Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
MÁRCIO BORBA DA SILVA
ASSEMBLÉIAS DE AMEBAS TESTÁCEAS (Amoebozoa:
Rhizopoda) ASSOCIADAS A RIZOSFERA DE Eichhornia
crassipes (Martius) Solomons (Pontederiaceae) NO RIO
CACHOEIRA, BAHIA.
ILHÉUS - BAHIA
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
2
MÁRCIO BORBA DA SILVA
ASSEMBLÉIAS DE AMEBAS TESTÁCEAS (Amoebozoa:
Rhizopoda) ASSOCIADAS A RIZOSFERA DE Eichhornia
crassipes (Martius) Solomons (Pontederiaceae) NO RIO
CACHOEIRA, BAHIA.
ILHÉUS - BAHIA
2008
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Sistemas Aquáticos Tropicais do
Departamento de Ciências Biológicas da
Universidade Estadual de Santa Cruz, para
obtenção do título de Mestre em Sistemas
Aquáticos Tropicais
Área de concentração: Ecologia de Ecossistemas
Orientador: Prof. Dra. Sylvia Maria Moreira Susini
Ribeiro
Co orientador: Prof. Dra. Eli Ana Traversim
Gomes
ads:
3
S586 Silva, Márcio Borba da.
Assembléias de amebas testáceas (Amoebozoa: Rhi- zopoda)
associadas a rizosfera de Eichhornia crassipes (Martius)
Solomons (Pontederiaceae) no Rio Cachoeira,
Bahia / Márcio Borba da Silva . – Ilhéus, BA: UESC, 2008.
[xiv], 115 f. : il.
Orientadora: Sylvia Maria Moreira Susini Ribeiro.
Co-orientadora: Eli Ana Traversim Gomes.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de
Santa Cruz. Programa de Pós-graduação em Sistemas Aquáticos
Tropicais.
Inclui bibliografia e apêndice.
1. Ecossistemas aquáticos. 2. Amebas testáceas.
3. Macrófitas aquáticas. 4. Cachoeira, Rio (BA). I. Título.
CDD 579.432
4
MÁRCIO BORBA DA SILVA
ASSEMBLÉIAS DE AMEBAS TESTÁCEAS (Amoebozoa:
Rhizopoda) ASSOCIADAS A RIZOSFERA DE Eichhornia
crassipes (Martius) Solomons (Pontederiaceae) NO RIO
CACHOEIRA, BAHIA.
Ilhéus – BA, 30/05/2008
_______________________________________
Sylvia Maria Moreira Susini Ribeiro – Dr.
UESC/DCB
(Orientador)
_______________________________________
Guisla Boehs – Dr.
UESC/DCB
_______________________________________
Luiz Felipe Machado-Velho – Dr.
UEM / NUPELIA
5
DEDICATÓRIA
A minha mãe Maridalva Souza Borba por ter
acreditado no meu potencial, me apoiando
em todos os momentos da minha vida,
exemplo de determinação e perseverança,
afinal mostrou-me que não existe derrota que
derrote aquele que nasceu pra vencer.
6
AGRADECIMENTO
Todo trabalho de pesquisa é fruto da colaboração, em maior ou menor escala, de várias
pessoas das diversas áreas. Tal cooperação é crucial para a produção científica e, sobretudo
para o crescimento humano. Assim, nestas páginas gostaria de agradecer:
A Deus, pela vida concedida e por sempre estar presente nela!
A Professora Dra. Sylvia Maria Moreira Susini Ribeiro, pela orientação inestimável,
aceitando este desafio, com competência, seriedade, confiança e paciência;
A Professora Dra. Eli Ana Traversim Gomes (UNIGRANRIO), por acreditar em mim e
apoiar no início do mestrado.
Ao Professor Dr. Luís Felipe Machado-Velho (NUPELIA-UEM), pela orientação no
traçado da metodologia, na taxonomia das amebas testáceas, no envio de materiais cruciais
para o desenvolvimento deste trabalho, além da dedicação, competência, seriedade, confiança
e paciência que demonstrou, principalmente diante dos meus questionamentos tão primários
frente ao seu elevado grau de conhecimento, mas que sempre foram tratados com seriedade.
Obrigado professor, contribuístes significativamente para minha formação;
A UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz), através do Programa de Pós-
Graduação em Sistemas Aquáticos Tropicais, na pessoa da sua coordenadora Dra. Erminda
Conceição Guerreiro Couto pelos infindáveis esforços pela melhoria na qualidade do curso,
apesar de todas as dificuldades;
A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior), pelo
auxílio através de Bolsa de Estudos;
A mestranda Márcia Emilia de Jesus Trindade, ao Biólogo Luis Alberto Vieira e a
graduanda Simone Oliveira Araújo pelo auxílio nas coletas e no processamento do material;
Ao Laboratório de Oceanografia Química da UESC, nas figuras dos Professores Drs.
Marcelo Friederichs Landim de Souza e Daniela Mariano Lopes da Silva, da Mestre Maria
Aparecida Macedo Silva e das mestrandas Gilmara Fernandes Eça e Ananda Marson Silva
pelo auxílio nas análises físico-químicas e na análise de Clorofila - a e feopigmentos;
Ao Laboratório de Micromorfologia Vegetal da UEFS, nas figuras dos Professores Drs.
Francisco de Assis Ribeiro dos Santos e Cláudia Elena Carneiro, pela acolhida durante
minhas análises biológicas e pelo clima sempre agradável neste laboratório;
Ao Mestrando Ricardo Landim (Programa de Pós-Graduação em Botânica, UEFS) pelo
auxílio na confecção das lâminas permanentes;
7
Ao Biólogo e mestrando Jaílson Novais (PPG Botânica - UEFS) pelo auxílio nas
fotomicrografias;
À Professora Dra. Marileide Dias Saba (UNEB) pelo apoio, carinho e compartilhamento
das minhas angústias nas análises biológicas desenvolvidas no LAMIV – UEFS;
Ao Biólogo do LAMIV UEFS doutorando Paulino Pereira Oliveira pelo auxílio em
todos os momentos nas análises biológicas;
Ao Professor Esp. Paulo Tadeu Silva Costa (UEFS), pela amizade, profissionalismo e
acima de tudo por ter concedido a primeira oportunidade de conhecer e aprender sobre
protozoários, afinal foi a partir daí que tudo começou;
Aos Drs. Flávio França e Efigênia Mello, do Departamento de Ciências Biológicas
(UEFS) pelo apoio, atenção e identificação da macrófita aquática;
A EMASA (Empresa Municipal de Águas e Saneamento – Itabuna), na figura do
Economista Anderson Alves Santos, assessor econômico-ambiental da EMASA pelas
informações sobre os esgotos de Itabuna;
Ao Professor Dr. Neylor Calazans Rego (UESC) pelas médias históricas mensais dos
dados fluviométricos fornecidos acerca do Rio Cachoeira;
À ANA (Agência Nacional de Águas) pelos dados fornecidos acerca da vazão do rio
Cachoeira durante o período deste estudo;
A Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (SRH) pelo fornecimento dos dados
metereológicos da região;
A Biblioteca Setorial do NUPELIA (Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e
Aqüicultura) da Universidade Estadual de Maringá pelo auxílio no material bibliográfico;
A turma do Laboratório de Zooplâncton do NUPELIA (UEM) pela acolhida no
laboratório durante a confirmação da identificação das espécies de amebas testáceas;
A Doutoranda Geziele Mucio Alves (Programa de Pós-Graduação em Ecologia de
Ambientes Aquáticos Continentais - UEM) pelo auxílio e discussões na identificação da
“galerinha pequena” (amebas testáceas), muito obrigado;
A Banca Examinadora de Qualificação, Profª Dra. Sylvia Maria Moreira Sussini,
Ribeiro, Profº Dr. Alexandre Schiavetti e Profª. Dra. Ana Cristina Schilling, pelas
contribuições e valiosas sugestões;
A Banca Examinadora de Defesa Pública, Profª Dra. Sylvia Maria Moreira Susini,
Ribeiro, Profª Dra. Guisla Boehs e Profº Dr. Luiz Felipe Machado Velho, não pela leitura
crítica do trabalho, mas também pelas sugestões;
8
A todos os professores que compuseram as bancas dos seminários em Sistemas
Aquáticos Tropicais I, II e III, e que acompanharam o meu trabalho em todas as fases, dando
sugestões valiosas;
Ao professor Dr. Vladimir Stolzenberg Torres (Universidade Estadual do Rio Grande do
Sul) pela atenção, sugestões e envio de material, muito obrigado;
Ao Professor Dr. Fábio Amoedo Lansac-Tôha (NUPELIA-UEM), pela atenção, carinho
em responder as minhas solicitações, sempre com eficiência e simplicidade;
A Professora Doutoranda Nanci Akemi Missawa (UNIVAG), pela atenção, carinho em
responder as minhas solicitações e envio de material bibliográfico;
A Professora Dra. Sigrid Neumann-Leitão (UFPE) pelo envio de material bibliográfico;
A Secretária do PPGSAT/UESC Lidiana Aires pelos serviços prestados e pela
colaboração;
À Professora Msc. Ana Paula Lima do Couto pela amizade e auxílio na secagem das
macrófitas;
Ao Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana, pelo apoio no
processamento das macrófitas;
A minha ex-orientadora Professora Dra. Flora Acuña Juncá (UEFS) pelo carinho,
amizade e atendimento sempre cordial durantes estes 07 anos, incluindo o mestrado;
A professora Dra. Maria da Glória Sampaio Gomes (UEFS) pela amizade, carinho e
conselhos sempre úteis e construtivos, exemplo de ser Humano;
Aos colegas e amigos do curso, Márcia Emília de Jesus Trindade, Pollianna Santos
Ferraz, Daniele Ramalho Serra, Carlos Alexandre Malta Oliveira, Paula de Pádua Moreira,
Joselene Badú de Brito Santos, Marcos Antônio Leati Pelaes, Viviane Souza Martins, Tiago
de Moraes Lenz e Marco Aurélio Munhoz por terem dividido comigo os bons e maus
momentos deste trabalho;
Ao setor de Transporte da UESC, por disponibilizar o carro para realização das coletas;
Aos meus amigos que deixaram essa jornada mais leve e interessante, me apoiando e
dando forças para prosseguir, em especial a Ana Paula Lima do Couto, Carla Ribeiro, Edlan,
Erivaldo Carneiro Júnior, I Barbosa dos Santos, João Rodrigo Santos da Silva, Juliana
Almeida Torres Brito, Maria José Rocha Ribeiro, Nayara César, Rodrigo de Queiroz Oliveira,
Thiala Fernandes Paz e Vinina Ferreira da Silva pelo incentivo, companherismo, carinho e
amizade.
9
A minha avó Maria Júlia de Almeida in memorian por ter me possibilitado o
encantamento com os seres vivos desde criança, além de sempre me acompanhar mesmo que
em outro plano.
A minha família, pelo apoio, em especial os meus irmãos Rosana Borba de Almeida e
Deybson Borba de Almeida e a minha sobrinha Thaynara Borba de Almeida. A minha mãe
Maridalva Souza Borba por ter me presenteado com a oportunidade de chegar até aqui sempre
me apoiando, incentivando, acreditando em mim e acima de tudo me amando...
A meu pai Ronaldo Abreu da Silva, que conseguiu superar todas as dificuldades com
maestria.
A Manú, meu amor, pelo companherismo, amizade, ombro amigo, e carinho concedido
integralmente.
Gostaria ainda de agradecer a todas as pessoas, mesmo as não citadas, que direta ou
indiretamente contribuíram para que pudesse chegar até aqui, logo muito obrigado.
10
“... No ano de 1675, em meados de
Setembro... descobri criaturas vivas na água
da chuva que ficara estagnada por alguns
dias num novo barril... Isso encorajou-me a
investigar essa água mais atentamente, já que
esses animáculos me pareciam aos olhos
mais de dez mil vezes menores do que o
[animal]... de nome pulga-d'água, que se
pode ver em movimento na água à vista
desarmada”.
Antony Van Leeuwenhoek
“Não existem limites para aqueles que
possuem a capacidade de sonhar e, a
determinação de transformar seu sonho em
realidade”.
Autor desconhecido
11
ASSEMBLÉIAS DE AMEBAS TESTÁCEAS (Amoebozoa: Rhizopoda)
ASSOCIADAS A RIZOSFERA DE Eichhornia crassipes (Martius)
Solomons (Pontederiaceae) NO RIO CACHOEIRA, BAHIA.
Autor: MÁRCIO BORBA DA SILVA
Orientador: Profª. Dra. SYLVIA MARIA MOREIRA SUSINI RIBEIRO
Co-Orientador: Profª. Dra. ELI ANA TRAVERSIM GOMES
RESUMO
Estudos envolvendo microorganismos associados e/ou aderidos a macrófitas aquáticas
são escassos. Assim, considerando a importância das amebas testáceas (Amoebozoa:
Rhizopoda) no metabolismo de ambientes aquáticos e a escassez de informações sobre a
diversidade das tecamebas, este trabalho teve como objetivo determinar a composição,
abundância, biomassa e as variações sazonais das amebas testáceas associadas a estandes de
Eichhornia crassipes no rio Cachoeira, em dois períodos hidrológicos, correlacionando-as
com parâmetros ambientais. Foram inventariados 115 taxa de amebas testáceas associadas a
rizosfera de E. crassipes, pertencentes a 10 famílias, 14 gêneros, 96 espécies e 19 variedades,
distribuídos nas seguintes famílias: Difflugidae (42 taxa), Arcellidae (21 taxa), Centropyxidae
(14 taxa), Euglyphidae, Lesquereusiidae (11 taxa cada), Cryptodifflugiidae (7 taxa),
Cyphoderiidae (1 taxa), Hyalospheniidae (2 taxa), Trigonopyxidae e Trinematiidae (3 taxa
cada). As assembléias de amebas testáceas associadas a E. crassipes apresentaram variações
sazonais significativas somente em termos quantitativos (densidade e biomassa), ligadas a
sazonalidade hidrológica bem marcada (variação fluviométrica) do rio Cachoeira; entretanto,
em termos qualitativos, houve elevada similaridade na composição das assembléias (riqueza e
diversidade de espécies) observadas nos dois períodos. As menores densidades e biomassas
das tecamebas foram verificadas no período de maior vazão, devido ao efeito de diluição
causado pela redução do nível fluviométrico; e as maiores foram observadas no período de
menor vazão, devido à redução na velocidade da água e ao aumento da eutrofização
(biomassa fitoplanctônica) do meio. A principal forçante responsável pelas variações
observadas na estrutura das assembléias de amebas testáceas no rio Cachoeira foi o efeito
combinado da variação fluviométrica e do represamento e sua conseqüente eutrofização.
Palavras-Chaves: Amebas Testáceas; Eichhornia crassipes; rizosfera; rio Cachoeira;
Nordeste, Brasil.
12
ASSEMBLAGE OF TESTATE AMOEBAE (Amoebozoa: Rhizopoda)
ASSOCIATED WITH THE RIZOSPHERE OF Eichhornia crassipes
(Martius) Solomons (Pontederiaceae) IN THE CACHOEIRA RIVER,
BAHIA.
Author: MÁRCIO BORBA DA SILVA
Adviser: Profª. Dra. SYLVIA MARIA MOREIRA SUSINI RIBEIRO
Co-adviser: Profª. Dra. ELI ANA TRAVERSIM GOMES
ABSTRACT
Studies on microorganisms associated or adhered to aquatic macrophytes are scarce.
Due to the important role that testate amoebae (Amoebozoa: Rhizopoda) have in the
metabolism of inland waters and the scarcity of information about diversity of this group, the
objective of this study was to characterize the composition, abundance, biomass and the
sazonal variations of testate amoebae associated with Eichhornia crassipes stands in this
river, in two hydrologic periods, and to correlate them with environmental parameters. This
work registered 115 taxa of testate amoebae associated with the rizosphere of E. crassipes,
belonging to 10 families, 14 genera, 96 species and 19 varieties, distributed in Difflugidae (42
taxa), Arcellidae (21 taxa), Centropyxidae (14 taxa), Euglyphidae, Lesquereusiidae (11 taxa
each), Cryptodifflugiidae (7 taxa), Cyphoderiidae (1 taxa), Hyalospheniidae (2 taxa),
Trigonopyxidae and Trinematiidae (3 taxa each). Assemblages of testate amoebae associated
with E. crassipes showed significant quantitative sazonal variation (density and biomass)
associated with the strong hydrological sazonality (fluviometric variation) of the Cachoeira
river. However, in qualitative terms, high similarity was observed within the assemblage
composition (richness and species diversity) in the two hydrological periods. Lower densities
and biomass of testate amoebae were verified in the higher hydrological discharge period due
to dilution effect caused by the reduction of fluviometric level. Higher densities and biomass
were observed in the lower hydrological discharge period, due to the reduction in the water
speed and to the enhancement of the environmental eutrophication (phytoplanktonic biomass).
The main forces that explained the changes observed in the structure of the testate amoebae
assemblages were the combined effect of fluviometric variation, catchments and
eutrophication in the Cachoeira river.
KEYWORDS: Testate amoebae; Eichhornia crassipes; rizosphere; Cachoeira river;
Northeast Brazil.
13
LISTA DE FIGURAS
1. Mapa da área de estudo no rio Cachoeira - BA, evidenciando os pontos de coletas (A, B
e C)..................................................................................................................................29
2. Vista parcial do ponto A no Rio Cachoeira; A Período de maior vazão; B Período
de menor vazão. Notar a grande quantidade de Eichhornia crassipes no período de
menor vazão..................................................................................................................30
3. Vista parcial do ponto B no Rio Cachoeira; A Período de maior vazão; B Período
de menor vazão; C e D - Canalização de esgoto desembocando neste
ponto.............................................................................................................................31
4. Rio Cachoeira; A - Represamento do rio no centro da cidade de Itabuna; B Lixo
jogado no rio.................................................................................................................31
5. Vista panorâmica do ponto C no Rio Cachoeira; A e B – Período de maior vazão; C e
D – Período de menor vazão.........................................................................................32
6. Valores médios mensais das vazões fluviais do rio Cachoeira - BA nos últimos 30
anos. (Dados fornecidos pela ANA - Agência Nacional de Águas).............................33
7. A e B - Coleta de Eichhornia crassipes no Rio Cachoeira.......... ................................35
8. Distribuição dos pontos amostrais da análise em componentes principais no plano
fatorial I-II, em função das variáveis ambientais..........................................................46
9. Densidade média (indv./gPS) das amebas testáceas associadas a rizosfera de E.
crassipes por ponto de coleta, para os períodos hidrológicos de maior (novembro de
2006 a janeiro de 2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão do rio Cachoeira
BA.................................................................................................................................49
10. Espécies mais abundantes de amebas testáceas associadas a rizosfera de E. crassipes
por ponto de coleta, para os períodos de maior e menor vazão do rio Cachoeira -
BA.................................................................................................................................51
11. Biomassa (µgC/gPS) das amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes
por ponto de coleta, para os períodos hidrológicos de maior (novembro de 2006 a
janeiro de 2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão do rio Cachoeira
BA.................................................................................................................................52
12. Espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes com maiores
biomassas por ponto de coleta, para os períodos hidrológicos de maior e menor vazão
do rio Cachoeira - BA...................................................................................................54
13. Curvas de Dominância (Whittaker plot) para as espécies de amebas testáceas
associadas as rizosferas de E. crassipes no rio Cachoeira, BA; A - Período de maior
vazão e B - Período de menor vazão fluviométrica......................................................57
14
14. Análise de cluster dos pontos amostrais em função da densidade das amebas testáceas
associadas as rizosferas de E. crassipes no rio Cachoeira - BA...................................59
15. Distribuição dos pontos amostrais no plano fatorial I-II da Análise de Componentes
Principais das variáveis bióticas das assembléias de amebas testáceas e as das
variáveis ambientais......................................................................................................62
15
LISTA DE TABELAS
1. Resumo dos dados de precipitação pluviométrica (mm) e vazão fluviométrica (m
3
/s)
para os meses de novembro de 2006 a janeiro de 2007 e de junho a agosto de
2007...............................................................................................................................43
2. Dados das variáveis ambientais nos pontos amostrados no rio Cachoeira - BA para os
meses de novembro de 2006 a janeiro de 2007 e de junho a agosto de
2007...............................................................................................................................44
3. Proporção das espécies por família das amebas testáceas nos períodos de maior
(novembro/2006 á janeiro/2007) e menor (junho á julho/2007) vazão do rio Cachoeira
– BA..............................................................................................................................47
4. Distribuição das espécies por família das amebas testáceas nos pontos A, B e C, no
período de maior (novembro/2006 a janeiro de 2007) e menor (junho a agosto/2007)
vazão do rio Cachoeira - BA. ........................................................................................48
5. Resultado da Análise de Variância para os dados de densidade (indv./gPS) das amebas
testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes registradas no período de maior
(novembro de 2006 a janeiro de 2007) e menor (junho á agosto a 2007) vazão do rio
Cachoeira - BA..............................................................................................................50
6. Resultado da Análise de Variância para os dados de biomassa (µgC/gPS) das amebas
testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes registradas no período de maior
(novembro de 2006 a janeiro de 2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão do rio
Cachoeira - BA..............................................................................................................53
7. Resultado do Teste de Tukey para os dados de biomassa (µgC/gPS) das amebas
testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes registradas nos pontos amostrais ao
longo do rio Cachoeira - BA.........................................................................................53
8. Índices Ecológicos da assembléia de amebas testáceas associadas as rizosferas de E.
crassipes por ponto amostral e por período hidrológico (maior e menor vazão) do rio
Cachoeira - BA
....................................................................................................................................
55
9. Resultado da Análise de Variância para os dados de riqueza de espécies de amebas
testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes, por período de maior (novembro de
2006 a janeiro de 2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão e por ponto de coleta
no rio Cachoeira - BA...................................................................................................56
10. Resultado da Análise de Variância para os dados de diversidade de espécies das
amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes, por período de maior
(novembro de 2006 a janeiro de 2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão e por
ponto de coleta no rio Cachoeira - BA..........................................................................56
16
11. Coeficiente de Similaridade de Sørensen, por ponto amostral, para as assembléias das
amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes no rio Cachoeira -
BA.................................................................................................................................58
12. Matriz de correlação entre as variáveis ambientais e a estrutura das assembléias de
amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes no rio Cachoeira - BA.......60
13. Escores das variáveis obtidos na Análise de Componentes Principais para os dados
bióticos da assembléia de amebas testáceas (densidade, biomassa, riqueza e
diversidade) e os dados ambientais...............................................................................61
14. Compilação dos trabalhos publicados envolvendo fauna de amebas testáceas
associadas a macrófitas aquáticas em ecossistemas brasileiros....................................71
17
SUMÁRIO
Resumo 11
Abstract 12
Lista de Figuras 13
Lista de Tabelas 15
1. INTRODUÇÃO 18
2. OBJETIVOS 26
3. ÁREA DE ESTUDO 27
3.1 Caracterização da área de estudo 27
3.2 Localização dos pontos amostrais 28
4. MATERIAL E MÉTODOS 33
4.1 Delineamento amostral 33
4.2 Variáveis ambientais 34
4.3 Assembléias de amebas testáceas 35
4.4 Análise da estrutura das assembléias de amebas testáceas 37
4.5 Análises dos dados 40
5. RESULTADOS 43
5.1 Dados ambientais 43
5.2 Assembléias de amebas testáceas 46
5.3 Estrutura das assembléias de amebas testáceas 55
5.4 Influência dos fatores ambientais sobre as assembléias de amebas testáceas 59
6. DISCUSSÃO 63
7. CONCLUSÕES 76
8. RECOMENDAÇÕES 77
REFERÊNCIAS 78
APÊNDICES 95
PRANCHAS 114
18
1. INTRODUÇÃO
A água doce, como fonte primária de recursos para a sociedade, tem sido primordial
para a sobrevivência humana, e o estabelecimento das civilizações no decorrer do tempo tem
ocorrido principalmente baseado na proximidade dos corpos d’ água (TUNDISI, 1999). Na
América do Sul muitas megalópoles encontram-se adjacentes aos rios de grande porte e mais
de 75% de toda a população concentra-se ao longo de suas margens (NEIFF, 1996). O Brasil,
por sua vez, apresenta a maior disponibilidade hídrica do mundo, por onde escoa cerca de
19,5% da água doce superficial do planeta (FREITAS, 2003).
Aproximadamente 14% de todas as espécies do mundo são encontradas no Brasil
(LEWINSOHN & PRADO, 2002). Porém, apesar desta extraordinária riqueza de espécies e
de corpos aquáticos, a biodiversidade em ambientes continentais é pobremente conhecida
(NEVES et al., 2003). O número de espécies é impreciso e difícil de ser estimado devido ao
grande número de bacias hidrográficas jamais inventariadas, à insuficiência no número de
pesquisadores e na infra-estrutura necessária para as amostragens e análises, além do reduzido
número de inventários efetuados e da dispersão das informações, que freqüentemente são de
difícil acesso (AGOSTINHO et al., 2005).
Tal fato é especialmente preocupante quando se considera o ritmo atual de destruição
destes ecossistemas naturais promovidos, sobretudo, pelo desmatamento, poluição e
eutrofização, aliado as altas taxas de extinção de espécies (WILSON, 1997; COUCEIRO et
al., 2007).
A eutrofização (enriquecimento de nutrientes oriundos da entrada de efluentes não
tratados nos corpos aquáticos) tem como um dos seus principais efeitos, o aumento da
biomassa algal e de macrófitas aquáticas, podendo acarretar a geração de compostos nocivos
na água, afetando diretamente o componente social e econômico dos recursos dricos
(MEHNER & BENNDORF, 1995). Além destas comunidades, organismos como bactérias e
protistas, também são afetados direta ou indiretamente por tais perturbações ambientais,
podendo responder até mesmo a baixos níveis de alterações físicas, químicas e biológicas do
ambiente, devido ao reduzido tamanho e a elevada taxa de crescimento (BETTEZ et al., 2002;
SAMUELSSON et al., 2002; PAERL et al., 2003; AUER et al., 2004; PEREIRA, 2005).
Auer e Arndt (2001) relataram que existe pouca informação sobre a influência do
estado trófico do ambiente na estrutura taxonômica e na distribuição dos protistas em sistemas
naturais.
19
Hwang & Heath (1997) observaram populações menos abundantes em águas
oligotróficas e mais abundantes em ambientes eutrofizados.
Os protistas possuem papel ecológico muito importante em sistemas naturais, pois
constituem um dos principais componentes dos ciclos biogeoquímicos globais, regulando o
suprimento e a demanda de carbono orgânico, a ciclagem de nutrientes e o balanço de gás
carbônico e oxigênio dentro e entre os ecossistemas. Estão ainda envolvidos na regeneração
dos principais constituintes orgânicos celulares (carbono, nitrogênio, enxofre e fósforo) e
podem mobilizar elementos essenciais, como vitaminas, para o crescimento e o metabolismo
(ARNDT, 1993; BROCK et al., 1994 apud GOMES & GODINHO, 2004).
Embora a bacterivoria possa ser realizada por metazoários (rotíferos e cladóceros),
estes possuem menor eficiência na captação de células picoplanctônicas do que os protistas.
Em ambientes aquáticos, os protistas têm papel fundamental na ligação entre as bactérias e os
níveis tróficos superiores (alça microbiana), uma vez que se alimentam de partículas de
reduzido tamanho (menores que 1 µm) não assimiladas pelo macrozooplâncton (copépodos e
cladóceros) (BEAVER & CRISMAN, 1982; GILBERT et al., 1998; FOISSNER, 1999;
GOMES & GODINHO, 2003, 2004; GODINHO & REGALI-SELEGHIM, 2005).
Em termos quantitativos, os protistas são importantes forrageadores de
microorganismos em ambientes aquáticos, controlando a abundância de bactérias, podendo
assim incrementar as taxas de decomposição de matéria orgânica (FINLAY & ESTEBAN,
1998; RIBBLETT et al., 2005) e redisponibilizar nitrogênio e fósforo para os outros
organismos da rede trófica (PORTER et al., 1985; CORLISS, 2002; RIBBLETT et al., 2005).
Dentre os protistas, o grupo das amebas testáceas pode regular a densidade fitoplanctônica em
alguns lagos eutróficos (ARNDT, 1993) podendo constituir mais de 30% da biomassa
microbiana nestes ambientes (GILBERT et al., 1998; MITCHELL et al., 2003).
As amebas testáceas (Amoebozoa: Rhizopoda) formam um grupo artificial,
heterogêneo e polifilético de amebóides envolvidos por uma testa apresentando uma abertura
pilomar (abertura na teca) por onde a extrusão e o protraimento dos pseudópodes. A testa
pode apresentar grande variação de formas e dimensões conforme o táxon. Estas amebas
podem ser encontradas nos mais diferentes ambientes (solos, turfeiras, musgos terrestres,
folhas axilares de bromeliáceas e mesmo em áreas de influência marinha), desde que possuam
um mínimo de umidade (OGDEN & HEDLEY, 1980; TORRES & JEBRAM, 1993). Estes
organismos encontram-se preferencialmente associados à vegetação aquática litorânea e ao
20
sedimento dos ambientes dulcícolas, podendo também ocorrer no plâncton (VELHO et al.,
1999; FULONE et al., 2005).
