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UFSM
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA
DA PRODUÇÃO DE PEIXES EM
TANQUES-REDE NO RESERVATÓRIO DE ITAIPU
___________________________________________________________________
Josemar Raimundo da Silva
PPGEP
Santa Maria, RS, Brasil
2008
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ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA
DA PRODUÇÃO DE PEIXES EM
TANQUES-REDE NO RESERVATÓRIO DE ITAIPU
___________________________________________________________________
por
Josemar Raimundo da Silva
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de
Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Área de Concentração
em Gerência de Produção, da Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do título de Mestre
em Engenharia de Produção.
Orientador: Prof. Denis Rasquin Rabenschlag
Co-orientador: Prof. Wilson Rogério Boscolo
Santa Maria, RS, Brasil
2008
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Catalogação na Publicação elaborada pela Biblioteca Universitária
UNIOESTE/Campus de Toledo.
Bibliotecária: Marilene de Fátima Donadel - CRB – 9/924
Silva, Josemar Raimundo da
S586a Análise da viabilidade econômica da produção de peixes
em tanques-rede no Reservatório de Itaipu / Josemar
Raimundo da Silva. – Santa Maria, RS : [s. n.], 2008.
142 f.
Orientador: Dr. Denis Rasquin Rabenschlag
Co-Orientador: Dr. Wilson Rogério Boscolo
Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção) -
Universidade Federal de Santa Maria
1. Peixes - Criação - Aspectos econômicos - Paraná 2.
Peixe de água doce 4. Aqüicultura em tanques-rede 5. Itaipu,
Reservatório de (Brasil e Paraguai) 6. Engenharia de produção
7. Análise de risco 8. Investimentos I. Rabenschlag, Denis
Rasquin, Or. II. Boscolo, Wilson Rogério, Or. III. T
DD 20. ed. 338.4763931098162
338.372098162
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Tecnologia
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
A Comissão Examinadora, abaixo assinada,
aprova a Dissertação de Mestrado
ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA
DA PRODUÇÃO DE PEIXES EM
TANQUES-REDE NO RESERVATÓRIO DE ITAIPU
elaborada por
Josemar Raimundo da Silva
como requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Engenharia da Produção
COMISSÃO EXAMINADORA
Denis Rasquin Rabenschlag, Prof. Dr. (UFSM)
(Presidente/Orientador)
Wilson Rogério Boscolo, Prof. Dr. (UNIOESTE)
Bernardo Baldisserotto, Prof. Dr. (UFSM)
Santa Maria, 25 de março de 2008.
Dedico esta dissertação a minha família:
minha esposa Iraci, companheira de todos
os momentos; e aos meus filhos Thiago,
Matheus, Paola e Lukas motivadores
insubstituíveis, e aos meus pais José R. da
Silva in memoriam e Elita N. da Silva, pela
oportunidade de estar aqui hoje
concretizando mais esta etapa da
caminhada.
AGRADECIMENTOS
A Deus, inteligência suprema e causa primeira de todas as coisas, e aos benfeitores
amigos pela inspiração e motivação em todos os momentos.
A todas as pessoas que ajudaram na concretização deste trabalho.
Aos colegas do mestrado.
Ao professor Dr. Denis Rasquin Rabenschlag da UFSM pela orientação cordial e
instrutiva motivação para realização deste trabalho.
Aos professores do PPGEP da UFSM pelos ensinamentos ministrados.
Aos professores, membros da Banca Examinadora, pela disponibilidade, apreciação
e valorosas contribuições dadas a este trabalho.
Ao Professor Dr. Wilson Rogério Boscolo, do curso de Engenharia de Pesca da
Unioeste-Toledo, pela co-orientação e ajuda amiga em todos os momentos que
foram necessários.
À Itaipu-Binacional e aos técnicos e pesquisadores do GEMAq Unioeste-Toledo
pelos dados, informações e esclarecimentos prestados.
Ao Professor Dr. Weimar Freire da Rocha Jr., do curso de Ciências Economia da
Unioeste-Toledo, pelas críticas e sugestões sempre valiosas.
Ao Professor Dr. Edison Luiz Leismann, do curso de Administração da Unioeste-Mal.
Rondon, pelas orientações sábias e acolhida fraterna no convívio doméstico.
Aos funcionários do IAP em especial ao Sr. Taciano Maranhão.
Ao proprietário da empresa SULPESCA de Toledo-Pr, Sr. Sérgio Vilella Maia pelas
muitas informações prestimosas para o desenvolvimento deste estudo.
Um agradecimento especial a todos os professores que contribuíram na minha
formação e especialmente neste trabalho com críticas e sugestões, que na verdade
foram orientações sábias da experiência que emana de corações amigos.
Se me falas, eu esqueço;
Se me ensinas, eu lembro;
Se me envolves, eu aprendo!
Benjamin Franklin.
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Comparação entre os valores das principais fontes de proteína
animal no ano de 2003 em US$ (x 1.000) ........................................... 15
TABELA 2 - Superfície dedicada à aqüicultura ....................................................... 16
TABELA 3 - Consumo per capita de proteína animal por modalidade .................... 17
TABELA 4 - Pesca e aqüicultura - Brasil - evolução da produção em
toneladas nos períodos de 1960; 1970; 1980; 1990 a 1997............... 22
TABELA 5 - Consumo per capita de proteína animal por modalidade
no Brasil............................................................................................... 23
TABELA 6 - Produção, comércio exterior e consumo aparente de pescado
no Brasil.............................................................................................. 25
TABELA 7 - Produção e comércio exterior entre os anos de 1970 e 2004 ............. 27
TABELA 8 - Produção estimada em toneladas por modalidade, segundo as
regiões e Unidades da Federação....................................................... 28
TABELA 9 - Investimento inicial em capital fixo ..................................................... 71
TABELA 10 - Desempenho biológico da espécie Jundiá em função da
temperatura da água ........................................................................ 75
TABELA 11 - Custos operacionais efetivos (COE) e custos operacionais totais
(COT) da produção de Jundiá .......................................................... 76
TABELA 12 - Análise de sensibilidade através da simulação das variáveis .......... 79
TABELA 13 - Fluxo líquido de caixa não descontado do
Cenário A - Mais provável (R$) ......................................................... 81
TABELA 14 - Variáveis, parâmetros e resultados do
Cenário A - Mais provável em R$ ..................................................... 82
TABELA 15 - Fluxo de caixa descontado do Cenário A – Mais provável ............... 83
TABELA 16 - Fluxo de caixa descontado - Cenário I Otimista (R$) ....................... 83
TABELA 17 - Variáveis, parâmetros e resultados do Cenário I - Otimista
em R$ .............................................................................................. 84
TABELA 18 - A Fluxo líquido de caixa do Cenário I - Otimista em R$ ................... 85
TABELA 19 - Desempenho biológico da espécie em função da temperatura
da água ............................................................................................ 88
TABELA 20 - Período do ano ideal para a cultura do Pacu ................................... 89
TABELA 21 - Custos operacionais efetivos e custos operacionais totais da
produção de Pacu para um ciclo de produção em 6 meses ............ 90
TABELA 22 - Análise de sensibilidade através da simulação das
variáveis fundamentais para o Pacu em 160 tanques-rede ............. 93
TABELA 23 - Fluxo líquido de caixa não descontado do
Cenário A - Mais provável (R$) ......................................................... 95
TABELA 24 - Variáveis, parâmetros e resultados do
Cenário A - Mais provável em R$ .................................................... 96
TABELA 25 - Fluxo de caixa descontado do Cenário A – Mais provável............... 97
TABELA 26 - Estruturação da planilha de modelo para simulação........................ 102
TABELA 27 - Resultado das variáveis de entrada e dos resultados de saída para
uma (1) interação no processo simulação do @RISK® (pacu)........ 103
TABELA 28 - Produção de pescado mundial proveniente da pesca e
aqüicultura (incluindo a China) entre e os anos de 1990 a 2003
e seus relativos incrementos* ......................................................... 124
TABELA 29 - Produção e consumo de pescado mundial proveniente da
pesca e aqüicultura (incluindo a China) entre e os anos de 1990
a 2003: consumo não-alimentar e consumo alimentar per capita
e seus relativos incrementos* ......................................................... 125
TABELA 30 - Produção de pescado mundial proveniente da pesca e
aqüicultura (excluindo a China) entre e os anos de 1990 a
2003 e seus relativos incrementos* ................................................. 126
TABELA 31 - Produção de pescado mundial proveniente da pesca e
aqüicultura (excluindo a China) entre e os anos de 1990
a 2003: consumo não-alimentar e consumo alimentar per capita
e seus relativos incrementos* ......................................................... 127
TABELA 32 - Dados demográficos e econômicos da América Latina
e Caribe ......................................................................................... 128
TABELA 33 - Dados econômicos da América Latina e Caribe............................... 129
TABELA 34 - Produção por região e unidades da federação de pescado no
Brasil de 1995 a 2004....................................................................... 130
TABELA 35 - Produção estimada por modalidade, segundo as regiões e
Unidades da Federação.................................................................. 131
TABELA 36 - Produção aqüícola............................................................................ 133
TABELA 37 - Produção aqüícola por espécie ........................................................ 134
TABELA 38 - Produção da Aqüicultura Brasileira na Região Sul (por espécie
em toneladas) .................................................................................. 135
TABELA 39 - Evolução do valor bruto da produção da agropecuária
paranaense, nominal e real -1997-2004 ........................................... 136
TABELA 40 - Comparativo do valor bruto da produção agropecuária
paranaense, segundo os grandes grupos – safras
96/97 e 03/04................................................................................... 136
TABELA 41 - Valor bruto e participação dos sub-grupos na safra
96/97 e 03/04 ................................................................................. 136
TABELA 42 - Componentes do subgrupo pescados de água doce, por ordem
de participação, produção, valor e variação do valor real ................ 136
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Produção da aqüicultura por país na América Latina
no ano de 2003 ................................................................................... 18
FIGURA 2 - Produção comparativa das principais espécies produzidas
de 1993 a 2003.....................................................................................19
FIGURA 3 - Sistema agroindustrial da pesca.......................................................... 33
FIGURA 4 - Sistema de produção em tanques-rede............................................... 37
FIGURA 5 - Retirada de amostras para biometria................................................... 38
FIGURA 6 - Modelamento do problema para análise de investimento.................... 58
FIGURA 7 - Localização do Projeto de produção na cidade de Santa Helena ....... 59
FIGURA 8 - Variação da temperatura no reservatório e nos tanques-rede
no ano de 2006.................................................................................... 68
FIGURA 9 - Distribuição triangular da variável conversão alimentar...................... 99
FIGURA 10 - Distribuição triangular da variável preço de venda ........................... 99
FIGURA 11 - Distribuição triangular da variável preço de custo da ração ............. 100
FIGURA 12 - Curva logística e definição dos valores de entrada da taxa
de sobrevivência.............................................................................. 100
FIGURA 13 - Histograma de distribuição da conversão alimentar aparente
(CAA) ............................................................................................... 105
FIGURA 14 - Histograma de distribuição do preço da ração.................................. 106
FIGURA 15 - Histograma de distribuição da taxa de sobrevivência....................... 106
FIGURA 16 - Histograma de distribuição do preço de venda................................. 107
FIGURA 17 - Histograma de distribuição da TIR.................................................... 109
FIGURA 18 - Histograma de distribuição do valor líquido das entradas ................ 109
FIGURA 19 - Histograma de distribuição do valor presente líquido (VPL) ............. 110
FIGURA 20 - Histograma de distribuição do índice de lucratividade (IL) ............... 110
FIGURA 21 - Histograma de distribuição da taxa de retorno (TR %)..................... 111
FIGURA 22 - Histograma de distribuição do índice de retorno sobre
investimento inicial (ROI) .................................................................. 111
FIGURA 23 - Histograma de distribuição do período de retorno do
investimento descontado – Payback econômico (PBD)................... 112
FIGURA 24 - Exportações mundiais de pescado destacado por principais
grupos de produtos para consumo humano de 1976 a 2002 ......... 136
FIGURA 25 - Exportações mundiais de pescado destacado por principais grupos
de produtos para outras finalidades de 1976 a 2002....................... 137
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - Composição percentual e química das rações experimentais com
diferentes níveis de proteína e energia e seus respectivos custos... 63
QUADRO 2 - Resultado do projeto-experimento da espécie Jundiá realizado de
fevereiro a dezembro de 2006 .......................................................... 73
QUADRO 3 - Resultado do projeto-experimento da espécie pacu de janeiro a
junho de 2006 .................................................................................. 87
QUADRO 4 - Estatística das variáveis de entrada................................................. 104
QUADRO 5 - Estatística das variáveis de saída .................................................... 108
QUADRO 6 - Resumo estatístico dos resultados de entrada e saída.................... 113
QUADRO 7 - Produção paranaense: evolução da produção da piscicultura
no estado do Paraná em toneladas ................................................. 138
QUADRO 8 - Canais de comercialização e destino da produção de
peixes no estado do Paraná na safra 2003/2004 ............................ 139
QUADRO 9 - Produção (t) e espécies de peixes produzidas (%) no estado do
Paraná safra 2003/2004, resultados de entrada e saída ................. 140
QUADRO 10 - Evolução do número de pesque-pagues e volume de peixes
comercializados entre os anos de 1996 e 2004............................. 141
QUADRO 11 - Número de produtores rurais do estado, número de piscicultores,
porcentagem de produtores rurais que exploram a piscicultura,
área total de lâmina d'água, área média por produtor no estado
do Paraná no período de cultivo 2003/2004 resumo dos
resultados de entrada e saída...................................................... 142
RESUMO
Dissertação de Mestrado
Programa de Pós-Graduação Engenharia de Produção
Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil.
Autor: Josemar Raimundo da Silva
Orientador: Prof. Dr. Denis Rasquin Rabenschlag
Co-orientador: Prof. Dr. Wilson Rogério Boscolo
Local e Data da Defesa: Santa Maria, 25 de Março de 2008.
O presente trabalho teve como objetivo analisar a viabilidade econômico-financeira de
investimento em projetos aqüícolas, especificamente em tanques-redes para espécies
nativas (jundiá, pacu e curimba). A atividade aqüícola dentro do agronegócio tem
apresentado um interesse crescente e assim deve continuar nas próximas décadas, tendo
em vista a estagnação na oferta de pescado oriundo da captura e do crescente aumento na
demanda por alimento com o incremento da população mundial. O crescimento do consumo
de pescados e o avanço da aqüicultura demandam informações para tomada de decisão
sobre a viabilidade econômica dos empreendimentos nesta área, principalmente no que se
refere às espécies nativas. Os investidores, produtores, técnicos, órgãos de fomento e
demais instituições afetas à área necessitam de informações seguras para tomada de
decisão relativa a viabilidade econômica-financeira de projetos aqüícolas. Neste sentido este
trabalhou verificou que a produção de espécies nativas em tanques-rede no reservatório de
Itaipu se mostrou inviável para as espécies jundiá (Rhamdia quelen) e curimba (Prochilodus
lineatus), e viável para a espécie Pacu (Piaractus mesopotamicus), a qual apresentou
melhor adaptabilidade ao sistema de produção e as condições climáticas. Para a espécie
pacu, a análise de Retorno do Investimento, da Taxa de Retorno, Índice de Lucratividade,
Taxa Interna de Retorno (TIR), Valor Presente Líquido (VPL) e Período de Retorno do
Investimento, se mostraram todos favoráveis positivamente, com probabilidade positiva de
ocorrência variando entre 5% a 95% (90%) do retorno do investimento em um período entre
dois (2) a três (3) anos pelo método de simulação de Monte Carlo.
PALAVRAS-CHAVES: análise de investimento; retorno e risco; aqüicultura em tanques-
rede; espécies nativas; reservatório de Itaipu (Santa Helena-PR)
ABSTRACT
Thesis of Masters Degree
Program of Post Graduation in Production Engineering
Federal University of Santa Maria, RS, Brazil.
Author: Josemar Raimundo da Silva
Professor Mastermind: Prof. Dr. Denis Rasquin Rabenschlag
Prof. Dr. Wilson Rogério Boscolo
Local and Date of Defense: Santa Maria, 25 of march in 2008.
The present work had objective to analyze the economic-financial viability of aquaculture
projects investment in cages for native species (jundiá, pacu and curimba).
Aquaculture/fishculture inside of agribusiness has been presenting a growing interest and it
should continue like this next decades, tends in view the stagnation in the fish offer
originating from of the capture and of the growing increase in the demand for food with the
increment of the world population. The increase of the consumption of fish and the progress
of the aquaculture demand information for taking of decision about the economic viability of
the enterprises in this area, mainly to native species. The investors, producers, technicians,
fomentation organs and other institutions affect to the area, need safe information for taking
decision about economic-financial viability of aquaculture/fishculture projects. In this sense
this work verified that the production of native species in cages in the reservoir of Itaipu is
unviable for the species jundiá (Rhamdia quelen) and curimba (Prochilodus lineatus), and
viable for the Pacu (Piaractus mesopotamicus), which presented better adaptive to the
production system and the climatic conditions. Analysis of Investment Return, Rate of
Return, profitable Index, Internal Return Rate (IRR), Net Present Value (NPV) and Payback
Period, all favorable ones were shown positively, with positive probability of occurrence
ranging between 5% to 95% (90%) of the return of investment in a period among two (2) for
three (3) years for the Monte Carlo simulation method.
KEY-WORDS: investment analysis; return and risk; aquaculture in cages; native species;
reservoir of Itaipu (Santa Helena-PR)
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS ............................................................................................ v
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................. viii
LISTA DE QUADROS ........................................................................................... x
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 01
1.1 Problema de pesquisa ............................................................................... 04
1.2 Objetivos ..................................................................................................... 04
1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................... 04
1.2.2 Objetivos específicos .................................................................................... 04
1.3 Justificativa ................................................................................................. 04
1.4 Estrutura da dissertação .......................................................................... 07
2 ASPECTOS DA ECONOMIA E DO SISTEMA AGROINDUSTRIAL
DA PESCA ................................................................................................... 08
2.1 A economia mundial da pesca: evidencias da crise da pesca e
emergência econômica da aqüicultura .................................................... 08
2.2 A economia mundial da pesca: aspectos financeiros da
produção mundial ...................................................................................... 12
2.3 A economia da pesca na América Latina e Caribe .................................. 14
2.4 A economia da pesca No Brasil ................................................................ 19
2.5 A economia da pesca no Paraná .............................................................. 29
2.6 A cadeia produtiva do peixe dentro do sistema agroindustrial (SAI)
da pesca ...................................................................................................... 32
2.7 Sistema de produção em tanques-rede e principais fatores
que influenciam no desenvolvimento biológico das espécies ............... 35
3 REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLÓGICO ........................................ 40
3.1 Espécies estudadas .................................................................................. 40
3.2 Estudos referentes à análise de custo, de investimento e risco
na piscicultura............................................................................................. 41
3.3 Engenharia econômica .............................................................................. 43
3.3.1 Métodos quantitativos-determinísticos de análise de investimentos ............ 45
3.3.2 Métodos quantitativos-probabilísticos de análise de Investimentos .............. 50
3.4 Sistema de Custo em Atividades Agropecuárias .................................... 51
3.4.1 Estruturas dos custos de produção e indicadores econômicos .................... 52
3.5 Taxa de desconto........................................................................................ 55
3.6 Metodologia ................................................................................................ 55
3.6.1 Processo de definição das etapas da pesquisa ........................................... 56
3.6.2 Passos metodológicos ................................................................................. 60
3.6.2 Análise de retorno e risco do investimento através da simulação de
Monte Carlo com a utilização do software @RISK® ................................... 63
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 66
4.1 Planejamento e execução do projeto-experimento para instalação
do empreendimento.................................................................................... 66
4.1.1 Resultados levantados no projeto ................................................................ 67
4.1.2 Resultados da pesquisa: mercado consumidor, fatores determinantes,
custos e preços de venda custos e preços de venda................................. 68
4.1.3 Resultados das espécies avaliadas: Jundiá ................................................. 72
4.1.3.1 Resultados econômicos e financeiros ....................................................... 78
4.1.4 Resultados das espécies avaliadas: Pacu ................................................... 86
4.1.4.1 Resultados econômicos e financeiros ....................................................... 92
4.1.4.2 Resultados probabilísticos de retorno e riscos .......................................... 98
4.1.4.3 Apresentação dos resultados probabilísticos de retorno e riscos .............. 98
5 CONCLUSÃO .............................................................................................. 114
5.1 Considerações finais ................................................................................. 115
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 118
ANEXO A - Tabelas .............................................................................................. 123
1 INTRODUÇÃO
O aumento da população mundial tem elevado a demanda por alimentos
protéicos de origem animal. Ademais, a produção oriunda da pesca está
estabilizada, pois a maioria das áreas de pesca de captura no planeta alcançou seu
potencial máximo de extração, por conseguinte o fornecimento de pescado não
poderá por muito mais tempo atender a demanda mundial.
Estima-se que, a continuar neste ritmo de exploração da pesca extrativa
marinha, até 2048 a pesca comercial do mundo inteiro pode acabar, ou seja, não
haverá mais pescado em decorrência das atividades predatórias por parte da
empresas que atuam neste mercado e em função dos problemas ambientais
originados pelo homem (GERAQUE, 2006).
Neste cenário de crise de sustentabilidade pesqueira, surge a produção
aqüícola – produção de organismos aquáticos em ambientes controlados – como
uma alternativa possível, viável e sustentável para suprir a crescente demanda
mundial por organismos aqüáticos.
A aqüicultura mundial tem apresentado, segundo diversas pesquisas
capitaneadas pela Organização para Alimentação e Agricultura - FAO (Food and
Agriculture Organization), um rendimento satisfatório, com uma taxa de crescimento
de aproximadamente 11% ao ano desde 1984, e alcançando em 2001, 48,4 milhões
de toneladas, o que gerou uma movimentação financeira de US$ 61,4 bilhões de
dólares.
Apesar do crescimento mundial, o Brasil e a América Latina participam
apenas com 2% deste total, enquanto a Ásia concentra 85% da produção da
aqüicultura mundial (FAO, 2004).
Embora ocorra uma baixa participação do Brasil na produção mundial, o país
possui uma área territorial de aproximadamente 8,5 milhões de quilômetros
quadrados, detendo cerca de 12% da água doce disponível no planeta,
caracterizando-se assim como uma das maiores reservas hídricas mundiais (SEAP,
2007).
As reservas hídricas brasileiras estão representadas pelas principais bacias
hidrográficas, tendo todo este potencial hídrico uma série de possibilidades
econômicas, tais como produção de hidroeletricidade, reserva de água para
2
irrigação, reserva de água potável, produção de biomassa (cultivo e pesca de
organismos aquáticos), transporte (hidrovias), recreação e turismo.
No Brasil há cerca de 5,5 milhões de hectares em represas ou reservatórios
naturais e artificiais. Boa parte destes recursos estão depositados em reservatórios
de grande ou pequeno porte, que inicialmente serviram para fins específicos, por
exemplo obras contra as secas, ou para geração de energia ( BRASIL, 2003; SEAP,
2007).
Em função da escassez de alimentos e pela constante necessidade de
otimizar os recursos, vem se delineando nos últimos anos a possibilidade de
utilização das águas estocadas nos reservatórios, tendo em vista a necessidade de
um desenvolvimento econômico regional sustentável.
A necessidade de desenvolvimento regional, social e econômico sustentável
gerou uma série intricada de relações entre os agentes econômicos e demandas, as
quais tem a potencialidade de gerar externalidades no contexto da sustentabilidade
econômica, social e ambiental das regiões circunvizinhas.
Estas complexidades e demandas estão ligadas ao enorme significado
econômico, ecológico, hidrológico e social, assim como aos impactos sócio-
econômicos gerados por estes reservatórios.
Os impactos da construção de reservatórios ou represas estão diretamente
relacionados ao seu volume, localização, área alagada, bioma atingido, dentre
outros. Estes impactos não geram somente custos sociais, também geram
benefícios sociais.
Os principais custos sociais engendrados pelos reservatórios são
ocasionados pela inundação de áreas agricultáveis, alterações em atividades
econômicas e usos tradicionais da terra, efeitos sociais por migração, perda de
vegetação e da fauna terrestres, alterações climáticas, interferência na migração dos
peixes, alterações na fauna do rio, perdas de heranças históricas e culturais e perda
da biodiversidade, terrestre e aquática.
Todavia os impactos também podem ser positivos, ou seja, gerar benefícios
sociais, como a produção de energia elétrica ou hidroeletricidade, retenção de água
regionalmente, aumento do potencial de água potável e de recursos hídricos
reservados, criação de possibilidades de recreação e turismo, aumento do potencial
de irrigação, aumento e melhoria da navegação e transporte, aumento do potencial
da produção de biomassa (cultivo e pesca extrativa de organismos aquáticos),
3
regulação do fluxo e inundações e aumento das possibilidades de trabalho
especializado para a população local.
Neste contexto, da utilização das águas continentais, especificamente de
reservatórios para a produção de organismos aquáticos, fundamenta-se o estudo
desta dissertação, ou seja, da utilização do potencial hídrico do reservatório da
hidrelétrica de Itaipu para a produção de organismos aquáticos, especificamente
através da aqüicultura, pela possibilidade de se otimizar recursos, elevar a oferta de
pescado, gerar renda para a população lindeira (que vive às margens do
reservatório de Itaipu), a qual poderá ter sua qualidade de vida melhorada.
Entende-se como produção aqüícola ou atividade aqüícola, a criação de
organismos vivos em um ambiente controlado.
A aqüicultura, está em franco desenvolvimento no mundo, mas no Brasil
ainda apresenta grande dependência da produção de pequenas e médias
propriedades, principalmente nas regiões sul e sudeste.
A atividade caracteriza-se como atividade agroindustrial, embora ainda seja
considerada por muitos como um segmento do setor pesqueiro.
A aqüicultura é praticada em todos os estados da federação diferenciando-se
em relação às espécies e volumes produzidos. A criação de organismos vivos
(aqüicultura) é dividida basicamente em criações de peixes (piscicultura), camarões
(carcinocultura), rãs (ranicultura) e moluscos - ostras e mexilhões (malacocultura). O
cultivo de outros organismos aquáticos, como o de algas, ocorre em menor escala.
A produção piscícola ocorre basicamente em quatro (4) modalidades, que são
a pesca extrativa marinha (pesca realizada em água salgada), a pesca extrativa
continental (pesca realizada em água doce), a aqüicultura marinha (aqüicultura
realizada em água salgada ou salobra) e a aqüicultura continental (aqüicultura
realizada em água doce).
Para a FAO (2004), a produção de organismos aquáticos é de fundamental
importância para fornecimento de proteína de origem animal (segurança alimentar) e
geração de emprego e renda.
Assim a análise da atividade aqüícola dentro do agronegócio tem
apresentado um interesse crescente e assim deve continuar nas próximas décadas,
tendo em vista a estagnação na oferta de pescado oriundo da captura e do
crescente aumento na demanda por alimento com o incremento da população
mundial. O crescimento do consumo de pescados e o avanço da aqüicultura
4
demandam informações para tomada de decisão sobre a viabilidade econômica dos
empreendimentos nesta área, principalmente no que se refere a espécies nativas.
1.1 Problema de pesquisa
Há viabilidade econômica na produção piscícola de espécies nativas no
reservatório da hidroelétrica da ITAIPU-BINACIONAL através do sistema intensivo
em tanques-rede para a população ribeirinha na região?
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
Analisar a viabilidade econômica da produção piscícola em tanques-rede ou
gaiolas, no reservatório da Hidrelétrica Binacional de Itaipu para pequenos
produtores (pescadores-aqüicultores).
1.2.2 Objetivos específicos
Analisar os aspectos da economicidade e viabilidade econômico-financeira,
gerando informações para tomada de decisão na produção de peixes nativos pelo
sistema de produção em tanques-redes ou gaiolas para pequenos produtores, sob
os seguintes aspectos fundamentais:
Calcular os custos de produção;
Estimar Receitas;
Calcular Retorno do Investimento através dos Métodos Quantitativos -
Determinísticos;
Analisar a Sensibilidade e Risco do Investimento.
1.3 Justificativa
O reservatório da hidroelétrica de Itaipu, a maior em geração de energia no
mundo, é um empreendimento binacional desenvolvido pelo Brasil e pelo Paraguai
5
no rio Paraná, na região oeste do estado do Paraná. Este projeto foi iniciado depois
de firmados os acordos diplomáticos da década de 60 entre Brasil e Paraguai.
Em 1970, o consórcio formado pelas empresas IECO (dos Estados Unidos da
América) e ELC (da Itália) venceu a concorrência internacional para a realização dos
estudos de viabilidade e para a elaboração do projeto da obra.
O início do trabalho se deu em fevereiro de 1971. Em 26 de abril de 1973,
Brasil e Paraguai assinaram o Tratado de Itaipu, instrumento legal para o
aproveitamento hidrelétrico do Rio Paraná pelos dois países. Em maio de 1974, foi
criada a entidade binacional Itaipu, para gerenciar a construção da usina. O início
efetivo das obras ocorreu no ano de 1975.
A potência instalada da Usina é de 13.300 MW (megawatts), com 19 unidades
geradoras de 700 MW cada. A produção recorde de geração de energia ocorreu no
ano de 2000 - 93,4 bilhões de quilowatts-hora (KWh) produzidos deste o início de
seu funcionamento - sendo responsável pelo suprimento de 95% da energia elétrica
consumida no Paraguai e 24% de toda a demanda do mercado brasileiro (ITAIPU
BINACIONAL, 2007).
No processo de construção das barragens e enchimento do reservatório de
Itaipu vários municípios perderam parte de suas áreas territoriais. Estes municípios
são denominados de Municípios Lindeiros, ou seja, municípios limítrofes das regiões
lindeiras as áreas que foram atingidas pelo reservatório de Itaipu e que estão as
margens do Rio Paraná.
Uma das formas que a União definiu para compensar estes municípios, que
em 1982 perderam parte de suas áreas com a formação do reservatório da Usina
Hidrelétrica de Itaipu, foi o pagamento de royalties como forma indenizatória e
compensatória financeira pela área perdida com o alagamento.
Estas áreas alagadas sofreram um impacto negativo (custo social), pois
empregavam mão-de-obra e geravam renda para os municípios, quer seja através
da comercialização dos produtos e geração de ICMS, quer seja através do maior
numero de pessoas trabalhando no campo, ou do turismo.
A construção da barragem e posterior alagamento provocou processos
migratórios (deslocamento da população e perda de áreas produtivas), devido à
extensão do reservatório (com aproximadamente 1.350 quilômetros quadrados e um
volume de água represada de aproximadamente 29 bilhões de metros cúbicos),
desapropriando algo em torno de 1.137,76 alqueires (2.753,38 hectares), que eram
6
utilizados na sua maior parte para produção agropecuária, atingindo quinze (15)
municípios da região Oeste do Paraná e um (1) da região Centro-Oeste.
No período em que ocorreu a desapropriação das áreas os municípios
afetados foram Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu,
Missal, Medianeira, Santa Helena, Matelândia, Marechal Cândido Rondon, Terra
Roxa, Guaíra e Mundo Novo (no estado de Mato Grosso do Sul).
Após o processo de expropriação, ocorreram emancipações políticas e foram
criados municípios que também passaram a receber royalties, os quais são
Itaipulândia, São José das Palmeiras, Diamante do Oeste, Entre Rios do Oeste e
Pato Bragado.
Além da transferência direta de recursos como forma de compensação dos
municípios lindeiros, outra forma de buscar um desenvolvimento sustentável para a
região do reservatório formado pela hidrelétrica de Itaipu é o aproveitamento do
potencial de produção aqüícola ou de biomassa (cultivo e pesca de organismos
aquáticos).
O potencial de produção aqüícola para a região, principalmente para as
populações que apresentam maior risco social, está sendo projetado através de
sistemas alternativos de produção aqüícola, especialmente a produção piscícola em
tanques-rede ou gaiolas, o qual pode ser definido como um segmento da cadeia
produtiva dentro do Sistema Agroindustrial ou Agroalimentar.
Neste sentido o programa sócio-ambiental desenvolvido pela Itaipu
denominado “Cultivando Água Boa”, dentro de um de seus subprogramas
referenciado “Produção de peixes em nossas águas”, dedicado à aqüicultura e
pesca, objetivando o cultivo de peixes em sistema de tanques-rede ou gaiolas
(JORNAL CULTIVANDO ÁGUA BOA - ITAIPU BINACIONAL, 2007, p. 24), como
alternativa para o aproveitamento de corpos d’água onde a piscicultura tradicional
(piscicultura em tanques-escavados no solo) é inviável devido a dificuldades no
manejo, e também como a atividade de piscicultura em tanques-rede na região do
reservatório de Itaipu existe de forma muito acanhada em comparação com o
potencial disponível, a qual atualmente, é basicamente composta por alguns
tanques-redes instalados no reservatório e cerca de 400 pequenos produtores
atuando na bacia do Paraná 3, no lado brasileiro. Estudos para avaliar o potencial
produtivo de diferentes espécies de peixes nativos, assim como a viabilidade
econômica e o risco, são fundamentais. Os pescadores que atuam no reservatório
7
num total aproximado de 800, além dos povos indígenas, o fazem atualmente de
maneira precária e em situação de elevada vulnerabilidade econômica e social
(BOSCOLO e FEIDEN, 2005).
1.4 Estrutura da dissertação
O presente trabalho foi estruturado em 5 capítulos. Afora esta introdução,
concernente a primeira parte, a qual buscou introduzir ao tema de estudo, assim
como o problema, os objetivos e a justificativa. O segundo capítulo apresentou os
aspectos da economia e do sistema agroindustrial da pesca.
No terceiro capítulo foi apresentado todo referencial teórico e metodológico, o
qual foi realizada por meio de uma revisão bibliográfica, descrição das etapas da
pesquisa, do modelo e forma de modelagem para solucionar o problema de
pesquisa, o local do estudo, assim como o corte temporal, o modelo de estruturação
de custo, os indicadores econômico-financeiros de avaliação e por último o modelo e
software de análise de risco e retorno de investimentos, fornecendo assim todo o
embasamento necessário ao referido estudo.
No quarto capítulo realizou-se a discussão e apresentação dos resultados do
trabalho. E no quinto capítulo, a fim de sumariar a pesquisa, foram apresentadas as
conclusões e considerações finais.
2 ASPECTOS DA ECONOMIA E DO SISTEMA AGROINDUSTRIAL
DA PESCA
Este capítulo apresenta o estado mundial da pesca em termos de produção e
economia, a mesma análise do estado mundial foi estabelecida para a economia na
América Latina e Caribe, assim para o Brasil e o Paraná.
Através da revisão de literatura, destacou-se o estado da arte da atividade da
pesca, assim como a produção. Ênfase foi dada ao surgimento da aqüicultura como
atividade potencialmente viável dentro da economia da pesca.
Posteriormente foi caracterizado o Sistema Agroindustrial da Pesca (SAI da
Pesca), o sistema de produção em tanques-rede, os fatores influenciadores no
desempenho das espécies assim como as características das espécies estudadas.
Em seguida foram apresentados os conceitos e definições sobre engenharia
econômica, métodos de análise de investimento e estrutura e sistemas de custos
para as atividades agropecuárias. E por último foram apresentados estudos
acadêmicos e técnicos relevantes, relacionados à análise de custo, análise de
investimento e risco desta atividade para diferentes espécies.
2.1 A economia mundial da pesca: evidencias da crise da pesca e emergência
econômica da aqüicultura
O desenvolvimento da atividade pesqueira, para fazer frente à elevação
constante da demanda mundial, engendrou uma série de políticas que incentivaram
a ampliação da produção pesqueira mundial.
Esta elevação da demanda gerou políticas de incentivo e modelos de
desenvolvimento da atividade da pesca extrativa, que não pesaram, tampouco se
preocuparam com os estoques pesqueiros, levando estes para próximo do limite ou
capacidade máxima de explotação (exploração) sustentável.
A pesca extrativa mundial está a algum tempo em crise devido à sobre-
explotação, gerada pelos esforços de pesca, além da capacidade de suporte
(capacidade de atender às demandas) dos estoques pesqueiros.
Diversos estudos e documentos apontam a crise atual que atravessa o setor
de pesca extrativa, face às escolhas econômicas e ambientalmente insustentáveis
9
implementadas pelas políticas pesqueiras de diversos países (ABDALLAH, 1998;
MARRUL FILHO, 2001; SONODA 2002; FAO, 2004; IBAMA, 2006).
Por outro lado, o aumento da produção mundial de organismos aquáticos tem
sido possível em função do crescimento em nível mundial da aqüicultura
destacando-se a piscicultura continental em diferentes modelos de sistemas de
produção, a qual tem se mostrado como a melhor alternativa de ampliação da
produção de forma sustentável.
A pesca extrativa ou de captura e a aqüicultura, atividades pesqueiras, são
consideradas pela Organização das Nações Unidas (ONU) como atividades
estratégicas para a segurança alimentar sustentável do planeta, pois são capazes
de fornecer alimento protéico de alta qualidade e gerar emprego tanto em países
desenvolvidos quanto países em desenvolvimento (ARANA, 1999).
Estas atividades são potencialmente propícias para os países com uma costa
marítima expressiva ou com abundantes recursos hídricos continentais para a
atividade, como é o caso do Brasil, e também para aqueles países que tem na
atividade pesqueira um forte componente das exportações e da sua base alimentar,
como por exemplo o Japão, China, Chile, dentre outros.
O volume de produção mundial da pesca de captura e da aqüicultura em 2002
chegou, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e
Agricultura (FAO - Found and Agricultural Organization, 2004), ao redor de 133
milhões de toneladas, sendo que deste total, aproximadamente 101 milhões de
toneladas se destinou ao consumo alimentar.
Segundo ainda dados da FAO (2004), a produção de pescado mundial
proveniente da pesca e aqüicultura alimentou cerca 2,6 bilhões de pessoas,
provisionando um valor próximo de 20% das necessidades totais de proteína animal,
demonstrando o seu potencial para a segurança alimentar do planeta, ficando atrás
da produção de carnes bovinas, suínas e de aves
1
. Conforme menciona a FAO
(2004):
La producción mundial de la pesca de captura y la acuicultura suministró
alrededor de 101 millones de toneladas de pescado para el consumo
humano en 2002, lo que equivale a un suministro per cápita aparente de
16,2 kg (equivalente de peso en vivo), cuyo crecimiento desde 2000 se
debió a la acuicultura [...]. Si no se tiene en cuenta la producción de China,
1
Dados relativos à evolução da produção mundial da pesca e da aqüicultura, assim como do
crescimento populacional e consumo per capita encontram-se nas Tabelas nos anexos.
