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Estudo longitudinal sobre a prática de
aleitamento materno: Fatores associados e
causas de desmame.
Araçatuba
2009
Dissertação de mestrado apresentada ao Programa
de Pós-graduação em Odontologia Preventiva e
Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba,
Universidade Estadual Paulista, como parte dos
requisitos para obtenção do título de mestre.
Orientador: Profº Drº Artênio José Isper Garbin
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Livros Grátis
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Milhares de livros grátis para download.
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca da FOA / UNESP
Rocha, Najara Barbosa da
R672e Estudo longitudinal sobre a prática de aleitamento materno:
fatores associados e causas de desmame precoce / Najara Barbosa
da Rocha. - Araçatuba : [s.n.], 2009
133 f. : il. ; tab. + 1 CD-ROM
Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Odontologia, Araçatuba, 2009
Orientador: Prof. Artênio José Isper Garbin
1. Aleitamento materno 2. Desmame 2. Programa Saúde da
Família 3. Pesquisa qualitativa 4. Estudos longitudinais
5. Hábitos
Black D5
CDD 617.601
2
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Dados curriculares
Nascimento: 11/08/1982
Natural: Paulínia-SP
Filiação:
Joel Pereira da Rocha (in Memorian)
Ida Barbosa
2001-2006
Curso de graduação em Odontologia -
Faculdade de Odontologia de
Araçatuba/UNESP
2007-2009
Curso de Pós-graduação em Odontologia
Preventiva e Social, nível de Mestrado,
Faculdade de Odontologia
de Araçatuba/UNESP
3
“Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é muito pra ser insignificante.”
Charles Chaplin
4
Dedicatória
Najara B Rocha
5
"É melhor tentar e falhar,
que preocupar-se e ver a vida passar;
é melhor tentar, ainda que em vão,
que sentar-se fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar,
que em dias tristes em casa me esconder.
Prefiro ser feliz, embora louco,
que em conformidade viver ..."
Martin Luther King
Dedicatória
Aos meus pais. Minha mãe, mulher de força
extraordinária, vencedora, um exemplo, que sempre me apoiou
em todas minhas decisões, mesmo sendo contra sua vontade.
Você é minha base. Meu pai, meu orgulho, meu anjo, que me
protege e me guia, mesmo estando em um outro plano
espiritual, sinto o senhor sempre ao meu lado. Essenciais para o
que eu sou hoje e pelo o que eu quero ser na vida.
As minhas irmãs (Nadja, Nádia e Nadeje), seres
iluminados, cada qual com sua particularidade, que me
apoiaram sempre e me ajudaram a vencer.
A minha família: sobrinhos (Nanda, Dani, Gabi e João),
tias (Suzy, e Beth), tio (Arnaldo) e a vó Mariquinha. Juntos,
com todos da minha família, são minha fortaleza.
Najara B Rocha
6
Agradecimentos
especiais
Najara B Rocha
7
“Deus nos concede, a cada dia, uma página de
vida nova no livro do tempo. Aquilo que
colocarmos nela, corre por nossa conta."
Chico Xavier
Agradecimentos especiais
A Deus, a Nossa Senhora da Aparecida e ao meu Mentor
Espiritual, luzes que me deram força e vontade de lutar .
Obrigada por tudo em minha volta. Sou abençoada.
A minha mãe Ida, mãe querida, como eu te amo, sem você não
teria muitas razões para querer vencer. Obrigada por acreditar
em mim.
Ao meu pai Joel, que hoje não se encontra neste mundo terreno,
mas sua alma permanece viva ao lado de minha família.
Obrigada por me incentivar nos estudos desde criança. Que
falta que o senhor faz pra mim.
As minhas irmãs Nadja, Nádia e Nadeje. Obrigada por me
apoiar e por me ajudar todas às vezes que preciso.
Aos meus cunhados que sempre me ajudaram : Marcão e Robson.
Ao namorado da minha mãe, Gil, que sempre me ajudou e
segurou a barra em casa quando eu estava distante.
A todos da minha família, que de alguma forma sempre me
incentivaram e tiveram orgulho do que eu faço. Principalmente
Najara B Rocha
8
meus sobrinhos Dani, Gabi e Nanda; minhas tias Suzy e Beth;
meu tio Arnaldo e minha vó Mariquinha. Obrigada pela
convivência e pelo amor.
A minha eterna orientadora que durante toda a faculdade me
acompanhou: Professora Suzely. Obrigada pelo carinho,
paciência e por tudo que me ensinou. Devo muito à senhora
pelo que sou.
Ao meu orientador, Professor Artênio, por todos os ensinamentos
repassados.
A Professora Cléa por toda a atenção e dedicação, sempre com
muita ética e disposição a ensinar.
A Professora Nemre, pela força de vontade e alegria. A senhora é
um exemplo. Obrigada por criar o Programa de Pós-
graduação, tornando possível a realização de nosso sonho.
Ao professor Orlando pela paciência e a vontade de ensinar,
aprendi muito com o senhor, obrigada pela análise estatística
deste trabalho.
Aos funcionários da Pós Social, com enorme carinho: Val,
Niltinho e Neusa. Sempre me ajudando, com paciência e
amizade. Obrigada pelos anos de convivência, vocês são
ESSENCIAIS ao Departamento.
Najara B Rocha
9
As minhas amigas Tamankas: Paula, Fran, Cris, Robertinha e
Lívia e os amigos Tamankinhos: Zé e Rick, amo vocês, por todos
os momentos que passamos juntos, pela amizade,
companheirismo, festas, faculdade, enfim vocês fizeram parte
da melhor fase da minha vida. Obrigada por tudo.
As minhas amigas de República: Van e Tata, como eu amo
vocês, obrigada por ser minha família.
As minhas amigas de pós-graduação, em especial, Dani
Mineira, Lívia Z., Lívia B. e Pati, pela ajuda, amizade e
companheirismo.
Aos meus eternos amigos de Paulínia (Roseane, Aline B,
Valadão, Serginho, Otávio, Ilana, Newton, Repolho, Mami,
Melissa) que sempre me apoiaram e enviaram mensagens
de carinho mesmo à distância.
Ao Luiz Eduardo (Dú), mesmo fazendo parte recentemente da
minha vida, já ocupa um lugar muito especial, obrigada pela
atenção, carinho, amor e pelo apoio nesta reta final.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo pelo
auxílio financeiro para a realização do projeto e ao Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico pela
bolsa de mestrado, apoio indispensável.
Najara B Rocha
10
Agradecimentos
Najara B Rocha
11
“Eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os
meus amigos!”
Vinícius de Moraes
Agradecimentos
Ao professor Renato Moreira Arcieri pela tranqüilidade com que
nos passa conhecimento. Aos demais professores do Programa de
Pós-Graduação: Profª Dóris Hissako Sumida, Profª Ana Claúdia
Okamoto; Profª Maria Lúcia Marçal Mazza Sundefeld, Profº
Renato Herman Sundfeld, Profº Alício Rosalino Garcia.
Aos professores da Faculdade de Odontologia de
Araçatuba, que contribuíram para minha formação.
Aos meus amigos de turma Diego, Márcio, Dani e Kléryson
pelo companheirismo, amizade, pelos momentos bons e os
difíceis. Obrigada pela convivência e pela realização do
meu estudo.
Aos meus colegas de pós-graduação, que tanto me
ajudaram e tornaram possível a realização deste estudo:
Ana, Adriana, Daniela Coêlho, Karina, Sérgio, Tati,
Fernando, Thaís, Luiz Fernando.
Aos meus colegas de pós-graduação: Cristina, Lívia, Nelly,
Patrícia, Marcos Tadeu, Jeidson, Fabiano, Joildo, Ana
Valéria e Ricardo, pela ajuda e amizade desde minha
graduação.
Najara B Rocha
12
As minhas amigas de Araçatuba: Cris, Renata, Cíntia,
Ana Lúcia e Suelen, obrigada pela amizade e pelos
momentos de diversão.
Aos estagiários do Departamento, que parte agora são
colegas da pós, Renata, Ana, Milene, Poliane e renata
Colturato.
Aos funcionários da Seção de Pós-Graduação: Diogo
Reatto, Marina Midori Sakamoto Hawagoe e Valéria
Queiroz Marcondes Zagatto, pela atenção e atendimento,
esclarecendo sempre nossas dúvidas com enorme
disposição e simpatia
Aos funcionários da Biblioteca: Ana Cláudia Grieger
Manzatti, Cláudio Hideo Matsumoto, Isabel Pereira de
Matos, Ivone Rosa de Lima Munhoz, Izamar da Silva
Freitas, Luzia Anderlini e Maria Cláudia de Castro Benez,
pela atenção e eficiência com que sempre me atenderam.
Ao professor Manuel Ayres que me ensinou sobre estatística
e sua ajuda foi de grande valia para o enriquecimento
deste trabalho.
As mães da minha pesquisa, que participaram
voluntariamente, com toda bondade e carinho,
permitindo as visitas em seu domicílio, criando vínculo
Najara B Rocha
13
com nossa equipe e cedendo parte de experiências das suas
vidas.
À Universidade Estadual Paulista, na pessoa do seu
Diretor Profº Dr. Pedro Felício Estrada Bernabé, pela
amizade e oportunidade de realizar este curso.
Agradeço a todos aqueles que me ajudaram, mesmo que de
forma indireta, a realizar o meu sonho.
Najara B Rocha
14
Epígrafe
Najara B Rocha
15
"Se tiver que amar, ame hoje.
Se tiver que sorrir, sorria hoje.
Se tiver que chorar, chore hoje.
Pois o importante é viver hoje.
O ontem já foi e o amanhã talvez não venha."
André Luiz, psicografado por Chico Xavier
Epígrafe
Aleitamento
Mamá – mama – mãe
Bebê pedindo
O sustento,
O alimento
Que vem do peito.
Do peito jorra
Todas as proteínas
E tudo que o bebê
Tem direito...
Mãe, dê o peito
Filho toma o peito,
Que é perfeito
para teu sustento e
desenvolvimento!
O colostro é necessário,
Para imunização do novo
ser,
São as primeiras gotas
Que o bebê recebe
Logo ao nascer!
Gotas que aos poucos vão
se dissolvendo
Vão se tornando um líquido
esbranquiçado
Aquele filete divino
Por Deus abençoado!
Até os seis meses,
Nada mais se dá ao rebento
Apenas o leite materno
É necessário
Ao seu sustento.
Não existe leite fraco
Isto é mito, é pura invenção
É conversa de quem nada
entende
Coisas da era da
desinformação.
Amamentar é sublime
é um colóquio perfeito
Do bebê e da mãe
Através do peito...
Pai, seu papel
Também é importante, é
essencial
Na hora da amamentação,
Incentivando a mãe
Estimulando o bebê
Acariciando a ambos
Com seu toque especial
O rebento, esse ser, tão
pequenino e dependente
Querendo tão somente
O alimento
Que lhe dá o sustento
E que jorra do peito
Novo Milênio...
Novos conceitos...
Resgate, valores,
Dignidade, verdade!
Tudo isso é muito
importante,
Ao nascer, todo cidadão
Tem seus direitos
é preciso ser respeitado...
E a amamentação
É um direito do inocente
Esse assunto,
Não pode ser ignorado!
É dever de todos
Participar, defender...
Família, escola, comunidade,
Todos são responsáveis
Pela Qualidade de Vida
de um novo ser,
que depende daqueles que
lutam para que ele possa
crescer.
Brasil, brasileiros,
Avante!
Sejamos os pioneiros
No aumento do índice
Do Aleitamento Materno
De imortalidade infantil
Mostremos que o Brasil
Ainda é varonil!
Nercinda da C. Oliveira
Pereira
Najara B Rocha
16
Resumo Geral
Najara B Rocha
17
"A educação é aquilo que permanece depois
que tudo o que aprendemos foi esquecido."
Burrhus Frederic Skinner
Resumo Geral
Rocha, NB. Estudo longitudinal sobre a prática do aleitamento materno:
Fatores associados e causas de desmame precoce. [Dissertação] Araçatuba:
UNESP – Universidade Estadual Paulista, 2009.
A prática de aleitamento materno é de fundamental para o crescimento,
desenvolvimento, saúde e nutrição dos bebês, sendo uma intervenção simples e
efetiva para reduzir mortalidade e morbidade infantil. Objetivou-se
identificar a prevalência do aleitamento materno, os fatores que influenciam
seu sucesso e as causas do desmame precoce, comparando entre cidades com
ou sem Estratégia da Saúde da Família (ESF), bem como a associação do
aleitamento com os hábitos de sucção não-nutritivos. Neste estudo
longitudinal, prospectivo, foram entrevistadas 84 mães durante a gestação e
acompanhados 87 bebês até o sexto mês de vida. O estudo foi dividido em
duas etapas. A primeira foi constituída de entrevistas com gestantes nas
Unidades Básicas de Saúde (UBS) e visitas domiciliares. Após o nascimento
dos bebês, na segunda etapa do estudo, foram realizadas entrevistas
domiciliares mensais do primeiro até o sexto mês de vida do bebê. Testes
estatísticos foram realizados para verificar-se associações, bem como
construídas curvas de sobrevivência, com auxílio dos programas EpiInfo v.3.5.1
e o Bioestat v.5.0. Todas as mães pretendiam amamentar seus filhos, por em
média 11 meses, alegando como motivos principais a proteção do “leite
materno” e “por amor”. Quase a totalidade (94,3%) das mães começou
amamentar os bebês no primeiros, mas destas apenas 49,4% amamentavam
exclusivamente. Ao final do sexto mês nenhuma mãe estava amamentando
exclusivamente e 46% das crianças tinham sido desmamadas. Os principais
Najara B Rocha
18
motivos alegados foram escassez ou falta de leite e o fato de os filhos não
aceitarem mais o peito. As seguintes variáveis do estudo mostraram
associação significante com aleitamento materno: idade da mãe (0,0033),
situação conjugal (0,0004), orientações sobre amamentação pré (0,0118) e
perinatal (0,0033), dificuldades na amamentação (<0,0001), uso de álcool
(0,0044), apoio familiar (0,0036), hábitos (<0,0001), uso de chupeta (<0,0001)
e mamadeira (0,0021). Houve diferenças estatisticamente significante quanto
às orientações recebidas durante o período de lactação entre municípios com e
sem ESF. A taxa de desmame precoce foi alta, bem como baixa prevalência de
aleitamento materno exclusivo, não havendo diferenças significantes entre
município com ou sem ESF implantada. Os aleitamentos materno exclusivo e
total tiveram associação com hábitos e uso de chupeta. Embora as mães
demonstrassem conhecimento sobre as propriedades e vantagens do leite,
verificou-se que o foi suficiente para garantir o sucesso da prática de
aleitamento materno.
Palavras-chave: Aleitamento materno, desmame; hábitos; programa saúde da
família; estudos longitudinais; pesquisa qualitativa.
Najara B Rocha
19
Abstract
Najara B Rocha
20
"Na sobrevivência dos indivíduos e raças
favorecidas, durante a luta constante e
recorrente pela existência, vemos uma forma
poderosa e incessante de seleção."
Charles Darwin
Abstract
Rocha, NB. Longitudinal study about practice of mother’s suckling: Associated
factors and causes of premature wean. [Dissertation] Araçatuba: UNESP
São Paulo State University, 2009.
The practice of mother’s suckling is essential for growing, development,
health and nutrition of babies, being a simple and effective intervention to
reduce child mortality and morbidity. It was objective to identify prevalence
of mother’s suckling, factors that influence its successful and causes of
premature wean, comparing it among cities with or without Family Health Care
Strategy (ESF), and association of breastfeed with non nutritive suction
habits. In this longitudinal and prospective study were interviewed 84
mothers during pregnancy period and 87 babies were accompanied until 6
th
month after birth. The study was divided on two parts. First, there were
interviews with pregnancy women on Health Basic Unities (UBS) and
domiciliate visits. After birth of babies, on the second part of study,
domiciliate interviews were realized by month from first at sixth month of
baby life. Statistics tests were realized to verify associations and built
survival curves, with help of Epi Info version 3.5.1 and Bioestat version 5.0
programs. Every mothers intended breastfeed them suns during near 11
months, pointing like principal motives the protection of “mother’s milk” and
“due love”. Near totality (94,3%) of mothers begun breastfeed the babies on
first month, but just 49,4% of these women breastfed exclusively on breast.
In the end of sixth month, any mother wasn’t breastfeeding exclusively and
46% of children had been weaned. Principal motives pointed were scarcity or
absence of milk and that the sun didn’t want it anymore. The follow study
variables showed significant association with mother’s suckling: mother’s age
Najara B Rocha
21
(0,0033), conjugal situation (0,0004), orientation about suckling pre (0,0118)
and perinatal (0,0033), difficulties on suckling (<0,0001), use of alcohol
(0,0044), familiar base (0,00036), habits (<0,0001), use of dummy (<0,0001)
and feeding bottle (0,0021). There were differences significant statistically
about received orientations during lactation period among cities with or
without ESF. The premature wean tax was high, as low prevalence of exclusive
mother’s suckling, and so, there isn’t significant differences among cities with
or without ESF implanted. Exclusive and total mother’s suckling had
association with habits and use of dummy. Though mothers demonstrate
knowledge about proprieties and advantages of milk, it was verified that
wasn’t sufficient to guarantee the successful of mother’s suckling practice.
Key-words: Breast feeding; weaning; habits; family health
program; longitudinal studies; qualitative research.
Najara B Rocha
22
Listas de Figuras
Título Página
Capítulo 2
Figura 1
Distribuição numérica das crianças (n=87),
segundo o aleitamento materno exclusivo e
materno total, Birigui e Piacatu – 2008.
65
Figura 2
Proporção de crianças amamentadas no peito nos
seis meses de acompanhamento – Birigui e Piacatu,
2008.
68
Capítulo 3
Figura 1
Distribuição numérica das crianças (n=87),
segundo o aleitamento materno exclusivo e
materno total, Birigui e Piacatu – 2008.
92
Figura 2
Curva de sobrevivência da proporção de crianças
com hábitos desmamadas e com hábitos
amamentadas, Birigui e Piacatu– 2008.
94
Najara B Rocha
23
Lista de Tabelas
Título Página
Capítulo 1
Tabela 1
Características pessoais das mães e os aspectos
relacionados aos filhos (n=27), Birigui e Piacatu –
2008
41
Capítulo 2
Tabela 1
Critérios para a classificação do aleitamento dos
bebês acompanhados.
61
Tabela 2
Características da população de estudo, constituindo
84 mães e 87 bebês, Birigui e Piacatu – 2008
64
Tabela 3
Análise de sobrevivência dos fatores associados com o
padrão de aleitamento e a ESF implantada entre 1 a
6 meses pelo método de Mantel-Haenzel.
67
Capítulo 3
Tabela 1
Características da população de estudo, constituindo
84 mães e 87 bebês, Piacatu e Birigui – 2008
91
Tabela 2
Distribuição numérica dos bebês de acordo com os
hábitos nos intervalos acompanhamento, Birigui e
Piacatu – 2008.
93
Tabela 3
Análise de sobrevivência de fatores associados com a
aquisição de hábitos e chupetas entre 1 a 6 meses de
acompanhamento dos bebês pelo método de Mantel-
Haenzel, Birigui e Piacatu– 2008
94
Najara B Rocha
24
Lista de Quadros
Título Página
Capítulo 3
Quadro 1
Critérios para a classificação do aleitamento dos
bebês acompanhados.
88
Najara B Rocha
25
Lista de Abreviaturas
Abreviaturas
AA Aleitamento artificial
AC Aleitamento complementar
AE Aleitamento exclusivo
AP Aleitamento predominante
AT Aleitamento Total
ESF Estratégia Saúde da Família
MS Ministério da Saúde
OMS Organização Mundial de Saúde
SUS Sistema Único de Saúde
UBS Unidade Básica de Saúde
UNICEF
Fundo das Nações Unidas para a
Infância
WHO World Health Organization
FI Ensino fundamental incompleto
FC Ensino fundamental completo
MI Ensino médio incompleto
MC Ensino médio completo
SI Ensino superior incompleto
SC Ensino superior completo
F Feminino
M Masculino
Najara B Rocha
26
Sumário
Título Pág
1 Introdução Geral 29
2 Capítulo 1
O ato de amamentar e seus determinantes: Um estudo
qualitativo.
34
2.1 Resumo 34
2.2 Abstract 35
2.3 Resumen 36
2.4 Introdução 37
2.5 Metodologia 38
2.6
Resultados e
Discussão
40
2.7
Considerações
finais
48
2.8 Referências 48
3 Capítulo 2
Estudo longitudinal sobre a prática de aleitamento
materno
53
3.1 Resumo 53
3.2 Abstract 55
3.3 Introdução 56
3.4 Metodologia 57
3.5 Resultados 63
3.6 Discussão 68
3.7 Referências 75
4 Capítulo 3
O aleitamento materno na prevenção de hábitos de sucção
não-nutritvos: Um estudo de coorte
83
4.1 Resumo 83
4.2 Resumen 84
4.3 Introdução 85
4.4 Metodologia 86
4.5 Resultados 89
4.6 Discussão 95
4.7 Referências 100
5 Anexos
5.1 Anexo A
Revista Latino-americana de Enfermagem - Instruções aos
autores
107
5.2 Anexo B Comitê de ética em pesquisa 115
5.3 Anexo C Jornal de Pediatria – Instruções aos autores 116
5.4 Anexo D Salud Pública de México – Instruções as autores 122
5.5 Anexo E
Versão em espanhol do artigo enviado para o periódico
Salud Pública de México
125
Najara B Rocha
27
Introdução
Geral
Najara B Rocha
28
“Deus nos concede, a cada dia, uma página de
vida nova no livro do tempo. Aquilo que
colocarmos nela, corre por nossa conta."
Chico Xavier
Introdução Geral
O aleitamento materno representa uma das experiências nutricionais
mais precoces do recém nascido, dando continuidade à nutrição iniciada na vida
intra-uterina. O leite materno é o alimento mais completo para a criança.
Vários fatores bioativos estão presentes no leite humano, entre eles
hormônios e fatores de crescimento, que vão atuar sobre o crescimento, a
diferenciação e a maturação funcional de órgãos específicos, afetando vários
aspectos do desenvolvimento.
Algumas vantagens são inerentes do leite materno, tais como: seu valor
nutricional, a proteção imunológica, o menor risco de contaminação e o
fortalecimento da relação afetiva entra mãe e filho. Além disso, os benefícios
econômicos do aleitamento materno são diretos, comparando-se o baixo custo
da amamentação com a utilização dos substitutos do leite materno, e indiretos
quando contabilizamos os gastos com doenças relacionadas ao aleitamento
artificial.
A amamentação natural representa o fator inicial do bom
desenvolvimento dentofacial e, consequentemente, uma mastigação correta no
futuro. Estimula, também, o crescimento antero-posterior da mandíbula. Além
disso, determina uma relação adequada entre estruturas duras e moles do
aparelho estomatognático, permitindo uma tonicidade e postura correta da
língua, com lábios em perfeito vedamento, propiciando o estabelecimento da
respiração nasal.
Assim promove um bom desenvolvimento das estruturas orais
envolvidas no ato de sugar, contribuindo para uma boa fonoarticulação,
mastigação, deglutição e respiração, evitando assim os hábitos de sucção não-
nutritivos.
Najara B Rocha
29
Geralmente os hábitos se sucção não-nutritivos instalam-se com maior
freqüência em quem não obteve amamentação natural, para tentar suprir o
impulso da sucção, pois ela satisfaz, além da necessidade de alimento,
importantes necessidades psicológicas.
O aleitamento natural traz, ainda, benefícios para a nutriz. A prática da
amamentação no seio promove uma melhor involução genital no período s-
parto, diminui a incidência do câncer mamário e ovariano, proporciona maior
espaçamento entre as gestações, além dos aspectos da praticidade e
facilidade em sua manipulação.
O aleitamento materno exclusivo é recomendado pelas organizações
internacionais: Organização Mundial de Saúde (OMS) e Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF) e nacionais: Ministério da Saúde (MS) até os
seis meses de idade do bebê. Após este período é necessário enriquecer a
dieta com alimentos complementares, além da continuação do leite materno
até os dois anos de idade ou mais.