A teca ou testa é secretada pelo próprio organismo. Quando compostas por partículas
autógenas (natureza protéica, silicosa ou calcária), estas partículas são denominadas de
idiossomas. Contudo, a maioria das espécies tem sua teca composta por partículas estranhas,
que podem ser grãos de areias ou frústulas de diatomáceas aglutinadas com cimento autógeno,
sendo estas partículas denominadas de xenossomas. Este cimento é um ácido
mucopolissacarídico com cálcio, ferro, manganês, fósforo e traços de cloro e potássio
(OGDEN & HEDLEY, 1980; MADRID, 2006).
Quanto à filogenia do grupo, muita controvérsia sobre as relações filogenéticas das
amebas testáceas. Estudos recentes, baseados em genes e seqüências do RNAr sugerem que a
Subclasse Testacealobosea De Saedeleer, 1934 (= Ordem Arcellinida Kent, 1880) é
monofilética (NICOLAEV et al., 2005; SMIRNOV et al., 2005). Por outro lado, membros da
Subclasse Testaceafilosea De Saedeleer, 1934 agrupam-se de maneira polifilética (BOLIVAR
et al., 2001; SMIRNOV et al., 2005). Deste modo, devido à inexistência de um consenso
quanto às relações filogenéticas das Testaceofilosea e ao fato do presente estudo abordar
indivíduos de ambas as Subclasses, adotou-se a classificação apenas ao nível de famílias.
Estudos ecológicos de amebas testáceas são, muitas vezes, prejudicados pelas
dificuldades existentes na identificação taxonômica. Características morfológicas,
morfométricas e a composição das testas são freqüentemente utilizadas como caracteres
taxonômicos na identificação das espécies. Porém, de acordo com Wanner (1995), diferentes
condições abióticas podem conduzir a mudanças estruturais na testa destas amebas, o que, por
um lado, dificulta a identificação correta das espécies, podendo resultar em um grande
número de variedades e formas e, por outro, possibilita a sua utilização como bioindicadoras,
desde que sejam bem conhecidos os parâmetros influentes e as alterações decorrentes das
mudanças ambientais.
A grande abundância das amebas testáceas em ecossistemas aquáticos, aliada as
elevadas biomassas e taxas metabólicas, curto período de geração e ciclo de vida possibilitam
investigações sobre processos demográficos das amebas testáceas, tanto em escala espacial
quanto temporal, permitindo verificar as possíveis influências das perturbações ambientais na
estrutura e composição das assembléias destes microorganismos, e conseqüentemente, obter
subsídios para seu uso como indicadores de tais mudanças ambientais (SOMMER, 1994;
HARDOIM, 1997; FOISSNER, 1999; MATTHEEUSSEN et al., 2005).
21
Logo, pode-se utilizá-las como indicadoras de ambientes lacustres contaminados por
resíduos químicos de minas e indústrias, indicadoras de aporte fluvial em regiões estuarinas e
de mudanças nos parâmetros limnológicos em ambientes com diferentes níveis de poluição,
estado trófico e metais pesados. Apesar de algumas espécies serem extremamente resistentes a
ambientes contaminados, outras são muito sensíveis a mudanças naturais, tais como pequenas
alterações de pH, servindo como boas indicadoras deste parâmetro ambiental (MEDIOLI et
al., 1990; ASIOLI et al., 1996; PATTERSON et al., 1996; REINHARDT et al., 1998;
DALBY et al., 2000; KUMAR & PATTERSON, 2000; PATTERSON & KUMAR, 2000;
VINCKE et al., 2004; KAUPPILA et al., 2006; MADRID, 2006).
Estudos destes organismos foram realizados em diferentes hábitats aquáticos do Brasil
(sedimentos, fauna associada à vegetação aquática, plâncton e em Sphagnum de turfeiras),
porém essas pesquisas são limitadas às regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil
(LANSAC-TÔHA et al., 2007).
Lansac-Tôha et al. (2000, 2001a, b, 2007) e Velho et al. (2000, 2001) realizaram uma
série de seis estudos sobre a ocorrência e distribuição das espécies de amebas testáceas em
águas continentais brasileiras. Registraram 346 taxa infragenéricos, distribuídos em 13
famílias e 41 gêneros, sendo encontrados 267 taxa para a região Centro-oeste, 188 para a
região sul, 129 para a região sudeste, 53 para a região Nordeste e 18 espécies para a região
Norte.
Para a região Nordeste, apesar de sua abundância em corpos d’água, existem poucos
registros destes organismos, devido à carência de estudos e pesquisadores especializados na
taxonomia desse grupo. Deste modo, foram realizados apenas seis trabalhos, registrando um
total de 53 espécies, sendo quatro trabalhos realizados com o plâncton, um no estado do Ceará
(CUNHA, 1913), outro para Bahia/Piauí (CUNHA, 1916), Bahia/Pernambuco (NEUMANN-
LEITÃO & NOGUEIRA-PARANHOS, 1987) e para o Maranhão (ROCHA et al., 1998), e
dois com sedimento, realizados em Sergipe (ZUCON & LOYOLA & SILVA, 1992;
SEMENSATTO-Jr., 2006).
Para o estado da Bahia, o primeiro registro de amebas testáceas foi realizado por
Cunha em 1916, no qual foram registradas duas espécies: Centropyxis aculeata Ehrenberg,
1988 e Trinema enchelys Ehrenberg, 1938, para o município de Remanso (Caatinga).
Neumann-Leitão e Nogueira-Paranhos (op cit.) estudaram o zooplâncton do rio São
Francisco, em um trecho que compreende o estado de Pernambuco e a região norte da Bahia e
22
registraram a presença de Arcella vulgaris Ehrenberg, 1830 para a localidade de Itaparica
(Caatinga).
A diversidade e a riqueza de organismos na zona litorânea de ambientes aquáticos
continentais são freqüentemente elevadas devido, principalmente, à presença de macrófitas
aquáticas em suas regiões litorâneas, que desempenham importante papel no metabolismo de
todo o sistema (WETZEL, 2001).
As macrófitas aquáticas são vegetais que habitam desde brejos até ambientes
verdadeiramente aquáticos (ESTEVES, 1998). A classificação ecológica aceita comumente
refere-se aos tipos de macrófitas aquáticas como emersas, flutuantes, submersas enraizadas,
submersas livres e com folhas flutuantes (POMPÊO & MOSCHINI-CARLOS, 2003).
Estes vegetais apresentam fundamental importância para a dinâmica dos ecossistemas
lacustres, podendo reduzir a turbulência da água, causando a sedimentação de grande parte do
material alóctone, além de serem cruciais para a ciclagem de nutrientes. Atuam também na
cadeia trófica aquática e terrestre, abrigando uma complexa comunidade de organismos
(bactérias, fungos, algas, protistas e animais) que vivem aderidos (Perifíton) ou associados
(Pseudoperifíton) em um microfilme sobre a superfície destes vegetais, além dos detritos
orgânicos e inorgânicos (WETZEL, 1983; 1990; ESTEVES, 1998).
As características morfológicas e estruturais destes vegetais, como o desenvolvimento
de caules, folhas e raízes, formam múltiplos nichos apropriados para a colonização de micro
fauna e flora (DIONI, 1974), propiciando maior heterogeneidade espacial, abrigo e alimento
para rios organismos, aumentando assim o número de nichos e interferindo,
conseqüentemente, na dinâmica das comunidades e do ecossistema lacustre como um todo
(MARGALEF 1983; CARMO & LACERDA, 1984; GREGG & ROSE, 1985; TRIVINHO-
STRIXINO & STRIXINO, 1993; DE MARCO & LATINI, 1998; ESTEVES, 1998;
THOMAZ & BINI, 1998; BECERRA-MUNOZ & SCHRAMM, 2007).
As amebas testáceas se beneficiam destes microhabitats, pois os processos de
decomposição dos detritos são intensos, havendo florescimento de perifíton, abrigo contra
invertebrados e proliferação de fungos, algas perifíticas, bactérias e ciliados, que podem servir
de alimento para as amebas (HARDOIM, 1997). Segundo Dioni (1967), macrófitas flutuantes
com abundante rizosfera apresentam grande diversidade de organismos associados, que
podem alcançar um número muito elevado por unidade de área.
Estudos envolvendo microorganismos associados e/ou aderidos a macrófitas aquáticas
são escassos. Hardoim e Heckman (1996) estudaram os protistas de vida livre (ciliados e
23
sarcodineos) no Pantanal do Mato Grosso, encontrando 36 espécies de amebas testáceas
durante todo o ciclo hidrológico (enchente, cheia, vazante e seca).
Hardoim (1997) estudou as comunidades de amebas testáceas associadas ao limbo de
Eichhornia azurea e E. crassipes e aos detritos vegetais no rio Bento Gomes e na vazante
Birici (Pantanal de Poconé - Mato Grosso), registrando 55 espécies, 3 variedades, distribuídas
em 17 gêneros e 07 famílias.
Dabés e Velho (2001) determinaram a composição e a abundância da assembléia de
amebas testáceas associadas as macrófitas aquáticas presentes em uma lagoa marginal das
planícies de inundação do rio São Francisco, em Minas Gerais. Os autores constataram uma
elevada abundância e riqueza de espécies de amebas testáceas entre as raízes e folhas das
macrófitas, com ótimos de abundância de determinadas espécies em distintos períodos
sazonais. Neste estudo, foram identificados 51 taxa de amebas testáceas, com cinco novos
registros para o Brasil.
Torres e Schwarzbold (2002) realizaram um inventário das amebas testáceas
associadas a Eichhornia crassipes (Martius) Solomons, na represa Lomba do Sabão em Porto
Alegre, Rio Grande do Sul, identificando 44 espécies de amebas testáceas, sendo quatro
novos taxa para a ciência.
Souza (2005) estudou a riqueza de tecamebas associadas as macrófitas aquáticas da
bacia do rio Jequitinhonha, no Parque Estadual do Rio Preto e no Parque Estadual do Grão
Mogol, na Serra do Espinhaço, em Minas Gerais, registrando 108 taxa, que pertencem a 17
gêneros, 13 sub-espécies e 17 morfo-espécies, apresentando 17 novos registros reportados
para o Brasil.
No que se refere à presença de macrófitas aquáticas no rio Cachoeira, são conhecidas
oito espécies. Sendo Eichhornia crassipes e Pistia stratiotes as mais freqüentes na porção
média e inferior do rio e Salvinia sp., Nymphaea sp., Hydrocotyle sp., Cyperus sp.,
Polygonum spectabilis e Myriophilulum dermesum, na porção superior do rio (BAHIA, 2001).
Eichhornia crassipes (Mart.) Solms, vulgarmente chamada de aguapé ou baronesa, é
uma planta nativa da América do Sul tropical, que foi introduzida em todos os continentes. É
abundante em rios, em áreas de inundação fluviais e em solos argilosos e siltosos orgânicos,
férteis. Aspectos da sua biologia reprodutiva tais como propagação vegetativa e produção de
sementes resistentes à seca, conferem a esta planta uma grande capacidade de colonização de
ambientes (POTT, 2000).
Esta macrófita aquática apresenta rizoma composto por nódulos que podem se tornar
raízes, pecíolos ou estolões. Possui geralmente 6 cm de diâmetro e mais de 30 de
24
comprimento. Pode ainda possuir aerênquima desenvolvido quando for o biótipo livre-
flutuante ou atrofiado quando for o biótipo fixo. A raiz é adventícia e fibrosa, com inúmeras
raízes mais finas laterais, o que faz com que as mesmas se assemelhem a penas, não
apresentando muita variação quanto à espessura (GOPAL, 1987).
E. crassipes é tolerante a flutuações extremas nos níveis de água, disponibilidade de
nutrientes, pH, temperatura e substâncias tóxicas (BATCHER, 2000), sendo capaz de
absorver metais pesados e retirar nutrientes da água, auxiliando a despoluição do corpo
hídrico através da translocação e acúmulo destes compostos em seus tecidos vegetais (TAIZ,
1998; POTT, 2000). Porém, quando em grande biomassa, podem constituir um problema de
saúde pública se houver decomposição num manancial que sirva para o abastecimento
humano, ocasionando a liberação destes compostos para a coluna de água.
O crescimento das macrófitas aquáticas no rio Cachoeira é resultado do intenso
processo de eutrofização na bacia hidrográfica, no qual este rio está inserido. Sendo que as
principais fontes são os despejos de efluentes urbanos (residenciais e industriais) não tratados
e o escoamento superficial dos insumos agrícolas utilizados principalmente no cultivo do
cacau (KLUMPP et al., 2002; SCHIAVETTI et al., 2005), comprometendo assim a qualidade
das águas do rio. Segundo Klumpp et al. (2002), foi observado um aumento de 100% nas
concentrações de nitrogênio e fósforo nas águas do rio Cachoeira após sua passagem por
Itabuna, o que demonstra o efeito das descargas de dejetos humanos neste ponto sobre o
estado trófico do rio.
Os rios são ambientes hidrologicamente dinâmicos que apresentam um contínuo de
gradientes físicos, que define a distribuição dos processos biológicos ao longo do seu eixo
longitudinal (VANNOTE et al., 1980). Além disso, são ecossistemas abertos em constante
interação com o ecossistema terrestre e a atmosfera circundante. Quaisquer flutuações nestes
compartimentos afetarão a dinâmica do rio e, consequentemente, seu estado trófico,
interferindo assim no desenvolvimento das macrófitas aquáticas e em sua biota associada.
Em rios tropicais, o pulso de inundação é o fator chave que origina e controla a
produtividade e o fluxo de energia nestes sistemas (JUNK et al., 1989). Deste modo, a
conexão lateral hidrológica e a dinâmica, de fluxos e refluxos hídricos, gera um aporte
dinâmico de nutrientes e matéria orgânica, que determina a conexão e as características dos
habitats existentes e respectivas condições tróficas (JUNK et al., 1989). Deste modo, a biota
aquática é fortemente influenciada pelos pulsos de inundação interferindo na produção de
biomassa e na ciclagem de nutrientes.
25
Por outro lado, no conceito da descontinuidade serial (WARD & STANFORD, 1983),
as descontinuidades são consideradas como áreas limites entre segmentos adjacentes do rio,
que diferem marcadamente em sua estrutura geomorfológica e na sua conectividade,
definindo manchas dinâmicas ao longo do rio. Assim, a disrupção das conectividades
longitudinais e laterais causadas pelas barragens, por exemplo, altera profundamente os
componentes envolvidos, com conseqüências nas populações de muitas espécies.
Tendo em vista a importância das amebas testáceas no metabolismo das águas
continentais, a escassez de estudos taxonômicos e ecológicos no Brasil e a grande abundância
de Eichhornia crassipes no rio Cachoeira, este trabalho visa estudar a estrutura das
assembléias de amebas testáceas associadas aos estandes desta macrófita aquática, em
períodos hidrológicos de maior e menor vazão do rio.
26
2. OBJETIVOS
Analisar a estrutura das assembléias de amebas testáceas associadas a Eichhornia
crassipes (Mart.) Solms. (Pontederiaceae) no rio Cachoeira, Bahia, em dois períodos
hidrológicos distintos (maior e menor vazão do rio).
Objetivos Específicos
Inventariar as espécies de amebas testáceas associadas a Eichhornia crassipes em três
estandes no Rio Cachoeira.
Determinar a biomassa das amebas testáceas em termos de mg C/ grama de peso seco
de raiz .
Caracterizar a estrutura das assembléias das amebas testáceas.
Verificar se existem diferenças significativas na estrutura das assembléias das amebas
testáceas nos dois períodos de estudo.
Investigar possíveis influências das características tróficas do ambiente (biomassa
fitoplanctônica) e dos fatores abióticos sobre a estrutura das assembléias de amebas
testáceas.
27
3. ÁREA DE ESTUDO
3.1 Caracterização da área de estudo
A bacia hidrográfica do rio Cachoeira, Sul da Bahia, pertence às Bacias do Leste, de
acordo com a classificação da Superintendência Estadual de Recursos Hídricos (BAHIA,
1997). Localiza-se entre as coordenadas 14
º
42’/15º 20’ S e 39º01’/40º09’ W, apresentando
como limites as bacias dos rios de Contas e Almada, ao norte; e dos rios Pardo e Una, ao sul;
a bacia do rio Pardo, a oeste e o Oceano Atlântico, a leste. A área de drenagem da bacia
corresponde a 4.600 km
2
, perímetro de 370 km, extensão do rio principal de 181 km, desnível
de 720 m, declividade do rio principal de 3,98 m/km. Na bacia vivem aproximadamente
600.000 habitantes distribuídos em 12 municípios: Itororó, Itapetinga, Itajú do Colônia,
Firmino Alves, Santa Cruz da Vitória, Floresta Azul, Ibicaraí, Jussari, Itapé, São José da
Vitória, Itabuna e Ilhéus (BAHIA, 2001; FIGUEIRÊDO, 2005).
A bacia do rio Cachoeira encontra-se inserida nas faixas climáticas do tipo Af e Am,
segundo a classificação de Köppen. O clima Af é quente e úmido, sem estação seca definida.
A precipitação para o mês mais seco é superior a 60 mm, sendo que a precipitação anual
ultrapassa 1.300 mm (FROTA, 1972). O tipo Af predomina na porção da bacia próxima ao
litoral. Já a porção oeste é caracterizada pelo tipo Am, chuvoso, quente e úmido, sem estação
seca bem definida, sendo esta compensada pelos totais pluviométricos elevados (BAHIA,
1997).
O principal uso do solo corresponde à agropecuária, com destaque para o cultivo do
cacau nos municípios próximos ao litoral. A pecuária concentra-se nos municípios localizados
nas áreas mais interiores, como Itapetinga, Santa Cruz da Vitória, Itajú da Colônia, entre
outros (BAHIA, 2001).
O Rio Cachoeira banha três municípios sendo dois deles, Itabuna e Ilhéus, pólos de
desenvolvimento do estado da Bahia. A escolha deste rio para o estudo foi baseada não
somente na importância econômica, demográfica e social dos municípios que banha, mas
porque ele representa a síntese do que ocorre ao longo da bacia, pois todas as águas desta
bacia convergem para o rio Cachoeira, refletindo, assim, as condições ambientais da região.
Entretanto, durante períodos de maior vazão do rio, grande quantidade de biomassa de
macrófitas aquáticas, sobretudo E. crassipes, é transportada para a zona costeira afetando,
principalmente, os municípios de Itabuna e Ilhéus (BAHIA, 2001).
28
A qualidade das águas do rio Cachoeira está diretamente relacionada às características
naturais, à ocupação e aos usos da terra de sua bacia. Além das práticas agropecuárias
inadequadas, desmatamentos e atividades urbanas e industriais contribuem para a degradação
dos seus recursos hídricos (SCHIAVETTI et al., 2005).
Como exemplo, pode-se citar os dejetos orgânicos e inorgânicos espalhados ao longo
do Rio Cachoeira provenientes do lixão a céu aberto localizado às margens do rio Colônia,
que são arrastados na época das grandes chuvas (PINHO, 2001) Ao longo dos seus 50 km, do
ponto de vista antropológico, seu uso principal é como receptor de esgotos urbanos e
industriais. Na cidade de Itabuna a situação ainda é mais alarmante, pois segundo a EMASA
(Empresa Municipal de Águas e Saneamento), cerca de 64 % da população possui rede
coletora de esgoto (290 km), coletando 6.177.500.000/m³ de esgoto por ano, e apenas 14,1%
deste volume recebe algum tratamento antes de ser lançado no rio Cachoeira (informação
verbal).
1
Não obstante, a população ribeirinha usa as águas do rio Cachoeira como fonte de
alimentação, renda (pesca e lavagem de roupa), cultivo de vegetais e também para o lazer,
constituindo assim um risco para a saúde desta população (KLUMPP et al., 2000;
SCHIAVETTI et al., 2005). Tal água ainda alimenta indústrias e é do seu leito que resulta o
comércio da areia lavada (PINHO, 2001).
3.2 Localização dos pontos de coleta
Foram selecionados três pontos fixos de coleta ao longo do rio Cachoeira (Figura 1).
Estes foram escolhidos com a finalidade de verificar o efeito do represamento e da
eutrofização sobre a estrutura das assembléias de amebas testáceas. Assim, foram
estabelecidos dois pontos no centro da cidade de Itabuna, a montante do represamento, onde o
despejo de efluentes é freqüente e o nível da água varia pouco, e um ponto a jusante do
represamento, na localidade de Vila Cachoeira, onde o nível da água oscila mais quando
comparado com os pontos anteriores, o despejo de efluentes é reduzido e a mata ciliar é mais
marcante.
1
Informação fornecida por Anderson Alves Santos na EMASA – Empresa Municipal de Águas e Saneamento,
em Itabuna, em outubro de 2006.
29
Figura 1: Mapa da área de estudo no rio Cachoeira: A - Brasil, B – Bahia com destaque para a Bacia hidrográfica
do rio Cachoeira e C - Pontos de coletas no rio Cachoeira (A, B e C).
A
B
C
A
B
C
30
Ponto A (Coordenadas: 14º 48’ 2,1” S e 39º 16’ 47,0” W; 189 m de altitude).
Ambiente localizado no bairro Bananeira em Itabuna. O rio neste ponto possui fluxo
de água pequeno e contínuo, ausência de corredeiras, margens com declividade acentuada
(>45º), onde muito lixo, raízes e solos expostos, além do desmatamento em ambas as
margens do rio. A vegetação ripária encontra-se reduzida, presença moderada de material
alóctone (galhos e folhas), sendo o leito composto por sedimentos. No entorno da área
existem várias residências e avenida de grande fluxo de veículos, sendo a água do rio utilizada
para lavagem de roupa, construção de casas e pesca (Figura 2).
Figura 02: Vista parcial do ponto A no Rio Cachoeira; A - Período de maior vazão; B - Período de menor vazão.
Notar a grande quantidade de Eichhornia crassipes no período de menor vazão
.
Ponto B (Coordenadas: 14º 47’ 54,55” S e 39º 16’ 37,0” W; 186 m de altitude).
Ambiente localizado no centro da cidade de Itabuna, próximo ao “Shopping Center”
da cidade. O rio Cachoeira neste ponto apresenta fluxo de água pequeno e contínuo, ausência
de corredeiras, margens com declividade acentuada (>45º), com lixo e desmatamento,
apresenta algumas árvores que conferem pequeno sombreamento a área, contudo não há
vegetação ripária, mas raízes expostas nas margens. Existe uma quantidade moderada de
material alóctone (galhos e folhas). O leito é composto por sedimentos finos. No entorno da
área existem vários estabelecimentos comerciais e avenida de grande fluxo de veículos.
várias tubulações de esgotos, galerias pluviais e canalizações desembocando no rio. Sua água
é utilizada para lavagem de roupas, animais, carros, recreação e pesca (Figura 3).
B A
31
Figura 3: Vista parcial do ponto B no Rio Cachoeira; A - Período de maior vazão; B - Período de menor vazão;
C e D - Canalização de esgoto desembocando neste ponto.
Após este ponto, um represamento do rio na saída do centro da cidade de Itabuna
(Figura 4), assim os pontos de coleta A e B ficam antes do represamento e o C, após o
mesmo.
Figura 4: Rio Cachoeira; A - Represamento do rio no centro da cidade de Itabuna; B – Lixo jogado no rio.
A
B
C D
B A
32
Ponto C (Coordenadas: 14º 48’ 27,3” S e 39º 8’ 49,6” W; 40 m de altitude).
Esta área localiza-se na comunidade de Vila Cachoeira, no município de Ilhéus, possui
fluxo de água contínuo, moderado a rápido, havendo corredeiras e regiões de remanso
profundas. As margens apresentam pequena declividade (<45º), existindo pouca quantidade
de lixo e raízes expostas em ambas às margens. O desmatamento é moderado, sendo a
vegetação ripária esparsa, porém mais marcante que os pontos anteriores (Figura 5). O
material alóctone (galhos e folhas) também é moderado, o leito é constituído por seixos e
rochas. desembocadura de córrego neste ponto amostral (Figura 5C). O entorno da área
possui algumas residências, onde as principais atividades desenvolvidas no rio são a pesca
(peixe e camarões), lavagem de roupas e de animais, além da recreação. A pesca do camarão é
feita com auxílio de peneiras, que são arrastadas entre as raízes da E. crassipes para a coleta
dos camarões.
Figura 5: Vista panorâmica do ponto C no Rio Cachoeira; A e C - Período de maior vazão; B e D - Período de
menor vazão. Observar a presença marcante da mata ciliar neste ponto e a grande abundância de E.
crassipes no período menor vazão. A seta na foto C evidencia a desembocadura de um córrego neste
local.
D
A
B
C
33
04. MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Delineamento amostral
Para definição dos meses de coleta (período de maior e menor vazão fluvial) foram
utilizadas as médias históricas mensais das vazões dos últimos 30 anos do rio Cachoeira
(dados fornecidos pela ANA - Agência Nacional de Águas). Estes resultados mostram que o
período de maior escoamento do rio Cachoeira está compreendido entre os meses de
novembro a abril, e o de menor escoamento, de maio a outubro (Figura 6).
0
10
20
30
40
50
60
70
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
m
3
/s
Figura 6: Valores médios mensais das vazões fluviais do rio Cachoeira nos últimos 30 anos. (Dados fornecidos
pela ANA - Agência Nacional de Águas).
Com base nestes dados, foram realizadas três saídas de campo para cada período de
maior e menor vazão do rio: dias 22 de novembro, 06 de dezembro de 2006 e 30 de janeiro de
2007 (período de maior vazão) e nos dias 11 de junho, 26 de julho e 28 de agosto de 2007
(período de menor vazão). As coletas nos três pontos foram realizadas no mesmo dia, durante
o período matutino, das nove horas ao meio dia. Em novembro de 2006, devido às fortes
chuvas ocorridas na semana precedente à das coletas, não foi possível coletar macrófitas no
ponto C, porque estas haviam sido carreadas em direção ao estuário.
34
4.2 Variáveis ambientais
As seguintes variáveis ambientais foram consideradas neste trabalho: precipitação
pluviométrica total mensal, vazão fluvial média mensal, profundidade do rio no local de
coleta das macrófitas, temperatura, pH, condutividade elétrica e transparência da água, além
da estimativa da biomassa primária através da concentração de clorofila-a na água.
Precipitação pluviométrica total mensal
Os dados de precipitação pluviométrica mensais dos meses de coleta foram obtidos na
estação de meteorologia da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (SRH).
Vazão fluviométrica mensal
Os dados de vazão fluviométrica referentes aos meses de coleta foram obtidos através
da ANA (Agência Nacional de Águas), sendo estes dados provenientes da estação
fluviométrica em Ferradas (Bahia).
Profundidade do local de coleta (m)
A profundidade do local de coleta foi determinada através de um cabo graduado a cada
centímetro.
Temperatura da água (°C)
A temperatura da água foi obtida in locoutilizando-se um termômetro de mercúrio
(flutuante) com precisão de 0,1ºC.
pH e condutividade elétrica da água (µ
µµ
µS/cm)
O pH e a condutividade elétrica foram estimados através de uma sonda
multiparamétrica da marca WTW, modelo 340i/set.
Transparência da água (m)
A transparência da água foi estimada através da utilização do disco de Secchi.
Concentração de clorofila-a na água (mg/L)
A concentração de clorofila-a da água foi estimada segundo o método
espectrofotométrico de Strickland & Parson (1972), sendo utilizadas duas alíquotas de 20 mL
por amostra.
35
4.3 Assembléias de amebas testáceas
Procedimento de coleta das macrófitas
Foram coletados três exemplares de macrófitas em cada ponto amostral. Cada
macrófita foi coletada com um saco plástico (medindo 60 x 40 x 8 cm; capacidade para 15
litros de água) que foi colocado abaixo e/ou entre as macrófitas aquáticas, de modo a ensacar
somente um indivíduo inteiro (sem os estolões ou plantas-filhas e a parte aérea da planta)
sendo então seccionado a rizosfera da planta com auxílio de uma tesoura de poda. O saco
contendo a rizosfera foi preenchido com 5 litros de água do ambiente, conforme descrito por
Dioni (1967), e levado para o laboratório (Figura 7).
Figura 7: A e B - Coleta de Eichhornia crassipes no Rio Cachoeira.
No laboratório, foi feita a agitação dos sacos (30 inversões) contendo as raízes e a
água do local para remover os organismos associados às raízes (BICUDO, 1990;
SCHARZBOLD, 1990), e a água do saco foi colocada em balde de 5 L, onde as raízes foram
lavadas até que todo material aderido fosse desprendido (TORRES & JEBRAM, 1994;
HARDOIM, 1997). Posteriormente, as amostras foram cuidadosamente concentradas em rede
de 20 µm de abertura da malha, e acondicionadas em frascos de polietileno de 250 mL,
coradas com corante Rosa de Bengala e fixadas com solução de formalina (tamponada com
carbonato de cálcio) a 4% de concentração final na amostra (DABÉS & VELHO, 2001; BINI
et al., 2003).
A B
36
Identificação e contagem das amebas testáceas
As amostras foram agitadas delicadamente, com 30 inversões suaves do frasco, para
evitar o rompimento de suas carapaças, e as espécies foram identificadas e contadas em
câmaras com auxílio de microscópio marca Zeiss modelo AXIOSTAR PLUS.