10
el suministro total de pescado para consumo humano ha ido creciendo más
lentamente que la población mundial; como consecuencia de ello, el
suministro medio de pescado per cápita, excluido el de China, disminuyó de
14,6 kg en 1987 a 13,2 kg en 1992 y se ha mantenido estable desde
entonces [...]. Con todo, el pescado suministró a más de 2600 millones de
personas de todo el mundo al menos un 20 por ciento del aporte de
proteínas animales per cápita. La proporción de las proteínas de pescado
en el suministro total de proteínas animales en el mundo llegó a aumentar
del 14,9 por ciento en 1992 al nivel máximo del 16,0 por ciento en 1996 y se
mantuvo cerca del mismo (15,9 por ciento) en 2001.
Dessa forma fica evidente a importância da produção da pesca, e
principalmente da aqüicultura, para a segurança alimentar e geração de emprego e
renda em nível mundial na atualidade.
Em boletim recente, a FAO (2006) reitera a importância da aqüicultura como
atividade econômica:
At present, the aquaculture sector contributes a little over 40 million tonnes
(excluding aquatic plants) to the world aquatic food production. According to
recent FAO predictions, in order to maintain the current level of per capita
consumption at the minimum, global aquaculture production should reach 80
million tonnes by 2050. Aquaculture has great potential to meet this
increasing demand for aquatic food in most regions of the world. However, in
order to achieve this, the sector (and aqua-farmers) will face significant
challenges.
Entrementes, o aumento do interesse econômico pela atividade pesqueira
tem elevado os esforços de pesca em nível mundial, explotando os recursos naturais
aquáticos das mais variadas espécies, através da utilização crescente de recursos
tecnológicos, levando muitas espécies a pontos próximos da exaustão (ABDALLAH,
1998; MARRUL FILHO, 2001; SONODA 2002; FAO, 2004; IBAMA, 2006).
Este excessivo esforço de pesca decorrente do entendimento de que os
recursos pesqueiros são recursos renováveis e também devido à condição de bem
de livre acesso e de domínio público (exceto os de propriedades privadas) gerou
modelos de pesca os quais distorceram o conceito de desenvolvimento sustentável
da atividade, pois conforme pondera Rossetti (1998, p. 93), a respeito da
exploração dos recursos naturais:
...devido às ameaças de extinção de espécies, os modelos de
aproveitamento sustentável têm adquirido crescente importância como, por
exemplo, a capacidade humana de conciliar o desenvolvimento
socioeconômico e a preservação do ecossistema que se transformam sobre
a pressão do processo produtivo capitalista.
11
Esta externalidade econômica negativa, na iminência antrópica, de destruição
de algumas espécies pela exaustão, tem gerado uma crise de sustentabilidade na
atividade pesqueira em nível mundial.
Assim, a atividade pesqueira tem se mostrado frágil atualmente, devido ao
excessivo esforço de pesca, sofrido pelos estoques marinhos (ARANA, 1999).
Segundo ainda este mesmo autor, das 17 maiores regiões de pesca do
mundo, nove delas apresentam-se em franco declínio e quatro complemente
esgotadas. Estes números corresponderiam a aproximadamente 70% dos estoques
pesqueiros de importância mundial, apresentando claramente a estagnação no ritmo
de crescimento da pesca extrativa marinha e do baixo volume de crescimento da
pesca extrativa continental. Essa situação de produção demonstra claramente o que
tem ocorrido em nível mundial devido aos esforços de pesca na explotação dos
recursos naturais aquáticos das mais variadas espécies.
Na maioria dos países o rápido crescimento da aqüicultura tem beneficiado,
principalmente, os aspectos sociais e econômicos das regiões e localidades onde os
projetos aqüícolas têm sido implantados, em grande parte graças à aqüicultura
comercial.
Este fenômeno é apresentado nas Tabelas 28 a 31 (nos anexos), onde
percebe-se as evidências da crise mundial pela evolução da pesca extrativa
marinha, a qual passou de 79,03 milhões de toneladas em 1990 para 81,30 milhões
de toneladas em 2003, um crescimento de apenas 2,87%. A aqüicultura marinha
passou no mesmo período de 4,22 milhões de toneladas para 16,70 milhões de
toneladas, um crescimento de 235,73% (FAO, 2004).
A pesca extrativa continental passou de 6,53 milhões de toneladas em 1990
para 9,00 milhões de toneladas em 2003, um crescimento de 37,83 %. Já a
aqüicultura continental passou no mesmo período de 8,18 milhões de toneladas para
25,20 milhões de toneladas, um crescimento de 208,7 %.
No entanto, as estatísticas da FAO, divulgada em 2004, fazem uma distinção
da produção mundial incluindo e excluindo a China (nas Tabelas anexas 28 e 29 os
valores incluíram a China, já as Tabelas 30 e 31 excluem a China dos valores
mundiais da produção). Isto ocorre porque a China segue sendo o maior produtor
mundial e sua produção pesqueira declarada alcançou em 2002 a quantidade de
44,3 milhões de toneladas (133 milhões de toneladas considerando a produção
12
mundial e 88,70 milhões de toneladas sem a China) sendo 16,6 milhões de
toneladas a pesca de captura ou extrativa e 27,7 milhões de toneladas a aqüicultura.
Esta distinção ocorre porque, amiúde, as estatísticas chinesas apresentam
um peso absoluto e relativo elevado em relação aos números mundiais, a FAO tem
indicações de que as estatísticas da produção chinesas estão superestimadas.
Excluindo a China o crescimento da produção da pesca extrativa foi negativo
(-7,31%) e a aqüicultura apresentou crescimento menor (se comparado quando
incluindo a China), porém significativo, da ordem de 44,44%. O consumo per capita
praticamente não apresentou alteração (0,46%). Estes números, mesmo excluindo
a China, demonstram claramente uma crise na pesca em nível mundial, além de
demonstrar o crescimento, a importância e o potencial da aqüicultura mundial.
2.2 A economia mundial da pesca: aspectos financeiros da produção
Segundo dados da FAO (2004), em 2002, o valor do comércio mundial dos
peixes e produtos pesqueiros alcançou os valores de 58,2 bilhões de dólares (valor
de exportação), 5% a mais que em 2000 e 45% a mais que em 1992. O volume das
exportações mundiais alcançaram 50 milhões de toneladas em 2002, o que
representou um crescimento de 40,7% em relação a 1992.
É importante destacar que o volume do peixe comercializado tem se mantido
praticamente constante nos últimos anos, depois de décadas de grande crescimento
– fato já abordado nos subcapítulos anteriores.
Em 2002, a China foi a maior exportadora mundial de peixes e produtos
pesqueiros (somando a exportação de peixe com a farinha de peixe e óleo de
peixe), com um valor de 4,5 bilhões de dólares, superando a Tailândia, maior
produtora mundial, pela primeira vez, como grande exportador mundial.
Neste cenário de comércio mundial a aqüicultura está se concretizando como
uma alternativa econômica à pesca extrativa, e segundo a FAO (2004), tem crescido
de forma acelerada. Um dos fatores deste crescimento é a estagnação da pesca
extrativa, gerado pela crise de sustentabilidade no setor, reduzindo a oferta de várias
espécies, aumentando os custos de produção e conseqüentemente elevando o
preço final de comercialização. Outro fator importante é o aumento da percepção e
busca da população por uma melhor qualidade de vida, através de uma alimentação
13
mais saudável, como no caso do consumo das carnes brancas em detrimento das
vermelhas.
Os organismos aquáticos, segundo Paiva (1986), quando passam a ter
interesse econômico tornam-se recursos pesqueiros e são explotados de diversas
formas, uma delas é através do cultivo, ou aqüicultura, a qual conceitualmente,
segundo Paiva (1986), Abdallah (1998), Richter (2000), Borghetti et al. (2003), FAO
(2004), podem ser classificados pelo cultivo realizado:
a) Peixes (Piscicultura);
b) Crustáceos (Maricultura, Carcinocultura, etc.);
c) Moluscos (Malacocultura);
d) Quelônios;
e) Mamíferos e Animais Aquáticos; e
f) Plantas Aquáticas.
Em termos econômicos, segundo dados da FAO (2004), o desempenho da
aqüicultura tem apresentado volumes e taxas de crescimento significativos,
conforme será apresentado nos subcapítulos seguintes, contribuindo assim para o
crescimento nominal dos estoques mundiais (FAO, 2004).
Dentre os grupos mais cultivados na aqüicultura, os peixes, são o terceiro
grupo em termos de evolução percentual da produção. No entanto, este é o grupo
mais significativo com relação à produção e receita gerada. O destaque da
piscicultura fundamenta-se na questão de volume da oferta de proteína para o
atendimento ao crescimento da população e conseqüentemente da demanda. Já a
receita financeira elevada dos crustáceos em relação à produção, ocorre devido à
raridade (pouca oferta), com uma demanda forte (acima da oferta), carnes nobres
muito apreciadas e que atendem a mercados de países ricos principalmente (Europa
e EUA) gerando uma receita elevada (FAO, 2004).
No próximo capítulo apresenta-se a economia da pesca para a América
Latina e Caribe, delimitando assim a apresentação da economia da pesca.
14
2.3 A economia da pesca na América Latina e Caribe
Conforme enfatizado nos capítulos anteriores, com o crescimento da
população mundial, ocasionando uma elevação da demanda por organismos
biológicos de origem aquática, a produção pesqueira de captura e artesanal está se
estabilizando na maioria das grandes áreas mundiais, porque estas alcançaram seu
potencial máximo. Por conseguinte, desponta a aqüicultura como atividade capaz
de contribuir de forma consistente e significativa para o fornecimento à demanda de
alimentos protéicos de origem animal.
Este aumento significativo da atividade aqüícola que tem ocorrido
mundialmente, também ocorre na América Latina e Caribe, em decorrência do
aumento demográfico e econômico da região.
Antes de demonstrar as informações referentes à aqüicultura da região, faz-
se mister apresentar o panorama da economia e demografia da região, de forma a
caracterizar a importância da atividade para esta região.
Segundo dados da CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e
Caribe, 2004), em 2003, a população total da América Latina e Caribe estava ao
redor de 542,26 milhões de habitantes, composto por 49,5% de homens e 50,5% de
mulheres, ocupando uma extensão territorial de aproximadamente 20,38 milhões de
km
2
(Pearson Education, 2005 apud FAO, 2005), apresentando assim uma taxa
média de ocupação de aproximadamente 26,60 habitantes/km
2
.
Em 2005 a FAO promoveu um encontro de especialistas de 22 países
(Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, EI
Salvador, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá,
Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela), países com certo
nível de produção aqüícola, com o objetivo de apresentar e apreciar as
características e estrutura do setor aqüícola destes países.
Os aspectos relevantes deste encontro foram às informações econômicas
acerca do Produto Interno Bruto (PIB) destes países para o ano de 2003, algo em
torno de 2,018 trilhões de dólares para uma população de aproximadamente 526,22
milhões de habitantes, com uma taxa média de crescimento para a região de 3,23%.
Outro aspecto relevante foi referente ao PIB do setor Agropecuário a preços
de mercado (Valor Bruto da Produção – VBP) destes países, algo em torno de
162,517 bilhões de dólares, o que correspondeu a uma média de 8% em relação ao
15
PIB da região e de 15,16% em relação à média dos PIB Agrícolas dos países
avaliados.
Por conseguinte, a participação do PIB da pesca (pesca extrativa, artesanal e
aqüicultura) em relação ao PIB destes países, foi algo em torno de 2,95%, o que
demonstra, com raras exceções como o Chile, por exemplo, uma baixa participação
do setor no produto interno destes países.
Desagregando o PIB Agrícola, em valores brutos da produção, para os quatro
principais produtos de origem animal, dos países participantes deste encontro, tem-
se uma importante apresentação da importância e participação do PIB da
aqüicultura em comparação aos valores da produção de outras fontes protéicas de
origem animal, como pode ser visto na Tabela 1.
Tabela 1 - Comparação entre os valores das principais fontes de proteína
animal no ano de 2003 em US$ (x 1.000)
País Aves Bovinos Suínos Aqüícola
Argentina 1.135.355,00 5.790.600,00 218.706,00 8.163,00
Belize 15.752,00 3.668,00 1.111,00 33.539,00
Bolívia 163.216,00 347.828,00 105.467,00 672,00
Brasil 9.279.434,00 15.559.050,00 3.097.657,00 830.341,00
Colômbia 127.004,00 1.406.012,00 111.421,00 268.726,00
Costa Rica 83.962,00 140.767,00 36.877,00 35.598,00
Cuba 40.766,00 116.131,00 99.795,00 51.974,00
Chile 464.815,00 394.152,00 390.883,00 1.754.905,00
Equador 240.276,00 481.429,00 148.606,00 350.474,00
EI Salvador 82.816,00 56.609,00 8.764,00 1.251,00
Guatemala 171.464,00 130.107,00 26.304,00 20.472,00
Guiana 11.988,00 3.619,00 506,00 1.198,00
Honduras 92.296,00 112.698,00 9.601,00 89.500,00
Jamaica 94.854,00 29.990,00 5.772,00 13.579,00
México 2.530.190,00 3.052.781,00 1.048.093,00 347.754,00
Nicarágua 65.988,00 210.719,00 8.415,00 26.946,00
Panamá 10.262,00 114.432,00 18.392,00 8.321,00
Paraguai 65.982,00 448.442,00 157.952,00 234,00
Peru 74.277,00 300.182,00 86.050,00 49.397,00
Rep. Dominicana 216.113,00 148.211,00 65.836,00 8.730,00
Uruguai 63.342,00 877.553,00 10.374,00 156,00
Venezuela 746.509,00 894.838,00 123.037,00 50.627,00
Total 15.776.661,00 30.619.818,00 5.779.619,00 3.952.557,00
Fonte: FAO, 2006.
16
Percebe-se pelos dados da tabela que com raras exceções (Chile, Cuba,
Belize e Equador) que a participação da aqüicultura na formação do valor da
produção ainda é incipiente em relação ao potencial de produção.
Isto se deve devido a baixa utilização da superfície de produção na América
Latina, a qual, segundo a FAO (2006), é de aproximadamente 344.496,33 ha
(aproximadamente porque a maioria dos países não possui informações fidedignas
das áreas disponíveis e possíveis para a aqüicultura), o que representa a utilização
do potencial de uso, de algo em torno de 0,0017% da superfície total da região.
Esta situação pode ser visualizada no Tabela 2, onde é apresentada a superfície
dedicada à aqüicultura.
Tabela 2 - Superfície dedicada à aqüicultura
País Superficie país (km
2
) Área aquícola (ha)
Argentina
2.766.890,00 432,80
Belize 22.966,00 2.849,39
Bolívia 1.098.580,00 n/d
Brasil 8.511.965,00 19.028,00
Chile 756.950,00 19.600,00
Colombia 1.138.910,00 4.756,00
Costa Rica 51.100,00 1.931,75
Cuba 110.860,00 133.104,00
Equador 283.560,00 102.000,00
EI Salvador 21.040,00 746,00/9.056,00*
Guatemala 108.890,00 1.247,7/2.778,00*
Guiana 214.970,00 1.149,00
Honduras 112.090,00 18.596,50
Jamaica 10.991,00 n/d
México 1.972.550,00 n/d
Nicarágua 129.494,00 9.708,90
Panamá 75.517,00 9.508,29
Paraguai 406.750,00 949,70
Peru 1.285.220,00 9.685,10
Rep. Dominicana 48.730,00 n/d
Uruguai 176.220,00 7,20
Venezuela
912.050,00 8.530,00
* (ha/m
3
)
Fonte: FAO, 2006.
17
Outro fator relevante pela baixa utilização dos corpos d’águas disponíveis
para aqüicultura, se encontra principalmente na demanda de organismos aquáticos.
O consumo de peixes na região varia muito de um país para outro, inclusive da zona
urbana e da rural, no entanto na média ainda é muito baixo.
Segundo a FAO (2004) o consumo recomendado per capita de peixe deveria
ser algo em torno de 12 kg/pessoa/ano. Nos 22 países citados doze (12) deles, o
que representa 54,54%, apresentam um consumo inferior a 12 kg/pessoa/ano,
conforme apresentado na Tabela 3.
Tabela 3 - Consumo per capita de proteína animal por modalidade
País
Consumo de
Peixes
Consumo de
Bovino
Consumo de
Aves
Consumo de
Suínos
Argentina
6,4 58 n/d
20
Belize
13,2 n/d n/d n/d
Bolívia
1,12 n/d n/d n/d
Brasil
6,8 37,1 31,2 12,6
Chile
7,5 25,1 28,8 19,9
Colombia
57,8 n/d n/d n/d
Costa Rica
6 24 15 8,4
Cuba
12 n/d n/d n/d
Equador
n/d n/d n/d n/d
EI Salvador
1,8 7,75 n/d n/d
Guatemala
2 12,9 n/d n/d
Guiana
58,7 n/d n/d n/d
Honduras
n/d n/d n/d n/d
Jamaica
n/d n/d n/d n/d
México
11,53 n/d n/d n/d
Nicarágua
2,72 5,9 12,7 n/d
Panamá
15,3 16,5 20,1 2,9
Paraguai
5,1 28,5 9,7 4,6
Peru
17 5,36 22,4 n/d
Rep. Dominicana
n/d n/d n/d n/d
Uruguai
9,5 43 n/d n/d
Venezuela
14 45 n/d n/d
Fonte: FAO, 2006.
Um fator que tem grande influência no consumo de peixes, tem a ver com os
preços praticados e a disponibilidade de produtos a base de peixes em relação a
outros tipos de carne.
18
Esta diferença acentuada entre o consumo de peixe e de outros tipos de
carnes, se explica, basicamente, pela forte estrutura existente em muitos países em
relação ao nível de produção agropecuária, processamento, beneficiamento e
distribuição, onde a capacidade produtiva instalada, o nível tecnológico em toda
cadeia produtiva, mercado interno e externo estão mais desenvolvidos que o da
pesca, possibilitando preços competitivos e acessíveis a grande parcela da
população para estes tipos de carne.
A produção da aqüicultura na região, segundo dados da FAO (2006), em sua
publicação intitulada: Síntesis regional del desarollo de la acuicultura, no ano de
2003 representou algo em torno de 1,25 milhões de toneladas com valor da
produção a preços correntes ao redor de US$ 4,60 bilhões de dólares, conforme
demonstrado na Figura 1 (Produção toneladas x 1.000).
Fonte: FAO, 2006.
Figura 1 - Produção da aqüicultura por país na América Latina no ano de 2003
O Brasil e o Chile despontam neste cenário contribuindo com mais de
800.000 toneladas.
As principais espécies cultivadas na região são os salmonídeos (salmões e
trutas), camarões marinhos e tilápias.
19
No caso das espécies nativas ou endêmicas se destacam o Tambaqui
(Colossoma macropomum) e o Pacu
2
(Piaractus mesopotamicus). No entanto,
outras espécies cultivadas se destacam, sendo as principais: Carpas, Caracídeos
3
,
moluscos e macroalgas. Em um período de uma década ocorreu uma aumento
significativo na produção destas espécies (Figura 2 - Produção toneladas x 1.000).
Fonte: FAO, 2006.
Figura 2 - Produção comparativa das principais espécies produzidas de 1993 a
2003
2.4 A economia da pesca no Brasil
Um dos principais problemas de se analisar a atividade da pesca no Brasil
está relacionada às estatísticas das atividades deste setor. Este problema, segundo
informações do IBAMA (2004), ocorreu devido ao fato da divulgação oficial dos
dados estatísticos no Brasil ser atribuição legal do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Este órgão até 1989 publicava a Estatística da Pesca com os
dados da produção pesqueira nacional, por espécie e modalidade de pesca, para
todos os Estados da Federação.
2
NOME VULGAR - Pacu; FAMÍLIA - Characidae.
3
Caracídeos: família de peixes a qual pertence o pacu.
20
No entanto, partir de 1990, o processo de divulgação desses dados foi
interrompido, em decorrência de problemas financeiros e operacionais daquele
Instituto. Tal fato resultou em profunda lacuna de informações oficiais sobre a pesca,
comprometendo todo o processo de tomada de decisões relativas ao ordenamento,
conservação e desenvolvimento do processo de gestão da pesca.
A estimativa da produção pesqueira nacional para o período de 1990 a 1994
foi elaborada pelo IBAMA, utilizando como metodologia apenas o cálculo das
médias aritméticas dos desembarques de pescado obtidos de dados pretéritos da
produção apresentados pelo IBGE no período de 1986 a 1989, aos quais foram
agregadas às produções das principais espécies de pescado acompanhadas pelos
Grupos Permanentes de Estudo do IBAMA.
A partir de 1995 o IBAMA ficou responsável pela promoção e aprimoramento
do sistema de consolidação da estatística pesqueira nacional, editando estatísticas
desde então.
Historicamente o governo direta ou indiretamente sempre interveio nas
atividades ou setores produtivos com objetivos específicos. No setor pesqueiro, a
intervenção governamental variou em grau e intensidade, entrementes na maioria
das vezes ocorreu na forma de incentivos financeiros ou benefícios fiscais, quase
que exclusivamente destinados à pesca extrativa, ficando em segundo plano a
aqüicultura.
Especificamente na atividade pesqueira o primeiro grande incentivo ocorreu
com a criação da Superintendência do Desenvolvimento da Pesca (SUDEPE),
Autarquia federal, com sede no Rio de Janeiro e subordinada ao Ministério da
Agricultura, criada em outubro de 1962.
No entanto, de acordo com Neiva (1990) o grande incentivo à atividade
pesqueira, dentro do modelo desenvolvimentista brasileiro da década de 60, foi
promulgação do Decreto Lei n.º 221 (21/02/67) o qual determinava à concessão de
incentivos fiscais como forma de desenvolver e fortalecer o setor pesqueiro.
Durante os anos de 1963 a 1988, as atividades pesqueiras foram
coordenadas pela Superintendência para o Desenvolvimento da Pesca (SUDEPE),
através da Lei Delegada nº 10. Essa autarquia ligada ao Ministério da Agricultura
surgiu num contexto de proteção e desenvolvimento dos recursos naturais
renováveis (ABDALLAH, 1998).
21
A SUDEPE tinha como atribuições desempenhar de forma eficiente as
seguintes atividades:
1) elaborar o Plano Nacional de Desenvolvimento da Pesca e promover sua
execução;
2) prestar assistência técnica e financeira aos empreendimentos de pesca;
3) realizar estudos para o aperfeiçoamento da legislação referente à pesca
ou aos recursos pesqueiros;
4) aplicar o Código de Pesca e a legislação das atividades ligadas à pesca
ou aos recursos pesqueiros;
5) pronunciar-se sobre pedidos de financiamentos destinados à pesca;
6) coordenar programas de assistência técnica; e
7) assistir os pescadores na solução de seus problemas econômico-sociais.
A política de incentivos a atividade pesqueira foi ampliada por diversos
períodos e perdurou até 1989, ano de extinção da SUDEPE. Neste interregno,
desenvolveu-se um parque industrial e de processamento de pescado, permitindo a
ocupação de novas áreas de captura, possibilitando inclusive excedentes para
exportações.
Apesar das políticas implementadas, os resultados de longo-prazo foram
ineficientes, porque incentivaram um modelo de desenvolvimento que estimulava a
explotação dos recursos pesqueiros acima do nível de sustentabilidade,
ocasionando o esgotamento ou a redução dramática de muitas espécies. Apesar
dos benefícios e volumosos recursos aportados ao fundo setorial para o
desenvolvimento da pesca, o desempenho da SUDEPE nas suas atribuições, não
foi satisfatório, ou seja, não gerou o dinamismo esperado para atividade, além das
denúncias de mau uso e desvio de recursos.
Este conjunto de fatores gerou uma crise no setor pesqueiro culminando em
constantes quedas na produção a partir de 1986. A insatisfação generalizada com
os rumos do setor contribuiu significativamente para a extinção da SUDEPE, em
fevereiro de 1989. As atividades da SUDEPE foram assumidas pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA,
vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia
Legal.
22
Devido aos incentivos e aos esforços da pesca, destacados anteriormente, a
produção brasileira elevou-se de forma significativa a partir da década de 60,
gerando, no caso brasileiro, o mesmo fenômeno da pesca sucedido em nível
mundial, ou seja, da estagnação da produção extrativa e crescimento da produção
aqüícola, com destaque para a piscicultura.
Esta tendência, de estagnação da pesca e crescimento da aqüicultura no
Brasil pode ser observada nas Tabelas 4 e 5, onde a produção máxima de pescado
ocorreu em 1985, quando foram produzidas 971,5 mil toneladas, no entanto a partir
deste ano ocorreram constantes quedas na produção até 1991, onde a quantidade
capturada foi de 671,5 mil toneladas. A partir desta data a produção cresceu de
forma acanhada, apresentando pequena tendência de elevação, porém ocorrendo
em alguns anos retração.
Tabela 4 - Pesca e aqüicultura - Brasil - evolução da produção em toneladas
nos períodos de 1960; 1970; 1980; 1990 a 1997
ANO
Águas
Continentais
Participação
na produção
total (%)
Águas
Marítimas
Participação
na produção
total (%)
Produção
Total
Var. da
Produção
(%)
1960 54.845 19,5 220.566 78,4 281.512 -
1970 103.477 19,7 421.981 80,2 526.292 86,9
1980 186.712 22,7 635.965 77,3 822.677 56,3
1981 197.353 23,7 635.811 76,3 833.164 1,3
1982 206.423 24,8 627.510 75,2 833.933 0,1
1983 205.625 23,3 675.344 76,7 880.969 5,6
1984 211.513 22,1 747.395 77,9 958.508 8,8
1985 211.085 21,7 760.452 78,3 971.537 1,3
1986 207.175 22,0 734.573 78,0 941.712 -3,1
1987 219.669 23,5 715.183 76,5 934.852 -0,7
1988 205.175 24,7 627.987 75,3 830.102 -11,1
1989 219.487 27,5 579.151 72,5 798.638 -3,8
1990 204.877 32,0 435.418 68,0 640.295 -19,8
1991 203.766 30,3 467.744 69,7 671.510 4,9
1992 200.491 29,9 469.842 70,1 670.333 -0,2
1993 204.068 30,2 472.373 69,8 676.441 1,0
1994 203.589 29,0 479.662 68,4 701.251 3,7
1995 233.824 35,8 419.086 64,2 652.910 -6,9
1996 262.509 37,9 430.663 62,1 693.172 6,2
1997 256.366 35,0 475.894 65,0 732.259 5,6
Fonte: IBAMA;FAO;SEAB/DERAL.
23
Em 1997, ocorreu um incremento de 5,6% no total da produção em relação ao
ano anterior, determinado, principalmente, pelo desempenho da pesca extrativa
marítima. Segundo Richter (2000) o aumento do desempenho neste período,
ocorreu devido a algumas espécies, cujo volume de desembarque foi muito
significativo, em especial destacando-se à sardinha e o bonito listrado, cujos
volumes de produção em 1997 cresceram em 17,5% e 30,7%, respectivamente.
Consolidando, devido ao direcionamento de grande parcela de seus desembarques,
a posição de Itajaí, em Santa Catarina, como principal porto pesqueiro do País.
Como destacado anteriormente, a partir de 1995 os dados tornaram-se mais
consistentes para análise, sendo assim foi possível expandir o período de avaliação
e aprofundar a análise até o ano de 2004. Dessa forma pode-se observar na Tabela
5 a evolução da produção pesqueira (pesca extrativa e aqüicultura) brasileira de
forma mais pormenorizada. Evidencia-se que a produção da aqüicultura apresentou
uma elevação expressiva nos últimos anos, colaborando de forma significativa para
a elevação da produção total, elevação da renda dos produtores e também para a
segurança alimentar através do fornecimento de proteína.
Tabela 5 – Consumo per capita de proteína animal por modalidade no Brasil
Produção Marinha (Marítima) em milhões de kg
Produção Continental (Águas Interiores) em milhões
de kg
Captura (Pesca
Extrativa)
Aqüicultura (Cultivo)
Captura (Pesca
Extrativa)
Aqüicultura (Cultivo)
CrescI- CrescI- CrescI- CrescI-
ANO
Prod.
mento
Prod.
mento
Produção
Total
Produção
mento
Prod.
mento
Produção
Total
1994
494,3 - 3,4 -
497,7
203,2
0,4
203,6
1995
413,7 -16,31% 5,4 58,82%
419,1
193 -5,02% 40,8
233,8
1996
422,2 2,05% 8,5 57,41%
430,7
210,3 8,96% 52,2 27,94%
262,5
1997
465,7 10,30% 10,2 20,00%
475,9
178,9 -14,93% 77,5 48,47%
256,4
1998
432,6 -7,11% 15,35 50,48%
447,95
174,19 -2,63% 88,57 14,28%
262,76
1999
418,47 -3,27% 26,51 72,74%
444,98
185,47 6,48% 114,14 28,88%
299,61
2000
467,69 11,76% 38,37 44,74%
506,06
199,16 7,38% 138,16 21,04%
337,32
2001
509,95 9,04% 52,85 37,71%
562,79
220,43 10,68% 156,53 13,30%
376,96
2002
516,17 1,22% 71,11 34,57%
587,28
239,42 8,61% 180,17 15,10%
419,59
2003
484,59 -6,12% 101 42,03%
585,6
227,55 -4,96% 177,13 -1,69%
404,68
2004
500,12 -3,11% 88,97 -11,92%
589,08
246,1 8,15% 180,73 2,04%
426,83
Var. %
20,89% 1.547,54% 27,51% 342,97%
Fonte: IBAMA; FAO; SEAB/DERAL.
Observando ainda a Tabela 5, percebe-se o crescimento da aqüicultura
marinha da ordem de 1.547,54%, apesar da redução de quase 12% entre 2003 e
24
2004. Por outro lado, a pesca extrativa marinha elevou-se apenas 20,89% em 10
anos. Também foi expressivo, em volume de produção, o crescimento da
aqüicultura continental, a qual elevou-se em 342,97%, apesar do período de
acomodação dos últimos anos.
Complementando a Tabela 5, a Tabela 6 apresenta a produção, o comércio
exterior e o consumo aparente de pescado no Brasil no período de 1960
a 2004,
apresentando assim o crescimento da produção aqüícola.
Um aspecto importante foi a elevação da produção brasileira de pescado, que
no ano de 2004 alcançou um volume de 1.015.914,00 de toneladas, com um
acréscimo em relação a 2003 de 2,6%.
Os números demonstram uma participação expressiva da aqüicultura na
produção total que saltou de 7,08% de participação da produção total em 1995 para
uma participação na produção total de 26,55% em 2004, com uma produção de
269.697,50 toneladas.
A balança comercial brasileira de produtos pesqueiros, segundo o IBAMA
(2005), tem apresentado superávit nos últimos anos, destacado-se as espécies
destinadas à exportação. Os Estados Unidos são o principal mercado de destino
para os produtos pesqueiros brasileiros, enquanto que o nosso principal fornecedor
internacional de pescado é a Noruega.
Neste contexto destaca-se a aqüicultura, tanto a continental, quanto a
marítima, como atividade que tem apresentado um crescimento significativo em
relação à pesca extrativa e a outros setores da produção animal.
25
Tabela 6 - Produção, comércio exterior e consumo aparente de pescado no Brasil entre os anos de 1970 a 2004
Total Nacional (em milhões de kg) População Consumo Aparente
Pesca Em
Comércio Exterior em
toneladas
ANO
Extrativa
Aqui-
cultura
Produção
Cresci-
mento
Milhões
Cresci-
mento
Importação Exportação
Total
Per capita
(kg/ano)
Cresci-
mento
1960
275,41 -
70,07
- 1.206 - - 3,93 -
1970
525,46 90,79%
93,14
32,92% 10.134 54.477 481,12 5,17 31,42%
1980
822,68 56,56%
118,56
27,30% 34.462 66.800 790,34 6,67 29,05%
1981
833,16 1,27%
121,38
2,38% 45.110 45.391 832,88 6,86 2,94%
1982
833,93 0,09%
124,25
2,36% 45.843 56.515 823,26 6,63 -3,44%
1983
880,97 5,64%
127,14
2,33% 47.366 41.506 886,83 6,98 5,27%
1984
958,91 8,85%
130,08
2,31% 36.986 31.639 964,26 7,41 6,27%
1985
971,54 1,32%
133,00
2,24% 53.250 36.223 988,56 7,43 0,27%
1986
941,75 -3,07%
135,81
2,12% 42.551 97.817 886,48 6,53 -12,18%
1987
934,85 -0,73%
138,59
2,04% 40.978 105.342 870,49 6,28 -3,77%
1988
833,16 -10,88%
141,31
1,97% 43.571 61.552 815,18 5,77 -8,16%
1989
798,64 -4,14%
144,00
1,90% 44.354 126.426 716,57 4,98 -13,74%
1990
640,30 -19,83%
146,59
1,80% 34.765 214.190 460,87 3,14 -36,82%
1991
671,51 4,88%
149,09
1,71% 45.239 159.228 557,52 3,74 18,94%
1992
670,33 -0,18%
151,55
1,64% 55.237 102.062 623,51 4,11 10,03%
1993
676,44 0,91%
153,99
1,61% 51.639 149.602 578,48 3,76 -8,69%
1994
701,30 3,67%
156,43
1,59% 48.830 163.090 587,04 3,75 -0,11%
1995
606,70 46,20 652,90 -6,90%
158,87
1,56% 37.187 150.711 539,38 3,39 -9,53%
1996
632,50 60,70 693,20 6,17%
161,32
1,54% 24.876
263.957
454,12 2,81 -17,08%
1997
644,60 87,70 732,30 5,64%
163,78
1,52% 29.423
209.089
552,63 3,37 19,87%
1998
606,79 103,91 710,70 -2,95%
166,25
1,51% 29.637
195.702
544,64 3,28 -2,91%
1999
603,94 140,66 744,60 4,77%
168,75
1,50% 36.436
169.111
611,92 3,63 10,69%
2000
666,85 176,53 843,38 13,27%
171,28
1,50% 57.001
194.499
705,88 4,12 13,65%
2001
730,38 209,38 939,76 11,43%
173,82
1,48% 72.124
168.673
843,21 4,85 17,71%
2002
755,58 251,29 1.006,87 7,14%
176,39
1,48% 98.338
148.170
957,04 5,43 11,85%
2003
712,14 278,13 990,27 -1,65%
178,99
1,47% 113.722
152.514
951,48 5,32 -2,02%
2004
746,22 269,70 1.015,91 2,59%
181,59
1,45% 107.017
158.661
964,27 5,31 -0,11%
Var. % de
1995 a 2004
23,00% 483,76% 44,86% 16,08% 56,64%
Fonte: FAO, IBAMA, BNDES, SECEX (Secretaria de Comércio Exterior).
26
Analisando os dados da Tabela 6, pode-se perceber também que o consumo
aparente per capita de 1995 a 2004 apresentou uma elevação de 41,60%. A pesca
extrativa (marinha e continental) cresceu em torno de 23,00%, ao passo que a
aqüicultura (marinha e continental) cresceu 483,76%, com destaque para aqüicultura
continental. Destaca-se ainda a estagnação do ritmo de crescimento da pesca
extrativa marinha e do baixo volume de crescimento da pesca extrativa continental.
Os dados do período de 1995 a 2004 mostram que a produção brasileira tem
seguido um ritmo crescente de produção, ficando a média do período em torno de
832.983,00 toneladas/ano.
A balança comercial brasileira de produtos pesqueiros apresentou um
superávit de US$ 183,9 milhões; Os preços médios das exportações mostraram-se
declinantes até 2002. Em 2003, observou-se uma ligeira recuperação (US$ 3,759/t)
e para o ano de 2004, verificou-se um crescimento de 8,5% (US$ 4,077/t), próximo
dos preços praticados no início da década. O camarão é o principal produto da
pauta de exportação, sendo responsável por aproximadamente metade das vendas
ao exterior. O bacalhau continua sendo o primeiro produto no ranking das compras
no exterior e em 2004 foram gastos US$ 101,2 milhões nas importações (IBAMA,
2005).
O volume exportado nos últimos anos (1996 a 2004) apresentou reduções
contínuas, passando no ano de 1996 de 38,08% em relação à produção total para
28,55% em 1997, 27,54% em 1998, 22,71% em 1999, 23,06% em 2000, 17,95% em
2001, 14,72% em 2002, 15,40% em 2003 e 15,62% em 2004. Por outro lado as
importações no mesmo período apresentaram crescimentos contínuos passando de
3,59% em 1996 para 4,02% 1997, 4,17% em 1998, 4,89% em 1999, 6,76% em
2000, 7,67% em 2001, 9,77% em 2002, 11,48% em 2003 e 10,53% em 2004
(Tabela 7).
Finalmente, vale registrar que mesmo com todo o esforço que vem sendo
despendido no sentido de obtenção de saldos superavitários na balança comercial
brasileira de produtos pesqueiros e na alteração da participação desse segmento
nas exportações globais do país, ainda não foi possível ultrapassar a barreira do 1%
desse total. De fato, as exportações brasileiras em 2004 somaram US$ 96,5 bilhões,
o que determinou uma contribuição do setor em apenas 0,45% nas exportações
globais do país.
