho, λ780-
820nm, dose de 6J/cm
2
em um ou dois pontos, irradiação a cada 48 horas
durante três a quatro semanas (www.walt.nu). Neste trabalho foi utilizado o
laser diodo, AsGaAl, infravermelho, λ780nm, dose de 10J/cm
2
em um ponto a
cada 48 horas, em concordância com os relatos na literatura.
O comprimento de onda é uma variável que interfere na profundidade de
penetração da luz no tecido biológico. Tem sido demonstrado que a luz
infravermelha apresenta uma profundidade de penetração de
aproximadamente 3mm, enquanto a luz vermelha possui uma penetração de
1mm (BJORDAL et al., 2003). O contato da agulha com o côndilo do rato no
momento da indução da inflamação ocorre em uma profundidade de 3mm no
modelo utilizado (HAAS et al., 1992). Assim pode-se sugerir que o laser
infravermelho apresenta uma profundidade de penetração semelhante à da
localização da ATM no rato. Neste estudo o laser infravermelho isolado
apresentou melhor resultado em relação à redução da inflamação e ao número
de camadas da membrana sinovial quando comparado à FTL associando os
dois comprimentos de onda. A dose do laser infravermelho quando associado
ao laser vermelho foi de 5J/cm
2
, metade da dose aplicada com o infravermelho
isolado. Estudos que avaliaram a cicatrização em tecidos cutâneos
81
apresentaram resultados mais positivos quando utilizada a associação da FTL
vermelha e infravermelha (MENDEZ et al., 2004). A experiência clínica da
equipe deste trabalho indica que a utilização do laser infravermelho na ATM e
laser vermelho nos músculos relacionados resultam em melhor efeito na
redução da sintomatologia dolorosa de pacientes com DTM.
O modelo experimental utilizado neste estudo, rato Wistar, é um animal
de pequeno porte e de fácil manipulação. As camadas articulares de sua ATM
são semelhantes às do ser humano. Histologicamente, as superfícies
articulares são recobertas por fibrocartilagem. O côndilo apresenta as
seguintes camadas: zona fibrosa, composta por feixes colágenos; zona de
mitose; zona cartilaginosa, que corresponde à cartilagem de crescimento; zona
de ossificação, que apresenta trabéculas em formação e zona óssea, porção
de maior volume. O disco articular é composto de feixes colágenos e células
condróides, compondo uma fibrocartilagem (LUZ, 1995). Nos grupos em que foi
injetada solução salina as estruturas que compõem a ATM foram observadas
sem alterações com aspecto similar ao descrito na literatura. A aplicação da
FTL IV isolada ou associada ao V não alterou as estruturas nos grupos com
solução salina, demonstrando que o laser aplicado na estrutura sadia não
produziu diferença histológica comparado ao grupo não irradiado.
Goulart et al. (2005) utilizaram um modelo de indução da inflamação na
ATM com carragenina semelhante a este estudo e observaram que três horas
após a injeção, infiltrado inflamatório predominantemente de leucócitos
polimorfonucleares estava presente e que no período de 15 dias sem qualquer
tipo de intervenção a inflamação não estava mais presente. Nos tempos de três
82
e sete dias os resultados foram semelhantes aos relatados nos grupos sem
tratamento deste estudo.
A injeção em dose única de 20 µl de carragenina 1% neste trabalho
resultou em resposta inflamatória na ATM. Aos três dias foi observado infiltrado
inflamatório misto intenso e aos sete dias inflamação intensa com
predominância de linfócitos principalmente na região próxima à cápsula
articular e ao colo do côndilo. Áreas de proliferação celular da membrana
sinovial e vilosidades foram observadas após a indução da inflamação. Utilizou-
se este padrão como controle da resposta da inflamação aguda.
Em relação aos grupos tratados com FTL, o grupo irradiado com o laser
infravermelho isolado (G5) apresentou menor inflamação comparada aos
outros grupos tratados e o infiltrado inflamatório caracterizado como crônico
nos dois períodos de observação, demonstrando uma aceleração do processo
inflamatório e redução na quantidade de células inflamatórias.
Após irradiação com laser vermelho e infravermelho associado (G6), aos
três dias, observou-se intenso infiltrado inflamatório crônico, apresentando-se
em estágio mais avançado do que o grupo não tratado, porém em maior
intensidade do que o grupo irradiado com laser infravermelho isolado e aos
sete dias, o infiltrado inflamatório apresentou grande variação de discreto a
intenso entre os ratos do mesmo subgrupo.