A análise quantitativa foi realizada em câmara de Sedgwick-Rafter sob microscópio
óptico, segundo a metodologia de Bottrell et al. (1976). As contagens foram feitas em todo o
fundo da câmara, para que os resultados tivessem a maior confiabilidade estatística possível
(BRANCO,1986). Foram contadas somente as amebas testáceas que estavam com
protoplasma corado, indicando que estavam vivas no momento da coleta (VELHO et al.,
1999, 2004). Foram realizadas três subamostragens para cada amostra (macrófita), sendo
analisado 9 ml de cada amostra. Os resultados da densidade de amebas testáceas são as
médias aritméticas do total de amebas de cada uma das três macrófitas coletadas naquele
ponto, e foram expressos em número de indivíduos por grama de peso seco de raiz (ind./gPS).
Para a análise qualitativa, os exemplares foram pipetados e montados em lâminas com
glicerina para posterior identificação em maiores aumentos (200, 400 ou 1000 X). A
identificação das espécies foi baseada nas seguintes bibliografias: Deflandre (1928, 1929),
Gauthier Liévre & Thomaz (1958, 1960), Decloitre (1962), Vucetich (1973), Dioni (1974),
Ogden & Hedley (1980), Ogden & Zivkovic (1983), Ogden (1983; 1984), Torres (1996),
Hardoim (1997), Missawa (2000), Dabés & Velho (2001), Fulone et al., (2005), Snegovaya &
Alekperov (2005) e Tsyganov & Mazei (2007).
Estimativa do biovolume
Para o cálculo do volume celular foram medidas as dimensões das tecas de pelo menos
20 indivíduos de cada espécie presentes em cada amostra. As medidas foram feitas sob um
microscópio óptico marca Zeiss modelo AXIOSTAR PLUS, utilizando-se uma ocular
micrométrica. O volume médio de cada espécie foi calculado utilizando-se as equações
estereométricas (EDLER, 1979) baseadas na forma geométrica mais semelhante a do
organismo (GILBERT et al., 1998; GOMES & GODINHO, 2004).
Estimativa da biomassa
A estimativa da biomassa das amebas testáceas em termos de microgramas de carbono
por grama de peso seco de raiz foi calculada da seguinte maneira. Primeiramente, o
biovolume médio de cada espécie foi transformado em biomassa em termos de carbono,
utilizando-se o seguinte fator de conversão: 1 µm
3
= 0,11 x 10
–6
µg C (GILBERT et al.,
37
1998). Em seguida, estes valores foram multiplicados pela a abundância de cada uma das
espécies observadas na amostra. Finalmente, a somatória das biomassas de carbono de todas
as espécies presentes naquele ponto de coleta foi expressa em termos de grama de peso seco
da raiz, dividindo-se a biomassa total pelo peso seco da raiz daquela amostra. Diante dos
pequenos valores encontrados, optou-se por utilizar três casas decimais.
Estimativa do peso seco das raízes
As raízes foram acondicionadas, separadamente, em sacos de papel e levadas para
estufa de aeração forçada a 70ºC, por aproximadamente 96 horas, até obtenção de massa
constante (POMPÊO & MOSCHINI-CARLOS, 2003) e, em seguida, foram pesadas em
balança com precisão de três casas decimais.
Montagem de lâminas permanentes e fotografias
A conservação dos microorganismos foi feita através da confecção de lâminas
permanentes através de duas técnicas. Na primeira técnica, os indivíduos foram pipetados
com o auxílio de pipetas de Pasteur e colocados em lâminas até a secagem quase completa,
em seguida, adicionou-se uma gota de Bálsamo do Canadá, que se infiltrou na carapaça.
Finalizando com a colocação cuidadosa da lamínula, para não formar bolhas e não causar o
rompimento das carapaças (MISSAWA, 2000; TORRES, 1996).
Na segunda técnica, alíquotas de amostra (6 mL) foram colocadas em tubos de ensaio,
centrifugadas por 10 minutos a 1600 rpm. Em seguida, os sobrenadantes foram descartados e
foram adicionados 4 mL de glicerina a 50% em cada tubo. Após uma segunda centrifugação
nas mesmas condições especificadas, os sobrenadantes foram novamente descartados. As
lâminas foram então montadas com gelatina glicerinada e as lamínulas seladas com parafina.
Esta técnica foi adaptada da técnica da gelatina glicerinada (KAISER, 1880). As espécies
foram fotografadas em diversos aumentos com o auxílio de uma máquina fotográfica
Olympus acoplada ao microscópio Zeiss, modelo AXIOSTAR PLUS (Prancha 01 e 02).
4.4 Análise da estrutura das assembléias de amebas testáceas
A abundância de espécies, segundo Krebs (1989) pode ser estimada de diversas maneiras:
densidade e biomassa absoluta e relativa.
38
Densidade absoluta
A densidade absoluta é o número de organismos por unidade de área ou volume.
Assim, estimou-se a densidade absoluta das tecamebas considerando o número de organismos
por grama de peso seco da rizosfera da macrófita.
Densidade Relativa
A densidade relativa das espécies foi calculada considerando os meros dos
indivíduos observados de cada espécie em relação ao total de indivíduos presente naquele
ponto amostral. Em função dos resultados observados, foram representadas no gráfico,
somente as espécies que exibiram densidades relativas maiores ou iguais a 5%.
Diante dos pequenos valores encontrados, adotou-se o seguinte critério para classificar
as espécies em relação a densidade: dominante (X > 50%); muito abundante (50% X
>20%); abundante (20% X >10%); pouco abundante (10% X >2%) e rara (X 2%).
Biomassa Relativa
A biomassa relativa das espécies foi calculada considerando a biomassa de cada
espécie em relação à biomassa total das espécies presentes naquela unidade amostral. Nas
figuras contendo as espécies que mais contribuíram em termos de biomassa de carbono, nos
período de maior e menor vazão do rio, foram consideradas somente as espécies com
biomassa relativas maiores ou iguais a 5 %.
Freqüência de Ocorrência
A freqüência de ocorrência das espécies é definida como a porcentagem das amostras
em que determinada espécie ocorreu com relação ao total de amostras. Para categorizar as
freqüências de ocorrência das espécies foi utilizado o critério de Dajoz (1973): espécies
constantes (aquelas que ocorreram em mais de 50% das amostras); espécies comuns (aquelas
com freqüência de ocorrência entre 25% e 50% das amostras) e espécies esporádicas (aquelas
presentes em menos de 25% das amostras).
Estimativas de riqueza e diversidade
A diversidade pode ser estimada em três escalas: diversidade gama refere-se ao
número de espécie encontrado em uma determinada região, a alfa é o número de espécie
encontrado em cada local de estudo (riqueza regional) e a beta é o “turnover” de espécies
entre os diferentes habitats (MAGURRAN, 1988).
39
As medidas de diversidade de espécies podem ser divididas em três categorias: (i)
índice de riqueza de espécies, que medem o número de espécies em uma determinada
amostra; (ii) índices baseados na abundância proporcional das espécies, que trabalham com a
riqueza e equabilidade; e (iii) modelos de espécie-abundância, que descrevem a distribuição
da abundância das espécies.
Foram utilizados: a riqueza de espécies, os índice de diversidade de Shannon-Wiever,
o índice de Equabilidade de Pielou e as estimativas de riqueza de Jackknife, além das curvas
abundâncias relativas das espécies. Os índices e estimativas foram calculados utilizando os
dados agrupados por períodos de estudo de maior e menor vazão, em cada ponto amostral.
Riqueza de Espécies
A riqueza de espécies foi estimada considerando o número de espécies registrado em
cada unidade amostral.
Diversidade de Espécies
A diversidade de espécies tem sido utilizada como um indicador da qualidade
ambiental dos sistemas ecológicos, principalmente na área de monitoramento ambiental
(MAGURRAN, 1988). Para a estimativa da diversidade específica, foi utilizado o índice (H’)
de Shannon-Wiever (PIELOU, 1975). Este índice atribui menor peso as espécies raras do que
as comuns (RICKLEFS, 2003), sendo calculado pela seguinte expressão:
H’= - p
e
log p
e
;
Onde: p
e
= n
e
/N
p
e
: probabilidade de que o indivíduo pertença a espécie e;
n
e
: Número de indivíduo da espécie e;
N: total de espécie;
Log: Logaritmo Neperiano.
Equabilidade
A equabilidade (J) foi calculada a partir do índice de Shannon-Wiener (H’) através da
fórmula de Pielou (1967) apud Magurran (1988) abaixo descrita:
E= H’/H
max
; onde: H’: Índice de Diversidade de Shannon Wiever
;
H
max
: Diversidade máxima.
Tal índice constitui um componente da diversidade, e mede a uniformidade da
distribuição das abundâncias das espécies de uma comunidade. Este índice varia entre 0 e 1.
40
Total de espécies observadas
Visando comparar o número de espécies observado no rio Cachoeira durante o estudo,
foram estimadas as riquezas através do estimador de riqueza Jackknife 1. O método Jackknife
estima a riqueza absoluta somando-se a riqueza observada a um parâmetro calculado a partir
do número de espécies raras e do número de amostras (MAGURRAN, 1988; SANTOS,
2003). Estas estimativas foram obtidas através do software EstimateS, versão 7.0
(COLWELL, 2004), seguindo a seguinte fórmula:
jack1
=
obs
+ Q
j
(m-1/m) onde:
jack1:
Riqueza estimada pelo método de Jackknife 1;
obs :
Riqueza observada;
Q
j
: Número de espécies que ocorrem em “j” amostras;
m: Número de amostras.
Modelos de espécie-abundância
Diagramas de abundância relativa “Whittaker plot” das espécies descrevem a
distribuição das abundâncias entre as espécies (BEGON et al., 2007). Assim tais diagramas
foram realizados visando verificar graficamente a dominância numérica das espécies,
auxiliando assim no melhor entendimento da estrutura das assembléias de amebas testáceas
nos pontos amostrais. Para tanto foi realizada a ordenação no eixo das abscissas das espécies
de maior para menor abundância e, no eixo das ordenadas, a abundância relativa das espécies
(SANTOS et al., 2003).
4.5 Análise dos dados
Caracterização dos pontos amostrados
Visando caracterizar os ambientes amostrados, as variáveis ambientais (pluviosidade,
vazão, profundidade do local da coleta, temperatura, transparência, pH, condutividade e
concentração de clorofila-a da água) foram analisadas utilizando métodos descritivos básicos
(valores mínimo e máximo, média e desvio padrão).
A Análise de Componentes Principais (ACP) foi utilizada para a ordenação dos pontos
amostrais em relação às mesmas variáveis ambientais acima citadas. Visando homogeneizar
as variâncias, os dados foram transformados em Ln, com exceção do pH. Todas as análises
foram realizadas utilizando-se o pacote estatístico MVSP, versão 3.0.
41
Similaridade entre as assembléias
A similaridade entre as assembléias de amebas testáceas foi analisada através de
índices qualitativos e quantitativos estimados para todo o período de estudo e para cada ponto
amostral ao longo do tempo.
A análise qualitativa foi realizada utilizando os dados de presença e ausência das
espécies através do Coeficiente de Sørensen, que pondera mais as presenças do que as
ausências entre as amostras (KREBS, 1989). Tal coeficiente foi calculado de acordo com a
fórmula abaixo:
S
s
= 2a/2a+b+c, onde: S
s
: Coeficiente de Sørensen;
a: Número de espécies presentes somente na amostra a;
b: Número de espécies presentes somente na amostra b;
c: Número de espécies comuns a ambas as amostras;
A análise de agrupamentos ou de cluster tem como objetivo dividir os elementos da
amostra em grupos de forma que os elementos pertencentes a um mesmo grupo sejam
similares entre si, e os elementos em grupos diferentes sejam heterogêneos em relação a estas
mesmas características (MINGOTI, 2007).
Visando evidenciar as similaridades das assembléias das amebas testáceas (densidade
das tecamebas), entre os pontos amostrais (A, B e C) e os períodos hidrológicos (maior e
menor vazão do rio), foi realizada uma análise de agrupamento. Como medida de similaridade
foi utilizado o índice de similaridade de Morisita-Horn, que é independente do tamanho das
amostras (KREBS, 1989), e o método de ligação empregado foi o UPGMA. A análise foi
realizada utilizando o pacote estatístico MVSP, versão 3.0.
Para a aplicação dos testes estatísticos, foram analisados os pressupostos de
normalidade e homocedasticidade. Para verificar a normalidade das variáveis, foi utilizado o
teste de Kolmogorov-Smirnov, e para verificar a homocedasticidade, isto é, se a variância
entre os grupos pode ser considerada igual para todos eles, foi aplicado o teste de Levene
(NORUSIS, 1993). As variáveis seguiram uma distribuição normal, portanto foi utilizada a
Análise de Variância (ANOVA – Two way), com nível de significância α < 0,05 para
verificar se existem diferenças estatísticas significativas na diversidade, riqueza, densidade e
biomassa das espécies entre os pontos de coleta e os períodos de maior e menor vazão. No
caso em que o teste F (ANOVA) detectou diferenças significativas entre os pontos amostrais,
foi utilizado o teste de Tukey de comparação de médias a posteriori para apontar quais pontos
eram significativamente diferentes.
42
Influência das variáveis ambientais sobre a assembléia de amebas testáceas
Para verificar as tendências de variabilidade dos dados e expressar a complexidade das
relações existentes entre as densidades, biomassas, riquezas e diversidades das amebas
testáceas e os parâmetros ambientais, foi realizada uma análise de Componentes Principais
(ACP) utilizando uma matriz contendo além dos dados ambientais, os dados bióticos. Visando
homogeneizar as variâncias, os dados de densidade, biomassa, riqueza e diversidade das
tecamebas, foram transformados Ln (x+1) e os dados ambientais, com exceção do pH, foram
transformados em Ln. Todas as análises foram realizadas utilizando-se o pacote estatístico
MVSP, versão 3.0.
Foi realizada também uma análise de correlação de Pearson entre as variáveis
ambientais (todas) e os dados de densidade, biomassa, riqueza e diversidade da assembléia de
amebas testáceas para verificar que fatores apresentam correlações significativas. Novamente,
visando homogeneizar as variâncias, foram utilizados os dados ambientais e bióticos
previamente log transformados, como mencionado no parágrafo anterior.
43
5. RESULTADOS
5.1 Dados Ambientais
Os meses de maior precipitação pluviométrica durante o período de estudo foram
novembro de 2006, janeiro de 2007 e dezembro de 2006, e aqueles de menor precipitação,
junho, julho e agosto de 2007 (Tabela 01).
A vazão do rio Cachoeira apresentou o mesmo padrão observado para a pluviometria,
principalmente para os meses chuvosos, sendo que as maiores vazões foram observadas em
novembro de 2006 (69,4 ± 125,9 m
3
/s), seguida por janeiro de 2007 (25,2 ± 80,9 m
3
/s) e
dezembro de 2007 (7,9 ± 8,8 m
3
/s). Já para o período mais seco, os meses em ordem
decrescente de vazão fluviométrica foram: julho (3,7 ± 2,2 m
3
/s), junho (2,8 ± 0,7 m
3
/s) e
agosto de 2007 (2,7 ± 0,8 m
3
/s) (Tabela 01).
Comparando os dados de vazão fluviométrica registrados durante o período deste
estudo, percebe-se que a variação observada no regime hidrológico do rio Cachoeira seguiu o
padrão detectado nos dados históricos registrados dos últimos 30 anos.
Tabela 01 Resumo dos dados de precipitação pluviométrica (mm) e vazão fluviométrica (m
3
/s) para os meses
de novembro de 2006 a janeiro de 2007 e de junho a agosto de 2007. DP: Desvio Padrão.
Vazão Fluviométrica (m
3
/s) Precipitação (mm)
Mês
Mínimo Máximo dia DP Total mensal
nov/06 3,1 540,0 69,4 125,9 6.449
dez/06 1,6 48,1 7,9 8,8 4.449
jan/07 0,2 558,0 25,2 80,8 4.617
jun/07 1,9 4,4 2,8 0,7 3.847
jul/07 1,9 11,6 3,7 2,2 3.956
ago/07 1,7 4,5 2,7 0,8 3.950
44
A Tabela 02 apresenta os dados das variáveis ambientais e o resumo de cada uma
delas para todo o período de estudo.
Tabela 02: Dados das variáveis ambientais nos pontos amostrados no rio Cachoeira - BA para os meses de
novembro de 2006 a janeiro de 2007 e de junho a agosto de 2007. Máx: Valor máximo; Min: Valor
mínimo; Méd: Média e DP: Desvio padrão.
Meses Ponto
Prof.
(m)
Temp
(ºC)
pH
Cond.
(µ
µµ
µS/cm)
Transp.
(m)
Chl-a
(mg/L)
nov/06 A
0,10 29,0 7,35 413 0,10 9,10
B
0,19 29,5 7,20 410 0,13 21,80
dez/06 A
0,56 32,0 7,18 453 0,15 40,30
B
0,51 31,0 7,09 449 0,18 61,30
C
0,80 29,0 7,42 115 0,70 39,80
jan/07 A
0,33 25,0 7,46 613 0,33 69,90
B
1,00 31,0 7,15 636 1,00 122,10
C
0,74 33,0 8,34 489 0,74 25,90
jun/07 A
0,48 25,0 7,42 655 0,20 57,00
B
0,10 25,0 7,37 586 0,50 85,20
C
0,08 28,0 8,48 510 0,16 43,10
jul/07 A
0,38 29,0 7,15 576 0,35 41,70
B
0,56 28,0 6,97 567 0,25 103,10
C
0,40 27,0 7,63 443 0,40 40,60
ago/07 A
0,70 27,0 6,98 542 0,50 73,30
B
0,53 26,0 7,01 553 0,53 146,40
C
0,32 25,5 7,48 463 0,32 35,00
Máx
1,00 33,0 8,48 655 1,00 146,40
Min
0,08 25,0 6,97 115 0,10 9,10
Méd
0,46 28,2 7,39 498 0,38 59,70
DP
0,26 2,5 0,43 125 0,25 36,80
A profundidade do local de coleta no rio Cachoeira variou de 8 centímetros a 1 metro,
considerando os três pontos amostrais. O ponto A foi o que apresentou, em média, a menor
profundidade local (0,43 ± 0,21 m); os pontos B e C os valores observados foram pouco mais
elevados (0,48 ± 0,31 m e 0,47 ± 0,30 m, respectivamente) (Tabela 02).
A temperatura da água variou de 25º a 33ºC, com pouca variação entre os pontos
amostrados: A (27,8 ± 2,7º C); e B e C (28,4 ± 2,5º e 28,5 ± 2,8º C, respectivamente) (Tabela
02).
45
O pH apresentou valores que variaram entre 6,97 e 8,48. O ponto C apresentou os
maiores valores de pH (7,87 ± 0,50), enquanto os pontos A e B apresentaram valores muito
similares desta variável (7,20 ± 0,18 e 7,13 ± 0,14, respectivamente) (Tabela 02).
A condutividade elétrica apresentou valores elevados durante todo o período
analisado, variando entre 115 e 655 (µS/cm). O ponto C exibiu as menores concentrações de
sais (404 ± 163,5 µS/cm), os pontos A e B apresentaram concentrações elevadas, porém
similares entre si (542 ± 93,3 e 533 ± 86,2 µS/cm, respectivamente) (Tabela 02).
A transparência da água registrada durante o período de estudo variou de 10
centímetros a 1 metro. No ponto A foram observadas as menores transparências na coluna de
água (0,27 ± 0,15 m), enquanto nos pontos B e C os valores foram muito similares (0,43 ±
0,32 e 0,46 ± 0,25 m, respectivamente) (Tabela 02).
A biomassa primária estimada através da concentração de clorofila-a variou de 9,08 a
146,3 mg/L. O ponto B apresentou os maiores valores de clorofila-a (89,98 ± 44,45 mg/L),
seguido pelo ponto A (48,53 ± 23,70 mg/L) e C (36,89 ± 6,82 mg/L) (Tabela 02).
O resultado da Análise de Componentes Principais (ACP) para os dados ambientais
extraiu dois eixos que explicaram 77,5% da variabilidade total dos dados. O primeiro eixo
explicou 51,4% da variabilidade dos dados e o segundo, 26,1%.
As variáveis ambientais que apresentaram correlações significativas com o eixo I
foram: vazão fluviométrica do rio (0,844*) e pluviometria (0,125*) positivamente
correlacionadas com este eixo; e clorofila-a (-0,403*), transparência da água (-0,241*) e
profundidade (-0,209*), negativamente correlacionadas. O eixo II foi formado, no lado
positivo, pela profundidade (0,702*), transparência (0,488*), vazão (0,431*) e clorofila–a
(0,242*) e, no lado negativo, pelo pH (-0,137*).
Em relação à dispersão dos pontos amostrais no plano fatorial I-II (Figura 8), observa-
se que as amostras referentes ao período de maior vazão do rio estão concentradas no lado
positivo do eixo I, e aquelas do período de menor vazão, no lado negativo deste mesmo eixo;
portanto, este eixo representa a vazão fluvial. Os mesmos pontos amostrados foram ordenados
na vertical (eixo II) em função da profundidade do local de coleta, transparência da água e da
clorofila; assim, este eixo parece refletir o efeito combinado do represamento da água e da
eutrofização. Este efeito pode ser observado através da localização vertical dos pontos A, B e
C nos meses de maior e menor vazão. O ponto C, não represado, apresentou as maiores
variações na profundidade local ao longo do período estudado, valores mais baixos no período
de menor vazão e elevados no período de maior vazão, além das menores concentrações de
46
clorofila-a; enquanto os pontos A e B (represados) apresentaram menores variações na
profundidade, alternando-se ao longo dos meses de coleta e, com relação à eutrofização, o
ponto B apresentou concentrações de clorofila-a sempre mais elevadas do que as do ponto A,
para todo o período de estudo.
Figura 8: Distribuição dos pontos amostrais da análise em componentes principais no plano fatorial I-II, em
função das variáveis ambientais. Os autovetores representados pelas setas (Prof.: Profundidade do local
de coleta, pH: pH, Temp: Temperatura da água, Cond: Condutividade elétrica, Pluv: Pluviometria,
Transp: Transparência da água, Vazão: Vazão fluviométrica e Chl: Clorofila-a).
47
5..2 Assembléias de Amebas Testáceas
Composição da Assembléia
Um total de 115 espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de Eichhornia
crassipes foram encontradas no rio Cachoeira, durante este estudo (Apêndice 01). A
estimativa de riqueza calculada (n= 51 amostras) utilizando o estimador Jackknife foi de 131
± 6 espécies. Os valores de riqueza estimados são próximos ao observado para o rio
Cachoeira.
Os 115 taxa de amebas testáceas inventariados pertencem a 10 famílias, 14 gêneros,
96 espécies e 19 variedades. As famílias com os maiores números de espécies foram
Difflugidae (42 taxa), Arcellidae (21 taxa), Centropyxidae (14 taxa), Euglyphidae e
Lesquereusiidae (11 taxa cada) e Cryptodifflugiidae (7 taxa) (Apêndice 1).
Nos meses de maior vazão (novembro/2006 a janeiro/2007) foram registrados 105
taxa de amebas e as famílias mais representadas foram Difflugidae (36,2%), Arcellidae
(18,1%) e Centropyxidae (13,3%) (Tabela 03). Neste período, o ponto C apresentou maior
riqueza de espécies (87 taxa), seguido pelo A (83 taxa) e pelo B (82 taxa) (Tabela 04).
Tabela 03: Proporção das espécies de amebas testáceas por família nos períodos de maior (novembro/2006 a
janeiro/2007) e menor (junho a julho/2007) vazão do rio Cachoeira – BA.
Maior vazão Menor vazão
Família
Nº spp. % Nº spp. %
Arcellidae 19 18.1 20 22.2
Centropyxidae 14 13.3 11 12.2
Trigonopyxidae 3 2.9 2 2.2
Cyphoderiidae 1 1.0 0 0.0
Difflugidae 38 36.2 35 38.9
Cryptodifflugiidae 7 6.7 3 3.3
Euglyphidae 8 7.6 9 10.0
Lesquereusiidae 10 9.5 9 10.0
Hyalospheniidae 2 1.9 0 0.0
Trinematiidae 3 2.9 1 1.1
Total 105 90
48
Tabela 04: Distribuição das espécies de amebas testáceas por família nos pontos A, B e C, no período de maior
(novembro/2006 a janeiro de 2007) e menor (junho a agosto/2007) vazão do rio Cachoeira - BA.
Maior vazão Menor vazão
Família
A B C A B C
Arcellidae 16 15 16 14 15 17
Centropyxidae 12 10 12 7 9 9
Trigonopyxidae 2 3 2 1 2 1
Cyphoderiidae 0 0 1 0 0 0
Difflugidae 33 31 32 27 26 25
Cryptodifflugiidae 5 7 6 1 2 2
Euglyphidae 6 7 7 6 7 6
Lesquereusiidae 8 7 6 7 6 5
Hyalospheniidae 0 0 2 0 0 0
Trinematiidae 1 2 3 1 1 1
Total 83 82 87 64 68 66
O período de menor vazão do rio (junho a agosto de 2007), por sua vez, apresentou um
menor número de espécies, sendo inventariados 90 taxa. As famílias Difflugidae (38,9%),
Arcellidae (22,2%), Centropyxidae (12,2%), Euglyphidae e Lesquereusiidae (10% cada)
foram as mais representadas (Tabela 03). Para este período, o ponto B apresentou maior
riqueza de espécies (68 taxa), seguido pelo C (66 taxa) e pelo A (64 taxa) (Tabela 04).
Considerando a Freqüência de Ocorrência dos taxa registrados por ponto de coleta
para todo o período de estudo (Apêndice 02), percebe-se que cerca de 35% das espécies o
constantes, 22% esporádicas e 43% comuns. Espécies como Centropyxis aculeata, C. hirsuta,
Difflugia gramen, D. lobostoma e D. schuurmani ocorreram com mais de 50% de freqüência
em cada ponto durante todo o período de estudo.
Os taxa Arcella nordestina, Centropyxis marsupiformis, C. constricta, C. orbicularis,
Cyclopyxis sp., Cyphoderia ampulla, Curcubitella mespiliformis, Difllugia bacilifera, D.
bicornis, D. brevicola, D. difficilis, D. gramen caudata, Difflugiella angusta, D. crenulata, D.
horrida, D. patinata, Euglypha ciliata, E. cristata, Lesquereusia gibbosa, L. modesta caudata,
Nebela lageniformis, N. tubulosa, Trinema complanatum e T. lineare ocorreram apenas no
período de maior vazão do rio (Apêndice 3). Neste período, as espécies Difflugia bicornis e
Lesquereusia gibbosa ocorreram exclusivamente no ponto A, Euglypha ciliata no ponto B e
Cyphoderia ampulla, Euglypha cristata, Nebela tubulosa e N. lageniformis no ponto C.
Para o período de menor vazão fluvial, taxa como Arcella sp., A. arenaria, A.
polypora, Difflugia corona ecornis, D. elegans teres, D. lobostoma cornuta,
Protocurcubitella coriniformis, Euglypha cristata major, E. filifera magna, E. mucronata e
Lesquereusia sp. foram exclusivos deste período (Apêndice 3). A espécie Euglypha filifera
49
magna ocorreu apenas no ponto A e Arcella arenaria e Difflugia elegans teres no ponto C
(Apêndice 03).
Densidade
A densidade das amebas testáceas associada as rizosferas de Eichhornia crassipes, no
rio Cachoeira, variou de 657 a 41.252 indivíduos por grama de peso seco de raiz. Em média,
as maiores densidades foram observadas no ponto B (12.618 ± 14.574 ind/gPS), seguidos
pelos pontos A (8.328 ± 4.399 ind/gPS) e C (3.885 ± 2.949 ind/gPS) (Apêndice 04).
Considerando os dados de densidade médias das espécies das amebas testáceas nos
pontos A, B e C, agrupados por período hidrológico observa-se que para o período de maior
vazão do rio, as densidades foram sempre inferiores às observadas no de menor vazão (Figura
09).
Figura 09: Densidade média (indv./gPS) das amebas testáceas associadas a rizosfera de E. crassipes por ponto
de coleta, para os períodos hidrológicos de maior (novembro de 2006 a janeiro de 2007) e menor
(junho a agosto de 2007) vazão do rio Cachoeira BA. O numero 1 refere-se ao período de maior
vazão e o 2 representa o período de menor vazão fluviométrica.
50
O resultado da análise de variância (Two way) comparando os dados de densidades
das espécies ao longo dos períodos hidrológicos mostrou que houve diferença significativa
entre as densidades em função dos períodos de maior e menor vazão do rio (p= 0,04).
Entretanto, entre os pontos amostrais, apesar de o ponto B (em ambos os períodos) ter
apresentado as maiores densidades de organismos e o ponto C, as menores, as diferenças
observadas nas densidades das amebas testáceas não foram significativas (p > 0,05) (Tabela
05).
Tabela 05: Resultado da Alise de Variância para os dados de densidade (indv./gPS) das amebas testáceas
associadas a rizosfera de E. crassipes registradas no período de maior (novembro de 2006 a janeiro de
2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão do rio Cachoeira - BA.