27
Tabela 7 – Produção e comércio exterior entre os anos de 1970 e 2004
ton. ( X ) US$/ton. Receita US$ ton. ( Y ) US$/ton. Despesas US$
1970 526.292,00 5,01% 10.134 5.808,29 58.861.210,86 - 54.477 1.734,19 94.473.468,63 - -35.612.258
1971 591.543,00 12,40% 11.392 7.135,94 81.292.628,48 38,11% 39.505 2.118,65 83.697.268,25 -11,41% -2.404.640
1972 604.673,00 2,22% 17.422 6.451,64 112.400.472,08 38,27% 34.792 2.423,01 84.301.363,92 0,72% 28.099.108
1973 698.802,00 15,57% 12.552 6.550,51 82.222.001,52 -26,85% 56.978 2.199,76 125.337.925,28 48,68% -43.115.924
1974 815.720,00 16,73% 13.732 7.250,43 99.562.904,76 21,09% 46.355 2.382,41 110.436.615,55 -11,89% -10.873.711
1975 759.792,00 -6,86% 14.857 5.533,73 82.214.626,61 -17,42% 99.469 985,84 98.060.518,96 -11,21% -15.845.892
1976 658.847,00 -13,29% 13.768 7.325,97 100.863.954,96 22,68% 76.933 857,74 65.988.511,42 -32,71% 34.875.444
1977 752.607,00 14,23% 24.205 5.377,59 130.164.565,95 29,05% 61.851 1.276,36 78.944.142,36 19,63% 51.220.424
1978 806.328,00 7,14% 26.418 5.743,78 151.739.180,04 16,57% 62.036 1.568,77 97.320.215,72 23,28% 54.418.964
1979 858.183,00 6,43% 27.497 7.573,05 208.236.155,85 37,23% 89.558 1.481,46 132.676.594,68 36,33% 75.559.561
1980 822.677,00 -4,14% 34.462 4.805,60 165.610.587,20 -20,47% 66.800 1.455,49 97.226.732,00 -26,72% 68.383.855
1981 833.164,00 1,27% 45.110 3.924,68 177.042.314,80 6,90% 45.391 1.426,03 64.728.927,73 -33,42% 112.313.387
1982 833.933,00 0,09% 45.843 4.022,04 184.382.379,72 4,15% 56.515 1.274,38 72.021.585,70 11,27% 112.360.794
1983 880.969,00 5,64% 47.366 3.218,50 152.447.471,00 -17,32% 41.506 975,36 40.483.292,16 -43,79% 111.964.179
1984 958.908,00 8,85% 36.986 5.266,19 194.775.303,34 27,77% 31.639 1.107,85 35.051.266,15 -13,42% 159.724.037
1985 971.537,00 1,32% 53.250 3.613,88 192.439.110,00 -1,20% 36.223 1.218,06 44.121.787,38 25,88% 148.317.323
1986 941.712,00 -3,07% 42.551 4.093,87 174.198.262,37 -9,48% 97.817 1.484,55 145.214.227,35 229,12% 28.984.035
1987 934.408,00 -0,78% 40.978 4.872,55 199.667.353,90 14,62% 105.342 1.261,00 132.836.262,00 -8,52% 66.831.092
1988 830.102,00 -11,16% 43.571 4.524,25 197.126.096,75 -1,27% 61.552 1.298,36 79.916.654,72 -39,84% 117.209.442
1989 798.638,00 -3,79% 44.354 2.940,95 130.442.896,30 -33,83% 126.426 1.283,51 162.269.035,26 103,05% -31.826.139
1990 633.599,00 -20,67% 34.765 4.003,37 139.177.158,05 6,70% 214.190 936,41 200.569.657,90 23,60% -61.392.500
1991 669.149,00 5,61% 45.239 3.403,28 153.960.983,92 10,62% 159.228 1.079,59 171.900.956,52 -14,29% -17.939.973
1992 665.786,00 -0,50% 55.237 2.658,22 146.832.098,14 -4,63% 102.062 1.220,57 124.573.815,34 -27,53% 22.258.283
1993 675.756,00 1,50% 51.639 3.475,97 179.495.614,83 22,25% 149.602 1.137,08 170.109.442,16 36,55% 9.386.173
1994 697.577,00 3,23% 43.830 4.004,31 175.509.000,00 -2,22% 163.090 1.496,77 244.108.000,00 43,50% -68.599.000
1995 606.700,00 -13,03% 37.187 4.719,68 175.509.000,00 0,00% 150.711 1.619,71 244.108.000,00 0,00% -68.599.000
1996 632.500,00 4,25% 24.876 5.359,66 133.327.000,00 -24,03% 263.957 1.834,95 484.349.000,00 98,42% -351.022.000
1997 644.600,00 1,91% 29.423 4.270,98 125.665.000,00 -5,75% 209.089 2.136,86 446.794.000,00 -7,75% -321.129.000
1998 606.789,00 -5,87% 29.637 4.064,48 120.459.000,00 -4,14% 195.702 2.317,03 453.448.000,00 1,49% -332.989.000
1999 603.941,50 -0,47% 36.436 3.786,04 137.948.000,00 14,52% 169.111 1.880,26 317.972.000,00 -29,88% -180.024.000
2000 666.846,00 10,42% 57.001 4.185,82 238.596.000,00 72,96% 194.499 1.528,21 297.235.000,00 -6,52% -58.639.000
2001 730.377,50 9,53% 72.124 3.931,24 283.537.000,00 18,84% 168.673 1.546,73 260.891.000,00 -12,23% 22.646.000
2002 755.582,00 3,45% 98.338 3.583,63 352.407.000,00 24,29% 148.170 1.439,01 213.218.000,00 -18,27% 139.189.000
2003 712.143,50 -5,75% 113.722 3.759,07 427.489.000,00 21,31% 152.514 1.330,57 202.931.000,00 -4,82% 224.558.000
2004 746.216,50 4,78% 107.017 4.077,18 436.328.000,00 2,07% 158.661 1.591,15 252.454.005,46 24,40% 183.873.995
ANO
Prod. em
ton. ( M )
Taxa de
Cresc. das
Despesas
Saldo
Comercial em
US$ 1000 (FOB)
Taxa de
Crescimento
Exportação em US$ 1000 (FOB)
Taxa de
Cresc. das
Receitas
Importação em US$ 1000 (FOB)
Fonte: FAO, IBAMA, BNDES, SECEX (Secretaria de Comércio Exterior).
28
A participação das unidades da federação nestes esforços de produção está
destacado na Tabela 8, onde são apresentados os valores da produção por estado.
Tabela 8 - Produção estimada em toneladas por modalidade, segundo as regiões e
Unidades da Federação em 2004.
Pesca Extrativa Aqüicultura
Regiões e Unidades
da Federação
Marinha Continental Marinha Continental
Total
Rondônia 0 3.853,50 0 4.041,00 7.894,50
Acre 0 1.609,50 0 1.839,00 3.448,50
Amazonas 0 59.695,50 0 4.775,00 64.470,50
Roraima 0 419,5 0 1.710,00 2.129,50
Pará 88.980,00 62.542,50 242 2.041,50 153.806,00
Amapá 4.645,00 11.146,00 0 235 16.026,00
Tocantins 0 1.696,00 0 2.890,00 4.586,00
Norte
93.625,00 140.962,50 242,00 17.531,50 252.361,00
Maranhão 36.542,00 21.796,00 226 731 59.295,00
Piauí 2.329,50 2.022,50 2.541,00 2.116,50 9.009,50
Ceará 18.947,00 12.082,00 19.405,00 18.185,00 68.619,00
Rio Grande do Norte 17.234,00 4.920,50 30.807,00 83 53.044,50
Paraíba 3.849,00 3.788,50 2.963,00 228 10.828,50
Pernambuco 9.528,50 3.923,00 4.531,00 1.057,00 19.039,50
Alagoas 8.603,50 418,5 102 3.902,50 13.026,50
Sergipe 3.875,50 867 2.543,50 2.156,50 9.442,50
Bahia 44.745,50 17.948,00 7.577,00 10.694,00 80.964,50
Nordeste
145.654,50 67.766,00 70.695,50 39.153,50 323.269,50
Minas Gerais 0 8.823,00 0 4.972,00 13.795,00
Espírito Santo 12.614,00 802 794 3.209,50 17.419,50
Rio de Janeiro 68.428,50 1.082,00 22 1.682,50 71.215,00
São Paulo 27.702,00 10.279,00 168 20.859,00 59.008,00
Sudeste
108.744,50 20.986,00 984,00 30.723,00 161.437,50
Paraná 1.753,00 779,5 445 16.558,00 19.535,50
Santa Catarina 112.969,50 575 16.580,50 18.790,00 148.915,00
Rio Grande do Sul 37.369,50 2.820,00 20 25.904,00 66.113,50
Sul
152.092,00 4.174,50 17.045,50 61.252,00 234.564,00
Mato Grosso do Sul 0 4.906,00 0 6.901,00 11.807,00
Mato Grosso 0 5.923,00 0 16.627,00 22.550,00
Goiás 0 1.089,00 0 8.016,00 9.105,00
Distrito Federal 0 293,5 0 526,5 820,00
Centro Oeste
0,00 12.211,50 0,00 32.070,50 44.282,00
BRASIL 500.116,00 246.100,50 88.967,00 180.730,50 1.015.914,00
Fonte: IBAMA (2005).
A produção da aqüicultura no Brasil segundo dados do IBAMA (2005), no ano
de 2004 representou algo em torno de 1.015.914 toneladas com valor da produção a
preços correntes ao redor de US$ 4.600.000.000,00, conforme demonstrado na
Tabela 8.
29
2.5 A
Na região oeste do Paraná, a piscicultura teve início na década de 70, com
s lem ente no E nos 80, ad do a
a ; YOKO ,
.
tividade pesqueira o e dinamizou, segundo Richter (2000), a
da década de tr construção do Centro de Pesquisa em
a – CPA, no o .
r de 198 t ado da ltura stec
SEAB, ins Pr de P Aqüicultura, objetivando a
ação e profi çã rodu mo forma de incrementar
qüic
a segundo (20 pesca a ain se co
da costa mar ranaen star fluên corre
as, condição es z, mente rno, volu
o do Centro P em Aqüicu ra - Tole
intendên Recursos Hídricos e Meio-Ambiente (SURHEMA),
IAP, fome ial squisas d spéc s da
p carp prin ) e
de ale produtores rurais da região, os quais buscavam
rodu ecu
período ora elecidas estações de alevinagem de
pela atual Com nh esenvolvimento Agropecuário do Paraná
e das Estaçõ de A gem de Francisco Beltrão, Paranavaí e
Loa perintendê d olvimento Pesc E) e
criação do Programa de Pesca e Aqüicultura pela Secretaria de
stado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (SEAB), em 1987, com objetivo
de au
rodução do cultivo da tilápia, decorrente do seu histórico de cultivo e
economia da pesca no Paraná
introdução de carpas para cultivo de subsistência de pequenos produtores rurais,
endo somente imp entada efetivam stado nos a quirin
partir deste período expressão econômic (SUGAI; MUEHLMANN YAMA
1997)
A a n Paraná s
partir oitenta a avés da
Aqüicultur municípi de Toledo
A parti 7 a Secre aria de Est Agricu e do Aba imento do
Paraná – tituiu o ograma esca e
organiz ssionaliza o dos p tores co
principalmente a a ultura.
Aind Richter 00), a extrativ da não nsolidou,
apesar ítima pa se e sob a in cia das ntes das
Malvin ta que tra principal no inve cardumes mosos.
A criaçã de esquisa ltu CPA em do, pela
antiga Super cia dos
atualmente ntou inic mente pe e e ies nativa bacia do
Paraná, também introduziu es écies de as (Cy us carpio iniciou o
fornecimento vinos aos
diversificar sua p ção agrop ária.
No mesmo f m estab
Jaguariaíva, pa ia de D
(CODAPAR), es levina
nda, pela Su ncia e Desenv da a (SUDEP IBAMA.
Mesmo com a
E
mentar a produção de pescado, organizar os produtores, a produção e
promover o melhoramento genético das espécies cultivadas no Estado, a
alavancagem para o desenvolvimento da piscicultura na região ocorreu realmente
com a int
30
adaptabilidade às condições da região, através do sistema de produção em tanques
scavados no solo.
a) Comercialização, ou seja, limitação da cadeia produtiva, sendo que os
temas produtivos, e restrito potencial de competição;
e
Após um período promissor, a produção da piscicultura em sistema de
produção de tanques-escavados entrou em crise, devido a uma série de fatores, a
saber:
principais clientes (pesque-pague, venda direta e indústria de filetagem)
reduziram suas demandas;
b) Elevação da oferta de peixes;
c) Preços dos produtos não atrativos para os consumidores finais;
d) Baixo preço pago aos produtores pelo quilograma do peixe vivo;
e) Baixo nível tecnológico de produção e de gestão, resultando em
ineficiência dos sis
f) Elevação dos custos de produção (a base da ração é a soja, e a ração
representa um percentual que pode variar de 50% a 80% dos custos de
produção);
g) O mercado - estrutura de mercado - contava com poucos compradores,
características de oligopsônio (estrutura de mercado onde existem
poucos compradores e um grande número de vendedores);
h) Desconhecimento sobre o mercado consumidor;
i) Reduzido gosto e hábito dos consumidores para consumo de peixe de
água doce;
j) Necessidade de fomentar outros canais de comercialização e novos
produtos a base de peixe;
k) Alto custo e baixa qualidade dos insumos, alevinos, equipamentos e
materiais utilizados na produção, elevando, em conseqüência o custo
final do produto;
l) Necessidade de venda do produto no momento exato, pois não é viável
manter o peixe em estoque;
m) Inobservância das legislações ambiental e sanitária;
n) Insuficiência de capacitação do corpo técnico, tanto no setor público
quanto no privado; e
31
o) Falta de coordenação entre os segmentos da cadeia e de organização
dentro deles, fazendo com que ocorra competição predatória.
a que passou de 23.699,26 mil toneladas em 1997 para 35.201,90 mil
neladas em 2004, ocorreu uma drástica redução do valor bruto da produção no
Paraná
No a
doce era de R$ 143.193.00,00 no ano de 2003/2004 reduziu para R$ 81.366.000,00,
uma red
E u de R$
31.226. 03%.
A
Bruto do P s
sua imp â
Este
do produtor ocorrida, fazendo com que o piscicultor tivesse uma redução real e
elevada
Den
empenhado l, através de
políticas conômico e social da
atividad
uma série de ações, tais como:
a)
c) de sistemas alternativos de produção aos de
c) novos mercados consumidores; e
Como corolário desta série de fatores, apesar da elevação da produção bruta
aqüícol
to
a preços correntes entre os anos de 1997 a 2004 (ANDRETTA, 2007).
no de 1996/1997 o Valor Bruto da Produção (VBP) do pescado de água
ução nominal de 43,18%.
nquanto que o VBP do pescado marinho, no mesmo período, passo
000,00 para R$ 33.732.000,00, ocorrendo um aumento nominal de 8,
liado a isso a participação da piscicultura, além de ser baixa no Produto
araná 0,744% em 1996/1997, caiu para 0,278%, reduzindo ainda mai
ort ncia na produção agropecuária do Estado (ANDRETTA, 2007).
s valores mostram claramente a queda no preço real e a descapitalização
da sua lucratividade.
tro deste quadro preocupante da aqüicultura, vários agentes estão
s com a retomada do crescimento da aqüicultura regiona
de incentivo. Entretanto, o desenvolvimento e
e apresenta pontos cruciais que devem ser levados em conta, por meio de
Assistência técnica;
b) Redução dos custos de produção e aproveitamento dos corpos de água
existentes nas represas (notadamente da Hidrelétrica de Itaipu);
Implementação
tanques escavados no solo (notadamente de tanques-rede ou
gaiolas);
a) Incentivos indiretos à produção;
b) Desenvolvimento de novos produtos a base de peixe;
Desenvolvimento de
32
d) Atendimento a legislação ambiental (através do uso de tanques-redes ou
gaiolas e criação de espécies nativas).
io da
Secret
entorno, baseado em parâmetros racionais de
explor
2.6 A
rodução de insumos, pesquisas, produção agricultura
e pecu
ústria sobre a agropecuária, ou seja, a subordinação
das atividades agropecuárias ao capital industrial (SANDRONI, 1999).
De acordo com Sonoda (2002) o sistema agroindustrial do peixe pode ser
identific ,
transforma ivididos
em dois
pesca de c
identificada pela Figura 3.
Com o objetivo de retomar o processo de produção aqüícola, e como o
reservatório de Itaipu apresenta um imenso potencial para a geração de pescado
produzido em sistema de tanques-rede ou gaiolas, o qual ainda se encontra
praticamente inexplorado, foi estabelecido um projeto através do Convên
aria Especial de Aqüicultura e Pesca (SEAP) e Itaipu Binacional com vistas à
promoção do desenvolvimento integrado dos recursos pesqueiros do reservatório da
hidrelétrica de Itaipu e de seu
ação sustentável, descritos anteriormente.
cadeia produtiva do peixe dentro do sistema agroindustrial (SAI) da
pesca
A caracterização do Sistema Agroindustrial denominado SAI, segundo
Batalha (2007) e Zylberstajn (2000), procura evidenciar ou demonstrar as relações
sistêmicas existentes entre a p
ária (agropecuária), e o setor industrial na economia, as quais concorrem para
a produção de produtos agropecuárias em todas suas instâncias ou etapas
produtivas.
Esta relação sistêmica entre diversos setores da economia leva em conta a
predominância crescente da ind
ado como a composição dos segmentos de insumo, produção
ção, distribuição e consumo, os quais podem ser basicamente d
grupos ou segmentos, denominados de pesca extrativa (pesca artesanal e
aptura) e aqüicultura – onde está inserida a atividade de piscicultura,
33
Fonte: Adaptado de SONODA (2002).
Figura 3 - Sistema agroindustrial da pesca
Na Figura 3 está representado de forma sistêmica os vários segmentos ou
conjun
la produção de peixes, a qual pode ser através da pesca
artesanal ou extrativas e de captura;
As indústrias de transformação agroindustrial: basicamente na região,
sendo composta pelos frigoríficos de peixes;
to de atores que representam (compõem) o SAI. Utilizando a decomposição
de Batalha (2007), pode-se identificar cinco (5) agentes fundamentais na
composição do Sistema Agroindustrial Piscícola:
a) As indústrias e serviços de apoio: representado pela prestação de
serviços, pelas indústrias ou empresas de insumos e os recursos
humanos;
b) A produção agrícola, pecuária, ou neste caso específico da pesca:
representado pe
c)
34
d) As empresas de distribuição e comércio: representado pela distribuição
no atacado ou no varejo; e
e) Consumidor final: representado pelos consumidores domésticos (mercado
local, regional ou nacional) ou pelos consumidores externos (comércio
internacional).
A importância do conhecimento do SAI da pesca é fundamental, porque a
partir desta análise e de acordo com o canal de distribuição e venda escolhido, os
preços pagos apresentam diferentes valores, em decorrência da especificidade dos
ativos envolvidos e do grau de agregação de valor na cadeia de suprimento e
distribuição. Informações mais detalhadas acerca da análise econômica e preço
para diferentes mercados pode ser encontrado no trabalho de Sonoda (2002).
No estado do Paraná, segundo o relatório da Empresa de Extensão Rural
(EMATER – quadro 7 nos anexos), o município de Toledo liderou a produção de
peixes no estado entre os anos de 1997 a 2004, atingindo neste ano a produção
total de 6.726 toneladas, o que representou 40,62% da produção total que foi de
16.558 toneladas.
Na safra de 2003/2004 os principais canais de comercialização da produção
fora produção ou em termos absolutos
8.444,58 t (dentro do estado ou principalmente para São Paulo), 31% ou 5.132,98 t,
para a
t), o catfish com 3% (496,74 t) e
utras espécies, dentre elas o pacu, com 12% (1.986,96 t).
O
Secretaria
Economia Rural (DERAL) e Divisão de Estatísticas Básicas (DEB), nos anos de
2004, 2
expectativ
m os seguintes: pesque-pague, com 51% da
s indústrias de transformação, 4% ou 662,32 t para as feiras livres e 13%
2.152,5 t para venda direta ao consumidor.
Das principais espécies produzidas nesta safra, destacam-se as carpas com
13% (2.152,54 t), a tilápia com 72% (11.921,76
o
s preços médios de comercialização praticados para o pacu, segundo a
de Agricultura e do Abastecimento do Estado (SEAB), Departamento de
005 e 2006 foram respectivamente R$ 2,99/kg, R$ 3,37/kg e R$ 3,85/kg, e a
a para 2007 era que ultrapassasse os R$ 4,00/kg.
35
2.7 Sis
no desenvolvimento biológico das espécies
Silv
de produç de área, e nesse sentido deve ser ampliado seu conceito,
entendendo este autor que sistema de produção engloba:
.
ais utilizado, neste sistema já se aplica
c)
poucos anos atrás se
restringia apenas às regiões serranas, onde se pratica a truticultura.
Atualmente, já é utilizado na criação de peixes tropicais (como o pacu) e de
espécies exóticas (como a tilápia). Esse sistema tem como característica
principal a utilização em terra - de pequenos tanques com alta densidade de
estocagem e alta renovação de água; e em reservatórios, açudes e
reservatórios de hidrelétricas a utilização de tanques-rede e gaiolas. Com o
tema de produção em tanques-rede e principais fatores que influenciam
a (2004), destaca que o sistema de produção vai além do aspecto volume
ão por unidade
o conceito de sistema de produção envolveria, dessa maneira, pelo
menos três componentes básicos: (1) um conjunto de insumos
conhecidos e quantificados a serem combinados em proporções
definidas para obter o produto; (2) um conjunto de conhecimentos
sobre a combinação desses fatores, a fim de maximizar o resultado
do sistema; e (3) um conjunto de conhecimento a respeito das
indicações de mercado, envolvendo, principalmente, os preços de
insumo, de serviços dos produtos e suas tendência de evolução
Os sistemas de produção aqüícola ou sistemas de criação, especificamente o
piscícola, segundo Scorvo Filho (2004) e FAO (2006), podem ser classificado em
basicamente três tipos de sistemas de criação: extensivo, semi-intensivo e intensivo.
a) Extensivo: muito utilizado por pequenos produtores em pequenas áreas de
espelho de água, onde não se utiliza ração comercial e os peixes são
alimentados com subprodutos agrícolas, obtendo-se baixa produtividade.
Neste sistema a produção normalmente oscila até 400 kg/ha.
b) Semi-intensivo: É um dos sistemas mais utilizados na América Latina e
Caribe. Atualmente se verifica uma transição dos sistemas extensivos para
os semi-intensivos. No Brasil é o m
alguma tecnologia de criação, como: viveiros-berçários, ração comercial e
certo nível de controle da qualidade da água. Neste sistema, a produtividade
pode chegar a até 16 toneladas por ha/ano. Normalmente a produção média
fica em de torno de 8 a 12 toneladas por ha/ano; e
Intensivo: Sistema de exploração em que os fatores de produção são
controlados pelo homem, caracteriza-se por apresentar densidade
populacional elevada de peixes por volume de água, alimentação artificial
exclusivamente à base de rações balanceadas, necessidade de alto fluxo de
água ou uma recirculação forçada por causa da alta densidade populacional
e da produtividade elevada. Utiliza mão-de-obra especializada e
equipamentos com certo nível tecnológico. Até
36
sistema intensivo pode-se obter alta produtividade, algumas vezes acima de
30 toneladas por hectare/ano ou 90 kg/m
3
/ano
ótica da venda ou receita
gera escala necessá a para otimizar o investimento. Então o equilíbrio do sistema
de criação em relaçã
No sistema de
a produção para obt
redobrados, pois con
(elevação da densid
manho dos indivíduos, devido o aumento da competição por espaço e alimento, ou
seja, o
A prática de utilização de equipamentos para contenção e criação de peixes é
ant
ou tanq
séc lo X ara a retenção
dos e
confecc
tanques
E
flutuant m os peixes e permite a
oc o
de padr
as quais
Dessa forma o sistema de produção ou criação estabelecido é definitivo, ou
seja, é um dos principais fatores que pela ótica da produção influencia no
desempenho e sobrevivência dos peixes estocados, e pela
ri
o à espécie produzida é fundamental.
produção em tanques-rede o objetivo do produtor é intensificar
er ganhos de escala produtiva. Porém os cuidados devem ser
forme o número de indivíduos por metro cúbico é aumentando
ade de estocagem), ocorre a tendência de diminuição do
ta
corre uma taxa de crescimento decrescente. Por outro lado a biomassa
obtida (número de indivíduos multiplicado pelo peso individual) tende a aumentar
(CONTE, 2002).
iga. Segundo Cardoso e Ferreira (2005), existem relatos da utilização de gaiolas
ues-rede para cultivo, acondicionamento e transporte de peixes desde o
IX. Os primeiros tanques-rede inicialmente eram utilizados pu
p ixes até a venda. Existem relatos que na Ásia as gaiolas eram
ionadas com bambu. A partir de 1950, nos Estados Unidos, surgiram
-rede confeccionados com plásticos (CARDOSO e FERREIRA, 2005).
stes equipamentos, modernamente, são estruturas de tela ou rede,
es (figura 6), fechados em todos os lados, que re
tr a c mpleta da água, de forma a manter um nível de oxigenação da água dentro
ões favoráveis, além de remover todas as substâncias excretadas pelo peixe,
poderiam contaminar o ambiente de cultivo.
37
Fonte: ITAIPU (2007).
Figura 4 - Sistema de produção em tanques-rede
As gaiolas ou tanques-rede possuem uma estrutura rígida (gaiola) ou flexível
(tanques-rede) que ficam submersas, e que podem ou não ser revestidas de algum
material para aumentar a vida útil do equipamento, ficando na superfície a estrutura
onde estão fixadas as bóias que permitem a flutuação (CONTE, 2002). Os tanques-
rede podem ser dispostos em vários formatos (em linha, em círculo, etc.), e são
presos por cordas e estas fixadas ou ancoradas no fundo por blocos de concreto
(poitas).
A popularidade crescente da utilização de cultivos em tanques-rede deve-se a
flexibilidade de sua utilização nos mais variáveis ambientes aquáticos (reservatórios,
rios, reservatórios, canais, estuários, etc.), com diversos níveis de densidade de
cultivo, e principalmente em condições mais controladas de cultivo.
Existem entretanto, vantagens e desvantagens na utilização de equipamentos
desta natureza. As principais vantagens são: a menor variação dos parâmetros
físico-químicos da água; facilidade de acesso ao peixe para manejo e biometrias -
acompanhamento biológico das espécies (figura 5); retirada para venda (despesca);
intensificação da produção; etc.
s principais desvantagens, segundo Conte (2002), são a necessidade de
fluxo constante de água; necessidade de utilização de ração do boa qualidade e
A
38
balanceadas; risco de rompimento da gaiola ou rede com perca de toda a produção;
possibilidade de introdução de agentes patogênico até então não existentes nos
corpos de água; possibilidade da introdução de espécies não nativas prejudicando o
equilíbrio natural das espécies, caso haja fuga de peixes e sejam espécies não-
nativas (exóticas); etc.
Fonte: ITAIPU (2007).
Figura 5 - Retirada de amostras para biometria
Os principais fatores que influenciam no desenvolvimento biológico das
espéc
ies aquáticas, notadamente na piscicultura, estão relacionados, segundo
Conte (2002) e Kubtiza e Ono (2003) com os seguintes fatores:
- A característica da espécie;
- a qualidade da água;
- a temperatura da água;
- as dimensões e características do tanque-rede;
- a densidade de estocagem (nº de peixes/m
3
);
- a qualidade da ração; e
- a qualidade dos recursos humanos.
39
Estes fatores isolados ou correlacionados influenciam de forma substancial o
desenvolvimento das espécies criadas em tanques, principalmente porque os peixes
por estarem confinados não possuem a possibilidade de deslocarem-se para áreas
onde as condições da água lhes sejam mais favoráveis para o desenvolvimento,
ficando assim a mercê das condições onde os tanques-rede estão instalados.
Tornando assim, estes fatores técnicos, as principais variáveis que afetariam os
resultados de produtividade das espécies e influenciariam na viabilidade econômica
e no risco da produção em tanques-rede.
Na próxima etapa do trabalho é apresentado o referencial teórico e detalhada
a metodologia.
3 RE
ltura intensiva, devido à adaptabilidade ao
cultivo
na ração (FERNANDES et al., 2000). Segundo Silva (1985, apud
FERNANDES et al., 2001) o conteúdo estomacal de pacus na natureza é constituído
rincipalmente de folhas, resíduos vegetais e restos de esqueletos de peixe,
odendo ser caracterizado por onívoro.
O curimbatá (Prochilodus lineatus) pertence à família Prochilodontidae e é
ma espécie comum da bacia do rio Paraná (CASTAGNOLLI, 1992). Esta espécie
ento de filé, cerca de 45% (OLIVEIRA et al., 2001). No entanto,
presenta espinhos em Y na sua musculatura, o que diminui a sua aceitação.
tualmente o processo de despolpagem é uma técnica disponível e a polpa
roduzida através deste processo pode ser utilizada para a fabricação de “nuggets”,
” e outros produtos industrializados com alta agregação de valor
NTUNES, 1997). O curimbatá tem sido pouco explorado na piscicultura,
presentando potencial para o cultivo, principalmente para exploração em tanques-
sua alimentação e desempenho.
O jundiá (Rhamdia quelen) apresenta grande potencial para a aqüicultura,
om desenvolvimento rápido e rusticidade adaptando-se facilmente ao manejo
produtivo através da indução hormonal, ocorrendo reprodução em águas com
mperatura variando de 22 a 25
o
C, coincidindo com o início da primavera
UEDES, 1980). Despertando grande interesse nos piscicultores da região Sul do
rasil, pela sua resistência ao manejo, docilidade, crescimento acelerado inclusive
os (CARNEIRO et al., 2002; FRACALOSSI et al., 2002).
ncontra-se nos mais diferentes ambientes, possui hábito alimentar onívoro com
ndência a carnívoro (Guedes, 1980). Apresenta resistência a grandes oscilações
e temperatura e níveis baixos de oxigênio na água, porém seu conforto térmico
FERENCIAL TEÓRICO E METODOLÓGICO
3.1 Espécies estudadas
As espécies avaliadas no projeto de desenvolvimento sustentável em
piscicultura no reservatório de Itaipu: pacu, curimbá e jundiá, apresentam
características peculiares, destacando dentre as espécies nativas o pacu que
apresenta grande potencial para a piscicu
, menor exigência de proteína e não necessidade de grandes quantidades de
farinha de peixe
p
p
u
apresenta alto rendim
a
A
p
fishburger
(A
a
rede, mas pouco se conhece sobre
c
re
te
(G
B
nos meses mais fri
E
te
d
41
está entre 18 e 28
o
C. A espécie é promissora para a piscicultura, mas são poucos
s estudos sobre suas exigências nutricionais.
ultivo de espécies nativas, os quais buscam identificar as
spécies nativas para potencial uso na piscicultura no Brasil, dado as nossas
condiç
evidenciar alguns estudos acadêmicos e
técnico
ais sobre essa
ativida
tanques-rede), assim como com diferentes biomassa inicial de cultivo. Já a segunda
o
Estudos acerca do c
e
ões climáticas e geográficas podem ser encontrados no livro organizado por
Baldisserotto e Gomes (2005) denominado Espécies nativas para piscicultura no
Brasil e no livro escrito por Baldisserotto e Radünz Neto (2004) intitulado Criação
de Jundiá.
3.2 Estudos referentes à análise de custo, de investimento e risco na
piscicultura
Neste subcapítulo procurou-se
s relevantes acerca da análise de custo, análise de investimento e risco da
piscicultura para diferentes espécies.
Os estudos acadêmicos avaliados, na sua maioria, referem-se às espécies
comerciais e de largo cultivo em diversas regiões, entretanto nenhum trabalho faz
referência ao estudo de espécies nativas para a região sul, onde as condições
geográficas e climáticas apresentam acentuadas diferenças em relação as regiões
norte, nordeste, sudeste e centro-oeste.
Referente à atividade pesqueira, o estudo de Abdallah (1998) analisa a
evolução da atividade pesqueira no Brasil, notadamente nas últimas quatro décadas,
com o objetivo de avaliar os impactos das políticas pesqueiras feder
de, evidenciando que a maior preocupação foi regulamentar a atividade,
principalmente através de incentivos fiscais. No entanto, as políticas não surtiram o
efeito desejado porque ensejaram somente o aspecto produtivo e não o aspecto de
sustentabilidade da atividade.
Estudos relativos à tilapicultura (cultivo de tilápias) referente a produtividade e
análise econômica da produção em tanques-rede para diferentes mercados podem
ser encontrados em Sonoda (2002) e Conte (2002), ambos no Estado de São Paulo,
onde o primeiro pesquisador procura analisar a produção de tilápias em tanques-
rede para mercados diferentes aos tradicionais pesque e pague, com o objetivo de
avaliar a viabilidade econômica, com alternativas tecnológicas diferentes (em
42
pesquisadora, objetiva em seu trabalho, levantar dados de produtividade e
economicidade da tilapicultura em gaiolas, em escala comercial, estabelecendo a
relaçã
ede, mediante avaliação econômica de empreendimentos piscícolas,
om investimento e custo em escala crescente. Neste estudo o autor utilizou a
divulgado pelo Instituo de Economia Agrícola de São Paulo (IEA). O resultado
btido pelo autor na análise de custo evidenciou que empreendimentos de maior
taman
s. Os resultados obtidos mostravam à época,
que o
ulação do uso de recursos pesqueiros e da
insufic
de Sanches et al. (2006), que analisa a viabilidade
econô
o matemática entre as funções de produção, a biomassa econômica e as
condições ambientais no desempenho dos peixes cultivados neste sistema.
Outro trabalho, referente ao estudo de múltiplos casos da tilapicultura,
elaborado por Vera Calderón (2003) pelo Centro de Aqüicultura da UNESP (Campus
de Jaboticabal), busca evidenciar a existência de economia de escala na piscicultura
em tanque-r
c
sistemática de custo estabelecido por Matsunaga et al. (1976) e amplamente
o
ho podem não apresentar melhor resultado econômico.
Chambalin (1996) analisa sob a ótica econômica os riscos de produção de
pacu cultivado em tanques-escavado
investimento apresentava boa atratividade.
Em relação à crise e sustentabilidade no uso dos recursos pesqueiros, o
trabalho de Marrul Filho (2001) apresenta e analisa as causas da sobreexplotação
que atinge os principais recursos pesqueiros. Neste trabalho o autor indica que a raiz
da crise se encontra no processo de reg
iência, assim como da redução do conceito de sustentabilidade à relação de
captura máxima sustentável. Propõe o autor, que a solução do problema está na
discussão mais ampla dos atores envolvidos na atividade, ou seja, Estado, usuários,
pescadores, sociedade civil organizada, etc. de forma a ampliar o espaço
comunicativo.
Alguns artigos técnicos apresentam também estudos acerca da piscicultura.
Pode-se destacar o trabalho
mica do cultivo da garoupa verdadeira em tanques-rede na região sudeste
utilizando a metodologia de custo operacional, efetivo e total do IEA-SP,
apresentando que os maiores custos operacionais da atividade são os insumos
(alevinos e alimentação) e dos custos fixos (investimento) os tanques-rede e as
embarcações. O trabalho nos seus resultados salienta a viabilidade econômica do
empreendimento, devido aos preços de venda do produto,e também que a atividade
em nível mundial apresenta tendência para o cultivo familiar, o qual aliado a prática
43
de venda de peixes vivos, aumenta a viabilidade dos projetos, reduzindo os
impactos da pesca extrativa, assim como a situação de risco econômico e social dos
pescadores.
Scorvo Filho, Martins e Frascá-Scorvo (2004) apresentam instrumentos para
análise
s de tomada de decisões, através
de cá
u oportunidade de investimento, considerada aquela uma das etapas
mais i
da competitividade da piscicultura, através principalmente da análise de
custos para o acompanhamento técnico da atividade e assim possibilitar o
acompanhamento econômico e financeiro para posterior tomada de decisão.
Assim, reafirmando, a grande maioria dos artigos acadêmicos e técnicos que
versam sobre aqüicultura ou piscicultura estão relacionados à produção de tilápias
para a região sudeste do Brasil. Raríssimos estudos são encontrados de análise de
custos, econômica, financeira, de investimentos e risco para espécies nativas.
3.3 Engenharia econômica
Os problemas de Análise em Investimentos vêm sendo estudados há muito
tempo, e tem como objetivo auxiliar nos processo
lculos que possibilitem a escolha entre alternativas de investimentos em
relação ao tempo, com o propósito de obtenção da otimização dos recursos.
Fundamentalmente a engenharia econômica, segundo Evangelista (2006, p.
26), consiste na combinação de conhecimentos da engenharia e da economia,
notadamente da microeconomia, que resulta na economia da engenharia ou
engenharia econômica, a qual serve para tomada de decisão em aplicação de
recursos de capital.
Na etapa da análise de viabilidade econômica dos problemas de análise em
investimentos o
mportantes, é fundamental a utilização de métodos e técnicas de engenharia
econômica, de sorte que, segundo vários autores, o desafio da engenharia
econômica consiste em:
A engenharia econômica objetiva a análise econômica de decisões sobre
investimentos e tem aplicações bastante amplas, pois os investimentos
poderão tanto ser de empresas, como de particulares ou de entidades
governamentais. (CASAROTTO FILHO e KOPITTKE, 1996, p. 104).
A engenharia econômica pode ser definida como um conjunto de técnicas
que permitem a comparação, de forma científica, entre os resultados de
44
tomadas de decisão referentes a alternativas diferentes. (HUMMEL e
TASCHNER, 1992, p. 21).
Outros conceitos relativos a engenhar
ia econômica, os quais procuram
identificar sua f
o objetivo de auxiliar
ado
The Economic Theory of Railway Location. A
te, sobre a análise de viabilidade econômica para
empresariais, pessoais, governamentais,
forma sistematizada à análise de investimentos produtivos, denominando-a
de , provavelmente não imaginavam que passadas
omo a engenharia econômica se ocupa dos aspectos referentes às
questões econômica
é fundamental a utiliz
Existem diversos métodos para análise s
subseqüentes são ap
undamentação e importância podem ser encontrados em: Nogueira
(2007, p. 206); Motta e Calôba (2006, p.23); Grant, Ireson e Leavenworth (1990); e
Hisrchifeld (1986, p. 15).
A engenharia econômica vem sendo estudada desde o século dezenove com
pessoas em seus processos de tomada de decisões através de
cálculos que possibilitem a escolha entre alternativas de investimentos com o
propósito de obtenção da otimização dos recursos. Estudos desenvolvidos por
Arthur Wellington resultaram no primeiro livro sobre engenharia econômica public
em 1877 em Nova York, cujo título era
obra versava, primordialmen
ferrovias (GRANT, IRESON e LEAVENWORTH, 1990).
Seguindo a dinâmica da evolução dos conhecimentos científicos, a
engenharia econômica vem apresentado um desenvolvimento crescente, e
atualmente, muitos são os pesquisadores e livros produzidos nesta área.
A elevação do grau de complexidade da atualidade nas relações
sócio-ambientais, tem levado a uma
evolução constante dos estudos nesta área, pois segundo Pilão e Hummel (2003):
Quando ainda nos anos 50 E. L. Grant e W. G. Irenson resolveram dar uma
Engenharia Econômica
mais de cinco décadas sua técnica fosse considerada tão recente e
utilizável por tão grande número de administradores ou tomadores de
decisão nas empresas de todo mundo. É evidente que de lá para cá tal
técnica passou por inúmeros refinamentos, recebeu subsídios e novas
formas de utilização por partes dos autores das mais diversas tendências,
para que pudesse ser empregada da maneira mais racional possível em
função das peculiaridades locais de cada cenário...
C
s e financeiras da análise de investimento em relação ao tempo,
ação dos elementos e técnicas de matemática financeira.
de investimento, nos subcapítulo
resentados os métodos de análise de investimento em situação
45
de certeza, denomin
em análise de investimento) e em situação de incerteza e de risco.
3.3.1
ão utilizados para medir a atratividade das alternativas de
investi
ssim, afirmam Casarotto e
Kopttik
ção, ou de
análise
o
estudo dos fluxos de caixa – desembolso de caixa (saídas de caixas) e retorno de
investimentos (entrad
sua viabilidade econô
A viabilidade
remuneração (retorn
(1996), a escassez d
vez mais exista a pre
capital investido, os que possuem maior destaque entre os autores são:
ados métodos determinísticos (considerados métodos clássicos
Métodos quantitativos-determinísticos de análise de investimentos
Os métodos determinísticos de análise de investimentos ou técnicas de
análise de investimentos s
mentos ou empreendimentos em situação de certeza, servindo de instrumento
indicador dos ganhos que podem ser obtidos dentro de um horizonte de
planejamento e segundo Evangelista (2006, p. 31), apresentam a “situação de
certeza correspondente à previsibilidade de um resultado final certo ou esperado”.
