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CONDICIONAMENTO FISIOLÓGICO EM
SEMENTES DE LIMÃO CRAVO E
CITRUMELO ‘SWINGLE’
ÍSIS BARRETO DANTAS
2009
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ÍSIS BARRETO DANTAS
CONDICIONAMENTO FISIOLÓGICO EM SEMENTES DE LIMÃO
CRAVO E CITRUMELO ‘SWINGLE
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de Lavras, como parte das exigências do
Programa de Pós-Graduação em Agronomia,
área de concentração Fitotecnia, para obtenção
do título de “Mestre”.
Orientador
Prof. Dr. Renato Mendes Guimarães
LAVRAS
MINAS GERAIS – BRASIL
2009
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Dantas, Ísis Barreto.
Condicinamento fisiológico em sementes de limão cravo e
citrumelo ‘Swingle’ / Ísis Barreto Dantas. – Lavras : UFLA, 2009.
123 p. : il.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Lavras, 2009.
Orientador: Renato Mendes Guimarães.
Bibliografia.
1. Limão cravo. 2. Citrumelo ‘Swingle’. 3. Semente. 4.
Armazenamento. 5. Condicionamento fisiológico. I. Universidade
Federal de Lavras. II. Título.
CDD – 631.531
Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
ÍSIS BARRETO DANTAS
CONDICIONAMENTO FISIOLÓGICO EM SEMENTES DE LIMÃO
CRAVO E CITRUMELO ‘SWINGLE
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de Lavras, como parte das exigências do
Programa de Pós-Graduação em Agronomia,
área de concentração Fitotecnia, para obtenção
do título de “Mestre”.
APROVADA em 19 de Fevereiro de 2009
Prof. Dr. João Almir de Oliveira UFLA
Pesq. Antônio Rodrigues Vieira EPAMIG
Prof. Dr. Renato Mendes Guimarães
UFLA
(Orientador)
LAVRAS
MINAS GERAIS – BRASIL
A DEUS, por tudo.
Aos meus pais, Araken e Irene, por tanta dedicação e incentivo.
Aos meus irmãos Matheus e Clarissa, e meus cunhados Cristiane e
Allain, pelo apoio e amizade.
A minha madrinha, tia Yolanda, pelo exemplo de força e
superação.
Aos meus avós, Juca e Iracema, Manoel e Ubaldina (in
memorian).
A Frederico, pelo amor, carinho e paciência.
OFEREÇO.
Aos meus sobrinhos Arthur, Mariana e Pedro.
DEDICO.
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal de Lavras (UFLA) e seu Departamento de Agricultura,
pela oportunidade de realização do curso.
À Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),
ao Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e à Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) pela concessão de recursos para
execução do projeto.
À empresa CUTRALE e ao Antônio Ricardo, pela doação dos produtos
utilizados no experimento.
Ao Professor Renato Mendes Guimarães pela orientação, profissionalismo,
amizade e paciência.
Aos professores João Almir de Oliveira, Édila Vilela de Resende Von Pinho e
Maria Laene Moreira de Carvalho, pelos esclarecimentos e auxílio na execução
deste trabalho.
Ao pesquisador Antônio Vieira Rodrigues, pelos conselhos e amizade.
Aos funcionários do Laboratório de Sementes, Andréia, Elza, Dalva e Elenir,
pelo auxílio na execução dos experimentos e amizade.
Aos estagiários do Laboratório de Sementes e alunos da Iniciação Científica, em
especial a Michelle e Fernanda, por todo o auxílio e dedicação na execução do
experimento, além da amizade e do companheirismo.
Aos meus pais, Araken e Irene, pelo amor, incentivo e toda dedicação, e por
serem os meus exemplos de vida. Obrigada por tudo!
Aos meus irmãos e cunhados, Matheus e Cristiane e, Clarissa e Allain, pelo
carinho e pela motivação, além das grandes alegrias que me deram: Arthur,
Mariana e Pedro. Amo vocês!
A Frederico, pelo apoio, incentivo e ajuda, além de todo amor, carinho e
paciência.
A toda família Nani Guarieiro, por terem me recebido como parte da família,
torcendo sempre pelo meu sucesso, em especial a Getúlio e Elisabeth.
Aos meus eternos mestres e amigos, Renata, Marcelo e Arie, pelo incentivo,
dedicação, mas principalmente, pela amizade.
Aos amigos, que mesmo distante, torceram pela realização desse momento, em
especial Lara, Mimi, Allan, Nailson, Lucas, Lucrécio e Zezinho.
Aos amigos presentes, que fazem dos meus dias em Lavras mais alegres e
suaves, em especial Andréa, Dessa, Fran, Aline e Aline VIP.
Enfim, a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização de
mais essa etapa.
MUITO OBRIGADA!
SUMÁRIO
Página
RESUMO ...................................................................................................... i
ABSTRACT .............................................................................................. iii
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 01
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................... 03
2.1 Origem dos citros.................................................................................. 03
2.2 Porta-enxertos no Brasil........................................................................ 04
2.3 Qualidade de sementes.......................................................................... 06
2.4 Armazenamento de sementes................................................................ 08
2.5 Atividade enzimática e protéica............................................................ 11
2.6 Tecnologia de preparo de sementes em citros ...................................... 14
2.7 Condicionamento osmótico .................................................................. 17
2.8 Benefícios do condicionamento osmótico ............................................ 20
3 MATERIAL E MÉTODOS..................................................................... 22
3.1 Tratamento químico.............................................................................. 22
3.2 Determinação do teor de água .............................................................. 23
3.3 Condicionamento osmótico .................................................................. 23
3.4 Teste de germinação ............................................................................. 23
3.5 Teste de emergência em bandeja .......................................................... 24
3.6 Condutividade elétrica .......................................................................... 24
3.7 Avaliações moleculares ........................................................................ 25
3.7.1 Preparo do material para análise eletroforética.................................. 25
3.7.2 Extração de enzimas e análise eletroforética ..................................... 25
3.8 Procedimentos estatísticos .................................................................... 27
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................. 27
4.1 Ensaio 1: Condicionamento osmótico em sementes armazenadas de
limão cravo. ................................................................................................ 27
4.1.1 Determinação do grau de umidade .................................................... 28
4.1.2 Teste de germinação .......................................................................... 30
4.1.3 Índice de velocidade de germinação (IVG) ....................................... 34
4.1.4 Teste de emergência em bandeja ....................................................... 38
4.1.5 Índice de velocidade de emergência .................................................. 42
4.1.6 Condutividade elétrica ....................................................................... 45
4.1.7 Análise da atividade enzimática......................................................... 50
4.2 Ensaio 2: Condicionamento osmótico em sementes armazenadas
citrumelo ‘Swingle’. ................................................................................... 60
4.2.1 Determinação do grau de umidade .................................................... 60
4.2.2 Teste de germinação .......................................................................... 62
4.2.3 Índice de velocidade de germinação (IVG) ....................................... 66
4.2.4 Teste de emergência em bandeja ....................................................... 70
4.2.5 Índice de velocidade de emergência .................................................. 73
4.2.6 Condutividade elétrica ....................................................................... 76
4.2.7 Análise da atividade enzimática......................................................... 80
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 90
6 CONCLUSÕES ....................................................................................... 91
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 92
ANEXOS .................................................................................................. 105
i
RESUMO
DANTAS, Ísis Barreto. Condicionamento fisiológico em sementes de limão
cravo e citrumelo ‘Swingle’. 2009. 123 p. Dissertação (Mestrado em
Agronomia) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.
Vários mecanismos têm sido utilizados para que sementes de citros
possuam uma germinação rápida e tenham uniformidade de plantas, tais como a
embebição em água, condicionamento osmótico e beneficiamento de sementes.
Neste trabalho teve-se por objetivo avaliar metodologias de condicionamento
osmótico no desempenho fisiológico em sementes de limão cravo e citrumelo
‘Swingle’. O experimento foi conduzido no Laboratório de Análise de Sementes
do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras, Minas
Gerais. Foram utilizadas sementes de limão cravo (Citrus limonia Osbeck) e
citrumelo ‘Swingle’ (Citrus paradisi Macfad. cv. Duncan x Poncirus trifoliata
(L.) Raf., adquiridas com produtores do Estado de São Paulo, através da empresa
CUTRALE
®
. As sementes foram tratadas com Captan+Tecto 600 (30g+10g/20l
de semente) e armazenadas em câmara fria (10 ºC e 50% UR), sem secagem, por
3, 6 e 9 meses. Após cada período de armazenamento, as sementes foram
submetidas ao condicionamento por imersão em solução aerada de
Polietilenoglicol (PEG 6000), nitrato de potássio (KNO
3
) e combinação de 70%
de PEG e 30% de KNO
3
, com potencial osmótico de -1,1MPa, nos períodos de
3, 6, 9 e 12 dias, com um tratamento controle (sementes secas). O
osmocondicionamento foi realizado em câmaras BOD, a 25ºC e na presença de
luz. Após cada período de embebição estabelecido, amostras foram retiradas,
lavadas em água corrente e avaliadas por meio dos testes de germinação, índice
de velocidade de germinação (IVG), emergência em bandeja, índice de
velocidade de emergência (IVE), condutividade elétrica e atividade enzimática e
protéica (ADH, MDH, SOD, PO, EST, CAT e LEA proteína). O
condicionamento fisiológico em solução aerada de PEG 6000, independente do
período de embebição, ou em solução de KNO
3
ou PEG 6000 + KNO
3
, por até 9
dias, é eficiente para melhorar o desempenho fisiológico de sementes de limão
cravo, armazenadas por até 3 meses. Condicionamento em solução contendo
PEG 6000 ou KNO
3
, por 6 dias, aumentou a porcentagem de germinação em
sementes não armazenadas de citrumelo ‘Swingle’. Já depois de armazenadas
por até 3 meses, os tratamentos mais eficientes foram condicionamento em PEG
6000, por 6 dias, ou em KNO
3
, com período de 6 a 12 dias de embebição.
_________________________
* Comitê Orientador: Dr. Renato Mendes Guimarães – UFLA (Orientador) e
Profª. Drª. Édila Vilela de Rezende Von Pinho – UFLA.
ii
As enzimas superóxido dismutase (SOD), malato desidrogenase (MDH) e álcool
desidrogenase (ADH) são as mais eficientes para avaliar alterações devidas ao
condicionamento tanto em sementes de limão cravo, quanto de citrumelo
Swingle. Sendo assim, o condicionamento fisiológico de sementes é uma técnica
promissora para melhorar a qualidade fisiológica de sementes de limão cravo e
citrumelo ‘Swingle’.
iii
ABSTRACT
DANTAS, Ísis Barreto. Physiological conditioning in rangpur lemon and
citrumelo ‘Swingle’ seeds. 2009. 123 p. Dissertation (Master in Agronomy) -
Federal University of Lavras, Lavras, MG.
Many mechanisms have been used for that citrus seeds germinate faster
and with uniformity, such as water embibition, osmotic conditioning and seed
standardization. In this work the objective was evaluate osmotic conditioning
methodologies in physiological performance for rangpur lime and ‘Swingle’
citrumelo seeds. The experiment was lead in the Laboratory of Seeds Analysis
of the Department of Agriculture of the Federal University of Lavras, Minas
Gerais. Rangpur lemon (limonia Citrus Osbeck) and ‘Swingle’ citrumelo (Citrus
paradisi Macfad. cv. Duncan x Poncirus trifoliata (L.)) Raf. seeds, received from
the interprise CUTRALE
®
, were used. Seeds were treated with Captan+Tecto
600 (30g+10g/20l of seed) and stored in cold chamber (10 ºC e 50% UR),
without drying, for 3, 6 and 9 months. After each period of storage, seeds were
submitted to osmotic conditioning for immersion in airy solution of
Poliethylenoglicol (PEG 6000), potassium nitrate (KNO
3
) and combination of
70% of PEG and 30% of KNO
3
, with osmotic potential of -1,1MPa, in the
periods of 3, 6, 9 and 12 days, with a controlled treatment (dry seeds). The
osmoconditioning was carried through in chambers BOD, at 25ºC, in the light
presence. After each period of established embibition, samples were removed,
washed in current water and evaluated by germination tests, index of
germination speed (IVG), emergency in tray, index of emergency speed (IVE),
electrical condutivity and enzyme and proteic activity (ADH, MDH, SOD, PO,
EST, CAT and LEA protein). Physiological conditioning in airy PEG 6000
solution, independent of the embibition period, or in KNO
3
or PEG 6000 +
KNO
3
solution, for up to 9 days, is efficient to improve physiological seeds
performance, stored for until 3 months, of rangpur lemon. For citrumelo
‘Swingle’ seeds that were not stored, conditioning in solution containing PEG
6000 or KNO
3
, for 6 days, increased germination percentage. After 3 months
stores, the most efficient treatments were conditioning in PEG 6000, for 6 days,
or in KNO
3
, in a embibition period from 6 to 12 days.
___________________________
* Guidance Committee: Dr. Renato Mendes Guimarães – UFLA (Major
Professor) e Profª. Drª. Édila Vilela de Rezende Von
Pinho – UFLA.
iv
The most eficcient enzymes used to evaluate changes due to conditioning were
superoxide dismutase, malate desidrogenase and alcohol desidrogenase, for
rangpur lemon such as for ‘Swingle’ citrumelo. Seeds physiological
conditioning is a promising technique to improve physiological quality of
rangpur lemon and citrumelo ‘Swingle’ seeds.
1
1 INTRODUÇÃO
Um dos focos principais da citricultura nacional é a obtenção de plantas
matrizes certificadas, que permitam aos citricultores dispor de material com
comprovada autenticidade varietal, isento de patógenos e produção de mudas
vigorosas e sadias. Para esses objetivos, busca-se atualmente a formação de
mudas em ambientes protegidos, utilizando sementes oriundas de plantas sadias
e borbulhas de origem conhecida (Jabur & Martins, 2002).
A produção mundial de citros é de aproximadamente 102 milhões t por
ano, e é oriunda de extensa área cultivada, com 7,3 milhões ha, que supera em
grande parte outras fruteiras tropicais e subtropicais como banana, maçã, manga,
pêra, pêssego e mamão. Os maiores produtores de laranjas são o Brasil e os
Estados Unidos, que juntos representam aproximadamente de 45% do total
mundial (Pompeu Júnior et al., 2005). Destacam-se ainda nesse panorama África
do Sul, Espanha e Israel, com a produção de laranjas para o mercado in natura e
tangerinas, e o México, com a lima ácida Tahiti, além dos novos parques
citrícolas emergentes na Ásia, como a China.
No Brasil, a produção de citros ocorre principalmente no Estado de São
Paulo, onde se encontram aproximadamente de 85% da produção brasileira de
laranjas (14,8 milhões t; 700 mil ha); também, na ordem de aproximadamente
1,5 milhão t, destaca-se a produção de Tahiti e tangerinas, como a Ponkan e o
tangor Murcott (Graf, 2008). Outros estados como Bahia, Minas Gerais, Pará,
Paraná e Rio Grande do Sul contribuem para o agronegócio dos citros com a
produção, principalmente, de laranjas, tangerinas e Tahiti.
Dentro do contexto atual, a utilização de mudas sadias e certificadas vem
tornando-se um fator obrigatório, em face da necessidade de formação de
pomares com altas tecnologias com potencial para produtividades e custos de
2
produção competitivos no mercado mundial. Na fase de produção da muda
cítrica, a produção de porta enxerto é responsável por cerca de 60% do tempo
demandado e entre os fatores responsáveis por essa demora, encontram-se o
período de germinação das sementes, que pode chegar a 60 dias ou mais,
dependendo do porta-enxerto usado, bem como a desuniformidade entre as
plântulas, que é atribuída à desuniformidade no vigor das sementes.
O híbrido citrumelo ‘Swingle’ atualmente ocupa a segunda posição na
utilização como porta enxerto de todas as plantas cítricas do país, perfazendo
pouco mais de 23% das propagações (Graf, 2008). O limão cravo, entretanto,
continua prevalecendo, com pouco mais de 57% das mudas produzidas.
Uma alternativa, que tem sido empregada para promover uma
germinação uniforme e rápida em sementes é o condicionamento osmótico em
sementes (Roveri José, 1999; Guimarães, 2000). Nesse tratamento as sementes
são hidratadas até uma fase anterior à protrusão das radículas, e em seguida,
secas e armazenadas sob condições para sua preservação. No entanto, para
citros, existem poucos relatos usando esta metodologia, que em termos de custo,
algumas vezes é mais barata que a utilização de certos hormônios como ácido
giberélico, que tem sido empregado visando reduzir o tempo de germinação. É
importante, portanto, o desenvolvimento de pesquisas no sentido de verificar a
possibilidade da adequação dessa técnica, que potencialmente pode contribuir
para a produção de mudas cítricas de alta qualidade.
Sendo assim, neste trabalho teve-se por objetivo avaliar metodologias de
condicionamento osmótico no desempenho fisiológico e mudanças bioquímicas
em sementes de limão cravo e citrumelo ‘Swingle’.
3
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Origem dos citros
O gênero Citrus é nativo da região Sudeste do continente Asiático, com
ramos fitogenéticos que se estendem do centro da China até o Japão, e do Leste
da Índia à Nova Guiné, Austrália e África tropical (Swingle & Reece, 1967).
Os citros compreendem um grande grupo de plantas do gênero Citrus e
outros gêneros afins (Fortunella e Poncirus) ou híbridos, da família Rutaceae,
representado na maioria por laranjas, tangerinas, limões, limas (ácidas e doces),
pomelos, cidras e toranjas (Webber, 1967). São plantas perenes, com
características mesofíticas (gemas quase desnudas, folhas largas, pouco
espessas, com estômatos superficiais, ausência de pêlos e cutícula fina) e
perenifólia (tem folhas o ano todo, desenvolvendo fluxos de crescimento
vegetativo na primavera e verão). São cultivadas em várias regiões do mundo,
adaptando-se a diferentes condições edafoclimáticas, garantindo-se o manejo
adequado da irrigação e nutrição dos pomares (Spiegel-Roy & Goldschimidt,
1996).
O primeiro fruto a ser conhecido pelas civilizações européias foi a cidra
(C. medica L.), seguida pela laranja azeda (C. auritanium L.), limão (C. limon
Burmann) e laranja doce (C. sinensis Osbeck) (Webber et al., 1967). A
introdução do citros no restante do globo, incluindo as Américas, Sul da África e
Austrália, foi realizada pela expansão colonial européia. Todas as espécies de
Citrus economicamente importantes foram originadas no continente asiático,
com exceção do pomelo (C. paradisi Macfadyen), que provavelmente surgiu
como híbrido natural em Barbados, na América Central, após a introdução da
toranja e da laranja doce pelos colonizadores europeus (Alves & Melo, 2001).
4
As plantas cítricas são cultivadas em um faixa no globo compreendida
entre os paralelos 35º N e 35º S. Entretanto, as principais áreas produtoras
concentram-se em regiões subtropicais, em latitudes superiores a 20º N ou 20º S
(Davies & Albrigo, 1994).
2.2 Porta-enxertos no Brasil
De 1540, quando o citros foi introduzido no Brasil por colonizadores
portugueses até o final do século 19, as plantas eram propagadas por sementes
(Pompeu Júnior, 1991). Com o avanço da indústria cítrica, no início do século
20, começou-se a utilização de árvores enxertadas, sendo a mais utilizada a
laranja Caipira (Citrus sinensis L. Osbeck). Devido à baixa resistência à gomose
e à seca, a laranja Caipira foi substituída pela laranja Azeda (Citrus auritanium),
que se tornou o mais importante porta-enxerto até a década de 40, com 90% das
copas enxertadas (Pompeu Júnior, 2001).
Em 1937, com o vírus da tristeza dos citros (CTV) e a sua rápida
disseminação pelo pulgão preto (Toxoptera citricidus Kirk.), houve a morte de
árvores com porta-enxerto de laranja azeda e Lima da Pérsia, que eram
tolerantes ao vírus. Pesquisas realizadas no IAC (Instituto Agronômico de
Campinas), juntamente com a USDA (Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos), permitiram a renovação da citricultura brasileira com os porta-enxertos
do limão Cravo (Citrus limonia Osbeck), da tangerina Cleópatra (C. reshni Hort.
Ex Tanaka), do limão Rugoso (Citrus jambhiri Lush.) e do citrange Troyer
(Poncirus trifoliata L. Rafinesque x Citrus sinensis L. Osbeck) (Pompeu Júnior,
1991; 2001).
Nos anos 60, o porta-enxerto mais utilizado foi o limão Cravo, por ser
tolerante ao vírus da tristeza e à seca. Na década de 70, o declínio dos citros,
doença de etiologia desconhecida, tornou-se um problema sério nos pomares
devido ao limão Cravo ser suscetível à doença (Grosser & Gmitter Junior, 1990).
5
A intolerância do limão Cravo ao declínio causou uma pequena diversificação
de porta-enxertos utilizados no Brasil. A tangerina Cleópatra, o limão
Volkameriano (C. volkameriana Tan. e Pasq.), a tangerina Sunky (C. sunky
Hort.) e, no início dos anos 90, o citrumelo Swingle (C. paradisi Marc. x
Poncirus trifoliata L. Raf.) se mostraram boas alternativas para essa
diversificação (Pompeu Júnior, 2001).
Com o surgimento da morte súbita dos citros (MSC), anomalia que afeta
principalmente combinações de laranjeiras doces com o limoeiro Cravo, faz-se
necessário o uso de outros porta-enxertos, que toleram o problema, tais como as
tangerinas Cleópatra e Sunki, o citrumelo Swingle, o Poncirus trifoliata
(trifoliata) e o limão Volkameriano. Outros porta-enxertos, ainda em fase de
avaliação experimental, poderão se constituir em alternativas ao Cravo (Sutchi,
2002).