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Períodos 17,487 1 17,487 4,845 0,048 4,747
Pontos 19,161 2 9,580 2,654 0,111 3,885
Pontos e Períodos 6,164 2 3,082 0,854 0,450 3,885
Erro 43,312 12 3,609
Total 86,123 17
As espécies mais abundantes no ponto A variaram ao longo dos meses amostrados:
Centropyxis aculeata e Difflugia schuurmani alternaram-se em abundância em novembro e
dezembro de 2006; Difflugia gramen foi mais representada em janeiro e junho de 2007;
Arcella discoides pseudovulgaris e Centropyxis hirsuta em julho de 2007; e Centropyxis
aculeata e Arcella hemisphaerica undulata em agosto de 2007 (Apêndice 04).
No ponto B as espécies Difflugia schuurmani, Centropyxis aculeata e Arcella
discoides foram as mais abundantes em novembro de 2006; em dezembro, D. schuurmani
continuou sendo a mais abundante, seguida por Arcella hemisphaerica; em janeiro de 2007,
Difflugia gramen e Difflugiella oviformis foram numericamente mais representadas; em
junho, Difflugia angulostoma e Arcella discoides pseudovulgaris; em julho, Arcella
hemisphaerica undulata e Euglypha acanthophora; e em agosto, A. discoides pseudovulgaris,
C. aculeata e E. acanthophora (Apêndice 04).
As maiores variações na dominância das espécies foram observadas no ponto C. Em
dezembro de 2006, Centropyxis platystoma e Difflugia schuurmani foram as espécies melhor
representadas; em janeiro de 2007, Difflugiella oviformis e Difflugia gramen predominaram
numericamente; em junho, Centropyxis aculeata e C. hirsuta foram as mais abundantes; em
51
julho, C. hirsuta e Arcella lobostoma; e em agosto de 2007, C. hirsuta, Arcella discoides
pseudovulgaris e C. aculeata (Apêndice 04).
No que se refere às espécies mais abundantes por ponto de coleta e por período
hidrológico (Figura 10), percebe-se que para o período de maior vazão do rio, as espécies
mais abundantes foram Centropyxis aculeata e Difflugia schuurmani. Para o período de
menor vazão, C. aculeata e Arcella discoides pseudovulgaris foram abundantes em todo o
período, exceto no ponto B, onde Arcella hemiphaerica undulata e Euglypha acanthophora
possuíram maiores densidades do que estas duas espécies. No ponto C, Centropyxis hirsuta
quase se igualou em abundância relativa às duas espécies já citadas.
Figura 10: Espécies mais abundantes de amebas testáceas associadas à rizosfera de E. crassipes por ponto de
coleta, para os períodos de maior e menor vazão do rio Cachoeira - BA.
Biomassa
A biomassa das amebas testáceas, em termos de carbono, associada as rizosferas de
Eichhornia crassipes variou de 63 a 11.556 µgC/gPS. Em média, as maiores biomassas das
amebas (3.938,51 ± 4.639,12 µgC/gPS) foram registradas no ponto A, seguida pelos pontos B
(2.785,67 ± 2.270,19 µgC/gPS) e C (1.285,25 ± 2.431,21 µgC/gPS) (Apêndice 05).
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Ponto A Ponto B Ponto C Ponto A Ponto B Ponto C
Maior vazão Menor vazão
Densidade relativa
Euglypha acanthophora
Difflugia lobostoma
Difflugia schuurmani
Difflugia gramen
Difflugia angulostoma
Centropyxis platystoma
Centropyxis hirsuta
Centropyxis aculeata
Arcella vulgaris
Arcella hemisphaerica undulata
Arcella hemisphaerica
Arcella gibbosa
Arcella discoides pseudovulgaris
Arcella discoides
Outras
52
Os dados de biomassa das amebas testáceas nos pontos A, B e C, agrupados por
períodos hidrológicos são apresentados na Figura 11. A mesma tendência observada para os
dados de densidade, foi repetida em termos de biomassa, com valores mais elevados no
período de menor vazão. Novamente, o ponto C apresentou os menores valores e o ponto A,
os maiores valores de biomassa, em ambos os períodos.
Figura 11: Biomassa (µgC/gPS) das amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes por ponto de
coleta, para os períodos hidrológicos de maior (novembro de 2006 a janeiro de 2007) e menor (junho
a agosto de 2007) vazão do rio Cachoeira BA. O número 1 refere-se ao período de maior vazão e o
2, representa o período de menor vazão fluviométrica.
O resultado da análise de variância (Two way) comparando os dados de biomassa das
espécies nos dois períodos hidrológicos mostrou que as diferenças observadas nas biomassas
nos períodos de maior e menor vazão do rio, estão no limite de significância (p= 0,05) (Tabela
06). As diferenças observadas entre os pontos amostrais também estão no limite de
significância (p= 0,049).
Biomassa (
µ
gC/gPS)
53
Tabela 06: Resultado da Análise de Variância para os dados de biomassa (µgC/gPS) das amebas testáceas
associadas as rizosferas de E. crassipes registradas nos períodos de maior (novembro de 2006 a
janeiro de 2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão do rio Cachoeira - BA
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Períodos 16,194 1 16,194 4,695 0,051 4,747
Pontos 26,940 2 13,470 3,905 0,049 3,885
Pontos e Períodos 2,667 2 1,334 0,387 0,688 3,885
Erro 41,391 12 3,449
Total 87,191 17
Dentre os pontos amostrais, aplicou-se um teste Tukey de comparação de médias a
posteriori para verificar quais pontos exibiram diferenças estatísticas significativas, sendo que
a diferença observada entre os pontos B (represado) e C (não-represado) foi significativa
(p<0,05) (Tabela 07).
Tabela 07: Resultado do Teste de Tukey para os dados de biomassa (µgC/gPS) das amebas testáceas associadas
as rizosferas de E. crassipes registradas nos pontos amostrais ao longo do rio Cachoeira - BA.
No ponto A, as espécies que dominaram em biomassa nos primeiros meses de estudo
(novembro de 2006 a janeiro de 2007) foram Centropyxis discoides e Arcella megastoma, que
se alternaram em dominância. No segundo período, nos meses de junho e julho, A.
megastoma e Arcella discoides pseudovulgaris alternaram em dominância, sendo que a
primeira alcançou cerca de 44% da biomassa em junho e, a segunda, cerca de 55% em julho.
Em agosto, Protocurcubitella coroniformis representou a maior biomassa, seguida por Arcella
discoides pseudovulgaris e A. megastoma (Apêndice 05).
O ponto B apresentou Arcella megastoma e A. discoides como as espécies com
maiores biomassas em novembro de 2006; e em dezembro, A. megastoma foi seguida em
biomassa por Centropyxis discoides, Arcella gibbosa mitriformis e A. dentata; em janeiro de
2007, Arcella discoides pseudovulgaris e Difflugia corona ultrapassaram A. megastoma em
biomassa; em junho e julho de 2007, predominaram A. megastoma e A. discoides
Tukey Q (p)
Médias (A e B) 0.5130 ns
Médias (A e C) 3.5909 ns
Médias (B e C) 4.1039 < 0.05
54
pseudovulgaris; e, em agosto, A. discoides pseudovulgaris foi seguida por C. discoides e D.
corona (Apêndice 05).
No ponto C, a espécie Arcella megastoma foi a que apresentou as maiores biomassas
durante todo o período de estudo; seguida por Arcella discoides pseudovulgaris, que foi a
segunda maior em biomassa, exceto em janeiro de 2006, quando Arcella vulgaris ultrapassou
A. discoides (Apêndice 05).
No que se refere às espécies com maiores biomassas por ponto de coleta, agrupadas
por períodos hidrológicos, percebe-se que, de maneira geral, não houve mudanças nas
espécies mais representadas entre os períodos de maior e menor vazão (Figura 12). Assim,
Arcella discoides pseudovulgaris e Arcella megastoma alternaram em dominância durante
todo o período de estudo, exceto no ponto A, no período de maior vazão, no qual a biomassa
de Centropyxis discoides foi superior à de A. discoides pseudovulgaris.
Figura 12: Espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes com maiores biomassas por
ponto de coleta, para os períodos hidrológicos de maior e menor vazão do rio Cachoeira - BA.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Ponto A Ponto B Ponto C Ponto A Ponto B Ponto C
Maior vazão Menor vazão
Biomassa relativa
Protocurcubitella coriniformis
Difflugia oblonga
Difflugia gramen
Difflugia corona
Centropyxis discoides
Arcella vulgaris
Arcella megastoma
Arcella discoides pseudovulgaris
Arcella discoides
Outras
55
5.3 Estrutura das assembléias de amebas testáceas
A Tabela 08 apresenta os valores dos índices e estimativas de diversidade, analisados
por ponto amostral para os períodos de maior e menor vazão do rio Cachoeira.
A riqueza de espécies de amebas testáceas apresentou valores um pouco mais elevados
no período de maior vazão quando comparados aos de menor vazão. Considerando os pontos
amostrais, os valores médios mais elevados (todo o período de estudo) foram encontrados no
ponto C, ambiente mais lótico, seguidos pelos pontos B e A (Tabela 08).
Tabela 08: Índices Ecológicos da assembléia de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes por
ponto amostral e por período hidrológico (maior e menor vazão) do rio Cachoeira - BA.
Maior vazão Menor vazão
Índices Ecológicos
Ponto A
Ponto B
Ponto C
Ponto A
Ponto B
Ponto C
Riqueza (Número de espécies) 83 82 87 64 68 66
Diversidade Shannon -Wiener 3,33 3,54 3,88 3,19 3,21 3,47
Equabilidade 0,75 0,80 0,87 0,77 0.76 0,83
Os valores de diversidade específica de Shannon-Wiener (H’) apresentaram o mesmo
padrão de variação temporal detectado acima, sendo que os maiores valores foram registrados
no período de maior vazão e os menores, no de menor vazão do rio. Espacialmente, o ponto C
apresentou maior diversidade de espécies, seguido pelos pontos B e A (Tabela 10).
Os valores de equabilidade (J) mostram uma menor dominância de espécies no
ambiente lótico (Ponto C), ou seja, uma distribuição mais uniforme dos indivíduos por
espécie.
Em resumo, a análise dos índices ecológicos da assembléia de amebas testáceas
associadas a E. crassipes do rio Cachoeira, revelou: (i) que os maiores valores de riqueza,
diversidade e equabilidade foram observados no ponto C, quando comparados aos outros
pontos amostrais; (ii) que a maior riqueza, diversidade e equabilidade de espécies foram
observadas no período de maior vazão do rio Cachoeira. Contudo, as diferenças observadas
nos valores de riqueza e diversidade, entre os pontos amostrados e entre os períodos de maior
e menor vazão, não foram estatisticamente significativas (p> 0,05) (Tabelas 09 e 10).
56
Tabela 09: Resultado da Análise de Variância para os dados de riqueza de espécies de amebas testáceas
associadas as rizosferas de E. crassipes, por período de maior (novembro de 2006 a janeiro de 2007)
e menor (junho a agosto de 2007) vazão e por ponto de coleta no rio Cachoeira - BA.
Tabela 10: Resultado da Análise de Variância para os dados de diversidades de espécies de amebas testáceas
associadas as rizosferas de E. crassipes, por período de maior (novembro de 2006 a janeiro de 2007)
e menor (junho a agosto de 2007) vazão e por ponto de coleta no rio Cachoeira - BA.
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Períodos 0,900 1 0,900 1,302 0,276 4,747
Pontos 2,408 2 1,204 1,742 0,217 3,885
Pontos e Períodos 2,668 2 1,334 1,930 0,188 3,885
Erro 8,295 12 0,691
Total 14,271 17
As curvas de dominância de Whittaker Plot demonstram que uma pequena
dominância de espécies nos pontos amostrados entre os períodos de maior e menor vazão
(Figura 13). Deste modo, verificou-se que a estrutura das assembléias das amebas testáceas no
rio Cachoeira apresentou um padrão similar em ambos os períodos amostrais e em todos os
pontos estudados, sendo formadas principalmente pelas espécies raras.
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Períodos 0,091 1 0,091 0,092 0,767 4,747
Pontos 1,791 2 0,896 0,903 0,431 3,885
Pontos e Períodos 1,360 2 0,680 0,686 0,522 3,885
Erro 11,897 12 0,991
Total 15,139 17
57
Figura 13: Curvas de Dominância (Whittaker plot) para as espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas
de E. crassipes no rio Cachoeira, BA; A - Período de maior vazão e B - Período de menor vazão fluviométrica.
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
0,16
0,18
0,2
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 75 77
Espécies por ordem de importância
Abundância relativa
A B C
A
B
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
0,16
0,18
0,2
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67 70 73 76 79 82 85 88
Espécies por ordem de abundância
Abundância relativa
A B C
58
Similaridades entre os pontos e os períodos amostrais
A análise da similaridade, através do coeficiente de Sørensen (dados qualitativos)
indicou que houve 82% de similaridade entre as assembléias das amebas testáceas presentes
no rio Cachoeira entre os períodos de maior e menor vazão do rio. Contudo, considerando os
dados quantitativos (Índice de Morisita-Horn), a similaridade entre tais assembléias foi de
56,3 %.
Considerando o coeficiente de similaridade de Sørensen para as assembléias de
amebas por ponto amostral e por períodos de maior e menor vazão (Tabela 11), observou-se
que o ponto C foi o que apresentou menor similaridade entre os dois períodos (68%).
Entretanto, quando os dados quantitativos foram considerados, o índice de similaridade de
Morisita Horn (Figura 14) agrupou os pontos amostrais em 8 grupos, sendo o Grupo I
composto pela amostra do ponto C em julho, o II pelas amostras obtidas no mês de julho e
agosto (período de menor vazão), III amostra coletada no ponto C em dezembro, IV amostras
dos pontos A e B em junho, V amostras dos três pontos coletadas em janeiro (período de
maior vazão), VI amostras dos pontos A e B obtidas em dezembro e o agrupamento VII
envolve as amostras dos pontos A e B obtidas em novembro de 2006.
Assim, a análise de cluster agrupou os pontos em função das densidades das espécies
de tecamebas, que foi influenciada pela variação da vazão fluviométrica.
Tabela 11: Coeficiente de Similaridade de Sørensen, por ponto amostral, para as assembléias de amebas
testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes no rio Cachoeira - BA.
Menor vazão
Maior vazão
A B C
A 0.707
0.755 0.711
B
0.726
0.733
0.689
C
0.675 0.71
0.68
59
Figura 14: Análise de cluster dos pontos amostrais em função da densidade das amebas testáceas associadas as
rizosferas de E. crassipes no rio Cachoeira - BA. Os números 1, 2, 3, 4, 5 e 6 referem-se aos meses de
coleta (novembro, dezembro de 2006, janeiro, junho, julho e agosto de 2007, respectivamente).
5.4 Influência dos fatores ambientais sobre as assembléias das amebas testáceas
Os resultados das análises de correlação de Pearson entre os fatores ambientais e os
dados de densidade, biomassa, riqueza e diversidade das amebas testáceas (Tabela 12)
mostraram que a biomassa das amebas testáceas esteve positivamente correlacionada com
densidade das amebas (r= 0,51; p= 0,0348) e com a biomassa fitoplanctônica, estimada pela
concentração de clorofila-a, (r= 0,5; p= 0,0245); a densidade das amebas testáceas esteve
negativamente correlacionada com a vazão do rio (r= -0,53; p= 0,0273). A riqueza de espécies
esteve negativamente correlacionada com a condutividade elétrica (r=-0,54; p=0,0252)
(Tabela 12).
A1
B1
A2
B2
A3
B3
C3
A4
B4
C2
C4
C6
A5
A6
B5
B6
C5
0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
Média não ponderada (UPGMA)
I
II
III
IV
V
VI
VII
Índice de similaridade de Morisita-Horn
60
Tabela 12: Matriz de correlação entre as variáveis ambientais e a estrutura das assembléias de amebas testáceas
associadas a rizosfera de E. crassipes no rio Cachoeira - BA. (Prof: Profundidade do local de coleta,
Temp: Temperatura da água, pH: pH, Cond: Condutividade elétrica, Transp: Transparência da água,
Chl: Clorofila a, Dens.: Densidade das tecamebas, Biom: Biomassa das amebas testáceas, Vazão:
Vazão fluviométrica, Pluv: Pluviometria, H’: Diversidade e S: Riqueza). Valores em negritos são as
correlações que foram significativas (p<0,05).
Entre as variáveis ambientais, houve correlações positivas entre a profundidade e a
transparência da água (r= 0,5697; p= 0,0169), temperatura e vazão fluviométrica do rio (r=
0,4873; p= 0,0472), transparência e clorofila-a (r= 0,5222; p= 0,0315), vazão do rio e
pluviometria (r= 0,9170; p< 0,0001) e, negativas, entre a clorofila-a e a vazão do rio (r= -
0,5349; p= 0,0269) e clorofila-a e a pluviometria (r= -0,674; p= 0,003).
O resultado da Análise de Componentes Principais (ACP) para os dados de densidade,
biomassa, riqueza e diversidade das amebas testáceas e as variáveis ambientais extraiu três
eixos que explicam 85,7% da variabilidade total dos dados. O primeiro eixo explica 50,9%, o
segundo 18,2% e o terceiro 16,6% da variabilidade dos dados.
As variáveis que apresentaram correlações significativas com o eixo I foram:
biomassa, densidade das amebas testáceas e clorofila-a, positivamente correlacionadas com
este eixo; e vazão fluviométrica, negativamente correlacionada. O eixo II foi formado no lado
positivo pela vazão fluvial, biomassa das tecamebas, pluviometria e, no lado negativo, pela
profundidade do local de coleta, transparência da água, clorofila-a e a diversidade de amebas.
O eixo III, por sua vez, foi formado pelas variáveis: transparência da água, vazão
fluviométrica, biomassa das tecamebas, profundidade e clorofila-a em seu lado positivo, e
pela densidade das amebas testáceas, em seu lado negativo (Tabela 13).
Variáveis Prof.
Temp.
pH Cond.
Transp.
Clor - a
Dens.
Biom.
Vazão
Pluv.
H' S
Profundidade
1,00
Temperatura
0,31
1,00
pH
-0,34 0,12
1,00
Condutividade
-0,14 -0,24 -0,06
1,00
Transparência
0,57
-0,03 0,02 -0,09
1,00
Clorofila - a
0,42 -0,32 -0,36
0,35
0,52 1,00
Densidade
-0,23 -0,41 -0,45
0,21 -0,44 0,27
1,00
Biomassa
-0,13 -0,30 -0,33
0,34 0,14
0,58 0,51 1,00
Vazão
-0,08
0,49
0,04 -0,15 -0,20
-0,54 -0,53
-0,33
1,00
Pluviometria
-0,30 0,38 -0,04
-0,21 -0,44
-0,67
-0,31 -0,32
0,92 1,00
Diversidade
0,30 0,24 0,36 -0,36 0,41 0,27 -0,42 -0,22 -0,06 -0,23
1,00
Riqueza
0,12 0,40 -0,02
-0,52
0,05 0,05
-0,53
0,01 0,21 0,18 0,73
1,00
61
Tabela 13: Escores das variáveis obtidos na Análise de Componentes Principais para os dados bióticos da
assembléia de amebas testáceas (densidade, biomassa, riqueza e diversidade) e os dados ambientais.
Valores em negrito indicam correlações significativas.
Variáveis Eixo I Eixo II Eixo III
Profundidade -0,033
-0,426 0,341
Temperatura -0,021 0,008 0,024
pH -0,085 -0,016 -0,028
Condutividade 0,075 0,04 -0,001
Transparência 0,038
-0,337 0,447
Clorofila - a
0,245 -0,272 0,23
Densidade
0,376
0,083
-0,553
Biomassa
0,793 0,37 0,385
Vazão
-0,388 0,676 0,402
Pluviometria -0,05
0,114
0,012
Diversidade -0,035
-0,125
0,098
Riqueza -0,013 0,014 0,071
Em relação à dispersão dos pontos amostrais no plano fatorial I-II (Figura 15),
observa-se que as amostras referentes ao ponto C (não represado) estão concentradas no
terceiro quadrante (lados negativos do eixo I e II), exceto o ponto C4 que apresentou elevados
valores de biomassa e densidade; enquanto as amostras referentes dos pontos represados (A e
B) estão dispersas no primeiro, segundo e quarto quadrantes. Os pontos amostrais
concentrados no lado positivos do eixo I, são principalmente aqueles referentes aos pontos A
e B (represados) nos meses de menor vazão do rio (pontos = 4, 5 e 6, referentes aos meses de
junho, julho e agosto, respectivamente), que apresentaram valores mais elevados de biomassa
e densidade. Portanto, o eixo I parece representar o efeito do represamento e da eutrofização
sobre a biomassa das amebas testáceas. O eixo II parece refletir a influência da vazão fluvial
sobre o estado trófico do rio, negativamente correlacionados. Os pontos A1 e B1 (A e B =
pontos represados; 1 = mês de novembro) apesar de represados, apresentaram baixas
concentrações de clorofila-a na água decorrente da elevada vazão do rio em novembro,
diluindo o seu estado trófico. O eixo III, não apresentado, sugere o efeito da vazão do rio
sobre a densidade das amebas testáceas, também negativamente correlacionados. As maiores
densidades de amebas testáceas foram registradas nos pontos amostrados no período de menor
vazão do rio, que pode ser inferido através da distribuição dos pontos no plano fatorial I-III
(não apresentado).
62
Figura 15: Distribuição dos pontos amostrais no plano fatorial I-II da Análise de Componentes Principais das
variáveis bióticas das assembléias de amebas testáceas e as das variáveis ambientais.
Pontos amostrais: A, B (pontos represados) e C (não represado). Os números são referentes aos meses
de estudo (1= novembro/2006; 2= dezembro/2006; 3= janeiro/2007; 4= junho/2007; 5= julho/2007 e
6= agosto/2007).
Vetores: Prof= Profundidade do local de coleta; pH= pH; Temp= Temperatura da água; Cond=
Condutividade elétrica; Pluv= Pluviometria; Transp= Transparência da água; Vazão= Vazão
fluviométrica; Chl= Clorofila-a; Biom= Biomassa das amebas testáceas; Dens= Densidade das
tecamebas; H’= Diversidade; e S= Riqueza de espécies.
A1
B1
A3
C3
C5 C6
C2
A4
B2
C4
B6
A6
B5
A5
B4
A2
B3
Eixo I
(50,9%)
Eixo II (18,2%)
Nãorepresados
Represados
63
6. DISCUSSÃO
A qualidade das águas fluviais resulta, em parte, do ecossistema no qual a bacia
hidrográfica está inserida e, também, das ações intervenientes neste sistema (PINHO, 2001).
Deste modo, as características químicas destas águas são influenciadas pela composição das
águas da chuva que caem na área de drenagem, das formações geológicas, e das reações que
ocorrem entre a água e o solo (e/ou sedimentos orgânicos e inorgânicos) durante o seu
escoamento. Por outro lado, ações antrópicas como o uso de pesticidas, insumos agrícolas, os
despejos de efluentes não tratados e de lixo agravam ainda mais a qualidade das águas, sendo
tais impactos freqüentes na bacia hidrográfica do rio Cachoeira (KLUMPP et al, 2002;
SCHIAVETTI et al., 2005). Assim, as águas do rio Cachoeira representam a síntese do que
ocorre ao longo de sua bacia hidrográfica, refletindo, portanto, as condições ambientais da
região como um todo, uma vez que toda a água desta bacia converge para este rio.
Dentre as variáveis climatológicas, a precipitação tem papel fundamental na vazão dos
rios. Quando a precipitação torna-se maior, a vazão do rio tende a crescer, promovendo uma
maior diluição dos efluentes domésticos e industriais, levando a uma diminuição da
intensidade da poluição nos sistemas naturais. Para Branco (1986), todas as variações nas
condições hidrológicas e climáticas produzem flutuações nas características das águas.
Os dados pretéritos de vazão fluvial do rio Cachoeira nos últimos trinta anos,
demonstram a existência de dois períodos distintos de vazão ao longo do ano para esta região
(Figura 6). O período de estudo não diferiu dos anos anteriores, que os maiores
escoamentos ocorreram nos meses de novembro a dezembro, dentro do período compreendido
de novembro a abril e os menores, de junho a agosto, também compreendido no período de
menor vazão histórico, de maio a outubro (Tabela 01).
As temperaturas da água mais elevadas observadas nos meses de verão (novembro,
dezembro e janeiro) na região, coincidem com o período de maior vazão do rio, uma vez que
esta estação do ano é caracterizada pelas elevadas temperaturas e pluviosidades.
O pH no rio Cachoeira varia de neutro a básico. Segundo Sandes (1990), os ambientes
aquáticos que não sofrem grandes variações de pH (entre 7 e 8) são sistemas em equilíbrio,
onde o predomínio dos íons bicarbonatos, principal mecanismo de tamponamento das
águas doces.
Segundo Esteves (1998), uma estreita interdependência entre as comunidades
aquáticas e o pH. As comunidades interferem no pH, através dos processos metabólicos, tais
64
como a produção primária e a respiração, assim como o pH interfere de diferentes maneiras
no metabolismo destas comunidades, como nos processos de permeabilidade da membrana
celular, interferindo no transporte iônico intra e extracelular assim como entre os organismos
e o meio.
A bacia hidrográfica do rio Cachoeira, em especial, apresenta elevados valores de
condutividade em suas águas, variando de 200 µS/cm a 1.400 µS/cm (PINHO, 2001;
SCHIAVETTI et al., 2005). Os valores encontrados neste trabalho, dentro da faixa de 115
µS/cm a 655 µS/cm, apesar de elevados, estão de acordo com o observado preteritamente para
a região. Estes elevados valores refletem as características geológicas do solo no qual a bacia
está inserida, onde na sua porção média existem registros de solos do tipo brunizem, os quais
apresentam grande capacidade de troca catiônica, carreando assim grandes quantidades de
sais para o sistema (NACIF, 2000 apud SCHIAVETTI et al., 2005). Além disto, devem-se
considerar as contribuições oriundas do rio Salgado, que desemboca no rio Cachoeira e que
apresenta valores de condutividades extremamente elevados, e dos despejos de esgotos
freqüentes na região (PINHO, 2001; SCHIAVETTI et al., 2005). Locais onde são lançados
poluentes orgânicos apresentam elevadas concentrações de sais e, ao longo do rio, estas
concentrações vão decrescendo suavemente até atingir valores normais para a região
(HYNES, 1971).
Normalmente os ecossistemas aquáticos tropicais são muito turvos em terrenos
geologicamente recentes, devido ao arrasto de matéria proporcionado pela alta lixiviação que
ocorre principalmente no período das chuvas. O período de chuvas coincidiu com os menores
registros de transparência das águas do rio Cachoeira. Comparando-se os pontos amostrados,
o ponto C apresentou a água mais transparente, e isto pode estar ligado ao represamento
localizado a montante deste ponto, que pode estar funcionando como armadilha de sedimentos
e nutrientes, retendo-os a montante do represamento. Situações semelhantes foram relatadas
por Agostinho et al. (2005) em outros sistemas aquáticos brasileiros.
Concentrações de clorofila-a superiores a 10 mg/L registradas em todo o período de
estudo, sugerem que o rio Cachoeira tem características de ambiente eutrófico, segundo a
classificação proposta por Wetzel et al. (2001). Os maiores teores de clorofila-a foram
observados nos pontos B e A, a montante do represamento, mostrando claramente o papel
eutrofizante do represamento, fazendo com que haja uma diminuição no fluxo e um aumento
no tempo de resiliência da água e dos nutrientes, e consequentemente o aumento da biomassa
fitoplanctônica.
65
Klumpp et al. (2002) estudaram as variações de nutrientes e metais pesados em
macrófitas aquáticas (Pistia stratiotes e Eichhornia crassipes) em sete pontos amostrais no
Rio Cachoeira. Estes autores encontraram elevadas concentrações de metais pesados (Cobre,
Alumínio e Cromo) e nutrientes (Nitrogênio e Fósforo) nos tecidos vegetais das macrófitas e
principalmente nas raízes de E. crassipes. Foram também detectados aumentos expressivos
nas concentrações de N e P na água e nos tecidos vegetais, principalmente nos pontos após a
cidade de Itabuna. Os acréscimos de metais pesados e a eutrofização do rio Cachoeira são
oriundos de resíduos da agricultura, indústria e dos efluentes urbanos da região. A intensa
proliferação de E. crassipes diagnosticada atualmente no rio Cachoeira, acompanhada pelo
forte odor observado durante as coletas, fornecem subsídios sobre o grau de eutrofização a
que este corpo aquático está submetido.
A análise de componentes principais revelou que a vazão fluviométrica do rio foi a
principal responsável pela diferenciação dos pontos amostrais ao longo do gradiente
ambiental, indicando, assim, o efeito da variação do nível fluviométrico sobre as variáveis
ambientais.
Para Junk et al. (1989) o pulso de inundação é a maior força controladora da biota em
sistemas rio-planície de inundação, pois possibilita um maior intercâmbio entre a planície de
inundação e o canal principal do rio, influenciando assim na ciclagem de nutrientes e tendo
impacto direto na biota. Em regiões tropicais, as áreas alagáveis dos rios, principalmente nos
de pequeno porte, são de grande importância por incorporarem grande parte da matéria
orgânica particulada fina, degradada por organismos terrestres, no período de pulso (cheias).