Neste sentido Souza e Clemente (1995) afirmam que o grande campo de
aplicação das técnicas de análise de investimentos, sem dúvida, ainda está
associado ao processo de geração de indicadores utilizados na seleção de
alternativas de investimentos ou empreendimentos. A
e (1996 p. 106), “para uma análise sob este enfoque é necessário introduzir o
conceito de custo de recuperação do capital”.
Segundo Turra (1990) a Teoria do Investimento em Bens de Produ
de investimentos, utiliza métodos e técnicas de engenharia econômica para
avaliar o retorno de investimento. Dessa forma a análise de investimentos ou das
alternativas de investimento, de acordo com Rebelatto (2004), apresenta-se como
as de caixa) – de um projeto ou empreendimento para avaliar
mica.
de um projeto exige a recuperação do capital e sua
o sobre investimentos), pois segundo Casarotto e Kopittke
e recursos, frente às necessidades ilimitadas faz com que cada
ocupação de otimização da sua utilização.
Em síntese o processo de tomada de decisão de análise de investimento é
solucionado por técnicas de engenharia econômica fundamentados na ciência exata
da matemática financeira.
Dentre os métodos ou técnicas citados na literatura e que possibilitam a
geração de indicadores que estabelecem informações acerca da recuperação do
46
a) O valor presente líquido (VPL);
b) Taxa interna de retorno (TIR);
Taxa de rentabilidade (TR); e
erida (TMR), ou analisando de outra forma, este método
reflete
tilizada a seguinte
fórmul
c) Índice de lucratividade (IL) ou Relação Benefício-Custo (RBC);
d)
e) Período de Recuperação do Capital ou Período de Payback.
Embora existam outros métodos para análise determinística de investimento,
neste trabalho foram utilizados os cinco métodos citados, dado a sua grande
aceitação e utilização enquanto medidas para avaliação de projetos de investimento.
Nos subitens a seguir estão descritos os métodos de análise de investimento.
a) Método do Valor Presente Líquido (VPL ou VLP)
No cálculo do Valor Presente Líquido (VPL) ou Valor Líquido Presente (VLP)
é gerado um índice de rentabilidade que permite analisar a viabilidade econômica de
um projeto (empreendimento) ao longo prazo.
Segundo Casarotto e Kopittke (1996), os métodos da TIR e VPL são
equivalentes, e quando bem aplicados, conduzem ao mesmo resultado, apenas
cada um se adapta melhor a determinado tipo de problema.
O VPL permite analisar a viabilidade econômica do projeto ou
empreendimento no longo prazo, através do valor atual dos benefícios menos o
valor atual dos custos e dos desembolsos, descontados a uma Taxa Mínima Atrativa
(TMA) ou taxa Mínima Requ
o resultado em valores absolutos do investimento medido pela diferença entre
o valor presente das entradas de caixa e o valor presente das saídas de caixa.
Para o cálculo do Valor Presente Líquido pode ser u
a:
CO
T
R
B )(
n
VPL
n
j
i
)1(
0
+
=
=
Onde:
47
RB = pela entrada de caixa, ou seja, fluxos
investimento ou empreendimento;
COT ou fluxo de saída do investimento ou
i = u Taxa de
atualizar o fluxo de caixa;
j = ento.
Os fluxos de caixa devem ser considerados descontados, ou seja, os valores
devem
atraente todo investimento que apresente um VPL maior ou igual a zero.
indicam um retorno inferior à
xa mínima requerida (TMA), revelando ser economicamente desinteressante.
nericamente, a TIR é
repres
AMB,
1999).
risco do negócio e outros parâmetros muitas vezes subjetivos. Representa, em
última análise, a menor rentabilidade aceita pelo investidor a partir da qual preferirá
al em outros negócios ou empreendimentos.
A aceitação ou rejeição do investimento com base neste método é definida
mparação que se faz entre a TIR encontrada e a TMA exigida pela empresa.
Retorno ou Benefício esperado
operacionais de caixa gerados pelo
= Fluxos de saída de caixa
empreendimento (não inclusa a depreciação);
Taxa mínima de atratividade ou Requerida (TMA ou TMR) o
desconto (juros) considerado para
Número de períodos ou horizonte do investimento ou empreendim
estar todos atualizados para a data presente (valor do dinheiro na linha do
tempo), através de uma taxa de desconto (juros) definida para o investimento e
denominada Taxa Mínima de Atratividade (TMA).
O critério de aceitação ou rejeição do método é simples, pois se considera
Projetos ou empreendimentos com VPL negativo
ta
b) Método da taxa interna de retorno (TIR)
A Taxa Interna de Retorno (TIR) representa a taxa de desconto (taxa de juros)
que iguala, num único momento, os fluxos de entradas com os de saída de caixa, ou
seja, é a taxa de juros que produz um VPL = 0. Ge
entada supondo a atualização de todos os valores de caixa para o momento
zero.
A TIR reflete a rentabilidade relativa (percentual) de um projeto de
investimento, expressa em termos de uma taxa de juros equivalente periódica. A
taxa de desconto ou Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é a menor rentabilidade
estabelecida em relação aos investimentos (GALESNE, FENSTERSEIFER, L
Este índice está calcado em parâmetros como taxas de juros de captação,
aplicar ou manter seu capit
pela co
48
Se a TIR exceder a TMA o investimento é atraente caso, contrário deverá ser
rejeitado.
Genericamente, a TIR é representada, supondo a atualização de todos os
valores de caixa para o momento zero, conforme a fórmula a seguir:
0
)(
)1(
0
+
=
trada de caixa, ou seja, fluxos
ento ou
Tir =
= Número de períodos ou horizonte
n
j
Tir
Onde:
RB = Retorno ou Benefício esperado pela en
n
COTRB
operacionais de caixa gerados pelo investimento ou empreendimento;
COT = Fluxos de saída de caixa ou fluxo de saída do investim
empreendimento (não inclusa a depreciação);
Taxa interna de retorno;
j do investimento ou empreendimento.
c) Índice de Lucratividade (IL);
O Índice de Lucratividade de Longo-prazo (IL) é representado pelo quociente
do Valor Líquido das Entradas de caixa (VLE) ou Valor Presente (VP) pelo
Investimento Inicial.
RL
n
I
i
IL
o
j
+
=
= 1
)1(
Onde:
RL = Re
o
n
torno ou Benefício esperado pela entrada líquida de caixa do investimento
u empreendimento;
I
0
= Investimento inicial;
i = Taxa mínima de atratividade (TMA) ou Taxa de desconto (juros) considerado
para atualizar o fluxo de caixa;
j = Número de períodos ou horizonte do investimento ou empreendimento.
49
d) Taxa de retorno (TR) Índice de Retorno de Longo-Prazo (IR) ou Relação
Benefício
-Custo (RBC)
ado dos gastos.
A Taxa de Retorno (TR) representa, em forma percentual, o quociente do VPL pelo
Investimento Inicial. O Índice de Retorno de Longo-prazo (IR) representa
te do VPL pelo Investimento Inicial, também denominada
Relação Custo x Benefício. Dessa forma a Taxa de Rentabilidade (TR) representa
os percentuais o IR ou RBC.
Sendo ser representada pela fórmula a seguir:
Por sua vez, a Taxa de Retorno (TR) consiste na relação entre o VPL,
determinado a partir da taxa mínima de atratividade, e o valor atualiz
resumidamente o quocien
em term
I
VPL
TR =(%)
o
Onde:
= Investimento inicial;
1,0 , tem-se um indicativo de desinteresse pela alternativa, a
ual produz um valor atualizado de entrada de caixa menor que o de saída (VPL
negativo).
e) Período de Recuperação do Capital (PRC) ou Período de Payback
descontado.
apital, comumente conhecido como
empreendimento recupere o capital investido.
VPL = Valor Presente Liquido;
I
0
Quando o IR ou RBC for superior a 1,0, indica um valor presente líquido maior
que zero, revelando ser o projeto economicamente atraente. Em caso contrário, IR
ou RBC menor que
q
O Período de recuperação econômica de c
Payback, é o período de tempo necessário para que o investimento ou
PRC ou Payback = K, tal que;
0
)1(
)(
0
+
=
n
k
j
i
CO
T
RB
Onde:
50
RB = Retorno ou Benefício esperado pela entrada de caixa, ou seja, fluxos
operacionais líquidos de caixa gerados pelo investimento ou empreendimento;
COT
icos de análise de Investimentos
Os métodos probabilísticos incorporaram na análise de investimento as
medidas de risco, para a partir de determinado conjunto de ações estabelecer os
íveis e as probabilidades de cada um acontecer,
sco é inerente ao processo de
ter-se expectativas de retornos maiores aos riscos
a algumas técnicas foram desenvolvidas para tentar tratar
e form
ento, do custo e do tipo de projeto
ão de capital de forma intensiva ou não).
dados
históricos ou relevantes. Dessa forma são utilizadas técnicas qualitativas para
levanta
te se utiliza quando basicamente
existem valores históricos que possam ser quantificáveis e analisados através de
modelo a a tomar conclusões destas informações.
No caso específico da aqüicultura, devido sua característica de produção de
está sujeita a muitas variáveis de incertezas, como por
exemplo: o mercado (preço dos insumos, preço de venda e demanda), das
es climáticas que influenciam os organismos de natureza biológica e das
= Fluxos de saída de caixa ou fluxo de saída do investimento ou
empreendimento (não inclusa a depreciação);
k = Período de recuperação do capital;
i = Taxa mínima de atratividade (TMA) ou Taxa de desconto (juros) considerado
para atualizar o fluxo de caixa;
j = Número de períodos.
3.3.2 Métodos quantitativos-probabilíst
vários resultados poss
transformando assim a incerteza em riscos calculados.
Segundo Woiler e Mathias (1996) o ri
investimento, assim é comum
mais elevados, dessa form
d a simplificada o problema de avaliação do risco.
Estas técnicas podem ser divididas em métodos de análise qualitativas e
quantitativas. Ainda segundo Woiler e Mathias (1996), o uso de determinada
abordagem (qualitativa ou quantitativa) depende basicamente da disponibilidade de
dados, do horizonte de projeção ou planejam
(setor da economia e utilizaç
A abordagem qualitativa normalmente se utiliza quando não se tem
mento de dados e depois transformá-los em informações mensuráveis ou
quantitativas.
A abordagem quantitativa normalmen
s matemático-estatístico de form
organismos biológicos
condiçõ
51
condições técnicas de produção (uso da melhor tecnologia de produção adaptável
rodução) e indiretos, quando o
(CHAMBALIN, 1996).
Na análise de risco, existe larga utilização da técnica analítica de simulação
e Monte Carlo (de uso mais generalizado). A simulação de Monte Carlo trabalha
e e fornece
omo resultado a distribuição de probabilidade de todos os retornos possíveis para o
projeto
ção rural e no trabalho de
extens
da extensão
dos pr
ou atividades (inclusive rurais) combinam os fatores ou insumos de
produç
s
dentro
às condições existentes).
Assim os riscos podem ser diretos, quando o produtor pode intervir
nicos de p(basicamente relacionados aos fatores téc
produtor não tem como intervir diretamente (políticas econômicas, fatores climáticos,
ado, etc.) preços e condições de merc
d
com as variáveis estratégicas selecionadas pela análise de sensibilidad
c
em estudo.
3.4 Sistema de Custo em Atividades Agropecuárias
Os agentes econômicos participantes das atividades agrícolas, pecuárias e de
pesca fazem uso de estudos de custo de produção com os mais diversos objetivos.
Para Schuh (1976) as estimativas de custo de produção têm sido assunto
controverso, no entanto são fundamentais na administra
ão, assim como na definição de políticas públicas uma vez que refletem a
eficiência produtiva e o sucesso no esforço de produção.
A Teoria do Custo relaciona-se de forma direta com a Teoria da Produção,
ambas oriundas da Teoria Econômica, tendo como objetivo da teoria da produção,
relacionar informações acerca dos preços dos fatores de produção e
azos (curto ou longo-prazo), podendo-se assim estabelecer uma estrutura ou
sistemática de custos. Segundo Pindyck e Rubinfeld (2005) os custos de produção
devem ser analisados a partir da teoria da produção, a qual procura explicar como
as empresas
ão de forma a obter máximo produto, com os mínimos custos.
Como corolário, chega-se à estrutura ou sistemática dos custos de produção.
De acordo com Turra (1990) a economia da produção procura tratar as escolha
do processo produtivo de forma a otimizar a seleção de atividades e alocação
de recursos escassos. Neste sentido, para fornecer aos mais diversos agentes que
necessitam tomar decisões no âmbito da produção, é fundamental estabelecer uma
sistemática acerca do custo de produção.
52
Segundo Hoffmann et al. (1987) a economicidade de um empreendimento
rural está relacionado aos custos, que devem ser compatíveis com os objetivos a
serem
r na avaliação econômica e financeira, adequação da estrutura
rodutiva aos recursos tecnológicos, servir de base para os órgãos de fomento
3.4.1
a aqüicultura (piscicultura),
foram
a) Cus
alcançados, comparando os benefícios em relação aos custos.
Os custos de produção são classicamente definidos como sendo o somatório
dos valores de todos insumos ou fatores aplicados ou utilizados no processo de
produção de um produto (MATSUNAGA et al., 1976).
O sistema de custo, segundo Santos et al. (2002), é um conjunto de
procedimentos administrativos que registram, de forma sistemática e contínua a
efetiva remuneração dos fatores de produção empregados nos serviços rurais com o
objetivo de prover o administrador de informações necessárias à tomada de decisão,
assim como auxilia
p
público ou privado, estabelecer preços mínimos, etc.
Estruturas dos custos de produção e indicadores econômicos
A análise da estrutura de custo foi fundamentada no método do custo
operacional de Matsunaga et al. (1976), conforme citado no método de estruturação
dos custos, para análise de curto-prazo (em um ciclo de produção).
Para avaliar o resultado líquido ou a rentabilidade d
utilizados os indicadores de rentabilidade.
Nos cálculos dos custos de longo-prazo (superiores a um ciclo de produção),
foram realizadas análises baseada na estrutura de custo operacional de produção
(COE), custo de implantação e custo total de produção (CTP), possibilitando assim a
análise determinística dos resultados econômicos.
O custo operacional pode ser detalhado da seguinte forma:
tos operacionais
Os Custos Operacionais Efetivos (COE) são todos os dispêndios efetivos em
unidades monetárias para operacionalização do empreendimento.
Estes custos são:
a) Insumos;
53
b) Mão-de-Obra;
c) Manutenção das instalações;
d) Despesas com máquinas e equipamentos;
e) Impostos e taxas;
f) Despesas com transporte;
g) Despesas gerais.
b) Custos de produção operacional total (COT)
Inclui, além do custo operacional efetivo (COE), os gastos com depreciação
e a mão-de-obra familiar (caso exista). Estes custos são:
a) Depreciação;
b) Mão-de-obra familiar; e
c) COE
) Indicadores econômicos
viabilidade do
dores:
dução, ou seja,
RB = q x p, onde q é a quantidade e p é o preço;
): Lucro obtido pela diferença entre a RB e o Custo
Operacional Efetivo (COE), ou seja, L = RB – COE;
c
l Total (COT), ou
= RB – COT;
c
Os indicadores econômicos possibilitam a partir de métodos determinísticos,
analise de saída e retorno, avaliar a rentabilidade e a
empreendimento.
d) Indicadores de Rentabilidade do Empreendimento
Para avaliação do retorno sobre o investimento e despesas do
empreendimento, foram utilizados os seguintes indica
a) Receita Bruta (RB): Receita obtida pela venda da pro
b) Lucro Bruto (L
) Lucro Operacional (LO) ou Receita Líquida (RL): Lucro obtido pela
diferença entre Receita Bruta (RB) e o Custo Operaciona
seja, LO ou RL
54
d) Margem de Contribuição (MC): Margem de Contribuição é a diferença
ional Efetivo (COE). É um indicador de
considera os custos fixos.
peracional Total (MB
COT
): É definida pela
ucro operacional (ou receita operacional) e custo
operacional total de produção. É um indicador que expressa a taxa de
MB =
entre a RB e Custo Operac
análise para o curto-prazo, uma vez que não
MC = RB – COE;
e) Margem Bruta do Custo O
relação entre o l
retorno para remunerar os custos
100x
R
COT
COT
COT
B
;
entre os Custos dividido
e produzida, ou seja:
f) Custo Médio (CMe): É expresso pela relação
pela quantidad
CMe =
Q
CUSTO
, expresso em R$/kg;
g) Índice de Lucratividade (IL): O Índice de Lucratividade (IL) é a relação
COT) e a Receita Bruta e demonstra o percentual da
receita obtida com a venda da produção, onde:
entre o Lucro (RB –
IL =
100x
R
B
CO
T
R
B
;
h) Retorno Sobre o Investimento Operacional (RIO): O Índice de Retorno
Sobre o Investimento Operacional (RIO) é a relação entre o Lucro
ercentual da receita obtida
com a venda da produção, onde:
Operacional pelo investimento e demonstra o p
RIO =
100x
to
I
nvestimen
LO
;
i) Ponto de Nivelamento ou Ponte de Equilíbrio Físico e Financeiro: É
o
um indicador importante para avaliação econômica da atividade produtiva.
Propicia a determinação da quantidade mínima (Qmín) ou do preç
mínimo (Pmín) para cobrir os custos. Sendo expressos por:
Pmín (ou Qmín ) =
)(ouPQ
;
CUSTO
55
3.5 Ta
A t xa
mínima re
do cap
do capita
investime
3.6 Metodologia
objetiva g rvação do fenômeno estudado, sendo
esta a característica do método indutivo, em que segundo Gil (1999) o método
indutivo parte do particular e c
trabalh
situações
métodos tos da investigação, este
estudo r caracterizado
A tipologia da pesquisa, no que tange aos objetivos, pode ser classificada
como
relações
descrição
os quais existem independente do contexto da pesquisa.
como exploratória, porque procura
aumentar o entendimento sobre eventos reais e contemporâneos, caracterizando
como u
pesquisad
concentra a real e que
os limites e conte mente
definidos e identificáveis.
Neste sentido a pesquisa de estudo de caso foi exploratória, consistindo a
rimeira etapa de uma investigação mais ampla, aproximando determinados fatos
om o contexto geral. A principal finalidade deste tipo de pesquisa é desenvolver,
xa de desconto
axa de desconto, também denominada de taxa mínima atrativa ou ta
querida, do ponto de vista econômico refere-se ao custo de oportunidade
ital - a taxa de desconto expressa o custo de oportunidade do uso alternativo
l, ou seja, a taxa mínima de juros que o investidor exige para aceitar o
nto.
O presente trabalho, dentro de uma abordagem ampla do método científico,
erar generalizações a partir da obse
oloca a generalização como produto posterior do
o de coleta de dados empíricos de forma a possibilitar sua replicação para
semelhantes. Em relação aos métodos de procedimento, ou seja, dos
que indicam os meios técnicos e procedimen
pode se como estudo de caso.
descritiva e exploratória, pois sua finalidade é descrever e estabelecer
entre as variáveis quantitativas em estudo, e também porque a partir da
e registro, analisa e correlaciona os fatos ou fenômeno sem manipulá-los,
A pesquisa também pode ser classificada
est do de caso, e assim proporcionar uma visão mais ampla (GIL, 1999).
o estudo de caso, segundo Yin (2001), investiga fenômenos onde o
or tem pouco controle sobre os eventos, e quando o foco de análise se
em fenômenos contemporâneos dentro de um contexto da vid
entre o fenômeno xto onde ocorre o fenômeno são clara
p
c
56
esclarecer e modificar os conceitos e idéias com a finalidade de caracterizá-las (GIL
999), e assim possibilitar tomada de decisão em virtude das informações obtidas.
.6.1 Processo de definição das etapas da pesquisa
Para condução do estudo e modelamento econômico-financeiro a adaptação
de um
para justificar a utilização de
métod
isão.
não é óbvia, então deve-se organizar o problema.
1
O estudo de caso segundo Yin (2001) pode ser classificado de acordo com
seu objetivo final (exploratório, explanatório ou descritivo). Quanto à quantidade de
casos (único ou multicaso). No caso específico deste trabalho caracteriza-se como
caso único.
3
modelo de procedimento metodológico tornou-se fundamental. Dessa forma
adaptou-se um modelo de procedimento metodológico para este estudo de caso,
fundamentado nos estudos sugeridos por Casarotto e Kopittke (2000) e Motta e
Calôba (2006).
É importante destacar como este autores estabelecem as etapas e métodos
de pesquisa em análise de investimento, baseados em métodos de engenharia
econômica.
Casarotto e Kopittke (op. cit.) argumentam que
os de análise de investimento três aspectos fundamentais devem identificar
um problema em análise de investimento. Primeiro o problema deve ser
suficientemente importante para justificar o esforço de se utilizar um método
estruturado; segundo, a decisão não pode ser óbvia; e terceiro, o aspecto
econômico é significativo e dessa forma influenciará na dec
Definida a relevância do problema (investimento), os passos metodológicos
para análise econômica com a utilização de métodos de análise de investimento
devem ser:
Primeiro - definir se o tipo de investimento é suficientemente importante para
justificar o esforço?
Segundo - se o investimento é suficientemente importante para justificar o
esforço e a solução
Terceiro - avaliar se o aspecto econômico é significativo e influenciará na
decisão, caso positivo, fazer a análise de investimento.
57
Definida a importância e o tipo de investimento, parte-se então para situações
de previsibilidade, em que o aspecto econômico é importante.
Primeiro - caso exista boa previsibilidade dos aspectos econômicos, deve-se
utilizar os métodos de análise de investimento determinísticos: Método do
Valor Presente Líquido (VPL) ou Custo Anual Equivalente (CAE); Método da
Taxa Interna de Retorno (TIR); e do Prazo de Recuperação do Capital,
C).
ções em que existam além dos aspectos econômicos, outros
aspec
e multicritério.
ndo: a modelagem econômico-financeira; e
Terceiro: a(s) tomada(s) de decisão.
apresentado pela figura 6, na qual identifica-se as etapas de análise de
investi
avaliaç do nas
inform
também conhecido como Pay-back period (PR
Segundo - caso as situações sejam menos previsíveis, deve-se fazer: análise
de sensibilidade; simulação (simulação e simulação de Monte Carlo); e outros
métodos para situações que envolvam riscos e incerteza.
Em situa
tos ou critérios significativos, é importante fazer:
Análise de Custo-Benefício e Aspectos Sociais; e
Anális
Motta e Calôba (2006) identificam e relacionam algumas etapas relacionadas
à análise de investimento ou aplicação de capital através dos princípios de
engenharia econômica na solução de problemas de investimento e tomadas de
decisão, as quais os autores pressupõem o estudo de algumas etapas consideradas
por eles como essenciais.
Estas etapas são:
Primeiro: a formulação do problema ou oportunidade;
Segu
O modelo conceitual de Motta e Calôba (2006b), esquematicamente pode ser
mento, a modelagem através dos elementos de engenharia econômica, a
ão de risco e processo final de tomada de decisão gerencial basea
ações geradas no processo de modelagem econômico-financeiro.
58
Análise de Investimentos
Matemática
Financeira
Matetica
Financeira
Fluxo de Caixa
Contabilidade
Fluxo de Caixa
Contabilidade
e caminho
toma r?
P
Opo
Al rnativas
Qu
roblema
rtunidade
te
P
Opo
Al rnativas
Que
roblema
rtunidade
Modelagem E conômico F inanceira
te
caminho
toma r?
Modelagem Econômico Financeira
Tomada de
Decisão
Consciente
Racional
Padronizada
Tomada de
Decisão
Consciente
Racional
Padronizada
todos de
Avaliação
Métodos de
Avaliação
Sistemas de
Financiamento
Sistemas de
Financiamento
Análise de Risco
Análise de Risco
rações de Motta e Calôba (2006b).
ômica e risco da criação de peixes em tanques-rede no
servatório de Itaipu, localizada na região oeste do Paraná, no município de Santa
na área de transição do reservatório, junto ao refúgio biológico de
Santa 196, S 24° 51’ 192, W
54° 21 , apresentado na Figura 7,
especificamente na região da bacia do rio Paraná 3.
Fonte: Adaptado com alte
Figura 6 - Modelamento do problema para análise de investimento.
Baseado nos modelos anteriores (Casarotto e Kopittke, 2000; Motta e
Calôba, 2006) definiram-se as etapas para a realização do estudo de caso de
análise da viabilidade econ
re
Helena, localizado
Helena, entre as coordenadas geográficas W 54° 21’
’ 078, S 24° 51’ 192 e W 54° 21’ 224, S 24° 51’ 143
59
Fonte: In tituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES, 2007), ITAIPU
BINACIONAL (2007) e Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA, 2007).
Figura 7 - Localização do Projeto de produção na cidade de Santa Helena
s
60
3.6.2 Passos metodológicos
Os passos metodológicos são situações ocorridas no âmbito da pesquisa com
objetivo de chegar a um resultado, ou seja, analisar a viabilidade econômica-
nanceira e o risco da produção de espécies nativas no reservatório de Itaipu. Neste
entido os passos metodológicos foram os seguintes:
1º) A partir da necessidade de desenvolver a piscicultura no reservatório da
Itaipu binacional com objetivo de gerar emprego e renda para a população
de pescadores, a diretoria da referida empresa entrou em contato com o
Grupo de Estudo e Manejo em Aqüicultura (GEMAq) da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) em 2005;
2º) Os professores e técnicos do GEMAq, desenvolveram o projeto e
submeteram a apreciação e aprovação da Itaipu;
3º) A Itaipu posteriormente submeteu o projeto a Secretaria Especial de
Abastecimento e Pesca (SEAP verno Federal para autorização e
liberação de recursos;
4º) A Itaipu após aprovação e liberação de recursos, estabeleceu convênio
com o GEMAq através da UNIOESTE e da Fundação Universitária
(FUNIVERSITARIA) com data limite para o ano de 2006;
5º) O GEMAQ estabeleceu a elaboração de um Análise de Viabilidade
Econômica e um Plano de Negó io para avaliar o projeto;
6º) A partir de uma análise de painel de especialistas (professores e técnicos)
e também dos dados parciais de biometria (amostragem do desempenho
de peixes em cultivos iniciais e dados parciais) foi realizado a análise de
viabilidade econômica e um Plano de Negócios da atividade;
7º) Com os dados do cultivo em 18 e 19 tanques-rede foram determinados os
índices de desempenho zootécnicos através de biometrias mensais do
pacu e jundiá respectivamente;
8º) Ao final dos experimentos foram levantados os índices de desempenho
de
sobrevivência, etc. e financeiros (custos operacionais efetivos, custo
o
fi
s
) do Go
c
das espécies Pacu e Jundiá, tais como conversão alimentar, taxa
operacional total, etc.);
61
9º) Com as informações levantadas foi realizado a análise de custos,
produção e viabilidade econômica-financeira;
atório, no município de Santa
ao Refúgio Biológico de Santa Helena.
dezembro
recursos.
espécies
influência corte logitudinal de
análise
para a es mo ano para a espécie
Jundiá
Inic
curimbatá e o jundiá. Os juvenis obtidos da espécie Jundiá apresentaram peso
inicial
300g, dad
também p spécie somente
com es
As nte casualizado
com 6
volume, s
Biológico
de 44 ind abaixo dos
valores
pelos pes
Apó de informações dos dados zootécnicos
relevan
produção
empreend
baseados para este volume de produção.
O projeto analisado foi constituído por três unidades demonstrativas,
compostas por 18 tanques-redes para o Pacu e 19 tanques-rede para o Jundiá e
Curimbá, localizados na área de transição do reserv
Helena, junto
O experimento foi realizado no Reservatório de Itaipú de julho de 2005 a
de 2006. E posteriormente extendido até junho de 2007 com sobras dos
Especificamente para avaliação do crescimento e desenvolvimento das
em relação ao arraçoamento (alimentação), conversão alimentar e
da temperatura da água. O experimento teve como
o final de janeiro a junho de 2006, aproximadamente 154 dias ou 5,13 meses
pécie Pacu e de fevereiro a dezembro do mes
.
ialmente foram analisadas três espécies de peixes, sendo: o pacu, a
médio de 50g, já a espécie Pacu apresentou peso inicial de aproximadamente
o a dificuldade de se conseguir juvenis no período do experimento e
orque a ITAIPU-BINACIONAL possuía estoque desta e
te peso.
espécies foram distribuídas em um delineamento inteirame
tratamentos e 4 repetições, tendo os tanques-rede volume total de 5,36 m
3
de
endo 5 m
3
de volume útil, instalados no Reservatório de Itaipu no Refúgio
de Santa Helena. Os Pacus e Curimbatás foram estocados em densidade
ivíduos/m
3
e os Jundias 75 indivíduos/m
3
, densidades estas
citados na literatura sobre a produção destas espécies, porém consideradas
quisadores como densidades seguras para um primeiro experimento.
s o período de levantamento
tes, foi estabelecido pelos técnicos da ITAIPU e da Unioeste um volume de
em 160 tanques-rede (conforme estabelecido pela Itaipu) para o
imento. Todos os cálculos para implementação do empreendimento foram
62
dos equip utilizado o galpão da
colônia de pescadores, não obstante, em outros empreendimento deste formato que
não p
panhamento da qualidade da
água
razo (TJLP) de 6,25% e abaixo da taxa SELIC de 11,25%.
para o experimento foram elaborados seis rações experimentais
extrus
or o
quadro
Para o projeto não foi necessário construir um galpão para armazenamento
amentos e acondicionamento da ração, pois foi
ossua local para armazemanto e acondicionamento dos insumos, este item
deverá ser considerado nos cálculos do investimento inicial.
Os equipamentos necessários para desenvolvimento da produção, assim
como equipamentos para manejo, biometrias e acom
foram definidos através de pesquisa de campo e consulta aos técnicos do
projeto.
A depreciação foi calculada pelo método linear, ou seja, foi tomado o valor do
equipamento diminuído do valor residual e dividido pela vida útil.
Para este estudo foi considerada uma taxa de desconto de 8%. Esta taxa foi
estimada para o último semestre de 2007 como a taxa de juros real da economia,
ficando assim acima da taxa da caderneta de poupança (6%) e da taxa de Juros de
Longo-P
Os gastos com a questão legal, ou seja, a adequação a todas as normas e
legislação pertinente ao licenciamento, instalação e operação da atividade foram
levantadas através de pesquisa na legislação federal, material técnico da área
(FILIPETTO, 2004), pesquisa junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) na
portaria IAP nº 112 de 14/07/2005 e consulta a técnicos do IAP.
Também
adas com níveis de 25%, 30% e 35% de proteína e dois (2) níveis de energia
3.250 e 3.350 kcal/kg de energia digestível.
O resultado deste estudo e desenvolvimento da ração está expresso abaixo
(quadro 1), onde foi estabelecido a composição e custo da ração.
Os resultados encontrados em relação ao custo por quilograma de ração
tiveram como custo mínimo de R$ 0,6637/kg, custo máximo de R$ 0,7502/kg e custo
médio de 0,7070/kg. Estes valores foram utilizados posteriormente para comp
dos coeficientes técnicos e também das variáveis fundamentais de entrada
dos cenários para análise de sensibilidade, risco e retorno do empreendimento.
63
Níveis de energia kcal/kg
3250 kcal/Kg 3500 kcal/Kg
Níveis de proteína (%) Níveis de proteína (%)
Ingredientes (%)
Custo
R$/Kg
25% 30% 35% 25% 30% 35%
Arroz quirera R$ 0,25 30 30 30 30 30 30
Antioxidante (BHT) R$ 12,30 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03
Calcário calcítico R$ 0,02 0,027 0,107 0,188 0 0,081 0,161
Farinha de carne e
R$ 0,32 4,787 4,787 4,787 4
ossos
,787 4,787 4,787
F bicálcico R$ 0,80 0,496 0,249 0,002 0,536 0,29 0,043 osfato
Farinha de peixe R$ 1,66 3,334 3,334 3,334 3,334 3,334 3,334
Farinha de vísceras
de aves
R$ 0,70 15 15 15 15 15 15
Farelo de soja R$ 0,42 14,379 27,215 40,051 15,39 28,225 41,061
Milho R$ 0,26 30,673 18,146 5,618 25,057 12,528 0,001
Óleo de soja R$ 1,34 0,323 0,182 0,041 4,916 4,775 4,633
Suplem
e Vitam
ento mineral
ínico
R$ 14,00 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4
Antifúngico R$ 7,30 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05
Sal comum R$ 0,26 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
Total - Kg 100 100 100 100 100 100
Custo Total/100 Kg R$ 46,37 R$ 48,12 R$ 49,87 R$ 51,53 R$ 53,27 R$ 55,02
Custo de Processamento R$ 20,00 R$ 20,00 R$ 20,00 R$ 20,00 R$ 20,00 R$ 20,00
Custo Total/100 Kg +
Processamento
R$ 66,37 R$ 68,12 R$ 69,87 R$ 71,53 R$ 73,27 R$ 75,02
Custo Total/Ton R$ 663,75 R$ 681,24 R$ 698,73 R$ 715,25 R$ 732,74 R$ 750,22
Custo Total/kg R$ 0,6637 R$ 0,6812 R$ 0,6987 R$ 0,7152 R$ 0,7327 R$ 0,7502
F BOSCOLO E FEIDEN (2005).
Quadro 1 - Composição percentual e química das rações experimentais com
diferentes níveis de proteína e energia e seus respectivos custos.
3.6.3 Análise de retorno e risco do investimento através da s
onte:
imulação de Monte
o da viabilidade econômica e risco da
produçã
para descrever o
funcio
rma
deve ser analisado e avaliado, pois conforme Leismann (2002) a análise de risco
tem sido reconhecida como uma ferramenta de grande utilidade para tomadores de
decisão tratarem situações sujeitas a incertezas e riscos. O risco é derivado da
incapac ade de se prever os eventos futuros, sendo assim uma situação em que há
Carlo com a utilização do software @RISK®
O estudo procurou explorar a questã
o de piscícola em tanques-rede no reservatório de Itaipu, através do
modelamento, definido através do uso de técnicas matemáticas
namento de um sistema de produção, complementado com a aplicação de um
sistema de simulações para avaliar a sensibilidade e risco, através de recursos
computacionais específicos de forma a analisar a relação causal entre variáveis
quantitativas.
O retorno sobre o investimento está sempre sujeito a risco e dessa fo
id
64
probabilidade, com certo grau de previsibilid isão do presente
um ato de reflexão, ponderação possíveis uras
dessa decisão.
o nvolvimento da informática, notadamente dos
microcomputadores e dos softwares espec imos anos, houve um grande
a tad arte aná determinísticas e probabilísticas de
investimentos. Um enorme avanço ocorr ia da Decisão”, ou
seja, da tomada de decisão em situações de incerteza e risco baseado na teoria da
p e (SH 200 plic vol à a de , como o
@Risk® baseado na simulação de Monte Carlo, têm auxiliado muito as tomadas de
decisões.
Simula o Monte Carlo realiza este e o, co com ilizaç do
apl isk ál sc ab e o
distin
odelo no EXCEL®;
3º) Identificação da Incerteza e risco e análise dos resultados do modelo
os fornecidos e nas
distribuições de probabilidade.
ade, o que torna a dec
e avaliação das conseqüências fut
Com dese
íficos nos últ
vanço no es o da das lises
eu na chamada ”Ciênc
robabilidad IMIZU, 6). A a tivos tados nálise risco
A çã da n stud ntou a ut ão
icativo EXCEL®, e @R ®. A an ise de ri o foi est elecida m quatr passos
tos:
1º) Desenvolvimento do m
2º) Estabelecimento e ajustamento estatístico dos dados (BestFit®) para
inserção no modelo a ser estudado em uma planilha eletrônica;
gerado pelo processo de simulação (@Risk®); e
4º) Tomada de Decisão baseado nos resultad
Detalhando as etapas aplicada na pesquisa, realizou-se:
a) Desenvolvimento do modelo: etapa que consistiu na estruturação do
modelo, sendo este apresentado no formato de uma planilha eletrônica;
b) Identificação de incertezas e riscos: por meio do levantamento de dados,
análise de sensibilidade e opinião dos técnicos e engenheiros, foi
identificado no modelo quais eram as variáveis de entrada que apresentam
maior impacto nos resultados e em maior grau. Isto feito foi especificado na
planilha quais as células que continham estas variáveis (input cells). E para
cada uma delas foi especificado o modelo de distribuição a ser utilizado.
65
Para proceder a seleção do tipo de distribuição que melhor ajustasse as
variáveis de entrada, utilizou-se o software denominado BestFit®. Após
definida o tipo de distribuição, foram definidas as células de saída, onde
estavam relacionadas as variáveis de saída (output cells), para as quais
foram destinados os resultados e assim foi possível avaliar os impactos;
c) Realização de análise da simulação: o @RISK® durante cada simulação
usa de duas operações: (1ª) – define um conjunto de valores para às
células de entrada, conforme as distribuições de probabilidade associadas
e (2ª) - recalcula a planilha em uso na quantidade de interações
estabelecidas pelo decisor. Isto se procede até que seja atendida a
input cells) e saída (output cells),
são procedidas às análises. Isto pode ser feito: (1º) analisando parâmetros
ínimo e desvio padrão) e (2º)
sumos de
s e
r exemplo os ambientes
d) Tomada de decisão
condição de parada especificada pelo usuário, ou seja, o número de
interações (10.000 interações). De posse das distribuições de freqüência
geradas para as variáveis de entrada (
estatísticos (média, valor máximo, valor m
interpretando os gráficos. O @RISK® disponibiliza gráficos tipo
histogramas, curvas distribuição (de acumulação), gráficos e re
diversas rodadas de simulação, e estes podem ser transferido
manipulados para planilhas eletrônicas, como po
do EXCEL ® ou do LOTUS 1-2-3®; e
: a decisão deve ser tomada com base nos resultados
is. Dessa forma o
software @RISK apresenta ao tomador de decisão vários cenários. No
análise d
a utilizaçã
gerados pelo software e nas preferências pessoa
entanto, a escolha da melhor alternativa depende essencialmente da
experiência, habilidade do usuário e de seu nível de aversão a riscos.
O capítulo seguinte apresenta os resultados e as discussões pertinentes a
e retorno e risco do investimento através da simulação de Monte Carlo com
o do software @RISK® e Excel®.
4 RESU
A
apresenta
econômic so
e contribuição social do investimento, tanto para a instalação de novos
empre
outras fin
Pa
estabelec
possíveis
econômic
Co
de uma
planejam
análise f
reservató
Co
Curimba
mesopota
potencial do projeto devido ao alto índice de
mortalidade da espécie. A princípio foi definido que esta espécie não se adaptou às
condiç
assim sua
A
econômic
4.1 Planejamento e execução do projeto-experimento para instalação do
e
ento está relacionado a uma série de
tores ou informações relevantes, as quais são fundamentais. Estes fatores ou
LTADOS E DISCUSSÃO
análise de viabilidade econômica de projetos ou empreendimentos, se
, inegavelmente, como um ferramental essencial para avaliação técnico-
a e instrumento para tomada de decisão gerencial em relação ao suces
endimentos, quanto ao acesso a programas de crédito do governo, dentre
alidades.
ra a correta análise de investimento é necessário elaborar o fluxo de caixa,
er a taxa de desconto ou taxa mínima de atratividade, os cenários
do empreendimento e fundamentalmente levantar os indicadores
o-financeiros para avaliação e tomada de decisão.
m este objetivo foi desenvolvido este capítulo, ou seja, apresentar dentro
seqüência estruturada os resultados da pesquisa, com relação ao
ento do empreendimento, a estruturação e apresentação dos custos, a
inanceira, de viabilidade econômica e risco da produção aqüícola no
rio de Itaipu.
nforme discriminado anteriormente foram estudadas três espécies:
(Prochilodus lineatus), Jundiá (Rhamdi quelen) e Pacu (Piaractus
micus). O cultivo experimental da espécie Curimbá, apesar de seu
de mercado, foi abortado no início
ões climáticas e de cultivo em tanques-rede para a região, sendo descartada
produção.
partir do item 4.1.3 são apresentados os resultados financeiros e
os do estudo para as espécies que demonstraram potencial de produção.
mpreendimento
O sucesso de qualquer empreendim
fa
67
informações inerentes ao projeto estão relacionados, segundo Kubtiza e Ono (2004)
ao:
mente quantidade e qualidade físico-química da água);
rios e encargos);
cionais de produção e capital de giro).
acado na metodologia, para o experimento foram elaborados
seis ra
A ração para cultivo de espécies em tanques-rede, pelas características
fundamental para o desenvolvimento das espécies, e ao mesmo tempo o insumo
variável de maior peso no custo de produção, o qual pode oscilar entre 50% a 70%
do custo total variável de produção. Por este motivo uma das primeiras
alta qualidade a um custo otimizado.
1) Mercado consumidor e preços (conforme descrito apresentado na figura 5
referente a cadeia produtiva do peixe);
2) Tamanho e localização (fatores estruturais locais e regionais);
3) Disponibilidade de recursos naturais para produção de peixes
(principal
4) Disponibiliade de insumos (conforme apresentado na figura 5);
5) Sistema de produção ou processo produtivo (engenharia do produto e do
processo);
6) Recursos humanos necessários (capacitação, salá
7) Serviços (principalmente em relação a assessoria técnica do
empreendimento e funcionamento);
8) Impactos ambientais (inclusive as taxas para licenciamento e operação);
9) Disponibilidade de recursos financeiros (Investimentos, custos fixos,
custos opera
4.1.1 Resultados levantados no projeto
A partir das características técnicas do projeto-experimento estudado foram
levantadas informações relevantes, as quais fundamentaram os cálculos do projeto-
experimento, a projeção da produção e estimativas de custos e receitas.
Conforme dest
ções experimentais extrusadas com níveis de 25%, 30% e 35% de proteína e
dois (2) níveis de energia 3.000 e 3.350 kcal/kg de energia digestível.
deste sistema de produção, deve ser de alta qualidade, sendo este insumo
preocupações dos técnicos responsáveis pelo projeto foi desenvolver uma ração de
68
Durante o período do projeto a variação da temperatura da água no
reservatório de Itaipu foi monitorada pelos técnicos responsáveis pelo experimento,
sendo que a temperatura nos tanques-rede não apresentou diferença em relação a
tempe
A s como ressaltado anteriormente,
influen mentação e
crescim
ratura no reservatório (figura 8).
variável temperatura é importante, poi
cia em todas as fases da vida dos peixes, principalmente na ali
ento.
Temperatura média da água nos tanques-rede
28,55
27,36
25,27
26,50
26,18
25,26
25
20,
20,33
20,63
21,51
23
84
20,68
20,54
19
21
27
31
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Temperatura (°C)
29
Temp. média
17
Meses/2006
Fonte: Signor (2006) e Reidel (2007).
Figur
4.1.2. R
s processadoras para utilização na merenda
a 8 - Variação da temperatura no reservatório e nos tanques-rede no ano
de 2006.
esultados da pesquisa: mercado consumidor, fatores determinantes, custos
e preços de venda
O mercado consumidor de destino para a produção foi estabelecido
inicialmente como o mercado de varejo, ou seja, feiras livres, peixarias, restaurantes,
supermercados e pesque-pague. Em um segundo momento pretende-se a
industrialização através de indústria
69
escola
R$ 3,37/kg em 2005, de R$ 3,85/kg em 2006
e a pr
de peixes.
specificamente, em relação ao tamanho e localização do projeto-
empreendimento, o mesmo foi estabelecido inicialmente tendo como objetivo
analisar os índices de desempenho das espécies e dessa forma servir de suporte
para as demais análises pertinentes ao planejamento da produção e posteriormente
ficou estabelecido a instalação de 160 tanques-rede para cada espécie, sendo este
volume de tanques determinado a priori, pela área de planejamento aqüícola da
Itaipu. Com relação à estrutura local foram utilizadas as benfeitorias da colônia de
pescadores como infra-estrutura de armazenagem para acondicionamento da ração
e estocagem de outros insumos utilizados no projeto, assim como para a posterior
elevação de escala de produção.
A região e, sobretudo o local conta com uma infra-estrutura para fornecimento
de energia e viária para recebimento dos insumos e escoamento da produção, assim
como uma cadeia produtiva do peixe dentro do sistema agroindustrial da pesca bem
estruturada. Isto indica um mercado de insumos de alevinos, juvenis, equipamentos,
rcado consumidor estruturado e estabelecido.
s recursos naturais, notadamente a água, é abundante em função do projeto
ano todo em quantidade e qualidade necessárias. Um dos fatores de limitação para
a produção na região diz respeito ao clima, fator que foi melhor caracterizado
subcap
O processo produtivo no sistema de produção em tanques-rede foi definido
pela p
primeiro em atendimento à legislação ambiental local, a qual proíbe a criação de
r no próprio município onde foi realizado o projeto-experimento e também nos
municípios vizinhos.
O preço pago por kg de peixe vivo, segundo dados da SEAB-DERAL-DEB no
Paraná, foi de R$ 2,99/kg em 2004, de
evisão de preço mínimo para 2007 é de R$ 4,00/kg para o pacu. Este último
preço é também a previsão para as demais espécies, devido à tendência do
mercado local
E
localização dos fornecedores, me
O
estar instalado em um reservatório, existindo assim a disponibilidade deste recurso o
quando da explicação do desenvolvimento da espécie e a conversão alimentar em
ítulo específico.
ossibilidade de seu uso em relação às espécies nativas escolhidas, também
em função do mercado, escala produtiva, recursos naturais disponíveis, insumos
necessários, capacitação técnica e tecnologia disponível.
A questão ambiental foi outro fator relevante na escolha das espécies nativas,
70
espécies exóticas (não nativas) em águas públicas e limítrofes, também em função
da autorização e fundamentação legal no atendimento do que dispõe o decreto
4.895,
o e preferência, com vistas: ao desenvolvimento
susten
o possibilitaram a determinação dos coeficientes
técnico
s as espécies estudadas para uma escala de produção em
160 ta
de 25 de novembro de 2003 sobre a autorização de uso de espaços físicos
de corpos d’água de domínio da União para fins de aqüicultura. Neste decreto ficou
estabelecido que os espaços físicos em corpos de água da União poderão ter seus
usos autorizados para fins da prática de aqüicultura, observando-se critérios de
ordenamento, localizaçã
tável; ao aumento da produção brasileira de pescados; à inclusão social; e à
segurança alimentar (BRASIL, 2003).
Os recursos humanos necessários à implantação, operação e principalmente
planejamento e assessoramento técnico inicial do projeto e posterior
acompanhamento e treinamento da implantação e expansão da produção ficou a
cargo dos engenheiros de pesca e dos técnicos do GEMAq da Unioeste, da cidade
de Toledo, estando assim o projeto e o empreendimento bem estruturado em termos
de capital humano.
Os resultados encontrados no projeto, juntamente com dados técnico
levantados na pesquisa de camp
s relevantes para análise do projeto e projeção da produção em escala
econômica.
Inicialmente para os cálculos de investimento foram levantados os ativos fixos
necessários, assim como os gastos com a documentação necessária conforme
apresentado nas Tabelas 9.
Os valores foram pesquisados em empresas da região, uma das quais foi
fornecedora de equipamentos para o projeto. As informações referentes aos custos
da construção civil, equipamentos, embarcações e licenciamento, assim como a
quantidade, forma de depreciação dos ativos fixos e outras informações relevantes
estão descritos na Tabela 9. Estes valores serviram como base de projeção para
investimentos para toda
nques-redes.
71
Tabela 9 - Investi al fi
Inve de de
edida
de
un
mento inicial em capit
stimento Inicial
xo
Unida
M
Quantida Custo
itário R$
Custo capital
fixo R$ (a)
V
ida útil
(anos)
Depreciação linea
r
anual R$ (b)
Total R
(a) + (b
$
)
1 CONSTRUÇÃO CIVIL
1.1 Galpão e área admi
pescadores)
-
2
2.1 Tanques-rede de en
2.3 Balança
2.4 Oxímetro
1.90
2.5 Puçás (para peixes Alev
3
2.6 Puçás (para peixes adult
4
2.7 Baldes (alumínio 45 l)
7
2.8 Coletes salva-vidas
7
2.9 Kit para análise da água
1.10
2.10 Corda em polietileno par
2.11 Poita de fundeio em conc
8
2.12 Bóias de fundeio para po
3
2.13 Bóias de sinalização e de
3
3 EMB
3.1 Barco de alumínio de 5
3.65
3.2 Motor para barco com 15
5.40
3.3 Balça para despesca
4.50
4 Serviços de docum
Impostos e
4.1 Projeto técnico (5% de 1
6.65
4.2 Licença prévia (IAP)
12
4.3 Licença de instalação (IA
847
4.4 Licença de operação (IA
582
4.5 Imprensa/Diário Oficial
4.6 Diário Oficial 2ª fase
4.7 Publicação em jornal de
Total do Capital Fixo e
nistrativa (Existente na colônia de
EQUIPAMENTOS
gorda (1,75mx1,75mx1,75m)
inos e Juvenis)
os)
a amarração (torcida de 1 pol.)
reto (300 a 600 kg)
ita (vol. 100 l)
marcação com faixa refletiva
ARCAÇÕES
m x 1,3 m
HP e 2T
entação (Projeto, Taxas,
Licenciamento)
+2+3+4)
P)
P)
circulação
da Depreciação (R$)
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Metro
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
-
160
1
1
2
2
4
4
1
900
36
32
4
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
- -
674,94 107.990,40
150,00 150,00
0,00 1.900,00
0,00 60,00
5,00 90,00
0,00 280,00
0,00 280,00
0,00 1.100,00
3,80 3.420,00
0,00 2.880,00
6,00 1.152,00
7,00 148,00
0,00 3.650,00
0,00 5.400,00
0,00 4.500,00
0,02 6.650,02
9,95 129,95
,274 847,27
,176 582,18
50 50,00
200 200,00
50 50,00
141.509,82
20 -
5,00 21.598,08 129.588,48
10 15,00 165,00
5 380,00 2.280,00
2 30,00 90,00
2 45,00 135,00
2 140,00 420,00
2 140,00 420,00
1 1.100,00 2.200,00
5 684,00 4.104,00
5 576,00 3.456,00
5 230,40 1.382,40
5 29,60 177,60
10 365,00 4.015,00
10 540,00 5.940,00
10 450,00 4.950,00
2
2
5
5
5
5
26.323,08 159.323,48
Fonte: Pesquisa de campo (2007).
72
4.1. sultado n
O jundiá, n os de desenvolvimento ao final
do projeto-experimento, biomassa em relação ao
arraçoamento (alimentação), crescimento, desenvolvimento, conversão alimentar,
taxa sobreviv r água, os resultad expostos
no quadro 2.
qu ro o esta sultados do
período de análise em relação aos principais indicadores de desempenho zootécnico
do jundiá.
3 Re
s d
em
as
r
e
ela
sp
çã
éc
o
ie
ao
s a
s
va
re
lia
su
d
lta
as
do
: Ju
s e
diá
co
ntrad
apresentou para a produção de
i de ência e nfluência da tempe atura da os
O ad 2 apresenta-se o resumo e s dados tísticos dos re
73
Tanque
Tratamento (%
proteína x
kgcal/kg)
Peso
inicial
médio
(g)
Peso
final
médio
(g)
Ganho de
peso
médio (g)
Consumo
de ração
no período
(g)
Número de
indivíduos
na
despesca
Biomassa
final
aparente
(kg)
Ganho de
peso aparente
no
Ração
acumulada
Conversão
alimentar
rente*
Taxa de
sobrevivên-
período
(kg)
aparente (kg) apa
cia (% SO)
29 25 x 3250 49,07 372,60 323,53 926,27 277,00 103,21 79,14 89,62 256,58 2,86
35 25 x 3250 49,07 340,60 291,53 954,47 286,00 97,41 81,71 83,38 272,98 3,27
33 25 x 3250 49,07 327,00 277,93 1.014,21 208,00 68,02 57,81 59,43 210,95 3,65
47 25 x 3250 49,07 295,80 246,73 872,35 219,00 64,78 54,03 191 62,57 ,04 3,54
27 25 x 3500 49,93 332,40 282,47 802,15 289,00 96,06 81,63 231 82,57 ,82 2,84
38 25 x 3500 49,93 351,70 301,77 865,96 251,00 88,28 75,74 217 71,71 ,36 2,87
25 30 x 3250 49,07 488,76 439,69 1.001,51 299,00 146,14 131,4 299 85,43 7 ,45 2,28
26 30 x 3250 49,07 417,30 368,23 795,13 282,00 117,68 103,8 224 80,57 4 ,23 2,16
36 30 x 3250 49,07 431,60 382,53 1.148,20 243,00 104,88 92,95 279 69,43 ,01 3,00
43 30 x 3500 48,57 481,60 433,03 1.007,60 290,00 139,66 125,5 292 82,86 8 ,20 2,33
39 30 x 3500 48,57 445,40 396,83 1.011,39 266,00 118,48 105,5 269 76,00 6 ,03 2,55
45 30 x 3500 48,57 483,30 434,73 948,55 312,00 150,79 135,6 295 89,14 4 ,95 2,18
48 35 x 3250 48,64 499,60 450,96 875,38 312,00 155,88 140,7 273 89,14 0 ,12 1,94
46 35 x 3250 48,64 449,40 400,76 963,64 289,00 129,88 115,8 278 82,57 2 ,49 2,40
41 35 x 3250 48,64 490,40 441,76 1.140,62 248,00 121,62 109,5 282 2,58 70,86 6 ,87
28 35 x 3500 47,21 494,00 446,79 970,25 286,00 141,28 127,7 277 2,17 81,71 8 ,49
44 35 x 3500 47,21 480,70 433,49 33,99 338,00 162,48 146,5 302 2,06 96,57 2 ,42
Média 48,79 422,48 373,69 901,86 276,18 118,03 104,5 262 2,63 78,91 7 ,06
Máximo 49,93 499,60 450,96 1.148,20 338,00 162,48 146,5 302 3,65 96,57 2 ,42
Mínimo 47,21 295,80 246,73 33,99 208,00 64,78 54,03 191 1,94 59,43 ,04
Desvio Padrão 0,72 70,49 70,95 244,29 33,73 29,53 28,27 34, 0,52 9,64 12
CV% 1,48 16,68 18,99 27,09 12,21 25,02 27,04 13, 12,21 02 19,65
Fonte: Dados compilados a partir de informações do GEMAQ (2007).
*Conversão alimentar aparente (CAA) em kg ração x kg
-1
de peixe
Quadro 2 – Resultado do projeto-experimento da espécie Jundiá realizado de fevereir embo a dez ro de 2006.
74
No quadro nº 2 a seqüência dos tanques começa com o número 29 devido
xperimento ter sido distribuído aleatoriamente e no quadro citado a ordenação
iu com baixa
bilidade ou dispersão, pois apresentou um desvio padrão de 0,72 e
coeficiente de variação de 1,48%. O peso final médio foi de 422,48g, com um pe
m
os dem
parâmetros ou variáveis importantes para a análise econômica e financeira
jeto-experimento, como pode ser percebido nas variáveis conversão alimen
p o de 1,
desvio padrão de 0,52 e coeficiente de variação de 19,65%. A taxa
revivência apresentou média de 78,91%, valor máximo de 96,57%, mínimo de
% ,21%.
iáv conversão alim cia são parâmetros
mentais para os cálculos econômicos do experimento e para a projeção
ç
evantam o d
os zootécnicos da produção e desenvolvimento da espécie, fez-se u
r q
rre o g e o e ers
alimentar aparente (Tabela 10).
ao e
segu
varia
o tipo de tratamento efetuado. O peso incial médio foi de 48,79g
um
so
ais
do
tar
64,
de
As
de
os
lise
ue
ão
final áxi
Os
mo
di
de
fer
49
ente
9,6
s
0g
tra
e u
tam
m
en
mín
tos
im
ta
o d
mb
e 2
ém
95,
in
08
flu
g.
enciaram nos valores d
pro
que a
com
resentou valor médio de 2,63, valor máximo de 3,65 e valor mínim
sob
59,43
var
c
eis
om desvio padrã
en
o d
tar
e
da
9,6
es
4
e c
cie
oe
e t
ficie
axa
nt
d
e d
e s
e
obr
var
ev
iaçã
ivên
o de 12
fu
pr
nda
odu ão
Ap
em
ós
es
a d
ca
efin
la e
içã
co
o d
nôm
a
ica
qua
.
lidade da ração e concomitante ao l ent
a a
em
onv
dad
com
oco
m
no
c
elaç
u o
ão
cu
à
ltiv
var
o d
iaç
est
ão
a e
da
spé
tem
cie
pe
pa
rat
ra
ura
ava
da
lia
ág
r a
ua
rela
du
çã
ran
o d
te o p
anh
erí
o d
odo d
pes
o a
75
Tabela 10 - Desempenho biológico da espécie Jundiá em função da
temperatura da água
Meses do ano
de 2006
Temperatura
(ºC)
Ganho de peso
diário GDP
(g)
Ganho de peso
mensal - GDP em
g (30 dias)
Conversão
alimentar
(CA)
Consumo de
ração (CR)
em g
Fev 27,36 2,09 62,72 1,09 68,3648
Mar 25,27 -0,91 -27,18 0 0
Abr 21,51 1,83 55,00 1,32 72,5949
Mai 20,54 2,32 69
,65 1,27 88,45345
Jun 20,63 1,78 53,47 1,36 72,71384
Jul 20,68 2,67 80,09 1,22 97,71456
Ago 20,33 -0,13 -3,78 0 0
Set 20,84 0,14 4,12 1,63 6,710746
Out 25,26 1,32 39,59 1,65 65,32477
Nov 26,18 0,47 14,11 2,02 28,50465
Dez 26,50 1,01 30,38 2,98 90,52603
Total 378,16
Fonte: Dados elaborados a partir de Reidel (2007).
A tabela 10 apresenta o ganho de peso médio diário e mensal em relação à
temperatura da água para a espécie Jundiá no reservatório de Itaipu e nos tanques-
rede. O ganho de peso médio total em relação a todos os tanques-rede no período
de 11 meses foi de 378,16 g, aditando-se o pes
Carneiro (2004), “ainda não há um consenso sobre
o tamanho adequado à comercialização do jundiá. Sabe-se, porém, que há procura
tanto por peixes de 400 gramas quanto por peixes maiores de 800 gramas.”
cala econômica, assim como dos
valores da depreciação, dos parâmetros zootécnicos, partiu-se para a etapa do
levantamento dos custos operacionais (variáveis) de produção.
odução, receitas e montagem do fluxo de caixa,
conforme evidenciado na metodologia, foram baseada na estrutura de Custo
Operacional proposta por Matsunaga et al. (1976), orientando assim a coleta de
dados primários e, por conseguinte no estabelecimento dos custos de produção. Os
custos foram divididos em Custo Operacional Efetivo (COE) e Custo Operacional
Total (COT), conforme demonstrado na Tabela 11.
o médio inicial dos juvenis ter-se-á
um valor ao redor de 430 g, e em seguida um mês adicional de produção (total de 12
meses) ter-se-á um valor final de aproximadamente 500 g por unidade. Este valor
(500 g) foi utilizado para a projeção de produção em escala econômica do
empreendimento, pois segundo
Definido os custos de implantação em es
A estrutura do custo de pr
76
Tabela 11 - Custos operacionais efetivos (COE) e custos operacionai
(COT) da produção de
s totais
Jundiá
Itens de Custo
Insum
Descr
Ins
Quan
por ciclo
Cu
Unitári
R$
(a)
i
(b)
to
cional
(COT)
a + b)
Mão-
(Pesc
associ s
pesc
1 400,00 00,00 -
0,00
os
ição do
umo
tidade
sto
o
Custo
Operacional
o (COE)
Efetiv
R$
Deprec
R$
ação Cus
Opera
Total
R$ (
de-obra
ador da
ação do
adores)
2 4.8
4.80
Mão-de-
Visita a
téc
(visita
2 110,00 40,00 -
0,00
Alevinos
nil
(Cap
Máxima de Suporte
- CMS - 3)
121 0,50 00,00 -
00,00
obra
ssistência
nica
s/mês)
4 2.6
2.64
/Juve
acidade
60 kg/m
.600 60.8
60.8
Crescime
- -
0,00
nto -
Alevinos e Juvenis
(kg)
-
Raçã
Engorda para
3
0
o
terminação (2,63 kg
ração/kg peixe)
159.904,00 0,7070 113.052,13 -
113.052,1
Análise da
água
Kit de análise para
24 análsies
12 91,67 1.100,00 -
1.100,0
Combustível
Litros 1.200 2,592 3.110,40 -
3.110,40
quipamentos
- - - 26.323,08
26.323,0
Total / ciclo
185.502,53 26.323,08 211.825,6
E 8
1
Fonte: Dados da pesquisa (2007).
Nos custos operacionais efetivos estão relacionados os gastos efetivos para
operacionalizar o projeto-experimento em escala de produção para um volume de
produç
quantidade de juvenis para o povoamento inicial foi estimada a partir da
biomassa final na despesca em cada tanque-rede, sendo estabelecida uma
ão de 160 tanques-rede, enquanto que no custo operacional total é o
resultado da adição dos valores da depreciação aos custos operacionais formando
assim os custos totais de produção.
Para custo da mão-de-obra foi considerada a utilização de um pescador da
colônia dos pescadores, o qual foi treinado para fazer o manejo (tratamento diário) e
outras tarefas relacionadas ao controle da produção.
As visitas técnicas ficaram a cargo dos técnicos da Unioeste, sendo que
foram consideradas duas (2) visitas por mês para assistência técnica e
acompanhamento da produção.
A
77
biomassa de 60 kg/m
3
ou 300 kg/tanque-rede, considerando uma quantidade de 1
e e uma taxa de sobrevivência de
60
tanques-red 78,91% há a necessidade de adquirir
760 juv 121.60 o
cust os de esquis
produtores de alevinos da região e também com o presidente da
Associação dos Alevinocultores do Para EVIN sendo o reço un
O cus o foi abele par nsumo m dio apa
(Conversão Alimentar) no período de experimento, o qual foi de 2,63 de ração/kg de
ç $ 0/kg forma o usto to
ração foi calculado pela multiplicação do números de juvenis pelo peso do peixe vivo
para venda, ersão alimentar e em seguida pelo preço médio unit
da ração (121.600 unid. X 0,50 kg x 2,
-1
x R$ 0,7070 = R$
226.104,26).
i est lecida para ser realizada mensalmente, d
de a tem du ade m (1 eríodo n qual e
esgotado.
O consumo de combustível do modelo de barco comprado para o projeto-
experimento é de aproximadamente vinte e cinco (25) lit se
dos três (3) tratamentos com tempo estimado de uma
(1) hora para cada tratamento. O motor do barco é acionado até alcançar os
tanque
de investimentos, custos
operac
enis/tanque ou 0 juvenis n
alevinos
total.
foi levaO o unitário d
de espécies nativas
ntado através p a nos
ná (AL OPAR) p itário
de R$ 0,50.
to total da raçã est cido a tir do co é rente
peixe, e o custo médio da ra ão de R 0,707 . Dessa c tal da
depois pela conv ário
63 kg ração.kg px
A a lise da água fo abe essa
forma o kit nálise rabilid de u ) ano, p o staria
ros por mana.
Diariamente foram estabeleci
s-rede e depois para o deslocamento entre os tanques-rede não é necessário
mantê-lo ligado. Assim ocorreria um consumo de vinte e cinco (25) litros por semana
e 100 litros por mês. Estabelecendo um ciclo de produção de doze (12) meses,
ocorreria um consumo de 1.200 litros, considerando um preço de R$ 2,592/litro, o
custo total seria de R$ 3.110,40.
O valor total da depreciação foi tomado da Tabela 10 e somado ao custo
operacional efetivo (COE) para formar o custo operacional total (COT).
Finalizado os levantamentos dos custos
ionais efetivos e custos operacionais totais, partiu-se para os cálculos
econômicos e financeiros da produção estimada de 160 tanques-rede.
78
4.1.3.1 Resultados econômicos e financeiros
À guisa de avaliação dos resultados econômicos e financeiros do
empre
um (1) ciclo com duração de um (1)
ano, p
de, através da variação das variáveis fundamentais (variáveis de
entrad
o e avaliação através do uso de um modelo de simulação.
endimento na produção da espécie do jundiá foi estabelecido de forma
determinística diversos resultados, baseado nas condições determinadas
anteriormente. As principais variáveis de entrada do empreendimento foram
definidas como: o resultado da produção em
roduzindo peixes com 0,50 kg de peso final, com um preço de venda de R$
3,85, uma taxa de sobrevivência de 78,91% e um custo médio da ração de R$
0,7070/kg. Estas foram então estabelecidas como variáveis de entrada
fundamentais e que influenciam nos resultados econômicos e financeiros do
empreendimento.
Inicialmente, após definido as variáveis de entrada, procedeu-se uma análise
de sensibilida
a fundamentais). A análise de sensibilidade pode ser definida como uma
técnica que permite de forma controlada avaliar e conduzir experimentos de
investigaçã
No modelo de simulação através da utilização de uma planilha eletrônica
foram estabelecidos diversos cenários possíveis, desde o mais otimista, com o preço
de venda a R$ 4,00, com o custo da ração em R$ 0,6637, a conversão alimentar
mínima de 1,94 kg ração/kg de peixe e uma taxa de sobrevivência de 100%, e
cenários mais pessimista onde os valores foram piorados para avaliar o impacto nos
indicadores de curto-prazo no investimento.
Os resultados encontrados são apresentados na Tabela 12.
79
Tabela 12 – Análise de sensibilidade através da simulação das variáveis fundamentais para o Jundiá em 160 tanques-rede
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
Cenário C Cenário D
1,00 1,00
1,94 1,94
0,7070 0,7070
160,00 160,00
3,85 4,00
5,00 5,00
59,97 59,97
47.977,28 47.977,28
78,91 78,91
184.712,53 191.909,12
155.842,46 155.842,46
182.165,54 182.165,54
3,25 3,25
3,80 3,80
28.870,06 36.066,66
47.315,73 45.541,39
182.165,54 182.165,54
28.870,06 36.066,66
26.323,08 26.323,08
2.546,98 9.743,58
1,38% 5,08%
0,0138 0,0508
0,0180 0,0689
ários a partir dos da
Cenário E Cenário F Cenário G Cenário
1,00 1,00 1,00 1,
2,63 2,63 1,94 1,
0,6637 0,6637 0,6637 0,66
160,00 160,00 160,00 160,
3,85 4,00 3,85 4,
5,00 5,00 5,00 5,
59,97 59,97 59,97 59,
47.977,28 47.977,28 47.977,28 47.977,
78,91 78,91 78,91 78,
84.712,53 191.909,12 184.712,53 191.909,
78.578,69 178.578,69 150.735,14 150.735,
04.901,77 204.901,77 177.058,22 177.058,
3,72 3,72 3,14 3
4,27 4,27 3,69 3
6.133,84 13.330,43 33.977,39 41.173,
53.221,24 51.225,44 45.989,15 44.264,
04.901,77 204.901,77 177.058,22 177.058,
6.133,84 13.330,43 33.977,39 41.173,
26.323,08 26.323,08 26.323,08 26.323,
20.189,24 -12.992,65 7.654,31 14.850,
-10,93% -6,77% 4,14% 7,7
-0,1093 -0,0677 0,0414 0,07
-0,1427 -0,0918 0,0541 0,10
a pesquisa de campo e índices zootécnicos
Cenário A Cenário B
1,00 1,00
2,63 2,63
0,7070 0,7070
160,00 160,00
3,85 4,00
5,00 5,00
59,97 59,97
47.977,28 47.977,28
78,91 78,91
184.712,53 191.909,12
185.502,53 185.502,53
211.825,61 211.825,61
3,87 3,87
4,42 4,42
-790,00 6.406,59
55.019,64 52.956,40
211.825,61 211.825,61
-790,00 6.406,59
26.323,08 26.323,08
-27.113,08 -19.916,49
-14,68% -10,38%
-0,1468 -0,1038
-0,1916 -0,1407
H ário I
1 Ciclo de Produção/Ano 00 1,00
2
Conversão Alimentar (kg ração / kg de
peixe)
94 1,94
3 Custo da ração (R$/kg)
37 0,6637
4 Nº de Tanques-rede 00 160,00
5 Preço de Venda (R$)
00 4,00
6 Volume útil Tanque-rede (m³) 00 5,00
7 Produtividade (kg/m³/ano) 8 / 97 59,97
8 Produção kg/ciclo 28 977,28
9 Taxa de Sobrevivência (%) 91
100,00
10 Receita Bruta (R$) 1 x 1 12 909,12
11 COE (R$/Ciclo) 1 14 454,14
12 COT (R$/Ciclo) 1 2 22 777,22
13 COE Médio (R$/Ciclo) 1 ,14 2,53
14 COTdio (R$/Ciclo) 1 ,69 3,08
15 Margem de Contribuição (R$) 98 70.454,98
16 Ponto de Equilíbrio Físico (kg) 56 36.944,31
17 Ponto de Equilíbrio Financeiro (R$) 5 2 22 147.777,22
18 Lucro Bruto (R$ 1 98 70.454,98
19 Deprecião (R$) 08 26.323,08
20 Lucro Operacional (R$) 18 - 20 - 90 44.131,90
21 Lucratividade sobre Rec. Bruta (%) (20/10)x100
4% 23,00%
22 Índice de Lucratividade (Fator) (20 / 11)
74 0,2300
23 Retorno Sobre Investimento (ROI)
49 0,3119
Cálculo
e
Itens
Indicador
Cen dos d
(4 x 6)
5 x 8
2 / 5
1 / 8
2 / 8
x 16
0 - 11
ns)
Cen
47.
191.
121.
147.
(it
80
Os valores da Tabela 12 representam a análise econômica e financeira de
líquido descontado para o cenário mais provável, o cenário A, e o cenário otimista
(praticamente improvável de ocorrer), o cenário I.
Depois de estabelecido os cenários, foram estabelecidos o fluxo líquido de
caixa, as variáveis de entrada, os parâmetros de análise e os resultados de saída ou
indicadores de avaliação de resultados, conforme tabelas que se seguem.
forma determinística no curto-prazo. Avaliando os resultados da tabela, a partir de
dois (2) cenários extremos, ou seja, para um (1) ciclo de produção com uma
conversão média de 2,63 kg de ração/kg de peixe, um custo médio de ração de R$
0,7070 e uma taxa de sobrevivência de 78,91%, todos os resultados econômicos e
financeiros foram negativos, os quais podem ser vistos no cenário A, onde os itens
nº 13 e 14, custos médios unitários, foram superiores ao preço de venda; a margem
de contribuição foi negativa em R$ 790,00; o lucro operacional ficou negativo em R$
27.113,08; os índices de lucratividade sobre a receita bruta e sobre o investimento
inicial foram também negativos.
Estabelecendo outro cenário, bastante otimista, com uma conversão média de
1,94 kg de ração/kg de peixe, preço de venda de R$ 4,00, um custo médio de ração
de R$ 0,6637 e uma taxa de sobrevivência de 100%, todos os resultados
econômicos e financeiros são positivos, os quais podem ser vistos no cenário I. Os
itens nº 13 e 14, onde os custos médios unitários foram inferiores ao preço de
venda, a margem de contribuição foi positiva em R$ 70.454,98; o lucro operacional
ficou em R$ 44.131,90; os índices de lucratividade sobre a receita bruta e sobre o
investimento inicial foram também positivos.
Para avaliar o empreendimento no longo-prazo, em 10 anos, realizou-se uma
análise de investimento de longo prazo, para avaliar o que ocorreria em termos de
retorno econômico do investimento. Para isso foi estabelecido o fluxo de caixa
81
Tabela 13 - Fluxo líquido de caixa não descontado do Cenário A - Mais provável (R$)
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
Os resultados dos fluxos líquidos de caixa para o cenário A, o mais provável,
indicam que durante a vida útil do projeto, estimado em 10 anos, os resultados dos
fluxos de caixa são negativos.
Analisando os parâmetros de curto e longo-prazo para avaliar o resultado do
investimento através do fluxo de caixa não descontado do cenário mais provável,
têm-se os resultados apresentados nas Tabelas 14 e15.
Ano
Investimento
inicial
(a)
Re-
investimento
(b)
Depreciação
(c)
COE
(d)
COT
(c) + (d)
Receita bruta
(f)
Fluxo
líquido
(f) - (b + d)
0 141.509,82 - - - - - -
1 - 1.100,00 26.323,08 185.502,53 211.825,61 184.712,53 -1.890,00
2 - 2.787,22 26.323,08 185.502,53 211.825,61 184.712,53 -3.577,22
3 - 1.100,00 26.323,08 185.502,53 211.825,61 184.712,53 -1.890,00
4 - 2.787,22 26.323,08 185.502,53 211.825,61 184.712,53 -3.577,22
5 55.095,20 26.323,08 185.502,53 211.825,61 184.712,53 -55.885,20
6 - 2.787,22 15.524,04 185.502,53 211.825,61 184.712,53 -3.577,22
7 - 1.100,00 15.524,04 185.502,53 211.825,61 184.712,53 -1.890,00
8 - 2.787,22 15.524,04 185.502,53 211.825,61 184.712,53 -3.577,22
9 - 1.100,00 15.524,04 185.502,53 211.825,61 184.712,53 -1.890,00
10 - 2.787,22 15.524,04 185.502,53 211.825,61 184.712,53 -3.577,22
82
Tabela 14 – Variáveis, parâmetros e resultados do Cenário A - Mais provável em R$
Itens Nº Indicador Cálculo (itens)
Cenário A
(Mais provável)
1 Número de tanques-rede (unid.) 160,00
2 Quantidade de peixes/tanque (unid.) 760
3 Ciclo de Produção/Ano (unid.) 1,00
4 Peso do juvenil (g) 50,00
5 Biomassa inicial (kg) (1 x 2 x 3 x 4) 6.080,00
6 Biomassa final (kg) (1 x 2 x 3 x 10) 47.977,28
7
Conversão alimentar aparente
(CAA - kg ração/kg gdp)
2,63
8 Consumo de ração (kg) (6 x 7) / (10) 159.904,00
9 Preço da ração (R$/kg) 0,7070
10 Taxa de sobrevivência (%) 78,91
Variáveis controláveis e incontroláveis
11 Preço de venda (R$) 3,85
12 Investimento inicial (R$) 141.509,82
13 Receita total (R$) (6 x 11) 184.712,53
14 Custo da ração (R$) (8 x 9) 113.052,13
15 Custo operacional efetivo (COE R$) 185.502,53
16 Custo operacional total (COT R$) (15 + 18) 211.825,61
17 Valor residual (R$)
Parâmetros para análise
0,00
18 Depreciação (R$) 26.323,08
19
Taxa mínima atrativa ou requerida
% (TMA ou TMR)
8,00
20 Taxa interna de retorno % (TIR) -
21 Valor líquido das entradas R$ (VP) -54.873,27
22
Valor presente líquido R$ (VPL)
23
Índice de lucratividade VP sobre
ados ou
tros de saída
-196.383,09
Result
me
Investimento Inicial)
-0,3878
24 Índice de retorno (VPL sobre
Investimento Inicial)
-1,3878
parâ
25 Payback (PBD anos) -
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
ou de saída VP, VPL, Lucratividade, Retorno do investimento do empreendimento
são todos negativos, ou seja, não existe retorno, o que também pode ser
evidenciado na tabela do fluxo de caixa descontado.
Analisando os resultados da Tabela 14, percebe-se que os resultados finais
83
Tabela 15 - Fluxo de caixa descontado do Cenário A – Mais provável
Ano
Entradas
(R$)
Saídas (R$)
Re-
investimento
(R$)
Fluxo líquido
(R$)
VP (R$) VPL (R$)
PBD
(anos)
0 141.509,82 -141.509,82 -141.509,82 -141.509,82 -
1 184.712,53 185.502,53 1.100,00 -1.890,00 -1.750,00 -143.259,82 -
2 184.712,53 185.502,53 2.787,22 -3.577,22 -3.066,89 -146.326,71 -
3 184.712,53 185.502,53 1.100,00 -1.890,00 -1.500,34 -147.827,06 -
4 184.712,53 185.502,53 2.787,22 -3.577,22 -2.629,37 -150.456,42 -
5 184.712,53 185.502,53 55.095,20 -55.885,20 -38.034,53 -188.490,95 -
6 184.712,53 185.502,53 2.787,22 -3.577,22 -2.254,26 -190.745,21 -
7 184.712,53 185.502,53 1.100,00 -1.890,00 -1.102,80 -191.848,01 -
8 184.712,53 185.502,53 2.787,22 -3.577,22 -1.932,66 -193.780,67 -
9 184.712,53 185.502,53 1.100,00 -1.890,00 -945,47 -194.726,14 -
10 184.712,53 185.502,53 2.787,22 -3.577,22 -1.656,95
-196.383,09
-
-54.873,27
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
fluxo de caixa (Tabela 16).
onte: Resultados da pesquisa (2007).