A aplicação do laser prévio, sem associação com a FTL após a indução
(G7) apresentou resultados semelhantes ao grupo em que apenas foi injetada
a carragenina, demonstrando que a aplicação 24 horas antes no tecido sadio
não promoveu alteração no processo de inflamação induzido. Além disso,
83
mesmo quando associada a FTL IV após (G8), os resultados foram inferiores
aqueles obtidos com a irradiação IV apenas após a indução. Somente quando
se associou a FTL IV+V com a prévia (G9), a inflamação mostrou-se com
menor intensidade comparada ao grupo FTL IV+V irradiado apenas após a
indução. De forma geral, a aplicação previa não causou uma melhora no
resultado final dos grupos que justificasse a sua utilização. O uso preventivo na
ATM saudável não promoveu um efeito protetor no tecido, necessitando de
algum tipo de déficit para um efeito benéfico da FTL.
Neste estudo, através da análise descritiva, a vascularização da região
da ATM foi considerada discreta na maioria dos subgrupos, sem diferença
significativa comparando-se os grupos tratados e não tratados.
Em todos os grupos irradiados a quantidade de colágeno no côndilo foi
superior aos grupos o tratados, independente do comprimento de onda,
aplicação prévia do laser ou apenas FTL após a indução. No disco articular não
foi observada diferença significante na quantidade de colágeno entre os grupos.
Novos estudos são necessários para avaliar se existe diferença na qualidade ou
no tipo de fibras colágenas presentes após FTL e se essas diferenças na
quantidade e qualidade teriam relação com uma melhora no processo de
inflamação como o aumento de resistência às forças externas na ATM.
A membrana sinovial da ATM normal do rato apresenta uma a duas
camadas de células. Após trauma induzido por hipermobilidade do côndilo
ocorre proliferação das camadas celulares resultando em áreas de hiperplasia
(MUTO et al., 1998). Em estudos anteriores realizados com ratos Wistar que
utilizaram a classificação de espessura das camadas celulares da membrana
84
sinovial proposta por Muto et al. (1998), no grupo controle a membrana sinovial
apresentou-se sem alterações classificada como Grau 0 (1-3 camadas) e
quando submetidos a ressecção do masseter ou hipermobilidade foi observada
inflamação e hiperplasia da membrana classificada como Grau 1(4-6 camadas)
predominantemente (YAMAZA et al., 2003; OZAKI et al., 2008). Em estudos
realizados com material humano de autópsia e biópsia foi observado que a
membrana sinovial normal era composta de 1 a 2 camadas e em indivíduos
que apresentavam alteração da ATM foram identificadas 3 ou mais camadas
de células (GYNTHER et al. 1998; DIJKGRAAF et al., 1997).
Neste estudo todos os subgrupos em que foi injetada solução salina (G1,
G2 e G3) não foi observada alteração no número de camadas (grau 0),
enquanto o grupo em que foi injetada carragenina, sem tratamento (G4), o
número de camadas observadas foi maior (grau 1) demonstrando que a
inflamação induzida por carragenina promoveu proliferação das células da
membrana.
Após a irradiação com laser IV (G5), o número de camadas apresentou-
se semelhante ao grupo em que não foi induzida a inflamação, nos campos
externo e interno, nos dois períodos de observação, constituindo o melhor
resultado em relação ao número de camadas da membrana. A irradiação da
ATM com a associação do laser IV+V (G6), resultou em um número menor de
camadas apenas com sete dias nos dois campos analisados. Quando a ATM
foi irradiada com a associação dos comprimentos de onda foi necessário um
maior tempo para a resposta do tecido. O laser infravermelho por sua maior
penetração apresentou melhor resultado quando aplicado na dose de 10J/cm
2
85
isoladamente, aos três dias, quando comparada à associação do infravermelho
e vermelho com 5J/cm
2
de cada comprimento de onda. A irradiação prévia à
indução da inflamação (G7) apresentou número de camadas semelhante ao
grupo não tratado (G4) nos dois campos observados.
O significado clínico das alterações na membrana sinovial observadas
histologicamente ainda não está esclarecido na literatura, mas acredita-se que
pode ser relacionado à sintomatologia dolorosa resultante da presença de
processo de inflamação (GYNTHER et al., 1998).
86
7. Conclusão
A FTL apresentou efeitos positivos em relação à redução do infiltrado
inflamatório e aceleração do processo de inflamação, especialmente com a
utilização do laser IV.
Os grupos irradiados apresentaram maior quantidade de colágeno no
côndilo e quantidade similar no disco articular comparado ao grupo não
irradiado.
Os grupos irradiados com laser após a indução da inflamação
apresentaram número de camadas da membrana sinovial semelhante ao grupo
em que não foi induzida a inflamação.
87
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ANEXO 1
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