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UFRRJ
INSTITUTO DE VETERINÁRIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA
VETERINÁRIA
DISSERTAÇÃO
Comparação do Efeito Analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina
em Gatas Submetidas a Ovariossalpingo-histerectomia.
CRISTIANE BELCHIOR CALOIERO
2008
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE VETERINÁRIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
COMPARAÇÃO DO EFEITO ANALGÉSICO ENTRE MORFINA,
TRAMADOL E BUPRENORFINA EM GATAS SUBMETIDAS A
OVARIOSSALPINGO-HISTERECTOMIA.
CRISTIANE BELCHIOR CALOIERO
Sob Orientação da Professora Doutora
Heloisa Justen Moreira de Souza
Dissertação submetida como requisito parcial
para obtenção do grau de Mestre em Medicina
Veterinária, na área de Clínica Médica e Cirurgia.
Seropédica, RJ
Abril de 2008
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE VETERINÁRIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
CRISTIANE BELCHIOR CALOIERO
Dissertação submetida ao Curso de Pós-graduação em Medicina Veterinária, na área de
concentração em Clínica Médica e Cirurgia, como requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre, em Medicina Veterinária.
DISSERTAÇÃO APROVADA EM ____/____/___
__________________________________________
Profª. Drª. Heloisa Justen Moreira de Souza-UFRRJ
__________________________________________
Prof. Dr. Ricardo Siqueira da Silva-UFRRJ
__________________________________________
Dr. Rodrigo Mannarino
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS.
AINE Antiinflamatório não-esteroidal
ALT Alanina aminotransferase
EV Endovenosa
FC Freqüência cardíaca
FR Freqüência respiratória
IM Intramuscular
MPA Medicação pré-anestésica
OSH Ovariossalpingo-histerectomia
PAS Pressão arterial sistólica
SC Subcutânea
SpO
2
Saturação de Oxigênio na hemoglobina
TC Temperatura corporal
TPC Tempo de preenchimento capilar
χ
2
2;0,05 Q-quadrado com grau de liberdade igual a 2 e diferença significativa menor que 0,05
RESUMO
BELCHIOR, Cristiane. Comparação do Efeito Analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina em Gatas
Submetidas a Ovariossalpingo-histerectomia Eletiva. Seropédica: UFRRJ, 2008. (Dissertação, Mestrado em
Medicina Veterinária).
A ovariossalpingo-histerectomia (OSH) é a cirurgia mais comumente realizada na clínica de
pequenos animais com objetivos de controlar a população e evitar problemas futuros de ordem
reprodutiva. Este procedimento cirúrgico cursa num grau de dor moderado requisitando de um
tratamento analgésico adequado. A dor pós-operatória, quando não corretamente diagnosticada e
tratada, deixa de ser um mecanismo de defesa natural e torna-se nociva, promovendo alterações
sistêmicas relevantes que retardam a recuperação do paciente. O objetivo deste trabalho foi
comparar o efeito analgésico no período trans e pós-operatório entre morfina, tramadol e
buprenorfina administrados preventivamente em gatas submetidas a OSH. Neste estudo foram
utilizadas 30 gatas, sem raça definida e hígidas. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em
três grupos de 10 animais. O grupo M recebeu de medicação pré-anestésica (MPA), maleato de
acepromazina (0,05 mg/kg) e sulfato de morfina (0,2 mg/kg) pela via intramuscular (IM). O
grupo T recebeu acepromazina (0,05 mg/kg) e Tramadol (2 mg/kg) pela via IM. Ao grupo B foi
administrado acepromazina na mesma dose e buprenorfina (0,01 mg/Kg) via IM. Após 20 min
da MPA, os animais recebiam de indução anestésica tiopental 2,5% na dose de 12,5 mg/kg pela
via intravenosa. Os animais eram intubados e mantidos com isoflurano diluído em oxigênio a
100% através do vaporizador universal, conectados a um circuito de Mapleson D (Baraka). A
avaliação da dor e sedação foi realizada por um mesmo observador em todos os animais, e este
não conhecia o tratamento utilizado (duplo cego). Os tempos de avaliação eram: pré-operatório;
10, 20 e 30 minutos de cirurgia, 1, 2, 4 e 6 horas após o término da mesma. A avaliação subjetiva
da dor foi realizada através da escala análoga visual e da escala descritiva nos momentos antes e
após a cirurgia. A mensuração dos parâmetros objetivos freqüência cardíaca (FC), freqüência
respiratória (FR), temperatura (Temp), glicemia (GL), tempo de perfusão capilar (TPC) e análise
de mucosas foram realizados nos momentos antes, durante e após a cirurgia, a aferição da
pressão arterial sistólica (PAS) e saturação de oxigênio na hemoglobina (SpO2) foram realizadas
somente durante o procedimento cirúrgico. A comparação dos parâmetros objetivos e subjetivos
entre os três grupos foi realizada pela Análise de Variância de Kruskal-Wallis, seguido do teste
Mann-Whitney, sempre que houvesse diferenças significativas entre os tratamentos (p< 0,05).
Dentro de cada grupo, foi utilizada pela Análise de Variância de Friedman para as comparações
entre os diversos momentos, seguido do teste de Wilcoxon para a identificação dos momentos
diferentes (p< 0,05). Os animais do grupo buprenorfina (B) se apresentaram mais sedados em
todos os momentos avaliados, seguido do grupo morfina (M) e por último o grupo tramadol (T).
Na avaliação da dor pela VAS, o grupo tramadol demonstrou um menor grau de dor nas
primeiras 2 horas, seguido pelos grupos morfina e buprenorfina. Na avaliação da dor pela escala
descritiva, o tramadol apresentou melhor efeito analgésico nos momentos 2, 4, e 6 horas. Os
valores de freqüência cardíaca permaneceu relativamente constante durante todo o procedimento
cirúrgico, sendo diferente nos momentos 4 e 6 horas onde a buprenorfina apresentou valores
mais altos. No presente estudo, a diminuição da FR foi mais pronunciada no grupo morfina. Não
foi observada diferença na PAS entre os grupos. O grupo buprenorfina apresentou valores mais
altos de glicose no momento 6 horas. Neste estudo, a temperatura corporal não diferiu entre os
grupos nos momentos pré e pós-operatório. Com este estudo, pode-se concluir que o tramadol na
dose e regime empregados mostrou-se mais eficiente que a morfina e a buprenorfina em controlar
a dor pós-operatória da OSH em gatas, sem apresentar efeitos colaterais.
Palavras chave: Analgesia preventiva, opióides, gatos.
ABSTRACT
BELCHIOR, Cristiane. Comparison of the analgesic effect between morphine, tramadol and buprenorphine in
cats undergoing ovariohysterectomy. Seropédica: UFRRJ, 2008. (Dissertation, Master in Veterinary Medicine)
The ovariohysterectomy (OHE) is the most common surgery realized in the small animals
hospitals in order to control animal population and to prevent future problems of reproductive
order. This surgical procedure has a moderate degree of pain and requires analgesic treatment.
Postoperative pain, when not correctly diagnosed and treated, instead of being a mechanism of
natural defense, becomes harmful and promote systemic alterations that delays the recovery of
the patient. The objective of this study was to compare the analgesic effect in the trans and
postoperative period between morphine, tramadol and buprenorphine, that were given to cats
prior having OHE. In this study, 30 cats were used, with no specific breed and healthy. The
animals were distributed in three groups of 10 animals. Group M received daily pre-anesthesic
medication (PAM), acepromazine maleate (0.05 mg/kg) and morphine sulfate (0.2 mg/kg)
intramuscularly (IM). Group T received acepromazine (0.05 mg/kg) and Tramadol (2.0 mg/kg)
IM and Group B received acepromazine in the same dose and buprenorphine (0.01 mg/Kg) IM.
After 20 min of applying PAM, the animals received an induction of the anesthesic thiopental
2.5% in the dose of 12.5 mg/kg intravenously. The animals were kept with isoflurane diluted in
100% oxygen through the universal vaporizer, connected to a circuit of Mapleson D (Baraka).
The evaluation of pain and sedation was done by one person who observed for all the animals,
and he did not know the treatment used (double blind). The evaluation times were: daily pre-
surgical; 10 min, 20 min and 30 min of surgery and 1, 2, 4 and 6 hours after surgery. The
subjective evaluation of pain was done through a visual analogue scales (VAS) and through a
descriptive scale before and after the surgery. The measurements of cardiac frequency (FC),
respiratory frequency (FR), temperature (Temp), plasma glucose (GL), time of capillary
perfusion (TPC) and analysis of mucosa were made moments before, during, and after the
surgery. The gauging of the systolic arterial pressure (PAS) and saturation of oxygen hemoglobin
(SpO2) were made only during the surgical procedure. The comparison of the objective and
subjective parameters between the three groups was done by using the Analysis of Variance of
Kruskal-Wallis, followed of the Mann-Whitney test, whenever were significant differences
between the treatments (p< 0.05). Inside of each group, the Analysis of Variance of Friedman
was used for the comparisons between the diverse moments, followed by the test of Wilcoxon for
the identification of the different moments (p< 0.05). Animals of the buprenorfina group (B) were
more sedate in all the evaluated moments, followed by the group morphine (M) and finally the
group tramadol (T). In the evaluation of pain for the VAS, the group tramadol demonstrated a
lesser degree of pain in the first the 2 hours, followed by the groups with morphine and
buprenorphine. In the evaluation of pain for the descriptive scale, tramadol presented better
analgesic effect at the times 2, 4, and 6 hours. The values of cardiac frequency remained
relatively constant during the surgical procedure, only being different at the times 4 and 6 hours
where the buprenorphine group presented higher values. In the present study, the reduction of the
FR was more accentuated in the morphine group. Difference in the PAS between the groups was
not observed. The buprenorphine group presented higher values of glucose at the moment 6
hours. In this study, the body temperature did not differ between the groups in the pre or
postoperative moments. With this study, it can be concluded that tramadol, in the given dose and
regimen, is more efficient than the morphine and buprenorphine in controlling of postoperative
pain of OHE in cats, without signs of collateral effect. Key words: Pre-emptive analgesia,
opioids, cats.
1 INTRODUÇÃO
O manejo da dor nos animais é um tópico popular na medicina veterinária. No entanto,
os gatos recebem menos analgésicos que os es, devido a pouca informação sobre os
analgésicos, medo dos efeitos colaterais, e dificuldade de reconhecimento da dor nesta
espécie. Somado a estes fatores, os gatos são deficientes nas vias de glucorinidação hepática
tornando-os mais susceptíveis aos efeitos tóxicos dos antiinflamatórios não esteroidais.
A maioria dos gatos pelo menos uma vez na vida será submetida a algum tipo de
intervenção cirúrgica, sendo a ovário-histerectomia, a cirurgia mais comumente realizada na
clínica de pequenos animais com objetivos de controlar a população e evitar problemas futuros de
ordem reprodutiva. Este procedimento cirúrgico cursa num grau de dor moderado, requisitando
portanto de um tratamento analgésico adequado.
A morfina e a buprenorfina são opióides já utilizados na medicina de felinos com efeitos
conhecidos, o tramadol apesar de muito utilizado na medicina humana, e também em cães tem
seu uso restrito em gatos devido à falta de embasamento científico.
Esta dissertação tem como objetivo comparar o efeito analgésico no período trans e
pós-operatório entre morfina, tramadol e buprenorfina administrados preventivamente em
gatas submetidas a ovário-histerectomia.
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Fisiopatologia da dor
A dor pós-operatória, quando não corretamente diagnosticada e tratada, deixa de ser
um mecanismo de defesa natural (dor fisiológica) e torna-se nociva, promovendo alterações
sistêmicas relevantes relacionadas com a ativação do sistema neuroendócrino. Uma vez
ativado, este eixo determina uma série de mudanças que retardam a recuperação do paciente.
Dentre as alterações mais importantes, podem citar-se distúrbios do sistema cardiovascular
(hipertensão, taquicardia e arritmias), alterações respiratórias que conduzem a hipoxemia e
hipercapnia, perda do apetite, sonolência, deficiência de imunidade, alterações endócrinas,
hiperglicemia e alterações eletrolíticas (FANTONI & MASTROCINQUE, 2005).
Nocicepção é o termo usado para descrever a transdução, transmissão e modulação dos
sinais neurais gerados em resposta a um estímulo nocivo externo (LAMONT, 2002). A
transdução é a conversão de um estímulo nocivo (mecânico, químico ou térmico) em energia
elétrica pelos nociceptores periféricos (terminações nervosas aferentes livres). A transmissão
envolve a propagação do impulso pelos nervos aferentes periféricos, constituídos pelas fibras
A delta (rápida) responsável pela dor aguda inicial e C (lenta) que provoca a dor secundária
latejante. A modulação ocorre quando neurônios destas fibras fazem sinapse com outros
neurônios no núcleo caudalis localizado na medula (BECKMAN, 2006). O impulso
nociceptivo gerado é então processado em várias lâminas da medula espinhal, sendo os
aspectos físicos da dor atribuídos às vias aferentes do tálamo que chegam ao córtex cerebral e
as vias aferentes ao sistema límbico relacionadas aos componentes emocionais da dor
(FANTONI & MASTROCINQUE, 2002).
Alguns mecanismos podem aumentar ou diminuir a sensibilidade dos nociceptores
periféricos. Lesão tecidual, estimulação física (pressão, calor ou química), mudanças
circulatórias e de pH, liberação de norepinefrina (CARROL, 1998).