COT
(d)
Receita bruta
(f)
líquido
(f) - (b + d)
0 141.509,82 - - - - - -
1 - 1.100,00 26.323,08 121.454,14 147.777,22 191.909,12 69.354,98
2 - 2.787,22 26.323,08 121.454,14 147.777,22 191.909,12 67.667,75
3 - 1.100,00 26.323,08 121.454,14 147.777,22 191.909,12 69.354,98
4 - 2.787,22 26.323,08 121.454,14 147.777,22 191.909,12 67.667,75
5 55.095,20 26.323,08 121.454,14 147.777,22 191.909,12 15.359,78
6 - 2.787,22 15.524,04 121.454,14 147.777,22 191.909,12 67.667,75
7 - 1.100,00 15.524,04 121.454,14 147.777,22 191.909,12 69.354,98
8 - 2.787,22 15.524,04 121.454,14 147.777,22 191.909,12 67.667,75
9 - 1.100,00 15.524,04 121.454,14 147.777,22 191.909,12 69.354,98
10 - 2.787,22 15.524,04 121.454,14 147.777,22 191.909,12 67.667,75
Após encontrado e analisado os resultado para o cenário mais provável,
foram realizados os mesmos cálculos para o cenário I, cenário extremante otimista,
onde foi encontrado o seguinte
Tabela 16 – Fluxo líquido de caixa não descontado do Cenário I - Otimista em R$
Ano
Investimento
inicial (a)
Re-
investimento
(b)
Depreciação
(c)
COE
(d) (c) +
Fluxo
F
84
Os resultados dos fluxos líquidos de caixa não descontado para o cenário I,
ex ente otimista que durante a
anos, o r clusive no quinto (5°) ano onde existe um
reinvestimento na remodelagem dos tanques-rede, ou seja, na troca das telas.
Analisando os parâmetros de curto e longo-prazo para avaliar o resultado do
investimento através do fluxo de caixa descontado têm-se os resultados
apresentados nas Tabelas 17 e18.
Tabela 17 – Variáveis, parâmetros e resultados do Cenário I - Otimista em R$
rio I
tremam , indicam vida útil do projeto, estimado em 10
s esultados são positivos, in
Cená
Itens ador
álculo
(itens)
mista)
id.) 60,00
Indic
C
(Oti
1 Número de tanques-rede (un 1
2 Quantidade de peixes/tanque (unid.)
unid.) 0
) 0
x 2 x 3 x 4 ,00
(1 x 2 x 3 x 10 0,00
600,00
3 Ciclo de Produção/Ano ( 1,0
4 Peso do juvenil (g 50,0
5 Biomassa inicial (kg) (1 ) 4.800
6 Biomassa final (kg) ) 48.00
7
Conversão alimentar aparente
(CAA - kg ração/kg gdp)
1,94
8 Consumo de ração (kg) (6 x 7) / (10) .120,00 93
9 Preço da ração (R$/kg) 0,6637
10 Taxa de sobrevivência (%) 100,00
Variáveis controláveis e incontroláveis
11 Preço de venda (R$) 4,00
12 Investimento inicial (R$) 41.509,82 1
13 Receita total (R$) (6 x 11) 0,00
(8 x 9) ,74
) 454,14
$) (15 + 18) 7,22
17
8
arâm
uerida % (TMA ou TMR)
8,00
20 Taxa interna de retorno % (TIR) 44,69%
etros para análise
192.00
14 Custo da ração (R$) 61.803
15 Custo operacional efetivo (COE R$ 121.
16 Custo operacional total (COT R 147.77
0,00
Valor residual (R$)
18 Depreciação (R$) 26.323,0
P
19 Taxa mín. atrativa ou req
21 Valor líquido das entradas R$ (VP) 423.796,13
22 Valor presente líquido R$ (VPL) 282.286,31
23
Índice de lucratividade (VP sobre
Investimento Inicial)
2,9948
24
Índice de retorno (VPL sobre
Investimento Inicial)
Resultados
metros de
1,9948
ou
parâ saída
25 Payback (PBD anos) 3,00
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
85
Analisando os resultados da Tabela 18 percebe-se que os resultados finais ou
d d pre s
todos positivos, retornando o inv ento
423.796,13 e o valor presente líquido, descon ma % e R
28 86 ode to na flu ixa o, n
Ta la
Ta la o des o - C Otim R
An
Entrad
Saídas (R$)
investimento
Fluxo líquido
VP
ent
(R$
VPL
os)
e saí a VP, VPL, Lucratividade, Retorno
estim
do investimento do em endimento ão
em 4 anos. O valor presente é de R$
tado a u taxa de 8 ao ano é d $
2.2 ,31, como também p ser vis tabela do xo de ca descontad a
be 18.
be 18 – Flux de caixa contad enário I ista em $
o
as
(R$)
Re-
(R$)
(R$)
das
radas
)
(R$)
PBD
(an
0 141.509,82 -14 -141 41. - 1.509,82 .509,82 -1 509,82
1 192.000,00 121.454,14 1.100,00 69.445,86 64.301,72 -77.208,10 -
87,22 67.758,63 58.092,1 6,00 -
3 192.000,00 121.454,14 1.100,00 69.445,86 55.128,36 36.012,36 3
4 192.000,00 121.454,14 2.787,22 67.758,63 49.804,62 85.816,98 4
5
0,99 179.552,86 7
8 192.000,00 121.454,14 2.787,22 67.758,63 36.607,88 216.160,74 8
9 192.000,00 121.454,14 1.100,00 69.445,86 34.740,22 250.900,96 9
2 192.000,00 121.454,14 2.7 1 -19.11
192.000,00 121.454,14 55.095,20 15.450,66 10.515,46 96.332,44 5
6 192.000,00 121.454,14 2.787,22 67.758,63 42.699,43 139.031,87 6
7 192.000,00 121.454,14 1.100,00 69.445,86 40.52
10 192.000,00 121.454,14 2.787,22 67.758,63 31.385,36
282.286,31
10
423.796,13
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
Pode-se concluir que somente haveria retorno econômico e financeiro para a
produção de jundiá, se e somente se, as condições de produção forem amplamente
favoráveis. Estas condições favoráveis seriam uma taxa de sobrevivência acima de
87%, com um preço de venda de R$ 4,00, uma conversão alimentar de 1,94 kg
ração/kg gdp e um custo de ração de R$ 0,6637, ou seja, um cenário extremamente
favorável.
Após a análise do jundiá, realizou-se a mesma análise para o pacu,
demonstrado a partir do próximo subcapítulo.
86
4.1.4
m de
aprese
quadro 3 é apresentado o resumo e os dados estatísiticos dos resultados
o
zootécnico da espécie Pacu.
O peso incial médio foi de 293,93 g, com valor máximo de 303 g e mínimo de
285 g. O peso inicial apresentou baixa variabilidade, pois o desvio padrão foi de
5,97 com um coeficiente de variação de 1,97%. Os peixes utilizado na fase
projeto tiveram esta biomassa média devido à falta de juvenis desta espécie no
mercado no período do experimento, tendo por este o ad os
pe s e e
O peso final médio foi de 834,72 g, com um peso final máximo de 896,04 g e
um íni variável apresentou b rsão vio
pa o d 4
de tratamento em termos de proteínas e energia em kilocalorias digestivas.
A conversão alimentar apresentou valor médio de 2,92, valor máximo de 3,58
e or m desvio padrão de 0,30 e coeficiente de variação de
10 % ncia apresentou média de 97,95%, valor máximo de
100,91% (o valor de 100,91% ocorreu porque foram contados 214 indivíduos no
povoamento inicial, já na despesca foram encontrados 216 indivíduos, apesar do
valor calculdo de 100,91%, este não é signigicativo no sentido de influenciar os
resultad 58 e
coe e ariáveis conversão alimentar cie,
a c râmetros fundam ntais par os
econômicos do experimento e para a projeção de produção em escala econômica.
Resultados das espécies avaliadas: Pacu
O pacu, dentre as três (3) espécies avaliadas no projeto-experimento, foi a
que melhor se adaptou as condições climáticas e ao sistema de produção, alé
ntar um bom potencial de mercado e também potencialidade para posterior
processamento e transformação em produtos alimentícios mais elaborados ou de
maior valor agregado.
O
do período de análise em relação aos principais indicadores de desempenh
inicial do
motivo sid quiridos
ixe
m
drã
m stoque na Itaipu.
mo de 730,15 g. Esta aixa dispe com des
e 1,04 e coeficiente de variação de 4,92%, mesmo com os diferentes tipos
val
,44
mínimo de 2,49, co
. A taxa de sobrevivê
os da simulação), mínimo de 95,45% com desvio padrão de 1,
fici
ssim
nte de variação de 1,61%. As v da espé
omo a taxa de sobrevivência são pa e a os cálcul
87
TANQUE
Trat
(%
X k kg)
al
g)
o u o
(
Número de
na
Biomassa
aparente
G o d so
ren o
períod a
ão
ar
C ns m
ração no
de
período g)
indivíduos
despesca
final
(kg)
anh
apa
e pe
te n
o (kg
Ração
acumulada
parente (kg)
Convers
aliment
aparente*
amento
Proteína
gcal/
Ganho de
peso médio
(g)
Taxa de
Peso inicial
médio (g)
Peso fin
médio (
Sobrevivên-
)
cia (% SO)
15
25 2 6 98,18
x 3250 295,00 838,68 543,68 1.611,46 215,00 180,3 11 ,89 346,46 2,96
3
25 3 0 6 35 95,91
x 3250 01,00 794,92 493,92 1.647,15 216,00 171,7 10 ,69 5,78 3,33
6
25 3 1 33 97,73
x 3250 01,00 839,87 538,87 1.598,06 211,00 177,2 113,70 7,19 2,97
14
25 2 1.635,79 216,00 167,51 35 100,91
x 3500 95,00 775,51 480,51 103,79 3,33 3,40
17
25 2 35 98,18
x 3500 90,00 872,74 582,74 1.604,59 220,00 192,00 128,20 3,01 2,75
7
25 2 32 100,00
x 3500 85,00 818,37 533,37 1.485,78 222,00 181,68 118,41 9,84 2,79
2
30 2 33 95,45
x 3250 88,00 828,18 540,18 1.595,72 210,00 173,92 113,44 5,10 2,95
12
30 3 33 98,18
x 3250 03,00 730,15 427,15 1.529,35 216,00 157,71 92,26 0,34 3,58
18
30 2 1.499,17 217,00 194,44 32 98,64
x 3250 94,00 896,04 602,04 130,64 5,32 2,49
11
30 2 3 16 32 98,18
x 3500 90,00 821,51 531,51 1.481,14 220,00 180,7 1 ,93 5,85 2,79
9
30 2 543,23 3 34 98,18
x 3500 93,00 836,23 1.566,24 219,00 183,1 118,97 3,01 2,88
4
30 3 524,30 0 33 99,55
x 3500 03,00 827,30 1.552,91 216,00 178,7 113,25 5,43 2,96
10
35 2 569,65 1.557,75 216,00 185,47 33 98,18
x 3250 89,00 858,65 123,04 6,47 2,73
1
35 2 576,43 1.624,76 214,00 186,4 3 34 97,27
x 3250 95,00 871,43 9 12 ,36 7,70 2,82
16
35 2 553,12 6 33 95,45
x 3250 93,00 846,12 1.615,10 210,00 177,69 11 ,16 9,17 2,92
8
35 x 35 2 589,41 4 32 96,36
00 91,00 880,41 1.555,43 212,00 186,65 12 ,95 9,75 2,64
5
35 x 35 2 575,00 3 32 97,27
00 90,00 865,00 1.504,19 214,00 185,11 12 ,05 1,90 2,62
19
35 x 35 2 538,76 1.564,61 219,00 180,40 7 34 99,55
00 85,00 823,76 11 ,99 2,65 2,90
Média 2 541,3 16 33 97,95 93,39 834,72 3 1.568,29 215,72 180,05 1 ,76 8,24 2,92
Máximo 3 602,0 35 100,91 03,00 896,04 4 1.647,15 222,00 194,44 130,64 5,78 3,58
Mínimo 2 427,1 , 32 95,45 85,00 730,15 5 1.481,14 210,00 157,71 92 26 1,90 2,49
Desvio Padrão 42,9 9 1,58 5,79 41,04 0 51,07 3,79 9,05 9,35 ,99 0,30
CV% 1 7,93% 8,00 2, 1,61% ,97% 4,92% 3,26% 1,76% 5,02% % 95% 10,44%
Fonte: Dados compilados a do GEMA
*Conversão alim r ap g ração x
da espécie pacu de janeiro a junho de 2006.
partir de informações
arente (CAA) em k
Quadro 3 – Resultado do projeto-experimento
Q (2
kg
007).
pe
-1
de ixe enta
88
O cálculos do jundiá, em relação a
efinição da qualidade da ração e levantamento dos dados zootécnicos da produção
foi rea
e pode ser visto na tabela (Tabela 19).
2006
o de
Diário
Ganho de Peso
Mensal (30 dias) -
Conversão
Alimentar
Consumo de
Ração (CR)
mesmo procedimento utilizado para os
d
lizado para o Pacu. Também foi avaliado o desenvolvimento da espécie com
relação à variação da temperatura da água durante o período do ano em que
ocorreu o cultivo desta espécie para avaliar a relação do ganho de peso e conversão
alimentar aparente e assim inferir o desenvolvimento da espécie para os demais
meses do ano, conform
Tabela 19 - Desempenho biológico da espécie em função da temperatura da água
Meses
do ano de
Temperatura
(ºC)
Ganh
Peso
(g) GDP (30 dias) em g
(CA)
em g
Jan 28,55 9 270 1,8 486
Fev 27,36 9 270 1,8 486
Mar 25,27 5 150 2,5 375
Abr 21,51 3 90 2,8 252
Mai 20,54 3 90 2,8 252
Jun 20,63
Jul 20,68
3 90 2,8 252
3 90 2,8 252
Ago
5
20,33 3 90 2,8 252
Set 20,84 3 90 2,8 252
Out 25,26 3 90 2,8 252
Nov 26,18 5 150 2,5 375
Dez 26,50 5 150 2,5 37
Fonte: D
Dessa forma é possível estimar que cultivando nestes períodos do ano pode-se
atingir um peso final de aproximadamente 1.000,00 gramas (1,00 kg) por unidade.
ados compilados a partir de Signor (2006) e Reidel (2007).
Baseado nos dados do experimento e na literatura técnica foi estabelecido
que o período ideal para produção desta espécie (pacu) se relaciona aos meses de
temperatura mais elevada, conforme pode ser visto na Tabela 19 anterior.
Percebe-se claramente nesta Tabela 19, que os melhores meses para cultivo
desta espécie são os meses do ano onde as temperaturas são mais elevadas, ou
seja, final da primavera e todo o verão, assim a variável climática se relaciona
diretamente com o desempenho biológico da espécie pesquisada.
Em relação aos resultados apresentados na Tabela 19 e Figura 8, definiu-se
que o melhor período de cultivo compreenderia os meses de outubro a março.
89
A
utubro a
,00 kg.
Tabela 20 demonstra o resultado estimado do cultivo no período do ano de
o io ao redor de
1
T
Diário (g)
Mensal (g)
Alimentar (CA)
nsumo de
Ração (CR) em g
março, onde poder-se-ia obter um valor de biomassa unitár
abela 2
Meses d
ano
0 -
o
Pe
G
río
an
d
ho
o d
de
o
P
an
eso
o
ide
Ga
al
nh
pa
o d
ra
e
a
Pe
cu
so
ltu
ra
C
do
on
P
ve
ac
rsã
u
o Co
Out 3 90,00 2,80 252
Nov
Dez
Jan
5
5
1
1
50
50
,00
,00
2
2
,50
,50
375
375
9 270,00 1,80 486
Fev 9 270,00 1,80 486
375
Mar
Total ou
Média
5
,00
1
1.
50
08
,00
0,0
0
2
2
,50
,32
6 2.349,00
Fonte: D os compilados a partir de Signor (2006) Reidel (2007).
ção em cala
econômica (ver Tabela 9), assim como dos valores da depreciação e dos parâmetros
z s er is
(
odução, receitas e montagem do fluxo de caixa,
c e de usto
O .
ad
Após definido a biomassa inicial e os custos de implanta es
aciona
C
ootécnic
variáveis
A estrutura do custo de pr
os
) d
, p
e
ar
pro
tiu
du
-se
çã
o.
para a etapa do levantamento dos custo op
ra
21
onform
peracio
e
na
vi
l pr
de
op
nci
os
ad
ta
o
po
na
r M
at
me
su
to
na
do
ga
log
et
ia,
al
. (1
foi
97
b
6)
as
, in
ea
dic
da
ad
n
os
a
na
es
T
tru
abe
tu
la
90
Tabela 21 - Custos operacionais efetivos e custos operacionais totais da
produção de Pacu para um ciclo de produção em 6 meses
Itens de Custo
Insumos
Descrição do
Insumo
Quantidade
por ciclo
Custo
Unitário
R$
Custo
Operacional
Efetivo (COE)
R$ (a)
Depreciação
R$
(b)
Custo
Operaciona
Total (COT) R
(a + b + c)
Mão-de-obra
(Pescador da
associação dos
pescadores)
6 400,00 2.400,00 -
2.400,00
l
$
M
Visita assistência
técnica 12 110,00 1.320,00 -
1.320,00
Al
or
- CM /m
0,0
,00
ão-de-obra
(visitas/mês)
e
evinos/
Juvenil
(Capacidad
Máxima de Sup
S -75 kg
te
3
)
61.280
0,50 30.64 0 -
30.640
Crescimento -
Alevinos e Juvenis
- - -
0,00
(kg)
Ração
Engorda para
term 2,92 kg
ração/kg peixe)
171.584,00 0,707 121.309,89 -
6.508,88
Análise da
Kit de análise para
24 análsies
6 45,83 275,00 -
275,00
inação (
0
12
água
Combustível
s 00 2,592 1.555,20 -
.555,20
Equipamentos
- - - 6.323,08
.323,08
Total / ciclo 162.699,08 6.323,08 9.022,16
Litro 6
1
2
26
2 18
Fonte: Dados da (2007).
Nos custos operacionais efetivos foram relacionados os gastos estimados
para o
formando
assim
a
biomassa final na despesca em cada tanque-rede, sendo estabelecida uma
pesquisa
peracionalizar o projeto-experimento em escala econômica de produção para
um volume de produção de 160 tanques-rede. Já o custo operacional total é o
resultado da adição dos valores da depreciação aos custos operacionais
os custos operacionais totais de produção.
Para mão-de-obra foi considerada a utilização de um pescador da colônia dos
pescadores, o qual foi treinado para fazer o manejo (tratamento diário) e outras
tarefas relacionadas ao controle da produção.
As visitas técnicas ficaram a cargo dos engenheiros e técnicos da Unioeste,
sendo que foram consideradas duas (2) visitas por mês, perfazendo um total de
doze (12) visitas para assistência técnica e acompanhamento da produção.
A quantidade de juvenis para o povoamento inicial foi considerado a partir d
91
biomas
ncia de 97,95% haverá a necessidade de adquirir 383 alevinos/tanque ou
1.280 alevinos no total.
de pesquisa junto aos
p d p re ém c te da
Associação dos Alevinocultores do Paraná (ALEV AR) sendo o o unitário
de R 50 para os enis de 50g
custo da ção foi es partir do consumo médio aparente
(Conversão Alimentar) no período de experimento de 2,92 kg de ração/kg de peixe.
O c da ração considerad r do custo médio de R$ 0,7070/kg dessa
forma o custo total da ração foi calculado pela multiplicação do números de alevinos
pelo peso do peixe v vo para venda, pela conversão alimentar e por último pelo
2,92 kg ração.kg px
-1
x R$
0,7070 = R$ 126.508,88).
barco comprado para o projeto-
experimento é de aproximad
ançar os
nques-rede e depois para o deslocamento entre os tanques-rede não é necessário
antê-lo ligado. Assim ocorreria um consumo de vinte e cinco (25) litros por semana
100 litros por mês. Estabelecendo um ciclo de produção de seis (6) meses,
correria um consumo de 600 litros, considerando um preço de R$ 2,592/litro, o
usto total seria de R$ 1.555,20.
O valor total da depreciação foi tomado da tabela 9 e somado ao custo
o custo operacional total (COT).
Finalizando os levantamentos dos custos de investimentos, custos
e custos operacionais totais, foi possível estabelecer o
sultado da produção.
sa de 75 kg/m
3
ou 375 kg/tanque-rede com peso final de 1,00 kg cada
indivíduo, considerando uma quantidade de 160 tanques-rede e uma taxa de
sobrevivê
6
O custo unitário dos alevinos foi levantado através
rodutores e alevinos de es écies nativas da gião e tamb om o presiden
INOP preç
$ 0, juv .
O ra tabelecido a
usto foi o o valo
i
preço médio unitário da ração (61.800 unid. X 1 kg x
A análise da água foi estabelecida para ser realizada mensalmente, dessa
forma o kit de análise terá a durabilidade de dois (2) anos, período no qual estaria
esgotado.
O consumo de combustível do modelo de
amente vinte e cinco (25) litros por semana.
Diariamente foram estabelecidos três (3) tratamentos com tempo estimado de uma
(1) hora para cada tratamento. O motor do barco é acionado até alc
ta
m
e
o
c
operacional efetivo (COE) para formar
operacionais efetivos
re
92
4.1.4.1 Resultados econômicos e financeiros
avalia
dim c form et
diversos resultados, anteriormente. As
principais va mento foram definidas, que são: o
a um (1) ciclo com duração de seis (6) meses, produzindo
peixes com o fin om u o d de R$ 3 5, uma
sobrevivência de 97,95% e um custo médio da ração de R$ 0,7070/kg.
st ecid mo e entra funda
e que influenciam nos resultados econômicos e financeiros do empreendimento.
Após defin de trada pr cedeu-se a análise sensibili ,
através da variação destas
A sim lizada através da utilização de uma planilha eletrônica,
e os ce pos desde mais o
pelo m ovável a essi
Os resultados encontrados são apresentados na Tabela 22 onde estão
discriminados os cenários: mais provável A e B; cenários otimista C e D e pessimista
E até J.
À guisa de ção dos resultados
ão de pa
econômicos e financeiros do
tabelecido deempreen ento na prod
baseado nas condições determinadas
u foi es a d erminística
riáveis de entrada do empreendi
produção emresultado d
1,00 kg de pes al, c m preç e venda ,8 taxa de
E as variáveis foram estabel as co variáveis d da mentais
idas as variáveis en o um de dade
variáveis fundamentais.
ulação foi rea
onde foram estabelecidos div rs nários síveis, o timista,
passando ais pr té o p mista.
93
Tabela 22 – Análise de sensibilidade através da simulação das variáveis fundamentais para o Pacu em 160 tanques-rede
Fonte: Resu pes (20
ltados da quisa 07).
Cenário A Cen
1,00 1
o / kg de
2,92 2,
0,7070 0,7
160,00 160,
3,85 4,
5,00 5,
8 / (4 x 6)
75,03 75
60.023,76 60.023,
97,95 97
1 x 5 x 8
231.091,48 240.095,
162.699,08 162.699,
189.022,16 189.022,
11 / 8
2,71 2,
12 / 8
3,15 3,
68.392,39 77.395,
49.096,67 47.255,
5 x 16
189.022,16 189.022,
10 - 11
68.392,39 77.395,
26.323,08 26.323,
18 - 20 42.069,31 51.072,
(20/10)x100
18,20% 21,
(20 / 11)
1,1820 1,2
1,2973 1,3
Cálculo
(itens)
ário B rio C io F Cenár enário J
1 1,00
2
92 3,58
3 070
0,7502
4 00 160,00
5
00 4,00
6 Volum 00 5,00 5,00
7 Produt ,03 3 75,04 75,04
8 Produ 76 6 6 2,00 0.032,00
9 Taxa ,95 5
80,00 80,00
10 Recei 04 8 24 4 23 8,00 0.128,00
11 COE ( 08 2 13 8 20 1,62 4.606,33
12 COT ( 16 0 16 6 23 4,70 0.929,41
13 COE 71 9 4 3,46 4,07
14 COT M 15 3 8 3,89 4,51
15 Marge 96 10 6 2 6,38 4.478,33
16 Ponto 54 4 9 6 3,68 7.732,35
17 Ponto (R$) 16 16 6 23 4,70 0.929,41
18 Lucro 96 5 10 6 1 8,30 2.876,41
19 Depre 08 8 2 8 2 3,08 6.323,08
20 Lucro 88 7 7 8 - 3,30 0.801,41
21 Lucra a (%)
27%
,65% -12,83%
22 Índice dade ( )
127
3 1 0265 0,8717
23 Retor estim ROI)
609
6 9 0449 0,7823
ios a mpo e os
Itens
Ind r
Cená
,00 1,0
2,4
0,663
160,0
3,8
5,0
75,0
60.023,7
97,9
231.091,4
137.462,3
163.785,4
2,2
2,7
93.629,15
42.541,66
163.785,40
93.629,1
26.323,0
67.306,0
29,13%
1,291
1,475
Cenár
Cenário D Cenário E Cenár
0 1,00 1,00 1,0
9 2,49 3,58 3,5
7 0,6637 0,7502 0,750
0 160,00 160,00 160,0
5 4,00 3,85 4,0
0 5,00 5,00 5,0
75,03 75,03 75,0
0.023,76 60.023,76 60.023,7
97,95 97,95 97,9
0.095,04 231.091,48 240.095,0
7.462,32 200.770,88 200.770,8
3.785,40 227.093,96 227.093,9
2,29 3,34 3,3
2,73 3,78 3,7
2.632,72 30.320,60 39.324,1
0.946,35 58.985,44 56.773,4
3.785,40 227.093,96 227.093,9
2.632,72 30.320,60 39.324,1
6.323,08 26.323,08 26.323,0
6.309,64 3.997,52 13.001,0
31,78% 1,73%
5,41%
1,3178 1,0173
1,054
1,5393 1,0282
1,091
partir dos dados da pesquisa de ca
Cenário G
0 1,00
8 2,92
2 0,7502 0,
0 160,00 16
0 3,85
0 5,00
3 75,04
6 60.032,00 60.03
5
80,00
1.123,20 240.12
7.451,62 207.45
3.774,70 233.77
3,46
3,89
3.671,58 32.67
0.720,70 58.44
3.774,70 233.77
5.273,50 24.27
6.323,08 26.32
2.651,50 6.35
-1,15% 2
0,9885 1,
0,9813 1,
índices zootécnic
io H Cenário I C
1,00 1,00
2,92 3,58
7502 0,7502
0,00 160,00
4,00 3,85
5,00
75,04
60.032,00 6
80,00
231.123,20 24
244.606,33 24
270.929,41 27
4,07
4,51
-13.483,13 -
70.371,27 6
270.929,41 27
-21.881,21 -1
26.323,08 2
-39.806,21 -3
-17,22%
0,8278
0,7187
Ciclo de Produção
Conversão Alime
peixe)
Custo da ração (R
de Tanques-re
Preço de Venda (
e útil Tanqu
ividade (kg/
ção kg/ciclo
de Sobrevivê
ta Bruta (R$
R$/Ciclo)
R$/Ciclo)
Médio (R$/C
édio (R$/C
m de Contri
de Equilíbri
de Equilíbri
Bruto (R$
ciação (R$)
Operaciona
tividade sob
de Lucrativi
no Sobre Inv
/Ano
ntar (kg raçã
$/kg)
de
R$)
e-rede (m³)
m³/ano)
ncia (%)
)
iclo)
iclo)
buição (R$)
o Físico (kg)
o Financeiro
l (R$)
re Rec. Brut
Fator
ento (
icado
94
O valores da Tabela 22 apresentam várs ios cenários dentro de uma análise
eterminística de curto-prazo. Avaliando a tabela percebe-se dez (10) cenários, os
cenári
imentar (CA)
foi red
a ração e taxa de sobrevivência.
Para o
is elevado e a taxa de sobrevivência
se red
s e negativos, os cenários mais prováveis, A e B, apresentaram resultados
positivos, situação diferente (para melhor) em relação à análise do jundiá.
Para avaliar o empreendimento no longo-prazo, em 10 anos, realizou-se uma
análise de retorno do investimento de longo prazo, e assim avaliou-se o que
ocorreria em termos de retorno no investimento. Para isso foi estabelecido o fluxo
de caixa líquido para o cenário mais provável: o cenário A.
Posteriormente a análise de retorno do cenário A foi realizada uma análise de
risco e retorno com a utilização do software @RISK®, a fim de avaliar de forma mais
acurada o retorno e risco da produção de Pacu. Esta análise mais aprofundada do
investimento desta espécie se fez necessário pelos resultados encontrados, pela
possibilidade de utilização desta espécie no empreendimento, e principalmente
porque esta espécie foi avaliada dentro de condições diferentes no peso inicial
(próximo de 300 g) em relação ao jundiá, fato este que poderia ter influenciado em
uma das variáveis fundamentais no desempenho das espécies, a saber: a taxa de
sobrevivência.
d
os A e B são os mais prováveis dentro dos resultados obtidos no projeto-
experimento. Os resultados destes cenários são positivos porque o custo
operacional médio ou unitário e o custo operacional total médio ou unitário são
menores que o preço de venda, gerando assim um lucro positivo e índices de
lucratividade e rentabilidade também positivos em relação ao curto-prazo, e também
em relação ao investimento inicial.
Os cenários C e D são cenários otimistas onde a conversão al
uzida para 2,49, assim como o custo da ração reduzida para R$ 0,6637. Os
resultados melhoram em relação aos cenários A e B.
Os cenários E, F, G, H, I e J são cenários pessimistas, nos quais foram
piorados os valores da conversão alimentar, custo d
s cenários pessimistas, os resultados tornam-se negativos em vários deles.
No entanto, somente no cenário I, onde a conversão alimentar é elevada, o preço de
venda é o mais baixo, o preço da ração é o ma
uz para 80%, os resultados são muito negativos.
Embora existam os cenários pessimistas e estes apresentem resultados
reduzido
95
Inicialmente apresentar-se-á os resultados da análise econômica e financeira
da produç
risco. O fluxo de caixa do cenário A está definido na Tabela 23.
Tabela 23 - Fluxo l
Fonte: Re
mais provável, indicam que durante a vida
resultados do fluxo s
reinvestimento na remodelagem (reinvest
troca das telas.
investimento tem-se os resultados
A
ão em 160 tanques-rede no longo-prazo e posteriormente a análise de
íquido de caixa não descontado do Cenário A - Mais
provável (R$)
sultados da pesquisa (2007).
Os resultados dos fluxos líquidos de caixa não descontado para o cenário A, o
útil do projeto, estimado em 10 anos, os
ão positivos, com exceção do quinto (5°) ano onde existe um
imento) dos tanques-rede em função da
Analisando os parâmetros de curto e longo-prazo para avaliar o resultado do
apresentados nas Tabelas 24 e 25.
no
Investimento
inicial
(a)
Re-
investimento
(b)
Depreciação
(c)
COE
(d)
COT
(c) + (d)
Receita
bruta
(e)
Receita
líquida
(e) - (c + d)
0
141.509,82 - - - - -
1
- 1.100,00 26.323,08 162.699,08 189.022,16 231.091,48 40.969,31
2
- 2.787,22 26.323,08 162.699,08 189.022,16 231.091,48 39.282,09
3
- 1.100,00 26.323,08 162.699,08 189.022,16 231.091,48 40.969,31
4
- 2.787,22 26.323,08 162.699,08 189.022,16 231.091,48 39.282,09
5
- 55.095,20 26.323,08 162.699,08 189.022,16 231.091,48 -13.025,89
6
- 2.787,22 15.524,04 162.699,08 189.022,16 231.091,48 39.282,09
7
- 1.100,00 15.524,04 162.699,08 189.022,16 231.091,48 40.969,31
8
- 2.787,22 15.524,04 162.699,08 189.022,16 231.091,48 39.282,09
9
- 1.100,00 15.524,04 162.699,08 189.022,16 231.091,48 40.969,31
10
- 2.787,22 15.524,04 162.699,08 189.022,16 231.091,48 39.282,09
96
Tabela 24 - Variáveis, parâmetros e resultados do Cenário A - Mais provável em
R$
Cenário
Itens Nº Indicador Cálculo (itens)
mais provável
1 Número de tanques-rede (unid.) 160,00
2 Quantidade de peixes/tanque (unid.) 383,00
3 Ciclo de Produção/Ano (unid.) 1,00
4 Peso do juvenil (g)
50,00
5 Biomassa inicial (kg) (1 x 2 x 3 x 4) 3.064,00
6 Biomassa final (kg) (1 x 2 x 3 x 10) 60.023,76
7
Conversão alimentar aparente
(CAA - kg ração/kg gdp)
2,92
8 Consumo de ração (kg) (6 x 7) / (10) 178.937,60
9 Preço da ração (R$/kg) 0,7070
10 Taxa de sobrevivência (%) 97,95
Variáveis co sntrolávei e incontroláveis
11 Preço de venda (R$) 3,85
12 Investimento inicial (R$) 141.509,82
13 Receita total (R$) (6 x 11) 231.091,48
14 Custo da ração (R$) (8 x 9) 126.508,88
15 Custo operacional efetivo (COE R$)
ara análise
162.699,08
3,08
os p
16 Custo operacional total (COT R$) (15 + 18) 189.022,16
17 Valor residual (R$) 0,00
18 Depreciação (R$) 26.32
Parâmetr
Taxa mínima atrativa ou requerida
19
% (TMA ou TMR)
8,00
20 Taxa interna de retorno % (TIR) 43,00%
21 Valor líquido das entradas R$ (VP) 409.346,22
22 Valor presente líquido R$ (VPL) 267.836,40
23
Índice de lucratividade (VP sobre
(21 / 12
ou saídas
Investimento Inicial)
24
Taxa de retorno (VPL sobre
Investimento Inicial)
(21 / 12) 189%
25
Índice de retorno (VPL sobre
Investimento Inicial)
(22 / 12) 1,893
Result
26 Payback (PBD anos) 3,00
) 2,8927
ados
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
Analisando os resultados da tabela 24, percebe-se que os resultados finais ou
de saída são todos positivos para um cenário mais provável de ocorrer (Cenário A),
dentro dos parâmetros levantados durante a pesquisa. A TIR apresentou um valor
de 43,00%, o VPL R$ 267.836,40, o Índice de Retorno, o qual representa o quanto
97
ocorre
back descontado –
ocorre em 3 anos.
do empreendimento, tem-se a situação apresentada na Tabela 25.
ela 2 uxo esco
Ano
Entradas
$)
Saídas (R$)
in
Fluxo
Valor líquido
PBD
)
de sobra líquida sobre o investimento inicial para cada R$ 1,00 investido foi
de R$ 1,8927, o que representa também a relação custo-benefício do
empreendimento; e o tempo de retorno do investimento – o Pay
Desdobrando o investimento para analisar o fluxo de caixa líquido descontado
Tab 5 - Fl de caixa d ntado do Cenário A – Mais provável
(R
Re-
vestimento
(R$)
líquido (R$)
das entrada
VP (R$
s
)
VPL (R$)
(anos
0 1
8
,8 941.509,82
-141.509, 2
-141.509
2 -141.50 ,82 -
1 231.091,48 1
9
7 ,
2 231.091,48 162.699,08
2.787,22 65.605,17
56.245,86 -22.956,19 -
3 231.091,48 1
9
8 ,6
4 231.091,48 1
7
7 ,
5 231.091,48 162.69
9
6 231.091,48 162.69
2.787,22 65.605,17
8 6,67
7 231.091,48 1
9
4 ,
8 231.091,48 1
7
4 ,
9 231.091,48 162.699,08
1.100,00 67.292,39
33.662,95 237.448,51 9,00
1,48 1
7
8
,
tal
62.699,08
1.100,00 67.292,3
62.307,
7 -79.202 05 -
62.699,08
1.100,00 67.292,3
53.418,
7 30.462 8 3,00
62.699,08
2.787,22 65.605,1
48.221,
6 78.684 44 4,00
9,08
9,08
55.095,20 13.297,1
9.049,85 87.734,2
41.342,3
8 5,00
6,00
129.07
62.699,08
1.100,00 67.292,3
39.264,
6 168.341 13 7,00
62.699,08
2.787,22 65.605,1
35.444,
3 203.785 56 8,00
10 231.09 62.699,08
2.787,22 65.605,1
30.387,
9
267.836
40
10,00
To
409.346,22
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
e produção e de mercado para um empreendimento em escala
econô
preendimento
procedeu-se uma análise através de uma ferramenta que possibilitasse ampliar a
nálise de risco e retorno, o que é apresentado a seguir.
Pode-se concluir que ocorreria retorno econômico e financeiro para a
produção do pacu, caso os índices zootécnicos e preço de mercado ocorressem
próximo, ou melhores, aos valores mais prováveis levantados durante o projeto-
experimento. No entanto, vale ressaltar que apesar de espécie ter apresentado um
bom potencial d
mica, seu peso inicial foi diferente do jundiá.
Dessa forma para acurar a análise de retorno e risco do em
a
98
4.1.4.2 Resultados probabilísticos de retorno e riscos
O objetivo deste subcapítulo foi incorporar e medir o risco através do
processo de simulação ut metodologia de lo método de Monte
Carlo (de uso mais generaliz sultados (indicadores de
sa ) p a forma probabilística, com o objetivo de
servir estes indicadores para a tomada de decisão.
A análise de retorno e risco através da utilização de uma técnica analítica de
simulação de Monte Carlo, pela seleção das variáveis es
permite gerar uma distribuição de probabilidade, ou seja, transformar os resultados
possíveis de saída em uma distribuição de probabilidade de retornos para o
em een m
P possíveis foram variadas dentro de uma
determinada faixa ou escala as variáveis de entrada. Os cálculos do processo de
simulação fo s de 10.000 interações m uma (1) pelo
método de monte Carlo. Os resultados de saída foram apresentados em forma de
fig s e b enário A – o c nário mais
4.1.4.3 resultados probabilísticos de etorno e riscos
O modelo de entrada foi desenvolvido a partir da planilha eletrônica, a qual
continha s arâmetros de nálise e as is ou
in de saída (Tabela 24).
N a trônica, as )
onde se encontram as variáveis fundamentais de entrada foram estabelecidas após
id ificada o das variáveis pelo e BestFit® do em
se ida f ria utilizada ne áveis. As eis de
entrada entar, preço da ração, taxa de sobrevivência e preço
variável conversão alimentar, preço da ração e
reço de venda foi do tipo triangular, conforme as Figuras 9, 10 e 11.
ilizando a simulação pe
ado) e assim apresentar re
ída
pr
ar avaliação do investimento de
tratégicas e fundamentais,
di ento em estudo.
ara calcular os resultados
ram realizados atravé e simulação
ura ta elas desenvolvidos a partir do c e provável.
Apresentação dos r
a variáveis de entrada, os p a variáve
dicadores
ent
gu
est tabela, oriunda da planilha ele células de entrada (input cells
a melhor distribuiçã softwar , sen
de inido qual a função que se stas vari variáv
foram: a conversão alim
de venda. A distribuição para a
p
99
Triang(2,4076; 2,7900; 3,6847)
X <= 2,564
5,0%
X <= 3,446
95,0%
3
3,5
2
2,5
0
1
2,4 5
0,5
1,5
2,7 3,1 3,45 3,8
e da p 007
F D o triangular d l co al
P eço da ração e o preço de v
triangulares a partir dos valores mínimo, di os sa
P i de sua ão p g
conforme Figura 10.
