linfonodal e pior prognóstico, demonstrado por curva de sobrevida livre de
doença e sobrevida global. Isto seria explicado pela formação de um sítio
imuno-privilegiado, causado pelo aumento da expressão do FASL pelas células
tumorais, com o objetivo de escapar do ataque do sistema imunológico. (HO et
al., 2004; LORO et al., 1999; XU et al., 2005). Em nossos dados encontramos
uma relação significante da expressão positiva do FASL com recidiva tumoral,
porém como fator de proteção [OR=0,33 (CI:0,13-0,81) (p=0,01)], isto é,
contrário a literatura descrita. Porém muitas questões ainda precisam ser
esclarecidas: será que a proteína do FASL detectada por imuno-histoquímica é
funcional? Há relatos de que, em outros tecidos tumorais, de que a proteína de
membrana FASL tenha sido clivada, porém as conseqüências funcionais ainda
não foram compreendidas (LORO et al., 1999).
A análise da curva de sobrevida específica demonstrou uma importante
relação entre a expressão do FAS e prognóstico em nosso estudo, sendo
coincidente com dados da literatura.
Conforme o esperado, os pacientes que não expressaram a proteína
apresentaram uma pior sobrevida específica, comparado com os pacientes
com expressão positiva fraca e positiva forte (p=0,008). Aos 36 meses, apenas
28% dos pacientes negativos estavam vivos, contra 57% dos positivos fracos e
78% dos positivos fortes.
Utilizando análise multivariada, apenas a expressão do FAS e o
estadiamento influenciaram na sobrevida específica da doença. Os pacientes
com expressão negativa tinham um risco aumentado em 5,91 vezes de morte
relacionada com a doença quando comparado com pacientes positivos fortes
(p=0,01). Como já foi citado anteriormente, o sítio primário também não
influenciou na sobrevida especifica (p=0,96).
Esses dados concordam com o estudo realizado por Shibakita et al.
(2000), em pacientes portadores de CEC de esôfago que demonstraram que a
expressão do FAS foi fator independente para sobrevida, no qual pacientes
com expressão fraca do FAS tinham o risco aumentado comparado com
pacientes com expressão forte (p=0,01).
O Papel da expressão do FAS também foi demonstrado em pacientes
portadores de CEC de laringe. Uma série com 45 pacientes, analisados através
de imunohistoquímica, demonstrou que a expressão do FAS está associada