Muitas ações de incentivo à prática do aleitamento são desenvolvidas
com sucesso no país, propostas pelo MS, de forma integrada e em parceria
com diversas instâncias do setor de saúde, como: universidades, organismos
internacionais, organismos não governamentais, sociedades de classe,
Ministério do trabalho, corpo de bombeiros, órgão de defesa do consumidor,
parceiros do terceiro setor e o Ministério das Comunicações.
Mesmo com todo este esforço, o padrão de aleitamento ainda está bem
aquém do que é recomendado pelos órgãos de saúde. Assim é necessário
conhecer os motivos que influenciam no processo de desmame, para que este
seja evitado.
Najara B Rocha
30
Promover o aleitamento materno pode ser um bom exemplo de política
pública, com baixo custo e excelente impacto sobre o desenvolvimento infantil
e por isso as mulheres têm sido incentivadas a estabelecerem essa prática.
A Estratégia Saúde da Família pode ser uma melhor opção para
promoção e apoio ao aleitamento materno na medida em que oferece às
famílias atenção à saúde preventiva e curativa, em suas próprias casas.
Especificamente com relação à amamentação, a equipe de saúde da família
pode desenvolver atividades educativas desde o período pré-natal, buscando
interagir mais efetivamente com as mulheres, possibilitando conhecer suas
experiências anteriores que possam favorecer ou não o processo do
aleitamento materno. Também é possível atuar efetivamente nas ocorrências
comuns no início da amamentação, como traumas mamilares, ingurgitamento
mamário e mastite, responsáveis muitas vezes pelo desmame precoce.
Entretanto, mesmo em áreas de atuação de equipes de saúde da família, tem
sido um desafio ampliar a adesão à prática do aleitamento materno,
especialmente na forma exclusiva.
A garantia da saúde materno infantil, é umas das metas para o
desenvolvimento do milênio e o aleitamento materno configura como uma das
principais estratégias e um grande desafio a ser vencido.
A prevalência de aleitamento materno e seus determinantes, bem como
sua relação com hábitos de sucção não-nutritivos, têm sido demonstrados em
vários estudos, na sua grande maioria em estudos transversais. Poucos são os
estudos longitudinais que analisaram estas associações. Diante disso, esse
estudo de coorte objetivou identificar a prevalência do aleitamento materno,
os fatores que influenciam para seu sucesso e as causas do desmame precoce,
comparando as taxas entre mulheres residentes em cidades com ou sem
Najara B Rocha
31
Estratégia da Saúde da Família, também foi proposta a associação entre
aleitamento e aparecimento de hábitos de sucção não-nutritivos.
A dissertação foi dividida em três capítulos, sendo:
1. O ato de amamentar e seus determinantes. Um estudo qualitativo;
2. Estudo longitudinal sobre a prática de aleitamento;
3. O aleitamento materno na prevenção de hábitos de sucção não-
nutritivos: Um estudo de coorte.
Najara B Rocha
32
Capítulo 1
Najara B Rocha
33
O ato de amamentar e seus determinantes. Um estudo qualitativo.
*
The act of breastfeed and it’s determinants. A qualitative study.
El acto de amamantar y sus determinantes. Un estudio cualitativo.
Resumo:
O objetivo do estudo foi analisar, de forma qualitativa, o conhecimento e
percepção de um grupo de mulheres, bem como analisar os determinantes que
influenciam na prática do aleitamento materno. Foi adotada a metodologia da
pesquisa qualitativa, utilizando como referencial a teoria de representações
sociais. Foram entrevistadas 27 gestantes, por um único entrevistador,
durante o pré-natal e acompanhadas até o sexto mês do bebê, quando
estavam completamente desmamados. A análise compreensiva das falas
permitiu verificar os fatores que levam a mãe a amamentar seus filhos, como:
“proteção do bebê” e “amor materno”. Também foram verificados os motivos
que levaram as mães a desmamarem seus filhos, sendo citados: “a falta de
leite”/”leite secou” e o “trabalho”. Verificou-se a partir das representações
das mães, que mesmo que elas demonstrassem conhecimento sobre as
propriedades do leite, não foi garantido o sucesso da prática de amamentação
natural.
Descritores: aleitamento materno; desmame; pesquisa qualitativa.
*
Normalização de acordo com a Revista Latino-americana de Enfermagem (Anexo A)
Najara B Rocha
34
Abstract
The aim of study was to analyse on the qualitative form, the knowledge and
perception of women group, and analyse determinants that influences on
practice of maternal suckling. It was used method of qualitative research,
using the theory of social representations like referential. It were
interviewed just 27 pregnant women by only one interviewer during prenatal
period and the babies were accompanied until 6
th
month after birth or until to
wean them completely. The comprehensive analysis of speech allowed verifying
factors that made mother to breastfeed her suns, like: “baby protection” and
“mother’s love”. It was verified too the motives that made mothers to wean
her suns: “absence of milk”/ “the milk dried” and “job”. Through mother’s
representations was allowed to observe that even if they demonstrate
knowledge about proprieties and advantages of milk, it was not guaranteed the
successful of natural breast feeding practice.
Descriptors: breast feeding; weaning; qualitative research.
Najara B Rocha
35
Resumen
El objetivo del estudio fue evaluar, de forma cualitativa, el conocimiento y
percepción de un grupo de mujeres, bien como analizar los determinantes que
influencian en la práctica del amamantamiento materno. Ha sido adoptada la
metodología de la investigación cualitativa, empleando como referencial la
teoría de representaciones sociales. Fueron entrevistadas 27 embarazadas,
por un único investigador, durante el pre natal y los bebés acompañados hasta
el sexto mes del bebé o hasta sean destetados. El análisis comprensivo de los
discursos permitió verificar los factores que llevan la madre al
amamantamiento de sus hijos, como: “protección del bebé” y “amor materno”.
También se verificó los motivos que llevaron las madres a destetaren sus hijos,
siendo citados: “la carencia de leche”/”leche secó” y el “trabajo”. Por las
representaciones de las madres fue permitido observar que mismo ellas
demostrando conocimiento sobre las propiedades y ventajas de la leche, no
fue garantido el suceso de la práctica del amamantamiento natural.
Palabras clave: amamantamiento materno; destete; investigación cualitativa.
Najara B Rocha
36
Introdução:
O ato de amamentar aparenta ser simples e um instinto nato, mas para
seu sucesso requer ensinamentos e um complexo conjunto de condições
interacionais no contexto social da mulher e do filho
(1)
. A amamentação é
comportamento social, mutável conforme épocas e sofreu transformações
durante a história
(2)
. Este ato é influenciado pela família e pelo meio social em
que a mulher vive
(3)
.
O aleitamento materno traz benefícios tanto para o bebê, quanto para
nutriz, mas mesmo assim sua prática esta muito aquém do que se é esperado e
recomendado pelas organizações internacionais e nacionais, ou seja, de forma
exclusiva até os seis meses e complementar a outros alimentos até os dois
anos de idade ou mais
(4,5)
.
Deste modo, é de fundamental importância definir os motivos que levam
ao desmame precoce, com o intuito de proporcionar o maior tempo possível de
aleitamento às crianças.
São vários os fatores que estão interligados com o abandono desta
prática alimentar, agindo de forma negativa ou positiva, sendo os principais:
nível sócio econômico, grau de escolaridade da mãe, idade da mãe, trabalho
materno, urbanização, condições do parto, incentivo do cônjuge e parentes,
bem como a intenção da mãe de amamentar e experiência anterior a esta
(6,7)
.
Outro aspecto que merece atenção especial é a importância do
profissional de saúde no incentivo ao aleitamento materno, promovendo,
apoiando e instruindo a nutriz, através do acompanhamento pré-natal e após
nascimento, alojamento conjunto durante a pericultura, entre outros. Quando
definimos os motivos que podem contribuir com o desmame precoce, é possível
agir melhor na prevenção desses fatores e de forma mais eficaz
(6)
.
Najara B Rocha
37
Assim o objetivo do estudo foi analisar de forma qualitativa o
conhecimento e percepção de um grupo de mulheres sobre aleitamento
materno, seus determinantes e fatores que influenciam esta prática.
Metodologia:
A população de estudo constituiu-se de 27 mulheres matriculadas no
programa pré-natal do serviço público de cidades do Noroeste do Estado de
São Paulo e as quais haviam desmamados seus filhos, considerando desmame
precoce, a cessão da prática de aleitamento materno antes dos seis meses de
idade.
Em relação à amostragem, devido à natureza qualitativa do estudo, foi
considerado como maior importância o aprofundamento e a compreensão do
discurso destas mães, objetivando assim, o esgotamento das categorias e
saturação das falas dos sujeitos de pesquisa
(8)
.
Esta pesquisa faz parte de um estudo de coorte, prospectivo com
gestantes acompanhadas desde o pré-natal a os seus filhos completarem 36
meses de idade, para a análise dos aspectos relacionados com a saúde do
binômio mãe-filho.
Foram selecionadas, para esta pesquisa, as gestantes que frequentaram
pelo menos seis consultas durante o acompanhamento pré-natal, tiveram
gestação a termo (mais de 37 semanas de gestação) e iniciaram o processo de
desmame antes do 6º de mês de vida do bebê.
Foi realizado um estudo piloto, para validação e adequação do
instrumento de coleta de dados, aferição das dificuldades encontradas,
capacitação e calibração dos pesquisadores.
A pesquisa foi realizada em duas etapas. No primeiro momento foram
realizadas entrevistas domiciliares e na própria Unidade Básica de Saúde, com
Najara B Rocha
38
gestantes para a verificação do conhecimento e percepção sobre o aleitamento
materno e condições sócio-econômicas da população de estudo. Todos os dados
coletados foram registrados em fichas clínicas específicas e obtido o termo
de consentimento livre esclarecido das participantes da pesquisa.
Numa segunda etapa foram feitas visitas domiciliares após o nascimento
dos bebês até o desmame destes, para verificar os motivos de desmame
precoce e os fatores determinantes, que influenciam para este desfecho.
Para cumprir com os objetivos e realizar uma análise sobre os
fenômenos estudados foram adotados os conceitos de pesquisa qualitativa.
Como princípio teórico e metodológico foi escolhida a técnica das
representações sociais, a qual analisa a forma como os indivíduos de uma
determinada sociedade, pertencentes a um determinado grupo social,
expressam a sua realidade e a interpretam, dependendo do seu nível de
conhecimento pautado na sua experiência do cotidiano. Sob esse foco é que se
pretendeu entender as representações de amamentação das mães
(9)
.
Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas semi-estruturadas,
orientadas por um questionário previamente elaborado com questões sobre:
conhecimentos e percepção das mães sobre aleitamento materno; experiência
prévia sobre amamentação; vantagens do leite materno para mãe e filho e
pretensão de amamentar durante a gestação.
As respostas foram transcritas na íntegra como foram respondidas,
analisadas pela técnica qualitativa “Análise de Conteúdo” preconizada por
Bardin
8
. Houve a categorização das respostas e análise em profundidade dos
conteúdos manifestos pelos atores sociais envolvidos.
(8)
Com estas categorias
para a análise, foram identificados por temas e tópicos. As categorias foram
identificadas nas fichas das gestantes: experiência anterior sobre
amamentação; desejo de amamentar; conhecimento e percepção da mãe sobre
Najara B Rocha
39
amamentação; dificuldades vivenciadas; motivos de desmame; apoio familiar;
orientação sobre a amamentação durante pré-natal e lactação.
Este estudo foi aprovado pelo Comi de Ética e Pesquisa em Seres
Humanos da Faculdade de Odontologia de Araçatuba FOA/UNESP, processo
n°2006-01471 (anexo B) e enquadra-se na modalidade de pesquisa de risco
mínimo, bem como foi respeitada a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de
Saúde, e suas resoluções complementares relativas à pesquisa em seres
humanos. Todas as mães entrevistadas receberam informações sobre os
objetivos do estudo e tomaram ciência de que a não participação não lhe
acarretaria prejuízo algum e que os dados coletados não seriam utilizados de
forma individual.
Resultados e Discussão
As características pessoais das mães e os aspectos relacionados aos
filhos estão descritos na tabela 1. As mulheres caracterizam-se por serem
jovens (idade média 23,4 anos), brancas (59,3%), com nível escolaridade médio
(55,5% com o ensino médio completo), renda familiar baixa (55,5% recebiam
menos que dois salários mínimos) e a maioria vivia com seus parceiros (70,3%).
Tabela 1 - Características pessoais das mães e os aspectos relacionados
aos filhos (n=27), Birigui e Piacatu – 2008.
Najara B Rocha
40
Mãe Bebê
Nome
Idade
(anos)
Escolaridade
Estado
civil
Profissão Cor
Gêne
ro
AE
(meses)
Duração
Amamentação
1 Daiane
22
MC
Amasiada Do lar Branca F 0 1
2 Evani 37 FC Viúva Estudante Negra M 1 5
3 Renata 27 SI Casada
Autônoma
Branca M 2 5
4 Tatiane 18 MC Amasiada Autônoma Branca F 0 4
5 Sandra 20 MI Amasiada
Funcionária
Privada
Branca F 0 5
6 Suelen 14 MI Amasiada Do lar Branca F 1 1
7 Flávia 34 MC Casada
Funcionária
Privada
Parda M 0 5
8 Andréa 32 MC Amasiada Autônoma Branca M 0 2
9 Grazieli 17 MC Amasiada Autônoma Branca F 1 3
10 Flávia 22 MC Casada
Funcionária
Pública
Branca M 0 4
11 Nildete 29 FI Amasiada Do lar Parda M 1 3
12 Jéssica 18 SI Solteira Estudante Branca F 0 3
13 Márcia 27 FI Amasiada Do lar Parda F 0 0
14 Cássia 22 FC Divorciada Do lar Parda M 0 2
15 Josimeire 32 SI Casada
Funcionária
Privada
Parda F 0 5
16 Fernanda 20 FC Amasiada Do lar Parda F 0 3
17 Liliane 22 SC Casada
Funcionária
Pública
Branca F 0 0
18 Valéria 21 MC Casada Do lar Branca F 0 1
19 Rosa 31 MC Casada Do lar Branca M 0 0
20 Teresa 30 MC Casada
Funcionária
Privada
Branca F 1 5
21 Fabiana 31 SC Solteira
Funcionária
Privada
Branca F 0 1
22 Camila 16 MI Solteira Estudante Branca M 1 1
23 Fabiana 21 FI Solteira
Funcionária
Privada
Negra F 2 5
24 Simone 30 FI Solteira Do lar Negra F 0 4
25 Elisângela 22 MI Casada Do lar Parda F 2 5
26 Tatiane 18 MC Amasiada Autônoma Branca F 0 4
27 Simone 30 FI Solteira Do lar
Negra
F 0 4
Najara B Rocha
41
Nota (Abreviaturas): Escolaridade:FI-ensino fundamental incompleto; FC-ensino fundamental completo; MI-
ensino médio incompleto; MC-ensino médio completo; SI-ensino superior incompleto e SC-ensino superior completo.
Gênero: F-feminino e M-masculino. AE=aleitamento exclusivo.
A análise das falas das mães permitiu agrupar os assuntos por
significados comuns, dividindo em temas e subtemas, que estão expostos a
seguir:
Experiência anterior sobre amamentação
A falta de experiência pode ser um fator de risco para o desmame.
Neste estudo, 40,7% das es estavam na primeira gestação, isto é, não têm
experiência em amamentar. Para as mães de “primeira viagem é importante
orientar e motivar a prática de amamentar, sendo mais fácil assimilar o
conhecimento e com maior disposição para aprender, pois não tiveram nenhuma
experiência que influencia negativamente para este ato.
Por isso o Ministério da Saúde, sob este risco de desmame entre as
primíparas, enfatiza a atenção necessária para mulheres desta categoria
(5)
.
Para o restante das mães que estavam no segundo filho ou mais, é
importante que a mulher coloque suas vivências e experiências anteriores em
prática, pois a decisão de amamentar está diretamente relacionada ao que ela
viveu. Neste estudo, a maioria amamentou seus filhos anteriores (76,5%),
durante em média quase nove meses. Sobre o motivo de desmame, foram
citados a escassez ou falta de leite e o fato de os filhos não quererem ou não
aceitarem mais o peito. Estes aspectos foram evidenciados pelas falas:
“um
filho não quis mais (...) e o outro chorava de fome, tendo que dar leite pra ele
mamá também (...) depois ele não quis mais”, “o meu leite secou”, “o meu leite
vinha pouco e era fraquinho(...) o bebê chorava muito”).
As que tiveram
experiência negativa anterior, é importante trabalhar com medos e anseios
que estas tiveram, mostrando o correto manejo de amamentar e promovendo
assim esta prática.
Desejo de amamentar
Todas as mulheres deste estudo mostraram interesse em amamentar
seus filhos durante a gestação, por um período de dez meses em média. As
representações desta vontade de amamentar ficaram evidenciadas nas
seguintes falas:
”claro que eu vou amamentar”, “é super importante
amamentar, por isso vou dar de mamar sim”, “ah vou sim, se eu tenho é para
isso neh”.
Um dos fatores para o sucesso do aleitamento é o desejo da mãe em
amamentar o filho no peito apresentado na gestação.
Conhecimento e percepção da mãe sobre amamentação
Quanto ao conhecimento das gestantes sobre o tempo ideal de
amamentação materna e a amamentação exclusiva, houve muitas respostas
incorretas sobre este período, mostrando que as mães desconhecem o período
adequado para o aleitamento materno exclusivo. A média de tempo respondida
para aleitamento total foi de 11,2 meses (valores respondidos de 4 a 24
meses) e de amamentação exclusiva foi de 4,9 meses em média (valores
respondidos de 0 a 8 meses).
A falta de conhecimento mostra a real necessidade de campanhas
fortes e orientação pré-natal para incentivar o tempo de amamentação
materna exclusiva, dando ênfase ao seu caráter exclusivo, devido à
importância deste para o crescimento e desenvolvimento infantil
(10)
.
No acompanhamento da prática de aleitamento materno destas mães,
elas não a amamentaram nem 0,4 meses em média exclusivamente e 3 meses
em média no aleitamento total, padrões bem aquém do que elas pretendiam e
do recomendado pelas organizações de saúde.
Najara B. Rocha
43
As representações das mães sobre o aleitamento materno se
concentraram em três vertentes: amor materno; proteção do leite para o bebê
e benefícios à mãe.
Amamentar qualifica a mulher como uma boa e. O amor materno está
diretamente relacionado com a amamentação
(3)
.
As representações das mães deste estudo sobre o amor materno se
concentraram nas falas:
carinho que você sente ao amamentar
”;
muito
prazer
”; “
estou dando carinho
”; “
o contato com a criança, o calor humano
”.
O vínculo e o contato com a criança citado sobre o aleitamento materno,
não é representado pelo uso de mamadeira, que artificializa a relação afetiva e
impede o contato direto
(3)
.
O significado de proteção do leite materno aos bebês, está diretamente
relacionado com as vantagens do aleitamento materno no crescimento e
desenvolvimento normal infantil.
Esta vertente foi verificada nas falas:
evita pegar muita doença
”;
mais saúde
”;
é igual a uma vacina para o bebê
”;
evita resfriados
”;
fica mais
saudável
”;
não tem risco de doenças, (...) tem muitos nutrientes
”;
por que
tem menos risco de pegar infecção
”;
o leite do peito é mais saudável
”;
é bom
pra imunidade do bebê
”.
O discurso analisado denotou que as informações difundidas pela mídia e
pelas campanhas de políticas de saúde sobre aleitamento estão sendo
incorporadas
(3)
.
Mesmo as mulheres não sabendo o tempo ideal para
amamentar, elas sabem das propriedades do leite materno e a importância
para o crescimento e desenvolvimento infantil.
Além do contato direto e o vínculo estabelecido com o filho com a
amamentação no peito, encontramos na fala das mães estudadas outras
vantagens pra elas desta prática alimentar, tais como:
evita o câncer de
Najara B. Rocha
44
mama
”; “e
vita o câncer de útero
”;
é bom pra nossa saúde
”;
volta o corpo ao
natural (...) mais rapidamente
”;
emagrece mais rápido
”. Além de citar também
a praticidade e facilidade do leite e a questão da economia de dinheiro:
é
mais fácil, tá pronto”; “sai quentinho e eu não tenho que preparar
mamadeiras”; “economizo um dinheirão, sem comprar leite”; “já que tenho leite
eu dou”.
As mulheres se preocupam muito com a vaidade, temem engordar, por
isso o emagrecimento mais acelerado de mulheres nutrizes, favorecem a
prática do aleitamento
(11)
. Por outro lado, é citado na literatura
1
que as mães
têm medo de ficarem com as mamas caídas, este fato não foi presente em
nosso estudo.
A praticidade de amamentar no peito é um fator positivo para a mulher
moderna, a qual trabalha e tem que reservar tempo pra cuidar do lar e do
marido, bem como cuidar do filho recém-nascido.
Dificuldades vivenciadas
Nas falas de 10 mães entrevistadas foram evidenciadas dificuldades que
tiveram com a amamentação no peito:
meu peito empedrou
”;
começou a
rachar e sangrou
”; “
doía demais quando eu amamentava
”; “
ele inchava sempre e
doía
”.
As intercorrências mamárias são diretamente relacionadas como fator
negativo à prática de aleitamento materno. Estas podem ser evitadas com a
adoção de medidas preventivas ou curativas durante o pré-natal e no
acompanhamento das mães durante a lactação
(10)
.
Daí a importância do
acompanhamento real na prática do aleitamento materno dos serviçosblicos
de saúde, pelos agentes comunitários de saúde, durante o pré-natal e
principalmente durante a lactação.
Najara B. Rocha
45
Motivos de desmame
Com ênfase nas falas das mães sobre os motivos que desmamaram seus
filhos, foram encontrados 4 subtemas diferentes: o filho não aceitou mais o
peito; a falta de leite ou que leite secou; doença da mãe e o trabalho materno.
Como exemplo destes discursos as mães responderam:
o leite não desceu
”;
“c
horava de fome, (...) comecei a dar Nan, assim ele não quis mais
”;
por que o
leite secou
”;
por que a criança não quis mais
”;
por que ela não conseguia
pegar o peito
”; “p
or causa que eu não tinha bico
”;
por causa do meu trabalho
”;
por que eu tenho que trabalhar
”; “
voltei a trabalhar
”.
Quando a mãe diz que o filho não quer mais o peito, de certa maneira,
este motivo está ligado com as representações nas falas de: “falta de leite” ou
“leite insuficiente”, assim o filho permanece com fome e torna-se necessário
que ela complemente a alimentação, causando posteriormente o desmame.
Afalta de leite”, “leite insuficienteou “leite secou” são respostas que
denotam a responsabilização da mulher para o desmame da criança (fracasso),
visão criada no modelo higienista
(2,10)
. A literatura mostra que os índices de
hipogaláctia (insuficiência de leite) são muito baixos (1,5%), e que do ponto de
vista biológico as es têm capacidade de produzir quantidade de leite
suficiente para atender o crescimento adequado da criança
(2,10,11)
.
O trabalho materno apareceu como motivo de desmame quando os
bebês estavam no quarto e quinto mês de acompanhamento, período que
geralmente termina a licença maternidade, e por isso a mãe desmama seu filho.
Por esta razão o trabalho materno é um fator negativo para a prática de
amamentação.
No Brasil, a licença maternidade é de quatro meses, tempo insuficiente
para a promoção da prática do aleitamento materno exclusivo
(12)
. Em 2010, uma
Najara B. Rocha
46
nova lei aprovada em setembro do ano de 2008 pelo governo federal estará em
vigor e que irá ampliar esta licença para seis meses, incentivando portanto a
prática de aleitamento materno exclusivo
(13)
.
Apoio familiar
A maioria das mulheres estudadas (74,1%) teve o apoio familiar para
amamentar seus filhos, principalmente dos seus maridos.
A família exerce grande influência nas decisões da mulher pra
amamentar seu filho no peito, mas provavelmente eles não estão preparados
para ajudar
(9)
. Como no estudo de Ichisato et al.
(11)
, as mães recebem
informações de pessoas que elas têm total confiança.
O marido exerce uma influência positiva na prática do aleitamento
materno
(14)
, em relação a avó, foi observado que as informações e traços
culturais repassados exercem uma influência negativa
(11)
.