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
Figura 10 - Distribuição triangular da variável preço de venda
Font : Resultados esquisa (2 ).
igura 9 – istribuiçã a variáve nversão imentar
ara o pr enda foram definidas distribuições
ximo e mé o levantad na pesqui .
ara a var ável preço venda distribuiç segue o adrão trian ular,
Triang(3,37; 3,85; 4)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
3,3
3,4
3,5
3,6
3,7
3,8
3,9
4,0
4,1
5,0% 90,0% 5,0%
3,4930 3,9313
100
Para a variável peso médio a distribuição foi triangular, conforme a Figura 11.
uma
distribuição do tipo logística, conforme Figura 12.
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
Figura 12 - Curva logística e definição dos valores de entrada taxa de
sobrevivência.
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
Figura 11 - Distribuição triangular da variável preço de custo da ração
Para a variável taxa de sobrevivência o software definiu como
Triang(0,6637; 0,7070; 0,7502)
15
20
25
0
5
10
0,66
0,67
0,68
0,69
0,70
0,71
0,72
0,73
0,74
0,75
0,76
5,0% 5,0%90,0%
0,6774 0,7365
Logistic(97,97649; 0,84608)
Values x 10^-49
0
1
2
3
6
4
5
2,40
2,75
3,10
3,45
3,80
< 5,0% >
95,485
101
Definido o formato de distribuição das células de entrada, estas foram
inseridas nas células de entrada. Nas células de saída (
Outpucells) onde estavam as
variáveis de saída, ou seja, as células nas quais seriam avaliados os impactos
sofridos das variáveis de entrada, foram definidas e inseridas as funções de saída
com seus respectivos formatos. O modelo gerado pode ser visto na Tabela 26.
102
Tabela
Cenário
26 – Estruturação da planilha de modelo para simulação
Itens N Indicador Cálculo (itens)
mais provável
1 Número de tanques-rede (unid.)
º
Variáveis controláveis e incontroláveis
2 Quantidade de peixes/tanque (unid.)
3 Ciclo de Produção/Ano (unid.)
4 Peso do juvenil (g)
5 Biomassa inicial (kg) (1 x 2 x 3 x 4)
6 Biomassa final (kg) (1 x 2 x 3 x 10)
7
Conversão alimentar aparente
"=RiskTriang(2,4076; 2,79;
3,6847)"
(CAA - kg ração/kg biomassa)
8 Consumo de ração (kg) (6 x 7) / (10)
9
"=RiskTriang(0,6637; 0,707;
0,7502)"
Preço da ração (R$/kg)
10 Taxa de sobrevivência (%) "=RiskLogistic(97,9764; 0,84608)"
11 Preço de venda (R$) "=RiskTriang(3,37; 3,85; 4)"
12 In vestimento inicial (R$)
13 Receita total (R$) (6 x 11)
1
1
18 Depreciação (R$)
Parâmet para análise
19
Taxa mínima atrativa ou requerida
% (TMA ou TMR)
4 Custo da ração (R$) (8 x 9)
5 Custo operacional efetivo (COE R$)
16 Custo operacional total (COT R$) (15 + 18)
17 Valor residual (R$)
ros
20 Taxa interna de retorno % (TIR) "=RiskOutput() + TIR(M3:M13)"
21
"=RiskOutput() +
VPL(G25/100;M4:M13)"
Valor líquido das entradas R$ (VP)
Resultados ou saídas
22
"=RiskOutput() +
VPL(G25/100;M4:M13)-G15"
Valor presente líquido R$ (VPL)
23
Índice de lucratividade (VP sobre
(21 / 12) "=RiskOutput() + G27/G15"
In estimento Inicial) v
24
Taxa de retorno %
(21 / 12) "=RiskOutput() + G28/G15"
(VPL sobre Investimento Inicial)
25
Índice de retorno
(22 / 12) "=RiskOutput() + G28/G15"
(VPL sobre Investimento Inicial)
26
"=RiskOutput() +
MÍNIMO(O34:O44)"
Payback (PBD anos)
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
Após definido os modelos de distribuição, células de entrada e células de
saída foi r
ealizado o processo de simulação com 10.000 interações.
103
Os resultados dos impactos gerados pelas variáveis de entrada nos
respectivos resultados ou indicadores de saída, para avaliação do empreendimento,
estão apresentados na Tabela 27.
Tabela 27 - Resultado das variáveis de entrada e dos resultados de saída para
uma (1) interação no processo simulação do @RISK® do pacu
Cenário
Itens Nº Indicador Cálculo (itens)
mais provável
Número de tanques-rede (unid.) 160,00 1
2
Variáveis controláveis e incontroláveis
Quantidade de peixes/tanque (unid.) 383,00
Ciclo de Produção/Ano (unid.) 1,00
Peso do juvenil (g) 50,00
Biomassa inicial (kg) (1 x 2 x 3 x 4) 3.064,00
Biomassa final (kg) (1 x 2 x 3 x 10) 59.561,85
3
4
5
6
Conversão alimentar aparente
7 2,6925
(CAA - kg ração/kg biomassa)
8 Consumo de ração (kg) (6 x 7) / (10) 164.995,47
9 Preço da ração (R$/kg) 0,7095
10 Taxa de sobrevivência (%) 95,74
11 Preço de venda (R$) 3,54
12 Investimento inicial (R$) 141.509,82
13 Receita total (R$) (6 x 11) 207.842,14
Custo da ração (R$) (8 x 9) 117.063,74
Custo operacional efetivo (COE R$) 162.699,08
Custo operacional total (COT R$) (15 + 18) 189.022,16
17 Valor residual (R$) 0,00
Depreciação (R$) 26.323,08
Parâmetros para análise
Taxa mínima atrativa ou requerida % (TMA ou
TMR)
8,00
14
15
16
18
19
20 Taxa interna de retorno % (TIR) 60,17%
Resultados ou saídas
21 Valor líquido das entradas R$ (VP) 559.558,17
22 Valor presente líquido R$ (VPL) 418.048,35
23 Índice de lucratividade (VP sobre Investimento Inicial) (21 / 12) 3,9542
24 Taxa de retorno % (VPL sobre Investimento Inicial) (21 / 12) 295,4%
25 Índice de retorno (VPL sobre Investimento Inicial) (22 / 12) 2,95
26 2,0
Payback (PBD anos)
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
odavia, a Tabela 27 apresenta tão somente uma (1) interação do processo
de simulação, que ocorreu dentro de um universo de dez mil (10.000) interações.
T
104
Devido ao número total de interações torna-se impossível explicitar todos os
resultados possíveis de forma tabular. Por este motivo os resultados de todas as
es foram apresentados em forma sumarizada em tabelas, gráficos e
q dr
variá eis de entrada (
input cells) pela
simulação Monte Carlo com a utilização do software
@RISK®, forneceram os
seguintes resultados (Quadro 4).
nversão
limentar
aparente /
prováv
eço da raç
$/kg) / mais
ável
sobre
(%) / mais
e
venda (R$) /
mais
l
interaçõ
ua os.
Os resultados obtidos para as v
@RISK Input Graphs - Co
Inputs (Entradas) a
mais
el
prov
Pr
(R
ão Taxa de
vivência
Preço d
prováv prováveel
Simulation (Simulação) 1 1 1 1
2,41361928 0,664181948 90,25925446 3,379164457
Minimum (Mínimo)
3,672650099 0,74986863 761 105,1087036 3,9953510
Maximum (Máximo)
2,963092495 0,70718904 97,9844468 3,73977431
Mean (Médio)
Standa
0,268916079 0,017559805 1,534365016 0,134543433
rd Deviation (Desvio Padrão)
Skewness (Assimetria)
0,34719072 9006716 0,011659 -0,4482171273 -0,00 572
2,367513383 7141728 4,180200 2,398657498 2,40 099
Kurtosis (Curtose)
N b
0 0
um er of Errors (Número de erros)
0 0
Mode (Moda)
2,7013173 019413 95,99960 3,6370334631 0,682 327
2,564998865 0,677771449 95,48715 3,491019964973
5,0%
10,0%
2,628501892 0,683352351 96,14761353 3,543207884
15,0%
2,679323196 0,68765521 96,53544 3,582167149617
20,0%
2,720785141 0,691613913 96,81671 3,615189314143
25,0%
2,758493662 0,694598854 97,06905365 3,645803213
30,0%
2,790757179 0,697474122 97,27674103 3,670165062
35,0%
2,824618578 0,700289369 94997,46561432 3,694273
2,856420279 0,702756643 59 718957,64373016 3,71
40,0%
45,0%
2,892244101 0,704936028 97,82165527 3,739102125
50,0%
2,93168330 716506 452 0,70 2 97,9940033 3,7599947
2,969149113 65666 66 0,7093 98,15628052 3,7795605
55,0%
3,01109361 172756 186 0,71 98,32762146 3,7969899
60,0%
65,0%
3,054764748 0,714134216 98,49963379 3,813645124
70,0%
3,10203385 681314 224 0,71 7 98,68286133 3,8309500
75,0%
3,157185078 0,719837427 9 4771048,90235138 3,845
3,214437246 0,723189414 4249399,13814545 3,8624
80,0%
3,279737234 0,726666152 99,42539978 3,88020277
85,0%
90,0%
3,35089159 0,730804026 99,81684875 3,901451349
95,0%
3,44653821 0,736545026 100,4802933 3,93048811
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
Quadro 4 - Estatística das variáveis de entrada.
105
A partir dos resultados da simulação tornar-se possível à análise e tomada de
decisão por parte do avaliador, em relação ao risco e retorno do empreendimento ou
investimento.
A análise das variáveis de entrada é feita da seguinte forma: Existe 5% de
de probabilid loga
p nalisar que os va sentados na tabe re 5% de
probabilidade, ou seja, existe 90% de probabilidade dos valores variarem na faixa
que vai de 5% a 95%.
g a convers o alimentar rente
imentar apresenta valor médio de 2,96309,
c c i da e ou
à direita ( dênc eita
sofre influência dos v
e achatamento ou curtose, somente existe sentido
alcular e avaliar a curtose para distribuições simétricas.
probabilidade dos resultados serem inferiores a linha de 5% de probabilidade e 5%
ade dos valores estarem acima da linha de 95%. De forma aná
ode-se a lores apre la estejam ent a 95%
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
Fi ura 13 - Histograma de distribuição d ã
Distribution for Conversão aliment
(CAA - kg ...
ar aparente
0,000
0,200
0,400
0,600
0,800
1,000
1,200
1,400
1,600
M
apa
(CAA)
O histograma da conversão al
om oef ciente de assimetria de 0,3472, sendo considerada modera positiva
Coeficiente de Pearson: 0,15 < |Assimetria| < 1). A ten ia à dir
alores da conversão alimentar extremos à direita (média acima
da moda). Em relação ao grau d
c
ean=2,963093
2,4
2,75 3,1 3,45 3,8
Mean=2,963093
2,4 2,75 3,1 3,45 3,8
5% 90% 5%
2,565 3,4465
106
a pesquisa
Fig tograma d o a
eço da es
coeficiente de assimetria foi praticamente zero (0).
Em relação ao grau de achata cu
histograma 2,41 apresenta uma di at ,
distribuição normal (= 3).
(2007).
Figura 15 – Histograma de distribuição da taxa de sobrevivência.
Fonte: Resultados d (2007).
ura 14 – His e distribuiçã do preço d ração.
O histograma do pr ração apr enta valor médio de 0,7072, sendo
considerada simétrica porque o
mento ou rtose, o coeficiente de c
Distribution for Preço da ração (R$/kg) / mais
provável/F12
urtose do
stribuição pl icúrtica (< 3) porém próxima de uma
Fonte: Resultados da pesquisa
0
25
5
20
10
15
Mean=0,707189
0,66 0,6825 0,705 0,7275 0,75
Mean=0,707189
0,66 0,6825 0,705 0,7275 0,75
5% 0% 9 5%
,6778 ,7365
Distribution for Taxa de ia
v
sobrevivênc (%) /
mais pro áv...
0,000
50
00
50
00
50
00
50
0,0
0,1
0,1
0,2
0,2
0,3
0,3
Mean=97,98444
90 94 98 102 10690 94 98 102 106
5% 90% 5%
95,4872 100,4803
Mean=97,98444
107
O histograma da taxa de sobrevivência apresenta valor médio de 97,9844,
sendo considerada simétrica devido ao coeficiente de 0,01 (0,15 < |Assimetria| < 1).
Em relação ao
grau de achatamento ou curtose, coeficiente de 4,18, os dados estão
concent
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
Figura 16 – Histograma de distribuição do preço de venda.
histograma do preço de venda apresenta valor médio de 3,7398, com
assime
Pearson: 0,15 < |Assimetria| < 1), isto ocorre devido a influência dos valores do
preço de venda extremos à esquerda (abaixo da moda).
rados próximos à média (centro) da distribuição e apresenta uma elevação
nesse lugar indicando uma distribuição leptocúrtica (>3 ).
Distribution for Preço de venda (R$) / mais
provável/F14
3,500
O
tria de -0,4482, sendo considerada negativa ou à esquerda (Coeficiente de
Os resultados de saída para avaliação do empreendimento, obtido por meio
da simulação de Monte Carlo, com a utilização do software
@RISK®, forneceram os
seguinte resultados (Quadro 5).
0,000
0,500
1,000
1,500
2,000
2,500
3,000
Mean=3,739774
3,3 3,475 3,65 3,825 4
Mean=3,739774
3,3 3,475 3,65 3,825 4
5% 90% 5%
3,491 3,9305
108
@RISK Output Graphs -
Outputs (Saídas)
Taxa interna
de retorno %
(TIR) / mais
provável
Valo q o
das
R$ (
p
r lí uid
entradas
VP) / mais
rovável
V
a or p
(VPL)
pro
l resente
líquido R$
/ mais
vável
Índice de
lucratividade
VP sobre
Investimento
Inicial) / mais
Taxa de
retorno (VPL
sobre
Investimento
Inicial) / mais
Índice de
retorno (VPL
sobre
Investimento
Inicial) / mais
Payback (PBD
anos) / mais
provável
provável provável provável
Simulation (Simulação) 1 1 1 1 1 1 1
Minimum (Mínimo)
21,85% 237 25 8151 3 68,15% 0,681517422 2 951,2188 96441,406 1,6 736
Maximum (Máximo)
95,97% 88 25 6144 9 526,14% 5,261445999 6 6056,125 744546,31 6,2 599
Mean (Médio)
64,08% 595 2 2085 5 320,86% 3,208581651 2,1727 555,6319 454045,81 4, 816
Standard Deviation (Desvio Padrão)
11,30% 100 49 1219 7 71,22 0,712195766 0,393306724 782,6949 100782,69 0,7 576
Skewness (Assimetria)
-0,308928487 -0,2 9 6 -0,254500608 -0,254500608 2,058651582 54500598 -0,2545005 9 -0,254500
Kurtosis (Curtose)
2,819405824 2,7436 01 4363 2 2,743637096 2,743637096 6,566201837 37105 2,7436371 2,7 709
Number of Errors (Número de erros)
0 0 0 0 0 0 0
Mode (Moda)
57,75% 537.98 1 3,83 283,7% 2,84
2
3,75 401.491,3 72
5,0%
44,08%
418.57 4
579 8 195,79% 1,95793426 2 2,9 343
6,75 277.066,9
10,0%
49,13%
462.17 0
6600 8 226,60% 2,266005278 2 3,2 527
1,81 320.662,0
15,0%
52,01%
487.37 9
4409 1 244,41% 2,444092751 2 3,4 275
2,94 345.863,0
20,0%
54,47%
508.96 9
9668 2 259,67% 2,596683502 2 3,5 350
6,03 367.456,1
25,0%
56,55%
527.40 1
270 42 272,70% 2,727011442 2 3,7 114
8,69 385.898,9
30,0%
41%
543.83 8
43108654 284,31% 2,843108654 2 58, 3,8
7,63 402.327,7
35,0%
08%
558.77 4
48663473 294,87% 2,948663473 2 60, 3,9
4,63 417.264,8
40,0%
66%
572.84 9
48114777 304,81% 3,048114777 2 61, 4,0
8,00 431.338,1
45,0%
24%
586.97 6
47969246 314,80% 3,147969246 2 63, 4,1
8,38 445.468,5
50,0%
77%
600.77 8
45472908 324,55% 3,24547267 2 64, 4,2
6,06 459.266,2
55,0%
23%
613.89 7
38213444 333,82% 3,338213444 2 66, 4,3
9,81 472.389,9
60,0%
67,71%
627.24 4
32524204 343,25% 3,432523966 2 4,4
5,69 485.735,8
65,0%
69,18%
640.50 2
26247978 352,62% 3,526248217 2 4,5
8,56 498.998,7
70,0%
70,73%
654.54 9
6254282 362,54% 3,6254282 2 4,
3,50 513.033,6
75,0%
72,26%
668.44 0
23678112 372,37% 3,723677874 2 4,7
6,81 526.937,0
80,0%
73,97%
683.98 1
33488941 383,35% 3,833488703 2 4,8
6,13 542.476,3
85,0%
76,02%
702.61 6
4,965138912 396,51% 3,965138674 3
5,88 561.106,0
90,0%
78,32%
723.62 1
5,113589287 411,36% 4,113589287 3
3,13 582.113,3
95,0%
81,35%
751.37 0
5,309718609 430,97% 4,309718609 3
7,31 609.867,5
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
Quadro 5 - Estatística das variáveis de saída.
109
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
Figura 17 – Histograma de distribuição da TIR.
O histograma da Taxa Interna de Retorno (TIR) apresenta valor médio de
0,64083 ou 64,083% ao ano, com assimetria de -0,3089, sendo considerada
negativa ou à esquerda, indicando uma tendência a esquerda, ou seja, para o limite
de 0,8135 ou ilidade.
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
Figura 18 – Histograma de distribuição do valor líquido das entradas.
Distribution for Taxa interna de retorno %
(TIR) / mais...
2,500
3,000
3,500
81,35% ao ano da TIR de probab
0,000
0,500
1,000
1,500
2,000
Mean=0,6408336
0,2 0,4 0,6 0,8 1
Mean=0,6408336
0,2 0,4 0,6 0,8 1
5% 90% 5%
,4408 ,8135
Distribution for Valor líquido das Entrada R$
(VP) / mai...
lues in ThousandsVa
0,000
0,500
1,000
2,000
2,500
3,000
3,500
4,000
Values in 10^ -6
1,500
Mean=595555,6
200 375 550 725 900200 375 550 725 900
Mean=595555,6
5% 90% 5%
418,5768 751,3773
110
O histograma do Valor Líquido das Entr
R$ 595
esquerd
adas (VLE) apresenta valor médio de
.5 a ou à
a, indican ndência à esquerda.
s d etorno e
e
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
igu r o (VPL).
Fonte: Resul a 07).
Figura 20 – Histograma de distribuição do índice de lucratividade (IL).
55,63 co
d
m
o u
a
m
ssi
a te
metria de -0,2545, sendo considerada negativ
distribuiçõe
Índice de R
A mesma tendência da TIR e VLE
d
tor
v
rat
erifica-se para as demais
ivi
e p
no
ro
.
babilida e do VPL, Índice de Luc dade, Taxa de R
F
ra 19 – Histog ama de distribuição do valor presente líquid
tados d pesquisa (20
Distribution for Índice de lucratividade VP
sobre Invest...
0,
0,
0,2
000
100
0
0,30
0,40
0,500
0
0
0
0,600
Mean=4,208581
1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 6,51,5 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5
5% 90% 5%
2,9579 5,3097
Mean=4,208581
Distribution for Valor presente líquido R$ (VPL)
/ mais ...
ous
Values in 10^ -6
Values in Th ands
0,0
0,
1,
1,
2,
2,5
00
00
3,000
500
000
500
000
3,
4,
500
000
Mean=454045,8
0 200 400 600 8000 200 400 600 800
5% 90% 5%
277,0669 609,8675
Mean=454045,8
111
Fonte: Resultados da pesquisa (2007).
ibuição da taxa de retorno (TR %)
onte: Resultados da pesquisa (2007).
Figura 22 – Histograma de distribuição do índice de retorno sobre
investimento inicial (ROI).
resultado do período de retorno do investimento ou Payback descontado
apresentou valor médio de 2,1727 anos com uma probabilidade 90% de ocorrer
entre o igura 23.
Figura 21 – Histograma de distr
Distribution for Índice de retorno (VPL sobre
Investimen...
0,300
0,400
0,500
0,600
F
O
2º e o 3º ano, como demonstra a F
0,000
0,100
0,200
Mean=3,208582
0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5
Mean=3,208582
Distribution for Taxa de retorno (VPL sobre
Investimento...
0,000
0,100
0,200
0,300
0,400
0,500
0,600
Mean=3,208582
0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 5,50,5 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5
5% 90% 5%
1,9579 4,3097
Mean=3,208582
0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5
5% 90% 5%
1,9579 4,3097
112
onte: Resultados da pesquisa (2007).
igura 23 – Histograma de distribuição do período de retorno do
investimento descontado – Payback econômico (PBD).
O
apresentados nas tabelas, quadros e figuras anteriores podem ser visualizados no
quadro 6, o qual apresenta um sumário estatístico de todos os valores.
quadro é auto-explicativo, onde nas colunas são apresentados os valores
mínimos, máximos, os desvios, a variável x1 (em análise na linha do quadro), x1 e
p1 que significa o valor absoluto da variável e e sua probabilidade a 5%, x2
e p2 que significa o valor absoluto da variável em análise e sua probabilidade a 95%,
onde x2 – x1 indica a subtração da variável em análise na probabilidade 95%
subtraída da probabilidade a 5%, a probabilidade da variável em análise em 90%
(95% - 5%) e por último a coluna do número de erros ocorridos no processo de
simulação por via computacional, sendo a estatística zero (0) um indicativo de que
não ocorreram erros internos durante o processo de simulação.
Distribution for Payback (PBD anos) / mais
provável/F29
F
F
s resultados de entrada e saída encontrados no processo de simulação e
O
em anális
0,000
0,500
1,000
1,500
2,000
2,500
3,000
3,500
4,000
4,500
5,000
Mean=2,1727
1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5
Mean=2,1727
1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5
5% 90% 5%
2 3
113
Fonte: Re a pesq 7).
Quadro 6 – Resumo estatístico dos resultados de entrada e saída.
Statistics -
Ou
Minimum
(Mínimo)
Maximum
(Máximo)
Mean
(Médio)
Std Dev
(Desvio
Padrão)
x1 (Probabilida-
de Absoluta)
p1 (Probabili-
dade a 5%)
x2 (Probabilida-
de Absoluta)
p2 (Probabili-
dade a 95%)
x2-x1
p2-p1
(Probabilida
95% - 5% =
Er ror s
(Ocorrência de
erros no
processo de
simulação)
Taxa intern IR)
21 7% 64,08% 11,30% 44,08% 5,0% ,35% 95,0% 37,27% 90,0% 0
Valorquido VP)
237 2 8 56,13 595.555,63 100.782,69 418.576,75 5,0% .377,3 95,0% 332.800,56 90,0% 0
Valor prese L)
96. 6,31 454.045,81 100.782,69 277.066,94 5,0% .867,5 95,0% 332.800,56 90,0% 0
Índice de lu bre
Invest
614 4,2086 0,7122 2,95793438 5,0% 3097 95,0% 2,3518 90,0% 0
Taxa de r e
Invest
4% 320,86% 71,22% 195,79% 5,0% 0,97% 95,0% 235,18% 90,0% 0
Índice de r e
Invest
614 3,2086 0,7122 1,95793426 5,0% 3097 95,0% 2,3518 90,0% 0
Payba
2,1727 0,393306724 2 5,0% 3 95,0% 1 90,0% 0
Entradas (Inp stics
- In
Maximum
(Máximo)
Mean
(Médio)
Std Dev
(Desvio
Padrão)
x1 (Pro ida-
de Ab a)
p1 (Probabili-
dade a 5%)
obabilida-
bsoluta)
p2 (Probabili-
dade a 95%)
x2-x1
p2-p1
(Proba a
95% - =
90
Er ror s
(Ocorrência de
erros no
processo de
simulação)
Conversão alimenta CAA
7).
Quadro 6 – Resumo estatístico dos resultados de entrada e saída.
Saídas (Outpu Statistics -
Ou
Minimum
(Mínimo)
Maximum
(Máximo)
Mean
(Médio)
Std Dev
(Desvio
Padrão)
x1 (Probabilida-
de Absoluta)
p1 (Probabili-
dade a 5%)
x2 (Probabilida-
de Absoluta)
p2 (Probabili-
dade a 95%)
x2-x1
p2-p1
(Probabilida
95% - 5% =
Er ror s
(Ocorrência de
erros no
processo de
simulação)
Taxa intern IR)
21 7% 64,08% 11,30% 44,08% 5,0% ,35% 95,0% 37,27% 90,0% 0
Valorquido VP)
237 2 8 56,13 595.555,63 100.782,69 418.576,75 5,0% .377,3 95,0% 332.800,56 90,0% 0
Valor prese L)
96. 6,31 454.045,81 100.782,69 277.066,94 5,0% .867,5 95,0% 332.800,56 90,0% 0
Índice de lu bre
Invest
614 4,2086 0,7122 2,95793438 5,0% 3097 95,0% 2,3518 90,0% 0
Taxa de r e
Invest
4% 320,86% 71,22% 195,79% 5,0% 0,97% 95,0% 235,18% 90,0% 0
Índice de r e
Invest
614 3,2086 0,7122 1,95793426 5,0% 3097 95,0% 2,3518 90,0% 0
Payba
2,1727 0,393306724 2 5,0% 3 95,0% 1 90,0% 0
Entradas (Inp stics
- In
Maximum
(Máximo)
Mean
(Médio)
Std Dev
(Desvio
Padrão)
x1 (Pro ida-
de Ab a)
p1 (Probabili-
dade a 5%)
obabilida-
bsoluta)
p2 (Probabili-
dade a 95%)
x2-x1
p2-p1
(Proba a
95% - =
90
Er ror s
(Ocorrência de
erros no
processo de
simulação)
Conversão alimenta CAA
sultados d
t Summary
tput Name)
a de retorno % (T
das Entrada R$ (
nte líquido R$ (VP
cratividade VP so
imento Inicial)
etorno (VPL sobr
imento Inicial)
etorno (VPL sobr
imento Inicial)
ck (PBD anos)
ut Summary Stati
put Name)
r aparente (
t Summary
tput Name)
a de retorno % (T
das Entrada R$ (
nte líquido R$ (VP
cratividade VP so
imento Inicial)
etorno (VPL sobr
imento Inicial)
etorno (VPL sobr
imento Inicial)
ck (PBD anos)
ut Summary Stati
put Name)
r aparente (
uisa (200
,85%
.951,2
441,4
1,6815
68,15%
0,6815
2
Minimum
(Mínimo)
,85%
.951,2
441,4
1,6815
68,15%
0,6815
2
Minimum
(Mínimo)
Saídas (Outpu
90%)90%)
95,9
86.0
44.54
6,2
526,1
5,2
6
95,9
86.0
44.54
6,2
526,1
5,2
6
81
751
609
5,
43
4,
x2 (Pr
de A
81
751
609
5,
43
4,
x2 (Pr
de A
1
0
1
0
1 71 7
babil
solut
bilid
5%
%)
babil
solut
bilid
5%
%)
-
kg ração/kg
2, 3,6727 2,9631 0,2689 2,5 5,0% 4465 95,0% 0,8815 90,0 0
Preço da r
0, 0,7499 0,7072 0,0176 0,6778 5,0% 7365 95,0% 0,0588 90,0% 0
Taxa de sobre
90, 105,1087 97,9844 1,5344 95,4872 5,0% 0,4803 95,0% 4,9931 90,0% 0
Preço de ve
3, 3,9954 3,7398 0,1345 3,4910 5,0% 9305 95,0% 0,4395 90,0% 0
biomassa)
ão (R$/kg)
vivência (%)
nda (R$)
4136
6642
2593
3792
650 %3,
0,
10
3,
5 CONCLUSÃO
presente estudo avaliou a viabilidade econômica na produção piscícola ou
aqüícola de espécies nativas, no reservatório da hidroelétrica da ITAIPU-
BINACIONAL, através do sistema intensivo em tanques-rede, sob o prisma da
análise do retorno e risco desta produção. A conclusão a que chegou o estudo foi
que dada às alternativas de investimento nas três (3) espécies nativas, existe uma
elevada probabilidade de retorno econômico e financeiro do investimento no pacu –
espécie que melhor se adaptou as condições climáticas do local e ao sistema
rodutivo proposto.
Os resultados obtidos através do processo de simulação de retorno e risco
dicam que a Taxa Interna de Retorno (TIR) pode variar de 44,08% a 81,35% ao
no dentro de um intervalo de probabilidade de 90%, com valor médio de 64,08% ao
ano. O Valor Líquido das Entradas (VLE) pode variar de R$ 418.576,80 a R$
751.377,30 dentro de um intervalo de probabilidade de 90% com valor médio de R$
595.55
609.867,50 dentro de $
420.858,10. O Índice de Lucratividade de Longo-prazo (IL), o qual representa o
quocie
do VPL pelo
Invest
O
p
in
a
5,60. O Valor Presente Líquido (VPL) pode variar de R$ 277.066,90 a R$
um intervalo de probabilidade de 90% com valor médio de R
nte do VLE pelo Investimento Inicial, pode variar de 2,9579 a 5,3097 dentro
de um intervalo de probabilidade de 90% com valor meio de 4,2085. A Taxa de
Retorno (TR), a qual representa, em forma percentual, o quociente
imento Inicial, pode variar de 195,79% a 430,97% dentro de um intervalo de
probabilidade de 90% com valor meio de 320,86%. O Índice de Retorno de Longo-
prazo (IR), o qual representa o quociente do VPL pelo Investimento Inicial, também
denominada de Relação Custo x Benefício, pode variar de 1,9579 a 4,3097 dentro
de um intervalo de probabilidade de 90% com valor meio de 3,2086. Dentro de um
horizonte do investimento de dez (10) anos, o Período de Retorno Econômico (
Pay-
back descontado), indica um retorno econômico positivo em um período entre dois
(2) a três (3) anos.
115
5.1 Considerações finais
É importante ressaltar que as condições de análise para investimento que
tenham como objeto organismos biológicos requerem, destes estudos, especial
atenção, devido aos fatores climáticos, biológicos, de manejo, de desenvolvimento
tecnológico, das condições de mercado, dentre outros, que influenciam de sobre
maneira nos resultados do investimento.
Este estudo dentro do agronegócio aqüícola é importante, devido ao
crescente interesse por investimentos na área da aqüicultura na última década e
deverá continuar em evidência por muito tempo em virtude da estagnação na oferta
de pescado oriundo da captura e do crescente aumento na demanda por alimento,
devido ao incremento da população mundial, assim como as mudanças de hábitos
de consumo em busca de uma alimentação mais saudável que é fato registrado em
boa parte dos paises e nos grandes centros urbanos.
Inexoravelmente todos os levantamentos e prognósticos das instituições
mundiais relacionadas à atividade da pesca aprontam como estado atual a crise da
pesca extrativa comercial marinha, a crise de sustentabilidade social, econômica e
ambiental da forma de atuação antrópica do homem.
Não obstante, embora a crise em que se afigura a atividade, apesar dos
cenários nefastos, tem surgido alternativas econômicas viáveis. As mesmas
instituições internacionais que procuram chamar atenção para a crise apontam
caminhos para evitar um total colapso na extração e produção de organismos
aqüáticos. Um desses caminhos é a atividade aqüícola como forma de superar a
desastrosa condição antrópica do cenário atual e futuro.
Baseado nesta situação e na possibilidade de gerar renda e desenvolvimento
sustentável o projeto de produção aqüícola em tanques-rede, configura-se como
uma alternativa possível e viável. Notadamente todos projetos que se utilizam
organismos vivos apresentam uma margem ou possibilidade de risco, inerente aos
aspectos climáticos, sanitários, político, ambiental, econômico, financeiro, ou seja,
um conjunto de fatores que conjugado aos aspectos técnicos, lhe imprimem uma
dinâmica, a qual, os profissionais que lidam com atividades ligadas ao planejamento
e também aos estudos de análise e viabilidade econômica e financeira de atividades
aqüícolas devem estar afeitos para que não sejam pegos de inopino em tais
situações.
116
Neste sentido de buscar e alicerçar o conhecimento dos produtores,
ngenheiros, técnicos, instituições de pesquisa e fomento envolvidos na produção
de pei
ra produtiva no inverno e dessa forma diluir os custos fixos do
investi
citas, como por exemplo, a retiradas de madeira de reservas
rotegidas, a caça de animais silvestres, tanto para consumo como para venda,
corrência de êxodo rural elevando o problema migratório e de infra-estrutura das
idades, a possibilidade do aliciamento para atividades clandestinas, já que a região
z fronteira como outro país.
e
xes no reservatório de Itaipu e outras localidades contribuiu de forma decisiva
este trabalho.
Estudos futuros que utilizem outras espécies com potencial de mercado e
adaptáveis às condições climáticas e dos sistemas de produção em tanques-rede,
de manejo e que apresentem bom desenvolvimento, principalmente no inverno,
devem ser avaliadas para que seja aproveitado o período do ano em que as
temperaturas são mais baixas, e assim possa ser aproveitado o uso dos tanques-
rede e toda a estrutu
mento.
Outro ponto importante é o aprofundamento do estudo da espécie que
apresentou melhor desempenho para aprimorar os resultados zootécnicos que
influenciaram nos resultados econômicos e conseqüentemente diretamente no
retorno do investimento.
Como a produção de organismos vivos, por serem bens de primeira
necessidade, e normalmente com baixo valor unitário, o retorno econômico e
financeiro do investimento se processa pela produção em escala. Assim um outro
ponto importante é o desenvolvimento coordenado da cadeia do peixe de forma que
se possa realizar a produção com valor agregado, através da pesquisa de novas
formas de apresentar o produto para diferentes mercados, criando assim uma
estrutura de produção, de processamento, de comercialização e distribuição.
Finalizando, o desenvolvimento sustentável das populações ribeirinhas ao
reservatório de Itaipu, além de possibilitar a melhoria da qualidade de vida
influenciará diretamente numa amplitude de questões referentes às condições
sociais, ambientais, econômicas e de segurança, sendo estas as mais destacadas.
Caso estas populações não possuam uma atividade que possibilite emprego e renda
dignos, ocorre uma grande probabilidade de estas mesmas populações desviarem-
se para práticas ilí
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ANEXO 1 – TABELAS, FIGURAS E QUADROS
124
Tabela 28 - Produção de pescado mundial proveniente da pesca e aqüicultura (in
a 2003 e seus relativos incrementos*
Produção Marinha (Marítima)
Produção Continental (Águas Interiores) em
milhões de toneladas
ia lh
n
cluindo a china) entre e os anos de 1990
Total Mund
to
l (em mi
eladas)
ões de
Captura (Pesca Extrativa) Aqüicultura (Cultivo)
Captura (Pesca
Extrativa)
Aqüicultura (Cultivo) Pes
ANO
Produção Crescimento Produção Crescimento
Produção
Total
Produção Crescimento Produção Crescimento
Produção
Total
Extrat
ra ento
1990
79,03 - 4,22 -
83,25
6,53 - 8,18 -
14,71 85,5
ca
iva
Aqüicultu
6 12,40
Produção
97,96
Crescim
-
1991
78,48 -0,70% 4,55 7,82%
83,03
6,32 -3,22% 8,44 3,18%
14,76 84,8
%
1992
79,58 1,40% 4,99 9,67%
84,57
6,15 -2,69% 9,46 12,09%
15,61 85,7 1 8
%
1993
80,18 0,75% 5,76 15,43%
85,94
6,55 6,50% 10,68 12,90%
17,23 86,7 1 7
%
1994
85,29 6,37% 6,23 8,16%
91,52
6,81 3,97% 12,21 14,33%
19,02 92,10 1 4
%
1995
84,74 -0,64% 7,16 14,93%
91,90
7,23 6,17% 13,77 12,78%
21,00 91,97 1 0
%
1996
86,1 1,60% 10,80 50,84%
96,90
7,40 2,35% 15,9 15,47%
23,30 93,50 1 0
%
1997
86,4 0,35% 11,10 2,78%
97,50
7,50 1,35% 17,5 10,06%
25,00 93,90 1 0
%
199 26,60 87,70 1 0
%
1999
85,2 7,04% 13,30 10,83%
98,50
8,50 4,94% 20,2 9,19%
28,70 93,70 1 0
%
2000
86,8 1,88% 14,20 6,77%
101,00
8,70 2,35% 21,3 5,45%
30,00 95,50 1 0
%
2001
84,2 -3,00% 15,20 7,04%
99,40
8,70 0,00% 22,50 5,63%
31,20 92,90 1 0
%
2002
84,5 0,36% 15,90 4,61%
100,40
8,70 0,00% 23,9 6,22%
32,60 93,20 1 0
%
2003**
81,3 -3,79% 16,70 5,03%
98,00
9,00 3,45% 25,2 5,44%
34,20 90,30 1 0
%
Var. %
2,87% 295,73%
37,83% 208,07%
5,54% %
0 12,99
3 14,45
3 16,44
18,44
20,93
26,70
28,60
30,50
33,50
35,50
37,70
39,80
41,90
237,90
97,79
00,1
03,1
10,5
12,9
20,2
22,5
18,2
27,2
31,0
30,6
33,0
32,2
34,95%
-0,17
2,44
2,98
7,14
2,13
6,47
1,91
-3,51
7,61
2,99
-0,31
1,84
-0,60
8
79,6 -7,87% 12,00 8,11%
91,60
8,10 8,00% 18,5 5,71%
Fonte: Dados compilados e calculados a partir do Relatório da FAO - El estado mundial de la pesca y la acuicultura (2004
* Exclusão das plantas aquáticas.
** Estimativa para o ano de 2003.
).