A conexão lateral hidrológica e a dinâmica do fluxo e refluxo hídricos geram um aporte
dinâmico de nutrientes e matéria orgânica viva ou morta, que determina as conexões e as
características dos habitats existentes e suas respectivas condições tróficas. A disrupção destas
trocas laterais complexas de água e materiais altera profundamente os sub-componentes
ecossistêmicos envolvidos, com conseqüências nas populações de diversas espécies (JUNK et
al., 1989). Deste modo, a dinâmica de cheia e seca é crucial para a estruturação dos habitats.
O segundo fator responsável pela explicação dos dados ambientais na análise de
componentes principais foi o efeito combinado do represamento e da eutrofização refletido no
eixo II. O represamento a montante do ponto C, fez com que este ponto exibisse os menores
teores de clorofila-a e maiores variações na profundidade do local de coleta quando
comparado com os demais pontos.
66
O represamento de um segmento fluvial rompe o gradiente longitudinal das condições
ambientais de um rio, produzindo mudanças abruptas. Assim, segundo a teoria da
descontinuidade serial, proposta por Ward e Stanford (1983, 1995), o represamento provoca
mudanças, tanto a jusante como a montante, nos processos bióticos e abióticos do rio. A
barragem interrompe o contínuo fluvial (fragmentação de habitats) alterando a ciclagem de
nutrientes e atuando de forma diferenciada em cada segmento fluvial.
As densidades de amebas testáceas associadas a rizosfera de E. crassipes no rio
Cachoeira variaram de 647 indv./gPS a 41.252 indv./gPS de raiz. Estes valores são maiores do
que os encontrados por Torres (1996) (51 a 9.001 indv./gPS), que estudou as tecamebas
associadas à E. crassipes na represa Lomba do Sabão, no Rio Grande do Sul.
Espacialmente, as maiores densidades e as menores riquezas de amebas foram
registradas nos pontos (B e A), a montante do represamento. Como mencionado
anteriormente, o represamento acarreta um aumento na eutrofização e uma redução na
velocidade da corrente. Segundo Wellnitz e Poff (2006), a redução no fluxo da corrente pode
influenciar no acúmulo do perifíton, o que poderia explicar as maiores densidades de amebas
observadas nestes dois pontos quando comparados ao ponto C, que exibiu maior riqueza de
espécies.
Segundo CUNICO et al. (2006) e Xu et al. (2005), locais com grandes interferências
antrópicas, tais como influxo de grandes quantidades de poluentes oriundos de despejos de
esgotos e represamentos que alteram a hidrodinâmica do ambiente, exibem comunidades
menos ricas em espécies. Assim, condições de elevado estresse ambiental conduzem a uma
redução no número de espécies e um aumento na densidade daquelas tolerantes a esta
perturbação ambiental.
Temporalmente, as densidades das amebas testáceas observadas nos períodos de maior e
de menor vazão do rio Cachoeira diferiram estatisticamente, sendo registradas as maiores
densidades no período de menor vazão. Este padrão de variação temporal da densidade das
amebas, correlacionado negativamente com a vazão fluviométrica, demonstra claramente o
efeito variação fluviométrica e da eutrofização sobre este atributo da assembléia. Neiff e
Carignan (1997) afirmam que poucos estudos examinaram o efeito do regime hidrológico
sobre a comunidade de invertebrados em planícies de inundação de rios, onde o pulso de
inundação é mais marcante (JUNK et al., 1989; JUNK & WELCOMME, 1990).
No período de maior vazão do rio, a maior quantidade e fluxo de água reduzem a
densidade dos organismos planctônicos, ao mesmo tempo, que carreiam espécies litorâneas de
67
tributários (córregos), planícies de inundação e macrófitas aquáticas para o meio do canal,
incrementando assim a riqueza de espécies (KOBAYASHI et al., 1998; WARD, 1998;
CARDOSO & MARQUES, 2004; VELHO et al., 2004) e diluindo a carga eutrofizante do rio,
que influi negativamente na densidade das tecamebas (efeito de diluição). no período de
menor vazão, a maior quantidade de macrófitas no rio, associada ao aumento da eutrofização
(maior disponibilidade de recursos alimentares), pode estar causando o aumento nas
densidades por incrementar o número de habitat a serem colonizados pelas tecamebas,
fazendo com que as diferenças observadas nos dois períodos fossem significativas.
Embora estes organismos tenham um amplo padrão de tolerância para as variações das
condições existentes na água, flutuações na densidade populacional de protozoários estão
diretamente relacionadas a fatores físicos e químicos. A influência de outros requerimentos
biológicos, tais como alimento, proteção e reprodução, também deve ser considerada
(BARBIERI & ORLANDI, 1989).
Segundo Pereira et al, (2005) a influência dos recursos alimentares (mecanismo bottom-
up) e da predação (mecanismo top-down) sobre a distribuição da abundância das diferentes
comunidades aquáticas, tem sido alvo de diversas pesquisas envolvendo comunidades
microbianas. Os resultados obtidos no presente estudo evidenciaram o predomínio de
mecanismos do tipo bottom-up na determinação da distribuição das abundâncias e biomassas
das tecamebas, visto que o incremento na disponibilidade de nutrientes, determinou um
aumento da biomassa primária (estimada pela clorofila-a) que provavelmente propiciou
condições para o incremento da densidade e biomassa das tecamebas.
Este padrão de variação temporal significativa da densidade das amebas testáceas
também foi detectado por Velho et al. (2004) para as tecamebas planctônicas da planície de
inundação do alto rio Paraná.
A biomassa reflete a quantidade de matéria orgânica viva quantificada em uma
determinada unidade de área. Constitui uma medida para analisar a estrutura de um
ecossistema independente da composição taxonômica (BONECKER et al., 2007).
Os valores de biomassa das tecamebas em termos de carbono apresentaram as mesmas
tendências observadas nas densidades das tecamebas, com valores mais elevados nos pontos
represados (A e B) e valores inferiores no ponto C. A diferença observada nos valores de
biomassa entre os períodos hidrológicos também foi significativa, assim como a encontrada
para a densidade, evidenciando assim o papel do pulso de inundação, represamento e
eutrofização sobre a biomassa da assembléia.
68
Entretanto, como a biomassa em termos de carbono é calculada com base no volume
celular, as espécies com grandes dimensões celulares, tais como Arcella dentata, A. discoides,
A. discoides pseudovulgaris, A. gibbosa mitriformis, A. megastoma, A. vulgaris, Centropyxis
discoides, Protocurcubitella coroniformis e Difflugia corona, apresentaram uma maior
contribuição relativa em termos de biomassa do que em termos de número de indivíduos. Esta
mesma tendência foi verificada por Gilbert et al. (1998), que encontraram maiores valores de
biomassa de amebas testáceas associadas à Sphagnum na França, onde predominaram as
espécies maiores. Esta maior contribuição em termos de biomassa relativa, das espécies de
grande porte, fez com que não fossem observadas diferenças significativas entre as biomassas
das espécies dominantes de tecamebas, observadas nos dois períodos hidrológicos do rio
Cachoeira diferindo dos resultados de densidade.
Amebas testáceas podem ser consideradas, segundo Deflandre (1953) e Gilbert et al.
(2000), como polífagas, ou seja, se alimentam de vários grupos de organismos,
principalmente de bactérias e microalgas. Em ambientes eutróficos que apresentam grandes
populações de bactérias (em virtude da grande quantidade de matéria orgânica a ser
decomposta) e de microalgas (face ao aumento das concentrações de nutrientes na água,
principalmente N e P), o recurso alimentar é abundante para as tecamebas (BARBIERI &
GODINHO-ORLANDI, 1989), podendo algumas espécies controlar a abundância de
cianobactérias (Microcystis sp.) durante florações algais (NISHIBE et al., 2004). Portanto,
aumentos na concentração da biomassa fitoplanctônica (clorofila-a) podem propiciar
aumentos na biomassa das tecamebas. O que explicaria a correlação positiva significativa
observada entre a biomassa das amebas testáceas e do fitoplâncton observado neste estudo
(Tabela 12), sugerindo indiretamente relações tróficas entre as tecamebas e as algas
perifíticas. Correlações semelhantes foram encontradas por Gilbert et al. (2000).
Espacialmente, considerando os pontos amostrais no rio Cachoeira, também houve
diferença estatística significativa entre os valores de biomassas registrados nos pontos B e C.
Isto provavelmente deve-se ao represamento do rio que potencializa o efeito da eutrofização
sobre as comunidades biológicas. O ponto B é represado, exibindo maiores teores de
clorofila-a e, consequentemente, maiores biomassas das tecamebas, ao passo que o ponto C
não é represado, apresentando, assim, menores teores de clorofila-a e, consequentemente,
menores biomassas das amebas testáceas.
Poucos trabalhos versam sobre a biomassa das amebas testáceas em ambientes aquáticos
continentais. Mitchell et al. (2000) determinaram os padrões de distribuição horizontal de 21
amebas testáceas presentes em Sphagnum magellanicum. Das espécies registradas por estes
69
autores, apenas duas também foram registradas no rio Cachoeira: Euglypha laevis, que
apresentou biomassa mais elevada no rio Cachoeira; e Euglypha strigosa, que não exibiu
valores muito discrepantes entre os dois estudos, apesar das unidades amostrais serem
diferentes entre ambos os estudos.
No estudo de Gilbert et al. (1998), a biomassa das amebas testáceas constituiu 48% da
biomassa total microbiana registrada em Sphagnum e as amebas estiveram presentes durante
todo o ano. Segundo estes autores, a diversidade de comportamentos tróficos e a capacidade
de se encistar frente às modificações ambientais, conferem a estes protistas a capacidade de
permanecer nos ambientes por longos períodos. Assim, a habilidade de algumas amebas
testáceas em ingerir vários tamanhos e tipos de partículas alimentares (0,2 a 1.000 µm)
representa uma vantagem competitiva para resistir a ambientes impactados (GILBERT et al.,
2000), possibilitando uma maximização na ocupação de nichos tróficos, exibindo, portanto,
uma grande diversidade de espécies.
Em resumo, verificou-se que a abundância (densidade) e a biomassa das espécies de
amebas testáceas variaram ao longo do tempo, tendo sido influenciadas pela variação do nível
fluviométrico e pelo represamento do rio e, consequentemente, pela eutrofização
(disponibilidade de recursos), e que as maiores densidades de tecamebas e biomassas, tanto de
tecamebas quanto fitoplanctônica foram registradas no período de menor vazão. Diversos
estudos demonstram que a estrutura e composição das assembléias de protistas são
significativamente alteradas com o aumento da eutrofização, onde a abundância e biomassa
destes organismos são maiores em ambientes eutróficos quando comparados a ambientes
oligotróficos (BARBIERI & GODINHO-ORLANDI, 1989; MATHES & ARNDT, 1994;
GASOL et al., 1995; JANSSON et al., 1996; HWANG & HEATH, 1997; BURNS &
SCHALLENBERG, 1998; BIYU, 2000; AUER & ARNDT, 2001; BETTEZ et al., 2002;
SAMUELSSON et al., 2002; GOMES & GODINHO, 2003; AUER et al., 2004;
KALINOWSKA, 2004; PEREIRA et al., 2005; VELHO et al., 2005; XU et al., 2005).
O grande número de espécies (115 taxa) encontrado no rio Cachoeira pode estar
relacionado à abundância de macrófitas, pois ambientes com densos estandes de macrófitas
aquáticas, de modo geral, possuem elevadas riquezas de protistas (ciliados e amebas
testáceas).
Biyu (2000) estudou a composição e a distribuição dos ciliados planctônicos presentes
em dois lagos mesotróficos rasos na China, sendo um coberto por macrófitas e outro sem. O
autor encontrou elevado número de espécies, porém menores abundâncias e biomassas no
lago onde havia grande densidade de macrófitas. Assim, a elevada riqueza de espécies
70
observada neste trabalho, parece estar relacionada à heterogeneidade espacial e à grande
disponibilidade de recursos alimentares conferidos pela presença das macrófitas aquáticas,
sustentando assim comunidades de protistas mais diversas. Deste modo, as assembléias de
macrófitas aquáticas têm um papel importante na estruturação de ecossistemas aquáticos, por
conferir maior heterogeneidade ambiental nestes ecossistemas, possibilitando, assim, elevadas
diversidades de organismos vivendo nestes habitats.
Os gêneros de amebas testáceas com maiores riquezas de espécies no rio Cachoeira não
diferiram dos observados em outros trabalhos envolvendo tecamebas (HARDOIM &
HECKMAN, 1996; TORRES, 1996; HARDOIM, 1997; VELHO et al., 1999; DABÉS &
VELHO, 2001; SOUZA, 2005;). O predomínio das famílias Difflugiidae, Arcellidae e
Centropyxidae encontrado neste trabalho é comum em outros sistemas aquáticos, sendo que
estes organismos ocorrem em ambientes com elevada disponibilidade hídrica, apresentando
carapaças duras e resistentes, exibindo forma e composição apropriada para resistir ao fluxo
de água, permanecendo assim nos ambientes lóticos (LAMPERT & SOMMER, 1997;
LANSAC-TÔHA et al., 2007).
As espécies de amebas testáceas mais abundantes no rio Cachoeira não diferiram das
observadas em trabalhos anteriores com fauna perifítica, conforme revisão de Lansac-Tôha et
al. (2007). A espécie Centropyxis aculeata foi a mais abundante durante todo o estudo, em
ambos os períodos de maior e menor vazão, no rio Cachoeira. Espécies do gênero Centropyxis
podem ser consideradas como tolerantes aos estresses ambientais, sendo muito comuns em
ambientes aquáticos poluídos e/ou perturbados (BONETTI, 1995; OLIVEIRA, 1999).
Foram registradas apenas duas espécies do gênero Nebela no rio Cachoeira, ocorrendo
apenas no ponto C (não represado). Segundo Souza (2005) espécies deste gênero são típicas
de ambientes lóticos e são utilizadas como bioindicadoras de águas de boa qualidade, pois
estes organismos são sensíveis ao aumento da carga orgânica, sendo que a maioria destas
espécies são estenoiônicas, não ocorrendo assim em pH acima de 7,0. Portanto, tal
característica explicaria a baixa riqueza de espécies deste gênero observada neste trabalho.
Algumas espécies de amebas (36 taxa) ocorreram em um determinado período
hidrológico (maior ou menor vazão) do rio Cachoeira. Vale considerar que a sazonalidade de
espécies pode estar relacionada com a disponibilidade de alimentos, fator que pode também
estar associado ao maior ou menor grau de eutrofização. Em geral, espécies de pequenas
dimensões (como Difflugiella e Trinema) comumente se alimentam de bactérias, fungos e
pequenos protistas, enquanto espécies maiores consomem algas filamentosas, pequenos
rotíferos e outras amebas testáceas (LAMINGER, 1973; HARDOIM, 1997).
71
No Brasil, existem 11 trabalhos sobre o inventário da fauna de amebas testáceas
associadas a macrófitas aquáticas, sendo 10 compilados em Lansac-Tôha et al. (2007) e um
recentemente publicado por Souza (2008). Contudo, estes trabalhos foram praticamente
restritos associados às regiões Sul (6), Sudeste (3) e Centro-Oeste (2) do país, e envolvem
diferentes métodos de amostragem e de análise (Tabela 14).
A fauna de tecamebas associadas à macrófitas aquáticas em ambientes brasileiros era
composta por 166 taxa. Todavia, o presente estudo registra 42 novas ocorrências de amebas
testáceas associados a este tipo de habitat, totalizando, assim, 208 taxa.
Tabela 14: Compilação dos trabalhos publicados sobre a fauna de amebas testáceas associadas às macrófitas
aquáticas em ecossistemas brasileiros
Autor
Nº de
espécies
Ambiente Local Método de amostragem
Torres (1996a) 44 Represa
Rio Grande do
Sul
Pipetagem e cultivo
Torres (1996b) 6
Arroios,
nascentes e
banhados
Rio Grande do
Sul
Pipetagem e cultivo
Torres (1996c) 1
Arroios,
nascentes e
banhados
Rio Grande do
Sul
Pipetagem e cultivo
Torres (1998) 12
Arroios,
nascentes e
banhados
Rio Grande do
Sul
Pipetagem e cultivo
Torres & Jebram
(1994) 7
Arroios,
nascentes e
banhados
Rio Grande do
Sul Pipetagem e cultivo
Torres &
Schwarzbold (2000) 19
Arroios,
nascentes e
banhados
Rio Grande do
Sul Pipetagem e cultivo
Hardoim (1997) 46 Rios e vazantes Mato Grosso Lavagem* e triagem com pipeta
Hardoim & Heckman
(1996) 16 Rios e charcos Mato Grosso Triagem com pipeta
Dabés & Velho
(2001)
51 Lagoa marginal Minas Gerais
Lavagem* e filtração em rede
(35 µm)
Souza (2005) 108 Rios Minas Gerais
Lavagem* e filtração em rede
(20 µm)
Souza (2008) 121 Rios Minas Gerais
Coleta de água** e filtração em
rede (20 µm)
Presente trabalho 115 Rio Bahia
Lavagem* e filtração em rede
(20 µm)
(* = das macrófitas; ** = próximo às macrófitas)
72
Trabalhos que envolvem triagem com pipetas capilarizadas e cultivos em meio de
cultura, geralmente registram menor riqueza de espécies. Torres (1996) encontrou 44 taxa de
amebas testáceas associadas a rizosfera de E. crassipes em dois pontos da represa Lomba do
Sabão, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Entretanto, o menor número de espécies observado
nesta represa quando comparado ao encontrado no rio Cachoeira, pode estar relacionado ao
estado trófico da represa, que é oligotrófica, além da metodologia utilizada para extração das
amebas da rizosfera, utilizando pipetagem e cultivo dos protistas, o que difere totalmente da
metodologia adotada neste trabalho, explicando assim a diferença observada no número de
espécies nos dois trabalhos.
Cultivos de tecamebas apresentam algumas desvantagens. É muito difícil reproduzir em
cultura todas as condições necessárias para o desenvolvimento e sobrevivência das espécies
de amebas testáceas presentes em uma assembléia. Portanto, as amebas registradas pelos
trabalhos de Torres provavelmente eram aquelas espécies que melhor se adaptavam às
condições ambientais fornecidas nas culturas. Entretanto, esta técnica possibilita a análise
morfológica mais apurada das espécies, através de estudos morfo-citométricos em amostras
populacionais, o que pode contribuir significativamente para melhorar a delimitação
taxonômica de vários taxa.
De um modo geral, os trabalhos que utilizaram em sua metodologia a lavagem das
macrófitas e filtração do material desprendido do vegetal em rede de plâncton apresentaram
maiores quantidades de espécies, quando comparados aos que empregaram outras técnicas. A
filtração retém todos os organismos que são maiores ou iguais ao tamanho de malha da rede,
possibilitando assim uma amostragem mais significativa da microfauna aí presente.
Souza (2008) realizou um levantamento das tecamebas na bacia do rio Peruaçu, em
Minas Gerais, com o objetivo de coletar informações sobre estes organismos visando
subsidiar a conservação e o monitoramento da bacia do rio São Francisco. Neste levantamento
foi diagnosticada elevada riqueza de tecamebas, contudo as amebas foram coletadas no
plâncton da calha principal do rio e em amostras de águas da região litorânea, abrangendo
assim o compartimento das macrófitas. Portanto, fica difícil comparar os resultados deste
trabalho com os do presente estudo, pois a autora não específica de qual compartimento
(plâncton ou macrófitas) foi coletada cada espécie.
Este mesmo autor propôs a utilização de “táxons referências” como espécies típicas de
ambientes mais preservados ou mais impactados na bacia estudada, baseado na ocorência das
espécies nos diversos habitats estudados. Assim, espécies como Arcella discoides, A.
hemisphaerica, Centropyxis aculeata, C. cassis, C. minuta, Difflugia corona, D. gramen, D.
73
lobostoma, D. oblonga, Euglypha laevis e Trinema enchelys, consideradas por Souza (op. cit.)
como táxons “referências” de ambientes pouco preservados na bacia do rio Peruaçu (MG),
também foram registradas no rio Cachoeira. Por outro lado, as espécies Arcella brasiliensis,
Cyclopyxis eurystoma, Euglypha rotunda, E. strigosa e Lesquereusia minor foram
consideradas pela mesma autora como “referências” de ambientes mais preservados na bacia
do rio Peruaçu. Entretanto, estas mesmas espécies ocorreram também no rio Cachoeira. Estes
resultados sugerem que a inclusão destes últimos taxa nesta categoria deve ser analisada com
parcimônia, pois tais organismos ocorreram tanto em ambientes impactados (rio Cachoeira)
como pouco impactados (trecho alto e médio da bacia do rio Peruaçu), o que os caracteriza
como generalistas para as condições ambientais ocorrendo, assim, em vários tipos de
ambientes.
Para a região Nordeste, existem seis trabalhos sobre inventários de tecamebas em
diferentes habitats: dois em sedimentos (ZUCON et al., 1992; SEMENSATTO-Jr., 2006) e
quatro com plâncton (CUNHA, 1913, 1916; NEUMANN-LEITÃO & NOGUEIRA-
PARANHOS, 1987; ROCHA et al., 1998); porém nenhum deles associados a macrófitas
aquáticas. Contabilizando as espécies inventariadas nestes seis trabalhos (53 espécies) com as
observadas neste trabalho, totalizam 137 taxa com ocorrência para a região Nordeste.
As espécies registradas por Cunha em 1916 (Centropyxis aculeata e Trinema enchelys)
e por Neumann-Leitão e Nogueira-Paranhos em 1987 (Arcella vulgaris) para o estado da
Bahia, foram encontradas neste estudo, totalizando 112 novas ocorrências de taxa de amebas
testáceas para o Estado.
Pequena variação temporal na riqueza e diversidade foi observada no presente estudo,
havendo assim assembléias pouco mais ricas e mais diversas no período de maior vazão do
rio, apesar de não ter sido detectada diferenças significativas entre os dois períodos.
Entretanto, vários autores encontraram diferenças estatísticas significativas nas riquezas e
diversidades de diversos organismos aquáticos, entre eles nanoflagelados heterotróficos,
amebas testáceas, rotíferos, cladóceros, copépodos e ostrácodes (BONECKER & LANSAC-
TÔHA, 1996; TELESH, 1996; LANSAC-TÔHA et al., 1997; VELHO et al., 2004;
BONECKER et al., 2005; PEREIRA et al., 2005; LEITÃO et al., 2006; HIGUTI et al., 2007),
demonstrando, assim, o efeito da variação do nível fluviométrico e do estado trófico da água
sobre estes atributos das comunidades aquáticas.
Comparando os resultados de riqueza e diversidade das amebas associadas à rizosfera
de E. crassipes no rio Cachoeira com aqueles observados por Torres (1996) na represa Lomba
74
do Sabão e por Velho et al. (2004) para as tecamebas planctônicas residentes no rio Paraná,
observa-se maiores valores de riqueza e diversidade no rio Cachoeira.
Espacialmente, o ponto C, que se localizou a jusante do represamento, apresentou
maiores riquezas, diversidades e equabilidade de espécies quando comparado com os demais
pontos represados em ambos os períodos hidrológicos. A relação entre diversidade e distúrbio
foi inferida por Connel (1978), baseado no princípio de exclusão competitiva. Assim, a
hipótese do distúrbio intermediário prediz que em condições de intensidades e freqüências
intermediárias dos distúrbios, um máximo de diversidade pode ser alcançado e mantido, se as
intensidades e freqüências forem tais que interfiram na exclusão competitiva.
Assim, a dinâmica do fluxo de águas no rio Cachoeira (pulsos de cheia e seca) constitui
uma perturbação no ambiente. Por outro lado, o represamento do rio atenua a variação do
nível fluviométrico nos locais a montante do represamento, por fragmentar o gradiente
longitudinal das condições ambientais do sistema. Deste modo, o ponto C é mais afetado
pelos distúrbios hidrológicos, o que poderia estar mantendo um maior número de espécies
neste ponto. Resultados semelhantes a este foram também observados por Velho (2000) para
as tecamebas planctônicas da planície de inundação do alto rio Paraná.
Contudo, deve-se considerar que este trecho médio-inferior (ponto C) do rio Cachoeira
deve exibir matéria orgânica particulada fina, o que possibilita uma maior oferta de nichos
tróficos (maior variedade de tamanhos de partículas alimentares) para as espécies de
tecamebas, interferindo, assim, positivamente na riqueza e diversidade destas espécies. Deve-
se ainda ponderar as contribuições do influxo de espécies de tecamebas oriundas dos córregos
adjacentes a este ponto, incrementando assim a fauna de amebas testáceas. Resultados
semelhantes também foram observados por BINI et al. (2003) para as amebas testáceas de
duas lagoas da planície de inundação do alto rio Paraná e por HIGUTI et al. (2007) para a
comunidade pleustônica de ostrácodes presentes na planície de inundação do rio Paraná.
As curvas de dominância plotadas para a abundância das espécies de amebas testáceas
ao longo dos períodos hidrológicos do rio Cachoeira demonstraram uma pequena dominância
na abundância das espécies. Tais curvas segundo Whittaker (1972) e Odum (1985) ilustram os
dois principais componentes da diversidade (H’ e J) indicando as tendências de diversidade e,
em termos gerais, a dominância de uma ou mais espécies, explicando também como o nicho é
repartido.
Assim, o modelo de relação espécie abundância que mais se assemelha ao padrão
plotado no Whittaker plot, é o de Fração Aleatória (random fraction model). Este modelo,
segundo Begon et al. (2007), apresenta uma distribuição um pouco mais equitativa, onde
75
sucessivas espécies invadem e ocupam uma porção arbitrária do espaço de nicho de qualquer
espécie já presente, assim todas as espécies têm a mesma probabilidade de dividir o nicho.
As similaridades entre as assembléias de amebas testáceas observadas nos três pontos
amostrais no rio Cachoeira foram elevadas, demonstrando que não houve diferenças muito
marcante na composição das espécies nestes locais.
Na maioria dos trabalhos, sobre a fauna de tecamebas associadas as macrófitas
aquáticas, de modo geral, não é apresentado dados de variáveis ambientais, o que dificulta
avaliação da influência das características limnológicas na estrutura da comunidade estudada,
bem como comparações com os resultados obtidos em outros trabalhos.
Analisando a influência dos fatores ambientais sobre a estrutura da assembléia das
amebas testáceas no rio Cachoeira, observa-se que as biomassas das amebas estiveram
correlacionadas com a biomassa fitoplanctônica, sugerindo, indiretamente, possíveis relações
tróficas entre as algas perifíticas e as tecamebas. Bonecker et al. (2007) encontraram
resultados semelhantes para a biomassa das espécies zooplanctônicas (rotíferos, copépodos e
cladóceros) oriundas dos reservatórios Segredo, Iraí e Mourão no Paraná, onde suas
biomassas estiveram correlacionadas com a biomassa fitoplanctônica e com concentrações de
fósforo.
A correlação negativa registrada entre a riqueza de espécies de amebas testáceas e a
condutividade do rio evidencia, claramente, o efeito do despejo de esgotos e da eutrofização
sobre tais comunidades, uma vez que o ponto que exibiu menor condutividade estava a
jusante do represamento e do despejo de efluentes urbanos, e consequentemente apresentou
menores teores de clorofila-a.
As correlações negativamente significativas entre densidade das tecamebas e a vazão
fluviométrica do rio Cachoeira demonstram o efeito da variação do nível fluviométrico sobre
as assembléias destes protistas. Resultados semelhantes foram observados por e Kobayashi et
al. (2000) para o zooplâncton (amebas testáceas, ciliados, rotíferos, cladóceros e copépodos)
em segmentos represados no rio Hawkesbury, no Nepal.
Em resumo, o rio Cachoeira apresentou sazonalidade hidrológica bem marcada
(variação fluviométrica), o qual refletiu sobre seus pulsos de energia e matéria, definindo
variações sazonais na densidade e na biomassa das assembléias de amebas testáceas
associadas a Eichhornia crassipes. As principais forçantes responsáveis pelas variações
observadas na estrutura das assembléias de amebas testáceas ao longo deste estudo, foram: (i)
a vazão fluviométrica do rio; e (ii) o represamento e sua conseqüente eutrofização.
76
7. CONCLUSÕES
115 taxa de amebas testáceas foram inventariados no rio Cachoeira,
pertencentes a 10 famílias, 14 gêneros, 96 espécies e 19 variedades. As
famílias com o maior número de espécies foram Difflugidae, Arcellidae,
Centropyxidae, Euglyphidae, Lesquereusiidae e Cryptodifflugiidae;
Nos meses de maior vazão foram registrados 105 taxa de amebas e as famílias
mais representadas foram Difflugidae, Arcellidae e Centropyxidae; no
período de menor vazão foram inventariados 90 taxa e as famílias Difflugidae,
Arcellidae, Centropyxidae, Euglyphidae e Lesquereusiidae foram as mais
representadas;
As assembléias de amebas testáceas associadas a Eichhornia crassipes no rio
Cachoeira apresentaram variações sazonais significativas, somente em termos
quantitativos (densidade e biomassa), ligadas a sazonalidade hidrológica bem
marcada (variação fluviométrica) do rio Cachoeira; entretanto em termos
qualitativos (composição, riqueza e diversidade de espécies), não foram
observadas variações sazonais significativas;
Espacialmente, não foram verificadas diferenças significativas nas densidades
das amebas testáceas registradas nos diferentes pontos amostrais, entretanto em
termos de biomassa, o ponto B (represado) diferiu significativamente do ponto
C (não represado); em termos qualitativos, houve elevada similaridade na
composição das assembléias observadas nos diferentes pontos amostrais;
A densidade das amebas testáceas foi negativamente correlacionada com a
vazão do rio, assim as maiores densidades de amebas foram observadas no
período de menor vazão do rio, evidenciando o papel da variação do vel
fluviométrico sobre este atributo;
A biomassa das amebas testáceas foi correlacionada positivamente com a sua
densidade e com a biomassa fitoplanctônica (clorofila-a), mostrando a
influência do estado trófico do rio sobre o aumento da biomassa e densidade
das amebas, sugerindo relações tróficas entre estes dois grupos de organismos;
Assim, as principais forçantes responsáveis pelas variações observadas na
estrutura (biomassa e densidade) das assembléias de amebas testáceas ao longo
deste estudo, foram: (i) a vazão fluviométrica do rio; e (ii) o represamento e
sua conseqüente eutrofização.