Orientação sobre a amamentação durante pré-natal e lactação
A maioria das mães (88,9%) teve orientações sobre amamentação, mas
quase todas receberam estas informações de enfermeiras, no hospital, logo
após o nascimento dos bebês. Poucas foram orientadas antes do nascimento
(55,6%) e muito menos acompanhadas durante a lactação (18,5%).
Estes números são preocupantes, pois a mulher precisa ser assistida e
acompanhada para que possa desempenhar bem o papel da mulher nutriz
(2)
.
a informação ou orientação, não basta para que as mulheres tenham
sucesso em sua experiência de amamentar ou fiquem motivadas a fazê-lo, é
preciso dar condições concretas para que mães e bebês vivenciem esse
processo de forma prazerosa e com eficácia
(15)
.
Najara B. Rocha
47
A Estratégia de Saúde da Família é uma estratégia organizativa da
Atenção Primária à Saúde no SUS, isto é, uma prática integral na atenção as
necessidades da população do seu território. Ela veio para atender e resolver
as necessidades de saúde da população como um todo, realizando um
atendimento mais humanizado e estabelecendo vínculo entre usuário do
sistema e profissional da saúde. Assim teria uma maior facilidade para a
promoção da prática do aleitamento materno, educando, prevenindo problemas
e incentivando esta prática
(16)
.
É importante educar, orientar e acompanhar, não apenas informar para
responsabilizar as mães mais tardiamente sobre o desmame do bebê, como a
visão higienista do século XIX
(2,10)
.
Considerações finais
Embora as mães apresentassem o conhecimento sobre as propriedades e
vantagens do leite, verificou-se que este fator não garantiu o sucesso da
prática de aleitamento materno. A amamentação, mesmo sendo um ato natural
e instintivo, é ainda um grande desafio o apoio e acompanhamento para seu
sucesso.
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Najara B. Rocha
50
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dezembro de 1988 Artigo [citado 2009 Jan 25] Disponível em:
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Matern Infant., 2008. 8 (3): 275-284.
Najara B. Rocha
51
Capítulo 2
Najara B. Rocha
52
Estudo longitudinal sobre a prática de aleitamento materno
*
Longitudinal study about the mother’s suckling practice.
Resumo
Objetivos: Comparar a prevalência da prática de aleitamento materno e seus
determinantes em cidades com ou sem Estratégia de Saúde da Família (ESF)
implantada. Métodos: Estudo longitudinal com 84 mulheres (87 bebês) de
municípios da região noroeste do Estado de São Paulo. As mães foram
entrevistadas nas Unidades Básicas de Saúde ou em seus domicílios,
abordando sobre a prática de aleitamento materno. Posteriormente foram
realizadas visitas domiciliares mensais para o acompanhamento dos bebês.
Resultados: Quase a totalidade (94,3%) das mães começou amamentar os
bebês no primeiro mês, mas destas apenas 49,4% amamentavam
exclusivamente. Ao final do sexto mês nenhuma mãe estava amamentando
exclusivamente e 46% das crianças tinham sido desmamadas. As seguintes
variáveis do estudo mostraram associação significante com o aleitamento
materno: cor (p= 0,0048), idade da mãe (0,0033), situação conjugal (0,0004),
orientações sobre amamentação pré (0,0118) e perinatal (0,0033),
dificuldades na amamentação (<0,0001), uso de álcool (0,0044), apoio familiar
(0,0036), hábitos (<0,0001), uso de chupeta (<0,0001) e mamadeira (0,0021).
Não houve diferenças significativas na prática do aleitamento materno entre
municípios com e sem ESF implantada, exceto sobre orientação perinatal e
aleitamento (p=0,0340). Conclusões: A taxa de desmame precoce foi alta, bem
como baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo, não havendo
diferenças significantes entre município com ou sem ESF implantada. Isto
mostra uma real necessidade de reorganização dos serviços públicos de saúde,
*
Normalização de acordo com o Jornal de Pediatria (ANEXO C)
Najara B. Rocha
53
enfatizando a promoção, incentivo e acompanhamento da prática de
aleitamento materno, devido sua enorme importância para morbidade e
mortalidade infantil.
Palavras-chave: Aleitamento materno, desmame; programa saúde da família;
estudos longitudinais.
Najara B. Rocha
54
Abstract
Aims: To compare prevalence of mother’s suckling practice and its
determinants in cities with or without Family Health Care Strategy (ESF)
implanted. Method: longitudinal study with 84 women (87 babies) from cities
of São Paulo State Northwest Region. Mothers were interviewed on Health
Basic Unities or at home boarding about mother’s suckling practice. Lately,
domiciliate visits were realized by month to accompany of babies. Results:
near totality (94,3%) of mothers begun breastfeed the babies on first month,
but just 49,4% of these mothers breastfed exclusively on breast. In the end
of sixth month any mother wasn’t breastfeeding exclusively on breast and
46% of children had been weaned. The follow study variables showed
significant association with mother’s suckling: mother’s age (0,0033), conjugal
situation (0,0004), orientation about suckling pre (0,0118) and perinatal
(0,0033), difficulties on suckling (<0,0001), use of alcohol (0,0044), familiar
base (0,00036), habits (<0,0001), use of dummy (<0,0001) and feeding bottle
(0,0021). There weren’t significative differences on mother’s suckling
practice among cities with or without ESF implanted, except about perinatal
and suckling orientation (p=0,0340). Conclusions: premature wean tax was
high, such as low prevalence of exclusive mother’s suckling, and so, there
aren’t significant differences among cities with or without ESF implanted.
This situation shows a real necessity of reorganization of public health
services, emphasizing promotion, incentive and accompany of mother’s suckling
practice, due its large importance for children morbidity and mortality.
Key-words: Breast feeding; weaning; family health program; longitudinal
studies.
Najara B. Rocha
55
Introdução
O aleitamento materno exclusivo é recomendado pelas organizações
internacionais: Organização Mundial de Saúde (OMS) e Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF) e nacionais: Ministério da Saúde (MS) até os
seis meses de idade do bebê. Após este período é necessário enriquecer a
dieta com alimentos complementares, além da continuação do leite materno
até os dois anos de idade ou mais. Essa prática apropriada de alimentação é de
fundamental importância para a sobrevivência, crescimento, desenvolvimento,
saúde e nutrição dos bebês
1-3
; promover o aleitamento materno exclusivo é uma
intervenção simples e efetiva para reduzir a mortalidade e morbidade
infantil
4
.
No Brasil, infelizmente ainda é baixa a prevalência de lactentes
amamentados exclusivamente até os seis meses de idade. Pesquisa nacional
realizada nas capitais e no Distrito Federal em 1999, para avaliar a prevalência
de aleitamento materno, constatou–se que na faixa etária de 151 a 180 dias
apenas 9,7% dos lactantes estavam em aleitamento materno exclusivo, valor
muito abaixo do recomendado
5
.
Promover o aleitamento materno pode ser um bom exemplo de política
pública que envolve a família, comunidade, governo e sociedade civil, com baixo
custo e excelente impacto sobre o desenvolvimento infantil e por isso as
mulheres têm sido incentivadas a estabelecerem essa prática. As estratégias
utilizadas para sua promoção enfatizam a necessidade de conscientizar a
população sobre as inúmeras vantagens oferecidas pelo leite materno quando
comparado a outros tipos de leite
6
.
A Estratégia Saúde da Família (ESF), pode ser uma melhor opção para
promoção e apoio ao aleitamento materno na medida em que oferece às
Najara B. Rocha
56
famílias atenção à saúde preventiva e curativa, em suas próprias casas.
Especificamente com relação à amamentação, a equipe de saúde da família
pode desenvolver atividades educativas desde o período pré-natal, buscando
interagir mais efetivamente com as mulheres, possibilitando conhecer suas
experiências anteriores que possam favorecer ou não o processo do
aleitamento materno. Também é possível atuar efetivamente nas ocorrências
comuns no início da amamentação, como traumas mamilares, ingurgitamento
mamário e mastite, responsáveis muitas vezes pelo desmame precoce.
Entretanto, mesmo em áreas de atuação de equipes de saúde da família, tem
sido um desafio ampliar a adesão à prática do aleitamento materno,
especialmente na forma exclusiva
6
.
Sendo a saúde materno-infantil uma das metas do milênio para a
redução da mortalidade e morbidade infantil, é de extrema importância
verificar se a prática de aleitamento materno está sendo incentivada no
sistema de saúde, e se em municípios com a Estratégia de Saúde da Família
implantada, cuja ênfase está na atenção básica à saúde, verificar se a taxa de
aleitamento é maior que no município que não a possui. Portanto neste trabalho
o objetivo foi acompanhar a prática do aleitamento materno nos municípios
com ou sem ESF implantada, até os bebês completarem seis meses de vida e
verificar os motivos de desmame precoce.
Metodologia
População de estudo:
O estudo foi realizado em dois municípios da região de noroeste do Estado
de São Paulo: Piacatu e Birigui, com características sócio-econômico-
demográfico semelhantes: Piacatu com a Estratégia Saúde da Família
Najara B. Rocha
57
implantada e Birigui com Unidades Básicas de Saúde com o modelo de atenção
tradicional.
No município com ESF (Piacatu), todas as equipes seguem o mesmo protocolo
de atendimento pré e perinatal, que inclui consultas pré-natais realizadas por
médicos e enfermeiras, atividades educativas mensais em grupo, visitas
domiciliares mensais realizadas pelos agentes comunitários. A orientação
relativa à amamentação é realizada em todos esses momentos. Este município
desenvolve várias ações de apoio ao aleitamento materno em sua Unidade
Básica de Saúde (dados fornecidos pela Secretaria de Saúde de Piacatu).
Amostra:
A população de estudo constituiu de todas as gestantes cadastradas no
serviço público de saúde destas cidades no período de agosto a outubro de
2007. Todas as gestantes foram visitadas em seus domicílios ou entrevistadas
na própria Unidade Básica de Saúde. As gestantes que não participaram do
estudo foram aquelas que estavam com endereço cadastrado não encontrado,
errado, ou incompleto, bem como a gestante que se recusou a participar do
estudo e a gestante que não estava no seu último trimestre de gravidez. A
amostra total foi de 84 mães (87 bebês), sendo 17 bebês em Piacatu e 70
bebês em Birigui, proporcional ao tamanho da população do município.
Desenho do estudo:
Trata-se de um estudo de coorte, prospectivo, realizado em municípios da
região noroeste do Estado de São Paulo. Estudos de coortes de nascimentos
têm uma vantagem em relação aos estudos retrospectivos, pois diminuem os
Najara B. Rocha
58
viéses recordatórios, acompanhando num momento próximo a ocorrência do
que se quer ser estudado, permitindo a avaliar ocorrências significativas. Por
outro lado possuem o risco de perdas e custo caro da pesquisa
7
. Além de serem
essenciais para estudar os determinantes precoces da doença e estado
nutricional, investigando fatores como aleitamento materno que são
importantes para verificar morbidade na infância, adolescência e vida adulta
8
.
Esta pesquisa faz parte de um estudo longitudinal maior com gestantes
acompanhadas durante o pré-natal até os seus filhos completarem 36 meses
de idade, objetivando estudar os aspectos da saúde do binômio mãe-filho.
Um estudo piloto foi realizado para validação e adequação do instrumento
de coleta de dados, aferição das dificuldades encontradas, capacitação e
calibração dos pesquisadores. O valor do teste Kappa, teste de concordância,
entre os pesquisadores foi de 0,91.
Fases da pesquisa:
A pesquisa foi realizada em duas fases; a primeira consistiu do
acompanhamento das gestantes até a proximidade do parto, na qual foram
avaliadas as condições sócio-econômico-cultural e conhecimentos sobre o
aleitamento materno.
Na primeira fase foram realizadas entrevistas domiciliares e UBS por
entrevistadores, previamente calibrados, utilizando-se para a coleta das
informações, um formulário semi-estruturado, contendo como variáveis do
estudo: dados pessoais da mãe, informações sobre moradia e renda,
escolaridade e comportamento em relação ao aleitamento materno. Todos
esses dados coletados foram registrados em fichas clínicas específicas e
obtido o termo de consentimento livre esclarecido das participantes da
pesquisa.
Najara B. Rocha
59
Na segunda fase foi realizado o acompanhamento dos bebês por meio de
visitas mensais, a partir do primeiro mês de vida, prolongando-se até o sexto
mês de idade. O perfil alimentar foi verificado por meio da dieta pregressa
(dieta do dia anterior 24 horas). Um roteiro foi utilizado durante o
acompanhamento das lactantes para registro das suas dificuldades diante o
aleitamento, motivos alegados para a introdução de outros alimentos,
diferente do leite materno, e motivo do desmame.
Foi utilizada a classificação proposta pela OMS para a definição do padrão
de aleitamento. (Tabela 1)
Najara B. Rocha
60
Tabela 1 – Critérios para a classificação do aleitamento dos bebês
acompanhados:
Classificação
Obrigatoriamente
a criança deve
receber:
Permite que a
criança receba:
Não é permitido
receber:
Aleitamento
exclusivo
Leite materno
Vitaminas, sais
minerais e
medicamentos
(comprimidos,
pastilhas e
xaropes)
Nada mais
Aleitamento
predominante
Leite materno,
como fonte
principal
Líquidos (água, chá
e suco)
Nada mais (em
particular, leite
não-materno e
fórmula infantil)
Aleitamento
complementar
Leite materno e
alimentos pastosos
e sólidos
Qualquer alimento
ou líquido, incluindo
leite não-materno
e fórmula infantil
-
Aleitamento Total Leite materno
Qualquer alimento
ou líquido, incluindo
leite não-materno
e fórmula infantil
-
Aleitamento
artificial
Qualquer líquido
(incluindo leite
não-materno) ou
alimentos pastosos
e sólidos
Qualquer alimento
ou líquido, incluindo
leite não-materno
e fórmula infantil
-
Fonte: Indicators for assessing infant and young child fedding practices
WHO, 2007
1
No final de todas as entrevistas, os questionários e fichas clínicas eram
revisados pela equipe para posterior digitação nos programas de análise. Após
a digitação dos dados, estes eram novamente revisados para eliminar os erros
de digitação.
Najara B. Rocha
61
Análise estatística:
Os dados obtidos por meio das respostas fechadas foram digitadas e
analisados por meio do programa Epi Info 2000
9
, programa para Windows de
livre distribuição pela OMS e os dados foram sendo nele inseridos. Para isso
cada resposta apresentou um número de identificação que representava um
campo no banco de dados criado e assim realizado o levantamento das
frequências e porcentagens.
A análise do período de aleitamento materno exclusivo e do aleitamento
materno foi realizada utilizando procedimentos de análise de sobrevivência.
Para comparar duas amostras ou mais, dispostas em n tabelas de contingência
foi aplicado o teste de sobrevivência de Mantel–Haenzel
10
.
O teste do Qui-quadrado e o Exato de Fisher foram empregados para
investigar associações entre as variáveis independentes (maternas e infantis)
e o aleitamento materno, assim como foram realizadas comparações entre os
municípios quanto à presença ou ausência da ESF, utilizando o Pacote
estatístico Bioestat 5.0
10
.
Aspectos éticos:
Este estudo foi submetido, avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética e
Pesquisa em Seres Humanos da Faculdade de Odontologia de Araçatuba
FOA/UNESP, sob processo 2006–01471 (Anexo B) e enquadra-se na
modalidade de pesquisa de risco mínimo, sendo respeitada a Resolução 196/96
do Conselho Nacional de Saúde e suas resoluções complementares relativas à
pesquisa em seres humanos. Todas as mães entrevistadas receberam
informações sobre os objetivos do estudo e tomaram ciência de que a sua não
participação não lhe acarretaria prejuízo e que os dados coletados de forma
alguma foram utilizados de forma individual.
Najara B. Rocha
62
Resultados:
Durante o estudo, duases desistiram e cinco não foram encontradas,
por mudança de endereço. Estas perdas em função de mudança de endereço
são comuns em estudos de coorte.
7
A maioria da população de estudo caracterizou-se por ser jovem (média
25 anos), de baixa escolaridade e baixo poder aquisitivo, de cor parda ou
negra, viver com os parceiros, ser do lar e não estar na primeira gestação.
(Tabela 2)
Os bebês eram na maioria do gênero feminino, nascidos com peso normal
(maior que 2500 kg) e com mais de 37 semanas de gestação (Tabela 2).
Najara B. Rocha
63
Tabela 2 – Características da população de estudo, constituindo 84 mães e 87
bebês, Birigui e Piacatu – 2008.
Características
maternas
Renda familiar (SM)* n %
0 a 2 48 57,1
Mais de 2 36 42,9
Idade
n %
Menor que 20 13 15,5
20 a 25 30 35,7
25 a 30 30 35,7
Mais de 30 11 13,1
Cor
n %
Branca 35 41,7
Parda e Negra 49 58,3
Situação conjugal
n %
Mora com o parceiro 67 79,8
Não mora com parceiro 17 20,2
Profissão
n %
Não trabalha 44 52,3
Funcionária Privada 21 25,0
Funcionária Pública 4 4,8
Estudante desempregada 5 6,0
Autônoma 7 8,3
Outros empregos 3 3,6
Escolaridade
n %
Analfabeta 1 1,2
Ensino Fundamental Incompleto 18 21,4
Ensino Fundamental Completo 10 11,9
Ensino Médio Incompleto 20 23,8
Ensino Médio Completo 27 32,1
Ensino Superior Incompleto 5 6,0
Ensino Superior Completo 3 3,6
Número de filhos nascidos e
vivos
n %
Primeiro Filho 36 41,4
2 ou mais 51 58,6
Características
infantis
Gênero
n %
Masculino 38 43,7
Feminino 49 56,3
Peso ao nascer
n %
Menor que 2500 12 13,8
2500 ou mais 75 86,2
Idade gestacional
n %
Menos que 37 semanas 16 18,4
37 semanas ou mais 71 81,6
*SM (Salário Minímo): valor vigente na época da coleta de dados – R$ 415,00
Najara B. Rocha
64
A taxa de crianças amamentadas no primeiro mês desde o nascimento
foi de 94,3% (82), destas apenas 43 (49,4%) eram amamentadas
exclusivamente. Já no terceiro mês, esta taxa de aleitamento exclusivo
diminuiu para 13,8% e no sexto mês de vida esta prática foi inexistente. Ao
final do sexto mês, quase metade das crianças tinha sido completamente
desmamada. As curvas de aleitamento materno exclusivo e total estão na
figura 1.
43
27
12
4
1
0
82
74
68
64
57
47
0
20
40
60
80
100
120
140
mê s m ê s m ê s mês mê s m ê s
Ale itamento exclusivo Aleitamento ma terno
Figura 1 – Distribuição numérica das crianças (n=87), segundo o aleitamento
materno exclusivo e materno total, Birigui e Piacatu – 2008
Como principais motivos de desmame, foram apontados: falta de leite
(27,1%); não aceitação da criança (21,6%); trabalho da mãe (18,9%); leite não
sustentava (16,2%); doença da mãe ou da criança (8,1%), outros (8,1%).
Dentre as mães que trabalhavam (35) o principal motivo foi o retorno da
mulher ao trabalho (45,7%).
Najara B. Rocha
65
Das oitenta e quatro es, 20,2% (17) tiveram dificuldades ao
amamentar, sendo que destas, 70,6% procuraram ajuda nos serviços públicos e
82,4% receberam esta ajuda. A maioria (57,5%) das mulheres estudadas teve
problemas ao amamentar, tais como: ferimento mamilar (34,5%), peito
empedrado (25,3%), falta de leite (10,3%) e outros (4,6%).
Sobre o uso de álcool e tabagismo, da totalidade das mulheres, 17,9%
(15) ingeriam bebidas alcoólicas e 15,5% (13) fumavam durante a gestação.
O apoio familiar no aleitamento materno foi freqüente neste estudo, no
qual 79,8% (67) tiveram o apoio da família.
As comparações de todas as variáveis entre os dois municípios estão na
tabela 3, bem como suas análises estatísticas. A curva de sobrevivência da
proporção de crianças amamentadas apresenta-se no figura 3.
Najara B. Rocha
66
Tabela 3 - Análise de sobrevivência dos fatores associados com o padrão de
aleitamento e a ESF implantada entre 1 a 6 meses pelo método de Mantel-
Haenzel.
Variáveis
Aleitamento materno ESF
p Odds ratio IC 95%
p
Mão primigesta 0,4271 0,8236 0,5412 – 1,2535 -
Escolaridade mãe 0,1645 1,3914 0,9048 – 2,1398 -
Renda familiar mãe 0,2917 0,7762 0,5066 – 1,1892 -
Situação conjugal 0,0004 2,4724 1,5188 – 4,0249 -
Idade Mãe 0,0033 0,4614 0,2811 - 0,7572 -
Trabalho mãe 0,2557 0,6636 0,3550 – 1,2405 -
Cor Mãe 0,0048 0,5336 0,3501 – 0,8133 -
Peso ao nascer 0,0884 0,5773 0,3249 – 1,0256 -
Idade gestacional 0,4808 1,2538 0,7427 – 0,3249 -
Tipo de parto 0,8814 1,0601 0,6836 – 1,6440 1,0000
Tempo primeira mamada 0,4939 1,1935 0,7725 – 1,8440 0,1907
Gênero Bebê 0,9960 1,0215 0,6749 – 1,5461 -
ESF implantada 0,4400 0,7768 0,4508 – 1,3385 -
Esta sendo acompanhada pelos serviços
de saúde
0,0543 1,8459 1,0305 – 3,3066 0,0340
Orientações durante gestação 0,0118 1,7326 1,1454 – 2,6207 0,0957
Orientações após nascimento 0,0033 2,7737 1,4221 – 5,4099 0,7272
Números consultas pré-natal 0,1307 1,6369 0,9126 – 2,9360 0,1123
Dificuldades ao amamentar <0,0001 10,4333 6,1708-17,6403 0,5060
Tabagismo 0,2557 0,6636 0,3550 – 1,2405 -
Uso de álcool 0,0044 0,3516 0,1747 – 0,7075 -
Apoio familiar 0,0036 0,4805 0,2994 – 0,7712 -
Mamadeira 0,0221 0,7218 0,4209; 1,2365 1,0000
Bebês com hábitos <0,0001 1,3462 0,2544; 0,5564 0,4203
Uso de chupeta <0,0001 0,6663 0,3088; 0,6764 0,7844
Najara B. Rocha
67
Figura 2 – Proporção de crianças amamentadas no peito nos seis meses de
acompanhamento – Birigui e Piacatu, 2008.
Discussão:
O aleitamento materno é extremamente importante para o crescimento
adequado dos bebês, além de oferecer inúmeras vantagens tanto para mãe
como para o filho, sendo ainda uma forma eficaz, econômica e nutricionalmente
completa para a alimentação da criança
11-15
.
As condições de vida sociais, econômicas e culturais influenciam de
maneira direta na prática de aleitamento materno
16
.
Neste estudo, ficaram
evidenciadas associações entre a idade da mãe e o padrão de aleitamento
(p=0,0033).
Mães adolescentes amamentam por menor período de tempo que as mães
mais velhas, fato também evidenciado na pesquisa de Chaves et al.
17
, isto pode
ser explicado pelo conhecimento e experiência de mães mais maduras. Uma
maior atenção para as mães mais jovens é necessária em programas de saúde
Najara B. Rocha
68
voltados para esta população, pelo incentivo, ensinamento e promoção da
importância desta prática para seus filhos
17
.
A literatura confirma a associação da duração do aleitamento materno e
os hábitos das mães, como uso do tabaco e/ou álcool
17,18
. Foi observada neste
estudo, associação entre consumo de bebidas alcoólicas pela mãe e o
aleitamento materno (p=0,0044). em relação ao fumo, não foi observado
associação estatisticamente significante. Estudos explicam que o uso de álcool
reduz o volume da produção do leite materno, por isso leva ao desmame
18
.
A participação do pai no sucesso da prática de amamentação é de
extrema importância. Na nossa sociedade estes são distanciados das tarefas
femininas, ficando o aleitamento materno com uma responsabilidade apenas da
mulher
19
. Isto não deveria ocorrer, pois a mulher leva em consideração o que os
maridos ou parceiros dizem, podendo assim estar motivando e encorajando-as
à amamentação. Foi encontrado neste estudo, associação fortíssima positiva
entre mulheres que vivem com seus parceiros e a prática de aleitamento
(p=0,0004).