Sutchi (2002) reuniu resultados sobre resistência à seca dos porta-
enxertos de citros e verificou que o limão Cravo, entre os porta-enxertos
avaliados, apresentou-se mais resistentes à seca, seguido pelo limão
Volkameriano, tangerina Sunki, Citrumelo ‘Swingle’ e tangerina Cleópatra,
respectivamente.
O híbrido citrumelo ‘Swingle’, cuja denominação inicial era CPB 4475,
obtido na Flórida no ano de 1907 pelo cientista W. T. Swingle, não apresentou
qualquer qualidade do fruto para o consumo humano e a partir dos anos 40
começou a ser testado como porta-enxerto pelos pesquisadores. É tolerante a
doenças como, a tristeza, exocorte, xiloporose e também a gomose. Pode
apresentar incompatibilidade com algumas copas, mas os frutos das copas nele
enxertadas, quando compatíveis são de ótima qualidade (Rose, 1990). Os frutos
de citrumelo ’Swingle’ têm em média 20 sementes/fruto com alta taxa de
embrionia nucelar e apenas 10 a 15% de plantas zigóticas (Grant et al., 1961).
6
As cultivares enxertadas em citrumelo ‘Swingle’ produzem frutos de
qualidade superior àqueles obtidos sobre os limões cravo e volkameriano
(Pompeu Júnior, 2005). A escolha de um porta-enxerto adequado pode propiciar
frutos de melhor qualidade, que atendam às exigências internacionais para
exportação de frutas frescas, propiciar frutos de tamanho maior ou em épocas
em que geralmente os preços no mercado interno são melhores e, finalmente
pode ainda colaborar com as indústrias processadoras de suco, com frutos com
maiores teores de suco e sólidos solúveis totais (Carlos et al., 1997).
2.3 Qualidade das sementes
A obtenção de sementes de alta qualidade representa a meta prioritária
dentro do processo de produção, pois de um modo geral, a germinação e a
emergência das plântulas são reflexos da qualidade fisiológica. A causa das
falhas de germinação, ou mesmo da redução da velocidade de emergência,
freqüentemente é atribuída ao baixo vigor, associado ao processo de
deterioração (Rossetto, 1997 ).
O desempenho das sementes é determinado rotineiramente pelo teste
padrão de germinação. Porém, nota-se que há algum tempo, pesquisadores,
produtores de sementes e agricultores, não têm se mostrado satisfeitos com o uso
exclusivo de informações fornecidas por esse teste que identifica o potencial
fisiológico das sementes, sob condições determinadas. As condições ambientais
exercem influência acentuada sobre a manifestação do potencial fisiológico das
sementes e, portanto, se a semeadura for realizada em condições ambientais
desfavoráveis, a emergência de plântulas normais pode ser inferior à
determinada em laboratório (Miguel et al., 2002).
A temperatura e umidade relativa do ar são os principais fatores que
influenciam na qualidade fisiológica da semente, em particular o vigor, durante
o armazenamento. A umidade relativa do ar tem relação com o teor de umidade
7
das sementes, além de controlar a ocorrência dos diferentes processos
metabólicos que ela pode sofrer, enquanto a temperatura influencia a velocidade
dos processos bioquímicos e interfere indiretamente no teor de água das
sementes. Dessa forma, as melhores condições para a manutenção da qualidade
da semente são baixa umidade relativa do ar e baixa temperatura, em que se
mantêm o embrião em sua mais baixa atividade metabólica (Carvalho &
Nakagawa, 2000).
Portanto, há necessidade da inclusão de testes, em programas de controle
de qualidade, que permitam, pelo menos, identificar diferenças no potencial
fisiológico de lotes com alta germinação e/ou viabilidade, além de detectar
possíveis diferenças no potencial de desempenho entre lotes com germinação ou
viabilidade semelhantes. Nesse sentido, os testes de vigor, têm se constituído em
ferramentas de usos cada vez mais rotineiros, pela indústria de sementes e por
pesquisadores (Miguel et al., 2002).
Segundo Eira & Marcos Filho (1990), um dos sintomas do declínio da
qualidade fisiológica é a redução da velocidade de germinação, representada
pelo aumento do período decorrido entre a germinação da primeira e da última
semente de um lote, e consequentemente, pela desuniformidade de
desenvolvimento entre as plântulas.
A semeadura sob condições ambientais adversas, como altas
temperaturas e déficit hídrico do solo, somadas a baixa qualidade de sementes
utilizadas no plantio, pode resultar em baixa porcentagem de germinação e
menor velocidade de emergência das plântulas, permanecendo as sementes por
mais tempo expostas as condições desfavoráveis (Bewley & Black, 1994).
Para espécies de ciclo curto, o período compreendido entre a semeadura
e a emergência das plântulas representa uma fase crítica para o cultivo, de modo
que, a uniformidade e a porcentagem de emergência de plântulas assumem
8
importância na produção e na qualidade do produto obtido (Eira & Marcos
Filho, 1990).
Um dos fatores que pode constituir em causa adicional à redução da
emergência das plântulas, é a embebição rápida das sementes, pois é a
velocidade de reorganização do sistema de membranas que reflete o vigor das
mesmas (Tilden & West, 1995, citado por Rossetto, 1997 ).
A qualidade fisiológica das sementes exerce fundamental importância na
germinação e na emergência em solo. A condutividade elétrica tem sido
proposta como um teste para avaliar o vigor das sementes, visto que o valor
desta é função da quantidade de lixiviados liberados durante a embebição das
sementes, estando diretamente relacionada com a integridade das membranas
celulares (Matheus & Powel, 1981; AOSA, 1983; Marcos Filho et al., 1987,
citados por Voll et al., 2003).
Os resultados da condutividade elétrica podem ser influenciados por
vários fatores, como: presença de danos físicos, tamanho da semente, genótipo
de uma mesma espécie, teor de água inicial das sementes, período de embebição
e temperatura de embebição (Vieira, 2002).
Dentre os fatores citados, o teor de água das sementes por ocasião da
realização da condutividade elétrica é de extrema importância na padronização
do teste, bem como, na obtenção de resultados uniformes entre laboratórios e
dentro de um mesmo laboratório. Dependendo da espécie, da região de
produção, da época de colheita, da eficiência da secagem e do ambiente, pode
ser encontrada uma amplitude de variação muito grande entre os valores (Vieira,
2002).
2.4 Armazenamento de sementes
Nas espécies recalcitrantes é muito difícil manter a qualidade das
sementes durante o armazenamento, pois as próprias sementes são muito
9
variáveis em umidade, tamanho e viabilidade, além da falta de conhecimento de
mecanismos básicos de comportamento desse grupo de sementes (Basra, 1995)
Segundo Delouche & Baskin (1973), a deterioração de sementes pode
ser caracterizada como um processo inevitável, sendo, no entanto, possível
retardar a taxa de deterioração por meio de práticas que conduzam a um ótimo
armazenamento.
O armazenamento engloba vários procedimentos voltados à preservação
da qualidade das sementes, no intuito de proporcionar um ambiente nos quais
mudanças fisiológicas e bioquímicas sejam mantidas em um nível aceitável.
Entretanto, uma das principais dificuldades mesmo em períodos curtos, é que a
condição de alta umidade relativa necessária para prolongar a vida de
armazenamento das sementes recalcitrantes são também favoráveis à
proliferação de microrganismos (Berjak & Pammenter, 1996).
Vale ressaltar que o processo de deterioração é inevitável, mesmo em
condições artificialmente adequadas e que a qualidade das sementes não melhora
durante o armazenamento, sendo fundamental a qualidade inicial do lote.
O comportamento das sementes durante o armazenamento varia em
função da temperatura, umidade relativa do ar, grau de umidade das sementes e
o tipo de embalagem utilizada.
As técnicas de armazenagem naturalmente usadas para sementes
recalcitrantes podem ser agrupadas em quatro tipos principais, armazenagem
úmida ou embebida, técnicas de dessecação parcial, armazenagem em atmosfera
controlada e armazenagem criogênica. Salienta-se ainda que a conservação das
sementes pós-colheita é influenciada pela sua qualidade inicial, pelo ambiente
do armazém (Carvalho & Nakagawa, 2000), pelo teor de água da semente
(Delouche & Baskin, 1973) e pela presença de microrganismos.
Mesmo quando a umidade for mantida em nível adequado durante o
armazenamento, a longevidade da semente é curta, variando de acordo com a
10
espécie, podendo ser de algumas semanas até alguns meses (King & Roberts,
1980).
A longevidade corresponde ao período em que as sementes se mantêm
vivas sendo capazes de germinar quando colocadas em condições favoráveis
(Toledo & Marcos Filho, 1977). A curta longevidade das sementes recalcitrantes
restringe o período de sua utilização, sendo necessária a semeadura
imediatamente após seu desprendimento da planta mãe.
A respiração é um processo que continua mesmo após as sementes terem
sido colhidas. Esse fenômeno é necessário para que a semente se mantenha viva.
Quando armazenadas o processo respiratório deve ser mantido a um nível tão
baixo quanto possível para que haja uma melhor conservação, sendo impossível
em sementes recalcitrantes uma vez que não toleram dessecação e devem ser
mantidas com alto teor de água.
Nas sementes úmidas, a respiração que ocorre é devido principalmente
aos fungos presentes (Castro et al., 1998), pois esse alto teor de água, favorece o
aparecimento de microrganismos, provocando a deterioração durante o
armazenamento a qual envolve uma série de alterações fisiológicas, bioquímicas
e físicas que eventualmente causam a morte das sementes.
A qualidade fisiológica é adquirida durante os processos de
desenvolvimento e pode ser perdida por processos deteriorativos, que podem
iniciar ainda nessa fase. Quando as sementes deterioram, elas perdem vigor
progressivamente, apresentando redução na velocidade e uniformidade de
emergência, menor resistência a condições adversas, decréscimo na proporção
de plântulas normais e, finalmente, perdem a viabilidade ou capacidade de
germinar (Halmer & Bewley, 1984).
Dentre as principais alterações envolvidas na deterioração, destacam-se o
esgotamento das reservas; a alteração da composição química, como oxidação
dos lipídios, das enzimas envolvidas na deterioração de sementes e a quebra
11
parcial das proteínas; a alteração nas membranas celulares, com redução da
integridade, aumento da permeabilidade e desorganização das membranas
celulares. Embora a deterioração progrida com a elevação do grau de umidade
das sementes, os mecanismos celulares funcionais de reparo são mantidos pelo
metabolismo durante a respiração aeróbica (Ibrahim & Roberts, 1983).
A perda da viabilidade das sementes no processo de deterioração é
precedida por redução na capacidade de sintetizar proteínas devido ao declínio
de componentes como ribossomos, RNA mensageiro e alterações em nível de
transcrição e tradução com o envelhecimento das sementes (Vieira, 2002) e à
degradação de macromoléculas, tais como: proteínas, lipídios, ácidos nucléicos
e, consequentemente, à diminuição de atividades bioquímicas de sementes
(Coolbear, 1995).
Com o envelhecimento das sementes, as membranas se tornam fracas, as
enzimas perdem a atividade catalítica e os cromossomos acumulam mutações.
Muitas mudanças bioquímicas ocorrem nas sementes que estão deteriorando,
sendo difícil discriminar entre os eventos primários e secundários.
2.5 Atividade enzimática e protéica
O mecanismo de degradação de membranas e macromoléculas durante o
envelhecimento tem sido objeto de pesquisas nas últimas décadas. Uma
variedade de oxidações enzimáticas e espontâneas pode ocorrer para gerar
radicais livres, que podem causar a destruição de grandes polímeros, incluindo
os lipídios de membranas.
Pesquisadores têm demonstrado que proteínas e enzimas podem ser bons
marcadores do estádio de deterioração em sementes por meio das variações
eletroforéticas.
As superóxidos dismutase são um grupo de enzimas encontradas no
citoplasma celular e matriz mitocondrial. Catalisam a reação de dismutação de
12
radicais superóxidos livres (O
2
-
) produzidos em diferentes locais na célula, para
oxigênio molecular (O
2
) e peróxido de hidrogênio (H
2
O
2
) (Scandálios 1993). De
acordo com Halliwell & Gutteridge (1989), a SOD exerce um importante papel
em proteger a célula contra os efeitos deletérios de radicais superóxidos livres,
sendo considerada chave na regulação de concentrações intracelulares de
radicais superóxidos e peróxidos.
O principal papel da SOD é transformar o superóxido em peróxido de
hidrogênio cujo composto é muito menos reativo, porém o acúmulo de peróxido
na célula também é tóxico a ela, podendo levá-la a morte, principalmente na
presença de ferro (Eaton, 1991).
Para reduzir e efeito fitotóxico do peróxido de hidrogênio na célula, as
enzimas catalase e peroxidase começam a atuar. A catalase é uma enzima capaz
de realizar a desintoxicação de (O
2
-
) e H
2
O
2
(McDonald, 1999; Bailly et al.,
1996). Está presente nos peroxissomas das células, decompondo o peróxido de
hidrogênio em oxigênio molecular e água sem a produção de radicais livres. Em
outros compartimentos como no citosol e na matriz mitocondrial o peróxido de
hidrogênio é removido pelas peroxidases (McDonald, 1999).
Existem estudos que demonstram a correlação entre a perda da
viabilidade das sementes e queda na atividade dessa enzima.
A enzima esterase está envolvida em reações de hidrólise de ésteres. Este
grupo de enzimas hidrolíticas libera ácidos graxos dos lipídios, os quais são
usados na β-oxidação, como fonte de energia para os eventos germinativos.
Enquanto muitos desses lipídios são provenientes de lipossomos, alguns são
constituintes de membranas, cuja degradação aumenta com a deterioração.
Santos et al., (2004) observaram aumento na atividade de esterase durante o
armazenamento de sementes de feijão, sendo o aumento mais expressivo na
cultivar de menor qualidade fisiológica.
13
Aung & McDonald (1995), avaliando a atividade de esterase durante a
deterioração de sementes de amendoim, observaram um decréscimo na sua
atividade total, com o aumento de deterioração tanto em sementes embebidas
como nas não embebidas.
A enzima malato desidrogenase (MDH) apresenta importantes funções
fisiológicas dentro da célula, como enzima do ciclo de Krebs, além de atuar
como papel central na maioria das rotas bioquímicas da célula. A enzima MDH
exibe poucas mudanças qualitativas durante o curso de desenvolvimento de um
organismo. Essas enzimas são encontradas em associação a uma grande
quantidade de organelas subcelulares apresentando diferenças na regulação da
atividade em vários sítios (Scandalios, 1974). Por se tratar de uma enzima
importante na respiração, o aumento do número e ou intensidade de coloração de
bandas em sementes submetidas a períodos longos de armazenamento, pode ser
em função do aumento da respiração que ocorre em sementes que se encontram
em processo de deterioração avançado, uma vez que enzimas envolvidas na
respiração podem ser ativadas em sementes de qualidade reduzida (Shatters et
al., 1994).
Embora a função de proteínas lea ainda não esteja bem esclarecida, sua
estabilidade, afinidade com moléculas de água e abundância em organismos que
toleram a desidratação, sugerem a importância de seu papel para a aquisição de
tolerância à dessecação (Blackman et al., 1991). Proteínas lea, moduladas por
ácido abscísico, acumulam em embriões de sementes de milho e cevada, durante
os estádios mais tardios do desenvolvimento, em fase correspondente à
aquisição de tolerância à dessecação (Bostock & Quatrano, citados por Leprince
et al., 1993), e a sua expressão cessa rapidamente após embebição (Blackman et
al., 1991). Segundo Thomann et al. (1992), proteínas lea, moduladas por ABA,
acumulam em embriões de sementes de milho, durante a secagem lenta, em fase
correspondente à aquisição de tolerância à dessecação. Wolkers et al. (1998)
14
observaram que embriões imaturos de milho, tolerantes à dessecação,
submetidos à secagem lenta, apresentam padrões de proteínas semelhantes aos
das proteinas lea presentes em sementes maduras e tolerantes à dessecação.
Primeiramente descobertas em embriões de algodão, as proteínas lea
foram detectadas em várias outras espécies, como ervilha, soja, colza, cenoura,
mamona, Arabdopsis, beterraba (Blackman et al., 1995), em estádios tolerantes à
dessecação, durante o desenvolvimento das sementes ou após o início de
embebição.
Sementes de milho apresentam redução gradativa da sensibilidade à
dessecação após a maturidade e, quando submetidas a uma secagem prévia em
baixa temperatura (35ºC), adquirem tolerância à secagem a 50ºC (Rosa, 2000).
Nessas sementes ocorreu indução de tolerância à alta temperatura, em
decorrência da ativação de mecanismos de defesa contra os efeitos danosos da
retirada de água. Mao et al. (1995) verificaram que mutantes de milho,
intolerantes à dessecação e que não produzem ácido abscísico e nem proteínas
lea após a imposição do estresse de água, o fazem em resposta à aplicação
exógena do ácido abscísico.
2.6 Tecnologia de preparo de sementes em citros
A formação de porta-enxertos cítricos, em sua grande maioria é feita
através da propagação por sementes. Devido ao longo período de germinação,
durando de 15 até 60 dias ou mais, a depender da espécie, as plântulas no viveiro
possuem variação no seu tamanho (Cohen, 1956; Monselise, 1962; Platt &
Optiz, 1973; Fucik, 1978; Mobayen, 1980). Esta variação é indesejável,
complicando e aumentando a quantidade de operações de manuseio requeridas
pelas plântulas no viveiro, fatores estes que aumentam os custos de produção.
Comercialmente, variações entre tamanho de plântulas são usualmente reduzidas
15
com transplante para a bandeja, havendo um descarte de 50% das plântulas
(Chilembwe et al., 1992).
A semente cítrica possui elevado conteúdo lipídico sendo sensível à
secagem excessiva. Morfologicamente possui 2 camadas protetoras, a mais
externa, denominada testa, é rígida e lenhosa, de coloração branco-creme. A
camada mais interna denominada tegumento (tegma) constitui-se de uma fina
membrana cuja formação é originária essencialmente do integumento
intermediário do óvulo e também contém tecidos remanescentes do nucelo sendo
que a cor varia de vermelho púrpuro ao marrom (Queiroz et al., 2005).
Das 9 espécies de citrus cultivados, sete são poliembriônicas, e
apresentam apomixia facultativa ou seja as sementes possuem tanto embriões
zigóticos ou sexual diferentes da planta mãe como apomíticos ou nucelares,
idênticos a planta mãe (Queiroz et al., 2005). Essa poliembrionia é um fenômeno
comum em muitas espécies cítricas, sendo a maioria desses embriões de origem
nucelar (apogâmicos).
O número de embriões contidos numa semente é influenciado também
pela cultivar, pelo estado nutritivo do fruto, pelos fatores ambientais e pelo clone
polinizador (Soares Filho et al., 1995). Nos programas de melhoramento
genético de citros têm-se a poliembrionia como um obstáculo à criação
intencional de novas variedades (Soares Filho et al., 2000).
A germinação das sementes é do tipo hipógea (Spiegel Roy &
Goldschmidt, 1996), é lenta podendo chegar até 60 dias para a estabilização do
estande em viveiro.
Para se alcançar uma germinação rápida e uniformidade das sementes,
vários tratamentos têm sido utilizados, sendo a técnica de remoção do tegumento
a mais promissora (Cohen, 1956; Monselise, 1959; 1962). Contudo, esta técnica
usada por empresas produtoras de mudas é muito onerosa.
16
Além das sementes de citros germinarem lentamente e da necessidade de
extração dos tegumentos, a maioria das sementes de espécies cítricas é
considerada recalcitrante. Para que as sementes possuam uma germinação rápida
e tenham uniformidade de plantas, vários tratamentos têm sido utilizados, com
sucesso em várias espécies, como a embebição em água (Kidd & West, 1918;
Elze, 1949), condicionamento osmótico (Heydecker, 1978; Heydecker &
Gibbins, 1978; Khan et al., 1978;) e padronização de sementes (Hunter &
Kannerberg, 1972; Lahiri et al., 1982) tendo obtido melhoras na germinação de
sementes, uniformidade de plântulas e aumento na produção.
O tratamento de sementes envolve a aplicação de diversos processos e
substâncias às sementes com o objetivo de preservar ou aperfeiçoar seu
desempenho, possibilitando um aumento de produtividade da cultura (Menten,
1996). De uma maneira geral pode ser definido como qualquer operação que
envolva as sementes, seja através de seu manejo ou incorporação de produtos
químicos ou biológicos, à sua superfície ou interior, ou aplicação de agentes
físicos, visando à melhoria ou garantia do seu desempenho em condições de
cultivo (Machado, 2000).
O uso de fungicidas para tratamento químico de sementes é um dos
métodos de mais baixo custo no controle integrado de doenças de plantas. Não
só com o interesse de eliminar os patógenos associados às sementes, mas
também proteger as sementes e as plântulas durante sua fase inicial de
desenvolvimento contra agentes patogênicos presentes na semente e no solo
(Ruano et al., 1989).
Machado (2000) relata que a completa erradicação, ou redução a níveis
toleráveis de um patógeno associado às sementes, nem sempre é possível através
de um único método. Diversos fatores podem interferir na eficácia de um ou de
outro método, fazendo com que o uso combinado desses seja uma tática
necessária para o sucesso do tratamento de sementes.
17
Em citros, a combinação do tratamento térmico e o químico tem sido
uma necessidade para o tratamento das sementes, sendo o uso de fungicidas
protetores, como Thiram, Captan etc, quase sempre indispensável após o
tratamento à base de calor (Carvalho, 2001).
2.7 Condicionamento osmótico
Muitos estudos têm sido realizados com o intuito de reduzir o tempo
necessário entre a semeadura e a emergência das plântulas, bem como aumentar
a tolerância das sementes às condições adversas durante a germinação.