125
Tabela 29 - Produção e consumo de pescado mundial proveniente da pesca e aqüicultura (incluindo a china) entre e os anos de 1990
a 2003: consumo não-alimentar
e consumo alimentar per capita e seus relativos incrementos*
Total Mundial (em milhões de toneladas) População Mundial
Consumo Mundial
ANO
Produção da
Pesca
Extrativa
Produção
da
Aqüicultura
Produção
Mundial
Crescimento
da
Produção
Mundial
Uso Não
Alimentar
Consumo
Alimentar
Em
Bilhões
Crescimento
Per capita
(kg/ano)
mento
1990
85,56 12,40 97,96 - 28,74 69,22 5,28 - 13,11 -
Cresci
1991
84,80 12,99 97,79 -0,17% 28,84 68,95 5,36 1,52%
1992
85,73 14,45 100,18 2,44% 28,17 72,01 5,44 1,49% 13,24 0%
1993
86,73 16,44 103,17 2,98% 29,23 73,94 5,52 1,47% 13,39 9%
1994
92,10 18,44 110,54 7,14% 33,37 77,17 5,60 1,45% 13,78 8%
1995
91,97 20,93 112,90 2,13% 31,00 81,90 5,69 1,61% 14,39 5%
1996
93,50 26,70 120,20 6,47% 32,20 88,00 5,70 0,18% 15,44 6%
1997
93,90 28,60 0%
1998
87,70 30,50 118,20 -3,51% 24,60 93,60 5,90 1,72% 15,86 4%
1999
93,70 33,50 127,20 7,61% 31,80 95,40 6,00 1,69% 15,90 2%
2000
95,50 35,50 131,00 2,99% 34,20 96,80 6,10 1,67%
2001
92,90 37,70 130,60 -0,31% 31,10 99,50 6,10 0,00% 16,31 9%
2002
93,20 39,80 133,00 1,84% 32,20 100,70 6,20 1,64%
2003**
90,30 41,90 132,20 -0,60% 29,20 103,00 6,30 1,61% 16,35 6%
Var. %
5,54% 237,90% 34,95%
48,80% 19,32% 24,71%
12,86 -1,88%
2,9
1,1
2,8
4,4
7,2
1,4
1,3
0,2
15,87 -0,20%
2,7
16,24 -0,43%
0,6
122,50 1,91% 31,70 90,80 5,80 1,75% 15,66
Fonte: Dados compilados e calculados a partir do Relatório da FAO - El estado mundial de la pesca y la acuicultura (2004).
* Exclusão das plantas aquáticas.
** Estimativa para o ano de 2003.
126
Tabela 30 - Produção de pescado mundial proveniente da pesca e aqüicultura (excluindo a china) entre e os anos de 1990
a 2003 e seus relativos incrementos*
Fonte: Dados ilado ula arti atór A est y la acui ra ).
* o tas aquáticas
Pro
Prod lhões d hões de
comp s e calc dos a p r do Rel io da F O - El ado mundial de la pesca cultu (2004
Exclusã das plan .
** Estimativa para o ano de 2003.
dução Marinha (Marítima)
ução Continental (Águas Interiores) em mi
toneladas
e Total Mundial (em mil
toneladas)
Captura (Pesca
Extrativa)
v
ANO
Pro
Cresci-
ment
Produ
Cresci-
mento
Pro
ota
Cresci-
mento
ução
Cresci-
mento
ução
T
Ex
tura Total
Cresci-
mento
1
73,60 - -
77,
90
0,
-
Aqüicultura (Cultivo)
Captura (Pesca
Extrativa)
Aqüicultura (Culti o)
Prod
Pesca
Aqüicul- Produção
dução
l
otal
trativa
T
Prod
dução
o
ção Produção
996
4,10
70
5,70 - 4, -
1 60 79,30 9,00 88,30
1
72,50 -1,49% 4,20 2,4
76,7
5 10 8%
0,
-0,91%
1
64,70 -10,76% 4,4 4,7
69,
0 2%
1,
-8,34%
1
70,30 8,66% 4,7 6,8
75,
0 1%
2,
8,73%
2
72,00 2,42% 4,8 2,1
76,
10 7%
2,
2,52%
2
69,80 -3,06% 5,1 6,2
74,
60 0%
3,
-1,45%
2
70,10 0,43% 5,1 0,0
75,
90 5%
3,
0,68%
67,00 -4,42% 6,50 0,00% 7,50 -2,48%
Va
-8, 34,1 14 -7 -
997
4%
0
,70 0,00% 5, 4,0
1 80 78,20 9,30 87,50
998
0 6%
10
5,80 5,3 3,9
1 10 70,50 9,70 80,20
1,75%
999
0 2%
00
6,20 6,90% 6,0 13,2
1 20 76,50 10,70 87,20
000
0 3%
80
6,50 4,84% 6, 1,6
1 60 78,50 10,90 89,40
001
0 5%
90
6,50 0,00% 6, 8,2
1 10 76,30 11,70 88,10
002
0 0%
20
6,50 0,00% 6, 4,5
1 40 76,60 12,00 88,70
2003*
5,50 7,84%
72,50
8,70%
14,00 73,50 13,00 86,50
r. %
97% 5% ,04% 53,06% ,31% 44,44% 2,04%
127
Tabela 31 - Produção de pescado mundial proveniente da pesca e aqüicultura (excluindo a china) entre e os anos de 1990
a 2003: consumo não-alimentar e consumo alimentar per capita e seus relativos incrementos*
Total Mundial (em milhões de toneladas) População Mundial Consumo Mundial
ANO
Produção da
Pesca
Extrativa
Produção
da
Aqüicultura
Produção
Mundial
Crescimento
da
Produção
Mundial
Uso Não
Alimentar
Consumo
Alimentar
Em
Bilhões
Crescimento
-
Per capita
)
(kg/ano
Crescimento
1996 79,30 9,00 88,30 - 27,90 60,40 4,50 - 13,42
1997 61,50 4,60 2,22% 13,37 -0,39%
7 1 0 %
1
1
1
2003* 73,50
-
78,20 9,30 87,50 -0,91% 26,00
1998 70,50 9,70 80,20 -8,34% 17,90 62,30 4,70 2,17% 13,30 -0,52%
1999 6,50 0,70 87,20 8,73% 24,30 62,90 4,70 0,00% 13,2 -0,75
2000 78,50 0,90 89,40 2,52% 25,70 63,70 4,80 2,13% 13,20 0,00%
2001 76,30 1,70 88,10 -1,45% 22,50 65,60 4,90 2,08% 13,40 1,52%
2002 76,60 2,00 88,70 0,68% 23,20 65,50 5,00 2,04% 13,20 -1,49%
13,00 86,50 -2,48% 19,70 66,80 5,00 0,00% 13,36 1,21%
Var. % 7,31% 44,44% -2,04% 10,60% 11,11% -0,46%
Fonte: Dados co os e calc s a p Relatóri O - El est ndial de a y la ultura (2
* o das aquática
* iva pa o de 200
mpilad ulado artir do o da FA ado mu la pesc acuic 004).
Exclusã plantas s.
* Estimat ra o an 3.
128
Tab
Fon
ela - Dado mog A érica Latina e Caribe
te: FA 2006).
d
população
32 s de ráficos e econômicos
Gêner
da
o
m
a
(%)
P
2
)
População em PIB em 2003
(US$x1.000)
Taxa de
Crescimento
Anual do PIB
(%)
entin .766.890,00 38.401 49,1 50,9 251.569,00 -0,50
aís
a
Superfície
(Km
2002 (x1.000)
M F
Arg 2
Bel
Bol
Bra
Col
Cos
Cub
Chi
Equ
EI S
Gu
Gu
Hon
Jam
Nic
Pan
Par
Per
Rep
Uru
Ven
Tota
ize 6 0 49 673,00 10,20
ívia 1.098.58 50 8.435,00 2,40
sil 8.511.96 50 757.585,00 4,50
ômbia 1.138.910,00 44.562 49,4 50,6 103.485,00 2,80
ta R 0 49,3 16.505,00 1,70
a 0.86 49 48.232,00 5,60
le 6.95 50,5 95.867,00 5,40
ador 283.560,00 13.343 50,2 49,8 20.471,00 2,30
alva 0,00 50,9 11.676,00 2,00
atem 49,6 18.985,00 3,30
iana 0,00 51,6 572,00 -0,70
dura 112.090,00 7.001 50,3 49,7 5.000,00 4,80
aica 9 0 50 5.282,00 0,80
xico 1.972.55 50 487.178,00 6,90
arágu 129.494,00 5.489 49,8 50 2.637,00 4,30
amá 75.517,00 3.116 50,4 49 10.155,00 2,70
agua 0,00 49,6 8.724,00 -0,30
u 50,4 66.461,00 3,10
. Do cana 0,00 49,2 18.374,00 7,80
guai 176.220,00 3.408 48,5 51,5 16.888,00 -1,30
ezue 912.050,00 25.554 50,3 49 62.951,00 3,20
l 19.0 9 4,00 3,23
22.9 6,0
0,00
5,00
256
9.0
77.2
50,4
49,8
49,3
,2
,2
,7
25
68
1
ica
dor
ala
s
a
i
mini
la
51.100,0
11
75
4.167
11.3
15.7
50,7
50,1
49,5
0,00
0,00
06
74
,9
21.04
108.89
214.97
6.6
12.3
7
38
09
65
49,1
50,4
48,5
0,00
10.9 1,0
0,00
2.651
03.3
49,3
49,5
,7
,6
,2
,6
1 01
40
12
4
6.75
8.52
8.73
5.9
27.1
8.8
22
48
19
50,4
49,6
50,8
0,00
,7
59.5 3,00 526.223,00 2.017.70
O (
129
Tabela - Dad econô A é a e Caribe
País
PIB em US$
(x1.000)
PIB Agrícola em PIB Agrícola/PIB
(%)
PIB Pesca/PIB
(%)
33 os micos da m rica Latin
US$ (x1.000)
Argentin 0,28 a 251.569,00 14.591,00 5,80
Belize
Bolívia
Brasil
Colom
Costa
Cuba
Chile
Equad
EI Sal
Guate
Guian
Hondu
Jamai
Méxic
Nicara
Panam
Parag
Peru
Rep. D
Urugu
Venez
Total
673,00 181,00 6,89 5,00
8.435,00 1.240,00 14,70 n/d
757.585,00 9,40 0,06
b 103.485,00 13,40 0,38
R 16.504,50 11,10 0,34
48.232,00 2.701,00 5,60 15,00
95.867,00 5.752,00 6,00 3,18
o 20.471,00 2 n/d
v 11.676,00 1 0,40
mala 18.985,00 3.816,00 0 <1
a 572,00 269,00 6,80
ras 9 n/d
ca n/d
o 21.923,00 4,50 0,10
gua 2.637,00 923,00 35,00 2,05
á 10.155,00 8,40 2,88
ua 9 0,37
66.461,00 8,90 0,72
o icana 18.374,00 2.113,00 11,50 0,10
a 16.888,00 1.655,00 9,80 6,40
u .95 6,10 8,00
8,05
2
7
1
1.21
3.86
1.83
3,00
7,00
2,00
ia
ica
r
ador
4.64
1.29
7,00
6,00
2
1
2
,70
,10
,10
,00
,30
47,03
1
7,27
5.000,00
5.282,00
95
38
0,00
4,00
487.178,00
85
2.55
5.915,00
3,00
6,00
i
min
i
ela
8.723,50 2
62
2.01
1,00
04,0
3.84
17,0
0,00
0 7.7 0 162.5
Média 91.713,82 7.387,14 15,16 2,90
Fonte:
FA 006.
O 2
130
Tabela 34 - Produção por região e unidades da
Fonte: IBAMA, 2004.
oduçã s
fed
Pr
eração
o tot
d
al d
e p
e pe
esc
cado
ad
po
o
r an
no
o e
B
m t
ra
one
sil
lad
de
as
1995 a 2004
Regiões e Unidades da
o
1995 1996 1997 19 2 20 200
Acre 4.829,00 1.780,00 1.794,00 25,00 2.790,00 2.870,00 3.231,50
Federaçã
1998
2.9
99
2.431,00
2000 001 02 3 2004
3.448,50 2.862,50
Amazonas 57.525,00 63.114,50 48.510,00 85,00 56.563,00 63.698,00 70.256,00 63.233,00
Roraima 144 94,5 119 127,5 133 631 950 1.262,00 1.649,00
Pará 80.467,00 66.892,50 71.856,50 69.742,50 134.434,50 145.610,00 159.453,50 174.227,50 154.546,00
Amapá 7.899,00 6.910,00 9.281,00 8.45 11.538,00 10.825,00 11.12 0.6 0
Tocantins 927 1.417,00 2.278,50 4.81 39 0 8,0 17
Norte 153.786,00 142.204,50 135.836,00 133.94 0 46.4
Maranhão 61.470,50 56.228,00 58.571,50 60.91 0
Piauí 4.628,00 5.533,00 4.592,50 4.72 0
Ceará 34.386,50 29.521,00 27.907,00 25.26 0
Rio Grande do Norte 14.005,00 14.835,00 14.470,00 14.172,50
Paraíba 6.187,50 7.817,00 9.049,00 7.36 9.569,50 14.722,50 17.429,50 13.943,00 10.996,50
Pernambuco 11.805,50 8.879,00 8.480,50 8.73 10.260,50 11.355,00 12.432,00 17.003,00 16.599,00
Alagoas 5.513,00 5.712,50 7.510,00 7.33 8.32 8. 0 1 2, 84 14. 0
Sergipe 6.293,00 4.403,00 3.967,50 4.01 0
Bahia 48.603,00 51.118,50 53.475,50 56.63 0
Nordeste 192.892,00 184.047,00 188.023,50 189.166,50 23.2
Minas Gerais 4.133,50 8.526,50 12.426,00 12.864,00 13.455,00 14.508,00 14.885,00 15.401,00 12.467,00
Espírito Santo 11.670,50 7.439,00 10.490,00 8.699,00 0 7.4
Rio de Janeiro 60.420,50 71.708,00 76.419,00 53.123,50 .2
São Paulo 47.963,50 57.946,00 63.550,50 59.139,00 .0
Sudeste 124.188,00 145.619,50 162.885,50 133.82 123.671,00 155.130,00 158.097,00 154.049,00 148.546,50 .4
Paraná 14.379,50 12.685,00 16.560,50 19.847,50 0 .5
Santa Catarina 92.160,00 118.424,50 146.301,50 156.209,00
Rio Grande do Sul 60.619,00 64.729,00 58.455,00 50.998,50 56.302,50 80.707,50 76.614,00 79.983,50 72.597,50
Sul 167.158,50 195.838,50 221.317,00 227.055,00 188.265,50 215.860,00 253.631,00 256.900,50 241.981,00 34.5
Mato Grosso do Sul 5.109,50 6.030,00 4.706,50 5.84 6.332,50 6.647,00 6.950,00 7.403,00 9.291,00
Mato Grosso 6.046,00 10.998,50 11.921,00 12.07 4. 0 1 21. 0
Goiás 3.526,50 3.892,00 3.336,00 4.83 0
Distrito Federal 146 388 424 7
Centro Oeste 14.828,00 21.308,50 20.387,50 23.27 0
BRASIL 652.852,50 689.018,00 728.449,50 707.272,50 1.010.0
45.8 48.714,00 64.470,50
2.129,50
153.806,00
16.026,00
4.586,00
70,50
59.295,00
9.009,50
68.619,00
53.044,50
10.828,50
19.039,50
13.026,50
9.442,50
80.964,50
69,50
13.795,00
19,50
15,00
08,00
37,50
35,50
148.915,00
66.113,50
64,00
11.807,00
22.550,00
9.105,00
820
44.282,00
23,50
2,50
5,50
6,00
6,50
5,50
6,00
9.972,00
573,0
39,
76,
75,
62,
22.623,00
6,50
0,50
,50
,50
,00
,50
1
23
5
6
17,0
3.459,00
38,5
23,0
75,5
55,5
57.186,00
2.
201.
59.
6.
32.
9,00
,50
,00
,00
,00
2.
20.1
62.8
6.5
27.5
2
242
58
7
34
.85
.64
.82
.88
.99
26.526,50
0
0
0
0
0
3.
64.
58.
9.
43.
648
170
270
109
16.623,50
2 00
50
00
00
8,0
8,0
2,5
3,0
2 914
242
107
752
39.255,00
8.7
8.7
8.8
5.3
2
2,00
1,00
9,00
7,00
7,00
0,50
,00
,00
965,5
35,
00,
219.614,50
0.53
5.75
.36
244.748,00
50
0
0
10.
6.
86.
6,50
,50
,50
926,0
98,0
24,0
4.
54.
282
249
200.854,00
4.6
0.3
00
00
7,5
6,5
459
516
285.125,50
7.4
5.4
315.583,50
6 70 7
3
7.
53.
909
252
49.054,50
,00
,50
15.9
67.7
19,
49,
56.954,00
00
00
17
70
.53
.29
55.377,50
9,0
5,5
0
0
17.
63.
832
610
57.206,00
,00
,00
1
6
7.3
0.3
11,5
68,0
58.400,00
1
71
59
161
19
0
5,50
24.
107.
664
298
,50
,50
26.3
08.8
31,
21,
50
00
26
150
.38
.63
0,5
6,5
0
0
26.
50.
676
240
,50
,50
2
14
1.3
7.9
84,5
99,0
1 1 0
2
3,00
3,00
0,50
533
9,50
13.
4.
24.
167
917
56
985
739.424,50
,00
,50
8,5
,50
1 443,0
51,
6
61,
837.604,50
9.63
6.38
.66
932.787,00
3,0
3,0
69
3,0
0
0
7
0
22.
6.
37.
727
932
814
998.803,50
,00
,00
752
,00
689,0
56,0
76
03,0
5.1
26.8
00
20
00
7.3
9.1
983.952,50
33 3
Tabela 35 - Produção estimada por modalidade, segundo as regiões e
Unidad a
sca Aqüicultura
es da Feder
Pe
ção
Extrativa
R e Unidad
da Federação
ha Con arinha tinental
T
ia 0 4.041,00 50
egiões es
Marin tinental M
3.853,50
Con
0
otal
Rondôn 7894,
Acre 0 1. 1.839,00 50
zonas 0 59 4.775,00 6 ,50
raima 0 1.710,00 50
0,00 6 24 2.041,50 15 00
5,00 11 235 1 00
cantins 0 1 2.890,00 0
Norte
5,00 140 242,0 0 25 00
o 2,00 21 22 731 5 00
9,50 2 2.541,0 2.116,50 50
7,00 12 9.405,0 8.185,00 6 00
de do Nor 4,00 4 0.807,0 83 5 ,50
íba 9,00 3.7 2.963,0 228 1 50
buco 9.528,50 3.9 4.531,0 1.057,00 1 ,50
as 3,50 10 3.902,50 1 ,50
ipe 5,50 2.543,5 2.156,50 50
5,50 17.9 7.577,0 0.694,00 8 50
Nordeste
4,50 67.7 0.695,5 0 32 50
Gerais 0 8 4.972,00 1 00
o Santo 4,00 79 3.209,50 1 50
io de Janeiro 8,50 1 2 1.682,50 7 00
2,00 10 16 0.859,00 5 00
Sudeste
4,50 20 984,0 0 16 50
44 0 1 50
anta Catarina ,50 16.580,50 8.790,00 148 5,00
e do Sul 0 20 0 66113,50
Sul
2,00 17.045,5 .252,00 23 00
do Sul 0 0 6.901,00 1180
Mato Grosso 0 5.923,00 0 16.627,00 22550,00
0 1.089,00 0 8.016,00 9105,00
Distrito Federal 0 293,5 0 526,5 820,00
Centro Oeste
0,00 12.211,50 0,00 32.070,50 44282,00
BRASIL 500.116,00 246.100,50 88.967,00 180.730,50 1015914,00
6
.695,50
09,50 0 3448,
Ama 0 4470
Ro 419,5 0 2129,
Pará 88.98 2.542,50 2 3806,
Amapá 4.64 .146,00 0 6026,
To .696,00 0 4586,0
93.62 .962,50 0 17.531,5 2361,
,
Maranhã 36.54 .796,00 6 9295
Piauí
Ceará
2.32
18.94
.022,50
.082,00 1
0
0 1
9009,
8619,
Rio Gran te 17.23 .920,50 3 0 3044
Para 3.84 88,50 0 0828,
Pernam 23,00 0 9039
Alago 8.60 418,5 2 3026
Serg 3.87 867 0 9442,
Bahia 44.74 48,00 0 1 0964,
145.65 66,00 7 0 39.153,5 3269,
Minas
Espírit
.823,00
802
0
4
3795,
7419,
12.61
R 68.42 .082,00 2 1215,
São Paulo 27.70 .279,00 8 2 9008,
108.74 .986,00 0 30.723,0 1437,
Paraná 1.753,00 779,5 5 16.558,0 9535,
S
Rio Grand
112.969
37.369,5
575
2.820,00
1
25.904,0
91
152.09 4.174,50
4.906,00
0 61 4564,
7,00
Mato Grosso
Goiás
Fonte: IBAMA, 2004.
132
Tabela 36
S
- Produção aqü
A
íco
QU
la
IC
p
U
or
LT
E
UR
st
A
a
C
do
ON
TINENTAL EM TONELADA (t)
Regiões
da Federação
PEIXES CRUSTÁCEOS MOLUSCOS ANFÍBIOS TOTAL
Rondônia 4.040,00 0,00 0,00 1,00 5.880,00
e Unidades
Acre
Amazonas
Roraima
Pará 2.006,50 35,00 0,00 0,00 2.276,50
ntins 8,50
1,50
anhão 731,00 0,00 0,00 0,00 2.847,50
í 2.116,50 0,00 0,00 0,00 20.301,50
8,00
Gr rt 1,00
íb , 00
am co 1.009,00 48,00 0,00 0,00 4.959,50
oa
ip 0,50
ia 3,50
D E
39.088,50 57,50 0,00 7,50 39.153,50
s ais 8.181,50
írit n
de 1,50
Pa 0 , 281,00 174.086,00
ES
30.017,00 270,00 0,00 436,00 30.723,00
8,00
ta 4,00
Grand o l , 00 2,00
61.252,00 0,00 0,00 0,00 61.252,00
Grosso 8,00
Gros 3,00
s
rito Federal 4,00 0,00 36 0 31.552,00
TRO OE
0
SIL 0,50
1.
4.
1.
83
77
710
9,
5,
,
00
00
00
0
0
0
,0
,0
,0
0
0
0
0,
0,
0,
00
00
00
0
0
0,
,00
,00
00
6.614,00
6.485,00
3.751,50
Ama
Toca
NORTE
Mar
Piau
Cea
Rio
Para
Pern
Alag
Serg
Bah
NOR
Mina
Esp
Rio
São
SUD
Para
San
Rio
SUL
Mato
Mato
Goiá
Dist
CEN
BRA
23
89
49
5,
0,
5,
00
00
50
0
0
35
,0
,0
,0
0
0
0
0,
0,
0,
00
00
00
0
0
1
,00
,00
,00
3.125,00
98
17
2.
7.
.72
.53
1
18.18
8
228
1,
3,
50
00
00
0
0
0
,0
,0
,0
0
0
0
0,
0,
0,
00
00
00
3
0
0,
,50
,00
18
1.285,00
.26
31
and
a
bu
s
e
EST
Ger
o Sa
Jan
ulo
TE
Cat
e do No e
3.
2.
0.
90
14
69
2,
7,
0,
50
00
00
0
9
0
,0
,5
,0
0
0
0
0,
0,
0,
00
00
00
0
0
4
,00
,00
,00
6.059,00
12
111
.85
.29
1
to
o
4.914,00
2.
1.
20.578,0
0,00
50
20
0,00
0,
0,
58,00
35
62
92
60
4,
0,
50
50
2 ,0
,0
0,00
0
0
00
00
00
,00
,00
4.892,00
22
eir
.54
0
1
1
6.
8.
25.
55
79
904
8,
0,
00
00
00
0
0
0
,0
,0
,0
0
0
0
0,
0,
0,
00
00
00
0
0
0,
,00
,00
35
44
150
.34
.69
.25
arin
e d
a
Su
do
Sul 6.
6.
7.
90
62
86
1,
7,
6,
00
00
00
0
0
0
,0
,0
,0
0
0
0
0,
0,
0,
00
00
00
0
0
50
,00
,00
,00
23
24
8.020,00
.52
.64
so 1
1
STE
31.398,0
17
0
50
0,00
62
0,00
0,
150,00 31.548,0
69.737, 3 ,50 00 30,50 180.73
Fo M
nte: IBA A, 2004.
133
Tabela 37 - Produção aqüícola por espécie
Produção d toneladaa Aqüicultura Brasileira por espécie em s
Bagre-afri ,0cano 245 0
Bagre 1.502,00
Carpa 45.169,50
Casc 0
Curim 2.385,00
Lamb 0
Jundi 547,00
Matri 700,50
Pacu 0
Piau 3.472,50
Pirap 0
Pirap 0
Pinta 0
Tamb 0
Tamb 0
Tamb 2.352,50
Tilápi 0
Traíra 0
Truta 0
Outro 5.461,50
Su ) 179. 0
Cama 362,50
Sub- ceos) 0
0
Su nfíbios) 0
0
-americano
udo 0,0
atã
ari 0,0
á
nxã
8.946,0
itinga 250,5
utanga 532,0
do 1.152,5
acu 10.335,0
aquí 25.272,0
atinga
a 69.078,0
116,5
2.219,5
s
b-total (Peixes 737,5
rão
total (Crustá 362,5
630,5
b-total (A 630,5
TOTAL 180.730,5
Fonte: IBAMA, 2004.
134
Tabela 38 - Produção da Aqüicultura Brasileira na Região Sul (por espécie em
das)
á
tonela
Espécie Paran Santa Catarina
Rio Grand
do Sul
e
Total
Bagre-africano 50 00 0 0,00 125, 0, 125,5
Bagre-americano ,50 1.005,50 00 1.502,00
,50 9.187,50 23.313,00 34.653,00
00 00 0
00 00 0
00 00 0
50 50 0
00 00 0
00 00 0
00 00 0
00 00 0
00 00 0
00 00 0
00 00 0
50 00 0
00 00
1,50 00 2.094,00 21.136,5
50 00 0
,50 00 00 0
,00 00 50 0
es) 8,00 18.790,00 25.904,00
00 00
rustáceos) 00 00
0
00 00 0
) 00 00
8,00 18.790,00 25.904,00 61.252,0
496 0,
Carpa
Cascudo
2.152
0,00
0, 0, 0,0
Curimatã 0,00 0, 0, 0,0
Lambari
Jundiá
0,00
0,00
0,
149,
0,
397,
0,0
547,0
Matrinxã
Pacu
0,00
0,00
0,
313,
0,
0,
0,0
313,0
Piau
Pirapitin
0,00
0,00
0,
0,
0,
0,
0,0
0,0
ga
ga
Piraputan
Pintado
0,00
0,00
0,
0,
0,
0,
0,0
0,0
Tambacu
Tambaquí
0,00
0,00
0,
15,
0,
0,
0,0
15,5
Tambatinga 0,00 0, 0, 0,00
0
Tilápia
Traíra
11.92
0,00
7.121,
116,
0, 116,5
Truta
Outros
83
1.904
432,
324,
39,
60,
554,5
2.288,5
Sub-total (
Camarão
Peix 16.55
0,00
61.252,0
0,0
0
0
0, 0,
Sub-tota
l (C 0,00
0,00
0,
0,
0,
0,
0,0
0,0
Sub-total (Anfíbios
L
0,00 0, 0,
0,00
0TOTA 16.55
Fonte: IBAMA, 200
4.
135
Tabela 39 - Evolução do valor bruto da produção da agropecuária
VALOR NOMINAL
Variação
%
VALOR REAL *
Variação
%
paranaense, nominal e real -1997-2004.
ANO
1997 8.723.340.822 13,11 .322 5,13 19.250.156
1998 9.135.377.382 4,72 .379 0,62
10.889.435.255 19,2 2 .482 9,66
11.888.612.346 9,18 2 .896 -4,3
14.663.240.362 23,34 22 .119 10,62
19.047.199.509 29,9 26 .032 18,4
28.036.556.964 47,2 3 .614 15,98
4 29.278.025.571 4,43 2 .571 -5,18
19.369.535
1999 1.239.702
0.32
2000 5.651
2001 .485.185
2002
.623.226
2003 0.876.887
200 9.278.025
* Corrigido pelo IGP-DI
/ DERAL (2006).
– Comparativo do valor bruto da produção agropecuária paranaense,
segundo os grandes grupos - safras 96/97 e 03/04
VBP 96/97 P 03/04
Fonte: SEAB
Tabela 40
VB
Grandes Grupos
Valor (R$) VBP (%) $) VBP (%)
Cresci-
mento (%)
ais Culturas 9.282.123.956 48,22 1 .005 50,14 58,14
Valor (R
Princip 4.679.100
Pecuária 7.279.052.129 37,81 1 .434 35,19 41,53
Pr 1.322.878.908 6,87 0 9,28 105,32
Especiarias 857.384.438 4,45 9 742 3,32 13,46
498.760.644 2,59 5 613 1,96 15,16
ultura 9.956.240 0,05 98 0,11 236,73
T 19.250.156.316 100 29 .571 100 52,09
0.302.026
odutos Florestais 2.716.184.58
Hortaliças E 72.804.
Fruticultura 74.384.
Floric 33.525.1
otal do Paraná .278.025
Fonte: S RAL (2006).
Tabela 41 - Valor bruto e participação dos sub-grupos na safra 96/97 e 03/04
(valo
VBP 96/97 VBP 03/04
EAB / DE
Subgrupos
VALOR (R$) VBP (%) VALOR (R$) VBP (%)
Cresci-
mento (%)
Pescado d Águas Doce * 143.196.000 0,744 81.366.000 0,278 -43,18 e
Pescado Marinho 31.226.000 0,162 33.732.000 0,115 8,03
Total dos Subgrupos 174.422.000 0,906 115.098.000 0,393 - 33,897
* Pesca e Aqüicultura
Fonte: SEAB / DERAL (2006).
136
Tabela 42 - Componentes do subgrupo pescados d ce, por ordem de
rticipaçã u a al l.
PRODUÇÃO V
e água do
riação do vpa o, prod ção, valor e v or rea
BP ($)
PRODUTOS Unid.
1997 004 1997 2004
Crescimen-
to (%)
K
-
16.8 9
-
2
Tilápia G 21.1 45
-
46.457.05
Carpa KG - 9.465 - 8.905.243 -
MIL 196.840 8.408 4 .372 -66
e Captura KG 00 2.642.812 957 6.739.171 -59
KG - 7.300 - 4.088.227 -
mentais UNI - 0.012 - 2.059.206 -
KG - 2.040 .569 -
KG - 8.200 52 -
KG - 0.100 17 -
KG - 0.630 33 -
KG - 1.230 14 -
ltivo/Engorda KG 164.500 56.820 .045 563.086 -69
KG - 2.450 19 -
KG - .000 80 -
- .000 -
Cultivo/Engorda KG 20.126.658 - 1 1.239 -
TAL DO GRUPO 5.965 8 -43,18
3.78
Alevinos 10 21.718.72 7.315
Pescado D 3.408.1 16.620.
Pacú 1.36
Peixes Orna 4.29
Cat-Fish 50 - 1.370
Piaucu 28 - 968.3
Bagre 44 - 955.0
Tambacu 27 - 787.5
Traira 26 - 640.0
Camarão Cu 1.815
Curimba 10 - 268.4
Truta 52 - 249.0
Piau KG 22 - -
Pescado 03.04 -
TO 143.19 81.366.34
Fonte: SEAB / DERAL (2006).
ra 24 - Exportações mun de pescado destacado por principais grupos de
os para con humano 976 a 20
Figu diais
produt sumo de 1 02.
Fonte: FAO, 2004.
137
Figura 25 - Exportações mundiais de pescado destacado por principais grupos de
produtos para outras finalidades de 1976 a 2002.
Fon
te: FAO, 2004.
138
REGIÃO
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Par 9anaguá 100 227 131 165 93 55 106 18
Curitiba 336 371 438 550 558419 474 526
U. da Vitó 159 05 5 14 169 179 78ria 2 14 132 3 1
Ponta Grossa 135 175 195 3 5 305220 154 86 28
Guarapuava 200 185 3169 233 188 161 22 177
Iva 500 2 0íporã 330 302 256 258 35 20 109
Irati 100 16 128 154 152 3 3191 167 26
Lapa 120 108 98 77166 97 99 49
Um 713 363 383 87 389uarama 47 638 456 3
Paranavaí 47 157 159 19 41 282152 237 7 1
Maringá 500 561 769 736 14 450557 626 5
Londrina 200 538 659 47 30 407437 567 6 4
C. Procópio 2000 18 562 2 2339 244 0223 2 310 3 19 2046
S.A 8 698 697 627. da Platina 54 889 617 638 810
Pato B 16 573 559 618 8 87ranco 4 738 532 46 4
Fco 432 763 1120 707 880 627 1009. Beltrão 303
Cascavel 2215 2052 2508 2253 1673 2139 1618 1683
Toledo 5120 5826 5952 5781 7132 7269 7339 6726
C. 3Mourão 110 582 804 427 548 345 406 22
Apucarana 505 180 199 170 257 222 214 317
TOTAL
13.661 16.417 17.573 16.893 17.522 18.239 16.597 16.558
Fonte: EMATER-PR, 2005
Quadro 7 - Produção paranaense: evolução da produção da piscicultura no
estado do Paraná em toneladas
139
Destino da Produção (%) REGIÃO PRODUÇÃO
(t)
Pesque- Indústrias Feira
Pague
s Venda direta ao
Consumidor
Paranaguá 189 65 4 4 27
Curitiba 558 59 8 17 16
U.Vitória 178 19 - 60 22
P. Grossa 305 75 - 7 17
Guarapuava 177 26 9 19 46
Ivaíporã 109 69 2 11 19
Irati 319 68 2 1 29
Lapa 77 42 3 1 54
Umuarama 389 74 2 1 23
Paranavaí 282 51 38 - 11
Maringá 450 79 4 1 16
Londrina 407 90 - 1 9
C.Procópio 2046 89 - 2 9
S.A.Platina 627 91 - 3 6
P.Branco 487 59 14 7 20
F.Beltrão 1009 51 11 9 28
Cascavel 1683 28 53 3 16
Toledo 6726 38 53 2 7
C.Mourão 223 69 4 3 24
Apucarana 317 84 3 1 12
TOTAL/
MÉDIAS
16.558 51 31 4 13
Fonte: EMATER-PR, 2005
Quadro 8 - Canais de comercialização e destino da produção de peixes no
estado do Paraná na safra 2003/2004.
140
(%) ES CIES REGIÃO RO ÃO
(t)
CARPAS TILÁPIA CATFISH NATIVOS/
OUTROS
P DUÇ
Paranaguá 89 61 13 2 1 5 2
Curitiba 558 32 43 5 19
U. Vitória 3 7 3 178 8 6
P. Grossa 305 24 66 2 8
Guarapuava 177 4 43 3 0 4 1
Ivaíporã 109 23 66 - 11
Irati 319 1 31 29 3 9
Lapa 77 4 23 2 7 3
Umuarama 89 5 80 - 3 1 5
Paranavaí 282 2 65 - 34
Maringá 50 73 1 7 4 9 1
Londrina 07 89 - 4 3 8
C. Procópio 46 69 0,5 ,5 20 1 29
S.A.Platina 627 6 67 - 27
Pato Branco 0 60 2 8 487 2 1
F. Beltrão 09 1 45 5 10 3 9 1
Cascavel 1683 2 73 1 4 1 1
Toledo 6726 7 87 3 4
C. Mourão 8 74 1 223 1 7
Apucarana 17 6 50 - 4 3 2 2
TOTAL/ MÉDIA 58 3 72 2 16.5 1 3 1
Fonte: EMATER-PR, 2005
Quadro 9 - Prod (t) e écie peixes pro das o do do
Paraná safra 2003/2004
ução esp s de duzi (%) n esta
141
REGIÃO 1997 1999 0 0041998 200 2001 2002 2003 2
Paranaguá 15 10 20 11 14 11 13 11
C 90 103 107 2 119 8 130 uritiba 112 11 14
U. da Vitória 9 8 10 8 8 21 7 7 1
Ponta Grossa 29 45 60 47 8 37 35 54 3
Guarapuava 14 28 24 21 1 22 19 25 2
Ivaíporã 18 14 21 2 20 0 14 18 2 2
Irati 12 16 18 24 9 16 14 22 1
Lapa 14 15 16 26 4 24 18 14 2
Umuarama 36 31 28 4 45 7 36 39 4 3
Paranavaí 15 15 18 19 16 15 14 13
Maringá 42 44 54 5 53 5 53 51 5 5
Londrina 29 35 39 5 45 4 24 37 3 3
C. Procópio 19 24 22 5 28 6 29 20 2 2
S. A. da Platina 37 39 30 9 31 0 23 41 3 4
Pato Branco 15 15 18 4 15 16 13 1 17
Fco. Beltrão 18 27 26 2 27 19 23 2 20
Cascavel 50 57 71 0 58 57 49 5 45
T 36 28 31 7 30 29 oledo 34 2 35
Campo Mourão 44 51 53 6 30 4 45 36 5 4
Apucarana 23 19 19 9 19 7 17 24 1 1
TOTAL 565 624 685 7 679 2 639 618 66 68
E a do volum
c do (t/an
5.64 30 5.011 961 5.026
stimativ e
4.029 4.535
omercializa o)
5 4.563 4.3 4.
Fonte: EMATER-P 05
10 - Ev do nú ro de pesque-pagues e volume de peixes
lizados entre os anos de 1996 e 2004 no estado do Paraná.
R, 20
Quadro
comercia
olução me
142
REGIÃO
tota
produt
rura
l
sciculto o
Piscicultura
(%)
otal
(ha)
Área média
o
N
o
l de N
o
tota de Produtores Área t
res c m tanques pores
is
pi r produtor
(m
2
)
Paranaguá 3.878 4,25 107 6.485 165
Curitiba 36.027 3 10,39 883 2.358 .745
U.Vitória 14.546 2 17,85 545 2.099 .596
P. Grossa 28.652 1.821 6,36 45 2.42 82
Guarapuava 36.858 1.537 4,17 473 3.077
Ivaíporã 29.681 3,24 211 2.196 961
Irati 21.364 1.119 5,24 334 2.985
Umuarama 24.633 0,74 175 9.615 182
Paranavaí 14.439 0,31 43 9.556 45
Maringá 17.316 2,00 149 4.306 346
Londrina 12.564 0,39 90 18.367 49
C.Procópio 13.646 2,73 243 6.515 373
S.A.Platina 22.455 1,50 254 7.560 336
P.Branco 17.846 2 12,38 870 3.937 .210
F.Beltrão 34.295 8,41 633 2.195 2.884
Cascavel 29.333 7,71 645 2.851 2.262
Toledo 28.619 5,71 1.428 8.739 1.634
C.Mourão 22.716 2,28 177 3.417 518
Apucarana 9.324 1,39 66 5.077 130
TOTAL 418.192 3 5,48 7.778 3.395 22.91
Fonte: EMATER-PARANÁ, 20
uadro 11 - Número de produtores rurais do estado, número de piscicultores,
ua, área média por produtor no estado do
Paraná no período de cultivo 2003/2004.
05
Q
porcentagem de produtores rurais que exploram a piscicultura,
área total de lâmina d'ág
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