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- força de atrito entre as peças móveis da máquina ferramenta;
- o calor gerado pelos sistemas hidráulico e elétrico da máquina.
- calor gerado por outras máquinas vizinhas.
Cada um destes fatores podem afetar a precisão da peça de uma maneira diferente:
a) o calor dissipado através da ferramenta de corte altera sua temperatura, e, consequentemente,
suas dimensões e posição relativa à peça;
b) o calor dissipado ao ar através da peça, provoca a sua deformação;
c) o calor gerado pelo atrito entre as diversas partes da máquina-ferramenta aumenta a
temperatura destas peças, mudando suas posições relativas.
Todos estes fatores, atuando juntos, são a causa das deformações térmicas do sistema MFDP
que podem afetar a precisão dimensional e de forma da peça a ser usinada (AGOSTINHO,
1981).
O efeito das deformações térmicas são mais acentuadas no período inicial da usinagem,
principalmente após uma longa interrupção. Depois de algum tempo de operação, ocorre o
equilíbrio térmico e as deformações térmicas mantêm-se aproximadamente constantes
(KOVAN, 1973).
Os estudos que levam em conta a variação da precisão dimensional com a variação da
temperatura do sistema MFDP, não chegaram a formulações teóricas confiáveis, devido à
ocorrência de fenômenos muito complexos durante o corte, provenientes da interação de
diversos fluxos térmicos de diferentes intensidades, tempo de duração e variação. Os
resultados neste campo de pesquisa são basicamente experimentais e particulares
(AGOSTINHO, 1981).
Sabe-se, porém, que a deformação térmica é função do tempo de trabalho do sistema
(AGOSTINHO, 1981), e que a quantidade de calor gerada depende principalmente da
velocidade de corte, do avanço e da profundidade de corte, ou seja, que a expansão térmica
aumenta com o aumento destas variáveis.
Na prática, o que se tem aplicado são certas medidas para diminuir os efeitos da
deformação térmica do sistema MFDP, utilizando por exemplo, fluidos de corte
(FERRARESI, 1970) deixando-se um intervalo de tempo entre a usinagem de desbaste e a de
acabamento, estabilizando-se a temperatura de usinagem.
Em muitos casos não se necessita tomar nenhuma medida de precaução, por serem as
deformações muito pequenas.
As experiências indicam que mesmo sob as condições mais desfavoráveis de usinagem, o
efeito da deformação térmica na precisão da peça, normalmente não excede a 15% da soma
dos outros fatores (KOVAN, 1973).
5 - Rigidez do sistema MFDP - a rigidez do sistema MFDP é de fundamental
importância na formação dos desvios dimensionais e geométricos na usinagem de uma peça.
Devido a esta sua importância, este assunto será estudado separadamente.