Tratamentos como o condicionamento osmótico ou “priming” têm apresentado
resultados bastante promissores (Taylor & Herman, 1990; Khan, 1992).
Quando uma semente se hidrata, uma série de mudanças fisiológicas e
bioquímicas ocorre no embrião. Uma embebição prolongada, particularmente
sob baixos potenciais hídricos, apresenta uma influência bastante acentuada na
velocidade, sincronia e porcentagem de germinação das sementes. Segundo
Khan (1992), vários procedimentos de hidratação das sementes têm sido
desenvolvidos para aumentar a taxa e a uniformidade de emergência das
plântulas. Um desses procedimentos tem sido a embebição das sementes com
quantidades limitadas de água, sob temperaturas baixas ou moderadas (pré-
hidratação).
Outro procedimento refere-se à pré-geminação das sementes em
condições ótimas de umidade e temperatura, e a semeadura com a utilização de
géis, os quais atuam como substâncias protetoras do eixo embrionário. Uma
terceira técnica tem sido a hidratação das sementes em umidades relativas do ar
elevadas (umidificação). A quarta e mais popular técnica seria a hidratação das
sementes em soluções de baixo potencial hídrico de solutos orgânicos e
inorgânicos por determinados períodos de tempo (condicionamento osmótico)
18
ou por meio da embebição das sementes em meio sólido (condicionamento
mátrico) (Khan, 1992).
Baseado em outros trabalhos, a técnica foi desenvolvida na Inglaterra
com sementes de olerícolas e flores, com o objetivo de promover após
semeadura, uma germinação mais rápida que a normal (Heydecker et al., 1975).
A técnica do condicionamento osmótico tem por objetivo reduzir o
tempo de emergência das plântulas, bem como sincronizar e melhorar a
porcentagem de germinação. Tal procedimento baseia-se no controle da
hidratação de sementes a um nível que permita que ela inicie a atividade
metabólica pré-germinativa, mas iniba a protrusão da radícula.
As sementes são colocadas em solução aquosa de um composto
quimicamente inerte, mas osmoticamente ativo. Assim, as sementes iniciam a
embebição de água normalmente, paralisando o processo assim que entram em
equilíbrio com o potencial osmótico da solução. O potencial osmótico é ajustado
de maneira a permitir a ocorrência de todos os processos preparatórios da
germinação, mas impedir o alongamento celular e, conseqüentemente, a
emergência da radícula, mesmo após semanas de contato entre as sementes e a
solução osmótica (Heydecker et al., 1975; Khan et al., 1978).
Sementes tratadas desta forma podem ser novamente desidratadas ao
conteúdo de umidade inicial sem perda significativa dos efeitos benéficos
promovidos pelo tratamento. Esse processo de secagem das sementes após o
tratamento de condicionamento osmótico tem sido comumente designado na
literatura como hidratação-desidratação (Peñaloza & Eira, 1985).
Durante o condicionamento osmótico a semente hidrata-se lentamente, o
que permite um maior tempo para a reparação ou reorganização das membranas
plasmáticas, possibilitando a formação dos tecidos de maneira mais ordenada e
reduzindo os riscos de danos ao eixo embrionário causados pela rápida
embebição. Várias mudanças fisiológicas e bioquímicas ocorrem nas sementes
19
durante o tratamento ou em conseqüência do condicionamento osmótico. Essas
mudanças incluem a síntese de macromoléculas, atividade de várias enzimas,
aumento no poder germinativo e vigor e superação da dormência (Khan, 1992).
O vigor das sementes, com freqüência, mostra-se elevado com o
condicionamento osmótico, bem como a taxa e porcentagem de emergência das
plântulas, revelando resultados superiores àqueles obtidos com sementes não
tratadas de várias espécies, particularmente sob condições adversas de plantio,
tais como: baixas e altas temperaturas, déficit hídrico ou salinidade (Cano et al.,
1991; Pill et al., 1991). O tratamento pode aumentar, também, a emergência das
plântulas e a produtividade de várias culturas, com destaque para a cenoura,
alface, tomate, pepino, cebola e alho (Dearman et al., 1987; Khan, 1992).
Além das sementes de espécies de hortaliças há relatos de que o
condicionamento osmótico pode aumentar o desempenho das sementes de
culturas como soja e milho doce. Segundo Tilden & West (1985), o
condicionamento osmótico reverteu os efeitos do envelhecimento em sementes
de soja, aumentando a porcentagem de germinação de sementes de baixo vigor e
reduzindo os valores de condutividade elétrica. Sung & Chang (1993)
verificaram que o condicionamento osmótico aumentou a porcentagem final e a
uniformidade de emergência de sementes de milho doce, especialmente em
baixas temperaturas.
Sementes que não receberam o tratamento do condicionamento
osmótico, durante a embebição, tiveram o volume de água absorvido
estabilizado antes da emergência da radícula. Em condições de estresse, com o
potencial hídrico reduzido, o conteúdo de água das sementes para atingir esse
equilíbrio é menor e, a depender do potencial, o início da germinação pode ser
retardado ou inibido (Silva, 2000).
A duração total dos eventos que ocorrem durante o condicionamento
osmótico, do início da embebição até a emergência da radícula, é de fato mais
20
longa que a da germinação convencional, já que as fases de embebição e
ativação de enzimas (fases I e II da germinação) são estendidas com o
tratamento. Porém, como é realizada antes da semeadura, há uma demanda
menor de tempo para emergência, já que esta fase é reduzida ou eliminada
(Silva, 2000).
2.8 Benefícios do condicionamento osmótico
Diversos benefícios do condicionamento osmótico têm sido relatados,
sendo um deles a maior probabilidade de se obter uma rápida emergência,
particularmente em condições de estresse, como déficit hídrico ou temperatura
inadequada (Eira, 1998).
Sabe-se que a temperatura exerce um importante papel durante a
germinação de sementes e que, a depender da espécie, cultivar ou lote,
temperaturas muito baixas ou muito elevadas afetarão a germinação. Tem-se
observado um melhor desempenho das sementes condicionadas quando
semeadas em temperaturas sub ou superótimas para diferentes espécies, como
alho poró, alface, beterraba, brassicas, cenoura, melão, milho doce, pimentão,
pimenta, tomate, no entanto, não foi relatada nenhuma pesquisa envolvendo
sementes de citros.
Devido à uniformidade de germinação e emergência observadas em
sementes condicionadas, tem-se obtido um planejamento da execução dos tratos
culturais e da colheita, além do que, um estabelecimento mais rápido de
plântulas no campo implicará em um menor ciclo da cultura e menor risco,
diminuindo a competição e controlando as plantas infestantes e obtendo uma
melhor eficiência de irrigação (Silva, 2000).
A técnica ainda possibilita a obtenção de uma maior porcentagem de
germinação para sementes sob baixa disponibilidade hídrica, níveis elevados de
salinidade e temperatura subótima ou supraótima (Guimarães, 2000). Dentre
21
estes fatores, a salinidade é outro fator que se tem tornado limitante para
produção agrícola, especialmente em regiões áridas ou semi-áridas. As sementes
sem tratamento, ao serem semeadas em solos com alta concentração de sais,
possuem uma tendência a retardar ou não germinar (Cano et al., 1991; Pill et al.,
1991). Jeller (2003), trabalhando com Cássia-do-nordeste (Cassia excelsa
Schrad) observou que na germinação as sementes condicionadas com PEG nos
potenciais de –0,4 e –0,6 MPa foram eficientes em superar o estresse salino do
meio germinativo de –1,0 e –1,4 da solução salina de NaCl a 27ºC.
A germinação das sementes e a emergência das plântulas podem ser
marcadamente reduzidas pela ação de microrganismos, especialmente por
fungos dos gêneros Pythium, Phytophtora, Rhizoctonia e Fusarium (Agrios,
1998). Sementes de hortaliças condicionadas têm sido utilizadas para minimizar
o efeito desses microrganismos, reduzindo assim a incidência de “damping off”
(Taylor et al., 1985; Osburn & Schroth, 1989; Rush, 1991).
Em hortaliças, problemas relacionados com a aderência do tegumento
(testa) aos cotilédones durante a emergência também têm sido minimizados pelo
condicionamento osmótico (Nascimento & West, 1998).
Tem-se sugerido que o período para maturação e colheita de algumas
olerícolas pode ser influenciado pelo tempo gasto por ocasião da germinação e
emergência (Currah, 1978). Entretanto, se esta rápida emergência proporcionada
pelo condicionamento osmótico é acompanhada pela taxa de crescimento das
plântulas, maturidade e finalmente produtividade é uma questão ainda não
totalmente elucidada. Estudos relacionados com o desenvolvimento de plântulas
após o condicionamento osmótico têm sido realizados em diferentes espécies
como alface, brócolos, coentro, pimentão, melão, tomate, dentre outras. Com
relação à produtividade, não se tem observado resposta positiva ao tratamento
em alface, aipo, tomate e outras (Silva, 2000).
22
Embora vários estudos tenham sido desenvolvidos com diversas espécies
olerícolas de interesse econômico, no caso das sementes de citros, a informação
disponível na literatura concernente à resposta da espécie ao condicionamento
osmótico ainda é esparsa e inconsistente.
3 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido no Laboratório de Análise de Sementes do
Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Minas
Gerais. Foram realizados dois ensaios, utilizando a mesma metodologia para
ambos, no entanto foram utilizadas espécies diferentes: no primeiro foram
utilizadas sementes de limão cravo (Citrus limonia Osbeck) e no segundo,
sementes do híbrido citrumelo ‘Swingle’ (Citrus paradisi Macfad. cv. Duncan x
Poncirus trifoliata (L.) Raf. e. As sementes foram adquiridas com produtores de
mudas cítricas do estado de São Paulo, através da empresa CUTRALE
®
.
3.1 Tratamento químico e armazenamento
As sementes foram colhidas em São Paulo e imediatamente trazidas para
Lavras, onde foram tratadas com Captan + Tecto 600 (30g+10g/20l de semente)
e foram armazenadas, sem secagem (com umidade de 62,8%), em embalagens
impermeáveis de polietileno em volume de 4,5 litros e envolvidas em sacos
plásticos de cor preta (Carvalho, 2001), por períodos de três, seis e nove meses
em câmara fria (10ºC e 50%UR), no setor de sementes da UFLA.
23
3.2 Determinação do teor de água
O teor de água das sementes foi avaliado durante todo o armazenamento
e determinado pelo método da estufa, 105ºC ± 3 durante 24 horas, conforme as
recomendações das Regras para Análise de Sementes (Brasil, 1992).
3.3 Condicionamento osmótico
Após cada período de armazenamento, as sementes foram submetidas ao
condicionamento osmótico por imersão em solução aerada de Polietilenoglicol
(PEG 6000), nitrato de potássio (KNO
3
) e combinação de 70% de PEG e 30% de
KNO
3
, com potencial osmótico de -1,1MPa, nos períodos de 3, 6, 9 e 12 dias,
com um tratamento adicional (sementes secas). O osmocondicionamento foi
realizado em câmaras BOD com temperatura de 25ºC e na presença de luz.
Após cada período de embebição estabelecido para o tratamento,
amostras das sementes submersas foram retiradas, lavadas em água corrente e
avaliadas por meio dos testes de germinação, índice de velocidade de
germinação (IVG), condutividade elétrica (CE), emergência em bandeja, índice
de velocidade de emergência (IVE) e caracterização isoenzimática.
3.4 Teste de germinação
O substrato para semeadura foi o papel do tipo germitest, umedecido
com água destilada em quantidade de 2,5 vezes o peso seco do papel. Foram
utilizadas 4 repetições de 50 sementes. As sementes intactas, ou seja, sem
destegumentação, foram colocadas em germinador regulado à temperatura de
25ºC, na presença de luz e a contagem das sementes germinadas de limão cravo
foi realizada aos 30 dias e para o citrumelo aos 40 dias após a semeadura. Foram
consideradas como plântulas normais aquelas que apresentarem o folíolo
exposto, presença de raízes primárias com no mínimo 3 cm. Os resultados foram
expressos em porcentagem.
24
Juntamente com o teste de germinação foi determinado o índice de
velocidade de germinação (IVG), através de contagens diárias das plântulas
germinadas a partir do primeiro dia de germinação, computando-se o número de
plântulas normais até a estabilização do estande aos 30 dias. O resultado
calculado pelo índice de velocidade de germinação foi determinado segundo
fórmula proposta por Maguire (1962).
3.5 Teste de emergência em bandeja
Foi realizado em bandeja plástica contendo como substrato a mistura de
areia e terra na proporção de 2:1. O substrato foi umedecido até a capacidade de
70% de retenção de água. Foram utilizadas 4 repetições com 50 sementes por
tratamento. Após a semeadura, as bandejas foram mantidas em câmara de
crescimento vegetal, previamente regulada à temperatura de 25ºC, em regime
alternado de luz e escuro (12 horas). A porcentagem de plântulas normais
emergidas foi computada após 30 dias da semeadura. Foram consideradas como
plântulas normais aquelas que apresentaram o folíolo exposto a, no mínimo, 3
cm do solo. Os resultados foram expressos em porcentagem.
Juntamente com o teste de emergência em bandeja foi determinado o
índice de velocidade de emergência (IVE), através de contagens diárias das
plântulas normais a partir do primeiro dia de emergência, computando-se o
número de plântulas emergidas até a estabilização do estande aos 40 dias. O
resultado calculado pelo índice de velocidade de emergência foi determinado
segundo fórmula proposta por Maguire (1962).
3.6 Condutividade elétrica
Foram utilizadas 50 sementes (4 repetições de 50 sementes). As
sementes foram previamente pesadas com precisão de centigramas e
acondicionadas em copos plásticos descartáveis (200 mL) e adicionado 75 mL
25
de água destilada, sendo levadas para uma câmara de germinação tipo BOD a
25º C por 24 horas (AOSA, 1983). Após este período, as amostras foram
retiradas e procedeu-se à leitura em µS/cm, em condutivímetro de massa da
marca Quimis Q145D e os resultados expressos com base no peso da amostra
(Vieira & Carvalho, 1994; Torres, 1996).
Fórmula para transformação:
Condutividade lida – Condutividade da água
Condutividade (µS/cm/g)=
Peso das 50 sementes (g)
3.7 Avaliações moleculares
3.7.1 Preparo do material para análise eletroforética
Na execução de cada teste em intervalos de 0, 3, 6 e 9 meses de
armazenamento, foram coletadas duas amostras de 50 sementes de cada
tratamento e armazenadas à temperatura de -86ºC em recipiente escuro.
Para análise eletroforética de isoenzimas, as sementes foram trituradas
na presença de PVP e nitrogênio líquido em cadinho sobre gelo e posteriormente
armazenadas à temperatura de -86ºC.
3.7.2 Extração de enzimas e análise eletroforética
Para a extração das enzimas foi utilizado o tampão Tris HCL 0,2M
pH8,0 + (0,1% de β Mercaptoetanol) na proporção de 250µL por 100mg de
sementes. O material foi homogeneizado em vortex e mantido durante a noite
em geladeira seguido de centrifugação a 16.000 x g por 60 minutos a 4ºC.
A corrida eletroforética foi em sistema de géis de poliacrilamida a 7,5%
(gel separador) e 4,5% (gel concentrador). O sistema gel/eletrodo utilizado foi o
Tris-glicina pH 8,9. Foram aplicados 15 µL do sobrenadante da amostras e as
corridas efetuadas a 150 V por 4 horas.
26
Terminada a corrida, os géis foram revelados para as enzimas álcool
desidrogenase (ADH), catalase (CAT), esterase (EST), peroxidase (PE), malato
desidrogenase (MDH), superóxido dismutase (SOD), conforme Alfenas et al.
(1991).
A análise eletroforética da proteína foi realizada pelo método SDS-
PAGE e os procedimentos de extração recomendados por Blackman et al.
(1991), com 100mg de eixos embrionários macerados em 1mL de tampão de
extração (50Mm de Tris-HCl pH 7,5; 500mM NaCl; 5mM de MgCl2; 1mM de
PMSF). As amostras foram centrifugadas a 16000 xg por 30 minutos a 4ºC, o
sobrenadante incubado em banho-Maria a 85ºC por 15 minutos e novamente
centrifugado como anteriormente; o sobrenadante foi vertido em tubos novos e o
pellet descartado; antes da aplicação no gel, 40mL de tampão da amostra (2,5mL
de glicerol; 0,46g de SDS; 20mg de azul de Bromofenol; Tris-HCl pH 7,5)
foram adicionados em 70mL de cada extrato, seguindo-se uma incubação em
banho-Maria com água em ebulição por cinco minutos. Em seguida foram
aplicados 50mL de cada amostra em gel de poliacrilamida 12,5% (gel separador)
e 6% (gel concentrador).
O tampão de corrida utilizado foi Tris-glicina + SDS pH 8,9 e a corrida
eletroforética foi realizada em sistema vertical, à temperatura ambiente e
voltagem constante de 150V por quatro horas.
Após a corrida, os géis foram corados em solução de Coomassie Brilliant
Blue a 0,05% por 24 horas e descorados em solução de etanol 5%, ácido acético
10% e água 85%, conforme Alfenas (1991).
A avaliação dos géis foi realizada sobre transluminador, sendo
considerada a variação de intensidade das bandas.
27
3.8 Procedimentos estatísticos
O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em
esquema fatorial (4 x 3 x 4) , sendo quatro épocas de armazenamento (0, 3, 6, 9
meses), três soluções (PEG, KNO
3
e combinação de 70 % de PEG + 30 % de
KNO
3
) e quatro períodos de condicionamento osmótico (3, 6, 9 e 12 dias), com
um tratamento adicional (sementes secas), para cada espécie. Foram utilizadas
quatro repetições de 50 sementes em cada teste, com exceção do teste de
umidade, no qual foram utilizadas 2 repetições.
Os dados foram interpretados estatisticamente por meio da análise de
variância, com exceção da análise eletroforética, e foram transformados em
(x+1). A comparação das médias foi feita pelo teste de Scott-Knott, a 5% de
probabilidade (características qualitativas) e pela análise de regressão
(características quantitativas), por meio do programa estatístico SISVAR
®
(Ferreira, 2000).
4 RESULTADOS E DICUSSÃO
4.1 Ensaio 1: Condicionamento osmótico em sementes de limão cravo.
O resumo da análise de variância dos dados obtidos nos testes para
avaliar o efeito do condicionamento osmótico conduzido em diferentes períodos
de armazenamentos, solutos e períodos de condicionamento, sobre as sementes
de limão cravo, está registrado na Tabela 1A, havendo efeito significativo da
interação tripla para todas as características avaliadas.
As equações de regressão para todas as variáveis estudadas estão
representadas nas Tabelas 2A, 4A, 6A, 8A e 10A quando em função do período
28
de armazenamento (PA), e nas tabelas 3A, 5A, 7A, 9A e 11A, quando em
função do período de condicionamento (PC).
4.1.1 Determinação do grau de umidade
As médias dos resultados obtidos na determinação do grau de umidade
das sementes osmocondicionadas não foram submetidas à análise estatística e
estão apresentadas na Tabela 1.
De uma maneira geral, nas sementes submetidas ao condicionamento
com solução contendo KNO
3
o conteúdo de água foi inferior às demais, durante
todo o período de armazenamento (PA) e para todos os períodos de
condicionamento (PC). Esses resultados foram seguidos pelas sementes
condicionadas em solução contendo a mistura de PEG 6000 + KNO
3
. A restrição
hídrica exercida pelas soluções com o sal foi maior, provavelmente pela maior
facilidade de solubilização do KNO
3
. Observou-se também que o conteúdo de
água foi menor na testemunha em relação às sementes condicionadas em todas
as soluções, durante todo o período de armazenamento e para todos os períodos
de condicionamento.
Pode-se observar ainda, que houve uma tendência de redução na
embebição durante o condicionamento à medida que aumentou o tempo de
armazenamento das sementes, independente do soluto utilizado. Nesse trabalho
não foram levantados os motivos dessa redução na embebição, entretanto pode-
se supor que seja devido às modificações ocorridas na estrutura dos tegumentos
ou na composição química das sementes devido à deterioração.
Por serem recalcitrantes, é necessário que as sementes de limão cravo
sejam armazenadas com teores de água superiores a 35%. Mungomery et al.
(1966) mostraram que a viabilidade de sementes de tangerina Cleópatra (Citrus
reticulata Blanco) pode ser mantida durante o armazenamento, desde que
conservadas com teor de água acima de 40% e em temperaturas de 5 a 10ºC.
29
TABELA 1 Médias em porcentagem do grau de umidade de sementes
armazenadas de limão cravo, por diferentes períodos de
armazenamento (PA), submetidas ao condicionamento osmótico
em diferentes soluções (SOL) e períodos de condicionamento
(PC).