Um fator importante também é o apoio familiar para o sucesso do
aleitamento materno
19
. Uma mãe que tem este apoio, se sente mais confiante e
capaz para amamentar o seu filho no peito. No presente estudo foi verificado
a associação significante deste apoio e a prática de amamentação (p=0,0036),
comprovando este fato.
O tempo de primeira mamada do bebê logo após o nascimento é
essencial para vários fatores, dentre eles: a duração do aleitamento,
instalação de bitos e uso de chupetas. É importante que a criança mame no
peito até as primeiras quatro horas depois do nascimento.
20
No presente
estudo foi verificado que menos da metade das mães amamentaram seus bebês
nas primeiras 4 horas, valor menor que o encontrado por estudo Navarro-
Najara B. Rocha
69
Estrella, et al.
20
, no qual 60% das mães amamentaram neste período. Não foi
verificada associação significativa entre o tempo da primeira mamada com a
prática de aleitamento materno.
Quase a totalidade (94,3%) das mães iniciou a prática de aleitamento
materno. Em pesquisa realizada nas capitais brasileiras, com exceção ao Rio de
Janeiro, foi observada uma taxa de 92% e no estudo de Kelly e Watt
22
uma
taxa de 71%. O índice de aleitamento materno na capital de São Paulo foi de
79,7% no primeiro mês e terminando os seis meses com 55,2%
22
.
Apenas 45,9% das mães, amamentaram seus filhos exclusivamente no
primeiro mês e ao final do sexto mês, não foi observada esta prática neste
estudo, índices bem aquém do esperado pela OMS. Pesquisa realizada na
capital de São Paulo, mostrou uma taxa de aleitamento exclusivo de 32,9% no
primeiro mês e 5,9% até o sexto mês de acompanhamento
22
.
Aos seis meses nenhuma criança foi amamentada exclusivamente pelas
mães, dados também encontrados no estudo Silva et al.
23
. A taxa também foi
baixa no estudo de Kelly e Watt
21
, que encontraram que ao primeiro mês foi de
34% e aos seis meses 0,3% das mulheres amamentaram seus filhos
exclusivamente.
Na pesquisa de Sena et al.
22
, que mostra os índices de todas as capitais
brasileiras de aleitamento materno exclusivo, diz que mesmo as capitais que
apresentaram melhor situação nos primeiros meses de vida, encontraram
dificuldades para manter esta condição e chegaram ao fim de seis meses em
patamares semelhantes aos municípios que não alcançaram desempenho
favorável no começo.
A introdução de chá e água (aleitamento predominante) é uma prática
frequentemente observada. Neste estudo, foi alta a taxa de es que deram
estes líquidos precocemente aos seus filhos. Essa introdução diminui a
Najara B. Rocha
70
proteção do leite materno contra processos infecciosos, assim como a duração
do aleitamento materno e não é necessária quando o bebê está em aleitamento
exclusivo, mesmo em países de clima tropical. Esta cultura de inserir chá na
alimentação do bebê, por causa das suas propriedades calmantes e laxativas, é
muito frequente, mesmo em populações orientadas para não as utilizar
16
.
Ela
deve ser um sinal de alerta, para que as autoridades de saúde subsidiem ações
educativas às mães para informar estes efeitos nocivos
24
já no pré-natal.
Os bebês estudados foram desmamados precocemente, sendo que 46%
(40) destes foram desmamados até o seis meses de vida, sendo que 47,5% (19)
destes já tinham sido desmamados desde o terceiro mês.
Os motivos de desmame alegados pelas mães estudadas demonstram a
falta de conhecimento destas em relação ao aleitamento materno, quando elas
afirmam que “o leite secou”, “estava fraco” ou “que este não sustentava o
bebê”. É comum esta fala por parte das mães, mas os índices de hipogaláctia,
ou seja, produção insuficiente de leite, não ultrapassam 1,5% da população
25
.
Este sentimento da mãe em achar que seu leite não esta alimentando o bebê
mostra uma falta de autoconfiança em relação à amamentação, dados
confirmados também pelo estudo de Lamounier
26
.
Um marcador de dificuldade relatado para o aleitamento materno é o
uso de mamadeira e chupeta
27
.
A mamadeira é considerada um hábito de sucção
nutritivo, que tem o objetivo de alimentar a criança. O maior problema deste
utensílio está na facilidade da criança em mamar, isto é, ela não precisa fazer
esforço para se alimentar, o faz da maneira mais rápida, satisfazendo-se mais
rapidamente nutricionalmente e não atingido o prazer emocional da sucção.
Crianças que começam a ser alimentados pela mamadeira abandonam tão logo o
seio materno
13
.
Najara B. Rocha
71
A OMS com a preocupação da introdução de mamadeiras precocemente
na alimentação dos bebês, recomenda não dar bicos artificiais ou chupetas às
crianças amamentadas.
3
No presente estudo, houve associação de uso de mamadeira com o
desmame até o sexto mês de acompanhamento (p=0,0221).
Soares et al.
27
observaram associação significante entre uso de chupeta
e desmame precoce e relataram alguns motivos prováveis devido ao uso de
chupeta, dentre eles a redução do número de mamadas por dia, diminuindo
assim a estimulação das mamas, menor produção de leite e resultando em
desmame da criança. Outro seria que a criança confundiria a sucção,
dificultando a retirada de leite da mama e provocando o desmame. Eles
discutiram que o desmame é um processo complexo e que a chupeta é um
agente que dificulta o aleitamento materno e não um fator direto de
desmame.
27
Nesta pesquisa, os hábitos apresentaram-se significantemente
associados ao desmame até o sexto mês de acompanhamento (p<0,0001), em
especial o uso de chupeta esteve fortemente associado ao desmame precoce
(p<0,0001).
A entrada da mulher no mercado de trabalho é um dos grandes motivos
para o desmame precoce dos bebês, tendo como principais causas: o não
cumprimento da legislação trabalhista por parte dos empregadores e a falta
de orientação das mães quanto à retirada e armazenamento do leite materno
para ser oferecido à criança durante seu trabalho, entre outros
6
. Neste
estudo, percebeu-se que o trabalho da mãe foi a causa de desmame em 67,7%
do quarto mês e 50% do quinto mês de acompanhamento. A necessidade de
sair de casa para trabalhar impede que as mães continuem a amamentação de
seus filhos, tendo que substituir pelo aleitamento artificial, influenciando
Najara B. Rocha
72
negativamente na prática de aleitamento
25
. É evidente que as taxas de
aleitamento exclusivo despenquem após o quarto mês, devido o retorno das
mulheres ao trabalho
4
, no qual, em particular neste estudo, nenhuma mãe
estava amamentando seu filho exclusivamente no quinto mês.
No Brasil, a licença maternidade é de quatro meses, tempo insuficiente
para a promoção da prática do aleitamento materno exclusivo
28
. Em 2010, uma
nova lei aprovada em setembro do ano de 2008 pelo governo federal estará em
vigor e ampliará para seis meses esta licença, incentivando, portanto a prática
de aleitamento materno exclusivo
29
.
No presente estudo não houve associação significante entre o trabalho
feminino e a prática de aleitamento materno, talvez porque apenas 42,5% das
mulheres do estudo trabalhavam e destas, uma boa parte era em seu próprio
domicílio. No estudo de Agampoldi et al.
4
, foi encontrado que mulheres
empregadas amamentavam exclusivamente seus filhos com maior frequência do
que mulheres não empregadas e este caso eles afirmam que foram devido à
licença maternidade que elas têm direito.
A decisão de amamentar está associada a diversos fatores, como cita
Navarro-Estrella et al.
20
, e ressalta entre eles o incentivo e acompanhamento
da prática de aleitamento pelos serviços de saúde.
A Estratégia de Saúde da Família é uma estratégia organizativa da
Atenção Primária à Saúde no SUS, isto é, uma prática integral na atenção as
necessidades da população do seu território. Ela veio para atender e resolver
as necessidades de saúde da população como um todo, realizando um
atendimento mais humanizado e estabelecendo vínculo entre usuário do
sistema e profissional da saúde. Assim, teria uma maior facilidade para a
promoção da prática do aleitamento materno, educando, prevenindo problemas
e incentivando esta prática
23
.
Najara B. Rocha
73
As orientações sobre aleitamento materno durante a gestação e após o
nascimento do bebê, são de extrema importância para o incentivo e
monitoramento da prática de aleitamento materno pelas mães. Neste estudo,
foi evidenciada associação significante entre estas orientações pré e
perinatais e a prática de aleitamento materno (p=0,0118 e p=0,0033
respectivamente). Outro aspecto importante a ser considerado é o fato das
mães que tem dificuldades em amamentar, e por falta de conhecimento e
prática, deixam de dar o peito para seus filhos. Encontramos relação
significante muito forte entre mulheres que tiveram dificuldades de
amamentar e a prática de aleitamento materno (p<0,0001), resultando assim
em desmame precoce.
Não houve diferença significativa entre as diversas variáveis estudadas
com a presença desta estratégia, exceto pelo acompanhamento das mães
durante a lactância (perinatal) pelos serviços públicos de saúde (p=0,0340),
mostrando a importância deste para o sucesso da prática.
É importante educar, orientar e acompanhar a mulher durante o período
de lactação, não apenas informar para responsabilizar ela mais tardiamente
sobre o desmame do bebê, como a visão higienista do século XIX
30
.
Era esperado encontrar nesta pesquisa diferenças entre os dois
municípios, devido os objetivos da Estratégia de Saúde da Família, mas
ocorreu em apenas um aspecto. Umas das explicações para este fato ocorrer
seria o não cumprimento dos objetivos desta estratégia no município que a tem
implantado, estando esta estratégia para reorganização do serviço público
apenas no papel. Mas, para comprovar esta hipótese é necessário um estudo
mais profundo de todos os aspectos envolvidos, ficando como sugestão para um
estudo futuro.
Najara B. Rocha
74
O processo da amamentação, embora aparentemente simples e com
automatismo fisiológico singular, requer um complexo conjunto de condições
interacionais no contexto social da mulher e de seu filho. a informação ou
orientação, não basta para que as mulheres tenham sucesso em sua
experiência de amamentar ou fiquem motivadas a fazê-lo, é preciso dar
condições concretas para que mães e bebês vivenciem esse processo de forma
prazerosa e com eficácia
25
. Assim cabe ao profissional da saúde, inclusive
cirurgião-dentista, a promoção desta prática.
A taxa de aleitamento materno exclusivo, encontrada neste estudo foi
baixa. Mesmo com alta taxa no início de mães que amamentaram seus filhos no
peito, no sexto mês quase metade dos bebês foram desmamados. Os
motivos de desmame, mostra a falta de segurança das mães em amamentar
seus filhos, alegando que seu leite era fraco ou insuficiente. Este problema de
não conseguir manter o aleitamento materno por pelo menos seis meses, nos
mostra a necessidade de rever a política de incentivo, acompanhamento e
promoção desta prática, mesmo no município com a ESF implantada.
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Najara B. Rocha
80
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Najara B. Rocha
81
Capítulo 3
Najara B. Rocha
82
O aleitamento materno na prevenção de hábitos de sucção não-
nutritivos: Um estudo de coorte.
*
El amamantamiento materno en la prevención de hábitos de succión no
nutritivos: Un estudio de cohorte
Resumo
Objetivos: Este estudo longitudinal objetivou avaliar a associação entre
hábitos de sucção não-nutritivos e a prática do aleitamento materno. Material
e Métodos: Foram realizadas entrevistas com 84 gestantes (87 bebês) dos
serviços públicos de saúde e visitas domiciliares mensalmente a os seis
meses de idade dos bebês, abordando questões sobre condições sócio-
econômica-culturais, prática de aleitamento e hábitos. Resultados: Quase a
totalidade (94,3%) das mães começou amamentar os bebês no primeiro mês,
mas destas apenas 49,4% amamentavam exclusivamente. Ao final do sexto
mês, nenhuma mãe estava amamentando exclusivamente e quase 50% das
crianças tinham sido desmamadas. Os hábitos e o uso de chupeta estiveram
associados significantemente com crianças amamentadas sob aleitamento
exclusivo (p=0,0065 e 0,0270 respectivamente) e as que recebem aleitamento
materno (ambos p<0,0001). Conclusões: A taxa de desmame precoce foi alta,
bem como baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo, mostrando
associação entre hábitos e uso de chupeta com aleitamento materno.
Palavras-chave: aleitamento materno; hábitos; desmame
*
Normalização de acordo com a Salud Publica de México (Anexo D); Artigo enviado em versão
espanhol (Anexo E)
Najara B. Rocha
83
Resumen
Objetivos: Evaluar la asociación entre hábitos de succión no nutritivos y la
práctica del amamantamiento materno. Material y Métodos: Fueron realizadas
entrevistas con 87 embarazadas (84 bebés) y visitas mensualmente hasta los
6 meses de edad de los bebes, abordando preguntas sobre condiciones socio
económica-culturales, práctica de amamantamiento y bitos. Resultados: Casi
la totalidad (94,3%) de las madres empezó a amamantar a los bebes en el
primer mes, pero apenas el 49,4% amamantaban exclusivamente en el seno. Al
fin del sexto mes ninguna madre estaba amamantando exclusivamente y casi
50% de los niños habían sido destetados. Los hábitos y uso de chupete fueron
asociados significantemente con niños amamantados bajo amamantamiento
exclusivo (p=0,0065 y 0,0270 respectivamente) y las amamantadas en el seno
(los dos p<0,0001). Conclusiones: La tasa de destete precoz fue elevada y baja
la prevalencia de amamantamiento materno exclusivo, demostrando asociación
entre hábitos y uso de chupete con amamantamiento materno.
Palabras: Lactancia materna, hábitos, destete
Najara B. Rocha
84
Introdução
No inicio da vida, o leite materno reúne as características nutricionais
ideais, com adequado balanceamento de nutrientes.
1,2
Ele apresenta-se
altamente digestível, nutritivo e preventivo, uma vez que é constituído por
imunoglobulinas que reforçam a imunidade do bebê contra doenças alérgicas e
infecciosas. É extremamente importante para diminuir a mortalidade e
morbidade infantil. Além disso, o próprio ato de amamentar estimula o
desenvolvimento normal do sistema estomatognático, propicia o
estabelecimento da respiração nasal e preenche as necessidades emocionais do
bebê, através do íntimo contato, estabelecido entre a mãe e o filho, bem como
o instinto nato de sucção.
2-5
A garantia da saúde materno-infantil é uma das metas para esse milênio,
visto que gestantes e crianças compõem grupos prioritários nos serviços da
saúde. Uma das estratégias utilizadas para promoção da saúde do binômio
mãe-filho, é o incentivo ao aleitamento materno.
6
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento
materno exclusivo até a criança completar seis meses de vida e a manutenção
do aleitamento materno, com complemento nutricional, até os dois anos ou
mais.
7,8
A manutenção da amamentação natural por este período recomendado,
promove um intenso trabalho da musculatura peribucal, influência o
desenvolvimento correto dos padrões ósseos e musculares, além de gerar
fadiga nesses músculos, fazendo com que a criança satisfaça seu instinto de
sugar e não necessite de uma sucção não-nutritiva. A amamentação artificial
não exige esforços, o que gera uma desordem no desenvolvimento normal da
musculatura e dos maxilares. Com o intuito de suprir estas necessidades de
Najara B. Rocha
85
sucção durante o período de lactância, a criança tende a apegar-se a hábitos
deletérios, como o de sucção de lábio, dedo, chupeta e outros objetos.
4,5,9
A prevalência de hábitos em crianças não amamentadas no peito tem
sido demonstrada em vários estudos, na sua grande maioria em estudos
transversais.
3-5,9-14
Poucos são os estudos longitudinais que analisaram a relação
entre a prática de aleitamento e hábitos deletérios.
15
Diante disso, esse
estudo de coorte objetivou identificar a prevalência do aleitamento materno,
as causas do desmame precoce e a associação do mesmo com aparecimento de
hábitos de sucção não-nutritivos.
Metodologia
Desenho do estudo:
Trata-se de um estudo longitudinal, prospectivo, realizado no período de
dois anos em municípios da região noroeste do Estado de São Paulo - Brasil,
com características sócio-econômicas semelhantes.
Esta pesquisa faz parte de um estudo de coorte maior que acompanha
gestantes do pré-natal até trinta e seis meses após nascimento dos bebês,
objetivando acompanhar a saúde do binômio mãe-filho.
Um estudo piloto foi realizado para validação e adequação do
instrumento de coleta de dados, aferição das dificuldades encontradas,
capacitação e calibração dos pesquisadores.
População de estudo:
Os sujeitos da pesquisa consistiram todas as gestantes cadastradas
(n=84) no serviço de saúde desses municípios. Como critérios de exclusão, não
participaram da pesquisa, gestantes que estavam nos dois primeiros
trimestres de gestação, as que se recusaram a participar da pesquisa ou não
Najara B. Rocha
86
deram continuidade no acompanhamento. As gestantes foram informadas
sobre os objetivos do estudo, da voluntariedade da sua participação e a
manutenção do sigilo, e após assinado o termo de consentimento livre e
esclarecido.
Fases do estudo:
A pesquisa foi realizada em duas etapas; a primeira consistiu do
acompanhamento das gestantes até a proximidade do parto, na qual foram
avaliadas as condições sócio-econômico-cultural e conhecimentos sobre o
aleitamento materno. Para isso, foram realizadas entrevistas domiciliares ou
na própria Unidade Básica de Saúde, utilizando-se para a coleta das
informações, um formulário semi-estruturado, contendo como variáveis do
estudo: dados pessoais da mãe, informações sobre moradia e renda,
escolaridade e comportamento em relação ao aleitamento materno. Todos
esses dados coletados foram registrados em fichas clínicas específicas.
Na segunda fase foi realizado o acompanhamento dos bebês (n=87) por
meio de visitas mensais, a partir do primeiro mês de vida, prolongando-se até o
sexto mês de vida. Foram levantados dados sobre a presença e tipo de hábitos
deletérios, e perfil alimentar da criança coletados através do relato das mães,
por meio da dieta pregressa (diário de dieta de 24 horas ou recordatório).
Foram registradas as dificuldades relatadas pelas lactantes, que levaram á
introdução de outros alimentos durante a amamentação natural ou o motivo de
desmame destas crianças.
Foi utilizada a classificação proposta pela OMS para a definição do
padrão de aleitamento. (Quadro 1)
Quadro 1 – Critérios para a classificação do aleitamento dos bebês
acompanhados.
Najara B. Rocha
87
Classificação
Obrigatoriamente
a criança deve
receber:
Permite que a
criança receba:
Não é permitido
receber:
Aleitamento
exclusivo
Leite materno
Vitaminas, sais
minerais e
medicamentos
(comprimidos,
pastilhas e
xaropes)
Nada mais
Aleitamento
predominante
Leite materno,
como fonte
principal
Líquidos (água, chá
e suco)
Nada mais (em
particular, leite
não-materno e
fórmula infantil)
Aleitamento
complementar
Leite materno e
alimentos pastosos
e sólidos
Qualquer alimento
ou líquido, incluindo
leite não-materno
e fórmula infantil
-
Aleitamento Total Leite materno
Qualquer alimento
ou líquido, incluindo
leite não-materno
e fórmula infantil
-
Aleitamento
artificial
Qualquer líquido
(incluindo leite
não-materno) ou
alimentos pastosos
e sólidos
Qualquer alimento
ou líquido, incluindo
leite não-materno
e fórmula infantil
-
Fonte: Indicators for assessing infant and young child fedding practices
WHO, 2007
8
Análise estatística
Os dados obtidos por meio de respostas fechadas foram digitadas e
analisadas por meio do programa Epi Info 2000
15
. Para isso cada resposta
apresentou um número de identificação que representava um campo no banco
de dados e assim realizado o levantamento das frequências e porcentagens.
Para a facilidade de entendimento e discussão dos dados, os resultados
foram divididos em três intervalos de tempo: primeiro, terceiro e sexto mês.
Najara B. Rocha
88
Para comparar duas amostras ou mais, como por exemplo, crianças
amamentadas ou não com hábitos e sem hábitos ou que eram ou não usuárias de
chupetas, dispostas em n tabelas de contingência foi aplicado o teste de
Mantel Haenzel, que calculou também o risco relativo (RR) das associações
do estudo.
16
Foi aplicado o teste
log rank
para construir curvas de sobrevivência para
comparar as prevalências de aleitamento materno e aleitamento materno
exclusivo entre crianças que possuíam hábitos e as que não possuíam, bem
como usuárias de chupeta e não usuárias.
Todas as análises foram realizadas pelo software estatístico Bioestat®
5.0.
16
Preceitos éticos:
Este estudo foi submetido, avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética e
Pesquisa em Seres Humanos da Faculdade de Odontologia de Araçatuba
FOA/UNESP, sob processo 2006 01471 (Anexo B) e enquadra-se na
modalidade de pesquisa de risco mínimo, sendo respeitada a Resolução 196/96
do Conselho Nacional de Saúde, e suas resoluções complementares relativas à
pesquisa em seres humanos.
Resultados:
A idade média das mães foi de 25,15 anos (mediana 25 e moda 22 anos),
sendo 15,5% menores de 20 anos. A maioria das es é da cor parda ou negra
(58,3%), com renda familiar considerada baixa (57,1% recebem menos que dois
salários nimos) e baixa escolaridade (58,3% não completaram o ensino
médio). (tabela 1)
Najara B. Rocha
89
Do total das 84 mulheres, 44 (52,3%) não trabalham, e dentre as que
trabalham (35), a maioria era funcionárias privadas (21). (tabela 1)
A maioria das mães (79,8%) morava com seus parceiros. e 36 (41,4%)
eram primigestas (tabela 1)
Dos bebês nascidos, houve uma predominância do gênero feminino
(56,3%) em relação ao gênero masculino (43,7%). Apenas 16 (18.4%) nasceram
com menos de 37 semanas de gestação e 12 (13,8%) com peso inferior a 2500
Kg. (tabela 1)
Najara B. Rocha
90
Tabela 1 Características da população de estudo, constituindo 84 mães e 87
bebês, Piacatu e Birigui – 2008
Características
maternas
Renda familiar (SM)* n %
0 a 2 48 57,1
Mais de 2 36 42,9
Idade n %
Menor que 20 13 15,5
20 a 25 30 35,7
25 a 30 30 35,7
Mais de 30 11 13,1
Cor n %
Branca 35 41,7
Parda e Negra 49 58,3
Situação conjugal n %
Mora com o parceiro 67 79,8
Não mora com parceiro 17 20,2
Profissão n %
Não trabalha 44 52,3
Funcionária Privada 21 25,0
Funcionária Pública 4 4,8
Estudante desempregada 5 6,0
Autônoma 7 8,3
Outros empregos 3 3,6
Escolaridade n %
Analfabeta 1 1,2
Ensino Fundamental Incompleto 18 21,4
Ensino Fundamental Completo 10 11,9
Ensino Médio Incompleto 20 23,8
Ensino Médio Completo 27 32,1
Ensino Superior Incompleto 5 6,0
Ensino Superior Completo 3 3,6
Número de filhos nascidos e vivos n %
Primeiro Filho 36 41,4
2 ou mais 51 58,6
Características
infantis
Gênero n %
Masculino 38 43,7
Feminino 49 56,3
Peso ao nascer n %
Menor que 2500 12 13,8
2500 ou mais 75 86,2
Idade gestacional n %
Menos que 37 semanas 16 18,4
37 semanas ou mais 71 81,6
Tipo de parto n %
Cesárea 59 67,8
Normal 28 32,2
*SM (Salário Minímo): valor vigente na época da coleta de dados – R$ 415,00
Najara B. Rocha
91
A taxa de crianças amamentadas no primeiro mês desde o nascimento
foi de 94,3% (82), destas apenas 43 (49,4%) eram amamentadas
exclusivamente. no terceiro mês esta taxa de aleitamento exclusivo
diminuiu para 13,8% e no sexto mês de vida esta prática foi inexistente. Ao
final do sexto mês, quase metade das crianças (n=40) tinha sido
completamente desmamada. As curvas de aleitamento materno exclusivo e
total estão na figura 1.