77
8. RECOMENDAÇÕES
Os resultados obtidos neste trabalho proporcionam um melhor entendimento da dinâmica
ecológica envolvendo as amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes no rio
Cachoeira, Bahia, tornando-se pertinente algumas recomendações:
Implantação de Estações de Tratamento de Esgotos nas cidades que compõem a
Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira, para reduzir o aporte de matéria orgânica e
de poluentes lançados no rio;
Implantação de um programa de biomonitoramento da Bacia Hidrográfica do Rio
Cachoeira, visando formação de uma base de dados consistente e histórica sobre as
comunidades biológicas aí existentes, além de dados limnológicos;
Efetuar um estudo de longa duração a fim de investigar as espécies presentes na
Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira, visando detectar possíveis espécies
indicadoras de poluição orgânica ao longo de toda a bacia;
Promover a conscientização ambiental acerca da importância, não do rio
Cachoeira, mas também de toda a bacia hidrográfica para a sustentabilidade da
população humana, além da manutenção da diversidade biológica.
78
REFERÊNCIAS
AGOSTINHO, A. A.; THOMAZ, S.M.; GOMES, L.C. Conservation of the Biodiversity of
Brazil’s Inland Waters. Conservation Biology, v. 19, n. 3, p. 646–652, 2005.
ARNDT, H. A critical review of the importance of rhizopods (naked and testate amoebae) and
actinopods (heliozoan) in lake plankton. Marine Microbial Food Webs, v. 7, n. 1, p. 3-29,
1993.
ASIOLI, A.; MEDIOLI, F.S.; PATERSON, R.T. Thecamoebians as a tool for reconstruction
of paleoenvironments in some Italian lakes in thefoothills of the southern Alps (Orta, Varese
and Candia). Journal of Foraminiferal Research, v. 26, n. 3, p. 248-263, 1996.
AUER, B.; ARNDT, H. Taxonomic composition and biomass of heterotrophic flagellates in
relation to lake trophy and season. Freshwater Biology, v. 46, p. 959-972, 2001.
AUER , B.; ELZER, U.; ARNDT, H. Comparison of pelagic food webs in lakes along a
trophic gradient and with seasonal aspects: influence of resource and predation. Journal of
Plankton Research, v. 26, p. 697-709, 2004.
BAHIA. Plano Diretor de Recursos Hídricos das Bacias do Leste. Salvador:
Superintendência de Recursos Hídricos do Estado da Bahia. 1997. 158 p.
BAHIA. Programa de Recuperação das Bacias dos Rios Cachoeira e Almada -
Diagnóstico Regional. Núcleo de Bacias Hidrográficas da UESC, Superintendência de
Recursos Hídricos do Estado da Bahia. 2001. 102 p.
BARBIERI, M. S.; GODINHO-ORLANDI, M. J. L. Ecological studies on the planktonic
protozoo of a eutrophic reservoir (Rio Grande Reservoir - Brazi1). Hydrobiologia, v. 183, p.
1-10, 1989.
BATCHER. M.S. Element Stewardship Abstract for Eichhornia crassipes (Martius) Solms.
The Nature Conservancy. 2000. Disponível em:<http://tncweeds.ucdavis.
edu/esadocs/eichcra.html.>. Acesso em: 15 set.2006. on-line.
BEAVER; J. R.; CRISMAN, T. L. The trophic response of ciliated protozoans in freshwaters
lakes. Limnology and Oceanorgraphic, v. 27, p. 246-253, 1982.
79
BECERRA-MUNOZ, S.; SCHRAMM, H. L. On the influence of substrate morphology and
surface area on phytofauna. Hydrobiologia, v. 575, p. 117–128, 2007.
BEGON, M.; TOWNSEND, C.R.; HARPER, J.L. Ecologia: De indivíduos a ecossistemas.
Artmed, 4º ed. 2007. 740 p.
BETTEZ, N. D; RUBLEE, P.; O’BRIEN, W.J; MILLER, M.C. Changes in abundance,
composition and controls within the plankton of a fertilized artic lake. Freshwater Biology,
Oxford., v. 47, p. 303-311, 2002.
BICUDO, D. C. Considerações sobre metodologias de contagem de algas do perifíton. Acta
Limnologica Brasiliensia, v. 3, p. 459-475, 1990.
BINI, L. M.; VELHO, L.F.M.; LANSAC-TÔHA, F.A. The effect of connectivity on the
relationship between local and regional species richness of testate amoebae (Protozoa:
Rhizopoda) in floodplain lagoons of the Upper Paraná River, Brazil. Acta Oecologica, Paris,
v. 24, p. S145-S151, 2003.
BIYU, S. A comparative study on planktonic ciliates in two shallow mesotrophic lakes
(China): species composition, distribution and quantitative importance. Hydrobiologia. v.
427. p. 143-153. 2000.
BOLIVAR, I.;FAHRNI, J., SMIRNOV, A.; PAWLOWSKI, J. SSU rRNA-based
phylogenetic position of the genera Amoeba and Chaos (Lobosea, Gymnamoebia): the origin
of gymnaboebae revisited. Molecular Biology Evolution, v. 18, p. 2306-2314, 2001.
BONECKER, C.C.; LANSAC-TÔHA, F.A. Community structure of rotifers in two
environments of the upper River Paraná floodplain (MS) – Brasil. Hydrobiologia. v. 325, n.
2. p. 137-150. 1996.
BONECKER, C.C.; DA COSTA, C.L.; VELHO, L.F.M.; LANSAC-TÔHA, F.A. Diversity
and abundance of the planktonic rotifers in difers in different environments of the Upper
Paraná river floodplain (Paraná state – Mato Grosso do Sul State, Brazil). Hydrobiologia. v.
546. p. 405-414. 2005.
BONECKER, C.C; NEGAE, M.Y.; BLETLLER, M.C.M.; VELHO, L.F.M.; LANSAC-
TÔHA, F.A. Zooplankton biomass in tropical reservoirs in southern Brazil. Hydrobiologia.
v. 579. p. 115-123. 2007.
80
BONETTI, C.V.D.H. Associações de foraminíferos e tecamebas indicadoras de sub-
ambientes recentes na zona estuarina do rio Itapitangi – Cananéia SP. 1995. 229f. Tese
(Doutorado), Universidade de São Paulo. São Paulo, 1995.
BOTTRELL, H.H.; DUNCAN,A.; GLIWICZ, Z. M.; GRYGIEREK, E.; HERZIG, A.;
HILLBRICHT-ILKOWSKA, A.; KURASAWA, H.; LARSSON, P.;WEGLENSKA,
T. A
review of some problems in zooplankton production studies. Norwegian Journal of Zoology,
v. 24, p. 419-456, 1976.
BRANCO, S. M. Hidrobiologia aplicada a Engenharia Sanitária. 6 ed. São Paulo,
Hamburg, 1986, 616 p.
BURNS, C.W.; SCHALLENBERG, M. Calanoid copepods versus cladocerans: Consumers
effects on protozoa in lakes of different trophic status. Limnology and Oceanographic. v.
46. p. 1558-1565. 2001.
CARMO, M.A.M.; LACERDA L.D.. Limnologia de um brejo entre dunas em Maricá, RJ. In:
LACERDA, L. D. et al., (Orgs.). Restingas: origens, estruturas, processos. Niterói: CEUFF
Universidade Federal Fluminense, 1984. p.453-458.
CARDOSO, L.S.; MARQUES, D.M. Structure of the zooplankton community in a
subtropical shallow lake (Itapeva lake – south of Brazil) and its relationship to hydrodynamic
aspects. Hydrobiologia. v. 518. p. 123-134. 2004.
COLDWELL, R. K. EstimateS: Statistical estimation of species richness and shared species
from samples. Version 5. User’s Guide and application. 1997. Disponível em: < http:
//viceroy.eeb.uconn.edu/estimates>. Programa Estatístico.
CONNEL, J.H. Diversity in tropical rain forest and coral reefs. Science. v. 199. p. 1302-1310.
1978.
CORLISS, J. O. Biodiversity and biocomplexity of the protist and an overview of their
significant roles in maintenance of our biosphere. Acta Protozoologica, v. 41, p. 199-219,
2002.
COUCEIRO, S. R. M.; HAMADA, N.; LUZ, S.L. B.; FORSBERG, B. R.; PENA, P.T
Deforestation and sewage effects on aquatic macroinvertebrates in urban streams in Manaus,
Amazonas, Brazil. Hydrobiologia, v. 575, p. :271–284, 2007.
81
CUNHA, A.M. Contribuição para o conhecimento da fauna de protozoários do Brasil.
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 5, p. 101-122, 1913.
______. Contribuição para o conhecimento da fauna de protozoários do Brasil. Memórias do
Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 8, p. 66-73, 1916.
CUNICO, A. M.; AGOSTINHO, A.A.; LATINI, J.D. Influência da urbanização sobre as
assembléias de peixes em três córregos de Maringá, Paraná. Revista Brasileira de Zoologia.
v. 23, n. 4. p. 1101-1110. 2006.
DABÉS, M.B.G.S.; VELHO, L.F.M. Assemblage of testate amoebae (Protozoa, Rhizopoda)
associated to aquatic macrophytes stands in a marginal lake of the São Francisco river
floodplain, Brazil. Acta Scientiarum. v. 23, n. 2, p. 299-304, 2001.
DALBY, P.; KUMAR, A.; MOORE, J.M.; PATTERSON, R.T. Preliminary survey of
Arcellaceans (Thecamoebians) as limnological indicators in tropical Lake Sentani, Irian Jaya,
Indinesia. Journal of Foraminiferal Research, v. 30, n. 2, p. 135-142, 2000.
DAJOZ, R. Ecologia geral. 3 ed. Rio de Janeiro, Petrópolis, 1973.
DECLOITRE, L. Le genre Arcella Ehrenberg. Archiv für Protistenkunde, n. 64, p. 152-287,
1928
DEFLANDRE, G. Le genre Euglypha Dujardin. Archiv für Protistenkunde, Jena, v.106,
p.51-100, 1962.
______. Le genre Centropyxis Stein. Archiv für Protistenkunde, n. 67, p. 322-375, 1929.
______. Orders des Testacealobosa (DE SAEDELEER, 1934), Testaceafilosa (DE
SAEDELEER, 1934), Thalamia (HAECKEL, 1862) ou Thecamoebiens (AUCT.)
(RHIZOPODA TESTACEA). Ann Protistol. v. 5. p. 201-286. 1953.
DE MARCO, JR, P.; LATINI, A.O. Estrutura de guildas e riqueza de espécies em uma
comunidade de larvas de Anisoptera (Odonata). In: NESSIMIAN J.L.; CARVALHO, A.L.
(Eds.). Ecologia de Insetos Aquáticos Séries Oecologia Brasiliensis. Rio de Janeiro: PPGE-
UFRJ, 1998. v.5, p.101-112.
82
DIONI, W. Investigación preliminar de la estructura básica de las asociaciones de la micro y
mesofauna de las raices de las plantas flotantes. Acta Zoologica Lilloana, Buenos Aires,
v.23, p.111-137, 1967.
______. Taxocenos de tecamebianos en cuencas isleñas del Parana medio. I. Los
tecamebianos de la vegetacion flotante en el madrejon Don Felipe. Acta Zoologica Lilloana,
Buenos Aires, v.27, p.200-239, 1974.
EDLER; L. (Ed.). Recommendations for Marine Biological Studies in the Baltic Sea;
Phytoplankton and Chlorophyll. The Baltic Marine Biologists. Publ. n: 5, 1979. 38 p.
ESTEVES, F. A. Fundamentos de limnologia. 2 ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1998, 602
p.
FIGUEIRÊDO, A.F.R. Análise do risco de salinização dos solos da Bacia Hidrográfica do rio
Colônia, sul da Bahia. 2005. 84 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional e
Meio ambiente) – Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus. 2005.
FINLAY, B. J.; ESTEBAN, G. F. Freshwater Protozoa: Biodiversity and Ecological
Functions. Biodiversity Conservation. v. 7, p. 1163-1186, 1998.
FOISSNER, W. Soil protozoa as bioindicators: pros and cons, methods, diversity,
representative examples. Agriculture, Ecosystems and Environment, v. 74, p. 95–112,
1999.
FREITAS, M. A. V. (Org.). Estado das Águas no Brasil 2001-2002. Brasília: Agência
Nacional de Águas, 2003, 514 p.
FROTA, A. Notas Sobre o Clima da Região Cacaueira da Bahia. Cacau Atualidades. v. 9, n.
12, p. 17-24. 1972.
FULONE, L. J.; LIMA, A.F.; ALVES, G.M.; VELHO, L.F.M.; LANSAC-TÔHA, F.A.
Composição de amebas testáceas (Protozoa; Rhizopoda) de dois córregos do Estado de São
Paulo, incluindo novos registros para o Brasil. Acta Scientiarum. v. 27, n. 02, p. 113-118.
2005.
83
GASOL, J. M..; SIMONS, A. M.; KALFF, J. Patterns in the top-down versus bottom-up
regulation of heterotrophic nanoflagellates in temperate lakes. Journal Plankton Research.
V. 17. p. 1879-1903. 1995.
GAUTHIER-LIEVRE, L.; THOMAS, R. Le genre Difflugia, Pentagonia, Maghrebia et
Hoogenraadia (Rhizopodes Testacès) en Afrique. Archiv für Protistenkunde, v. 103, p. 1-
370, 1958.
______. Le genres Cucurbitella Pènard. Archiv für Protistenkunde, n. 104, n. 4, p. 569-60,
1960.
GILBERT, D.; AMBLARD, C.; BOURDIER, G. ; FRANCEZ, A.J. The microbial loop at
the surface of a peatland: Structure, Function and Impact of nutrient input. Microbial
Ecology, v. 35, p. 83-93, 1998.
GILBERT, D.; AMBLARD, C.; BOURDIER, G. ; FRANCEZ, A.J. ; MITCHELL, E.A.D.
Le régime alimentaire des Thécamoebiens (Protista, Sarcodina). Anée Biol. v. 39, p. 57-
68, 2000.
GODINHO; M. J. L.; REGALI-SELEGHIM, M. H. Diversidade no Reino Protista:
Protozoários de vida livre. 2005. Disponível em: <www.biota.org.br/pdf/v1cap09.pdf. >
Acesso em: 23 de julho de 2005. On line.
GOMES; E. A. T.; GODINHO, M. J. L. Structure of the protozooplankton community in a
tropical shallow an eutrophic lake in Brazil. Acta Oecologica, v. 24, p. 5153-5161, 2003.
______. Bactérias e Protozoários em ambientes aquáticos: Amostragem e Análise. In:
BICUDO, C. E. M.; BICUDO, D.C. (ed). Amostragem em Limnologia. 1ª ed. RIMA, São
Carlos. 2004, cap. 7, p. 121-132.
GOPAL, B. Water hyacinth Aquatic Plant Study. Elsevier, Oxford, New York and Tokyo,
1987, 471p.
GREGG, W. W.; ROSE F. L. Influences of aquatic macrophytes on invertebrate community
structure, guild structure, and microdistribution in streams. Hydrobiologia, v. 128, p. 45-56,
1985.
84
HARDOIM, E. L. Taxonomia e ecologia de Testacea (Protozoa: Rhizopoda) do Pantanal de
Poconé – Rio Bento Gomes e Vazante Birici, Mato Grosso, Brasil. 1997. 341 f. Tese
(Doutorado) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos. 1997.
HARDOIM, E. L.; HECKMAN, C. W. The seasonal sucession of biotic communities in
wetlands of the tropical wet and dry climatic zone: IV. Free living sarcodineos and ciliates of
the Pantanal of Mato Grosso, Brazil. International Revue Ges Hydrobiology. v. 81, n. 3, p.
367-384, 1996.
HIGUTI, J.; VELHO, L.F.M.; LANSAC-TÔHA, F.A.; MARTENS, K. Pleuston communities
are buffered from regional flood pulses: the example of ostracódes in the Paraná River
floodplain, Brazil. Freshwater Biology. v. 52. p. 1930-1943. 2007.
HWANG, S. J.; HEATH, R. T. the distribution of protozoa across a trophic gradient, factors
controlling their abundance and importance in the plankton food webs. Journal Plankton
Research, v. 19, p. 491-518, 1997.
HYNES, H. B. N. The biology of polluted waters. University of Toronto Press. 1960. 202 p.
JANSSON, M. Nutrient limitation of bacterioplankton autotrophic and mixotrophic
phytoplankton, and heterotrophic nanoflagellates in lake Ortrasket. Limnology and
Oceanography. V. 4. p. 1552-1559. 1996.
JUNK, W. J.; BAYLEY, P.B.; SPARKS, R.E. The flood pulse concept in river-floodplain
systems. In: DODGE, D. (Ed.). Procedings of the International Large River Symposium.
Can. Spec. Publ. Fish. Aquat. Sci. v. 106. 1989. p. 110-127.
JUNK, W. J.; WELCOMME, R. L. Floodplains. In: PATTEN, B. C. (Ed.). Wetlands and
Shallow Continental Water Bodies. SPB Academic Publishing, The Hague. 1990. p. 137-
146.
KAISER, E. Verfahren Zur Herstellung einer tadellosen glycerin gelatine. Botanik Zentralb.
v. 1880, p. 25-26, 1880.
KALLINOWSKA, K. Bacteria, nanoflagellates and ciliates as components of the microbial
loop in three lakes of different trophic status. Polar Journal Ecology. V. 52. p. 19-34. 2004.
85
KAUPPILA, T.; KIHLMAN, S.; MAKINEN, J. Distribuition of Arcellaceans (Testate
Amoebae) in the sediments of a mine water impacted bay of lake Retunen, Finland. Water,
Air, and Soil Pollution, v. 172, p. 337-358, 2006.
KLUMPP, A.; BAUER, K.; FRANZ-GERSTEIN, C.; MENEZES, M. Variation of nutrient
and metal concentrations in aquatic macrophytes along the Rio Cachoeira in Bahia
(Brazil). Environment International, v. 28, p. 165-171, 2002.
KOBAYASHI, T.; SHIEL, R.J.; GIBBS, P.; DIXON, P.I. Freshwater zooplankton in the
Hawkesbury-Nepean River: comparison of community structure with others rivers.
Hydrobiologia. v. 377. p. 133-145. 1998.
KREBS, C. J. Ecological Methodology. New York: Harper Collins, 1989, 654 p.
KUMAR, A.; PATTERSON, R. Arcellaceans (Thecamoebians): new tools for monitoring
long and short-term changes in lake bottom acidity. Environment Geology. v. 39, p. 689-
697, 2000.
LAMINGER, H. Die testaceen (Protozoa, Rhizopoda) einiger Hochgebirgswasser von
México, Costa Rica und Guatemala. Inter. Ver. Ges. Hydrobiol. V. 81, n. 2, p. 273-305,
1973.
LAMPERT, W.; SOMMER, U. Limnoloecology: the ecology of lakes and streams. Oxford
University Press. 1997. 382 p.
LANSAC-TÔHA, F. A.; BONECKER, C.C.; VELHO, L.F.M.; LIMA, A.F. Composição,
distribuição e abundância da comunidade zooplanctônica. In: VAZZOLER, A.E. M. et al.
(Ed.). A planície de inundação do alto rio Paraná: Aspectos físicos, químicos, biológicos e
socioeconômicos. Editora da Universidade Estadual de Maringá, 1997. p. 117-155.
LANSAC-TÔHA, F. A.; VELHO, L.F.M.; BONECKER, C.C. Estrutura da comunidade
zooplanctônica antes e após a formação de reservatórios de Corumbá-GO. In: HENRY, R.
(ed.). Ecologia de reservatórios: Estrutura, função e aspectos sociais.
FAPESP/FUNDIBIO. Botucatu. 1999. p. 349-374.
LANSAC-TÔHA, F. A.; VELHO, L.F.M.; ZIMMERMANN-CALLEGARI, M.C.;
BONECKER, C.C. On the occurrence of testate amoebae (Protozoa, Rhizopoda) in Brazilian
inland waters. I. Family Arcellidae. Acta Scientiarum. v. 22, n. 2, p. 355-363, 2000.
86
LANSAC-TÔHA, F. A.; VELHO, L.F.M.; ZIMMERMANN-CALLEGARI, M.C.;
BONECKER, C.C.; TAKAHASHI, E..M. On the occurrence of testate amoebae (Protozoa,
Rhizopoda) in Brazilian inland waters. III. Family Difflugiidae: genus Difflugia. Acta
Scientiarum. v. 23, n. 2, p. 305-321, 2001a.
LANSAC-TÔHA, F. A.; VELHO, L.F.M.; TAKAHASHI, E..M.; AOYAGUI, A.S.M.;
BONECKER, C.C.On the occurrence of testate amoebae (Protozoa, Rhizopoda) in Brazilian
inland waters. V. Families Hyalospheniidae, Plagiopyxidae, Microcoryciidae,
cryptodifflugiidae, Phryganelidae, Euglyphidae, trinematiidae and Cyphoderiidae. Acta
Scientiarum. v. 23, n. 2, p. 333-347, 2001b.
LANSAC-TÔHA, F. A.; ZIMMERMANN-CALLEGARI, M.C.; ALVES, G.M.; VELHO,
L.F.M.; FULONE, L.J. Species richness and geographic distribution of testate amoebae
(Rhizopoda) in Brazilian freshwater environments. Acta Scientiarum. v. 29, n. 2, p. 185-195,
2007.
LEITÃO, A.C.; FREIRE, R.H.; ROCHA, R.H.F.; SANTAELLA, S.T. Zooplankton
community composition and abundance of two brazilian semiarid reservoirs. Acta
Limnologica Brasiliesia. v. 18, n. 4, p. 451-468, 2006.
LEWINSOHN, T. M.; PRADO, P. I. Biodiversity of Brazil: a synthesis of the current state of
knowledge. In: LEWINSOHN, T. M.; PRADO, P. I. (Ed). Biodiversidade Brasileira:
síntese do estado do conhecimento atual. Contexto Acadêmica, São Paulo, 2002, p. 125-
133.
MADRID, J. Z. Estado de conocimiento de los tecamebianos dulceacuicolas de Chile.
Gayana v. 70, n. 1, p. 27-30, 2006.
MAGURRAN, A. E. Ecological diversity and its measurement. Princenton University
Press. New Jersey, 1988, 197 p.
MARGALEF, R. Limnologia. Ed. Omega, Barcelona. 1983. 1010 p.
MATHES, J.; ARNDT, H. Annual cycle of protozooplankton (ciliates, flagellates and
sacordines)in relation to phyto and meta-zooplankton in lake Neumuhler See (Mecklenburg,
Germany). Archiv Hydrobiol. v. 134. p. 337-358. 1995.
MATTHEEUSSEN, R.; LEDEGANCK, P.; VINCKE, S.; VAN DE VIJVER, B.; NIJS, I.;
BEYENS, L. Habitat Selection of Aquatic Testate Amoebae Communities on Qeqertarsuaq
(Disko Island), West Greenland. Acta Protozoologica. v. 44, p. 253 – 263, 2005.
87
MEDIOLI, F. et al. Fossil thecamoebians: present status and prospects for the future. In: .
HEMLEBEN, C. et al. (Eds). Paleoecology, Biostratigraphy, Paleoceanography and
Taxonomy of Agglutinated Foraminifera. NATO Advanced Study Institute Series C,
Mathematics and Physics, p. 813-840. 1990.
MEHNER, T.; BENNDORF, J. Eutrophication – a summary of observed effects and possible
solutions. Journal Water SRT - Aquatic. v. 44, p. 35-44, 1995.
MINGOTI, S. A. Análise de dados através de métodos de estatística multivariada: Uma
abordagem aplicada. 1ª Edição. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2005. 297 p.
MISSAWA, N.A. Influência das alterações físicas e químicas provocadas por poluentes
orgânicos na estrutura de comunidades de testacea (Protozoa:Rhizopoda) no rio Cuiabá – MT.
2000. 144 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Conservação da Biodiversidade)
Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá. 2000.
MITCHEL, E. A. D.; BOCARD, D.; BUTTLER, A.J.; GROSVERNIER, P.; GILBERT, D.;
GOBAT, J.M. . Horizontal distribution patterns of testate amoebae (Protozoa) in a
Sphagnum magellanicum carpet. Microbial Ecology, v. 39, p. 290-300, 2000.
______. Structure of microbial communities in Sphagnum peatlands and effects of
atmospheric carbon dioxide enrichment. Microbial Ecology, v. 16, p. 187-199, 2003.
NEIF, A. P.; CARIGNAN, R. Macroinvertebrates on Eichhornia crassipes roots in two lakes
of the Paraná River floodplain. Hydrobiologia. v. 345, p. 185-196. 1997.
NEIFF, J. J. Large rivers of South America: toward the new approach. Verh. Internat.
Verein. Limnol., v. 26, p. 167-180, 1996.
NEUMANN-LEITÃO, S.; NOGUEIRA-PARANHOS, J. D. Zooplâncton do rio São
Francisco, região Nordeste do Brasil. Trabalhos Oceanográficos, UFPE, Recife, v. 20, p.
173-196, 1987.
NEVES, I. F.; ROCHA, O.; ROCHE, K.F.; PINTO, A.A. Zooplankton community structure
of two marginal lakes of the river Cuiabá (Mato Grosso, Brazil) with analysis of Rotifera and
Cladocera diversity. Brazilian Journal of Biology. v. 63, n. 2, p. 329-343, 2003.
NIBSHIBE, Y.; MANAGE, P.M.; KAWABATA, Z.; NAKANO, S. Trophic coupling of a
testate amoeba and Microcystis species in a hypertrophic pond. Limnology. V. 5. p. 71-76.
2004.
88
NICOLAEV, S. I.; MITCHELL, E.A.D.; PETROV, N.B. BERNEY, C.; FAHRNI, J.;
PAWLOWSKI, J. The Testate Lobose Amoebae (Order Arcellinida Kent, 1880) Finally Find
their home within Amoebozoa. Protist, v. 156, p. 156-191, 2005.
NORUSIS, M.J. SPSS for windows base system user’s guide. Release 6.0. Chicago, IL:
SPSS Inc, 1993.
ODUM, E. P. Ecologia. 1 ed., Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1988, 434 p.
OGDEN, C.G. Observations on the systematics of the genus Difflugia in Britain (Rhizopoda,
Protozoa). Bulletin Britanic Museum. Nature History (zoology), v. 44, p. 1-73, 1983.
______. Notes on testate amoebae (Protozoa: Rhizopoda) from Lake Vlasina, Yugoslavia.
Bulletin Britanic Museum Nature History. Ser. zool., London, v.47, no.5, p.241-263, 1984.
OGDEN, C.G.; HEDLEY, R.H. An atlas of freshwater testate amoebae. Oxford: Oxford
University Press, 1980. 222 p.
OGDEN, C. G.; ZIVKOVIC, A. Morphological studies on some Difflugiidae from
Yugoslavia (Rhizopoda, Protozoa). Bulletin Britanic Museum Nature History. Ser. zool.
London, v.44, n..6, p. 341-375, 1983.
OLIVEIRA, D. Análise ambiental dos canais da Bacia Hidrográfica do Rio Itanhaém-SP,
Brasil, com base em tecamebas e foraminíferos. 1999. 243 f. Dissertação (Mestrado em
Geociências) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista,
Rio Claro, 1999.
PAERL, H. W. et al. Microbial indicators of aquatic ecosystem change: current applications
to eutrophication studies. Microbial Ecology, New York, v.46, p. 233-246, 2003.
PATTERSON, T.; BARKER, T.; BURBRIDGE, S.M. Arcellaceans (Thecamoebians) as
proxies of arsenic, mercury contamination in Northeastern Ontario Lakes. Journal
Foraminiferal Research, v. 26, n. 2, p. 172-183, 1996.
PATTERSON, R ; KUMAR, A. Assessment of Arcellacean (Thecamoebian) assemblages,
species,, strains as contaminant indicators in James Lake, Northeastern Ontario, Canada.
Journal Foraminiferal Research, v. 30, n. 4, p. 310-320, 2000.
89
PEREIRA, D. G.; VELHO, L.F.M.; PAGIORO, T.A.; LANSAC-TÔHA, F.A. .Abundância
de nanoflagelados heterotróficos no plâncton de reservatórios com distintos graus de trofia.
Acta Scientiarum Biological Sciences, v. 27, n. 1, p. 43-50, 2005.