PA (meses) SOL PC (dias) U%
0 PEG 6000 3 77,2
0 PEG 6000 6 71,8
0 PEG 6000 9 74,2
0 PEG 6000 12 74,4
0 KNO
3
3 67,5
0 KNO
3
6 69,7
0 KNO
3
9 64,6
0 KNO
3
12 69,3
0 PEG 6000 + KNO
3
3 69,4
0 PEG 6000 + KNO
3
6 70,8
0 PEG 6000 + KNO
3
9 66,7
0 PEG 6000 + KNO
3
12 72,5
Test 62,8
3 PEG 6000 3 75,0
3 PEG 6000 6 70,2
3 PEG 6000 9 71,8
3 PEG 6000 12 74,4
3 KNO
3
3 60,2
3 KNO
3
6 66,8
3 KNO
3
9 66,9
3 KNO
3
12 65,3
3 PEG 6000 + KNO
3
3 67,7
3 PEG 6000 + KNO
3
6 66,7
3 PEG 6000 + KNO
3
9 68,2
3 PEG 6000 + KNO
3
12 70,9
Test 62,2
6 PEG 6000 3 66,9
6 PEG 6000 6 69,7
6 PEG 6000 9 67,5
6 PEG 6000 12 63,2
6 KNO
3
3 66,6
6 KNO
3
6 70,5
6 KNO
3
9 69,3
6 KNO
3
12 69,6
6 PEG 6000 + KNO
3
3 67,3
6 PEG 6000 + KNO
3
6 66,4
6 PEG 6000 + KNO
3
9 65,4
6 PEG 6000 + KNO
3
12 66,3
Test 61,9
9 PEG 6000 3 66,2
9 PEG 6000 6 65,5
9 PEG 6000 9 64,2
9 PEG 6000 12 68,4
9 KNO
3
3 61,3
9 KNO
3
6 61,5
9 KNO
3
9 61,6
9 KNO
3
12 61,3
9 PEG 6000 + KNO
3
3 62,6
9 PEG 6000 + KNO
3
6 64,9
9 PEG 6000 + KNO
3
9 61,8
9 PEG 6000 + KNO
3
12 64,3
Test 61,3
30
4.1.2 Teste de germinação
As equações de regressão para o teste de germinação estão representadas
nas Tabelas 3A, quando em função do período de armazenamento (PA), e 4A,
quando em função do período de condicionamento (PC).
Na Figura 1 encontram-se as curvas respostas em função do período de
condicionamento (PC) e na Figura 2 encontram-se as curvas respostas em
função do período de armazenamento (PA).
A germinação de sementes de limão cravo ocorreu em sua maioria do
quinto ao trigésimo dia após o inicio do teste, mesmo sem ter sido realizada a
extração prévia dos tegumentos, como sugerido por Silva (2006), em sementes
de citrumelo ‘Swingle’. Resultados semelhantes foram encontrados por Oliveira
(2003) em sementes de Poncirus trifoliata. Soares Filho et al. (1995) sugere que
a germinação lenta de diversas sementes do gênero citros pode ser atribuída às
barreiras mecânicas determinadas pela presença da testa e do tegma. No entanto,
Ramos et al. (1991) não observou efeito da retirada do tegumento na germinação
de sementes de limão cravo e Trifoliata.
Observa-se uma tendência à constância da porcentagem de germinação
das sementes não armazenadas (Figura 1A). Não houve diferença significativa
na germinação de sementes não armazenadas, em função do soluto utilizado,
independente do período de condicionamento aos quais foram submetidas,
exceto quando foram condicionadas por 9 dias. Nesse caso a germinação das
sementes condicionadas em KNO
3
e PEG 6000 + KNO
3
foi maior que daquelas
condicionadas em solução contendo apenas o PEG 6000. Em relação às
sementes que não foram condicionadas não houve nenhuma diferença (Tabela
12A). No entanto, Chilembwe et al. (1992) observou menor porcentagem de
germinação em sementes de citrus submetidas ao condicionamento em soluções
contendo PEG 6000 de -0,6 a -1,2 MPa do que na testemunha.
31
Após 3 meses de armazenamento, as porcentagens de germinação não
diferiram, independentemente do soluto utilizado e do período de
condicionamento a que foram submetidas (Figura 1B). Entretanto, com exceção
dos tratamentos com KNO
3
ou PEG 6000 + KNO
3
, por 12 dias, os quais não
diferiram da testemunha, pôde-se observar maiores porcentagens de germinação
nos demais tratamentos. Utilizando-se o PEG 6000, como soluto, pode-se
observar que a porcentagem de germinação foi em torno de 85% de plântulas
normais, representando ganhos de 15% em relação à testemunha (Tabela 12A).
Sementes armazenadas pelo período de 6 meses, quando condicionadas
por 3 dias, apresentaram uma tendência a maior porcentagem de germinação
quando apenas na presença do KNO
3
, em seguida da combinação de PEG 6000
+ KNO
3
e por último do PEG 6000 apenas (Figura 1C). Já aos 6 e 9 dias de
condicionamento, a solução contendo apenas PEG 6000 apresentou a maior
porcentagem de germinação, seguido do KNO
3
e por último da combinação dos
dois. Aos 12 dias de condicionamento as soluções contendo apenas o KNO
3
e a
combinação do PEG 6000 + KNO
3
, voltaram a propiciar maiores porcentagens
de germinação das sementes. A porcentagem de germinação das sementes que
não foram condicionadas foi igual ou superior as porcentagens das sementes
condicionadas, evidenciando a ineficiência dos tratamentos em sementes de
limão cravo armazenadas nas condições do experimento durante 6 meses
(Tabela 12A).
Aos 9 meses de armazenamento houve uma tendência de aumento
crescente na porcentagem de germinação, em função do período de
condicionamento a que as sementes foram submetidas, independente do soluto
utilizado (Figura 1D). Sendo assim, o condicionamento osmótico reverteu os
efeitos do armazenamento, sendo evidente a reparação metabólica, já que houve
um incremento na porcentagem de germinação. Os melhores resultados foram
obtidos aos 6, 9 e 12 dias de condicionamento, independente do soluto utilizado,
32
Diferenças significativas entre os solutos em cada período de condicionamento estão discriminadas por letras.
FIGURA 1 Estimativa da porcentagem de germinação de sementes (%G) de limão cravo, armazenadas por 0, 3, 6 e 9
meses, em função do condicionamento osmótico em soluções contendo diferentes solutos (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 + KNO
3
) e do período de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias).
T -testemunha
0 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
%
G
b a a
- T
3 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
%
G
- T
6 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
%
G
c a b
a b c
a b b
b a a
- T
9 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
%
- T
(A)
(C)
(B)
(D)
32
33
PEG 6000
0
20
40
60
80
100
0369
PA (meses)
%
G
KNO3
0
20
40
60
80
100
0369
PA(meses)
%
G
PEG 6000 + KNO3
0
20
40
60
80
100
0369
PA (meses)
%
G
FIGURA 2 Estimativa da porcentagem de germinação (%G) de sementes de
limão cravo, submetidas ao condicionamento osmótico em
diferentes soluções (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 + KNO
3
) em
função do período de armazenamento (meses) e do período de
condicionamento (dias).
34
representando ganhos de até 44% em relação à testemunha (13% de sementes
germinadas) (Tabela 12A). Mas observa-se também, que nesse período foram
obtidas as menores porcentagens de germinação.
Pode-se observar que há uma tendência a redução na porcentagem de
germinação para todos os solutos utilizados ao longo do período de
armazenamento, independente do período de condicionamento a que as sementes
foram submetidas (Figura 2), confirmando a tendência acentuada da espécie em
perder qualidade no armazenamento. Pode-se observar que houve uma maior
redução na porcentagem de germinação a partir do 6º mês de armazenamento,
principalmente quando as sementes foram condicionadas em solução contendo
KNO
3
ou a combinação de PEG 6000 + KNO
3
, pelo período de 9 dias.
A redução da germinação das sementes, mesmo naquelas tratadas, pode
ser devida, em parte, ao grau de umidade dessas sementes, tendo sido observada
a condensação de água no interior das embalagens, ocorrendo um acentuado
processo deteriorativo, com consequente apodrecimento de parte dessas
sementes ao longo do período de armazenamento.
4.1.3 Índice de velocidade de germinação (IVG)
Nas sementes não armazenadas a tendência foi de leve aumento do
índice de velocidade de germinação à medida que aumentava o período de
condicionamento de 3 para 6 dias, quando as sementes foram condicionadas em
solução contendo PEG 6000 Figura (3A). Após esse período, observa-se uma
tendência de redução deste índice. Quando o condicionamento foi realizado em
solução contendo KNO
3
ou a combinação de PEG 6000 + KNO
3
, essa tendência
de aumento permaneceu até o 9º dia de condicionamento, havendo uma leve
redução aos 12 dias.
O condicionamento osmótico permite um aumento na velocidade e
uniformidade de germinação. Paixão (1998) observou que não houve incremento
35
na porcentagem final de germinação de sementes de pimentão condicionadas em
solução aerada de KNO
3
, mas houve aumento no índice de velocidade de
germinação e no desenvolvimento do hipocótilo das plântulas.
Pela comparação das médias, observa-se maior índice de velocidade de
germinação quando as sementes foram condicionadas por 9 dias em solução
contendo PEG 6000 + KNO
3
representando ganhos de até 22% em relação à
testemunha (Tabela 12A).
Vários trabalhos com sementes de hortaliças têm mostrado que os efeitos
do condicionamento osmótico resultam em uma resposta mais rápida quanto ao
tempo para a germinação, principalmente em lotes de sementes deterioradas ou
de baixo vigor (Brocklehurst & Dearman, 1984; Lopes et al., 1996),
principalmente nos testes de germinação e vigor, sob condições de laboratório,
em relação às sementes não condicionadas e/ou embebidas em água destilada
(Lopes et al.,1996).
Aos 3 meses de armazenamento não houve diferença significativa entre
os solutos utilizados e ainda pode-se observar pelas curvas de resposta que há
uma tendência de aumento deste índice, independente do soluto utilizado até o 9º
dia de condicionamento (Figura 3B). No 12º dia de condicionamento observa-se
uma tendência de redução quando foi utilizado o KNO
3
ou a combinação de
PEG 6000 + KNO
3
. Nesse período de armazenamento, todos os tratamentos
empregados mostraram-se eficientes na recuperação do vigor das sementes, visto
que foi observado um ganho mínimo de 5% (PEG 6000 + KNO
3
, por 12 dias) e
um ganho máximo de 23% (PEG 6000, por 9 dias) em relação à testemunha
(Tabela 12A).
Aos 6 meses de armazenamento, o condicionamento das sementes não se
mostrou eficiente, já que as sementes que não foram submetidas ao
condicionamento (testemunha) apresentaram índice maior do que as demais
36
Diferenças significativas entre os solutos em cada período de condicionamento estão discriminadas por letras.
FIGURA 3 Estimativa do índice de velocidade de germinação (IVG) de sementes de limão cravo, armazenadas por 0, 3,
6 e 9 meses, em função do condicionamento osmótico em soluções contendo diferentes solutos (PEG 6000,
KNO
3
e PEG 6000 + KNO
3
) e do período de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias).
T
-
testemunha
0 meses
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
036912
PC (dias)
IV
G
a a b
a b b
c b a
- T
3 meses
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
036912
PC (dias)
IV
G
- T
6 meses
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
036912
PC (dias)
IVG
b a a
a b c
a b b
c a b
- T
9 meses
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
036912
PC (dias)
IV
G
a b a
a c b
a b b
- T
(A)
(C)
(B)
(D)
36
37
PEG 6000
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
0369
PA (meses)
IVG
KNO3
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
0369
PA (meses)
IVG
PEG 6000 + KNO3
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
0369
PA (meses)
IVG
FIGURA 4 Estimativa do índice de velocidade de germinação (IVG) de
sementes de limão cravo, submetidas ao condicionamento
osmótico em diferentes soluções (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 +
KNO
3
) em função do período de armazenamento (meses) e do
período de condicionamento (dias).
38
(Tabela 12A). Há uma tendência de redução deste índice, do 3º ao 9º dia de
condicionamento, seguido de um novo crescimento deste índice aos 12 dias de
condicionamento, quando as sementes foram condicionadas na presença de
KNO
3
ou de PEG 6000+KNO
3
(Figura 3C). Já as sementes que foram
condicionadas em solução contendo PEG 6000 apresentaram uma tendência de
aumento do 3º a 6º dia de condicionamento, seguido de uma redução aos 9 e 12
dias.
Aos 9 meses de armazenamento foram observados os menores índices de
velocidade de germinação (Figura 3D). Nesse período, pela comparação das
médias, quando as sementes foram condicionadas por 3 e 6 dias em solução
contendo PEG 6000 ou em PEG 6000 + KNO
3
por 3 dias, observou-se os
maiores índice de velocidade de germinação (Tabela 12A).
Pode-se observar nos resultados obtidos no índice de velocidade de
germinação (Figura 4) a mesma tendência de redução observada na germinação
(Figura 2) ao longo do armazenamento, sendo que houve uma redução mais
acentuada quando as sementes foram condicionadas por 9 dias, principalmente
na presença do KNO
3
e da combinação do PEG 6000 + KNO
3
.
4.1.4 Teste de emergência em bandeja
Para as sementes não armazenadas há uma tendência de aumento da
porcentagem de emergência até o 6º dia de condicionamento, para todos os
solutos utilizados (Figura 5A). A partir do 9º dia há uma redução dessa
porcentagem, principalmente quando as sementes foram condicionadas em
solução contendo PEG 6000 ou KNO
3
. Pela comparação das médias, aos 3, 6 e 9
dias de condicionamento, o KNO
3
e a combinação de PEG 6000 + KNO
3
, se
mostraram eficientes, apresentando porcentagem de emergência superior à
testemunha (Tabela 12A). Aos 12 dias de condicionamento, apenas a
39
combinação de PEG 6000 + KNO
3
, se mostrou eficiente em manter a
porcentagem de emergência das sementes (Tabela 12A).
Para as sementes de soja submetidas ao condicionamento osmótico em
PEG 6000, a -0,8 MPa por 4 dias a 25ºC, obteve-se melhores resultados de
emergência e índice de velocidade de emergência de plântulas (Del Giúdice,
1996).
Aos 3 meses, há uma tendência linear de constância da porcentagem de
germinação até o 9º dia de condicionamento para todos os solutos, sendo que aos
12 dias, observa-se uma tendência de redução, quando as sementes são
condicionadas na presença do PEG 6000 ou do KNO
3
(Figura 5B). Pode-se
observar que houve eficiência dos tratamentos empregados, pois porcentagens
de emergência superiores à da testemunha (77%), com exceção das sementes
que foram condicionadas por 12 dias na presença de KNO
3
(73%) ou em PEG
6000 + KNO
3
(74%) por 3 ou 12 dias, as quais não diferiram da mesma, foram
obtidas para os demais tratamentos (Tabela 12A).
Aos 6 e 9 meses de armazenamento, a testemunha se mostrou superior
aos demais tratamentos (Figuras 5C e 5D), não havendo, nesse caso, eficiência
do condicionamento osmótico em recuperar a capacidade de emergência das
sementes armazenadas por esses períodos.
No teste de emergência em bandeja, observa-se para todos os períodos
de condicionamento e para as sementes condicionadas em PEG 6000 ou KNO
3
,
uma tendência de aumento da porcentagem de emergência no 3º mês de
armazenamento (Figura 6), seguido de uma forte redução nos demais períodos.
Para a combinação de PEG 6000 + KNO
3
observa-se uma tendência de redução
já a partir do 3º mês de armazenamento, para todos os períodos de
condicionamento (Figura 6).
40
Diferenças significativas entre os solutos em cada período de condicionamento estão discriminadas por letras.
FIGURA 5 Estimativa da porcentagem de emergência (%E) de sementes de limão cravo, armazenadas por 0, 3, 6 e 9
meses, em função do condicionamento osmótico em soluções contendo diferentes solutos (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 + KNO
3
) e do período de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias).
T - testemunha
0 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
%
E
b a a
b a a
b a a
b c a
- T
3 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
%
E
- T
6 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
%
E
c a b
c b a
a c b
b c a
- T
9 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
%
E
a c b
a c b
b a b
a b c
- T
(A)
(C)
(B)
(D)
40
41
PEG 6000
0
20
40
60
80
100
0369
PA (meses)
%
E
KNO3
0
20
40
60
80
100
0369
PA (meses)
%
E
PEG 6000 + KNO3
0
20
40
60
80
100
0369
PA (meses)
%
E
FIGURA 6 Estimativa da porcentagem de emergência (%E) de sementes de
limão cravo, submetidas ao condicionamento osmótico em
diferentes soluções (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 + KNO
3
) em
função do período de armazenamento (meses) e do período de
condicionamento (dias).
42
4.1.5 Índice de velocidade de emergência
O condicionamento osmótico, independente do soluto utilizado,
mostrou-se eficiente para aumentar o vigor das sementes, até o 6º dia de
condicionamento, quando as sementes não foram armazenadas (Figura 7A).
Após esse período, somente a solução contendo a combinação de PEG 6000 +
KNO
3
conseguiu manter este índice elevado.
Sementes de tomate obtiveram menor tempo de emergência e aumento
na porcentagem de germinação com tratamento utilizando-se PEG 4000 na
concentração de -1,2 MPa, durante 8 dias à temperatura de 16ºC (Muhyaddin &
Wiebber, 1989 citado Por Paixão, 1998).
Pela comparação das médias, com exceção do condicionamento em PEG
6000 por 6 dias (0.9), ou em KNO
3
por 12 dias (0.3398), que foram iguais ou
inferiores à testemunha (0.9), os maiores índices de velocidade de emergência
foram observados nos demais tratamentos, sendo que o melhor deles foi o
condicionamento em PEG 6000 + KNO
3
por 12 dias (2.4864) (Tabela 12A).
Aos 3 meses de armazenamento, há uma tendência linear de aumento
deste índice, quando as sementes foram condicionadas em solução contendo
PEG 6000 ou a combinação de PEG 6000+ KNO
3
, e de redução quando
condicionadas com KNO
3
(Figura 7B). Pela comparação das médias (Tabela
12A), os maiores índices de velocidade de emergência foram obtidos na
testemunha (2.31) e nos tratamentos nos quais as sementes foram condicionadas
por 3 e 6 dias (2.40 e 2.30, respectivamente), em solução contendo KN0
3
, sendo
estes superiores aos demais tratamentos.
Observa-se uma redução acentuada deste índice a partir do 6º mês de
armazenamento (Figura 7C). A testemunha foi superior a todos os demais
tratamentos, exceto aos 12 dias de condicionamento, quando as sementes foram
condicionadas em PEG 6000 + KNO
3
(Tabela 12A).
43
Diferenças significativas entre os solutos em cada período de condicionamento estão discriminadas por letras.
FIGURA 7 Estimativa do índice de velocidade de emergência (IVE) de sementes de limão cravo, armazenadas por 0,
3, 6 e 9 meses, em função do condicionamento osmótico em soluções contendo diferentes solutos (PEG
6000, KNO
3
e PEG 6000 + KNO
3
) e do período de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias).
T - testemunha
0 meses
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
036912
PC (dias)
IV
E
b a a
b b a
b c a
-T
3 meses
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
036912
PC (dias)
IV
E
b a c
-T
6 meses
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
036912
PC (dias)
IV
E
b a a
b b a
a c b
b c a
-T
9 meses
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
036912
PC (dias)
IV
E
a b a
a c b
a b b
-T
(A)
(C)
(B)
(D)
43
44
PEG 6000
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
0369
PA (meses)
IV
E
KNO3
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
0369
PA (meses)
IV
E
PEG 6000 + KNO3
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
0369
PA (meses)
IV
E
FIGURA 8 Estimativa do índice de velocidade de emergência (IVE) de
sementes de limão cravo, submetidas ao condicionamento
osmótico em diferentes soluções (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 +
KNO
3
) em função do período de armazenamento (meses) e do
período de condicionamento (dias).
45
No 9º mês de armazenamento, as sementes condicionadas em solução
contendo PEG 6000 ou PEG 6000 + KNO
3
e os índices observados nas sementes
sem condicionamento foram maiores que em KNO
3
até o 6º dia de
condicionamento (Figura 7D). Com 9 dias de condicionamento, houve redução
deste índice no tratamento com PEG 6000 ou PEG 6000 + KNO
3
e aumento no
tratamento com KNO
3
, no entanto não houve diferença significativa entre esses
tratamentos. Os maiores valores para esse índice foram obtidos quando as
sementes foram condicionadas por 3 e 6 dias (0.61 e 0.60, respectivamente) em
solução contendo PEG 6000, sendo estes superiores à testemunha (0.42), que foi
superior aos demais tratamentos (Tabela 12A).
Comportamento semelhante ao obtido no teste de emergência em
bandeja (Figura 6) foi obtido no índice de velocidade de emergência (Figura 8),
observando-se para todos os períodos de condicionamento e para as sementes
condicionadas em PEG 6000 ou KNO
3
, uma tendência de aumento da
porcentagem de emergência no 3º mês de armazenamento, seguido de uma forte
redução nos demais períodos. Para a combinação de PEG 6000 + KNO
3
observa-se uma tendência de redução já a partir do 3º mês de armazenamento,
para todos os períodos de condicionamento.
4.1.6 Condutividade elétrica
Nas sementes não armazenadas submetidas ao condicionamento em
solução contendo KNO
3
foram observados os maiores valores de condutividade
(66,3 µS/cm/g – 3 dias; 81,2 µS/cm/g – 6 dias; 92,4 µS/cm/g – 9 dias; 87,6
µS/cm/g – 12 dias) (Tabela 12A). A testemunha não diferiu significativamente
do tratamento que foi submetido a apenas 3 dias de condicionamento, tanto na
presença do soluto KNO
3
quanto da combinação PEG 6000 + KNO
3
. Em relação
aos demais tratamentos a condutividade elétrica foi sempre maior quando o
46
condicionamento foi realizado com KNO
3
e sempre menor com os outros
solutos.
Pelos resultados de teste de condutividade elétrica observa-se uma
reduzida lixiviação de solutos de sementes de cebola osmocondicionadas,
comparadas com as não tratadas, suportando a teoria do “reparo”, já que a
lixiviação de solutos das células é, em parte, resultante de danos às membranas
celulares. Entretanto, não há evidências de que a lixiviação de solutos seja um
parâmetro apropriado para medir a integridade de membranas em sementes de
cebola (Dearman et al., 1987).
Observa-se que há uma tendência de menores valores de condutividade
em função do período de condicionamento, na presença do PEG 6000 e da
combinação PEG 6000 + KNO
3
(Figura 9A).