43
27
12
4
1
0
82
74
68
64
57
47
0
20
40
60
80
100
120
140
mê s m ê s m ê s mê s mê s mês
Ale itamento exclusivo Aleitamento ma terno
Figura 1 – Distribuição numérica das crianças (n=87), segundo o aleitamento
materno exclusivo e materno total, Birigui e Piacatu – 2008
Como principais motivos de desmame, foram apontados: falta de leite
(27,1%); não aceitação da criança (21,6%); trabalho da mãe (18,9%); leite não
sustentava (16,2%); doença da mãe ou criança (8,1%), outros (8,1%).
Os hábitos de sucção não-nutritivos estavam presentes em 42 bebês
(48,3%) no primeiro mês, em 56 (64,4%) no terceiro mês e também no sexto
mês de idade. (Tabela 2)
Najara B. Rocha
92
A chupeta foi o bito mais predominante em todos os meses de
acompanhamento e a mamadeira foi oferecida por 39 mães (44,8%) no
primeiro mês; ao terceiro mês por 70 (80,5%) e ao sexto por 76 (87,4%).
(tabela 2)
Tabela 2 Distribuição numérica e percentual dos bebês de acordo com os
hábitos nos intervalos acompanhamento, Birigui e Piacatu – 2008.
Hábitos de sucção
nutritivos
Sim Não Sim Não Sim Não
n % n % n % n % n % n %
Mamadeira 39 44,8 48 55,2 70 80,5 17 19,5 76 87,4 11 12,6
Hábitos de sucção
nutritivos
Hábitos (todos) 42 48,3 45 51,7 56 64,4 31 35,6 56 64,4 31 35,6
Chupeta 36 41,4 51 58,6 40 46,0 47 54,0 39 44,8 48 55,2
Dedo 7 8,0 80 92,0 23 26,4 64 73,6 19 21,8 68 78,2
Outros 1 1,1 86 98,9 4 4,6 83 95,4 0 0,0 87 100,0
Os testes estatísticos, bem como a probabilidade e o risco relativo de
cada variável em relação aos hábitos e uso de chupeta estão apresentados na
tabela 3.
Najara B. Rocha
93
Tabela 3 Análise de sobrevivência de fatores associados com a aquisição de
hábitos e chupetas entre 1 a 6 meses de acompanhamento dos bebês pelo
método de Mantel-Haenzel, Birigui e Piacatu– 2008
Hábitos Chupeta
p
RR
combinado)
IC 95%
p
RR
(combinado)
IC 95%
Aleitamento materno <0,0001 1,3462
0,2544; 0,5564
<0,0001 0,6663
0,3088; 0,6764
Aleitamento materno
exclusivo
0,0065 1,4487
0,3469; 6,0419
0,0270 1,2911
0,3090; 5,3872
Mamadeira 0,0221 0,7218
0,4209; 1,2365
<0,0001 1,7945
1,0020; 3,2099
Mão primigesta 0,3235 0,8928
0,6193; 1,2854
0,8614 0,9777
0,7000; 1,3639
Escolaridade mãe 0,1181 0,8260
0,5622; 1,2121
0,1172 0,8617
0,6032; 1,2295
Renda familiar mãe 0,0003 0,7011
0,4931; 0,9956
0,3942 0,9188
0,6627; 1,2729
Situação conjugal 0,9559 1,0217
0,6669; 1,5633
0,5010 1,0849
0,7239; 1,6240
Idade Mãe 1,0391 0,8722
0,6424; 1,6785
0,6977 0,9438 0,1509; 0,6977
Trabalho mãe 0,2032 1,1554
0,8160; 1,6341
0,2075 1,1144
0,7978; 1,5546
Cor Mãe 0,1286 0,8401
0,5955; 1,1837
0,8696 0,9777
0,6999; 1,3641
Peso ao nascer <0,0001 0,3579
0,1729; 0,7403
0,0008 0,6272
0,3986; 0,9856
Idade gestacional 0,1149 1,2427
0,7403; 2,0833
0,0184 1,3147
0,8668; 1,9917
Tipo de parto 0,8418 1,0303
0,7081; 1,4971
0,7580 1,0333
0,7206; 1,4800
Tempo primeira mamada 0,3427 0,9024
0,6429; 1,2764
0,0008 1,2474
0,8985; 1,7307
Gênero Bebê 0,8806 1,0259
0,7290; 1,4418
0,7089 1,0379
0,7471; 1,4402
Figura 2 Curva de sobrevivência da proporção de crianças com hábitos
desmamadas e com hábitos amamentadas, Birigui e Piacatu– 2008
Najara B. Rocha
94
Discussão:
As condições sócio-econômicas e ambientais das mães são importantes
para se avaliar a influência que exercem no padrão de aleitamento, na aquisição
de hábitos e no uso de chupeta. É verificado que mães jovens e baixo nível
sócio-econômico tem maior chance dos bebês usarem chupeta ou ter algum
outro hábito.
13
Neste estudo apenas a aquisição de hábitos esteve fortemente
associado significantemente com a renda familiar da mãe (p= 0,0003) nos seis
primeiros meses de acompanhamento, mostrando a renda da mãe como fator
protetor para a aquisição de hábitos (RR=0,7011).
As características ambientais exercem relação com aquisição de hábitos
e uso de chupeta. É possível que se a família dispuser de uma condição
favorável, com condições emocionais melhores, como por exemplo, uma família
melhor estruturada com a presença do pai, ofereça outros modos para
“acalmar” a criança, sem ser chupeta ou qualquer outro hábito.
13
O pai exerce
papel fundamental no seio familiar.
17
Foi verificado associação
estatisticamente significante entre o fato de a mãe viver junto com o parceiro
e aquisição de hábitos ou uso de chupeta.
As características das crianças também são fundamentais em relação à
aquisição de hábitos ou uso de chupetas. O baixo peso ao nascer influencia
diretamente nesta aquisição, sendo o peso normal, um fator protetor para
aquisição de hábitos e chupetas (p<0,0001 e RR= 0,3579 e p=0,0008 e RR
=0,6272 respectivamente). O período gestacional é um outro fator importante
e que tem relação direta com o peso ao nascimento, pois crianças que nascem
prematuramente, normalmente são com baixo peso. A associação entre idade
gestacional e usuários de chupeta foi significante neste estudo (p= 0,0184 e
RR= 1,3147).
Najara B. Rocha
95
O tempo de primeira mamada do bebê logo após o nascimento é
essencial para vários fatores, dentre eles: a duração do aleitamento,
instalação de bitos e uso de chupetas. É importante que a criança mame no
peito até as primeiras quatro horas depois do nascimento. No presente estudo
foi verificado que menos da metade das mães amamentaram seus bebês nas
primeiras 4 horas, valor menor que o encontrado por estudo Navarro-Estrella,
et al.
18
, no qual 60% das mães amamentaram neste período. Foi verificado
neste estudo, o tempo da primeira mamada com diversas variáveis e
encontramos relação estatisticamente significante entre uso de chupeta e
bebês que o mamaram nas primeiras 4 horas (p=0,0008 e RR= 1,2474).
Quase a totalidade (94,3%) das mães iniciou a prática de aleitamento materno,
valor este superior aos 92% da média nacional
19
. Sendo que destas, apenas
45,9% estavam amamentando seu bebê exclusivamente.
A criança até os seis meses de idade não necessita de nenhum alimento
ou líquido que não seja o leite materno, por trazer inúmeras vantagens ao bebê
e à mãe
20
. A prática de amamentação exclusiva é fundamental para o
desenvolvimento normal do bebê. Mas, o é uma prática comum entre as
mulheres, fato comprovado nesta pesquisa e em vários estudos que mostram
uma baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo, como nos resultados
encontrados por Lutter et al.
1
; González-Cóssio et al.
2
;
Soares et al.;
13
Espinozza
17
; Navarro-Estrella et al.
18
; Flores et al.
21
. Neste estudo nenhuma
mãe amamentou seu filho exclusivamente por seis meses de vida, período
recomendado pelos órgãos nacionais e internacionais de saúde.
6,7,8
O uso de mamadeira com qualquer tipo de líquido no período de
aleitamento exclusivo é desnecessário, mas mesmo assim é mostrado que a
prática de introdução deste utensílio é frequente. Verificou-se grande
frequência de mamadeira no primeiro mês de acompanhamento (44,8%). Ao
Najara B. Rocha
96
final do sexto mês, 87,4% das mães complementavam a alimentação de seus
filhos com o uso de mamadeira. Estes dados foram superiores aos 62,8%
encontrados pela pesquisa realizada em âmbito nacional
19
.
A mamadeira além de ser mais fácil de ser sugada, não supre o instinto
de sucção, a criança de satisfaz mais rapidamente, constitui fonte de
contaminação, além de ser um problema para crianças amamentadas
(alimentação mista) que provoca a pega no peito incorreta. O uso de mamadeira
influencia a técnica de amamentação e não o contrário, fato observado no
estudo de França et al.
20
. Além de interferir negativamente sobre o
desenvolvimento orofacial.
22
Neste estudo a mamadeira esteve significantemente associada ao
aleitamento materno no segundo, quinto e sexto mês de acompanhamento
(p=0,0137, p=0,0310 e p=0,0007 respectivamente), sendo que quanto menor o
tempo de aleitamento materno é maior a chance da criança estar utilizando
este utensílio.
Hábito é o costume ou a prática adquirida pela repetição freqüente de
um mesmo ato, que a princípio se faz de forma consciente e, posteriormente,
de modo inconsciente. A respiração nasal, a mastigação e a deglutição são
consideradas hábitos fisiológicos e funcionais. Entretanto, a sucção digital, de
chupeta, mamadeira e a respiração bucal, dentre outros, são considerados
hábitos não fisiológicos, portanto, deletérios ou parafuncionais.
23,24
Foi encontrado no primeiro mês que 48,3% (42) apresentavam
hábitos, com o aumento para 64,4% para o sexto mês. A figura 3 mostra a
curva de sobrevivência da proporção de crianças com hábitos amamentadas e
com hábitos desmamadas (Análise sobrevivência
log rank
p<0,0001).
Vários autores
3,4,9,11-14,24,26
afirmam ser a sucção de chupeta o hábito mais
comum entre as crianças, fato este confirmado nesta pesquisa, sendo que em
Najara B. Rocha
97
todos os meses de acompanhamento, este hábito foi o mais prevalente. Tem
que se destacar a importância do aspecto cultural do uso da chupeta, no que se
refere à normalidade da e oferecer este objeto pra acalmar a criança e
facilitar o sono.
13
Sertório e Silva
25
verificaram que a representação materna
da chupeta é de um calmante para as crianças, capaz de tranqüilizá-las e
confortá-las. A mãe busca na chupeta um auxílio, além de ser um indicador de
problemas com a amamentação, podendo provocar o desmame.
13
A prevalência de chupeta neste estudo foi menor que os 60,3%
encontrados pela pesquisa nacional
19
e pelos 61,6% encontrados pelo estudo de
Soares et al.
13
O hábito de chupar dedo foi pouco frequente concordando com
os achados de Gonçalves et al (13,6%).
24
Neste estudo houve uma relação fortíssima significante entre a
aquisição de hábitos e a prática de aleitamento materno (p=<0,0001) e
aleitamento exclusivo (p= 0,0065), bem como também com o uso de chupeta
(p<0,0001 e p= 0,0270 respectivamente). Dessa forma, crianças com menor
tempo de aleitamento materno desenvolvem, com maior frequência, hábitos
bucais deletérios, principalmente o uso da chupeta, possuindo risco aumentado
de adquirir hábitos do que àquelas aleitadas no seio por um período de, no
mínimo, seis meses.
O desmame dos bebês estudados foi precoce, sendo que 46% (40)
destes foram desmamados até o seis meses de vida, sendo que 47,5% destes
já tinham sido desmamados desde o terceiro mês.
Soares et al.
13
estudam sobre o uso da chupeta e sua relação com
desmame, que mostraram resultados da associação significante entre uso de
chupeta e desmame precoce. Alguns motivos foram discutidos sobre esta
ocorrência. Um deles é que o uso de chupeta reduz o número de mamadas por
dia, diminuindo assim a estimulação das mamas, menor produção de leite e
Najara B. Rocha
98
resultando em desmame da criança. Outro seria que a criança confundiria a
sucção, dificultando a retirada de leite da mama e provocando o desmame.
Mesmo assim eles verificaram que o desmame é um processo complexo e que
seja possível, como alguns autores, que a chupeta seja um agente que dificulte
o aleitamento materno e não um fator direto de desmame.
Foi observado que os hábitos estiveram significantemente associados ao
desmame no segundo, quarto, quinto e sexto mês de acompanhamento
(p=0,0132, p=0,0032, p=0,0427 e p=0,0000 respectivamente). Em relação à
chupeta especificamente, esteve significantemente associado ao desmame no
segundo, terceiro, quinto e sexto mês de acompanhamento (p=0,0032,
p=0,0371, p=0,0001 e p=0,0000 respectivamente).
O Brasil foi incluído pela Organização Mundial da Saúde e o Fundo das
Nações Unidas para a Infância, para promover e proteger o aleitamento
materno de acordo com dez passos para o sucesso desta prática. Entre as
recomendações estavam a de encorajar o aleitamento sob livre demanda e não
dar bicos artificiais ou chupetas à crianças amamentadas ao seio.
27
O
aleitamento materno é um ato preventivo eficaz e com custo reduzido para a
sua promoção. Por isso, as mães precisam receber informações sobre as
complicações da aquisição de hábitos nas crianças, sendo um possível motivo de
desmame precoce e causador de prejuízo ao desenvolvimento infantil. É
necessário informá-las sobre os benefícios de aleitamento e promover assim, a
saúde geral e bucal de seu filho.
A taxa de desmame precoce neste estudo foi alta, bem como a baixa
prevalência de aleitamento materno exclusivo. A duração do aleitamento
materno esteve associada com hábitos, uso de chupeta e mamadeira ao final do
sexto mês de acompanhamento.
Najara B. Rocha
99
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Najara B. Rocha
105
Anexos
Najara B. Rocha
106
Anexo A
Revista Latino-americana de Enfermagem - Instruções aos autores
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manuscritos submetidos. As referidas instruções baseiam-se na tradução do documento "Requisitos uniformes para
manuscritos apresentados a periódicos biomédicos" elaborado pelo International Committee of Medical Journal
Editors (Estilo "Vancouver"), publicado na Rev Latino-am Enfermagem 2001 março; 9(2). Sugere-se consulta ao citado
documento para complementação de informações aqui contidas.
Os manuscritos devem destinar-se exclusivamente à Revista Latino-Americana de Enfermagem, não sendo permitida
sua apresentação simultânea a outro periódico, tanto do texto, quanto de figuras e tabelas, quer na integra ou
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autor(es) deverá(ão) assinar e encaminhar declaração de acordo com o modelo Anexo.
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consentimento dos sujeitos por escrito (consentimento informado), anexando cópia da aprovação do Comitê de Ética
que analisou a pesquisa.
Fotos coloridas não serão publicadas. Em caso de uso de fotografias em branco e preto os sujeitos não podem ser
identificados ou então suas fotos deverão estar acompanhadas de permissão, por escrito, para fins de divulgação
científica.
Categorias de artigos
Além dos artigos originais, os quais têm prioridade, a Revista Latino-Americana de Enfermagem publica revisões,
atualizações, comunicações breves/relato de casos, cartas ao editor, resenhas, página do estudante e editoriais.
- Artigos originais
: são contribuições destinadas a divulgar resultados de pesquisa original inédita, que possam ser
replicados e/ou generalizados. Devem atender aos princípios de objetividade e clareza da questão norteadora,
digitados (Times New Roman 12) e impressos em folhas de papel A4 (210 X 297 mm), com espaço duplo, margem de
2,5 cm de cada um dos lados e linhas, perfazendo um total de no máximo 15 páginas para os artigos originais (incluindo
as ilustrações _ gráficos, tabelas, fotografias, etc). As tabelas e figuras devem ser limitadas a 5 no conjunto,
recomendando incluir apenas os dados imprescindíveis, evitando-se tabelas muito longas, com dados dispersos e de
valor não representativo. Figuras serão aceitas, desde que não repitam dados contidos em tabelas. Recomenda-se que
o número de referências bibliográficas limite-se a 15, havendo, todavia, flexibilidade. Sugere-se incluir aquelas
estritamente pertinentes à problemática abordada e evitar a inclusão de mero excessivo de referências numa
mesma citação. Embora se respeite a criatividade e estilo dos autores na opção pelo formato do manuscrito, sua
estrutura é a convencional, contendo introdução, métodos, resultados e discussão. A
Introdução
deve ser breve,
Najara B. Rocha
107
definir claramente o problema estudado, destacando sua importância e as lacunas do conhecimento. Fornecer
referências que sejam estritamente pertinentes. Os
Métodos
empregados, a população estudada, a fonte de dados e
os critérios de seleção devem ser descritos de forma objetiva e completa. Os
Resultados
devem limitar-se a
descrever os resultados encontrados sem incluir interpretações ou comparações. O texto deve complementar e não
repetir o que está descrito em tabelas e figuras. A
Discussão
deve conter comparação dos resultados com a
literatura, a interpretação dos autores, as limitações do estudo, além de conclusões e indicação de caminhos para
novas pesquisas. São também considerados artigos originais as formulações discursivas de efeito teorizante e as
pesquisas de metodologia qualitativa de modo geral.
- Revisões
: avaliação crítica sistematizada da literatura ou reflexão sobre determinado assunto, devendo conter
conclusões. Os procedimentos adotados e a delimitação do tema devem estar incluídos. Sua extensão limita-se a 15
páginas.
-
Artigos Teóricos
: artigos resultantes de estudos teóricos que abranjam análise, discussão e síntese conceitual,
filosófica, teórica, política, de modelos, de inovações, de questões profissionais emergentes e que contribuam para o
aprofundamento de temas de interesse para a área de Enfermagem e de Saúde. Os artigos teóricos são densos em
termos de elaboração criativa, de posicionamento do autor e de proposições para a comunidade científica e/ou
profissional. Sua extensão limita-se a 15 páginas.
- Atualizações
: trabalhos descritivos e interpretativos, com fundamentação sobre a situação global em que se
encontra determinado assunto investigativo ou potencialmente investigativa. Sua extensão limita-se a 5 páginas.
- Comunicações breves/Relato de casos
: estudos avaliativos, originais ou notas prévias de pesquisa contendo dados
inéditos e relevantes para a enfermagem. A apresentação deve acompanhar as mesmas normas exigidas para artigos
originais, limitando-se a 5 páginas.
- Cartas ao Editor
: inclui cartas que visam a discutir artigos recentes, publicados na Revista, ou a relatar pesquisas
originais ou achados científicos significativos. Sua extensão limita-se a 1 página.
- Resenhas
: análise de obra recentemente publicada, contida em 2 páginas.
- Página do Estudante
: espaço destinado à divulgação de estudos desenvolvidos por alunos de graduação, com
explicitação do orientador em nota de rodapé. Sua apresentação deve acompanhar as mesmas normas exigidas para
artigos originais, com extensão limitada a 5 páginas.
* International Committe of Medical Editors. Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical
journals, New Engl J Med 1997;336:309-16
Preparação dos manuscritos AUTORIA
O conceito de autoria está baseado na contribuição substancial de cada uma das pessoas listadas como autores, no que
se refere sobretudo à concepção e planejamento do projeto de pesquisa, obtenção ou análise e interpretação dos
dados, redação e revisão crítica. Manuscritos com mais de seis autores devem ser acompanhados por declaração
certificando explicitamente a contribuição de cada um dos autores elencados (modelo anexo). Não se justifica a
inclusão de nome de autores cuja contribuição não se enquadre nos critérios acima, podendo, neste caso, figurar na
seção "Agradecimentos". A indicação dos nomes dos autores logo abaixo do título do artigo é limitada a 12; acima
deste número, os autores são listados no rodapé da página.
PROCESSO DE JULGAMENTO
Os critérios de editoração estabelecidos pela revista visam garantir a qualidade das publicações. O editor avalia se o
artigo recebido para publicação traz contribuições para a enfermagem e se é de interesse para os leitores; então os
encaminha a dois conselheiros que os analisam com base em informações contidas em um instrumento elaborado pela
Comissão de Editoração. Em caso de outras abordagens os artigos são avaliados conforme as exigências metodológicas
da abordagem utilizada. O processo é altamente sigiloso não havendo em nenhum momento a identificação entre
autor/revisor. Diante dos pareceres emitidos pelos conselheiros, o editor toma ciência e os analisa em relação ao
cumprimento das normas de publicação. Posteriormente encaminha os pareceres de aceitação da publicação,
necessidade de reformulação ou de recusa justificada aos autores.
Najara B. Rocha
108
PREPARO DOS MANUSCRITOS
a)
Página de identificação
: título do artigo e subtítulo (conciso, porém informativo); nome do(s) autor(es), indicando
em nota de rodapé o(s) título(s) universitário(s), ou cargo(s) ocupado(s), nome do Departamento e Instituição aos
quais o trabalho deve ser atribuído e endereço eletrônico.
b)
Resumo e Descritores
: o resumo deverá conter até 150 palavras, contendo objetivo da pesquisa, procedimentos
básicos (seleção dos sujeitos do estudo, métodos de observação e analíticos, principais resultados) e as conclusões.
Deverão ser destacados os novos e mais importantes aspectos do estudo. Abaixo do resumo incluir 3 a 10 descritores
que auxiliarão na indexação dos artigos. Para determinação dos descritores consultar o International Nursing Index e
a lista de "Descritores em Ciências da Saúde - DECS-LILACS", elaborada pela BIREME e ou "Medical Subject
Heading - Comprehensive Medline". Todos os artigos deverão incluir resumos em português, espanhol e inglês.
Apresentar seqüencialmente os três resumos na primeira página incluindo títulos e unitermos nos respectivos idiomas.
c)
Ilustrações, abreviaturas e símbolos
: as
tabelas
: devem ser numeradas consecutivamente com algarismos arábicos,
na ordem em que foram citadas no texto. A cada uma deve-se atribuir um título breve, não se utilizando traços
internos horizontais ou verticais. As notas explicativas devem ser colocadas no rodapé das tabelas e não no cabeçalho
ou título. Os
quadros
são identificados como tabelas, seguindo uma única numeração em todo o texto. As
figuras
(fotografias, desenhos, gráficos, etc), citadas como figuras, devem estar desenhadas e fotografadas por
profissionais. Devem ser numeradas consecutivamente com algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no
texto. As
ilustrações
devem ser suficientemente claras para permitir sua reprodução em 7,2 cm (largura da coluna do
texto) ou 15 cm (largura da página). Não se permite que figuras representem os mesmos dados de tabela. Nas
legendas das figuras, os símbolos, flechas,meros, letras e outros sinais devem ser identificados e seu significado
esclarecido. Para ilustrações extraídas de outros trabalhos, previamente publicados, os autores devem providenciar
permissão, por escrito, para a reprodução das mesmas. Estas autorizações devem acompanhar os manuscritos
submetidos à publicação. Utilize somente abreviações padronizadas. Evite abreviações no título e no resumo. Os
termos por extenso aos quais as abreviações correspondem devem preceder sua primeira utilização no texto, a menos
que sejam unidades de medidas padronizadas.
d)
Notas de Rodapé
: deverão ser indicadas por asteriscos, iniciadas a cada página e restritas ao mínimo indispensável.
e)
Referências Bibliográficas
: numerar as referências de forma consecutiva de acordo com a ordem em que forem
mencionadas pela primeira vez no texto. Identificar as referências no texto por números arábicos entre parênteses e
sobrescrito, sem menção dos autores. A mesma regra aplica-se às tabelas e legendas. Quando tratar-se de citação
seqüencial separe os números por traço (ex: 1-5); quando intercalados use vírgula (ex: 1,5,7). Listar os 6 primeiros
autores seguidos de et al., separando-os por vírgula.
ERRATA
Os pedidos de correção deverão ser encaminhados num prazo máximo de 30 dias após a publicação do periódico.