Quando ocorre a lesão de um tecido, o conteúdo das células é liberado ao interstício,
aumentando os níveis de substâncias inflamatórias e algiogênicas na proximidade das
terminações nervosas. Os principais mediadores da dor incluem íons potássio, hidrogênio,
histamina, substância P, bradicinina, serotonina, catecolaminas, prostaglandinas, leucotrienos
e óxido nítrico, os quais ativam os mastócitos, linfócitos e macrófagos causando o processo
inflamatório (DRUMOND, 2000). Alguns desses mediadores ativam diretamente
nociceptores periféricos, conduzindo à dor espontânea, enquanto outros agem indiretamente
por células inflamatórias, induzindo à liberação de agentes algiogênicos. Além disso, os
mediadores inflamatórios podem agir modificando as propriedades da resposta primária do
neurônio aferente ao estímulo subseqüente. Isso pode acontecer como resultado de mudanças
na sensibilidade das moléculas que receberam estímulos (diminuição do limiar excitatório), ou
através da modulação de canais iônicos voltagem-dependentes. Esses mediadores, muitas
vezes chamados “sopa sensibilizante”, sensibilizam os nociceptores dolorosos de alto limiar,
os quais passam a ter um limiar reduzido, respondendo a estímulos de menor intensidade
(hiperalgesia primária). A sensibilização dos receptores nociceptivos periféricos é chamada de
sensibilização periférica (FANTONI & MASTROCINQUE, 2005).
A exposição prolongada à estimulação nociva induz a um aumento do nível de
sensibilidade do sistema nervoso central e, subseqüentemente, estímulos de baixa intensidade
podem se tornar dolorosos em vez de inócuos, denominado de sensibilização central (WOLF
& CHONG, 1993).
Dessa forma, um processo inflamatório que persiste por longos períodos de tempo
sensibiliza a via nociceptiva por dias, o que caracteriza o estado de dor patológica,
freqüentemente verificada no período pós-operatório. (FANTONI & MASTROCINQUE,
2005).
2.2 Analgesia Profilática
Analgesia profilática se refere à administração de medicações antes do estímulo
doloroso com objetivo de diminuir a dor subseqüente. A prática da administração de um
analgésico antes do insulto doloroso é mais efetivo do que administrar o mesmo após
(BECKMAN, 2006). Estes efeitos são conseguidos através da modulação da sensibilização
periférica e central da dor durante os períodos operatórios e transoperatórios. Embora seja
difícil de demonstrar o efeito analgésico preventivo de um fármaco específico, é bastante
conhecido que a administração de analgésicos antes de um estímulo doloroso promove um
alívio mais efetivo do que quando estes são administrados no pós-operatório. Somado a isto,
quando uma analgesia efetiva é atingida, o requerimento de anestésicos e o risco de
complicações pós-operatórias diminuem (GASSEL et al., 2005). As opções de tratamento
utilizadas incluem os opióides, os anestésicos locais e os antiinflamatórios não esteroidais.
Quando administrados no pré-operatório, estes agentes são eficazes na diminuição dos sinais
de dor após ovário-histerectomia em várias espécies. No entanto, limitada informação sobre
analgesia profilática está disponível em gatos (HELLYER et al., 2007).
2.3 Avaliação da dor
A dor é uma experiência individual, e o quanto dessa experiência se traduz em um
comportamento observável e mensurável depende de vários fatores. Algumas dessas variáveis
são: a espécie, a linhagem genética dentro da espécie, idade, o sexo, o peso corpóreo, o
condicionamento prévio, a dominância social do animal, a saúde em geral e as condições do
meio ambiente no momento da observação (HARDIE, 2000). Neonatos possuem vias de
transmissão da dor intactas, mas estes e animais idosos podem não expressar a dor claramente
( HELLYER et al., 2007).
Na espécie felina, a observação do comportamento é sem dúvida o melhor método de
se avaliar a dor. Estudos que tentaram correlacionar dados fisiológicos objetivos como
freqüência cardíaca, temperatura, freqüência respiratória, cortisol plasmático e beta-endorfinas
com dor em gatos não tiveram sucesso, pois estes dados são influenciados por muitos outros
fatores além da dor (TAYLOR, 2004). O gato com dor aguda raramente vocaliza, chia ou
rosna quando alguém se aproxima ou o manipula. Tenta esconder-se, tende a ocultar a parte
do corpo que está dolorida, agindo normalmente. Apresenta atividade diminuída, ausência de
autolimpeza, postura encurvada, dissociação do ambiente quando a dor é grave. Pode agredir o
observador quando este se aproxima ou toca a área afetada, podem se tornar maníacos ou
agressivos (HARDIE, 2002).
Apesar das dificuldades associadas à graduação do comportamento da dor, numerosos
estudos vêm sendo conduzidos utilizando tabelas ou escalas de contagem da dor (HARDIE,
2002). Os métodos de avaliação da intensidade da dor usados para animais são adaptações de
escalas utilizadas em seres humanos. Estas escalas unidimensionais subjetivas são: a escala
análoga visual, a numérica e a escala descritiva simples (HOLTON, 1998). A escala análoga
visual consiste em uma linha de cem milímetros. Na extremidade esquerda se coloca a
ausência de dor e na extremidade direita o máximo de dor suportável. O avaliador marca sobre
a linha um ponto correspondente ao grau de dor que ele supõe que o animal esteja sofrendo.
Esse método tem sido empregado em vários estudos e tem demonstrado ser sensível, e
passível de ser empregado. Na escala numérica, o avaliador adjudica um valor de zero a dez
ou zero a cem para a dor que ele supõe que o animal esteja padecendo. a escala descritiva
utiliza quatro categorias para avaliar a intensidade da dor: ausência de dor (1), dor leve (2), dor
moderada (3), dor grave (4). Esta, apesar de fácil implementação, é pouco sensível devido ao
escasso número de opções e a pouca diferenciação entre categorias que oferece (BONAFINE,
2005). A escala descritiva simples é direta e fácil de usar, mas não permite pequenas
mudanças na resposta dolorosa acessada (FIRTH, 1999).
Um estudo comparativo entre as três escalas concluiu que se deve levar em
consideração a variabilidade entre os observadores e que a escala numérica foi a mais
adequada para a avaliação da dor em cães (HOLTON, 1998).
No entanto, estas escalas têm demonstrado não serem tão confiáveis, por isso escalas
muldimensionais compostas foram desenvolvidas e investigadas para acessar a dor em cães
baseadas no comportamento (FIRTH, 1999; HOLTON, 2001; HUDSON, 2004; MORTON,
2005). Atualmente, é mais aceito os sistemas que incluem a avaliação comportamental e
observação e a interação com o animal. O conhecimento do comportamento normal de um
animal avaliado é essencial; e os proprietários e enfermeiros são os melhores avaliadores.
Desvios de um comportamento normal de um animal sugere dor, ansiedade, ou alguma
combinação de fatores estressores (ROBERTSON, 2005).
2.4 Opióides
Os opióides têm sido utilizados cerca de dois mil anos para proporcionar analgesia.
Estes agentes são derivados do ópio, como a morfina e a codeína, que agem nos receptores
opiódes (LASCELLES, 2002). Estes agentes promovem o mais efetivo controle da dor
(BECKMAN, 2006).
O termo opióide é usado para se referir a todo composto sintético que se liga a
subpopulações específicas de receptores opióides. Todos os opióides apresentam alguma ação
similar à morfina. Suas ações analgésicas não são acompanhadas de perda da propriocepção
ou consciência a não ser que doses elevadas sejam administradas(LUMB & JONES, 1996).
Esses fármacos ligam-se reversivelmente a receptores específicos do SNC e medula, e
também a receptores periféricos de terminações nervosas promovendo: Alteração no
mecanismo de transmissão dos impulsos em diversos níveis do SNC; Interferência com a
entrada de cálcio nos neurônios, diminuindo a liberação do neurotransmissor; Inibição pré-
sináptica da liberação de neurotransmissores excitatórios; Modulação ao nível da medula
espinhal; Bloqueio da percepção dos estímulos dolorosos (PADDLEFORD, 2001).
O efeito de determinado opióide depende da afinidade que possui pelo receptor
específico, e agentes com afinidade a diferentes receptores produzem vários efeitos clínicos.
Os receptores de maior repercussão clínica são o mi (μ) e o kappa (κ). A excitação advinda da
utilização de um opióide em doses altas deve-se, provavelmente, à ligação deste ao receptor
sigma (σ) e os efeitos do receptor delta (δ) ainda não estão totalmente elucidados (FANTONI
& CORTOPASSI, 2002). A denominação dos opióides foi substituída, e atualmente estes são
referidos como Mi (OP
3
), Sigma (OP
1
), Kappa (OP
2
) (LASCELLES, 2002).
Historicamente, opióides não foram utilizados em gatos por muitos anos devido ao
medo de produzir excitação. Contudo, estudos recentes demonstraram que quando doses
apropriadas são utilizadas e intervalos recomendados são respeitados, opióides podem ser
efetivamente usados para tratar a dor aguda em gatos (ROBERTSON & TAYLOR, 2004;
STEAGALL et al., 2006).
Opióides podem causar hipertermia em gatos, necessitando de cuidado na monitoração
da temperatura. Hipertermia significante pode ser tratada com antagonista (BECKMAN,
2006).
Quadro 1 Efeitos clínicos variáveis produzidos pela estimulação de subtipos de receptores
opióides
μ Analgesia supraespinhal, espinhal e periférica; mínima a moderada sedação;
depressão respiratória; bradicardia; retenção urinária; redução da temperatura
κ Analgesia supraespinhal, espinhal (?) e periférica; mínima sedação; depressão
respiratória; bradicardia
δ Analgesia supraespinha, espinhal e periférica; mínima sedação; depressão
respiratória; bradicardia; retenção urinária; redução da temperatura
σ Excitação-delírio, taquicardia, hipertensão
Fonte: BECKMAN, 2006
2.4.1 Sulfato de Morfina
A morfina é o protótipo dos agentes opióides e é o fármaco de escolha para o
tratamento da dor aguda em cães. A literatura sugere que os gatos apresentam mais os efeitos
sigma da morfina. Estudos recentes sugerem que a disforia está ligada a doses excessivamente
altas e os efeitos de euforia em gatos a doses baixas (BECKMAN, 2006).
A morfina induz a um rápido e marcante aumento na síntese de serotonina, o qual está
relacionado ao seu efeito analgésico. Deprime os centros respiratórios, da tosse e vasomotor,
enquanto o centro do vômito é estimulado. Na maioria das espécies, a morfina não deprime
significativamente o miocárdio, sendo mantidos a freqüência, o ritmo cardíaco e o débito
cardíaco (LUMB & JONES, 1996).
Em gatos, tem sido relatado que a morfina provoca uma resposta bifásica da pressão
arterial, com doses baixas induzindo a um aumento transitório da pressão, seguido por uma
diminuição e dose altas induzindo a um aumento sustentado (ILKIW et al, 2002).
A dose de morfina para gatos é de 0,2 a 0,5 mg Kg
-1
intramuscular (IM), com
duração de efeito de 2 a 3 horas na dor severa e 6 a 8 horas na dor moderada (NANCY, 1995).
A morfina na dose de 0,2 mg Kg
-1
subcutânea (SC) foi mais efetiva que a buprenorfina e a
metadona em aumentar o limiar térmico e de pressão (STEAGALL, 2006).
Muitos estudos relatam que a morfina em doses clínicas, não causam excitação ou
“mania” em gatos (ROBERTSON, 2003).
É metabolizada no fígado, originando a morfina 3-0 glucuronada, que é excretada pelos
rins (PADDLEFORD, 2001). Os gatos produzem poucos metabólitos da morfina que
contribuem para seu efeito analgésico no homem, por isso pode ser menos efetiva nos felinos
(TAYLOR, 2001).
2.4.2 Buprenorfina
A buprenorfina é um agonista parcial dos receptores µ muito utilizado na Austrália,
Europa, África do Sul e Reino Unido que apresenta eficácia analgésica em gatos
(LASCELLES et al 2000, ROBERTSON, 2005). A grande afinidade pelos receptores µ
contribui para sua duração prolongada, e dificuldade em antagonizar seus efeitos. Está
indicada para o tratamento da dor moderada a severa (CARROLL, 1998). Possui a capacidade
de deslocar os opióides puros do seu receptor e pode ser usado para reverter à depressão
respiratória e anestesia destes. Apresentam um efeito analgésico teto e uma curva dose
resposta em formato de sino, onde doses mais altas levam a um efeito analgésico menor
(CARROLL, 1999).
A dose recomendada é de 5 a 10 µg Kg
-1
, IV; e 10 a 20 µg Kg
-1
IM, SC ou sublingual
com duração de 6 a 8 horas (WRIGHT,2002).
A biodisponibilidade da buprenorfina administrada pela via oral transmucosa foi de
100%. A buprenorfina é uma base fraca com pka (8,24) e um meio alcalino favorece a forma
não ionizada e aumenta a sua absorção. O pH alcalino (8 a 9) da cavidade oral do gato pode
explicar a completa absorção por esta via (ROBERTSON, 2003).
A via oral transmucosa é de fácil utilização, indolor, evita repetidas aplicações e a
necessidade de acesso venoso. A ação antinociceptiva da buprenorfina foi similar quando
administrada pela via intravenosa e transmucosa oral. Dentro de uma população de 6 gatos
estudados, o período de latência foi de trinta minutos, o pico de ação de noventa minutos e a
duração de 6 horas em ambas as vias de administração (ROBERTSON, 2005).