Aos 3 meses de armazenamento, houve um aumento brusco nos valores
de condutividade para todas as soluções e em todos os períodos de
condicionamento, havendo uma tendência de redução ao longo do período de
condicionamento, quando as sementes foram condicionadas em solução
contendo KNO
3
, e de aumento, quando as sementes foram condicionadas em
PEG 6000 e PEG 6000 + KNO
3
(Figura 9B). Resultados de condutividade
elétrica inferior aos demais tratamentos foram obtidos quando as sementes não
foram submetidas ao condicionamento (55,2 µS/cm/g). Entre os tratamentos, as
sementes condicionadas em solução contendo PEG 6000 apresentaram sempre
menores valores de condutividade (Tabela 12A).
No 6º mês de armazenamento observa-se que há uma tendência de
redução da condutividade até o 9º dia de condicionamento para o soluto KNO
3
,
voltando a aumentar no 12º dia de condicionamento (Figura 9C). Para a
combinação de PEG 6000 + KNO
3
, os valores permaneceram estáveis até o 6º
dia e em seguida voltaram a aumentar. Os menores valores foram observados
para a solução contendo PEG 6000 no 6º (36,04 µS/cm/g) e 9º (33,18 µS/cm/g)
47
dias. Os valores obtidos na testemunha foram intermediários aos obtidos das
sementes que foram condicionadas na presença de KNO
3
e aos demais (Tabela
12A).
Aos 9 meses de armazenamento, para os solutos KNO
3
e PEG 6000 +
KNO
3
há uma tendência de estabilidade da condutividade até o 9º dia de
condicionamento, enquanto que para o PEG 6000 há uma tendência de aumento
(Figura 9D). Aos 12 dias o soluto KNO
3
tende a reduzir a condutividade,
enquanto que o PEG 6000 e a combinação de PEG 6000 + KNO
3
aumentam.
Há uma tendência de aumento nos valores da condutividade no 3º mês
seguido de uma redução no 6º mês de armazenamento, para todos os solutos e
em todos os períodos de condicionamento. No 9º mês há uma tendência de
aumento para todos os solutos, nos períodos de 3, 6 e 9 dias de
condicionamento, enquanto que nos tratamentos com KNO
3
e PEG 6000 +
KNO
3
, aos 12 dias, tende a reduzir (Figura 10).
De uma maneira geral os valores da condutividade nos tratamento com
KNO
3
são acentuadamente maiores e os valores com PEG + KNO
3
moderadamente maiores em ralação ao tratamento com PEG. Isso ocorre porque
o sal remanescente no tegumento ou no interior das sementes após o
condicionamento é lixiviado para a água onde as sementes são embebidas,
aumentando de forma desproporcional aqueles valores. Por isso, devem-se
considerar apenas os efeitos dos tratamentos com cada um dos solutos e evitar a
comparação dos efeitos entre os solutos para efeito de inferir o vigor das
sementes.
O teste de condutividade elétrica tem sido proposto para a avaliação do
vigor das sementes, sendo relacionado com a integridade das membranas
celulares. Porém, existem muitos fatores que interferem nos resultados, podendo
se restringir somente à quantidade de lixiviados detectada na solução de
embebição (Roveri José, 1999).
48
Diferenças significativas entre os solutos em cada período de condicionamento estão discriminadas por letras.
FIGURA 9 Estimativa da condutividade elétrica (CE) de sementes de limão cravo, armazenadas por 0, 3, 6 e 9 meses,
em função do condicionamento osmótico em soluções contendo diferentes solutos (PEG 6000, KNO
3
e
PEG 6000 + KNO
3
) e do período de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias).
T - testemunha
0 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
CE (mS/cm/g)
c a b
c a b
c a b
c a b
-T
3 meses
0
100
200
300
400
500
600
036912
PC (dias)
CE (mS/cm/g)
c a b
c a b
c a b
c a b
-T
6 meses
0
50
100
150
200
036912
PC (dias)
CE (mS/cm/g)
b a b
b a b
c a b
c a b
-T
9 meses
0
50
100
150
200
036912
PC (dias)
CE (mS/cm/g)
b a b
b a b
b a b
b a b
-T
(A)
(C)
(B)
(D)
48
49
PEG 6000
0
50
100
150
200
0369
PA (meses)
CE (mS/cm/g)
KNO3
0
100
200
300
400
500
600
0369
PA (meses)
CE (mS/cm/g)
PEG 6000 + KNO3
0
50
100
150
200
250
300
0369
PA (meses)
CE (mS/cm/g)
FIGURA 10 Estimativa da condutividade elétrica (CE) de sementes de limão
cravo, submetidas ao condicionamento osmótico em diferentes
soluções (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 + KNO
3
) em função do
período de armazenamento (meses) e do período de
condicionamento (dias).
50
4.1.7 Análise da atividade enzimática
Não foi observada atividade da enzima catalase (CAT), enzima do
sistema de defesa antioxidante nas células, em sementes de limão cravo,
sugerindo assim, que estas estejam mais susceptíveis aos efeitos deletérios do O
2
e radicais livres sobre os ácidos graxos insaturados de membrana,
comprometendo o seu vigor, como citado por Brandão Júnior et al. (1996).
Maior atividade da enzima esterase (EST) foi observada em sementes
não armazenadas, submetidas ao condicionamento em solução contendo PEG
6000 por 3 e 6 dias. Neste período, uma menor atividade foi observada para as
sementes não condicionadas (Figura 11). Esse fato demonstra a maior
peroxidação de lipídios, nos tratamentos onde a atividade da enzima foi maior,
uma vez que esta enzima está envolvida em reações de hidrólise de ésteres,
estando diretamente ligada ao metabolismo de lipídios (Santos et al., 2004).
Nos demais períodos de armazenamento, não foram observadas
diferenças na atividade dessa enzima para nenhum dos tratamentos empregados.
Fessel (2005) detectou uma diminuição da atividade da esterase com o
aumento do período de envelhecimento das sementes de milho. Resultados
semelhantes foram encontrados por Aung & McDonald (1995) em sementes de
amendoim, tanto em sementes embebidas como não embebidas. Segundo esses
autores as esterases são o grupo de enzimas mais importantes na germinação de
amendoim. Este grupo de enzimas hidrolíticas libera ácido graxo dos lipídios, os
quais são usados na beta oxidação, como fonte de energia para os eventos
germinativos. Muitos desses lipídios são constituintes de membranas, cuja
degradação aumenta com a deterioração. Por outro lado essa maior atividade em
sementes condicionadas pode ser devida ao aumento de atividades metabólicas
hidrolíticas, típicas da aceleração do processo de germinação.
A alta atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) observada em
todos os períodos de armazenamento e condicionamento e, para todos os solutos
51
FIGURA 11 Padrões isoenzimáticos de sementes de limão cravo armazenadas por 0 (A), 3 (B), 6 (C) e 9 (D) meses, submetidas ao
condicionamento osmótico em soluções aeradas de PEG, KNO
3
e PEG + KNO
3
(T - testemunha) por diferentes
períodos de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias), reveladas para a esterase (EST).
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
(A)
T
(B)
(C)
(D)
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
T
T
51
52
utilizados, demonstra a eficiência do sistema antioxidante das sementes de limão
cravo (Figura 12). Maior atividade foi observada quando as sementes foram
condicionadas em KNO
3
e a menor atividade foi observada nas sementes que
não foram condicionadas (testemunha), principalmente quando estas não haviam
sido armazenadas.
O estresse causado pelo condicionamento na presença de KNO
3
aumenta
os danos de membrana, havendo aumento na atividade dessa enzima quando o
condicionamento é feito na presença deste.
Segundo McDonald (1999), o “priming” parece reverter os efeitos
deletérios da deterioração de sementes. Esse tratamento parece aumentar a
atividade de enzimas, bem como neutralizar os efeitos da peroxidação lipídica.
Smith & Cobb (1992) reportaram maior síntese protéica e atividade de aldolase e
isocitrato liase, em sementes de pimentão condicionadas. Em outras pesquisas
tem sido observado que o “priming” reverte a perda de enzimas desintoxicantes
da peroxidação lipídica. Bailly et al. (1996) encontraram que as enzimas
superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa redutase (GR)
estavam presentes em sementes envelhecidas e condicionadas no mesmo nível
que encontrado em sementes não envelhecidas de girassol.
Atividades de enzimas antioxidantes são relacionadas à aquisição de
tolerância à dessecação. Essas enzimas podem prevenir dano oxidativo, que
pode ocorrer em conseqüência de acúmulo de espécies tóxicas de oxigênio
ativado durante a dessecação (Bailly et al., 2001).
Durante o condicionamento, injúrias devido à anoxia podem ocorrer,
prejudicando a qualidade das sementes. Nas situações em que o suprimento de
oxigênio é deficiente ou a sua absorção é dificultada devido à maior
concentração de soluto osmótico, a respiração anaeróbica toma lugar e as
enzimas envolvidas nessa rota passam a apresentar maior atividade.
53
FIGURA 12 Padrões isoenzimáticos de sementes de limão cravo armazenadas por 0 (A), 3 (B), 6 (C) e 9 (D) meses, submetidas ao
condicionamento osmótico em soluções aeradas de PEG, KNO
3
e PEG + KNO
3
(T - testemunha) por diferentes
períodos de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias), reveladas para a superóxido dismutase (SOD).
(A)
(B)
(C)
(D)
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
53
54
A MDH catalisa a conversão de malato a oxalacetato e, além da
importante função dentro do ciclo de Krebs, participa do movimento de malato
através da membrana mitocondrial e da fixação de CO
2
nas plantas (Taiz &
Zeiger, 2004).
Menor atividade da enzima malato desidrogenase (MDH) foi observada
em sementes não condicionadas, independente do período de armazenamento
(Figura 13).
Aos 3 e 9 meses de armazenamento, foi observado o surgimentos de
novas bandas quando as sementes foram condicionadas por 3 dias, independente
do soluto utilizado. Parece nesse caso, ter havido efeito positivo do
condicionamento levando ao aumento do nível da respiração aeróbica,
necessário aos reparos esperados. É importante ressaltar que esse fato é
coincidente com benefícios á qualidade das sementes, observados em avaliações
fisiológicas.
Pôde-se observar um aumento da atividade enzimática da ADH em
sementes condicionadas em solução contendo PEG 6000, à medida que
aumentava o período de armazenamento (Figura 14). Essa solução possui uma
viscosidade maior que as demais, o que dificulta a aeração durante o
condicionamento, fazendo com que a respiração passe a ser anaeróbica e a
enzima passe a apresentar maior atividade. Nota-se que há também uma
tendência de redução da porcentagem de germinação para esse tratamento em
função do aumento do período de armazenamento, que provavelmente deriva da
intensificação da via anaeróbica de produção de energia. Sabe-se que o aumento
da atividade da via anaeróbica além de reduzir drasticamente a eficiência para a
produção de energia metabólica nas células, produz resíduos tóxicos à semente
(Lehninger, 1995).
55
FIGURA 13 Padrões isoenzimáticos de sementes de limão cravo armazenadas por 0 (A), 3 (B), 6 (C) e 9 (D) meses,
submetidas ao condicionamento osmótico em soluções aeradas de PEG, KNO
3
e PEG + KNO
3
(T -
testemunha) por diferentes períodos de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias), reveladas para a malato
desidrogenase (MDH).
(A)
(B)
(C)
(D)
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
55
56
Camargo (1998) observou aumento na intensidade de bandas dessa
enzima com a elevação das concentrações de PEG 6000, as quais também
correlacionaram aos piores desempenhos das sementes.
Aos 9 meses de armazenamento nenhuma atividade desta enzima foi
detectada, independente do soluto utilizado e do período de condicionamento a
que foram submetidas, sugerindo a morte das sementes.
Foi observada uma redução da atividade da enzima peroxidase (PO) em
função do aumento do período de armazenamento, para todos os tratamentos
empregados, inclusive nas sementes não condicionadas (testemunha), indicando
a perda de viabilidade das sementes, como constatado pelo índice de velocidade
de germinação (Figura 15).
As peroxidases desempenham um papel crítico no metabolismo das
plantas e na oxidação por peróxidos, como aceptores de hidrogênio, sendo
importante nos mecanismo de defesa. Em sementes, a perda da atividade dessa
enzima pode torná-las mais sensíveis aos efeitos do O
2
, dos radicais livres sobre
ácidos graxos insaturados de membranas e à formação de peróxido nas células,
tornando as sementes mais sujeitas à perda de viabilidade (Faria et al., 2003).
A perda de tolerância à dessecação em sementes está associada à
degradação de “late embryogenesis abundant” (LEA) proteínas. Yeoung et al.
(1996) encontraram que proteínas LEA diminuíram simultaneamente com a
protrusão da radícula e perda de tolerância à dessecação.
Na análise dessa proteína pôde-se observar uma menor definição das
bandas em função do aumento do período de armazenamento, indicando a perda
da tolerância à dessecação (Figura 16), confirmando os dados obtidos na
germinação das sementes (Tabela 12A).
57
FIGURA 14 Perfis enzimáticos da enzima Álcool Desidrogenase (ADH) de
sementes não armazenadas (A) e sementes armazenadas por 3 (B)
e 6 (C), em função do soluto utilizado (PEG, KNO
3
e PEG +
KNO
3
; T - testemunha) e do período de condicionamento (3, 6, 9 e
12 dias).
(A)
(B)
(C)
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
58
FIGURA 15 Padrões isoenzimáticos de sementes de limão cravo armazenadas por 0 (A), 3 (B), 6 (C) e 9 (D) meses,
submetidas ao condicionamento osmótico em soluções aeradas de PEG, KNO
3
e PEG + KNO
3
(T -
testemunha) por diferentes períodos de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias), reveladas para a peroxidase
(PO).
(A) (B)
(C) (D)
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
58
59
FIGURA 16 Padrões protéicos de sementes de limão cravo armazenadas por 0 (A), 3 (B), 6 (C) e 9 (D) meses,
submetidas ao condicionamento osmótico em soluções aeradas de PEG, KNO
3
e PEG + KNO
3
(T -
testemunha) por diferentes períodos de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias), reveladas para a proteína de
resistência ao calor (LEA).
(A)
(B)
(C) (D)
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
59
60
4.2 Ensaio 2: Condicionamento osmótico em sementes armazenadas de
citrumelo ‘Swingle’.
Neste ensaio, os dados obtidos, quando as sementes foram armazenadas
por 9 meses, foram descartados devido à nulidade dos mesmos.
O resumo da análise de variância dos dados obtidos nos testes para
avaliar o efeito do condicionamento osmótico conduzido em diferentes períodos
de armazenamentos, solutos e períodos de condicionamento, sobre as sementes
de citrumelo ‘Swingle’, está registrado na Tabela 13A, havendo efeito
significativo da interação tripla para todas as características avaliadas.
As equações de regressão para todas as variáveis estudadas estão
representadas nas Tabelas 14A, 16A, 18A e 20A, quando em função do período
de armazenamento (PA), e nas tabelas 15A, 17A, 19A, 21A e 23A, quando em
função do período de condicionamento (PC).
4.2.1 Determinação do grau de umidade
As médias dos resultados obtidos na determinação do grau de umidade
das sementes osmocondicionadas não foram submetidas à análise estatística e
estão apresentadas na Tabela 2.
Para as sementes de citrumelo ‘Swingle’ foi observado o mesmo
comportamento das sementes de limão cravo, quanto ao conteúdo de água nas
sementes em função do soluto utilizado. No entanto, de uma maneira geral,
verifica-se que o conteúdo de água nas testemunhas, quando armazenadas por 3
e 6 meses, foi menor que nas sementes condicionadas nas soluções contendo
PEG 6000 e a mistura de PEG 6000 + KNO
3
, sendo este conteúdo superior
apenas às sementes condicionadas em solução contendo KNO
3
.
Por serem recalcitrantes, é necessário que as sementes de citrumelo
‘Swingle’ sejam armazenadas com teores de água superiores a 35%. Von Pinho
et al. (2005) citam que sementes de citrumelo ‘Swingle’, para um conservação
61
TABELA 2 Médias em porcentagem do grau de umidade de sementes
armazenadas de citrumelo ‘Swingle’, por diferentes períodos de
armazenamento (PA), submetidas ao condicionamento osmótico
em diferentes soluções (SOL) e períodos de condicionamento
(PC).
PA (meses) SOL PC (dias) U%
0 PEG 6000 3 63,49
0 PEG 6000 6 63,71
0 PEG 6000 9 66,87
0 PEG 6000 12 69,63
0 KNO
3
3 61,16
0 KNO
3
6 61,22
0 KNO
3
9 60,53
0 KNO
3
12 60,05
0 PEG 6000 + KNO
3
3 62,29
0 PEG 6000 + KNO
3
6 62,03
0 PEG 6000 + KNO
3
9 57,17
0 PEG 6000 + KNO
3
12 64,52
Test 57,13
3 PEG 6000 3 64,88
3 PEG 6000 6 63,43
3 PEG 6000 9 60,74
3 PEG 6000 12 62,60
3 KNO
3
3 60,72
3 KNO
3
6 58,54
3 KNO
3
9 56,20
3 KNO
3
12 60,78
3 PEG 6000 + KNO
3
3 65,21
3 PEG 6000 + KNO
3
6 59,00
3 PEG 6000 + KNO
3
9 60,22
3 PEG 6000 + KNO
3
12 63,33
Test 61,15
6 PEG 6000 3 59,69
6 PEG 6000 6 61,53
6 PEG 6000 9 58,13
6 PEG 6000 12 59,22
6 KNO
3
3 57,74
6 KNO
3
6 55,76
6 KNO
3
9 52,73
6 KNO
3
12 50,42
6 PEG 6000 + KNO
3
3 59,72
6 PEG 6000 + KNO
3
6 58,23
6 PEG 6000 + KNO
3
9 54,98
6 PEG 6000 + KNO
3
12 58,89
Test 56,93
62
adequada sejam armazenadas com teor de água em torno de 40%, em
embalagem impermeável e em ambiente refrigerado. Esses resultados reforçam
os resultados de Mungomery et al. (1966), os quais mostraram que a viabilidade
de sementes de tangerina Cleópatra (Citrus reticulata Blanco) pode ser mantida
durante o armazenamento, desde que conservadas com teor de água acima de
40% e em temperaturas de 5 a 10ºC.
4.2.2 Teste de germinação
A germinação das sementes de citrumelo ‘Swingle’ ocorreu entre o 10º e
40º dia após a semeadura, evidenciando também sua lenta germinação. Silva
(2006) observou, nessa mesma espécie, germinação entre o 5º e 30º dia após a
semeadura, no entanto, foi realizada previamente a extração do tegumento. Além
de essa estrutura ser uma barreira mecânica à germinação, agentes aleloquímicos
presentes na mesma podem também inibir a germinação. Ketring (1973)
identificou em frutos de Citrus limon o inibidor Citral.
Em testes preliminares realizados com sementes de alface, semeadas em
substrato umedecido com extrato triturado provenientes da testa e do tegma de
sementes de citrumelo ‘Swingle’, Carvalho, 2001 observaram reduções de 88%
nos valores de germinação das sementes de alface semeadas em substrato
contendo testa e de 100% quando foram semeadas em substrato com tegma.
Souza et al. (2006) também verificaram uma redução na porcentagem de
germinação em sementes de alface semeadas em substrato de tegma a 5%, e a
ausência de pelos absorventes nas radículas das mesmas.
No entanto, neste trabalho, obteve-se alta porcentagem de germinação,
em sementes não armazenadas, mesmo não havendo sido realizada a extração
prévia dos tegumentos.
63
Na Figura 17 encontram-se as curvas respostas em função do período de
condicionamento (PC) e na Figura 18 encontram-se as curvas respostas em
função do período de armazenamento (PA).
Quando as sementes não foram armazenadas, pode-se observar uma
tendência de aumento na porcentagem de germinação quando as sementes foram
condicionadas por até 6 dias, em PEG 6000 ou em KNO
3
, seguido de uma
redução nos maiores períodos de condicionamento (Figura 17A). Os maiores
incrementos na germinação foram obtidos quando as sementes foram
condicionadas por 6 dias em soluções contendo PEG 6000 ou KNO
3
, com
porcentagem em torno de 80% de germinação, representando ganhos de 8% em
relação à testemunha (Tabela 24A).
Posse et al. (2001), observou maior eficiência na germinação de
sementes de pimentão, quando estas foram condicionadas durante 21 dias em
solução de PEG 6000 a -0,5 MPa, quando comparado aos tratamentos com
potenciais de -1,0 e -1,5 MPa durante 7, 14 e 21 dias. Soluções salinas com
potencial osmótico mais negativo, que previnem a germinação durante o
tratamento, resultaram em menores reduções no T50 (tempo médio para
ocorrência de 50% de germinação).
Aos 3 meses de armazenamento, quando as sementes foram
condicionadas em solução contendo PEG 6000, observa-se que o houve uma
tendência de estabilidade dos valores da porcentagem de germinação até o 6º dia
de condicionamento, seguida de redução nesses valores nos demais períodos
(Figura 17B). Nesse caso os maiores valores superaram a testemunha em até 23
pontos percentuais. Quando o soluto utilizado foi KNO
3
houve uma tendência de
aumento da porcentagem de germinação, com valores máximos alcançados
quando o condicionamento foi por 12 dias com ganhos de 30% em relação à
testemunha (Tabela 24A).
64
Diferenças significativas entre os solutos em cada período de condicionamento estão discriminadas por letras.
FIGURA 17 Estimativa da porcentagem de germinação (%G) de sementes de
citrumelo ‘Swingle’, armazenadas por 0, 3, 6 e 9 meses, em
função do condicionamento osmótico em soluções contendo
diferentes solutos (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 + KNO
3
) e do
período de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias).