OBSERVAÇÕES ADICIONAIS
- quando necessária a inclusão de depoimentos dos sujeitos apresentar em itálico em letra tamanho 10, na seqüência
do texto;
- citação "ipsis literes" usar aspas, na seqüência do texto;
- os "requisitos uniformes" (Estilo "Vancouver") baseiam-se grande parte nas normas de estilo da American National
Standards Institute (ANSI) adaptado pela National Library of Medicine (NLM).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Artigos de periódicos
1 - Artigo Padrão
Najara B. Rocha
109
Elias MS, Cano MAT, Mestriner W Jr, Ferriani MGC. A importância da saúde bucal para adolescentes de diferentes
estratos sociais do município de Ribeirão Preto. Rev Latino-am enfermagem 2001 janeiro; 9(1):88-95.
2 - Artigo de periódico com indicação de subtítulo
Diniz NMF, Lopes RLM, Almeida MS, Gesteira SMA, Oliveira JF. Psicodrama como estratégia pedagógica: vivências no
ensino de graduação na área de saúde da mulher. Rev.Latino-am.Enfermagem 2000 agosto; 8(4):88-94.
3 - Instituição como Autor
Center for Disease Control. Protection against viral hepatitis. Recomendations of the immunization. Practices
Advisory Committee. MMWR 1990;39(RR-21):1-27.
4 - Sem indicação de autoria
Dyspnea and pain in the left lower limb in a 52-year-old male patient. Arq Bras Cardiol 2000 dezembro;75(6):28-32.
5 - Edição com suplemento
Faggioni LPC, Palma PVB, Silva AR, Moraes FR, Covas DT. Mononuclear viability in non-leukoreduced packed red cells.
Ser Monogr Esc Bras Hematol 1999; 6 Suppl:150.
6 - Fascículo com suplemento
Payne DK, Sullivan MD, Massie MJ. Women's psychological reactions to breast cancer. Semin Oncol 1996; 23(1 Suppl
2):89-97.
7 - Parte de um volume
Stefanelli M, Dazzi L, Fassino C, Lanzola G, Quaglini S. Building patient workflow management systems by integrating
medical and organizational knowledge. Medinfo 1998; 9(Pt 1):28-32.
8 - Parte de um fascículo
Poole GH, Mills SM. One hundred consecutive cases of flap lacerations of the leg in aging patients. N Z Med J
1994;107(986 Pt 1):377-8.
9 - Fascículo sem volume
Vietta EP. Hospital psiquiátrico e a má qualidade da assistência. Sinopses 1988; (530):16-7.
10 - Sem fascículos e sem volume
Oguisso T. Entidades de classe na enfermagem. Rev Paul Enfermagem 1981;6-10.
11 - Paginação em algarismos romanos
Lederberg J. What's important about techonology. Ann NY Acad Sci 2000; 919:xi-xii.
12 - Indicação do tipo de artigo se necessário (review, abstract, etc.)
Billings DM, Ward JW, Penton-Cooper L. Distance learning in nursing. [abstract]. Semin Oncol Nurs 2001 Feb;17:48-
54.
Sendler A, Bottcher K, Etter M, Siewert JR. Gastric carcinoma [review]. Internist 2000;41:817-8, 821-6,828-30.
Najara B. Rocha
110
13 - Artigo contendo retratação
Garey CE, Schwarzman AL, Rise ML, Seyfreid TN. Ceruloplasmin gene defect associated with epilepsy in tehe mice.
[retractation of Garey CE, Schawarztman Al, Rise ML, Seyfried TN. In: Nat Genet 1994; 6: 426-31]. Nat Genet
1995;11:104.
14 - Artigo retratado
Liou GL, Wang M, Matragoo S. Precocious IRBP gene expression during mouse development [retracted in Invest
Ophthalmol Vis Sci 1994; 35:3127]. Invest Ophthalmol Vis Sci 1994;35:1083-8.
15 - Artigos com erratas publicadas
Heller A, Freeney A, Hessefort S, Villereal M, Won L. Cellular dompamine is increased following exposure to a factor
derived form immortalized striatal neurons in humans [published erratum appear in Neurosci Lett 2001 Jan 19;
297(3):216]. Neurosci Lett 2000;295:1-4.
Hamlin JÁ, Kahn AM. Herniography in symptomatic patients following inguinal hernia repair (published erratum
appears in West J Med 1995; 62:278). West J Med 1995;162-28-31.
Livros e outras monografias
16 - Individuo como autor
Ramos J Jr. Semiotécnica da observação clínica. 8ª ed. São Paulo (SP): Sarvier;1998.
17 - Organizador, Editor, Compilador como Autor
Almeida MCP, Rocha SMM, organizadoras. O trabalho de enfermagem. São Paulo (SP): Cortez; 1997.
18 - Instituição como autor e publicador
Ministério da Saúde (BR). Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília (DF):
Ministério da Saúde;1997.
19 - Capítulo de livro
Furegato ARF. A conduta humana e a trajetória do ser e do fazer da enfermagem. In: Jorge MSB, Silva WV, Oliveira
FB, organizadoras. Saúde mental: da prática psiquiátrica asilar ao terceiro milênio. o Paulo (SP): Lemos Editorial;
2000. p. 93-116.
20 - Evento (Anais/Proceedings de conferência)
Andersson M, Mendes IAC, Trevizan MA. Universal and culturally dependent issues in health care ethics. Proceedings
of the 13
th
World Congress on Medical Law; 2000 August 6-10; Helsink; Finland; 2000.
21 - Trabalho apresentado em evento
Melo AS, Gabrielli JMW, Pelá NTR. Monografia: seu significado para alunos e orientadores de um curso de graduação
em enfermagem. In: Mendes IAC, Carvalho EC, coordenadores. Comunicação como meio de promover a saúde.
Simpósio Brasileiro de Comunicação em Enfermagem; 2000. junho 5-6; Ribeirão Preto, São Paulo. Ribeirão Preto:
FIERP; 2000. p.63-7.
22 - Relatório científico ou técnico
Publicado pela agencia patrocinadora:
Najara B. Rocha
111
Smith P. Golladay K. Payment for durable medical equipment billed during skilled nursing facility stays. Final report.
Dallas (TX): Dept. of Health and Human Services (US), Office of Evaluation and Inspections; 1994 Oct. Report
HHSIGOEI 69200960.
Publicado pela agência responsável por seu desenvolvimento:
Field MJ, Tranquada RE, Feasley JC, editors. Health services research: work force and educational issues.
Washington: National Academy press; 1995. Contract AHCPR282942009.Sponsored by the Agency for Health
Care policy and Research.
23 - Dissertação e Tese
Amarante ST. Análise das condições ergonômicas do trabalho das enfermeiras de centro cirúrgico.[dissertação]. São
Paulo (SP): Escola de Enfermagem/USP; 1999.
24 - Patente
Larsen CE, Trip R, Johnson CR, inventors; Novoste Corporation, assignee. Methods for procedures related to the
electrophysiology of the hearth. Us patent 5,529,067. 1995 Jun 25.
Shimo AKK, inventor; EERP assina. Sanitário portátil; Patente MV 7, 501, 105-0. 12 junho 1995.
Outros trabalhos publicados
25 - Artigo de Jornal
Lee G. Hospitalizations tied to ozone pollution: study estimates 50,000 admissions annually. The Washington Post
1996 Jun 21: Sect. A; 3 (col. 5).
26 - Material audiovisual
HIV+/AIDS: the facts and the future [videocassete]. St. Louis (MO): Mosby-Year Book; 1995.
27 - Documentos legais
Leis aprovadas:
Preventive Health Ammendments of 1993, Pub. L. nº 103-183, 107 Stat. 2226 (Dec. 14, 1993).
Projetos de Lei:
Medical Records Confidentiality Act of 1995. S. 1360, 104
th
Cong., 1
st
Sess. (1995).
Código de regulamentações federais:
Informed Consent. 42 C.F.R. Sect. 441.257 (1995).
Audiência:
Increased Drug Abuse: the Impact on the Nation's emergency rooms: Hearings Before the Subcomm. On Human
Resources and Intergovernmental Relations of the House Comm. On Government Operations, 103
rd
Congr., 1
st
Sess.
(May 26, 1993).
28 - Mapa
Najara B. Rocha
112
North Carolina. Tuberculosis rates per 10,000 population, 1990 [demographic map]. Raleigh: North Carolina Depto. Pf
Environment, Health, and Natural Resouces, Div. of Epidemiology; 1991.
29 - Texto da Bíblia
The Holy Bible. King James version. Grand Rapids (MI): Zondervan Publishing House; 1995. Ruth 3:1-18.
30 - Dicionários e obras de Referência similares
Steadman's medical dictionary. 26
th
ed. Baltimore: Williams & Wilkins; 1995. Apraxia; p.119-20.
31 - Obras clássicas
The winter's Tale: act 5, scene 1. Lines 13-16. The complete works of Williams Shakespeare. London: Rex; 1973.
Material não publicado
32 - No prelo
Leshner AI. Molecular mechanisms of cacaine addiction. N Engl J Med. In press 1996.
Material eletrônico
33 - Artigo de revista em formato eletrônico
Morse SS. Factors in the emergence of infectious diseases. Emerg infect Dis [serial online] 1995 Jan-Mar [cited
1996 Jun 5]; (1): [24 screens]. Available from: URL:http://www.cdc.gov/ncidod/EID/eid.htm
34 - Monografia em formato eletrônico
CDI, clinical dermatology ilustrated [monograph on CD-ROM]. Reeves JRT, Maibach 11. CMEA Multimedia Group,
producers. 2
nd
ed. Version 2.0. San Diego: CMEA; 1995.
35 - Resumo apresentado em evento
Lavrador MAS. Uma nova metodologia para o diagnóstico de morte cerebral em pacientes comatosos de Unidade de
Terapia Intensiva. [CD ROM]. In: Mendes IAC, Ferraz CA, coordenadoras. Organização do setor Saúde nas Américas:
contribuição da investigação em Enfermagem. Colóquio Interamericano de Investigação em Enfermagem; 18-22
maio 1998. Ribeirão Preto (SP): EERP-USP; 1998.
Robazzi MLCC, Carvalho EC, Marziale MHP. Nursing care and attention for children victims of occupational accident.
Conference and Exhibition Guide of the 3
rd
International Conference of the Global Network of WHO Collaborating
Centers for Nursing & Midwifery; 2000 July 25-28; Manchester; UK. Geneva: WHO; 2000.
36 - Programa de Computador
Hemodynamics III: the ups and downs of hemodynamics [computer program]. Version 2.2. Orlando (FL): computerized
Educational Systems; 1993.
Observação:
- A exatidão das referências bibliográficas é de responsabilidade dos autores.
- Referências bibliográficas não contemplados nos exemplos descritos (Estilo "Vancouver") não serão aceitas.
Najara B. Rocha
113
Endereço de correspondência
Revista Latino-Americana de Enfermagem
Av. Bandeirantes, 3900 - CEP: 14040-902 - Ribeirão Preto - SP - Brasil
Telefone: (0XX16) 3602.3451 - FAX: (0XX16) 3633.3271
Endereço eletrônico: www.eerp.usp.br/rlae - E-mail: [email protected]
Declaração de responsabilidade e transferência de direitos autorais
Cada autor deve ler e assinar os documentos (1) Declaração de Responsabilidade e (2) Transferência de Direitos
Autorais.
Primeiro autor: _________________________________________________
Título do manuscrito: _____________________________________________
1. Declaração de Responsabilidade _ Todas as pessoas relacionadas como autores devem assinar declaração de
responsabilidade nos termos abaixo:
- Certifico que participei suficientemente do trabalho para tornar pública minha responsabilidade pelo conteúdo.
- Certifico que o artigo representa um trabalho original e que nem este manuscrito, em parte ou na íntegra, nem outro
trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, foi publicado ou está sendo considerado para
publicação em outra revista, que seja no formato impresso ou no eletrônico.
- Atesto que, se solicitado, fornecerei ou cooperarei na obtenção e fornecimento de dados sobre os quais o artigo
está baseado, para exame dos editores.
No caso de artigos com mais de seis autores a declaração deve especificar o(s) tipo(s) de participação de cada autor,
conforme abaixo especificado:
- Certifico que (1) Contribui substancialmente para a concepção e planejamento do projeto, obtenção de dados ou
análise e interpretação dos dados; (2) Contribui significativamente na elaboração do rascunho ou na revisão crítica do
conteúdo; (3) Participei da aprovação da versão final do manuscrito.
Assinatura do(s) autor(es) Data: _________________________________________
2. Transferência de Direitos Autorais _ Declaro que em caso de aceitação do artigo, concordo que os direitos autorais
a ele referentes se tornarão propriedade exclusiva da Revista Latino-Americana de Enfermagem, vedada qualquer
reprodução, total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação, impressa ou eletrônica, sem que a prévia e
necessária autorização seja solicitada e, se obtida, farei constar o competente agradecimento à Revista Latino-
Americana de Enfermagem da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Assinatura do(s) autor(es) Data: _____________________________________________
Najara B. Rocha
114
Anexo B
Najara B. Rocha
115
Anexo C
Jornal de Pediatria –Instruções aos autores
Informações Gerais
O Jornal de Pediatria é a publicação científica da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), com circulação regular
desde 1934. Atualmente, sua versão impressa atinge quase 20.000 leitores e instituições no Brasil e na América
Latina. Todo o conteúdo do Jornal de Pediatria está disponível em português e inglês no site http://www.jped.com.br,
que é de livre acesso. O Jornal de Pediatria é indexado pelo Index Medicus/MEDLINE (http://www.pubmed.gov),
SciELO (http://www.scielo.org), LILACS (http://www.bireme.br/abd/P/lilacs.htm), EMBASE/Excerpta Medica
(http://www.embase.com), Sociedad Iberoamericana de Información Científica (SIIC) Data Bases
(http://www.siicsalud.com), Medical Research Index (http://www.purplehealth.com/medical-research-index.htm) e
University Microfilms International.
O Jornal de Pediatria publica resultados de investigação clínica em pediatria e, excepcionalmente, de investigação
científica básica. O Jornal de Pediatria aceita a submissão de artigos em português e inglês. Na versão impressa da
revista, os artigos são publicados exclusivamente em inglês. A grafia adotada é a do inglês americano. No site, todos
os artigos são publicados em português e inglês, tanto em HTML quanto em PDF. Os sócios da SBP também recebem
uma cópia impressa da revista em português.
Processo de revisão (Peer review)
Todo o conteúdo publicado pelo Jornal de Pediatria passa por processo de revisão por especialistas (peer review).
Cada artigo submetido para apreciação é encaminhado aos editores, que fazem uma revisão inicial quanto aos padrões
mínimos de exigência do Jornal de Pediatria e ao atendimento de todas as normas requeridas para envio dos originais.
A seguir, remetem o artigo a dois revisores especialistas na área pertinente, selecionados de um cadastro de
revisores. Os revisores são sempre de instituições diferentes da instituição de origem do artigo e são cegos quanto à
identidade dos autores e local de origem do trabalho. Após receber ambos os pareceres, o Conselho Editorial os avalia
e decide pela aceitação do artigo sem modificações, pela recusa ou pela devolução aos autores com as sugestões de
modificações. Conforme a necessidade, um determinado artigo pode retornar várias vezes aos autores para
esclarecimentos e, a qualquer momento, pode ter sua recusa determinada, mas cada versão é sempre analisada pelo
Conselho Editorial, que detém o poder da decisão final.
Tipos de artigos publicados
O Jornal de Pediatria aceita a submissão espontânea de artigos originais, comunicações breves, artigos especiais e
cartas ao editor.
Editoriais e comentários, que geralmente referem-se a artigos selecionados, são encomendados a autoridades em
áreas específicas. O Conselho Editorial também analisa propostas de comentários submetidas espontaneamente.
Artigos originais incluem estudos controlados e randomizados, estudos de testes diagnósticos e de triagem e outros
estudos descritivos e de intervenção, bem como pesquisa básica com animais de laboratório. O texto deve ter no
máximo 3.000 palavras, excluindo tabelas e referências; o número de referências não deve exceder 30. O número
total de tabelas e figuras não pode ser maior do que quatro.
Artigos que relatam ensaios clínicos com intervenção terapêutica (clinical trials) devem ser registrados em um dos
Registros de Ensaios Clínicos listados pela Organização Mundial da Saúde e pelo International Committee of Medical
Journal Editors. Na ausência de um registro latino-americano, o Jornal de Pediatria sugere que os autores utilizem o
registro www.clinicaltrials.gov, dos National Institutes of Health (NIH). O número de identificação deverá ser
apresentado ao final do resumo.
Comunicações breves são artigos curtos, com um limite de 1.500 palavras, excluindo referências e tabelas, que
descrevem observações experimentais que não justificam a publicação como artigo original. Excepcionalmente, serão
considerados nessa categoria relatos de casos de pacientes ou situações singulares, doenças raras ou nunca descritas,
assim como formas inovadoras de diagnóstico ou tratamento. Dependendo do tópico, o texto pode ser organizado
como um artigo original (ver acima) ou seguir o formato de relato de caso, ou seja: iniciar por uma introdução breve
que situa o leitor quanto à importância do assunto e apresenta os objetivos da apresentação do(s) caso(s); por um
relato resumido do caso; e por comentários que discutem aspectos relevantes e comparam o relato com outros casos
descritos na literatura. O número máximo de referências é 15. Não incluir mais de duas figuras ou tabelas. O resumo
deve ser estruturado conforme o tipo de artigo (ver Diretrizes para a Preparação do Original).
Najara B. Rocha
116
Cartas ao editor devem comentar, discutir ou criticar artigos publicados no Jornal de Pediatria. O tamanho máximo é
de 1.000 palavras, incluindo no máximo seis referências bibliográficas. Sempre que possível, uma resposta dos autores
será publicada junto com a carta.
Artigos de revisão avaliações críticas e ordenadas da literatura em relação a temas de importância clínica, com
ênfase em fatores como causas e prevenção de doenças, seu diagnóstico, tratamento e prognóstico são em geral
escritos, mediante convite, por profissionais de reconhecida experiência. Metanálises se incluem nesta categoria.
Autores não convidados podem também submeter ao Conselho Editorial uma proposta de artigo de revisão, com um
roteiro. Se aprovado, o autor pode desenvolver o roteiro e submetê-lo para publicação. Artigos de revisão devem
limitar-se a 6.000 palavras, excluindo referências e tabelas. As referências bibliográficas deverão ser atuais e em
número mínimo de 30.
Artigos especiais são textos não classificáveis nas categorias acima, que o Conselho Editorial julgue de especial
relevância. Sua revisão admite critérios próprios, não havendo limite de tamanho ou exigências prévias quanto à
bibliografia.
Instruções para envio de material para publicação
Os manuscritos devem ser enviados preferencialmente através do site de
submissão de artigos http:// www.jpededitorial.com.br
O autor responsável pela correspondência deve efetuar seu cadastro antes de
submeter seu artigo.
Excepcionalmente, aceitaremos a submissão de artigos via e-mail.
Instruções para envio de material por e-mail
1. Enviar para: [email protected]
2. Assunto: escrever o título abreviado do artigo
3. Corpo da mensagem: deve conter o título do artigo e o nome do autor responsável pelos contatos pré-publicação,
seguidos de uma declaração em que os autores asseguram que:
a) o artigo é original;
b) nunca foi publicado e, caso venha a ser aceito pelo Jornal de Pediatria, não será publicado em outra revista;
c) não foi enviado a outra revista e não o seenquanto sua publicação estiver sendo considerada pelo Jornal de
Pediatria;
d) todos os autores participaram da concepção do trabalho, da análise e interpretação dos dados e de sua redação
ou revisão crítica;
e) todos os autores leram e aprovaram a versão final;
f) não foram omitidas informações sobre quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e
companhias ou pessoas que possam ter interesse no material abordado no artigo;
g) todas as pessoas que fizeram contribuições substanciais para o artigo, mas não preencheram os critérios de
autoria, são citados nos agradecimentos, para o que forneceram autorização por escrito;
h) reconhecem que a Sociedade Brasileira de Pediatria passa a ter os direitos autorais, caso o artigo venha a ser
publicado. (Obs.: caso o artigo seja aceito para publicação, será solicitado o envio desta declaração com a assinatura
de todos os autores.)
4. Arquivos anexados: anexar dois arquivos separados, contendo respectivamente: (a) página de rosto, resumo em
português (ou inglês, se o artigo for submetido em inglês), palavras-chave, texto e referências bibliográficas, (b)
tabelas e figuras. Esses arquivos devem permitir a leitura pelos programas do Microsoft Office® (Word, Excel e
Access).
Diretrizes para a Preparação do Original
Orientações gerais
O original incluindo tabelas, ilustrações e referências bibliográficas deve estar em conformidade com os
“Requisitos Uniformes para Originais Submetidos a Revistas Biomédicas”, publicado pelo Comitê Internacional de
Editores de Revistas Médicas1,2 (ver a última atualização, de fevereiro de 2006, disponível em
http://www.jped.com.br/port/normas/normas_07.asp).
Cada seção deve ser iniciada em nova página, na seguinte ordem: página de rosto, resumo em português, resumo em
inglês, texto, agradecimentos, referências bibliográficas, tabelas (cada tabela completa, com título e notas de rodapé,
em página separada), figuras (cada figura completa, com título e notas de rodapé em página separada) e legendas das
figuras.
A seguir, as principais orientações sobre cada seção:
Najara B. Rocha
117
Página de rosto
A página de rosto deve conter todas as seguintes informações:
a) título do artigo, conciso e informativo, evitando termos supérfluos e abreviaturas; evitar também a indicação do
local e da cidade onde o estudo foi realizado, exceto quando isso for essencial para a compreensão das conclusões;
b) título abreviado (para constar na capa e topo das páginas), com máximo de 50 caracteres, contando os espaços;
c) nome de cada um dos autores (o primeiro nome e o último sobrenome devem obrigatoriamente ser informados por
extenso; todos os demais nomes aparecem como iniciais);
d) titulação mais importante de cada autor;
e) endereço eletrônico de cada autor;
f) informar se cada um dos autores possui currículo cadastrado na plataforma Lattes do CNPq;
g) a contribuição específica de cada autor para o estudo;
h) declaração de conflito de interesse (escrever “nada a declarar” ou a revelação clara de quaisquer interesses
econômicos ou de outra natureza que poderiam causar constrangimento se conhecidos depois da publicação do artigo);
i) definição de instituição ou serviço oficial ao qual o trabalho está vinculado para fins de registro no banco de dados
do Index Medicus/MEDLINE;
j) nome, endereço, telefone, fax e endereço eletrônico do autor responsável pela correspondência;
k) nome, endereço, telefone, fax e endereço eletrônico do autor responsável pelos contatos pré-publicação;
l) fonte financiadora ou fornecedora de equipamento e materiais, quando for o caso;
m) contagem total das palavras do texto, excluindo o resumo, agradecimentos, referências bibliográficas, tabelas e
legendas das figuras;
n) contagem total das palavras do resumo;
o) número de tabelas e figuras.
Resumo
O resumo deve ter no máximo 250 palavras ou 1.400 caracteres, evitando o uso de abreviaturas. O resumo das
comunicações breves deve ter no máximo 150 palavras. Todas as informações que aparecem no resumo devem
aparecer também no artigo. O resumo deve ser estruturado3, conforme descrito a seguir:
Resumo de artigo original
Objetivo: informar por que o estudo foi iniciado e quais foram as hipóteses iniciais, se houve alguma. Definir
precisamente qual foi o objetivo principal e informar somente os objetivos secundários mais relevantes.
Métodos: informar sobre o delineamento do estudo (definir, se pertinente, se o estudo é randomizado, cego,
prospectivo, etc.), o contexto ou local (definir, se pertinente, o nível de atendimento, se primário, secundário ou
terciário, clínica privada, institucional, etc.), os pacientes ou participantes (definir critérios de seleção, mero de
casos no início e fim do estudo, etc.), as intervenções (descrever as características essenciais, incluindo métodos e
duração) e os critérios de mensuração do desfecho.
Resultados: informar os principais dados, intervalos de confiança e significância estatística.
Conclusões: apresentar apenas aquelas apoiadas pelos dados do estudo e que contemplem os objetivos, bem como sua
aplicação prática, dando ênfase igual a achados positivos e negativos que tenham méritos científicos similares.