O sistema transdérmico da buprenorfina foi avaliado em gatos através do adesivo de 35
µg h
-1
, que falhou em produzir analgesia apesar de promover concentração plasmática
adequada. O adesivo foi bem tolerado pelos gatos e não causou nenhum efeito adverso. O
estudo sugere mais investigações com o adesivo de 52,5 ou 70 µg h
-1
(MURRELL, 2007).
2.4.3 Cloridrato de Tramadol
O tramadol (4, fenilpiperidina ) é um análogo da codeína. Foi sintetizado na Alemanha
em 1962. É um analgésico de ação central com seletividade para o receptor mu (μ), ligando-se
fracamente aos receptores kappa (κ) e delta (δ). A afinidade do tramadol para o receptor μ é
seis mil vezes inferior à da morfina e 10 vezes inferior à da codeína
(SHIPTON, 2000). Esta disponível no Brasil, na apresentação de 50 mg de uso humano
e 12 mg de uso veterinário.
O isômero(+) do tramadol e seus metabólitos ligam-se mais fortemente ao receptores
μ do que o isômero(-). O isômero (+) promove a liberação de serotonina e inibe a recaptação
da mesma, enquanto o isômero (-) inibe a recaptação da noradrenalina, aumentando a
atividade da via descendente inibitória da medula espinhal. Desta forma, o tramadol eleva a
concentração central de noradrenalina e serotonina, a primeira via estimulação de receptores
α
2
e a segunda via receptores desconhecidos irão reduzir a excitabilidade da atividade
nociceptiva espinhal (RAFFA et al, 1995 ).
A dose de 1 a 2 mg Kg
-1
IV, IM, SC a cada 8 a 12h têm sido indicada para cães e gatos
apesar da falta de embasamento científico (TAYLOR, 2004).
O tramadol é rapidamente e extensivamente metabolizado pelo fígado. De todos os
metabólitos produzidos, apenas um deles o O-desmetil tramadol (M1) é 6 vezes mais potente
do que o tramadol em produzir analgesia e com afinidade duzentas vezes maior ao receptor μ.
A principal via de eliminação do tramadol é a excreção renal (90%) (WU et al, 2001).
A combinação tramadol e vedaprofeno promoveu melhor controle da dor pós-
operatória em gatas submetidas à pan-histerectomia do que quando usados isoladamente
(BRONDANI, 2006).
Em cadelas submetidas a OSH, o uso do tramadol (2 mg kg
-1
) comparativamente ao
uso da morfina (0,2 mg kg
-1
) administrados pela via intravenosa revelou analgesia satisfatória
nos períodos trans e pós-operatório (MASTROCINQUE & FANTONI, 2003).
Quando administrado pela via subcutânea na dose de 1mg Kg
-1
apresentou limitado
efeito analgésico em gatos (STEAGALL, 2007).
A atividade do tramadol é revertida parcialmente com a naloxona (30%) e
completamente pela associação com a ioimbina (DESMEULES et al, 1996).
TEPPEMA et al (2003) demonstrou que em gatos, a depressão respiratória induzida
pelo tramadol foi reduzida em 70 a 80% após administração da naloxona, sugerindo que este
efeito está relacionado a sua ação nos receptores opióides.
O tramadol está indicado para o alívio da dor crônica e pós-operatória, podendo ser
associado aos opióides e antiinflamatórios não esteroidais numa abordagem multimodal da dor
(BECKMAN, 2006).
3. MATERIAS E MÉTODOS
3.1 Animais
Neste experimento foram utilizadas 30 gatas, sem raça definida, hígidas e de
comportamento dócil. Os animais foram avaliados através de exames clínicos que consistiram
de inspeção, palpação, auscultação, e termometria retal; e exames laboratoriais que incluíram o
hemograma completo, e a bioquímica sérica (uréia, creatinina e TGP). Foi obedecido jejum
alimentar de 12h e hídrico de 6h em todos os animais.
3.2 Grupos experimentais
Os animais foram distribuídos aleatoriamente em três grupos de 10 animais. O grupo
M recebeu de medicação pré-anestésica (MPA), acepromazina
1
(0,05 mg kg
-1
) e morfina
2
(0,2
mg kg
-1
) pela via intramuscular (IM). O grupo T recebeu acepromazina (0,05 mg kg
-1
) e
Tramadol (2 mg kg
-1
)
3
pela via IM. Ao grupo B foi administrado acepromazina na mesma dose
e buprenorfina
4
(0,01 mg Kg
-1
) via IM. A MPA foi administrada aos animais 15 minutos
antes da indução anestésica.
3.3 Instrumentação
Todos os proprietários autorizaram a realização do procedimento cirúrgico, após
esclarecimento. Este estudo foi conduzido sob as normas descritas pelo Colégio Brasileiro de
Experimentação Animal (cobea PL 1153/95).
Os animais chegavam à clínica Veterinária Bichos & Caprichos pela manhã, uma hora
antes da cirurgia. A freqüência cardíaca (FC), a freqüência respiratória (FR), a temperatura
retal e a glicemia eram aferidas para obtenção dos valores basais de cada animal. Em seguida
os animais eram pesados e encaminhados para as gaiolas (gatil). Após o sorteio do grupo, um
veterinário administrava a MPA (acepromazina associada à morfina, tramadol ou buprenorfina
) pela via intramuscular, e os animais permaneciam no gatil durante 15 minutos. Após este
intervalo, os animais eram encaminhados ao centro cirúrgico, onde era realizado a tricotomia e
a antissepsia do membro para canulação da veia cefálica a fim de receber solução de ringer
com lactato na velocidade de infusão 10 ml/kg/h.
Aproximadamente 20 minutos após a MPA, os animais recebiam tiopental 2,5% na
dose de 12,5 mg kg
-1
pela via intravenosa. A laringe era insensibilizada com gel de lidocaína a
2% e a intubação endotraqueal realizada em seguida. Os animais eram colocados sobre um
colchão térmico, conectados a um circuito de Mapleson D (Baraka)
e mantidos com isoflurano
diluído em oxigênio a 100% através do vaporizador universal. Todos os animais foram
monitorados com estetoscópio esofágico, cardioscópio, monitor de pressão arterial não
invasiva (Doppler ultra-sônico) e oxímetro de pulso. Todas as cirurgias foram realizadas pela
mesma equipe cirúrgica obedecendo sempre a mesma técnica. Todos os animais receberam
penicilina 40.000 UI/kg após a cirurgia, e cetoprofeno a dose de 2mg kg
-1
via IM (CARROLL,
2005) após 6 horas do término da cirurgia.
1
Acepran 1%-Univet S.A.Indústria Brasileira-São Paulo-SP
2
Dimorf 1mg/ml-Cristália
3
Dorless 50mg/ml-União Química
4
Temgesic 0,3mg/ml-Schering Plough
Após extubação e realização do curativo local, os animais eram encaminhados para o
gatil de origem, para serem avaliados durante um período de 6 horas e depois liberados. Os
animais retornavam após dez dias para a retirada dos pontos.
3.4 Avaliação da dor e sedação
A avaliação da dor e sedação foi realizada por um mesmo observador em todos os
animais, e este não conhecia o tratamento utilizado (duplo cego). Os tempos de avaliação
eram: pré-operatório; 10, 20 e 30 minutos de cirurgia, 1, 2, 4 e 6 horas após o término da
mesma. A avaliação subjetiva da dor foi realizada através da escala análoga visual onde 0
significava ausência de dor e 10 pior dor imaginável; e da escala descritiva (adaptada da escala
de dor da Universidade de Melbourne) nos momentos antes e após a cirurgia. Nesta escala, a
dor é associada a determinados comportamentos aos quais são designados escores, estes
escores são somados para criar um escore total para cada paciente. Foi avaliado também, cada
parâmetro individualmente entre e intragrupos nos diversos momentos. O escore de dor total
variava de 0 a 30. A mensuração dos parâmetros objetivos freqüência cardíaca (FC),
freqüência respiratória (FR), temperatura (Temp), glicemia (GL), tempo de perfusão capilar
(TPC) e análise de mucosas foram realizados nos momentos antes, durante e após a cirurgia,
a aferição da pressão arterial sistólica (PAS) e saturação de oxigênio na hemoglobina (SpO2)
foram realizadas somente durante o procedimento cirúrgico. A avaliação da sedação foi
realizada através da escala análoga visual onde 0 significava completa consciência e 10
inconsciência, nos momentos antes e após a cirurgia.
Quadro 2-Escala descritiva
Vocalização 0=sem vocalização
1=vocalização quando tocado
2=vocalização intermitente
3=vocalização contínua
Agitação 0=adormecido
1=leve agitação
2=moderada agitação
3=severa agitação
Postura 0=decúbito lateral
1=decúbito esternal
2=movimentando-se
3=protegendo a área afetada (posição fetal)
Salivação 0=normal
1=acima do normal
Pupilas 0=normal
1=midríase
Sedação 0=acordado, se mantém em pé e caminha
1=se mantém em pé, mas incoordenado
2=tenta mas não consegue manter-se em pé
3=mantém a cabeça levantada
4=somente abre os olhos
5=sem resposta
Qualidade respiratória 0=normal
1=moderado movimento abdominal
2=acentuado movimento abdominal.
Estado mental 0=dócil (animal chega até o avaliador ronrona e brinca)
1=amigável (animal chega até o avaliador mas não ronrona nem
brinca)
2=alerta (animal não chega até o avaliador mas não reage à
manipulação).
Resposta à manipulação 0=sem resposta
1=resposta mínima, tenta esquivar-se
2=vira a cabeça em direção à ferida cirúrgica com leve vocalização
3=vira a cabeça com intenção de morder e severa vocalização.
Locomoção 0=anda normal
1=fica em pé mas não anda
2=anda com dificuldade
3=não fica em pé
Freqüência cardíaca
(FC)
0=valor≤ a 10% que o valor pré-operatório
1=11 a 30% maior que o valor pré-operatório
2=31 a 50% maior que o valor pré-operatório
3= >50% que o valor pré-operatório.
Temperatura 0=normal
1=acima do normal
Fonte: adaptado de FIRTH, A.M.; HALDANE,S.L. Development of a scale to evaluate postoperative
in dogs. Journal of American Veterinary Medicine Association, v.214, n.5, March 1, 1999.
Quadro 3-Parâmetros objetivos
Freqüência Respiratória (FR): mensurada através da observação da expansão
torácica.
Freqüência Cardíaca (FC): mensurada por auscultação usando-se estetoscópio
posicionado sobre a área cardíaca.
Temperatura: aferida a temperatura (°C) através da introdução do termômetro
no reto do animal.
Glicemia: mensurada através de venopunção no pavilhão auricular dos
animais utilizando monitor portátil de glicose.
Mucosas: avaliadas as mucosas oral e ocular, sendo classificadas como
normocoradas, pálidas ou cianóticas.
Saturação de oxigênio na hemoglobina: avaliada através do emprego do
oxímetro de pulso com a colocação de um sensor na língua.
Pressão arterial sistólica: mensurada pelo método não invasivo ou indireto
baseado na ultrassonografia Doppler, utilizando sensor digital no membro
anterior.
Primeiramente foram avaliados os parâmetros que não envolviam a manipulação do
animal e posteriormente a avaliação dos parâmetros onde houve manipulação do animal, tanto
dos subjetivos quanto dos objetivos.
Foi avaliado também o apetite dos animais nos momentos 2 e 6 horas onde a pontuação
1 significa normorexia, 2 hiporexia e 3 anorexia.
3.5 Resgate dos animais
Os animais eram resgatados quando estes apresentavam valores superiores a 5 na VAS
no primeiro momento de avaliação pós-operatória (1 hora). Este resgate era feito com a
antecipação do antiinflamatório cetoprofeno na dose de 2mg Kg
-1
IM (CARROLL, 2005) e o
animal excluído do experimento.
4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Tendo em vista que as variáveis de estudo são, em sua totalidade, classificadas como
nominais ou ordinais, não admitindo escala de razão ou continuidade dos valores assumidos,
optou-se por verificar se existem diferenças entre os tratamentos com morfina, tramadol ou
buprenorfina, por meio de testes não-paramétricos.
A comparação dos parâmetros objetivos e subjetivos entre os três grupos foi realizada
pela Análise de Variância de Kruskal-Wallis, seguido do teste Mann-Whitney, sempre que
houvesse diferenças significativas entre os tratamentos (p< 0,05). Dentro de cada grupo, foi
utilizada pela Análise de Variância de Friedman para as comparações entre os diversos
momentos, seguido do teste de Wilcoxon para a identificação dos momentos diferentes (p<
0,05).
Foram utilizados diagramas em caixa (box-plot) e tabelas descritivas para apresentar os
dados em cada momento, por grupos.
5 RESULTADOS
Participaram deste estudo 30 gatas (felis catus), de diferentes raças, peso variando entre
1,5 a 4,6 Kg, e faixa etária de 5 a 72 meses. Os grupos não foram considerados estatisticamente
diferentes quanto à idade (χ
2
2;0,05
=
0,857; p=0,652), nem quanto ao peso (χ
2
2;0,05
=
0,012; p=0,994)
Tabela 1- Estatística descritiva da idade e do peso dos sujeitos distribuídos pelos grupos de teste.
GRUPOS N
IDADE PESO
Média S Média S
Morfina 10 14,00 16,59 2,69 0,61
Tramadol 10 8,30 3,71 2,85 1,06
Buprenorfina 10 15,15 20,82 2,66 0,59
Dois animais foram retirados do experimento, um animal do grupo morfina e outro do
grupo buprenorfina por apresentarem valores superiores a 5 na VAS no primeiro momento (1h)
de avaliação pós-operatória.