T
-
testemunha
0 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
%
G
b a c
c a b
-T
3 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
%
G
a b b
a a b
b a c
-T
6 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
%
G
a b b
-T
(A)
(B)
(C)
65
PEG 6000
0
20
40
60
80
100
036
PA (meses)
%
G
KNO3
0
20
40
60
80
100
036
PA (meses)
%
G
PEG 6000 + KNO3
0
20
40
60
80
100
036
PA (meses)
%
G
FIGURA 18 Estimativa da porcentagem de germinação (%G) de sementes de
citrumelo ‘Swingle’, submetidas ao condicionamento osmótico
em diferentes soluções (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 + KNO
3
)
em função do período de armazenamento (meses) e do período de
condicionamento (dias).
66
Também foi observada uma tendência de aumento da porcentagem de
germinação, quando na presença da combinação de PEG 6000 + KNO
3
, até o 6º
dia de condicionamento, seguido de uma redução nos períodos seguintes (Figura
17B).
Ao 6º mês de armazenamento, observa-se uma baixa porcentagem de
germinação para todos os tratamentos (Figura 17C), exceto quando no 6º dia de
condicionamento, houve uma tendência de aumento da germinação quando as
sementes foram condicionadas em PEG 6000, quando houve o ganho de 35%
em relação à testemunha (Tabela 24A).
Ribeiro et al. (2002) observaram que a exposição das sementes de
algodão em soluções com maior concentração de PEG 6000 (-12 atm)
proporcionou maiores valores de germinação das sementes. No entanto, no
período de 30 horas, foi observada a protrusão radicular de grande parte das
sementes, indicando, dessa forma, a necessidade de menores períodos para o
reparo das membranas.
Há uma tendência linear de redução da porcentagem de germinação,
independente do soluto utilizado e em todos os períodos de condicionamento, ao
longo do período de armazenamento, exceto aos 12 dias de condicionamento na
presença de PEG 6000 e aos 9 dias na presença de PEG 6000 + KNO
3
, havendo
nesses casos uma tendência de aumento quando as sementes foram armazenadas
por 3 meses, seguido de uma redução aos 6 meses (Figura 18).
4.2.3 Índice de velocidade de germinação (IVG)
Na Figura 19 encontram-se as curvas respostas do índice de velocidade
de germinação em função do período de condicionamento (PC) e na Figura 20
encontram-se as curvas respostas em função do período de armazenamento
(PA).
67
O condicionamento em sementes não armazenadas propiciou maiores
índices de velocidade de germinação quando se utilizou KNO
3
independente do
período de condicionamento (Figura 19A). O ganho médio desses tratamentos
em relação à testemunha foi de 30% (Tabela 24A).
Existem, na literatura, controvérsias com respeito aos efeitos dos
tratamentos e à qualidade inicial das sementes. Woodstock & Tao (1981)
observaram que a embebição de sementes de soja em solução de 30% de PEG,
não só evita injúrias provocadas pela rápida absorção de água, como também
aumenta o desempenho germinativo de sementes de baixo vigor. Também Fu et
al. (1998) verificaram que o condicionamento fisiológico aumentou a
germinação e o vigor de sementes de amendoim deterioradas. Sementes de baixo
vigor, embebidas em PEG ou em água, apresentam melhoria na germinação de
acordo com Burgass & Powell (1984). Entretanto, Parera & Cantliffe (1994)
sugeriram o uso de sementes de alto vigor como pré-requisito para se obter bom
resultado no condicionamento osmótico.
Aos 3 meses de armazenamento, há uma tendência de aumento deste
índice para sementes condicionadas em KNO
3
(Figura 19B), com ganhos de
48% em relação à testemunha quando o condicionamento foi de 12 dias (Tabela
24A). Quando se utilizou o soluto PEG 6000 + KNO
3
a tendência também foi de
aumento do IVG até o 9º dia de condicionamento, sendo que valores superiores
ao da testemunha foram obtidos aos 6 e 9 dias de condicionamento. Com o
soluto PEG 6000 não foram observados valores de IVG maiores que da
testemunha (Tabela 24A).
Aos 6 meses, apenas o condicionamento com PEG 6000, pelo período de
condicionamento de 6 dias, foi eficiente para recuperar o vigor das sementes,
quando foram obtidos ganhos de até 27% em relação à testemunha (Tabela
24A).
68
Diferenças significativas entre os solutos em cada período de condicionamento estão discriminadas por letras.
FIGURA 19 Estimativa do índice de velocidade de germinação (IVG) de
sementes de citrumelo ‘Swingle’, armazenadas por 0, 3, 6 e 9
meses, em função do condicionamento osmótico em soluções
contendo diferentes solutos (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 +
KNO
3
) e do período de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias).
T
-
testemunha
0 meses
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
036912
PC (dias)
IV
G
b a a
b a b
b a c
c a b
-T
3 meses
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
036912
PC (dias)
IV
G
a b b
b a b
b a a
b a c
-T
6 meses
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
036912
PC (dias)
IV
G
a b b
b a a
-T
(A)
(B)
(C)
69
PEG 6000
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
036
PA (meses)
IV
G
KNO3
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
036
PA (meses)
IV
G
PEG 6000 + KNO3
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
036
PA (meses)
IV
G
FIGURA 20 Estimativa do índice de velocidade de germinação (IVG) de
sementes de citrumelo ‘Swingle’, submetidas ao condicionamento
osmótico em diferentes soluções (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 +
KNO
3
) em função do período de armazenamento (meses) e do
período de condicionamento (dias).
70
Observa-se uma tendência geral de redução da velocidade de germinação
ao longo de todo o armazenamento, para todos os tratamentos, independente do
soluto e do período de condicionamento utilizado (Figura 20).
4.2.4 Teste de emergência em bandeja
Na Figura 21 encontram-se as curvas respostas em função do período de
condicionamento (PC) e na Figura 22 encontram-se as curvas respostas em
função do período de armazenamento (PA).
A porcentagem de emergência das sementes não armazenadas manteve-
se constante até o 9º dia de condicionamento, quando este foi realizado em PEG
6000 ou KNO
3
e, aos 6 e 9 dias de condicionamento, quando em combinação de
PEG 6000 + KNO
3
, apresentando resultados superiores à testemunha (Figura
21A). No entanto, após as sementes terem sido armazenadas por 3 meses (Figura
21B), diminuindo assim sua capacidade de emergência, apenas o
condicionamento em PEG 6000, pelo período de 3 dias, se mostrou eficiente,
apresentando ganhos de 17% em relação à testemunha (Tabela 24A).
Já aos 6 meses de armazenamento (Figura 21C), maior valor de
porcentagem de emergência (60%) foi obtido quando as sementes foram
condicionadas por 6 dias em solução contendo PEG 6000, apresentando ganho
de 48% em relação à testemunha (Tabela 24A).
Bramlage et al. (1978) obtiveram sucesso no revigoramento de sementes
de soja com cinco minutos de exposição em solução contendo PEG 6000 a -12
atm. Por outro lado, Shioga (1990), trabalhando com sementes de feijão, defende
os períodos mais longos de condicionamento como os melhores tratamentos.
Ribeiro et al. (2002) verificaram uma superioridade dos lotes de
sementes de algodão condicionados sob concentração mais negativa de PEG,
mas, no entanto, dentro dessa concentração, não houve diferença com relação ao
período de embebição.
71
Diferenças significativas entre os solutos em cada período de condicionamento estão discriminadas por letras.
FIGURA 21 Estimativa da porcentagem de emergência (%E) de sementes de
citrumelo ‘Swingle’, armazenadas por 0, 3, 6 e 9 meses, em
função do condicionamento osmótico em soluções contendo
diferentes solutos (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 + KNO
3
) e do
período de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias).
T
-
testemunha
3 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
%
E
a b c
b a a
a b c
-T
6 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
%
E
a b c
-T
0 meses
0
20
40
60
80
100
036912
PC (dias)
%
E
-T
(A)
(B)
(C)
72
PEG 6000
0
20
40
60
80
100
036
PA (meses)
%
E
KNO3
0
20
40
60
80
100
036
PA (meses)
%
E
PEG 6000 + KNO3
0
20
40
60
80
100
036
PA (meses)
%
E
FIGURA 22 Estimativa da porcentagem de emergência (%E) de sementes de
citrumelo ‘Swingle’, submetidas ao condicionamento osmótico
em diferentes soluções (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 + KNO
3
)
em função do período de armazenamento (meses) e do período de
condicionamento (dias).
73
Há uma tendência de redução da porcentagem de emergência ao longo
do armazenamento, independente do soluto utilizado e do período de
condicionamento a que as sementes foram submetidas (Figura 22).
4.2.5 Índice de velocidade de emergência
Na Figura 23 encontram-se as curvas respostas em função do período de
condicionamento (PC) e na Figura 24 encontram-se as curvas respostas em
função do período de armazenamento (PA).
O índice de velocidade de emergência das sementes não armazenadas
manteve-se constante durante todo o período de condicionamento, independente
do soluto, não apresentando resultados superiores à testemunha (Figura 23A).
No entanto, após as sementes terem sido armazenadas, diminuindo assim seu
vigor, foram observados ganhos de até 30% e 80% em relação à testemunha
(Tabela 24A), quando as sementes foram condicionadas na presença de PEG
6000 por 3 dias após terem sido armazenadas por 3 meses e 6 dias após terem
sido armazenadas por 6 meses, respectivamente (Figura 23A).
Ribeiro et al. (2002) concluiram que soluções de PEG 6000 mais
negativas (-12 atm) são mais indicadas para o condicionamento fisiológico de
sementes de algodão e que, nessa concentração, o período de embebição não
influi nos resultados.
Há uma tendência de redução do índice de velocidade de emergência ao
longo do armazenamento, independente do soluto utilizado e do período de
condicionamento a que as sementes foram submetidas, exceto quando as
sementes foram condicionadas em solução contendo PEG 6000, durante 6 dias,
havendo uma tendência de aumento aos 6 meses de armazenamento (Figura 24).
74
Diferenças significativas entre os solutos em cada período de condicionamento estão discriminadas por letras.
FIGURA 23 Estimativa do índice de velocidade de emergência (IVE) de
sementes de citrumelo ‘Swingle’, armazenadas por 0, 3, 6 e 9
meses, em função do condicionamento osmótico em soluções
contendo diferentes solutos (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 +
KNO
3
) e do período de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias).
T
-
testemunha
0 meses
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
036912
PC (dias)
IV
E
b a b
-T
3 meses
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
036912
PC (dias)
IV
E
a b b
b a b
a a b
-T
6 meses
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
036912
PC (dias)
IV
E
a b b
-T
(A)
(B)
(C)
75
PEG 6000
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
036
PA (meses)
IVE
KNO3
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
036
PA (meses)
IV
E
PEG 6000 + KNO3
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
036
PA (meses)
IV
E
FIGURA 24 Estimativa do índice de velocidade de emergência (IVE) de
sementes de citrumelo ‘Swingle’, submetidas ao condicionamento
osmótico em diferentes soluções (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 +
KNO
3
) em função do período de armazenamento (meses) e do
período de condicionamento (dias).
76
4.2.6 Condutividade elétrica
Na Figura 25 encontram-se as curvas respostas em função do período de
condicionamento (PC) e na Figura 26 encontram-se as curvas respostas em
função do período de armazenamento (PA).
Há uma tendência linear constante da condutividade elétrica das
sementes não armazenadas de citrumelo ‘Swingle’, sendo que os maiores
valores foram obtidos quando o condicionamento foi feito na presença do KNO
3
,
durante todo o período de condicionamento, seguido da solução contendo PEG
6000 + KNO
3
e por último, apenas o PEG 6000 (Figura 25A).
Pelo teste de condutividade elétrica foi possível detectar diferença
estatística entre os solutos utilizados. Os menores valores de condutividade
foram obtidos quando as sementes não armazenadas foram condicionadas em
solução contendo apenas PEG 6000, durante todo o período (3, 6, 9 e 12 dias) de
condicionamento (13.23, 12.19, 13.36 e 18,62 µS/cm/g), respectivamente. Os
maiores valores foram obtidos quando na presença do KNO
3
(55.78, 54.59,
58.38 e 62.71 µS/cm/g), sendo estes superiores inclusive à testemunha (37.58
µS/cm/g), seguidos pelas sementes condicionadas em PEG 6000 + KNO
3
(23.19,
30.12, 26.90 e 29.31 µS/cm/g), nos mesmos períodos (Tabela 24A).
Nos condicionamentos realizados após o 3º mês de armazenamento, com
o soluto KNO
3
,
os resultados foram inconsistentes, mas em todos os casos com
condutividade elétrica superior a da testemunha, ou seja, indicando ineficiência
do tratamento (Figura 25B). Quando se utilizou o soluto PEG 6000+ KNO
3
os
valores da condutividade foram decrescentes em relação ao tempo de
condicionamento, com valores mais baixos no tempo de 6 dias e crescentes até
12 dias. Em relação à testemunha esses valores foram sempre mais altos (Tabela
24A). Com o soluto PEG 6000, as variações dos valores da condutividade foram
constantes até 9 dias de condicionamento, aumentando em seguida. Neste caso
os valores foram iguais ou superiores à testemunha.
77
Nos condicionamentos após 6 meses de armazenamento, quando se
utilizou o soluto KNO
3
, houve uma tendência linear crescente (Figura 25C). Aos
3 dias de condicionamento com valores abaixo dos observados para a
testemunha e a partir do período de 6 dias com valores superiores ao do controle.
Quando o soluto utilizado foi o PEG 6000+KNO
3
houve uma tendência linear
decrescente dos valores. Valores maiores de condutividade elétrica que da
testemunha foram obtidos quando o condicionamento foi realizado por 3 dias.
Quando se utilizou o soluto PEG
6000, os valores da condutividade
foram decrescentes em relação ao tempo de condicionamento, com valores mais
baixos no tempo de 9 dias e constantes até 12 dias (Figura 25C). Os valores
obtidos aos 3 dias de condicionamento foram superiores aos da testemunha, com
um aumento de 50%, não diferindo dessas aos 6 dias e, inferiores a partir do 9º
dia, reduzindo até 62% (Tabela 24A).
A variação dos resultados de condutividade elétrica relativa a tempos de
condicionamento, em função dos diferentes solutos, provavelmente ocorreu por
ser o controle da embebição das sementes um fator limitante. A embebição em
água parece ter contribuído para ocasionar danos de membrana, o que propiciou
aumento de lixiviação de solutos com o aumento do tempo de embebição.
Woodstock & Tao (1981) mencionam que a embebição muito rápida pode
aumentar a lixiviação de solutos, em conseqüência dos danos de membrana.
Há uma tendência de aumento da condutividade elétrica ao longo do
período de armazenamento, independente do soluto utilizado e do período de
condicionamento a que foram submetidas, exceto quando as sementes foram
condicionadas por 6 e 12 dias em KNO
3
e, por 9 e 12 dias em PEG 6000 +
KNO
3
, havendo uma tendência de redução após o 3º mês de armazenamento
(Figura 26).
78
0 meses
0
50
100
150
200
250
300
036912
PC (dias)
CE (mS/ cm/ g
)
c a b c a b c a b
c a b
-T
Diferenças significativas entre os solutos em cada período de condicionamento estão discriminadas por letras.
FIGURA 25 Estimativa da condutividade elétrica (CE) de sementes de
citrumelo ‘Swingle’, armazenadas por 0, 3, 6 e 9 meses, em
função do condicionamento osmótico em soluções contendo
diferentes solutos (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 + KNO
3
) e do
período de condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias).
T
-
testemunha
3 meses
0
50
100
150
200
250
300
036912
PC (dias)
CE (mS/cm/g
)
c b a
c a b
c a b
c b a
-T
6 meses
0
50
100
150
200
250
300
036912
PC (dias)
CE (mS/cm/g
)
a c b
b c a
b a b c a b
-T
(A)
(B)
(C)
79
PEG 6000
0
50
100
150
200
250
300
036
PA (meses)
CE (mS/cm/g)
KNO3
0
50
100
150
200
250
300
036
PA (meses)
CE (mS/cm/g)
PEG 6000 + KNO3
0
50
100
150
200
250
300
036
PA (meses)
CE (mS/cm/g)
FIGURA 26 Estimativa da condutividade elétrica (CE) de sementes de
citrumelo ‘Swingle’, submetidas ao condicionamento osmótico
em diferentes soluções (PEG 6000, KNO
3
e PEG 6000 + KNO
3
)
em função do período de armazenamento (meses) e do período de
condicionamento (dias).
80
4.2.7 Análise da atividade enzimática
O estresse causado pelo condicionamento ativou o metabolismo das
sementes, induzindo a processos oxidativos e produção de radicais livres,
levando assim ao aparecimento da atividade da enzima superóxido dismutase
(SOD), nos períodos de armazenamento de 0 e 3 meses, para todos os solutos
(Figura27), sendo que não foi observada atividade desta enzima nas sementes
não condicionadas (testemunha). Aos 6 meses de armazenamento, houve um
aumento na intensidade das bandas e surgiram novas bandas, nas sementes
condicionadas. Foi observada também a presença de bandas nas sementes não
condicionadas nesse período, indicando assim que houve deterioração das
sementes.
As superóxidos dismutases são um grupo de enzimas, encontrados no
citoplasma celular e matriz mitocondrial, que catalisam a reação de dismutação
de radicais superóxidos livres (O
2
-
) produzidos em diferentes locais na célula
para oxigênio molecular (O
2
) e peróxido de hidrogênio (H
2
O
2
).
Pôde-se observar uma redução na definição das bandas no perfil
enzimático da malato desidrogenase (MDH) à medida que se aumentou o
período de armazenamento, havendo um maior arraste e maior intensidade de
coloração aos 6 meses de armazenamento, para todos os tratamentos, inclusive
na testemunha (Figura 28), indicando que houve uma intensificação na
respiração das sementes.
O aumento no número e/ou intensidade de coloração de bandas dessa
enzima, em sementes submetidas a períodos mais longos de envelhecimento,
pode ser em função do aumento da respiração que ocorre em sementes que se
encontram em processo de deterioração avançado, uma vez que enzimas
envolvidas na respiração podem ser ativadas em sementes de qualidade reduzida
(Shatters, 1994).
81
FIGURA 27 Padrões isoenzimáticos de sementes de citrumelo ‘Swingle’
armazenadas por 0 (A), 3 (B) e 6 (C) meses, submetidas ao
condicionamento osmótico em soluções aeradas de PEG, KNO
3
e
PEG + KNO
3
(T - testemunha) por diferentes períodos de
condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias), reveladas para a superóxido
dismutase (SOD).
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
(A)
(B)
(C)
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
PEG
3 6 9 12
KNO
3
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG + KNO
3
T
82
Vieira (1996) afirma que enzimas envolvidas na respiração podem
apresentar alta atividade em sementes de qualidade reduzida e ser um possível
marcador molecular para deterioração.
As esterases compõem o grupo de enzimas hidrolíticas que liberam
ácidos graxos dos lipídios, os quais são usados na β-oxidação, como fonte de
energia para os eventos germinativos. Enquanto muitos desses lipídios são
provenientes de lipossomos, alguns são constituintes de membranas, cuja
degradação aumenta com a deterioração.
A atividade da enzima esterase nas sementes de citrumelo ‘Swingle’
decresceu em função do aumento do período de armazenamento, sugerindo
ocorrência de deterioração da semente, independente do soluto utilizado e do
período de condicionamento a que foram submetidas (Figura 29).
Aung & McDonald (1995) avaliaram a atividade de esterases durante a
deterioração de sementes de amendoim, encontrando decréscimos na sua
atividade total, com o aumento da deterioração tanto em sementes embebidas
como não embebidas.
Pode-se observar ausência de atividade da enzima catalase (CAT) em
sementes não armazenadas de citrumelo ‘Swingle’, que não foram submetidas
ao condicionamento, sugerindo que o condicionamento empregado nos demais
tratamentos tenha causado estresse, ativando o metabolismo dessas enzimas,
ocorrendo o surgimento de bandas (Figura 30). Houve uma menor intensidade
destas bandas quando as sementes foram condicionadas por 3 dias em solução
contendo PEG 6000, quando as sementes não foram armazenadas e aos 3 meses
de armazenamento. Aos 6 meses de armazenamento foi observada maior
intensidade de coloração das bandas para todos os tratamentos empregados.
83
FIGURA 28 Padrões isoenzimáticos de sementes de citrumelo ‘Swingle’
armazenadas por 0 (A), 3 (B) e 6 (C) meses, submetidas ao
condicionamento osmótico em soluções aeradas de PEG, KNO
3
e
PEG + KNO
3
(T - testemunha) por diferentes períodos de
condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias), reveladas para a malato
desidrogenase (MDH).
(A)
(B)
(C)
3 6 9 12 3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
84
FIGURA 29 Padrões isoenzimáticos de sementes de citrumelo ‘Swingle’
armazenadas por 0 (A), 3 (B) e 6 (C) meses, submetidas ao
condicionamento osmótico em soluções aeradas de PEG, KNO
3
e
PEG + KNO
3
(T - testemunha) por diferentes períodos de
condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias), reveladas para a esterase
(EST).
(A)
(B)
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
(C)
85
As peroxidases desempenham um papel crítico no metabolismo das
plantas e na oxidação por peróxidos, como aceptores de hidrogênio, sendo
importante nos mecanismos de defesa. A perda da sua atividade pode tornar as
sementes mais sensíveis aos efeitos do O
2
, tornando as sementes mais sujeitas à
perda de viabilidade (Faria et al., 2003).
Foi observado que quando as sementes foram armazenadas por período
de tempo mais longos, independente do soluto utilizado, houve uma menor
intensidade de coloração das bandas dessa enzima (Figura 31), sugerindo assim
a perda de viabilidade das sementes em função do maior período de
armazenamento.