PIELOU, E. C. Ecological diversity. John Wiley. 1975. 165 p.
PINHO, A.G. Estudo da Qualidade das Águas do Rio Cachoeira - Região Sul da Bahia.
Ilhéus. 100 f. 2001. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente)
– Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, 2001.
POMPÊO, M. L. M.; MOSCHINI-CARLOS, V. Macrófitas Aquáticas e Perifíton:
Aspectos ecológicos e metodológicos. RIMA, São Carlos, 2003, 134 p.
PORTER, K. G.; SHERR, B. F.; FACE, M.; SANDERS, R. W. Protozoa in planktonic food
webs. Journal of Protozoology, v. 32, p. 409-415, 1985.
POTT. V.J. Plantas Aquáticas do Pantanal. EMBRAPA. Centro de Pesquisa
Agropecuária do Pantanal (Corumbá, MS). – Brasília : Embrapa Comunicação para
Transferência de Tecnologia, 2000. 404p.
REINHARDT, E.; DALBY, A.P.; KUMAR, A.; PATTERSON, R.T. Arcellaceans as
pollution indicators in mine tailing contaminated lakes near Cobalt, Ontario, Canada.
Micropaleontology, v. 44, p. 131-148, 1998.
RIBBLETT, S. G.; PALMER, M. A.; COATS, D. W. The importance of bacterivorous protist
in the decomposition of stream leaf litter. Freshwater Biology, v. 50, p. 516-526, 2005.
RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan.
2003. 503 p.
ROCHA, O.; RIETZLER, A.C.; ESPÍNDOLA, E.G.; MATSUMURA-TUNDISI, T.;
DUMONT, H.H. Diversity of fauna in sand dunes lakes of Lençóis Maranhenses, Brazil, I:
The zooplankton community. Anais da Academia Brasileira de Ciências, São Paulo, v. 70,
n. 4, p. 793-795, 1998.
SAMUELSSON, K.; BERGLUND, J.; HAECKY, P.; ANDERSSON.; A
.
Structural changes
in an aquatic microbial food web caused by inorganic nutrient addition. Aquatic Microbial
Ecology., Oldendorf, v. 29, p. 29-38, 2002.
90
SANDES, M.A.L. Flutuações de fatores ecológicos, composição e biomassa do fitoplâncton
em curto período de tempo no reservatório Álvaro de Souza Lima (Bariri, SP). 133f. 1990.
Dissertação. Universidade de São Paulo. 1990.
SANTOS, A. J. Estimativas de riqueza em espécies. In: CULLENS, L.; RUDRAN, R.;
VALLADARES-PÁDUA, C. (Org.). Métodos de estudo em biologia da conservação e
manejo da vida silvestre. Curitiba, UFPR, 2003. p. 19-41.
SCHARZBOLD, A. Métodos Ecológicos aplicados ao estudo do perifíton. Acta Limnologica
Brasiliensia, v. 3, p. 345-392, 1990.
SCHIAVETTI, A.; SCHILLING, A.C.; OLIVEIRA, H.T. Caracterização sócio-ambiental da
Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira, Sul da Bahia, Brasil. In: SCHIAVETTI, A.;
CAMARGO, A.F.M. (Ed.). Conceitos de bacias hidrográficas: Teorias e aplicações.
Ilhéus: Editus, 2005. p. 141-161.
SEMENSATTO-Jr., D. L. O sistema estuarino do delta do São Francisco – SE: Análise
ambiental com base no estudo de foraminífero e tecamebas. 2006. 223 f. Tese
(Doutorado)–Universidade Estadual Paulista, Rio Claro. 2006.
SMIRNOV, A.; NASSONOVA, E.; BERNEY, C.; FAHRNI, J.; BOLIVAR, I.;
PAWLOWSKI. Molecular phylogeny and classification of the Lobose amoebae. Protist. v.
156. p. 129-142, 2005.
SNEGOVAYA, N.; ALEKPEROV, I. Fauna of testate amoebae of western Azerbaijan rivers.
Protistology, v. 4, n. 2, p. 149-183, 2005.
SOMMER, U. Planktologie. Springer, Berlin, 1994, 274 p.
SOUZA, M. B. G. Tecamebas (Protozoa: Rhizopoda) associadas às macrófitas aquáticas da
bacia do rio Jequitinhonha: Parque Estadual do Rio Preto e Parque Estadual do Grão Mogol,
MG. Unimontes Científica. v. 7, n. 2, p. 117-130, 2005.
______. Guia das Tecamebas Bacia do Rio Peruaçu – Minas Gerais: Subsídios para a
conservação e monitoramento da Bacia do Rio São Francisco. Editora UFMG. 1ª Edição,
2008. 159 p.
91
STRICKLAND, J. D. H.; PARSONS, T. R. A pratical handbook of seawater analysis.
Bulletin Fish Research Board Canadian, Ottawa, 2º ed., 1972.
TAIZ, L. Plant Physiology. Ed. Sinauer, 2ª edição, 1998, 470 p.
TELESH, V. I. Species composition of planktonic Rotifera, Cladocera and Copepoda in the
litoral zone of lake Ladoga. Hydrobiologia. v. 322. p. 181-185, 1996.
THOMAZ, S. M.; BINI, L. M. Ecologia e manejo de macrófitas aquáticas em reservatórios.
Acta Limnologica Brasiliensia, v. 10, n. 1, p. 103-116, 1998.
TORRES, V. S. Amebas Testáceas (Protista: Rhizopoda) associadas a rizosfera de
Eichhornia crassipes (Martius) Solomons na represa Lomba do Sabão, Porto Alegre, RS.
1996. 141 f. Dissertação (Mestrado em Biociências – Área de Concentração Zoologia),
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Instituto de Biociências, Porto
Alegre. 1996a.
______. Estudos sobre Difflugia lobostoma Leidy (Protista, Rhizopoda, Testacealobosea).
Revista Brasileira de Zoologia. v. 13. n. 2. p. 475-487. 1996b.
______. Vacúolos de gás e flutuação em Difflugia mitriformis Wallich (Protista, Rhizopoda,
Testacealobosea). Revista Brasileira de Zoologia. v. 13. n. 1. p. 67-75. 1996c.
TORRES, V. S.; JEBRAM, D. H. A. Arcella gibbosa microsoma var. n. (Protozoa, Sarcodina,
Arcellinida): Descrição e observação feitas em seu cultivo. Biotemas, v. 7, n. 1, p. 20-29,
1993.
______. Amebas Testáceas ocorrentes na região de Porto Alegre, RS. Biotemas, v. 7, n. 1, p.
65-78, 1994.
TORRES, V. S.; SCHWARZBOLD, A. Amebas Testáceas ocorrentes na região de Porto
Alegre, RS. III Novos registros de Testaceafilosea (Protoctista: Rhizopoda). Comunicação
Museu Ciência Tecnologia PUCRS, Serie Zoologia. v. 13, n. 2, p. 139-146, 2000.
______. Contribuição á ecologia das amebas testáceas (Protoctista, Rhizopoda) associadas á
rizosfera de Eichhornia crassipes (Martius) Solomons na reprersa lomba do Sabão, Porto
Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Comunicação Museu Ciência Tecnologia PUCRS, Serie
Zoologia. v. 15, n. 1, p. 15-40, 2002.
92
TRIVINHO-STRIXINO, S.; STRIXINO, G. Estrutura da comunidade de insetos aquáticos
associados à Pontederia lanceolata Nuttal. Revista Brasileira de Biologia, v. 53, p. 103-111.
1993.
TSYGANOV, A.; MAZEI, Y. Morphology and biometry of Arcella intermedia (Deflandre,
1928) comb. nov. from Russia and a review of hemispheric species of the genus Arcella
(Testcealobosea, Arcellinida). Protistology. v. 4, n. 4, p. 361-369, 2007.
TUNDISI, J. G. Limnologia no século XXI: Perspectivas e desafios. São Carlos: Instituto
Internacional de Ecologia, 1999, 24p.
VANNOTE, R.L.; MINSHALL, G.W.; DEDELL, J.R.; CUSHING, C.E. The river continuum
concept. Canadian Fish Aquatic Science. V. 37, p. 130-137. 1980.
VELHO, L.F.M. Estrutura e dinâmica de assembléias de tecamebas no plâncton da planície de
inundação do alto rio Paraná. Maringá. 247 f. 2000. Tese (Doutorado) – Universidade
Estadual de Maringá, 2000.
VELHO, L. F. M.; LANSAC-TÔHA, F.A.; BINI, L.M. Spatial and temporal variation in
densities of testate amoebae in the plankton of the Upper Paraná River floodplain, Brasil.
Hydrobiologia, n. 411, p. 103-113, 1999.
VELHO, L.F.M.; LANSAC-TÔHA, F. A.; BONECKER, C.C.; ZIMMERMANN-
CALLEGARI, M.C. On the occurrence of testate amoebae (Protozoa, Rhizopoda) in Brazilian
inland waters. II. Families Centropyxidae, Trigonopyxidae and Plagiopyxidae. Acta
Scientiarum, v. 22, n. 2, p. 365-374, 2000.
VELHO, L.F.M.; LANSAC-TÔHA, F. A.; BONECKER, C.C.; ZIMMERMANN-
CALLEGARI, M.C.; AOYAGUI, A.S.M. On the occurrence of testate amoebae (Protozoa,
Rhizopoda) in Brazilian inland waters. IV. Families Difflugiidae (genera Cucurbitella,
Lagenodifflugia, Pentagonia, Pontigulasia, Protocucurbitella, Suiadifflugia) and
Lesquereusiidae (genera Lesquereusia, Quadrulella, Netzelia). Acta Scientiarum, v. 23, n. 2,
p. 323-332, 2001.
VELHO, L. F. M.; BINI, L.M.; LANSAC-TÔHA, F.A. Testate amoeba (Rhizopoda)
diversity in plankton of the Upper Paraná River floodplain, Brazil. Hydrobiology. v. 523, p.
103-111, 2004.
VELHO, L.F.M.; PEREIRA, D.G.; PAGIORO, T.A.; SANTOS, V.D.; PERENHA, M.C.Z.;
LANSAC-TÔHA, F. A.; Abundance, biomass and size structure of planktonic ciliates in
93
reservoirs with distinct trophic states. Acta Limnologia Brasiliensia. v. 17, n. 4. p. 361-371.
2005.
VINCKLE, S.; VAN DE VIJVER, B.; MATTHEEUSSEN, R.; BEYENS, L. Freshwater
Testate Amoebae communities from Île de la Possession, Crozet Archipelago, Subantartica.
Artic, Antarctic, and Alpine Research, v. 36, n. 4, p. 584-590, 2004.
VUCETICH, M. C. Estudio de tecamebianos argentinos, en especial los del dominio
pampasico. Revista del Museu de La Plata, serie Zoología, v. 11, n. 108, p. 287-332, 1973.
WANNER, M. Biometrical Investigations of terrestrial Testate Amoebae (Protozoa:
Rhizopoda) as a method for bioindication. Acta Zoologica Fennica, v. 196, p. 267-270, 1995.
WARD, J.V. Riverine landscapes: Biodiversity patterns, disturbance regimes and aquatic
conservation. Biological Conservation. v. 83, n. 3, p. 269-278, 1998.
WARD; J.V.; STANFORD, J.A. Serial discontinuity concept of lotic ecossistems. In:
FONTAINE, T.D.; BARTELL, S.M. (Ed.). Dynamics of lotic systems. Ann Arbor Science.
1993. p. 29-42.
______. The serial discontinuity concept: extending the model to floodplain rivers. Regulated
Rivers: Research and Management. v. 10. p. 159-168, 1995.
WELLNITZ, T.; POFF, L. Herbivory, current velocity and algal regrowth: how does
periphyton grow when the grazers have gone?. Freshwater Biology. v. 51, p. 2114-2123.
2006.
WETZEL, R.G. Periphyton of freshwater ecosystems. The Hague, Dr. W. Junk. 1983.
_____. Land – water interfaces: Metabolic and limnological regulators. Verh. Internat. Ver.
Limn., Stuttgart, v. 24, p. 6-24, 1990.
______. Limnology: lake and river ecosystems. ed. San Diego, CA Academic Press,
2001. 1006 p.
WHITTAKER, R. M. Vegetation of the Siskiyou Mountains. Oregon and California. Ecology
Monographs. v. 30, p. 279-338, 1960.
94
______. Communities and Ecosystems. Ed. McMillan. 1972. 158 p.
WILSON, E.O. A situação atual da diversidade biológica. In: WILSON, E.O.; PETER, E.M.
(Eds.). Biodiversidade. Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro. p. 3-24. 1997.
XU, M.; CAO, H.; XIE, P.; DENG, D.; FENG, W.; XU, J. The temporal and spatial
distribution, composition and abundance of protozoa in Chaohu Lake, China: Relationship
with eutrophication. European Journal of Protistology. v. 41. p. 183-192. 2005.
ZUCON, M. H., LOYOLA e SILVA, J. Distribuição espacial de foraminíferos e tecamebas
do estuário do rio Piauí, Sergipe. Nerítica. v. 7, n. 1-2, p. 57-69, 1992.
95
APÊNDICE 01 - Lista dos taxa das amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes no rio Cachoeira -
BA no período de 2006 a 2007.
(continua)
Arcellidae Ehrenberg, 1830
Arcella arenaria Greeff, 1866
A. bathystoma Deflandre, 1928
A. brasiliensis Cunha, 1913
A. catinus Penard, 1880
A. conica (Playfair, 1917)
A. dentata Ehrenberg, 1838
A. discoides Ehrenberg, 1843
A. discoides pseudovulgaris Deflandre, 1928
A. gibbosa mitriformis Deflandre, 1928
A. gibbosa laevis Deflandre, 1928
A. gibbosa Pénard, 1890
A. hemisphaerica Deflandre, 1928
A. hemisphaerica f. undulata Deflandre, 1929
A. intermedia
A. lobostoma Deflandre, 1928
A. megastoma Pénard, 1902
A. nordestina Vucetich, 1973
A. polypora Penard, 1980
A. rotundata Playfair, 1917
Arcella sp
A. vulgaris Ehrenberg, 1830
Centropyxidae Jung, 1984
Centropyxis aculeata (Ehrenberg, 1838)
C. aerophila Deflandre, 1929
C. cassis (Wallich, 1864)
C. cassis var spinifera (Playfair, 1918)
C. constricta (Ehrenberg, 1841)
C. discoides (Pénard, 1890)
C. ecornis (Ehrenberg, 1841)
C. hemisphaerica (Bannard, 1918)
C. hirsuta Deflandre, 1929
C. marsupiformis (Wallich, 1864)
C. minuta Deflandre, 1929
C. orbicularis Deflandre, 1929
C. platystoma (Pénard, 1902)
Centropyxis sp.
Cryptodifflugiidae, Jung, 1942
Difflugiella angusta Schonborn, 1965
D. crenulata (Playfair, 1917)
D. horrida Schonborn, 1965
D. oviformis (Pénard, 1890)
D. patinata Schonborn, 1965
Difflugiella sp.
D.voigli Schimidt, 1926
96
APÊNDICE 01 - Lista dos taxa das amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes no rio Cachoeira -
BA no período de 2006 a 2007.
(continua)
Cyphoderiidae Saedeler, 1934
Cyphoderia ampulla (Ehrenberg, 1840)
Difflugidae Awerintzew, 1906
Curcubitella dentata Gauthier-Lièvre & Thomas, 1960
C. madagascariensis Gauthier-Lièvre & Thomas, 1960
C. mespiliformis Pénard, 1901
Difflugia achlora (Penard, 1902)
D.acuminata Ehrenberg, 1838
D. angulostoma Gauthier-Lièvre & Thomas, 1958
D. avellana Pénard, 1890
D. bacillifera Pénard, 1890
D. bicornis Pénard, 1890
D. brevicolla Cash, 1809
D. corona Wallich, 1864
D. corona ecornis Gauthier-Lièvre & Thomas, 1960
D. corona tuberculata Vucetich, 1973
D. decloitrei Godeanu, 1972
D. difficilis Thomas, 1955
D. elegans Pénard, 1890
D. elegans angustata Gauthier-Liévre & Thomas, 1958
D. elegans teres Pénard, 1899
D. globularis (Wallich, 1864)
D. globulosa Dujardim, 1837
D. gramen caudata Gauthier-Lièvre & Thomas, 1960
D. gramen Pénard, 1902
D. lanceolata Pénard, 1890
D. lithophila Pénard, 1902
D. lobostoma Leidy, 1879
D. lobostoma var. cornuta Gauthier-Lièvre & Thomas, 1958
D. lobostoma var. multilobata Gauthier-Lièvre & Thomas, 1958
D. lobostoma var. tuberosa Gauthier-Lièvre & Thomas, 1958
D. manicata Pénard, 1902
D. minuta Rampi, 1956
D. mitriformis Wallich, 1864
D. oblonga Ehrenberg, 1838
D. penardi Hopkinson, 1909
D. pleustonica Dioni, 1970
D. pristis (Pénard, 1902)
D. schuurmani Van Oye, 1932
Difflugia sp
D. urceolata Carter, 1864
Difflugia urceolata lageniformis Gauthier-Lièvre & Thomas, 1960
Difflugia urceolata minor Deflandre, 1926
Pentagonia maroccana Gauthier-Lievre et Thomas, 1905
Protocurcubitella coroniformis Gauthier-Lièvre & Thomas, 1960
97
APÊNDICE 01 - Lista dos taxa das amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes no rio Cachoeira -
BA no período de 2006 a 2007.
(conclusão)
Euglyphidae Wallich, 1864
Euglypha acanthophora (Ehrenberg, 1841)
E. ciliata (Ehrenberg, 1848)
E. cristata Leidy, 1874
E. cristata major Wailes
E. filifera Pénard, 1880
E. filifera magna Van Oye
E. laevis (Ehrenberg, 1845)
E. mucronata Leidy, 1878
E. rotunda Wailes, 1911
E. strigosa (Ehrenberg, 1872)
E. tuberculata Dujardin, 1841
Hyalospheniidae Schulze, 1877
Nebela lageniformis Penard, 1980
Nebela tubulosa Penard, 1890
Lesquereusiidae Jung, 1942
Lesquereusia epistomium Pénard, 1902
L. gibbosa Gauthier-Lièvre & Thomas, 1960
L. minor Walton, 1930
L. modesta Rhumbler, 1896
L. modesta caudata (Playfair, 1917)
L. ovalis Gauthier-Lièvre & Thomas, 1960
Lesquereusia sp.
L. spiralis (Ehrenberg, 1840)
L. spiralis arcuata Gauthier-Lièvre & Thomas, 1960
Netzelia tuberculata (Wallich, 1864)
N. wailesi (Ogden, 1980)
Trigonopyxidae Loeblich e Trappan, 1964
Cyclopyxis eurystoma (Deflandre, 1929)
C. khali (Deflandre, 1929)
Cyclopyxis sp.
Trinematiidae Hoogenraad e Groot, 1940
Trinema cf. complanatum Penard, 1890
T. enchelys (Ehrenberg, 1838)
T. lineare Pénard, 1890
98
APÊNDICE 02 - Freqüência de ocorrência das espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de E.
crassipes por ponto de coleta no rio Cachoeira - BA, para todo período de estudo. (***
constante, ** comum e * esporádica).
continua
A B C
Arcella arenaria 0 0 20*
Arcella bathystoma 33** 17* 0
Arcella brasiliensis 50*** 33** 40**
Arcella catinus 83*** 83*** 60***
Arcella conica 67*** 33** 20*
Arcella dentata 17* 17* 20*
Arcella discoides 67*** 83*** 100***
Arcella discoides pseudovulgaris 83*** 67*** 100***
Arcella gibbosa 83*** 83*** 80***
Arcella gibbosa laevis 83*** 83*** 80***
Arcella gibbosa mitriformis 67 33** 60***
Arcella hemisphaerica 83*** 83*** 100***
Arcella hemisphaerica undulata 100*** 100*** 40**
Arcella intermedia 67*** 17* 60***
Arcella lobostoma 33** 0 60***
Arcella megastoma 100*** 100*** 80***
Arcella nordestina 17* 17* 20*
Arcella polypora 0 17* 20*
Arcella rotundata 50*** 83*** 100***
Arcella sp.
0 0 20*
Arcella vulgaris 100*** 100*** 20*
Centropyxis aculeata 100*** 100*** 100***
Centropyxis aerophila 17* 17* 0
Centropyxis cassis 33** 67*** 80***
Centropyxis cassis spinifera 50*** 33** 40**
Centropyxis marsupiformis 0 0 20*
Centropyxis constricta 17* 33** 20*
Centropyxis discoides 83*** 83*** 60***
Centropyxis ecornis 50*** 83*** 60***
Lista de Espécies
Pontos
99
APÊNDICE 02 - Freqüência de ocorrência das espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de E.
crassipes por ponto de coleta no rio Cachoeira - BA, para todo período de estudo. (***
constante, ** comum e * esporádica).
(c
ontinua)
A B C
Centropyxis hemisphaerica 0 0 40**
Centropyxis hirsuta 100*** 100*** 100***
Centropyxis minuta 67*** 50*** 80***
Centropyxis orbicularis 33** 17* 0
Centropyxis platystoma 67*** 50*** 100***
Centropyxis sp.
33** 17* 0
Cyclopyxis eurystoma 50*** 67*** 80***
Cyclopyxis kahli 33** 50*** 20*
Cyclopyxis sp.
0 17* 0
Cyphoderia ampulla 0 0 20*
Curcubitella madagascariensis 33** 50*** 20*
Curcubitella mespiliformis 33** 17* 60***
Difflugia achlora 33** 17* 20*
Difflugia acuminata 67 33 20*
Difflugia angulostoma 83*** 100 100***
Difflugia avellana 17* 50*** 40**
Difflugia bacilifera 33** 17* 0
Difflugia bicornis 17* 0 0
Difflugia brevicola 17* 33** 20*
Difflugia corona 100*** 100*** 60***
Difflugia corona ecornis 17* 33** 20*
Difflugia corona tuberculata 50*** 67*** 60***
Difflugia decloitrei 50*** 83*** 80***
Difflugia difficilis 17* 0 20*
Difflugia elegans 33** 33** 20*
Difflugia elegans angustata 17* 0 40**
Difflugia elegans teres 0 0 20*
Difflugia globularis 67*** 67*** 80***
Lista de Espécies
Pontos
100
APÊNDICE 02 - Freqüência de ocorrência das espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de E.
crassipes por ponto de coleta no rio Cachoeira - BA, para todo período de estudo. (***
constante, ** comum e * esporádica).
(c
ontinua)
A B C
Difflugia globulosa 33** 50 60***
Difflugia gramen 100*** 100*** 100***
Difflugia gramen caudata 17* 0 20*
Difflugia lanceolata 50*** 83*** 80***
Difflugia lithophila 83*** 100*** 100***
Difflugia lobostoma 100*** 100*** 100***
Difflugia lobostoma cornuta 17* 33** 0
Difflugia lobostoma multilobata 17* 17* 20*
Difflugia lobostoma tuberosa 17* 67*** 0
Difflugia manicata 100*** 83*** 100***
Difflugia minuta 67*** 83*** 80***
Difflugia mitriformis 100*** 67*** 100***
Difflugia oblonga 33** 33** 20*
Difflugia penardi 50*** 67*** 60***
Difflugia pleustônica 17* 67*** 20*
Difflugia pristis 17* 17* 40**
Difflugia schuurmani 100*** 100*** 100***
Difflugia sp.
0 0 20*
Difflugia urceolata 67*** 17* 0
Difflugia urceolata lageniformis 17* 0 20*
Difflugia urceolata minor 17* 33** 20*
Pentagonia marrocanna 50*** 33** 60***
Protocurcubitela coriniformis 50*** 33** 20*
Difflugiella angusta 0 33** 20*
Difflugiella crenulata 17** 50*** 20*
Difflugiella horrida 0 17* 20*
Difflugiella oviformis 67*** 83*** 80***
Difflugiella patinata 17** 33** 40**
Difflugiella sp.
33** 50*** 40**
Lista de Espécies
Pontos
101
APÊNDICE 02 - Freqüência de ocorrência das espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de E.
crassipes por ponto de coleta no rio Cachoeira - BA, para todo período de estudo. (***
constante, ** comum e * esporádica).
(conclusão)
A B C
Difflugiella voigli 17* 17* 20*
Euglypha acanthophora 83*** 100*** 100***
Euglypha ciliata 0 17* 0
Euglypha cristata 0 0 20*
Euglypha cristata major 0 17* 20*
Euglypha filifera 67*** 100*** 80***
Euglypha filifera magna 17* 0 0
Euglypha laevis 17* 33** 40**
Euglypha mucronata 0 17* 20*
Euglypha rotunda 83 67*** 40**
Euglypha strigosa 33** 67*** 40**
Euglypha tuberculata 67*** 33** 60***
Lesquereusia epistomium 33** 17** 20*
Lesquereusia gibbosa 17* 0 0
Lesquereusia minor 33** 50*** 20*
Lesquereusia modesta 67*** 67*** 60
Lesquereusia modesta caudata 17* 33** 20*
Lesquereusia ovalis 0 33** 20*
Lesquereusia sp.
17* 0 0
Lesquereusia spiralis 17* 33** 40**
Lesquereusia spiralis arcuata 17* 67*** 0
Netzelia wailesi 67*** 67*** 40**
Netzelia tuberculata 33** 50*** 40**
Nebela lageniformis 0 0 20*
Nebela tubulosa 0 0 20*
Trinema cf. complanatum
0 17* 20*
Trinema enchelys 100*** 100*** 80***
Trinema lineare 33** 17* 20*
Lista de Espécies
Pontos
102
APÊNDICE 03 - Presença e ausência dos taxa de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes por
pontos de coletas nos períodos de maior (novembro de 2006 a janeiro de 2007) e menor vazão
(junho a agosto de 2007) do rio Cachoeira - BA. (+) presente; (-) ausente.
(c
ontinua)
A B C A B C
Arcella arenaria - - - - - +
Arcella bathystoma + + - + - -
Arcella brasiliensis + + + + + +
Arcella catinus + + + + + +
Arcella conica + + + + +
Arcella dentata - + - - - +
Arcella discoides + + + + + +
Arcella discoides pseudovulgaris + + + + + +
Arcella gibbosa + + + + + +
Arcella gibbosa laevis - - + + +
Arcella gibbosa mitriformis + + + - + +
Arcella hemisphaerica + + + + + +
Arcella hemisphaerica undulata + + + + + +
Arcella intermedia + + + + + +
Arcella lobostoma + + + - - +
Arcella megastoma + + + + + +
Arcella nordestina + + + - - -
Arcella polypora - - - - + +
Arcella rotundata - + + + + +
Arcella sp.
- - - - - +
Arcella vulgaris + + + + + +
Centropyxis aculeata + + + + + +
Centropyxis aerophila + - - - +
Centropyxis cassis + + + - + +
Centropyxis cassis spinifera + - + + + +
Centropyxis constricta + + + - - -
Centropyxis discoides + + + + + +
Centropyxis ecornis + + + - + +
Maior vazão Menor vazão
Espécies
103
APÊNDICE 03 - Presença e ausência dos taxa de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes por
pontos de coletas nos períodos de maior (novembro de 2006 a janeiro de 2007) e menor vazão
(junho a agosto de 2007) do rio Cachoeira - BA. (+) presente; (-) ausente.
(c
ontinua)
A B C A B C
Centropyxis hemisphaerica - - + - + +
Centropyxis hirsuta + + + + + +
Centropyxis marsupiformis - - + - - -
Centropyxis minuta + + + + + +
Centropyxis orbicularis + + + - - -
Centropyxis platystoma + + + + + +
Centropyxis sp.
+ + - + - -
Cyclopyxis eurystoma + + + + + +
Cyclopyxis kahli + + + - + -
Cyclopyxis sp.
- + - - - -
Cyphoderia ampulla - - + - - -
Curcubitella madagascariensis + + + + + -
Curcubitella mespiliformis + + + - - -
Difflugia achlora + + + - + -
Difflugia acuminata + + + + - -
Difflugia angulostoma + + + + + +
Difflugia avellana + + + - + +
Difflugia bacilifera + + - - - -
Difflugia bicornis + - - - - -
Difflugia brevicola + + + - - -
Difflugia corona + + + + + +
Difflugia corona ecornis - - - + + +
Difflugia corona tuberculata + + - + + +
Difflugia decloitrei + + + + + +
Difflugia difficilis + - + - - -
Difflugia elegans + + + + - -
Difflugia elegans angustata - - + + - +
Difflugia elegans teres - - - - - +
Difflugia globularis + + + + + +
Espécies
Maior vazão Menor vazão
104
APÊNDICE 03 - Presença e ausência dos taxa de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes por
pontos de coletas nos períodos de maior (novembro de 2006 a janeiro de 2007) e menor vazão
(junho a agosto de 2007) do rio Cachoeira - BA. (+) presente; (-) ausente.
(c
ontinua)
A B C A B C
Difflugia globulosa + + + - + +
Difflugia gramen + + + + + +
Difflugia gramen caudata + + + - - -
Difflugia lanceolata + + + + + +
Difflugia lithophila + + + + + +
Difflugia lobostoma + + + + + +
Difflugia lobostoma cornuta - - - + + -
Difflugia lobostoma multilobata - + + + - -
Difflugia lobostoma tuberosa + + - - + -
Difflugia manicata + + + + + +
Difflugia minuta + + + + + +
Difflugia mitriformis + + + + + +
Difflugia oblonga + + + + + +
Difflugia penardi + + + + + +
Difflugia pleustônica + + + - + -
Difflugia pristis + + + - - +
Difflugia schuurmani + + + + + +
Difflugia sp.