5.1- Avaliação do grau de sedação pela escala análoga visual (VAS)
O grau de sedação avaliado através da escala análoga visual (VASS) apresentou diferença
entre os tratamentos em todos os momentos (VASS1H χ
2
2;0,05
= 7,110; p=0,029; e VASS2H
χ
2
2;0,05
=
8,705; p=0,013; VASS4H χ
2
2;0,05
= 8,375; p=0,015; e VASS6H χ
2
2;0,05
=
8,230; p=0,016)
(Teste de Kruskal Wallis; p < 0,05).
Os animais do grupo buprenorfina (B) se apresentaram mais sedados em todos os
momentos avaliados, seguido do grupo morfina (M) e por último o grupo tramadol (T).
Foi observada diferença significativa na sedação entre os grupos morfina e tramadol nos
momentos 1 e 2 horas, e entre os grupos tramadol e buprenorfina em todos os momentos
avaliados.
O grau de sedação diminuiu ao longo do tempo em todos os grupos avaliados.
2
1
7
2
7
Gráfico 1 Apresenta o grau de sedação avaliado por meio da escala análoga visual para cada grupo de teste
após 1, 2, 4, e 6 horas de sedação.
5.2- Avaliação do grau de dor pela escala análoga visual (VAS)
O grau de dor avaliado através da escala análoga visual apresentou diferença entre os
tratamentos na primeira e na segunda hora (VASD1H χ
2
2;0,05
= 8,753; p=0,013; e VASD2H χ
2
2;0,05
=
7,055; p=0,029) não sendo diferentes na quarta e na sexta hora (VASD4H χ
2
2;0,05
= 5,044;
p=0,080; e VASD6H χ
2
2;0,05
=
5,187; p=0,075) (Teste de Kruskal Wallis; p < 0,05).
Os animais do grupo tramadol apresentaram menor grau de dor nos momentos 1 e 2 horas,
seguido pelo grupo morfina e por último o grupo buprenorfina.
Foram observadas diferenças significativas no grau de dor avaliado pela VAS entre os
grupos morfina e tramadol no momento 1 hora, tramadol e buprenorfina em todos os momentos.
Já entre os grupos morfina e buprenorfina não houve diferença significativa.
Gráfico 2 – Apresenta o grau de dor avaliado por meio da escala análoga visual para cada grupo de teste após
1, 2, 4 e 6 horas da cirurgia.
5.3 – Avaliação da dor pela escala descritiva (adaptada da escala de dor da Universidade de
Melbourne)
5.3.1 -Escore de dor total
Dor: diferença entre grupos
A análise de variância denotou haver diferenças significativas dos escores totais da escala
descritiva (TED) em função dos tratamentos nos momentos 2, 4 e 6 horas (TED2H χ
2
2;0,05
=
9,007; p=0,011; TED4H χ
2
2;0,05
= 17,829; p=0,000; e TED6H χ
2
2;0,05
=
16,074; p=0,000) não sendo
identificadas diferenças nos primeiros momentos (TEDPRÉ χ
2
2;0,05
= 0,436; p=0,804; e TED1H
χ
2
2;0,05
=
5,647; p=0,059).
No momento 2 horas o grupo morfina apresentou escore total de dor maior, seguido pelos
grupos buprenorfina e tramadol nesta ordem. Nos momentos 4 e 6 horas o grupo buprenorfina
apresentou maior escore total de dor seguido pelos grupos morfina e tramadol.
As diferenças significativas foram observadas entre os grupos morfina - tramadol, e
tramadol - buprenorfina, não sendo identificadas entre os grupos morfina - buprenorfina.
BUPRENORFINATRAMADOLMORFINA
GRUPOS
14
12
10
8
6
4
2
0
TAD6H
TAD4H
TAD2H
TAD1H
TADPRÉ
Gráfico 3 Apresenta o escore total da escala descritiva (TED) para cada grupo de teste nos momentos pré-
operatório, 1, 2, 4 e 6 horas.
Dor: diferença intragrupos
Foram observadas diferenças significativas entre os momentos para o grupo morfina
(χ
2
4;0,05
= 19,615; p=0,001), para o grupo tramadol (χ
2
4;0,05
= 21,385; p=0,000), e para o grupo
buprenorfina (χ
2
4;0,05
= 30,841; p=0,000).
Os valores basais diferiram dos momentos pós-operatórios em todos os grupos exceto no
grupo tramadol no momento 6 horas (PRÉ-6H).
O escore total de dor aumentou gradativamente no grupo buprenorfina até o momento 6h.
nos grupos morfina e tramadol, aumentou no momento 1 hora e diminuiu nos demais
momentos.
5.3.2- Avaliação individual dos parâmetros da escala descritiva
5.3.2.1- Vocalização
Nenhum dos animais utilizados no experimento apresentou vocalização.
5.3.2.2- Agitação
A pontuação para agitação (AG) apresentou valores semelhantes em todos os momentos
exceto no momento 4 horas (AG4H χ
2
2;0,05
=9,998; p=0,007).
Os animais do grupo tramadol se apresentaram mais agitados, seguidos pelo grupo
morfina e buprenorfina. As diferenças significativas foram observadas entre os grupos morfina-
tramadol, e tramadol-buprenorfina, não sendo identificadas entre os grupos morfina-
buprenorfina.
5.3.2.3- Postura
A pontuação para postura (PST) apresentou valores semelhantes em todos os momentos
exceto no momento 6 horas (PST6H χ
2
2;0,05
=6,025; p=0,049).
Os animais do grupo buprenorfina, seguidos pelo grupo morfina e tramadol apresentaram
maior pontuação para postura relacionada à posição antiálgica indicativa de dor.
5.3.2.4- Pupilas
A pontuação para pupilas (PUP) apresentou valores diferentes nos momentos 2, 4 e 6
horas (PUP2H χ
2
2;0,05
=6,032; p=0,049; PUP4H χ
2
2;0,05
=6,032; p=0,049; e PUP6H χ
2
2;0,05
=6,845;
p=0,033).
Os animais do grupo morfina apresentaram midríase por um período mais prolongado,
seguidos pelos grupos buprenorfina e tramadol.
5.3.2.5- Salivação
Nenhum dos animais utilizados no experimento apresentou salivação.
5.3.2.6- Temperatura
A pontuação para temperatura (EDT) não apresentou valores diferentes em nenhum dos
momentos (EDTPRÉχ
2
2;0,05
=1,441; p=0,487; EDT1Hχ
2
2;0,05
=0,558; p=0,757; EDT2H χ
2
2;0,05
=0,360; p=0,835; EDT4H χ
2
2;0,05
=4,284; p=0,117; e EDT6H χ
2
2;0,05
=0,330; p=0,848). A
temperatura dos animais permaneceu dentro dos limites fisiológicos de referência para a espécie.
5.3.2.7- Qualidade Respiratória
A pontuação para qualidade respiratória (QR) não apresentou valores diferentes em
nenhum dos momentos (QR1Hχ
2
2;0,05
=3,904; p=0,142; QR2H χ
2
2;0,05
=2,522; p=0,283; QR4H
χ
2
2;0,05
=3,093; p=0,213; e QR6H χ
2
2;0,05
=1,837; p=0, 399).
A maioria dos animais apresentou padrão respiratório normal e alguns apresentaram
padrão respiratório abdominal moderado (grupo morfina no momento 4 horas e grupo
buprenorfina nos momentos 4 e 6 horas).
5.3.2.8- Batimentos Cardíacos
A pontuação para batimentos cardíacos (BC) não apresentou valores diferentes em
nenhum dos momentos (BC1Hχ
2
2;0,05
=0,273; p=0,873; BC2H χ
2
2;0,05
=2,839; p=0,242; BC4H
χ
2
2;0,05
=5,235; p=0,073; e BC6H χ
2
2;0,05
=3,844; p=0,146).
A grande parte dos animais apresentou freqüência cardíaca menor ou igual a 10% do valor
apresentado no período pré-operatório em todos os momentos avaliados.
5.3.2.9- Resposta à Manipulação
A pontuação para resposta à manipulação (RM) apresentou valores diferentes entre os
tratamentos somente no momento 1 hora (RM1H χ
2
2;0,05
=9,708; p=,008). Os animais do grupo
buprenorfina apresentaram menor grau de dor à palpação no momento 1 hora seguido pelos
grupos tramadol e morfina.
5.3.2.10- Estado Mental
A pontuação para estado mental (EM) não apresentou valores diferentes em nenhum dos
momentos (EMPRÉχ
2
2;0,05
=1,718; p=0,424; EM1Hχ
2
2;0,05
=0,475; p=0,789; EM2H χ
2
2;0,05
=0,063;
p=0,969; EM4H χ
2
2;0,05
=0,808; p=0,668; e EM6H χ
2
2;0,05
=2,421; p=0,298). A maioria dos animais
apresentava-se amigável chegando até o avaliador.
5.3.2.11 – Locomoção
A pontuação para locomoção (LOC) apresentou valores diferentes entre os tratamentos
somente nos momentos 4 e 6 horas (LOC4H χ
2
2;0,05
=9,416; p=0,009; LOC6H χ
2
2;0,05
=6,188;
p=0,045). Os animais do grupo buprenorfina apresentaram maior pontuação para locomoção,
indicando maior dificuldade em locomover-se e manter-se em pé, seguido pelos grupos morfina e
tramadol, nos momentos 4 e 6 horas.
5.4- Apetite
A pontuação para o apetite (APT) apresentou valores diferentes entre os tratamentos nos
momentos 2 e 6 horas (APT2H χ
2
2;0,05
=12,408; p=0,002; APT6H χ
2
2;0,05
=10,992; p=0,004). Na
avaliação do apetite foi observado que nenhum animal do grupo buprenorfina alimentou-se. Já os
animais do grupo tramadol apresentaram maior apetite que os animais do grupo morfina.
5.5- Avaliação dos parâmetros objetivos
5.5.1- Freqüência Cardíaca
Freqüência cardíaca: diferença entre grupos
A análise de variância denotou haver diferenças significativas das freqüências cardíacas
(FC) em função dos tratamentos nos momentos 4 e 6 horas (FC 4H χ
2
2;0,05
= 7,268; p=0,026; e FC
6H χ
2
2;0,05
=
6,211; p=0,045).
Os animais do grupo buprenorfina (B) apresentaram valores de freqüência cardíaca mais
altas nos momentos 4 e 6 horas, seguido pelo grupo morfina (M), e por último pelo grupo
tramadol (T) que apresentou FC mais baixas. Não sendo identificadas diferenças nos demais
momentos (FCBASAL χ
2
2;0,05
= 3,239; p=0,198; e FCPÓS χ
2
2;0,05
=
0,525; p=0,769; FC10M χ
2
2;0,05
= 0,390; p=0,823; e FC20M χ
2
2;0,05
=
0,276; p=0,871; FC30M χ
2
2;0,05
=
1,807; p=0,405; FC1H
χ
2
2;0,05
=
1,498; p=0,473; FC2H χ
2
2;0,05
=
3,316; p=0,190).
Gráfico 4– Apresenta a freqüência cardíaca para cada grupo de teste nos momentos: basal, pós-operatório,
10, 20, 30 minutos, 1, 2, 4 e 6 horas.
Freqüência cardíaca: diferença intragrupos
A análise longitudinal denotou não haverem diferenças significativas entre os momentos
para o grupo morfina (χ
2
8;0,05
= 3,553; p=0,895), para o grupo tramadol (χ
2
8;0,05
= 8,528; p=0,384),
e para o grupo buprenorfina (χ
2
8;0,05
= 9,430; p=0,307).
5.5.2- Freqüência Respiratória
Freqüência respiratória: diferença entre grupos
O resultado da avaliação da freqüência respiratória mostrou um resultado similar em todos
os grupos; as médias da freqüência respiratória basal mantiveram-se acima dos limites
fisiológicos.
A análise de variância denotou haver diferenças significativas das freqüências
respiratórias (FR) em função dos tratamentos no momento 2 horas (FC2H χ
2
2;0,05
= 7,460;
p=0,024).
A diferença significativa ocorreu entre os grupos morfina e tramadol. Os animais do
grupo tramadol apresentaram valores de FR mais altos, seguido pelo grupo buprenorfina e
morfina. Não foram identificadas diferenças nos demais momentos (FRBASAL χ
2
2;0,05
= 0,811;
p=0,667; e FRPÓS χ
2
2;0,05
=
0,395; p=0,821; FR10M χ
2
2;0,05
= 0,186; p=0,911; e FR20M χ
2
2;0,05
=
0,067; p=0,967; FR30M χ
2
2;0,05
=
1,807; p=0,452; FR1H χ
2
2;0,05
=
1,127; p=0,569; FR4H χ
2
2;0,05
=
5,486; p=0,064; e FR6H χ
2
2;0,05
=
1,485; p=0,476).
Freqüência respiratória: diferença intragrupos
A análise longitudinal denotou haver diferenças significativas entre os momentos para o
grupo morfina (χ
2
8;0,05
= 54,293; p=0,000), para o grupo tramadol (χ
2
8;0,05
= 57,518; p=0,000), e
para o grupo buprenorfina (χ
2
8;0,05
= 30,053; p=0,000).
Em todos os grupos, uma queda progressiva e significativa da freqüência respiratória foi
registrada após a MPA. Estes valores permaneceram mais baixos por todo o trans-operatório. Um
aumento progressivo ocorreu no período pós-operatório, mas não alcançou os valores basais.
Gráfico 5– Apresenta a freqüência respiratória para cada grupo de teste nos momentos: basal, pós-operatório,
10, 20, 30 minutos, 1, 2, 4 e 6 horas.
5.5.3 – Saturação de oxigênio na hemoglobina
Saturação de oxigênio na hemoglobina: diferença entre grupos
A análise de variância denotou haver diferenças significativas na saturação de oxigênio na
hemoglobina (SpO
2
) em função dos tratamentos nos momentos 20 e 30 minutos (SpO
2
20M χ
2
2;0,05
= 6,992; p=0,030; e SpO
2
30M χ
2
2;0,05
=
8,311; p=0,016).
Os valores da SpO
2
foram mais altos no grupo buprenorfina. Não sendo identificadas
diferenças no momento 10 minutos (SpO
2
10M χ
2
2;0,05
= 4,858; p=0,088).
Os valores de SpO
2
registrados, permaneceram em níveis normais para a espécie durante
todo o período experimental.
Saturação de oxigênio na hemoglobina: diferença intragrupos
Na análise longitudinal não houve diferença significativa entre os momentos para o grupo
morfina (χ
2
2;0,05
= 2,643; p=0,267), para o grupo tramadol (χ
2
2;0,05
= 2,690; p=0,261), e para o
grupo buprenorfina (χ
2
2;0,05
= 0,400; p=0,819).
Gráfico 6 – Apresenta a saturação de oxigênio na hemoglobina para cada grupo de teste nos momentos 10, 20
e 30 minutos.
5.5.4- Pressão Arterial Sistólica (PAS)
Pressão arterial sistólica: diferença entre grupos
A análise de variância denotou não haverem diferenças significativas na pressão arterial
sistólica (PAS) em função dos tratamentos nos momentos 10, 20 e 30 minutos (PAS10M χ
2
2;0,05
=
2,698; p=0,259; PAS20M χ
2
2;0,05
= 1,282; p=0,527; e PAS30M χ
2
2;0,05
=
4,069; p=0,131).
A pressão arterial sitólica manteve-se dentro dos valores aceitáveis para a espécie.
Gráfico 7 – Apresenta a pressão arterial sistólica para cada grupo de teste nos momentos 10, 20 e 30 minutos.
Pressão arterial sistólica: diferença intragrupos
O teste de Friedman denotou não haverem diferenças significativas entre os momentos
para o grupo morfina (χ
2
2;0,05
= 0,162; p=0,922), para o grupo tramadol (χ
2
2;0,05
= 0,750; p=0,687),
e para o grupo buprenorfina (χ
2
2;0,05
= 0,788; p=0,674).
5.5.5 – Temperatura
Temperatura: diferença entre grupos
O Teste de Kruskal Wallis denotou haverem diferenças significativas das temperaturas
(T) em função dos tratamentos no momento pós-MPA (TBASAL χ
2
2;0,05
= 4,731; p=0,094) não
sendo identificadas diferenças nos demais momentos. (TPÓS χ
2
2;0,05
= 6,881; p=0,032; T1H χ
2
2;0,05
=
2,448; p=0,294; T2H χ
2
2;0,05
= 1,059; p=0,589; e T4H χ
2
2;0,05
=
1,234; p=0,540; e F T6H χ
2
2;0,05
=
2,508; p=0,285).
Os animais do grupo morfina apresentaram valores de temperatura mais altos no momento
pós-MPA seguido pelos grupos tramadol e buprenorfina.
Gráfico 8– Apresenta temperaturas para cada grupo de teste nos momentos: basal, pós-MPA, 1h, 2h, 4h e 6 h.
Temperatura: diferença intragrupos
O teste de Friedman denotou haverem diferenças significativas entre os momentos para o
grupo morfina (χ
2
5;0,05
= 21,231; p=0,001), para o grupo tramadol (χ
2
5;0,05
= 14,401; p=0,013), e
para o grupo buprenorfina (χ
2
5;0,05
= 14,631; p=0,012).
O grupo M apresentou uma diminuição significativa da temperatura 1 hora após a
cirurgia; aumentou nos momentos 2 e 4 horas ultrapassando os valores basais 6 horas após o
procedimento.
O grupo B apresentou um aumento significativo da temperatura nos momentos 4 e 6
horas.
O grupo T apresentou uma diminuição significativa pós-MPA e aumentou após a cirurgia
entre os momentos 1 e 4 horas.
5.5.6 – Glicemia
Glicemia: diferença entre grupos
O Teste de Kruskal Wallis denotou haverem diferenças significativas na glicemia (GL)
em função dos tratamentos no momento 6 horas (GL6H χ
2
2;0,05
= 15,764; p=0,000). Os animais do
grupo buprenorfina apresentaram valores de glicose mais altos, seguido pelos grupos morfina e
tramadol. Não sendo identificadas diferenças no momento pré-operatório e após 1 hora (GLPRÉ
χ
2
2;0,05
= 0,293; p=0,864; e GL1H χ
2
2;0,05
=
1,325; p=0,515).
Gráfico 9– Apresenta a glicemia para cada grupo de teste nos momentos pré-operatório, 1 e 6 horas.
Glicemia: diferença intragrupos
O teste de Friedman denotou não haverem diferenças significativas entre os momentos
para o grupo morfina (χ
2
2;0,05
= 8,051; p=0,018), para o grupo tramadol (χ
2
2;0,05
= 10,400;
p=0,006), e para o grupo buprenorfina (χ
2
8;0,05
= 15,800; p=0,000).
6 DISCUSSÃO
Vários estudos demonstraram que os gatos recebem menos analgésicos que os cães sob
mesmas condições (COLEMAN, 2007). Os felinos freqüentemente recebem inadequada
analgesia por várias razões. Primeiro, a dor é difícil de ser avaliada nesta espécie. Os gatos
com dor permanecem silenciosos, tentam esconder-se, apresentam postura rígida e encurvada,
sinais estes que podem ser interpretados como ausência de dor. Segundo, a escolha de
analgésicos é limitada e terceiro o medo dos efeitos colaterais (SMITH et al., 1996).
A escolha dos analgésicos opióides se baseou no fato de a morfina ser o protótipo dos
opióides, a buprenorfina de apresentar bom efeito analgésico (STANWAY, 2002), e o
tramadol por apresentar efeitos desconhecidos nos gatos.
Neste estudo optou-se por não utilizar um grupo controle por questões humanitárias.
Foi observado que os três analgésicos opióides utilizados foram eficazes em controlar a
dor após a ovário-histerectomia.
As doses escolhidas são as comumente indicadas para a prática analgésica em felinos
(BREARLEY, 1994).
A avaliação da sedação foi incluída neste estudo, porque o nível de consciência afeta
inevitavelmente a avaliação da dor. O grau de sedação foi maior no grupo buprenorfina
corroborando com um estudo realizado em cães por Taylor & Houlton, 1984; e diferente do
que foi observado em gatos (STANWAY, 2002), onde não se observou diferença significativa
entre morfina e buprenorfina.
A VAS foi utilizada para avaliação da dor e sedação porque existe uma boa correlação
desta com a dor s-operatória em gatos (CAMBRIDGE, 2000). Esta escala foi utilizada em
vários estudos por apresentar um maior grau de sensibilidade e repetibilidade (HOLTON et al,
1998). Além da VAS, foi utilizada também uma escala adaptada da escala de dor da
Universidade de Melbourne com objetivo de diferenciar entre os efeitos da anestesia geral e as
respostas fisiológicas e comportamentais resultantes da dor; e promover maior interação com o
animal.
Na avaliação da dor pela VAS, o grupo tramadol demonstrou um menor grau de dor
nas primeiras 2 horas, seguido pelos grupos morfina e buprenorfina; contrastando com um
trabalho realizado em cães onde não houve diferença entre morfina e tramadol
(MASTROCINQUE, 2003). Este resultado pode ser explicado, pelo fato do efeito analgésico
significativo ser tardio em gatos, com a morfina (entre 4 e 6 h), e a buprenorfina (entre 4 e 12
h) (ROBERTSON, 2003). O período de latência da buprenorfina é longo (aproximadamente 1
hora) com duração de 8 horas. O tempo de cirurgia é curto, por isso o início do estímulo
doloroso pode ocorrer antes do pico de ação da buprenorfina, provocando redução dos efeitos
analgésicos preventivos resultando em maior dor pós-operatória (GASSEL, 2005).
Somado a isto, Lascelles et al, 1997 relatou que a utilização de opióides de ação curta
no período pré-operatório pode trazer benefícios positivos a longo termo, provavelmente
devido ao bloqueio ou prevenção do desenvolvimento da sensibilização central resultante da
estimulação cirúrgica. Administrando meperidina antes da OSH, este autor reduziu o escore de
dor por 12 a 20 horas no período pós-operatório.
Na avaliação da dor pela escala descritiva, o tramadol apresentou melhor efeito
analgésico nos momentos 2, 4, e 6 horas. Foi observado também, bom efeito analgésico do
tramadol, sendo este superior ao vedaprofeno, quando se utilizou a mesma dose (2mg Kg
-1
)
pela via SC (BRONDANI, 2006). na dose 1mg Kg
-1
via SC, não revelou ser um analgésico
efetivo (STEAGALL, 2007).
A buprenorfina apresentou menor escore de dor que a morfina no momento 2 horas,
corroborando com o trabalho de Stanway, 2002 que relatou um menor grau de dor desta,
quando comparada à morfina numa dose inferior (0,1mg Kg
-1
) nas primeiras 2 horas.
Embora a presença de vários parâmetros comportamentais (postura, temperamento,
locomoção, vocalização e apetite) possa ajudar no reconhecimento da dor nos animais
domésticos, a quantificação da dor permanece problemática (GASSEL,2005).
Na avaliação dos parâmetros comportamentais foi observado que nenhum dos animais
vocalizaram.
A avaliação da postura durante as primeiras 4 horas, revelou que a maioria dos gatos
permaneceu em decúbito lateral ou esternal. A diferença entre os grupos ocorreu no momento 6
horas, onde o grupo buprenorfina apresentou postura encurvada indicativa de dor.
Em relação à locomoção, os animais do grupo buprenorfina apresentaram maior
dificuldade em locomover-se, seguidos pelos grupos morfina e tramadol.
Na avaliação do apetite foi observado que nenhum animal do grupo buprenorfina
alimentou-se. os animais do grupo tramadol apresentaram maior apetite que os animais do
grupo morfina.
Tais alterações comportamentais, também foram descritas por Väisänen, 2007 em gatas
submetidas à OSH, e avaliadas por três dias em casa segundo um questionário preenchidos pelos
proprietários dos animais.
A resposta à palpação incisional é capaz de diferenciar entre dor e os efeitos
comportamentais causados pelo retorno da cirurgia ou excitação (FIRTH & HALDANE,
1999). Os animais do grupo buprenorfina apresentaram menor resposta à palpação incisional
no momento 1 hora. Entretanto, o grau de sedação foi maior neste grupo o que pode ter
interferido nesta avaliação.
Este estudo incluiu a avaliação de parâmetros objetivos como a FC, FR, e temperatura,
embora estes parâmetros não m sido correlacionados consistentemente com a dor pós-
operatória em gatos (CAMBRIDGE, 2000).
Os valores de freqüência cardíaca permaneceu relativamente constante durante todo o
procedimento cirúrgico, sendo diferente nos momentos 4 e 6 horas onde a buprenorfina
apresentou valores mais altos. Esta observação maior suporte para a indicação clínica de
que adequada analgesia reduz a resposta simpática ao estresse (MÖLLENHOFF, 2005).
O principal efeito colateral da morfina é a depressão respiratória devido à ação direta
nos centros respiratórios no sistema nervoso central. No presente estudo, a diminuição da FR
foi mais pronunciada no grupo morfina corroborando com o estudo comparativo entre morfina
e tramadol realizado em cães por Mastrocinque, 2003. Teppema, 2003 demonstrou que em
gatos a morfina é 6 a 7 vezes mais potente como depressor respiratório que o tramadol.
Segundo Smith (1996), a pressão arterial sistólica é um indicador prático e confiável da
dor s-operatória em gatos. Não foi observada diferença na PAS entre os grupos, porém esta
foi verificada no período transoperatório, devido a não cooperação de muitos animais na
aferição deste parâmetro quando acordados.
O grupo buprenorfina apresentou valores mais altos de glicose no momento 6 horas,
que em consonância com os demais resultados, parece estar ligada ao maior grau de dor neste
grupo. Möllenhoff (2005), relatou correlação positiva entre glicose sanguínea, cortisol e escore
de dor. A hiperglicemia pós-operatória ocorre em função da resposta metabólica ao estresse
cirúrgico secundária à elevação de catecolaminas e cortisol e também pela diminuição na
produção de insulina (DRUMOND, 2000). No entanto, na avaliação de Dobbins (2002) não
houve diferença na glicemia entre os grupos buprenorfina, oximorfona, cetoprofeno e placebo
e segundo este autor é de limitado uso e pode ser indicativo de estresse.
Neste estudo, a temperatura corporal não diferiu entre os grupos nos momentos pré e
pós-operatório, pois o tempo cirúrgico foi curto, o aquecimento externo mantido pelo colchão
térmico, e não foi detectada nenhuma alteração importante na PAS. A diferença somente
ocorreu entre a temperatura basal e após a administração da MPA devido aos animais do
grupo morfina e tramadol já apresentarem temperaturas basais mais elevadas.
Os principais efeitos colaterais dos opióides incluem vômitos, useas, salivação,
midríase e aumento da temperatura corporal (em gatos), excitação e retenção urinária
(CARROLL, 1998). Não foi observado nenhum desses efeitos no grupo tramadol, embora
náuseas e vômitos sejam relatos comuns em seres humanos (PUTLAND, 1999). no grupo
morfina, alguns animais apresentaram vômitos conforme relato da literatura (TAYLOR, 2004)
e também midríase por um tempo prolongado que segundo Dixon, 2002 não está
correlacionada com o tempo de analgesia.
7 CONCLUSÃO
Com este estudo, pode-se concluir que os opióides utilizados foram eficazes no
controle da dor pós-operatória em gatas. O tramadol na dose e regime empregados mostrou-se
mais eficiente que a morfina e a buprenorfina, sem apresentar efeitos colaterais. No entanto,
foi empregado um número pequeno de animais por grupo. Um trabalho com um número maior
de animais se faz necessário para elucidar as verdadeiras diferenças entre estes opióides. Este
estudo forneceu informações úteis que servirão como base para investigações futuras.
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9 APÊNDICES
9.1 Apêndice 1: Termo de consentimento
Termo de consentimento dos proprietários dos felinos para inclusão de seus
animais no protocolo experimental.
“Comparação do efeito analgésico entre morfina, tramadol e buprenorfina em gatas
submetidas a ovariossalpingo-histerectomia eletiva”.
Responsável: Cristiane Belchior Caloiero
Eu, __________________________________, residente a
___________________________________________________, proprietário (a) do felino
fêmea __________________, da raça_____________________, de pelagem _____________,
autorizo a realização da ovariossalpingo-histerectomia e avaliação da dor/analgesia pós-
cirúrgica, experimento realizado pela veterinária Cristiane Belchior e colaboradores. Declaro
estar ciente dos riscos anestesiológicos e cirúrgicos implicados.
Rio de Janeiro, ____ de ____________ de 2007.
_______________________________________
Assinatura
9.2 Apêndice 2: Protocolo Experimental
Identificação
Nome: Idade:
Raça: Sexo:
Proprietário: Peso:
Histórico e Anamnese
JeJum ( ) S ( ) N
Doença preexistente ( ) S ___________________ ( ) N
Medicação ( ) S ___________________________ ( ) N
Exame Físico
FC Temp
FR TPC
Estado corpóreo ( ) excelente ( ) bom ( ) ruim ( ) péssimo
Medicação Pré- Anestésica _________:________
Acepromazina (0,05 mg/kg) associada a morfina (0,2 mg/Kg) ou tramadol (2 mg/Kg) ou
buprenorfina (0,01 mg/kg) pela via IM
Após 15 minutos
Indução Anestésica _________:________
Tiopental sódico 12,5 mg/kg ____________
Insensibilização da laringe com lidocaína gel 2%
Intubação endotraqueal
Manutenção com isoflurano em 100% de oxigênio
9.2 Apêndice 2: Protocolo Experimental
Período Pré-Anestésico
Parâmetros Sem MPA Com MPA
FC
FR
TPC
Mucosas
Temp
Início da Anestesia _________: _______ Início da Cirurgia: ______:________
Período Transoperatório
Parâmetros 10 min 20 min 30 min
FC
FR
PAS
SpO
2
TPC
Mucosas
Temp
Término da Cirurgia ________: _________
Período pós-operatório
Parâmetros 1h 2h 4h 6h
FC
FR
TPC
Mucosas
Temp
9.2 Apêndice 2: Protocolo Experimental
Glicemia
Antes ________ 1h _______ 2h ________ 4h ________ 6h _________
Administração de cetoprofeno (2mg/Kg) pela via SC em todos os animais 6h após o
término da cirurgia.
Animal: _______________________________________
Escala Análoga Visual Dor
Antes 0_________________________________________________10
1h 0_________________________________________________10
2h 0_________________________________________________10
4h 0_________________________________________________10
6h 0_________________________________________________10
Escala Análoga Visual Sedação
Antes 0_________________________________________________10
1h 0_________________________________________________10
2h 0_________________________________________________10
4h 0_________________________________________________10
6h 0_________________________________________________10
9.2 Apêndice 2: Protocolo Experimental
Animal: ___________________ Escala composta
Parâmetro Critério Pontos
Vocalização
Antes __________
1h _____________
2h _____________
4h _____________
6h _____________
sem vocalização
vocalização quando tocado
vocalização intermitente
vocalização contínua
0
1
2
3
Agitação
Antes __________
1h _____________
2h _____________
4h _____________
6h _____________
Adormecido
Leve agitação
Moderada agitação
Severa agitação
0
1
2
3
Postura
Antes __________
1h _____________
2h _____________
4h _____________
6h _____________
Decúbito lateral
Decúbito esternal
Movendo-se
Defendendo a área afetada incluindo posição
fetal
0
1
2
3
Sedação
Antes ___________
1h ______________
2h ______________
4h ______________
6h ______________
Acordado, se mantém em pé e caminha
Mantém-se em pé, mas incoordenado
Tenta, mas não consegue manter-se em pé
Mantém a cabeça levantada
Somente abre os olhos
Sem resposta
0
1
2
3
4
5
Pupilas
Antes ___________
1h ______________
2h ______________
4h ______________
Normal
Acima do normal
0
1
6h ______________
Salivação
Antes ___________
1h ______________
2h ______________
4h ______________
6h ______________
Normal
Acima do normal
0
1
Tempeartura
Antes ____________
1h _______________
2h _______________
4h _______________
6h _______________
Normal
Acima do normal
0
1
Mov. Respiratórios
Antes __________
1h _____________
2h _____________
4h _____________
6h _____________
Normal
Mov. Abdominal moderado
Mov. Abdominal acentuado
0
1
2
Freq. Cardíaca
Antes __________
1h _____________
2h _____________
4h _____________
6h _____________
≤ 10% que o valor basal
11 a 30% maior que o valor basal
31 a 50% maior que o valor basal
50% acima do valor basal
0
1
2
3
Resposta à manipulação
Antes __________
1h_____________
2h _____________
Sem resposta
Resposta mínima, tenta esquivar-se
Vira a cabeça em direção a ferida com leve
vocalização
0
1
2
4h _____________
6h _____________
Vira a cabeça com intenção de morder com
severa vocalização
3
Estado mental
Antes ___________
1h ______________
2h ______________
4h ______________
6h ______________
Dócil (animal chega até o avaliador ronrona e
brinca)
Amigável (animal chega até o avaliador, mas
não ronrona nem brinca)
Alerta (animal não chega até o avaliador nem
reage à manipulação)
Agressivo
0
1
2
3
Locomoção
Antes ___________
1h ______________
2h ______________
4h ______________
6h ______________
Anda normal
Fica em pé, mas não anda
Anda com dificuldade
Não fica em pé
0
1
2
3
O apetite foi avaliado nos momentos 2 e 6h onde 1=normorexia; 2=hiporexia; 3=anorexia.
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 2- Estatística descritiva da escala análoga visual de sedação para cada grupo de teste após
1 hora, 2 horas, 4 horas e 6 horas.
MOMENTO GRUPOS N Média S
VASS1H
Morfina 10 5,250 1,86
Tramadol 10 3,75 1,14
Buprenorfina 10 5,70 2,06
VASS2H
Morfina 10 4,00 1,75
Tramadol 10 2,70 0,92
Buprenorfina 10 5,10 1,97
VASS4H
Morfina 10 2,40 1,52
Tramadol 10 1,50 0,88
Buprenorfina 10 4,50 2,51
VASS6H
Morfina 10 1,10 1,73
Tramadol 10 0,60 0,84
Buprenorfina 10 3,30 2,36
Tabela 3 – Diferenças entre os graus de sedação avaliados por meio da escala análoga visual
após 1 hora, 2 horas, 4 horas e 6 horas.
Momentos
Morfina - Tramadol Morfina - Buprenorfina Tramadol - Buprenorfina
U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p
VASS1H 20,0 -2,351 0,019* 44,5 -0,426 0,670 21,0 -2,233 0,026*
VASS2H 24,5 -1,979 0,048* 35,5 -1,135 0,256 14,0 -2,770 0,006*
VASS4H 31,0 -1,463 0,143 23,0 -2,066 0,039* 17,0 -2,519 0,012*
VASS6H 46,0 -0,343 0,732 23,0 -2,115 0,034* 16,0 -2,668 0,008*
a
Valor da estatística U do Teste de Mann-Whitney.
b
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 4 - Estatística descritiva da escala análoga visual de dor para cada grupo de teste após 1
hora, 2 horas, 4 horas e 6 horas da cirurgia.
MOMENTO GRUPOS N Média S
VASD1H
Morfina 10 2,75 1,60
Tramadol 10 1,55 1,32
Buprenorfina 10 3,10 0,74
VASD2H
Morfina 10 2,85 1,56
Tramadol 10 2,20 1,30
Buprenorfina 10 3,70 0,48
VASD4H
Morfina 10 3,90 1,60
Tramadol 10 2,70 1,75
Buprenorfina 10 4,20 0,79
VASD6H
Morfina 10 4,65 2,00
Tramadol 10 3,65 1,77
Buprenorfina 10 5,40 1,08
Tabela 5 Diferenças entre os graus de dor avaliados por meio da escala análoga visual após 1
hora, 2 horas, 4 horas e 6 horas.
Momentos
Morfina - Tramadol Morfina - Buprenorfina Tramadol - Buprenorfina
U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p
VASD1H 24,5 -1,974 0,048* 40,0 -0,774 0,439 12,0 -2,922 0,003*
VASD2H 36,0 -1,087 0,277 29,5 -1,617 0,106 16,5 -2,633 0,008*
VASD4H 27,5 -1,724 0,085 45,0 -0,390 0,697 23,0 -2,078 0,038*
VASD6H 31,5 -1,418 0,156 38,5 -0,906 0,365 21,5 -2,239 0,025*
a
Valor da estatística U do Teste de Mann-Whitney.
b
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 6- Estatística descritiva do escore total da escala descritiva para cada grupo de teste nos
momentos pré-operatório, 1 hora, 2 horas, 4 horas e 6 horas.
MOMENTO GRUPOS N Média S
TEDPRÉ
Morfina 10 3,40 1,43
Tramadol 10 3,00 0,94
Buprenorfina 10 2,90 1,73
TED1H
Morfina 10 9,20 2,39
Tramadol 10 7,30 2,06
Buprenorfina 10 6,70 2,16
TED2H
Morfina 10 8,60 2,46
Tramadol 10 5,70 1,34
Buprenorfina 10 8,10 2,08
TED4H
Morfina 10 8,20 1,32
Tramadol 10 4,60 1,17
Buprenorfina 10 8,40 1,84
TED6H
Morfina 10 7,60 2,12
Tramadol 10 4,80 1,87
Buprenorfina 10 9,30 1,49
Tabela 7 – Diferenças entre os escores totais apresentados pelos grupos após 2 horas, 4 horas e 6
horas.
Momentos
Morfina - Tramadol Morfina - Buprenorfina Tramadol - Buprenorfina
U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p
TED2H
14,5 -2,721 0,007* 45,0 -0,385 0,700 18,5 -2,415 0,016*
TED4H
2,0 -3,673 0,000* 47,0 -0,232 0,817 3,0 -3,605 0,000*
TED6H
14,0 -2,747 0,006* 25,5 -1,879 0,060 2,5 -3,618 0,000*
a
Valor da estatística U do Teste de Mann-Whitney.
b
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 8 – Teste de Wilcoxon para o escore total da escala descritiva (TED).
Grupos
Morfina Tramadol Buprenorfina
Z
a
p Z
a
p Z
a
p
TEDPRÉ - TED1H -2,814 0,005* -2,823 0,005* -2,524 0,012*
TEDPRÉ - TED2H -2,814 0,005* -2,534 0,011* -2,807 0,005*
TEDPRÉ - TED4H -2,670 0,008* -2,172 0,030* -2,807 0,005*
TEDPRÉ - TED6H -2,655 0,008* -1,948 0,051 -2,814 0,005*
TED1H - TED2H -0,997 0,319 -2,043 0,041* -2,724 0,006*
TED1H - TED4H -1,033 0,302 -2,375 0,018* -2,036 0,042*
TED1H - TED6H -1,309 0,191 -2,319 0,020* -2,546 0,011*
TED2H - TED4H -0,566 0,572 -2,050 0,040* -,516 0,606
TED2H - TED6H -0,976 0,329 -1,638 0,101 -1,225 0,221
TED4H - TED6H -0,987 0,323 -0,359 0,719 -1,807 0,071
a
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
Tabela 9 – Diferenças entre a pontuação para agitação no momento 4 horas.
Momento
Morfina - Tramadol Morfina - Buprenorfina Tramadol - Buprenorfina
U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p
AG4H 24,0 -2,439 0,015* 40,0 -0,872 0,383 16,0 -2,952 0,003*
a
Valor da estatística U do Teste de Mann-Whitney.
b
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 10- Estatística descritiva da agitação dos animais nos momentos de teste.
MOMENTO GRUPOS N Média S
AGPRÉ
Morfina 10 1,10 0,99
Tramadol 10 1,30 0,68
Buprenorfina 10 0,90 0,88
AG1H
Morfina 10 0,80 0,79
Tramadol 10 0,90 0,57
Buprenorfina 10 0,60 0,52
AG2H
Morfina 10 0,60 0,70
Tramadol 10 0,80 0,63
Buprenorfina 10 0,60 0,52
AG4H
Morfina 10 0,60 0,52
Tramadol 10 1,20 0,42
Buprenorfina 10 0,40 0,52
AG6H
Morfina 10 1,00 0,47
Tramadol 10 1,10 0,32
Buprenorfina 10 0,70 0,48
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 11 – Diferenças entre a pontuação para postura no momento 6 horas.