Observa-se uma redução da atividade da enzima álcool desidrogenase
nas sementes de citrumelo ‘Swingle’ em função do aumento do período de
armazenamento, independente do soluto utilizado e do período de
condicionamento (Figura 32). Essa redução foi ainda mais evidente quando as
sementes foram condicionadas em solução contendo KNO
3
ou PEG 6000 +
KNO
3
. Quando as sementes foram armazenadas por 9 meses não houve
atividade dessa enzima para nenhum dos tratamentos empregados, inclusive para
a testemunha, sugerindo completa deterioração dessas sementes.
Não foi possível estabelecer correlações consistentes entre os resultados
observados nos perfis eletroforéticos das proteínas resistentes ao calor (LEA
proteína) e os resultados fisiológicos observados para sementes de citrumelo
‘Swingle’ (Figura 33). Entretanto, a redução do número e intensidade de bandas
observadas pode ser atribuída à hidrólise das proteínas quando o processo de
germinação atingiu estádios mais avançados por causa do condicionamento.
86
FIGURA 30 Padrões isoenzimáticos de sementes de citrumelo ‘Swingle’
armazenadas por 0 (A), 3 (B) e 6 (C) meses, submetidas ao
condicionamento osmótico em soluções aeradas de PEG, KNO
3
e
PEG + KNO
3
(T - testemunha) por diferentes períodos de
condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias), reveladas para a catalase
(CAT).
(A)
(B)
(C)
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
T
87
FIGURA 31 Padrões isoenzimáticos de sementes de citrumelo ‘Swingle’
armazenadas por 0 (A), 3 (B) e 6 (C) meses, submetidas ao
condicionamento osmótico em soluções aeradas de PEG, KNO
3
e
PEG + KNO
3
(T - testemunha) por diferentes períodos de
condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias), reveladas para a peroxidase
(PO).
(A)
(B)
(C)
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
88
FIGURA 32 Padrões isoenzimáticos de sementes de citrumelo ‘Swingle’
armazenadas por 0 (A) e 3 (B) meses, submetidas ao
condicionamento osmótico em soluções aeradas de PEG, KNO
3
e
PEG + KNO
3
(T - testemunha) por diferentes períodos de
condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias), reveladas para a álcool
desidrogenase (ADH).
(A)
(B)
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
89
FIGURA 33 Padrões protéicos de sementes de citrumelo ‘Swingle’,
armazenadas por 0 (A), 3 (B) e 6 (C) meses, submetidas ao
condicionamento osmótico em soluções aeradas de PEG, KNO
3
e
PEG + KNO
3
(T - testemunha) por diferentes períodos de
condicionamento (3, 6, 9 e 12 dias), reveladas para a proteína de
resistência ao calor (LEA).
(A)
(B)
(C)
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
3 6 9 12
3 6 9 12 3 6 9 12
T
PEG
KNO
3
PEG + KNO
3
90
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar de o tegumento ser considerado uma barreira mecânica à
germinação das sementes, neste trabalho, não se verificou a redução desta
característica, em sementes não armazenadas, mesmo não tendo sido realizada a
remoção desta estrutura nas sementes, tanto para limão cravo quanto para o
citrumelo ‘Swingle’. No entanto, a emergência das plântulas foi
expressivamente maior quando as sementes foram condicionadas.
Esse resultado representa um ganho expressivo para as empresas
produtoras de mudas cítricas, visto que possibilita a redução de mão-de-obra
para realizar a destegumentação das sementes, principalmente as de limão cravo.
Outro ponto importante a ser observado refere-se à recuperação do
desempenho fisiológico em lotes de sementes armazenadas. Sementes de limão
cravo e, principalmente as de citrumelo ‘Swingle’, perdem rapidamente a sua
qualidade com o aumento do período de armazenamento, no entanto, com a
utilização da técnica do condicionamento osmótico, foi possível manter, por três
meses desempenho semelhante ao observado nas sementes que não foram
armazenadas.
Nas sementes de citrumelo ‘Swingle’, esta observação é ainda mais
evidente, pois quando as sementes foram armazenadas por até 6 meses,
apresentando baixo vigor, pôde-se observar recuperação de todas as
características avaliadas quando as sementes foram condicionadas em PEG
6000, confirmando a eficiência desta técnica quando as sementes possuem baixo
vigor, como observado em outras pesquisas.
91
6 CONCLUSÕES
O condicionamento fisiológico de sementes é uma técnica promissora
para melhorar a qualidade fisiológica de sementes de limão cravo e citrumelo
‘Swingle’.
O condicionamento fisiológico em solução aerada de PEG 6000,
independente do período de embebição, ou em solução de KNO
3
ou PEG 6000 +
KNO
3
, por até 9 dias, é eficiente para recuperar a viabilidade de sementes de
limão cravo armazenadas por até 3 meses.
Condicionamento em solução contendo PEG 6000 ou KNO
3
, por 6 dias,
aumenta a porcentagem de germinação em sementes não armazenadas de
citrumelo ‘Swingle’.
Em sementes armazenadas por até 3 meses, independente da espécie, os
tratamentos mais eficientes foram condicionamento em PEG 6000, por 6 dias,
ou em KNO
3
, com período de 6 a 12 dias de embebição.
As enzimas superóxido dismutase (SOD), malato desidrogenase (MDH)
e álcool desidrogenase (ADH) são mais eficientes para avaliar alterações devidas
ao condicionamento tanto em sementes de limão cravo, quanto de citrumelo
Swingle.
92
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105
ANEXOS
Página
TABELA 1A Análise de variância de sementes armazenadas de limão
cravo submetidas ao condicionamento osmótico em
diferentes solutos, por diferentes períodos de
condicionamento. ................................................................ 108
TABELA 2A Equações de regressão ajustadas do teste de germinação
(G) em função do período de armazenamento (PA) de
sementes osmocondicionadas de limão cravo. ................... 108
TABELA 3A Equações de regressão ajustadas do teste de germinação
(G) em função do período de condicionamento (PC) de
sementes armazenadas de limão cravo. .............................. 109
TABELA 4A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade
de germinação (IVG) em função do período de
armazenamento (PA) de sementes osmocondicionadas de
limão cravo. ........................................................................ 109
TABELA 5A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade
de germinação (IVG) em função do período de
condicionamento (PC) de sementes armazenadas de limão
cravo. ................................................................................... 110
TABELA 6A Equações de regressão ajustadas do teste de emergência
(E) em função do período de armazenamento (PA) de
sementes osmocondicionadas de limão cravo. ................... 110
TABELA 7A Equações de regressão ajustadas do teste de emergência
(E) em função do período de condicionamento (PC) de
sementes armazenadas de limão cravo. .............................. 111
TABELA 8A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade
de emergência (IVE) em função do período de
armazenamento (PA) de sementes osmocondicionadas de
limão cravo. . ....................................................................... 111
106
TABELA 9A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade
de emergência (IVE) em função do período de
condicionamento (PC) de sementes armazenadas de limão
cravo. .................................................................................. 112
TABELA 10A Equações de regressão ajustadas da condutividade elétrica
(CE) em função do período de armazenamento (PA) de
sementes osmocondicionadas de limão cravo. ................... 112
TABELA 11A Equações de regressão ajustadas da condutividade elétrica
(CE) em função do período de armazenamento (PA) de
sementes osmocondicionadas de limão cravo. ................... 113
TABELA 12A Resultados médios de germinação (%G), índice de
velocidade de germinação (IVG), emergência (%E), índice
de velocidade de emergência (IVE) e condutividade
elétrica (CE) de sementes armazenadas de limão cravo em
diferentes períodos (PA – 0, 3, 6 e 9 meses), submetidas ao
condicionamento osmótico em diferentes solutos (PEG,
KNO
3
e PEG + KNO
3
), por diferentes períodos (PC – 3, 6,
9 e 12 dias; Test - testemunha). .......................................... 114
TABELA 13A Análise de variância de sementes armazenadas de
citrumelo ‘Swingle’ submetidas ao condicionamento
osmótico em diferentes solutos, por diferentes períodos de
condicionamento. ................................................................ 116
TABELA 14A Equações de regressão ajustadas do teste de germinação
(G) em função do período de armazenamento (PA) de
sementes osmocondicionadas de citrumelo ‘Swingle’. ...... 116
TABELA 15A Equações de regressão ajustadas do teste de germinação
(G) em função do período de condicionamento (PC) de
sementes armazenadas de citrumelo ‘Swingle’. ................. 117
TABELA 16A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade
de germinação (IVG) em função do período de
armazenamento (PA) de sementes osmocondicionadas de
citrumelo ‘Swingle’. ........................................................... 117
107
TABELA 17A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade
de germinação (IVG) em função do período de
condicionamento (PC) de sementes osmocondicionadas de
citrumelo ‘Swingle’. ........................................................... 118
TABELA 18A Equações de regressão ajustadas do teste de emergência
(E) em função do período de armazenamento (PA) de
sementes osmocondicionadas de citrumelo ‘Swingle’. ...... 118
TABELA 19A Equações de regressão ajustadas do teste de emergência
(E) em função do período de condicionamento (PC) de
sementes armazenadas de citrumelo ‘Swingle’. ................. 119
TABELA 20A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade
de emergência (IVE) em função do período de
armazenamento (PA) de sementes osmocondicionadas de
citrumelo ‘Swingle’. ........................................................... 119
TABELA 21A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade
de emergência (IVE) em função do período de
condicionamento (PC) de sementes armazenadas de
citrumelo ‘Swingle’. ........................................................... 120
TABELA 22A Equações de regressão ajustadas da condutividade elétrica
(CE) em função dos períodos de armazenamento (PA) de
sementes osmocondicionadas de citrumelo ‘Swingle’. ...... 120
TABELA 23A Equações de regressão ajustadas da condutividade elétrica
(CE) em função do período de condicionamento (PC) de
sementes armazenadas de citrumelo ‘Swingle’. ................. 121
TABELA 24A Resultados médios de germinação (%G), índice de
velocidade de germinação (IVG), emergência (%E), índice
de velocidade de emergência (IVE) e condutividade
elétrica (CE) de sementes armazenadas de citrumelo
‘Swingle’ em diferentes períodos (PA – 0, 3, 6 e 9 meses),
submetidas ao condicionamento osmótico em diferentes
solutos (PEG, KNO
3
e PEG + KNO
3
), por diferentes
períodos (PC – 3, 6, 9 e 12 dias; Test - testemunha). . ....... 122
108
TABELA 1A Análise de variância de sementes armazenadas de limão cravo
submetidas ao condicionamento osmótico em diferentes solutos,
por diferentes períodos de condicionamento.
QM
FV GL G IVG E IVE CE
ARM 3 168,000
*
4,677
*
346,596
*
4,219
*
861,031
*
SOL 2 0,1328
n.s
0,035
*
10,564
*
0,176*
488,398
*
PC 3 1,865
*
0,013
*
8,093
*
0,052
*
6,471
*
ARM*SOL 6 0,858
*
0,016
*
10,484
*
0,093
*
20,104
*
ARM*PC 9 4,117
*
0,055
*
11,764
*
0,095
*
7,810
*
SOL*PC 6 0,788
*
0,013
*
4,431
*
0,087
*
3,944
*
ARM*SOL*PC 18 1,236
*
0,039
*
7,051
*
0,063
*
3,366
*
ERRO 144 0,089 0,001 0,066 0,001 0,207
CV (%) 3,82 2,10 4,04 2,65 4,49
* Teste F significativo a 5% de probabilidade
TABELA 2A Equações de regressão ajustadas do teste de germinação (G) em
função do período de armazenamento (PA) de sementes
osmocondicionadas de limão cravo.
Variáveis Equações de regressão
Y(PEG)= 0,4962x² - 4,2702x + 96,681 0,4868
Y(KNO
3
)= -0,9566x² + 3,3435x + 92,594 0,7443
0 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -0,2425x² + 0,4115x + 95,521 0,6527
Y(PEG) = -0,354x² + 0,5245x + 87,434 0,1045
Y(KNO
3
)= -4,0037x² + 16,83x + 67,688 0,8650
3 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -1,6278x² + 4,6186x + 76,677 0,8768
Y(PEG)= -11,305x² + 57,127x - 9,4337 0,9100
Y(KNO
3
)= 7,5936x² - 38,089x + 86,778 0,3194
6 meses
Y(PEG + KNO
3
)= 7,6405x² - 34,549x + 72,406 0,3901
Y(PEG)= 6,0091x + 14,933 1,0000
Y(KNO
3
)= 6,809x + 12,934 0,8376
G
9 meses
Y(PEG + KNO
3
)= 6,0069x + 18,945 1,0000
109
TABELA 3A Equações de regressão ajustadas do teste de germinação (G) em
função do período de condicionamento (PC) de sementes
armazenadas de limão cravo.
Variáveis Equações de regressão
Y (3 d)= -26,775x + 126,23 0,8851
Y (6 d)= -21,507x + 120,2 0,9283
Y (9 d)= -19,364x + 114,75 0,8402
PEG 6000
Y (12 d)= -19,075x + 110 0,8564
Y (3 d)= -24,771x + 124,73 0,9784
Y (6 d)= -22,172x + 120,75 0,9722
Y (9 d)= -24,057x + 120,5 0,7891
KNO3
Y (12 d)= -17,252x + 109,95 0,9711
Y (3 d)= -25,286x + 123,71 0,9650
Y (6 d)= -21,938x + 117,62 0,9891
Y (9 d)= -23,747x + 119,45 0,7459
G
PEG 6000 + KNO3
Y (12 d)= -15,713x + 105,7 0,9602
TABELA 4A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade de
germinação (IVG) em função do período de armazenamento
(PA) de sementes osmocondicionadas de limão cravo.
Variáveis Equações de regressão
Y(PEG)= -0,0788x² + 0,3727x + 1,9034 0,3022
Y(KNO
3
)= -0,0102x² + 0,1307x + 1,9651 0,7008
0 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -0,1121x² + 0,8192x + 1,0398 0,7887
Y(PEG)= 0,0026x² + 0,0399x + 2,2848 0,4919
Y(KNO
3
)= -0,1398x² + 0,5845x + 1,8681 0,9684
3 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -0,1233x² + 0,5638x + 1,7524 0,9750
Y(PEG)= -0,2722x² + 1,2533x + 0,3566 0,9410
Y(KNO
3
)= 0,2519x² - 1,3047x + 2,8154 0,4371
6 meses
Y(PEG + KNO
3
)= 0,3897x² - 1,8618x + 3,1366 0,6462
Y(PEG)= -0,11x + 0,7539 0,7169
Y(KNO
3
)= -0,0656x² + 0,3516x - 0,2218 0,4784
IVG
9 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -0,1622x + 0,7291 0,9082
110
TABELA 5A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade de
germinação (IVG) em função do período de condicionamento
(PC) de sementes armazenadas de limão cravo.
Variáveis Equações de regressão
Y (3 d)= -0,5534x + 2,9952 0,8242
Y (6 d)= -0,6145x + 3,3519 0,8592
Y (9 d)= -0,6486x + 3,2508 0,7461
PEG 6000
Y (12 d)= -0,6843x + 3,2297 0,8199
Y (3 d)= -0,6739x + 3,2271 0,7475
Y (6 d)= -0,6789x + 3,2632 0,7350
Y (9 d)= -0,7637x + 3,3772 0,8581
KNO3
Y (12 d)= -0,6784x + 3,224 0,8046
Y (3 d)= -0,424x + 2,6054 0,6675
Y (6 d)= -0,6088x + 3,0361 0,7651
Y (9 d)= -0,9107x + 3,7675 0,9220
IVG
PEG 6000 + KNO3
Y (12 d)= -0,6979x + 3,4065 0,7365
TABELA 6A Equações de regressão ajustadas do teste de emergência (E) em
função do período de armazenamento (PA) de sementes
osmocondicionadas de limão cravo.
Variáveis Equações de regressão
Y(PEG)= -8,3954x² + 29,801x + 42,302 0,9075
Y(KNO
3
)= -15,159x² + 54,184x + 40,053 0,9385
0 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -1,6338x² + 8,1106x + 73,318 0,8363
Y(PEG)= -0,099x² + 0,0535x + 83,14 0,5457
Y(KNO
3
)= -2,6204x² + 9,3453x + 78,143 0,9251
3 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -2,7456x² + 12,763x + 67,625 0,9639
Y(PEG)= -1,1135x² + 17,503x - 12,071 0,9972
Y(KNO
3
)= 7,3407x² - 47,1x + 93,49 0,7618
6 meses
Y(PEG + KNO
3
)= 21,575x³ - 149,94x² + 303,8x - 131,46 1,0000
Y(PEG)= 1,6408x² - 12,165x + 33,91 0,8421
Y(KNO
3
)= -5,723x³ + 41,529x² - 87,463x + 54,593 1,0000
E
9 meses
Y(PEG + KNO
3
)= 0,26x² - 7,1821x + 25,214 0,9542
111
TABELA 7A Equações de regressão ajustadas do teste de emergência (E) em
função do período de condicionamento (PC) de sementes
armazenadas de limão cravo.
Variáveis Equações de regressão
Y (3 d)= -4,4116x² + 3,0344x + 74,143 0,6728
Y (6 d)= -5,6372x² + 9,0075x + 65,576 0,6376
Y (9 d)= -9,705x² + 27,223x + 50,65 0,8318
PEG 6000
Y (12 d)= -21,277x² + 98,49x - 46,711 0,7716
Y (3 d)= -12,627x² + 35,795x + 60,487 0,9922
Y (6 d)= -11,361x² + 28,86x + 63,412 0,9627
Y (9 d)= -1,2523x² - 20,751x + 106,23 0,7284
KNO3
Y (12 d)= -21,259x² + 99,182x - 60,299 0,6999
Y (3 d)= -5,8663x² + 7,7794x + 79,62 0,9666
Y (6 d)= -9,1113x² + 20,108x + 74,142 0,9925
Y (9 d)= -1,2578x² - 22,819x + 112,7 0,8277
E
PEG 6000 + KNO3
Y (12 d)= -14,999x² + 50,108x + 42,194 0,9663
TABELA 8A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade de
emergência (IVE) em função do período de armazenamento
(PA) de sementes osmocondicionadas de limão cravo.
Variáveis Equações de regressão
Y(PEG)= -0,1858x² + 0,6618x + 1,397 0,7284
Y(KNO
3
)= -0,3276x² + 1,1156x + 1,2803 0,7760
0 meses
Y(PEG + KNO
3
)= 0,103x² - 0,4218x + 2,5315 0,9905
Y(PEG)= 0,0109x² - 0,043x + 2,1398 0,2653
Y(KNO
3
)= -0,0219x² - 0,063x + 2,5004 0,9949
3 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -0,0844x² + 0,439x + 1,5716 0,8636
Y(PEG)= -0,1512x² + 0,9934x - 0,7609 0,9713
Y(KNO
3
)= 0,1393x² - 0,8823x + 1,7404 0,9534
6 meses
Y(PEG + KNO
3
)= 0,3437x² - 1,4625x + 2,1547 0,6530
Y(PEG)= 0,0231x² - 0,2212x + 0,8482 0,7218
Y(KNO
3
)= -0,1721x³ + 1,2529x² - 2,654x + 1,6726 1,0000
IVE
9 meses
Y(PEG + KNO
3
)= 0,0068x² - 0,2245x + 0,8101 0,9525
112
TABELA 9A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade de
emergência (IVE) em função do período de condicionamento
(PC) de sementes armazenadas de limão cravo.
Variáveis Equações de regressão
Y (3 d)= 0,0902x² - 1,0583x + 3,1718 0,6301
Y (6 d)= -0,0808x² - 0,0743x + 2,0162 0,6644
Y (9 d)= -0,196x² + 0,3466x + 1,9451 0,9195
PEG 6000
Y (12 d)= -0,3893x² + 1,6282x - 0,09 0,6492
Y (3 d)= -0,2633x² + 0,5338x + 2,0677 0,9336
Y (6 d)= -0,2985x² + 0,8072x + 1,3783 0,8260
Y (9 d)= 0,0338x² - 0,8971x + 3,207 0,7996
KNO3
Y (12 d)= -0,4838x² + 2,201x - 1,1738 0,5864
Y (3 d)= 0,008x² - 0,6237x + 2,9077 0,9414
Y (6 d)= -0,1986x² + 0,3547x + 2,0043 0,9454
Y (9 d)= -0,0078x² - 0,7121x + 3,084 0,8602
IVE
PEG 6000 + KNO3
Y (12 d)= -0,3639x² + 1,0692x + 1,6632 0,9233
TABELA 10A Equações de regressão ajustadas da condutividade elétrica (CE)
em função do período de armazenamento (PA) de sementes
osmocondicionadas de limão cravo.
Variáveis Equações de regressão
Y(PEG)= -1,3461x² + 7,2097x + 13,921 0,3951
Y(KNO
3
)= -4,9272x² + 32,125x + 38,528 0,9805
0 meses
Y(PEG + KNO
3
)= 4,5171x² - 27,196x + 77,534 0,9425
Y(PEG)= -20,022x³ + 153,06x² - 348,42x + 377,11 1,0000
Y(KNO
3
)= 5,78x² - 71,45x + 567,6 0,8511
3 meses
Y(PEG + KNO
3
)= 4,6154x² - 15,575x + 254,44 0,8363
Y(PEG)= 8,6501x² - 42,269x + 84,062 0,9739
Y(KNO
3
)= 30,329x² - 143,45x + 283,52 0,9773
6 meses
Y(PEG + KNO
3
)= 23,351x² - 85,812x + 110,82 0,9706
Y(PEG)= 18,262x2 - 85,251x + 136,97 0,8807
Y(KNO
3
)= -15,844x2 + 63,173x + 59,466 0,7764
CE
9 meses
Y(PEG + KNO
3
)= 5,4211x2 - 12,067x + 55,99 0,9992
113
TABELA 11A Equações de regressão ajustadas da condutividade elétrica (CE)
em função do período de armazenamento (PA) de sementes
osmocondicionadas de limão cravo.