Resumo de artigo de revisão
Objetivo: informar por que a revisão da literatura foi feita, indicando se ela enfatiza algum fator em especial, como
causa, prevenção, diagnóstico, tratamento ou prognóstico.
Fontes dos dados: descrever as fontes da pesquisa, definindo as bases de dados e os anos pesquisados. Informar
sucintamente os critérios de seleção de artigos e os métodos de extração e avaliação da qualidade das informações.
Síntese dos dados: informar os principais resultados da pesquisa, sejam quantitativos ou qualitativos.
Conclusões: apresentar as conclusões e suas aplicações clínicas, limitando generalizações aos domínios da revisão.
Resumo de comunicação breve
Para observações experimentais, utilizar o modelo descrito para resumo de artigo original.
Para relatos de caso, utilizar o seguinte formato:
Objetivo: informar por que o caso merece ser publicado, com ênfase nas questões de raridade, ineditismo ou novas
formas de diagnóstico e tratamento.
Descrição: apresentar sinteticamente as informações básicas do caso, com ênfase nas mesmas questões de ineditismo
e inovação.
Comentários: conclusões sobre a importância do relato para a comunidade pediátrica e as perspectivas de aplicação
prática das abordagens inovadoras.
Abaixo do resumo, fornecer de três a seis descritores, que são palavras-chave ou expressões-chave que auxiliarão a
inclusão adequada do resumo nos bancos de dados bibliográficos. Empregar descritores integrantes da lista de
“Descritores em Ciências da Saúde”4, elaborada pela BIREME e disponível nas bibliotecas médicas ou na Internet
(http://decs.bvs.br). Se não houver descritores adequados na referida lista, usar termos novos.
Abreviaturas
Devem ser evitadas, pois prejudicam a leitura confortável do texto. Quando usadas, devem ser definidas ao serem
mencionadas pela primeira vez. Jamais devem aparecer no título e nos resumos.
Texto
Najara B. Rocha
118
O texto dos artigos originais deve conter as seguintes seções, cada uma com seu respectivo subtítulo:
a) Introdução: sucinta, citando apenas referências estritamente pertinentes para mostrar a importância do tema e
justificar o trabalho. Ao final da introdução, os objetivos do estudo devem ser claramente descritos.
b) Métodos: descrever a população estudada, a amostra e os critérios de seleção; definir claramente as variáveis e
detalhar a análise estatística; incluir referências padronizadas sobre os métodos estatísticos e informação de
eventuais programas de computação. Procedimentos, produtos e equipamentos utilizados devem ser descritos com
detalhes suficientes para permitir a reprodução do estudo. É obrigatória a inclusão de declaração de que todos os
procedimentos tenham sido aprovados pelo comitê de ética em pesquisa da instituição a que se vinculam os autores ou,
na falta deste, por um outro comitê de ética em pesquisa indicado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do
Ministério da Saúde5.
c) Resultados: devem ser apresentados de maneira clara, objetiva e em seqüência lógica. As informações contidas em
tabelas ou figuras não devem ser repetidas no texto. Usar gráficos em vez de tabelas com um número muito grande
de dados.
d) Discussão: deve interpretar os resultados e compará-los com os dados descritos na literatura, enfatizando os
aspectos novos e importantes do estudo. Discutir as implicações dos achados e suas limitações, bem como a
necessidade de pesquisas adicionais. As conclusões devem ser apresentadas no final da discussão, levando em
consideração os objetivos do trabalho. Relacionar as conclusões aos objetivos iniciais do estudo, evitando assertivas
não apoiadas pelos achados e dando ênfase igual a achados positivos e negativos que tenham méritos científicos
similares. Incluir recomendações, quando pertinentes.
O texto de artigos de revisão não obedece a um esquema rígido de seções. Sugere-se uma introdução breve, em que
os autores explicam qual a importância da revisão para a prática pediátrica, à luz da literatura médica. Não é
necessário descrever os métodos de seleção e extração dos dados, passando logo para a sua síntese, que, entretanto,
deve apresentar todas as informações pertinentes em detalhe. A seção de conclusões deve correlacionar as idéias
principais da revisão com as possíveis aplicações clínicas, limitando generalizações aos domínios da revisão.
O texto de relatos de caso deve conter as seguintes seções, cada uma com seu respectivo subtítulo:
a) Introdução: apresenta de modo sucinto o que se sabe a respeito da doença em questão e quais são as práticas de
abordagem diagnóstica e terapêutica, por meio de uma breve, porém atual, revisão da literatura.
b) Descrição do(s) caso(s): o caso é apresentado com detalhes suficientes para o leitor compreender toda a evolução e
seus fatores condicionantes. Quando o artigo tratar do relato de mais de um caso, sugere-se agrupar as informações
em uma tabela, por uma questão de clareza e aproveitamento do espaço. Evitar incluir mais de duas figuras.
c) Discussão: apresenta correlações do(s) caso(s) com outros descritos e a importância do relato para a comunidade
pediátrica, bem como as perspectivas de aplicação prática das abordagens inovadoras.
Agradecimentos
Devem ser breves e objetivos, somente a pessoas ou instituições que contribuíram significativamente para o estudo,
mas que não tenham preenchido os critérios de autoria. Integrantes da lista de agradecimento devem dar sua
autorização por escrito para a divulgação de seus nomes, uma vez que os leitores podem supor seu endosso às
conclusões do estudo.
Referências bibliográficas
As referências bibliográficas devem ser numeradas e ordenadas segundo a ordem de aparecimento no texto, no qual
devem ser identificadas pelos algarismos arábicos respectivos sobrescritos. Para listar as referências, não utilize o
recurso de notas de fim ou notas de rodapé do Word. As referências devem ser formatadas no estilo Vancouver, de
acordo com os exemplos listados a seguir:
1. Artigo padrão
Halpern SD, Ubel PA, Caplan AL. Solid-organ transplantation in HIV-infected patients. N Engl J Med. 2002;347:284-
7.
Se houver mais de 6 autores, cite os seis primeiros nomes seguidos de “et al”.
2. Livro
Murray PR, Rosenthal KS, Kobayashi GS, Pfaller MA. Medical microbiology. 4th ed. St. Louis: Mosby; 2002.
3. Capítulo de livro
Meltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosome alterations in human solid tumors. In: Vogelstein B, Kinzler KW,
editores. The genetic basis of human cancer. New York: McGraw-Hill; 2002. p. 93-113.
4. Teses e dissertações
Borkowski MM. Infant sleep and feeding: a telephone survey of Hispanic Americans [dissertação]. Mount Pleasant
(MI): Central Michigan University; 2002.
5. Trabalho apresentado em congresso ou similar (publicado)
Christensen S, Oppacher F. An analysis of Koza’s computational effort statistic for genetic programming. In: Foster
JA, Lutton E, Miller J, Ryan C, Tettamanzi AG, editores. Genetic programming. EuroGP 2002: Proceedings of the 5th
European Conference on Genetic Programming; 2002 Apr 3-5; Kinsdale, Ireland. Berlin: Springer; 2002. p. 182-91.
6. Artigo de revista eletrônica
Najara B. Rocha
119
Zimmerman RK, Wolfe RM, Fox DE, Fox JR, Nowalk MP, Troy JA et al. Vaccine criticism on the World Wide Web. J
Med Internet Res. 2005;7(2):e17. http://www.jmir.org/2005/2/e17/. Acesso: 17/12/2005.
7. Materiais da Internet
7.1 Artigo publicado na Internet
Wantland DJ, Portillo CJ, Holzemer WL, Slaughter R, McGhee EM. The effectiveness of web-based vs. non-web-
based interventions: a meta-analysis of behavioral change outcomes. J Med Internet Res. 2004;6(4):e40.
http://www.jmir.org/2004/4/e40. Acesso: 29/11/2004.
7.2 Site
Cancer-Pain.org [site na Internet]. New York: Association of Cancer Online Resources, Inc.; c2000-01.
http://www.cancer-pain.org/. Acesso: 9/07/2002.
7.3 Banco de dados na Internet
Who’s certified [banco de dados na Internet]. Evanston (IL): The American Board of Medical Specialists. c2000.
http://www.abms.org/newsearch.asp. Acesso: 8/03/2001.
Obs.: uma lista completa de exemplos de citações bibliográficas pode ser encontrada na Internet, em
http://www.icmje.org/ ou http://www.jped.com.br/port/normas/normas_07.asp. Artigos aceitos para publicação, mas
ainda não publicados, podem ser citados desde que indicando a revista e que estão “no prelo”. Observações não
publicadas e comunicações pessoais não podem ser citadas como referências; se for imprescindível a inclusão de
informações dessa natureza no artigo, elas devem ser seguidas pela observação “observação não publicada” ou
“comunicação pessoal” entre parênteses no corpo do artigo. Os títulos dos periódicos devem ser abreviados conforme
recomenda o Index Medicus; uma lista com suas respectivas abreviaturas pode ser obtida através da publicação da
NLM “List of Serials Indexed for Online Users”, disponível no endereço
http://www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lsiou.html. Para informações mais detalhadas, consulte os “Requisitos Uniformes
para Originais Submetidos a Revistas Biomédicas”. Este documento está disponível em http://www.icmje.org/ ou
http://www.jped.com.br/port/normas/normas_07.asp.
Tabelas
Cada tabela deve ser apresentada em folha separada, numerada na ordem de aparecimento no texto, e conter um
título sucinto, porém explicativo. Todas as explicações devem ser apresentadas em notas de rodapé e não no título,
identificadas pelos seguintes símbolos, nesta seqüência: *,†, ‡, §, ||,¶,**,††,‡‡. Não sublinhar ou desenhar linhas
dentro das tabelas, não usar espaços para separar colunas. Não usar espaço em qualquer lado do símbolo±.
Figuras (fotografias, desenhos, gráficos)
Todas as figuras devem ser numeradas na ordem de aparecimento no texto. Todas as explicações devem ser
apresentadas nas legendas, inclusive acerca das abreviaturas utilizadas na tabela. Figuras reproduzidas de outras
fontes publicadas devem indicar esta condição na legenda, assim como devem ser acompanhadas por uma carta de
permissão do detentor dos direitos. Fotos não devem permitir a identificação do paciente; tarjas cobrindo os olhos
podem não constituir proteção adequada. Caso exista a possibilidade de identificação, é obrigatória a inclusão de
documento escrito fornecendo consentimento livre e esclarecido para a publicação. Microfotografias devem
apresentar escalas internas e setas que contrastem com o fundo.
As ilustrações são aceitas em cores para publicação no site. Contudo, todas as figuras serão vertidas para o preto-e-
branco na versão impressa. Caso os autores julguem essencial que uma determinada imagem seja colorida mesmo na
versão impressa, solicita-se um contato especial com os editores. Imagens geradas em computador, como gráficos,
devem ser anexadas sob a forma de arquivos nos formatos .jpg, .gif ou .tif, com resolução mínima de 300 dpi, para
possibilitar uma impressão nítida; na versão eletrônica, a resolução será ajustada para 72 dpi. Gráficos devem ser
apresentados somente em duas dimensões, em qualquer circunstância. Desenhos, fotografias ou quaisquer ilustrações
que tenham sido digitalizadas por escaneamento podem não apresentar grau de resolução adequado para a versão
impressa da revista; assim, é preferível que sejam enviadas em versão impressa original (qualidade profissional, a
nanquim ou impressora com resolução gráfica superior a 300 dpi). Nesses casos, no verso de cada figura deve ser
colada uma etiqueta com o seu número, o nome do primeiro autor e uma seta indicando o lado para cima.
Legendas das figuras
Devem ser apresentadas em página própria, devidamente identificadas com os respectivos números.
Referências:
1. International Committee of Medical Journal Editors. Uniform requirements for manuscripts submitted to
biomedical journals. Updated February 2006. http://www.icmje.org/. Acesso: 28/03/2006.
2. Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas. Requisitos uniformes para originais submetidos a revistas
biomédicas. Atualização de fevereiro de 2005. http://www.jped.com.br/port/normas/normas_07.asp. Acesso:
28/03/2006.
3. Haynes RB, Mulrow CD, Huth EJ, Altman DJ, Gardner MJ. More informative abstracts revisited. Ann Intern Med.
1990;113:69-76.
4. BIREME - Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde. DeCS - Descritores em
Najara B. Rocha
120
ciências da saúde. http://decs.bvs.br. Acesso: 28/03/2006.
5. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução no. 196 de 10/10/96 sobre pesquisa envolvendo seres
humanos. DOU 1996 Out 16; no. 201, seção 1:21082-21085.
Lista de verificação
Recomenda-se que os autores utilizem a lista abaixo para certificarem-se de que todo o material requerido está sendo
enviado. Não é necessário anexar a lista.
Declaração de que todos os autores viram e aprovaram a versão submetida, no corpo da mensagem do e-mail.
Página de rosto com todas as informações solicitadas (integrante do primeiro arquivo anexado).
Resumo na língua de submissão, com descritores (integrante do primeiro arquivo anexado).
Texto contendo introdução, métodos, resultados e discussão (integrante do primeiro arquivo anexado).
Texto contendo a informação sobre aprovação do trabalho por comitê de ética (no corpo do texto, na seção de
Métodos).
Referências bibliográficas no estilo Vancouver, numeradas por ordem de aparecimento (integrante do primeiro arquivo
anexado).
Tabelas numeradas por ordem de aparecimento (integrante do segundo arquivo anexado).
Figuras numeradas por ordem de aparecimento (integrante do segundo arquivo anexado).
Legendas das figuras (integrante do segundo arquivo anexado).
Tabelas numeradas por ordem de aparecimento
Figuras numeradas por ordem de aparecimento
Legendas das figuras
Najara B. Rocha
121
Anexo D
Salud Pública de México - Instruções aos autores
Objetivo e política editorial
O objetivo geral de
Salud Pública de México
é disseminar informações sobre saúde pública, compreendida como a
aplicação das ciências biológicas, ciências sociais, clínicas e de comportamento para a compreensão dos problemas de
saúde da população, assim como para a identificação das necessidades de saúde e para a organização de serviços
integrados.
Os objetivos específicos da revista incluem estudar experiências históricas e estimular novas correntes de
pensamento no campo da saúde; participar dos debates sobre as mudanças nas condições de saúde e na resposta social
organizada a essas condições; como também servir como um fórum para a divulgação de inovações no campo da saúde
pública e áreas afins.
A revista publica textos, em espanhol e em inglês, sobre temas relacionados com a saúde pública, na forma de
editoriais, artigos originais, comunicações breves, artigos de revisão, ensaios, atualizações, clássicos, indicadores,
notícias, resenhas bibliográficas e cartas ao editor.
Somente são aceitos para publicação trabalhos originais e inéditos, que não estejam sendo considerados para
publicação por outra revista e cujo conteúdo tenha sido aprovado por todos os autores.
A extensão dos trabalhos deve ser limitada, para os artigos originais, entre 12 a 18 folhas (da página de rosto até as
referências bibliográficas), além de cinco tabelas e figuras (entre ambos); para as comunicações breves, a cinco
folhas mais duas tabelas ou figuras. (Ver Normas para la publicación de manuscritos).
Todos os manuscritos são submetidos a uma avaliação preliminar, na qual se verifica o respeito à linha editorial da
revista e às normas de
Salud Pública de México
; em caso positivo, uma segunda avaliação é feita por dois
especialistas. Para assegurar o sigilo, os trabalhos são enviados sem a identificação dos autores, e nem estes
tampouco tomam conhecimento da identidade dos revisores.
Salud Pública de México
se reserva o direito de aceitar ou rejeitar os trabalhos recebidos, de acordo com as
recomendações do Comitê Editorial, assim como de realizar qualquer correção editorial que julgar necessária. Os
originais não serão devolvidos em nenhum caso. Separatas do artigo publicado serão encaminhadas ao autor
responsável pela correspondência
Estilo e formato
Todos os manuscritos devem seguir as normas del Comité Internacional de Editores de Revistas Médicas. Devem ser
enviados um original e duas cópias do texto impressos em somente um lado de folhas de papel branco (21 x 28 cm),
com espaço duplo, numeradas consecutivamente. No caso da solicitação de uma nova versão ou quando o trabalho for
aceito, um disquete (3.5") contendo o documento em formato Word, Word Perfect ou Código ASCII (compatível com
Macintosh ou IBM) deverá ser encaminhado. Se o trabalho tiver sido apresentado em uma reunião, essa informação
deverá ser incluída.
A página de rosto deve conter unicamente o título do trabalho (em espanhol e em inglês, sem exceder 90 caracteres),
os nomes completos dos autores, seus títulos acadêmicos e sua vinculação institucional; além disso, deve ser indicado o
responsável pela correspondência, assim como seu endereço, telefone, fax e correio eletrônico.
O resumo e o
abstract
devem ter uma extensão máxima de 150 palavras, e devem ser estruturados de acordo com os
subtítulos: Objetivo, Material e métodos, Resultados e Conclusões; nas comunicações breves, não devem ultrapassar
100 palavras. De três a seis palavras-chave também devem ser incluídas.
Najara B. Rocha
122
Quando se tratar de artigos originais, o texto deverá conter as seções correspondentes a: Introdução, Material e
métodos, Resultados e Discussão. Quando se tratar de ensaios, deverão conter Introdução, Desenvolvimento do tema
e Conclusões.
É responsabilidade dos autores o envio das referências bibliográficas completas, bem como sua correta citação no
texto. Estas devem ser numeradas em ordem consecutiva.
Referências de revistas incluem:
a) sobrenome(s) e iniciais de todos os autores (mencionar todos quando se tratar de seis ou menos; quando se tratar
de sete ou mais, apenas os seis primeiros devem ser citados, seguidos de
"et al"
);
b) título completo do artigo, utilizando maiúscula somente para a primeira letra da palavra inicial (e para nomes
próprios);
c) abreviatura do título da revista de acordo com o
Index Medicus
;
d) ano de publicação;
e) volume, em algarismos arábicos;
f) números completos das páginas (inicial e final), separados por hífen.
Para livros:
a) sobrenome(s) e iniciais de todos os autores;
b) título do livro;
c) número da edição, somente se não for a primeira;
d) local de publicação;
e) nome da editora;
f) ano de publicação (da última edição citada, se houver mais de uma);
g) número do volume se houver mais de um, antecedido da abreviatura "vol.";
h) número da página citada; no caso de a citação se referir ao capítulo de um livro, indicar a primeira e a última página
do capítulo, separadas por hífen.
As unidades de medida devem seguir o Sistema Internacional de Unidades.
Cada tabela deve ser enviada em uma folha separada; as tabelas devem conter título e ser numeradas com algarismos
romanos: Tabela I, Tabela II, etc., na mesma ordem em que são mencionadas no texto. As ilustrações poderão ser
gráficos, fotografias ou esquemas, e deverão ser numeradas em algarismos arábicos: Figura 1, Figura 2, etc.;
igualmente deverão ser enviadas em folhas separadas, cada uma com seu título.
Envio de artigos
Os manuscritos, original e duas cópias, devem ser entregues pessoalmente ou enviados por correio a
Salud Pública de
México
, endereço abaixo, aos cuidados do editor. Todo trabalho enviado deverá ser acompanhado de uma carta
assinada por todos os autores, e cujo conteúdo inclua o seguinte:
a) a aprovação do conteúdo do trabalho (incluindo tabelas e figuras) e a ordem de aparição dos autores (que será
considerada definitiva sem exceção alguma);
b) a transferência dos direitos de autor à
Salud Pública de México
, no caso de o trabalho ser aceito para
publicação; e
c) declaração de que se trata de um trabalho original não publicado anteriormente, na sua totalidade ou em
partes, nem submetido para publicação, seja pelos próprios autores ou outros, a outra revista nacional ou
estrangeira.
Referências
Najara B. Rocha
123
Oropeza-Abúndez C, Atrián-Salazar ML, Fuentes-Ramírez MR. Normas para la publicación de manuscritos en
Salud
Pública de México.
Salud Publica Mex 1997; 39:75-82.
Comité Internacional de Editores de Revistas Médicas. Requisitos uniformes para preparar los manuscritos enviados a
revistas biomédicas. Salud Publica Mex 1992; 34(1):94-102.
Llópiz-Avilés M, Gómez-Dantés O. El Sistema Internacional de Unidades. Salud Publica Mex 1988; 30:905-908.
Najara B. Rocha
124
Anexo E
Artigo enviado em versão espanhol para Salud Pública do México
El amamantamiento materno en la prevención de hábitos de succión no nutritivos: Un
estudio de cohorte
Breastfeeding in the prevention of non-nutritive sucking habits: a cohort study
Dra. Najara Barbosa da Rocha Alumna de Maestría del Programa de Postgrado en Odontología Preventiva de la
Facultad de Odontología de Araçatuba - Universidad Estadual Paulista – UNESP, Brasil.
Prof. Dr. Artênio José Isper Garbin - Coordinador del Programa de Postgrado en Odontología Preventiva de la
Facultad de Odontología de Araçatuba - Universidad Estadual Paulista – UNESP, Brasil.
Prof. Dra. Cléa Adas Saliba Garbin - Profesora del Programa de Postgrado en Odontología Preventiva de la
Facultad de Odontología de Araçatuba - Universidad Estadual Paulista – UNESP, Brasil.
Prof. Dra. Suzely Adas Saliba Moimaz Vice-Coordinadora del Programa de Postgrado en Odontología Preventiva
de la Facultad de Odontología de Araçatuba - Universidad Estadual Paulista – UNESP, Brasil.
Prof. Dr. Orlando Saliba - Profesor del Programa de Postgrado en Odontología Preventiva de la Facultad de
Odontología de Araçatuba - Universidad Estadual Paulista – UNESP, Brasil.
Profa. Dra. Patrícia Elaine Gonçalves - Alumna de Doctorado del Programa de Postgrado en Odontología Preventiva
de la Facultad de Odontología de Araçatuba - Universidad Estadual Paulista – UNESP, Brasil.
Dirección para correspondencia:
Dra. Najara Barbosa da Rocha
R. José Bonifácio, 1193 CEP: 16015-050 Araçatuba-SP
Telefone para contato: 55 18 97824867 / 55 18 36363250
RESUMEN
Objetivos: Evaluar la asociación entre hábitos de succión no nutritivos y la práctica del amamantamiento
materno. Material y Métodos: Fueron realizadas entrevistas con 87 embarazadas y visitas mensualmente hasta los 6
meses de edad de los bebes, abordando preguntas sobre condiciones socio económica-culturales, práctica de
amamantamiento y hábitos. Resultados: Casi la totalidad (94,7%) de las madres empezó a amamantar a los bebes en el
primer mes, pero apenas el 49,7% amamantaban exclusivamente en el seno. Al fin del sexto mes ninguna madre estaba
amamantando exclusivamente y un 50% de los niños habían sido destetados. Los hábitos y uso de chupete fueron
asociados significantemente con niños amamantados bajo amamantamiento exclusivo (p=0,0065 y 0,0270
respectivamente) y las amamantadas en el seno (los dos p<0,0001). Conclusiones: La tasa de destete precoz fue
elevada y baja la prevalencia de amamantamiento materno exclusivo, demostrando asociación entre hábitos y uso de
chupete con amamantamiento materno.
Palabras: Lactancia Materna, hábitos, Destete
ABSTRACT
Objectives: verifying the association with non-nutritives suction habits and practice of breastfeeding.
Methods: 87 pregnants were interviewed and were monthly home visits until 6 mounths old babies, the studied
variables were: social-economic-culture conditions, breast feeding pratical and non-nutritives suction habits. Results:
94.7% for mothers started breastfeeding their babies in the first month, but only 49.7%. exclusively children
breastfeeding. The sixth month nobody mother non-exclusively breastfed ones and 50% were weaning. The habits
and pacifier users were significant association with exclusively children breastfed (p=0.0065 and 0.0270
respectively) and children breastfed (both p<0.0001). Conclusions: The early weaning rate was high and low rate of
exclusive breastfeeding, existing association between non-nutritives suction habits and pacifier users with
breastfeeding.
Key words: breastfeeding, weaning, habits
INTRODUCCIÓN
En el inicio de la vida, la leche materna reúne las características nutricionales ideales, con adecuado
equilibrio de nutrientes.
1,2
Éste se presenta altamente digestible, nutritivo y preventivo, una vez que es constituido
por inmunoglobulinas que refuerzan la inmunidad del bebe contra dolencias alérgicas e infecciosas. Es extremamente
importante para disminuir la mortalidad y morbidad infantil. Más allá de eso, el propio acto de amamantar estimula el
desarrollo normal del sistema estomatognático, propicia el establecimiento de la respiración nasal y atiende las
Najara B. Rocha
125
necesidades emocionales del bebe, a través del íntimo contacto, establecido entre la madre y el hijo, bien como el
instinto nato de succión.
2,3,4,5
La garantía de la salud materno-infantil es una de las metas para este milenio, ya que las embarazadas y los
niños forman grupos prioritarios en los servicios de la salud. Una de las estrategias empleadas para el fomento de la
salud del binomio madre-hijo, es el incentivo al amamantamiento materno.
6
La Organización Mundial de la Salud (OMS) recomienda el amamantamiento materno exclusivo hasta el niño
completar seis meses de vida y la manutención del amamantamiento materno, con complemento nutricional, hasta los
dos años o más.
7,8
La manutención del amamantamiento natural por este periodo recomendado, promueve un intenso trabajo de
la musculatura perioral, e influye en el desarrollo correcto de los estándares óseos y musculares, además de generar
fatiga en esos músculos, haciendo con que el niño satisfaga su instinto de succionar y no necesite una succión no
nutritiva. El amamantamiento artificial no exige esfuerzos, lo que genera un desorden en el desarrollo normal de la
musculatura y de los maxilares. Con el intuito de suplir estas necesidades de succión durante el período de lactancia,
el niño tenderá a presentar hábitos deletéreos, como la succión de labio, dedo, chupete y otros objetos.
4,5,9
La prevalencia de hábitos en niños no amamantados en el seno ha sido demostrada en varios estudios, en su
gran mayoría en estudios transversales.
3-5,9-13
Pocos son los estudios longitudinales que analizaron la relación entre la
práctica de amamantamiento y hábitos deletéreos.
14
Ante eso, este estudio de cohorte tiene la finalidad de
identificar la prevalencia del amamantamiento materno, las causas del destete precoz y la asociación de éste con el
surgimiento de hábitos de succión no nutritivos.
METODOLOGÍA
Diseño del estudio:
Se ha tratado de un estudio longitudinal, prospectivo, realizado en un período de dos años en municipios de la
región noroeste del Estado de São Paulo - Brasil, con características socio económicas semejantes.
Esta investigación hace parte de un estudio de cohorte mayor que acompaña embarazadas desde el pré natal
hasta 36 meses después del nacimiento de los bebes, objetivando acompañar la salud del binomio madre-hijo.
Un estudio piloto fue realizado para la validación y adecuación del instrumento de recolección de los datos,
aferición de las dificultades encontradas, y estandarización de los investigadores.
Población de estudio:
Los sujetos de la investigación consistieron en todas las embarazadas catastradas en el servicio de salud de
esos municipios. Como criterios de exclusión, no participaron de la investigación, embarazadas que estaban en los dos
primeros trimestres de embarazo, aquellas que rechazaron participar de la investigación o no continuaron en la
investigación. Las embarazadas fueron informadas sobre los objetivos del estudio, de la voluntariedad de su
participación y la manutención del sigilo, y después firmaron el término de consentimiento informado.
Fases del estudio:
La investigación fue realizada en dos etapas; la primera consistió en el acompañamiento de las embarazadas
hasta la proximidad del parto, en la cual fueron evaluadas las condiciones socio económico cultural y el conocimiento
sobre el amamantamiento materno. Para eso, fueron realizadas entrevistas domiciliares o en la propia Unidad de
Salud, donde reciben atención médica, utilizándose para la recolección de las informaciones, un formulario semi
estructurado, conteniendo como variables del estudio: datos personales de la madre, informaciones sobre vivienda,
renta, escolaridad y comportamiento con relación al amamantamiento materno. Todos esos datos colectados fueron
registrados en fichas clínicas específicas.
En la segunda fase fue realizado el acompañamiento de los bebes por medio de visitas mensuales, a partir
del primer mes de vida, prolongándose hasta el sexto mes de vida. Fueron levantados datos sobre la presencia y tipo
de hábitos deletéreos, y perfil alimentar del niño colectados por medio del relato de las madres, a través de la dieta
regresa (diario de dieta de 24 horas o recordatorio). Fueron registradas las dificultades relatadas por las lactantes,
que llevaron a la introducción de otros alimentos durante el amamantamiento natural o el motivo de destete de estos
niños.
Fue empleada la clasificación propuesta por la OMS para la definición del patrón de amamantamiento.
(Cuadro 1)
Najara B. Rocha
126
Cuadro 1 – Criterios para la clasificación del amamantamiento de los bebes acompañados.
Clasificación
Obligatoriamente el niño
debe recibir:
Permite que el niño reciba: No es permitido recibir:
Amamantamiento exclusivo Leche materna
Vitaminas, sales minerales
y medicamento
(comprimidos, pastillas y
jarabes)
Nada más
Amamantamiento
predominante
Leche materna, como
fuente principal
Líquidos (agua, infusión y
jugo)
Nada más (en particular,
leche no materna y
fórmulas infantiles)
Amamantamiento
complementario
Leche materna y alimentos
blandos y sólidos
Cualquier alimento o
líquido, incluyendo leche no
materna y fórmulas
infantiles
-
Amamantamiento Total Leche materna
Cualquier alimento o
líquido, incluyendo leche no
materna y fórmulas
infantiles
-
Amamantamiento artificial
Cualquier líquido
(incluyendo leche no
materna) o alimentos
blandos y sólidos
Cualquier alimento o
líquido, incluyendo leche no
materna y fórmulas
infantiles
-
Fuente: Indicators for assessing infant and young child fedding practices WHO, 2007
8
Análisis estatístico
Los datos obtenidos por medio de respuestas cerradas, fueron digitados y analizados por medio del
programa Epi Info 2000
15
. Para eso, cada respuesta presentó un número de identificación que representaba un campo
en el banco de datos, lo que permitió realizar el levantamiento de las frecuencias y porcentajes.
Para la facilidad del entendimiento y discusión de los datos, los resultados fueron divididos en tres
intervalos de tiempo: primero, tercer y sexto mes.
Para comparar dos muestras o más, como por ejemplo, los niños amamantados o no con hábitos y sin hábitos
deletéreos, aquellos que eran o no usuarios de chupetes, fueron dispuestos en n tablas de contingencia y fue aplicado
el test de Mantel – Haenzel, que calculó también el riesgo relativo (RR) de las asociaciones del estudio.
16
Fue aplicado el test
log rank
para construir curvas de supervivencia para comparar las prevalencias de
amamantamiento materno y amamantamiento materno exclusivo entre los niños que presentan hábitos y los que no los
presentan, así como usuarios o no de chupete.
Todos los análisis fueron realizados por el software estadístico Bioestat® 5.0.
16
Preceptos éticos:
Este estudio fue sometido, evaluado y aprobado por el Comité de Ética e Investigación en Seres Humanos de
la Facultad de Odontología de Araçatuba – FOA/UNESP, bajo proceso 2006 – 01471 y se encuadró en la modalidad de
investigación de riesgo mínimo, siendo respetada la Resolución 196/96 del Consejo Nacional de la Salud, y sus
resoluciones complementarias relativas a la investigación en seres humanos.
RESULTADOS:
La edad media de las madres fue de 25,15 años (mediana 25 y moda 22 años), siendo el 16,1% menores de 20
años. La mayoría de las madres es de raza negra o morena (57,5%), con renta familiar considerada baja (57,6%
reciben menos que 2 salarios mínimos) y baja escolaridad (57,8% no completaron la enseñanza media) (tabla I).
Del total de las 87 mujeres, 51 (58,6%) no trabajan, y entre aquellas que trabajan (36), un 19,4% son
autónomas; un 61,1% funcionarias de empresas privadas; un 11,1% funcionarias públicas y otras funciones 8,3% (tabla
I).
La mayoría de las madres (79,3%) reside con sus compañeros y 36 (41,4%) eran madres por la primer vez
(tabla I).
De los bebes nacidos, hubo predominancia del género femenino (56,3%) en relación al género masculino
(43,7%). Apenas 16 (18.4%) nacieron con menos de 37 semanas de embarazo y 12 (13,8%) con peso inferior a 2500 Kg
(tabla I).
La tasa de niños amamantados en el seno en el primer mes desde el nacimiento fue del 94,3% (82), de estos
apenas 43 (49,4%) eran amamantados exclusivamente en el seno. Ya en el tercer mes esta tasa de amamantamiento
exclusivo disminuyó para el 13,8% y en el sexto mes de vida esta práctica fue inexistente. Al final del sexto mes,
mitad de los niños habían sido completamente destetados (Gráfico 1).
Como principales motivos del destete, fueron apuntados: falta de leche (27,1%); falta de aceptación del niño
(21,6%); trabajo de la madre (18,9%); leche no suficiente (16,2%); dolencia de la madre o del niño (8,1%), otros (8,1%).
Najara B. Rocha
127
Los hábitos de succión no nutritivos estaban presentes en 42 bebes (48,3%) en el primer mes, en 56
(64,4%) en el tercer mes y también en el sexto mes de edad (Tabla II).
El chupete fue el hábito más predominante en todos los meses de acompañamiento y el biberón fue ofrecido
por 36 madres (48,6%) en el primer mes; al tercer mes por 61 (82,4%) y al sexto por 65 (87,8%) (tabla II).
Los testes estadísticos, bien como la probabilidad y el riesgo relativo de cada variable con relación a los
hábitos y el uso del chupete están presentados en la tabla III.
DISCUSIÓN:
Las condiciones socio económicas y ambientales de las madres son importantes para evaluarse la influencia
que ejercen en el patrón de amamantamiento, en la adquisición de hábitos y en el uso del chupete. Se verifica que los
bebes de madres jóvenes y de bajo nivel socio económico, tienen el habito de utilizar el chupete o tener algún otro
hábito.
13
En este estudio apenas la adquisición de hábitos estuvo fuertemente asociado significativamente con la renta
familiar de la madre (p= 0,0003) en los seis primeros meses de acompañamiento, mostrando que la renta de la madre
es un factor protector para la adquisición de hábitos (RR=0,7011).
Las características ambientales ejercen relación con la adquisición de hábitos y el uso de chupete. Es posible
que si la familia presenta una condición favorable, los hábitos del niño serán más saludables, o sea, con condiciones
emocionales mejores, como por ejemplo, una familia que tenga la presencia del padre, que ofrezca otros modos para
“calmar” el niño, sin ser el chupete o cualquier otro hábito.
13
El padre ejerce papel fundamental en el núcleo familiar.
17
Fue verificada una asociación estadísticamente significante entre el hecho de la madre vivir junto con el compañero y
la adquisición de hábitos o uso de chupete.
Las características de los niños también son fundamentales con relación a la adquisición de hábitos o uso de
chupetes. El bajo peso al nacer influenció directamente en esta adquisición, siendo un factor protector para
adquisición de hábitos y chupetes (p<0,0001 e RR= 0,3579 e p=0,0008 e RR =0,6272 respectivamente). El período de
embarazo es otro factor importante y que también tiene relación directa con el peso al nacimiento, pues niños que
nacen prematuramente, normalmente tienen bajo peso. La asociación entre edad del embarazo y usuarios de chupete
fue significante en este estudio (p= 0,0184 e RR= 1,3147).
El tiempo desde que nació hasta mamar por vez primera es esencial por varios factores, entre ellos: la
duración del amamantamiento, instalación de hábitos y uso de chupetes. Es importante que el niño mame en el seno
dentro de las primeras cuatro horas después del nacimiento. En el presente estudio fue verificado que menos de la
mitad de las madres amamantaron sus bebes en las primeras cuatro horas, valor menor que el mencionado en el
estudio de Navarro-Estrella, et al. (2003)
18
, en el cual el 60% de las madres amamantaron en este período. Fue
verificado en este estudio, el tiempo de la primera mamada con diversas variables y se encontró una relación
estadísticamente significante entre el uso del chupete y bebes que no mamaron en las primeras cuatro horas
(p=0,0008 e RR= 1,2474). Casi la totalidad (94,3%) de las madres empezó la práctica de amamantamiento materno,
valor este superior a los 92% de la media nacional
19
. Siendo que de estas, apenas el 45,9% estaban amamantando su
bebe en el seno exclusivamente.
El niño hasta los seis meses de edad no necesita ningún alimento o líquido que no sea la leche materna, por
traer innúmeras ventajas al bebe y a la madre
20
. La práctica del amamantamiento exclusivo es fundamental para el
desarrollo normal del bebe. Sólo que no es una práctica común entre las mujeres, hecho comprobado en esta
investigación y en varios estudios que relatan una baja prevalencia de amamantamiento materno exclusivo, como en los
resultados encontrados por Riveira et al. (2003)
1
; González-Cóssio et al. (2003)
2
;
Soares et al. (2003);
13
Espinozza
(2002)
17
; Navarro-Estrella et al. (2007)
18
; Flores et al. (2005)
21
. En este estudio ninguna madre amamantó a su hijo
exclusivamente por seis meses de vida, período recomendado por los órganos nacionales e internacionales de la
salud
6,7,8
.
El uso de biberón con cualquier tipo de líquido en el período de amamantamiento exclusivo es desnecesario,
aun así se observa que la introducción de éste es frecuente. Se verificó gran frecuencia de biberón ya en el primero
mes de acompañamiento (44,8%). Al final del sexto mes, un 87,4% de las madres complementaban la alimentación de
sus hijos con el uso de biberón. Estos datos fueron superiores a los 62,8% encontrados por la investigación realizada
en ámbito nacional
19
.
El biberón además de ser más fácil de succionar, no suple el instinto de succión, pero el niño se satisface
más rápidamente. Es fuente de contaminación y además provoca un serio problema a los niños amamantados en el seno,
ellos pasan a agarrar el seno de modo incorrecto. El uso de biberón influye en la técnica de amamantamiento y no lo
contrario, hecho observado en el estudio de França et al. (2008)
20
. Además de interferir negativamente en el
desarrollo orofacial.
22
En este estudio el biberón estuvo significantemente asociado al amamantamiento materno en el segundo,
quinto y sexto mes de acompañamiento (p=0,0137, p=0,0310 e p=0,0007 respectivamente), siendo que cuanto menor el
tiempo de amamantamiento materno mayor es la oportunidad del niño utilizar este utensilio.
El hábito es la costumbre o la práctica adquirida por la repetición frecuente de un mismo acto, que al
principio se hace de forma consciente y, posteriormente, de modo inconsciente. La respiración nasal, la masticación y
la deglutición se consideran hábitos fisiológicos y funcionales. Entre tanto, la succión digital, de chupete, biberón y la
respiración bucal, entre otros, son considerados hábitos no fisiológicos, por lo tanto, deletéreos o no funcionales.
23,24
Najara B. Rocha
128
Fue observado ya en el primer mes que el 44,8% (39) presentaban hábitos, con el aumento para el 87,4%
para el sexto mes. El Gráfico III muestra la curva de supervivencia de la proporción de niños con hábitos
amamentados y con hábitos desmamados (test
log rank
p<0,0001).
Varios autores
3,4,9,11-14,24,26
afirman ser la succión del chupete el hábito más común entre los niños, hecho este
confirmado en esta investigación, siendo que en todos los meses de acompañamiento, este hábito fue él más
prevaleciente. Es necesario destacarse la importancia del aspecto cultural del uso del chupete, en el que se refiere la
normalidad de la madre ofrecer este objeto para calmar al niño y facilitar el sueño.
13
Sertório y Silva (2005)
25
verificaron que, para las madres, el chupete representa un calmante para los niños, capaz de tranquilizarlas y
confortarlas. La madre busca en el chupete un auxilio, pudiendo provocar el destete.
13
Más allá, es considerado como
un indicador de problemas con el amamantamiento.
La prevalencia de chupete en este estudio fue menor que los 60,3% observados por la investigación nacional
19
y por los 61,6% encontrados por el estudio de Soares et al.
13
El hábito de succionar el dedo fue poco frecuente,
concordando con los resultados de Gonçalves et al (13,6%).
24
En este estudio hubo una relación extremadamente significante entre la adquisición de hábitos y la práctica
de amamantamiento materno (p=<0,0001) y amamantamiento exclusivo (p= 0,0065), así como también con el uso del
chupete (p<0,0001 y p= 0,0270 respectivamente). Se notó entonces que, niños con menor tiempo de amamantamiento
materno desarrollan, con mayor frecuencia, hábitos bucales deletéreos, principalmente el uso del chupete, llevando al
riesgo de adquirir hábitos aquellas amamantadas en el seno por un período de, a lo menos, seis meses.
El destete de los bebes estudiados fue precoz, siendo que un 50% (37) de estos fueron destetados hasta el
sexto meses de vida, siendo que un 40,5% de estos ya habían sido destetados desde el tercer mes.
Soares et al. (2003)
13
estudiaron sobre el uso del chupete y su relación con el destete. Mostraron por medio
de los resultados, la asociación significante entre uso del chupete y destete precoz. Entre los motivos de esta
asociación encontraron que el uso del chupete reduce el número de mamadas por día, disminuyendo así la estimulación
de las mamas, lo que lleva a una menor producción de leche y, por consecuencia, al destete del niño. Otro factor sería
que el niño confundiría la succión, dificultando la retirada de la leche del seno y provocando el destete. Así mismo, los
autores concluyeron que el destete es un proceso complejo y que es posible que el chupete sea un agente que dificulta
el amamantamiento materno y no un factor directo del destete.
Se observó que los hábitos estuvieron significantemente asociados al destete en el segundo, cuarto, quinto y
sexto mes de acompañamiento (p=0,0132, p=0,0032, p=0,0427 y p=0,0000 respectivamente). Cuanto al chupete
específicamente, estuvo significantemente asociado al destete en el segundo, tercero, quinto y sexto mes de
acompañamiento (p=0,0032, p=0,0371, p=0,0001 y p=0,0000 respectivamente).
Brasil fue incluido por la Organización Mundial de la Salud (OMS) y el Fondo de las Naciones Unidas para la
Infancia (UNICEF), para difundir y proteger el amamantamiento materno de acuerdo con 10 pasos para el suceso de
esta práctica. Entre las recomendaciones estaba la de fomentar el amamantamiento bajo libre demanda y no ofrecer
ningún tipo de chupetes artificiales a los niños amamantados en el seno.
27
El amamantamiento materno es un acto
preventivo eficaz y con costo reducido para fomentarlo. Por eso, las madres necesitan recibir informaciones sobre las
complicaciones de la adquisición de hábitos en los niños, siendo un posible motivo del destete precoz fuera de causar
perjuicio al desarrollo infantil, siendo necesario informarlas sobre los beneficios del amamantamiento y promover a
la salud general y bucal de su hijo.
La tasa de destete precoz en este estudio fue elevada, así como la baja prevalencia de amamantamiento
materno exclusivo. La duración del amamantamiento materno estuvo asociada con hábitos, uso de chupete y biberón al
final del sexto mes de acompañamiento.
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Ilustraciones:
43
27
12
4
1
0
82
74
68
64
57
47
0
20
40
60
80
100
120
140
mes mes mes mes mes mes
Amamantamiento materno
Amamantamiento ex clusivo
Gráfico 1 – Distribución numérica de los niños (n=87), según el amamantamiento materno exclusivo y materno
total, São Paulo/Brasil – 2008
Tabla I – Características de la población del estudio, São Paulo/Brasil – 2008
Najara B. Rocha
131
Características n %
MATERNAS
Renta familiar (SM)
0 a 2 49
56,3
Más de 2 36
41,4
No respondieron 2
2,3
Edad (años)
Menor que 20 14
16,1
20 a 25 31
35,6
25 a 30 31
35,6
Más de 30 11
12,7
Raza
Blanca 37
42,5
Morena y Negra 50
57,5
Situación conyugal
Reside con el compañero 69
79,3
No reside con el compañero 18
20,7
Profesión
No trabaja 46
52,9
Funcionaria Empresa Privada 22
25,3
Funcionaria Pública 4
4,6
Estudiante desempleada 5
5,7
Autónoma 7
8
Otros empleos 3
3,4
Escolaridad
Analfabeta 1
1,4
Enseñanza Fundamental Incompleta 18
20,7
Enseñanza Fundamental Completa 10
11,5
Enseñanza Media Incompleta 21
24,1
Enseñanza Media Completa 29
33,3
Enseñanza Superior Incompleta 5
5,7
Enseñanza Superior Completa 3
3,4
Número de hijos nacidos y vivos
Primer Hijo 36
41,4
2 o más 51
58,6
INFANTIL
Género
Masculino 38
43,7
Femenino 49
56,3
Peso al nacer (gramas)
Menor que 2500 12
13,8
2500 o más 75
86,2
Edad de Embarazo
Menos que 37 semanas 16
18,4
37 semanas o más 71
81,6
Tipo de parto
Cesárea 59
67,8
Normal 28
32,2
Tiempo de la primera mamada
Hasta 4 horas después del nacimiento 42
48,3
Después de 4 horas del nacimiento 44
51,7
SM (El pago brasileño): valor vigente en la época de recolectar los datos – R$ 415,00
Tabla II – Distribución numérica de los bebes de acuerdo con los hábitos en los intervalos de acompañamiento,
Birigui y Piacatu – 2008.
Najara B. Rocha
132
Primero Mes Tercero Mes Sexto Mes
Hábitos de succión nutritivos
Si No Si No Si No
Biberón 39 48 70 17 76 11
Hábitos de succión no nutritivos
Hábitos (todos) 42 45 56 31 56 31
Chupete 36 51 40 47 39 48
Dedo 7 80 23 64 19 68
Otros 1 86 4 83 0 87
Tabla III – Análisis de supervivencia de factores asociados con la adquisición de hábitos y chupetes entre 1 a
6 meses de acompañamiento de los bebes por el método de Mantel-Haenzel, São Paulo/Brasil – 2008
Hábitos Chupete
p
RR
combinado)
IC 95%
p
RR
(combinado)
IC 95%
Amamantamiento materno <0,0001 1,3462
0,2544; 0,5564
<0,0001 0,6663
0,3088; 0,6764
Amamantamiento materno exclusivo 0,0065 1,4487
0,3469; 6,0419
0,0270 1,2911
0,3090; 5,3872
Biberón 0,0221 0,7218
0,4209; 1,2365
<0,0001 1,7945
1,0020; 3,2099
Madre con el primer hijo 0,3235 0,8928
0,6193; 1,2854
0,8614 0,9777
0,7000; 1,3639
Escolaridad madre 0,1181 0,8260
0,5622; 1,2121
0,1172 0,8617
0,6032; 1,2295
Renta familiar madre 0,0003 0,7011
0,4931; 0,9956
0,3942 0,9188
0,6627; 1,2729
Situación conyugal 0,9559 1,0217
0,6669; 1,5633
0,5010 1,0849
0,7239; 1,6240
Edad Madre 1,0391 0,8722
0,6424; 1,6785
0,6977 0,9438 0,1509; 0,6977
Trabajo madre 0,2032 1,1554
0,8160; 1,6341
0,2075 1,1144
0,7978; 1,5546
Raza Madre 0,1286 0,8401
0,5955; 1,1837
0,8696 0,9777
0,6999; 1,3641
Peso al nacer <0,0001 0,3579
0,1729; 0,7403
0,0008 0,6272
0,3986; 0,9856
Edad embarazo 0,1149 1,2427
0,7403; 2,0833
0,0184 1,3147
0,8668; 1,9917
Tipo de parto 0,8418 1,0303
0,7081; 1,4971
0,7580 1,0333
0,7206; 1,4800
Tiempo primera mamada 0,3427 0,9024
0,6429; 1,2764
0,0008 1,2474
0,8985; 1,7307
Género del Bebe 0,8806 1,0259
0,7290; 1,4418
0,7089 1,0379
0,7471; 1,4402
Gráfico 2 – Curva de supervivencia de la proporción de niños con hábitos destetados y con hábitos amamantados
- São Paulo/Brasil – 2008
Najara B. Rocha
133
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