Momento
Morfina - Tramadol Morfina - Buprenorfina Tramadol - Buprenorfina
U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p
PST6H 27,5 -1,863 0,062 38,5 -0,911 0,362 22,5 -2,207 0,027*
a
Valor da estatística U do Teste de Mann-Whitney.
b
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
Tabela 12- Estatística descritiva da postura dos animais nos momentos de teste.
MOMENTO GRUPOS N Média S
PSTPRÉ
Morfina 10 0,90 0,74
Tramadol 10 0,90 0,32
Buprenorfina 10 1,30 0,82
PST1H
Morfina 10 0,80 1,14
Tramadol 10 0,70 0,68
Buprenorfina 10 0,80 0,63
PST2H
Morfina 10 1,00 1,05
Tramadol 10 0,40 0,70
Buprenorfina 10 0,70 0,48
PST4H
Morfina 10 1,10 0,99
Tramadol 10 0,40 0,70
Buprenorfina 10 1,10 1,10
PST6H
Morfina 10 1,20 0,92
Tramadol 10 0,50 0,53
Buprenorfina 10 1,70 1,25
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 13 Diferenças entre tratamentos na pontuação para pupilas nos momentos 2 horas, 4
horas e 6 horas.
Momento
Morfina - Tramadol Morfina - Buprenorfina Tramadol - Buprenorfina
U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p
PUP2H 30,0 -2,179 0,029* 35,0 -1,510 0,131 45,0 -1,000 0,317
PUP4H 30,0 -2,179 0,029* 35,0 -1,510 0,131 45,0 -1,000 0,317
PUP6H 25,0 -2,517 0,012* 35,0 -1,371 0,170 40,0 -1,453 0,146
a
Valor da estatística U do Teste de Mann-Whitney.
b
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
Tabela 14- Estatística descritiva das pupilas dos animais nos momentos do teste
MOMENTO GRUPOS N Média S
PUPPRÉ
Morfina 10 0,10 0,32
Tramadol 10 0,00 0,00
Buprenorfina 10 0,00 0,00
PUP1H
Morfina 10 0,30 0,48
Tramadol 10 0,10 0,32
Buprenorfina 10 0,10 0,32
PUP2H
Morfina 10 0,40 0,52
Tramadol 10 0,00 0,00
Buprenorfina 10 0,10 0,32
PUP4H
Morfina 10 0,40 0,52
Tramadol 10 0,00 0,00
Buprenorfina 10 0,10 0,32
PUP6H
Morfina 10 0,50 0,53
Tramadol 10 0,00 0,00
Buprenorfina 10 0,20 0,42
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 15- Estatística descritiva da temperatura dos animais nos momentos de teste.
MOMENTO GRUPOS N Média S
EDTPRÉ
Morfina 10 0,30 0,48
Tramadol 10 0,30 0,48
Buprenorfina 10 0,10 0,32
EDT1H
Morfina 10 0,20 0,42
Tramadol 10 0,10 0,32
Buprenorfina 10 0,10 0,32
EDT2H
Morfina 10 0,30 0,48
Tramadol 10 0,20 0,42
Buprenorfina 10 0,20 0,42
EDT4H
Morfina 10 0,50 0,53
Tramadol 10 0,10 0,32
Buprenorfina 10 0,20 0,42
EDT6H
Morfina 10 0,30 0,48
Tramadol 10 0,30 0,48
Buprenorfina 10 0,20 0,42
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 16- Estatística descritiva da qualidade respiratória dos animais nos momentos de teste.
MOMENTO GRUPOS N Média S
QRPRÉ
Morfina 10 0,00 0,00
Tramadol 10 0,00 0,00
Buprenorfina 10 0,00 0,00
QR1H
Morfina 10 0,00 0,00
Tramadol 10 0,10 0,32
Buprenorfina 10 0,30 0,48
QR2H
Morfina 10 0,10 0,32
Tramadol 10 0,20 0,42
Buprenorfina 10 0,40 0,53
QR4H
Morfina 10 0,50 0,53
Tramadol 10 0,30 0,48
Buprenorfina 10 0,70 0,48
QR6H
Morfina 10 0,60 0,52
Tramadol 10 0,40 0,52
Buprenorfina 10 0,70 0,48
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 17- Estatística descritiva dos batimentos cardíacos dos animais nos diversos momentos .
MOMENTO GRUPOS N Média S
BCPRÉ
Morfina 10 0,00 0,00
Tramadol 10 0,00 0,00
Buprenorfina 10 0,00 0,00
BC1H
Morfina 10 0,30 0,48
Tramadol 10 0,20 0,42
Buprenorfina 10 0,30 0,68
BC2H
Morfina 10 0,40 0,52
Tramadol 10 0,10 0,32
Buprenorfina 10 0,50 0,71
BC4H
Morfina 10 0,50 0,71
Tramadol 10 0,00 0,00
Buprenorfina 10 0,40 0,52
BC6H
Morfina 10 0,10 0,32
Tramadol 10 0,10 0,32
Buprenorfina 10 0,50 0,71
Tabela 18 Diferenças entre tratamentos na pontuação para resposta à manipulação no
momento 1 hora.
Momento
Morfina - Tramadol Morfina - Buprenorfina Tramadol - Buprenorfina
U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p
RM1H 36,5 -1,350 0,315 17,5 -2,805 0,005* 27,5 -2,033 0,089
a
Valor da estatística U do Teste de Mann-Whitney.
b
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 19- Estatística descritiva da resposta à manipulação dos animais nos diversos momentos.
MOMENTO GRUPOS N Média S
RMPRÉ
Morfina 10 0,00 0,00
Tramadol 10 0,00 0,00
Buprenorfina 10 0,00 0,00
RM1H
Morfina 10 1,30 0,48
Tramadol 10 1,00 0,47
Buprenorfina 10 0,50 0,53
RM2H
Morfina 10 1,10 0,57
Tramadol 10 1,20 0,42
Buprenorfina 10 1,50 0,53
RM4H
Morfina 10 1,40 0,84
Tramadol 10 1,40 0,70
Buprenorfina 10 1,80 0,42
RM6H
Morfina 10 1,70 0,82
Tramadol 10 1,50 0,85
Buprenorfina 10 2,00 067
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 20- Estatística descritiva do estado mental dos animais nos momentos de teste.
MOMENTO GRUPOS N Média S
EMPRÉ
Morfina 10 1,00 0,94
Tramadol 10 0,50 0,53
Buprenorfina 10 0,60 0,70
EM1H
Morfina 10 1,60 0,52
Tramadol 10 1,60 0,70
Buprenorfina 10 1,50 0,53
EM2H
Morfina 10 1,50 0,71
Tramadol 10 1,50 0,71
Buprenorfina 10 1,50 0,53
EM4H
Morfina 10 1,40 0,70
Tramadol 10 1,10 0,88
Buprenorfina 10 1,40 0,52
EM6H
Morfina 10 1,30 0,82
Tramadol 10 0,80 0,92
Buprenorfina 10 1,30 0,48
Tabela 21 Diferenças entre tratamentos na pontuação para resposta à manipulação nos
momentos 4 horas e 6 horas.
Momento
Morfina - Tramadol Morfina - Buprenorfina Tramadol - Buprenorfina
U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p
LOC4H 20,0 -2,828 0,005* 42,0 -0,658 0,511 20,0 -2,814 0,005*
LOC6H 35,0 -1,826 0,068 39,5 -0906 0,365 25,0 -2,492 0,013*
a
Valor da estatística U do Teste de Mann-Whitney.
b
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 22- Estatística descritiva da locomoção dos animais nos momentos do teste.
Tabela 23– Diferenças entre tratamentos na pontuação para o apetite nos momentos 2 horas e 6
horas.
Momento
Morfina - Tramadol Morfina - Buprenorfina Tramadol - Buprenorfina
U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p
APT2H 39,0 -0,892 0,372 20,0 -2,814 0,005* 10,0 -3,453 0,001*
APT6H 33,0 -1,426 0,154 25,0 -2,492 0,013* 15,0 -3,199 0,001*
a
Valor da estatística U do Teste de Mann-Whitney.
b
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
MOMENTO GRUPOS N Média S
LOCPRÉ
Morfina 10 0,00 0,00
Tramadol 10 0,00 0,00
Buprenorfina 10 0,00 0,00
LOC1H
Morfina 10 2,20 0,42
Tramadol 10 1,60 0,97
Buprenorfina 10 1,40 1,27
LOC2H
Morfina 10 1,90 0,74
Tramadol 10 0,80 1,03
Buprenorfina 10 1,60 1,17
LOC4H
Morfina 10 1,10 0,99
Tramadol 10 0,00 0,00
Buprenorfina 10 1,40 1,27
LOC6H
Morfina 10 0,70 1,16
Tramadol 10 0,00 0,00
Buprenorfina 10 1,20 1,32
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 24- Estatística descritiva do apetite dos animais nos momentos de teste.
MOMENTO GRUPOS N Média S
APT2H
Morfina 10 2,20 0,79
Tramadol 10 1,90 0,74
Buprenorfina 10 3,00 0,00
APT6H
Morfina 10 2,20 0,92
Tramadol 10 1,60 0,97
Buprenorfina 10 3,00 0,00
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 25- Estatística descritiva da freqüência cardíaca para cada grupo de teste nos momentos
basal, pós-operatória, 10 minutos, 20 minutos, 30 minutos, 1 hora, 2 horas, 4 horas e 6 horas.
MOMENTO GRUPOS N Média S
FCBASAL
Morfina 10 169,20 22,08
Tramadol 10 172,40 16,05
Buprenorfina 10 186,40 25,38
FCPÓS
Morfina 10 171,80 26,14
Tramadol 10 182,00 23,72
Buprenorfina 10 179,60 20,78
FC10M
Morfina 10 177,30 26,99
Tramadol 10 178,20 21,38
Buprenorfina 10 180,90 21,41
FC20M
Morfina 10 177,20 24,08
Tramadol 10 179,30 25,78
Buprenorfina 10 174,90 20,26
FC30M
Morfina 10 177,10 25,98
Tramadol 10 179,60 23,59
Buprenorfina 10 168,10 17,40
FC1H
Morfina 10 186,00 31,11
Tramadol 10 175,60 20,08
Buprenorfina 10 182,40 14,01
FC2H
Morfina 10 172,40 20,17
Tramadol 10 172,00 13,73
Buprenorfina 10 182,80 15,09
FC4H
Morfina 10 172,00 28,54
Tramadol 10 164,00 11,93
Buprenorfina 10 184,00 11,62
FC6H
Morfina 10 170,80 25,86
Tramadol 10 167,60 15,37
Buprenorfina 10 188,40 11,23
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 26– Diferenças entre as freqüências cardíacas apresentadas pelos grupos após 4 horas e
6 horas.
Momentos
Morfina - Tramadol Morfina - Buprenorfina Tramadol - Buprenorfina
U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p
FC4H 45,0 -0,383 0,702 31,5 -1,421 0,155 10,5 -3,011 0,003*
FC6H 48,5 -0,116 0,907 30,5 -1,485 0,137 14,0 -2,747 0,006*
a
Valor da estatística U do Teste de Mann-Whitney.
b
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 27– Teste de Wilcoxon para freqüência cardíaca.
Grupos
Morfina Tramadol Buprenorfina
Z
a
p Z
a
p Z
a
p
FCBAS - FCPÓS -0,526 0,599 -1,794 0,073 -0,631 0,528
FCBAS - FC10M -0,816 0,415 -1,074 0,283 -0,459 0,646
FCBAS - FC20ML -0,593 0,553 -1,172 0,241 -0,892 0,373
FCBAS - FC30M -0,306 0,760 -1,072 0,284 -2,090 0,037*
FCBAS - FC1H -1,481 0,139 -0,256 0,798 -0,534 0,593
FCBAS - FC2H -0,460 0,646 -0,119 0,905 -0,051 0,959
FCBAS - FC4H -0,051 0,959 -1,535 0,125 -0,306 0,759
FCBAS - FC6H 0,000 1,000 -1,368 0,171 -0,204 0,838
FCPÓS - FC10M -0,663 0,508 -0,561 0,575 -0,051 0,959
FCPÓS - FC20M -0,356 0,722 -0,153 0,878 -0,867 0,386
FCPÓS - FC30M -0,153 0,878 -0,153 0,878 -1,020 0,308
FCPÓS - FC1H -1,365 0,172 -0,702 0,483 -0,341 0,733
FCPÓS - FC2H -0,119 0,906 -1,072 0,284 -0,634 0,526
FCPÓS - FC4H -0,565 0,572 -1,904 0,057 -0,772 0,440
FCPÓS - FC6H -1,009 0,313 -1,634 0,102 -0,890 0,373
FC10M - FC20M 0,000 1,000 -0,612 0,540 -0,918 0,359
FC10M - FC30M -0,140 0,889 -0,507 0,612 -1,582 0,114
FC10M - FC1H -1,125 0,260 -0,306 0,760 -0,051 0,959
FC10M - FC2H -0,178 0,859 -1,073 0,283 -0,357 0,721
FC10M - FC4H -0,178 0,859 -1,682 0,093 -0,714 0,475
FC10M - FC6H -0,612 0,541 -1,719 0,086 -1,172 0,241
FC20M - FC30M -0,178 0,859 -0,178 0,859 -1,364 0,173
FC20M - FC1HM -0,816 0,415 -0,561 0,575 -0,969 0,333
FC20M - FC2H -0,415 0,678 -1,070 0,285 -1,073 0,283
FC20M - FC4H -0,357 0,721 -1,784 0,074 -1,072 0,284
FC20M - FC6H -0,533 0,594 -1,428 0,153 -1,478 0,139
FC30M - FC1H -0,593 0,553 -0,711 0,477 -1,682 0,093
FC30M - FC2H -0,561 0,575 -1,123 0,262 -1,478 0,139
FC30M - FC4HM -0,533 0,594 -1,784 0,074 -1,785 0,074
FC30M - FC6H -0,561 0,575 -1,482 0,138 -2,142 0,032*
FC1H - FC2H -0,767 0,443 -0,358 0,720 -0,120 0,905
FC1H - FC4H -1,122 0,262 -2,055 0,040* -0,255 0,799
FC1H - FC6H -1,248 0,212 -0,595 0,552 -0,946 0,344
FC2H - FC4H -0,059 0,953 -1,693 0,090 -0,154 0,878
FC2H - FC6H -0,070 0,944 -1,136 0,256 -1,069 0,285
FC4H - FC6H -0,634 0,526 -0,475 0,635 -1,362 0,173
a
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
Test Statistics(d)
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 28- Estatística descritiva da freqüência respiratória para cada grupo de teste nos
momentos basal, pós-operatório, 10 minutos, 20 minutos, 30 minutos, 1 hora, 2 horas, 4 horas e 6
horas.
MOMENTO GRUPOS N Média S
FRBASAL
Morfina 10 68,80 33,30
Tramadol 10 70,40 24,38
Buprenorfina 10 61,20 34,21
FRPÓS
Morfina 10 52,00 17,28
Tramadol 10 60,00 23,09
Buprenorfina 10 54,50 19,92
FR10M
Morfina 10 26,80 5,35
Tramadol 10 26,40 6,59
Buprenorfina 10 25,20 9,44
FR20M
Morfina 10 22,40 3,86
Tramadol 10 24,00 7,06
Buprenorfina 10 27,20 14,58
FR30M
Morfina 10 23,20 5,27
Tramadol 10 26,00 6,86
Buprenorfina 10 27,20 7,25
FR1H
Morfina 10 39,60 15,83
Tramadol 10 47,60 17,02
Buprenorfina 10 47,60 23,66
FR2H
Morfina 10 32,00 11,93
Tramadol 10 48,40 13,26
Buprenorfina 10 39,60 10,91
FR4H
Morfina 10 36,00 8,84
Tramadol 10 52,40 15,37
Buprenorfina 10 43,20 19,40
FR6H
Morfina 10 44,00 23,09
Tramadol 10 47,60 13,13
Buprenorfina 10 46,00 26,95
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 29– Diferenças entre as freqüências respiratórias apresentadas pelos grupos após 4 horas
e 6 horas.
Momentos
Morfina - Tramadol Morfina - Buprenorfina Tramadol - Buprenorfina
U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p
FR2H 16,0 -2,592 0,010* 28,5 -1,641 0,101 33,0 -1,299 0,194
a
Valor da estatística U do Teste de Mann-Whitney.
b
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
.
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 30 – Teste de Wilcoxon para freqüência respiratória.
Grupos
Morfina Tramadol Buprenorfina
Z
a
p Z
a
p Z
a
p
FRBAS - FRPÓS -1,531 0,126 -1,540 0,124 -1,009 0,313
FRBAS - FR10M 2,812 0,005* -2,807 0,005* -2,310 0,021
FRBAS - FR20M -2,805 0,005* -2,807 0,005* -2,347 0,019
FRBAS - FR30M -2,809 0,005* -2,805 0,005* -2,193 0,028
FRBAS - FR1H -2,812 0,005* -2,675 0,007* -1,263 0,206
FRBAS - FR2H -2,807 0,005* -2,670 0,008* -1,995 0,046
FRBAS - FR4H 2,705 0,007* -1,660 0,097 -1,429 0,153
FRBAS - FR6H -1,956 0,050 -2,403 0,016* -1,532 0,126
FRPÓS - FR10M -2,668 ,0008* -2,807 0,005* -2,501 0,012
FRPÓS - FR20M -2,680 0,007* -2,807 0,005* -2,244 0,025
FRPÓS - FR30M -2,823 0,005* -2,810 0,005* 2,601 0,009
FRPÓS - FR1H -2,501 0,012* -1,827 0,068 -0,770 0,441
FRPÓS - FR2H -2,668 0,008* -2,035 0,042* -2,094 0,036
FRPÓS - FR4H -2,807 0,005* -0,981 0,326 -1,481 0,139
FRPÓS - FR6H -1,605 0,108 -1,906 0,057* -1,276 0,202
FR10M - FR20M -2,032 0,042* -1,289 0,197 -0,085 0,932
FR10M - FR30M -2,060 0,039* -0,447 0,655 -0,497 0,619
FR10M - FR1H -2,310 0,021* -2,515 0,012* -2,439 0,015
FR10M - FR2H -1,272 0,203 -2,655 0,008* -2,673 0,008
FR10M - FR4H -2,316 0,021* -2,805 0,005* -2,609 0,009
FR10M - FR6H -2,308 0,021* -2,673 0,008* -2,499 0,012
FR20M - FR30M -0,378 0,705 -0,905 0,366 ,000 1,000
FR20M - FR1H -2,552 0,011* -2,603 0,009* -2,533 0,011
FR20M - FR2H -2,264 0,024* -2,712 0,007* -2,084 0,037
FR20M - FR4H -2,661 0,008* -2,812 0,005* -1,899 0,058
FR20M - FR6H -2,492 0,013* -2,677 0,007* -1,843 0,065
FR30M - FR1H -2,524 0,012* -2,613 0,009* -2,710 0,007
FR30M - FR2H -2,375 0,018* -2,677 0,007* -2,546 0,011
FR30M - FR4H 2,680 0,007* -2,668 0,008* -2,536 0,011
FR30M - FR6H -2,524 0,012* -2,812 0,005* -2,714 0,007
FR1H - FR2H -2,108 0,035* -0,282 0,778 -1,131 0,258
FR1H - FR4H -0,905 0,365 -0,102 0,918 -,654 0,513
FR1H - FR6H -0,339 0,735 -0,059 0,953 -,631 0,528
FR2H - FR4H -1,449 0,147 -0,933 0,351 -,315 0,752
FR2H - FR6H -1,136 0,256 -0,353 0,724 -,172 0,863
FR4H - FR6H -0,954 0,340 -0,773 0,439 -,426 0,670
a
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 31- Estatística descritiva da saturação de oxigênio na hemoglobina para cada grupo de
teste nos momentos 10 minutos, 20 minutos, e 30 minutos.
MOMENTO GRUPOS N Média S
Spo
2
10M
Morfina 10 96,60 1,17
Tramadol 10 96,80 1,32
Buprenorfina 10 97,80 1,23
Spo
2
20M
Morfina 10 96,60 1,27
Tramadol 10 96,40 0,97
Buprenorfina 10 97,90 1,37
Spo
2
30M
Morfina 10 97,00 1,25
Tramadol 10 96,20 1,23
Buprenorfina 10 98,00 1,33
Tabela 32 Diferenças entre a saturação de oxigênio na hemoglobina apresentada pelos grupos
após 20 minutos e 30 minutos.
Momentos
Morfina - Tramadol Morfina - Buprenorfina Tramadol - Buprenorfina
U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p
Spo
2
20M 47,0 -0,236 0,813 23,5 -2,065 0,039* 18,5 -2,461 0,014*
Spo
2
30M 32,0 -1,418 0,156 26,0 -1,879 0,060 16,0 -2,631 0,009*
a
Valor da estatística U do Teste de Mann-Whitney.
b
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
Tabela 33 – Teste de Wilcoxon para saturação de oxigênio na hemoglobina.
Grupos
Morfina Tramadol Buprenorfina
Z
a
p Z
a
p Z
a
p
SPO210M - SPO220M -0,087 0,931 -0,690 0,490 0,000 1,000
SPO210M - SPO230M -0,957 0,339 -0,923 0,356 -0,447 0,655
SPO220M - SPO230M -0,948 0,343 -0,687 0,492 -0,577 0,564
a
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 34 - Estatística descritiva da pressão arterial sistólica para cada grupo de teste nos
momentos 10 minutos, 20 minutos, e 30 minutos.
MOMENTO GRUPOS N Média S
PAS10M
Morfina 10 100,00 24,04
Tramadol 10 90,00 25,37
Buprenorfina 10 85,00 29,16
PAS20M
Morfina 10 104,40 26,80
Tramadol 10 96,00 27,57
Buprenorfina 10 92,00 28,60
PAS30M
Morfina 10 105,00 27,18
Tramadol 10 96,00 23,19
Buprenorfina 10 83,70 24,61
Tabela 35 – Teste de Wilcoxon para pressão arterial sistólica.
Grupos
Morfina Tramadol Buprenorfina
Z
a
p Z
a
p Z
a
p
PAS10M – PAS20M -0,205 0,837 -0,599 0,549 -1,015 0,310
PAS10M – PAS30M -0,462 0,644 -0,768 0,443 -0,423 0,673
PAS20M – PAS30M -0,255 0,799 0,000 1,000 -1,612 0,107
a
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 36 - Estatística descritiva das temperaturas para cada grupo de teste nos momentos basal,
pós-MPA, 1 hora, 2 horas, 4 horas e 6 horas.
MOMENTO GRUPOS N Média S
TBASAL
Morfina 10 39,39 0,65
Tramadol 10 39,14 0,60
Buprenorfina 10 38,72 0,58
TPÓS
Morfina 10 39,34 0,59
Tramadol 10 38,97 0,73
Buprenorfina 10 38,49 0,68
T1H
Morfina 10 37,92 1,21
Tramadol 10 38,72 0,73
Buprenorfina 10 38,26 1,04
T2H
Morfina 10 38,89 0,82
Tramadol 10 39,06 0,71
Buprenorfina 10 38,52 1,17
T4H
Morfina 10 39,27 0,59
Tramadol 10 39,17 0,55
Buprenorfina 10 39,02 0,55
T6H
Morfina 10 39,43 0,43
Tramadol 10 39,32 0,54
Buprenorfina 10 39,07 0,51
Tabela 37 – Diferenças entre as temperaturas apresentadas pelos grupos pós-MPA.
Momentos
Morfina - Tramadol
Morfina -
Buprenorfina Tramadol - Buprenorfina
U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p
TPós 44,0 -0,458 0,647 16,0 -2,582 0,010* 26,0 -1,820 0,069
a
Valor da estatística U do Teste de Mann-Whitney.
b
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
9.3 APÊNDICE 3
Tabela 38 – Teste de Wilcoxon para temperatura.
Grupos
Morfina Tramadol Buprenorfina
Z
a
p Z
a
p Z
a
p
TBAS - TPÓS -0,492 0,623 -2,079 0,038* -1,904 0,057
TBAS - T1H -2,810 0,005* -1,637 0,102 -1,428 0,153
TBAS - T2H -2,153 0,031* -0,475 0,635 -0,652 0,514
TBAS - T4H -0,920 0,357 -0,634 0,526 -1,123 0,261
TBAS - T6H -0,297 0,766 -0,891 0,373 -1,226 0,220
TPÓS - T1H -2,803 0,005* -1,174 0,241 -0,971 0,332
TPÓS - T2H -1,992 0,046* -0,153 0,878 -0,102 0,919
TPÓS - T4H -0,238 0,812 -1,330 0,183 -2,047 0,041*
TPÓS - T6H -0,831 0,406 -1,543 0,123 -2,079 0,038*
T1H - T2H -2,807 0,005* -1,583 0,113 -1,601 0,109
T1H - T4H -2,547 0,011* -2,136 0,033* -2,549 0,011*
T1H - T6H -2,599 0,009* -1,887 0,059 -2,552 0,011*
T2H - T4H -1,543 0,123 -0,831 0,406 -1,682 0,092
T2H - T6H -2,173 0,030* -1,224 0,221 -1,481 0,139
T4H - T6H -0,772 0,440 -1,126 0,260 -,359 0,720
a
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
Tabela 39- Estatística descritiva da glicemia para cada grupo de teste nos momentos pré-
operatório, 1 hora e 6 horas.
MOMENTO GRUPOS N Média S
GLPRÉ
Morfina 10 76,30 18,61
Tramadol 10 75,20 19,21
Buprenorfina 10 80,10 24,33
GL1H
Morfina 10 137,40 47,12
Tramadol 10 117,90 41,04
Buprenorfina 10 137,50 41,71
GL6H
Morfina 10 96,00 21,55
Tramadol 10 91,70 11,29
Buprenorfina 10 139,00 27,24
9.3 APÊNDICE 3
a
Valor da estatística U do Teste de Mann-Whitney.
b
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
.
Tabela 41 – Teste de Wilcoxon para glicemia.
Grupos
Morfina Tramadol Buprenorfina
Z
a
p Z
a
p Z
a
p
GL1H - GLPRÉ -2,701 0,007* -2,803 0,005* -2,803 0,005*
GL6H - GLPRÉ -1,423 0,155 -1,428 0,153 -2,803 0,005*
GL6H - GL1H -1,784 0,074 -1,274 0,203 -0,459 0,646
a
Valor da estatística Z para 1 grau de liberdade e α < 0,05 estabelecido a priori.
* Estatisticamente diferentes ao nível p < 0,05
Tabela 40 – Diferenças entre a glicemia dos grupos após 6 horas.
Momentos
Morfina - Tramadol
Morfina -
Buprenorfina Tramadol - Buprenorfina
U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p U
a
Z
1;0,05
b
p
GL6H 49,0 -0,076 0,939 8,0 -3,177 0,001* 2,0 -3,630 0,000*
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