Variáveis Equações de regressão
Y (3 d)= 63,664x
3
- 508,52x
2
+ 1221,1x - 755,63 1,0000
Y (6 d)= 52,916x
3
- 421,55x
2
+ 1006x - 616,84 1,0000
Y (9 d)= 69,499x³ - 556,3x² + 1325,4x - 812,73 1,0000
PEG 6000
Y (12 d)= 60,317x³ - 475,69x² + 1135,5x - 699,66 1,0000
Y (3 d)= -120,58x
2
+ 584,3x - 346,36 0,5350
Y (6 d)= -103,17x
2
+ 488,02x - 249,88 0,4457
Y (9 d)= -70,507x
2
+ 336,03x - 132,76 0,3946
KNO3
Y (12 d)= -109,98x
2
+ 520,87x - 297,14 0,7932
Y (3 d)= -45,378x
2
+ 205,43x - 75,268 0,3825
Y (6 d)= -49,49x
2
+ 231,13x - 111,24 0,3599
Y (9 d)= -47,312x
2
+ 226,69x - 110,52 0,3443
CE
PEG 6000 +
KNO3
Y (12 d)= -69,453x
2
+ 351,11x - 220,18 0,6827
114
TABELA 12A Resultados médios de germinação (%G), índice de velocidade
de germinação (IVG), emergência (%E), índice de velocidade
de emergência (IVE) e condutividade elétrica (CE) de
sementes armazenadas de limão cravo em diferentes períodos
(PA – 0, 3, 6 e 9 meses), submetidas ao condicionamento
osmótico em diferentes solutos (PEG, KNO
3
e PEG + KNO
3
),
por diferentes períodos (PC – 3, 6, 9 e 12 dias; Test -
testemunha).
PA SOL PC %G
IVG
%E
IVE
CE
(µS/cm/g)
3 92,0 a 2,141 d 66,0 c 1,9691 c 20,5862 a
6 93,0 a 2,501 b 61,5 c 1,6893 d 20,5509 a
9 85,5 b 2,145 d 63,0 c 1,9984 c 25,8407 a
PEG
12 88,5 a 2,189 d 25,0 e 0,9754 e 20,4212 a
3 95,5 a 2,112 d 82,5 a 2,2292 b 66,3384 d
6 94,0 a 2,107 d 78,0 b 1,7182 d 81,2304 e
9 95,5 a 2,343 c 76,0 b 2,1613 b 92,3968 e
KNO3
12 95,5 a 2,298 c 11,0 g 0,3398 g 87,5801 e
3 96,0 a 1,819 e 79,5 b 2,2192 b 55,6121 c
6 94,5 a 2,014 d 84,0 a 2,0807 b 38,9399 b
9 95,5 a 2,704 a 82,0 a 2,2127 b 38,8716 b
0
PEG +
KNO3
12 93,0 a 2,451 b 80,0 a 2,4864 a 40,2678 b
Test 95,5 a 2,10 d 60,0 c 0,9000 e 59,2127 c
3 89,5 a 2,354 c 83,0 a 2,1202 b 161,7359 h
6 81,5 b 2,294 c 83,5 a 2,0601 b 132,3471 g
9 91,5 a 2,509 b 82,0 a 2,1460 b 168,8174 h
PEG
12 82,0 b 2,460 b 82,0 a 2,1294 b 151,0166 h
3 81,5 b 2,328 c 85,5 a 2,4092 a 492,9640 o
6 82,5 b 2,432 c 84,5 a 2,3051 a 474,7056 n
9 85,0 b 2,410 c 84,5 a 2,0951 b 378,3769 m
KNO3
12 70,0 c 1,955 e 73,0 b 1,9033 c 383,2384 m
3 80,5 b 2,203 d 78,0 b 1,9108 c 241,5837 j
6 77,5 b 2,357 c 81,5 a 2,1581 b 247,4312 j
9 85,0 b 2,363 c 82,0 a 2,0828 b 243,5689 j
3
PEG +
KNO3
12 68,5 c 2,024 e 74,5 b 1,9926 c 267,8780 l
Test 70,0 c 1,93 e 77,0 b 2,3100 a 55,2415 c
“... continua...”
115
“TABELA 12, Cont.”
PA SOL PC %G
IVG
%E
IVE
CE
(µS/cm/g)
3 35,0 g 1,304 g 4,0 i 0,1048 h 49,8041 c
6 64,5 c 1,874 e 19,5 g 0,5508 f 36,0406 b
9 55,5 e 1,567 f 29,5 f 0,9290 e 33,1897 b
PEG
12 40,0 g 1,048 h 40,5 e 0,7702 f 54,0267 c
3 51,5 f 1,632 f 50,5 d 0,9726 e 168,2445 h
6 56,0 e 1,605 f 39,0 e 0,6071 f 124,4131 f
9 26,0 h 0,777 i 8,0 i 0,2726 g 119,6680 f
KNO3
12 61,0 d 1,757 e 26,0 f 0,4641 g 197,1535 i
3 41,0 g 1,532 f 44,0 e 0,8901 e 45,1041 c
6 48,5 f 1,370 g 49,0 d 1,0418 e 42,3517 c
9 23,0 h 0,660 i 13,0 h 0,4230 g 53,7881 c
6
PEG
+
KNO3
12 61,5 d 2,057 d 65,5 c 1,9495 c 144,4412 g
Test 65,6 d 2,06 d 64,5 c 1,9500 c 82,7900 e
3 21,0 i 0,647 i 22,5 f 0,6167 f 47,2840 c
6 27,0 i 0,593 i 19,0 g 0,5985 f 66,8300 d
9 33,0 h 0,297 j 9,5 h 0,2925 g 49,2935 c
PEG
12 39,0 h 0,379 j 12,5 h 0,3668 g 35,9865 b
3 23,0 i 0,097 l 3,0 j 0,0996 h 91,6305 e
6 21,0 i 0,120 l 0,0 j 0,0000 h 112,5930 f
9 35,0 h 0,342 j 11,5 h 0,3417 g 105,2022 f
KNO3
12 41,0 h 0,102 l 3,0 j 0,0922 h 123,7462 f
3 25,0 h 0,629 i 19,0 g 0,6137 f 53,0335 c
6 31,0 h 0,314 j 10,0 h 0,3246 g 49,6760 c
9 37,0 h 0,236 j 8,0 i 0,2618 g 52,9345 c
9
PEG
+
KNO3
12 43,0 h 0,114 l 0,0 j 0,0000 h 69,2377 d
Test
13,5 i 0,4 j 13,0 h 0,4200 g 94,2750 f
Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de
probabilidade.
116
TABELA 13A Análise de variância de sementes armazenadas de citrumelo
‘Swingle’ submetidas ao condicionamento osmótico em
diferentes solutos, por diferentes períodos de
condicionamento.
QM
FV GL G IVG E IVE CE
ARM 2 567,59
*
4,81
*
569,14
*
7,87
*
153,41
*
SOL 2 11,93
*
0,151
*
17,89
*
0,301
*
70,78
*
PC 3 25,52
*
0,156
*
26,30
*
0,226
*
36,70
*
ARM*SOL 4 6,79
*
0,078
*
5,32
*
0,093
*
30,65
*
ARM*PC 6 3,74
*
0,032
*
7,30
*
0,082
*
24,05
*
SOL*PC 6 8,94
*
0,082
*
4,82
*
0,051
*
8,47
*
ARM*SOL*PC 12 8,84
*
0,073
*
9,42
*
0,156
*
13,26
*
ERRO 108 0,08 0,002 0,11 0,004 0,07
CV (%) 5,03 3,15 5,45 4,37 3,76
* Teste F significativo a 5% de probabilidade
TABELA 14A Equações de regressão ajustadas do teste de germinação (G) em
função do período de armazenamento (PA) de sementes
osmocondicionadas de citrumelo ‘Swingle’.
Variáveis Equações de regressão
Y(PEG)= -0,2163x² + 0,8415x + 1,0864 0,9905
Y(KNO
3
)= -0,0415x² + 0,1295x + 2,1112 0,7104
0 meses
Y(PEG + KNO
3
)= 0,0807x² - 0,645x + 2,6796 0,9121
Y(PEG)= 0,0325x² - 0,2704x + 1,8566 0,5709
Y(KNO
3
)= -0,1025x² + 0,8438x + 0,407 0,8361
3 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -0,4502x² + 2,0273x - 0,5391 0,9187
Y(PEG)= -0,2799x² + 1,2966x - 0,8622 0,4343
Y(KNO
3
)= -0,11x² + 0,594x - 0,55 0,4000
G
6 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -0,1024x² + 0,5527x - 0,5118 0,4000
117
TABELA 15A Equações de regressão ajustadas do teste de germinação (G) em
função do período de condicionamento (PC) de sementes
armazenadas de citrumelo ‘Swingle’.
Variáveis Equações de regressão
Y (3 d)= -34,228x + 115,27 0,7113
Y (6 d)= -17,938x + 102,17 0,8525
Y (9 d)= -30,016x + 103,43 0,6573
PEG 6000
Y (12 d)= -39,245x² + 139,34x - 64,82 1,0000
Y (3 d)= -35,997x + 106,81 0,9968
Y (6 d)= -38,99x + 129,3 0,7692
Y (9 d)= -30,963x + 114,51 0,7385
KNO
3
Y (12 d)= -33,237x + 115,28 0,6029
Y (3 d)= -36,232x + 107,1 0,9942
Y (6 d)= -35,949x + 117,67 0,8170
Y (9 d)= -39,278x² + 135,88x - 44,694 1,0000
G
PEG 6000 + KNO
3
Y (12 d)= -27,498x + 76,121 0,8612
TABELA 16A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade de
germinação (IVG) em função do período de armazenamento
(PA) de sementes osmocondicionadas de citrumelo ‘Swingle’.
Variáveis Equações de regressão
Y(PEG)= -0,7457x² + 2,4108x + 81,2 0,9989
Y(KNO
3
)= -2,7473x² + 11,159x + 73,15 0,8104
0 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -3,3861x² + 16,733x + 61,86 0,9930
Y(PEG)= 7,2558x² - 43,62x + 113,01 0,9956
Y(KNO
3
)= -7,7229x² + 38,434x + 15,841 0,9515
3 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -21,251x² + 97,125x - 44,327 0,9868
Y(PEG)= -17,841x² + 84,356x - 59,245 0,5681
Y(KNO
3
)= -3,4363x² + 17,798x - 15,286 0,7419
IVG
6 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -3,1117x² + 16,803x - 15,559 0,4000
118
TABELA 17A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade de
germinação (IVG) em função do período de condicionamento
(PC) de sementes osmocondicionadas de citrumelo ‘Swingle’.
Variáveis Equações de regressão
Y (3 d)= -0,8482x + 2,7854 0,8055
Y (6 d)= -0,4374x + 2,4132 0,9892
Y (9 d)= -0,7868x + 2,5257 0,9345
PEG 6000
Y (12 d)= -0,5031x + 1,7894 0,5182
Y (3 d)= -1,0858x + 3,2529 0,9999
Y (6 d)= -1,1435x + 3,6868 0,8690
Y (9 d)= -0,8016x + 3,0268 0,8662
KNO
3
Y (12 d)= -0,9963x + 3,3959 0,6630
Y (3 d)= -1,0381x + 3,1371 0,9986
Y (6 d)= -0,9149x + 2,9429 0,8766
Y (9 d)= -0,472x + 2,0973 0,5013
IVG
PEG 6000 + KNO
3
Y (12 d)= -0,7149x + 2,0061 0,8986
TABELA 18A Equações de regressão ajustadas do teste de emergência (E) em
função do período de armazenamento (PA) de sementes
osmocondicionadas de citrumelo ‘Swingle’.
Variáveis Equações de regressão
Y(PEG)= -0,7457x² + 2,4108x + 81,2 0,9989
Y(KNO
3
)= -2,7473x² + 11,159x + 73,15 0,8104
0 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -3,3861x² + 16,733x + 61,86 0,9930
Y(PEG)= 7,2558x² - 43,62x + 113,01 0,9956
Y(KNO
3
)= -7,7229x² + 38,434x + 15,841 0,9515
3 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -21,251x² + 97,125x - 44,327 0,9868
Y(PEG)= -17,841x² + 84,356x - 59,245 0,5681
Y(KNO
3
)= -3,4363x² + 17,798x - 15,286 0,7419
E
6 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -3,1117x² + 16,803x - 15,559 0,4000
119
TABELA 19A Equações de regressão ajustadas do teste de emergência (E) em
função do período de condicionamento (PC) de sementes
armazenadas de citrumelo ‘Swingle’.
Variáveis Equações de regressão
Y (3 d)= -41,445x + 136,18 0,8033
Y (6 d)= -11,525x + 88,616 0,5619
Y (9 d)= -35,174x + 117,57 0,9991
PEG 6000
Y (12 d)= -39,444x + 123,28 0,9549
Y (3 d)= -41,211x + 125,67 0,9927
Y (6 d)= -39,052x + 126,49 0,9430
Y (9 d)= -37,265x + 127,34 0,9369
KNO
3
Y (12 d)= -36,484x + 112,37 0,9812
Y (3 d)= -37,668x + 111,37 0,9944
Y (6 d)= -40,701x + 128,96 0,9216
Y (9 d)= -34,761x + 120,81 0,9603
E
PEG 6000 + KNO
3
Y (12 d)= -37,245x + 100,3 0,7795
TABELA 20A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade de
emergência (IVE) em função do período de armazenamento
(PA) de sementes osmocondicionadas de citrumelo ‘Swingle’.
Variáveis Equações de regressão
Y(PEG)= -0,1171x³ + 0,8971x² - 2,0463x + 3,9572 1,0000
Y(KNO
3
)= -0,019x² - 0,1078x + 3,1365 0,9707
0 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -0,1039x² + 0,5093x + 2,1016 0,8367
Y(PEG)= 0,4239x² - 2,577x + 5,1975 0,9635
Y(KNO
3
)= -0,2293x² + 1,188x + 0,3247 0,9570
3 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -0,5541x² + 2,4787x - 0,921 0,9893
Y(PEG)= -0,6208x² + 2,9201x - 2,0232 0,5288
Y(KNO
3
)= -0,1005x² + 0,5192x - 0,4441 0,7656
IVE
6 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -0,0784x² + 0,4233x - 0,3919 0,4000
120
TABELA 21A Equações de regressão ajustadas do índice de velocidade de
emergência (IVE) em função do período de condicionamento
(PC) de sementes armazenadas de citrumelo ‘Swingle’.
Variáveis Equações de regressão
Y (3 d)= -1,3455x + 4,6221 0,6377
Y (6 d)= 0,7734x² - 3,2709x + 5,0138 1,0000
Y (9 d)= -1,2047x + 3,9117 0,9988
PEG 6000
Y (12 d)= -1,3157x + 4,0465 0,9831
Y (3 d)= -1,496x + 4,4245 0,9946
Y (6 d)= -1,3906x + 4,3584 0,9925
Y (9 d)= -1,1517x + 3,8919 0,9507
KNO
3
Y (12 d)= -1,2092x + 3,6864 0,9930
Y (3 d)= -1,2432x + 3,6597 0,9906
Y (6 d)= -1,3834x + 4,2656 0,9795
Y (9 d)= -1,1596x + 3,8406 0,9949
IVE
PEG 6000 + KNO
3
Y (12 d)= -1,2488x + 3,3628 0,7793
TABELA 22A Equações de regressão ajustadas da condutividade elétrica (CE)
em função dos períodos de armazenamento (PA) de sementes
osmocondicionadas de citrumelo ‘Swingle’.
Variáveis Equações de regressão
Y(PEG)= 1,7356x + 10,015 0,5983
Y(KNO
3
)= 2,4565x + 51,727 0,7781
0 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -1,1321x² + 7,1729x + 17,943 0,5709
Y(PEG)= 15,028x² - 62,982x + 93,649 0,5507
Y(KNO
3
)= 71,257x³ - 557,96x² + 1300,2x - 739,8 1,0000
3 meses
Y(PEG + KNO
3
)= 41,811x² - 179,56x + 255,53 0,7222
Y(PEG)= 16,033x² - 109,87x + 208,51 0,9988
Y(KNO
3
)= 10,33x + 17,82 0,9718
CE
6 meses
Y(PEG + KNO
3
)= -0,1017x² - 21,563x + 115,82 0,5550
121
TABELA 23A Equações de regressão ajustadas da condutividade elétrica (CE)
em função do período de condicionamento (PC) de sementes
armazenadas de citrumelo ‘Swingle’.
Variáveis Equações de regressão
Y (3 d)= 50,437x - 45,925 0,9177
Y (6 d)= 21,193x - 2,6766 0,7892
Y (9 d)= 4,0686x + 8,6169 0,9233
PEG 6000
Y (12 d)= -67,991x² + 275,7x - 189,09 1,0000
Y (3 d)= -14,064x + 80,506 0,3673
Y (6 d)= -152,72x² + 602,35x - 395,04 1,0000
Y (9 d)= -7,8196x² + 28,139x + 38,063 1,0000
KNO
3
Y (12 d)= -34,047x² + 133,46x - 36,698 1,0000
Y (3 d)= 30,542x + 9,076 0,5355
Y (6 d)= 35,905x + 8,1971 0,6875
Y (9 d)= -25,085x² + 97,175x - 45,184 1,0000
CE
PEG 6000 + KNO
3
Y (12 d)= -187,45x² + 754,06x - 537,3 1,0000
122
TABELA 24A Resultados médios de germinação (%G), índice de velocidade
de germinação (IVG), emergência (%E), índice de velocidade
de emergência (IVE) e condutividade elétrica (CE) de
sementes armazenadas de citrumelo ‘Swingle’ em diferentes
períodos (PA – 0, 3, 6 e 9 meses), submetidas ao
condicionamento osmótico em diferentes solutos (PEG, KNO
3
e PEG + KNO
3
), por diferentes períodos (PC – 3, 6, 9 e 12
dias; Test - testemunha).
PA SOL PC %G IVG %E IVE
CE
(µS/cm/g)
3 68,5 b 1,696 c 83,0 a 2,6910 b 13,2318 a
6 80,0 a 1,949 c 83,0 a 2,5164 b 12,1936 a
9 61,0 c 1,619 d 82,0 a 2,7307 a 13,3626 a
PEG
12 35,5 f 1,006 f 79,0 b 2,6313 b 18,6276 b
3 72,0 b 2,172 a 82,5 a 2,9920 a 55,7853 e
6 78,0 a 2,287 a 82,0 a 2,8979 a 54,5934 e
9 72,9 b 2,043 b 84,5 a 2,5888 b 58,3824 f
KNO
3
12 66,5 b 1,993 b 73,0 b 2,4184 b 62,7107 f
3 72,5 b 2,076 b 75,5 b 2,4864 b 23,1946 b
6 72,0 b 1,830 c 81,5 a 2,7667 a 30,1275 c
9 52,0 d 1,353 e 82,0 a 2,6328 b 26,9059 c
0
PEG +
KNO
3
12 55,0 c 1,430 e 74,5 b 2,4976 b 29,3105 c
Test 72,0 b 1,57 d 77,0 b 3,1060 a 37,5875 d
3 72,0 b 1,570 d 77,0 b 3,1022 a 37,5095 d
6 75,0 a 1,591 d 54,0 d 1,5658 c 52,3557 e
9 68,5 b 1,192 f 48,5 e 1,4552 c 15,4001 a
PEG
12 57,0 c 1,343 e 54,5 d 1,6144 c 90,3592 i
3 32,5 f 1,072 f 47,5 e 1,3055 c 73,6911 g
6 76,0 a 1,912 c 59,5 c 1,7169 c 198,7982 m
9 74,0 a 1,787 c 64,0 c 1,8914 c 63,0624 f
KNO
3
12 80,0 a 2,217 a 45,5 e 1,3855 c 94,0255 i
3 31,5 f 1,107 f 33,0 f 1,0335 d 103,0053 i
6 65,5 b 1,509 d 61,5 c 1,7301 c 107,9560 l
9 70,0 b 1,697 c 59,5 c 1,6176 c 48,8252 e
3
PEG +
KNO
3
12 8,5 g 0,299 g 3,0 h 0,0977 e 221,0189 n
Test 49,5 d 1,14 f 60,0 c 2,2060 b 49,8600 e
“...continua...”
123
“TABELA 24, Cont.“
PA SOL PC %G
IVG
%E
IVE
CE
(µS/cm/g)
3 0,0 h 0,000 h 0,0 h 0,0000 e 114,1050 l
6 44,0 e 1,075 f 60,0 c 2,1620 b 54,5800 e
9 1,0 h 0,045 h 11,5 g 0,3214 e 21,4998 b
PEG
12 0,0 h 0,000 h 0,0 h 0,0000 e 26,1087 c
3 0,0 h 0,000 h 0,0 h 0,0000 e 27,6568 c
6 0,0 h 0,000 h 4,0 h 0,1166 e 37,5728 d
9 11,0 g 0,440 g 10,0 g 0,2853 e 52,1033 e
KNO
3
12 0,0 h 0,000 h 0,0 h 0,0000 e 57,2459 e
3 0,0 h 0,000 h 0,0 h 0,0000 e 84,2778 h
6 0,0 h 0,000 h 0,0 h 0,0000 e 101,9373 j
9 9,5 g 0,409 g 12,5 g 0,3135 e 20,5742 b
6
PEG +
KNO
3
12 0,0 h 0,000 h 0,0 h 0,0000 e 37,8266 d
Test 6,0 g 0,25 g 12,50 g 0,3635 e 56,2427 e
Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de
probabilidade.
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