- - + - - -
Difflugia urceolata + + - + - -
Difflugia urceolata lageniformis - - + + - -
Difflugia urceolata minor - + - + + +
Pentagonia marrocanna + + + + - +
Protocurcubitela coriniformis - - - + + +
Difflugiella angusta - + + - - -
Difflugiella crenulata + + + - - -
Difflugiella horrida - + + - - -
Difflugiella oviformis + + + - + +
Difflugiella patinata + + + - - -
Difflugiella sp. + + + - + -
Espécies
Maior vazão Menor vazão
105
APÊNDICE 03 - Presença e ausência dos taxa de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes por
pontos de coletas nos períodos de maior (novembro de 2006 a janeiro de 2007) e menor vazão
(junho a agosto de 2007) do rio Cachoeira - BA. (+) presente; (-) ausente.
(c
onclusão)
A B C A B C
Difflugiella voigli + + - - - +
Euglypha acanthophora + + + + + +
Euglypha ciliata - + - - - -
Euglypha cristata - - + - - -
Euglypha cristata major - - - - + +
Euglypha filifera + + + + + +
Euglypha filifera magna - - - + - -
Euglypha laevis + + + - + -
Euglypha mucronata - - - - + +
Euglypha rotunda + + + + + +
Euglypha strigosa + + + + + -
Euglypha tuberculata + + + + - +
Lesquereusia epistomium + + + + - -
Lesquereusia gibbosa + - - - - -
Lesquereusia minor + + - + + +
Lesquereusia modesta + + + + + +
Lesquereusia modesta caudata + + + - - -
Lesquereusia ovalis - + + - + -
Lesquereusia sp.
- - - + - -
Lesquereusia spiralis + + + - - +
Lesquereusia spiralis arcuata - + - + +
Netzelia wailesi + + + + + +
Netzelia tuberculata + + - + + +
Nebela lageniformis - - + - - -
Nebela tubulosa - - + - - -
Trinema cf. complanatum
- + + - - -
Trinema enchelys + + + + + +
Trinema lineare + + + - - -
Espécies
Maior vazão Menor vazão
106
APÊNDICE 04 - Densidade (Indíviduos/grama de peso seco - indv./gPS) das espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes registradas no período de
maior (novembro de 2006 a janeiro de 2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão do rio Cachoeira - BA.
(continua)
A B A B C A B C A B C A B C A B C
Arcella arenaria 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 44 0 0 0 0 0 0
Arcella bathystoma 0 0 16 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 248 0 0
Arcella brasiliensis 7 0 0 2 4 0 0 0 244 41 0 0 0 34 144 0 0
Arcella catinus 0 0 4 33 20 69 29 10 207 21 114 175 352 0 124 49 0
Arcella conica 0 0 46 0 57 6 4 0 5 0 0 0 90 0 6 0 0
Arcella dentata 0 0 0 172 0 0 0 0 0 0 0 0 0 46 0 0 0
Arcella discoides 494 489 155 630 97 12 29 25 191 120 523 0 1021 27 0 0 16
Arcella discoides pseudovulgaris 0 0 117 0 73 106 27 7 676 533 772 2161 3695 288 1313 1500 530
Arcella gibbosa 5 0 0 102 8 33 23 11 244 257 287 143 3390 0 248 35 81
Arcella gibbosa laevis 0 0 0 0 0 0 0 10 16 0 0 0 0 0 0 50 0
Arcella gibbosa mitriformis 0 0 0 316 91 71 6 15 0 0 61 0 402 0 0 150 0
Arcella hemisfaerica 134 317 30 780 89 131 18 15 94 55 138 0 0 52 279 208 85
Arcella hemisfaerica undulata 8 3 74 28 70 38 6 0 357 146 271 1254 5799 0 1669 1140 0
Arcella intermedia 0 0 68 0 12 0 0 2 409 41 92 162 0 0 62 0 0
Arcella lobostoma 51 0 2 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 333 0 0 0
Arcella megastoma 56 169 66 131 54 40 2 12 383 118 179 65 596 0 224 64 109
Arcella nordestina 35 0 0 100 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Arcella polypora 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 38 0 0 0 0 0 0
Arcella rotundata 0 0 0 106 42 0 1 17 422 274 152 139 527 46 461 139 21
Arcella sp.
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 34 0 0 0
Arcella vulgaris 588 418 152 534 64 92 10 32 304 254 207 79 1223 0 243 104 70
Centropyxis aculeata 2003 511 402 504 172 181 35 17 460 311 972 808 1941 173 2945 1288 442
Centropyxis aerophila 0 0 51 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0
Centropyxis cassis 0 0 9 247 57 11 2 5 0 194 69 0 0 139 0 35 0
Centropyxis cassis spinifera 0 0 9 0 18 0 0 0 38 197 68 0 0 0 248 90 0
Centropyxis marsupiformis 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Centropyxis constricta 0 14 5 37 107 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Centropyxis discoides 54 15 56 297 28 48 1 0 0 17 38 18 0 0 35 93 16
Centropyxis ecornis 27 0 8 16 58 13 1 0 0 14 55 0 60 0 0 49 16
Lista de Espécies
novembro/2006 dezembro/2006 janeiro/2007 junho/2007 julho/2007 agosto/2007
107
APÊNDICE 04 - Densidade (Indíviduos/grama de peso seco - indv./gPS) das espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes registradas no período de
maior (novembro de 2006 a janeiro de 2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão do rio Cachoeira - BA.
(continua)
A B A B C A B C A B C A B C A B C
Centropyxis hemisphaerica 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 40 0 0 0 0 0 0
Centropyxis hirsuta 54 9 14 163 41 51 37 17 597 241 807 1436 2774 354 1443 365 564
Centropyxis minuta 0 0 0 106 23 77 27 7 207 137 135 23 0 202 102 0 100
Centropyxis orbicularis 72 35 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Centropyxis platystoma 48 0 2 16 236 4 3 25 202 0 0 0 0 18 0 44 119
Centropyxis sp.
5 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 62 0 0
Cyclopyxis eurystoma 0 0 207 58 10 39 1 7 0 9 24 0 34 0 124 0 16
Cyclopyxis kahli 0 0 49 70 20 5 5 0 0 0 0 0 0 0 0 56 0
Cyclopyxis sp.
0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Cyphoderia ampulla 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Curcubitella dentata 0 0 8 0 6 0 0 0 0 206 0 0 0 0 0 0 15
Curcubitella madagascariensis 0 12 21 78 13 0 0 0 38 9 0 0 0 0 0 0 0
Curcubitella mespiliformis 0 28 4 59 6 20 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Difflugia achlora 0 0 42 0 4 4 19 0 0 0 0 0 0 0 0 25 0
Difflugia acuminata 48 24 13 14 1 4 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0
Difflugia angulostoma 516 68 351 677 23 142 37 42 185 667 343 158 60 18 0 88 16
Difflugia avellana 13 12 0 14 0 0 0 11 0 55 0 0 0 51 0 0 0
Difflugia bacilifera 4 7 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Difflugia bicornis 24 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Difflugia brevicola 0 5 4 72 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Difflugia corona 14 115 85 267 8 167 40 0 452 367 153 620 2736 0 259 529 111
Difflugia corona ecornis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 75 15 18 0 0 0 92 0
Difflugia corona tuberculata 0 18 34 49 0 0 32 0 0 0 0 145 2515 18 562 236 49
Difflugia decloitrei 0 21 0 45 14 33 7 5 244 256 54 25 101 18 0 0 0
Difflugia difficilis 0 0 12 0 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Difflugia elegans 0 18 14 67 0 0 0 2 0 0 0 53 0 0 0 0 0
Difflugia elegans angustata 0 0 0 0 28 0 0 0 0 0 0 0 0 0 37 0 34
Difflugia elegans teres 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 0 0 0 0 0
Difflugia globularis 34 0 36 76 14 48 1 5 0 34 0 12 0 34 0 83 35
junho/2007 julho/2007 agosto/2007
Lista de Espécies
novembro/2006 dezembro/2006 janeiro/2007
108
APÊNDICE 04 - Densidade (Indíviduos/grama de peso seco - indv./gPS) das espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes registradas no período de
maior (novembro de 2006 a janeiro de 2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão do rio Cachoeira - BA.
(continua)
A B A B C A B C A B C A B C A B C
Difflugia globulosa 126 8 17 21 7 0 0 0 0 0 30 0 200 0 0 0 35
Difflugia gramen 104 135 264 471 110 579 109 56 831 428 451 634 1152 179 1098 584 171
Difflugia gramen caudata 0 0 137 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Difflugia lanceolata 82 18 42 14 13 0 2 21 0 0 0 0 294 17 31 14 23
Difflugia lithophila 217 37 65 303 76 89 16 8 301 300 128 45 60 252 0 106 98
Difflugia lobostoma 88 37 57 257 20 60 33 25 333 332 331 192 2694 61 186 340 221
Difflugia lobostoma cornuta 0 0 0 0 0 0 0 0 8 137 0 0 0 0 0 35 0
Difflugia lobostoma multilobata 0 0 0 21 0 0 0 3 0 0 0 6 0 0 0 0 0
Difflugia lobostoma tuberosa 0 0 5 49 0 0 3 0 0 21 0 0 151 0 0 0 0
Difflugia manicata 136 8 130 288 55 232 26 30 75 465 122 41 0 211 155 155 145
Difflugia minuta 0 0 46 58 38 0 6 19 174 425 182 139 846 0 266 220 194
Difflugia mitriformis 193 43 48 184 5 129 0 7 67 79 104 52 0 252 45 94 15
Difflugia oblonga 77 63 20 47 9 7 3 7 0 5 15 0 0 0 420 0 10
Difflugia penardi 3 5 30 0 8 0 0 0 0 0 15 0 400 0 248 0 0
Difflugia pleustônica 0 0 4 43 4 0 0 0 0 21 0 0 51 0 0 104 0
Difflugia pristis 0 0 38 82 2 0 0 0 0 0 74 0 0 0 0 0 0
Difflugia schuurmani 707 543 1001 1196 231 354 53 29 640 123 164 387 494 140 897 134 80
Difflugia sp.
0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Difflugia urceolata 79 11 13 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0
Difflugia urceolata lageniformis 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14 0 0
Difflugia urceolata minor 0 0 0 0 0 0 4 0 0 7 0 0 0 0 4 0 23
Pentagonia marrocanna 0 0 60 16 16 2 0 20 56 0 59 0 0 0 0 0 0
Protocurcubitela coriniformis 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 52 234 0 124 110 21
Difflugiella angusta 0 25 0 0 3 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Difflugiella crenulata 24 9 0 269 7 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Difflugiella horrida 0 12 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Difflugiella oviformis 202 85 105 620 15 346 84 57 8 431 531 0 591 223 0 0 0
Difflugiella patinata 0 4 4 25 4 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Difflugiella sp.
14 8 2 8 4 0 0 4 0 21 0 0 0 0 0 0 0
Lista de Espécies
novembro/2006 dezembro/2006 janeiro/2007 junho/2007 julho/2007 agosto/2007
109
APÊNDICE 04 - Densidade (Indíviduos/grama de peso seco - indv./gPS) das espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes registradas no período de
maior (novembro de 2006 a janeiro de 2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão do rio Cachoeira - BA.
(conclusão)
A B A B C A B C A B C A B C A B C
Difflugiella voigli 0 0 8 14 0 0 0 0 0 0 23 0 0 0 0 0 0
Euglypha acanthophora 0 78 179 481 55 100 41 7 8 77 243 268 5437 129 178 1227 229
Euglypha ciliata 0 0 0 43 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Euglypha cristata 0 0 0 0 24 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Euglypha cristata major 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 32 0 0 0 0 0 0
Euglypha filifera 32 72 38 162 37 43 57 10 67 5 216 0 496 0 0 390 10
Euglypha filifera magna 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0
Euglypha laevis 0 0 0 0 5 80 38 5 0 3 0 0 0 0 0 0 0
Euglypha mucronata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 23 48 0 0 0 0 0 0
Euglypha rotunda 0 0 5 33 31 16 13 0 8 26 30 56 0 0 21 310 0
Euglypha strigosa 5 0 5 0 0 20 2 13 0 9 0 29 135 0 0 140 0
Euglypha tuberculata 3 7 25 43 11 22 0 4 0 0 59 0 0 0 4 0 0
Lesquereusia epistomium 3 0 30 68 18 0 0 0 38 0 0 0 0 0 0 0 0
Lesquereusia gibbosa 0 0 22 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Lesquereusia minor 0 0 0 0 0 44 1 0 0 0 16 0 200 0 186 29 0
Lesquereusia modesta 0 29 173 110 118 45 8 8 0 0 0 267 0 0 374 90 233
Lesquereusia modesta caudata 0 0 12 25 0 0 4 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Lesquereusia ovalis 0 0 0 0 4 0 1 0 0 62 0 0 0 0 0 0 0
Lesquereusia sp.
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0
Lesquereusia spiralis 0 0 0 4 53 31 2 0 0 0 16 0 0 0 0 0 0
Lesquereusia spiralis arcuata 0 0 0 20 0 0 2 0 0 45 0 0 0 0 73 44 0
Netzelia wailesi 0 252 140 86 5 0 0 0 527 137 0 44 0 0 612 58 35
Netzelia tuberculata 0 33 5 115 0 0 0 0 0 0 84 0 0 18 93 21 0
Nebela lageniformis 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Nebela tubulosa 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Trinema cf. complanatum
0 4 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Trinema enchelys 8 12 14 16 48 55 7 5 168 14 16 41 501 63 4 44 0
Trinema lineare 8 0 0 0 0 6 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Total 6401 3854 4918 11068 2698 3712 922 657 9291 7855 8653 9758 41252 3430 15888 10756 3987
junho/2007 julho/2007 agosto/2007
Lista de Espécies
novembro/2006 dezembro/2006 janeiro/2007
110
APÊNDICE 05 - Biomassa (
µ
gC/gPS) das espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes registradas no período de maior (novembro de 2006 a
janeiro de 2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão do rio Cachoeira -BA.
(continua)
A B A B C A B C A B C A B C
Arcella arenaria 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,31 0,00 0,00 0,00
Arcella bathystoma 0,00 0,00 0,68 0,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Arcella brasiliensis 0,23 0,00 0,00 4,00 0,32 0,00 0,00 0,00 3,45 2,66 0,00 0,00 0,00 0,55
Arcella catinus 0,00 0,00 0,07 1,80 11,21 36,60 71,93 0,51 1,27 2,93 22,69 211,01 28,92 0,00
Arcella conica 0,00 0,00 2,01 0,00 2,04 0,12 10,91 0,00 0,13 0,00 0,00 0,00 5,52 0,00
Arcella dentata 0,00 0,00 0,04 53,52 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,92
Arcella discoides 71,55 122,95 55,93 21,76 31,71 0,18 120,08 4,20 5,67 29,71 672,88 0,00 64,13 0,55
Arcella discoides pseudovulgaris 0,00 0,00 65,78 0,00 53,22 328,68 634,15 4,68 45,63 821,86 1325,45 4028,55 737,39 16,35
Arcella gibbosa 0,17 0,00 0,00 2,88 0,42 27,27 107,39 0,40 3,40 103,51 66,71 28,95 215,17 0,00
Arcella gibbosa laevis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,37 0,88 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Arcella gibbosa mitriformis 0,00 0,00 0,00 55,48 8,99 165,91 99,18 2,11 0,00 0,00 23,41 0,00 7,52 0,00
Arcella hemisfaerica 2,38 2,64 0,35 5,32 3,11 29,36 19,44 0,87 0,33 5,33 41,42 0,00 0,00 0,23
Arcella hemisfaerica undulata 0,10 0,06 2,91 0,24 1,67 9,32 6,66 0,00 5,70 18,81 102,40 169,84 130,79 0,00
Arcella intermedia 0,00 0,00 1,45 0,00 0,49 0,00 0,00 0,05 4,75 5,82 5,65 11,98 0,00 0,00
Arcella lobostoma 1,33 0,00 0,23 0,00 0,09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 124,01
Arcella megastoma 96,42 201,81 146,11 65,77 148,08 881,03 220,92 13,02 95,95 1497,09 1731,55 738,28 556,28 0,00
Arcella nordestina 1,11 0,00 0,00 0,47 0,16 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Arcella polypora 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 162,40 0,00 0,00 0,00
Arcella rotundata 0,00 0,00 0,00 4,33 2,29 0,00 3,51 0,90 3,74 60,92 21,52 37,81 19,41 0,07
Arcella sp.
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7,31
Arcella vulgaris 15,79 17,40 11,49 14,27 13,93 62,27 40,04 11,00 7,05 204,58 390,16 20,46 208,38 0,00
Centropyxis aculeata 2,76 0,75 1,22 0,63 0,59 3,67 4,14 0,07 0,24 3,04 15,18 9,20 2,84 0,04
Centropyxis aerophila 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Centropyxis cassis 0,00 0,00 0,01 0,11 0,07 0,30 0,05 0,00 0,00 0,37 0,16 0,00 0,00 0,00
Centropyxis cassis spinifera 0,00 0,00 0,01 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,01 0,54 0,14 0,00 0,00 0,00
CentropyxIs marsupiformis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Centropyxis constricta 0,00 0,01 0,01 0,02 0,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Centropyxis discoides 119,92 13,09 95,51 60,65 47,46 754,32 49,64 0,00 0,00 147,50 263,47 6,68 0,00 0,00
Centropyxis ecornis 0,02 0,00 0,01 0,02 0,10 0,48 0,30 0,00 0,00 0,26 1,06 0,00 0,43 0,00
Lista de Espécies
novembro/2006 dezembro/2006 janeiro/2007 junho/2007 julho/2007
111
APÊNDICE 05 - Biomassa (
µ
gC/gPS) das espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes registradas no período de maior (novembro de 2006 a
janeiro de 2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão do rio Cachoeira -BA.
(continua)
A B A B C A B C A B C A B C
Centropyxis hemisphaerica 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,47 0,00 0,00 0,00
Centropyxis hirsuta 0,02 0,01 0,01 0,15 0,09 0,96 0,63 0,01 0,13 1,48 3,61 9,98 1,34 0,08
Centropyxis minuta 0,00 0,00 0,00 0,02 0,02 0,21 0,35 0,01 0,02 0,53 0,06 0,12 0,00 0,02
Centropyxis orbicularis 2,07 5,68 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Centropyxis platystoma 0,01 0,00 0,01 0,01 0,32 0,00 0,07 0,02 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01
Centropyxis sp.
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cyclopyxis eurystoma 0,00 0,00 0,06 0,02 0,01 0,10 0,03 0,01 0,00 0,00 0,06 0,00 0,00 0,00
Cyclopyxis kahli 0,00 0,00 0,03 0,02 0,02 0,00 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cyclopyxis sp.
0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cyphoderia ampulla 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Curcubitella dentata 0,00 0,00 0,10 0,00 3,87 0,00 0,00 0,00 0,00 26,85 0,00 0,00 0,00 0,00
Curcubitella madagascariensis 0,00 0,84 0,47 2,16 1,50 0,00 0,00 0,00 0,29 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00
Curcubitella mespiliformis 0,00 9,89 0,80 4,98 1,07 46,41 0,00 0,27 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugia acuminata 1,51 1,28 4,22 0,85 0,00 8,79 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
D. gramen 2,37 1,32 7,38 19,06 10,53 187,12 172,94 1,92 3,84 144,75 78,93 633,86 35,41 1,10
Difflugia achlora 0,00 0,00 0,02 0,00 0,01 0,07 1,31 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugia angulostoma 5,85 1,25 5,39 7,88 0,47 25,38 34,66 1,39 1,68 55,20 32,71 36,22 2,13 0,23
Difflugia avellana 0,49 0,16 0,00 0,15 0,00 0,00 0,00 3,00 0,00 51,10 0,00 0,00 0,00 0,46
Difflugia bacilifera 0,05 0,52 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugia bicornis 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugia brevicola 0,00 1,67 0,09 0,77 1,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugia corona 3,23 30,73 34,38 35,01 1,69 312,60 354,58 0,00 15,23 310,40 309,38 703,89 327,20 0,00
Difflugia corona ecornis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 150,35 3,73 2,91 0,00 0,00
Difflugia corona tuberculata 0,00 0,61 42,04 8,51 0,00 0,00 47,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,95 267,88 0,96
Difflugia decloitrei 0,00 0,01 0,00 0,01 0,01 0,15 0,21 0,00 0,02 0,54 0,16 0,00 0,02 0,00
Difflugia difficilis 0,00 0,00 0,02 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugia elegans 0,00 1,05 2,95 1,37 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,37 0,00 0,00
Difflugia elegans angustata 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugia elegans teres 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00
Difflugia globularis 5,55 0,00 15,89 7,75 2,00 90,27 18,41 3,01 0,00 27,27 0,00 0,71 0,00 4,91
Lista de Espécies
novembro/2006 dezembro/2006 janeiro/2007 junho/2007 julho/2007
112
APÊNDICE 05 - Biomassa (
µ
gC/gPS) das espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes registradas no período de maior (novembro de 2006 a
janeiro de 2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão do rio Cachoeira -BA.
(continua)
A B A B C A B C A B C A B C
Difflugia globulosa 1,88 0,02 0,01 0,04 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,11 0,00
Difflugia gramen caudata 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugia lanceolata 7,13 2,56 8,00 0,24 2,85 0,00 28,94 1,63 0,00 0,00 0,00 0,00 99,97 2,00
Difflugia lithophila 0,05 0,05 0,08 0,30 0,15 1,55 0,68 0,65 4,46 1,62 1,15 0,33 0,11 1,89
Difflugia lobostoma 1,37 0,94 4,04 2,88 2,18 38,30 54,90 1,61 6,85 131,58 175,11 71,11 143,40 1,19
Difflugia lobostoma cornuta 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,08 34,15 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugia lobostoma multilobata 0,00 0,00 0,00 2,93 0,00 0,00 0,00 0,64 0,00 0,00 0,00 34,36 0,00 0,00
Difflugia lobostoma tuberosa 0,00 0,00 4,14 2,07 0,00 0,00 46,02 0,00 0,00 35,16 0,00 0,00 85,91 0,00
Difflugia manicata 1,33 0,38 7,90 17,60 9,07 182,43 0,58 3,91 0,94 77,60 7,36 11,72 0,00 1,17
Difflugia minuta 0,00 0,00 0,02 0,03 8,89 0,00 0,08 0,01 0,07 27,62 15,47 0,80 25,98 0,00
Difflugia mitriformis 9,20 12,85 19,03 13,08 0,00 269,10 0,00 3,11 1,68 25,52 48,95 177,18 0,00 5,03
Difflugia oblonga 8,36 12,27 7,79 4,23 5,62 28,50 67,16 1,35 0,00 0,71 5,53 0,00 0,00 0,00
Difflugia penardi 0,06 0,15 1,15 0,00 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,79 0,00 3,27 0,00
Difflugia pleustônica 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18 0,00 0,00 0,05 0,00
Difflugia pristis 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00
Difflugia schuurmani 0,28 0,35 0,73 0,40 0,25 3,07 1,84 0,01 0,10 0,61 0,33 1,39 0,21 0,02
Difflugia sp.
0,00 0,00 0,00 0,00 5,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugia urceolata 4,39 2,90 2,23 0,12 0,00 13,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugia urceolata lageniformis 0,00 0,00 0,00 0,00 7,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugia urceolata minor 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 36,92 0,00 0,00 10,23 0,00 0,00 0,00 0,00
Pentagonia marrocanna 0,00 0,00 0,04 0,01 0,01 0,00 0,00 0,02 0,01 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00
Protocurcubitela coriniformis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,15 0,00 0,00 184,68 41,01 0,00
Difflugiella angusta 0,00 0,47 0,00 0,00 0,01 0,00 0,13 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugiella crenulata 0,03 0,31 0,00 0,95 0,13 0,00 0,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugiella horrida 0,00 0,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugiella oviformis 0,46 0,27 0,98 1,08 0,22 23,10 19,45 0,57 0,06 7,32 20,05 0,00 2,45 0,34
Difflugiella patinata 0,00 0,02 0,02 0,03 0,09 0,00 0,00 0,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Difflugiella sp.
0,26 0,04 0,23 0,01 0,04 0,00 0,00 0,05 0,00 2,05 0,00 0,00 0,00 0,00
Lista de Espécies
novembro/2006 dezembro/2006 janeiro/2007 junho/2007 julho/2007
113
APÊNDICE 05 - Biomassa (
µ
gC/gPS) das espécies de amebas testáceas associadas as rizosferas de E. crassipes registradas no período de maior (novembro de 2006 a
janeiro de 2007) e menor (junho a agosto de 2007) vazão do rio Cachoeira -BA.
(conclusão)
A B A B C A B C A B C A B C
Difflugiella voigli 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,17 0,00 0,00 0,00
Euglypha acanthophora 0,00 0,47 2,88 1,88 0,83 10,40 10,93 0,17 0,05 1,90 13,35 13,34 23,02 0,10
Euglypha ciliata 0,00 0,00 0,00 0,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Euglypha cristata 0,00 0,00 0,00 0,00 0,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Euglypha cristata major 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 2,13 0,00 0,00 0,00
Euglypha filifera 0,10 0,49 0,15 0,23 0,41 2,00 18,12 0,21 0,14 0,00 8,99 0,00 2,33 0,00
Euglypha filifera magna 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00
Euglypha laevis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 5,75 11,64 0,08 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00
Euglypha mucronata 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,15 2,88 0,00 0,00 0,00
Euglypha rotunda 0,00 0,00 0,08 0,23 0,32 0,01 3,41 0,00 0,05 1,74 0,09 8,74 0,00 0,00
Euglypha strigosa 0,07 0,00 0,02 0,00 0,00 3,58 0,48 0,16 0,00 0,02 0,00 1,36 0,28 0,00
Euglypha tuberculata 0,02 0,16 0,17 0,14 0,54 2,30 0,00 0,07 0,00 0,00 0,18 0,00 0,00 0,00
Lesquereusia epistomium 0,01 0,00 0,06 0,06 0,22 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Lesquereusia gibbosa 0,00 0,00 8,53 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Lesquereusia minor 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 0,04 0,00 0,00 0,00 0,10 0,00 0,08 0,00
Lesquereusia modesta 0,00 1,33 12,02 1,00 0,21 0,92 0,49 0,10 0,00 0,00 0,00 36,82 0,00 0,00
Lesquereusia modesta caudata 0,00 0,00 0,08 1,41 0,00 0,00 18,41 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Lesquereusia ovalis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 10,65 0,00 0,00 0,35 0,00 0,00 0,00 0,00
Lesquereusia sp.
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Lesquereusia spiralis 0,00 0,00 0,00 0,04 0,13 0,52 0,38 0,00 0,00 0,56 0,21 0,00 0,00 0,00
Lesquereusia spiralis arcuata 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,21 0,00 0,00 0,56 0,00 0,00 0,00 0,00
Netzelia wailesi 0,00 7,69 2,25 0,60 0,10 0,00 0,00 0,00 0,46 31,96 0,00 146,97 0,00 0,00
Netzelia tuberculata 0,00 2,38 0,10 1,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 42,19 0,00 0,00 0,29
Nebela lageniformis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Nebela tubulosa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Trinema cf. complanatum
0,00 0,43 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Trinema enchelys 0,62 0,12 0,15 0,06 0,31 6,09 3,75 0,01 0,25 0,61 2,01 3,27 3,76 0,09
Trinema lineare 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,30 0,24 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total 369 461 581 433 396 3563 2355 63 219 4066 5629 7344 3043 170
Lista de Espécies
novembro/2006 dezembro/2006 janeiro/2007 junho/2007 julho/2007
114
Prancha 01: A: Arcella braziliensis; B: Arcella megastoma; C: Arcella discoides
pseudovulgaris; D: Arcella hemisphaerica; E: Arcella catinus; F: Arcella vulgaris; G: Arcella
hemisphaerica undulada; H: Arcella gibbosa; I: Centropyxis aculeata; J: Centropyxis cassis
spinifera; K: Centropyxis platystoma; L: Centropyxis minuta; M: Centropyxis spinosa; N:
Centropyxis discoides; O: Cyphoderia ampulla; P: Euglypha filifera; Q: Euglypha laevis; R:
Euglypha rotunda; S: Lesquereusia spirallis e T: Lesquereusia modesta. (Escala = 50 µm)
115
Prancha 02: A: Lesquereusia spirallis decloitrei; B: Netzelia tuberculata; C: Netzelia
waillesi; D: Difflugia acuminata; E: Difflugia corona; F: Difflugia difficilis; G: Difflugia
lithophila; H: Difflugia lobostoma; I: Difflugia mitriformis; J: Difflugia pleustonica; K:
Difflugia schuurmani; L: Difflugia schuurmani; M: Difflugia urceolata; N: Difflugia
urceolata minor; O: Difflugia urceolata lageniformis; P: Difflugia oblonga. (Escalas: Barra
preta = 50 µm; Barra azul: 100 µm)
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo